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TempoRIO — Tempo nublndoainda sujeito a lnstablll-dade na madrugada c aoentardecer. Temperaturaestável. Ventos moderados de Este a Norte ron-dando para Sul. Temperatura mfixlmn: 31.1 emBangu e mínima: 21.4 noAlto da Boa Vista.O Salvamar Informa queo mar esta calmo comáguas a 24° correndo deLeste para Sul.

(Temperaturas e mapas Ina página 14)

índiceSete QuedasMá conservaçãocausou acidente(Pag. 5)Gueiros achaque incorporaçãoextingue PP (Pág. 5)DesfileCampeões voltam adesfilar hoje (Pág. 6)MoreninhaGeólogo culpaaterro (Pág. 8)BrejnevCorrupção leva amigoda família Brejnev àprisão (Pág. 13)Juiz impõevalor de anelque sumiu na CEF(Pág. 14)Tiroteionâo libertatraficante (Pág. 14)Imposto de RendaTire suas dúvidas,na página 15Carnavalnâo enche hotéisdo Rio (Pág. 15)Bolsa de ValoresPágina 18Fórmula-1Rosberg bate tempode Piquet (Pág. 19)Zicotalvez nãojogue hoje (Pág. 24)Lúcio Costafaz 80 anos(Caderno B)LivroRomance narra mortede Herzog (Pág. 9do Cad. B)

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24 promissórias, firmado a Po-dro Corroa de Oliveira por Evada Silva Marques. Registro (oi-to no 22° Oficio do Notas,situado a Est, Vicente Carvo-lho. 1450 RJ/ sendo 6 prom.s-*ónas do 40 000.00 (quarontamil cruzeiros) vonc. em30/03/82. 6 de 50 000.00 (Cm-quenia mil cruzeiros) venc.•m março/83. 6 do 60 000.00{Sessenta mil cruzeiros) venc,em março/84, 6 de 80.000.00(Oitenta mil cruzeiros) venc.em março/85 e terminandoem janeiro de 86

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RNA •DJtt.flRio de Janeiro — Sábado, 27 de fevereiro de 1982

Ibrahim entrano PDS paraser governador

O ex-Secretário de Obras do GovernadorChagas Freitas e membro do Partido Popular,Emílio Ibrahim, assinou ontem a ficha deinscrição no PDS do Rio para disputar aindicação do Partido ao Governo do Estado.Ibrahim se considera apenas "mais um solda-do", com "formação de democrata cristão",que não vê diferenças entre as diretrizes doPP e do PDS.

O convite a Ibrahim foi feito pela banca-da federal do PDS, por sugestão do Mi-nistro Mario Andreazza, seu amigo há muitotempo. Ontem à noite, em casa, Ibrahim ex-plicou: "Estou seguindo o exemplo do pre-sidente de honra do PP. Deputado Maga-lhães Pinto, e procurando outro Partido."Ibrahim acredita que "o povo deste Estado— altamente politizado — deseja austeridadeno trato do serviço público". (Página 3)

Nordeste quermanter vínculogeral dos votos

Num almoço, ao final da 260" ReuniãoOrdinária do Conselho Deliberativo da Sude-ne, os governadores de Sergipe, Alagoas,Piauí, Ceará, Minas, Pernambuco, Paraíba,Rio Grande do Norte, Bahia e Maranhãodecidiram tomar posição contra o desdobra-mento da vinculação geral dos votos e aeliminação de uma sublegenda para o Sena-do. Há dirigentes do PDS que desejam aredução de três para duas.

Os 10 governadores, segundo revelou o daBahia, Antônio Carlos Magalhães, conde-nam a proposta de Emenda Constitucionalque permite a reeleição de governadores eprefeitos, e rejeitam a sugestão de um desta-cado dirigente do Partido do Governo de secriar a sublegenda para governador. (Pág. 2)

Líder sindicalé assassinado emtáxi no Chile

O presidente do Sindicato dos Funcio-nários Públicos do Chile, Tucapel Jlmenez,foi morto com três cortes no pescoço quequase o decapitaram. O corpo estava aovolante do táxi em que ele trabalhava de-pois de ter sido demitido do Ministério daFazenda no final do ano passado, devido aoprograma de reestruturação da burocraciaestatal.

O Presidente Pinochet ordenou ao Mi-nistro do Interior, Sérgio Fernandez, queassuma a investigação do crime. A UniãoDemocrática dos Trabalhadores, da qualTucapel era vice-presidente, disse que ele"era uma vítima necessária para os ini-migos da democracia e da liberdade, paraos que desprezam os direitos fundamen-ais do homem, para os que depreciam eexploram os trabalhadores". (Página 12)

Telê convocaAdilio e deixaRocha de fora

O técnico Telê Santana afastouRocha da Seleção para manter Adi-lio, que deve entrar no segundo tem-po do amistoso de quarta-feira, con-tra a Tcheco-Eslováquia, no Morum-bi. O treinador tinha de cortar umdos dois, porque voltou a convocar oponta Éder, recuperado de uma con-tusão, para a reserva de Mário Sérgio.Serginho será o centroavante, no lu-gar de Roberto.

Sócrates, também recupera-do, retoma sua posição no meio-campo. Para completar sua 100aapresentação pela Seleção Brasilei-ra, o ponta-direita Jairzinho, de 37anos, jogará 10 ou 15 minutos. O timeestá escalado com Valdir Peres;Leandro, Oscar, Luisinho e Júnior;Cerezo, Sócrates e Zico; Jairzinho,Serginho e Mário Sérgio. (Página 22)

Com a participação de artistas e crianças, a As-soclaçáo de Moradores e Amigos do Jardim Bota-nico promove hoje, às llh, na Lagoa Rodrigo de Frei-tas, a Passeata em Defesa das Lagoas. Del Castilho, às8h, e Olaria, às 15h. criam hoje suas associações demoradores, para ajudar a resolver problemas dos balr-ros. (Vida dos Bairros, no Caderno de Classificados i

Ano XCI — N° 321 Preço: Cr$ 40,00

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k. mm, ML..O rio Maracanã transbordou e quase encobriu o táxi Brasília

Chuva provocainundações epára Zona Norte

Os rios Joana e Maracanã transbordaram,provocando a inundação da Avenida RadialOeste; a Avenida Brasil ficou alagada, engar-rafando o Viaduto do Gasômetro e a Perime-trai; a Suburbana enfrentou congestionamen-to, e no Rebouças uma pista de acesso aotúnel estava intransitável até às 23h A ZonaNorte foi a que mais sofreu com as forteschuvas de ontem.

— Mete o pau nesta pouca-vergonha. Nãose paga impostos para isto — desabafouo anestesista Carlos Hermann, da Mateml-dade-Escola de Laranjeiras, que tinha cirur-gia marcada para as 22h. Às 23h, porém,ele era um dos milhares de motoristas reti-dos na Radial Oeste, onde até caminhões eônibus que ousavam atravessar as pistasInundadas ficavam semi-submersos. (Pág. 14)

Padre Reginaldoé incurso maisuma vez na LSN

O Superior Tribunal Militar determinouque a 7a Circunscrição Judiciária Militar, deRecife, enquadre novamente o Padre Regi-naldo Veloso na Lei de Segurança Nacional,por considerar propaganda subversiva suaCarta Aberta aos Bispos do Brasil, em queprotesta contra sua prisão no dia 3 destemês, devido à condenação por ofensa aoSupremo Tribunal Federal.

A ofensa ao STF foi compor o hino Vito,Vito, Vitória, em homenagem ao Padreita- liano Vito Miracapillo, expulso do Bra-sil em 1980, o que lhe valeu a pena de umano de prisão imposta pelo STM. Detidoem Recife, o Padre Veloso escreveu a car-ta no dia 6, quando ainda estava no Bata-lhão de Cavalaria Dias Cardoso. (Página 5)

Metalúrgicos daCiferal acabamvigília de 48h

Após um dia de negociações intensas como Chefe da Casa Civil do Governo estadual.Marcial Dias Pequeno, e com o delegado Bor-ges Fortes, os operários da Ciferal resolveramdesarmar o acampamento em frente ao Pala-cio Guanabara e voltar para casa. Sem rece-ber há três meses, tiveram a promessa de umencontro com o Secretário da Indústria eComércio para um "estudo realista da si-tuaçào".

Em nota oficial, o Governador ChagasFreitas afirma que vai promover gestões parafacilitar a transferência da Ciferal para empre-sários do setor de transportes, "que contariampara tanto com o apoio das áreas financeirasdo Estado". Ao fim da assembléia, os metalúr-gicos terminaram a vigília e voltaram parasuas famílias, com exceção do mecânico Hum-berto, que foi parar no hospital. (Página 7)

Antônio Batalho

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2 d 1" oaderno o sábado. 87/8/88 política e govermo JORNAL DO BRASIL^

Coluna do Castello

Magalhães já "está no PDS

Brasília — O Sr Magalhães Pinto veioontem a Brasília para comunicar ao MinistroLeitão de Abreu e, se possível, ao Presidenteda República pessoalmente, sua decisão defiliar-se ao PDS. O encontro com o Chefe doGabinete Civil deu-se à noite em um jantar naGranja do Ipô. Ele vem sozinho, naturalmenterespaldado pelo seu grande prestígio político eeleitoral no seu Estado. O Deputado BiasFortes, presidente do PDS mineiro, já o visita-ra no Rio para dar-lhe as boas-vindas noPartido e para comunicar-lhe que passará àfase ativa de candidato à sucessão governa-mental do Estado. Quanto ao lugar do ex-Governador na chapa do PDS, dependerá deentendimentos com a cúpula partidária e deopção sua, nos termos em que lhe foi facultadopelo Presidente da República. A chapa Bias-Magalhães, para o Governo e o Senado, pode-ria representar a mais eficaz combinação depessedistas e udenistas que o PDS está cmcondições de produzir.

Quanto ao Sr José Aparecido de Oliveira,que tem sido seu principal assessor político,lamenta não poder acompanhá-lo nessa deci-são. Isso o afeta política e efetivamente e.embora declare que não tem restrições ao PDScomo Partido e que lá iria reencontrar velhoscompanheiros e amigos oriundos de todas ascorrentes partidárias do Estado, não pretendedesfigurar sua vocação oposicionista a que setem mantido fiel desde o deflagrar do movi-mento de 1964. Naquela época, aliás, afastou-se pela primeira vez do Sr Magalhães Pinto,com quem começara a trabalhar para ajudá-loa conquistar a presidência da UDN mineira, apresidência nacional da UDN e o Governo deMinas.

Na campanha eleitoral, Magalhães cede-ra-o a Jânio Quadros, cuja campanha eleitoralarticulou e cm cujo Governo se tornou secreta-rio particular e alter ego do Presidente nosquase sete meses de permanência no Palácio.Com a renúncia, Aparecido voltou a Minas eassumiu a Secretaria do Governo, com passa-gens pela Secretaria do Interior e da Agricultu-ra (nesta começara sua carreira, como oficialde Gabinete de Américo René Giannctti).Dois meses antes de deflagrado o movimentomilitar, o Governador concedeu-lhe demissãopor perceber que Aparecido, que trabalhava aschamadas "áreas

populares", não aceitariaintegrar-se na conspiração e no movimento. OSecretário somente foi avisado do movimentona véspera da sua irrupção, desligando-se en-tão do Governador por um período de quasesete anos, quando voltou ao convívio da velhaamizade. Desta vez separam-se politicamente,mas não pessoalmente.

O Sr Aparecido conversará neste fim desemana com alguns amigos mineiros que ohaviam acompanhado no ingresso no PP, prin-cipalmente os Srs Raul Belcm, de Araguari, eConegundès, de Barbaccna. Sua decisão édesligar-se do PP mas não se definirá antes dodia 4, pois tem de examinar a situação dos seuscompanheiros. Não se julga candidato compul-sório a qualquer posto c sente que suas condi-ções atuais, físicas e psicológicas, dificultariamsua atuação numa campanha eleitoral. Ontempela manhã voltou a receber o Deputado HélioGarcia e, por telefone, conversou com o ex-Presidente Jânio Quadros, que estará de voltaao Brasil até o dia 3. O Deputado Bias Fortesanunciou que o visitará, o mesmo devendofazer o Governador Francelino Pereira.

A ex-Deputada Ivete Vargas procurou-ona noite de ante ontem para oferecer-lhe alegenda do FrB, a ele c ao Senador ItamarFranco. O Senador não tem opção definida e,se a incorporação malograr, manter-se-á comocandidato a governador pelo PMDB. Casocontrário, é candidato nato a senador e, mal-grado sua disposição de não ajudar o SrTancredo Neves, alegando incompatibilidadedefinitiva, lutará possivelmente dentro do Par-tido em ações de guerrilha contra o candidatoao Governo do Estado. Ele aguardará contudoaté o dia 16 para fazer sua opção final. Alegenda do PTB daria acomodação fácil aosamigos do Sr Aparecido, mas ele preferedeixá-los à vontade para que se situem emfaixa segura. O ingresso no PDS, por exemplo,envolve uma convivência de espaços eleitorais,a esta altura dificultada pela ocupação dasáreas pelos candidatos originais do PDS.

Desfiliando-se do PP até o dia 4, o SrAparecido ainda examina outras hipóteses,mas se diz preocupado principalmente empreservar seu "território moral". Ele permane-cera no Rio até o dia 4, quando partirá parauma fazenda a fim de repousar, segundo reco-mendações médicas.

Quanto ao Sr Magalhães Pinto espera-seseu rápido entrosamento com seus novos cor-religionários do PDS, na maioria os mesmoscom os quais conviveu na extinta Arena. Seráantes um reencontro do que um encontro ecom sua habilidade estará em condições deentrar sem forçar espaços. Ele tem o seupróprio espaço na política mineira e está con-vencido de que, atendendo ao apelo do Presi-dente da República, desde que se manifestouinconformado com a incorporação, estará aju-dando a condução do processo de normaliza-çáo democrática, ao qual assegura que perma-nece fiel.

Carlos Castello Branco

SORTEIO DEFEVEREIRO DE 1982

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ED ALIANÇA DA BAHIA

Governadores insistem na vinculação *Arquivo — 22/12/81

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Sarneydesmentereunião

Brasilia — O presidentedo PDS, Senador José Sar-ney, assegurou ontem que,se ainda houver novas re-formas na legislação elei-toral, elas seráo apenas"de natureza formal" e nâoteráo qualquer profundi-dade. Acrescentou que nâotêm fundamento Informa-ções segundo as quais oGoverno estaria convocan-do seu Conselho de Desen-volvimento Político paraexaminar tais mudanças.O PDS e o Governo, segun-do o Senador, mantém-seem atitude de expectativaquanto à decisão que, napróxima semana, o plena-rio do TSE adotará em re-laçâo aos pedidos de im-pugnação da Incorporaçãodo PP ao PMDB. "Nossaposição é a mesma: é umproblema do PP e doPMDB. pendente de deci-sáo judicial" — explicou.

PMDB daBahia fazcampanha

Salvador — Sem a pre-sença do secretário-geraldo Partido, DeputadoFrancisco Pinto, o PMDBiniciou ontem sua campa-nha eleitoral na Bahia —depois da Incorporação —com um comício reunindoas principais lideranças doPMDB e do PP, inclusiveos candidatos à sucessãoestadual que haviam sidolançados pelos dois Parti-dos: o ex-Consultor Geralda República, Waldir Pi-res. e o ex-Governador Ro-berto Santos. Ontem pelamanhã, o diretório regio-nal do PMDB se reuniu emSalvador para cumprir adeterminação legal da In-dicaçào do número decomponentes da nova dire-çâo do Partido, a ser eleitaem abril. O diretório regio-nal terá 44 membros, maiso lider na Assembléia Le-gislativa.

Jânio farávisitaa Israel

Sào Paulo — O ex-Presidente Jânio Quadrosvisitará Telavlve e Jenisa-lém nos próximos dias 5 e6, adiando para o dia 10sua volta ao Brasil. O ex-Presidente recebeu convi-te oficial do Governo deIsrael e chegará em Telavi-ve um dia após o Presiden-te francês François Mitter-rand visitar aquele país.Jânio percorrerá Telavivee Jerusalém na companhiado Primelro-Ministro Me-nahem Begin. A Informa-çâo foi dada ontem peloex-Deputado Gastone Ri-ghi, um dos assessorescom quem o ex-Presidenteconversou novamente portelefone. Antes de ir a Is-rael. Jânio visitou oficial-mente a Líbia, sendo rece-bido pelo Coronel Kadaffi.Posteriormente, esteve noCairo. A visita de Jânio aIsrael nasceu de um movi-mento da comunidade is-raelita de São Paulo, co-mandado pelo empresárioLeon FefTer, revelou o SrRighi.

Natel negaconvitea Adhemar

Sào Paulo — O escritóriopolitico do Sr Laudo Natelnegou ontem que o ex-Governador já tivesse con-vldado o Deputado Adhe-mar de Barros Filho paraser o seu candidato a Vice-Governador nas eleiçõesde novembro.

O Sr Natel confirma quedisputara a convenção doPDS, e diz que ainda náotratou do nome do vice.Sua assessoria anunciaque a chapa do ex-Governador incluirá no-mes da Capital e do inte-rior, principalmente em-presârios.

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Magalhães admite concorrer ao Senado, nuis sem sublegendas

Magalhães vai para o PDSe explica as razões dia 2

Brasília — O Deputado MagalhãesPinto pretende anunciar a sua opção par-tídária ("minha tendência é pelo PDS")no prõximo dia 2. terça-feira, em pronun-clamento que fará em Belo Horizonte,conforme revelou ao JORNAL DO BRA-SIL, ontem, às 18h. ao desembarcar emBrasília vindo do Rio de Janeiro.

O ex-Governador de Minas, que tam-bém admitiu a possibilidade de ser candi-dato ao Senado por Minas Gerais, noPDS, ("nào aceitarei sublegenda, mas le-genda"), jantou com o Ministro-Chefe doGabinete Civil da Presidência da Repú-blica, Leitão de Abreu, devendo conver-sar, ainda, antes de sua decisão, com oVice-Presidente Aureliano Chaves, o Go-vernador Francelino Pereira e o Presiden-te do PDS, José Sarney.

RecepçãoMagalhães Pinto foi cercado por repor-

teres, fotógrafos e cámeras de televisãologo que chegou ao saguão do aeroportode Brasília. Enquanto dava uma entrevis-ta reiterando que tomara a sua decisãosolitariamente, "mas' nâo sem antes teralgumas conversas com autoridades doGovemo e amigos", foi surpreendido coma presença, no aeroporto, de José Sarneye Homero Santos, presidente e vice-presidente do PDS.

Sarney disse que ali estava especial-mente para cumprimentar "um velhoamigo", recusando-se a comentar a possi-bilidade de seu ingresso no PDS, argu-mentando que se tratava de uma decisãoque só cabia ao ex-Governador de Minas.De sua parte, receberia com grande satis-facão o ingresso de Magalhães Pinto noPDS. por se tratar cie "um homem preo-cupado com o futuro político do pais".

Calmo e sorridente, Magalhães Pintorecusou-se a adiantar onde seria o seuencontro com o Chefe da Casa Civil, mas,

encerrada a entrevista de televisão, confl-denciou ao repórter do JORNAL DOBRASIL que seria um jantar com Leitãode Abreu, ontem á noite, no Granja doIpè. Na manhã de hoje, Magalhães Pintodeverá regressar ao Rio de Janeiro, espe-rando estar em Belo Horizonte dia 2. parafazer o anúncio formal de sua adesão,"provavelmente ao PDS".

Magalhães Pinto negou que tenha de-cidido optar pelo PDS unicamente paraderrotar o candidate do PP ao Governode Minas, Tancredo Neves ("Não sou can-didato a governador"), mas fez questãode revelar que o Senador Itamar Francolhe comunicou que será candidato a go-vernador de Minas pelo PMDB, devendoiniciar a campanha imediatamente.

— Itamar vai ficar no PMDB comocandidato a governador. O José Apareci-do resolveu ingressar no PTB. Minhatendência ô pelo PDS.

O ex-Governador de Minas disse quepretendia discutir "alguns problemascom o Chefe cia Casa Civil e que, poste-riormente, conversaria com o Vice-Presidente Aureliano Chaves, com o Go-vernador Francelino Pereira e. em segui-da. com o presidente do PDS, José Sar-ney. Revelou que ja teve entendimentomuito bom com o presidente do PDSmineiro, Crispim Jacques Bias Fortes.

José Sarney e Homero Santos, presi-dente e vice-presidente cio PDS, acompa-nharam Magalhães Pinto ate seu aparta-mento na Quadra 309 (mora no aparta-mento do Senador Humberto Lucena. doPMDB da Paraíba, enquanto este ficouno apartamento da 302, pertencente aopolítico mineiro) "para conversarmos".

Nos meios políticos de Brasília náo setem mais duvida de que Magalhães Pintovai para o PDS. Também se informa queele tem nova audiência com o PresidenteFigueiredo no dia 2, depois de anunciarseu ingresso no PDS. mas isso ele linoconfirmou.

Aparecido consulta osO ex-Deputado José Aparecido de Oil-

velra anunciará segunda-feira, ou, no má-ximo. no dia seguinte, a sua nova opçãopartidária. Ele decidiu já desfiliar-se doPP, acertou que nào ingressará no PMDBe descartou a possibilidade de entrar pa-ra o PDS, durante encontro ontem, emseu apartamento, com o presidente doPDS mineiro, Deputado Bias FortesFilho.

Ele recebeu ainda apelo para ingressarno Partido do Governo dos Srs. JoséSarney e Ibrahim Abi-Ackel, mas Apare-cldo acredita que nào existe espaço poli-tico para ele trabalhar no PDS. O ex-

amigosDeputado conversou também, por telefo-ne, com o Ministro da Aeronáutica, masapenas sobre problemas de saúde, ja queo Brigadeiro Délio Jardim cie Mattos ope-rou-se com o mesmo cirurgião que colo-cou as quatro pontes de safena em Apare-cido.

O ex-Deputado recebeu, finalmente, avisita da presidente nacional do PTB,Deputada Ivete Vargas. Ontem à noite,ele admitia ate nào se filiar a nenhum dosPartidos, jâ que não está. no momento,disputando nenhum cargo. Mas tudo de-penderá de algumas conversas que teráno fim desta semana.

Alacid perde dois parlamentaresBelém — O Deputado Plínio Pinheiro

Neto e o Vereador Manoel Coelho, deBelém, ambos do PMDB e ligados aoGovernador Alacid Nunes, formalizaramontem seu Ingresso no PDS. Plínio passa-rá a apoiar a partir de agora, na regiãoSul do Pará, a candidatura do Tenente-Coronel Sebastião Rodrigues de Moura, o"Major Curió", à Câmara Federal naseleições de 15 de novembro.

A adesão de Plínio pode significar oinicio de uma debandada de politicos dognipo alacidlsta, atualmente no PMDB,com destino ao PDS. Pelo menos outrostrés deputados oposicionistas tém seuingresso considerado já "bastante prova-vel" no Partido do Governo. São eles:José Guilherme. Lauro Sabba e JaimeNascimento, o primeiro do PMDB "au-tèntico". e os dois últimos, como Plínio,Integrantes do bloco alacidlsta.

Quando houve o rompimento do Go-

vernador Alacid Nunes com o SenadorJarbas Passarinho, no ano passado, oPDS ficou com apenas 9 deputados, deum total de 20 que constituía a sua ban-cada na Assembléia Legislativa. Os ou-tros 11 foram para o PMDB, depois deuma curta temporada no PTB. O PDScomeçou a se fortalecer, entretanto, apósas adesões de Álvaro Freitas, MaximinoPorpino. Nicolau Saraty e, agora, PlínioPinheiro Neto.

No interior, o PDS avança tambémsobre os redutos do PMDB. alguns dosquais tradicionalmente ligados ao Gover-nador Alacid Nunes. O caso mais recentefoi a adesão de todos os vereadores daCâmara Municipal de Juruti, no BaixoAmazonas, sem contar o ingresso noPDS, jã previsto para o próximo domin-go, de praticamente todos os integrantesdo PP no município de Santa Izabel doPara.

Rogério Coelho Neíò ,«,Aracaju — A manutenção da vlnculaçáü"

geral de votos com a condenação às manobras"-",de dirigentes do PDS, que desejam desdobrá-la, Vfffoi defendida ontem pelos governadores <SrSW3Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Nortíx"-Paraíba, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Bahia'e Minas Gerais, que se reuniram num almoço,depois de encerrada a 260« Reunião Ordinária. ,<-do Conselho Deliberativo da Sudene. ¦rVv

A posição unitária dos nove governadores;.',;•'<do Nordeste e mais a do de Minas, cujo Estador-vtambém se integra a área da Sudene, sefa",,levada ao Presidente João Figueiredo, isolada--:- «mente, por cada um deles, através de audlèn-*''^cias que começarão a ser solicitadas já nat.':"'próxima segunda-feira. Os governadores defen-dem também a manutenção das três sublegert--"^'"das para o Senado, contrariando posição dacúpula do PDS que deseja reduzi-la de trés parauma.

Definição ;.»u .ttuínçaí

Os 10 governadores, segundo revelou o d,^','Sergipe, Augusto Franco, espera, ao mesmo"tempo, uma rápida definição das regras eleiú?-";'rais que prevalecerão na eleição de 15 de ho^',vembro. Sentiu-se, entre esses governadores,durante o almoço oferecido por Franco noPalácio Olímpio Campos, uma certa ansiedade 'pela demora do Palácio do Planalto em anun-ciar o seu novo pacote de reformas políticas.

Os governadores do Nordeste, com o apoiode Francelino Pereira, não julgam "providerj-ciai" para o PDS, conforme deixou claro obaiano Antônio Carlos Magalhães, a aprovação 'de emenda constitucional que permita a reelei-ção dos detentores de cargos de Executivo nasesferas estaduais e municipais.

Uma nova tentativa para implantação da''sublegenda nas eleições de governador tem'ainda a condenação unânime de João Castelo(Maranhão) Lucídio Portela (Piauí), LavoisiéT ""Maia (Rio Grande do Norte). Virgílio Távorà ".(Ceará), Tarcísio Buriti (Paraíba), Gullherrq.ér.Palmeira (Alagoas), Augusto Franco (Sergipej^Marco Maciel (Pernambuco). Antônio Carlos.Magalhães (Bahia) e Francelino Pereira (MinasGerais). *, *i,

.- ;jX».Vinculação"A posição uniforme dos 10 governadores

que participaram ontem da reunião da Sudene,em torno da manutenção da vinculação geralde votos, começou a ser desenhada na noite de* .^quinta-feira. Guilherme Palmeira, Virgílio T^'^vora, Lavoisier Maia. Lucídio Portela e France.-..*!lino Pereira, os primeiros a chegarem a Araca--ju, a defenderam durante jantar que Augusto--.-Franco ofereceu aos conselheiros da Sudeneí"*''

Na manhã de ontem, ainda no aeroporto dè; 'Aracaju, numa conversa de 15 minutos corri'"Augusto Franco, que foi recebé-los. Marco Ma-'ciei, Antônio Carlos Magalhães e Joáo CastelçL,.'revelaram que apoiavam a iniciativa e também

"viam na vinculação geral de votos — de gover-i •-nador a vereador — uma fórmula de sucesso-eleitoral para o PDS. i «i

Durante o almoço no Palácio Olímpico ""Campos — entre finas iguarias regionais como-'"tortas de caranguejo e siri —os 10 governadores

"selaram, então, o pacto que os levará, emencontros isolados com o Presidente João Fi-gueiredo, a pleitear a manutenção, sem reto-quês da vinculação geral de votos e a perma*n>nência das três sublegendas para o Senador»-Lavoisier Maia chegou a sugerir a elaboração' 'de um documento para fixar a posição tomada "pelos governadores de Estados vinculados $,',,"área da Sudene. mas Antônio Carlos, Franceli-,,-"no e Franco náo deixaram a idéia prosperar ppjò.iconsiderá-la desnecessária. , íre*ât

A eleição

Um dos governadores, que nào se quis iden-'-'tificar, revelou, no final da conversa no PalácioOlímpico Campos, que existe entre as liderar»"-"ças mais liberais do PDS um certo temor pelasorte das eleições deste ano, apesar dos reitera-dos pronunciamentos do Presidente João Fi-gueiredo de que o calendário político serácumprido a todo risco.

O mesmo governador admifu qie as ~>:aiò-res pressões sobre o Palácio do Planalto. no„.sentido de levar Figueiredo a aprofundar todoum elenco de casuismos eleitorais, estão partin-do da cúpula do PDS com o discreto apoio daslideranças do Partido de São Paulo. Citou,entre as medidas que possam ser conceituadas^de casuisticas, a reeleição de governado-es, aprorrogação de mandatos e o desdobramentoda vinculação geral de votos.

Adesões importantes Z

Quando deixava Aracaju para retornar «Belo Horizonte, Francelino Pereira revelou quemais dois governadores apoiam a tese de que avinculação de votos náo deve ser desdobrada:Ney Braga (Paraná), Amaral de Souza (RioGrande do Sul). Francelino negou-se contudo aadmitir que a reunião de ontem na Capitalsergipana tenha representado uma resposta doNorte e Nordeste e de Minas às sugestõesreformistas de São Paulo. «

O Governador Antônio Carlos Magalháei.embora veja "no radicalismo exagerado dasoposições uma ameaça constante à realizaçãodas eleições, garantiu que o Norte e o Nordéstç.em particular, estão em condições de ajudar oPresidente da República a manter inalterável ocalendário eleitoral. Marco Maciel participa domesmo raciocínio. Depois de defender — viri-gando ou náo a incorporação do PP ao PMDp— a manutenção da atual legislação eleitoral-,sem novas reformas, o Governador de Peruam-buco manifestou a opinião de que "só a eleiçáo.ao suscitar um amplo debate, pode ajudar oGoverno até a solucionar os graves problemaseconômicos do país."

As opiniões dos 10 governadores que sereuniram ontem em Aracaju divergiram bas-tante em torno do distritão, um sistema deeleiçáo parlamentar que substitui o voto pro-porcional pelo voto majoritário. Antônio Carlosacha que se o Congresso adotar o novo sistemaaprovando emenda do Deputado Nilson Gib-son (PDS-PE). a vinculação geral de votosperde sua importância e com ela o própriopluripartidarismo será sacrificado. Marco Ma-ciei discorda desse ponto-de-vista e nâo creditamaior importância à aprovação ou náo daemenda que institui o distritão. Todos os go-vernadores querem uma urgente reforma tríbu-taria e um tratamento diferenciado para oNorte e Nordeste no repasse das verbas fede-rais. _

JORNAL DO BRASIL-der POLÍTICA sábado, 27/8/82 u l° oaderno ü 3

Emílio Ibrahim disputará o Governo do Rio pelo PDSO ex-Sec.retfirin rip Ohrns rín Rln Hmllln "'" r.-u,_ w,-,._ •«-Q ex-Secretário de Obras do Rio, Emílio

Ibrahim, assinou ontem, em seu apartamento deCopacabana, sua ficha de filiação no PDS, "comomais.um soldado", mas com o propósito de dispu-tar, na convenção do Partido, a indicação paraconcorrer à sucessão do Governador Chagas Frei-tas, a quem serviu até o dia 14 de fevereiro, quandose deslncompatiblllzou para concorrer às eleiçõesde novembro.

De roupa esporte e sapatos brancos, EmílioIbratilm recebeu ontem a visita do Ministro MárioÂndreazza, seu amigo, e de oito deputados fede-rais tio PDS fluminense. No terraço de seu aparta-mento, Emílio Ibrahlm disse que nâo via dlferen-ças entre as diretrizes partidárias do PP — Partidoa que estava filiado — e o PDS: "Com minhaformação de democrata-cristáo, sem radlcallsmos,estqü seguindo o exemplo do presidente de honrado PP, o Deputado Magalhães Pinto, e procurandooutro Partido".

ConviteO convite para que o ex-Secretário de Obras

ingressasse no PDS veio através da bancada fede-ral do Partido, atendendo a sugestão do MinistroMário Ândreazza, que assim se desobrigou deconcorrer ao Governo do Rio. Ontem, ao serindagado se se sentia aliviado com a solução,Ândreazza respondeu com uma gargalhada, masnâo quis confirmar se Ibrahlm será o candidato agovernador.—- Então os pedessistas poderão continuarinsistindo em seu nome? — indagou um repórterao Ministro.

Não. Já disse diversas vezes que nào soucandidato. O Emílio sim, seria uma boa solução,mas tudo depende da convenção. Nosso trabalho éprocurar pessoas de gabarito e que tenham presta-do serviços ao Estado. E nâo hâ dúvidas que temosagdía um grande reforço, uma grande aquisição.

Ândreazza explicou também que seus entendi-merítos com Emílio Ibrahim começaram logo apósa convenção conjunta do PP-PMDB;

Ele procurava um Partido de centro, mode-rado, E não poderia aceitar o seu ingresso noPMDB.

A ficha de filiação ao PDS chegou até a casa deEmílio Ibrahim levada por uma comissão de depu-tados, representando a bancada federal: DarcilioAires, Léo Simões, José Torres, Alalr Ferreira,Lígia Lessa Bastos, Simáo Sessln, Osmar Leitão eSaramago Pinheiro, além do Ministro Mário An-dreazza. Antes de dar qualquer entrevista, EmílioIbrahlm assinou ficha, que seria impossível depoisdo dia 4 de março, quando termina o prazo defiliação para os descontentes do PP.

Realizações^Afirmando que "o povo deste Estado — alta-

mente politizado — deseja um Governo que tragaidéias, realizações, experiência e, sobretudo, aus-teridade no trato do serviço público", EmílioIbrahlm lembrava que "esta tem sido a tônica deminha vida pública, procurando sempre alcançarrealizações de alto sentido social", e ressaltavaque. sua atuação pública nào se limitava aoscargos que exerceu durante os dois GovernosChagas Freitas. "Estou na vida pública desde otempo de estudante de engenharia, quando fuioficial de gabinete do então Prefeito do DistritoFederal, João Carlos Vital, de Junho de 1951 adezembro de 1952."

Emílio Ibrahim disse que a sua ligação com oPP e com o Governador Chagas Freitas — oposi-ção ao Governo Federal — não o prejudicará agorano PDS, afirmando que o que ficará é a suaatuação no interior do Estado, como um homemde realizações. "Além disso, eu nâo estou deixandoo PP, uma vez que o Partido se extinguiu."

Mania de oposiçãoO Deputado Alair Ferreira disse que Emílio

Ibrahim terá todo o apoio do PDS para concorrer aGovernador do Estado, e sua vitória será a soluçãodos problemas do Estado do Rio, que precisaperder esta mania de se considerar Governo deOposição. Mama esta que só tem trazido proble-mas para os fluminenses. Com Emílio Ibrahlm noGoverno, a ajuda federal vlrà na proporção quedeve, inclusive com a disposição do PresidenteFigueiredo — que é de São Cristóvão — de ajudarsua terra natal. Com um correligionário no Gover-no do Estado fica tudo mais fácil".

O apoio do Governo federal a Emílio Ibrahimfoi confirmado pelo próprio Ministro do Interior:

Isso eu posso garantir—disse Ândreazza. Ocandidato vitorioso do PDS terá toda a nossaajuda para realizar uma boa administração. E issoserá feito, tanto para o Emílio como para outroqualquer.' O Deputado Léo Simões já autorizou o Depu-tado Alair Ferreira a organizar a comemoração doingresso de Emílio Ibrahim no PDS. Será umchurrasco, no dia 8, em um restaurante próximoao Palácio Guanabara.

Dolfim Vislro"

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Mário Ândreazza e o Deputado Alair Ferreira foram ao apartamento do ex-Secretário Ibrahim (D)

O alíviode Ândreazza "

O apoio do Ministro MárioÂndreazza à filiação do ex-Secretário de Obras do Gover-nador Chagas Freitas ao PDS,mais do que fruto de antiga ami-zade pessoal (Salomão Ibrahim,irmão de Emílio, é secretárioparticular de Ândreazza, no Rio,desde os tempos do Ministériodos Transportes do GovernoCosta e Silva) e da necessidadede fortalecer o PDS no Rio, reti-ra de sobre os ombros do Minis-tro a permanente — e nos últi-mos meses renovada — especu-laçào a respeito de sua cândida-tura ao Governo do Estado.

Em janeiro passado, na inau-guraçáo da auto-estrada La-goa—Barra, tantas foram as re-feréncias elogiosas do Presiden-te Figueiredo a Ândreazza (ídea-llzador da obra) que se renovouaté entre dirigentes do Partidodo Governo a certeza de queestaria para ser lançada a candl-datura do Ministro. Ândreazzasempre desmentiu essa possibl-lidade, deixando claro que nâopretendia disputar o Governofluminense.

A quase todas as perguntassobre a possibilidade de lança-mento de sua candidatura, o Mi-nistro preferiu dizer que só sepronunciaria sobre política de-pois das eleições de 15 de no-vembro. Nunca revelou por queespera as eleições deste ano paratratar de política, mas alguns deseus assessores garantem que,em conversas mais íntimas, oMinistro do Interior nâo escondeo desejo de candidatar-se à su-cessão do Presidente Joào Fi-gueiredo. Como seria uma des-cortesia em relação ao Presiden-te (o mandato só termina em1985), o Ministro se guarda paratratar do assunto em 1984.

Um novato na políticaEmílio Ibrahim, desde que se formou na

Escola Nacional de Engenharia, em 1952,sempre se disse "um técnico"; só há poucomais de quatro meses assumiu o papei depolítico, ao filiar-se ao PP, seu primeiroPartido.

Por ser novato, ainda náo havia conquis-tado o reconhecimento dos politicos. Há ummês correu a versão de que o GovernadorChagas Freitas teria desistido da candldatu-ra do Deputado Miro Teixeira ao Governodo Estado, atendendo recomendações dachamada comunidade de informações,acusada de "malditas" pelo candidato doPP, durante um comido em Madureira, noano passado.

A reboque dessa versão, veio outra, queapontava o então Secretário de Obras Públi-cas, Emílio Ibrahim, como um dos nomescogitados para novo candidato do PP. Mas ovice-llder do Partido na Assembléia. Depu-tado José Carlos Lacerda, logo desmanchouinsinuações.

— O Governador Chagas Freitas gostado Emílio como técnico. Como político, nâo.Como técnico, Emílio Ibrahim, mineiro

de Mariana. cidade histórica, começou naPrefeitura do antigo Distrito Federal, ondefoi auxiliar de engenharia e chegou a serchefe de gabinete do Prefeito Joáo CarlosVital. Em 1961 era presidente da Adminls-tração dos Estádios da Guanabara (atualSUDERJ), a convite do Governador CarlosLacerda. Coordenou a recuperação do está-dio do Maracanã, que tinha sérios proble-mas na estrutura das arquibancadas, e.quando estava perto de terminá-la, recebeuoutra missào delicada: a restauração doTeatro Municipal, Já como diretor do Depar-tamento de Patrimônio do Estado da Gua-nabara, em 1964. No Governo Castelo Bran-co, presidiu o Instituto de Aposentadoria ePensões dos Comerciários.

Sempre frisando sua condição de técni-co, galgou a Secretaria de Obras e ServiçosPUblicos da antiga Guanabara, no primeiroGoverno Chagas Freitas, em 1971, quandoviveu a experiência de uma administraçãovoltada em grande parte para atender aospedidos dos políticos.

No segundo Governo Chagas Freitas,voltou a ser chamado para o mesmo -cargo,onde aprofundou sua vivência política, aponto de obter a melhor colocaçào, numquadro de avaliação do secretariado, inicia-do em novembro de 1981. A avaliação, queserviria de base para o ajustamento da equl-pe técnica do Governo ao esquema eleitoraldo PP, considerou seis critérios: liderança,competência, habilidade política, eficiência,entrosamento com o esquema e Imagemjunto ao público. Emílio Ibrahim foi o que sesaiu melhor.

Estava filiado ao PP desde 29 de outu-bro, quando prometeu ser "um soldado doPartido Popular". Justificou sua opção par-tidâria afirmando que se afinava com oprograma do PP: "Ele tem pontos coincidemtes com minha formação política, entre osquais o da colocação do homem e da famuiacomo figuras centrais de todas as realizaçõespublicas".

Era apontado, na ocasiào, como candi-dato a Vice-Governador ou ao Senado, de-pois de pretender a chefia do Governo, cargoque ficou mais longe de suas mãos quandocaíram as sublegendas, que permitiriam aospartidos lançarem, cada um, três candidatosa governador.

Antes de tentar ser candidato à sucessãofluminense. Emílio Ibrahim teve três derro-tas como "técnico": deixou de ser Prefeitodo Rio, presidente da Companhia do Metro-politano e Secretario Estadual de Planeja-mento, cargos para os quais se apresentouquando houve mudanças de administrado-res, entre 1980 e 1981. Perdeu todos.

Sua única chance de candidatar-se aoGoverno fluminense seria a mudança paraum Partido sem candidato. Foi o que fez oantigo mela-direlta do Fluminense, compa-nheiro de Castilho no time de 1948.

Aos 54 anos, três décadas depois de fazerfama como "técnico", Emílio Ibrahim lançasua maior cartada como político, escolhemdo, porém, uma das siglas partidárias menosfavoráveis — o PDS que, nas prévias eleito-rais, nunca apareceu na frente do PMDB edo PTB.

"Se ele me tira algum voto, aresposta é nào", assegurou o Depu-tado Miro Teixeira, ao comentar adecisão do ex-Secretário de Obras,Emílio Ibrahlm, que deixou o PP ese filiou ontem ao PDS. "Em quepesem as qualidades pessoais deEmílio Ibrahlm, o PDS nâo temchances no Rio de Janeiro", acres-centou o candidato do PP à suces-sào do Governador Chagas Freitas.

Para o presidente do PMDB flu-mlnense, Senador Nelson Carneiro,"o importante é saber se ele"(Ibrahlm) "entrou sozinho no PDSou com mais alguém do PP." Aúltima hlpétese, acentuou, indica-ria"mals um maqulavellsmo doChagas, que vendo o desgaste dacandidatura Miro Teixeira é bemcapaz de dividir suas forças e envol-ver o PDS numa manobra."

AcomodaçãoDepois de afirmar que não que-

ria falar sobre as filiação de EmílioIbrahlm ao PDS, Miro Teixeira aca-bou reconhecendo que o ex-Secretário de Obras exerceu "umdireito democrático de fazer suaopção partidária".

Segundo informação de dirigen-tes do PP, houve um encontro nanoite de quinta-feira, quando MiroTeixeira teria feito um apelo paraque Emílio Ibrahlm náo abando-nasse o Partido. "Não é verdade.Nesse dia eu estava gripado. Nàosaí de casa e nào tive nenhum en-contro", negou o candidato à suces-sào de Chagas.

Miro Teixeira negou tambémque a saída de Emílio Ibrahim te-nha sido motivada pela disputa emtomo da sucessão estadual. "Fui euquem convidei o Ibrahim para en-trar no PP e fui eu quem organizei afesta que fizemos em outubro doano passado para recebê-lo". Acen-tuou que recebeu a decisão do ex-Secretário de Obras sem surpresa:

Acredito que a causa da saídade Emílio Ibrahim está nos proble-mas politicos que a incorporaçãodo PP ao PMDB gera. A Incorpora-çào traz a necessidade de acomoda-ção das forças políticas que deladivergem.

Nelson aguardaEsperar até o dia 2 — quando

termina o prazo para que os des-contentes com a incorporação doPP-PMDB troquem de Partido — éo que Nelson Carneiro diz que fará.Até lá ele pretende ficar alerta, paradetectar qualquer movimento debases ou parlamentares do PP, se-guindo Emülo Ibrahim em direçãoao PDS.

Com habilidade, o presidente doPMDB fluminense ressalta que oque falta ao PDS do Rio de Janeiroé voto, e a conquista de EmílioIbrahim só representará um dadonovo no quadro da sucessão esta-dual se for acompanhada de novasdefecções de pepistas.

Emílio Ibrahim — lembrouNelson Carneiro — tem um bomnome como administrador, maseleitoralmente é uma incógnita.

Para uma figura destacada doPP, a adesào de Emílio Ibrahlm aoPDS explica-se pelas mudanças es-peradas na cúpula do Governo fe-deral. A fonte afirma que o ex-Secretário de Chagas Freitas estáapostando no futuro, assinalandosuas ligações pessoais com o Mlnls-tro do Interior, Mário Ândreazza.Ao ingressar no Partido do Gover»no, Emílio Ibrahim teria se creden.ciado para substituir Eliseu Rezemde, se o Ministro dos Transportessair candidato ao Governo de Minas e for obrigado a desincompatibilizar-se do cargo.

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_4 D Io oaderno n sábado, S7/8/8B NACIONAL

BNH constrói casas no RioO Banco Nacional de Habitação iniciará aconstrução das primeiras 507 casas para asvítimas das enchentes que assolaram as cidades

de Petrópolis e Teresopolis. O anuncio foi feitopelo Ministro do Interior, Mario Andreazza, queesclareceu ainda que as obras de Infra-estruturajá foram Iniciadas, assim como os trabalhos detopografia das áreas. Em Petrópolis seráo cons-traídas 269 casas em terreno de propriedade doBNH, no bairo de Caxambu. Em Teresopolis,238 casas seráo construídas, abrangendo umaárea de 772 mil 202 metros quadrados, na Fazen-da Fonte Santa.

índios ganham indenizaçãoBrasília — No próximo dia 11 de março, o

presidente da Funai, Coronel Paulo MoreiraLeal. estará em Manaus para acertar com osíndios Sataré-Maue e Miinduruku, do Amazo-nas. a indenização pelos prejuízos causados aestes índios com os trabalhos de prospecçào depetróleo em suas terras, feitos pela companhiafrancesa Elf Equitaine. Os índios, através desuas lideranças, protestaram em Brasília nofinal do ano passado, foram à Embaixada fran-cesa e à Funai exigindo uma indenização de Cr$5 milhões, por "picadas, clareiras, árvores derra-badas. proliferação de cachaça e contatos dos"peões" com as índias". A indenização, no en-tanto, segundo a Funai, acertou com a ElfEquiteine, será de Cr$ 500 mil. recursos que osíndios deverão aplicar em projetos de desenvol-vlmento comunitário,

GETAT arrecada terra à UniãoBrasília — O Grupo Executivo de Terras

Araguaia-Tocantins arrecadou, como terra de-voluta. para o patrimônio da União uma área de108 mil 824 hectares nos municípios de Portei eBagre, no Sul do Para. Com isso. poderá seriniciado o processo de assentamento de colonose regularização de pequenos ocupantes, emmódulos rurais que variam entre 50 e 100 hecta-res. A decisão foi tomada após levantamentofeito nos cartórios da região e na Secretaria doPatrimônio da União. Constatou-se que a áreaera devoluta, náo havia grilagem ou qualquerocupante que apresentasse titulo de proprie-dade.

Cruz Vermelha constrói hospitalBrasília — A Fundação Nacional do índiorecebeu ontem da Cruz Vermelha Internacional

um cheque no valor de Cr$ 1 milhão 622 milpara serem aplicados na compra de equipa-mentos do Hospital de Surucucus, que atende-ra os índios Yanomami do Amazonas e deRoraima. No ano passado morreram, por faltade assistência necessária, 26 índios yanomai,vitimados por um surto de sarampo e coquelu-che. Os yanomami e macuxi. de Roraima, sãoatendidos de maneira precária no Hospital deBoa Vista, insuficiente até para assistir a popu-laçáo da cidade è dos municípios próximos. Oscasos mais graves eram transportados paraCaraçarai ou Manaus. O Hospital de Surucu-eus, que já está pronto, faltando apenas equipa-lo. será dotado de 40 leitos, com salas de parto,cirurgia e farmácia. A Funai firmara convêniopara saneamento básico e assistência medicacom a Universidade Federal de Manaus e aEscola Paulista de Medicina.

Juiz denuncia adulteraçãoSalvador — O Juiz eleitoral de Itabuna,Lourival Ferreira, encaminhou ontem a Policia

Federal, com pedido de abertura de inquérito,denuncia de adulteração na transferencia detítulos de eleitores da 28» zona, situada emItabuna. para a 30a zona eleitoral, na cidade deItape, também na região cacaueira baiana. Aodar despachos em alguns pedidos de transíéren-cia de domicílio eleitoral de Itabuna para Itape.o Juiz eleitoral constatou que alguns eleitores,com menos de um ano de domicilio cm Itabuna,estavam conseguindo a transferência para Ita-pe. o que implica em ilegalidade. O expedienteusado na fraude era o de apagar o numero umdo ano de 1981 e, no seu lugar, colocar o numerozero, de 1980. Com mais de um ano de domicilio,portanto, o eleitor poderia transferir seu titulode uma zona para outra.

yflç**' ¦'_¦'«((,'K- -¦Ouro Preto—AAG/Mourlllo Corrêa

JORNAL DO BRASIL

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1'atlr, José Simões exibiu o Cristo Crucificado, obra de Aleijadinho, em tamanho natural

Nota explicacarnavalcie Ministro

Brasília — O Centro de Comuni-cação Social do Exército divulgouontem uma nota desmentindo in-formação publicada por um jornaldo Rio. segundo a qual o Ministrodo Exército, General Walter Pires,teria assistido ao desfile da escolasde samba na Avenida Marquês deSapucai. no Rio. A notícia do jor-nal. cujo nome a nota nao revela,continha criticas ao aparato da se-gurança pessoal da autoridadeidentificada como sendo o Ministrodo Exército.

Depois de afirmar que a noticianào é verdadeira o Centro de Comu-nicaçao Social do Exército infor-mou que o General Walter Pires"passou o período de carnaval emBrasília. Assistiu ao espetáculo pe-Ia televisão, ao ladodoexcelentissl-mo senhor Presidente da Republi-ca. cercados de familiares, na Gran-ja do Torto".

A nota termina com a seguinteobservação: "A liberdade de im-prensa implica em responsabílida-de e respeito pela verdade, um dospreceitos básicos do processo de-mocrático. O seu desrespeito cons-titui violação da lei e agressão aopublico, que. na democracia alme-jada. conta com a imprensa paraformar sua opiniáo. de forma hones-ta e verídica."

Arqueólogos descobrem siloconstruído há dois séculos

Porto Alegre — No Município deBagé. 600 quilômetros da Capital,foi encontrado um silo subterrâneode pedras, construído pelos índiosem meados de 1700. de seis metrosde profundidade. Servia para guar-dar sementes e cereais dos indíge-nas e foi detectado por arqueólogosgaúchos — nas proximidades do for-te de Santa Tecla — coordenadospelo pesquisador Tarcísio Taborda— diretor do departamento decultura da Secretaria de Desporto eTurismo do Estado.

O silo está localizado mima áreaque. em 1640, foi uma aldeia deÍndios, descoberta devido aos vesti-gios e alicerces de casas de moradiae galpões existentes nas cercaniasdo forte. Peças, restos de louças,porcelanas chinesas, cerâmicas fo-ram encontradas no fundo do silo depedra, que e subterrâneo e tem pare-des com espessura de 80 cm.

O pesquisador Tarcísio Tabordaexplicou que o forte de Santa Teclafoi construído em 1773 pelos espa-nhõis visando a ocupação do territó-rio do Rio Grande do Sul, defenden-do-se dos portugueses. As pesquisasforam iniciadas em 1969, e as esca-vaçòes começaram em janeiro.Quarta-feira passada foram encon-trados o silo e os restos de porce-lana.

Ha indícios de mais dois silos ede um conjunto de casas indígenasnas proximidades do Forte de SantaTecla, alem de um moinho, um ar-roio e uma barragem construídospelos índios missioneiros, em mea-dos de 1600. que liderados por SepeTiaraju resistiram à ocupação espa-nliola. O prosseguimento das esca-vações dependem da autorização deproprietários de terras em Baee.

STF tem agora mais dois salõesBrasília — Dois salões de 240 me-tros quadrados foram descobertos em-

baixo do prédio principal do SupremoTribunal Federal (STF), é que se en-contravam fechados desde a inaugura-çáo da mais alta Corte do pais. era 21de abril de 1960. Os salões - situadosexatamente no subsolo do palácio —foram murados ás pressas, naqueladata, justamente por causa da ínaugu-ração, e ai esquecidos.

Somente agora, e por insistência de

um antigo funcionário, que queria pro-var a existência dos salões, o Presiden-te do STF. Ministro Xavier de Albu-querque, determinou que se verificas-se na planta original se havia ou náo aárea. Constatada sua existência, a di-retoria-geral mandou remover a pare-de e a descoberta foi feita: dois amplossalões, totalmente vazios, e há 22 anosfechados. No local, devera ser instala-da agora a biblioteca do STF.

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iThPüC/CCE COOROtNAÇAOCENTB*L DEAtlviO»DESHE EXTENSÃO

- EXTENSÃO CULTURAL -Coordenação Acadêmica:

Profa. Lúcia C Gomes FerreiraCurso que visa desenvolver nos partlcipant.es atitudes

criticas face a diferentes abordagens dos temas que en-volvem as ciências humanas, sociais e as artes, através dosseguintes módulos: O BARROCO BRASILEIRO-HISTÔ-RIA DA MÚSICA; PAINEL DA POLlYlCA INTERNA-CIONAL HOJE; HISTÓRIA BRASILEIRA CONTEM-PORÁNEA. DA EXPERIÊNCIA PLURIPARTIDÁRIAAO BIPARTIDARISMO; PSICOLOGIA FAMILIAR'LITERATURA BRASILEIRA: O ROMANCE CONTEM-PORÁNEO.OBS: os módulos são h-ísponüantus: os interessados po-deni inscrever-se nolsl módulo(s) que desejar.ÉPOCA: 18 de março a 8 de julho de 1982HORÁRIO DAS AULAS: 3as e 5as leiras de 14 às 17 hs.INSCRIÇÕES: 1°a 12 do março, tu CCE/PUC, r. Marques

de São Vicente 225, casa XV, tel. 274-4148 e 274-9922r, 335 no horário de 8:30 ás 11:30 h. c de 14 ás 17h.CREDENCIAMENTO NO CONSELHO FEDERAL

DE MAO-DE-OBRA SOB O N? 0855

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EDITAL DE LICITAÇÃO PUBLICADA/DAM-N0 001/82

Convocação Ampla — Prè-Qualificação SimultâneaLicitação para fornecimento de Cabos de Aluminioscom Alma de Aço (CAA)A Espírito Santo Centrais Elétricas S A. — Escelsa.torna público, para conhecimento dos interessados, quefará realizar no dia 31 de março de 1982. as 15,00 horas,em sua sede. situada à Rua General Osório. 119-A, emVitôria-ES. licitação pública de âmbito nacional parafornecimento de aproximadamente 150 ton de cabo dealumínio (CAA) n° 4 e 11 ton. de cabo de alumínio (CAA)n° 2, para aplicação no Programa de Eletrificação Rural,do convênio Escelsa» Governo do Estado.Cópias do Edital de Licitação, poderão ser obtidas naTesouraria da Escelsa, em sua sede, ou em seuescritório do Rio de Janeiro, situado à Rua Sete deSetembro, 55 — sala 2603 a partir desta data. no horáriocomercial, mediante o pagamento da quantia não reem-bolsâvel de CrS 5 000.00 (cinco mil cruzeiros).

Vitória. (ES) 26 de fevereiro de 1982 (P

Imagem de Cristode Aleijadinho eLdescoberta em MG

Maurilio TorresOuro Preto, MO — O Cristo Crucificado, "em

tamanho natural, que está na capela-mor da igreja doSenhor Bom Jesus de Matosinhos, no bairro AJto dasCabeças, foi identificada como mais uma obra doAleijadinho, depois de um trabalho de restauração norosto da Imagem de que foram retiradas quatro cama-das de tinta. _>

A informação é do vigário forâneo de Ouro Preto,Padre José Fellciano da Costa Simões, que aflrthoutambém serem de autoria do Aleijadinho, provável-mente com ajuda de discípulos, os Passos da Paixão,em médio relevo, existentes no corredor que lçy,a asacristia. Agora ele espera encontrar a prova deflniti-va em documentos da Cúria da Arquidiocese'deMariana. „

Descobertas (31

Também conhecida pelo nome de Sào Migue^asAlmas, a igreja do Bom Jesus de Matosinhos abrigaoutros trabalhos do Aleijadinho, de autoria compro-vada, como o nicho da portada principal, em pedra-sabào, com a imagem de Sáo Miguel, o quadro debaixo, em alto-relevo, no qual se descreve uma cenado Purgatório, e a imagem do Bom Jesus no Sepuicro,no altar-mor. A autoria do Cristo Cruciflcadq„eradesconhecida, porque seus detalhes foram deturpa-dos por sucessivas repinturas.

Financiado por convênio entre a Arquidiocese deMariana e a Prefeitura, o trabalho de restauração dacapela está sendo executado pelo restaurador PauloHenrique Rodrigues, que, ao retirar as grossas cama-das de tinta da Imagem, descobriu minúsculos rubisengastados em várias partes do corpo, imitando s^n-gue. Eles estavam cobertos pelas pinturas com que,provavelmente no século passado, se pretendeu reno-var a obra.

De acordo com o Padre Simões, vários especiaiis-tas que examinaram o Cristo Cruciflcado concorda-ram com a atribuição da obra ao Aleijadinho. Òsprincipais detalhes para a identificação sào as facesde maças salientes, o corte das pupilas — o que faz oCristo parecer estrábico — a forma da túnica quecobre metade do corpo da imagem e o corte escorridodas pernas.

O restaurador Paulo Henrique Rodrigues tam-bém descobriu pedaços de rubi engastados em figurasdo Cristo nos quadros de Manuel da Costa Ataíde,—pintor contemporâneo do Aleijadinho — existentesaolado da capela-mor da igreja. Até agora, essa técn|caera desconhecida nos trabalhos do artista.

Documentação \

Embora os documentos só registrem a existênciada Igreja do Bom Jesus de Matosinhos do Alto dasCabeças a partir de 1785. o Padre Simões diz terconhecimento de que a construção foi iniciada em1731. Os livros da Irmandade desapareceram, mas ovigário foráneo espera encontrá-los na Cúria de Ma-riana. cujos arquivos estáo sendo reorganizados porseminaristas. ^

Muitos dos ex-votos que foram para a sala dosmilagres, na Basílica do Bom Jesus de Matosinhos,em Congonhas, saíram daqui. Aliás, a tradiçâtT deCongonhas é posterior à do Bom Jesus de Ouro Preto,em cujas proximidades existem ainda hoje. bemconservadas, as casas dos peregrinos. Agora, preten-do criar a Paróquia do Bom Jesus de Ouro Preto, Cujamatriz será essa igreja, abrangendo todos os bairrosvizinhos ao Alto das Cabeças — disse o Padre Simões.

Entre os artistas que confirmaram ser do Aleija-dinho a autoria da imagem do Crucificado, o vigárioforáneo cita o pintor José Alberto Nemer, que identi-ficou no ano passado, também como obras do artista,duas cabeças de terracota descobertas na igreja dasMercês e Misericórdia.

O rosto do Cristo náo deixa dúvidas — afirmao Padre Simões. Mas creio que é necessário fazer umapesquisa maior sobre os outros trabalhos agora revê-lados nessa igreja, que podem ser apenas de discipu-los que trabalharam com ele.

O restaurador Paulo Henrique Rodrigues é ex-aluno do curso de restauração da Escola de ArteRodrigo Mello Franco de Andrade, da Fundação deArte Ouro Preto, onde foi discípulo Jair AfonsoInácio, que já identificou em Minas sete trabalhosdesconhecidos do Aleijadinho.

O consolidador dobarroco mineiro ^N

Arquiteto, escultor e entalhado1 ...,;\ii'o'Francisco Lisboa, o Aleijadinno. é eorsidela-.ÍQo mais importante artista brasileiro rio séch,oXVIII, consolidador do estilo denominado bar-roço mineiro, que. inicialmente transplantadode Portugal, acabou por impor-se com caracts»risticas próprias. Essa primeira afirmação artís-tica com raízes brasileiras corresponde ao de-senvolvimento econômico da capitania de Mi-nas Gerais, com o ciclo do oure que fez de OuroPreto, onde esta a maW parte da produção, tít>Aleijadinho, o primeiro centro urbano do Brasil.

Nascido em 1730 è morto em 1814. o Aleija-.,dinho era fllho de Manoel Francisco da CoçtaLisboa, mestre-de-obras português, e de urna"escrava, Isabel. Sobre seus primeiros anos hápoucas informações, mas sua formação artística"e profissional é atribuída ao contato com o pai!um dos pioneiros da arquitetura religiosa roço-có em Minas, e com o entalhador AntônioFrancisco Pombal.

Aos 20 anos. já entalhava madeira e st'dedicava ao estudo do desenho. Seu primeiro'trabalho conhecido é o risco do altar da igreja-de Sâo José de Ouro Preto (1772), vindo emseguida os riscos da capela-mor e do altar-morde Sâo Francisco de Ouro Preto, trabalhosconcluídos em 1778. Por volta dos 40 anos"começa a ser atacado pela doença que lhe valêúo apelido, provavelmente a lepra, segundo'^'maioria dos estudiosos. Inicialmente ficou senvos dedos dos pês, o que o obrigava a andar He"joelhos ou a ser carregado por um escravo. Maistarde, ao perder os dedos das mãos, continuou atrabalhar, com o cinzel e o martelo amarradosaos punhos por seus auxiliares.

Com mais de 60 anos. o Aleijadinho produ-ziu seus trabalhos mais importantes — as 66figuras em cedro que reproduzem os passos daVia Crucis. na Igreja de Bom Jesus de Matosi;'nhos. e os 12 profetas esculpidos em pedra' ¦sabão no adro desta mesma igreja, em Congo-nhas do Campo — aos quais dedicou cerca de-nove anos. Em 1805 mudou-se para a casa dofilho em Ouro Preto e só deixou de produzir nos-dois últimos anos de vida. quando estava cegaeentrevado.

Em Ouro Preto, entre outras, foram projeta1"das pelo Aleijadinho as capelas da Confrariados Negros de São José e da Confraria de NossaSenhora das Mercês e dos Perdões. Também éde sua autoria o projeto da igreja de São Frarr---cisco de Assis, em Sào Joào dei Rei. além da'¦>decoração interna e externa. Igualmente sâo"trabalhos do Aleijadinho a fachada da matriz de ¦Santo Antônio, em Tiradentes, e o portal da •igreja de Nossa Senhora do Carmo, em Mariana

- J

^JORNAL DO BRASIL NACIONAL/GOVERNO sábado, 87/8/82 a 1° caderno n 5

STM pede novo enquadramento do Padre Veloso na LSNMá conservação foi a causado acidente em Sete Quedas

1.'- • Curitiba — Os cabos que sustenta-. ,.v#m a ponte sobre o Salto 19, em Sete...Quedas, estavam em péssimas condi-. .çôes e, provavelmente, nâo foram troca-

dos desde a construção, há 50 anos. A, má conservação foi a causa do acidente

do dia 17 de janeiro, um domingo, quan-do a ponte caiu e 29 pessoas morreram.

A conclusão 6 da perícia feita pelaDivisão de Controle de Concreto daHidrelétrica de Itaipu, a pedido da poli-cia técnica de Cascavel, responsável pe-Io laudo sobre o acidente. O perito Ce-lestlno Boger duvida até mesmo que oIBDF tenha feito qualquer troca emcabos durante as revisões, "porque ascondições eram péssimas". Agora serãofeitos cálculos sobre o peso real que ap'ónte poderia sustentar. Só então olaudo estará concluído.

Diz que revisou'" O delegado regional do IBDF, Gene-ral Alcindo Pereira Gonçalves, disse on-'íèm

que enquanto foi responsável pelamanutenção das pontes de Sete Que-das, o IBDF fez revisões periódicas e

vistorias em 1976,78 e 80. Em 1981, nadafoi feito porque o IBDF concluiu que aresponsabilidade pela manutenção doparque era da Prefeitura de Guaíra, Jáque ele seria fechado antes de abrildeste ano, por causa da Hidrelétrica deItaipu.

O General Alcindo acrescentou quesó comentará o laudo da Policia Técnl-ca depois que o tiver, oficialmente, emmãos. "As informações que tenho sãopor meio da imprensa", disse. Os cabosnâo foram trocados, segundo ele, mas amaior ponte do parque recebeu doiscabos como reforço em 1979. A do Salto19, que caiu, não recebeu nenhum refor-ço.

A Polícia Técnica deverá entregar olaudo segunda-feira ao Delegado OscarPacheco dos Santos, de Gualra, quepresidiu o Inquérito do acidente. E aúltima peça que falta antes de ser entre-gue ao fórum de Guaíra. A partir dai, aJustiça deverá apontar o responsávelpelo acidente e, então, as famílias dasvitimas poderão entrar com ação inde-nlzatória.

r~k responsabilidade sobre a ponte—nNa carta, Cavalcanti transcrevia

trecho de sua correspondência como delegado do Instituto do Paraná,acertando a "manutenção, até ofinal de março/82, da permissão pa-' ra o acesso de turistas aos Saltosdas Sete Quedas, sem nenhumarestrição". No final daquele mès —dizia a carta — seria feita nova• avaliação pelo IBDF para decidir aprorrogação ou não do período devisitas.

Somente com a carta de CostaCavalcanti foi encerrada a dlscus-sáo sobre a responsabilidade sobreo parque. Dias antes, o delegado deGuaíra, Oscar Pacheco dos Santos,chegara a revelar suas suspeitas deque o índio Pedimar MarauguaiaPoran (que no dia do acidente seencontrava em Porto Alegre visi-tando parentes) estaria envolvidona queda da ponte. Sobre o Salto 19existe agora uma nova ponte cons-truída com dinheiro arrecadado en-tre comerciantes, hoteleiros e o Go-verno do Estado que contribuiucom Cr$ 3 bilhões.

Nos dias que se sucederam aoacidente com a ponte do Salto 19,no Parque de Sete Quedas, todas assiglas envolvidas com a conserva-çáo da área trataram de repassarqualquer responsabilidade pelasmortes de quase 40 pessoas. OIBDF anunciou que o Parque Na-cional já náo estava sob sua re6pon-sabllidade, já que, com a constru-ção da hidrelétrica de Itaipu e aconseqüente inundação da áreaprevista para este ano, os serviçosde conservação e eventuais reparosdeveriam ser executados pela em-presa estadual de turismo, a Para-natur.

A Paranatur respondeu que sótratava da divulgação e devolveu aresponsabilidade só esclarecida nodia 21, quatro dias depois do aci-dente, quando a Itaipu Binaclonaldivulgou uma carta de seu presi-dente General Costa Cavalcanti,confirmando a informação do Pre-feito de Guaíra, Kurt Walter Has-per, segundo a qual o responsávelera mesmo o IBDF.

Baianos negam que fábricatenha deixado de poluir

Salvador — Enquanto o diretor deoperações. Jone Azulay, afirma que afábrica de chocolates Chadler deixou depoluir os bairros da Cidade Baixa com afuligem de suas chaminés, os moradoresdo bairro do Uruguai garantem oue con-tinua a poluição, responsável, segundoèlés, por problemas respiratórios de vá-rias pessoas, principalmente crianças.• A fábrica foi ameaçada de interdiçãopelo Conselho Estadual de ProteçãoAmbiental e pelo Prefeito Renan Ba-ieeiro, que há 10 dias, quando visitava oHospital Santo Antônio, disse ter passa-do. mal com o forte cheiro originário daChadler. Devido à ameaça, a indústriagarante ter cumprido todas as exigén-cias governamentais.

InvestimentoJone Azulay afirmou oue a empresa

investiu cerca de 500 mil dólares paracumprir as exigências do Cepam e disseser "coisa do passado" a denúncia demoradores da Cidade Baixa de que a

Sarampo matamais de 5 milem Minas Gerais

Belo Horizonte — Ao constatarque no ano passado 5 mil 807 criançasde até cinco anos de idade contraíramo sarampo em Minas, das quais 40,3%morreram, a Secretaria Estadual deSaúde iniciará depois de amanhãcampanha de vacinação em massacontra a doença, que deverá atingir 1milhão 396 mil crianças. Segundo ochefe de gabinete do Secretário deSaúde, médico José Pinto Machado, aincidência da doença no Estado é"uma das mais altas do país". Revê-lou que em cada 100 mil pessoas, 31adoecem, e culpou a desnutrição e ascondições precárias da população debaixa renda, da periferia e das fave-Ias, que vivem em cidades de meio egrande porte, pelo índice de mortali-dade.

Leptospirose atacamais seis em SP

,J5ào Paulo — Mais seis pessoascom sintomas de leptospirose e umacom indícios de febre tifóide foraminternadas ontem no Hospital EmílioRibas, de onde tiveram alta dois pa-cientes de leptospirose e um de febretifóide. Com os novos casos, já foraminternadas 39 pessoas com a primeiradoença e 16 com a segunda. A leptos-pirose, que é transmitida por contatodft pele, mucosa ou ingestão de águacpfitaminada pela urina de animaisinfectados, se propaga com facilidadeerh regiões atingidas por enchentes. ASecretaria de Saúde, que está regis-'trando o movimento diário de inter-nações de casos suspeitos e divulgadoboletins, nâo considera preocupanteBjncidència da doença.

maior responsável pela poluição" é afuligem que sai da chaminé.— O problema — acrescentou — se

devia à decisão governamental de exor-tar o óleo de melhor qualidade, obrigan-do a fábrica a consumir o pior, o que nãoestá ocorrendo mais.

Maria José e Maria de Lourdes San-tana, moradoras da Rua Graciliano deFreitas, no bairro do Uniguai, contes-tam a afirmação, dizendo que conti-nuam como antes o forte cheiro de cho-colate nas primeiras horas da manha e afuligem lançada ao ar pelas chaminésda fábrica.

A defesa da fabrica é feita pela IrmãDulce, ao desmentir que o Hospital San-to Antônio sofra os feitos da poluição.Ela disse que, ao conti ãrio, a Chadler dáajuda financeira à sua Casa de Saúde,além de fornecer chocolate para os ór-fàos mantidos pela instituição e borrade cacau oara adubar a horta do orfana-to, localizado em Simões Filho.

Sudam liberaverbas paracidades do PDS

Belém — A Superintendência do De-senvolvimento da Amazônia passará ater maior atuação política no Pará, aoapoiar a campanha do PDS para a elei-çáo de novembro. Isso ficou demonstra-do na reunião de ontem do seu ConselhoDeliberativo, quando foram liberadosmais de Cr$ 186 milhões para seremrepassados por intennédio do Progra-ma de Assistência aos Municípios(PAM) do Ministério do Interior.

Dos 63 municípios que seriam benefl-ciados com esses recursos, cinco foramexcluídos pelo superintendente da Su-dam, Elias Sefer, que determinou a reti-rada de suas propostas da pauta "paramelhor exame em Brasília". Esses cincomunicípios estáo sob o controle doPMDB e seus prefeitos continuam fiéisao Governador Alacid Nunes. As Prefei-turas dos 58 municípios que tiveramsuas propostas aprovadas sâo do PDS.

ReclamaçãoO Secretário de Planejamento do Es-

tado, Roberto Ferreira, ainda esboçouuma reclamação, tentando saber deElias Sefer, sem resultado, as razoes quemotivaram a exclusão das propostasapresentadas pelas Prefeituras dos mu-nicípios de Salvaterra, Salinôpolis, Ma-galhães Barata, Ituiiranga e Igarapé-Mirim.

Depois, mesmo assediado pela im-prensa, Roberto Ferreira se negou adenunciar a utilização do PAM comoInstrumento de represália ao Governa-dor Alacid Nunes, mas considerou"muito estranho" o fato de recursos deoutros programas, como a Polamazôniae o Pronorpar, por exemplo, estaremsendo repassados diretamente para asPrefeituras — "especificamente

para asPrefeituras controladas pelo PDS" — enão mais por intermédio do Governo doEstado, como ocorria até recentementee como determinam portarias ministe-riais.

Recife — O Superior Tribunal Militar determinouà 7" Clrcunscriçâo Judiciária Militar, nesta Capital,novo enquadramento do Padre Reginaldo Veloso naLei de Segurança Nacional pela autoria da Cartaaberta aos Bispos do Brasil, publicada na imprensano dia 7 deste mès, em que contesta sua prisfio devidoa condenação pelo STM.

A denúncia foi feita pelo Promotor da JustiçaMilitar, Carlos Alberto Borges, "com base na delibera-çáo plenária administrativa do excelso Supremo Tri-bunal Federal, realizada no dia 9 do corrente". OPadre Reginaldo Veloso foi enquadrado no Artigo 42,incisos I e V da Lei 6 620/78, por prática de propagan-da subversiva.

A prisãoO Padre Veloso escreveu n carta no dia 6, quandoainda estava preso no Batalhão de Cavalaria Dias

Cardoso, por ter sido condenado a um ano pelo STM,que reduziu a pena anterior de dois anos, acusado deofender o Supremo Tribunal Federal com o hino Vito,Vito, Vitória, composto em homenagem ao Padreitaliano Vito Mlracapillo, expulso do país em 1980. Aprisão foi contestada por ser o réu primário e de bonsantecedentes, podendo esperar em liberdade o julga-mento de novos recursos.

Na carta, o pároco do Morro da Conceição, depoisde chamar o seu caso de "A comédia do PadreReginaldo", afirma: "Temos a triste impressão de queo país está desmoronando." Mas foi no trecho seguln-te que o Procurador se baseou para oferecer a denún-cia: "Só que o povo nào me parece estar disposto aaplaudir os agentes de um sistema opressor e repres-sor, que brincam com a Justiça. Merece confiança aJustiça deste país? Há tempos que no Brasil seprocessa e condena por encomenda. Nâo foi este ocaso do Padre Vito, de Luís Inácio da Silva e seuscompanheiros?"

E o Procurador conclui seu raciocínio: "Ora, taisdeclarações, por sl só, evidenciam o seu ânimo dellbe-rado em denegrir a respeitabilidade do Poder Judicia-rio, sem a qual o país estaria, de certo, mergulhadonum verdadeiro caos."

Arquivo 5/10/81

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Reginaldo está ameaçado de novo enqua-dramento devido a carta aberta que en-viou aos bispos

Defesa lembraa ilegalidade

Informado da determinação do STM, o advogadoPedro Eurico de Barros, presidente da Comissão deJustiça e Paz da Arquidiocese de Olinda e Recife edefensor do Padre Veloso, afirmou que "talvez játenham esquecido que o Padre Reginaldo foi presoilegalmente por mais de 72 horas. Foi nessa condiçãoque ele protestou contra a sua prisão irregular. Numaleitura do texto nós nào encontramos nenhum ataquedesairoso a membros do Poder Judiciário do Brasil.Sendo assim, não se pode cogitar de ofensa subversi-va nem tão pouco de propaganda, porque a carta emsi nào provocou nenhuma resposta que enseje aprática de atos subversivos por parte do público querecebeu a mensagem".

O advogado disse náo ter conhecimento oficial dadenúncia nem da existência de novo processo, "atéporque esse processo só se configurará na hora emque o Juiz Auditor receber a denúncia". Comentouque no primeiro processo a iniciativa partiu de Recife,enquanto agora é o STM que se manifesta e mandaque haja novo enquadramento do sacerdote.

Encontrado à tarde, como sempre com roupassimples e sandálias de couros nos pés, o Padre Regi-naldo Veloso disse que nào pretende mudar sua rotinade trabalho na paróquia, que abriga cerca de 50 milpessoas, quase todas pobres:

— A mesma surpresa que tive quando fui preso,tive agora com essa notícia, que me parece arquiteta-da para esconder casos mais graves, como o dospadres franceses em Belém. Eu gostaria muito desaber qual o interesse que está por trás dessa iniciati-va insistente de fazer do meu nome manchete.

O Padre Veloso considera a carta "um objeto dedenúncia e um gesto de protesto", mas seus destina-tários, os bispos que estiveram reunidos este mès emItaici, nào responderam, nem se manifestaram sobreela.

MINI.TflIO DO iMtan.it

222 EMHBANCO NACIONAI. DA HABItAÇAO

EDITALCONCURSO PÚBLICO PARA AUXILIAR

ADMINISTRATIVOO BANCO NACIONAL DA HABITAÇÃO co-

munica aos candidatos aprovados no concursoem S$l.rafe.* CUJ° Prazo de ^dade terminariaem 28.02.82, que o mesmo foi prorrogado atéo dia 31.12.82DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS

Ministro aponta diferençaentre fusão e incorporação

Brasília — Em apoio ao entendimentodo Ministro Sousa Andrade, outro inte-grante do TSE.o Ministro Queirós Leite,também manifestou o ponto-de-vista deque apenas na fusão de Partidos políticosnasce uma nova agremiação, enquantona incorporação persiste o Partido incor-porador e continuam a vigorar, sem alte-rações, o programa e o estatuto.

Se acompanhar o entendimento des-ses dois Ministros, o plenário do TSEdecidirá terça-feira que o PP nâo precisa-va ouvir as convenções regionais e muni-cipais antes de aderir ao estatuto e aoprograma do PMDB. Nesse caso, estaráassegurada a incorporação, a menos queo Tribunal rejeite os atos de constituiçãodo novo diretório nacional do PMDB.

TransfusãoEspecialista em Direito Processual Cl-

vil, o Ministro Queirós Leite explicouque, levada a questão para o Direitoprivado, a fusão consiste no desapareci-mento de duas associações para a forma-ção de uma terceira, "o que nâo acontececom a incorporação".

— A fusão — acrescentou — é como oamálgama de chumbo com ouro, onde osdois metais desaparecem perdendo suascaracterísticas fundamentais. Na incor-poraçâo, o que ocorre é semelhante a umatransfusão de sangue. O sangue de umPartido desaparece nas veias do outro.Mas isso é apenas uma explicação dldá-tica.

O entendimento dos Ministros SousaAndrade e Gueiros Leite de que na incor-poraçâo nâo surge um novo Partido poli-tico, se for encampado pelo plenário doTSE, poderá determinar um julgamentofavorável à Incorporação, sobretudo porliberar o PMDB das exigências que, se-gundo o Procurador Geral Eleitoral, teriaque cumprir. Em sua representação, oProcurador pede que o Tribunal sô legiti-me a incorporação do Partido que, antes

de registrá-la, ouça suas bases em con-vençóes regionais e municipais.

Em resposta a duas consultas sobrefusão feitas no ano passado, os ministrosdo TSE, por maioria, entenderam que asbases deviam ser ouvidas, porque a fusáoimplicava o surgimento de um novo Par-tido, com o desaparecimento dos que oformaram. Mas como os ministros SousaAndrade e Queirós Leite entendem que,na incorporação, o Partido incorporadormantém seu estatuto e programa, advo-gados que atuam no TSE deduzem quenão será exigida a consulta ãs basespedida pelo Procurador, porque o PMDBJá as ouviu antes de registrar-se definiti-vãmente no ano passado.

Com isso. os advogados concluem queo PMDB e o PP cumpriram todas asetapas necessárias à Incorporação, pordeduzirem do entendimento dos dois ml-nistros que foram suficientes a convençãodo PP que deliberou pela incorporação,em 20 de dezembro do ano passado, e aconvenção conjunta do dia 14 de feverei-ro, que elegeu o diretório resultante daincorporação.

Para sustentar a especulação de que oTribunal legitimará a incorporação, osmesmos advogados citam os votos dosministros Pedro Gordilho e Carlos Madei-ra, dados em outubro do ano passado,quando entenderam que num processode fusão é necessário apenas o registro noTSE com uma cópia da ata da convençãonacional que, por maioria absoluta, tiveraprovado os projetos comuns de estatutoe programa e tiver eleito o diretório na-cional.

Se para um processo de fusão, queimplica o surgimento de outro Partido, osministros dispensaram outras formalida-des. provavelmente manterão este enten-dimento no caso da incorporação, em queo programa e o estatuto do PMDB forammantidos. Confirmados os votos dessesquatro ministros, o processo de incorpo-raçáo estará legitimado, porque fica ga-rantida a maioria.

Figueiredo diz que lutarápara preservar pluralismo

Brasilia — A mensagem presidencialque será lida na sessáo do CongressoNacional de segunda-feira, assinalará queo regime democrático brasileiro se funda-menta no pluralismo partidário, por cujapreservação o Governo pretende lutarcom todas as suas energias, segundo fon-te do Planalto.

A mensagem do Presidente da Repú-blica, a ser levada ao Congresso pelochefe do Gabinete Civil, Joào Leitão deAbreu, conforme a tradição parlamentar,reafirmará os compromissos do Chefe doGovemo com o projeto de abertura poli ti-ca e com a realização das eleições geraisde 15 de novembro deste ano.

PluripartidarismoA mensagem reiterará que o Govemo

procura dar cumprimento a dispositivoconstitucional (Artigo 152 da Constitui-ção) que proclama o regime "representa-tivo e democrático, baseado na pluralida-

de dos Partidos e garantia dos direitoshumanos fundamentais".

Como todo documento dessa nature-za, a mensagem presidencial não anunciadecisões políticas nem se refere direta-mente a agremiações partidárias, mas fazuma apreciação crítica do panorama poli-tico. dando ênfase ao sentido da decisãotomada pelo Presidente da República emnovembro do ano passado, quando re sol-veu pela vinculação do voto e pela obriga-toriedade da apresentação de candidatosem todas as eleições, para "imprimirmaior rigor às linhas estruturais do pluri-partidarismo, consagrado pela Constitui-çáo Federal".

A mensagem estava ainda sendo im-pressa, ontem, na Imprensa Nacional. De-Ia serão retirados um número restrito decópias autografadas pelo Presidente, queserão levadas ao Congresso pelo Minis-tro-Chefe do Gabinete Civil; mil cópiasem papel "verge", tamanho grande, ecinco mil exemplares de confecção usual.

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6 ? Io caderno n sábado, 87/8/82 CARNAVAL JORNAL DO BRASIL

Informe JBUm financista

Surpreendido, ao descobrir que se-gunda-feira já é Io de março, o cida-dão que se orgulha de ser bom paga-dor correu, ontem, à agência da CaixaEconômica com seu carne de paga-mentos do BNH, cujas prestações ven-cem, normalmente, no dia 30 de cadamês.

Chegou ao banco às Uh30m. Nafrente dos poucos caixas, estendiam-se filas de 30 pessoas, no mínimo.Muita espera. Saiu e voltou trés horasdepois, para verificar desanimado queas filas haviam crescido. Tentou ou-tros agências, deparou-se com outrasfilas, coleantes, imensas.

¦ ¦ ¦Preocupado, encostou-se num bal-

cão de bar, pediu cafezinho e dedicou-se a examinar seu carne, já somandoa multa que pagaria no dia Io demarço.

Sua prestação, paga cm dia, é deCr$ 34 7iiil 487. Se atrasasse, pagariaCr$ 517 por decêndto de taxa. Exímioem cálculos matemáticos, pois náo éde agora que negocia com o sistemafinanceiro brasileiro, fez umas contasrápidas na ponta do lápis e tomoudecisão.

Se depositasse o dinheiro do paga-mento do BNH — Cr$ 34 mil 487 — naCaderneta de Poupança, que rendeuris 5,57r, ganharia Cr$ 1 mil 896 dejuros no mês. A prestação do BNH,paga com atraso de três decéndios,custaria mais CrS 1 mil 551 de multa.Multiplica e subtrai, total: sairia ga-nhando Cr$ 347.

a ¦ ¦Não havia fila para depósito. Em

poucos minutos, o cidadão estava denovo na rua, com a incômoda sensa-çáo de que já não cra um bom paga-dor. Em compensação, transformara-se num financista.

Compulsortamente.

IncorporaçãoAposta-se em Brasília: a incorpora-

ção do PP ao PMDB será impugnadapelo TSE por quatro votos contra três.

Minas meditaO Governador Francelino Pereira

deverá receber o Deputado MagalhãesPinto de braços abertos. É possível atéque o ingresso do ex-Governador noPDS imprima ritmo mais acelerado àsucessão mineira. O que náo implica-rá, no entanto, que o comando dasucessão mude de mãos. Ele continua-rá com o Sr Francelino Pereira, sem-pre assistido e apoiado pelo Vice-Presidente Aureliano Chaves.

¦ ¦Em Minas, a grande expectativa e a

do encontro entre o Governador Fran-cellno Pereira e o Senador Murilo Ba-daró. O senador já conquistou muitoterreno e nào abrirá mào de levar seunome à convenção do PDS.

t * *

Enquanto isso. o Sr Francelino Pe-reira espera e confia.

Ao que tudo indica, já lhe interessa-ria o restabelecimento das sublegen-das para Governador, e assim poderindicar o nome do Prefeito de BeloHorizonte, Sr Maurício Campos, parauma sublegenda.

¦ nAo encontro do seu interesse, vem a

pesquisa que a Uniáo dos Vereadoresde Minas realizou. Até agora, foramabertas respostas de 214 municípios(Minas tem 722 municípios), num totalde 1 mil 533 votos. O resultado parcialé: Murilo Badaró, 301 votos; MaurícioCampos, 278; Tancredo Neves, 227.

Somados os votos dos dois primei-ros, a vitória do PDS se mostrariafácil.

¦ ¦Resta saber, porém, se a tendência

do eleitorado mineiro e a de acompa-nhar os votos dos seus vereadores,sabendo-se que 75% deles pertencemao PDS.

Confronto?O Deputado Marcelo Cerqueira re-

crimina o porta-voz da Presidência daRepública, Sr Carlos Átila, por ter ditoque a incorporação do PP ao PMDB(de resto, ainda não reconhecida peloTSE) é um ato de "confronto" com oGoverno.

Lembra o deputado que o Sr CarlosÁtila náo é porta-voz de uma ditadura;

— Viglsse ainda o AI-5, tudo seriaconfronto. Mas o Governo Figueiredo,conquanto ainda autoritário, nào éuma ditadura. E um governo que con-vocou eleições diretas, o próprio Presi-dente da República tem reiterado quehaverã eleições em novembro. E ondehá eleições, nâo ha "confronto", hájogo político.

E pergunta:— Se a maioria do eleitorado votarnas oposições, a vitória oposicionistaserá considerada "confronto"?

Na trilha do "leão"O "leão" da Receita Federal ouviu.Na TV Bandeirantes, em mesa-

redonda, os presidentes das escolas-de-samba do Rio esganiçaram-se paraprovar quem tinha gasto mais dinhel-ro no desfile.

Um disse que gastou, do seu bolso,Cr$ 10 milhões; outro não ficou atrás, egarantiu que esvaziou seu bolso de Cr$15 milhões; outro chegou a dizer que,dinheiro dele, mesmo, desembolsouCr$ 20 milhões.

O "leão" ruglu.¦ ¦

Um dos presidentes, porém, disseque "escola-de-samba nào tem dívi-das, tem compromissos a pagar."

O "leão" amansou.Citações

O escritor e proustiano Hermene-gildo de Sá Cavalcanti corrige frase ("oúnico grande desespero do homem éde nâo ser santo") e autor (Léon Bloy.Ele diz que é Jacques Maritain) dacitação feita na nota Ser Santo, publl-cada anteontem neste Informe JB.

A frase, citada de memória, merececorreção. Nâo por outra, de outro. Maspor duas frases; ambas, no entanto, domesmo autor: Léon Bloy. E sào estas:1) "Só há uma tristeza: nào se sersanto" (no livro La Femme Pauvre) e 2)"Nào temos todos senão um únicoproblema neste mundo, é o de nostornarmos santos" (no livro Au Seuilde VApocalupse).

¦ ¦Retruca o escritor Hermenegíldo de

Sã Cavalcanti que a frase consta decarta escrita por Jacques Maritain aLéon Bloy, que o converteu ao catoli-cismo, e seria esta; "A única tristezaque há no meu coração è a de nào sersanto."

É possível que Maritain tenha se-guido seu mestre Bloy até ao pé daletra. Mas, náo há correção de autoriaa fazer. y¦

Em tempo: no momento, a únicatristeza que há no coração do escritorHermenegíldo de Sá Cavalcanti ê denào pertencer ainda à Academia Bra-sileira de Letras.

Ele anuncia, no entanto, que é can-didato à vaga do seu amigo PauloCarneiro.Desafios

É tempo de desafios. De instigar,incitar, estimular, provocar, afrontar,desinquietar, arrostar. Candidato quese preza, desafia o adversário — ou osadversários — para um debate na tele-visão.

Ontem, em Porto Alegre, o candi-dato do PDT, Deputado Alceu Colla-res, disse que aguarda até o Anal destasemana resposta do candidato doPMDB, Senador Pedro Simon, ao seudesafio.

Se o Senador não responder, acei-tando o desafio, nào interessa; o Depu-tado. por conta própria, marcará datae lugar para o debate.

E lã estará, â espera, lança em ristee escudo no peito. Disposto a arrostar.Passa, passa

O Deputado Francisco Mendes(PP-PR) anunciou ontem que passa —de malas e bagagens, de Imóveis echuteiras — para o PDS. E o faz "acre-ditando no gesto da mão estendida doPresidente Figueiredo".

Nào explicou porque não aceitou amesma mào nos últimos três anos. jaque o Presidente a estendeu logo apóstomar posse.

« ¦ ¦ ¦Em nota distribuída à imprensa,

em Brasília, o Deputado anuncia que"ingressa no poderoso esquema NeyBraga" e já está Integrado à campa-nha do Sr Saul Raiz para Governadordo Paraná.

E afirma, biografleamente, que éadvogado, corretor de Imóveis; foi re-dator de jornal e locutor de rádio "etambém jogador de futebol, tendoatuado na região do Norte pioneiro doParaná."Cocaína

O titular da 1" Vara do Tribunal doJúri de Sáo Paulo, Antônio FllardlLuiz. mandou arquivar o inquérito so-bre a morte de Elis Regina: "A hipóte-se mais viável é que houve mero aci-dente."

Mas quer saber quem fornecia co-caína à cantora.

¦ ¦ ¦A pergunta se repete desde a morte

de Cláudia Lessin Rodrigues:A ver se a policia paulista tem mais

sorte.

Lance-livreA Editora José Olympio começou a

distribuir, em todo o país, a 3" ediçàode Conjuntura Política Nacional, oPoder Executivo & Geopolitica doBrasil do General Golbery do Couto eSilva.

O Coronel José Carlos Amazonas,diretor do Departamento de Turismodo Distrito Federal, não passou o car-naval no Rio. Nos três dias de carna-vai, ele esteve firme na cidade-satélite de Taguatinga, já com 700 milhabitantes, onde se realizou o carna-vai do Distrito Federal.

Mais uma desincompatibilizaçâonos gabinetes oficiais de Brasília: Car-los Magno Dias, diretor-geral do Mlnis-tério da Agricultura, está deixando ocargo para disputar uma vaga na Cã-mara dos Deputados pelo PDS de Mi-nas Gerais. Sua base política é o Sulde Minas, onde terá o apoio ostensivoe declarado do Ministro aposentadodo Supremo Tribunal Federal, BllacPinto.

Chega a Brasília, no dia 9 de mar-ço, o presidente da Junta Interameri-cana de Defesa, General John W.McEnery. Vem ao Brasil a convite doEstado-Maior das Forçus, X» ....ulas.

Nos pnmeiros dias de março, o Mi-nistro da Justiça. Ibrahim Abi-Ackel,encaminha ao Palácio do Planalto aredação final da parte geral do novoCódigo de Processo Penal. O estudo

será enviado, mais tarde, ao Con-gresso.

Este ano, o Ministro Mário An-dreazza vai passar o Dia do índio—19de abril — numa aldeia do Xingu. AFunai está selecionando a aldeia queo Ministro visitará.

Na próxima semana, o Ministro daEducaçáo, Rubem Ludwig, encaml-nhara ao Palácio do Planalto o projetode reforma do ensino de 2o grau. Agrande mudança será o término daobrigatoriedade do ensino proHssiona-lizante, que passará a ser optatlvo.

A escritora mineira Maria JoséQueiroz já sondou alguns acadêmicossobre a possibilidade de se apresentarcandidata a uma vaga na AcademiaBrasileira de Letras.

Nos seus amigos oposicionistas Ita-mar Franco e José Aparecido de Oli-veira, o Sr Magalhães Pinto deixou aimpressão de que ingressa constrangi-do no PDS. Jã em Belo Horizonte, diz-se que o Sr Magalhães Pinto, com 700agências bancárias instaladas em Ml-nas, nem precisava entrar em partido.Ele sozinho é um partido. Um partidoalto.

De um cabo eleitoral do PP, can-tando c sambando em Madureira econtemplando a Coroa Imperial: "Euma indignidade dizer que o resulta-do do desfile das escolas de samba foitramóia. Agora, melhor do que isso, sómamão com açúcar."

ImpérA partir de 20h, as escolas de samba e os blocos

campeões do carnaval desfilam na Marquês de Sapu-cai. O desfile será aberto pelo bloco Quem Fala de NósNão Sabe O Que Diz, 2o lugar do Grupo 1-A, e seráencerrado pela campeã das escolas de samba do Grupo1-A, Império Serrano. Sete agremiações vâo desfilar.

A venda dos Ingressos terminou ontem, às 15h40m.Todos foram vendidos e não houve filas, mas naentrada do Pavilhão de Sào Cristóvão cambistas co-bravam de Cr$ 1 mil a Cr$ 5 mil por Ingressos que, nabilheteria da Riotur, custavam apenas Cr$ 300.

Marquês de SapucaíA Riotur garantiu que para o desfile de hoje será

repetido todo o esquema de domingo de carnaval.Depois do Quem Fala de Nós Não Sabe O Que Diz,desfilarão os blocos Canarinhos das Laranjeiras eUnidos de Vila Kennedy, cujos integrantes assegura-ram que sairão ainda melhor que no sábado passado.

Depois, haverá o desfile das escolas de sambacampeãs do Grupo 2-A: Caprichosos de Pilares eUnidos da Ponte. Em seguida, Portela, vlce-campeã doGrupo 1-A, e finalmente Império Serrano. Segundo aRiotur, o desfile deve terminar antes das 6h de do-mingo.

Rio BrancoNa Avenida Rio Branco desfilarão escolas de sam-

ba, blocos, ranchos, frevos e sociedades. A Rioturtomou providências para que a Avenida não sejainvadida totalmente pelo publico, o que atrapalhou osdesfiles nos dias de carnaval.

O grande clube carnavalesco Diplomatas da Tira-dentes abrirá o desfile que será encerrado com a escolade samba campeã do grupo 2-A, Unidos de Jacarezl-nho. Desfilarão também o clube de frevo campeãoMixto Toureiro; os ranchos Aliados de Quintino eDecididos de Quintino; os blocos Soneto do EngenhoNovo, Fala Meu Louro, Eles Que Digam, Grilo deBangu, Difícil É o Nome de Pilares e Leão de Iguaçu; eas escolas de samba Acadêmicos de Cachambi, Unidosde Vila Santa Tereza e Paraíso do Tuiuti.

Na Avenida Vinte e Oito de Setembro, em VilaIsabel, haverá desfile de blocos de empolgaçào e enre-do: Mocidade de Marechal Hermes, Unidos do Coquei-ro, Cara de Boi, Unidos da Lapa, Pena Vermelha deMadureira, Unidos da Gregório de Vigário Geral, Dra-gáo de Nilópolis, Arrastão de Sáo Joào, Mataram MeuGato, Acadêmicos da Abolição, Império da Gávea eAcadêmicos do Vidigal.

TrânsitoA partir de 12h. e até 24h, serão interditadas as

Avenidas Vinte e Oito de Setembro (Vila Isabel) e RioBranco e a Rua Marquês de Sapucaí, para o desfile dasescolas de samba campeãs do carnaval, nos diversosgrupos. O trânsito também será afetado nas transver-sais da Rio Branco e ruas próximas â Marquês deSapucaí.

Na Vinte e Oito de Setembro, serão interditados ostrechos entre a Rua Jorge Rudge e Praça Byrão deDrummond, na pista junto ao lado par, e entre a PraçaBarào de Drummond e Rua Pereira Nunes, pista juntoao lado impar.

io volta hoje à SapucaíBlocos de enredo empatam em Io

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¦ rT\ QUADRINHOS

Dois blocos de enredo empataramem 1° lugar no Grupo 1-A: Canários dasLaranjeiras (trl campeão) e Unidos deVila Kennedy. Os dois blocos fizeram155 pontos, dois a mais que o 2° coloca-do, Quem Fala de Nós Náo Sabe o QueDiz. As três agremiações destilam hojena Marquês de Sapucaí.

Em 3° lugar ficou o bloco Unidos doCabral, seguido pelo Unidos de VilaRica (4°), Flor da Mina do Andara! (5°),Vai se Quiser (6°), Mocidade Indepen-dente de Inhaúma (7o), Unidos do Cate-te (8o), Bafo de Bode (9o), Bafo de Leão(10°), Cacarecos Unidos do Leblon (11o) eUnidos'de Cantagalo (12°).

Grupo 1-BOs blocos Leão de Iguaçu e Difícil é o

Nome de Pilares foram respectivamentecampeão e vlce-campeâo do grupo 1-B eano que vem desnlam no 1-A. Outrascolocações: Alegria de Copacabana (3o)Namorar Eu Sei (4°), Boêmios do Anda-ral (5o). Coroados de Jacarepaguá (6o),Mocidade de Guararapes (7o), Mocidadede Sáo Mateus (8o), Caprichosos de Ben-to Ribeiro (9o). Unidos de Sâo Braz (10°),Rosa de Ouro (11°), Imperial de Lucas(12°), Boêmios de Vila Aliança (13°) eVem Como Pode (14°).

Grupo 2-AO Acadêmicos do Vidigal ganhou o

desfile de blocos de enredo do grupo 2-Acom três pontos de vantagem sobre oBoi da Freguesia, da Ilha do Governa-dor. Seguiram-se: Unidos do Jardim Bo-tânico, Império de Botafogo, Xuxu,Boêmios de Inhaúma, Força Jovem doHorto. Turma da Chupeta, CoraçõesUnidos de Bonsucesso, Arame de Rlcar-do. Samba como Pode, Baba de Quiaboe Coração do Éden.

Grupo 2-BO bloco vitorioso do 2-B foi o Império

da Gávea, seguido pelo Sai Como Pode.Embalo do Morro do Urubu, Mocidadedo Lins. Mocidade de Vicente de Carva-lho. Deixa Comigo. Mocidade de RochaMiranda. Unidos do Rio Comprido, Mo-cidade do Grajaú, Acadêmicos de BentoRibeiro. Rouxinol da Penha e Alegriade Padre Miguel.

Grupo 3-AA classificação dos blocos do grupo

3-A foi a seguinte: Acadêmicos da Aboli-

çáo (Io), Custou Mas Saiu (2o), Garrafal,(3o). Solta o Bicho (4o), Unidos de Par:que Felicidade (5o), Unidos da Laureanqji6gi, Império do Gramacho (7o), LambeCopo (8°), Barriga (9o), Só Falta Você,(10°), Mocidade Peteca do Paraná (ll°)v.Mocidade Unida do Estácio de Sá (12°),Carinhoso da Penha Circular (13°) eDiplomatas de Anchleta (14°).

Grupo 3-BO bloco campeão do grupo 3-B aten-^

de pelo nome de Mataram Meu Gato e qlvlce-campeâo foi Boca na Garrafa. Se-guiram-se: Gaviáo de Brás de Pina, No,-_vo Horizonte, Os Braslnhas, Unidos deEdson Passos, Mocidade Camará, In-fantes da Piedade, Inocentes de JardimMetrópole, Durinhos de Padre Miguel,Três Unidos, Embaixadores de PauloRamos, Unidos da Fazenda e Estrela doBairro Magall. "

Grupo 4Os blocos Arrastão de São João e

Unidos de Venda Grande dividiram o 1°<lugar do grupo 4. Outras colocações:'Dragão de Camará (2°), Amizade deÁgua Branca (3o), Dilema de Vila de-Ramos (4o), Globo de Ouro (5o), Dragãode Irajá (6o), Solidão de Cabuis (7o),Suco de Camaráo (8o). Batutas do Con-dovil (9o), Mocidade de Santa Margarida-(10°), Hora Certa (11°), Alegria do Par*que (12°) e Baixada do Sapo (13°). íl

Grupo 5O campeonato do grupo 5 ficou com

o Dragão de Niiópolis, seguido, pela-ordem, pelos blocos: Nosso Sonho, Sur-presa de Realengo, Cem de Nilópolis;.Unidos de Antares, União da Vila, Cch~roados de Santa Cruz, Veneno da Su-burbana, Estrela de Madureira, Xodóda Menina do Jardim América, Unidosde Gramacho, Mocidade da CamaristaMéier e Anjo da Guarda.

Grupo 6A classificação do Grupo 6 foi a se-

guinte: Unidos do Catruz (campeão),Unidos da Pereira da Silva (vice), PassaRégua de Bangu, Aventureiros do Le-,me, União da Ponte, Unidos de VilaJardim, Bole-Bole, Independente de.Bonsucesso. Acadêmicos de EngenhaNovo, Mocidade e Amor á Natureza.

Grilo vence e sai na Rio BrancoO Grilo de Bangu ganhou o desfile

dos blocos de empolgaçào do Grupo 1-Ae o vice-campeonato ficou com Eles QueDigam, com um ponto a menos. Estesdois blocos saem hoje à noite na Aveni-da Rio Branco com outros blocos eescolas de samba campeões.

O bloco Independente do Morro doPulo ficou em 3o lugar e a Onda Brabade Vista Alegre em 4o. Vieram depois:Beco do Sorriso. Mocidade de Mallet, OBalanço da Mangueira. Temporão deCordovll. Bacanas do Méier. ChuchuBeleza de Irajá, Chamego de Benfica,Cardosáo das Laranjeiras e Unidos deOsvaldo Cruz.

Grupo 2-ANeste grupo o campeonato ficou com

o bloco Fala Meu Louro, seguido peloSoneto do Engenho Novo. Outras colo-cações: Unidos de Botafogo (3o i, Pante-ra do Engenho de Ramos (4Ü), Razão deViver (5o), Amendoeira (6o). Bacanas dePiedade (7°), Caciquinho de Inhoaiba(8°), Caracol de Copacabana (9o), Esco-vão do Riachuelo (10°). Sufoco de Olaria(IIo), Avante de Guadalupe (12°), Tigreda Vila (13°i, Xodó de Oswaldo Cruz

i14°i e Império da Salsicha, de Cavai-canti (15°). ,

Grupo 3-AO primeiro lugar do grupo 3-A ficou

com o bloco Unidos da Gregório, dé,Vigário Geral, seguido pelo Pena Ver.-.melha de Madureira, Furão de Olaria,Alegria da Capelinha. Coração das Me-ninas, Pulo da Onça, Tigre de Bonsuces-so. Mocidade da Pavuna, Bafo de Zebra.Urubu Cheiroso, Lelé da Cuca, IrajáSamba. Garra da Tijuca e Q 70 dePilares.

Grupos 4-A e 5-A ..No grupo 4-A. o campeão foi o Unidos

da Lapa. seguido pelo Cara de Boi.Magnatas de Engenheiro Pedreira. Ca-fonas de Bonsucesso. Paz e Harmonia»Xavantes da Tijuca, Unidos de Vaca-rias, Corações Amigos, Cheiroso da Pe-nha, Nasceu Mais Um, Zebra de Madu-reira e Tubarão de Bento Ribeiro. Obloco Mocidade de Marechal Hermesvenceu o grupo 5-A, seguido pelo Uni-dos do Coqueiro. Chega Mais do Caju.Caprichosos de Santa Margarida e De-morei Mas Cheguei.

Burocracia acaba com "sujos''

No primeiro carnaval depois de 1964,o Governo tomou uma série de medidaspara controlar as manifestações popula-res dos foliões. Proibiu, por exemplo, asaída de grupos ou pessoas mascaradaspelas ruas, e passou a exigir uma listade documentos para autorizar a saídade blocos de sujo que, de mais de 30 milnaquela época, hoje estão reduzidos a270.

As máscaras voltaram, com o tempo,às ruas, mas os blocos resistem emreaparecer porque a exigência da do-cumentação ainda continua. Para regis-trar um bloco ou uma banda é preciso:três declarações de "nada a opor" daDelegacia Policial, da AdministraçãoRegional e do Batalhão da Polícia Mili-tar da área; remeter o itinerário dodesfile para o Detran; pagar um Dar);relacionar os responsáveis com suas res-pectivas carteiras de identidades; e, fi-nalmente, enviar toda essa documenta-çáo em forma de requerimento à Dele-gacia de Diversões Públicas.

O diretor da Velha Guarda do Sal-gueiro, José Dib, disse que estas exigèn-cias náo abolidas estão matando o car-naval, que tem como grande força osblocos de sujo, fazendo sua festa esppn-tânea e barata na rua.

Os blocos de sujo nasciam nas esqui-nas, nos botequins, no bate-papo entre

Valéria Fernandesamigos e vizinhos. Perto do carnaval, osinteressados e organizadores faziamuma vaquinha para comprar os instní-mentos, muitos de segunda mão. Nócarnaval o grupo, às vezes, ja reuniacentenas de pessoas que se fantasiavamcom as roupas das famílias, misturandoos sexos, pintando o rosto e improvisan-do figuras que se tornaram tradicionais',como o acidentado, o presidiário e obebê.

Nào havia hora ou local do desfile,ninguém precisava de autorização, nin-guém dava satisfação. Com as regras,tudo ficou muito complicado. A policiacobra a licença e o bloco que náo areceber tem os instrumentos apreendi-dos e, no carnaval, ninguém é louco dese responsabilizar por centenas de pes-soas empolgadas com o samba e a be-bida.

As bandas têm proliferado, mas segundo Dib já são uma "evolução" dósblocos do sujo. "uma versão mais eliti-zada". As bandas têm como caracteris-tica os instnimentos de sopro, o que astorna muito mais caras. Elas sào tam-bém o produto das deturpações que ocarnaval sofreu a partir de 1964, quandoteve todas as manifestações popularesde foliões controladas, organizadas eexploradas pelo Governo: fazem umdesfile programado

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JORNAL DO BRASIL

Operários da Ciferaldeixam acampamentoem frente a Palácio

Samuel Wainer FilhoApós um dia de Intensas negociações, ora com o

Chefe da Casa Civil do Governo, Marcial Dias Peque-no, ora com o delegado Borges Fortes, do DGIE, osmetalúrgicos da Ciferal que estavam acampados emfrente ao Palácio Guanabara decidiram deixar o local.Foi marcado um encontro com o Secretário de Indus-tria e Comércio, Ronaldo Mesquita, para um estudo"realista" da situação.

O acampamento dos metalúrgicos durou dois dias,e eles pretendiam "sensibilizar o Governo do Estado"para a situação em que se encontram: há três mesesnáo recebem salário e temem o desemprego, caso aCiferal feche. No final da tarde, o Palácio Guanabaradistribuiu nota oficial afirmando que o Governo está"promovendo gestões no sentido de facilitar a transfe-rència da Ciferal para empresários do setor de trans-portes".

Ajuda

Ontem pela manha, vários moradores de Laranjei-ras foram ao acampamento dos metalúrgicos, em fren-te ao Palácio Guanabara, doar mantlmentos. Houveaté o empréstimo de duas barracas, que foram monta-das no final da tarde, quando ameaçava chover.

Pouco depois das 16h, uma Kombi do Sindicatodos Metalúrgicos chegou ao local, com uma grandepanela com carne moída e legumes. Cerca de 100operários fizeram fila. Como nâo havia pratos sufleien-tes, assim que acabavam de almoçar, os operárioslavavam os pratos e os passavam para outros.

Às 16hl5m, o Deputado Miro Teixeira chegou aoPalácio e acenou para os metalúrgicos. Chegou aconversar durante alguns minutos, sem sair do seuautomóvel, disseram os trabalhadores, e prometeu queintercederia Junto ao Governador Chagas Freitas, parabuscar uma solução para o problema.Estava marcada uma assembléia dos trabalhado-res para as 17h, no local da concentração, mas meiahora antes chegou o delegado Borges Fortes, do DGIE(Departamento Geral de Investigações Especiais), quechamou para os jardins do Palácio o presidente doSindicato dos Metalúrgicos, Osvaldo Pimentel, e oadvogado Expedito Teixeira. Pediu a eles que seretirassem do local, Já que, segundo afirmou, o Gover-no Chagas Freitas tinha tomado conhecimento dasituação dos trabalhadores.

Não adianta vocês ficarem aqui — disse BorgesFortes.

CercoEnquanto discutiam, houve uma grande movlmen-

tação dos policiais militares responsáveis pela seeu-rança do Palácio Guanabara. Eles fecharam o portãoprincipal e ficaram em pontos estratégicos dentro efora do Palácio. Chegaram vários carros do DGIE e doDOPS, algumas se postando nos jardins do Palácio eoutras do lado de fora, com policiais à paisana dentro efora dos carros.

O delegado Borges Fortes, diante da insistênciados representantes do Sindicato dos Metalúrgicos, quequeriam algum fato concreto para os trabalhadores, foiao gabinete do Chefe da Casa Civil, Marcial DiasPequeno, e desceu convidando quatro metalúrgicospara acompanhá-lo de volta.

Osvaldo Pimentel, Expedito Teixeira, o delegadoBorges Fortes e mais dois representantes da comissãode trabalhadores subiram então ao gabinete de Mar-ciai Dias Pequeno, onde permaneceram durante cercade 40 minutos.

AcordoQuando saíram do gabinete, os metalúrgicos esta-

vam confiantes em que o Governo iria encontrar umasolução para o problema.O Secretário Ronaldo Mesquita, com quemconversamos pelo telefone, disse que precisa de algumtempo para encontrar uma solução que atenda aosinteresses dos trabalhadores. Ou seja: que a Ciferal nâoseja fechada. Nào queremos desemprego — disse Os-valdo Pimentel.

Um encqntro tinha sido marcado para segunda-feira às 15h no gabinete do Secretário da Indústria eComércio e Marcial Dias Pequeno prometeu que todosos esforços seriam desenvolvidos para evitar o fecha-mento da Ciferal.

O delegado Borges Fortes abraçava policiais, queriam e o cumprimentavam pela forma como conduziu aquestão. A uma repórter da TV Bandeirantes que lheperguntou :se iria reprimir os trabalhadores, respondeuque nào. A repórter perguntou então porque ele tinhamandado fechar as portas do palácio.Eu nâo mandei fechar nada. Náo sou porteirodo palácio — respondeu.

Eram 18h45m, quando chegou o Delegado Regio-nal do Trabalho. Luís Carlos de Brito. Reuniu-se comOsvaldo Pimentel e disse que estava ali para tentarencontrar uma solução realista para o caso. Em segui-da. foi ao gabinete do Governador Chagas Freitas.Saiu cerca de 15 minutos depois, mais confiante,dizendo que "apesar da Ciferal estar com uma dividade mais de Cr$ 2 bilhões, pode ser que surja umasolução em que nào seja fechada".

Do lado de fora, os trabalhadores permaneciamconcentrados e aguardavam uma decisão de Pimentel.Luis Carlos de Brito se prontificou a participar daassembléia e afirmou que, se a Ciferal fosse fechada, osempregados poderiam ser absorvidos pelo SistemaNacional de Empregos do Ministério do Trabalho.

Estado acha difícildar ajuda à empresa

O Palácio Guanabara distribuiu ontem a seguintenota oficial:"A opinião pública brasileira comoveu-se com asituação de aproximadamente 1 mil 500 operários daCiferal, que há vários meses nâo recebem os saláriosdevidos pelo seu trabalho. Inadvertidamente, manipu-lados por oportunistas com objetivos eleltoreiros, ai-guns desses trabalhadores acamparam às portas doPalácio Guanabara. Diante desse fato, o Governo doEstado do Rio de Janeiro esclarece que não é acionistana referida empresa, que não é devedor e nào possuiqualquer responsabilidade com a solução do problemarelativo ao débito trabalhista, já sob apreciação daJustiça do Trabalho.""Esclarece, ainda, — prossegue a nota -— quequalquer empréstimo à Ciferal, nas atuais circunstán-cias, não teria o mínimo amparo jurídico e correspon-.deria a uma aplicação ilegal do dinheiro público.Todavia, tendo em vista a grave situação enfrentadapelos trabalhadores, o Governo do Estado está promo-

-Aiendo gestões no sentido de facilitar a transferência da.Ciferal para empresários do setor de transportes, que.contariam, para tanto, com o apoio das áreas financei-;ras do Estado".«

Drama de mecânicoacaba em hospital

Um dos manifestantes chamava a atenção dos que'acompanharam o acampamento: Humberto Peçanha,48 anos, mecânico de arcondicionado da Ciferal, que' agitava seguidamente uma pequena bandeira do Bra-sil. A bandeira foi emprestada, segundo Humberto,pela madrinha de casamento, e "foi emprestada com' muito orgulho".

Há sete anos na Ciferal, Humberto é casado e tem; quatro filhos. Ganha Cr$ 37 mil e disse que se a fábrica, fechar, "patrão nenhum vai ser louco de me assinar acarteira de trabalho com a Idade que eu tenho".

Humberto ficou em frente ao Palácio Guanabara• desde a tarde de quinta-feira e quase não comeu. "Sóum cafezinho de vez em quando". Para conseguirenfrentar o atraso no salário, estava sendo sustentado

j há três meses pela família, "ate pela minha mãe,. Lourdes, que tem 85 anos e me emprestou CrS 12 mil háduas semanas"

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CIDADE sábado, 27/8/88 o Io caderno D 7Fotos do Rogério Reli

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Bandeira do Brasil na mão. "pra animar a rapaziada'',Humberto, que nunca foi a sindicato, chegou quinta-feira...

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quase não comia, "só um cafezinho de vez em quando". Nãoresistiu: no meio da assembléia, esgotado, desmaiou...

Sindicato acusa Cimetalde usar crédito públicoem "aventura empresarial"

Belo Horizonte — No oficio em que comunicouontem ao Sr Francelino Pereira que os 1 mil 300operários da Clmetal Siderurgia, em greve há 27 dias,atenderam ao apelo do Governador para náo acampa-rem na porta do Palácio dos Despachos, o presidentedo Sindicato dos Metalúrgicos de Barão de Cocais.Osmar Martins de Castro, acusa a diretoria de empresade fazer "Jogo sujo" e de ludibriar os trabalhadores, se"utilizando do crédito público para aventuras empre-sarials"."Vale ressaltar nosso espanto pelo fato de que VExa. mesmo se considerou ludibriado por esses mausempresários, pois oito dias após obter do Governoempréstimo da ordem de 8 milhões de dólares requere-ram a concordata da Clmetal", diz o documento, quechama de "maus empresários" o presidente da empre-sa, Romero Machado Corrêa; o vice-presidente, Rona-ro Machado Corrêa; e o diretor Ronaldo MachadoCorrêa, todos irmãos e controladores de 80% do capitalda Clmetal.

Solução próximaAtravés de uma secretária, os diretores da Clmetal

Informaram por telefone que náo querem se manifes-tar. Segundo a funcionária, os Irmãos Machado Corrêatomaram conhecimento do oficio que o presidente doSindicato protocolou ontem ao Governador.

Os metalúrgicos de Barão de Cocais, que amanhacompletam quatro meses sem receber salários e segun-da-felra um mês de greve legal, Iam acampar na portado Palácio dos Despachos para pedir ajuda à popula-çào. Através do presidente do Banco de Desenvolvi-mento de Minas Gerais, Luiz Aníbal de Lima Feman-des, segundo o oficio do Sindicato, o Governadorsolicitou que aguardassem o resultado dá reunião deterça-feira, no Rio, entre os diretores da empresa e osbancos credores, o que foi aceito em assembléia reall-zada quinta-feira â noite.

Os metalúrgicos lembraram ao Governador que,ao recebê-los em seu gabinete dia 10, prometeu colocarem dia todos os salários tâo logo a diretoria da empre-sa concordasse com a proposta do Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico de transferir o controleda Cimetal aos Bancos credores (Cr$ 9 bilhões).

A reunião de terça-feira está marcada para as 15hna sede do BNDE. Ontem, um assessor do BDMG disseque são de 90% as chances de uma soluçào favorável àimediata reativação da Clmetal, que está com noveusinas paralisadas desde o final de dezembro. A folhade pagamentos da empresa, em dezembro, era de Cr$188 milhões."Náo podemos mais esperar, Senhor Governador.Estamos passando fome. o desespero e a angústiatomaram conta de milhares de famílias em nossacidade. Eis porque estamos fazendo esse comunicado aV. Exa. Não podemos mais ficar nesse jogo de empurra,enquanto os maus patrões aí estão manobrando, emprejuízo dos trabalhadores e da própria política oficialde crédito e de produção", conclui a carta dos metalúr-gicos.

Laje de edifício em obrasdesaba em Duque de Caxiase sete operários se ferem

Minutos após concluída a terceira laje do prédioque teria quatro andares, o primeiro ruiu e sete opera-rios ficaram feridos, além de um transeunte que tam-bém foi atingido pelos escombros, na Avenida Presi-dente Kennedy, 2 111, no Centro de Duque de Caxias,às 17h5m de ontem. O engenheiro responsável pelaobra da Cardoso Construtora, José Cardoso Melo, nâofoi à polícia.

O titular da 59* DP, delegado Amil Reichaid.mandou instaurar inquérito para apurar as causas doacidente, que provocou tumulto e aglomeração princi-palmente na nova rodoviária, que fica perto da obra,tendo sido necessário o isolamento da área. determina-do pelo Comandante do 15° BPM. Coronel EduardoLôls Blanco. Os feridos foram socorridos no HospitalDuque de Caxias, e os bombeiros procuraram, até as18hl5m, corpos que poderiam ter ficado sob os escom-bros.

Os operários e Humberto Passos dos Santos, de 22anos, que passava pela rua, sofreram contusões —alguns, fraturas — e ferimentos gerais. Eles foramidentificados como: os Irmãos Ananias Gomes dosSantos, de 29 anos; e Alberico Alves dos Santos; JoséBenedito Serafim, de 60 anos; Manoel Alves Freire, de42; Aldelino Alves Doreli, de 32; Adilson Silva dosSantos, de 20; e Joáo Inácio Resende, de 20 anos.Ninguém usava capacete.

O perito da 59* DP Mário Floriavante disse que,posteriormente, fará uma análise mais detalhada paraemitir o laudo, a fim de descobrir a causas.

Bispo vaiajudarposseiros

O Bispo de Caxias, DomMauro Morelll, Já decidiurecorrer a todos os lnstru-mentos legais possíveis pa-ra evitar a expulsão de 200posseiros da Fazenda Pe-nha Caixão, na Zona Ruraldo município, onde 2 milfamílias ocupam terrassem documento de posse.

Isto aqui é área desegurança nacional. O quevâo fazer para que isto dei-xe de ser Inseguro, ê o queprecisamos saber — obser-va D Mauro Morelll, queamanhã às 10 horas Irá aoencontro dos posseiros daFazenda Penha Caixão,para ver de perto o proble-ma e discutir o que fazer.

AMEAÇA

O Bispo de Caxias foiprocurado há 15 dias pelosposseiros, que estavam as-sustados com a ameaça dedespejo, feitas por uma ad-vogada da Cooperativados Agricultores.

Não me lembro agorado nome dela — contou DMauro Morelli. — Mas osposseiros mostraram umagravação da última reu-nlâo que tiveram com ela.A advogada disse que elespoderiam perder tudo eque o Exército cairia emcima deles para expulsa-los da terra, onde vivem hámuito tempo, alguns há 40anos.

Antes de viajar para Itai-cl, interior de São Paulo,onde houve a 22* reuniãoanual de bispos, D MauroMorelli pediu ajuda à Pas-toral da Terra da Arquidlo-cese do Rio e à Comissãode Justiça e Paz da Dioce-se de Nova Iguaçu, cujasequipes já estão fazendo olevantamento do proble-ma em Penha Caixão eorientando os moradores.

Os posseiros nào que-rem indenização, dinheiro;querem a terra. Querem fi-car onde estão — frisa oBispo de Caxias, que la-menta as condições de vi-da da cidade, consideradaárea de segurança nacio-nal. Segundo D Mauro Mo-relli, só na Zona Rural domunicípio existem 2 mil fa-milias de posseiros con-centradas, em sua maioria,em 72 favelas. Na cidadevivem também 5 mil le-prosos.

Enquanto Isso — res-salta o Bispo — minhasequipes, meu trabalho, vi-vem sob vigilância poli-ciai. No dia 20 de janeiro,na posse canònlca do vlgá-rio de Xerém, dois poli-ciais gravaram a missa. Agente está acostumado aver quem ê povo e quemnáo é. Uma semana depois,os mesmos homens foramà Casa Paroquial interro-gar dois jovens. Protesteienergicamente contra tu-do isso junto ao PrefeitoAmérico de Campos, masele respondeu que só fica-ria contrariado se pudesseprovar que era verdade.

...e foi deitado no chão do Palácio, onde teve até um garçompara lhe servir leite. iSo hospital descobriram uma hipoglicemia

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JUUO BOGORICIN IMÓVEIS

8 a Io caderno o sábado, 87/8/88 CIDADE JORNAL DO BRASIL

Ocupimção total do CentroAdministrativo atrasa ePrefeitura paga aluguéis

O Centro Administrativo Sào Sebastião do Rio deJaneiro, construído para abrigar cinco SecretariasMunicipais, o Tribunal de Contas e ainda proporclo-nar à Prefeitura, este ano, uma economia de cerca deCr$ 350 milhões com o pagamento de aluguéis, desdeque foi inaugurado, no dia 20 de janeiro ultimo, sótem um ocupante: a Secretaria Municipal de Planeja-mento.

Gaso o cronograma da mudança tivesse sidocumprido, além do Planejamento, o prédio de 17andares — localizado na Cidade Nova e que levounove anos para ficar pronto — já deveria ter outrosdois ocupantes, o Tribunal de Contas do Município ea Secretaria Municipal de Obras. Estes órgãos, entre-tanto, somente irão se mudar no decorrer de março.BEM LOCALIZADO

O Centro Admlnistratl-vo, que fica na Rua AfonsoCavalcanti, entre a Avenl

Luiz Carlos David

da Presidente Vargas e asRuas Júlio do Carmo, Ma-chado Coelho e PereiraFranco, é de fácil acessoporque, bem perto dele,existe a estação Estacio dometrô. Além disso, o mo-derno prédio revestido devidro fume fica pratica-mente na margem da Ave-nlda Presidente Vargas.

Ocupando uma área de54 mil metros quadrados,possui estacionamentosinterno (subsolo) e externopara 850 carros; 16 eleva-dores comandados eletro-nicamente; restaurante ca-paz de fornecer 3 mil refel-çôes diárias; central telefó-nica com 25 troncos, 105linhas diretas e mil ramais;e um centro de controledos dispositivos anti-Incêndios.

Sua construção, váriasvezes interrompida, come-çou em 1973 e custou aoscofres municipais aproxi-madamente Cr$ 1 bilhão.A partir de junho próximo,quando a Prefeitura garan-te que estará todo ocupa-do, o seu funcionamentoseguirá os mesmos pa-dròes dos edifícios comer-ciais: cada ocupantecuidará da conservaçãodas suas dependências einstalações.

MUDANÇAEm janeiro, quando foi

inaugurado, a SecretariaMunicipal de Obras elabo-rou um cronograma demudança que, excluindo oPlanejamento, cuja trans-feréncia ocorreu um mèsantes, previa para até ofinal deste mès a ida detodo o Tribunal de Contase parte da própria Secreta-ria Municipal de Obras.Mas a mudança acabou fi-cando para março.

Em conseqüência doatraso, em parte justifica-do pela Prefeitura por cau-sa da colocação das pare-des divisórias — elascustaram Cr$ 180 milhões— e do carnaval, os prazosagora sâo outros: em abril,deveráo mudar-se as Se-

cretarias Municipais deSaúde e de Desenvolvi-mento Social; e até junho,a Secretaria Municipal deEducação, que náo irá to-da para o novo prédio.

Mas o engenheiros daSecretaria Municipal deObras, encarregados deorientar a colocação dasdivisórias, tèm outra expli-cação para o atraso que iráaumentar os prejuízos doscorres da Prefeitura, já quecontinuará o pagamentode aluguéis: muitas secre-tarias ainda nâo se defini-ram sobre os locais ondedeverão ficar as divisórias,causando problemas atépara instalação dos tele-fones.

Antecedendo à ocupa-çâo do Centro Administra-tlvo, cuja central telefôni-ca já está pronta para ope-rar, foi elaborado umlayout para cada andarque, em principio, seria oponto de partida para asdivisões internas. Entre-tanto, como as salas e ga-binetes aumentam ou di-minuem de tamanho de-pendendo da importânciados seus ocupantes, o pia-nejamento foi abando-nado.

A indefinição já está sen-do superada, segundo aSecretaria Municipal deObras, e, atualmente, duasfirmas — a Divilam e Alu-bras — trabalham na colo-cação das divisórias, por-tas e armários para que onovo cronograma possaser cumprido. Na mudan-ça. as Secretarias e o Tri-bunal de Contas irão levar,apenas, mesas e cadeiras.

SECRETARIAS

Nos quatro primeiros an-dares, ficará a SecretariaMunicipal de Educação.No 5o e parte do 6o andarestará funcionando a Se-cretaria de Desenvolvi-mento Social. À SecretariaMunicipal de Saúde cabe-rá a outra parte do 6o, alémdo 7o e 8o andares. Para o9° e 10° irá a SecretariaMunicipal de Obras. Do11° ao 13° já funciona aSecretaria de Planeja-mento.

Secretário é Cedae atendereclamaçãono Canal 11

contra tirarPM das ruas

Belo Horizonte — O Se-cretário de Segurança Pú-blica de Minas, CoronelAmando Amaral, ao co-mentar ontem, em entre-vista, a proposta do Conse-lho Nacional de PolíticaPenitenciária, de substí-tuiçâo da Polícia Militar,nas ruas, pela Polícia Civil,declarou ser "indispensâ-vel a presença do homemfardado nas ruas, para quea população sinta a pre-sença da ordem".

Ressalvando nâo ter ain-da analisado a proposta,disse, no entanto, que nàosabe o que seria melhor nopoliciamento ostensivo,"se a Polícia Militar .ouguardas civis fardados". OComandante da PM minei-ra, Coronel Jair Coutinho,também em entrevista,disse nâo concordar com aproposta do Conselho paraMinas.

Uma comissão de oitomoradores da Rua JaimeCabral, na Ilha do Gover-nador, foi ontem ao pro-grama O Povo na TV, naTVS-Canal 11, fazer umadenúncia contra a Cedae.Segundo Justina da Silva,porta-voz do grupo, háquatro anos os moradorespagam a taxa de água masaté agora ela nâo jorrounas bicas de suas casas.

Pelo telefone, o assessorde imprensa da Cedae, Ál-varo Luís, disse que o pro-blema está resolvido: ga-rantiu que, em 15 minutos,técnicos da companhia co-locaram uma bomba queestá jogando água para aRua Jaime Cabral. ÁlvaroLuís informou que a faltade água é conseqüência daelevação da rua e prome-teu a colocação definitivada bomba na Rua Guarácom Tenente Campeio.

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O acesso ao Leblon e à Gávea, pela Lagoa, para quem vem de Botafogo (na Praça Quintino Bocaiúva),será fechado, obrigando a que o tráfego siga pela Rua Jardim Botânico

Hotel de Ipanema terácentro de esportes e vaireabrir o Berro Dágua

A partir de segunda-feira, começará a funcionarparcialmente o centro de esportes do PanoramaPalace Hotel — onde funcionava o restaurante BerroDágua, que será reaberto — com a inauguração daacademia de ginástica e da nataçáo. Até julho, oLagoa Sport terã quadras de tênis e squash, duassalas de ginástica, uma de musculação, sauna e lutasmarciais.

Hã seis meses, Tadeu Viscardl e Carlos RobertoFreitas Silva iniciaram o empreendimento — daordem de CrS 20 milhões — negociando o aluguel coma Orbitur, proprietária do imóvel, da área do hoteldestinada a ginástica e fisioterapia, em planta. Osdois pretendem ainda transformar o local em centrocomunitário, dispondo de colônia de férias.

De Cotas para AçõesA Orbitur começou a construir o Panorama Pala-

ce em 1962, com a verba levantada com 12 milcotistas. que em troca poderiam passar 15 dias do anohospedados gratuitamente no hotel. A obra, que seriainaugurada em 1965, ate hoje nâo foi concluída, porfalta da verba complementar que a firma pretendiaobter da Embratur.

Como os condôminos que investiram nas cotasnào receberam nada em troca, vários entraram naJustiça contra a Orbitur, que vem tentando transfor-mar as cotas em açóes. para juridicamente ficarhabilitada a contrair empréstimos para terminar aobra. Desta forma, os cotistas passariam a acionistas,com direito a lucro.

Carlos Roberto, professor de musculação e co-nhecldo como Paulinho, explicou que o Lagoa Sport— como será chamado o centro de esportes — alugouo espaço do hotel que seria destinado a ginástica porcerca de CrS 300 mil mensais, para fazer um enormecentro de esportes. Nos dois andares acima de ondefuncionava o Berro Dágua — que será reaberto —ficarão duas salas de ginástica, com 600m' cada uma,e o departamento médico que terá clínico geral,cardiologista, endocrinologista, nutricionista e oito-pedista com aparelhagem para fisioterapia.

VantagensNo mesmo andar ficara a sala de musculação,

também com 600 m1, equipada com cinco aparelhosApoio. O hall do elevador será transformado numaespécie de praça, com bancos, plantas e gaiolas depassarinhos, ao lado da sala de lutas marciais, com 1mil 200 nV, onde os irmãos Grace ensinarão jiu-jitsu.Serão dadas, também, aulas de caratè, capoeira ejudô. Em cima desta sala serão construídas cincoquadras de squash.

A quadra de tênis, de saibro, ficará no andarintermediário entre as salas de ginástica e a piscina.A piscina, 15m por 15m. terá aulas de natação infantilna parte mais rasa, e para adultos na mais funda,dada por Dautely Guimarães, técnico da SeleçáoBrasileira de Natação. As saunas serão construídasnos fundos dos vestiários masculino e feminino. Ama-nhá, às 14h, haverá aula inaugural de ginástica.

Além de garantir que oferecerão os melhoresprofissionais da praça. Tadeu e Paulinho afirmamque os preços serão os mais baratos do mercado,"porque teremos um número de alunos muito maiorque as academias", justificam. Outra vantagem é avista — de qualquer sala — para a Lagoa Rodrigo deFreitas, morro Dois Irmãos e praia de Ipanema.

Morador do Jardim Botâniconão quer as vias seletivas

Os moradores do bairro classifica-ram de "péssimo" o projeto de constru-çâo de vias seletivas de ônibus na RuaJardim Botânico, segundo o coordena-dor da comissão de trânsito da Associa-çâo dos Moradores, Gustavo Mello. Dia '8 de março será marcada a data de umamanifestação contra a obra, já antevistano trabalho das pás mecânicas, brita-deiras e retroescavadeiras empenhadasna reurbanizaçâo do Largo do Humaitá,preparando a implantação das vias sele-tivas, que devem ficar prontas em 180dias.

As modificações no Largo do Hutnal-tá. onde retornos serão fechados, pistasestreitadas e uma rua sem salda serãaberta, "constituem o ponto critico daobra, porque é onde vai se alterar tudo",comentou o engenheiro Ives Vanderley,da firma Copai. "O resto não vai alterarnada", acrescentou, referindo-se àsobras nas Ruas Voluntários da Pátria,Sâo Clemente, Jardim Botânico, Mar-quês de Abrantes e Senador Vergueiro,onde serão construídos recuos para asparadas dos ônibus. O custo da obraserá de CrS 39 milhões.

A obraCom 30 operários trabalhando na

reurbanizaçâo do Largo do Humaitá, oengenheiro Ives Vanderley explicou,mostrando a planta baixa do projeto,como ficará o local quando as modifica-ções estiverem prontas. A Rua Humaitáterá quatro faixas de rolamento na altu-ra do Largo, mas o retorno duplo existequase em frente aos edifícios que estáosendo construídos e sera fechado. Quemvier de Botafogo e quiser chegar a La-goa, para atingir Copacabana, conti-nuara dispondo do acesso localizado emfrente à Praça Quintino Bocaiúva (iní-cio da Rua Fonte da Saudade, atrás daigreja de Santa Margarida Maria). Masquem quiser ir para o Leblon e Gávea,pela Lagoa, nào poderá mais tomar oacesso que atualmente existe, quaseembaixo do viaduto Humberto VidalBandeira de Melo, porque as obras vâofechá-lo. O jeito será seguir pela RuaJardim Botânico.

Uma vantagem os motoristas terãocom o final das obras: a rua sem saldaque obriga a quem vem pela Lagoa —deCopacabana para a Gávea — a entrarpor um retorno, sair no Largo do Hu-maitá e novamente tomar um retornoem direção à Gávea, será aberta, permi-tindo que se dé a volta completa pelaLagoa, em ambas as direções.

Mas quando as obras terminarem, aRua Jardim Botânico, atualmente comduas faixas de trânsito nas duas dire-çôes, terá três faixas na direção Botafo-go—Gávea e uma apenas, destinada aos

Sandra Chavesônibus, na direção Gávea—Botafogo: afaixa seletiva."Estão querendo transformar a RuaJardim Botânico numa auto-estrada",afirma Mário Dias Rodrigues, presidên-te da Associação dos Moradores de Bo-tafogo, que está participando de reu-nióes conjuntas com o pessoal da Asso-ciação do Jardim Botânico para dlscu-tir a obra."O centro da questão", continua Má-rio Rodrigues, "é que vào fazer via ex-pressa de ônibus na Voluntários da Pã-tria. mas por Ia passam mais de 35linhas. Lá imaginou pelo menos 35 ônl-bus enfileirados, entrando na Voluntá-rios? Vai ser uma loucura."

Ele lembrou que além de ser uma ruamuito movimentada, a Voluntários daPátria é o local onde as empresas públi-cas fazem mais obras de reparo no Rio."Em 1981". contou, "só a Telerj fez 33obras na ma. e todos nós sabemos queesses reparos nào duram um final desemana apenas".

Gustavo Mello, coordenador da co-missào de trânsito da Associação dosMoradores do Jardim Botânico, afirmaque o projeto náo respeita as caracteris-ticas do bairro, "que é residencial, compequenas ruas transversais", e critica adeterminação da Secretaria Municipalde Obras de só autorizar duas paradasde ônibus ao longo da Rua Jardim Bota-nico: uma logo depois do viaduto deacesso ao túnel Rebouças e outra doisauilômetros adiante."Essas paradas náo atendem aos in-teresses da população do bairro. Nàovai haver parada, por exemplo, próximoao Hospital da Lagoa. Eu moro na Jar-dim Botânico, mas com a via seletivavou ter de andar 400 metros para apa-nhar ônibus."

EsgotoA Rua Frei Veloso. no trecho que

passa em frente à Igreja de Santa Mar-garida Maria, na Lagoa, nào tem saída.Com as obras de reurbanizaçâo do Lar-go do Humaitá. porem, ela serã reabertaao trânsito, fazendo ligação novamentecom a Lagoa passando por baixo doviaduto de acesso ao túnel Rebouças.

A firma Copai está realizando obrasde colocação de tubos de 300mm dediâmetro na rua para que os esgotos doHumaitá sejam lançados na elevatóriade José Mariano, para finalmente desa-guarem no emissário submarino de Ipa-nema, deixando limpas as águas daLagoa Rodrigo de Freitas, onde atual-mente há o lançamento. É uma obiacontratada pela Cedae, com prazo detérmino para abril, mas o engenheiroIves Vanderley. responsável tambémpor esse trabalho, garante que antesdisso, tudo estará terminado.

Evandro Teixeira

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Tadeu e Paulinho (D) prometem para julho quadras de tênis e squash, sauna e academia de artes marciais

Abandono éa marca daRua Mucuripe

"O Sr sabe o que é apalavra abandono? Éisso que nós sofremospor aqui". O desabafo êde José Trajano de Caç:valho, um dos poucosmoradores da Rua Mi>curipe, em Senador Ca*mará, que tem telefone.Ajpoiado pelo filho —Jorge Carvalho, veterí-nario — ele lembra coir)amargura os constantesassaltos a pedestres e aônibus na área, além dafalta de iluminação. On.tem mesmo, um cami1nhão de gás foi assalta--do, em pleno dia.

O caminhão da Su-pergasbrás (RJ, VT:6635) passava, por voltadas llh, a algumas quardras da Rua Mucuripe,quando o motorista,Lindário Dias Martins emais dois funcionáriosforam dominados porquatro assaltantes, doisdeles menores, desar-mados, que levaramCr$ 72 mil. Um dos as-saltantes carregavauma escopeta, usadapara arrombar o cofre.A 34a DP, de Bangu, re,-gistrou o roubo."O policiamento poraqui é totalmente pre-cario", garante o veterí-nário, Jorge Carvalho,que se confessou sur-preso com a rápida che,-gada de duas patrulhi-nhas do 14° BPM, apósa fuga dos ladrões. JoséTrajano reclamou, ain-da, da rua, dominadapelo mato e por bura-cos, em toda a sua ex-tensão.

Magistériosupletivotem concurso

Depois de pagar CrS 1mil de taxa de inscrição —Cr$ 218 por disciplina — osprofessores interessadosno concurso para o ensinosupletivo podem procurara Secretaria Estadual dêEducação, a partir do Io demarço, com prazo final nt>dia 12 do mesmo mês, riohorário de 19h30m às22h30m. A taxa de inseri-çâo deve ser recolhidaatravés de um DARJ, como código 999, nos bancosautorizados.

Os candidatos deverãoapresentar identidade, fo-tocópla e original; compro-vante do depósito doDARJ e uma fotografia 3 x4. O calendário de provas éo seguinte: 16 de maio —Língua Portuguesa (Iograu) e Língua Portuguesae Literatura Brasileira (2°grau) às 8h: às 14h30m,Geografia: dia 23 — Orga-nizaçào Social e PolíticaBrasileira (Io e 2o graus), às8h; às 14h30m, Ciências Fl-sicas e Biológicas (Io e 3°graus); 30 de maio — 8h,História (Io e 2o graus);14h30 Língua EstrangeiraModerna; dia 6 de junho —8h, Educaçsí* M- . ,.J e Civi-ca (Io e 2o gn-us); l-ir.SOm— Matemática d0*" e . 2°graus).

Ligaçãointerurbanaterá cartão :'

Quem tiver um cartão decrédito Telecard ida Tele,brási com validade a partirde março, em diversospontos do pais, poderá fa-zer ligações telefônicas dequalquer lugar em que es-tiver —de sua casa, restau-rante, casa de amigos, ore-lhào, hotel — a serem pa-gas só quando vier a contatelefônica.

Qualquer anunciante daTelebrás poderá ter o seucartão de crédito: basta as-sinar um contrato, por umano, no valor da ORTN demarço (CrS 1 mil 602,99). Onovo plano da Telebrás ih-clul todas as cidades dosEstados do Rio de Janeiro,Sâo Paulo. Paraná. Bahia,Rio Grande do Sul e MinasGerais, e as cidades de Re-cife, Goiânia. Brasília. For-taleza, Florianópolis e Ma-naus.

No Rio de Janeiro, ateagora, 200 pessoas se ins-creveram para o cartão decrédito e a estimativa éque, em março, 3 mil 500assinantes terão o Telè-card. O plano da Telebrásestá sendo lançado peíaprimeira vez no Brasil. Noexterior, planos semelha'Ã-tes sáo muito difundidos.Nos EUA náo há, sequçi",necessidade de cartão,

O portador do Telecarddeverá chamar o número101, dará à telefonista ónúmero de seu cartão e'bcódigo de sigilo. No casode chamar de um telefonepúblico, deverá pedir auxi-lio da telefonista, discando107. Quem quiser insere-ver-se no plano deverausar o telefone 2-639090.

JORNAL DO BRASIL CIDADE aàbado, 87/8/88 p 1° caderno a 9

Esao abreano letivocom palestra

O Comandante do IjCxérclto, General HeitorLuis Gomes de Almeida,abriu ontem de manhã oáno letivo da Escola deAperfeiçoamento de Ofl-ciais (Esao). Na aula inau-gural, para 308 oficiais doExército, Marinha, dos Fu-zileiros Navais e de naçõesamigas, o General falou so-bre o Conhecimento comoBase da Chefia Militar, ti-tulo da palestra que durouuma hora.B Disse que os militaresdevem estar habilitadospara seus exercícios, napaz e na guerra, e que ocurso visa à aplicação denovas táticas e métodosem seu trabalho. Lembroua atuação de altos chefesmilitares do passado, nahistória mundial. A pales-tra começou às lOh. Nâohouve entrevista.CURSOS

O Comandante do IExército lembrou grandeschefes militares como El-senhower, McArthur, Bra-dley, Patton (americano),Romel — alemão — e obrasileiro Marechal Mas-carenhas de Moraes, quecomandou a conquista doMonte Castelo, na Itália,pela Força ExpedicionáriaBrasileira, na II GuerraMundial.¦ O curso da Esao terminaem novembro e tem estasespecialidades: Infantaria,Cavalaria, Artilharia, En-genharia, Comunicações,Material Bélico, Intendén-éla e Saúde. No mesmo ho-rário em que o Comandan-le do I Exército fazia apalestra, o General OtávioPereira da Costa, chefe in-terino do Departamentode Ensino e Pesquisa doExército, dava a aula inau-gural no Instituto Militarde Engenharia, na PraiaVermelha.

Os oficiais das naçõesamigas (Bolívia, Chile,Equador, Paraguai, Uru-guai, Colômbia e Hondu-ras) — todos capitães, co-mo os brasileiros — presta-ram muita atenção à aulado General Heitor Luís.Generais-de-brigada e co-mandantes de Artilhariatambém compareceram.

Cúria faznota contraação da TFP

A Cúria Metropolitana,através da Assessoria deImprensa do Palácio SàoJoaquim, distribuiu notaoficial em que repudia areportagem publicada emuma revista de circulaçãonacional, que aborda umtreinamento de tiro reali-zado por integrantes daTFP — Tradição Família ePropriedade — que usam afigura do Papa João PauloH como alvo.

• A nota, assinada peloCónego Manoel Tenório deOliveira, Chanceler do Ar-cebispado, considera a ati-tude da TFP "inadmissí--vel", quando se tem o San--to Padre como fundamen--to da unidade da Igreja".... A nota, na íntegra, é aseguinte:"De ordem do Eminen-tlssimo Senhor Cardeal-Arcebispo, a Arquidiocesedo Rio de Janeiro repudiao fato noticiado em umarevista de circulação na-cional onde é atribuído àTFP colocar como alvo pa--ra treinamento de tiro aprópria figura de Sua San-tidade o Papa João PauloH.

Além de ser um desres-peito, trata-se de uma ati-tude inadmissível quando_e tem o Santo Padre co-mo fundamento da unida-de da Igreja Católica Após-tólica Romana". .

:PM dá lista•de aprovadosem concurso

•50 A Polícia Militar divul-gou. ontem, a lista dos 2mil 400 candidatos a solda-'dos de 2a classe, aprovadosno último concurso. A lis-lagem está à disposiçãorios candidatos no Centrode Formação e Aperfeiçoa-mento de Praças, na Ave-nida Marechal Fontenele,em Guadalupe.

., Os candidatos classifica--dos entre o Io e o 300° luga-rés prestarão exame psico-técnico às 7h do dia Io demarço; e os classificados'entre o 301° e o 600° lugar-res, no mesmo dia, às 12h;ós classificados entre o601° e 0 900° lugares, no dia' 2 de março, às 7tr. os entre

,0 901° e o 1.200 lugares, nomesmo dia, às 12; os entre

Jp 1.201" e 1.500° lugares, nodia 3 de março, às 7h; os

jentre o 1.501° e o 1.800°.lugares, ás 12h do mesmo4dia; no dia 4 de março,

(Prestarão exame os classi-ficados entre o 1.801° e

JJOO0 lugares, às 7h; e, àsÍ2h do mesmo dia, os entreo 2.101° e o 2.400° lugares.

Ronaldo Thcobald

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O General Heitor de Almeida mostra aos oficiais o roteiro de sua aula na ESAO

Geólogo diz que aterro daMoreninha já matou 32 porser uma obra de improviso

O aterro da praia da Moreninha, em Pa-quetá, foi feito de improviso, como se faz umaterro no quintal da casa da gente, com qualquermaterial e de qualquer jeito. Só que, no caso dapraia, quem está sofrendo as conseqüências é apopulação, que já pagou a irresponsabilidade doGoverno com 32 mortes.

As acusações de descuido e descaso dasautoridades nas obras de aterro da Moreninha —•e que ele estende a outros locais, como a praia deRamos e o Projeto Rio — sâo do geólogo eprofessor da UFRJ Elmo da Silva Amador. Des-fazer totalmente a obra ou refazè-la depois deremover a lama do local são, no seu entender, asduas possibilidades de acabar com o perigo e asmortes.

ProblemasAntes de considerar o caso de Paquetá, Elmo

Amador explicou que é totalmente contrário aaterros de qualquer natureza, em ambientescomo baías e lagunas, o que afirma ser umaposição defendida mundialmente por técnicos eprofissionais ligados ao problema.Um aterro feito nestas condições reduz asuperfície de água e traz algumas inconvenièn-cias, como a perturbação do sistema de circula-ção das águas e a criação de novos pontos deerosão e sedimentação, isto é, a área entra numanova dinâmica.

Ele frisa que, antes de construir um aterro —procedimento que não foi respeitado no caso daspraias da Moreninha e de Ramos e do ProjetoRio — os responsáveis pelas obras teriam quefazer um estudo das conseqüências que elaspoderiam produzir, com a participação nâo só deengenheiros, como também de geólogos.Na Moreninha — onde a faixa de areia foiaumentada de 3m para 50m — se tivesse sidofeito este levantamento, segundo ele, teria apon-tado a inviabilidade do aterro no local ou anecessidade de se retirar a lama do fundo antesdas obras.

Elmo Amador chama a atenção para a faltade cuidado do Governo — em todos os níveis —na condução de uma obra pública que, no casoda Moreninha, por exemplo, ficou por volta deCr$ 6 milhões, em 76.

Apesar das conseqüências nefastas obvia-mente previsíveis, e a despeito das criticas cons-tantemente formuladas, os órgãos públicos insis-tem em desenvolver obras improvisadas, muitasdelas projetos de impacto político, sem a consi-deração de vários aspectos como, no caso deaterros, sondagens geológicas e do estudo dascorrentes.

Ele lembra que a praia de Maria Angu, emRamos, foi jogada para a frente, com um aterro, oque expõe seus freqüentadores a um canal antesrecuado, trazendo riscos de vida tão sérios comona Moreninha. Estes dois exemplos levam a umaquestão mais geral, que é a falta de conservaçãodas praias do Rio.

No posto 6, por exemplo, já está ficandodifícil tomar banho devido às algas que estãoaparecendo. Em Sâo Paulo existe um serviço decontrole das praias, encarregado de examinar osriscos que cada uma apresenta, e isto deveriaexistir também aqui no Rio, que só tem aFEEMA (Fundação de Engenharia do Meio-Ambiente), mas que se preocupa com um proble-ma especifico.

SoluçãoInterditar a praia da Moreninha, para o geó-

logo, nâo resolve o problema porque o Governodeveria buscar uma solução definitiva, que co-meçaria com o levantamento das condições geo-lógicas, ambientais e oceanográficas da área.Depois, tiraria conclusões sobre se deveria ounão ser aterrada.

Aí, então, o aterro seria definitivamentedesfeito ou desmanchado para dar lugar a umoutro que nào contrariasse o equilíbrio da área.O problema é que muitas obras feitas pelo Esta-do têm sido mal formuladas, apesar de haverrecursos técnicos para que fossem melhor enca-minhadas. Acho que esse tipo de conseqüênciaque estamos tendo — as mortes — é bastanteforte para levar o Governo a uma reflexão.

Órfãos abrem as gaiolas elibertam 300 pássaros quea PM apreendeu em Caxias

Tânia Rodrigues— Como ê bom ser livre e voltar para a família —

disse o menino Eduardo Bento, de 10 anos, um dos 90órfãos do Patronato São Bento que ontem pela ma-nhá libertaram 300 passarinhos, soltando-os nas ma-tas da reserva florestal de Xerém, em Duque deCaxias. Avinhados, chanchòes, trinca-ferros, galinhosda serra, melros e sabiãs-laranjeiras, assustados, leva-ram algum tempo para sair de suas gaiolas. Muitosforam ajudados pelas crianças.

Os pássaros vieram da tradicional feira de Caxias— onde alguns sâo vendidos até por Cr$ 30 mil — maso Comandante do 15° BPM, Coronel Eduardo LoisBlanco, resolveu acabar com o comércio ilegal, deter-minou policiamento ostensivo na feira, apreendeu asaves e mandou libertá-las, "pelas mãos carinhosasdas crianças", comentou.ALEGRIA

As crianças escolhidaspelo Coronel Blanco sáo os90 órfãos do Patronato SâoBento, no centro de Duquede Caxias, que ontem demanhã chegaram de óni-bus à reserva florestal deXerém, acompanhadas pe-Io Comandante e pelo Sub-Comandante do 15° BPM.Minutos depois chegava aKombi do IBDF com asgaiolas dos passarinhos.

O Coronel Blanco, commuita paciência, levou ai-gum tempo para acalmaras crianças que estavamexcitadas pela viagem epela aventura que iriam vi-ver, e o jeito foi deixa-lassoltas pelos córregos e bos-quês até que, cansadas, co-meçaram a gritar: "Solta,solta os passarinhos".

As gaiolas foram aber-tas, mas a princípio asaves demoraram algumtempo para sair, e tiveramque ser ajudadas pelascrianças, como EduardoBento, de 10 anos, órfão depai e máe, e que ficou mui-to emocionado. Em 10 mi-nulos, nos galhos das ârvo-res, as crianças podiam verchanchòes, trinca-ferros,melros e sabiás.

RESERVA

Os pássaros soltos iráoviver numa área de 90 milhectares, que abrange cin-co municípios: Nova Igua-çu, Duque de Caxias, Pe-trópolis, Miguel Pereira eVassouras. É a reserva fio-restai de Xerém, uma áreade preservação permanen-te desapropriada pelaUnião e entregue ao IBDFdesde o tempo do Império.É considerada uma flores-ta protetora de manan-ciais, tem cinco represas e,por isso, é fechada ao pú-blico. A Cedae e o IBDF

cuidam da reserva que temrica flora e fauna.

Atacílio Sebastião de Al-meida (funcionário da Ce-dae) e o guarda florestalJosé André de Souza, quesáo amigos, trabalham nolocal ha mais de 20 anos, elâ vivem com suas famíliase mais 20 moradores quelotam seis pequenas casas.

PASSARINHOS

Abdon Statitl é o prote-tor dos passarinhos. Agen-te do IBDF há 12 anos, dizque sua profissão "ê só pa-ra quem gosta de ani-mais". Foi ele quem levouas aves para a reserva, eestava há 15 dias com oCoronel Blanco, durante abatida na feira de Caxias,onde foram apreendidos os300 passarinhos.

— O difícil no meu tra-balho — diz Abdon — édistinguir o vendedor am-bulante de passarinhos,aquele que às vezes caçapara sustentar a família,do profissional, que comer-cia a ave, sem dó nem pie-dade. Cada caso tem queser estudado e, depois deaveriguado, saberemos seo caçador de passarinhosdeve ou não ser punido.

Na nova política doIBDF, segundo Abdon, olema do atual diretor, Co-ronel Alcyr Miranda, é"educar o povo" e para is-so ordenou aos agentes"que façam valer a Lei 5197, que preserva a fauna ea flora".

Segundo Abdon, umpassarinho como o avinha-do, que ontem foi solto,chega a custar Cr$ 30 mil.Muitas pessoas, diz ele,compram um lote de seispassarinhos por Cr$ 300mil, "mas tem aqueles quefazem das aves seu meio devida e as comerciam comose fossem dinheiro".

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assaltaram apartamentoCom a colaboração do General Samuel Tarso

Teixeira Primo — Comandante da Artilharia deCosta da 1* Região Militar e da 1* Brigada deArtilharia Antl-Aérea — a policia está elaborandoretratos-falados dos assaltantes do ap. 501 da RuaBulhões de Carvalho, 77, em Copacabana, de ondeforam roubados Cr$ 160 milhões em Jóias.

Até ontem à tarde, três Já estavam prontos eforam entregues ao diretor da Divisão de Roubos eFurtos, delegado José Gomes Sobrinho, que náo vaidivulgá-los. Os ladrões dominaram o General, que ésindico do edifício, dois porteiros e duas tias dadona do apartamento, que chegavam no momentodo assalto, além de uma empregada e de umavizinha, mantendo-os como reféns durante duashoras.

A filhaApesar de o assalto ter sido mantido em sigilo

durante algum tempo, a policia começou, ontem, aliberar algumas informações. Soube-se que o apar-tamento está em nome do vice-presidente do Depar-tamento Jurídico do Banco do Brasil, advogadoRoberto Magalhães, mas ele é desquitado da mu-lher, Lícia Magalhães, que ali mora apenas comuma filha, Adriana, de 24 anos, psicóloga e solteira.Os outros três filhos são casados e nâo moram noapartamento.

Com relação a Adriana, a polícia está começan-do a Investigar suas amizades. Ela é ligada a umgrupo de motociclistas do Alto da Boa Vista e o quechamou a atenção dos policiais que estáo Investi-gando o crime foi o fato de os ladróes, ao chegarem àportaria do Edifício Cataguá, perguntarem a umdos porteiros se ela estava em casa. Ante a respostanegativa, um disse: "Ótimo. Melhor ainda". E, sa-cando seu revólver, disse ao porteiro: "Vamos diretoao 5° andar".

Quatro" ladrões dominaram um porteiro e, de-pois, o outro, que chegava junto com o general. Ostrês foram levados ao apartamento, onde maisquatro pessoas foram mantidas como reféns: duastias de Dona Licla Magalhães, que foram visitar asobrinha e chegaram em melo ao roubo, uma vlzi-nha, e uma empregada da família Magalhães, queestava chegando também. Juntas, no quarto deDona Lícia, as sete pessoas —- Inclusive o general —ficaram como reféns durante duas horas. O general,segundo fontes da polícia, foi obrigado pelos ladrõesa colaborar no arrombamento do cofre.

A policia confirmou, ontem, que os assaltanteschegaram ao apartamento atrás de 120 mil dólarese, depois de procurar o dinheiro por toda a casa,confabularam um pouco. Um deles chegou a fazeruma ligação para fora e, depois que desligou otelefone, resolveu ir ao cofre, no quarto de DonaLícia, escondido atrás da cortina.

DetalheEsse detalhe faz a policia ter a certeza de que

alguém, que ficou na rua, orientava ou comandava oroubo. Entre os ladrões, havia um que cobriu o rostocom uma toalha, para nào ser reconhecido, quepoderia ser um freqüentador da casa. Segundo apolicia, esse homem nào subiu com os demais eficou na portaria, tomando conta. Só algum tempodepois ele trocou de posição com outro ladrão, quedesceu e ficou em seu lugar. Ao entrar no aparta-mento e ver as sete pessoas imobilizadas, o assai-tante descontrolou-se um pouco, procurou umatoalha e cobriu o rosto.

Foram cinco — e náo seis — os ladrões queestiveram no prédio. O sexto homem, para a polícia,poderia estar ao volante de um carro parado nasproximidades. No apartamento, quem comandou oroubo foi um homem alto, moreno, bem vestido, queusava um slack creme. Entre os ladróes, havia umcom vasto bigode. Todos eles eram morenos e sevestiam bem.

BiscateirosNo prédio, ninguém quer falar sobre o roubo —

os porteiros receberam ordens do Secretário deSegurança de nâo comentarem nada com a impren-sa — e estranho náo entra.

Pelo telefone, D. Lícia Magalhães, nervosa, ain-da, com o roubo, falou aos jornais, ontem. Disse que"o valor do assalto está errado e nào chega a Cr$ 20milhões". A polícia, porém, confirma que a vítimaforneceu esse total do roubo. D. Lícia disse, ainda,que os ladrões nào levaram quadros de arte comodeclarou seu filho ("Nào sei por que ele falou Isso") eque nunca teve um Pancetti em sua vida.

Sobre os 120 mil dólares que os ladrões procura-vam, declarou que nào tinha esse dinheiro, pois, se otivesse, estaria na Europa e nào no Brasil. Sobre asjóias roubadas, disse que a maior parte delas eraherança da família. Entre elas, estavam um diaman-te champanha com 6,5 quilates, outros dois com 3,5quilates cada um, um cordáo de ouro com trêspalmos de comprimento e vários anéis de bri-lhantes.

No final da tarde de ontem, policiais da Divisãode Roubos e Furtos tentavam identificar dois ho-mens que fizeram serviços de pintura no aparta-mento de D. Lícia Magalhães, há pouco tempo. Osdois sào biscateiros e ficaram algum tempo noapartamento, podendo ter descoberto o cofre ousabido de sua existência.

Investigações sobre mortede escrevente só dependemde sua ex-companheira

Enquanto a ex-chacrete Vera Lúcia Guimarãesdos Santos, a Vera Furacão, nào comparecer paradepor na 35a DP, em Campo Grande, sobre o assas-sinio do escrevente juramentado do 23° Oficio deNotas Osíris Alves Pereira Nunes, com quem vivia,as investigações continuarão paralisadas. Osíris foiencontrado morto, na manhã do dia 15, na AvenidaCesário de Melo, no porta-malas do Fiat de VeraLúcia, com cinco tiros.

A ex-chacrete, desde a morte de Osíris, estádesaparecida e seu advogado nào tem sido localiza-do. Acreditando que Vera Furacão dará Informa-ções que possibilitem o esclarecimento do crime, apolícia nâo tem feito investigações, embora saben-do que o escrevente tinha inimigos e respondia acinco inquéritos na Delegacia de Defraudações,como envolvido em falsificações de assinaturas pa-ra venda de casas e terrenos sem o conhecimentodos verdadeiros donos.

AmeaçasOsíris foi seqüestrado ou atraído a uma cilada,

na tarde do dia 13, quando saiu de casa, na RuaDaut Perez, 92, na Barra da Tijuca, em direção aoCentro da cidade, onde iria lavrar duas assinaturasde rerratificação de imóvel da Construtora SanRemo. Sua mulher, no mesmo dia, registrou seudesaparecimento na 16a DP, na Barra da Tijuca, e ocadáver foi encontrado dois dias depois, em CampoGrande.

A policia se limitou ao registro da ocorrência eficou aguardando que Vera Lúcia comparecesse àdelegacia porque, em sua casa, segundo informa-ções, ela atendia constantes telefonemas de pessoasque ameaçavam Osíris de morte. Um homem telefo-nava duas ou três vezes por dia, para dizer queOsíris "teria o mesmo fim de Misaque e Jatobá".

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Assaltantesroubam oUnibanco

Em uma ação rápida,quatro homens armadoscom revólveres, escopetase metralhadoras assalta-ram ontem ao meio-dia, aagência do Banco Unlban-co de Paracambl, na RuaAnísio Peçanha, 358, deonde levaram cerca de Crt2 milhões. Os assaltantesfugiram no Opala marrommetálico ZY-8759, roubadona porta do banco, pelaantiga Estrada Rio—SàoPaulo.

Ordenando que todosmantivessem as cabeçasbaixas, os quatro ladrõesinvadiram a agência e do-minaram os segurançasAtila e Isolino. Enquanto ogerente Rui era obrigado,por um, a abrir o cofre, osoutros saqueavam as cal-xas. Um dos ladrões agre-dlu o funcionário Everaldode Sousa com uma coro-nhada na nuca. O Opalaroubado foi abandonadona altura do Km 2 e troca-do por um Caravan bran-co, que seguiu na direçãode Santa Cruz.

Escolasofre 3oroubo

Os professores do CentroInterescolar Municipal Ge-neral Tarso Fragoso, emPadre Miguel, estáo revol-tados: pela terceira vez, aescola de 2° grau foi arrom-bada e grande quantidadede material, além de me-renda, roubada, durante ocarnaval. Paredes e portasforam sujas e a água foicontaminada.

Depois de arrombadauma porta de ferro, foramroubados aparelhos do la-boratório, de artesanato ede audiovisual, além de pe-ças produzidas pelos alu-nos, que estáo prestes aretomar às aulas. Os pro-fessores encontraram a es-cola devastada, anteon-tem, quando se reunirampara os preparativos dasaulas; a escola tem cincoanos de funcionamento.

PM acabacom pontode "bicho"

O Comandante do 15°BPM, em Duque de Ca-xlas, Coronel EduardoLóis Blanco, chefiando umgrupo de oficiais, estourou,na tarde de ontem, umaapuraçào do jogo do bicho,na Avenida Brigadeiro Li-ma e Silva, 1.988, apreen-dendo farto material decontravenção, além de ca-rimbos e blocos usados pa-ra anotações.

No local, foi preso o con-traventor Carlos AlbertoJardim que, na 59a DP, dis-se ao delegado Amil Re-chaid, que a casa havia si-do alugada recentemente eque seria usada para apu-ração de todo o jogo dobicho dos quatro distritosde Duque de Caxias —Centro, Campos Elíseos,Imbariè e Xerem. A resi-dència, segundo os poli-ciais, é da manicure OtiliaMercedes, que trabalha emum saláo próximo ao local.

Presas sedizemespancadas

Várias mulheres tenta-ram, na segunda-feira decarnaval, passar de umacela onde se encontravampresas, para outra — a doshomens — na Ia DP, naPraça Mauá. O detetivePaulo, ao observar o fato,mandou transferir todaspara outra cela, "infecta,onde escorre urina das ce-Ias superiores; sem condi-ções higiênicas nenhuma".Ali, depois de despidas, fo-ram espancadas por poli-ciais. Essas mulheres —aproximadamente 10 — seencontram nessa cela atéhoje, "bastante machu-cadas".

O relato é do secretárioda Comissão de Defesa dosDireitos do Preso Comum,Anatole Arraes, que de-nunciou, ainda, as condi-ções do preso RaimundoFigueiredo Pereira, detidotambém na 1* DP: "Eleestá subnutrido, em esta-do de inanição".

O delegado substitutoda 1* DP, Jorge Machadode Vasconcelos, ao lado detrês policiais, um deleschefe de carceragem — quenào se identificaram — ne-gou que Raimundo esti-vesse doente — "senão es-taria no Desipe" — e quemulheres tivessem tentan-do fugir para a cela de ho-mens: "Nào houve nadadisso. Aqui, nào há mulhe-res nuas e nem maus tra-tos". A imprensa nâo pôdeter contato com os presos.O delegado afirmou, ainda,que "todas as celas da de-legacia estão em boas con-diçóes higiênicas".

NAL DO BRASIL Chico .'Si.

Dlrrlore-Preaiilenlei Cnmlona Pereira CarneiroViu -1'iinlil.ni.- Executlvoi M. V. do Nascimento Brito

Dlrclori Brrnard da Corta CampouDirclori J. A. do (Nascimento Brilo

Dlrclori Waller FontouraEdilori Paulo Henrique Amorim

Para Não Deixar CairO ex-prcHidcntc do extinto PP e atuante vice-

presidente do efervescente PMDB, Senador Tancre-do Neves, não deixou cair a denuncia do porta-vozdo Planalto sobre a radicalização oposicionista.Respondeu com a denúncia de radiculização gover-nisto.

"Fulur em radicalização por parte das oposi-ções" — afirma o Sr Tancredo Neves — "é udultc-rar a verdade c mistificar os futos." A verdade podeser subjetiva mas os fatos são os fatos. Quundofundou o PP, o Senador Tancredo Neves estava-selivrando de quê? Daquilo que nu época lhe pareceuintolerável: a radicalização visceral no antigo MDB.Recusou-se a ficar ao lado de radicais notórios eirrecuperáveis.

De quem é a frase que correu todo o pafs,como uma espécie de lema paru catequizar, modera-dos inibidos pelas patrulhas ideológicas do MDB?"0 meu Partido não pode ser o Partido do SrMiguel Arraes". E por que não podia? Porque oPartido em que o Sr Miguel Arrues estivesse seriaideologicamente comprometedor para um liberal, ca radicalização política é incompatível com quemqueria criur uma alternativa confiável paru chegarno Governo por via eleitoral.

Quem mudou: o Senador Tancredo Neves ou oSr Miguel Arrues? O Sr Arraes não alterou umavírgula do terceiro mundo que é seu pensamentopolítico. Continua a defender pura o PMDB a maioramplitude possível numa frente de tendências políti-cas. E o Senador Tancredo Neves lhe reconhecealguma razão ao agregar a frente oposicionista o

prestígio dos liberais confiáveis refugiados no PP.Por que não reconhecer, uo mesmo tempo, avalidade do radicalismo como método político? OPMDB e o Sr Arraes acreditum que os radicais sãoótimos parceiros de campanhus eleitorais, segundoaquela velha forma: com radicais se ganham eleiçõesmas não se governa com eles. O caso do MDB, porenquanto, é apenus ganhar eleições. No devidotempo serão tomadas as outras providências.

0 fato é que o Partido do Senador TancredoNeves jú é o Partido do Sr Miguel Arrues. 0Senador mineiro não devia ter dito — "dessa águanão beberei" — porque acalmo tendo sede eleitornle foi pedir água no Sr Ulisses Guimarães, que lhedeu o copo do Sr Miguel Arrues. E preciso realmcn-te desmistifícar os fatos. Mus é de todo convenientenão se radicalizar, porque do outro modo o SenadorTuncrerlo Neves é capaz de pedir publicamente otestemunho do Sr Miguel Arrues e — o que é pior —

ter a confirmação de que o PP não passou demanobra paru impedir que os liberais du oposiçãofossem bater a porta do PDS.

Os confiáveis da antigu Oposição conspiravamdiariamente contra o bipartidarismo. Quem, senãoeles, deram testemunho do putrulhumcnto ideológi-co que oprimia os liberais no MDB? A essa aladesgarrada deu-se o nome de Partido Popular e, emtroca, o PMDB o cobriu com u suspeita de que era o"Partido dos banqueiros". A mais acirrada diver-gência registrada nos últimos três uno» reuniu comoadversários os fundadores do PP c os donatários doPMDB. Nadu mais radical do que a troca havida «lesuspeitas e asperezas.

"Nunca houve, como não há, de parte dos queassumiram a responsabilidade histórica de promo-ver a incorporação, qualquer espírito de tlesufio ou

provocação" — declara Tancredo Neves. Então

pura que foi fcitii a incorporação? 0 PMDB desafiae provoca desde muito antes. Quanto á responsabili-dade perante á Historia é preciso esperar que ela semanifeste: os resultados dirão. Tanto é manifesta-ção de História um regime avançado na direçãodemocrático como retrongir á pedra lascada. Sãoessas os responsabilidades que ns escavações históri-cas acabam revelando um dia.

0 Senador Tuncrerlo Neves é íntimo da retóri-co: apresenta n Incorporação como um ato pura"romper os grilhões <la última reforma eleitoral'".Soa bem mus não rimu com os fotos. A últimareforma impôs os grilhões da fidelidade do voto uoexigir que o eleitor seja coerente. E. o rigor, umaexigência neutra porque não favorece um Partidoem detrimento <le outro. Não há nada «le untidemo-erótico na coerência.

Se o pacote, como diz o ex-presidente do PP,"exclui as melhores perspectivas de redemocrotizo-

ção do Brasil" OU, pelo menos, se o Sr TancredoNeves está absolutamente certo de que ocorreu oeclipse dn abertura, «leve efetivamente radicalizar.Pnrn honrar n confiabilidade democrática que pre-tendeu conseguir com a posição liberal, uo abrir umcrédito de confiança oo Governo Figueiredo, teriade ir para uniu posição diametralmente oposta: se oGoverno não lhe merece mais a confiança, nadamais natural do que trocar os meios e os fins.

0 PMDB c uma opção de quem quer outrosmeios paru atingir outros fins. Tanto que o SenadorTancredo Neves pode declarar com todo o noturoli-dode: "O meu Partido já c o Partido do Sr MiguelArrues." Ninguém poderá dizer nudn em contrário.

Custos DiscutíveisO plano enviado pelo Presidente Honuld Rea-

guri no Congresso norte-americano puro combater aexpansão comunista ao Caribe, orquestrada peloregime de Fidel Castro, vai custar este un«i 350milhões de dólares, ulém do preço dn remoção, por12 unos. de todas as barreiras alfandegárias paruprodutos originários dos poises du Américo Central,exceção feita aos têxteis.

Não se discute a importância da iniciativa e oclogiável espírito que a anima. As tentativas «lecomunização ou cubuniz.uçáo da America Centralnão podem ser combutidus o partir de uma perspec-tiva militar, frontalmente ültervéncionista, mas simutruvés dos poderosos instrumentos políticos e eco-nômicos em poder dus nações altamente desenvolvi-das. em particulur dos Estados Unidos. O próprioPresidente socialista da França, François Mitter-rund, qu«! npóin os chamados "movimentos delibertação nacional" no Caribe, não pode deixar deapreciar o "plano Reagan" como "um

pusso nadireção certn".

0 que se discute no plano apresentado porReuguu nu sede «In Organização dos Estados Ameri-canos é o seu custo; o que se lamenta é o seu atraso eo seu caráter emergencial,

A suspensão, por 12 unos, dos gruvumespendentes sobre os produtos du região do Caribe fozcom que outros países em desenvolvimento, como oBrasil, sejam obrigados a pagar, embora indireta-mente, uma boa parte «lo preço do plano norte-americano. Em pânico com u crescente cubanizaçãoda região, os Estudos Unidos tomam uniu atitude

positivn, mns fazem uso de um instrumento neguli-vo. o dus "preferêncins verticais", ou seja, aquele«pie atribui vantagens por países, e não por pro-dutos.

No cnso do Brasil, que exporta 40%- do seuaçúcar demerara poro os Estados Unidos, suacontribuição em dólares, viu perda de grande parteda exportação do produto, pode chegar, em um ano,

perto do ajuda de 350 milhões de dólares «jue devesair do bolso do contribuinte norte-americano. 0

impacto nu economia brasil, ira seria de tol ordem,segundo estimativas «lo Ministério du Indústria e doComércio, que o Brasil ficaria em grande dificulda-de para pagar suo conta externa.

0 Brasil — como outros pui-.es dn AméricaLatina cujos economias concorrem com a economiados países centro-americanos — hão foi consultadosobre em que medida poderia colaborar, rio âmbitodii tão sonhada solidariedade interamericona, poroo "plano Reagan", Recebeu, através dos telegramasilos agências internacionais, um aviso dé lahçamén-to de débito nu suo conta externa, u ser suldudo ncurto pruzo, sem período de carência, como setivesse feito um seguro compulsório contra incén-dios no Caribe.

Quundo se lamenta o atraso com que foitomada uma medido de tal porte c de tal impacto,conjecturn-se sobre qual serio o panorama tluAmérico Latina, em geral, e du América Central, emparticular, tivessem os Estudos Unidos concordado,no início du década de 60, com o princípio delineadono traindo «le assistência recíproca do Rio deJaneiro {1947) e sublinhado pelo declaração «leSantiago (1959); segundo u qual a promoção do«lesenvolvimento econômico e social dos países ume-rieaiuis é inseparável do fortalecimento do sistemade segurança continental.

Os Ministérios das Relações Exteriores e duIndústria e do comércio estudam agora, concreta-mente, os reflexos negativos do "plano Reagan" naeconomia brasileira.

A negociação de compensações comerciais comWashington parece ser o caminho possível, apesar«Ia recente sobretaxa imposta sobre us exportaçõesbrasileiros de açúcar, E o momento de o Brasilexercitar com ugilidude o pragmatismo de suapolítica externa, enfatizando o comprometimentocom u sua vertente ocidental, «le um lado e, deoutro, cobrando a suo participação nos lucros

políticos do empreendimento liderado pelos EstudosUnidos no Caribe:

TópicosContrastes

' A Estrada da Gávea é uma viti deligação urbano que conserva o nomeInadequado. Na verdade Jâ e uma ruaque liga a Qâvca à Rocinha. A falta decontinuidade entre os dois lados nào éapenas social e urbanística: há tam-bém uma diferença flagrante de trata-mento administrativo. Nas duas ver-tentes da Estrada da Gávea as conse-qüènclas sáo permanentes. Quandochove, a favela se incumbe de despejaruma soma descomunal de detritos e deterra que se desfaz ao contato do água.Quando nâo chove o lixo também apa-rece sobre a via pública como se fosse asolução mais natural. Se a administra-çào pública náo consegue recolher oltxo à porta de todas as casas, poderiapelo menos providenciar para que elenâo ficasse na rua. E nâo é openas olixo sólido. Há também esgotos quecorrem a céu aberto. O Estado e omunicípio sâo igualmente omissos eigualmente responsáveis pela descon-tlnuidade na previsão e na correçãodos contrastes que se acumulam napaisagem urbana.

O fato social é que a populaçãopaga impostos, e, se há quem deixe depagar, a culpa é toda da administraçãopublica. O que nao poie é quem paga

ser tratado como quem nào paga — esofrer as conseqüências e correr o riscosanitário aumentado pelo lixo. Em no-me do social há uma omissão perma-nente em relação à existência e cresci-mento das favelas. O social, no enton-to, nào justifica o desleixo na soluçãodos problemas de lixo e de esgoto. Pelocontrário.

Outro RumoAntes de completar-se todo o efeito

da tentativo de antecipar a conclusãoda Ltnha-1 do metrô para maio, o Ml-nistro Eliseu Resende anuncia out.t>lance emocionante: vai pedir ao Presi-dente da República porá aprovar aextensão dos trilhos até o Lido. Serão,ou seriam, openas 1 mil 800 metrosalém de Botafogo, sem qualquer esto-çâo intermediária. Parece perfeito,mas ê apenas uma extensão do benefí-cio político pretendido. Porque asobras não ficariam prontas este ano.mas apenas a aprovação da idéia, paracoincidir com o segundo semestre elei-to ral.

Parece tempo de devolver-se ao me-trô o sentido de transporte eminente-mente popular que deixou de ter noRio. Conduzir grandes massas, atravésde grandes distâncias, a grandes velo-cidades — é o que Justifica os elevadis-

simos custos do metrô. O Rio Inverteuo principio e, em conseqüência, o me-trò carioca estará confinado a meionúlhão de passageiros por dia naLinha-1,

O Ministro dos Transportes contri-buiria para dar objetividade social aometrô se propusesse exatamente ocontrário. Dar por terminada a linhaem Botafogo e canalizar para o pré-metrô todas as hipóteses de recursos,para que o Grande Rio seja, pelo me-nos, lima área irrigada por um sistemavascular de transportes rápidos e efl-cientes. Se as grandes distâncias foremanulados pela velocidade de um stste-ma rápido, haverá socialmente dispo-nlbllldode de tempo aproveitável emtrabalho e lazer. Seria uma forma paraaliviar as tensões urbanas e de retri-buir ã expectativa de uma parcelaImensa do população que reivindico depreferência serviços de Infra-estrutura.

A extensão da linha oo Lido serviriaapenas para abrir uma frente de reivln-dlcação em Copacabana. E o Govemonâo teria condições de corresponder àexpectativa porque os custos do metrônaquela parte congestionada da cida-de sâo inviáveis e sem retomo social,politico ou econômico. É hora de desis-tir de fazer um metrô anti-social e deredirecioná-lo paro os subúrbios sem-pre preteridos entre duas eleições.

CartasMerquior e a Psicanálise

"A Investida do Sr. José GuilhermeMerquior (JB de 31/01/82) contra Freud ea psicanálise assemelha-se o algo com ocombate de Dom Qulxote contra os moi-nhos de vento, senão um moribundo emseus últimos estertores, a saber, o freu-dismo e o movimento pslcunolltlco emgeral.

Senão vejomos.Freud nasceu em 1856 e formou-se em

medicina em 1881. com o Intenção de serum clinico geral iDoktor der gesomtenHellkunde). Em 1886 — depois de rápidoestágio em Paris no então famosissimaclinica de Charcot — Iniciou, ele próprio,a sua clinica em Viena de tratamentodos doenças nervosas.

Em 1891 mudou-se para n famosacosa da Berggasse 19, onde viveu até opartida para o exílio em Londres em1938. um ano antes de suo morte nocapital Ingleso. Nessa cosa, tardiamentetransformada em museu pelo Governoaustríaco em 1971 e que visitamos numade nossas recentes viagens o Viena,Freud exerceu a clinica durante quasemelo século e ali escreveu praticamenteo totalidade de suo obra, sem grandeaceitação em seu próprio pais. Os seusprimeiros êxitos serinm fruto da ação ecolaboração principalmente do uustrta-co Adler tque ele objurou em 1911) e dosuíço Jung (que renegou em 19141. assimcomo dos alemães Abrahom e Sachs, doInglês Jones, do húngaro Ferenczl, doJudeu russo Eitlngton e de seu própriocompatriota Rank. cognomlnados. jun-tomente com ele, apôs a defecção deAdler e Jung, os sete elos (die sicbenKingen) do movimento.

Mas, a verdadeira projeção de Freudem escala quase mundial velo com a suaIda aos EUA em 1909 (única, alias, emtoda a sua vida) a convite da Unlversida-de de Woercester, Mass., para ai pronun-Ciar uma série de conferências, que setransformaram no catecismo da suudoutrino, ou seja, as Cinco Lições sobrea Psicunalise. (Dissemos acima projeçãoquase mundial de Freud. porque emvários países, principalmente do ürlen-te. ele jamais foi aceito e na União Sovlé-tica. que herdara as descobertas verda-delramente cientificas de Pavlov. a suudoutrina foi sempre desdenhosamenteconsiderada "Uma corrente idcallstlcada psicologia burguesa contemporânea"ideallsti.sclic.skoc tetchenie sovremenoiburjuaznoi psicologti).

Mas os americanos — com o seu co-nhecido amor as novidades, principal-mente cientificas ou mesmo pseudoclen-tificas — se entusiasmaram com Freud ea psicanálise e os promoveram em escolacomo não haviam conseguido os seusprimeiros seguidores europeus.

Dal começou o grande fastlgio dapsicanálise, que, em verdade, durou, atéa II Guerra Mundial e começou a decli-nar com a própria morte de Freud.

Com efeito, logo após o passamentodo Mestre, em 1939, um de seus discipu-los mais categorizados na França. Ro-land Dalblez. destruía boa parte do edlfl-cio freudiano com a sua excelente efartamente documentada obra Lu Mé-thode PsyehanallUque et Ia DoctrlneFreudienne, traduzida para o portuguêse publicada pela Agir em 1947 12 volu-mes, respectivamente de 332 e 314 pás.).

Nos EEUU., Fudolph Allelers, consi-derado o Anti-Freud, publicava mais oumenos na mesma ocasião The Success-fui Erros tUimbém traduzido para o por-tuguês em 1946 pela Livraria TavuresMartins do Porto sob o titulo Freud —Estudo Crítico du Psicanálise), em que ofreudismo e a psicanálise sào declaradosInaceitáveis e pouco científicos.

E em 1953, em Uses and Abuses ofPsychology, o grande psicólogo inglês H.J. Eysenck perguntava: "What is wrongwith psychoanalysis?" E respondia: "Issimple. Psychoanalysis is unscientifle".

Dal para cá. uma grande quantidadede obras demonstrando o caráter espe-culatlvo da psicanálise, inclusive a suabaixa percentagem de "curas" das pró-prias neuroses, náo superior à dos de-mais métodos psicoterapèutlcos maisbem-sucedldos, apareceu em várias par-tes do mundo, como The Case AgainstPsychoanalysis, de Andrew Slater, e nu-merosisslmas outras que seria fastidiosoenumerar aqui.

Basta mencionar que o próprio ErichFromm, um dos derradeiros corifeus domovimento psicoanalítlco, em A Criseda Psicanálise (publicado em portuguêsem 1971) reconhecia o seguinte nos pró-prios UAU.. último bastião da "maniapslcanalltlca":"O psicanalista, que hâ dez anos eraconsiderado pela classe média urbana"(norte-americana, nâo se esqueça) "o de-tentor da resposta para as suas angus-tias mentais, está agora posto na defen-slva pelos seus competidores psicotera-pèuticos e está perdendo o seu monopô-lio terapêutico".

Tudo Isso foi. aliás, posto em evldên-cia entre nõs, pelo signatário desta, jâ nadécada de 1950, em, pelo menos, trêsensaios publicados no "Diário de Notl-cias" do Rio de Janeiro, a saber "Marx,Freud e os Cristãos" (D. N. de 22/04/51),"Freudismo e Cristianismo"' (D. N. de03/06/51) e "À Psicanálise e os Comple-xos" ID. N. de 21 01 59).

Assim sendo, o Sr José GuilhermeMerquior, mesmo no Brasil, está atrasa-do de pelo menos vinte anos em suadenúncia sobre o caráter pouco clentlfi-co da psicanálise.

Como, porém, ele está dlgladiandocom gente que esta atrasada de quaren-ta, não há duvida de que leva vantagemde vinte e presta um serviço oo dcfenltl-vo esclarecimento das idéias sobre oassunto entre nôs.

No funcio, porém, ele náo possa de umDom Quixote combatendo meros moi-nhos de vento e nào "desaforados gigan-tes. con qulen plenso hacer batalla yquitarles a todos las vidas", como Julga-va, em sua admirável ingenuidade, oengenhoso fidalgo da Mancha. A Fonse-ca Pimentel — Brasília (DF).

Cidade abandonadaO Rio de Janeiro é uma cidade aban-

donada. Uma cidade desprezada. Emquase todas as ruas vê-se gente caídapelos cantos. Uns doentes, outros em-briagados. e muitos pedlntes. Na PraçaMonte-Castelo, dia e noite, mocinhas egarotos, com suas bagagens sob um can-telro de árvores. A Clnelândla, a princl-pai praça do centro, está cheia de barra-quinhas insignificantes, enteando o lo-gradouro. As ruas que foram há poucotempo calçadas com pedras portuguesasestão ficando esburacadas, cheias debalxios, formando, quando chove, verda-delras piscinas. Serviço bonltinho. po-rém, mal feito. Nos ônibus, como se vê,os banhistas sem camisa, de calção mo-lhado, geralmente numa grande bader-na, e usando palavreado de baixo calão.Será que a atual administração nâo seenvergonha do descalabro em que seencontra a cidade que era Uda como aCidade Maravilhosa? Democracia sim.anarquia não. Hermes Antônio de Souza— Rio de Janeiro

Previdência SocialCom relação à carta da Sra Lygia

Vianna da Silva, publicada no JORNALDO BRASIL, edição de 8 de fevereirodeste ano, em que ela tacha de despendi-cio o nào aproveitamento integral doscupòes do carne de pagamento de bene-ficios. quero prestar alguns esclareci-mentos.

O beneficio que a segurada recebe, denu 73.346.800/4, é regido pelo Estatutodos Servidores Públicos da Unlâo. As-sim. o valor da mensalidade da sua pen-sáo deve ser reajustado por ocasião doaumento dos vencimentos dos servido-res públicos, o que acontece em Janeirode cada ano.

O carne anterior ao referido na publi-cação, abrangia o período de junho anovembro de 1981. Para o pagamento dacompetência 12/81, foram emitidos no-vos carnes, aproveitando somente umdos seus cupôes.

Isso procede. Primeiro, porque, emjaneiro de 82, o valor da pensão seria,como aconteceu, corrigido. Segundo,

porque a emissão de um cupom isolado,importaria gastos maiores, pois exigiriaalteração do impresso em uso e, conse-qüentemente, de toda a sistemática em-pregada na programação eletrônica. De-pois. porque o sistema adotado posslbill-ta o reajustamento do beneficio de lme>dlato e, com Isso, o seu pagamento, semqualquer atraso.

Dessa forma, a não utilização de to-dos os cupôes do carne, como argumentaa segurada, nào gera sobrecarga noscustos da operação. Ao contrário, agllizao atendimento cios beneficiários da Pre-vldèncla Social, nossa maior preocu-pação.

Finalmente, é Importante observarque a ocorrência de atrasos nos paga-mentos de benefícios, possibilidade pre-vista quando da emissão maciça de car-nês de pagamentos, acarretaria, ai sim,prejuízos aos Interesses dos beneficiáriose danos ao nome da Instituição previ-denciâria. Ministro Jair Soares — Brasi-lia (DF).

Briga de brancosDiscordando de várias afirmações 11-

das no Informe JB do JORNAL DOBRASIL de 04,0282, sob o título acima,a Associação Médica do Estado do Riode Janeiro declara que não briga com -laboratórios farmacêuticos quando reco-menda ao consumidor brasileiro que náoadquira ou use certos medicamentosIneficazes, fraudados e os não licencia-dos para venda em seus países de origemou nos mesmos retirados do mercado,sejam norte-americanos, selam europeusou de qualquer outra origem, mas expor-tados para o Brasil ou entre nôs produzi-dos e vendidos por subsidiários de diver-sas multinacionais farmacêuticas, asquais dominam nosso mercado de medi-camentos, o que torna os consumidoresbrasileiros, todos os brasileiros sem ex-ceçào. seus indefesos dependentes, cor-rendo, assim, graves riscos.

A exemplo do Ministério da Saúde, aAMERJ também nâo toma partido en- "tre os grandes laboratórios americanos ealemães que suprem o mercado brasilei- !ro de medicamentos, dando preferênciaaos medicamentos eficazes, nacionais ouestrangeiros, quando necessários.

Quanto à afirmação ou informaçãodo em geral bem Informado Informe JBde que "nenhum medicamento é perigo-so se prescrito por médico, podendo sertomado sem susto e sem medo", aAMERJ manifesta sua discordância «estranheza pelo excessivo, irreal e mes-mo ingênuo otimismo do leigo autor doInforme JB, ressaltando que. lamenta- "velmente. por falta de verbas suficientes,de pessoal e de material Indispensável, ijamais qualquer Ministro da Saúde de inosso pais afirmou que "todos os medi- .camentos produzidos no Brasil estãorigorosamente controlados", o que, severdadeiro como Informa o Informe JB,seria uma garantia de real beneficio parao doente consumidor de medicamentos emaior tranqüilidade para os médicosque os receitam. Gérson Rodrigues do 'Lago, presidente—Rio de Janeiro.

Anúncio preconceituosoA Associação Profissional dos Em-

pregados Domésticos do Estado do Riode Janeiro protesta veementemente con-tra o anúncio comercial de um "bônusda alegria" em que a empregada domes-tica ê ridicularizada através de um voca-bulário propositadamente errado.

Esse anúncio mostra, mais uma vez, o ,preconceito contra uma categoria profls-slonal que vem sendo náo só esmagadanos seus direitos humanos e de trabalhocomo também posta em ridículo em si-tuações criadas sobretudo pela TV. co- •mo vemos em novelas e programas hu-moristlcos.

A Associação Profissional dos Em-pregados Domésticos, que mais uma vezse faz presente na luta pela promoçãodas empregadas domésticas, agradece acolaboração pela divulgação da presentenota. Odete Maria da Conceição — Riode Janeiro.

Ai cartas sorão selecionadas para publi-cação no todo oo em parta antrs as quo .tivorem assinatura, nome completo • legi-vel • endereço que permito confirmação

prévia.

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JORNAL DO BRASIL LTDAAvenida Brasil, 500 — CEP 20 940 — Rio deJaneiro, RJCaixa Postal 23.100 — S. Cristóvão — CEP20 940 — Rio de Janeiro, RJTelefone — 264-4422 (PABX)Telex — (021) 23 690, (021) 23 262. (021)21 558

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Rio de Janeiro, 27 de fevereiro de 1982Bohio — Ruo Conde Pereiro Corneiro. s/n RIO D£ JANEIRO — MINAS GERAISPernambués — CEP 40000 Salvador, BA Entrego Domiciliar Telefone: 228-7050telefone: 244-3133 — telex (071) 1095 ¦Pernambuco — Rua Gonçalves Maia, 193 ' m*i :Cr* ' ,8°0OBoa Vista — CEP 50000 — Recife. PE 3meses ,Cr$3.350,0Otelefone 222-1144 — telex: (081) 1247 omeses ,- Cr$6.340.00Escritório SÃO PAULO — ESPÍRITO SANTOSanta Catarina — Ruo Osmar Cunha, 15, Entrega DomiciliarEdificio Ceisa Center, Grupo A, Conjunto 210 •>_..« r.tunnm

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3JÉS

JORNAL DO BRASIL OPINIÃO sábado, 87/2/82 D 1° oaderno ? 11

•Reconciliaçãoi e penitência\ Dom Eugênio de Araújo Sales

Cordtal-ArcsbUpo do Rio d* Janeiro

FARÁ

muitos, falar de penitência se afiguraestranho, deslocado de contexto no mundoatual. Nada obstante, a pregação, acima de

tudo, exige autenticidade. Assim, 6 imperioso quea mensagem salvíflca de Cristo seja ensinada emtoda sua integridade. Releguem-se a plano secun-dario as reações negativas a essa atitude. Por isso,o ijomcm de caráter, em sentido estritamentehumano, é o instrumento valido na difusão evan-géllca. Ele nâo se acomoda, até Incomoda com aretidão de seu proceder.

•Exemplo frisante é Sào Paulo. A adesão deleao Mestre o leva a instar com um bispo: "Proclamaa palavra, Insiste, no tempo oportuno e lnoportu-no," refuta, ameaça, exorta com toda paciência edoutrina" (2 TM 4,2). E o Livro Santo conclama atodos, também os colaboradores da episcopal, emseiys diversos níveis, inclusive laicals, a exercerema missão recebida do Salvador.

• O Papa João Paulo II, a 24 de janeiro último,na Paróquia de Santa Teresa, em Roma, declarouque "a convenção (...) é uma transformação quedeíide da mudança na direção da vida e docomportamento". E adiante: "Esta maturaçãopressupõe o afastamento do mal, a ruptura com opecado, a extirpaçào das más predisposições, aluta, por vezes dura, com as ocasiões de pecado, avitória sobre as paixões." Em outras palavras, étodo o trabalho interior de afastamento "de tudo oque se opõe a Deus" e a busca do que "se aproximadaquela santidade cuja plenitude é Deus mesmo".

i O Documento Preparatório do próximo Sino-do- dos Bispos, dirigido a todos os Pastores domundo inteiro, traz como titulo: "A Reconciliaçãoe a Penitência na missão da Igreja". Ambas asidéias revelam aspectos de um só tema que integraa essência da ação eclesial, a busca da conversão.

i Começamos a Quaresma. Cada ano, a liturgianos faz percorrer diversas etapas da passagem deCrjsto entre nós. Naquela que vivemos no momen-to; concentra as atenções e diligência em torno deuma obrigação grave, a imitação do Redentor,preparando seu ministério e os sofrimentos salvífi-cop: "Então Jesus foi levado pelo Espírito para odeserto" (Mt 4,1). Tais exigências implicam con-traditar um ambiente que põe na satisfação dossentidos o alvo de seus esforços e desejos. Aoparecer de muitos, é linguagem ininteligível àmpntalidade profundamente marcada pelo hedo-nismo e avessa à mortlflcação. Desgraçadamenteatinge até pregadores acovardados que, à seme-lhança dos cães mudos da Sagrada Escritura,silenciam acerca de verdades duras como a exis-tência do inferno, a realidade do pecado, o deverde buscar a via estreita, que exige renúncias.

' Ouvimos hoje erros palmares, acobertados porfalso zelo. Eles se apresentam sob roupagensatraentes e variadas. Não contrariar, para evitartraumas, o que propicia livre curso às paixõesdegradantes. Respeitar a liberdade, olvidados,contudo, de que ninguém goza de isenção paraofender o Senhor. Aplicam-se energias para ali-mjentar o corpo e defender direitos humanos e seesquecem da fome mais crucial, a de Deus. Prefe-rem os aplausos do homem, aos quais afagam,tentando Justificar certas aspirações. Deixam deensinar o indispensável discernimento entre obem e o mal. Com essas inversões, o divino, cedeseu lugar, o que inflrma o alicerce da sociedade edestrói o equilíbrio interior. O desespero, a insatis-fajção são apenas algumas conseqüências disso.

". A Quaresma ê período de penitência e esta euma necessidade para a vida do cristào. A mortifi-cação não perdeu o seu valor. A estrutura eclesialinclui tais atos, como o jejum, pois nos diz SãoPedro (1 Pd 4.13): "Na medida em que participaisnó sofrimento de Cristo, alegrai-vos". Cumpre quetais verdades sejam proclamadas alto e bom som.Agradem ou desagradem.

| Estes conceitos têm uma imensa potencialida-de em todo o campo social. Ensina-nos o ConcilioVaticano II (Gaudiumet Spes, n° 10): "Na verdade,os desequilíbrios que atormentam o mundo mo-derno se vinculam com aquele desequilíbrio maisfundamental radicado no coração do homem. Comefeito, no próprio homem muitos elementos lutamentre si (...) Em resumo, sofre em si mesmo adivisão da qual tantas e tào grandes discórdias seoriginam para a sociedade".

Apliquemos tais ensinamentos à nossa exis-tência individual, no lar e na própria Igreja. OCriador tomou a iniciativa de se reconciliar com acriatura. Cabe-nos, ao ter consciência de nossacylpa. aceitar a necessidade de expiá-la por atos,alcançar a comunhão com Deus e nossos seme-lhantes.

' Para tudo isso, faz-se mister uma decisãopessoal. Sem o ato livre, falta o alicerce a essatransformação.

O período quaresmal oferece espaço para nosquestionarmos. Sós a sós diante do Senhor, pode-mos perceber a realidade. E com isso descobrir oque nos leva ao Mestre e, em conseqüência, anossos irmãos.

Nesse contexto, urge uma palavra enérgica deprotesto contra a prostituição reinante em certosrecintos por ocasião do último carnaval. EstaCidade nào pode ficar à mercê de amorais. Elapjertence a todos nós e sua respeitabilidade peran-té a opinião pública. Inclusive internacional, é umpatrimônio a zelar. Merece igualmente repúdio alitilizaçào de vestes e símbolos religiosos nessesfestejos. Aliás, clara infração à Lei.

Com alegria e esperança, iniciemos a Quares-ma. Exorta-nos o Santo Padre: "Deixai-vos im-pregnar do espírito de penitência e de conversão,que é aliás o espírito de amor e de partilha"(Mensagem para a Quaresma de 1982). "Convertei-vos" é uma exigência da mensagem de Cristo.Penitência, uma decorrência da vida cristã. Reco-rihecer essas verdades é um fruto da autenticidadede nossa vocação divina.

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Coisas da política

No Ceará, PTameaça PMDB

Egidio Serpa

Agrave

crise que envolve o PDS cearen-se, cujos líderes — o Governador Virgf-lio Távora, o Ministro César Cais e o

Deputado Adauto Bezerra — brigam pelodireito de indicar o candidato do Partido aoGoverno do Estado, não é, apenas, a únicapreocupação do Senador Mauro Benevides,candidato do PMDB à sucessão estadual e,aparentemente, o nome de maior força noatual processo eleitoral no Ceará. Neste mo-mento, o grande obstáculo pemedebista —longe das arengas pedessistas — é o crescimen-to do Partido dos Trabalhadores.

O PT de Lula — estabelecido oficialmenteem 53 dos 141 municípios cearenses e, preca-riamente, em mais 15 — começa a invadir apraça da Capital e do interior, carregando noseu andor a imagem do professor AméricoBarreira, lançado, há um mês, candidato aoGoverno do Estado, num lance estratégico queserá executado em duas etapas: a primeira, a15 de novembro, quando espera eleger pelomenos um prefeito (o do Município de Trairi,no litoral Norte), cerca de 30 vereadores, doisdeputados estaduais e, no mínimo, um federal;e a segunda, na eleição seguinte, quando — senão falharem os cálculos dos que aqui dirigemo Partido — poderá eleger, inclusive, o própriogovernador, em união com outros Partidosoposicionistas.

— Vamos ter, em Fortaleza, 100 mil vo-tos. Esta é uma previsão realista — garante oprofessor Américo Barreira, uma das maioresautoridades em municipalismo deste país, cujacandidatura ao Governo estadual está mobili-zando dezenas de sindicatos operários na Capi-tal e, muito mais do que isso, no interior, onde,aliás, está a força maior do PT.

Com efeito, o Partido dos Trabalhadores— reconhecidamente uma agremiação queavança, segundo informações das maiores au-toridades do Governo do Estado — tem oapoio eficiente das Comunidades Eclesiais deBase, em algumas regiões, e a ajuda decididados grandes líderes camponeses, os quais,contudo, mostram-se ainda indecisos sobrequem apoiar para o Governo cearense. Umaparte já se decidiu pelo nome do ProfessorAmérico Barreira, mas outra prometeu ajuda elealdade à candidatura do Senador MauroBenevides.

Essa força do PT, aliada à possível uniãodas três correntes em que o PDS está divididoaqui, poderá frustrar o tão acalentado sonhodo PMDB, de conquistar, em 82, o Palácio daAbolição. Antes do "pacote", os pemedebistascantavam vitória; agora, não basta somente aperigosa e grave defecção do PDS para quevinguem os planos de conquista do PMDB;será necessário que o PT decida concederapenas discreto apoio à candidatura do Profes-sor Américo Barreira. "Isto é impossível, por-que não estamos brincando", explicou um dosdirigentes do PT.

A perspectiva da direção do PT parece serexcessivamente otimista, mas é, na verdade,muito real, em função das mutações que certa-mente sofrerá o processo político-sucessórioestadual, por força do que for decidido emBrasília. A extensão da sublegenda ao pleitode Governador, por exemplo, frustrará, nonascedouro, a candidatura do Senador MauroBenevides, que preferirá a disputa de umacadeira na Câmara Federal a correr o risco deuma derrota no plano majoritário, risco esteque é muito alto por causa da poderosa estru-tura municipal do PDS.

Quando os integrantes do comitê do Pro-fessor Américo Barreira dizem que ele terá 150mil votos em Fortaleza, certamente, estãotriplicando a conclusão das pesquisas que, anível sindical, vêm fazendo há, pelo menos,três meses. Ninguém acredita nessa hipótese,mas, no Governo do Estado, principalmentejunto ao Governador Virgílio Távora, essedado é levado em consideração. O ServiçoEstadual de Informações (SEI) — o organismocom que conta o Governador para coletar eanalisar informações — já detectou a fortepresença do PT nas áreas muito populosas dacidade de Fortaleza, principalmente nas debaixa renda. Mais precisamente, nas grandesfavelas, onde já foram organizadas as Associa-ções de Moradores, que passaram a empunhartodas as bandeiras reivindicatórias da comuni-dade. Em algumas dessas associações, a pre-sença do PT é discreta, mas noutras é ostensi-va. E é aí, exatamente, que reside o temor doPMDB-

É por causa do crescimento do PT, atuan-do firmemente na base operária, que já setorna visível o medo da liderança do PMDBem relação às suas chances de vitória na eleiçãopara o Governo em novembro deste ano. OSenador Mauro Benevides — candidato natu-ral ao Palácio da Abolição pelo principalpartido de Oposição — jamais declarou quesua candidatura estava posta. Sempre admitiuser candidato, desde que isso signifique "aunião de todos os nossos companheiros doPMDB".

E todos os seus companheiros de partido oquerem como candidato. Resta saber se ele —comedido, sóbrio e calculista, como sempretem sido — aceitará o duplo desafio: dederrotar a força do PDS e de vencer a mensa-gem do PT, que tem chamado os trabalhadorespara um trabalho de médio prazo,

"mas deresultado previsível", como disse o professorAmérico Barreira, candidato do Partido dosTrabalhadores à sucessão do Governador Vir-gílio Távora.

IuiJio S*rpo • corratpomhnt* de JORNAL OO IRASIL *m ForloUio

Uma fábula soviética~*G_ÍS. ¦¦'

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Paulo Caruso

CAMARADAS!

Como é do conhecimen-to geral, eu, Leonid Brejnev, ao contra-rio do Presidente Reagan, não tenho

obrigação de fazer um relatório anual sobre asituação da República Socialista Soviética,endereçado à nação. Isto demonstra a sabe-doria do pensamento marxista-leninista,porque as condições atuais de nosso país nãosão tão boas como gostaríamos que fossem.

Temos focos de perturbação em nossafronteira leste com a China. Temos proble-mas em nossa fronteira com a Polônia. Nàoestamos indo tão bem como esperávamos noAfeganistão. No Mediterrâneo, o chamadoPartido Comunista da Itália não se temmostrado leal o bastante, e o Papa, agindocomo mediador na Polônia, não nos temservido de ajuda. Mas nós temos uma solu-ção para cada caso.

Nossas relações com os Estados Unidos eoutros imperialistas fomentadores de guerraacham-se num ponto delicado, porque emWashington eles não apreciam nossas inten-ções pacifistas e ultimamente têm adotado oponto-de-vista ridículo de que seu poderiomilitar rivalizaria com o nosso. Obviamente,isto ê intolerável.

Nossos esforços para apoiar movimentosde libertação na Africa, no sudeste asiático ena América Latina têm feito progressos, massão dispendiosos. Fldel Castro tem sido útilem Angola, no chifre da África, em El Salva-dor e no resto da América Central, mas,camaradas, devo dizer-lhes que seus discur-sos parecem durar mais do que sua influên-cia ou seus efeitos.

Internamente, nossa produção indus-trial tem rivalizado com a produção agrícola.Os resultados nào são satisfatórios, mas, sehá alguns problemas, não se deve esquecerque temos mais experiência em lidar comdificuldades do que qualquer outra nação domundo, e, se formos fiéis aos nossos antigosprovérbios russos, asseguro-lhes que tudosairá bem.

Para o povo da União Soviética, eu digo:"Contar o dinheiro de outras pessoas nuncaos fará ricos..." "Com uma boa esposa e sopade couve e repolho suficiente, nào procuremmais coisas..." "Onde há mel. sempre haverámoscas em volta..." "O futuro é daquele quesabe esperar..."

Ao povo polonês, digo: Desde quando oviolino é que escolhe a melodia? Não noscaluniem. A calúnia, como o carvão, irá sujar

James RestouThe New York Times

suas máos ou queimá-las... Uma vez na mati-lha, pode-se não ter de ladrar, mas pode-sepelo menos balançar a cauda...

E para Lech Walesa: Nâo nos desafie ou oenviaremos à Sibéria para contar bétulas.

Àqueles que se afligem com a Polônia, eudigo: Se você está farto de um amigo, em-preste-lhe dinheiro... A dívida e a misériaconvivem na mesma estrada... Quando sevive perto do cemitério, não se pode pôr lutopor todo mundo.

Camaradas! Devemos contar nossasbênçãos. Nossos inimigos eram fortes quan-do eram nossos aliados e estávamos traba-lhando Juntos na adversidade. A prosperida-de é agora um problema deles, que não aconhecem perfeitamente. Eles concentram aatenção sobre seus erros, castigando-se a simesmos pelos seus fracassos, enquanto nósnos concentramos em nossas oportunidades,minimizando as dificuldades, o que nos tor-na invencíveis.

Existem muitos indícios esperançosos.Como Lenine previu, nossos adversários —eu nào os chamaria "inimigos" — acham-sedivididos. Eles pensam que podem protegerseus interesses capitalistas nacionais isola-dos, em vez de defenderem sua civilizaçãocomum. Se optam pela primeira hipótese,provavelmente não conseguirão a segunda.Esta é a nossa oportunidade.

Washington também optou por desafiar-nos no terreno militar, em que estamos forta-lecidos, em áreas geográficas próximas denossas fronteiras, onde eles se acham enfra-quecidos. Isto tem cindido a Aliança doOcidente, o que, naturalmente, é o principalobjetivo de nossa política.

Vemos na rebelião da jovem geração emascensão na Europa Ocidental uma grandeoportunidade. Ela não tem nenhuma lem-branca das duas guerras mundiais. Acha-se,naturalmente, alarmada com a potência dasarmas nucleares, tanto como nossa juventu-de, e está protestando mais contra os mísseisde Washington do que contra os nossos. Ofato vem encorajando o isolamento e mesmoa passividade tanto nos Estados Unidos co-mo na Europa Ocidental, e, se isso continuar,provocará o controle de armamentos, ou faránosso trabalho para nós.

Assim, não estamos desesperançados. OPresidente Reagan ê um enigma. Ele nosameaça, mas suspende o embargo do trigo enos envia o pão de que necessitamos. O pãodos estrangeiros pode ser muito duro, mas,embora os sinos de Moscou toquem comfreqüência, às vezes eles não tocam para ojantar.

Como se sabe, os imperialistas estãodecididos a destruir a gloriosa revoluçãosoviética, que é a esperança do mundo, masreconhecem que a coexistência é melhor doque a não-existência, e continuam a conver-sar em Genebra e em outros lugares, o que éuma leve esperança.

Vivemos na União Soviética, nação rica epoderosa. Temos os recursos de que a Euro-pa Ocidental precisa. Temos gás natural.Temos ouro, e, como foi dito na Rússia hámuito tempo: "Um martelo dourado derru-bará uma porta de ferro." Assim, eu náo medesespero.

Mas nós nào seremos intimidados. Nemtodos os que roncam estão dormindo. Tenhodito ao Reagan: "Badale sua língua o quantoquiser mas não mova sua arma... Um mauacordo é melhor do que uma boa batalha.Para todos nós, é melhor recuar do queperder o caminho... A vida é insuportável,mas a morte também não é nada agra-dâvel..."

Camaradas! Lembro-lhes que aquele quetreme não cai... Se vocês podem fazer coce-gas em si mesmos, poderão rir quando lhesagradar.

Srs. responsáveis peladiversão no Rio: caprichem.O Jornal do Brasil fem

milhares de críticos de olhoem vocês.

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Sim, senhores.É bom caprichar, porque

cada leitor do Jornal do Brasil éum crítico alento e rigoroso deludo p que acontece em matériade diversão no Rio.

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no Caderno B, cada leitorpode dar a sua opinião

e a sua cotação.E ela é publicada

também diariamente nioJornal do Brasil.

Portanto, quem é responsávelpela diversão, capriche, quenossos críticos estão de olho.Quem quer a d iversâO cada vezcom melhor qualidade, participe,envie o seu cupom.

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DIVIRTA-SEJORNAL DO BRASIL

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18 n i° caderno d sábado, 87/8/82 INTERNACIONAL

Dirigente sindical doChile é assassinado

Santiago — O dirigente sindicalTucapel Jimenez, presidente doSindicato dos Funcionários Públi-cos, foi morto com três profundoscortes no pescoço que quase o deca-pitaram. Ele foi encontrado ao vo-lante do táxi em que trabalhavadepois de ter sido demitido do ser-viço público no final do ano passa-do na reestruturação da burocraciaestatal.

O Presidente Augusto Plnochetordenou ao Ministro do Interior,Sérgio Fernández, que assuma ainvestigação do crime, e prometeuque o Governo fará tudo que forpossível para prender os culpados.

Vítima necessáriaA Unláo Democrática dos Tra-

balhadores, da qual Jimenez eravice-presidente, afirmou que ele"era uma vitima necessária para osInimigos da democracia e da llber-dade, para os que desprezam osdireitos fundamentais do homem,para os que depreciam e exploramos trabalhadores."

A UDT exigiu uma investigaçãosumária do crime e denunciou obloqueio das linhas telefônicas desua sede logo após a divulgação damorte de Jimenez.

A polícia informou que o táxi dosindicalista estava em uma estradasecundária de Lampa, 15 quilôme-tros a Oeste de Santiago. Os assas-sinos levaram o dinheiro dele, orádio e o velocímetro do carro. Ocorpo de Jimenez está sendo veladona sede do Sindicato e seu enterroestá previsto para as 17h de hoje.Antes disso, o vigário da diocese deSantiago, Jorge Hourton, rezarámissa de corpo presente na Cate-dral Metropolitana.

Tucapel Jimenez, 60 anos, traba-lhou 31 anos como fiscal do Mlnisté-rio das Finanças e presidiu o Slndi-cato dos Funcionários Públicos du-rante 19 anos. Multava no PartidoRadical na época do PresidenteSalvador Allende, de quem discor-dava, apesar da agremiação inte-grar a Unidade Popular de Go-verno.

Apoiou discretamente o golpemilitar liderado pelo General Au-gusto Plnochet em 1973 e foi, noano seguinte, a uma reunião daOrganização Internacional do Tra-balho (OIT), em Genebra, para de-fender o Governo de um projetadoboicote.

Os efeitos recessivos da políticaeconômica de Plnochet foram em-purrando-o para a Oposição, depoisque suas declarações de que nâo

era nem a favor nem contra o Go-verno, mas a favor dos direitos dostrabalhadores e da liberdade sindi-cal, esbarraram nas restrições im-postas pelo regime militar.

Condenava os tecnocratas, cha-mando-os de Chicago Boys, numacritica comum aos adversários daescola monetarista de Milton Fried-man, adotada no Chile. Na Oposi-çáo ao Governo, ajudou a fundar oGrupo dos Dez, que reunia políticosdemocratas-cristãos e sindicalistase que, no final do ano passado, sefundiu com outros grupos na UniãoDemocrática dos Trabalhadores.

Na semana passada, ele deu en-trevista denunciando a demissáode 56 mil funcionários públicos em1981, incluindo ele próprio, e a dis-pensa de mais 12 mil este ano. Fezum apelo a todos os sindicatos paraque se unissem numa frente co-mum para criar uma organizaçãosimilar à Central Única dos Traba-lhadores, dissolvida em 1973 pelosmilitares.

Outra denúnciaNa quinta-feira, o Prêmio Nobel

da Paz de 1980, Adolfo Perez Esqui-vel, denunciou o seqüestro e tortu-ra no Chile de Domingo Namuncu-ra Serrano, funcionário da organi-zação cristã Serviço, Paz e Justiça.Namuncura assinou sob torturauma confissão de militancia na es-querda cristã e está sendo proces-sado por "conspiração através deassociação ilícita".

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Tucapel Jimenez

Governo argentino vetadebate sobre repressão

Buenos Aires — O estatuto quevai regulamentar o funcionamentodos partidos políticos argentinos,colocados na ilegalidade desde ogolpe militar de 1976, vai conteruma cláusula que considerará ar-quivado o tema da atuação dosórgãos de segurança durante a re-pressão política da década passa-da, segundo fontes militares cita-das pela agência Notícias Argen-tinas.

Os informantes disseram que ospartidos políticos tradicionais con-cordam em deixar de lado o proble-ma dos milhares de desaparecidosentre 1976 e 1980, cujo paradeiro éfreqüentemente cobrado por orga-nlzações de defesa dos direitos hu-manos.

Condição indispensávelO respeito a esse compromisso

pelas forças políticas do novo regi-me constitucional do país será con-dição indispensável para sua ma-nutençào, segundo as fontes. Ad-vertiram que se essa cláusula forinfringida os autores desse ato se-ráo responsabilizados se, com isso,provocarem uma crise nacional.

As fontes ressaltaram que o pro-blema dos desaparecidos nào temsolução pelo lado do Governo mili-tar, porque qualquer lista que viés-se a ser divulgada poderia ser con-traposta com uma outra com novosnomes de qualquer outro setor dasociedade. As autoridades susten-tam que a questão dos desapareci-dos é uma das conseqüências da"guerra suja" entre o terror e osórgãos de segurança, e que o assun-to deve ser esquecido.

A Associação das Mães da Praçade Maio, que reúne parentes das 15

mil pessoas desaparecidas por mo-tivos políticos, denunciou, dianteda Corte Suprema, a impotência doPoder Judiciário por nào poder"resgatar nenhuma das vidas cujasorte foi posta nas mãos dos tribu-nais. através de diversas ações ehabeas corpus". Assinalou que essasituação teve "graves consequén-cias institucionais" diante da "for-ma sistemática com que, nos últi-mos seis anos, um sistema clandes-tino de detenção vem funcio-nando".

GenebraDepois de um incidente que du-

rou várias horas — uma discussãoacalorada entre o representante ar-gentino e representante da Comis-sào Internacional de Juristas (CIJ)— a reunião, em Genebra, da Co-missão de Direitos Humanos daONU terminou ontem com um ex-tenso debate sobre a questão dosdesaparecidos na Argentina.

O incidente ocorreu quando oargentino e membro da CIJ EmilioMignone se preparava para falardurante a reunião, e foi interrompi-do pela delegação da Argentina,que discutia sua intervenção no de-bate. O delegado argentino funda-mentou sua posição nos "antece-dentes do jurista" e no processo emcurso contra ele "por traição e aten-tado à segurança do Estado".

Depois de três horas de debates,Mignone pôde finalmente falar emencionou, entre outros casos, asituação na Guatemala, "onde sàomuitos os casos em que cadáveresde juristas apareceram mutilados ecom sinais de torturas".

Militares dos EUA vêm emmarço a convite do EMFA

Brasília — Chega ao Brasil nopróximo dia 8 de março o Coman-dante da Junta Interamericana deDefesa, General John McEnery, eno dia 14 do mesmo mès o Chefe doEstado-Maior Conjunto dos Esta-dos Unidos, General David Jones.As duas viagens foram programa-das pelo Estado-Maior das ForçasArmadas e se inserem numa pro-gramaçào rotineira estabelecidapelo Ministério do Exército, segun-do informação dada pelo órgão derelações públicas.

Na comitiva do General DavidJones virão ainda o General An-drew Coolery Jr. e outros 15 oficiais,além de um funcionário civil doDepartamento de Estado america-no. Ainda em março, o EMFAaguarda a visita de uma missão doNational War College. dos EstadosUnidos.

AproximaçãoEmbora oficialmente nada seja

dito sobre o teor da visita que osoficiais americanos farão ao Brasil,particularmente a do Chefe do Es-tado-Maior Conjunto dos EstadosUnidos, comenta-se que essas via-gens estão fundamentadas no inte-

resse de aumentar a aproximaçãoentre militares dos dois Exércitos,cujas relações ficaram abaladas du-rante o Governo do Presidente Jim-my Carter, com sua política de defe-sa dos direitos humanos.

Com a ascensão do PresidenteRonald Reagan e o estahelecimen-to de uma política diametralmenteoposta, onde o relacionamento comos militares e o estabelecimento decontatos diretos entre os dois ladostêm sido a tônica, Intensificaram-seos convites de visitas. O Ministrodo Exército brasileiro, GeneralWalter Pires, ele próprio foi convi-dado a visitar oficialmente os Esta-dos Unidos, devendo fazê-lo em da-ta que coincida com a revisão àqual se submeterá, em função daoperação de colocação de ponte sa-fena, realizada nos Estados Unidos,há cerca de um ano.

Recorda-se ainda a esse respeitoque o Brasil e outros países latino-americanos participaram em se-tembro último da reunião de Chefesde Estados-Maiores dos Exércitosamericanos, quando se firmou —teoricamente — uma espécie depacto de combate ao comunismono continente.

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JORNAL DO BRASIL

Os astronautas Jack Lousrna (E) e~Cordon Fullerton vão levar um mata^ahefhas ao espaçocomo precaução para o caso de haver uma fuga desses insetos que vão ao espaço

Seqüestradores deavião da Tanzâniamatam 3 no Quênia

Nairobi — Um Boeing-737 da Tanzânia Airlines.seqüestrado, voava ontemà noite com destino igno-rado, depois de ter sido le-vado para o aeroporto deNairobi, Quênia, onde per-maneceu seis horas. Os se-qüestradores — em nume-ro não determinado — te-riam matado três pessoas,antes de conseguir com-bustivel para o avião e li-bertar quatro passageiros.Um seqüestrador se identl-ficou como Tenente doExercito da Tanzânia.

— Parem a matança —teria pedido o Chancelerdo Quênia, Robert Ouko,que por acaso se encontra-va no aeroporto e negocia-va com os seqüestradores,segundo a agência oficialqueniana. que informouter interceptado as comu-nicaçòes entre o avião e atorre de controle. O uviáo,com 99 pessoas, fazia rotade Mwanza. na região doLago Vlctoria, para Dar-es-Salaam, quando foi se-qüestrado.RENÚNCIA DENYERERE

Os seqüestradores esta-riam exigindo a renunciado Presidente da Tanzà-nia. Julius Nyerere. "Nye-rere precisa renunciar, pre-cisa renunciar, ou vou ex-piodir o avião", teria grita-do um seqüestrador peloradio do avião nas conver-saçòes com a torre de con-trole. segundo uma euro-peia não identificada, pas-sageira de um avião da Ke-nya Airways, que teriacaptado a negociação du-

rante o vôo de Nairobi pa-ra Mombasa.

O Presidente Nyereremanteve contato, por tele-fone, com o Presidentequeniano. Daniel ArapMoi, durante as negocia-ções com os seqüestrado-res. realizadas pelo Chan-celer Ouko. que chegara aCapital queniana, proce-dente de Adis Abeba, ondeparticipara de reunião daOrganização da UnidadeAfricana. Segundo Ouko. oavião se dirige ao Norte daÁfrica, possivelmente paraJidah. Arábia Saudita, ouArien, Iêmen do Sul.

O Chanceler disse queconversou com um homemque se identificou comoWami. Tenente do Exerci-to da Tanzânia, e que exi-gia combustível para oavião prosseguir viagem.Fontes cio aeroporto disse-ram que os seqüestradoreslibertaram duas pessoasidosas e duas crianças. Umjornalista que cobria a che-gada de Ouko afirmou terconstatado que os seques-tradores estavam "muitotensos".

— Estamos preocupadosneste momento com a se-gurança das vidas das pes-soas e nào desejamos co-mentar esta questão — li-mltou-.se a responder o di-retor geral da TanzanianAirlines, em Dar es Sa-laam, evitando esclarecer0 verdadeiro motivo do se-questro do Boeing ou con-firmar a identidade do se-questrador que conversoucom o Chanceler quenia-no, em Nairobi.

Rafael Wassermann

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Tanzânia

O avião voava de Mwanza, na região doLago Victória, na Tanzânia, para a Capital,Dar-Es-Salaam, quando foi seqüestrado e

levado para ISairóbi, Quênia.

Guerrilha explode ônibusem San Salvador e Exércitoreforça ataque a Guazapa

San Salvador — Guerri-lheiros explodiram 10 òni-bus em diversos locais daCapital Salvadorenha, in-cluindo as imediações dajunta eleitoral, onde se re-gistravam candidatos noúltimo dia de prazo para osque querem concorrer àseleições de 28 de março,boicotadas pelos rebeldes.

O Exército mandou re-forço de 200 soldados paraunir-se aos 600 que. apoia-dos por tanques, artilha-ria, helicópteros e bombar-delros, tentam desde se-gunda-felra desalojar 400guerrilheiros do vulcão deGuazapa, 35 quilômetrosao Norte da Capital, se-gundo fontes do Exército.

O Ministro da Defesa,José Guillermo Garcia, es-

teve na região, ontem, dehelicóptero, informou quea situação está sob contro-le, apenas três soldadosmorreram e 12 ficaram feri-dos. Comandantes daFrente de batalha ouvidospela UPI disseram, no en-tanto, que as baixas foramde 16 mortos e 31 feridos.

Uma testemunha infor-mou à UPI que um hell-cóptero americano Hueyresgatou nas últimas horasde ontem oito corpos equatro soldados feridos deuma patrulha emboscadapela guerrilha nas encos-tas de Guazapa.

A rádio rebelde Vencere-mos afirmou que o alto co-mando militar salvadore-nho está levando altas so-mas de dinheiro para o ex-terior.

Columbia levaráabelhas e mariposasao espaço em março

Ouston, EUA — Doze abelhas e 36 mariposasseráo passageiras da nave espacial Columbia nasua terceira missão a partir de 22 de março. Osanimais participarão de uma experiência inéditaplanejada pelo estudante americano Todd Nel-son. de 18 anos, com o objetivo de determinarcomo os insetos voam sem gravidade.

Os astronautas Jack Lousma e Gordon Fui-lerton, na sua última entrevista coletiva antes dovóo do Columbia, disseram que embarcarão pre-venidos contra qualquer acidente durante asexperiências. Levarão na viagem de sete dias ummatador de moscas, para o caso de algumaabelha ficar perdida na nave.

Observação inéditaA experiência trata de um aspecto desço-

nhecido que nos permite fazer uma observaçãoque nunca foi feita antes — disse Todd Nelson,que faz o colegial numa escola publica da cidadede Ariams, em Minnesota. Ele foi um dos 10finalistas de um projeto para estudantes desen-volvido pela NASA e pela Associação Nacionalde Professores de Ciências dos EUA.

Os insetos serão colocados a bordo da naveantes do dia do lançamento marcado para 22 demarço. Eles ficarão numa caixa do tamanho deuma maleta, guardada em um compartimentoda cabine. No quarto dia da missão espacial osastronautas colocarão a caixa de maneira apoderem observar e fotografar os insetos.

Todd falou estar Interessado principalmenteem saber se os Insetos se adaptarão à falta degravidade na maneira de voar, flutuando em vezde bater as asas sem parar, pois precisarão demuito menos energia. Eles não terão que lutarcontra a força da gravidade e este é um fatorimportante para a orientação dos insetos.

SpacelabCientistas dos EUA e da Europa uniram-se

para enviar ao espaço um laboratório, cujo custoserá de 1 bilhào de dólares, que permitirá arealização de experiências que não sao possíveisna atmosfera terrestre. O laboratório, chamadoSpacelab, ficará no setor de cargas da naveespacial Columbia. A primeira missão do Space-Ia está programada para setembro de 1983.

Duas das quatro missões ja planejadas parao novo laboratório incluirão experiências paradeterminar o efeito da falta de gravidade sobreanimais.

URSS tem vantagemna guerra espacial

Bruxelas — Em uma reunião confidencialcom seus aliados da OTAN (Organização doTratado do Atlântico Norte), os Estados Unidosrevelaram que a União Soviética está à frente emalguns aspectos fundamentais da corrida arma-mentista espacial entre Washington e Moscou,segundo afirmaram fontes diplomáticas de Bru-xelas.

Os europeus que participaram da reuniãoficaram um tanto chocados ao saber que a capa-cidade das superpotências de guerrear no espaçonào e mera ficção cientifica do século XXI, maspreocupação real dos dias de hoje — comentouum diplomata.

SatélitesFuncionários da OTAN nem mesmo admiti-

ram a realização da reunião na semana passadaem Bruxelas que, segundo as fontes, tratou detemas como os satélites assassinos e o sistemade mudança de curso para mísseis balísticos.

A OTAN não está diretamente envolvida nacorrida armamentista espacial entre os EstadosUnidos e a União Soviética, embora a organiza-ção tenha três satélites de comunicação emórbita sincronizada sobre o Atlântico. Eles fazemparte de um sistema de comunicações integradoda OTAN que liga as nações membros às autori-dades militares usando estações terrestres em 12países.

A reunião foi convocada para explicar aosaliados da OTAN porque Waslüngton sente quenão pode, por enquanto, levar adiante umrascunho do tratado das Nações Unidas para autilização pacífica do espaço. A principal preocu-paçào norte-americana é que a União Soviéticajã possui satélites capazes de fornecer informa-çâo de navegação no meio percurso para aviões,navios e naves espaciais.

Estes satélites permitem que uma orienta-çâo de melo de percurso retifique o curso demísseis balísticos. Eles permitem também quebombardeiros soviéticos de longo alcance voemsem precisar manter-se em contato com a Terraatravés do rádio, o que dificulta sua localização.

Os Estados Unidos estão desenvolvendo algosemelhante — o chamado sistema Navstar — quedará uma precisão tri-dlmensional com umamargem de erros inferior a 10 metros para objeti-vos militares. Isto será útil, sobretudo, parasubmarinos nucleares.

O sistema terá 24 satélites que deverào en-trar em órbita em meados da década de 80. Poroutro lado. os Estados Unidos disseram queestáo à frente em relaçào aos satélites de reco-nhecimento e de aviso prévio. Centenas de satéli-tes militares estào atualmente em órbita: dereconhecimento, de comunicação, eletrônico,meteorológico ou de aviso prévio.

Alerta desde 1977 da capacidade militar empotencial dos anti-satélites soviéticos, Washing-ton esta procurando meios de conter essa capaci-dade. seja com satélites assassinos caçadores ouatravés de medidas defensivas e ofensivas.

Papa estaráem Portugal nadia 13 de maio

Araújo NettoRoma — No próximo 13 de maio,

exatamente um ano depois do aten-tado da Praça de São Pedro, ;joâoPaulo II deseja estar em Portugal,na cidade-Santuário de Fátima, pa-ra agradecer à Virgem que, na suaopinláo, salvou-o da morte.

Essa revelação foi feita ontempelo Primeiro-Ministro português,Francisco Pinto Balsemâo, depoisde ser recebido em audiência peloPapa no Vaticano. O encontro dosdois realizou-se na biblioteca priva-da de Joáo Paulo II e dernorou meiahora. Ao falar à imprensa, após aaudiência, o Primeiro-Ministro por-tuguès disse que viveu ontem, entrellh30m e o meio-dia, um momentoparticularmente emocionante dasua vida, "náo apenas como políti-co, mas sobretudo como homem."Momento que serviu também parareforçar sua profunda admiraçãopor Joáo Paulo II.

ConviteEspecificamente sobre a visita

do Papa a Portugal. Balsemâo dis-se que ontem "vi confirmada a acei-taçáo do convite que lhe foi dirigidopela Conferência Episcopal Portu-guesa e pelo Presidente da Repúbli-ca Ramalho Eanes." Indagado so-bre a data prevista para essa visita,o Primeiro-Ministro Português res-pondeu ainda que o Papa quer es-tar em Fátima no dia 13 de maio, eque essa visita deve estender-se aoutras cidades como Lisboa, Colm-bra e Braga.

— Mas desde já — disse Balse-mão — pode-se afirmar com certezaque o Papa estará em Portugal pormais de um dia.

Afirmação que reforçou outra,de fontes do Vaticano, que prevêema integração de Portugal no progra-ma da viagem que, à mesma época,Joào Paulo II fará à Espanha, aMadri e à cidade de Ávila, de SantaTeresa, outra santa de grande im-portância para os católicos.

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Williams teria matado 2 dos28 jovens assassinados

Júri de Atlantaexamina veredito

Atlanta. EUA — O júri do trtbu-nal de Atlanta que *n\? WayneWilliams começou oi... m a'-s;>libe-rar para chegar ao vered.cto soCre ohomem acusado de ter assassinadopelo menos duas das vítimas deuma sprie ri<? assassinatos que du-rou mais de 2" meses e aterrorizou apopulação negra de Atlanta, haGeórgia. Ao encerrar a argumenta-çáo final da acusação, a promotoriaclassificou o acusado de "assassinolouco perigoso":

América LatinaM-19 assalta

trem colombianoBogotá — Um comando de 20

guerrilheiros do Movimento 19 deAbril (M-19) roubou 5 milhões depesos (Cr$ 11 milhões 620 miD.deum trem de passageiros que fazia alinha Cáli—Armênia. A ação fol*pa-ra comemorar o segundo aniversá-rio da invasão da Embaixada domi-nicana em que 16 embaixadoresforam tomados como reféns.

Torrelio pede oapoio da Bolívia

La Paz — O Presidente da Boli-via, Celso Torrelio. pediu o apoio dopovo para superar a crise que "põeem risco a própria sorte" do pais eadvertiu que "a imoralidade amea-ça as bases da sociedade boli-viana."

— É imprescindível alcançar-mos um clima de paz, união e esfor-ço coletivo porque nâo estáo emjogo a sobrevivência de doutrinasou de agrupamentos políticos, maso próprio destino da naçào — disse,numa advertência às criticas aò se-vero programa econômico divulga-do no principio do mès que. entreoutras medidas, desvalorizou o pe-so em 76rr.

Os 1 mil 500 trabalhadores damina de estanho de Catavi realiza-ram greve de 24 horas reivindicar»-do aumentos salariais. Todas asminas do pais vào parar dia â deabril se o Governo nào der aumen-tos que compensem a alta do custode vida. Até lá serão realizadas vá-rias paralisações de advertência.

18 ? Io caderno a sábado, 87/8/88 g a° ÇUohè

Dirigente sindical doChile é assassinado

INTERNACIONALCentro Espacial Johnaon, Houston, EUaVUPI_______n____a_u_^

JORNAL DO BRASIL

Santiago — O dirigente sindicalTucapel Jimenez, presidente doSindicato dos Funcionários Públi-cos, foi morto com três profundoscortes no pescoço que quase o deca-pitaram. Ele foi encontrado ao vo-lante do táxi em que trabalhavadepois de ter sido demitido do ser-viço público no final do ano passa-do na reestruturação da burocraciaestatal.

O Presidente Augusto Pinochetordenou ao Ministro do Interior,Sérgio Fernandez, que assuma ainvestigação do crime, e prometeuque o Governo fará tudo que forpossível para prender os culpados.

Vítima necessáriaA Uniào Democrática dos Tra-

balhadores, da qual Jimenez eravice-presidente, afirmou que ele"era uma vitima necessária para osinimigos da democracia e da liber-dade, para os que desprezam osdireitos fundamentais do homem,para os que depreciam e exploramos trabalhadores."

A UDT exigiu uma investigaçãosumária do crime e denunciou obloqueio das linhas telefônicas desua sede logo após a divulgação damorte de Jimenez.

A polícia informou que o táxi dosindicalista estava em uma estradasecundária de Lampa. 15 quilóme-tros a Oeste de Santiago. Os assas-sinos levaram o dinheiro dele, orádio e o velocimetro do carro. Ocorpo de Jimenez está sendo veladona sede do Sindicato e seu enterroestá previsto para as 17h de hoje.Antes disso, o vigário da diocese deSantiago, Jorge Hourton, rezarámissa de corpo presente na Cate-dral Metropolitana.

Tucapel Jimenez, 60 anos, traba-lhou 31 anos como fiscal do Mlnisté-rio da Fazenda e presidiu o Sindica-to dos Funcionários Públicos du-rante 19 anos. Mllitava no PartidoRadical na época do PresidenteSalvador Allende, de quem discor-dava, apesar da agremiação inte-grar a Unidade Popular de Oo-verno.

Apoiou discretamente o golpemilitar liderado pelo General Au-gusto Pinochet em 1973 e foi, noano seguinte, a uma reunião daOrganização Internacional do Tra-balho (OIT), em Genebra, para de-fender o Governo de um projetadoboicote.

Os efeitos recessivos da políticaeconômica de Pinochet foram em-purrando-o para a Oposição, depoisque suas declarações de que nào

era nem a favor nem contra o Go-verno, mas a favor dos direitos dostrabalhadores e da liberdade sindi-cal, esbarraram nas restrições im-postas pelo regime militar.

Condenava os tecnocratas, cha-mando-os de Chicago Boys, numacritica comum aos adversários daescola monetarista de Milton Fried-man, adotada no Chile. Na Oposi-çáo ao Governo, ajudou a fundar oGrupo dos Dez, que reunia políticosdemocratas-cristâos e sindicalistase que, no final do ano passado, sefundiu com outros grupos na UniáoDemocrática dos Trabalhadores.

Na semana passada, ele deu en-trevista denunciando a demissãode 56 mil funcionários públicos em1981, incluindo ele próprio, e a dis-pensa de mais 12 mil este ano. Fezum apelo a todos os sindicatos paraque se unissem numa frente co-mum para criar uma organizaçãosimilar à Central Única dos Traba-lhadores, dissolvida em 1973 pelosmilitares.

Outra denúnciaNa quinta-feira, o Prêmio Nobe)

da Paz de 1980, Adolfo Perez Esqui-vel, denunciou o seqüestro e tortu-ra no Chile de Domingo Namuncu-ra Serrano, funcionário da organi-zação cristã Serviço, Paz e Justiça.Namuncura assinou sob torturauma confissão de militáncia na es-querda cristã e está sendo proces-sado por "conspiração através deassociação ilícita".

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Tucapel Jimenez

Governo argentino vetadebate sobre repressão

Buenos Aires — O estatuto quevai regulamentar o funcionamentodos partidos políticos argentinos,colocados na ilegalidade desde ogolpe militar de 1976, vai conteruma cláusula que considerará ar-quivado o tema da atuação dosórgãos de segurança durante a re-pressão política da década passa-da, segundo fontes militares cita-das pela agência Noticias Argen-tinas.

Os informantes disseram que ospartidos políticos tradicionais con-cordam em deixar de lado o proble-ma dos milhares de desaparecidosentre 1976 e 1980, cujo paradeiro éfreqüentemente cobrado por orga-nizaçóes de defesa dos direitos hu-manos.

Condição indispensávelO respeito a esse compromisso

pelas forças políticas do novo regi-me constitucional do país será con-diçào indispensável para sua ma-nutençào, segundo as fontes. Ad-vertiram que se essa cláusula forinfringida os autores desse ato se-ráo responsabilizados se, com isso,provocarem uma crise nacional.

As fontes ressaltaram que o pro-blema dos desaparecidos nào temsolução pelo lado do Governo mili-tar, porque qualquer lista que viés-se a ser divulgada poderia ser con-traposta com uma outra com novosnomes de qualquer outro setor dasociedade. As autoridades susten-tam que a questão dos desapareci-dos é uma das conseqüências da"guerra suja" entre o terror e osórgãos de segurança, e que o assun-to deve ser esquecido.

A Associação das Mães da Praçade Maio, que reúne parentes das 15

mil pessoas desaparecidas por mo-tivos políticos, denunciou, dianteda Corte Suprema, a impotência doPoder Judiciário por náo poder"resgatar nenhuma das vidas cujasorte foi posta nas mãos dos tribu-nals, através de diversas ações ehabeas corpus". Assinalou que essasituação teve "graves conseqüèn-cias institucionais" diante da "for-ma sistemática com que, nos últi-mos seis anos, um sistema clandes-tino de detenção vem funcio-nando".

GenebraDepois de um incidente que du-

rou várias horas — uma discussãoacalorada entre o representante ar-gentino e representante da Comis-são Internacional de Juristas (GU)— a reunião, em Genebra, da Co-missão de Direitos Humanos daONU terminou ontem com um ex-tenso debate sobre a questão dosdesaparecidos na Argentina.

O incidente ocorreu quando oargentino e membro da CIJ EmílioMignone se preparava para falardurante a reunião, e foi interrompi-do pela del',"^'1_o da Argentina,que discutia sua intervenção no de-bate. O delegado argentino funda-mentou sua posição nos "antece-dentes do jurista" e no processo emcurso contra ele "por traição e aten-tado à segurança do Estado".

Depois de três horas de debates,Mignone pôde finalmente falar emencionou, entre outros casos, asituação na Guatemala, "onde sàomuitos os casos em que cadáveresde juristas apareceram mutilados ecom sinais de torturas".

Militares dos EUA vêm emmarço a convite do EMFA

Brasilia — Chega ao Brasil nopróximo dia 8 de março o Coman-dante da Junta Interamericana deDefesa, General John McEnery, eno dia 14 do mesmo mês o Chefe doEstado-Maior Conjunto dos Esta-dos Unidos, General David Jones.As duas viagens foram programa-das pelo Estado-Maior das ForçasArmadas e se inserem numa pro-gramação rotineira estabelecidapelo Ministério do Exército, segun-do informação dada pelo órgão derelações públicas.

Na comitiva do General DavidJones virão ainda o General An-drew Coolery Jr. e outros 15 oficiais,além de um funcionário civil doDepartamento de Estado america-no. Ainda em março, o EMFAaguarda a visita de uma missão doNational War College, dos EstadosUnidos.

AproximaçãoEmbora oficialmente nada seja

dito sobre o teor da visita que osoficiais americanos farão ao Brasil,particularmente a do Chefe do Es-tado-Maior Conjunto dos EstadosUnidos, comenta-se que essas via-gens estão fundamentadas no inte-

resse de aumentar a aproximaçãoentre militares dos dois Exércitos,cujas relações ficaram abaladas du-rante o Governo do Presidente Jim-my Carter, com sua política de defe-sa dos direitos humanos.

Com a ascensáo do PresidenteRonald Reagan e o estabelecimen-to de uma política diametralmenteoposta, onde o relacionamento comos militares e o estabelecimento decontatos diretos entre os dois ladostêm sido a tônica, intensificaram-seos convites de visitas. O Ministrodo Exército brasileiro, GeneralWalter Pires, ele próprio foi convi-dado a visitar oficialmente os Esta-dos Unidos, devendo fazè-lo em da-ta que coincida com a revisão àqual se submeterá, em função daoperação de colocação de ponte sa-fena, realizada nos Estados Unidos,ha cerca de um ano.

Recorda-se ainda a esse respeitoque o Brasil e outros países latino-americanos participaram em se-tembro último da reunião de Chefesde Estados-Maíores dos Exércitosamericanos, quando se firmou —teoricamente — uma espécie depacto de combate ao comunismono continente.

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Os astronautas Jack Lousma (E)e Fullerton vão levar um mata-abeíhas na Columbiacomo precaução para o caso de haver uma fuga desses insetos que vão ao espaço

Seqüestradores deavião da Tanzâniamatam 2 no Quênia

Jeddah e Nuirobi — UmBoeing 737 da TanzâniaAirlines, seqüestrado, de-colou ontem à noite deJeddah imanhà de hoje pe-lo horário da Arábia Sau-ditai com destino ignora-do. Os seqüestradores, queanunciaram a execução dedois reféns, desviaram oaviáo inicialmente paraNalróbl, onde permaneceupor seis horas.

Não se sabe o númeroexato de seqüestradores.Um deles se identificou co-mo tenente do Exército daTanzânia. O aparelho foiseqüestrado durante umvôo doméstico e levava 99passageiros a bordo. EmNairóbi duas mulheres etrês crianças foram liberta-das em troca de combus-tível.

RENUNCIA DENYERERE

— Parem a matança —teria pedido o Chancelerdo Quênia. Robert Ouko,que por acaso se encontra-va no aeroporto e negocia-va com os seqüestradores,segundo a agencia oficialqueniana, que informouter interceptado as comu-nicaçóes entre o avião e atorre de controle.

Os seqüestradores esta-riam exigindo a renunciado Presidente da Tanzà-nia, Julius Nyerere. "Nye-rere precisa renunciar, pre-cisa renunciar, ou vou ex-plodir o avião", teria grita-do um seqüestrador peloradio do avião nas conver-saçòes com a torre de con-trole, segundo uma euro-

péia náo identificada, pas-sageira de um avião da Ke-nya Airways, que teriacaptado a negociação du-rante o vôo de Nairobi pa-ra Mombasa.

O Presidente Nyereremanteve contato, por tele-fone, com o Presidentequenlano, Daniel ArapMoi, durante as negocia-ções com os seqüestrado-res, realizadas pelo Chan-celer Ouko, que chegara àCapital queniana, proce-dente de Adis Abeba, ondeparticipara de reunião daOrganização da UnidadeAfricana.

O Chanceler disse queconversou com um homemque se identificou comoWami, Tenente do Exerci-to da Tanzânia, e que exi-gia combustível para oavião prosseguir viagem.Fontes do aeroporto disse-ram que os seqüestradoreslibertaram duas pessoasidosas e duas crianças. Umjornalista que cobria a che-gada cie Ouko afirmou terconstatado que os seques-tradores estavam "muitotensos".

— Estamos preocupadosneste momento com a se-gurança das vidas das pes-soas e nác desejamos co-mentar esta questão — li-mitou-se a responder o dl-retor geral da TanzanianAirlines, em Dar es Sa-laam, evitando esclarecero verdadeiro motivo do se-questro do Boeing ou con-firmar a identidade do se-questrador que conversoucom o Chanceler quenia-no. em Nairôbi.

Rafael Wassormann

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O avião voava de Mwanza, na região doLago Victória, na Tanzânia, para a Capital,Dàr-Es-Sàlàam, quando foi seqüestrado e

levado para Nairóbi, Quênia.

Guerrilha explode ônibusem San Salvador e Exércitoreforça ataque a Guazapa

San Salvador — Guerri-lheiros explodiram 10 ôni-bus em diversos locais daCapital Salvadorenha, in-cluindo as imediações dajunta eleitoral, onde se re-gistravam candidatos noúltimo dia de prazo para osque querem concorrer àseleições de 28 de' março,boicotadas pelos rebeldes.

O Exército mandou re-forço de 200 soldados paraunir-se aos 600 que, apoia-dos por tanques, artilha-ria, helicópteros e bombar-deiros, tentam desde se-gunda-feira desalojar 400guerrilheiros do vulcão deGuazapa, 35 quilômetrosao Norte da Capital, se-gundo fontes do Exército.

O Ministro da Defesa.JosèGuillermo Garcia, es-

teve na região, ontem, dehelicóptero, informou quea situação este sob contro-le, apenas três soldadosmorreram e 12 ficaram feri-dos. Comandantes daFrente de batalha ouvidospela UPI disseram, no en-tanto, que as baixas foramde 16 mortos e 31 feridos.

Uma testemunha infor-mou à UPI que um heli-cõptero americano Hueyresgatou nas últimas horasde ontem oito corpos equatro soldados feridos deuma patrulha emboscadapela guerrilha nas encos-tas de Guazapa.

A rádio rebelde Vencere-mos afirmou que o alto co-mando militar salvadore-nho esta levando altas so-mas de dinheiro para o ex-terior.

Columbia levaráabelhas e mariposasao espaço em março

Ouston, EUA — Doze abelhas e 36 mariposasserão passageiras da nave espacial Columbia nasua terceira missão a partir de 22 de março. Osanimais participaráo de uma experiência inéditaplanejada pelo estudante americano Todd Nei-son, de 18 anos, com o objetivo de determinarcomo os insetos voam sem gravidade.

Os astronautas Jack Lousma e Gordon Fui-lerton, na sua última entrevista coletiva antes dovóo do Columbia, disseram que embarcarão pre-vertidos contra qualquer acidente durante asexperiências. Levarão na viagem de sete dias ummatador de moscas, para o caso de algumaabelha ficar perdida na nave.

Observação inéditaA experiência trata de um aspecto desço-

nhecido que nos permite fazer uma observaçãoque nunca foi feita antes — disse Todd Nelson,que faz o colegial numa escola pública da cidadede Adams, em Minnesota. Ele foi um dos 10finalistas de um projeto para estudantes desen-volvido pela NASA e pela Associação Nacionalde Professores de Ciências dos EUA.

Os insetos serào colocados a bordo da naveantes do dia do lançamento marcado para 22 demarço. Eles ficarão numa caixa do tamanho deuma maleta, guardada em um compartimentoda cabine. No quarto dia da missão espacial osastronautas colocarão a caixa de maneira apoderem observar e fotografar os insetos.

Todd falou estar interessado principalmenteem saber se os insetos se adaptarão à falta degravidade na maneira de voar, flutuando em vezde bater as asas sem parar, pois precisarão demuito menos energia. Eles não terão que lutarcontra a força da gravidade e este e um fatorimportante para a orientação dos insetos.

SpacelabCientistas dos EUA e da Europa uniram-se

para enviar ao espaço um laboratório, cujo custoserá de 1 bilhão de dólares, que permitirá arealização de experiências que náo sâo possíveisna atmosfera terrestre. O laboratório, chamadoSpacelab, ficará no setor de cargas da naveespacial Columbia. A primeira missão do Space-Ia esta programada para setembro de 1983.

Duas das quatro missões jà planejadas parao novo laboratório incluirão experiências paradeterminar o efeito da falta de gravidade sobreanimais.

URSS tem vantagemna guerra espacial

Bruxelas — Em uma reunião confidencialcom seus aliados da OTAN (Organização doTratado do Atlântico Norte I, os Estados Unidosrevelaram que a Uniào Soviética está à frente emalguns aspectos fundamentais da corrida arma-mentista espacial entre Washington e Moscou,segundo afirmaram fontes diplomáticas de Bru-xelas.

Os europeus que participaram da reuniãoficaram um tanto chocados ao saber que a capa-cidade das superpotências de guerrear no espaçonáo é mera ficção científica do século XXI, maspreocupação real dos dias de hoje — comentouum diplomata.

SatélitesFuncionários da OTAN nem mesmo admiti-

ram a realização da reunião na semana passadaem Bruxelas que. segundo as fontes, tratou detemas como os satélites assassinos e o sistemade mudança de curso para mísseis balísticos.

A OTAN não está diretamente envolvida nacorrida armamentista espacial entre os EstadosUnidos e a Uniáo Soviética, embora a organiza-çáo tenha três satélites de comunicação emórbita sincronizada sobre o Atlântico. Eles fazemparte de um sistema de comunicações integradoda OTAN que liga as nações membros às autori-dades militares usando estações terrestres em 12países.

A reunião foi convocada para explicar aosaliados da OTAN porque Washington sente quenào pode. por enquanto, levar adiante umrascunho do tratado das Nações Unidas para autilização pacífica do espaço. A principal preocu-paçào norte-americana é que a União Soviéticajá possui satélites capazes de fornecer informa-çào de navegação no meio percurso para aviões,navios e naves espaciais.

Estes satélites permitem que uma orienta-çào de meio de percurso retifique o curso demísseis balísticos. Eles permitem também quebombardeiros soviéticos de longo alcance voemsem precisar manter-se em contato com a Terraatravés do rádio, o que dificulta sua localização.

Os Estados Unidos estáo desenvolvendo algosemelhante — o chamado sistema Navstar — quedará uma precisáo tri-dimensional com umamargem de erros inferior a 10 metros para objeti-vos militares. Isto será útil, sobretudo, parasubmarinos nucleares.

O sistema terá 24 satélites que deverão en-trar em órbita em meados da década de 80. Poroutro lado, os Estados Unidos disseram queestão à frente em relação aos satélites de reco-nhecimento e de aviso prévio. Centenas de satéli-tes militares estáo atualmente em órbita: dereconhecimento, de comunicação, eletrônico,meteorológico ou de aviso prévio.

Alerta desde 1977 da capacidade militar empotencial dos anti-satélites soviéticos, Washing-ton está procurando meios de conter essa capaci-dade. seja com satélites assassinos caçadores ouatravés de medidas defensivas e ofensivas.

Papa estaráem Portugal nodia 13 de maio

Araújo NettoRoma — No próximo 13 de maio,

exatamente um ano depois do aten-tado da Praça de São Pedro, JoãoPaulo n deseja estar em Portugal,na cidade-Santuario de Fátima, pa-ra agradecer à Virgem que, na suaopiniáo, salvou-o da morte.

Essa revelação foi feita ontempelo Primeiro-Ministro português,Francisco Pinto Balsemão, depoisde ser recebido em audiência peloPapa no Vaticano. O encontro dosdois realizou-se na biblioteca priva-da de Joào Paulo II e demorou meiahora. Ao falar à imprensa, após aaudiência, o Primeiro-Ministro por-tuguès disse que viveu ontem, entrellh30m e o meio-dia, um momentoparticularmente emocionante dasua vida, "não apenas como pollti-co, mas sobretudo como homem."Momento que serviu também parareforçar sua profunda admiraçãopor Joào Paulo II.

ConviteEspecificamente sobre a visita

do Papa a Portugal, Balsemáo dis-se que ontem "vi confirmada a acei-taçào do convite que lhe foi dirigidopela Conferência Episcopal Portu-guesa e pelo Presidente da Repúbli-ca Ramalho Eanes." Indagado so-bre a data prevista para essa visita,o Primeiro-Ministro Português res-pondeu ainda que o Papa quer es-tar em Fátima no dia 13 de maio, eque essa visita deve estender-se aoutras cidades como Lisboa. Coim-bra e Braga.

— .Mas desde já — disse Balse-mão — pode-se afirmar com certezaque o Papa estará em Portugal pormais de um dia.

Afirmação que reforçou outra,de fontes do Vaticano, que prevêema integração de Portugal no progra-ma da viagem que, à mesma época.Joáo Paulo II fará à Espanha, aMadri e à cidade de Ávila, de SantaTeresa, outra santa de grande im-portància para os católicos.

Atlanta/UPI

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Williams teria matado 2 dos28 jovens assassinados

Júri de Atlantaexamina veredito

Atlanta. EUA — O júri do tribu-nal de Atlanta que julga WayneWilliams começou ontem a delibe-rar para chegar ao veredicto sobre ohomem acusado de ter assassinadopelo menos duas das vitimas deuma série de assassinatos que du-rou mais de 20 meses e aterrorizou apopulação negra de Atlanta, naGeórgia. Ao encerrar a argumenta-çào final da acusação, a promdtoriaclassificou o acusado de "assassinolouco perigoso":

América LatinaM-19 assalta

trem colombianoBogotá — Um comando de 20

guerrilheiros do Movimento 19 deAbril (M-19) roubou 5 milhões depesos (CrS 11 milhões 620 mil) deum trem de passageiros que fazia alinha Cãli—Armênia. A açào foi pa-ra comemorar o segundo aniversa-rio da invasão da Embaixada domi-nicana em que 16 embaixadoresforam tomados como reféns.

Torrelio pede papoio da Bolívia

La Paz — O Presidente da Bolí-via, Celso Torrelio, pediu o apoio dopovo para superar a crise que "pôeem risco a própria sorte" do pais eadvertiu que "a imoralidade amea-ça as bases da sociedade boli-viana."

— É imprescindível alcançar-mos um clima de paz, união e esfor-ço coletivo porque não estáo emjogo a sobrevivência de doutrinasou de agrupamentos políticos, maso próprio destino da naçáo — disse,numa advertência às entteas ao se-vero programa econômico divulga-do no principio do mès que. entreoutras medidas, desvalorizou o pe-so em 76%.

Os 1 mil 500 trabalhadores damina de estanho de Catavl realiza-ram greve de 24 horas reivindicamdo aumentos salariais. Todas asminas do país vão parar dia 3 deabril se o Governo nào der aumen-tos que compensem a alta do custode vida. Até lá serão realizadas vá-rias paralisações de advertência.

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Moscou prende corruptosamigos da família Brejnev

aábado, 87/8/88 n i° oaderno o 13Novo Iorque — UPI

Moscou — A policia prendeu o dlre-tor do Circo de Moscou e um homemdescrito como multo amigo da fllha (quese chama Galina) do Presidente Sovlétl-co Leonld Brejnev, acusando-os de liga-çôes com uma grande quadrilha, infor-maram ontem fontes soviéticas e ocl-dentais. Por suspeita de corrupção, oGeneral reformado Konstantin Zotovfoi afastado da direção da agência queemite vistos de emigração. Estaria co-brando até 10 vezes mais a taxa oficial.

As prisões foram Interpretadas emalguns círculos bem-informados comouma tentativa de constranger o Presi-dente Brejnev, o que, como declarou umdiplomata ocidental, é indício de queseus inimigos no Kremlin se tornarammais audaciosos depois da morte dogrande teórico do Partido Comunista,Mikhall Suslov, principal esteio de Brej-nev no Politburo. "Uma atitude dessasseria Impensável com Suslov vivo", co-mentou o diplomata.

Escândalo abafadoUm dos presos é Bóris Tsvigov, tam-

bém conhecido como Bôris, o Cigano,conhecido bailarino do Circo de Mos-cou, em cuja residência a policia encon-trou diamantes e jóias no valor de maisde 1 milhão de dólares — equivalente a600 anos de salário médio soviético —além de 300 mil dólares em divisas es-trangeiras.

Tsvigov foi preso a 29 de janeiro,

precisamente no dia do enterro de Sus-lov, o que, segundo os informantes, é umsinal de que a data escolhida foi propo-sltal, para evitar uma intervenção dealto nível. Galina Brejnev, atualmentecasada com Yuri Churbanov, primeiro-secretário do Ministério do Interior —órgão a que a policia está subordinada— sempre manteve estreitas ligaçõescom pessoal circense. Seu primeiro ma-rido foi um treinador de animais doCirco de Moscou. Quanto ao segundo,as noticias divergem: teria sido um aco-brata ou um bailarino.

Cerca de uma semana apôs a deten-çâo de Tsvigov, a polícia prendeu Ana-toly Kolevatov, diretor do Circo de Mos-cou, sob a mesma acusação. Kolevatov,multo popular nos meios artísticos so-viétlcos, dada a grande penetração docirco em todas as camadas da socleda-de, teria sido preso a 17 de fevereiro

•passado. Segundo as fontes, Kolevatovteria conseguido reunir uma grande for-tuna pessoal permitindo que seus con-tratados trabalhassem no exterior sob acondição de lhe trazerem, do Ocidente,jóias, ouro e divisas estrangeiras. Kole-vatov também é amigo de GalinaBrejnev.

Nenhuma informação oficial foi pu-bllcada a respeito. Porta-voz do Circode Moscou limitou-se a dizer que náofora possível entrar em contato comKolevatov e um funcionário nào quisresponder, porque a pergunta era "pro-vocadora".

Inglês criou circo na RússiaA palavra circo, como espetáculo

num picadelro sob uma lona esticada,foi usada pela primeira vez na Inglater-ra, em 1769, no Royal Circus de CharlesHughes, dissidente da equipe de PhilipAstley, ex-sargento a quem se atribui acriação do circo moderno.

Foi Hughes quem introduziu o circona Rússia, em 1793, ao acrescentar há-beis cavaleiros, capazes de realizar ma-labarismos no lombo de suas montarias,ao grupo que, sob sua direção, conduziaos garanhões encomendados por Catari-na II, a Grande. Encantada com asproezas, a imperatriz permitiu a Hughescriar um circo particular em seu paláciode Sào Petersburgo.

O circo seria desenvolvido posterior-

mente pelo francês Jacques Tournialre,mas foi somente em 1926, apôs a quedado regime czarista, que o Governo so-viético instituiu uma Escola de Circooficial para formar palhaços te Popov setornaria famoso mundialmente), doma-dores, bailarinos, acrobatas, mágicos,trapezistas. equilibristas, cavaleiros eamazonas.

Em 1958, o Circo de Moscou, comopassou a ser conhecido fora da URSS,iniciou suas apresentações no exterior,já tendo percorrido mais de 30 países.Esteve pela quarta e última vez noBrasil em 1979, desapontando o públicopor náo trazer animais, cuja saída oGoverno soviético proibira devido a umsurto de peste suína que entáo grassavaaqui.

r-tU¦*s< PC polonês expurga três

que apoiam SolidariedadeVarsóvia — O Comitê Central do Par-

tido Operário Unificado Polonês (POUP)expurgou três de seus membros favorá-veis ao sindicato independente dos ope-rários, o Solidariedade, na primeira reu-máo após a adoção da lei marcial naPolônia, dia 13 de dezembro.

Para o Politburo do POUP. foramnomeados dois membros suplentes: oMinistro do Interior, General CzeslawKiszczak, e o economista Marian Woz-nlak, considerado o cabeça da reformaeconômica em curso. Kiszczak é o quar-to General a integrar o Politburo. Todossáo membros do Conselho Militar deSalvação. Sua nomeação indica, paraobservadores, um reforço da posição doPrimeiro-Ministro, General Wojciech Ja-ruzelski.

ReformaO expurgo de Marian Arendt, Jan

Malinowski e Zygmunt Bobrowski estásendo considerado o começo de um ex-purgo de membros do Comitê Central doPOUP (cerca de 40 dos 200 integrantes),julgados favoráveis ao sindicato inde-pendente dos operários e criticados porsuas posições liberais e contrárias à leimarcial em vigor.

Observadores notaram que náo fo-ram eleitos substitutos dos expurgados

do Comitê e que o Politburo conta agoracom 14 membros plenos e cinco suplen-tes. Os quatro Generais do Politburosáo: Jaruzelski, que além de Premier eMinistro da Defesa; o Vice-Mlnistro daDefesa, Florian Slwicki; o Ministro doInterior, Czeslaw Kiszczak; e o Chefe daPolícia Militar, Miroslaw Milewski.

No discurso de encerramento da reu-niâo, Jaruzelski — que aparentementenecessitava de uma posição forte e uni-tária para levar a Moscou, na segunda-feira — defendeu uma "coerência de fer-ro" na implantação da resolução intitu-lada Por que estamos lutando, para on-de vamos, aprovada por unanimidadepelo Comitê e náo divulgada pela agèn-cia PAP.

Dos trechos dos discursos, parcimo-niosamente divulgados pela agênciaPAP, nota-se que a reuniáo foi acalora-da. Vãrlos oradores criticaram o Partidopor ter, anteriormente, elogiado o Soli-dariedade ou se mostrado fraco diantedo sindicato dos operários. HieronymKubiak, tido como um liberal do Pollt-buro, chegou a responder a ataques pes-soais, que o qualificam de "oportunistade esquerda" e "oportunista revisto-nista".

f-Juros ainda vão a USS 50 milhões-^pagamento torna improvável a assl-

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Frankfurt — A Polônia ainda de-ve aos bancos ocidentais 50 milhõesde dólares (CrS 7 bilhões 100 milhões)de juros e serviço correspondentes àsdividas que venceram em 1981, infor-maram fontes bancárias européias. APolônia havia fixado prazo até 15 defevereiro, para pagar os juros e servi-ço de 1981.

Segundo as fontes, o atraso deste

natura do contrato de reescalona-mento da dívida que venceu no anopassado, prevista para quinta-feira,em Frankfurt. Aos bancos ociden-tais, a Polônia deve 16 bilhões dedólares (CrS 2 trilhões 272 bilhões) eaos Governos, 10 bilhões de dólares(Cr$ 1 trilhão 420 bilhões).

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Reagan faz ofensiva a gasoduto

OB i90Cíl si-earríi-iiod*

Washington — O Presidente RonaldReagan convocou seus assessores à Ca-sa Branca para debaterem até onde po-derão ir no esforço de se opor à constru-ção do gasoduto que levará gás naturalda Uniáo Soviética para a Europa Oci-•dental.

O gasoduto de 4 mil 500 quilômetrosde extensáo, cuja construção está orça-da em 10 bilhões de dólares, vem rece-bendo a oposição do Governo america-'no, o qual acredita que ele tornará aEuropa Ocidental excessivamente de-pendente da União Soviética.

O Pentágono, segundo fontes do Go-verno americano citadas pela agência

britânica Reuter. deseja que Reagan im-peça que empresas européias forneçamequipamentos para o gasoduto a partirde licença concedida pela General Ele-tric.

Devido às sanções impostas por Wa-shington contra a União Soviética, apósa crise da Polônia, a General Electricnâo pode fornecer aqueles equipa-mentos.

O Secretário de Estado, AlexanderHaig, contudo, nào se mostra Inteira-mente contrário ao gasoduto porquequer evitar uma eventual crise nas rela-çôes dos Estados Unidos com os Gover-nos da Europa Ocidental.

Acusações prejudicam Conferência-1B*M-lülf:

Madri — Depois de mais uma trocade acusações entre os representantes daUnião Soviética e dos Estados Unidos naConferência de Cooperação e SegurançaEuropéia, na Capital espanhola, o Em-balxador da Finlândia, Richard Müller,falando em nome de nove países nàoalinhados, sugeriu que os 35 membrosda reunião considerasse um recesso ou apossibilidade de suspender as sessões,devido a falta de progresso.

O General Nikolai Chervov, membrodo Estado-Maior das Forças Armadasda Uniáo Soviética, assegurou que seupaís jamais utilizou armas químicas eexortou os Estados Unidos a reiniciar asnegociações sobre a limitação destasarmas. Acusou os Estados Unidos denâo dar respostas às várias propostas denegociações. Denunciou uma "suja cam-panha de calúnias com respeito à Po-•lônia".

Segundo o General Chervov, os Esta-dos Unidos nâo estão interessados numaproibição das armas químicas, porque"o atual Governo de Washington decidiuter um amplo arsenal destas armas". Eleafirmou que os estrategistas americanosjâ disseram abertamente que têm inten-çâo de converter a Europa num campode batalha de uma guerra atômica equímica".

O chefe da delegação americana, MaxKampelman, se limitou a qualificar asacusações do General soviético de "su-perfleiais, lemas sem significado desti-nados a obscurecer a realidade". Comoresposta, disse apenas que os soviéticostinham 250 SS-20 (mísseis nucleares)"apontados para cidades européias"quando a Conferência começou há 17meses e que "agora, têm 280" instalados.

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Luta entre Ministros alemãessão envolvidos em

castas mata1 mil na índia

Nova Deli —Quase 1 milindianos pertencentes àcasta dos intocáveis foramassassinados nos últimosdois anos por elementos dacasta superior, revelou oMinistro do Interior. HiharRanjan Laskar. Os intocá-veis, ou harijans, totali-zam 120 milhões dos 680milhões de habitantes daíndia e. por náo serem bu-distas, islâmicos ou cris-taos sâo considerados im-puros — e portanto intocá-veis — pelos brahmin.membros das castas supe-riores.

Segundo a imprensa in-dlana. a maioria dos assas-sinatos ocorreu duranteataques de membros dacasta superior contra asmoradias dos intocáveisem vilas remotas do paisNa índia, o Governo cen-trai mamem um sistemade cotas destinadas aos in-tocáveis dentro do merca-do de trabalho e do siste-ma educacional. No entan-to, a campanha em favordo fim da discriminaçãocontra os harijans geroufortes reações por partedos brahmin."GOVERNO DEBRAHMINS"

O Ministro do Interiordisse que somente no Esta-do indiano de Uttar Pra-desh ocorreram 450 mortesde harijans entre 1980 e1981. Um parlamentar daoposiçáo, RameshwarSingh, acusou a Primeira-Ministra Indira Gandhi,que é originária daqueleEstado, de manter um"Governo de brahn-ins".Singh falou que 50^- dosGovernos estaduais e 64r'rdos ministérios sâo ocupa-dos por membros da castasuperior.

Indira, que è brahmin,vem fazendo uma campa-nha pela causa dos intocá-veis, mas estes insistemque as medidas governa-mentais — como o sistemade cotas no mercado detrabalho e na educação —nâo sáo suficientes e exl-gem melhores condiçõessociais e econômicas.Mahatma Gandhi, em sualonga campanha em favorda independência da índiada Grã-Bretanha, já defen-dia a melhoria de condi-çôes dos harijans. Gandhifoi assassinado por umbrahmin em 1948.

Paquistãoprende 724opositores

Islamabad — As autori-dades militares do Paquis-táo prenderam 724 pessoasem Sind, província nataldo ex-Primeiro-MinistroZulfikar Ali Bhutto, enfor-cado por ordem presiden-ciai, informou ontem a rá-dlo do Paquistão. Dessetotal. 528 foram presas on-tem, quando a polícia des-cobriu 159 armas de usonào autorizado, literaturasubversiva e bens rouba-dos durante os reldes reali-zados.

As prisões em Sind se-guem-se a uma série de de-claraçóes de ministros econselheiros governamen-tais. e de mullahs (religio-sos), condenando "elemen-tos terroristas e subversi-vos", descrição normal-mente reservada a mem-bros da clandestina Orga-nlzaçào Al-Zulfikar, cujoobjetivo è derrubar o Go-verno militar do Presiden-te Zia Ul-Haq.

caso de corrupçãoWilliam Waack

Bonn — O Governo alemão reagiu ontem demaneira brusca à publicação do pedido feito pelaJustiça para suspender as imunldades parlamen-tares de dois Ministros — o da Fazenda e o daEconomia — envolvidos num inquérito para apu-rar corrupção passiva. O Promotor em Bonn aindanáo fez acusação formal contra os dois Ministros.Graff Lambsdorff. da Economia, e Hans Matthoe-fer. da Fazenda, que teriam dado incentivos fiscaisa uma grande firma alemã, em troca de donativospara seus respectivos Partidos, o Liberal Demo-crata e o Social-Democrata.

Lamb.sdorff e Matthoefer negaram categórica-mente essas acusações. O Ministro da Economia,que se encontra em Washington discutindo com oGoverno americano a questão do fornecimento degas natural soviético para a Europa ocidental,afirmou que jamais esteve envolvido em qualquertransação financeira com donativos em dinheiropara seu Partido. Matthoefer. da Fazenda, decla-rou que ha mais cie dez anos nao lida com a caixado SPD e que todas as acusações nâo passam dementiras

Poderosos da economiaO inquérito aberto pelo Promotor em Bonn

envolve também poderosos nomes da economiaalemã, o presidente do Dresdner Bank e ex-Ministro da Economia,. Hans Friderichs; e o presi-dente do grupo industrial Flick, Eberhard vonBraüchltsch, que ofereceu sua renúncia do cargode presidente da Confederação das IndustriasAlemãs, ao saber das investigações da Justiça.

Em agosto de 1981, o grupo Flick, representa-do por Von Brauchitsch. recebeu dos Ministros daEconomia e da Fazenda uma autorização especialpara reinvestir 210 milhões de marcos (CrS 12bilhões 600 milhões), obtidos pela venda de açõesda Dimler Benz, sob o amparo de uma lei quegarante incentivos fiscais. A autorização ministe-rial possibilitou à firma economizar perto de 120milhões de marcos (CrS 7 bilhões 200 milhões).

As revistas Spiegel e Stern, contudo, vêmdivulgando desde o final do ano passado que.pouco depois dessa autorização, tanto os Minis-tros do SPD quanto do Partido Liberal passaram areceber donativos em dinheiro para o financia-mento dos respectivos Partidos.

Imagem públicaEmbora qualquer ligação entre concessão de

incentivos fiscais e donativos para os Partidos sejacategoricamente desmentida por todos os implica-dos, a Promotoria investiga os Ministros. Brau-chitsch e o banqueiro, além de outras cinco perso-nalidades, por suspeita de "aceitação e concessãode vantagens".

O Governo alemão reagiu com muita irritaçãoao noticiário dos jornais, afirmando que a Promo-toria sequer fez formalmente qualquer acusação eque a honra e a imagem publica de dois importan-tes políticos estão sendo comprometidas pelosrepórteres. O porta-voz do Governo, Lothar Ruehl,se esquivou de dizer se a imunidade parlamentarde Lambsdorff e Matthoefer será mesmo suspensa.

— Todos os Implicados nesse caso farão todoo possível para esclarecer essa questão — disseRuehl. — Todos estão interessados em que oinquérito prossiga, justamente porque estào con-vencidos de que sâo absolutamente inocentes.

Washington — AP-*M*-*----*M--t---*--

A barcaça petroleira explodiu quando navegavano East River, bem sob a ponte Williamsburg, queliga Manhattan a Brooklin e é usada tanto porcarros como por trens. Retornava vazia de Bridge-port, Connecticut, onde descarregara gasolina.Um tripulante morreu, sete se salvaram, a cidadede Nova Iorque se assustou com o estrondo daexplosão, edifícios foram sacudidos, a ponte fe-chada ao trafego — provocando enormes engarra-famentos. A barcaça ficou á deriva enquantorecebia jatos de água dos bombeiros marítimos(ao fundo, as pontes de Manhattan e, mais aolonge, Brooklin) e finalmente afundou, uma hora emeia após a explosão. Náo se conhece ainda acausa do acidente, mas apenas que os transporta-dores de gasolina são mais explosivos quandovazios, devido aos gases que se formam nos tan-

quês de carga

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Cousteau explicou que calado do Calipso nãopermite passar em trechos do Purus

Cousteau muda piWashington e Brasilia —

O oceanógrafo francês Jac-quês Cousteau deixou on-tem o porto de Norfolk, naVirginia (Estados Unidos)a caminho da Região Ama-zônica. mas sua expediçãonào deverá cumprir todosos seus objetivos devidoaos problemas observadospor dois técnicos franceses— também integrantes damissão — que verificaramque o calado do navio Ca-.lipso, usado na viagem.

ano na Amazônianáo suportará a profundi-dade do rio Purus.

Em muitos trechos, o rioPurus tem uma profundi-dade de apenas um metro.Além disso, suas águas sàoextremamente barrentasem todas as épocas do ano,impossibilitando as pes-quisas submarinas. Osdois técnicos visitaram aAmazônia em fevereiro eem seguida voltaram àFrança para fazer a Cous-teau um relatório daviagem.

Oriente MédioWashington adverte Israel

O novo Embaixador deIsrael nos Estados Unidos,Moshe Arens, afirmouquinta-feira que seu paíspoderia ser levado a umaaçào militar contra o Suldo Libano devido ao forta-lecimento das tropas pa-lestinas na área.

Washington e Beirute —Os Estados Unidos adver-tiram Israel que nào tole-rarão ações militares con-tra o Sul do Líbano por-que, conforme destacou oDepartamento de Estado,qualquer violência na áreaagravará ainda mais o con-flito árabe-israelense.

Sultan firma acoWashington — O Minis-

tro da Defesa da ArábiaSaudita, Príncipe Sultan,depois de mais de 12 horasde conversações com o Se-cretário de Defesa dos Es-tados Unidos, CasparWeimberger, no começo defevereiro acabou concor-dando em assinar um açor-do sobre as condições pe-ias quais os sauditas deve-ráo operar os aviôes-radarAWACS comprados dosamericaos, informou o jor-nal The New York Times.

rdo para AWACSFuncionários do Gover-

no de Washington (Pentá-gono e Departamento deEstado) e fontes do Con-gresso, mencionados pelojornal, se recusaram, noentanto, a dar informaçõesdetalhadas sobre o acordo,nào esclarecendo se ele sa-tisfaz os políticos dos Esta-dos Unidos que exigiramrestrições ao uso dosavióes-radar pela ArábiaSaudita, antes que apro-vassem, em outubro, avenda dos aparelhos.

França arma Ryad, Cairo e BagdáParts — A França, nos

dois primeiros meses de1982, vendeu equipamen-tos militares, no valor totalde quase 21 bilhões defrancos (cerca de CrS 504bilhões) à Arábia Saudita(11 bilhões de francos), Egi-to (5 bilhões 700 milhões defrancos) e Iraque (4 bilhõesde francos), informou aagência France Presse.

Em 1981, os países do'Oriente Médio compraramarmamentos na França nomontante de 25 bilhões defrancos, de um total de 32bilhões de francos arreca-dados pelos franceses como comércio de equipamen-tos militares. Em 1980. aFrança vendeu armamen-tos no valor de 37 bilhõesde francos.

Anistia denuncia execuções

Lambsdorff, em visita aos EUA, negouqualquer transação ilícita

Genebra — A Anistia In-ternacional denunciou quecerca de 2 mil 700 pessoasforam executadas no Irános últimos oito meses eque no Iraque, em 1981.houve 300 execuções co-nhecidas. Ao mesmo tem-

po, o assessor jurídico daAnistia, Nigel Rodley, diri-giu um protesto verbal àComissão dos Direitos Hu-manos da ONU, motivadopelo que qualificou de "nú-mero crescente de execu-ções políticas".

14 d Io caderno o sábado, 87/8/88

FalecimentosKio di- Janeiro

Gugllclmo Sala (Wil-Uam), 48, ataque cardíaco,em sua residência, no Fia-mengo. Natural de Milão,Itália, veio para o Brasilem 1957. Casado com Ma-ria da Glória Arreguy Sala,deixa quatro filhos. O cor-po está sendo velado naIgreja Imaculado Coraçãode Maria, no Méier. O se-pultamento será hoje, às16 horas, no cemitério deInhaúma.

José de Lima Gama, 63,lnfarto do mlocárdlo, naSanta Casa de Misericór-dia. Natural de Sergipe,aposentado, era solteiro,Morava no Flamengo.

Luiza Cardoso de Azeve-do, 57, infarto do miocár-dio, em casa, na Rua Mar-quês de Abrantes 142/202.Natural do Rio de Janeiro,doméstica, era casada.

Albcrtina Maria Rodri-jrues, 99, de fratura de colodo fêmur, no Hospital Ml-guel Couto. Natural doRio, prendas do lar, eracasada com Ignáclo Rodri-gues, tinha três Olhos. Mo-rava na Rua Álvaro Ra-mos 451/105.

Durval Rocha Leite, 68,câncer de rim, no HospitalSanta Casa da Misericór-dia. Natural do Rio, medi-co, era solteiro. Morava noGrajaú.

Sebastiana Dias da Sil-va, 68, de acidente vascu-lar-cerebral e edema agu-do no pulmão, na Casa deSaúde Gabinal. Natural deAlagoas, doméstica, soltei-ra. Morava na Rua AliceFigueiredo 57.

Alcinda Cardoso Corrêade Castro, 90, de arterios-clerose cerebral, em casa,na Rua Vilela Tavares 350,Lins. Natural do Rio, pro-fessora aposentada, eraviúva de Homero MenesesCorrêa de Castro. ¦

João Manoel Guerra, 76,de carcinoma de via biliar,no Hospital do INAMPS,Bonsucesso, Natural dePortugal, aposentado, eracasado com Alzira Baptls-ta Guerra, tinha um filho.Morava na Rua Esmeraldi-no Bandeira 61.

Hilário Zeferino de Sou-za, 82, de parada cardior-respiratória, em casa, naRua Almirante Alexandri-no 301, Natural do Rio. mo-torneiro, era casado.

Pauiina Fernandes Fi-dalga, 76. de parada car-diaca, no Hospital Itália-no. Natural do Pará, pren-das do lar. era solteira. Mo-rava na Rua Djalma Pon-tes Nogueira 297/201.

Maria Carlota de Figuei-redo, 83, de bronco-pneumonia, na Real Bene-ficència Portuguesa. Brasi-leira, era viúva de ErnestoPereira de Figueiredo.

Antônio Jácomo Filão,73. de câncer de parótida,no Pronto-Socorro Pronto-cor. Natural de Goiás, eco-nomlsta, era casado comMaria Lisette de CarvalhoJácomo, tinha dois filhos.Morava na Tijuca.

I.wlilllo!-

Lavinia Ferraz ScheibelPadula, 71, em São Paulo.Filha de Júlio Scheibel ede Clarice de Barros Fer-raz Scheibel, viúva deAmérico Antônio Padula,tinha dois filhos: Hebe, ca-sada com Lício da RochaMiranda Novais, e AntônioFernando, casado comCléusa Maria da SilveiraPadula, além de netos.

Nahir Nazareth do Ama-ral, 61. em Sào Paulo. Fi-lha de Lycério Nazareth deAzevedo e Porfla Penna deAzevedo, casada com Al-bertino Pires do Amaral.Tinha filhos, genros, nora,netos, irmà e sobrinhos.

Wanda Vendramine, 39,em São Paulo. Filha de El-pidio Vendramine e Gui-lhermina Vendramine. Ti-nha irmãos, cunhados e so-brinhos.

Carmen Torres Chambo,63. Em Sáo Paulo. Filha deFrancisco Torres Fernan-des e Isabel Roman Moya,casada com José ChamboLinares. Tinha filhos, gen-ro, netos, cunhados e so-brinhos:

AvisosReligiosos

e FúnebresPreços para Publi-

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Os rios ,/or/nn e M«r«< anã transbordaram, deixando a Radial Oeste totalmente inundada

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Traficantes atacam prisãogaúcha com metralhadoras

Rios Maracanã e Joanatransbordam com chuvas

mos nâo resgatam «írnp/iee clue W™ a Züna NorteJí Mpt.P fl rillll 11AKO r>r1llocl.t,£»-rrr-,»-,l-,o NTn^Porto Alegre — Um pelotão da Brigada Militar

reforçou ontem a guarda da Ilha-Presidio de PedrasBrancas, no rio Guaiba, atacada no final da noite deanteontem por desconhecidos, que tripulavam trêslanchas. Armados de metralhadoras, travaram vio-lento tiroteio durante mais de uma hora com aguarda da ilha, fugindo sem conseguir resgatar umdos presos, João Faleiro. membro do maior giupo detraficantes de maconha da região Sul.

Faleiro jâ havia sido transferido há duas semanaspara a ilha-presídio. depois que a Policia Federalfrustrou a sua primeira è espetacular tentativa defuga. No Presidio Central, que envolvia suborno, comdólares, dos agentes penitenciários, e uso de jatirihosno Brasil e Paraguai No tiroteio ocorrido junto à ilha-presidio não houve feridos e, até o final da tarde deontem, à polícia nào tinha pistas dos atacantes nemdas lanchas utilizadas.DUAS TENTATIVAS

A honestidade de umagente penitenciário, quedenunciou o plano ao lheser oferecido suborno, per-mitiu que a Policia Fede-ral evitasse a fuga de Falei-ro, que viajaria num jati-nho, do interior gaúcho pa-ra o Paraguai e, daí, emoutro jato, para a Austra-lia. Lá residem as dyas ir-más de Faleiro que ajuda-ram na operação-fuga,com o envio de dólares pa-

ra o suborno dos agentes.A tentativa levou o Juiz

Luiz Barbosa, de Sapucaiado Sul. que condenou Fa-leiro a 19 anos e sete mesesde reclusão no processo dotráfico de maconha, a de-terminar sua transferenciapara a ilha-presídio, localde máxima segurança en-tre os presídios gaúchos, eonde estão atualmente os28 condenados do seu pro-cesso. Faleiro chegou a en-saiar uma greve de fome.encerrada no terceiro dia.

Juiz impede CEF de pagarmil vezes menos a anciãque teve anel extraviado

O Juiz Ney Magno Valadares, da 2" vara Federal,julgou ontem improcedente a ação consignatóriamovida pela Caixa Econômica Federal contra lidaBoavista Ferreira, de 84 anos, para obriga-la a aceitarCr$ 36 mil 117,97 pelo extravio de um anel de brilhan-te de cinco quilates e meio. Com a sentença, D. lidapoderá entrar com ação indenizatória contra a CEF,exigindo o real valor do anel. calculado em 225 mildólares (cerca de CrS 33 milhões 500 mil).

•— Até hoje, pela experiência que tenho de serviçopúblico, não testemunhei tamanha conivência doescalão superior da administração com fatos damaior gravidade e que, em tese, constituem crimecapazes de, por outro lado, comprometer a própriaimagem da Caixa Econômica Federal, conforme pare-cer do inquérito administrativo que aviltrou umasolução amigável para encerrar o caso — disse omagistrado na setença.

Mete o pau nessa pouca-vergonha. Nàose paga impostos para isso — foi o que afirmouo anestesista Carlos Hermann, da MaternidadeEscola, em Laranjeiras, um dos milhares deautomobilistas retidos às 23h de ontem na Av.Radial Oeste, completamente inundada devidoao transbordamento dos rios Maracanã e Joa-na. Caminhões, ônibus e carros, que tentaramatravessar as pistas inundadas, ficaram semi-submersos.

Carlos Hermann estava revoltado com ainundação — que provocou um engarramentona Zona Norte, a partir da Praça da Bandeira,ate o Viaduto Oduvakio Cozzi, no Maracanã —porque perdeu uma cirurgia marcada para as22h. Faltou luz em vários bairros e a Rio-Teresópolis foi interditada ao tráfego. As chu-vas começaram a cair forte as 18h e logo aseguir foi interditado o Aeroporto Santos Du-mont. Os viadutos do Gasòmetro e da Perime-trai ficaram engarrafados devido ao alargamen-to da Av. Brasil, que ficou congestionado atéRamos.

IntransitáveisA Av. Suburbana também ficou congestio-

nada. A Ponte Rio—Niterói náo foi interditada,mas o tráfego esteve ruim principalmente pelamá visibilidade. Na Zona Sul as chuvas nãocausaram grandes problemas, mas na ZonaNorte várias ruas foram alagadas nos bairros deBenfica, São Cristóvão, Bonsucesso. E quemestava na Ilha do Governador não conseguiuchegar ao Centro. O Buraco do Lacerda, em DelCastilho, voltou a encher.

Com o temporal, uma das pistas de acessoao Túnel Rebouças ficou intransitável até as23h. A chuva foi intensa na Zona Sul, mas otráfego no Túnel Lagoa-Barra fluiu normal-mente.

Na Rua Bela, em Sào Cristóvão, nenhumcarro se arriscou a atravessar as pistas comcerca de meio metro de água. Os donos debotequins tiveram problemas. Houve falta deluz em Santa Teresa, Benfica, Engenho Novo,São Francisco Xavier e Rocha. As poucas ruasnos bairros mais próximos ao Centro que nãoficaram inundadas tiveram tráfego lento e osmotoristas tiveram de trafegar na contramãoem vários pontos para chegar a seu destino.

A água cobriu as rodas de dois ônibus dalinha 434 (Grajaú-Leblon), repleto de passagei-ros, que enguiçaram em frente à Escola TécnicaFederal Celso Suckow, no Maracanã. Dezenasde motoristas retidos no anel do Maracanã —que compreende a Av. Maracanã, Radial Oeste,Ruas Turf Club, Mata Machado e Sáo Francis-co Xavier — pediram para o repórter do JOR-NAL DO BRASIL se comunicar com os paren-tes em casa pelo sistema de rádio do carro dereportagem, que confudiram com sistema deradiofonia para amador.

MIL VEZES MENOS

Em setembro de 1978,para levantar um empres-timo mediante penhor, Dlida foi com Carmem Ma-ria Morelli Caetani à CaixaEconômica e empenhouum colar, um pendente,uma pulseira e o anel debrilhante. As jóias foramavaliadas globalmente emCr$ 280 mil e D lida pôdetirar o empréstimo de CrS220 mil.

Ao terminar o contrato,quando D lida pretendiauma renovação, descobriu

que o anel tinha sido ex-traviado. Diante "dessa la-mentável ocorrência", aCEF pretendeu reparar odano, oferecendo Cr$ 36mil 117, cerca de mil vezesmenos o valor real da jóia,de acordo com D lida, quenáo aceitou a quantia.

Com a finalidade de fazè-Ia aceitar o dinheiro, aCEF entrou com ação con-signatória, para tambémdesobrigar-se da responsa-bijidade pela reparação dodano decorrente do extra-vio do brilhante, do qualhavia se tornado deposl-tarla.

AVISOS RELIGIOSOS

DR. JOSÉ CUSTODIONUNES NETTO

(FALECIMENTO)

tSua

esposa e filhos comunicam o seufalecimento e convidam parentes e ami-gos para o seu sepultamento, a realizar-sehoje, dia 27, às 11 horas, saindo o féretro

da Capela Real Grandeza, n° 1, para o Cemitériode São João Batista, (P

TemporjjroÇWPa — Thnm (If Wl) — Vta RJo-M

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No RioTempo nublado ainda sujeito a instabilidade de madrugadae «o entardecer. Temperatura estáveL Vento» moderadosde Este a None rondando para Sul. Temperatura máxima:31.1 em Bangu e mínima: 21.4 no Alto da Boa Vista.

A» (huvu — Precipitado cm rrul/mciros nas Ultimai 24horas: 12,8 acumulada este mis: 21.0 acumulada este ano:251.0 normal mensal: 137.(1 normal anual: 1075 8

O Sol — Nascer* 4s 05h47m e o oüiso será as I8h24m.O Mar - No Rio de Janeiro Preamar 05h<H;,rl.2 eI7h2lnvl 2m Baixamar: UhS9mrQ15 Km Angra do« Reis:Preamar: 03h55m/1.2 e 15l)55m/t..1m Baiiamar:ttMSmrsUm lim Cabo Frio. Preamar: Wrí48m/1.2m eIMvlonvl 2m Baixamar llWNnvll.-lm e l7hiqnVl.ini

A LuannwaCheia Minguante Sm» CreacenleIW13 1703 Ali ,,, 02^3

Nos Estados

Arnattofur Nub a pte nub 10 norte. Demais reg nub.cchvs esp. Temp csrascl Mu 31, min 20 I: RoraimaPie. nublado a nublado Temp cstas-cl Máx. M 8. min.--. Acre- RondonU Pte. nub a nub. c/pnev ocai Temp.estivei. Pmri—Amipé- Nuh. opnes esparvis Temp. esta-sei Max. 28.2: min. 22.2; Maranhão— Piauí Nub. c/pnevesparsas Temp.: cslâsel. Max. 28.61 min. 22. Ceara—RioIWe. Norte-Paraíba Pte. nub a nub cr chuvas espTemp estâsel M.is 2o 7; min 211.K. Pernambuco. Nub. achuvas esp. no litoral Demais reg. pte nub a nub c/chusas .vas Temp.: csuscl Max, 28 8; min. 22 2, AlagoasPie, nub. a nub c-' chuvas ocas. no litoral principalmenteTemp : estâsel. Máx. 28.5. min. 22. Sergipe: Pte. nub anub. Temp. esiavel. Mas 2V.6, min. 24 5. Bahia: Pte. nub.* nub cr ehuyupcas, no norte. Demais reg. nub c chuvasc»p Temp estável Máx. W J; min. 24 b. Mato (;ros»oNub. cpnes esparvis Temp estável Máx ,sl)6, min.22.1; M. i.rtKM. Sul Nub cpnes. de chuva c trov nodecorrer do peru «d,., principalmente na reg. N/NE Temp :estável Máx 27.7; min. 21 2, Gotas: Pte. nub a nubcpnes esp. Temp . esláscl Máx 27 7, min 21 2. Brasília:Pie, nub a nub. cpnes ocas lemp esMirl Minas GeraisPte. nub a nub. suj. a pnes e trov, ocas Temp • estávelMa» 30 H. mm 19 4. Eaplrito Sl» Pie nub. a nub lempestável. Má» 31 2: min. 24 r>. Sin Paulo Nub luj, j pnes.de chuva c tiov no decorrer do período principalmente aonorte, centro e leste do estado. Temp I estável. Máx. 25.b;mm. W.ó; l*armná: Nub. suj a pnes. de chuva eposs. trov. apartir da laide ao norte e leste do citado. Demais reg pte.nub. a nub Temp l em ligelrielevação. Máx.2o;mu)> ](,$.Sta. Catarina. Claro a pte. nublado Temp evlasel. .Máx.27. min. I°.2: RloUde. Sul Pte nub. su|eilo a instabilidadepassageira no Nt:. Temp estável, Máx. 30.2; min. 18.6.

Grande pane das regiões Ccntro-Oejle Norte e Nor-deste do Brasil aparecem com áreas brancas indicandonebulosidade e enuvas. Ili uma «ona de constitgcncia inter-tropical sobre o Oceano Atlântico, estendendo-se desde olitoral da África ate o litoral Norte da America do Sul Oslistados do Rio de JaneUo, Sáo Paulo. Minas. EspíritoSamo, grande parte da Bahia e Mato Grosso do Sulaparecem com a área escura indicando ausência de nebulo-sidade c lempcralurai elevadas. Uma frente fria estálocalizada sobre o Oceano Atlântico na altura do litoral dosEstados do Paraná e Santa Catarina Uma nova frente friaainda em formaçuo está localizada no extremo Sul doContinente,As Imagens do satélite nveteorokHrJcn l-iils Uo recebidas

diariamente pelo Instituto de Pesquisas rlspaclals HVPE/CNPcj), ,m Sao Jos* dos Campos (SPl, transmitidas em'Infra.vermelho. As áreas brancas Indicam temperaturasbaixas tf as áreas pretas, temperaturas elevadas. 1'onheern-dose a temperatura das áreas brancas r das áreas pretaspode-se, com uma escala cromátlca. determinar as tempera-'lunu da superfície da Terra, das masu» de ar e do topo dasnuvens.

Iwz^kSANALISE SINÓnCA DO MAPA DO INMTTVTO NA-CIONAL DE METEOROLOGIA - Frente Iria no Esta-do du Rio de Janeiro Massa de ar Polar maritimo com.í'entro m> oceano atlântico

No MundoAmsterdã. 03. nevoa. Ancara, Utl. nublado. Atenas, 13.claro. Aucaland, 19, nublado: Berlim, 02. abaixo nevoa;Bonn. 03; g;iroa. Bruxelas, 00. nublado. Buenoa Alrei, 22,nublado. Chicago, 0t>, abaixo claro. Dacar. 21, claro, Dallas,01, neve; IKiblIm, 10. nublado. Fjttolcuroo, 03, abaixonublado. Helsinque, 03. ahauo claro. Hong Kong. 15,nublado; Jrrutaléro, 15. claro; Lisboa, 13. nublado, Uma,19, nublado. I>ondrts, 05. chuva-, Madri, 05. nublado;Montreal, 18, abaixo claro; Mosrou. 03, abaixo encoberto^.,Nivsau, 13. claro; Nosa Dell, -4. nublado. Nova Iorque, Ob.abaixo claro. Oslo, I. abaixo nublado; Paris, 2, nublado,Pequim, lio. nublado; Sáo Francisco. I». nublado. Seul. 05,ciam; Sofia, 03. nublado. Tóquio, 0>. claro; Toronto, liabaixo claro; Varsóvia, 01, abaixo nublado; Viena, 01 .neve;sVashingtoo, 02. abaixo nublado; VVUuüpeg, \7, abaixoneve.

M.Â.

li '*

DOPS atrásde subversãoacha ladrões

Sâo Paulo — Ao investi-gar denuncia sobre "retunióes subversivas" num si-tio de Itapecerica da Serra,a 20 km de São Paulo,DOPS acabou descobrin-do a oficina camuflada deum grupo de ladrões deautomóveis que agia no ei-xo Sào Paulo-Mato Grossodo Sul, Bolívia e Paraguai."

Um receptador de Co-rumbá, dois ladrões e umdespachante policial fo-'ram presos e três outrosenvolvidos estáo foragi-dos. Eles sao acusados defurtarem cerca de 150 car-ros que, remarcados, ga-nhavam documentaçãofalsa e depois eram vendi-dos no exterior com lucrosnunca inferiores a 150rc.

Jovem éesfaqueadoem Niterói

Niterói — O corpo de umhomem branco, de 25 anospresumíveis, seviciado emorto a facada, foi encon-trado ontem na Rua 17.próximo a Escola Munici-pai Itaipuaçu, em Maricá.Policiais da 81» DP (Itaipu)acreditam que o morto te-nha sido linchado. Possi-velmente por ser um dosarrombadores de residen-cias que agem na área.

Em torno do pescoço docadáver havia uma man-gueira de plástico, das quesão usadas na ligação debujões de gás com fogões.Na boca havia um pedaçode pano de camisa. O mor-to tinha marcas de pança-das por todo o corpo.

Assaltantes pedem café eroubam Cr$ 8 milhões 200mil das Lojas Americanas

Tem café quente?Tem. Pode pegar, que está em cima da mesa.Obrigado. Agora, vocês fiquem quietinhos,

que isso ê um assalto.O diálogo ocorreu, ontem pela manhã, na despen-

sa do refeitório do prédio da diretoria das LojasAmericanas, na Rua Sacadura Cabral 102, na alturada Praça Mauá, entre quatro tesoureiros do departa- •mento e três assaltantes, que, após dominá-los, fugi-ram com Cr$ 8 milhões 200 mil que seriam pagos acerca de 4 mil funcionários. O assalto durou menos de'três minutos e. apesar do cerco das Policias Militar' e'Civil, os criminosos fugiram sem dificuldades.

Os assaltantes — um preto, alto, vestindo calça,Lee e bluxa xadrez, e dois mulatos, fortes e baixos —subiram até a despensa, no 4o andar, sem serem,molestados pelo porteiro. A entrada dos três foi-testemunhada pelo copeiro Dorival Nascimento eSilva, residente em Japeri, que conversava com oporteiro sobre uma possível readmissáo no emprego.

PAGAMENTO

Policiais da 1" DP. ondeo assalto foi registrado,acreditam que o roubo te-ve participação de algumantigo funcionário, ja queos três homens sabiam on-de o dinheiro estava sendocontado e a hora em que opagamento seria realizado.Na despensa, encontra-vam-se Rosilene FátimaCarvalho, Marco AurélioMasson, Carlos Antônio

dos Santos e Roberto Rosade Sousa.

Os assaltantes pergunta-ram pelo café, beberam eanunciaram o assalto. Os.quatro funcionários, que,momentos antes, haviam,chegado do Banco Nacio--nal, Agência Praça Mauá,com o dinheiro do paga-»mento, foram trancados nacozinha e ali permanece-ram durante sete minutos. •

A policia — do 5o BPM eda 1" DP — chegou minu-<tos depois do assalto.

RISDLETA VALLE DE ARAÚJO(1 ANO OE SAUDADE)

tSua

família convida para a Missaque manda celebrar no dia 1o deMarço, às 17:45 horas, na Igreja do-

Rosário do Leme.

RAFAEL JOSÉ GONÇALVES JÚNIOR(MISSA DE 7o DIA)

tA

família de RAFAEL JOSÉ GONÇALVES JÚNIOR agrade-ce as manifestações de pesar recebidas por ocasião deseu falecimento e convida parentes e amigos para assisti-

rem à Missa de Sétimo Dia que, em intenção de sua boníssima'alma, fará rezar no altar mór de Igreja da Irmandade de NossaSenhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos, no dia2 de março, às 11 horas.

JORNAL DO BRASIL sábado, 27/2/88 o i" caderno a 15

ECONOMIA/NEGÓCIOSErro em declaração doIR pode ser corrigidona própria Receita

Sõo Paulo

' Quem Já entregou a sua de-claraçâo do Imposto de Renda,mas verificou posteriormente terettado ao preenchê-la, nâo deveapresentar um segundo formula-rio a titulo de retificação do pri-melro. Os técnicos da ReceitaFederal recomendam que, emcaso de retificação, e antes deser notificado, o contribuinteprocure o órgão da Receita desua jurisdição, dando entradaem requerimento para corrigir oerro.

|Em caso de erro, o contri-buinte pode ser duplamente pre-judicado: poderá receber umarestituição menor do que espera-va, e terá o trabalho de ir até aReceita Federal para esclareceras incorreções. Geralmente, asdeclarações já recebidas passampor uma verificação feita por es-pécialistas antes de serem pro-cessadas. Se o erro, no entanto,sô for descoberto durante o pro-cessamento, o atraso será muitomaior.' Erros freqüentes

'Há uma série de erros fre-quentes, e que todo ano se repe-tem nas declarações dos contri-b(iintes. Um deles diz respeito aopagamento de aluguel. O contri-buinte deverá informar no Ane-xò 1 ou na primeira página doformulário simplificado (verde) onome do proprietário do imóvele hão o da administradora, mes-mo que o pagamento tenha sidofeito- a esta.' Não usar o CPF de outra pes-soa: a mulher e os filhos, quando

estiverem obrigados a apresen-tar declarações em separado, de-vem ter o seu próprio número. Enão esquecer de relacionar osdependentes. Qualquer um des-ses erros poderá complicar oprocesso de restituição de im-posto.

Todos os pagamentos efetua-dos a terceiros, especialmenteaqueles que dão direito a dedu-çào e abatimentos, deverão serrelacionados no Anexo 1 ou naprimeira página do formuláriosimplificado (verde), indicando oCPF ou CGC do beneficiário.Devem ser juntados, cm orlgi-nal, os documentos da fonte pa-gadora. Não são aceitas cópiasxerox.

Profissionais liberais e pro-prietários de imóveis que os te-nham alugado a pessoas físicasdevem anexar as vias, autentica-das pelo banco, dos DARFs (Do-cumento de Arrecadação Fede-ral) relativos às antecipações doimposto.

As declarações do espóliocompreendem todo o ano-base.Nâo devem, em hipótese algu-ma, ser apresentadas duas de-clarações: a primeira de Io dejaneiro até a data do falecimen-to, a outra dessa data até o finaldo exercício. Finalmente, os téc-nicos da Receita sugerem que,para beneficiar-se da redução doimposto devido por aplicaçãoem caderneta de poupança, ocontribuinte ofereça à tributa-ção, como rendimento de cédulaB, os juros auferidos.

Aposentadode isenção d

Como devem proceder os' contribuintes aposentadoscom mais de 65 anos comple-' tados até 31 de dezembro de1981? Esta foi uma das düvi-das mais freqüentes entre as' mais de 2 mil consultas feitas

; ontem e anteontem aos espe-cialistas do plantão de aten-' dimento telefônico da Recei-ta Federal.

1 Segundo o delegado da: Receita Federal no Rio de.Janeiro, Manoel Brasil Leàoda Costa, o aposentado de 65, anos ou mais tem um limite, de isenção de Cr$ 770 mil,valor que deve ser indicadoj no Anexo 2. A diferença entreestes CrS 770 mil e o total deproventos que ele recebeu no

i ano passado deve ser ofereci-da à tributação, na cédulacorrespondente a sua ativi-dade.

No caso de declaraçãoconjunta, os cônjuges podemconsiderar como não tributa-veis os proventos recebidosindividualmente, até o limitelegal de Cr$ 770 mil para cadaum. As pensões pagas aos de-pendentes, após a morte doaposentado, somente sãoisentas nos 12 meses após ofalecimento,

,..„.. InvestimentosOutra dúvida muito fre-

quente diz respeito a aplica-ções e investimentos. No caso

. d,e depósitos em cadernetasde poupança do Sistema Fi-nancelro de Habitação, o con-tribuinte pessoa física poderáreduzir do imposto devido 4%•do saldo médio anual de valor,não superior a 1 mil UPC dedezembro de 1981 (Cr$ 1 mi-lhão 239 mil 390) e 2Cr da

parcela do saldo médio exce-dente a este valor. O valor dosaldo médio será tomado iso-ladamente por caderneta depoupança, ou em conjunto,quando o contribuinte e/ou"dependentes

possuam mais

tem um limitee Cr$ 770 mil ¦

de uma caderneta e declaremem conjunto.

Em caso de subscrição deações emitidas por compa-nhias abertas, que sejam con-troladas por capitais priva-dos nacionais, podem ser re-duzidos do imposto devido30%, quando se tratar deemissão que, nos termos defi-nidos pela Comissão de Valo-res Mobiliários, assegure ga-rantia de acesso ao público apelo menos um terço da emis-são. Nas demais hipóteses dedistribuição, a redução é de10%.

O contribuinte tem direitoa reduzir 45% do imposto de-vido na subscrição de açõesdo Banco do Nordeste doBrasil, do Banco da Amazô-nia e de companhias indus-triais ou agrícolas considera-das de interesse para o desen-volvimento do Nordeste ouda Amazônia. Cada contri-buinte sô poderá subscreverações cuja quantidade à épo-ca da deliberação da emissão,represente parcela não supe-rior a 5% do capital socialrealizado, no caso de compa-nhias consideradas de lnte-resse para o desenvolvimentoeconômico do Nordeste ou daAmazônia e 2':; do capital so-ciai nos demais casos.

O plantão de atendimentotelefônico funciona diária-mente de segunda a sexta,das 9h30m às 16h30m. São 40especialistas que se revezamem dois turnos nos 20 ramaisà disposição do público. Otelefone é 217-5060. Quem nãotem telefone pode tambémprocurar o plantão fiscal, quefica na sala 213 do Ministérioda Fazenda na Av Pres. Anto-nio Carlos, 375. O horário é omesmo do atendimento tele-fónico. Uma outra posslbill-dade é pedir informações emuma das 13 agências da Re-ceita Federal nos diversosbairros do Rio de Janeiro.

Plantão telefônico tiramuitas dúvidas em 2 dias

'Carlos Alberto de Miranda, 38anos, assistente administrativodaTeler), recorreu ao plantão deatendimento telefônico da Re-ceita na quinta-feira, dia em quecomeçou a funcionar. A sua dú-vida era em relação à pensãoalimentícia: separado há pouco,pagou a pensão pela primeiravez ano passado. Segundo ele,que normalmente preenche oformulário sem ajuda alheia, foiprontamente atendido.

Carlos Alberto entregou on-tem sua declaração — formula-rio simples (verde) — na agênciado Banco Real, esquina da Av.Rjo Branco com Presidente Var-gas. Com renda bruta de Cr$ 1mllháo 184 mil 532. ele abateuCjS 100 mil a título de aluguel;CrS 253 mil com pensão alimen-tiçia; Cr$ 189 mil pelos três de-pendentes e Cr$ 8 mil com des-pesas médicas. O desconto-padrão lhe deu direito a um aba-tiinento de Cr$ 371 mil 133.— Sempre entrego o formula-rio logo no inicio, e este anotenho um motivo especial, pois oReal me pagará anteclpamentea "restituição de Cr$ 101 mil nasémána que vem — informouCarlos Alberto, que tem Cr$ 3nUl no Fundo 157 do próprioBanco Real, mas nunca se preo-capou em saber se outro fundoeventualmente lhe daria um ren-(Ümento mais alto para o dinhei-ro depositado.

! Já Emanuel Bittencourt, en-genheiro mecânico de 35 anos,que ontem entregou a sua decla-rqção no Banco Bamerindus daSete de Setembro, sabe explicarporque aptou pelo Fundo 157 domesmo banco: "Fiz uma compa-ração com a rentabilidade dosoutros fundos e verifiquei que adq Bamerindus está equiparadaâ maioria. Mas esta não é a única

razão: sou cliente do Bamerin-dus e acho que ele oferece óti-mos serviços".

Emanuel lembra que o rendi-mento do Fundo 157 — onde játem depositados Cr$ 29 mil — émuito baixo "No primeiro se-mest?e"de 1981, deu apenas 247c.Por isto, nào tem multo interes-se". O engenheiro esclarece quenão encontrou dificuldade alguma ao preencher o formulário, econta que o fez em menos deduas horas, na quinta-feira à noi-te. Emanuel, que teve uma ren-da de mais de Cr$ 2 milhões em1981, terá direito a uma restitui-ção de Cr$ 374 mil.

Funcionário público aposen-tado do Arsenal de Marinha doRio de Janeiro, Norival da Cruzentregou ontem no Banco Na-cional a sua declaração. Comrenda bruta de CrS 601 mil 963no ano passado, Norival abateuCrS 126 mil com dois dependen-tes e outros Cr$ 126 mil por termais de 65 anos. Não pagou alu-guel. nem médicos. Nào tem dl-nheiro depositado no Fundo 157.Sua restituição será reduzida:CrS 1 mil 945, mas nem por istoNorival desistiu de seu velho hã-bito de sempre entregar o formu-lãrio logo no inicio.

O movimento de entrega doImposto de Renda continuoufraco ontem. Houve agências,como a do Banco Real na Av.Rio Branco, que receberam qua-se 200 declarações. Já o Banerj,também na Rio Branco, recebeuapenas 16 até o final do expe-diente de ontem. Os funciona-rios dos bancos informaram quea procura aumenta mesmo pertodo final do prazo de entrega, queé o dia 26 de março para osdeclarantes com imposlo a re-ceber.

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A campanha publicitária da Vasp procura mostrar carinho pelo usuário

Sindicato acha umaVasp vai investirUS$ 500 milhões na

conquista comissão re2°ev?çT 6da ^°??São Paulo — Na próxima semana fabri

de fábrica da FordSão Paulo — Durante a posse, em São Bernardo

do Campo, da primeira comissão de fábrica da FordBrasil, o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, Os-valdo Bargas, que presidiu a eleição interna na fábri-ca, destacou que o dia de ontem foi histórico para osindicalismo brasileiro e para todos os trabalhadoresdo pais. Afirmou que "a comissão de fábrica náo velode graça. Ela é uma conquista do trabalhador".

Pela empresa falou o diretor de manufatura. JoséMaria Branco Ribeiro, que considerou a comissão"uma nova experiência no campo de relações com osempregados." Lembrou que, num centro industrial esindicalmente avançado como a região do ABC, estaé a primeira comissão de fábrica que se estabeleceatravés de negociações diretas entre empresa e sindi-cato.

O diretor José Maria Branco Ribeiro afirmou quea Ford considera a comissão de fábrica um avanço norelacionamento com os empregados e que certamen-te trará benefícios para ambas as partes.

A comissão de fábrica è constituída de 10 mem-bros efetivos e 10 suplentes. O coordenador é o diretorde base do Sindicato dos Metalúrgicos de Sáo Ber-nardo, Alberto Eulállo, e o vice-coordenador JoãoFerreira Passos. Ambos sáo funcionários da Ford. Omandato da comissão é de dois anos. A fábrica foidividida em 10 zonas. Cada uma estará afeta a umrepresentante eleito pelos demais trabalhadores.

Greve na Brastempcompleta 5 dias

Sáo Paulo — Cerca de 2 mil 900 dos 6 miltrabalhadores da Brastemp, dos três turnos, prosse-guiram ontem pelo quinto dia o movimento grevistainiciado sábado nas duas unidades da fábrica em SàoBernardo do Campo. Durante todo o dia diretores doSindicato dos Metalúrgicos e da empresa mantive-ram conversações, que prosseguiram até a noite.

Os trabalhadores reivindicam, há alguns anos, aextensão do transporte para o pessoal horista, atual-mente só fornecido para os empregados de escritório(900). Querem ainda estabilidade no emprego e ainstituição de uma comissão de fábrica. O dia deontem, na fábrica, foi uma repetição da véspera:centenas de trabalhadores permaneciam na porta daBrastemp, aguardando os acontecimentos e sendoinformados por membros do sindicato sobre as nego-ciaçóes. O movimento é pacífico e, segundo os traba-lhadores, prosseguirá até uma solução de seus pro-blemas.

Na CobrasmaO vice-presidente do Grupo Cobrasma, Luís Eu-

lálio de Bueno Vidigal, revelou que a demissão de 169operários da fábrica de materiais ferroviários deOsasco foi provocada pelo não cumprimento, porparte do Peru, de uma carta de intenção de comprade vagões no valor de 25 milhões de dólares, que háum anodeveria ter resultado em encomendas firmes.

Mesmo com a confirmação das encomendas, ago-ra, nâo serão readmitidos os trabalhadores dispensa-dos do setor de bens de capital da Fundição deOsasco, mas será ampliado o nivel de emprego daunidade de Sumaré, onde sáo produzidos os equipa-mentos ferroviários. O Sr Luís Eulalio disse tambémque os fabricantes do setor desde junho de 1981 estãodiscutindo preços com a Rede Ferroviária Federalpara uma encomenda de 400 vagões, porém nadaficou acertado até o momento.

São Paulo — Na próxima semana fabri-cantes mundiais de aviões chegam a SâoPaulo para começar a negociar com a Vasp avenda de 20 unidades. A empresa paulista deaviação pretende Investir 500 milhões de dóla-res na renovação da sua frota até 1986.

Na escolha das novas aeronaves, um dosprincipais aspectos a ser considerado é aeconomia do combustível que, nos aviões emuso, representa 35% dos gastos. Assim, embo-ra ainda náo haja definições sobre o tipo deaeronave a ser adquirida, a Vasp está comatenção concentrada nos Boeing tipo 757 (ca-pacidade para 160 passageiros), 767 (com 220assentos) e 737 (com 145 lugares). Da Airbus,os modelos em estudo sào o A-310 (que com-petc com o 767, da Boeing) e o A-320, comlançamento previsto ainda para 1985.

RenovaçãoA renovação da frota está dentro da briga

das empresas de aviação comercial para ga-nhar ou manter a participação no mercado (aVasp tem 38% e quer passar para 40%) — oque de certa forma as obriga a oferecer umnúmero cada vez maior de assentos.

A Vasp, por exemplo, explicou seu presi-dente. Geraldo Meira, tem procurado con-qulstar novas parcelas de mercado. Atual-mente. 75% das passagens aéreas sào tiradaspor pessoas jurídicas. Isso quer dizer que sâoos executivos que ocupam os aviões brasi-lelros.

Essa tendência começa a se inverter, em-bora timidamente. Toda a estratégia da Vaspestá voltada, agora, para conquistar "a classemédia, os aposentados que podem viajar forade estação, os profissionais liberais", de açor-rio com o Sr Geraldo Meira.

Dentro desse enfoque, a empresa começaa veicular nesses dias uma nova campanhapublicitária, onde procura firmar a imagem deuma empresa de serviços em que os usuáriossâo tratados com carinho. O apelo emocionalfará parte da campanha dirigida nâo só aopúblico externo, mas aos funcionários da em-presa. Semana passada demitimos um fun-cionário por ter destratado um passageiro efizemos questão de propagar o motivo dademissão entre todos os colegas — informou oSr Máximo Martins da Cruz, diretor-comercial.

O tema da campanha é Um toque decarinho em tudo que faz, que passa a ser aassinatura da empresa durante todo esse ano,repetindo de certa forma a idéia de umacampanha veiculada há alguns anos — Voecom quem gosta. O símbolo principal é umaimensa mão esquerda — a mão do coração —que abriga passageiros, carga (um coraçãovermelho), uma família. Um dos filmes princi-pais mostra o ator Raul Cortez que diz:

Carinho é o que a VASP tem por você.E que a gente sente no sorriso de quem sabetratar na palma da mão.

Nos aviões as aeromoças trarão um era-chá com um coração. Nos assentos os passa-gelros encontrarão pequenos corações plãstl-cos adesivos para levar como lembrança. Te-rào à disposição também dois cardápios dife-rentes nos vôos realizados na hora do almoçoou do jantar, podendo o passageiro optar, porexemplo, por carne ou frango. Nesses cardá-pios estará discriminado também o conteúdoprotéico dos alimentos.

São Paulo — isolas Feitosa

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Operários esperaram noticias sobre as negociações na porta da Brastemp

Turismo foi40% menor nocarnaval-82

Bruno Cartier BressonO movimento de turistas neste carnaval sofreu

uma queda da ordem de 40% em relação aocarnaval de 81, de acordo com estimativas doSindicato de Hotéis e Similares do Rio. SegundoMilton Carvalho, presidente da entidade, a baixaem todo o verão girou em torno de 15% e já haviaapresentado uma redução de 20% em 1981 sobre overão de 1980.A ausência dos argentinos, a concorrência dosapartamentos de temporada e a desorganização

do carnaval sáo as causas apontadas por MiltonCarvalho. As administradoras de imóveis tambémlamentam uma queda de 50% em relação aocarnaval passado e as agências de turismo tiveramgrandes problemas com ingressos falsos para asescolas de samba, embora evitassem assumir aresponsabilidade pela denúncia.

MovimentoA queda da presença de turistas no carnaval

carioca pode ser medida pelo câmbio paralelo, queano passado chegou a ser comprado pelas casas decâmbio abaixo da taxa oficial, tal o volume dedólares que ingressou no pais. Este ano, entretan-to, ocorreu o inverso, com um pique na cotação doblack, que passou de CrS 172 por dólar para Cr$175 — compra pelas casas de câmbio — no melodos festejos, enquanto o câmbio oficial estava emCrS 1387

Milton Carvalho revela que uns poucos hotéisconseguiram uma lotação de 100% — os de cincoestrelas — e a maioria manteve uma operaçãorazoável até segunda-feira passada. Nos últimosdias do carnaval, entretanto, a ocupação caiu para60% da disponibilidade de quartos.Apesar de as diárias terem sofrido um aumen-to de 75% em média se comparadas aos preços doano passado, houve um grande número de desis-tèncias às vésperas do carnaval.

RazõesTodo o ano é a mesma coisa — desabafa

Milton Carvalho — a gente recebe uma Infinidadede turistas, eles pagam uma fortuna por um In-gresso para ver as escolas de samba, chegam lá enào conseguem entrar. Isso cria uma Imagempéssima, é uma vergonha. Será que nâo temoscapacidade de organizar este desfile?

Milton Carvalho não sabe explicar direito asrazões que levaram os argentinos a abandonar ocarnaval carioca, mas atribui aos apartamentos detemporada uma parcela de responsabilidade pelaqueda do movimento nos hotéis:É uma concorrência desleal. Eles não pa-gam impostos, pessoal, infra-estrutura, não têm asdespesas que nós temos e por isso podem oferecerum melhor preço e conseguem, sem esforço, umlucro muito maior.

RespostaPara Marco Antônio Moreira, gerente da Aba-

dia, imobiliária especializada no aluguel de apar-tamentos por temporada, o resultado não foi tãobom quanto acredita Milton Carvalho: a atividadeteve uma queda de 50% em relação ao carnavalpassado, especialmente pela ausência dos argen-tinos.

Enquanto o preço de um apartamento de luxo— ar condicionado, televisão a cores, acarpetado,geladeira e fogão — com capacidade para quatropessoas, chegou a Cr$ 7 mil de diária — aumentode 60% sobre o ano passado — o preço médio dadiária de um hotel de três estrelas na Zona Sul é deCr$ 5 mil por casal.

Não é problema de preço — garante MarcoAntônio Moreira — o problema é que o turistaestrangeiro nào veio, especialmente o argentino, eo turista brasileiro náo tem dinheiro. Não sobrouninguém para gastar.

AgênciasAs queixas mais fortes contra a organização

do carnaval ficam por conta das agências. Todaspedem para nào serem identificadas e sâo unâni-mes em protestar contra os ingressos falsos paraas escolas de samba.

Alguns guias de excursão tiveram sérios pro-blemas com seus grupos quando souberam que osingressos pelos quais pagaram até CrS 10 mil — opreço oficial era de Cr$ 5 mil — eram falsos.Segundo o gerente de uma agência de Copacaba-na "havia dois ingressos falsos para cada verda-deiro".

Além disso, mesmo aqueles que tiveram asorte de comprar os verdadeiros — agências querecebem os pacotes diretamente da Flumitur —tiveram dificuldades para assistir ao desfile —grande parte nào encontrou lugar, nào dispondode nenhum conforto.

Os cinco estrelasnão viram a crise

A queda denunciada pelo Sindicato dos Ho-téis e Similares do Rio e pelas Imobiliárias respon-saveis pelo aluguel de apartamentos por têmpora-da nào passou pela portaria dos hotéis de cincoestrelas. O Rio Palace, o Méridien, o Nacional, oSheraton e o Copacabana Palace permaneciamlotados até ontem, ignorando a ausência dos ar-gentinos, a elevação dos preços ou o risco de umfracasso na condução de seus hóspedes ao desfiledas escolas de samba.

Ao contrário, hotéis como o Glória, o Ambas-sador, o Guanabara e o São Francisco sofreramtodas as conseqüências destes problemas, espe-cialmente a ausência dos argentinos, que anopassado garantiram um movimento excelente. Adesorganização do carnaval e até a violência urba-na sáo outros pontos denunciados pelos gerentes.

TranqüilidadeCom diárias que variam desde Cr$ 10 mil por

casal — Copacabana Palace e Nacional — até Cr$18 mil 300 — Sheraton — os hotéis cinco estrelasmantiveram seu público habitual: europeus, nor-te-americanos e até sul-americanos, entre elesbrasileiros, milionários, dispostos a pagar um pre-ço alto para ter um carnaval animado, confortávele razoavelmente seguro.

Alguns deles, como o Méridien, promoverampacotes, cobrando 1 mil 610 dólares — Cr$ 225 mil—- por casal para um período de sete dias, comalmoço animado por um grupo de samba. NoNacional, uma promoção para casal, com diária deCr$ 10 mil com almoço, obrigou o hotel a conduziros interessados a outros hotéis, pois nào haviamais vagas. No caso do Rio Palace, a presença dehóspedes famosos, como OUvia Newton-John eBarry VVhite, serviu para reforçar o bom resultadodo carnaval, com diária de 120 dólares — Cr$ 16mil 800 por casal.

OciosidadeQuem dependeu dos argentinos teve um car-

naval bem diferente. No Glória, de quatro estrela alotação nào passou dos 70%, segundo o gerenteJosé Pimentel, apesar da diária de casal ser de CrS9 mil 600. M»sriin <nriir>o (je ocupação teve oAmbassadui, de três esuelas, na Rua SenadorDantas, Centro da Cidade, onde um casal pagadiária de Cr$ 4 mil 600. No Sâo Francisco, com tiisestrelas na Visconde de Inhaúma, próximo à Pra-ça Mauá, a lotação também ficou em 70%, com

, diária de CrS 5 mil 720 por casal. •

16 a Io caderno D sábado, 87/8/82 ECONOMIA/NEGÓCIOS JORNAL DO BRASIL

nInfo me Econômico

Inflação carnavalescaA informação já circula cm termos prati-camente definitivos na Fundação Getúlio Var-

cas: a inflação de fevereiro deverá superar os6,3% de janeiro, fechando o mês acima de 7%.

Se confirmado o número, implicitamenteadmitido pelo Governo, que já esperava umaalta de preços em fevereiro superior à do mêspassado, o índice inflacionário do bimestre vaia 13,74%.

Como no ano passado a alta acumuladanos primeiros dois meses já atingia 15,6%, oGoverno ainda pode revelar certa tranqüilida-de em relação a números tão desagradáveis.Afinal, a inflação em termos anuais continua-ria a cair, descendo dos 94,7% de janeiro para92%. H

¦ ¦ ¦A inflação de fevereiro está sendo forte-

mente influenciada pelos reajustes da gasolina,óleos diesel e combustível e gás de botijão,além dos reajustes salariais no setor de cons-tração civil (que entra com 10% na composiçãodo índice de inflação).

Outros itens que pesaram muito foram osserviços públicos (luz, telefone, ônibus e água)cujas tarifas foram reajustadas.

O maior furo do mundo

Embora tenha sido superado, em termosde taxa de inflação, pela Argentina, Chile eIsrael, entre outros países menos votados, oBrasil fechou 1981, certamente, no primeiroposto em nível de taxas de juros, conformerevela a World Financial Markets de janeiro doMorgan Guaranty Trast.

Em outubro do ano passado, segundo apublicação do Morgan, os clientes preferen-ciais dos bancos brasileiros pagavam uma taxabásica de 143,6% ao ano, contra 114% ao anona Argentina; 31,2% no México e 22,5% naItália.

No final do ano, a taxa básica na Argenti-na havia caído para 92,6% ao ano, mas abrasileira para apenas 140% ao ano. Os bancosargentinos, no entanto, pagavam aos deposi-tantes juros de 86,7% ao ano, depois de terempago até 104,3% ao ano em outubro. NoBrasil, os bancos pagavam entre 73,7% ao ano,em outubro, c 77% ao ano, em dezembro.

A taxa de intermediação bancária brasilei-ra era a maior do mundo.

Consulta desmarcada

Os médicos que anunciaram a intenção de

Pedir anistia fiscal à Secretaria da Receita

ederal acabaram não comparecendo ontemao gabinete do Secretário interino, Luiz Patu-ry. Mandaram avisar, por telefone, que

"virãooportunamente", com os dentistas igualmentemultados por terem declarado o Imposto deRenda de 1980 com algumas omissões.

Se os médicos tivessem vindo não encon-trariam nem o Secretário titular, FranciscoDornelles, nem o substituto, Luiz Patury. Oprimeiro está de ferias, que terminam neste fimde semana. E o segundo, por já ter outroscompromissos para a tarde de ontem, inclusivepara o horário marcado para a audiência, 15noras.

¦ ¦ ¦A Secretaria da Receita estava ontem

preparada para ouvir as reclamações, masdesautorizada a fazer qualquer declaração. Aestratégia da repartição é ouvir e ir tocando acobrança do débito, tal a certeza de que o queestá sendo cobrado é realmente valor sone-gado.

Essa operação, que pegou os médicosacusados de sonegadores, mais conhecida co-mo operação malha, existe porque o Governoestá tentando aperfeiçoar o mecanismo arreca-dador, exatamente para aumentar ao máximoa receita tributária. Ela foi decidida em nívelministerial. Logo, os médicos, se tivessemontem aparecido na Secretaria da Receita,estariam batendo na porta menos apropriadapara conseguir um perdão fiscal.

Novo recorde

O Japão obteve, no ano passado, novosrecordes nas exportações de aparelhos de tele-visão em cores e de vídeos-cassetes. Os Esta-dos Unidos, como sempre, foram o principalmercado para ambos os produtos. Foram ex-portados mais de 7 milhões 300 mil vídeo-cassetes — e mais de 6 milhões 200 milunidades de TV.

Pela primeira vez, os aparelhos de vídeosuperavam as TV em cores, com um aumentonas vendas de mais de 100% em relação a 1980.

As taxas múltiplas

Mesmo caro, o dólar oficial é apenas umadas taxas múltiplas com as quais o Brasil opera,apesar de negar. É o que se deduz, porexemplo, das declarações do Ministro da In-dústna e do Comércio, Camilo Penna:

— Não há subsídio ao aço exportado. Nóstransferimos às exportações apenas aquilo quecobramos de IOF nas importações. Trata-se demera compensação da taxa cambial, pois nãopodemos fazer outra maxidesvalorização. Piorsâo os subsídios disfarçados que os paísesdesenvolvidos concedem aos fretes, porexemplo.

Esses, aliás, serão alguns dos argumentos

aue o Ministro levará a Washington para

iscutir questões do comércio bilateral nospróximos meses.

Entregue sua declaraçãono Econômico.

La vocêé amigo do rei.

/ Tr Í-. *•' \ ®(COKOMICO

O BatKO da gente.

Embaixador americano admite EUA vão boicotarque plano Reagan afeta Brasil

Brasilia — Para não so-frer prejuízo nas vendas deaçúcar ao mercado norte-americano, em conseqüên-cia do plano de ajuda eco-nômlca do Presidente Ro-nald Reagan aos países doCaribe, o Embaixador dosEstados Unidos, Sr Antho-ny Motley, sugeriu ontem,após um encontro com oChanceler Saraiva Quer-relro, que os brasileirostorçam pelo poder de pres-são dos produtores norte-americanos sobre os parla-mentares, quando o planofor submetido ao Congres-so, em Washington.

Até agora o Itamaratlnão tem dados suficientespara avaliar os prejuízosque o plano Reagan pode-rá causar ao Brasil. Sabe,porém, que se houver per-das, elas se darào princi-palmente na área doaçúcar: o Brasil conseguiucolocar 870 mil toneladasdo total de 2 milhões 300mil importadas pelos Esta-dos Unidos, no ano passa-do. O maior beneficiário,no caso, será a RepúblicaDominicada, segundoprincipal produtor deaçúcar na área do Caribe,depois de Cuba.

VISITA DEFIGUEIREDO

O Embaixador Motleyteve audiência com o Mi-nistro Guerreiro ontem pe-Ia manhã, para se despedirantes de sua viagem aosEstados Unidos, na segun-da-feira. O ponto principalda conversa com o Chan-celer, no entanto, foram osacertos preliminares paravisita que o Presidente Fi-guelredo fará a Washing-ton em maio (entre os dias11 e 14).

- As referências do Embal-xador Motley ao poder depressão dos produtores deaçúcar norte-americanossobre o Congresso, quandoo plano Reagan estiversendo ali apreciado, coin-cidem com análises do Ita-marati quanto às dificul-dades que o Governo dosEstados Unidos irá enfren-tar. para conciliar os bene-ficios prometidos aos pai-ses do Caribe com os inte-resses desse grupo.

Os produtores de açúcardos Estados Unidos, so nofinal do ano passado, atra-vés da aprovação da leiFarm Bill, tiveram eleva-do para 16 centavos de dó-lar por libra o preço mini-mo de garantia do seu pro-duto, conseguindo com is-so se sobrepor à faixa deconcorrência do açúcar es-trangeiro.

Alem do Congresso, háum segundo obstáculo aser enfrentado pelo Presi-dente Reagan nesse seuprojeto: o GATT. onde.ospaíses membros da Comu-nidade Econômica Euro-péia. que privilegiam pai-ses africanos, através doacordo de Lome, aguar-dam os Estados Unidosnuma espécie de ajuste decontas sobre divergênciaspassadas.

Camilo Pena aponta injustiçaBrasília — "O estabeleclmen-

to de uma zona preferencial decomércio no Caribe é um fatopolítico que se coloca acima daquestão econômica. Mt.s o que euconsidero injusto é a sucessão deatitudes americanas que nos cau-sam prejuízos, na área de altastaxas de Juros, crescente prote-cionismo e, agora, esse programaeconômico."

Assim reagiu, contrafelto, oMinistro da Indústria e do Co-mércio, Camilo Pena, ao pacoteeconômico do Governo america-no, criando tratamento, preferen-ciai para suas relações de comer-cio com a América Central. "Es-ses fatos, fogem Inteiramente aoprincípio de livre comércio, quefoi a bandeira eleitoral do Presi-dente Reagan em sua campanha.É tudo de uma enorme contradi-ção", opinou o Ministro.

CompensaçõesA seu ver, uma exigência natu-

ral da nova ordem criada pelosamericanos será o estabeleclmen-to de medidas compensatórias.Por exemplo: tratamento fiscal ecreditlcio aos investidores ameri-canos para estimular o fluxo decapital de risco para o Brasil,cujo volume tem decrescido nosúltimos anos.

Camilo Pena está muito preo-cupado com o assunto, e, com oaval do Presidente Figueiredo, éum dos mais ativos de seus asses-sores na busca de alternativaspara onda de protecionismo que,

na sua opinião, contagia os pai-ses desenvolvidos.

Segundo a avaliação de seuMinistério, as principais conse-qüênclas do plano de Reagan pa-ra o Caribe é um crescimento dacompetição dos países dessa re-gião com o Brasil na venda deaçúcar. No caso do café, embora ocomércio seja regido por cotas,com a renegociação do acordointernacional, em setembro, oscaribenhos poderão receber tra-tamento preferencial também; e,no caso da ajuda americana aosinvestimentos na área, com umplano para 12 anos, multas em-presas poderão ser atraídas, acir-rando para competição por capl-tal de risco.

Camilo Pena confirmou queestá preparando uma viagem aosEstados Unidos, ainda sem datamarcada. No próximo dia 8, ter-ça-feira, ele despachará com oPresidente da República, e pro-vavelmente discutirá com ele oassunto. Sua ida subordina-se aocalendário do Presidente Figuei-redo, que prevê uma visita a Wa-shington em maio.

Os temas do Ministro nos EUAsão numerosos e variados:Açúcar, produtos siderúrgicos eálcool anidro estão atualmentena mira americana, sob ameaçade serem atingidos por barreirascomerciais. As dificuldades, ape-nas nessas três áreas, atingemexportações brasileiras num va-Ior de cerca de 600 milhões dedólares.

França e Itália criticam jurosRoma — No primeiro dia de sua

visita a Roma, o Presidente francês,François Mitterrand, constatou que osdirigentes italianos concordam com aposição crítica que ele assumiu emrelação ás altas taxas de juros dosEstados Unidos e aos prejuízos quecausam a recuperação econômica daEuropa.

A visita de Mitterrand à Itália foiiniciada imediatamente após as con-versaçóes que manteve em Paris como Chanceler alemão (Chefe de Gover-no) Helmut Schmidt ao final das quaisos dois anunciaram iniciativas conjun-

tas para combater as altas taxasnorte-americanas.Mitterrand esteve com o Primeiro-

Ministro Giovanni Spadolinl. o Chan-celer Emílio Colombo e outros Minis-tros do Gabinete italiano. O Govemode Roma há muito vem criticando apolitica de juros elevados do GovemoReagan como prejudiciais à economiaeuropéia. Enquanto Mitterrand inicia-va sua visita, o dólar atingia um novorecorde absoluto na Itália, chegando a1 mil 281,05 liras. Isto significa que aItália terá de pagar ainda mais pelasimportações de petróleo.

EUA tiveram déficit em janeiroWashington — Um crescimento das

importações de petróleo elevou o defi-cit comercial dos Estados Unidos a 5bilhões 140 milhões de dólares em ja-neiro, que e o terceiro maior totalmensal jamais registrado.

O déficit norte-americano nas tran-sações comerciais cresceu 3 bilhões400 milhões de dólares no ano passadoe atingiu 27 bilhões 600 milhões dedólares. Para 1982. o Departamento deComércio estima que haverá nova ara-pliação no déficit.

As importações estáo fracas nesteinício de ano. em função da recessãoeconômica, mas o Governo espera queganhem ritmo à medida em que aeconomia se recuperar. Mas, em com-pensaçâo. o estado depressivo da eco-noinía nos países industrializados li-

mita as possibilidades de os EUA am-pliarem suas exportações. O Departa-mento do Comércio acredita que aexpansão do déficit comercial em 82superará a de 81.

Em Tóquio, o Governo japonês re-portou um déficit comercial de 799milhões de dólares, o primeiro em umano e após um superávit de 2 bilhões220 milhões em dezembro. Em 1981, oJapáo teve um superávit comercial de20 bilhões de dólares, como resultadoda expansão de suas exportações.

A China, por sua vez, fechou 1981com um superávit de 2,5 bilhões dedólares em sua balança comercial,após quatro anos consecutivos no ver-melho, informou a organização japo-nesa de comércio exterior Jetro.

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DEBÊNTURESDe acordo com o aprovado pela A.G.E. de 23 de julho de1980, estarão sendo pagos, a partir de 01.03.82, ao portador,contra apresentação dos certificados de debéntures de nossaíemissão, os juros referentes ao 3? semestre, compreendidoentre 28.08.81 a 28.02.82 no base de 5,35654% sobre o valornominal, atualizado pela ORTN de fevereiro de 1982, = Cr$817,76 por Debênture.ATENDIMENTO:Tanto a apresentação dos Certificados, como o pagamento dosjuros respectivos, a partir de 01.03.82 serão efetuados na ruado Passeio n? s 42/54 - 9? andar, Departamento de Ações,de segunda a sexta-feira, no horário de 9:00 às 11:00 e 14:00às 1600 horas.IMPOSTO DE RENDASerão observadas as disposições vigentes.AGENTE FIDUCIÁRIO: O Agente Fiduciário é o Dr. JoãoMaurício Ottoni Wanderley de Araújo Pinho.

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ENGEVIX S.A. — ESTUDOSE PROJETOS DE ENGENHARIA

SOCIEDADE DE CAPITALABERTO

CGC n» 33.144.940/0001-03

ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIACONVOCAÇÃO

Ficam convidados os acionistas da ENGEVIX SA — Esiudos o Projetos deEngenharia a so munirem em Assembléia Getal Ordinária, no dia 10 do marçodo corrente ano. ás 14:00 horas, na sede social, na tua Senador Pompou n°s4660. nesta cidade, a lim de deliberarem sobre a seguinte ordem-Oo-dia:1 Tomar as contas dos administradores, examinar, discutir e votar o Balanço

Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras, com o p.recer dosAuditores Independentes, rotativamente ao exercício social encerrado em31.12 1981

2. Determinar a participação estatutária dos administradores, na lerma do art.109, da Lei n° 6404, do 15.12.1976.3. Deliberar sobre a destmaçao do lucro líquido do exercício e a distnbuicèo dedividendos.4. Aprovar a correção da expressão monetária do capital social constituída polobalanço do exercício social encenado em 31.12.1981 e cap.tak.ar dessareserva do cantai a quantia de CrS 367.687.050.00. sem meditação donumero do açíes emitidas e com aumento do valor nominal das ações.6. Reformar o artigo 5o do estatuto social, conforme Ior deliberado peloaacionistas em relação ao item 4 antenoi.6. Fixar a remuneração dos membros do Conselho do Administração, daDiretoria o do Conselho Consultivo.Os titulares de ações ordinárias endossáveis ou ao portador o de açõespreferenciais ao portador deverão apresentar documento que comprove que osseus respectivos certificados ou cautelas, que as representam, foram deposita-oos na sedo social da empresa, ou nas Agências do Banco Brasileiro deDescontos S A. nesta cidade do Ro de Janeiro, ou. ainda. n»s Agências doBanco Noroesto do Estado de Sáo Pauio S A, na cidade de Sáo Paulo, com aantecedência do 3 (três) dias úteis da data da realização da Assembléia GeralOrdinária ora convocada.Os serviços de transferência, conversão e desdobramentos de certilicados oucautelas Ircam suspensos pelo pt-riodo de ",5 das. a conta1 da data darealização da presente Assembléia Geral Ordinária.

Rio de Janeiio. 19 de fevereiro de 1982

ENGEVIX S.A — Estudos e Ptoietos de Engenharia

(ass I ANDRÉ JULES BALANÇADiretor Superintendente

as importações de*%petróleo da Líbia »

Armando Ourique 0__Washington — Como mais um passo em^áüb

politica contra o Presidente Moamar Kadafl, o Oover-no Reagan deverá anunciar na semana que venVWhboicote às Importações de petróleo da Libla, segupãòfontes oficiais. •>"*•»

O Conselho de Segurança Nacional esteve reuni-do na quarta-feira para tomar essa decisão, conformefoi noticiado pelo Middle East Policy Survey. Ainformação foi desmentida pelos EUA. Ontem, víanfonte do Governo disse ao repórter Jim Anderson, daUPI, que "poderia apostar uma fazenda" no fato deque o boicote será decretado na terça-feira.

Haig já anteciparaO porta-voz da Casa Branca, Larry Speakes, disse

que "nenhuma decisão final foi tomada" e que antçsdisso a administração ainda realizará consultas com oCongresso e com Governos aliados e amigos, suposta-mente referindo-se a países europeus da OTAN eárabes da OPEP.

Em reunião com os seus principais assessores, oSecretário de Estado, Alexander Halg, no dia 18 de ja-neiro, disse que já era a ocasião "de iniciar a fase 2" dapolitica dos Estados Unidos contra Kadafl. Ele mericl-onou então o boicote às importações de petróleo daLíbia e um novo exercício militar no Golfo de Sidra.

Um dos participantes dessa reunião tomou notadas afirmações do Secretário Haig e as revelou para oeditor do Washington Post, Bob Woodward, que piu-blicou as informações na semana passada, após tèrobtido confirmação com dois outros participantesdàreunião. Woodward foi um dos que apuraram o casoWatergate. O Secretário Haig mencionou que a miàú-ria dos americanos já havia deixado a Líbia e que, emfevereiro, o Governo Reagan deveria considerar novasações. ~!J«

Britânicos poderãobaixar preço de novo

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Londres — A Grã-Bretanha poderá cortar maisaté quatro dólares no preço do petróleo que extraídoMar do Norte, segundo o Financial Times. Se isSoacontecer, é quase certo que os produtores de óleo dealta qualidade da OPEP (Nigéria, Argélia, Libia) terãotambém de reduzir suas cotações, por questões daconcorrência. I

Pressionada pelas companhias distribuidoras, aestatal britânica BNOC reduziu seu preço em 1,38dólar por barril a oito de fevereiro, para 35 dólares.-Segundo o Financial Times, Shell e British Petrd»leum encabeçam a campanha em favor de uma novaredução.

CONSELHO NACIONALDE AUTO-REGULAMENTAÇÃO

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CGC/MF 43 7B9 851'0001-25

ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIACONVOCAÇÃO

Ficam convocados os Associados do CONAR comdireito a voto para Assembléia Geral Ordinária queterá lugar na sede social, à Rua Sete de Abril, 34— sexto andar, em São Paulo, dia 30 de março de1982, às 14.00 horas em primeira convocação, ouàs 14:30 horas com qualquer número, para delibe-rar sobre a seguinte Ordem do Dia:a) apreciar o relatório e julgar as contas do-

Conselho Superior relativos aos exercícios so-ciai e financeiro encerrados em 31 de dezem-bro de 1981.

b) eleger os membros do Conselho Fiscal.São Paulo, 19 de fevereiro de 1982.

Petronio CorrêaPresidente (P

^V I P -f* E» v",cul'KÍ0 à Secretaria de Planejamentoi da Presidência da República

AVISO DE LICITAÇÃOTOMADA DE PREÇOS SUPAT/DEOBI/01/82OBJETIVO: Aviso de Licitação por Tomada

de Preços SUPAT/ DEOBI/01/82, paraobras de adaptação do 3* pavimentodo Bloco "A" da Rua Visconde deNiterói, 1246, com as necessáriasobras civis e instalações especiaispara CPD.

DATA: Às 14:30 Horas do dia 15/03/82LOCAL: Av. Beira Mar, 436/7° andar —Rio

de Janeiro — RJEDITAL: O Edital completo e demais escla-

recimentos, poderão ser obtidos noendereço acima, a partir das 14:00horas.

Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 1982A COMISSÃO (P

CÍ> borghoffeComércio e Técnica de Máquinas,Motores e Equipamentos

Cia. Aberta — C.G.C. 33.323.742/0001-07AVISO AOS DEBENTURISTAS

DEBÊNTURES DA 2» EMISSÃOAPROVADA PELA AGE DE 14.08.81

Comunicamos aos Senhores Debenturistas que a partirde 01 de março de 1982, iniciaremos o pagamento dosjuros de 2.8737% ao trimestre, calculados sobre o valornominal das debéntures atualizado monetariamenteinessa data, correspondente a CrS 196,43 por debêrvture.Os rendimentos serão pagos contra apresentação dacautela, a entrega do cupom n° 2 e exibição dedocumento de identidade, procuração especifica, OCou cartão do C.G.C. conforme o caso.Agente Fiduciário: Dra. Maria Therezinha Cassano.O atendimento será efetuado de Segunda à Sexta-feira,no horário de 8,00 às 11,00 e das 14,00 às 17.00 horasna Rua Riachuelo. 243 — Bairro de Fátima — Rio deJaneiro — RJ. o

A DIRETORIA(P I

__»ORNAL DO BRASIL

Eliseu afirma quegasto com aluguelde navio cairá 25%

Sâo Paulo — O Brasil deverá reduzir em 25% esteano — de 800 milhões para 600 milhões de dólares — ogasto com o aluguel de navios estrangeiros paratransporte de carga, como resultado do Programa¦P.rmanente de Construção Naval que, desde 81, apli-ca 1 bilhão de dólares anuais para a construção de 1milhão de toneladas em navios.>-,,.A informação foi dada pelo Ministro dos Trans-?ortes,

Eliseu Resende, depois da assinatura de umdtívênlo entre o Ministério do Planejamento e a

Superintendência Nacional de Marinha Mercante —'Sunaman — para a criação em Sào Paulo da primeira$Ssessoria de transporte marítimo e fretes Internado-nais.

Assessoria¦róçj O Ministro Eliseu Resende observou que a asses-soria pretende orientar exportadores e Importadorespara a busca de fretes menores, a fim cie permitirpreços mais competitivos no mercado Internacional,superando as condições geográficas desfavoráveis doí>ais, que o colocam mais distante dos centros consu-mldores.

.Recomendou que armadores e transportadoresatuem em conjunto com exportadores e importadorespara garantir cargas de retomo e "equacionar osfretes", obtendo preços menores.

Calçados- - As exportações de calçados do Vale do Rio dosSinos, no Rio Grande do Sul, apresentaram um de-créscimo de 4,4% em janeiro em relação ao mesmoperíodo do ano passado, com um resultado de 29milhões 687 mil dólares, contra 31 milhões 56 mildólares em janeiro de 81.... Em pares, foram vendidos mês passado 4 milhões

2__imil unidades, enquanto em janeiro de 81 o volumeatingiu 4 milhões 254 mil. Segundo o presidente daAssociação Comercial e Industrial de Novo Hambur-go, Ricardo Petry, a retração deveu-se a vários fato-res, entre eles a difícil situação econômica internanorte-americana, com taxas de desemprego e progra-mas governamentais do estímulo à poupança.

m Centrais Elétricas de Minas Gerais, S. A.CH*G COMPANHIA ABERTA

C.G.C. 17.155.730/0001 64

'>• AVISO AOS ACIONISTAS

Comunicamos aos nossos acionistas quo se acham á sus dis-posição, na sede desta Sociedade, à Rua Tupis, 149 • Edifl-'" cio Carvalho de Brito, nesta cid.ide de Belo Horizonte, osdocumentos a que se relere o artigo 133, da Lei 6.404,dc 15de dezembro do 1.976, relativos ao exercício de 1.981.

Comunicamos, ainda, que a Diretoria Executivo proporá, ,ideliberação da AGO a ser convocado brevemente, o seguinte:

distribuição dos dividendos relntivos ao ano de 1.981, à«— taxa de 10% ao ano, "pro rala tempore";

distribuição d» uma bonificação em açõos novas, de 90%(noventa por centol sobre o capital social existente em31.12.81, ou seja, CrS 44.500.000.000,00, mediante acapitalização de uma parcela da conto "Correção Mone-tória do Capital Integralizado", o que eqüivalerá à distribuição de 9 (nove) açõos novas para cada grupo de 10(dez) ações possuídos, da mesma espécie e lorma das an-tigas.

As proposições acima constam do Relatório da Diretoriaque, juntamente com o Balanço o demais Demonstrações Fi-nanceiras acompanhadas do respectivo parecer dos Audito-res Independentes estão sendoconcomitantementeenviados,nesta data, á Comissão de Valores Mobiliários e ás Bolsas deValores, em cumprimento á legislação vigente.

Belo Horizonte, 26 de fevereiro de 1.982

Pela Diretoria

Francisco Afonso NoronhaPresidente

$' MANNESMANN S.A.CGC.N9 17.170.150/0001-46

Companhia Aberta

AVISO AOS ACIONISTAS

— Acham-se à disposição dos Senhores Acionistas na sedesocial no Barreiro, em Belo Horizonte. Estado de Minas Geraisos documentos a que se refere o artigo 133 da Lei 6.404 de 15"He dezembro de 1976, relativos ao exercício encerrado em 31de dezembro de 1981.

Belo Horizonte, 10 de fevereiro de 1982.

A ADMINISTRAÇÃO

PETER ULRICH SCHMITHALSPresidente do Conselhode Administração e daDiretoria em exercício.

PAUL JOSEF GUNTHERDiretor Financeiro e deRelações com o Mercado.

"Érp'MANNESMANN S.A.CGC. NP 17.170.150/0001 46

Companhia Aberta

ATA DA REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃODA MANNESMANN S.A., REALIZADA NO DIA

8 DE FEVEREIRO DE 1982.

Aosoilo dias domêsdefevereirodoanodemilnovecentose oitenta e dois. ás nove horas, reuniu-se o Conselho de Adminis-tração da Mannesmann S.A,, em sua sede social no Barreiro.

—em Belo Horizonie, sob a direção do Presidente do Conselhoem exercício Peter Ulrlch Schmithals. 0 Conselho de Administração resolveu, com base no artigo 16, alínea "b". do Estatu-to Social, eleger Diretores da Empresa os Senhores Edmar Oli-veira Fonseca, brasileiro, casado, economista, portador da Carteira de Identidade RG. n.M-53.138, expedida pela Secretariade Segurança Pública do Estado de Minas Gerais e dp CIC. hÇ000.652.266-15, residente e domiciliado nesta capital á AvAfonso Pena, 1.781 • apartamento 302, e Elio Manetta, brasi-leiro. cisado, engenheiro, portador do Carteira de IdentidadeRG. n° 35127D, expediria pelo Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais e do CIC. n°000.953 626 49, residente e domiciliado nesta capital á Alame-da Ipê Branco, 1.474, que exercerão suas lunções no períodode 23 de fevereiro a 3 de março do corrente ano, na ausênciados Diretores Josef Doll e Dieter Althoff. Presentes á reuniãoos Diretores eleitos em substituição tomaram posse dos cargose declararam não serem titulares de nenhum dos documentosenunciados no artigo 157 da Lei 6.404/76, como também queDão estarão sujeitos a nenhum dos impedimentos de que trataa Lei 4 726/65, em seu artigo 38, inciso III. Nada mais haven-do a tratar, encerrou-se a reunião da qual lavrou-se a presenteata que. lida e achada conformo, é assinada pelos presentes.Belo Horizonte, 8 de fevereiro de 1982. aa) Peter UlrichSchmithals - Presidente; Gunlher Paul Dauch e KurtwalterNeuhoff ¦ Conselheiros; Edmar Oliveira Fonseca e ElioManetta Diretores.

CONFFRE COM O ORIGINAL LAVRADO A FL 118 DO LI-a_?.,m?cV„D_%_IAS DAS RE|JNI0ES DO CONSELHO DE ,ADMINISTRAÇÃO. •

PETER ULRICH SCHMITHALSPresidente do Conselho em exercício

JUCEMG 555 578/82 11 de fevereiro de 1982. Junta Comer- iciai do Fstado de Minas Gerais CERTIDÃO. Certifico que este Idocumento, pagas as taxas foi arquivado na data e númeroapostos mecanicamente Célio Cota Pacheco Secretário Geral

ECONOMIA/NEGÓCIOS sábado, 87/8/88 D i° oaderno D 17

Süderie destinaCr$ 3,5 bilhõespara o Nordeste

Aracaju — Com a presença de 10 go-vernadores do Nordeste, a Sudene reall-zou ontem, em Aracaju, a 260* reunião doconselho deliberativo e aprovou 20 proje-tos industriais, totalizando investlmen-tos para a região de Cr$ 3 bilhões 573milhões 891 mil. Para Sergipe foram des-

tlnados Cr$ 2 bilhões 500 milhões, o maiorvolume ate agora trazido pela Sudene.

Os governadores nordestinos defende-ram o fortalecimento da Sudene comoforma de aumentar a Industrialização naregião e diminuir o desnível entre o Nor-deste e o Centro-Sul. O Governador deAlagoas, Guilherme Palmeira, salientouque, "para maior rapidez na atuação doórgão, seria melhor que fosse presididapor um governador da região, pois asreivindicações teriam, sem dúvida, outradimensão e outra abrangência".

O Governador da Bahia, Antônio Car-

los Magalhães, defendeu a indústria na-cional para preservar o capital brasileiroe deu ênfase às empresas estratégicas.Disse que "nâo é Justo que, usando osrecursos públicos, a empresa deixe de terseu controle no país e seja vendida aestrangeiros, só objetivando uma opera-ção financeira do interesse exclusivo dosseus diretores acionistas".

Essa posição também foi defendidapelo presidente da Confederação Nacio-nal da Indústria, Albano Franco, quedefiniu a reunião da Sudene como "dasmais importantes, não só para a regiãonordestina mas para todo o pais, tendo

em vista principalmente a tônica do en-contro, em defesa da Indústria nacional".

O Governador de Pernambuco, MarcoMaciel, pediu que o conselho deliberativoda Sudene aprovasse moção aos Minis-tros Delfim Neto e Mario Andreazza "pa-ra que façam as empresas estatais con-templarem o Nordeste com pelo menos30% de suas compras internas e de seusinvestimentos em 1982".

Participaram ainda da reunião os Go-vernadores de Minas Gerais, Paraíba,Ceará, Piauí, Maranhão, Rio Grande doNorte e Sergipe.

imtÁaM/ua' G/jmvmonâdM Gleaimtf cztermôCG. C. 33.053.620/0001-48

RELATÓRIO DA DIRETORIA

Senhores Acioníifor.:Cumprindo ai dupoiiçoei legou • eita-tdrloi, lubme temoi o apreciação d. V.Soi. o Bolonco Patrimonial

encerrado em 31 de deiembro de 1981. bem como a Demonitrocão de Reiul lodoi do exercido findo. O Copilol Social0*»«q Seguradora, regularmente aprovado pala SUSEP ê de Cr$ 106.952 775.«2, tendo «Ido realizado AGE em18 01.82 paia rerratiflcocão dal deliberocéei dai Aiwmblela. G«roli Exiroordlnarloi reollzadai em 08.01 79S_í__?__._. !'• 27 07 79' !2°V _. 31.03.80 . 31.03.81 aprovando o aumento do Capital Social poro Cri.IÜ8 030.000.00. Queremo. deixar patente noiioi agradecimento, oo» noisoi corretore» e segurados e oi sociedade,congéneret pelo con.ideroçoo com que noi dlitlngulrom, bem como o noiioi functondrloi pelo dedicação com que se

^verom no desempenho d» seui trabalhai. Ài autoridade! do Ministério da Fazenda, do Sup.riniend.ncia de

_T_? _.._*" *

_?'"""_ °d!*r»"«'"?» *> B-a.il coniignomo. rombém nono.cvoaV.irnen.oTp. Iaí01_nÇOCquesempre nos dispensaram. Agrod*c.moi ainda ooi senho-e. técnico. « auxiliarei da Sup.'ini.ndènc,o d. _¦___¦

ff__ d_3____________ t__lCOíà_.:í_"r,Cía * eoP°_*'*í »»»ibu,ndo «m muito Íx7ra o na.» LnvoWwn•o e o do Meicado Brasileiro. Apesar d. iodai ai operocóe. reallzodoi estarem perfeitamente eipalhodai no. peca.ora representada, o VSa, esta Diretoria coloca-., a di.po.icoo do. Interessados, para quaisquer iXednSntó.lulgodo. neceiwrio». Rio d. Janeiro, 19 d. f.v.re,ro de 1982 - A DIRETORIA esclarecimento.

BALANÇO PATRIMONIAL

CIRCULA NTtDISPONÍVEL

CaiuBanco»letra» do Tewuro Nacional ,..,...,. ,

APLICAÇÕESD_pÓ»ilO«BancOr.O-aPrt_tt).,.,.D-pótiioiConta Aumento de CopitolIituloiMobiNório»,(-) Proviiôo rV Dmvolorlração d» Tll, Mobiliário.Título»da Divido Público ...........;-_.,.„,:._

CRÉDITOS OPERACIONAISln»t<tutoa>R«»t«yu'-_doBro»ft ,...,,„..„Seguradora* ....... . ...Outro» ... ..,,

CONTAS A RECEBERFaturo»* Conto» Mr»n»an o Receber(~)Provi»ôoparoDevedofe»Duvidcr_otTitulo»eCrédito* a Receber ;.'...,„..,Outro»

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IMOBILIZADOimóveis ..,...,.,_»,•....„.,Ben» Movei»Ou»ro»{ IDeprec __r;ôe»AçdeidoIRB

DIFERIDOSOMA tOtAI

EXERCÍCIO

5.377.451.BB16 917 950,9366 330 000.00

47.331.512.90

37 758 574.00

2 4BB 566.36

19 565 322.2B33 364 296.05

164 296 464.16

B 3.11 685.20(249 956.56)

1793 663.26400 205 73046

120 000.0046 B66 475.76

2 87Q 167,0849 856 662.84

27 663 145.2541 091.00

(27 663 095 251

827 291 500 5638 619 230.16

14 786.36(30 507 840.97)29 426 870.68

874 885 669,79n* ________

EXERCÍCIOANTERIOR

70014 39349 500

19.127.

27.773

896

107.15336 104

121 60B

4 929.(157.241.

657.81322.31000.00

195.10

768.14

170.36

433.46814.27583 73

119.84823.63)189.04

1 291 503.924_5 56"i:9Í4;ST-

4 689.47

24 575 273.12

- 2 287 461.8326667" á-iTír"

27 663 145.2541 091.00

(27 663 095.25)

451 202 600 5319 465 606.49

7 561,69(9 681 678.56)10 769 664.18

471.835 095.309Q4 254~674.ll_

PROVISÕES TÉCNICASPrOvl»ôodeRi»CO»NooE«pirodO- Provt_ÔOnrSor«maticaProvtirôo de Srníjtfoto liquidarOutra» Provi»6e» Técnico»

SOMACIRCULANTE

DÉBITOS OPtRACIONAISln»fitutodeRet*erjuro-doflro»ilSeguradorasOutro»

CONTAS A PAGARD*b'to»eCorito»aPoçor . . .',Provnóopara ir-DO.'ode PendaOutro*

DEPÓSITOS D€ TERCEIROSSOMA

EXIGIVEl A LONGO PRAZOEmpreitimo» Garantido......Outros

SOMARESULTADOS OE EXERCÍCIOS FUTUROS

OperocionauPatrimonial» ..;....,....Adminiitratívot ........

SOMAPATRIMÔNIO LIQUIDO

Cap<tal Social — Nacional ,."„..Cop«tot Sociol — Estrangeiro( - )Aooni»ia—_-i-v • vi.i ..

AUMENTO D! CAPITAL (EM APROVAÇÃO)( - )Acíoni»ta» — Sub__nçâoRESERVAS DE CAPITAL(-)AgtOOlnregn_i;_ar „RESERVAS DE REAVALIAÇÃORESERVAS DE LUCROLUCROSIOUPREJUlZOSlACUMUUDOSCASA MATRIZ (LUCRO OU PREJUÍZO)

SOMA

lOTAl

EXERCÍCIO

124 843 675.5323674,82

61 675.040,284 032.972,84

190 575 363,47

42 538 673,672 843 360.32

308 698 562.52

I 483 362.3B

9) 579 853 24447 143 814TTT"

13 325 730.23

13 325 730,23

24 363 926,34

24 363 926,34

106 952 775.42

140 249 390.36

386 855 734.29

12 939 874 002 341 472,63

649 539 246.92

I 334 948 083.09

EXERCÍCIOANtERIOR

120 859 404,779 303,12

25 666 986 II2 676 175,29

149.211 669.29

42 637 201,0430 437 263.33

193 039 503.35

I 994 604,19619 480,00

39 163 958.22307 902.010.13

.117 714.89

1117.714.89

18 092 993.84

18 092 993.84

106 932.773.42

193047 224.58

140 829 823.11

5 390 699.24(18 290 436,39)

427 930 085.96

904 234 674,11

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

RECEITAS OPERACIONAISPrêmio» Au*e"do*Còmluôe»S'ni»tro»5olvado»eRe»tar(tmeriios. . , .Revgote»Lucro» Atribuído»Pnrt.opor.6e» em lix<o,R*vt»r»ôodeProvii_>e»Tecn.co».Outra» Receito» .,

SOMA' DESPESAS OPERACIONAIS

Prém-o» Cedido» eRe»Mutdo» ,Comi»»oet.........Smi|tro» .... .5olvado»e (¦>t.¦-> . >mento»Reigotetlucro» Atribuído* _..,. ,.,..,Porticipov-«»«mlucto» ., ., ..,.'„..,Conttituiçôode Provivoe» Tecn^a»Outra*De»pe»a» ...

SOMALUCRO OPERACIONAL BRUTO

Re*u'todo PatrimonialRe»ultodo Administrativo.,

LUCRO (PREJUÍZO) OPERACIONAL LÍQUIDOSoldo da Corno d« B.i. tado de Co„»c6o Me>"«t6-

ria oo A'ivo Per maneritee Patrimônio liquido ReverjAodeProsuoe* -,....,,

RESULTADO LlOUlDO DO EXERCÍCIOProviioo pca o tmpo»to de RendaPreiuiios Acumulado» .

RESUL1ADOLIOUIDO DO EXERCÍCIO (DEPOIS DO IR) .PARTICIPAÇÕES DEEmpregado»Adminutradore»Pane» Beneficiário» Confribu-çoe* poro ln»t.iu.c.ôe» ou Fundo deAiiijférKioou Previdência de Empregado* ..

SOMALUCRO (PREJUÍZO) PORAÇÃO DO CAPITAL SOCIAL

EXERCÍCIO

601 776 419.4316 126 779.6819 229 218 81I6B00 9BB.63

1 167 774.16146 335 694 00

19.296 195,17830 933069,90"

135531 512.47103 951 381.63336 382 265.86

I 055 H2.78187 699 188.18

61 919 777.44666 739 238 36(45. Ó_ 168.46)167 666 643.76

(267 699 197,14)(146 036 721.84)'

183 961 203.63-_9__.35.__

¦_-_-'"¦*>-•'.*_.-,

40 328 417.42

Cr» 0 ,38

EXERCÍCIOANtERIOR

850 353 595.5024 232 414.8014 023 949.08

3 222 641.73

I 151 514 3690 245 155.5721 576 552.38

I 006 805 623 42

352 893 896.0174 766 626.46

405 259 782 463 050.00

166 170 69147 324 263.79

31 616 630,941.012230 642.553S2j_t__j_97 685 913,91

(182 913 2BI.03)

(90 652 186.25)'

69 135 593.31

(21.516_OT.94619 480.00

(22 136 072.94)

(Cr5 0.21)

DEMONSTRAÇÃO DE ORIGEM E APLICAÇÕES DE RECURSOS

I ORIGEM E RECURSOS1.1 lucraLtqu.doctoe .eftício :„,..,„...„,.I _ Mal| Oeprectoçóete Anx>rt'iao!»» 1 3r\*oi» Prov pa'aDe.vt>! dofnvet» ..I .Me'*oi Rece.ta*Potrtmo"'Op*doE«e'r_tC'0 Anterio.I 3Mer.}» Re»ul*ododeCorr,^rV>Mone__».o ..I 6Vor>oe,ôono Re»ultociodet«ercíoo - utum ,,.\ 7Reaii_o«;dodoCop^oi Soc-olI 8Crjmtr.buir,6e»paroRe*ervodeCop«tot ..,1 9 Recúrtú* Origindno»;I 9.1 Do Aumento de Provuoe* Técnica».I °. 2 Do Aumentado Pa»»ivoE«igivel a Longo Pra».(-9.3 Oa Al.enoçòode inv*»ti mento»1 9 4 Da Al-er>o^cX)deD'reito» do Ativo Imob-tifíjdo

9 SRedusôodoAi.voD.f.i.òoI01AI DAS ORIGENS2. APLICAÇÕES DE RECURSOS7 1 Aqu.»i<;i_od*DireitmdoAtivolmo_«l'_odo

2 Aumento de Apl<co^oe» no2 I A.ivo._ra^rovwlatcj_oflPr_ro 2 2A'.vo_(. ido

2 3R-du<;6odoPoH'voE-'giveia LongoPraro ...2 4 Redi-sôo de Re*ei-*a» por Aumento de

Cap<toIouCompen»ociood-Pn_iui_o»tOl AL DAS APLICAÇÕES3. AUMENTO OU REDUÇÀO DO CAPITAL CIRCULANTE

4 DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÀO DO CAPITAL CIRCULANTE

EXERCÍCIO

40 328 417,422 905 294,47

185 961 203.636 270 934.50

41 363 494.1812 206 015.34

33 859 483.2)

(49 025 364,51)

19 785 591.00

22 989 038,40

32 797 834,00" 95 572 463,40

144 598 027,91

OLERClCIOANTERIOR

I 717.965.81

69 135 593.31284 759,48

57 079 108.72

385 172.004 754 099.43

17 066,40(5 466.940,43)

898 139,00

8 264 815,36

861.187,29

21 290 240,22

4.1 AIIVOCIRCULANIE4 2PASSIVOCIRCULANTE4 3CAPiIALClRCULANIEll_IUI0OOUNEGATIVO .

INICIO DOEXERCÍCIO

405 561 954,37307 902 010.13

97.659 944.24

FIM DOEXERCÍCIO

400 305 730.46447.143 814,13

46 938 083.67

VARIAÇÕES

5 356 323.91139 241 804,00144 598 027.91

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES NO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Soldo.mSI 12 80Deduçôono AumentodeCopttolCorreção Monetário do Patrimônio noEnerc (cioResultado liquido do Exercício.,R«_rvoP/lnreg,idod»doCopilal

TOTAIS-

CAPITAL

106 952 775.42

106 953 775.42

AUMENTO OE CAPI-IAL EM APROVAÇÃO

193 047.224.56(52 797 834.00)

140 249 390.58

RESERVA DECAPITAL

140 829 823.11

246 025 911.18

386 855 734.29

RESERVA DELUCROS

5 390 699.24

5 532 753 89

_2 0I6 420.87_12 939 874.00-

PREJUÍZOSACUMULADOS

(18 290 436,39)

(17 480 087,53)

40 328 417.42

(2 016 420.87)

2541.472.63

TOTAL

427.930 085,96

(52 797 834,00)

234 078 577,54

40 328 417.42

649 539 246.92

NOTAS EXPLICATIVAS ÃS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

b)

0

PRINCIPAIS CRITÉRIOS CONTÁBEIS:12 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DOS ELEMENTOS DO ATIVO E DO PASSIVO

A, clenwi.rocâ-ilmonc.1,0.d. 1981 à 1960 foram op-._n.odo. com ba» no. Critério, eilabelec idoi pelo De», ta le.6404^76. que dupò. o. K*.-dod.. po, ocom bem como pelo no.™ . Inilruf-M e.tob.l_.da. p.lo Conwlho Nacionalde Seguro* Privado*.0) TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

Ai ocee. ...6o coniab.lirodo. ao cu.io, o. L.lro. d. C6mb,o o. Certificado, d. D.p_"o. Boncono.. o. Titulo, do DividoINVBTÍMWTOS0

™"&m""<" °'* ° do'° *> ^'""i"- q™ "*> .««d. o valor d. m.,coda.

P_tr?mon',oTíd*' P"m°"t"'" * '•'•von«> «m colioodol . controlado, nào loa ovoliodo. pelo mérado do Equ,val«nc,o

ATIVO IMOBILIZADOE regiltrado oo culto] ac,._,do da correcea monetário apurada com ba» na var.ocoo do volar nom.nol da ORTN a te adota a, Balanço. A,dep-eciocieiacumulado. _w lguolm.nl.corrigido., «ndaa. derxecioco..compuloda. pelo m*,odo

o>P_.la°do. °' "* '9' O0° * 'mP°"° * e",d° "C"° P°'° ,mo«'*^« «» P"*"° que r_o To

d) PROVISÕES TÉCNICASSáo calculado, de oca.de, com o. no.mo, ..tob.l_ido. pilo SUSEP. A p _vi__ paro rlico. náo e.p,rada, i calculado combo» ,m percenlual, apl.codo. wbr. « pr»m.o. liqu.do. or.ecadodo. A prov„ào poro .Iniitro, o liqu.dor . ..limadacom bo» no. orno. d. .ini.rro. .K.bido. p.lo wciKlod. eemmooa

.) CORREÇÃO MONETÁRIADe «oro..com a. nótrn»jm vigor, foram corr.g.do. o. como. d. Ativo Permanente do Potr.mon.o Uai,!*, com ba» novoi.ocôo do valor do CW1N alé a dota do Balance . ™ DO** ".

1) NORMAS DE CONTABILIZAÇÃO

__2?__1 °. °' ^'Tl°' OP""'0001''. po...mon,oi., Adm.n„t,oi,vo. «a contoblIlMdo, pelo regime de competência

_______!_£. J_í?- "_ qu" ,Í00P'0P"°*» Ml receita; por aèeilod do tiú . ..ivo-K.bT~,n.. S_5n-_S

'do, opol.ee. ./ou fatura. . o. p.m.o. d. Co.»guro. aceitai tão ap .p. Ioda. na .ece.ro da comun.cocoo da _n,*.ada-

LHRAS DO TESOURO NACIONALSoldo do conto . tepreientada po, opi.cocCe. em LIN. contábil.roda. pelo valor de n _,cadoTÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICAO .aldo do coma é ,.p.ew,„odo por aplicocáe. em ORTN - OBRIGAÇÕES REAJUS1AVEIS DO TCSOURO NACIONAL Part,

IMOBILIZADOO «mob-liíodo. o do'o de Bo:onco titavo compojto como segue

CONTAIMÓVEISEQUIPAMENTOSMOVEIS. MAQUINAS E U1ENSVEÍCULOS IIMOBIIIZAÇÕESEMCURSO ,

AÇÕESCOIRB

CUSTOCORRIGIDO

637 29r50.'566 947 992 26

29 226614,132 444 623 77

14 788,36865 925 519 08

DEPRECIAÇÃOACUMULADA_ÇP~!Glt_.

4 269 612 4014 868 591 63

1.369 636.94

20 507 840.97

A dep.r_.otoa do ano totol.iou CrS 2 905 294.47 . (o, d.b.tac_ ò con - d. -eiulrodo... - BENS E VALORES VINCUUDOS Á SUSEP

6 1 GARANTIA DAS PROVISÕES TÉCNICASParo eiia. go-amias. o. wguinlei pa-celo. do at,.o etláo '«i.do. ou v.nculodo.

__4_?Q827 291 500.5*

2 678 379,8614 358 022,50

I 074 986 8314 788 36

645 417 678.1129 426 870,68

£_________>

Rendo. p»lo Inuituio d. Re»»gu _. do B-..IPundoGera!deGo'ontioOperociono-Retençõo — 5tn:.t.a*al'qutdor .''

Vinculoda. a S-per.nt.nd-n<,o d. Seguro. Pr.vodcnTítulo» Mobiliário*Titulo» do Divido P-bUaNoconol..letrolooTeiooroNacional . _.. .Deco. 'O* Bcncor.o* c ProroImove.»

1__1-_!__________._____

23 526 914 2420 624 788 78

46 743 394.63

66 330 000,0019 301 089 49

297 671 389.26

PARTICIPAÇÕES EM COLIGADAS E CONTROLADAS1 INVESTIMENTOS

¦ Seguro DPVAT.

O. .n,..tMT_nro. em coligada. . controlado, e.too regi.rrodo. pelo vaiai do. me.mo. no Bolancode 3112 60ocr,_ldode conecoo rnonetor,a. E»e. ,n,.,l,m.nto, d.v.r.am wr ovaliodo. pelo método da _,ulval*nc,a pa.rimon.ol. o qu. náoZ ,.' i_?L/'_. '

""bld0 tm »rn-ct elemenlo. __e_or,0. que forom wlicirodo. com bo» no í 2= do on. 248

7 - EXIGIVEL A LONGO PRAZOE-np-éstimo) garont.ooj — e*'a

6 — PATRIMÔNIO LlOUlDO

474 697 ??6 tO

12 524 879,859164 852.64

34 330 889.0552 754 206.00

18 570 7)9.96_148 427 969,19-ilim 316.69

da le. 6404/76.

Inve*i»rrwnto»emempre»o»eolio^do»»eontrolodo» ,Provnõo poro de»valoriraçòode ínveitimento»Oui.a.

198131 de dti.mbrg

27 663 095.25(27 663 095.25)

50.00

27 663 095 25(27 663 095.25)

epwitodo pelo p,om.uár.a tm.t.do otrove. d. H.poteco, pender . ot. o Balança.ÍUIDO

«c-r.Tc_.oi-r08 0^7,. 09 02,9, 26 07 79 . 27,07.79. encenam., pertet^p^^

aDiretoria e Acioni.to. doCOMPANHIA PATRIMONIAL DE SEGUROS

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES1. Enaminomos o balanço patrimonial da COMPANHIA PATRIMONIAL DE SEGUROS levontado em 31 d.dezembro de 1981. e o. re.p_ctivas demon,t,oc,6e. do resultado do e.ercicio. da. mutotòe.do patrimônioliquido e do. ongen. e aplicações de tecurto.. compreendendo os operoíòes realizodos no exercido f.ndonoquelo doto.2. No.sc, e»ome fo. efe-uado incluindo -evisoe, rjorciois dos livro. . documentos de contabilidade. . outro.procedimentos técnicos de auditoria que lunjomo. necesso-os no. c„cun,.ontias.

A companhia noo efetuou o ovalioçõo dos inve.limento. em collgodas e contnjlodas pelo método doequivalência pami.onioi, conforme determino o ort.go 248 do lei r. 6404/76.Em nosso opiniáo. exceto quanto oos reflexos dos ojustes advindos ao foto referido no parágrafo 3 o.d-monst.ocòe. financeiras ocimo citadas, representam odequodomente a situação polriomonial, finoncei-ro e o resultado das operocõe. do COMPANHIA PATRIMONIAL DE SEGUROS em 31 de dezembro de 1981de acordo com os seus livros e legi.tros de contab.lidade.

R.o de Janeiro, 26 de fevereiro de 1982ERYMÃ CARNEIRO. Auditores Set.

CRC RJ nc 0002

(Ass ) ERYMÀ CARNEIROContador CRC RJ n° 2758

ÍORNAL DO BRASIL

BC desmente dívidasde estatal como causade expansão da moeda

Brasília — O Banco Central desmentiu ontem,em seu Informativo de janeiro, que o principal fator deexpansão monetária do mès passado tenha sido opagamento de compromissos não honrados pelasenjpresas estatais. Enquanto os adiantamentos paraessa finalidade somaram apenas cerca de Cr$ 13b|4l_óes, o impacto das demais operações relacionadasao setor externo — redução do saldo dos depósitos emmoeda estrangeira e perda de reserva — atingiu Cr$ 31bilhões 300 milhões.•-..O déficit do Tesouro Nacional, de Cr$ 24 bilhões797 milhões, foi o segundo fator de expansão monetá-ria,,.vindo a seguir o pagamento de dividendos peloBanco do Brasil (Cr$ 22 bilhões 400 milhões) e orefinanciamento de manufaturados exportáveis (Cr$16 bilhões 637 milhões), conta que se vem tornandocada vez mais relevante.

Até mesmo o financiamento do déficit do IAPASpelo Banco do Brasil (cerca de Cr$ 14 bilhões) teveefeito mais expansionista sobre a base monetária —emlssáo primária de moeda — rio que o pagamentopelo BB de compromissos nào honrados no exteriorpetas empresas estatais, que atingiu apenas Cr$ 13bilhões, mantendo-se na média observada em 1981,quando somaram em todo o ano cerca de Cr$ 100bilhões.<n Operações especiais

O Banco Central, em seu informativo, preferiun$a especificar o impacto de cada um dos três compo-nentes da conta "Adiantamentos do Banco do Brasilpara Operações Especiais", dando apenas o total deCr$ 32 bilhões 609 milhões. Sob esse título, Incluiu ospagamentos dos débitos das empresas estatais noexterior, o financiamento do déficit da Previdência e,até mesmo um item que nunca fora mencionado antescomo causa de expansão monetária em seu boletim:pagamento de benefícios pecuniários, conforme oDecreto-Lei n° 1.411/75, que, traduzido, significa devo-luçâo do" Imposto de Renda sobre juros e comissõesem-'empréstimos externos pelos tomadores brasi-leiros.

Técnicos do banco garantiram, porém, que os Cr$32 bilhões 609 milhões de "adiantamentos especiais"podem ser creditados da seguinte forma: pouco maisde Cr$ 5 bilhões de devolução do imposto, cerca deCr$ 14 bilhões para financiamento do déficit do IA-PAS e Cr$ 13 bilhões para os compromissos nàohonrados pelas estatais.

@ Centrais Elétricas de Minas Gerais, S. A.CO"° COMPANHIA ABERTA

C.G.C 17.155.730/0001 64

AVISO AOS ACIONISTAS

Comunicamos aos nossos acionistas que so acham à sua dis-Dosiçao, no sode dosta Sociedade, à Rua Tupis, 149- Edifí-cio Carvalho de Brito, nesta cidade de Bolo Horizonte, osdocumentos a que se refere o artigo 133, da Lei 6.404.de 15de dezembro de 1.976, relativos ao exercício de 1.981.

Comunicamos, ainda, que a Diretoria Executiva proporá, àdeliberação da AGO a ser convocada brevemente, o seguinte:

*J distribuição dos dividendos relativos ao ano de 1.981, átaxa do 10% ao ano, "pro rato tempore";

2 - distribuição de uma bonificação em ações novas, de 90%Inovonta por cento) sobre o capital social existente em31.12.81, ou seja, CrS 44.500 000 000,00, mediante acapitalização do uma parcela da coma "Correção Mona-taiia do Capital Intégralízado", o qüe eqüivalerá â dlstri*buição de 9 inove) acôes novas para cada grupo de 10Idez) ações possuídas, da mesma espécie e toima das antigas.

As proposições acima constam do Relatório da Diretoriaque, luntamente com o Balanço e demais Demonstrações Fi-nanceiras aconipan.v_cl.ts do respectivo parecer dos Audito-res Independentes estão sendo concomitantemente enviados.

' .nesta data, á Comissão de Valores Mobiliários e ás Bolsas deValores, em cumprimento à legislação vigente.

Belo Horizonte. 26 de levei ciro de 1.982

Pela Diretoria

Francisco Afonso NoronhaPresidente

•$¦ MANNESMANN S.A.CGC. NP 17.170.150/0001 46

Companhia Aberta

AVISO AOS ACIONISTAS

Acham-se _ disposição dos Senhores Acionistas, na sedesocial no Barreiro, em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais,05. documentos a que se refere o artigo 133 da Lei 6.404, de 15de dezembro de 1976, relativos ao exercício encerrado em 31de dezembro de 1981.

T ?'Belo Horizonte, 10 do fevereiro de 1982.

A ADMINISTRAÇÃO

PETER ULRICH SCHMITHALSPresidente do Conselhode Administração e daDiretoria em exercício.

PAULJOSEF GUNTHERDiretor Financeiro e deRelações com o Mercado.

MANNESMANN S.A.CGC. N'.' 17.170.150/0001-46

Companhia Aberta

ATA DA REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃODA MANNESMANN S.A., REALIZADA NO DIA

8 DE FEVEREIRO DE 1982.

Aosoitodias domèsde fevereirodoanodemilnovecentose oitenta e dois, ás nove horas, reuniu-se o Conselho de Adminis-

..tração da Mannesmann S.A.. em sua sede social no Barreiro,em Belo Horizonte, sob a direção do Presidente do Conselho

^em exercício Peter Ulrich Schmithals. O Conselho de Adminis-tTação resolveu, com base no artigo 16. alínea "b", do Estatu-lo Social, eleger Diretores da Empresa os Senhores Edmar Oli-veira Fonseca, brasileiro, casado, economista, portador da Car-teira de Identidade RG. n9M-53.138, expedida pela Secretariade Segurança Pública do Estado de Minas Gerais cdo CIC. nd000.652 266-15, residente e domiciliado nesta capital á Av.Afonso Pena, 1.781 ¦ apartamento 302, e Elio Manetta. brasi-leiro, cisado, engenheiro, portador da Carteira de Identidade&G. n. 3512/D, expedida pelo Conselho Regional de Engenho-ria, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais e do CIC. nd000.953 626-49. residente e domiciliado nesta capital à Alame-da Ipé Branco, 1.474, que exercerão suas funções no períodode 23 do fevereiro a 3 de março do corrente ano, na ausênciados Diretores Josef Doll e Dieter Althoff. Presentes á reunião,os Diretores eleitos em substituição tomaram posse dos cargose declararam não serem titulares de nenhum dos documentosenunciados no artigo 157 da Lei 6.404/76, como também quenão estarão sujeitos a nenhum dos impedimentos de que trataa Lei 4 726/65, em seu artigo 38, inciso III, Nada mais haven-do a tratar, encerrou se a reunião da qual lavrou-se a presenteata que, lida e achada conforme, _ assinada pelos presentes.8elo Horizonte, 8 de fevereiro de 1982. aa) Peter UlrichSchmithols - Presidente; Gunther Paul Dauch e KurtwalterNeuhoff Conselheiros; Edmar Oliveira Fonseca o ElioManotta Diretores.

CONFERE COM O ORIGINAL LAVRADO A FL. 118 DO LI-VRO Nu 1. DE ATAS DAS REUNIÕES DO CONSELHO DEADMINISTRAÇÃO.

PETER ULRICH SCHMITHALSPresidente do Conselho em exercício

JUCEMG 555.578/82 - 11 de fevereiro de 1982. Junta Comer-ciai do Estado de Minas Gerais. CERTIDÃO. Certifico que estedocumento, pagas as taxas, foi arquivado na data e númeroapostos mecanicamente. Célio Cota Pacheco - Secretário Geral.

ECONOMIA/NEGÓCIOS ft° Clichê o sábado, 87/8/88 d i» oaderno n 17

Sudene destinaCr$ 3,5 bilhõespara o Nordeste

Aracaju — Com a presença de 10 go-vernadores do Nordeste, a Sudene reall-zou ontem, em Aracaju, a 260* reunlào doconselho deliberativo e aprovou 20 proje-tos industriais, totalizando lnvestimen-tos para a região de CrS 3 bilhões 573milhões 891 mil. Para Sergipe foram des-

tlnados Cr$ 2 bilhões 500 milhões, o maiorvolume até agora trazido pela Sudene.

Os governadores nordestinos defende-ram o fortalecimento da Sudene comoforma de aumentar a industrialização naregião e diminuir o desnível entre o Nor-deste e o Centro-Sul. O Governador deAlagoas, Guilherme Palmeira, salientouque, "para maior rapidez na atuação doórg&o, seria melhor que fosse presididapor um governador da região, pois asreivindicações teriam, sem dúvida, outradimensão e outra abrangência".

O Governador da Bahia, Antônio Car-

los Magalhães, defendeu a industria na-cional para preservar o capital brasileiroe deu ênfase às empresas estratégicas.Disse que "nâo é Justo que, usando osrecursos públicos, a empresa deixe de terseu controle no pais e seja vendida aestrangeiros, só objetivando uma opera-ção financeira do interesse exclusivo dosseus diretores acionistas".

Essa posição também foi defendidapelo presidente da Confederação Nacio-nal da Indústria, Albano Franco, quedefiniu a reunião da Sudene como "dasmais importantes, não só para a regiãonordestina mas para todo o pais, tendo

em vista principalmente a tônica do en-contro, em defesa da indústria nacional"!,

O Governador de Pernambuco, Marco !Maciel, pediu que o conselho deliberativo '.da Sudene aprovasse moção aos Minls- Itros Delfim Neto e Mário Andreazza "pa- ,ra que façam as empresas estatais con- >templarem o Nordeste com pelo menos I30% de suas compras Internas e de seus 'investimentos em 1982".

Participaram ainda da reunião os Go- 'vernadores de Minas Gerais, Paraíba,;Ceará, Piauí, Maranhòo, Rio Grande do

',Norte e Sergipe.

'kiiMÍWh

vmtJian/ua< o/afòvmoniac de ci&zwvâ azeraíâC G. C, 33.053.620/0001-48

RELATÓRIO DA DIRETORIASenhor» Acionistas

Cumprindo oi di»po»lo_e» legais • estatutário», «ubmetemo» a apreciação de V Sos o Bolorço Potrlmonlolencerrado em 31 de dezembro de 1981, bem como o Demonstração de Resultados do exercido findo. O Capital Socialdeita Seguradora regulormente aprovado pela SUSEP é de CrS 106.952.775,42, tendo ildo realliada AGE em18 01 82 poro rerrati.lcoçôo das deliberoçôe» das Aiiemblélat Geroli Extraordinária» realliodoi em 08 01 7909.02.79, 26.07.79. 27.07.79. 12 09.79, 31.03.80 e 31.03.81 oprovondo o aumento do Copilol Soclol poro Crt3BB.030 000,00. Queremo» deixar potente pomo* agradecimento» oot nouot corretore» e tegurodos e á» sociedade»congênere» pela con»ideroç6o com que noi diillngulram, bem como o nosso» funcionário» pelo dedicação com que »e

houveram no desempenho de seu» trabalhe» Ai outorldodes do Mfttitférlo da Fo.enda. do Superintendendo deSeguros Privados e do Instituto de Resseguros do Brasil corn,gnamo» tombem noiloi og rodeei me ntoi pelo atencáo auesempre nos d.ipeniorom Agradecer™.» o.nda aos senhores técnico» e auxiliore» do Superintendência de Seguro»Privado», do Instituto de Resseguro» do Bros.l. da Federado Nacional da» Empresa» de Seguro» e Copitoli.ocácfe deno»»o Sindicato tocol por «ua dedicação, eficiência e copocidode, contribuindo em muito poro o no»»o detenvolvimen-10 e o do Mercodo Brauleiro. Apeior de todo» o» operoçôe» realizado» e»tor»m perfeitamente eipolhodo» no» peco»ora repre»entodo» o V So... e»o Diretoria coloco-se o di«pos.ç6c do» ,Mere»»ado». poro quoisquer eiclarec.mentoslulgodo» neceuáno» Rio de Joneiro, 19 de fevereiro de 1982 — A DIRETORIA —

BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO

CIRCULANTEDISPONlVtl

Caixa ..:.,.... ,Banco* .....'.., .......Utra» do Te»ou'0 Noclonol

APLICAÇÕESDepôiitoiBoncáMotoProroDep6»lto* Conto Aumer.todeCop<'alTitulo»Mobiliário». { —) PfOvilôO pí De»VOlO'ilOC.OO d* Ti. Mobsl'Óf'0»TítuloidoDívtdoPúblico.. .,..,.. .....

CRÉDITOS OPERACIONAISlnttitutodeft«i»eguro»doBrn»il -Segurodoro»Outro* ...

CONTAS A RECEBERFatura»eConta*Mentolt a Recebe' .( >Provi*doporaDevec*ofe»Duv»6o»o*Tltuloie Credito* o decebe.Outro» .... .

DESPESAS ANTECIPADAS SOMA ..

REALIZÁVEL A LONGO PRAZOEmp. e*rimo*Gafon tido» ,.,......_„..,.....lmóveiiiobProm#**ade VendaOepói<to*Eip»ciOi»noll.BOutro». ............

SOMAPERMANENTE

INVESTIMENTOSParticipaçàeiAcio^foiPtmyioeniB* ._...„,„, ;_,.„Outro» - .(~)PrOvii6op/0e»va!o*UCtCÔOC*elnv«iim«ntoi

IMOBILIZADOImivei»BeniMoveli OutfOl ........(-) Dep*eooçtV»AçftesdoKB

DIFERIDOSOMAIOTAI

EXERCÍCIO

2 377 4JI.8»16 917,950.9366 330 000,00

47 231 512.90

37 756 574,00

2488566.36

19 565 322.2133 364 296.05

164 296 464.16

8 33< 885.20(249 956.561

L793 663,26400 205 730.46

120 000.0046 866 47576

_ 2 870 187 0»49 856 662 84

37 663 145.3541 091.00

(27 663 095.25)

827 291 500.5638619 230.16

14 78B.36(20 507 840.97)

29 426 870 6»

FJÍERClOOANTERIOR

700 657.8114 393 322.3149 500 000.00

19 127 195.10

27 773 78B.14

896 170.36

107 153.433,4858 104 814.77

5 21 408 583.73

4 929 119.84(157 823.63)341 189.04

I 291 503.92'HÜMMÜ9S

4 889.47

24 575 273.12

_ 2 287 461.85"20Ü67 624.44

27 663 145 2541 091.00

(27 663 095.25)

451 202 600.5219 485 606.49

7 561.69(9681 678.58)10 769 864.18

PROVISÕES TÉCNICASProvi»âodeR'»co»NõoE»pirado» ., .....Provi »ôo Matemático * .....Provi»»&odeSinl*!»*o»o Liquidar.,Outro» Proviioe» Técnico»-. .,....._>..,.

SOMACIRCULANTE

DÉBITOS OPERACIONAIS!•*«.'¦ d,to de Reiieguro»do &-i\ '¦

Seguradora».— =.,..........Outras

CONTAS A PAGARDébito* eContoioPogor..Pravi*6o po ra Impo» iode RendoOutro*

DEPÓSITOS DE TERCEIROSSOMA

EXIGIVEL A LONGO PRAZOêmpFeitinx>»Garontido* ,.Ou^o»

SOMARESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS

Operacional»Potf>mo"<ai* Admmr»tro''vO* ,.

SOMAPATRIMÔNIO LIQUIDO

Capital Soca) — Nocíool .Cap-tal Soool —b^rançe-ro( -)AcFon.*ta — 5ub*cr.ç6o

AUMENTO DE CAPtTALIEM APROVAÇÃO)( •)Aooni*iai—-$ub*cnçôoRESERVAS DE CAPITAL( - )Agioolnteg(aIrrar RESERVAS DE REAVALIAÇÃORESERVAS OE LUCROLUCROS (OU PREJUÍZOS) ACUMULADOSCASA MATRIZ (LUCRO OU PREJUÍZO)

SOMA

101 AL

EXERCÍCIO

124 843 675 5323 674.82

61 675 040.284032972.84

I90575363.ÍT"

42 536 673.672 843 360.32

308 698 562.52

I 483 362.38

91 579 855 24447 143 81-4.13

13 325 730,23

13 325 730.23

24 363 938 34

24 363 928.34

106 952 775 42

140 249 390.58

386 855 734.29

12 939 874.002 541 472.63

649 539 246.92

I 374 948 083.09

EXERCÍCIOANTERIOR

120 659 404,779 303.12

25 666 986.lt2 676175,29

149 211 869.29

42657201.0430 427 263.33

193 039 503.35

I 994 604 19619 480.00

39 163 958.22307 902010.13

1 117 714.89

18 092 993.84

18 092 993.84

106 952 775.42

193 047 224.58

I40B29 823.H

5 390 699,24(18 290 436.39)

427 930.085.96

904 254 674,11

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

RECEITAS OPERACIONAISPrêmio» Au*«'trto»Com.tioet ...S«n.»'fOiSatvodoieBeuammen.0»Re*ya'«* ... . .Lucro» Atnbuido»PomopooSe* «m Lucro*Re.ertóOd«Provr*íie| .éC"CO» -_„....._.».;„.,.OutfO*R»KBftO* ......... ......

SOMA ..._„._,.„.„DESPESAS OPERACIONAIS

Prêmio» Cedido» e 6e»i'*u'do*Com>i»ôt» 71 . .,„.._*._._._, _Simttrat . So!vodoi«R«»»0'ii m«nto»..Rejgate» ...Lucra» Atiibu«do» ,.Po^icpo^ôeiemLutfo»Con»ti»uw;õod» Prav<ioei lecmca*Outra» Deipe*o*

SOMALUCRO OPERACIONAL BRUTO

Re»u..odoPainmo"'a1ReiuItodoAdnunijifotivo

LUCRO (PREJUÍZO) OPERACIONAL l IOUIDOSaldo do Conto de Reiultodo d« Car^óo Mo^e*..

findo A' . i'V- • .••(-•-•.• r> i's.•--,*- í >. .. --Revendacte P'ov.*Om

RESULTADO LIQUIDO DO EXERCÍCIOPiovi»oopofooimpo*tod«R»fX3V)P'eiu>roi Acumu'odoi

RESULTADO LÍQUIDO OO EXERCÍCIO (Bf °OIS OO IR)PARTICIPAÇÕES DEEmpregodo» ,,, ..„.,...Adminutrodo'»»Po"esBene.icar<a» .Co""<buiçàe_ poro Imwuiçôe» Ou Fundo d*Aij.itèncio ou PrevOén^ia de f rr-pr eoodot

SOMALUCRO(PREJUIZO) POR AÇÁO DOCAPITAl SOCIAL

EXÍ8CIQO

601 776 4194516 136 779 6»19 229 2IBÍI16 »00 98)63

I 167 774 16146 535 694 00

19 296 195.17820 935 069.90"

155 531 51247103951 381.63356 382 265 86

I 055 1127»1)7899 188 I»

61 919 777,44866 ?39 238,36(45 8Õ4 168,46)

'

167 666 643 76(267 899 197.14)TT46Õ36 721.84)('46 036 721.84|_ (90 652 186.25)

H5 96I 203.63 69 135 593.31_______.?3i_4J

40,328.417.42 __j2i_iií 592.941

40 328 417.42

CrS 0 .38

EXERCÍCIOANIERtOR

850 353 595.5024 232 414 8014 023 949 0»

5 222 641.73

I 151 5143690 245 155 5721 576 552.36

T006 _0S.823"42~

352 893 896.0174 766 828 46

405 259 782.463 050.00

166 170 69147 324 263.79

31 816650,94I 012 330 642.55

(5.424 8l9.Tj~97 685 913.91

(162913 281,03)

619480,00

(22 136 072.94)

(CrS 0.21)

DEMONSTRAÇÃO DE ORIGEM E APLICAÇÕES DE RECURSOS

I ORIGEM I RECURSOS:l.l lucro Liquido *> enercoo .i, ............I ?Mo>í l*-i ¦*• '..*•_»« *-'"¦¦ .•-=;.--»I 3 Ma* P'ov po'tiOe*vai do invwi' 4Me*xM Receita*Po»"rrx>"ia'»doE«e'cíc'0Ani»».o'.1 5M*rw Re»uitodoc»eCorre«;ôoWonetof>o . .-_.,,_.,,..I 6Vo'!o»;6arioRe»u'Kidodefc*efCK;<oFvtura. ¦ -I 7Rro'rfocnodoCopi'alSocialI SCo^tfTbsjiçôeipaFoReiefvodeCop-tolI 9 Recurio» O'«g<r<»f.otI V I &3Aum«r.*odeP'ov.tôe»Técnica»1 9 2 0o Aum#r.fock_ PoirvoEnigive-oLo^goPrazo .t 9 3DaA!ít'>avÍ0delnvMtimenro«I 9 4Do Alr»AotôodeDifei*o*doA'is/o("x_i_«r toóo

9 5Redu0odoA!lvaOittfdoTOIALDASORIGENS .

APLICAÇÕES DE RECURSOS2 1 Aq'^vç6odeD«re'to»doA'.voimoò.í.j'oòo2 2 Aumento oe Apittoçft»» na

2 2 I Ativo Reaiiidvet o Longa P'Oío2 2 2Ai,voCMe„do3RedwcóodoPo**.vot»igi*eloLongoPro»

? 4 Redução de Re**'voi po* Aumento deCoptot ouCompenvoçôode Ptetuiio*

ior»i DAS APLICAÇÕESAUMENTOOUREDUÇÁODOCAPITALCIRCULANTE

EXERCÍCIO

40 328 417 432 905 294,47

165 961 203 636 370 934,50

41 363 494 1612 208 015,34

33 859 483.21

(49 025 564.51)

19 785 591.00

22 989 036.40

J2Z?__B34.0095 572~~463.4_"144.598.027,91

DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTl

EXERCl&OANTERIOR

69 135 593.3)284759.48

57 079 108 72

385 172.004 754 099 43

1706640(5.466 940.43)

898 139.00

8 264 615.36

861 187 29

21 290 240.22

223 314381.87136.781.3 22,32..

4 I ATIVOClRCUlANtl4 7PASSlVOCieCÜLANlE .4 3CAPIIAl.CHCU_ANIElíOU:_OCHJN_GAllVO

INICIO DOEXERCÍCIO

405 561 954.37307 902 010 13

97 659 944,24

FIM DOEXERCÍCIO

400 205 730.46447 143 814.13

46 938 083.67

VARIAÇÕES

5.356 223 91139 24! 804.00144 598 027.91

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES NO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Saldoem3l 12 80Deduçôono AumentodeCapitolCorfeçàoMone'0"a 00 Patrimônio no EíBrcictOResultado Liquido do E«etcÍcioRe*e rvo P/Integr.dade doCapitol"TOTAIS:

.

106 952.775.42

106 952 775.42

AUMENTO 0E CAPI-TAL EM APROVAÇÃO

193 047 224.58(52 797 834.00)

140 249 390.58

RESERVA DECAPITAL

140 829 823.lt

246 025911.18

386 855 734.29

RESERVA DELUCROS

5 390 699.24

5 532 753.89

2 016 420 8712 939 874.00

~

PREJUÍZOSACUMULA0OS

(18 290 436.39)

(17 460 087.53)40 328 417.42(2 016 420.87)

2 541 472,63

IOTAI

427 930 085.96(52 797834,00)234 078 577.54

40 328 417.42

649 539 246.92

NOTAS EXPLICATIVAS AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASI — PRINCIPAIS CRITÉRIOS CONTÁBEIS:

1 2 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DOS ELEMENTOS DO ATIVO E DO PASSIVOA» demoMslrovbes financeiros de 1981 à 1980 lorom apresenlodas com base no» cnlériotesiabelec.doi p«!o Decieio Lei6404*76. que ditpÕe o» Kjcedadev por ocóe* bem como pela norma ¦ mtt.uçôe» estabelecida» peioConielho Noctonalde Seguro» Privado*.

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOSAi ocóe» e»ióo contabduada* oo cu*to. a* Letra* de Càmb.o o» Cemficodó* de Oepo*itoi Boncórtõl e o» Tttuio» do DividoPublico, 00 culto do* rendimento» ott a doto do Balanço, que noo e»cede o valor de mercadoINVESTIMENTOS

IMOBILIZADOO imobiWode. 6 dota do Balanço e»*avo compe^o como *egue

a)

b)As pomcipoçôe» peimonenle» e relevanies em coligados e controlado» noo s6o ovoliodos pelo meiodo da EquivoléncioPatrimonial.ATIVO IMOBILIZADOE rejillrodo OO CUSIO. OCrelCido do correção monelòr.o opurodo com bo» na ,n.-,iSoo do volor nominal do ORTN oi» odato do Boiorvço A* depreoaçòe* acumu'oda* »óo igualmente corngidoi. »endo o» depieciocôe» computado» pe'o métodoImeor. às 10.OS másimos pelo leg.slocOo do lmpos'o de Rendo e.cero poro imóveu de u»o pr6pno que noo sáodepreclodòi.PROVISÕES TÉCNICASSóo cokulada» de ocordo com o* norma» eitobeleodai pelo SUSEP A prov.»óo para num nôoe»pirada* e calculada combase em pertençais aplicados sobre os prtm.os liquido» arrecododo» A proviiâo poro linutro» o liquidar e esnmodocom base >•¦ * avitos de uníitro» recebido» pela tociedodeCORREÇÃO MONETÁRIADe acorda com ai nor mo» em vigor, foram corrigida» o» conta* de At.vo Permanente do Potrimôn-o líquido com bose novanaçôo do volor da ORTN ate a doto do BalançoNORMAS DE CONTABILIZAÇÃOAj receitas e os despesas Operacionais. Potiimomais e Admimslrolivos sOo coniobilizodos pelo 'egime de compeiènco.esceio quanto oos prêmios dueto» que »âo opropr.odos em receiio. por ocas.6o do seu eleuvo recebimento e calo emmóódo» opòlices e'ou loiuros e os pr»m,o» de Cosseguro» oceüo» »6o aprooriodo» no receiio da comunico;0o da SegurodoroLide»

LETRAS DO TESOURO NACIONALSoldo da co'>to e rep/e*entado por oplicoçòe» em LTN'i comabm/odoi pelo valo» de mercodoTÍTULOS DA DÍVIDA PÚBLICAO »aldo do como é r.presemodo por opIicoçOes em ORTN — OBRIGAÇÕES REAJUSTÁVEIS DO TESOURO NACIONAL Panedeites titulo», avaiiada em OS 2 356.463.45, eiro viocutodo o coberturo. conforrTi* Reiolucòo 1/75 — Seau'0 DPVAT

PARTICIPAÇÕES (M COLIGADAS É CONTROLADASI INVESTIMENTOS

Oi 'nve»tim«ntoiemcol'gadQiecoritrolodoienaof«g'i!roao»pelovolo' doimeimci no Balanço ae 31 12 BOocreic.dode correção monetário E»ei inveitimento» devenam ier ovoltodoi pelo método do equivoléncio potnmon.ai. o que nãofoi feno, por não termo» recebido em tempo o» elementos necessários que loiom «ol.cnodo» com base nol2°doon 248oo lt' 6404/76.

CONTAIMÓVEIS EOUiPAVSENTOS ... ,VOVEIS, MAQUINAS E UTfNSVEÍCULOS. .IMOBIUZAÇÕES EM CURSO

AÇÕESDOIRB

A deprec-açòo do ano total.xou OI 2 °05 294 47 e foi

CUSTOÇORRIGipg

827 201 500.566947 902 26

29.'26614,!32 444 623.77

_ 14 788 36865 925 519.08

DEPRECIAÇÃOACUMULADA_COÍRlG_DA

4 269.612.4014 868 591.63

I 369 636 94

2O507 840.97

LIQUIDO827 291Í00.56

2 678 379,8614 358.022.50

I 074986.8314 788,36

845 417 678.1)29 426 870,68

874 844 548,79

deb<tado a ¦¦•"- de reiultodo», — BENS E VALORES VINCULADOS A SUSÍP

6 I GARANTIA DAS PROVISÕES TÉCNICASPato euai gara-it.ai. oi teguInNti paleta» do a'ivo eitôo 'et-dai ou vi-xyioóai

Relidos pelo Instituto de Retieguros do Bros IFundoGeroideGoro^t.oOperacc^olfietençõo — SinHtrot o L*quido'

V«ncu'ooo* ò Supenntendènco de Seguro» Privado»TilulO» MobiliOnO»Iítu'o»dn Divido Publica Noc>ona!Le^roidoTeiou^oístocionoi Depo«»o»BorKcr.o»oProío -- . -..,....ImOvei» .. .

mi.1! _t ____________ma23 526 914.2420 624 788 78

46 743 394 B3

46 330 000 0019 801 089,49

297 671 589.264,:J697 770*60

'

12 524 879 859 164 852 64

34 330 889 0552 754 206.00

18 570 719.96148 427 969,19275 773 516 69'

lnveit.mento*ememp'e»o*coligodoiecontroloda»ProviàO poro de»volori/OÇÔOde inveitimento»OuIrOS

198127 663 095.25

(27 663 095.25)50.00

31 de deiembro1980

27 663 095 25(27 663 095.25)

— EXIGIVEL A LONGO PRAZOEmprettimo» garantido* — e*to 'epreien-odo pe-o pram-HO/ia emtt.ao o'iave* de Hipoteca, perxlente até o Boíancp.

— PATRIMÔNIO LIOUIDOO Cap.tol Social. s_bsc',to. es'6 representado por 106 952 775. ^e», cei.renco.s todos nom-notivos de valor nominoln! „.

**-0S^^S.° ""'"• A""^"'° "^ =9P-!ol em oD'a>ot,6o - dei.berados pelos A_»emble.as reoli/odas nos data» de08 01 79. 09 02 79. 26 07.79 . 27 07.79. encontram.» „„«me, ., O0.woçòo ^j Sup..,nr,n<_»ncio d. S^.SPrivado*

~^,0_Jo^",c'31 ^defem__odel98l — JORGE DA SILVA PINTO. D.n_io. Prendenle — CPf 006051 407-82 ISMAEL?".n,A ?„U»N,ANIlH*

D.r.w V,c.-Pr.»iden.. _ CPf 307 910 748-04, OCTÁVIO PUMAR. Drítor Genil -CPF163 076 587-20. NICOLAU JOÃO NETO. Técn.code Contai. l.dodeCRC-RJ 18 416-6 CPf 032 604 457-49 MOtMADtTOMMASO LUGARINHO. Atuòrio M I PS. 128 - CPF 038 148157-34- oue «_í 4V. MutMA O)

ÀDiretório e Acionistas doCOMPANHIA PATRIMONIAL DE SEGUROS

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES1, E»ominomoi o balonço palrimoniol do COMPANHIA PATRIMONIAL 0E SEGUROS levontodo em 31 d»

dezembro de 1981, e os respectivo» demonstrado»» do re»ullodo do enercicio. da» muto<;6ei do patrimônioliquido e dos origens e aplicações de recursos, compreendendo o» operações realizadas no exercido findonaquela dota.

2. Nosso exame (oi efetuado incluindo reviiòes porooíí do» livro» e documento» de contabilidade, e outro»procedimento» técnico» de auditório que lulflomo» nece»»aiio> na» circunstância».

A companhio nào efetuou o avohoçáo do» investimento» em coligodas e controlado» peio método doequivoléncio patrimonial, conforme determina o artigo 248 do Le. n° 6404/76.Em nossa opinião, exceto quonto oo» reflexo» do» 0|u»te» odvindo» do foto referido no porògrafo 3.. o»demonttroqôes financeiro» acimo citoda». iepre»en'am adequodomente o jituoçôo patnomonial, financei-ro e o resultado da» operações da COMPANHIA PATRIMONIAL 0E SEGUROS em 31 de dezembro de 1981.de acordo com os seu» livros e registro» de contabilidade.

Rio de Janeiro. 26 de fevereiro de 1982ESYMÁ CARNEIRO. Auditores Set.

CRC RJ o» 0002

(As») ERYMÀ CARNEIROContador CRC RJ n° 2758

18 D 1" caderno a sábado, 87/8/88

IBV supera 40 mil pontos,batendo recorde nominal

ECQNOMIA/NEGÓningJORNAL DO BRASIL'

EMPRESAS

O índice Geral de Lucratividade —IBV — da Bolsa de Valores do Rio deJaneiro superou ontem os 40 mil pontos,batendo recorde nominal ao atingir 40mil 142 pontos na média do dia. A altade 2,9% para um movimento total deCrS 1 bilhão 703 milhões surpreendeuum pouco o corretor Carlos Muniz. Eraesperada uma retração em função dasmudanças que ocorrerão a partir do diaprimeiro (segunda-feira) no mercado fu-turo, determinadas pela CVM,

Os valores referentes a ganhos ouperdas de posições efetuadas a futuroserão, a partir de segunda-feira, credita-dos ou debitados diariamente nas con-tas dos clientes das corretoras. Tam-bém haverá ajuste diário das margensmínimas de garantia das operações, tor-nando assim mais seletivo e rigoroso

esse mercado. Anteriormente, a Bolsado Rio só liberava os resultados positi-vos dos Investidores nas datas de encer-ramento dos contratos.

De agora em diante, se um investidorestiver tendo lucro na sua operação afuturo o receberá diariamente. Assim,os ganhos retidos e que só seriam libera-dos no dia 15 de março estaráo credita-dos Já na segunda-feira. Por exemplo,quem comprou um lote de 100 ações deCr$ 100, agora valendo Cr$ 120, receberáCr$ 116 (Cr$ 120 menos Cr$ 4 de acertode margem). O vendedor coberto — fl-nanclador — que por fazer uma vendagarantida pela totalidade dos títulosnáo era chamado a reforçar sua mar-gem, passará a cumprir as mesmas obri-gaçôes dos demais investidores.

Petrobras dará dividendo semestralO conselho de administração da Pe-trobrás vai propor aos acionistas, emassemblêia-geral extraordinária a serrealizada dia 15 de março, alteração doestatuto da companhia, de forma a dis-tribuir dividendos semestralmente. Aconvocação da assembléia foi feita on-tem pelo presidente da empresa, Shl-

geaki Ueki.Na ocasião será discutida também avenda da participação acionária da Pe-trobrás na Estaleiros Amazônia S.A —

Estanave. A estatal tem o controle ma-

Joritário do estaleiro, que deverá serprivatizado com a venda já anunciadahá algum tempo, mas ainda não forma-lizada em assembléia.

O balanço referente a 1981 vai sersubmetido à apreciação dos acionistasem assembléia ordinária, também nodia 15. O capital social deverá ser eleva-do para Cr$ 320 bilhões 776 milhõessem modificação no número de ações!elevando-se o valor nominal do títulopara Cr$ 8,50.

Arvoredo — Desembarcamhoje no porto de Mucuripe,Fortaleza, 200 mil sementesdo PB121, uma variedadehídrica de coco desenvolvi-da pelo Instituto de Pesqui-sas de Óleos e Oleaginosasda França, importadas pelaAgropecuária Arvoredo, doGrupo Jerelssati.Baneo do Nordeste — Auto-rizado por decreto do Presi-dente da República, o Ban-co do Nordeste vai aumen-tar seu capital social paraCr$ 22 bilhões 500 milhões.A proposta de aumento se-rá submetida aos aclonls-tas na assembléla-geral dodia 4.EB A — "A economia brasi-leira em um mundo emtransformação" será o temada aula Inaugural de Marci-lio Marques Moreira, vice-presidente do Unlbanco, se-gunda-felra no Mestradoem Administração de Em-presas, na sede do InstitutoEmpresarial de Adminis-tração, Fundão.Citec — Começam segun-da-felra os cursos TeoriaEconômica e EconomiaBrasileira, Legislação doMercado de Capitais, Ad-mlnlstraçâo de Portfolios,Sistema Financeiro Nacio-nal, Registro do Capital Es-trangelro, Análise de Ren-da Fixa e Open-Market,Matemática Básica, Intro-

duçâo â Contabilidade.Análise de Ações, MercadoInternacional de Câmbio,Análise de Commoditles eMercado Futuro, promovi-dos pelo Centro de Instru-çáo Técnica da Ascesp, SP.Banco Cidade — Terça-feira o Banco Cidade deSâo Paulo, associado aoBanque Natlonale de Paris,inaugura nova agência emCampinas, SP.Homy — A Homy Consulto-ria Imobiliária Ltda. embreve passará a ocupar oitoandares do edifício â Ruado Mercado, 7, no Centro.Banerj — Terça-feira seráinaugurada a Casa de Pou-pança do Banerj na Rua'General Roca, 826, Tijuca,que terá uma equipe deatendimento compostaapenas de mulheres, dirigi-da pela gerente operacionalJurema Faria Barreto.Telefunken — A Telefun-ken Rádio e Televisão e aTelecolor da Amazônia aca-bam de produzir em Ma-naus o primeiro milhão deaparelhos de TV entre seusdiversos modelos em corese preto/branco.Reynolds — A R. J. Rey-nolds alcançou 33% de par-tlclpaçáo no mercado nor-te-americano de cigarros,produzindo 207 bilhões 200mil unidades. O volume devendas cresceu 7%.

BOLSA DE VALORES DO RIO DE JANEIRO

Ouant(mil)

Coloçoei (Cri)

Abert fKCh

% S Ind deMed do lucrai

Min Med Dia ani

BBandeirontpp 1.000 2.01 2,01 2,01 2,01 2.01 —100 50B Bro.ilon 2,141 10,60 11,10 11,35 10,60 llj° 72916032B.Bratilpp 8 792 I 1,70 11.70 12.00 11.60 II.82 2 16 15951B Econômico pn ||2 6.45 6.45 6.45 6,45 6,45 0 78 20673B.MBronlpp 10 6,50 6,50 6.50 6,50 6 50 —16169B.MercInvpp 3,60 3,60 3,60 3,60 3 60 — I5s'l9BNoconolon 2,30 2,30 2.30 2.30 2,30 Eu 107'jBB. Nacional pn 3.165 2.30 2,30 2.30 2,30 2.30 Eli 107 48B.Ncideiteon 14 3.55 3,55 3.55 3.55 3,55 - 181 12B Noideiwpp 65 5,00 5.00 5,00 5,00 5,00 — 16502Bonebpn \it> , 46 Mo , ib , i& < ?9 275 47«WOPP 80 2,10 2,10 2.10 2,10 2.10 7 69 15441?°"e'l°n 7' 1.30 1,50 1,50 1.30 1.36 '— 48s'7lB°™»ipp I9B 9,50 11,00 11.00 9.45 9 74 3 40 57294Banatipp 438 1.70 2,10 2,10 1,70 1.91 1235 68214Boneipapp 1.186 2.B0 2.75 2,80 2,75 2 75 2 23 155 37Bnnç,papp 15 920 2.60 2,55 2.70 2.50 2.64 K93 16500Bo-boraop IB 3.50 3,50 3,50 3,50 3,50 — 14768BelooM.nop 349 3,60 3.50 3.60 3.50 3.60 2 86 116 50Boi.S/momenop 7.00 7.00 7,00 7,00 7 00 — 12500BrqdMcop, 192 3,21 3,30 3.30 3.21 3,29 6.13 15302Btortmopp 7J7 405 J20 4.20 4.05 4.15 349 17811Brmiliulopo 10 5.60 5,60 5,60 5.60 5.60 '— 10200Om.flòn 120 0.59 0 59 0.59 0,59 0 59 _ 137'nCemigpp 299 0.83 0.85 0.B5 0.83 0,84 _. 13333Cem.gprtpp 50 0.74 0,74 0.74 0.74 0,74 —142 31C<"i°rj 50 0,95 0.95 0.95 0,95 0^95 — 135 71

Titulo

Cotaçoei (Crí)Ouant

(mil) Abert Fech Mòk Min

•<• 5' ind d,Meddo lucrai

MedDioonlNo ano Tiluto,

Cotoçóet (0$)Quonf

(mil) AW Fech Moi Min

•i S' indo*Meddo lucrai

AiUdD.oantNo ano

Doco»Sonlo*opFerro BtoiopFerro Bra» ppFiírfíiul ppFrnomciFinorclFimi Redor ClFilei Tur. eilochpeppManneimonnopMannetmann ppAteiblo57-pl ppMet. Gerdau ppMoinho Flum.opNova Américo opPe' lpifongoppPetrobroionPeirobfoipnfVtrob'OI ppRiogrondenieppS NoaonaipbSamítrt opSouíoCrujopI Joner ppTetet|oeTelerj onTeleri pn

1502

19

25882

5888014

2202.436

2032I

16593

116

7042

II 89241

992370731300500405

24

2.351.352.302.100.270.440.870,303.202,902,352,605.407.003.61•MO

6.009.009,802650.691.908,002.050.550.492.35

2.301.352 252.200,270,45

2,401.352.302.200.270.45

0,87 0,870.30 0.303.302,922,302,605,407.053.654,406.009.00

3.302,952.352.605.407.053.654,406.059,00

9,70 10.002.60 2650.681.888.152.000.550.552.35

0.691.908.152.050.550.552.35

2.301.352.25

2.100.270.440,870.303.202.902.252,605,407,003.614.406.009,009.702.600,681.858.002.000.550,492,35

2,341.352.27

2.180.270,45

1,74 117,59100.00106,07

5,83 160.29180.00125.00

0.87 16,00 161.110,303.292.912,312,605.407.033,634,406,029,009,932.610.681.868.072.030.550.552.35

115,38182.78

3.93 146,972.21 150,981.96 110.640.93 128.571.01 140.600.83 157,83

- 150,680,84 149.01

180.00

2.27 173.00¦1.51 117,572.86 170.000,54 130.072.28 146.46

140.00110.00122.22

0.84 130,56

Tran.bra.ilpp 1096 0.89 0.90 0.90 0.89 0.89 2.30 102 30Umboncoon 239 1,30 1,40 1.40 130 133 — 13571Uniboncobn I 918 1.30 1.35 1.35 1.30 Úl _ 13367Un.boncoon 124 1.50 1.50 1.50 1.50 1 50 _ 15306Uniboncopo 481 1.40 1,60 1.60 1.40 148 5 71 12437Umboncopb 15 1.40 1.40 1.40 1,40 140 Est 12727Umporbn 5 9 |0 9.10 9.10 9.10 9.10 _ 208^2Un.pa.on 6 7.00 7.00 7.00 7.00 7.00 - 16667Un.porpo 4112,50 12.50 12.50 12.50 12,50 HMi\.0tíVoJeS Docepp 2 599ll.0OII.l5ll.2OI0.90ll.il 8 92 147 54Wn.toAtan.op 9 742 2.60 2.60 2.65 2.60 2 62 155 15679

Mercado Futu roTilulot

B B'o.'l ppBar^ipo ppUo>t 00Mannetmonn opPetrob*o. poVale R Doce coWh.re Mon. op

Med Ouonttmil!

mar 11,90 12 02 49 640"X" 260 2 71 13 700mar 0.99 0.99 1 000mar 3.05 3.05 2 000mor 10.00 10.10 62 300"or II 50 11.37 1 560¦"<" ío4 J.69 7 800

BOLSA DE VALORES DE SÃO PAULO

São Paulo — A informação de que a Petro-brás passará a distribuir dividendos semestral-mente nâo chegou a influenciar os negócioscom suas ações ontem, na Bolsa de Sáo PauloComo é comum, a Petrobras liderou as opera-ções à vista, sendo responsável por 28,4% dovolume negociado. Entre as ações de primeiralinha — que tiveram uma valorização média de1,2% — a de melhor desempenho foi a Vale doRio Doce PP. com uma evolução de 5,7%O mercado fechou em alta ontem, com oíndice Bovespa apresentando, no fechamentouma evolução de 1,5% em relação ao dia ante-nor. As operações à vista aumentaram 105 7%atingindo um total de Cr$ l büháo 233 milhõesr*-/1^' negócios com ações concentraramCr$ 826 milhões 50 mil e as transações comopções de compra representaram CrS 407 mi-lhões 30 mil.

AítR MIN MID MAX FECH OSC OUANT(Mil)

TITUIOS ABER. MÍN. MED MAX. fECH. OSC OUANT(MIL)

Ace*|to opAço. Vi II pp .Alporgoio* onAlpargata» pnAma/onio onAnd Cloyton opAntarct Nord pnAnex ppAtmq ppBond c f inv onBond c f inv ppBandeirantes onBandeirante» ppBandeirantes ppBanespa onBanespa pnBanespa ppBanespa ppBarde Ha ppBelge Mineir opBemge onBemge pnB'c Wonark opBorella pnBrndesco onBrodesco pnBradesco fin onBmdesto Rn pnBrodetco inv onBradesco inv pnBrahma ppBroS'1 onB'as'1 ppBrasÜit opBrosmclor OpBrasmotor ppBuertner pnC Fobnni opC Fabriní ppCAF Brasilia ppCom Corroo ppCaso onglo cpCelnvopCemjg ppCesp ppCevat pnCia Hering ppCim itag ppCmepar pnoCimepar opCimepar ppbCobrasma ppCoest Consl pp

1.750,78

18.2015.501.203,552.452.400.403.002.752.002.001.732.002.352.702,552.203,401,601,419.000.933.203,202.112,112,992,904.10

10.6011.65

2,80

1.70• 0,7818.2015.50

1.203,552,452,350.403.0U2.752.002.001,732.002,352,652,502.053,401.601,419,000,933.203.202.112.112.992.904.10

10,6011.602,80

11,50 11,507,00 7,001.400.500.521.829.509,241.300,850,762,407,40

15.801,20

1,1711,752,700.60

1,400.500.511.829.509,201.300.850.762.407,40

15.801.201.701.652,700,60

1.700.80

18.2015.50

1,203,642,492,350,413,002.752.002.001,772.002.402,702,582,123,401.601,419,000.933,203.282,112,112,992.984.11

10,9011,852,90

11,507,331.400.500.521.879.509.251.300.B50,772.417,55

15,951,201,711.682,790,60

1.750.80

18.2015,50

1.203,702,502.400,423,002,752,002.001,802.012,412.752.652.203.411,601,419,000,933,203.302,112.113,003,004.15

11,0512.002.95

11.507,401.400.500.521.909.509.251.300.850.782,437,55

16,001.201,711.752 800,60

1.700.80

18.2015.50

1.203.702.502.350.423.002.752,002.001.802.002,412.652.502.103.411.601.419.000.933.203,302.112.113.003.004.15

10.8011,602.95

11.507,401.400,500,521,859,509.251,300,850.762,437.55

16.001.201.701,652.800,60

250+ 1.2 3.114•0,5 374

+ 3.3 50651

+ 4,2 1.2255

¦2.0 320+ 5.0 200

14¦8.3 2

+ 5.2 201.267

+ 5.2 1.174+ 5.2 122+ 8,0 176+ 1,1 1.533•1.9 4241•4,5 2.427

+ 3.3 203013

+ 8,3 100300

+ 1.5 2 699+ 4,7 8 943

4416

+ 3,4 38+ 3,4 590+ 3,7 165+ 1.8 632+ 0.8 15.356+ 5.3 400

520+ 5,7 508

62016

200Ç'2.2 467+ 2,1 210+ 0,5 l.lll

20+ 2.4 30+ 1.3 2 094+ 1,2 800+ 2,7 378-1,2 800

105832

+ 5.1 895+ 7,2 2.176

100

Cofap opCommd B Inv pnConfab ppConst Be»er ppCônsul ppbCopas ppCopeng ppaCopene ppaCopene ppoOuielro Sul ppDcxras Santos opOurote* ppEt isa ppEconômico pnEd Guias 1TB opEli/iorio pnEtumo ppEngesa ppaEricsson opEs* Bahia ppÊucatex ppFNV ppoFarol pnFer lom Bros onFer Lom Bta» opFer Lom Bros pnFer tam Bros ppFfbüsct ppFerro B'OS ppFerro ligas ppFertuui ppFrorxes Brás onFrigobras ppFund Tupy ppGroniotm ppHercules pplop onIbeva ppbIguoçu Cofe ppotnd V-IIare» opInd Villaiei pplochpo ppItoubonco onfraubanco pnlia uso onttausa pnJ H Sontos pplocta opLark Maqs ppL'ght opLObras opUbros ppMadeifit pnbMognesifa opMagnas ita ppaMaisonove In ppManah ppMangels Indl opMonge!» Indl ppMannesmann opMannesmonn ppMec Pesado ppMendes Jr ppMerc S Poulo onMerc S Paulo pnMei Gerdau ppMetal leve ppMicheletto ppMomho Lapa ppMoinho Sant ophíooonal pnNord Brasil onNoroesfe Est pnNoroeste Est ppNoroeste Est ppOrion ppPorona Equip ppParanaponema ppPaul F luz opPérsico pn

1,607.012.751.708.701.353.202,702.800.942,402,900,526.500,951.701,953.306,002,153,501.551.800.820.860.820 902.102,601.052.00

14,504.001.782.501,501.001,402,300.880.803,203.403.40

1.607.012.751.158.701.353.202.702.750.942.392,900,526.500.951.701.953,306,002.153.451.501.800.820,85

820.902.102.601.052.00

14.504.001.752,501,501,00

402.300.880,803.203,403,38

11.00 11.0011.60 11,603.00 3.001.450.870.B22.633.921.052.512.B01.452.503,404.202.712.252.40

11.223.202.705.354,501.302.408,702303.303.304,50

3,300.701,80

16 500.663,60

1,450,870 822,633.921,052.512.801.452.503.404.102.712,252,35

11.213,202,705 354,501,302.408,702.303,303.304.50

3.300.701.80

16,500.663.60

1.607.012.781,158.701.353.352.752 760.942.402.910.526.500.951.701,913.306.002.153.471.511.840.820.B50.8J0,902.102.601.052.16

14,744001.772.601.501.001.402.300.880.BI3.473.403,39

11.0012.003.001.450,870,822,633,951.072.632,801.452.503,404.152.712.252.41

11.253.202.705.384.501,302,408.702,303,403,304,503.340,701.80

16,920.663.60

1.607.012.831.208.701.353.402,752.800,942.402.950.526,500.951.701.953,386.002.153.501.551.850.820.860820,902.102.601.052.20

14,754,051,782.601.501.001.402.300.880,823 503,403.40

11.0012.203,001.450.870.822,633,951.102,702.801.452.503.404.202,712.252.45

11.303.202,705,404,501.302.408,702,303,553,304.50

3.450,701,80

17,000.673.60

1,607.012.831.158,701.353.402.752,750.942.392.930.526.500.951.701.953.306.002.153.451.501.850.820.850.870.9O2.102.601.052.20

14,504.001.752.601.501.001.402.300.880,81

»2.9

i 8.0•3.813.3

+ 5,3

-6.0+ 3.4+ 1.0+ 1.9

+ 4.0

/+ 3.5+ 2.5-1,1

•1,23,49 * 9,00.1 403.40

11.0011,903.001.450.670,822,633.921.102.702.801,452.503.404.102.712.252.45

11,303.202,70

+ 1.0 2 0004,50 —1.30 —2.408,702,303,553,304.50

3.450.701.80

17.000.673.60

+ 1,4+ 1,4+ 2.3+ 6,2

•1.1•4,6

/+ 4,7+ 8.0•5.0

/-3,8

¦•-6.2•4.6

+ 1,1•2,1

+ 2,7+ 6.6

1005

8511 050

100120

I 997582200

30I 015

041120625

30140870130

1658

787400

3015I

10097

300169

657122523305

2 25480125050

50050

I847225734807183

I 663737

410042

33649

587142200

16I 300

9400

•¦2,1•0,5

10.9r-1.2

+ 6.2+ 3.0+ 2.8

1821

2242850481430

24302063

311252315

34050

100429900

1.355

Pet Ipiranga ppP*t'obrôs onPslrotxós ppPeve onPhebo ooPhebo ppPir Bra»it>a ppPir.lli opP.r.lli ppPre meto ppReal onReol pnReol ppReol Cio Inv pnReol Cons pnReol Con» pnReol Cons pnReol Con» pnReol Con» onReal òe Inv pnReal de Inv ppReal Part pnRikiI Por) pnReol Port onReiripar ppSad<a Avicol ppSadia Concor ppSadio Joocob ppSomiíri opSamuy ppSchlo»Mrf ppSecum ppServm Eng opShorp ppS'd Nacional ppS>d Nacional ppSolo/rico opSolornco ppSouza Crui opSto Olímpia ppSudameru onSudameru pnTeta ppTeleri onTelerj pnTelesp oeTelesp onTelesp peTe'e»p pnTe< G Calfot ppTran»bra».l ppTronsparona ppTrorion pp

Unibonco pnUnibonco pnUnibonco onUnibonco ppUnibonco ppUnipar pnUn-por onUn.par ppUnipar ppVale R Doce ppVong ppVidr Smarino odVigcelh opVigoretli ppVotec ppWhit Marttn» op

AMR. MIN MÍO. MAX FECH OSC OUANT

______^ (Mil)

4 39 4.39 4,40 4.40 4.39 0 7806.00 6.00 6,02 6.10 6.10 OI 11969.90 9.70 9.93 10.00 9.80 -23 6877.73 2.73 2.75 3.10 3 10 233 00 3.00 3.00 3.00 3 00 I7.30 2.30 7.30 2.30 2.30 -4 700.95 0,95 0.95 0,95 0.95 »55 1 1003 20 3.20 3.24 3,30 3,30 »3.l 13172.80 2,80 2.84 2.90 2 90+35 162150 1.50 1.50 1.50 1.50 +7.1 7003 20 3.20 3.30 3 30 3.30 ? 3 7173.62 3.62 3.72 3.62 3.82 «5.8 20514,00 4.00 4 00 4.00 - I 2 I 256500 5.00 5.00 5.00 5.00 554.45 4.45 4.45 4.45 4.45 854.45 4.45 4.45 4.45 4.45 44450 4.50 4.50 4 50 4.50 1/65,00 5,00 5.00 5.00 5 00 3354,50 4,45 4.54 4.55 4.55 +1.1 1946.40 6.40 6.62 6.70 6,70 658

20.00 20.00 20.00 ÍU00 20 00 2594.83 4.83 4.83 4.83 4.83 3664.75 4.70 4,73 4.75 4.70 1 9404,50 4,50 4,50 4,50 4 50 622.20 2.20 2.20 2.20 2.20 563.00 3.00 3.00 3 00 3,00+3 104.20 4.20 4.21 4,30 4.30 -3.4 1502.35 2,35 2,35 2.35 2.35 +2.1 3001.90 1.90 1.90 1.90 I 90 61.00 100 1.00 1.00 1.00 251.75 1.75 1,87 1,90 1.85 +5.7 18400,35 0.35 0.35 0.35 - 12 5 I 0601.20 1.15 1.19 1,20 1.20 16131.65 1.85 1.87 1.90 1.90 +2 1770.66 0 66 0.67 0.67 0.67 1 8.0 168067 0.67 0.67 0.67 0 67 150.45 0.41 0,4? 0.45 042 .66 5180,56 0.53 0,55 0,56 0,55 BJ 4 249?90 7.90 7.98 8.00 8.00 +1.2 240.55 0.55 0,55 0.55 0,55 2534 90 4.90 5.00 5,00 5 00 -- 10664.05 4,05 4,05 4,05 4,05 +0.9 I1.35 1,30 1,37 1.40 1,39 +29 20190.48 0.47 0.48 0.4B 0 47+2 II2.37 2.37 2.37 2.37 2.37 *|,í 110.81 080 0,81 0,81 0.80 1050.73 0.72 0.79 0.80 0,80+11.1 5773.20 3.20 3.20 3,20 3,20 1063,20 3,20 3,30 3,30 3.20 5760.70 0.70 0 70 0.70 0 70 200,90 0.89 0.90 0.91 0,90 +3 3 1962,10 2.10 2.23 2.30 2,30+12.1 3224,00 4,00 400 4.00 4.00 1001.40 1.40 1,43 1.45 1.40 6511,40 1.40 1,40 1.40 1.40 3431.57 1,57 1.66 1.70 1.70+11.1 4441.60 1.50 1,67 1.75 1.75+16,6 14361.45 1.45 1,47 1.55 1.51 +7.8 1.3248.50 8.50 8.50 8.50 8 50 96.30 6,30 6.30 6.30 6,30 19

12,10 12.10 12.10 12.10 12.10 +4,7 5012.02 12.02 12.46 12.50 12.50+18 5511,00 11.00 11.00 11.00 11.00 +57 3002.85 2.80 2.61 2.85 2.80 -1.7 2 701 L5,65 5,65 5,71 5,75 5.75 +4.3 3680.45 0.45 0.45 0.45 0.45 -8.1 151 _0,30 0.30 0.30 0,30 0,30 220 ™0.55 0.55 0.55 0.55 0.55 -8.3 3102.60 2.60 2,60 2.60 2,60 +4.0 1.170

ÍNDICESINPC — Novembro: 5,5%; 6 meses: 36,8%(reajusta os salários em janeiro): 12 meses-95,3%; Dezembro; 4,6%; 6 meses: 37,6 (rea-justa os salários em fevereiro); 12 meses-

t 91,2%; Janeiro: 7,5%; 6 meses: 39,8% (rea-Justa os salários em março); 12 meses-93,1%.Salário mínimo — Cr$ 11.928,00.Inflação (IGP) — Dezembro: 3,8%; 12 meses-

95,2%. Janeiro: 6,3%; 12 meses: 94,7%.Correção monetária — Dezembro: 5,5%; 12

meses: 95,6%; Janeiro: 5,2%; 12 meses-96,8%; Fevereiro: 5,0%; no ano: 10,46%; 12meses: 96,8%; Março: 5,0%; no ano-15,98%; 12 meses: 94,1%. Abril: 5,0%; noano: 21,78%; 12 meses: 91,7%.

ORTN — Dezembro: Cr$ 1.382,09; Janeiro-Cr$ 1.453,96; Fevereiro: CR$ 1.526,66; Mar-ço: CR$ 1.602,99; Abril: Cr$ 1.683,14.

UPC — Janeiro a março: Cr$ 1.453,96; Abril aJunho: Cr$ 1.683,14.Correção cambial — No ano: 10,45%; 12meses: 96,40%.Dólar — Compra: Cr$ 140,45; Venda: Cr$141,15.Paralelo — Compra: entre Cr$ 179,00 e Cr$181,00; Venda: entre Cr$ 184,00 e Cr$186,00.Ouro — Compra: Cr$ 2.078,40; Venda: CR$2.165,00 (valor por grama para lingotes de1 mil gramas de ouro Degussa).Prime-rate — 16,5%.Libor — 15 1/4 (taxa válida por seis meses)Maior Valor de Referência (MVR) — Cr$5.733 (base de cálculo para contratos emultas federais).UFERJ (Unidade Fiscal do Estado do Rio deJaneiro) — Cr$ 3.500 (para cálculos de

pagamentos de taxas, tributos e multasestaduais).

SERVIÇO FINANCEIROMercado aberto

As taxas de juros para os financiamentos de •posição a curtíssimo prazo voltaram a subir on-tem, nas operações do mercado aberto, com avirada do mês aumentando a pressão sobre ocaixa das Instituições financeiras. Os financia-mentos para segunda-feira estiveram pressiona-dos todo o periodo: as taxas iniciaram a 3,15% aomès, subiram rapidamente para 3,75% e fecharama 3.60%, ainda em mercado tomador de recursos.O Banco Central havia garantido aos bancos queas taxas dos financiamentos over night (por umdia) seriam de, no máximo, 8% ao mês na próximasegunda-feira, o que lhes permitiria conceder fl-nanciamentos a 2,8% ao mès ontem. Mas a expec-tativa de recolhimentos aos cofres públicos supe-riores a CrS 200 bilhões na semana que vem fez, oque reduz as reservas bancárias, fez com que osbancos elevassem as taxas. Onte, nào houve com-pra e venda de Obrigações Reajustãveis do Tesou-ro Nacional e as Letras do Tesouro de vencimentoem maio tiveram tendência vendedora, sendo co-tadas a 66,85% e 65.70% de desconto ao ano, paracompra e venda. As operações somaram Cr$ 788bilhões com LTNs e CrS 733 bilhões com ORTNs.segundo a Andima. A seguir, as taxas de descontode todos os vencimentos das LTNs:V«rx *mnto Compra01*0310X13170324.D331/0307,0414,0421/042atl405-0412(041904260402/t>609/0620/06

58.5064,5066,5068.5069.0069.5069.0069.5067,5067.7567,0066.6066.1065.5064.9064 40

V.ndo57,7063,7065.7067,7068.2068,9068,4068.9066 9066.8566.6066.2065,7065.0064.4043 90

23/06 63.90 63 4030/06 63.40 62,9007/07 62,90 62,3024/07 62.40 61 8021/07 61,90 61.3028A)7 61.70 61.1004/08 60.90 60 30U/08 60.40 59.8018/08 59.90 59 3025*8 59.40 56.80

22(139 58,00 57 0020/10 56.00 55.00"•'II 54.00 53.0022/12 52.00 51.00

19/01 50.50 49 5009/02 49.50 48.50

Interbancário Dóiar e ouroO fmttodo mfeíbancófMa d« càm.

b<0 poro tonUotCn pomo» apf»»«n-tóy-m oíefectdo ontem, eom um volu-m« rwduJiòo d« n*g«'W. cuioi toio»OKiiaram enfr. OS U0.57 • Cri1-*0.B5, pa»a ie'egramoi • ch«<)u*i,

O bancário futuro manHv*-»» <.-¦;bfOÒO, rr»o» também com um vo'um«t«Ju*«rio Ó* nttgòcot. %\m\ to»oi fi-¦oram-wemOl 141.15 mem 3.95",a 4,35% ooméi, para contrato» d« 30o 180 à<at rte pra/o.

londr»» — O boiar nonit-ome."cofx> lubtu ontam ffent« ó» pr.no.pa>* moeòa» «ufop*iai, i*n<lo cotoòo•m Icmdre» o 1.8187 dólof por litro«miro 1.8327 do v^ipero. Em Zut,'.au*. antKj.u 1.8902 tronco julco porOoloi, contra 1.8820. • «m FranWun.2,3817 morem por dólar, frente ao*2 3730 mnrto* do dia onrenor Oouro. por mo voí, declinou em ton-dre» « Zurique, onde fo« cotado a363.25 . 362.50 dólo-ei po. onco.re»pecfivarr*ente

Taxas de CâmbioMela,DólarDólar aultrottanoLibroCoroa dinamarquesaCo<oa rw^egueiaCo»oa luecaDólar ca nade neÍV.VÓOFloiimFranco BelgaFranco fronte»Franco »uif,oien laponéiLira italianaMarcoPesetaXelimA» to«01 oòma foram

Compra140 451 50,1 7254.4317,50423,27024 149I 13,892,000453.3643.202922.98473.700

0.588860.10880

58,5891.35568.3601

V.nda141.15151.89257,4617,70823,54724.431115,192.031253.9963.241223.25774,502

0.595970.11009

59,2741,37198.4622

Repatfte140.66150.39254,8117.53023.30524,185114.062,003453.4443.207723.01873,810

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58.6771,35768,3726

Cobertura141.01151.74257.2017.69023.52374.406115.072.029253.9423.238023.23474.518

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focbamento do mercodo de câmbio brai»leiro

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Ai lo*o« ocimo. to/ncKidoi oelo Banco Centro!, tèm corottrinformolivo, com validade porá oi próximo» òo>» d'a» úteu.

meramente

Mercado

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Nota. Alumin,o. Chumbo. Cobre, Ejtan}^Níquel e Zinco —em libra» pur Tonelada».Prata — em pence por troy (31,103 gr»)

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Opções de CompraBOLSA DE MERCADORIAS DE SÃO PAULO

Código

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3 1003 1603 440

6004000

200

Negocioirealiiodo»

Nova Iorque — A Bolsa deValores de Nova Iorque encerroua semana em baixa ontem, como índice industrial Dow Jonesdeclinando 1,90 ponto, para fe-criar a 823,91 pontos. Foram ne-gociadas apenas 44 milhões deações e o número de altas supe-rou o de baixas na proporção de808 contra 635, sendo que 415títulos permaneceram estáveis.

Os anailstas comentaramque o comportamento da Bolsafoi provocado pelo ligeiro au-mento das taxas de juros dostítulos do Tesouro norte-americano, o que levou os invés-Udòres a temerem um maiorcrescimento dos meios de paga-mento nas estatísticas a seremdivulgadas nos próximos dias.

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Mínimo fechamento817.83 824.39333.63 336,3810654 107,23321.02 323.54

Foron, ot tegulntei oi prer.01 l,no„ doi ocoe» do Bolio de Novo Iorque, ow.mem dolarei.

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25 1/2Eoimork 50Exxon 203/4Finsitone 10 1/8ford Motor 19 T/8GenDynomic» 23Genfclwtric 6? 7 8GenFoodt 31Gen Motor 37GrE 281/2Gen Tire 19 7/6GettyOil 471/2Gillette 32 3/4Goodr.ck 19 1,8Goodyaar 191/4G«ocew 391/8GtAil&Poc 73/4GulfO.1 301/2Gü-fltWattem 15 7/8

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2.320680425

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2320665400

3 360

Fech..

2 2452 320

6723412

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Negòciotreoitiadot

145

17

IBM 61 7/8IntHarve.ter 61/2Im Paper 35 17?Im tele'Tel 27Jobntoni Jonnion 37Kennecoit Cop 22 5<8liHonlndu»! 50LockHeeedAirc 49AtenotociHono»er 31 3/4Mcdonell Doug 59 5/8Merck 78 5'8Mob.lO.1 22 7/8AV>n»ontoCo 671/2NobiKO 31 7/8NotDittiIlien 217/8NCBCoro 46NI Indull 27Nortbea»tA<rline» 27Occidental Pet 213/4Ol/nCorp |9 |,'gO^em.linon 253/8PrxiflcGoiAEl 221/2Pon Am World Ai: 2 7/8FtennCenlrol 24 14)P»p».colne 34Pi>tarCbcn 5518PMlipmofft» 45lr'2(ti<M;p,Pei 32 1/8

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JORNAL DO BRASILsábado, 27/8/88 a Io caderno o 19

Li-; i ESPORTES

Cynthla Brito

Keke Rosberg foi melhor do treino da F-lAltitude levanatação a chegarantes a La Paz

Por recomendação do Almirante LamartlnePereira, especialista em altitude, a Seleção Brasl-leira-convocada ontem para o 26° CampeonatoSul-Americano de Natação viajará com três sema-nas de antecedência para La Paz, local da compe-ti<J'âo e que está 3 mil 200 metros acima do nível domar. Esse período, segundo o especialista, é lndis-pensâvel para adaptação dos atletas aos proble-mas causados pela altitude.

A viagem para a Bolívia será dia 11, já que acompetição está programada para o período de 5 a10 de abril. A delegação para o Sul-Americano serábasicamente de jovens, enquanto a Seleçào Princi-pálxom. Djan Madruga, Jorge Fernandes, RicardoPrado e Rômulo Arantes Júnior participará so-mente da Copa Latina, de 15 a 17 de abril, emBuenos Aires.

,', A equipe de natação para a Copa Latina ô aseguinte: Ciro Delgado, Djan Madruga, Jorge Fer-nandes, Marcus Mattioll, Luís Francisco Carvalho,Ricardo Prado, Roger Madruga, Rômulo ArantesJúnior, Adriana Pereira, Cláudia Duarte, PatríciaPascarelll, Paula Amorim, Rosamaria Prado, Vir-ginia Andreatta, os técnicos Daltely Guimarães(FJamengo) e Denir de Freitas (Fluminense) pode-rão chamar mais duas ou três nadadoras que sesaírem bem no Sul-Americano.

, Ao Sul-Americano irão: Antônio Cunha, Car-losjVaccari, Ciro Delgado, Custódio Leite Ribeiro,Júlio César Teixeira, Luciano Alves, Luis Sobri-nho, Marcelo Borelli, Maviael Sampaio, PauloBattisti, Ricardo Almeida, Ricardo Polito, RonaldMeneses, Silvio Monteiro, Ana Alice Ferreira, AnaKeila, Deborá Reis, Fernanda Feitosa, Isabel Mi-randa, Maria Murad, Mônica Kestener, MônicaPinto, Rita Ferrando, Vanessa Ito, Vera LúciaCottim, Vera Soares. Os técnicos sáo William deLima (pinheiros) Alberto Klar (Flamengo) e Ricar-do Moura (Fluminense).

• Ao Sul-Americano também irão equipes denado sincronizado e saltos ornamentais. Nos sal-tos foram convocados Marco Antônio Bastos, Mar-cos Lourenço, Cláudio Ceratti, Andréa Boheme,Arigela Mendonça, Maria Cristina Labatte e Alva-ro Brito Pereira (técnico). A equipe de nado sincro-nizado será Paula Carvalho, Tessa Carvalho. AnaCláudia Santos, Sheila Portugal, Isabela Nunes.Cristiane Nunes, Érica Rocha, Mônica Pontes,Maria Helena Reis, Vlvien Patrícia da Silva eMagali Cremona (técnica).

Water-pólo perdee está em último

México — O Brasil sofreu mais uma derrota naCopa Latina de Water-pólo: 14 a 8 para a Seleçãode Cuba, que se manteve invicta e sô necessita demais uma vitória para ser campeã.

Na mesma rodada, a equipe da França venceuo México por 11 a 6, ficando ambas empatadascom duas vitórias e duas derrotas. O Brasil, quenào venceu ainda — jogou quatro partidas —ocupa o último lugar na classificação.

Fim de semana

g • Semana Pré-Olím-pica Atlântica Boavista,no Iate Clube do Rio deJaneiro (Urca). Hoje, so-lenidade de abertura àslOh, e Ia regata às 13h.Amanha, 2a regata às13h, e palestra (táticas de

regata) às 20h. Classes Finn, Soling. Star.470, Wlndglider e Tornado. Prossegue atédia 6.• 1° Torneio de Abertura da Têmpora-üa, no Iate Clube Jardim Guanabara(Ilha do Governador), hoje e amanha,com largada às 13h. Classes: Òptimist,Oceano, Dingue, Pingüim e Escaler.

¦ ——————————

• Terésópolis GolfeClube, hoje — Taça Pre-

¦ »¦ sidente Vicente Galiez,Jn J stroke play, 18 buracos,

m categoria 0-36; amanha,/| ». Taça Bianca Bragança,

par point, 18 buracos, ca-tegoria 0-36.

• Petrópolis Golfe Clube, hoje — Meda-lha Mensal, stroke play, categorias 0-22 e23-32; e Ia volta do Campeonato do Clube,que prossegue amanha, categoriasscratch, 0-20 e 21-32, stroke play, 72 bu-racos.Itanhangá Golfe Clube, amanha, TaçaCoqueiro, stroke play, categorias 19 a 32,18 buracos. Encerramento da temporadade verão

• Torneio de Abertura,no Centro Eqüestre dePetrópolis, hoje, a partirdas 9h, com três provas:os tipos Hunter (obstácu-Io a 0,80m), Ommia(l.lOm) e Grande Prêmio(dois percursos a l,30m)

Copa de Verão SupraSumo, de bicicross, ama-nhà, 2' etapa a partir das8h30m, no PeacocksPlay (Avenida Alvorada,2 541 A, Barra da Tijuca,em frente ao Macro). Ca-tegorias: mirim, infantil,

juvenil e adulto.¦

Vasco x América (Ta-ça de Ouro), amanhã,17h, Maracanã. Preços:geral, CrS 100; arquiban-cada, Cr$ 300; cadeira co-mum, CrS 600; cadeiraespecial, CrS 1 mil 200;camarote (cinco pes-soas). CrS 3 mil. Sem preliminar.

BCorrida Rústica da

Lagoa, circuito Copacen-tro. amanhã, na LagoaRodrigo de Freitas, per-curso de 7,5 quilômetros,largada às 8h.

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O finlandês Keke Rosberg reafirmou suas qualidades de piloto,batendo o recorde no seu primeiro treino

Dor de pescoço, malque preocupa pilotosDor no pescoço é a nova preocupaçãodos pilotos para o GP do Brasil de Fórmula-

1. Nelson Piquet não treinou ontem porqueestava com o pescoço dolorido; Gilles Vílle-neuve também reclamou bastante; e KekeRosberg chegou a pender sua cabeça commolas, para tentar sem sucesso evitar queseu pescoço doesse.

Um dos motivos aparentes seria o senti-do invertido do circuito de Jacarepaguá, quetem sua largada do sul para o norte. Mastudo Indica que a nova Associação de Pilo-tos Profissionais de Corridas mostrará suaforça dentro de pouco tempo para anular oregulamento atual que permite minissaiasfixas e, consequentemente, mais velocidadenas curvas.

Segundo Alex Dias Ribeiro, que já foi daex-equipe Coperçucar e que escreveu o livro"Mais que Vencedor", onde conta as tramasexistentes na Fórmula-1, teve uma longaconversa com Villeneuve e concluiu que ospilotos sofrem nas curvas três vezes e meiamais a força da gravidade e náo conseguemsegurar a cabeça, forçando demasiadamenteo pescoço.

Os atuais carros da Fórmula-1 possuemaderência fora do comum nas curvas c comoem Jacarepaguá elas sáo longas, o pescoçoacaba doendo multo.

Gammon marca novostestes para pneus

Toda a equipe da Good Year esta extre-mamente contente com as provas de pneusrealizados em Jacarepaguá, mas o técnicoAllen Gammon disse que nos dias 11, 12 e 13de março haverá outra experiência impor-tante no Rio, quando serão feitos os últimostestes para o GP do Brasil, com maior nume-ro de equipes.

— Os testes estáo quase todos feitos e osdiversos tipos de compostos têm reagidomuito bem. como ficou provado com a me-lhora dos tempos provocada pela, queda datemperatura. Foi pena náo chover para tes-tarmos os pneus apropriados para a pistamolhada.

Mesmo sem considerar imprescindível oteste com pneus de chuva ("só temos pistamolhada em dois ou três corridas por ano").Gammon diz que seria ótimo se chovessehoje pelo menos por uma hora.

Nos próximos testes no Rio, segundoLee Galig, principal nome da equipe daGood Year que está no Brasil, deverão serutilizados 130 compostos novos, vindos dafábrica de Ohio.

Para Gammon, outro importante dapróxima série de testes no Rio é que alémdas equipes que usam pneu Good Year.haverá equipes que utilizam outras marcas,o quo possibilitara uma boa comparação dosestágios de evolução das diversas marcas.

Landi dá conselhosao campeão mundialCom "74 mil quilômetros rodados", co-

mo diz fazendo blague à sua idade, o primei-ro piloto brasileiro a participar da Formula-1. Chico Landi, esteve ontem no autódromode Jacarepaguá, assistindo aos testes depneus, e deu um conselho ao atual campeãomundial, Nelson Piquet:

Nas primeiras provas você tem quemaneirar um pouco, senão todo mundo vélogo que ele é o adversário".

Com sua grande experiência nas pistas.Landi disse ainda que, se o carro e bom. náoé preciso sair ganhando logo nas primeirasprovas, mas fazer 'uns pontinhos senão todoadversário força multo o ritmo quando o vèpor perto".

Para Landi, a maior mudança dos atuaiscarros em relação aos de sua época são ospneus traseiros.

Com esses pneus os carros ganhammuito mais estabilidade nas curvas, o quepermite velocidade muito maior. No meutempo, nos tínhamos que tomar uma sériede cuidados que hoje são desnecessários.Nâo tínhamos nem cinto de segurança. Ecomo os pneus de trás eram muitos finos e ocarro bem mais alto que o de hoje. nascurvas tínhamos que diminuir muito paranâo haver risco de sair da pista, rodopiar ouvirar.

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Pitpiet ouviu os conselhos de Landi(E) e aproveitou a folga para conversar com seus amigos de neta

Piquet revive bons tempos da TijucaO dia de ontem foi um dos mais alegres

para o campeão mundial Nelson Piquet, quenâo treinou e dedicou especial atenção avários amigos de infância, com quem revi-veu momentos marcantes "dos tempos demoleque", quando ainda residia na Rua Àn-gelo Agostini, na Tijuca. A cada lembrançade uma passagem importante, Piquet solta-va gargalhadas junto com Toca, Guilhermi-no, Paulo Ricardo e Catanha.— Lembra do dia em que a polícia deuuma batida no bar do Português? Eu estavacom uma pistola de ar comprimido na cintu-ra e quase me urinei quando a polícia entrou— recordava Piquet, que quase foi preso aos13 anos, quando era conhecido apenas porMazolinha. apelido que adquiriu porque gos-tava de jogar pelada e imitar o centroavanteMazola. da Seleção Brasileira de 1958

"Não mudou nada"Na parte da manhã, Piquet chegou a

ajudar os mecânicos a trabalhar no motor cieseu carro, mas à tarde náo fez outra coisa senâo rir e se descontrair da tensão dos testes.Após o almoço, seus amigos chegaram aoautódromo e uma rodinha de papo se for-

mou em frente ao boxe da Brabham. Quemvisse Piquet poderia jurar que ele estavavivendo um dos melhores dias de sua vida.Uma das coisas que mais me lembro,Toca, foi a transação do vidro. Lembra? —Diante da negativa do amigo, Piquet conti-nuou:

Papai havia comprado um vidro ray-ban e trocou pelo original de seu Mercedes-Benz. Mas Geraldo, meu Irmão, colocou ovidro original no seu Fuça e vendeu o carro.Dias depois, papal foi procurar o vidro e nàoencontrou. Geraldo apanhou e saímos jun-tos para tentar comprar outro vidro.

A conversa girou sempre em torno docarro e foi com Catanha que Piquet recordouas vezes que ia para o Alto da Boa Vistabotar pegas de Fusca (Volkswagen 1200 ou1300).

Daquele tempo para hoje nào houvenenhuma mudança em Piquet — afirmaCatanha (José Carlos, que tem hoje 31 anos ecorre de Stock Cars em Brasília, onde resi-dei. que morava na Rua José Higino e parti-cipava das travessuras com Geraldo e Pi-quet. Tanto náo mudou que após ter per-

dido o GP do Brasil pela má sorte na escolhados pneus, Piquet no foi dia seguinte lá naTijuca bater papo com a gente — diz Toca(Antônio da Rocha Gomes, de 35 anos emorador na Rua Sabóia), com quem Piquetmantém um ótimo relacionamento, emboraquando era criança pertencesse a outro gru-po etário.

Os irmàos Pauli Ricardo e Luís Gullher-me Vinhas, de 26 e 28 anos, guardam asmelhores lembranças da infância de Piquet,até porque foram seus amigos de pelada nocampo improvisado na esquina das RuasSabóia e Henrique Fleius.

Desde criança Piquet era fissuradoem carro de corrida. Com o Fusca de suairmã Gerusa ele ganhava de outros carrosmais possantes. Suas brincadeiras predile-tas eram carrinho de rolimá, jogar futebol ecaçar — diz Guilhenninho.Nós nunca pensávamos que ele che-garia a Campeão do Mundo. Ele conseguiu otítulo mas nunca mudou com a gente. Sem-pre que pode vai à Tijuca e nos conta suasdificuldades no início da carreira, quandodormia dentro de um traiier que tambémera oficina — afirma Paulo Ricardo.

O finlandês Keke Ros-berg obteve ontem, no ter-ceiro dia de testes de pneusGoodyear, o melhor tempopara a pista do autódromode Jacarepaguá, cumprindoos 5,03 quilômetros do cir-cuito em Im31s78, marcaque deixou os componentes

,da equipe Williams otimis-/ tas quanto ao sucesso no

/ GP do Brasil, dia 21 de mar-/ ço. Nelson Piquet não trei-

nou ontem e encerra os tes-tes da Brabham hoje.

Além de Keke Rosberg,que substituiu Carlos Reu-temann no volante do Wil-liams WF-07, apenas o cana-dense Gilles Villeneuve este-ve na pista com seu Ferrari,mas seu tempo nâo foi dosmelhores (Im32s35) porqueo carro ainda náo atingiuseu ponto ideal de desenvol-vimento e teve problema emum dos turbos.

et ti

VáriasA Williams estabeleceu

séries de 10 voltas para tes-tar o carro pela manhã, commolas e pneus duros. Depoisde dar várias voltas pelo cir—cuito, Keke Rosberg conse-guiu a marca de Im36s91,seu melhor tempo na partematinal do teste, quando ocarro esteve desequilibradopara forçar os pneus dian-.teiros.

Após o almoço, Keke vol-tou à pista, e como o tempoestava mais fresco obteveIm32s23 na primeira série -de seis voltas. Parou no bo-xe, trocou os pneus — decorrida para os de classifica-ção — e conseguiu a melhormarca do circuito de Jacaré-paguá. Keke foi premiadocom o tempo de Im31s78porque foi quem mais trei-nou durante os três dias detestes.

Gilles Villeneuve tam-bém pretendia trabalhar du-ro mais os constantes acer-tos do carro impediram queele alcançasse seu objetivo,embora tenha feito váriasséries de três a quatro voltaspela pista. Seu carro apre-sentou problema em um dosturbos e ele só conseguiuandar mais rápido quandocaiu alguns pingos de chuvano autódromo, refrescandoa pista.

O turbo A do carro nâofuncionava nas curvas debaixa velocidade e, apesardo B estar bem, Villeneuvenào conseguiu chegar à casados 31 segundos, o que pode-rá ocorrer hoje no encerra-mento dos testes.

Villeneuve, Piquet, Keke.Rosberg e vários outros pilo-tos, inclusive o brasileiroChico Serra, estarão trei-nando a partir do dia 11 demarço, quando a pista deJacarepaguá será aberta a" ;todas as equipes que dispu-tarào o GP do Brasil.

Finlandês achaque pode melhorar

Piloto mais rápido dostrês dias de testes de pneusno autódromo de Jacarepa-guá, o finlandês Keke Ros-berg, da Williams estavabastante satisfeito com o fa-to, apesar de frisar que otempo é o menos importan-te no tipo de testes que vemfazendo:

Sempre é bom ser omais rápido, mesmo quandonão está valendo nada.

Quando os treinos já es- •tavam encerrados, a equipeWilliams pediu autorizaçãoespecial para treinar larga-da, o que Keke fez duas ve-zes. Depois, disse que sem-pre que há oportunidade a„„equipe faz esse teste porqueé necessário para as modifi-cações no motor.

Ontem foi o primeiro diaque Keke treinou, pois suaequipe trouxe apenas umcarro e nos dois primeiros"-dias o piloto foi o número 'um da Williams. Com issohí>„'acha que somente hoje osmecânicos poderão fazer .modificações mais sérias nocarro, pois os trs primeirosdias foram ocupados com""testes de pneus e algunsacertos de aerodinâmica.

Agora vamos fazer coi-sas maiores e a principal de-Ias é modificações no chassi.Mas mesmo assim continua--rão a serem feitos os testesde pneus e da parte aerodi-námica do carro, que aindatem muito o que melhorar,apesar do bom tempo que¦_£fiz.

80 n i° caderno o sábado, 87/8/88 TURFE JORNAL DO BRASIL

Holce é a força na primeira prova de hoje1" PAREÔ — às 14h00 — 1000 metro* — areia rocordo

<59«4/5) — Cranaos — Cr$ 220 mil DUPLA EXAtA — POTRANCAS DE 2 ANOS, SEM VITÓRIA

2!—3

b3-6

BffFomtntif J Rrcaidn 12 55luyubeii.E B Queira*.., 55Jemima.R.Marque». 55Ho>'ce,J.Pinto... 55Zunna,JR.Silvo II 55Nelilo, 1 B.Peii-ira 55UmolIlIa.AP.Soulo 10 55Egayonte.G F Almeida 55fc*quiiiifiGirl,ASouío 55Blumélm. W.Coila 55F!oe<fci,R Freire, 55Filo, J.C CosMIo 55

3" (6) Ponerto • Umalilla,6° (B) Sabuio e Be Fonioitic7" (8) Ivory Coosl e Holc» ,2° (8) Ivcry Coosl a Bluméllo5° (8) Ivory Cocut 0 Holce8° (8) Ivory Coosl g Holc»-1° (8) Ivory Coou • Holl»tsheonto8o (0) Sabu|á e Be Fonioitic3° (8| Ivory Coasl e Holt»o° |8) ivoty Comi e HolceEstreante

1000100010001000100010001000

ALALALAlALAl

E.treante ,1000 Al.1000 AL1000 ALEsireonte

Im03lIm03s2Im02s1 m02lIm02sllMlWSImOii

Im03s2lm02s

,1..(>.'>

I. D. GuedeiZ. D. GuedesG. P. CoifoA. Poim P>W. G. OliveiraJ. B. SilvaA. MofalM

K Mora leiJ. SilvaA. A. SilvoDaniel NeloDaniel Nato-

2° PÁREO(59s4/5) Cranaos -

- às 14h30 — 1000 metros areia — recordeCr$ 210 mil POTRANCAS DE 2 ANOS, SEM VITÓRIA

I—I Ballydowa.jPmio 55 3o (9) Goy Cloie e Biln 1000 Al Im00s4 I J. A. limeiraQuiiione.ARomos 55 6° (°) Goy Clcn« « B.lK 1000 Al IrnOtM J. I. Pedroso

!_3 Glbille.AP.Soura. 55 4o (9| Goy Cla.o e Billi 1000 Al ImOOU J. B. SilvaEmirado.E Freire 55 7o (9) Goy Cbre e Bilti 1000 Al Im00s4 Daniel Nelo'

3—5 rvtadlenn.JMallo., 55 Eslreanle Eslreanle W. AllonoNoore.E Ferreiro. 55 Eslrean'e Eslreanle W. P. Lovor

4-7 BeCharmino.J.Ricordo ... 55 8° W) 5'lver Cup e Enloipoda 1000 AP Im0ls2 L. D. Guedeslonoho, F.Pereiro 55 Eslreanle Esireonle t. P. CoulinhoAIIGood, AQIiveim 55 4° (9) Silvar Cup e Enio.podo 1000 AP Im0ls2 A. Morales

3° PAREÔ — As I5h00 — 1300 metros areia — Recorde(78s1/5) Atop Sin — Cr$ 148 mil CAVALOS DE 4 ANOS, SEM MAIS DE 2 VITÓRIAS

1 — I Cohtçoto, J.QuetfOí .. .2—2 Bordel, W. Andrade . .3—3 Doglace.MC.Pono

4 GfeotDofd.J Ricardo.4—5 lordif.G F Almeida...

ó Excnp'e. J B.fonHXO.

57575357

2° 8) Eiodus Von Demork e Croskshoi5o 9) Perl e Fiero8" 9| Perl e FíoreIo 8) Ocarlon e JaborlIo'( 9} Carybantet e loponl7a 7) 1rode Wmg o Vingo

160014001400120013001100

NMAlAlNIAlNL

Im42l2Im26lllm26llImUslImJOl1 m06s<

L. AcunáWG. OliveiraJ.M. AtagòoA, NahidW. AlionoJB. Silvo

(65s4/5)4° PAREÔ — As 15h30m — 1100 metros areia — Recorde

Barter — CrS 176 mil DUPLA EXATA — INICIO DO CONCURSO — CAVALOS DE 3ANOS, SEM VITÓRIA

1-1 Cy"ruSiA.P.5òuic 56 4o (13) Foneto e Ben Volod 1200 NI ImISll M Morales2 Balliio.J.Queiror II 56 11" (1 I) Greol End • Folly Boy 1300 AU Im2ls2 PMorgodo

¦ 3 FmeBlood.J.Ricordo 12 56 13" (13) Sweel Sidí e Prosaico 1000 NM Im01s3 Z D. Guedes1—4 íulmineo, J. B Fonseco 56 5° (12| Fan«o e Ben Valnd 1200 NI ImISll W. Pedersen

Cróieoo.J.Machodo 56 6o ( 8) ExortMonie e Foneco 1100 AP Im09i3 C. Rosololdador. MC Porra 10 56 3° (13) Sv.ee! S.di e Prosaico 1000 NM Im01s3 JM Arogóo

3—7 Roller.M.Monieiro 56 6° ( 8) Ayhuno e Blonco Boho 1000 NI Im02s4 H CunhaB Tamoo.J.Enleves 56 8° (13) Sv.oei Sídi e Prosaico 1000 NM Im01s3 C IP. Nunes9 O.elhono.G.F.Almeida 56 8o (10) Fovero diy e Demeinus 1400 AM Im28s J. Coutinho

.4 10 Kemboá.J. freire 56 Eitnxmte— Estreante™ Oant«l Neto11 Sombolo.E Sonlos 56 6" ( 8) Ili.rra e Oldhan 1000 NI Im0ls3 S I. Cftmoro12 Jubidoou.J Pmio . . 56 7o (11) G'ro! End • Folly Boy 1300 AU Im2li2 JG V.eira

(59s4/5)5° PAREÔ — As 16h00 — 1000 metros areia — Recorde

- Cranaos — Cr$ 122 mil ÉGUAS DE 5 E 6 ANOS, ATÉ CRS 270 MIL

I—I Gelsomino.P. Corcimo S7 2" ( 9) Indianera e Dinho So 1000 NI ImOlu l C. BononiNueva.E Marinha 57 2o ( 9) M.ss Bruleur e Mo Fleur 1200 Al ImUi! G. UHoo

2—3 DmhoSo.F. Pereira 58 3" ( 9) Indionero e Geliomma 1000 NL Im0ls3 J B .SilvoDovtato, J.C. Castilho 55 7° ( 9} Indionero e Gelwmina 1000 Nl Im01*3 JB S-lva3—4 Recorda Sempre, J. Rtccdo 56 4o ( 9) Indionero e Gelsomtna 1000 NL Wr»0i»3 E P. Coutinho

GrealC D F. Graça 56 8° ( 9) M.si Bruleur e Nuevo 1200 Al ImUsl A. Nahid4—6 AtMonsuro.A P Souro. ... 57 6o ( 9) Indionero e Gelsomino 1000 NI lm0H3. M Moroles

Pôxa.J Machado 56 6o ( 9) Mus B'uleuf e Nueva 1200 AL ImUsl E. Cardoso

6° PÁREO — Às 16h30 — 1300 metros areiaRecordo: (7.8'il/S) — Atop Sin — CrS 122 mil CAVALOS E ÉGUAS DE 5 E MAIS, ATÉ CrS 600 mil

I—I Fronte, J. Ricardo 57.Edonko.A PSouío 55

2—3 Beaulipu. G. Meneses 4" 56II Shikyn.G.F. Almeido 55-3—5 tbtúne.F. Pereifo 58

Farohoun.J. P.nto 574—7 GrosJeu.J.Quoirol 57

'• Escalo.J M S'lva 58Bonlire.í Santos ., 53

3o ( 9) Atop Sm e RubncL6o ( 9) Atop Sm e RubrickIo (12) Doa Mod e Dulch1° ( 8) 0on Demêino o BeoWn5° ('6) lukior e Shot-EI-AiobIo (10) Escroque e EscordilloIo ( 6) Good lowyer e Shirkyn4° { 6) Látex e Cos'igÜon«8° ( 9) Atop Sm e Rubrick

130013001300120016001300110010001300

AlNLNIAlAlAUNPA"Nt

ImISllImlBllIm2!slm!3.3lmJ7s2Imjlil•m09s3

I mOOlImlBsl

L D. GuedesA. Noti.dF< Soi-oivüW. Al.onoM. Mo'al«il. Acu6aJ. C MorcnoniP. MoiQadoS FfO'KO

A principal carreira de hoje no Hlpó-dromo da Gávea vai reunir na distânciade 1 mil metros potrancas de dois anos,sem vitória, tanto no Rio com em CidadeJardim.

O retrospecto mostra como provávelvencedora Holce, por Heath em Our Pri-de, que progrediu multo depois da suarecente exibição quando conseguiu umexcelente segundo lugar na turma. Suamaior rival é Egayante, uma estreanteque dizem ser excelente corredorà.

Segundo páreoHá muita fé na vitória da estreante

Nooze, que descende de Ecletlc em Hipl-retta. O retrospecto da competição é Bal-lydowa que deve ter melhorado aindamais depois do seu recente terceiro lugarpara Cay Clare e Brltz. O melhor azaraqui é Õlbile, numa carreira que podeficar difícil caso, a estreante Nooze náoconfirme as esperanças nela depositadas.

Terceiro páreoCoblçoso agora alcançou um bom nl-

vel na sua forma técnica e vem semprechegando no marcador. É o retrospecto edeve confirmar esta condição. A duplaentão passa a ser a maior preocupação dacompetição, com vantagem para Tardif,que ganhou muito fácil na turma debaixo.

Quarto páreoFulmlneo é força indiscutível da pro-

va. Na última vez muito prejudicado aln-da arrematou na quinta colocação numótimo esforço. Agora, deve finalmenteconfirmar o seu excelente estado atlético.Toldador, que vem de boa corrida, é peri-goso aqui, principalmente porque voltoua demonstrar uma ótima forma no seuapronto de quinta-feira. Dos outros, há fénovamente em Cyrus.

Quinto páreoPerdeu uma corrida incrível na última

vez a égua Gelsomina, confirmando, é umdos pontos mais certos de logo mais. Aluta pela dupla deverá acontecer entre AlMansura. Dinha Só e Recorda Sempre,com ligeira vantagem para a conduzidade F. Pereira F°.

Sexto páreoFoi muito boa a última atuação de

Fronte, chegou terceiro para animais denível superior; agora, é o principal nome

disparado da competição. A luta peladupla fica difícil entre Beaulleu, Escalo eIbiune, com ligeira vantagem para o pri-meiro, pelo seu bom apronto de quinta-feira.

Sétimo páreoCarreira difícil para um prognóstico

mais seguro. Vamos ficar com o retrós-pecto que aponta Lavoro, animal quevem de segundo para Tremendo correndomulto em toda reta final. Seu maior emais perigoso competidor é Jongovllle —estreante — que em Cidade Jardim, jáandou misturado com animais da esferr.clássica. Um bom azar é Mister dosPampas.

Oitavo páreoEsta é indiscutivelmente a carreira

mais fraca tecnicamente da reuniáo dehoje, tudo pode acontecer nestes lamen-táveis 1 mil metros. O retrospecto é Do-blete, multo ameaçado por Paroará. Odifícil será sair desta fórmula.

Nono páreoNão correu o que era esperado na

última vez o animal Losar. Deu umapequena parada e agora retorna em con-diçóes de vitória. Seu maior rival é Uan,

I que foi multo apostado e não fez absolu-tamente nada do que era esperado porseus responsáveis.

Décimo páreoVamos insistir em Kind To Run, anl-

mal que anda perdendo corridas Incrí-veis. Agora, saindo numa pedra favorável— sete — deve largar e tomar a pontapara ganhar, até, com absoluta autorida-de. A luta pela formação da dupla deveser entre Lextrino, Herói Flete e Claymo-re, com uma ligeira vantagem para oconduzido de L. Januário.

Retrospecto123456789

10

Holce — Égoyonte — TuyubeüNooie — Bollydowo — GtbileCobicoso — Tardif — Greol DeedFulmíneo — Toldador — CyrusGelsomino — Dinho Só — Al MansuraFronfe — Beaulleu — EscaloLavoro — Jongoville — Mister dos PampasDoblete — Paroorà — Brtghl Daytosar —- Uan — InsurrectoKind To Run — lextnno — Herói Flefe

Recorde; (84s4/5) — FourPAREÔ — As 17h00 — 1400 metros areia

- Cr$ 176 mil DUPLA EXATA — Cavalos de 3 anos, si mais de 2 vitóriasCanter

1—l Favoro.E Fefreira 56 2o ( 7) Tremendo « Jonr«o.-o 1.600 AM Itrr&fUI W. P lave1 Kionlo.J. Machado 66 5o ( 7) Tremendo e lavoro I60O AM Im38sl G. fei|0

2—3 EISauce.JM S.lvo 56 1° (10) lluitrious e Rei leòo 1200 AP Imléll A. P. Silvo" Jongoville. J Escobar 56 Eslreant» tstreante A P. Silva4 RunnmgBond. FPereira 56 V { 81 Icarus e Good Deol 1300 ' AU !m?0sl G. F. Santos

-3—5 Cathen.J.Pinto 10 56 7o ( 7) liemendo e lavoro 1600 AM Im38sl L. D Gmsfei" Anesono.J.Ricordo 56 Io (10) llusmous e Bencatel 1200 NM Iml5s3 1.0 Guedes6 ben Selim. I Agostinho 56 6o ( 8) Icorul e Oun.ng Bcnd 1300 AU Im20il A. Motol.s

4—7 InshRuler.J Molto 56 7o ( 7) lutonkon e Atop Sm 1300 Al Iml9s7 W.Meireles8 Oerr.ck.G Meneses II 56 3° ( 8) ShatEl-Arob e lremendo 1600 GM lmJ6>2 G. Ulloa" MulerdojP J Quetror 56 6o ( 7} Tf entendo e lovoro 1600 AM Im38il G Ut'oo

8° PAREÔ — As 17h30 — 1000 metros AroiaRecorde: (59s4/5) Cranaos — Cr$ 122 mil CAVALOS DE 5 ANOS í MAIS, ATÉ CrS 50 MIL

1 —I Doblete. A. Ferteiro 562—2 BoloKh,! Agoidnho 5-»

3 Dõgia.J.c.Coslilho 563—-i Paroara.H.Cunhai"Jr 56

5 RedVomp.l.Moio 584—6 InBnghiDay.jM Silva ... 56

7 Fananto.J B r-onveco 58

2° ( 6) G«o/.'joo e Red VompEjticoiiie7° ( 6) Portoge e EÒü D A.genl•*° (13) f.irjfo e Bom Go-ope6o { 7) tvory* e Quemondeur3o ( 7) Água Proio e Gion/iano5y ( 7) Ivofy* e Gutfmandeu'

1100twieorttft10001000130011001300

Nl Im0°s M CunhaW Penelai

Nl Im01s4 l Acu6oGl S9i1. J, L. P.otoNl lm33sJ t CordoioNM ImIOsl. J. C. Marcha.Nl !m?3s2 G lllloo

9° PAREÔ — As 18h00 — 1400 metros areiaRecorde: (84s4/5) Flour CrS 176 mil CAVALOS DE 3 ANOS SEM VITÓRIA

1—I losar, F Pereiro 562 Sm.o.A. PSouio 56

2—3 Uon.G.F Almeida 56. 4 Balmont.M And«ode 56

3—5 Insunecío,GMeneses 566 E«press World.J.Pinto 56

4—7 Galar. P Cardoso 568 lianhandu.J. R-to'do 56

4° ( 8) Zool e lertiui5°( 7) Demeinus e Teri.us6o ( II) Great End e Folly Boy7° ( 9) Oron e Fito

2° ( 7) Ben locr.s e Folly 8oy5o ( 8) Zool e len.us6° ( 6) Zool e len.usEstreante

1600160013001200130016001600EVfeonie

Al Im38l4.AL Im3°sl.AU lm2H2.AM Iml5s3Nl Iml9i2Al Im38s4Al Im38s4

f P CoufnhoO. UlloaW AhonoA. V.e.roM AV) taleiJ. C. MoultonfR. CarrapetaJ G Viena

10° PAREÔ — As 18h30 — 1000 metros areiaRecorde: (59s4/5) Cranaos — Cr$ 148 mil DUPLA EXATA —CAVALOS DE 4 ANOS SEM MAIS DE 1

VITORIAI—1 K.ndloRun.F.Pere.ro .7 5/ 2° (12) So.nt Jamei e (i Rumbeodor 1000 Nl ImOlsl O. J. M D.os

2 CtossingRood,r Arau(0 JR3 57 5o ( 8) Le Fougueu* e Sa-ni James 1000 Nl Im0ts3 5 P Gomes2—3 GreotOote.J F.e.re 57 1° () I) Bond Street e Ok Royal 1000 NM Im03s3 E Borram

4 Claymote.L EslevesJr 57 6o (12) Somt James e Kind Io Run 1000 Nl ImOlil. E P. Coutinho.. 5 Kibunganzo J Pinto 57 6o (10) Eteno e Salvador 1300 Nl Im20i4 C. I P. Nunes3—6 Kaleidoscope.l Agost.ntio. . II 57 Io (12) Joc.randi e lomeio 1000 Nl lm02i W Peneloi

; 7 luyulesque.J.Mctlio 10 57 11° (17) Saint Jomes e K.nd Io Run 1000 Nl 'ImOlsl P. Mo.godo1 8 Hero. Flete. J 8 fonieca 57 10° (12) 5a.nl James e Kind Io Run 1000 Nl ImOlsl. O. M Fernandes4—9 le.ti.no.I Januõtio 57 Io ( 6) Que Suen e Supervisor 1600 Nl Im40sl. C. Rosa

10 Noupon.G F Alme.do 57 7o (12) So.nt James e K.nd Io Run 1000 Nl ImOlsl Daniel Neto"II OossWmd.J C Castilho 57 | 9° (I I) Jaban e Kind To Run 1000 NP Im02s3 J. M Arogoo

• A principal carreira des-Ia semana no Hipódromoda Cidade Jardim e o im-portante clássico Linneode Paula Machado (GrupoII). na distancia de 2 milmetros, areia, variante,com Cr$ 750 mil de dota-çao. cujo campo completoe o seguinte:1-1 t*G«Kge ..„.. ...,,-w.v.J.M Amorim2 2 HeovenQuií J.PedtoP3'3 f'OnKing,.......„..., LYon«i44 Moybelhulime J.Garcia5-5 OMoiOr. A BoffOW6-6 Defviih I Sompo-o

Dfegmy ... , t.C.S.Iva7-7 Quomnpll . R Penochio

Virgulino ., I Ou»mano

O Haras Bage do Sul jáestá com a sua geração depotros de 1980 toda ela àvenda, que é a seguinte:Bluma, por Urmarino emSingle Cry; Blue Angel,por Fleet Son em Heine;Belle Dance, por Urmarinoem Mon Aniour; Bela Ma-rina, por Urmarino em HerLaugh; Bem Feita, por Ur-marino em Amiria; BlackDollar, por Heathen emMontagne; Bobthen, porHeathen em Venusa; BomBom, por Fleet Son em En-chova; Bacharel, por Ur-marino em Swap; BobFleet, por Fleet Son em MiVasquita; Bela Bibi, porUrmarino em Trau; Bilo

Bilo. por Fleet Son em Es-melita; Belvedere, por Ur-marino em Honey Pie;Buck Son, por Fleet Sonem Naduca; Bagé Ville,por Columbus em Druida;Bleche, por Fleet Sun emBorgonhesa; Bardela, porUrmarino em Eize: BelaNau, por Columbus emPrincesa Nau; Billy Son,por Fleet Son em Ilka; BayFleet. por Fleet Son emCumbaya; Big Bola, porLukmarino em Calinat;Baby Son, por Fleet Sonem Flavía; Black Big, porColumbos em Una Lágri-ma; Roulien, por Juaneroem Nakayama; Boc Son,por Fleet Son em Monoca;Belo Mar, por Urmarinoem Deguel; Benonita, porUrmarino em Danabre;Burkis, por Urmarino em

Kumls; Blud Son, porFleet Sun em Ludmila;Bloow Up, por Heathen emTerana; Blan Fleet, porFleet Son em Dame Blan-che; Boa Amiga, por Hea-then em Miconos; Bauci-mar, por Urmarino emBaucis; Badurent, porHeathen em Cadur; BageGold, por Columbus emTildita; Base Son, porFleet Son em Casbah, eBoca DOro, por Heathenem Sensacional. Maioresdetalhes com o treinadorSílvio Morales ou ManoloMorales.

* * *• Ecano, que estreou ga-nhando na Gávea, vai rea-parecer no simplesmenteclássico Comissão Coorde-nadora da Criação do Ca-valo Nacional (grupo III).

JOCKEY CLUB BRASILEIROAVISO

Srs. Proprietários, Criadores e Profissionais do Turf. Comuni-camos que os pagamentos de Prêmios referentes às Reu-niôes realizadas em 18. 19. 20. 25. 27. 28/02 e 01,03/82,serão efetuados na Quinta-feira dia 11/03/82, devido aosferiados do Carnaval. (P

Volta fechadaP\

Escoriai

Asórie

de provas clássicas paulistas re-servadas à comparação de produtos1*(portanto, limitadas a animais de três'"e auatro anos), continua amanhã corií;'

a disputa dos dois quilômetros do importanteclássico Linneo de Paula Machado (Grupo 11)^'na pista de areia e variante, exatamente osegundo comparação de cavalos. E bom lem- *brar que esta série é composta de cinco páreos, atendo já sido corridos dois, os importantes1'clássicos Presidente do Jóquei Clube (Grupo'II), milha, areia, primeiro comparação decavalos, vencido por Maybe This Time (Locris"em Mabird, por Kamel), criação do Haras ,Sideral e propriedade do Haras Scotland, eLuiz Nazareno de Assumpção (Grupo II),,também na areia e na milha, primeiro compa-ração de éguas, dominado por outro produtodo Haras Sideral, Remember (Locris em Red-brick, por Crepello), só que de propriedade dòStud Inshalla. Deste modo, só ficam faltando,após o clássico de amanhã, mais dois páreos:importante clássico Fábio da Silva Prado (Gru-po II), 2 mil metros, pista de grama, segundocomparação de éguas, e, por último, o sommet,importante clássico Rafael Aguiar Paes deBarros (Grupo II), 2 mil 400 metros, pista degrama, exatamente o comparação de produtos.

ANALISANDO

com atenção o feliz-'mente pequeno campo do importanteclássico paulista de amanhã, vamosver que as possibilidades comparativas

do mesmo, pelo menos em termos normais,são muito pequenas na medida em que ageração mais velha está mais do que pobre-mente representada. A rigor, somente Quan-trell (Urt em Xinena, por Nordic), criação do'Júlio Molletta e propriedade do Haras Taman-daré, pode ser lembrado embora suas possibili-.dades de vitória sejam, teoricamente, muito:pequenas. Conseqüentemente, em um primei—ro nível de leitura, os três anos, que domina-ram já os dois primeiros clássicos comparati-vos, têm enormes e quase imbatíveis possibili-dades de continuar a dominar a série.

DO

ponto-de-vista de retrospecto, doisnomes da geração 78 têm amplo desta-que: O Maior (Tratteggio em HeiloRiso, por Earldom II), criação e pro-

priedade do Haras Faxina, e o já citado Maybe ,This Time, exatamente o ganhador do primei-ro comparação de cavalos.

O filho de Locris já mostrou ser corredorde razoável padrão clássico na areia, raia onde,-além do Presidente do Jóquei Clube, dominouos 1 mil 300 metros do simplesmente clássico"Autusto de Souza Queiroz, ainda aos doisanos. Teve uma série de atuações extremamen-'te desinteressantes, tanto na grama (onde, até-agora, jamais produziu performance ao menos-honrosa) quanto na areia. Sua vitória, no-rentanto, no primeiro comparação, na primeirasemana deste mês, foi muito bem recebidapelos experts, que se encantaram pelo estilo:exibido. Aparentemente, o descendente de'Man 'O War reencontrou o padrão de carreirado início de campanha e, amanhã, terá uma -primeira (e boa) oportunidade de confirmaresta impressão. :!

Embora sem vitória clássica, O Maior, porsua vez, já mostrou ser de uma consistênciamais do que apreciável. Em termos gerais,inclusive, este filho de Tratteggio impressiona 'bem mais do que Maybe This Time. Em trêsgrandes encontros seletivos da geração, organi-zados pela Comissão de Turfe do Jóquei Clubede Sâo Paulo, o filho da Oaks winner HeiloRiso, apresentou-se bem, tendo terminado,inclusive, segundo no grandíssimo clássico^Derby Paulista (Grupo I). Contra ele. amanhã, rhá o fato de, aparentemente, correr bem maisna raia de grama. Por outro lado, não custa,lembrar que suas possibilidades estão semprecondicionadas ao seu estado de nervos. De--difícil temperamento, muitas vezes já entraderrotado na raia pelo grande desgaste prévioa que se submete.

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O GOL DO CUPOM

BRASIL

e Hungria, pelas quartas-de-final da Copa do Mundo de 54, na Suíça,foi considerado em principio uma espé-

cie de decisão: o encontro das duas maioresequipes da época. Foi uma partida que provo-cou muitas controvérsias — houve três jogado-res expulsos — e a Hungria confirmou ser umadas grandes equipes de todos os tempos, ven-cendo por 4 a 2.

Mesmo sem Puskas, seu grande jogador, aHungria impôs o ritmo, começando de formaarrasadora: aos oito minutos do primeiro tem-po. sob forte chuva, já vencia de 2 a 0. Hidegkutifez o primeiro gol, logo aos três minutos, depoisque Castilho defendeu dois chutes seguidos de

Czibor e Kocsis. Participou também do segun-do, dando o passe para Kocsis marcar.

A Seleção Brasileira mudara três atacan-tes, mas manteve seu excelente setor direitocom Didi e Julinho. Por ali saíam suas melhoresjogadas. Aos 17 minutos, uma boa troca depasses entre Didi e Índio foi interrompida comuma falta de Buzanski em índio dentro da área.Djalma Santos bateu o pênalti com violência ediminuiu para 2 a 1, que seria o resultado doprimeiro tempo.

O segundo tempo começou com faltas se-guidas e alguma de deslealdade. O terceiro golda Hungria também foi marcado de pênalti:Pinheiro cortou com a mào um passe de Cziborpara Kocsis. Foi a vez de Lantos bater o penal-ti, também com violência, e fazer 3 a 1.

Mas o Brasil criava boas jogadas, principal-mente pelo lado direito. Numa jogada indivi-

dual. com uma série de dribles, o brilhanteJulinho acabou por dar um chute fortíssimo,vencendo o grande goleiro Grosics e marcandoo segundo gol do Brasil. Faltavam 25 minutos,era um jogo aberto e franco, com lances boni-tos. Mas Bozsik reagiu a um pontapé de NiltonSantos e foram ambos expulsos pelo juiz Ar-thur Ellis.

O Brasil agora jogava muito bem, tentavaconseguir o empate, e talvez por isso tomou oquarto gol num contra-ataque, quando Cziborinvadiu pela direita e centrou para Kocsismarcar de cabeça, aos 44 minutos. Houve tem-po apenas para que o meio Humberto desse umchute em Lorant e fosse imediatamente expul-so. A briga continuou nos vestiários, onde hou-ve garrafas e chuteiras voando.

BRASIL 2x4 HUNGRIA

Local: Berna. Juiz: Arthur Ellis (Inglaterra). Hungria: Grocsis, Buzansky e Lantos,-Bozsik, Lorant e Zakarias, Toth, Kocsis,Hidegkuti, Czibor e Toth II. Brasil: Casti-lho, Djalma Santos e Pinheiro, Brandão-zinho, Bauer e Nilton Santos; Julinho,Didi, índio, Tozzi e Maurinho. Gols: no Iotempo, Hidegkuti e Kocsis para a Hun-gria e Djalma Santos para o Brasil, no 2otempo, Lantos para a Hungria, Julinhopara o Brasil e Kocsis para a Hungria.

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JORNAL DO BRASIL ESPORTE sábado, 87/8/88 D _° caderno D 81.ta5__^—»,^- ¦

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Pré-Olímpica de latismo tem primeira regata_"_! ____..i>__i __s_______ . _ n 1 A 1__ _!._., _».. —___. _._. ^^^^O alemão ocidental Ale-

xander Hagen, campeãomundial de Classe Star,com um grande hematomana coxa, talvez nâo possacorrer a primeira regata daSemana Pré-OlímpicaAtlântica Boavista de Ia-tlsmo. A competição, eli-mlnatória para formaçãoda equipe brasileira quevai à Pré-Olímpica de LosAngeles e vários campeo-natos mundiais, começahoje, com provas para asClasses Finn, Wlndglider,470, Star, Sollng e Tor-nado.

Hagen, uma das maioresatrações da Semana, trel-nou ontem com o parceiroRobert Dietrich e quandochegou ao cais do Iate Clu-be do Rio de Janeiro sen-tiú fortes dores na coxa,lesionada quando pratica-va esqui na neve, há 15dias. Do Iate Clube ele foilevado para a Clinica Orto-pédica Lidio Toledo e apósuma série de radiografias eexames foi-lhe recomenda-do repouso absoluto.VANTAGEM PARAGASTÀO

A nào participação deHagen na primeira etapapoderá dificultar bastantesua chance de conquistar otitulo, porque seu maioradversário é o brasileiroGastão Brun, bicampeãomundial de Soling, e queapós ganhar invicto o Sul-Americano de Star, deci-diu se dedicar exclusiva-mente a esta Classe, vlsan-do os Jogos Olímpicos deLos Angeles, em 1984.

Ontem, praticamente to-

dos os concorrentes aprovoltaram para treinar, comdestaque especial para adupla brasileira campeãolímpica de Tornado, AlexWelter e Lars Bjorkstrom.Alex chegou esta semanada Alemanha Ocidental,onde trabalha, e sua tlnlcapreocupação era o reem-bolso da passagem aéreacusteada por ele.

Alex disse que apesar denào velejar há algum tem-po, devido ao Inverno euro-peu, nâo deverá enfrentarproblemas de entrosamen-to com Lars, porque am-bos se entendem perfeita-mente bem a bordo. Elesutilizarão o mesmo barcoque velejaram na Olímpia-da de Moscou.

— Acredito que não ha-verá problema algum parareceber a passagem, ape-sar de a Classe ter pensadoem convidar vários estran-geiros, praticamente es-quecendo de mim. No en-tanto, eu viria de qualquermaneira para a SemanaPré-Olímpica porque pre-tendo conquistar a vagapara ir a Los Angeles naraia e não em razão daminha medalha de ouro.

O espanhol José LuisDoreste, ex-campeào mun-dial de Finn, duas vezescampeão europeu e repre-sentante de seu país nosJogos de Moscou e Mon-treal, treinou ontem comvários brasileiros, demons-trando estar em ótima for-ma. Jorge Zariff, um dosfavoritos, disse que ele ve-leja bem, mas que está emigualdade de condiçõescom os brasileiros.

Arquivo — 13/2/80

Campeão mundial contrao melhor da Olimpíada

Dave Ullman, bicam-p_áo mundial da Classe470, fabricante de velas econsiderado um dos me-lhores timoneiros dos Es-tados Unidos, nos últimos20 anos, correrá em duplacom Eduardo Penido, queganhou a medalha de ouroolímpica, como proeiro deMarcos Soares. A Classeapresenta grande equilí-brio, porque Marcos Soa-res está em ótima forma edeverá travar bom duelocom o bicampeào mundial,decidindo finalmente,quem ê o melhor timoneirodo mundo na 470.

O detalhe curioso é que ogaúcho Vítor Hugo Schnei-der, atual campeão sul-americano de 470 poderáfurar a dobradinha, pelaexcelente forma física etécnica em que se en-contra.

CLASSE SOLING

Na Classe Soling, prati-camente todas as tripula-ções botaram seus barcosná raia e o grande favoritoé o brasileiro TorbenGrael, que terá na proaDaniel Adler e RonaldoSenft. Seus maiores adver-" sários são: Fritz Géis, daAlemanha Ocidental, umdos mais experientes timo-neiros internacionais daClasse; Reinald Conrad,qúe tem três medalhas deouro em Jogos Pan-Americanos e uma de

v bronze, na Olimpíada de_$Jontreal. Seus proelros

sào: Cláudio Biekarck,campeão mundial de Pin-guim e quarto colocadonas duas últimas olímpia-das e Gunnar Ficker.""A outra tripulação de ai-

to nível é formada por José"Paulo Barcelos, vice-cam-peão mundial de Laser,

seu irmão José Augusto eNelson Falcão. Finalmen-te, a Classe Soling terá naraia o experiente AugustoBarroso.

O norte-americano DonYoakum è o grande favori-to da Classe Wlndglider,mas vai enfrentar váriosbrasileiros que estão mui-to bem tecnicamente: Car-los Rossi, Luís André, Car-los Dohnert, Artur Chaves,Felipe Furquim, FelipeBarreto, Bob Nick e WilliWerner.

Durante todo o dia o IateClube do Rio de Janeiroapresentou grande movi-mentaçâo, com a pesageme medição dos barcos,além da Inscrição dos iatis-tas. A solenidade de aber-tura está marcada para ho-je, às lOh, e a largada daprimeira regata para asseis classes está programa-da para as 13h.

Até ontem à noite esta-vam inscritos; Finn (11barcos). Star (16), Tomado(13), 470 (20), Soling (14) e31 velejadores de Windgll-der, num total de 182 iatis-tas. Mas os organizadoresacreditam que este nume-ro deverá ultrapassar 200.

Estào previstas sete re-gatas, valendo os seis me-lhores resultados de cadaiatista. No caso de etapasanuladas por qualquer mo-tivo, seráo seis, cinco, ouno mínimo quatro regatasválidas, sempre eliminan-do a pior classificação.

As raias seráo do tipotriangular olímpica e os ia-tistas só poderão trocar debarco, durante a disputada Semana Pré-OlímpicaAtlântica-Boavista, orga-nizada pela ConfederaçãoBrasileira de Vela e Motor,com autorização da Co-missão de Regatas.

¦¦;¦':¦ i*. ¦ '

O americano Vllman, bicampeão mundial de 470, vai enfrentar Marcos Soares, atual campeão olímpico

VBuccaneer'" lidera a

Sídnei—RioRegataO barco australiano Buccaneer, que lidera a Regata

Xerox Sydney—Rio, com distância aproximada de 8 370milhas náuticas, segundo os organizadores deverá che-gar ao Rio entre segunda e quarta-feira, conquistando avitória da prova no tempo real.

A largada ocorreu na baía de Sydney, dia 24 do mèspassado, com a presença do Prefeito do Rio, JúlioCoutinho, e os três barcos que estào competindo —saíram quatro, mas houve uma desistência devido aavaria no leme — após passarem o Cabo Horn, noExtremo Sul do continente sul-americano, entraram nooceano Atlântico.

Ontem, o Buccaneer. que tem em sua tripulação oúnico iatista brasileiro inscrito na travessia, OsnildoDagoberto Bighi, velejava em águas territoriais argentl-nas, próximo a Buenos Aires, enquanto o Taaroa, barcoda Nova Zelândia cotado para vencer no tempo corrigi-do. e o australiano Anaconda navegaram junto ao litoraluruguaio.

Volta ao mundoMar Del Plata — Os 24 barcos que estão disputando

a Regata Volta ao Mundo largaram ontem de Mar DelPlata em direção a Portsmouth, última etapa da traves-sla, que teve saída em Gosport, Inglaterra, e escalas emCape Town, África do Sul. e Auckland, na Nova Zelândia.

Os comandantes dos barcos mais rápidos, como oCeramco, da Nova Zelândia, e o Flyer, da Holanda,acreditam que terminarão o percurso de aproximada-mente 6 mil milhas entre 35 e 45 dias. O líder naclassificação geral (tempo corrigido) ê o francês CharlesHeidsick III, comandado por Alaln Gabbay.

Maratona selecionaráatletas nos Estados

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Sào Paulo — Com o objetivo deobservar e selecionar corredores, serárealizada em São Paulo, no dia 21 deabril próximo, a "1" Meia-MaratonaAtlántlca-Boavlsta-JORNAL DOBRASIL". Outras seis meias-maratonas vào acontecer em diversascidades do pais e seráo classificatóriaspara a 3' Maratona do Rio de Janeiro,em agosto.

Os três primeiros homens e as duasprimeiras mulheres que cruzarem alinha de chegada, após os 21 quilôme-tros e 100 metros da Meia-Maratona deSào Paulo, seráo convidados pelaAtlântica-Boavista e JORNAL DOBRASIL a participarem da Maratonado Rio, com viagem e estadia pagas.

InscriçõesO percurso ainda não foi definido,

na primeira reunião de trabalhos reali-zada ontem, na Atlântica-Boavista,com a presença do diretor Pedro Bar-bado, seu assessor de relações publi-cas. Rubem Pereira de Argollo. e NeyMurce, representando o JORNAL DOBRASIL. Mas as inscrições estarãoabertas já na primeira quinzena demarço, e terão prazo até o dia 14 deabril, ou até que seja conseguido olimite máximo de 2 mil participantes.

Postos de inscrições seráo abertosna Atlântica-Boavista da AvenidaPaulista, em suas filiais de Osasco.

Guarulhos e Santo André, e tambémnas lojas Top-Time dos Shopping Cen-ters Iguatemi, lbirapuera e Eldorado.O concorrente (homens e mulherescom idade mínima de 15 anos) pagaráa taxa de Cr$ 200 e receberá na horaum kit contendo: número que seráBxado na camiseta, ficha de Inscrição,regulamento e uma apólice de segurosda Atlântica-Boavista, que garanteuma quantia de CrS 300 mil para aci-dentes que possam acontecer com oscorredores durante a prova.

Também no dia 21 de abril seráorealizadas meias-maratonas em Brasi-lia e em Porto Alegre. No dia Io demaio será a vez de Florianópolis, 16 e23 do mesmo mès. em Belo Horizonte eSalvador, respectivamente, e final-mente a 10 de junho, em Fortaleza.Nestas cidades, os dois primeiros colo-cados na categoria masculina e a pri-meira colocada na categoria femininaserão convidados a participar da Ma-ratona do Rio, com exceção de BeloHorizonte, onde, como em Sáo Paulo,os premiados serão três homens e duasmulheres.

A Maratona Atlântica-Boavista doRio de Janeiro já esta incluida nocalendário internacional da associa-çáo da categoria, e o primeiro homeme primeira mulher colocados na provaserão levados a participar da marato-na de Nova Iorque, em outubro.

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Copacom mais

Letra começade 600 times

Uma cerimônia monumental,onde náo faltarão o Hino Nacional,o hasteamento de bandeiras, oacendimento da pira olímpica e aleitura do juramento do atleta, porRui da Silva, abre amanhã, às9h30m, no campo do Bonsucesso, aCopa Letra de Futebol Amador, omaior campeonato de futebol ama-dor já disputado no Rio. A Copareunirá 618 equipes só do GrandeRio.

Futebol femininoRadar/Unibanco e Clube Fede-

ral vào decidir em partida extra dia6 de março, em Copacabana, o tor-neio feminino de futebol de praiaCoppertone Open. O jogo entre asduas equipes, dia 14, terminou em-patado em 0 a 0 inclusive na prorro-gaçâo, mas nâo foi possível realizara decisão por pênaltis devido à in-vasão do campo pela torcida e àfalta de iluminação.

Os dirigentes dos dois clubes, decomum acordo com a Image Pro-moções, organizadora, decidiramrealizar uma nova partida e nãoapenas a decisão por pênaltis.

NESTE DOMINGO—OITO DA NOITEAO VIVO — DIRETO DE PORTO ALEGRE

INTERNACIONAL

ATLÉTICO MIN

ConnorsderrotaWinitsky

Monterrey, México — Onorte-americano JlmmyConnors passou para asquartas de final do torneioda ATP (Associação de Te-nistas Profissionais) aoderrotar Van Winitsky(campeão do HollywoodClassic Internacional) por7/6 e 6/0. O torneio dlstri-bul em prêmios 370 mil dó-lares (cerca de Cr$ 52 ml-lhões) e dará ao campeão60 mil dólares (cerca deCr$ 8 milhões 400 mil), masnào faz parte do VolvoGrand Prix.

Outros resultados: NickSaviano (EUA) 3/6, 6/2 e 7/6Bruce Manson (EUA).Johan Kriek (África doSul) 6/1 e 7/6 Morris Strode(EUA), Fritz Buhening(EUA) 1/6, 6/2 e 7/6 JohnAlexander (EUA).

No Torneio Avon. femi-nino. de Oakland, foram osseguintes os resultados dasegunda rodada: ChrisE"ert Lloyd (EUA) 6/2 e 6.2Catherine Tanvier (Fran-ça), Andréa Jaeger (EUA)6/1 e 6/1 Cathy Jordan(EUA). Barbara Potter(EUA) 6/3 e 6/4 Kate La-tham (EUA) e WendyTurnbull (Austrália) 6/0 e63 Yvonne Vermaak (Áfri-ca do Sul).

NO FLUMINENSEO Fluminense vai orga-

nizar o Torneio Itaú de Té-nis. com a participaçãodos melhores tenistas doEstado. A chave principalterá 16 jogadores e haverátambém um torneio dequalificação que começadia 6.

As inscrições para o tor-neio de qualificação se en-cerram dia quatro, no clu-be. e o torneio distribuiráem prêmio Cr$ 185 mil. Jáconfirmaram presença Ro-berto Carvalhaes, RicardoCorreia, Eduardo Volpin-tetsa e Paulo César Koeler.Jorge Paulo Lemann, doCountry, foi convidado,mas ainda não deu respos-ta aos organizadores dacompetição.

Hipismoabre suatemporada

Uma prova tipo Hunter,para o treinamento de jui-zes desta nova categoriade equitaçáo, será dispu-tada hoje, a partir das 9h,no Centro Eqüestre de Pe-trópolis. A prova, com obs-tâculos a 0,80m, faz partede um minitorneio de hi-pismo que terá ainda umaprova omnia, a l.lOm. aocronometro, seguida deum Grande Prêmio, comdois percursos a l,30m.

Cerca de 40 conjuntos jáse inscreveram, entre elesalguns formados por Eliza-beth Assaf, João AlbertoMalik de Aragão, CarlosVlnicius Gonçalves da Mo-ta e Jorge Carneiro. O res-ponsável pela armação dapista, inclusive na provaHunter, é Antônio AlegriaSimóes, que começaratambém a testar os novosobstáculos do Centro, ba-seado no que aprendeu emrecente curso de armaçãode percursos feito em Ca-raças.

1 TAÇA DE OURO— 2a FASE ® TVS-CANAL 11A sua opção no Rio de Janeiro. Umatmiuoiiao

22 a 1° oaderno ? sábado, 27/2/82 ESPORTE^ JORNAL DO BRASIL

Jairzinho volta à Seleção para o 100° jogoTelê destaca aSeleção Alemã

Depois das observações que fez durantesua passagem pela Europa, o técnico TelèSantana voltou ainda mais satisfeito: aochegar ao Rio ontem de manbè, o treinadorafirmava que sua teoria estava vitoriosa, Jáque sempre disse que o Brasil nâo era supe-rior mas também não pode ser consideradoinferior a qualquer adversário. Das equipesque viu, Telê destacou a Alemanha Ociden-tal como a mais entrosada.

Olhos vermelhos, mostrando reflexo docansaço da viagem de volta, Telê disse queobservou sete equipes que váo disputar aCopa do Mundo — Alemanha Ocidental,Espanha, Escócia, União Soviética, França,Itália e Polônia — mas náo pôde fazer qual-quer comparação com a Seleção do Brasilpor diferença de estilos. Telê concluiu queesta será a Copa do Mundo mais difícil parao futebol brasileiro, porque todos os adver-sários estão evoluindo tecnicamente.

Análises

Telè analisou equipe por equipe, come-çando pela Alemanha Ocidental:

A Alemanha Ocidental é um timeque vem atuando junto há muito tempo,com bom conjunto e com poucas mudançasem seus jogadores. Salvo uma ou outraalteração, tem atuado com todos os princi-pais Jogadores e é incontestavelmente a me-lhor Seleção que vi jogando na Europa. Seráuma força da Copa do Mundo, disso nln-guém deve ter dúvidas.

União Soviética:É um novo time, diferente daquele

que ganhou do Brasil quando eu tinha ape-nas um jogo dirigindo a Seleção Brasileira. AUniào Soviética tem padrão de jogo defini-do, nào é mais aquele time duro e considera-do de laboratório. Ao contrário, tem jogado-res de habilidade que se parecem com os sul-americanos e vamos fazer uma grande parti-da de abertura da nossa chave.

Polônia:É um dos times que se estão armando

melhor para a Copa. Tem jogadores de mui-ta experiência, alguns até veteranos, masque no Mundial terão encontrado o entrosa-mento.

França:É a equipe mais técnica da Europa,

com jogadores de muita habilidade e jogo deconjunto muito vistoso. Deu uma prova deforça ao vencer a Itália, o que nào conseguiahá 62 anos. Certamente será uma das melho-res equipes da Copa.

Espanha:Pelo simples fato de jogar em casa já

deve ser respeitada. É uma força porqueatua com muita garra. Não tem futebolvistoso, mas é eficiente e possui uma defesamuito firme. Contando com o apoio da torci-da fica ainda mais perigosa.

Escócia:Deve melhorar até a Copa, ganhandomais entrosamento, mas atualmente é uma

equipe perigosa, com seu estilo inglês, alçan-do bolas sobre a área adversária. Com maistreinos, encontrará sua melhor forma e faráao lado da União Soviética um bom duelo nonosso Grupo.

Tcheco-Eslováquia:É um time forte, de jogadas bem

ensaiadas, contando com jogadores treina-dos e bem preparados fisicamente. Nãoatuam na retranca e será um teste valiosopara nós, pois aplicam tudo o que se consi-dera de mais moderno em futebol.

Reinaldo só estápensando no filho

Belo Horizonte — Mais preocupado como nascimento de seu primeiro filho, anteon-tem à noite, o centroavante Reinaldo, quevolta ao time do Atlético, amanhã, contra oInternacional, em Porto Alegre, considerounormal o fato de ter ficado mais uma vez defora da convocação da Seleção Brasileira.

Eu não estava Jogando, mesmo. Logi-camente, pelos critérios do Telè, não poderiaser chamado. Estou me sentindo cem porcento em forma e bastante motivado para oJogo contra o Inter. Espero que para a próxi-ma convocação, possa ser novamente lem-brado — declarou Reinaldo, que passou qua-se todo o dia de ontem na maternidade doHospital Mater Del, dando assistência ànamorada, Janine.

Coisas diferentesReinaldo teve boa participação nos cole-

tivos do Atlético esta semana e confirmou oseu retorno em Porto Alegre. Ele não acredl-ta que o nascimento de seu filho, Daniel,tenha influência em sua atuação amanhã.

Profissão e família sâo duas coisascompletamente diferentes. Não fico relaclo-nando um com o outro.

Ele considera que seria realmente agrande oportunidade de sua carreira ir àCopa do Mundo da Espanha. Mas não enca-ra o problema como uma questáo de honra,principalmente por não ter tido boa particl-paçâo no Mundial da Argentina.

Se for relacionado para ir à Copa,tudo bem. Mas nâo coloco isso como questãode honra. Será apenas conseqüência do meurendimento dentro de campo. De fato, nàodeixa de ser uma grande oportunidade, masdai a aumentar a sua dimensão real, existeuma distância muito grande. O tempo daCopa da Argentina foi um e hoje vivemosoutro tempo muito diferente.

Desde que retornou das ferias, Reinaldotem se dedicado com intensidade aos treina-mentos. Não tem levado vida incompatívelcom a condição de atleta, apontada por Telècomo maior causa de sua desconvocaçáo,ano passado. Sua única atividade atual temsido mesmo o futebol.

Atlético escaladoApenas um dia depois de ter sido afasta-

do do time pelo técnico Carlos Alberto Silva,o zagueiro Osmar voltou â condição de titu-lar, no coletivo de ontem, e está escaladopara enfrentar o Internacional, amanhã.Marcos Vinícius, que seria o novo dono daposição, torceu o joelho no coletivo-aprontoe foi vetado pelo médico Neilor Lasmar.Osmar prometeu garantir a posição a partirdeste jogo.

Carlos Alberto náo quis oficializar a es-calação do Atlético ontem, afirmando que sóo fará em Porto Alegre, pois deseja sabercomo o Internacional jogará. Ele não sabe semantém Renato no meio-campo ou se colo-ca De Rosis, Jogador mais defensivo, llberan-do Cerezo. Com a dúvida no meio-campo, oAtlético está escalado com João Leite, Ml-randa, Osmar, Lulzinho e Jorge Valença;Heleno, Cerezo e Renato iDe Rosis); Mari-nho, Reinaldo e Éder.

Namorado há mais de dois anos de Jani-ne, Reinaldo curte o nascimento de seuprimeiro filho. Daniel, e foi muito cumpri-mentado ontem pelos companheiros doAtlético. O jogador, que nào vive com Janinee nem tem planos imediatos de casamento,garante que o filho é um acontecimentomarcante em sua vida, mas náo o relacionacom a carreira.

Reinaldo evita falar sobre o seu namorocom Janine, que é sobrinha do SenadorMurilo Badaró (PDS-MG). E tampouco auto-riza a namorada a falar sobre isso, alegandoque sua vida particular nada tem a ver como futebol.

Luiz Carlos David

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No centro e na esquerda,as dúvidas que persistem

O Brasil inteiro escala aSeleção do goleiro à pontadireita. Mas no comandodo ataque e na ponta es-querda surgem as dúvidas:quem Telè escolherá paraocupar as posições na Co-pa do Mundo? O caso éque nem o treinador tem,no momento, a definiçãopara as perguntas mais fre-quentes em relação ao ata-que. cujo Único titular ab-soluto é o antes táo critica-do Paulo Isidoro.

E o próprio Telê, paraafastar especulações queenvolvam escalacão e afãs-tamento de jogadores degrande prestígio junto aopublico (casos como os deReinaldo, Roberto ou deSerginho), afirma que porenquanto náo há qualquervaga assegurada para aCopa do Mundo. Em suafilosofia, garante, estásempre o jogo imediato,nunca o de daqui a três ouquatro meses.

REINALDO, O IDEAL

Telè admite que o idealseria contar com Reinaldoem forma, já que seu estilorefinado e inteligente seadaptaria melhor ao toquerápido e de categoria deSócrates e Zico. Analisamdo os problemas para defi-

nlr o comando do ataque, otreinador fez uma compa-ração entre os atacantes:

— Serginho joga umpouco diferente de Rober-to, embora os dois tenhamcaracterísticas parecidas.Serginho joga mais enfia-do entre os zagueiros, en-quanto Roberto recuamais para buscar Jogo. Oestilo é quase o mesmo,diferindo somente no chu-te, já que Serginho é ca-nhoto e Roberto é destro.Mas na Seleção todos jo-gam como em seus clubes,ninguém violenta suas ca-racteristicas. Temos tam-bém o Reinaldo, que é dlfe-rente dos dois e, se estiverbem fisicamente, pode vol-tar, pois é um jogador maishabilidoso, mais técnico.Reinaldo è o atacante quemodificaria a forma comoo ataque vem jogando.Reinaldo seria o...

Telè Santana talvez qui-sesse dizer que Reinaldo êcentroavante ideal parasua Seleção, como tantasvezes disse antes que oatacante entrasse em cho-que com sua filosofia devida, defendendo suasidéias abertamente. Masnão quis completar a frase,fugindo da conclusão.

As duvidas de Telè náo

se restringem ao comandodo ataque. A ponta-esquerda também preocu-pa. A instabilidade deEder, ao qual ele faz restri-çóes no aspecto dlsclpli-nar, o estilo de Mário Sér-gio e a volta de Zé Sérgio,tudo isso impede a defini-çâo da posição. E o técnicodiz que ninguém está ga-rantido, nem mesmo Fal-cão, cuja vinda do Romapara a Seleção exigiu es-forços da diretoria da CBF.Eu nunca disse queFalcão ou qualquer outrojogador tem sua escalaçáogarantida na Copa doMundo. O time titular nomomento e este que vaijogar contra a Tcheco-Eslováquia. Dali para afrente, vai depender daatuação de cada jogador.

Ha também especula-ções em relação a Careca eJorge Mendonça, doGuarani, que estão em ex-celente fase. O técnico res-ponde habilmente:

Careca pelo que medisseram está ótimo, masem Toulon nào foi bem.Quanto ao Jorge Mendon-ça, disseram que ele estavana lista dos 40 inscritospara a Copa. So que quemfaz a lista sou eu e elaainda nào está pronta.

O técnico Telê Santana resolveu afastar oapolador Rocha para manter Adílio na SeleçãoBrasileira, dando ao Jogador do Flamengo maisuma oportunidade de se entrosar com o grupo ede entrar no segundo tempo do jogo contra aTcheco-Eslováquia, quarta-feira, no Morumbl,se houver facilidade para modificar a equipe epoupar alguns titulares. Telè confirmou Serei-nho no comando do ataque, no lugar de Rober-to, e a volta de Sócrates ao meio-campo.

O ponta-esquerda Éder, ausente da últimaconvocação por motivo de contusão, tambémfoi chamado e ficará na reserva de Mário Sérgio.Jairzinho, o Furacão da Copa de 70, Jogará 10ou 15 minutos no lugar de Paulo Isidoro, paracompletar 100 partidas pela Seleção Brasileira.A CBF entregará a Jairzinho uma placa deprata com dizeres alusivos à centésima atuaçãodo atacante — artilheiro do Brasil — pelaSeleção.

Jogo difícilTelè explicou por que cortou Rocha:

Foi apenas uma opçào minha, trocandojogadores já convocados. Chamei Éder nova-mente, mantive Adílio e não convoquei Rocha.É mais uma chance para que Adílio fique juntoao grupo. Isso não quer dizer que Rocha estejafora dos meus planos. Ao contrário, ele e outrosque foram convocados em ocasiões anteriores,mas nâo estào no momento, continuam emminha lista.

Quanto à possibilidade de poupar algunstitulares no amistoso, Telè náo parece muitootimista:

Vamos botar o que temos de melhor e sóescalaremos outros Jogadores se for preciso ouhouver facilidades para Isso, coisa que eu náoacredito. A Tcheco-Eslováquia é um bom timee náo nos dará muitas chances.

O treinador também fez comentários sobrjpa escalacão de Serginho no lugar de Roberto: .

Quero ver Serginho jogando desde'O-começo. Roberto já entrou no início e agora é avez de Serginho, que também está em grandefase. O time começa jogando com Valdir Peres,Leandro, Oscar, Lulsinho e Júnior; Cerezo, Só-crates e Zico; Jairzinho, Serginho e Mário Sér-gio. Jairzinho jogará 10 ou 15 minutos, poisvimos que faltava apenas um jogo para comple- Itar sua centésima partida pela Seleção. Depois* *entra Paulo Isidoro.

A apresentação está marcada para segun-da-feira no Rancho do Embu, em Sào Paulo. Otime treina pela manha no próprio local e àtarde faz reconhecimento do gramado do Mo-rumbi. Na reserva, ficam Paulo Sérgio, Perival-do. Juninho, Edinho, Renato, Adílio, Roberto eEder.

Rocha fica tristemas não desanima J£Â

Mesmo demonstrando uma certa contrarie*; .^dade por nào ter seu nome entre os convocados1"*para a Selaçâo Brasileira. Rocha garante que*nào vai desanimar e promete, inclusive, uma'"-'-»grande atuação amanhã contra o Treze de'Campina Grande, em sua tentativa de ser nova-"'•¦'¦•mente lembrado por Telè Santana:

Ninguém fica satisfeito de ver seu nomefora da lista dos convocados para a Seleção "'Brasileira. Reconheço, no entanto, que Telètem várias opções para minha posição. O que-"*posso garantir é que vou lutar mais do quenunca para recuperar meu lugar entre os con- "~vocados. O próprio Telè já disse que posso ser M,%lembrado outra vez novamente e o que tenho afazer é mostrar meu futebol.

Rocha conversou algum tempo com o téc-""nico Jorge Vieira, que procurou mostrar aojogador que novas oportunidades virão, tudodependendo do seu próprio rendimento na Ta-ça de Ouro.

Rocha concordou e lembrou que vai aper-feiçoar ainda mais seu estilo:

Sou um jogador que tem na marcação 'seu ponto alto. Sei atacar e defender comfacilidade, mas é na marcação que me destaco.

Por meu tipo de jogo. acho que posso serútil à Seleção.

9

Glórias e fracassos na carreira de um campeãoAngela Regina Cunha

Arquivo/18/4/68 e 21/6/70

Com Rogério, Gérson, Roberto e Paulo César, Jair formou o último grande ataque do Botafogo. NaCopa de 70, culminou sua condição deartilheirocom"o' terreiro* gol na Itália

NO

Botafogo, na SeleçãoBrasileira e nos outrosseis clubes onde jogou,

Jairzinho viveu momento deglória e conheceu de perto ofracasso, a derrota e a injustiça.Vibrou com as centenas de golsque marcou e amargou longosperíodos inativo, vítima de con-tusões. Sofreu acusações de in-disciplinado, farrista e masca-rado mas teve a humildade dese enquadrar no rígido esque-ma de treinamento comandadopor Zagalo e Admildo Chirolpara conquistar a Copa de 70.

Jair Ventura Filho, o Fura-cão da Copa, nasceu no dia deNatal de 1944, em Duque deCaxias, Município do Rio deJaneiro. Com a morte do pai,ele mudou-se para a Rua Gene-ral Severiano e começou a trei-nar no campo de futebol maispróximo, o do Botafogo, ondechegou em 1960. Durante umano ele jogou na escolinha e foio único menino selecionado pe-Io então técnico dos juvenis,Egídio Landolfo, o Paraguaio,

ara permanecer no clube. Naponta direita de um famosoataque formado ainda por Ar-lindo, Roberto, Dedé e Oton,ele deu um tricampeonato juve-nil ao Botafogo. Foi tambémcampeão pan-americano de fu-tebol, em 63.

No lugar do Mane

A subida para o time princi-pai do Botafogo se deu exata-mente para ocupar o lugar deseu ídolo da infância, ManeGarrincha, que se contundira.Sem nunca ter gostado da pon-ta direita, teve de jogar nessaposição para ganhar uma vagano avião que levou à Inglaterraa Seleção Brasileira para a Co-pa de 66. Era o reserva de Gar-rincha, mais uma vez, mas suaúnica participação nesta Copafoi no jogo contra a Hungria.Jogou na ponta esquerda.

O fracasso da Seleção nâoprejudicou o ânimo de Jairzi-nho que já no ano seguinte deuao Botafogo o Campeonato Ca-

rioca. Era parte do fortíssimoataque Rogérlo-Roberto-Jair-Paulo César. Esse mesmo ata-que deu o bicampeonato ao Bo-tafogo em 68 e, em 69, serviu debase para a Seleção Brasileirade João Saldanha. E ele erauma das feras do João.

Começava então a grandefase do ídolo Jairzinho. Se noBotafogo ele jogava com a ca-misa 10, na Seleção Brasileiracertamente não tinha nenhumaesperança de tirá-la de Pele. EJair novamente foi para a pon-ta-direita, posição que já erasua mas que Zagalo pensou ementregar a Rogério. Pouco an-tes da Copa, Rogério contun-diu-se e o técnico preferiu cha-mar um terceiro goleiro.

Jair chegou ao México donoda camisa 7 e sem um especia-lista no banco. Sete gols naCopa, artilheiro do Brasil numataque em que despontavamPele, Tostão e Rivelino, elemarcou gols em todas as parti-das e voltou do México consa-

grado. Tricampeào do mundo,tinha sido o Furacão da Copa.

Um jogador vigoroso, cora-joso e hábil, Jairzinho teve, po-rém, uma carreira marcada pe-Ia perseguição dos beques e la-terais e sofreu sérias contusões,duas das quais muito graves.Num amistoso com o Vasco, em67, ele sofreu uma entrada vio-lenta de Oldair e fraturou o péesquerdo. Em 71, ficou todo oterceiro turno do CampeonatoCarioca sem jogar após um cho-que com Fontana, também doVasco. Neste ano, teve de ope-rar o tornozelo direito onde omédico Lídio Toledo colocouuma placa de platina.

As brigas com os beques nocampo e as longas discussõescom os dirigentes do Botafogoa cada renovação de contrato,além de dos desfiles por suaEscola de Samba querida, oSalgueiro, ajudaram a formaruma fama de indisciplinado emtorno de Jairzinho. O fracassodo Brasil na Copa de 74, naAlemanha, reforçou a má von-

tade do Botafogo em mantè-lo— ele pedia salários altos para aépoca — e de nada valeram osapelos da torcida que via nele onovo Pele. Em 74, Jairzinho foivendido para o Olympique deMarselha, onde já jogava seucompanheiro de Botafogo, Pau-Io César.

Recebido como um ídolo poruma cidade que tentava se im-por no futebol francês, domina-do pelos clubes parisienses,Jairzinho marcou muitos gols evoltou a conhecer a glória. Masem 76, acusado de ter dado umacabeçada num bandeirinha — oque ele nega até hoje — acaboususpenso por um ano pela Fe-deraçào Francesa de Futebol.Temendo que uma longa para-lisação viesse a prejudicar seufutebol e seu preparo físico jádesgastado pelos 32 anos, eleabriu mâo do dinheiro que oOlympique lhe devia e voltouao Brasil dono de seu passe,que logo alugou ao Cruzeiro.

Jairzinho jogou novamenteao lado de um grande artilheiro

Palhinha — e novamente sedestacou, levando o Cruzeiro aotitulo da Taça Libertadores daAmérica e às semifinais doMundial de Clubes. Saindo doCruzeiro, jogou na Venezuelapela Portuguesa de Acarigua —foi eleito o melhor do ano de 77

pelo Noroeste de Bauru —-cidade que o recebeu com umagrande festa — pelo Fast, deManaus e, finalmente, peloWilsterman de Cochabamba,Bolívia.

Contratado em mais uma jo-gada política do então presi-dente, Charles Borer, que ten-Jtava dar ã torcida enfurecidaum novo estímulo para voltar,aos jogos do clube. Jairzinhoterminou personagem de duas'ironias. Herói dos 6 a 0 que oBotafogo impôs ao Flamengoem 15 de novembro de 73, noMaracanã — marcou três gols,um de letra — Jairzinho tam-bém estava em campo a 8 denovembro de 81 quando o Fia-mengo devolveu a humilhaçãoe os 6 a 0.

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sábado, 87/2/88 d i° caderno a 83

••¦ Roberto (E) e Pedrinho (D) encararam com tranqüilidade a reserva na Seleção, achando*que o importante é ser convocado

Mário afastadoso

vê tudo erradono Fluminense

Ao entrar no vestiário everificar que seu nome nãoconstava da relação dos jo-gadores do Fluminenseque seguem hoje ao meio-dia para Belo Horizonte, oapoiador Mário desabafou:

— Não entendendo maisnada. De repente, souculpado de tudo de ruimque acontece no clube. Pri-meiro, foram as criticasquando entrei no time.Mas. na verdade, náo mecabia culpa se jogadorescomo. o Baiano nào auxi-liam1 na marcação. Antes,tinha um ponta-esquerdaofensivo, como o Zezé, pa-ra fazer jogadas, e o Gilber-to. -que voltava com en-ciência para o bloqueio,além de dispormos de jo-gadas ofensivas pela late-ral direita, com o Edeval-do. -Agora, o time mostradesentrosamento, joga er-rado taticamente, pois nâoexiste marcação efetivados -homens de meio-campo, e eu estou pratica-mente afastado do grupocomo o culpado de tudo.MANIA DEPERSEGUIÇÃO

Ao tomar conhecimentode que não ficaria nem nareserva para o jogo deamanhã, contra o Cruzei-ro, Mário procurou o vice-presidente de Futebol Ra-fael, de Almeida Maga-lhâés:

— Fui-lhe dizer que oclube estava desvalorizamdo \im patrimônio e recebi,como resposta, a acusação

de que eu tinha mama deperseguição. Acho que náome cabe contestar os me-todos do técnico nem tam-pouco quero me queixarda incômoda situaçãoatual. Só nâo quero serapontado como responsa-vel pelos erros do time,pois quando entrei sempremantive um ritmo de jogocompatível com o rendi-mento do conjunto. Segun-do o Rafael, o Dino Samachou que eu tinha proble-mas musculares. Isto tam-bém nào é verdade. Duran-te o periodo de recondiclo-namento, em Lajes, apesardo excesso de peso, sem-pre apresentei uma produ-ção razoável nos exerci-cios.

Após o treino, Dino revê-lou que Mário tem supor-tado jogar apenas meio-tempo e justificou a rela-çáo dos jogadores para obanco de reservas — PauloVítor, Alexandre, Aldo,Cristóvão e Paulo Lino —como uma forma de disporde alternativas para subs-tituições no meio-campo eataque.

— Depois da experién-cia frustrante com o FlávioRenato e o Zezé Gomes, sóme restou relacionar oCristóvão para mexer noataque. Nâo poderia con-tar com o Mário para areserva do Amauri. poisnào possui nenhuma que-da para atuar na posição.Além disto, posso alterar aformação do meio-campocom a entrada do PauloLlno.

Nei Dias quer provarque tem lugar no time

de uma contratação peloAps 28 anos, na iminèn-cia de estrear no 12° clubeda longa carreira iniciadano Botafogo, onde come-çou levado por NilsonDiap, seu irmão, o lateral-direito Nei Dias demonstraa segurança de quem vaiganhar a posição em defi-nitivo graças ao recente es-tágio no Flamengo.

Enquanto fala sobre aforma de atuar no Flumi-nense, Nei lembra dos mo-méritos duros vividcs noFlamengo, quando só en-trava no quando o jogo eradificil, estava empatado,ou bom o time perdendo.Agora, segundo ele, poderádisputar a posição e, se ga-nhar, continua como titu-lar. Assim, pretende pro-var'o seu valor, principal-mente ao técnico Carpe-giar^i que, ao excluí-lo darelação dos jogadores comque^n trabalharia este ano,eliminou a possibilidade

Flamengo.— Depois de me firmar

com a boa campanha doFlamengo, fiquei frustradocom a devolução ao 15 deJaú. Mas acabei ingressan-do no Fluminense e aqui,pelo menos, posso dispu-tar a posição nas duas late-rais, ao contrário do Fia-mengo, que sem dúvidapossui os dois melhores jo-gadores da posição. Aliás,no Flamengo consegui ga-nhar dinheiro, projeção emagoas. Muitas mágoas,sobretudo do Carpegiani,que oreferiu inscrever umlateral machucado (CarlosAlberto) a me Incluir nalista dos jogadores comquem pretendia trabalhar.Com isso me prejudicou,pois era um jogador em-prestado e, apesar do bai-xo preço do passe, o clubenaturalmente se desinte-ressou da contratação.

HOJE NA TV12h — Futebol Compacto (Canal 2)12_t — Esporte Espetacular: A chegada doconturbado circo r^a Fórmula-1 ao Brasil e osprimeiros treinamentos extra-oficiais para oG? do Brasil. Gérson e Clodoaldo relembramos principais momentos da partida Brasil 3Uruguai 1, pelas semifinais da Copa do Mun-do >de 1970, no México. (Canal 4)12H30m — Bandeirantes Esporte: Noticiário.Edjção nacional. (Canal 7)13h — Stadium: Os melhores lances nacio-naijs e internacionais do esporte. Torneio dereaDaçâo Atlântica Boavista, com a participa-ção de equipes da União Soviética, EstadosUnidos, Brasil e Argentina. (Canal 2)21H15m — Transmissão direta de Corintiansx Flamengo, pela Taça de Ouro. (Canal 4)

Paulo Sérgio com doresmisteriosas dá lugar aL. Carlos contra o Treze

O goleiro Paulo Sérgio, sentindo dores abdo-minais, foi vetado pelo médico Lídlo Toledo e nàofará parte da delegação do Botafogo que embarcahoje para enfrentar amanha o Treze de CampinaGrande da Paraíba. O Jogador será substituído porLuís Carlos.

A situação do Paulo Sérgio está preocupandoa todos no clube, ainda mais que foi convocadopara a Seleção Brasileira e até agora ainda não sedescobriu que tipo de dor está sentindo. O médicoLídio Toledo pediu uma série de exames para queseja esclarecido definitivamente a origem da dor,mas preferiu poupar o jogador, para que se apre-sente com condições ao técnico Telé Santana.

AntidopingOs dirigentes do Botafogo pediram e consegui-ram junto à CBF que seja feito exame antidoping

após o jogo contra o Treze. A medida foi por temora uma possível correria "exagerada" do adver-sario.Para dar mais apoio à equipe, o próprio presi-dente Jucá Mello Machado vai chefiar a delegação

que embarca hoje às 7h para Campina Grande. OBotafogo ficara hospedado no Hotel Ouro Brancoe todos estão confiantes em estrear nesta fase comuma vitória.

O time já foi definido pelo técnico Jorge Vieiracom Luis Carlos, Perivaldo, Gaúcho, Osvaldo eWashington; Rocha, Almlr e Mendonça; Geraldo,Te e César. No banco de reservas estão relaciona-dos Gilson, Luís Cláudio, Wecsley, Edson e Mlran-dinha.

América quer explorara velocidade de Gilsonpara surpreender Vasco

O técnico Dudu gostou da movimentação dotime titular do América no coletivo de ontem pelamanha, pela rapidez e preclsáo na troca de passesentre os jogadores do meio-campo. Por isso, contrao Vasco, pretende determinar lançamentos cons-tantes para as pontas, em especial explorando avelocidade de Gilson, na esquerda.

O goleiro Ernani voltou a participar com certadesenvoltura do treinamento e assegurou a pre-sença no banco de suplentes. Dudu entende que éperigoso o jogador reaparecer num compromissode responsabilidade, pois está afastado da equipedesde o primeiro jogo pela Taça de Prata, contra oCorintians, e ainda acusa deficiência nos reflexos.

O meio-campo Gilberto comentou que, naépoca em que atuava pelo Fluminense, sempreque enfrentava o Vasco recebia a incumbênciaespecífica de vigiar os movimentos de Roberto:Se ele permanecesse como único homem deárea do Vasco, por certo o técnico Dudu memandaria continuar a marcá-lo no campo inteiro.Entretanto, agora a coisa ficou mais dificil, pois oVasco tem também outro atacante muito perigoso— O Cláudio Adão. Assim, penso que Dudu vaiestudar uma fórmula capaz de neutralizar os dois.

Entretanto. Dudu nào pretende fazer qualqueresquema especial neste sentido:

De fato, considero ambos perigosisslmos,mas quero apenas que recebam uma vigilânciacuidadosa. Nada de esquemas, pois entendo que oVasco possui outros jogadores importantes emerecedores de atenção.

Bangu sem Feijão seguepara Rio Grande fazendocrítica à tabela da Taça

Além dos desfalques de Rubens Feijão e Moi-sés e de um total desconhecimento do esquematático do Sâo Paulo-RS. seu adversário de domin-go, o Bangu segue para a cidade de Rio Granderevoltado com a tabela elaborada pela CBF para oGrupo N, considerada particularmente prejudicialao clube.

Segundo o supervisor Carlos Alberto Galvào,o Catuca, "os homens que organizaram a tabeladesta segunda fase da Taça de Ouro devem enten-der mais de bingo do que propriamente de futebol,pois parecem ter deixado tudo entregue ao acaso,à sorte, em vez de olharem com mais atenção parao interesse dos clubes".

Acredito que existe uma manobra dentroda CBF para prejudicar vários clubes, favorecendoalguns poucos da preferência dos seus dirigentes.

E cita exemplo de Vasco, Botafogo e Américacomo os principais privilegiados.

Soube por um amigo ligado à CBF que aprimeira partida do Botafogo contra o Treze deCampina Grande deveria ser disputada no Rio.Mas como os dirigentes do Botafogo nâo queriamjogar em Marechal Hermes ou em Caio Martins,únicos estádios em disponibilidade, trataram detransferir o encontro para Campina Grande.

Além das reclamações, uma outra forma doBangu demonstrar sua insatisfação com a CBF foirecusar o ônibus que a entidade reservou paralevar a delegação de Porto Alegre a Rio Grande.

Roberto acha queo importante éestar na Seleção

A r\S\tís\Ín .1,. _*É_a_a — .. —'A noticia de que na par-tida de quarta-feira com aTcheco-Eslováquia seráreserva de Serginho na Se-leçáo Brasileira náo aba-lou Roberto, que no Jogoanterior, com a AlemanhaOriental, começou comotitular. Para ele, é muitoimportante a presença nogrupo que se prepara paraa Copa do Mundo e a op-çào de Telê Santana temque ser respeitada.

É claro que vou paraa Seleção com o desejo dejogar e saber que minhapresença é realmente útilao time. Mas e normal queo técnico queira experi-mentar alguns jogadoresnestas partidas de prepa-raçáo para a Copa do Mun-do, Por Isso. náo há qual-quer problema para mim.da mesma forma comoocorreu com Serginho naoutra vez — disse Roberto.PAPEL DO TÉCNICO

Roberto acha que a defi-niçáo do comando do ata-que é uma questão que sóTelò pode resolver e náocabe aos jogadores se pro-nunclarem a respeito. As-sim. nào faz previsões so-bre o tempo que levara pa-ra ser conhecido o titulardo comando do ataque enem se preocupa se issoocorrerá a partir do jogocom a Tcheco-Eslováquiaou nos próximos amisto-sos da Seleção.

O o_ue me Interessa éservir à Seleção e a convo-cação, mais uma vez prati-camente na reta final dospreparativos para a Copa,é o mais importante. Seminha presença é conside-rada necessária para aju-dar a equipe, fico bastante

satisfeito — concluiu Ro-berto.

Esta é posição-tambémde Pedrinho. mais uma vezconvocado por Telé para areserva de Júnior. A exem-pio de Roberto, ele consi-dera o momento da Sele-çáo. às vésperas da Copado Mundo, de grande valorpara qualquer jogador emanter-se no grupo já dáuma grande satisfação. Aquestão da oportunidadeno time depende de muitosfatores que ele ainda espe-ram venham favorecè-locom o tempo.REFORÇO

O ponteiro esquerdo doPenarol e da Seleção uru-guaia. Venâncio Ramos, éo novo reforço pretendidopelo Vasco. Ele foi ofereci-do pelo empresário JuanFigger. que chega ao Riosegunda-feira para discutiro negocio. O Vasco estádisposto a incluir o zaguei-ro Juan e o ponteiro Rena-to Sa na transação com oPenarol. A venda do pon-teiro Silvinho para o Ca-gliari, da Itália, dependede entendimentos com oempresário GiolldoresLumberto. que tentara oacerto hoje. com o vice-presidente de futebol, An-tónio Soares Calçada.

Para o jogo de amanhãcom o América, na abertu-ra da 2* fase da Taça deOuro. o técnico AntônioLopes confirmou o timecom Mazaropi, Rosemiro.Rondinelli, Ivá e Pedrinho;Serginho, Dudu e CláudioAdão; Wilsinho, Roberto eMarquinho. No banco, fl-cam Acáclo, Marajó, JoãoLuis, Da Costa e RenatoSá.

Zé Mário pára com abola e aproveita vida

Zé Mário agora e um exjogador de futebol quepensa em ser treinador.Foi nessa condição que elevoltou ontem a Sào Januá-rio para reencontrar oscompanheiros do Vasco,onde conquistou o últimotitulo de campeão de suacarreira, e gostou de revero time como nos velhostempos da campanha de77, embalado por uma sé-rie de vitórias e sério can-didato ao título da Taça deOuro.

O Vasco tem uma tra-dlçào de time de chegadaque este tem tudo paramanter. Conseguiu refor-ços importantes, comoCláudio Adão, Pedrinho eRondinelli, e as novas pe-ças se encaixaram bem naequipe. Mas não posso afir-mar que seja superior aotime de 77, onde haviatambém Dirceu, Zanata,Orlando e Marco Antônio,todos jogadores de alto ní-vel — observou Zé Mário.

Aos 33 anos de idade. ZéMário ainda tem contratocom a Portuguesa de Des-portos até maio. mas jádecidiu que nâo voltará ajogar futebol. Sua últimapartida foi em novembrodo ano passado, com umavitória de 3 a 0 sobre oGuarani, pelo Campeona-to paulista. Depois, em-prestado ao Clube do Re-mo para disputar a decisãodo Pará, contundiu-senum treino e teve que ope-rar uma hérnia de disco,afastando-se do futeboldesde então.

Agora, nâo da maispara voltar. Querer insistir

e expor meu nome é boba-gem. Em princípio, queroseguir carreira como trei-nador, mas se náo houveroportunidade farei outracoisa. Náo tenho pressa dedefinir esta situação, por-que, por enquanto, estouaproveitando a vida sempreocupação. Depois dequatro anos como amadore 12 de profissional, desço-bri como é bom ter sábado,domingo e feriado, sem jo-go, sem treino, sem con-centraçào. Durante 16anos, eu nâo soube o queera isso: ficar em casa semfazer nada, passear com afamília, visitar os amigos.Vida de jogador é dlferen-te. Quando ele folga, os ou-tros estào trabalhando, osteatros estào fechados,pouco ele pode aproveitaro seu dia livre.

Sentado no banco de re-servas sem prestar muitaatenção no treino, Zé Má-rio falava despreocupado,enquanto começava a cairuma chuva fina, quandoWilsinho se aproximou e,com o jeito brincalháo desempre, o interrompeu:

— Zé, então você querser treinador? Bem que oFantoni falava Isso. Vai es-quentar a cabeça, pode tercerteza. Mas se no seu timetiver um Jogador discipll-nado como eu. vai ser mui-to bom, heln?

Ex-capitão e lider dos jo-gadores do Vasco numaexcelente fase do time. ZeMário sorriu com a brinca-deira do companheiro e re-trucou no mesmo tom queiria ter é muitos problemascom ele, se fosse seu técni-co.

Campo Neutro

^

OS

clubes cariocas não têm por quese queixar dos grupos em que secolocaram para a segunda etapa da

Taça de Ouro. Como se classificam dois dosquatro componentes de cada chave e comjogos de turno e returno, não parece difícil atodos eles — inclusive ao América, quesubiu agora — passar para a terceira fase,esta sim, mais equilibrada c já cm condiçõesde apontar quem de fato tem time paracontinuar na competição.

O Grupo de Vasco e América tem oInternacional de Santa Maria e o Operário,de Campo Grande. Para o Vasco, hoje cmplena ascensão, eufórico com suas recentesvitórias, a classificação parece garantida.Talvez o Operário venha a ser um adversa-rio perigoso, mas lá. Aqui, perde. O Interdo interior gaúcho não parece assustar nemnos seus pagos. O mais difícil deve ser oAmérica, sem, contudo, representar umaameaça à classificação. O segundo lugar éque deve ficar com o América, desde quesiga jogando o bom futebol que mostrou naTaça de Prata, com a revelação Morenofazendo mais gols.

O grupo em que está o Bangu tem oSantos, o fraco Internacional, que é de SãoPaulo, e o fraquíssimo São Paulo, que é doRio Grande do Sul. Sua passagem à próxi-ma etapa, portanto, já figura como certa nosplanos de Castor de Andrade. Tão certa queele reservou parte do caviar e da champa-nhota que sobrou da mordomia de seuscamarotes da Marquês de Sapucaí parapremiar Rubens Feijão, Mococa e demaisjogadores com uma degustação certamenteinédita para eles. Nesta chave, se o Bangunão for o primeiro, será o segundo.

O Botafogo, cuja diretoria, em plenacrise financeira, fruto da herança malditaque recebeu, conseguiu o milagre de reno-var, c em termos milionários, os contratosde Paulo Sérgio, Perivaldo, Mendonça,Gaúcho, Mirandinha e outros menos vota-dos, também ficou num grupo bom, em quepode até se classificar em primeiro. Bastaque jogue razoavelmente bem. O São José éo seu adversário aparentemente mais difícil.Trata-se de uma equipe de veteranos, dirigi-da pelo antigo zagueiro Fidélis, apelidado oTouro Sentado, e que desde 80 vem sendo agrande zebra dos campeonatos que disputa.Não ganhou nenhum, é verdade, mas temchegado até o fim brigando pelo título,superando times como Corintians, Palmei-ras. Santos, Portuguesa e outros grandes.Pode fazer jogo duro tanto lá, em São Josédos Campos, como aqui. Já o Treze deCampina Grande e o Londrina do Paranánão podem assustar pelo menos a quempretende seguir lutando pela Taça de Ouro.

O Fluminense, mesmo na fase indecisaem que se encontra, tem boas possibilida-des. O Cruzeiro, que pode ser a outra forçado Grupo, tal como os tricolores, anda àsvoltas com crises, sem time definido eperdendo mais do que ganhando. Se os doisse recuperarem, como tudo faz crer, devemse classificar em cima do Anapolina e doMoto Clube, que náo são de assustar nin-guém.

¦ ¦ ¦ESTA o Flamengo, único que ficounum grupo forte. Mas, como tem omelhor time. seus dirigentes, em

vez de estarem xingando a CBF, deviam éagradecer os jogos que vêm por aí, já queprecisam — e muito — de rendas altas. Ocampeonato mundial foi bom para dar ale-gria à torcida e serventia aos abandonadosdegraus do estádio da Gávea, que hojeostentam, cm letras luminosas, o orgulhosotítulo de Campeão do Mundo. Mas depouco tem servido para encher os necessita-dos cofres do clube. A Europa não dá muitabola para esse título e, pelo menos atéagora, não chegaram, na quantidade deseja-da, convites para amistosos ou torneios. Porisso é que, não tendo jogos em dólares, otime anda semanalmente pelo interior de-fendendo seus cruzeirinhos.

Mas jogando lá e cá ontra times demassa como são o Internacional, o Corín-tians e o Atlético Mineiro — esse agora uminimigo de infância — o dinheiro deveentrar fácil. E também a classificação, jáque o Flamengo tem time de sobra paravencer mais esta fase. As reclamações doAntônio Augusto são apenas para que aCBF saiba que ele continua de mal com ela.

O fato é que, desde-que joguem razoa-velmente bem — o que todos têm obrigaçãode fazer — os seis clubes do Rio estarãoentre os 16 que na terceira fase da Taçacomeçam a lutar, de verdade, pelo título decampeão brasileiro.

DE PRIMEIRA" Na véspera do jogodecisivo do Campeonato de 48, CarlitoRocha, temendo que o Vasco, adversário doBotafogo na final, desse sumiço no Biriba, ocãozinho-mascote em quem todo o timeconfiava, fechou na sede do clube ele e seudono, o Macaé. Os dois só podiam deixar asala onde estavam alojados para ir ao camporapidamente e fazer (o Biriba) suas necessi-dades.

A situação se complicou no momentoem que Carlito Rocha, desconfiado do cozi-nheiro — "tem sotaque de vascaíno" —intimou o Macaé a que, por precaução,provasse antes a comida do Biriba.

Mas "seu" Carlito...Nada de recusa. Faça isto'pelo Bo-

tafogo. Não custa nada. Gosto muito devocê, mas se envenenarem o Biriba, adeuscampeonato.

Felizmente para o Macaé, o cozinheironão era vascaíno.

Sandro Moreyraredator substituía

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_______S?S_fí-_S« ?*•!

Zico revoltado e contundido não sabe se jogaCriciúma vive diade festa e euforia ~

Criciúma — Os 30 mil torcedores que anteon-tem à noite lotaram o pequeno estádio destemunicípio de 120 mil habitantes, situado no Sul deSanta Catarina e notável pela sua poluição, oriun-da da exploração de carvão mineral em minas decéu aberto a menos de 2Km do seu centro, come-moraram até a manhã de ontem, numa espécie desemifertado e continuação do carnaval, a vitóriasurpreendente de seu modesto time sobre o Fia-mengo.

Não habituada a grandes comemorações, apopulação local se divertiu a noite inteira nas ruascentrais da cidade, dividindo-se entre batucadas,buzinas e fogos de artificio. O comércio abriu asportas um pouco mais tarde do que o habitual enas várias indústrias cerâmicas locais e nas minasum grande número anormal de operários chegoucom atraso, generosamente abonado pelos empre-gadores, por serem estes que ajudam a manter oelenco do Criciúma em atividades,

Greve terminaA expectativa pelo jogo do Flamengo na clda-

de foi tanta que se apressou, quarta-feira, o flm deuma greve dos vestuaristas, que estavam maispreocupados em receber seus salários atrasados eacabaram pagando Cr$ 3 mil por ingresso nocâmbio negro, quando o preço normal seria Cr$500.

Dono da maior torcida do Estado, o Flamengocapitalizou sobre si a mesma atenção que a im-prensa estadual deu, dias antes, ao animado car-naval local. As manchetes de ontem, do gêneroCriciúma goleia Flamengo, como fez O Estado, omaior diário estadual, ou campeão do mundorecebe goleada, de outro diário, fizeram com queas edições se esgotassem rapidamente. Um telejor-nal mostrou ontem torcedores incrédulos diantede bancas de jornais lendo manchetes cujo teorjamais imagmaram sei em possíveis.

Da goleada e da repercussão subseqüente, oCriciúma se aproveitou para lançar um protestocontra a CBF, através de nota oficial, porque oSTJD deu ganho de causa ao Sâo Paulo (de RioGrande) contra o Cascavel (do Paraná) que perdeupontos da vitória de 2 a 0 por ter escalado umjogador em situação irregular. O Criciúma, últimoclassificado na sua chave, foi rebaixado.

Segundo colocado no campeonato estadual doano passado, este clube surgiu da mesma fórmulaempregada em outras cidades do Estado, quemantinham vários times, todos sem mínimas con-dições de disputar um campeonato, mesmo desor-ganizado como é o de Santa Catarina. A partir deJoinville, onde surgiu o Joinville Futebol Clube(da fusão do Caxias Futebol Clube e AméricaFutebol Clube) formou-se o Blumenau EsporteClube, em Blumenau; a Chapecoense, em Chape-có; e o Rio do Sul, na cidade dó mesmo nome. EmCriciúma o novo clube surgiu da fusão de outrosquatro (Metropol, Atlético Operário, Próspera eComerciário), que mantinham elencos proflssio-nais e disputavam regularmente os campeonatos,não raro abandonando-os na metade da competi-ção por falta de recursos.

A vitória sobre o Flamengo começou a mudarum pouco a vida do clube desde ontem. Os dlrigen-tes anunciaram a realização de contatos visandotrazer um outro grande clube à cidade, o SãoPaulo, para aumentar o superávit em seu poder erealizar contratações para o campeonato estadual,que foi ganho pelo Joinville pela quarta vez conse-cutiva no ano passado. O clube tem disponível Cr$8 milhões da renda de Cr$ 15 milhões de anteon-tem. O Flamengo recebeu CrS 7 milhões.

São Paul. i/Arlovoldo dos Santos

João Saldanha

Os campeõesMUITO

justa a vitória da ImpérioSerrano. O desfile melhorou muitona medida em que vão acabando

com o exagero dos carros alegóricos. O sambaque as Escolas cantam e dançam passa a ser omais importante. Lembro que este grandeespetáculo do nosso folclore começou apenascom as baianas a caráter com suas roupas e, àsvezes, a porta-estandarte e o mestre se fanta-siavam. A maioria, nem isto. E se fosse o casode carros alegóricos, a turma remanescente doWalt Disney viria aqui e levaria tudo. Fariambonecos e passistas perfeitos, todos eletrônicoscom cara de gente, jeito de gente e voz melhordo que de gente.

A maior valorização do samba no pé e nogogó só fará desenvolver mais nossa culturanacional. As alegorias, as fantasias mais ricaspoderão e deverão fazer parte de outro desfile.Aquele das grandes Sociedades. Muito impor-tante a vitória da Império. Isto deve teranimado Portela, Mangueira, São Carlos, tra-dicionalistas e defensoras do carnaval maispopular do que "carnaval-show de exibição".

Sim, sem dúvida alguma, concurso defantasias, carros alegóricos de notável imagina-ção artística, tudo bem. Mas em outro concur-so. A Império ganhou porque trouxe o melhorsamba e demonstrou que este ano samboumelhor.

O

Flamengo está esperneando contra atabela. Ora, a tabela. O negócio é ocritério que fez esta tabela tão infeliz

e que colocou exatamente os quatro maioresclubes populares do Brasil no mesmo grupo.Desde que seja jogo de turno e returno, lá e cá,tanto faz. O caso triste é que estes jogos que jáestão começando a dar chateação, podem atése transformar em simples amistosos sem ne-nhum interesse.

E se o Flamengo estiver fora do páreo naúltima rodada A renda e o interesse seriamminimizados pelo critério de juntar estes qua-tro grandes. Aí é que foi erro. O resto é bemsecundário. E poderemos ter na terceira partedo Campeonato times que nada representamporque foram favorecidos em grupos que ocritério infeliz estabeleceu. O Flamengo devereservar seu "animus esperneandi" em plenaforma para 1983. Outro troço que não meagrada é que a fase feroz deste Campeonatotermina muito em cima da Copa da Espanha.Não gosto disto.

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Zico chegou a São Paulo criticando a diretoria do Flamengo pelo jogo de Criciúma

Respeito pelo Flamengo é grande"Se der Corintians, vai ser zebra". Dita por Sócratesessa é a expectativa geral para o jogo de hoje entre oFlamengo e o Corintians. no Estádio do Morumbi Empe-nhado em contrariar a boa "escrita" do Flamengo nosúltimos tempos, o time paulista teve ontem um treino'bem motivado" no parque Sào Jorge, como o definiu otre...ador Mário Travagllni.A derrota de quarta-feira do Flamengo para o Criciú-ma em nada alterou a imagem do time carioca para oCorintians. "Logo depois do Carnaval nenhum resultado

pode ser levado a sério", considera Travagllni. O Fia-mengo, na sua opinião, continua a ser "um time extraor-dinário e nós vamos Jogar, batalhar, marcar, correr" —disse ele sem, entretanto, revelar qual será o esquematático do seu time.

A principal preocupação de Travagllni ê, porém como meio de campo do Flamengo, que conta com Andrade,Adílio e Zico e o apoio de Titã, Lico e Júnior, além deLeandro. A participação de Biro-Biro no jogo de hojeainda náo esta certa, mas sua recuperação da contusãosofrida é considerada boa.O time paulista entra no campo animado também

pelo fato de ter escalado mais um degrau no futebolbrasileiro, passando da Taça de Prata para de Ouro.Além disso, irá enfrentar, durante o campeonato, trêsdas maiores torcidas do pais — a do Flamengo, doAtlético e do Internacional, todos eles times que já foramcampeões brasileiros.

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De quinta a terça-feira, oCupom da Copa é publicado noJORNAL DO BRASIL

Nunca às quartas-feiras,dia do sorteio.

Hoje, ele está publicado naRevista do Domingo doJORNAL DO BRASIL

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Bandeirantes Canal 7 - Rio e naspáginas de esporte do JORNALDO BRASIL diariamente.

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RadaDcinclcircintas

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JORNAL DO BRASIL

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II1)

CORINTIANS X FLAMENGO. Locol: Morumbi (São Poulo). Juix:Carlos Rosa Martins. Horário: 2lhl5m. Flamengo: Cantarole, Lepn-dro, Marinho, Môzer e Júnior,- Andrade (Vítor), Adílio e Zico(Andrado); Titã, Nunes e Lico. Corintians: César, Zé Maria, Gomes,Vágner e Vladimlrj Biro-Biro (eduardo), Sócrates e Zenon; Eduardo(Balaninho), Caságrande e Paulinho.

Sâo Paulo — Contundi-do no Joelho direito, Zicopoderá desfalcar o Fia-mengo na partida destanoite, no Morumbi, contrao Corintians, na estréia daequipe na segunda fase daTaça de Ouro. À chegadada delegação à Capitalpaulista, Zico criticou a dl-retoria do clube pela reali-zaçáo do amistoso de quin-ta-felra, em Criciúma,quando a equipe perdeu de4 a 2 e ele se machucou.

O técnico Paulo CésarCarpegiani somente defini-rá o time momentos antesdo Inicio do Jogo e, se Ziconáo estiver em condições.Vitor entra como cabeça-de-área, passando Andra-de a Jogar mais na frente,ao lado de Adilio. Cantare-le será mantido no sol, emlugar de Raul, que perma-neceu no Rio, em trata-mento, enquanto Titã seapresentou ao técnico ànoite e tem escalação asse-gurada.

A delegação chegou aSáo Paulo às 19hl5, pelovôo 460 da Transbrasil,que saiu de Florianópolis.De Criciúma até a Capitalcatarinense, os jogadoresfizeram o percurso de ônl-bus, que durou três horas.Mesmo cansados, váriosdeles, em especial Zico, Jú-nior, Leandro e Nunes, per-deram um bom tempo noaeroporto de Congonhas,dando entrevistas e auto-grafos.

IRRITAÇÃO

Apesar de tratar a im-prensa e os torcedores comeducação e paciência, Zicoestava irritado pelo fato dea equipe ter jogado contrao Criciúma, tendo umapartida de grande respon-sabllldade para disputarcom o Corintians, hoje ànoite. Mancando, conside-rou duvidosa a sua presen-ça na estréia do time nessanova etapa da Taça deOuro:

— A diretoria que assu-ma a responsabilidade,porque essa partida de Cri-ciúma era dispensável.Talvez eu não possa jogar,machuquei o joelho, aindano primeiro tempo.

Zico afirmou que a cota

que o Flamengo recebeu,de Cr$ 7 milhões, peloamistoso, náo compensaos riscos, pois a equipe témum compromisso difícil,num torneio importarttécomo a Taça de Ouro. Elefará tratamento durantetodo o dia, no Hotel Brasil-ton, onde a delegação estáhospedada e diz que só en-trará em campo se estiverem perfeitas condições:

— Além do cansaço, Jo-gar duas partidas em pou-co tempo náo é nada bom.Inclusive pelo risco que secorre com possíveis contu-soes, como é o meu caso.

Sobre a derrota para oCriciúma, Zico é da opi-niáo de que o Flamengonâo se deixará abater e en-trará em campo com, amesma disposição comque tem disputado os jo-gos da Taça de Ouro..

RENDA RECORDE

Colocados à venda on-tem cedo, os ingressos pa-ra o jogo Flamengo x Co-ríntians estáo tendo boaprocura. A renda poderápassar de Cr$ 30 milhões,superando a da partidaque a equipe cariocadisputou recentementecontra o Sào Paulo, tam-bém no Morumbi, e quesomou Cr$ 29 milhões 640mil 900, com público pa-gante de 33 mil 819 e 400.

A Federação Paulista deFutebol colocou as entra-das em três postos: na sededa entidade, no ParqueSào Jorge e nas bilheteriasdo Morumbi. Foram libe-rados 123 mil 253 ingres-sos, e se todos forem vendi-dos, a renda chegará a CrS45 milhões, recorde da Ta-ça de Ouro.

Apesar das chuvas quevêm caindo na capital nosúltimos dias — ontem cho-veu à noite —, muita gentevem procurando adquiriringresos com antecedênciae espera-se uma excelentearrecadação. Dois motivoslevam os dirigentes do Co-ríntians a esse otimismo: agrande exibição do Fia-mengo diante do Sào Pau-Io, a quem venceu por 4 a 3,e a estréia do Corintiansna Taça de Ouro.

Arma do Corintianssão os lançamentos

Sào Paulo — Lançamen-tos longos para Sócrates eCaságrande, e aperfeiçoa-mento nas cobranças defaltas, foram as principaisexigências de Mario Tra-vaglini no coletivo de on-tem cedo do Corintians,realizado no Parque SàoJorge. Explorar os contra-ataques, e a fórmula dotécnico para tentar umavitória sobre o Flamengo,esta noite, no Morumbi.

O coletivo terminou em1 a 1 e Biro-Biro, que pri-meiro treinou entre os re-servas e depois passou pa-ra a equipe titular, somen-te terá sua escalação defl-nlda esta tarde, na concen-tração. Ele vem de umacontusão na perna direitae ontem se movimentounormalmente, mas MárioTravaglini está indeciso, jáque Paulinho, em boa for-ma física, foi um dos desta-quês do treino e pode co-meçar jogando.

A intenção do técnicoera dar treinamento emdois períodos ontem — ocoletivo em princípio esta-va marcada para a tarde —mas, com a antecipação dapartida de domingo parahoje, os jogadores tiveramatividades apenas pelamanhã e se concentrarama partir das 18 horas, noHotel Planalto. O amblen-te entre eles é bom, mastodos reconhecem o Fia-mengo como favorito, mes-mo com a derrota da equi-pe para o Criciúma, por 4 a2. na noite de quinta-feira.Mas prometem muita luta,do começo ao fim da par-tida.

IMPORTÂNCIA

Uma vitória sobre o Fia-mengo será de fundamen-tal importância para o Co-ríntians, que faz sua es-tréía na Taça de Ouro, en-trando na segunda fase do

torneio. Para Mário Trava-glinl, a fase de maior "sufo-co psicológico" já passou,que era a da equipe deixara Taça de Prata e Passar adisputar a de Ouro, maisimportante:

Todos consideravamuma obrigação o Corin-tians passar para a taça deouro e agora que estamosnela, mesmo num grupomuito dificil, com Flamen-go. Internacional e Atléti-co Mineiro, sentimos umcerto alívio. Nosso time es-tá preparado para jogarcom muita "garra" e sevencer essa partida de es-tréia, ganhará muita mo-ral. Mas, repito, será umjogo muito difícil. A derro-ta do Flamengo para o Cri-ciúma não significa nada,pois se tratava de umamistoso.

Para o lateral-esquerdoVladimir, um dos mais ex-perientes do time, o apoioda torcida vai ser um fatorfundamental para levar oCorintians a uma exibiçãopelo menos "com mais gar-ra" e mesmo sendo o Fia-mengo campeão mundialinter-clubes, a equipe nàodeve entrar em campo as-sustada, "pois se trata deonze contra onze, todosprofissionais". Casagran-de, o centroavante-revelação, tem a mesmaopiniáo:

O Corintians deverespeitar o Flamengo co-mo um grande time, masnâo temè-lo. Temos condi-çôes de vencer, porque elestambém têm pontos vuine-ráveis, como o seu miolode defesa. Esse resultadode Criciúma não deve in-fluir no seu rendimento,porque agora estarão va-lendo dois pontos, muitoimportantes.

Mário Travaglini aindanão definiu quem será en-carregado da marcação deZico, se Gomes ou Vâgner.

Zico é o maior domundo para Sócrates

"Só há uma definição para o Zico: é o maior jogadordo mundo." Com essas palavras, Sócrates definiu ontemaquele que é a maior preocupação do time do Corintianspara o jogo de hoje.

Amigos fora do campo, Sócrates e Zico enfrentam-sehoje num torneio de competência. "Ele tem uma grandecapacidade de finalização", analisa Sócrates. Ainda co-mo profissional, admira a sua capacidade de fazer aequipe crescer dentro e fora do campo."Um conciliador", considera Sócrates, a respeito dacapacidade de liderança de Zico. Fora isso, Zico encon-tra-se, na opiniáo do jogador do Corintians, numa "ex-cepcional forma técnica e física". Mas nada, segundo ele,pode definir o atleta Zico. "Só que é o maior jogador defutebol do mundo."

JORNAL DO BRASILRio cie Janeiro — Sábado, 27 de fevereiro de 1982

LÚCIO COSTA POR ELE MESMONA FESTA DOS 80 ANOS, AS LEMBRANÇAS BOAS E MÁS DE UMA VIDA

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Lúcio Costa comemora hoje osseus 80 anos — 60 dedicados à Arqui-tetura. Ao pedido de uma entrevista,polidamente resistiu: "Que coisa fútiluma entrevista de aniversário..." Pre-feriu aproveitar os dias de carnavalpara preparar ele mesmo um textoautobiográfico do qual seria extraídaa "entrevista". Mas o texto — peloestilo e por seu caráter de depoimento— segue-se na íntegra. Acompanhado,porém, de uma ilustração que ele fezquestão de ver publicada: o desenhotécnico de uma turbina a reação feitapelo pai, Almirante Ribeiro da Costa,em 1903. Uma homenagem e, ao mes-mo tempo, um reencontro.

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Lúcio Costa já não se deixa fotografar. Há 10 unos —mi comemoração dos 70 — não era muito diferente doque é hoje

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Uma turbina a reação, desenho do Almirante Ribeiro da Costa, datado de 1903. Lúcio Costachama a atenção para um detalhe: a moldura art nouveau contrastando com o desenhotécnico

Meu pai, o engenheiro-naval Joaquim Ri-beiro da Costa, era natural de Salvador,filho de Ignacio de Loyola da Costa e deMaria Firmina Ribeiro de Lima, mortaaos 30 anos. Como era mais velho, ficou decerto modo responsável pelos irmãos e

irmãs: Alfredo, que foi Ministro do Supremo TribunalMilitar, e Ignacio, inspetor da Alfândega de Santos.

Serviu, de inicio, cinco anos na Comissão de Limitesdo Amazonas, onde conheceu minha mãe, Alina, filha deMarcai Gonçalves Ferreira, homem sereno, mas em-preendedor: montou a primeira indústria de roupasfeitas — calças e blusões de algodão — vendidas nointerior da província, ao longo dos rios e igarapés; e deLibania Theodora Rodrigues Pará, nascida em Belém,voluntariosa professora: certa vez. cansada de pedirmaterial escolar, botou a criançada a escreverem folhasde bananeira durante a visita do prefeito à escola.

Lembro de dois irmãos de minha mãe, tio Quincas,tocador de violão e boêmio (foi estudante de Medicinaem Coimbra, mas acabou farmacêutico); e tio Olavo,engenheiro formado em Sâo Paulo, que tocava pianocom minha mãe. Levou-me um dia à Cave para tomarchocolate. Vendo os brioches, perguntei: "Que fruta éesta?" Ele respondeu tranqüilamente: "Não tem caroço ecome-se com a casca."

EuropaComo a noiva ainda fosse muito moça, foi mandada

para o internato de Mademoiselle Roussel, em Lisboa,onde afinal se casaram na igreja de São Jorge, seguindode lã diretamente para o Havre, depois Marselha, ondetiveram um filho e uma filha. Noutra viagem ficaram emToulon, onde nasci na Vila Dorothée Louise, em Mou-rillon.

De volta ao Brasil foi diretor do Arsenal de Marinhae, em 1910, voltou à Europa, integrando a missão navalcomandada pelo Almirante Huet de Bacellar, em New-castle. Tratava-se da construção de nova esquadra.Freqüentei então a Royal Grammar School, onde jogavaenquete no verão e rugby no outono com os meninosingleses.

Na primavera de 1914. meu pai se indispôs com oMinistro Alexandrino e pediu reforma. Foi com toda afamília — oito pessoas — para Paris, onde moramos noprimeiro andar de 18, Clement Marat. Seguimos dalipara a Suíça, primeiro Friburgo, depois Beatenberg,perto de Interlaken, e foi ali que a Guerra, a primeira, nossurpreendeu. Fomos então para Montreux, onde nosfixamos e onde estudei no Collège National.

Voltamos em fins de 1916, depois de uma estada emLiverpool, a bordo do Darro, da Royal Mail, às escuraspor causa dos submarinos. No ano seguinte, meu pai —que estranhamente sempre desejou ter um filho "artista"— matriculou-me na na Escola Nacional de Belas-Artes,onde afinal me formaria arquiteto.

Uma tarde, o diretor Batista da Costa, homem cas-murro, sempre de cara fechada, mandou-me chamar.Temeroso e intrigado, entrei no enorme salão da direto-ria, que 10 anos depois eu iria ocupar; quando de perto oencarei, ele desabrochou um largo sorriso aeolhedor. Eramarido de uma irmã de Oswaldo Cruz, e seu sobrinho,Bento, casado com Maria Luisa Proença, pretendia fazeralgumas obras na antiga casa da propriedade de LopesQuintas que estava sendo loteada.

TrabalhoAinda aluno do terceiro ano, tratei logo de trabalhar.

Meu primeiro emprego como desenhista foi na firmaRebecchi. onde ganhava 300 mil réis mensais, passandodepois para o "Escriptorio Technico Heitor de Mello".Morto o arquiteto — que, além de catedrático, erahomme du monde, projetava e construía por administra-

.çâo para os seus pares da sociedade — continuou a firmasob a responsabilidade de seus colaboradores Memória eCuchet.

O escritório ocupava todo o andar do prédio número30 da Rua da Quitanda. Os arquitetos ficavam na parteda frente; os desenhistas, chefiados por Baldassini, tra-balhavam sob as claraboias do corpo central do sobrado;e Muller. o calculista suíço, tinha as pranchetas junto àsjanelas na sala dos fundos. Na chegada da escada, ficavaa mesa do Sr Pinto, o contador, que se entendia no fim datarde com os dois mestres, o velho competentíssimo e omoço presunçoso, chamados igualmente Bernardino,ambos portugueses.

Com esse proceder perdi dois anos e quando, em1922, a turma se formou, meu colega e amigo FernandoValentim me convidou para sócio. Nosso primeiro escri-torio foi na Rua Gonçalves Dias, 30, ao lado da Confeita-ria Colombo. Depois mudamos para o 46 da Avenida RioBranco. Edifício das Docas de Santos, que ainda existecom a sua monumental porta entreaberta, cuja chave —eu costumava trabalhar até altas horas da noite —continua comigo.

Era a época do chamado ecletismo arquitetônico. Osestilos "históricos" eram aplicados sans façon de acordocom a natureza do programa em causa. Tratando-se deIgreja, recorria-se ao receituário romântico, gótico oubarroco; se de edifício público ou palacete, ao Luís XV ouXVI; se de banco, ao renascimento italiano; se de casa, agama variava do normando ao basco, das missões aocolonial.

DoençaEm 1026 resolvi viajar. È engraçado, pois nao havia

ainda os travellers's checks. Levei uma carta de creditodo City Bank. ou seja. uma larga folha de papel encorpa-

Ado onde os caixas davam baixa a mão de cada retiradaj*te o valor do crédito se esgotar Com 28 contos de réis,"i-se nao me engano, passei um ano folgado na Europa.

Só que na passagem de 1926 para 27 fui dado comodoente do pulmão pela impressionante figura barbadado professor Passini. Fui internado na Villa Igeia, nosarredores de Roma, e muito carinhosamente alimentadoe cuidado por uma bonita irmà de caridade. O quartocontíguo era ocupado por uma simpática moça italiana,chamada Fana, que me recitava versos de Carducci"...piü Ieggcra che 1'ombra dei fumo..." Certa noiteacordei como movimento e barulho de gelo quebrado.Soube de manhã que uma hemoptise fulminante amatara.

No caminho de Paris recomendaram-me que cônsul-tasse em San Remo um famoso especialista cujo nome —nome curto —- agora me escapa. Consultório cheio.Finalmente me atendeu e disse que estava tudo bem,que já náo tinha nada, era só me acautelar.

Assim, na volta, passei um mès no Caraça, comohóspede de Dom Jeronymo. Lamentavelmente, os pa-dres franceses destruíram no século passado a belacapela do Irmão Lourenço. com arcadas à volta e sineirasobre a porta, tal como figura no conhecido risco preser-vado, para construir uma felizmente sóbria igreja "góti-ca" cuja esguia flecha se enquadra bem na paisagem. Oparvis com magnífica balaustrada, bem como a escadacom degraus de convite e patamar, tudo em pedra-sabão,foram mantidos. Jantava no refeitório com os padres nalonga mesa ao pé da famosa ceia do Athayde e de frentepara as bancas dos seminaristas.

Depois me demorei longamente em Sabarâ na pen-são das gordas — eram três Irmãs mulatas, cada qualmais gorda. A varanda dos quartos era voltada para opoente e debruçada sobre o rio das Velhas, onde ocrepúsculo se espelhava com a primeira estrela. Emseguida Mariana e Ouro Preto. Ate hoje me envergonhode náo ter sabido então apreciar devidamente — tantoexterna como internamente — a obra-prima que é aigreja de Sáo Francisco. Diamantina ja conhecia deoutros tempos (36 horas de trem), quando a velha matrizainda nào tinha sido "trocada" pelo monstruoso arreme-do ouro-pretano atual.

BrasilComecei aí a perceber o equívoco do chamado neo-

colonial, grotesca mistura de arquitetura religiosa e civil,de pormenores próprios de épocas e técnicas diferentes,quando teria sido tão fácil aproveitar a experiênciatradicional no que ela tem de valido para hoje e parasempre.

Em 1929 casei com Julieta — Leleta — filha do DrModesto Guimarães. Em pleno inverno, nos instalamosna casa de verão de Correias com minha tralha antiga,inclusive o aparelho de Macau comprado no Esslinger,que era usado diariamente e se foi aos poucos quebran-do, quase nada sobrou. No tempo da Colônia — antes daintrodução da louça inglesa — o serviço de Macau era deuso corrente, para as ocasiões especiais havia a louça daíndia. Assim as minhas filhas podem vangloriar-se: fo-ram as únicas crianças da era republicana que semprecomeram em louça azul de Macau.

Com a revolução de 30, um rios primeiros atos doGoverno foi a nomeação de novos diretores na área deEducação: a de Rodolfo Garcia para a Biblioteca, a deLuciano Gallet para o Instituto de Música, e a minhapara as Belas-Artes.

Colhido de surpresa, recebi em Correias um recadode Rodrigo M. F. de Andrade, que eu ainda nào conhecia,pedindo o favor de meu comparecimento ao Ministérioentão instalado no edifício da Assembléia, na PraçaFloriano.

Vi-me assim, da noite para o dia, diante da tarefa deter de reorganizar o ensino das chamadas belas-artes nopaís.

ResumoOlhando para trãs, e resumindo, a minha atividade

profissional teve, a partir dali, várias fases:Io — a Acadèmico-educativa, já referida;2o — A da intervenção fracassada no ensino —

fracassada porque resultou no desmantelo do que, bemou mal, havia, sem ter deixado nada em troca; felizmentefoi rematada com a realização do extraordinário Salãode 31 que lamento não ter sido fotografado. Essa aventu-ra teve ainda, como complemento, uma curta e felizcolaboração com o querido Gregorio Warchavchik;

3o — A da disponibilidade e estudo, quando fiz umasérie de projetos residenciais avulsos para lotes urbanos

de 12 x 36, intitulada Casas sem Dono e uma casa decampo, que nunca vi, para o meu fiel amigo FábioCarneiro de Mendonça. A convite de Celso Kelly fuientão professor — juntamente com Prudente, GilbertoFreyre, Portinari e tantos outros — da lamentavelmenteextinta Universidade do Distrito Federal, curso consoli-dado no estudo Razões da Nova Arquitetura — razões deordem social, de ordem técnica e de ordem artística.

4o — Aquella em que, gorada a reforma do ensino naENBA, afinal se materializou fora dela, quando o fabulo-so Ministro Capanema resolveu me confiar a elaboraçãodo projeto para a construção do edificio-séde do Ministé-rio. Edifício projetado por um grupo de arquitetos esco-lhidos por mim e baseado num belíssimo "risco" feito,para outro terreno, por Le Corbusier quando aqui estevepor três semanas, convocado pelo Ministro, por insistèn-cia minha, como nosso consultor. Nesta fase ocorreu oimportante caso do pavilhão do Brasil na New YorkWorld's Fair. de 1939, quando levei comigo o Oscar,visando à elaboração de um novo projeto baseado naidéia original dele de tirar partido, da construção, dacurva ondulada do terreno, resultando dai um beloedifício que foi multo louvado pela critica internacional.

Inclui-se, ainda, nesta fase, o Parque Guinle, realiza-do graças à interferência de Armando Faria Castro, e oPark Hotel de Friburgo, fruto de nossa mútua dedicaçãoe empenho — do proprietário, Dr César Guinle, e minha.Basta dizer que todo fim de semana eu saia correndo demadrugada, no bairro então muito deserto, ao ouvir oronco do bonde Jardim-Leblon que me levaria às Barcaspara. atravessada a baia, subirmos a serra de gasogénio.Mas valeu a pena. Sáo também dessa época as casasHungria Machado e Saavedra.

5o — A do inicio de minha participação, por indica-çào de Raymundo Castro Maya, na arrastada obra, ondeinterferiram vários arquitetos, da sede do Jockey Club,primeiro na administração Mário Ribeiro, depois naatual de Francisco Paula Machado. Esse difícil parto sóchegou a bom termo graças à feliz intervenção "cesaria-na" de Jorge Hue. A minha principal contribuição foiconseguir que o prédio engulisse mais de 700 carros, bemcomo garantir a bela comodulaçáo das fachadas laterais.Participei também da obra do antigo Banco Aliançapara os irmãos Coutinho. Obra levada a cabo graças àdedicada colaboração — nascida no Parque Guinle — deAugusto Guimarães Filho. Nessa época viajei, com asmeninas, a Nova Iorque a convite da Parson School ofDesign, que comemorava seu cinqüentenário, e a Paris eVeneza a convite da UNESCO.

6o — De permeio com as demais fases houve a doPatrimônio, onde sempre funcionei apenas como cônsul-tor do Rodrigo, esse Mello Franco de Andrade que sededicou de corpo e alma a defesa, recuperação e divulga-çào de nosso patrimônio histórico e artístico. Mesmoquando mais tarde, reorganizado o Serviço, tive defigurar, pro forma, como diretor de uma divisão, era ele,o diretor geral, que fazia tudo; eu simplesmente o asses-sorava. So então, aos poucos, conheci e compreendi, comele e D. Lygia. em toda a sua monumental grandeza, aobra de Antônio Francisco Lisboa que, como estudante,por ignorância, de certo modo menosprezara. A minhaprimeira incumbência, em 1937, foi ir de hidroavião aoRio Grande a fim de- examinar in loco e decidir o quefazer com as ruínas dos chamados Sete Povos, da Provin-cia Jesuitica espanhola, que ficaram encravadas do ladode ca. Projetei então o pequeno museu, construído porLucas Mayerhofer, que também realizou a difícil tarefade desmontar e reconstruir a torre arruinada. Em 48,numa viagem de estudo, conheci finalmente Portugal, a

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metrópole de que fomos, como colônia, gigantescavincia.

7o — Depois de tudo isto veio a fase de Brasília. Apresença de William Hulford na comissão julgadora foidecisiva. Era personalidade muito considerada em seupaís tanto que, depois, foi feito "sir", tornando-se emseguida membro da Câmara dos Lords. Muito culto,falando correntemente italiano e francês e ainda umpouco de espanhol, ele me disse ter lido a MemóriaDescritiva do Plano-Piloto três vezes: na primeira nàoentendera suficientemente, na segunda entendera, e naterceira — "I enjoyed it."

Apesar de todas as criticas e restrições, preconcel-tuosas ou não. entendo que Brasilia valeu a pena e com otempo ganhará cada vez mais conteúdo humano e con-sisténcia urbana, firmando-se como legítima capital de-mocrâtica do pais. Ela foi concebida e nasceu comocapital democrática e a conotaçáo de cidade autocráticaque lhe pretendem atribuir, em decorrência do longoperíodo de Governo autoritário, passara.

Tenho uma natural tendência a querer sempre com-preender e justificar o ponto-de-vista dos outros e deseul-par os trancos que eventualmente me dáo. Certa vez, umprimo em segundo grau, que há muito nào via, ao chegarem casa disse à mãe: "Esbarrei hoje numa pessoa queacho era o Lúcio, ele até pediu desculpas." "O tranco foiseu, e ele se desculpou? Então era ele mesmo."

Assim, compreendo o ponto-de-vista daqueles queentendem que a sociedade evoluída prescinde de simbo-los e gostariam que as capitais fossem cidades diluídas eterra-a-terra, despojadas de qualquer vislumbre de gran-deza. Mas me permito discordar. Imanente ou transcen-dente, há uma intrinseca grandeza no homem e na suaobra, ainda quando aparente a sua negação, como umsímbolo de repouso que propus a Jayme Maurício para aTrienal de Milão.

8o —- Quanto à fase da Barra, as criticas, na suamaioria, procedem de pessoas que, no fundo, gostariamde uma ocupação rarefeita da Baixada de Jacarepaguá,de tal forma que os edifícios altos fossem definitivamentebanidos. Ora, é evidente que essa enorme área agoraacessível, tanto da Zona Norte como da Zona Sul,destina-se à ocupação intensiva, cumprindo ao urbanis-ta, portanto, nào se iludir e encarar esta fatalidade.Assim, em vez de uma ocupação por etapa, como ocorreuem Copacabana, Ipanema e Leblon: primeiro casas,depois pequenos prédios de apartamentos, seguidos poroutros sucessivamente maiores, até chegar ao que Ia esta— começar por ele, mas definindo, de sai-da, onde implantá-los e onde impedir suapresença. Mas a coisa já foi muito explica-da, é melhor ficar por aqiü. Fora o mar e apaisagem, o que me dá prazer de olhar naBarra é a minha caixa dágua da Sudebar.

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COPACABANA. IPANEMARIO SUL I

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2 D CADERNO B ? sábado. 27/2/82

TEATRO EBUROCRACIAA VIAGEMDO "HOMEMELEFANTE"NÃO TERÁESCALA EMBRASÍLIA

BRASÍLIA

— Oespetáculo tea-trai O Homem-Elefante, de Ber-nard Pomeran-

ce, produzido por LenlneTavares e Fagundes Pro-duções Artísticas, estrearano Teatro Joáo Caetano,"do Rio, dia 7 de abril, masa sua temporada em Brasi-lia, prevista para o períodotle 26 de março a 4 de abril,não será realizada.*• Os produtores LenlneTavares e Antônio Fagun-des concederam, ontem,entrevista coletiva paraJançar publicamente pro-•testos contra a atitude dodiretor executivo da Fun-tíaçâo Cultural do DF, Car-los Fernando Mathlas. Es-te nega ter recebido os te-lefonemas e telegramasconfirmando as datas deapresentação da peça noTeatro Nacional de Bra-sília.

DOCUMENTOS

Lenlne explica que veioa Brasília na última quin-ta-feira para assinar oscontratos com a FundaçãoCultural e que a inclusãoda peça na pauta da SalaVilla-Lobos do Teatro Na-cional já havia sido acerta-da, através de contatosque vèm sendo mantidosdesde setembro do anopassado. Segundo ele, es-ses contatos vinham sendofeitos via telefonemas e te-legramas, como é de praxe,e a confirmação da reservafoi dada, inclusive, ao pre-sidente do Instituto Naclo-nal de Artes Cênicas, Or-lando Miranda. Ele rece-beu um telegrama do pre-sidente do Inacen, infor-mando-lhe o teor de umoutro documento a CarlosMathias. Nele, Orlando Ml-randa diz que a reserva dasala foi confirmada ao fun-cionário do Inacen Wlade-mir Gonçalves pela pró-pria Fundação Cultural.

Lenlne comentou, ainda,que foi mal recebido pelodiretor executivo daFCDF, que o chamou dedesorganizado.

Acrescentou que o espe-tãculo vem sendo apresen-tado em Capitais e no inte-rlor paulista desde maiodo ano passado, seguindoo mesmo esquema de re-servas de salas e que, emnenhuma das cidades,houve qualquer problemadessa natureza.

Diante do impasse cria-do com a FCDF, a produ-çao da peça tentou conta-tos com a Secretária deEducação do Distrito Fe-deral, Eurides Brito da Sil-ya, e até mesmo com oGovernador Aimô Lamal-son, não tendo sido recebi-da por nenhuma das par-les. A próxima atitude daprodução deverá ser a uti-lizaçào de algum recursojudicial.NORMAS

O dlretor-executivo daFundação Cultural, CarlosFernando Mathias, alémde negar o recebimento detelefonemas e telegramas,esclarece que náo é esse oprocedimento previsto pe-las normas da FCDF, emse tratando de solicitaçãode sala.

Segundo Carlos Ma-thias, a companhia teatraldeveria ter enviado o textoda peça e as especificaçõesdas condições técnicas deapresentação do espeta-culo.

"Se toda essa documen-tação tivesse sido enviadaem tempo hábil, a Funda-ção certamente teria o má-'ximo prazer em ceder aSala Villa-Lobos. É estra-nho que haja documentosdirigidos à Fundaçàa, e ne-rihum partindo da Funda-ção para a companhia" —explicou Carlos Fernando.

O período solicitado pelaproduçáo de O HomemElefante foi cedido ao can-tor e compositor OswaldoMontenegro que, segundoo diretor da Fundação,apresentou a documenta-çáo exigida. Entretanto,diz Carlos Mathlas, se acompanhia teatral entrarem entendimentos comOswaldo Montenegro e es-te se dirigir à Fundação,propondo uma mudançana data de seu show musi-dal; para ceder o período àapresentação da peça, aFundação Cultural nào co-locará nenhum obstáculo.

JORNAL DO BRASILtondrns/UPI

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ULTIMA

das grandes dl-vas da tela, ElizabethTaylor — que hoje com-pleta 50 anos — tem, nâo

obstante seu olhar angelical, umacoleção de maridos só Inferior a deZsa Zsa Gabor, de quem, aliás, porpouco náo foi nora. A beldade hún-gara Já se divorciara de Conrad Hil-ton, o magnata da cadela de hotéis,quando Llz, entáo o rosto mais bonl-to do cinema, se casou com seu filhoNlck, Imaturo e estróina, que a dei-xaria abandonada num quarto dehotel, em plena lua-de-mel, enquan-to Jogava frenetlcamente na roletado cassino, no andar térreo.

Superado o trauma de seu pri-melro divórcio, Llz casou-se com oator britânico Michael Wlldlng, comquem teve dois filhos. Apesar decompatriotas, a estrela logo se can-sou da monotonia de uma vida ca-seira que só as visitas de Montgome-ry CUft conseguiam amenizar (cons-ta que os dois estavam apaixonadosdesde Um Lugar ao Sol e foi ao sairde sua casa que, certa noite, Montysofreu o acidente automobilístico

que o deixaria, após a plástica, comum dos Iodos do rosto diferente dooutro).A procura da felicidade prosse-

gulu com o produtor Mike Todd, ocriador do processo TODD-AO, quepouco depois a deixaria viúva. Llzescapou por pouco da morte, dei-xando de acompanhá-lo no vôofatal.

Consolada por Eddie Fisher, pro-tegldo de Mike, Llz chocou a comu-nidade provinciana de Hollywood,nâo obstante sua aparência blasée,ao roubar o marido de sua amiga deestJ.dk>, Debbie Reynolds, fazendodele seu quarto marido. De persona-lidade fraca, Fisher náo demorou aser dominado e acabaria envolven-do-se num escândalo Internacionalde grandes proporções, mas antesacompanharia a mulher, com urgên-cia, a um hospital de Londres, ondeela só se salvaria de uma pneumoniagraças a uma traqueotomla.

Enquanto filmava em Roma asuperprodução Cleópatra, Llz seapaixonou por seu gala, RichardBurton, casado e pai de duas meni-nas. A paixão foi tâo fulminante departe a parte, que logo os dois puse-ram de lado as precauções e acaba-

ram sendo flagrados, mais de umavez, pelos temíveis paparazzi. Resul-tado: terceiro divórcio.

Dado a rompantes c grande cori-sumldor de bebida, Burton ensinouLlz a beber, a praguejar, a colecionarJóias valiosas e a perambular entre aEuropa e a América, agora que eljaganhava 1 milhão de dólares porfilme. As brigas constantes levaramao primeiro divórcio, mas, reconhe-cendo o erro, os dois incorreramnum ainda rnalor, casando-se outravez. Para se divorciarem novamente.

Llz voltou a surpreender seusamigos e admiradores abandonandoa vida fulgurante de uma star parçase casar com um político discreto.John Warner, a quem ajudaria a seeleger Senador e de quem está agoraseparada.

De acordo com os últimos rumo-res. Zef Buffman, produtor de TheLittle Foxes, peça de Lillian Hell-man com que Llz fez sua estréia naBroadway ano passado, é o cândida-to mais cotado a oitavo marido. Lfenega, Buffman desconversa e suamulher ri amarelo, sinais mais dpque garantidos para quem conhece asíndrome do divórcio, de que a me,-tástase já se espalhou.

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| DINÂMICA DE GRUPO "A existênciade um meioestimulante éfundamental para odesenvolvimento dainteligência"Jean P-ago»"A educação doscrianças deve guiar-se"pela tcçôo científica."Lauro de Oliveira Lima"Tudo

que se ensina a:criança impede aue e'adescubra ou invente" •Jean t>iage-

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Os Mecanismos daLiberdadeA Juvenluae como Motorda HistônaA Escola SecundáriaModernaConllilos no Lar e na EscolaEstórias da Educação noBrasil de Pombala PassarinhoMutações em Educaçãosegundo Mc LuhanEscola no FuturoDinâmica de Grupo

"NOo basta observaras criançasé aeaso propaproblemas."Jean Piooet"Fantasia é importantemas método científicotambém"laufo de Oiivetra Lima"Noo existe uma idadechave tocas os dadessoo impatantesA criança esto sempreultrapassando fases."Jean Piaael

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JORNAL DO BRASIL sábado, 87/2/8S D CADERNO B D 3

Ois cinco maioresO último numero da revista Placar revela um dado

que multo pouca gente até hoje se deve ter dado conta: ocraque Zico já ê o segundo maior artilheiro da SeleçãoBrasileira de todos os tempos.

Precede-o apenas Pele que, em 111 jogos disputadoscom a camisa da Seleção, marcou 91 gols.Já Zico, ainda cm pleno apogeu e com mais quatro oucinco anos no mínimo de Seleçáo pela frente, soma 45gols em 59 partidas.

Seguem pela ordem Rivelino (44 gols em 118 jogos),Jairzinho (41 em 101) e Tostão (38 em 57), para ficarapenas nos cinco primeiros.* * *

Proporcionalmente, com mais de 1,3 gol por jogo,Zico chega a superar Pele, que vai pouco além de 1 2 golpor partida.

¦ ¦ ¦DUAS ESTRELAS

Nào será por falta defama, parenta próxima dotalento, que a dupla LesEtoiles, formada por doisbrasileiros. Rolando e LuizAntônio, cartaz há anosem Paris, deixará de fazersucesso no Rio, que aindanáo a conhece e onde esta-ra chegando no próximodia 2.

Ainda em janeiro, pou-cos dias antes da duplaencerrar uma temporadade sucesso no Palais desCongrês, o Pariscopc, guiade tudo o que acontece emParis, ocupou-se de seu es-petâculo. dedicando-lhe asseguintes palavras."Quem nunca sonhouem poder enumerar todasa^ estrelas da nossa galã-

xia? Muito bem, eis duasvindas do Brasil, pais ondetantas estrelas brilham empleno dia. Seus nomes: Ro-lando e Luiz Antônio.

Eles brilham agora emParis, de dia ou de noite,por sua Inventiva, seu pro-dlgioso sentido rítmico,uma musicalidade raraque me provoca sempreum prazer tào intenso queeu não resisto ao desejo deconvidá-los (os leitores) asegui-los em sua viageminterplanetária que os ar-rebatará, os encantará".

* * *• Os elogios crescem deimportância quando se re-para, aposta ao pé do tex-to, a assinatura de MichelLegrand.

ZózimojffjWrÍKJ^j^BfliBi^yF

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O modelo americano Pat Cleveland, personagem de ummovimentado episódio na Marquês de Sapucaí, no desfiledas escolas, repousando da refrega no Florentino em

companhia de Ivan Chagas Freitas

Tem razãoProcesso

Não convidem para a mesma mesa a atriz ítalaNandi e a Editora Trés.

ítala está processando a revista Status, daeditora, pela publicação de uma série de fotos suasno número de dezembro.

¦ ¦ ¦

CarnavalescoO carnaval revelou co-

mo um de seus mais vi-brantes foliões o cineastaCaca Diegues.

Não só compareceu atodos os principais bailes eassistiu às escolas de sam-ba como ainda encontroutempo para participar in-

tensamente do carnaval derua.

Chegou a desfilar nobloco de um clube de sam-ba do Méler.

v * *

Não é à toa que ele é odiretor do filme Quando oCarnaval Chegar.

À luz fria da isenção, adireção do Flamengo tem to-da razão de protestar contraa tabela armada para seutime 'na

segunda etapa doCampeonato Nacional.

Como primeiro colocadode seu grupo na etapa ante-rior, posição que, por ter sidoconquistada no terreno dadisputa, deveria assegurarcertos privilégios, o Flamen-go se verá obrigado a jogarno returno, reta final e deci-siva da etapa, duas vezes fo-ra de casa.

Punição semelhante foiimposta ao Internacionalgaúcho, segundo colocado

na etapa anterior, melhorperformance do atual grupodepois do Flamengo.

Enquanto isso, o AtléticoMineiro e o Corintians Pau-lista, o primeiro, terceiro co-locado em seu grupo, e ooutro emergindo da repesca-gem, também conhecida co-mo Taça de Prata, se viram,apesar da má campanha,amplamente recompensa-dos — jogarão no returnoduas vezes em casa.

A grita do Flamengo ésimplesmente esta: a tabelapremiou a incompetênciaem prejuízo do mérito.

DeserçãoNào se conseguiu até agora

uma explicação precisa, sequerrazoável, para a ausência de tu-ristas, externos e Internos, nocarnaval.

Pela primeira vez em muitosanos, nâo havia qualquer dlflcul-dade para encontrar-se vagasem hotéis cariocas durante ocarnaval. Raros, aliás, foram osque conseguiram lotar sua capa-cidade. „ , ,

Os números precisos da de-serçâo de turistas encontram-seem poder da Secretaria da Re-celta Federal, que controla atra-vés da Alfândega a chegada deestrangeiros.

Agenda socialDescontraído, alegre e dlver-

tido, ainda sob influência do es-pírito do carnaval, foi comotranscorreu o movimentado jan-tar que comemorou anteontemno bonito apartamento da Ave-nida Atlântica o aniversário dePaulo Fernando Marcondes Fer-raz, que recebia com Regina.

Um buffet perfeito — pratosárabes — assinado por Caruso,música da melhor qualidade,conversa boa e animada e, aofinal, a Indispensável esticadade quase todos, até de madruga-da, no Hippopotamus.

Entre os amigos que aparece-ram para festejar os anfitriões,lide e Jean-Louis de LacerdaSoares, Yolanda e Sérgio Figuel-redo, Patrícia e Erik Waechter,mais Renata Mellâo, a CondessaMarina Cicogna, Danuza Leào,Florinda Bulcào, Jece Valadào,caitituando sua candidatura àCâmara Federal, José Hugo Ce-lidònio, Raimundo de Brito Fl-lho, Hugo Jereissattl.• • •

A poucos metros dali, nomesmo prédio, mas em outrobloco, a Sra Josefina Jordanmostrava-se ainda uma vez aincomparável anfitriã de semprerecebendo para drinks em tornodo Príncipe Jean-Louis de Fau-cigny-Lucinge.

A seqüência foi o jantar, reu-nlndo o mesmo grupo, oferecidopelo decorador Eugênio Restelli,que teve em casa, entre outros,Teresinha e Hildegardo Noro-nha. a bonita Beth Malburg, oCônsul da Grécia. AnastassiosKriekoukis.

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Eu aprendi francês na Aliança Francesa, pois sabia o quanto eraimportante conhecer correta e perfeitamente a língua francesa.Sabia que para o meu desenvolvimento cultural, que me obrigariaa tomar conhecimento das mais diversas obras da literaturamundial, o domínio do francês seria indispensável.Hoje, escritor, sei o quanto foi importante aprender francês.Além da utilização profissional, nas viagens ao exterior possocomunicar-me bem e fazer um contato mais profundo comamigos estrangeiros. Aprenda francês você também. Pode crer!Essa foi uma das idéias mais brilhantes que já tive.*UNE IDÉE BRILLANTE.APPRENEZLEFRANÇAIS.

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embolsa Cr$ 7 milhões e melo.

¦ ¦ ¦

Quem chegaVindo da neve, desembarca hoje no Rio

com toda a sua mobília o colunista IbrahimSued.

O grupo chega com uns 30 quilos deexcesso, mas não de compras — de gesso —conseqüência da temporada de esqui.

¦ ¦ ¦

RODA-VIVA

Gilda e AntônioSalgado movimen-tam Angra no dia 13recebendo para umagrande feijoada.

Os Ministros Ce-sar Cais e Eliseu Re-sende, com as res-pectivas famílias,jantando juntos nanoite do Rio.

O quadro de pro-fessores do CUP —Centro UnificadoProfissional — ga-nhando o concursode Roberto d'Ávila.

Noêmia di Motto-Ia chegando hoje deuma temporada deesqui de um mès emCortina d'Ampezzo.

A capa do próxi-mo número do Beau-ti fui People será Lú-cia Severiano Ri-beiro.

Glorinha Gomesde Almeida e AnaMaria Azeredo deOliveira convidandopara a inauguraçãodia Io, noRioSul.deuma nova MaisoncTEllas.

A peça Amor Va-gabundo, de FelipeWagner, com BethFaria e Jorge Dóriano elenco, já tem da-ta de estréia: dia 10,no Teatro Vanucci.

O Embaixador daRepublica Domini-cana, José Angel Sa-vinon, festeja segun-da-feira a data na-cional de seu pais,que transcorre hoje,recebendo em Brasi-lia ao meio-dia paraum vin d'honneur.

O Chanceler e SraSaraiva Guerreiroabrem segunda-feiraos imponentes salõesdo Itamarati, emBrasília, para umjantar black tie emhomenagem ao Mi-nistro do Exterior dePortugal, AndréGonçalves Pereira.

O Banerj abre dia3 uma agência na Ti-jucá operada exclu-sivamente por mu-lheres.

0 Cônsul grego, AnastassiosKriekoukis, e Claudia Amado no

carnaval

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4 O CADERNO B D sábado, 87/8/88 DIVIRTA-SECINEMA

JORNAL DO BRASILCOTAÇÕES ***** EXCELENTE **** MUITO BOM *•* BOM •• REGULAR * RUIM

ESTRÉIAS

***EROS, O DEUS DO AMOR (brasileiro), deWalter Hugo Khouri, Com Lilian Lemmertz.Dina Sfat. Renóe da Víelmond, «ale Lyra,Norma Bongoll e Selma Egrei. Odoon (PraçaMahatma Gandhi, 2 — 220-3835): 14h,16hl0m. 18h20m, 20h30m. Rian (Av. Atlân-tica, 2 964 -- 236-6114). Óporn-1 (Praia deBotalogo. 340 — 246-7705), Barra-2 (Av.das Américas. 4 666 — 327-7590): 15h,17h10m, 19h20m, 21h30m. Tijuca-Polace(Rua Conde de Bonfim. 214 — 268-0790),Astor iRua Ministro Edgar Romero. 236 —390-2036). Ramos 14h30m, 16h40m.18h50m, 21h. Santa Alice (Rua Barão deBom Retiro. 1 995 — 201-1299). de 2« asábado, às 16h40m, 18h50m, 21 h. Domingo,às !4h30m. 16h40m, 18h50m, 21h (18anos).

Aos 49 anos, Marcelo, que nasceu epassou a maior pano de sua vida em SãoPaulo, se sente uma espécie do extensãoda cidade, que define como egoísta, indi-vídualista, cruel e devoradora. Duranteuma conversa com sua amante, Ana, elerevô sua vida através das muitas mulhe-reS que passaram por ela. O filme, odécimo-oitavo longa-metragem de Khou-ri, é narrado com a cornara colocada portrãs dos olhos do protagonista, que nôoaparece em cena, a nào ser em suaslembranças do tempo de menino.

**ESPIONAGEM EM GOA (The Sea Wolves).de Andrew V. McLaglen. Com Gregory Peck,Roger Moore. David Niven, Trevor Howard eBarbara Kellerman. Palácio-1 (Rua do Pas-seio. 38 — 240-6541). Tijuca (Rua Conde deBonlim. 422 — 268-0790). Madurelra-1(Rua Dagmar da Fonseca. 54 — 390-2338):13h30m. 16h. 18h30m, 21h. Roxy — (Av.Copacabana. 945 — 236-6245). Leblon-2(Av Ataulfo de Paiva, 391 — 239-5048),Barra-3 (Av. das Américas, 4 666 — 327-7590), Studio-Paisaandu (Rua Senador Ver-gueiro. 35 - 265-4653): 14h, 16h30m, 19h.21h30m (16 anos).

Inspirado num episódio real da Segun-da Guerra Mundial, este filme, extraído deum livro de James Leasor (The BoardlngParty), narra como o serviço secreto in-glês desmontou uma rede de espionagemnazista sediada em Goa com a ajuda deum velho e há muito desativado corpo devoluntários civis, a Brigada Ligeira deCalcutá.

**FALCÕES DA NOITE (Nighthawks). deBruce Malmuth. Com Sylvester Slailone.Billy Dee Williams. Líndsay Wagner. PersisKharnbatta e Nigel Devenport. Barra-1 (Av.das Américas, 4 666 — 327-7590. MetroBoavlsta (Rua do Passeio. 62 — 240-1291).Condor Copacabana — Rua Figueiredo Ma-galhães. 286 — 255-2610). Largo do Ma-chado-1 (Largo do Machado. 29 — 245-7374): I4h. 16h. 18h. 20h, 22h. Art-Méler(Rua Cândido Benicio, 1 747 — 390-5745):15h. I7h. 19h. 21h Carioca (Rua Conde deBonfim, 338 — 228-8178): 13h30m.15h30m, 17h30m, 19h30m, 21h30m (16anos).

Enquanto em Nova Iorque Deke daSilva um policial americano prende assai-tentes nas ruas do Bronx, em LondresWulfgar, um terrorista, coloca uma bom-ba dentro de uma loja "para atacar oimperialismo britânico". Identificado pelapolicia inglesa o terrorista foge para Paris,e depois de uma operação plástica vaipara Nova Iorque organizar atentadoscontra as Nações Unidas. E, entôo, comum rosto novo, impossível de ser reco-nhecido pela polícia, começa a ser perse-guldo por Deke, que se juntara ao grupode combate ao terrorismo.

CONTINUAÇÕESCqt^çâo do JB: ••••Cotação do leitor: *••• (15 votos)OS OLHOS VENDADOS (Los Ojos Venda-doá)'de Carlos Saura. Com Geraldine Chapline Jóse Luís Gomez. Cinema-1 (Av. PradoJúnior. 281 — 275-4546): 15h. 17h10m.19H20m. 21h30m (18 anos)

Inspirado no depoimento de uma mu-iher num tribunal internacional para adenúncia de torturas a presos políticos (amulher tinha o rosto encoberto por umpano sobre os cabelos e grandes óculosespelhados), um diretor de teatro decidemontar uma peça sobre o tema. Durante amontagem da peça Luís conhece e seapaixona por Emília, e os dois começam areceber cartas anônimas exigindo que oprojeto seja abandonado. Produção espa-nhola.

Cotação do JB: ****Cotação do leitor. **** (31 votos)EXCALIBUR (Excalibur). de John BoormanCom Nigel Terry, Helen Mirren, NichotasClay. Cherie Lunghi e Paul Geoffrey. Copa-cabana lAv. Copacabana, 801 — 255-0953).13h20m. 16b. 18h40m. 21h20m. (18 anos).

A história de Excalibur, do Rei Artur edos Cavaleiros da Távola Redonda, deMerlin, de Lancelot, de Perceval e deGuenevere, diz o realizador, John Boor-man, "é um relato que pode ser contado ereconlado mil vezes seguidas, porque acada nova leitura encontramos um simbo-Io que náo descobríramos antes". E nestefilme, inspirado principalmente no livrode Thomas Mallory A Morte de Artur, orealizador afirma estar interessado emfazer assim como Jung e partir em buscade signos que se encontram gravados noinconsciente dos europeus.

Cotação do JB. ***Cotaçào do leitor: *•* (8 votos)CONFISSÕES VERDADEIRAS (True Con-fessions) de Ulu Grosbard, Com Robert deNiro, Robert Duvall, Charles Duming, EdFlandres e Burgess Merdith. Caruso (Av.Copacabana. 1 362 — 227-3544) I5h.17h10m. 19h20m. 21h30m (18 anos).

Dois irmãos — um padre (Robert deNiro) e um policial (Robert Duvall) —envolvidos em histórias de crimes a es-cénçjalos. Produção americana.

Cotação do JB: ***Cotação do leitor: *** (14 votos)OS SALTIMBANCOS TRAPALHÕES (Brasileiro). de J. B Tanko Com Renato Arayào.Dedé Santana. Zacarias. Mussum. LucmhaUns e Mário Cardoso Cinoma-3 (Rua Condede 8onfim, 229): 14h. 15h50m. 17h40m.19h30m. (Livre).

Inspirada na peça de Bardotti, Bacalose Chico Buarque, esta nova aventura deDidi; Dedé, Zacarias e Mussum mostra osquatros como humildes e explorados tra-balhadores de um circo cujo dono, O

Barão, é um nobre arruinado que com aajuda do mágico Assis Satã planeja juntardinheiro para voltar ao antigo conforto epromover um casamento milionário paraa filha.

Cotaçáo do JB: **Cotaçào do la.tor: **** (21 votos)ARTHUR, O MILIONÁRIO SEDUTOR (Ar-thur). de Steve Gordon. Com Dudley Moore,Liza Mínnelli, John Gielgud, Geraldine Fitzge-rald. Jill Eikenberry e Stephen Elliot. Veneza(Av. Pasleur, 184 — 295-8349), Comodoro(Rua Haddock Lobo, 145 — 264-2025): 14h,16h, 18h. 20h. 22h (14 anos)

Comédia. História do encontro entraum milionário playboy e uma garçonetopobre que sonha ser atriz. Produção ame-ricana.

Cotação do JB: ••Cotação do leitor: *** (46 votos)MENINO DO RIO (brasileiro), de AntônioCalmon. Com André de Biase, Cláudia Mag-no, Ricardo Graça Mello. Nina de Pádua,Sérgio Mallandro e Cissa Guimarães. Palé-do-2 (Rua do Passeio, 38 — 240-6541):13h30m. 15h30m, 17h30m, 19h30m.21h30m Loblon 1 (Av. Ataulfo de Paiva, 391

239-4998). ópora-2 (Praia de Botafogo,340 — 246-7705): 14h. 16h. 18h, 20h. 22h.(16 anos)

Valente é surfista e líder de sua turma,formada por Zeca, um tipo gozador eSandra, sua namorada; Paulinho, um sur-fista mais velho e campeão de torneios noHavaí e Aninha, casada com Paulinho,mãe do garoto Pan, remanescentes dacontracultura do final da década de 60.Com esses personagens, o filme registrao comportamento dos jovens da Zona Sulcarioca e a busca de Identificação com anatureza entre cenas de surf, windsurf easa delta.

Cotaçáo do JB- *•Cotação do leitor: **** (58 votos)AMOR SEM FIM (Endless Love) de FrancoZeffirelli. Com Brooke Shields. Martin He-witt. Shirley Knight, Don Murray e RichardKiley Udo-1 (Praia do Flamengo. 72).14h30m, 16h50m. 19h10m, 21h30m. Astor(Rua Ministro Edgar Romero. 236 — 390-2036): 14h, 16h20m. 18h40m. 21h. Studio-Paissandu (Rua Senador Vergueiro. 35 —265-4653) 14h30m. 16h50m. 19ht0m.21h30m (16 anos).

David, 17 anos, e Jude, 15 anos, estãoapaixonados e mantém encontros secre-tos freqüentemente até o dia em que ospais da moça proíbem a entrada dele nacasa. Atormentado pela separação e nu-ma tentativa desesperada de reconquistarJude, o rapaz prepara um pequeno incén-dio na varanda da casa da jovem a fim deavisar seus pais, impedindo o perigo e setornar um herói. David é preso. Condena-do, o juiz ordena que ele não veja maisJude. Produção americana.

Cotação do JB' •Cotaçào do leitor: ** (11 votos)ALUGA-SE MOÇAS (Brasileiro), de DenyCavalcanti. Com Gretchen. Rita Cadilac, LiaHolywood e índia Amazonense Vitoria (RuaSenador Dantas. 45 — 220-1783) 13h10m.14h50m, 16h30m, 18hl0m, 19h50m,21h30m. América (Rua Conde de Bonfim334 — 248-4519). Imperator (Rua Dias daCruz. 170 — 249 7982): Madurelra-2 (RuaDagmar da Fonseca. 54 - 390-2338) Olaria(Rua Uranos. 1.474 — 230-2666). Jóia (AvCopacabana. 680 — 237 — 4714) Coral(Praia de Botafogo. 316): 14h50m. 16h30m,I8h10m, 19h50m, 2lh30m. Palácio (CampoGrande): 15h, 16h40m. 18h20m. 20h (18anos).

Pornochanchada.

REAPRESENTAÇÕES

Cotação do JB: *****Cotação do leitor: ***** 122 votos)IVAN, O TERRÍVEL — V ÉPOCA (IvanGrozni). de Sergei Eiseinstem Com NicolaiTcherkassov. Ricamar (Av Copacabana. 360

237-9932): 19h30m (Livre).

Produto artístico dos últimos seteanos de vida de Sergei Mikhailovitch Ei-senstein (1898-1948), que iniciou sua pre-paraçâo em 1941, filmando a primeiraparte OOOm) em 1943-44 e a segunda(80m) em 1945-46. Ivan, o Terrível ampliaas pesquisas efetuadas pelo cineasta emAlexander Nevski (1938) em direção aofilme-ópera. Aqui, os personagens — se-guindo a trajetória das experiências doperíodo silencioso, como Outubro e OEncouraçado Potemkin — representamidéias ou símbolos e sâo destituídos dospadrões psicológicos da dramaturgia tra-dicional. Filme-ópera e filme-signo, a nar-rativa desenvolve-se com uma preocupa-çâo plástica. Produção soviética.

Cotação do JB: *****Cotaçào do leitor ***** (22 votos)IVAN, O TERRÍVEL — 2* ÉPOCA (IvanGrozni). de Sergei Eisenstein. Com NikolaiCherkassov. Ricamar (Av. Copacabana, 360— 237-9932): 21h30m (Livre).

Com o subtítulo O Comple dos Boiar-dos, esta segunda parte de Ivan foi reali-zada entre setembro de 45 e janeiro de 46,mas liberada para apresentações públicassomente em setembro de 58 — dez anosdepois da morte de Eisenstein, cinco anosdepois da morte de Stalin, que censurarao filme por

"Incorreções na apresentaçãode fatos históricos" (e também pelo para-leio feito por Eisenstein entre a Rússia deIvan e a de Stalin). Única experiência docineasta com a cor, o filme começa empreto e branco e se torna colorido notrecho final. A história deveria se concluirnuma terceira parte (a chegada do Ivan aomar) que não chegou a ser filmada.

Esta é a primeira vez que se exibe emcircuito comercial o trecho em cores deIvan, o Terrível.

Cotação do JB: ****Cotação do leitor: ***** (47 votos)PIXOTE — A LEI DO MAIS FRACO (Brasilei-ro). de Hector Babenco. Com Marília Pera.Jardel Filho. Rubens de Falco, Beatriz Segall,Elke Maravilha, Fernando Ramos da Silva eJorge Juliào. Pathó (Praça Floriano. 45 —220-3135) de 2a a 6'. às 12h15m, 14h30m.16h45m, 19h, 21hl5m. Sábado e domingo, apartir das 14h30m Art-Copacabana (Av.Copacabana, 759 — 235-4895): 15h.17h20m. 19h40m. 22h. Art-Madureira(Shopping Center de Madureira). Art-Tljuca(Rua Conde de Bonfim. 406 -- 288-6998)'14h30m. 16h40m. I8h50m. 21h. Paratodos(Rua Arquias Coideiro. 350 — 281-3628)14h20m. 16h35m. 18h50m. 21h05m. Largodo Machado 2 (Largo do Machado, 29 —

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Chaplin: Os OlhosJosé L-iuz í-Tome8 e GeraldineVendados, de Carlos Saura

OS OLHOS VENDADOS

RECORDAR E VIVERRogério Bitarelli

O4 6 àf^í Imaginário é um exer-ciclo reconstrutor dopassado" — diz Lula

(José Luís Gomes), o atormenta-do diretor de teatro a seus alunosdurante uma aula, numa cena deOs Olhos Vendados (1977). A fraseparece definir o estilo de repre-sentaçáo do filme, que revela aum só tempo uma preocupaçãocom o nível político e existencialdos personagens.

Mais uma vez, Carlos Saura(espanhol de Huesca, 50 anos, for-mado no Instituto de Investiga-çôes e Experiências Clnemato-gráficas de Madri, onde obteve odiploma de dlrecáo) elabora umanarrativa em que os acontecl-mentos sâo desenvolvidos slmul-taneamente em duas dimensões.E busca articular e dar sentido aocotidiano de Luís e sua amante,Emília (Geraldine Chaplin), queabandona o marido e decide dedl-car-se à carreira de atriz teatral.

O modelo narrativo de Saura,a exemplo de seus filmes anterio-res, como O Jardim das Delícias(70), Ana e os Lobos (72), CriaCuervos (75) e Elisa, Minha Vida(76), nôo pretende ser uma fielreprodução do mundo conformeas diretrizes estéticas da repre-sentaçáo naturalista. Náo estácondicionado pelo hábito mentalde considerar uma obra de artecomo transparente — imitaçãoou réplica da realidade que elarepresenta. Ao contrário, opta —de acordo com o espírito do clne-ma experimental ou de vanguar-da — por uma atmosfera que des-liza sem rígidas demarcações en-tre o real e o onírico, entre oImediatamente inteligível e osimbólico. Tarefa que parece ca-racterizar toda uma linhagemcriadora no país de Goya e Bu-huel, artistas que, cada um a suamaneira, deformam a realidade.

O filme aborda temática poli-tlca contemporânea conhecidado espectador: a prática de tortu-ras exercidas contra opositoresem países de regimes autoritá-rios. Só que nâo somos remetidosa este problema de formadocumental. O mundo real estásempre presente, tanto no depol-mento da mulher vítima de tortu-ras, durante uma sessão de umtribunal internacional, como nosrecortes de jornais e revistas queLuís fixa na parede do quarto,diante da mesa sobre a qual seencontra a rnáquina de escrever eoutros objetos.

O mundo contemporâneo e areflexão política — sintetizadosnas fotos e noticiários de jornais enos cartazes de peças teatrais co-mo Mâe Coragem, de Brecht —sâo retirados das paredes da casade Luís e transportados para oplano individual, para as torturasdo cotidiano. Torturas que po-dem ser físicas (Emília abandonaseu marido, após ser espancadapor ele, e passa a viver com Luís)ou psicológicas, apenas uma su-gestão de violência (os objetos doconsultório dentário confundidos

com instrumentos de sevlcla). Arealidade está sempre presente,mas o que fica evidente nâo é aexatidão histórica dos acontecl-mentos, Já que não faz mençãoclaramente a países e nomes depessoas ou autoridades. De qual-quer modo, a violência torna-seconcreta quando Luís recebeameaçadores bilhetes anônimosde grupos clandestinos que, pos-teriormente, invadem e depre-dam sua casa, deixando-o commarcas de agressão no corpo.

Diante da irraclona-ldade dosacontecimentos do mundo, sobreos quais toma-se consciênciaatravés das informações divulga-das na Imprensa e da reflexãoteatral, os personagens reagem.Emllla faz um comentário sobre areprodução reduzida de um pln-tor americano, uma pequena gra-vura onde uma Jovem é vista nu-ma paisagem campestre desola-da, tendo ao fundo algumas ca-sas. Emllla diz que sonha cons-tantemente com o quadro e, emoutra cena, pouco depois, ela cpa-rece em um lugar semelhante aoda pintura. Por alguns momen-tos, fica com a mesma postura daJovem, sentada na relva.

Locomovendo-se no Imagina-rio, no universo sensível retrata-do pela arte, os personagens tam-bém recorrem â reconstrução dopassado. E agem como que im-pulslonados por motivações ins-conscientes e desconhecidas quetrazem dentro de sl. Tudo parececonvergir para a observação deLuís durante uma aula para seusalunos de teatro: o sonho e a vidasáo Idênticos.

Neste mundo, onde a violênciaencontra-se tanto na vida comono sonho, violando a tranqüilida-de de paisagens pastoris, resta aLuis buscar o tempo perdido evalorizar, como ele mesmo diz, oprocesso de associação de Idéiasem suas relações profissionais eafetivas. E acaba fazendo o quemais acredita: vai ao passado.Para ele, recordar é uma forma deviver o presente. É o que ocorrequando, subitamente, dirige-seao lugar de sua Infância, após 23anos de ausência, a carvoana. Co-mo Athos Magnani de A Estraté-gia da Aranha (1970), de Bemar-do Bertoluccl, que chega ao nos-táigico vilarejo de Tara em buscadas próprias origens escondidasno Inconsciente, Luis vai até oporão da carvoaria e encontravestígios de sua vida que nem apassagem do tempo conseguiuarrancar do imobilismo: o velhocalendário, datado com o mês dejaneiro e o ano de 1952, e umarevista de nus femininos — remi-nlscêncla das primeiras experiên-cias sexuais de adolescente.

Nesses momentos, o filme de-senvolve sutllmente os objetivosde sua narrativa: transformar osonho em realidade, ou tentarcompreender a realidade como sefosse um pesadelo, ora feito desons intermitentes de um bisturide dentista, ora de rajadas demetralhadora que interrompembruscamente a peça teatral, cujotema é a prática de torturas, eeliminam seu elenco.

245-7374): 14h. 16h25m, 18h50m. 21h15m.(18 anos).

Um grupo de menores é recolhido 8um reformatório de São Paulo: Dito, Lili-ca, Chico, Fumaça e Pixote. Os dois últi-mos descobrem num porão um policialinterrogando alguns garotos a respeito damorte de um desembargador. Num climade terror e violência constantes, a fuga setornará uma obsessão. Nas ruas, na lutapela sobrevivência, Pixote e seus compar-sas formam uma espécie de família, man-tendo-se de pequenos assaltos.

***GENTE COMO A GENTE (Ordinary Peo-pio) de Roben Redford. Com Donald Suther-

land. Mary Tyler Moore, Judd Hirsh. TimothyHutton. M. Emmel Walsh e Elizabeth McGo-vern. Bruni-lpanoma (Rua Visconde de Pira-|á. 371 — 287-9994) I4h, 16h30m. I9h21h30m (14 anos).

Calvin e Beth formam o cacal-modelo.Eles nunca haviam sofrido uma dor emo-cional até o momento em que ocorre umacidente fatal: o filho mais velho morreafogado. Conrad, o filho caçula, voltandopara casa depois de quatro meses deinternamento num hospital psiquiátrico,fica desorientado e sente-se culpado pelamorte do irmão. Produção americana.

***NAZARIN (Nazarln). de Luis Bufiuel Com

Francisco Rabal, Manga Lopez. Rita Macedo.Ignécio Lopez Tarso e Ofélia Guilmam Stu-dio-Copacabana (Rua Raul Pompeia. 102 —247-8900) 20h. 22h (10 anos).

O Padre Nazarln, pároco de um bairropobre da Cidade do México, decide morarnuma pensão cujos hóspedes são pes-soas marginalizadas ou quase. Seu objeti-vo é exercer a rigor os preceitos doEvangelho, mas seus atos encontram¦empre ma Interpretação, o que o leva asentir-se também, de certo modo, margi-nalizado. Um dos mais famosos filmes da"fase mexicana" de Bufiuel, realizado em1958. Premiado em Cannes, 59.

Cotação do JB: ***Cotação do leitor: ***** (1 voto)

BAMBI (Bambi). desenho animado de lon-ga-metragem de Walt Disney. Narração emportuguês. Scala (Praia do Flamengo. 72)15h, 16h30m, 18h. 19h30m, 21h. Brunl-Copacabana (Rua Barata Ribeiro. 502 —255-2908), Bruni-Méier (Av. Amaro Cavai-canti, 105 — 591-2746), Bruni-TIjuca (RuaConde de Bonfim. 379 — 268-2325). 14h15h30m. 17h, 18h30m, 20h. 21h (Livre).

- Desenho animado baseado na históriade Felix Salten. A história de Bambi, umpríncipe da floresta, desde o seu nasci-mento e a sua descoberta do mundoatravés dos amigos animais: Tambor, ocoelho e Flor, o gambá. Produção ameri-cana.

•••INQUIETAÇÕES DE UMA MULHER CASA-DA (Brasileiro), de Alberto Salva. Com Deni-se Bandeira, Otávio Augusto, Nuno LealMaia. Miguel Onga. Jonas Bloch e ImaraReis Cândido Mendes (Rua Joana Angélica,63 — 267-7897): 16h, 18h. 20h. 22h (18anos)

Conflitos entre um próspero advogadoe sua mulher — um casal de classe média.O reencontro da mulher com um ex-namorado e ex-companheiro de lutas po-liticas precipita a dissolução do casamen-to.

**ROCK É ROCK MESMO (The Song Re-maim the Same). de Peter Clifton e JoeMassot. Com Led Zeppelin (John Bonham.John Paul Jones. Jimmy Page. Robert Plante Peter Grant). Richard Cole, Derek Skiton eColin Rigdon Studlo-Copacabana (RuaRaul Pompéia, 102 — 247-8900): 14h,16h30m (Livre)

Longa-metragem mostrando o concer-to do Led Zeppelin no Madison SquareGarden, cenas de bastidores, aspectos davida pessoal dos artistas.

••JESUS CRISTO SUPERSTAR (Jesus ChristSuperstar) de Normam Jewison. Com TedNeely. Carl Anderson, Yvonne Aliman e BarryDennen. Studio-Catete (Rua do Catete. 228— 205-7194): 14h, 16h. 18h. 21h. 22h (14anos)

Adaptação musical de Tim Rica eLloyd Webber. A históriB de Jesus conta-da através de música rock, com um Judasnegro e algumas interpretações de situa-çôes contemporâneas.

O SEQÜESTRO (brasileiro), de Victor deMelo Com Jorge Dona. Milton Morais. Hele-na Ramos. Carlos Mossy. Adriano Reis eGracinda Couto Udo-2 (Praia do Flamengo72): 16h. 17h50m, 19h40m, 21h30m. (18anos).

Baseado no livro de Valério Meinel. Asinvestigações de três policiais para desço-brir a identidade e prender os seqüestra-dores de um menino de 10 anos, que éretirado de sua casa à noite por umhomem com o rosto coberto por umlenço.

O EXPRESSO BLINDADO DA SS NAZISTA(Quei Maledetto Trenó Bllndato). de EnzoG. Castellari. Com Bo Svenson, Fred Willian-son. Michael Pergolani, Jackie Basehart eMichel Constantin. Programa complementar.O Preço da Traição Rex (Rua Álvaro Alvim,33 — 240-8285) de 5* a 6*. às 12h30m.15h50m, 19h10m. 2*. 3*. sábado e domingoàs 14h20m. 17h40m, 19h30m (18 anos)

Ao final da Segunda Guerra Mundial,cinco prisioneiros de um campo de con-contração fogem e liquidam uma patrulhaalemã. Depois vêm a saber que eramamericanos em uniformes alemães. Oscinco escapam de punição e arriscamsuas vidas em missão contra um treminimigo que transporta armas atômicas.Produção italiana.

,: máDuas crianças, juntamente com o'i%?l-

nheiro do navio, sáo os únicos sobrevi-ventes de um terrível naufrágio. O cozi-nheiro morre pouco depois e elas ficamsozinhas na ilha tropical, onde crescem eaprendem a viver com a natureza Masjjtéo paraíso tem seus mistérios. Produçãoamericana.

• •AS BORBOLETAS TAMBÉM AMAM (Brasi-leiro). de J B Tanko Com Paulo Porto,Rossana Ghessa. Neila Tavares. Nestór deMontemar e Angelina Muniz JacarepaguáAutocinn-1 (Rua Cândido Benicio. 2 973 —392-6186) 20h. 22h. Até terça (18 anòsf

Drama com protagonistas da pequenaburguesia, um professor que se pretendemodelo de moral tem atração pelas jo-vens alunas e, em especial, por uma quese prostitui sob o patrocínio de uma alicia-dora de moças especiais. Paralelamente,o drama silencioso da esposa desprezada,que teve um filho com outro homem afimde satisfazer o machismo do marido es-tóril.

MATINÊS

CINE DRTVE-IN

••**•OS CONTOS DE CANTERBURY (I Raccontldi Canterburv). de Pier Paolo Pasolini. ComPier Paolo Pasolini, Hugh Grifith. FranccCitto. Elizabetta Genovese, Ninetto Davoli el aura Betn Jacarepaguá Autocine-2 (RuaCândido Benicio, 2 973 — 392-6186): 20h.22h Até terça (18 anos).

Segundo filme da Trilogia da Vida, dePasolini (1922-1975), posterior a Decame-ron (1971) e anterior a As Horas das Mil eUma Noites (1974). São oito contos retira-dos da obra homônima do escritor britâni-co medieval Geoffrey Chaucer (1340-1400). O filme mescla atores profissionais(italianos e Ingleses) com anônimos figu-rantes recolhidos nos arredores de Lon-dres, onde estão ambientadas suas histó-rias, num estilo de representação herdadodo neo-realismo. Produção italiana vence-dora do Festival de Berlim de 1972.

Cotação do JB: **Cotação do leitor: ••* (1 voto)

BURACO DA AGULHA (Eye of the Nee-die), de Richard Marquand. Com DonaldSutherland. Kate Nellingan, lan Bannen eChistopher Cazenove. Ilha Autocine (Praiade Sâo Bento — Ilha do Governador — 393-3211): 20h30m. 22h30m. Até terça (18anos).

Um espião nazista em Londres é en-carregado por Hitler de descobrir o verda-deiro local da invasão aliada no Dia D emata quem interfere em seu caminhocom um estilete em forma de agulha. Emseu encalço, um especialista em espiõesnazistas: Peroy Godliman. Produção brita-nica.

Cotação do JB: **Cotaçáo do leitor: ¦*-*• (7 votos)A LAGOA AZCJL (The Blue Lagoon) deRandal Kleiser. Com Brooke Shields. Chnsto-pher Alkins. Leo McKern e Eiva JosephsonLagoa Drive-ln (Av Borges de Medeiros

426 — 274-7999) 20h, 22h30m (Manos)Até quarta.

O PRÍNCIPE VALENTE —Ricamar 2* 5- e6*. às 16h10m. 17h50m. 4'. sábado edornip-go, às 14h30m, 16h10m. 17h50m. (Livre*

SESSÃO COCA-COLA — O Monstro Tr*.palhéo — Lagoa Drive-ln As 18h30m(Livre).

O SENHOR DOS ANÉIS — JacarepaguáAutocine-2: Às 18h30m. (Livre).

EXTRAS*••**

CASANOVA DE FELUNI (Casanova), deFedenco Fellini. Com Donald Sutherland.Çecily Browne. Sandy Allen e Tu-3 Aumont'A meia-noite, no Cândido Mendes, RuaJoana Angélica. 63 (18 anos)

Giacomo Casanova narra sua vida delibertino, sua condenação pela Santa In-quisição por práticas cabalisticas, sua fu-ga à prisão, suas viagens em busca deexperiências insólitas e as angústias queo atormentam — com o tempo — pelascontingências da idade. Produção italiana.

•*•EQUUS (Equus). de Sidney Lumet ComRichard Burton. Peter Firth, Colm Blacleky eJoan Plownght. À meia-noite, no Ricamar.Av. Copacabana, 360 (18 anos).

Drama americano. A famosa peça dePeter Shaffer em versão cinematográfica.Um jovem de 16 anos, saudável e normal,tem o estranho hábito de furar olhos decavalos. Um médico psicanalista tentacurá-lo através de um extenuante traba-lho desenvolvido com a mente do rapaz.

*•*CASABLANCA (Casablanca), de MichaelCurtiz. Com Humphrey Bogart, IngridBergman e Paul Heinreid. Às 20h30m, naCinemateca do MAM, Av. Beira-Mar, s n°.(18 anos).

Produção americana de 1943, premia-do com os Oscar de melhor filme, melhordiretor e melhor roteiro. Durante a IIGuerra Mundial, em Casablanca, o donode um night dub (Bogart) ajuda um císWda Resistência (Bergman e Henreid), fugi-dos da Europa, apesar da mulher ter sidosua amante e os dois ainda se amarem.

FILMES INFANTIS — Exibição de A Fábulada Festa no Ceu, de Noilton Nunes e AGaiola de Avatsiu, de Oswaldo Caldeira.Às 16h e 17h, no Espaço Cultural Francis-co Alves, Rua Farme de Amoedo, 57.Ultimo dia.

OITO E MEIO (Otto e Meao). de Fedenj»Fellini. Com Marcello Mastroianni. ClaudiaCardínale e Anouk Aimée. Às 16h, na Clne-mateca do MAM, Av. Beira-Mar, s/n°. Cópiadublada em português.

FILMES DE HANS RICHTER — Exibição^Sinfonia Diagonal, Ritmo 21, Ritmo 23,Rlmstudie, Inflação, Sinfonia das Corri-das, A Mágica de Dois Vinténs, Tudo seTransforma, Fantasmas ao Amanhecer,Desejo. Oito Por Oito e Canção do Dadais-ta. filmes dirigidos por Hans Richter. As18h45m, na Cinemateca do Mam. Av. Be -ra-Mar, s/n°.

GRANDE RIO ~^NITERÓI _^ALAMEDA (718-6866) — Aluga-se Moças.com Gretchen. Às 17h40m. 19h20m. 21h.(18 anos). __%^.

CENTER (711-6809) — Falcões da Noite.com Sylvester Stallcne. Às 14h, 16h, 18h.20h. 22h (16 anos).

ICARAÍ (717 01201 — Espionagem emGoa. com Gregory Peck Às 14h. 16h30m,19h, 21h30m (16 anos). ......

NITERÓI (719-9322) - Aluga-se Moças.com Gretchen Às 14h50m. 16h30m,18h10m. 19h50m. 2ln30m (18 anos). .„,-v.,

CINEMA-1 (711-1450) — Pixote — a Lei doMais Fraco, com Marília Pera Às 15h2jpm.17h30m. I9h40m. 21h50m (18 anos).

RIO BRANCO (717 6289) — Calcinhas Pro-vocadoras. com Heige Reindi. Programacomplementar Os Misteriosos Coices doKung Fu As !3h30m. 17hl5m. 21h30m |18anos). fídrá.

'-' -.'3TAMOIO — Os Saltimbancos Trapalhões.com Renato Aragão Às 15h. 17h, I9h, 21tt_-(Livre).

CENTRAL (718-3807) - Eros, o Deu» ds^SAmor. com Dina Sfat As 14h30m, 16h40mX.18h50m. 21h (18 anos) ^T*-.——_.„__¦,„¦,.,_¦ Xi *»_-—.¦_

BRASIL — A Noite das Depravadas, con*"»Ana Mana Kreisler. Às 15h30m. 17h3aW*19h10m, 21h (18 anos) Domingo. As 1001"Noites de Pasolini, com Ninetto Davoli. •Às 16h, 18h30m, 21h (18 anos). *«*«?»•

PETRÓPOLISPETRÓPOUS (42-2296) — Menino do Rio.com André de Biase. Às 15h. 17h. 19h, 21h(16 anos). .,«*,

DOM PEDRO (42-2659) — Eros. o Deus do *Amor. com Dina Sfat As 14h30m. 16h40m,18h50m. 21 h (18 anos).

CRIANÇAS t*,fW

JOÃOZINHO E MARIA NA CASA DA BRU-XA — Teatro Tereza Rachel Rua SiqueiraCampos, 143 Sáb, o dom. às 16h30mingressos a Xf j_j0Q__A RUSCA DO COMETA — Teatro Cândido•dendês. Rua Joana Angélica. 63 (227-9882)Sab -o dom. ás 17h Ingressos a CrS 250VIV-HRO DE PÁSSAROS — Teatro CasaGrande. Av Afrânio de Mello Franco. 290Sáb. dom., às 17h. Ingressos a Cr$ 250.Último dia.

Cotação do leitor ***** (4 votos)A MÁGICA DA PRAÇA — Teatro GlaucioGill. Pça, Cardeal Arcoverde. s'n° (237-7003). Sáb.. às 17h e dom . às 16h. Ingres-sos a Cr$ 250.

Cotação do leitor ***** (1 voto)MENOR CIRCO DO MUNDO — Circo

Voador, Praia do Arpoador Sáb. e dom, ás7h30m Ingressos a Cr$ 250

CHAPEUZINHO' ÀMÀRÈLO™tããtrõdós, Quatro, Rua Marquês de S V>ceme, 52.

Sab. e dom., às 16h e 17h. Ingressos a CrS250.

Cotação do leitor- **** (5 votos)O JARDIM DAS BORBOLETAS — Papa-gaio Café Cabaré. Rua Borges de Medeiros.1426 Sáb e dom. às 17h Ingressos a CrS300

O PINTO QUE VIROU GALO — Teatro da /Galeria. Rua Senador Vergueiro, 93 Sab e

dom. as I7h Ingressos a CrS 200 Ate dia 4de abril.

A CASA DE DOCE DA FLORESTA ENCAN-TADA — Teatro Clara Nunes. Rua Marquêsde S. Vicente. 52(3° Sab e dom, às 17hIngressos a CrS 250.

A BELA ADORMECIDA — Teatro do ClubeOlímpico. Rua Pompeu Louieiio. 116 Sab.as 17h Ingressos a CrS 200

POPEYE, O MARINHEIRO EM BUSCA DOTESOURO — Teatro do Clube OlímpicoRua Pompeu Loureiro. 116, Sáb, às I6h.Ingressos a CrS 150

OS TRÊS PORQUINHOS - Teatro BrigitteBlair. Rua Miguel Lemos. 51 Sab e dom,as 17h Ingressos a CrS 200

OS TRÊS PORQUINHOS E O LOBO MAU— Teatro Tereza Rachel Rua Siqueira Cam-

pos. 143 Sáb edom às 17h30m Ingressosa CrS 300.

CINDERELA. A GATA BORRALHEIRA -America Futebol Clube. Rua Campos Salgs.118 Sao. as 17b e dom. às I6h Ingressos^-CrS 250.

O PALHAÇO DA CIDADE - Teatro Tapo--me. Rua Voluntários da Patna. 24. De 5"~ã

'dom. às 17h30m Ingressos a CrS 2SQ.**gJ5

JORNAL DO BRASIL

TELEVISÃODIVIRTA-SE Babado, 87/2/88 D CADERNO 805

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16.30 Os Melhorai Desenho» do MundoFilmes de Animação Cotação do lei-tor: *-*¦ (2 votos).

17.00 Supor Onda 82 Sucessos nacionais einternacionais Apresentação de AyresFilho. Cotação do leitor: •*•* (19votos),

19.00 Compacto do Carnaval Brasileira OMelhor do carnaval do todo o Brasil.

20.00 Desfile das Campaês. Direto da Marquês de Sapucai.

21.05 Sábado Forte — Aconteceu Ho|«As noticias do dia Cotação do leitor:***_ (8 votos).

21.30 Desfile da» Campo*»

CANAL 4-3\0Ô Telecurso 2o Grau Cotação do leitor."", ***** (2 votos),

8.30 Tolocurao 1° Grau

10.00 Globlnho Grande reportagem sobrea primeira reserva marinha brasileira:Atol dat Rocas. Manuela, líder domovimento Crianças em Defesa daNatureza, mostra a música LagoaDourada, de sua autoria, e convoca as

. _ , crianças a participarem de uma pas-Z^*Z ssaIa em de'esa das lagoas brasilei-.„,.,.. ras. Na sessão de Literatura. Paula

Saldanha apresenta um livro sem tex-to — Amarelo, Azul • ... — de

,-ík,''., Cláudio Zirottt. recomendado paracrianças que ainda nâo sabem ler.

10.30 Concertos para a Juventude A Sln-¦"—•. (onla Fantástica op. 14. de LouisBerlioz, um dos mais importantescompositores românticos da França Aobra soré apresentada pela OrquestraNacional da França, sob a regência deLeonard Bernstein Cotação do leitor***** (18 votos)

11.30 Brasil, Terra da Gente Programa- .- apresentando aspectos da vida brasi-

•**; leira. Apresentação de Amaral Netto

12.00 Esporte Espetacular A chegada doconturbado circo da Fôrmula-1 ao Bra-

¦fjrii\i\ sil e os primeiros treinamentos extra-im-r.' oficiais para a GP do Brasil. Gérson e

Clodoaldo relembram os principaismomentos da partida Brasil 3 Uruguai

w"m • 1, pelas semitmais da Copa do Mundode 1970. no México O melhor doesporte durante a semana no Brasil eno mundo. Colação do leitor: **•*(3 votos)

13.00 Hoje Noticiário Apresentado por Ber-

to Filho, Sônia Marra e Leda Nagle.Cotação do leitor, **** (7 votos)

14.00 O Homem da Seis Milhóes de Dois-res Senado.

18.00 Festival Jerry Lrwl» Filme: OMaru-jo Foi na Onda

17.00 Dlsneylàndla Desenhos e filmes. Cotaçâo do leitor: **** (2 votos)

18.00 Terras do Sem Fim Novela de Wal-ter George Durst. baseada na obra deJorgo Amado. Com Nívea Maria. Cléu-dio Cavalcanti. Fernando Torres. MariaCláudia e outros. Cotação do leitor.**** (10 votos)

19.00 Jornal das Sete Noticiário apresentado por Glória Mana. Cotação do leitor,*** 12 votos)

19 10 Jogo da Vide Novela de Silvio deAbreu, baseada em argumento deJanete Clair Com Glória Menezes.Paulo Goulart, Mattè Proençe. MárioGomes e outros. Cotação do leitor**** (48 votos)

20.00 Jornal Nacional Noticiário apresen-tado por Cid Moreira e Sérgio Chapelin Cotação do leitor ** (10 votos)

20.25 Brilhante Novela de Gilberto BragaCom Fernanda Montenegro. Vera Fis-cher. Tarcísio Meira, Cláudio Marzo.Renata Sorrah e outros. Cotação doleitor. ** (55 votos)

21.20 Primeira Exibição Filme Crime noFestival da Música

23.15 Sessáo de Gala Filme Trovões nsFronteira

01.15 Sessáo Coruja Filmo A RainhaCristina

CANAL 7

9.45 Reencontro Religioso

10.00 Propaganda o Mercado Programasobre publicidade Apresentação de

... Márcio Ehrlich e Márcia Brito Colaçãodo leitor: ** (1 voto)

10.30 Tênis ao Vivo. Torneio Satélite Etapa..'de Campinas Narração de Álvaro*!^*José.

12.30 Bandeirantes Esporte Noticiário__ Edição nacional Cotação do leitor

** 12 votosl

12.45 O Repórter Noticiário Edição nacio-%~ nal Cotação do leitor **** (2- 'votos)

13.15 Revendo a Copa VT complelo doslogos dos mundiais de 70, 74 e 78.

15,00 Ginga Brasileira Musical Apresenta-çâo de Joáo Roberto Kelly Participa-

_%i çào das mulatas do Bote-Bole e convi-' dados Cotação do leitor ***** dvotoi

JoãoRobertoKellyapresenta omusicalGingaBrasileira.(CANAL 7 _ 15HI

18.30 Os Imigrantes Novela de BeneditoRuy Barbosa Com Rubem de Falco.Yoná Magalhães. Othon Bastos, LilianVizzachero e outros Cotação do leitor***** 137 votos)

19.30 Jornal Bandeirantes Noticiário, edição nacional Cotação do leitor**** (38 voios)

20.00 Dona Santa Seriado De Geraldo Vietri, Com Nau Bello. Elias Gleizer eoutros Cotação do leitor. **** (i/tvoios)

21 00 O Melhor Carnaval do Mundo Aovivo Desfile dos Campeões, direto daMarquês de Sapucaí Apresentaçãode Tércio de Lima Analistas AlbinoPinheiro. Mana Augusta Rodrigues eHilton Abi Rhian Reportagens deScarlet Moon. Edson Lobo. José Car-los Netto. Laila. Margarida Autian.Silvio Louroiro. Sérgio Gregorv e Cris-tina Monteiro

CANAL 11~ - gy :^K^^.j:fmí&Bm^wt!ímtiatÊK^^mÊí'j#iXMJwmnM____—?«3—ii«__sj@S38BHI[a§_^

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7.00 Stadlum Didático Programa Educa-tivo

8.00 Pastor Jimmy Religioso

9.00 Bozo Humorístico Cotação do leitor*** (8 votos)

Í.30 Speed Racer Desenho Cotação doleito'' ***** (1 voto)

1000 Spectreman Desenho Cotação do•leuor ** (1 voto)

t&M Ligeirinho Desenho

11.00 A Turms do Pics-Pau Desenho

li 30 Piipaya Desenho

12.00 Bo.o Humorístico Cotação do leitor¦ **• (8 votos)

Raul GUapresentaseuprogramadevariedadese calouros(CANAL 11 —15H)

12.30 Ultraman Filme

13.00 Almoço com as Estrelas Programacom Aírton o Lolita Rodrigues Cota-çâo do leitor * (l voto)

15.00 Programa Raul Gil

18.30 Vamos Nessa

19,30 O Crime a a Lei Jornalístico Cotaçãodo leitor *** (t voto)

20.30 Hojo Show Eu

21.30 Moacyr Franco Show Humorístico evariedades Cotação do leitor***** d voto)

Dorcy Gonçalves Humorismo Cota-çâo do leitor * (1 voto)

22.30

0 00 Cámera 11 Jornalístico

A CRITICADO LEITORBola na Mesa (TV Bandel-rantes) — "Bola na Mesa sóapresenta programaçãosem Interesse, porque e VT.Ruim". Jorge Antônio deSousa, estudante.

Bastidores (TV Bandelran-tes) — "Talvez melhore seacabarem com o fundo mu-slcal durante as entrevis-tas". Sandra Clemente, es-tudante

"Entrevistas bem condu-zidas, corretas e sóbrias,permitindo respostasreais". José Celso CottaBarra, engenheiro.

Planeta dos Macacos (TVGlobo — "É simplesmenteum abuso da TV Olobo nosbombardear de novo comesta série horrível. Será quenôo há nada melhor?".Dayse Arbache, estudantede medicina.

O Homem do Sapato Bran-co (TVS) — "É uma verda-deira comédia humana.Programa "Jornalístico-pitoresco", bastante coe-rente com a filosofia carica-ta da emissora". José LuisC. Oliveira, universitário.

Reapertura (TVS) "Eu medivirto bastante. Que bomse outros canais tivessemhumorísticos iguais". KátiaVilla Lobos Santos, estu-dante.

Canal Livre (TV Bandel-rantes) — "Roberto D'Ávilacom o programa, é um no-me na História. Cumpre amissão da TV: diverte, au-mentando a cultura de nos-so povo". Marina Tavaresda Silva, dona-de-casa.

"O programa é excelente.Pena ser levado ao ar tâotarde. Deveria ser transml-tido em horário nobre, co-mo sugeriu o leitor Gutem-berg Gamano". Enoée Mu-nhos Machado, professora.

"Programa inteligente,informativo e descontraído.Muito bem conduzido porRoberto D'Avlla". César F.do Nascimento, universitá-rio.

"O melhor programa daTV brasileira, atualmente.De alto nível e profundida-de." Tànla Soibelman, estu-dante de jornalismo.

¦TV Mulher (TV Globo) —"Salva o programa a apre-sentaçáo de Clodovil. Sin-cero, franco, Inteligente efiníssimo." Antuanete An-nuza, dona-de-casa.

¦Terras do Sem Fim (TVGlobo) "Uma das melhoresnovelas Já apresentadas pe-Ia Globo, com momentosinesquecíveis." Lúcia Gon-çalves, dona-de-casa.

"Horário inadequado.Melhor às 20 horas, por serassunto mais denso. Emvez de acabar, prosseguirem outro horário." Almir deOliveira, advogado.

"Ainda bem que está ter-minando. Estraçalharam oromance de Jorge Amado, omaior escritor do Brasil,talvez do mundo." Eucly-des Sousa, militar.

¦Isto é Hollywood (TV Edu-cativa) — "A única coisaque peca é a péssima dubla-gem, aliada à precária tra-dução. Fora isso, excelenteprograma." Renato Paldès,arquiteto.

¦Brilhante (TV Globo) - "Épéssima e irreal. Deve ter-minar o quanto antes." Jo-sé Niss, estudante.

¦Outras Palavras (TV Ban-deirantes) — "É ótimo. Dosnovos programas de entre-vistas, talvez o melhor es-truturado. E com assuntosbem escolhidos e focaliza-dos." Álvaro Miguel, estu-dante.

¦Viagem ao Fundo do Mar(TV Bandeirantes) — "Maisde 15 anos se passaram e asérie continua a melhor nogênero." Laurindo Hora Jú-nior. auxiliar de contablll-dade.

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Greta Garbo, com seu olhar enigmático, vive a RainhaCristina (canal a. ihismi

OS FILMES DE HOJE

/. ugo romez

DO ponto-de-vista histórico.

Rainha Cristina é indefensá-vel. A soberana sueca gosta-va realmente de usar trajes de ho-mem, fruto da educaçáo de seu pai,Gustavo Adolfo, que nào se confor-

mava em náo ter um filho varáo parasucedê-lo no trono, mas, segundo, asbiografias, náo era dada a romancese abdicou para se converter ao cato-llclsmo.

Cinematograflcamente, porém, éo veículo por excelência para o estre-lismo de Garbo, que nunca se mos-trou táo enigmática como nesta lutaentre o amor e o dever. A direçãodessa esmerada produção de WalterWanger foi confiada a Rouben Ma-moulian, que a crítica elogiara noano anterior por ter sabido contor-nar as incongruências de O Cânticodos Cânticos, feito sob medida paraa grande rival da sueca, a alemáMarlene Dietrich, que com ela for-

maria os dois mitos mais duradou-ros do cinema.

A sensibilidade poética do diretorfica patente na seqüência mais fa-mosa do filme: a noite de paixão erevelações passada numa estala-gem, quando a rainha contemplademoradamente cada peça do apo-sento — a roca, a lareira acesa, acama com docel e cortinas — procu-rando manter na memória todos oscomponentes de uma noite inesque-cível, que, pressentia, nâo se repe-tlria.

A extraordinária fotografia deWilliam Daniels, cameraman do pri-melro filme americano da estrela eque ao todo a fotografaria 19 vezes,contribui poderosamente para agrande beleza plástica de QueenChristina, cuja cena final — Garbode pé. na proa do navio, os cabelosesvoaçantes, o olhar insondávelmergulhado nas trevas — é o clímaxde um marco na carreira daquelaque continua sendo um caso úniconos anais da cinematografia.

NovelasResumo das novelas apresentadas pelas emissoras do Rio.

BRILHANTE - TV Globo - 20h—• Chica faz queixa de Leonor

para Inácio, que tenta contornar asituação e promete falar com suamulher a esse respeito. Virgínia con-versa com Lulsa e lhe diz que nuncapassara pela humilhação de contar aPaulo que o filho é dele. Chica. Leo-nor e Inácio discutem sobre a festa eInácio apoia Leonor. mas contorna asituação com a mãe. Inácio vai visi-tar Lulsa e seu bebê Paulo se encon-tra com Marilia e Sílvio. Inácio diz aPaulo que foi até a casa de Luísa econheceu o filho dele Galeno diz aErnani que. se ele nào quiser morarcom a Alda e a Luísa. ele morará embaixo da ponte.

JOGO da Vida — TV Globo — 19h— Carlito fica arrasado com a

ameaça de Loreta. Zelito se despedede Etevaldo, dizendo que náo maisIrá trabalhar p„ra ele, o deixandomuito magoado. Silas e Osvaldoconversam. Carla se intromete naconversa dizendo que se Osvaldovoltar a trablahar lá, ela sai da firmae se separa de Silas. Carla e Silasdiscutem. Carlito conta toda a histó-ria para Ingrid e esta o aconselhacontar toda a verdade para Jordanao convencendo. Mas, quando ele ligapara o pensionato. Rosana atende otelefone e diz a ele que Jordana foiate o fórum para lhe procurar, o queo deixa absolutamente assustado,acabando por correr para o fórumtambém. Carlito consegue salvar asituação, tirando o juiz de seu escri-tório. Jordana volta para o pensio-

nato, e encontra Carla a sua espera.As duas discutem. Carla vai até oapartamento de Loreta e lá se en-contra com Carlito, e o apresenta aela.

TERRAS do Sem Fim — TV Gio-bo, 18h — Virgílio fica preocupa-do com Ester e pede para que Dr

Jessé a veja. Donana se casa com oCapitão, juntamente com Raimun-da e Sergipano. Cel. Teodoro vaiprocurar Agripina, e diz a ela que ocasamento deles para ele ê muitomais importante do que política. E.finalmente os dois irão casar-se. Cel.Horâcio recebe o telegrama confir-mando que o Governo federal decre-tou intervenção no Estado da Bahia,o que o deixa felicíssimo. Ruy Dan-tas e Viriato vão até a casa do sinhò.para lhe dizer que a casa dele estácercada em nome do novo chefe poli-tico, Cel. Horacio da Silveira.

OS Imigrantes — TV Bandeiran-

tes, 18h30m — Rosália conta aDe Sálvio detalhes sobre a prisão deRenato no Rio de Janeiro. Rositacomenta com Matilde que tem aimpressão de que Mercedes Jamaissubstituirá Hernandez em seu cora-çào. Matilde, entretanto, pensa deoutra maneira a este respeito. Pa-quito vai à casa de De Sálvio e ao verMariinha náo consegue esconder seufascínio por ela. Conversando comMariinha, Paquito lhe confessa estarapaixonado e lhe pede uma respos-ta. Mariinha lhe diz que está apaixo-nada por outro e que nào consegueesquecé-lo um momento sequer. Ma-

RADIOJORNAL DO

BRASILFM ESTÉREO

99.7 MHZHOJE

20h - Concerto para Trompate, em MlBemol. de Haydn (Maurtce André — 14 35),Concerto n° 1, em Dó Maior, para Piano eOrquestra, Op. 15. do Beethoven (Arrau —37 40). Sinfonia n° 4, em Ré Menor, Op.120. do Schumann (Filarmônica de Berlim eKaraian - 30 00), Sonata em Si BemolMaior, r_81. do Mozjrt IZimerman —14 11), Ariodante — Opera em Três Atos

de Haendel (Ato I — Janet Baker, Edith

Matnis. Norma Burrowes. James Bowman,-David Rendall. Samuel Ramey. loitdon Voi-ces. English Chamber O. e Raymond Lep-pard — 72:33 — Gravação do 1980).

AMANHAlOh — Scherzo Fantastique. de Stra-

winsky (Filarmônica de N York e PierreBouloz -- 1152): Trio em Mi Bemol, Op.100 de Schubert (Rubinstem. Szeung eFourmer — 43 11). L Arlesiemie — Suitesn°s 1 e 2. de Bizet (Sinfônica de Londres eMarnner — 30 17). Alborada dei Gracioso.do Ravei (Alicia de Lanocha — 6 38), Con-certo em Rè Maior, para Violino e Orques-tra, Op. 35, de Tchaikowsky (Accardo. Or-questra da BBC de Londres e Colin Davts —35 52): Andante Spianato e Grande Polo-naise Brilhante, em Mi Bemol Maior, paraPiano e Orquestra Op. 22. de Chopin

.(Zimerman. Filarmônica de Los Angeles e

O MARUJO FOI NA ONDATV Globo — 15h

ISallor B«war*) - Produção norte-americana.de 1951. dirigida por Hal Walker Elenco: JerryLewts, Dean Martin, Connne Clavet. MarionMarshall. Robert Strauss. Lei! Erickson. Prato'*'branco* Dol» amigos trapalhões (Lewis, Martin) saalistam na Marinha, onde, além de criar asmaiores confusões para seus superiores, oprimeiro se envolve por acaso numa luta d»'boxe.

CRIME NO FESTIVAL DE MÚSICATV Globo — 21h20m

(Murdar In Muslc City) — Produção norte-americana de 1979, dirigida por Leo Penn.rElenco Sonny Bono. Lee Purcell, Claude Akins.Belinda Montgomery, Lucille 8enson. MorganFalrchild, Michael MacRae. Colorido

Compositor (Bono) e sua mulher (Purcell)investigam o assassmio de um detetive petll-cular om Nashville, Capital da música country dos Estados Unidos. Feito para a TV"Inédito na TV.

TROVÕES NA FRONTEIRA - '•TV Globo — 23h15m

(Wlnnotou Und Siln Freund Old Flrahand) —Produção lugoslavo-alemâ de 1966. dirigida porAlfred Vohrer Elenco Pierre Bnce, Rod Cama-ron, Mane Versmi, Nadia Gray. Rick Battaglia,Todd Armstrong. Colorido.

* Winnetou (Brice). jovem chefe apache,comanda grupo guerrilheiro que se une acaçador de peles conhecido como Old Fira-brand para limpar uma cidade mexicana dos"foras-da-lei que atemorizam sua população

RAINHA CRISTINATV Globo — IhlSm

(Quean Christina) — Produção norte-americana de 1934, dirigida por Rouben Ma-moulian Elenco. Greta Garbo. John Gilbert, lanKeith. Lewis Stone, C Aubrey Smith. ReginaldOwen, Elizabeth Young Preto a branco.

**• Compelida por motivos dinasticos ã',,casamento sem amor com um príncipe"(Owen), a Rainha da Suécia (Garbo) deixaEstocolmo para uma viagem pelo interior dd' 'pais. a fim de recuperar seu equilíbrio emó-"cionai. Numa taverna. vem a conhecer onovo Embaixador espanhol (Gilbert), que porela so apaixona, mas sem conhecer suaverdadeira identidade. Quando Magnus(Keith), o ex-namorado da soberana, desço».,bre o idilio, fomenta uma rebelião popularcontra o emissário de Madri.

riinha conversa com Renata sooreAndré e ela lhe fala que ele continuaapaixonado. Fraulein começa a terproblemas devido ao fato de ser ale-má. Vado pede Irmã em casamento.Paquito diz a Mercedes que recebeuum convite para ser correspondentede guerra na Europa e que aceitara.

OS Adolescentes — TV Bandel-

rantes. 21h30m — Raquel con-versa com Luninha e lhe diz que ele"deve esquecè-la. Umlnha, entretan-to. se mostra resolvido a nào fazê-loo que, no fundo deixa Raquel feliz.Odilon fala a Paula sobre seus pia-nos de viajar para a Europa. Paulase recusa a acompanhá-lo e ele lhediz que caso ela não queira, Joaquimo acompanhará. Paula fica furiosacom isto. Marilu ao chegar em casasente enjôos e Elza comenta com el_ -que è muito provável que venha aser avó pela segunda vez. Odilonconversa com Joaquim e lhe pedepara confirmar que fora convidado eaceitara acompanhá-lo numa via-.gem à Europa. Joaquim aceita aju-dá-lo e ambos combinam que no diado embarque ele viajará para a fa-zenda. Clotilde vai à casa de Marilu ecomeça a conversar com Elza. NoPeru, o trem chega a uma pequena.,cidade, Puente Ruinas. Túlio desem-barca e Fernanda começa a segui-loà distância. Ao voltar para casa LKminha se encontra novamente comDiogo, que lhe diz que precisa falar-lhe. Túlio tem a impressão de tervisto Fernanda, mas quando per-gunta a Benito por ela, ele lhe diz'"que nào vira ninguém.

Giulim — 13 24), Sinfonia n° 4 — Italiana,Op. 90. de Mendelssohn (Filarmônica deViena e Dohnanyi — 25.30).

20h — Abertura da Opera La FintaSemplice. K 52. de Moíart (Marnner — '5 53). Sonata n° 2, em Fá SustenidoMenor, Op. 26. de Clementi (Horowttz •¦&"-Gravação de 1954 — 11.35), Prelúdio dasBachianas Brasileiras n° 1. de Villa-Lobos -(Rostropovitch e violoncelos da Orquestra da' •Leningrado — 8 29), Danza dei Corregidor,-Cancion dei Pescador e Danza dal Moline-ro. de Falia (John Williams — 6 30): Sinfo-nia n" 96, em Re Maior, de Haydn (Bems--toin — 23 14), Concerto em La Menor,para Piano e Orquestra, Op. 16. de Schu-mann (Arrau — 33 37), Concerto em LaMaior, para Oboe D'Amore, Cordas e Con-tinuo. de Baeh (Manfred Ciement e KarlRichter — 15 15). Ariodante — Ato III. deHaendel (Leppard — 62 09). .....

O LEITOR É O CRÍTICONeste cupão publicado dia- P"

riamente no JORNAL DO IBRASIL o leitor pode opinar Isobre qualquer espetáculo ¦em cartaz ou qualquer disco, 1clássico ou popular, recém- ilançado. Basta atribuir cota- Içóes de uma (ruim) a cinco |(ótimo) estrelas. Nas "obser- ¦vaçóes". pode acrescentar |qualquer comentário, inclusi- jve sobre a qualidade da proje- Içào ou o estado da sala. As Icotações serão computadas ¦diariamente. Tirada a média. Içsta será publicada junto jnota do respectivo espetácu- D .lo na seção Divirta-se do Ca- 1demo B. O cupão deve ser ¦entregue na agência de classi- !¦ficados do JORNAL DO |íBRASJL mais próxima de «sua casa ou enviado pelo Cor- [Ireio para o JORNAL DO §BRASIL. Seção Divirta-se. ,!Avenida Brasil, 500, 6° andar— CEP 20.940.

Espetáculo

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IIIIII

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Profissão Idade

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8 D CADERNO B ? sábado, 87/2/88 DIVIRTA-SE JORNAL DO BRASIL

A CRITICADO LEITORTEATROA Corrente (Teatro Senac)— "Destaco a atuação exce-lente do meu conterrâneo, oator Mauro Mendonça."Murilo Salgado, comer-clário.

"Sou um estudante pau-lista em férias e dentre ou-tros espetáculos que vi des-taco A Corrente como óti-mo." Sérgio M. C. Machado,estudante.

¦O pior espetáculo da Terra(Teatro da Galeria) — "Oespetáculo é mais do queuma autobiografia, é umaanálise crítica à formação,desenvolvimento e situa-çáo do artista brasileiro."Marilia Gomes Dias, peda-goga.

¦O bravo soldado Schweik(Teatro Cândido Mendes)— "Peça de ótima qualida-de. Desempenho perfeitodos cinco atores. Mereceuma reportagem." InèsOlheckrs, estudante.

¦Senhorita de Tacna (Tea-tro de Arena) "Sensacional,destaque a Ana Lúcia Tor-re. que a cada nova peça sefirma mais, segura, e deatuação delicada." René F.Cruz, escriturário.

"Teresa Rachel jé pode iresperando pelo Molière.Carlos Eduardo Castanhei-ra, relações públicas.

"Excelente espetáculo.Destaque especial para asinterpretações de TeresaRachel e Luís de Lima." Al-bertina Guazelli, dona-de-casa.

\x Vêmis Desbunde

La Vcnus Desbunde (Tea-tro da Praia i "Cenário espe-tacular. Destaque para Car-ia Nell. Luis Pimentel eMartim Francisco". LuisHenrique Lo Feudo, estu-dante.

"Só posso recomendar".Consuelo Marin, artista.

"Uma bela comédia, ondese destacam pela atuaçãoos atores Luís Pimentel.Rogério Fróes e Elza Go-mes". Maria Isabel, estu-dante.

"Bonito cenário, ótimoelenco. Uma comédia dignade ser assistida". IsaacMarra, escriturário.

"Multo engraçada, ri mui-to. "Iracy Benvenutto,atriz."Ótimos atores perdidosnum enredo fraco". Wan-gles Zacharias, bancário.

Calúnia

Calúnia (Teatro Maison deFrance) — Texto carcomi-do, monótono, chato. Inter-pretaçóes apenas regulares.Ao vê-la. senti profundasaudade da extraordináriaMargarida Rey." Ada Lima.jornalista.

¦i flarreado (Teatro dos Qua-

tro) — "Texto multo densoe poético. Magnifica ence-nação". Aristides Barreto,professor.

TEATROCotaçflo do leitor. *•*•** (2 votos)LABIRINTO — A QUE CAUSA DEDICAR AVIDA? — CnaçSo colotiva da Tribo TrupeCooperativa de Palhaços Direção de MarioTellns Filho, com Carmem Luz, Leila Cardia ooutros Casa do Estudante UniversitárioAv Rui Barbosa, 762. (551-3347). Sessõescontinuas com bilheteria funcionando 6" esab. das 20h às 22h, dom . das 18h às 21hIngressos a CrS 300.

Num espaço cênico anticonvencional,um teatro jogado o brincado por atores eespectadores.

Cotação do leitor ¦*•••** (179 votos)A BOMBA DA ELISABETH - Comédia deÁlvaro Valle. Dir de Adorbal Júnior. ComSuely Franco, Norma Blum. Aimée, MarceloPicchi. Priscila Camargo. Tânia Loureiro, Ha-roldo Bolta. Farneto, Miguel RosenbergTeatro Mesbla Rua do Passeio, 42 — 11°,(240-6141). De 3a a 6", às 21hl5m: sáb,, as20h e 22h30m; dom, às 18h e 21h15m.Ingressos de 3a a 6" e dom a Cr$ 600 e CrS500, estudantes, sáb , preço único CrS 700

Peripécias decorrentes de um atenta-do contra ditador africano durante suávisita ao Brasil.

Cotação do leitor -kit (6 volos)O ESPIRRO MILIONÁRIO (Quem GostaDemais de Sexo Morre Fazendo Amor) —Comédia de Piem: Chesnot Adapt, e dir deJoào Bethencourt Com Francisco Milani.Carvalhmho. José Santa Cruz. César Monte-negro, Arthur Costa Filho. Maria Anderson oBeatriz Lyra Teatro Copacabana. Av Copacabana.327 (257 1818 R Teatro) De 4a a 6".às 21h30m: sáb . às 20h o 22h30m. dom. àsI8h e 21h30m, vesperal na 5a, às 17h.Ingressos 4". 5a e dom . CrS 600 e CrS 400,5" vesp CrS 300, 6a. CrS 600 (preço único),sáb. CrS 700 (preço único)

Disputa em torno da herança de umescritor de literatura erótica.

Cotação do leitor •• (27 votos)CALÚNIA —Texto de Lilian Hellman Dir deBibi Ferreira, Com Lídia Brondi, Anclè Perez.Monah Dolacy. Mana Pompeu. Eslelita Bell.Cláudia Cosia, Sylvia Bandeira e outros.Teatro Maison de Franco Av Pres AntônioCarlos. 58 (220-4779) 4a. 5a. 6a. as 21h30m.sáb . às 20h e 22h30m e dom , as 18h e 21 hIngressos 4a, 5a, 6" e dom a CrS 1 mil e CrS500, estudantes, sáb a CrS 1 iml

Nos Estados Unidos, na década de 30,a suspeita de homossexualismo levantada por uma aluna contra duas professorastranstorna a vida do uma escola.

Cotação do leitor ** 128 votos)PO DE GUARANÁ — Musical baseado nooriginal Fourtune. de Russel e Melrose.Adaptação de José Rodrix, Dir de Wol!Maya Com Gmnha de Paula. Cláudio Saviet-to Guilherme Karan. Eliane Maia PapagaioCafé Cabaré, Av Borges do Medeiros. 1426(274-7999) De 4a a 6a. ás 21h30m, sâb. às20h o 22h, dom . ás 19h o 21h30m Ingres-sos 4a, 5" e dom. a CrS 800 e CrS 500.estudantes; 6a e sâb.. a CrS 800

Um conjunto de rock busca subir navida por todos os meios.

Cotação do leitor •* 115 votos)O BEIJO DA LOUCA — Texto de DoeComparato, Direção de Cecil Thiré Cenáriose figurinos de Mana Carmem, Musicas deCaique Botkay e Beto Coimbra. Com CláudioCavalcanti. Stella Freitas, Eduardo Tornaghi.Ada Chaseliov, Hélio Ary. Tholma Reston eoutros Teatro Villa-Lobos. Av PrincesaIsabel. 440 (275-6695). De 4a a 6a. às21h30m, sab às 20h e 22h30m, dom ás18h e 21h. Ingressos de 4a a 5' edom a CrS800 e CrS 500. estudantes e 6a e sábado aCrS 800, Até domingo.

Historia de uma assassina psicopataque tem seu crime contestado por ummédico psiquiatra.

Colação do leitor *•** (6 votos)MARGINAL — Musical de Antônio Couto eFernando Bontim Dir. de Roberto MarsCom Uva Nmò, Fábio Mássimo, Dias José.Marco Rasek. Paulo Camargo e outros Tea-tro Fernando Azevedo. Rua Mariz e Barros273 (254-4143). De 4a a sab . às 21h. dom .às 18h e 21 h Ingiessos a CrS 600 e CrS 400.estudantes, sâb. a CrS 600

Problemas e conflitos do dia-a-dia deuma comunidade marginal num subúrbio

* carioca.

MUSICA

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Cotação do leitor: ***• l68volos)

LA VÊNUS DESBUNDE - Comédia deHilton Marques o Max Nunes Dn de Maurj-cio Sherman Com Elizângela. Olney Cazarré.Germano Filho. Carla Nell. Rogério Fróes,Martim Francisco. Luiz Pimentel. Elza Gomes Teatro da Praia Rua Francisco Sá, 88(287-7794) de 4a a 6a. às 2!h30m, sáb.. às20h e 22h30m. dom , às 19h e 21h30mIngressos de 4" a 6a o dom. a CrS 800 e CrS500. estudantes e sâb, a CrS 800

O roubo de um pedaço da escultura deVènus de Milo desencadeia violentas rea-ções em Paris e no inundo.

Cotação do leitor *+¦** (14 votos)O BRAVO SOLDADO SCHWEIK - Textode Antônio Pedro e Marinho de Azevedo,adaptado do romance de Jaroslav Hasok. Dir.de Antônio Pedro Com Pedro Paulo Rangel,Betma Viany. Vinícius Salvaion. AnselmoVasconcellos, Eliane Rogério Teatro Cándi-do Mendes Rua Joana Anqolica, 63 (227-9882) 4a e 6a, às 2lh30m, 5a. às 21h30m:sáb., as 2Qh o 22h30m, dom. as I9h e21h30m Ingressos a Cr$ 700 e CrS 400.estudante.

Um soldado astuto empenha-se emsalvar a sua pele na balburdia da PrimeiraGuerra Mundial.

Cotação do leitor ¦**** (7 volos)NOITES BRANCAS De DostoiewskyAdaptação e direção de Pauto Afonso deLima Com Neila Tavares. Cláudio Gonzaga.Isolda Cresta e Luiz Carlos Félu Teatro dosQuatro. Rua Marquês de S Vicente. 52/2°(274-9895) De 3a a 6a, às 21h30m: sab, as20h30m o 22h30m, dom. às 19h e 21hIngressos de 3a a 6' e dom . a CrS 800 e CrS400. estudantes, sab., a OS 800.

Cotação do leitor *•** tll votos)

BARREADO — Texto de Ana Elisa GregonDir de Luis Mendonça. Com Anatilde dePaula. Elisabeth Savalla. Alexandre Vieira.Gilson Moura. Camilo Bevilacqua. Luis Car-los NiAo. Marilia Barbosa e outros. TeatroCarlos Gomes Pça Tiradentes (222-7581)De 4a a 6a. às 2!hl5m, sáb, às 20h e22h30m. dom. às 18h e 2lh15m Ingressos4a e 5a, a CrS 200: de 6a a dom, a CrS 300Ate dia 31 de março

O amor de um jovem casal de apaixo-nados desenrola-se na permanente eameaçadora presença da personagemMorte.

Cotação do leitor *•*¦*- (19 votos)

CABARÉ S.A. — Espetáculo de variedadescom textos de Oswald de Andrade, GrandeOthelo. Antônio Pedro. Mauro Rasi e HeloisaArruda Dir de Antônio Pedro, Dir. mus. deCaique Botkay Com Grande Othelo, Angela

ÍHLeal. Tony Ferreira. Antônio Pedro. AngelaValôno. Jalusa Barcellos. Josephine Hélène.Silvia Sangirardi e t.uls Carlos Buaica Teat-ro Rival. Rua Álvaro Alvim.

'17 1240-1135).

De 4a a 6a. às 21hl5m, sab., as 20h e22h30m, dom., às 18h30m e 2lh15m. In-gressos a CrS 800. e CrS 600, estudantes eCrS 200. classe leatral mediante carteirasindical

Dissolvendo imagens dos cabarés pa-,risienses da belle epoque e dos cabarésliterários da Europa Central num molhobem brasiloiro da Praça Mauá e da Lapa, aequipe mostra os bastidores de um esta-belecimento do gênero e exemplifica ai-gumas do suas criações típicas.

Cotação do leitor **••* I30 votosl

BEIJO DA MULHER ARANHA — Toxlode Manuel Pu>g. adaptado da sua novela Dir.de Ivan de Albuquerque Com Rubens Cor-rèa de Josó do Abreu Teatro Ipanoma, RuaPrudonto de Morais. 824 (247-9794) De 3a a6a, às 21h30m; sab . às 20h30m e 22h30m;dom . às 19h e 21h30m Ingressos a CrS

000 e CrS 500 (estudantes)

Reunidos na cela de uma prisão, umhomossoxual e um guerrilheiro resistemao desespero, fazendo surgir entre si umacomplexa relação humana.

Cotação do leitor- *** UO votos)

A CORRENTE - Comedia em três elos. deConsuelo de Castro. Lauro César Muniz eJorge Andrade. Dir de Luis do Lima. ComRosamaria Murtinho e Mauro MendonçaTeatro Senac Rua Pompeu Loureiro. 45(256-2641) De 4a a 6a às 21 h. sâb . às 22h edom . às 18h e 20h30m Maunô às 5a. às17h Ingressos, 4a. 5a e dom. a CrS 800 e CrS500 e 6a o sâb CrS 800

Infídelidade coniugal como recurso deascensão social, e como ela se manifestaem três diferentes camadas da sociedade.

Cotação do leitor **** 127 votos)

A SENHORITA DE TACNA - Texto deMário Vargas Ltosa traduzido por Millôr Fer-nandes Direção de Sérgio Britto Figurinosde Mimina Roveda e cenários de PauloMamedo Com Tereza Raquel. Sérgio Britto.Luis de Lima. Ana Luoa Torres, Dema Mar-quos. Marcos Weimberg e Tamara Taxman.Teatro de Arena Rua Siqueira Campos 143(235-2119) De 4" a 6". às 21b30m. sab. às20h e 22h30m , dom., às 18h eàs 21h30m,Vesperal 5a. às I7h. Ingressos 4a. 5a e dom ,a CrS 800.00 e CrS 500. estudantes, 6a esáb. a CrS 800, vesp 5a, a CrS 500

Escritor empenhado em escrever umlivro inspirado na historia da sua famíliaprocura reconstituir na sua memória apatética e decadente trajetória dos seusantepassados.

SHOWAGITE E USE — Show do grupo Garage,formado por Zé Luiz Oliveira (sopro), LuluMartin (piano). Paulinho Soledade (guitarra).Arthur Maia (baixo), Cláudio Infante (bateria).Dom Harns (trompete). Júlio Gamarra (per-cussãoi Convidado Ricardo Silveira (guitar-ra) Teatro do Planetário. Av Padre LeonelFranca, 240 De 6a a dom. às 21h30m.Ingressos a CrS 400,

JAZZ -- Apresentação de Maurício Einhorn(harmônica). Lois Breambill (vocal), AlbertoChimelli (piano). Roberto Araup (guitarra) e ogrupo Knight of Karma. Teatro da Fonte daSaudade. Av. Epitâcio Pessoa. Fonte daSaudade, Domingo, às 19h. Ingressos a CrS400,

OQULOS DE XUVA — Apresentação deMiguel Oniga (guitarra e vocal), José Ferreira(baixo e vocal) e Carlos Munhoz (guitarra).Casa do Estudante Universitário. Av RuiBarbosa. 762 De 6a a dom. às 20h. Ingres-sos a CrS 300.

Cotação do leitor: •••** (1 voto)NONATO LUIZ — Show do violonista ecompositor. Klau's Bar. Rua Dias Ferreira,410. De 3a a sab. às 22h e 23h30m: dom ,às 21h, Consumação a CrS 300.

Cotação do Leitor. +•*• (18 votos)SEMPRE, SEMPRE MAIS - Show de Lucinha Lins e Cláudio Tovar Direção de JorgeFernando Coreografia de Rogério de Poli eCláudio Tovar Teatro da Lagoa, Av. Borgesde Medeiros, 1 426 (274-7999). 6e 4a adom, às 21h30m Ingressos a CrS 700 e aCrS 500. estudantes.

Cotação ao leitor. ¦*•**• (6 votos)SO JAZZ — Com o Quarteto Rio de Janeiro,formado por José Luiz Duarte (piano), Gui-lherme Rodrigues (sax e flauta), Paulo Russo(baixo) e Gegé (bateria), além de convidados2a, 4a, sexta e sábado, às 21h30m. Cerveja-ria Chucrute Largo de S Conrado (399-4974) Couvert 6a e sâb. a CrS 250

Cotação do Leitor ***¦* (3 votos)

A ROLETA DO.PAULO SILVINO — Espeta-culo de humor e variedades com PauloSilvino. Manoel da Conceição (violão), SidneyMatos (piano), atores e músicos. Direção deGracindo Júnior. Teatro Glória. Rua do Rus-sei. 632 (245-5527) 5a e 6a. às 21h30m; sábàs 20h e 22h30m: dom,, às I8h e 2lh.Ingressos 5a e dom . a CrS ] 000 e CrS 600,estudantes: 6a, sáb. a CrS 1.000

CLUBE 21 — Programação' De 2* a sáb, apartir das 22h. apresentação dos conjuntosde Osmar Mihto e Ronnie Mesquita; 2a,Noile de Jau; Dom, Noite de Dixielandcom a Mississipi DUieland Band Convidados

especiais; 6a. sâb e 2a. Nivaldo Ornellas. 2aHélio Delmiro e Mauro Senise; 4a. HélioDelmiro e Maurício Cmhorn e 5a. MauroSenise De 2a a 5" o dom . sem couvert. semconsumação; 6a e sab . consumação mínimade CrS 1 mil 200. Rua Mana Angélica. 291286-8338).

REVISTASCotação do Leitor *•+** (41 votos)

GAY FANTASY — Dir. BiOi Ferreira. ComRogéria. Marlene Casanova, Sérgio Mox.Samanlha e Kiriaki. Cenários de Marco Antó-nio Palmeira, com concepção de JoãozinhoTrinta. Teatro Alaska. Av Copacabana.

1 241 (247-9842), De 3a a 5a, às 21h45m, 6\22h; sâb., 20h e 22h e dom,, às 19h30m e21 h30m. Ingressos 3a e 1a sessão de dom , aCrS 800 e CrS 500 estudantes, 4a a sáb.. e2a sessão de dom. a CrS 800.

BONECAS COM TUDO EM CIMA — Showdos travestis Veruscu. Cláudia Celeste e

Mana Leopoldma Teatro Princesa Isabel.Av Princesa Isabel. 186 (275-3346). De 3a a6a, às 21h30m. sáb. às 20h30m e 22h30m,dom, às 18h e 21h30m Ingressos de 3a a 6ae dom, a CrS 800 e CrS 500, estudantes;sáb. a CrS 800,

A GAIOLA DAS MIMOSAS - Show detravestis com Geórgia Bengston. Camile.Andreia Gaspareli, Paulete. Sabnna. Texto edireção de Brigitte Blair. Teatro BrigitteBlair. Rua Miguel Lemos. 51 (521-2955). De3a a domingo, às 21h30m. Ingressos a CrS500,

DANÇADE OLHOS NA TERRA — Apresentação dosgrupos de dança Axé e Gira Corpus. deMinas Gerais Teatro da Galeria. SenadorVergueiro, 93. De 3a a domingo, às 21h.Ingressos a CrS 300 Até dia 7 de março.

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UMA "INTEGRAL"DE VILLA-LOBOS

Luiz Paulo Horta

NUM

inicio de ano multorico na área do disco, umlançamento se destacasobre todos os outros: o

da obra completa de Villa-Lobos pa-ra piano (Estúdio Eldorado), prensa-gem brasileira de uma gravaçãofrancesa (Pathé-Marconl), na exce-lente interpretação de Ana StellaSchic. Sáo dois álbuns somando 10LPs — toda uma "amostragem" daobra do maior compositor brasileiro.

Villa nâo foi um compositor es-sencialmente pianístlco, como Cho-pin. O violào e o violoncelo foraminstrumentos que ele tratou commais intimidade. E, no entanto, onúmero de obras importantes incluí-das nesta coleção ê muito grande. OVilla da plena maturidade usava to-dos os recursos de instrumentação.O "jovem Villa" utilizou assidua-mente o piano — e nâo é surpreen-dente, assim, que a sua primeiraobra característica (as Danças Afri-canas, de 1915) tenha sido escritapara piano.

Dessa primeira fase é tambémtoda uma série de obras (mais oumenos "Imaturas") inspiradas na in-fáncla — Suite Infantil números 1 e2, Brinquedo de Roda, Histórias daCarochinha; e este é um dado bio-gráfico importante: muito do queparecia inexplicável na personalida-de do Villa adulto — seus sobressai-tos de temperamento, alternânciasde violência e afetivldade — pode seratribuído à sua afinidade com omundo infantil, território de que elefoi. por toda a vida, um irredutívelhabitante.

Para plano foi escrita, em 1918. aprimeira Prole do Bebê, oito peque-nas peças descrevendo uma coleçãode bonecas. Villa-Lobos tinha 31anos. Arthur Rubinstein. já em car-reira ascendente, tinha quase a mes-ma idade. A partitura da Prole caiunas mãos do pianista polonês, queencantou-se por ela. e passou a toca-Ia por todo o mundo. Foi o primeiropasso da afirmação internacional deVilla-Lobos.

O Villa dessa primeira Prole, co-mo o do Carnaval das Crianças, queê de 1920, ainda revela a influênciada atmosfera e da técnica do impres-sionismo — uma das raras influèn-cias inegáveis num artista que de-fendla ferozmente a sua autonomia.O Carnaval das Crianças lembra oChildren's Comer, de Debussy. Éum passeio pelo Bois de Boulogne —e não pelo Rio de Janeiro de 1920.Mas a qualidade da inspiração e daescrita ja é muito alta. Quando es-crever. pouco depois, a segunda Pro-le do Bebê, que estreou em Paris em1927, Villa jã será um compositor naplena posse dos seus recursos e dasua personalidade.

A realização de Villa em obrascomo as duas Proles tem mais de umsignificado. Esta integral serve co-mo desmentido à tese do Villa tor-rencial que só sabia compor em ca-tadupas. Torrencial é o Rudepoema.terminado em 1926 e dedicado aRubinstein. Mas do mesmo ano sãoas Cirandas, um dos pontosculminantes do Villa pianistico; enelas, mais uma vez, Villa-Loboschega à prefeição da "forma peque-na" — acabamento sutil, recriaçãopoética do folclore (e não "aproveita-mento" do folclore).

Outro aspecto é a relação entre ogênio e a técnica. Villa-Lobos, já sedisse mais de uma vez, seria o casodo gênio intuitivo desprovido detécnica, da "ciência da composição".Villa nâo freqüentou conservatórios.E algumas de suas obras sâo certa-mente vulneráveis a esse tipo de

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Villa-Lobos

crítica. Mas a impressão que se.temé de que nessas obras, mais do quetécnica, o que faltou foi inspiração.Villa compunha sem parar. Emqual-quer compositor desse tipo. a lflspi-ração, evidentemente, não é cpnti-nua. Quando ela falha, em Villa-Lobos, aparecem os defeitos for-mais. Quando ela está presente,' hámuito mais do que simples técnica.

É o que mostram esses dois ãl-buns. Villa-Lobos só tocava piano"para o gasto". Como se explica,então — a náo ser pelo gênio — queele possa inventar uma técnica pia-nística absolutamente eficaz como aque se vè no Ciclo Brasileiro, de1936? Esse milagre náo ocorreu socom o piano; mas aqui ele pode servisto "a pequena distância", e emplena luz.

O

folclore é outra presençaimponente nesta coleção.A começar pelo Guia Prá-tico, admirável coletânea

de peças populares, que serve depórtico a esta gravação. Mas tam-bém é preciso abandonar a idéia deque Villa dependia do folclore. NaQuarta Bachiana, que aqui aparecena sua versão original — a pianistica— e que é uma grande obra. o primei-ro movimento, criação inteiramentevillalobiana, é de longe o mais im-pressionante e característico; ó se-gundo é um extraordinário estudoharmônico e tímbrico apoiado numaúnica nota — o "pio da araponga";só no terceiro a base é realmentefolclórica — o tema (O mana deixaeu ir) que Milton Nascimento acabade reaproveitar. No próprio GuiaPrático, que em mãos de outro músi-co podia ser, de fato. simples coleta-nea, um ligeiro toque harmônico po-de fazer do folclore algo de inteira-mente Villa-Lobos.

Para a importância dessa coleçãocolabora, e muito, a execução deAna Stella Schic. Essa pianista bra-sileira que mora ha anos no exterior(e que tem voltado periodicamentetocando cada vez melhor) freqüen-tou assiduamente Villa-Lobos, o.queajuda a explicar a autenticidade e aespontaneidade da sua interpre-tação.

ED ASNER DIZCOMO E POR QUEPEDIU AJUDA PARAGUERRILHEIROS

Diuriárnente no Klau's Bar o violbnista Nonato Luiz 41 «g

LOS

ANGELES — Oator Ed Asner afirmou

jíue cometeu um erro*ha forma de anunciar a

ajuda aos rebeldes de El Salva-dor e prometeu que em outrasocasiões deixará claro se atuaem caráter pessoal ou como pre-sldente do Sindicato de Atoresde La Pantalla.

Após haver recebido iyna ma-nifestação escrita de apoio porparte das seções do Sindicatodos Atores em Hollywood e NovaIorque, Asner concedeu entrevis-ta coletiva para desmentir criti-cas ao sindicato, por ter iniciadocampanha para arrecadar 1 mi-lhào de dólares para ajuda emremédios aos guerrilheiros salva-dorenhos.

— Atuei como cidadão, deforma pessoal. Náo pedi nem umcentavo sequer a meu sindicatoem meu nome, repetiu ele, lendodurante o encontro, uma trans-criçào de outra entrevista, trans-

tinir-TJài- -

mitida por televisão, que conce-deu a respeito de El Salvador.

E confessou ter cometido um"erro. um erro sem maldade", aonáo informar o jornalista que oentrevistou, que falava como ei-dadào, em nome pessoal, á res-peito da situação salvadorenha.

— Agora tenho um distintivoque me identifica como cidadãoe o usarei nessas ocasiões.

Um grupo de maniíestanteareuniu-se anteontem diante dasede do sindicato enquanto eradebatido o caso Asner. A sççàosindical de Hollywood aprovoupor 29 votos contra 3. resoluçãopara "reafirmar o direito demo-crátiço do presidente Asner e detodos os membros do Sindicatode Atores de La Pantalla delalara respeito de questões políticasou públicas, como cidadãos1:;. Aseção de Nova Iorque já haviaaprovado a mesma resoluçâoporunanimidade na noite anterior,afirmou Asner.

JORNAL DO BRASIL

SEMANAsábado, 87/8/88 ? CADERNO B D 7

UM MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIOOU APENAS UMA FARRA

DE RAPAZES BEM-NASCIDOS?i£f_»''_rT

lorais: nas letras, nas artes, na política, iimmovimento importante

Yan de Almeida Prado: quase todos osparticipantes do movimento eram fofoqueiros

de redação de jornal

José Nêümdnhe Pintos ÀO PAULO — A Semana deArte Moderna, em fevereiro de1922, não teve conseqüênciasapenas culturais. Sem ela não

teria acontecido, por exemplo, a Revolu-çáo de 1930. Ou entáo: ela não teve qual-quer conseqüência séria, foi apenas umafarra de rapazes bem nascidos em buscade notoriedade que deixou de repercutir

, , .15 dias depois de realizada e só foi relem-brada 50 anos depois para que se pudessecomemorar o primeiro meio século devida do Partido Comunista Brasileiro.

As duas visóes antagônicas permane-cem até hoje nas perspectivas dos doisúnicos remanescentes ainda com saúdesuficiente para polemizar sobre a Sema-na: o bibliófilo Rubens Borba de Morais eo crítico Yan de Almeida Prado. Commais de 90 anos de idade, o terceirosobrevivente do grupo de iconoclastas, opoeta Menotti Del Pichia. está proibidopelos médicos de responder a qualquerpergunta sobre um assunto que, 60 anosdepois, ainda o emociona. Em seu casa-

. rão, na esquina das movimentadas Ave-. mdas Brasil e Rebouças, o poeta só se

pronuncia distribuindo cópias xerográfi-cas de suas memórias já impressas.

A Revolução de 30Mas a tese de Rubens Borba de Morais

é defendida por Menotti. que escreveu:"Pelo que verificamos depois. GetúlioVargas desencadeou a Revolução de Ou-¦ tubro inspirado pelo pensamento reibr-mador e nacionalista pregado pela nossaRevolução modernista de 1922. Por para-

. . doxo, nós fomos apeados do poder pelosreflexos da obra que nós mesmos havia-mos criado".

Para afirmar isso, o poeta paulistabaseou-se numa mensagem presidencialdo próprio Vargas, lida pelo então depu-tado Menotti, no Congresso. Na mensà-gem, dizia Getúlio: "O movimento mo-dernista nas letras e nas artes brasileirasfoi um impulso revolucionário que crês-ceu e extravasou, como o foi o movimentopolítico causador da Revolução de 1930."Segundo de, "as forças coletivas que pro-vocaram o movimento revolucionário do

c. „ modernismo na literatura brasileira que. se.iniciou com a Semana de Arte Moder-

na de 1922, em São Paulo, foram as mes-. , mas que precipitaram, no campo social e

político, a Revolução vitoriosa de 1930".,. . Em outro velho casarão, na Alameda

.' Guaianazes, atrás do antigo Palácio doGoverno do Estado, nos Campos Eüseos,no qual costuma reunir seus amigos namais tradicional confraria de gastróno-mos de São Paulo, a Pensão Humaiatá, oferoz Yan de Almeida Prado, aos 83 anosde idade, ataca:

Isso e invenção de Cassiano Ricar-do. que escrevia os discursos e as mensa-gens presidenciais do ditador GetúlioVargas. Na verdade, todo o pessoal daSemana de Arte Moderna era ligado aomais representativo da República Velha.Washington Luis freqüentava a casa deTarsila do Amaral, como amigo íntimo.

Rubens Borba de Morais contra-argumenta, garantindo que, àquela épo-ca (os anos 20), São Paulo tinha menos demeio milhão de habitantes e assim era

§2natural que praticamente todas as pes-soas se conhecessem.

Além disso Washington Luís era umhistoriador, um homem profundamenteinteressado nos estudos das coisas brasi-leiras. Nada mais natural do que ele nosprocurar.

». ..O colecionador de livros raros queparticipou da Semana, mas náo seguiucarreira literária por náo se crer comtalento de artista, atribui os ataques deYan à frustração:

• —Ele nào conseguiu renome comoescritor nem como desenhista. Por isso.

. vive atacando Mário e Oswald de An-,. çirade.

Grupo de KlaxonEm sua enorme e tranqüila casa, cons-

, truída nos verdes subúrbios de BragançaPaulista, 70 quilômetros a Noroeste de

, ,, Sào Paulo, na Mantiqueira, o ex-diretorda Biblioteca da ONU e ex-professor daUniversidade de Brasília, aposentado,também com 83 anos de idade, queixa-seí_? uma coisa: nas comemorações dos 60anps da Semana de Arte Moderna sáo

„ destacadas apenas as contribuições lite-. rárjas e artísticas do movimento, esque-

çeftdo-se sempre de suas conseqüências•ollticas. "O grupo de Klaxon" (revista«os modernistas) atuou também nessecampo, segundo historia agora.

A principal preocupação do grupo, era a renovação da mentalidade brasilei-

ra. Passávamos o tempo inteiro estudan-do e discutindo. E logo depois da Semanajã havíamos concluído que de nadaadiantava trabalhar só no sentido literá-rio. A Revolução de 1924 teve forte impac-to em todos nós. inclusive em Mário deAndrade.

Foi entáo que o "grupo de Klaxon"passou a discutir se "num país dominadopor oligarquias políticas como o nosso"nào seria ridículo fazer literatura. Então,os mesmos homens que fizeram a Sema-na de Arte Moderna passaram a prepararum movimento de Idéias, formando umasociedade de discussões, conferências eartigos em defesa do voto secreto. Dos 12membros originais da sociedade, oito per-tenciam ao Klaxon. O movimento eraliderado por Paulo Nogueira Filho, o maispolítico de todos.

Desse grupo surgiu, segundo RubensBorba de Morais, o Partido Democrático,que editava o Diário Nacional, cujo reda-tor-chefe era Antônio Carlos Couto deBarros e o gerente, Sérgio Milliet. Osoutros redatores de Klaxon também tra-balhavam para o jornal do Partido.

— Aconteceu lá o que sempre aconte-ce em casos semelhantes: os políticos nosabsorveram, fomos sendo engolidos enossas idéias de renovação se adaptandoa realidade da política partidária. Dequalquer maneira, continuamos no pro-cesso e. em 1929, participamos da conspi-ração da Revolução de 1930. Eu. porexemplo, fui a Buenos Aires tentar nego-ciar com Luis Carlos Prestes a chefia domovimento. Mas Prestes nào aderiu, por-que ja era um marxista. E nós certamentenáo éramos marxistas. O interessante éque, niais ou menos naquela época, Os-wald de Andrade abandonou o Grupo deKlaxon pelos mesmos motivos: adesão aomarxismo.

Luis Carlos Prestes advertiu, no en-contro em Buenos Aires, que o PartidoDemocrático congregava um grupo dejovens idealistas, mas, sendo esse gruporodeado e dominado pelos políticos, fatal-mente predominariam os interesses mes-quinhos da política partidária.

"As viúvas de Oswald e Márioestão transformando a Semananum mito, numa coisa doentia,

Um culto, uma religião. Oúnico grande literato brasileirodeste século, Maruiel Bandeira,jamais teve algo a ver com a

Semana" (Yan de AlmeidaPrado)

Prestes estava certo. Entào, pode-se dizer que o ideal renovador da Revolu-çâo de 30 e filho da Semana, mas aRevolução, deformada ja no primeiro diaapós a vitória, nada tem a ver com aSemana. Tanto isso é verdade que, aindaem 1930. 15 dias depois da vitória daRevolução, ja havíamos concluído queaquela nâo era a nossa Revolução e resol-vemos partir para outra.

Revolução de 32Klaxon apoiou, de forma decidida, o

movimento constitucionalista de 1932,em São Paulo, na versão contada porRubens Borba de Morais. Ele mesmo,fundou, com Tácito de Almeida, a Liga deDefesa Paulista, uma organização politi-ca, para defender "um Sào Paulo enxova-lhado pela política das interventorias deVargas". A Liga de Defesa formou umbatalhão e. então, já com novos compa-nheiros, como Paulo Duarte. Rubens Bor-ba de Morais foi ao combate. Enquantoisso, antigos companheiros, como Mariode Andrade, nào iam à batalha, afinalperdida, mas davam sua contribuição aomovimento, escrevendo.

Oswald de Andrade, nào. Ele sehavia separado de nós em 1930. quandovirou comunista. Mas eu sempre acheique o marxismo de Oswald era um senti-mentalismo sem base. Se a esquerda fes-tiva tem um patrono histórico no Brasil,ele certamente terá sido Oswald de An-drade

Vencidos e arrasados militarmente osrevolucionários de 30. o Grupo de Klaxonchegou à conclusão de que sua ação esta-va equivocada e era necessário, antes desair em campo, adquirir base e conheci-mento com muito estudo. Por isso, onúcleo modernista aliou-se ao industrialCiro Berlink. ligado ao líder empresarialRoberto Simonsen, para criar, em 1934. aEscola Livre de Sociologia e Política, "ummarco na História das idéias no Brasil,pois. pela primeira vez. havia uma cadei-

ra de Política numa escola superior, e issodivertia muito os políticos profissionais.

CulturaA Escola ficaria superada pela criação

da Universidade de Sào Paulo por um dosgrandes amigos políticos dos modernis-tas, Armando de Salles Oliveira. Com eleno Govemo do Estado, o grupo daria, dequalquer forma, segundo conta RubensBorba de Morais, mais um passo impor-tante. O Prefeito Fábio Prado criaria oDepartamento Municipal de Cultura,cuja Direção seria entregue a Mário deAndrade, modernista da primeira hora.Hoje nâo nos damos conta da im-portáncia do Departamento. Existem es-palhados por todos os Estados Secreta-rias e Departamentos de Cultura. Mas,em 1935. a mentalidade era de que oEstado deveria prover Educação, masnão necessariamente Cultura. Por isso.mais uma vez e de forma definitiva, euacredito que o grupo modernista de SàoPaulo fez uma profunda revolução.

O próprio Borba de Morais, que depoisdirigiria a Biblioteca Nacional no Rio deJaneiro e a Biblioteca das Nações Unidasem Nova Iorque, ficou encarregado decriar a Biblioteca Municipal de Sâo Paulo(a qual leva hoje o nome de Mario deAndrade).

Sem importânciaMas Rubens Borba de Morais acha

que. para atestar a importância da Sema-na de Arte Moderna, bastaria citar osnomes dos grandes literatos dela saídos:Mario e Oswald de Andrade. Menotti deiPichia. Sérgio Milliet. Guilherme de Al-melda e Manoel Bandeira ("que so náoparticipou do movimento porque estavadoente"). Na sua opinião, a Semana In-fluenciou radicalmente o grupo mineirode Carlos Drummond de Andrade e. semMacunaíma, náo teria existido GrandeSertão: Veredas, obra do gênio de Gui-maràes Rosa.

Das influências literárias da Semana,ele só exclui o grupo regionalista nordes-tino de José Américo de Almeida e JoséLins do Rego, este sim com vida própria."Nós, paulistas, achávamos que regiona-lísmo era coisa do passado. Para nós, osímbolo do regionalismo era MonteiroLobato" — diz.

Apenas nesse ponto, em todo o seudepoimento. Rubens Borba de Moraistem uma tese concordante com as opi-niòes de seu antigo amigo, Yan de Almei-da Prado. Ele reconhece que José Lins doRego e José Américo de Almeida têmvida próprias, em nada devem à Semana.No mais, suas opiniões sao inteiramentecontrárias.

A Semana de Arte Moderna nàoteve qualquer importância no cenário ar-tístico e literário brasileiro. Menos de 15dias depois de realizada a farra, ela jáestava inteiramente esquecida, e SâoPaulo só comentava as francesas de Ma-dame Rosimi, cujos belos corpos expôs-tos à cupidez fizeram com que todos seesquecessem das travessuras dos rapazesno Teatro Municipal.

Ele próprio um participante do moder-nismo, como desenhista (depois tambémcomo romancista na Revista da Antrouo-fagia), Yan de Almeida Prado atribui aSemana de Arte Moderna apenas à von-tade do pintor Di Cavalcanti de ganhardinheiro de qualquer maneira e à deMário e Oswald de Andrade de se trans-formarem em nomes importantes, semdisporem de uma obra sólida para isso.

"One Step"Randall. um espalhafatoso dançarino

de one step, vindo com a troupe de Mada-me Rosimi. seria suficiente para jogar noesquecimento as obras de Mario e Oswaldde Andrade, na opinião de Yan de Almei-da Prado, se nào fosse a necessidade de secomemorar o cinqüentenário de funda-ção do Partido Comunista do Brasil:

O PC estava na clandestinidade eainda disponho de um exemplar da revis-ta Venceremos, de 6 de fevereiro de 1972,em que o líder guerrilheiro e ex-DeputadoPedro Pomar, então ja rompido comPrestes, propunha a todos os comunistasuma fórmula maravilhosa de comemoraro cinqüentenário do PC: bastava entáocomemorar o cinqüentenário da Semanade Arte Moderna. Foi uma comemoraçáobarulhenta, mas ficou subentendido quequem comemorava realmente era o PCB.Daí foi um sucesso. Todos os comunistasviraram modernistas de primeira hora ese solidarizaram com as entáo ainda ra-ras viúvas de Mário e de Oswald de An-drade.

Um ambiente literário e cultural sub-desenvolvido, as deficiências de nossoensino superior de Literatura e Artes e aânsia de notoriedade de jovens poetassão. na opinião de Yan cie Almeida Prado,

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a única explicação razoável para o fatode. 60 anos depois de ter sido realizada,aquela "farra" no Teatro Municipal deSao Paulo, ainda estar viva e provocandopolêmicas, a ponto de ele mesmo temerpelas conseqüências de suas endiabradasentrevistas na televisão. Por exemplo,quanto ã saúde do nonagenário MenottiDel Pichia.

— Menotti era o ünlco grande literatoque participou da Semana de Arte Mo-detna. Os outros eram apenas "fofoquel-ros" de redação de jornais.

Apreciador de bons vinhos franceses ede pratos ainda melhores, o principalcomensal da Pensão Humaitá distila ve-neno por todos os poros, quando o assun-to da conversa é a Semana. Num estiloliterário arrasador, ele fala como se esti-vesse escrevendo e vai soltando suas ba-Ias de canhão:

— As viuvas de Oswald e de Márioestáo transformando a Semana num mi-to, numa coisa doentia, um culto, umareligiào.

— 0 único grande literato brasileirodeste século. Manoel Bandeira, jamaisteve algo a ver com a Semana. Ele existiaantes dela.

— O pai da criança foi Di Cavalcan-ti. que estava muito precisado de dinhei-ro e entáo inventou o acontecimento,para vender seus quadros, contando coma cumplicidade de Paulo Prado. PauloPrado, um rico comerciante de café, con-seguiu trazer de Paris o diplomata GraçaAranha, para dar um ar de seriedade aonegocio, mas tudo nào passou de uma"farra".

— Mario e Oswald eram intelectuaisobscuros e apenas queriam sair da obscu-ndade. Sua lama e exclusivamente nacio-nal. Em meu livro, na verdade um folhetosubversivo, A Grande Semana de ArteModerna, demonstro isso, citando as car-tas (ent francês, porque ele queria ser umpoeta francês e só desistiu disso quandoviu que era impossível ser conhecido porcausa da concorrência mais séria) de Sêr-gio Milliet.

"... pode-se dizer que o idealrenovador da Revolução de 30

é filho da Semana, mas aRevolução, deformada, já noprimeiro dia após a vitória,

nada tem a ver com aSemana" (Rubens Borba de

Morais) '

— O único que deu certo em Parisde todos os participantes da Semana foi oMaestro Villa-Lobos. Mas ele mesmo sem-pre deixou claro que deu seu cartaz, seuprestígio à Semana. Ele ja era conhecidoquando veio para São Paulo. E eu, comoseu empresário, é que tinha de suportarsuas manias como a de jogar bilhar ou ade ficar conversando com prostitutas atéo dia amanhecer.

— Di Cavalcanti pintava de umaforma táo suja que hoje qualquer especia-lista logo descobre as falsificações dosseus quadros. Sào quando os quadrosestào bem pintados.

— Carlos Drummond de Andrade jâescreveu que jamais contraiu a menordivida literária, em tennos de influência,com a Semana de Arte Moderna. Quantoa esse João Guimarães Rosa, bem. meparece que ele é um escritor de interessemeramente regional. Ele só pode ser en-tendido em Minas Gerais.

— Jorge Amado também nada tem aver com o modernismo paulista. Ele énosso Somerset Maugham, um escritorde imaginação e acessível ao leitor. O queisso tem a ver com Macunaíma. um livroimpenetrável ate para portugueses?

— Oswald de Andrade, antes daRevolução de 30. bajulava WashingtonLuis e Júlio Prestes porque queria serDeputado, mas Júlio Prestes tinha medode sua má fama de boêmio e estróina (elejogou fora a fortuna em terrenos acumu-lada por seu pai) e nunca lhe deu umaoportunidade.

10 — Getúlio Vargas era um gaúchosério, um positivista que jamais sequertomou conhecimento da realizaçáo daSemana de Arte Moderna. Cassiano Ri-cardo é que foi o verdadeiro autor dessapiada, segundo a qual existe uma relaçáoqualquer entre a Semana de 22 e a Revo-luçào de 30. Menotti Del Pichia, que atéhoje pòe a Semana nos cornos da Lua,concorda com essa tese. Nào sei por que.Afinal, ele e Guilherme de Almeida eramos únicos literatos sérios daquele movi-mento. Quanto a Cassiano. bem. bastadizer que. certa feita, fez uma conferênciaintitulada Do Estilo Literário do Dr Getú-lio Vargas. Precisa dizer mais?

Drummond

MIRANTEFestí

O maior espetáculo sobre a Terra aconte-ceu em Veneza no ano de 1282 e consls-

tiu em magnlficente carnaval que durou 168horas ininterruptas, com a população can-tando e dançando em companhia dos Gran-des Conselheiros e dos Senadores. Mais decinco mil gôndolas circulavam entre as tre-zentas Ilhotas, cada qual mais ornamentadae ostentando alegorias e apoteoses dedica-das a Eros, Afrodite, Baco, Vulcano e às onzemil virgens. Os foliões atiravam-se às águasdo Grande Canal, e, despidos, entregavam-se às mais graciosas evoluções, estimuladospor formidáveis conjuntos musicais. O entu-siasmo chegou a tal ponto que nâo se dlstin-guiam mais homens e mulheres, todos lrma-nados pela perfeita conjunção do prazer.Catadupas de vinho generoso eram lançadasde repuchos, e todos bebiam a largos naus-tos, ao mesmo tempo em que se banhavamna espuma do líquido estimulante. Centenasde participantes morreram no ato, mas nln-guém se impressionou com isto, pois a mortena alegria náo causa pena. Algumas dezenasdessas mortes foram devidas a homicídio,mas deu no mesmo, pois era impraticáveldiscernir entre as espécies de exaltação, nofundo uma só. Seria impossível dizer aocerto quanto custou este festival mirabolan-te, mas alguns banqueiros estimaram, nobarato, que nada menos de oitocentos tri-lhóes de sequins foram consumidos, e aconta, apresentada ao Doge, até hoje náo foipaga.

PintoraaUEM

foi AnnaVasco? Uma se-

nhora da sociedadecarioca, filha de ca-sal que amava as ar-tes. Com vocaçãopara a pintura, nâopôde, por motivo desaúde, trabalharcom óleo. Dedicou-se à aquarela e à pai-sagem do Rio. Esta-mos no encontro dedois séculos, o 19 e o20. O Rio ainda temlugares ermos ondea natureza se oferecesem maquiagem aoscontemplativos. An-na Vasco recolhe adeserta praia do Le-me, uma visáo deCopacabana pura, oMorro do Cantagalosem favela. Estasimagens foram guar-

dadas para os olhosde hoje, e estáo re-produzidas num ál-bum editado pelaGaleria de Arte doBanerj, com apre-sentação de Clarivaldo Prado Valladareee Vasco Mariz, esteúltimo, filho de An-na Vasco. Com doçu-ra e melancolia sua-ve fitamos as Painel-ras, em 1898, e o re-trato de Adélia, irmãda artista, no perfei-to interior burguêsdaquele tempo: ablusa de gase e ren-da, a mesa, o vaso deflor, o tapete, o arfalam de um tempo,uma ordem social,um viver táo longin-quo! de que ainda selembram algumaspessoas.

EnsinoOS

estudantes perguntam muito aos es-critores. e é agradável responder-lhes.

quando há realmente informação nova, ouesclarecimento, a dar. Mas se indagam o quetoda gente sabe ou está em livros comuns deconsulta, é tempo perdido. Para os dois.

A fonte está muito mais em livros, revis-tas e jornais, na biblioteca escolar (masexiste a biblioteca?...) ou mesmo em casa, doque na pessoa do escritor. Machado de Assispode dizer alguma coisa, pessoalmente?

Lugar de nascimento, idade, títulos deobras etc. constam de manuais e enciclopé-dias; nào precisa gastar passagem de ônibus(ou telefone interurbano) para saber.

O pobre garoto mal-orientado pede aoescritor que interprete um texto óbvio,quando o interessante seria que ele, garoto,desse sua interpretação ao escritor.

O gravador merecia nota dez pela entre-vista; só o gravador.

InsetosA formiga passou, silente, no jardim.De onde vem. a que vai, é questãoimportuna.Viajante desnorteado, igual me vejo amim.Em contorcida rota, ao sopro da for-tuna.

CorpoA

incorporação eautorizada em

lei mas condenadapelo Governo. Pairaa ameaça oficial detransformar os in-

corporados em in-corporeos. Quemquiser salvar o corpodirija-se ao PDS.Partido magro deconvicções mas en-corpadissimo de pri-vilegios e bênçãos.

TrabalhoSEGUNDA-FEIRA

de carnaval fui à pa-daria, comprei brioches. à farmácia,comprei vitaminas, à sapataria, encomendeimeia-sola. à casa de frios, comprei maionese,ao Correio, estava fechado. Todos traba-lhando, menos a empresa federal.

ÁrvoreQUARENTA

esete municípios

mineiros possuemuma ou duas árvoresimunes de corte.Aqui e ali. um pau-brasil, uma palmeiraimperial, uma sibl-puruna. Os exem-plares preservadosnáo chegam a cem —ou chegam? É pou-co. e muito pouco,

mas sempre é um co-meço de respeito àarvore. Todas as de-mais. em todo o Es-tado, podem ser sa-criticadas a um pro-jeto imobiliário, àfantasia de um Pre-feito, à violência deum perverso. E noresto do Brasil? Ca-rece fazer o catálogodas árvores protegi-das. IBDF, conta-mos com você.

Carlos Drummond de Andrade

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8 n CADERNO B o Babado, 27/2/82 JORNAL DO BRASIL1

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VEREDA TROPICAL NANI

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BETTY FARIA

^<^^H /FERNr\MÇ>if)$ e' Difícil \] fcuein £5rfl 1| P33 /íwia/Hh amióa Mo^âflrVflJJy7V\Jl / Agente m^/^oar 1 l^e^^Do p' H/f^-fl esrA wretessfiPft]JL*k N VB I ALCwehA PA.RA íV/VI PLfiNETfíj I IK PARA I £vi FP>Z€K VlPf* r~^J$X\BL\dáJ \OMOe /VRO TÊM ^IDO.?/ RoaTRo ? y

iifjfi VOATPg A/flO TfM^/ C^^j

JTZTSHBi ¦|,|,^niits q«u.tl.,IÍJ^^^^i^.tSMl^^Í^^^E«llj^^«B /ncfcAFriil PREFIRO FRANGO "^\\ *. . I COry\o CONSIGO V

tBBBSI t°opac _ com um péciunto! —v \\CU/\/r>/ ^aSWóJtW^^Í^^sW.^^^lMlfWMS FRANGO /\ RÁ!R«. RÁ> \ \\ BW

™OD?^H°j/fm^^^^g^^^^^l^WjjjgR^gg 1 OOf\A PRE-J £

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Ela vivia uni casamento sem amor. Ele era o criado do seu marido. i pi ^J^J Tu _ t Q\^\ "^ ^J^mlj1!^^^^ . ^

Nascidos em mundos diferentes,eles ^~j=a. L_ \mt\ í (i \i _ **2-<rx^rz -*--^&-acabaram encontrando um mundo so para eles —V ' '<"< ' I k—"—¦'«>»» «¦^"•- un\

ÉB A C|:

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AÉ - ¦ - c2i àa -na>Üt Jfe? I'LUCjrUGRlf

JERÓNIMO FERREIRA

PROBLEMA N° 928 4 cesto do cipó (5)5 curar (5)

6. extrair (5)T\J" JT 7. fabricante de seges (7)8. inabalável (6)

9. ir atrás de (6)

S10.

lenda escandinava (4111. passarinho dos tangarás

(5)1?. peixe do água doce (5)13. remediar (6)14. sangue derramado (7)15 separar por meio da pe-

_. _. neira (6)

(j 16. tolo (7)I 17. tortuosa I7I

18. tranauilidade (7)19. vapoi atmoslenco notur-

1. ato de sonegar (6) no (6)2. azeiteira (5) 20. zamo (5)3 certo peixe do mar (5) Palavra-chave: 14 letras

Consiste o LOGOGRIFO em encontraise determinado vocábulo,cujas consoantes |á estão inscritas no quadro acima Ao lado. à direita,e dada uma lelacào de 20 conceitos, devendo ser encontrado umsinônimo para cada um, com o numero de letras entre parênteses,todos começados pela letra inicial da palavra-chavo. As letras de todosos sinônimos estào contidas no termo encoberto, rospenando-se asletras repetidas

Soluçôetdoproblsma^SZ?: Palavra-chave: VASCOLEJAMENTOParciais: veneta: vesco; você: vesano; velame. volata, vacai: vasto:voleta; voto: vasento; voante: volta, vocal: vestal. voamento; vento-sa: valeta; veloce; veste

GARFIELDJIM DAVIS

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ITOCE FAZ PA'NISTO?

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CRUZADASCARLOS DA SltVA

HORIZONTAIS — 1 — ornato japonês,em torma de gana de urso ou de tigreembotada ou de um teijào furado aomeio. para ser enfiado; 9 — diz-se dosinsetos que possuem oscamas nas ante-nas: 10 — pedra muito branca, translúci-da e pouco resistente, parecida com már-more e empregaga nos trabalhos de es-cultura, entre os gregos antigos, pequenovaso som asas utilizado para queimarperfumes; 11 — licor alcoólico, feito como suco fermentado de várias palmeiras;12 — tratamento carinhoso dado pelosjovens aos amigos dos pais. ou pelosamigos aos pais do seus amigos; 14 —sufixo formador de substantivos com aidéia de prolissâo, exercício; 15 — C8paci-tar-se de que está sendo inoportuno,inconveniente, ou está cometendo erro,engano; falhar em relação a compromis-so. 17 — homem que paga toda despesaquando na companhia de outras pessoas,principalmente mulheres; pedaço decharque correspondente à paleta, 19 —saco para transportar farinha do mandio-ca; 20 — entre os antigos gregos, divmda-de campestre com chilres, pes e caudade cabra; 21 — taça-se. criaçáo: 22 —notícia, novidade; 23 — animal tiomato-

-i

doo. cestóideo. especialmente os tenió-deos, cujo corpo em forma de fita edividido em anéis ou proglotos. com cabe-ça ou escólox provido de ventosas ouganchos; 24 — em psicanálise, apenas aparte da possoa em contato direto com arealidade, e cujas funções sâo a compro-vaçáo e a aceitação dessa realidade; 25

nome que os judeus davam ao livro dasua lei; erva anual, da família das legumi-nosas. ruderal nos trópicos do Velho eNovo Mundo, de folhas com quatro a seisloliolos obovados, membranáceos e pilo-sos, flores pequenas, solitárias, ou atétrês nas axilas foliares, e cujo legume, de2 a 4mm, é linear, longo e delgado; 26 —que vivem afastados da sociedade; 27 —diz-se dos animais que nào têm mamas.VERTICAIS — 1 — dizia-se de, ou medi-camento que se 6upunha fazer expelir oshumores negros, ou atrabllis; 2 — apara-toso, 3 — meninote preto, negrinho; 4 —sufixo formador de substantivos com aidéia do coleção, golpe; 5 — torradas, 6

diz-se da substâncias que possuempropriedades radioativas; 7 — glândulasem que as células secietores subsistemapós a excreção do seu produto. 8 —airedores de lugar importante; 9 — que

tèm penas largas; 13 — antigo instrumen-to musical semelhante è castanhola, usa-do em especial pelos sacerdotes e sacer-dotisas de Cibele; 16 — choro, lamenta-çâo; 18 —espécie de capa sem mangas,com aberturas por onde se enfiam osbraços, usada pelas confrarias e irmanda-des religiosas; 23 — espaço entre ostrasios divisórios do ponto de certos ms-trumentos de corda, como a guitarra e asantigas violas; 25 — uma das quatrosílabas de que se serviam os gregos parasolfejar Léxicos: Aurélio; Pequeno.Melhoramentos e Casanovas.

SOLUÇÕES DO NÚMERO ANTERIOR

HORIZONTAIS — tempo; cova; idio;tuvos; rim; britar: opia: umara; rom, voo;emana, spot; rebote; ole; mute; epos;eolo. claro.VERTICAIS — tiro; edipo; mimi; po;cuim. octal; voar; osram; trumo, ar, ova-to, germe; labil; os: bolor; meio; noto;popa, teso; ei.

Correspondência para: Rua das Pai-meiras, S7 apto. 4 Botafogo — CEP 22270.

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imHORÓSCOPO MAX KlIM

ÁRIES 21/3 o 20/4

Procure, neste sábado, a participação em atividades denatureza social, com vivência mais atuante junto aamigos e pessoas de seu relacionamento mais intimo.Aspectos de benéfica disposição para assuntos linan-ceiros. Se trabalhador em atividades ligadas à água.tenha redobrada cautela neste dia. Clima neutro emrelação ao trato doméstico e amoroso. MelhorajL..gradativas para sua saúde.

TOURO — 21/4 o 20/5

Em dia neutro em seu posicionamento genérico, vocêainda se mostrará sensível a alguns problemas denatureza pessoal e social que o afetaram nos últimosdias. Evite um comportamento retraído a busque acompanhia de pessoas amigas de seu agrado ou umtrato mais íntimo com a natureza. Procure evitar aconcentração excessiva em si mesmo. Bom relaciona-mento afetivo. Saúde regular

GÊMEOS — 21/5 o 20/6 ~~Todo o vigor e auto confiança que. medularmente."fazem do geminiano um vencedor em potencial esta-râo postos a prova neste final de semana. Busque usarsua inteligência e capacidade de envolvimento paraafastar os obstáculos que surgirem neste sábado.Mostre-se mais livre de convencionalismo e arrisqueopiniões mais arrojadas. Boa disposição para a famíliae o amor. Saúde sem alteração

CÂNCER — 21/6 o 21/7

Continuam excelentes as indicações astrologicas parao cancenano que hoje. principalmente à tarde e anoite, terá motivos de alegria e muita satisfação Intimacom demonstrações inesperadas de afeto e carinho.Disposição favorável para suas finanças e bons aspec-tos para o trato com parentes e amigos. Amor emperíodo altamente positivo em todos os seus aspec-tos. Saúde instável.

LEÃO 22/7 o 22/8

Dia de boas indicações astrologicas para o leonino qu6terá. neste sábado, boa disposição para assuntosligados a móveis, objetos de decoração e o trato commadeira. Procure maior aproximação com parentes 8amigos e evite tarefas que lhe exijam muito esforço oudispôndio anormal de energia Bons aspectos parasuas finanças. Dia de neutralidade para o amor.Indicações de melhora para sua saúde

VIRGEM — 23/8 o 22/9

Em dia muito positivo em seus aspectos ligados âprofissão e qualquer contrato ou investimento denatureza financeira, o virginiano terá oportunidadesnovas para a criação de empresas e a participação emempreendimentos de natureza mercantil. Vénus aindalhe traz indicações bastante favoráveis, mormente aofinal da tarde, para casamento e noivado. Sua saúdecontinua em período muito positivo.

LIBRA — 23/9 o 22/10

Sábado de posicionamento astrológico neutro para olibriano que hoje se mostrará dependente da opinião econceitos dos que o cercam, tanto no relacionamentopessoal quanto no trato doméstico. Essa avaliação,constantemente exigida por você. poderá lhe dar acalma e a tranqüilidade necessária a maior estabilidadede seu temperamento. Sucesso com pessoa do sexooposto. Saúde boa.

ESCORPIÃO — 23/10 o 21/11Este sábado se mostrará com indicações de fragilidadepara as atividades do escorpianc. Procure reforçar seucomportamento cauteloso em termos financeiros,com a elaboração de um programa que o faça maisconfiante neste final de semana. Evite gastos edespesas que possam ser adiados ou eliminados.Idealismo acentuado no trato afetivo onde poderãoocorrer alguns bons e agradáveis acontecimentos:'Saúde débil.

SAGITÁRIO — 22/11 o 21/12

Hoje você deve continuar a agir com cautela diante desituações que nâo possa controlar, mormente no tratopessoal que, alterado de forma significativa, ainda fazperdurar as indicações de negatividade. Clima neutro'para assuntos ligados ao seu trabalho, vivência comcolegas e finanças. Momento de boa disposição quan-to ao trato doméstico e sentimental. Saúde boaGrande vitalidade.

CAPRICÓRNIO — 22/12 o 20/1Uma excessiva preocupação com a ordem de seusassuntos pessoais e uma disposição benéfica para 8'solução de problemas pendentes, principalmente osque estejam ligados a vizinhos e patentes, farão destesábado um dia de resultados positivos em sua genera-lidade para o capricorniano. Clima de paixões passagei-ras Risco de grandes decepções Saúde neutra Umpasseio ao ar lhe fará bem.

AQUÁRIO — 21/1 o 19/2

Este sábado se caracterizará para o aquanano como"um dia em se acentuam todos os assuntos ligados àarte e decoração, com destaaue para os profissionaisdessas duas atividades. Sua sensibilidade e um nota-vel senso estético farão suas características dominan-tes em momento astrológico positivo para todos ossetores que lhe digam respeito Alegria na vida afetiva.Saúde ainda instável.

PEIXES — 20/2 o 20/3

O pisciano terá neste sábado indicações positivas paraa tomada de decisões seguras e firmes na condução»de assuntos rotineiros Um convite para participação-em reunião social lhe dará chance de contatos quemuito refletirão em seus planos para o futuro Boas 'indicações para viagem de lazer Busque vencer suatimidez e expor seus sentimentos sem receio de •recusa Evite movimentos bruscos

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JORNAL DO BRASIL gálwdo, 87/8/88 o CADERNO B ? 9 ,;

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QHHIimHi. Samuel Goldwvn: deus dos deuses

SENHORESDO OLIMPOHollywood nos anos de ouro

Susana Schildju_

GARSON

Kanin entrou para a comunl-dade cinematográfica americana comoassistente de Samuel Goldwyn (o "lm-perador" da Metro) em 1934, aos 24

?nos, e acumulou, ao longo de sua carreira, asfunções de diretor, produtor e rotelrista. Acima detudo, porém, Kanin define-se como "um patriotade Hollywood", ou seja, um homem fiel aos princi-pios e objetivos da meca do cinema, que eledescreve em O refugio dos deuses (Editora Re-cord. Tradução de Roberto Muggiatt. 358 páginas,CrS 850).

Mesmo constatando que o sistema hollywoo-diano, tendo por lema principal o sucesso e porestandarte o dinheiro, implica em competiçãodesleal, desgastes emocionais, contradições de to-da ordem, Kanin sustenta a que o seu fascínio émais poderoso do que quaisquer críticas. E exata-monte para falar do feitiço da era mais brilhantede Hollywood — o final da década de 30 e os anos40 de ponta a ponta, quando chega ao auge o starsystem — que ele escreve o seu livro.; Indiscrições

Paramostrar a sua Intimidade com muitas dasfiguras mais expressivas da época, Kanin usa oestilo "testemunha ocular da hisória", pu seja,refere-se apenas a fatos que viu ou dos quaisparticipou diretamente. É através da evocação deepisódios, pois, que ele põe à mostra os aspectostirânicos e excêntricos da personalidade de Sa-muel Goldwyn — a encamaçào do sistema — asdificuldades do relacionamento com Charles Lau-ghton, as surpresas de um almoço de que partici-pam Greta Garbo, Lawrence Olivier e VivlenLeigh.

Entre os muitos casos que ponteiam o livro deKanin, alguns envolvem a vida sentimental degente como John Barrymore, roído pelo ciúmedoentio que sentia de sua mulher Dolores Costelo.O autor deixa passar pelo filtro algumas indiscri-çóes como a confidencia que lhe fez Carole Lom-bard sobre sua palxào por Clark Gable: "Estourealmente louca por ele. E nào é nada dessenegócio de amante fabuloso, porque — quer sabera verdade? — já tive melhores".

j „.De leitura fácil, O Refugio dos Deuses é um.convite à nostalgia, a um fim de semana emcompanhia de atores e diretores tão inesquecíveis.quanto Billy WUder, James Cagney, Groucho'Marx, Spencer Tracy, Gary Cooper, Glnger Rogers« muitos outros. Independentemente das origens'ou antecedentes, toda pessoa citada por Kanintinha um objetivo: ser aceita em Hollywood e fazer'sucesso.

O próprio autor admite que na sua lembrançavmais remota as garotas da América sempre parti-.lharam um sonho: ser estrelas de cinema. Parareforçá-lo. os exemplos de personalidades vitorio-.sas eram repetidos à exaustão. Como o de LanaTurner, descoberta numa lanchonete enquantoservia uma soda com um canudinho.

Marionetesí ...Sem nenhuma pretensão de fazer análise so-ciqlógica do fenômeno Hollywood e de sua impor-.tància na história do cinema, Garson Kanin satis-faz-se em contar casos, com algumas incursõespelos escritórios onde os burocratas, reunidos emtorno de Imensas mesas ovais, manipulavam car-relras, como se os maiores astros e os melhoresdiretores nào passassem de marionetes em suas"mãos.

Charles Chaplin, por exemplo, foi reprovadopor eles nos testes que realizou para a Universal.Pictures Corporation em 1913 e 1914. Para dar a¦dimensão do equivoco, Kanin reproduz váriosmemorandos com os resultados dos testes. Um

<deles dizia: "Resultado nào mau. Equipe, filma-gem, editor e projeclonista, todos riram". Apesar

•disco, a apreciação final foi implacável: "Descul-¦pem fiasco Chaplin. Não destacado o bastantepara requerer teste ou ida à Califórnia".

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Cr$ 700,00

LIVRARIA Rua 7 de Selemoro. I?7 — Centro -'FRANCISCO ALVES Rua f arme da Amoedo. 57 — Ipanema -

SAO PAULOSete anos depois, a morte do jornalista

Wladimir Herzog chega à literatura pelas mãosde um romancista que viu os fatos de perto

PRIMEIROS

dias de outubrode 1975. Uma onda de prisõesde militantes e Intelectuaisesquerdistas de São Paulo

agita o ambiente político do pais, apósum período de aparente tranqüilidade.Um dos presos, o jornalista Walter Katz,morre no cárcere, alegadamente pelaspróprias mãos. Os acontecimentos quea partir dal se desencadeiam, no curtoperíodo de duas semanas, são o pano defundo de Cara, coroa, coragem, roman-ce de Slnval Medina, que a EditoraNova Fronteira mandará para as livra-rias na próxima semana (271 páginas),

Claramente inspirado no caso do Jor-nalista Wladimir Herzog — cuja mortenuma dependência do II Exército, emSào Paulo, provocou a demissão do seucomandante, General Edlnardo D'AvllaMelo, e a retração dos duros que seopunham à abertura proposta pelo Pre-sidente Ernesto Geisel —, Cara, coroa,coragem é o segundo livro do paulistaSinval Medina, jornalista que viveu osfatos de perto e que em 1980 fez a suaestréia de romancista com Liberdadecondicional.

A morte de Katz — como a de Herzog— provoca de imediato manifestaçõesde rua, reunindo ecumenicamente llbe-rais, esquerdistas, católicos e pessoasde outras tendências em indignado pro-testo contra a violência do episódio. Asrepercussões, porém, vão mais longe.Dias depois, em um grande jornal deSào Paulo, longa e detalhada reporta-gem põe a nu a realidade que se escondeatrás do "suicídio" de Katz; e a essasrevelações segue-se uma fulminanteaçào do Planalto com o objetivo dequebrar a resistência da linha dura àpolítica de descompressáo do regime.

Preto x brancoPersonagem de primeiro plano na

história de Slnval Medina e Gonçalves,jornalista obscuro, perdido em contra-diçôes e impasses de ordem pessoal.Confinado à "cozinha" de um Jornaldiário, a banalidade do cotidiano profls-sional de Gonçalves entra em choquecom o seu credo de cavaleiro andante.Como conciliar, por exemplo, a obriga-çào de escrever sobre pastéis estraga-dos justamente no dia em que aconteci-mentos políticos importantes estão mu-dando a face do pais? Gonçalves, po-rém, terá a sua oportunidade, uma opor-tunidade até certo ponto por ele mesmofabricada. Às suas màos chegarão ines-peradamente os dados sobre os bastido-res do caso Katz e, contra ventos etempestades, ele os transformará na re-portagem que fará história.

Em íntima relação com o drama deGonçalves, desenrola-se o de um atormulto mais complicado do que ele, oprofessor Anibal de Almeida Antunes.Herói sem nenhum caráter — como seu

parente nâo muito afastado, o Ma-cunaíma de Mario de Andrade — Aníbalparece tào tortuoso quanto Gonçalves éreto. Bancário, aviador, semiólogo, ca-nalha. femeeiro. vagabundo, guerrilhei-ro, ladrão dos bens de amigos e compa-nheiros, Aníbal em nada acredita, prin-cipalmente em códigos de conduta decavaleiros andantes. Conforme as opor-tunidades. é capaz de subornar, trair edelatar. E de morrer em odor de santl-dade.

Sinval Medina conta a sua históriaem linguagem simples, direta e objetl-va. Uma linguagem que condiz com oponto-de-vista assumido pelo narrador:um jornalista onisciente e imparcial,que assiste a tragédia sem querer (tal-vez por nào poder) fazer outra coisasenáo relatar. Como Gonçalves, quetem friamente de encerrar a edição dodia antes de se emocionar com a mortede Walter Katz. Jornalista, o narradorde Cara, Coroa, Coragem jamais entrano eu dos personagens. Nem mesmo emsítuaçóes-limlte, como é o caso do deli-rio de Aníbal no momento de sua perse-gulçâo e iminência de sua morte.

Espelho x espelhoTransparente na linguagem, Medina

é complexo na construção do romance.Ele arma a sua narrativa como umquebra-cabeças. O fato de ser o narra-dor um Jornalista que conta a históriade um Jornalista que escreve sobre amorte de um Jornalista cria um espaçode fundos falsos, uma estrutura de espe-lhos e Imagens aparentes, garantindoum efeito flcclonal rico e curioso.

O sentido das ações de Anibal só aospoucos se vai esclarecendo Os retalhosde sua história pessoal sáo oferecidos aoleitor sem preocupação com a cronoio-gia, tal como acontece quando se re-constitui uma vida a partir de documen-tos esparsos. De vez em quando, a lentede aumento do narrador seleciona umtrecho de história já contado; e quandoesse trecho é ampliado e intensificado,permitindo a aparição de novos deta-lhes, desfaz-se a impressão de que Já seconhecia Anibal. Só no fim se saberárealmente quem ele era.

Dentro do ciclo romanesco, Já clara-mente definido por lidar com os dadosimediatos da história recente do Brasil— ora com a veste da análise pslcológi-ca, ora disfarçado em narrativa policial,freqüentemente assumindo as cores daautobiografia — Cara, Coroa, CoragemIrá certamente ocupar um lugar de des-taque. Sinval Medina sabe contar umahistória, construir personagens e man-ter o leitor interessado na narrativa,usando a sua marcha ziguezagueantenào como um artificio formallsta que seesgota em sl mesmo, mas como umrecurso para valorizar a revelação e asurpresa. (MP)

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Sinval Medina: ficção sobrea realidade do caso Herzog

"FATOS QUE PODERIAM

TER SIDO"ShO

PAULO — Depois de 11 anosausente de Porto Alegre, onde nas-

ceu em fevereiro de 1943, o jornalistaSinval Medina perdeu o sotaque gaú-cho, mas náo a disposição, que trouxede lá, de firmar-se como escritor. Medi-na chegou a São Paulo em 1971, para serprofessor de editoração na Escola deComunicação e Arte da USP, da qual seafastou em 1975 em decorrência da crisepolítica que teve seu momentoculminante com a morte do jornalistaWladimir Herzog nas dependências doDOI-CODI do II Exército.

Medina graduou-se, na sua cidadenatal, em jornalismo, opçáo que lhepareceu pertinente, dado o pendor paraa literatura, descoberto desde cedo. EmPorto Alegre trabalhou em Jornais eagências de publicidade, além de redigirverbetes de enciclopédia para a Globo,tradicional editora da Capital gaúcha.Em Sào Paulo, depois de deixar a Uni-versídade, passou rapidamente pela Rá-dio Tupi, flxando-se em seguida na Edi-tora Abril, onde hoje é editor de textoda revista Casa Cláudia.

Lembrando que começou a escrevermuito jovem, "como a maioria dos auto-res", Medina conta que o marco inicialde sua carreira literária foi a novela

Ninguém, terminada em 1963 e premia-da no ano seguinte em concurso daSecretaria de Cultura do Estado do RioGrande do Sul, juntamente com umaobra de ficção de Moacyr Scllar, roman-cista gaúcho hoje com cerca de umadezena de livros publicados.

Depois de 1964, sentindo-se desesti-muiado pelo clima de censura que asfi-xiava a atividade literária no Brasil,Medina passou a escrever apenas ficçãode carâU:» ^..'.^-.f.r.—i.:^'.. Os novos aresque começaram a soprar nos anos 70restituíram-lhe a disposição para voltara uma literatura mais comunlcativa. Oresultado foi o romance Liberdade Con-dlcional, publicado em 1980 pela Edito-ra Codecri, do Rio. Cara, coroa, cora-gem, agora saindo pela Nova Fronteira,foi escrito entre 1979 e princípios de1981.

Embora admitindo que o livro sealicerça nos episódios políticos de 1975em Sáo Paulo, Medina faz questão delembrar que é fundamentalmente umaobra de ficção. Excluindo-se o pano defundo da morte de Herzog e dos fatosque desencadeou, "eu diria que Cara,Coroa, Coragem trata de acontecimen-tos que poderiam ter sido mas não fo-ram". (Alberto Beutenmuller)

ALEM DOS AVIÕES DE CARREIRANOVAS VARIAÇÕES SOBRE TEMAS EXTRATERRESTRES

O

piloto da VASP que há ai-guns dias viu um objeto voa-dor nâo identificado seguirseu avião por mais de uma

hora, nào foi o primeiro a tomar a Inicia-tlva de acordar os passageiros para quetestemunhassem o fenômeno. Igual pro-cedimento foi adotado pelo Capitão Ja-mes Howard, que na noite de 24 dejunho de 1954 pilotava um quadrimotorStratocruiser da companhia inglesaBOAC, na rota Nova Iorque—Londres.A história está nas páginas 184/186 deUFO: Observações, Aterrissagens e Se-qüestros, de Yurko Bondarchuk, publi-cado no Canadá em 1979 e agora lança-do no Brasil pela Editora Dlfel (224páginas, Cr$ 1 mil 130).

Francês descendente de ucranianose residente no Canadá desde os doisanos de idade (sua família mudou-separa a América em 1951), Bondarchuknào tem dúvida de que os UFOS (ouOVNIs) sâo naves dirigidas por seresextraterrestres e de que dentro de pou-cos decênios haverá entre eles e a huma-nidade um "contato de primeiro grau".Mas para Erich von Dànlken, best sellersuíço (nascido em 1935) de quem tam-bém se publica mais um livro em portu-guès — Viagem a Kiribarti, EdiçõesMelhoramentos, 278 páginas, Cr$ 1 mil300 — o contato já houve. Aliás, conta-tos, pois conforme sua hipótese criatu-ras procedentes de mundos longínquosaqui estiveram mais de uma vez.

No tocante à crença de que os UFOssâo naves estelares em busca de contatocom a Terra — para bem ou mal desta —os argumentos de Bondarchuk poucoacrescentaram à copiosa literatura so-bre o assunto. A particularidade do seulivro está na parte testemunhai, pratl-camente circunscrita ao Canadá. O devon Dâniken, por sua vez, apenas conti-nua a desenvolver as variações em tor-no do tema dedilhado na obra canônlcaEram Os Deuses Astronautas?

A literatura ufológica procura justifi-car suas insuficiências com o segredo

que cerca as investigações governamen-tais sobre os "discos voadores". Sabe-seque inquéritos do gênero realizaram-senos EUA, Canadá e outros países, e pelomenos oficialmente alguns foram encer-rados sem que o público tivesse acessoao material recolhido. Isto permite aosufólogos dizer — ou sugerir — livro apóslivro que as provas de maior peso se-riam justamente as que dormem nosarquivos secretos; estariam nesse caso,por exemplo, os alegados desapareci-mentos de aviões interceptadores quan-do perseguiam UFOs.

Bondarchuk — como o físico StantonT. Friedman, que prefacia o seu livro —está convencido de que há uma razào de

Edições Melhoramentos

tiÈÊSffiF**%$SÊSÊ9ÊÊ&ÈÊÊÈM^Mlí''' fljfl

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xx-x.' .;.., i''".:.. -'UÁErich von Daniken: atrás de

provas em Kiribarti

estado para que os Governos das gran-des potências ocultem os resultados daspesquisas: a possibilidade de o fenôme-no "vir a ser utilizado com finalidadesestratégicas". Na teoria, escreve Fried-man, "o primeiro país que reproduzir ocomportamento do UFO há de ser aque-le que governará o planeta". Se publi-cassem o que já sabem, estariam revê-lando "dados vitais a inimigos em po-tencial". ,

Além disso, a Casa Branca, e o Kre-mlin tèm consciência de que a confirma-çào dos UFOs como naves de civiliza-ções estelares interessadas em contatara Terra, seja para dominá-la ou ajudá-laa salvar-se da catástrofe nuclear, provo-caria nos povos o abandono do naciona-lismo e a sua substituição por um senti-mento planetário. Nenhum Governogostaria de confrontar-se com uma talreorientaçào de lealdades.

Como alguns de seus colegas, Bon-darchuk acha que os UFOs tèm múlti-pias origens e propósitos, o que explica-ria a variedade de características dasnaves e de comportamento dos tripu-lantes nos casos em que houve o que elechama de "Inspeção Imediata". Seja co-mo for, mantidas as tendências atuais, ocontato direto se dará até o ano 2000.Em que tipo de cálculo baseia essaprevisão ele não diz. Mas não hesita emafirmar que o contato trará grandesmudanças para a humanidade; e que,provavelmente, elas seráo mais positi-vas do que negativas.

DivindadesMais cauteloso do que os ufólogos,

Erich von Daniken evita as profecias —em particular as que envolvem utopiasmilenaristas — preferindo falar do quejá teria acontecido. Sua hipótese, co-nhecida por 43 milhões de leitores demais de 20 línguas, pode ser resumidaassim:

Em tempos pré-históricos seres deoutros sistemas solares visitaram este

planeta. Ou porque cumprissem umamissão civilizatória ou por puro capri'cho, introduziram modificações genéti-cas nos primitivos habitantes da Terra,provocando neles, a curto prazo, o apa-recimento da Inteligência. Ê possível,ainda, que mais tarde tenham voltadopara verificar os resultados de sua expe-riência. Dessa presença de astronautasem recuadas eras teriam nascido asreligiões e os mitos, tào difundidos, dedeuses que desceram do céu.

Periodicamente von Dâniken deixaseu retiro na Suíça e sai pelo mundo aprocura de provas para a sua hipótese.Dirlge-se de preferência a lugares dis-tantes e exóticos, como a Kiribarti déque fala o título de seu livro mais recen-te: novo nome das Ilhas Gilbert, antigacolônia britânica no meio do Pacífico,hoje uma república independente.

As viagens de von Dâniken em geralsâo rápidas. Em Kiribarti. por exemplo,ele ficou menos de uma semana, temposuficiente apenas para fotografar umaclareira tabu e algumas velhas pedrassupostamente de orientação marítima.Não é material para mais de meia cente-na de páginas, mesmo com o acréscimodo pormenorizado relato das peripéciasvividas pela expedição.

Para completar o Livro, o autor tementão de repisar informações, já ofereci*das em livros anteriores, sobre outrosmonumentos pré-históricos que, pelagrandiosidade e problemas de constru-çáo, só poderiam, ao olhos de Dâniken,ser obra de seres possuidores de tecno-logia muito superior à da época.

Daniken e Bondarchuk têm algo emcomum: começam a abordagem de seustemas apresentando hipóteses, maspaulatinamente vào transformando-asem artigos de fé. Quem deles descrernâo passa de um pobre de imaginação,escravo da lógica e das "quadradas"exigências de prova típicas da posturacientifica. (MP>

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10 n CADERNO B D sábado, 37/8/82 LIVRO JORNAL DO BRASUa

LUGAR PARAO INDIVÍDUO

"Heresias" deum teórico italiano

Roberto Mello

ENFIM,

a subjetivida-de dá o ar de suagraça no marxismo.Pelo menos no terri-

tório ocupado pelo marxistaitaliano Massimo Canevacci,organizador da antologiaDialética do Indivíduo, cujatradução (de Carlos Nelson.Coutinho) acaba de ser pu-blicada pela Editora Brasi-liense (280 páginas, Cr$850).

A subjetividade já nâo éconfundida com "subjetivis-mo pequeno burguês", o que,para o antologiador, repre-sentaria o final de um erro deenormes conseqüências co-metido pela esquerda. Cane-vacci abre lugar para todos,recusa a ortodoxia esterüi-zante, não quer confirmar asua ideologia. Ecumênico,inclui na antologia até "rea-cionários esplêndidos" comoo romancista Honoré de Bal-zac e o filósofo FriedrichNietzsche.

É bem verdade que aindachama Freud de "idealista",mas reconhece a importán-cia da psicanálise como umdos muitos recursos de quese dispõe hoje para a com-preensâo do sujeito humano.Freud comparece com o seutexto sobre Leonardo da Vin-ei, no qual procurou desven-dar a misoginia e o possívelhomossexualismo do artista,as relações entre genialidadee genitalidade.

Nietzsche, ele mesmo,aparece assinando o ensaiono qual xinga o músico Ri-chard Wagner, que começouadmirando. E volta no aindamais conhecido O HomemRevoltado, texto em que oromancista e pensador fran-cês Albert Camus defende-odas simplificações que oapontam ora como um pro-gressista, ora como o precur-sor do nazismo.

Obscurantismo

C. G. Jung, discípulo deFreud, foi acusado pelo mar-xista Herbert Marcuse depertencer à "ala direita" dapsicanálise e de ser criadorde uma "pseudomitologiaobscurantista". Consideran-do que "mais obscurantista écontinuar a ignorá-lo", Cane-vacci traz para o livro suainterpretação de Cristo co-mo arquétipo. "Importantís-sima", observa, "é a explica-ção junguiana da Trindade,ao indagar a razão porque(em vez de Pai-Mãe-Filho) amulher é substituída peloEspírito Santo.

As heresias de Canevaccivão longe. Ele rejeita as inge-nuidades de um dos pais domarxismo, Engels ("dialéticada natureza"). Descreve acrise da subjetividade em-pregando o "método inter-disciplinar". Condena os es-tragos teóricos causados pe-Io húngaro G. Lukács. Expõeos problemas suojetivos dosmilitares comunistas. Recu-sa a simplificadora mediaçãodo Partido como solução dacrise pessoal.

Canevacci antecede cadatexto de uma breve apresen-tação, situando-o teórica ehistoricamente. Seu objetivo

é modesto, quer apenas co-meçar a descrever a históriada subjetividade, que ele dl-vide em várias fases. A pri-meira, mitlca, é a da lutaentre a repressão dos instin-tos e o desenvolvimento dacivilização, a do mito das ori-gens, a de Cronos, o pai quedevorava os filhos. Vem aseguir a greco-cristà, a doherói libertador, de Orfeu, deNarciso, de Dioníslo, a dotema das drogas.

Terceira fase é a feudal,na qual se registra a destrui-ção da heresia-utopia sobre arealização terrena da fellci-dade (Frei Dolcino, o iguali-tário). A fase burguesa —com seus momentos de aflr-mação, restauração e deca-dência — é a do Renascimen-to, da Reforma, da arte e daética protestantes, a de Bal-zac e também a de Hitler.Vem finalmente a fase dasalternativas possíveis, fun-dadas sobre o ideal de auto-nomia individual e de classe.

Manipulação

Canevacci ilustra o temada subjetividade com perso-nagens da literatura e do ei-nema. Um deles é Birotteau,típico indivíduo burguês re-tratado em A Comédia Hu-mana, obra cíclica na qualBalzac mostrou a ascensãoda burguesia francesa de1816 a 1848. Outro é Robin-son Crusoé, do inglês Defoe,que na opinião de R. Hymerdescreve, através da aventu-ra do seu herói, o capitalismo"desde a fase corsário-mercantil até a definição deuma estratégia imperia-lista".

Os apreciadores de cine-ma certamente gostarão dotexto de Krakaucer, CinemaAlemão de Caligari a Hitler.Krakaucer, primo de Theo-dor Adorno, foi seu compa-nheiro na aventura intelec-tual que ficou conhecida co-mo escola filosófica deFrankfurt. Em seu ensaio,ele mostra a requintada ma-nipulaçáo de um filme, O Ga-binete do Dr naligari, comolavagem Cerebral que serviua interesses totalitários.

Haveria no mundo de ho-je um novo tipo de subjetivi-dade? Canevacci acreditaque sim. Ela se manifestariano operário Dozzo, que escre-veu um diário de sua luta nosanos 50, como militante doPCI e empregado da Fiat,demitido por abandono deposto e injurias a um vigilan-te. Dozzo ilustraria o fim daera do operário especializadoe o começo do operário-massa, sem criatividade.

Outros exemplos alinha-dos pelo autor sào Fiu, vaga-bundo que narra sua vidacom prostitutas, ladrões eex-presidiários, anunciandoo aparecimento do lumpenmarginalizado, a quem foinegada a dignidade de pes-soa; e Martinelli, que gravasua entrevista num filme so-bre a loucura. Nas lutas decada um, por menos slgnifi-cativas que pareçam, Cane-vacci vè a emergência das"primeiras formas embrioná-rias de outras relações hu-manas".

mROMANCE

A geração hoje na casa dos25 anos é o tema do romance Váà Luta, de Roberto Amado(Edições LR, 144 páginas), queconta duas histórias paralelas:a do marginal Marivaldo e a deum jovem da classe média ur-bana.

CONTOSO maranhense Lucas Baldez

estréia com A outra Face daIlha (Fundação Cultural do Ma-ranhão, 112 páginas), contos so-bre humildes habitantes de SãoLuís.

JUVENIL

B§|f ^' M

Lêdò Ivo

CIRCULOVICIOSO

O romancedos golpes

UMA

história em dois pia-nos — a de uma conspira-ção militar e a dos desen-ganos de vida do jovem

Artur, parente próximo do militarque domina a vida política do país —eis o que Ledo Ivo conta em O Sobri-nho do General, romance lançadoem 1964 tentào o seu 20" livro, oquarto de ficção) e agora reeditadopela Record (140 paginas, CrS 590).Para o autor, no entanto, o persona-gem principal do livro é o Brasil,"pais à procura dp si mesmo, pelocaminho dos golpes, e das revoluçõessucessivas".

Poeta, romancista, contista, en-saista, tradutor (acaba de vir a públi-co uma nova edição de sua traduçãodas obras principais de Arthur Rim-baud). o alagoano Ledo Ivo, 58 anos,35 livros publicados, constrói o seuromance delineando amplamente aalienação dos personagens. O gene-ral Martagáo, que manda em tudo eem todos, é completamente alheio ârealidade dos fatos. Seu sobrinho Ar-thur, que vive apenas para seu man-dado, não tem o menor domínio so-bre aquilo que o cerca, no emprego,no lar. na esfera das afeições, e atra-vessa o livro preocupado com ummistério que nunca chega a decifrar.A bailarina Elisa, que tenta um ho-mlcidio, mira a pessoa errada, semcontudo atingi-la. A noiva Raquel èIncapaz de decidir algo tão simplescomo levar ou não levar para a ceri-mônia de seu casamento — que afl-nal náo ocorre — um ramo de orqul-deas brancas.

Assim vão-se movimentando ospersonagens. Conjecturando sobrecoisas que nâo sao, enquanto se su-cedem as coisas reais, os aconteci-mentos econômicos, sociais e políti-cos. As màos paternalísticas do gene-ral dão a impressão de reger toda aorquestra. A verdade, porem, é outra.Ele não sabe sequer o que ocorre emsua casa. ignora o que acontece aosobrinho, e de um modo geral racio-cina a partir de premissas errôneas.Ê nesse clima indeciso que Arthursofre o quase atentado, escapandodos tiros que a bailarina Elisa lhe dáà queima-roupa, mas por engano.

Para variar, o engano náo é escla-recido. Arthur perde noiva, casa eprofissão, mas mantém a função demarionete. Apesar do impulso lni-ciai, nâo consegue descobrir os moti-vos do comportamento de Elisa. Equando aparece a oportunidade deencontrar a chave, desiste, num ges-to que parece perpetuar a sua conti-nua alienação, Como um coroamen-to do longo contraponto, nesse mo-mento os tanques comandados porseu tio cercam o Palácio do Catete.Tal qual a alienação sem fim deArthur, o circulo vicioso da troca depoder continua intacto. (DB)

Filho de um casal separado,um jovem encontra-se com opai, muitos anos depois de tê-lovisto pela última vez. Este ê oponto de partida de Um Filmena Barriga do Panda (EditoraBrasiliense, 96 páginas), novelajuvenil — com muitas aventu-ras — de Odette de Barros IMAGEMMott.

programa da Rádio Ministérioda Educação.POESIA

Em Memória do Tempo (Edi-tora Padrão, 204 páginas) Wal-demar Lopes reúne quatro li-vros de poesia anteriormentepublicados. Apresentação deAurélio Buarque de Holanda eAntônio Carlos Villaça. Estadode Alerta, de Luiz de Miranda(Editora Movimento, 78 pági-nas), é uma coletânea de poe-mas sobre temas atuais, ínclu-sive políticos.

FOSSAAs aventuras e desventuras

de uma dona-de-casa sáo o te-ma de A Grama Sempre CresceMais Verde em Cima da Fossa(Editora Record, 212 páginas,Cr$ 890), da humorista ErmaBombeck. O livro já vendeumais de 3 milhões de exempla-res nos EUA.

CRÔNICASDe Cecília Meireles, reedita-

se, agora com o titulo de Hu-soes do Mundo (Editora NovaFronteira, 130 páginas), o con-junto de crônicas que ela escre-veu entre 1961 e 1963 para um

Alternando textos e dese-nhos típicos das histórias emquadrinhos. Oh Linda Imagemde Mulher (Editora Brasiliense,80 páginas, Cr$ 650), de RosiskaDarcy de Oliveira, Carmen daSilva e Mariska Ribeiro, fala damulher atual em procura de suaidentidade.

HUMOREm tiradas curtas e de efeito,

Jülio Camargo faz o leitor rir epensar sobre o lado tragicòmi-co da vida em A Arte de Sofis-mar (Editora Cátedra, 88 pá-ginas).

HISTÓRIAA série de volumes de bolso

de Tudo É História, da EditoraBrasiliense, tem três novos títu-los lançados: O Egito Antigo,de Ciro Flamarion Cardoso; Re-volução Cubana de José Martia Fidei Castro, de AbelardoBlanco e Carlos A. Doria, e OImigrante e a Pequena Proprie-dade, de Maria Thereza SchorerPetrone.

PATRIMÔNIOReunindo fotos e informa-

ções sobre cada monumentotombado, Oswaldo Câmara deSouza publica um oportunoAcervo do Patrimônio Históri-co e Artístico do Rio Grande doNorte (Edição do autor, 428 pa-ginas).

RACISMOO problema racial dentro da

sociedade brasileira é tratadopor Carlos Hasenbalg em Lugar

de Negro (Editora Marco Zero,116 páginas), ensaio publicadoem livro de bolso.

BIOGRAFIA

Publicado nos anos 30, é ree-ditado Bolívar (Revista Conti-nente Editora, 466 páginas), doprofessor Silvio Júlio. O livrotrata da vida e das idéias domais destacado lider dos movi-mentos de independência daAmerica Hispânica. LeonardoBoff, teólogo franciscano, re-conta a a vida e reexpòe asidéias do fundador de sua or-dem religosa em São Franciscode Assis, Ternura e Vigor (Edi-tora Vozes, 200 páginas, Cr$500).

OPRESSÃO

Também de sindicatos brasi-leiros, mas a partir do início dosanos 70, fala José Álvaro Moisésem Lições de Liberdade eOpressão (Editora Paz e Terra;245 páginas. Cr$ 830). O autorensina na Universidade de SâoPaulo.

ALIENAÇÃO

Um velho problema propôs-to pela filosofia do século XIX é

LUGAR PARAAS MULHERES

Trabalho femininode 1850 a 1950

A*"*"**José Veríssimo

MODERNOEM 1916

Veríssimoainda atual

UBLICADA pela primeiravez em 1916, ano da mortedo autor, e em seguida ape-nas duas vezes reeditada, a

História da Literal ura Brasileira, deJosé Veríssimo, integra agora a Bi-blioteca Básica Brasileira da Editorada Universidade de Brasília (289 pá-ginas), coleção destinada a tomaracessíveis aos estudantes universitâ-rios obras fundamentais para a com-preensâo da realidade nacional emdiversas áreas.

Durante muitos anos, ao lado daHistória da Literatura Brasileira, deSílvio Romero. publicada em fins doséculo XIX. e da Pequena História,de Ronald de Carvalho, lançada em1919. o livro do paraense Veríssimo(nascido em 1857» foi uma fonte a quetiveram de recorrer obrigatoriamen-te os professores e estudantes denossa literatura. Mais recentemente,outras obras vieram suprir pelo me-nos em parte a antiga deficiência,mas nem por isso Veríssimo foi postode lado. Ele ainda pode ser lido eestudado com proveito.

Os defeitos de José Veríssimo en-quanto critico náo sáo poucos, e elemesmo — como homem modesto ede grande honestidade que era — foisempre o primeiro a reconhecé-los.Mas as suas qualidades positivastambém saltam à vista. Antes demais nada, ele nào tinha a ligeirezacomum à maioria dos críticos daépoca, antes de passar as suas Idéiaspara o papel, lançava-se à pesquisacom um raro senso de responsabili-dade, e se errava ao ajuizar náo eraporque houvesse deixado de esgotaras suas possibilidades, mas pela ca-rência dos Instrumentos com que 11-dava,

Ele se distinguia também pela au-sência de passionallsmo, o motivomais freqüente dos erros, por vezescrassos, de Sílvio Romero. Recusan-do o envolvimento pessoal nos seusjulgamentos, procurou na medida dopossível baseá-los nos conceitos da-quilo que era o mais avançado co-nhecimento critico de seu tempo. Epor isso, como afirma Wilson Martinsnum estudo de 1952, lembrado noprefácio do volume, disse singela-mente "há longos anos a maior partedas coisas que hoje orgulhosamenteavançamos como novidade".

Sério, equilibrado e elegante, JoséVeríssimo foi moderno em seus crite-rios e freqüentemente mais agudo emais Justo nas suas conclusões doque Silvio Romero, com quem lnevi-tavelmente tinha de ser confrontado.Como prova, basta ver o tratamentoque cada um deu a Machado deAssis: Sílvio mal reconhecendo nelealgum mérito, Veríssimo declarando-o, desde logo, "o maior dos nossosescritores". (MP)

Ingrid Sarti

INFANTIS

e predomi-nantemente femininosforam os primeiros bra-ços recrutados pelas fá-

bricas brasileiras, no iníciodo processo de industrializa-ção do século passado. Mas,pergunta Maria Valério Ju-nho Pena em Mulheres eTrabalhadoras (Editora Paze Terra; 228 páginas, CrS750), qual a lógica do movi-mento em que o capitalismoa princípio incorpora a mu-lher à fábrica para logo subs-tituí-la pela mão-de-obra mi-grante e estrangeira, remen-tendo-a ao universo domésti-co e deixando ao homem aherança de um padrão sala-rial miserável?

Em sua pesquisa a autoraexamina esse duplo movi-mento, "tendo por base asrelações entre a organizaçãodo trabalho na indústria e aorganização entre os sexosna família, onde a rigor essesse definem e onde o trabalhoreprodutivo e doméstico éconsiderado trabalho femini-no". Porque, afirma, "se otrabalho da mulher na famí-lia serve ao capital, antes demais nada ele serve aohomem".

Mulheres e Trabalhado-ras é, assim, o resultado deuma incursão no terreno dasubordinação da mulher emseus diferentes graus e for-mas. Superando seus pró-prios objetivos, a autora re-cria o processo de constru-ção da identidade femininaatravés da história da classeoperária no Brasil.

PaixãoA trajetória que Maria

Valéria descreve ê sob mui-tos aspectos fascinante. Elaalcança por diversos ângulosa relação da mulher traba-lhadora com o Poder — eco-nômico, político, masculino.

Sua narração acerca daorganização do trabalho noperíodo 1850/1950 é contidadentro dos parâmetros estri-tamente científicos que ca-racterizam a sociologia. Masé com paixão, e até desespe-ro, que ela mostra "o outrolado" da teoria, da história eda sociedade que a mulherocupa.

Não se trata de uma ten-tativa de inovar, situando opapel da mulher na lógica daecononomia política que ex-plica a organização do traba-lho. A autora quer mais doque preencher lacunas dei-xadas por cientistas sociais.Em busca do que é específicoda mulher, resgata o femini-no na constituição do siste-ma fabril, qualificando a re-lação de dominação classis-ta-sexista. E consegue por-que, ao contrário do que setem feito, privilegia o pa-triarcalismo como relaçãosocial que se perpetua na di-nâmica de outra relação so-ciai básica, a do capital.

Para a autora, sem ter si-do gerado pelo capitalismo,o patriarcalismo foi por eleutilizado e reforçado, incor-porado mesmo à sua própriadinâmica. No entender deMaria Valéria, o erro da tra-

diçáo marxista, que via En-gels concedeu à opressão fe-mlnina o status de um pro-blema analítico relacionadoàs formas de organizaçárrfa-miliar e à divisão sexual dotrabalho, consiste justamen-te na suposição de que a In-corporação da mulher ãomercado como assalariadaminaria as bases da opressãona família.

Ao desprezar a Importán-cia do trabalho domésticopara a acumulação e nàoconferir atenção sistemáticaà família como local de re-produçáo da força de traba-lho, a tradição marxista dei-xou de analisar convincente-mente o próprio patriarcalls-mo no capitalismo. A autoraenfatiza a importância de seperceber que "tanto o traba-lho doméstico quanto suà(da mulher) fertilidade cons-tituem mecanismos de ope-ração de reprodução da forçade trabalho e das relaçõessociais".

Portanto, o que a teoriadeixou de lado, segundo Ma-ria Valéria, foi a realidade dadupla subordinação da mu-lher, nâo somente como .for-ça de trabalho utilizada pararebaixar salários, mas tam-bém através do seu trabalhona esfera doméstica como fa-tor de reprodução de umanova geração de força de tra-balho. —»**

Identidade

A união teórica do capita-lismo com o patriarcalismoé, para a autora, a fórmulaque permite apreender essefenômeno da composição eorganização da classe traba-lhadora. "É da relação pa-triarcal que o homem emer-ge como principal ganhadordo pão familiar, a mulher co-mo uma trabalhadora com-plementar e a reprodução dafamília como seu principal enatural campo de ativí-dades".

É também no patriarca-lismo — enquanto relaçãosocial de reprodução, organi-zada na família e designandoà mulher o trabalho reprodu-tivo — que se constrói a iden-tidade feminina. A mesmaidentidade que determinaráo movimento de seu trabalhoe que lhe permitirá aceitacoseu papel de reprodutora co-mo natural. "O trabalho,tanto quanto o corpo, consti-tui para a mulher a expres-são de sua sexualidade sub-jugada".

Os efeitos dessa uniáo en-tre patriarcalismo e capita-lismo fluem na análise daorganização do trabalho esua regulamentação pelo Es-tado, em todo o período con-siderado no estudo.

Ativa na casa, no traba-lho e na política, a problema-tica da subordinação da mu-lher nào foi uma questão in-corporada pelo movimentooperário. "As mulheres-pre-feriram não antagonizar -oshomens de sua classe", umaclasse dividida pelo sexo*.-

Nem passivas nem herói-cas — trabalhadoras — sãoestas as mulheres de MariaValéria.

"*T""*C

estudado por Laymert G. dosSantos em Alienação e Capita-lismo (Editora Brasiliense, 98páginas), volume da série Pri-meiros Vôos. Professor da Uni-camp, o autor explica o que é"alienação" em Hegel, Feuer-bach e Marx.

SINDICATOSProfessor da Universidade

de São Paulo, Azis Simào trataem Sindicato e Estado (EditoraÁtica; 228 páginas, Cr$ 900). daformação da indústria e do ope-rariado brasileiro do final doséculo passado ate 1930. Sendooriginalmente uma tese e co-nhecido muito antes de ser pu-blicado, Sindicato e Estado éconsiderado um livro básico so-bre o assunto no Brasil.

¦H

Jean Poirier (Editora Cultrix, ti96 páginas), estuda as princi- :pais etapas históricas do pensa- Imento etnológico. Poirier é pro- .. ¦fessor da Universidade de Nice, |ifna França. $§1

ECONOMIA

Emane Galvêas, Carlos Ge-raldo Langoni, Alexandre Kaí-ka, Carlos Brandão, OtávioGouveia de Bulhões, Paulo Re-bello de Castro são alguns dosautores que colaboram no volu-me VI de Diagnósticos APEC(Editora APEC; 284 páginas,CrS 6 mil), que tem como temacentral a política de estabiliza-ção. Texto em português e in-glès; volume encadernado.

PROFISSÕES

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'-'im&*?,

ETNOLOGIA

A palavra "etnologia" nas-ceu em 1787; o termo "etnogra-fia" é um pouco posterior, datade 1810. Estes dois vocábulostinham acepções diferentes dasque lhe sào atribuídas hoje,mas o nascimento do pensa-mento etnológico precede demuito a terminologia especifi-ca. História da Etnologia, de

Em dois volumes, o Dicioná-rio das Profissões (Centro deIntegração Empresa-Escola, '1034 páginas) apresenta infor-.mações úteis sobre 341 habilita-,;ções (190 de nível superior e 151do 2o grau), com histórico, re~»f|quisitos pessoais indispensá-"veis, campos de atuação,curriculum mínimo, especiali- WÊzaçòes e bibliografia de cônsul-ta para cada uma. É obra pro-duzida pela equipe técnica doCIEE. *g4

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JORNAL DO BRASIL

0 AVLIVRO sábado, 27/2/88 n CADERNO Bou

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DOS JOVENSREBELDES DE 68

Sempre surpreendente, Rimbaudainda comporta reedições

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-ctLVENTUREIRO e poeta em igualmedida, Jean-Nlcolas ArthurRimbaud escreveu em versos li-vres antes que o verso livre fosse

adotado por outros autores franceses. Mlsti-co, passou para suas Iluminações (agorareeditadas no Brasil pela Francisco Alves,juntamente com Uma Temporada no Infer-no, em tradução de Ledo Ivo; 152 páginas,Cf$'B00) espantosas visões do nada. Criadorde obras-primas antes de completar 18 anos,arrancou o poeta Verlaine dos braços damulher e o arrastou pela Europa afora, numaaventura por todos os títulos trágica.„..Traficante de armas na Somália, depoisde. ter sido preceptor dos filhos de um médl-co alemáo de Stuttgart e mercenário doexército holandês, Rimbaud morreu em 1891(nasceu em outubro de 1854) no hospital LaÇonception, de Marselha, de câncer genera-llzado. Desde logo foi considerado um gênio.Hoje, mais do que isso, é tido como umaespécie de precursor da juventude rebeldedos anos 60. E continua suficientementeperturbador para Justificar reedições nàomulto espaçadas de suas obras.

Precocidade"Dos seus antepassados gauleses, Rim-

baud herdou os olhos azuis, a fronte estreitae^também a falta de jeito na luta," informa-se. na introdução a Uma Temporada noInferno. Inovador, embora se abeberassenaç fontes da tradição literária francesa, elecomeçou a surpreender, pela precocidade,quando ainda freqüentava o colégio de suacidade natal, Charleville, nas Ardenas, re-gião-da França próxima à fronteira alemã.¦z. Tinha então 16 anos. A conselho doprofessor George Izambar, reuniu algunspoemas e enviou-os, sem muitas esperanças,para a redação da revista Le Parnasse Con-temporain. Os poemas foram aceitos e pu-blícados. Começava, assim, a sua carreira depoeta.

Pouco tempo depois, Arthur fugia decasa e dirigia-se a Paris, a fim de assistir àqueda de Napoleão III, que de ditador passa-ra a imperador. Começava assim a sua car-reira de andarilho. Tào ligada e ao mesmotempo tão distante da de poeta que mesmoos mais rigorosos críticos não sabem comoresolver o enigma. Émlle Roulet, por exem-pio. escreveu em Le premier visage de Rim-baud, no qual estudou os seus poemas ado-lescentes:-¦-«Nào consegui encontrar um sistemaqUe unifique essa diversidade tão corrosiva,que«xplique os poemas de juventude, UmaTemporada no Inferno e As Iluminações, e,simultaneamente, as fugas de Charleville, asexplorações e o tráfico no deserto, o orgulhoe o desprezo por si mesmo, mas também avMêhcla, as palavras e o silêncio".'"Vagabundando

sempre mas, apesar detudo. lendo os seus autores preferidos —Rebelais. Rousseau. Victor Hugo — Rim-baud ficou deslumbrado quando descobriu apoesia de Verlaine. para quem mandou ai-

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ILHÉUSi: ONTEMf E HOJE

Os que falaram daVila de São Jorge

t}jU31 C'centenário de Ilhéus, comemora-do em 1981, ensejou a FernandoSales a coordenação de uma an-tologia sobre aquela cidade baia-

na. Reunindo textos de Padre Manoel daNôbrega. Pero de Magalhães Gândavo, Se-bastião da Rocha Pita, José de Santa RitaBufáb, Spix e Martiüs, Francisco Adolfo deVarnhagen, Jorge Amado, Adonias Filho eoutros autores, Memória de Ilhéus (EdiçõesGRD, 190 páginas) é uma viagem por quatro¦séculos através da vila de Sào Jorge dosIlhéus, criada por volta de 1536.

Apesar de nâo se ter notícia exata do diada instalação da vila, sabe-se que foi Fran-cisco Romero quem a fundou, como capitalda Capitania de Jorge Francisco Corrêa. Aterra'sofreu ataque dos franceses e holande-ses e foi elevada à categoria de cidade a 28 dejunho de 1881. Marcada pela exploraçãoextrativa de suas madeiras, pelo cultivo dacana e, mais recentemente, pelo cultivo docacau. Ilhéus é uma cidade de praias, igrejase algum turismo. Fernando Sales, na intro-duçáo, faz um rápido serviço turístico decomo se chegar lã, onde se hospedar e o quever.

No século XVI, falaram de Ilhéus PadreManoel da Nôbrega, Pero de MagalhãesGândavo, Gabriel Soares de Souza, o PadreFemáo Cardim e Anthony Knivete. Marcamesses, textos a preocupação religiosa da con-versão dos habitantes da cidade, o assombrocom a beleza da terra, os costumes dosÍndios. Frei Vicente do Salvador, Padre Si-máo-de Vasconcelos e Sebastião da RochaPita continuam no século seguinte a escre-

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Rimbaud: o gênio inseparável do vícioguns dos seus escritos. Assim, naquele anode 1871, formava-se uma amizade que seriamarcada pelo escândalo e que teria reper-cussôes duradouras.

Seguindo Rimbaud em suas treslouca-das viagens pelo interior da França, Bélgicae Inglaterra, Verlaine acabaria por adoecer.E enquanto ficava preso ao leito Rimbaudescreveria Uma Temporada no Inferno, quemandaria editar por conta própria. Mas, náopagando o trabalho do editor, este recolheuos exemplares ja distribuídos e desta formao livro seria dado como desaparecido até1901.

MistérioDesesperado, Verlaine acabou por atirar

em Rimbaud. Em conseqüência foi encarce-rado e, na prisão, converteu-se ao catollcis-mo. Rimbaud continuou a viajar; e entreuma pousada e outra, escreveu As Ilumina-çôes. Mas a partir desse livro o andarilhovenceu definitivamente o poeta. Rimbaudnâo produziu mais nada.

Aceitou um emprego na Casa Bardey.em Aden (Arábia Sauditai, e de lã embarcoupara a Ibissinia — onde viveu misteriosa-

ver a história de Ilhéus, a levantar suageografia.

Frei Antônio de Santa Maria Jaboatáo.José de Santa Rita Durão e Luís dos SantosVilhena falam — no século XVIII — daabundância e fertilidade de Ilhéus, que, pelopoema Caramuru, de Santa Rita Durão,começa a aparecer como assunto literário.

O século XIX traz o levantamento maisprecioso de sua zoologia, mlneralogla, topo-grafia. Aires do Casal, Baltasar da SilvaLisboa, Robert Southey, Maximiliano iprln-cipe de Wied-Nieuwiedi, Spix e Martius, Fer-dinand Denls, Charles Expilly, Daniel Kid-der, Francisco Adolfo de Varnhagen, RobertAvé-Lallemant, Durval Vieira de Aguiar, HHanderlmann, Charles Frederlck Hartt eFrancisco Vicente Viana são os autores esco-lhidos; enquanto o século atual está repre-sentado J F de Almeida Prado.

Da Descoberta e Colonização à luta pelaterra entre índios, portugueses e outros es-trangeiros; do coronelismo às leis da civiliza-ção de cavau; com depoimentos de váriasfontes. Memórias de Ilhéus é um painelhistórico e geográfico, útil ao estudioso eagradável pelas pitadas literárias que inclui.(DB)

TODOSFOMOSCRUÉIS

É muito forte osadismo infantil

DISPOSTOS

a lembrar a desagra-dável verdade de que o "coração-zinho bom da criancinha" náo étào bom assim — afinal, ela vive

no mundo dos homens — vários artistas,psicólogos, educadores, médicos, estudantese críticos se reuniram, sob a coordenação daeducadora Fanny Abramovich, e cada umescreveu um conto, um depoimento, umfragmento de memória, enfim, algo que mos-trasse como a criança absorve e devolve aviolência que a cerca.

O resultado desse mutirão e o volume OSadismo de Nossa Infância, antologia que aSummus Editorial está lançando < 160 págl-nas, Cr$ 500). O livro agrupa 14 textos. Emum deles, o diretor de teatro Francisco Me-deiros mostra como podem ser infernais osjogos para um dia de chuva A escritoraSylvla Orthof lembra-se da peste que foi,sem que por isso deixe de sentir saudadesdos seus oito anos A neuropediatra MariaJoaqulna Marques Dias recorda a mortecruel de uma galinha, a educadora Vivina deAssis Viana lembra seus tempos de interna-to em Sâo Joáo del-Rei, na década de 50

Tacus, ilustradoi é íiccionista, ê responsavel por um dos melhores momentos dolivro o conto Coisa Mais Fofa que narra ahistória de Ana Paula, garotinha de oito

mente e de onde só voltou para morrer. Acabeceira da cama, sua irmã Isabelle, ten-tando até o último suspiro convencer Arthur— e depois o mundo — de que ele, o blasfe--mador lncorriglvel. sempre fora católico.

Rebelde e Inconformado com o sistemasocial e os padróes morais do Ocidente,cultor dos sentidos e da vida sem freios.Rimbaud acreditava na necessidade de umalinguagem nova. adequada à transmissãodesse mundo de sensações a ser conquistadopelo homem. Em carta ao professor Izam-bard escreveu certa vez: "Trata-se de atingiro desconhecido pelo desenvolvimento detodos os sentidos. Os sofrimentos sáo enor-mes. mas ê preciso ser forte, ter nascidopoeta, e eu me reconheço poeta".Foi vivendo intensamente os seus 37anos de existência — mais do que soltandoas asas do seu gênio poético — que ArthurRimbaud deu testemunho de acreditar comfirmeza naquilo que proclamava Por Isso,ele foi, apesar de sua posição ambígua emrelação a literatura, um mestre de gerações.Nào sâo poucos os autores deste século queconfessaram ter aprendido com ele a com-preender a vida e transformá-la em poesia(Vivian Wyler)

anos, colsinha mais encantadora deste pia-neta. Transformada em estrela da TV, figuramágica capaz de vender qualquer produtoque anunciasse, acaba quase assassinando amãe, pondo formlcida na panela.

O artista plástico Valdir Sarubbl compa-rece com o conto Passarinhada, onde tratade sua vivência com crianças. O cenógrafoNaum Alvez de Souza enumera Idéias deCoisas Para Se Fazer e Meios de DefesaContra as Conseqüências e a Consciência,ou seja, como espetar formiga com um palitopara fazer catavento, ou comentar em reu-niâo de parentes coisas que Jamais devemser faladas, como. por exemplo, o que a mâedisse da cunhada.

O dramaturgo lio Krugll relembra suaInfância em Cianureto Mata? — conto quedefine como "caleidoscópio". A estudante deJornalismo Cecília Luedemann também re-lembra sua infância, com as Implicâncias deuma tia e a vingança que ela e as irmãsfizeram, ateando fogo ao vestido de noiva dareferida tia, que por sinal náo se casou.

Pai de quatro filhos, Jacy Pasternak trazde volta suas duas tias Paulinas, uma gordae outra magra, e confessa o quanto sofreramnas máos do sobrinho moleque que foi. Já opsicólogo Norberto Abreu e Silva Neto per-gunta-se pelos heróis e constata como desdecriança aprendemos a ser bandidos. O críti-co literário Antônio Dimas faz uma análiseda dupla Jucá e Chico, criação do pintor epoeta alemão Wilheim Busch, cujas peralti-ces foram traduzidas por Olavo Bilac. sob opseudônimo de Fantasio.

A educadora Fanny Abramovich, alémde coordenar o volume, comparece com PorNocaute ou Uma Pedagogia da Crueldade,texto no qual narra uma luta : entre DDalva, professora de 4" série, peso-pesado, eChiquinho, aluno da mesma 4" série, peso-mosca. Em 15 rounds eles se digladiam, comChiquinho terminando nocaute e a pedago-gia da crueldade triunfante. Sem lembrarnada, o psiquiatra Antônio Carlos Cesarinocomenta as crianças tidas como "abacaxis",relacionando agressividade delas com oscontos e aspectos abordados na antologia.

O livro, que traz ainda auto-apresenta-ções de cada colaborador, faz parte da Cole-ção Novas Buscas em Educação, e é um bomponto de partida para se pensar sobre nos-sos processos educacionais. (Danusia Bar-bara)

Arquivo

FanmAbi amo

viohcrueldade

revelada

Wilson Martins

O ROMANCEDE CANUDOS

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LOUVADO

seja o Bom JesusConselneiro! Depois de havermotivado uma obra-primacomo Os Sertões, sugeriu a

obra-prima de Mario Vargas Llosa (LaGuerra dei Fln dei Mundo. Barcelona:Seix Barrai, 1981). É verdade que esteúltimo se inspirou multo mais em Eu-clldes da Cunha do que em AntônioConselheiro, cujo último milagre, en-tretanto, consistiu em fazê-lo escrevereSSe texto, que * "m mr-fl-nn nn

a*õ pleno da palavra, a partir deum ensaio sociológico; um livro queJamais poderia ter existido se Os Ser-toes náo o precedessem e que é umacriação intelectual da mais absolutaautonomia e extraordinário poder In-ventlvo; o milagre de fazer com queMario Vargas Llosa encontrasse numatragédia brasileira, obscura para o res-to do mundo, o ponto de partida paraa sua melhor obra, melhor, enquantonarrativa romanesca estruturada semfalhas e sem nenhum momento "mor-to" que todas as que tomam por objetoo seu próprio país. Nâo ê, de resto,diga-se de passagem, o primeiro livrode ficção em língua espanhola lnfluen-ciado por Euclides da Cunha: confor-me demonstrou conclustvamente Mal-colm. A. Compitello, Os Sertões foramo modelo estilístico de Juan Benetpara certas passagens de Volverás aRegion (1967), romance da guerra civilespanhola, texto, aliás, inteiramentediverso (cf. "Region's Brazillan bac-klands: the link between Volverás aRegion and Euclides da Cunha's OsSertões". Hispanic Journal, 1:2,Spring 1980, p. 25-45).

Outro milagre pelo qual o BomJesus Conselheiro deve ser para sem-pre louvado foi salvar Vargas Llosa dafalácia ideológica, permitindo-lhe per-ceber. com seguro instinto de roman-cista, que o episódio de Canudos náofoi um capitulo paradigmático do in-findãvel romance marxista da "revoltacamponesa". Ele viu claro onde nume-rosos brasileiros apenas conseguiramaumentar os equívocos e multiplicaras explicações fantasistas. muito em-bora tenha sido um brasileiro — louve-mos para sempre o Bom Jesus! — oprimeiro e, certamente, único, àquelaaltura, a ver claro desde o seu contactocom a realidade.Mas, ai de nós!passaram a vercada vez menosclaro os brasilel-ros que se segui-ram. a ponto dehaver, em nossosdias, quem afir-masse que o livrode Euclides daCunha ê umaobra de ficção!Náo houve ape-nas quem o afir-masse: houvetambém quem orepetisse. Sè-lo-â,na exata medidaem que Canudosfoi uma ficçãohistórica; contu-do. havia no epi-sódio a substàn-cia, não de um,mas de váriosgrandes romances — que nenhum bra-sileiro jamais escreveu, assim comonenhum brasileiro jamais sequerigualou Os Sertões no plano da cria-çáo estilística e argúcia psicológica.Canudos nâo é uma história, diz acerta altura o jornalista miope pormeio do qual Vargas Llosa esconjuroudo seu livro e, mais ainda, do seuespírito, o fantasma de Euclides daCunha."mas uma árvore de histórias".

Para o romancista peruano, o pro-blema insolúvel era libertar-se de Eu-clides da Cunha sem, contudo, ignora-Io (o que, de qualquer maneira, seriaimpossível). Para esse problema lnso-lúvel. ele encontrou a solução do desa-fio, que era competir com ele, escre-vendo, no plano da ficção, a obra-prima literária que se situasse na mes-ma cota de qualidade. Era precisoestabelecer no ponto de partida a ho-mogeneidade psicológica com o assun-to e, por isso mesmo, com o povobrasileiro, enfrentando as mesmas difi-culdades de desnivelamento históricoe sociológico que Euclides da Cunhahavia sabido superar, a que. no caso,se acrescia mais uma: a de se Integrarnuma civilização e numa língua dlfe-rentes das suas. Em Canudos, Eucli-des da Cunha viu o conflito de duassociedades separadas por séculos noprocesso civilizatõrio: os jagunçoseram alienados aos olhos do Governocentral, mas este último era alienadonas perspectivas dos jagunços. Contu-do, os dois grupos náo só se comunica-vam. antes do conflito, como se utiliza-vam mutuamente dos respectivospréstimos, isto ê, conviviam, apesardas aparências, sem obstáculos maio-res. Esse é um aspecto geralmenteignorado ou sobre o qual se faz conve-niente silêncio, mas que explica, emgrande parte, as suspeitas de ordempolítica que desde o princípio foram,por um lado, a racionalização das su-cessivas derrotas militares e, por ou-tro, a explicação laica e republicanapara um simples fenômeno de fanatis-mo religioso que o Brasil ilustrado nosfinais do século positivo por excelên-cia se recusava por instinto a admitir.Mario Vargas Llosa soube, nâo apenasidentificar esse processo, mas tratá-locom soberbo talento enquanto mate-ria de romance, propondo, aliás, nafigura do frenólogo (muito mais assi-milado ou assemelhado a Euclides daCunha que o Jornalista miope!) o Cutitraste satírico e dramático para ascrendices científicas da época.

Atacados e destruídos sob o pretex-to verossímil aos olhos da opinião pú-blica de serem "monarquistas" tra-mando a restauração, a verdade é que,antes do conflito, nâo houve "republi-canos" mais modelares do que os Ja-gunços de Antônio Conselheiro. É cer-to que talavam fazendas, depredavampropriedades e cometiam desordens:"toda sorte de tropelias eram permiti-das", escreve Euclidps da Pnnhp^ps—de que aumentassem o patrimônio dagrel". Mas, muitas vezes, aduzia, "diz otestemunho unânime da populaçãosertaneja, tais expedições eram sugeri-das por intuito diverso. Alguns fiéisabastados tinham veleidades politi-cas. Sobrevinha a quadra eleitoral. Osgrandes conquistadores das urnasque, a exemplo de milhares de com-parsas disseminados neste país, trans-formam a fantasia do sufrágio univer-sal na clava de Hércules da nossadignidade, apelavam para o Conse-lheiro. Canudos fazia-se, entáo, provi-soriamente, o quartel das guardas pre-torianas dos Capangas, que de lá par-tiam, trilhando rumos prefixos, parareforçarem, a pau e a tiro, a soberaniapopular, expressa na imbecilidadetriunfante de um regulo qualquer; epara o estraçoamento das atas; e paraas mazorcas periódicas que a lei mar-ca, denomlnando-as "eleições", eufe-mismo que é entre nós o mais vivotraço das ousadias da linguagem. Anossa civilização de empréstimo arre-gimentava, como sempre o fez, o ban-dltismo sertanejo". Essas "arranca-das" serviram de manobras militarespara a luta que se seguiu, acrescentan-do um elemento de Ironia e complexi-dade ao quadro das realidades empresença. Que Euclides da Cunha ocompreendesse quando todos ao redorsimplificavam o problema em termosmaniquelstas, Já é de maravilhar; masque Vargas Llosa o haja igualmentepercebido, ê certo que guiado pelasegura mâo virglliana do antecessor, éprova do seu extraordinário instintode romancista, aberto ao contraditórioe ao obscuro, ao inexplicável e à dialé-tica da realidade. É extraordinária asua percepção psicológica, tanto dospolíticos e militares, quanto dos ja-gunços e fanáticos, uns e outros náo se

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íhiÍusa: narrativa sem iaspode imaginar mais estranhos à suaprópria psicologia e quadro de valores.Para escrever esse livro, era precisotomar-se espiritualmente brasileiro,assim como, para escrever Os Sertões,Euclides da Cunha devia, ao contrário,distanciar-se objetivamente dos seuscontemporâneos.

CONTUDO,

o maior obstácu-Io e o maior perigo à frentede Vargas Llosa era o estilo:tratava-se de alcançar o tom

e o vigor do estilo euclidiano sempastichá-lo 1 armadilha em que caíramnumerosos outros), mas tratava-setambém de propor um estilo congêni-to, na linguagem do romance, com asressonâncias épicas do tema. Canudosera. por definição, matéria de roman-ce, mas era preciso que alguém o es-crevesse em coordenadas romanescas(assim como Euclides da Cunha o viuem termos de tragédia grega). Comosempre acontece, sabemos desde a pri-meira linha que Vargas Llosa escreveua obra-prima obrigatória, porque, nocaso, náo haveria nada entre a obra-prima e o inexistente: "El hombre eraalto y tan flaco que parecia siempre deperfil". E "de perfil" entrou para ahistória, pois a grande presença deAntônio Conselheiro, na vida real enos dois clássicos literários que lnspl-rou, reside, precisamente, na sua au-sència e no seu silêncio, no papel todocatártico que representou, na forçacarismática que projetava. Nâo foi umhomem de açào. nem de gestos drama-ticos ou melodramáticos: esse é o enig-ma que os personagens de Vargas Lio-sa debatem, pelo diálogo e pelos atos,ao longo do romance e que encontra asua mais bela metáfora no contrastecom a personalidade igualmente psl-copática de Moreira César. Sáo doisesquizofrênicos dominados por idéiasfixas e, por opostos que pareçam, doisrepresentantes autênticos do Brasilnas suas respectivas mentalidades.Moreira César náo era menos fanáticodo que o Conselheiro, nem menos ja-gunço que os guerrilheiros de MonteSanto: a fé poderá remover monta-nhas, mas produz, ao mesmo tempo,os energúmenos e os iluminados. ComVargas Llosa superamos, afinal, ogrande remorso nacional e transfor-mamos em ficçáo o episódio de Canu-dos. Louvado seja para sempre o BomJesus Conselheiro!NR — O romance de Vargas Llosa,'artçmio primeiro na Espanha, foi pu-01 içado no Brasi) pela Editora Fran-cisco Alves.

LIVRO

SOZINHO HOMEM NAO EXISTEHannah Arendt mostra como a democracia, garantindo a liberdade do

indivíduo, desenvolve o lado coletivo do ser humano

SE

existisse sozinho, o ho-mem não seria homem.Poderia andar em posi-ção vertical e até dispor

de uma certa capacidade de dis-tinguir isto daquilo, mas nemassim deixaria de ser apenas umanimal. E é pelo fato de dever adimensão humana à maneiraparticular de relacionar-se comos outros seres da sua espécie,que o mais importante na vidado homem é a ação. Ou seja, aforma como age conscientemen-te sobre os outros homens. Éeste o começo de conversa deHannah Arendt em seu livro ACondição Humana (tradução deRoberto Raposo. Editora Foren-se—Universitária/Editora daUSP; 339 páginas, Cr$ 1 mil 200).

Nào parece uma forma muitooriginal de começar, pois antesda autora, e desde muito, outrosfizeram afirmações semelhantes.No entanto, basta seguir algunspassos do raciocínio dessa des-tacada figura do pensamentopolítico contemporâneo paraperceber que ela náo escreveapenas para repetir, com pala-vras diferentes, o que foi dito porfilósofos do passado. Há umaoriginalidade em HannahArendt, e ela está nas conse-qüências que sabe extrair doquase lugar-comum com quepropõe a discussão.

Totalitarismo

Vítima do nazismo, a judiaHannah Arendt dedicou-se, des-de que foi obrigada a deixar aAlemanha em 1933, à tarefa dedescobrir de onde havia brotadoa mais monstruosa planta políti-ca do século XX; o sistema tota-litário. O produto dessa longareflexão foi uma obra publicadaem 1951, como outras da autora,já traduzida no Brasil: As Ori-gens do Totalitarismo. Contra-riando opiniões largamenteaceitas, ela afirmou que os ele-mentos comuns do solo ondecrescera a semente do nazismo edo stalinismo — as mais acaba-das expressões do totalitarismo— eram o anti-semitismo e oimperialismo.

Mas como fora possível que,no vácuo criado pela paulatinadesagregação das nações-estadodo século XIX, o super-racismoe o super nacionalismo houves-sem conseguido avançar até oponto de alcançar o objetivo dopoder total e incontratável? Foi

para aprofundar a discussãodessas questões, deixadas par-cialmente em aberto nas pági-nas de As origens do totalitaris-mo, que Hannah Arendt pôs-selogo a trabalhar em um novolivro, justamente esta A condi-ção humana, cuja primeira edi-çâo é de 1958.

O totalitarismo foi possível,disse ela, porque as forças que opromoviam mostraram-se capa-zes de, pouco a pouco, medianteuma série de alterações na orga-nizaçâo e nos valores da socieda-de moderna, isolar o indivíduoe, por fim, desenraizá-lo.

O isolamento a que se refereHannah Arendt é o de naturezapolítica. Ele resulta, na etapafinal do processo de instauraçãodo totalitarismo, da implacáveldestruição daqueles instrumen-tos pelos quais os indivíduos"podem agir na realização deum interesse comum". Feito is-so, a promoção do bem comumdeixa de ser atribuição dos ho-mens que formam a sociedade;torna-se privilégio do punhadode burocratas que dominam oEstado, afinados por uma ideo-logia e regidos, eventualmente,pelo chicote de um líder caris-mático.

DesenraizamentoVem a seguir o desenraiza-

mento. Para impedir que ai-guém se atreva a desafiar, ummínimo que seja, o seu podersem limites, o Estado totalitáriofaz mais do que suprimir os Par-tidos, proibir as associações, ca-lar os veículos de opinião e ex-pressão dos diversos segmentosda sociedade. Estabelece tam-bém o terror. Cria mecanismospara vigiar praticamente todos

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Hannah Arendt: liberdade de agir pelo bem comum

os indivíduos e leis que regulamos seus menores atos, a viagem auma cidade vizinha, o passeionoturno, a indumentária coti-diana. Generalizado o medo, osindivíduos começam a cortaraté mesmo as relações pessoaisalheias à política.

O caminho para esse paroxis-mo do poder às vezes foi abertocom a ajuda de forças cujos obje-tivos não" eram os mesmos dosagrupamentos totalitários. Porequívoco, não foram raras asocasiões em que sinceros defen-sores da liberdade permitiram,em nome da sua salvaguarda,que ela acabasse por ser destruí-da. Da mesma forma que emnome da satisfação materialaceitou-se que muitos trabalha-dores fossem reduzidos à condi-çào de bois de arado ou simplesrobôs. Foi a fim de iluminar aprática do jogo político e alertarpara a iminência de tais equívo-cos que Hannah Arendt recorreuàs vezes à filosofia, como em Acondição humana.

Nesse livro ela expôs — eaqui sim, com inegável originali-dade — as suas concepções so-bre o lado ativo da existênciahumana, contraponto da exis-tência interior, que analisou naobra póstuma A Vida do Espíri-to. Para Hannah Arendt, a vidaativa é integrada por três unida-des fundamentais: o labor, o tra-balho e a ação.

PluralidadeA primeira náo deve ser con-

fundida com o trabalho. Labor éaquilo que o homem faz por im-posição da necessidade imedia-ta, biológica. Trabalho é a cria-ção de coisas a partir da nature-za, coisas nâo obrigatoriamente

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POESIASOBREPOESIAQuando João

Cabral inspiraJoão Cabral

POESIA,

o pernambucanoJoão Cabral de Melo Ne-to faz desde a adolescên-cia, no que se assemelha

a muitos companheiros. A diferen-ciá-lo, entre outras particularida-des, o fato de que para ele poetar éfreqüentemente refletir sobre a poé-tica. Do quanto é extensa essa refle-xão tem-se idéia em Poesia Critica(Editora José Olympio; 125 pági-nas, Cr$ 400), antologia de poemassobre poemas, próprios ou de ter-celros.

Mesmo tendo em conta que aobra de João Cabral compòe-se demais de uma dúzia de livros, publi-cados entre 1942 e 1981, é surpreen-dente nela o número de composl-çôes — 80 ao todo — dedicadas àarte em geral e à poesia em particu-lar. E convém lembrar que o primei-ro texto dado por Cabral ao grandepúblico foi um ensaio acerca depoesia, Considerações sobre o Poe-ta Dormindo, lido em um congressoliterário no ano de 1941.

Catar feijãoDos 80 poemas da antologia, os21 que integram a primeira partefalam da poesia de João Cabral.

Neles o autor tomou por tema o seupróprio trabalho criador. Fez Issocom tanta Insistência, que a reu-nião das peças Isoladas resultounuma espécie de sistematização daarte poética, embora ele negue, noprefacio, que em algum momentotenha sido esta a sua intenção.

Defensor da poesia objetiva, tra-cada a régua e compasso, João Ca-bral sempre valeu-se mais de ima-gens do que de conceitos para falardo seu oficio. Com o objetivo dedescrevê-lo, nào vacilou a compara-lo até mesmo a atividades banais eprosaicas, como a da cozinheira:"Catar feijão se limita com escre-ver:/ joga-se os grãos na água doalguidar/ e as palavras na da folhade papel;/ e depois joga-se fora oque boiar."

ESTATURA mediana, olhos

negros, voz tranqüila, gestosseguros, elegância sóbria. Assimera Hannah Arendt, tal como adescreveu um dos seus discípulos.Outro, falando agora de sua obra,viu nela uma tensão entre "a no-tãvel perspicácia feminina e a no-bre arquitetura de suas idéias, denatureza marcadamente masculi-na". Como quer que seja, umaobra que até hoje provoca apaixo-nadas polêmicas, sem deixar, porisso, de ser tida como um dosmarcos do pensamento políticoda segunda metade do século XX.

Se a coisa terminasse ai, seriasimples. Mas a ânsia de perfeiçãoacaba por transformar o ato de es-crever em algo sofrido como umjejum no deserto. "Poema nenhumse autonomiza/ no primeiro ditar-se, esboçado/ nem no construi-lo,nem no passar-se/ a limpo do datilo-grafâ-lo." O poema parece criar vi-da e reagir patologicamente: "Elese multiplica e se divide", como ascélulas de um câncer.

Enquanto o poema-câncer exis-te só para si, o poeta nào tem comoescapar â necessidade de submete-lo a seguidas cirurgias, ora um im-plante, ora uma radical amputação.Claro, há o risco de que se terminepor criar um monstro, e para evitarque tal aconteça o remédio é "mu-miflcar" o poema nas páginas deum livro impresso. Isso feito, o pro-duto pertence definitivamente aopúblico, o criador nào tem maisdireitos sobre a criatura.

Lavar as mãosDe imagens mais freqüentes em

seus versos do que o feijão no algul-dar e o organismo canceroso namesa de operações, Cabral extraioutros pensamentos sobre o atopoético. Pensamentos que, a des-peito da modéstia do autor, sãolições. Como a indireta advertênciaa um certo tipo de crítica de que opoema só pode ser apreendido emconjunto, não em detalhe:

"Quando um rio corta, corta-sede vezl o discurso-rio de água queele fazia;/cortado, a água se quebraem pedaços,/em poços de água, emágua paralítica./Em situação de po-ço, a água equlvale/a uma palavraem situação dicionárla:/lsolada, es-tanque no poço dela mesma,/e por-que assim estanque, estancada ;/emais: porque assim estancada, mu-da,/e muda porque com nenhumase comunica..."

A segunda parte do livro é sobrea linguagem de outros artistas, quecom Joáo Cabral partilham a ob-sessão pelo rigor do verbo, do traçoou do gesto. Gracillano Ramos, quelhe parece empenhado em reduzirseu vocabulário às mesmas "vintepalavras/girando ao redor do sol".O pintor Mondrian, com suas telassó de retàngulos e "cores em linhareta". O toureiro espanhol Manole-te,,"que à tragédia deu número,/àvertigem geometria". A poetisaamericana Marianne Moore, que,"em vez de lápis./emprega quandoescreve-Instrumento cortante".

Almas Irrnàs de João Cabral, ca-da um poderia, de sâ consciência,repetir o que ele disse do seu pró-prio trabalho: "Saio de meu poema/'como quem lava as mãos." (Máriopontes)

Filha unlca do engenheiroPaul Arendt e cie Manha Cohn —ambos judeus — Hannah nasceuem Hanover (hoje Republica Fe-deral da Alemanha), a 14 de outu-bro de 1906. Fez seus primeirosestudos em Koenisberg (hoje Ka-liningrado), na Prússia Oriental.Doutorou-se em 1928, na Unlversi-dade de Heídelberg. com uma tesesobre Santo Agostinho, tendo en-tre seus professores os filósofosalemães Martin Heidegger e KarlJaspers. Foi amiga deste último e

sofreu forte influência do seu pen-samento existencialista.

Fugindo à perseguição nazista,Hannah mudou-se em 1933 para aFrança, onde se dedicou ao traba-lho de assistência a órfãos judeus,que mandava para a Palestina.Em 1944 casou-se com HeinrichBlucher, um professor de Filoso-fia. No mesmo ano foi para osEUA e em 1950 tomou-se cidadãamericana. Trabalhou em váriasorganizações judaicas e foi edito-ra-chefe da Schocken Books, queentre outros livros importantespublicou os Diários, de Franz

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João Cabral

TP| IPLOMATA a partir deJLr? 1945, ex-Embaixador doBrasil no Senegal e no Equador,membro da Academia Brasilei-ra de Letras desde 1968, JoáoCabral de Melo Neto (nascido noRecife em 1920) publicou entreoutros os seguintes livros depoesia: Pedra do Sono (1942), OEngenheiro (1945), Psicologia daComposição (1947), O Cão semPlumas (1950), Duas Águas(1954), Morte e Vida Severina(1955), Quaderna (1960), DoisParlamentos (1961), Terça-Feira(1961), Educação pela Pedra(1966), Museu de Tudo (1978) e AEscola das Facas (1981). Lançoutambém volumes de poesiasreunidas e poesias completas.

DESCENDENTE de plonel-

ros da colonização do Nor-deste, Homero Homem de Si-queira Cavalcanti nasceu numengenho de Canguaretama, Es-tado do Rio Grande do Norte.Estudou no Rio de Janeiro ondefoi professor de Comunicaçãoda Escola de Comunicação daUFRJ. Trabalhou em vários ór-gâos da imprensa carioca. Alémde O Agrimensor da Aurora, pu-blicou 12 livros de poesia, vá-rios em segunda e terceira edi-ção. Sua obra em prosa compõe-se de uma dezena de titulos, dosquais dois, o romance Cabra dasRocas e a novela Menino deAsas, já tiraram centenas de mi-lhares de exemplares, estando oprimeiro traduzido para o ita-liano.

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•mHomero Home

Kafka, salvos do fogo por seu ami-go Max Brod.

Publicou os seguintes livros:As origens do totalitarismo(1951); A Condição Humana(1958); Entre o Passado e o Futuro(1961); Sobre a Revolução (1963);Eichmann em Jerusalém (1963);Homens Numa Era de Trevas(1968); Sobre a Violência (1970);Crises da República (1972); O Ju-deu Como Pária e A Vida do Espi-rito (póstumos). Ensinou em vá-rias universidades dos EUA e daEuropa. Morreu em dezembro de1975.

POESIADE MARE TERRAHomero Homem

junta 11livros em um

PARA

comemorar os seus60 anos de vida, comple-tados em 1981, o norte-rlo-grandense Homero

Homem acaba de publicar O agri-mensor da aurora (Editora Foren-se-Universltária/Instituto Nacionaldo Livro; 367 páginas, Cr$ 650), umvolume no qual reúne, em algunscasos ampliados, em outros refun-didos, nada menos de 11 livros depoesia lançados entre 1954 e 1979.

O arranjo dos livros náo é pelaordem cronológica, mas por blocostemáticos. Do primeiro, a que dá otítulo geral de "Poemabrás", fazemparte Canteiro de obras, Terra ilu-minada e O pais do nào chove. Em"Linha da máo", o segundo bloco,reúnem-se O livro de Záira Kem-per, Lá fundamental e Afetogra-mas. O terceiro, "Linha do vento", éintegrado por Rei sem sono, Umdoido e sua canção e Tábua deMarés. Fechando o volume, "linhada costa", formado por Calendáriomarinheiro e Suíte de amor e se-creta esperança.

Conforme essa seqüência, o pri-metro livro publicado pelo autor ê oque aparece por último, enquanto oque vem na seção Inicial correspon-de, exceto no tocante a um título —O pais do náo chove — à sua produ-çáo e às suas tendências mais re-centes. As seções intermediáriassào constituídas por obras publica-das entre o final dos anos 50 e oInicio da década de 70, variando,em termos de conteúdo, do lirismoIndividual à preocupação com acoisa pública.

MáquinasPoema em prosa, o único da

coletânea, A cidade, suite de amore secreta esperança ê um retratosentimental do Rio de Janeiro, co-mo o autor o via naquele momentoe corno o trazia na memória. UmRio belo e adorável, mas tambémduro e agônico, transformando-sesob os golpes das picaretas e o peso

necessárias à sobrevivência e,mais importante ainda, que sàopartilhadas pelos homens. E aação? Bem, esta nào é o empre-go da energia vital para a satis-façâo das necessidades corpo-rais ou para a criação de objetos,mas a capacidade de usar ener-gias, sobretudo espirituais, comvistas às decisões sobre o quecriar e compartilhar.

Embora esse conceito deação seja difícil de reduzir a pa-lavras mais simples, ele é a cha-ve para compreender o que Han-nah Arendt entende por liberda-de e o que propõe como demo-cracia.

Como os liberais clássicos,ela reconhece que a preservaçãoda esfera privada é um dos as-pectos básicos da liberdade.Mas não é tudo, porque ãs vezesesse respeito, sendo absoluto,impede a satisfação dos interes-ses de um grande numero deindivíduos.

Conseqüentemente, ela reco-nhece, com os marxistas, a im-portáncia da liberdade da neces-sidade. Mas adverte que tam-bém não basta libertar o homemda fome, do frio e dos aspectospenosos da atividade física.

A liberdade fundamental é ade agir, principalmente em fun-ção da coisa pública. Um siste-ma democrático, portanto, éaquele que procura satisfazer asnecessidades de todos os mem-bros da sociedade, garantindo aliberdade de cada indivíduo epermitindo-lhe agir para promo-ver os interesses da coletivi-dade.

Essa possibilidade do indiví-duo discutir e influenciar as de-cisões relacionadas com o bemde muitos é a única que está' conforme aquela proposiçãoaparentemente tào singela docomeço de conversa de HannahArendt: o homem sozinho náoexiste, existem os homens, noplural.

O curioso é que embora mui-tos reconheçam em palavras apluralidade como condição es-pecífica do homem, na práticanegam-na. Em nome da coletivi-dade os sistemas totalitários iso-Iam o indivíduo, retirando dohomem a sua natureza pluralís-tica. Já a democracia, ao garan-tir a liberdade individual, permi-te que o homem desenvolva oseu lado plural, promovendoatravés da política os interessesda coletividade. (M.P.)

das lagartas dos tratores. Um Rio :capaz de abrigar o amor e poesia. ;mas igualmente o ódio e o crime ;praticado com frieza.

De máquinas e construções fala itambém — e muito mais — Cantei- \ro de obras, o livro de abertura do ¦,volume. As máquinas, aqui. nâo sào jas anônimas britadeiras que alte- M»ram a face do Rio, mas os aviões da \Embraer, o Xavante, o Xingu, o |Bandeirante; as prensas que lami- |nam o aço de Volta Redonda; os [reatores das oito usinas nuclearesque o Brasil há de erguer com tec- Inologla alemã; e sobretudo as que °rasgam o leito da Transamazônica, ;.celebrada em um canto épico de Iduas centenas e meia de versos.

Escritos um no início dos 60, ooutro no final dos 70, O país do nâo jjchove e Terra iluminada são livrosenraizados na terra nordestina do jautor. O primeiro é uma seqüência ?„•¦.de poemas basicamente sobre os isofrimentos trazidos pela seca, sem 1esquecer porém os que resultam Idas Injustiças, que por sinal com- I >portam uma advertência: "No Nor-deste, Excelência,/ a coordenadahistórica/ coluna de vapor/ capaz desublevar/ no ponto de calor/ o pinoda explosão/ de uma velha questão/chamada social".

PeixesO outro livro desse grupo é uma

incursão às origens, um elogio aos ;antepassados e aos míticos habi- ,tantes da região: os construtores de !¦fortes e plantadores de fazendas, os :civilizadores das terras ásperas do |Rio Grande do Norte; os profetaspopulares como Frei Damiâo e atémesmo os anti-heróis, como os ho-mens do cangaço.

Lírico é o poeta de O livro deZáira Kemper, que espreita namo-rados e chora a morte da mulher aquem amou: "Sem t_ a rotação domeu dia' se altera. Mas inválidonào sou./ Tenho dois braços., Carre-go nossos filhos pela máo". Líricomas menos sofrido e mais jovial é oautor de Afetogramas, poemas decircunstância, alguns escritos comodedicatórias.

O penúltimo livro do Agrimen-sor ê Calendário marinheiro, o se-gundo que o poeta publicou, em1958, e com o qual ganhou o prên_oAlphonsus Guimaraens, do 1NL.Como o título Indica, é compostoem sua maior parte de poemas so-bre o mar. Elemento no qual —observou outro poeta. Afonso Félixde Souza, à época da publicação dolivro — o pescador Homero Homem"sente-se como um peixe dentrod'agua". (MP).

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