ATPS DIREITO EMPRESARIAL E TRIBUTARIO nov 2013 pronto
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Universidade Anhanguera UNIDERP
Centro de Educação à Distância
Curso de Administração
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
DIREITO EMPRESARIAL E TRIBUTÁRIO
Novembro2013
Universidade Anhanguera UNIDERP
Centro de Educação à Distância
Curso de Administração
ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS
DIREITO EMPRESARIAL E TRIBUTÁRIO
SUMÁRIO
Introdução.......................................................
.................................................................
...............03
1. Direito
Comercial........................................................
...............................................................04
1.1. Divisões do Direito
Comercial........................................................
...............................04
1.2. Características do Direito
Comercial........................................................
.....................05
2. Direito
Empresarial......................................................
...............................................................05
3. Empresa e sua
Evolução.........................................................
....................................................06
4.
Empresário.......................................................
.................................................................
..........06
4.1.
Aspectos ........................................................
................................................................0
7
5. Identificando uma
Empresa..........................................................
..............................................07
6. Principais particularidades de Empresa e
Empresário.......................................................
.........08
6.1.
Empresário.......................................................
..............................................................08
6.2.
Empresa..........................................................
................................................................0
9
7.Conceito de Títulos de
Crédito..........................................................
..........................................10
8.
Cartularidade....................................................
.................................................................
.........10
9.
Literalidade.....................................................
.................................................................
...........11
10. Autonomia e
abstração........................................................
......................................................11
11. Aspectos legais da
empresa..........................................................
............................................12
12. Analisando a
empresa..........................................................
.....................................................13
13. Entrevista com um gestor de
empresa..........................................................
............................14
14. O novo Direito
Empresarial......................................................
................................................15
Considerações
Finais...........................................................
...........................................................21
Referências
Bibliográficas...................................................
...........................................................22
3
INTRODUÇÃO
As novas rotinas, as transformações sociais, políticas e
tecnológicas têm exigido uma mudança globalizada e para o Direito
Comercial não foi diferente, pois do mesmo surge um novo ramo do
direito o “Direito Empresarial”. No presente trabalho temos a
pretensão de mostrar algumas etapas destas mudanças e seus
impactos legais sobre uma determinada empresa, considerando os
fundamentos do Direito Empresarial e a Função Social da Empresa.
Para a dinâmica deste estudo, mostramos os conceitos básicos
do Direito Comercial e do Direito Empresarial, dos Títulos de
Crédito e seus Princípios, junto com os aspectos legais que
envolvem a Legislação Tributária Fiscal. Escolhemos os dados da
empresa JSA Montagens Industriais e Isolamentos Térmicos, para
exemplificar o impacto do novo Direito Empresarial e debater
sobre a Função Social da Empresa. Procuramos demonstrar que de um
lado estão às obrigações civis, princípios, que não são maleáveis
em suas aplicações. De outro, as empresas que estão em constantes
transformações para atender ao mercado globalizado, e adaptarem-
se as novas normas jurídicas e tributárias.
4
1. Direito Comercial
É o ramo do Direito Privado que regula as relações dos
comerciantes entre si e destes com as pessoas que com eles
negociam. É um ramo do direito privado que regula a atividade
econômica no âmbito do privado, querendo referir-se ao comércio.
É, porém de notar que a palavra comércio não está tomada aqui no
sentido usual, ou seja, como o definem os economistas, sendo um
conjunto de atividades relativas à criação dos bens – atividade
de mediação entre a produção e o consumo. Mas não é isso o
significado de comércio à luz do Direito Comercial, uma vez que
este direito se aplica indistintamente ao comércio e à indústria,
como disposto no artigo 230º CCom; sendo o industrial, também,
comerciante. No entanto, o Direito Comercial, também, não pode
ser o direito regulador de toda a atividade econômica, desta vez
errada por excesso; pois não é verdade que toda a atividade
5
economia seja regida pelo direito mercantil como o caso das
indústrias extrativas, a atividade agrícola, as profissões
liberais e até os artesãos. A falta de correspondência entre o
domínio de aplicação do direito comercial privado e o domínio do
comércio revela-se ainda no fato de nem todas as normas e
instituições mercantis se destinarem exclusivamente ao comércio;
pois de fato elas formam-se, sem dúvida, no âmbito da
comercialidade, mas que dele se separa, posteriormente, tornando-
se de uso comum como as letras de câmbio. Daí, sempre se ter
definido o Direito Comercial como direito privado, o direito
privado do comércio, não sendo isto um conceito muito rigoroso.
Pois o Direito Comercial não é só relativo ao comércio e antes
atrai para a sua órbita, certas outras formas de atividade
econômica; também, o Direito Comercial vigente não se dirige
exclusivamente à satisfação das necessidades comerciais; e, por
outro lado, nem todas as normas reguladoras do comércio são da
alçada do Direito Comercial concebido como direito privado. Sendo
o Direito Comercial um direito privado assenta no Direito Civil,
na relação jurídica nas relações privadas. Assim, podemos dizer
que o Direito Comercial é um direito especial dentro do direito
privado.
1.1 Divisões do Direito Comercial:
Terrestre;
Marítimo e
Aeronáutico.
6
1.2 Características do Direito Comercial:
Simplicidade: Menos formalista;
Cosmopolitismo/Internacionalidade;
Onerosidade: Comerciante busca o lucro;
Elasticidade: Caráter mais renovador, dinâmico;
Fragmentarismo.
2. Direito Empresarial
É o conjunto de normas jurídicas (direito privado) que
disciplinam as atividades das empresas e dos empresários
comerciais (atividade econômica daqueles que atuam na circulação
ou produção de bens e a prestação de serviços), bem como os atos
considerados comerciais, ainda que não diretamente relacionados
às atividades das empresas, conforme MAMEDE 2007. Abrange a
teoria geral da empresa; sociedades empresariais; títulos de
crédito; contratos mercantis; propriedade intelectual; relação
jurídica de consumo; relação concorrencial; locação empresarial;
falência e recuperação de empresas. Portanto, o Direito de
Empresa passa a ser regulado pela codificação civil na Parte
Especial do Livro II (arts. 966 a 1.195). Este livro, por sua
vez, é assim dividido: Título I - Do empresário; Título II - Da
Sociedade; Título III - Do Estabelecimento; e Título IV - Dos
Institutos Complementares. Este é o período correspondente ao
Direito Empresarial contemplado no Código Civil. Leva em conta a
organização e efetivo desenvolvimento de atividade econômica
7
organizada.Os empresários individuais e as sociedades empresárias
são considerados agentes econômicos fundamentais, pois geram
empregos, tributos, além da produção e circulação de certos bens
essenciais à sociedade, por isso, a legislação garante a estes
uma série de vantagens. Assim é que são deferidos institutos que
dão efetividade ao princípio da preservação da empresa, de origem
eminentemente neoliberal em razão da necessidade de proteção ao
mercado, relevante para o desenvolvimento da sociedade em
inúmeras searas, a exemplo da falência, da possibilidade de
produção de provas em seu favor por meio de livros comerciais
regularmente escriturados e demais medidas protetivas.
3. Empresa e sua Evolução
Empresa é uma atividade econômica exercida profissionalmente
pelo empresário, por meio da articulação dos fatores produtivos
na a produção e circulação de bens e serviços. Empresa não é um
sujeito de direito, não é uma pessoa jurídica, nem o local onde
se desenvolve a atividade econômica. Na antiguidade não havia
organizações que produzissem ou comercializassem produtos e
serviços, tudo era feito em casa para o próprio consumo, porém,
aquilo que sobrava era trocados entre vizinhos e nisso muitos
povos se destacaram, criando a figura do comércio, mas esse
progresso trouxe guerras, escravidão e até exaurimento de
recursos minerais. Isso fez com que surgisse a necessidade de
8
normas que regulamentasse as relações sociais entre os povos, que
posteriormente evoluíram para o que chamamos Direito Comercial.
Essas normas eram bastante influenciadas pelos costumes locais,
por isso, no século XIX, Napoleão Bonaparte editou dois diplomas
jurídicos: o Código Civil e o Código Comercial, sua repercussão
influenciou muitos países. Mas foi na Itália, em 1942, que surgiu
um novo sistema que incluía as atividades de prestação de
serviços, e as ligadas à terra, que passaram a ser submetidas às
normas aplicáveis das atividades de comércio, bancarias,
securitas e industriais. No Brasil, o Código Comercial - Lei nº.
566, de junho de 1950, sofreram forte influência da teoria dos
atos do comércio e várias defasagens, que foram corrigidas por
meio de doutrinas, jurisprudências e leis esparsas, como: Código
de Defesa do Consumidor, Lei de Locação Urbana e a Lei de
Registro de Empresa. Porém, com a edição da Lei nº. 10.406, de 10
de janeiro de 2002 - (Código Civil), ocorreu a revogação da
primeira parte do Código Comercial. E foi após a vigência do novo
Código Civil que se convencionou chamar de Direito Empresarial o
conjunto de legislações, tanto públicas quanto privadas, que
regem as empresas brasileiras de personalidade jurídica de
direito privado, onde preveem as disposições importantes para
empresários e empresas.
4. Empresário
Empresário, segundo o código civil: Art. 966. Considera-se
empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica
9
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de
serviços. Parágrafo único. Não se considera empresário quem
exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária
ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir
elemento de empresa.
4.1 Aspectos:
Percebe-se ainda que para se caracterizar o empresário
é necessário à pessoalidade do sujeito, ele deve exercer
profissionalmente a atividade, o que é diferente de sócio, pois
para ser empresário deve haver efetivo exercício enquanto que
para ser sócio não há a necessidade de exercer a atividade do
objeto empresarial;
Além disso, para ser empresário deve praticar a
atividade de forma reiterada, ou seja, de forma habitual;
Para exercer uma atividade comercial deve haver ainda a
busca pelo lucro, todo empresário exerce atividade econômica, mas
nem todo aquele que exerce atividade econômica é empresário;
A atividade deve ser desenvolvida de forma organizada:
a partir da presença dos fatores de produção (capital, insumos,
mão de obra e tecnologia) a ausência de qualquer um desses
elementos implica em dizer que a atividade não é organizada,
portanto não será considerado empresário.
10
5. Identificando uma Empresa
Nome da Empresa: Igarashi
Razão Social: Nelson YoshioIgarashi
Localização: BR 251 Km 30 Zona Rural Cristalina-GO
Segmento: Produção Rural (agricultura)
Porte: Médio
Missão: produzir e comercializar alimentos com a alta
tecnologia, maximizando a qualidade dos produtos, procurando
atender plenamente as expectativas do mercado consumidor.
Valores: Integridade, Gestão participativa, Arrojo (coragem e
ousadia), Respeito ao meio ambiente, Austeridade,
Sustentabilidade de nossas ações, Honestidade e ética, Inovação e
empreendedorismo.
Produtos Comercializados: tomate, batata, cenoura, alho e
cebola
Público alvo: Mercado de hortaliças
Número de funcionários: 962
Contato: Jamile Aparecida Santos
Função: Auxiliar de Recursos Humanos
11
6. Principais particularidades de Empresa e Empresário
6.1 Empresário:
No sentido econômico há um ditado muito popular: “todo
empresário é um empreendedor, mas nem todo empreendedor é um
empresário”. Existem diferenças entre estes dois termos, uma vez
que o empresário costuma ter mais cautela ao gerir seus negócios,
porem sem se esquecer de acompanhar o ritmo de crescimento e
mudanças mundiais.
Como dito anteriormente empresário é quem exerce
profissionalmente atividade econômica organizada para a produção
ou circulação de bens ou serviços, estes termos se aplicam ao
empresário no sentido legal da palavra.Segundo o professor e
jurista Sylvio Marcondes, noção de empresário é formada pela
conjugação de três elementos: a atividade econômica, ou seja, a
atividade deve ser referente à criação de riquezas, bens ou
serviços; organização, que consiste na coordenação dos fatores de
produção, trabalho-natureza-capital, para o exercício da
atividade; e a profissionalidade, que é a pratica reiterada, a
habitualidade do exercício da atividade econômica, em nome
próprio e com ânimo de lucro.
Para ser considerado empresário é preciso que o mesmo se
inscreva no Registro Publico de Empresas Mercantis, por meio de
um requerimento que contenha:
12
O seu nome, nacionalidade, domicilio estado civil, e,
se casado, o regime de bens;
A firma, com a respectiva assinatura autografa;
O capital;
O objetivo e a sede da empresa.
Desta forma a inscrição será tomada por termo no livro
próprio do Registro Publico de Empresas Mercantis, e obedecera a
numero de ordem continuo para todos os empresários inscritos.
Quaisquer modificações devem ser averbadas juntamente com a
inscrição.Caso venha a adquirir sócios, o empresário individual
poderá solicitar a transformação de seu registro para registro de
sociedade empresaria.O empresário rural e o pequeno empresário, a
Lei assegura tratamento favorecido, diferenciado e simplificado,
quanto à inscrição e os efeitos dela decorrentes.
6.2 Empresa:
Pode ser dividido em Sociedade não Personificada, que
explora uma atividade econômica, porem não formalizou o registro,
sendo conhecida como sociedade irregular, e Sociedade em Conta de
Participação, que é um contrato de investimento comum em que duas
ou mais pessoas se reúnem para a exploração de uma atividade
econômica, onde um sócio é o Ostensivo, empreendedor que dirige o
negócio, e os demais são participantes na condição de investidor.
E Sociedade personificada, que é legalmente constituída e
registrada em órgão competente, o que lhe da à personalidade
formal, sendo uma pessoa jurídica. Esta ultima divide-se em
13
Sociedade Empresaria (tem por objetivo o exercício de atividade
própria de empresário) e Sociedade Simples (geralmente exploram
atividades de prestação de serviço decorrentes de atividade
intelectual e de cooperativa).A Sociedade Empresária, antiga
Sociedade comercial, tem seus instrumentos de constituição e
alterações registrados na junta comercial, e as Sociedades
Simples, outrora chamada de Sociedades Civis, são registradas no
Cartório.
A Sociedade Empresária esta dividida em: sociedade em nome
coletivo (é empresa por sociedade, onde todos os sócios respondem
pelas dívidas de forma ilimitada.), Sociedade em comandita
simples (organizada em sócios comanditários, de responsabilidade
limitada e comanditados de responsabilidade ilimitada), Sociedade
limitada (prevista no Código Civil, no seu artigo 1052, em tal
sociedade a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de
suas quotas, sendo que todos respondem solidariamente pela
integralização do capital social, dividindo-se este em quotas
iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio),
Sociedade anônima (conforme reza o artigo 1088 do Código Civil,
sociedade onde o capital divide-se em ações, obrigando-se cada
sócio ou acionista apenas pelo preço de emissão das ações
subscritas ou adquiridas) e Sociedade em comandita por ações
(sociedade onde o capital está dividido em ações, regendo-se
pelas normas relacionadas às sociedades anônimas).
7. Conceito de Títulos de Crédito:
14
Art.887 – O título de crédito, documento necessário ao
exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente
produz efeito quando preencha os requisitos da lei.
Os títulos de crédito são documentos representativos de
obrigações pecuniárias, não se confundindo com a obrigação, mas
sim, representando-a. O título de crédito é, antes de tudo, um
documento, no qual se materializa e se incorpora a promessa da
prestação futura a ser realizada pelo devedor, em pagamento da
prestação atual realizada pelo credor. Se devedor e credor
estiverem de acordo quanto à existência da obrigação e também
quanto à sua extensão, esta pode ser representada por um título
de crédito (letra de câmbio, nota promissória, cheque, etc),
porém nem todo documento será um título de crédito; mas todo
título de crédito é, antes de tudo, um documento, no qual se
consigna a prestação futura prometida pelo devedor.
Na doutrina, a mais completa definição é a de
CesareVivante,1 “Título de crédito é o documento necessário para
o exercício do direito literal e autônomo, nele mencionado”.
Partindo desta definição o nosso legislador inicia o Título VIII
do novo Código Civil, determinando que o título de crédito seja
um documento necessário ao exercício do direito literal e
autônomo nele contido, porém somente produzirá efeito quando
preenchido todos os requisitos legais.
8. Cartularidade:
15
A cartularidade é o princípio que se fundamenta na
existência concreta de um título de crédito, ou seja, que
realmente demonstra o título como efetivo e representativo de um
crédito. A sua concretização dar-se-á na posse do documento,
conhecido como cártula, em posse da mesma o credor poderá exercer
seu direito ao crédito baseado nos benefícios do regime jurídico-
cambial. Segundo Coelho (2012, p276) a execução - assim também a
falência baseado na impontualidade do devedor – somente poderá
ser ajuizada acompanhada do original do título de crédito, da
própria cártula, como garantia de que o exequente é o credor, de
que ele não negociou o seu crédito.Algumas exceções a respeito
desse princípio têm sido criadas devido à informalidade dos
negócios comerciais, como a Lei das Duplicatas e a evolução da
informática com a criação de títulos de créditos não
cartularizados.
9. Literalidade:
A literalidade representa todo o conteúdo expresso no título
de crédito. Só terão valor jurídico-cambial e poderão intervir
com o crédito adquirido aquelas que constam instrumentalizados
todos os dados do título de crédito original e nenhuma outra
hipótese os dados deste serão substituídos.Conforme Coelho(2012)
O que não se encontra expressamente consignado no título de
crédito não produz consequências na disciplina das relações
jurídico-cambial.
16
Esse princípio possibilita ao devedor à garantia que não
terá nenhuma obrigação cambiária superior ao valor expresso na
cártula, até o vencimento da mesma. Assim também para o credor,
que tem a garantia de receber do devedor a quantia estipulada no
título na data estipulada, ocorrendo as obrigações de juros e
multas caso passe da data do vencimento.
10. Autonomia e abstração:
A autonomia representa um dos fundamentais princípios do
direito cambial. Segundo a mesma, um único título quando
representar mais de uma obrigação, caso ocorra qualquer
irregularidade e invalidade de algumas das obrigações, não
afetará as demais. Assim sendo, nenhuma obrigação dependerá da
outra para existir.O princípio de autonomia divide-se em dois
subprincípios: a abstração e a inopobilidade das exceções
pessoais aos terceiros de boa-fé.
a) Abstração: quando um título entra em circulação no
mercado, a sua origem deixa de ser relevante. Dessa forma quando
um título é transferido para terceiros de boa-fé, o devedor
continua com sua obrigação cambiária, independente de qualquer
causalidade, não comprometendo a relação fundamental que se
existia.
b) Inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de
boa-fé: não poderá ocorrer entre credor e devedor nenhuma
alegação um contra o outro, de alguma matéria que não esteja
relacionada ao título de crédito, exceto quando terceiro agir de
17
má-fé. Ou seja, somente poderá haver alegação dos objetivos
documentados referente ao título de crédito.
11. Aspectos legais da empresa
A legislação específica da empresa, em relação ao seu
tipo de negócio - o sistema de gestão da empresa existe para
sustentar Oe resultados da companhia. Através do modelo de
excelência em gestão da qualidade, engloba metodologia e
ferramentas e incentivos.
Os Órgãos de Classe - transportes, operações de
terminais e armazenagem de mercadorias.
Os impostos e tributos da empresa e seus percentuais -
são tributos com base nas mesmas regras aplicáveis às demais
pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real, presumido ou
arbitrado, inclusive sujeitando-se ao adicional do imposto de
renda à alíquota de 10%.
Se há alguma consideração ética para a comercialização
dos produtos/serviços - considera que cumprir os compromissos com
seus clientes tem sido uma das bases de seu crescimento e da
confiança que vem sendo depositada em sua operação. Seguindo um
principio ético com seus clientes.
Restrições para comunicação - a política de divulgação
de informações relevantes, preservação do sigilo e de negociação
aprovada em reunião do conselho de administração de negócios da
companhia, com estratégia de negócios e conceções ou concorrência
pública.
18
Código de Defesa do Consumidor - o código civil revogou
a primeira parte do código comercial, onde houve o reconhecimento
da Teoria da Empresa em nossa legislação prática. Nos termos do
artigo 966 do Código Civil, é considerado empresário quem exerce
profissionalmente atividade econômica organizada para produção ou
circulação de bens ou de serviços. A defasagem entre a teoria dos
atos de comércio e a realidade do Direito foi sentida,
especialmente no que dizia respeito à representação de serviços,
negócios imobiliários e atividade rural. Sendo que parte dessa
distorção procurou se corrigir através da doutrina,
jurisprudência e leis esparsas.
12. Analisando a empresa
O principio da função social da empresa surgiu na legislação
brasileira em 1976, portanto, antes da Constituição Federal de
1988, com a Lei 6.404, explicitado no art. 154 “o administrador
deve exercer as atribuições que a lei e o estado lhe conferem
para lograr os fins e no interesse da companhia, satisfeitas as
exigências do bem público e da função social da empresa”. A
constituição de 1988 trouxe uma nova realidade social ao
ordenamento jurídico brasileiro não somente por sua visão mais
social, como também pela forma de sua elaboração. Com isto nos
trouxe uma ideia de empresa com o social, dando um destaque na
dignidade à pessoa humana, da liberdade e da igualdade, entre
19
homens e mulheres dentro das empresas. A função social da empresa
não deve ser baseada em ações humanitárias e sim estar integrando
ações de natureza, capital e trabalho, com isto levando à criação
de bens e serviços. Encontra-se também na geração de riquezas,
manutenção de empregos, pagamentos de impostos, desenvolvimentos
tecnológicos, movimentos do mercado econômico, entre outros
fatores, sem esquecer o papel importante do lucro, que deve ser o
responsável pela geração de reinvestimento que impulsionam a
complementação do ciclo econômico realimentando o processo de
novos empregos e novos investimentos. Com a promulgação do Novo
código Civil e da Constituição Federal, a função social da
empresa assumiu importante status jurídico, em razão de toda
alteração do perfil político, econômico e ideológico introduzido
por estes novos estatutos, bem como sua respectiva relevância
para o ordenamento jurídico brasileiro, cujo caráter subsidiário
abastece os demais ramos do direito. É importante realçar o
caráter independente da função social da empresa em relação ao
princípio da função social da propriedade privada,
equivocadamente compreendido aquele com decorrência, pois a
análise simples do ordenado jurídico, conclui-se pela perfeita
autonomia lógica e legal de ambos os princípios, até porque a
empresa é sujeito de direito e sua atividade que deve ser
exercida com observância da função social. Apesar da ausência de
sanção específica para a função social da empresa, entendemos que
não são normas inúteis, nem estéreis, pois se cuidam de normas
programáticas e, além disso, são cláusulas gerais de aplicação
20
compulsória pelo magistrado, perante o caso concreto. O poder da
empresa não pode de dirigir unicamente ao lucro, mas também ao
atendimento dos interesses socialmente relevantes, buscando um
equilíbrio da economia de mercado, com substância pelo sistema
capitalista e com supremacia dos interesses sociais previstos na
Constituição Federal. O princípio da função social da empresa é
reforçado pela aplicação ao direito da empresa dos princípios
orientadores do código Civil de 2002, uma vez que eles auxiliam
na consecução da referida função social da empresa, como por
exemplo, ao receptar através do princípio da sociabilidade, a
função social da empresa, ao balancear economicamente os
contratos através do princípio da atividade ou através das normas
mais próximas ao caso concreto, como no princípio da
operabilidade. O instituto da função social da empresa procura
zelar pelo pleno exercício da atividade empresarial, traduzida na
geração de riquezas, manutenção de empregos, pagamento de
impostos, desenvolvimentos tecnológicos, movimento do mercado
econômico, entre outros fatores, tendo o Estado um papel decisivo
e insubstituível na aplicação normativa, elaboração de políticas
públicas de fiscalização, proteção e incentivo ao
desenvolvimento, especialmente às médias e pequenas empresas,
também aquelas empresas em dificuldades financeiras. A função
social visa coibir as deformidades, o teratológico, os aleijões
digam assim, da ordem jurídica. A função social da propriedade
nada mais é do que o conjunto de normas da Constituição que visa,
por vezes até com medidas de grande gravidade jurídica, recolocar
21
a propriedade na sua trilha normal. É equivalente à função social
da propriedade dos bens de produção, estando ela afeita somente à
empresa, enquanto atividade, devendo ser exercida observando-se
sua função social, ao estabelecimento comercial, que deve ser
utilizado para o exercício da atividade empresarial com
observância á função social, restando o empresário, que como
sujeito de direito, deve exercer a atividade empresarial de
acordo com a sua função social.
13. Entrevista com um gestor de empresa
1) Quais as conseqüências geradas em razão da elevada
carga tributária exigida no Brasil?
Sabemos que no Brasil a carga tributária é assombrosa e as
leis são um tanto complexas. A falta de conhecimento das leis
tributárias tem proporcionado grandes perdas de competitividade
das empresas.Nós, empresários, atualmente nos deparamos com um
sistema de tributação que nos impede de obter um desenvolvimento
mais substancial. Em média, 33% do faturamento da empresa é
destinados ao pagamento dos tributos recolhidos pelo Estado. O
ônus do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o lucro
das empresas, pode representar à entidade cerca de 51% do lucro
líquido apurado. Se somarmos os custos e despesas dessa empresa,
mais da metade do valor obtido é referente ao pagamento dos
tributos. Por isso, diante dessa situação, estamos em meio a um
dilema: abdicar de um possível investimento que traria benefícios
à entidade ou seguir estritamente a legislação tributária e arcar
22
com os custos de se instalar em um país de carga tributária
elevada. Muitas empresas, motivadas pela necessidade de aumentar
seus lucros e pela falta de um conhecimento acurado da legislação
tributária incorrem na evasão fiscal, que é um ato ilícito. É
imperativo que adotemos um sistema de economia legal, que
proporcione uma ação pró-ativa, permitindo a diminuição da carga
tributária, o que pode ser alcançado através da elaboração de um
planejamento tributário bem estruturado.Não podemos nos esquecer,
que no Brasil há uma má distribuição dos recursos e tributos
entre os entes federados, e a nível municipal, e claro que isso
se dá em decorrência de questões políticas. Na realidade, não se
importam com a população, com as regiões mais necessitadas, o que
o governo quer é arrecadar muito dinheiro para seus fins pessoais
(fazer seu pé de meia e de toda sua família, parentes), mas fazer
o que é sua obrigação, dever (trabalhar pelos interesses da
população) não querem não. Nosso atual sistema econômico é
instável, a cada dia ocorrem mudanças na ordem tributária, mas
nenhuma reforma. Essa instabilidade gera um enorme desconforto
para a população, pois a cada dia que passa maior fica a carga
tributária e menor fica o salário dos trabalhadores. Há formas
legais e ilegais de se esquivar dessa enorme carga tributária. As
formas ilegais são: omitir informações as autoridades
fazendárias, falsificação de documentos e fraude; Já as formas
legais são: pressões junto aos governantes para que seja feita
reformando sistema tributário, incentivos fiscais concedidos á
empresas, o planejamento tributário. Hoje, o que muito se fala é
23
em planejamento tributário, isto devido a alta carga tributária e
a necessidade de pagar menos tributo, e o que se busca é retardar
ou mesmo evitar a ocorrência do fato gerador da obrigação
principal. E um bom planejamento tributário é para ser capaz de
trazer ao contribuinte o menor ônus possível e evitar futuras
ações administrativas ou demandas judiciais provocadas pelo poder
público.
“O novo Direito Empresarial, com ênfase na função social e na
capacidade contributiva, é coerente e adequado à atualidade?”
De acordo com o antigo testamento, os dízimos sempre são
citados como a principal forma de tributação. O mundo antigo de
Roma teve grande importância em relação à questão tributária,
pois possuía uma política fiscal bem mais organizada. A palavra
tributo vem do latim tributum, que significa dar, conceder, fazer
elogios, e era considerado o principal imposto pago e arrecadado
pelos povos submetidos ao poder de Roma. É possível afirmar que
os povos antigos arrecadavam tributos através da cobrança interna
sobre os povos dominados. Nas civilizações próximas ao
Mediterrâneo, a cobrança dos tributos recaía em geral sobre a
importação de mercadorias agrícolas. No Egito, os impostos eram
cobrados sobre a propriedade de terras, cujo valor dependia da
extensão da mesma. O fim das civilizações antigas, centradas na
organização do Império romano, trouxe para o mundo ocidental a
experiência do feudalismo. Na ordem feudal, a sociedade era
dividida entre servo da gleba e o senhor feudal, os servos deviam
24
certos direitos para os senhores feudais, que em troca protegiam
os servos. Uma das principais obrigações devidas para os senhores
feudais era a corveia, ou seja, os servos eram submetidos a
trabalhos forçados, além de retribuições que eram pagas em
produtos ou dinheiro. No Brasil, a tributação aparece logo em
seguida à sua descoberta. Vale dizer que, em um primeiro momento,
a monarquia portuguesa resolveu descartar a ocupação e exploração
do território recém-descoberto, mas essa não era uma decisão
definitiva. Embora o deslumbrante conhecido relato, feito por
Pero Vaz de Caminha, não despertou maior interesse em Lisboa, que
considerava o lugar primitivo, pois não havia mercado de consumo
e como consequência não havia consumidor. Além disso,
aparentemente não indicava que houvesse minerais preciosos para
exploração. Logo a coroa portuguesa se deu conta de que a
exploração do pau-brasil poderia ser vantajosa visto que na época
a manufatura têxtil estava se expandindo por toda a Europa e a
tintura extraída do pau-brasil era muito procurada, pelo qual se
pagava um bom preço. Com o projeto de ocupação e exploração das
terras achadas, começou-se com um contrato de arrendamento para a
extração do pau-brasil, acertado com o próspero comerciante luso
Fernão de Noronha considerado o primeiro contribuinte do Fisco no
Brasil, tendo em vista que o contrato de arrendamento, por ele
firmado com a Coroa portuguesa, estipulava uma taxa de 40% da
produção do pau-brasil extraído que devia ser entregue ao Tesouro
real. Por tributo, entende-se toda prestação pecuniária
compulsória em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que
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não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada
mediante atividade administrativa plenamente vinculada – art.3º
do CTN. Nos termos do artigo 145 da nossa Constituição Federal e
do artigo 5 do CTN, tributos são:
a) impostos;
b) taxas, cobradas em razão do exercício do poder de polícia
ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos
específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à
sua disposição;
c) contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
Juridicamente, no Brasil, hoje, entende-se que as
contribuições parafiscais ou especiais, integram o sistema
tributário nacional, já que a nossa Constituição Federal ressalva
quanto à exigibilidade da contribuição sindical (art. 80, inciso
IV, CF), das contribuições previdenciárias (artigo 201 CF),
sociais (artigo 149 CF), para a seguridade social (artigo 195 CF)
e para o PIS — Programa de Integração Social e PASEP — Programa
de Formação do Patrimônio do Servidor Público (artigo 239 CF).
Como contribuições especiais, temos ainda as exigidas a favor da
OAB, CREA, CRC, CRM e outros órgãos reguladores do exercício de
atividades profissionais. Os empréstimos compulsórios são
regulados como tributos, conforme artigo 148 da CF o qual se
insere no Capítulo I – Do Sistema Tributário Nacional.
Inicialmente havia a idéia de que os indivíduos deveriam
contribuir na medida da porcentagem dos benefícios que recebiam
do estado. Agora, é aceito o entendimento de que os indivíduos
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devem contribuir não por sua vontade mais por imposição do
estado, que sendo gestor do interesse público, subordinando-os. É
importante a determinação de um critério para realização dessas
discriminações realizadas por parte do legislador no momento de
definir quem irá compor a relação jurídica com o estado. O
legislador tem o dever de oferecer aos cidadãos condições para
uma vida digna, sendo que muitos dos direitos fundamentais são
oferecidos através dos serviços públicos, para qual o estado
necessita de recursos para disponibilizá-lo, a forma para
arrecadar tais recursos é a cobrança de tributos, ocorrendo que
esse poder de tributar do estado encontra limites, estes
previstos na própria constituição. Na constituição brasileira o
legislador nos apresenta de forma explícita como será apurada a
porcentagem do cidadão, ou seja, como será determinado se este
terá ou não capacidade para suportar o seu quinhão na divisão dos
tributos. O texto constitucional nos informa que os tributos
serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte,
estando aqui explícito o chamado princípio da capacidade
contributiva, previsão que antecedeu a atual, pois este princípio
ora estava expresso, ora era suprimido. Atualmente esse princípio
determina que, sempre que possível, os impostos terão caráter
pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do
contribuinte. Apesar de constar a expressão capacidade econômica
esta se refere à capacidade contributiva. O Brasil é um estado
democrático de direito, que possui como fundamentos a dignidade
da pessoa humana, a busca por uma justiça fiscal consiste num
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grande passo a ser dado para solução de problemas grave no país
como a desigualdade social e a concentração de renda. A
Constituição Federal, no seu Artigo 3º., Inciso I, nos indica
aonde devemos chegar, ou seja, qual o objetivo dessa nação que é
a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, e também
nos mostra o caminho a ser seguido através de sua normatização.
Essa verificação não cabe ao Direito Tributário, podendo ser
feito através da constatação do respeito e aplicabilidade pelo
legislador e pelo judiciário de importantes princípios
constitucionais, entre os quais estão os princípios da igualdade
e capacidade contributiva. Apesar de existirem outros princípios
que também representam direitos e garantias do contribuinte, o
estudo do princípio da capacidade contributiva é relevante em
razão da determinação de todas as normas tributárias. O
legislador deverá utilizar critérios para realizar escolhas, ou
seja, para que a tributação incida sobre determinado fato ou
pessoa deverá realizar alguma forma de discriminação. Se todos
são iguais perante a lei, como a tributação poder recair somente
sobre parte da sociedade sem que o valor superior da igualdade e
da justiça seja ferido? A constituição brasileira é classificada
como uma constituição rígida, e suas normas constitucionais
legitimam toda ordem jurídica, com isso, qualquer norma somente
será válida se respeitar os mandamentos constitucionais, é ela a
lei fundamental do estado. No preâmbulo da constituição
brasileira temos os valores supremos da preservação dos direitos
sociais e individuais, a liberdade e da segurança, do bem estar,
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do desenvolvimento, da igualdade e da justiça, estabelecendo
assim, os direitos fundamentais, direitos estes dos quais são
definidos os princípios estruturantes, tanto nos formais quanto
os materiais. Em razão de o Brasil ser um estado de direito, a
preocupação não é apenas a não-intervenção estatal, mas alcançar
uma sociedade livre, justa e solidária. É nesta busca por uma
sociedade livre justa e solidária que a constituição regula
minuciosamente a matéria financeira, pois apresenta a criação do
sistema tributário nacional, determina os limites ao poder de
tributar, apresenta o princípio financeiro básico, executa a
partilha dos tributos e da arrecadação tributária e ainda
disciplina a fiscalização e execução do orçamento público. O
sistema constitucional tributário possui características que
outros sistemas de países ocidentais não possuem, pois o sistema
tributário de tais países apresenta um número reduzido de normas
tributárias, apresentando para o legislador a missão de modelar o
sistema, ao passo que, no sistema brasileiro, a matéria
tributaria é amplamente tratada, restando pouca mobilidade para o
legislador ordinário. É necessário que a lei tenha sido
anteriormente discriminada para essa conduta ou situação, ou
seja, a função da lei consiste em dispensar tratamentos
desiguais. A lei não deve ser fonte de privilégios ou
perseguições, mas instrumento regulador da vida social, que
necessita tratar equitativamente todos os cidadãos. Percebe-se
estas preocupações em evitar que normas tributárias representem
privilégios a poucos, pois é proibida a concessão de vantagens
29
tributárias fundadas em privilégios de pessoas ou categorias. Com
o advento da república, foi-se o tempo em que as normas
tributárias podiam ser editadas em proveito das classes
dominantes, até porque, nela foram extintos os títulos
mobiliárquicos, os privilégios de nascimentos e os foros de
nobreza, “todos são iguais perante a lei”. É necessária a análise
dos critérios utilizados para esta diferenciação, pois somente
poderá ser dado tratamento diferenciado para contribuintes que se
encontrem em situação equivalente quando esta discriminação
estiver baseada em critérios que justifique tal discriminação, o
princípio da igualdade tributária não está em proibir
diferenciação entre os contribuintes, nem tão pouco, ter a
simples preocupação em tratar os iguais como iguais e os
desiguais como desiguais. A capacidade contributiva corresponde a
critérios de concretização do princípio da igualdade, não
possuindo função de orientação da graduação do ônus tributário,
mas indica qual critério para aplicação do princípio da isonomia
tributária aos impostos. O princípio da contributiva representa a
evolução do princípio da igualdade e generalidade. Ele permite
verificar se a imposição tributária sofrida pelo contribuinte é
legitima, devendo este possuir disponibilidade para tal fato.
Portanto essa tributação imposta à sociedade, afeta vários
setores da economia, bem como indivíduos e empresas. Os governos
arrecadam muito e distribuem mal, e isso emperra o crescimento da
economia brasileira. As empresas que são tributadas com uma carga
pesadíssima ficam inviabilizadas de poupar e investir,
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dificultando assim seu crescimento e sua capacidade de competição
no mercado globalizado. Com o advento da Carta Magna, em 1988,
foram criadas regras gerais e consolidada a transformação de um
direito empresarial marcado pelo liberalismo, onde o objetivo
maior da empresa era o lucro, para uma visão social da empresa.
Portanto, o novo código civil (lei n. 10.406/2002), só veio a
fortalecer a visão da função social da empresa, já previstas na
Constituição Federal desde 1988 e na lei n.6404/706 (lei
Sociedade Anônimas). Como se vê, a lei reconhece que, no
exercício da atividade empresarial, há interesses internos e
externos que devem ser respeitados: não só os das pessoas que
contribuem diretamente para o funcionamento da empresa, como os
capitalistas e trabalhadores. Tem a empresa uma óbvia função
social, nela estando interessados os empregados, os fornecedores,
a comunidade em que atua e o próprio Estado, que dela retira
contribuições fiscais. Existe também, hoje em dia, a preocupação
com os interesses de preservação ambiental da comunidade em que a
empresa está inserida. Desta forma, compreende-se que a função
das empresas é atender, prioritariamente, às necessidades básicas
das pessoas, garantindo a propriedade privada. Com isso, a
atividade econômica só se legitima e cumpre seu papel quando gera
empregos, fomenta a sociedade, e garante uma existência digna às
pessoas. Hoje a empresa é vista como um agente da sociedade
criado com a finalidade de satisfazer necessidades sociais. A
sociedade valoriza a criação de empresas porque estas são
consideradas benéficas, uma vez que têm a missão produzir e
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distribuir bens e serviços, gerando empregos e ainda continua
prevalecendo o regime da livre iniciativa e a competição
econômica. Entretanto, o lucro só será aceito como legítimo e
reconhecido pela sociedade como justa recompensa a ser recebida
pelos investidores se obtido sem causar prejuízos àquela. A
função social da empresa estará cumprida se seus bens de produção
tiverem uma destinação compatível com os interesses da
coletividade, realizando a produção e distribuindo destes bens à
comunidade, fazendo circular riquezas e gerando empregos.
Portanto, analisando as informações e o estudo das etapas
propostas, concluímos que elas se encaixam dentro de um contexto,
onde a empresa e a organização de fatores, objetos e de
tecnologia se agrupam para transformar matéria-prima e insumos em
bens de consumo, podemos agregar a esse fato as empresas
prestadoras de serviço, sempre em função de gerar lucros, para
manter toda a estrutura organizacional em pleno funcionamento,
tendo como sujeito que idealizou e organizou toda essa estrutura,
a denominação de empresário, dada pelo novo Código Civil. Na nova
lei, o empresário responde por toda a estrutura organizacional,
com direitos e deveres, sendo responsabilizado criminal e
civilmente pelos seus atos, e toda a estrutura empresarial;
colocando seus bens em garantia para gerir tal obrigação. Com
isso, analisando as entrevistas efetivadas nas empresas e anexa a
este trabalho, chegamos às seguintes conclusões:
1- As altas taxas de imposto e tributos afetam diretamente
o capital de giro e diminui a capacidade de investimento das
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empresas, tendo menos capacidade para contratações, e não
conseguindo investir em tecnologias e outros como realmente
necessitam, as altas taxas faz com que os empresários repensem
suas estratégias na organização de suas empresas, reduzindo
custos, e diminuindo o crescimento do país;
2- Na função social, cada empresa tem uma maneira
diferenciada para entender essa matéria, e contribuem com a
sociedade com projetos internos, mas é muito claro que, toda tem
uma forte contribuição na sociedade a que pertencem, na geração
de empregos e contribuem com a divisão dos lucros.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme o trabalho podemos concluir que, considera-se como
empresa uma organização que tem como objetivo o exercício de
atividade pública, particular ou econômica de modo que possa
atender alguma necessidade humana e para que a mesma pratique
determinada atividade e ser bem sucedida no mercado, deve contar
com a colaboração de um empresário, ou seja, a pessoa que irá
exercer profissionalmente atividade econômica dentro da empresa
para a circulação ou produção de bens e serviços. Acreditamos que
o empresário é o administrador que a empresa necessita para obter
crescimento, e o mesmo deve contratar mão-de-obra qualificada
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para que a atividade que a empresa exerce possa ser produzida de
maneira satisfatória e com isso obter os resultados almejados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANAN JR., Pedro; MARION, José Carlos. Direito Empresarial e Tributário.
São Paulo: Alínea, 200. PLT 372
FERREIRA, Felipe Alberto Verza. A função social da empresa