Post on 17-Jan-2023
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Administração
Ciência Sociais
Janaina Aparecida Ferreira Lopes
RA: 678738951
Adriana Marques Alves
RA: 6791412189
Atividades Práticas Supervisionadas (ATPS)
Entregue como requisito para conclusão da
Disciplina “Ciências Sociais” , sob orientação do
professor-tutor à distância Anderson Luis Eburneo
Pereira.
Universidade Anhanguera – UNIDERP Ribeirão Preto
22/11/2013
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SUMARIO
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................... 2
DESENVOLVIMENTO........................................................................................................................................ 5
CONSIDERAÇÕES FINAIS. ............................................................................................................................. 13
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................................................... 15
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CIÊNCIAS SOCIAIS E SUA REPRESENTAÇÃO NA SOCIEDADE
Introdução
Na Antiguidade os estudos dos fenômenos sociais eram reflexões que os pensadores
tomavam como objeto, um fator isolado de conhecimento, ou seja, uma parte da vida social,
como a política ou a moral, com perspectiva normativa e finalista.
Na Idade Média os pensadores prendiam-se à discussões metafísicas que justificavam a fé
cristã. Os dogmas da Igreja Católica impediam o desenvolvimento da investigação científica
a filosofia nesse período compreendia-se à fonte de preparação da salvação da alma.
Durante o Renascimento a influência teológica perde seu lugar para uma perspectiva que
abre a livre discussão para a investigação racional. O novo conhecimento caracterizava-se por
objetividade e realismo que definiram a separação nítida do pensamento do passado. Os
fenômenos da natureza eram investigados pelo método da experimentação, e a ciência
substitui a filosofia, e o mesmo método científico que investigava a natureza também se volta
para o mundo da natureza humana e suas relações sociais.
Na Idade Moderna com a criação da sociedade capitalista, os pensadores esforçaram-se em
aplicar o método científico para explicar as transformações que ocorreram nessa sociedade,
transformações essas que geraram uma crise social na época. Os fatores intelectuais se
explicam pela nova forma de pensar da sociedade, pelo método da razão em substituição a
teologia. Pensadores como Maquiavel contribuíram com essa nova forma de pensamento.
Para a formação das Ciências Sociais a Filosofia da História foi responsável por uma nova
concepção de sociedade e a distinção entre Estado e Sociedade Civil.
Viagens do Descobrimento e a Revolução Francesa, contribuíram na formação do caráter
científico das Ciências Sociais, promoveram o convívio com outras culturas, crises e
desordens na organização da sociedade, proporcionando o positivismo (viam a sociedade
regida por leis rigorosas).
O surgimento do positivismo, fez com que houvessem crises que provocaram no
entendimento das Ciências Humanas e Sociais, pois estas "não possuíam" métodos, leis ou
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conceitos rígidos que desse para aplicar no entendimento da sociedade, por isso, elas
deveriam seguir o exemplo das “Ciências da Natureza”, que até aquele momento, se
consideravam os únicos capazes de explicar o desenvolvimento e as crises da sociedade
ou seja, houve a necessidade de se desenvolver técnicas racionais para a formação das
Ciências Sociais. Surge então várias áreas no segmento humano-social, e cada uma delas,
especializada em um ramo da vida social. De início elas eram absorvidas pela Sociologia que
tornou-se uma ciência da sociedade industrial, com cunho científico e ideológico.
Atualmente, as Ciências Sociais tem objeto de estudo específico e se relacionam
mutuamente. Partindo dessas constatações de que maneiras os teóricos clássicos das Ciências
Sociais respondem a questão da organização social das relações entre os homens?
Três teóricos são amplamente divulgados devido ao alto teor de suas teorias: Émile
Durkheim preocupou-se em estabelecer um método e definir o objeto da sociologia; Max
Weber delimita a sociologia dentro da noção de “ação social”, por fim, Karl Marx concebe a
organização da sociedade como resultante das relações de produção e toma as relações de
classe como objeto próprio da Sociologia.
Até hoje, as propostas defendidas por esses teóricos clássicos tem sido objeto de estudo de
muitos outros cientistas sociais, pois apesar de ter ocorrido muitas mudanças no mundo
depois deles, como por exemplo, guerras, revoluções, desenvolvimento da tecnologia da
informação, e outros, às suas técnicas ainda continuam sendo aplicáveis na explicação da
sociedade. Essas mudanças são o objeto de estudo das Ciências Sociais, trazendo
questionamentos básicos sobre à nossa existência. Hoje, as Ciências Sociais beneficiam, mas
também, mantém uma postura crítica da ideologia dominante, trazendo como consequências
perseguições e incompreensões. Com isso, o conhecimento renova-se continuamente, não
definindo-se como uma ciência definitiva, mas ela tem encontrado o seu lugar no quadro das
ciências ao longo de um processo histórico.
A seguir, vamos estudar alguns exemplos de como o estudo das “Ciências Sociais” são
empregados na nossa vida e a sua importância para o nosso desenvolvimento em sociedade.
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CULTURA, ÍNDIVIDUO E SOCIEDADE
Cultura. "Forma comum e aprendida da vida, que compartilham os membros de uma
sociedade, e que consta da totalidade dos instrumentos, técnicas, instituições, atitudes,
crenças, motivações e sistemas de valores que o grupo conhece (Foster).
Sociedade. Em sociologia, uma sociedade (do latim: societas, que significa "associação
amistosa com outros") é o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos,
preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade.
Indivíduo. Todo ser, animal ou vegetal, em relação à sua espécie: o gênero, a espécie e o
indivíduo. Pessoa considerada isoladamente, em relação a uma coletividade: o indivíduo e a
sociedade.
Cultura vem do latim coure que significa cultivar. Cultura é o conjunto de conhecimentos
adquiridos em determinadas sociedades, que envolve artes, crenças, hábitos, costumes, moral,
lei, aptidões. Cada país, estado, cidade, família tem sua própria cultura que é influenciada por
vários fatores, por exemplo, a cultura brasileira é marcada por sua disposição. O padrão dos
comportamentos, das crenças, das manifestações, das instituições é transmitido
coletivamente. Para as ciências sociais cultura define-se como um conjunto de ideias,
símbolos, comportamentos e práticas sociais, que foram aprendidas de gerações em gerações,
consequentemente gerada como herança social da humanidade.
A principal característica da cultura é o mecanismo de corresponder de acordo com
mudança de hábito, sendo também um mecanismo cumulativo, pois as modificações que vem
das gerações passadas incorporam outros aspectos procurando sempre melhorar a vivências
das novas gerações. O indivíduo tem características particulares que o diferencia dos demais
do seu meio na sociedade, quando o indivíduo se socializa com um dado da sociedade ele
adquire uma personalidade própria. Através da socialização o indivíduo vai ocupar diversas
posições na sociedade, e através da posição do indivíduo irá determinar o seu papel social.
A sociedade tem sentido amplo, é um conjunto de pessoas, É um grupo de indivíduos que
vivem por vontade própria sob normas comuns. Sociedade também é um grupo de pessoas
com diferentes culturas, crenças, hábitos que estão localizadas no mesmo lugar.
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O grupo social precede do indivíduo, sendo esse indivíduo um produto da interação social
o ser humano aprende o modo de vida de uma sociedade e desenvolve de como interagir
como indivíduo e membro do grupo.
Há algumas coisas que acabam influenciando o indivíduo a se interagir um exemplo é a
família, é na família que o indivíduo adquiri seus hábitos, suas crenças, é o primeiro lugar que
ele tem contato com outros indivíduos.
“A Construção Social da Realidade”: Tratado de sociologia do conhecimento”
A realidade social da vida cotidiana se forma da relação com outro indivíduo.
É impossível construir uma realidade sem ter contato com outras pessoas, mas percebemos
que a realidade do próximo é diferente das nossas.
O autores tem por finalidade definir “realidade” como uma qualidade pertencente a
fenômenos que reconhecemos terem um ser independente de nossa própria vontade (não
podemos “desejar que não existam”), e definir “conhecimento” como a certeza de que os
fenômenos são reais e possuem características especificas.
A vida cotidiana apresenta-se como uma realidade interpretada pelos homens e
subjetivamente dotada de sentido para eles na medida em que forma um mundo coerente, mas
é um mundo que se origina no pensamento e na ação dos homens comuns. A consciência é
sempre intencional, sempre “tende para” ou é dirigida para objetos. Os objetos diferentes
apresentam-se a consciência como constituintes de diferentes esferas da realidade. Muitas
coisas que acontecem no nosso cotidiano são aderidas pelo senso comum, são adquiridas
como realidade pelas pessoas que partilham das suas experiências. Precisamos entender o
mundo como tendo múltiplas realidades, no entanto, dentro dessas realidades a mais
importante é aquela da vida cotidiana, é essa a predominante. Por exemplo: pegar ônibus
todos os dias, escovar os dentes, ou seja, há uma série de outras realidades que existem, e
ocorrem independentes do indivíduo. A realidade muda de acordo com tempo e espaço, o que
era uma coisa ontem, amanhã será outra coisa por conta dessas variáveis. A realidade é
composta por vários indivíduos, deve-se ter em mente que cada ser humano possui uma
realidade diferente, e vivemos em um mundo comum repleto de diversidades. Essa construção
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se dá em três níveis: indivíduos, grupo e sociedade. O indivíduo percebe os fatos, aplica
nesses fatos os seus valores e obtém seu conhecimento, desenvolvendo assim a sua ideologia
individual, seus valores. Numa segunda instância, observa-se que esse indivíduo pertence a
vários grupos, ou a uma classe, e suas ideias também ajudarão a formar a ideologia desses
grupos e dessa classe juntamente com o contexto social em que estão inseridos. Outra questão
é que nenhum indivíduo ou grupo vai conseguir passar todas as suas ideias para o outro de
modo que estas sejam aceitas integralmente.
Existe a realidade e a realidade objetiva: a realidade objetiva é mais ligada ao corpóreo, sendo
que a realidade pode ser composta por um fator individual não tangível, mas mesmo não
sendo tangível faz parte da minha realidade objetiva de modo individual.
O indivíduo já nasce numa realidade institucionalizada com condutas que dizem como as
coisas devem ser, onde cada indivíduo possui uma vida, um cotidiano diferente: no ambiente
de trabalho, com sua família, com seus amigos, pois os lugares e as pessoas são distintas, cada
um com uma cultura e costumes diferentes, construindo assim um cotidiano diferente uns dos
outros. Um exemplo claro é a realidade das grandes cidades como: Rio de janeiro e são Paulo,
que tem uma enorme área ocupada por favelas que dividem espaço com prédios e casa
luxuosas, deixando à mostra as diversas classes sociais, onde originam realidades/ cotidianos
distintos. A sociedade precisa lançar um olhar mais profundo à realidade das grandes
metrópoles, buscar novas ideias e saídas para mudar esse quadro das diferentes classes
sociais, e em futuro próximo deixe de ser noticiário e se torne realidade para todos.
BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade: tratado de
sociologia do conhecimento. Petrópolis: Vozes, 2006.
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A CLASSE OPERÁRIA VAI AO PARAÍSO
“Quais interações sociais são existentes no cotidiano da sociedade atual? ”
O protagonista do filme é um operário que se submete voluntariamente a um ritmo
desumano de produção, na tentativa de ganhar um valor extra no salário referente a uma
premiação por peça. O movimento sindical local está justamente em luta contra esse sistema
de produção por peça, que representa um retrocesso em relação à remuneração por tempo de
trabalho. Mas o operário ignora a luta. Pior que isso, presta-se a servir de parâmetro para
calibrar a produtividade dos colegas, quando os engenheiros de produção passam a exigir que
os demais produzam tantas peças/tempo quanto ele.
Com isso, ele atrai a hostilidade de todos, não só dos colegas e dos militantes sindicais, mas
também da mulher com quem vive e até de si mesmo.
O operário, sem consciência acredita que o trabalho duro pode lhe dar os meios para melhorar
de vida. Por acreditar nisso, persegue cegamente as metas traçadas pelos patrões. Mas o
dinheiro nunca é o bastante para satisfazer a todas as necessidades. O desgaste físico e mental
impede que o trabalhador desfrute até mesmo dos objetos de consumo aos quais tem acesso.
De nada serve uma casa mobiliada, de nada serve a televisão, que apenas distrai o cérebro,
sem alimentá-lo com nada útil. Aliás, se tivesse algum interesse em cultura, o operário não
teria tempo nem forças para dedicar-se à atividade de apreciar qualquer forma de arte ou
literatura. Nem sequer a satisfação sexual ele consegue devido à devastação física do trabalho.
Ou seja, em todos os sentidos, o trabalhador é um ser mutilado, um homem pela metade, e
triturado diariamente pela rotina massacrante. Temos um funcionário com frustração,
desânimo, sem saber como encontrar a solução para a existência auto destrutiva em que vive.
Mas essa solução chega, com custo de muita luta e sofrimento ele acaba sofrendo um acidente
de trabalho. No esforço de cumprir as cotas, sofre um acidente e perde um dedo, ficando
incapacitado de trabalhar no mesmo ritmo.
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Sem a possibilidade de vender sua força de trabalho, o trabalhador perde aquilo que define o
seu ser. O incidente com o operário é o ponto de partida para os conflitos sindicais que
culminam na demissão dele. Na condição de desempregado, ele encara a sua posição de
indivíduo deformado pelo capital, vendedor de força de trabalho, consumidor de mercadorias,
incapaz de corresponder à expectativa da família, dos companheiros de trabalho e do capital .
Isso faz com que ele comece a se conscientizar com a própria alienação, e acaba se integrando
na atuação sindical, que acaba devolvendo seu emprego novamente.
Mas ele não é mais o mesmo operário modelo e não tem mais as mesmas ilusões de realização
dentro do consumismo.
Todo esse episódio faz com que um operário adquira o conhecimento da força de sua
mobilização individual e coletiva. Por meio da greve e da mobilização coletiva os operários
realizam o seu aprendizado político. Percebem o poder da ação coletiva, a importância do
debate democrático, o sentimento da lealdade mútua, a necessidade de organização e da
possibilidade e necessidade dos trabalhadores governarem suas próprias vidas, através da
emancipação de seu trabalho da regra do capital.
A tarefa de levar a consciência de classe aos trabalhadores permanece sendo um dilema das
organizações de “esquerda”, também aqui no nosso mundo real bastante distante do paraíso.
Ao final, o filme termina muito otimista, pois demonstra que a consciência se produz na luta
direta. Aos trancos e barrancos, essa luta avança. Não há soluções mágicas na construção de
uma sociedade emancipada. Há um lento caminhar no escuro, em que se aprende fazendo e se
faz aprendendo.
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“BUMBANDO E ILHA DAS FLORES”: DESIGUALDADE SOCIAL
“Moradia, saneamento básico, saúde e educação são no mínimo, condições básicas para
um ser humano viver dignamente.”
Os dois documentários mostram de forma muito chocante, mas verdadeira sobre a vida de
vários brasileiros desse país a fora.
A desigualdade social, começa na educação, pois sem educação os indivíduos se tornam
presas fáceis, sendo assim, não sabem dos direitos que eles possuem na sociedade.
Vivemos em um país capitalista, tudo tem seu preço como moradia, saúde, educação... mas
tudo acaba se tornando tão injusto ou seja se você não pode pagar você não tem, simples
assim! Para os nossos governantes, tudo se torna cômodo e fácil, pois é o que eles querem
uma população leiga que não saibam dos direitos, porque quando chegarem as eleições eles
vão continuar a manipular e continuar a “maquiar”, a realidade de tantos brasileiros fazendo
falsas promessas e o resultado é o que pudemos assistir nos dois documentários.
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É inadmissível nos dias de hoje nos depararmos com a situação das pessoas nesses vídeos!
Ninguém vai morar em uma área de risco porque quer, ou porque ache bacana sem dignidade
nenhuma onde tudo falta podendo contrair doenças e arriscando a própria vida, tantas mortes
prematuras que poderiam ser evitadas, tanto no caso da população do lixão quanto das
favelas. Acompanhando jornais e noticiários, vemos que vem sendo realizado vários projetos
no sentido de reestruturação de algumas áreas, e conscientização da população.
Mas só isso não basta! Fácil de falar mas bastante complicado de fazer, e principalmente de
colocar em prática. Tudo isso requer responsabilidade e um boa dose de vontade por parte
dos governantes, afinal como já vimos em episódio recente com contexto parecido é muito
mais fácil simplesmente condenar um morador á sua própria sorte do que efetivamente lutar
por ele. É preciso implementar projetos que transfiram as famílias que se encontram em áreas
de risco para outros locais e oferecer a essas famílias todo apoio necessário para que elas
consigam seguir suas vidas dignamente.
Outro ponto importante que o documentário “Ilha das flores” aponta é a falta de consciência
que temos no consumo dos alimentos. A cena de uma consumidora que julga que um alimento
não serve para as pessoas de sua família, onde aquele alimento acaba sendo jogado fora, e na
sequencia indo para um lixão, onde parte é separada aos porcos e o resto do resto é oferecido
a população é DESUMANO!
Situação que não podemos mais aceitar, e que podemos começar a mudar dentro da nossa
casa, começando ao nosso redor, do lado da gente, muitas vezes é um vizinho que passa por
necessidades e precisa ser ajudado, e que a conscientização também mais uma vez começa na
educação, educação dos os nossos filhos ensinando a eles a importância de ter parcimônia no
consumo dos alimentos, água, etc...
Sabemos que já existem grupos sociais que coletam esses alimentos que por algum motivo
não servem mais para serem comercializados porque perderam seu valor de mercado, mas
ainda assim estão ótimos para serem consumidos, e muitas pessoas assim poderão ser
beneficiadas e com dignidade.
Muitos são os recursos para melhorarmos tudo, moradia, saúde, educação o governo tem
muita responsabilidade em tudo, mas a sociedade, nós indivíduos temos também que fazer
nossa parte pois as grandes mudanças começam com pequenos atos.
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PAJERAMA - PROBLEMATIZAÇÃO/REFLEXÃO DA EXPLORAÇÃO DO MEIO
AMBIENTE
Através do comportamento humano em função dos meios e seus processos de adaptação,
busca nos dias de hoje disciplinar e comandar ações dos indivíduos de forma que esteja de
acordo com políticas ambientalista e de desenvolvimento.
A humanidade durante todo seu processo de evolução sempre desenvolveu mecanismos para
melhor utilizar os recursos do meio ambiente para suprir suas necessidades, e cada vez mais
vem se aprimorando e com isso acelerando o esgotamento e a inviabilização dos recursos
indispensáveis para sua própria sobrevivência.
Os problemas ambientais atingem diferentemente cada grupo social da sociedade mas da
mesma forma ao meio ambiente.
Este documentário vem fazer uma reflexão sobre a questão da urbanização.
Uma cidade que se sobrepõe ao relevo, ou ao menos o enfrenta agressivamente, sem se
moldar a ele. O horizonte passa a ser dominado por construções em altura e os espaços se
enclausuram, os rios se canalizam, o céu fica laranja. São Paulo cria uma “natureza de
asfalto”, prédios e antenas, postes, luzes, transito e gente. Muita gente. É uma construção que
tem sua beleza, mas que não é de fácil apreensão, justamente por não possuir referenciais
claros para guiar o visitante desavisado. Por isso choca e deixa angustiado quem não entende.
São Paulo e outras tantas metrópoles foram crescendo tomando espaço do verde da natureza, e
sem a preocupação de manter ou preserva-la. Hoje com esse crescimento quase que
desordenado, os rios “canalizados” muitas vezes não aguentam as fortes chuvas
transbordando e causando caos a toda população. A natureza meio que responde com as
enchentes o espaço que a cidade acabou ocupando dela.
Com o papel da sociologia impondo regras ao crescimento a exploração dos recursos naturais,
de modo a garantir a qualidade de vida daqueles que dependem e dos que vivem no espaço em
torno do ambientes onde são extraídos e processados recursos naturais, porém isso não vai
acontecer se a sociedade em si continuar a acreditar que a qualidade de vida depende
unicamente do avanço da ciência e da tecnologia, pois essa tecnologia não é essencial a vida e
a natureza sim, e é a natureza, o meio ambiente a nossa volta que devemos ter preocupação e
zelo, para que assim a medida que a humanidade cresça a capacidade da interagir com ela não
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seja desastrosa e cause o esgotamento de suas fontes.
Pesquisando, sobre o documentário, a referência para criar o cenário onde filme acontece é a
região que hoje corresponde a Pompéia e Sumaré. Era conhecida pelos tupiniquins como
Caaguaçu denominação genérica que significa mata grande, alta. Pois se configurava para os
habitantes dos vales do Tietê e dos outros vales da região, como uma série de altas colinas,
dominando a paisagem. Na região também existe o Pacaembu, que em tupi significa “rio onde
se caça a Paca”, o filme brinca com essas referências e com o fato de que esse antecedentes
históricos só sobreviveram nos nomes das ruas e bairros da região.
CONSIDEREÇÕES FINAIS
Os conhecimentos do mundo são imprescindíveis à sobrevivência do ser humano, sem dúvida,
mas é o estudo da sociedade que vai facilitar e ajustar à vida em comum.
Vimos durante todo estudo apresentado, que uma sociedade não pode ser considerada
completa nem satisfatória sem o estudo das ciências sociais.
Vivemos em uma época de crise, de grandes transformações, onde os problemas, ligados às
formas de organização social e às relações entre indivíduos ou grupos, têm profundas
consequências para a felicidade individual e para o bem-estar coletivo.
A estabilidade da família; educação que deve ser proporcionada às crianças e aos
adolescentes; a existência de uma ordem econômica que garanta a todos trabalho digno e
remunerado e bens suficientes para atender às necessidades essenciais de cada indivíduo; o
bom funcionamento da vida política; a parte sustentável dos recursos naturais visando a
sobrevivência das futuras gerações; são preocupações para uma vida futura.
Essas questões parecem, à primeira vista, fáceis de serem resolvidas pelo simples bom-
senso, porém sabemos que muitas vezes não seria possível. De primeiro momento seria o
caminho mais fácil, pois ganharíamos tempo, ao invés de ter que depender de pesquisas
complexas e controladas, e também o descaso e falta de vontade dos nossos governantes.
O homem comum, leigo, tende a enxergar as “ocorrências sociais” do seu jeito, ou da forma
que ele consegue entender, e ciência social vem, e tenta mostrar as “causas e efeitos”, que
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essas ocorrência podem ocasionar em suas vidas.
Assim, o homem comum dirá que o aumento dos preços é consequência desta ou daquela
medida tomada pelo Governo, enquanto o economista, para explicar o mesmo fato, estudará
toda parte econômica e social que podem ter influenciado nesse aumento.
Diante de todos esses exemplos apresentados , vemos o valor e a importância que estudo das
ciências sociais, tem nossas vidas, não só de como nos portamos em sociedade , mas também
nos habilita de como agir melhor, nos libertando de preconceitos e desenvolvendo nosso
espírito crítico, com isso podemos rejeitar propostas de “ falsos” cientistas e políticos de má
fé , ou ainda por homens que se julgam “salvadores” aliados pela religião encarregados de
salvar as instituições sociais e a humanidade.
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BIBLIOGRAFIA
http://www.geocities.ws/dioliveirah/psi01ics.html
http://historia.zevaldoemaragogipe.com/2008/01/resumo-lemos-filao-arnaldo.html
LEMOS FILHO, Arnaldo. “As Ciências Sociais e o Processo Histórico” IN: Marcelino,
Nelson C. (Org) Introdução às Ciências Sociais. 3ª Ed., Campinas/SP, Papirus, 1989. p. 19 a
2http://blogdoprofessorchristian.files.wordpress.com/2011/04/o-indivc3adduo-a-cultura-e-a-
sociedade-r-linton.pdf
http://espacosocialista.org/portal/?p=39
http://www.clermont-filmfest.com/03_pole_regional/11_medias/336_technique.pdf
BUMBANDO. Diretor: Coletivo Cinema para todos. Rio de Janeiro, 2010. Disponível
em: <http://portacurtas.org.br/filme/?name=bumbando>. Acesso em: 15 maio
2013.
ILHA das Flores. Diretor: Jorge Furtado. RS, 1989. Disponível em:
<http://portacurtas.org.br/filme/?name=ilha_das_flores>. Acesso em: 15 maio
2013.
A CLASSE operária vai ao paraíso. Diretor: Elio Petri. Itália, 1971.
PAJERAMA. Diretor: Leonardo Cadaval. São Paulo, 2008. Disponível
em:<http://portacurtas.org.br/filme/?name=pajerama>. Acesso em: 15 maio 2013.
BERGER, Peter; LUCKMANN, Thomas. A construção social da realidade: tratado de
sociologia do conhecimento. Petrópolis: Vozes, 2006.