AGUARDE - Coleção Digital de Jornais e Revistas da ...

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A cantora Joyce e suas fdhas, Clara e Ana, participaram domutirão de moradores do Jardim Botânico, que, com pás eenxadas, limparam as alamedas do Parque Lage (Pág. 28)

Os rumos doItamarati

Assumir a identidade de latino-ame-ricano e explorar a fundo as conseqüên-cias disso; aprofundar cada vez mais asrelações com a África e incorporar àdiplomacia brasileira o sentido de aber-tura, da busca do novo e do mais certo,são as linhas mestras do Itamarati, disseo Ministro Saraiva Guerreiro em confe-rência na ESG. A propósito do cinquen-tenário da Revolução de 30, Lúcia Lippide Oliveira (Cpdoc-FGV) analisa os estu-dos sobre o movimento e Plínio de AbreuRamos mostra como nela se criou umapolítica de aproveitamento do sub-solo.

Especial

Marli MulherMarli, mulher, pobre e negra. Escon-

dida em um sótão com o filho recém-nascido — o quinto — Marli PereiraSoares espera por Justiça. A 8 de outu-bro, um ano depois da morte do irmão,será ouvida em juízo. Para ela, ao con-trário do que dizem as autoridades, "ocaso ainda não terminou". Em Recife,D Héider Câmara, em seu programa diá-rio de rádio, está analisando as finalistasdo MPB-80 e aconselhando pais, profes-sores, psicólogos e padres a ouvi-las mui-tas vezes, "como uma introdução paraficar menos por fora do que se passa coma juventude".

Caderno B

Rita LeeDe repente, ela é Aníbal, xenófobo

condenador da música moderna; é qua-trocentona Regina Célia, que não conse-gue fazer sucesso; é o japonês Hiro Naya-to, que perturba as gravações. Estes per-sonagens, e muitos outros, são vividospor Rita Lee no seu dia-a-dia — um jeitode levar a vida que critica tudo, até aprópria Rita Lee. Agora, ela lança umdisco, que deverá chamar-se Lança-Perfume, preparado em cuidadas sessõesde gravação com o marido, Roberto Car-valho, aproveitando a esteira de comen-tários favoráveis à sua apresentaçãocom João Gilberto, na televisão.

Revista do Domingo

Irã e Iraquecombatem noar e no mar

A Força Aérea do Irã bombar-deou ontem "centros econômicos"do Iraque na região de Shatt-Al-Arab, junto ao Golfo Pérsico, e aMarinha iraquiana rechaçou umataque da Marinha iraniana à ilhade Om, anunciou a agência de noti-cias iraquiana Ina. Foi suspensa aprodução da refinaria de Abadan,a maior do Irã, com produção diá-ria de 600 mil barris.

O Presidente do Irã, Bani Sadr,ao assumir ontem o comandodas operações militares, imediata-mente convocou todos os irania-nos que terminaram seu serviçomilitar em 1977. O Irã e o Iraqueestão entre os maiores produtoresde petróleo da OPEP, sendo queo Iraque fornece 45% do petróleoimportado pelo Brasil. (Página 16)

Carter exigesolução internapara a Polônia

O Presidente Jimmy Carterafirmou, ontem, que os EstadosUnidos não interferirão na situa-ção da Polônia, mas espera queos demais países demonstrem omesmo respeito pelo direito de ospoloneses "resolverem sozinhosseus problemas". Carter nãomencionou nenhum . pais, massua declaração foi uma evidenteadvertência à União Soviética.

Os indícios de que o Kremlinnão está satisfeito com a situa-ção polonesa aumentaram on-tem. O órgão oficial do PartidoComunista Soviético, Pravda,denunciou energicamente "inad-missíveis ingerências" ocidentaisnos assuntos internos poloneses.O jornal fez uma séria advertên-cia para o agravamento da situa-ção no país, aumentando o temorde que a União Soviética poderáintervir na Polônia. (Página 15)

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A VDN não morreue continua a mesma,gerando polêmicas

Através de alguns dos seus nomes mais ex-pressivos, a velha UDN volta a falar. Provocandocontrovérsia, marca de sua passagem pelo Con-gresso, o dirigente udenista João Agripino disseque o Sr Magalhães Pinto, presidente da UDN, sóaderiu à Revolução de 64 ao perceber que nãoseria o sucessor preferido de Goulart.

Enquanto o líder da UDN no Senado, DanielKrieger, apoia a atual missão do ex-udenistaJosé Sarney, o ex-líder da UDN na Câmara e seuSenador, Afonso Arinos de Mello Franco, afirmaque "só o liberalismo será capaz de levar o país avencer os atuais obstáculos". O também ex-presi-dente da UDN, Ernani Sátiro, disse que "a aber-tura pode conviver com a crise econômica e como terrorismo". O Brigadeiro Eduardo Gomescomemorou ontem 84 anos. (Páginas 5, 6,12 e 14)

Figueiredo darámaior autonomiaaos municípios

O Presidente Figueiredo assinará dia 6 umdecreto que elimina os obstáculos burocráticospara a liberação de 11 fundos e impostos aosEstados e municípios. Em 1981, estes recursoschegarão a Cr$ 200 bilhões. A tomada de contaspassará do Tribunal de Contas da União para osTribunais de Contas dos Estados.

O decreto, que tem inegável caráter político,pois dá mais autonomia aos Estados e munici-pios, tornará desnecessárias as constantes via-gens de prefeitos a Brasília, abolirá os Planosde Orçamento das Prefeituras e impedirá queórgãos federais retenham verbas ilegalmente, co-mo no caso do Piauí, que até hoje não recebeu asua parte na TRU cobrada em janeiro. (Página 24)

Bancos querem parao Brasil dólarese programa do FMI

Finalmente, surgiu um banqueiro america-no — Lawrence Brainard, vice-presidente doBankers Trust — que assumiu a responsabili-dade de enunciar o que, na sua opinião, é aaspiração de seus colegas de Nova Iorque: oBrasil deve recorrer ao FMI. Porque, em 1981,os bancos privados não terão muito dinheiro aoferecer, e porque o Ministro Delfim Neto preci-sa ganhar tranqüilidade no front da dívidaexterna, para enfrentar a crise interna.

O correspondente Armando Ourique, queentrevistou Brainard e outros banqueiços,durante a recente visita de Delfim aos Esta-dos Unidos, porém, chega à conclusão de queo desejo, verdadeiro, dos banqueiros é subme-ter o Brasil ao programa ortodoxo de estabili-zação econômica do FMI. (Pág. 37 e editorial)

Estado do Rio sótem alimentos para1/3 dos cariocas

A produçáo hortigranjeira do Estado doRio abastece apenas 33% dos consumidoresque compram na Ceasa-Rio. A importação dealimentos de outros Estados custa 600 milhõesde dólares anuais. Frutas e tomates chegam deSão Paulo; leite e milho, de Minas; batata ecebola, do Paraná, que nos deverá enviar 12 miltoneladas de feijão por mês até 1981.

Com apenas 355 mil pessoas empregadasem atividades rurais, a agricultura fluminen-se participa com 2% na formaçáo do PIB esta-dual. Grande concentração da propriedade, ai-to custo das terras e desestimulo aos investi-mentos são os principais fatores de estrangu-lamento do setor agrícola. Sofisticação tecno-lógica e especialização da produção são apon-tadas como as únicas saídas. (Páginas 26 e 27)

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2 — POLÍTICA E GOVERNO t JORNAL DO BRASIL ? domingo, 21/9/80 ? Io Caderno

Coluna do Castello

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As ligações

perigosas

Brasília — Se os atentados terroristasforem apurados até o fim, como prometem osdiversos porta-vozes do Governo, parece difí-cil que Deus poupe ao Senador Jarbas Passa-rinho o constrangimento de que pessoas queforam suas amigas se vejam envolvidas, jul-gadas e possivelmente punidas. É o Senadorquem admite a existência entre seus amigosde pessoas da extrema direita, o que não éestranho para quem participou em todas asetapas do movimento militar desencadeadoem março e ocupou, no período, duas Pastasministeriais, o Governo do Pará e a liderançada Maioria no Senado. Justifica-se que eletema pela sorte de álguinas dessas pessoas,cuja amizade já situa no passado, no pressu-posto de que a perderão se tiverem participa-do de atos de terror.

O líder do PDS admite que os atentadosforam praticados pela "direita radical" e édos que proclamam a disposição do Governode continuar as investigações, embora o te-nha feito com uma estranha ressalva: "Só se aprópria força do Presidente não determinarisso, o que eu não creio de maneira nenhu-ma." O Senador faria no texto jornalísticoalgumas correções de estilo, pois ele é escri-tor. Seria preferível, todavia, que ele nãomanifestasse qualquer dúvida no exercício daforça do próprio Presidente, em cuja fidelida-de ã palavra empenhada repousa o destino,político do país.

Não há aparentemente novidades maio-res na pesquisa, que, segundo o Ministro daJustiça — e essa informação não é nova, poisdata pelo menos de 10 dias — está bem adian-tada, seguindo-se pistas seguras. O desloca-mento do Coronel Moacir Coelho para o Riosubiu às manchetes. Na realidade o chefe doDepartamento de Polícia Federal é uma daspessoas-chave da comunidade de informa-ções. Essa comunidade tem provado, ao longodos Governos militares, que é forte em infor-mações mas fraca em provas. Tanto que osPresidentes que usaram os Atos Institucionaispuniram na base de dossiês recheados deinformações que não se consubstanciavam emprovas. As punições foram sumárias. Comonão está em vigor qualquer Ato Institucional,as denúncias agora têm que ser baseadas emprovas, para formação do processo e julga-mento da Justiça.

O Scnadòr machista

O Senador Dirceu Cardoso, que é umhomem de atitudes claras, não escondeu suasidéias sobre arte e erotismo, idéias que oapontariam como um representante maisadequado do Partido do Governo do que deum Partido de oposição. O Senador é machis-ta. Ele e a classe privilegiada dos homenspodem ver tudo e saber tudo. Uma cópia deum filme que ele considera pornográfico serárequisitada para exibição no Senado, excluí-da da sessão a Senadora Michillis. A Senado-ra vai se conformar?

Mas o Senador quer ver também a ata dareunião do Conselho de Censura per a identifi-car, um a um, os conselheiros que votarampela liberação do filme. Para que fim? Paradenunciá-los a quem?

Os critérios doJtenador sã&4nsonâáveis-e-ele confessou que, lendo um pequeno volumeimpresso pela gráfica do Senado, identificoumais de 400 palavras que não têm cursosequer no baixo meretrício. Não o imaginaria-mos a freqüentar a zona e não o sabíamos tãoprodigiosamente informado do léxico espiírioda língua portuguesa. Mas homem é homem etem lá os seus privilégios.

O MR-8Tem-se falado muito no MR-8 como um" dos principais agrupamentos de esquerdahospedados no PMDB. O MR-8 é um dos doisou três movimentos que, de 1969 a 1972, opta-

„ ram pela luta armada e tentaram gerar guer-rilhaA urbanas e rurais como focos de umaconvulsão que depusesse o regime. Eles não seconsideram terroristas mas ex-guerrilheiros,-• isto é, pessoas que se aplicaram a operaçõesde guerra não a ações indiscriminadas deintimidação. _

Anistiados, eles saíram das prisões, volta-ram do exílio ou emergiram da clandestinida-de. São ligados ao jornal Hora do Povo e se" consideram uma espécie de dissidência comu-' nista, na expectativa de reagrupar o velho" PCB e lutar pela sua legalização. Os membros¦„ do MR-8 fizeram autocrítica da sua participa-

.. ção nas ações subversivas e hoje compreen-... dem que agiram erroneamente, retardaram a

normalização institucional e deram pretexto" a uma grande radicalização dos Governos" militares. Por isso mesmo sua linha hoje épela consolidação da abertura democrática e

!* pela frente ampla com liberais e outras cor-rentes democráticas. A prioridade passou aser o combate a céu aberto e dentro da lei,embora sua organização não se beneficie dascondições da existência legal. Por isso mesmoeles estão no PMDB, para arregimentar as

;; esquerdas em favor da democratização. O;; terrorismo é, no entender do emissário do.. movimento que me procurou para dar esses

esclarecimentos, o inimigo mortal do Gover-¦> no, dos Partidos e da normalização democrá-• tica.

Do MR-8, segundo afirmou, não se deveesperar qualquer ato de provocação e seusmembros temem apenas serem utilizados co-mo bode expiatório ha luta que o Governo nãodeixará de dar ao terrorismo.

Carlos Caswilo Branco

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POLÍTICA E GOVERNO JORNAL DO BRASIL D domingo, 21/9/80 D Io Caderno

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Senadora quer assistir a filmeerótico pois este é o seu dever

Brasília — A Senadora Eunice Michillis(PDS-AM), "como cidadã, mãe e esposa", nãotem nenhum interesse ou curiosidade em assis-tir ao filme japonês Império dos Sentidos, hádias liberado pelo Conselho Superior de Censu-ra. Como senadora, entretanto, ela acha de suaobrigação ver o filme, se houver exibição espe-ciai para o Senado, conforme sugestão do Sena-dor capixaba Dirceu Cardoso.

Na sua opinião, a exploração comercial dosexo e do erotismo, em revistas, teatros e cine-mas, tende a refluir.

A Sra Eunice Michillis acredita que "filmescom mensagens positivas de amor ao próximo,de luta pela sobrevivência, de patriotismo, têmmelhor aceitação popular que os filmes comapelos pornográficos e eróticos."

DúvidasDe qualquer forma, a Senadora amazonense

tem dúvidas:

Meus filhos acham que são caretas os querepudiam e criticam certos filmes e certas revis-tas. Será que esta luta não representa um bradode uma geração superada?

Mesmo com as dúvidas, ela apoia o movi-mento contra a "indústria do sexo e as pomo-chanchadas", embora reconheça que "a novageração não concorda com tudo isso".

Há dias, o Senador Dirceu Cardoso sugeriuda tribuna que se realizasse uma sessão espe-ciai do filme O Império dos Sentidos, para queos senadores discutissem sua liberalização peioConselho Superior de Censura. Mas observouque a Sra Eunice Michillis, única mulher noSenado, não deveria assistir às cenas sexuaisexibidas.

Como mãe de família, não tenho vontadede ver o filme. Como senadora, contudo, tenhoa obrigação de participar do debate de todos osproblemas nacionais — disse ela.

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Dirceu procuraconhecer Conselho

O Senador Dirceu Cardoso(ES, sem Partido) apresentarános próximos dias, após avis-tar-se com os Ministros da Jus-tiça e da Educação e Cultura, oprojeto alterando a composiçãodo Conselho Superior de Cen-sura e, logo após, um outro des-tinado a impedir a exploraçãodo sexo em qualquer meio decomunicação.

Com o Ministro da Justiça, oSenador Dirceu Cardoso esperaobter informações mais com-pletas sobre o integrantes doConselho. "Quero saber se sãobons chefes de família, se vivembem em casa. Pode ser que ai-guns deles vivam mal em suafamília e, por isto, não se impor-tem com a situação moral dasfamílias alheias".

O Sr Dirceu Cardoso não de-cidiu, ainda, quais os novos in-tegrantes do Conselho. Isto elediscutirá com os dois Ministros.A sua intenção é propor que oCSC, hoje com 15 componentes,passe a ter representantes doEstado-Maior das Forças Ar-madas, da OAB, dos estudan-tes,- dos professores, da CNBB,das Igrejas evangélicas, da Cá-mara, do Senado e de entidadesfemininas.

A atenção do Sr Cardoso paraa exploração do sexo pelo cine-ma nacional foi despertada pe-Io Ministro da Justiça, Depu-tado Ibrahim Abi-Ackel, quelhe mostrou vários cartazes daEmbrafllrne considerados, porambos, como pornográficos.Com o Ministro da Justiça o SrCardoso analisará, também, osmotivos que levam a Embrafll-me a financiar películas destetipo de filme em vez de apoiar,por exemplo, projeto do Sena-dor Jorge Kalume (PDS-AC),que procura incentivar a reali-zação de filmes históricos.

Mesmo aplaudindo a posiçãodo Presidente da Repúblicacontra as pomochanchadas, oSenador Cardoso estranha queela não tenha maiores conse-qüènclas. A Embrafllrne, recor-da, é um órgão oficial subordi-nado ao Ministro Eduardo Por-tella, do MEC.

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Arquivo-1979 Arquivo-1977

Roberto Saturnino Evüásio Vieira

Saturnino e Evilásiosão candidatos alíderes no Senado

Brasília — Os SenadoresRoberto Saturnino (PMDB-RJ) e Evilásio Vieira (PP-SC)deverão ser os novos líderesoposicionistas no Senado, emsubstituição aos Srs PauloBrossard (PMDB-RS) e Gil-van Rocha (PP-SE). Os SrsMarcos Freire (PE) e ItamarFranco (MG) são as outrasopções do PMDB, mas compossibilidades remotas.

A bancada do Partido Po-pular no Senado, de acordocom proposição do SenadorAlberto Silva (PI), já decidiuapoiar a candidatura do Se-nador Jarbas Passarinho(PDS-PA), líder do Governo,à Presidência do Senado. OSr. Passarinho gostaria deexercer o cargo, mas está nadependência de ser liberadopelo Governo.GDLVAN ACELERA

O Senador Gilvan Rochafoi quem desencadeou o pro-cesso de escolha dos líderes eda Mesa, que normalmente sócomeça a ser intensificada nasegunda quinzena de novem-bro. Ele já comunicou aos ou-tros senadores do PP que,tendo sido um grande defen-sor do rodízio na liderança,quando ainda pertencia aoPMDB, não pretende ficar nocargo. O PP vai indicá-lo paraa Mesa, provavelmente a 2°vice-presidência ou 2a Secre-taria.

No seu lugar, está pratica-mente certo o Sr EvelásioVieira, também remanescen-te do PMDB e do grupo quedefendeu a escolha do SrPaulo Brossard, em substitui-ção ao Sr Franco Montoro(PMDB-SP), com base no cri-tério do rodízio. A outra op-ção do PP era o Senador Men-des Canale (MS), que acabade ser indicado para a presi-dência da CPI do Congressoque investigará o terrorismo.

UNIÃO

O Senador Paulo Brossardnão está mais interessado emficar na liderança para a qualfoi reconduzido por unanimi-dade. O seu cadidato, aindaque nào confirme, é o Sr Ro-berto Saturnino, que tem o

apoio do Senador FrancoMontoro. O Sr Pedro Simon(RS) teria maior possibilida-de que todos os outros se nãofosse gaúcho, como o Sr Bros-sard.

Os Srs Marcos Freire e Ita-mar Franco sáo as outras po-sibilidades. O Sr Itamar nàoquer o cargo, mas terá deaceitar a vice-liderança. En-tre os candidatos do PMDB àMesa, Os Srs Cunha Lima(PB) e Qrestes Ouércia (SP) jáestão em campanha, respectl:vãmente para Io Secretaria e2o vice-presidência. O SrBrossard se resolver disputarqualquer cargo na Mesa seráimbatível entre os oposicio-nistas.

PDS AGUARDA

Sem a mesma liberdade demovimentação que existe nosPartidos oposicionistas, abancada do PDS, a majoritá-ria, aguarda a decisão do Pia-nalto sobre o destino a serdado ao Sr Jarbas Passari-nho. Se o Presidente Figuei-redó e o Ministro Golbery dê-cidirem mantê-lo na lideran-

• ça, o Senador José Sarney(PDS-MA) passará a ser ocandidato mais forte. O SrSarney, no entanto, tem ditoque prefere continuar na pre-sidência do PDS.

O Senador Passos Porto(PDS-SE) tem um lugar ga-rantido na Mesa, nào se sabe,ainda, se Io vice-presidenteou Io secretário, cargos dosquais o Sr Passarinho náoabre mão. O Senador LuizCavalcanti (PDS-AL), preteri-do na escolha do Sr Luiz Viá-na (PDS-BA) — o atual presi-dente do Senado — será tam-bém convidado a integrar aMesa, que tem sete cargos.

A Ia secretaria é hoje umcargo problemático, devidoao êxito da administração doSenador Alexandre Costa(MA, sem Partido), seu atualocupante. Outro nome prova-vel da Mesa é o do Sr MoacyrDalla. Se o PDS não puderescolher nem o Sr Passarinhonem o Sr Sarney, a presiden-cia ficará entre os Srs AloysioChaves (PDS-PA) e MurilloBadaró (PDS-MG).

Candidato do PP ao Governode Minas pede união detodos para eleições de 82

Brasilia — O ex-Deputado José Aparecido de Oli-veira, um dos candidatos do Partido Popular ao Gover-no de Minas Gerais, propôs ao Senador Itamar Franco(PMDB-MG), também postulante ao cargo, um com-promisso: nenhuma candidatura poderá ser obstáculoa que as oposições tenham candidato único ao Governodo Estado. Este comportamento, a seu ver, deve seradotado em todos os Estados.

Acha o Sr José Aparecido que não se deve reunifi-car as Oposições, como sugerem o Sr Itamar Franco. Opluralismo oposicionista é uma decorrência das corren-tes existentes na sociedade, devendo cada Partidomanter sua unidade. Contudo, o adversário de todos é oGoverno, o sistema vigente e, por isto, devem se. apre-sentar unidos nas eleições.

TERRORISMO

O Sr José Aparecido acha quedepois do pronunciamento doMinistro da Justiça, DeputadoIbrahim Abi-Ackel, não hámais qualquer dúvida de que osgovernadores serão escolhidosem eleições diretas.

"O lamentável no pronuncia-mento do Ministro da Justiça —observa — foi a comprovaçãodo seu desprezo pela opiniãopopular, a ponto de considerar,que toda eleição direta de Pre-sidente da República no Brasilfoi um cataclisma".

Concorda o Sr Aparecido como apoio que todos os Partidosestão dando ao Presidente daRepública no combate ao terro-rismo: "A vocação da históriabrasileira é a democrática. Nàoaceitamos radicalismos, sejamde esquerda ou de direita. Cus-to a acreditar que brasileiros seutilizem do terror como armapolítica".CONSTITUINTE

Na análise que fez da confe-rência do Ministro da Justiça,pronunciada na última terça-feira, destaca, também, a afir-mação de que a reforma consti-tucional deve ser feita peloscongressistas eleitos em 1982."Creio que o Ministro da Justi-ça acabará evoluindo e perce-bendo que o ideal será convo-car uma Assembléia NacionalConstituinte em 1982".

Na sua entrevista, concedidano gabinete do Sr MagalhãesPinto, o Sr José Aparecido con-

denou os que "continuam pre-tendendo manter o país dividi-do entre os que fizeram a Revo-lução de 1964 e os que foramcassados por ela. Hoje quase 70por cento da população temmenos de 30 anos. Não pode-mos ficar divididos pelo passa-do. Temos é que cuidar do futu-ro, fazer com que os jovens par-ticipem ativamente da vida pú-blica".

,i Por esse motivo, condena co-mo o Governo vem tratando osestudantes, proibindo-lhes o di-reito de associação, "como seeles não pudessem participarda vida nacional, atingindo-lhes a cidadania. O desprezo doGoverno pela juventude esten-de-se à própria educação".

EMPOBRECIMENTO

Nos entendimentos que man-teve com os parlamentares mi-neiros ficou decidido que o PPfará uma nova tentativa paramelhorar a redistribuição detributos entre a União, os Esta-dos e os municípios. Este as-sunto deverá, inclusive, ser sus-citado na bancada do PP, quese reúne na próxima quarta-feira."Cerca de 13 dos mineirosestá fora de Minas pelas dificul-dades econômicas do Estado.Mesmo o desempenho rural,que tem sido muito bom paraas condições existentes, é insa-tisfatório para nossas necessi-dades. Minas, como todo o Bra-sil, tem sido prejudicado pelaspéssimas administrações quenos foram impostas".

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¦ O Brigadeiro Eduardo Go-mes completou ontem 84anos de idade e, nas comemo-rações, o Ministro da Aero-náutica reuniu em sua resi-dência oficial da Base Aéreado Galeão os amigos e admi-radores, que participaram demissa, coquetel e almoço.Mensagem especial do Presi-dente Figueiredo foi lida peloBrigadeiro Délio Jardim deMattos.

O Brigadeiro, que assistiu àmissa ao lado do Ministro, dacunhada Francisca SabóiaGomes, do Senador Maga-lhàes Pinto e do ex-MinistroPrado Kelly, insistiu que oprimeiro pedaço do bolo (elemesmo apagou uma das duasvelas) fosse entregue ao Mi-nistro da Aeronáutica; nestahora, foi ouvido claramente— "pro Délio".

COM O PAPA

Após a missa, rezada naárea externa da residênciapelo chefe do Serviço de As-sistència Religiosa da Aero-náutica, Coronel Lucas Maia(auxiliada por mais quatrocapelães militares), o Briga-deiro Eduardo Gomes rece-beu vários presentes e abra-ços, entre eles o do CapitãoSérgio Ribeiro Miranda deCarvalho (caso Para-Sar).

O presente do Ministro daAeronáutica foi uma fotogra-fia emoldurada, na qual; aolado do Cardeal Eugênio Sal-les, o Papa João Paulo II dáum beijo no Brigadeiro. A fo-tografia, feita no desembar-que do Papa no Rio, durantesua recente viagem ao pais,,foi publicada no JORNALDO BRASIL e seu autor éRonaldo Theobald.

PRESIDENTE

O Brigadeiro Délio Jardimde Mattos leu, após a missa,mensagem especial do Presi-dente João Figueiredo."Caríssimo BrigadeiroEduardo Gomes

A passagem de seu aniver-sário natalício constitui moti-vo de júbilo nacional a quenão poderia deixar de asso-ciar-me, rendendo-lhe, nestacarta, as homenagens de mi-nha irrestrita admiração eprofundo respeito.

Os edificantes exemplos deculto à liberdade e de amor àpátria, que pontilharam todaa sua longa e proveitosa exis-tència de soldado exemplar ecidadão prestante, são estí-mulos permanentementetransmitidos a todos nós.

¦Foto de Geraldo Viola

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Délio não gostou das declaraçõesde Sérgio Carvalho

.Délio dará audiência

a Capitão reformado ^

O Ministro da Aeronáutica, Brigadeiro Délio Jar-dim de Matos, e o Capitão Sérgio Ribeiro Miranda deCarvalho <reformado em 1969 por legislação excep-cional, em conseqüência do caso Para-Sar) conversa-ram ontem alguns minutos, na festa em homenagemao Brigadeiro Eduardo Gomes. Depois, o Ministroinformou que amanhã irá recebè-lo, oficialmente, noseu gabinete em Brasília.

O Brigadeiro Délio Jardim de Matos comentouapenas sobre o encontro, que "o Capitão Sérgio nãoestá sendo meu amigo", enquanto o Capitão, quepermaneceu na residência oficial do Ministro apenaspara a missa do Brigadeiro Eduardo Gomes (um dosdefensores de sua causa) saiu de lá visivelmentedecepcionado.

RecursoO mandado de segurança do Capitão Sérgio

contra o Ministro da Aeronáutica, no qual pede suapromoção ao posto de Tenente-Coronel, com todas asvantagens, desde 1969, será julgado na próximaquinta-feira, no Tribunal Federal de Recursos. Aconcessão do diréito depende de uma interpretação,no TFR, de argumentação jurídica que torna maisampla a recente lei de anistia.

De acordo com o Capitão Sérgio, o Ministro nãogostou de recentes entrevistas, trazendo a públicosuas reivindicações, além de rememorar algumassituações do caso Para-Sar. Mesmo tendo recorrido àJustiça, em busca de uma reparação, o CapitãoSérgio explicou que procurou deixar sempre bemclaro, nas suas declarações, que ainda confia nasautoridades do país.

Deputado

quer ampliar

coligações

Brasília — O Deputado Ed-son Vidigal (PP-MA) apresen-tou na Câmara projeto alte-rando a Lei Orgânica dos Par-tidos Políticos a fim de possi-bilitar as coligações partida-rias para vereadores e depu-tados, visando a restabelecero que o parlamentar chamade "uma antiga e salutar prá-tica democrática interrompi-da pelo bipartidarismo".

O texto atual da Lei Orgâ-nica só prevê coligações parasenador, governador e prefei-to. Não admite que os Parti-dos se juntem numa chapaapenas para concorrer às elei-çóes para vereadores, deputa-dos estaduais e deputados fe-derais.

A reforma partidária doGoverno, conforme o repre-sentante maranhense, náopassará de um casuísmo senáo for revogada a proibiçãodas coligações para os pleitosproporcionais "cujo único ob-jetivo é a manutenção doatual esquema de poder atra-vés da pulverização das for-çãs oposicionistas".

Aí, teremos que nos rea-glutinar, formando todos umoutro Partido político, reu-nindo todas as forças de opo-sição — disse ele.

Lembrou que até 31 de de-zembro de 1978, a Constitui-ção declaradamente vedavaas coligações partidárias.Mas a partir da vigência daemenda Constitucional n°11/78 — pacote de abril — .essa proibição foi excluída dotexto constitucional.

Ora — argumentou o par-lamentar — se a regra ante-rior preceituava a proibiçãodas coligações partidárias, efoi deliberadamente suprimi-da, a vontade constitucionalé sábia. Somente pode teruma única interpretação, ade fixar-lhes a permissivida-de. Daí então a ser aplicável oaforisma consagrado pelo Di-reito Romano: o que não éproibido é permitido. A veda-ção é que terá de ser, forçosa-mente, declarada e explici-tada.

Por último, argumentouainda que a Constituição nãoproíbe as coligações partidá-rias, inexistindo, portanto,razão legal para que a lei ordi-nária não possa fazê-lo.

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O contrato assinado dará ao Centro do Rio o maior empreendimento imobiliário dos últimos anos'

ATLÂNTICA-BOAVISTA LANÇA

PRÉDIO DE 38 ANDARES

NA AV. RIO BRANCO

A Atlàntica-Boavisto Imobiliária S/A, sub-sidiária do grupo segurador de mesmo nome,acaba de contrator a Gomes de Almeida,Fernandes para a construção do mais importan-te empreendimento imobiliário comercial, doCentro da Cidade do Rio de Janeiro, nos últimosanos: um prédio de 38 andares localizado nomelhor trecho da Avenida Rio Branco, entre NiloPeçanha e Almirante Barroso.

Com inovações tecnológicas que o colocamao lado dos projetos mais avançados em desen-volvimento, neste momento, em algumas dasmaiores metrópoles mundiais, o edifício possui*localização única, pois na área não há qual-quer possibilidade de que venha a surgir outroempreendimento do mesmo porte e caracterís-ticas.

CONCEPÇÃO BÁSICAPartindo de um projeto do arquiteto Luiz

Paulo Conde, o edifício será dotado de umandar intermediário — o 22° — no qual seconcentrarão todos os seus serviços de apoio.Esta é uma característica inovadora, que, se-gundo a Gomes de Almeida, Fernandes, alémde tornar todo o conjunto mais funcional, possi-bilitará uma redução no custo global do em-preendimento.

Na prática, esta divisão representa a exis-tència de dois prédios superpostos. Do lc ao 21°andares, ele será constituído de salas e conjun-tos executivos dotados de todas as inovaçõesque, também, serão implantadas do 23° ao 38candares, onde se localizarão salões empresa-riais, servidos por uma bateria exclusiva deelevadores. As diversas unidades poderão co-municar-se através de um sistema de telefonesinternos.

No pavimento de acesso ficará localizadouma central de controle para todo o edifício,equipada, inclusive, com um circuito interno detelevisão, de forma a acompanhar o funciona-mento de todos os equipamentos de serviços,além de ser dotada de dispositivos de seguran-ça. A um sinal de fumaça, por exemplo, emqualquer dos andares, se acenderá imediata-mente uma luz vermelha, independentementede soar um alarme especifico.

LOCALIZAÇÃO

A escolha da área pelo Atlàntica-Boavistodeveu-se, em especial, ao fato de ser intensa aprocura existente para imóveis localizados na-quele trecho específico da Avenida Rio Branco e

pela proximidade dos mais importantes órgãot'púb^lòs. instituições financeiras e sedes digrandes empresas nacionais e estrangeiras.

Alem aisso, o prédio fica exatamente nqinterseção do principal eixo de transportes daCidade, formado pela estação Largo da Cariocado Metrô (a ser inaugurada em breve), em urnextremo; pela estação das barcas que ligam oRio a Niterói (que deverão atender algunsbairros, proximamente), no outro; e pelo termi-nal urbano Menezes Cortes, dotado de amplosestacionamentos e onde se encontra o serviço daônibus executivos, intermediariamente.

Por todas estas facilidades, além dascarac-terísticas construtivas empregadas e do ofereci-mento de opções dos mais variadas em termosde espaços, o empreendimento se adapta per-feiamente as necessidades tanto de profissio-nais liberais quanto de empresas de todos osportes, aue poaerão escolher a composição qu«,mais as atendam.

O contrato para a execução das obras —cujas fundações já foram iniciadas — foi assi*nado por dirigentes das duas empresas: JoãâíCarlos de Almeida Braga e Luís Antonio dé'Almeida Braga, pela Atlántica-Boavista Imobi-liaria S/A; e Cid Keller e Antonio Franco Cruz,pela Gomes de Almeida, Fernandes.

Deus guarde o nosso querl-do Brigadeiro e o mantenhaconosco para carinhosa reve-rència nacional."

A festa em homenagem aoBrigadeiro Eduardo Gomes,organizada pelo Tenente-Brigadeiro Paulo de AbreuCoutinho, teve a participaçãodo coral Canarinhos de Petró-polis, que apresentou músi-cas sacras e populares. Nosermão, o Coronel LucasMaia frisou, como principalcaracterística do homenagea-do, a autenticidade.

Auxiliado sempre, para sedeslocar na residência oficial,o Brigadeiro Eduardo Gomessurpreendeu a todos na horado bolo, enfeitado com o sim-bolo da Aeronáutica. Ele con-seguiu apagar uma das velas,a que tinha o número quatro,além de partir, sozinho e depé, o primeiro pedaço.

LIVROSÁBADO

CADERNO BJORNAL DO BRASIL

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O psit,

ô do jornal...

Venha curtir um show sem mexer

com a sua pôpança."

DIA 28

DE SETEÜIBRO

NO MARACANAZMHO

Ao comemorar seus 20 anos de existência, o Motel Clube do Brasil vai dar um show.Um show "forevis" com os Trapnlhòes.

As crianças vão vibrar.Vai ser no dia 28 de relembro no Maracanãzinho.

E de graça! É só você passar em aualquer agência do Motel Clube, atualizar a suasituação e apanhar os seus ingressos.

Não deixe de levar os seus lilhos pata curiir cuus J-'os. Didi. Dedê, Mussume Zacarias.bem d» o«'t:r.:iu

Não perca tempõríngníssesÀánijtados.

MOTa CLUBE

DO BRASIL

a rede do descanso m** —************************** ********** ************************************ *———C». T

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JORNAL DO BRASIL domingo, 2''9;80 Io Caderno

Informe JBVoadores

Na última sexta-feira, e portanto du-rante todo o fim de semana, estavamausentes de Brasília os seguintes Minis-tros de Estado:Said Farhat, no Rio de JaneiroMario Andreazza, no Rio de JaneiroEliseu Resende, no Rio Grande do SulEduardo Portella, em Belgrado, emreunião da UNESCOAmaury Stábile, em São PauloWaldir Arcoverde, em Washington, emreunião do Conselho Diretor da Organi-zação Pan-Americana de SaúdeErnane Galvêas, no Rio de JaneiroHaroldo Corrêa de Mattos, em Cam-pinasIbrahim Abi-Ackel, em Belo HorizonteCamilo Penna, em São PauloMurilo Macedo, em Sáo PauloCésar Cais, no último dia de sua via-gem à Tcheco-EslováquiaRamiro Guerreiro, em viagem oficial àBélgicaJair Soares, em Porto AlegreWalter Pires, em viagem oficial aoChile

Delfim Neto, em São Paulo eDélio Jardim de Mattos, no Rio

¦ ¦Permaneciam em Brasília o Ministro daMarinha, o Ministro da Desburocratiza-ção, o Ministro-Chefe do Gabinete Civil eo Ministro-Chefe do EMFA.

O Brasil é grande; e é bom que osMinistros de Estado viagem, para ver deperto todos os problemas do país. Asviagens acabam por constituir uma espé-cie de osso do oficio. Quem não gosta deavião não pode ser Ministro de Estado,no Brasil de hoje.

¦ ¦Deve-se ao Presidente Juscelino Kubits-chek o pioneirismo nesta nova forma deadministrar o país. Ele vivia grande par-te do tempo a bordo do Viscount presi-dencial, hoje uma peça de museu. E so-freu severas críticas da Oposição na épo-ca, especialmente da Banda de Música,que o considerava demasiadamente irre-quieto. "O homem não pára no Catetepara estudar os problemas do país" re-clamavam os corifeus da UDN.

Mas, perto do dinamismo exemplar dosMinistros de hoje, o estilo JK poderia ser

¦.', considerado quase como o de um pé-de-¦íl chumbo.

• MisturaHá um novo golpe na praça: misturar

, à gasolina com óleo diesel..?>?, É o chamado coquetel da recessão:

três partes de gasolina com álcool e umaparte de óleo diesel com gasolina. Pois, agasolina que excede do consumo e daexportação já está sendo adicionado aoóleo diesel.

A fórmula é engenhosa, mas não sedeve esquecer que a ressaca reduzirá pelametade a vida útil do motor.

__^m_Juizde ForaDiante das espantosas declarações do

Juiz João Alves Sidney Afonso, de Juiz deFora, condenando a presença de mulhe-res no Júri, um grupo de juiz-foranos ilus-três, entre os quais Rachel Jardim, Affon-so Romano de SanfAnna, Carlos Bra-cher, Pedro Nava, José Rubem Fonseca,Fernando Gabeira e outros resolveu de-monstrar sua discordância com o magis-trado.

E para início de conversa já enviaramàs mulheres de Juiz de Fora várias cartasde apoio, telegramas de solidariedade e...flores.

A subseção da OABA Subseção representa a Ordem dos

Advogados do Brasü no âmbito de suajurisdição para todos os fins e efeitos, emjuízo e fora dele, de acordo com a Lei n°4 215/63, que é o Estatuto da OAB. Esta é,em síntese, a conclusão da tese aprovadapor aclamação na 8a Conferência Nacio-nal da OAB e que acaba de ser editadapela sua autora, a advogada Maria JovitaLeite da Costa, de Niterói. Como prefácio,uma carta de apoio à tese, do ex-presidente da Ordem, Raymundo Faoro.

A tese, que contraria entendimento daOAB-RJ, deve alcançar grande repercus-são entre os advogados, aos quais a Or-

dem só pode servir com eficiência, segun-do sua autora, com o concurso das Subse-ções. O apoio incisivo que RaymundoFaoro lhe deu espontaneamente, depoisdo encontro de Manaus, ao qual nãoesteve presente, recomenda-a como tra-balho sério de análise da vida da Ordem àluz do seu Estatuto e dos princípios ge-rais de hermenêutica e aplicação do Di-reito.

De voltaO trem Vera Cruz voltará a ligar Belo

Horizonte ao Rio.No começo, só circulará nos fins de

semana, como parte de um pacote mon-tado pela Rede com a Embratur. Dia 12de dezembro, aniversário de Belo Hori-zonte, parte de lá um deles, com leitos epoltronas comuns para uma viagem de 12horas, tal como antigamente.

Quem comprar o pacote, passa a noitede sexta para sábado no trem, de sábadopara domingo num hotel carioca e dedomingo para segunda novamente notrem, voltando a Belo Horizonte. Em1982, quando ficar pronta a Ferrovia doAço, o tempo de percurso cai para seishoras.

Alguns mineiros históricos seráo con-vidados especiais para a viagem inau-gural.

Lave canemO líder do PMDEI na Câmara dos Ve-

readores de Salvador, Newton MacedoCampos, tem memória prodigiosa, para aqual apelam com freqüência até mesmoalguns adversários políticos. Sua memó-ria ajudou-o a comentar a observação deum parlamentar governista, a propósitoda Frente Interpartidárla das Oposiçõesbaianas, em conversa no Congresso Na-cional.

Comentário do Deputado:Tem gente esquecendo que o.ex-

Governador Roberto Santos soltou oscachorros em cima de Ulysses Guimarãese que esses mesmos cachorros morderamo hoje Deputado Elquisson Soares, queestá na Frente, ao lado de RobertoSantos.

¦ ¦ ¦Em Salvador, porém, Newton Macedo

Campos lembrou:Os cachorros não morderam Elquis-

son Soares, mas sim o Deputado LouriválEvangelista, eleito pelo MDB e que hojeestá no PDS. Assim, as mordidas nãoafetam a união das oposições, na Bahia.

ProféticoO artista plástico e escritor Christoph

Meckel, autor de 25 volumes entre osquais se incluem livros de poemas, prosa,contos e um romance, encontrou-se, an-teontem demoradamente com escritorese artistas brasileiros.

No dia 25 o Instituto Cultural Brasil-Alemanha e a Biblioteca Nacional inau-guram uma exposição de gravuras de suaautoria seguida de um encontro literário,com leitura de textos e poesias em ale-mão pelo autor, e em português por BuzaFerraz. A introdução será feita por Walter~~Schorliesr

Os temas básicos de Meckel, seja naliteratura ou nas artes plásticas, são osdireitos humanos. Sobre suas gravuras,escreveu o crítico de arte e poeta Armin-do Trevisan:

Com modéstia e pertinácia apaixo-nantes, Christoph Meckel consegue em-prestar às suas gravuras sobre a Declara-ção Universal dos Direitos Humanos umniínimo de sopro profético, um mínimo demessianismo social autêntico.

FeijãoO Brasil importou feijão-preto em

agosto. Mas, as autoridades decidiramque a distribuição aos supermercados sódeveria começar em setembro, quandotodos os navios descarregassem o totalda importação, de forma a impedir qual-quer solução de continuidade que suge-risse nova escassez do produto.

O calendário já marca a terceira sema-na de setembro e a situação nào se modi-ficou. As filas permanecem nos poucossupermercados que receberam o feijão, etudo indica que a distribuição é feita aconta-gotas.

E quem pode pagar Cr$ 80 o quilo nãoprecisa entrar na fila.

Este é o verdadeiro feijão-maravilha.

Lance-livreA Comissão de Direitos Humanos do

Conselho Federal da OAB, constituídapor 15 membros e presidida pelo SrEduardo Seabra Fagundes, deverá se reu-nir esta semana pela primeira vez para,entre outras decisões, aprovar seu regi-,mento interno, cuja minuta está sendopreparada pelo advogado Nilo Batista.

Suspensos os estudos de fusão doBanco de Desenvolvimento de Sào Paulocom o Banespa.

Em 30 dias estarão encerradas emtodo o país as inscrições para estudantesde 2o grau para participarem do concursonacional de redação promovido peloMEC. O prêmio será de Cr$ 50 mil.

O Deputado pernambucano SérgioMurilo Santa Cruz continua indeciso:não resolve se permanece no PDT ou seingressa no PP.

No dia 25 o Presidente João Figueire-do visitará as cidades catarinenses deCriciúma e Tubarão. Como se recorda,sua última visita a Santa Catarina foi emnovembro do ano passado.

Os metalúrgicos paulistas, que têmdissídio em novembro, estão organizan-do uma lista reivindicatória com 24itens. Entre eles um piso salarial de CrS13 mil 900 e aumento de 20% sobre ovalor do INPC.

O novo avião da Embraer, o Sertanejo,começou a ser comercializado.

A Secretaria de Turismo, Cultura eEsportes de Pernambuco vem estudandomeios de desenvolver um programa deeducação física nas residências do Reci-fe. Pesquisa sobre aceitação da idéia jáestá sendo efetuada com os condomíniosdos principais edifícios da cidade.

O Secretário de Educação, ArnaldoNiskier, abre no dia Io de outubro oEncontro de Poesias para professores deIo e 2" graus, na UERJ. Participarãopoetas visuais, cordel, tradicionais, alémde críticos e pesquisadores. O Encontrofaz parte do Projeto Manoel Bandeiradestinado a ativar o gosto de estudantespela poesia.

Durante dois dias — quinta e sexta-feira — as bancadas federais de MinasGerais, Pernambuco e Bahia visitam, emavião Búfalo da FAB, as cidades do Valedo Sào Francisco onde estào sendo feitasobras contra enchentes.

Estão muito pessimistas os dirigentesdo PP, principalmente em relação aopleito direto de governadores em 1982. Opessimismo, no entanto, nào impede oexame de candidaturas ao Palácio daLiberdade.

Amanhã, na livraria Record, de Copa-cabana, o lançamento do livro Em CarneViva, de José Louzeiro, ficção baseada navida de Zuzu Angel, Mais tarde, às 23h,exibição do filme Fruto do Amor, basea-do em história de Louzeiro, no Cine-clube do Meridien.

Os deputados estaduais pernambuca-nos estão trabalhando muito. O Boletimda Assembléia Legislativa, de quinta-feira passada, relatando as atividadesdiárias dos parlamentares em plenário,teve apenas uma pagina.

Será no dia 25, às 18h, no Salão Nobredo Senado, o lançamento do livro con-tendo os discursos pronunciados de 1973a 1979, pelo Senador Petrônio Portella. Aobra é apresentada pelo Ministro Golbe-ry do Couto e Silva.

ARREPIADO...Desburocratizar é reduzir a mterfe-

rência excessiva do Estado na ativida-ae econômica e combater o excessode regulamentação que onera e per-turba a atividade diária do empresário,elevanao-lhe os custos — o que pro-duz inflação — o inibindo-lhe a iniciati-va — o que prejudica o desenvolvi-mento

Desburocratizar nào e aperfeiçoarorganogramas É refundir profunda-mente o próprio texto das leis, decre-tos e regulamentos para deles extir-par as marcas herdadas de nossopassado colonial, a centralização, for-maiismo e a desconfiança, vícios cul-turais que retardam a solução dosassuntos e respondem pela avalan-che de exigências, formalidades,aprovações, atestados e certidões,que só servem para dificultar a vidados honestos, sem intimidar os deso-nestos, que só servem para tornarainda mais penosa a vida |á difícil doshumildes e necessitados

E nesse dramático front da buro-cracia que o homem humilde, o ne-cessitado, aquele que nâo dispõe derecursos para enfrentar a intermedia-çáo e a corrupção, sofre diariamente ahumilhação de longas filas e a torturada longa espera.

O programa de desburocratizaçâopretende, afinal, restabelecer, naconsciência dos administradores, oconceito, hoie um tanto esquecido,de que serviço púbico significa servirao publico

Os trechos acima fazem parte dodiscurso que o Ministro Hélio Beltrãodirigiu ao Presidente da Republica nodia 17/7. por ocasião do Io aniversárioda desburocratizaçâo.

Para o bem de todos e felicidadegeral da naçáo, vamos pedir a Deusque os futuros governos continuemnomeando o eficiente Ministro Bel-trão para desenferrujar o serviço pú-blico.

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Sátiro diz que abertura podeconviver com crise e terror

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CADERNO B

JORNAL DO BRASIL

Brasília — O presidente da Comissão deJustiça da Câmara, Deputado Ernani Sátiro(PDS—PB), admite que na ditadura sejamuito mais fácil combater o terrorismo e ainflação, "embora ela possua suas desvanta-gens". O parlamentar paraibano, contudo,acredita que um processo de abertura políti-ca pode perfeitamente conviver com a criseeconômica e o terrorismo. "O contrário seriaadmitir que a democracia nâo é viável" —frisou.

Lembrou que já apoiou a ditadura, masexcepcionalmente, como medida transito-ria, "pois nenhum homem de bom sensopode pregar a ditadura". Ele aceitou o Esta-do Novo, observou, dentro de um pressupôs-to de que havia grande movimentação co-munista preparada, que era o chamado Pia-no Cohen. Aceitou, também, medidas deexceção da Revolução, "porque o movimen-to tinha inspiração democrática".

O Deputado Sátiro não participa do con-ceito, classificado por ele de "fanático", dedemocracia absoluta. "Não existe nada de

absoluto no mundo. A expressão "democra-cia relativa" foi multo impugnada, censura-da, mas tudo no mundo é relativo. Absolutosó Deus" — comentou.

Ex-presidente nacional da UDN, ex-líderdo Governo Costa e Silva, ex-Mlnistro doSuperior Tribunal Militar, ex-Governadorda Paraíba, o ex-arenista Ernani Sátiro con-sidera muito complexa a situação atual,provocada pelos atentados terroristas, "por-que a punição prevista nào tem sido eficaz".

— Um dos fundamentos da pena é aintimidação, a defesa social. Mas as medidasexistentes no código náo são bastante fortespara evitar a ação dos extremistas — disseele.

Do ponto-de-vista legislativo, o represen-tante governista náo vê nenhuma fórmulaeficaz, ressaltando que uma lei antiterrornáo traria qualquer resultado concreto.Além disso, lembrou o Sr Ernani Sátiro, falarem terrorismo do ponto-de-vista jurídico-penal, "é nào dizer nada, porque o crime nãoestá tipificado".

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JORNAL DO BRASIL D domingo, 21/9/80 Cader POLÍTICA E GOVERNO

Geisel sófala sobre oProálcoolMaceió — "O povo nào quer

saber o que eu penso" — reba-teu o ex-Presidente ErnestoGeisel diante da insistência dosrepórteres que foram recebê-lo,ontem, no Aeroporto dos Pai-mares. Evitando a televisão —chegou a empurrar o microfoneapresentado por um repórter —o General Geisel não se demo-rou no saguão, indo direto parao carro oficial do Estado emcompanhia do GovernadorGuilherme Palmeira.

No Hotel Alteza Jatiuca, ondealmoçou, não conteve o espan-to quando viu novamente osjornalistas e disse para o Go-vemador: "Olhe eles ai denovo."

Presidente, o que o senhoracha dos atentados terrorista?Sáo de direita ou de esquerda?

O Presidente Figueiredo eo Ministro da Justiça já falaramsobre isso.

A opinião do senhor é amesma deles?

Não respondeu.O senhor tem que falar,

Presidente. O povo quer saber asua opinião.

A minha opinião nào inte-ressa. O povo nào quer saber oque eu penso.O senhor concorda com aidéia do separatismo, advertidapelo Governador GuilhermePalmeira no Nordeste?

Nào sei qual é a opinião doGovernador Guilherme Pai-meira.

O ex-Presidente prometeupara hoje, quando inaugura adestilaria de álcool de Roteiro,a 90 km de Maceió, uma entre-vista sobre o Proálcool. "Ama-nhá eu falo sobre o Proálcool."O General Ernesto Geisel ficaráaté terça-feira em Alagoas. Suamulher, D Lucy Geisel, vai se-gunda-feira para Penedo, emcompanhia da Primeira-Damario Estado, Sra Suzana Palmei-ra, e de D Luzia Suruagy, mu-lher do Deputado Divaldo Su-ruagy (PDS-AL), enquanto oex-Presidente recebe a meda-lha do Mérito Industrial, da Fe-deração das Indústrias do Es-tado.

PDS votarálicença paraFigueiredo

Brasília — A liderança doGoverno na Câmara está con-yocando os deputados do PDSpara as sessões desta semana,com o objetivo de aprovar opedido de licença do PresidenteFigueiredo para visitar o Chile.Nas tentativas anteriores, náohouve quorum devido à obstru-çào dos líderes oposicionistas.O Chefe do Governo pretendeviajar para Santiago dia 9 deoutubro.

Terça-feira haverá reunião dabancada do PMDB na Câmara,convocada pelo líder FreitasNobre (SP), a fim de fixar posi-ção oficial na votação da ma-teria.

Nào se acredita que o Partidodecida votar a favor, mas tam-bém não fecharia a questão.Seria "questão aberta", aexemplo do decidido pelõ~FPTTudo indica que a Oposiçãonão insistirá no esvaziamentodo plenário, devendo dar-se porrecompensada pelas derrotasimpostas à maioria nas tentati-vas anteriores.

DOPS impedemanifestaçãocontra Maluf

Sáo Paulo — Um eficiente es-quema de segurança, comagentes do DOPS em trajes ci-vis, andando com walkie-talkies ou percorrendo lenta-mente as ruas em caminhone-tes Veraneio, sob o comandopessoal de seu diretor-geral, de-legado Romeu Tuma, impediuontem qualquer tumulto noquinto Governo de Integraçãodo Sr Paulo Maluf na região deItaquera e Guaianases, na Zo-na Leste desta Capital.

Uma manifestação de favela-dos, com uma faixa pedindo"Mais feijão, arroz e carne", reu-nindo cerca de 50 pessoas eliderada pelos Deputados IrmãPassoni e Marco Aurélio Ribei-ro, do PT, foi permitida pelodelegado Tuma e aconteceu de-fronte ao Parque do Carmo, aum quilômetro de distancia dogrupo escolar Cidade de Hiro-shima, em que o Governador, oPrefeito de Sào Paulo, Reynal-do de Barros, e alguns secreta-rios atendiam a sociedade deamigos de bairro, favelados etendas de umbanda.

Segundo informações do or-gànizador da festa, o adminis-trador regional de Itaquera-Guaianases, Augusto MarioFerreira, mais de 2 mil pessoasforam atendidas pelo Governa-dor que lhes sorriu, apertousuas mãos e as encaminhou aossecretários que despachavamem outras salas do grupo esco-lar, prometendo atender suasreivindicações. Além de 175 so-ciedades de amigos de bairro,tiveram acesso às autoridadesdo Governo de Integração trêsassociações de favelados e algu-mas tendas de umbanda da re-gião, que animaram a festa to-cando seus atabaques e cantan-do pontos de macumba na fren-te do grupo escolar em que oGovernador e sua equipe des-'"paehavaEru,<--c,..„.,..,_.

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João Pessoa — O Governa-dor da Paraíba devolveu CrS400 mil ao Tesouro do Estado,por não aceitar a diferençasalarial referente ao períodode janeiro a agosto, decorren-te da retroattvidade fixadapela Assembléia Legislativa.

Ao fazer a devolução, o Sr

Tarcisio Burity salientou, emoficio ao presidente da As-sembléia Legislativa, que porse considerar um servidor doEstado, preferia receber o au-mento somente a partir desetembro, data da vigênciada nova majoração de venci-

mentos do funcionalismo pú-blico estadual.

O Governador do Estadopercebia Cr$ 70 mil por mès,quantia inferior a salários pa-gos a diversas categorias fun-cionais de órgãos oficiais eempresas privadas na Paraí-

ba. A Assembléia Legislativa,por unanimidade, aumentouo subsidio e a representaçãopara CrS 120 mil, tornando oreajuste retroativo a janeiro.Agora, ele devolveu a diferen-ça salarial a que tinha direito,no total de Cr$ 400 mil.

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8 _ política e governo JORNAL DO BRASIL domingo, 21/9/80 1" Caderno

Lula reclama de atentadosFlorianópolis — O presidente

nacional do PT. Luís Inácio daSilva, disse ontem que os aten-tados terroristas visam "enco-brir outros atentados maiores",como a fome, a falta de empre-go e moradia, e que "tem muitoa ver com o regime. Sào prati-cados por pessoas que queremse manter no Poder aterrorizan-do a sociedade". Lula, que veioa Santa Catarina para o lança-mento oficial do Partido hoje,

em Joinville, disse que o Presi-dente deverá justificar as difi-culdades apresentadas paraprender os terroristas. "Se con-tinuar assim, fica claro que osterroristas tem multo a ver como próprio regime" — afirmou.

Indagado sobre como está en-carando a proposição de diálo-go feito pelo Sr José Sarney,Lula disse que está aberto amanifestações deste tipo massalientou que "é necessário sa-

ber o que o Sarney quer conver-sar". O presidente do PT lem-brou que já manteve diálogocom proposta semelhante como Sr Petrònio Portella, "quenáo deram em nada. Por isso, seo Sarney está querendo conver-sar com a Oposição que se defi-na pois nào tenho tempo aperder".

Lula admitiu que o PT náotem nenhuma proposta defini-

da para tirar o Brasil do lmpas-se que está atravessando, "masnenhum Partido tem propostapronta. Primeiro, precisamossaber como e por que o Brasilchegou ali. Depois, trazermos asociedade para debater umaproposta." Ele adiantou que oPT pretende apresentar pro-postas sobre reforma agrária emodelo econômico alternativo,para serem debatidas nacional-mente, em todo os setores.

Abi-Ackel pede colaboração Marcilio

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Brasília — "A democracia que vamosobter ao término do Governo Figueiredoserá a democracia que todos nós construir-mos, nós do Governo e da Oposição", disse oMinistro da Justiça Ibrahim Abi-Ackel, aofalar, na última terça-feira, perante a Comis-sáo Mista do Congresso que dará parecer àproposta de emenda constitucional doExecutivo que restabelece as eleições dire-tas para governadores e a totalidade doSenado.

O debate do Sr Abi-Ackel com os parla-mentares durou mais de duas horas, tendo oMinistro da Justiça feito um retrospectosobre as medidas de abertura adotadas ouanunciadas pelo Presidente João Figueiredoa partir da lei de anistia. "A nossa divergên-cia está em que as oposições a querem comoponto de partida e nós a queremos comoponto final de construção", afirmou ainda oSr Abi-Ackel, ao afastar a possibilidade deconvocação da Assembléia Constituinte.

ReformaCom a ressalva de que falava em nome

pessoal e não como representante do Gover-

no, o Ministro da Justiça insistiu na fórmulaque há algum tempo apresentou como alter-nativa à Constituinte: dar ao Congresso aser eleito em 1982 a incumbência de refor-mar a atual Constituição, eliminando "dis-positivos regimentais ou meramente admi-nistrativos que contém" e incorporando asemendas que estão sendo promulgadas.

— Uma reforma constitucional deve serfeita para durar — disse — e por isso, no meumodo de ver, nâo deve ser realizada em meioa um processo de lançamento de bases doregime democrático.

O Ministro Abi-Ackel afirmou que náosabe "qual o colorido que a Oposição vai dara essa construção democrática" e também"de que forma será possível apagar descon-fianças das oposições para que possamosconversar em tomo de proposições objeti-vas, como a emenda das prerrogativas e essaemenda da eleição direta dos governadores esenadores." Ressaltou, porém, que "a demo-cracia brasileira não será jamais obra de umhomem só." ,

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Salvador — Na mais longa entrevistadesde que assumiu o comando da 61 RegiãoMilitar, o General Gustavo Moraes Regodisse na TV Itapoã (Rede Tupi), lembrandoa sua experiência de oito anos na Amazônia,que os índios querem continuar tuteladosporque "eles querem viver à custa do Gover-no, usufruindo de todos os favores da tutela,mas sem nenhum dever de cidadão".

"Esses índios de televisão não são maisÍndios. Eles querem continuar índios paramanter os privilégios do Índio. A primeiracondição do índio deveria ser esta: ter amore apreço às suas origens, mas não explorar acondição econômica e social do índio. Osíndios de televisão não são verdadeiros, jásáo manipulados".

Lei da vergonhaNa entrevista, de quase 20 minutos, o

General Rego comentou o movimento dosrecenseadores baianos que ameaçam fazergreve por aumento de salário e um contratode trabalho:

"Está faltando no Brasil de hoje uma lei,de que Capistrano de Abreu falava, obrigan-do a gente a ter vergonha."

"Depois de fazer um contrato de trabalhosabendo que o salário é tanto, sabendo que oemprego é episódico, depois de assumir umcompromisso moral, depois de desencadea-do o processo censitório, que é de interessede todo o Brasil, eles se recusam agora acontinuar o trabalho se não tiverem umaumento de vencimentos, se não tiverem umcontrato de trabalho, quando eles, antecipa-damente, sabiam que isso nào podia serfeito."

O General falou ainda sobre problemasde terra: "Atrás dos posseiros verdadeiros,existem quadrilhas de gangsters que levamposseiros a diferentes lugares do Brasil paradesencadear esse processo de ocupação. Issoé mais do que conhecido.

Lembrou o episódio ocorrido com umamigo que comprou uma fazenda no Pará,doou uma parte já anteriormente ocupadapor posseiros, mas acabou tendo a fazendatoda invadida." Aqueles que foram benefi-ciados você pensa que procuraram protegero benfeitor deles? Pelo contrário. Passarama invadir cada vez mais e ele perdeu afazenda".

ve o povocansado

Fortaleza — O Deputado Flá-vio Marcilio iPDS-CE>. presi-,dente da Câmara c do PDS dpCeará, acredita que o movlmen-to para organização das comis-soes municipais do PDS e afiliação de mais de um milhãode eleitores no Ceará, é sinal deque "o povo cooperando para areabertura democrática, estácansado de tanto tempo deopressão".

O presidente da Câmara veioa Fortaleza acompanhar a Casefinal da organização das comis-soes do PDS. que já estáo insta-ladas em 140 municípios, fal-tando apena? a pequena cidadede Novo Oriente, onde os parti-dários do Deputado ClaudinoSales resolveram aderir ao seucolega e correligionário Furta-do Leite. Sobre o andamentodas conversações para aprova-çào da emenda que restituiu asprerrogativas do Congresso oSr Flávio Marcilio declarou:

A emenda, de um modo geral,contém todos os pontos impor-tantes e necessários as atribui-çóes para o funcionamento efi-ciente do Poder Legislativo. To-davia os pontos conflitantescom o Governo, se referem ainviolabilidade parlamentar, ea aprovação de leis por decursode prazo. O primeiro ponto dainviolabilidade, tem sido leva-do ao extremo, realmente, poralguns parlamentares, numalinguagem inteiramente incom-pativel com o decoro parla-mentar.

Em relaçáo ao decurso deprazo, eu acho que o dever fun-damental do parlamentar, éparticipar, efetivamente, daelaboração das leis. E, conse-qUentemente, a lei nâo podepassar por decurso de prazo,como deseja o Governo.

Arquivo/1979

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iGustavo Azeredo

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São Gonçalo — O comercian-te Gustavo Azeredo. 54 anos,que em fevereiro deste ano de-nunciou o entáo Prefeito JaymeCampos por malversação de di-nheiro das caixas escolares —queixou-se ontem na 72* DP deter sido agredido a coronhadas.durante 20 minutos, pelo ex-Vereador e atual Secretário deComunicação Social da Prefei-tura de Sâo Gonçalo, AderúrMoraes.

Agora, o Sr Gustavo Azeredodenunciou o Sr Aderúr Moraesde "extorquir donos de empre-sa de ônibus e gerentes de ban-co, exigindo suas assinaturasem um "Livro de Ouro" para osfestejos do 90° aniversário deSâo Gonçalo, que será come-morado amanha. O proprietá-rio da Viação Icarai, Sr EladioGarcia, confirmou ontem "tercontribuído com CrS 50 mil, pa-ra evitar que outras linhas deônibus de minha empresa se-jam cassadas".

MACHUCADO

Com traumatismo na face eescoriações pelo corpo, o SrGustavo Azeredo — agredidona sexta-feira no gabinete doSecretário de Comunicação So-ciai — ficou internado no Pron-to-Socorro de São Gonçalo, deonde recebeu alta ontem pelamanhã.

Na 72a DP. o comerciante afir-mou que "na sexta-feira o SrAderúr Moraes chamou-me aseu gabinete e mandou que trêsfuncionários saíssem, porquequeria ter uma conversa parti-cular e amigável comigo. Logoem seguida, puxou um revólver38 e passou a me agredir a coro-nhadas, enquanto durante 20minutos, ninguém fez nada pa-ra me socorrer".

Na véspera, ele havia estadocom o Prefeito Arismar Dias(PP), para contar que "o Secre-tário de Comunicação Socialestava passando o tal Livro deOuro". Disse que Aderür reuniuos donos da Viação Icarai. La;goinha, Nova Cidade e Litorâ-nea. Da primeira, foram exigi-dos CrS 50 mil, enquanto cadauma das demais "contribuiu''com CrS 15 mil.

Segundo o proprietário daViação Icarai, Sr Eladio Garcia,também estiveram presentesàquela reunião os gerentes dasAgências em Sáo Gonçalo dosBancos Bamerindus, Bradescoe Banerj. "Todos assinaram oLivro", disse ele, acrescentando:"Eu dei os CrS 50 mil para agra-dar à Prefeitura, porque minhaempresa está sendo perseguida.Já foram cassadas duas linhas eestão ameaçando tomar maisuma."

O Sr Eladio Garcia apresen-tou como comprovante do pa-gamento dos CrS 50 mil os ca-.,nhotos dos cheques do Bame-rindus número 481 103 e 481104. "Primeiro eu dei CrS 30 mil.mas o Sr Adenir exigiu que lhefossem entregues mais CrS 20mil". Os cheques foram passa-dos ao portador.

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JORNAL DO BRASILChico

Vic*-PrMld«nt« Exoeutivo: M. F. do Ntaclmcnic BritoEditor: Witttr Fontoura

Rio de Janeiro, 21 de setembro de 1980Dir*tora-PrMÍd«nt(: CondMU Ptrtlra Carneiro Dlrator: B«nwrd d» Coda Campo*

Dirator: Lywal SallM

Esforço Concentrado

Mais uma vrz entrou na ordem do dia edeixou de ser aprovado por falta de quorum oprojeto de derreto legislativo que autoriza oPresjdende da República a se ausentar do país,numa curta viagem ao Chile. Já não importaexaminar o ato que deixa de praticar o Congressonem parece ser o fundamental discutir o compor-tamento da Oposição. Há uma coisa que passou apesar mais no confronto parlamentar: a ausênciado Partido do Governo.

0 que está a sugerir a sucessão dos episódiosdessa natureza, nos quais um pugilo de deputa-dos ou senadores oposicionistas paralisa o Parla-mento, impedindo-o de deliberar ou lhe impondoque delibere de tal ou qual maneira, é que oSenador Sarney interrompa urgentemente suasconversas programadas com os dirigentes e lide-res de outros Partidos, e se volte para uni diálogointerno, com seus líderes e liderados. Algumacoisa não está funcionando bem no PDS parareduzi-lo a uma massa de manobra, facilmentemodelável nas mãos da Oposição. Para queprocura o representante do Maranhão os homensdo PMDB e do PP, senão para obter suacolaboração no projeto político do Governo?

Essa colaboração deve ser pedida e procedebem o Sr José Sarney quando a busca, indo aoencontro das outras associações políticas. Comque autoridade, entretanto, estará fazendo o seutrabalho de persuasão junto aos adversários,quando seus próprios correligionários lhe fogeindas mãos? Tornou-se, na realidade, intolerável— para não dizer inexplicável — o comporta-mento das bancadas do PDS. As dificuldades queestão sendo criadas ao Governo poderiam ser

, compreendidas se não houvesse o Presidente daRepública obtido a maioria de que necessitava naCâmara e que, em certa fase da reaglutinaçãopartidária, chegou a parecer problemática. Nes-se caso, haveria a lamentar o insucesso cujaconseqüência seria a decretação de inviabilidadeda abertura.

O PDS já deu, 110 entanto, demonstraçãoinsofismável de que tem condições de garantir aoPresidente da República o lastro político-parlamentar de que ele não poderia prescindir edo qual, na mais normal das situações e nosistema presidencial, nenhum Chefe de Governoprescindiria. Deu-a 110 episódio da prorrogaçãodos mandatos municipais, quando garantiu, sozi-nho e com louvável coragem política, a aprova-ção de uma emenda que passou a ser peçafundamental da abertura democrática. Daí pordiante, dispersou-se como se lhe houvesse pesadoem demasia o esforço feito para aquela denions-tração. A regra passou a ser o domínio fácil dassessões, 11a Câmara e 110 Senado, pelos gruposisolados da Oposição.

Em decorrência da obstrução ao decretolegislativo referente à viagem ao Chile, acumu-lam-se e avolumam-se na pauta dos trabalhos dasduas Casas os projetos de tramitação atrasada ouinterrompida pelas penosas verificações de quo-rum, que resultam sempre na verificação penosade que quorum não há. Onde está o PDS? Ondehaveriam de estar seus senadores e deputadossenão nas respectivas Câmaras, exercendo efeti-vãmente o mandato? 0 Partido oficial também secomporta como se não estivesse diante de umatarefa política especialíssima a cumprir; como senão tivesse consciência de sua gravidade e impor-tância.

Enquanto não decidir freqüentar normal-mente o Congresso, cumprindo sua missão dePartido majoritário e fiador político maior daabertura, a autoridade de seu dirigente estarádebilitada no esforço para despertar nos outros osentimento de responsabilidade da hora. O PDSestá ainda sujeito — como já anunciou seu líder11a Câmara — ao velho expediente do esforçoconcentrado: a responsabilidade restrita a umaexibição em dias certos. O11 em certos dias.

Um Cálculo Frio

Por sua própria iniciativa, o Fundo Monetá-rio Internacional está pretendendo absorver umaquantidade razoável de petrodólares em troca deuma remuneração aos países exportadores depetróleo, que não pode ser, evidentemente, muitoabaixo do que está pagando o mercado financeirointernacional. Do contrário — à parte os tímidosimpulsos assistencialistas — os exportadores depetróleo não teriam nenhum motivo para desti-nar recursos em volume substancial para o FMI.

Garantido este fluxo de petrodólares, aintenção do FMI é abrir uma linha de créditoque, inicialmente, ajude os países em desenvolvi-mento a pagar suas importações de petróleo e,mais tarde, se tudo correr como previsto, ofere-cer este dinheiro, aos mesmo tipo de tomadores,para outros programas que não sejam, apenas,suas contas de petróleo.

O projeto está relativamente amadurecido.As melhores fontés do FMI, em Washington,acham que, até o final do ano, o programa, emsua versão inicial, estará sendo colocado emexecução. Trata-se, portanto, de mais uma alter-nativa com que contarão os países em desenvolvi-mento, importadores de petróleo, para arrumarsuas contas externas.

Porém, é preciso cercar o problema de umcordão sanitário que contenha o irracionalismoou a febre patrioteira.

Assim, primeiro, não se deve contar comuma linha de crédito muito barata. Os detentoresde petrodólares não demonstraram, até agora,qualquer intenção de colocar seus propósitos debenemerência acima de seus interesses finan-ceiros.

Segundo, não se deve supor que, automati-camente, esta seja a única ou a mais apètitosasaída para o Brasil enfrentar seus inegáveisapertos, 11a administração da dívida externa, em1981. INão há nenhum sinal irretorquível de queos bancos internacionais estejam dispostos afechar suas torneiras para o Brasil. Podempleitear, como pleitearam, no início do ano,spreads mais altos, juros mais elevados. O quefaz parte do jogo. E, como também faz parte dojogo, já que não estamos tratando de um pique-nique de infantes, num bosquejferidorõiírasilresistir ao máximo egó--aíeítar — como aceitou— pagai^s/)CfiíMÍ.-rmais elevados quando, de fato.

as condições de mercado exigirem esse comporta-mento.

Não se pode esquecer que, muitas vezes, émuito mais do interesse — e talvez venha a sereste o caso, no momento — dos banqueirosinternacionais que o Brasil recorra ao FMI doque o Brasil esteja, de fato, precisando recorrerao FMI. E é muito simples tirar esta dúvida: oBrasil está conseguindo financiar sua dívida?Está. Os banqueiros, os mesmos que empresta-vam ao Brasil, não continuam dando empresti-mos para o refinanciamento da nossa dívida?Continuam.

Logo, é possível supor que, agora, os ban-queiros internacionais pretendam que o Brasilrecorra ao FMI por dois motivos: ou porquenutram a esperança de que o FMI — deus exmachina — consiga submeter a economia brasi-leira a um tipo de programa de combate àinflação que mais lhes agrade (não aos brasilei-ros, mas a eles, banqueiros); ou porque, se o FMIpassar a emprestar ao Brasil, concederá à suapolítica de empréstimos, ininterrupta, frise-se,de financiar o Brasil, um aval que ratifique aatual estratégia de seus administradores: ou seja,a de emprestar ao Brasil, sem restrições.

A questão ainda é de tal forma prematuraque não cabe discutir, sequer se o FMI, eventual-mente, exigiria uma política de estabilização comos condimentos "a" ou "b". Ou se o Brasilestaria disposto a aceitá-la. Esse tema é muitodelicado. No passado, já gerou várias atribula-ções políticas e, no momento, não cabe, porestarmos trabalhando com tantas hipóteses econdicionais, perder tempo com ele.

Toda essa discussão precisa, porém, sercolocada em termos muito frios, racionais e atésingelos. Quanto custará o dinheiro que o FMIeventualmente colocará à disposição dos impor-tadores de petróleo? E mais barato que o dispóní-vel no mercado internacional? Se for, caberáanalisar se, com ele, virá embutido 11111 custopolítico, ou não. Sc não houver custo políticonenhum e for mais negócio — do estrito ponto-de-vista financeiro — recorrer ao FMI e não,apenas, ao mercado internacional, então, ótimo:esta""aberta- mais—uma linha de crédito para oBrasil. Trata-se, portanto, de uma questão dematemática financeira. Mais nada.

T ópicos

ReconhecimentoO Acordo Amplo assinado entre o

Brasil e a Comunidade Econômica Euro-pêia, sendo em si mesmo um fato auspi-cioso, nào deixa de traduzir, também, umstatus significativo alcançado pelo nossopais no plano do comércio internacional.Como salientou o vice-presidente da Co-missão Executiva da CEE. o Brasil pas-sou a ser. com a quadruplicaçáo do co-mércio entre as duas partes nos últimosanos, "o mais importante parceiro daComunidade entre os países em desen-volvimento".

Acordos semelhantes, envolvendo umpais e todo o Grupo dos Nove que com-póe a CEE. so tinham sido assinados ateagora com o Canadá e a Iugoslávia. Ne-gócios pequenos ou de pouca perspecti-va, com efeito, não justificam uma apro-ximaçao global como esta. E se o Brasil,em relaçao á CEE. sai agora de umaetapa que poderia ser descrita como de"mendicância bilateral", é porque pas-sou a constituir, por si mesmo, uma enti-dade capaz de tratar significativamentecom um vasto polo econômico — que.tomado em conjunto, e também o nosso

maior parceiro. As perspectivas nestaárea devem ainda aumentar na medidaem que a CEE procura cada vez maisigualar ou ultrapassar o dinamismo eco-nómico de outros polos como o Japão eos Estados Unidos.

Castigo Injusto

Depois de realizar um esforço paramelhorar a remuneração das cadernetasde poupança, o Governo federal, atravésdo Ministro Emane Galvêas. conseguiuchegar ao número final: em 1980, as ca-demetas de poupança renderão 60.46cr.

Como. até agosto, a taxa anual deinflação se fixou em 109' i, nào é difícil —é ate dramatico — perceber a distânciaque existe, ou existirá no final, mesmoque a inflação ainda caia significativa-mente, entre a remuneração de todos osinvestidores que dependem da correçãomonetária e a inflação real.

Compreendem-seós motivos que leva-ram o Governo a prefixar a correçãomonetária. Era preciso estancar seu ca-rater realimentador de inflação e criarobjetivos quanto a queda da inflação que

infundissem uma expectativa psicolôgi-ca baixista. Neste intervalo, porém, ainflação se comportou de forma muitodiferente da prevista. Se não existissenenhum outro motivo, cabe ponderarque os aumentos do preço do petróleo,nestes últimos 12 meses, escaparam "aqualquer exercício de previsibilidade.

Seja que motivo for. porém, nào podeser menosprezado o fato econômico con-creto de que as poupanças — e não só asem cadernetas — estão sendo fortementepenalizadas. Compreende-se. também,que o Governo esteja esperando por indi-ces inflacionarios substantivamente de-crescentes, para poder, eventualmente,mexer no principio da prefixacâo.

Porem, não se pode esquecer, jamais,que foi um árduo trabalho convencer obrasileiro, o poupador de camadas so-ciais mais baixas, de que poupar e umgiandc negocio. Essa punição aplicada,em 1980. pode ser 11111 obstáculo muitosério a esse trabalho. Torna-se. então,indispensável que o Governo encontremecanismos em seu arsenal de criativi-dade para combinar o principio da prefi-xaçao — e da luta pela queda da inflaçáo— com a remuneração desses ativos paraníveis mais próximos do real.

Lemi

Cartas

Visão equilibrada

(...) No que diz respeito aos covardesatentados que se vém sucedendo emprogressão alarmante, devemos nosmanter distantes de qualquer certeza(baseada em quê?) sobre a ideologia doscriminosos; se eram da esquerda, se dadireita, do Leste ou do Oeste: assimmanda o bom senso, a prudência quecaracteriza os grandes povos. Se medi-tarmos, sem paixões, sobre, quem apro-veitam esses atentados, sobre quem e oquê eles atingem, adentraremos cami-nhos que levam à direita ou à esquerda.É certo que pela história brasileira dosúltimos anos, e mesmo pela natureza dasinstituições atingidas, nos sentimos ten-tados a acusar a direita — mas temos derecusar essa certeza, certeza frágil, filhade mera conjectura — que conduz à radl-calizaçáo das posições, ao conflito, àdiãspora — e é isso que pretendem osassassinos, sejam eles quem forem.

Acerca desses terroristas, só podemoster uma certeza: eles não jogam bombaspara matar pessoas, simplesmente, maspara dinamitar nossas instituições, asfl-xiar a democracia que mal dá os primei-ros vagidos, esmagar a Liberdade e oDireito: isso interessa a quaisquer gru-pos extremistas; minorias, eles precisamde adeptos, e, não os conseguindo pelodiálogo democrático, introduzem a lin-guagem do cacete — pretendem conven-cer a sociedade de que ela padece degrave mal, incurável pelas vias democrá-ticas: é a apologia das soluções extre-mas, radicais. É a loucura de uns ateadaà multidão. Para esses, que explodembombas no anonimato, devemos ter apalavra certa: assassinos, assassinos quedevem ser golpeados, o quanto antes,pelo braço da Lei. Do contrário, empres-tando-lhes rótulos romanescos, estare-mos fazendo o seu Jogo, estaremos noscomportando como crianças ao seu co-mando — cindindo a sociedade em fac-çóes a se devorarem mutuamente. Nào!Devemos dizer não aos seus sortilégios;nós e todos aqueles que têm consciênciade que a democracia é o pior dos regimesmas o único digno do homem. Nàomais nos deixaremos lograr. Nem mesmose, amanhã, alguma facção se responsa-bilizar pelos atentados. Que confiançapodemos têr na palavra de criminosos? Emais: quem pode dizer de qual facçãoteria vindo tal comunicado? Devemos tersempre em mente que homens capazesde tamanha vileza não têm quaisquerescrúpulos, são avessos a qualquer sani-dade, a qualquer moralidade que nãoaquela pregada pelo seu odioso credo —e, por ele, alguns dinamitariam a própriamãe. Paulo Marcos Almeida de Moraes

Rio de Janeiro.

Aposentados

É estranhável que o Sr Ministro JairSoares, sempre tão solícito em responderàs cartas publicadas no JB contendoreclamações, sugestões etc. referentes àPrevidência Social, de que cuida comtanto brilho e eficiência, não se tenhamanifestado até hoje sobre uma simplese justa reivindicação já reiterada pornumerosos outros aposentados por velhi-ce ou tempo de serviço. Trata-se do resta-belecimento da faculdade que os bancosvinham concedendo aos aposentados ne-les cadastrados, e agora cancelada, tal ade receberem os proventos em qualquerdas suas agências na cidade do Rio deJaneiro, ou mesmo nos municípios doEstado, desobrigando-os, dessa forma,dos deslocamentos a que voltaram a su-jeitar-se quando já residam em outrosbairros ou quando se encontrem em vile-giatura ou tratamento de saúde em ou-iras cidades, como Nova Friburgo (ondeme encontro atualmente sob tratamentomédico), Petrópolls, Teresópolis etc. Talfaculdade, como bem salientou o leitorOtávio Portela (Cartas, 25/07/80), em na-da afetará a responsabilidade atribuídaaos bancos nos pagamentos que efetua-rem em nome do INPS, "pois qualquerque seja a agência pagadora, caberá sem—pre a esta exigir do interessado a indis-pensável prova de identidade, além, na-turalmente, da autenticação do carnèpela agência principal", como aliás vinhaocorrendo há longo tempo e. ao que sesaiba, sem quaisquer repercussões noíndice das fraudes que se vislumbravamno setor, todas relativas a aposentado-rias indevidas e a proventos exagerados,

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mas para cuja completa apuração foitambém exigido e cumprido, em muitoscasos com bastante sacrifício, o compa-recimento pessoal de todos os aposenta-dos nos diferentes postos oficiais de en-trega dos novos carnês, quase sempredistantes e com sujeição a infindáveisfilas de atendimento, às quais não aderi-ram apenas aqueles compenetradamen-te autores ou cúmplices das irregularida-des objeto da sindicância então em anda-mento, aliás procedida com absoluto êxi-to e grande vantagem para o orçamentoda citada autarquia, que certamente serácompelida por S Ex' a atender ao presen-te apelo, fazendo revigorar o statüs quoque a todos beneficiava e a ninguémprejudicava. Luiz Carlos da Conceição —Nova Friburgo (RJ).

Queijos de cabra

Li com muitaalegria o artigo OBrasil já sabe fa-zer os queijos de"cabra (JB, 1/9/80),com a finalidadede poder saborearos deliciosos quei-

r jos de cabra e aca-• bei chegando à1 conclusão de que a'Epamig (Empresade Pesquisa Agro-

pecuária) está fazendo milagre. O know-how brasileiro na produção de queijoscom leite de cabra é realmente espanto-so! O Chabichou sem dúvida alguma éum queijo feito com leite de cabra, com45% de gordura e originário da França(Poitoui. O Saint-Maure também é feitocom leite de cabra e contém a mesmapercentagem de gordura e originário daFrança (Touraine) também. Quanto aoBoursin, Sr professor Múcio Mansur Fur-tado, desculpe-me, mas o Sr foi realmen-te mal-lnformado. O Boursin é um queijomuito macio, bem fresco, meio ácido,cremoso e contém 75% de gordura maisalho e pimenta. Até aqui tudo bem, maschamar a vaca de cabra já é demais. OBoursin é feito na Normandie (França) ecom leite de vaca selecionado. RudolfErnst Leine, ex-promotion manager dos52 estabelecimentos Kaashalle B. V. naHolanda — Rio de Janeiro.

Igreja e população

Muito curioso o artigo do Sr EugênioSalles. publicado a 30/8'80. Segue a tradi-cional linha da Igreja (no Brasil) de lutarpor um aumento desenfreado da popula-ção, em claro detrimento de uma melhorqualidade de vida. Tratando-se de um

. pais subdesenvolvido, essa pregaçãocontínua vem dando resultados opimos,traduzidos em perto de 30 milhões deinfelizes menores abandonados.

Nos países católicos mais esclareci-dos, as populações preferem adotar oplanejamento familiar, o que bem seexemplifica à simples leitura dos dadosseguintes, publicados pelo maior centrode estudos demográficos do mundo: oPopulation Reference Bureau. Vejamos:Itália — índice de crescimento: 0.3%;França — idem: 0.3%; Espanha — idem:0.9%; Portugal — idem: 0.7%; Polônia —idem: 1.0%. Mas, em nosso sofredor pais,a Igreja se encarniça, estranhamente, emdesejar manter um índice teratológico decrescimento populacional, estimado ulti-mamente em 2,8% ao ano. Qual será oreal objetivo oculto? Roberto Porto —Rio de Janeiro.

Problema ruralSob o titulo Leite falsificado, o Sr A.

Marques (JB 10/9'80, seçào Cartas) esbra-veja, ataca autoridades e termina porinvestir contra os produtores rurais, ati-rando-lhes a pecha de açambarcadores edesonestos. Fico a indagar. É possívelum cidadão morando na capital cultural

-do pais,;Mtor do JORNAL DO BRASIL— de cujas páginas se valeu para desovarsuas catilinárias — andar assim tão malinformado? Ao absurdo de tal hipótese ojeito é emendar outra de igual tamanho.Será o Sr Marques da idade ináo direi-dapedra) da "vaquinha leiteira" que lheatendia a domicílio? O pão de seu café damanhã continua sendo deixado no peito-ri! da janela?

Francamente. Sr Marques! O senhoresta vivo mas visceralmente estragado.Calmamente, devagar, veja se dá paraentender: feijào-preto caro e leite de mãqualidade consumidos no Rio ide restoem todos os outros grandes centros bra-sileiros) nào foram diretamente vendidospelo produtor. Mecanismos gigantescos(reguladores, comercializadores, indus-trializadores) lnterpóem-se no relaciona-mento produtor-consumidor final. Perce-beu? Finalmente, quanto ao senhor dizerque "os pecuaristas vivem pedindo sub-sídios, incentivos e tudo mais que possaajudá-los a prosperar... (grilo meu) a mes-ma coisa acontecendo com os agriculto-res sempre reivindicando subsídios parasuas plantações... que depois da colheitaa coisa muda e em vez dos preços baixa-rem, aumentam o preço em plena safra"— quanto a isto, Sr Marques, anote omapa da mina. Abandone seus afazeresna cidadei venha para o campo; adquirauma propriedade; explore-a. Ar puro,saudável, lucros enormes e até espoliati-vos, como quer o senhor. Um detalheimportante. Traga automóvel, bastantedinheiro e não pouca roupa. Ficará assima salvo de um provável regresso ao Rio —de tanga, conduzido numa ambulânciado Funrural. José de Paula Leite — BeloHorizonte (MG).

Não poluente

A propósito ria carta assinada pior R.L. Figueiredo (dia 26 8), em que diz ser"muito difícil adotar os biodegradáveisporque a mentalidade ó essa: preferem ospoluentes pois sào mais baratos." Não éassim que sinto o problema; desde queapareceu no mercado, o detergente bio-degradável passei, imediatamente, a usá-lo. Porém, há meses, não o vejo nasprateleiras dos grandes supermercadosque freqüento. O que houve? Guerra dossupermercados aos biodegradáveis?Além do mais, neste caso não cabe seguira preferência da maioria. É necessáriopreservar a natureza a qualquer preço eesclarecer o povo desta evidência. Obs.Uso o detergente Spuma. Náo o encon-trei no Carrefour, Makro, Casas da Ba-nha, Lojas Brasileiras, Casa do Sabão (R.Conde de Bonfim). Vera de Mello Abreu

Rio de Janeiro.

Reconhecimento

Com a mesma satisfação que nos pro-porcionam os resultados iniciais da vaci-nação contra a poliomielite efetuada, êmtodo o país, no último dia 16, dirijo-me aoprestigioso JORNAL DO BRASIL, paraexpressar o reconhecimento e os agrade-cimentos deste Ministério, pelo quantocontribuiu para difundir aquela iniciati-va e, por conseguinte, mobilizar as crian-ças brasileiras. Foi, sem dúvida, gesto domais autêntico patriotismo, que me cabelouvar e exaltar, visto que marcou inde-levelmente a participação desse concei-tuado veículo de informação em progra-ma de tão assinalada finalidade cívica,qual seja o de procurar livrar a infânciade nosso pais do flagelo da poliomielite.(...). Waldyr Mendes Arcoverde, Ministroda Saúde — Brasília (DF).

Doenças da boca

O Senhor Presidente da Repúblicacumprimentou ministros pelo êxito dacampanha antipólio. Os ministros foramos da Saúde e da Previdência Social.Esperamos, como cirurgiões-dentistas,que os titulares das referidas Pastas se-jam também cumprimentados — princi-palmente o segundo, por ser profissionalde Odontologia — pelo Senhor Presiden-te da República após realizarem — já ofazendo tardiamente — a 1' CampanhaNacional de Prevenção das Doenças daBoca, com enfoque especial para a cariedentária, em defesa da criança brasileiratáo devastada por essa gravíssima doen-ça e tão esquecida em assistência odon-tológica pelos que jamais dela poderiamesquecer Leopoldo Ferreira — Rio deJaneiro.

As cartas serão selecionadas para publicaçãono todo ou em parte entre as que tiveremassinatura, nome completo e legível e endere-ço que permita confirmação prévia.

T J

JORNAL 00 BRASIL LTDA., Av. Brasil. SOO CEP-20940. Tel. Rede Inferno 264-4422 — End. Telegrá-ficos. JORBRASIl. Telex números 21 23690 e 2123262.

SUCURSAISSdo Paulo — Av. Paulista n° I 294 — 15o andar —Unidade 15-B — Edifício Eluma. Tel ; 284-8133PABX.Brasília — Setor Comercial Sul — S C S — Quadra I,Bloco K, Edifício Denaso, 7° and Te1 : 225-0150.Balo Horizonte — Av Afonso Peno, 1 500, 7C ond —Tel: 222-3955.NHerói — Av Amaro' Peixoto, 207 - loia 103 Tel -722-2030.Curitiba — Rua Presidente Far>o 51 — Conjuntos1103.1105 — Edifício Fo-:a Surjgi Te1 224-8783.

Porto Alegre — Ruo Tenente Coronel Correia Limo.1960 — Morro Santa Tereza — Porto Alegre Tel(PABX) 33-3711.Salvador — Rua Conde Pereira Carneiro, s/n° (Bairrode Pernambués). Tel : 244-3133.Recife — Ruo Gonçalves Maio, 193 — Boa VistoTei 222-1144

CORRESPONDENTESMacapá, Boa Vista Porto Velho Rio Branco, Ma-naus Belem, Sào Luís, Teresina. Fortaleza, Natal,João Pessoa Maceió. Aracaju, Cuioba CampoGrande, Vitorio, Florianopolis, Goiânia, Washing-ton, Nova Iorque Paris. Londres, Roma. Moscou.Toquio Buenos Aires, Bonn Jerusaiem e LisboaSERVIÇOS TELEGRÁFICOSUPI, AP. AP/Dow Jones. AFP, ANSA. DPA, Reuters eEF£

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D Q

OPINIÃO — 11

Coisas da política

AO

apelar para um anúncio emjornais convocando eleitoresa se inscreverem no seu

PMDB, o Senador Nelson Carneironão revelou, simplesmente, um estadode desespero diante das dificuldadesque cercam o processo de organizaçãopartidária no pais. Ele, talvez semquerer, desnudou os absurdos de umalegislação que afasta, em vez de apro-ximar, políticos e eleitores dos novosPartidos.

O eleitor comum — e o seu receio éaté certo ponto justificável — embara-ça-se todo quando é informado de queao optar por um dos cinco Partidos emformação se obriga, assinando embai-10. " a cumprir e a respeitar fielmen-te" programas e estatutos. No casodas agremiações oposicionistas, as di-ficuldades são maiores pelo medo daspessoas mais simples de se comprome-

Comprometimento que assusta

Roaério Coelho Aeío

terem com programas que exploramfartamente — alguns são ricos em pre-ciosismo teórico — os temas ideoló-gicos.

Em torno da formação dos novosPartidos já estão surgindo algumashistórias folclóricas no Estado do Rio.Um importante líder pemedebista con-tava, por exemplo, há alguns dias, quetentava cooptar eleitores para o seuPartido junto a amigos de uma comu-nidade rural de Itaperuna. um municí-pio de pequeno porte do Norte flumi-nense. Começou por vender as vanta-gens de ser do PMDB a um sitiante,seu antigo eleitor, mas não chegou a irmuito longe. O agricultor, meio irrita-do, foi logo dizendo que continuariavotando "em quem for da Oposição",mas advertiu: "Não me venham é compapel, porque assinar, eu não assinoliada."

A reação do sitiante de Itaperunacausou surpresa ao líder pemedebista.mas ele foi aconselhado por outrosamigos a não insistir na conversa,porque o agricultor temeroso aindatinha presente na lembrança uma es-pécie de ursada que lhe fizeram em1964. Na época, lhe deram um papelpara assinar, com a explicação de quese tratava de um documento destina-do à formação de um clube de futebol.Um mês depois, já feita a Revolução, aPolicia bateu a sua porta e disse queele estava preso por ter integrado umdos Grupos dos 11. entidades criadaspelo Sr Leonel Brizola para lutar pelapermanência do Presidente João Gou-lart no poder.

A exigência do comprometimentocom programas e estatutos partida-rios esta dificultando, em centros poli-ticos mais esclarecidos, o proprio

PDS. O problema, que começa a serexposto de maneira mais clara noEstado do Rio. onde o PMDB não terácondições, nas convenções que reali-sara dia 12 de outubro, de montardiretorios em 50'< dos municípios dointerior, tem. em linhas gerais, ampli-tude nacional. Um deputado federalpedessista, empenhado no trabalho dearregimentaçao de adeptos nas gran-des cidades fluminenses, ouviu de elei-tores de Niterói. São Gonçalo. Cam-pos. Volta Redonda e Nova Iguaçu, aexplicação de que temiam assinar aficha do Partido, embora concordan-do com o seu programa, "porque asituação nacional um dia pode virar".

Os funcionários públicos, uma es-pécie de pau-para-toda-obra. passa-rum a correr dos políticos por anteve-rem. num simples contato, pedidos deadesao partidaria. O homem do inte-

rior — tem constatado os que andamde fichas na mão a caça de correligio-narios — ja não pensa como antes,quando fazia questão de integrar Par-tidos políticos por uma questão destatus. O jeito, então, parece ser oadotado pelos que se encarregam deformar o PDS em Pernambuco: a tro-ca — aproveitando facilidades natu-rais de quem está no poder — deempréstimos rurais em bancos oficiaisda União e do Estado pela adesão aoPartido.

Apenas o PDS eoPP têm condiçõesreais de constituir fortes diretórios zo-nais <os da capital) e municipais noEstado do Rio. no prazo de um ano Osoutros Partidos poderão se constituir,mas sem grandes estruturas para en-frentarem, por exemplo, os rigores das

eleições de prefeitos e vereadores, quecomportam sublcgcnda.

O PTB. embora aproveitando a ve-lha estrutura do trabalhismo ortodo-xo. que dava força ao Partido no inte-rior. carece de lideranças municipaisatuantes. O PMDB. com serias dificul-dades para realizar suas convençõesdo dia 12 de outubro em. pelo menos,50'", dos municípios fluminenses, sofredo mesmo mal do PTB. O PDT do SrLeonel Brizola e. ainda, a nível derepresentação regional, uma incogni-ta. E o PT. com sonhos menos ambieio-sos. parece interessado em marcarpresença apenas nos municípios degrande ou médio eleitorado, infladoem tais centros por membros do ma-gisterio, lideranças sindicais descom-promissadas, estudantes e represei¦tantes das Comunidades Eclesiais deBase.

Entre o céu

e a terra

Fernando Pedreira

CONTA-se

que. certa vez, no inte-rior da Bahia, um recém-chegadoperguntou a um sertanejo se a

terra, por ali, era boa. O sertanejo respon-deu: "A terra é boa demais; o que nãopresta é o céu." Em coisas de lavoura,com efeito, é relativamente fácil distin-guir entre o que estã embaixo e o que vemde cima. E, no Nordeste, o que vem decima é, quase sempre, seca ou inundação.

Em política, entretanto, lâ como cá, ascoisas não costumam ser tão claras; orisco de confusão é sempre muito grande.E há, ainda, os célebres pescadores deáguas turvas, que agravam e ampliam asdificuldades de entendimento, para ser-vir-se delas.

Tudo indica que, neste segundo se-mestre de 1980, passamos por um períodoespecialmente propício à ação desses ca-vaiheiros, os quais trabalham com afincoe, a julgar pelo que se tem visto nasúltimas semanas, com bastante êxito.Não há dúvida que o grande fator deses-tabilizador atual são os atentados terro-ristas (e sua exemplar impunidade), por-que eles representam um desafio aberto àautoridade do Chefe do Governo e à suaorientação política, vinda do cerne dopróprio sistema dominante.

Quem se erguer con-tra o processo de aber-tura democrática, "euprendo e arrebento",disse certa vez o Presi-dente Figueiredo. Poisaí tem ele, agora umproblema que só elemesmo pode resolver.Um problema que é es-sencialmente político,mas que é também umproblema de disciplina,e que não se resolveráapenas com boas inten-çòes e com declaraçõesenfáticas. Será preciso,provavelmente, prati-car atos exemplares,como os que praticou, aseu tempo, - o GeneralErnesto Geisel.

De um modo ou deoutro, a julgar pelo quetemos visto nas últimassemanas, continuem ounão as violências e osatentados, que são asua manifestação exte-rior, estamos diante deum problema políticoque o Governo parecesem condiçóes de resol-ver rapidamente (cirur-gicamente) e com oqual, portanto, teremosde conviver por um pe-riodo mais ou menos longociência.

A terra ê boa; o céu é que não presta.Seria preciso, entretanto, ver bem quecou e esse e quem manda nele. Há anjos edemônios de varias cores e não se devejogar a culpa de tudo nas costas largas deSao Pedro. Ainda esta semana, reunidoem Brasília, o PMDB ouviu um discursodo seu presidente Ulysses Guimarãesque. alem de ser um raro bestialógico, émais uma amostra de como pude a Oposi-çáo contribuir pary a desorientação e odesentendimento generalizados.

O Deputado Ulysses e seus colegas daoposição radical nao aprenderam ainda afalar como líderes nacionais (que deviamsen. como representantes do Congressoou da maioria do país; falam como orado-res de comício, em tempos de eieiçáo.Talvez seja este o meio que encontraramde protestar contra a supressão do pleitomunicipal deste ano, promovida por seusadversarios governistas.

Diante de um quadro como o atual, éespecialmente penoso ver a Oposição es-ganiçar assim a voz. em vez de procurar otom firme e sereno capaz de convencer amaioria do pais e de restiluir-lhe ao me-nos parte da confiança e da esperançaque hoje faltam.

Num regime democrático (ou que sepretenda democrático), a Oposição nãopode ser apenas um voto plebiscitário deprotesto, corno foi o MDB. no passado. Aocontrário, ela precisa ser uma expectati-va luma alternativa! de poder: precisa,portanto, ganhar a confiança do pais edas suas forças decisivas na sua capaci-riade de governar, de conduzir a nação ede uni-la no que ela possa ter de melhor ede mais expressivo.

Hão há envida que, se tivéssemos umaOpcijd- assim, o quadro político brasi-leiro pareceria bem mais estável e maisseguro estaria o processo democrático. Oque falta? Talvez um pouco menos deplatéia e um pouco mais de bom senso;

um pouco menos de vaidades oratórias eum pouco mais de seriedade e espíritopublico.

Não temos nenhum Isaias (nem sequernenhum Michel Rocard), mas não nosfaltam, na Oposição, cidadãos razoavel-mente competentes; o próprio UlyssesGuimarães é, sem dúvida, um políticoexperiente e hábil. Nao é necessário queos competentes assumam o comando etenham a coragem da sua competência,em vez de escondê-la por trás da~gritariados radicais e da excitaçào dos ânimosnas assembléias de ativistas.

Talvez a atitude atual do DeputadoUlysses e seus amigos decorra do senti-mento deles de que não chegarão nuncaao Poder porque o sistema dominantenão se abrirá o bastante para dar-lhespassagem, em tempo útil. Ora, se a rotado Governo está fechada, melhor é apro-veitar as glórias e alegrias da Oposição,até a última gota.

O mal desse (mal escondido) senti-mento oposicionista é que ele é self-fulfilling, isto é. ele cria um círculo vicio-so, que se toma ainda mais angustiante eperigoso nos momentos em que o Gover-

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Haja pa- no se mostra fraco e incompetente. Defato, se a nação não dispõe de uma alter-nativa democrática válida ou aceitável,então a outra alternativa, a autoritária,torna-se tanto mais tentadora. Junta-se afome à vontade de comer.

Hoje, a esperança que ainda temos (eque é a última que morre) é que o GeneralFigueiredo consiga afinal disciplinar osseus radicais, e que o alferes Delfim possade algum modo afrouxar-nos o gasganetefinanceiro ou. quando menos, impedi-lode apertar-se muito mais. ou muito de-pressa. Tudo e possível, em terras comoas nossas.

No ultimo domingo, o suplemento Cul-tura cio Estado de S. Paulo publicou otexto de uma admirável conferência feita,ha alguns anos, nos Estados Unidos, peloescritor mexicano Octavio Paz. Paz étalvez a mais alta figura intelectual doContinente. Ele fala de nós mesmos e denossos países com severidade e tranque-zí\ Mostra as diferenças essenciais entrea Revolução da Independência na Améri-ca Latina e a Revolução da Independèn-cia norte-americana.

Não tivemos — diz Paz — nem Refor-ma. nem Iluminismo, nem revolução bur-guesa. Somos, por isso, modernos porfora. mas atrasados (e retrógrados) pordentro.

O verdadeiro nome de nossa democra-cia e (tem sido) caudilhismo. e o nomeverdadeiro do nosso liberalismo e autori-tarismo. A nossa modernidade — di,'. ain-da Octavio Paz — e um baile de másca-ras. Na segunda metade do século XIX, ainteligentzia ibero-americana trocou amáscara liberal pela positivista e. 100anos depois, pela marxista-leninista. Trêsformas sucessivas de alienação.

Dir-se-ia que o céu é que não presta.Mas, e a terra? Bem. a terra tem genero-sas manchas férteis que e preciso saberlavrar. Leiam o texto de Octavio Paz.

Imunidades e privilégios

a Constit uiçáo imperial de1824 dispunha, expressa-mente, no seu Art. 26. que"os membros de cada uma das Cã-

maras são invioláveis pelas opi-niòes que proferirem, no exercíciodo mandato". Todas as Constitui-çòes que vieram depois confirma-ram a presença dessa inviolabilida-de, como a de 1891, a de 1934 e a de1946. elaboradas, todas elas, para aregência de um regime democráti-co. Mas houve duas exceções, emConstituições, que mais poderiamser classificadas como Cartas, a de1937 e a de 1967, irmãs siamesas.na devoção a regimes autoritários.Curioso que os legisladores queorientaram a Carta de 1967 eram,na sua maioria, os que faziam ques-tão de denominar "polaca" a Cartade 1937. para demonstração de co-mo se transformam as convicções,ao contado com as influências doPoder.

Para justificação dessa mudan-ça. costuma-se insistir em queaquela inviolabilidade nào deve as-sumir a substância de um privilégioque seria, como todo privilégio, in-compatível com a regra geral daigualdade de todos perante a lei.E fazem questão de apresentar ainviolabilidade como privilégio dodeputado, ou do senador, quando ématéria pacifica, no Direito Públi-co, que essa imunidade, antes deser um privilégio do deputado oudo senador, é, sim, um privilégio daassembléia a que pertence, ou atémesmo do povo que os elegeu, se-não da própria naçáo. uma vez quese destina a garantir e assegurar oexercício do próprio mandato. Umatese tão repetida, e táo uniforme,que bem poderia figurar na cartilhadestinada aos que se iniciam noestudo das instituições do Estado.

Não há muito, a UniversidadeFederal de Minas Gerais, então soba inspiração do Professor Orlando

Carvalho, publicava, sob os auspí-cios da excelente Revista Brasilei-ra de Estudos Políticos, uma notá-vel monografia do então DeputadoPedro Aleixo. sob o título de Imuni-dades Parlamentares. Apoiava-se ojurista mineiro na opinião dos maisimportantes doutrinadores brasi-leiros, de Carlos Maximiliano aIvair Nogueira Itagiba, de Pontesde Miranda a Temístocles Cavai-canti, de Paulino Jacques a Aristl-des Milton, de Araújo Castro a So-riano de Souza, de José Duarte aRodrigo Octavio, de Joáo Barbalhoa Aureliano Leal, de Amaro Cavai-canti e Carvalho de Mendonça, semesquecer o apostolado cívico de RuiBarbosa. E vinham depois as liçõesde todos os povos, a referência aodireito consuetudinário da Ingla-terra e às numerosas Constituiçõesde povos livres. Nada menos de 68regimes políticos, que vigoravamem todo o mundo, faziam daquelainviolabilidade uma norma, que to-dos repetiam, todos, todos, insistin-do em que se não tratava de umprivilégio pessoal. Concluía PedroAleixo que "só por incompreensãoou por leviandade, por desconheci-mento integral do assunto, por, àsvezes, perdoável erro de entendi-mento. ou por sempre censurávelerro de vontade, haja quem declareque as imunidades parlamentaresconstituem odioso privilégio, irri-tante favor pessoal, violação doprincípio da igualdade, quebra dosistema democrático".

Não era muito convidativa a po-siçâo. ou o conceito, que ficavam amerecer os que insistiam em consi-derar as imunidades como um pri-vilégio pessoal, quando tantos ar-gumentos. e tantas autoridades, de-monstravam que se tratava de umprivilégio da própria instituição le-gislativa, do povo, ou da próprianação. Mas como o saber não estáao alcance de todos os impugnado-

Barbosa Lima Sobrinho

res das imunidades. recorramos aomaior dos mestres, ao insigne RuiBarbosa, que nos vai demonstrarque, mesmo como privilégio da tri-buna parlamentar, as imunidadesestão longe de serem os únicos pri-vilégios, compatíveis com o regimedemocrático. Ha outros privilégiosque não somente coexistem com ademocracia, como até podem serprincípios destinados a lhe darmaior solidez. Passemos, pois, a pa-lavra a Rui Barbosa.

"Seria, perguntava ele, porqueas imunidades parlamentares cons-tituem um privilégio? A esta ex-pressão, torna, repetidas vezes, onosso provecto eontendor. comoquem sabe bem o melindre dos ins-tintos que ela vai punir. Mas privi-légio é também a imunidade dospostos, das patentes, dos cargosvitalícios (Constituição, Arts. 74 e76). Pode o Executivo, em estado desitio, reformar ou demitir oficiais?Pode exonerar juizes ou destituirlentes? Nào pode, ja o declarou aJustiça Federal em uma causa fa-mosa, e o próprio Governo reconhe-ceu a doutrina. Outro privilégio é odos militares que, nos delitos mili-tares, têm foro especial (Constitui-çáo, Art. 77). Pode o Governo, du-rante o estado de sitio, submeter oscrimes militares de militares a tri-bunais não militares? Ninguém odira. Várias outras declarações deprivilégio encerra ainda a Consti-tuiçáo. Privilégio ê o dos membrosdo Supremo Tribunal, processáveisunicamente pelo Senado (Consti-tuiçào, Arts. 33, 57, 92). Privilégio éo dos Juizes Federais, que só peloSupremo Tribunal podem ser julga-dos (Constituição, Art. 57 § 2"). Pri-vilégio, o dos Ministros diplomáti-cos, de que o Supremo Tribunal é ajustiça privativa (Constituição, Art.59,1, b). Privilégio, o dos Ministrosde Estado, com o foro especial no

Congresso para os crimes conexosaos do Presidente da Republica(Constituição, Art. 52 5 3"). Privi-legio, o do Presidente da Republi-ca, nos crimes de responsabilidade,cujos únicos tribunais são a Cama-ra e o Senado (Constituição. Arts.29. 33 e 53)."

É certo que Rui Barbosa se refe-ria ao regime instituído na Consti-tuiçào de 1891. a que se aplicam osartigos a que se reporta. E se algunsdesses privilégios desapareceram,muitos continuam ainda em vigor,náo como favor pessoal, mas tao-somente como garantias do proprioregime. A Constituição nao faz fa-vores. Limita-se a assegurar a efi-ciência das instituições que consti-tuem a substancia do regime demo-cratico.

De todos esses privilégios, bastadestacar o que mais se aproximados privilégios parlamentares, co-mo o que, criando uma Justiça Mili-tar, deseja, tao-somente, que os mi-litares sejam, afinal, os juizes deseus proprios companheiros de ar-mas. Embora existam alguns ele-mentos civis integrando a JustiçaMilitar, é óbvio que nem por issoperde suas características de umajustiça de militares, para julgar mi-litares. E não e outra cousa o que sepretende com as imunidades parla-mentares. Num caso. como no ou-tro. nao se esta cogitando de iinpu-nidade. O que se quer e que osjuizes estejam em melhores condi-çòes, para julgar as infrações, quesão atribuídas aos companheirosde armas, ou de casa legislativa.

Sao privilégios, sim. mas privilé-gios de classes ou de corporações,uns e outros fundados no interessepúblico, destinados à segurança dopróprio Estado.

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12 — POLÍTICA e governo JORNAL DO BRASIL domingg 2' 9 80

Arinos oL^üii d p&is venc**Krieger pede aos Partidos

que apoiem missão de Sarney"A intenção do Senador José Sarney é

superar dificuldades que sempre surgem nosmomentos de transição política. Se os diri-gentes dos Partidos políticos compreende-rem isso, acredito que as dificuldades queenfrentamos serào superadas pela realidadeda unidade brasileira", disse ontem o ex-Senador Daniel Krieger, ao manifestar seuapoio ao diálogo proposto pelo presidentedo PDS às oposições.

Ressaltando que "os princípios essen-ciais da democracia estão sendo observadosno Brasil", o Sr Daniel Krieger afirmou que"depois do Governo Castello Branco, cujafidelidade às convicções democráticas noslegou a mais realista de todas as Constitui-ções, que foi a de 1967, até ser deformadapelas emendas que sofreu, o período indiscu-tivelmente mais liberal está sendo o doPresidente Joáo Figueiredo."

Hora difícil

A tentativa do Senador José Sarney emestabelecer um entendimento político noâmbito do Congresso, reconheceu o ex-Senador Daniel Krieger, "ocorre, sem dúvi-da. numa hora difícil, quando diversos pro-blemas, entre eles a falta de unidade políti-ca, a crise econõmico-financeira e a angústiado povo com o aumento do custo de vida,ir.tranqüilizam o país."

— Mas é justamente nas horas difíceis —frisou — que o entendimento é imperativo.As aspirações políticas, que sáo legitimas,devem ceder ao dever de colocar a pátriaacima de tudo. Os homens passam e a pátriafica.

Líder do Governo Castello Branco e pri-

meiro presidente da extinta Arena, Partidogovernista antecessor do PDS, o Sr DanielKrieger tem ainda outro ponto de afinidadecom o Senador José Sarney — ambos per-tenceram à antiga UDN, que segundo afirma"está fazendo muita falta."

Ele defendeu como alternativa para opais a celebração de um entendimento entretodos os Partidos, incluindo entre eles oPartido dos Trabalhadores, comandado pelolíder metalúrgico Luís Inácio da Silva."Acho que só os fascistas e comunistas de-vem ser excluídos, pois ambos visam à des-truição da democracia."

Abertura gradualA volta à plena normalidade, como o

próprio Presidente Figueiredo tem afirmadodisse o Sr Daniel Drieger — deve ser lenta

e segura. Ele tem cumprido rigorosamente oque prometeu à nação. Deu a mais amplaanistia que a História do Brasil registra, deuplena liberdade de imprensa e está promo-vendo as eleições diretas para governadores,um anseio da nação brasileira.

Ao fazer essa análise do Governo Figuei-redo, ele destacou que "a constância comque o Presidente da República vem buscan-do o aperfeiçoamento do regime no sentidoda democracia nos permite acreditar noprosseguimento da abertura política."

Por maiores que sejam as dificuldadesfrisou o ex-Senador Daniel Krieger — elas

não devem enfraquecer o ânimo dos quedesejam que o pais alcance a tranqüilidadedemocrática e que o povo desfrute de maiorbem-estar.

Realização: DRH - Desenvolvimento ae Recursos Humanos.FECAP - Fundaçio Escola de Comércio "Alvares Penteado". CEECCoordenadoria de Estudo Extra-Currlculares - São Paulo, Facul-dade de Comunicação e Turismo Hélio Alonso • Rio de Janeiro

Objetivos: Dotar os participantes dos conhecimentos, das técnicas e do instru-mental prático Indispensáveis ao melhor desempenho em Serviçosde Escritório.

As aulas serào ministradas aos sábados, no horário das 13h. 30m. às 18h 30m..em 12 semanas consecutivas e abordarào os seguintes temas:Elementos de Administração, Matemática, Psicologia Aplicada, Direito Apll-cado, Normas de Comunicação em Língua Portuguesa (abrangendo RedaçãoTécnica), Arquivistica, Documentação Fiscal e Comercial (Técnica e Prática),Serviços Gerais de Escritório, Contabilidade Geral etc.O corpo docente ó formado por prolessores com consagrada experiência nomagistério superior, além de atuarem prolissionalmente em empresas.Serào utilizados recursos tais como: Audio Visuais. Indicações Bibliográficas,Planos de Aula Apostilados e outros elementos indispensáveis ao scguimentodo cursoCertificado de Conclusão: Será emitido pelas entidades promotoras.IHF.E RESERVAS: Telefone 235-2228 e 256-1662 - Rio dt Janeiro

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"Apenas com a liberdade e com oliberalismo, na sua verdadeira acepçãocriadora, é que seremos capazes delevar o país a vencer os atuais obstácu-los", disse o ex-Ministro Afonso Arinosao advertir que "a nação está submer-gindo na incredulidade, no pessimismoe no medo."

Com a experiência de mais de 40anos de vida pública — deputado Cons-tituinte em 1946, líder da antiga UDNna Câmara dos Deputados, senador eMinistro das Relações exteriores noGoverno Jânio Quadros — o Sr AfonsoArinos disse que "a única saída para acrise institucional do pais é a conver-gència de esforços e de todos os seg-mentos sociais, no sentido de identifi-cação conjunta das dificuldades e daescolha das soluções."

ODstacuios com o lib

Bem comumO professor Afonso Arinos, que

atualmente dirige o Instituto de DireitoPúblico e Ciência Política da FundaçãoGetúlio Vargas, não acha difícil haveresta convergência de esforços. "Bastaque haja," segundo explicou, "uma do-se humana de desinteresse, e que aspessoas compreendam que os interes-ses de grupos podem representar-se fo-ra das pessoas e fora dos grupos".É preciso compreender — acres-centa — que o interesse comum —aquele que os escolásticos chamavamde bem comum — existe e que todosnós estamos interessados nele. Apenas,as pessoas só se apercebem que o bemcomum é uma parte do seu própriobem, no momento em que sofrem dire-tamente as conseqüências do mal: osujeito é assaltado na rua e então ficaconvencido de que se houvesse umamelhor distribuição de oportunidades oassalto ficava mais difícil.

A iniciativa de promover esta con-vergència, segundo o Sr Afonso Arinos,cabe "aos políticos, à Igreja, aos empre-sários, aos operários, aos estudantes eao próprio Governo". Ele admitiu que aescolha das soluções pode náo ser con-junta mas disse que a identificação dosmales e o estudo das soluções, em con-Junto, lhe parece necessário e indispen-sável "para que a gente possa sairdisto".

E acrescentou:Não vejo como o Brasil possa sair

da crise sem esta convergência.

Crise de confiançaPara o Sr Afonso Arinos, "o mal de

que padece o pais é a falta de confiançano liberalismo como solução para osproblemas brasileiros". Ele reconheceque o liberalismo nunca existiu nemexiste em setores consideráveis da so-ciedade, mas ponderou que a figura dofalecido Ministro Milton Campos "émuito mais atual do que a do Prestes",ex-secretário-geral do Partido Comu-nista Brasileiro.

Sua crença é a de que "a descom-pressão do espírito nacional, da alma eda convivência nacional só serào alcan-çados com o liberalismo". O ex-

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Arinos advertiu que a nação está submergindo no pessimismo

ministro acha que muita gente confun-de o liberalismo com o liberalismo eco-nômico, "que foi uma fase do desenvol-vimento tecnológico do início do séculopassado e que jà desapareceu".

— O liberalismo não é uma posiçãointeressada numa determinada formaeconômica. O lioeralismo econômiconão tem nada que ver com o pensamen-to liberal. Fale do liberalismo no senti-do do livre desenvolvimento dos fatoresda personalidade- humana, corno escre-veu São Tomas. A realização cio iioinemé a liberalização de sua potencialidade— explicou. Acentuou que "não é arepressão, náo é a contenção, náo é aviolência nem o medo" a solução paraproblemas atuais. "Ao contrário" — ar-

gumentou — "a solução dos problemasdos estudantes, dos operários, da eco-nomia. dos empresários e de todos osoutros problemas nacionais só surgirána medida em que nós encararmos osproblemas como eles sáo, deixando queeles apareçam e enfrentando a realida-de. Isto é que o espirito do liberalismo".

O professor Afonso Arinos discordadaqueles que encaram o liberalismocomo ultrapassado, devido principal-mente ãs funções assumidas pelo Esta-do contemporâneo. Ele reconhece que oEstado necessita hoje de instrumentoseficazes para enfrentar ação de gruposinteressados em minar as instituições,mas argumenta que "a idéia da organi-

eransmozaçâo do Estado moderno nao e hostil àidéia liberal".

O que e preciso e que a organiza-çào do Estado seja feita livremente, queexista liberdade na maneira de se orga-nizar e na maneira de se processar a suaorganização — explicou.

Depois de citar o caso da Inglaterra,país "onde existem enormes restriçõesa certos privilégios e maiores apoios àforça do Estado", o Sr Afonso Arinosdisse que "sem que haja liberdade naformação do Poder, inclusive na forma-ção das limitações que o Poder impõe aconvivência social, nào há liberalismonem há democracia".

A democracia — continuou — é alivre organização das contenções, e alivre organização das limitações, e naoas limitações e as contenções impostasp«las necessidades e privilégios de umaminoria que dispõe de força. Isto nãofortalece o Estado; fortalece as ollgar-quias.

Relatividade

Depois de frisar que falava "comoprofessor de ciência política", e que naoé candidato a nada. o Sr Afonso Arinosgarantiu que ainda ha espaço para oliberalismo e que aqueles que pregam ademocracia relativa para o pais naosabem o que estão falando".

— A relatividade náo existe nos con-ceitos — disse, acrescentando: —Quando se fala em um regime político

relativo, numa concepção política rela-Uva é porque nào se sabe o que se estafalando. A democracia conceituai naopode ser relativa porque não ha concel-to relativo, desde o momento em queele passa a ser conceito. E uma aquisi-ção da razão, uma aquisição da expe-riència racional.

Explicou que o que é relativo "é aprática das instituições, em função daslimitações e das exigências históricasde um determinado momento, pois to-do o tipo de doutrina governativa esubmetida a uma aplicação, cuja prati-ca depende do desenvolvimento lusto-rico do povo que a aplica".

Seria então a mesma coisa que dizerque a virtude e relativa, porque há opecado. Ora, para o católico — e eu osou e compreendo que o pecado existe eque náo há quem nào o pratique — nàohá nenhum homem que não seja capazde pecar. Mas isto nào quer dizer que avirtude teológica seja relativa. Ela eabsoluta; agora, na sua aplicação, elasofre as contingências.

Ele reiterou que "as doutrinas políti-cas e os conceitos náo sào relativos" eque quem diz o contrário "revela ape-nas incompreensão do que se esta di-zendo. A pessoa que está falando naosabe o que está dizendo. Está aludindoa aplicação dos conceitos, isto sim sub-metido à relatividade, que é humana e,portanto, social."

Para ele. "as autoridades que alu-diam h democracia relativa náo sabiamo que estavam dizendo. Elas estavamafirmando qualquer coisa relativamen-te a um conceito, quando na realidadeestavam constatando outra coisa, rela-tiva à sua aplicação".

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Tourinhose declaratranqüilo

Belo Horizonte — "Estoutranqüilo quanto ao aspecto le-gal e ainda duvido que o Supre-mo Tribunal Federal receba adenuncia. Vejo que a denunciado Procurador-Geral da Repâ-blica, no inciso ern que foi ofere-cida. resguarda de certa manei-ra o principio da tipicidade cri-minai e contraria a representa-ção. que pedia algo bem maisgrave."

A afirmação foi feita, ontem,em Belo Horizonte, pelo Depu-tado Genival Tourinho (PPT.-__MG;, uo comentar a denunciado Procurador Firmino Ferrei-ra Paz, encaminhada ao STF,pedindo pena de seis meses adois anos de detenção para oparlamentar, por ter afirmado— confessando náo dispor deprovas - que OS Generais An-tonio Bandeira (comandantedo III Exercito'. Milton Tavares•comandante do II Exèrciloi eJosé Luis Coelho Neto i coman-dante da 4a Divisão de Exerci-toi estão envolvidos na chama-da '¦Operação Cristal". O depu-tado disse que, se o Supremoacolher a denuncia, estarápronto para defender-se.

Ressaltou que "o aspecto datipicidade criminal, que náo êperteita. ainda nao foi contor-nada pela Procuradoria em suadenuncia".

O Deputado disse nào ter re-ceio de enfrentar o processo e,se o fizer, demonstrara queagiu, no episódio, "no lídimoexercício de meu mandato. Masvejo tudo caminhando, apesarda excepcionalidade da Lei cieSegurança Nacional, em ter-mos mais jurídicos. Se o STFacolher a denúncia, nao mere-cera. de minha parte, qualquercritica, mesmo porque terei am-pio direito de defesa" — sa-lientou.

Embora se declarasse tran-quilo em relação a denuncia, oparlamentar mineiro disse te-mer ainda pela sua segurançapessoal e de sua família. Lem-brou que sua casa está guarda-da por viatura e agentes doDOPS. mas ele nào tem prote-çào policial em suas saídas. "In-comoda-me andar acompanha-do e vigiado".

Anunciou que. se o STF rece-ber a denuncia, seu advogadoJosé Paulo Sepúlveda Pertenceé quem poderá dar informaçõessobre sua defesa. O advogado,vice-presidente do ConselhoFederal da Ordem dos Advoga-dos do Brasil, é mineiro, mastrabalha em Brasüia e foi "ca-louro" do Deputado GenivalTourinho na Faculdade de Di-reito.

O deputado do PDT voltou aironizar o inquérito para apuraro assalto que sofreu ha 11 dias.quando se dirigia para o aero-portu de Brasília, no earro doDeputado José Maurício <PDT-RJ "O desenvolvimento do in-quen: o e meramente cartonal enao Uy.;ornada nenhuma provi-denoa séna para as investiga-cóes". argumentou ao repetirque "apenas no d;a em que oSargento Garcia prender o' Zor-ro serão descobertos os autoresdo atentado'.

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14 — política e governo JORNAL DO BRASIL domingo, 21'9'80 Io Caderno

Governo do Estado do Rio ue JaneiroSecretaria de Estado de Fazenda

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SÀO GONÇALOSuperorgaiiizaçào Podo da PedraRua Al'redo 3acker. 781 — AtentaraSuperorganizaçâo Porto da PedraRua Abílio José de Matos. 1083 — Porto daPedraOrganização N S de Nazareth Ltda.Rua Boqueirão Pequeno, 2565 — Galo BrancoOrganização N.S. de Nazareth Ltda.Rua Francisco Portela, 89 — ParaísoArmazém des Pescadores Comercio e lndús-tna c:iaRua Yolarda Abuzaid. 150 — AlcântaraArmazém dos Pescadores Comercio e lndús-tr a LtdaAv 18 CO ForteSendas CenfoAv Pres-derv.e ¦

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Casa da Fartura Ltoa.Av Aiperto rorres n°5 446-456A"tga agência do Banco do Estado do Rio deJaneiroRua Santos Dumont n~ 67Prefeitura Municipal de CamposPraça Sâo Salvador n° 40Estação Rodoviária Roberto SilveiraAv. Visconde do R'0 BrancoInspetoria Regional de FazendaPraça Hélio Póvoa s; n°

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Ministro de Jânio, Agripino disse que o ex-Presidente sempre tece vocação paru ditador

Agripino diz que Magalhães fez1964 porque não seria Presidente

São Paulo — Eventual candidato aoGoverno do Estado de São Paulo peloPTB, o ex-Presidente Jânio Quadros"sempre teve vocação para ditador", se-gundo advertiu o Ministro das Minas eEnergia de seu Governo, Joào Agripino.Ao romper um silêncio de muitos anos. oex-Govemador da Paraíba disse tambémao JORNAL DO BRASIL que o DeputadoMagalhães Pinto, então Governador deMinas, precipitou os acontecimentos emmarço de 1964, "muito menos por ambiçãodo que por vingança pessoal, ao sentir quenão seria o sucessor desejado por JoãoGoulart".

Ex-presidente da União DemocráticaNacional (UDN), o Sr João Agripino, umdos mais ativos conspiradores civis daRevolução de 1964, é hoje um empresárioaposentado e mora em Sáo Paulo. "Eu tivecerteza que Jango seria deposto quandoele disse: "Srs sargentos, representantesdas Forças Armadas". Passei toda minhavida política conspirando com militares esabia que eles nào aceitariam nunca umatal quebra de hierarquia. O então Ministroda Justiça, Abelardo Jurema, já havia pre-cipitado as coisas ao dizer "manda brasa,Presidente", no comício de 13 de Março, naCentral do Brasil. Mas a gota dágua foi afrase pronunciada por Goulart na reuniãocom os sargentos no Automóvel Clube doBrasil", narrou.

— Quanto a Magalhães Pinto, acho queele agiu mais por vingança do que porambição. Desde Getúlio Vargas, Maga-lhães era um declarado chapa branca enamorava o Poder. Com Jango, ele chegoua ter a ilusão de que seria indicado seusucessor. Fez tantas declarações janguis-tas que nos obrigou a emitir uma notaoficial afirmando que aquelas opiniões nãorepresentavam a verdadeira posição daUnião Democrática Nacional — UDN —mas apenas suas convicções pessoais.Quando percebeu que jamais seria indica-do por Jango, como Juraci o seria porJuscelino em 1960, Magalhães Pinto per-deu a calma e articulou com o GeneralMourão Filho a marcha de Juiz de Forapara o Rio — contou o Sr João Agripino.

Desinformação

A marcha de Mourão Filho para o Riofoi uma surpresa para os militares queconspiravam com os políticos civis contrao Governo Goulart, segundo versão do ex-Governador da Paraíba, um homem quetem falado pouco em público desde queabandonou a política há nove anos, paraassumir o cargo de Vice-Presidente doGrupo Carmargo Corrêa.

— No dia mesmo tia Revolução, a Cã-mara votaria o projeto do Governo daanistia dos marinheiros e fuzileiros navaispresos no motim do Sindicato dos Meta-lúrgicos do Rio de Janeiro. Adauto LúcioCardoso foi ao meu gabinete, na liderançado Senado, para discutir que posiçáo abancada deveria tomar na votação de pro-jeto. Telefonei para o General CasteloBranco, então chefe do Estado Maior doExército para saber sua opinião. Castelome disse: "esse assunto jã não tem maisnenhuma importância. Infelizmente Minasse antecipou. E nós não temos outra alter-nativa senão a de sermos solidários". Tele-fonamos para Magalhães Pinto, mas nãoconseguimos localizá-lo. Carlos Lacerda,no Rio de Janeiro, de nada sabia. Faleicom Arthur Virgílio, o lider do Governo noSenado, e ele nos informou de que Jangoera absolutamente inocente dos aconteci-mentos, de nada sabia. A desinformaçãoera total. Todos foram tomados de surpre-sa. A verdade é essa — contou, 16 anosdepois, na casa em que mora com a segun-da mulher e os dois filhos menores, notranqüilo bairro residencial de Higienópo-lis, em São Paulo.

Polemista feroz em seus tempos de liderda Oposição na Câmara dos ueputados,em que era um dos mais barulhentos mem-bros da Banda de Música da UDN. o SrJoão Agripino Filho não perde a oportuni-dade de fazer uma frase de efeito, ao expli-car as atitudes do Presidente Goulart, em1963 e 1984: "Ele conhecia a história esabia que uma revolução de tenentes ha-via dado certo em 1930. sob a chefia de seulíder, Getúlio Vargas. Em 1964, ele tentoufazer uma revolução de sargentos paraderrubar generais. Mas fazer uma revolu-ção é uma coisa muito difícil. É precisocontar sempre com o oficial-de-dia e osoldado que estiver de senünela. Se hou-ver qualquer mudança na escala, é bommudar também a data prevista para defla-graçáo do golpe, porque fatalmente elenào dará certo."

— Por isso tudo. a Revolução de 1964nasceu sem um programa definido, a náoser o de evitar a república sindicalista e ode uma espécie de autodefesa das ForçasArmadas contra a quebra de hierarquia —opinou.

JânioAdvogado militante de 1937 a 1945. o

paraibano Joáo Agripino. descendente deum clã de políticos sertanejos, e conhecidopor sua secura e pela forma aparentemen-te pouco hábil com que trata os problemaseleitorais. Sua franqueza gerou uma defini-çáo impiedosa contra sua figura magra efeia: "Agripino e como cacto, nâo dá som-bra nem encosto." Governador da Parai-ba, eleito pela UDN. a partir de muitoscompromissos com grupos políticos paraderrotar a frente PSD-PTB. formada porRui Carneiro-Argemiro de Figueiredo, go-

vernou sem concessões e disse freqüente-mente "nào". uma palavra muito poucousada na política nordestina, cujas tradi-ções mais caras sáo o empreguismo desen-íreario e a demagogia.

Como um cacto que nào perdeu osespinhos, ele nào se esconde no confortode uma tranqüila aposentadoria, ao reme-morar os 25 anos de sua febril atividadepolítica. Suas memórias são como a metra-lhadora giratória de Carlos Lacerda, umantigo companheiro na banda de músicada UDN e atingem Jânio Quadros, homemque ajudou a eleger em 1960 e por quem foinomeado o primeiro Ministro das Minas eEnergia do Brasil, mesmo depois de ter-sedeclarado um leigo completo no assunto, aponto de recusar-se a emitir pareceres nascomissões da Câmara ou do Senado sobredecretos técnicos.

— Realmente tudo o que aconteceu de1961 até hoje na política brasileira é umadecorrência natural da renúncia de JânioQuadros. Jânio teve uma ascensão muitorápida, devida à sua inteligência e a umaincomum capacidade política. Com a vas-soura e a gaoiolinha do rato, ganhou oapoio da UDN e empolgou o país. Tinhauma capacidade administrativa extraordi-nária e comprovou possuir uma privilegia-da visão fotográfica, capaz das mais rápi-das e objetivas leituras dinâmicas que jáconheci. Tem uma memória fabulosa. Masé inegável sua instabilidade emocional. Oque ele pensava de manhã já pensva maisà tarde e, por isso, seu Governo naufragou— rüsse.

Jânio Quadros, garante seu antigo as-sessor na campanha política e no Governo,"sempre teve vocação para ditador. Naverdade, ele não tinha maioria no Congres-so, mas não procedem suas queixas de queas leis de que ele precisava para adrninis-trar o pais não eram aprovadas pelo Con-gresso. Isso nào tem qualquer sentido. Naverdade, a Constituição de 1946 permitiaao líder da Oposição manobrar para prote-lar a aprovação de leis de interesse doGoverno. Eu mesmo usei desse expedientede engavetar projetos muitas vezes. Issoaconteceu com Dutra, Vargas e JK. ComJânio náo era mais freqüente do que comseus antecessores. Era fácil obstruir e olíder do Governo na Câmara, Pedro Alei-xo, era muito hábil. Portanto, não há moti-vo para as queixas de Jânio".

Renúncia

As renúncias fazem parte da história daUDN, sempre de forma trágica. Em 1954, oPartido pediu, pela voz de seu lider naCâmara. Afonso Arinos, a renúncia do Pre-sidente Vargas. O discurso foi violentodemais e. dias depois, Vargas atordoou atodos dando um tiro no peito. "Vargas era,então, extremamente impopular, mas seugesto mudou tudo. O mesmo homem queestava na rua clamando por sua renúncia,sem trocar de camisa, partiu como umafera contra a Oposição. Todos fomos sur-preendidos. Afonso Arinos ficou táo trau-matizado que teve de ser consolado peloscompanheiros de bancada. Chegou até aadoecer. Mas a lição nâo fora ainda sufi-cientemente forte para o Partido aprenderque deixou de fazer História justamentequando passou a combater apaixonada-mente Vargas, fazendo disso seu programapartidário. Foi um erro fatal."

O próprio João Agripino arrepende-sehoje amargamente das injustiças que co-meteu, em seus acalorados e .aplaudidosdiscursos na Câmara durante o segundoGoverno de Vargas. "Ele teve seus defei-tos. Mas era, em muitas ocasiões, um esta-dista. Na ditadura, criou a CLT e, emboramal localizada, a Companhia SiderúrgicaNacional. No segundo Governo lhe foramfatais os erros de uma assessoria inepta ecorrupta. Mas ele sempre manteve a li-nha", reconheceu.

Com o suicídio de Getúlio, a UDN tevede beber mais um amargo cálice de renún-cia. O Vice-Presidente Café Filho foi força-do a se retirar do Poder pelos militareslegalistas, o Ministro da GuetTa, como erachamado na época o ocupante da Pasta doExército, convalescente de um enfarte epreso em seu apartamento, que foi cercadopor soldados armados de metralhadoras,Café Filho só recebia a visita do BrigadeiroEduardo Gomes, que afastara, com des-dém. a metralhadora de um oficial quandotentava barrar-lhe a passagem. Mas outroslíderes udenistas tentaram a velha soluçãogolpista para repor o pessepista na Presi-dència interina até a posse de Juscelino.João Agripino. entre eles.

— Eu era seguido dia e noite, mas náodescansava. Uma noite saí da Câmara pelaporta dos fundos, deixando o carro esta-cionado na frente, foi ao Galeão, tomei oConstellation noturno e desembarquei demadrugada no Recife para convencer nos-so companheiro Cordeiro de Farias a rece-ber Café e declarar Recife a sede do Gover-no da República. Cordeiro me disse, deso-lado, que não tinha capacidade de resistirmais de 10 dias. E o plano frustrou-se —lembra o ex-presidente nacional da UDN.

Mas nenhuma renuncia foi táo trauma-tica ao Partido como a de Jânio, em 1961.A UDN perdera três eleições presidenciaise jamais se conformara. Abandonara assoluções militares e tentara dar o golpenas umas elegendo um civil que nem se-quer era membro do Partido. À vitória deJàmo sobre Lott e Adhemar de Barros foraesmagadora. Jânio era instável, mas. se-gundo o testemunho de Agripino. "atendiaàs coisas da UDN, às vezes até desacerta-damente. Nunca foi prisioneiro de qual-quer Partido, mas que atendia à ÚDN

Entrevista a José Nêumanne Pintoninguém pode negar". A renúncia de Jâniofoi o iim do sonho e o parlamentarismo aultima ilusão. A úlcera aberta na tribunada Oposição no Palácio Tiradentes e agra-vada no gabinete virgem do Ministério dasMinas e Energia era tratada a leite, en-quanto João Agripino conspirava corn ve-fhos amigos militares, como os GeneraisCastelo Branco, Ernesto Geisel e Golberydo Couto e Silva.

Conflitos

A amizade de 30 anos com líderes mili-tares como o General Geisel, contudo, nàoevitou que fossem constantes os atritos dopolítico Joáo Agripino Filho com seus an-tigos companheiros de conspiração. Osdissabores começaram com Castello Bran-co, com quem o paraibano sempre mante-ve as mais cordiais relações de amizade."Disse secamente ao Presidente que náoaceitaria qualquer interferência do SNI nanomeação de meu secretariado. Disse-lheque, se o preço da minha posse fosse esse,eu náo tomaria posse. E disse também quedesaprovava a desmoralização do Podercivil com a interferência militar nos Esta-dos. Essa interferência tomou-se dramáti-ca, quando o Alto Comando do Exército sereuniu em Recife e resolveu fazer "umalimpeza" nos Governos estaduais do Piauí,Ceará, Pernambuco e Bahia. Cheguei apropor que todos resistissem, mas os ou-tros não concordaram", contou João Agri-pino Filho.

Os quatro anos de Governo na Paraíbaforam motivo de muita discórdia do SrJoào Agripino com os militares, segandoele conta hoje. Um dos motivos foi o jogodo bicho, regulamentado na Paraíba desdeo Governo de José Américo de Almeida elegal até hoje. "O Ministro da Guerra,paraibano e meu amigo, era o GeneralLyra Tavares. O novo comandante do IVExército, General Alfredo Souto Malan,também era meu amigo. Tive uma conver-sa com o General e ele me disse que haviarecebido ordens para acabar com o bicho.As ordens eram do próprio Ministro. E queeu também recebera a mesma ordem doMinistro da Justiça, o insensato Gama eSilva. Respondi-lhe que ele era um funcio-nário público e devia fazer cumprir asordens de seu superior, mas eu era umGovernador de Estado e náo devia obe-diència ao Ministro da Justiça e nem mes-mo ao Presidente da República".

O General Malan oüvíu impassível, se-gundo conta Agripino. E ficou estupefatoquando o então Governador da Paraíba,para lhe mostrar que o fim do jogo dobicho só estimularia a corrupção do apare-lho policial de seu Estado, com que trava-va. então, a difícil batalha da moralização,tirou do bolso duas pules apostadas emRecife, onde, garantia o General, era im-possível se jogar no bicho. "Dei lhe a senhapara o jogo, feito em fiteiros ibancas nasruas para a venda de cigarros e bombons),sob seu compromisso de nao usar minhainformação para repressão e propus-lheum acordo; se seus oficiais, em trajes civis,conseguissem apostar no bicho em Per-nambuco. jamais nós dorj voltaríamos atocar no assunto. Caso nào ficasse compro-vada a existência do jogo clandestino e acorrupção policial nao fosse um fato oucederia. Dois dias depois, o General visi-tou-me em Joào Pessoa e nunca mais setratou do assunto", contou.

— Divergi da Revolução quando elacassou homens sem defesa e sempre fuicontra a interferência do SNI nas adrninis-trações estaduais. Em 1971. o General Ro-dngo Octávio Jordáo Ramos procurou-mepara que eu lançasse minha candidaturaao Senado Federal pela Arena. Partidoque também fundei, com a extinçào daUDN. Estava no fim do Governo e disse aoGeneral que seria incomodo ter um politi-co como eu no Senado. Nào tintta disposi-çào para compor com a Oposição, mas naopodia dizer "amem" as arbitrariedades doExecutivo. O General me disse que eraaquilo mesmo que seus companheiros es-peravam de mim. Vejo hoje que. já então, oGeneral Rodrigo Octávio era uma espéciede dissidente, náo é mesmo? — perguntou.

Ao deixar o Governo da Paraíba, o SrJoào Agripino aceitou um emprego naempresa privada do paraibano NewtonRique, Prefeito de Campina Cirande eleitopelo PTB e cassado pela Revolução. De Iasaiu para o Tribunal de Contas da Uniào.no Governo do Presidente Mediei. Ao seaposentar, assumiu a direção da fabrica decimento de propriedade de seu amigo, oempreiteiro Sebastião Camargo Corrêa, deonde se aposentou recentemente. Suas ati-vidades políticas atuais limitam-se aoapoio a seu parente e discípulo Anlóniu'Mariz IPP-PB) e ao acompanhamento deuma aproximação entre o Governador deSão Paulo. Paulo Maluf. seu amigo, com oNordeste, principalmente com a Paraíba,cujo Governador. Tarcísio Burity. ê seuadversário. Seu candidato era o DeputadoAntônio Mariz.

Aos 65 anos de idade, casado duas ve-zes, sele filhos, o Sr Joào Agripino diz quefez as contas e saiu perdendo: "Em 1946ganhava 100 contos de réis por mès emmeu escritório de advocacia e fui ganhar 9como Deputado. Ganhava CrS 30 mil naempresa de Newton Rique e aceitei CrS 7mil no TCU Endividei-me e agora precisodar um pouco mais dt- tranqüilidade aminha família". Ele diz saber que seu wj-me ainda lidera pesquisas de opinião pu-blica na Paraíba, mas garante nao alimen-tar qualquer pretensão: "Acho um absur-do existirem caciques de 60, 70 anos napolítica brasiieira. É preciso dar vez aojovens".

JORNAL DO BRASIL domingo, 21/9/80 Caderno INTERNACIONAL - 15

Moscou adverte T) Ia.. '

Washington e Moscou — Oanúncio do Departamento deEstado norte-americano sobremobilização de tropas soviéti-cas na fronteira com a Polônia ea séria advertência para o agra-vamento da situação internapolonesa feita ontem pelo ór-gào oficial do Partido Comunis-ta da União Soviética, Pravda,trouxeram à lr-mbrança o fatode que o Kremlin esperou seismeses ances de ordenar a inva-sáo da Tcheco-Eslováquia.

Em Moscou, o editorial - de-nunciando energicamente"inadmissíveis ingerências"(ocidentais) nos assuntos inter-nos poloneses e instando a umarápida normalização da situa-çao — impressionou muitomais õs observadores do que ainformação sobre a concentra-ção de tropas. Eles consideramo editorial um verdadeiro ulti-mato ao Governo da Polônia.

O Pravda indicou, sem ambi-guidades, os limites que nãodevem ser ultrapassados na Po-lônia, reatualizando fórmulasusadas às vésperas da interven-çào soviética na Tcheco-Eslováquia, em 1968. Com a sua"firme esperança de que o Par-tido e a classe operária polone-ses saibam superar as dificulda-des", o jornal fez, na realidade,uma grave advertência: está nahora de a situação se normali-zar. Trata-se, para o órgão doPC soviético, da "maior tarefado Partido e da classe ope-rária".

O chamado à ordem afirmavaainda: "Deve-se fortalecer osvínculos do Partido com o po-vo, reforçar a coesão ideológicae organizacional nas fileiraspartidárias". Em resumo, umaforma de pedir expurgos, se-gundo os observadores. O jor-nal reconheceu que os respon-sáveis devem pagar: "As reivin-dicaçòes Ina Polônia) nào fo-ram dirigidas contra o sistemasocialista, mas contra os erros eos defeitos que desnaturalizamos princípios do socialismo".

As criticas foram também ás-peras contra'o Ocidente, acusa-do de "jogar lenha na fogueira"."Os meios hostis à Polônia so-cialista tornám-se mais ativos,o seu trabalho de provocação ede subversão se intensifica.Imiscuem-se, na verdade, nosassuntos internos do Estadopolonês soberano. É inadmissí-vel". Foi a primeira vez que, deforma tão clara, o Pravda fezuma advertência ao Ocidente,acusando-o de financiar os con-tra-revolucionários de Varsó-via. Para os observadores, issocorresponde a um indício deque poderá haver uma inter-venção caso a crise polonesa seagrave. O jornal acusou ainda aOrganização do Tratado doAtlântico Norte (OTAN) de de-sejar desestatibilizar a Polôniae até o problema da integridadeterritorial foi mencionado peloeditorial.

Os observadores comenta-ram que. pressionado pelos gre-vistas poloneses e levando emconsideração as peculiaridadesnacionais, a União Soviéticaaceitou determinadas faltas àortodoxia, mas que nào tolera-rá mais nada. O Pravda, ressal-taram os analistas, foi categóri-co: "As maquinações hostis aoregime socialista (polonês) nâoseráo realidade jamais".CONSULTAS

Em Washington, informou-seque o Governo norte-americano mantém consultascom seus aliados europeus arespeito dos relatórios dos ser-viços secretos sobre uma possí-vel intervenção militar soviéti-ca na Polônia. Os relatórios dãoconta de uma inusitada ativi-dade militar na União Soviéticae na Alemanha Oriental, próxi-mo à fronteira polonesa.

O porta-voz do Departamen-to de Estado, John Trattner,ofereceu, contudo, uma avalia-ção mais cautelosa da situação,deixando aberta a possibilidá-de de que os exercícios das tro-pas estão relacionados às ma-nobras que as forças do Pactode Varsóvia realizam rotineira-mente no final do verão eu-ropeu.

Técnicos militares da organi-zação comentaram ser poucoprovável que Moscou queira in-tervir diretamente na Polôniaantes das eleições da AlemanhaOcidental, marcadas para 5 deoutuburo próximo, uma vezque, em sua opinião, isso equi-valeria a dar a vitória ao demo-crata-cristão e conservadorFranz Joseph Strauss.

Ao se reerir aos atuais movi-mentos de tropas, os especialis-tas disseram que os dirigentessoviéticos "querem que a Polo-nia saiba que eles não deixarãoque a situaçào vá muito longe eque, se for o caso, estão prontospara intervir".

Rádio transmitirámissa dominical

Varsóvia — Pela primeira vezna história da Polônia socialis-ta. a missa de hoje, na igreja deSanta Cruz de Varsóvia, serátransmitida pela rádio estatal,em virtude de acordo entre oEpiscopado e o Governo. A par-tir de agora, a missa será trans-mitida todos os dimingos emondas médias e em freqüênciamodulada. A missa de hoje serárezada pelo Bispo Jerzy Modze-lewski.

As greves nos serviços detransporte publico na região daAlta Silésia terminaram onteme os 16 mil empregados do setorde Voivodje, departamento deKatowice, voltaram ao traba-lho. depois de uma paralisaçãode dois dias que provocou adestituição do chefe regional doPartido Operário Unificado Po-lonès (comunista). ZdzislawGrudzien.

A transmissão da missa foiuma das concessões obtidas pe-los grevistas de Gdansk e Stte-tin. entre várias outras conquis-tas. como a formação de sindi-catos independentes. A missa

¦ voltará a ser iransmitida pelorádio, tal como acontecia antesda Segunda Guerra Mundial eda instalação do Governo co-munista.

Em mensagem a ser lida emtodas as igrejas da Polônia, osbispos reiterarão o apelo feitoem junho para que a Igreja Ca-tóllca tenha acesso aos meiosde comunicação.

BÉ-x

e faz temer intervenção militarGreve aumenta em Berlim Ocidental

Bonn (do correspondente) — A grevedos ferroviários em Berlim expandiu-seontem e já atinge pelo menos a metadedos 3 mil 500 empregados da companhiade trens da Alemanha Oriental (Reichs-bahn) que trabalham do lado Ocidentalda cidade, informou o Comitê Central dagreve. A direção da Reichsbahn em Ber-lim Oriental ainda nao reagiu oricialmen-te, mas, pelo telefone, os trabalhadoresficaram sabendo que todos os grevistasestão despedidos.

A agência oficial noticiosa da Alemã-nha Oriental, ADN, afirmou ontem que omovimento "nada tem a ver com reivin-dicaçòes salariais, tratando-se, na verda-de, de ações terroristas e perigosas pro-vocações". Horst Schluz, porta-voz doComitê de Greve, refutou as acusações

da ADN e disse que os trabalhadores irãoaté o extremo de paralisar o tráfego detrens de passageiros, se for necessário."Nós nào queremos tomar esta atitu-de", disse o representante do Comitê deGreve, "pois estamos conscientes dasconseqüências políticas deste fato". Atéagora, a greve paralisou apenas os trensde carga e o serviço de transporte subur-bano ferroviário em Berlim Ocidental,utilizado por poucas pessoas.

Horst Schluz ainda nào ouviu falar deuma possível ajuda financeira aos grevis-tas por parte da central sindical alemã(DGB). Os trabalhadores que cruzaramos braços não dispõem de fundo de grevee tampouco de um sindicato que possarepresentar seus interesses. "Para conse-guir realizar nossas reivindicações, con-tamos apenas com a vontade de nossos

companheiros e com a possibilidade deinterferir no tráfego de passageiros paraBerlim", disse Shluz.

A policia de Berlim Ocidental interfe-riu ontem junto aos grevistas para obtera libertação de dois administradores queestavam sendo detidos dentro de umaestaçáo. Novos choques entre o serviçode segurança das ferrovias e os grevistas,como na véspera, não se repetiram.

O Governo alemão ocidental e os alia-dos — a quem cabe em última instância aresponsabilidade pelo lado Ocidental dacidade — continuavam evitando a qual-quer pronunciamento sobre a greve. Umporta-voz dos comandantes ocidentaisem Berlim disse somente que nada haviaa comentar "sobre uma disputa salarialnormal". -

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JORNAL DO BRASIL ? domingo, 21/9/80 ? Io Caderno T Clichê INTERNACIONAL — 1 5

MoscouWashington e Moscou — Os

sinais de que o Kremlin nãoestá satisfeito com a situaçãopolonesa aumentaram ontem,quando, em editorial, o Pravda,órgão oficial do Partido Comu-nista Soviético, denunciouenergicamente "inadmissíveisIngerências" ocidentais nos as-suntos internos poloneses. Ojornal fez uma séria advertên-cia para o agravamento da si-tuação na Polônia, aumentan-do no Ocidente o temor de queMoscou poderá intervir militar-mente naquele país. Em 1968, aURSS esperou seis meses parainvadir a Tcheco-Eslováquia.

Os Estados Unidos náo inter-ferirão na Polônia, garantiu on-tem o Presidente Jlmmy Car-ter, que, ao mesmo tempo, aflr-mou esperar que os demais pai-ses cumpram semelhante com-promlsso, demonstrando omesmo respeito pelo direito deos poloneses "resolverem sozl-nhos seus problemas". Carternáo mencionou nenhum pais,mas sua declaração foi uma evi-dente advertência à União So-viética.

A advertência de Carter foifeita imediatamente depois deos serviços secretos norte-americanos terem detectado si-nals de mobilização das tropassoviéticas Junto à fronteira coma Polônia. O movimento dastropas, admitiram funcionáriosdo Governo de Washington, au-mentou as preocupações a res-peito das reais intenções daUniáo Soviética.

O Pravda indicou, sem ambl-güldades, os limites que náodevem ser ultrapassados na Po-lônia, reatuallzando fórmulasusadas às vésperas da interven-ção soviética na Tcheco-Eslováquia, em 1968. Com a sua"firme esperança de que o Par-tido e a classe operária polone-ses saibam superar as dlflculda-des", o jornal fez, na realidade,uma grave advertência: está nahora de a sltuaçáo se normal!-zar. Trata-se, para o órgáo doPC soviético, da "maior tarefado Partido e da classe ope-rária".

O chamado à ordem afirmavaainda: "Deve-se fortalecer osvínculos do Partido com o po-vo, reforçar a coesão ideológicae organizacional nas fileiraspartidárias". Em resumo, umaforma de pedir expurgos, se-gundo os observadores. O Jor-nal reconheceu que os respon-sávels devem pagar: "As reivin-dicações (na Polônia) náo fo-ram dirigidas contra o sistemasocialista, mas contra os erros eos defeitos que desnaturalizamos princípios do socialismo".

As criticas foram também ás-peras contra o Ocidente, acusa-dos de "jogar lenha na foguei-ra". "Os meios hostis à Polôniasocialista tornam-se mais ati-vos, o seu trabalho de provoca-ção e de subversão se intenslfl-ca. Imiscuem-se, na verdade,nos assuntos internos do Esta-do polonês soberano. É inad-missivel". Foi a primeira vezque, de forma tão clara, o Prav-da fez uma advertência ao Oci-dente, acusando-o de financiaros contra-revoluclonários deVarsóvia. Para os observado-res, isso corresponde a um indí-cio de que poderá haver umaintervenção caso a crise polone-sa se agrave. O jornal acusouainda a Organização do Trata-do do Atlântico Norte (OTAN)de desejar desestabilizar a Po-lônia e até o problema da lnte-gridade territorial foi menclo-nado pelo editorial.

Os observadores comenta-ram que, pressionado pelos gre-vistas poloneses e levando emconsideração as peculiaridadesnacionais, a Uniáo Soviéticaaceitou determinadas faltas àortodoxia, mas que não tolera-rá mais nada. O Pravda, ressal-taram os analistas, foi categóri-co: "As maquinações hostis aoregime socialista (polonês) nãoserão realidade jamais".

Em Washington, informou-seque o Governo norte-americanos mantém consultascom seus aliados europeus arespeito dos relatórios dos ser-viços secretos sobre uma possi-vel intervenção militar soviéti-ca na Polônia. Os relatórios dãoconta de uma Inusitada ativl-dade militar na União Soviéticae na Alemanha Oriental, próxi-mo à fronteira polonesa.

O porta-voz do Departamen-to de Estado, John Trattner,ofereceu, contudo, uma avalia-ção mais cautelosa da situação,deixando aberta a possibilida-de de que os exercícios das tro-pas estão relacionados à mano-bras que as forças do Pacto deVarsóvia realizam rotineira-mente no final do veráo eu-ropeu.

Técnicos militares da Organl-zação comentaram ser poucoprovável que Moscou queira in-tervir diretamente na Polôniaantes das eleições da AlemanhaOcidental, marcadas para 5 deoutubro próximo, uma vez que,em sua opinião, isso eqüivaleriaa dar a vitória ao democrata-cristão e conservador Franz Jo-seph Strauss.

Ao se referir aos atuais movi-mentos de tropas, os especlalis-Ias disseram que os dirigentessoviéticos "querem que a Polo-nia saiba que eles não deixarãoque a situação vá muito longe eque, se for o caso, estão prontospara intervir".

Rádio transmitirámissa dominical

Varsóvia — Pela primeira vezna história da Polônia socialis-ta, a missa de hoje, na igreja deSanta Cruz de Varsóvia, serátransmitida pela rádio estatal,em virtude de acordo entre oEpiscopado e o Governo. A par-tir de agora, a missa será trans-mitida todos os dimingos emondas médias e em freqüênciamodulada. A missa de hoje serárezada pelo Bispo Jerzy Modze-lewski.

As greves nos serviços detransporte público na região daAlta Silêsia terminaram onteme os 16 mil empregados do setorde Voivodje, departamento deKatowice, voltaram ao traba-lho, depois de uma paralisaçãode dois dias que provocou adestituição do chefe regional doPartido Operário Unificado Po-lonês (comunista), ZdzislawGrudzien.

adverte Polônia e faz

temer

Greve aumenta em Berlim Ocidental

intervenção militar

Bonn (do correspondente) — A grevedos ferroviários em Berlim expandiu-seontem e já atinge pelo menos a metadedos 3 mil 500 empregados da companhiade trens da Alemanha Oriental (Reichs-bahn) que trabalham do lado Ocidentalda cidade, informou o Comitê Central dagreve. A direção da Reichsbahn em Ber-lim Oriental atada náo reagiu oficialmen-te, mas, pelo telefone, os trabalhadoresficaram sabendo que todos os grevistasestão despedidos.

A agência oficial noticiosa da Alemã-nha Oriental, ADN, afirmou ontem que omovimento "nada tem a ver com reivin-dicações salariais, tratando-se, na verda-de, de açóes terroristas e perigosas pro-vocações". Horst Schluz, porta-voz doComitê de Greve, refutou as acusações

da ADN e disse que os trabalhadores irãoaté o extremo de paralisar o tráfego detrens de passageiros, se for necessário."Nós náo queremos tomar esta atitu-de", disse o representante do Comitê deGreve, "pois estamos conscientes dasconseqüências politicas deste fato". Atéagora, a greve paralisou apenas os trensde carga e o serviço de transporte subur-bano ferroviário em Berlim Ocidental,utilizado por poucas pessoas.

Horst Schluz ainda náo ouviu falar deuma possível ajuda financeira aos grevis-tas por parte da central sindical alemá(DGB). Os trabalhadores que cruzaramos braços não dispõem de fundo de grevee tampouco de um sindicato que possarepresentar seus interesses. "Para conse-guir realizar nossas reivindicações, con-tamos apenas com a vontade de nossos

companheiros e com a possibilidade deinterferir no tráfego de passageiros paraBerlim", disse Shluz.

A polícia de Berlim Ocidental interfe-riu ontem junto aos grevistas para obtera libertação de dois administradores queestavam sendo detidos dentro de umaestação. Novos choques entre o serviçode segurança das ferrovias e os grevistas,como na véspera, não se repetiram.

O Govemo alemão ocidental e os alia-dos — a quem cabe em última Instância aresponsabilidade pelo lado Ocidental dacidade — continuavam evitando a qual-quer pronunciamento sobre a greve. Umporta-voz dos comandantes ocidentaisem Berlim disse somente que nada haviaa comentar "sobre uma disputa salarialnormal".

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Irã bombardeia centros econômicos do Iraque

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Bagdá e Teerã — A aviação do Irã bombardeou "cen-tros econômicos" do Iraque na região de Shatt-Al-Arab, nafronteira dos dois países junto ao Golfo Pérsico, informouontem a agência de notícias iraquiana Ina, sem dar outrosdetalhes. Ao rechaçar um ataque da Marinha do Irã à Ilhade Om, a Marinha do Iraque destruiu duas lanchas e umnavio pegou fogo, anunciou a Ina.

Logo após assumir o comando das operações militarescontra o Iraque, o Presidente do Irã, Bani Sadr. convocouontem todos os iranianos que terminaram seu serviçomilitar em 1977. Até dia 2 de outubro, todos deverão seapresentar às autoridades militares, porque "nossa pátriaestá sendo atacada pelos estrangeiros e pelos lacaios doimperialismo internacional", disse Bani Sadr.

Advertência

"O Iraque fez uma advertência contra os ataques do Iráaos centros econômicos do país em Shatt-Al-Arab. Se essasagressões voltarem a ocorrer, o Iraque responderá comrigor", comunicou a Ina, que horas antes havia noticiadoque aviões iraquianos destruíram alguns tanques irania-nos, que tentaram um ataque com apoio de artilharia pertode Saoumar, a partir da zona iraniana de fronteira. Haviatambém combates em Um Al-Faw, na desembocadura dorio Shatt-Al-Arab.

Segundo informações não confirmadas em Teerã, aspopulações da cidade de Khorramshar e Abadan. junto aShatt-Al-Arab, foram total ou parcialmente retiradas. Arefinaria de Abadan, a maior do Irá, com capacidade diáriade 600 mil barris, está com a produção suspensa. Além dos"intensos" combates na fronteira com o Iraque e a Turquia,as forças iranianas estão sendo fustigadas por escaramuçasdos guerrilheiros que lutam pela autonomia do Curdistâo.

Guerra total está

agora mais próximaMario Chimanovitch

Corresponde nt»Ancara — Com o aprofundamento da crise entre o Irã e o

Iraque, centralizada agora no contencioso que envolve a vianavegável do Shatt Al-Arab, que separa os dois países, aumen-tam os temores de que os repetidos incidentes fronteiriçospossam escalar até uma confrontação militar total entre Teerãe Bagdá.

O chefe da Organização de Liberação da Palestina. YasserArafat, já enviou emissários às Capitais iraniana e iraquiananum esforço de mediação que. ao que tudo indica, não estáapresentando nenhum resultado tangível. Simultaneamente,as chancelarias árabes, preocupadas com o perigo de umaenventual desestabilizaçáo da região do Golfo, caso Iraque eIrá passem à açào em maior escala, preparam-se para desenvol-ver um intenso esforço diplomático junto a Teerã e Bagdá a fimde atenuar a crise.

Fronteira

A fronteira entre o Irã e o Iraque tem sido desde há séculos,o teatro de uma disputa territorial envolvendo os gruposétnicos da região. Mas o conflito irano-iraquiano passa a-serevestir de importância e dimensão internacionais com odesenvolvimento da industria petrolífera e a sua função nasobrevivência das economias das nações industrializadas doOcidente.

O Shatt Al-Arab. o longo estuário que nasce da confluênciado Tigre com o Eufrates. em direção ao Golfo Pérsico, transfor-mou-se numa rota vital de escoamento de petróleo, sobretudopara o Irã. cujos dois principais terminais de exportação estãojustamente localizados sobre essa via.

Em 1975, Saddam Hussein, na época Vice-Presidente doIraque, formalizou um acordo com o então Xá, através damediação diplomática da Argélia, mediante o qual a fronteirareconhecida entre os dois países passava a ser traçada exata-mente sobre a metade do Shatt Al-Arab.

A concessão do Governo de Bagdá ocorria como contrapar-tida ao compromisso assumido pelo Xá no sentido de fazercessar todo o apoio material e político que o Irã consagrava àrebelião curda no Iraque. Esse movimento de sublevaçãonacionalista constituia-se, com efeito, no principal problemaenfrentado pelo Partido socialista Baath, no Poder em Bagdá.

A derrocada do Xá e o sucesso da revolução muçulmanaxiita no Irã encerraram efetivamente o curto período de boavontade que vinha prevalecendo entre as duas nações. E, apartir daí. cada uma delas deu inicio, através de uma virulentaguerra de propaganda, a uma campanha destinada a solapar oregime do outro.

Nas últimas semanas, os incidentes fronteiriços entre o Irã eo Iraque envolveram tanques/artilharia pesada e aviação,enquanto os Iraquianos clamavam — com os desmentidossubseqüentes de Teerã — haver capturado algumas pequenasporções territoriais além fronteira.Agora, o Presidente Saddam Hussein acaba de anunciarformalmente que o Tratado de Argel, firmado em 1975, é ab-rogado pelo Parlamento iraquiano. Essa decisão, na verdade,fora precedida por uma declaração do Chefe do Estado-Maiordas Forças Armadas iranianas. General Falahi, no sentido de

que seu país não reconhecia mais o referido compromisso sobreas fronteiras.Pode essa situação estar se configurando no prelúdio daeclosão de uma guerra em escala total na região do Golfo?O Presidente do Irá. Bani Sadr. afirmara há 72 horas que oIraque está concentrando um grande número de tropas — duas

divisões blindadas — junto aos limites do Cuzistáo, a provínciaresponsável pela produçáo da maior parte do petróleo iraniano,que possui também uma larga população árabe. Essa mesmapopulação árabe tem sido encorajada por Bagdá a sabotar asinstalações petrolíferas iranianas e sublevar-se em favor dasecessão.

Em termos puramente militares, o Iraque parece muitomais poderoso que o Irã. Mas existem, no entender de algunsexperts ocidentais, inúmeras razões que levam a crer quenenhum dos dois lados esteja realmente interessado na deüa-graçâo de uma guerra de verdade.

1) — O Governo islâmico do Irá está tentando duramenteestabilizar o pais contra o perigo de desintegração, levantadopela existência já de uma forte oposição secular e as exigênciasde árabes, curdos e de outras minorias em favor de autonomiaregional.

2) — Quanto ao Presidente Saddam Hussein, ele certamen-te não ignora que se declarar uma imerra em escala total contrao Irã, defrontar-se-á. muito possivelmente, com uma tentativarevigorada dos curdos iraquianos que buscarão garantir a suaindependência. Existe também, ainda no contexto iraquiano, oproblema envolvendo a maioria xiita do país, que considera oirá do ayatollah Khomeiny como o campeão de sua "causasagrada" contra o regime sunnita, no Poder em Bagdá.

Existem também fortes razões de ordem internacional queimpediriam a Saddam Hussein de estender o atual conflitofronteiriço a uma campanha pela recuperação, como alega, demais territórios em possessão do Irá.

O líder iraquiano acaba de enviar mensagens urgentes eemissários a várias Capitais árabes a fim de explicar a suaposiçáo no contencioso com o Irá. Pensa-se que o apoio árabeao Iraque seria limitado em caso de guerra total, pois a maioriados países árabes, principalmente aqueles localizados no Golfo,não quer a eclosào de um conflito dessa natureza na região, pormotivos óbvios. Eles temem que isso possa provocar umaintervenção direta das superpotências naquela área, mesmoque se sintam apreensivos com a revolução iraniana.

O Presidente Hussein, como não se ignora, almeja estabele-cer o Iraque como a naçào-líder do mundo árabe, após oostracismo do Egito. Ele quer também desempenhar um papelde relevância no movimento dos países não alinhados. Poroutro lado. não é segredo também que o Iraque quer assumir opapel do Irã como o mais poderoso pais na Região do Golfo.Mas Saddam Hussein — afirmam inúmeros observadores —não se pode dar ao luxo de causar alarme entre as demaisnações árabes.

OAssim, apesar dos temores verificados em escala intemacio-nal. e mesmo com a abrogação do tratado de Argel, prevê-se emalguns círculos diplomáticos ocidentais que o Iraque náo iráalem de uma campanha limitada destinada a recobrar territó-rios cuja possessão, historicamente, ê devida aos árabes E poroutro lado nenhuma das duas superpotência? — EstadosUnidos e t":iiao Soviética — não desejariam tomar partido emcaso de conflito numa regiáo tão sensivelmente estrategicacomo a do Golfo. Muito ao contrario, pois o seu eventualenvolvimento poderia colocar Washington e Moscou numaperigosa situaçao de confrontação.

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R ÍCTSH ATT-AL- ARAB |>ABADAN

/VUWAJ -1Os combates se intensificaram em três pontosao longo da fronteira entre o Irã e o Iraque

Forças de Bagdá são as

mais fortes do Golfo

Londres — O Iraque e o Irásáo as duas principais forçasmilitares da região do GolfoPérsico, segundo o relatoriodeste ano do Instituto Interna-cional de Estudos EstratégicosiIIESi. publicado em Londres.O Exército do Iraque e. no en-tanto, ligeiramente supprior aodo Irá. com seus 242 mil 250homens, quatro divisões blin-dadas, com 2 mil 750 tanquesde fabricação soviética e outros100 AMX-30 franceses

Segundo os especialistas demais de 50 países que integrama organização, o Iraque possmainda 332 aviões de combate, amaioria soviética e alguns fran-ceses, e poucos navios, já queseu litoral náo é muito extenso.O Irá, ao contrário, tem na Ma-rinha sua maior força: três con-tratorpedeiros. quatro fragatas,quatro corvetas, nove lanchasrapidas lança-foguetes. sete pa-trulhadoras e outros barcos me-nores.

SOLDADOSOs dados relativos ao Exerci-

to do Irá, segundo o IIES. naosáo tào seguros, pois a Revolu-çáo Islâmica expurgou muitosmilitares fiéis ao regime do XáReza Pahlavi. Mas. em 197'J, oExercito iraniano dispunha de240 mil soldados, com í mil 958tanques. A Força Aérea conta-

va com 445 avióes de combatede origem norte-americana,atualmente com dificuldadesde manutenção, devido a faltade peças de reposição, decor-rente do boicote econômico es-tabelecido pelos EstadosUnidos.

O relatório do 11ES inetu-aainda que. no Golfo Pérsico, aArábia Saudita tem a terceiraForças Armadas mais podero-sa. com 47 mil homens. 380 tan-quês, 138 aviões de combate. 72lanchas guarda-costeiras. qua-tro draga-minas. seis barcos dedesembarque e um patrulheiro.Recentemente encomendou370 tanques AMX-30 e 1 mil 50M-60. 45 aviões caça F-15 e va-rios navios de guerra.

A União dos Emirados Ara-bes tem 25 mil 150 homens, com45 tanques leves britânicos e 52avióes de combate. Só Omà •conta com 14 mil 200 homens,alguns tanques Escorpion e 38avióes de combate, e Qatar. 4mil 700 homens e 24 tanquesAMX-30.

Ja o Kuwait dispõe de 12 mil400 homens, com 280 tanquesEscorpion e 38 avióes de com-bate. O Bahrein tem apenas 2mil 500 homens, sem tanques.Mas o Exercito do Iêmen doNorte conta com 32 mil 160 ho-mens e 864 tanques. O Iêméndo Sul tem 23 mil 800 homens e375 tanques.

Indústria nuclear da

Itália quer proteçãoRoma — Por temer que as

atuais lutas entre o Iraque e oIrá resultem em novos atenta-dos terroristas contra a indus-tria nuclear da Itália, o CentroNacional de Energia Nuclear eos líderes sindicais do setor pe-diram, ontem, proteção do Go-verno contra os terroristas quese opõem ao fornecimento dematerial atômico da Italia aoIraque.

O comunicado que divulga-ram deu ênfase à explosão dosescritórios da companhia nu-clear Snia-Techint, na Capitalitaliana, no dia 7 de agosto, porterroristas que se identifica-ram, em telefonemas à impren-sa, como iranianos do Comitêde Salvaguarda da RevoluçãoIslâmica. "Pedimos que o Go-

verno adote as necessárias pro-'vidèncias para garantir o máxl-mo de proteção ao pessoal queparticipa desta colaboraçãocom o Iraque, disse a nota.PACÍFICOS

A nota foi divulgada depoisde uma reunião dos direitos daindustria nuclear, chefiados porUmberto Colombo, presidentedo Centro Nacional de EnergiaNuclear, com os lideres traba-lhistas. Indica que o fato de aItália e o Iraque terem assinadoo tratado de não proliferação dearmas atômicas "basta para ga-rantir que a tecnologia e equi-pamentos fornecidos ao Iraqueservirão- exclusivamente parafins pacíficos".

Parlamentares visitarão

hoje refénsTcerà — Parlamentares ira-

nianos visitarão a Embaixadados Estados Unidos em Teerãamanhã, para "ver os crimesnorte-americanos no Irá in lo-co", anunciou a Radio de Tee-rã. Segundo o presidente doParlamento, hojatolislà Raf-sanjani, eles examinaráo as"provas de culpabilidade e omaterial de espionagem, na vi-sita ao ninho dos espiões".

Atendendo a um pedido doPresidente Jimmy Carter, a Li-bia enviou uma delegação aoIrá, no ano passado, para tentara libertação dos reféns norte-americanos ao Irã, no ano pas-sado, para tentar a libertaçãodos reféns norte-americanos,revelou o Encarregado de Negó-cios da Libia em Washington,Ali Ahmad Al-Khodairi, numaentrevista ao jornal Al-Anba,do Kuwait.COMISSÃO

O Parlamento só continuará,na terça-feira, "muito provável-

americanosmente", a discussão sobre aconstituição e o papel da co-missão especial que ficara en-carregada de estudar a questãodos refens norte-americanos. Ojornal Azadegan. da linha dura,reiterou ontem as condições es-tabelecidas pelo Imã Khomei-ny para a libertaçao dos reíens,mas náo mencionou a necessi-dade de um pedido de deseul-pas dos Estados Unidos pelapolítica adotada no Irá no regi-me do Xá Reza Pahlavi.

Em Washington, fontes liga-das ao Departamento de Esta-do asseguraram que os Subse-cretários de Estado, WarrenChristopher, e do Tesouro, Ro-bert Caswell, e oito especialis-tas em assuntos iranianos man-tiveram em segredo reuniõescom Chefes de Estado e de Go-verno da Europa Ocidental, nasemana passada. Trataram daposição de certos aliados dosEstados Unidos, com relaçao assanções econômicas adotadascontra o Irá.

Filho do Xá será

coroado em outubroJerusalem — O Príncipe her-

deiro Reza. o 81ho mais velhodo Xá. será declarado novo Im-perador oo Irá. no mês quevem. quando estiver ceiebran-do o seu vigésimo aniversário.Na mesmo ocasião, um Gover-no iraniano no exílio será cons-tituido e baseado no Cairo, in-tegrado por funcionários e ofi-ciais militares que abandona-ram o Irá após a vitória daRevolução islâmica que colo-cou o ayatollah Khomeiny noPoder.

Essas revelações acabam deser feitas pelo semanário egip-cio October, cujo editor, AnizMansour é considerado um dosmais próximos confidentes doPresidente Anwar Sadat. Man-sour foi um dos últimos joma-listas que entrevistaram o ex-Xá pouco antes de sua morte,em fins de julho, no hospitalmilitar de Mahài. ao Sul doCairo. Segundo ele. rio testa-mento que redigiu praticamen-te as vesperas de seu desapare-cimento. Mohammed RezahPahlavi recomenda seu filho aopovo iraniano.

A revista Oclober náo nomeianenhuma fonte para as revela-çôes que publica, mas ubserva-dores na Capital egípcia estãoconvencidos que as informa-çóes foram obtidas junto ao

próprio Presidente Sadat. Orais. como se sabe. ofereceu aoXa e sua família asilo continuono Egito e ja deixou claro queconsidera o Príncipe herdeiroReza como o novo chefe da fa-mina reai i™.-;iaru»

Ainda segundo October. nodia de seu aniversário ia datanáo é revelada i, o Príncipe Re-za deverá endereçar uma men-sagem ao povo iraniano pedin-do-lhe a sua lealdade.

Esses fatos revelados pelo se-manário reforçam as alegaçõesdos lideres islâmicos do Irá nosentido de que o Egito, após oIraque, constituiu-se no paísque mais apoio vem consagran-do aos oponentes do regime re-volucionário instalado: emTeerá.

A viúva do Xa. a ex-Imperatriz Farah Diba c€Lseus nihos e ciemais membrosda família, continua residindono Palacio de Kouba. uma !u-:xuosa residência oficiai iocaU-zaaa nos suburbios do Cairo,que íoi colocada a sua di.sposí-çáo pelo Presidente Saciai. NãoexiStêm ate li mõrnérítu* quais-quer indicações no sentido deque a ex-Ia nulia real iranianaesteja pretendendo deixar oEgito para buscar outro lugarde refugio

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JORNAL DO BRASIL D domingo, 21/9/80 ? 1° Caderno 17

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18 — INTERNACIONAL JORNAL DO BRASIL 1 domingo, 21/9-80 1 ° Cademo"Lady" Diana, 19, conquistaCharles e pode ser Rainha

Londreiifole UPI

Londres — Para a maioria dos súditos de suamàe, a Rainha Elizabeth II, o herdeiro do trono,Príncipe Charles, encontrou uma futura rainhaideal na pessoa da filha mais moça de LordSpencer. Lady Diana tem 19 anos e seu contatocom o Príncipe data de muitos anos, porque seupai, pertencente a uma família com váriosséculos de tradicionais serviços prestados àCoroa, foi ajudante-de-ordens do Rei Jorge VI,avó do Príncipe.

Simpática e bonita, sem chegar a ser umabeldade, ela tem evitado publicidade e se man-tido afastada do estilo de vida glamuroso dealgumas das companhias femininas do Princi-pe Charles. Há um ano que ela vem ensinandocrianças de um jardim de infância desta Capitale só concordou em receber a imprensa porque ogrande número de repórteres e fotógrafos, per-manentemente postados em torno da escola,perturbavam a vida de seus pupilos. Ela tam-bém permitiu que a fotografassem, desde queprometessem, depois, deixá-la em paz.

Lady Spencer demonstrou grande dignidadeem suas declarações à Imprensa, além de mos-trar-se sensata e inteligente, sem falsa modés-tia ou tentativa de impressionar os jornalistas.A imagem projetada foi a de uma jovem inglesamuito simpática, filha de boa família, que amaioria dos britânicos gostaria de ver casadacom o Príncipe.

Sua inocência transpareceu ao permitir queos fotógrafos colocassem fortes lâmpadas atrásdela, de modo que as fotos tiradas de frenterevelaram os contornos de suas pernas bemtorneadas. Ela cativou os membros da impren-sa ao dizer que gostaria que se lembrassem delapor algo mais memorável do que ser fotografa-da sem combinação por baixo do vestido.

Robert Dervel EvansCorrespondente

Dois aspectos da ocasião causaram profun-da impressão. Ela enfrentou a chuvarada deperguntas com tamanho sucesso que o comen-tário mais ouvido foi o de que possui, evidente-mente, as qualidades pessoais adequadas auma futura rainha, a qual, devido à sua posição,é exposta a uma constante atenção pública. Aoutra característica foi a ausência de um passa-do de romances.

Algumas das ex-companheiras do PríncipeCharles se mostraram tolas e indiscretas, comoa bela Jane Ward, que falava livremente demaiscom a imprensa, ou perderam as chances de umcasamento real com as revelações de antigosnamorados, como foi o caso de Davinia Shef-field. Um deles disse que vivera com ela numdiscreto bangalô rural antes que conhecesse oPríncipe.

A bela e esfuziante Sabrina Gulnness, comquem foi romanticamente ligado, tinha muitosamigos no mundo do entretenimento para ser amulher ideal de um futuro rei. Entre aquelescom quem foi vista em público, antes de conhe-cer o Príncipe, estavam Ryan 0'Neal, DavidBowie, Bryan Ferry e Jack Nicholson, cujascarreiras, no cinema e no palco, ganhariamimpulso através de conhecimentos reais e con-vites para ir ao Palácio de Bucklnghan.

Após a abdicação forçada do Rei EduardoVIII, por insistir em se casar com uma norte-americana duas vezes divorciada, Wallis Simp-son, a família real e o público britânico têm-semostrado muito sensíveis à questão de casa-mentos dinásticos inadequados próximos aotrono. Como comentou um jornal, o Príncipe deGales está perfeitamente ciente das ciladas queum casamento impróprio lhe armariam.

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Gás do Titan-II provocaa morte de um sargento

Damascus. Arkansas — O sar-gento David Livingston, 21anos, tornou-se ontem a 56" vi-tima de acidentes com o míssilintercontinental Titan-II. Elemorreu em conseqüência de in-toxicaçâo pela inalação de ga-ses liberados num silo de Da-mascus, que provocou violentaexplosão na sexta-feira. O Pen-tágono recusou-se a conlin7.arnoticia divulgada pelas redesde TV' ABC e NBC de que acabeça nuclear teria sido proje-tada à distância.

O jornal Omaha World He-rald. editado em Omaha, ne-braska, onde está o ComandoAéreo Estratégico, informouque a cabeça termonuclear foiavariada mas não houve esca-pamento de radiação. O Presi-dente Carter lamentou o inci-dente e afirmou que as posslbi-lidades de um acidente nuclearcomo resultado da explosãoeram "exatamente baixas". OPentágono esclareceu que aogiva nuclear só é ativada

quando o míssil parte em dire-çào ao alvo.ROTINA

Carter afirmou estar em con-tato permanente com o Secre-tário de Defesa Harold Brownque lhe informou nào terem si-do encontrados sinais de conta-minaçào nuclear na região. Mil400 pessoas retiradas de suascasas num raio de 16 quilôme-tros receberam autorização pa-ra voltar e as autoridades daForça-Aérea já retomaram suasfunções rotineiras.

Dos feridos, 17 continuam in-temados no hospital da BaseAérea de Little Rock. A maioriafazia parte de uma equipe dereparos chamada para vedar afenda por onde escapava o com-bustível altamente volátil domíssil. A queda de uma ferra-menta de 1 quilo e 200 gramasatingiu um depósito de com-bustível líquido sob pressão au-mentando o vazamento que in-toxicou os técnicos. Logo em

seguida houve combustão os-pontànea. O fogo foi debelado.

O vazamento, no entanto,persistiu, acumulando gases eprovocando a violenta expio-sào que pulverizou o teto de 750• toneladas de concreto e aço dosilo bem como as paredes de232 toneladas.

Este foi o terceiro acidentefatal em um silo do Titan-II.Em 1965, 53 trabalhadores civismorreram em Searsy, Arkansasquando um soldador atingiuuma linha de combustível comuma tocha. Em 1978 dois oQ-ciais da Força Aérea morreramintoxlcados num escapameniode gás em Rock. Kansas.

O jornal soviético Izvestiaafirmou que a explosão do silodo Titan-II poderia ter causadouma "catástrofe nuclear". Dis-se que "a responsabilidade dosmilitaristas norte-americanosnào pode ser ignorada" e que oacidente ocorreu sob o "panode fundo da embriaguez arma-mentista".

Congresso debate segurançaArtur Sulzbprgcr Jr.

The New York Timet

Lady Diana Spencer posou com seus alunos semligar pura a transparência da saia

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Na foto o Dr. Christopher M. Lee quandopronunciava a aula inaugural do seminário.

CETESB E GESSY LEVER PROMOVEM"SEMINÁRIO DE TOXICIDADE AQUÁTICA'De 15 a 17 do corrente, na sede da CETESB, teve lugar a realização do"Seminário de Toxicidade Aquática", reunindo cerca de quarenta técnicosde elevado gabarito, provenientes do próprio órgão estadual de controleda poluição, bem como de órgãos de controle de outros estados, taiscomo EMBASA, COPASA, FEEMA, FATMA, CEPED etc, entidadesuniversitárias e empresas privadas.Os trabalhos foram dirigidos pelo Dr. Christopher M. Lee — Ph. D.,pesquisador científico da Unilever, trazido ao Brasil com essa finalidadeespecífica por Indústrias Gessy Lever Ltda., através da Lever, sua Divisãode produtos de limpeza doméstica e higiene pessoal.Durante três dias o Dr. Lee expôs os seguintes temas: Seleção e Culturade Organismos para Testes; Testes de Toxicidade Aguda; Testes deToxicidade Crônica; Avaliação de Riscos Aquáticos; Legislação Internado-nal. A propósito da realização desse encontro de caráter eminentementecientífico, o Dr Carlos Celso do Amaral e Silva, Diretor de Tecnologia eDesenvolvimento da CETESB teve ocasião de manifestar-se sobre oevento, considerando-o proveitoso e útil no desenvolvimento do programada CETESB que é o de conseguir o maior entrosamento possível com aempresa privada, no sentido de poder concretizar sua política de preservaro meio ambiente e as condições de vida sem impedir o desenvolvimento.

S. Paulo, 18.9.80(P

Washington — A explosão deum míssil Titan n num silo emArkansas. embora sem a gravi-dade de dois casos anteriores,motivou o Congresso a iniciar odebate sobre a segurança e efl-cácia do antigo sistema de mis-seis balísticos intercontinen-tais.

Desde que o primeiro dos 54Titan II foi construído em 1963,55 pessoas morreram e muitasficaram feridos em centenas deacidentes envolvendo mísseis.O Titan, o maior, mais podero-so e mais antigo míssil do arse-nal estratégico americano, de-via ter sido desativado em 1971.

Mas uma combinação de fato-res, entre eles a crescente forçasoviética no setor e sua capaci-dade de negociar a desativaçãodo Titan em troca de medidaidêntica com alguns de seusmísseis como o SS-9, fez comque o programa nào fosse aban-donado.

Um terço dos Titan n estàona parte Sudeste do Kansasenquanto os outros 36 estão en-tre o Arkansas e o Arizona.Tanto a Câmara como o Sena-do já começaram a recolher in-formações sobre a explosão desexta-feira, mas náo há ne-nhum depoimento marcado.

Apesar dos 54 Titans repre-sentarem pequena parte dos 1mil 54 mísseis balísticos Inter-continentais dos Estados Uni-dos em terra, suas cabeças de 9megatons representam um ter-ço da força nuclear em basesterrestres. No entanto, comonáo dispõem de sistemas de di-reçáo semelhantes aos dos mo-demos Minuteman III. os titanssâo considerados adequados

apenas para a destruição degrandes alvos nào prioritárioscomo cidades e complexos in-dustrlais.

A precisão dos MinutemanIII, por exemplo, faz metadedos mísseis lançados cair numraio de 0.12 milhas náuticas deseus alvos, enquanto o Titanalcançaria 0.8. No entanto, per-maneceram em operaçào, por-que se tem esperança de quepossam ser usados como fatorde barganha, contam no pode-rio militar americano e aindasào o meio mais efetivo de des-trulr certos alvos.

A segurança desses mísseissempre provocou polêmica. Co-mo usam combustível liquido,ao contrário dos Minutemanque têm combustível sólido,tem havido vazamentos desubstancias altamente tóxicas.Um deles, em abril de 1978 emRock, Kansas. matou duas pes-soas e feriu 29. Em abril, umvazamento em Wichita forçou aretirada dos moradores de de-zenas de fazendas num raio de 3milhas.

Segundo a Força Aérea, entre1975 e 1979 houve 125 vazamen-tos sérios o bastante para que ocombustível propelente fosseremovido e o míssil retirado deestado de alerta. "Acho que émuito cedo para dizer que osmísseis devem ser desativa-dos", afirmou o Deputado BobWhittaker (republicano-Kansas) eleito por um distritoonde estão 16 dos 18 titans doEstado.

Na sexta-feira, o Secretárioda Força Aérea, Hans Mark,defendeu o míssil num briefinjrno Pentágono. Ele assegurou

que o Titan ô o "maior, maisconfiável e melhor míssil quetemos." Os titans foram usadospara lançar todas as naves doprograma Gemini.

O Presidente Carter conside-ra o Titan "uma parte integraldo Triad". Triad é a designaçãodada âs três maneiras de fazercom que as armas nuclearescheguem a seus alvos: por bom-bardeiros. por bases terrestres epor submarinos, "Os Titansainda sào uma útil força depersuasão — acrescentou Car-ter — mas sabemos que sàoantiquados e seráo substitui-dos no processo norma! de evo-lucâo."

Nos termos do tratado de li-mitação de armas estratégicas,os Titans só podem ser substi-tuidos por mísseis instaladosem submarinos. Um recente es-tudo da Força Aérea sobre es-ses mísseis concluiu: "as condi-çóes Qsicas do sistema Titan-IIsâo boas e consideradas, pormuitos, melhores do que quan-do foram construídos. As nor-mas de segurança sào adequa-das para manter o sistema se-guro e eficiente."

O acidente mais grave envol-vendo o Titan aconteceu em1965: 53 civis morreram quandouma tocha de maçarico atingiuuma tubulação que continhacombustível. "Estamos ape-gando-nos a esse obsoleto e pe-rigoso míssil sem que haja qual-quer motivo real?", perguntouum assessor do Senado. "Essa éa pergunta que vimos fazendosem que tenhamos conseguidouma resposta."

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JORNAL DO BRASIL Z domingo, 21 '9-'80 _ r Caderno INTERNACIONAL — 19

Portugueses no exterior já

votam para

novo Parlamento

Juarez BahiaCorrespondente

Lisboa — Ja se encontram nocentro de boletins para emi-grantes milhares de votos deportugueses residentes fora daEuropa e cujos sufrágios paraas eleições gerais de 5 de outu-bro foram dados com antece-déncia para náo atrasar a eon-tagem finai. Na Europa e forada Europa o total de votantes éde 164 mil 580. No pleito "inter-calar" de dezembro de 79. elesasseguraram três deputados aAliança Democratica. decidin-do a maioria de centro-direitano Parlamento.

A coligação no Poder esperarepetir o resultado do ano pas-sado e por esse motivo realizouuma intensa caça ao voto dosemigrantes. A Oposição — so-cialistas e comunistas, sem re-cursos para viajar — pratica-mente abriu mao dos residen-tes no estrangeiro. Suas ener-gias foram mobilizadas interna-mente. Dos quatro deputadoseleitos pelos dois colégios daemigração, so um e socialista.As previsões sáo de que a Alian-ça Democratica mantera a van-tagem anterior.

Até agora a campanha eleito-ral portuguesa caracteriza-sepor um corpo-a-corpo entre ostrés maiores grupos partida-rios: a Aliança Democratica(PSD, CDS t PPMi. a FrenteRepublicana e Socialista (PS,ASDI e UEDSi. e a AliançaPovo Unido (PCP, MDP-CDEl,Eles deverão dividir entre siaproximadamente 80' r dos 7milhões de votos, ficando osrestantes 2U' r para 12 Partidospequenos, desde trotskistas emaoistas a extrema direita.

As grandes cidades estão co-bertas de cartazes e inscriçõesnas paredes. Técnicos alemães(social-democraciai dão asses-soria aos socialistas da coliga-ção de centro-esquerda. en-quanto técnicos espanhóisicentro democrático) prestamítfuda à AD.

Além disso, os Partidos recor-rem a aviões, bicicletas, motose caravanas de automóveis pa-ra criar impacto de propagan-da. O fato mais inusitado ocor-reu ontem no centro de Lisboacom o desfile de carneiros imaisde 100 animais), conduzidos porum pastor, numa alusão criticaao Primeiro-Ministro Sa Car-neiro.ARITMÉTICA

Na aritmética eleitoral dosPartidos, beneficiada pela proi-bição de divulgaçao de pesqui-sas durante o presente períodode campanha, as trés grandescoligações consideram-se vito-riosas, incluindo a Aliança Po-vo Unido que no Parlamento de250 lugares ocupa apenas 40. Asúltimas sondagens, publicadasna Espanha, apontam a vitoriada AD nas eleições gerais, fi-cando a FRS em segundo e aAPU em terceiro.

A dúvida que as pesquisasnão conseguem esclarecer e so-bre o sentido majoritario da vi-tória da centro-direita, se amaioria absoluta sera o resulta-do, como precisa a AD paraformar Governo estável, ou seserá simples a maioria.

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.lfl0Cr_O zepelim (Ia b rente Socialista, pilotado por suecos, teve (pie fazer pousode emergência lia Academia Militar e foi confundido com "avião inimigo '

Zepelim socialista faz fiascoLisboa ido Correspondentei — Primeiro, ha-

via dúvida se o zepelim voava. Mas logo se viuque o grande balão dirigivel emprestado aFrente Socialista e Republicana pelos social-democratas suecos podia sustentar-se no ar. Oinusitado aconteceu quando o zepelim naopôde mais cumprir sua missão de propaganda efez uma aterrissagem forçada no campo defutebol da Academia Militar, perturbando ossoldados que nao conheciam a origem do apa-relho e quase criando um caso militar.

Lisboa — que vive uma das mais trepidantescampanhas eleitorais, com o eleitorado sendodisputado pela coligação de centro-direita e osPartidos de centro-esquerda — teve ontem umdia de inesperada emoção. O zepelim tripuladopor dois suecos, pintado com as cores verde,amarelo, vermelho e branco, da Frente Socialis-ta e Republicana, deveria ter sido co-pilotadopelo líder Mario Soares dos arredores da cidadeao Terreiro do Paço.

Arma secreta

Milhares de pessoas acompanharam a desdi-tosa viagem do zepelim, traído pelo forte ventoque sopra do Sul nesta época do ano em Lisboa.O trânsito parou nas grandes vias centrais, atelevisão e o rádio dedicaram seus melhorestempos à cobertura dessa ate ontem armasecreta da Oposição para influenciar o eleitora-do e causar impacto nos adversarios da centro-direita, cuja ação dispensa elementos bombas-ticos, mas se concentra na presença de especia-listas espanhóis em marketing eleitoral.

Os soldados de plantão na Academia Militarchegaram a pensar que se tratava de um aviãoinimigo e não esconderam seu alarma. Mesmoporque é proibida a propaganda eleitoral eminstalações militares. Houve espanto, também,

porque do zepelim saíram os pilotos suecos queocupavam os dois únicos lugares do dirigivel.Os tripulantes gesticulavam e gritavam, te-mendo o pior, enquanto o zepelim perdia ai-tura.

Na realidade, os pilotos pretendiam quealguém os ajudasse na aterrissagem. Os solda-dos nao compreendiam os gestos e nem enten-diam porque o dirigivel com possante serviçode som transmitia o Hino à Amizade, de Her-bert Pagani, musica adotada pelos socialistasportugueses em sua campanha para as eleiçõesgerais de 5 de outubro.

Conduzidos ao comando da Academia, ospilotos Mikael Kingberg e Janne Balkedal ex-plicaram aos oficiais que as condições atmosfé-ricas tinham deixado de ser propicias, motivoque os levou a procurar um local onde fossepossível e imediata a aterrissagem. Identifica-dos e afinal tratados pelos militares como doispacíficos nórdicos, e não vikings, os suecosforam liberados com seu dirigivel.

Kingberg e Balkedal haviam sobrevoado oCentro de Lisboa pela manhã durante duashoras, provocando a curiosidade da população.Freqüentemente o Hino à Amizade era inter-rompido para que o serviço de som transmitissemensagens políticas, perfeitamente audíveis.Com sua potente instalação sonora, o dirigivellança os slogans dos socialistas e pede a demis-sáo do Primeiro-Ministro Sa Carneiro.

O líder Mário Soares só náo cumpriu apromessa de viajar no zepelim. mas alterou oshábitos de propaganda política portuguesa, nabase do comicio-reuniáo, tipo conferência, paraviajar de metro e fazer discursos em cadaestação. A Frente Socialista e Republicanaesclareceu que o dirigivel continuará partici-pando da campanha oposicionista. So náo ga-rante que Soares vá mesmo co-pilotar o ze-pelim.

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20 — INTERNACIONAL JORNAL DO BRASIL D domingo, 21/9/80 Coder

Candidatos à Presidência dos EUA fazem debate sem Carter

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POS-GRADUAÇÃOAULAS AOS SÁBADOS

4.» TURMACURSOS REGULAMENTADOS PELA RESOL, U/77 MEC/CFE

ANÁLISE CONTÁBIL E FINANCEIRADtSCtPUNAS: Teoria Geral da Administração, Organização e Métodos. Estudo deProblemas Brasileiros. Contabilidade Geral, Análise de Balanço. Contabilidade deCustos. Auditoria I. Teoria do Investimento, Direito Comercial. Direito Tributário eLegislação Tributária. Administração Financeira e Orçamento, Economia deEmpresa.

CONTABILIDADE - AUDITORIADISCIPLINAS: Teoria Geral da Administração, Organização e Métodos. Estudo deProblemas Brasileiros, Contabilidade Geral, Análise de Balanço. Contabilidade deCustos. Auditoria I. Auditoria II. Auditoria III. Direito Tributário e Legislação Tribu-tána, Estatística. Análise de Sistemas Contábeis.

ORGANIZAÇÃO MÉTODOS E PLANEJAMENTODISCIPLINAS: Teoria Geral da Administração. Organização e Métodos. PsicologiaAplicada à Administração, Estudo de Problemas Brasileiros, Sociologia Aplicada áAdministração, Planeiamento Empresarial, Análise o Elaboração de Projetos.Organização e Planejamento de Empresas. Análise Contábil-Financeira, Econo-mia de Empresa. Adm. Financeira e Orçamento. Desenvolvimento Organizacional.

GERÊNCIA DE PRODUÇÃO E MATERIAISDISCIPLINAS: Teoria Geral da Administração. Organização e Métodos. Estudo deProblemas Brasileiros. Psicologia Aplicada á Administração. Contabilidade deCustos. Estatística, Planejamento e Controle da Produção, Análise e Elaboraçãode Projetos, Pesquisa e Análise de Mercado. Gestão de Compras e Estoques.Gerência de Materiais, Análise Financeira dos Investimentos Industriais.

GERÊNCIA INDUSTRIALDISCIPLINAS: Teoria Geral da Administração. Organização o Métodos. Estudo deProblemas Brasileiros. Organização e Planejamento de Empresas, Contabilidadede Custos, Merchandising. Planejamento e Controle da Produção. Gestão deCompras e Estoques. Análise Financeira dos Investimentos Industriais. Propa*

ganda e Publicidade. Administração de Vendas. Elaboração e Análise de Projetos.

GERÊNCIA FINANCEIRADISCIPLINAS: Teoria Geral da Administração. Organização e Métodos. Estudo deProblemas Brasileiros. Teoria do Investimento, Análise Contábil-Financeira, Aná-lise Financeira dos Investimentos Industriais. Administração Financeira e Custosem Marketing. Administração Fmancera e Orçamento. Auditoria I. Direito Comer-ciai. Direito Tributário e Legislação Tributária. Análise de Sistemas Contábeis.

GERÊNCIA EMPRESARIAL E ADMINISTRATIVADISCIPLINAS: Teoria Geral da Administração. Organização e Métodos. Estudo deProblemas Brasileiros. Desenvolvimento de Recursos Humanos, Administração ePolítica Sócio-Econômica. Administração de Vendas. Gerência de Materiais.Desenvolvimento Organizacional, Gestão de Compras e Estoques. PlanejamentoEmpresarial. Elaboração e Analise de Projetos, Planejamento e Controle daProdução.

ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS HUMANOSDISCIPLINAS; Teoria Gerai da Administração, Organização e Métodos. PsicologiaAplicada á Administração, Estudo de Problemas Brasileiros, Sociologia Aplicada áAdministração. Desenvolvimento de Recursos Humanos. Administração de Recur-sos Humanos. Direito do Trabalho. Desenvolvimento Organizacional, Administra-çáo e Política Sócio-Econômica. Economia de Empresa. Estatística.

MARKETING (MERCHANDISING, PESQUISA EANÁLISE DE MERCADODISCIPLINAS: Teoria Geral da Administração. Organização e Métodos. Planeja-mento Empresarial. Estudo de Problemas Brasileiros, Sociologia Aplicada à Admi-nistração. Estatística. Pesquisa e Analise de Mercado. Merchandising. Propagan-da e Publicidade. Administração de Vendas, Administração Financeira e Custos,em Marketing. Economia de Empresa.

ENGENHARIA ECONÔMICADISCIPLINAS: Teoria Geral d_f Administração. Organização e Métodos. Estudo deProblemas Brasileiros, Sociologia Aplicada à Administração. Planejamento Em-presarial. Desenvolvimento Organizacional, Administração e Política Sócio-Eco-nómica. Administração Financeira e Orçamento, Tooria do Investimento. Planeja*menlo o Controle da Produção. Desenvolvimento de Recursos Humanos.Merchandising.

DIDÁTICA DO ENSINO SUPERIORDISCIPLINAS: Bases Psicológicas do Ensino e Aprendizagem, Psicologia da Per-sonalidade, Estudo de Problemas Brasileiros. Didática do Ensino Superior I, Prati-ca de Magistério. Medidas em Educação. Estalistica Aplicada a Educação. Didati-ca do Ensino Superior II. Filosofia da Educação. Estrutura e Funcionamento do En-sino Brasileiro. Sociologia da Educaçáo. Métodos e Técnicas da PesquisaEducacional.

ADMINISTRAÇÃO ESCOLARDISCIPLINAS: Bases Psicológicas do Ensino e Aprendizagem. Economia da Edu-cação. Estudo de Problemas Brasileiros. Princípios e Métodos da AdministraçãoEscolar. Currículos o Programas. Desenvolvimento Organizacional. EstatísticaAplicada à Educação. Planejamento Educacional. Filosoliada Educaçáo. Estrutu-ra e Funcionamento do Ensino Brasileiro. Sociologia da Educação, PolíticaEducacional.

ORIENTAÇÃO EDUCACIONALDISCIPLINAS: Bases Psicológicas do Ensino e Aprendizagem. Psicologia da Per-sonalidade. Estudo de Problemas Brasileiros. Principiose Métodos da OrientaçãoEducacional. Orientação Vocacional. Medidas em Educaçáo. Estatística Aplicadaà Educação. Aconselhamento Psicológico I, Aconselhamento Psicológico II. Filo-solia da Educação. Estrutura e Funcionamento do Ensino Brasileiro. Adaptação eInadaptação Escolar.

SUPERVISÃO ESCOLARDISCIPLINAS: Bases Psicológicas do Ensino o Aprendizagem. Economia da Edu-cação. Estudo de Problemas Brasileiros. Sociologia da Educaçáo. Currículos eProgramas. Medidas em Educação. Estatística Aplicada á Educação. Planejamen-to Educacional. Filosofia da Educação, Estrutura e Funcionamento do EnsinoBrasileiro. Princípios e Métodos da Supervisão Esclar. Política Educacional.

OBS.: Em Janeiro e Fevereiro além dos sábados funcionarão no-vas turmas de 2 .* a 6.' como opção para o Rio e Demais Estados.

AV. LUSITÂNIA, 169 - PENHA • INFORM.: 280-3194

SOMLEY - Inst. Superior de Estudos Sociais CkivlsBevTíacqua Fac. de Educação, Ciências e Letras Olavo Bllac -Reconhecimento Decretos N.° 78521.7836 e 81683.

Washington — Para o debatede hoje à noite entre osriandi-datos presidenciais, os promo-tores planejaram colocar umacadeira vazia, para simbolizar aausência de Jimmy Carter, quese recusou a participar do en-contro devido à inclusão do ad-versário independente JohnAnderson ao lado de RonaldReagan.

A idéia da cadeira acabousendo eliminada, para alívio deCarter, como também do hu-morista Johnny Carsson, que,em seu popular programa defim de noite na televisão, ex-pressou o medo de muitos ob-servadores:"Já imaginaram se a cadeiravencesse o debate?"

ESTRATÉGIA

Eliminada na prática essa hi-pótese, não muito absurda emvista do nivel reconhecidamen-te baixo dos candidatos presi-denciais este ano, a perguntamais freqüente que fazem osanalistas preocupados com es-sas questões é: quem vaiperder?

Alguns já ousam responder>Carter, justamente por ter serecusado a participar do debatee, assim, revelar-se temeroso deum confronto. Mas os assesso-res do Presidente alegam queesse impacto negativo será logoabsorvido pelo eleitorado e quepior seria o Presidente compa-recer, dando status de legitimi-dade à candidatura de An-derson.

Em outras palavras, a turmade Carter acha que a melhorestratégia do Presidente em re-lação a Anderson é a indlferen-ça, não lhe dando a atenção quepossa projetar a candidaturaindependente, comprovada-mente mais prejudicial a Carter(o eleitorado é quase o mesmo,liberal ou de centro) do que aReagan.

Segundo esse raciocínio, seriacontraproducente para Carterdebater com Anderson em ca-dela nacional de televisão, devi-'do ao brutal poder de influênciaque tem esse veículo sobre oeleitorado norte-americano.

"Televiso, ergo sum", costu-ma dizer o humorista políticoRussel Baker sobre a importan-cia do veículo na criação depersonalidades políticas.

Como o debate de hoje à noi-te, em Baltimore, só terá Rea-gan e Anderson, pelo menosuma rede nacional de televisão,ABC, já anunciou que não vaitransmiti-lo ao vivo. Para furordos debatedores, a ABC vaiapresentar o aventuresco filmeO Expresso da Meia-Noite, se-guro de dar ibopc (ou nielssen,na linguagem local) do que oconfronto retórico entre um ex-ator de 69 anos e um deputadopouco conhecido de vasta cabe-leira branca.

Significativa nessa discussãoé a preocupação de Carter comAnderson, o esforço aberto doPresidente em eliminar o depu-tado da disputa pela CasaBranca. Ficou tão ostensiva es-sa tática do candidato demo-crata, que Anderson passou aconcentrar em Carter o foco desuas criticas, abandonandoReagan como o vilão principal.

O candidato independentenão expressa mais preocupa-ção com a possibilidade de quesua participação na corridapresidencial possa entregar aeleição a Reagan. Quando lheperguntaram essa semana co-mo se sentiria após a eleição seficasse claro que seus votos ti-nham tirado a vitória da Carter,Anderson respondeu:"Me sentiria muito, muitobem mesmo, porque o voto nor-te-americano terá exercido li-

Sflio BoccaneraCor res pondo nt»

vremente seus direitos... Nâohaveria motivo para eu me sen-tir mal porque o povo norte-americano tinha decidido livre-mente o que fazer".

Considerável diferença de re-tórica há alguns meses, quandoAnderson deixou claro que apossibilidade real de uma vitó-ria de Reagan o faria desistir dacorrida pela Casa Branca.Acontece que desde então aturma de Carter vem tentandosolapar a candidatura Ander-son, dificultando seus esforçospara ser incluído na cédula elei-toral de vários estados e carac-terizando-o como um cândida-to insignificante, nada mais doque um desmancha-prazeres.

Para entender isso é impor-tante estar a par do mecanismode eleição presidencial nos Es-tados Unidos em sua fase final,sobretudo a existência e funçãode um Colégio Eleitoral que, emúltima análise, é de fato quemescolhe o Presidente, em estiloindireto.

Em resumo, o Presidente nàoé selecionado diretamente pelovoto popular somado como umtodo através do país, e sim porum Colégio Eleitoral formadopor 538 membros escolhidos emcada Estado separadamente acada quatro anos e reunidosuma só vez em ano de eleiçãopresidencial para escolher oocupante da Casa Branca.

Ao votar a 4 de novembro,então, o norte-americano elei-tor, embora coloque na cédulasua preferência por um candi-dato presidencial, está na ver-dade escolhendo um membrodo Colégio Eleitoral comprome-tido com aquele candidato.Quem tiver maioria simples dosvotos populares dentro de umEstado leva todos os membrosdo Colégio Eleitoral daqueleEstado. Resulta dai a hipótese,quando se considera o país co-mo um todo, de um candidatoter mais votos populares do queoutro, mas perder a eleição noColégio Eleitoral, devido às dl-ferentes populações e númerosde membros do Colégio Eleito-ral em cada unidade da fede-ração.

Assim, por exemplo, a Cali-fórnla tem 45 membros no Cole-gio Eleitoral, Nova Iorque tem41, mas Alaska e Delaware sótèm três cada. Portanto, umavitória em alguns Estados depeso (outros sáo Pensilvânia,Texas, Illinois, Ohio, Michigan,Nova jérsei e Flórida) pode serdecisiva.

O medo de Carter é que An-derson cresça demais em ai-guns destes locais, como vemfazendo em Nova Iorque, e aca-be prejudicando a obtenção devotos no Colégio Eleitoral. Des-sa forma, ou ganha Reagan(praticamente ninguém conce-be uma vitória final de Ander-son) ou nenhum deles obtém amaioria simples de 270 votos noColégio Eleitoral necessárias àvitória final.

Neste último caso, a escolhado Presidente passa à Câmarados Representantes (Federal),que atualmente tem maioriademocrata, mas que na época" desta decisão (dezembro) já te-rá nova composição, baseadanas eleições parlamentares quetambém se realizarão a 4 denovembro. Esta hipótese ocor-reu de fato pela última vez em1824.

Como todo este quadro hipo-tético, mas factível, diante desi, Carter não pode deixar de sepreocupar com Anderson, náodesejando nada melhor do quefazê-lo sumir, ser esquecido. OPresidente chegou a dizer nasemana passada que Andersonera "uma criação da imprensa'.'

Arquivo I3n071°60

Kennedy, seguro; Nixon, indeciso: O GrandeDebate

Há 20 anos o históricodebate: Kennedy x NixonHá quase 20 anos, um duelo verbal de quatro horas

travou-se nos estúdios da rede CBS, em Chicago, na noitede 26 de setembro de 1960, entre o Senador John Kennedy eo Vice-Presidente Richard Nixon, candidatos à eleiçãopresidencial daquele ano. Muitos afirmaram que foi umencontro histórico, não só porque os dois eram os primeirosrepresentantes da geração do pós-guerra a concorrerem àCasa Branca, mas também porque marcava o uso de umnovo meio de comunicação como importante instrumentode campanha eleitoral.

O debate — Kennedy com expressão vigorosa, relaxadae confiante; Nixon inquieto, na defensiva e não conseguin-do ocultar sua insegurança — revelou posições e promessasque, mais tarde, entraram frontalmente em choque com asdecisões que o Senador e o Vice-Presidente tomariam ãfrente do Governo dos Estados Unidos.

Kennedy, que em 1960 defendeu posições ralativamen-te moderadas em relação a Cuba, um ano mais tardeautorizaria a invasão, fracassada, da baia dos Porcos.Nixon, que durante o debate assegurou sua disposição dedefender as ilhas de Quemói e Matsu a todo custo, sur-preenderia o mundo, 12 anos mais tarde, com sua visita aPequim, rompendo o gelo com o Governo comunistachinês.

Em relação à Indochina, Nixon atribuiu à "posiçãofirme" dos Estados Unidos o término da guerra civil naque-Ia região; disse ainda que, depois da retirada dos norte-americanos, "pelo menos no Sul da Indochina temos umforte e livre bastião". Kennedy alegou que o que salvara aIndochina "foi a Conferência de Genebra, que a dividiu".Ambas as declarações revelaram-se incorretas, mais tarde:a divisão agravou as divergências entre o Vietnam do Sul eo Vietnam do Norte e precipitou a guerra, cuja escalada foiestimulada pelo Presidente Kennedy e acentuada pelo seusucessor, Lyndon Johnson. Só no Governo Nixon, em 1972,foram assinados os Acordos de Paris, que lavariam aotérmino da guerra do Vietnam, três anos mais tarde.

O exemplo do Vietnam mais uma vez confirmou que osrepublicanos terminam as guerras iniciadas pelos democra-tas. Em 1960 Nixon chamou a atenção de Kennedy:

"Quero lembrar ao Senador os últimos 50 anos. Peço-lhe que me cite um Presidente republicano que tenhalevado este pais à guerra. Houve três Presidentes democra-tas que nos levaram à guerra.

Ao defenderem a ofensiva anticomunista no mundo,Kennedy apontou a Europa Oriental como a região maisvulnerável e afirmou que África, Ásia e América Latina"querem ser livres, talvez independentes de nós, mas certa-mente independentes dos comunistas"; Nixon disse que ospovos africanos, asiáticos e latino-americanos "precisamsaber que queremos ajudá-los, não simplesmente parasalvar a nossa pele, mas porque pensamos neles e estamosdo lado da liberdade". Como previu Nixon, o desafio docomunismo se deu de forma mais intensa na Ásia e, depois,na África.

Foi, no entanto, ao se referir à conduta presidencial queNixon demonstrou, mais tarde, que não cumpriria o quepreconizava em 1960. Ele assegurou que se chegasse à CasaBranca agiria de tal modo que "quando qualquer mãe oupai falar com seu filho, possa olhar para o homem que estána Presidência e dizer: "Ali está um homem que segue ospadrões de conduta que eu gostaria que meu filho seguis-se". Watergate foi desmentido cabal dessa declaração.

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lelhor opçãomelhorou ainda mais:a poupança, aumenta

seus rendimentosde Outubro a De_a=mhro

Uma boa notícia para os 26 milhões de poupadores brasileiros:com o valor da ORTN de janeiro de 1981, anunciado pelo Ministroda Fazenda, Sr. Ernani Galvêas, o rendimentoda sua Caderneta dePoupança será de 12,93 °o no último trimestre do ano.

Isso mesmo: 12,93 % de outubro a dezembro, além do que vocêesta ganhando agora,em IP de outubro.

E convém lembrar que só a Caderneta de Poupança lhe dáliquidez imediata, com toda a garantia: caso você precise dodinheiro, em qualquer emergência,ele está sempre à mão.

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Poupe para ter quando precisar.

Carter, a renovação; Ford, sob o fantasma deWatergate

Em 1976, o Presidente Fordcontra o obscuro Carter

Em 1976, antes do teste finalde novembro, dois disputantesà Casa Branca enfrentaram-se,frente às câmaras de televisão,em três rounds, a 23 de setem-bro. 6 e 21 de outubro: de umlado do ringue, um obscuro ex-Governador da Geórgia, o de-mocrata Jimmy Carter; do ou-tro, o então Presidente republi-cano, Gerald Ford.

O combate — a se avaliarapenas pela performance doscontendores nos debates — nàoteve vencedor nem vencido,pois nenhum deles conseguiuaplicar o golpe decisivo, capazde derrubar o oponente e depermitir, de forma inequívoca,a antecipação da consagraçãonas eleições de 2 de novembro.

A preferência dos norte-americanos só se definiu nosúltimos dias de campanha,dando a vitória ao sorridenteplantador de amendoins dePlains — uma esperança de ai-go novo para o eleitorado,quando Ford era a imagem dopassado e carregava o pesadofardo de ser o herdeiro de Ri-chard Nixon.PRIMEIRO " ROUND"

Valendo-se de inúmeros da-dos estatísticos, propostas e so-luçóes, Carter tentou desfazerno público a idéia de que erasuperficial e ambíguo quandolevado a tratar de temas especi-ficos. Procurou também con-vencer que tinha as qualidadesexigidas a um Presidente, em-bora fosse um novato na políti-ca norte-americana.

Com Ford, o desafio consistiaem provar que ele náo estavaapenas ocupando o lugar dePresidente, mas que, efetiva-mente, dirigia os destinos dopaís. Na verdade, conseguiutransmitir que dominava osmecanismos de Governo, ape-sar das dúvidas sobre sua com-peténcia e, até mesmo, Inteli-gência.

Os assuntos sobre economiaocuparam quase todo o tempodos debates, com Ford alegan-do que as dificuldades econò-mlcas dos Estados Unidos de-veriam ser debitadas "à inefl-ciência do Congresso atual"(com maioria democrata) emaprovar as leis mais adequadaspara solucionar os problemas.Uma boa deixa para a prontaresposta de Carter:"Se o senhor me responsabili-zar pela atuação de um Con-gresso do qual nào sou mem-bro, posso responsabilizá-lo pe-Ias ações do Governo Nixon, doqual o senhor fez parte" («51555"Vice-Presidente).

Já na quinta pergunta — so-bre os cortes drásticos que Car-ter prometia fazer na burocra-cia e nos gastos govemamen-tais, uma vez na Casa Branca—foi a vez de Ford sair-se bem:"Levantei os dados sobre aatuação do Sr Carter como Go-vernador (de 1970 a 1975) daGeórgia e tenho a dizer quedurante seu mandato as despe-sas estaduais aumentaram em50% e o número de funcionáriospúblicos cresceu 25%."

Quando se passou a falar arespeito de desemprego, o can-didato democrata acertou noadversário golpes contunden-tes — e as estatísticas oficiaislhe foram de grande ajuda, poissó nos três últimos meses doGoverno Ford mais 500 mil pes-soas haviam perdido seus em-pregos; nos dois anos da Admi-nistração republicana, a taxatotal de desemprego aumenta-ra 100%.

Nova investida de Carterocorreu quando ele passou afalar sobre a tradição do Parti-do Republicano em concedermaiores beneficios às classesmais favorecidas, ao passo queo Partido Democrata, segundoassegurou, apoia as causas dosmais necessitados e desprotegi-dos. Ele acrescentou: "Vinte ecinco por cento das isençõesfiscais beneficiam apenas 1%da população, coincidentemen-te, os mais ricos. Precisamosmudar isso. Os poderosos, coma ajuda de advogados, sempreencontram meios de escapar aofisco. O americano médio, emcompensação, nào tem acesso aessas facilidades".

Pouco depois, a carga de Car-ter voltou-se, supreendente-mente, contra as empresas mui-tinacionais: "Precisamos modi-ficar o sistema de investimentodas multinacionais no exterior.Atualmente, elas nào pagampraticamente nenhum impostosobre os lucros obtidos no es-trangeiro. Ora, isso faz com queo contribuinte americano pa-gue por elas. Se alterarmos a leifiscal para evitar as lacunas eimpedir a sonegação náo seránecessário aumentar im-postos."

Ford aproveitou-se para reba-ter: "Essa declaração nào coh-corda com uma entrevista queCarter deu há pouco mais deuma semana, quando disse queaumentaria os impostos doscontribuintes de renda média ealta. Acredito em isenção pes-soai. alívio, mas Carter queraumentar os impostos."

O debate acabou com vanta-

gem aparente para Carter, maso veredicto quem tomaria eraínos 100 milhões de espectadoresque assistiram ao debate e jáaguardavam, ansiosos, a conti-nuaçáo da contenda. .",SEGUNDO "ROUND"

Voltando mais agressivo emostrando-se mais à vontadeno segundo debate, Carter con-firmou sua condição de favoritoe foi particularmente cáusticoao abordar a política externado Governo Ford:"O Presidente e o Secretáriode Estado Henry Kissingerprosseguiram com as políticase os fracassos de Richard Ni-xon. Mesmo a plataforma repu-blicana criticou a falta de lide-rança de Ford e criticou a poli-tica externa desse Governo —essa é uma questão sobre aqual concordo com a platafor-ma republicana. No que diz res-peito à política externa, Kissln-ger tem sido o Presidente destepais. Ford tem demonstradouma falta de liderança e umafalta de percepção sobre o queeste país é e o que deve ser. Issodeve ser mudado e esta é umadas questões principais destacampanha de 1976."

Embora divergentes quantoàs soluções, os dois candidatos.demonstraram concordar, emrelação aos demais temas abor-dados, com a necessidade deuma defesa nacional forte; oestabelecimento de uma políti-ca externa pautada em padrõesmorais igrande insistência deCarter nesse ponto); manuten-çáo do controle norte-americano sobre o Canal do Pa-namá; respeito aos compromis-sos com os aliados; repúdio aoboicote árabe contra empresasnorte-americanas que nego-ciam com Israel ou que tenhamJudeus em suas diretorias.

Do balanço do segundo deba-te também ficaram as seguintesposições dos candidatos: con-denaçào de Carter às vultosasvendas de armas norte-americanas para o Irá e a Ará-bia Saudita; intenção de Fordde náo estabelecer plenas rela-ções diplomáticas com a China,pelo menos a médio prazo; e' aoposição de ambos ao acordonuclear firmado pelo Brasilcom a Alemanha Ocidental.TERCEIRO "ROUND"

Logo após o segundo debate,uma pesquisa de opinião lndl-cou a melhor forma de Carter,que teve o apoio de 40% dosconsultados; apenas 30_-_ote--' "ram STavõr de Ford e os restan-tes 30% declararam a luta em-patada. Com esses resultados,os dois candidatos se apresen-taram para o terceiro round jáum tanto acomodados. Conse-qüència: um debate enfadonho,com os adversários preocupa-dos em nâo dar passos em falsoe em evitar ataques pessoais

Carter, no entanto, teve ummomento em que deixou suaguarda descoberta, logo apro-veitada por Ford. Foi quando ocandidato democrata se referiuà Iugoslávia e ao problema su-cessório neste país, com a mor-te de Tito. Carter disse que nâoacreditava na possibilidade deuma intervenção soviética naIugoslávia após a morte de Ti-to, e explicou:

"A liderança (iugoslava) atualé bastante uniforme em seusobjetivos como um grupo mui-to unido e acho que seria incon-veniente afirmarmos que iria-mos à guerra com a Iugosláviacaso os soviéticos Invadam opaís, o que também consideroaltamente improvável. Desde oinício de minha campanha ve-nho reiterando — e essa foi umaresposta-padrão que resolviadotar com relação à questãoiugoslava — que eu nunca en-traria em guerra ou me envolve-ria militarmente com os assun-tos internos de outro pais, a nàoser que nossa segurança esti-vesse sendo diretamente amea-cada. E não creio que nossasegurança estaria ameaçada di-retamente se os soviéticos re-solvessem invadir a Iugos-iav__v

Pòrd rebateu, afirmando que"nenhum Presidente dos Esta-dos Unidos deveria indicar an-tecipadamente a um inimigoem perspectiva qual poderiaser a sua decisão ou que opçãopoderia tomar". A dianteira,contudo, voltou a ficar comCarter quando os debatedorespassaram a falar sobre o escàn-dalo político de Watergate. Portrês vezes o Presidente esqui-vou-se de responder com clare-za se seria ou nào favorável àdivulgação das fitas gravadas,capazes de esclarecer algumasdúvidas sobre a própria partici-paçáo de Ford no encobrimen-to do escândalo, na época emque ocupava o cargo de lider daMinoria republicana na Cama-ra dos Deputados.

Terminada a luta. nova pes-quisa confirmou que a maiorparte dos eleitores. 40%. conti-nuava apostando no melhor de-sempenho de Carter. Reagancaíra para 29%, mas uma parce-Ia expressiva do eleitorado,31%, preferiu ficar com o em-pate.

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JORNAL DO BRASIL ? domingo, 21/9/80 ? 1° Caderno — 21

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22— INTERNACIONAL JORNAL DO BRASIL O domingo, 21/9/80 D Io Coderno

Países islâmicosquerem expulsarIsrael da ONU

Fez. Marrocos — Os ministros do Exte-rior dos países islâmicos aprovaram umplano de ação para conseguir a expulsãode Israel da atual Assembléia-Geral daONU. O plano determina ainda que ospaises islâmicos devem coordenar suasações nos campos econômico, político emilitar, a fim de se opor a Israel e a todosOs Governos que o apoie.

Ao término de uma conferência de trêsdias em Fez (Marrocos), os chanceleresconcordaram também em lançar umajihad (guerra santa) contra Israel, devido à

anexaçào do setor oriental (árabe) de Jeru-salém pelo Governo judaico, mais nãotomaram nenhuma decisão concreta nessesentido.

A conferência adiou indefinidamente oexame de uma estratégia proposta pelaSíria e a Organização para a Libertação daPalestina (OLPI, que previa uma "mobili-zação geral" de todos os países islâmicos, acriação de escritórios de recrutamento daOLP no mundo Islâmico e um rigorosoboicote petrolífero contra Israel e seusaliados, incluindo os Estados Unidos.

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Coberto pela bandeira da Nicarágua, Somoza foi levado ao túmulo por mais de l mil pessoas

Somoza é enterrado em Miamiem meio a críticas a CarterMiami — Aos gritos de Viva Somoza, Rea-

gan Sim, Carter Não e alusões ao Presidenteamericano — A culpa é sua — o ex-ditador daNicarágua Anastasio Somoza foi sepultado on-tem no Woodlawn Memorial Park, em Miami,numa cerimonia a que assistiram cerca de 1 milpartidários políticos, em sua maioria nicara-guenses e cubanos exilados.

O corpo, num caixão prateado, tinha umcrucifixo sobre o peito e um rosário nas mãos.Estava coberto com uma bandeira da Nicará-gua quando foi colocado no mausoléu. Antes doenterro, houve rápida cerimônia religiosa naFunerária Caballero localizada no setor hispâ-nico de Miami conhecido como Pequena Ha-vana.

No caminho entre a capela e o cemitério, ocortejo foi saudado por partidários que davamvivas ao ex-ditador. O ex-Embaixador dos Es-tados Unidos na Nicarágua durante o GovernoNixon, Tanner Shelton, compareceu aos fune-rais.

Entre os que gritavam Viva Somoza esta-vam muitos veteranos da tentativa de invasãode Cuba pela Bala dos Porcos em 1961, com ouniforme da Brigada 2 506, Somoza na épocaera firme aliado dos Estados Unidos e permitiuque a força invasora partisse da Nicarágua.Anastasio Somoza Portocarrero, filho de Somo-za, foi saudado como sucessor do pai: "Vocêagora é o líder", gritavam os manifestantes,enquanto um ex-oficial da Guarda Nacionaldizia que o corpo de Somoza um dia voltará aosolo nicaraguense. Portocarrero disse que afamília náo tem planos de vingança para amorte do pai: "Ficaremos ao lado da lei."

Toda a família de Somoza compareceu aoenterro, até mesmo sua mãe, que tem 88 anos emora em Washington. Foram cantados os hinosda Nicarágua e do Partido do ex-ditador. Tam-bém presentes o Deputado John Murphy eBebe Rebozo, amigo e assessor de confiança deNixon.

O enterro de Somoza aconteceu às vésperasdo 24° aniversário do assassinlo de AnastasioSomoza Garcia, fundador da dinastia, ocorridoem 21 de setembro de 1956. A Oposição oconsiderou o autor intelectual do assassínio doherói da resistência nicaraguense, Augusto Cê-sar Sandino.

Dinorah quer suaparte na herança

Assunção (do Enviado Especial) — DinorahSampson, a mulher que v|veu com Somoza osúltimos oito anos, pedirá esta semana aberturado processo de sucessão dos bens deixados porele no Paraguai, segundo a legislação destepaís. Ela assegurou que "nâo há desavenças"com os filhos (todos do primeiro casamento),"pois o General Somoza deixou tudo devida-mente acertado para que nós não tenhamosnenhum problema com essas coisas táo mate-riais".

Desta forma, os processos de herança dosmilionários bens deixado pelo General Somozae espalhados por várias partes do mundo deve-rão correr em diversos paises, mas principal-mente aqui no Paraguai, onde o trâmite seráconduzido pela segunda mulher do ex-ditador,e nos Estados Unidos, onde foi enterrado e ondea partilha será conduzida pela primeira mulhere pelos cinco filhos.

Dinorah Sampson já entrou em contato comadvogados e empresários do Paraguai, paracontinuar os investimentos que o General So-moza vinha realizando neste país. O advogadoparaguaio de Somoza, Ramon Silva Alonso,disse que está "apenas aguardando instruçõesda senhora Dinorah Sampson para dar entradano pedido de abertura do processo de suces-são". Nos meios jurídicos de Assunção informa-se que isso ocorrerá esta semana."Todos estamos protegidos, tanto seus fi-lhos como eu", afirmou Dinorah Sampson aoassegurar que o General Somoza deixou "tudoacertado", antes de morrer, com relação a suaherança. Ela garante também que são boassuas relações com os demais filhos, embora nãotenha conseguido convencê-los a que o enterrofosse aqui e nem viajado aos Estados Unidos —como aparentemente pretendia — para partici-par dos funerais de ontem.

Referindo-se ao seu encontro com o filhomais velho de Somoza, Anastasio Somoza Por-tocarrero, Dinorah contou ontem que "ele medisse pessoalmente que sabia o que eu tinhasignificado para o seu pai e o que o seu pai tinhasignificado para mim e que elè nào tinha comopagar-me jamais esse anos de felicidade"."A isso", prosseguiu, "eu respondi dizendo:Tachito, te entrego teu pai, fiz tudo durante suavida, o acompanhei nos momentos bons e nosmomentos difíceis, no exílio. Agora te entregoaqui o seu cadáver, para que lhe dê sepulturacristã onde ache conveniente. Vocês são seusfilhos, tèm o direito de ter o seu corpo".

Depois de contar esse episódio, para des-mentir as notícias de brigas sobre onde deveriaser enterrado o corpo de Somoza, DinorahSampson quis deixar bem claro que não hádivergências nem com os filhos e nem haviacom o seu ex-companheiro: "Nunca, nuncaexistiu, e por isso nos riamos, porque eu sei queele me amava. Imagine se vou para o exilio comele e a esta altura vou me dar mal. Se jamaistivemos problemas nos tempos bons. Ele foi umhomem do qual não tenho queixas. Nunca medisse um má expressão, nunca fez uma grosse-ria para mim, nunca me desrespeitou. Só tenholindas recordações. Sobre o futuro. DinorahSampson disse que continuará "mantendo con-tatos com o filho mais velho do General Somo-za. que agora é o chefe da família, para noscolocarmos de acordo e ver o que é o maisconveniente para mim".

Explicou ainda que nào viajou para os Esta-dos Unidos "porque sou a pessoa mais indicadapara pôr em ordem as coisas do General Somo-za aqui, já que estive ao seu lado nos últimosmomentos e náo poderia abandonar suas coisasjustamente agora".

Nicarágua nega envolvimento**,

Assunção — O membro da Junta deGoverno da Nicarágua, Moisés Hassan,desmentiu categoricamente qualquer ti-po de envolvimento dos sandinistas como atentado em que foi morto o ex-ditadorAnastasio Somoza, nesta Capital, qualifi-cando de "irresponsáveis" as acusaçõesou insinuações neste sentido feitas pelochefe da polícia política (Departamentode Investigações) do Paraguai, Pastor M.Coronel.

Em comunicação telefônica com Jor-nalistas, de Assunção com Manágua,Moisés Hassan declarou: "não se podedar nenhuma importância a esse tipo deafirmação que se faz para desprestigiaruma revolução, um Governo. Ao carecerde provas e evidências, isso demonstraque esse senhor está especulando e agin-do de forma irresponsável para um fün-cionário. Nào se pode dar importância auma acusação sem provas".

Emissoras de radio do Paraguai tive-ram contato telefônico com a Nicaráguapara ouvir a versão do Governo sandlnls-ta sobre as acusações de que teria liga-ções com o comando terrorista que ma-tou o General Somoza.

Rosental Calmou AlvosEnviado Especial

Na conversa com os jornalistas, o •membro da Junta de Governo da Nicará-gua disse ainda que "o que disse o senhorchefe de Polícia o obriga ;i apresentar asprovas, pois de nenhuma maneira existequalquer conexão entre o comando queexecutou Somoza e o Governo da Nicará-gua ou a frente sandlnista".

Moisés Hassan, ex-lider do Movimen-to Povo Unido e membro destacado daJunta de Governo da Nicarágua, lem-brou que seu país fez "todos os esforçospara conseguir extraditar Somoza. por-que queríamos que esse criminoso rece-besse aqui os castigos que merecia, peloscrimes que cometeu contra o povo nica-ragúense"."Nâo vamos esconder nossa alegriapelo fim que ele recebeu, mas preferia-mos que ele viesse aqui para que o casti-go partisse da Justiça, pois se tratava deum criminoso", concluiu Moisés Hassan.soras, a Rádio Itapiru, de cidade Presi-dente Stroessner (junto a Foz do Iguaçu)foi simplesmente tirada do ar, depois dotelefonema. Outra, a Rádio Nanduti, deAssunção, teve sua ligação com Maná-gua bruscamente cortada.

Paraguai prendeu 60 suspeitosAssunção (do enviado especial) —

Continuam em todo o país as intensasoperações policiais para prender os inte-grantes do comando terrorista que assas-sinou na quarta-feira o ex-ditador nicara-güense Anastasio Somoza. A polícia in-forma que há 60 suspeitos presos paraaveriguações, mas outras fontes acredi-tam que o número seja multo maior,porque as "seccionais policiais" estãocom seus xadrezes repletos."Meu filho, de apenas 15 anos, vinhada escola e foi preso e levado a umaseccional. Imaginem se uma criança co-mo esta poderia ter participado do aten-tado. Depois de insistir muito, eu conse-gui que ele fosse libertado, mas a seccio-nal estava cheia", contou, raivoso, on-tem, um senhor cuja identidade se man-tem em segredo por motivos óbvios.

Cidadãos argentinos e uruguaios resi-dentes em Assunção, assustados, evitamsair de casa, temendo entrar nessa Ope-

ração Arrastão realizada pela polícia pa-raguaia, e que foi criticada ontem, emeditorial, pelo jornal ABC Color — omaior do país."Temos uma atuação policial que, co-mo em outros delitos de tipo parecido,nào se preocupa em guardar nem muitomenos o apego à lei, e que, para encon-trar alguns culpados, nào vacila em pren-der muitos (que, se náo sáo culpados, sópodem ser inocentes).

Afinal, diz o editorial, "temos por fim a.possibilidade — que embora não sejamais que isso, não é pouca — de quetodos os assassinos escapem e apareçamdepois em alguns dos paises que recebemterroristas". O jornal reflete, assim, ai.guns setores que nào estão totalmenteconvencidos de que o guerrilheiro argen-tino morto na noite de quinta-feira sejarealmente um dos que participaram doatentado, pois admite que "todos" po-dem aparecer no exterior.

Fortuna ultrapassa fronteirasPepe Fajardo

Assunção — Mais dólares para eles emais dores para os nicaragüenses. Esta é,em síntese, a história da dinastia dosSomoza, que durante décadas de ditadu-ra acumulou uma fortuna que se consoli-dou com Anastasio Somoza Debayle e a"revolução das oportunidades", origina-da pelo terremoto de 1972.

Tachito, o último dos Somoza, dirigiue organizou o setor de finanças, fundandobancos e companhias seguradoras e es-tendendo as propriedades familiares aindústrias tradicionais, como a do petró-leo; insólitas, como o comércio de sanguehumano; e, sobretudo, ao estrangeiro,onde se mantém intacto até hoje umimpério econômico incalculável.

No dia quatro de fevereiro de 1976, oditador guatemalteco Laugerud Chax-mu, ainda assustado, telefonou para seucolega nicaraguense, a fim de lhe infor-mar que a metade da cidade da Guate-mala fora destruída por um terremoto.Tachito soltou uma gargalhada, depoisde perguntar: " A tua parte ou a¦ minha?".

Anastasio Somoza nào estava exage-rando, porque seu império econômiconão respeitava as fronteiras centro-americanas. Na Guatemala, Somoza pos-suia nâo apenas numerosos imóveis, mastambém fazendas de gado. O mesmo emHonduras e na Costa Rica, onde dispu-nha de uma dúzia de fazendas que limita-vam com a Nicarágua e facilitavam o"autocontrabando" de gado e de váriosprodutos.

Na Costa Rica, expropriaram El Mur-cielago, uma enorme fazenda de agrope-cuária, mas lhe restara outras proprieda-des, como a Companhia Hoteleira Irazu. •O ramo hoteleiro somozista estendia-sepor outros paises pertencendo-lhe tam-bém o Gran Hotel de San Salvador, oluxuoso hotel Villamagna, em Madri, eboa parte de algumas redes hoteleiras daCosta Brava, na Espanha, além de outroshotéis.

Na Costa Rica. perdeu também o pré-dio onde funcionava a Embaixada nica-ragúense. que era de sua propriedade,mas restaram outros imóveis nas proxi-midades do Hotel Irazu. assim como aColônia Bellavista, em Tegucigalpa(Honduras), edifícios de apartamentosem Miami Beach e Coral Gables, naFlórida, e uma suntuosa residência nessemesmo estado norte-americano, além deoutra extensa propriedade na Califórnia.

Em matéria de transporte, era de pro-priedade de Somoza a Companhia cie

Eifxjcial para o JB

Ônibus e Transportes de Carga Condor,na Guatemala, em "sociedade anônima"com o ex-ditador guatemalteco, GeneralArana Osório, e seu filho Tito.

Entre suas possessões no Panamá,encontra-se a Stella Maris InvestimentCorporation, na qual seu testa-de-ferro é-o nicaraguense Maximiliano Kelly. Atra-vés dessa companhia, o ex-ditador seapoderou da riqueza mineral de outrospaíses. Na Colômbia, por exemplo, pos-sui quase 60% das reservas de carvão,sendo proprietário de Carbones Carare,Carbones Cucuta, além-de outras dasmais ricas minas. É proprietário, tam-bém, de milhares de hectares de granderiqueza florestal e acionista de empresasde exploração de petróleo em Oritos,ainda na Colômbia.

Somoza era sócio também de váriasimportantes multinacionais, como a "es-tlé (suíça) e as norte-americanas CastelCook (dona da Standard Frult Steam-shipi, Hughes Tool Corporation (do fale-cido e excêntrico multimilionário Ho-ward Hughes I, Pan American World Air-ways. Bank of America, Chase Manhat-tan Bank, Wells Fargo Bank, Morgan ,Trust Company (onde suas ações sáotantas que um de seus familiares é altoexecutivo do conselho de administra-çâo), Summa Corp. (também com Hu-ghes), United Brands Fruits idona dametade da América Central e símbolo do.imperialismo norte-americano na re-giáo), Holding Adela (holding financeirointernacional) e Fish Meai Co.

A nacionalidade norte-americana deHope Portocarrero de Somoza, sua pri-'meira esposa e da qual se ignora se estáou náo divorciado oficialmente, é umabarreira sólida que impede um levanta-mento das posses e do capital do ex-ditador nos Estados Unidos. Lá, ele tinhauma empresa de controle de seu grupoeconômico com o procurador e sócioRaymond Molina. Para defender melhor-essas propriedades. Somoza havia con-tratado os serviços da firma de advoga-dos Cramer. Haber and Becker. que, en-quanto ele esteve no Poder em Manágua-^recebia 20 mil dólares anuais do Fundode Fomento Nacional da Nicarágua, para;proteger legalmente as propriedades par-ticulares do então ditador. Esses mesmòi.advogados se encarregam, há tempos, dçatender os assuntos do Comitê NacionalRepublicano, conseguindo assim facÚ-mente o apoio a Somoza de muitos depu-tados e senadores desse Partido.

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24 — NACIONAL JORNAL DO BRASIL ? domingo, 21/9/80 ? 1' Caderno

Governo dá mais dinheiro e autonomia a Estados e municípios

Estado aplicará Cr$ 17 bilhões no Grande Rio

O Governo do Estado pretendeaplicar, no próximo ano, Cr$ 17bilhões 542 milhões 460 mil em pro-gramas e projetos prioritários paraa Região Metropolitana no Rio deJaneiro. Os maiores recursos foramdestinados, pela proposta orçamen-tárta do Governador Chagas Frei-tas, a ser votada pela AssembléiaLegislativa, para o setor de trans-portes, para o qual está previsto umgasto de Cr$ 6 bilhões 523 milhões.

Os 14 municípios que integram aRegião Metropolitana serão benefi-ciados, prioritariamente, de acordocom a proposta orçamentária doGovernador, nos setores de trans-portes, saneamento, educação ecultura e segurança pública. Tam-bém a execução de projetos de gáscanalizado está relacionada comoprioridade para aquela Região.Com eles, o Governo prevê gastarCrS 863 milhões.

Segundo a proposta orçamentá-ria do Sr Chagas Freitas, a RegiãoMetropolitana (Rio de Janeiro, Ni-terói, São Gonçalo, Caxias, NovaIguaçu, Nilópolis, São João de Me-riti, Itaguaí, Magé, Itaboraí, Mari-cá, Petrópolis, Mangaratiba e Para-cambi) será beneficiada com os se-guintes programas e projetos prio-ritários:

Programo* e P'CjetosTrantporleiSaneamentoEducação «CulturaSegurança PúblicaGás CanalizadoSaúdePlanejamento UrbanoIndústria • ComércioJustiça e promoção socialAgricultura e AbastecimentoToíal

Recursos a serem aplicadosCrS 6.523.000.000,00Cr$ 4.395.400.000,00CrS 2.373.000.000,00OS 1.635.000.000,00

CrS 863.000.000,00Ci$ 505.000.000,00CrS 340.000.000,00CrS 330.060.000,00CrS 314.000.000,00CrS 264.000.000,00

CrS 17.542.460.000,00

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CACHORRO17—18— 19 — 20

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CAMKI.O29 - 30 - 31 - 32

COBRA33 - 34 - 35 - 36

COl.I.HO37 - 38 - 39 - 40

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CAVALO41 —42 — 43 — 44

KI.KFAMK45 — 46 — 47 — 48

GAIO49 — 50 — 51 — 52

GATO53 - 54 — 55 — 56

JACARÉ57 — 58 — 59 — 60

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I.KAO61 —62 — 63 — 64

MACACO65 — 66 — 67 — 68

PORCO69 — 70 — 71 — 72

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PAVAO73 - 74 — 75 — 76

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PERU77 - 78 - 79 - 80

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TIGRE85 -86-87 -88

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DELFIN

Brasília — O Presidente Fi-gueiredo baixará decreto-lei noinicio do mès tornando auto-mática a liberação dos recursosdestinados aos Estados e muni-Cipios, atrávés das cotas-partedevidas pela Uniào em 11 dife-rentes fundos e impostos, numaoperação que em 1981 represen-tará a movimentação de maisde CrS 200 bilhões.

Os estudos estão em fase finalde análise nos Ministérios doPlanejamento e Desburocrati-zação, devendo, a medida seranunciada pelo próprio Presi-dente Figueiredo segunda-feira, 6 de outubro, na presençade governadores e prefeitos, noPalácio do Planalto. No dia an-terior, domingo, comemora-se oDia dos Municípios.MAIOR AUTONOMIA

O decreto, de inegável teorpolítico, dará aos Estados e mu-nicípios maior autonomia pe-rante as autoridades federaisna aplicação dos recursos. Estádecidida a abolição dos Planosde Orçamento, norma obrigató-ria para os prefeitos de todos os4 mil municípios brasileiros pa-ra que possam obter a liberaçãodas parcelas a eles devida pelaUnião.

Será criado um quadro únicode aplicação — a ser preenchi-do em conjunto tanto pelo Go-verno do Estado quanto pelosprefeitos — e a tomada de con-tas passará do Tribunal de Con-tas da União (TCU) para osTribunais de Contas dos Esta-dos. Esta decisão, segundo en-tende o Governo, facilitará avida dos prefeitos, obrigados aconstantes viagens a Brasíliapara acompanhar as tomadasde contas, com evidente des-gaste financeiro para o muni-cipio.

Entende o Ministério do Pia-nejamento que os Tribunais deContas dos Estados estão me-lhor aparelhados e têm conhe-cimento mais profundo das rea-lidades regionais do que o TCU.A liberação automática dos re-cursos atingirá os seguintes tri-butos: Fundo de Participaçãodos Estados (FPE), Fundo deParticipação dos Municípios(FPM). FVndo Especial (FE),adicional do Imposto Único so-bre Lubrificantes e Combusti-veis Líquidos ou GasososIIUCLG), Imposto Único sobreMinerais (IUM), Imposto Únicosobre Energia Elétrica (IUE);Taxa Rodoviária Única (TRUi;salário-educação.EMENDA HOFMANN

Embora o Ministério do Pia-nejamento negue, a decisão doPresidente Figueiredo repre-senta uma compensação ao ve-to imposto pelo Governo àaprovação da Emenda Hof-mann, que propunha ao Con-gresso Nacional a elevação daparticipação dos Estados e mu-nicípios nas cotas do FPM,FPE e FE de 9% para 12%. Isto,segundo os estudos oficiais, sig-nificaria um dispèndio adiclo-nal para a União, em 1981, deCrS 54 bilhões do total dastransferencias.

O Fundo de Participação dosMunicípios e o de Participaçãodos Estados são calculados ho-je com base em 9% da arrecada-ção do Imposto de Renda e doIPI. O Ministério do Planeja-mento estima que estes doistributos arrecadarão em 1981Cr$ 898 bilhões e a transferén-cia aos Estados e municípiosestá estimada em Cr$ 162 bi-lhões. A contraproposta oficialà Emenda Hofmann é aumen-tar em 17c as alíquotas, repre-sentando transferência adicio-nal de CrS 18 bilhões. Além ciis-so está em cogitação transferirdos Estados para os municípiosa responsabilidade pela arreca-daçâo do Imposto de.Transfe-rència de Bens Imóveis calcula-do para 1981 em CrS 14 bilhões.

CÁLCULOS COMPLICADOSCom o decreto-lei, mensal-

mente ou trimestralmente, con-forme o caso, o Banco do Brasilfará a transferência da cota-parte aos Estados e municípios.Esta transferência é feita sem-pre de acordo com o "coeficien-te de participação do Estado oumunicípio". Este item tem sidoum dos principais motivos doatraso da liberaçào do dinheiroatravés da Uniáo porque exigecálculos complicados e demo-rados.

A principal mudança serápermitir que a União calcule ocoeficiente com base em umaestimativa. No final do exerci-cio financeiro, se tiver ocorrido

uma subestimação do montan-te a ser transferido, o Banco doBrasil repassará o restante,também de forma automática.Os levantamentos realizadosindicam que grande parte dosmunicípios brasileiros dependeem até 80% das transferênciasfederais para seus programasde investimentos e custeio.

Além do seu caráter político— maior autonomia junto aoGoverno federal — a medidatem também caráter desburo-cratizante porque acabará comos atrasos excessivos de libera-çào de dinheiro. A TRU arreca-dada em janeiro pelo DNERainda não foi transferida paraos Estados, criando problemasfinanceiro^ para os Departa-mentos Estaduais de Trânsito(Detrans).A DESOBEDIÊNCIA /

O Governo descobriu que aretenção do dinheiro peloDNER é uma forma de aliviaros problemas financeiros da au-tarquia, que faz caixa com osrecursos dos Estados e dos mu-nicípios e paga dívidas às em-prelteiras.

Com o tempo, o Governo fe-deral pretende desvincular to-talmente as transferências derecursos às suas aplicações. Ouseja, eliminar outra anomaliado sistema atual: as cotas daTRU, hoje, so podem ser aplica-das na construção de estradas.A idéia é abrir o leque e estabe-lecer que os recursos da TaxaRodoviária terão de ser aplica-dos de forma geral em projetosde transportes.PRIMEIRO PASSO

Esta decisão do PresidenteFigueiredo está sendo vista co-mo um primeiro passo parauma futura reforma tributáriadestinada a elevar as transfe-rèncias da uniào para os pode-res estaduais e municipais e oconseqüente fortalecimento doprincipio federativo. A libera-ção automática dos recursosbeneficiará particularmente osEstados pobres, mais depen-dentes dos recursos federais.

O Piaui, que ainda não rece-beu as cotas-parte da TRU co-brada em Janeiro, sairá benefi-ciado porque, com a inflaçãosuperando 100% e a demora naliberação do dinheiro, a sua ca-pacidade de investir tica reduzi-da pela própria desvalorizaçãodo dinheiro.

De acordo a Constituição, adistribuição das cotas — partedos fundos e tributos federaisestá assim definida:

FPE: 80% a todas as unida-des da Federação e os restantes20% como reserva especial. Dos80%, 5% sáo dados de acordocom a superfície de cada unida-de da federação e 95% propor-cionais ao coeficiente indiví-dual de participação considera-dos a população e o Inverso darenda per capita.

FPM: 10% aos municípiosdas capitais dos Estados, dosterritórios e ao Distrito Fede-rai; 90%) aos demais murúcí-pios, através de um coeficienteindividual de participação, deacordo com o seu número dehabitantes;

FE (Fundo Especial): desti-nado ao Norte e Nordeste, Espi-rito Santo e Santa Catarina,consideradas regiões pobres ecarentes de amparo financeiro.Cabe à Seplan calcular os coefi-cientes de participação. Estestrês fundos náo têm apresenta-do problemas quanto às libera-çóes porque já em 1979 forambaixadas normas pelo Governofederal.

OUTROS FUNDOSAs maiores reclamações dos

governadores e dos prefeitos di-zem respeito aos demais fun-dos, de responsabilidade de mi-nistros como os das Minas eEnergia, Transportes e Edu-cação.

O Imposto Único sobre Lubri-ficantes e Combustíveis Líqui-dos ou Gasosos (IULCLG) tema seguinte distribuição: 12%para a Uniáo, 32% aos Estadose o Distrito Federal e 8% aosmunicípios. A liberação é portrimestre, após ajustados oscoeficientes de participaçãodos Estados, municípios e Dis-trito Federal. Tem levado emconsideração a superfície, po-pulaçáo, produçáo e consumo,e a cota só é liberada após co-municaçào da Seplan ao Bancodo Brasil. Tem levado até seismeses para ser encaminhadoaos governadores e prefeitos.Além disso, os municípios sáoobrigados a aplicar todo ele emdesenvolvimento urbano.

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JORNAL DO BRASIL D domingo, 21/9/80 D Io Caderno CIDADE— 25Foto do Ari Gomei

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Usando o chapéu tradicional dos judeus, o Gover-nador Chagas Freitas, o Prefeito Júlio Coutinho,o Secretário Arnaldo Niskier e os Deputados Leo-nardo Klabin e Maurício Pinkusfeld participa-ram. das comemorações do Yom Kippur — dia doperdão — a data mais importante da religião ju-daica, no Centro Israelita Brasileiro, onde acom-panharam as preces do Iscos, reza pelo mortos,ao meio-dia. 0 Governador e sua comitiva foramem seguida para outras sinagogas da cidade. Emtodas as sinagogas do país foi comemorado oYom Kippur, que consiste no jejum absolutodurante 24 horas, entre um e outro pôr-do-sol

Engenheiro condena os novosestacionamentos de Ipanemamas admite que são a,solução

O estacionamento em forma de espinha de peixeem Ipanema foi condenado ontem pelo vice-diretor-geral do Detran, engenheiro Cimar Santos Garcia. Elereconheceu, porém, que não há no momento outrasolução para o problema, acrescentando que o órgãovai ter de conviver com as espinhas de peixe.

Esse tipo de estacionamento, a ser construído pelaPrefeitura ao longo das calçadas do bairro, causa,segundo o engenheiro Cimar Garcia, transtornos aotrânsito, criando "atrito na faixa lateral; devido à saídae entrada de veículos".A FAVOR E CONTRA

Para o vice-diretor-geral.doDetran. o órgão é contra asolução por questões pura-mente técnicas, mas é a favorporque moradores e comer-ciantes do bairro concorda-ram com ela através de vota-çáo em plebiscito e em reu-niões com integrantes de umgrupo técnico da Prefeiturado Rio. Observa, porém, queo estacionamento em regimede alta rotatividade tem in-convenientes para os mora-dores.

— Esse tipo de estaciona-mento atende aos interessesdos comeciantes. E os mora-dores?

Disse ainda que, para ocu-pai; as vagas em espinha depeixe, os cargos são obriga-

dos a andar devagar, o mes-mo acontecendo quando tèmde sair. Isso retém os carrosque estào trafegando na faixalateral da rua.

Na sua opinião, o problemasó vai ser minado quando aPrefeitura criar bainhas deacostamento para os ônibus,deixando livres duas faixasde trânsito. Defendeu a cria-çáo de garagens subterrâneasou em edifícios: "O importan-te é tirar o veículo da viapública." Admitindo, porém,que a iniciativa privada náotem estímulo para criar áreasde estacionamento. "En-

quanto um carro ocupa, emmédia. 30 metros quadrados,uma sala comercial, com ba-nheiro, mede 12 metros qua-drados", concluiu.

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Moradores cio RioComprido discutemos transportes

O Prefeito Júlio Coutinho. o diretor do De-partamento Geral de Transportes Concedidos.Thomaz Mariz. e o administrador regional da 3aRA. Jayme Barifouse, foram convidados para areunião que hoje, às 9h30m, na Rua da Estrela,14, a Associação dos Moradores e Amigos doRio Comprido — Amorico — vai promover paradiscutir os problemas de transporte no bairro.

Os moradores reclamam que, a partir das22h. a circulação dos ônibus cai muito, e pela

manha a única linha onm itinerário pelo TúnelSanta Barbara, em direçào à Zona Sul. passacom os cairos lotados da Tijuca. A Rua Barãode Petrópolis, que liga Rio Comprido a Laran-..eiras e Santa Teresa, nào tem transporte cole-tivo, nào há linhas para Rodoviária, PraçaMauá e outros bairros e a integração ônibus-metrô é precária, segundo a Amorico.

A comissão que desde junho vem trabalhan-do para formar uma Associação de Menores e

Amigos da Praça Afonso Pena e Adjacência-,na Tijuca. esta convidando os moradores daárea para a assembléia de fundação da entid»-de. hoje. às lOh, na Casa do Porto iRua Afons»Pena. 39).

Mais de 300 pessoas responderam ao quês-tionario sobre os problemas do bairro e a neces-sidade de se criar uma associação local; porisso, espera-se que pelo menos 200 comparece-rem a essa orimeira reunião.

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Nesccrfé. vidro de 50g - 28,90Nescau - lata de 500g - 57,50

Ervilha Etti - lata de 200g - 14,50Drink Dreher - garrafa - 105,90

Goiabada Peixe - lata - 45,50Vinagre Saboroso - 750ml - 16,90

Sardinha Lisboeta • lata de 140g - 15,90Extrato de Tomate Suprema - lata de 370g - 28,90

Suco de Caju Maisa - garrafa - 28,50Salsicha Carioca - tipo viena - lata de 180g - 23,90

Mocotó - unidade - 39,00Galinha - kg ¦ 42,00

PREÇOS VÁLIDOS ATÉ 27/09/80

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OS COMDOSOS

EROSOMJA.

Sal Disco ou Garça • kg - 7,90Fubá Disco ou Ana Maria • kg - 14,90Carne Seca P.A. - kg - 133,00Orelha Salgada ¦ kg ¦ 43,00Costela Salgada ¦ kg ¦ 99,00Lombo Pernil ¦ kg - 112,00Detergente Limpol - SOOml - 21,80Cera Parquetína, pasta - lata 500g - 53,90Desinfetante Pinho Sbl - 200ml: 29,00Desinfetante Whitak - litro - 37,50Sabão em pó Gigante Branco - pacote 600g - 41,00Sabonete Rexona - ISOg - 19,90Papel higiênico Charme, com 2 rolos - 25,90

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26—ABASTECIMENTO JORNAL DO BRASIL D domingo, 21/9/80 Io Caderno

Agricultura fluminense alimenta apenas 50% do Grande RioA produção de hortigranjeiros no Estado do

Rio este ano é estimada em 370 mil toneladas;mas. apenas a Ceasa-Rio, que abastece menosde 50% da população do Estado, comercializou,só em 1979,560 mil toneladas. Isto significa quea produção fluminense é suficiente apenas para33% do consumo de uma fração de consumido-res da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

A batata vem do Paraná, com a cebola; oleite (com um déficit de 590 mil litros/diários noGrande Rio) chega de Minas Gerais; o feijão, daArgentina; as frutas, embora este seja um dossetores mais produtivos da agricultura flumi-nense, são paulistas. Em novembro do anopassado, 47% dos hortigranjeiros comercializa-dos pela Ceasa-Rlo vieram de São Paulo; amenor participação paulista no abastecimentodo Rio aconteceu em agosto de 79: 34%.

Sem terra & sem genteO setor primário participa com apenas 2%

na formação do Produto Interno Bruto do Esta-do e sua contribuição durante a década de 70

. Joi decrescente: de 4,3% em 1970, até chegaràquele índice atual que representa a menorparticipação na formaçáo do produto ao longo"da história."A agricultura do Estado do Rio é tão insig-•"•nifícante no conjunto nacional que nós nem a"«computámos" — responde ao telefone um téc-- nico da Fundação Getúllo Vargas quando per-

.„guntado sobre números e dados relativos à

...PíPdução agropecuária fluminense. De fato: o-total bruto da contribuição em cruzeiros para a! -formação do PIB estadual nào é contabilizado."'.'com facilidade nem mesmo pela Secretaria de"'..Agricultura e Abastecimento do Estado. E ao

índice de 2% chega-se pela analise do compor-'•"•'lamento do setor durante a década passada e:péla evidência de que não foi introduzida ne-' nhuma variável capaz de alterar a tendência—decrescente da agricultura na formação do-PIB.

¦—As causas da decadência são estruturais;—desde o regime fundiário com 14,4% da área.. cultivada (2 milhões 167 mil 93lha) ocupada por...minifúndios, com um rendimento de Cr$ 351/-Tia; e 74,4% desta área, por latifúndios, com um"rendimento

ainda inferior: apenas Cr$ 192/ha. OTendimento mais alto sáo das empresas rurais(apenas 11,2% da área cultivada mas produzin-do 24,3% do valor total) nas quais as médias por''ha sào de CrS 554.

A tendência à concentração da terra é crês-cente, segundo dados cadastrais do Incra, e nosúltimos cinco anos a área ocupada pelas peque-nas propriedades diminuiu 21% e a ocupada«por latifúndios aumentou 19%. Neste mesmoperíodo, a expansào da área agrícola do Estado

. foi de 9,6% e a das empresas rurais cresceu-japenas 1,8%, embora o número de estabeleci-mentos rurais com características empresariaistenha aumentado 20%.

. .;." Apenas 20% dos proprietários (menos de 9mil) concentram 39% dos imóveis rurais exis-tentes com uma área que atinge 83% da total"tio Estado (4 milhões 426 mil 800 ha, dos quaismenos de 1/3, no entanto, sào aproveitáveispara produçáo agropecuária).

• —- À concentração da propriedade da terraacrescenta-se, como dificuldade estrutural para

. vo desenvolvimento agrícola, a excessiva valori-zação. Na Vale do Rio Paraíba, as terras apro-'veitáveis, sào inacessíveis devido ao custo —

mais de Cr$ 500 mil/ha — e à especulaçãofundiária que as reservam para áreas de lazerou industriais, como em Resende; o que ocorretambém na região Metropolitana, onde, nosúltimos anos, houve o abandono dos laranjais edas áreas de produção hortigranjeira em SantaCruz, Itaguaí, Nova Iguaçu e Caxias.

Na região leiteira de Nova Friburgo, o hecta-re é oferecido (segundo anúncio classificadopublicado pelo JORNAL DO BRASIL) por CrS120 mil; em Silva Jardim, na região do Vale dorio Sáo João, área agrícola ainda arroteada, ovalor do hectare atinge Cr$ 208 mil. Por compa-ração: na região leiteira de Abaeté (MG), o valormédio é de Cr$ 50 mil por hectare; na áreasojícola mais produtiva do Rio Grande do Sul(1,7 tonelada, por ha), este valor pode atingirCrS 250 mil (a cotação da soja atingiu estasemana 850 dólares por tonelada) e no vale dorio, no Acre, com condições de solo semelhan-tes ao Norte do Paraná, vale Cr$ 1 mil.

A falta de terra, soma-se a falta de gentepara a agricultura fluminense. Nas últimasduas décadas, a população urbana do Estadocresceu 111% e a rural, no mesmo período,diminuiu 42%. A população total estimadapara 1980 é de 12 milhões 21 mil, dos quaisapenas 820 mil 400 em áreas rurais, com índicesde 93,2% nas cidades e 6,8% no campo.

No entanto, nem toda a população rural tematividade agrícula. Segundo a própria Secreta-ria de Agricultura e Abastecimento do Estado,apenas 3% da população significa mão-de-obrapara o setor primário. Cálculos mais rigorososindicam que a população agrícola ativa é de 355mil pessoas — das quais 208 mil 900(59%) comrendimentos Inferiores a um salário mínimo.

O índice de urbanização do Estado atingecifras superiores aos dos países altamente de-senvolvidos como os Estados Unidos, onde estarelação é de nove na cidade por um no campo.A agricultura americana é a mais desenvolvidado mundo; e mesmo assim ainda ocupa 3,5% desua mão-de-obra ativa.

Estes baixos índices de ocupação de mão-de-obra com alta produtividade (os EstadosUnidos são os maiores produtores mundiais decarne, leite e grãos) são possíveis graças àqualificação da mão-de-obra e à Intensa aplica-ção de capitais — financeiros e tecnológicos. Naagricultura fluminense, a falta de qualificaçãoda mão-de-obra e o desvio da renda do setor emprivilégio das rendas urbanas (dados disponí-vels indicam que em dois mos consecutivos osprodutores agrícolas foram pagos com preçosdecrescentes exatamente nos setores mais pro-dutivos: banana, menos 33%; cana-de-açúcar,menos 2,4%; milho, menos 1%; pecuária, menos16%) impossibilitam a capitalização, a melho-ria salarial e a qualificação de mão-de-obra nosetor.

Este círculo vicioso estrangula o desenvolvi-mento agrícola, cujo patamar de ocupação deterras já é estreito pois cerca de 70% da área doEstado é montanhosa, dificultando, quandonão impossibilitando, os tratos agrícolas. Porisso, o Estado do Rio, em 1978, importou deoutros Estados cerca de 600 milhões de dólares,apenas em produtos alimentícios nào indus-trializados; e a produçáo apresenta crescimen-tos negativos, como o milho, cuja área cultiva-da entre 1977 e 1978 diminuiu 43%; ou produti-vidades negativas, como a cana-de-açúcar, queno mesmo período teve um rendimento dimi-nuído de 42 mil 126 kg/ha para 41 mil 89 kg/ha.

Sofisticar culturasde todos

Mapa de G Campiito

TURISMOQUARTA-FEIRA- JORNALCADERNO B DO brasil

fbyrjotnjrjf^i

e sugestãoTécnicos de organismos in-

ternacionais, empresários ru-rais assessores do Governo e opróprio Secretário de Agricul-tura e Abastecimento, Edmun-do Campello, tém apenas umconsenso quanto às perspecti-vas da agricultura no Estado:sofisticação. Produção especia-lizada com alta dotação de ca-pitai e qualificação de máo-de-obra.

Irineu Cabral, diretor do Ins-tituto Interamericano de Cièn-cias Agrárias, órgão vinculadoa OEA que desenvolve dois pro-jetos no Estado do Rio, afirmaque a solução mais eficaz é averticalizaçào da produção,com empresas agroindustriaisintegradas, com atividades des-de o plantio e criação até indus- •trialização e a comercialização.

Para comprovar sua confian-ça na empresa rural verticaUza-da como alternativa à agricul-tura fluminense, cuja dotaçãode fatores é restrita (sobretudoterra e mão-de-obra), Irineu Ca-bral lembra um frigorífico deConcórdia (SC), cuja acumula-ção de capitais no setor prima-rio permitiu a expansão do gru-po até o transporte aéreo. SãoInúmeras as multinacionais deorigem americana, cujas linhasde produção vão da criaçào defrangos ao computador.

O IICA, em convênio com oMinistério do Interior, desen-volve o projeto Norte fluminen-se que visa a aumentar a produ-tividade da lavoura canavieirapela Irrigação. Para Irineu Ca-bral este projeto é outro exem-pio de sofisticação necessáriapara o setor primário do Es-tado.

Além disso, o IICA projetopara a mesma regiáo, mas emterrenos de várzeas a serem re-cuperados, a experiência deconsorciamento de produçãode alimentos ou pecuária leitei-ra com plantas energéticas. Se-gundo Irineu Cabral, a produ-ção de agroenergia — da cana-de-açúcar ou da mandioca —visaria ao próprio consumo in-terno da empresa rural, com ainstalação de'minldestilaria de1 mil a 5 mil litros de álcooldiários. Este consorciamentosignificaria uma grande econo-mia de um insumo de alto va-lor: energia.

Para um assessor da Secreta-ria de Agricultura e Abasteci-mento, a carência de mão-de-obra é analisada menos comohandicap negativo do que posi-tivo. Ele acha que a concorrèn-cia dos setores pelo trabalhoinviabiliza a agricultura tradi-cional no Estado. "E isto é bom,pois é estímulo à mecanização ea modernização do setor."

Afirma que os recursos de ca-pitai não faltam e.que a redebancária oficial do Estado atra-

vês do BD-Rio e do Banerj temlinhas de créditos garantidospara esta modernização. Se-gundo o próprio Secretário Ed-mundo Campello já está haven-do atração de empresários deoutros setores para a agricultu-ra. Disse que no vale do rio SáoJoáo participou, recentemente,de uma reunião com mais de100 empresários rurais e apenasdois eram tradicionais e da re-gião.

O Secretário Edmundo Cam-pello concorda com a necessi-dade de especialização e dizque as prioridades de sua admi-nistraçáo sào: hortigranjeiros,avicultura, suinocultura, reflo-restamento e pecuária leiteira ede corte:

A Secretaria espera um incre-mento de 12% na produção ole-ricula em 1980 com um totalbruto de 430 mil toneladas. Es-te aumento da produção seráconseguido através do cresci-mento da produtividade, pois aSecretaria investiu Cr$ 140 mi-lhões com crédito rural educati-vo beneficiando 1 mil 400 pro-dutores de hortigranjeiros.

A prioridade para este setorse justifica devido a pequenaexigência de terras. A produçãode tomates, por exemplo, cobreapenas 13 mil ha produzindo 61mil 5121, com uma produtivida-de de 4,7 t/ha (a preços ao con-sumidor em 1979 isto significouCrS 473 milhões 888 mil).

A avicultura é outra priorida-de que o Secretário EdmundoCampello Justifica com os gran-des ganhos de produtividade. Aprodução anual é de 50 milhõesde frangos e 74 mil t de ovos.Para ele, o melhor sintoma dataxa de rentabilidade deste se-tor é o recente empréstimo doBD-Rio a uma granja de-. Piraipara o melhoramento genético.O valor do empréstimo foi deCr$ 180 milhões.

A redução da reserva florestalfluminense para menos de 10%da área do Estado justifica, pa-ra o Secretário, outra de suasprioridades. Segundo dados daEmater-Rio, foram consumi-dos, em 1979', 535 mil 669ms delenha, 155 mil 99 toneladas decarvão vegetal, 45 mil 689 tone-ladas de carvão mineral e 699mil toneladas de óleo (este últi-mo número é do consumo ape-nas nas atividades agropecuá-rias).

A energia de origem vegetal(lenha e carváo) em sua quasetotalidade foi importada de ou-tros Estados. Além disso, noano passado, houve uma eva-sào de Cr$ 400 milhões investi-dos, por empresários do Esta-do, em reflorestamento em ou-tros Estados.

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Terreno/ de várzea

Com obras de drenagens, a área agrícola do Estado poderá aumentar15%, cerca de 650 mil ha, explorando terras de várzeas e alagados

Drenagem pode criar 650 mil haA exploração, através de drenagens, dos

terrenos de várzeas com cerca de 650 mil ha,poderá ampliar em 15% a área agrícola doEstado e representar um primeiro elo na que-bra do estrangulamento a que está submetida aagricultura do Estado do Rio.

Estas terras da baixada litorânea do Nortedo Estado desde Sào João da Barra até os valesdos rios Macaé e Sào Joào, com trechos naBaixada Fluminense que circundam a Baía deGuanabara, poderão oferecer alternativas deprodução desde a pecuária consorciada comprodutos comerciais ou hortigranjeiros atéplantas energéticas.

Apenas no Vale do rio São João sào 200 milha, dos quais 100 mil, após a recuperação pordrenagem, arávels. Nesta áreas de várzea aSecretaria de Agricultura e o INCRA já têmprojeto para ã implantação de atividades agri-colas em 2 mil 700 ha, em Magê. O DNOSdeverá investir cerca de CrS 127 milhões pararecuperação desta área.

No Norte fluminense além da recuperaçãodos terrenos de várzeas da área litorânea, aSecretaria de Agricultura e Abastecimentoaposta em projetos de irrigação de cerca de 100mil ha. Este melhoramento possibilitará o au-mento da produtividade da cana-de-açücar, adiminulçào de seu ciclo, permitindo três cortesem dois anos, e seu consorciamento com produ-tos alimentícios — como milho e feijão.

O Secretário de Agricultura e Abasteeimen-to, Edmundo Campello, espera uma definiçãodo Ministério da Industria e Comércio para uminvestimento de cerca de CrS 7,5 bilhões emirrigação na área de Campos, um dos pólosprodutivos do Proálcool. Segundo o Secretário,numa lavoura demonstrativa (20 ha) com irriga-ção foi conseguida uma produtividade de 131tha; na área desta lavoura a produtividademédia, sem irrigação, e de 22 t'ha (a produtivi-dade no Estado, em 1979, segundo a Secretaria,foi de 49 tha).

Gado confinado ganha 900g por dia"O Estado do Rio é o paraíso do gado

confinado. Tem o melaço, terá a uréia emMacaé, tem mercado e palha de arroz ou demilho nào há de faltar". A síntese é do ex-Secretário de Agricultura, José Resende Peres.

Atual presidente da Associação de Criado-res do Estado do Rio, Resende Peres concordacom Irineu Cabral e com o próprio atual Secre-tário sobre a necessidade da sofisticação dosetor primário. E o gado confinado aparececomo o exemplo mais produtivo desta soflsti-cação.

O raciocínio é simples: um boi consome doisquilogramas de melaço-uréia por dia (cujocusto pode variar de CrS 5,80 a Cr$ 9,80 porquilo); o Insumo mais o trato (mistura dos doisprodutos) pode atingir um custo de CrS 20; e oboi pode ganhar até 900g por dia, isto é, Cr$ 57.O lucro bruto do pecuarista, por dia, seria deCr$ 37. (O ganho médio de peso de um boi, empasto de qualidade, é de 500g.)

Para Resende Peres, o gado confinado é amelhor solução para a pecuária fluminense. Oalto valor da terra toma a pecuária extensivainviável; com o confínamento a carne é umsubproduto do leite, há abundância de insumose há dois grandes mercados metropolitanospróximos (Rio e São Paulo).

Na opinião do presidente da Associação deCriadores do Estado do Rio, "o segredo dapecuária é tirar o macho do campo". Ele nàocompreende por que no rebanho brasileiro (cer-

-ca de 90 milhões de cabeças) existem 20 mi-lhões de machos, que poderiam ser substitui-dos por um quase número de equivalente emmatrizes, resguardando-se os reprodutores.

O gado confinado é criado em piquetes,norrnalmente com capacidade para 100 cabe-ças, com 9m2 de área útil por cabeça. Numa daslaterais do piquete de confínamento são coloca-dos os cochos destinados aos sais minerais e à

. mistura de melaçp-uréia e ao complemento daração (chamado de volumoso), normalmentepalha de milho, arroz, sabugo de milho, capimou cana triturada. Os custos fixos sào baixos,cerca de CrS 500 mil para a construção de umpiquete com capacidade de 100 cabeças.

O que eleva os custos é o insumo — melaço-uréia — mas no Estado do Rio há abundânciado primeiro e o projeto de uma usina de uréiada Petrobrás. Segundo Resende Peres a con-corrência com o álcool (do qual o melaço tam-bém é insumo) náo é risco para esta atividadepois 2,5 quilos de melaço se produz 1 litro deálcool (CrS 20) ou 1 kg de carne (CrS 120). Atonelada de carne foi cotada esta semana emChicago a 2 mil dólares.

Apesar de seu entusiasmo pela pecuária e

sua sofisticação tecnológica, Resende Peresacha que "há um desânimo generalizado com atransferência forçada da renda do setor ruralpara o urbano." Quando perguntado sobrequais as perspectivas para a agricultura noEstado do Rio. não titubeou em responder:

— Só o que o Governo perde subsidiando osfazendeiros do Canadá. Argentina e EstadosUnidos já dava para resolver nossos problemas.(Ele se referia ao subsidio do trigo, cerca de CrS700 bilhões anuais)."O incentivo que queremos è preço"—slnte-tiza Resende Peres. Acrescenta que um produ-to rentável permite remunerar bem a máo-de-obra. "Pelos salários que se pode pagar, devidoaos preços irreais e anti-econòmicos que reee-bemos, ê normal que o trabalhador prefira virmorar na favela à ficar numa fazenda", afirmaResende Peres.

Novamente o círculo vicioso: o subsídio depreços (que onera o produtor) intensifica oêxodo rural, aumenta o inchaço urbano e dese-quilibra a demanda, sem equivalência na ofer-ta. O Estado do Rio é o exemplo mais drama-tico.

Talvez por isso o atual e o ex-Secretários deAgricultura concordem em alguns itens — co-mo o gado confinado e a aposta no renascimen-to da lavoura cafeeira. Para Resende Peres,como para Edmundo Campello, o ressurgir doscafezais no Noroeste do Estado (Natividadetem 25% das atuais plantações) é razào deotimismo. Resende Peres explica:"O café viabiliza a exploração de terras náomecanizáveis, aumenta a renda produzindoICM, economiza diesel pela auto-suflciéncia doconsumo e, sobretudo, fixa mão-de-obra nocampo".

Depois da erradicação dos cafezais improdu-tivos em 1965, a migração campo-cidade noEstado do Rio (como em outros Estados produ-tores, como Minas Gerais, Espirito Santo eParaná) intensificou-se, por isso a volta aocultivo do café, no Estado, mais do que a auto-suficiência do consumo, prevista para 1989 iaproduçáo atual é de 120 mil sacas para umademanda interna de 1 milhão 200 mil), aparececomo relevante para o Secretário de Agricultu-ra e seu antecessor pela fixação de máo-de-obra.

Aliás, ambos apostam também em outraatividade com a mesma capacidade para utili-zação e fixação de mào-de-obra rural: a pecuá-ria leiteira. Segundo Edmundo Campello, se"os preços do leite continuarem compensado-res, o déficit de 500 mil litros diários para omercado do Grande Rio logo será coberto pelaproduçáo estadual".

Cultivar seringa é nova opçãoUma fazenda de pecuária leiteira com a

ordenha controlada por computador, um proje-to agropecuário de 35 mil hectares no Vale dorio Paraíba integrando pecuária de corte comseringueira cultivada, um ganho de 900g diáriasde peso/cabeça na pecuária confinada. Sáoexemplos reais e isolados de sofisticação tecno-lógica numa das agriculturas menos eficazes dopais.

Estas contradições existem no Estado doRio, cujas alternativas agrícolas em experién-cia podem passar pela seringa cultivada que aSecretaria de Agricultura e Abastecimento, emconvênio com a Sudhevea (Superintendênciapara o Desenvolvimento da Borracha), experi-menta em três áreas: Campos. 50 ha: Conceiçãode Macabu, 25 ha; e Silva Jardim, 25 ha.

A borracha, desde a crise de preços dopetróleo em 1973, voltou a ganhar cotação nomercado internacional, mas a produçáo brasi-leira (que já foi a maior do mundo depois de tersido a única) tem a mais baixa rentabilidade,pois quase 100% ainda dependem do extrativis-mo natural.

Além deste projeto experimental, a Secreta-ria acertou recentemente um acordo com aRepública Federal da Alemanha para a viabili-zação de agricultura em terrenos de vertente oude encostas. Quatro técnicos alemães trabalha-rão com técnicos brasileiros para a implanta-çáo desta alternativa que significará o ganho demais um percentual de terras aráveis. O valordo acordo é 4 milhões de marcos.

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JORNAL DO BRASIL ? domingo, 21/9/80 ? 1° Coderno CIDADE — 27

Paraná mandará para Trânsito

o Rio até janeiro

48 mil t de feijãoCuritiba — O mercado cario-

ca vaj consumir, mensalmente,até janeiro de 1981,12 mil tone-ladas de feijão-preto produzi-das no Paraná. Mas se a tempe-ratura esfriar ou esquentar de-mais nas regiões produtoras, segear ou os fungos atacarem, aimportação novamente seráinevitável. Houve um primeirosusto semana passada, quadoum vento frio e inesperado pro-covou uma quebra de 50 miltoneladas da próxima safra.

Os capítulos de uma novelaimaginária já se arrastam ln-cansavelmente. Primeiro, asautoridades do setor apontamcom a perspectiva de incenti-vos e grandes produções. De-pois, os agricultores anunciamas perdas e os prejuízos com oplantio. E finalmente apela-separa a importação para abaste-cer o mercado, cuja demandaeleva os preços a percentuaisinimagináveis. A cultura, mile-nar, se dabate em problemasque remontam ainda à falta desementes selecionadas.REPETECO

Acostumado aos problemas evai-vens, o técnico em feijão daSecretaria do Paraná, NorbertoOrtigara, anunciou, semanapassada, a perda de 50 mil tone-ladas de feijão-preto — das 270mil previstas — provocadas pe-los ventos remanescentes do in-verno, sem qualquer surpresa.Agora o Paraná vai colher, commuita sorte, algo em tomo de240 mil toneladas, se os agricul-tores insistirem no replantio.

Na verdade, algumas barrei-ras vão atrapalhar o replantio.A quebra de safra passada, quereduziu a produção total de fei-jào (cor e preto) de 650 mil tone-ladas para pouco mais de 400mil, levou o produtor a guardarsemente — ou grão escolhido—para um único plantio, semconsiderar a emergência deuma geada em setembro. Outroproblema é o milho, cujo preço ¦mínimo de Cr$ 474 à saca de 60quilos, é uma opção mais doque favorável, sem risco e commercado garantido, ao contrá-rio do feijão-preto, à mercê dotabelamento.

A falta de semente seleciona-da é um capítulo à parte. Hoje,a Companhia de Fomento Agri-cola (Café do Paraná), produzsementes para atender apenasa 8% da demanda. O restantesáo grãos obtidos e escolhidosda própria colheita, sem qual-' quer controle de qualidade ouprodutividade.Existem catalogados na Se-cretaria de Agricultura mais de60 variedades desenvolvidas

pelos próprios agricultores,através de técnicas rudiment?.-res, quando apenas cinco se-riam suficientes. Sem controlede qualidade, as sementes ge-ram plantas facilmente vulne-ráveis ao ataque de fungos, fer-rugens e bactérias.

No Início desse ano, tentandoacompanhar a prioridade doGoverno em produzir alimen-tos e substituir as importaçõesno setor, os técnicos da Secre-taria de Agricultura apresenta-ram à Empresa Brasileira dePesquisa Agropecuária(Embrapa) um programa deprodução de sementes que pre-tendia abastecer o mercadocom 40% de gràos selecionados,e fornecer, a partir de 1983, todoo plantio."Na verdade, tínhamosrecusado a semente básica daEmbrapa em 1978 porque erade qualidade duvidosa. Talvezpor isso, e alegando quebra desafra, a Embrapa se recusou anos fornecer o produto esseano. Dessa forma, o programasequer foi iniciado", afirmaNorberto Ortigara.PREÇOS

Se não existem sementes e oclima não ajuda, o preço mini-mo, pelo menos, náo causa dl-vergèncias: afinai, o feijão foium dos produtos com maiorpercentual de aumento: passoude Cr$ 612 a saca de 60 quilospara Cr$ 1 mil 800. Só que oprodutor em sua grande maio-ria, com área de plantio de cin-co hectares, desiste de procuraros financiamentos, com medoaté de entregar a terra em trocada dívida se náo colher umaboa safra. Ou de sofrer um con-fisco se retiver a produção àespera de bons preços.No Oeste do Paraná, onde seplantam 130 mil hectares dos350 mil destinados à área dofeljâo-preto no Estado, os agri-cultores começam a desanimar."Nosso problema maior não é achuva ou a geada. O obstáculomais forte é o Governo e suapolítica de tabelamento", afir-ma Elias José Zydek, coordena-dor agrícola da Central deCooperativas do Oeste (Sude-coop).

Ele acredita que se o Governocontinuar interferindo na co-merclalizaçâo através do tabe-lamento em horas inoportunas,o produtor vai trocar imediata-mente a cultura do feijão-pretopelo milho ou feijão de cor."Se continuar assim o consu-mldor vai pagar Cr$ 6 mil a sacade 60 quilos, por causa da faltado produto. Ou o Governo vaiter de importar indefinidamen-te", garante ele.

Humaitá nega senha

para as criançasSem muito tumulto, com ape-

nas pequenas discussões na filaporque algumas pessoas tenta-ram passar a frente de outras, eporque o guarda que distribuíaas senhas se recusava a dá-las acrianças, a Cobal do Humaitácomeçou a vender feijão nacio-nal às 8h às lOh já tinham aca-bado 2 mil dos 12 mil quilosrecebidos na véspera. O produ-to foi vendido a Cr$ 25 o quilo ecada um pôde levar dois quilos.

A fila começava na Rua Vo-luntários da Pátria e dava voltapela Rua Marques, mas a espe-ra foi, em média, de 20 minutos.Um guarda dava as senhas noprincípio e depois as pessoasencravam no supermercado on-de um guarda da segurança daCobal entregava a cada um osdois quilos de feijão. A esperamaior foi na hora de pagar, de-vido ao movimento normal dosupermercado.A VENDA

O gerente da Cobal do Hu-maitá, Francisco da ChagasMacedo Baião, explicou que ocarregamento de 12 mil quilosdé feijão chegou na véspera, ànoite, empacotado em saco de

Postos anunciam

mas não vendemAo contrário do anunciado,

os supermercados da Cobal naPraia Vermelha, Benfica eCampinho náo começaram avender, ontem de manhã, o fei-jào do Paraná a Cr$ 25 o quilo.Apenas a Cobal de Deodoro re-vendeu o estoque que recebeude 7 mil 500 quilos. Às llh ain-da havia cerca de 2 mil pessoasna fila.

Embora a Cobal da Praia Ver-melha já tivesse recebido seuestoque ontem de manhá, o ge-rente só começará a vendê-losegunda-feira, porque uma cai-xa registradora chegou atrasa-da (ele só tem duas). Até as lOha Cobal de Benfica ainda náoestava com seu estoque, e o deCampinho. que chegou às10h30m, só foi vendido a partirdo meio-dia.

SEM TUMULTOÀs llh, D Anita Pereira de

Souza, primeira colocada da fi-la da Cobal de Deodoro, recla-mava: "Já estou quase des-maiando." Ela viera de Nilópo-lis e estava desde 5h da manhãna fila. Apenas cinco homensda Policia do Exército fiscaliza-

tem semana

educativaComeça hoje a Semana Edu-

cativa do Trânsito, constituídade recomendações à populaçãosobre as regras que disciplinamo comportamento no trânsito,em busca de soluções para osproblemas do setor e a preven-çáo de acidentes. A aberturaoficial será no Monumento dosPracinhas com a presença dosSecretários Arnaldo Niskier eLucy Vereza, às lOh, e terá pros-seguimento às 10h30m comuma Manhá Musical com a par-ticipaçâo da Banda Sinfônicada Policia Militar. O slogan Pa-re, olhe, escute c passe resumeo conteúdo da campanha.

dois quilos. A partir das 6h30ma fila começou a se formar semtumultos. Ficou decidido queno princípio da fila uma guardaentregaria senhas de 50 em 50pessoas, mas as grávidas e ce-gos poderiam entrar direto. Ascrianças náo poderiam com-prar.

Antes de entrar no supermer-cado, as pessoas mostavam asenha ao guarda e depois a en-tregavam a um outro encarre-gado de distribuir os sacos vi-glados por três funcionários. Osubgerente, José Aldo Brenha,que ficou supervisionando avenda do feijão, disse que aprevisão era vender, ontem,apenas 7 mil 500 quilos do pro-duto. Mas, se acabada esta cotaainda hovesse fila, começaria avender o restante. Até às lOhtinham sido vendidos cerca de2 mil quilos.

Devido ao esquema de ven-das, as pessoas náo tiveram deesperar muito para comprar oproduto, mas as filas nas caixasregistradoras ficaram imensas,porque juntou o movimentonormal do supermercado comos das pessoas que foram com-prar feijão. Algumas entraramna fila mais de uma vez.

MÍDIASAssembléia Geral para eleição do Novo Comitê e Renovaçãodo Conselho do Grupo de Mídia — RJ Dia 23 09 as 09 00heras na Escola de Propaganda e Marketing, Praia oe Botafogo,210-1 1 anoar"É fundamental que todos os associados compareçam"

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Grupo dc MULi • Rio de Janetri).

warnO MOMBRAS - Sociedade Beneficente de Previdência Privada aprovado pela Portaria Ministe-rial n?312 de 26/08/80(D.O.U. de 29/08/80) e Carta Patente n? 010de 08/09/80, convida ato-dosòs Corretores a comparecerem à sua sucursal na Av. Almirante Barroso, 63-4? andar - sâlas401/02 - RIO DE JANEIRO - R. J., munidos de documentos para que se providencie seu cadastra-mento junto à Superintendência de Seguros Privados - SU SEP -e tomarem conhecimento dosnovos Planos Previdenciários a serem lançados pelo MOMBRAS.

MOMBRASA Entidade Nota 10

vam a fila que, apesar de tudo,aguardava pacientemente. Se-gundo o gerente Carlos SantaRita não há tumulto na VilaMilitar: "Começamos a vendernosso estoque de 7 mil 500 qui-los às 8h30m, e até agora apro-xlmadamente 1 mil 500 pessoasjá compraram seu saco de doisquilos. Uma pessoa de cada veztraz a senha até o fundo dosupermercado e paga o feijãona caixa. Nesta próxima sema-na vamos continuar vendendono mesmo esquema."

Despreocupado, o gerente daCobal da Praia Vermelha, Hec-tor Philips, pregou um cartazna porta do pequeno supermer-cado avisando que só venderiafeijão segunda-feira a partir das8h. Não havia fila. "Só tenhoduas caixas registradoras, e co-mo uma delas chegou muitoatrasada, preferi começar avender o estoque — que já estáaqui — a partir de amanhã,para evitar confusão. As pes-soas pegarão suas senhas nosupermercado, o feijào ao lado,no depósito, e depois pagarãona caixa. Este sistema tem da-do certo e até agora náo houvetumulto", explicou.

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MOMBRAS I

28 —CIDADE JORNAL DO BRASIL dom irtgo, 21/9/80 lc Caderno

Moradores limpam o Parque Laje, dão mudas, brincam e cantamCerca de 1 mil pessoas, principal-

mente crianças, ajudaram, ontem, oParque Laje a entrar na primavera commenos sujeira em suas alamedas e jar-dins. A sugestão foi da Associação deMoradores e Amigos do Jardim Botâni-co: fazer um mutirão para chamar aatenção do IBDF e demais autoridadespara a necessidade da "urgente recupe-ração" do local que está abandonado.

Além do mutirão, houve distribuiçãode cerca de 500 mudas de árvores, mos-tra de trabalhos sobre o parque, visitasao local orientadas por ecólogos, recrea-çâo para crianças, apresentação de can-tores'residentes no bairro e dos atoresdo Sítio do Pica-Pau-Amarelo. Os Mi-nistros da Educação e da Agricultura,os presidentes do IBDF e do SPHANmandaram telegramas, desejando êxitoà iniciativa da associação de promovera restauração do parque.

Abai doxo-assma

; O vice-presidente da associação, Is-; rael Belouch, iniciou a programação,. lendo o abaixo-assinado, jâ com 3 mil- adesões, que será enca' /unhado, breve-; mente, ao IBDF. Nele é salientado que o¦ Parque Laje foi tombado em 1965, desa-* propriado em 1976 e, em 1977, subordi-

nado ao IBDF para ser incorporado à' área do Jardim Botânico. "Infelizmente,' os novos responsáveis não lhe deram,_ desde então, nenhuma atenção. O De-,; partamento de Parques e Jardins do: Município, herdeiro de antiga atribui-•' ção do Estado da Guanabara, limita-se' a abrir os portões e limpar a entrada".

Devido o abandono, o documentosalienta que há "acúmulo de lixo portodos os lados, canteiros destruídos, ár-vores deterioradas, troncos caídos, la-gos poluídos, bancos quebrados, play-grounds depredados, sanitários imun-dos, monumentos danificados, além dasucessão de assaltos que se repetem emseu interior. Diante desse quadro lasti-mável, que ameaça a própria sobrevi-vencia do Parque Laje, e na qualidadede cidadãos e contribuintes, vimos soli-citar as providências necessárias parareerguer, antes que se perca de todo,esse precioso território das crianças, datranqüilidade e do verde".

O diretor do Departamento de Par-quês e Jardins, Mario Sophia, que com-pareceu, ontem, ao Parque Laje, expli-cou que, como o responsável pelo local éo Governo federal, "a Prefeitura não 'dispõe de meios legais para aplicar re-cursos" e só pode manter quatro funcio-nários para controlar a entrada e limparas áreas próximas à alameda principal.Elogiou a associação pela promoção,que, segundo ele, é uma demonstraçãode que a comunidade começa a sensibi-lizar-se pela preservação «ias áreasverdes.

Os Ministro da Educação e Agricul-tura, Eduardo Portella e Amaury Stabi-le; o presidente do IBDF, Mauro SilvaReis, e o do Serviço do PatrimônioHistórico e Artístico Nacional, AloísioMagalhães, foram convidados a partici-par da promoção da Associação de Mo-radores e Amigos do Jardim Botânico"Ajude o Parque Laje a Entrar na Pri-mavera". Não compareceram mas en-viaram telegramas à entidade, agrade-cendo ao convite e desejando êxito noseu empreendimento.

A limpeza das alamedas e jardins foifeita com ajuda de pás, ancinhos, enxa-das, vassouras, carroças e carrinhos demão emprestados pelo Departamentode Parque e Jardins e os participantesdo mutirão encontraram multo traba-lho, já que havia montes de folhas egalhos acumulados em vários locais,

Mas, nem tudo foi trabalho, apesarde as crianças terem achado muito di-vertido tirar folhas dos lagos, carregarfolhas e papéis, varrer. Os atores doSítio do Pica-Pau-Amarelo e algunscantores residentes no Jardim Botâni-co, como Joyce e suas filhas Clara eAna, Macalé, João Bosco e Raul Selxasse apresentaram. Houve ainda traba-lhos de crianças, pinturas e redações,sobre o parque exposição de fotografiase apresentação dos projetos de amplia-ção das praças dos Jacarandás e SacraFamília, que a associação pretende en-caminhar ao Prefeito Júlio Coutinho.

Estiveram presentes o representanteda Fundação Brasileira para Conserva-ção da Natureza, professor Carlos Ban-delra; o cacique xavante Arme; o psi-quiatra e um dos organizadores da As-sociaçáo de Moradores e Amigos doJardim Botânico, Hélio Pelegrino; o di-retor da Escola de Artes Visuais e repre-sentante do Secretário Estadual deEducação e Cultura, Rubem Breitman ea presidenta do Movimento Criançasem Defesa da Natureza, Manuela Pinhode Azevedo Souza.

Novo LeblonDentro das comemorações da Se-

mana da Árvore, começaram a serplantadas ontem as primeiras 700mudas do parque do Novo Leblon,numa área de 7 mil metros quadra-dos, que terá 1 mií 500 árvores frutí-feras e ornamentais doadas por mo-radores do condomínio e pela Secre-taria Estadual de Agricultura. Umdos organizadores da campanha decriação do parque foi o Sr AméricoRodrigues Ferreira, dono das CasasTavares e morador local.

Antes do plantio das mudas, hou-ve hasteamento das bandeiras Na-cional, do Estado e do Município doRio de Janeiro; um pequeno discur-so do sindico-geral do condomíniosobre o parque Eider Ribeiro Dan-tas, e apresentação da Banda doNovo Leblon. As mudas foram plan-tadas por moradores, principalmen-te crianças e alunos da Escola Muni-cipal Albert Einstein.

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Os participantes do mutirão do Parque tiveram para remover montes de folhas e galhos

Arvores do Rio precisam de socorroEnquanto os moradores do Jardim Bo-

tânico conseguiram, na semana da árvore,preservar a figueira da rua Faro, que serátombada na semana que vem, o Departa-mento de Cultura da Secretaria Municipalde Educação, que conseguiu, em seis me-ses, catalogar 36. gêneros e 53 espécies emseu Roteiro de Árvores Notáveis informaque dessas, pelo menos duas árvores jáforam perdidas: as figueiras do Largo doMachado.

Elas já estavam velhas e as obras dometrô contribuíram para que acabassemde morrer. Como elas, segundo a coordena-dora do projeto Roteiro de Árvores Nota-veis, Marli Gonzalez, existem muitas noRio que precisam de socorro. Mas sáoimpossíveis de st rem conhecidas uma porurna, a nào ser por denúncia da população,caso das 15 figueiras da Praça Amambaí,no Méier e da tamarineira da Rua SantaCristina, em Santa Teresa.

Tamarineira

Há casos mais conhecidos, como o datamarineira da Avenida do Exército, emSão Cristóvão, que fica no melo do asfaltoe tem um sinal luminoso amarelo junto aotronco, para prevenir os motoristas. Se-gundo a professora Marli Gonzalez, as raí-zes da tamarineira, também centenária,estão enfraquecendo por causa da polui-çâo e do movimento dos automóveis na-quela rua. Informou também que Já pediuo tombamento daquela árvore, mas nadaconseguiu.

Outras que resistem ao tempo e àsobras sáo as castanhas de macaco daPraça da Bandeira, também conhecidascomo cumpitas, que começam a florir nes-sa época do ano. As árvores já se tornaramfamosas, na praça, por resistirem a todasas obras que a Prefeitura faz naquele locale continuarem dando flores. Ao lado daUniversidade Santa Úrsula, também, umaúnica árvore foi conservada na pracinhaao lado da passarela, apesar dos canteirosdo metrô e das obras que ali foram feitasrecentemente para mudança de ruas.

A tamarineira da Rua Santa Cristina,porém, ficou conhecida por causa das re-clamaçôes dos moradores. Por causa daárvore, foi feita a praça com cinco banqui-nhos e, apesar de muito pequena, "a piaçaé importante para os moradores", segundodona Carmem da Rocha Velho, moradorado prédio 144, em frente à praça, há 18anos.

A tamarineira é enorme e muito bonita."Mas é centenária e nunca foi podada oulimpa", segundo outra moradora, dona OI-ga Bottinl, que enviou abaixo-assinado háseis meses ao Departamento de Parques eJardins reclamando das condições da ár-vore que, segundo ela, está cheia de eu-pins, a madeira da base está podre e háburacos, visivelmente grandes, feitos porfogo, e já está coberta de erva de passa-rinho.

Jâ houve até um acidente, com umgalho seco que caiu sobre um automóvel e,por pouco, segundo doma Olga, nâo matouo motorista. A árvore ameaça, também, osfios da Light, caso nào seja podado imedia-

tamente e pode cair sobre algum prédio, seas crianças, por brincadeira, continuarema colocar fogo nos buracos do tronco.

Na Praça Amambai, um conjunto de 15figueiras está, também, ameaçado pelotempo e falta de cuidados. As árvores tèmmais de 20 anos, segundo a moradoraCarmem de Almeida Lima, há 27 anos nolocal, que, juntamente com outros mora-dores, foi ao Departamento de Parques eJardins pedir providências. "Só que náoconseguimos nada. O Departamento, aoinvés de ajudar, torna-se um impasse navida das árvores."

Bichos

Segundo dona Carmem, seria necessá-ria uma limpeza geral na praça. As árvo-res, como informou, estão "infestadas debichos, e os galhos velhos, na parte decima, vivem caindo na cabeça das pessoas,tornando-se um perigo, principalmentepara as crianças. Essas árvores estão pe-dindo socorro. É de dar pena, pois essapraça está um lixo."

Sujeita aos pegas da garotada do bair-ro, aos mendigos embriagados e desocupa-dos que lá fazem seu ponto, aos trastes demacumba que se espalham pelo chão eacumulam moscas e, ratazanas, a PraçaAmambaí, única do lado da Rua Dias daCruz, ao invés de ser um local de lazer,tomou-se um problema para os morado-res. "Até agora as árvores estão agüentan-do, mas, algum dia, vão acabar caindo",preconiza dona Carmem.

No Flamengo, atopela preservaçãoHoje, das 9h às 18h, realiza-se fio

Parque do Flamengo o primeiro atopúblico pela preservação do meio am-biente: as lOh, haverá passeata ecológi-ca, seguida, até as 15h, de atividadescomo teatro infantil e para adultos,teatro de fantoches, danças, músicas.Das 15h as 18h, ato ecológico com apresença de parlamentares e artistas,quando será feito o plantio simbólicode uma árvore, terminando com show.

Na Quinta da Boa Vista, o PrefeitoJúlio Coutinho estará presente à sole-nidade de abertura da Semana da Ár-vore, às 8h30m, quando começa o con-curso de tapetes florais, que tem porobjetivo transformar a alameda deacesso à Quinta em "caminho artísticode exaltação à natureza".

Semana da ArvoreO concurso de tapetes florais terá

como tema o Cântico das Criaturas, deSão Francisco de Assis, e os trabalhosdeverão ser feitos em áreas de trés porquatro metros (12m'). O Departamentode Parques e Jardins fornecerá aos con-correntes areia, pó, xadrez em cincocores e aparas de grama. Os 10 melho-res tapetes receberão prêmios, sendoque o primeiro colocado receberá CrS10 mil.

Paralelamente, uma corrida rústicade cinco quilômetros será realizada, equem dará a partida será o próprioPreteitõ^ulÍo~Coutinho: isTo final-do-concurso e da corrida, haverá um showde música popular brasileira com apresença de Clara Nunes.

Na Penha — Escola de HorticulturaWencesláo Bello — o Dia da Árvoreserá comemorado com o plantio demudas por alunos de escolas de 1" grau.A solenidade contará com a presençado Secretário Estadual de Justiça,Erasmo Martins Pedro; presidente daFEEMA, Evandro Rodrigues de Brito;presidente da Fundação Brasileira pa-ra a Conservação da Natureza, JoséCândido Mello.

A Associação Pró-Melhoramentosde Vila Aliança aproveita a data parafazer uma passeata verde as lOh emprotesto contra a derrubada de 120 milm* na estrada do Taquaral.

Com uma exposição de flores naPraça Edmundo Bittencourt, começouàs lOh a comemoração da Semana daEcologia, promovida pelo Sesc de Co-pacabana e a Associação dos Morado-res do Bairro Peixoto. A programaçãose estenderá até dia 2G, quando seráinaugurada a exposição de fotografias"Copacabana de Ontem e de Hoje" naBiblioteca Regional e serão realizadosdebates com os moradores, às 20h.

Ontem, na Praça Edmundo Bitten-court, dezenas de barracas vendiamartigos artesanais de cobre, vidro, ges-so, palha e fazenda, além de plantas,comidas naturais, brincos, colares, pul-seiras e livros sobre alimentação. Cmvendedor de alimento e suco explicouque o movimento "se baseia em tudo oque o homem produz sem o auxilio dasmáquinas, tudo o que ele cria com aspróprias mãos".

Ouro Preto - UA destruição aqui já esteve pior"Ouro Preto (MG) — D. Graciema de

Andrade, viúva de Rodrigo Mello Francode Andrade, durante anos diretor do Pa-trimònio Histórico e Artístico Nacional, éproprietária há 35 anos de uma casa naRua Direita e vem acompanhando,apreensiva, os estragos de que foi vítimaa Ouro Preto que tanto ama, mas admi-te: "A destruição aqui já esteve gior."

A atenção do Brasil e do mundo sevoltou, mais uma vez, para a cidade, e emdobro, porque a cabeça da estátua deSão Pedro Apóstolo, no adro da Igreja deSâo Francisco de Paula, foi decepadaexatamente na mesma semana em queOuro Preto recebeu da UNESCO o títulode Patrimônio Cultural da Humanidade.

Sobre a mesa

São Pedro não domina mais os telha-dos coloniais, mutilado sobre a mesa dacasa de Jair Afonso Inácio, há 31 anosrestaurador do Patrimônio Histórico. Aestátua de São Pedro Apóstolo foi trazi-da para o Brasil há 150 anos, integrantede um conjunto de seis apóstolos, hojereduzidos há quatro.

Os raros turistas que, nesta época doano, visitam a cidade, preferem fotogra-far-se tendo ao fundo a vista belíssima.Poucos percebem o próprio prédio daigreja, que, segundo Diogo de Vasconce-los, levou "um século de devoção e fadi-gas" para ser concluída, de 1804 a 1904."Desde os tempos de Rodrigo", diz D.Graciema de Andrade, "implorávamospor um policiamento mais ostensivo esobretudo pela proibição do trânsito decaminhões de carga pesada pelo centroda cidade. Ele se bateu por uma estradafora dos limites principais da cidade, oque depois de sua morte foi feito."

Segundo D Graciema, a administra-ção do atual Secretário de Turismo, Àn-gelo Osvaldo de Araújo Santos, "temsido um verdadeiro apoio a Ouro Preto,com seu trabalho chamado Operação,pelos diversos bairros e ruas da cidade".

Peso histórico

Um jovem nascido em Belo Horizontedá ênfase, principalmente, ao "peso his-tórico que esmaga uma população caren-te e que necessita de forma diferentes delazer". Fala-se em "coisa de moleques",com relação ao estrago da estátua delouça de Sào Pedro. Mas, qualquer crian-ça com um estilingue (é um dos brinque-dos mais vendidos nas lojas da cidade,feitos em plástico) poderia ser a causado-ra da depredação. A conscientização ain-da não atingiu nem aos adultos, como osdois vereadores gaúchos que, vendo oscacos espalhados pelo chão. recolheramdois deles para levar como lembrança.Penais rio caso nos jornais, telefonarampara a Prefeitura bastante envergonna-dos e mandaram devolvê-los.

"O problema fundamental em relaçãoà conservação dos nossos monumentos",queixa-se Ângelo Osvaldo, "enfrentaduas realidades. A primeira diz respeitoao fluxo turístico intenso, onde encontra-mos todo tipo de gente, disposta a todotipo de atitude. Em segundo lugar, náopodemos esquecer uma população esma-gada pelo peso histórico da cidade e por

um culto ao qual não tem acesso, que é oritual da cultura tradicional".

Ângelo lembra que a proximidade deBelo Horizonte, a apenas 96 quilômetros,transforma Ouro Preto num local de de-safogo das tensões da cidade grande.Além disso, a cidade histórica é, legenda-riaínenterboèmia, de" serenatas, em queas pessoas se permitem muito mais doque em qualquer outro lugar:

"Não podemos esquecer que só a Es-cola de Minas (engenharia) tem 104 anose a de Farmácia, 140 anos. É uma cidadelibertária."

Cruz das Almas

Por isso, estão sendo ampliadas,atualmente, as instalações do quartel deOuro Preto — a Prefeitura cedeu umimóvel, nas Cruz das Almas, para a Poli-cia Militar de Minas Gerais — e, espera-se, no inicio do próximo ano, que sejadobrado o efetivo policial da cidade. OGoverno do Estado despachou, também,para o Secretário de Segurança, umaproposta da Prefeitura de Ouro Preto,que doou um terreno para que a políciada cidade, hoje precariamente acomoda-da, tenha instalações adequadas.

"Uma pessoa que mora em condiçõesprecárias em Ouro Preto", diz Ângelo,"sofrendo todos os problemas de custode vida, de subemprego e dificuldades detoda a ordem, muitas vezes é levada aoutra postura com relação à obra de arte,consagrada como um bem intocável pelaelite intelectual.- Na verdade, Ouro Pretoproporciona muito pouco ao seu habitan-te, em termos de lazer e recreaçào."

A cidade, com 50 mil habitantes, temdois cinemas, um teatro io mais antigodas Américas, Teatro Municipal de OuroPreto, antiga Casa da Ópera de VilaRica, construído em 1770), uma boate(localizada no Grande Hotel e aberta àssextas-feiras e sábados) e trés clubes io15 de Novembro, o Aluminas e o de OuroPreto).

"O entretenimento da população noséculo 18 e 19", lembra Ângelo, "eraligado à religião (missas cantadas, quer-messes. procissões, rezas, tnduos. nove-nas). Apesar de continuar com elas. issoja não satisfaz a uma cidade que dobrousua população nos últimos 20 anos."

Fotos d* Rogério Rsii

Vigor na paisagemQuatro projetos estão em curso, atual-

mente, "fundamentais", na opinião doSecretário de Turismo, pera ligar a co-munidade a cidade . O primeiro pertenceà Fundação João Pinheiro, que pretendeutilizar o vale do Rio Tripui, nos fundosda Rua São José, para transformã-lo

iiip-jom qnariraafip ps-porte e área de lazer, "sem prejudicar aestética da área. que iria até se reincor-porar com mais vigor na paisagem".

O segundo projeto e do Centro SocialUrbano, no bairro do Padre Faria. APrefeitura ja desapropriou um terrenodestinado ao Centro. Ha também o proje-to para um área de lazer para o baixoAlvorada, local de expansão de OuroPreto prevista pelo plano da Fundação

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à cabeça de São Pedro Apóstolo ficou reduzidaa uma infinidade de cacos

O restaurudor jair Inácio espera recuperar acabeça decepada de São Pedro Apóstolo

Padre Simões descrê das promessas e pedepoliciamento especializado para Ouro Preto

João Pinheiro e aprovada pelo Sphan epela Prefeitura. Aí, ao lado da área lotea-da existia um lago de lama. formadopelos detritos industriais da Alcan. Doa-da peia companhia a Prefeitura, este lagofoi aterrado com os milhares de metroscúbicos retirados para contenção das en-costas da Vila Sào José e terá, futura-mente, campo de futebol, quadras deesporte e um parque. O último projeto êpara um terreno da Prefeitura localizadono bairro de Água Limpa, onde, breve-mente, deverá ser implantado um centroesportivo.

"A conclusão desses projetos é essen-cia! para integrar a população no espaçodo monumento, que estaria, assim, desti-tuido do imobilismo em que hoje se apre-senta".

A lembrancinha

As promessas, no entanto, não dei-xam tranqüilo o Padre José Feliciano daCosta Simões, vigário foràneo da cidadee titular da paróquia do Pilar, em cujajurisdição fica a igreja depredada:

"De real mesmo", diz com ironia, "oque foi feito foi passar Ouro Preto dafaixa de Brasil Colônia para Brasil Impe-rio. Ouro Preto, Cidade Imperial! Na rea-

lidade, o que existe é boa vontade dosparticulares, mesmo assim, alguns, por-que ja houve caso de uma senhora chegarcom um Mercedez preto, toda alinhada, earrancar um anjo do altar de um dasigrejas. Queria uma lembrancinha. Eranecessário haver gente tomando contade tudo. Isso é uma semente para seconservar o resto do pais".

Padre Simões percorre no seu Volks-wagen algumas igrejas e mostra os rapa-zes. quase garotos, que o ajudam naconservação dos monumentos, "gente deboa vontade, porque náo temos capaci-dade de pagar zeladores, que fiquem aí odia todo":

"O povo aqui é muito bom, porque,senão, já tinham levado até a gente",comenta o padre que diz ser "um sujeitofranco e de coragem". "Se elaboraremum coáigo de construção artística eucomo qugji^rrirjãcvcijnj^urnajnfflteigui-nha, porque nào acredito mais eríTprD^messas. Sempre foi assim; vinha o chefede arte do Patrimônio e dizia uma coisa;vinha outro e dizia coisa inteiramentediferente. Não nego que o Aloísio Maga-lhães i atual diretor do SPHAN) caiu docéu. É humano e consciente. Mas. depoisque o ladrão arromba a porta, a gente selembra da tranca. Ninguém quis desço-brir o roubo de 1972 na igreja de Nossa

Senhora do Pilar | nesta época, a igreja foiarrombada e um conjunto de peças deprata levado). Fizeram um convênio coma Policia Militar do Governo de MinasGerais e ficou determinado que as igrejasprincipais teriam guardas. Nos primeirostrés anos a coisa foi levada a sério, duran-te 24 horas por dia. Hoje. você vè ai-guém? Nào culpo os soldados nem seusdirigentes, mas uma organização".

Polícia e povoPadre Simões apela para a criaçáo de

uma policia especializada, pela qual acidade sinta carinho e vice-versa. Servi-ria até para ajudar os turistas, "muitomaltratados".

"Agora, com o título da UNESCO.quebram uma cabeça e a cidade se enchede jornalistas. Mas muitas coisas já se

jperderam por aqui: pedaços de chafari-zes. casas, ígrej^sr^í^-ua-s^tudcC

A própria igreja de Sâo Francisco dePaula possuía em seu adro as figuras dedois apóstolos (São Pedro e Sào Paulo) equatro evangelistas (Sào João. Sào Mar-cos. Sâo Mateus e Sào Lucas). Sáo Mar-cos e São Lucas sumiram há vários anos.Restaram os dois pedestais onde repou-savam.

Somente três lugares de Ouro Pretopossuem as figuras de louça feitas emSanto Antônio do Porto, há 150 anos.Além da igreja de Sào Francisco de Pau-Ia, uma casa na Rua Henry Corceix pos-sui dois leões e a casa do Coronel Mattos,na Rua Alvarenga, antiga moradia deSantos Dumont, tinha em sua varandaseis figuras da mitologia debruçando-sesobre a cidade. Hoje, só vemos duasdessas estátuas de 60 centímetros dealtura cada uma. As quatro mais próxi-mas à rua foram retiradas pelos morado-res que temem sua depredação:"Sáo Paulo, cujo símbolo é carregaruma espada, está sem a mào. Sâo Pedrosem cabeça, nos lembra agora que vive-mos num país sem memória. Tudo issonos deixa muito contristados".

De pouca fala

Nâo sendo homem de elogios, PadreSimões poupa o restaurador Jair, "umgênio", segundo ele. Jair não parece terconsciência de que è tratado como tal. Éhomem de pouca fala e. aparentemente,modesto. Menino de recados do restaura-dor do Patrimônio em 1949. começou seuaprendizado trabalhando. Depois viajoupara o Rio de Janeiro, onde fez cursos dêrestauração e, por intermédio do Sr Ro-drigo Mello Franco de Andrade, ganhouuma bolsa-de-estudos na Bélgica, ondepassou um ano. A bolsa recebeu exten-sào de quatro meses e ele estagiou entàoem laboratórios de 15 países na Europa:"Acho que Ouro Preto está bem me-lhor do que há 30 anos. O povo, principal-mente, naquela época, náo compreendiao serviço de conservação. Achava queestávamos desmanchando o que outroshaviam feito. Mas é um serviço sem fim.Tem dias em que ficamos doidos".

Ele tem quatro ajudantes do Patrimò-nio e quatro para seus trabalhos particu-lares: "Casos como este da cabeça de SáoPedro sào comuns. Este apareceu mais.Lembro-me do caso de uns estudantes,que escalaram os braços da cruz de ma-deira da ponte Marilia e quebraram umdeles, com risco de quebrarem a própriacabeça. Quando ainda existem fragmen-tos, a gente conserta. Mas náo posso criaruma nova mào para Sào Paulo, despare-cida.

Escuridão da noite

Se a depredação de estátuas já ganhaa repercussão atual, o aspecto da paisa-gem, na opinião de Jair, tem piorado nosúltimos anos. Uma favela surgiu num dosmorros defronte à cidade; os edifíciosantigos sofrem deformações gerais; ai-guns proprietários, impedidos pelo Patri-mónio de derrubar fachadas, aprovei-tam-se da escuridão noturna para fazè-Io: "O que existe é falta de conscientiza-çâo. O povo náo entende o valor dascoisas", completa Jair.

É preciso gritar agora, se quisermosconservar esta arte d predadores edos que nào depredam, mas nào conser-vam", diz ainda Padre Simões."Esperamoi; que o.ato bárbaro de van-dalismo contra a estátua de São Pédrõseja transformado num apelo veemente atodos os brasileiros pela conservação evalorização de Ouro Preto'. assinala An-gelo Osvaldo. Este acidente foi um casoisolado no momento em que a cidadesoma o maior número de obras de restau-ração que viu nos últimos 20 anos.

-IQBKIAl-nn RRAS1I. H rlômingo. 21/9/80. 1_ Cnriamn NACIONAL — 29

Assembléia com menos de 300metalúrgicos vota greve emS.Bernardo para apoiar SP

Sào Paulo — Com pouco mais de 200 metalúrgicos— na primeira assembléia anteontem com a presençade Luís Inácio da Silva, o Lula, eram pouco mais de 500jjj- o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do

-. Campo e Diadema aprovou ontem, em assembléia, a. proposta de deflagração de greve em Io de novembro,caso os metalúrgicos de São Paulo, Osasco e Guarulhosparalisem suas atividades.

Em São Paulo, Osasco e Guarulhos, os metalúrgi-cos estão em campanha salarial, dentro do prazo dodissídio coletivo. Os de São Bernardo pretendem obter

. reajuste semestral de 60 por cento, contra os 33 por. cento previstos para outubro, sob inspiração de Lulaque ontem não foi à Assembléia por ter viajado paraFlorianópolis em missão do Partido dos Trabalhadores.COMISSÃO E GREVE

Coração delicado silencia ocavaquinho de Waldir Azevedo

Na assembléia, ontem, osmetalúrgicos voltaram a dis-cutir a retomada do Sindica-to ainda sob intervenção doMinistério do Trabalho, o rea-juste semestral de outubro, acampanha salarial do próxi-mo ano e reiteraram o repú-dio "à comissão de represen-tantes de trabalhadores insti-tuida pela Volkswagen".

— Além de levar nosso dl-nhelro e o nosso suor, a Volksagora quer acabar com o nos-so sindicato, que é o maisforte do país — disse o SrOsmar Mendonça, o Osmarzi-nho, da Comissão de Salários.Segundo elercom a eomissàora Volkswagen predente divi-dir a categoria para evitaruma nova greve. Mas o movi-mento dos trabalhadores só' "vai acabar quando acabar afome e a exploração da cate-goria".

A assembléia foi dirigidapelo tesoureiro destituídoDjalma de Souza Bom que,ao defender a retomada doSindicato, adiantou que a di-retoria afastada não pretendereassumir suas funções. "Nósqueremos que o sindicato se-ja novamente dos trabalha-dores, mas náo queremos as-sumir a diretoria, pois isso éimpossível. O Sr Murilo Ma-cedo nào seria tão ingênuo aoponto de nos deixar voltar aoSindicato".

Anunciou, ainda, que a par-tir de amanhã a diretoria de-posta continuará as reuniões

"setorials~qüe~WnTre_Iizando

para discussão dos proble-mas da categoria. A assem-bléia de ontem, a exemplodas duas realizadas sexta-feira, foi na igreja-matriz deSão Bernardo do Campo.

São Paulo — Waldir Azevedo, o ho-mem que transformou o cavaquinhonum instrumento nobre da música popu-lar brasileira com sua memorávelexecução do choro Brasileirinho e setornou internacionalmente conhecidocom o êxito do baião Delicado, morreuontem, ás 7h, na mesa de cirurgia doHospital da Beneficência Portuguesa,nesta Capital. Tinha 57 anos.

O* coração frágil, que o impedira derealizar o sonho de ser um piloto deavião, obrigando-o a trabalhar como bu-rocrata (funcionário da Light) até fazersucesso como instrumentista de corda ecompositor, o surpreendeu quinta-feira,em Sào Paulo, aonde viera para partici-par de um espetáculo no Hilton Hotelpara diretores da Mercedes-Benz da Ale-manha Ocidental e do Brasil, ontem ànoite.

O aneurismaO flautista Altamiro Carrilho e o gru-

po Os Demônios da Garoa fizeram oshow, mas Waldir não pôde participar,porque já estava internado na Beneficèn-cia Portuguesa. Durante o espetáculo, osmúsicos telefonaram para o Hospital,perguntando como ia ele. "Tudo bem",responderam os médicos. Mas ontem demadrugada seu estado agravou-se e oautor de Pedacinhos do Céu teve trêsparadas cardíacas provocadas por umaneurisma na aorta. A última aconteceuàs 7h.

Seu corpo foi transportado à tarde_ para Brasília onde vivia há nove anoscom a família, num táxi aéreo. Será se-pultado hoje, às lOh, no cemitério da BoaEsperança.

Abalado com o desaparecimento doamigo, o flautista Altamiro Carrilho,também um chorão convicto, comentou:"Hoje é um dia muito triste".

Waldir Azevedo tinha 57 anos, era

casado com Olinda Azevedo e sua filhaúnica, Marli, lhe deu dois netos. O grandeinstrumentista e compositor nasceu a 21de janeiro de 1923 no bairro de Piedade,no Rio de Janeiro. Criado no EngenhoNovo, aos sete anos de idade comprouuma flauta transversa com o dinheirodas vendas dos passarinhos que caçavano mato. Influenciado por amigos que sereuniam aos sábados para tocar, trocou oinstrumento de sopro por um de cordas,o bandolim, depois abandonado pelo ca-vaquinho.

A carreiraAos 19 anos, como violonista, tentou a

vida artística pelo método mais empre-gado então, os programas de calouros.Até entáo, só havia aparecido em públicocomo instrumentista: em 1933, apresen-tou-se com flauta transversa, durante ocarnaval, no Jardim do Méier, tocando OTrem Blindado de João de Barro. Noveanos depois, como violonista, alcançou anota máxima num programa de calourosda Rádio Guanabara, foi contratado pelaemissora e passou a solar seu violãopelos cassinos, na época áurea do jogolegalizado no Rio, nos primeiros anos dadécada de 40.

Em 1945, estava em lua-de-mel, emMiguel Pereira, Estado do Rio, quando,pelo telefone, foi convidado a participardo conjunto regional liderado pelo violo-nista Dilermando Reis. O funcionário daLight assumiu o posto de executante decavaquinho no conjunto e, dois anos de-pois, com a saída do famoso violonista,passou a ser seu principal astro. Mas sóchegou ao disco em 1949, gravando aconvite de João de Barro.

Waldir Azevedo viajou pela Américado Sul e Europa, acompanhando o suces-so internacional de suas músicas. Parti-clpou da caravana da música brasileira,que, sob o patrocínio do Itamarati, fezduas excursões à Europa. Sua produção,

atualmente superior a ¦-8-tpsrs_ veio aparar em 1964, quando uma de suasfilhas, Miriam, morreu uma semana an-tes do casamento. Desgostoso, Waldiraposentou o cavaquinho e só voltou atocar 10 anos depois, animado pela novaroda de amigos e chorões, que se reu-niam em sua casa, em Brasília.

O instrumentista, que chegou a fazerum programa especial na BBC de Lon-dres para 52 países, teve sua carreirainterrompida também por um acidente.Delicadas operações cirúrgicas consegui-ram devolver-lhe o anular quase perdido,quando foi atingido pela lâmina de umamáquina ao cortar a grama de seu jar-dim. Passou ano e meio sem tocar, mas,com perserverança, voltou à atividade.Compôs então Minhas Mãos, Meu Cava-quinho, referência do acidente que quaselhe decepou a possibilidade de deslum-brar platéias do país inteiro com suavelocidade e a sensibilidade com quearrancava as notas das cordas do instru-mento.

O filho único de dona Benedita dosSantos Lima queria reunir toda a famíliaem Brasília, cidade que adotou como suae onde era uma espécie de símbolo vivoda saudável boêmia e do melhor do choroproduzido no Brasil. Um aneurisma naaorta, contudo, impediu que seu sonhofosse realizado.

PêsamesDe Brasília, o Presidente Joáo Figuei-

redo enviou mensagem de condolênciasà família de Waldir Azevedo, afirmandoque sua morte cria uma lacuna na músi?.ca popular brasileira. Diz o telegrama:"Queiram aceitar meus sentidos pesa-mes pelo falecimento do inesquecívelWaldir Azevedo, destacado compositor einstrumentista da música brasileira. Oprematuro desaparecimento do autor deBrasileirinho, Pedacinho do Céu e detantas outras músicas abre lacuna difícilde ser preenchida."

inistro dizque metrô doRio continua

Porto Alegre — O MinistroEliseu Resende assegurou queo Ministério dos Transportesdará continuidade ao projetodo metrô carioca com recursosorçamentários próprios, semnecessidade de contrair novosempréstimos, enquanto buscauma soluçáo para o reescalona-mento da dívida, que já chegaaos 800 milhões de dólares.

Garantiu que a escassez derecursos não impedirá o desen-volvimento de projetos consi-derados prioritários, os demeios de transporte de menorconsumo de energia.

Segundo o Ministro, o queestá ocorrendo com o metrô doRio é uma distinção sobre suasdividas, e o Ministério pretende"dissociar a dívida do aspectorelacionado com a continuida-de do projeto", permitindo suaconclusão até 1982.

premia3 mulheresdo Rio

Brasília — Oficina, o Traba-lho e a Crise, de Tânia Bran-dão, Censura Teatral do SéculoXIX — A Quem Interessa? deSônia Khedi, e O Negro ComoArlequim, de Flora Sussekind,foram as monografias premia-das pelo 4o Concurso Nacionalde Monografias do Serviço Na-cional de Teatro. Os trabalhosreceberão prêmios de Cr$ 100mil, CrS 80 mil e CrS 60 mil.

As três autoras são cariocas.Flora Sussekind, critica de tea-tro infantil do JORNAL DOBRASIL, está sendo premiadapela segunda vez. Em 1976, fi-cou classificada em terceiro lu-gar no Io Concurso Nacional deMonografias, com o trabalhoNelson Rodrigues e o FundoFalso.

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30 — NACIONAL JORNAL DO BRASIL ? domingo, 21/9/80 ? 1"

L írico preso político

do país deve ser

libertado em outubro

Fortaleza — A advogada Vanda Othon Siou infor-itíqu qur Josc Snlrr, dr Oliveira, o único preço políticodo pais. deverá ser libertado no início de outubro. OConselho Penitenciário aprovou parecer verbal dorelator Guido Furtado Pinto favoravel ao livramentocondicional e o relator vai redigir o parecer e entrega-lo a 10' Circunscriçáo Judiciária Militar, cujo conse-lho decidira sobre a libertaçáo.

José Sales está no quartel central do Corpo deBombeiros de Fortaleza e já cumpriu mais da metadeda pena a que foi condenado. A partir de terça-feira, oauditor militar João Soares Júnior vai examinar oprocesso e o parecer favorável do Conselho Peniten-

ciário. devendo despachá-lo favoravelmente, de acor-rio corr. ? H. informou a arivnparia Vanria Ot.hon Sinn

LiberdadeCom isso, José Sales, que continua em greve de

fome iniciada a 25 de agosto, será libertado possível-mente no início de outubro. Ele não está recebendovisitas e não são permitidas entrevistas.

Sua advogada informou que, "apesar do seu esta-do delicado, ele só suspenderá a greve de fome quan-do receber autorização para deixar a prisão em defini-tivo".

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Juiz que excluiu mui

júri diz que não é machista

Juiz de ForaJuiz de Fora — O Juiz Sidney Alves Afonso,

que excluiu as mulheres do corpo de jurados,rebateu as criticas de "machista" e explicouque não gostaria de ver sua filha Júlia, estudan-te de Direito, como jurada, porque é contramulheres e advogadas no Júri: "As primeirasporque é meu estilo só trabalhar com homens;as segundas porque têm uma visáo do julga-mento muito fria, à luz da lei, e nem sempre umjurado pode ver as coisas desse modo".

Com relação às mulheres, justificou aindasua decisão com a falta de instalações sanitá-rias adequadas no Foro de Juiz de Fora e com anecessidade de uma revisão do corpo de jura-dos, "que só absolvia, raramente condenavaalguém". Quanto ao seu estilo de trabalho, "seescandaliza os outros é muito meu, de minhapersonalidade".

O presidente da 4* Subseção da Ordem dosAdvogados do Brasil, Daniel Ribeiro do Valle,recebeu inúmeras queixas de mulheres advoga-das inconformadas com a decisão do Juiz, queele classificou de "estúpida, reacionária, extra-vagante e, sobretudo, ilegal, pois discriminasexo e isso é proibido pela Constituição".

Apesar disso, a OAB local nada pode fazer."É uma decisão tecnicamente legal, emboraaltamente discriminatória, além de retrógrada.É que as mulheres não foram excluídas e simnão foram Incluídas. Como ninguém tem odireito de pleitear sua participação no Júri, nãopodemos fazer nada", disse.

Ao apresentar seus protestos perante o pre-sidente da OAB, a advogada Paiva Silva Duar-—te perguntou: "Se a mulheres poderrfdêfénderum réu ou acusá-lo, como não podem ser jura-das?" Para a advogada Rosângela de FátimaFaria Tostes, "esta é a única comarca do Brasilonde a mulher pode ser ré, juiza, defensora,promotora pública, assistente de promotora, sójurada é que não".

A polêmica gerada com a decisão do Juiz éantiga, mas veio à tona por causa do julgamen-to do camioneiro Geraldo Lima de Barros, quematou a mulher com quatro tiros, depois deprocurá-la em casa e achá-la numa boate.Háuma semana, foi absolvido também pelo Júripopular o operário José Marcos Pinheiro, quematou a mulher com sete facadas porque ela otraía.

Defendendo-se das acusações de discrimina-dor e machista, o Juiz lembrou: "Eu poderia terabsolvido o réu antes de ele ter ido a júri. Todosse lembram que, quando o mandei a júri, pediaos jurados que não funcionassem como umtribunal de perdão e da indulgência, mas comoum Tribunal de Justiça. Como se sabe, o juizpode, em casos de crime contra a vida, impro-nunciar o réu, pronunciá-lo ou absolvè-lo, ca-bendo o julgamento final, em caso de ele ir ajúri, aos jurados, náo ao juiz."

O juiz não aceita as criticas de "machista" •de conivente com essas posições.

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Juiz Sidney Alves Afonso"Ao excluir as mulheres, agi tendo em vista

os mais altos interesses da Justiça. O júriestava velho, cansado de absolver. Havia genteque já tinha morrido e alguns com mais de 60anos de idade. Excluir mulheres e os advogados- fazia parterdaTeforma. Esta não sou eu quem afaz. Dentro de 30 dias, saberemos se só eu tenhoesta posição. É que o Juiz Alcyr Vidal vai fazernova revisão no corpo de jurados, a qual éperiódica e feita por juizes diferentes, cada ano.Se ele incluir as mulheres quando fizer nova-mente a reforma, em 1982, não as excluirei. Mastambém não incluirei nenhuma" — declarou.

O Juiz acha que a mulher juiz-forana é boajurada "e já deu prova disso", mas observa: "Ocorpo de jurados do Brasil inteiro ê formado porhomens, para julgar homens e mulheres. Oshomens, no meu entender, também não conde-nariam a mulher que matasse o marido, mas asmulheres, fatalmente, condenariam o homemno caso inverso. Assim, os homens absolvem oshomens e as mulheres. Estas não. Só absolvemas mulheres, condenando os homens"."As mulheres querem se impor de qualquermaneira, se igualar aos homens. Estou de acor-do em que elas tenham os mesmos direitos dohomem. Mas. no momento em que ela quer seigualar ao homem, ela não quer que o homemmate a mulher quando esta pratica adultério.Mas o homem mata. e alega sempre legitimadefesa da honra. Entáo, jâ tem caso pensado deque, se a mulher pertencer ao júri, ela vaicondenar esse homem. Em síntese: o homempode absolver a mulher, mas a reciproca não éverdadeira" — acrescentou.

No Sul, audiências são suspensas

Porto Alegre — O excesso de processos —média geral de 2 mil por ano/juiz, quando omáximo deveria ser 500 tramitando no Foro —levou o Juiz da 1» Vara Criminal, Luís Périclesda Fontoura Mariano da Rocha, a suspendertodas as audiências em outubro para poderconcentrar-se no exame e dar a sentença finalem cerca de 100 processos.

Entre esses processos está o do ex-Procurador-Geral da República Henrique Fon-seca de Araújo contra o advogado SerafimMachado, que no livro Por Que Acredito emLobisomen o acusa de náo ter recorrido paraanular sentença — que permitiu a uma velha"oligofrênica e imbecil congênita" dar sua enor-me fortuna de CrS 600 milhões aos filhos de seucurador — "pelo temor de perder sua promoçãoà Capital gaúcha".

Como a reforma do Poder Judiciário náoatingiu a primeira instância, os 300 juizes gaú-chos enfrentam problemas Insanáveis, com fal-ta de infra-estrutura e de pessoal táo graves,que náo têm condições de julgar os três milprocessos que tramitam, por ano e por Juiz, nasVaras Cíveis (o máximo deveria ser de mil): e osdois mil anojuíz da Varas Criminais.

As 14 Varas Criminais do Foro de PortoAlegre enfrentam situações como a de ter demarcar a primeira audiência de processos queingressam agora somente para dezembro de1981, como ocorre ma 1* Vara Criminal, ondeexistem 1 mil 200 processos tramitando. Oufazer como ocorre na 2* Vara Criminal, quealém de três mil processos, tem outros-1 mil 500num armário, esperando lugar na pauta deaudiência.

O grande número de açòes criminais e civisestá provocando a colocação dos volumes deprocessos no chào e sobre as mesas dos funcio-nários dos cartórios.

Um dos casos mais conhecidos entre oscerca de 100 processos que o Juiz Mariano daRocha julgará no próximo mês é o da açãomovida pelo ex-Procurador-Geral da Repúbli-ca, Henrique Fonseca de Araújo. O livro Porque acredito em Lobisomem relata a históriade um processo de herança, de uma velhaoligofrênica imbecil, Auristela Pereira Alves.Por ironia, esse processo tramita há 35 anos naJustiça brasileira, faltando ainda o julgamentode uma rescisória no Supremo Tribunal Fe-deral.

Neste processo da herança, o Sr SerafimMachado é o representante dos sobrinhos davelha rica, que contestam a validade do testa-mento feito por Auristela e que favoreceu osfilhos do seu curador na época, Manoel Alves.No inicio desse processo participou o Sr Fonse-ca de Araújo como promotor, portanto também

como curador de menores do Foro de Cachoeirado Sul.

No livro, o advogado estranha o fato de oentáo Promotor Fonseca de Araújo náo terrecorrido da sentença que validou o testamentode Auristela "nanica, microcéfala, tartamuda,com grande déficit em suas faculdades". E oadvogado, ao se perguntar por que Fonseca deAraújo não recorreu, diz: "Na época, comentou-se que, tendo Henrique, a princípio, resistido aoarreglo, alguém o ameaçou com sua promoçãoà Capital, ocasião em que ele não resistindo aoargumento, teria capitulado. Si non é vero ébene trovato".

As acusações levaram o então Procurador-Geral da República a ingressar com queixa-crime por Injúria, difamação e calúnia contra oadvogado. Durante a tramitação do processoocorreram inúmeros Incidentes processuais: oSr Serafim Machado não compareceu à audién-cia de interrogatório, alegando doença e apre-sentando atestado médico. Num surpreendenterigorismo, o Promotor Arnaldo Carvalho deOliveira náo aceitou o atestado, mandou ummédico da Junta Médica Judiciária examinar oSr Serafim Machado, que disse náo estar oadvogado doente.

Com isso, além de ser declarado revel, oadvogado foi novamente processado, junto como médico Antônio Milhem, por falsidade ideoló-gica. Mas esse outro processo paralelo termi-nou por comprovar que Serafim realmente es-tava doente, já que perdera dois parentes nadata próxima ao seu interrogatório, e o proces-so foi arquivado. Mas prosseguiu a açào porinjúria e difamação, levando o Sr Serafim Ma-chado a alegar exceção da verdade, para com-provar suas acusações junto ao Supremo Tribu-nal Federal. Este rejeitou a exceção e o proces-so voltou para a Ia Vara Criminal.

Mas a ausência numa audiência dos doisadvogados do Sr Fonseca de Araújo — a Procu-radora Regional da República, Luiza Cassales,e o Sr Heitor Gallant — levou a advogadaCaterina Caprio (defensora de Serafim Macha-do) a solicitar a perempçâo do processo, pelodesinteresse dos autores da ação.

O Juiz da 1" Vara Criminal, em dezembro de1979, arquivou o processo, enquanto os doisadvogados recorreram ao Tribunal de Alçada,que cassou, no inicio deste ano, a liminar deperempçâo, aceitando as alegações dos auto-res, já que o Sr Heitor Gallant estava no Rio deJaneiro, e a Sra Luiza Cassales doente.

Com isso, o processo voltou novamente paraa 1' Vara Criminal, concluso para exame domérito e decisão do Juiz Péricles Mariano daRocha.

Simpósio rejeita prisão cautelarPorto Alegre — O Io Simpósio Sul-Brasileiro

sobre Problemas Atuais da Justiça Criminal,encerrado sexta-feira em Porto Alegre, rejeitouuma sugestão a favor da prisão cautelar eaprovou, por unanimidade, comunicado doJuiz de Novo Hamburgo, Mathias Flach, de-nunciando que os "crimes do colarinho branco"continuam impunes.

A comissão do Simpósio que examinou aestrutura da Justiça Criminal aprovou, tam-bém por unanimidade, a criação de uma Varade Tóxicos, sugerida por todos os juizes crimi-nais do Rio Grande do Sul, por considerar que"a recuperação do viciàdo exige uma fiscaliza-çáo. um acompanhamento constante, em de-corréncia da própria dependência".

O Sr Mathias Flach deplorou que os chama-dos "crimes de colarinho branco" continuemimpunes no país e exemplificou: "A agiotagem,os crimes contra a economia popular, a sonega-çáo de impostos, as manobras altistas, os es-cândalos no mercado de capitais, a corrupçãogovernamental são práticas noticiadas e absor-vidas pelo homem comum, que sequer dimen-siona como, quanto e de que forma é prejudi-cado."

O ex-delegado de polícia, com passagenspela Delegacia de Furtos e Roubos, de Costu-mes e de Tóxicos, garante, em seu trabalho, que"os mecanismos do Estado se especializaramem manter os privilégios de uma minoritáriaclasse dominante e, a mais das vezes, as prerro-gativas dos detentores do poder. Sofisticaram-se os órgãos de informação e repressão social, ea vida dos indivíduos e os "interesses nacio-nais" passaram a ser decididos na fechada"comunidade de informações", tudo a titulo desegurança do Estado".

Segundo o Juiz da comarca de Novo Ham-burgo, importante região industrial do Estado,maior produtora de calçados da região Sul,"nossa estrutura policial e judiciária é emperra-da e anacrônica."

Considero que demonstra indigència de co-nhecimentos sociológicos e criminológicosquem olvida que as condições de pobreza, misé-ria e ignorância, sempre mais insuportáveis, asdesigualdades e as tensões sociais decorrentes,repercutem notavelmente na realidade cres-cente da violência e criminalidade" — diz otrabalho.

Na análise dos problemas sociais e criminaisdo Brasil, o Sr Mathias Flach destaca emespecial a situação econômica do povo, em suamaior parte marginalizado: "O Brasil é um paispobre, em que metade da população recebeapenas 109c da renda nacional. Cerca de 34r> dapopulação economicamente ativa ganha salá-rio igual ou inferior ao mínimo. O povo sofre,violentado pela miséria, doença, ignorância eabandono, num aniquilamento progressivo epermanente, verdadeira iniqüidade nacional.Carece a maioria populacional de recursos fun-damentais da civilização: água, esgotos, luz,alimentação e escolas, enquanto observam con-trastantes obras de grande ostentação, muitasvezes supérfluas".

Vara de tóxicos"A experiência dos signatários, todos juizes

de varas criminais, indica a urgente necessida-de de ser criada uma vara exclusivamente paradelitos de tóxicos. Mais do que isto, que aexecução das penas impostas também sejafeita na própria vara especializada" — diz ob-servação da comissão que aprovou a criação deuma vara de tóxico.

O Desembargador da 2a Câmara Criminal doTribunal de Justiça do Estado, Marco AurélioCosta Moreira de Oliveira, considera que acriação de uma vara específica para os proble-mas de tóxicos, "é viável a curto prazo, desdeque nos dêem recursos orçamentários para ainstitucionalização e a efetivação deste jui-zado".

O Desembargador acredita que um juiz es-pecializado terá melhores condições de conhe-cer toda a problemática do tóxico "e terápossibilidades de aplicar uma pena justa".

Ele acrescentou: "Considero que seria maisapropriado denominar a vara de tóxicos dejuizado de tóxicos, pois utilizaria também osserviços de médicos, de psicólogos e psiquia-tras e de atendentes sociais, com a finalidadede concretizar o que prevê a própria Lei deTóxicos em vigor, para a recuperação do vicia-do. A única solução seria entregar a este juiza-do de tóxicos as atribuições que atualmentesão do juizado de execuções comum, e quemisturam nos presídios os condenados por to-xicos com outros presos por outros delitos eque náo recebem um atendimento especial."

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JORNAL DO BRASIL D domingo, 21/9/80 D Io Caderno NACIONAL — 31

Professor anistiado

vence eleição direta

em faculdade federal

Porto Alegre — Com 886 votos, o ex-professor cassado, arquiteto Demétrio Ribeiro,enquadrado em 1969 pelo AI-5 e reintegrado àuniversidade no início de 80, venceu, ontem, aseleições diretas de escolha da lista sèxtupla decandidatos ao cargo de diretor da Faculdade deArquitetura da UFRGS, na primeira vez emque professores, alunos e funcionários de umafaculdade federal participam de um pleito paraescolha de um dirigente.

Integra a lista sèxtupla o professor Emílio

Mabile Ripoll, também cassado na mesma épo-ca, dias antes de o Presidente Costa e Silva sersubstituído pela Junta Militar — que obteve684 votos. A fim de equiparar os diversos seto-res do eleitorado — 600 estudantes, 83 professo-res e 53 funcionários — os votos tiveram pesosdiferentes, permitindo, assim uma igualdade decondições entre todos.

InéditoSomente ontem de madrugada, por volta de

lh, foi divulgada a lista sèxtupla de candidatosa diretor da Faculdade de Arquitetura daUFRGS, nas primeiras eleições diretas realiza-das com este objetivo. Encabeçada pelò ex-cassado Demétrio Ribeiro será encaminhadaao Ministro da Educação Eduardo Portella, quedefinirá o substituto do atual diretor.

Em tempo recorde (cinco dias), foram indica-dos 12 somes e, então, desenvolveu-se intensacampanha eleitoral —. inclusive com faixas,

cartazes e folhetos impressos — que mobilizoutoda a Faculdade de Arquitetura.

Além do profesggi Demétrio Ribeiro, intf-grani-ffltstãõs professores Ivan Mizoguchi (871votos), Carlos Max Maia (835 votos). EmílioMabilde Ripoli (684 votos). Osmar Lengler (675votos) e Maria Helena Bered (615 votos). Destes,integravam também a indicação da congrega-ção os professores Carlos Max Maia e OsmarLengler: os demais foram lançados por alunos efuncionários.

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32 — NACIONAL JORNAL DO BRASIL domingo, 21/9/80 ? Io Caderno

Fernando Gabeira acha que os terroristas estão isolados

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"Os terroristas estão isolados", diz Fer-nando Gabeira. "Todo o antidemocrata con-victo é suspeito nestes atos terroristas",afirma Carlos Fayal. Gabeira e Fayal forambanidos no mesmo dia e viajaram no mesmoavião, com outros 38 banidos, para a Argélia,dia 16 de dezembro de 1970. Foram trocadospela libertação do Embaixador alemão, En-renfried von Holleben, seqüestrado seis diasantes.

Presos, como centenas de outros, esta-vam condenados por participarem da lutaarmada contra o regime. Depois de noveanos de exílio, anistiados, Gabeira e Fayal —com um em seu estilo — reitegram-se àsociedade brasileira afirmando convicçõesdemocráticas que o ambiente europeu soli-

dificoü em muitos ex-militantes de organiza-ções de esquerdas dedicadas à açào armadanos anos 69-70.

"Com as cabeças feitas ou refeitas", Ga-beira e Fayal tèm posições semelhantesdiante do recrudescimento do terrorismo nopaís. Temem que estes atos confundam aopinião pública, intranqüilize a sociedade ecrie condições para uma desestabilizaçáo doGovemo, que pratica uma política de aber-tura da qual nenhum dos dois duvida. "Aprópria ação dos terroristas é uma prova deque a abertura é verdadeira", diz CarlosFayal. "O caminho do Brasil para a demo-cracia parece irreversível, depende de nossaprópria habilidade", afirma, confiante, Fer-nando Gabeira.

UNunca ninguém esteve tão só"Ouro Preto — O tipo de ação que os terroris-

tas vèm desenvolvendo no pais os deixa isola-dos, como nunca ninguém esteve na História doBrasil. A opinião é do escritor Fernando Gabei-ra, ex-integrante do grupo MR-8 e um dosparticipantes do seqüestro do Embaixador nor-te-americano Charles Burke Elbrich. Ele seencontra morando provisoriamente num hoteldesta cidade, enquanto procura um recantorural onde pretende continuar sua atividade deescritor.

Rompido com as esquerdas, depois de 10anos no exílio, quando teve tempo .para "estu-dar, refletir e amadurecer", Fernando Gabeira— autor dos livros O Que É Isso, Companheiro?e Crepúsculo do Macho — afirma que, de umponto-de-vista das Forças Armadas, parece-lheque o terrorismo brasileiro se isolou completa-mente.

Experiência"Argumento isso, parte com minha expe-

riència de há 10 anos atrás, quando estivepreso, e parte com os termos da entrevista doGeneral Danilo Venturini, chefe do GabineteMilitar da Presidência da República, quandoafirma que ocorreu um ataque pelas costas e desurpresa", diz."Esse tipo de argumentação é feito no senti-do de mostrar que o Exército brasileiro, em suagrande parte, é formado na doutrina da guerraconvencional e nutre desprezo por um certotipo de ação desprovida dos princípios quecaracterizam as guerras clássicas."

Fernando Gabeira se baseia também naentrevista do Ministro da Marinha, AlmiranteMaxlmiano da Fonseca, quando ele diz que"um fechamento só seria possível se o povosaísse às ruas para pedi-lo, como em 1964"."Em outras palavras, essa é a minha tradu-ção. O que ele queria dizer é que qualquer tipode golpe na atual conjuntura nacional e naconjuntura política do Brasil de hoje só seriapossível se houvesse uma base social amparan-do os golpistas.""A visão que tenho do terrorismo no Brasil éque ele atingiu grande desenvolvimento técni-co, mas possui ausência extrema e completa deoportunidade política. No caso da OAB, porexemplo, eles usaram um explosivo excelente,construíram uma bomba sofisticada, mas aca-baram fazendo com que ela explodisse, mate-maticamente. sobre a própria cabeça. Isso,olhando o atentado de um ponto-de-vista poli-tico".

Para Gabeira. o objetivo que procuravam osterroristas, ao explodir a bomba da OAB, era ofechamento a curto prazo, "que se tornou cada

vez mais um objetivo pouco desejado pelosbrasileiros.""Ao se transformarem em vilões de historiasem quadrinhos, os terroristas estabeleceramuma competição entre os que se candidatassema seus inimigos principais. O Governo, perce-bendo a oportunidade, afirmou que o terroris-mo era voltado contra ele. E lançou a granderede nacional da sedução, no sentido de buscarapoio para o combate ao terrorismo, amplian-do, com isso, sua base social."

Afirma Fernando Gabeira que os aconteci-mentos de Barbacena, Minas — onde foi presoum grupo trotskista — foi "uma maneira inade-quada de o Governo abordar o problema".Lembra que o presidente do Diretório Estadualdo PDS, Bias Fortes, declarou à imprensa queem Barbacena houve um diretório do PartidoComunista entre os anos de 1945 e 19-16, masque todos os seus membros já estavam mortos."O delegado de Barbacena. que denominoude/Grupo Itamaracá os ativistas presos, foirepreendido pelo delegado do DOPS em BeloHorizonte, que argumentou ser esse um nomede escola de samba. Pelo que sei, os trotskistasdevem estar estudando cuidadosamente onde éBarbacena, uma cidade onde os últimos comu-nistas morreram na epidemia de gripe espanho-Ia, o que torna essa história toda muito maisum enredo de Gabriel Garcia Marquez do queunia nota oficial do Palácio do Planalto".

O escritor náo concorda com os que temem aocorrência, no Brasil, de "um fechamento àturca, ocorrido exatamente sob o pretexto decombater o terrorismo"."Ocorre que as características do Brasil sãocompletamente diversas das que existem naTurquia. Em primeiro lugar, porque a esquerdabrasileira não pratica o terror, ao passo que aesquerda turca só desenvolvia ações armadas.Em segundo lugar, o problema tinha tal ampii-tude na Turquia que as estimativas apontavamem 20 mil o número de pessoas armadas, o quecaracteriza um estado de pré-guerra civil.

Fernando Gabeira acrescenta que o Brasi! éhoje um dos paises mais calmos do mundo, sese levar em contar seus mais de 100rr deinflação ao ano. "Assim, o fechamento, sob opretexto de evitar o caos, seria unia coisadificilmente assimilável, tanto do ponto-de-vista nacional quanto do internacional. O cami-nho do Brasi] para a democracia parece irrever-sível. Dependendo de nossa própria habilidade,creio que poderemos chegar ao fim do séculocom alto nível de civilização, ou seja, sempresos políticos, sem asilados e com todas asliberdades democráticas, inclusive e principal-mente, na escolha do dirigente máximo dopaís".

Fdo de Agnaldo Ranos

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Fayal, com Tereza Cristina, 3 anos, acha "terror golpe contra abertura"

"Todo antidemocrata é suspeito""Todo o antidemocrata convicto é um sus-

peito destes atos terroristas", afirma CarlosFayal, ex-militante da Aliança Libertadora Na-cional, banido dia 16 de junho de 1970 comoutros 39 participantes da luta armada — entreeles Fernando Gabeira. Após nove anos deexílio, anistiado, Carlos Fayal é um dos organi-zadores do Partido Democrático TrabalhistatPDT) no Rio de Janeiro.

O objetivo dos recentes atos terroristas, se-gundo Carlos Fayal. "é criar um clima de insta-bilidade com a intervenção dos setores queforam dominantes com o Ato-5". Fayal afirmaque o Governo e o Presidente João Figueiredo"podem ter certeza de que todo o democrataestá disposto a apoiar a apuração de tais atos".

Ao caracterizar os atos terroristas como"uma tentativa de golpe na abertura política",Carlos Fayal diz que acredita no avanço demo-crático e que a "prova de que a abertura não éuma farsa são os próprios atentados que ten-tam, pela instabilidade, inviabilizá-la".

Carlos Fayal não acredita que "as forças deoposição democrática se deixem levar pelasprovocações dos atentados terroristas e comen-tam algum ato impensado". Ele confirma suaconfiança citando o pronunciamento dos pró-prios lideres dos Partidos de oposição e acres-centa que se houver algum ato de violênciaatribuído à esquerda "deve ser de uma pseudo-esquerda".

"Se o Govemo estiver realmente interessadoe o conjunto da oposição realmente o apoiá-lonesta ação, creio que estes atentados serãodescobertos. É preciso coibi-los para que não secrie um clima de instabilidade política, maspara isso não são necessárias medidas extraor-dinárias".

Carlos Fayal diz que "compete ao Govemodescobrir os responsáveis" e que o problema "émais político do que técnico-policial." No en-tanto, acha que "está faltando empenho nasinvestigações" e lembra as sobre o seqüestro doprofessor Dalmo Dallari, ex-presidente da Co-missão Justiça e Paz em Sào Paulo, das quais aOAB se retirou, recentemente, alegando a mes-ma falta de empenho.

As eleições de 1982, na opinião dele. "sáouma incógnita". Acha que a própria realizaçãode pleitos diretos para governadores ainda nàoestá garantida e que "a prorrogação dos man-datos municipais foi um retrocesso". CarlosFayal confia que a realização de eleições seriaum indicador forte de que há realmente aintenção de "estabelecer regras estáveis dojogo político".

Na opinião dele. a garantia das eleições de 82não está "só nas mãos do Governo". Afirma que"as oposições nào devem ser apenas contra oGovemo e se combaterem entre si". Para ele, aapresentação de uma proposta política unam-me da oposição "seria uma prova de competèn-cia e superaria a política do xingamento aoGovemo e entre si." Acha que uma propostaconcreta da oposição "seria garantia para oprocesso democrático".

O PDT, para Carlos Fayal, é uma incógnita.Conta que se integrou no movimento pela res-tauraçáo do Partido Trabalhista ainda no exi-lio motivado por três razões: "A legenda, queapesar dos erros se identificou concretamentecom as esperanças da população antes de 64; aliderança do ex-Governador Leonel Brizola; e oprograma para um Partido novo, não apenaseleitoral e. sobretudo, democrático, com o po-der de decisão vindo das bases."

Apesar de reconhecer que o PDT não estásendo este Partido novo, Carlos Fayal acha quetal tipo de Partido é uma necessidade para asociedade brasileira e, "se não for o PDT. algumserá". Náo aceita o PTB, pois náo concordacom seu programa e nem com a falta da lideran-ça de Brizola; e nem o PT "porque seu progra-ma pode induzir a um confronto pelo socialis-mo em prazo curto"."O programa do PDT é mais realista; avaliarmelhor o grau de consciência e organlzaçàopopulares c náo provoca atropelos que possamprejudicar o avanço democrático" — afirmaFayal.

Carlos Fayal analisa sua experiência políti-ca anterior, quando militou na ALN, realizandoatos de ação armada, com maturidade critica.Afirma que em 68 "não havia nenhum mecanis-mo que possibilitasse uma política de oposiçãospm rpnrp.ssán" Para plp o rtpqp^tahili7apãn

Segundo Carlos Fayal os atos terroristasestão causando grande confusão na opiniãopública. "O povo náo sabe de onde vèm nempara onde vão tais atos; se é de esquerda, dedireita, de centro ou se sào atos de malucos."Ele acha que "o baixo nível de consciência e deinformação da população" aumentou o grau derisco dos atos

"terroristas.

Clima de diálogoNa opinião de Carlos Fayal. a principal

questão política do momento é a manutençãode um clima de discussão e debates, "com aOposição abandonando a critica pela critica epartindo para proposições concretas"

partia do próprio regime "que náo permitiaformas civilizadas de fazer política"."O sistema, em seu conjunto impingiu a lutaarmada pela ação radical com que agiu fazendocom que. em determinado momento, para fazerpolítica fosse necessário a garantia das armas"— afirma ele.

Preso em março de 1970. condenado por doisassaltos a banco. Carlos Fayal foi banido emtroca do Embaixador alemào Ehreníried vonHolleben, seqüestrado a 11 de junho daqueleano. Com outros 39 presos políticos exilou-se naArgélia e depois no Chile, onde viveu até 73.Naquele ano partiu para a Suécia, onde come-çoua estudar Odontologia, curso que completaatualmente na UERJ

JORNAL DO BRASIL D domingo, 21/9/80 D 1° Caderno NACIONAL _ 33

astico confirma asdenúncias de ex-informante

Belém — As denúncias feitas pelo informan-te do DOPS. Mário Franco, de ações do terroris-mo de direita em Belém, chefiadas pelo supostotopógrafo, campeão de tiro e boxeador Rubine-te Chagas de Nazaré, se estáo confirmando,muito mais pela ação da imprensa do quepropriamente pelo trabalho da policia, ondeMário está sendo classificado de louco.

Um artista plástico que teve seu ateliê inva-dido em julho deste ano por Rubinete, MárioFranco, Amélia Fonseca e outros agentes doDOPS, a procura de armas, confirmou ontem averacidade da denúncia, dizendo que reconhe-ceu, através das fotos publicadas nos jornais, aspessoas que vasculharam sua casa. "Entre elasestavam esse Mário Franco, Rubinete e Amé-lia", disse."Eles começaram a vasculhar tudo. A mu-lher, que agora sei chamar-se Amélia Fonseca,parecia perita em vasculhar porque examinavatudo, não deixava passar nada. Mas nào adian-tou, porque nâo havia mesmo nada. Esse tal deRubinete, antes de sair, veio falar comigo, disseque era uma busca de rotina e pediu desculpas..Disse que eu não devia ficar preocupado e nemparanóico pelo que tinha ocorrido".

Garantiu que pode reconhecer as outraspessoas que participaram da invasão a sua casajunto com Mário Franco, Rubinete Nazaré eAmélia Fonseca. A história do artista plásticocoincide com a denúncia feita por Mário Fran-co. Rubinete, que é o principal alvo das acusa-çôes do informante do DOPS, foi libertadoontem pela Polícia Federal após prestar depoi-mento durante cinco horas. O delegado daPolicia Federal, Sadock Reis, informou quetodos os acusados por Mário Franco serãoouvidos.

Outra que confirmou as denúncias de MárioFranco foi a jornalista Gladys Martins. Negouapenas que tivesse sido torturada ou que esti-vesse infiltrada nos jornais para prestar infor-maçôes, mas disse que certa noite, no bar doParque, que freqüenta com assiduidade, foiprocurada por Rubinete e Mário Franco, que apressionaram para dizer o que sabia.

Gladys disse ainda que depois dessa pres-são, em que nada falou para não "complicarmuita gente", passou a receber telefonemasanônimos e bilhetes com ameaças.

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Manoel dos Santos Ferreira é o último à direita, de cabelos brancos

Funcionário da Prefeitura deSP confessa que foi à Freguesia

São Paulo—O encarregado-geral de Fiscali-zação e Abastecimento da Administração Re-gional de Santana, Manoel dos Santos Ferreira,confirmou à revista Veja desta semana queesteve na Freguesia do O, na manhã de 21 dejunho, quando padres, políticos e popularesforam espancados no tumulto registrado du-rante despacho do Governador Paulo Maluf.

A declaração do Sr Manoel dos Santos Fer-reira e sua identificação nas fotos dos inciden-tes confirmam a suspeita da Comissão de In-quérito da Assembléia Legislativa que apura osincidentes, de que ele estava lá e ainda reforça aconvicção, generalizada entre os membros des-sa Comissão, de que funcionários da Prefeiturada Capital tomaram parte no esquema de re-pressáo montado para agredir opositores doGovernador Paulo Maluf.

Fase decisiva

Após ter ouvido as vítimas, a Comissão deInquérito da Assembléia entra esta semana nafase decisiva de tomada de depoimentos dospoliciais e funcionários municipais apontadoscomo responsáveis pelas agressões. Quarta-feira, ela ouvirá o Tenente Celso Antônio Ra-pacce, da assistência militar do Prefeito Rey-naldo de Barros e na quinta-feira, o Sr Manoeldos Santos Ferreira, convocado anteriormentequando os deputados suspeitavam que ele esta-va na Freguesia do O, o que ele, agora, con-firmou.

Na matéria que publica esta semana sobreas investigações dos incidentes na Freguesia doÓ, a revista Veja arrola todos os funcionáriosmunicipais e policiais cuja participação no tu-multo está confirmada. Inicialmente mencionaCelso Gaiza do Amaral, o Celsáo, 33 anos, fiscallotado na Administração Regional da Sé que,em depoimento na última sexta-feira, noDOPS, disse ter ido à Freguesia do O "presti-giar" o "Governo de integração" do Sr PauloMaluf. A revista apresenta fotos em que eleaparece confiscando faixas dos populares quepretendiam apresentar reivindicações ao Go-vernador.

Outro funcionário municipal é João dos San-tos, apelidado Kojak e que em depoimento noDOPS, também na última sexta-feira, revelouter estado na Freguesia do O. "Eu náo bati, atéapanhei", disse ele em seu depoimento.

Até o momento, a Comissão de Inquéritotem 35 suspeitos de participação nas agressões,todos funcionários da Prefeitura da Capital oupoliciais. A lista dos militares é encabeçadapelo lu Tenente Celso Antônio Rapacce, assis-tente militar do Prefeito Reynaldo de Barros eque nas fotografias dos incidentes aparece chu-tando o bancário Wilson da Luz dos Santos,membro da Pastoral da Juventude da VilaBrasilãndia. O Tenente, em declarações à im-prensa, disse ter comparecido à Freguesia do Òcomo observador, a pedido de seu chefe, oTenente-Coronel Cláudio Ferreira Couto e quese limitou a se defender das agressões. Ao depor

na Comissão de Inquérito, na semana passada,Wilson da Luz dos Santos contestou essaversão.

A Comissão suspeita ainda da participaçãode cinco outros integrantes do Serviço Reserva-do da PM e um deles, José Carlos Bernardino,aparece em fotografias espancando o Deputadoestadual Geraldo Siqueira, do PT, e o PadrePeter Currant.

Da relação de 35 suspeitos, além dos cincopoliciais militares, há 12 outras pessoas identi-ficadas pela Comissão, todas trabalhando emadministrações regionais da Prefeitura da Ca-pitai. Entre eles, Manoel Ferreira dos Santos, oencarregado da fiscalização e abastecimento daregional de Santana, que ao confirmar suapresença disse: "Eu vi as coisas de longe".Entretanto, há fotos em que ele aparece nocentro do conflito e acompanhando a caminha-da dos populares. A Comissão de Inquéritorecebeu uma denúncia de que ele chegou, inclu-sive, a comandar um dos grupos de espancado-res, do qual fariam parte o encarregado defiscalização de obras e o encarregado do rapa,ambos da regional de Santana.

Outros participantes

A Comissão recebeu ainda denúncias de qüeos funcionários da Administração Regional doButantã, Srs Walter Biondo e Ângelo Capricho,compareceram à Freguesia do O, na manhã de21 de junho. O administrador da regional doButantã, Ivo Carotini. confirmou à revista queos dois funcionários foram à Freguesia do O"rever amigos", mas, na denúncia enviada àComissào, o informante diz ter ouvido um desa-bafo do Sr Ângelo Capricho: "Entrei numa fria,minha foto apareceu na primeira página dojornal de Santos. Muita gente está revoltadapor ter servido de boi-de-piranha. Nós havia-mos sido instruídos para provocar, responderàs vaias. Mas deveríamos pular fora na hora doquebra-pau e deixar tudo por conta da policia."

Da regional do Butantã há denúncias de quetambém tomaram parte no tumulto o chefe dosetor de obras, Rodrigo Lima; seu motorista,Vitorino, e os funcionários conhecidos pelosapelidos de Vavá e Tonháo. Da regional daMooca, são apontados como suspeitos o chefedo comando de apreensão do setor de feiraslivres, Baltazar Romeu Paes, e um fiscal quecom ele trabalha, Euclides de Oliveira. Desdeque apareceram as primeiras denúncias sobreeles, os dois não compareceram ao trabalho.

O motorista Juracy de Oliveira, lotado naRegional da Sé, é outro implicado nas denún-cias, bem como o chefe do comando de apreen-sáo da Regional da Sé, Francisco Dias Rosa. NaRegional informaram aos repórteres da Vejaque Francisco Dias Rosa sofrerá um acidentede automóvel e estava hospitalizado, mas, aoser localizado em seguida, o funcionário, quenáo sofreu qualquer acidente, negou-se a pres-tar declarações.

Testemunha da bomba J) Paulo criticade Jacarepaguá nãoreconhece suspeitos

O vigia do condomínio 480 da Avenida Gere-mário Dantas. Flávio Rodrigues Chaves, disse,ontem de madrugada, que três pessoas esta-vam no Chevette verde que ele viu deixar olocal da explosão da bomba, cinco ou 10 minu-tos após o fato. Eram dois homens morenos,que ocupavam o banco da frente, e uma mu-lher. também morena, no banco traseiro.

Flávio contou que o earro saiu lentamente

Passarinho e cobranomes de culpados

São Paulo — "Que o líder do Governo noSenado diga que era mais fácil descobrir osautores de atentados quando havia tortura nopaís, não nos impede de exigir com mais insis-tència que o Governo os descubra, porquealguns já estào dizendo que sabem as origens eé preciso que estes colaborem."

A afirmação é do Cardeal-Arcebispo de SãoPaulo, D Paulo Em ia tu Anis, ao comentar,

DPPS acha queVCC age contraas bancas

Todos os panfletos, cartas e bilhetesarrecadados nos últimos atentados ter-roristas estáo sendo minuciosamentecomparados, "pois suspeita-se de quesejam da mesma autoria", revelou, on-tem, uma fonte do Departamento dePolicia Política e Social da Secretariade Segurança, que continua investigan-do os casos em conjunto com o Depar-tamento de Polícia Federal.

A mesma fonte admitiu que "nâorestam dúvidas de que os atentadoscontra a OAB. a Câmara de Vereadores,a Sunab e as bancas de jornais estáosendo coordenados pela chamada Van-guarda de Caça aos Comunistas, que éintegrada por dissidentes radicais deoutras organizações de extrema direita,que passaram a desencadear açõesmais contundentes".

Na quinta-feira, um delegado cia Po-lida Federal esteve no DPPS, onderecolheu todo o material cie propagan-da e advertência que já havia sido arre-cadado. para que o mesmo seja subme-tido a rigoroso exame de comparaçáàpela perícia do Instituto Nacional deCriminalística. O ponto de partida paraisso é semelhança do manuscrito nospanfletos enviados às bancas de jor-nais. em diversos pontos do pais.

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da Rua Coronel Tedim em direção ao Largo doTanque, mas apesar de'notar o veiculo dissenáo ter condições de reconhecer os ocupantesporque não fez "a observação com maldade,pois estava preocupado, ainda, com o barulhoque acordou iodos os moradores do condomi-nio. Corri nara vei o que tinha acontecido equando cheguei no portão principal vi a nuvemde fumaça e senti o forte eíieiro de pólvora. Fuiate a banca de jornais e via apenas seus destro-ços e ninguém por perto", observou o vigia.

Ate ontem de madrugada. Flávio Chavesnão havia sido procurado por nenhuma autori-dade policial, mas disse que está à disposiçãodelas para ajudar no que for possível.

ontem, declarações do Senador Jarbas Passari-nho. Sobre o novo atentado a banca de jornalno Rio de Janeiro. D Paulo considerou que"cada atentado será um novo desafio paraverificarmos a autenticidade das declaraçõesdo Governo e das forças policiais de que irãodescobrir os autores".

D Paulo abriu ontem em Iiaici a reuniàolatino-americana do Conselho Mundial de Igre-jas, que debaterá a participação destas Igrejasnos projetos e programas de desenvolvimentopara a America Latina. Para ele. è importantedesenvolver a idéia de que "as Igrejas náo sàopoder, portanto náo trazem de fora para dentrouma possibilidade de manipular; mas, de den-tro para fora constituem uma força".

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34 — ECONOMIA JORNAL no BRASIL " domingo, 21'9'80 Z l'Cadem0

Delfim quer mudar reajustes para

faixas de salários mais baixas

Brasília — O Ministério doPlanejamento é contrário àspropostas de reformulação dalei salarial, em estudo no Minis-tério do Trabalho, que sugerema eliminação do reajuste semes-trai automático para quem ga-nha acima de 15 (Cr$ 62 mil 244)ou 20 salários mínimos (Cr$ 82mil 992) considerando ambas asfaixas demasiado elevadas edefendendo, portanto, faixasmenores.

Segundo técnicos do Planeja-mento, esta é a posição do Ml-nlstro Delfim Neto, que poderánão prevalecer, ao que admiti-ram, pois a decisão em torno damudança ou não da legislaçãosalarial será eminentementepolítica e tomada pessoalmen-

te pelo Presidente Figueiredo,depois de consultado o PDS,através de suas lideranças noCongresso Nacional.

Se eventualmente houveruma decisão presidencial favo-rável à reforma da Lei Salarial,ela terá que ser feita com oenvio de um projeto-de-lel doExecutivo no máximo até o dia15 de outubro, pois após esteprazo torna-se praticamenteimpossível votá-lo ainda esteano, mesmo que tramite em re-gime de urgência, que é de 40dias.

Os estudos em realização noMinistério do Trabalho tendema se fixar pela proposta de eli-minação do reajuste semestralautomático para o trabalhadorque percebe acima de 20 salá-

rios mínimos, o que alcançariaa classe média. Nesta faixa, deacordo com estes estudos, en-contram-se hoje 98,5% da mas-sa assalariada, detendo 89% darenda dos salários.

Contra esta opção, a sugestãoInicial do Ministério do Plane-jamento, já praticamente des-cartada, era da eliminação doreajuste semestral automáticopara quem percebe acima desete mínimos (Cr$ 29 mil 47), oque alcançaria cerca de 90% damassa assalariada, responsávelpor 65% da renda salarial,atualmente. Depois desta pro-posta, elaborada em fins de ju-lho, os estudos em torno damudança da lei passaram inte-gralmente à responsabilidadedo Ministério do Trabalho.

Datas de eleição na VW saem logoSão Paulo — Nesta segunda-

feira, a Volkswagem divulgaráos detalhes do calendário elei-toral para a escolha dos repre-sentantes dos empregados.Com a formalização das primei-~ras candidaturas,_serão conhe-cidas as instruções sobre pra-zos de inscrição dos nomes, nor-mas da campanha, datas daeleição, apuração, proclamaçàoe posse dos eleitos.

Nas três fábricas da empresa,em São Bernardo do Campo,São Paulo e Taubaté, com maisde 46 mil funcionários, serãoeleitos, no próximo mês de de-zembro, 23 representantes dos

empregados que terão madatode dois anos.

As três unidades terão, ao to-do, 12 áreas eleitorais, compos-tas de acordo com o número deempregados e a proximidadegeográfica de seus lugares.

12 áreas eleitorais, compostasde acordo com o número deempregados a . a proximidadegeográfica de seus lúgâres detrabalhos, assim distribuídos:oito em São Bernardo do Cam-po (sete para horistas e umapara mensalistas) duas em Tau-baté (uma para horistas e umapara mensalistas) e duas em

São Paulo (uma para horistas eoutra para mensalistas.)

E eleição poderá ter até 420candidatos nas suas três fábri-cas, consideradas como unida-des isoladas, com sistema auto-nomo de representação dos em-pregados. As candidaturas de-verão ser subscritas, cada uma,por 50 eleitores da respectivaárea, em formulário próprio.

São eleitores todos ós empré-"gados que, na data da votação,tenham 18 anos de idade com-pletos, com exceção dos esta-giários, daqueles que tenhammenos de três meses de serviço.

publicação de caráter informativo

Comunicamos que aSTOCK S. A.,

DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

BRANT RIBEIROSOCIEDADE CORRETORA DE CÂMBIO E TÍTULOS S.A.,

passam a operar em conjuntosob a denominação de

STOCK S.A.,nas praças

do Rio e São Paulo,nos seguintes endereços:

AV. ERASMO BRAGA, 277 - 7." andar - RJTels.: (021) 224-1577 e 244-1822

AV. PAULISTA, 1274 - 21." andar - S.P.Tel.: (011) 283-3711

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DEPARTAMENTO NACIONAL

DE ESTRADAS DE RODAGEM

TAXA RODOVIARIA ÚNICA - TRU

O DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM comunica aos senhoresproprietários de veículos, os novos telefones para informações relativas à Taxa RodoviáriaÚnica.

233-0395 - 233-9746Lembramos que este Departamento mantém postos para atendimento dos proprietários

de veículos que não receberam a guia, através dos correios, para pagamento da Taxa Rodo-viária Única - TRU nos seguintes locais:

HORÁRIO DE ATENDIMENTO: DAS9:00 ÀS 16:30Av. Presidente Antônio Carlos, 130 - CasteloRua do Passeio, 90 - LapaRua Adalberto Ferreira, 35 - LeblonAv. Francisco Bicalho, 250 - Santo CristoRua Nerval de Gouveia, 397 — Ca6caduraRua Cardoso de Morais, 261 — Bonsucesso

Posto do Touring ClubAutomóvel ClubDetran SulDetran EmplacamentoAutomóvel ClubPosto do Touring Club

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Os empresários que exploram aslinhas de ônibus do Grande Rio sãoradicalmente contrários à adoção doveículo Padron, que está sendo testa-do pela Empresa Brasileira deTransportes Urbanos (EBTU) e peloGEIPOT. Alegam que a compra domodelo — três vezes mais caro queum ônibus normal — levaria as em-presas à falência e provocaria umencarecimento insurpotável das pas-sagens para a população."Seria como obrigar que a frota detáxi, em sua maioria Volkswagens,fosse renovada com Landaus", obser-vou o presidente do Sindicato dasEmpresas de Ônibus do Rio, RezieriPavanelli, que concorda "em gênero,número e grau" com estudo feito pelaViação Auto Dinâmica, demostrandoque o Projeto Padron "fugiu à realida-de brasileira".

Padrão sueco

O ônibus Idealizado pela EBTU epelo GEIPOT é um veículo pesado ede acordo com o padrão europeu, con-forme os empresários tiveram ocasiãode atestar, ao serem convidados pelasautoridades de transportes para co-nhecerem os protótipos, em São Pau-lo. Estão em testes cinco protótipos:dois Volvos e dois Mercedes-Benz, en-carroçados pela Caio, de São Paulo, epala Mar-copolo,. da Rio Grande doSul; e um Scania-Vabis, encàrroçadòpela Ciferal, do Rio.

As singularidade do projeto é queele desfavorece a empresa que tem99% do mercado de chassi de ônibusurbanos no Brasil: a Mercedes. Pio-neira no setor e fabricante de chassique, na opinião dos empresários, es-tão mais adaptados às condições bra-sileiras, a Mercedes não possui em sualinha de produção nenhuma platafor-ma que atenda aos requisitos do Pro-jeto Padron, tanto que teve de impor-tar duas 0-35 da Alemanha para aten-der ao chamamento da EBTU/GEIPOT.

A vantagem está ao lado dos doisfabricantes de origem sueca: a Sca-nia-Vabis, tradicional no setor de ca-minhóes pesados, e a Volvo, recente-mente instalada em Curitiba e presl-dida pelo ex-Ministro Karlos Risch-bieter. Ambas estão em condições de

Proprietários de ônibus temem que

Padron torne passagem muito cara

ue exploram as \ CrS 150 mil. res]

O MERCADO DE ÔNIBUS(CHASSIS) 905o/00,3%

! 1,7% 4,3%S g 32% Saab§ Z ou^b Scania

O *Mercedes Bena^

preencher os requisitos do ProjetoPadron com sua linha normal de pro-dução.A pergunta que muitos empresá-

rios fazem é se o Projeto não seriauma forma de viabilizar os investi-mentos feitos pelo grupo Volvo noBrasil, ao garantir-lhe uma fatia subs-tancial do mercado dos ônibus urba-nos e evitar assim uma competiçãodireta com a co-irmã sueca Scania nosetor de caminhões pesados. A longoprazo, Isso significaria também uma• ameaça, ao virtual monopólio exerci-do pela Mercedes no "mercado dechassis para ônibus urbanos.

Despadronização

Francisco Ribeiro Mendes, diretorda Viação Auto Dinâmica (linhas 497e 362, no Rio), e José Lopes de Aguiar,superintendente comercial da Caio noEstado do Rio, concordam em que oProjeto Padron representa um grandeavanço tecnológico, mas consideram-no inviável.

Mendes lembra que, como 99% dosônibus urbanos são Mercedes, o Pa-dron viria na verdade despadronizar afrota, com ônus elevados para as em-presas, que teriam de reformular seussistemas de almoxarifado e manuten-çáo, convivendo com duas mecânicasinteiramente diferentes (a Mercedes e

a Volvo, ou Scania). Sem falar nopreço Inicial de um ônibus Padron,calculado em cerca de CrS 6 milhões,contra os CrS 2 milhões que custaatualmente o modelo normal.

Do ponto-de-vista de encarroça-dor, o Padron tem várias Inovaçõesinteressantes, conforme aponta aCaio, como portas mais largas e comdispositivo de bloqueio, impedindoque o veiculo se movimente quandoestiverem abertas; sistema de ventila-çáo elétrico, com capacidade para re-novar 60 metros cúbicos por minuto;•bancos mais amplos; suspensão a ar,propiciando maior conforto; melhorisolamento acústico e térmico.

Os empresários, contudo, contes-tam todos esses pontos. Mendes, daDinâmica, garante que as portas maislargas e a roleta no meio do veículo(como no Padron) são o caminho na-tural para a evasão da receita. Odesconforto das atuais portas estrei-tas e da roleta apertada não é umafalha do projeto das carrocarias na-cionais, exportadas já para a AméricaLatina, África e Oriente Médio, masdetalhes exigidos pelos empresários.para impedir que os passageiros des-çam pela porta de trás, sem pagar apassagem, ou pulem a roleta.

Os sistemas de bloqueio e ventila-çáo. segundo o estudo da Dinâmica,encarecem o veiculo em Cr$ 300 mil e

CrS 150 mil. respectivamente ia pre-ços de maio; de la para ca. as carroca-rias subiram 96rV I. Ainda assim. Men-des acha que vale a pena utilizar osistema de bloqueio, para acostumaro usuário a não se expor ou a superlo-tar o ônibus.

Mendes acha a suspensão a ar doPadron incompatível com o estadodas ruas do Rio, lembrando que umadas linhas que a Dinâmica exploraainda roda sobre terra, em HonórioGurgel. E considera contraditório queo Padron. que transporta 100 passa-geiros, leve apenas 34 sentados.

Mais combustível

Outro ponto levantado pelos em-presários è o da economia de combus-tível. O estudo da Dinâmica, endossa-do pelo Sindicato, afirma que o motordiesel turbocomprimido de 240 H.P.do Padron — necessário para impul-sionar um veículo mais pesado — es-barbaria combustível. "O ônibus nor-mal", continua o estudo, "usa comsucesso um motor de apenas 145H.P.". Mendes acrescenta que o mo-tor turbocomprimido só apresentabom desempenho a velocidades cons-tantes acima de 80 quilômetros hora.Com o pára e anda do trânsito pesadodas cidades brasileiras, ele não pode-ria aproveitar todo o potencial e gas-taria mais combustível."O sistema Padron seria a ruínadas empresas", afirma FranciscoMendes, argumentando que os 5 ml-ihôes 500 mil passageiros transporta-dos diariamente pela frota de 6 milônibus do Rio sâo o mesmo numeroregistrado em 1970, o que significariauma perda de mercado diante dastarifas mais baixas dos trens subur-banos.

Para Mendes, o Padron só poderiaser adotado se o Governo subsidiassetanto a compra do veículo como parteda tarifa, pois um aumento da passa-gem significaria a fuga de um novocontingente de usuários. Ele exempli-fica com o sistema de ônibus frescócs,no Rio, em que só conseguiram sobre-viver as empresas que operam linhasnos bairros de maior poder aquisitivo,como a Zona Sul, Tijuca e Jacaré-paguá.

Testes avaliam conforto e segurança

Brasília — A partir do próximoano, as empresas concessionárias doserviço de transporte coletivo urbano,em todo o território nacional, só pode-rão utilizar veículos dentro das carac-teristicas do Projeto Padron, cujosprotótipos, em testes, foram financia-dos pela Empresa Brasileira de Trans-portes Urbanos — EBTU.O ônibus padronizado, segundoos técnicos do Geipot — apresentauma série de modificações técnicas ede design industriai e será fabricadovisando, particularmente, o confortoe a segurança do usuário, a minimiza-çáo do custo de fabricação e a racio-nalização do consumo de combustí-veis.

Para os técnicos da EBTU, a Idéiado Projeto Padron é reorientar a poli-tica de fabricação de ônibus paratransporte urbano no pais. "Tivemosque demonstrar ao fabricante que eletinha que mudar, porque essa mudan-ça significava vantagens para ele epara os serviços, beneficiando sobre-maneira o usuário".Assim, esse projeto está voltadopara estabelecer uma ordem no setor,pois comprovou-se durante os trêsanos de estudo e pesquisas a ausênciade uma regulamentação definindo asespecificações do veículo, cuja conse-qúència foi a proliferação de modelosinadequados e ainda o aparecimento,no mercado, de fabricantes improvi-sados. No início da década de 70 haviano pais mais de 30 fábricas de ônibus,produzindo mais de uma centena demodelos.

Em suas conclusões, afirmaramque o ônibus urbano no Brasil não

Degraus baixos, portas duplas e assentos largos sãoalgumas das vantagens do novo ônibus urbano Padron

aproveitava nem os recursos técnicose nem a capacidade industrial dopaís, mostrando-se como um produtode qualidade inferior, e mantendo ca-racterístlcas já ultrapassadas na Eu-ropa há mais de 30 anos.

Entre as vantagens das modifica-çóes apresentadas no Projeto Padrondestacam-se a uniformização da lar-gura do veículo, do seu comprimentoe altura, degraus mais baixos — fácilacesso — maior ventilação interna,maior durabilidade, maior segurança,portas de entrada e saída duplas,maior visibilidade nas janelas e para-brisas, melhor iluminação, assentosresistentes e confortáveis, e motoresmais potentes.

— Dentro da nova ordem no setor— disseram os técnicos — na fabrica-ção do ônibus do Projeto Padron se-rão utilizadas especificações técnicasdefinidas, como também uso de mate-riais. No caso do revestimento internoserão utilizados novas ligas metálicase materiais não lnflamáveis. O Proje-to Padron não se descuidou, também,do conforto e segurança do motoristae do cobrador.

Os cinco protótipos do Projeto Pa-dron, em testes já realizados em SãoPaulo e em realização no Rio de Ja-neiro, Porto Alegre, Curitiba e BeloHorizonte, apresentam as seguintescaracterísticas técnicas e especifica-çóes de desempenhos resultantes da

Mataripe (BA)/Foío da Gildo Lima

Incorporação, pela primeira vez noBrasil, de alguns equipamentos emônibus urbanos: pneus radiais, sus-pensão pneumática, com regulagemautomática de nível; motor de potèn-cia adequada ao serviço urbano;emissão de gases e nível de ruídoreduzidos; transmissão automática;três sistemas de freios independentes;direção hidráulica e renovação força-da do ar. Pára-brisas anti-reflexos,lavadores e desembaciadores de pára-brisas, e portas com dispositivos desegurança.

Em Sâo Paulo, o gerente do Depar-tamento de Vendas da Saab-Scanla,Roberto Cury, explicou que as fábri-cas não podem ainda determinar ocusto de produção, pois nâo sabem ovalor das encomendas. Ele aponta,como uma das vantagens do ônibusda empresa, "o motor traseiro trans-versai e os controles dianteiros, defácil manutenção, além de ruídos nafaixa de 77 decibéls, o que é pouco enão faz mal à saúde".

A diferença entre a Saab-Scanla,Volvo e Mercedes, explicou, está noscomponentes que. utilizam: as duasúltimas usam transmissão automâti-ca da Allsson, por exemplo, enquantoa Saab fabrica a sua.

A Volvo, com carrocerlas Caio eMarcopolo — como a Mercedes —destaca o uso do motor sob o piso,"que provoca um equilíbrio perfeito,com o ônibus lotado ou não", e tam-bém o menor nível de ruído. A turboa-limentaçáo traz, como vantagens, au-mento de potência do motor e maioreconomia de combustível.

refinaria Landulfo Alves foi a primeira empresa onde no Brasil foi aplicada a co-gestão

Mataripe faz 30 anos tendo

Camaçari como seu mercado

Geisel em

Alagoas

abre usinaMaceió — O ex-Presidente

Ernesto Geisel inaugura hojea destilaria de álcool de Ro-teiro e recebe, na segunda-feira, a medalha do MéritoIndustrial, conferida pela Fe-deração das Indústrias deAlagoas. Acompanhado desua esposa, D Lucy Geisel. elechegou ontem, procedente deRecife, sendo recepcionadono Aeroporto dos Palmarespelo Governador GuilhermePalmeira, todos os secreta-rios de Estado e políticos lo-cais.

Na sua gestão, em 1977, oprojeto da destilaria de Ro-teiro foi aprovado, com valorde CrS 500 milhões, repassa-dos pelo Banco do Brasil. O

Salvador — Pioneira em processa-mento de petroleo no pais e instaladaantes mesmo da constituição da Petro-brás, a Refinaria Landulfo Alves, em Ma-taripe, comemorou discretamente, estasemana. 30 anos de atividade no Recôn-cavo Baiano, mas apresentando pelo me-nos uma grande modificação: deixou deser basicamente exportadora para, coma instalação do pólo petroquímico deCamaçari, passar a contar com seu pró-prio mercado local.

Construída sob a tutela do CNP em1950 com a denominação de RefinariaNacional de Petróleo, Mataripe tambémmodificou a sua palavra de ordem: demaximizar a produção até a crise de1973, o slogan passou a ser otimizar aprodução, "para tirar de cada gota de., rintrrSlnn r» mqvjrpn nnSSÍVPl P ter Uma

(novembro de 1960) e onde também seaplicou, pela primeira vez, a co-gestão nopaís.

Ampliação

estrutura de produção adequada a eSuttura de mercado", segundo o atual supe-rintendente da refinaria. Normélio Mou-ra da Costa.

Alem do pioneirismo no refino de pe-tróleo no Brasil, a Refinaria LandulfoAlves comemorou também nos seus 30anos de funcionamento a implantação deum marco no que se refere a reivindica-çóes trabalhistas: foi o primeiro localonde se fez uma greve de petroleiros

Localizada a 56 quilômetros de Salva-dor. a refinaria de Mataripe passou dos 2mil 500 barris diários de petróleo queprocessava, na epóca da sua inaugura-ção. para mais de 130 mil. hoje. nas 25unidades em funcionamento. Tem, tam-bém, mais duas unidades em fase deestudo e projeto — uma destinada àprodução .de "n-parafinas" e outra dedesoleificaçào a MEK e tolueno — eoutra que começou a funcionar em julho,inaugurada simbolicamente como partedas comemorações, que aumentara em¦ lubrificantes básicosda refinaria.

Alem dessa inauguração simbólica edas duas outras em fase de estudo eprojeto, não ha. pelo menos por enquan-to. nenhuma outra perspectiva de am-pliaçao da refinaria de Mataripe. Issoporem, segundo o superintendente, vaidepender ainda da própria atividade deprodução do polo petroquímico de Ca-maçari, uma vez que "se o polo apresenta

um décimo do crescimento que a refina-ria apresentou nesses 30 anos, isso deve-rã implicar a necessidade de aumentar-mos o nosso fornecimento de matéria-prima, para eles, pelo menos cincovezes."

Embora mais antiga do país. a Refina-ria Landulfo Alves é a segunda em porteindustrial e linha de produção, somentesuperada pela Duque de Caxias, no Riode Janeiro, mas à frente de 10 outras quea Petrobras mantém em diversos Esta-dos do pais. Possui, hoje. cerca de 2 mil500 empregados e os campos petrolíferosda Bahia ainda são o seu maior fornece-dor de matéria-prima.

Além de situar-se. hoje. como a segun-da do pais. Landulfo Alves é consideradapor seu superintendente como de muitaimportância, principalmente porque.Duque de Caxias, é a únicaque produz oieo lubnücaine oa^iCu. ¦.produto, por sinal, é um dos que sâoexportados pela refinaria baiana para oexterior e que já proporcionou até agorauma receita de divisas de 33 milhões dedólares prevendo-se que. ate o final doano. chegue-se aos 60 milhões de dólares,cifra recorde, segundo o Sr NormélioMoura da Costa.

^General "Geisel visitou on-tem. as 15h, a Salgema Indús-trias Químicas de Alagoas,viabilizada no seu Governo,quando autorizou a implan-taçáo no Estado do Pólo Cio-ro-Químico, hoje Álcool-Químico para beneficlamen-to da soda cáustica, cloro, di-cloretano, hidrogênio e etenodo álcool.

Roteiro é o menor Municí-pio de Alagoas. Fica a 90 kmde Maceió, tem 7 mil habitan-tes e uma arrecadação reduzi-da de CrS 70 mil. Com a im-plantação do Proálcool e acomprovação da riqueza desuas terras — 11 mil hectaresplantados com cana — desen-volveu-se o projeto da destil*ria autônoma, pertencente aoSr Nivaldo Jatobá.

A destilaria vai produzir180 mil litros de álcool por¦ ri-- T--VT rip 9CV milhões rlplitros por ano. e é apontadacomo a "redenção econômicado Município", cuja Prefeitu-ra, recentemente, fez um ape-lo inusitado ao GovernadorGuilherme Palmeira: ajudapara comprar combustível

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»JORNAL DO BRASIL domingo, 21/9/80 O Io Coderno ECONOMIA — 35

Dívida do Governo com indústria cresce 44,6% em 60 diasMão-de-obranão crescena indústria

São Paulo — O mercado detrabalho na indústria brasi-leira de bens de produção me-cânicos, que até junho vinhacrescendo, manteve-se prati-camente inalterado de junhopara julho, segundo levanta-mento da Associação Brasi-leira da Indústria de Máqui-nas (Abimaq). Apesar dessaparalisação, os indicadoresda Abimaq registram umaampliação de 4,5% em rela-ção a julho do ano passado ede 4% de janeiro a julho desteano, em comparação comigual período de 1979.

As vendas do setor de bensde produção mecânicos se ex-pandiram, em termos reais,13,7% em relação a julho e18,2% em comparação com osprimeiros sete meses do anopassado. O crescimento no-minai foi de, respectivamen-te, 107,3% e 99,7%.

CRESCIMENTOS

Os índices subsetoriais daAbimaq para o período janei-ro/julho 1980/79 registraram aseguinte evolução: máquinase implementos agrícolas,124,3%; máquinas e ferra-mentas, 117,8%; máquinas eacessórios têxteis, 97,4%; me-cânica pesada, 70,9%.

A produtividade média dosetor de bens de produçãomecânicos teve uma elevaçãode 6,4% em julho e de 3% nossete primeiros meses desteano, em relação a iguais pe-riodos do ano passado. Fo-ram utilizados, em média,80,1% da capacidade indus-trial do setor, que trabalhou,portanto, com quase 20% deociosidade de janeiro a julho.

As perspectivas do setor es-te ano apresentam-se melho-res do que no ano passado,pois teve no períodojaneiro/julho encomendas su-ficientes para lhe assegurar31,1 semanas de atividades.No ano passado, períodojaneiro/julho, esse indicadorestava em 28,4 semanas.

Discnminai;ÕOVariação80/79%

Emprego total 4,0Horas trab. na produção -1,1Saláno nommol 82,0Sotóriodeflocionodo(l) 0,2Cons en.elét. produção 21,2Prod. induslrial(2) 3.0Vendas nominais 99,7Vendas deflaoonados (3) 18,2Fonte — Abimoq-Sinrjirnoq — APE/SF.

São Paulo — Após o anúncio público, há 45 dias, dapreocupação do Presidente da República com a dívida dasempresas estatais para com o setor privado industrial,verificou-se uma elevação de 44,6% no total desta divida,que há 60 dias era de CrS 15 bilhões e passou para CrS 21bilhões 778 milhões. Somente para os setores de fomecimen-to de equipamentos elétricos e de telecomunicações, aelevação de equipamentos elétricos e de telecomunicações,a elevação da dívida foi de 357c, segundo estudo realizadopela Associação Brasileira da Indústria Eletro-Eletrónica(Abinee).

Nesta semana, a diretoria da ABDIB (Associação Brasi-leira para o Desenvolvimento das Indústrias de Basei deve-rá encontrar-se com o Ministro do Planejamento, DelfimNeto, para apresentar-lhe um amplo documento sobre oendividamento das empresas públicas. O estudo foi feitocom pouco mais de 1/3 dos 119 associados da entidade, alémde outros dois documentos sobre os cortes nos orçamentosde investimentos do Governo e as necessidades de mecanis-mos para facilitar as exportações de bens de capital.

Atrasos aumentam

Uma estimativa feita pela Associação Brasileira deEmpresas de Engenharia Industrial lAbemi) dá conta deque a divida das estatais para com o setor já sáo superiores aCr$ 10 bilhões, contra os Cr$ 5 bilhões de dezembro último.Os empresários estão preocupados, pois com a falta decrédito no mercado interno, devido à escassez de recursos, eà falta de encomendas, o não pagamento de serviços forneci-dos descapitaliza por completo as empresas.

A média dos atrasos de 30 dias subiu para mais de 60dias, segundo estudo desenvolvido pela ABDIB. Entre asempresas devedoras estào a Chesf, a Nuclebrás, o Metropoli-tano do Rio de Janeiro, a Companhia de Energia Elétrica(CEE) do Rio Grande do Sul e outras. Estas empresas sãoapontadas também nos estudos desenvolvidos pela Abinee.A Telebrás e suas empresas também sâo grandes devedorasno setor de telecomunicações.

O estudo da Abinee, considerado um dos mais corretospelas outras entidades empresariais, mostra que a divida dosetor elétrico era de Cr$ 1,3 bilhão em 31.de maio, crescendopára Cr$ 1,6 bilháò èm'31 de agosto, com aumento de 26%; ado setor de telecomunicações saiu de Cr$ 387 milhões paraCr$ 640 milhões, no mesmo período (mais 65%). Se o totalsomava Cr$ 1,6 bilhão no final de maio, chegou a CrS 2,2bilhões em 31 de agosto, revelando um aumento de 35%.

O levantamento da Abinee é feito cada três meses eenvolve um universo de empresas das mais importantes decada setor. Na última pesquisa, foram ouvidas mais de 50empresas, no total.

O levantamento da ADBID, que leva em conta o setor debens de capital sob encomenda, também ouviu mais de 1/3dos associados de entidade, e o total da divida atingiu a CrS9 bilhões 500 milhões. Os empresários presentes na reunião,na última quinta-feira, se mostravam preocupados com asituação e as poucas perspectivas de pagamento por partedo Governo. Nào se fala em receber a dívida com juros ecorreção monetária, mas simplesmente de receber o que oGoverno deve.

Diziam ainda os empresários que o Presidente da Repú-blica solicitou ao Ministério do Planejamento a colocação* das dívidas no orçamento do próximo ano, para saldá-las,mas que se o endividamento continuar aumentando, nâohaverá dinheiro suficiente para liquidar as dívidas.

Preocupação das estatais

Por determinação do Ministério do Planejamento, opassivo circulante das empresas estatais, a cada mès, nãopode superar em valor cruzeiros o mesmo passivo existenteem 31 de dezembro último, corrigido pela variação dasObrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional. Isto estásendo controlado rigidamente pela Secretaria Especial deControle das Estatais do Ministério do Planejamento(SEST).

Por isto muitas empresas estatais; tanto da área daEletrobrás quanto da Telebrás, apesar de terem assinadoscontratos de compra de determinados equipamentos, estàose recusando a recebè-los, para não comprometer o passivocirculante.

Algumas destas encomendas foram feitas no exterior, e,no caso da Eletrobrás, foram alugados galpões para guarda-los e esperar a ocasião de trazè-los para o pais. O pagamentode aluguel de galpões ou armazéns está sendo feito atravésdo artificio do contrato de manutenção e outros meios.

Indústria veta TV-padrão do MICMilton F. da Rocha Filho

São Paulo — Um ano após o Minis-tério da Indústria e do Comércio teranunciado o desejo de padronizardiversos produtos industriais, os fa-bricantes de televisores a cores dopais, em documento assinado por to-dos eles, se manifestam contrários aidéia, "pois neste mercado, a concor-rência é a alma do negócio e a tecno-logia evolui a cada instante, provo-cando transformações notáveis nosaparelhos". O documento foi encami-nhado ao Conselho de Desenvolvi-mento Industrial iCDl) pela Associa-çáo Brasileira da Indústria Eletro-Eletrônica lAbinee).

Apesar da manifestação do empre-sariado, o Governo continua com aidéia de padronização dos televiso-res, e os empresários contrapõem,afirmando que "as autoridades deve-riam buscar primeiro a normalizaçãono setor de parafusos. Hoje existem400 mil tipos diferentes de parafusos,por que não diminuir esta quantida-de?" Os empresários entendem que oGoverno confunde padronização comnormalização, que pode ocorrer comalguns componentes, mas nunca apadronização final de um produto. Osúnicos países que tèm um so tipo detelevisão padronizada, sào a Rússia ea Polônia, que nada tèm a ver com ocapitalismo ocidental.

O que o Governo querO Governo deseja que osfabrican-

tes de televisores a cores, se limitem aprodução de aparelhos de 14, 20 e 26polegadas. Essa definição do Gover-no foi feita em cima de estatísticas devendas de televisores, que indicaramserem estes os tamanhos preferidosdo público. A estatística feita peloGoverno náo é atual, pois os televiso-res de 16 polegadas tèm apresentado

uma evolução de 186r« fias vendas de i1977 a 1979. Este tipo não está inclui-do nos estudos de padronização doGoverno.

Nos últimos 20 dias. o CDI voltou aapurar junto aos fabricantes de tele-visores, quais os tamanhos preferidospelo mercado e as tendências para ospróximos três anos. Os empresáriosfabricantes de televisores se manifes-taram logo após terem conhecimentodo plano do Governo, no sentido deque participassem dos estudos. Pro-porão até a formação de uma co-missão.

Reuniões foram realizadas com osecretário-geral do CDI, Getúlio La-martine, e nada ficou definido, com ainiciativa privada sabendo dos estu-dos realizados pelo Governo deformasub-reptícia. Os estudos também pas-saram a ser realizados pelo InstitutoNacional de Meteorologia, órgão doGoverno.

A principal alegação dos empresa-rios é que uma padronização no ta-manko dos aparelhos retiraria a ca-racteristica essencial do capitalismo,que é a concorrência entre marcas.Os fabricantes de televisores ultima-mente estão investindo grandes so-mas na publicidade de seus produtos:um quer oferecer uma novidademaior do que a do outro. A tecnologiaevolui a cada instante. Por exemplo,a Telefunken tem como sucesso nomercado seu lançamento de setem-bro, o televisor de 14 polegadas acores com controle remoto: a Sharptem novidades: a Semp-Toshibaidem. A disputa pelo mercado e muitoacirrada.

O que os empresáriosdesejam

Os empresários entendem que apadronização è nociva a livre iniciati-

va e com ela a procura dé uma novi-dade. uma melhoria tecnológica se-riam esmagadas. Lembram que a par-tir de 1952 quando se começou a pro-duzir televisores no país, se chegou ater oito tamanhos de aparelhos bran-co e preto.

Hoje o próprio mercado reduziu deoito para quatro os tamanhos de tele-visores branco e preto, sem a necessi-dade de padronização. O país comer-cializará, em 1980, cerca de 1 milhão700 mil televisores branco e preto, oque significa um crescimento de 12%sobre o ano passado. Aliás, o merca-do de televisores, segundo estimativada Abinee tem a tendência de crescerna media de 10% a 12% ao ano. Tele-visores a cores crescerão, entretanto.20% devido às vendas de 250 a 300 milunidades aos argentinos.

O documento é assinado náo sópelo presidente da Abinee, Sr FirminoRocha de Freitas, mas também pelaSemp-Toshiba, Sharp, Sanyo, Tele-funken, Phüco, Philips: pelos fabri-cantes de cinescopios, a Ibrape e aRCA Victor: e o fabricante de vidrospara cinescopios, a Vidros Corningdo Brasil.

Desistências

Durante toda esta discussão, quese transformou num monólogo, pois oGoverno não abriu ainda o diálogocom os empresários do setor, o fabri-cante de vidros Corning se manifes-tou contrário à expansão das suasatividades no país, pois nào seriainteressante produzir um único tipode vidro, ou apenas alguns tipos devidros para cinescopios: a GTE dei-xou de se interessar pela implanta-ção de uma nova fábrica de cinescó-

pios. pois os incentivos somente se-riam concedidos caso se partisse pa-ra uma padronização.

Também com ttma determinaçãode padronização, a Zona Franca deManaus seria afetada. Atualmenteela importa os cinescopios que neces-sita e que o mercado interno náo podesuprir. Sáo produzidos internamentepouco mais de 550 mil cinescopiosi Ibrape e RCA Victor).

A Zona Franca de Manaus produ-zirá. este ano, 1 milhão 150 mil televi-sores a cores. O restante da produ-çào, mais de 150 mil unidades, ficapor lesponsabilidade das fábricasinstaladas no Sul do pais. Os cinescó-pios têm índice de nacionalização de60 a 90%. com o seu canhão traseiro,que da as cores, sendo importadoainda. A Zona Franca devera produ-zir em 1981,1 milhão 380 mil televiso-res a cores: em 1982. 1 milhão 600 milunidades.

O que os empresários defendem é aliberdade para buscar o desenvolvi-mento de tecnologia no pais. com umapadronização, o que se torna diftcil.Lembram que em 1972, quando secomeçou a produzir televisores a co-res no pais, foram fabricados 68 milunidades. Com a entrada das fabri-cas na Zona Franca, o total foi eleva-'dopara

560 mil unidades: e em 1979,se chegou a 1 milhão 100~~mil uni-dades.

No momento, os empresários dosetor de produção de televisores acores esperam ser convocados peloGoverno para um debate franco eaberto, para que se encontre umasolução para o problema: afinal datese da padronização, e que se busquea normalização de algumas peças,sem se prejudicar o desenvolvimentotecnológico de cada fabrica.

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EDITAL DE CONVOCAÇÃOO DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS DO BANCONACIONAL DA HABITAÇÃO, situado na Avenida República do Chile,230 — Rio de Janeiro, convoca os candidatos abaixo relacionados,aprovados no Concurso Publico para Auxiliar Administrativo, paracomparecerem à Divisão de Admissão de Pessoal, instalado no 6oandar, sala 08 do endereço acima mencionado, no prazo de 10 (dez)dias, a contar da data de publicação deste edital, sob pena de seremconsiderados desistentes para admissão no referido cargo.

BERALDO CUNHA NETOCLELIA MARIA BATISTA E SILVAELIANE SOARES BETIM PAES LEMEJAQUELINE MENDES LOPESMÁRCIO JORGE CURIROBERTO SILVA MUNIZ DE MELLOROSINALDA AGOSTINHO GOMESSÔNIA MOREIRA SARMENTO RIBEIROYARA LÚCIA AYRES MUGNAINI

DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS

MINISTÉRIO DA FAZENDA

DELEGACIA NO ESTADODO RIO DE JANEIRO

CONCORRÊNCIA n° 2/80EDITAL

EDITAL de Concorrência n(; 02 80, para_çQnü3taçãerdepessoa jurídica para Prestação-de'S&rvíçòTde Vigilância em

-prédros~o"cüpãdos por órgãos do Ministério da Fazenda noEstado do R;o de Janeiro.

A Comissão Permanente de Licitações da Delegacia doMinistério da Fazenda no Rio de Janeiro, designada pelaportaria ir' DMF-RJ 051, de 19.5 80 (BP de 23.5.80) devida-mente autorizada pelo Senhor Delegado, fará realizar, no dia23 de outubro de 1980, às 11 horas, a presente Concorrèn-cia, cuja documentação e propostas deverão ser encaminha-das à sala 1311 — 13° andar do Edificio-Sede do Ministérioda Fazenda, no Rio de Janeiro, na forma do Decreto-lei n°200 67, Art 126, "capui", e de acordo com a Norma deExecução n° 07 77 do DM-DA MF, e consoante as condiçõese cláusulas discriminadas no respectivo Edital.

Os interessados deverão procurar cópia do citado EDI-TAL na saia 1311, das 14 às 17 horas, diariamente, ondepoderão obter maiores informações.

Rio de Janeiro, RJ, 19 de setembro de 1980lass.) Fernando Gil Vtercnile

Presidente aa CPL — DIVAD—DMF—RJ.(P

TURISMO CX? O.ojT/iP/r/iL FEIRA ..CADERNO ~

do combate às pragas, da colheita, da comercIaMzaçãaCom seus 8,5 milhões de quilômetros quadrados, o Brasil é um

país que tem na terra as mais fortes razões pára encararcom otimismo o desafio do futuro. E o Credireal participa desse

otimismo, sempre presente ao lado do grande responsável* pelo futuro danação; o produtor rural.

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36 ECONOMIA JORNAL DO BRASIL domingo, 21/9/80 Coderno

Informe Econômico

A procura de um índice

Os dirigentes financeiros das empresasbrasileiras continuam atônitos com a gran-de discrepância entre os diversos índiceseconômicos que utilizam para projetar avida econômico-financeira das empresasque dirigem.

Nos últimos 12 meses encerrados emjulho, por exemplo, a inflação, medida peloíndice geral de preços-disponibilidade in-terna, chegou a 106,87%, com alta de 52,26%de janeiro a julho deste ano.

A variação das ORTNs, que reajustacontratos de aluguel e débitos com correçãomonetária, além dos itens do passivo eativo das empresas, foi de 55,06% nos 12meses findos em julho; e o aumento acumu-lado este ano era de 29,05%. A UPC, quereajusta as aplicações em cadernetas depoupança e contratos habitacionais, tam-oém variava os mesmos 55,06% da ORTNem 12 meses e 41,07% de janeiro a julho.

Já os preços por atacado, medidos peloIPA — disponibilidade interna, que servemde parâmetro para aquilatar o aumentodos insumos utilizados pelas indústrias, su-biram nada menos que 118,7% nos 12 mesesterminados em julho, com alta acumuladano ano de 57,8%.

Como se não bastasse, o índice de custo-áet-construeâo civil no Rio subm~9&,9% cie-julho de 1979 a julho de 1980, com acréscimode 57,6% este ano. E o índice de preços dosprodutos agrícolas, nos 12 meses encerra-dos em junho, evoluíram 98,81%, contra48,83% de dezembro de 1979 a junho de1980.

Essa salada estatística para a mediçãodos fatores de custo de produção e dereajustes do passivo, é acrescida do INPCíndice nacional de preços ao consumidor,que reajusta os salários: aumentou 38,35%desde sua criação, em novembro, e 30,50%de janeiro a julho.

Assim, fica impossível avaliar o resulta-do econômico ou financeiro de qualquernegócio ou investimento. Como também ficaimpossível a projeção dos custos futuros naimplantação de um projeto, pois não existeum índice — único e indiscutível — nacionalde inflação.

¦ ¦ ¦

É evidente que a simples eleição de umíndice oficial para uniformizar o cálculoeconômico seria hoje inviável, porque ai-guns índices constituem base de correçãooficial, como é o caso da ORTN, vinculadaao movimento da dívida pública.

Entretanto, seria perfeitamente lógicaa criação de um só índice — o mais signifi-cativo — com legislação de apoio que indi-casse percentagens de elevação ou diminui-ção para a base oficial de correções.

Por exemplo, se o índice oficial fosse oINPC e os títulos de dívida pública necessi-' tossem de correção superior em 20%, essalegislação indicaria, para tais títulos, oíndice oficial (INPC) mais 20%.

A criação de um índice único seriabenvindo, porque todos os índices atuaisvariam no espaço, ganhando números re-gionais, o que multiplica a base por valoresque vão de 5 a 20, deixando todos per-plexos.

Fusão automobilística

O Primeiro-Ministro da Itália, Francês-co Cossiga, deu ontem sinal verde para oprojeto de associação entre as empresasautomobilísticas Alfa Romeo (italiana) eNissan (japonesa). O controvertido planoprevê uma produção conjunta de 60 milveículos por ano, em média.

A decisão de Cossiga foi política, umavez que o próprio Governo estava divididoem relação ao projeto. O principal argu-mento a favor da associação foi o fato deque, assim, se criam novas oportunidadesde trabalho. Os adversários, porém, tememuma redobrada investida japonesa no mer-cado automobilístico europeu.

Álcool sobe

O preço do álcool deverá ser reajustadopara o produtor. Membros da ComissãoNacional de Energia informaram ontemque os estudos já estão caminhando.

Para um dos empresários que fazemparte da Comissão Nacional de Energia, éimportante o estímulo do preço no caso doálcool, "e o Governo está entendendo asituação'.

Ouro às toneladas

Amanhã, o garimpo de Serra Peladaatinge a retirada de 2 toneladas de ouronum mês. A meta é chegar a 3 toneladasmensais de extração de ouro em outubro ounovembro. Todo o ouro extraído está sendoincorporada à reserva nacional, através dacompra da Caixa Econômica Federal.

A iniciativa privada está preocupada,pois a infra-estrutura que está sendo criadaem Serra Pelada poderá ser levada paraoutros pontos do país. Já nasceria a Ouro-brás. Os empresários que negociam comouro estão realmente preocupados com asombra da Ourobrás, várias vezes desmen-tida pelo Governo federal.

Metanol no caminhão

A Escola de Engenharia Mauá, de SãoPaulo, desenvolveu um caminhão movido ametanol de madeira. O veículo será apre-,sentado num próximo simpósio sobre ener-gia no Guarujá.

O professor Eduardo Sabino de Olivei-ra, que conduz o programa da CESP de¦produção de metanol: disse que á usina ãe~

Ínodução de metanol de Jupiá ficará pron-

a em 11 meses. Por enquanto, só funciona ausina-piloto de Rio Claro.

Petrobrás recusa-sea mudar risco queassinou com o IPT

0 Brasil joga em Londres o futuro docafé, seu maior produto de exportação

Brasília — A Petrobrás recu-sou recentemente proposta daPaulipetro (Consórcio IPT-CESP formado para a prospec-çâo de petróleo 1 para modificara forma dos contratos de risco,substituindo os contratos indi-viduais — um para cada bloco— por um contrato geral,abrangendo os 17 blocos que oconsórcio detém.

O principal interesse da Pau-lipetro, defendido em carta en-viada à Petrobrás e ao Ministrodas Minas e Energia César Caispelo Secretário de Indústria eComércio de São Paulo. Sr Os-valdo Palma, era modificar ocritério da remuneração dos in-vestimentos em caso de desço-berta de petróleo ou gás. A Pau-lipetro queria que a remunera-çào fosse feita a partir da pri-meira descoberta de petróleoou gás em toda a área abrangi-da, independente do bloco emque ocorre a descoberta.

AMPLA LIBERDADEEm parecer elaborado para

rejeitar a proposta do con-sórcio paulista, o superin-tendente de exploração da Pe-trobrás, Sr Lauro Vieira, afirmaque caso a fórmula fosse aceita"os contratos de risco se torna-riam uma concessão disfarça-

—da,-inadmi.ssíveis pela legisla-ção, inconvenientes sob todosos aspectos para a Petrobrás,para o país e politicamente de-sastroso para o Governo".

Caso a proposta fosse aceita,a Paulipetro teria ampla liber-dade de prospecçáo, sem perdados blocos onde não fizesse des-

cobertas comerciais, podendofurar sem critério nenhum, atéque finalmente encontrasseóleo ou gás. Só então seriamfeitos os cálculos dos investi-mentos do consórcio e a produ-ção líquida do poço teria quearcar com a remuneração detodos os gastos que a Paulipe-tro tivesse feito até aquele mo-mento.

Pondera também o parecerda Petrobrás que a Paulipetrojá foi bastante privilegiada emseus contratos, pelos seguintesmotivos: obteve, de uma só vez,17 blocos com opçào para ou-tros 10; a remuneração dos in-vestimentos é uma das maisabrangentes e generosas domundo; o consórcio terá umaremuneração de 50%, enquantoalguns dos contratos firmadoscom empresas estrangeiras têmuma remuneração entre 20 e25<7r. O Sr Lauro Vieira ponderatambém que caso a Petrobrásaceitasse a proposta da Pauli-petro, a estatal é que passaria aser uma empresa de prestaçãode serviços às companhias con-tratadas.

Diz também que, pela fórmu-Ia proposta pelo consórcio pau-lista, o risco na prospecçáo se-ria consideravelmente reduzi-.do, deixando assim os contra-tos de conter sua característicaprincipal — que é, justamente,o risco do empreendimento —poupando à Petrobrás investi-mentos na prospecçáo. A pro-posta da Paulipetro será anali-sada ainda pelo Ministro dasMinas e Energia, a quem caberádar uma resposta ao Sr Osval-do Palma.

TURISMO -^aQUARTA-FEIRA CADERNO B JORNAL DO BRASIL

Em Londres, na reunião da OIC — Organi-zação Internacional do Café —joga-se o futu-ro do principal produto brasileiro de exporta-ção, no momento em que o Governo se esforçapara arrancar um superávit na balança co-mercial, em 1981, capaz de aliviar a pressão dadivida externa. E o presidente do IBC, Octá-vio Rainho, tem o seu papel de xerife das 26nações produtoras, ávidas por transformarsuas sacas em dólares, dificultado pela neces-sidade de negociar a Pancafé com os consumi-dores, sob a liderança dos EUA.

Essas 26 nações produtorasexportadorasvêm deslocando o café brasileiro do mercado.Conforme estatísticas da OIC, a produçáoexportável de café em 1975*76 era de 47 mi-lhões 700 mil sacas, sendo 7 milhões 800 mildo Brasil e 39 milhões 900 mil dos demaisprodutores. Para o ano-safra 1980/81, estima-se a exportação global em 63 milhões 100 milsacas, sendo 16 milhões 400 mil do Brasil e 46milhões 700 mil dos demais produtores. Dejaneiro a dezembro deste ano o Brasil esperaexportar 15 milhões de sacas, sendo 12 mi-lhões 600 mil de café verde e 2 milhões 400 milde solúvel, e a meta para 1981 é de 18 milhõesde sacas.

Estratégia

Pressionado, por um lado, pelo aumentoda produção mundial de café, e por outro porquedas no consumo da bebida em paísescomo os EUA, o Embaixador Octávio Rainhopreparou-se para a reunião da OIC desde acriação da Pancafé — a corretora dos paísesprodutores. Na realidade, a Pancafé atraiu aira das donas-de-casa e dos especuladoresnorte-americanos, que viam nela um cartel,enquanto o Grupo de Bogotá, sob a liderançado Brasil, seguia com o seu trabalho de orga-nizar a oferta, de modo a valorizar o produto.

Agora, nessa maratona londrina, quandonada menos de 67 paises que plantam ebebem café debatem, durante duas semanas,um acordo que estabeleça quotas de exporta-ção, a Pancafé pode ser trocada por algumasgarantias extras. Os países consumidoresquerem desativar a Pancafé. Os países produ-tores querem quotas de exportação e um

Romualdo Barrospreço mínimo para o café. A troca, hoje, podeser feita num terreno criado pela habilidadediplomática brasileira. A dúvida é se o fim dacorretora nào comprometerá a credibilidadedo Brasil dentro do Grupo de Bogotá —integrado, ainda, pela Colômbia, México, Cos-ta Rica, Guatemala, El Salvador, Honduras eVenezuela.

Ponto-de-vista

Recentemente o presidente do InstitutoBrasileiro do Café, Octávio Rainho, expôscom toda a clareza a situação: sob a ameaçade um novo periodo de produção mundialexcessiva, nâo restaria ao Brasil senão darpor encerrada a sua política unilateral dedefesa dos preços. Desse modo, procurouatualizar a remuneração ao cafeicultor, elevaro financiamento e manter o confisco cambialem níveis considerados adequados, guardan-do sempre proporção com o mercado externo.

Porque, no interesse dos países produtoresde café — alguns, como o Burundi, dependemtotalmente do produto para conseguir divisas— o Brasil deve seguir uma política discretade safras e, nesse sentido, vem de anunciaruma queda na que acaba de ser colhida, de 21milhões para 18 milhões de sacas. Obviamen-te, quanto menos café, mais vale o café.

Mas, no interesse nacional e para apoiar ameta de exportação, traçada no 5o EncontroNacional de Exportadores pelo PresidenteFigueiredo, de 27 bilhões de dólares em 1981,o presidente do IBC preparou-se para compe-tir em quantidade, convencido de que é preci-so manter sempre o poder de retaliação. Eassim o Brasil poderá colher 25 milhões desacas, no ano que vem, com a cafeiculturaestendendo-se do Paraná à Bahia.

— Entre as duas opções, manter preçoselevados, reduzindo cada vez mais a nossaparticipação internacional, ou competir, esco-lhemos a competição, experiência poucas ve-zes tentada antes — afirmou o presidente doIBC, Embaixador Octávio Rainho, em reu-niâo de Governo, às vésperas de embarcarpara Londres.

Colômbia é agrande ameaça

Bogotá — O Brasil manobraem Londres tentando conquis-tar fatias maiores do mercadointernacional para seu café re-legando as posições colombia-nas a um segundo plano, disseontem Ernesto Samper, presi-dente da Associação Nacionalde Instituições Financeiras aofalar aos cafeicultores da cida-de de Manizales, centro da re-giáo cafeeira da Colômbia.

Samper esclareceu que, ou aColômbia conquista 17% domercado cafeeiro mundial atra-vés da fixação das quotas noatual encontro da OrganizaçãoInternacional do Café (OIC) emLondres, ou simplesmente es-quecerá o sistema de quotas,agindo por conta própria.

Depois de apontar que "den-

tro dos critérios atuais de fixa-çâo de quotas sob os termos dopacto mundial do café não po-deremos aspirar a uma partici-paçào superiora 11% ou 12%',Samper sustentou que. "comesta quota, não teremos meiosde vender 40^- de nossa pro-duçào".

Segundo Samper. "se náoatingirmos os 17% será preferi-vel atuar diretamente no mer-cado com a Federação Nacio-nal de Cafeicultores da Colôm-bia (entidade paraestatal). mo-nopolizando as exportações, emanter uma boa aliança com oBrasil, que parece ter rompidocom a posição colombiana porenquanto porque, como sem-pre. eles manobram em Lon-dres para levar a melhor sobrenós".

MINISTÉRIO DOS TRANSPORTESEDITAL DE CONVOCAÇÃO

De ordem do Sr. Diretor Geral do Departamento do Pessoal, doMinistério dos Transportes, ficam convocados para participaremdas Provas de Acesso, nos locais abaixo relacionados, osfuncionários do Ministério dos Transportes, pertencentes aosQuadros Extintos — Parte II, XVIl-A e XVII-B, da Estrada de FerroCentral do Brasil e Estrada de Ferro Leopoldina, cujos nomesconstam de relações que se encontram afixadas nesses locais,no dia 27 (vinte e sete) de setembro do corrente, às 09 (nove)horas:1' — Centro de Formação Profissional de Engenho de Dentro

Rua Dr. Padilha, ri* 01 — Engenho de Dentro — RJ.2" — Centro de Formação Profissional de Campos. Av. 28 de

Março, n° 1191 — Campos — RJ.33 — Centro de Formação Profissional de Barra do Pirai. Av.

Professor Artur Costa, s/n° — Barra do Piraí — RJ.4o — Centro de Formação de Horto Florestal. Rua Itajubá, n° 141

— Belo Horizonte — MG.5o — Centro de Formação Profissional de Conselheiro Lafaiete.

Rua Dias de Souza, n° 353 — Conselheiro Lafaiete — MG.6o — Centro de Formação Profissional de Juiz de Fora. Praça Dr.

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Estação, s/n° — Ponte Nova — MG.8o — Centro de Formação Profissional de Cachoeira Paulista.

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Rio de Janeiro, 18 de setembro de 1980Departamento Regional de Administração de PessoalSuperintendência Regional Rio de Janeiro — SR 3. (P

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Comunicamos a mudança de nos-sa Matriz, em instalações maisamplas, para a AVENIDA ALMI-RANTE BARROSO, 81 — 5o e 6oANDARES.

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JORNAL DO BRASIL ? domingo, 21/9/80 ? 1° Coderno ECONOMIA — 37

Banqueiro dos EUA acha que

Brasil deve recorrer ao FMIArmando Ouriaue

WashitiRlon — Rompendo quase uma tra-dição, o vice-presidente do Bankers Trust,Lawrence Brainard, permitiu que seu nomefosse mencionado com a declaração de que"seria positivo que o Brasil recorresse ao FMIpara suplementar suas necessidades de ém-préstimos em 1981".

Outro' banaueiros nos últimos meses jáhaviam animado que o Brasil deveria recorrerao FMI no ano que vem. Mas preferiramesconder-se no anonimato. Mantinham o há-bito de assumir apenas seus pronunciamen-tos sobre as potencialidades, a longo prazo,da economia brasileira e sobre o bom riscofinanceiro que o Brasil continua sendo.

No dia seguinte ao regresso do MinistroDelfim Neto ao Brasil, quinta-feira passada, oSr Lawrence Brainard se transformou, por-tanto, no primeiro banqueiro a expressâf suaopinião sobre a ida do Brasil ao FMI concor-dando em ser identificado.

AtitudeEm si, isso já reflete uma nova atitude dos

banqueiros de Nova Iorque. Brainard justifl-cou que seria positivo o Brasil pro-curar o FMI porque "as necessidades brasilei-ras por empréstimos em 1981 crescerão acimadas possibilidades de serem atendidas pelosbancos privados".Argumentou, também, que o novo progra-ma do FMI de reciclagem de petrodólares,que espera ser implementado até o fim doano, facilitaria a decisão do Governo brasilei-ro, que, segundo ele, conseguiria obter algunsbilhões de dólares, sem precisar modificar suapolítica econômica.

O Sr Brainard revelou que "nas últimassemanas conversou com todos os principaisbancos" de Nova Iorque e como resultadodescobriu que "existe um consenso no senti-do de que seria desejável que o FMI exercesseum papel em 1981 no financiamento aoBrasil".

CRESCIMENTO (%) DOS EM-PRÉSTIMOS

DOS BANCOS PRIVADOS AOBRASIL

787980818283

Fonte: Bankers Trust

26.722,910.820,516,714,5

Segundo círculos financeiros nova-iorquinos, dois dos três principais bancoscredores do Brasil em Nova Iorque já teriamexpressado ao Ministro Delfim Neto sua opi-nião de que o Governo deveria recorrer aoFMI em 1981. Um dos banqueiros citadosconfirmou ter manifestado ao Ministro doPlanejamento que "em 1981 os bancos priva-dos não poderão, exclusivamente, financiaras necessidades brasileiras".

Segundo este banqueiro, que continua pre-ferindo não ser identificado, o Ministro teriadiscordado e dito esperar que os bancos aca-bariam conseguindo atender a toda demandado Brasil. O outro banqueiro citado náo podeser contatado na semana passada, mas teriamanifestado sua opinião em recente viagemao Brasil.

MudançaA atitude dos banqueiros mudou desde

que o Ministro Delfim Neto viajou aos Esta-dos Unidos e à Europa, há seis meses. Naque-ia ocasião, eles disseram ao Ministro que oBrasil precisava elevar o spread (taxa derisco) dos seus empréstimos para ter suasnecessidades atendidas, o que acabou aconte-cendo.

O Sr Brainard disse que, em 1980, nãoocorreram grandes dificuldades para o aten-dimento da demanda brasileira, porque ospread subiu e, sobretudo, porque os emprés-timos aumentaram em apenas 10,8% em rela-ção ao ano anterior. Disse que este cresclmen-to foi menor do que o aumento de capital dosbancos e assinalou que os bancos continuarãodispostos a elevar seus compromissos no Bra-sil na razão do aumento do seu capital, quedeverá ser de 10 a 15%. Ele acha que a partirde 1882.8 demanda brasileira será condizentecom a capacidade dos bancos em atendè-la,mas que, em 1981, o crescimento das necessi-dades brasileiras será excessivo.

Segundo os seus cálculos, em 1981 o Brasilprecisará de mais 20,5% em empréstimos debancos privados. Por esse percentual ser bemsuperior ao aumento de capital dos bancos,segundo os cálculos do banqueta), ele julgapositivo que o Brasil recorra ao FMI parasuplementar suas necessidades. Disse que osbancos privados poderiam atender a deman-da nos anos seguintes, pois, em 1982 e 1983, anecessidades brasileiras crescerão respectiva-mente em 16,7% e 14,5%.

O banqueiro admitiu, entretanto, que suaprojeção pode ser modificada com a variaçãode algumas de suas hipóteses. O preço médiodo barril do petróleo em 1981 foi projetado porele a 39 dólares e as Importações brasileiras

Armando OuriqueCorrespondente

em 970 mil barris diários. Ele reconheceu que,com o resultado da reunião da OPEP dasemana passada, o preço médio do barrilpoderá ficar entre 34 e 35 dólares.

É que a importação de petroleo poderá sermenor, segundo informações do Brasil de queelas estariam'sendo reduzidas. A simples re-duçào da estimativa do preço do petróleo de39 para 35 dólares significaria que a demandapor empréstimos cairia em mais de 1 bilhão e200 milhões de dólares.

A projeção de crescimento da necessidadede crédito em 20,5% para 1981 também pres-supõe que o Brasil aumentaria suas reservasem 1 bilhão de dólares no decorrer do ano.Portanto, se elas fossem mantidas nos níveisde dezembro de 1980, a projeção do BankersTrust, que é semelhante à de outros bancosamericanos, também seria inferior.

O Sr Brainard, como outros banqueiros,acha, entretanto, que as reservas deveriamser acrescidas para alcancar um nível maisprudente. Segundo seus dados, o Brasil per-deu reservas em 2 bilhões 126 milhões dedólares em 1979 e em 3 bilhões 700 milhões dedólares em 1980 e já estariam muito redu-zidas.

O déficit em conta corrente mais a amorti-zaçáo de empréstimos por vencimento atingi-rá em 1981 praticamente a mesma soma cal-culada pelo Bankers Trust para este ano, istoé, 20 bilhões de dólares. No ano que vem,segundo eles, o Brasil receberia um volumeequivalente de recursos em operações comoinvestimentos diretos e empréstimos de insti-tulções oficiais se deixasse de recorrer ao FMIe às novas linhas do Banco Mundial. Mas opercentual de aumento da demanda por cré-dito de bancos privados quase dobraria por-que, em vez de gastàr reservas, o Brasil preci-saria de aumentá-las. ~

O Sr Brainard reconhece que, a partir de1982, os bancos privados, sozinhos, seriamcapazes de financiar o Brasil. E também con-corda que apesar do aumento da demanda em1981 ser quase o dobro da de 1980 ela é beminferior a 1978 e 1979.

Por que o FMI

Ao ser indagado por que, diante dessequadro, os bancos privados, no ano que vem,náo poderiam financiar o Brasil acima donível que consideram ideal, o Sr Brainard deua entender que seria preferível o recurso aoFMI, já que permitiria uma espécie de corre-ção de curso do perfil do endividamento brasi-leiro.

Segundo ele, a maior critica dos banquei-ros à administração financeira do MinistroDelfim Neto está em que ele se acha tãoabsorvido em enfrentar profundos problemasconjunturais, qué se tornou praticamente in-capaz de fazer qualquer programação paramais de seis meses. O Ministro passa deproblema a problema, de forma que os ban-quelros estariam tendo enorme dificuldadeem acompanhar sua política econômica. Porisso, argumentou, seria positivo um reçursoao FMI, porque, assim, o Ministro poderiadespreocupar-se com a administração da divi-da externa e teria chance de enfrentar outrosproblemas, como o combate à inflação e pre-parar melhor as mudanças estruturais daeconomia. Ele mencionou a necessidade dereestruturar o desenvolvimento industrial,para estimular melhor a produção de bens deconsumo popular e adotar medidas adicio-nais na redução da dependência da importa-ção de petróleo e a expansão da produçãoagrícola (ele mencionou, nesta área, o excessode subsídios e a importação de feijão comoexemplos de que seria ainda necessário ajus-tar a política agrícola).

O Sr Brainard disse que os recursos doFMI poderiam contribuir bastante para asituação brasileira, e chegou a comentar queoutros países com problemas menos gravesdo que os brasileiros Já recorreram ao Fundo.Brainard observou não compreender a oposi-ção que existe, no Brasil, ao FMI. Ele achaque recorrer ao Fundo não seria um sinal defracasso, mas, sim, uma forma de ampliar abase de fontes de recursos externos. Mencio-nou que, em Nova Iorque, havia a impressãode que o Ministro Delfim Neto reage a essaquestão de forma "emocional" e lamentouque o recurso ao FMI se esteja transformandonum "grande assunto" entre banqueiros eautoridades brasileiras..

O Sr Brainard acha que a melhor oportunl-dade para recorrer ao FMI poderia até terocorrido há uns quatro meses. Ele também fezquestão de frisar que náo considerava o recur-so ao FMI como uma questão de vida oumorte. Com a entrada do FMI na reciclagemde petrodólares, o Governo brasileiro poderiaconsiderar oportuna a utilização desses recur-sos. Ele mencionou como um dilema para osbanqueiros a inconveniência de conceder em-préstimos ao Brasil como o Governo gostariade receber e, de outro lado, a atitude de sustaroperações, o que, disse, não poderiam fazé-lo.

Comentou que os banqueiros estão ado-tando uma posição intermediária entre essesdois extremos. E concluiu afirmando que umaparticipação do FMI no financiamento aoBrasil em 1981 seria desejável, porque, porvolta de setembro de 1981, o Ministro DelfimNeto poderá estar mais à vontade para execu-tar planos de longo prazo para a economiabrasileira.

Leia editorial "Um Cálculo Frio"

Ajuda pode ir a US$ 5,2 bilhões

Washington — O FMI poderia oferecer aoBrasil, se lhe fosse solicitado, cerca de 5bilhões 200 milhões de dólares, no decorrer detrês anos, em iguais parcelas anuais, atravésdo seu programa de reciclagem de petrodóla-resjjuedeverá ser implementado até o fim doano, declarou um porta-voz do Fundo.

As diretrizes desse programa seráo apre-sentadas pelo presidente da diretoria executi-va do Fundo, Jacques de Larcslère, ao Conse-lho Interino do FMI no próximo dia 28, queem seguida deverá buscar a formalização doscompromissos dos países árabes em canalizarrecursos para um fundo especial. O passoseguinte será a implementação dessas diretri-zes pela ditetoria executiva do Fundo.

Caso da OLP

Nas últimas semanas a captação dos recur-sos árabes esteve em suspenso por causa dosesforços desenvolvidos pelos Estados Unidospara impedir que a OLP (Organização pelaLibertação da Palestina) participasse, comoobservadora, da reunião anual do Fundo, quese inicia no final do mês, em Washington.Anteontem, foi concluída uma consulta aosgovernadores do Fundo sobré essa questão.

Embora os resultados só sejam divulgadosamanhã, aparentemente os EUA não conse-guiram quorum necessário para impedir aparticipação da OLP, e o presidente desta anoda assembléia do Fundo, o Ministro da Fazen-da da Tanzânia, deverá formalizar o convite àOLP.

Segundo fontes do FMI, estariam portantolevantados os obstáculos das últimas sema-nas, e a captação anual de 6 bilhões e 500milhões de dólares a 7 bilhões e 800 milhõesde dólares durante três anos deverá ser acor-dada sem grandes dificuldades para a direto-ria executiva implementar o programa até ofim do ano. No âmbito dá diretoria, os paísesçôes quanto a algumas condicionantes para aconcessão dos empréstimos, mas estes deve-rão ser superados sem dificuldades, segundofontes do Fundo.

A criação desse programa que introduz oFMI na reciclagem de petrodólares que atéagora estava praticamente sendo feita pelosbancos privados foi decidida em princípiopelo Conselho Interino do Fundo, que reúne

21 países, Inclusive o Brasil, em reunião reali-zada em Hamburgo, em abril passado.

Desde então, sob a direção do seu presi-dente, Jacques de Larnsière^uma-equipéTicr-Fundo estabeleceu as diretrizes do programae entrou em contato com os países árabespara preparar a captação de recursos que emtrês anos deverá somar 25 bilhões de dólares.

AnáliseO comitê Interino concluiu em abril que "a

dimensão e a gravidade do problema (débalanço de pagamentos), especialmente paraos paises em desenvolvimento não exporta-dores de petróleo, requeriam que o FMI deve-ria ser a instituição mundial que desempe-nharia um papel fundamental na reciclagemde petrodólares". O objetivo do programa,segundo o fundo, "será de prestar assistênciaaos paises com desequilíbrios de contas ex-ternas".

Os recursos serão captados junto aos pai-ses superavitários em condições semelhantesàs do mercado financeiro internacional. OFMI cobrará apenas uma taxa de administra-ção para os países tomadores e os juros deve-rão ser provavelmente prefixados, portantonáo oscilarão a cada seis meses como é o casodos empréstimos dos bancos privados. Elesterào três anos de carência, com sete a 10 anosde amortização. Cada pais poderá receber atéseis vezes a sua quota no FMI, o que para oBrasil representará cerca de 5 bilhões e 200milhões em três anos ou 1 bilhão e 700 milhõesa cada ano.

O FMI deverá impor nesse programa con-diçóes mais moderadas em relação a suasoutras linhas de crédito. O programa terá oobjetivo de buscar ajuste econômico reduzin-do ou eliminando falhas estruturais da econo-mia que estimulam desequilíbrios de balançode pagamentos. Também serão feitas reco-mendaçòes para desacelerar a inflação, con-vas e contemplará também a implementaçãode medidas fiscais e monetárias prudentespara promover um crescimento econômicosustentado. O FMI também levará em consi-deraçâo praticamente pela primeira vez olado da oferta da economia de forma a que opaís melhore e aumente a sua produção esubstitua importações, segundo afirmou umafonte do FMI.

Washington ido correspondeu-te) — Os banqueiros americanosnáo dizem, mas o que querem mes-vio, quando recomendam que oBrasil vá ao FMI, atrás de petrodó-lares ou de outros dólares quais-quer, é submeter o Brasil ao contro-leeao programa universal de esta-bilização econômica, que contamda doutrina do FMI.

O argumento estatístico dosbanqueiros americanos náo é con-sistente. Para quem já emprestou55 bilhões de dólares ao Brasil, ficadifícil acreditar que os bancos in-temacionais teráo dificuldades pa-ra emprestar 1 bilhão 700 milhõesem 1981. Ainda mais que os ban-queiros americanos, como diz La-wrence Brainard, do BankersTrust, estarão dispostos a empres-tar muito mais, em 1982. Além dis-so, diante da monstruosa dívidaexterna brasileira, mesmo com oprograma de reciclagem dos petro-dólares, os recursos do FMI, para oBrasil, soam como uma bagatela.

TranqüilidadeDe fato, se os banqueiros inter-

nacionais conseguirem amarrar apolítica brasileira à terapia e su-pervisão da comunidade financei-

Banqueiro quer Brasil tutelado-

ra internacional, que o FMI repre-senta, ficarão mais tranqüilos paraexpandir nos anos seguintes seusnegócios no Brasil em 16,7% ou 20%ao ano. E eles estão mais do quedispostos a isso.

Se os árabes recusarem, vocêsnão terão problemas em canalizarpara o FMI os recursos que o Fun-do precisa para montar o progra-ma de reciclagem, náo é verdade?A resposta de um dos vice-presidentes dos grandes bancos deNova Iorque foi revelada: Não seise poderíamos fazê-lo porque esta-mos muito preocupados com o au-mento do (nosso) capital e o FMIprovavelmente iria querer captarrecursos a ctistos mais baixos".

A pergunta seguinte foi sobre orisco menor em emprestar para oFMI. Afinal, a remuneração menor

compensaria evitar o risco do Bra-sil, não é? Em resumo, náo. Eleexplicou que o risco estava embuti-do no custo do empréstimo e disseplacidamente que preferiria em-prestar para o Brasil. Isso momen-tos depois de expor um raciocíniorebuscado sobre a necessidade ma-temática de o Brasil recorrer aoFundo.

Na verdade um desses grandesbancos, em 1977, tirou 46% dos seuslucros em operações internacionaiscom 19% dos seus empréstimos empaíses em desenvolvimento.

Eles estão sinceramente preocu-pados com as perspectivas econô-micas de países como o Brasil e,conseqüentemente, com o retornode suas aplicações. Mas não estãopensando em abandonar o barco,mesmo porque não há jeito deabandonar o barco. Como resulta-do é lógico que eles queiram o Bra-sil no FMI.

Dizem que o FMI foi enterradoem 1973 e agora quer ressuscitar. Èverdade. A nova fase histórica, quefoi consolidada naquele ano com a

quadruplicaçáo dos preços do pe-tróleo, inviabilizou os programasde estabilização do Fundo atravésdas terapias de tratamento de clw-que. Naquela época o país recebiaos recursos e o Governo era obriga-do a fazer o que fosse necessáriopara equilibrar as contas externase derrubar a inflação em um, dois,no máximo três anos. Agora paísnenhum, por mais industrializadoque seja, se tiver problemas energé-ticos consegue fazer isso.

Estão procurando ressuscitar oFMI com programas que compreen-dem que paises podem ter proble-mas estruturais que levam tempopara serem corrigidos. Mas o obje-tivo é recuperar o papel de maestrodo FMI para ele reger no fim amesma sinfonia, de perpetuação dahierarquia internacional das na-çôes.

Que náo reste dúvidas de que, seo Brasil entrar como credor doFMI, terá que desaquecer a econo-mia, liberar gradualmente as taxasde juros e reprimir a inflação muitoá custa de salários e de crédito

para empresas em menores condi-çóes de pagar juros ainda maiselevados; que o FMI condenará al-guns mecanismos pelos quais oBrasil consegue expandir suas ex-variações de produtos industrial^zados.

Numa época de crise, em que naverdade ninguém vê o fim do túnel,se deixarem, o FMI atrairá pratica-mente todos os países em desenvol-vimento importador de petróleo. Eserá o maior poder internacional.O problema ê que 140 países fazemparte do Fundo, mas 36 controlamdois terços do voto. Se a restrutura-çáo for para valer, isso tambémprecisaria ser reformulado.

O Brasil, desde a década retra-sada, é um exemplo dos países in-dustrializados para os países emdesenvolvimento. Mas os números,pelo lado da oferta de empréstimos,realmente dão grande poder debarganha aos barujueiros e serádifícil para o Brasil recusar o quejá é mais do que um convite paraaceitar os recursos, o programa e asupervisão do Fundo.

Brasil condena restrição ao eurodólar

O presidente do Banco Central, Carlos Geral-do Langoni, dirá hoje na abertura da 31a Reuniãode Governadores de Bancos Centrais Latino-Americanos e de Espanha, que se inicia em Bue-nos Aires, que "temos de realisticamente admitirque, apesar de toda a discussão e teorizaçàoacerca da ampliação ou até criação de novos

Arquivo — 10.8.1979

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Carlos Geraldo Langoni

canais institucionais de reciclagem (da dívida ex-terna), a verdade é que o único mecanismo exis-tente de acesso imediato, e menos vulnerável àsinjunções políticas, é o sistema financeiro privadointernacional".

Em discurso de 15 páginas, onde fará o balan-ço da economia brasileira de 74 até agora, Langonideixa claro qual será a posição do país na reuniãodo FMI, que começa dia 28, salientando que "éessencial assegurar a liberdade do mercado deeurodólares, evitando-se a criação de barreirasartificiais, especialmente quando ainda náo exis-tem canais alternativos de transferência de re-cursos".

Não podemos permitir — dirá ele — que serepita no mercado financeiro internacional o pro-cesso de crescentes restrições, tarifárias e náotarifárias, que vêm ocorrendo no comércio demercadorias e serviços.

Mais adiante, o presidente do BC mostra outrocaminho promissor, "área que poderá ser amplia-da" nos próximos anos: a transferência direta depetrodólares, "cada vez mais viável pelo desenvol-vimento recente de instituições financeiras con-troladas pelos países árabes".

Ao analisar a questão da náo criação de barrei-ras ao mercado de eurodólares, Langoni mostraráque os países em desenvolvimento já têm deenfrentar as dificuldades naturais de um mercadofinanceiro que vem "combinando, de maneira pe-culiar, liquidez com incerteza, e que se traduz poracentuada flutuação nas taxas de juros espreads".

Para proteger o perfil do endividamento, eleacentuará que a estratégia brasileira tem sido a deacompanhar as tendências de mercado, dai anecessidade de se assegurar, não só para nós comopara todos os paises em desenvolvimento, o acessoa fontes de recursos com prazo mais longo, "aindaque com o ônus de um custo mais elevado".

A ampliação da faixa de empréstimos relaclo-nados a exportações e projetos essenciais de subs-tituiçáo de energia importada é uma das formasapontadas para "minimizar essas incertezas". Es-tas duas áreas, segundo ele, apresentam um "con-teúdo Implícito de risco menor do que os financia-mentos de caráter geral", por terem um Impacto"favorável" direto sobre o balanço de pagamento.

Outra área a explorar "de maneira mais acen-tuada" é a possibilidade de empréstimos de longoprazo associados a importações prioritárias demaquinas e equipamentos. É preciso, entretanto,"agir cuidadosamente", para náo inverter a lógicado processo, isto é, "importar apenas para teracesso ao financiamento, sem levar em conta arentabilidade social do investimento, o que seráparticularmente danoso para a indústria domés-tica".

Langoni dará as projeções dos Indicadoresrelativos do endividamento externo, que a ser ver"não Iráo deteriorar em 80 e 81", mas teráo "acen-tuada melhoria": a relação dívida líquida/exporta-çôes deverá passar de 2,64 em 79, para 2,50 esteano e 2,42 em 81. E a relação serviço da divida/ex-portaçôes tenderá a passar de 0,69 em 79, para 0,60em 80 e 0,57 no próximo ano. Os cálculos sãoprojetados com base em exportações de 20 bilhõesde dólares este ano e 24 bilhões no próximo, dadostidos como conservadores.

Ele mencionará ainda que, no primeiro semes-tre, o balanço comercial foi deficitário em 2 bilhõesde dólares, devido ao impacto do petróleo nasimportações, com o déficit em conta correnteatingindo cerca de 6 bilhões de dólares. A entradaliquida de recursos externos não foi suficientepara financiar o déficit corrente, resultando emuma perda de reservas de 3,1 bilhões de dólares.No segundo semestre, até 15 de setembro, a capta-çáo voltou a se acelerar: foram obtidos 8,5 bilhõesde dólares, de um total previsto de cerca de 12bilhões de dólares.

Império baneário Rothschild volta à paz

Londres — A guerra de cinco dias no impériobancário dos Rothschild parece ter terminadocom a trégua declarada no dia de Yom Kippur(Dia do Perdão), a qual poderá levar à paz perma-nente. Mais do que uma mera briga familiar, asopiniões divergentes sobre o papel do famosobanco no atual mundo financeiro foram a razão docontencioso entre os primos Evelyn de Rothschild,49, presidente do Rothschild Bank, e Jacob Roths-child, 44, presidente do Rothschild InvestmentTrust.

Desde a sua origem em Frankfurt, há mais de200 anos. os bancos da família Rothschild têmoperado discretamente, mas com sucesso, nosdiversos mercados monetários do mundo: Lon-dres, Zurique, Nova Iorque e Paris. Tanto Evelynquanto o seu primo Jacob integram a presidênciada organização familiar, N. M. Rothschild, batiza-da em homenagem a Nahum de Rothschild, envia-do no final do século XVIII a Londres para ali abriros negócios da família.

Após ter trabalhado durante anos no banco da• família em Londres, o filho de Lorde Rothschild,Jacob, resolveu sair da esfera de atuação da orga-

nizaçào familiar e experimentar novas oportuni-dades. Sem deixar o seu lugar na diretoria da N. M.Rothschild and Sons, fundou uma companhia deinvestimento separada, a Rothschild InvestmentTrust. Esta nova organização, uma empresa públi-ca com acionistas estranhos à família, começou aprosperar e apresentar resultados melhores do queos do banco familiar.

Na década de 70, finalmente, o novo e vigorosoRothschild Investment Trust sobrepujou, em ter-mos de volume de negócios e de lucros, a organiza-çáo familiar, chefiada por Evelyn de Rothschild. Aprudência e ortodoxia do banco familiar perderampara o ímpeto expansionista e o espírito maisarrojado da companhia pública, governada porJacob.

Um dos fatores do conflito entre os Rothschildfoi o fato de que Evelyn de Rothschild, apesar deser o maior acionista do tradicional banco fami-liar, tinha pouco ou nenhum controle sobre osnegócios crescentes da companhia de investimen-to, o que poderia arriscar o maior trunfo da organi-zação: o mágico nome de Rothschild.

O conflito estourou, há alguns dias, quandoJacob anunciou a sua decisão de deixar o banco

Robert Dervel EvansCofrespo ndenteda família e revelou, ao mesmo tempo, as diver-gèncias entre as suas opiniões e as de seu primo.Ao tomar o rumo da dissidência, Jacob planejavacontinuar usando o nome da família para a suacompanhia de investimento. O banco protestou, oque tornou público o conflito. Com o acordo decompromisso, Jacob de Rothschild concordou embatizar a sua organização financeira com as ini-ciais RIP Ltd. (Rothschild Investment Trust).

O prestígio do nome Rothschild seguramentefoi afetado pela briga entre os dois irmãos. Dequalquer forma, o banco da família estará salvo dequalquer infortúnio que possa atingir a RIP Ltd.,uma vez que o primo Jacob continua a sua expan-sáo em campos como o de hotéis, companhias deseguros e outras atividades náo bancárias.

Os primeiros Rothschild foram aventureiros, ecom isto iniciaram a fortuna da família. No entan-to, o banco sobreviveu a duas guerras mundiais, àgrande depressão econômica dos anos 30 e aoutras crises, graças à prudência. Segundo ban-queiros londrinos, uma das duas empresas temmais ctiances de sobreviver a uma possível crise:aquela que tem em máos o principal trunfo, onome de Rothschild.

TURISMOQUARTA-FEIRA

e dese-nvelver rentes alternati-., !•

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CADERNO B JORNAL DO BRASIL

COMUNICADO

A CERÂMICA SÃO CAETANO S.A. faz saber quea contemplada no "Concurso Cultural 5 Estrelas", promovido na XXIVU.D., Feira de Utilidades Domésticas, foi a Sra. Mauricéa José Ferreira,residente à Rua Mauro, 230 BI. 2 apt- 403 — V. Geral — RJ., que fez juz aoprêmio de 100 (cem) m2. de revestimento esmaltado São Caetano,conforme sua escolha.

CERÂMICA SAO CAETANO S.A.Qualidade 5 estrelas.

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38 JORNAL DO BRASIL _ domingo, 21/9/80 rJ Io Caderno

FalecimentosDelegado sabe que policiaisestão envolvidos na chacina

río de janeiro de Japeri e procura provasOlinda Soares Maciel, 76. de

insuficiência respiratória renal.Portuguesa, viúva de AntônioSoares.

José Theodoro de Lima, 69,de hemorragia digestiva. Minei-ro. cirurgião dentista. Era casa-do com Olesia Figueiredo deLima, tinha quatro filhos, mor-reu na Clínica Xavier do Prato,morava na Rua Arnaldo Quin-tela, 54 ap. 202, em Botafogo.

Jorge Silvestre Pereira, 71,de edema pulmonar. Pernam-bucano, aposentado. Era casa-do com Cleudina Pereira. Tinha13 filhos, morava na Estrada daGávea, Rua Dois bloco 134.

Álvaro dos Santos Pires, 39,de insuficiência hepátlca. Por-tuguês, autônomo. Era casadocom Maria Augusta SiqueiraPires. Tinha dois filhos, moravana Rua Saint Roman, 480 ap.411.

José Loureiro, 70, de coque-xia neoplásica. Português, au-tônomo. Era casado com Mariade Jesus. Tinha três filhos, mo-rava na Rua Euclides da Ro-cha, 800 casa 1.

Dulce Gonçalves Mascara-nhas, 82. de cardiopatia. Alo-goana, viuva.

Maria Victoria Vianna Ro-drigues Pacheco Ferreira, 81,de broncopeumonia. Carioca,viúva. Morava na Rua Félix Pa-checo, 130.

Armando Ayres da Cunha,64. de infarto do miocárdio. Ca-rioca, advogado. Era casadocom Nadyr Pinho da Cunha,tinha três filhos, morava naRua Visconde de Ouro Preto, 37ap. 201.

Perciliana Maria da Concei-ção. 59, de hemorragia digesti-va. Carioca. Era casada comEuridio da Conceiçào, tinha 11filhos. Morreu no hospital naRua Barão de Lucena, 95.

Oscar Feliciano da Concei-çâo, 61, de parada cardiorrespl-ratória. Baiano, aposentado.Era casado com Francisca daSilva da Conceição, tinha trésfilhos, morava na Rua SãoBraz, 120 ap 201.

Irineu da Rocha Pereira, 58,de insuficiência cárdiocongesti-va. Carioca, aposentado. Mora-va na Rua Almirante Alexan-drino, 301.

Assaltantemata por pãoe sardinhas

Manoel Sabino de Souza, de59 anos, morador na Rua SantaIsabel, lote 31, Bairro Cabuçu,Queimados, na madrugada de'ontem, ao reagir a um assaltoperto de sua casa, foi mortocom dois tiros na cabeça. Osassaltantes roubaram sua pas-ta, com uma marmita, pães-bisnaga e um quilo de sardi-nhas.

; Ainda em Queimados, na Es-itrada do Roncador, AntônioNorberto de Souza, 68 anos, foimorto com um tiro na axiladireita, de madrugada. A poli-cia nào conseguiu levantar tes-temunhas, mas afastou a hipó-tese de assalto, já que em poderde Antônio Norberto foi encon-trado dinheiro e um relógio depulso.

Em Campos Elísios. JoséFrancisco de Lira, 28 anos, co-nhecido como Sombra, foi mor-to num terreno da Rua SoaresDandrea com vários tiros norosto. José Francisco era assai-tante a mào armada e chefiavauma quadrilha que invadia ca-sas para violentar mulheres emeninas. Seus documentos fo-ram queimados e ele foi reco-nhecido por um primo, que nadelegacia disse ao delegado Or-landqJJorrela, que José Fran-

-cisco era odiado e estava juradode morte.

Oito dias após a chacina em Japeri, onde seisrapazes foram seqüestrados, assassinados a tiros equeimados com gasolina, o delegado de Queimados,Ronaldo Neves, sabe que os crimes foram praticadospor policiais — o nome de um é conhecido — masprocura provas para denunciá-los à Justiça, como infor-mou ao Secretário de Segurança Pública, GeneralEdmundo Murgel.

Desde o dia do crime comenta-se na delegacia quepoliciais foram os responsáveis pela chacina. O SrRonaldo Neves conversou com duas pessoas que pre-senciaram os seqüestras e as execuções e que se recu-sam a falar em cartório, com medo de represálias.Segundo o delegado, os matadores são assassinos pro-fissionais e perigosos.O SEQÜESTRO

A principal informação queos policiais têm ainda nâo foiinvestigada. Cinco dos seisrapazes foram seqüestradosdurante um baile no Queima-dos Futebol Clube, entre22h30m e 23h de domingo.Três teriam sido agarradosna porta do clube e outrosdois foram vistos pela ultimavez saindo do clube com doisdesconhecidos.

Na rua, segundo testemu-nho do presidente do clube,Manoel Reis, estava uma via-tura do Policiamento TáticoMotorizado da Polícia Militarque aos sábados e domingoscolabora na segurança doQueimados Futebol Clube.Dentro da agremiação a segu-rança é feita, segundo ManoelReis, por "amigos e diretoresdo clube", mas na verdade,quase todos são soldados daPolícia Militar.

Segundo os associados edois diretores que já tiveramuma conversa informal com odelegado Ronaldo Neves, asegurança interna, além dosPMs, tem também a colabo-ração de estranhos, geral-mente rapazes fortes que sóagem em caso de briga, o queé normal em dias de festa,quando cerca de duas milpessoas procuram o salão doQueimados.

SEM INVESTIGAR

Embora de posse de todasessas informações, os respon-sáveis pelo inquérito aindanão se preocuparam em iden-tificar os integrantes da segu-rança interna do Queimados,e, principalmente, em ouviros soldados que estavam deserviço na Patamo. Se houveo seqüestro, segundo algunspoliciais, as vitimas devemter esboçado alguma reação,fato que teria de chegar ao

roviarwmorre no seuaniversário

O aeroviário Ayrton Bucco deOliveira comemorava ontem oseu 40° aniversário em compa-nhia da menor K. M. N, 17anos. Foi morto por dois assai-tantes, que levaram tudo o quetinha e o Puma verde em queestava.

Na 18a DP, a menor disse queestava com o amigo no carro,em frente ao n° 25 da Rua Ba-rão do Sertório, Rio Comprido,quando dois rapazes — um lou-ro e outro mulato — os assalta-ram. O aeroviário tentou reagire recebeu um tiro que entrou noombro esquerdo e foi direto aocoração.

O aeroviário teve morte ime-diata e a jovem não sabe onúmero da placa do carro, quefoi levado pelos assaltantes.

Loteria dárao 50Ã47

O bilhete 50.447 foi premia-do com os CrS4 milhões daextração de ontem da LoteriaFederal. Ganharam os prè-mios seguintes os bilhetes57.903. Cr$ 500 mil; 72.914, CrS300 mil; 30.916. CrS 200 mil;52.802. CrS 120 mil; 16.980. CrS100 mil; 24.815, CrS 80 mil.01.973. CrS 70 mil: 47.121. CrS60 mil; e 77.555, CrS 50 mil.

conhecimento dos policiaisque estavam dentro e fora doclube.

A hipótese de reação foicorifirmada por parentes deGeraldo Coutinho de Olivei-ra, um dos mortos, que emdepoimentos afirmaram queele entraria sem reagir emcarro dirigido por pessoas es-tranhas. O delegado RonaldoNeves quis saber se ele reagi-ria a uma ordem de prisão e aresposta foi "não", por queele era um "rapaz pacato".

Outro fato do conhecimen-to dos policiais é que os PMsdestacados para o policia-mento ostensivo trabalhamcom dois ou três revólveres, equando são obrigados a ati-rar nunca usam a arma daCorporação, mas seus revól-veres particulares. Se são in-timados a entregar a armapara exame, deixam a da PMque não foi usada.

Depois da chacina, por di-versas vezes os PMs estive-ram na delegacia em ocorrên-cias, mas o delegado nãoapreendeu suas armas paraconfrontar com os projéteisretirados dos cadáveres, mes-mo sabendo que nos pulsosde duas das seis vitimas ha-via visíveis sinais de algema,o que é um indício de que elesteriam sido detidos por poli-ciais.

Apesar do natural sigilo, ospoliciais que trabalham nasinvestigações são unânimesem afirmar que as pistas le-vantadas até agora indicamque os crimes foram pratica-dos por policiais. A maiorprova, segundo comentam, éo fato de terem incendiado oscorpos, com a intenção de di-ficultar a identificação das vi-timas, o que não teria aconte-cido se os homicídios fossemde autoria dos integrantes dapolícia mineira ou delin-quentes comuns.

Advogado de Khour consideraargüição de suspeição dosperitos tática terrorista

O advogado Laércio Pellegrino, defensor de Geor-ges Khour, um dos acusados de assassínio de CláudiaLessin Rodrigues, classificou ontem de "tática terroris-ta para intimidação e tumulto" a atitude do PromotorJosé Carlos dá Cruz Ribeiro, do Io Tribunal do Júri, queargüiu a suspeição do Juiz João Luís Teixeira Aguiar edo Diretor do ML, Olímpio Pereira da Silva, e seuassistente Herdy Pereira da Cunha.

Para o advogado Laércio Pellegrino, "o promotoragora suspeitará sempre de quem não atende a seusdesígnios e não lhe agrada", partindo para a intimida-ção com tática e técnicas de terror. E explica: O juiz é"suspeito" porque atendeu ao seu pedido de diligência,e os legistas, para o promotor, também o são porquederam parecer favorável ao laudo suíço, que concluiuter Cláudia morrido por ingestão exagerada de cocaína.'

rente, pois o Dr Nilson SanfAn-na, que o promotor citou comopessoa indicada, também falouà Imprensa. Também não sào.sequer, razoáveis os argumen-tos de que o diretor do IML(Instituto Médico-Legal), Olím-pio Pereira da Silva, tem umfilho advogado colega dos ad-vogados atuantes no caso, eque essa circunstância desa-prova sua convocação para opi-nar sobre o laudo.

Esclareceu que o PromotorJosé Carlos da Cruz Ribeiro, aoarguir suspeição, "apenas paraintimidar e cercear a atuaçãodas pessoas e tumultuar o pro-cesso", está desrespeitando adecisão do STF que concedeuhabeas corpus a GeorgesKhour sob o fundamento deque a defesa estava sendo cer-ceada. "Esse direito de plenadefesa, garantido pela Consti-tuição, foi confirmado peloSTF, mas, agora, está sendodesrespeitado pelo promotor".

Esse direito é a consulta mé-dico-legal do auto de examecadavérico e dos esclarecimen-tos jà prestados em juízo peloslegistas Rubens Macuco Janinie Amadeu da Silva Lopes, se-gundo esclareceu o advogadoLaércio Pellegrino. Disse aindaacreditar que o Juiz João LuisTeixeira de Aguiar manterá seudespacho, rejeitando a argüi-ção de suspeição e convocandoo atual diretor do IML (OlímpioPereira da Silva e seu assisten-te Hardy Pereira da Cunhai pa-ra opinar na consulta médico-legal por ele requerida. ParaLaércio Pellegrino, quem nãopode, no caso, ser ouvido, é o DrNilson SanfAnna, que era odiretor do IML na época. "Porisso, ninguém espera que elevanha fazer uma revisão e con-testar o laudo feito por peritosque eram seus subordinados".

Nove presos na Roubos eFurtos dominam carcereiroquebram janela e escapam

Uma fuga de presos, ao que tudo indica por negli-gència do pessoal de plantão, ocorreu, ontem, na Divl-são de Roubos e Furtos, quando nove detentos domina-ram o carcereiro Severino Moreira de Souza, chegaramà sala de carceragem, quebraram a janela de vidro comuma cadeira e fugiram, pulando de uma marquise desete metros de altura.

Três deles — Jerônimo Matos da Costa (que tevefratura exposta da perna direita), Antônio FerreiraDuarte Filho e José Raimundo Du Bem — foramrecapturados por perto. Os demais, José Lourival Rosa,o Mimoso, Luís Lücio Sobrinho, Márcio de Paula OU-veira, Carlos Alberto Gonçalves Carneiro, Cláudio Car-neiro de Brito e Aloísio Nunes da Silva, depois dedominar Ducler Ribeiro Rodrigues e roubar-lhe oVolkswagem amarelo placa ZW-7763, conseguiram es-capar ao cerco da polícia.AUDÁCIA

Por volta das 14h, quando seencontravam no plantão unspoucos policiais e o delegadoHomero Graça Filho havia-seretirado para almoçar, o carce-reiro Severino Moreira de Sou-za foi atraído a uma das celaspara prestar socorro ao ladrãoJerônimo Matos da Costa, quejá estava com a perna machu-cada.

Ao entrar no cubículo e seabaixar para ver o ferimento dopreso, recebeu violento soco nonariz, enquanto os demaiscaíam sobre ele até dominá-lo.Dali, todos eles, à exceção deJoáo Silva Mendonça, que náoquis fugir, passaram para a salada carceragem, sem serem no-tados por policiais.

Isto ocorreu depois que elesatiraram uma cadeira contra avidraça da janela, passando pa-ra a sacada e pulando de umaaltura de sete metros para aRua Célio Nascimento. Ao pu-larem, Jerônimo Matos da Cos-ta e Antônio Ferreira DuarteFilho tiveram fraturas nas per-nas, e foram apanhados umpouco adiante, quando aindatentavam empreender a fuga searrastando.

José Raimundo Du Bem con-seguiu ainda invadir uma resi-dência na Praça Padre Souza,37, tentando se esconder no ba-nheiro dos fundos da casa. Al-gumas pessoas que presencia-ram a cena alertaram os solda-dos do 16° BPM, que funcionano prédio anexo à Divisão de

Roubos e Furtos, e ele acabouse entregando, porque náo tevemeios para resistir.

Ao mesmo tempo, outros seisfugitivos encontraram DuclerRibeiro Rodrigues, que mano-brava o seu carro na Rua Bela-mita, que foi arrancado do inte-rior do mesmo e espancadocom muita violência antes deos bandidos fugirem no veículo.Eles tomaram o rumo de Benfi-ca, e todas as patrulhas queoperavam na área foram alerta-das. Mais tarde o carro foi en-contrado em Mangueira.

Por volta das 15h30m, a poli-cia foi informada de que quatroelementos, trajando apenas cal-çào e bastante machucados,haviam embarcado num ônibusda linha Cascadura—Camorim,na altura da Estrada dos Ban-deirantes, 5 000.

À mesma hora, o portão deentrada da DRF foi fechado eos policiais mandaram que osrepórteres se retirassem, masnào souberam explicar quemhavia dado aquela ordem. Atéaquele momento, o delegado-titular Arnaldo Campana aindanào tinha comparecido ao lo-cal, mas, às 15h45m. chegavanum taxi o delegado de plan-táo, Homero Graça Filho.

Ao tomar conhecimento dafuga, ele nào quis fazer nenhu-ma declaração, não permitiu aentrada de repórteres e procu-rou se justificar: "Estou che-gando do almoço e a sobremesafica para amanha. Agora, euvou trabalhar".

AVISOS RELIGIOSOS

JOÃO LUIZ ALVES PEREIRADE MORAIS BOTELHO

(7° DIA)

t

Pedro e Mana Cecília de Morais Botelho,Paulo Henrique e Anamarla Raupp, sensibiliza-dos agradecem as manifestações de Desar econvidam parentes e amigos para a missa de

7' dia a realizar-se dia 23. terça-feira, as 17 noras, namatriz N. Sra. do Rosário do Leme, à Rua Gal.Ribeiro da Costa 164

TERRORISMO

Segundo o advogado deGeorges Khour, a acusação pú-blica está não apenas usandotáticas para tumultuar o pro-cesso e confundir e intimidar aspessoas, como também desres-peitando decisões da SupremaCorte do país. "O Supremo Tri-bunal Federal, em decisào unâ-nime dos cinco ministros da IaTurma, ao decidir sobre habeascorpus por mim requerido,manteve o despacho do JuizJoáo Luís Teixeira Aguiar, queatendeu ao meu pedido de dili-gências."

Esse pedido de diligências erano sentido de serem ouvidosoutros legistas para uma revi-sáo no laudo de exame cadavé-rico feito pelos peritos RubensMacuco Janini e Amadeu daSilva Lopes (que necropsiaramo cadáver de Cláudia) e umaretomada de seus depoimentos.O advogado Pellegrino justifl-cou o pedido dizendo ter encon-trado "contradições e falhasgritantes" no laudo. "Como elessó poderão mesmo é confirmaro que escreveram antes, o lógl-co será uma revisão de seu lau-do por outros peritos, como osque indicamos, o professor ca-tedrático Olímpico Pereira daSilva e seu assistente HerdyPereira da Cunha."

Para o defensor de GeorgeKhour, o promotor teme o direi-to de arguir suspeição, mas, nocaso atual, ele está argüindosem base legal, sem nenhumacomprovação; teria que apre-sentar motivos que comprovas-sem a falta de isenção ou im-parcialidade do juiz e dos pe-ritos."Dizer que. os legistas pormim indicados são suspeitosporque deram entrevista à im-prensa seria no mínimo incoe-

Laudos só dão certezade que não foi suicídio

As sucessivas contradiçõesdo Instituto Médico Legal,além de demonstrarem incom-petência, lançaram uma talconfusão sobre o caso da mortede Claudia Lessin Rodriguesque no momento só há umacerteza: houve morte e nâo foisuicídio. Qualquer outra con-clusão pode ser extraída dasvárias informações que, ao lon-go dos três últimos anos, osperitos e diretores do IML for-neceram aos mais diversos Inte-ressados.

O primeiro laudo foi "conclu-sivo", segundo o então diretordo IML, legista Nilson Santan-na, que o classificou como "cor-reto e indestrutível". Dizia olegista, textualmente, queCláudia morrera "por pancadana cabeça e estrangulamento".Não julgou necessário exametoxicolôgico das vísceras (feitosomente após a exumaçào, 48dias depois do enterro), "pois oexame toxicolôgico do sangueresultou negativo".

Ontem, o atual diretor do Ins-tituto, Olímpio Pereira da Sil-va, sentenciava que "fica muitodifícil apurar a verdadeira cau-sa mortis de Cláudia Lessin Ro-drigues". Apontando para ainexistência de lesões na cabe-ça e falhas no exame toxlcológí-co, ele transferiu ao públicouma pergunta que sua institui-ção tem obrigação de respon-der: "Como podemos afirmar averdadeira causa da morte?"

Em outubro de 1977 a Delega-cia de Homicídios fez uma con-sulta ao IML, sob a forma dequesitos a serem respondidospelos legistas. No terceiro que-sito, os policiais perguntavamao IML: Como explicar a irúil-tração hemorrágica ao nivel dabase da lingua da vitima, ondetem-se petéquias (pequenospontos hemorrágicos) subpleu-rais e subpicárdica?

Na resposta,, os peritos afir-rnaram: "As infiltrações hemor-rágicas descritas na base dalíngua e nos músculos do pesco-ço traduzem açào traumáticaconstrictiva daquele segmentodo corpo, no caso estrangula-mento com mãos (esganadura),o que é confirmado pelas esco-riações da face anterior do pes-coco, conforme descrição dolaudo".

Depois de considerar "absur-das" as tentativas de explicaras petéquias por manobras su-postamente feitas por MichelFrank para desenrolar a linguade Cláudia, os peritos reafir-mam que houve "asfixia".

Ao quarto quesito: "Sofreu avitima pancadas no rosto e nacabeça, as quais provocaram ahemorragia subdural referidano laudo?", os legistas respon-deram: "Sim. O laudo descreveas lesões traumáticas localiza-das na cabeça e outros segmen-tos do corpo, traduzindo, pois,açáo traumática violenta e re-petida. A infiltração hemorrági-ca da face profunda do courocabeludo e de ambos os museu-

los temporais significam quehouve traumatismo craniano,que determinou a hemorragiasubdural".

Sobre a dilataçáo do ânus davítima, os peritos que respon-deram à consulta da polícia fo-ram muito específicos: "Houveviolência sexual e algum Instru-mento foi introduzido, antes oulogo depois da morte, permane-cendo após o óbito, pois osmúsculos, relaxados, deixaramde contrair-se depois da morte.

Nas considerações feitas pelolegista Herdy Pereira da Cu-nha, a partir do laudo suíço,está escrito textualmente, já naprimeira lauda: "De fato, peloselementos e documentos quechegaram à mão do legista sui-ço (um deles foi o laudo iniciaido IML), há que se presumirtenha sido a vitima envenena-da por inalação de cocaína".

No segundo quesito do "pare-cer técnico" do IML a indaga-çáo "De onde provém o sulcono pescoço?" é respondida as-sim: "O sulco tem as caracteris-ticas das lesões produzidasapós a morte. Sua produçãodeveu-se a atrição das cordasusadas para descer o cadávernas pedras, estando o corpo jámorto". Sobre a hemorragiasubdural, a resposta baseadano laudo suíço é: "A necrópsianáo explica a etiologia da he-morragia. O mais provável, noentanto, é que a mesma tenhasido devida à queda, quando daocultação do cadáver". Nào há,também, referência a ferimen-tos de natureza traumática nacabeça. As características des-critas como típicas de estran-gulamento náo foram encontra-das pelos peritos suíços.

O "laudo suíço" nega ainda aviolência sexual, pois a dilata-ção anal foi provavelmente "de-vida ao relaxamento dos esfinc-teres, fato esse que ocorre sem-pre após a morte. Dificilmenteessa dilataçáo teria sido devidaa práticas sexuais antes damorte".

O exame das contradições en-tre o laudo do IML e o "laudosuíço" poderia ir muito longe,mas causa_ espécie que o pró-prio diretor do IML afirme queainda não viu o laudo produzi-do por seu Instituto io que po-deria fazer em questão de minu-tos). Na entrevista que deu on-tem, o Sr Olímpio Pereira daSilva cai em contradição, pois,depois de afirmar que os advo-gados de Michel "náo vão ar-ranjar nada", acrescenta poderadmitir que tenham ocorridoerros no primeiro laudo."

Sua intenção de apontar er-ros é muito louvável, mas, gra-ças justamente esses erros, háagora na Justiça brasileira umacontradição singular entre umaautópsia mal feita e um laudode exame cadavérico feito a 10mil quilômetros do cadáver. NaSuíça alguém jâ teria sido res-ponsabilizado.

ARMINDO RIBEIRO SALGADO

t A30° DIA

família de ARMINDO RIBEIRO SALGADO.convidam para missa que mandam ceietyarem intenção de sua alma, dia 22 segunda-fe!ra, às 11:30 horas, na Igreja São José.

Tempo

A zono de convergênciG intertroplcol sobre o OceanoAílàntico tem maior atividade próxima à cova da África.Uma frente fria também pode ser observada no litoral doParaná estendendo-se peio Maio Grosso do Su', tCorte doParaguai e interior da Bolívia A frente movimenta-se paraNordeste e esta provocando du'ante a sua passagem pança-das de chuvas e troveadas isolados. A massa de ar polar queacompanho o frente e que domina a Região Sul do Brasü, oUruguai e o Argentina esta provocando apenas ligeirodeclínio de temperaturas nessas áreas Uma nova frente iriaem formação esto iocaiijoaa 0'naa no Sul ao ccnt.nente

As imagem do Satólrto Mottorológico SMS lôorecebidas diariamente pelo Instituto de Pesquitai hpo-ciai! (INPtVCNPq) »m Sâo Jo»* dos Campos (SP). Asimagens do latêlrre «ao tranimrtidai imi nfra- verme lho.As áreas brancas indicam temperaturas baixas • asáreas pretas temperaturas elevadas. Conhectndo-M atemperatura dos áreas brancas e das áreas pretaspodemos com uma escalo cromática determinar a tem-peratura da superfície da Terra, das mossas de ar e dotopo das nuvens.

NO RIOParcia'mente nuòlaao Temperaturaem eieva<;áo Ven,os Ncrre '-acos omoderados Máxima ae 3-1 2 cm Rea

O MARMares

A LUA

lengo epagua.

iín mo de 13 8 em jacaré-

O SOLNascer — 05h44mOcaso — 17h48m

A CHUVA

mar 0OJ«

I3h21n l

Reis — Preono 06o33ti0 0

1 2h59r^ 1.

005J953 2

531 71075 8

Rio/Niterói07n2ômOOBa ¦.oma-19h52m/0 3Angra dosU0n22m, l.lnBo> <amarI9nl lrwO.4Cabo Frio — Preomar — OOrOBn-06n22m/0 2Bo.<omar _ |2h5lm/llBhSSm/0.4

Temperaturas

Dentro aa baia — 20Fo'a da barfo — 20Mor — meio agitadoCcrente — Leste oora Sul

CHEIA

24 9MINGUANTE

I 10

PRECIPITAÇÃO (mm)Ultimas 24 horasAcumulada este mèsNorma' mensalAcumulada este anoNormalanuol

VENTOSNorte fracos a moderados

NOS ESTADOSAmazonas — Pte njblado o nubiodo Temperor^a

estável Ma* 33 3 e mín 22 7, Roraima - Nubiodoc/chuvas esoar&as Temperatura estável Ven*os No"e f'ocosMax 33 o min 24 9 Acre-RomJônio - Pel nubladoTemperatura estável Ventos SE fracos Mit 35 e mie 22 4Pará — Nublado Sujeito a chuvas esparsas. Temperaturaestáve' Ven'os Leste fracos Mo* 31.8 e mín 23 4 Amapá— Pte nublado. Temperatura estável Ventos Leste ''acasMo» 32 e mm 24 1 Maranhão Pk-.ui-CiKjra — Parcial-mente nubiado Temperatura esiável Ventos Leste fracosMá» 29 8 e min 24 8 Rio Grand» do Norte — Pienublado. Temperatura estável Ventos Leste fracos. Máx28 4 e min. 22.1, Paraíba-Pernambuco — Pet nublado.Temperatura estável. Ventos NE fracos Ma* i 27,7 e mm22. Alagoas-Sergipe — Pet nublado Temperatura estávelVentos NE fracos. Móx ¦ 26 5 e min 19 Bahia —Nublado anublado. Temperatura estável. Ventos NE fracos Má* i 26 Ie mín.: 21.8. Mato Grosso — Nublado a pte. nubladoTemperatura estável Ventos Norte fracos Mato Grosso doSul — Encoberto ainda sujeito o chuvas esparsos oo Sul doEstado. Demais regiões nublado mell>orando no decorrer doperíodo Temperatura estável Ventos Norte fracos. Má*.:34.6 e mín . 19 6. Goiás—Pte nubfadoa nubladosuieitoainstabilidade no jseríodo. Temperatura estável Ventos lestefracos. Distrito Fedoral-Brasilia — Pte nublado a nublado^instabilidade no inicio do período Temperoturo estável.Ventos NE frocos. Máx 26 5e min. 15 8 Minas G*raii —Parcialmente nub'aao. Temoeraturo em ligeira elevaçãoVentos E/N fracos. Max ¦ 31.4 e min.- 17.4 Espirito Santo —

NOVA9 10

CRESCENTE

17 10

Pet nublado a nubjade Terfracos Ma» 2Q 5 e minachuvos esparsos no ti'OfQÍTerr>pe'a'^ra em dec'"vo n

oeraturo estável Ventos Norte20 8 São Paulo InstávelDemais regiões pte nublado.

\ '.tea' e escavei nas demais'egws Ventos Este a Norte fracos Má» 25 6 e mm 1-13Paraná -¦¦ Encooerto o chuvas e trcwooaas esporse» Tempo-ratura em declínio Ve-^os Sui a Es'e fracos Ma* 21 1 emin- 13 4 Santa Catarina Nubiodo a pa-c>aimentenublado e co^ cruvas e trovoacfas espadas Tem pe'aturaem declínio Ventos Leste m Nort» f-acos a moderados Má*2l4emi'i 1 ó 3 Rio Grande do Sul Nublado nas regiõesSu1 o Sudoeste Dema>s ieg'ues nublado a parcialmentenuofado com possíbi idade de chuvas esparsas temperaturaestovei no 'egiáo Sul e Sudoeste e aechn-o nas demaisregiões Ventos 'eg Sul e Sjdoes'e de S a SW de frocos amoaeraaos Máx.: 19 4 e min. 14 3

NO MUNDOAmsterdã — 20 njb'ado, Assunção — 16 nublado;

Atenas - 27, caro. Beirute - 28 claro; Berlim - 20,nublado. Bonn - 24 caro Bruxelas — 23. claroj Bueno*Aires — 11. claro. Cairo — 30 claro. Chicogo — 18, clatOfcopenhoguo -- 17, eteno; Estocolmo - 16. nublodOj G*n«-bra --¦ 22, c<aro, Jerusalóm - '?b. c oro. Lima — encoberto;Lisboa - 22, '.bodo, Londres — 21, oncoberto, LosAngeles- - '7 "¦,oiado Madri 26 nublado, Mlaml — 29,doto, Montevidéu '.3, ctaro, Moscou — 17. encoberto.

CASA/QUINTA-FEIRA^

^/CADERNO BN^jCADERNO B

JORNAL DO BRASIL

JOÃO MOREIRAMONTEIRO

(FALECIMENTO)

tA

família de JOÃO MOREIRA MONTEIRO,consternada, comunica o seu falecimento econvida parentes e amigos para o seu sepulta-mento a realizar-se hoje, dia 21, às 11 horas,

saindo o féretro da capela Real Grandeza n° 2 para ocemitério São João Batista. (P

SILO MEIRELLES DA COSTA LEITE(ARQUITETO)

t

Ângela e filhas; Dulce, esposo, filhos e neta; Yedda, esposo, filhos e netos;Silvia, filhos e netos (ausentesl e demais parentes, agradecem as manifestaçõesde pesar recebidas por ocasião do falecimento de seu querido esposo, pai,irmão, cunhado e tio e convidam para a Missa de 7o Dia, que farão celebrar, às

11,30hs, 33-feira, 23 do corrente, na Igreja N.S. do Carmo, na Rua 1o de Março.

RAUL BARRETO DE ALBUQUERQUEMARANHÃO

(7o DIA)

tMarília

Barreto de Albuquerque Maranhão, Delio Barreto de Albuquer-que Maranhão e senhora, Alice Barreto Duarte Ribeiro, Raul Milanezde Albuquerque Maranhão senhora e filho, Roberto Milanez de

Albuquerque Maranhão senhora e filhos, Washington Luis Pereira deSousa Neto e senhora agradecem as manifestações de pesar pelofalecimento de seu pai, sogro, irmão, avô e bisavô e convidam parentes eamigos para a missa que, em sufrágio de sua alma, será celebrada naIgreja N. S. do Carmo, à rua 1c de Março (ao lado da antiga Catedral),amanhã, dia 22, às 11:30 horas.

DR. ARTHUR DE SIQUEIRA CAVALCANTIMÉDICO

(Missa de 7o Dia)

t Sylvia da Rocha Cavalcanti, Ary Marques Jones,senhora, filha e netos, Luiz Alberto de SiqueiraCavalcanti, senhora e filhos, agradecem as mani-

festações de pesar recebidas por ocasião do faleci-mento do inesquecível esposo, pai, sogro, avô ebisavô DR. ARTHUR DE SIQUEIRA CAVALCANTI, econvidam parentes e amigos para a missa de 7o dia aser celebrada amanhã, 2a feira, dia 22 de Setembro de1980, às 18:30 horas, na Igreja Santo Ignácio, à RuaSão Clemente n° 226. (P

JORNAL DO BRASIL ? domingo, 21'9/80 1° Caderno TURFE — 39

Chandon ganhade Al-Jabbarem final difícil

Chandon, por Kublai Khan em Galiléa, venceu a ProvaPreparatória em 2 mil metros, na pista de grama macia,atropelando firme nos 200 metros finais, para livrar umapequena vantagem sobre Al-Jabbar que acabou na segun-da colocação. O tempo do gaiihador foi de 2m04sl/5.Gabriel deu uma direção segura ao pensionista do treina-dor João Assis Limeira. Os resultados gerais das corridasforam os seguintes:

Resultados1' PÁREO — 2000 nwtrat — Pista — AU — Pr«mio G$ 114.000,00

Ia Cedron.J.Pinto 55 1.30 II 3,30r CeirteFeu.G Meneses 55 1,30 12 4,503" IvonFloulo, J.M. Silva 55 3.90 13 2.604" Estol.T.B.Pereira 56 3,40 U 2,505° Lucroiivo.G. Alves 55 4,60 23 17,40

Dif. — vários e pescoço — Tempo— 2'08" — venc — (1) 1.30 — Dup —(11)3,30plocé ¦-{!) 1,10 —Mov. do páreo Cr$ 590 650,00 CEDRON M C 3 onos — SP —

M'lleniuTi e MarseHa-ie—criador e Propr. —Haras São José e Expectus — T'einadorF. Saraiva.

2° PÁREO — 1500 metrot — Pista — AU — Pri mio CrS 95.000,00Io Sin.ster.T. B Pereira 56 2,40 12 16,90

Borono J Pmto 56 4,70 13 14,503' Fierro,G.F.Almeida 56 2,20 14 20,904' Doctus.E Ferreita 56 5.20 22 3,505o BusinesBoy G.Meneses 56 8,50 23 1,70

Snow Bole, F.Esteves 56 13,70 24 4,007° PrineeEduard.Jz. Garcia 56 17,90 34 4,90

NI CM: LURON e DARIMON. RET. ESTEREOFONICO.DUPLA EXATA (0704) OS 14,40 — DIF. — palelo e 3/4 de corpo — Tempo 1 '36" —

venc.—(7)2.40 —Dup.—(23)1,70 —plocé —(7) 1,50e(4) 2,10—Mov. do poteoOS I 225 220,00 —SINISTER—M.C. 3 anos —RS —Snow Puppet e Via Bianco —

crrodor — Haras Fronteiro — Propr. Stud Sào Miguel — Treinador — A. Ara0|O.

3° PÁREO — 1000 metro» —1000 mttn* — Pltta —AU — Prêmio !>$ 68.000,00Io Joiâo,M.C.Porto 54 3,40 ; 11 28.502», Tochol.Brasiliense 5! 6,00 i 12 11,003". GrandCanyon, J.M.Silvo 58 1,90 13 3,104" Arv:<,G Menses 56 2.10 14 3,805' Gapur,J.B.Fonseca 50 14,90 23

' 6,60

N,'C. LARSEN DIF. — 1/2 corpo o 2 corpos — Tempo — 102'3 —venc. — (I) 3,40 —

Dup. — (12) 11,00 — place — (1) 2.20 e (3) 2.50 — Mov. do páreo — OSl.342 650.00 JAJÃO — M.A. 5 onos — SP — Gatão e Freifo — criador Horas Brasil— Propr. ~ Marcos Renato Flonão — Treinador — J.M. Jaragão.

4° PÁREO — 2000 metro» — Piita GU — Prêmio Cr$ 100.000,00(PROVA PREPARATÓRIA)

Io Chandon,G.Meneses 56 1,70 11 48,502o Al-Jobbar,J.Queiroz 52 5,60 12 11,703' OHenhouser. A. Ramos 53 20,90 13 2,304» VolId.G.F. Almeida 53 3.40 14 10,205' Lefs Run, E. Ferreiro 54 6,50 22 38,306' BemVmdo.J.M.Silva 56 6,20 23 3,507» VoldeBlue.J.Pinto 55 11.70 24 14,408° VanRoyol.Gomes 55 3,40 33 5,20

Dif. _ pescoço e 1 corpo — Tempo — 2'04"1 —venc,—(4) 1,70 —Dup. (33)5,20 —

p|oco — (4) 1,30 e (5) 1,50 — Mov. do pareô CrS 1.798.600,00 CHANDON — MA 3onos — SP — Kublai Khan a Goliléo — criador — Horas Sào José e Expedictus —

Propr. — Stud Felicidade — Treinador — J.A. Limeira.

5° PÁREO — 1000 metro» — Pl«ta — AU — Prêmio Cr$ 98.000,00(PROVA ESPECIAL DE LEILÃO)

lc Cyr.lle.J F F.oga 56 1.70 11 5.602o Crossing Rood. A Ramos 56 4,80 12 4.2031 Matanzos.J.L Mn.ms -56 25.50 13 2,40.1» BondSlreet.J M Silva 56 7.80 14 .1305° Hostle-R Esteves 56 8,20 22 69.706» BoayJò, A. Oliveira 56 8,40 23 11,807» WestRock.J.Pinto ''56 13,60 24 12,906' MonCheval.J.C.Castilho 52 32.90 33 21,809° Ceyian, T.B. Pereira 56 6.50 34 7,60

10° Sainl James, D.F. Graça 56 23,50 44 40,50

Dif — vóriosel t/2 corpo — Tempo— 103 "3 — venc. —(11,70 — Dup —(13)

2,40 —plocé —(I) 1,20 e (6) 1,70 — Mov. do páreo CrS 1.563.100,00. CYRIILE —

M. A. 3 anos — SP — Fort Napoléon e Pomme d'Or — criador — Haras Sào José e

Expedictus — Propr. — Stud Cambonu — Treinador — H. Tobios.

6° PÁREO — 1600 metro» — Pitta — AU — Prêmio Cr$ 68.000,00Io Hil.oryx,J.M.Silva 57 1,50 11 8,20T Hèster.E. Ferreiro 56 11,60 12 2,203° Tochim, G.F. Almeido 57 4,70 13 3,604° Joonico.A.Ramos 58 9,80 14 3.705o Rondior, A Oliveira 57 9,70 22 16,206" VieioTongo,F.Esteves 56 8.80 23 9,10T Navalha.P.Cardoso 55 16,90 24 7,608" Turno,C. Xavier 56 18,30 33 59,209° CincinnotiKid.J. Pinto 57 13,30 34 20,30

10° Analov.J.C. Castilho 51 24,10 44 48,10

N/CM: ESCAMOSO AXIONA e IU BE LUCKY. DUPLA EXATA (01-07) CrS 16.70 - DIF.3 corpos e min.ma — Tempo — 1 '42'3 — venc. —(1) 1,50 — Dup — (13)3,60 —

placé — (1) 1,40 e (7) 4,00 — Mov. do páreo CrS 1.746.800,00. HIUERYX — M. C. 5

onos SP — Eryx e lilliocea — criador — Horas Bela Vista — Propr. — Stud Timão (SP)Treinador — S. Morales.

7» PÁREO — 1600 metro» — Piira — AU — Prím» CrS 68 000,001» Odynerus.J. M.Silva 55 1,80 22 39,80T Baleine,G.Alves 55 1,80 23 5,70

3° Blu,G.Meneses 57 2,20 24 5,704» Erponto.C Amestely 52 1,80 33 3,80

5° H.lodoi, F Esteves 55 14,90 34 1,80

6» El Sol, A Ramos 54 22,80 44 3,007" QuietRun.AOliveua 58 3,508° Amor Amor, J. Escobar 55 8,80

M;CM: ABDUL e SHELBY.DIF — mínimo e cabeça — Tempo— 1'41"2 — venc — (5) 1,80 -Dup. —(33)3.80

plocé — (5) 1.60 — Mov. do páteo CrS 1 726.000,00 ODYNERUS — M C 5 onos —

SP — Poddy'$s Ligt e Tokyo Girl — criador Haras Sáo Miguel Arcanjo — Propr. —

Siud a'Or — Te.nador — S. Morales.8° PÁREO — 1600 metro» — Pltta — AU — Prímio CrS 68.000,00

Io Bravoteiro, I Biosiliense 54 8.20 11 57,20

2° Boc. MC. Porto 57 4,20 12 17,40

3° Rei Bárbaro, M. Voz 56 21,70 13 3,60

4» Borotro.E. Santos '¦¦¦ 53 25,80 14 6,40

5° Esquadro,J.M Silvo 57 12,10 22 57,90

6" Croi.duSud.E Marinho 57 21,20 23 6,60r FinoC-old.L D Guedes 57 4,80 24 9.70

8o CondordeOuroJ. Pmto 58 3,70 33 4,50

9° Cavolon TB. Pereira 57 3,00 34 2.50

10° Adom.C Amesicly 57 8,00 44 9,50

N/C. MAESTRO PABLODif — 2 corpos e 3/4 de corpo — Tempo — 1 '43' 2 — venc. — (6) 8,00 Dup — (34)2,50 — ploce — (6) 3,10 o (10) 2,20 — Mov. do páreo 1.821.900,00 8RAVATEIRO —

M_ | 5 anos _ rs _ Guméu e Ranguagua — criador — Haras Santa Bárbara do Sul— Propr. — Stud Flovinho — Treinador — J. B. Silva.

9° PÁREO — 1000 metro» — Pi»to — NU — Prímio CrS 95.000,00I» Poncoke.CVolgos 55 1,00 12 27,20

2° Típico J.M Silva 55 11,30 13 9,50

3° Jo-coster A P Souza 51 19,20 14 26.10

4» Lost Wish, I. Brasiliense 52 9,30 22 28,30

5° Cayenne.F. Esteves 55 7,10 23 1,90

6° Chaque.G Meneses 55 22,20 24 9,60

7° Yosmine,C.Xavier 55 9,80 33 6,80

N/CCIAD Dif. — vários e I ''2 como — Tempo— 102" — venc. — (6) 1,00 —Dup. —

(34) 2.10 — olace — (6) 1.10 e (7) 1.90 — Mov. do pareô CrS 1 939 400,00.

PANCAKE — F. C. 3 anos — SP — Renego! e Espoleto — criador — Horas

Pirossunjnga — Propr — Stud Serra Tahada — Treinador — A. Vieira.

10° PÁREO — 1300 metro» — Pilta — NU — Prímio CrS 58.000,00I» SirSIoop,T.B.Pereiro 56 3,00 11 12,502° Guitarrista.G.F.Almeido 54 6,50 12 3,803° Valdo. J Meneses 55 4,90 13 6,004o Tokonir, J MSiiva 55 4.40 14 3,005» Koma.J.F.Frago 55 18.00 22 23,306' Docker,G.Meneses 58 2.20 23 7,70T PelitPorisien.C Amestely 54 23,40 24 3 80

6' Bondo, A Ramos 54 23.40 33 45.909° Botará.F.Esteves 57 19,10 34 6,00

10° Ferus, J Escobar 55 6,50 44 6,00

DUPLA EXA1A (03-05) CrS 25,10 —DIF. 2 corpos e paleta — Tempo — 123' — (3)3 00 — Dup — (23) 7,70 — ploce —

(3) 1,90 e (5) 3,40 — Mov. oo pat-o CrS

1.785 000.00 — SIRSLOOP—M. A. 6 onos — RS — Sloope Pilmayquén — criador— Jose Comos Lac« da Silva — oropr — Stud Dois Mil — Treinador — Z 0 Guedes.

Apostos CrS 17 m mões 330 m.l 345,

TURISMO

QUARTA-FEIRA CADERNO B

JORNAL DO BRASIL

Ujica domina clássicoae poucas concorrentes

Um clássico com apenasquatro concorrentes e duasjue podem ser consideradasrigorosamente da esfera no-bre. Ujica e Sandstorm, é amelhor carreira de hoje, em 2mil 400 metros, em homena-gem a Oswaldo Aranha. Uji-ca, melhor colocada no per-curso, pode dominar Sands-torm, mesmo porque através-sa fase técnica muito boa.OS PÁREOS1" Páreo: O cara branca Va-ganod King não corre há mui-to tempo e reaparece em tur-ma das mais fracas, devendoser considerado como a indi-caçào mais lógica desta car-reira. Vapuaçu, bom corredorna pista de grama, dependede um bom percurso para serdos primeiros, assim comoDirty Harry.2" Páreo: Vada estreou comboa corrida, terminando emsegundo lugar para Tangket.Agora, mais aguerrida e empista de grama, deve ser con-siderada como o melhor no-me da carreira. Dalgiatta, ir-má inteira de Daião, Cripta eEssa são outras concorrentesque aparecem com boas pos-sibilidades.3" Páreo: O clássico OswaldoAranha, em 2 mil 400 metros,tem Ujica, com maior tênuepara a distância como o nome

mais provável para a vitória.A surpreendente Sandstorm,sempre em evolução, aparececomo a sua rival mais próxi-ma. As outras inscritas, Re-forma e Exacta, se colocamnum plano muito inferior,4o Páreo: Força do retrospec-to, uma deve ser a vencedoradessa carreira, aparentemen-te com algum equilíbrio, pe-las presenças de ExcitingGirl, Urgeira e Ussage, todasboas còrredoras na pista degrama, tendo muita chancede lutar, também, pela vi-tória.

5o Páreo: Mais uma carreiraequilibrada, onde aparecemaparentemente no mesmo ni-vel os nomes de Pround, Cas-tiglione, estreante muito co-mentada, Bella Bettina, Ci-trai, Onena e Haretha, todasem condições de vencer. Aestreante Castiglione podeser considerada como maisforte, numa carreira onde tu-do pode acontecer.

6o Páreo: Em período demelhoras técnicas, Biborg de-ve ser considerado como onome mais forte da carreira,apesar das presenças de ChiePoker, bom corredor na pistade grama, e Escaramoucher,que fracassou na última porter largado muito por fora.

7o Páreo: De volta a distân-

cia mais curta e favorável pa-ra ele, Carinus tem muitascondições de vencer essa pro-va, sendo uma pule alta bas-tante possível. West Stone,sempre correndo bem, Cale-don, com campanha no SerraVerdek e Tuyulesque são ou-tros nomes bem cotados.

8° Páreo: De volta em car-reira das mais fracas, Some-where deve ser consideradocomo o principal candidato àessa carreira, mesmo porquetem mais categoria do queseus rivais, Recuado, em boaforma, aparece juntamentecom Baccio d'Agnolo, Jetd'Eau e Chancháo, como ri-vais.

9° Páreo: Uma indicaçãoaparentemente segura é Ra-magem, que, além de ser oretrospecto da carreira levaráa condução de Juvenil Ma-chado da Silva. Sabiá Laran-jeira, Filule e Bariska aparececomo candidatas perigosasna prova.

10° Páreo: Vindo de três se-gundos lugares consecutivos,Lobrasil tem muitas possibi-lidades de conhecer o vence-dor pela primeira vez. Le Fi-garo, também correndo bem,'Able To Run e Yuval são ou-tros candidatos perigosos nacarreira.

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Nonoai vem de corridas decepcionantes, mas pode mostrar nwlkoras

Cânter

Foram suspensos os se-guintes jóqueis, na últimareunião da Comissão deCorridas: Eriton R. Fer-reira, nove corridas; Gil-dasio Alves, seis corridas;Jorge Ferreira, quatrocorridas; Pedro Rocha Fi-lho, três corridas; JorgeR. Oliveira, GuilhermeTozzi, Jair Malta, Eucli-des Freire e Talvani Bar-celos Pereira, por duas.

A Comissão de Corri-das do Jóquei Clube Bra-sileiro distribuiu a relaçãodos animais que vào es-trear na corrida de quinta-feira à noite, dia 25 de se-tembro, que são os se-guintes:

Alalá — fem., alazão, RS(13-10-77) St. Croix e HighPrince — Criação do Ha-ras Santa Clara do Sul epropriedade do HarasSanta Bárbara dos Tro-voes — Tr.: J. Pedro F°.

Berrone — masc, cast.,SP (6-11-74) Pallylle Vio-let — Criação e proprieda-de do Haras João Jabour— Tr.: R. Nahid."

Cancha Reta — fem.,cast, SP (11-11-77) Canter-bury e Rosaura — Criaçãodo Haras São José e Expe-dictus e propriedade doStud Barão do Leblon —Tr.: W. Penelas.

Cara Bianca — fem., ala-zão, RS (7-11-77) Albor e

Precieuse — Criação doHaras São Clemente epropriedade de José LuizCorrêa Pinto — Tr.: W. G.Oliveira.

Eapa — fem., cast., SP(3-8-77) AdanYs Pet e Mia-pa —- Criação do HarasItaiassu e propriedade deJelda Maruska R. P. Pa-lhares — Tr.: L. Coelho.

Ecology — fem., alazão,SP (22-7-77) SaratogaSkiddy e La Mistrale —Criação e propriedade doHaras João Jabour — Tr.:R. Nahid.

Janacaster — fem., ala-zão, SP (3-11-77) Lanças-ter e Anariana — Criaçãodo Haras Bela Vista e pro-priedade de Dante Ma-rohione — Tr.: J. L. Pe-drosa.

La Flautita — fem., ala-zão, RS (13-11-75) OuroFrevo e Grand Monde —Criação e propriedade doHaras Fazenda Araça —Tr.: B. Silva.

Orthographe — fem.,cast,, SP (14-8-77) Zenabree Tarna — Criação do Ha-ras Guayçara e proprieda-de do Stud Tony — Tr.: A.P. Silva.• Já estào reservadospara as corridas da próxi-ma semana os seguintespáreos:

a) 1.100 mts. — CrS 95mil — Peso: 56 quilos —Furore, Righi, Reese, Os-

Fotos de Jose Camilo do Sil

mazzola, Snow Viento,English, Cordes, Iaponi,Pelegrino, Siete Estrellas,Ok Royal, Clear Day, Oca-sionado, Trajan, Open-cast, Flauko, FlowerSpring, Le Figaro, SpeedCross, Poleco, Caldonazzoe Kind to Run;

b) 1.200 mts. — Cr$ 78mil — Agog Sin, Deman-che, Ramallah, Ubim,Alandez, Near, Vif, lrtileLight, Scrap Book, Blitz-krieg, Fiorucci, Chatoli-nha, Killarney, Gree Mo-ney e Katmandu 57, TioMario, Darol, Wisdom,Kymko e Soure 56 e Ala-mão 55; e

c) 1.200 mts. — Cr$ 68mil — Hentol, DoctorSnow, Biarassu, QuietNow, Cinamomo, Bernar-do e Jovino 58, Flu D'En-fer, El Tabu, Colarinho eBanacek 57, Grileiro, Car-go, Artaban, Kimberley,Bean Marg e Jo Corro 56 eAcarape e Vida Boa 55.

• Em Cidade Jardim se-rá corrido na tarde de hojeo clássico primavera nadistância de 2 mil 400 me-tros, pista de grama, cujadotação é de Cr$ 220 mil.O campo com as monta-rias está assim formado:1-1 Belansita, G. Assis 22-2 Bela Reca, J. Dacos-ta 43-3 Burma Road, J. Gar-cia 3"-" First Crop, J. M. Amo-rim 1

Montarias para amanhã1° PAREÔ — As 20 horas —CrS 68.000,00I—1 A;ocnega"*e F Es^.es2-2 Que Cc-wosa. A O

QuiCkJumo AO ^e roT rza, G p A ~~e 3a

3— 3 J n,p. J. R ca-cc'¦--•1 Greot A,e u»a, J. M S-'vi

5 Borraria! : Fe"e -a

.300 metrosKg.

-2 GrandV. e j Ferre.-a-3 TorpiUer G r- A<—e3a--4 *a ron.U Me -?e5

5 Goíopcgc, J M 5 va .

5753£8

' PÁREO — Às 22 horas — 1.100 meiros-0568.000,00— (2o DUPLA-EXATA) Kg.

Kíojs.E fe-e roN-jba.J.P r-oBo-raae.J RcarooGinFiK.E Fre.reEHervescenzo, G FBgPcsi on.J W SLoyoco.R.Freire..

565757575657

2° PAREÔ — As 20h 30m —-1 600 meirosCrS 78.000,00— (T DUPLA-EXATA) Kg.1—1 Hossgcr.G F A.me-aa 57

2 Gros-iCL. U Mendes 562-3 Tié-Sangue J.M Suva. . 57

lages. P Cardoso 57È5' r^adC Arr go G Aves 5-1

3—6 Kibc C Xa- er 57"r7

Ox Ql, 'o.j. Ricaço . .7 568 A'!oGa'rx) J B Fo^eco 53

4—9 D ao -e.R p-e -e . . 56'0 H_~~-g8¦-.-! J P "O '0 57

1 — 1 AAetauro A Ferreira5nowRuO;C. j.Ferre-ro ¦ ¦¦Jerecc, J Ma ia Jov.no, Jl Garoa ..

2—5 Hento-.R. Marches Hofar, L Co-eaJoeiro, J M S ^va

3_g KimbeHey.R Fre *e9 Pcssa-o Se1 vage~\ 5 P Das

10 Bando 3a Ua.M Ana-oae . .J_ i ! Ber-Bo.aac J P "'o

12 G'ea'B_ le' J R";a'ao'3 Escoo-o- c Es-e.es14 Favcable J ? F aga ., ..

5555585851565755565656

58.000,00l — l Ke.a A Ab-ej

2 Muo-ao.C. Va gos2—3 La Embaixadora, R. Ma

4 Reta.; B'as ense3—5 !c*aa J P carao

6 Go'orcoa, A P Scuio ..4—7 Elange. J. Ferre 'O

MissSye.F EstevesTa'C a.D.Gw gnorit...

3" PAREÔ— As 21 HORAS —1.600 metrosCrS 78.0OO.00 — [INICIO CONCURSO 7PONTOS)1 — 1 B e'" Rose ' \Au'ce2— 2 5".e'e$ec G A-.es2--2 U' acae .¦ =T-e ¦?¦

.1 A e'. G F A --« acJ—5 Boa 30 = r. P $c>.-

o P.;;e ,C ¦•=. e-

Kg

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6' PAREÔ—ás 22h25m —

CrS 56.000,00

Hj-3 Enoos.vi

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Lcoe JD.-o.E.

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000 metrosKg.5657

COS, r

., nro .varada, J. R :o-do

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4° PAREÔ — As 21 h30m — 1.600 meiros—GS 68.000 00 Kg.1—1 Bo-oc-o ? Fre -5 1 57

" Pir.aDoi-s.J Riccao 3 54

7° PAREÔ — os 22h50m — 1 200 meirosCiS 78.000,00 K.g.l_i vVel come F Esteves ' -°

2 logoa oc Aboelé, A. Fe"e:-o 2 57

»0k'SrvL Xaver5 Bc'iO'0, í R. ce-e 'o

c Sc-: *:.F Es^ves7 Fa>'F' er. i. Brai e^se

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10 Resauor.J P-c<eay <e ,e..; •'.' 5 .a

—11 Jc-.-.C Va ges 12 Daicmo.J R :o'ao13 jc'a-jc'0," B Pe'e ra 15

5610 57

5713 5614 5815 57

Calcdon, com campanha no Serra Verde, leva a direção de J. M. Silva

Somewhere volta em turma fracaIo PÁREO — às MhOO — 1500 meiros — Oiou — Im29s — (Giomo)

1 — 1 Dirty Harry. F Esteves 57 |° ( 7) Alma Negra e Armênio U00 Gt lm27s t Coulmno" Potcho.J. Ferreiro ....... 56 7o (10) Volcanic e Salor U00 AU Im30s E Counnho2— 2 PitzRoy.LD Guedes 56 4o (13) Bororó e Ephessos 1300 NI Im22s l D Guedes•' Stomine.J.Ricordo 58 13° (14) Kon-Ma e Za.son U00 AP Im30sl Z D Guedes3—3 Fluster,E Marinho 55 5o (12) Salor o Samt Soleil 1300 Gt Iml9s2 G Ulloa" Simão.G F Aimmdo 58 9o (I I) Vollon e Moraes Rose 1300 GU Iml8s4 G. Ulloo

4 Vapuaçu.J Mendes 58 7o ( 7) Zosimus e Naipe Ouro '000 NL Im03s H Cunha4— 5 Vagabond K.ng, G Weneses 58 6o ( 7) Cholucky e Farno 1600 AL Invtlsl F Saraiva

LordDanny.C Xavier 58 7o (12) Saior e Sa.nt Soleil 1300 Gt Iml9s2 N P Gorro» P>VeryGood.t Corrêa 10 55 11° (13) Bororó e Ephessos 1300 Nt Im22s J E Souto

2° PAREÔ - ¦ às I4h30 — 1400 metros — II Trovotons -DUPLA EXATA

• Im22s 2/5 —(Grama)

1 — 1 Cnpio.J.F Fraga 56 2o ( 9) D Primavera e Bilonila 1200 Gl Iml3s3 W PioloVeracity.J Ruardo 56 12° (14) C DOeuvre e Vnlley OI Princess 1300 AU Im23sl A NahidDanara. L D Guedes 56 6o ( 8) Tangket e Vada 1500 AP ln.16s? 2 D Guedes

2—) Slipe.R Macedo -t 56 9° (13) Chartres e tovely Girl 1400 Gt Im25s3 D TripodiCoiorata. j Mal'a . . ... 56 8o (10) Ciad e Repeli • 1000 Gl 59s4. J C 7 nocoDo-giaTi. E Fe-rei-a .. 56 Estreante Fs"enntí W P LovOr

3—7 Voda.G F A^eida .. 56 2o ( 81 Tangket e Esso 1500 A" Im36s2 G F SomosB Chere Poíiion, I B'a5..e-se 56 8o ( 9) H.chory e Ciad IJC0 AU Im23s4 A ArouiO9 Essa T B. Pe'Ci'a ... 55 T (12) Samira o Vmo Lee IJ00 NL Im2ls4 l Coelho

4-10 Bibesca.J. Pmlo ...10 56 3o (12) Samira e V.na teo '300 Nt Im2ls4 A Vieiro11 FantingaJ.M.Silva 11 56 Estreante Estreante E P Coutinho12 Brunilda.b Freire 12 56 5o ( 7) Itajal e Jano Claun 1300 NP Im23s? J. U- Freire

3° Pareô ¦ - às 15h00 — 2400 meiros — Sunsol — 2m25s I 5 -GRANDE PRÊMIO OSWALDO ARANHA

1—1 Reforma, A.0'iveira ...2—2 Exacta. P Ca'doso3—3 Sandsto.-m.F £s*eves..4—4 Uiica.G.F Almeida

59595959

6° 7) Upca o lhe Garland4° 7) U|,ca e The Garland3o 71 Uuca e The GarlondIo 7) lhe Garland e Sannsro-r

2000200020002000

GPGPGPGP

2m07s47m07s42m07s42m07s4

A MaraleiR CostoW AlianoG F Santos

4° Páreo —às I5h30 — 1300 meiros —Carootó 1— Iml5s4.'5 —Grama7° PAREÔ DO CONCURSO TRÍPLICE — INICIO DO CONCURSO DE 7 PONTOS

1 — Edanka, A. Ramos 55E»c.linqGnl.F Esteves 55

2—3 Uma. J Malta 56Rcira^na.E Ferreira 56

3— toFaby,J Garcia 55Urgeira,G.F. Almeido 56

4^—7 Ussage, J.Ricardo 55BiessMy Star, G Meneses..... 57

1° ( 8) Dama Sinistro e Luyoa do Abuete5o ( 7} Exacta e Birboso2° ( 8) Pnlora e Camelie3o ( 4) Uity e Br-sa Leve5° ( 7) Lnngoost"ie c ííocionnda6° ( 7) txoc'a e B'rhoso1" ( 91 B<g Possion e Umei1° (I I) West Bird e Full G.rl

12001500130016001300150014001000

GLALNtAPGUGU

Iml6s31 m34s4Im20s3Im.lls3Im20s2Im34l4In,24s359s3

O J M DiaiR, CostoAp SilvoW PioloA V NevesG F SantosR CorrnpitoF Saroivo

5° PÁREO — às 16h00 — 1400 metros — II Trovolon» — Im22s 2/5 — GRAMA8° PAREÔ DO CONCURSO TRIPLO

1-1 Renomodo J.Malta I 56 4" ( 8) Bibana e J G.rl 1000 Gt Im00s3 JCTmoco2 Proud.J. Pinto 2 56 6o ( 9) Hichory e Ciad 1300 AU Im23s4 Z. D. Guedw

2—3 FlymgToPans.J Mendes.. . 3 56 Estreante Est-eanl» F Saraiva

Castiglione G Meneses 4 56 10» (13) Chartres e Lovely G.rl 1400 GL Im25s3 J Silva

MileJulierte E Ferreira 5 56 12° (15 Irabem e Tonara (CJ) 1200 AU lml6sl E C. Pereira

3—6 Bela Belino.i Brasiliense... 6 56 3° ( 7) lto|ài e Jane Clour, 1300 NP Im23s2 ICBor.oniCitral J Ricardo 7 56 12° (14) L Wood o Estonteante (CJ) 1000 GU 57s3 WAI.anoOnena R Mnraues 8 56 2° ( 7) Sut.leia e T,a Bessie 1200 NL Iml7s4 CRoso

4—9 Up Down F Esteves 9 56 4° (12) Sam,ra e V.na Lee 1300 NL Im21s4 CAMorgadO10 For-tia GF Aime.da 10 56 11° (12) Voma e Volkg 1600 GU Im37s4 R Tnpodi

6° PAREÔ — àt I6h30m — 1500 mrtros — Diau — Im29t — (GRAMA)9° PÁREO DO CONCURSO TRÍPLICE — DUPLA EXATA

1 —I Sibilanl.C.Volgas ... 5/ 6" ( 8) lkleri> o Atchim 1000 GL ImOOsl A Vieiralleo R Fre.re 57 6° (17) Buiilil e Assomado 1300 GL lml9s J BorioniEIChris.L D Guedes ..... 57 2° ( 8) Lagos e Operador 1500 AP Im34s Z D Guedes

2—4 Quer-onaeu- J escobar 57 7° ( 9) Gerald e Al Piaue 1600 AU Im42s4 E Cardoso

5 ChicPaker J.P.nto....... 57 3° ( 9) Pmstar e Tuto 1400 Gt Im24s4 A. P. SilvoFanagram.A Romos II 57 7° ( 8) Despistar e Sweet Vik.ng 1000 AU Im04sl A P Silva

JudgeHimes J Moita.. 14 57 9° ( 9) Gerald e Al Pigue 1600 AU Im42s4 A P Silva

3-6 En Armes J F Fraga 57 1 Io (17) Busills e Assomado 1300 GL lml9s G L. Ferreira

Escarmoucher,E. Fre.re .. 57 5° ( 9) Gerold e Al P.que 1600 AU Im42s4 A Ricardo

Operador J R.catdo 57 3° ( 8) Despistar e Sweet V.kmg 1000 AU lm04sl R Tnpodi

4—9 Deco- R Ma"K)o 57 9° (10) Ubim e Chono 1300 NL Im27s4 OM Fernonde»

10 En-am A Aoreu ... 10 57 8° ( 8) Lagos e Chris 1500 AP ln-34s J C Ti noco

11 Ba-ard J Fere ra 12 57 4° (17) Busilis e Assomodo 1300 GL Iml9s 5 Moroles

7° PÁREO - - àt 17h00 — 1000 metroí — Soh/lui — 56» 2/5 — (Grama)10° PÁREO DO CONCURSO TRÍPLICE

1 — 1 Elcio, A. Abreu r-6 Estreante Estreante H Tob'012 Carinus.F Lemos 56 8° ( 9) Crocshot e Cobicpso 1500 AP Im36s O Serra

2—3 Off-side.J Esteves 56 Estreante Ev,eante F Abreu4 Naupan G F Almeida 56 b" ( 8) El Tirano e Andtodo(CP) 1100 NL Imllsl G L Ferreira

3—5 Vamos. J. Ricordo 56 Estreante Estreante R. TripodiCaleaon J M Si ivo 56 53 ( 7) Kitusco e Roulcns (BH) 1000 Al Im06s2 S MoralesChorro.A P Souío ..... 50 9° (15) Cranaos e English 1000 NP Im0ls3 O J M Dia»

4—8 Portland,R Macedo 56 8o ( 9) Coimão e Quinn 1200 GL Iml2s3 G Feijó

9 West Stone, F Esteves 56 3° (16) lote» e Cynlle "00 NP I m09s4 F Madalena

10 Tuyulesque. J Pmto 10 56 | 15° (15) Humbolt « Cedron 1200 NU Iml6s2 P Morgodo

8o PÁREO ¦ -ài !7h3011

1400 metroí — Ura. — lm24s4/5 — (Areia)3 — 1400 metrot — Urge — ImPÁREO DO CONCURSO TRÍPLICE

1 — 1 Brentano,G.Meneses 5/ 1° (12) Kozon e Fino Troto 1400 GL Im23s2 J E Sou?o

2 Rkuooo.AO'vei-o. 56 6° ( 9) Diau e Pato Bronco 1500 GL lm29s A MoralesRegra Três, J.M. Silvo 56 3° (10) Kubnck e Aron 1300 Nt Im20s4 A. Moroles

2—3 JetD'Eou.J.Ricordo 56 8° ( 8) II Trovatore e Elois '600 GL lm35sl G L Ferreira

Nonoat,G.F.Almeido .... 56 5° ( 8) Boccner.ni e Argo;ol 1200 NL lm!5s4 G. L Ferre.ro

3—4 Somewhere, U A7.e'eles 56 7° ( 8) Depiction e Brav.o 2000 GU 2m03s4 J. Morchant

5 Boccio DAgnoto, J. Escoriar 57 2° ( 5) Uci e Gentry 1400 AP Im26s3 R. Tnpodi

4—6 Quelo.J Pinto 57 8° ( 8) Boccherim e Argozol 1200 NL Iml5s4 R Morgado

7 Chonchào.G.Alves. 56 6° (10) Kubnck e Aron 1300 NL Im20s4 S. Morales

9° PÁREO - - àt 18h00 — 1200 melrot — latogan — lm!2t2/5 -12» PÁREO OO CONCURSO TRÍPLICE

- (AREIA)

1 —I Banska.F Lemos 57 5° (13) Any Sm e Aritominm 1000 AU Im03s4 O Serro2 Foraa J R carao 57 5° (10) Bless My Star e Filule 1200 NL Iml5s2 S Moroles

<orarja.T 8. Pe-e-ra 57 8o (13) Any Sm e Aritamihm 1000 AU 1 m03s4 S Moroles2—3 Giobitu J Ferreiro 57 7° (13) Any Sih e Aritominm 1000 AU Im03s4 G Fe.|à

4 SaboLa-or.e-a J.P-to. .. 57 3» (10) Bless My Star e Filul» 1200 NL Iml5s2 JALime.roSsi.eHe G '/e-eses 10 57 4» ( 8) Approach e Nubo 1200 NL Iml5s3 J A limeira

3-5 Ramage- J ',l S-vo 57 2° (12) K.mber e Eievoge 1100 At Iml0s2 A Moroles

Pupure.s A P Souzo 57 1» ( 7) Henessy e Encomada (CP) 1100 NL Imlls2 CIP Nunet

Vakinodo.J B.Fonseca.. 57 8» (10) La Faby e Unesca 1200 NP Iml7s4 J Pedro F»4—8 Es;esq e L 0 Guea»s 57 7o ( 8) Rapidamente e Niki 1000 AU Im03s2 Z DGuedet

9 F.lule R Frei-e II 57 2° (10) Bless My Star e S. Loronjei/os 1200 NL Iml5s2 A Nah.d10 Cora.no V O. /e.'a 12 57 5» ( 8) Approach e Nuvo 1200 Nt Iml5s3 H

Too.os

10° PÁREO—àt I8h30 — 1200 metrot — latogan — 1 m12t2/5 —(AREIA)13° PÁREO DO CONCURSO TRÍPLICE — DUPLA EXATA

55 8° PÁREO às 23hl5m —1.300 meiros CrSKg.53565556

9 55

l_l v„0icx:.- 56 1° ( 6) M. Potr.cio e I. Pares'(BH) 1000 At Im06s2 S Moroles

2 Poleco J M Silvo 56 3» (15) Cranaos e English 1000 NP Im0ls3 S Moralet .

eF goro J Escobar 11 56 7° (15) Cranaos e English 1000 MC lm0ls3ANohid i

2-3 Kod-Am J Fe-re -a 56 2o ( 8) Nossaralah e Fim de Papo '200 GL Iml2ll J A .limeira ,Lob-as...F Esteves 56 Estreante Estreante A. Arouio -j

Coltrone J Ricaroo. ... 56 5° (10) G. Deed e Able To Run 1200 NI Iml5s2 J Marcham

3—6 Bagdadin.R Carmo... 56 7» (1 1) E»emple e Co.ou '000 Nt lm03s H Tobios

Segoll.J.Mona .. 56 7» (10) G. Deed e Able To Run 1200 NL Iml5s2 W. Aliano

Toc.-l- E Ferre,ra' ... 56 8° ( 9) Fim de Papo e Lucas 1500 AP !m37s G F Santos

Sapporo.G.F.Alme.ao 56 2° (10) G. Deed e L Black 1200 NL lml5s2GFeiio4-10 AoieToR.n R Maceao ...10 56 3° (10) G. Deed e Able Ta Run 1200 NL Iml5s2 E P Coutmno

II Lo-dBa:- E.R Ferre-o . 12 56 4» (10) Accuroto e Yo'0 (RS) '200 AP Iml4s3 W G Olive.ro

P AboOrleào F Carlos 13 56 7» ( 9) Tuiuoá e Tuyulesque 1000 GL ImOOsl OM Femgnam

9° PÁREO — às 23h40m — 1.100 meirosGS68.000.00— (3° DUPLA-EXATA) Kg.1—I Sc1 dcLec'c:- L Cn ae -a

S rSroae J c. F'agoRc*o'a^. R 'Aa-q^es

575657

Retrospecto1° Páreo: Vagai:-iarr/

2* Páreo Vada3' Páreo: ü; ca4° Páreo: Uma5' Páreo: Casvg

6o Páreocrer

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¦ Cripla — EssaSandstorm — Re'cr™-aUssage — Urge.ro

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9" Páreo: Ramagem — Sab.á Lararieira —

Ba'.ska10° Páreo: Lobrasí — Le Figaro — Ab.e To

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40 — ESPORTE JORNAL DO BRASIL ? domingo, 21/9/80 <2 1° Coderno

Botelho vence com antosFoto de Cristina Parcnaguo

"índigo" a Regata S ULlllUllt

Com o auxílio dos balões no vento de popa, o índigo, de Ivã Botelho, se impôs com categoria nas classes I e 11 da Regata Santos Dumont, disputada por 14 barcos

O índigo, de IvãBotelho, venceu on-tem a Regata SantosDumont para a cias-se oceano, disputadana raia da Escola Na-vai por cerca de 14barcos. O vento, deSul, tinha força trêspara quatro. Ivã ven-ceu as classes I e IIque teve em segundolugar Stan Haynes eem terceiro SérgioMisk.

A classe ni foi ven-cida por Mário Si-mões, com seu O Bar-co, classificando-seem seguida Paolo PL-rani e José ÁlvaroCarvalho. Nas classesIV e V, o primeiro lu-gar ficou com Con-tran Meyer. Em se-gundo chegou Jac-quês Aubry, seguidode Armando Santos.

José Eduardo As-sunção venceu a re-gata para a classe VI,com Nelson Faria fi-cando em segundo eCarlos de Almeidaem terceiro. Para ho-je está prevista a con-tinuação da Taça Sa-ga, para a classe opti-mist, com largada às13h30m na Praia doFlamengo e a quintaregata Cidade do Riode Janeiro, para to-das as classes, na raiada Escola Naval. Alargada para a classeoceano é às 13h e pa-ra as outras classesàs 13h30m.

rAlencar briga comIngo no Stock Cars

Porto Alegre — O goiano AlencarJúnior, segundo colocado na classifica-çâo geral, tem hoje no circuito de Taru-mã a melhor oportunidade de chegarpróximo ao líder do Torneio OpalaStock Cars, Ingo Hoffmann, e até deassumir a liderança da competição, poislarga na pole-position da 8n etapa e estácom seu carro no ponto ideal.

Alencar fez o tempo de Iml9s84,abaixo do recorde da pista que pertencea Paulo Valiengo, com Im22s57, seguidode Zeca Giaffone, com Im20s21. IngoHoffmann fez o terceiro tempo,Im20s22, apenas um décimo de segundode diferença para Paulo Gomes, cam-peão da temporada passada.

Fórmula FordGoiânia — O paulista Arthur Bra-

gantini, com o titulo do CampeonatoBrasileiro de Fórmula Ford decididopor antecipação a seu favor, fez o me-

lhor tempo ontem e larga hoje na poleposition para a última etapa da compe-tiçào, marcada para as 10 horas, noautódromo de Goiânia, apesar dos pro-testos de Mário Covas Netto, segundomelhor tempo.

Covas Netto, que é um dos principaiscandidatos ao vice-campeonato e aoprêmio especial de CrS 50 mil oferecidopela Ford, procurou a sala de cronome-tragem no final do treino, alegando queo mapa oficial dos tempos não coincidiucom os registrados por sua equipe, aTaito Playtime, principalmente com re-lação às marcas de Bragantini.

Mesmo sem ter sua reclamação aten-dida, já que Bragantini teve seu tempoconfirmado, Covas Netto mostrava-sebastante satisfeito com o rendimentodo carro e espera ganhar a prova dehoje, mesmo tendo atrás de si o carro deWalter Soldan, que obteve o terceirotempo e que também luta pelo segundolugar geral.

Damiani ganha Masters da Copa Itaú

I "CAMINHANDO PELO MUNDO* /

Villas perdena T. Davis

Buenos Aires — A Tcheco-Eslováquiaestá vencendo a Argentina por 2 a 1 nasemifinal da Copa Davis de tênis que sedisputa no Buenos Aires Lawn TennisClub. Ontem Guillermo Villas perdeu pa-ra Ivan Lendl uma partida de simples quehavia sido suspensa sexta-feira por faltade luz com Lendl vencendo por 7/5, 8/6,3/1. Na complementaçâo, após uma horae meia de jogo, Lendl conseguiu impor 9/7ao argentino.

Na partida de duplas, também dispu-tada ontem, Lendl e Tomas Smid vence-ram Guillermo Villas e José Luis Clercpor 6/2,6/4,6/3. A série se define hoje comdois jogos de simples: Lendl x José LuisClerc e Villas x Pavel Slozil.

Em Roma, por outra semifinal da Da-vis, a Itália se impõe com 2 a 1 sobre aAustrália. Ontem de manhã o australianoPeter McNamara venceu Corrado Baraz-zuttl por 10/8,1/6,6/4, 6/2. À tarde, porém,Paolo Bertolucci e Adriano Panatta ven-ceram Paul McNamee e McNamara por2/6, 9/7,2/6,6/4. A disputa se eencerra hojecom mais dois jogos de simples: McNa-mara x Panatta e McNamee x Barazzutti.

Na Bahia

Salvador — Os gaúchos Nelson Airtz eEleutério Martins fazem hoje, no ClubeBaiano de Tênis, a final do CampeonatoBrasileiro da Juventude de Tênis. Nelsonderrotou ontem o paulista Marcos Bragapor 7 5, 6/2, enquanto Eleutério venceuCésar Vitor do Espírito Santo, de Brasi-lia, por 6/4, 6/3.

A final feminina será entre a paulistaSandra Sabbag e a carioca Cristina Ros-wadowski. Sandra venceu ontem HelenaWappler, do Rio, por 4/6,6/2,6/1, enquan-to Cristina derrotou Flora Zacharias, deSão Paulo, por 6/2, 6'2.

Transferido

A Confederação Brasileira de Tênisdecidiu ontem transferir para o períodoentre 9 e 12 de ou^ubro_a_fase_de-í4ov&-

-HamburgSTRSÍdo Circuito Sul-América,inicialmente prevista para 2 a 5 do próxi-mo mês. A disputa nesta data coincidiriacom o Campeonato Brasileiro de Adultosmarcado para Sào Paulo entre 29 desetembro e 4 de outubro.

Em Curitiba, começa hoje o Campeo-nato Brasileiro de Veteranos. O Rio ins-creveu 10 tenistas na disputa masculina euma na feminina.

São Poulo/Foto d* Set* Cario» Braill

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José Luís Damiani soube vencer um jogo equilibrado

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BasqueteApós grande dificuldade, a

equipe do Vasco conseguiuderrotar, na prorrogação, ados Funcionários da Side-rurgica Nacional, por 75 a70. partida disputada ontemem Volta Redonda e válidapeia terceira rodada do 1°Torneio dos Grandes AstrosVeteranos de Basquete.

O jogo foi bastantf equili-brado desde o inicio, embo-ra o Vasco apre.ser.tas.5f1 vá-rias falhas na defesa. No se-gundo tempo houve umagrande melhora no sistemadefensivo e cs dois timns ter-minaram os 20 minutos aejogo com o p!a'-ar acusandoâ6 a 66. apesar da grandeatuação de Edinho \ascoi.

São Paulo — Numjogo que teve a dura-ção de duas horas eapresentou um bomnível técnico, o uru-guaio José Luís Da-miani venceu ontemà tarde, na quadracoberta do Ginásiodo Pacaembu, o mas-ters da Copa Itaú deTênis Internacional,derrotando o brasilei-ro Marcos Hocevarpor 2 a 1, com par-ciais de 7/5, 4/6 e 6/3.O torneio foi disputa-do em cinco etapas econtou com jogado-res de vários países.

Carlos Alberto Kir-mayr e ThomasKoch, os dois melho-res tenistas do Brasil,foram derrotados nassemifinais, para sur-presa geral, uma vezque vinham bem aolongo da Copa e esta-vam bem cotados.Hocevar cresceu deprodução nos últi-mos jogos, mas nãoconseguiu ficar com otítulo, que deu a Da-miani um prêmio de 7mil 500 dólares (Cr$412 mil 500). Coube-ram a Marcos Hoce-var, como vice-campeão, 3 mil 700dólares (CrS 203 mil500).

Depois de perder oprimeiro set, disputa-do como muito equi-líbrio, Marcos Hoce-var reagiu e fechou oset seguinte com 6/4.

No set final, o tênis-ta gaúcho perdeumuitos pontos na su-bida à rede e acaboufacilmente envolvidopelo jogo de JoséLuís Damiani, quesoube tirar melhorproveito das jogadasde fundo de quadra edemonstrou estar fi-sicamente muitobem preparado. O re-sultado não sur-preendeu, pois todosesperavam uma par-tida equilibrada, oque acabou aconte-cendo.

IORNAL DO BRASIL D domingo, 21/9/80 D Io Caderno ESPORTE — 41

Sào Paulo/Foto de Arinvotdo dos Sorrio.

Paulista Andreas lidera o Brasileiro de SaltosCristiano é odestaque noatletismo sênior

Com um bom desempenhonas cinco provas iniciais dodecatlo, Ronaldo CristianoAlcaraz, da Agremiação Atlé-tica da Universidade GamaFilho, foi a melhor figura doCampeonato Estadual deAtletismo Sêniores ontem àtarde, na pista do Estádio Cé-lio de Barros, no Maracanã.

Nas cinco provas — lOOm,distância, peso, altura e 400m

jasQs^^ROTiakto somou 3 mil545 politosrque o credenciampara superar esta manhã, nascinco provas restantes, o re-corde estadual, atualmenteem poder de Geraldo Aluísio,com 6 mil 936 pontos. A se-gunda colocação pertence aAntônio Euzébio, especialistaem 400m rasos e barreiras,também com uma boa conta-gem — 3 mil 374 pontos.

Exceto o decatlo que apre-sentou um padrão técnicoelogiável para os dois primei-ros colocados, as demais pro-vas realizadas na tarde de on-tem tiveram um desenrolarmonótono e com marcas fira-cas. Não foi batido sequer umrecorde de campeonato, mui-to comum, pois o último tor-neio foi disputado há um ano.

A maioria dos atletas ins-critos no Campeonato de Se-niores é da categoria juvenil ealguns até da infanto-juvenil.O atletismo carioca sofreuma crise muito séria, poisestão desaparecendo os gran-des astros, hoje reduzidos aapenas quatro ou cinco de-fensores da Gama Filho.

Presente à competição, opresidente da Federação deAtletismo, Mário Richard,mostrava-se desolado com oritmo da competição. Afir-mou que tentará mudar o sis-tema de disputa, voltando aomodelo em que cada torneiovalia por ele mesmo e nâo

como agora, somando pontospara se chegar ao campeãoestadual.

O técnico Carlos AlbertoLanceta, da Gama Filho, foiconvidado, junto com os atle-tas Altevir Araújo, NelsonRocha, Geraldo Pegado, An-tònio Euzébio, João Carlos deOliveira e Conceição Jere-mias, para participar do Tor-neio Internacional a ser reali-zado em Buenos Aires, dias10,11 e 12 de outubrojnaugu^rando uma pista de tartannaquela Capital.

Realizaram-se ontem pelamanhã, na pista do Maraca-nã, três provas do PentatloNacional, fase municipal. Ho-je serão disputadas as de sal-to em altura e 1.500m, a partirdas 14 horas, quando se co-nhecerão os seis vencedoresdas categorias infantil, infan-to-juvenil e juvenil para parti-ciparem na fase regional, dias11 e 12 de outubro, em Gover-nador Valadares, Minas Ge-rais.

Os principais colocados nastrês primeiras provas de on-tem são: Infantil: Io Andréade Oliveira (Colégio Batista)817 pontos, 2o Maristela Bel-ladona (Colégio Lourenço Fi-lho) 763; Io Vinícius da SilvaSantos (Escola Estadual Car-los Lacerda) 914 pontos, 2oAlexandre Luís Ramos (Cole-gio Metropolitano) 810; Infan-to-Juvenil: Io Ana Maria deJesus (Cidade de Deus) 1.310pontos, 2o Ana Maria Castro(Colégio Coelho de Almeida)1.302; P Eduardo Loredo (Ni-terói) 1.201 pontos, 2o ClaytonVieira (Gil Vicente) 1.196; Ju-venil: Io Rita dos Santos Sil-va tSuderj) 1.254, 2o MaristelaGomes da Silva (Clóvis Mon-teiro) 1.122; Io Norberto Mar-tins Guedes (Cidade de Deus)1.667.

RESULTADO DO ESTADUALFeminino100m1. Célio Costa Gama Filho 12s32. Nara Custódio Vasco 12só3. Maria de Fátima Gama Filho 12s8lOOm barreiras1. Vera Lúcia Oliveira Gama Filho 16s52. Rosita Coelho Vasco 18s53. Luiza Araújo Vasco. 19s01.500m1. Mònica Tobios Gama Filho 4m56s32. Dalvirene Paiva Gama Filho 4m58s63. Maria de Lourdes Flamengo 4m59s6Disco1. Marinalva Rita Gama Filho 39,24m2. Rosalia Teles Botafogo 26,38m3. Teresa Xavier Vasco 22,74mMasculino800m1. Marco Aurélio Vieira Fluminense 1 m55s92. Marcos Frost Fluminense Im57s03. José Luís de Sousa Gama Filho Im57s9Dardo1. Valmir Fausto Gama Filho 5,62m3. Antônio Carlos Martins Botafogo 42,34m5.0O0m1. José Bailar Fluminense 15m35s62. Boanerges Sousa Gama Filho 15m57s23. José da Silva Gama Filho lómOOsO4x1 OOm1. Gama Filho 4ls52. Flamengo 43só3. Vasco 44s0Decatlo pontos1. Ronaldo Alcaraz Gama Filho 3.5452. Antônio Euzébio Gama Fiilho 3.3743. Flávio Léo Flamengo 2.989

ContagemMasculino pontos1. Gama Filho 482. Fluminense 28,53. Vasco 224. Flamengo 15,55. Botafogo 12Feminino pontos1. Gama Filho 592. Vasco 273. Botafogo 6,54. Flamengo 45. Fluminense 2

URSS volta aexibir sua força

Tóquio — A União Soviéticaconquistou o maior número demedalhas de ouro no Torneiode Atletismo das Oito Nações,disputado ontem, no EstdioOlímpico. Os soviéticos ganha-ram sete das 29 medalhas, con-tra cinco da Alemanha Ociden-tal, quatro da Itália, EstadosUnidos, Polônia, Inglaterra euma do Japão.

Quase 70 mil pessoas assisti-ram à competição, realizada dedois em dois anos. A Finlândiacompletou a relação dos oitopaises, enquanto a França eSuécia competiram sem contarpontos. Nenhum recorde foi su-perado. apesar de terem sidoregistradas boas marcas, comoo salto em altura de 1.96 daitaliana Sara Simeoni.

VENCEDORES

Disco: Dariusz Juzyszyn iPo-lóniai 62,20m; 800m: Paul For-bes (Inglaterrai Im49s7; 5 mil:Alberto Cova (Itália) 13m42s6;lOOm: Stanley Floyd (EstadosUnidos) 10sl6; Distância: Stan-nislaw Jaskulka (Polônia)7.88m; Vara: Konstantin Vol-kov (União Soviética) õ.50m; 10mil: Toshihiko Seko (Japâu)2_m38s7; 4x40m: Estados Uni-

dos 3m04s9; Dardo: HertmutSchereiber (Alemanha Ociden-tal) 87,66m; 4xl00m: EstadosUnidos, 38s52; 200m: PietroMennea (Itália) 20s03; llOmbarreira: Alexander Puchokov(União Soviética) 13s76; 400mbarreira. Edwin Moses (Esta-dos Unidos) 48s58; 3 mil obstá-cuios: Bronislaw Maminski(Polônia) 28s5; Martelo: KarlHans Rienm (Alemanha Oci-dental) 76,48m; 400m: WillieSmith (Estado Unidos) 45s91;1.500m: Uwe Becker (AlemanhaOcidental) 3m47s5; AltAltura:Jaeez Wisola (Polônia) 2,30m;Salto Tripo: Jae Udmae (UniãoSoviética) 16,B4m;

Mulheres:lOOm: Heather Hunte llngla-

terra) lls24; Altura: Sara Si-meoni (Itália) 1,96; 100 barrei-ras: Vera Komisova (União So-viétical 12s68; Dardo: SaidaGumba (União Soviética)64,20m; Feso: Svetlana Kra-chevskaia (União Soviética)21.17m: 400m: Joslyn HovteSmith (Inglaterra) 51s92; 200m:Kathryn Smallwod (Inglater-ra) 22s70; 1.500m: Gabriella Do-rio (Itália) 4ml2s6; 4 x 100:Uniào Soviética), 42s96; Dis-tància: Christiaue Sussiek(Alemanha Ocidental) 6,57m;

Montando Prometido II, Andreas obteve outro 2o lugar e agora lidara o Campeonato

Flores tem dois pontos devantagem no golfe do Gávea

Hélio Flores assumiu a lideran-ça da Taça H. B. Marvin de golfeque teve sua primeira volta dispu-tada ontem no campo do Gávea em18 buracos, par point. Flores conse-guiu 42 pontos contra 40 de AngusHiltz, segundo colocado. Raul Fer-nando Davis e Frank Castanheiraempataram em terceiro lugar com39 pontos enquanto Caio Sylla eGonçalo Dias marcaram 38. A Taçaencerra-se hoje com os 18 buracosrestantes.

No ítanhangá

A Taça Fiat Lux. disputada on-tem no ítanhangá em 13 buracos.best-ball, por duplas, teve como

vencedores Carlos de VincemUAn-dré Wilczek. com 57 — categoria 0-17 —e Fclisberto Branti Alfredo Ric-ciulli, com 57 — 18-24.

Os resultados da Taça foram osseguintes:0-17; 1. Carlos de Vincenzi-AndréWilczek - 57; 2. Fábio Egypto Fi-lho-Eduardo Novais — 59; 3. KemOkabaiashi-T. Kurosaki — 63; 4.Ramiro Barceics-Frands McCor-mick — Adolfo Maidanichik-Fernando Duque e Pcpe Torras-George Belham — 66.18-24; 1. Felis-berto Brant-Alfredo Ricciulli — 57;2. Luis Cardoso-Fred Cardoso — 01;3. Paulo Freitas-Güberto Addures— 64; 4. Rui Zobaran-Luís AlbertoZamith — 65; 5. Ivair Azevedo-Sérgio Vilela — 66.

Para hoje está prevista a dispu-

ta da Taça Transportadora Rutraem 18 buracos, par point, para gol-fistas das categorias 0-9.10-17 e 18-24, simultaneamente à Taça Nival-do Stallone, para juvenis, em 18buracos, stroke-play.

Começam a chegar ao Rio naquinta-feira os estrangeiros queparticiparão, de 25 a 28 deste mès,no Gávea, do Torneio Gávea VarigInvitation. A competição para se-nhoras será nos dias 25 e 26 — odestaque é a francesa Danielle Va-etier — e a dos homens a 27 e 28.Para esta última competição virãogolflslas da França, Espanha, Por-tugai. Argentina e Chile. Entre osbrasileiros inscritos os favoritossão Rafael e Marinho Gonzalez, dehandicaps dois e três. respectiva-mente.

Mo do Delfír.1 VieiraS5

Antônio improvisado no decatlo fez boa marca na distância

Brasilganhano vôlei

Calgary, Canadá — A SeleçãoBrasileira Masculina de Vôlei,quinta colocada nos Jogos deMoscou, ficou com a medalhade bronze da Ia Copa Canaden-se. ao vencer os Estados Unidospor 3 a 1. parciais de 13 15, 15 8,15 10 e 15 11. com grande atua-çào de Wiiliam. Os brasileirosterminaram empatados em nú-mero de vitórias (duas) com ca-nadenses e japoneses, medalhade ouro e prata, respectiva-mente.

A equipe canadease jogou on-tem uma partida extra e voltoua vencer a do Japáo, por 154,17 15 e 15 8, assegurando a me-dalha de ouro. Como o Canadáperdeu para o Brasil na rodadaanterior, as três equipes termi-naram empatadas em primeiro.Para desfazer o empate, valeu ocritério entre o número de setsvencidos pelo número de setsperdidos.

Estadualde Remo

O Campeonato Estadual deRemo prossegue hoje a partirdas 9 horas na Lagoa Rodrigode Freitas, com oito páreos pelacompetição de sêniores. O pro-grama para os remadores senio-res é o seguinte: quatro-com.entre Flamengo. Vasco e Inter-nacional; double, entre Vasco,Guanabara, Flamengo A e B eBotafogo; dois-sem, entre Vas-co. Flamengo e Botafogo; skiff,entre Sáo Cristóvão, Guanaba-ra e Flamengo A e B; dois-com,entre Flamengo A e B e Inter-nacional; quatro-sem, entreGuanabara. Flamengo, Inter-nacional. Vasco e Botafogo;four-skiff. entre Botafogo e Fia-mengo A e B: e oito, entre Bota-fogo e Flamengo A e B.

Sào Paulo — O paulista An-dreas Weinschenck, com 22pontos, lidera o CampeonatoBrasileiro de Saltos para Se-niores, que está sendo dispu-tado na Sociedade HípicaPaulista e termina hoje. An-dreas obteve dois segundoslugares e se for bem esta tar-de poderá conquistar o título.O carioca Carlos ViníciusGonçalves da Mota está emsegundo, com 19, ElizabethAssaf, também do Rio, tem18,5 e José Roberto ReynosoFernandez (SP) soma 18pontos.

A segunda prova do Cam-peonato, denominada Rossoe Nero (normal, sem cronòme-tro, l,50m x 2m, um desempa-te, velocidade 350m/m, tabelaA), disputada ontem, foi ga-nha por José Roberto Reyno-so Fernandez, que montouTambo Nuevo. Ele conseguiuzero ponto,por falta no tempode 39s89. Em segundo ficouAndreas Weinschenck, comPrometido II, sem perderpontos no desempate com otempo de 48s84.

Elizabeth Assaf e Reynosoempataram na terceira colo-cação, com quatro pontos porfalta. Beth montou Para Bel-lum, enquanto Alfinete con-duzlu Noa-Noa. Em quinto fi-cou Alberto Assunção Muy-laert, com Porto Belo, comsete pontos por falta e meioponto por excesso de tempono desempate. Em sexto em-pa taram Elizabeth Assaf (Pa-ra Bellum), Ricardo Gonçal-ves Filho (Dos Banderas) eCarlos Vinícius Gonçalves daMota (Reservado), com oitopontos por falta.

Nas demais provas dispu-tadas ontem, sem contar pon-tos para o Campeonato Brasi-leiro, os resultados foram osseguintes: Prova Suco de UvaDreher (normal, l,20m, aocronômetro, velocidade350m<m, tabela A), para mi-rins e juniores — na categoriajúnior, o vencedor foi MarcoAntônio Corvelo, com Pega-sus (SP), com zero ponto e otempo de 79s49. Na categoriamirim, ganhou Eduardo Bil-ton, com Pablo, no tempo de65s. Na prova Amaretto DiSorano (precisão, l,20m, comum desempate, velocidade350m/m, tabela A) para ama-zonas, venceu Ana MariaRusso, com Fronterizo, notempo de 33sl5.

O Campeonato termina ho-je com a disputa da ProvaPresidente da República(Grande Prêmio Heublein), ti-po Brasil, dois percursosidênticos a l,50m x 2 m, velo-cidade 400m/m. tabela A.

A ausência de pelo menosquatro cavaleiros do Rio — oúnico Estado que, com SãoPaulo, disputa a competição— esvaziou este CampeonatoBrasileiro. Já na sexta-feira,primeiro dia de provas, o Co-ronel Renyldo Ferreira, presi-dente da Federação Paulistade Hipismo, organizadora doCampeonato, admitia:

— Acabaram com meucampeonato.

Ele se referia à não aceita-çào, por parte do júri de cam-po e por ele mesmo, da limi-nar obtida junto ao CND quepermitiria à Cláudia Itajahy,Luís Felipe de Azevedo, Mar-ceio Blessrnan e Jorge Car-neiro saltarem o campeonatomesmo não estando inscritospela Federação Eqüestre doEstado do Rio de Janeiro, àqual pertencem, por causa deuma medida punitiva — elesse negaram a saltar a segun-da prova do Campeonato Es-tadual, disputado no últimofim de semana, no Mara-pendi.

O Coronel Romero, diretortécnico da Confederação Bra-

sileira de Hipismo, presente àSociedade Hípica Paulista,também preferiu omitir-se,nào lendo os termos da limi-nar e nada decidindo. O presi-dente da CBH, General Aní-sio da Silva Rocha, ainda nàose encontrava em São Paulo.Agora os cavaleiros cariocasvào esperar uma reuniào doGeneral César Montagna,presidente do CND, com oGeneral Anísio, para se discu-tir a nào aceitação da liminar.

Os cavaleiros do Rio aguar-dam também uma reuniào,segunda-feira, com Paulo Ga-ma Filho, apontado como fu-turo presidente da CBH, paratentar acabar com a crisecriada pela direção daFEERJ — da qual Gama Fi-lho é presidente do Tribunalde Justiça. O clima ontem naHípica Paulista era de revoltapela atitude considerada vio-lenta por parte da direção daFEERJ, que permitiu o em-barque de cavalos e cavalei-ros para Sào Paulo e nào ins-creveu-os na principal com-petição do hipismo nacional.Os animais e os cavaleirosvoltaram ontem mesmo psrao Rio.

Impedido de saltar o Brasi-leiro em Sáo Paulo. JorgeCarneiro voltou ontem ao Rioe, à tarde, disputou um provana Sociedade Hípica Brasilei-ra — aberta a juniores e sènlo-res, com obstáculos a l,20m,tabela A e um desempate.Montando Gelatina, Jorge fl-cou em primeiro lugar entreos sêniores com 0 ponto nodesempate com o tempo de30s9. Em segundo classificou-se o Major Carlos Galvào,com Colleen — 0 em 34s2 —seguido do próprio Jorge,com O Anjo — 0 em 34s9.

A Hípica teve ontem seisprovas, quatro pela manhã e'duas à tarde. Às 9h30m come-çou uma prova para alunos.,da Escolinha, a lm, tabela A eum desempate. Em primeiroficou Robert a Sá Mota, comUltimatum — 0 em 34s6. se-guida de Cristina Oswald,.com Oberon — 0 em 35s8 e íArmin Hamm, com Chalaco'— 0 cm 36.1 .ogo depois houve'uma prova omnia — para ml-rins, juniores e sêniores — alm, tabela A, ao cronômetro.O vencedor foi Carlos Gus- •mão, com ZYD-22 — 0 em .67s9, seguido de Lúcia Dela- .maré Leite, com Flick — 0 em78s7.

A prova seguinte foi paracavaleiros em formação e rea-daptaçào, a l,10m, tipo Esco-lha o seu percurso. Luciana :Almeida Dias, com Beira-Rio, nào perdeu pontos em35s4, vencendo a prova. Emseguida classificaram-se Ra-fael Pereira, com Vendaval —0 em 36s5 — e Rodolfo Figuel-ra de Melo, com Liberai — 0em 40s4. Eduardo Loyo, mon- jtando Mickey, venceu a outraprova, para rnirins, juniores 8sêniores, a l,10m, tabela A, aocronômetro. Ele não perdeupontos em 68s8. Em segundoficou Carlos Gusmão, comFolkloro — 0 em 69sl — e emterceiro Clóvis Munhoz, comCartago — 0 em 69s3.

A tarde, depois da provavencida por Jorge Carneiro,houve uma outra para mirins,a l,2üm, tabela A, ao cronò-metro, vencida por Celso Fi-gueira de Mello, com Berna-dino — 0 em 68sã. Em segun-do classificou-se OrlandoGouvêa Júnior, com O Capri-cho — 0 em 94s3. Na provaanterior, o primeiro lugar en-tre os juniores Qcou com AnaCláudia Novaes Nogueira,com seu recém-adquirido Es-quema — 0 em 98s5 — segui-da de Mauro Mendonça, comDouradinho — 4 em 72s4.

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42 - ESPORTE JORNAL DO BRASIL D domingo, 21/9/80 D Io Coderno

ecisãonos EUA mostra que futebol já pegoummmMmMmmmmmmmmmmmimmmm

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Marinho, hoje no Fort Lauderdale, acha que chegou o momento de mostrar ao Cosmos, time de Carlos Alberto, que não devia tê-lo vendido

São Paulo<

só terá umclássico

São Paulo — A Portuguesa,vice-líder do segundo turno,enfrenta o Palmeiras esta tar-de, no Pacaembu, no únicoclássico da rodada do Cam-peonato Paulista. Em penúl-timo lugar, apenas com seispontos ganhos, o Palmeirasprecisa vencer, para sair dacrise em que está envolvidohá quatro meses. O juiz seráRomualdo Arpi Filho.

A exemplo do primeiro tur-no, quando decidiu o titulocom o Santos e foi derrotada,a Portuguesa faz excelentecampanha e tem apenas umponto a menos que os 16 dolíder, o Sáo Paulo, que jogahoje em Araraquara, com aFerroviária. Apesar de me-lhor estruturada, a equipe daPortuguesa, orientada porMário Travaglini, não conta-rá com alguns titulares. Otreinador só define o time es-ta manhã, após a revisão mé-dica.

As equipes estão assim es-caladas: Portuguesa — Moa-cir; César, Duílio, DanielGonzález e Toninho Braga;Zé Mário, Danival (Pita) eDouglas; Toquinho, Caio(Douglas) e Jorge Luís. Pai-meiras — Gilmar; Rosemiro,Beto Fuscâo, Polozi e Pedri-nho; Vanderlei, Célio e Car-los; Jorginho, César e Nei.

SEM GETÚLIO

Desfalcado do lateral-direito Getúlio, ainda semcontrato, o São Paulo enfren-ta a Ferroviária, em Arara-quara, num jogo em que éfavorito. O técnico Carlos Al-berto Silva acha o time emcondições de fazer boa parti-da e de se manter invicto.Com 16 pontos, o Sáo Paulodificilmente deixará de obterclassificação para o quadran-guiar decisivo do returno.

Carlos Alberto Silva só defl-ne o time momentos-antes dojogo, podendo até colocar Neina lateral, em lugar de Getú-lio, afastado do time por nàoter chegado a um acordo paraa reforma de contrato.

O técnico tentou contornara situação, mas a diretoriadecidiu afastar o lateral, umgrande desfalque para o timehoje.

Em Piracicaba, o Corin-tians joga com o XV de No-vembro, depois de seis vitó-rias consecutivas sob o co-mando de Osvaldo Brandão ede uma derrota para o Co-mercial, quarta-feira passa-da, por 1 a 0. Sócrates. mais_

_junajieZré-o-tnuifcrcl0Têchi-co. Uma vitória será muitoimportante, porque o Corin-tians ocupa o sétimo lugar,com 12 pontos ganhos e aindatem chance de classificação.

Os demais jogos da rodadasão: Francana x Marília, emFranca; Noroeste x Botafogo,em Bauru; XV de Jaú x Inter-nacional, am Jaú; Guarani xInternacional, em Limeira; eComercial x Taubaté. em Ri-beirão Preto.

Ao empatar sem gols com oSantos, ontem a tarde em Vi-Ia Belmiro. a Ponte Pretapassou á vice-liderança do se-gundo turno do CampeonatoPaulista, somando agora 15pontos, ao lado da Portugue-sa de Desportos e Internado-nal de Limeira.

Na Rua Javari. o Juventusderrotou o Sào Bento, por 2 a1.

América enfrentaNiterói e afastaMarinho do clube

NITERÓI X AMÉRICA — Local: Colo Martins.Horário: lóh. Juit Mário Rui de Souza. Niterói— Quinho, Miguel, Guaraci, Galo e Nilson;Rui, Zico e Roberto Carioca; Naldo, Tovinho eAlberdã. América — Jurandir, Alcir, João Luís,Eraldo e Álvaro; Celso, Nelson Borges e Vai-mir; Porto Real, luisinho è Neílson.

Para a diretoria do América.o incidente envolvendoo zagueiro Marinho Peres está definitivamente encerra-do: o jogador não vestirá mais a camisa do clube e o casofoi entregue ao Departamento Jurídico, que se encarre-gará da rescisão do contrato do jogador.

Segundo o diretor de futebol Antônio Tavares, énecessário manter a disciplina a qualquer custo, e acimade tudo está o clube, que cumpre má campanha nocampeonato e, no entanto, mantém em dia os saláriosdos jogadores. O dirigente informou que chegou a umacordo para as contratações do ponta-direita Botelho,ao Volta Redonda, e do ponta-esquerda Jésum, aoGrêmio.

Tavares acrescentou que os jogadores estrearão napartida de quarta-feira, contra o Bonsucesso, quando oataque será formado por Botelho, Luisinho e Jésum.

O técnico Luís Mariano está confiante numa reabili-tação da equipe na partida de logo mais contra o Niterói,embora tenha escalado o time com várias improvisa-ções.

¦ Mariano dirigiu um descontraído treino recreativoontem à tarde, no Andarai, e relacionou para a reserva ogoleiro Ernani, Aristeu, Zé Paulo, Serginho e Moreno.Em seguida ao treino foi iniciada concentração naEstrada Rio—Petrópolis.

Solução

Apesar de ter a situação definida pela diretoria,Marinho Peres ainda náo está satisfeito e pretende teruma conversa com o presidente Álvaro Bragança paraencontrar uma solução definitiva. O jogador, que é donodo passe, recebeu CrS 400 mil de luvas e tem saláriosmensais de Cr$ 35 mil. Em princípio, terá que treinar emhorário diferente, separado dos companheiros, mas járevelou ter interesse em se transferir para o futebolparanaense, de onde tem proposta vantajosa.

Americano invictojoga com Bonsucesso

Com o empate obtido contra o Flamengo e a boacampanha no Campeonato — cinco jogos, sete pontosganhos e ainda invicta — a equipe do Americano veioconfiante para o Rio, a fim de enfrentar hoje o Bonsuces-so, partida que os seus dirigentes e jogadores conside-ram difícil mas que poderá garantir desde logo a classifi-cação entre os 10. primeiros clubes participantes dosegundo turno.

Tendo substituído contra o Flamengo o técnico^Au^ano^eltrão^demissionário na véspera, o prepara^,

dor físico Capistrano Arenari volta às suas funções apóso jogo de hoje. A direção técnica caberá outra vez aPaulo Henrique, que ha quatro meses deixou o America-no para ingressar no América, de Natal.

OtimismoCom quatro gols no Campeonato, artilheiro do time

e uma de suas figuras principais, o centro-avante Téencara a partida de hoje como muito difícil, principal-mente por ter significado para a classificação do Ameri-cano:

— O empate com o Flamengo, no Maracanã, maisuma vez veio demonstrar que nào foi à toa que oAmericano sagrou-se vice-campeão da Taça Guanabara,apenas a um ponto do Flamengo. Todos nós temosconsciência do que podemos fazer. Mas nem por issodeixamos de respeitar os adversários, como o Bonsuces-so. Embora aparentemente fraco, em seu estádio podedificultar a partida.

Ao sair de Campos na tarde de ontem, o técnicoprovisório. Capistrano Arenari. confirmou que a equipeentrará em campo com Gato Felix. Marinho. Rubinho.Titã e Waldir; índio, Souza e Lino; Zé Sérgio, Té e SérgioPedro.

Santos processa Modesto RomaSão Paulo — O Conselho Deliberativo do

Santos decidiu, por unanimidade de 221votos, em reunião encerrada na madrugadade ontem, instaurar processo para verifica-çáo de responsabilidade da diretoria dirigi-da pelo ex-presidente Modesto Roma, emirregularidades apontadas numa auditoriasontabil contratada pelo atual presidente.Rubens Quintas

De acordo com a conclusão de um relato-rio da Comissão de Inquérito e Sindicânciado Conselho após analisar o trabalho da

auditoria, "a administração existente nonosso clube, no período sob analise, foi la-mentável. permissiva e desatenciosa. propi-ciando oportunidade para um serviço conta-bil interno que apresenta falhas geradorasde interpretação duvidosa. Tal administra-cáo incorreu de forma freqüente na emissãode cheques sem fundos, originando lança-mentos e extornos em profusão, alem deconcluir maus negócios, pagamentos incor-retos a atletas, funcionários e intermedia-rios. pelo que náo pode eximir-se de culpa".

Chinaglia, o ídolo maior depois de~Rel&~

Washington — Quando as equipes doCosmos e dos Strikers se defrontaremhoje aqui, na decisão final do Campeona-to Norte-Americano de futebol, os olhosdos espectadores, no Estádio Robert Ken-ncdy, estarão voltados para um craque:Giorgio Chinaglia.

Maior estrela do futebol neste paísdesde a aposentadoria de Pele, o italianonaturalizado americano Chinaglia, 33anos, é o atual artilheiro do Campeonatoe da Liga Norte-Americana de Futebol(NASL), com 33 gols na temporada regu-lar e 16 nas semifinais.

O público local custou a aceitã-lo,diante do que muitos apontam como ati-tude arrogante do jogador:

"Na Itália", disse ele certa vez, "osjornais me põem na primeira página e oPapa na terceira".

Mas houve também — ele mesmo hojeadmite — seu fraco desempenho no últi-mo ano. Nesta temporada, porém, China-glia deslanchou um talento encubado deartilheiro. Fez sete gols numa partidacontra o Roughnecks e completou os trêscontra os Astecas no sábado da semanapassada, classificando assim sua equipepara a final de hoje.

Na tarde desta última vitória, o públi-co levantou-se para aplaudi-lo e gritouem coro: "Giorgio... Giorgio".

"Ah" — disse ele em entrevista de-pois — "foi um som tão agradável paramim. Custou tanto a chegar. Senti amar-gura no passado mas, naquele sábado,me senti bem".

Chinaglia se considera vingado dosque náo acreditavam mais no seu futebol.

"No ano passado, quando náo ven-cernos a decisão final, as pessoas meperguntavam quando eu ia parar de jo-gar. Agora não me perguntam isso. Pro-vei que ainda posso jogar. Mas percebi,no ano passado, que em breve não sereimais capaz de jogar. Queria estar na

Sílio BoccaneraCorrei pondent*

melhor forma possível. Trabalhei duro."Chinaglia entrou para o Cosmos em

1975, mesmo ano de Pele, mas, ao contra-rio do jogador brasileiro e de outrasestrelas internacionais que o time de No-va Iorque adquiriu, ele não foi contrata-do diretamente no pais de origem. Naverdade, já estava vivendo semi-aposentado no vizinho estado de NovaJersey com sua mulher americana e trêsfilhos quando foi ao clube ver Pele jogar.Conversou com os dirigentes e acaboucontratado, adquirido ao time italianoLazio, que tinha seu passe.

Mal ingressou na equipe, Chinagliacomeçou a se desentender com os compa-nheiros. Mas seu principal atrito foi como então treinador Gordon Bradley, queacabou deixando o clube. Fez pressãopara que o Cosmos contratasse EddieFirmani como treinador e o conseguiu,como também obteve a demissão deleapós se terem desentendido.

"Sei que há gente que não gosta demim", disse Chinaglia" "Isso náo temjeito. Preciso ser eu mesmo e fazer ascoisas que considero certas, mesmo quenão satisfaça a outras pessoas. É meujeito. Sempre fui assim e é muito tardepara mudar agora".

Os que conhecem de perto os mecanis-mos do Cosmos e da empresa multinacio-nal que controla o clube, a Warner Com-munications, alegam que Chinaglia tem,além de pernas fortes, costas quentes,pois è muito amigo de Steve Ross, presi-dente da Warner.

"Nunca pensei, quando vim para cá,que o esporte fosse crescer tanto e tãorápido", disse Chinaglia. "Mas, com fie-qtiència, as pessoas esquecem de que ofutebol ainda não venceu aqui. Há muitoainda a fazer. Temos de trabalhar ascrianças e precisamos de mais técnicos.Quando eu parar de jogar quero tornar ofutebol maior ainda neste pais."

PLAYOFFS/ 80

TDallaj :'nQ 2*01

Cosrnot l3»0 2*2)

\ai-o"ai Conferenee

TLos Angeles I0»1. 2x0, 2i) SQl

"ISeatue 12x1. 3x1)

San D.egoSocce' Bowl'80 (firnl

-ISsn 0>»go 12,1 1-3. 2x1 SO>

New fcngiaffl -|Ta';irjd Bay 11x0 d«0i

Amcican Coffefenc»

lEd-nonlon i2xl. 0x1 1x0 50'"

-\f UjdaraiH 12,1 0.2 1,0 SOI3*6. 6x0. 2xi. SOI

^ISikers

50 — ihoot Out, espécie de courança de pênalti, com a soia em movimento

"Shoot-out" decideem caso de empate

De qualquer modo. surgirá hoje o novo cam-peão dos Estados Unidos, porque se o jogoterminar empatado no tempo normal e naprorrogação de 15 minutos — dois tempos de7.5 minutos —. o shoot-out. uma curiosa inven-ção americana para decidir suas partidas,apontará o vencedor.

O shoot-out é uma adaptação da decisão porpênaltis, comumente usada nos outros países.O jogador encarregado da cobrança — sáocinco escolhidos em cada equipe — fica com abola parada a 35 jardas do gol — entre a grandeárea e a meia-lua do campo. O juiz e os bandei-unhas participam também, o juiz fica na posi-ção normal, próximo ao gol: um dos bandeiri-nhas fica ao lado do jogador encarregado dacobrança: e o outro no meio de campo, decostas para o jogador que executará o shoot-out.

Esse bandeirinha de costas è quem dá oapito para o inicio da cobrança. Uma vez tenhaapitado — o outro bandeirinha ergue a bandei-ra para que a torcida saiba que começou acobrança — o jogador tem cinco segundos paratentar o gol. Ele pode carregar a bola e tentardriblar o goleiro, que também pode se mexer avontade. Se ao tentar o gol. sofre falta dentro daárea. é cobrado um pênalti. Ainda assim, esta-tistica do Campeonato deste ano mostra queapenas 40'r dos cobradores conseguirammarcar.

Um campeonato emque não há empate

O Campeonato Americano ê disputado emduas fases: a classificatória, que se inicia emmarço e vai até agosto, e o Playoff, do qualparticipam apenas os 16 melhores.

Na fase de classificação, participam 24 clu-bes, 12 em cada Conferência i American e Natio-nal). Os 12 sào divididos em três grupos dequatro — Leste, Central e Oeste — elassiflean-do-se para o Playoff os dois melhores de cadagrupo e os dois que conseguirem mais pontos,em cada Conferência, independente da chave aque pertençam. São os chamados wildeards.

Este ano. os clubes que participaram foram:National Conferenee: Divisão Leste — Cos-

mos. Diplomatas. Toronto e Rochester; DivisãoCentral — Dallas. Minnesotta, Tulsa e Atlanta;Divisão Oeste — Seattle, Los Angeles, Vancou-ver e Portland.

American Conferenee: Leste — Tampa Bay.Fort Lauderdale. New England e Filadélfia.Central — Chicago. Houston. Detroit e Men-phis: Oeste — Edmonton, Califórnia. San Diegoe San José.

Cada vitória vale seis pontos, mas o timeainda recebe bônus de um ponto por cada gol.ate o máximo de três. a exceção dos golsmarcados na fase de prorrogação. Nenhumapartida termina sem vencedor, pois alem daprorrogação ha a decisão no shoot out. E paradar mais ofenslvidade aos jogos, não há impedi-mento antes da Unha azul, situada a 35 jardasdo gol.

Oldemário TouguinhóEnviado especial

COSMOS x FORT LAUDERDALE. Local: SFKStadium, em Wasfiington. Hora: 12h30m(13h30m de Brasília). Cosmos: Birkenmeier(Alemanha Oc), Eskandaran (Irã), Carlos Al-berto (Brasil), Durgan (EUA) e Ri|sbergen (Ho-landa); Di Bernardo (EUA), Beckenbauer (Ale-manha Oc.) e Romerito (Paraguai); Bogicevic(Iugoslávia), Van der Elsl (Bélgica) e Chinaglia(EUA). Fort Lauderdale: Van Beveren (Holan-da), Ritty, Fogarty, Werner e Auguste: Marinho(Brasil), Hudson (Inglaterra) e Teofiüo Cubillas(Peru); Gerd Muller (Alemanha Oc.), Halbovskie Cacciatore.

Washington — A final do Campeonato Americano deFutebol, a ser disputada hoje, a partir das 12h30mU3h30m de Brasilia). no RFK Stadium. entre o Cosmos eo Fort Lauderdale. é mais uma constatação de que ofutebol pegou nos Estados Unidos. Privilégio de poucosesportes aqui. o futebol será levado hoje a todo o pais,através de transmissão da ABC TV. num jogo aguarda-do com expectativa pelo duelo que travarão dois brasi-leiros e dois alemães: de um lado. Carlos Alberto eBeckenbauer; do outro. Francisco Marinho e GerdMuller.

O jogo marcará a despedida de Beckenbauer dofutebol americano, embora a festa do adeus estejamarcada para quarta-feira, em punida que terá inclusi-ve Pele vestindo novamente a camisa do Cosmos. Logodepois, Beckenbauer, o Kaiser capitão da Seleção Ale-mã campeã de 74, estará voltando a seu país para ocuparo lugar que era de Kelvln Keegan no Hamburgo.

Beckenbauer. porem, não está no melhor de suascondições para tentarvõítãTí Alemanha — a tõfcldãão—Hamburgo não aprovou muito sua contratação, devido ãidade, 35 anos, Ele sofreu estamento na coxa direita nasemifinal contra o Los Angeles, nào se recuperou inte-gralmente, mas por ser peça fundamental ao técnicoHermes Weisweller, também alemão, será lançado nadecisão.

No Cosmos, há grande confiança na conquista doterceiro título (foi campeão de 77 e 78, perdendo nadecisão com o Vancouver, no ano passado). Tudo. segun-do técnicos, jogadores e dirigentes, parece caminharpara um resultado positivo. Júlio Mazzel, o brasileiroque passou a diretor do clube, no qual estào ainda osbrasileiros Nelsi de Morais, ex-jogador do Santos, eMiguel de Lima. ex-goleiro do Vasco, encarregado dotreinamento de goleiros, acha que um fator fundamentalpara a confiança está na fase do ítalo-americano Giorgio'Chinaglia, centroavante do time:

Chinaglia está demais. Tudo que ele faz dá certo.A bola bate nele e entra ou então sobra à feição para elemarcar. No jogo contra o Los Angeles, que vencemos de3 a 0, ele marcou os três.

Júlio deposita muita confiança também na defesa,onde estào Carlos Alberto e Beckenbauer, dois dosmaiores craques do futebol em suas épocas. Mas tantoele como o técnico Weisweller nào escondem um poucode preocupação com o meio-campo adversário, formadopor Francisco Marinho, Teófilo Cubillas e o inglês RayHudson, todos jogadores de muita habilidade. Paraevitar que o Fort Lauderdale tenha grande domínionesse setor, como vem ocorrendo, o treinador do Cosmosadmite passar o paraguaio Romerito para o meio eescalar Ângelo Dl Bernardo na esquerda.

O jogo de hoje tem uma característica especial paraFrancisco Marinho, que o motiva bastante: será a opor-umidade de provar que sua transferência do Cosmos,primeiro clube pelo qual jogou nos Estados Unidos, foiuma medida errada, Ele quer provar que tinha valorpara permanecer na equipe e só lamenta que Ed Firma-ni, o técnico com quem se desentendeu no Cosmos, nãoesteja mais no clube (ele foi afastado logo após a vendade Marinho para o Lauderdale).

O desentendimento entre Marinho e Firmani eraporque o jogador se recusava a ser escalado na lateral equeria jogar no meio, com o que o treinador nào concor-dava, provocando atritos entre os dois:

Provei que tinha condições de Jogar no melo-campo, pois é nessa posição que atuo no Fort Lauderda-le e aqui somos considerados o ponto forte da equipe.

De fato. Marinho se firmou na posição e passou acontar com a confiança de Hart, o técnico. Ele perdeu aposição apenas quando teve de ficar afastado em virtudede uma contusão no ombro. Mas logo depois voltava epassava a ser. como é. um dos astros do time. senão aestrela.

Característica especial também tem, esta decisão,para o zagueiro Carlos Alberto Torres, que não escondede ninguém seu objetivo de parar com o futebol. Masquer parar com outro titulo de campeão, embora venhasendo, ano a ano. considerado o melhor da sua posiçãonos Estados Unidos.

Ou •>•>soecer vaifazer 100 anos

O futebol nos Estados Unidos nào nasceu no momentoem que o Cosmos decidiu contratar Pele. em 1975. por 4.7milhões de dólares 'mais de CrS 42 milhões), quantia fabulo-sa para a época. Nao resta duvida que a presença de Peledespertou o amencano para o soecer — nome dado para quenáo fosse confundido com o american football. uma varia-çáo do rugbi — mas o esporte está bem perto de completarseu centenário no país.

A evolução do futebol nos Estados Unidos ê a seguinte:1884 85 — é criada a Associação Americana de Futebol,

em New Jersey.1886 — primeiro jogo, no Central Park. de Nova Iorque, e

primeiras partidas internacionais contra o Canadá. Os EUA—venceram duas, empataram duas e perderam duas.

1887^= é eriada_a .New England Association FootballLeague

1889 — é criada a Saint Louis Football Association.1901 — surge a Football Association of Eastern Pensll-

vania.1902<3 — surge a Califórnia Association Football Union.1906 — è criada a Cleveland Soecer Football League.

Nesse mesmo ano é disputado o Io Campeonato Universitá-rio. em Nova Iorque. O Corinthians Football Club, deLondres, faz excursão pelos EUA, jogando 16 vezes. Venceu13. empatou duas e perdeu uma.

1913 — o soecer torna-se esporte nacional, com a criaçãoda United States Football Association, filiada à FIFA.

1920 — Quase 4 mil times, 2 mil jogadores profissionais e60 mil amadores já estáo filiados a USSFA — United StatesSoecer Football Association — e o esporte já é praticado em200 universidades e nas Forças Armadas.

1922 — é criada a Copa Nacional de Amadores, enquantoa AFA — Associação de Ftitebol da América — e a AAFA —Associação Americana de Futebol Amador — disputaram afiliação junto à FIFA, no congresso de Estocolmo.

1923 — fundem-se a AFA e a AAFA, surgindo dai aUSFA. United States Football Association, que conseguefiliação à FIFA, no congresso de Copenhague.

1945 — a USFA passa a se chamar USSFA — UnitedStates Soecer Football Association.

1950 — Os Estados Unidos participam da Copa doMundo, no Brasil, e conseguem a façanha de derrotar aInglaterra, por 1 a 0. no Estádio Independência, em BeloHorizonte.

1964 — é fundada a American Youth Soecer Organiza-tion. com nove times.

196" — sáo formados duas ligas profissionais: a Associa-çáo dos Estados Unidos e a Liga Nacional de FutebolProfissional.

1968 — é promovido o Io campeonato nacional, com 17times, depois de o futebol ter explodido, em meados dadécada, como um bom negócio, motivando investimentos.

1968 — as duas ligas se áindem na Liga Norte-Americanade Futebol

1969 — A TV CBS começa a levar o futebol ao interior e opublico sobe. em media, para 8 mil.

1975 — o futebol ganha mais projeção com a contrataçãode Pele. e passa a ser. pela primeira vez, citado nos pnnci-pais jornais do pais.

1976 — os Estados Unidos promovem a Copa Bicentená-rio. com as Seieções do Brasil. Inglaterra. Itália e outras. OBrasil foi campeão vencendo a Itália por 4 a 1.

JORNAL DO BRASIL D domingo, 21/9/80 ? Io Coderno ESPORTE — 43

Coutinho pede vitória mas exige goleadaFoto de Delfim Vieira

FLAMENGO x GOITACÁS -Local: Estádio Ari de Oliveira eSilvo. Horário: 17 horas. JuiiAloísio Felisberlo da Silva. Fia-mengo: Raul, Carlos Alberto,Rondineli, Luiz Pereira e Júnior;Andrade, Adilio e Zico; Ansel-mo, Ronaldo e Júlio César,- Goi-lacás: Jorge luis, Totonho, Wil-ler, Cléber e Serginho; Vander-lei, Pio (Ronaldo) e Forró; Pisei-no, índio (Rogério) e Nivaldo.

Consciente de que as difi-culdades diante do Goitacásserão iguais ou até mesmobem superiores às que seutime enfrentou no jogo com oAmericano, quarta-feira pas-sada, o técnico Cláudio Cou-tinho afirmou ontem que oFlamengo precisa abandonarde uma vez por todas o exces-so de otimismo que vem ca-racterizando seus jogos. Se-gundo Coutinho, o importan-te hoje à tarde é vencer, sempensar em goleada.

A declaração de CláudioCoutinho, embora a princípiopossa parecer uma crítica aosjogadores, é na realidade re-flexo do problema que passoua envolver o Flamengo desdeo empate com o Americano:há muito tempo o time não

l perde ponto para adversáriosconsiderados de menor ex-pressão e isso vinha sendo oprincipal trunfo de Coutinhonos últimos títulos conquis-tados.

Os jogos agora estãomais difíceis. Estamos preo-cupados com o resultado des-se jogo lá em Campos. Com apossibilidade de haver umaqueda para a divisão inferior,os times que antes apenasparticipavam dos campeona-tos agora querem disputá-los.Nào há mais aquela diferençaque havia, os outros centrosestão lançando bons valores,formando um equilíbrio. EmSão Paulo nós temos vistoisso. Times de Campinas, co-mo a Ponte Preta e o Guaranivão bem no CampeonatoPaulista. Ribeirão Preto temum bom representante, Li-meira idem. Há agora um mé-rito técnico que equilibroutudo.

Segundo Coutinho, a idéiade que o Flamengo é um timesuperior aos outros e a sim-pies presença de seus jogado-res em campo pode ser sino-nimo de sucesso está sendoprejudicial:

Precisamos jogar sem ootimismo exagerado, náo po-demos ficar pensando em go-lear. Temos que aprender alição de humildade que o fu-tebol freqüentemente nos dáe controlarmos os excessos.Em Campos a parada vai serdifícil. Temos que aprender aganhar apertado. Contra oAmericano, nào soubemoscontrolar a partida e parti-mos para a frente tentandouma goleada. Devíamos terjogado em lançamentos e náoo fizemos.

Coutinho confirmou o ata-que com Anselmo na pontadireita, Ronaldo no comandoe Júlio César na ponta. Otreinador, que achou fraco orendimento de Anselmo co-mo centro-avante diante doAmericano, resolveu lançar ojogador na direita, ao lado deRonaldo, para aproveitar oentrosamento entre os doisjogadores, que atuaram no ju-venil formando uma boa du-pia de atacantes.

Ronaldo inclusive foi o arti-lheiro do Flamengo na últimatemporada de juvenil, com 19gols, e atuou apenas uma par-tida como titular da equipede profissionais, pela TaçaTeresa Herrera. O meia Lico,que jogou quarta-feira passa-da na ponta direita, tambémimprovisadamente, foi para obanco de reservas, ao lado deGelson, Gilson Paulinho, Ma-rinho e Aderson. A delegaçãodo Flamengo embarcou à tar-de — pela manhã houve trei-no recreativo — para Cam-pos. hospedando-se no HotelPalace,

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E se Coutinho está preocu-pado com o jogo de hoje. suaspreocupações desde ontem jáse estendiam ao próximocompromisso do Flamengo,quarta-feira, diante do VoltaRedonda, na Cidade do Aço:Zico e Júnior não vão jogarporque estarão em Assunção,convocados por Telè Santanapara o amistoso da SeleçãoBrasileira contra o Paraguai.

Coutinho ontem combina-va com Sebastião Lazaroneum coletivo amanhã à tardepara observar os jogadoresque poderão jogar. Cantareledeve voltar aos treinos ama-nhá, mas Titã e Carpegianiparecem ainda fora de qual-quer possibilidade de voltarao time.

RodadaBotafogo x VascoGoitacós x Flamengo

Bangu x FluminenseNiterói x América

Bonsucesso x AmericanoOlaria x Serrano

C. Grande x V. Redonda

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Empate já deixaGoitacás contente

Campos — Com uma modificação na zaga —entra o juvenil Cléber no lugar de Waldir — e sem queo time tenha conseguido até agora uma apresentaçãocapaz de satisfazer plenamente à torcida, o Goitacásenfrenta hoje, no Estádio Ary de Oliveira e Souza, aforte equipe do Flamengo, com esperanças de obterpelo menos um empate.

Com cinco pontos na tabela, conseqüência decinco empates e uma derrota, o Goitacás ainda nãodefiniu um padrão de jogo. Sua melhor partida foi naestréia, contra o América, e a pior apresentação noúltimo jogo, quarta-feira passada, quando empatoumediocrimente com o frágil Niterói.

Renda alta

Apesar da má fase e das duas últimas exibiçõespouco convincentes do Flamengo, os diretores doGoitacás acreditam que a renda deve oscilar entreCr$ 1,5 a Cr$ 1,8 milhões. Para reforçar a estimativa,eles afirmam que tem sido animador o movimentoantecipado de venda de ingressos, iniciado sexta-feira.

Para alguns torcedores, a estimativa está acimada realidade.. Afirmam que embora a diretoria doGoitacáz anuncie que o estádio tem capacidade para20 mil torcedores, na verdade abriga público bemmenor. O preço do ingresso custa Cr$ 120 e, desde asprimeiras horas de hoje, as bilheterias estarãoabertas;

Para Coutinho, o excesso de autoconfiança vem atrapalhando o time

Ao orientar o time na tarde de ontem, após rápidarecreação, o técnico Hélvio Santafé chamou a aten-çáo do ponta-direita Piscina para jogar bem aberto, afim de evitar as jogadas ofensivas de Júnior que,segundo ele, é uma das opções mais perigosas doFlamengo. Disse ainda que o meio-campo Vanderleiatuará mais plantado, à frente dos zagueiros, inclusi-ve dando cobertura ao estreante Cléber e protegendoos avanços do lateral Totonho.

O técnico ainda não pôde definir a equipe, devidoa problemas de ordem médica, já que o meio-campoPio — uma das principais figuras do time — e ocentro-avante índio estão entregues ao Departa-maento Médico, dependendo de revisão para teremou não confirmadas as suas presenças. O goleirotitular, Jorge Luís, mesmo com uma luxação nopolegar direito, jogará.

Nelsinho falacom time paranão dar espaços

BANGU X FLUMINENSE — Local: Moça Bonita.Horário: 16h. Juit Lufs Carlos Félix. Bangu —Tobias, Ademir, Moisés, Rodrigues e Roberto,- CarlosRoberto, Ademir Vicente e Pedro Rocha,- Mirandi-nha, Luisão e Luizinho. Fluminense — Paulo Gou-lart, Edevaldo, Tadeu, Adilço e Rubens Gálaxe;Delei, Gilberto e Mário,-Robertinho, Cláudio Adão eZezé.

Como prometera na véspera, o técnico Nelsinho, doFluminense, manteve diálogos reservados com algunsjogadores — especialmente os de meio:campo — e, aofim do treino, explicou que indicou a cada um o adequa-do posicionamento em campo para que os próximosadversários não explorem tanto os espaços vazios.

Instado a se alongar mais nas explicações, Nelsinhoconfidenciou que, de fato, todas as conversas giraramsobre posicionamento, mas que com Mário foi um poucodiferente. O técnico quer que o jogador atue mais pelafaixa esquerda do campo para que Zezé penetre commais Liberdade para o meio.

Na verdade, Nelsinho deve ter chegado à conclusãoque é inútil pedir a Zezé para executar jogadas pelaextrema esquerda, pois nem nos treinos o jogador ocupaefetivamente a posição, deixando com Rubens Gálaxe afunção de ir à linha de fundo.

Treino razoávelNelsinho definiu o treino tático que orientou ontem

de manhã, nas Laranjeiras, como "apenas razoável",mas gostou da movimentação e, principalmente, dasconversas com os jogadores. Após o aquecimento, houveuma preleção para o grupo no centro do campo e, emseguida, Nelsinho colocou os zagueiros titulares — Ta-deu e Adilço — ao lado dos laterais e apoiadores reser-vas, contra os laterais, apoiadores e atacantes titulares.Com Isso, pretendia exercitar bastante a zaga, contudo,seu objetivo não foi inteiramente conseguido, pois Ro-bertinho, Cláudio Adáo e Zezé nâo mostraram talentobastante para darem prosseguimento às jogadas inicia-das no meio-campo.

Em 35 minutos de exercício, e ocupando apenas umdos lados do campo, os titulares marcaram dois_gols,_~atravês~de~Edeva1do-e~Robertirmo.Xpós o treino, Ede-valdo e Robertinho passaram a cruzar na área para adisputa dos atacantes contra os zagueiros e, por fim,Cláudio Adão e Zezé treinaram cobranças de faltas epênaltis.

PreocupaçãoAo finalizar, Nelsinho declarou que. pelo menos, os

defeitos de marcação haviam sido corrigidos satisfato-riamente e revelou preocupação com a altura de Luisãoe a boa impulsào de Pedro Rocha. Acrescentou que otime já está preparado para neutralizar os lançamentosdo meio-campo do Bangu, e que os laterais e pontasadversários náo terão espaços para alçarem bolas à área,pois se consegurrem estas jogadas, os zagueiros terãoque neutralizar a conclusão dos atacantes, "pelo menosteoricamente", explicou o técnico.

— A situação está ficando critica. Temos que estarvigilantes na marcação, nos posicionarmos conveniente-mente, e darmos prosseguimento às jogadas de ataquecom precisão. A verdade é que, à exceção da partidacom o Volta Redonda, o time vinha atuando bem,tentando o gol com insistência e, na medida em que osgols nào saem, ficam todos preocupados e, assim, preju-dicam o plano tático. Só náo admito é que os jogadoresnáo mostrem determinação e garra nas disputas. Queum ou outro jogue mal. acho até natural.

Os jogadores se reapresentaram nas Laranjeiras às18h para iniciarem concentração no casarão de Jacaré-paguá. Para a reserva foram relacionados o goleiroBraulino. Marinho, Vassil, Edson e Neinha. Cristóvão,sentindo dores na coxa, foi vetado pelo médico ArnaldoSantiago para figurar na reserva. O prêmio por umavitória hoje devera ser de Cr$ 5 mil. alem de mais CrS 1mü por diferença de gols.

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Campo NeutroJosé Inácio Werneck

TTÁ certas críticas difíceis de enten-Ê—t der. Ainda agora andam a falar

J_ X mal do técnico Telê Santana por-que ele foi a Assimção assistir à partidaentre Paraguai e Bolívia. Como sempre,acusam Telè de caipira. Só um caipira iriaa Assunção, depois de ter declinado daoportunidade de ir a Roma assistir àsfinais ao Campeonato Europeu.

Muitos desses críticos andam semprea chamar os outros de caipiras, partindoda presunção de que possuem uma vaci-nação automática contra o caipirismo pe-Io fator de morar no Rio de Janeiro. Doceengano. Há caipiras instalados em Paris,Londres, Nova Iorque. Telê Santana 7iáofoi a Roma por dois motivos: primeiro,podia ver as partidas pela televisão, comoviu. Segundo, tinha outras coisas a fazeraqui em relaçãaà nossa Seleção. Em vezde ser elogiado põFãÕrítmordomias, è criticado. Nem é verdadeque ele nunca tenha ido à Europa assistirao futebol dos outros: ele foi, e pagando do

_ próprio bolso.Mas por que Telê Santana não deveria

ir a Assunção assistir a Paraguai e Boli-via? Por que se trata de um mísera pela-da? Oh, críticos de curta memória! Estemesmo Paraguai e esta mesma Bolíviaganharam do Brasil há um ano, ao tempoem que nossa Seleção era dirigida pelomundano senhor Cláudio Coutinho. E aBolivia é, afinal, iiossa adversária naseliminatórias para a Copa do Mundo.

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UTRO crítico já tradicional de Te-lê Santana é o jogador Paulo César

_ Lima. Faz sempre diversas consi-derações e, no fim, ressalta que, emboranão querendo falar em causa própria,acha-se também em condições de integrara Seleção.

É uma opinião. Respeitável. Mas es-barra na realidade de que na Seleção, nomeio-de-campo, encontram-se Cerezo, Ba-tista e Zico. Sem falar em Falcão, que estáem Roma mas também será disponívelpara o Mundialito e os jogos pelas elimina-tórias.

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1\ T UNCA se poderá saber se a fraseI \/ Que uns atribuem a Zizinho, outros

]_ 1 a Danilo, outros ainda a Ademir, éverdadeira. Mas entrou já para a lenda dofutebol que um deles (ou teria sido o Jairda Rosa Pinto?), craque de todos os tem-pos, teria feito o seguinte comentário comum companheiro sobre as ironias da vida:"Veja você, nós náo fomos campeões domundo e o Fontana foi."

A frase em si nada tinha de ofensiva,pois o próprio Fontana jamais arrogou-sevirtudes de craque. Ele impôs-se no futebolpelo físico e, na vida, no contato comtodos, pela personalidade. Já no tempo daSeleção de 1950 havia jogadores que tam-bém só se impunham pelo físico e pelapersonalidade, como o zagueiro direitoAugusto, que foi o capitão daquele time.

O que me leva a pensar em Fontana éa morte de um ex-atleta enquanto pratica-va esporte. Não foi o primeiro caso eestará longe de ser o último. Como sempre,já surgiram os inimigos do exercício, ale-gando que o esporte não protege ninguémcontra as doenças cardíacas.

É uma alegação altamente capeiosa.Se o exercício não protege, o que protege?A vida sedentária? Lembro-me das paio-vras de um grande cardiologista america-no: "Quando alguém me diz que leva umavida sedentária, sempre pergunto se eleantes submeteu-se a um teste de esforço. Avida sedentária é táo perigosa que só deveser enfrentada por quem provar que estáem excelentes condições de saúde".

O esporte feito na adolescência e ju-ventude não é um certificado de boa formapara o resto da vida. Um homem de meia-idade que pratique regularmente exerci-cios está muito mais protegido do que o ex-atleta que se transforma no esportistabissexto, submetendo-se a esforços apenasesporádicos e intermitentes. Sobretudoquando tal esforço é exigido em um jogo defutebol, com violentas oscilações no ritmodos batimentos cardíacos.

O segredo do exercício, como me dizem carta o professor de Educação FísicaLeduc Fauth, está na repetição regular,que não deve exceder intervalos superio-res a 48 horas. Fora isto, principalmentena faixa de idade em que se encontravaFontana, implica altos riscos para os cha-mados "atletas de fim de semana".

DE PRIMEIRA.Hoje, na Quinta daBoavista, a Corrida da Árvore, às 9h, co-memorando o início da primavera///Vouencaminhar ao Prefeito Júlio Coutinho oestudo que recebi do professor de Educa-ção Física, SérgiòÀlvès de -01iveiraTsuge-rindo a criação, principalmente na orlamarítima, de um Microssistema do Exerci-cio Aproveito para agradecer aos convi-tes que recebi para a Missa da Indepen-dência e para o Concerto Sinfônico daIndependência, aos quais infelizmente náopude comparecer, por estar trabalhando.

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Zagalo define Vasco com Ivã de quarto-zagueiro

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APENAS 2 RETRATOS 3x4

Paulo Sérgio é a

ameaça do Botafogo

Ameaçado de um séno desfalque, a ausência do seugoleiro titular Paulo Sérgio, um dos principais jogadoresda equipe, o Botafogo, com três pontos perdidos, enfren-ta o Vasco no jogo que marca a despedida de OtonValentim o seu décimo-terceiro treinador.

Paulo Sérgio, vítima de uma torção de tornozelodurante o treino, vem desde ontem sendo submetido aum intenso tratamento supervisionado pelo Dr LidioToledo e se não melhorar até a hora do jogo serásubstituído pelo reserva Nielsen.

Técnico se despede

Tendo entregue o cargode técnico logo depois do jogode domingo passado, com o Goitacãs. Oton Valentim foiconvencido a ficar no time até a partida de hoje, já que osdirigentes não esperavam achar rapidamente um novotreinador. Mas este apareceu na figura de Paulo Emilio,que já tomou posse, mas sem assumir o comando.

Nada mais tendo a esperar do clube, Oton Valentimapenas exigiu liberdade para escalar o time que quisesse.E foi o que fez, mantendo René de fora e colocando oataque com os novos Volnei, Hamilton e Jérson.

Pelos treinos coletivos que dirigiu, Valentim vai fazerseu time jogar num esquema de 44-2, retrancado, por-tanto, e tentando surpreender o -Vasco nos contra-ataques. Ontem ele fez um apelo aos jogadores para quese empenhassem por uma vitória para que ele ao menosna despedida marcasse um sucesso.

Com três pontos perdidos, o Botafogo na verdade nãopode nem mesmo empatar, para não ficar ainda maisdistante dos primeiros colocados. Mas uma vitória suaesta tarde deixaria o Campeonato mais equilibrado, comquase todos os clubes separados apenas por um ou doispontos.

Como seu atual time é imprevisível, nunca se sáben-do se está num dia de desacertos, calmo ou agitado,pouco se pode dizer das suas possibilidades. Seus novosjogadores, Volnei e Hamilton, principalmente, têm mos-trado qualidades e podem crescer, desde que o timejogue um futebol razoável e ao menos se mostre bemesquematizado.

De qualquer forma, o time fez um bom treino e estaanimado.

VASCO x BOTAFOGO Lo-cal Maracanã. Horário 17 no-ras. Juiz. Amaido César Coelho.Vasco: Mazaropi: Paulinho Pe-re:ra, Orlando, Ivã e Marco An-tônio; Piptinho, Marco AntônioII e Paulo César, W:lsinho, Ro-berto e João Luís. BotafogoPaulo Sérgio (Nielsen); Perival-do, Gaúcho, Ze Eduardo e Car-los Aíber'0; Wecsley. Rocha eMendonça, Wolney, Hamilton eJersom.

é...

r

João Saldanha

A estátua

Mas o que mais me preocupou foi aestátua. Aquela baita que tem no terrenoda boca do Túnel do lado da Lagoa. Será

—que- por1 causa dela não deixarão jogar•perto, quando a coisa for oficializada? Porenquanto jogam. E o bronze agüenta firmesem reclamar. Mas me preocupei. Toda aestátua tem família e pode dar bronca. Meinteressei e em primeiro lugar fui indagarquem é o homem. Fiquei meio sem saberpor onde começar e peguei a lista telefôni-ca. Achei que seria bom perguntar nosprédios do final da Avenida Borges deMedeiros. A rua da estátua eu não sabiacomo se chamava. E Jui ligando a olho.Primeiro para o senhor R. Pacote e lá meresponderam: "Olha, aqui é longe da está-tua. Fica a mais de duzentos metros e..."Desliguei logo antes de qualquer coisa eresolvi adotar uma tática. Disse para asenhora bem-educada do apartamentomais de cima que eu era do Caderno B doJORNAL DO BRASIL e queria saber onome da estátua. Ela disse: "Sabe, é bemaqui pertinho, mas não sei quem é o ho-mem. Se o senhor ligar mais tarde, eu douum jeito, mas agora está chovendo." Real-mente era uma chuvinha chata, mas elaainda sugeriu que ligasse para a RuaAbelardo Lobo, que ficava em cima dolance. Procurei na lista e exclamei: Eure-ka! Claro, lá está a Secretaria Municipalde Educação e Cultura — 5o Departamen-to. Barbada. Mandei bala e me atendeuuma moça de fala fina: "Que é?" Fiz apergunta: de quem é aquela baita estátuaque tem aí na saída do Túnel? Ela disse:"Olha, meu caro. Não sei quem é o caramas espere aí que eu vou ligar para a salaque sabe." E ligou. Acho que é extensão eouvi o papo entre a moça e a sala quesabe: "Alô" — responderam — "Oi, meubem." E ela: "Escuta, é a Nazareth ou a

¦ Marisa?" A sala que sabe respondeu: "Ne-

nhuma das duas..." E a outra: "Escuta

bem, você mesmo serve... Você sabe dequem é aquela estátua que tem ali naquelapraça? ...Aquela grandona... é um homembarbudo, né?" A da sala que sabe esclare-ceu: "Ah... sei lá... pombas! Sabe de umacoisa? Manda este cara..." Eu já penseique ia ser mandado para algum lugar,mas não foi nada, não. E ela prosseguiu:"...manda esse cara perguntar na RegiãoAdministrativa. Eles é que puseram estetroço aí." A moça solícita, então, me repe-tiu o que eu já ouvira na extensão do 286-3594 e no 286-3596.

Achei bacana efui procurar a RegiãoAdministrativa. Antes liguei para o Salime não custava perguntar quem é o homemda estátua. O Salim disse com tom pater-nalista e muito calmo: "João, a RegiãoAdministrativa é a da Rua -Bartolomeu—Mitre mas o cara da estátua, não enche, tábom?" Eu emendei: mas você passa alitodo o dia não é? E não sabe da estátua?Salim disse paciente: "Passo sim. Mas é decarro. E tem sempre um no meu vácuo. Seeu tivesse parado para saber de quem é aestátua já tinha ido para junto dele. Ligapara a VI Região Administrativa que elessabem". Liguei para 274-2579 (Coleta dedados) e me mandaram ligar para 274-4099. Atendeu um homem efiza pergunta.A resposta veio rápida: "Meu chapa, nemsei de estátua, sabia?" Faz o seguinte —continuou — liga para a Segunda Turmaque eles sabem. Eu sou da Primeira".Perguntei qual era o telefone da SegundaTurma e levei um esculacho: "Olha aquibicho, se eu sou da primeira é porque asegunda ainda não chegou. Não é?" Eudisse: ê. E desliguei rápido porque fundo-nário quando perde a paciência é de las-car. Então peguei o carro e uma lanterna.Eu ia passar lá de noite. E assim pude ler onome do homem daquela baita estátua nasaída do Rebouças, do lado da Lagoa. Nãocreio que a família se oponha que osgarotos joguem bola ali perto.

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Ao confirmar ontem ser oVasco favorito para o clássicocom o Botafogo, principalmen-te pelas circunstâncias atuaisdo adversário. Zagalo aprovei-tou para definir a escalaçào desua equipe, com Ivã na quarta-zaga. Assim, desfez a única du-vida existente desde an-teontem.

Apos o treino tático e a re-creaçào de dois toques entrecasados e solteiros de ontem ãtarde, em Sáo Januário. Zagaloesclareceu a indecisão entre olançamento de Leo ou Ivà. So-bre o favoritismo do Vasco, ape-sar de reconhecer que qualquerpalpite antes de um clássico eperigoso, voltou a afirmar:

O Vasco é o favorito peloaspecto numérico. Consegui-mos vitórias sucessivas e elasvào prosseguir. O Botafogoacusa problemas sucessivos e a —equipe, nesses casos, fica in-tranqüila, precisa vencer e issopode ser um trunfo para nos.IDÉIA EXATA

Análisando a escalaçào deIva. Zagalo disse;

Ele voltou bem 110 jogo dequarta-feira e quero observa-lomelhor, para desde ja ter umaidéia exata do que posso fazerno futuro. Vamos ver quem ficacomo titular.

Zagalo não conhece o time doBotafogo, pois. como necessitade acompanhar o Vasco, ficasem chance de observar outrostimes. Ate quis saber de ondeeram os jogadores que formamo ataque atual do Botafogo —Wolney, Hamilton e Jerson,sendo este o único que ja co-nhecia.

Segundo o técnico, o resulta-do de hoje nao vai influir muitopara o Vasco em termos de con-quista do primeiro turno.

— Estamos no início da com-petição e muita coisa ainda vaiacontecer. O time vem melho-rando. embora eu enfrente sem-pre problemas de contusõesque impedem a escalaçào domesmo time, em jogos segui-dos. Apesar de tudo estamosvencendo. Não tenho tido tem-po para orientar treinos táticos,para marcação por pressão oumeia pressão, mas os jogadoresevoluem naturalmente nestesentido. Acho que uma vitórianao significa um grande passopara a conquista do primeiroturno. E apenas um passo amais.TREINO TÁTICO

Antes da tradicional partidade dois toques entre casados esolteiros. Zagalo dirigiu umtreinamento tático, usando adefesa — mesclada de reservase titulares — contra o ataque.Um dos pontos em que o treina-dor se deteve foi o da cobrançade faltas, executando as princi-pais fórmulas algumas vezes. Aprimeira, com Pintinho tocan-do para Roberto, que fica naaltura da meia-lua da grandeárea. O centro-avante lança di>primeira para a penetração deWilsinho. no bico da area Asegunda, mais simples, tam-bem se baseia em Pintinho eRoberto: o armador toca para ocentroavante, na mesma posi-çáo diante da área. E Robertoajeita a bola para tras. a fim deque Marco Antônio comple-mente com a perna esquerda,da meia-lua. Dependendo do la-do do campo, Orlando tambémpode entrar nesta forma de co-brança, para chutar de direita.

A NDEI meio preocupado nesta se-/1 mana. Deu no jornal que dois locais

jlJL serão transformados em áreas delazer. Um, o da Rua Conde de Irajá, eoutro, naquele terrenão na saída da La-goa, quem vem do Túnel Rebouças. Ali jáfizeram dois campinhos de racha. Come-çaram com duas pedrinhas servindo debaliza e agora já têm baliza mesmo. E licontente que vão fazer dois campinhos deverdade. Certamente cercados para a bo-la não invadir as pistas de alta vélocida-de. É isto: o que garante o grilo é a posse.Mas os garotões que abram o olho. Se oBurle Marx fizer o plano, não vai mais terjogo. O genial paisagista não gosta muitode peladas. Aqueles campinhos do Aterroda Glória foram produtos de invasão e dacompreensão do Rafael de Almeida Maga-Ihães, quekmandou consagrar o feito.

Juninho não

interessaA diretoria do Vasco afastou

ontem a possibilidade de acei-tar uma troca do centroavantePaulinho, emprestado à PontePreta, pelo zagueiro Juninho.Segundo os dirigentes, pode atéhaver interesse na compra deJuninho, mas sem incluir o ata-cante na transação. Outro clu-be que deseja Paulinho é o San-tos, que ofereceu o lateral Toni-nho Oliveira, além de umaquantia, em proposta tambémrecusada.

Na realidade, o Vasco quercomprar um zagueiro e preten-de tentar Wagner, atualmenteno Joinville, embora os dirigen-tes catarinenses peçam Cr$ 10milhões pelo passe. Wagneratuou muito tempo no Madu-reira e o Vasco pode oferecerCatinha em troca, além de umacompensação em dinheiro.

Zagalo relacionou para a re-serva o goleiro Jair, Lêo, Dudu,Catinha e Perivaldo. Guinatambém se concentrou no Ho-tel Paineiras, pois os prepara-dores do Vasco pretendem fazercom que recupere o estado fisi-co a partir desta semana. Hoje,ele treina corrida de longa dis-tància nas Paineiras. Outra quevai se submeter a intenso trei-namento e a forte controle decalorias é Dudu, que está acimado peso. Se não emagrecer, ficaameaçado de sair do banco desuplentes, enquanto não recu-perar o peso ideal de 60 quilos.

Zagalo acredita que na próxi-ma semana Silvinho e Guina jáestarão em condições de ficarpelo menos na reserva. O adver-sário do Vasco, a seguir, é oNiterói, quinta-feira, em CaioMartins. Guina poderá ser rela-cionado para a suplència nestapartida, dependendo de sua re-cuperação física.

Ao ler esta mensagem você terá maior motivação

o DIA da ÁRVORE

VEJA ALGUMAS COISAS QUE A ARVORE DA A VOCÊ:

Na verdade, uma árvore não é apenas um pedaço deverde cercado de cimento e vidro por todos os lados.

Ela é uma das melhores amigas do homem. E respon-,sável, em última análise, pelo pouquinho de pureza queainda existe no ar que respiiamos.

Durante toda a história do homem, a árvore estevepresente. E foi abrigo. E foi alimento. E foi sombra E foimatéria prima para dezenas de soluções que melhoraram avida de cada um de nós.

A

IPÊ (Tabebuia)existente no sul da Bahia.

FRUTOS

FOLHAS

GOMAS -

! CASTANHA. COCO. CAJU1 PINHÃO. MAÇÃ. PéRA, etc."óleos

ESSÊNCIASCORAÇÕESf— • [perfumes; ESTORAQUE 1 UNGUENTOS

[GOMAS DE MASCARf COMPARATIVO PARA. HEPTANO GRAU DE OCTANASSOLVENTES

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Pena que o homem pareça ter esquecido isso. E des-trua, às vezes de foi ma inconseqüente e improdutiva, de-zenas, centenas, milhares de árvores.

Pena que o homem não peiceba que, destruindo a árrvore, também estará destiuindo a si própno. E condenan-do-se a viver num mundo cada vez mais cinzento, ondeseus filhos e seus netos talvez só conheçam uma árvoreatravés de quadros e fotografias. Ou da imaginação.

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Uma homenagem">ao DIA DA ARVORE

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caderno JORNAL DO yy #% o i ijH^Çfc Bffl ãkJsp. B^Sa ss w ¦JJJAllk.Ol.lJ

Rio de Janeiro O Domingo, 21 de setembro de 1980

O EXERCÍCIODA DEMOCRACIAUMA COMUNIDADE DECIDEACREDITAR NA LEI E SALVA A MAISVELHA FIGUEIRA DO RIO

Cleusa Maria

CENA

comum nos bairros do Rio. Um terreno vazio,ocupado por um casebre, habitado por uma fami-lia pobre. Um dia a família parte silenciosamentee a área.éjjmediatamente, ocupada por peões emestre-de-obra. Só que desta-vez-0-terreno_se_localizava na Rua Faro e, sobre ele, se levantava

frondosa e centenária figueira. Um morador percebe a movi-mentaçào e se dirige ao local para saber o que aconteceria coma árvore. A resposta: "Se quiser a figueira, pode levá-la paracaga." Depois de uma noite sem sono, preocupado com odestino da árvore, o morador, de terno e gravata, decideexercer seus direitos de cidadão em defesa de um patrimônioda comunidade.

Começa ai, no dia 28 de dezembro do ano passado, ahistória da figueira da Rua Faro, no Jardim Botânico. Primei-ro ameçada de corte, depois de poda, protegida por portaria doIBDF e, novamente sem proteção com a anulação da portariapelo próprio órgão que a assinara, a figueira está finalmentesalva. O Conselho de Proteção do Patrimônio Cultural, doMunicípio, recém-constituido, pediu o tombamento da árvore,por unanimidade. Mas todo o processo para salvar a figueirafoi, nas palavras do presidente da Associação dos Moradoresdo Jardim Botânico, Roberto Cooper, "um exercício de demo-cracia, perseverança, vontade e respeito aos direitos doscidadãos".

Este exercício teve início quando o morador Leonel Kaz—a associação dos moradores ainda não fora criada — vendo afigueira ameaçada de corte, se dirigiu ao Departamento deParques e Jardins e deu entrada num processo pedindo que a

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figueira fosse poupada. Ali mesmo, ficou sabendo que aqueladependência da Secretaria de Obras não tinha autonomiapara evitar cortes e podas de árvores.- Nó próprio departamen-to ele encontrou "outra pessoa interessada" na figueira: orepresentante da construtora Marajá — contratada pela Car-teira Hipotecária do Clube da Aeronáutica para construir doisprédios de cinco andares no terreno da Rua Faro — que lheexplicou que a árvorejsofreria apenas uma pequena poda".

Dias depois, um jornal carioca publicava a printórãTnoTF-cia sobre o destino que aguardava a centenária figueira. A essaaltura os moradores já haviam sido contatados e toda a rua semobilizava para salvar a árvore. O passo seguinte foi procurar"um conselho municipal de tombamentos", mas este aindanào existia. A procura do Conselho Estadual de Tombamentotambém foi infrutífera, porque até hoje não tem seu conselhonomeado. Desestimulado pela burocracia e pela perda detempo, o morador nem tentou procurar a Secretaria de Patri-mõnio Histórico e Artístico Nacional.

O caminho mais urgente e imediato visto pelo moradorLeonel Kaz foi tentar conseguir uma declaração de imunidadede corte do Instituto Brasileiro de Defesa Florestal. "Exata-mente, porque o código florestal estabelece, no seu artigoprimeiro, que tais tipos de vegetação sáo bens de interessecomum a todos os habitantes do país...". Então, junto comuma comissão de moradores — "e com a ajuda de D RayFarhat" — encaminhou a solicitação ao IBDF.

O órgão pediu ao diretor do Jardim Botânico, na época,Osvaldo Bastos Meneses, um estudo sobre a importância dafigueira. Esse estudo, que teve a participação de mais doisbotânicos, concluiu que o ficus tomentela, por sua beleza,magnitude e localização, deveria ser declarado imune de corte.Enquanto isso, os moradores organizavam sua primeira pas-seata em defesa da árvore.

No dia 28 de janeiro, o dossiê do morador Leonel Kazganhava mais um documento, uma cópia do Diário Oficial,onde se publicou a portaria 037, do IBDF, declarando afigueira imune de corte. Os moradores chegaram até a come-morar, confiantes em que a figueira estava salva. Ninguémpoderia supor que a história estava apenas começando. Asurpresa foi geral, quando perceberam que as obras, então emfase de fundações, estavam sendo claramente aceleradas."Sentimos, então, que se procurava criar um fato consu-mado."

Escudados na Portaria 037, os moradores resolveram fazer,com que ela fosse cumprida num país onde, geralmente, "leinão pega". Começa aí o segundo capítulo da história etambém sua parte mais árdua, pois já não se tratava mais depedir uma lei, mas de fazer com ela fosse cumprida. Osmoradores se sentiram naquele ponto em que se olha para ummuro e encontra três portas "a municipal, a estadual, afederal". A resposta que se obtinha em todas elas era "procurea porta ao lado, o problema não é nosso, se vire".

E foi o que fizeram. Leonel Kaz lembra que encaminharamum ofício à VI Região Administrativa e à Delegacia Distrital,pois para eles já se tratava de um caso de polícia, "já que a leinào estava sendo cumprida". Ao mesmo tempo, Leonel Kazdava telefonemas, freqüentava gabinetes, tentando mobilizaras autoridades. Mas as ameaças continuavam. A ponto de afigueira ter sido toda estaqueada e preparada para o corte.¦Esta nova. investida foi flagrada por Leonel Kaz numa madru-gada em que resolveu mostrar a árvore a um casal de amigos."As cinco horas da manhã os moradores já estavam todosavisados." Fizeram um escândalo, chamaram a imprensa. Masas obras continuaram. Era como brincadeira de cão e gato: osmoradores vigiando, a incorporadora esperando um momentode distração. Durante esse tempo se organizou e surgiu aAssociação dos Moradores do Jardim Botânico que encampoua luta da Rua Faro. Momentos de alegria e de desespero pelodestino da figueira se intercalavam.

Um momento de emoção e alegria foi vivido no gabinetedo assessor do ex-Prefeito Israel Klabin, Hélio Brum. Acomissão dos moradores estava intercedendo pelo destino dafigueira, quando foi informada de que, naquela mesma tarde, aobra havia sido embargada. Isso, porque a incorporadora nàoobedecera a intimação da Secretaria de Obras para modificaro projeto, feita três meses antes.

Uma vez mais, sentiram o gosto da vitória e para comemo-rá-la organizaram uma gincana que teve a participação detodo o comércio do bairro. A organização consumiu 20 noitesdos moradores, durante, as quais pessoas que nem se cumpri-

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A figueira da Rua Faro ganhou um parecer do Procurador SamuelBuzaglo que garante a sua existência. E com o início da primavera, aárvore agradece aos homens, mulheres e crianças que a defenderam:desde a semana passada está carregada de frutos

mentavam, nem se conheciam, passavam horas discutindo uminteresse comum. "Através da figueira, as pessoas puderamrevelar suas próprias sementes" diz um dos moradores. E afesta terminou com a inauguração de uma placa de bronze —doada por um banqueiro do bairro. Ao som da banda demúsica do Tívoli, uma ciranda de quase 1 mil pessoas cercavaa figueira.

A alegria durou pouco. A notícia de que o IBDF, atravésde seu novo presidente, havia anulado a portaria que declara-va a árvore isenta de corte atingiu os moradores com a força"de uma bazuca." No dia seguinte, o morador Leonel Kaz e opresidente da Associação dos Moradores do Jardim Botânico,Roberto Cooper, partiram para Brasília. "Lá tivemos umencontro lamentável, em que o presidente do IBDF lavava asmáos e seu procurador defendia de unhas e dentes o interesseda incorporadora", conta Leonel.

De volta ao Rio, impetraram mandado de segurança e aliminar foi concedida no mesmo dia. "Começava uma nova viacrucis, ou ganhávamos na Justiça ou conseguíamos o tomba-mento da árvore, pois o IBDF já fora descartado. Os morado-res procuraram também especialistas em figueiras e descobri-ram Pedro Carauta — "um dos maiores estudiosos de figueirado mundo" — funcionário da FEEMA que deu um parecerdefinitivo sobre a árvore. Através dele soube-se que aquelafigueira era a maior árvore no gênero, existente no Rio, etambém que, se fosse podada, com o tempo, morreria.

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Só então, a história parte para um desfecho feliz. Naúltima segunda-feira, o Procurador Samuel Buzagl deu umparecer no processo da figueira, pedindo que fosse restauradaa portaria de imunidade de corte. Um dos fundamentos de seuparecer diz "que a manutenção da figueira envolve um interes-se geral a que não escapa o de ordem pública e assim é óbvioque há de prevalecer sobre o interesse individual".

Enquanto aguardam o julgamento do mandado na 5a VaraFederal do Rio, os moradores da Rua Faro dormem sossega-dos, sem os ouvidos acostumados ao estado de alerta esperan-do a qualquer momento o barulho da serra. O ConselhoMunicipal de Proteção do Patrimônio Cultural pediu o tomba-mento da figueira, por unanimidade. "E o Prefeito JúlioCoutinho tombou."

A figueira, que na crença de alguns moradores sabia otempo todo que estava sendo ameaçada e defendida, estárecoberta de figos de ponta a ponta. "Quando a obra foiembargada ela havia perdido todas as folhas — isso faz partede seu processo biológico — agora elas voltaram na certeza deque vão ficar para sempre."

O morador e iniciador da luta. Leonel Kaz. lembra que"nunca misturamos a figueira com uma luta política, mas aentendemos como um ser vivo que, sem seus próprios meios dedefesa, encontrou em nós uma forma de se exprimir". Deixaclaro também que não foi uma luta para defender uma árvore,mas um ponto de referência.

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PÁGINA 2 O CADERNO B D JORNAL DO BRASIL O Rio de Janeiro, domingo, 21 de setembro de 1980

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Carlos Eduardo Novaes

o CORAJOSO

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OVA Iorque — Jamais passou pelaminha cabeça que ao embarcar às23h num vôo direto Rio—Nova Ior-que eu fosse ver o amanhecer emPorto Rico.

Deviam ser umas 4h da madru-gada, o vôo transcorria normal, havia silêncio abordo, luzes apagadas, todos dormiam, inclusi-ve a tripulação. De repente uma senhora senta-da ao meu lado, me cutucou e perguntou bai-xinho:

O que é aquilo?Acordei ainda meio zonzo e sem saber para

onde olhar, contraperguntei:O que é aquilo o quê?

A senhora apontou para a Janela do outrolado.

Ali.Firmei a vista, não vi nada de excepcional

na escuridão do céu mas para não deixar asenhora sem resposta, disse qualquer coisa eme acomodei para tornar a dormir:

Se não me engano é a asa do avião.A asa? Reagiu ela assustada.A senhora queria que fosse o quê? A

cauda?Mas o senhor não está vendo aquela luz

piscando? — insistiu ela com uma expressãopreocupada.Deve ser um anúncio luminoso—respon-di eu, fechando os olhos e ajeitando a cabeça notravesseiro.

A senhora — graças a Deus — pareceusatisfeita com a resposta. Balançou levementea cabeça e permaneceu alguns segundos emsilêncio. Quando eu já estava quase pegando nosono novamente ela tornou a me cutucar:

Mas um anúncio luminoso a 10 milmetros de altura?

Não tive tempo de responder. Numa fraçãode segundo acenderam-se as luzes internas do

avião, feéricas, e os comissários, ainda com carade sono, começaram a andar apressados peloscorredores. A primeira impressão era a de queia ter início algum show a bordo. Como porémnão havia nada programado para aquela horacomecei a suspeitar de que algo de grave estavaacontecendo, ou para acontecer. Arregalei osolhos para a senhora ao meu lado que mefuzilou com uma expressão perfeitamente tra-duzivel: i

— Tá vendo? Tá vendo seo paspalhão? Anossa situação é dramática e você vem me falarde anúncio luminoso!

Olhei para o outro lado tentando observar areação do meu vizinho, um senhor de ternoclaro que também dormia e quando começou oburburinho a bordo limitou-se a abrir um olho(o esquerdo, se não me engano), dar uma rápidasacada e tornar a fechá-lo. A situação não deveser tão grave assim, pensei, caso contrário omeu vizinho não estaria aparentando tantatranqüilidade. Não devia ser, mas era: os comis-sários continuavam circulando pelos corredo-res abrindo e fechando pequenos compartimen-tos que jamais suspeitei existirem dentro deum avião. O barulho a bordo foi aumentando:além dos passos nos corredores e das tampasdos compartimentos, ouvia-se o click dos cin-tos de segurança fechando-se sobre as barrigas.Os passageiros, todos, já tinham acordado eestavam indóceis nas suas poltronas.^Ali,_da__última fila, eu podia ver sobre o espaldar daspoltronas dezenas de cabeças se movendo ner-vosas, pra cima, pra baixo, prum lado, prooutro, à procura de alguma coisa que ninguémsabia ao certo o que era. Minha vizinha estava aum passo do pânico. Para evitar o contágio, dei-lhe as costas e virei-me de frente para o vizinhode terno claro que permanecia de olhos fecha-dos, absolutamente indiferente a tudo o queocorria a bordo. Por um momento senti inveja

daquele cidadão. Admirei-o por alguns segun-dos e para me acalmar também resolvi pergun-tar o que estava acontecendo.

Na...na...nada de grave — disse ele, queera gago, sem abrir os olhos — é ape-ape-penasuma...tu-tu...tu-tu...tuturbulência.

Sorri, descansado. Então era isso: uma tur-bulència. Voltei-me para a vizinha que a essaaltura já estava querendo enfiar a cabeça de-baixo da poltrona e tratei de tranqüilizá-la:

Relaxe, minha senhora. É uma tu-tu...tu-tu...tu.

Não consegui completar a palavra. Fui in-terrompido por uma voz que parecia a de Deus,anunciando:

Senhoras e senhores passageiros infeliz-mente vocês chegaram ao fim da viagem: oavião vai cair! Vejo-os mais tarde aqui no céu.Quanto aos pecadores, queiram apresentar-seao balcão da companhia para seguir viagempara o Inferno.

Não foi bem isso que a voz anunciou, masfoi quase:

Senhoras e senhores passageiros, dentrode 20 minutos, estaremos descendo em PortoRico onde faremos uma escala técnica.

A vizinha que já estava toda encolhidaembaixo de um cobertor espichou a cabeça eme perguntou com cara de choro:

Escãlã~técnícã?~0~que-é- uma escalatécnica?

Bem, escala técnica, minha senhora éuma palavrinha mágica que serve para qual-quer coisa. Normalmente é a última palavraque se escuta antes do desastre.

E virei-me para pedir a confirmação do meuvizinho de terno claro que continuava na dele,absolutamente tranqüilão.

Não é isso, meu senhor?Não é isso, o quê? — perguntou ele

distraído.Desculpe — disse ao vê-lo concentrar-se

na minha pergunta — o senhor estava rezando?Eu? Por que haveria de estar rezando?Bem, nós estamos em perigo. Vamos

fazer um pouso de emergência em Porto Rico.Porto Rico é um belo lugar — disse ele —

você vai gostar de Porto Rico.

SIM,

pensei, mas resta saber se che-garemos a Porto Rico. Tornei aolhar com admiração para o meuvizinho que prosseguia imóvel e se-reno em sua poltrona enquanto opânico ameaçava dominar o aviáo.

Naquele momento todos os passageiros (menoso cidadão de terno claro) se perguntavam quala razão daquele pouso de emergência?? Osmais diferentes boatos circulavam pelos corre-dores até o instante em que uma comissária,aproximou-se da minha vizinha e para tentaracalmá-la, sussurrou baixinho no seu ouvido.

Fogo! Fogo!Bem, diante disso, a minha vizinha quis

sair pela janelinha do avião amarrada na pol-trona. A comissária conseguiu segurá-la e con-tinuou com seu trabalho de, digamos, conscien-tização.

Um computador da cabina de comandoacusou um alarma de fogo em algum ponto doaviáo. A senhora recolha todos os seus perten-ces e mantenha-se embrulhada no cobertor.

A vizinha, Já uma senhora dos seus 60 anoscomeçou a ter um chilique. Apavorado, semsaber o que fazer, sem saber se devia ter umchilique junto com ela, voltei-me para o clda-dão de terno claro e gritei:

Fogo! Fogo!Ele fez um gesto agressivo para que eu

baixasse o tom de voz:Eu, eu estotou ga-ga-gago mas nào esto-

tou su-surdo.Fogo — repeti baixinho.Eu nào fumo — respondeu ele sempre

sereno.Restava saber agora se teríamos tempo de

descer em Porto Rico antes que as labaredas(que ninguém via) transformassem o avião numgaleto. Foram momentos dramáticos. Haviaum silêncio de cemitério a bordo enquanto oavião ia perdendo altura para aterrissar. E seráque ele nào vai incendiar ao tocar no solo? Eraa pergunta que todos nós tínhamos na cabeça.Aliás, quase todos nós. porque o cidadão deterno claro continuava de olhos fechados comose tivesse numa travessia de barca para Niterói.O avião continuou descendo debaixo de umatensão e uma expectativa que fariam sucessoem qualquer novela. Dez minutos depoisaterrissávamos no aeroporto de Porto Rico.Quando pararam as turbinas ouviu-se umagrande suspirada coletiva de alívio. Olhei parao meu vizinho que se limitou a um bocejo. Asportas foram abertas e os passageiros começa-ram a descer. Fui um dos últimos. Já de pé,virei-me para meu vizinho fazendo questão decumprimentá-lo pela coragem demonstrada eperguntei-lhe se também não ia descer.

Nào posso — disse ele, imóvel na pol-trona.

Não entendi muito bem, mas fui em frente.Quando já estava quase na escada, ele megritou:

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Setembro 21 — 1980 — Edição 284 — Ano VI

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Helena Figueiredo acaba tio seipremiada com medalha de Pratano Salão A B D — MEC Sec XXParticipou com trabalhos originais~ "Arte Criação".

PORTINARI

ROUBADO

Foi roubado das paredes da Go-leria Irlandini, Teixeira de Mello31, no sábado 13 último, umdesenho de Portinari ò lápis, me-dindo 17,5 x 24 cm., represen-tando mão direita segurandolápis. JENNER AUGUSTO

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Não há dúvida que está navenda, uma das maiores^satisfa^—çóes e estimulos ao trabalho deum artista. Assim como o ator, opianista, precisam do aplauso e dacasa cheia, o pintor garante parteconsiderável de suas realizaçõesnas vendas. Dai os parabéns aAlexandre Rapoport. que 10 diasantes de inaugurar, |á apresentavatoda a exposição vendida. GaleriaTrevo, dia 25 às 21 h.

A maneira que Renato Maga-Iháes Gouvea encontrou para darmais objetividade ao seu próximoleilão foi concentrar em dias sepa-rados as porcelanas, as pratas, osmóveis, os tapetes, as jóias e osquadros, conforme épocas e esti-los. Na verdade o que Renatoprocura é conduzir o interesse docolecionador e ajudá-lo a não per-der tempo Quem queria compraruma jóia tinha que esperar 30 a 40lotes até chegar sua vez de lançar.A freqüência será menor e todosficarão mais bem servidos Esta etambém a opm'ão de Bebeta Riz-zo Um exagero, mais de 1000pessoas num leilão, como foi noanterior.

A troca de correspondênciaentre Sérgio Telles e o Brasii éintensa Quanto maior o sucessoIa fora. mais ele procura o BrasilEsta semana foram acertadas asbases para a edição de um grandelivro com texto de Antonio Ben-to. sobre a vida e a obra de SérgioTelles A iniciativa editorial e deJosé Paulo Gandra Martins queterá nova assessora técnica

Dia26as?1h no Condomíniode Barramares Av Sernambet:-ba, 3 300 — mais uma exposiçãode 25 artistas promovida por Ve-ra Matta Obadia e Eoda Nelsonde Mello A exposição ficara aber-ta sábado e domingo.

? Amanhã começa o Leilão de-Setembro-dafGaleria-Tableau, emS. Paulo Dá gosto ver a evoluçãodo trabalho de Luiz Carlos Morei-ra Em menos de 5 anos construiuum dos maiores complexos domercado. Os 2 000 metros qua-drados. das novas instalações daTableau em Pinheiros (R. InácioPereira da Rocha. 520) foramconstruídos especialmente emfunção do negócio. Um amplopátio de estacionamento que aosdomingos se transforma em Feirade Arte. um subsolo, com mais de

1 000 obras classificadas em es-toque, um serviço de atendimen-to perfeito, uma lista de mais de8 000 colecionadores exclusiva-mente com nomes e endereçosde pessoas que |á compraramnum dos quase 50 leilões que |áoromoveu Pelo bom trabalho rea-iizado. é cada vez maior o numerode colecionadores que viaia a S.Paulo nos dias de leilão da Ta- •bleau

Num leilão de hora e meia pornoite or apenas 2 noites foramvendidos cerca de OSi<í 000 000,00. como informa aGaie^a Acervo sobre o Leiiâo doPequeno Formato Gilberto Cha-teaubriand levou um Helios See-linger.

Enrico Bianco afivelando ma-Ias para descanso merecido naEuropa Na volta. Bianco terá ex-posição na Galeria Renot. em SPaulo Dos 25 quadros, a Galeria|á recebeu 31 pedidos de reserva,seia Ia por que preço for Seme-lhante ao cioe aconteceu na MimCallerv em 78 Pelo clima de an-siedade acredita-se que se-a amaior exposição do ano em SPaulo Historcamente ha motivopard ia' no década de <10 quandoBianco aoareceu. seu yranaeaiauto foi nada mais, nada menosque. Mário de Andrade.

? É provável que já não hajaquadros à venda no dia da maugu-ração de Jenner Augusto, na Ga-leria Bahiart Amanhã a exposiçãoestará montada e o lançamentode um iivro sobre a obra do pintor,reunindo apreciações criticas,poemas de Vinícius e Drum-mond e mais textos de AdoniasFilho e Jorge Amado com fotosde Bruno Furer vai movimentarbastante o inicio da semana

? Jean Boghici é responsávelpor muita coisa que aconteceu nomercado, depois da Galeria Rele-vo A partir de amanhã, responde-rã pelo lançamento de NelsonFelix, que ia tem desenhos seusnas coleções de Gilberto Cha-teaubriand. Sérgio Camargo eDrault Ernany. o que recomendabastante

ic As marinhas e paisagens deCarlos Mendonça começam asei conhecidas pelo 'ratado deum futuro grande Marchand Fre-drik Passburg i256-1604i

? Fato inédito: Paulo Klabinofereceu 12 dias de sua Galeriapara expor 3 grandes painéis deLuiz Aquila da Rocha Miranda,Cláudio Kuperman e CharlesWatson. Nem artistas, nem mar-chand contam com venda, princi-palmente pelas proporções de ca-da obra A experiência resultoupositiva: nào há quem saia tristeda Galeria Os painéis transmitemclima de euforia.

? José Roberto Teixeira Leitefazendo levantamento sobre aobra de Elizeu Visconti. Proprie-tários de quadros e pessoas queguardam cuidadosamente quais-quer documentos ligados à vida eà obra do pintor, muito poderãoaiudar o historiador comunicando-se com ele pelo telefone (DDD-0111 71-0754 - S. Paulo

? Todo o Rio das artes, dia 24as 18h prestigiando Lourdes Ce-dran que inaugura exposição naFüNARTE

SSriHft5111° Salão de Artes«MD SEMANA DA ASA

O Clube de Aeronáutica comunica a realização do 1oSalão de Artes SEMANA DA ASA. As inscrições estarãoabertas até 5 de outubro de 1980 das 13 às 17h,podendo concorrer artistas em pintura (tela ou porcela-na), tapeçaria, desenho, escultura e gravura. Prêmiosem dinheiro, viagem ao exterior, troféus, medalhas emenções honrosas. Informações: Clube de Aeronáutica— Rua Saiv.a Luzia. 651 — 4o andar — Telefones 220-3691 e 240-1222 ramal 185.Coordenação técnica: BRASIL ARTE TURISMO

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A direção da Golerio Trevo tem a honra de comunicar que as25 feios integrantes desta exposição foram adquiridos total-mente. Uma nova lista de reservas ia está aberta e a Galeriase compromete a atender os pedidos no medido do menorprazo possível, de acordo com as instruções do pintor.

CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, domingo, 21 de' setembro t!e 1980 ? PÁGINA 3

Preservação de Espécie

Da mesma forma comosurgiu há alguns anos o Wo-men's Lib, entidade devota-'da ã valorização da mulhercomo ser humano, está nas-cendo nos Estados Unidos

•uma organização semelhan-te dedicada à preservação dohomem — Os Guardiães do

Machismo.À frente do movimento

está o ex-líder dos PanterasNegras, El-dridge Cleaver,segundo quem "se alguémnão cuidar urgentemente dapreservação do homem, a es-pécie entra em extinção".

Cleaver, cuja mudança derumos em sua luta polticaprovocou a princípio descon-

fiança, ganhou uma adesãoconsiderada importantíssi-ma para a sobrevivência dosGuardiães do Machismo:Norman Mailer.

Apesar do apelo, a entida-de ainda não conseguiu umnúmero mínimo de adeptos,120, para poder ganhar umregistro de entidades pú-blica.

Cleaver e Mailer, caso nãoconsigam reunir as 10 dúziasde defensores do machismoem todos os Estados Unidos,vão partir para novas táticas— o que a dupla já batizou(mas ainda não explicou) deguerrilhas sexuais.

Zózi

Bola na trave

Perseverança

O mesmo grupo norte-americano que há seis mesescirculou pelo Rio em buscade um grande hotel à venda,está de volta.

Como não encontraramna época nada que os inte-ressasse, decidiram voltarpara sondar de novo.

Em Manaus, onde estive-ram antes de chegar ao Rio,já deixaram encaminhada aconstrução de um hotel tu-

Feijão

a prazoAté onde depender do

Baneij, o feijão deixará deser um problema para o ca-rioca já a partir da próximasafra.

O banco, que lançou re-. centemente uma campanha;para levar o crédito direta-

-mente ao produtor rural, jádestinou Cr$ 500 milhões em

. 'financiamentos para a lavou-

: ra do feijão no Estado.Toda a produção finan-

ciada deverá ficar nos limitesdo Estado, o que garantirá ofornecimento durante todo oano.

rístico, associados a um gru-po brasileiro.

Se dessa vez não encon-trarem aqui o que estãoprocurando, a decisão já es-tá tomada: associados aomesmo grupo financeiro bra-sileiro, pretendem partir pa-ra a construção de um hotelpróprio.• Provavelmente na Barrada Tijuca.

Rumo ao

exterior

O pianista Roberto Szidonapresenta-se dia 2 de outubro noQueen Elizabeth Hall, de Lon-dres, tocando um programa de-dicado a compositores brasilei-ros: Villa-Lobos e Ronaldo Mi-randa.

Em Estocolmo, uma semana.depois, o Festival de Música deCâmara estará sendo abertocom um espetáculo também acargo de brasileiros: Maria LúciaGodói e Sérgio Abreu.

A dupla, aliás, não limitará àSuécia suas apresentações naEuropa. De lá, seguem para umatournée pela Alemanha, Espa-nha, Suíça, Portugal e França.

RODA-VIYASerá em benefício da Casa de

Sâo João Batista da Lagoa a apre-sentação, dia 25. às 21 horas, noTeatro da Maison de France, dapeça Bodas de Papel, de Maria Ade-laide Amaral, e que está subindo àcena pelas mãos do diretor CecilThiré, com Cristiane Torloni eCláudio Cavalcanti nos papéis prin-cipais.

Em sua única apresentação noRio até o final do ano, Ivan Linslança amanhã na Concha Verdeseu novo LP, Novo Tempo.

Voa amanhã para Nova Iorque,em viagem de trabalho, o Sr Ro-bert Bergé.

Michel Sardou, estrela da festade entrega do Molière, estará noRio na quarta-feira.

No Rio, indo para Brasília, oEmbaixador ítalo Zappa, que estádeixando Moçambique.

Como ex-inaciano, o árbitro Jo-sé Roberto Wright não faltará aoDomingo Esportivo, seguido de al-moço, que reunirá dia 28 no ColégioSanto Inácio seus ex-alunos da dé-cada de 50. Ele apita Brasil x Para-guai em Assunção na quarta-feira evolta a tempo de participar da ses-são nostalgia.

Anda baixa a cotação do Minis-tro Waldir Arcoverde no programaA Voz do Brasil. Chamado esta se-mana equivocadamente pela locu-tora de Dirceu Nogueira, teve ime-diatamente o nome corrigido paraDirceu Arcoverde.

Estava lindíssima, de preto, nanoite dos Capanema, Antonia May-rink Veiga.

O Rio-Sul festeja a Semana daCriança promovendo uma grandeexposição de arte infantil.

O grupo Kalenda Maya apresen-ta-se hoje e amanhã na Petite Gale-rie executando um programa dedi-cado à música renascentista.

Ficaram noivos na Bélgica aPrincesa Eleonora de Orleans eBragança e o Príncipe Michel deLigne.

Flávia Ribeiro da Luz embolsoua menção honrosa do ConcursoFernando Chinaglia (União Brasi-leira dos Escritores) derrotando 415candidatos de todo o Brasil.

Carne e osso

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IP1 ^

• Os fãs de Brooke Shields podem ir-se preparando para conhecer deperto a jovem atriz. Ela vem ao Rio no final de outubro para olançamento nacional de seu último filme, The Blue Lagoon. Brooke,que só viaja acompanhada pela mãe, vem passar duas semanas deférias no Brasil, dividida entre o Rio, Manaus, Salvador e o Sul.

Para encurtar a história, ao saber da preten-sâo, o presidente disse que a recebia com gran-de satisfação, nada tinha a obstar e colocavaCruyff à disposição do Flamengo a partir do dia15 de novembro até final de fevereiro. Só nàopodia cedê-lo agora porque o Washington Di-plomats tem acertada uma excursão pela Ásiaa partir de 15 de outubro e há no contrato umacláusula que exige a presença em campo de suamaior atração.

A partir de novembro, quando o campeona-to carioca estará no final, Cruyff deixa deinteressar mas se não fosse a excursão — oWashington Diplomats é o único clube ameri-cano que sairá em tournée — ele poderia estarjogando domingo que vem com a camisa doFlamengo sem maiores problemas.

Preço e

tamanhoA Piaget e a Corum. duas das mais

caras marcas de relógios do mundo,estão empenhadas nos últimos aiiosnuma guerra de sofisticada tecnolo-gia. Disputam, botando em jogo suasgriíles, a glória de fabricarem o relógiode pulso menos espesso do mundo.

Ano passado a Piaget conseguiuchegar à marca do milímetro, agorasuplantada pelo concorrente, que estálançando na Europa o relógio comapenas 0,8 milímetro.

Quanto mais fino, inais caro: o Co-rum está sendo lançado a 12 mil dóla-res (um Cadillac do ano custa 14 mildólares) e o Piaget não sai por menosde 9 mil dólares.

Troca-TrocaMal começava a ser noticiado

como certo o casamento de Far-rah Fawcett e Ryan 0'Neal —suposições confirmadas por am-bos, oficialmente — e a imprensainternacional já detectou um novoromance atribuído à ex-Panterada TV.

Desta vez é Michael Butler, di-retor de cinema, com quem Far-rah tem sido vista freqüentementee em situações românticas.

O casamento com Ryan 0'Nealcontinua marcado, mas começa aapresentar sinais de que as coisasjá não estão mais tão firmes quan-to antes. ,

Na fila

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Entreouvido na fila do feijão, quilométrica,formada á porta de um supermercado.

Dizia uma das senhoras da fila:Isto é uma Via Crucis!Dizia a outra:Via Crucis, qual nada. Isto é uma Via Cava.

Reta finalEntrou na reta final a produção de Das

Tripas Coração, o filme de Ana Carolina queseria estrelado por Maria Schneider.

Rodado em nove semanas, duas a menosque o previsto inicialmente, o filme não chegoua sofrer com a desistência à última hora de laSchneider.

A atriz, aliás, não parece ter-se dado contado que fez: telefonou na semana passada para adiretora, no Rio, oferecendo-se para estrelar opróximo filme que Ana Carolina dirigir.

Não obteve resposta.Zózirno Barrozo do Amaral

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GISELLE OU A MORAL DA MORAL

Há algum tempo que me Maria Lúcia Monteirosurpreendia lendo nos jornais,~qoase-sem-percebet^as-miJ_fiAimaconfusões que o filme GISELLEcausava nas sessões privadas emque era exibido. Confesso quetive minha curiosidade aguçada. Omeu senso crítico avisava quepoderia ser mais uma pornochan-chada sem objetivo e o meu sextosentido me alertava para a possi-bilidade de uma filme de valor. Foinesse dilema que recebi o convitedos produtores para ver GISELLEna cabine do Hotel Meridien. Pelosim, pelo não, aceitei. Agora, pos-so dizer que o meu sexto sentidoestava certo. Gostei imensamen-te de GISELLE. A fotografia ébelíssima, os atores perfeitos,mas não foi só por isso que con-cebi GISELLE como um filmeadulto e moralista. Você pode fi-car surpreso com o termo moralis-ta, mas se o filme for encaradocomo deve, é extremamente mo-ralista. O homossexualismo e oheterossexualismo, com suas va-nações, são. mostradosjias nadaacontece de forma gratuita. Tudotem a sua razão de ser. O autor deGISELLE conseguiu reunir essesingredientes picantes na vda depersonagens infelizes. Logo. a mensagem do filme, que deve ser encarado como um todo e não porcenas isoladas, é um alerta para todo e cada espectador que assisti-lo. A moral está em simplesmentealertar o ser humano para um futuro triste, caso ele nào se corrija e passe a buscar um sentido maispuro e menos futil para sua vda. Assim, GISELLE pode ser considerado o filme que defende a moral erepudia tudo o que possa agredir nossos mais antigos valores. GISELLE, de certa forma, é umabofetada nos filmes grosseiros que vem sendo exibidos, pois mostra sexo e consegue não chocarEsta mensagem, altamente louvável e positiva, credencia este filme como uma das melhores coisas járealizadas em nosso país. Esperamos sinceramente, aue este filme ultrapasse as fronteiras brasileiras,e leve esta mensagem para todos os povos, como um exemplo a ser seguido e divulgado. Que os quese dedicam ao cinema, mirem-se no exemplo desse filme e façam produtos que possam ser motivo deorgulho para nosso cinema. Esses são os meus votos.

O diretor Victor Di Mello e atriz Maria Lúcia Dahl, num intervalo da»filmagens de GISELLE

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Numa reunião realizada esta semana peladireção do Flamengo, o que poderia parecer àprimeira vista um acesso de loucura, por umtriz não resultou na vinda para o Rio, porempréstimo durante três meses, do jogadorCruyff.

Como não vies-sem à cabeça de ne-nhum dos diretoresnomes capazes dereforçar com urgên-cia o elenco rubro-negro, desfalcadodevido a contusões,alguém citou aoacaso o nome deCruyff, que poderiaestar disponível apartir de hoje,quando se encerrao campeonato ame-ricano.• Imediatamente,num gesto de audácia, providenciou-se o núme-ro do Washington Diplomats, time atual dojogador holandês, e da mesa onde se realizava areunião ligou-se para os Estados Unidos. Empoucos minutos o presidente do clube estavana linha.

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PÁGINA 4 ? CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL ? Rio de Janeiro, domingo, 21 de setembro de 1980

MULHER,PORRE ENEGRA

TJJVTCASChPARANÃO ESQUECER

Feto de Cynthia Brito

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Escondida em um sótão com o filhorecém-nascido, Marli espera por Justiça

Norma Couri

MORTA,

Marli seria apenas mais um dos 685cadáveres da Baixada Fluminense desteano, mas poria fim ao maior pesadelo daPolícia Militar. Viva, mâe do quinto e re-cém-nascido filho, vale o preço de uma

verdade que lhe custa o esconderijo ate 8 de outubroquando, um ano depois da morte de seu irmão, seráouvida em juízo.

Nesse dia, Marli Pereira Soares prepara mais umasurpresa para quem pouco esperava dela: enquanto opromotor José Pires Rodrigues, o diretor da PolíciaMetropolitana Heraldo Gomes, e o Capitão do 20°Batalhão da Polícia Militar Alípio Bastos afirmamestar "tudo resolvido", Marli repete:

Para rnim, o caso ainda não terminou.Enquanto todos os três insistem na participação de

apenas cinco pessoas no assassinato de Paulo PereiraSoares Filho, irmão de Marli, ela confirma:

Tudo vai terminar com a prisão dos oito que euvi.

Enquanto os três dizem ser impossível para umapessoa, nas condições de Marli — que presenciou aretirada do irmão da casa onde moravam em BelfordRoxo, para ser morto — lembrar de fisionomias, elaafirma:

Quem passou pelo que eu passei não podeesquecer.

Muita coisa aconteceu desde que o dedo negro deMarli se levantou pela primeira vez contra o gigante daPolícia Militar — ela insistia e insiste em dizer que osprincipais assassinos pertencem ao 20° Batalhão. Mui-ta coisa, desde que se pensou em usar o tempo contra aestranha insistência da manicure de Belford Roxo emdescobrir a verdade: o delegado que seguiu a pista deMarli foi rapidamente transferido (melhor dizendo "en-costado") e se encontra de licença por 90 dias; o novodelegado que "descobriu" os culpados da noite para odia já foi transferido; o promotor, acusado de proteger o20° Batalhão e de manter sociedade com um coronel, foitransferido para o Io Tribunal do Júri; o juiz está deférias; a Juíza substituta, Ana Maria Barbalat, que aprincípio teria sabido das pressões sofridas pelo Iodelegado — Geraldo Amin Chaim — transferido, dizque não fala "principalmente nesse caso" (dizem que aspressões agora são contra a juíza); o Comandante do20° Batalhão, Coronel Cecilio Mendes, está há muitofugindo da sombra dos repórteres.

E como nos mistérios de Agatha Christie, as pistasestão cuidadosamente esmaecidas um ano depois docrime, afirma o Capitão Alipio Bastos: "quem aindalembra?"

Para ele, para o Promotor José Pires e para odiretor da Polícia Metropolitana Heraldo Gomes, "Mar-li queria apenas estar nas primeiras páginas dos jor-nais."

Marli desafia:Ninguém gostaria de ser estrela conforme eu fui.

Mas numa coisa o capitão, o promotor e o diretor daPolícia Metropolitana estão certos: Marli realmentenão está mais nas primeiras páginas dos jornais.Estavam certos em marcar este sumário de culpapara o dia em que o Papa chegou ao Brasil, sabendo danecessidade da alteração de data para um ano depoisda morte de Paulo — diz o advogado de Marli, Luiz daRocha Braz. — Há dois meses não há uma só linha nosjornais a respeito do caso Marli. E ninguém fez nada por^ninguém.

E denuncia: havia interesse em que o caso caísse noesquecimento público.

Além disso, o caso agora se apresenta assim: osque confessaram o crime ou foram ditos culpadosdizem ter agido em legítima defesa da honra, ou sealega insanidade mental. E os dois reconhecidos porMarli, do 20° Batalhão da Polícia Militar, não forampresos: Jorge Alves dos Santos é guarda de trânsito e ocabo Adalvo Crescêncio Vieira, que deveria estar presopor um crime cometido, está não no presidio, mascozinhando no 20° Batalhão. Ora, alguém tem que serresponsável por isso.

Recentemente, o advogado Luiz da Rocha Braz —que atuou em casos de muitos maridos, cunhados oufilhos desaparecidos ou mortos na Baixada, como o deElionete, o de Burity, o de Daysi, o de Verônica — tevesua casa assaltada. E para qualquer repórter que oprocura sobre o caso Marli, pergunta:Você tem coragem suficiente para se arriscar?

Repórter e fotógrafo que entra no 20° Batalhão daPolícia Militar, em Mesquita, tèm que deixar identida-de e endereço (os policiais explicam que "eles" preci-sam se proteger). Mas, embora o Coronel Cecilio Men-des corra da imprensa, o Capitão Alipio Bastos a recebecom café e bom-humor.

A Marli ficou rica, rachou dinheiro com osrepórteres, com as ligas feministas, com o advogadoBraz, todos brilharam e a verdade ficou abandonada.Marli foi prostituta, envolveu-se com o amante delaCarlinhos Capeta em alguns assaltos.

Soldado Jairo Pedro dos Santos Filhono dia do reconhecimento. Mal vestido, bigode

e cabelos descuidados

O Carlos foi morto também, a Marli denunciou.Foi morto, ninguém sabe bem por que, troca de

tiros. Mas o Paulo, irmão da Marli, era assaltante,estuprador, bandido perverso, matou uma vez duasmulheres numa vala e jogou um porco por cima, matoudois militares, um velho de 77 anos que vendia laranja,tinha um rosário de crimes, além da boca-de-fumo.

O advogado Braz diz que Paulo era primário e que épreciso provas.A Marli não admite é que eu tenha apontado osverdadeiros assassinos. Se você fosse à casa dela iaentendê-la: é a casa de 80% do nosso povo, sempreviveu naquela porcaria e de repente teve dinheiro,geladeira, passou a comer bem...

Mas a casa dela não foi incendiada?Foi, pelos vizinhos.

A Marli diz que os assassinos foram oito.Ela estava em situação de pânico, esqueceu

tudo, não foram oito pessoas, foram cinco, e o Jairo dosSantos Filho (PM) o matou porque Paulo havia violen-tado a sua mulher. Eu também mataria. Não foi umcrime policial, policia quando mata não deixa vestígio,a Marli está errada. Todos os que mataram tinhammotivos pessoais, um pela mulher violentada, outropelo sobrinho morto, outro pela casa invadida peloPaulo.

E o Cabo Adalvo e o Jorge Alves dos Santos,reconhecidos pela Marli?

Nada disso, são parecidos com os culpados. Se oSabão puser uma farda, é o Cabo Adalvo. Se o Luisãopuser a roupa de guarda de trânsito, é o Jorge.

O Cabo Adalvo não deveria estar preso, já que écondenado pela Polícia Civil?

Não, ele está preso, aqui, é o nosso cozinheiro.Quando ele era comandante matou um cara com umsopapo, exagerou, era forte, deu um tapa no cara que oenfrentava e estourou os seus tímpanos. Excesso delegítima defesa.

E o Tenente D'Ambrosio, apontado por Marli noprimeiro dia em que seu irmão foi trazido de casa paraa delegacia?

No momento, ele foi almoçar no Rotary. É umcara estimadíssimo, Relações Públicas do Batalhão.Sim, quando-a Marli veio aqui fazer-queixa, alega.±er_visto um dos matadores, mas ele não tem nada a vercom a história.

Por que não se instaurou um Inquérito PolicialMilitar logo no início do caso, quando a Marli reconhe-ceu os militares como assassinos?

Porque já disse que o crime foi de naturezaestritamente civil, não em área militar, nem controladapor militares. Foi o PM Jairo, cuja mulher havia sidoviolentada pelo Paulo, e a Polícia Mineira. Ora, aqui naBaixada quem atua é a Polícia Mineira, aqui não temtestemunha de nada mesmo, quem fala ou reconhece jáera.

Se a Marli insistir em acusar aqueles que conside-ra os verdadeiros assassinos?

Então, pode entrar em falso testemunho. Garan-to que na minha frente e na do promotor Pires ela nãodiz isso.

A Marli foi coagida para reconhecer, como ela e oadvogado Luiz Brás afirmam? Houve pressão?

Pressão? Não, não houve necessidade, eu prendios matadores e obtive a confissão dela.

Por que o delegado Geraldo Amim Chaim foitransferido, quando insistia que os culpados estavamaqui no 20° Batalhão?

O Chaim queria se promover às custas da PM,era desonesto na apuração,dos fatos. Ele achava que osculpados estavam aqui. Eu não. Ele achava que euestava escondendo os culpados. Eu insistia que elesnão estavam aqui. Ele insistia em interrogar o Bata-

Arquivo 9/5/80

lhão. Eu queria fazer uma sindicância fora. Assim, elefoi removido, sem capacidade para resolver problemas.

E os culpados apareceram da noite para o dia?Da noite para o dia. Concordo que foi no tapa,

mas nós sabíamos que éramos inocentes.Os apontados como culpados não são débeis men-

tais?Como? Todos sadios. Claro, psicopatas, porque

quem mata...Mas eles negaram o crime depois.

Bem, eu os interroguei antes do advogado, parater a verdade completa. Eles confessaram. Depois, como advogado, é que negaram.

Policiais não matam?No estrito cumprimento do dever legal.

Os que estão presos poderão ser absolvidos?O Júri popular pode absolvê-los. O Doca Street

não foi absolvido?Não só para o Capitão, mas para o promotor José

Pires Rodrigues — da 4a Vara Criminal de Nova Iguaçu,agora transferido para o Io Tribunal do Júri — "tudo seencaixa, tudo está resolvido".

Assim como, para o promotor Pires, o Carlos Bar-bosa Soares, companheiro de Marli, foi morto "em trocade tiros com a polícia".

ito de Cynlhio Brito

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Heraldo Gomes, diretor da PolíciaMetropolitana. "A rainha das provas é a

lógica humana", é uma de suas frasesprediletas. Durante a apuração do caso,

transferiu o Delegado Chaim que acreditavanas pistas dadas por Marli. Sobre sua mesa, o

livro "Terrorismo" de Richard Clutterbuck.

Mas porque esse barulho outra vez? Está tudoresolvido, a Marli queria aparecer, enquanto não reco-nhecia os culpados eles próprios riam dela. A própriaMarli disse depois que eles eram muito parecidos. Sóentraram três, como é que ela sabe que sáo oito?

Depois explica, "olha, fui o mais esculhambado doano, agora vè se vocês (da imprensa) me ajudam.Disseram até que eu era matador. Eu tenho cara dematador (ele ri)?

Consta que o senhor tinha sociedade, numa fábricade bebidas com um coronel do 20° BPM, pbr issoprotegia o Batalhão.

Ora. tive farmácia, tive fábrica de bebidas. Minhamulher é sócia da mulher dele nessa fábrica, mas e daí?é crime isso?

(O advogado de Marli, Luiz da Rocha Braz pergun-ta: "A minha secretária pode ser secretária da mulherdo Tonelada e eu não ter nada com isso?").

O diretor da Polícia Metropolitana Heraldo Gomes,instalado na Secretaria de Segurança onde, na sala deimprensa, se lê a frase "Nem tudo pode ser dito a todos,nem todos podem saber tudo" (um repórter acrescen-tou, a lápis, "filosofia de quem tem culpa no cartório")cita Metternich, "o grande filósofo alemão":

A rainha das provas é a lógica humana, ora.Isso, para afirma que Marli não viu o que viu e

mesmo que tivesse visto o que viu náo significaria serverdade. Para completar seu raciocínio, oferta à repor-ter e fotógrafa seu livro Aspectos da Atividade Policiale uma reportagem de Seleções com o seguinte título AImpressão Digital que Mentiu.

É isso. você não deve acreditar na prova, mas

Soldado Jairo Pedro dos Santos Filho, do 20°Batalhão da PM, preso há um ano. Bemvestido (casaco de couro, calça jeans e camisavermelha de gola role). Bigode e cabelos bemcuidados e penteados. Unhas grandes etratadas.

aplicar a lógica para chegar à verdade. Nem sempre oretrato falado funciona.

Enquanto trata de esconder o exemplar do livroTerrorismo, de Richard Clutterbuck da lente da foto-grafa, Heraldo Gomes explica como e por que se deu atransferência do delegado Geraldo Amin Chaim, inte-ressado em descobrir os culpados dentro do 20° Bata-lhâo do PM, segundo pistas da Marli:

Rotina administrativa. A delegacia era de Iacategoria e ele de 2a.

(O advogado de Marli, Luiz da Rocha Braz, achaestranho: "Ele ficou lá dois anos, e ninguém se interes-sou em saber se era de Ia ou de 2a categoria).

Vi que o caso náo andava — diz Heraldo Gomes— Aí recebi um telefonema anônimo. A policia investi-gou e prendeu quatro elementos que fizeram confissãoespontânea ao novo delegado Milton da Costa (quesubstituiu o Chaim). As confissões se encaixam com odepoimento da principal testemunha que é a Marli.

A Marli então está satisfeita com a decisão dosculpados?

Claro.E o advogado dela?

O Luiz Braz até nos cumprimentou p-ia raoidez eeficiência que tivemos.

(O advogado Luiz da Rocha Braz, ao saber disso,replica: "O Heraldo não entende as ironias. Preso,indiciado, detido qualquer um pode ser. Eu quero ver é ¦se o sumário vai provar a culpabilidade ou nào.)

Heraldo Gomes se apressa em relatar como tudoaconteceu na noite em que Paulo foi morto:

Eram cinco que foram perguntar a uma velhinha •onde morava o Paulo. Fizeram uma cadeirinha com osbraços (ele faz uma cadeirinha com os braços, selevanta e imita) e subiram o morrinho. Está no proces-so, não foi inventado pela polícia, não. A velhinhaindicou onde era a residência do Paulo. Tanto que avelhinha foi trazida e apontou os culpados.

(Minutos antes, no Io Tribunal de Júri, o promotorPires havia dito que a velhinha não reconheceu nin-guém, e que teria sido preciso forçar o reconhecimento:um deles chegou perto da velhinha, repetiu a frase queteria dito no dia do crime, e a velhinha reconhecera afrase, estando, assim, reconhecido o assassino).

Tenho muitas provas — diz Heraldo Gomes. 4- _Primeiro, a confissão espontânea dos acusados. Depois,a confissão que se encaixa com a mecânica do crimedescrita pela principal testemunha, Marli. Terceiro,pelo testemunho da velhinha, vizinha de Marli. Quarto,pelo próprio reconhecimento de Marli.

O senhor disse que foram presos quatro. E oquinto?O quinto elemento foi preso na Divisão deCapturas, estava foragido. ;

(Segundo o promotor Pires, esta quinta pessoaenvolvida estaria num hospital)

Não foram dados como débeis mentais?Ora, 109c da população brasileira estão encosta-

dos no INPS como doentes mentais.O delegado Milton da Costa foi transferido, nào?

Botei ele em Copacabana, na 12°. Agora, não hámais dúvidas de nada.

Enquanto não chega o dia 8 de outubro, os cincoculpados ou apontados como culpados no crime dePaulo Pereira Soares Filho continuam presos: quatroem Água Santa (os civis) e um, o PM do 20° BatalhãoJairo Pedro dos Santos Filho, 27 anos, no Batalhão dePolícia de Atividades Especiais em Olaria.

Jairo tem sua própria história. Diz que sua mulhernào foi violentada, mas houve tentativa de violação porparte de Paulo "que havia iniciado uma boca de fumobem em frente à minha casa, à sombra de uma amen-doeira. Ficavam lá, o Paulinho 38 (só andava com um 38na cintura), e uns outros. Um dia, fui lá pedir pra eles

Arquivo 23/4/80

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"Marli está errada. Não foi a polícia. Apolícia quando mata não deixa vestígios",garante o Capitão Alipio Bastos, do 20"

Batalhão da PM

CADERNO B ? JORNAL DO BRASIL D Rio de Janeiro, domingo, 21 de setembro rle 1980 D PÁGINA 5

Arquivo 12/5/80 Arquivo 22/5/BO

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Foto de Cynlhia Brito

Delegado Chaim,afastado do casoMarli. Hoje. estána Corregedoriade Polícia,chamada de"arquivo"

pelospoliciaisf

saírem, mas eles continuaram. Então, dei uns tiros para¦cima, ele saiu correndo, deixou recado que ia me matar.Diziam que era perigoso. Logo depois, o Cadinhos'Capeta (companheiro da Marli) da turma dele, eramorto numa troca de tiros. Soube numa festa na casado Vitor, outro companheiro deles, onde era a casa doPaulinho, que tinha intenção de leválos para a 54° DP.Mas aí o Paulinho disse que não adiantava, que se fossesolto ele ia matar a minha mulher, a minha filha."

Quem matou fui eu, o João Gordo, o Moisés, oBatista, o Jorge. A Marli reconheceu outros, mas sãoinocentes. Amarramos o Paulo com uma cordinha, umcinto e o matamos. A mãe do Vitor, companheiro dele,nos levou lá. O meu crime, qualquer homem faria.

. Mas os outros negaram o crime, logo após a confís-são dita espontânea.»: — Os outros negaram depois de terem sido réusconfessos — o João Gordo tinha sido assaltado peloPaulo, o Moisés também. Eu descobri tudo, que elesqueriam me deixar pegar essa sozinho, aí acusei elestambém. Soube que era armação em cima de mim.

Quantos tiros?•. —De oito a 10.

Quem atirou?Eu, o João, o Batista.

Mas a Marli reconheceu o cabo Adalvo.O cabo já responde a um 121 (Artigo 121), a Marli

tentou complicar mais ainda. Mas o João parece muitocom o cabo Adalvo. E a Marli nem me reconheceu.

A velhinha, mãe do Vitor, reconheceu você?Não, também não, A velhinha não reconheceu

ninguém.A Marli criou problemas?Criou. Era muito mais fácil matar ela, não é? E

ela está aí, viva.Se a Marli continuar insistindo na sua versão?

Bem, cabe á Justiça.Jairo diz que se for para Água Santa não sai vivo,"vào me matar" e que pelo Código Penal pegará "de 12

a 30 anos. Mas posso ser absolvido."Quanto ao fato de Marli estar viva, pode ser mero

Advogado Luizda Rocha Braz,defensor deMarli. Alimenta,esconde e velapela sua-segurança. É aúnica pessoaque sabe ondeela está

acaso. Como bem descreveu o Capitão Alípio Bastos,do 20° Batalhão da PM, "se eu quiser saio com umcamburão em Belford Roxo, onde tem 500 mil habitan-tes, e volto com 500 vadios". E prossegue: "A Baixada émuito violenta."

Diz o advogado de Marli, Luiz da Rocha Braz, quede qualquer forma foi melhor ter havido solução para ocrime de Paulo, mesmo que não seja a definitiva oureal. "Todos tinham tanta culpa em outros crimes, quefoi bom."

Marli, bem escondida há meses, aperta seu filhorecém-nascido Ângelo Luiz (em homenagem ao médicoe ao advogado) que nasceu com três quilos — e elapensou que nem fosse vingar — e reclama da falta dedinheiro até para comprar Binotal. Tem 25 anos, masexperiência suficiente para saber que "depois de certotempo tudo vira rotina na Baixada".

Já falaram tanta coisa, nem tenho muito quefalar. Eu é que não posso descobrir nada. São todosparecidos, os que eu considero culpados, os que elesapontam, mas vou até o fim na minha certeza. Se forpreciso levo-a para debaixo do túmulo.

Reconheceu o Jairo, o João Batista. E só.Os outros três não/ estiveram no crime, não tive

condições de reconhecer! E não eram cinco, eram oito:quatro eu vi dentro de casa, um do lado de fora e osoutros na porta da frente da cozinha. Eu reconheci ocabo Adalvo. Parece com o Gordo, sim, mas do caboAdalvo tenho certeza. Reconheci até a sua voz. Quempassa por isso sempre tem condições de reconhecer. Vaifazer um ano mês que vem. Mas não me esqueço.

Segundo Marli, seu irmão, já na primeira vez emque foi levado (dia de Cosme e Damião) estava tranqüi-lo em casa com ela, Carlos (seu flirt, como ela diz) e airmã de Carlos, Marlene.

Ai chegaram dois carros da PM e um fusca verde,os homens mandaram a gente Ijotar a mão na cabeça—eu com meus dois filhos menores — perguntaram pelasjóias, maconha, roubo. E eu disse que se eles achassemalguma coisa podiam levar. Levaram foi minha vitroli-nha, um cordão com a chupeta do meu filho, Cr$ 800,00,

Arquivo 12/5/80

Delegado Miltonda Costa,substituto doDelegado Chaim.Descobriu eapontou osprováveisculpados emuma semana deinvestigações.Marli e seuadvogado ocontestam.

uma máquina de calcular. E levaram também o Carlose o Paulo para a 54a DP. Sexta-feira de manhã fomos láe como não havia nada contra, foram soltos. Disseramque foram bem tratados, só apanharam na estrada e noDPO de São Vicente. Mas esta foi a última vez que vi oCarlos. Ele foi morto logo depois.

Marli insiste em dizer que se seu irmão tivesseculpa ou medo teria fugido ai, teria ido embora.

Mas ficou até o dia 12 de outubro. Chegou, pergun-tou o que tinha para comer, me deu Cr$ 50,00 paracomprar meio quilo de fígado e às duas da manhã"eles" batiam na porta, acharam uma arma debaixo docolchão dele da qual eu nem sabia da existência. Eu viquatro, Marlene três e tinha outro encostado na parede._JíLtambém a dona enrolada do lado de fora, com umpano na cálDèT^r&s-tíê-^stavamjio.lado de fora com adona. Ficamos desnorteados. Perguntãranrpor-um talZequinha ou Zezinho. Pegaram meu cinto trançado decorda, amarraram ele, levaram o Paulo para o meuquarto e bateram, bateram, alto e bem forte, masninguém reagiu. Aí chorei, gritei. Vizinho nenhumacudiu. Quando saiu com os homens, Paulo se despediude mim, estava com uma brecha no pescoço. Disseramque iam levá-lo para a 54° DP.

Antes de o dia clarear, Marli saiu em procura deauxílio e foi a primeira a encontrar o corpo do irmão, a100 metros da casa. Chegou na delegacia com a blusasuja do sangue. Antes, passou na casa do pai emCordovil.

— Dissemos que estávamos comunicando um cri-me. Aí fomos levados ao 20° Batalhão, pois na delegaciadisseram que os culpados não eram da polícia civil, masmilitar. Já no Batalhão reconheci alguns, vi o Jairo nomesmo dia do crime. Começaram os autos de reconhe-cimentos e eu sofri muito.

Marli diz que o Jairo afirmou não tè-la matado "porcausa da imprensa, da cambada de repórteres". E queao assumir, o delegado Milton da Costa foi logo dizendo"não se preocupe mais, temos cinco réus confessos",isso depois de uma enorme peregrinação.

Promotor Pires Rodrigues. Acompanhou oprocesso no início, mas já foi transferido de

Nova Iguaçu para o Io Tribunal de Júri.Para ele,"tudo se encaixa, tudo está

resolvido".

No dia em que eles confessaram, o PromotorPires, que nunca tinha ido lá, apareceu. Depois demeses indo lá quase todo dia, eles marcaram umreconhecimento para as 11 horas. Avisei ao meu advo-gado, Dr Braz, mas eles passaram lá em casa antes, às 8da manhã, e eu fui sem advogado, sem o meu pai,sozinha com os dois policiais. E o promotor Pires disse:"Olha Marli, já confessaram." Estava tonta. Mostraramcomo um era parecido com os outros, e tinha muitorepórter, muito fotógrafo, fizeram perguntas, se eu eraprostituta mesmo, se meu irmão tinha boca-de-fumo:

Segundo Marli, o Capitão Alípio Bastos já haviaproibido seu pai de acompanhá-la e havia dito: "Olhabem, dona Marli, como vai fazer esses reconheci-mentos."

Só quando a juíza estava presente o CapitãoBastos me servia café.

De lá para cá Marli teve problemas. Como ia comer,trabalhar, alimentar os filhos? Quando o filho nasceu eteve alta no hospital ficou estarrecida, não tinha nemcama. A mãe comprou uma para pagar no dia em querecebesse seu salário mínimo na Conservadora ondetrabalha.

Marli largou o trabalho de manicure e as faxinasque fazia em Copacabana e no Humaitá. Passou diasdifíceis, mas está acostumada.

Filha de feirante. morou até os 12 anos na Praia doPinto até colocaram fogo na favela e a obrigarem a saircom a roupa do corpo para Cordovil. É profissional detanque e de fogão "fico revoltada quando me chamamde prostituta". Trabalhou muito, de Cordovil foi paraCaxias, de lá Belford Roxo, casou e separou duas vezes,teve cinco filhos. Anda de cabeça em pé e coragem nãofalta, nem faltou quando o pai de Ângelo Luiz aabandonou depois da morte do irmão, por medo, e osempregos começaram a ficar difíceis. Diz que o irmàotrabalhava em caminhão, era honesto, e, se fosse preci-so, ela faria tudo outra vez. Mas, de vez em quando sepega perguntando a si mesma:

Meu Deus, como é que eu fiz tudo isso?Arquivo __5/198p

©

Marli, acompanhada do Capitão Bastos e do Delegado Chaim, tenta reconhecer os assassinos de seu irmão entre os soldados do 20° Batalhão.No salão de entrada do quartel (foto menor) os espelhos e a frase por onde todos passaram antes da formatura

O CASO MARLIJOTA PAULO

DRAMAPnmeirãTnvãsatr^ -Dt_-_7-_e-setem-.bro de 1979. 23h.

Dez homens, soldados do 20° BPM,sediado em Mesquita, invadiram a re-sidència de Marli Pereira Soares, naRua Fernando Monteiro, 20, bairro Vi-Ia Paulina, em Belford Roxo. Na pre-sença de seus quatro filhos menores, ogrupo seqüestrou seu irmão Paulo Pe-reira Soares Filho, de 19 anos, e seucompanheiro Carlos Barbosa Soaressob alegação de que eram assaltantes.Levados à 54a DP, em Belford Roxo, osdois foram postos em liberdade trêsdias depois porque, segundo o entãodelegado Geraldo Amim Chaim. nadaficou comprovado contra eles.

DRAMASegunda Invasão — Dia 12 de outubrode 1979. 23h30m.

Oito homens, também do 20" BPM.tornaram a invadir a casa de Marli.

Reviraram os dois pequenos cômodos,um dos quais dormia Paulo PereiraSoares, o qual foi espancado. O grupoo amarrou e a 100 metros da casa omatou com vários tiros.

PEREGRINAÇÃOEm busca de justiça, Marli passou a

peregrinar do Foro ã delegacia, dadelegacia ao batalhão. Humilhada pormuitos policiais militares e civis, elalutou e conseguiu que fosse realizadaapresentação dos militares do 20°BPM, na delegacia de Belford Roxo.Antes, porém, ela havia visto no 20°BPM um dos criminosos e o apontouao Relações Públicas, Tenente D'Am-brósio. o qual disse que "não podemosfazer nada porque o comandante, Co-ronel Cecilio Ferreira Mendes, estáausente".

PERSONAGEM DAHISTÓRIA — 1"

Capitão Alipio Bastos, 20° BPM —Oficial encarregado de apresentar ossoldados a Marli, juntamente com odelegado Geraldo Amim Chaim. Por

diversas vezes ameaçou Marli porqueela e firme em acusar os militares.DRAMA

Marli teve sua casa incendiada. Porocasião ela estava ausente com osfilhos. Mesmo assim não desistiu; con-tinuou a pressionar as autoridades, embusca de apontar os criminosos de seuirmào. Foi obrigada a hospedar-se pordois dias na delegacia de Nova Iguaçu,onde dormia numa sala. Depois, pas-sou a morar na residência de seu pai,Paulo Pereira Soares, feirante e quetambém foi ameaçado de morte. NaCidade Alta, em Cordovil, onde passoua .viver, homens estranhos em carros,passaram a rondar na tentativa deencontrá-la. Seu assistente, advogadoLuiz da Rocha Brás, por medida desegurança resolveu escondê-la.

2o PERSONAGEMPromotor José Pires Rodrigues, da

4a Vara Criminal de Nova Iguaçu. Aprincipio, quando procurado por Mar-li. manifestou-se interessado em escla-recer o crime prometendo a Marli fazeruma visita de surpresa no batalhão.Isso. entretanto, nào aconteceu. Diasdepois era público e notório que oPromotor mantinha negócios particu-lares iuma fábrica de bebidas) com o

comandante do 20° BPM. Não haviainteresse dele em acusar qualquer po-licial daquele batalhão.RECONHECIDOS

Cabo Adalvo Crescèncio Vieira esoldado Jorge Alves dos Santos, osdois militares que Marli apontou comointegrantes do grupo que seqüestrou ematou seu irmào. Cabo Adalvo, inclu-sive, cumpria pena por homicídio noquartel, onde exerce a função de cozi-nheiro. Nada aconteceu a eles. Conti-nuam como antes.

QUEDA DODELEGADO CHAIM

Nas investigações do delegado Ge-raldo Chaim, ele chegou à conclusãode que os criminosos eram realmentesoldados do 20° BPM. Por isso, foipressionado por seu superior, o diretorde Policia Metropolitana Heraldo Go-mes e pelo comandante do 20° BPM.Coronel Cecilio Mendes.

Isso resultou em sua transferênciapara a Corregedoria de Policia, o cha-mado Arquivo, entre os policiais.

OUTRO PERSONAGEMDelegado Milton da Costa. Assu-

miu a titularidade da delegacia de

Belford Roxo e, em uma semana, deu odesfecho do caso Marli, onde foramapresentados quatro homens, um dosquais um soldado PM

OS ACUSADOSJoão Batista Gomes — guarda no-

turno de Duque de Caxias. Aposenta-do por problemas psiquiátricos.

Joào Gomes de Amorim Filho —guarda noturno, também de Duque deCaxias. Aposentado pelo mesmo pro-blema do primeiro.

Moisés Luis da Silva — Aposenta-do por problemas psiquiátricos.

Jairo Pedro dos Santos Filho — ex-soldado do 20° BPM.

Os quatro homens foram apresen-tados pela policia no dia 9 de maiodesse ano. Confessaram o crime e acu-saram Paulo de ser assaltante. Marli,entretanto, disse que foi coagida peloCapitáo Bastos e o promotor José Pi-res — que pela primeira vez compare-ceu à 54a DP — por ocasião da apre-sentação. O Capitáo Bastos dizia queela teria que fazer o reconhecimento,porque, caso contrário "vai se darmal". Tudo ocorreu na ausência dodelegado Milton da Costa. A políciadeu como encerrado o caso. Mais tar-de. quando interrogado em Juízo, trêsdos quatro acusados — os doentesmentais — disseram que também fo-

ram obrigados a assumir o crime, pelapolicia.RÁPIDA PASSAGEM

Por ocasião da transferência do de-legado Geraldo Amim Chaim para aCorregedoria de Policia, ele denunciouas pressões que sofreu a Juíza AnaMaria Faber Barbalat, que substituíao Juiz Oscar Martins Silvares Filho. Obatalhão, 20° BPM, também havia dei-xado de cumprir a determinação daJuíza, nào apresentando por dois diasos militares.

O CASO AGORATransformado em processo, o caso

Marli está parado. O sumário de culpa,onde Marli seria ouvida em Juízo foimaliciosamente marcado pelo Promo-tor José Pires Rodrigues para o dia Iode Julho, exatamente o dia em que oPapa Joào Paulo II chegou ao Brasil.Por isso, foi transferido para o dia 7 deoutubro, ou seja, um ano depois.DRAMA

Carlos Barbosa Soares, companhei-ro de Marli, também foi morto a tiros,logo depois da morte de Paulo PereiraSoares Filho. O crime ocorreu em Du-que de Caxias em circunstâncias mis-teriosas.

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PÁGINA 6 ? CADERNO B t_ JORNAL DO BRASIL ? Rio de Janeiro, domingo. 21 de setembro de 1980

Estréiasda semana• O Amigo Americano

IX FlamengoAriellaO Preço do Prazer/ Onde Andam NossosFilhos? Cinema

••••O AMIGO AMERICANO (The AmericanFriend), de Win Wenders. Com Dennis Hop-per, Bruno Ganz, Lisa Kreuzer e GerardBlain. Participação especial de Nicholas Ray,Samuel Fuller, Peter Lilienthal e DanielSchmidt. Art-Copacabana (Av. Copacabana,759. Tel.: 235-4895): 14h30m, 17h,19h30m, 22h. Cinema-3 (Rua Conde deBonfim, 229): 14h, 16h30m, 19h, 21h30m.(14 anos). Jonothan Zimmerman é um ho-mem de 35 anos que sofre de uma doençaincurável. Ele é artesão e vive com suamulher e uma filha em Hamburgo. Um dia évisitado por um francês que lhe faz umaproposta: assassinar um mafioso no interiordo metrô. Produção americana com partici-poções especiais dos diretores Nicholas Ray eSamuel Fuller.

• *••OS ANOS JK (Brasileiro), documentário delonga-metragern de Silvio Tendler. Narraçãode Othon Bastos. Caruso (Av. Copacabana,1.362 — 227-3544): 15h, 17hl5m,19h30m, 21h45m. (Livre.) O filme narra a'história

política brasileira a partir de 1945até os dias recentes. Seu título não configuronenhum partidarismo com o ex-Presidente'Juscelino Kibitschek, que é alvo de umavisão crítica. Do trabalho de pesquisa, resul-taram entrevistas com nomes expressivos davida política brasileira nos últimos 35 anos.

O SHOW DEVE CONTINUAR (Ali Thaf Jazz),de Bob Fosse. Com Roy Scheider, JossicaLonge, Ann Reinking, Leland Palmer, CliffGorman, Ben Vereen, Erzsebet Foldi eMichael Tolan. Veneza (Av. Pasteur, 184 —295-8349), Comodoro (Rua Haddock Lobo,145 — 264-2025): 14h, 16h30m, 19h,21h30m (16 anos). JoeGideoné um famosodiretor teatral e está montando mais um dosseus shows na Broadway. O tema gira emtorno da morte mas, antes que ele possaterminar o trabalho, sofre um ataque cardía-co que o deixa hospitalizado. Durante acirurgia, ele coreógrafa a sua própria mortenuma alucinatória extravagância, deitadonum leito de hospital, cercado por dançari-nas deslumbrantes. Oscar nas categorias demelhor direção artística, de desenho de ves-tuário, montagem e melhor trilha sonora.Palma de Ouro no Festival de Cannes de1980. Produção americana.

••••GAIJIN—CAMINHOS DA LIBERDADE (brasi-leiro), de Tizuka Yamasaki. Com Kyoko Tsu-kamoto, Antônio Fagundes, Jiro Kawarasaki,Gianfrancesco Guamieri, Álvaro Freire e Jo-sé Dumont. Lagoa Drive-ln (Av. Borges deMedeiros, 1.426 — 274-7999): 20h,22h30m. (14 anos). Premiado no Festival deGramado como o melhor filme, melhor atorcoadjuvante (José Dumont), melhor roteiro,melhor cenografia (Yurika Yamasaki) e me-lhor trilha sonora (John Neschling). No Festi-vai de Cannes ganhou o prêmio especial daAssociação dos Críticos Internacionais. Cercade 800 imigrantes japoneses chegam aoBrasil em 1908, durante o período da expan-sãocafeeira. Entre eles, Yamada e Kobayaskisão contratados para trabalhar na fazendaSanta Rosa, em São Paulo, onde enfrentam ahostilidade do capataz, que exige sempreum ritmo inalterável de trabalho. O trata-mento humano só é sentido através de outrosimigrantes — italianos e nordestinos. Semalternativas, os japoneses sofrem as conse-qüências de uma vida quase animal: amaleita, o suicídio e a degradação determi-nam o desaparecimento dos mais fracos.

•••*MANHATTAN (Manhattan), de Woody Allen.Com Woody Allen, Diane Keaton, MichaelMurphy, Mariel Hemingwayx e MerylStreep. Cinema Cândido Mendes (Rua JoanaAngélica, 63): 14h, lóh, 18, 20h, 22h.Ultimo dia. (14 anos). De novo Woody,roteirista (com Marshall Brickman), diretor eator, como o intelectual insatisfeito com oque escreve para viver, judeu de amargosenso de humor, vida amorosa instável,preocupado com o sexo e as revelações dapsicanálise. Sua ex-esposa passou a vivercom uma lésbica eoameçacoma insistênciaem publicar um livro sobre sua experiênciaconjugai. O escritor se sente culpado por suasrelações com uma estudante de 17 anos(Mariel) e com a amante (Diane) de seumelhor amigo. Trilha musical com criaçõesde Gershwin, inclusive Rhapsody in Blue.Fotografado (por questão de estilo) em pretoe branco/Panavision. Produção americana.Reapresentação.

••••TOMMY (Tommy), de Ken Russel. Com Roger

, Daltrey, Ann-Margret, Jack Nicholson, OliverReed, Elton John e Tina Turner. Ricamar (Av.Copacabana, 360 — 237-9932): 15h,17h30m, 19h, 2 lh30m. (16 anos.) Produçãoingleso. Versão da ópera-rock composta peloconjunto The Who. Reapresentação.

•••1 X FLAMENGO (brasileiro), de Ricardo D'HSollberg. Com Dom Pepe, Carlinhos Pandeirode Ouro, Wilson Grey, Lúcia God, HélioOiticica e Pierre Louis Saguez. Palác io-2(Rua do Passeio, 38 — 240-6541), Copaca-bana (Av. Copacabana, 801 — 255-0953),Madureira-1 (Rua Dagmar da Fonseca, 54 —390-2338): 14hl0m, lóh, 17h50m,19h40m, 21h30m. Scala (Praia de Botafogo,320 — 246-7218), Tijuca-Palace (Rua Condede Bonfim, 214 — 228-4610): lóh, 17h50m,19h40m, 21h30m (10 anos). Documentáriosobre a torcida do Flamengo, realizado pelaequipe (produtores e diretores) de Raoni, queconquistou quatro prêmios no Festival deGramadoe foi finalista ao Oscarde 1979 nacategoria de Melhor Documentário. O filmemostra a torcida nos estádios, nas ruas, nosbares e num terreiro de umbanda em plenaatividade.

•••O CORCEL NEGRO (The Black Stallion), deCarroll Ballard. Com Kelly Reno, Teri Garr,Clarence Muse, Hoyt Axton, Michael Higginse Mickey Rooney. Méier (Av. Amaro Cavai-canti, 105 — 229-1222): 14h30m, 19h,21h45m (livre). O garoto Terry e um cavalopuro-sangue são os únicos sobreviventes deum, naugrágio. Socorrem-se e sobrevivemtrês meses numa ilha deserta. Resgatados,vão viver em Flushing, Nova Iorque. Ocavalo foge pelas ruas, mas é capturado porum treinador profissional que o prepara afim de disputar corridas. Versão do livro deWalter Farley. Produção americana de Fran-eis Ford Coppola. Reapresentação.

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ARIELLA (brasileiro), de John Herbert. ComNicole Puzzi, Christiane Torloni, John Her-bert, Herson Capri, íris Bruzzi e Liana Duval.Odeon (Praça Mahatrna Gandhi, 2 — 220-3835), Carioca (Rua Conde de Bonfim, 338

228-8178): 13h30m, 15h30m, 17h30m,19h30m, 21h30m. Rian(Av. Atlântica, 2964

236-6114), Leblon-1 (Av. Ataulfode Pai-va, 391 — 239-5048), Ópera-2 (Praia deBotafogo, 340 — 246-7705): 14h, lóh, 18h,20h 22h. Santa Alice (Rua Barão de BomRetiro, 1095 — 201-1299): de 2° a 6o, às17h, 19h, 21 h. Sábado e domingo, a partirdas 15h. Madureira-2 (Rua Dagmar da Fon-seca, 54 — 390-2338): 13h, 15h, 17h, 19h,21 h. Olaria, Palácio (Campo Grande): 15h,17h, 19h, 21h. Vitória (Bangu): 14h20m,lóh, 17h40m, 19h20m, 21h. (18 anos).Vivendo um estado de semi-abandono porsua família, Ariella percebe que algo estra-nho ocorre na mansão em que vive e desço-bre uma farsa: seus tios assumiram a pater-nidade legal no dia do seu nascimento,passando a desfrutar de todos os vultososbens herdados.

••DECAMERON (II Decameron), de Pier PaoloPasolini. Com Franco Citti, Ninetto Davoli,Angela Luce, Patrizia Capparelli, Jovan Jo-vanovic, Gianni Rizzo e Pier Paolo Pasolini.Palácio-1 (Rua do Passeio, 38 — 240-6541),Roxi (Av. Copacabana, 945 — 236-6245),Tijuca (Rua Conde de Bonfim, 422 — 288-4999): 12h50m, 15h, 17hl0m, !9h20m,21h30m. Leblon-2 (Av. Ataulfo de Paiva,391 — 239-5048), Studio-Paissandu (RuaSenador Vergueiro, 35 — 265-4653), Impe-rator (Rua Dias da Cruz, 170 — 249-7982):15h, 17hl0m, 19h20m, 21h30m. (18 anos).Segundo Pasolini, sua idéia de filmar IIDecameron, de Boccaccio, se deve, em parte,às semelhanças que encontrou entre o mun-do contemporâneo e aquele em que vivia oautor: o princípio da Renascença. Ambos osperíodos se caracterizam por um estado detransição: a época de Boccaccio representa aascensão paulatina de uma nova classesocial, dinâmica e empreendedora, a bur-guesia; a nossa época se traduz pelas trans-formações que ameaçam esta mesma classe.A idéia de Pasolini nunca fora a de apresen-tar uma pequena antologia de contos basea-dos no livro. Optou por uma estrutura quepermitisse as histórias fluírem superpostas.Prêmio Urso de Prata no Festival de Berlim de1973. Produção italiana

••BUBUBU NO BOBOBÓ (brasileiro), de Mar-cos Farias. Com Angela Leal, Rodolfo Arena,Nelson Xavier, Nélia Paula, Michele Naili,Carvalhinho, Silva Filho e Gracinda Freire.Bruni-Copacabana (Rua Barata Ribeiro, 502

255-2908), Roma-Bruni (Rua Visconde dePirajá, 371 — 287-9994), Bruni-Tijuca (RuaConde de Bonfim, 379 — 268-2325): 14h,lóh, 18h, 20h, 22h. (18 anos).. A montagemde uma peça de teatro de revista enquantotrês casais de atores vivem uma dramáticahistória de amor e conflitos, que revelam osbastidores, discutindo a decadência destegênero e as possibilidades de um teatropopular.

••TERROR E ÊXTASE (Brasileiro), de AntônioCalmon. Com Denise Dumont, Roberto Bon-fim, André de Biasi, Otávio Augusto e Ansel-

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Gian Maria Volonté emActas de Marusia, de Miguel Littin: filme mexicano sobre um massacreverídico ocorrido no Chile

mo Vasconcelos. Cinema-1 (Av. Prado Júnior,281 — 275-4546), Lido-2 (Praia do Flamen-go, 72 — 245-8904): lóh, 18h, 20h, 22h.(18 anos). Leninha é uma garota típica doBaixo Leblon e faz parte do novo e sombriogrupo das grandes cidades brasileiras: osviciados em drogas. 1001 é um dessesmarginais que estão diariamente nas man-chetes que descrevem a insuportável violên-cia do Rio de Janeiro. Ele a seqüestra eambos acabam se envolvendo numa tramaamorosa e em situações violentas.

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DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS (Brasi-leiro), de Bruno Barreto. Com Sônia Braga,José Wilker, Mauro Mendonça e NelsonXavier. Metro Boavista (Rua do Passeio, 62— 240-1291), Condor Copacabana (Rua Fi-gueiredo Magalhães, 286 — 255-2610):14h30m, 16h40m, 18h50m, 21 h. Art-Méier(Rua Silva Rabelo, 20 — 249-4544): 14h,lóh, 18h, 20h, 22h. Ópera-1 (Praia deBotafogo, 340 — 246-7705): 14h30m,16h50m, 19hl0m, 21h30m. América (RuaConde de Bonfim, 334 — 248-4519): 14h,16h20m,18h40m,21h. Rosário (Rua Leopol-dina Rego, 52 — 230-1889), Astor (RuaMinistro Edgar Romero, 236): 16h20m,18h40mi 21 h (18 anos). Versão do romancede Jorge Amado. De como Dona Flor, profes-sora de culinária baiana, e seu maridoVadinho, jogador, bebedor e amante infati-gável, são separados pela morte e voltam aencontrar-se de maneira insólita após ocasamento da mulher com um respeitávelfarmacêutico. Reapresentação.

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BRINDEMOS A NÓS DOIS (A Nous Deux), deClaude Lelouch. Com Catherine Deneuve,Jacques Dutronc, Jacques Villeret, GerardCailiaud e Bernard Lecoq. Coral (Praia deBotafogo, 316 — 246-7218): 14h30m,16h50m, 19hl0m, 21h30m (18 anos). Si-mon e Francoise são duas pessoas que pas-sam a vida aplicando golpes e chantagens.Ambos se reúnem e vão demonstrando umao outro suas perícias que vão desde roubosde carros e jóias e seqüestro de iates eviagens de Paris à Riviera e de Le Havre aoCanadá. Produção francesa.

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BERNARDO E BIANCA EM MISSÃO ESPECIAL(The Rescuers), desenho animado da produ-tora de Walt Disney. Direção de WolfgangReitherman, John Lousbery e Art Stevens.Jacarepaguá Auto-Cine-2 (Rua Cândido Be-nício, 2.973 —392-6186): hoje, às 18h30m,20h30m, 22h30m. 2o e 3a, às 20h, 22b.(Livre.) Um casal de ratos empenhado emsalvar uma órfã seqüestrada por MadomeNedusa, megera que a utiliza com o objetivode localizar e apoderar-se do maior diaman-te do mundo. Dublado em português. Rea-presentação.

O PREÇO DO PRAZER/ONDE ANDAM NOS-SOS FILHOS? (brasileiro), de Levi Salgado.Com Lady Francisco, Sérgio Rocha, Léa Kis-semberg, Sônia de Paula, Fábio Sabag, Ro-gério Fróes e Lia Farrel. Patbé (Praça Floria-no, 45 — 220-3135): de 2o a 6o, às 12h,13h40m, 15b20m, 17h, 18h20m, 20h40m,22h. Sábado e domingo, a partir dos13h40m. Art-Tijuca (Rua Conde de Bonfim,406 — 288-6898), Art-Madureira (ShoppingCenter de Madureira): 15h30m, 17h,18h30m, 20h, 21h30m. Studio-Catete (Ruado Catete, 228 — 205-7194), Paratodos (RuaArquias Cordeiro, 350 — 281-3628), Rio-Sul(Rua Marquês de São Vicente, 52 — 274-4532), Studio-Copacabana (Rua Raul Pom-

péia, 102 — 247-8900): 14h, lóh, 18h, 20h,22h. (18 anos). O relacionamento de doiscasais com propostas existenciais opostas:Tânia e Marcos são dois adolescentes daclasse média que se amam e pretendem secasar. Marta e Luiz são casados e pertencemà alta sociedade, levando uma vida cheia devícios e prostituição física e moral.

PATRICK (Patrick), de Richard Franklin. ComRobert Helpmann, Susan Penhaligon, BruceBarmann, Rod Mulliry e Julia Blake. Studio-Tijuca (Rua Desembargador Isidro, 10 —268-6014): 14h40m, 16h50m, 19h,2)hl0m. (18 anos). Depois de um traumafamiliar, Patrick é internado em estado letár-gico em uma casa de saúde, onde permane-ce três anos. Uma enfermeira aos poucosdescobre que ele pode comunicar-se atravésde poderes paranormais. Grande Prêmio dóFestival Internacional deCinemo Fantástico ede Horror de Siges, Espanha. Produção aus-traliana.

PÂNICO NA MULTIDÃO (Two Minute War-ning), de Larry Peerce. Com Charlton Heston,John Cassavetes, Martin Balsam, Beau Brid-ges e Morylin Hassett. Baronesa (Rua Càndi-do Benício, 1 747 — 390-5745): 15h30m,18h, 20h30m (18 anos). Um homem, apa-rentemente normal, diverte-se a atirar sobrea platéia que assiste a um jogo de futebolamericano. Produção americana. Reapresen-tação.

CINDERELO TRAPALHÃO (Brasileiro), deAdriano Stuart. Com Renato Aragão, DedéSantana, Zacarias, Mussum, Sílvia Salgado,Paulo Ramos e Maurício do Vale. Ilha Auto-Cine (Prio de São Bento — Ilha do Governa-dor — 393-3211): de 2o a 6a, às 20h30m,22h30m. Sábado e domingo, às 18h30m,20h30m, 22h30m. Jacarepaguá Auto-Cine-1 (Rua Cândido Benício, 2 973 — 392-6186):de 2o a 6o, às 20h, 22h. Sábado e domingo,às 18h30m, 20h30m, 22h30m. Até terça.(Livre). Transposição da conhecida história deCinderela para o interior do Brasil ondeRenato Aragão faz o papel de Cinderelo emconstantes lutas contra o coronel do região.Reapresentação.

A NOITE DAS TARAS (brasileiro), de DavidCardoso, Ody Fraga e John Doo. Com ArlindoBarreto, Patricia Scalvi, Vandi Zachias, Ar-thur Rovedeer e Matilde Mastrangi. Lido-1(Praia do Flamengo, 72 — 245-8904), Jóia(Av. Copacabana, 680 — 237-4714):14h50m, 16h30m, 18hl0m, 19h50m,21h30m. (18 anos). Três marinheiros denavio cargueiro, atracado em Santos, saempara 24 horas de folgo. Rumam para SãoPaulo, onde pretendem encontrar diverti-mentos na vida noturna, a fim de compensaro muito tempo de isolamento no mar.

O BORDEL —NOITES PROIBIDAS (brasilei-ro), de Osvaldo de Oliveira. Com MárioBenvenutti, Rossana Chessa, Fábio Villalon-ga, Alvamar e Ruy Leal. Vitória (Rua SenadorDantas, 45 — 220-1783): 14hl0m, lóh,17h50m, 19h40m, 21h30m. (18 anos). Por-nochanchada.

ADEUS EMMANUELLE (Goodbye Emmanuel-le), de François Leterrior. Com Sylvia Kristel eUmberto Orsini. Programa complementar: A

Espada Mágica do Kung Fu. Rex (Rua ÁlvaroAlvim, 33 Tel.: 240-8285): de 2o a 6o, às12h30m, 16h25m, 18h35m. Sábado e do-mingo, às !3h30m, 17h25m, 19h35m. (18anos). Continuação das aventuras de Emma-nuelle, agora ambientadas nas ilhas Sey-chelles. Emmanuelle, o marido e seus ami-gos, vivendo várias formos de relacionamen-to até a partida da mulher, depois deapoixonar-se por um cineasta. Produçãofrancesa. Reapresentação.

•UM HOMEM CHAMADO BRUCE LEE (He's aLegend, He's a Hero), de Singloy Wang. ComLi Shao-Lung, Betty Chen, Caryn White e JimBurnett. Programa complementar: Eu Com-pro Essa Virgem. Orly (Rua Alcindo Guana-bara, 21): de 2o a 6", às lOh, 13h20m,16h40m, 20h. Sábado e domingo, a partirdas 13h20m. (18 anos). Outro kung fu depretensões biográficas, explorando o nomedo falecido ator (ausente do elenco) que setornou o único mito do gênero. Reapresen-tação.

EU COMPRO ESSA VIRGEM (brasileiro), deRoberto Mauro. Com Zélia Martins, PercyAires, Sônia Garcia e Ubiratan Gonçalves.Programa complementar: Um Homem Cha-mado Bruce Lee. Orly (Rua Alcindo Guana-bara, 21): 2aa 6o,às lOh, 13h20m, I6h40m,20h. Sábado e domingo, a partir das13h20m (18 anos). Pornochanchada. Rea-presentação.

SESSÃO COCA-COLA — Pinóquio —LagoaDrive-ln: 18h30m. (Livre.)

do Centro Cultural do Trabalhador, o diretorEduardo Escorei, antigos militantes anarquis-tas e historiadores.

CINCO VEZES FAVELA (Brasileiro), filme divi-dido em cinco episódios: Escola de Samba,Alegria de Viver, de Caca Diegues, Couro deGato, de Joaquim Pedro de Andrade, Zé daCachorra, de Miguel Borges, Um Favelado,de Marcos Farias e Pedreira de São Diogo, deLeon Hirszman. No Cineclube Hirterant. Cf-cero Neiva: às 20h e 22h, na Rua Ericeiras,lóc — Cacuia.

ENCONTROS COM O CINEMA DE ANIMA-ÇÃO — Seleção de desenhos da série Perna-longa. As 16h30m, na Cinemateca do MAM,Av. Beira-Mar. s/n° — bloco-escola.

FILMES DOCUMENTÁRIOS LATINO-AMERICANOS (II) — Exibição de Um Dia. deJúlio de Alvarez (Colômbia), Recado doChile, criaçáo anônima (Chile), A DuplaJornada, de Helena Solberg (México) e Can-ção Para o Velho Fisga, de Nora de Izcue(Peru). As 18h30m, na Cinemateca do MAM,Av. Beira-Mar, s/n° bloco-escola.

CINE —MUSICA EXPERIMENTAL - Exibiçãode Dia 14/08/79, Cada Imagem Por Si e SomPor Todos e Cordas Visuais, filmes de IvanViana. Após cada filme apresentação dosviolonistas Fere Nando. Às 20h, noCinecIu-'be Santa Teresa, Rua Monte Alegre, 306.

Grande RioNITERÓI

Extra

ALAMEDA (718-6866) — Dona Flor e SeusDois Maridos, com Sônia Braga. Às lóh20m,18h40m, 21 h. (18 anos).

BRASIL — O Inseto do Amor, com AngelinaMuniz. Às 14h50m, 17h, 19hl0m, 21h20m.(18 anos).

ART-UFF — O Amigo Americano, BrunoGanz. As lóh, 18h, 20h, 22h. (14 anos).

CENTER (711-6909) — Decameron, comFranco Citti. Às 15h, 17hl0m, 19h20m,21h30m. (18 anos).

CENTRAL (718-3807) - 1 X Flamengo, comWilson Grey. Às 14hl0m, lóh, 17h50m,19h40m, 21h30m. (10 anos).

CINEMA-1 (711-1450) - Zabriskie Point,com Mark Frechette. Às 15h, 17hl5m,19h30m, 21h45m. (18 anos).

ÉDEN (718-6285) -A Norte das Taras, comArlindo Barreto. Às 13hl0m, 14h50m,16h30m, 18hl0m, 19h50m', _!h30m. (18anos).

ICARAÍ (718-3346) — Ariella, com NicolePuzzi. Às 14h, lóh, 18h, 20h, 22h.(18anos).

NITERÓI (719-9322) - Terror e Êxtase, comRoberto Bonfim. As 13h30m, 15h30m,17h30m, 19h30m, 2lh30m. (18 anos).

PETRÓPOLIS

*••••ACTAS DE MARUSIA (Actas de Marusia), deMiguel Littin. Com Gian Maria Volonté, Dia-no Bracho, Cláudio Obregon, Eduardo LopesRojas, Salvador Sanches e Ernesto GomesCruz. Às 20h, no Cineclube Cantareira, RuaSão Lourenço, 78 (18 anos). Drama. Produçãomexicana. Focaliza os fotos acontecidos em1907 numa pequena cidade do Chile, onde

os trabalhadores injustiçados se rebelamcontra a Marusia Company, reivindicandomelhores condições de vida e trabalho. Pres-sionodo pelos estrangeiros, o Governo deter-mina a intervenção do Exército para acabarcom os conflitos. E os momentos de tragédia TERESÓPOLIScorn os operários, literalmente massacrados,são reconstituídos pelo filme.

•••••ACOSSADO (A Bout de Souffle), de Jean-LucGodard. Com Jean-Paul Belmpndo, JeanSeberg e Jean-Pierre Melville. Às 20h30m,na Cinemateca do MAM, Av. Beira-Mar, s/n°— bloco-escola (18 anos). O primeiro longa-metragem de Godard (1960), consideradoum dos manifestos da revolução formalproposta pela nouvelle vague. Um jovemmarginal comete um assassinato e planejafugir com uma americana. Francês. Em pretoe branco.

ANARQUISMO NO BRASIL - Exibição de OSonho Não Acabou, de Cláudio Kahns eLibertários, de Lauro Escorei. Os filmes docu-mentam o aspecto político e cultural domovimento anarquista, ocorrido no inicio doséculo em Sào Paulo, como precursor daformação do sindicalismo brasileiro. Às 19h,no Cineclube Jean Renoir, Rua Jacinto, 7.Após a sessão haverá debates com membros

ShowTV CROQUETTES —CANAL DZI - Texto deCláudio Gaya, Wagner Ribeiro e FernandoPinto. Com Claudia Gaya, Cláudio Tovar,Ciro Barcellos, Wagner Ribeiro, Bayard To-nelli, Roberto Rodrigues, Fernando Pinto eRogério de Poli. Teatro Rival, Rua ÁlvaroAlvim, 33 (224-7529). Hoje, às 21h30m.Ingressos a CrS 300 e CrS 200, estudantes.Antes e durante o espetáculo, serviço de bar.

SACI PERERÊ — Show da Banda Black Rio.Cine-Show de Madureira, Rua Carolina Ma-chodo, 542. Hoje, às 2!h30m. Ingressos aCrS 200.

BRASIL MESTIÇO — Show de lançamento doLP da cantora Clara Nunes. Quinta da BoaVista, S. Cristóvão. Ho|e, às llh. Entradafranca.

FUNDO DE QUINTAL — Apresentação doconjunto de choro. Country Clube da Tijuca,Rua Uruguai, 574 Hoie, às 20h. Entradafranca.

FIM DE TARDE — Apresentação do composi-tor e violonista R>!do Horia Teatro ArthurAzevedo, Campo Grande Hoje as I8h30m.Ingressos a Cr$ 100

Somente hoje no Cine-Show de Madureira, o show Saci Pererê,.com a Banda Black Rio

DIA DO RADIALISTA — Show com Adem ideFonseca, Agnaldo Timóteo, Bezerra da Silva,Emilinha Borba, Mansa Gata Mansa, Mu-cha, Nana Caymmi, Oswaldo Montenegro eoutros. Quadra da Escola de Samba Unidosde Vila Isabel. Rua Barão de S. Francisco,236, às 21 h. Ingressos à venda no local e no

Sindicato dos Radialistas. Rua Leandro Mar-tins, 10.12°.

MASSA — Show do cantor, compositor eviolinista Raimundo Soaré acompanhado deJorge Degas (baixo), Jorge Amorim (violo),Afonso Corrêa (bateria), Isaac Reis (acordeon)e Djalma Corrêa (percussão). Teatro da Gale-ria — Rua Senado' Ve'gueiro. 93. Hoje. às2ih30m. Ingressos a CrS 200. Último dia.

ESTA E A SUA VIDA — Show do cantoraAline acompanhada de Fernando Moraes

(piano), Bilinho (guitarra), Estevão (flauta) eAdemir Cândido (bateria). Roteiro de AldyrBianc. Direção de Ligia Ferreira. Teatro Ipa-nema, Rua Prudente de Morais, 824 (247-9794). Hoje, às 21 h30m. Ingressos a CrS 250e CrS 150, estudantes. Ultimo dia.

RAÍZES DA AMÉRICA — Apresentação delendas e poemas lat(no-omencanos com Ary-clè Perez e show de músicas e dançasfolclóricas Direção de Flávio Rangel. Cane-cão. Av. Venceslou Braz, 215. (295-3044 e

295-1047). Hoje, às 21 h. Ingressos a CrS500. Até dia 28.

DIVIRTA-SE COM BERTA LORAN — Apresen-tação da atriz acompanhada dos bailarinosJean Paul e Oton Rocha Neto. Teatro daPraia, Rua Francisco Só, 88 (267-7749). Hoje,às 20h. Ingressos a CrS 350 e Cr$ 200,estudantes.

REVISTAHOLLYWOOD GAY —Show de travestis comAngela Leclery, Kiriki, Fugica e Edson Farr.Participação especial de Ana Lupez. TeatroAlasca, Av. Copacabana, 1241 (247-9842).Hoje, às 19h30m. Ingressos, a CrS 200 e CrS150, estudantes.

TEM XAVECO NO TABLADO — Revista musi-cal com Brigitte Blair, Martho Anderson,Eduardo, David Varella e outros. Teatro Ser-rador, Rua Senador Dantas, 13 (220-5033).Hoje, às 18h e 21h. Ingressos, a CrS 200.

DETOPLESS... —Comédia com Lady Francis-co, Cole, César Montenegro, Fransis Carla,Iara Silva e outros.TeatroCarlos Gomes, Pça.Tiradentes (222-7581). Hoje, às 21 h. Ingres-sos a CrS 400, cadeira numerada, CrS 300,cadeira sem numero e CrS 100, galeria.

GAY GIRLS — Revista musical com NelioPaula, Veruska, Maria Leopoldino, Jane,Cláudio Celeste e Eduardo Allende TeatroAlasca, Av. Copacabana, 1241. Hoje, às21h30m Ingressos a CrS 200 e CrS 150,estudantes.

DançaBALLET GUAIRA — Apresentação sob a dire-ção do coreógrafo Carlos Trincheiras. Progra-ma: dia 23, às 21 h. Sinfonia 3, Canto deMorte, Inter-Rupto e Petruchka, hoie, as 18h,Raymonda, Vórtice, Lamentos e Petruchka, edia 24, às 21 h, Dimitriana, Canto e Morte,Inter-Rupto, Vórtice, Ao Crepúsculo e Petru-chka. Teatro João Caetano, Pça. Tiradentes(221-0305). Ingressos o CrS 200. platéia ebalcão e a CrS 100, balcão 2. Ate dia 24.

III CICLO DE DANÇA CONTEMPORÂNEA —Programa: Reflexões Poéticas de Uma Mão

Musica

MIMOSAS ATE CERTO PONTO N°2 — Showde travestis, com texto e direção de BrigitteBlair. Com Monique Lamarque, Marisa, So-brina, Katia, Comile, Alex Mottos e outros.Teatro Brigitte Blair, Rua Miguel Lemos, 51(521-2955). Hoje, às 19hl5m e 21hl5m.Ingressos a CrS 200.

KALENDA MAYA — Recital do coniunto for-mado por Cláudio Yabrudi (sopros). Feman-do Moura (sopros e cravo) Helder Parente(soDros e violo da gambá). Heloisa Modela(sopros). Mary Groisman (vocai). Ricardo Ya-brudi (alaude e sopros) No programa, rrusi-co renascentista sobre o tema A Guerra e oAmor. Petite Galerie. Rua Barão da Torre,220. Hoje, os 18h e amanhã, as 21 h.Entrada franca.

ESPETÁCULOS PARA A JUVENTUDE - Con-certo da Orques'ra Si-fõnico do Teatro Muni-cipol, sob a regência do maestro Fittipoldi.Prcgran-a: Suíte Quebra Nozes, de Tchai-kovsky, Capricho Espanhol, de Rimsky-

ORQUESTRA DE CÂMARA DA RAWO MEC— Concer'o Sala Cecília Meireles. Lgo daLapa, 47. Hoie, as 21 h. Entrada franca

QUADRO CERVANTES —Recital Programa:peças de compositores do Idade Média, edosperíodos barroco e renascentista Teatro Uo-poldo Fróes, Rua Manoel de Aoreu, 16. Hoieàs 21 h.

DRIVE-IN ITAIPU — Pretty Baby, com BrookeShields. Às 20h30m, 22h30m. (18 anos).Matinê: A Turma do Charlie Brown, desenhoanimado. Às 18h30m. (Livre).

DOM PEDRO (2659) - 1 X Flamengo, docu-mentário. Às 15h30m, 17h20m, 19hl0m,21 h. (10 anos).

PETRÓPOLIS (2296) - Ariella, com NicolePuzzi. As 15h, 71h, 19h, 21 h. (18 anos).

ALVORADA (742-2131) - Terror e Êxtase,com Denise Dumont. Às lóh, 18h, 20h, 22h.(18 anos). Matinê:,O Senhor dos "Anéis,desenho animado. Às I4h. (Livre).

Curta-metragemANNA LETYCIA — De Eunice Gutmon eRegino Veiga. Cinema: Cândido Mendes (dodia 16 ao dia 21).

INFINITAS CONQUISTAS - De Enrica Berna-dei li. Cinema: Ricamar.

IRIK-ARAH — De Lula Campello Torres. Cine-ma: Baronesa.

VIVA 24 DE MAIO — De Tizuka Yamasaki eEdgar Moura. Cinema: Art-LHf (do dio 16 aodia 21).

TERRITÓRIO LIVRE — De Jan Koudela Cme-mo: Cinema-3.

Desesperada, solo de Ramer V<anna do Riode Janeira; Aquele Que Fala, com o grupo deDança Contemporânea, de S Pauio e Trans-Formo Grupo Experimental de Dança, deBelo Horizonte. Teatro Teresa Raquel, RuaSiqueira Campos, 143 (235-1 1 13) Hoie, as18h. Ingressos a CrS 100. Ultimo dia.

JORNADA DA DANÇA — Apresentação dogrupo Pitu, de Brasília. Programa QuatroPor Quatro, direção de Hugo Rodas TeatroDulcina, Rua Alcmo Guanabara, I 7. Hoie, as18h. Ingressos a Cr$ 100 Último dia.

Korsakoy Boi Bumbá, de Mignone, Protofo-nia da Ópera O Guarani, de Carlos Gomes eDança Selvagem, ae Fittipoldi Teatro JoãoCaetano Pça Tradentes (221-0305) Hoie, a»10h. Entrado franca

CADERNO B O JORNAL DO BRASIL ? Rio de Janeiro, domingo, 21 de setembro ile IWI U PAGINA 1

CriançasFESTANÇA — Teatro de bonecos. Ver dela-lhes em Teatro.

SONHO, SÓ SONHO — Musical infanto-juvenil de Ronaldo Ciambroni. Direção deMaithé Alves. Com Isa Fernandes, SilvioFróes, Gilberto Britto, José Roza e GilsonHostilio. Teatro Dulcina, Rua Alcindo Guana-bara, 17(220-0997). Hoje, às 16h. Ingressosa Cr$ 70.

GENERALZINHO DE SAIAS - Texto de StellaLeonardos. Direção de Maria tina Rabello.Com o grupo Serrote. Teatro Leopoldo Fróes,Rua Manoel de Abreu, 16. Hoje, às 16h. Atédia 28.

EMlLIA, NASTÁCIA E SACI EM APUROS COMINVENTO BIRUTA DO VISCONDE DE SABU-GOSA — Direção de Roberto de Castro. Como grupo Carrossel. Teatro do Colégio Laran-jeiras, Rua Cde. de Baependi, 69. Hoje, as16h. Ingressos a CrS 80.

A BRUXINHA QUE ERA BOA — Texto deMaria Clara Machado. Direção de MalvinaFernandes. Com o grupo Ensart. Teatro San-tos Rodrigues, Rua Henrique Dias, 25, Rocha.Hoje, às 16h. Ingressos a CrS 40. Até dia 5de outubro.

PAPITOCO — Musical de Mauro Menezes eLu Maia. Di reçãode^lván Merino. ComRicardcuBtatr-Fãtima Maciel, Lu Maia, Fer-nánHcTWellington e Rafael Sanchez. TeatroVilla-Lobos, Av. Princesa Isabel, 440. Hoje,às 16h. Ingressos a Cr$ 150.

RISO, CHORO E CUÍCA — Criação coletivados Bufões. Direção de Zeca Ligiero. ComJoão Gomes, Carlola Maria, Fátima Rezendee João Nepomuceno. Teatro do Sesc de S.João de Meriti, Rua Tenente Manoel Alvaren-ga Ribeiro, 66. Hoje, às 16h. Ingressos a CrS60 e CrS 30, comerciários.

NÃO SEI SE É FATO OU SE É FITA. NÃO SEISE É FITA OU SE É FATO — Criação coletivado Grupo Travalíngua. Teatro ExperimentalCacilda Becker, Rua do Catete, 388 (265-9933). Hoje, às 16h. Ingressos a CrS 70, alédia 28.

...E O BEIJA-FLOR VIROU LENDA — Texto edireção de Eugênio Santos. Músicas de Pouli-nho Guimarães. Com Priscila Camargo, Ri-cardo Peixoto. Miguel Arcanjo, Frida Richler eoutros. Teatro do Sesc da Tijuca, Rua Barãode Mesquita, 539. Hoje, às 17h. Ingressos aCrS 150 e CrS 30, comerciários. Até dia 28.

ROSALICE, DUQUESA DE COISA NENHUMA— Comédia musical infantil de Mareio Luiz.

Direção de Fernando Fernandes. Com o gru-

po Mantra/ Mistério Crescente. Aliança Fran-

cesa do Méier, Rua Jacinto, 7. Hoje, às 16h.

Ingressos a CrS 80. O espetáculo é apresen-tado ao ar livre.

EU CHOVO, TU CHOVES, ELE CHOVE —

Texto e direção de Sylvia Orthof. Produção deAdalberto Nunes, Com Bia Sion, CláudiaRicher, Everaldo Sena e Jorge Murilio. Teatro

Senac, Rua Pompeu Loureiro, 45. Hoje, às às16h30m. Ingresso a Cr$ 200.

O JARDIM DOS GIRASSÓIS, COR-DE-ROSATexto de Pedro Veludo, direção de Eudes

Berg. Com Walter Costa, Sérgio Britlo, MariaGryner, Ely Moreno e outros. Sala MonteiroLobato, Teatro Villa-Lobos, Av. Princesa Isa-bel, 440. Hoje, às 17h. Ingressos a CrS 80.Alé dia 30 de novembro.

PEQUENINOS MAS RESOLVEM — Texto deLicia Manzo. Direção coletiva. Com FlávioKlinger, Rogério Fabiano Júnior, André Mau-ro, Cláudio Villela e outros. Teatro Rio-Planetário, Rua Padre Leonel Franca, 240.Hoje, às 16h e 1 7h30m. Ingressos a CrS 80.

CHAPEUZINHO VERMELHO E O LOBO MAUTexto e direção de Jair Pinheiro, Teatro

Brigitte Blair, Rua Miguel Lemos, 51 (521-2955). Hoje, às 17h. Ingressos a CrS 100.

CHAPEUZINHO AMARELO - Texto de ChicoBuarque de Holanda. Adaptação e direçãode Zeca Ligiéro. Com Chico Sérgio, JanaCastanheiro, Juliana Prado, Mareio Galvão,Felipe Pinheiro e Zezé Polessa. Direção musi-cal de Chico Sá e Ricardo Pavão. TeatroCândido Mendes, Rua Joana Angélica, 63.Hoje, às 16h. Ingressos a CrS 120.

COM PANOS E LENDAS — Musical de JoséGeraldo Rocha e Vladimir Capella. Direçãode Ivan Merlino e Vladimir Capella. ComAngela Dantas, Marco Miranda, Nadio Car-valho, Otávio César e outros. Teatro CasaGrande, Av. Afrânio de Melo Franco, 290(239-4046). Hoje, às 17h30m. Ingressos aCrS 150.

CRESÇA E APAREÇA — Texto de AlexandreMarques. Direção de Marco Antônio Palmei-ra. Com Eduardo Azevedo, Eliana Dutra,Francisco Sztockman, Marco Antônio Palmei-ra e Maria Alice Mansur. Música de DirneyMachado e Mauro Dellol. Teatro Gláucio GilRua Cardeal Arcoverde, s/n° (237-7003). Ho-je, às 16h. Ingressos a CrS 100.

O. MISTERIOSO SEQÜESTRO DO PRÍNCIPENÃO SEI, — De Jurema Penna. Produção eapresentação do Grupo Rodeie. Teatro CEU,Av. Rui Barbosa, 762 (265-8817). Hoje, às16h30m. Ingressos a CrS 70. Até o dia 30 deoutubro.

DANÇANDO NO ARCO-ÍRIS - Texto e dire-ção de Leonardo Alves. Com Ana Luiza Folly,Sérgio Martins, Jefferson Zanon, Luzia Costa,Lereto Pastene e outros. Teatro da Galeria,Rua Senador Vergueiro, 93 (225-8846). Hoje,às 17h. Ingressos a CrS 100.

MANHAS E MANIAS — Show de variedadescom mágicos, acrobatas e palhaços. Criaçãocoletiva do grupo Manhas e Manias. ComJosé Lavigne, Carina Cooper, Chico Diaz,Márcio Trigo e outros. Escola de Artes Vi-suais, Parque Lage, Rua Jardim Botânico,414. Hoje, às 16h30m. Ingressos a CrS 100.Até dia 28.

NO PAÍS DA PROSOPOPÉIA — Texto, dire-ção e música de Lauro Benevides. Com ogrupo Boca do Túnel. Teatro Dirceu de Mat-tos, Rua Barão de Petrópolis, 897, saída dotúnel da Rua Alice, Santa Teresa. Hoje, às16h. Ingressos a CrS 100.

UM DIA ATRÁS DO OUTRO — Texto deAntônio Bernardo Rocha. Direção coletiva dogrupo Vagalume. Teatro de Fantoches doParque do Flamengo, Praia do Flamengo em

frente à Rua Tucuman. Hoje, às 10h30m.Entrada franca.

O LEÃO QUERIA SER PALHAÇO - Texto edireção de Pedro Reis. Com Lea Cardoso.Sérgio Sampaio e outros. Teatro Arcádia,Travessa Alberto Cocozza, 38. Nova Iguaçu.Hoje, às 17h. Ingressos a CrS 50.

PRIMEIRO TEMPO 3x0 — Texto e direção deIsmaeliya Silva. Com o grupo Raio de Sol.Teatro Arcádia, Travessa Alberto Cocozza,38. Nova Iguaçu. Hoje, às 15h. Ingressos aCrS 50 e CrS 25.

A GATA BORRALHEIRA — Texto de Carmeli-ta Brito. Direção de Roberto de Brito. Com ogrupo Garra. Teatro Arcádia, Travessa Alber-to Cocozza, 38. Nova Iguaçu. Hoje, às 16h.Ingressos a CrS 50 e Cr$ 25.

A HISTÓRIA DO CHAPEUZINHO VERMELHO— Texto e direção de Charles Serdeira. Como grupo Faz Acontece. Teatro Arcádia, Tra-vessa Alberto Cocozza, 38. Nova IguaçuHoje, às lOh. Ingressos a Cr$ 50 e CrS 25.

BRANCA DE NEVE E OS SETE ANÕES - Textoe direção de Jair Pinheiro Teatro TeresaRachel, Rua Siqueira Campos, 143 (235-1113). Hoje, às 17h. Ingressos a Cr$ 100.

ZÉ COLMEIA E A PANTERA COR DE ROSA NAFLORESTA ENCANTADA — Di reção de Rober-to de Castro, com o Grupo Carroussel. Teatrodo Colégio Laranjeiras, Rua Conde de Bae-pendi, 69. Hoje, às 10h30m. Ingressos a CrS80.

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS - Texto edireção de Jayr Pinheiro. Teatro BrigitteBlair, Rua Miguel Lemos, 51 H (521-2955).Hoje, às 16h. Ingressos a Cr$ 100.

OS TRÊS PORQUINHOS E O LOBO MAU -Texto e direção de Jayr Pinheiro. TeatroSerrador, Rua Senador Dantas, 13 (220-5033). Hoje, às láh. Ingressos a CrS 100.

O PATINHO FEIO CONTRA O GAVIÃO PA-PA-TUDO — Produção de Roberto de Castro.Com o grupo Carrossel. Teatro do ColégioLaranjeiras, Rua Cde. de Baependi, 69. Hoje,às 17h. Ingressos a CrS 80.

MARIA MINHOCA — Texto de Maria ClaraMachado. Direção de Juracy Alarcon Chama-re Mi. Com o grupo teatro Crismaran. SalaCrismaran. Rua Ferreira Pontes, 285, Grajaú.Hoje, às 16h. Ingressos a CrS 50.

A BELA ADORMECIDA — Texto e direção deJair Pinheiro. Teatro Tereza Raquel, RuaSiqueira Campos, 143. Hoje, às 16h. Ingres-sos a Cr$ 100.

EMÍLIA, SACI E VISCONDE CONTRA ASTE-RIX, O GAULÊS — Musical com texto edireção de William Guimarães. Com KátiaRegina, Roberto dos Santos e Ricardo dosSantos. Teatro Alaska, — Av. Copacabana1241 (247-9842). Hoje, às 16h. Ingressos aCr$ 80.

SUPER-HERÓIS CONTRA MULHER-GATO ECIA. — Musical com texto e direção deWilliam Guimarães. Com Fabiana Gouveia,Jorge Eliano, Tom Aguiar e Rosa Isabel.Teatro Alasca. Av. Copacabana 1.241. Hoje,às 17h. Ingressos a CrS 80.

TeatroBLUE JEANS — Texto de Zeno Wilde eWanderley Aguiar. Dir. de Wolf Maya. ComFábio Massimo, Miguel Carrano, Júlio César,Luís Carlos Nino, Alexandre Regis, LucianoSabino, José Roberto Figueiredo, FernandoCésar, Rogério Corrêa. Teatro Senac, RuaPompeu Loureiro, 45 (256-2641). Hoje, às18h30m e 21h. Ingressos, o Cr$ 300 e Cr$200 estudantes.

UMA NOITE EM SUA CAMA — Comédia deJean de Letraz, adapt. de Armindo Blanco.Dir. de Antônio Pedro. Com Vera Gimenez,Nelson Caruso, Lupe Gigliolti, Pedro PauloRangel, tuca de Castro, Elienne Narduchi,Melise Maio. Teatro do América, Rua Cam-pos Sales, 1 18(234-8155). Hoje, às 18h30me 21h30m. Ingressos vesp. a CrS 300 e Cr$200, estudantes; e 2° sessão, a CrS 300.

O SENHOR É QUEM? - Comédia de JoãoBethencourt. Dir. do autor. Com Jorge Daria,Margol Mello, Elcio Romar, José Santa Cruz,Nádia Maria. Teatro Copacabana, Av. Copa-cabana, 327 (257-1818, R. Teatro). Hoje, às18h e 21h30m. Ingressos, a CrS 350 e CrS200, estudantes.

rio Fróes, Débora Bloch, Ana Lúcia Torre, AryFontoura, Richard Riquetti. Isaac Berdavid;Elízio-dosé, Guilherme Koran, Oswaldo Lou-zada, Sidney Marques Teatro Villa-Lobos,Av. Princesa Isabel, 440 (275-6695) Hoje, às18h e 21h30m. Ingressos a Cr$ 250 e CrS150, estudantes.

CABARÉ VALENTIN — Coletânea de textos deKarl Valentin. Dir. de Buza Ferraz. Mús. edir.musical de Caique Botkay. Com Ariel Coe-lho, Beatriz Bedran, Carlos Alberto Bahia,Gilda Guilhon, Luís Felipe Pinheiro, NenaAinhoren. Teatro Cândido Mendes, Rua Joa-na Angélica, 63. Hoje, às 21 h30m. Ingressosa CrS 180 e Cr$ 120, estudante.

FESTANÇA — Roteiro de Fernando Augusto eNilson de Moura. Dir. de Fernando Augusto.Bonecos de Fernando Augusto e Tereza Eugè-nia. Com Nilson de Moura, Walter Holmes,Carlos Carvalho, Maurício Ramos, FernandoAugusto. Teatro de Bonecos Aurimar Rocha,Rua Ataulfo de Paiva, 269 (239-1498). Hoje,às 1 7h e 21 h30m. Ingressos a CrS 200 e CrS100 (criança até 10 anos e estudate).

À DIREITA DO PRESIDENTE — Comédia deMauro Rasi e Vicente Pereira. Dir. de ÁlvaroGuimarães. Com Gracindo Júnior, AríeteSales, Jorge Botelho, André Villon e Bento.Teatro Glória, Rua do Russel, 632 (245-5527). Hoje, às 18h e 21 h. Ingressos, a CrS300 e CrS 200, estudantes.

TRANSAMINASES — Texto de Carlos Vereza.Dir. de Paulo José. Com Armando Bogus,Antônio Pedro, Carlos Verezo. Teatro GlauceRocha, Av. Rio Branco, 179 (224-2356). Hoje,às 18h e 21 h. Ingressos a CrS 250 e CrS 150,estudante.

BRASIL: DA CENSURA Á ABERTURA — Textode Jô Soares, Armando Costa, José LuizArchanjo e Sebastião Nery. Dir. de Jô Soares.Com Marília Pera, Marco Nanini, Sílvia Ban-deira, Geraldo Alves. Teatro da LagoarAvT"-Borges de Medeiros, 1 426 (274-7999 e 274-7748). Hoje, às 19h. Ingressos a CrS 350 eCrS 200, estudantes. (14 anos).

TOALHAS QUENTES — Comédia adaptadapor Bibi Ferreira de um original de MarcCamoletti. Dir. Bibi Ferreira. Com Suely Fran-co, Otávio Augusto, José Augusto Branco,Tomara Taxman e Maria Pompeu. TeatroMesbla, Rua do Passeio, 42/56 (240-6141).Hoje, às 18h e 21hl5m. Ingressos , a CrS250 e CrS 150 (estudantes).

HOJE E DIA DE ROCK — Texto de JoséVicente. Dir. de Carlos Wilson Silveira. ComTiciana Studart, Di Ia Guerra, Antônio Breves,Eduardo Bruno e André Pizzolante. TeatroTablado, Av. Lineu de Paulo Machado, 795(226-4555). Hoje, às 19h. Ingressos a Cr$100.

RASGA CORAÇÃO — Texio de OduvaldoVianno Filho. Dir. de Jose Renato, com Roge-

AS 1001 ENCARNAÇOES DE POMPEU LORE-DO — Comédia musical de Mauro Rasi eVicente Pereira. Mús. de Duardo Dusek e LuisCarlos Góes. Dir. de Jorge Fernando. ComRicardo Blat, Luís Sérgio Lima e Silva, DuseNacaratti, Diogo Vilela, Stella Miranda,Eduardo Machado, Marcus Alvisi e outros.Teatro do BNH, Av. Chile, 230 (262-4477).Hoje, às 19h e 21 h30m. Ingressos a CrS 250e CrS 150, estudantes.

OS ÓRFÃOS DE JÂNIO — Texto de MillôrFernandes. Dir. de Sérgio Britto. Com TerezaRachel, Suzana Vieira, Stella Freitas, CláudioCorrêa e Castro, Milton Gonçalves e HélioGuerra. Teatro dos Quatro, Rua Marquês deSão Vicente, 52 — 2° (274-9895). Hoje, às18h e 21 h. Ingressos CrS 250 e Cr$ 150,estudante.

OS JUSTOS — Texto de Albert Camus. Dir.de Etienne Le Meur. Com Ana Lúcia Bruce,Poulo Dalcol, Richard Roux, Pierre Astrié,Helber Rangel. Aliança Francesa de Botafo-go, Ruo Muniz Barreto, 54. Reservas pelotelefone 286-4248, diariamente, das lOh às18h. Proibida a entrada após o início doespetáculo. Hoje, às 19h e 21 h. Ingressos aCr$ 200 e CrS 120, estudante.

_ASTRJS FACES DO PODER - Antolpaicutetrechos de Snakespeare, organizada por Car-los Queiroz Telles. Dir. de Margarida Rey.Com Eliana Dutra, Maria Teresa Amaral, LuisZaga, Renato Yablonovsky. Teatro Laranjei-ras, Rua das Laranjeiras, 232. Hoje, às 21 h.Ingressos a Cr$ 250 e CrS 100, estudante.

QUANTO MAIS GENTE SOUBER MELHOR —Texto de João Siqueira. Direção coletiva doGrupo Dia-a-Dia. Teatro do Sesc de S. Joáode Meriti, Rua Tenente Manoel AlvarengaRibeiro, 66 (756-4615). Hoje, às 20h30m.Ingressos, a CrS 100 e CrS 30, comerciáriosAté dia 28.

formado em comédia musical, com musica"Se Ubirajara Cabral. Dir. de Wolf Maia. ComAgnez Fontoura, Osmar Prado, Nelson Dan-tas, Cláudia Costa, Cininha de Paula, Mane-co Bueno e outros. Teatro Gláucio Gill, PraçaCardeal Arcoverde (237-7003). Hoje, às18h30m e 21h30m. Ingressos a CrS 250 eCrS 150, estudantes. (Livre).

NAVALHA NA CARNE — Texto de PlínioMarcos. Direção de Odilon Wagner. ComGlória Menezes, Roberto Bonfim e EdgarGurgel Aranha.TeatroVanucci. Rua Marquêsde S. Vicente, 52/3° (239-8595 e 274-7246).Hoje, às 19h30me 21h30m. Ingressos a Cr$300 e CrS 200, estudantes.

MOSTRA DE TEATRO AMADOR — No Centrode Artes e Criatividade Infanto-Juvenil, RuaRio Grande do Sul, 83, Méier: Hoje, às 20h,Os Quatro Elementos e Família na Roda, como grupo Cadê Meu Teatro?. Na Escola Muni-cipai Bélgica, Rua Francolim, 50, Guadalu-pe. Hoje, às 20h, Transição, com o grupoAugus de Teatro Universitário. No Teatro 29de Junho, Rua Pontes Leme, 371, CampaGrande: Hoje, às 20h, A República dosMendigos, com o grupo Apocalipse. No Gi-násio Gama e Souza, Av. Tei xei ra de Castro,72, Bonsucesso, Hoje, às 20h, Severina Cam-peã e Mártir, com o grupo Esperança.

DIANTE DO INFINITO - Espetáculo de varie-dades do grupo Manhas & Manias. Nomesmo programa, apresentação do grupo dedança Coringa, de Graziela Figueiroa. Escolade Artes Visuais, Parque Lage, Rua JardimBotânico, 414. Hoje, às 21 h. Ingressos a CrS150. Ultimo dia.

POEIRA DE ESTRELAS — Texto e direção deCelso Moscioro. Com o grupo Teatro da Rua.Teatro Arcádia, Travessa Alberto Cocozza,38, Nova Iguaçu. Hoje, às 21 h. Ingressos aCrS 100 e Cr$ 50.

O CHICOTE — Texto de Elias Daniel dosSantos. Direção de Roberto Luiz Barreto. Como grupo Astral. Teatro Cacilda Becker, Rua doCatete, 338. Hoje, às 21h. Ingressos a CrS100. Ultimo dia.

A FILHA DA... — Texto de Chico Anísio.Direção de Antônio Pedro. Com Lutero Luiz,lolanda Cardoso e Maria do Rocio. TeatroArthur Azevedo, Rua Vitor Alves, 454. Hoje,às 21 h. Ingressos a Cr$ 200. Último dio.

O HOMEM QUE VIROU HOMEM - Comédiade Adoil Viana e R. Rocha. Com Carvalhinho,Olivia Pineschi, Rina Maris, Marcelo Becker eoutros. Café Concerto Rival. Rua Álvaro Al-vim, 33 (240-1135). Hoje, às 18h30m. In-gressos o Cr$ 100.

A ILHA DA LIBERDADE — Texto de HerschWladimir. Direção de Júlio Gracia Lopes.COm o grupo de teatro experimental dasLojas Brasileiras. Teatro do Sesc da Tijuca,Rua Barão de Mesquita, 539. Hoje, às 21 h.Ingressos a CrS 100, CrS 50, estudantes eCrS 30, comerciários.

GERAÇÃO 477 — Texto e dir. de José MariaRodrigues. Com Francisco Sobrinho, Leo Sil-va, Paula Fernandez, Elizabeth Nascimento,Angela Loureiro. Teatro Experimental Cacil-da Becker, Rua do Catete, 338 (265-9933).Hoje, às 18h30m. Ingressos a CrS lOOeCrS80 estudantes. Até dia 28.

QUEM CASA QUER CASA... E OUTRAS COU-SAS MAIS - Texto de Martins Pena, trans-

HORÓSCOPO PARA OS QUE ESTÃO VIVOS— Texto de Thiago de Mello. Direção dePedro Jorge. Musicas dos Beatles, Janis Jo-plm, Hair, Godspell e Jesus Cristo Superstar.Com Alexandre de Paula, Marco AntônioSantos e Monique Alves. Teatro Pedro Jorge,Espaço de Dança e Ginástica, Rua Viscondede Piraia. 540, sala 307 (259-3596). Hoje, às21 h. Ingressos a CrS 100.

O SOM NOSSO DE CADA DIA Tárik de Souza

EM ROTAÇÃO

A partir da Feira Pixinguinha, im-plantada pela Funarte, pode oeor-rer um sadio movimento de des-

centralização da produção musical, hámais de um século restrita ao eixo Rio-—São Paulo, com raras e incipientes exce-çóes, como a combalida Mocambo doRecife. 'A Feira editou três LPs. commúsicas, intérpretes e instrumentistascolhidos em edições sucessivas do Proje-to em Brasilia (Sala Funarte), Belém(Teatro da Paz) e Salvador (Castro Al-ves). Agora a Fundação Cultural do Ma-ranhão, com financiamentos da mesmaFunarte edita Pedra de Cantaria, reu-nindo a produção de compositores e mú-sicos da cidade de São Luis. A direçãoartística é do líder do movimento, o com-positor Chico Maranhão, que, radicadoem Sáo Paulo em meados de 60 alcançousucesso no Festival da Record com ofrevo Gabriela. Participam do ProjetoGuriatã, que resultou no disco, entreoutros: Sérgio Habibe, Hilton Filho,Adler São Luiz, Valdelino Cecio, JosiasSobrinho, Zé Pereira, Ubiratan Souza,Giordano Mochel Filho e Josias Sobri-nho, além do próprio Chico Maranhão.

Porta Secreta, titulo de um boleroespecialmente composto para ela pelomarido Zé Ramalho, é o novo LP de,Amelinha, a ser lançado no fim do mês,no pique maior de seu sucesso. No reper-tório inéditas da nova geração nordesti-?ia que ascendeu ao estrelato, pratica-mente ao mesmo tempo, no final dos 70 einicio de 80: Isso ou Aquilo iMoraesMoreira e Fausto Nilo), Renegado iClo-do, Climerio e Clesio), Lucas iGeraldoAzevedo c Pipo Sperai, sem faltar FoiDeus Quem Fez Você ihuiz Ramalho) euma nova versão da Valsinha, música deVinicius de Moraes e letra de ChicoBuarque. O LP será lançado em gigan-tesca excursão a ser iniciada no fim domès em Vitória.

Outra aparição relâmpago, a cantoraDiana Pequeno, retirada num sitio nointerior paulista, seleciona repertório pa-ra o novo LP, Estrela Maga dos Ciganos.Dia 23 de outubro, ela inicia temporadano Cine Show Madureira.

Da velha Jovem Guarda: Wanderléavolta a casa antiga, a CBS, onde come-çou com o maninho Roberto Carlos, paragravar o 15" Lp. Para começar, umainédita dele com Erasmo, "Na Hora daRaiva". Outras assinaturas do Lp: Gon-zaguinha, Fagner e Walter Franco. Pala-vras da cantora: "Meu público não meabandonou mesmo estando todos essesanos longe das paradas de sucesso. Ago-ra sei exatamente o que quero, esperorecompensar este público com um discoapaixonado".

Também distante dos refletores dosucesso urbano, Jerry Adriani, no entan-to, conservou-se popular no interior: atéhoje faz uma média de 200 shows porano, nos mais longínquos rincões. De-nuncia a presença nos mais recentes decrianças é acima de cinco anos até umafá de 105 que náo perde seus espetáculosem Itapetininga, SP. Jerry Adriani, quejá foi produzido por Raul Seixas, quetambém lhe fornecia composições de su-cesso, sai em Lp novo com o cardápio desempre: canções italianas, versões e ba-ladas, "procurando atender a seu públi-co que o acompanha desde os tempos deJovem Guarda". Arranjos de AlexandreGnatalli, Eduardo Souto Netto e OtávioAugusto. Participação especial da canto-ra Claudia Telles.

Uma pequena etiqueta de Volta Re-donda, O Discolino, acaba de lançar umLp de choro de surpreendente qualidademusical e técnica: "Nazaré da Intimida-de", com o bandolinista Messias Reis. Norepertório, além-de composições do ins-" trumentista (acompanhado por um con-junto de violões, cavaquinho, pandeiro,tumbadora, baixo, surdo e oboé), o "Vas-caino" de Jacob do Bandolim e "Estoupor Tudo", de Cândido das Neves.

Depois de receber o primeiro disco deouro por mais de 250 mil cópias vendidasde seu segundo Lp, "Estrela Guia", Joan-na partiu em excursão nacional. Estasemana começou por Goiás e interior deSáo Paulo, depois segue para o Nordestee volta ao Rio para ocupar o amplo JoáoCaetano, dia 23 de outubro.

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Edu Lobo: novo discoe Projeto Pixiiiiçiiinhn

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QUEM

quiser passar um domingomusical hoje tem um cardápiovariado em gêneros, preços e ho-

rários. Tudo pode começar, a dependerda meteorologia, às 11 da manha, ao arlivre, na Quinta da Boa Vista, com entra-da franca: Clara Nunes mostra o repertó-rio de seu novo LP. Brasil Mestiço, quevendeu 120 mil cópias na primeira sema-na de pedidos. Além de Clara, outrosartistas participam do pagode. Encerramtemporadas, hoje no habitual horário das21h Biafra, no Planetário da Gávea, Ali-ne, com roteiro de Aldir Blanc, no TeatroIpanema e a Banda Black Rio. no Cine-Show Madureira (embora continue a serouvida às sextas e sábados à meia-noiteno Noites Cariocas, no Morro da Urca.até embarcar para a Dinamarca, dia 15de outubro). Na Galeria desde dia 9,Raimundo Sodré também encerra suaestada, antes de gigantesca excursão pe-Io Nordeste, acumulando boas venda-gens em sua bagagem de estreante: 59mil 887 cópias do compacto simples AMassa e 50 mil 036 unidades do LP domesmo título.

Na série Fim de Tarde, que o TeatroArtur Azevedo de Campo Grande estápromovendo, sempre às 18h30m, hoje é oúltimo dia do compositor e instrumentis-ta Rildo Hora. No próximo fim de sema-na estarão em cena Gisa Nogueira eEduardo Aragão. O preço do ingresso èsempre CrS 100 cruzeiros. Organizadopelo Sindicato dos Radialistas, um mo-numental espetáculo em beneficio dosfuncionários da TV Tupi (Rio) acontecehoje ainda, na quadra da Unidos de VilaIsabel, a partir das 21h, entrando segun-da-feira adentro. Convocados na partemusical: Ademilde Fonseca, Agnaldo Ti-móteo, Bezerra da Silva, Elza Maria,Emilinha Borba, Fábio, Franklin daFlauta, Macalê, Joáo Nogueira, Joyce,Leci Brandão, Conjunto Língua de So-gra, Luiz Cláudio Ramos, Marisa GataMansa, Marlene, Miúcha, Nana Caymmi,Ney Lopes, Oswaldo Montenegro, OsTincoás, Paulinho da Viola, Wilson Mo-reira, Zé Catimba da Imperatriz e outros.• Amanhã, dois lançamentos relãmpa-gos movimentam as salas da Cidade:Dicró mostra seu sambandido na Noita-da de Samba do Tereza Rachel, acompa-nhado de seu conjunto Samba Top, IvanLins mostra o Novo Tempo, na ConchaVerde do morro da Urca. No espaço dassegundas-feiras-aberto por Nana Caym-mi no Teatro Villa-Lobos, além da can-tora, apresenta-se hoje o conjunto vocalViva Voz. No mesmo teatro, exposiçãodos artistas fotografados por Mariza Al-vares de Lima. Celeste e a Banda do Céuestáo hoje e amanhã no Sesc da Tijuca.Também amanhã, iniciam-se dois cur-sos musicais. Era sua casa no Humaitá,para 20 alunos no máximo, o tecladista ecompositor Antônio Adolfo (246-4413)ensina piano, harmonia, leitura, arran-jos, orquestração e escrita musical. Au-las individuais e em grupo. Na Escola deArtes Visuais do Parque Laje, Música

das Imagens e dos Ruídos, curso extensi-vo com duração de dois meses, às segun-das e quartas, das l»h às 22h. Etapas: ORuído na Música —- Percepção e Solfejo(prof. Rodolfo Caesar); Construção Mu-sical com Espaços Visuais (Aluizio Arce-Ia Jr.); Oficina de Composição Visual eEletroacústica — estúdio e material di-dático. Apresentação das obras dos alu-nos em concerto de encerramento.

Na terça, o Seis e Meia da Sala SidneyMiller redescobre o cantor Carlos José,que se apresenta ao lado dos vocais doViva Voz, sob a direção de Ricardo CravoAlbin.

Quinta-feira, no Cine-Show Madurei-ra, João Bosco apresenta as faixas de seunovo LP, Bandalhismo, sexto de sua car-reira. João fica em cartaz, às 21h30m,todas as noites, até domingo.

Edu Lobo, sua mulher a cantora Wan-da Sá e o compositor e arranjador DoriCaymmi abrem nova etapa do ProjetoPixinguinha na quinta e sexta no TeatroDulcina. Depois seguem para São Joãode Meriti. Brasilia, Teresina, CampinaGrande e Aracaju. Edu esta lançando seunovo LP, Tempo Presente. A seguir pre-para Jogos de Dança, para o corpo debaile do Teatro Guaira estrear ainda esteano.

Na sexta-feira, outro leque variadode opções musicais. Na Praça Barão deDrummond, cm Vila Isabel, apresenta-seo conjunto de choro Nó em Pingo D'á-gua, com participação especial do clari-netista Celso Cruz e apresentação deSérgio Cabral. O espetáculo começa às21h e será uma das muitas festividadesda semana dp aniversário de Vila Isabel.O Nó em Pingo D'água foi um dos con-juntos finalistas do 2" Concurso de Cho-ro promovido polo Departamento Geralde Cultura da Prefeitura carioca. NaCinelândia. sob a coordenação de Albi-no Pinheiro, da Fundação Rio, a partirdas 21h um amplo e gratuito baile degafieira, au som tia Orquestra Tabajarade Severino Araújo. No Planetário daGávea, também na sexta, a cantora Ma-rina Lima lança seu LP Olhos Felizes.

No próximo snbado. lançamento mu-sical infantil no Teatro João Caetano: oBloco da Palhoça lança seu LP Musicapara Brincar e Dançar, com espetáculode Ana Maria Machado.

No Parque Laje. o próximo fim desemana ficará com Macale e seu novorepertório, encabeçado por uma versãodemolidora de Cabritada Mal Sucedida,de Geraldo Pereira. O titulo do show éCom Muito Prazer, e além das músicasconhecidas iRua Real Grandeza, Movi-mento dos Barcos, Hotel das Estrelas,Tira os Óculos e Recolhe o Homem),Macalê canta as inéditas com os pareci-ros Jorge Mautner (Guerra e Paz), AbelSilva (Vicio do Fuga e Serpente), FaustoNilo (Mulheres no Retrato, De Onde asAves Voam) c Xico Chaves iPano PraManga).

Até sábado no Noturno (21h) da SalaSidney Miller, o cantor Marcelo [Tempode Estio) e a Metalúrgica Dragão deIpanema, comandada por Edson Frede-rico.

Na TV: encerradas as gravações doespecial da Globo A Mais Alta Patentedo Radio, focalizando a vida do cantor,compositor e pesquisador Almirante(Henrique Foreis Domingues). Partici-param A Cor do Som (Na Pavuna e Hinodo Carnavall, Oswaldo Montenegro(Luar do Sertão), Marilia Barbosa (Boné-ca de Piche), Frenét icas (Yes, Nos TemosBananas), Paulo Silvino e Tião Macalê(História do Brasil). O especial ainda nàotem data para exibição. Marcado para irao ar no próximo dia 10, Vinicius ParaCrianças, focalizando o ultimo trabalhodo poetinha com seu parceiro Toquinho,A Arca de Noé, destinado ao publicoinfantil. O programa contara ainda comas participações de Alceu Valença, Mo-racs; .Moreira, MPB-4, Marina, WalterFranco, Elis Regina, Leonardo'Bruno eBebei, filha de Joáo Gilberto e Miucha.

Finalmente anuncia-se a volta do Seise Meia original, que motivou inclusive oProjeto Pixinguinha. o do João Caetano.Na coordenação, um de seus idealizado-res, Albino Pinheiro. A serie recomeçacom a Orquestra Tabajara, de SeverinoAraújo e Jamelão, o maior cantor, dirigi-dos por Albino Pinheiro na semana de 6 a10 de outubro. De 13 a 17. outra duplainflamável: D Ivone Lara e Martinho daVila. A praça voltará a seus dias deesplendor e multidão.

EM TRANSITO

EX-INTEGRANTE

dogrupo Aphrodite'sChild, na década de 60,

o cantor Demis Roussos aca-bou milionário numa carreirasolo dedicada às baladas açu-caradas e excursões interna-cionais. No momento da ree-dição de seus maiores êxitosem dois Lps da série Fontana"Sucess" (Apharodite's ChildGreatest Hits e Demis Rous-sos Greatest Hits). Este fim desemana ele está hospedadono Hotel Nacional e viaja aSão Paulo para sua primeiraapresentação, no Anhembi,na terça feira. De volta ao Rio,ele canta sexta à noite noTeatro do próprio hotel. Sá-bado, segue viagem para oChile e Argentina.• Roberto Ribeiro fez umlançamento diferente de seunovo disco Fala Meu Povo:vai a Nova Iorque especial-mente para o jogo de despedi-da do jogador Beckenbauerpelo Cosmos e entrega exem-plares da gravação a Pele eCarlos Alberto entre outros.De volta, vai direto para aquadra do Império Serrano,

onde lança no mesmo dia dodesembarque, sexta próximao disco para uma platéia cal-culada em 5 mil pessoas.

Por sua vez no contraban-do dos discos e instrumentos,o samba continua sendo im-portado pelos mais inusitadosconsumidores estrangeiros.Jacques Brél, na reediçãopóstuma de seus êxitos (série"Sucess", da Fontana), falado estereotipado "carnavaldo Rio", em meio a uma lem-branca de rumba na faixaClara. Os Brecker Brotherscitam outra batucada em Baf-fled e o conjunto Foxy, emSambame' Rio, coadjuvadospor agogô e cuícas, percorre ageografia turística de Ipane-ma e Copacabana, "onde vocêpode encontrar uma garotaque te faça enlouquecer". Issopara não falar do jazz aos pa-cotes que sai à praça semprecom alguma referência, comoa percussão de Paulinho daCosta e Cláudio Slon, no estri-dente "Samba Derollins".

Pouco conhecido no Bra-sil, que da França só costuma

Michel Sardou: 47discos vendidos

importar em grande escalaCharles Aznavour c GilbertBecaud, o cantor Miehcl Sar-dou chega na próxima quintapara apresentar-se na entfr>~ga dos Prêmios Molicrc de 29de setembro no Municipal.No dia seguinte, ele repete oshow, pelo mesmo motivo, noMunicipal de São Paulo e, nodia 3 de outubro, faz espeta-culo beneficente no TeatroNacional de Brasília. Em 10anos de carreira este pari-siense de 33 anos, filho deuma atriz e um cantor de ope-retas, já vendeu 47 milhões

de discos. Maiores sucessos:La Maladie d'amour, Dix AnsPlusTòi. En Chantant, Je Vo-le e La Java de Broadway,todos incluídos no repertóriodos três espetáculos que faráno Brasil.• Outro importado de gran-de bagagem financeira ê ogrupo Earth, Wind & Fire,programado para uma sériede shows em outubro, dias 10,11 e 12. no Ibirapuera, em SãoPaulo e 24.25 e 26, no Maraca-nàzinho. Rio. Desde seu pri-meiro disco, em 72, ele já ven-deu mais de 14 milhões decópias, o que lhe valeu cincoálbuns duplos de platina, porvendas acima de 2 milhões decopias, mais quatro LPs e oitocomi xtos de ouro. Com agravaçào Shining Star. o E.Wi: F alcançou ainda seu pri-meiro Grammy, como melhor~p!?rímTriafi^-TOMl^e-Jil^Y±hm_& Blues. O que abnria cami-nho para receber de novo otroféu por melhor arranjo_vo-cal iGol io Get You Mito MyLifei. melhor grupo de R & B(Ali 'n Alli e melhor instru-mental de R & B iKunn in). Éo que pode ser chamado deimportado de peso — desequi-libra qualquer balança de pa-gamentos.

CONTRAPONTOITA Lee está fazendo a trilha so-

B-filme de Daniel Filho Oque é isso Companheiro, baseado

no livro best-seller de Fernando Gabeira.A propósito, numa breve retrospectiva,vale lembrar que este jornalista é o pri-meiro ídolo jovem de massa que nào veioda música popular, em mais de umadécada.• Mais detalhes do explosivo e ansiadonovo Lp de John Lennon, que conta coma participação de Yoko Ono nos vocais.No elenco de músicos, escalados, EarlSlick (guitarrista de David Bowie), To-ny Levin (baixista de Peter Gabriel),Ralph Mac Donald (percussionista),Hugh Mc Cracken (guitarra), Andy New-mark (baterista que tocou no último Lpdo Roxy Music) e trés integrantes doconjunto Cheap Trick: Rick Niclsen,guitarrista e compositor, Bun E. Carlos,bateria, e o cantor e também guitarristaRobin Zander. Na produção, o veteranodo hard rock, Jack Douglas (Aerosmith,Joe Perry, Patti Smith), que trabalhoucom ele no célebre Lp Imagine. Pilotan-do uma guitarra Sardonex, fumando Gi-

tanes e cantarolando algumas das músi-cas em francês, Lennon e senhora (co-mendo sushi e bebendo chá) pareciamexcitados no estúdio, conforme reportoua última edição do Jornal Rolling Stone.O nome de Lennon sequer fazia parte dalista de gravações do Hit Factory Studiode Nova Iorque onde está sendo realiza-do o disco dentro do sigilo possível a talcelebridade. O estúdio anunciou aos fre-qüentadores habituais que estava fecha-do para reparos. Lennon e Yoko selecio-naram material suficiente para fazerdois discos.

A Cooperativa dos Músicos do Rio deJaneiro (Coomusa) começou a funcionarcom distribuição própria para os discosindependentes. Os produtores podem en-caminhar seus próprios discos à RuaÁlvaro Alvim, 24 405.

O sucesso A Massa, de RaimundoSodré, cita, no final, o tema "o guardacivil não quer a roupa no quarador",aparentemente de domínio público co-mo vários outros sambas de roda queencerram a música. No entanto, essetema tem dono, é o baiano José Silva, •

que em 1970 gravou o LP Roda de Samba

na Ribeira — José Silva e suas Baianas.O Guarda Não Quer (a exemplo de SeuCabelo É Bom, utilizada por Martinhoda Vila) é a última faixa do lado 2 e foiinspirada, segundo o autor contou a OEstado de S. Paulo, num episódio real: adisputa por espaço, que ocorria entre aslavanderias nos terrenos baldios dosbairros de Sobradinho e Federação, emSalvador. A pancadaria terminava comcassetadas da antiga Guarda Civil, quepor sinal protestou contra a gravaçàoinicial de José Silva. O compositor cons-tituiu advogados para reclamar do piá-gio, embora na ficha técnica do LP,gravado em 70, todos os temas indiquemprocedência popular ou folclórica," re-colhido e adaptado por José Silva".• Outro caso curioso de Salvador. Orecente sucesso de Bethãnia Cheiro deAmor. que possui uma quadra de pareci-ros iDuda-Jota-Paulo Sérgio Valle e Ri-beiroi. na verdade era um jingle do motel iLe Royale, da Capita! baiana. Gravadopor Regimnha. tal como ocorreu com otema composto por Gutemberg e Guará-bira e Luis Carlos Sa para a Pepsi-ColarSo tem amor quem tem amor pradar"), o jingle estourou no rádio localBPthfmia ouviu, gostou e gravou, conta ooublicitariu Mareio Eiiich.

PÁGINA 8 o CADERNO B o JORNAL DO BRASIL O Rio de Janeiro, rtomingo, 21 de setembro «Te 1980

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Amanhã CDRHL8j90/BJO/74tO/>,SOlN .oumo-Mim"O IMPÉRIO DOS SENTIDOS1;Fòi Liberado S«m Corte»/Enquanto preparamo* o len Lançamento,Reveja a Obra também discutida e Genial,do mesmo Diretor, NAGISA OSHIMA

"O IMPÉRIO DA PAIXÃO*

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CADERNO B O JORNAL CO BRASIL O Rio de Janeiro, domingo, 21 de setembro de 1980 D PÁGINA 9

MÚSICA POPULAR PELA

METADE E OUTROS TEMAS

N< >Y< >S E ANTIGOS

Maria Helena Dutra

PELA

metade. Fora da RedeGlobo, a inesgotável músicapopular brasileira é tratadageralmente de forma amado-ristica. Mas também no pode-roso canal 4 a boa forma pro-

fissional só é encontrada nos seus espe-ciais. Um esquema simples, recitais cuida-4c>6amente gravados, que já nos forneceudois dos melhores programas deste ano:Paulinho da Viola e João Gilberto.

, Mas no que sobre o tratamento, é demaior deficiência. De Guarabira a Oswal-do Montenegro, a Rede Globo procuraídolos em seus festivais mal armados. Mastêm que se contentar em anualmente afa-gar. Roberto Carlos, que foi feito na Re-cord, por jamais conseguir seu objetivo. Avisão imediatista e comercial pura, comobem criticou Edu Lobo em entrevista aoprograma da casa TV Mulher, limita cria-dores e destrói originalidades. Cria-se arti-Mal consumismo, para as condições sub-desenvolvidas do país, e a MPB-80 durarhenos que a rosa. A velocidade postiça,impossível de acompanhar no atrasadoBrasil, acaba fazendo até que o públicojòVem retorne aos velhos ídolos adiando,mais uma vez, uma conseqüente e necessá-ria renovação de nossa música.

<' E como os antigos são caros, o econômi-co Globo de Ouro permanece mentirosaparada de sucessos. Mais falso ainda é otratamento fornecido ao Alerta Geral. Noqual o samba é vestido de branco, empalco de neutras cores e pleno de constran-gidos convidados. A maior vítima é a can-tora Alcione. que não tem mais forças,como aconteceu no ano passado, para es-quentar esta geladeira. A grande provadesta congelada forma ocorreu no últimoprograma da série, que deveria ter sidogravado em churrascaria da Zona Sul ca-rioca, na qual a cantora lançou seu novodisco.• Quem foi ã festa, até os mais críticosopositores do estilo de Alcione, foi teste-rriunha de uma confraternização muitoalegre, sambeira, com personagens demaior importância do setor, comandados{wr uma intérprete alegre, suada e dereconhecida empatia. Nada disso chegouào video. Preferiram gravar o mesmo re-pertório no palco convencional da estação,com a cantora já domesticada e sem emo-çào. Por essas e outras que sempre se

repetem, vai acabar o programa. Espera-mos que seja substituído em 1981 porprodução que seja a favor e não contra suaestrela. E que, se for nacional, respeite anossa cabeça e jeito e não queira Imporrequebros americanos ao nosso brasileirobalançar.

Também no meio do caminho. O CanalLivre, aos domingos na TVBandfijrantes,está esplendido na convocação de entre-vistados. O programa de Fernando Barbo-sa Lima está realmente jornalístico no seuenfoque e se tornando quase a única pro-dução de televisão carioca que pode mere-cer dignamente este título.

Mas ainda comete um erro grave, quelhe pode levar a atalhos perigosos e bemmenos sérios. A falha sinistra é perpetradapelos seus entrevistadores. A cada semanamudam, mas o comportamento de todos ésempre igual. Entende a maioria destesconvidados que deve atuar como Jurado detelevisão e desandam a emitir mais opi-niòes do que perguntar e adoram contarsuas vidas e reduzir o entrevistado a coad-juvante de seus passados gloriosos.

Na última edição do programa, Feman-do Gabeira conseguiu com sua maneiraconcatenada de se expressar fazer depol-mento importante, embora a maioria deseus entrevistadores se esforçassem paratransformar um momento sério em outrabrincadeira trivial de televisão. Para serrealmente exceção, Canal Livre não podeinsistir neste desnível.

Dever cumprido. A televisão é ótimaquando realiza sua sina de testemunhar opresente e nos fazer conviver como o pas-sado. Sem grandes esforços e em nossaprópria casa pudemos ver o mito GretaGarbo ressurgir no domingo passado. Ummomento excelente para toda a família,porque permitiu até engraçadas brigas en-tre as gerações. Fica difícil para os jovensentender o fascínio do filme Rainha Cristi-na, que só tem chavões, e a legenda de umator, John Gilbert, em tudo parecido comMazaropi. Mesmo chamuscada, a estrelase salva pelo inegável carisma. Mas até osgarotos gostaram deste bom momento denostalgia fornecido pelo Canal 4. Quere-mos mais.

Feliz aniversário. Nào foi o Governolocal ou federal, mas um pressuroso dire-

tor regional da TV Jornal do Comércio emRecife que não permitiu a presença do ex-Governador Miguel Arraes em programade entrevistas da estação. Sob a alegaçãode que o nome do político, já devidamenteanistiado e reintegrado em seus direitoscivis, não tinha sido encaminhado à Cen-sura. Um evento acontecido na véspera datelevisão brasileira completar 30 anos deidade e permanente indefinição jurídica.Apesar de regida por um cipoal de leis eportarias, seus responsáveis continuam te-mendo a própria sombra porque podemter sua imagem retirada do ar por qual-quer delegado ou guarda da esquina.

É óbvio que esta circunstância náo ab-solve por inteiro a atitude covarde doresponsável pelo cancelamento da entre-vista. Em lugar de realizar seu dever eampliar seus direitos, preferiu evitar osperigos. Exatamente como fazem todos osgrandes e pequenos concessionários decanais de televisão há 30 anos no Brasil.Neste panorama, e diante do que estáacontecendo com os abandonados fúncio-nários da pioneira Tupi, fica difícil darparabéns para qualquer um nesta datahistórica. Muito menos para os espectado-res disto tudo.

Vai acabar. Já foi resolvido, parece queaté oficialmente, o final do programa diá-rio Globinho do canal 4. Nenhuma surpre-sa porque eram 15 minutos de boas infor-mações e desenhos para as crianças. Nãoensinava violência, grosseria ou preconcei-tos para seu público e, por isso, segundo asleis nào escritas de nossa televisão, deveser punido. E dar seu lugar, certamente,para mais produções estrangeiras cheiasde super-heróis que náo mais precisam de 'pretextos para matar e sào bons no fortís-simo comércio da venda de figurinhas. Ouentào para mais um grupo de cômicosnacionais que ensinam a beleza de falarerrado ou de maneira chula, passandotodo o programa a mostrar que se divertirna vida significa pregar peças ou enganaros outros ou fazer pouco das mulheres.

Também foi toda despedida a assesso-ria educacional do Sítio do Picapau Ama-relo. O que fez prever que esta série agoravá se render definitivamente ao mercadoselvagem da criança tratada apenas comoum ser consumidor. Dando total uniformi-dade a toda programação infantil da RedeGlobo, sem mais nenhuma exceção dequalidade e aprendizagem.

P^V' W '

CláudioPetraglia. oentusiasmopelaprogramaçãoregional

BANDEIRANTES

INVESTE 18 MILHÕES

DE DÓLARES

SÀO

Paulo —Um festival deno-minado Nova Onda, com eli-minatórias semanais e pré-mios de Cr$ 2 milhões 500 mil,uma participação maior do ci-nema nacional, inclusive de

documentaristas, co-produções cinemato-gráficas com a França e um aumento de40% na participação da programação na-cional são os principais planos da RedeBandeirantes de Televisão para aplicaçãodos 18 milhões de dólares (Cr$ 1 bilhão 44milhões) que ela deverá investir, a partirde março e durante todo o ano de 1981,para lutar pelos primeiros lugares de au-diéncia.

O superintendente de programação,Cláudio Petraglia — afastado para queCarlos Augusto de Oliveira, o Guga, irmãode José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, oBoni, assumisse seu posto — e de volta à

emissora depois da saída do próprio Guga,garantiu também que, dentro da progra-maçáo nacional, espera poder prestigiar osprogramas produzidos regionalmente:

— Minha meta é atingir um equilíbrioem torno de 751 dos programas produzi-dos pela central e 25% produzidos pelasemissoras locais. Além do "mais, o que forcomprovadamente bom nas emissoras lo-cais será transplantado para a programa-çâo nacional. Isso está acontecendo comFogo no Chão, o programa gaúcho, de que10 minutos são transmitidos para o restodo Brasil. Interessa-nos viver num paísgrande e náo limitar o Brasil ao que acon-tece ou é produzido culturalmente nasmetrópoles do Sudeste. Interessa-nos acultura interiorana, a produçào culturaldo homem do campo. Daremos força aocinema nacional e faremos um acompa-nhamento dos assuntos de interesse brasi-

&RADIO

leiro. Por isso. produzimos especiais naAmazônia e sobre o Projeto Jari. Mas nàoqueremos enfiar a cabeça no buraco feitotatu. Por isso, prestigiaremos o bom eine-ma europeu e continuaremos exibindoprogramas musicais norte-americanos. Oespecial de quarta-feira última sobre ogenial guitarrista pop Jimmi Hendrix foi oprimeiro passo.

Cláudio Petraglia reconheceu nào tercondições de alterar a programação atémarço para manter os compromissos jáassumidos. Por isso. ate lá sera mantida alinha de telenovelas, shows musicais po-pularescos tipo Mais Mais e os de Chacrl-nha. filmes, esporte e jornalismo. A partirde março do ano que vem. contudo, muitacoisa vai mudar. De volta a seu cargo,Petraglia nào esconde sua velha predile-çào pelos programas regionais e tambémseu antigo amor pelas mininovelas. certa-mente a serem experimentadas na RedeBandeirantes.

O festival Nova-Onda pretende ser umconcurso para mostrar gente nova no vi-deo. mas também para aproveitar o suces-so garantido da geração paraibano-cearense descoberta pela gravadora multl-nacional CBS e apresentada aos progra-mas de TV pela Bandeirantes em especialgravados e já levados ao ar. Com a ClackProduções, Petraglia foi responsável pormemoráveis programas musicais espe-ciais, principalmente os de Chico Buarquede Hollanda. Petraglia nào gosta mais dapalavra "especial", primeiro porque achaque foi desgastada, segundo porque temconsciência de que nào será com progra-mas esporádicos que a tevevisào pagarásuas dívidas com a musica popular brasi-leira. Mesmo assim, ele náo esconde que oantigo esquema voltará certamente a ren-der prestigio para a emissora, como nosvelhos tempos dos programas produzidospor Roberto de Oliveira.

Mas nem só em programação serão apli-cados os 18 milhões de dólares que aBandeirantes pretende usar para lutar pe-Ias primeiras colocações no Ibope. O supe-rintendente das áreas administrativas, fi-nanceira e comercial José Roberto Malufacha que "há necessidade desse investi-mento maior para dotar a Bandeirantes deequipamento, pessoal e patrimônio imobi-liârio capaz de fazé-la competir por boasfatias dos mercados de audiência e defaturamento".

CANAL 2 CONTA 30 ANOS DE HISTORIA DA TY

A

história da televisão brasilel-ra será contada por uma novasérie de programas que a TVEducativa estará iniciando às21 horas da próxima sexta-feira, sob o título geral de TV-

Ano 30. A série é produzida por CéliaRegina Ferreira Santos, Marina de SouzaSu e Rita Okamura, da TV Cultura de SàoPaulo.

Dividida em três etapas — passado,presente e futuro — a série de programasapresentará depoimentos de atores, dire-tores, empresários, técnicos e historiado-res. sendo fartamente ilustrada com tapesantigos, filmes e fotos de arquivos par-ticulares e de entidades. A primeira etapacomeça com o programa Televisão, umaAventura, que contará o nascimento e aimplantação da TV no Brasil, em 1950.

Entre os que darão seu depoimento estãoYara Lins. Homero Silva, Lia de Aguiar,Cassiano Gabus Mendes, Hebe Camargo,Luís Gallon e Álvaro Moya.

A segunda etapa focaliza a evoluçãotécnica da TV (satélites, as redes, a cor,etc.) e a terceira será sobre as tendênciasda televisão brasileira atual.

Manhã

8.00 üí — Escala.• 05 0 —Santa Missa em Seu

Lar.

9:00 0 —Globo Rural.[U — Papa-Léguas.

05 0 —Jesus, a Verdade QueLiberta. Religioso.

¦ 20 0 —Brasil Rural. Musical.. 30 0 —Ginástica. Com Yara

Voz.[0 —A Pantera Cor-de-Rosa.

Desenho.

10:00 0 —Telecurso 2o grau.0 — Concertos Para a Ju-

ventude.0 — Piu-Piu. Desenho.

15 0 —Telecurso 2o grau.30 [h] —Johnny Quest. De-

senho.

30 0 —Bandeirantes EsporteEspecial. Resenha.

4.00 0 —Cineviagem. Hoje:Gulp.

0 — Bandeirantes Esporte.Depoimento com PauloAmaral.

0 —Sessão de Domingo.Filme: 240 Robert.

30 0 — Bandeirantes EsporteEspecial. CampeonatoBrasileiro de Stock-Car.

5.00 0 —Cartas Filmadas. OQue Eu Quero Ser.

0 —Aqui a Bola.

Os filmes de hoje Os da sémana

Noite

6.00 0

050 0

11:00 0O

Nossa Ciência. Hoje: ASaúde do Brasileiro. APropósito do INAMPS.

-O Incrível Hulk.-O Melhor do Jaz?.

B. B. King.

¦irtiMfchhhf''

Vv\. iifjftk¦ i. . ¦ . ..... . -TWh —• i

Esporte Espetacular.Popeye. Desenho.

10 0 — Bandeirantes EsporteEspecial. Tribuna Livre.A Crise no Futebol Bra-sileiro.

30 0 —Pqlavras de Vida.a — Programa—Sílvio—San»-

tos. Variedades.

7.00 0 — Momento. Hoje: O Mar.0 —Os Trapalhões.

45 0 — Espaço 2.50 0 —Bandeirantes Esporte

Especial. Resultados daloteria esportiva.

8.00 0 — Fantástico. Música e

Joan Fontaine em Carta deUma Desconhecida (canal 4, 0h30m)

0 DESTAQUE PARA

UMA DESCONHECIDA

Hugo Gomez

Tarde

jornalismo.0 — Programa Hebe Camar-

go. Variedades.03) —Nosso Domingo. Varie-

dades.

12.00 0 — Futebol Compacto.0 — Clube Hanna Barbera.

Desenho.20 0 — Bandeirantes Esporte

Especial. CampeonatoBrasileiro de Stock-Car,direto do autódromo deTaruman.

1.00 0 — Vôo Livre.0 — Fred e Barney Show.0 -— Conversa de Arquiban-

cada. Esportivo.30 0 — Espinafre 80.

"2.00 0 —Turma do Lambe-

Lambe. Programo comDaniel Azuloy.Festival de DesenhosInéditos

0

30 0 Gol, o Grande Momen-to do Futebol.

3.00 00

Teatro Infantil.- Esquadrão Resgate.

9.00 0 — Esporte Total.

10.00 0 —Canal Livre. Hoje: En-trevista com RobertoSaturnino Braga.

15 0 —Os Gols do Fantástico.30 0 —Cinema Especial. Fil-

me: Felizes ParaSempre.

03 —O Homem do SapatoBranco.

11.00 0 —O Jogo dos Sete Gols.05 0 —Bola na Mesa.

Madrugada

0.30 0 —Campeões de Bilhete-ria. Filme: Carta DeUma Desconhecida.

35 0 —O Melhor Futebol doMundo. VT do jogo Bo-tafogo e Vasco.

APOS

se iniciar há 'direção 'em sua terra natal, a Ale-manha, onde dirigiu MagdaSchneider, mãe de Romy,Max Ophiils filmou na Ho-

landa e depois na França. Adaptando-se bem em Paris, adotou a cidadaniafrancesa, mas a aproximação dos na-zistas forçou-o a fugir para Hollywood,onde ficou ocioso sete anos. Só em 47 éque o ator-produtor Douglas FairbanksJr. o convidaria.para rodar O Exilado,um capa-e-espada com mais diálogosdo que ação, mas já revelador de umestilo pictórico que Ophüls sofisticaria erebuscaria, chegando em seu último fil-me, Lola Montés, ao que se poderiachamar de barroco cinematográfico.

Em Carta de uma Desconhecida, seusegundo filme na América, o futuro dire-tor de La Ronde recria, com a valiosacolaboração do diretor de arte Alexan-der Golitzen, a Viena de 1890, obtendouma envolvente atmosfera de romantis-mo, salientada pela plasticidade dafo-tografia do grande Franz Planer.

Do reduzido elenco é Joan Fontainequem se agiganta numa interpretaçãocativante, repassada de ternura, reve-lando-se uma atriz de grande sensibili-dade. Na verdade, sem ela o trabalho deOphüls náo passaria de mero fogo deartificio: fascinante, mas efêmero. E elaquem da alma. substância e encanta-mento a esta produção de John House-man. com um belíssimo acompanha-mento musical de Daniele Amfitheatrof

240 ROBERTTV Globo — lüh

(240 Robert) — Produção norte-americana de 1979^ dirigida por PaulKrany. Elenco: John Bennett Perry,Mark Harmon, Joanna Cassidy, LewSaunders, Pamelyn Ferdin. KaremLamm, Joe-Al Nicassio. Colorido ?? O dia-a-dia de uma equipe califor-niana especializada em arriscadas mis-sóes de salvamento. Feito para a TV.

FELIZES PARA SEMPRETV Globo — 22h30m

(Happily Ever After) — Produção norte-americana de 1978, dirigida por RobertScheerer. Elenco: Suzanne Somers,Bruce Boxleitner. Eric Braden, JohnRubinstein, Bill Lucking, Ron Hayes,Arch Johnson. Colorido.Jovem ambiciosa (Somers) se apaixonapor um fazendeiro (Boxleitner), mashesita em trocar uma carreira promis-sora como cantora, em Las Vegas, poruma existência monótona no interiordo Oregon. Feito para a TV. Inédito.

CARTA DE UMA DESCONHECIDATV Globo - 0h30m

(Letter from an Unknown Woman) —Produção norte-americana de 1948, diri-gida por Max Ophuls. Elenco: LouisJourdan. Joan Fontaine. Mady Chris-tians. Mareei Journet. Howard Free-man, John Good. Carol York. Preto ebranco.***? Pianista famoso (,'ourdan) rece-be carta de uma mulher (Fontaine),escrita para só ser lida apos sua morte,e entào descobre, com espanto, que elao amou perdidamente a vida inteira.Baseado no conto de Stefan Zweig.

DOIS

dramas — Seis Destinose Harry, o Amigo de Tonto —se destacam em mais umasemana sem estréias, masuma comédia com músicas,Les Girls, e uma comédia

dramática, Reencontro de Amor, tambémpodem ser revistos sem susto.

Versão cinematográfica de famoso mu-sical da Broadway, onde Gene Kelly foidescoberto, abrindo-lhe as portas de Hol-lyicood, Meus Dois Carinhos mo 4, às14h30m) tem Sinatra cantando um api-mentado The Lady is a Tramp, Km No-vak, belíssima, encantando com My Fun-ny Valentine, e Rita Hayworth, ainda se-dutora, gorgeando no banheiro Bewit-ched, Bothered and Bewitched. Que maisse poderia desejar? Segunda-feira.

Dividido em episódios, Seis Destinostem como fio condutor uma casaca quepassa de mão em mão, unindo vidas numfecho irônico. O elenco e de primeira e adireção de Julien Duvivier ifamoso em suaterra por Carnet du Balj, um dos inúmerosfugitivos da guerra que a América acolheutemporariamente. Na terça.

Dois musicais simples e despretensio-sos dominam a programação de quarta-feira, ambos ã tarde. A Canção do Havaímo 4, ás 14h30mi apresenta Betty Grable,então mulher do pistonista Harry James,em plena forma física l sabiam que foi suafoto, espetada pelos pracinhas norte-americanos em suas barracas, durante aguerra, que deu origem à expressão pin-up girl?j. Em A Vida de Solteiro é Boa (no 7as 15h), Donald 0'Connorjá demonstravaalgumas das qualidades que revelaria,mais apuradas, em Cantando na Chuva.

Um trio de mulheres bonitas quase sufo-ca Gene Kelly em Les Girls i no 7, as 15hi,comédia com alguns momentos franca-mente divertidos — o pileque de Kay Ken-dali è delicioso — de George Cukor, ummestre em dirigir o sexo frágil. A inventivi-dade de Busby Berkeley, o grande criadorde extravaganzas, e exibida, embora emmenor grau, em A Bela Ditadura tno 4, Os—:23hó0mr-com~EstlrerWiUiamsrT}rovando-que podia atuar também fora das piscinas.Na quinta.Excelente atriz dramática, Susan Hay-ward carrega sozinha Meu Maior Amori no 4, as I4h30mi, melodrama sublinhadopela bela cançáo-tema, mas a grande pe-dida de sexta-feira é Harry, o Amigo deTonto tno 4, ás 23h3ómi, com o desconheci-do Art Carney surpreendendo num sóbrio,mas expressivo desempenho tpremiado), ea esquecida Geraldine Fitzgerald numaponta de pungente dramaticidade. (H.GiSegunda-Feira, 22:14h30m — Canal 4 — Meus Dois Carinhos(Pai Joev). Americano (õ7> de George Sid-ney. com Frank Sinatra. Kim Novak. RitaHayworth. (Cor>.15h — Canal 7 — 0 Gênio da Ribalta(Prince of Players). Americano (55) de Phi-lip Dunne. com Richard Burton, MaggieMcNamara, John Derek. (Cor).21h — Canal 11 — Conspiração Para Matar(The Last Shot You Hear). Americano (68)de Gordon Hessler, com Hugh Marlowe,Zena Walker. (Cori.23h35m — Canal 4 — Quando as LendasMorrem (When the Legends Die). America-no '721 cie Stuart Millar. com RichardWidmark. Frederic Forrest. (Cori.0hl5m — Canal 7 — Quem Matou a Mode-lo? (Stenestreet: Who Killed the Center-fold Modcl?). Americano (77) de RussMay-berry. com Barbara Eden. 'Cor>.Terça-feira. 23:14h30m — Canal 4 — Seis Destinos (Talesof Manhattan). Americano (42) de Julien

Duvivier, com Charles Boyer. Rita Hay-worth, Edward G. Robinson. iP & Bi.15h — Canal 7 — Reencontro de Amor(Pete'n'Tillie). Americano (72) de MartinRitt, com Walter Matthau, Carol Bumett,Geraldine Page. (Cori.21h — Canal 11 — A Fera de Forte Bravo(Escape from Fort Bravo). Americano (53)de John Sturges. com William Holden,Eleanor Parker. (Cor).23h35m — Canal 4 — Noite do Terror(Night Terror). Americano (76) de E. W.Swackhammer, com Valerie Harper, Ri-cahrd Romanus, Michael Tolan. (Cor).Ohlòm — Canal 7 — Os Vigaristas (TrickBaby). Americano (72) de Larry Yust, comKiel Martin, Mel Stewart, Don Fellows,Donald Symington. (Cor).Quarta-Feira, 24:14h30m — Canal 4 — A Canção do Havaí(Song of the Islands). Americano (42) deWalter Lang, com Betty Grable. VictorMature. Jack Oakie. (Cor).15h — Canal 7 —• A Vida de Solteiro e Boa(Yes, Sir, Thafs My Baby). Americano (49)de George Sherman, com Donald 0'Con-nor, Charles Coburn. (Cor).21h — Canal 7 — Sem Refugio (Nowhere toHide). Americano (77) de Jack Starrettcom Lee Van Cleef, Tony Musante, Ed-ward Anhalt, Lelia Goldonl. (Cori.OhlOm — Canal 4 — Como Romper umDivórcio Feliz (How to Break L'p aHappy).Divorce). Americano (76i de Jerrv Pariscom Barbara Eden, Hal Linden (Cori0hl5m - Canal 7 — Um Raio em CéuSereno (The Sins of Rachel Cade). Americano (60) de Gordon Douglas, com AngieDickinson, Peter Finch. (Cor)Quinta-feira, 25:14h30m — Canal 4 — 0 ("nico Sobreviven-te (Sole Survivor). Americano '69> de PaulStanley, com Vinee Edwards. Richard Ba-sehart, Lou Antonio. 'Cor)15h — Canal 7 — Les Girls (Les Girls).Americano (571 de George Cukor. com KayKendall. Mitzi Gaynor. Taina Elg. Jacques

—BergeracnCori21h — Canal 11—0 Mago (The Magus)Britânico (68) de Guy Green. com MichaelCaine, Anthony Quinn, Candice Bergen,Anna Karina. (Cori23h50m — Canal 4 - A Bela Ditadora(Take Me Out to the Bali Game). America-no (49) de Busby Berkeley. com FrankSinatra, Esther Williams. (Cor)0hl5m — Canal 7 — 0 Destino Que Deusme Deu (Plav It as It Lays). Americano (72)de Frank Perry. com Tuesday Weld, An-thony Perkins. (CortSexta-feira, 26:14h30m — Canal 4 — Meu Maior Amor (MyFooiish Heart). Americano (49) de MarkRobson. com Dana Andrews, Susan Hayward, Kent Smith. (P & Bi.15h — Canal 7 — Armas de um Estranho(Guns of a Stranger). Americano (73) deRobert Hinkle. com Marty Robbins. ChillWills, Dovey Deans. iCori21h — Canal 7 — A Casa Assombrada(Madhouse). Anglo-americano (74) de JimClark, com Vincent Price. Robert Quarry,Peter Cushing. (Cori2lh — Canal 11 — Roleta Fatal iThreeYoung Tcxans). Americano'(54) de HenryLevin. com Jeffrey Hunter. Mitzi Gaynor.Keeie Brasselle. 'Cori2:ih35m — Cana! 4 - Harry. o Amigo deTonto (Harry and Tonto). Americano '741de Paul Mazursky. com Ari Carney. Gerai-dine Fitzgerald. 'CorOhlõm — Canal 7 — O Homem Relâmpago(That Man Bolt) Americano <73 de HenryLevin. com Fred Williamson. Byron Webs-ter, Mike Mayama. 'Cori

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ATORES DEHOLLYWOODGANHAMPARTICIPAÇÃONA RENDADE TV

HOLLYWOOD

— Os atores ci-nematográficos, depois dequase dois meses de greve,conseguiram um acordo comos produtores de cinema eTV: vão ganhar 4,5% da ren-

da bruta dos programas feitos diretamentepara a televisão, depois de sua exibiçãodurante 10 dias.

O acordo ainda está sujeito à ratifica-çâo pelos filiados ao Sindicato de ArtistasCinematográficos e os membros da Fede-ração Norte-Americana de Televisão e Rá-dio. Para os produtores cinematográficos ede televisão, a grande notícia foi o anúnciodo acordo sobre o pagamento dos direitosde exibição dos videocassetes e videodis-cos, ao fim de uma discussão de 15 horas.

Depois de superarem o principal obstá-culo, os dois lados entraram numa novafase de negociações. Anunciado o acordo,após nove semanas de greve, o porta-vozdo Sindicato dos Artistas Cinematográfi-cos, Kim Fellner, disse que ainda faltasolucionar 30 ou 40 questões de ordemeconômica e que ainda estão pendentesuns dois problemas de importância.

O mediador federal, Tim 0'Sullivan dis-se que a greve pode ser solucionada "den-tro dos próximos dias", otimismo nàocompartilhado pelo representante sindi-cal. "Depende de como solucionaremos asoutras questões", disse Kim Kellner."Sempre podemos tropeçar num obstá-culo."

Durante as negociações do último dia 4,os produtores ofereceram 4,25% da rendabruta depois de 13 dias de exibição, en-quanto os atores pediam 5,4% depois denove dias de exibição. O pagamento de4,5% da renda bruta na área de videocasse-tes e videodiscos seria automático depoisda venda de 100 mil cassetes ou discos.

Entre as questões pendentes, está areivindicação dos atores por um aumentode 35% desde o primeiro dia de vigência donovo contrato. Os produtores oferecem umaumento gradual, até chegar a 32% nofinal do terceiro ano.

- Do lado dos produtores, Billy Hunt,negociador-chefe da Motion Pictures e dosprodutores de TV, disse: "Não estou eufóri-co, mas otimista. Acho que resolvemos osproblemas mais difíceis." Frank Price, pre-sidente da Columbia, também manifestou"boa dose de otimismo", e David Begel-man, presidente da Metro-Goldwyn-Mayer, acredita que os problemas penden-tes não sáo tão espinhosos quanto o paga-

, mento dos programas exibidos na TV.Enquanto as negociações prosseguiam,

na terça-feira passada, os atores organiza-ram um show em seu beneficio, conseguin-do levantar 200 mil dólares na bilheteria emais 100 mil de contribuições extras. Em-

, bora as 10 mil pessoas presentes ocupas-' sem apenas um pouco mais que a metadede um salão de boliche em Hollywood,todos os ingressos foram vendidos, a pre-ços elevados, para o show que apresentouIrene Cara, Waylon Jennings, Lily Tomline Robin Williams.

Numa tentativa de prejudicar o concer-to, aproximadamente 30 motoristas de ca-rninhào, que se identificaram como carro-ceiros, provocaram um grande congestio-namento de tráfego na estrada que conduzao salão de boliche. Eles andavam lenta-mente, sopravam cometas e mostravam' cartazes contra o sindicato.

O concerto também foi prejudicado poruma dúzia de piquetes de outros sindica-tos, cujos 40 mil membros ficaram de re-pente sem trabalho por causa da greve dosartistas. De acordo com Dick Moore, por-ta-voz da Federação Americana de Artis-tas de Rádio e Televisão, os membrosdesta organização tinham acabado de rati-ficar, por um referendo secreto e votadopelo correio, um acordo obtido há doismeses com as redes de TV e estaçõescomerciais de rádio e que cobre todas asáreas exceto a da programação nobre. Masna atual greve, só se pretendia regulamen-tar a programação nobre.

Rádio Jornaldo Brasil

FMEstéreo

ZYD-46099,7MHz

A programação de música clássicapara hoje é a seguinte:

HOJElOh — Danças Eslavas, Op. 46, de

Dvorak (Orquestra de Cleveland e Szell37:28); Fantasia, AUemande e Pava-

na e Galharda Lord of Salisbury, deGibbons (Gold — 10:57); Concerto emRé Menor, para Violino e Orquestra,Op. 47, de Sibelius (Christian Ferrascom a Filarmônica de Berlim e Karajan

33:00); Sonata em Lá Menor, paraFlauta Doce e Continuo, Op. Vi, deHaendel (Hans-Martin Linde — 11:25);Rosamunda Princesa de Chipre, Op. 26,de Schuber (contralto Rohangiz Yach-mi, Coros de Ópera de Viena, Filarmò-nica de Viena e Münchinger — 47:14);Concerto n° 24, em Do Menor, paraPiano e Orquestra, K 491 de Mozart(Kempff, Sinfônica de Bamberg e Ferdi-nand Leither — 30:40).

20 h — El Salón México, de Copland(Sinfonia de Londres e o autor—11:26);Chacona em Ré Menor, de Bach-Busoni(Rubinstein — 14:11); Concerto em MiMenor, para Flauta e Cordas, de Save-rio Mercadante (Gazzelloni e I Musice

21:00); Masques et Bergamasques,Op. 112, de Fauré (Ansermet — 13:20);Capriccio para Piano Mão Esquerda) eSopros, de Janacek (Firkusny — 18:37);Suite da Ópera Medée, de Charpentier(Leppard — 18:50); Concerto em Fá,-para_Qboé e Orquestra, de JohannChristian Bach (HoEtger — 22:20); TrêsCanções e Danças Espanholas, de Suri-nach (Alicia de Larrocha — 8:45); Con-certo em Lá maior n° 11, de L'Arte deiViolino, Op. 3, de Locatelli (SusanneLanutenbacher — 20:12); Cinco Varia-ções para Piano, de Luciano Berio (Ma-rie-Françoise Bucquet — 9:15); Diverti-mento em Si Bemol, K137, de Mozart (IMusici - 10:12).

AMANHÃ20 h — Transmissão QuadrafõnicaSQ — Finlândia, de Sibelius (Kara-

jan — 8:031: Fantasia para Piano eOrquestra, de Debussy (Ciccolini —23:38); Concerto n° 1, em Lá Menor,para Violoncelo e Orquestra. Op. 33, deSaint-Saens (Rostropovitch — 19:15);Variações, K 265, de Mozart (Entre-mont — 7:42); Come ye Sons of Art —Ode para o Aniversário da Rainha Ma-ry. de Purcell (Munrow — 26:12).

21h35m — Stéreo. 2 Canais — Sinfó-nia n° 3—Litúrgica, de Honegger (Pias-son — 30:25); Sonata em Mi Menor, paraViloncelo e Piano, Op. 38, de Brahms(Jacqueline du Pré e Barenboim —25:04); Música de ballet da ópera Alei-na, de Haendel (Marriner — 20:40);Rondino, de Beethoven (London WindSolists — 6:00).

DOM HÉLDER ANALISA,MÚSICA POR MUSICA,

AS FINALISTAS DO MPB-80Divane Carvalho

Dom Hélder:músicas doFestival comoum meio dereflexão

RECIFE

— No seu programa diáriopela Rádio Olinda, transmitido desegunda a sábado às 6h55m, o Ar-cebispo Dom Hélder Câmara estáanalisando, até o dia 4 de outubro,

as 20 músicas finalistas do MPB-80, conclaman-do pais, professores, psicólogos e padres a ouvi-las muitas vezes "como introdução para ficarmenos por fora do que se passa com a juven-tude..."

Numa linguagem simples, intercalada coma letra de cada música que ele mesmo lê para osouvintes, Dom Hélder recusa-se a fazer maiorescomentários, por exemplo, sobre Devassa, deWania Andrade e Solange Boeke. E explica: —Não sou, de modo algum, puritano, mas reivin-dico o direito de não ter nenhum apetite para

_pornochanchadas.É com nãturãirdade"que fala de 0~Mare~o

Que Sai da Boca do Homem, de Pepeu Gomes,. Luís Galvão e Baby Consuelo:

— Qualquer jovem de hoje sabe a quem sedirige este hino. E baseado (a ênfase é dopróprio Dom Hélder) em psicólogos, psiquia-trás, psicanalistas e educadores, valeria umexame em profundidade para saber de que amocidade está querendo fugir, o que ela estáquerendo esquecer.

Os comentários doArcebispo de Olinda eRecife começaram noprograma do último dia15, exatamente quandoele viajou a Roma paraa visita ad limina, evâo-se encerrar no diaem que ele voltará aoBrasil. Mas, como sem-pre faz ao viajar, DomHélder deixou grava-dos os programas foca-lizando o MPB-80, queele classifica assim:

Estranho e admi-rável, muito maior doque seus promotorespodiam imaginar. Po-bre, não raro, para osque na linguagem pa-ram na gramática, semver a língua viva. Po-bre, talvez, até no rit-mo, na música. Mas ri-co, riquíssimo, no quetraduz de angústia dopovo.

E proclama:O Festival de Música Popular Brasileira

deste ano nâo pode, simplesmente, ser conti-nuado pelo MPB-81, sem análises à altura dasmensagens e sem provocar medidas sociaisprofundas, enquanto resta uma sobra exígua detempo.

Eis trechos dos comentários de Don Hélder,na ordem em que foram ou estáo sendo apre-sentados pela Rádio Olinda:

Reunião de Bacana (Ary Alves de Souza, oAr do Cavaco):"... a letra revela o total descré-dito com que, nas rodas de samba, é vista a altaroda, a sociedade grá-fina. Confesso que estaprimeira musica, que atravessou várias provase chegou à finalíssima, embora denuncie muitacorrupção nestes tempos tristes de mordomia,nào é música que eu tenha coragem de oferecera ninguém e ainda menos de levar para oestrangeiro. E me deu, de repente, enormesaudade da Banda.

Massa (Raimundo Sodré e Antônio JorgePortugal) "Há muita angústia e muito protes-to... e nào deixa de haver um bocado de poesiatriste. Quem lida com a querida Massa dosOprimidos, quem sonha com a promoção nu-mana, dos que estão reduzidos a uma situaçãosubumana, não pode deixar de entender o quehá de sofrimento e de poesia na música deRaimundo Sodré e Antônio Jorge Portugal...

Devassa (Wania Andrade e Solange Boeke)"A dupla é muito simpática, porque WaniaAndrade divide o seu tempo entre a musica e aFaculdade de Psicologia e Solange Boeke há 10anos trocou pela música o Curso de CiênciasSociais. Não sou, de modo algum, puritano. Esei que, se música chegou à finalíssima é por-que encontrou aplausos para chegar até lá. E oLP, com as 20 musicas da finalíssima do MPB-80 já deve estar circulando, e circulando ampla-mente. Mas eu reivindico o direito de não ternenhum apetite para pornochanchadas. E Dev-assa, que as autoras simpáticas me perdoem,passa da conta, por mais que traduza, denun-

—cierrevoltee proteste."Anunciação (Paulo César Feital e J. Mara-

nhào) "Cada um interprete como puder. Não seimesmo se os próprios autores estão muitoseguros do que anteviram, do que entreviram edo que nos transmitem em sua anunciação.Tratar-se-á do anúnico do novo mundo, após odesaparecimento da vida na terra, em conse-qüència da guerra nuclear? A escritura anunciaum novo céu e uma nova terra. Por mim,interpreto o verso que diz: "O segredo de Deusse desvendará sobre esse chão", não no sentidoabsurdo de que Deus terá sumido e perdido arazão de ser. Após a loucura da explosão nu-clear, quem pode impedir que a infinita miseri-córdia de Deus insista em ser mais larga do qüea loucura humana e tome a criar?"

Nostradamus (Eduardo Dusek) "uma mis-tura de tragédia com deboche qüe é um modode aliviar a descrição do fim. A juventude temantenas. Está vendo em que vai dar brincar deestupidez, fingir de louco, dançar em volta dacratera de vulcões já em inicio de atividades,querer laçar ciclones. A nào ser alguns raros, oauditório pleno finge cantar e gritar. Extravasa.Hà quem dê de histérico. Tem-se uma prévia dofim do fim..."

Demônio Colorido (Sandra Cristina Frede-rico de Sã) "Acho que quem já passou de 18 oü20 anos sem conseguir guardar juventude, dealma e de coração, precisa ouvir muitas emuitas vezes o LP do MPB 80, se quiser enten-der os filhos, os alunos, a nova juventude que,podendo ou nào podendo, está de patins e já

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^^^^^^^^^fiS^^^l Uswaldo Montenegro em Agonia: "A grande agonia é ir morrendo

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Amelinha em Foi Deus Quem Fez Você: "... um banho de esperança, umaréstia de luz na escuridão"

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Raimundo Sodré em Massa: "Há muita angústia e muito protesto,deixa de haver um bocado de poesia triste"

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trocou a discoteca pelo forró. Quem pedir expli-cações à Sandra Sá já revelou que está por forae ela poderia perguntar". Como ainda pensarem lógica em um mundo ilógico e sempre maisabsurdo, no qual a humanidade se divide em 1/3que vive no conforto, no luxo, na sofisticação, àcusta de 2'3 que mergulham na miséria, nafome?".

Festa da Carne (Paulo Debetio e PaulinhoRezende) "Insisto em conclamar pais, professo-res, psicólogos, padres e pastores para ouviruma e muitas vezes as músicas do MPB 80,como introdução para ficar menos por fora doque se passa com a juventude de hoje. Masvejam bem: o convite não é para uma caça àsbruxas. Nem para julgarmos e condenarmos osjovens do alto do nosso bom senso e da nossasabedoria. Trata-se de ver onde está chegandoa juventude dos anos 80, levada pelo absurdodas gerações adultas, pela realidade revoltanteque criamos e continuamos criando, pela bele-za de nossa civilização em que uma extremaminoria rica e sempre mais rica esmaga a quasetotalidade dos filhos de Deus. Educadores,meus amigos e meus irmãos. Temos ou náotemos enigmas maravilhosos pela frente?"

Foi Deus Quem Fez Você (Luis Ramalho) —"Quando o auditório imenso já estava cansadode gritos trágicos de sombras, de espectros, deterror, Amelinha surge com a cançào de LuisRamalho, como um refrigério. um banho deesperança, uma réstia de luz na escuridão.Nossa gente sofrida guarda a fé. Quem não se

lembra como foram recebidas e como sempresáo cantadas canções como Montanha e JesusCristo? Deus nào deixou as estrelas entreguessomente a multidões apressadas, incapazes deouvir e de entender estrelas. Para conversarcom elas, teve a fineza de criar o seresteiro.Obrigado Luis Ramalho, obrigado Amelinha,por terem aberto uma janela, quando tudo estáficando terrivelmente abafado e escuro."

Choro Alegre (Marcos Darlan e Xico Cha-ves) — "Por momentos, Elza Maria sacudiu oMaracanàzinho e ajudou a espantar os fantas-mas, as assombrações, o pessimismo, o choro-choro, o choro-triste, tentanto o choro-alegre. Ahora é dura. A tristeza, teimosamente, sai porum portào e volta pelo outro. E é tào importan-te, em pleno realismo, sem sombra de aliena-ção, guardar a esperança."

Rio Capibaribe (Toinho Alves e João deJesus Paes de Loureiro) — "Não ê demais aalusão ao Calvário. Nossa gente sofrida, expio-rada, oprimida, é Cristo vivo carregando cruzes,hoje. Caindo, hoje, debaixo da cruz. Caminhan-do para o Calvário.... Obrigado Toinho Alves eJoão de Jesus Paes de Loureiro. Obrigado que-rido Quinteto Violado por ter lembrado a todo oBrasil que o Capibaribe-rio, com seus estragosterríveis em dias de cheias, com seus arrasa-mentos cruéis, é apenas símbolo dos verdadei-ros Capibaribes que espalham sempre maissuas águas entre barrigas é màos vazias."

Di Verdade (Chico Maranhão) "Abre-se,bastante ao gosto da moçada de hoje, dizendometade com sentido, metade sem... É o protesto

dos artistas que tantas vezes tèm tido suasmúsicas, de todo ou em parte censuradas. Oartista que toma seus cuidados, que não queramolação, inclusive que quer vender seus dis-cos ou pelo menos náo quer ver sua músicatirada do ar, o artista assim encontra quem oescute. Há uma parte do público naturalmentealienada ou que se aliena pra nào ter complica-ções. E vai adiante. Quem se rebela contra atesoura, ou quer ver a moçada na rua, com seuscartazes, seus ideais, sua chama, seus protes-tos, prepare-se para, de vez em quando teramolação."

Mais uma Boca (Fátima Guedes) "...um dosmaiores gritos de angústia ouvidos e aplaudi-dos no MPB-80... é o drama da paternidadeirresponsável, que a igreja está procurandoenfrentar com realismo e indo às verdadeirasraízes do mal, drama facilmente explorávelpelas campanhas maciças e teleguiadas de an-ticonceptivos, explorável inclusive pelos patro-nos da esterilização em massa das mulheres."

Essa Tal Criatura (Leci Brandão) "Salvo

engano, a música toda se resume nesta brado,contido em uma das estrofes: "Clama, só é lindaa verdade nua, sem preconceito..."

Pinhão da Amarração (Elomar Figueira deMelo) "A letra para ser entendida deve ser lidavárias vezes, mas há versos que ficam no ouvidoda gente: "U'a vontade é a que me dá' tali cumauma tentação/ dum dia arresolvè/ infla os pépela mão.../ Cuma a cigarra e a formiga/ vôlevando o meu vive/ trabaiando pra barriga/ ecantando inté morre/ carregando a canga moço/velhecendo na servidão/ u'a vontade é a qui medá/ dum dia arresolvè/ quebra a carga da man-ga/ e deixa de sè boi manso/ Deixa de sé boimanso/ Deixa de sê boi manso".

Clareana (Joyce)No meio da angústia das músicas do MPB

80, reflexo da angústia brasileira, dentro daangústia humana, Joyce canta suas filhinhascom uma simplicidade e um encanto, de luz quevem do alto e de todo nos banha".

O mal é o que sai da boca do homem (PepeuGomes, Luís Galvão e Baby Consuelo) "Nàotem nada de ingênuo... Aparentemente, glosauma palavra de Cristo contra os fariseus, escan-dalizados porque o Mestre comia sem lavar asmáos. Cristo lembra que o que mancha náo é oque entra pela boca, mas o que sai do coração.Baseado nesta musica, tão aplaudida, não vale,de modo algum, uma caça às bruxas. Vale,valeria, um exame em profundidade — baseadoem psicólogos, psiquiatras, psicanalistas, edu-cadores — para saber de que a mocidade dehoje está querendo fugir, o que é que ela estáquerendo esquecer. Foi ótimo que a músicapudesse chegar à flnalissima. É ótimo que acensura deixe o disco rolar à vontade. Violêncianâo é remédio: provoca violência. E o mal só fazaumentar. Náo sâo os jovens que devem serinterrogados: somos nós adultos, somos nóseducadores, somos nós responsáveis pela socie-dade de consumo. De verdade, de verdade, emlugar de combater o que entra pela boca dohomem, deveríamos examinar o que facilita-mos que se depositasse no coração de nossajuventude, digna de ser tratada com multomais inteligência".

Hino à amizade (Zé Ramalho). "É só ouvir,com os ouvidos de ouvir, as flnalíssimas doMPB-80 e ver e sentir o que anda pela cabeçados nossos jovens, que muitos imaginam va-zia... E vem o alerta oportuníssimo contra aguerra, que novamente se prepara e, desta vez,de modo pra lá de absurdo porque até ascrianças começam a saber que Rüssia e Améri-ca do Norte possuem mais de 60 vezes o neces-sário para liquidar a vida na terra. Vem o alertacontra a macroeconomia e os projetos faraôni-cos, fechados com sete selos nos novelos darenovação. Vem o alerta contra a especulaçãoimobiliária, responsável pelo drama da terra,que a Igreja deseja por tudo ver resolvido semapelo ao desespero tremendo de uma guerracivil. E a Igreja é acusada de querer reformaagrária na terra dos outros e repete-se, sem omenor pudor, ataques a um grande Líder comoD José Maria Pires, ataques que ele já pulveri-zou. Vais a pontos fundamentais, Zé Ramalho,para salvar a amizade e vencer a violência e oódio."

Saudade (José Renato Gomes de Souza)."Será que me engano, quando descubro naSaudade de José Renato Gomes de Souza, delirismo aparentemente igual ao canto da saúda-de de todos os tempos, uma nova dimensão emais profunda? Se há mesmo o desejo de ver apessoa amada, já se sabe que há quem setranque em si, sabe-se que, nào raro, é precisonadar contra a correnteza, sabe-se, sobretudo,que é possível ver queimar-se o pouco de pazque ainda resta dentro de si. Náo sei se osjovens de 80 aplaudiriam uma saudade aliena-da, nascendo e morrendo entre dois, desligadosde tudo e de todos..."

Rasta pé (Jorge Alfredo) "É importante aluta pacífica entre a discoteca e o xaxado e oforró, o samba e o frevo. A discoteca altamentesofisticada é filha queridíssima da sociedade deconsumo, autêntica sociedade do desperdício...Se abandonarmos o samba e o frevo, se abando-narmos o xaxado, acabaremos, tranqüilamen-te, trocando o feijão, que é novíssimo, pela sojaque as multinacionais tèm interesse em impin-gir-nos."

Agonia (Mongol) "A grande Agonia é irmorrendo um pouco, a cada dia. A grandeAgonia é qüe mesmo fazendo de conta que éfesta, dançando e cantando, mesmo tentandocontagiar diversos corações com a aparenteeuforia a amargura e o tempo vão deixando aalma vazia... A grande agonia é que mesmoanunciando que, sem que se perceba, a gente seencontra pra uma outra folia, é folia paraesconder uma invencível agonia".

No Ultimo programa da série, já gravado,Dom Hélder Câmara diz que os principais prè-mios não ficaram, como se pensa, com as trêsprimeiras colocadas, mas com "a juventude dehoje por haver conseguido penetrar na maiorTV do país e transmitir uma mensagem dignade sacudir, profundamente, a consciência na-cional."

ORNAL

RIO DE JANEIRO, DOMINGO,21 DE SETEMBRO 1980

CIALuA Revolução

de 1930 cons-titui ummarco na

história política brasileira".Como os estudos sobre esteepisódio vém tratando estaafirmação, eis o que nos im-porta discutir aqui. O sensocomum, a memória coletivada sociedade e as representa-ções mais elaboradas tendema mencionar um corte entre oantes e o depois de Getúlio. Aera de Vargas, entretanto, in-clui tantos e tão diversifica-dos acontecimentos que é di-ficil ao cidadão que não a'viveu ou ao não estudioso doassunto acompanhar o desen-rolar dos fatos e avaliar osignificado das transforma-ções por que passou a socie-dade brasileira.

A Revolução de 1930 cons-titui o momento inicial deum processo de construçãode uma nova ordem, ao desa-lojar do Poder seus antigosocupantes e abrir espaço pa-ra que novas experiências,nem todas com êxito, fossemimplementadas. A carênciade estudos mais detalhadossobre o período pós-revolucionário permitiu acriação e a manutenção, du-rante muitos anos, de umaimagem na qual o 3 de outu-bro e o 10 de novembro (aRevolução de 1930 e o golpede 1937) pareciam ter ocorri-do em uma simultaneidadetemporal imediata.

Mas, afinal, o que são seteanos na história de um país?Só o conhecimento dos fatos,do desenrolar da luta entre asoligarquias e os tenentes,transforma os anos que sepa-ram os dois acontecimentosem um período crucial da his-tória nacional e permite-nossupor que 1937 não estavanecessariamente inscrito naRevolução de 1930, como fa-zem supor os ideólogos doEstado Novo ao dizerem:"1930 'só se completou em1937".

O debate em torno da Re-volução envolve várias quês-toes, a primeira das quais é ade saber se cabe ou não deno-minar revolução àquele movi-mento armado que chegou aoPoder. Chamar o movimentode 1930 de revolução, dizemos críticos, seria decorrênciada história estar sendo escri-ta e transmitida segundo oponto-de-vista dos vencedo-res. Cremos ser esta tendên-cia inevitável, exatamentepor ter sido 1930 um movi-mento vitorioso.

Pode-se esta imaginar umahistória da França que tives-se continuado a ser escrita daperspectiva da aristocraciaapós a Revolução Francesa?O máximo que um represen-tante da nobreza tinha possi-bilidade de fazer, Alex deTocqueville o fez: analisou oantigo regime e assinalou osprocessos em curso na socie-dade e no Estado francês queapontavam para a estrutura-çao do novo Estado. Com istoTocqueville acabou por mini-mizar o efeito disruptivo ecriador da Revolução. Esteesforço, entretanto, não alte-rou a representação ideológi-ca da Revolução Francesa jámarcada como episódio sin-guiar enquanto ímpeto reno-vador, destruidor das velhasestruturas. E, como a históriatambém se constrói com asrepresentações que os ho-mens fazem sobre seus atos,sobre seus interesses e pai-xões. torna-se extremamentedifícil que as revisões sejamincorporadas à memória so-ciai.Vencedores e vencidos

No caso da história brasilei-ra, temosjueJe.var_em-Gonta'—qire~ãTformulações políticasque postulam o conflito entrevencedores e vencidos, entreo novo e o velho, levando àdestruição, dss-perdedores eao aFiiqiúíado do passado,não se coadunam com a reali-dade e não marcam o pensa-mento político brasileiro. Aocontrário, nossas representa-ções se aproximam muitomais das categorias de conci-liação, reforma e transação,

—JMíeJazem com que o jogo„político não seja pensado co-mo um conjunto rígido e fixo,onde o que um grupo socialganha é exatamente o queoutro perde.

Se deixarmos de lado ocomplexo mundo das ideolo-gias e pensarmos nos grupossociais concretos, verificamosque aqui também a análisesobre a Revolução de 1930deve levar em conta a dinâ-mica e a complementarieda-de das relações entre os ven-cedores e os vencidos. Note-se que o interesse em conhe-cer os atores que foram dire-tamente responsáveis por umevento político é questão re-levante, mas distinta de ou-tra. referente às classes ousetores sociais beneficiadospelas políticas adotadas peloGovemo. Sabemos que os in-dustriais foram beneficiadospelas decisões cio novo Governo. Isto. todavia náo obs

curece a existência de desa-cordos e resistências frente apolíticas específicas, como nocaso da política social. A bur-guesia agrária também nàopode ser considerada um se-tor vencido após a Revoluçãode 30. Independente do fatode os representantes paulls-tas terem deixado de deter ocontrole dos postos-ohave doGoverno federal, este esteve.empenhado em reorganizar osetor agroexportador. Outrossetores da burguesia agrária,não exportadores de café,também puderam receber asbenesses do Poder. O cresci-mento do aparelho do Estadofavoreceu setores das chama-das classes médias, atravésde sua incorporação à buro-cracia estatal, e a classe ope-rária, mesmo que em termosapenas simbólicos, sentiu-sebeneficiada com o novo regi-me. A atuação ou a posturado Governo frente a esta cias-se forneceu os elementos paraa conformação da "ideologiada outorga", prenuncio doque se desenvolveria maistarde com a crença de serVargas o "pai dos pobres".

O que se pode apreenderdeste quadro rápido e superfi-ciai é que foram muitos osque se beneficiaram com onovo regime. É verdade queuns receberam multo mais doque outros, mas estamos cer-tamente distantes de uma si-tuaçáo em que o ganho deuns eqüivale à perda de ou-tros.

Modelos dualistasA historiografia sobre a Re- '

volução, incluindo livros, ar-tigos e teses, constitui umavasta produção. Nào preten-demos, nos limites deste arti-go, esgotar esse conjunto,nem mesmo examiná-lo emsua totalidade. Vamos men-cionar algumas .interpreta-ções sobre a Revolução, to-mando-as como marcos signi-flcativos da história do pen-samento político brasileiro.Tais versões foram produzi-das e informadas pelas preo-cupações contemporâneas aelas já que, cremos, não é opassado que nos instrui sobrea perspectiva do presente,mas, ao contrário, é o presen-te que nos fornece uma inter-pretação do passado. São asperguntas, os impasses domomento atual que nos fa-zem indagar sobre as expe-rièncias históricas e recupe-rar fatos e personagens a se-rem seguidos ou descartados.

Nos anos 50 e inicio da dé-cada seguinte, encontrava-seem debate na sociedade bra-sileira a viabilidade de umprojeto de desenvolvimentocapitaneado pela burguesianacional em aliança com amoderna classe média e como proletariado. Tais forçasprogressistas seriam obstacu-lizadas pela atuação dos seto-res conservadores ou reacio-nários representados pelos la-tifundiários em consórciocom o imperialismo. Tal for-mulaçâo teve como um deseus centros o ISEB (Institu-to Superior de Estudos Brasi-leiros) e produziu várias e di-ferentes versões sobre o signi-ficado da Revolução de 1930.Podemos citar, a título deexemplo, as obras de NelsonWerneck Sodré, História daBurguesia no Brasil (1964), ede Hélio Jaguaribe, Descn-volvimento Econômico e De-senvolvimento Político(1962).

Os pontos comuns e as di-vergências dos autores frenteàs condições do momento(inicio dos anos 60) os fez re-tornar ao passado históricopara nele encontrar as linhas

^^s_dfretrizes _do_ chamado"processo histórico". No quediz respeito à Revolução de1930, podemos encontrar pelomenos duas vertentes:

— A que estabeleceu aconexão entre a burguesia in-dustrial e o fim da RepúblicaVelha. Esta vertente incluitambém muitas distinções enuanças. Para alguns, a quês-táo de 1930 se liga à constata-çáo posterior de ter sido aburguesia industrial a princi-pai beneficiária do processoque se inicia em 1930,' másque tem em 1937 seu desfe-cho. Neste caso, 1930 seriauma etapa (decisiva ou im-portante) no processo de in-corporação do Brasil aos pa-drões capitalistas mais de-senvolvidos, sem que isto im-plicasse o controle do Estadopela burguesia industrial. Pa-ra outros, a conexão existiriana medida em que a burgue-sia industrial, enquanto fra-çào de classe, teria participa-do diretamente do episódiorevolucionário. E 1930 teriasido o "golpe da burguesia".

II — A outra vertente rela-ciona 1930 às tentativas frus-tradas da classe média che-gar ao Poder nos anos 20. Osmovimentos tenentistas se-riam os exemplos significati-vos destas experiências quesó em 1930 teriam obtido su-cesso É interessante notarcomo esta Versão recupera

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Vargas, cercado por revolucionários, numa das primeiras fotografias tiradas no Catete

OS 50 ANOS DA REVOLUÇÃO DE 1930

A PERMANENTERECONSTRUÇÃO

DO PASSADOLúcia Lippi Oliveira

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O campo de batalha e o embarque de líderes do movimento na estação de Itararé (SP)

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Osvaldo Aranha guardou esta foto do desfile do 19° Corpo Auxiliar no Rio Grande do Sul

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Roberto Simonsen,industrial e ideólogo

Barbosa Lima Sobrinho, Hélio Jaguaribe, 1930testemunho histórico numa versão do ISEB

uma interpretação inaugura-da por Virgílio Santa Rosaem O Sentido do Tenentis-mo, cuja primeira edição datade 1933.

Estas correntes foram cons-truidas à base de modelos"dualistas", ou seja, a socie-dade brasileira era caracteri-zada como dividida em doissetores: o pré-capitalista e ocapitalista. Independentedas nuanças e do grau desofisticação das análises, elasmarcaram uma época na pro-duçào intelectual do pais.

Foram tais analises o pontode partida para novos traba-lhos de pesquisa voltados pa-ra o conhecimento dos even-tos e do comportamento con-creto dos grupos sociais. Elaspossibilitaram a discussão demuitas das premissas entáoaceitas. Seriam os tenentesefetivamente~Tepresentantes--das demandas das classesmédias urbanas ou o movi-mento tenentista poderia sermais bem explicado se rela-cionado às cisões de dentroda corporação militar?

No caso das interpretaçõesque viam 1930 como uma re-voluçào feita pela burguesia,novas informações históricaslevaram à revisào das tesesaceitas. Como explicar, porexemplo, a presença de inú-meros industriais, entre elesRoberto Simonsen, um dosmais importantes ideólogos.da industrialização como ca-¦minho para a independêncianacional, nas fileiras do Parti-do Republicano Paulista,considerado representantedas oligarquias agrárias? Co-mo explicar a participação daburguesia industrial paulistano movimento de 1932, inter-pretado como a luta pelo re-torno à situação pré-1930? Es-tes impasses, colocados pelainvestigação de fontes histó-ricas (jornais, revistas, arqui-vos), atingiram as interpreta-ções mais generalizadoras,cuja construção havia pres-cindido do conhecimento doseventos e da participação dosprotagonistas envolvidos.

Revisão eaprofundamento

As teorias "dualistas", emsuas interpretações sobre aRevolução de 1930, tiveramna obra de Bóris Fausto, ARevolução de 1930 (1970),uma importante resenha. Es-se trabalho do autor, original-mente sua tese de doutora-mento, pode ser tomado co-mo um marco entre as inter-pretações até aqui menciona-das e as que foram desenvol-vidas nos anos posteriores. Aobra, sem abandonar umaanálise ocupada com a rela-ção entre interesses econômi-cos e políticos, vai explicitarcomo, "do ponto-de-vista dasclasses dominantes, a cisàoganha contornos nitidamenteregionais, dadas as caracte-risticas da formaçáo social dopaís (profunda desigualdadede desenvolvimento de suasdiferentes áreas, imbricamen-te de interesses entre a bur-guesia agrária e a industrialnos maiores centros)." Estaperspectiva, para a qual o re-gionalismo aparece como va-riável intervenlente, retoma ainterpretação já clássica deBarbosa Lima Sobrinho emseu livro A Verdade sobre aRevolução de Outubro (1933).

Os trabalhos mais recentes,produzidos também como te-ses acadêmicas, têm pensadoa Revolução em termos cadavez mais abrangentes. Eles seocupam em explicitar o signi-ficado deste movimento emrelação ao processo históricobrasileiro e o confrontam comoutros movimentos revolu-cionários do mundo contem-poràneo. O sentido das trans-formações operadas após avitória revolucionária, namaioria dos estudos, é apre-sentado dentro de formula-ções teóricas do tipo "revolu-çáo pelo alto" ou "moderniza-çáo conservadora". LucianoMartins (Pouvoir et dévelop-pment economique, 1976),Luis Werneck Viana (Libera-lismo e Sindicato no Brasil,1976) e Otávio Velho (Capita-lismo Autoritário e Campesi-nato, 1976) trabalham diretaou indiretamente inspiradospela vertente de BarrigtonMoore (Social origins of dic-tatorsbip and democracy,1966.

Nesta obra estão presentesos parâmetros para a análisede situações históricas, tam-bém denominadas revolucio-nárias, mas onde o processode transformação social náoteve como suporte as cama-das sociais dominadas. Os ca-sos alemão e japonês, onde aburguesia industrial não co-mandou o processo de mu-dança de uma sociedade tra-dicional para uma sociedademoderna e industrial, emer-gem como possíveis exem-pios comparativos. Umaquestão subjacente a estasanálises é a de entender comoocorreu, em tão curto espaço

. de tempo, a passagem deuma sociedade considerada

"atrasada", "oligárguica""agrária" para uma socieda-de "moderna". Mas o que sig-nifica um sociedade moder-na? Nesta categoria podemestar incluídas desde a noçãode uma sociedade industrialnos moldes anglo-americanosaté a emergência de um Esta-do burocrático-autoritãrio.

Dentro desse contexto degrandes perspectivas sobre ahistória brasileira, uma quês-táo permanece: como expli- 'car que o grupo político queassumiu o Poder em 1930 te-nha resolvido levar adiante oprocesso de transformaçãoda sociedade brasileira? Co-mo entender a oligarquiailustrada que percebeu asvantagens da transformaçãosocial desde que encaminha-da e controlada por ela pró-pria, assumindo a frase: "Fa-

- çamos^-Revoluçáo-antes queo povo a faça?"

A perspectiva de que eranecessário introduzir mudan-ças na sociedade brasileira,presente desde os anos 20, éincorporada pela geração depolíticos que deflagrou e con-duziu a Revolução de 1930.Náo podemos, todavia, atri-buir a estes protagonistas aconsciência de um processoglobal. A ação política estápermeada de incertezas esuas conseqüências náo sãocontroláveis e previsíveisnem mesmo por aqueles quedetém os mais altos postos decomando.

Textos e o contextoMesmo as análises mais so-

fisticadas acabam por confe-rir à Revolução de 1930 umadimensão que, em seu mo-mento histórico, ela não pos-suiu. Isto nào é um problemaem si, já que as análises cien-tificas pretendem conferirum tipo de racionalidade aosprocessos aparentementedesconexos. A questão ficadifícil quando se acaba pordesconhecer o contexto noqual os episódios políticos ti-veram lugar.

A Aliança Liberal, movi-mento que uniu políticos mi-neiros, gaúchos, paraibanos eoposições dos demais Esta-dos, assim como o movimen-to armado que levou à depo-siçáo de Washington Luís, ti-veram como postulados ideo-lógicos as propostas liberais epropunham a reafirmaçãodos princípios da Constitui-çào de 1981. Foi em nome davalidade e liberdade do voto,do equilíbrio de poderes, des-virtuados pelas práticas re-publicanas, que os opositoresse uniram. Para os compo-nentes da Aliança Liberal,tornava-se necessário voltaràs origens perdidas, ou seja,"republicanizar a Repúbli-ca". As fontes de inspiraçãodas mudanças almejadaseram as tradições nacionaispresentes no momento defundação do pacto republica-no, e foi em nome destes prin-cípios e da necessidade desubstituir a elite governantepor outra capaz de pensar anação que se empreendeu aluta eleitoral de 1929 e o con-flito armado em 1930. Estaideologia, é preciso lembrar,foi capaz de exercer atraçãosobre as camadas médias ur-banas, tanto civis quanto mi-litares, inaugurando um pro-cesso de mobilização que te-ve, mais tarde, na AIB (AçãoIntegralista Brasileira) e na.ANL (Ação Nacional Liberta-dora) exemplos significa-tivos.

O liberalismo presente nosdiscursos aliancistas agluti-nou diferentes forças que fo-ram sendo paulatinamentevencidas e afastadas da lutapolítico-ideológica que ocor-reu entre a Revolução e ogolpe de 1937. Os estudos so-bre a Revolução nào têm re-cuperado essa trajetória. Asciências sociais acabam porincorporar »uma interpreta-çáo cujas origens se encon-tram nos formuladores deuma ideologia autoritária, di-reta ou indiretamente com-prometidos com a perspecti-va doutrinária do EstadoNovo.

Mesmo hoje, quando dize-mos que se tratava apenas deuma proposta liberal, esta-mos fazendo coro com aque-les que pensam ser possívelviver uma experiência demo-crática sem algumas das ga-rantias às liberdades indivi-duais e políticas do cidadão.

E por que hoje importa re-cuperar este passado liberal,ainda que ele tenha sido táofrágil e precário? Talvez sejaporque reaprendemos que avida em sociedade pode apre-sentar aspectos nefastosquando se abandonam ai-guns postulados 'originaria-mente pertencentes ao libera-lismo, mas que hoje fazemparte do patrimônio comumdos povos e que se consubs-tanciam na Declaração dosDireitos do Homem.

O

Lücic üppi Oliveira é pesquisadora doCpdoc-FGV (Centro de Peiquisc « Docu-rner.tusãc da Fundação Gelúho Vargai) efaz doutoramento no USP

2 ESPECIAL JORNAL DO .BRASIL ? Domingo, 21/9/80

OS 50 ANOS DA REVOLUÇÃO DE 30 £

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0 "JORNAL REVOLUCIONÁRIO" DE JOSÉ BONIFÁCIOGutemberg da Mota e Silva

DEFLAGRADA

a Revolu-ção de 1930, cujo cinqüen-tenário transcorre esteano, um jovem de 26 anos,José Bonifácio Lafayetede Andrada, nomeado as-

sistente civil do comando do movi-mento na região de Barbacena, come-çou a editar naquela cidade o JornalRevolucionário, que, com seus 24 nú-meros ininterruptos, de 6 a 29 de outu-bro, acabou sendo o único órgão dopaís que nasceu, viveu e morreu exclu-sivamente em função daquela rebe-lião.

Hoje, aos 76 anos, afastado do Par-lamento onde esteve durante muitosanos, mas ainda atuando politicamen-te, o Sr José Bonifácio, ou José Bonifá-cio Filho ou ainda Zezinho Bonifácio,como é mais conhecido o ex-deputadoe líder do Governo Geisel na CâmaraFederal, reconhece que o jornal, todoredigido por ele, excetuados os atosoficiais e as colaborações, era "exage-rado, feito mais com paixão pela causado que com serenidade, razão pelaqual eu retificaria hoje algumas notí-cias e comentários nele publicados".

Logo de saída, na primeira páginado primeiro número, ele publicou umAviso aos boateiros, onde, sob a assi-natura do Comandante-Geral das For-ças Revolucionárias, Tenente-CoronelMiguel Cardoso de Sousa Filho, adver-te que, como circulam pela cidade osmais absurdos e, às vezes, perversosboatos, cabia ao comando o indecllná-vel dever de avisar: "Todo indivíduoque for encontrado propalando qual-quer notícia cujo fundamento não sejapossível averiguar, será detido. Con-forme a natureza do boato, variará apena imposta ao seu propagador, sen-do que, se a falsidade ventilada preju-dicar a causa da redenção do Brasil, oseu autor estará sujeito à pena má-xima".

Pelos demais números do JornalRevolucionário não se tem notícia deque o comando rebelde tenha chegadoa tanto, embora tenham sido efetua-das prisões por causa de boatos, se-gundo confirma agora o Sr José Boni-fácio, confessando que "naquela épocaeu era agitador. Precisava fazer a sub-versão, o total bombardeio psicológi-co. Para intimidar o adversário, eu

lançava mão de todos os processos".Assim, era com satisfação que ele

anunciava baixas nas tropas legalistasou o linchamento dos assassinos deJoão Pessoa, em Recife, logo depois dearrancados do presídio. "É preciso quenada do que foi publicado no jornalseja entedido fora do contexto da épo-ca e que se entenda que estávamosnuma guerra: não podíamos cair naluta com um terço na mão", observa oex-Deputado.

Engajado na Aliança Liberal, che-fiada pelo ex-presidente de Minas An-tònio Carlos Ribeiro de Andrada, (seutio), e que tinha como lideres na Cama-ra dos Deputados José Bonifácio deAndrada e Silva (seu pai) e Joáo NevesFontoura, José Bonifácio sabia queBarbacena era estrategicamente mui-to importante para o sucesso do movi-mento, por estar no centro de umaregião servida por importantes unida-des do Exército — o 12° RI de BeloHorizonte, o 11° RI de São Joáo deiRei, o 10° BC de Ouro Preto e a sede de4a Região Militar, em Juiz de Fora."Barbacena", lembra Bonifácio,"tinha apenas 20 -praças. Nâo tinhasequer a Escola de Aeronâutica-ainda.Se a cidade caísse, a revolução estarialiquidada. O movimento wmbém po-deria correr algum perigo se AntônioCarlos tivesse sido preso em Juiz deFora no dia em que a revolução estou-rou. Avisado antes, mandei dois emis-sários a Juiz de Fora buscá-lo, enquan-to, por telefone, dizia-lhe: venha ime-diatamente. Não pergunte por quê. Àsquatro horas da madrugada, ele che-gava a Barbacena".

Zezinho Bonifácio conta que, comoassistente civil da rebelião, começou aorganizar a defesa da cidade, convo-cando voluntários, e a entrar em con-tato com militares legalistas, tentandoconvencê-los da grandeza da causa eda necessidade da adesão, para quenão se derramasse sangue de irmãos.Tomando toda a última página doquarto número do jornal, há uma con-vocação aos barbacenenses: "Cida-dãos! Alistai-vos nos batalhões patrió-ticos para defender a liberdade de nos-sa pátria e o prestígio da República".

A partir do número 5, o JornalRevolucionário publica, ao lado doseu cabeçalho, um trecho que JoséBonifácio destacou do discurso queMaurício Lacerda, pai de Carlos Lacer-' da, fez na Avenida Rio Branco, diante

do esquife de João Pessoa: "A terra,em cujo seio tu dormes o teu sonoderradeiro, já não está mais pisadapelo casco do despotismo, mas abre-separa a liberdade, que pregaste comtua palavra, honraste com teu braço eregaste com o teu suor e com o teusangue".

Aceita pelo comandante revolucio-nário local sua idéia de publicar umjornal para defender a causa patrióti-ca, José Bonifácio reabriu as oficinasdo Jornal de Barbacena, há muitodesativadas, para editar o órgão oficialdo movimento. "O Brasil, a nossa que-rida pátria, libertado em 22, democra-tizado em 89, volvido à escravidão em1927, pela vaidade mórbida do Sr Wa-shington (Luís), rasgará amanhã o véunegro que lhe veda os olhos e apontaráaos seus filhos o horizonte radioso daliberdade", afirma inflamadamenteJosé Bonifácio no primeiro número doórgão.

Medidas de ordem prática adota-das pelo comando revolucionário sàocomunicadas ainda no primeiro nume-ro, como a advertência, feita pelo Go-vernador Civil da Cidade, Brasil deAndrade Araújo, de que "não toleraráqualquer aumento dê preços de gene-ros de primeira necessidade", o anun-cio de que seria gravemente punidotodo comerciante que se recusasse afornecer a seus fregueses de caderno; ea proibição de se vender gêneros ali-mentícios por atacado e bebidas ai-coólicas.

O jornal tinha uma tiragem de mi-lhares de exemplares—José Bonifácionáo se lembra precisamente do total—saía por volta das 20h e era vendidopor 200 réis, preço cinco vezes superiorao normal na época. "Mesmo assim,teve um êxito extraordinário. Às ve-zes, se esgotava", recorda Zezinho, fo-lheando sua coleção. Outra coleçãocompleta do Jornal Revolucionárioacaba de ser doada ao Arquivo Públi-co Mineiro pelo presidente da Assem-bléia Legislativa de Minas, DeputadoJoão Navarro, que a recebeu, com essecompromisso, de sua tia Yolanda Cae-tana Navarro, viúva de João RibeiroNavarro, telegrafista em Barbacena naépoca que os colecionou.

As quatro páginas de Jornal Revo-lucionário continham os atos oficiaisdo comando revolucionário, telegra-mas trocados entre os líderes revolu-cionários, notícias comentadas sobre oandamento da revolução no país, edi-

tais nâo assinados (eram do próprioJosé Bonifácio), anúncios que muitasvezes tinham o objetivo de preencherclaros_na paginação (o editor aprovei-tou para anunciar os serviços de advo-gado de um seu parente com escritóriono Rio) e colaborações em versos eprosa.

Os colaboradores ora assinavamseus trabalhos, ora se apresentavamsob pseudônimo. Célio Públio era Cí-cero Camões de Oliveira Pena, escri-vão de paz. D Paula era Inès Piacesi,professora aposentada e que, aindahoje, octogenária, escreve no Correioda Serra, de Barbacena. Também évivo o poeta Fábio Nésio, que assinavaNésio, simplesmente.

O número 20 registra um poema deHonório Armond, que em 1927 foi elei-to "Príncipe dos Poetas Mineiros", ob-tendo 12 mil 763 votos num concursopopular promovido pelo antigo Diáriode Minas, no qual o poeta CarlosDrummond de Andrade ficou num dosúltimos lugares, com 227 votos. O poe-ma é dedicado Aos voluntários barba-cenenses: Glória a vós, 6 soldadomi-_neiro/que entre as fúrias-da guerra"mostrais/quanto valem heróis brasilei-ros /na defesa dos pátrios ideais. Antea lâmina de espada /ante a boca dofuzil/soldado de Minas, brada:/PelòBrasil! Pelo Brasil!

E no número 15 está o Hino Revolu-cionário, composto em Barbacena,com letra de Wagner Montalvão e mú-sica de Geraldo Baumert, que o dedi-caram a José Bonifácio: "Em nome doDireito, em nome da Justiça/ Nós,cheios de fé, cheios de ardor/ Marcha-mos, traidores da Pátria, para a Liça/Com heroísmo, com valor. Deste rin-cão bendito, soberbo, cordiforme/ DeMinas Gerais — terra altaneira —I Avoz do grande Andrada partiu, numbrado enorme/ confraternizando a ter-ra inteira". -

O Jornal Revolucionário era abas-tecido com notícias que procediamtanto dos setores revolucionários co-mo dos legalistas, estas obtidas clan-destlnamente pelo comando, que, co-nhecendo o código do Catete, desço-berto pelo Deputado federal e jornalis-ta Mário Brant, captava as mensagenstelegráficas e radiofônicas transmiti-das pelo Governo da União.

O Presidente da República era tra-tado geralmente com deboche e ironiapor Zezinho Bonifácio, como no co-mentário do número 3, sob o título

Presidente de quatro Estados: "O ve-nerando Washington Luís está hoje naposição profundamente ridícula dechefe de quatro quatro Estados ape-nas, no país que se compõe de 21. Eisto porque a revolução cortou-lhe to-das as comunicações, não podendochegar aos demais 17 Estados as suasordens absurdas, truculentas, e osseus decretos Infantis, os seus discur-sos sobre formigas e a notícia de suasfarras. Dia a dia reduz (sic) o campo deação do chefe do executivo do Brasil.E cedo, muito cedo, ele passará a go-vernar tão somente sua casa." Sob afoto de Washington Luís, a legenda:"Ele! Pensando que é ainda Presi-dente..."

Noutro número, afirma: "A mentirafoi sempre a maior arma da corja repe-lente que rouba a nação. O grandecriminoso moral Washington Luís lan-çou sempre mão das mais torpes men-tiras para poder governar tranqüila-mente... o coração das jovens que, dequando em vez, mimoseiam a respeita--vel barrigade sua excelência com um"õúõútro tirozinho. É o regime da men-tira já referido magistralmente em umdos discursos de propaganda de RuiBarbosa. Mentira no governar, menti-ra nas eleições, mentira nos jornais,mentira nos discursos, mentira nascartas, mentira nos telegramas, menti-ra em tudo e por tudo".

Washington Luís era chamado de"grande assassino", "reles jagunçoque se diz governador deste país", o"homem do discursso sobre as formi-gas", "barbado", "barbado de Macaé",ora por José Bonifácio, ora nos artigosou versos dos colaboradores. Simulta-neamente à edição do jornal, que eracomposto letra por letra, Bonifácio sededicava à redação de ofícios endere-çados a autoridades legalistas, como oenviado ao comando do 11? RI de SãoJoáo dei Rei, que acabou se rendendo.O documento foi levado pelo Arcebis-po de Mariana, Dom Helvécio Gomesde Oliveira.

No dia 20 de outubro de 1930, ojornal faz uma previsão acertada, a deque o Presidente da República cairiaantes de 20 dias. Três dias depois,informa a escala de plantão no gabine-te do comandante-geral, na qual apa-rece o nome do poeta Carlos Drum-mond de Andrade, que havia chegadodias antes com o Estado-Maior da 4"

Regiào Militar, tendo à frente o Secre-tário estadual do Interior, Sr CristianoMachado, de quem era assessor e aoqual serviu também durante sua can-didatura à Presidência da Republica,em 19àü.

Um dia depois, em 24 de outubro, amanchete era: Triunfante em toda alinha a revolução brasileira. O sr Wa-shington Luis deposto e preso comsua familia. Em outros títulos de pri-meira página: Vitorioso o movimentoreivindicador! O presidente da Repú-blica acaba de ser deposto e se achapreso, em companhia de sua familia, abordo de um rebocador. O entusiasmoformidável que lavra no Rio e emtodos os recantos do pais.

Os números seguintes dão o desdo-bramento da vitória, como a grandemanifestação ao presidente de Minas,Olegàrio Maciel, chefe do movimentono Estado. "Os manifestantes subiram .a Rua da Bahia, empunhando estan-

_darte_s._e penetraram-na-Praça_ da Li-berdade, debaixo de uma longa e calo:rosa vibração de civismo." Contamainda a ocupação de Juiz de Fora, "oentusiasmo reinante naquela cidademineira", a preparação da junta provi-sória para entregar o Poder a GetúlioVargas, "chefe supremo da revoluçãono Brasil", os enterros simbólicos quea estudantada de Barbacena fez deWashington Luís e outros lideres lega-listas.

No último número, 24, de 29 deoutubro, toda a primeira página é to-mada pelo artigo "O nosso desapareci-mento", em que Bonifácio explica que,"criado só para a revolução/para, aolado de outros, abeirar-se do leito dedor onde repousava o Brasil e, comooutros, sincero e leal, ministrar à pá-tria. ferida gravemente os lenitivos queos seus conhecimentos permitissem, oJornal Revolucionário deve desapare-cer porque já o grande doente, restabe-lecido e curado, ergueu-se resoluto,pleno de si mesmo, da sua pujança, doamor dos seus filhos, e endireitou-sedefinitivamente para a estrada da li-berdade, sem escolhos, sem estorvos,certo de que jamais retornará à negraescravidão que lhe impôs a ingratidãode uma prole bastarda".

Gutemberg da Mola ¦ Silva é reportar da Sucursal doJORNAL DO BRASIL .m B.lo Horiionli.

foto» d* Waldtmar Sabino

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A primeira página da vitória.Cinco dias depois sairia o último número

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Com paixão,José Bonifáciofez os 24números dojornal paraapoiar a açãorevolucionárianumaestratégicaregião de Minas

A REVOLUÇÃO DE 30 E A EXPLORAÇÃO DO SUBSOLOPlínio de Abreu Ramos

NOS

anos turbulentos de1961/62, quando exercia-mos a chefia do gabinete-Rio do Ministério das Mi-nas e Energia, o titular dapasta, Deputado Gabriel

Passos, pensou em montar, num dosrecessos bastante escassos de sua in-tensa vida pública, um esboço históri-co da evolução da política brasileirade exploração e aproveitamento dosubsolo, cujas atividades estiveram in-corporadas a quase todos os fenôme-nos antecedentes da proclamação da

-Independência.Gabriel trouxera, para o reforço das

convicções que o situaram entre aslideranças mais qualificadas do nacio-nalismo democrático, que despontouentre nós na primeira metade dos anos50, a experiência do tempo em queocupou a Procuradoria Geral da Re-pública, onde os conflitos de alegaçõesantagônicas nem sempre localizavamdo mesmo lado o interesse público e ointeresse privado.

O plano de Gabriel, interrompidopela fatalidade irrecorrivel da morte,retoma sua inquestionável atualidade,quando se comemora o primeiro cin-qüentenário da Revolução de 1930;desfechada pela aliança dos Estadosda Paraíba, Minas e Rio Grande doSul. Isto porque, na verdade, só depoisde 30, com a chegada de Vargas aopoder, foi que surgiram no país osprimeiros mecanismos políticos e le-gislativos que estipulavam as prerro-gativas do poder público de controlesobre a matéria e racionalização desuas modalidades de exploração.

Na fase colonial, a concessão deminas, tanto no Brasil quanto nasáreas que correspondiam ao impérioespanhol na América, era regulada pe-Ias Ordenações Filipinas de 1603, se-gundo as quais o beneficiário entrega-va à Coroa um quinto do montantedos metais extraídos do decurso deum ano. Portugal, que nessa épocaachava-se sob domínio da Espanha, aolibertar-se dele com a ascensão dadinastia bragantina, em 1640, conser-vou todavia, enquanto durou sua pre-

sença no Brasil, as exigências contidasno édito expedido pela Corte de Madri.

Proclamada a Independência, em1822, as minas tornaram-se proprieda-de da Coroa brasileira, mas a Consti-tuição elaborada pelo Conselho de Es-tado e outorgada dois anos depois nãoestabelecia, em nenhum de seus dispo-sitivos, o reconhecimento formal des-ses privilégios. Tanto assim que oscritérios de liberação de concessõesnáo eram convenientemente homogê-neos. Havia casos em que a fixaçãodas contrapartidas impostas pelo Es-tado era da competência exclusiva doMinistro da Agricultura. Quando ha-via necessidade de desapropriação deterreno onde houvesse incidênGia~de-minérios, a decisão passava a depen-der de apreciação da assembléla-geral,composta pela Câmara dos Deputadose Senado. Na hipótese de que o pro-prietário do solo levantasse objeções,o litígio passava a ser submetido àarbitragem do presidente da Provín-cia, cabendo ainda ao prejudicado aprobabilidade de recurso final ao Mi-nistério da Agricultura.

Com o advento da República, otema, com a garantia de preservaçãodo principio de propriedade, tal comona Carta do Império, passou a sertratado, especificamente, no texto daConstituição de 24 de fevereiro de1891. Entretanto, a obsessão federalis-ta dos primeiros constituintes republi-canos, seduzidos pelo intento de am-pliar arrojadamente a autonomia dasantigas Províncias, durante 70 anoscomprimidas pela inflexibilidade uni-tária da monarquia, estabeleceu den-tro da própria estrutura constitucio-nal dissociaçôes de conceitos que, naverdade, atrasaram de muitos anos odesenvolvimento da indústria minera-dora no Brasil.

O Art. 64 da Carta de 91 declara queas minas "pertencem aos Estados",reservando-se à União somente as fai-xas territoriais consideradas indispen-sáveis para a defesa das "fronteiras,fortificações, construções militares eestradas de ferro federais". Mas o Art.72, 17. que trata da "declaração dedireitos", assinala que as "minas per-tencem aos proprietários do solo", sal-vas as limitações que "forem estabele-cidas por lei a bem da exploraçãodeste ramo da indústria".

Presume-se, dessa embaraçosadualidade de definições, que o Estadoera o po^er concedente, mas a minaconstituía um bem acessório do pro-prietário do solo. E foi assim de fatoque se procedeu durante toda a Repú-blica Velha. Não havia uma lei federalespecífica. Mas havia uma multiplici-dade inacreditável de leis estaduais,decretadas sem a ntínima verificaçãode sua viabilidade, de execução irregu-lar e sem fiscalização adequada, cons-tituindo-se num vasto aparato de bal-búrdia, retardando deploravelmente adesejável expansão do setor.

A Revolução de 30 deu, de fato,perspectivas ordenadas ao processo

-de-exploração-e-aproveitamento-do-subsolo nacional, assumindo iniciati-vas de providências que viriam, efeti-vãmente, compor um programa deação governamental numa área de im-portància estratégica vital, como porexemplo: estabeleceu a dissociaçãodas minas e jazidas da propriedade dosolo; definiu as prioridades básicas dointeresse nacional sobre o regime dalivre concessão, adicionando o nacio-nalismo como ingrediente fundamen-tal de afirmação de soberania, e criouos instrumentos políticos e adminis-trativos considerados essenciais aobom desempenho da indústria minera-dora.

Com referência a esses três .aspec-tos, não se pode evidentemente subes-timar alguns esforços, de excepcionalvalidade, tentados por alguns estadis-tas da República Velha que sobrepu-nham, em grau de lucidez, ao imobilis-mo dos setores dominantes da época.

Em 1915, a Lei Calógeras (Dec.2.933, de 6/1) chegou a admitir que amina era "uma propriedade imóvel,distinta do solo, sendo alienável isola-damente". A Constituição, todavia,não dava amparo a essa conceituação.Seis anos mais tarde, em 1921, a LeiSimões Lopes (Dec. 4.265) procurouregular "a propriedade e a exploraçãodas minas", segundo a qual o descobri-dor, legalmente conhecido como "in-ventòr", teria direito à participação noempreendimento, em associação como proprietário do solo. Simões Lopesera Ministro da Agricultura no Gover-no de Epitácio Pessoa e a lei de suaautoria, articulada com notável clari-vidência, foi a que mais se aproximou

da doutrina acolhida pela Revoluçãode 30. Ela objetivou, de forma esclare-cida, conciliar os interesses do desen-volvimento do setor com o texto rígidoda Constituição, no qual o direito depropriedade figurava como princípiodeclaradamente inarredável. As alter-nativas de negociação do Governo fe-deral ficavam, desta forma, restritas àsminas e jazidas porventura descober-tas em terras reservadas aos domíniosda União.

As preocupações nacionalistas,nesse campo, antecederam de certamaneira à Revolução de 30. A reformaconstitucional de 1926, que entrou emvigor a 7 de setembro daquele ano,inspirada pelo Governo Bernardes,não separou o subsolo da propriedadedo solo, mas acrescentou ao parágrafo17 do Art. 72 a proibição de transferir aestrangeiros as terras onde existirem"minas e jazidas minerais necessáriasà segurança e à defesa nacionais".

Embora combatido pelos "tenen-tes" e hostilizado pelas manifestaçõesrenovadoras que convulsionaram opaís, ao longo da década de 20, Bernar-des procurava compatibilizar seu Go-verno com as aspirações das forçaspolíticas e sociais que emergiam dosresultados da I Guerra Mundial. Éprovável que esse seu poder de absor-çâo das mensagens insurrecionais dosanos 20, já revelado.no episódio demodernização do programa do PRMem 1919, sem transigir todavia com alegalidade de seu mandato presiden-ciai, explique as afinidades que sem-pre demonstrou para com a Revoluçãode 30, envolvendo-o numa prática se-diciosa que contrariava seus hábitos,suas convicções e suas normas decomportamento rigorosamente con-servadoras.

A posição nacionalista de Vargasnão ficou claramente explicita na lei-tura da plataforma liberal na Esplana-da do Castelo. Mas em fevereiro de1931, em visita efetuada a Minas, aconvite de Olegàrio Maciel, o Chefe doGoverno Provisório, ao emitir uma de-fimção preliminar sobre seu programasiderúrgico, afirmou com veemência:"Precisamos convir que a obra daRevolução, além de ser vasta obra detransformação social, política e eco-nõmica, é, também, nacionalista nobom sentido do termo."

Antes que a Constituição de 16 dejulho conferisse à Uniào a propriedadeexclusiva de todos os bens existentesno subsolo nacional (Art. 118), princi-pio que se mantém imutável em nos-sos dias, e indicasse que "a lei regularáa nacionalização progressiva das mi-nas, jazidas minerais e quedas dáguaou outras fontes de energia hidráulica,julgadas básicas ou essenciais à defesaeconômica e müitar do país" (Art. 119),o Governo já havia autorizado estu-dos, tendo em vista a elaboração doCódigo de Minas, Código de Águas,Código Florestal e Código de Caça ePesca, que passaram a vigorar a partirde 1934.

O fato da União assumir a proprie-dade exclusiva dos bens do subsolo,não significava de modo algum que osprodutos nele existentes fossem expio-rados sob regime de monopólio esta-tal. O Governo federal, tanto poderiainvestir-se da responsabilidade da ex-ploraçào, como atribuir concessão aosetor privado convenientemente inte-ressado, fosse ele nacional ou estran-geiro.

A regularização da "nacionalizaçãoprogressiva das minas" só seria acen-tuada textualmente durante o EstadoNovo, na Carta Outorgada de 37 (Art.143 §1°) e no segundo Código de Minas(Art. 6o) decorrente do Dec. 1985, de 29de janeiro de 1940. Nesses documen-tos, ficou estabelecido que as conces-soes para exploração de minas e jazi-das só podiam ser deferidas em favor

,de brasileiros natos ou de empresascompostas de acionistas brasileiros.

A legislação estado-novista contes-tou o espírito liberal de 34, que limita-va as concessões a brasileiros "ou asociedades organizadas no pais". Esseprincípio foi restaurado pelos consti-tuintes de 46, apesar da oposição im-placàvel de Bernardes (PR-MG), Euzé-bio Rocha (PTB-SP) e Agamenon Ma-galhães (PSD-PE). e mantido em todasas modificações legislativas impostasdepois de 1964, tanto pelo estatutocastelista de 67, quanto pelo Código deMineração implantado pelo Decreto-Lei 227, de 28 de fevereiro do mesmoano, que na prática destituiu a vigèn-cia do Código de Minas de 1940.

A fixação de diretrizes políticas pa-ra afirmação de uma conduta nacionalem matéria de aproveitamento do sub-

solo foi um corolário inegável do movi-mento revolucionário de 1930. O Esta-do Novo, à margem de toda desapro-vação que nos Inspiram os sistemasfundados no arbítrio, deu prossegui-mento às providências adotadas peloGoverno Provisório na fase de reorga-nizaçáo constitucional e, subseqüente-mente, no periodo em que esteve emvigor a Carta de 34. De fato, no percur-so desses anos, foram postas em exe-cução as seguintes iniciativas de or-dem política e administrativa:

criou o Conselho Nacional do Pe-tróleo (Dec. 538, de 7.7.38);

promulgou o tratado sobre a saida^aproveitamento do petróleo bolivia-^

no, conhecido mais tarde como Açor-do de Roboré (Dec. 3.131, de 5.10.38);

constituiu reserva petrolífera na re-gião do Recôncavo baiano (Dec. 3.701,de 8.2.39);

transferiu para o CNP todo o equi-pamento em poder do Ministério daAgricultura, destinado à pesquisa elavra de jazidas de petróleo e gasesnaturais (Dec. lei 1.369, de 26.6.39);

colocou em vigor o novo Código deMinas (Dec. lei 1.985, de 29.1.40);

instituiu um imposto único sobrecombustíveis e lubrificantes lluu.dos «gasosos, importados e produzidos nopaís (Dec, lei 2.615, de_21.9.40);

estabeleceu o regime legal das jazi-das de petróleo e gases naturais, alémde rochas beturninosas e pirobetumi-nosas (Dec. lei 3.236, de 7.5.41);

Embora as conseqüências dessasmedidas se tenham dirigido, básica-mente, para a área do petróleo, cujaprioridade resultava provavelmenteda inevitabllldade do envolvimento doBrasil na guerra, que já alcançava ocontinente americano, a verdade é queelas são válidas para manifestar aevidência que a Revolução de 1930procurou destinar à implementaçãode uma política determinada de apro-veitamento das riquezas naturais de-teciaaas no subsolo deste territórioimenso, que as gerações nascidas aolongo deste meio século ainda nàopuderam legitimamente desfrutar.-—— ¦ ¦

Plínio de Abreu Ramos é osionor da Escola Interameri-cana de Administração Pública do Fundação GetúlioVargas. Fai chefe de gabinete do Ministro GabrielPassos, das Minai e Energia.

JORNAL DO BRASIL Z Domingo, 21/9/80 ESPECIAL 3'-v'"

O FRACASSO DA ASSEMBLEIA DA

ONU PARA O DESENVOLVIMENTO

Beatriz Schiller

OS

Estados Unidos, Inglaterra eAlemanha Ocidental "não serãocapazes de se manter à margempor multo tempo", comentou opresidente do Grupo dos 77 (pai-

ses em desenvolvimento, hoje com 120 mem-bros), o Embaixador lndlado Brajesh ChandraMishra, após o fracasso da 11° AssembléiaExtraordinária da ONU para o Desenvolvi-mento.

Após três semanas de intensos debates, aNOEI (Nova Ordem Econômica Internacional)continua uma teoria no papel, pois os trêspaíses desenvolvidos rejeitaram a proposta

. aceita pelos 151 demais membros da ONU, aqual pode ser sintetizada em "negociações glo-' bais" e numa "estratégia econômica para odesenvolvimento na década de 80". Agora, écerto que os temas da NOEI invadirão a 35a

1 Assembléia Ordinária na ONU, iniciada dia 16.preparada durante um ano, a 11a Assem-

..bléia Extraordinária para o Desenvolvimento"recebeu 57 ministros e oito chefes de Estado.Aberta em 25 de agosto, houve o consenso deque o mundo vive uma crise econômica serilssi-ma, com desdobramentos imprevisíveis para

; ricos e pobres. Também houve acerto quanto• ao fato de que os países em desenvolvimentosão os maiores prejudicados, até porque cria-ram as regras do jogo.

Os presidentes dos grupos de trabalho pedi-ram "aos detentores do poder econômica mun-

I dial" para cumprirem com suas responsabilida-des em relação aos 70% das pessoas do mundoque vivem com apenas 20% dos recursos finan-ceiros e econômicos globais. As retóricas varia-

„ ram, mas foi quase unânime o reconhecimento; de que há algo errado num mundo que consome

500 bilhões de dólares anuais com armas, comas dívidas de balanços de pagamento somamais de 600 bilhões de dólares desde 1979.

A primeira semana foi dedicada à apresenta-ção de temas, tornando-se logo evidente a opo-sição entre desenvolvidos e.não desenvolvidos,

em torno do que fazer contra a crise mundial. OGrupo dos 77 recomendou reformas fiindamen-tais dos mecanismos econômicos que regemcinco pontos prioritários (matérias-primas,energia, sistema monetário e financeiro, comér-cio e desenvolvimento), o que implicaria areforma da ordem econômica vigente, a qualatribuem seus males.

Variaram as ênfases. Assim, os 30 países"menos desenvolvidos" marcaram a necessida-de urgente de "ajuda financeira e/ou alimen-tar"; os países da OPEP mostraram a necessl-dade de vincular a reciclagem dos petrodólarese dólares dos países com excedente de capitalcom as prioridades do mundo em desenvolvi-mento.

O representante do Brasil, Embaixador Sér-gio Correia da Costa, acusou as potências eco-nômicas do mundo ocidental de "nem sequerterem sugerido" a recomendação da "cirurgiaestrutural, exigida pela crise mundial", adver-tindo-as para as conseqüências negativas damanutenção do sistema econômico atual, defl-nido como ineficiente.

Por suarvez, os paises desenvolvidos nãoforam tão coesos, nem tão específicos, limitan-do-se basicamente a conselhos, sem maioresmenções à NOEI e às reivindicações de partici-pação igual do Hemisfério Sul. E quando osdiscursos deram lugar às negociações (em doisgrupos de trabalho), tornou-se óbvio que algunspaises desenvolvidos defendiam a estabilizaçãode suas economias dentro do quadro atual,enquanto os demais exigiam reformas.

Nas negociações houve pressões para frag-mentai- o Grupo dos 77, com a criação decategorias como países do limiar (Brasil, Méxi-co, índia, Venezuela e outros), exportadores depetróleo e outras, enquanto os paises maispobres (30, assolados por secas e com renda percapita em torno de 100 dólares anuais) eramencorajados a atribuir à OPEP suas criseseconômicas.

De duas semanas, a assembléia especialpassou para três. A questão básica girou naforma de se encaminhar as discussões econômi-cas internacionais (negociações globais). Os

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países náo desenvolvidos propunham que osdebates sobre os cinco pontos prioritários fos-sem restritos à Assembléia-Geral da ONU. OsEstados Unidos defendiam a discussão nosorganismos especializados da ONU (FAO,GATT, FMI, Banco Mundial), exceto no casoda energia, por faltar uma agência especial!-zada.

Finalmente, em 13 de setembro foi apresen-tado um documento de compromisso. Os paisesem desenvolvimento aceitavam o debate nasagências especializadas, mas com vinculaçâo à

Assembléia-Geral, "com participação universalde alto nível político, encarregada de coordenare conduzir as negociações para assegurar umenfoque integrado, simultâneo e coerente detodas as questões negociadas".

Para o Grupo dos 77, as agências especial!-zadas da ONU são controladas (em termos dedecisão e votos) pelos Estados Unidos e paísesdesenvolvidos, embora tenham competênciapara fornecer estudos e acertar pontos. Destaforma, o que ficasse estabelecido nestes orga-nismos deveria retornar à Assembléia-Geral,

para aprovação por consenso pelos Governosparticipantes das "negociações globais".

O representante norte-americano, Joan Spe-ro, argumentou na reunião: havia"diferençasconceituais" entre o seu e demais Governos,sobre "a divisão de responsabilidades entre oorganismo central da ONU e as agências espe-ciallzadas", pois a colocação "poderia ser inter-pretada como permitindo a conferência renego-ciar os acordos alcançados nas agências espe-cializadas", pelo que os Estados Unidos rejeita-vam a proposta. A Alemanha Ocidental e aInglaterra "se associaram" ao "comentárioamericano, sem nada acrescentar.

Entretanto, o Secretário de Estado do Cana-dá, Mark McGulgan, assegurou não ver possibi-lidade das negociações alcançadas nas agèn-cias serem renegociadas no foro central daONU: "como o texto final da fórmula de com-promisso está redigido, meu Governo está deacordo" definiu. A posição foi adotada portodos os outros países, entre eles o Japão(membro da Comissão Trilateral com os Esta-dos Unidos e a Alemanha Ocidental) e Israel (aolado da maioria absoluta da ONU, o que nãoacontecia há muitos anos).

Naturalmente, também fracassou o segundo—objetivo da reunião, que era estabelecer a "es-tratégia para a década de 80". O especialistaem assuntos econômicos da missão do Brasiljunto a ONU, Ministro Gilberto Velloso, consi-derou "pouco" a aprovação de duas resoluções"prévias da Ecosoc, com linguagem vaga, refe-rindo-se a apelos, e que teriam sido adotadassem precisar da assembléia geral.

Enquanto o Embaixador Mishra observavaque "se os três dissidentes náo mudarem deposição, o mundo partirá do caos em que seencontra hoje para anarquia", o Embaixadornorte-americano, McHenry, comentava: "Omundo náo acabará porque a ONU não apro-vou a NOEI. Haverá mesmo algo fundamental-mente errado com a ordem econômica atual?"

Bsatriz Schiller é correspondente do JORNAL DO BRASIL em Novalorqut.

ENTREVISTA DO PRESIDENTE DO GRUPO DOS 77, BRAJESH CHANDRA MISHRA

A INTRANSIGÊNCIA NÃO PODE

IMPEDIR O DIÁLOGO NORTE-SUL

Embaixador Brajesh Mishra

O

Grupo dos 77 não quislevar a proposição à vo-tação. É viável tentar ob-ter á descolonização eco-nômica de consensos?

As negociações globais têm queocorrer por consenso, porque visamações e acordos concretos por todos.Tentar forçar estes três países (Esta-dos Unidos, Inglaterra e AlemanhaOcidental) industrializados, atravésdo voto, teria levado uma confronta-ção. O Grupo dos 77 sentiu que nãodevia pressionar os americanos aovoto.

Estes três paises perceberão porsi mesmos que o processo do diálogoNorte-Sul nâo pode ser detido mera-mente com a tomada de uma atitudede intransigência. Esperamos que, empoucos meses, perceberão que é Im-portante para eles, como é para nós,ter desenvolvimento global.

Onde os países desenvolvidos en-contrarão mercados se os países emdesenvolvimento não continuaremseus processos de crescimento?

Eles dizem que é irreal mudar. Orepresentante dos EUA declarou nâohaver nada necessariamente erradocom o sistema monetário atual.

Esta afirmativa está longe de serverdadeira. E verdade que as condi-

ções impostas pelo FMI sf o as mes-mas para os paises em desenvolvimen-to. A Jamaica e a Tanzânia, por exem-pio, tiveram que aceitar condiçõesmuito, muito duras antes de seremajudadas pelo FMI. Já os Estados Uni-dos estáo em déficit por muitos anos(265 bilhões de dólares em passivosexternos atualmente, segundo estatís-tica do FMI, e 14 bilhões de dívida debalanço de pagamentos) e o que fez oFMI quanto a isto, já que, de fato, odéficit contribuiu para a instabilidadeda economia internacional?Ao mesmo tempo, o FMI deveriavigiar os paises com excedentes decapital, para reduzir seus superávits,visando equilibrar a economia mun-dial. O que fez o FMI com os exceden-tes do Japáo e da Alemanha Ociden-tal? As condições impostas pelo FMInào são iguais e justas. Não é corretopara ninguém afirmar que nâo há na-da errado com estas instituições, nemque não seja necessário reformá-las.Sempre há espaço para melhorar.

Como se define a divergênciaentre os paises ricos e pobres?

Há uma diferença fundamentalnas percepções dos países em desen-volvimento e nas dos países desenvol-vidos, embora nâo todos. Muitos des-tes países desenvolvidos sentem que

basta apenas amarrar o período atualpara poderem retornar à velha situa-ção. Isso slmplesmeste náo é realista.Além do fato de ter sido o velho siste-ma que provocou a crise atual, náo épossível ter-se tantos países indepen-dentes e soberanos politicamente, mascontudo sem independência econô-mica.

Em segundo lugar, os paises de-senvolvidos estão convencidos de quepodem segurar a crise atual atravésapenas de planos a curto prazo. Osplanos imediatos sáo necessários, éclaro, mas devem ser parte de umprocesso a longo prazo, de modo a nàoprovocar a emergência da mesma si-tuação dentro de cinco ou 10 anos.Sem isso iremos de crise em crise. Hánecessidade irrefutável de reformasfundamentais no sistema atual de re-lações econômicas internacionais.

O que pensa do fortalecimentodas economias fortes primeiro, comoadvogam agências internacionais,FMI e Banco Mundial?

Simplesmente, não é razoável.Só poderão ter empregos para todos seos países em desenvolvimento se de-senvolverem. Não podem ter produti-vidade a todo vapor sem o fortaleci-mento das economias mundiais. Comopodem pensar em reforçar as econo-

mias do mundo desenvolvido primei-ro, quando dependem dos paises emdesenvolvimento para fornecer a opor-tunidade do emprego total nos paisesdesenvolvidos? Não é uma avaliaçãocorreta da situação.

O Sr vê uma dicotomia entre otransnacionalismo de fato de hoje e onacionalismo de retórica dos paisesdesenvolvidos?

Este mundo é interdependente eninguém pode se desenvolver isolada-mente. Isso não é mais a era imperialou colonial; essa é a era de indepen-dências econômicas e políticas paratodos países. Portanto, os desenvolvi-dos que se negam a analisá-lo estãoerrados, ao pensar que desenvolvendoa si mesmo, ou estabilizando suas pró-prias posições, podem curar os malesda economia mundial.

Houve algum ponto positivo na11a Assembléia-Geral Extraordináriapara o Desenvolvimento?

Posso dizer sem nenhum medode contradição que a união mostradapelo Grupo dos 77 nos últimos 12 me-ses foi digna de nota. Com efeito, orepresentante de um país altamentedesenvolvido me disse fcá dois diasque os países em desenvolvimento fo-ram mais coerentes do que os desen-volvidos. Isso fala por sl.

CARTAS

Linguagem da Igreja

O artigo intitulado Informar, dou-trinar, politizar — a nova linguagemda Igreja e sua teia de publicações, deCarlos Absalão (Caderno Especial de13/8'80), procura, de maneira sutil,montar um quadro em que a Igrejaaparece como um perigo, por lançar,por meio de vasta rede de publicações,uma nova linguagem, causadora deinquietações. O artigo praticamentelimita-se a transcrever, sem comentá-rios, trechos soltos de artigos, carti-lhas e folhetos destinados a trabalhospastorais diversos.

Já o editorial do dia 7/9/80, sobre omesmo artigo, faz afirmações injustas,como a de que é impossível reconhe-cer, neste tipo de literatura, o pensa-mento de Deus, ou a de que a língua-gem utilizada é a das cartilhas mar-xistas.

Pode-se fazer acusações como estasretirando os elementos de documentoscompletos, que foram refletidos emconjunto, por grupos que meditaramantes a Palavra de Deus e sua aplica-çáo à vida dos cristãos, textos queforam elaborados em realidades di-versas?

Na verdade, a Igreja está mudandoprofundamente, está tentando sermais coerente com o que sempre pre-

gou, está estimulando a particlpaçãodas pessoas a nível mais responsável,critico e criativo. Se o articulista e oeditorialista se debruçarem sobre oEvangelho, vão ver que a justiça e oamor, fundamentos da mensagem deCristo, sáo pregados e vividos em rela-ção aos carentes, aos abandonados,aos oprimidos. E quem são estes nasociedade em que vivemos? Nestestempos de ameaças à abertura, nãoserá falta de responsabilidade fazerrecair a suspeita sobre pessoas queprocuram viver, de maneira mais au-tèntica, a sua visão de fé? Lúcia Tere-za Lessa — Rio de Janeiro.

Pobres e ricos

Me perdoe J. O. de Meira Penna comreferência a seu artigo Sobre a Pobre-za, publicado no Caderno Especial de20.7.79. Não há, no meu ver, contradi-ção na interpretação do Evangelhoquando a Igreja opta pelos pobres edefende o enriquecimento. A mensa-gem -crista sempre foi a mesma, aIgreja não está atualizando-se, semprefoi atualizada no que diz respeito areformas sociais.

No Brasil, em exemplo, coube aosjesuítas a defesa do indígena em suacondição humana e. na catequese des-tes e dos negros vindos para a nossa

terra, a_proclamação íntima, media-neira da igualdade dós" homens" emDeus. (...)

O que a Igreja quer, e agora com osveículos de comunicação é difícil deesconder, é que este despojamento napobreza em espírito proclamado peloPapa João Paulo H aos moradores doVidigal seja atuante como a fé. Pois sóa fé permite viver tais pessoas.

Quanto à idéia marxista em padresconsidero tão absurda quanto tudoque neste pais tem-se feito contra osque tentam ajudar os pobres. É proibi-do neste pais inclusive despojar-se, serpobre em espírito. O Dr FranciscoBento de Oliveira Júnior tinha, emexemplo, uma Cooperativa chamadade Taquara, para ajudar os pobres.Nào foi a Igreja que determinou ofechamento da única sociedade emtodo o país que emprestava a juro de19c, foi o Banco Central do Brasil, noano de 1969.

Ora, os ricos não são os mesmosricos de antes, ftodemos dizer que nemsão ricos tal o mal emprego do dinhei-ro destes e tào pouco pobres de espíri-to. O que se recomenda é que, ao invésde lucrar-se excessivamente para gas-tar-se pessimamente, os pobres este-jam na luta de cada um para o enri-quecimento, que dessa forma seriacompartilhado e seria de todos, porém

não igual.(..,)WindeJésus Almeida eOliveira — Rio de Janeiro.

Ensino no Brasil

Bastante interessante e, ao mesmotempo, alarmante, a matéria publica-da no JB de 04/8/80, da proP HeloísaMaria de Azevedo Branco, sob o tituloPor que a violência? (Uma cedação doVestibular). Trata ela de uma redaçãofeita por alunos do Vestibular acercadas causas da violência.

Acho eu, com a minha modesta.,opinião, que a grave falha pela qualtanto indaga a professora, encontradanos trabalhos dos alunos, é uma falhatão somente proveniente do entranha-do arcaísmo de nosso sistema educa-cional.

Mesmo que fossem abastados prín-cipes, estes alunos ainda assim come-teriam os mesmos erros, ou talvez pio-res, que cometeriam se fossem filhosde paupérrimos trabalhadores.

O nosso método de educação, nãoobstante as supostas reformas, aindabaseia-se naquele behaviorismo já es-quecido na maioria dos países desen-volvidos. Este behaviorismo condicio-na o aluno, desde pequeno, a ser umaespécie de "robô". Isto é, um ser que sórecebe informações, sem que, de modoalgum, se tente fazer com que ele tire

conclusões ou interpretações — aindaque informes — sobre o que estão"enfiando" em sua cabeça. Por fim,isto pode levar o indivíduo, em toda asua vida, a apenas efetuar pensamen-tos dirigidos ao concreto, ou seja, ba-sear-se em "experiências concretas an-teriores", nunca em abstrações quepossibilitem a ele um completo e ra-cional entendimento de um fenômeno.

Isto já foi bastante discutido e criti-cado, com importantes e proveitosaspropostas, como o Método Montessorie as teorias de Piaget. Contudo, poroutro lado, vejo que continua em nos-so país '"na educação enormementefalha e mesmo prejudicial. Melhor doque executar reformas ortográficas oufazer aumentos quantitativos de edu-cados, seria efetuar uma revisão am-pia, séria e rígida na estrutura e méto-do de ensino brasileiros. André Fer-nando Linhares Portes — Rio de Ja-neiro.

Constituinte

O estadista e consagrado escritorAfonso Arinos, homem de tradição fa-miliar e versado em assuntos públicos,com várias obras publicadas, desta-cando-se o seu excelente Estadista daRepública (...) biografia de seu pai,Afrãnio de Melo Franco, ex-Ministro •da República e credor de valiosos per-

viços prestados ao pais, recentementeconsultado, opinou pela convocaçãode uma Assembléia Nacional Consti-tuinte. O grande líder nào vê soluçãopara os graves problemas em que seencontra o nosso país, sem uma novaestrutura política através de uma ou-tra Carta Legal apropriada para osdias presentes.

Com uma moderna Constituinte,poder-se-ia criar condições para se co-locar a "locomotiva nos trilhos", numaatuação conveniente, tendo em vistaos altos interesses da nacionalidade. Opovo brasileiio vive hoje cabisbalxo;um povo triste que nada pode planejarpara o amanhã. Uma resultante de leisultrapassadas, debaixo das quais édesmanchado durante o dia o que adadivosa natureza nos proporcionadurante a noite (enquanto os homensdormem).

Somos um país de católicos (genteda melhor intenção), o maior tesouroda espécie humana: seguimos o Evan-gelho de Cristo. Há pouco, toefo o paísouviu pessoalmente Sua SantidadeJoão Paulo n que nos iluminou oscaminhos por onde passar para levan-tarmos o pais do estado de subdesen-volvimento em que se encontra. Todosacataram as palavras do Papa. maspara seguirmos suas sugestões preci-samos de leis adequadas. (...) OldemarSantos — Belo Horizonte (MG)

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4 ESPECIAL JORNAL DO BRASIL ? Domingo, 21/9/80

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Conferência do Ministro das Relações Exteriores, Embaixador SaraivaArquivo — 619160

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Guerreiro se encontra com o Presidente do Zimbábue, C.Banana, na Rodésia

JL*Visão da conjuntura e

o comportamentodiplomático do Brasil

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ano em que se abre a décadade 80, a diplomacia brasileirase dirige às suas variadas tare-fas, com a certeza de que conti-nuará a ligar o seu trabalho ao

esforço maior do desenvolvimento nacio-nal, em todas as suas dimensões. Paraservir ao Brasil, não nos iludimos sobre opaís, nem muito menos procuramos iludirnossos interlocutores. Um realismo sóbrioorienta a ação diplomática. Assim se criaconfiança, base indispensável para a cons-truçào de uma posição internacional quefavoreça o desenvolvimento econômico ea segurança.

Em outra dimensão,, é inegável que aevolução da situação interna é elementoque reforça a confiança e a credibilidadeinternacionais do país. De fato, o momen-to que vivemos, como nação, é exatamen-te o da constituição de nossa verdadepolítica. A fixação do pluralismo e dademocracia, do diálogo e da responsabili-dade, e a ampliação das formas de partici-pação permitem a governantes e governa-dos ver melhor as realidades que nosenvolvem. Permitem que se ajustem osideais às realidades, o trabalho do Gover-no ao que pensa e quer o povo.

Não existirão, porém, fórmulas fixasou ideais para o cotidiano, pois a demo-cracia é, exatamente, o quadro institucio-nal que convida à variação, à inovação, aofuturo.

Faço essas reflexões com o pensamen-to voltado para o mundo que nos cerca.Minha proposta inicial é a metodológica.O mesmo sentido—que nos orienta inter-namente — de abertura, de busca do novoe do mais certo para a nação, está hojeplenamente incorporado ao exercício dadiplomacia brasileira. E não se trata deuma tática de mero ajustamento entre arealidade interna e a externa. É umaobrigação que nasce da própria fluidez daconjuntura internacional. Não é um mo-do simples, de mera transposição de umadisposição interna para o mundo exte-rior. Cada ação requer avaliação de seuefeito imediato e, sobretudo, de seus efei-tos a médio e longo prazo.

De fato, o exercício da diplomaciaexige cuidadoso e pertinaz realismo naanálise e na interpretação da cena inter-nacional. Não existem formulações fáceisque enquadram a complexidade do mun-do contemporâneo. A realidade é fluida erepele maniqueísmos, clichês, fórmulasestratificadas. Não há caminhos simplespara a supreção dos impasses internacio-nais que se acumulam. As áreas de tensãose multiplicam porque as transformaçõesda realidade não se acompanham de ver-dadeiro progresso; é cada vez mais drama-tica a exigência de modificações estrutu-rais da ordem internacional. Se há traçopersistente, é o de que a ética e a razão, osideais de justiça e solidariedade e, mesmo,as regras mínimas de convivência náoparecem contaminar o comportamentodos Estados que mais conformam a reali-dade internacional, impelidos que são pe-los estatutos do Poder ou por interessesimediatos e setoriais.

Essas observações gerais servem deintrodução à minha exposição, na qual

procuro caracterizar a conjuntura interna-cional, tomando como referência tempo-ral o ano que passou, desde minha últimavisita à Escola.

Naquela ocasião, preocupava-me o fe-nômeno da fluidez conjuntural, a dificul-dade de aprender conceitualmente a reali-dade e o fato de que a aceleração daHistória não se acompanhava de movi-mentos institucionais paralelos, que ga-rantissem, de forma permanente, a am-pliação dos quadros de decisão interna-cional. Acentuava-se o distanciamentoentre o fato universal do progresso históri-co e a participação limitada no leme dahistória. O afastamento e o bloqueio àparticipação só fazem gerar problemasque só podem ser adiados ou escamotea-dos com índices crescentes de violênciainternacional. E a aceitação da violênciacomo inevitável é o erro maior que asgrandes potências freqüentemente co-metem.

Gostaria, porém, de ilustrar minhasobservações com uma revisão rápida ecertamente seletiva dos acontecimentosinternacionais importantes e bem conhe-cidos nesses últimos meses. Farei umalista:I) a invasão do Afeganistão, com violaçãodo princípio da nâo intervenção, condena-da claramente pela Assembléia-Geral dasNações Unidas, elevou a temperatura doconfronto Leste-Oeste. O impasse persisteaté hoje;II) o aumento da tensão no Oriente Médio.O funcionamento e as perspectivas deCamp David, a paz patrocinada pelosEUA e negociada diretamente pelo Egito eIsrael foi frustrada, em boa parte em virtu-de de atitudes intransigentes como, agora,a tentativa de unificação de Jerusalém;alternativas mais amplas para a consecu-ção de paz na região, com efetiva partici-pação dos atores interessados, estão pos-tas num perigoso segundo plano;m) os conflitos no Sudeste da Ásia; oequilíbrio de Poder é a base da políticaregional e, alimentado por exacerbadasdisputas históricas e ideológicas, tem feitocom que a área viva em permanente con-flito. A situação continua sem perspecti-vas de solução;IV) a transição pacífica no Zimbábue, feitoque deve ser tributado a um equilibradoprocesso de negociação e à democraciaeleitoral implantada, não resolve os pro--blemas do Sul da África. O caminho zim-babuense nâo se transfere fácil ou auto-maticamente para a Namíbia, nem, muitomenos, para a África do Sul, único país domundo em que persiste institucionalizadauma política de discriminação racial; asincursões armadas sul-africanas em Ango-Ia são um dos exemplos correntes de vio-lência internacional, que gera inevitáveise prolongados problemas políticos;V) O recrudescimento do terrorismo naEuropa com o violentíssimo atentado deBolonha, que é deplorado por todos, den-tro e fora do mundo desenvolvido;VI) O desaparecimento de Tito abre umespaço e uma interrogação na Europa doLeste e, além disto, pode agravar, talvez,as dificuldades que viveu, nesses últimosanos, o Movimento Não Alinhado. A mor-

te de Tito transcende, em sua significação,a Iugoslávia e vai repercutir sobre o pró-prio processo internacional;VII) as disputas internas na AliançaAtlântica são outro sinal da dificuldade decriar valores comuns para a atuação con-certada, mesmo quando se analisa o focolimitado da vida intrablocos;VHI) a ienovação das disputas sobre ar-mamentos, especialmente os nucleares, ea criação de novos e temíveis patamaresde equilíbrio do terror na Europa formamtendência que coloca em risco os mingua-dos ganhos da détente e das negociaçõesSALT;IX) as dificuldades de transformação poli-tica no Caribe e na América Central, onde,por infelicidade, a violência parece estarinexoravelmente ligada aos processos desuperação da estagnação política e econô-mica;X) os impasses conhecidos para a demo-cratização dos países da América do Sul.Aqui, é evidente que, de acordo com atradição brasileira, não expressamos, emnenhum momento, preferências concre-tas, em relação a países determinados, poressa ou aquela forma de regime. Não setrata disto. Não obstante, como valor poli-tico, o Governo brasileiro prefere nitida-mente a democracia e manifesta sua de-terminação de que a mesma se implanteforte e amplamente no solo brasileiro, oque não deixará de ter reflexos externos;XI) persiste o impasse no relacionamentoNorte-Sul. Os países desenvolvidos se fe-cham ainda mais em suas reuniões decúpula e dedicam atenção decrescenteaos problemas dos países do Sul. A segun-da reciclagem dos petrodólares coloca no-vos e difíceis desafios para o sistema eco-nõmico internacional.

Propositalmente, não busquei hierar-quizar esses acontecimentos, nem ligá-losdentro de algum esquema interpretativo,embora seja óbvio que todos, ou quasetodos, contribuem para gerar tensão inter-nacional. Minha preocupação é outra. De-sejo apresentar observações de feitio mui-to geral, direta ou indiretamente pertinen-tes aos fatos apontados, observações que,a meu ver, constituem uma base para aanálise dos acontecimentos conjunturaise das tendências que os mesmos denotam.

Começaria essas observações com aquestão da"estrutura da convivência in-ternacional". Na verdade, vejo aqui duasquestões.

Em primeiro lugar, há uma dimensãoestática. A convivência se sustenta (ou sedeve sustentar) num quadro de regras quegarantam minimamente a segurança e aintegridade de cada Estado. Essas regrasestão fixadas juridicamente na Carta daONU e, simplificando, poderia dizer que oseu pilar fundamental é o princípio danão-intervenção. O desrespeito a esseprincípio vital perturba a interação inter-nacional, engendra desconfianças, ensejareações, e, como a história contemporâ-nea demonstra cabalmente, gera frutosamargos para o interventor e ainda maisamargos para a população do Estado quesofre a intervenção. Não preciso mencio-nar os limites a que, mesmo essa regra tãofundamental e tão aceita, está sujeita ho-je, com a manifestação, nos mais variadosquadrantes, de vocações hegemônicasque atropelam os limites de Estados fra-cos ou indefesos, sob variados pretextos.Concluindo: -se a convivência é viciada,desrespeitosa, como enfrentar os proble-mas comuns? Como suplantar os impas-ses que se acumulam? Como diminuir osníveis absurdos de armamentismo, princi-palmente nuclear? Como vencer os inte-resses egoístas e imediatistas que impe-dern uma visão mais aberta e ampla dosinteresses econômicos? Como experimen-tar verdadeiramente o potencial do Esta-do-nação, como base para organização domundo, se apenas alguns dentre eles po-dem fazer valer direitos plenos?

É fácil, infelizmente muito fácil, expio-rar algumas das conseqüências negativasdesse quadro. Em primeiro lugar, existe ese difunde uma espécie de dificuldade denegociar, com a perigosa substituição dadiplomacia pela força ou pelo discursoideológico. E sintoma da prevalência deum certo autoritarismo no plano interna-cional, em que o outro é visto como adver-sário a ser diminuído, humilhado ou isola-do. É paradoxal que, num momento emque aumentam dramaticamente as intera-ções internacionais, esteja tão racionada etímida a interação fundamental, organiza-dora, que é a interação política. Ou me-lhor, a interação política que existe élimitada a pequenos círculos e se destinaa resolver questões específicas, sem senti-do de generosidade e de futuro.

Há, porém, uma segunda dimensão daquestão da convivência internacional, quetem contornos dinâmicos, a que apresen-ta especial interesse para os países emdesenvolvimento, como o Brasü. Discutiro problema da convivência diplomática éinsuficiente, quando vemos a cena inter-nacional com os olhos de um país emdesenvolvimento, preocupado tanto comas manifestações de poder quanto com aestrutura, que confere uma aparência devalor e legitimidade aos atos de poder; umpaís preocupado, afinal, com problemasde alimentação, moradia, saúde, e outrostantos que, talvez, precedem a problema-tica do poder. Estamos preocupados por-que a estrutura internacional cristalizaestratificações indesejadas e se perpetuaem termos de poder. Na verdade, repele osprojetos de transformação não mediadospelo próprio poder. A esse respeito, nãopoderia ser mais ilustrativa a nossa expe-riência no diálogo Norte-Sul.

A evolução da vida internacional es-tá bloqueada pela consagração estruturalde desigualdade, no que diz respeito tan-to à substância dos problemas políticos,econômicos e sociais, quanto à restrição àparticipação no processo decisório.

Vivem-se mudanças; de fato existemovimento na história, mas a estruturada convivência se altera apenas marginal-mente, por adições tópicas, não incorporanovidades, náo abre espaço para o proces-so de criação política, para a solução deproblemas fundamentais. Chega-se aoaparente paradoxo de existirem paísessubdesenvolvidos que, embora descritoscomo "afluentes" ou "em processo de in-dustrialização", permanecem efetivamen-te subdesenvolvidos, sem que possam ai-terar seu modo de inserção internacional.

Nesse sentido, o presente sistema in-ternacional sequer chegou a viver plena-mente em toda a sua potencialidade. Vejocom ceticismo as fórmulas para transcen-der o Estado, através de Governos ouinstituições supranacionais. Hoje, essasformulações não passam de transparentedisfarce para novas hegemonias.

Ainda não se reconhece, por exemplo,que a reforma do sistema econômico in-ternacional não é, apenas, um ato debenemerência, e, sim, a reinterpretaçãodo próprio jogo de interesse entre o Nortee o Sul. Não há desejo, de parte dos paísesindustrializados, de agir em conformida-de com a constatação simples de que osinteresses que os ligam aos países emdesenvolvimento podem e devem sertransformados num quadro de mutuali-dade. O status quo náo só reproduz asequações de poder mas também bloqueiaa articulação e o curso de fórmulas alter-nativas às determinadas pelo presenteesquema de distribuição de poder.

Outro exemplo dessa situação estáligado à dinâmica das tensões regionais.Na verdade, quem sofre com o status quonão são evidentemente as nações podero-sas, que são imaginativas a ponto dedescobrirem funcionalidade estratégica eeconômica para os maiores e mais temi-veis arsenais de armas, nucleares e con-vencionais. Quem sofre são as nações doSul.

Não quero, por outro lado, adotar ver-soes simplistas que vêem, em cada confli-to regional, a mera superposição de confli-tos globais entre as superpotências. Alémde objetivamente erradas, atribuem ime-diatamente às superpotências o condãomágico da paz: se são elas os mentores daguerra, nâo haveria paz, nem desenvolvi-mento autônomo, sem o correspondentepatrocínio que possam dispensar.

Insisto èm outros pontos. Enquantopersistir a resistência à reforma da ordemeconômica internacional, enquanto estl-ver bloqueado o acesso dos países pobresao desenvolvimento e aos processos dedecisão internacional será difícil evitarque as formas de intervenção e de interfe-rência se manifestem, clara ou subrepti-ciamente. De outro lado, a própria incapa-cidade das superpotências de criar ummodus vivendi estável contribui para ace-lerar as instabilidades regionais. As super-potências não deixam de ver oportunida-des de influência em conflitos regionais,tantas vezes motivados fundamentalmen-te pela dinâmica local. Quando se adotaessa ótica, e quando as partes do conflito aaceitam, está estabelecido o caminho pa-ra a estratificação da disputa.

Em suma, não haverá ordem interna-cional consentida e legítima se não hou-ver Estados verdadeiramente autônomose, para tanto, é fundamental que se alie-rem as regras internacionais que fechamos caminhos para o desenvolvimento. Eisso só ocorrerá se houver participaçãoampla e democrática dos Estados mem-bros da comunidade internacional nasdecisões sobre o seu destino. Caso contra-rio, a estrutura de convivência com osefeitos que apontei se reproduzirá semsolução e sem transcendência

Não quero armar com essas observa-çóes um amargo círculo vicioso, o daindigência política. Não é essa a minhaintenção. Quero assinalar, por enquanto,a dificuldade das tarefas que enfrenta adiplomacia de um país em desenvolvi-mento nos dias de hoje; de outro lado,insisto em que não existem solução ecaminhos óbvios, sobretudo se pensarmosem soluções isoladas, egoístas, que sim-plesmente procurem tomar a trilha per-corrida pelas potências atuais. Aí, alias,está a base para o sentido democrático eaberto da visáo brasileira sobre o sistemainternacional que nâo a democracia quegere segurança para todos os Estados edistribuição equitativa dos benefícios dosistema internacional.

Abriria um parênteses para um exem-pio recente de cooperação internacional,que demonstre a possibilidade de negocia-ção aberta, de trocas mútuas de vanta-gens e de fixação consensual de regras: aConferência sobre o Direito do Mar, que seencaminha para sua fase conclusiva.

Uma segunda área de reflexão temque ver com a posição brasileira, concreta,em relação aos temas e problemas aponta-¦ dos. Náo vou repetir, uma a uma, as atitu-des que adotamos diante dos aconteci-mentos que marcaram a conjuntura inter-nacional. Serão elas amplamente conheci-das dos Senhores, não só porque consti-tuem, em geral, matéria de estudo nestaEscola, mas também porque temos procu-rado, através de contacto cotidiano e fran-co com a imprensa, informar amplamentea opinião pública brasileira sobre os pas-sos de sua diplomacia. Nesta parte, prefirocolocar alguns dos dilemas da construçãoda própria posição brasileira em relaçãoàs questões que coloquei. Farei aponta-mentos gerais, indicações sumárias, que,espero, no debate possam ser suplemen-tadas.

Minha exposição centrou-se até aquiem revelar tendências da conjuntura, queescondem, infelizmente, formas estrutura-das do sistema internacional. A üsta deacontecimentos que apresentei era deexemplos claros, alguns mais que outros,do que venho dizendo. O tema do poder e

o tema da necessidade de reforma domi-naram minhas palavras. Mas não indiqueicomo nos devemos situar diante da in-fluència do poder nos negócios internacio-nais e da necessidade coerente de reformado sistema econômico e político.

Esses quesitos constituem o pano defundo da ação diplomática brasileira, damesma forma que a paz, a soberania e odesenvolvimento são os seus vetores paraa ação concreta.

Seria má a resposta de que com maispoder mais conformaremos o sistema in-ternacional. Estaria o pais ganhando sta-tus de potência e passaria a comportar-secomo tal. É má essa resposta porque partede três falsas premissas. Em primeiro lu-gar, a reforma do sistema pelo caminho doPoder em novo patamar, com novos ato-res, em que nos incluiríamos, para o qualseríamos co-optados. Não é isto que pre-tendemos.

Em segundo lugar, não pensamos emcopiar ou repetir a trajetória das potên-cias atuais, o que seria contra as tradiçõesdo Brasil em política externa, e contra aprópria lógica do sistema internacionalcontemporâneo. Viver (ou pretender vi-ver) como potência implica a adoção decomportamentos hegemônicos e a utiliza-ção de instrumentos, que condenamos.Em terceiro lugar, não recebemos (nem opretendemos) qualquer legado ou mantoimperial; o Brasil não substitui ninguémno plano internacional, o Brasil pratica asua própria política. A influência que tiverserá resultante da coincidência de sualinha de ação com o interesse real damaioria dos Estados.

Seria igualmente ineficaz imaginar,contra a realidade, que o Brasil tenhadeixado de ser um pais em desenvolvi-mento ou esteja próximo a fazê-lo. Sim,progresso houve e tem havido, graças aosnossos próprios esforços. Mas continua-mos, Governo e povo, a enfrentar sériasdisparidades regionais e sociais em nossopaís; subsiste o hiato que nos separa dospaíses desenvolvidos, como indica a sim-pies vivência de nossos problemas cotidia-nos. O Brasil, envaidecido, não se deixaráenganar pelos rótulos de "país recente-mente industrializado" ou de pais emdesenvolvimento "avançado", róíulos eu-jo objetivo é simplesmente o de nos sepa-rar dos demais países do Sul e, assim,com aparente legitimidade, nos negar osbenefícios de cooperação internacional.Isso não faremos enquanto permanecerinalterado o nosso modo de inserção narealidade internacional. Prosseguiremosem nossos esforços no plano Norte-Sul e,complementarmente, aceleraremos tantoquanto pudermos a nossa cooperaçãocom os países do Sul.

Como definir, então, nosso perfil? Co-mo país em desenvolvimento, o Brasil éum país afetado, em diversas dimensões,pelo sistema internacional, que nos apare-ce, em boa medida, como um dado. Nossosmeios de projeção externa são limitados.Não afetamos o destino do sistema inter-nacional da mesma forma ampla pela qualeste molda o cotidiano da vida brasileira.Trata-se de um problema estrutural: anossa dependência de importação de pe-tróleo, tecnologia e capitais.

Nossa preocupação é assim de criarfiltros para que as influências fecebidassejam as que desejamos, como nação, re-ceber. Este problema não se resolve sim-plesmente pela adição mecânica de"quantidades de poder". Poder sim, masno seu sentido mais amplo: coesão interna-construída democrática e livremente, aformação de consenso nacional, a criaçãode estruturas econômicas, sociais e politi-cas sólidas, que podem sustentar a nossaautonomia, a nossa independência.

O alargamento da presença interna-cional do Brasil é necessidade do própriodesenvolvimento nacional, mas náo se fa-rá em termos de poder.

Nossa presença externa tem que serrigorosamente compatível com a filosofiaque adotamos. Se desacreditamos das so-luções de poder, náo devemos implemen-tá-las e sim condená-las; se acreditamosem necessidade de reformas amplas, quebeneficiem os países necessitados, nãodevemos transformar pontas mínimas devantagens localizadas em supostos apa-nágios de "nova potência"; se confiamosna diplomacia, na persuasão, no convenci-mento, náo adotamos a força como normade ação externa, mas, ao contrário, conde-namos o seu uso, efetivo ou potencial; seacreditamos que a Paz deve ser pluralista,democrática, com espaço para a manifes-tação de todos os Estados, não admitimosmovimentos que levem a intervenções ex-ternas, seja qual for o seu promotor; sedefendemos soluções solidárias e éticas,devemos praticá-las em cada momento denosso relacionamento, em cada instânciade nossos empreendimentos internacio-nais. Se condenamos o egoísmo e o ime-diatismo, advogamos sinceramente a im-portância da combinação de esforços atra-vés de organizações mundiais e regionais,que sirvam a seus membros sem díscrimi-nação e sem artifícios hegemônicos.

Para terminar esta parte, em que pro-curei sublinhar os efeitos complexos daconjuntura internacional, e definir algunsaspectos da atuação diplomática do Bra-sil, insistiria somente num ponto. O Brasilvive, no sistema internacional, uma situa-ção que é dada. As nossas possibilidadesde modificar traços básicos do sistema sáo.limitadas. Essa circunstância nâo nos de-ve intimidar, nem conduzir a um fecha-mento ou a um isolamento. Ao contrário.a nossa posição internacional convida àparticipação intensa, sem preconceitos,nos negócios do mundo. Porque depende-mos do sistema, devemos vivê-lo plena-mente, em todas as suas dimensões, comuniversalismo e dignidade, como bemdefiniu o Presidente João Figueiredo. Éesse o caminho para absorver as influên-cias externas e abrir espaço'para a de-monstração de nossas possibilidades e denossas teses. Nossa diplomacia terá queser sumamente inventiva e dinâmica. Nos-sas melhores armas, o exemplo, a ética e aimaginação, ou seja, a criação da confian-ça e a capacidade de convencimento,coadjuvadas por ação prática, mesmocom nossos meios modestos, inspiradanos mesmos conceitos.

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JORNAL DO BRASIL D Domingo, 21/9/80 ESPECIAL 5

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ÃÃ*Doze meses depolítica externa

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NTES de passar aos temas queintegram a agenda diária da di-plomacia brasileira, desejaria as-sinalar que o nosso comporta-mento externo, em suas posições

de principio e em suas ações, concretas, temsido invariavelmente voltado para a Paz e oDesenvolvimento. Temos consciência clarasobre os modos pelos quais poderemos serúteis ao sistema internacional. Temos dire-trizes firmes de ação. Temos compreensãode que as responsabilidades que queremosdevem ser partilhadas e devem ser medidaspelo nosso compromissa.com a Paz-e nossointeresse no desenvolvimento. Não nos que-remos atribuir responsabilidades maioresque as da dimensão externa do país, nemdesejamos que, nos atribuam, por delegaçãoou solicitação, responsabilidades derivadasde conflitos ou disputas, cuja origem nãoestá em nosso controle. Embora modesta,essa é a forma genuinamente brasileira defazer diplomacia.

Minhas observações até agora são, dire-ta ou indiretamente, modulações e adapta-ções do que constitui o cerne doutrinário denossa política externa, tal como definidapelo Presidente João Figueiredo: o universa-lismo, a dignidade nacional e a boa convi-vencia. São elementos que se entrosam coe-rentemente e criam o modo brasileiro departicipar do cenário político internacional.

O universalismo não é uma aposta naquantidade de contactos e de número deintercâmbios. Ao contrário, implica tomadade posição sobre a substância do relaciona-mento internacional. Implica admissão deque a variedade de tendências e propostasdeve fundar o que tenho chamado de "estru-tura democrática de convivência internacio-nal". O universalismo, bem aceito e com-preendido, é antiintervencionista. É promo-tor da dignidade nacional, porque propõe opleno respeito às individualidades nacio-nais, ou seja, a ampla aceitação da igualdadesoberana dos Estados como modelo da orga-nização da vida internacional.

A preservação da dignidade nacional ea regra da boa convivência são os elementosque, nos casos concretos, indicam o feitio daação brasileira. Freqüentam, como parâme-tros, os encontros diplomáticos brasileirosbilaterais, regionais ou multilaterais. Cons-tituem, assim, o substrato de uma ética decomportamento, que se baseia na não inter-vençáo, na busca das soluções pacificas, ena preocupação com o equilíbrio de com-promissos nos negócios concretos. Uma éti-ca que busca em cada ação projetar a inten-çào de paz e desenvolvimento.

Não quero (nem creio necessário) alon-gar-me nessas reflexões. Não tenho dúvidasde que a diplomacia brasileira, pela sereni-dade e objetividade com que tem atuado,cristalizou socialmente o seu corpo doutri-nário. As premissas que nos orientam sáoconhecidas e aceitas; existe consenso sobreas metas e propósitos; o sentido de interessenacional é amplamente reconhecido; e, ape-sar de nossa disposição permanente para odebate e para o ajustamento, constato, comfelicidade, que as críticas são episódicas enão tocam no ceme de nosso fazer. Sintoassim que a diplomacia do Presidente Fi-gueiredo está plenamente integrada no es-' forço nacional de desenvolvimento e de

construção de uma nação democrática, so-berana e aberta aos contactos e à convi-vencia.

Penso que isto foi conseguido com acontribuição do Itamarati. Temos procura-do ligar claramente a proposta de ação e otrabalho efetivo. A continuidade das ações,sua coerência interna, a preocupação emrecolher a tradição de comportamento diplo-màtico, o cuidado em adaptar o trabalhodiplomático às modificações conjunturais, avisão de projeto sáo fatores que, creio, estãona base de ligação entre a proposta e a ação.

Olhando, agora, para o conjunto dasações nestes últimos 12 meses, registrariaque a América Latina foi área prioritária daação diplomática brasileira. O PresidenteFigueiredo deu clara relevância aos nossosrelacionamentos continentais e, através deuma série de encontros de alto nível, estimu-lou grande dinamismo na presença brasilei-ra entre seus vizinhos do continente.

É importante fixar o sentido geral dapolítica brasileira na região, antes de tocarem alguns temas bilaterais.

O dado fundamental é nossa identidadecomo país latino-americano. Na verdade, aintensificação é seqüência natural de ummodo de ser do Brasil. Somos latino-americanos, o que faltava era explorar afundo as conseqüências de nossa identi-dade.

Temos uma preocupação básica em nos-so relacionamento continental, o de traduzirem ações e empreendimentos o vocabulárioda solidariedade latino-americana. Não étarefa simples, e creio que, hoje, todos nós,latino-americanos, reconhecemos a dificul-dade do processo. Nossa história nos afastouuns dos outros ao estabelecer, como privile-giadas, nossas relações com os países doNorte, os centros dinâmicos da economiaInternacional. Atada hájiumerosas dificul-dades^decõmühTc^áoTmesínoTídentifica-ção de uma cultura latino-americana e oreconhecimento de problemas comuns nãoestào enraizados. O esforço de unidade deve,assim, ser consciente e criativo, de luta,mesmo, contra estruturas que nos afastam enos cegam para o potencial da cooperação edo trabalho conjunto.

O esforço no sentido da unidade já co-meçou. As viagens do Presidente Figueiredose inserem, sem dúvida, na busca e no encon-tro de caminhos novos. E, é fundamental que

, se estimulem encontros num momento par-ticularmente difícil da corçjuntura interna-cional. Não quero isolar o continente dasmazelas do mundo, mas devemos reconhe-cer que, em regra, temos conseguido um altonível de harmonia entre vizinhos, harmoniatalvez inédita entre os países do TerceiroMundo (para não falar evidentemente dosdramas que são a história dos desenvolvi-dos). É uma harmonia histórica, que nãomais deve ser quebrada. É a base necessáriapara a intensificação do diálogo político epara o reconhecimento de relacionamentoseconômicos mais férteis e proveitosos.

Temos um triunfo importante que é o danossa diversidade e o da tradição de respeitoàs individualidades nacionais. Com basenesta diversidade, torna-se viável a unidade,tão necessária nos dias de hoje, inclusivepara permitir melhor enfrentarmos as varia-

ções adversas na conjuntura internacional.A unidade não é um sonho; pelo contrário, éalgo em pleno processo de construção. OPresidente Figueiredo tem, em várias oca-slões, mencionado o interesse brasileiro napreparação de uma posição mais homogè-nea de negociação para a América Latina emseus contatos com o Norte industrializado.

Um outro ponto importante é o reco-nhecimento de que ventos de mudança pre-valecem na América Latina. Situações deinjustiça social, formas estratificadas dedominação política, social e econômica,imobilismos de todo o tipo, estão sendoquestionados e muitos deles superados. Pro-cessos de transformação rápida sâo inicia-dos, com a ânsia de renovação se misturai»-do com a vontade de superar o passado. Sàomomentos em que temos que agir com com-preensão e com sentido de história, evitan-do tomar sintomas, detalhes, pelo significa-ilo profundo da mudança. Mas a nossa pos-tura é de rigorosa não intervenção.

É claro que, no âmbito do nosso territó-rio, ao fazermos opções, aderimos a valores acondutas, que encarnam a vontade nacional.Sáo nossos esses valores políticos e, por isto,acreditamos que, embora incompletos e ir-realizados, desenham o melhor para o Brasil.Incorporam, neste momento, o sentido demudança que vive a América Latina, queacreditamos irreversível e não aprisionávelpor artifícios ou adiamentos. Nem acredita-mos possam ser legitimamente estimuladospor pressões ou juízos de valor externos.

Reconhecimento de oportunidades, dis-posição política, aceitação da diversidade,adaptação a mudança, busca do novo, mú-tuo reconhecimento em todas as dimensões,com esses elementos, mais a identidade lati-no-americana, procuramos construir nossapresença continental neste momento. Asviagens do Presidente Figueiredo à Venezue-Ia, ao Paraguai, e à Argentina; a visita dosPresidentes do Peru, do México e da Argen-tina, o contacto com o Grupo Andino, aentrada em vigor do Tratado de CooperaçãoAmazônica, o apoio aos novos mecanismosde integração continental (ALADI), os meuspróprios contatos com colegas latino-americanos, são momentos que coerente-mente formam o quadro de nosso relaciona-mento.

Dos vários encontros bilaterais, talvezmais do que os atos e negócios que abremperspectivas para empreendimentos conjun-tos, tenha ficado a sintonia da diplomaciabrasileira com a dos seus vizinhos. A notados diálogos foi invariavelmente a do des-contraimento e da solidariedade, da lingua-gem comum, sem dissonâncias.

Podemos assim iniciar cursos novos deação com o Peru, que hoje vive momentofértil de sua vida nacional; com o Paraguai,parceiro em tantos empreendimentos, cons-tatou-se a profunda harmonia que une osdois povos, que têm a consciência clara deque a intensificação dos contactos, com baseno respeito e no equilíbrio, só os beneficiará;com a Argentina, país com que temos talvezo relacionamento mais denso e complexoentre os países em desenvolvimento, compa-tibiüzamos os processos de aproveitamentohidrelétrico do Rio Paraná e, vencida essaetapa, iniciamos com rapidez uma coopera-çào objetiva no mais vasto espectro de ativi-dades; com a Venezuela, o encontro presi-dencial foi base para a compreensão devários elementos de complementaridadeeconômica e o ímpeto que se deu ao inter-câmbio é evidente; da mesma forma com oMéxico, onde foram numerosos os projetosde cooperação entrevistos e realizados; como Chile, que o Presidente Figueiredo visitaráem outubro, poderemos aprofundar o pro-cesso da cooperação econômica; tambémcom o Equador, cujo Presidente nos visitaráproximamente.

Em suma, evidenciam-se dos encontrospresidenciais, a disposição de conviver na-América Latina, o sentido de solidariedade,e; mais do que isto, a certeza de que estãoesquecidos, entre nossos povos, os esquemasque vêem a política internacional como umjogo de poder, em busca de.hegemonias. Nàobuscamos formas abstratas de equilíbrio,constituição de blocos, confrontações, redu-cionismos ideológicos; imagino que, naAmérica Latina, estamos superando essesmovimentos por um sentido real e operati-vo de solidariedade e de cooperação. Aconvivência intensa só poderá reforçar esseprocesso e ajudar a superar as contradições.

Antes de passar a um outro tema, subli-nharia, ainda, o meu encontro com o Conse-lho Andino, outra área nova de convivênciapara o Brasil, ou melhor, uma forma nova deestimular o convívio com países que temosrelações tradicionais de amizade. Penso queo Grupo Andino tem papel positivo a desem-penhàr na política e na economia continen-tais; a constituição da ALADI, como suces-sora da ALALC, que nos promete fórmulasmais dinâmicas e realistas para o processode integração continental e que acreditamosvão-se realizar. Mencionaria, também, a pró-xima reunião do Pacto Amazônico, idéiagenerosa lançada pelo meu antecessor, Em-baixador Silveira, e que começará a serimplementada proximamente. Assinalaria,finalmente, que temos procurado acertar oscontactos com o Caribe, como testemunha avisita ao nosso país do Chanceler Donald-son, de Trinidad-Tobago e com a AméricaCentral. Neste período, recebemos as visitasdos Chanceleres da Costa Rica, Nicarágua eEl Salvador. São áreas novas para a diplo-macia brasileira, e cujo conhecimento dopotencial de encontros se inicia agora.

Passando a outra dimensão de nossorelacionamento internacional, também prio-ritária na definição do Presidente Figueire-do, lembraria que recebemos, nestes últimosmeses, a visita de três ilustres estadistasafricanos: o Presidente da Zâmbia, KennethKaunda, o Presidente da Guiné, Sekou Tou-ré, o Presidente da Guiné-Bissau, Luis Ca-bral. Tomaria as visitas como sinal de reco-nhecimento de que o gesto brasileiro deaproximação com países africanos foi plena-mente aceito. Além disto, a vista dos trêsPresidentes africanos demonstra, da mesma

forma que minha viagem a cinco países daÁfrica Meridional, que a política brasileirapassou da fase declaratória para a dos em-preendimentos comuns, do negócios con-cretos.

Não retomaria aqui os temas que têmservido de base para a construção da politi-ca externa brasileira na África. Creio queestão perfeitamente definidas e aceitas assuas premissas. O sentido de solidariedade,que nasce de laços étnicos, o profundo res-peito à diversidade nacional africana, a com-preensão de sua luta anti-racista e antidis-criminatória, que também é nossa, a preocu-pação em buscar formas de trabalho comumque funcionem como esteios da independèn-cia e da autonomia etc são os elementos que,como disse, estão na base de nossa políticaafricana. Em minha viagem à África, creioque, se alguma dúvida atada existisse, foi eladissipada.

Fomos compreendidos como portadoresde uma proposta de igualdade e de solidarie-dade, que não desejamos senão a afirmaçãonacional desses países e sua prosperidade.Que coincidimos em que nào sejam instru-mentos de terceiros, más agentes em suaprópria causa. Alguém que compreende odrama da luta anticolonialista, e seus efei-tos; alguém que repudia, como os africanos,a transformação dos países da África emárea de disputas entre as potências.

Fui recebido com a naturalidade dasrecepções aos amigos, com afeição e respei-to. A integração foi ampla e a conversa comos lideres foi absolutamente cordial. ComNyerere, da Tanzânia, com Kaunda, da Zàm-bia, promotores do movimento pela inde-pendência e, hoje, estadistas de toda a Áfri-ca, com Machel, de Moçambique, e Santos,de Angola, governantes sérios, próximos deseus povos e com um árduo e completotrabalho de reconstrução nacional pela fren-te, com Mugabe, do Zimbabwe, que estáconseguindo o feito de superar, em paz econcórdia, a aspereza da transição para aindependência, com todos e com cada um, amensagem que me transmitiram foi única:amizade com o Brasil, disposição de traba-lhar juntos, vontade de aprofundar o diálogoe a cooperação.

Chamaria atada atenção para a diversi-dade desses países. São histórias diferentes,são projetos diferentes. Em todos, porém,existe profundo sentido de busca de identi-dade nacional, de autonomia, de respeitopróprio.

Por certos elementos que nos unem cul-turalmente aos africanos, não devemos fa-zer simplificações sobre a África, muitomenos aos países e aos conflitos esquemas einterpretações reducionistas, que poucotèm a ver com o que acontece. A História daÁfrica está sendo escrita pelos africanos,com direção e destino próprios. É erro gra-ve tomar por determinantes essenciais si-tuações contingentes, episódios de proces-sos complexos, embora tenham influênciano comportamento desses países. Isto sólevaria à frustação, à incompreensão, e àimpossibilidade de uma aproximação au-tèntica com os países africanos.

A África não é uma província, nem estáà espera de novos colonizadores, que substi-tuam os antigos. Não está havendo umanova "partilha da África", o que há, comtodas as dificuldades e riscos, é um amploprocesso de afirmação de independênciasnacionais. Não estamoslüi com o espírito deconcorrer com ninguém, mas apenas cuidan-do de que nos vejam com amizade, como aum país próximo, não apenas geográfica-mente, e confiável. Por isto, sentimo-nosmuito próximos dos africanos e não há ares-tas em nosso relacionamento. Temos, nessesaspectos, a mesma visão, a mesma identida-de de interpretações e propósitos. Comoiguais, buscamos a aproximação.

As avenidas que ligam o Brasil e a Áfricaestão abertas, definitivamente abertas. Sãotrilhadas hoje com espontaneidade, com na-turalidade. Posso constatar, assim, que mo-vimentos expressivos ligam a sociedade bra-sileira às africanas. As publicações sobre aÁfrica se multiplicam, tomamos contactocom sua riqueza literária, empresas brasilei-ras prestam seu melhor serviço em váriosramos da economia africana, o comércio seintensifica. A moldura política não podia seroutra porque exprime realmente o que demais profundo existe nas ligações históricasdo Brasil e da África.

As limitações existentes sáo nossas enâo dos africanos, que mostram receptivida-de inequívoca. Sáo as nossas limitações de-correntes de falta de capital e de financia-mento, e de falta de tradição de ação econô-mica e cultural no exterior e até mesmo dasinsuficências do pessoal e material decorren-tes de rápida expansão dos serviços diplo-máticos.

Pelos limites de tempo não poderia,prosseguindo, abordar, com o mesmo graude informação, as outras áreas do relaciona-mento externo do Brasil. Apontarei adianteoutras dimensões, de forma infelizmente su-perficial. Não quero que os senhores enten-dam que tenha feito uma hierarquia de con-tactos, que, na lógica de minha exposição,esteja embutida uma pretensa ciência derelacionamentos. Não é isto. Procurei exem-plificar os 12 meses de política externa com aÁfrica e a América Latina, porque são áreasonde o esforço de criação política é natural-mente mais denso e mais exigente.

No mesmo quadro, incorporaria tam-bém o relacionamento com o Oriente Médio.De fato, se comparado com a década de 60, orelacionamento com os árabes de tem inten-sificado de forma expressiva, em todas assuas dimensões. É claro que o elementoenergético ai terá importância inegável, masnão é o único para explicar o processo deaproximação árabe-brasileira. Na verdade, omovimento tem que ver com o esforço quedesenvolvemos, dentro do marco universa-lista, de aproximação com os nossos parcei-ros em desenvolvimento. Representa umprocesso de diversificação de convívio diplo-màtico, cujos efeitos são evidentes, até naconfiguração das nossas pautas de comércio,e, agora, de investimento. Apesar do aumen-

to dos contactos. sei que há ainda muito quefazer nas nossas relações com o OrienteMédio, verdadeiramente uma nova etapa doprocesso diplomático brasileiro e uma etapade altos custos.

Só faria, neste capitulo, uma advertên-cia. Se há resultados expressivos no quadrodas trocas com os países árabes, as ligaçõesmais consistentes, mais estruturadas, de-vem naturalmente obedecer a um processode maturação lenta. Estamos em fase decriar canais de comunicação, de criar vin-culos, que superem as mediações dos paísesindustrializados em áreas estratégicas, co-mo a reciclagem de petrodólares. É umprocesso lento porque tem que ver mesmocom a criação de hábitos novos. Mas, senti-mos disposição de cooperação, há exemplosmarcantes do que é possível fazer e osencontros mostraram o sentido da intensifi-cação da freqüência e da profundidade.

As relações com os países desenvolvidosocidentais, com que partilhamos valoresfundamentais, tèm corrido, no plano bilate-ral, com a mais perfeita cordialidade. Orelacionamento com os Estados Unidos sedesenvolve franco, igual, sem inibições departe a parte: o espaço aberto permite que sediscorde com a mesma naturalidade e omesmo respeito com que se concorda; essetipo de relacionamento se baseia numa his-tória de contactos fraternos e amplos e exigematuridade, que é o que temos nas relaçõescom os Estados Unidos, hoje.

Também maduras estáo as nossas rela-ções com os países do Ocidente europeu.Existe dinamismo e renovação nos inúmerosencontros de alto nível que tèm sido manti-dos com autoridades européias. Em 1979,depois da visita de Helmut Schmidt, Chan-celer da República Federal da Alemanha,ainda em março recebemos o ilustre Presi-dente do Governo espanhol, Adolfo Suarez,em agosto. Recebemos atada a visita dosMinistros das Relações Exteriores da Itália,Bélgica, Áustria e Inglaterra, no último casoa primeira vez na História em que o Ministrodo Exterior do Reino Unido vinha ao Brasil.Tive interessante reunião de trabalho emBonn, este ano, com meu colega Genscher e,na mesma ocasião, entrevistei-me com Hei-mut Schmidt; os níveis de cooperação teuto-brasileira, especialmente na área da energianuclear, são excelentes; e quero aqui deixarmeu testemunho do sentido de equilíbrio,que tem presidido as negociações e conver-sas diplomáticas sobre o tema. Em setem-bro, frei a Bruxelas, tanto para contatosbilaterais quanto para a assinatura de umAcordo de Cooperação com a ComunidadeEconômica Européia, que certamente bemservirão ao desempenho de comércio com ospaíses europeus, hoje nossos maiores parcei-ros comerciais.

Em janeiro, o Presidente Figueiredo vi-sitará a França, dando prosseguimento aeste amplo quadro de contactos com oseuropeus, que tem sentido muito profundopara nós, que partilhamos com eles os me-lhores valores da civilização ocidental, acomeçar da própria crença nas formas demo-cráticas de Governo.

O diálogo com o Japão se aprofunda e asoportunidades para empreendimentos con-juntos tèm sido amplamente aproveitadas.Em agosto do ano passado, recebi em Brasi-lia o então Chanceler Sonodapor ocasião dareunião ministerial nipo-brasileira, de queparticiparam os titulares de cinco pastas doGoverno de cada pais. Recentemente per-correu nosso país uma importante missãocomercial de importadores japoneses comsignificativos resultados.

Recebemos visitantes de alto nível daChina, e missões comerciais, que certamenteconstituem base para aproximação comaquele importante mercado asiático. Umaárea que merecerá maior atenção são ospaíses da ASEAN, e, no ano que passou,fomos visitados por missões da Malásia e deCingapura. Em Cingapura, centro financeiroe comercial da região, instalamos uma Em-baixada. Na Malásia, embora já haja autori-zação para tanto, teremos de esperar melhorconjuntura orçamentária.

Com os socialistas europeus e a UniãoSoviética, temos tido relacionamento nor-mal, fundado sobretudo nas trocas comer-ciais. Respeito e não ingerência, têm sidoregras estritas que exigimos em nosso convi-vio. Outras formas de encontro diplomáticodependem atada de circunstâncias específi-cas e de interesses localizados. Nisto, conta-mos muito com a própria diversidade entreos socialistas, que revela matizes e até diver-gèncias em um ou outro ponto.

Concluiria as observações que fiz insis-tindo no tema da coerência. Nossa disposi-ção de agir, nossas intenções, nossos proje-tos são rigorosamente os que acabo de exporaos senhores. Não há outros. Náo há inten-ções ocultas, segundas. Não há pretensõesdescabidas, nem a tentação de soluções má-gicas para as questões de política externa doBrasil. Neste momento, acredito que nossaação incorpora o melhor de nossa tradiçãodiplomática e constitui a melhor ponte entreos serviços que o Itamarati pode prestar aoGoverno e à nação e o projeto de desenvolvi-mento econômico e de implantação de umademocracia plena. Porque estáo claramenteligados projeto e ação, o trabalho tem raízesprofundas e vocação de autenticidade.

Assinalei que o cumprimento cotidianodo que pretendemos nào é fácil, num mundocambiante, irredutível a fórmulas simplis-tas, com inúmeras áreas de tensão. Alémdisto, o Brasil é um pais que precisa muitodo sistema internacional e tem limitadocontrole sobre o ambiente que o envolve.Náo vemos isto necessariamente como umproblema; não pretendemos nenhum tipode auto-suficiência, ou de isolamento. Aocontrário, nossa vocação é para conviveramplamente e para contribuir para queessa convivência se estruture de forma talque se atenuem as tensões e diminuam asviolentas disparidades de riqueza entre asnações, que hoje prevalecem. Sabemos queas opções concretas não são óbvias. Faze-mos o melhor que podemos para que sejamsempre as melhores para o povo brasileiro.

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SEYMOUR MARTIN LIPSET

Os americanos tateiam em busca de um líder

"Os americanos querem lide-rança, mas, como deixa claro aatual campanha para as eleiçõespresidenciais, eles não sabemexatamente o que ela deve ser esobre quais perspectivas políti-cas atuar", comenta SeymourMartin Lipset nesta entrevista aLeonardo Paggi, do semanárioitaliano Rinascita.

Nascido em 1912, filho de umtipógrafo judeu, Seymour Mar-tin Lipset é um típico persona-gem da inteligentsia de esquerdado fim dos anos 30. Seus primei-ros trabalhos trataram da ques-tão da falta de uma tradiçãosocialista nos Estados Unidos,para depois se dedicar ao temada mobilidade social e compor-tamento político (Social Mobili-ty in Industrial Society é suaobra clássica neste campo).

Após a guerra, analisou o con-fflito social e a estabilidade dosistema democrático, trabalhoque culminou no livro PoliticalMan, no qual teoriza sobre opluralismo da sociedade ameri-cana. No fim da década de 60, seuThe First New Nation é um esfor-ço para compreender as especifi-cidades da ideologia e da políti-ca dos EUA.

As últimas pesquisas de Lip-set trataram das novas tensõesque o sistema político norte-americano sofreu nos anos 70.Entretanto, um de seus últimostextos é autobiográfico e tevecomo título Socialismo e Socio-logia. Nesta entrevista ele fazum balanço de todas as décadasde trabalho e reflexão.

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HOJE,

juntamente com outros representan-tes destacados da sociologia e da ciênciapolítica americanas, o Sr é classificadocomo integrante do grupo dos neoconserva-dores. Entretanto, no inicio dos anos 60, os

próprios intelectuais formularam uma tese, o Fim daIdeologia, que anunciava a possibilidade de um desen-volvimento indefinido do liberalismo americano.

A história é complexa, por isto mesmo é precisovoltar muito atrás, aos anos 30 e 40. As idéias socialistas,embora bastante débeis entre os trabalhadores e ossindicatos, eram então muito fortes entre os intelec-tuais. Além do mais, foi o próprio Hofstedter quemsublinhou como, durante todo o século, os intelectuaisamericanos se orientaram predominantemente para aesquerda.

Quero lembrar apenas que em 1932, 400 intelec-tuais, alguns dos quais muito importantes, assinaramum manifesto de apoio ao candidato comunista àseleições presidenciais. De resto, não podemos esquecer opapel decisivo que os judeus desempenharam na vidaintelectual americana: grande parte deles havia chega-do da Europa com idéias socialistas.

Lembro que quando entrei, em 1939, na CityUniversity, a situação cultural e política era dominadapor um debate acirradíssimo entre stalinistas e trotskis-tas. Havia um edifício nas proximidades do refeitório,onde os estudantes se reuniam. Na porta de uma dassalas estava escrito "Kremlin", noutra "Cidade do Méxi-co". O tema fundamental eram os processos de Moscou.Lembro que o filósofo John Dewey, também de orienta-ção socialista, publicou um trabalho específico sobre oassunto.

Repensando hoje aqueles tempos, convenço-mecada vez mais de que aquela divisão entre stalinistas eanti-stalinistas foi decisiva para toda a História poste-rior da intelectualidade americana. A controvérsia pros-seguiu depois da II Guerra Mundial. De um lado, os que,em 1948, apoiaram a candidatura de Henry Wallace —muito próximo do Partido Comunista; de outro, a cria-ção do Congress for Cultural Freedom, uma espécie dealiança internacional de Intelectuais anticomunistas,integrada não só por conservadores, mas também porpessoas que se 'consideravam socialistas, mesmo nãomilitando em nenhuma organização específica.

Sucessivamente, a comunidade progressista ame-ricana identifica-se com uma política de tipo social-democrata, embora não socialista, essencialmente preo-cupada em ajudar os "menos favorecidos", que temcomo seu epicentro o Partido Democrata e os sindicatos.Com a ruptura provocada pela guerra do Vietnam,muitos de nós fomos acusados pela nova esquerdaestudantil de reacionários. A hostilidade era aindamaior que a reservada aos conservadores tradicionais,porque no passado havíamos sido considerados de es-querda. Segundo eles, éramos traidores. Na realidade,sentiamo-nos diferentes da nova esquerda, porque rejei-távamos o método da desobediência civil e pela maiorpreocupação que tínhamos com a fragilidade das insti-tuições democráticas.

A definição de "neoconservadores" para um gru-po, que em grande parte era integrado por ex-companheiros, foi cunhada no início dos anos 70 porMichael Harrington, quando, ao fundar o DemocraticSocialist Organizing Commitee, começou a trabalharpara estabelecer uma ponte entre as orientações radi-cais das novas gerações e a esquerda do Partido Demo-crata. Mas qualquer que tenha sido a validade destadeünição, depois assumida e ampliada pela imprensa,deve-se estar atento para não interpretá-la num sentidoclássico, europeu.

Os "neoconservadores" sáo defensores públicosdo movimento sindical e apoiaram toda legislação pro-tegendo-o. Continuam, embora de modo diferente do deKristol e Bell, a apoiar alguma forma de YVelfare State.Não são partidários de Friedman, nem de, Reagan.Defendem a intervenção do Estado com objetivos redis-tributivos, embora tenham recuado em relação à suaposição socialista anterior, que preconizava uma inter-venção estatal em maior escala. Mais do que "neocon-servadores", preferiria defini-los como "neoliberais".

O Senhor parece defender a existência de umacontinuidade substancial entre o clima dos anos 60 e asposições dos atuais "neoconservadores". Entretanto,recentemente, uma personalidade destacada deste mo-vimento, Kristol, afirmou que o liberalismo já cumpriudefinitivamente seu papel.

Kristol é a ala direita desta tendência. Mas não sepode excluir que na atual crise de identidade do PartidoDemocrata esteja também o fato de que o programabásico do New Deal tenha sido realizado, assim como amaior parte das reformas então reclamadas.

Mas existem também fortes tendências contrá-rias. O movimento de revolta contra os impostos come-çou exatamente aqui, na Califórnia.

Não creio que a mensagem contida na Proposi-tion 13 seja inteiramente linear. É claro que se querreduzir as taxas, mas sobretudo para golpear o desperdí-cio, a ineficiência. Náo existe uma atitude preconcebida-mente hostil contra o seguro-saúde, ou contra os progra-mas de assistência aos pobres e negros. Mas não existe,sobretudo, hostilidade em relação às garantias governa-mentais ao trabalho. As pessoas continuam a ter muitomedo do desemprego. Em outras palavras, creio que ainflação seja hoje o fator essencial da revolta contra osimpostos, mas náo estou convencido de que o povoamericano esteja disposto a apoiar o desmantelamentodeste tipo de intervenção estatal.

Voltando às questões iniciais: náo lhe parece quea ruptura aguda dos anos 60 se consolidou num novotipo de esquerda americana, muito diferente do velho edo novo liberalismo americano? Fala-se hoje já de newpolitics.Indubitavelmente o movimento dos anos 60 teveuma continuidade, mesmo que a partir de posições màismoderadas. Os estudantes daquele período sáo hojeprofessores, advogados, ocupam posições na midia, nosjornais, na televisão, em Hollywood. Vejam o caso destauniversidade: se examinarmos o passado dos novosprofessores contratados, ou daqueles que escrevem,poder-se-ia pensar que o país se tornou radical. Mas istotambém significa que eles formam opinião, têm impor-tância, embora não estejam no Poder.

Os expoentes desta new politics não são nemmarxistas, nem socialistas, no sentido tradicional dotermo. Consideram o sistema americano muito matéria-lista, capaz de corromper. O mundo do trabalho nãorepresenta um valor positivo. Enquanto a velha esquer-da sempre teve como ponto de referência a classeoperária, esta nova inteligentsia de esquerda preocupa-se essencialmente com os grupos mais pobres, e conside-ra os sindicatos instituições semi-reacionárias. Decai anoção tipicamente marxista de uma sociedade igualitá-ria, a partir das condições econômicas, com a qual oliberalismo americano já se defrontou. Comblnando-secom a oposição à guerra, esta nova tendência chegou nopassado a um julgamento de condenação global do

"Quando entrei, em 1938, na CityUniversity, a situação cultural e política

era dominada por um debateacirradíssimo entre stalinistas e

trotskistas.',

sistema americano. — Para nós, da geração do Congressfor cultural freedom, continua a ter valor a contraposi-ção entre democracia ocidental e totalitarismo comunis-ta. Mesmo não sendo filocomunistas, os expoentes danew politics consideram o anticomunismo um exagero ese orientam para acentuar os problemas internos. Sobcertos aspectos, a diferença consiste ainda — como jádisse — na reação visceral em relação à URSS.

— Mas também não se pode ignorar o papel desem-penhado pela presença hebraica nesta nova inteligent-sia de esquerda, de modo algum desprezível do ponto-de-vista numérico no quadro de uma sociedade pós-industrial. Depois de 1967, e com o surgimento daquestão palestina, a juventude européia terceiro-mundista tornou-se filopalestina. Nos EUA. o fenômenoassumiu proporções muito menores. Estes jovens inte-lectuais, embora discordando do Governo de Israel, nãoapoiam os palestinos. As eleições primárias no Estadode Nova Iorque sáo exemplares a este respeito. Kenne-dy, que se revelou um pombo na questão iraniana,venceu a eleição qualificando-se como superfalcáo naquestão israelense.

. — Não lhe parece que estas novas orientações dacultura e da política americanas desmentiram a suaantiga tese sobre o fim das ideologias?

Esta tese, defendida também por Aron, Bell, Shilse outros, foi violentamente atacada pela esquerda, como objetivo de desacreditar a análise política "pluralista".Todavia, gostaria de lembrar que esta noção tem umalonga história. O primeiro a falar disso foi Engels, notexto sobre Feuerbach. Mas Weber, posteriormente,sustentou que o desenvolvimento de uma racionalidadefuncional provocaria o desaparecimento das velhas con-cepções do mundo. Nesta mesma linha, Mannheim cha-mava a atenção para o fato de que a difusáo da lógica dapolítica reduziria inevitavelmente a confiança em expec-tativas milenaristas. Kirchheimer defente posições aná-logas no que se refere ao partido de massa. E é bastanteconhecida a tese de Marcuse sobre o debilitamento dacapacidade de atração revolucionária da classe operá-ria. Mas hoje náo há dúvida de que nos últimos 10, 15anos, reabriu-se em toda a cultura ocidental um grandeconflito ideológico; no entanto, creio que esta tesecontinua a ter sua validade exatamente como advertèn-cia contra uma tentação sempre presente entre osintelectuais: a de superar as dificuldades de relação como mundo real através da produção de novas ideologias eutopias.

Mas, no contexto da sociedade americana, a tesesobre a morte da ideologia significava a capacidade deo sistema compor harmoniosamente toda forma deconflito de clásse através do crescimento indefinido,Não lhe parece que esta noção de crescimento é hojemuito mais problemática do que no passado?Indubitavelmente, no curso dos anos 70 a situa-ção se modifica. Se a torta não continua a crescer, tantonacional quanto internacionalmente, a única coisa afazer é tirar de uma parte o que se quer dar à outra. Eeste tipo de política é gerador de tensões. Apesar disto,existe hoje um debate sobre as perspectivas de cresci-mento que divide horizontalmente os tradicionais cam-pos de esquerda e direita. Muitos adeptos da newpolitics sáo hoje contrários ao desenvolvimento. Existeuma espécie de progressismo no plano social que con-trasta com as mais tradicionais reivindicações econômi-cas dos sindicatos.

Assim, para dar um exemplo, enquanto os novosprogressistas sáo favoráveis à elevação dos índices mini-mos de poluição, os sindicatos querem baixá-los. OGovernador da Califórnia, Brown, representa bem estenovo movimento: ele é muito progressista no terreno dasreformas sociais, tende a dar grandes responsabilidadesna administração pública a mulheres, negros e mexica-nos; mas ao mesmo tempo defende uma linha ecológicaque o põe em choque náo só com o desenvolvimentonuclear, mas com a própria linha de desenvolvimento.Os "neoconservadores" são nitidamente favoráveis aodesenvolvimento.

Veja o que sucedeu nas primárias de Nova Iorquea respeito destas novas demarcações políticas. A maio-ria dos que ganham menos de 10 mil dólares por anovotou por Carter; os que ganham entre 10 mil e 25 mildividiram-se entre Carter e Kennedy. A grande maioriados que ganham mais de 25 mil votou por Kennedy. Omesmo fenômeno se verifica no Partido Republicano.Quanto mais baixa for a renda dos que votam republica-no, maior é o número de adeptos de Reagan. Os queestão bem, com um alto nível cultural, votam por Bushou Anderson. Assim, existe um social liberalism que sechoca com o tradicional economic liberalism.

Vejamos a situação politica atual e a campanhaeleitoral. O Sr escreveu que os dois Partidos se diferen-ciam quando estão no Poder, mas tendem a falar amesma linguagem durante a campanha eleitoral. Emsua opinião, o que diferencia hoje os democratas dosrepublicanos?

Antes de tudo é preciso levar em conta que oscandidatos dos dois Partidos buscam hoje, cada vezmais, o mesmo grupo de votos. Assim, se o clima no paísse desloca para a direita, então são os democratas quefalam uma linguagem mais conservadora; se se deslocapara a esquerda, cabe aos republicanós mostrarem-semais progressistas. No plano interno, em relação àpolítica tributária, ao papel do Estado e questões seme-lhantes, muitos democratas hoje — inclusive Carter eexcluindo-se apenas Kennedy — falam uma linguagemparecida com a dos republicanos há alguns anos atrás.

Todavia, ainda subsistem diferenças fundamentaisentre os dois Partidos. E isto é particularmente eviden-te, por exemplo, no que se refere à relação com ossindicatos. Grande parte do movimento sindical temuma tradição de politica dura, violentamente anticomu-nista, em política externa. Basta recordar o caso doVietnam e a posição, na época, do então presidente daAFL-CIO, George Meany; seu sucessor, Lane Kirkland,mantém a mesma política. Entretanto, embora estesdirigentes sindicais tenham posições muito mais próxi-mas às de Ronald Reagan que às de Carter, sáo pouquís-simos os sindicatos que apóiam os republicanos — nemReagan nem outros mais moderados.

A razão é evidente: em politica externa podemtomar posições, fazer pressão sobre o Executivo, mas arazão de ser destas organizações permanece sempre oseu papel de representantes dos interesses econômicosdos trabalhadores, e nisto os democratas estão com elas.Há três anos houve uma tentativa de fazer o Congressoaprovar uma reforma da legislação sindical — tentativaque abortou em virtude da obstrução no Senado — eesse episódio demonstrou nitidamente a linha que divi-de os dois Partidos.

Por outro lado, nos casos em que um Presidenterepublicano — ocorreu com Ford no episódio de umprojeto de lei relacionado com os direitos dos sindicatosdos trabalhadores na construção civil — tentou_buscaL-apoio no mundo sindical, imediatáménte ó mundo dosnegócios começou a pressionar o Partido. Logo, ossindicatos não podem apoiar os republicanos. Enquantoé possível a empresários apoiar os democratas.

Assim, mesmo levando em conta o que aconteceuem 1972, quando Meany negou o apoio dos sindicatos aMcGovern, o senhor considera este um elemento quedistingue democratas de republicanos?

Sim, porque, num certo sentido, naquele caso eraMcGovern que se afastava da tradiçáo do Partido. Vejaque, mesmo assim, Meany náo apoiou Nixon.

Esse foi o primeiro caso em que os sindicatos nãoapoiaram o candidato democrata.

A razào disto deve ser localizada na evidentehostilidade que grande parte dos sindicatos, notada-mente a hierarquia da AFL-CIO, nutria pela new poli-tics. No fundo está aquele problema do qual já falamos:a posição a favor ou contra o crescimento econômico.Mas veja que os próprios sindicatos não ficaram imunesà reviravolta política gerada nos anos 60. Hoje, nointerior dos sindicatos, existe uma tendência mais favo-rável à new politics. Em 1972 este setor ficou comMcGovern e no atual processo ele estava, sobretudo,com Kennedy.

O fato interessante é que esta tendência entre ossindicatos interessa, além dos sindicatos progressistas,como o da indústria automobilística, predominante-mente aos "colarinhos brancos", os empregados públi-cos, professores e outros afins. Eu penso que hoje, nomundo do trabalho, a esquerda seja mais forte que nopassado, embora gente como os Meany e os Kirklandcontinuem a ocupar os mais altos postos de direção.Afora esta esquerda, em geral os sindicatos sentem-semais próximos de politicos como o Senador HenryJackson. de linha dura em politica externa, mas intran-

sigentemente pró-sindicato. Além do mais, esta situaçãose manifestava com Johnson. Kennedy ou Truman.

Como o Sr vê Carter no quadro tradicional doPartido Democrata?

É difícil enquadrar Carter, colocá-lo ideologica-mente. Quando chegou à Casa Branca parecia-se muitocom os políticos da new politics. Com ele, entraram naadministração, principalmente a nível intermediário,muitos que haviam apoiado candidatos "novos", comoMcGovern ou Fred Harris, ao mesmo tempo em quenenhum — apenas para compreendermos — dos próxi-mos a Jackson ganhou posição importante.Outra característica de Carter, freqüentementelembrada, é o seu ser um "de fora" em relação ao mundode Washington. Há uma peculiaridade do sistema ameri-cano que deve ser levada em conta. Os candidatos aospostos mais altos, neste pais, aos postos de Presidenteou Governador, em boa medida não sáo parte de umpartido político. Diferentemente de um Primeiro-Ministro nos sistemas europeus, que permanece noPartido do qual emergiu para o cargo, aqui um Presiden-te é como um rei. Chega a Washington trazendo consigoa sua corte.

E num pais como este. no qual é difícil falar numestablishment nacional, estas cortes freqüentementetêm um caráter regional. A de John Kennedy vinhapredominantemente de Massachusetts, a de Nixon vi-nha da Califórnia, a de Carter veio da Geórgia. Mas LosAngeles ou Massachusetts representam muito mais acorrente principal da vida do país do que a Geórgia.Assim, a Casa Branca de hoje é muito mais provinciana.Não obstante as nomeações feitas por Carter. sobretudode ministros, no mundo de Washington esta administra-ção é de algum modo mais provinciana que as outras.

Ademais, o seu ser "de fora" combina com umaconcepção de Governo típica, de um lado, de um enge-nheiro, e do outro de um populista. Para Carter, umproblema só tem uma solução "técnica", a única justa.Desta concepção nasceram seus choques com o Con-gresso e em geral com a política canalizada nos Partidos.Seu problema é não prestar suficiente atenção aosdetalhes dos interesses políticos e se concentrar nasdecisões que deve tomar. Assim, acaba não tendo ocontrole exato do contexto político no qual atua.

É um populista, portanto nutre um profundodesprezo pelos grupos de pressão. Pensa que eles sãoegoístas e têm uma concepção muito limitada dosinteresses da coletividade. O mundo sindical só defendeseus interesses, o mundo dos negócios os seus. O Gover-no, ao contrário, deve representar todos. O erro dopopulismo é não reconhecer que a democracia é intrinse-camente pluralista, baseia-se no conflito entre interes-ses, que as coalizões entre os diversos grupos de interes-se sáo a essência da política e que náo há outro interesseda coletividade a náo ser o que resulta da luta. oscompromissos e os acordos.

Hoje fala-se muito de crise da política e deingovernabilidade. Existe até uma literatura a respei-to. Mas também na campanha eleitoral atual houvequem notasse uma grande dificuldade dos diversosgrupos politicos em enfrentar os problemas econó-micos. Vejo antes de tudo um problema estrutural queconsiste no progressivo enfraquecimento dos Partidos.As razões sáo muitas. Antes de tudo. a organizaçãopolitica das cidades, baseada na gestão dos interesses edos grupos étnicos, que constituía a intermediação dasorientações políticas nacionais, hoje está em crise. Ocrescimento de funções do Governo federal e. principal-mente, a cada vez mais ampla gestão da despesa públi-ca, são diretamente proporcionais à perda de pesodestas formas políticas preexistentes.Em segundo lugar, é preciso considerar que nosEstados Unidos sempre houve Partidos de coalizão, aocontrário da Europa, onde há Governos de coalizão (nofundo são duas soluções do mesmo problema). A mudan-ça que se verifica na política americana em relação aomodelo do newdeal reduz-se a uma transformação dosistema de representação dos interesses.

Também no terreno econômico as divisões nãorefletem mais as costumeiras frentes de classe. O casomais macroscópico é o da inflação, que parece estardando o golpe de misericórdia na velha divisão entrefrentes progressistas e frentes conservadoras. Apoio amedidas como o corte das taxas e da despesa, equilíbriodo orçamento e qualquer outra que tenha, certa ouerradamente, a diminuir a taxa de inflação, encontram

"O movimento dos anos 60 teve umacontinuidade, nicsmo que a partir de

posições mais moderadas. Os estudantesdaquele período são hoje professores,

advogados, ocupam posições na mídia,-tios jornais, na televisão, em Hollyivood

hoje uma adesão uniformemente distribuída entre asdiversas camadas de população. Os que menos tém,particularmente atingidos pela inflação, podem-se unirneste campo às classes métlia e alta. Mas aq mesmotempo os cidadãos incluídos nas faixas mais baixas derenda são a favor de uma intervenção do Estado emmatéria de controle de salários e preços. É lógico quepermanecem as divisões econômicas, mas muito maisfragmentadas que no passado. Por outro lado, tambémno.terreno.cultural, como hoje todosTeconhecem ampla-mente, proliferam grupos que se orientam no sentido dequestões particulares e que simultaneamente se desinte-ressam de todos os outros aspectos da vida nacional.Não se pode deixar de estar de acordo com Carterquando ele lamenta a concorrência de um númeroexpressivo de interesses privados.

Em termos de governo político, o que significatudo isto? Significa que hoje o Congresso dos EUA écomo a Câmara das m e IV Repúblicas na França, ondeos Governos mudavam cada seis meses em conseqúèn-cia das mudanças, relacionadas com as mais diversasquestões, das coalizões e das maiorias. Se esta náo fosseuma república presidencial teríamos uma situaçáo se-melhante.

Prof. Lipset, falamos muito até agora dos grandeselementos de complicação que intervieram na cenapolítica americana durante a década passada. É possí-vel, sobre esta base, formular um prognóstico para osEstados Unidos dos anos 80?

Não obstante a grande preocupação com o funcio-namento das Instituições, creio que o povo americanoainda mantém uma relação positiva com a estruturapolitica do pais. mesmo sentindo-se pouco à vontade emrelaçáo a muitas coisas. Os antigos valores da tradiçáodo new deal náo foram repudiados, mas há muito mais'incerteza sobre como continuar a realizar os seus objeti-vos. Agora que os anos 70 passaram, o país alcançouaquela fase do seu desenvolvimento que o leva a desem-penhar o papei de Hamlet. Os americanos queremliderança, mas como deixa claro a atual campanha paraas eleições presidenciais, eles não sabem exatamente oque. ela deve ser e sobre quais perspectivas políticasatuar. A exigência de liderança é a outra face damedalha de um mal-estar difundido. É difícil dizer quaisdas duas faces predominará nos anos 80.

\^^ iV'235 ^^ Suplemento dó JORNAL DO BRASIL 21 de Setembro de 1980 Não pode ser vendido separadamente S

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CADERNO DE QUADRINHOS r- Suplemento do JORNAL DO BRASIL Página 7

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DELE IMPRÓPRIO PARAUMA HISTORINHA.

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OS LEITORES ESTÃOCARÉCAS DE ESCU-

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Página 8 CADERNO DE QUADRINHOS5.- Suplemento do JORNAL DO BRASIL

®de TomK.Ryan

VAI CAIR DURO QUANDO SOUBER QUE. ACABO DE

GANHAR A MEDALHA FRAHMCESA GROIX DE MARTINET,

POR"cIACOBlNISMO ACIMA E ALÉM DE QUAISQUER SUSPEITAS".

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É BACANA A GENTE

ESTAR POR AQUI-. COM

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AGORA, DEIXE DE PIAD1-

NHAS..-QUE O THOMAS

ÊDISON VEM CONVERSAR

COM A GENTE!

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ESTAVÁ PREC1-

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CADERNO PE-Q4Ap,glNtjOjS|tf- Suplemento cjq JQfflAL.DO BRASIL Página 9o

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ACUO QUE MELIVREI DELAl ná*«L ^—

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> olmos! ^ 5^ r^T - S,,'

P_ PORQUEVOCÊ TEM

OLMOS... MUITOBONITOS!

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Página 12 CADERNO DE QUADRINHOS - Suplemento do JORNAL DO BRASIL

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Não pode ser vendida sepafalarnente — Ano 5 — N° 231

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JORNAL DO BRASIL RIO, 21-09-80, ANO 5 - N° 231

4 QUEM

8 ADORÁVEL ADOLESCENTERita Lee são muitas pessoas — todas aspersonagens que ela encarna, desde umsevero crítico da música estrangeira auma quatrocentona amarga. E, neste bomhumor, ela prossegue o encantamento desua música simples e forte, com tonsacentuados de ternura, em novo discolançado este mês

18 PICASSO VOLTA AO LAREm obras, uma seção do Museu do Pradoem Madri — o Mini-Prado — que atual-mente abriga trabalhos do século XIX vaireceber Guemica, a tela que Pablo Pi-casso não permitiu que voltasse à Espa-nha quando Franco era vivo. O quadroviaja depois que terminar, no fim destemês, a gigantesca mostra Picasso emNova Iorque

27 HORÓSCOPO

28 RETORNO AOS ANOS 30A moda de verão olhou para trás edescobriu curvas curiosas, no recato son-so da década de 30, adaptando-as aoclima de leveza carioca

36 BRIDGE

37 GAMAO

38 VERÍSSIMOA lâmpada mágica

CAPARita Lee sofisticada e vaporosa, foto deMiro

Revista do Domingo figura no IVC (Insti-tuto Verificador de Circulação), atravésdo JORNAL DO BRASIL. Consulte asNotas Explanatórias.

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A volta dos anos 30 Rita dá voltas

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Picasso volta ao lar

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Quem

Bacall volta

às voltas com

paranóico

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á muitos anos afastada das

telas, a atriz Lauren Bacall

retorna ao cinema no

cume de uma acirrada disputa

que envolveu produtores e ato-

res de Hollywood interessados

nas indiscutíveis bilheterias pro-metidas pela filmagem do best-

seller literário The Fan, de Bob

Randall, detentor de belíssima

carreira de vendas no mundo

editorial embora não se possaatribuir-lhe qualidades de obra

excepcionalmente criativa. A

corrida, vencida pelo produtorRobert Stigwood (Jesus Cristo

Superstar, Tommy, Embalos de

Sábado à Noite e Nos Tempos

da Brilhantina), favoreceu tam-

bém La Bacall que impôs-se

sobre atrizes do nivel de Shirley

McLaine, Ginger Rogers e Anne

Bancroft, entre muitas outras.

Explica-se: no filme, a heroína

é uma atriz de Hollywood, bri-

lhante e independente, mas —

inevitavelmente — solitária e

perseguida por um fã meio para-nóico que a acompanha en-

quanto ela tenta o retorno à

Broadway. Há, naturalmente,

pontos de contato com a vida de

Lauren Bacall, também afastada

e solitária desde a morte do ex-

marido Humphrey Bogart. De

resto, como a ação se passa em

Nova Iorque, ninguém mais

nova-iorquino do que Bacall

para interpretar o papel de

Sally Ross, a diva do cinema às

voltas com o obsessivo fã. Há

um fato curioso, contudo: esta é

a primeira vez que Lauren Ba-

call, que exuda Nova Iorque

pelos poros, filma naquela cida-

de americana. (PAT BENSKY, NovaIorque) ¦

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Ângela Ro-Ro, "irritação

com Constantinopla

Gustavo faz

sucesso com

idéia nova

Com

218 lojas e um movi-

mento de 40 a 50 mil pes-soas nos dias de semana

(100 mil nos sábados e domin-

gos) o centro de compras Rio

Sul, em Botafogo, supera, em

população flutuante e consumo

de energia, a maioria das cida-

des de porte médio do Brasil

baseado num conceito que, se

não é novo, revela-se^ficãzTíT

julgar pelo sucesso de vendas

assinalado desde sua inaugura-

ção há poucos meses: "O ho-

mem moderno é formado porcabeça, tronco e rodas", explica

o empresário Gustavo Moreira

de Souza, 27 anos, impulsiona-

dor e realizador da idéia.

Tudo começou a partir do

estudo de viabilidade econômi-

ca de um terreno pertencente à

firma Empreendimentos Imobi-

liários Capi. Assim, é certo que a

existência de uma população de

cerca de 2 milhões de pessoas

que moram próximo à área, de

resto densamente motorizada,

contribuiu decisivamente para o

desenvolvimento da idéia.

Lauren Bacall, "agora

Nova Iorque'

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Ângela gostouaté de seusdois semitons

C om prática de assinar músi-cas e não escrituras, umadas mais novas proprietá^

pelo maestro Lincoln Olivetti.Depois, Ângela continuará comseu "piano velho de guerra" porvárias cidades, a cabeça "bemotimista", porque ela tem "es-

perança no ser humano, a vida ébela e só nos resta viver".

Recuperada de complicaçõesvárias através de análise, dietas,

rias de terrenos na Barra daTijuca, Srta Ângela Maria DinizGonçalves, será forçada a pen-sar agora em construir uma casa— o primeiro produto palpávelde um sucesso que começou atodo vapor no ano passado eagora continuou com o lança-mento do disco Só Nos RestaViver, cujas melodias ela estácantando desde -anteontem—ncrPlanetário da Gávea.

Ângela Ro-Ro, extrovertidaem seu terno e botas brancas,estava "ansiosa por subir nopalco", porque pela primeiravez apresentou músicas de ou-tros autores: Chico Buarque{Barbara), Adelino Moreira {Fi-ca Comigo Esta Noite), SérgioBandeira (Vai Embora). E tam-bém porque para estas curtasapresentações no Rio e em SãoPaulo ela escolheu um octeto,"uma banda incrível, tipo tecuida Mick Jagger", chefiada

pais e amigos ("quando quis mecurar, vi que podia contar comos outros"), ela hoje diz que sóbebe de vez em quando "umacervejinha". Continua com jeitode rebelde, muda intonações,brinca e canta, lembra queabandonou o colégio no tercei-ro clássico quando entrou nasala e o professor dava a quedade Constatinopla. "Levantei, ir-ritada: desde o primário, 10anos antes, Constatinopla estavacaindo". E nunca mais voltou aocolégio, nem para tentar o vesti-bular de Medicina, que a atraía.

Nas gravações, Ro-Ro não sepreocupou. Chegou sempre nahora, mesmo quando dormiapouco na véspera. "Dei o máxi-mo nesse segundo disco. Tem alidois semitons (duas notas ligei-ramente desafinadas), os maislindos do Brasil, mas eu não quistirar, achei que estava bom".(JOELLEROUCHOU) ¦

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Anna Carolina, "telefones mudos"

Anna rompe osilênciopela gravura

D esde 1975, ela expõe(anualmente, tendo deixa-do o magistério e o quoti-

diano de esposa e mãe de trêsfilhos para se dedicar à gravura.A partir desta quinta-feira, e até7 de outubro, Anna Carolinaestará mostrando, na GaleriaFunarte, mais uma fase de sua

criação sempre preocupadacom "a incomunicabilidade, asolidão, a dificuldade de rela-cionamento que todos senti-mos" — e que, num períodoanterior, traduziu-se curiosa-mente num ciclo, Sorry, GrahamBell, no qual o telefone se mos-trava de pouca valia à aflição doisolamento.

Em seu apartamento, quadrosseus e de amigos enchem asparedes. "Gosto de trocar meutrabalho com os colegas, e atépor tratamento de dentista,acho bonito", diz ela. Diferen-

tes suportes materiais e formasde expressão — como o xerox, oclichê — lhe têm valido, mas axilogravura é privilegiada: "Aforma mais sincera de gravura,pois se errar na madeira tenhode recomeçar." Anna foi a únicabrasileira a participar da BienalInternacional de Gravadores deMiami. Atualmente, está numacoletiva de brasileiros no Chile.E prepara, em Laranjeiras, umatelier que conta transformarem oficina, onde voltará a exer-cer o pendor antigo para o ensi-no. Desta vez, de xilogravura.(DORISMOULLY) ¦

Therezinha,intuiçãodas cores

Olhar

de menina que nãoesconde a idade. São 40anos de profissões diversas

— professora, secretária, pianis-ta — que a maturidade levouaos pincéis. Autodidata, There-zinha Castro deixou um únicocurso de arte para descobrirsozinha a cor: "Foi onde primei-ro me realizei, intuitivamente,desde que seguia a linha primiti-va." Vieram incursões pelas te-Ias naives, pelo figurativismofacetado, "meio cubista", até osurrealismo. Ela é de Vitória,mas criou-se em Cataguases. Háoito anos, deu-se a explosão:comprou livros especializados,

telas, pincéis, e, na casa da Bar-ra da Tijuca, montou um estú-dio. Sabe que a pintura é exerci-cio constante, e extrapola àsvezes para o desenho. Para suaprimeira individual, entretanto,selecionou apenas 27 telas,grandes e médias. "Quem maisme incentivou foi André Sigaud,expondo alguns trabalhos meusem sua galeria." Veio então oconvite da SPAC, uma nova ga-leria na Rua Nascimento Silva. Apartir desta terça-feira e duran-te um mês, os óleos com predo-minància de azuis poderão servistos pelo público. (MARIA LÚCIARANGEL) ¦

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Therezinha Castro,"desenhos

guardados"

Lenôtre, maisum ganho dosdegustadores

Saudável

e saborosa com-petição. Na semana quepassou, foi a vez de Gas-

ton Lenôtre, o pâtissier quereformulou o Pré-Catelan deParis, construir com a matéria-prima carioca seus monumen-tos de degustação. Fiel à novacozinha, ao contrário de seusantecessores Troisgros e Bocu-se, Lenôtre deu no Rio Palaceuma demonstração de criativi-dade, catando entre peixes, la-gostas~~e legumes o que demelhor se adapta à decantadaleveza da nova escola.

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Gaston Lenôtre, "afirmação da leveza"

A experiência não se esgo-tou na semana gastronômica.Lenôtre, homem de empresacom sólidos negócios no ramoda alimentação, veio reorien-tar a cozinha do Pré-Catelan(cujo cardápio muda a cadadois meses) e revigorar suasestonteantes sobremesas. To-do este mister é confiado adois jovens, os responsáveispela Pré-Catelan no Rio, Clau-de Troisgros (filho de Pierre) eMichel Guérard, cujo homôni-mo fez na França, em Eugénie-les-Bains, a glória da cuisineminceur. Os nomes, coinci-dentes e conhecidos, são oaval de uma estirpe que en-contreu- ne~-Rie-vaste -campode gulosos e curiosos.(RM) ¦

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Marido e parceiro, Roberto convive diariamente "em transa totaV com suas várias Ritas

li E sse negócio de guitarra dáchoque, malandro!"

É Aníbal quem faz aadvertência, a voz cavernosasaída do fundo de um morrocarioca. O protesto tem o tem-pero de ironia das coisas de RitaLee. Aníbal, um dos persona-gens que de vez em quandobaixam nela — saudável pen-dor para não levar a sério o quenão pede seriedade — é chega-do a uma xenofobia, "espéciede Tinhorão da música popular

brasileira" (sem maiúsculasmesmo), "pois não admite rit-mos estrangeiros".

Logo em quem foi encarnarsemelhante figura, nessa moçasardenta que começou solando,justamente, para as guitarrasdos Mutantes. E que agora lançaum álbum — somente seu nomena capa, "pois até agora nãopintou nenhum outro título" —recheado de ritmos em miscelâ-nea, das mais variadas e interna-cionais procedências.

O talento desvairado para aimpersonation é marca pessoalde Rita Lee Jones. "Eu souprjmaLde Brian Jones, sabia?" O riso,sempre fácil, aflora mais umavez: "Essa é minha mentira pre-dileta."

Não, o falecido Rolling Stonenada tem a ver — pelo menosem laços sangüíneos — com asapeca ex-aluna do Colégio Pas-teur, tradicional e venerandoestabelecimento de ensino ad-ministrado, em São Pauio, por

franceses. O avô, americano su-lista, resolveu fugir da derrotafrente à União e trouxe^_paj_da_cantora — Charles Jones — paramelhores dias no Brasil. Comoutros imigrados, fundaram, amenos de 200 quilômetros daCapital paulista, a cidade deAmericana. Jones é nome ligadoaos índios cherokees: "Papaitem a pele escura, amorenada, eeu puxei a minha mãe, RomildaPadula, de ascendência napoli-tana." O Lee expiica-se por ad-

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miração pelo General RobertLee, supremo herói dos sulistas,e até respeitado pelos adversa-rios.

Estes cultivavam evidente-mente, como Rita, a supremavirtude do fairplay. Caçula detrês irmãs — "Mary Lee, Virgi-nia Lee e eu: a mais velha acabade falecer, mas acho que foimelhor para ela, pois estava so-frendo muito do coração" —Rita quase fez suceder ao cole-gio Pasteur um curso de Comu-nicação na USP. Mas durou ape-nas uma semana, "pois tinhaque dar tudo no festival, ondedefendia Domingo no Parque,de Gil, com os Mutantes".

Deste grupo, a separação foium significativo reinicio: "Sabe,eles começaram, a certa altura,naquela de música progressiva,

e perderam totalmente o hu-mor, uma de nossas maiorescaracterísticas até então. Deixeio conjunto e comecei a compor,a gostar mais de mim e, portan-to, a gostar mais de todo mun-do. Naquela época, ainda nãohavia mulheres na liderança deconjuntos. Por isso, passei poroutros grupos, mas acabei dei-xando tudo de lado. Meu con-junto agora é o Roberto."

Roberto Carvalho, marido,parceiro, "transa total". Das oi-to canções do novo LP — quedurante dois meses, de junho aagosto, Rita gravou nos estúdiosda Sigla, "24 canais" — apenasduas não resultaram da colabo-ração com o companheiro: OrraMeu, "um rock meio feminis-ta, que me faz lembrar os ro-queiros de Vila Pompéia, ondenasceu o roque paulista"; e Bai-

Ia Comigo, "que é uma espéciede música latino-americana,meio chá-chá-chá, um som quesempre curti".

Com Roberto, Rita vive "umcasamento absoluto em tudoque fazemos, e por isso vai sairagora um disco tipicamente decasal, verdadeira curtição". Co-mo foi, por exemplo, Mania deVocê, explica ela, meio sem

jeito: "Foi um sucesso porquerealmente se casaram letra emúsica. Sabe, eu e o Robertotínhamos acabado de transar, eele começou a cantarolar umamelodia. Peguei um lápis e co-mecei a escrever a letra. Sabecomo é: baixou o santo."

Lança Perfume é o nome dafaixa que abrirá o disco: "Umacoisa sensual, coisa de suor, decorpo, de perfume. Me lembraos tempos de criança, do lança-perfume Rodo Metálico." De-pois vêm Shangrilá, uma can-ção de fossa, Bem-Me-Quer,canção de amor. Nem LuxoNem Lixo, balada com acompa-nhamento orquestral, diz em re-frão: "Não gosto de luxo, nãogosto de lixo, meu sonho é serimortal." Depois, 7oão Nin-guém. O título pode evocar umvelho samba de Noel. "Mas éum reggae bem jamaicano.Chegou a baixar um novo tipo— um jamaicano — pois sempregostei de um lance negro. Euestive na Jamaica, e esse jamai-cano fala assim (voz enrouque-cida): 8raz/7 no jungle, Brazil ismoney.

Dona Regina Célia, inespera=da dama quatrocentona que vi-ve querendo uma oportunidadena MPB — "mas essa cantorazi- i^nha de roque não me deixou |f

O mais suave entre todos os vampirosTITE DE LEMOS

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o fazer sua entrada nacena da MPB, em finsdos anos 60, ela terá des-

pertado em rapsodos apaixo-nados o ímpeto de escalar assuas trancas de ouro rumo aum balcão de delícias amoro-sas, como na história de Ra-punzel. Mais de 10 anos passa-dos, o perfil de Rita Lee apa-rentemente já não se ajusta aodaquela radiante adolescenteque chocalhava com inocênciao seu, instrumento de percus-são, ao lado dos irmãos Baptis-ta, para adicionar graça àsapresentações de monstros sa-grados como Gilberto Gil, nosfestivais de música da tele-visão.

Mas, curioso: decorrido tan-to tempo em que tantas coisasaconteceram (a libertação, ar-tística e financeira; um casa-mento feliz e produtivo: doisfilhos; a dolorosa experiênciade um processo policial; e,sobretudo, o comprovado su-cesso de público e crítica),Rita, pensando bem, é essen-cialmente a mesma de antes,movida pelo mesmo ingênuo

impulso de seus começos. Algoque os caprichosos deuses sóparecem conceder aos quenasceram com o dom da éter-na adolescência.

Pode-se dizer que a marcade sua carreira individual temsido a da rebeldia, a do incon-formismo. Uma rebeldia reco-nhecida e assumida, como es-tabelece sua composiçãoOvelha Negra; "Foi quandomeu pai me disse, filha:/Você éa ovelha negra da família./Agora é hora de assumir/esumir". Ou que se traduz nu-ma agridoce reflexão sobre arealidade à volta, como em LáVou Eu, parceria com Luiz Sér-gio Carlini: "E na medida doimpossível/tá dando pra se vi-ver/na cidade de Sáo Paulo/oamor é imprevisível (...)".

Em sua trajetória de compo-sitora, Rita Lee tem tido en-contros francamente felizes,como o que resultou nos Ar-rombou a Festa, 1 e 2, parceriacom o letrista Paulo Coelho.

Aqui, a sátira desvairada nãopoupa ninguém, desde Lenildaque é Miss Lene e Zuleide queé Lady Zu até Fafá, Sidney

Magal, Ney Matogrosso e mes-mo o Chico que "na piscinagrita logo pro garçom/afastaesse cálice e me traz MoêtChandon". E tampouco ela fi-ca fora do festival de goza-çôes: "A Rita Lee parece quenão vai sair mais dessa,/poispra fazer sucesso arrombou denovo a festa!"

A televisão, com seu atiladoolho mercadológico, tem pres-tado atenção a Rita Lee, ecapturou-lhe duas músicas-tema em novelas. Uma delas éo Chega Mais, gravação doúltimo LP, parceria com seumarido Roberto de Carvalho,com um respeitável naipe demetais, sopros, teclados e per-cussão em que figuram nomescomo os de Lincoln Olivetti,Márcio Montarroyos, Jamiljoanes, Maciel, Netinho, Ha-milton, Picolé, para não falarna guitarra de Roberto.

Quem porém se lembrar deuma novela das 10 chamadaPulo do Gato (Bráulio Pedro-so), concordará em que é ines-quecível (talvez a obra-primade Rita Lee) o seu tema, Eu eMeu Gato: "Mas o que eu

gosto é de andar/na beira doabismo/arriscando minha vida-/por um pouco de emoção./Eue meu gato,/ele na cama/ e euno telhado/ele sem as botas eeu sem grana."

Rita Lee tem sido desde sem-pre uma roqueira, fiel a suaformação musical, e a seu pú~blico, mesmo quando entoadolentes baladas como DoceVampiro, entre todas as suascriações a que merece a prefe-rência subjetiva deste Redator.Quem tiver o disco coloque-ono prato e ouça: "Venha mebeijar/meu doce vampiro./Oh!na luz do luar/venha sugar ocalor/de dentro do meu sanguevermelho,/tão vivo, tão eternoveneno,/que mata suasede,/que me bebe quentecomo um licor,/brindando àmorte e fazendo amor,/meudoce vampiro/Oh! na luz doluar,/me acostumei com você,/sempre reclamando da vi-da,/me ferindo, me curando aferida./Mas nada disso impor-ta,/vou abrir a porta pra vocêentrar,/beijar minha boca,/atéme matar de amor!" Quem atão suave vampiro não abririaa porta f

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El __ l = » Seu ponto- de-encontro.pi ^a^TllPPF Maxwell, 300. Vüa Isabel.

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Início de carreira,1970

Show da Rhodia,em 1970

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Fazendo história com La/á e João

SÉRGIO RYFF

ÊkÊfão passaria pela cabeça

BV de ninguém supor que se

¦W tentasse impingir a João

Gilberto qualquer coisa, muito

menos um convidado. Espe-

cialmente num recital como o

deste mês na televisão. Suas

idiossincrasias são conhecidas,

sabem-se-lhe as manias per-feccionistas, o rigor do ouvido

a que o mais leve escorregão

melódico, rítmico ou harmôni-

co soa como algaravia insu-

portável; como barulho> en-

fim. Assim, é lógico concluir

que tenha ele mesmo escolhi-

do Rita Lee a participar do

programa. Ou que, pelo me-

nos, tenha influído decisiva-

mente na escolha.

Trata-se, sem dúvida, de

uma homenagem. Afinale

mesmo levando-se em conta as

particularidades de filiações e

gravadoras; as opções não são

limitadas: há meia dúzia de

excelentes cantoras no Brasil,

não faltam intérpretes de pri-meira. Mais importante revela-

se a escolha, ainda, quando é

certo que puristas; de ambos

os lados, considerariam de di-

fícil acasalamento tendências

aparentemente diversas. Rita

Lee suporta o estigma de ro-

queira que lhe foi imposto,

enquanto João Gilberto carre-

ga o carimbo de cantor exclu-

sivo da bossa nova, apesar dele

mesmo e das músicas que in-

terpreta, a maior parte saída

de outras fontes que não os

compositores urbanos de fins

dos anos 50. Como sempre>

contudo>, os rótulos revelam-se

inadequados. Isso ficaria de-

monstrado com Joujoux e Ba-

langandans.

Os apreciadores de música

convergem num ponto: dificil-

mente se terá ouvido nos últi-

mos tempos tão ampla de-

monstração de bom gosto, va-

riadas virtudes e dignidade

musicais. Atraída ao campo da

divisão sutil e surpreendente>

da afinação perfeita — quali-dades que, de resto> nunca

negligenciou desde os tempos

dos Mutantes — Rita Lee evo-

iuiu com a tranqüilidade e a

segurança dos que sabem com

que substância estão lidando.

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O encontro harmônico

Trata-se, e é evidente, de uma

profissional. Mas isso é muito

pouco: o mundo está cheio de

profissionais competentes que

jamais conseguem ultrapassar

a fronteira que separa o corre-

to do brilhante. Rita não é um

desses.Atente-se para o fato de que

naquela gravação — que yá se

começa a considerar históricareuniam-se 60 anos de boa

música brasileira; pois o espa-

ço de 20 anos que vai da

álacre delicadeza de Lamarti-

ne Babo ao despojamento sutil

de João Gilberto, é o mesmo

que leva mais tarde ao impulsocontudo rigoroso e também

sutil — de Rita Lee e ao terce-

to (porque Lalá estava indis-

cutivelmente presente ao lado

de João e Rita) do programadeste mês na TV. É bom lem-

brar, e sabe-se disso com cer-

teza desde Bach, que não há

oposição entre alegre movi-

mentação musical e qualidade.Ao contrário, essas duas coisas

casam-se freqüentemente,

produzindo belos resultados.

Não se pode jdizer que Rita

Lee tenha entrado para a histó-

ria recente da música brasilei-

ra ao gravar com João Gilberto— e não haveria melhor intro-

dutor do que ele — porque játinha seu lugar nela. Em fun-

ção da irreverência, certo;

também da criatividade ma-

landra; ainda da extrema qua-lidade técnica; sobretudo do

brilho que impõe ao que faz.

Isso por mais horrorizados quefiquem os irremovíveis culto-

res da melodia óbvia e do

acorde perfeito, caminhos mu-

sicais de resto tão bons, justose sensíveis quanto quaisqueroutros mas nem por isso parâ-metros divinos pelos quais tu-

do mais deva ser julgado.

De fato, não se faz música

brasileira apenas com o com-

passo de dois por quatro ou

com os acordes de tônica, do-

minante e subdominante. Nem

existe propriamente o que se

possa chamar de música brasi-

leira, no que isso comporta de

confinação a estreitos limites.

Seria o mesmo que condenar o

jazz à prisão que o classifica

de música americana. Deveria

a síncope levar ã fogueira, co-

mo acontecia na Idade Média

com os músicos que se aventu-

ravam a exercitar um trítono

(intervalo de três tons — do fá

ao si, por exemplo) em seus

instrumentos? £ de onde te-

riam surgido as belas harmo-

nias do chorinho a não ser de

origens européias, irmãs gê-meas de harmonias eruditas,

assim como os instrumentos

de acordes, tais o violão e o

piano?

Em música — Rita Lee já o

demonstra há tempos e provouao lado de João Gilberto em

Joujoux e Balangandans — a

conversa é mais séria e trava-

se entre a própria música e o

ouvido. É convivência direta

que não admite intermediários

e teorizações inúteis, Deste

convívio Rita Lee participacom segurança e brilho. JoãoGilberto não trocaria expe-

riências com ela se não fosse

assim.

gravar nem uma faixa" — mani-

festa-se de repente durante a

entrevista, outra rombuda en-

carnação do nativismo musical.

Ela se rejubila, barulhenta, dan-

do gritinhos, porque a última

faixa do disco é um samba-

canção. "Ledo

engano", corrige

Rita, respondendo à imaginária

Regina Célia e recuperando seu

próprio timbre em rápida trans-

formação: "Trata-se de um bo-

lero."

Miss Lee mostra toda a sua

satisfação com os profissionaiscariocas que a assessoraram na

gravação, especialmente Guto

Graça Mello. O Rio, lembra,"balançou" o seu coração, cida-

de onde tem mais amigos do queem São Paulo, onde nasceu,

criou-se e morou até hoje. Com

Roberto, ela forma o que se

convencionou chamar de "um

casal moderno". Como é isso?"Ora,

ele é ótimo na cozinha,

onde hão sei sequer esquentar

água, quanto mais fazer café.

Mas de repente posso até trocar

o pneu do carro, embora curta

sempre cuidar das roupas das

crianças, arrumar a casa, essas

coisas."Como músico, Roberto tem

uma formação "que vem dos

Stones e passa por Tom Jobim e

João Gilberto. Toca piano de

maneira incrível, deixando fluir

música". A parceria pretende

justamente "fazer música para

todo mundo, As pessoas vivem

cobrando da gente posições po-líticas, uma música que seja bra-

sileira etc. Mas quando tive con-

tato com Caetano e Gil no festi-

vai da Record, eles me fizeram a

cabeça, ampliaram os meus ho-

rizontes. Eles me mostraram o

verdadeiro Brasil".

Juntamente com o lançamen-

to do disco, no final de setem-

bro — e antes do espetáculo

que, com Roberto, levará a vá-

rios pontos do país — Rita lança

um livrinho com histórias de sua

vida, de Beto (três anos) e João

(um ano). "São coisas que os

próprios fãs pedem constante-

mfente nas cartas", começa ela a

explicar, muito séria."Principal-

mente as crianças. Sou muito

ligada em criança. Aliás, os

marginais do planeta são as

crianças, as plantas, os índios e

os velhos. São elas as pessoasindefesas, no'7 Risinho, olhos

apertados, dentes projetados

para a frente. É o japonês Hiro

Nayato quem agora toma o

lugar da entrevista, depois de

ter disseminado a pândega pelosestúdios onde foi gravado, há

pouco, o novo disco de Rita, o

ídolo de duas gerações. ¦

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Tecnilar assim convênio coA Tecnilar Planejamento e Vendas Ltda. comemorou com

um coquetel em sua sede a assinatura de convênio deexclusividade com importante grupo empresarial argentino

para aplicação de seus investimentos no Brasil.Prestigiando o evento, que contou com a presença das

personalidades argentinas acompanhadas de suas esposas,compareceram destacadas figuras do mercado imobiliário

e financeiro carioca.O Sr.Walmir Ferreira, diretor-presidente da Tecnilar, saudouos investidores argentinos e agradeceu a honrosa presençados empresários brasileiros. Os argentinos também fizeram

uso da palavra, agradecendo a homenagem e destacandoa importância do atual desenvolvimento de negócios entre

os dois maiores países da América do Sul.Encerrando, o Sr. Mauro Magalhães, presidente da ADEMI,falou em nome do mercado imobiliário carioca, salientando

a importância do convênio assinado pela Tecnilarque já se traduz na concretização dos primeiros negócios

no Rio de Janeiro.

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Sr. Rodolfo Pessoa, da Sybeton, Da. Célia Beatriz de Meritello, Sr.Bernardino Borges, da Sybeton, Da. Suzana Maria Flaiban, Cel. JoséBenjamim Meritello, empresário argentino, Sr. Mauro Magalhães,presidente da ADEMI, Sr. Gelson Marra, da Tecnilar e Cel. AméricoFlaiban, empresário argentino.

Srs. Sérgio R. Salamonde, da Domus, Elfio de Carvalho, empresário,Theodor Lohrer, da Gabarito e Rogério Facó, da Compem.

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Srs. Walmir Ferreira e Heitor Melleu, da Tecnilar, Cel. José BenjamimMeritello, empresário argentino e Dra. Tácita S. Galvan, advogadado grupo empresarial argentino.

Srs. Ednisio Soárez, da Marot Soárez, Luiz Augusto Salles, da SGB,Ednilo Soárez, da Marot Soárez e o Cmte. Arthur Benigno, da CAPEMI.

Srs. Gutemberg G. Santos, da Haspa, Salvador Toros, da Irmãos Torose Sani Sirotsky, da SGB.

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Da. Beatriz Diment, Sr. Sylvio Diment, empresário argentino, Da. MariaDel Carmem Del Amor, Cel. Américo Flaiban, empresário argentinoe Da. Célia Beatriz de Meritello.

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Srs. Júlio Brijones, da Compem, Antônio Carlos Ourivio, da Campoe Nelson Medrado Dias, empresário.

? Srs. Walmir Ferreira, da Tecnilar, Sylvio Diment, empresário argentino,Da. Maria Del Carmem Del Amor, Cel. Américo Flaiban, empresárioargentino e Da. Célia Beatriz de Meritello.

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Srs. Gelson Marra, da Tecnilar, Hermes Cremonini, da Creva, ManoelRamalho Netto, da Tecnilar e Jorge Khoury, da Presidente.

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spanholas queriam ter para si a obra-prima ate agora exiladaEm cerrada disputa, várias cidades espanholas queriam ter para si a obra-prima até agora exilada

imortalidade

0 QUADRO DO SÉCULO

RETORNA AS SUAS RAÍZES

Depois do festival em Nova Iorque, "Guernica",

de Picasso,

entra afinal na Espanha para ficar no Mini-Prado

JUAREZ BAHIA, Madri ¦ FOTOS MOMA

Guernica,

o histórico pai-nel em que Pablo Picasso

visualizou para a eternida-

de os horrores da Guerra Civií

espanhola, vai finalmente che-

gar à Espanha. O pintor, como

se sabe, havia determinado queo quadro só se fixasse em solo

espanhol uma vez afastado doPoder o caudilho — Francisco

Franco — cuja responsabilidade

naqueles horrores, e em par-ticular no bombardeio da cida-

de de Guernica, o haviam leva-

do ao monumental protesto

plástico que hoje o mundo intei-

ro admira. A responsabilidade

de Franco, aliás, era dividida

com as forças alemãs que inter-

vieram no conflito, como fixou

pára a posteridade o famoso

diálogo de Picasso com um ofi-

ciai nazista na França ocupada."Foi

o senhor quem pintou is-

to?", perguntou o alemão, acu-

sador. "Não, foram os senho-

res", acusou o artista.

Pois a obra está para chegar

aos espanhóis. E uma guerracultural surda, alimentada a ti-

ros de festim pelos bastidores da

vida administrativa do país, de-

senrola-se pela sua posse. Bar-

celona, onde existe um Museu

Picasso, Guernica, que inspirou

a tela, Málaga, terra natal do

pintor, e La Coruna, onde ele

viveu por algum tempo, entra-

ram numa competição de prestí-

gio com Madri, em cujo Mini-

Prado — um museu anexo aoPrado, também construído no

século XVIII e que abriga atual-

mente pinturas do século XIX —

deverá afinal descansar a obra.A decisão não foi ainda tomada

pelo Governo espanhol, mas se-

rá inevitável porque atende à

expectativa do próprio pintor

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O Mini-Prado, também erguido no século XVIII

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artistas patrícios que prepararam caminho para Picasso

quando vivo, da sua família edos especialistas, que unanima-mente apontam o Prado como omelhor local.

O diretor do museu, José Ma-nuel Pitta And radas, é muitocauteloso ao falar do assunto.Na direção geral do PatrimônioArtístico, do Ministério da Cul-tura, o sigilo cerca as primeirasprovidências para a instalação,provavelmente em janeiro, deCuernica no Mini-Prado. Tudo

se faz com extremo cuidadopara não alimentar a polêmicaem que se empenham adminis-tradores das diversas cidades,desejando a posse não so destequadro, como de todas as obrasde Picasso que voltem a seu paísde origem.

Em meio às gestões políticas eculturais das regiões reivindi-cantes, que apesar de tudo cer-ram pressões irresistíveis sobrea administração central, PittaAndradas, apesar de sua discri-ção, tem um argumento irres-pondível. "Não queremos maisdiscussões públicas sobre esteassunto", explica, "mesmo por-que a farta documentação exis-

tente — inclusive uma cartaexpressa de Jacqueline Picasso— é suficiente para nos orientara respeito." Nesta carta, ende-reçada, a 6 de março último, aoPrimeiro-Ministro Adolfo Sua-rez, a viúva Picasso afirma, apropósito das ofertas de diver-sas cidades para receber a obra:"Acredito útil assinalar a VossaExcelência, como mulher do ar-tista, que sempre o ouvi expri-mir, a este respeito, o desejo deque o quadro e os desenhos queo acompanham, uma vez devolta à Espanha, permaneçamem Madri, no conjunto do Mu-seu do Prado, do qual em certoperíodo ele foi nomeado conser-vador, título que apreciava par-ticularmente."

A tela é esperada em Madrientre os meses de outubro enovembro, procedente do Mu-seu de Arte Moderna de NovaIorque, onde integra uma mos-tra retrospectiva de Picasso, aolado de outras 57 obras. A inau-guração da exposição de Guer-nica no Mini-Prado está previs-ta para janeiro de 1981. Atual- .mente, o Mini-Prado está fecha- ||

19

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Em Nova Iorque, a despedida apoteóticaBEATRIZ SCHILLER

''flf'r//¦¦famoso eu era quando,

com meus amigos, per-corria anonimanente as

noites de Montmartre: as pes-soas sabiam quem eu era, res-peitavam meu trabalho. Agoraque estou velho, e suposta-mente "respeitável", simples-mente avançam em cima demim. Penso que o sucesso po-de ter conseqüências trágicas.Querem te desrespeitar, tetransformar numa espécie demonstro/'

Assim queixava-se Picassoda "afluência" devastadoraque sua figura provocava ondequer que aparecesse, nos últi-mos anos de vida. Quando setrata de sua obra, então, aindahoje as avalanches humanassào irreprimíveis, como namostra de peças suas — óleos,guaches, desenhos, esculturas— que o Museu de Arte Mo-derna de Nova Iorque estápara encerrar, após cinco me-ses de sucesso em que as filas(para entrar, nâo apenas paracomprar os bilhetes) duravamde meia hora a duas horas. Ládentro, a luta para driblar tan-ta gente é plenamente recom-pensada. As mulheres, de pre-ferência, vêm de salto baixo.Uma hora, no mínimo, é ne-cessaria para quem quiser vertudo, sem esmiuçar. Uma pau-sa na lanchonete ou no restau-rante do MOMA (como os no-va-iorquinos chamam seu Mu-seu de Arte Moderna), sempreajuda.

O comercialismo em tomoda exposição divide-se entre oinstitucional, patrocinado pelopróprio Museu, e o lance livredas calçadas. Na loja do MO-MA há 20 livros, três posters e30 postais de e sobre Picasso.

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Moça Diante do Espelho, 1932

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Pesca Noturna em Antibes, 1939

Mas nas livrarias Barnes andNoble e Strand é possível com-prá-los mais barato. A seis dó-lares, camisetas com reprodu-çóes de quadros seus; entrequatro e 10 dólares, sacolas ebolsas de plásticos ou lonacom sua assinatura. Nas vizi-nhanças, impera um clima me-dieval de feira livre.

A gente vai ao Museu deArte Moderna chateado com amultidão, achando que já sabetudo e que já viu tudo dePicasso, mais sai de lá aindamais enriquecido com um con-tato ao vivo com este gigantedo humanismo. A exposição —que em breve será incorpora-da, em Paris, ao Museu Picas-so, recém-criado pelo Gover-no francês — destinará aindamuitos quadros — sobretudoGuernica — à Espanha. Eladá, sobretudo, uma mostra dogrande incorporador deinfluências alheias que foiPicasso."Eu imito todo mun-do", dizia ele. "A única coisaque detesto — e não faço — éimitar a mim mesmo."

Um exemplo, entretanto, derepetição enriquecedora naobra de Picasso foi muito elo-quente na mostra do MOMA.Perto .do mesmo Guernicaque estigmatiza os horrores daGuerra Civil espanhola e queagora finalmente irá para aEspanha, o visitante pôde verO Massacre da Coréia, outraabordagem da guerra. Pintadoem 1950, o quadro mostra umexército de robôs (como o pin-tor viu o soldado americanolutando longe de sua terra,sem paixão, para defender ai-go que não entende) apontan-do suas armas futurísticas paramulheres grávidas, nuas, car-regando outros filhos nos bra-ços.

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Em 1968, com Jacqueline, que este ano escreveu aAdolfo Suárez sobre o destino de Guernica

do para obras, tanto de altera-ção de seu interior para acomo-dar o painel, quanto de climati-zação.

Enquanto no Museu do Pradopermanecem as pinturas dos sé-culos XII ao XVIII (El Greco,Velázquez, Zubarán, Rivera,Murillo, Goya), com os italianos(Rafael e outros) e flamengos(Rubens e outros), no Mini-Prado as pinturas do século XIX(Aleuza, Lucas, Lameyer Rosalese Fortuny) farão companhia aPicasso. O Museu de Arte Mo-derna de Nova Iorque entregaGuernica à Espanha e fornecenumerosas outras obras de Pi-casso, por empréstimo, para quesejam incorporadas às comemo-rações do centenário do nasci-mento do pintor, em 1981.

Mas nem só com a contribui-ção de Nova Iorque espera aEspanha organizar a grandemostra de Picasso no seu cente-nário, abrangendo várias cida-des encabeçadas por Madri eBarcelona. A direção geral doPatrimônio Artístico — segundoMiguel Torres, seu chefe de di-vulgação — já tem promessasdos museus do Ermitage, de Le-ningrado, do Louvre e da lugos-lávia, além da família do pintor,para receber telas representa-tivas.

Seria um "absurdo", comopensam os espanhóis, que Picas-

so ficasse no Museu do Prado —o grande — entre Velázquez eGoya. Por esse motivo pensou-se no Mini-Prado, que fica ai-guns metros afastado do museumaior, na Calle de Felipe IV, noedifício conhecido também co-mo Casa Grande do Bom Retiro.A partir da instalação de Guer-nica, o Mini-Prado será conver-tido no museu das vanguardasdo século XX. É onde tambémdeverá ficar a obra de SalvadorDali.

O Ministério da Cultura pediuao Governo de Madri um crédi-to extraordinário de 100 mi-lhões de pesetas para o ano de81, destinado à montagem damostra de centenário. Entretan-to, desta soma sem paralelo naHistória da Espanha para umacontecimento cultural, nãoconstará o pagamento do segurode Guernica. Ninguém, na dire-ção geral do Patrimônio Artísti-co, sabe explicar como será re-solvida a questão do seguro doquadro, que deverá custar tantodinheiro que só o Estado poderáser avalista.

É muito provável que as auto-ridades espanholas resolvam oproblema com uma estimativasimbólica do valor do seguro,algo como 5%, para atender àsexigências das companhias se-guradoras. Esse valor, entretan-to, ainda não foi determinado.

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Especulações correntes nosmeios oficiais prevêem que oseguro de Guernica deverá fi-car em torno de 50 a 100 mi-lhões de pesetas, o equivalenteao total das verbas para a come-moração do centenário.

Os críticos, de modo geral,pensam que Guernica repre-senta o apocalipse do nossotempo. Na realidade, ninguémfica impassível diante de Guer-nica, este perfeito cenário dacatástrofe do mundo, recolhidopor Picasso dos escombros daGuerra Civil. A tela é um clamorcontra a guerra, um grito de dorem preto e branco e cinzas, umprotesto contra a voracidadedestruidora da criatura humana,um não ao horror, à naturezaviolada, à loucura sem remédio.

E admirável que essa obra —pintada pelo artista num mate-rial pobre, que os museus atual-mente procuram cercar de cui-dados especiais, para que não sedestrua facilmente — tenha-setornado polêmica, desatandocomentários contraditórios, opi-niões eruditas e panfletárias. Opano pobre e barato em que foipintado o mural não esconde arica expressão original, uma for-ça e uma verdade irrefutáveis.

Guernica é antes de tudouma obra de arte, proclamam oscríticos. Mas é também o maisfamoso quadro da arte contem-porânea, uma obra proibida porFranco de entrar na Espanha, aobra sobre a qual a Espanhademocrática se curva, mobili-zando os recursos possíveis pararecebê-la com honra e alegrianacionais. ¦

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Na partida e na chegada, todas as 2.as, 4.as e 6.as. SWISSCIirÁlç-arj-. «t.íi,tj-_E_,T- .::.>,/'¦-_:l-'"«s ..¦>¦:'; süí_t- i5<--«? .j,t is-rç:-;«: -sa '.* —.«>,!'.-'-' -

Horóscopo Semana de 21 a 27 de setembro JEAN PERRIER

Áries Touro Gêmeos Câncer

(21/3 a 20/4)

Vida Diária: Excelente proteçãoastral, em todos os domínios. Sa-

bendo empregar sua energia, o

sucesso não lhe faltará. Exames e

solicitações favorecidos. Amor:

Com Vênus em trígono, você podeesperar um clima sentimental be-néfico. Sorte no lar. Harmonia

com Touro e Leão. Pessoal: Nãose deixe envolver em situações

comprometedoras. Saúde: Cuida-do com seus reflexos. /Vo; 2. Cor:Marrom. Dia: Segunda-feira.

(21/4 a 20/5)

Vida Diária: Possibilidade de au-

mento salarial ou de maiores lu-

cros. Trabalho favorecido. Exce-

lentes contatos no setor profissio-nal. Amigos lhe serão de grandeajuda. Amor: Vênus em quadratu-ra: cuidado com os sentimentos.

Clima familiar desfavorecido. Har-

monia com Câncer e Sagitário.

Pessoal: Reaja contra sua tendên-

cia a fechar-se em copas. Saúde:

Boa forma física. /Vo; 8. Cor:

Palha. Dia: Quarta-feira.

(21/5 a 21/6)

Vida Diária: Tenha confiança e

não se deixe dominar nos contatos

que estabelecer. Somente desta

forma você alcançará os objetivos

almejados. Sorte para represen-

tantes. Amor: Perspectiva de

magnífica experiência sentimen-

tal. Não faça, entretanto, projetosextraordinários. Harmonia com

Leão e Escorpião. Pessoal: Aceite

os convites que receber. Saúde:

Cuidado com a vesícula. /Vo; 10.

Cor: Pardo. Dia: Quinta-feira.

(22/6 a 22/7)

Vida Diária: No trabalho tudo irá

bem. Com calma, você enfrentaráseus problemas sabiamente. O de-senvolvimento de seus projetosdepende de seu auto-controle. Jú-

piter em sêxtil favorece os recebi-

mentos. Amor: A pessoa que você

ama poderá mostrar-se esquiva.Harmonia com Touro e Aquário.

Pessoal: Cuidado com fofocas ouconfidências inúteis. Saúde: Di-namismo e excelente forma. /Vo;

5. Cor: Havana. Dia: Terça-feira.

Leão

(23/7 a 22/8)

Vida Diária : Com Urano em qua-dratura, não se comprometa com

despesas excessivas. No conjunto,

a semana será excelente, com mais

notícias boas do que más. Amor:

Vida sentimental realçada, com

perspectivas de alegrias que deixa-

rão boas recordações. Harmonia

com Gêmeos e Virgem. Pessoal:

Cuidado com sua má fé nas discus-

sões. Saúde: Grande vitalidade.

Evite remédios. /Vo : 11. Cor: Li-

lás. Dia: Quinta-feira.

Sagitário

(22/11 a 20/12)

Vida Diária: Profissões artísticasfavorecidas: Seus problemas en-

contrarão solução. Você terá mui-

to que fazer e tratar. Estabeleça

contatos. Aja com método em as-

suntos materiais. Amor: A beleza

de determinada pessoa trará en-

cantos a sua semana. Sucesso à

vista. Alegria em família. Harmo-

nia com Balança e Câncer. Pes-

soai: Não se obstine demais. Saú-

de : Faça ginástica. /Vo: 8. Cor:

Roxa. Dia: Quinta-feira.

Virgem

(23/8 a 22/9)

Vida Diária : Trate de agir, procu-re novos horizontes, faça conta-

tos. Uma associação favorável de-

ve ser esperada. Profissões liberais

favorecidas, assim como assinatu-

ras. Amor: Semana neutra no pia-no sentimental. Satisfações no pia-no familiar. Harmonia com Cân-

cer e Aquário. Pessoal: Não se

mostre intransigente com os ami-

gos. Saúde: Não coma depressa

demais. /Vo: 4. Cor: Laranja.

Dia: Domingo.

Capricórnio

(21/12 a 20/1)

Vida Diária: Representantes e

massagistas favorecidos. Semana

positiva no terreno profissional,com estabelecimento de bons con-

tatos. Organize melhor sua vida.

Amor: Plano sentimental neutro:

completo livre arbítrio. Mas evite

aventuras muito inconseqüentes.

Harmonia com Touro e Aquário.

Pessoal: Saia menos, procure re-

laxar mais em casa. Saúde: À

menor indisposição, consulte um

médico. /Vo: 9. Cor: Turqueza.

Dia: Sábado.

Balança

(23/9 a 23/10)

Vida Diária : Bom apoio dos astrosno setor profissional. Uma nova

energia poderá vir em seu socorro

para importante empreendimento.Pessoas influentes poderão ser de

grande ajuda. Amor: Período deexcelente humor e grande encanto

pessoal: aproveite. Bom clima fa-

miliar. Harmonia com Touro eLeão. Pessoal: Distraia-se mais:

você precisa! Saúde: Beba de pre-ferência entre as refeições. /Vo:13. Cor: Preto. Dia: Sexta-feira.

Aquário

(21/1 a 18/2)

Vida Diária : Nenhum recebimen-

to financeiro importante deve ser

esperado. Grandes satisfações no

plano profissional. Harmonia com

os colegas. Viagens favorecidas.

Amor: Vênus em oposição falta

de sorte no terreno afetivo. Dis-

cussões em casa. Harmonia com

Virgem e Balança. Pessoal: Aja e

mostre toda sua engenhosidade.

Saúde : O ar livre lhe será particu-larmente benéfico. /Vo: 14. Cor:

Púrpura. Dia: Domingo.

Escorpião

(24/10 a 21/11)

Vida Diária: Semana difícil. Seja

prudente antes de se comprometer

numa associação. Reaja contra o

desânimo que sobrevier apos

eventual fracasso. Profissionais da

indústria favorecidos. Amor: A

imaginação comandará, esta se-

mana, sua vida sentimental. Har-

monia com Áries e Câncer. Pes-

soai: Saiba pensar. Cuidado com

seus gestos de impaciência. Saú-

de: Faça uma dieta de frutas. /Vo :

12. Cor: Verde. Dia: Sábado.

Peixes

(19/2 a 20/3)

Vida Diária : Secretários favoreci-

dos. Não descuide dos esforços

que precise empreender atual-

mente: ainda que penosos, eles lhe

serão muito benéficos. Possibilida-

de de boas especulações. Amor:Plano afetivo neutro. Trate de porem dia sua correspondência. Har-monia com Capricórnio e Áries.

Pessoal: Segurança e audácia nas

iniciativas. Saúde: Possíveis per-turbações nervosas. /Vo: 11. Cor :

Creme, Dia: Sexta-feira.

a sensação de frescor

do após banho

COLÔNIA • TALCO • SABONETE • DESODORANTE • SAIS DE BANHO

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Conseguir montar um desfile dife-

rente e inédito, foi um desafio para a

Company. Decidiu-se lançar em

grande estilo a coleção de verão, e

reunir numa só noite todos que ti-

nham a ver com o nome Company.

O desfile realizou-se no Tattersall, lu-

gar onde se leiloam cavalos, no Jóc-

key Club do Rio (um amplo galpão,

onde foram armadas passarela, luzes

e platéia); as roupas apareciam em-

brulhadas em papéis, que eram ras-

gados pelas manequins. Aliás, nem

só modelos famosas de passarela,como Beth Lago, Monique, Veluma

e Liginha foram utilizadas: entraram

também figuras anônimas, ou co-

nhecidos Vip's de praia, como o

Pety, o menino do Rio, segundo

Caetano Veloso e Silvinha Martins,

artista gráfica e "socialite".

Entre as tendências, destacaram-se

os camuflados, os "nylons"

(mesmo,

não eram poliamidas); os maiôs,

deslumbrantes, como biquinis de al-

ças atravessadas no "bustier",

mode-

JointeiiAamarradana-frentertãore-

velador quanto, uma tanga, das me-

nores. A linha tropical, muito versátil,

combinava saiotes de babados colori-

dos, que ao serem destacados deixa-

vam as garotas de micro-saias, en-

quanto os rapazes portavam suas be-

Ias camisas floridas, com estampas...

pelo avesso. A grande passagem fi-

cou com a série de blusões e camise-

tas patrióticos, em verde-e-amarelo,

com a sílaba BRA - de Brasil, óbvio,

impressa nas costas ou na frente.

Uma tendência engraçada, bem-hu-

morada e que resultou bonita, ainda

por cima.

Como grand-finale, o tradicional ca-

samento. Que na versão Company

mostrou a noiva de vestido transpa-

rente, tão delicada e romântica

quanto uma noiva de rendas e filós.

A grande surpresa foi o visual dos

convidados e convidadas do suposto

casamento: manequins todas de mi-

ni-vestidos (ou maxi-camisetas?) es-

tampadas com losangos coloridos, e

cacheadas perucas, mudando intei-

ramente os rostos tão conhecidos.

Crédito: Bijou Box, Jamie,Compa-

nhia dos Pés.

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O verão tambémrevive o recatosonso dos anos 30

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A fantasia do verão 80 não deixou delado o clima de nostalgia, recurso quasepermanente de todos os estilistas de hoje. Efoi buscar nos anos 30 suas formas edesenhos. São linhos engomados, marinheiras,cinturas baixas, pregas na saia; as banhistasostentam seus maios de perninhas,recatadíssimos como pedia a época. Tons decinza e branco, salmão e bege acompanhamas luvinhas, os sapatos de salto baixo, asmeias leitosas ou enfumaçadas para a noite.Os cabelos poderão ser ondulados, os lábiosbem vermelhos, os olhos sombreados. Nasfotos, Gina Vieira, penteada por Oldy emaquilada por João, ambos do New Maritê,veste dois modelos de Beth Brício: o maio emlycra vermelho e branco com enorme chapéumole e o macacão-bermuda em plush salmãocom debrum branco, cinto plástico e detalhedourado.

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e Gregório's, o vestido em

crepe azul petróleo com cintura

baixa, saia pregueada e um ombro só

com laço. Sapato de camurça pretocom laço brilhante na frente, da

Gureg, bijuteria da Bijou-Box

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conjunto da jo and Co: o vestido

de Unho branco com saia pregueada

e cintura baixa acompanhado de

casaco com fechamento cruzado e

dois botões. Sapato da Cureg e

chapéu Blu-BIu

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A s marinheiras em três versões: osmodelos tubo com debrum cinza em linhoe o macacão com abotoamento lateral sãoda Suka. Da Jo and Co, o vestido de saiapregueada,gola marinheira, cruzado comquatro botões; sapatos da Jo and Co ebijuteria da Bijou-Box

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Bridge LtZZIE MURTINHO

N

As Olimpíadas

na Holandaj

o próximo sábado, dia 27, têm início na

Holanda — mais precisamente em Valkenburg

— as Olimpíadas de Bridge. As Olimpíadas de

equipes, diferentes dos campeonatos mundiais que

são disputados apenas por uma equipe de cada

zona, congregam jogadores de todo o mundo, com

uma equipe livre e uma feminina de cada país. Até o

momento, estão confirmadas as inscrições de 59

países nas equipes livres, e de 32 nas femininas.

As Olimpíadas foram disputadas pela primeiravez em Nova Iorque, em 1964, repetindo-se desde

então de quatro em quatro anos: Deauville, Miami,

Montecarlo e, agora, Valkenburg.

Montecarlo marcou um momento importante

no bridge brasileiro: nossa equipe livre conquistou o

título, a tão falada medalha de ouro que pouca gente

sabe já estar no Brasil. Para a Holanda, nossa equipe

livre vai composta de cinco cariocas e um paulista:

Gabino Cintra, Marcelo Castello Branco (dupla que,

além de ter feito parte da equipe de Montecarlo,

venceu as Olimpíadas de duplas em Nova Orleans,

1978), Álcio Maia, Pedro Castello Branco, Gabriel

Chagas e Pedro Paulo Assumpção (também cam-

peões olímpicos).

A equipe feminina reúne quatro jogadoras de

São Paulo e uma dupla carioca: Heloísa Nogueira,

Gertie Gramegna, Agatha Mandelot, Ana Maria

Assumpção, Sylvia Figueira de Mello e Lizzie Murti-

nho, o mesmo time que, no começo deste ano,

conquistou o título sul-americano.

Acompanhando os jogadores irão Fernando

Frota, presidente da Confederação Brasileira de

Bridge, Ronaldo Avelino, capitão da equipe livre, e

Valério Joffe, capitão da equipe feminina. Isto sem

contar os muitos torcedores que aproveitarão a

oportunidade para conhecer as belezas da Holanda.

Mas tem uma pergunta que todo mundo me faz

quando se fala de Olimpíadas: e o Omar Shariff, vai?

Deve ir. Se não como jogador, como comentarista-

chefe da Federação Mundial de Bridge. Todo joga-

dor de bridge que puder dar um jeito estará lá.

Isto me lembra as Olimpíadas de Deauville,

realizadas — em maio de 1968 — em plena greve na

França. Não havia nenhuma condução para qual-

quer ponto do país, mas todos os jogadores lá

estavam para o início das competições. Era muito

divertido perguntar a cada um como havia chegado.

Tinha de tudo: um pediu carona em Bruxelas, outro

alugou um ônibus em Genebra, outro ainda fretou

um barco para cruzar o Canal da Mancha, mais

outro tomou um táxi em Frankfurt. Enfim, de um

modo ou de outro, todo mundo arrumou um jeitinho

e chegou. Mais de 400 jogadores reunidos na

disputa do título, que naquele ano ficou para a Itália

(livres) e para a Suécia (femininas).

E aqui vamos nós de novo, tentar fazer o

melhor. Quem não puder estar lá, que torça daqui.

Inclusões pelos tels.: 242-6952 • 222-5718

rE

Di0

CamaoPAULO SABOYA

Saídas básicas - II

(4-1) Este ponto tem solução similar ao

2-1 já apresentado anteriormente. O obje-

tivo é a construção de uma posição futura

firme. Assim é que com o 4 move-se a

pedra de 12-B para 9-P, isto é, do ponto 12

do quadrante externo das pedras brancas

para o ponto 9 do quadrante externo das

pedras pretas. O 1 é jogado do 6-P para o

5-P, ou seja, do quadrante interno das

pedras pretas para o ponto 5 do mesmo

quadrante. Essa pedra é exposta a qualquer

tiro direto de 4 ou combinações que pos-

sam totalizar quatro: o 3-1, 2-2, 1-1 e 4-4.

Esse último ponto duplo é forte, pois per-

mite comer duas pedras, a do ponto 5 e a

do ponto 9. Ocorre que ao fazer essa

jogada você tem 42% de chances de não

ser comido. São 15 a favor e 21 contra, de

um total de 36 combinações dos dados.

Se por acaso você não for realmente

comido, passa a ter mais de 77% de

chances a seu favor de fechar o ponto 5,

que é, sem dúvida, o mais importante

durante todo o jogo. (Diagrama 3.)

Outra jogada alternativa é simplesmen-

te 12-B para 8-P. Essa, no entanto, não traz

nenhum benefício para as jogadas subse-

qüentes. É, portanto, totalmente inócua.

12 11 109 8 7 0 ® 54 3 2 1

12 11 10 0 6 7 P 6 94 3 2 1

(4-1) • 12B para 9P - 6P para 5P

(5-1) Um péssimo ponto para abertura,

assim como todos os que tenham o 5, à

exceção de 6-5 e, de certa forma, o 5-5.

De todas as jogadas possíveis, a mais

construtiva é 12-B para 8-P, com cinco, e

do 6-P para o 5-P com o 1. Você entrará

com o mesmo risco ( 42% ) de ser comido

do exemplo apresentado anteriormente.

Mas com uma desvantagem: tem menos

chances de fechar o ponto ( 61 % ). São 21

possibilidades a seu favor e 15 contra nas

36 possíveis nos dados. (Diagrama 4).

Outras jogadas alternativas são muito

usadas, entre elas 12-B para 8-P, ao jogar o

5 e "esplitar" as suas duas pedras do fim

jogando o 1-B para o 2-B. jogada menos

usada é de 12-B para o ponto 7, que é o

ponto da "barra", termo que vamos usar

muito na linguagem do gamão.

12 11 10 7 B •

12 11 W V « 7 P 6 94 32 I

(5-1) - 12B para 8P - 6P para 5P

(6-1) Traga uma pedra de 12-B para o

ponto da barra (7-P) e feche essa casa

jogando o 1 de 8-P para 7-P. É um pontoexcelente, pois inicia um bloqueio de 3

casas logo no início do jogo — portanto a

única jogada a ser feita (Diagrama 5).

Na próxima semana apresentaremos as

saídas 2-3, 4-2 e 5-2.

12 11 10 0 7 B • 5 4 3 2

12 11 10 9 8 7 P 6 34 32 1

(6-1) - 12li para 7P - 8P para 7P

Rolando os dados

• Este ano o Torneio de Monte Cario

apresentou uma novidade, o pré-torneio

(Jack-Pot) do qual participaram 129 joga-

dores, pagando cada um 1 mil dólares porinscrição. O prêmio foi de 90 mil dólares

ao vencedor, cerca de Cr$ 4,8 milhões. As

partidas foram somente de 7 pontos e

venceu Roger Low. No torneio principalhouve uma surpresa com a vitória do

mexicano C. Conetella, enquanto na Divi-

são Intermediária ganhou Suzyn, dos Esta-

dos Unidos. O torneio de principiantes foi

ganho pela brasileira Matilde Galvão. É

bom lembrar, no entanto, que em Monte

Cario não existem realmente principiantese mesmo os que participam nessa categoria

são jogadores experimentados.

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Filiada à AFAM - Ass. dos Fabr. de Móveis do Brasil e aoSind. da Ind. da Marcenaria do Mun. do Rio de Janeiro.

Luts Fernando Vêrissinio

A LÂMPADA MÁGICAVocês não vão acreditar, eu sei, mas eu juroque é verdade. Eu estava na cama, folheandouma dessas revistas masculinas. É o que eusempre faço antes de dormir. Li em algumlugar que a gente sempre sonha com oúltimo pensamento que tem antes de cair nosono. Nunca deu certo mas eu continuavatentando. Afinal, era a única vida sexual, oucoisa parecida, que eu tinha. Eu era umanegação com mulheres. Ou melhor, asmulheres eram uma negação comigo. Só mediziam não. Eu estava lendo alguma coisasobre a lâmpada de Aladim, numa daquelaspartes da revista que a gente vê correndoentre um bumbum e outro, quando ouvi umavoz que dizia: "Me esfrega, esfrega..." Nãotinha ninguém na cama comigo, comosempre. Não tinha ninguém na casa comigo.E no entanto eu ouvia nitidamente uma vozdizendo "Me esfrega, me esfrega". Leveialgum tempo para descobrir que a voz vinhada minha lâmpada de cabeceira. Umalâmpada nova, mais potente, que eucomprara naquele dia junto com todas asrevistas masculinas do mês. Esfreguei alâmpada — com alguma dificuldade, porqueestava quente — e ela estourou nas minhasmãos. De dentro da lâmpada saiu umafumaça azul que se transformou diante dosmeus olhos, juro, num enorme negrão deturbante e bombachas de cetim. Quando merecuperei do susto pensei em mandá-loprocurar a sua escola de samba, mas algumacoisa, principalmente a lembrança da históriade Aladim e sua lâmpada maravilhosa, mefez perguntar o que ele queria. Aí ele, com avoz do Francisco Egídio, me perguntou o queeu queria. Eu? Sim, como recompensa portê-lo livrado da lâmpada, eu podia fazer trêspedidos. Qualquer coisa que eu quisesse, pormais impossível que pudesse parecer. Ele erameu escravo, meu gênio. Se chamavaPhillips.

Quero ser irresistível para as mulheres —gritei, depois de pesar durante dois segundosse devia pedir isto ou a paz mundial.

Feito — disse ele.Como, feito?Feito. De agora em diante, nenhuma

mulher poderá resisti-lo.Mas eu me sinto exatamente igual. Como

é que eu sei que isso é verdade?Espere e verá.

Só tive que esperar até a manhã seguinte.Quando acordei, tinha uma mulher na minhacama! A dona Fulgência, uma senhora meioparecida com o Helmuth Schmidt que iaduas vezes por semana fazer a faxina. Elaestava mais assustada do que eu. Não sabiao que tinha acontecido mas no momento emque entrara no apartamento se viracompelida a correr para a minha cama,deixando peças de roupa pelo caminho. Só amuito custo consegui convencer donaFulgência a pensar nos seus netos, me largare pegar o aspirador de pó. O resto do dia

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foi um inferno. Não dei dois passos na ruasem ser acossado por mulheres me fazendopropostas incríveis. Como a aglomeração eragrande a minha volta, só as mais fortes edecididas conseguiam chegar perto do meuouvido. Uma halterofilista de bigode chegoua me derrubar numa esquina e começava aarrancar minha roupa quando uma gorda amandou pelos ares e me aprisionou entre osseus seios. Veio a polícia, foi um escândalo.Corri para casa, entrei no apartamento —depois de me livrar, a cotoveladas, dasmulheres de dois vizinhos — e gritei peloPhilips. Não foi fácil porque a donaFulgência estava pendurada no meu pescoço.

Quero qualificar o meu primeiro pedido!gritei.Não pode — disse o Philips da cozinha,

onde comia uma perna de galinha com ospés sobre a mesa. — Cada pedido édefinitivo. Qualificações são consideradas umpedido à parte. Não se aceitam substituições.Em caso de...

Está bem. Está bem. Meu segundo pedido:quero ser irresistível só para mulheres jovense bonitas.

Certo.

Dois meses depois. Magda soergueu-se nacama e com um meneio da sua linda cabeçafez a ponta dos seus cabelos loiros e sedososroçarem no meu peito. Era sinal de que elaqueria mais. Me fiz de desentendido. Disse:"Pára. Eu sinto cócegas". Ela fez a sua carade criança contrariada e fingiu que chorava.Náo agüento mais estes jogos infantis. Nestesúltimos dois meses tenho tido as mulheresmais bonitas e desejáveis da cidade. Elas meprocuram, me mandam bilhetes, me

telefonam no meio da noite. Acaboescolhendo não as que mais me agradam masas mais insistentes. No princípio foi ótimomas com o tempo perdeu a graça. É tudomuito fácil. Não há o desafio da conquista, otempero da imaginação. Elas sempre topam.Algumas, como a Magda — ou o nome delaé Marta? São tantas — querem sempre mais.Outras querem que haja amor, umcompromisso, romance. Umas são vazias.Outras são complicadas. Choram. Brigam.Duas já ameaçaram se jogar pela janela porminha causa. Umas querem me dominar.Outras querem ser dominadas. Uma apareceucom arreios, um chicote e um exemplarenrolado da Voz Operária. Não tenho tempopara mais nada a não ser para as mulheres.Estas mulheres intermináveis. Não posso maisnem ver minhas revistas.

• • •Deixei Magda — ou é Márcia? — fazendobeicinho na cama e fui, arrastando os pésaté a sala. Dona Fulgência pediu demissão.Não podia mais me encarar de vergonha,depois do que aconteceu. Agora Phillips équem faz o serviço da casa. Ele viu a minhacara e perguntou o que havia.

Sei lá — respondi. — Tédio.Mas você está com a vida que pediu a

Deus! Ou a mim, pelo menos.Pois é — disse. E então desabafei: — Mas

não é isso que eu queria, entende? Essasmulheres não vêm aqui por minha causa. É asua mágica que as traz aqui. Tenho amorpróprio. Eu quero ser desejado pelo que eusou, entende?

Esse é o seu terceiro pedido?Hesitei.

Não, não. Escuta. O meu pedido é oseguinte.Puxei uma cadeira, sentei de cara para oPhillips e comecei:

Quero continuar tendo todas as mulheresbonitas que encontrar, claro. Mas quero queelas desapareçam depois do ato, certo? Nãoquero que haja antes nem depois. Ouentão... Não, não, apaga tudo. Querocontinuar tendo todas as mulheres que tenhoagora, mas quero que todas sejaminteligentes e maduras e que saibam ficarquietas ou desaparecer na hora certa. Esperaum pouquinho. Não é bem isso. Quero serirresistível. Até aí tudo bem. Mas só paracerto tipo de mulher. E outra coisa. Queroque elas venham para a minha cama porcausa da sua mágica mas depois seapaixonem por mim, independente damágica. Certo? Em outras palavras...Mas o Phillips sorriu ironicamente, fez umgesto com a mão dando a entender quedesistia definitivamente de mim, ou doshomens em geral, e desapareceu numanuvem de fumaça na direção da lâmpada decabeceira, no meu quarto. Onde entreisegundos depois e não vi mais ninguém. Nemo gênio, nem a Magda — ou era Magali? Sóas minhas revistas sobre a cama vazia.

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