DCD08JUL1993.pdf - Diários da Câmara dos Deputados

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0\:" CoorcJ\3n (; õ,:) D"::: r j ·: o,' r ... L ,C·fi.'-:!·l p DIÁRIO ANO XLVIII - N 9 118 QUINTA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 1993 SEÇÃO I BRASÍLIA - DF Ao CAMARA DOS D·EPUTADOS SUMÁRIO 1- ATA DA lOS- SESSÃO DA 3- SESSÃO LEGISLA- TiVA DA 49- LEGISLATURA EM 7 DE JULHO DE 1993 I - Abertura da Sessão 11 - Leitura e assinatura da ata da sessão anterior 111 - Leitura do Expediente OFÍCIOS N9 261/93 - Do Senhor Deputado José Dutra, Presi- dente da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação, solicitando que o PLC n" 153/93, seja apreciado pela refe- . rida Comissão. N" 064/93 - Do Senhor Deputado Marco Penaforte, Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Minorias, solicitando audiência do PDL n'! 260/93. 062/93 - Do Senhor Deputado Manoel Castro, Presidente da Comissão de Finanças e Tributação, comuni- cando que a referida Comissão conclui no mérito, pela rejeição do PL n" 183/91. 067/93 - Do Senhor Deputado Manoel Castro, Presidente da Comissão de Finanças e Tributação, solici- tando que seja apensado o PL n 9 3.595/93 ao PL 2.774/92. N9 065/93 - Do Senhor Deputado Maurílio Ferreira Lima, Presidente da Comissão de Seguridade Social e Fa- mília, encaminhando parecer do Deputado Geraldo Alck- min Filho. W 251/93 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi- dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser- viço Público, comunicando que a referida Comissão apro- vou, com substitutivo, o PL 532/91. N9 252/93 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi- . dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser- viço Público, comunicando que a referida Comissão apro- vou o PL n 9 1.058/91. N" 253/93 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi- dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser- . viço Público, comunicando que a referida Comis'são apro- vou o PL n" 1.372-A/91.e seus apensos. N9 254/93 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi- dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser- viço Público, comunicando que a referida Comissão apro- vou o PL 4.596-A/90. 255/93 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi- dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser- viço Público, comunicando que a referida Comissão apro- vou 2.427-A/91. . W 256/93 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi- dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser- viço Público, comunicando que a referida Comissão apro- vou·o PL n'! 3.301192. N' 259/93 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi- dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser- viço Público, comunicando que a referida Comissão apro- vou o PL n" 3.528/93. 260/93 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi- dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser- viço Público, comunicando que a referida Comissão apro- vou-o PL n 9 3.530/93. N" 261193 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi- dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser- viço Público, comunicando que a referida Comissão apro- vou o PL n" 3.531193. W 262193 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi- dente da Comissão de Trahalho, de Administração e Ser- viço Público, comunicando que a referida Comissão apro- vou o PL n" 3.532/93. N" 263/93 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi- dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser- viço Público, comunicando que a referida Comissão apro- vou o PL n" 3.533/93. N" 264/93 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi- dente da Comissãoade Trabalho, de Administração e Ser-

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DIÁRIOANO XLVIII - N9 118 QUINTA-FEIRA, 8 DE JULHO DE 1993

SEÇÃO I

BRASÍLIA - DF

Ao

CAMARA DOS D·EPUTADOS

SUMÁRIO

1- ATA DA lOS- SESSÃO DA 3- SESSÃO LEGISLA-TiVA DA 49- LEGISLATURA EM 7 DE JULHO DE 1993

I - Abertura da Sessão11 - Leitura e assinatura da ata da sessão anterior111 - Leitura do Expediente

OFÍCIOS

N9 261/93 - Do Senhor Deputado José Dutra, Presi­dente da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação,solicitando que o PLC n" 153/93, seja apreciado pela refe- .rida Comissão.

N" 064/93 - Do Senhor Deputado Marco Penaforte,Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, MeioAmbiente e Minorias, solicitando audiência do PDL n'!260/93.

N~ 062/93 - Do Senhor Deputado Manoel Castro,Presidente da Comissão de Finanças e Tributação, comuni­cando que a referida Comissão conclui no mérito, pelarejeição do PL n" 183/91.

N° 067/93 - Do Senhor Deputado Manoel Castro,Presidente da Comissão de Finanças e Tributação, solici­tando que seja apensado o PL n9 3.595/93 ao PL n° 2.774/92.

N9 065/93 - Do Senhor Deputado Maurílio FerreiraLima, Presidente da Comissão de Seguridade Social e Fa­mília, encaminhando parecer do Deputado Geraldo Alck­min Filho.

W 251/93 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi­dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser­viço Público, comunicando que a referida Comissão apro­vou, com substitutivo, o PL n° 532/91.

N9 252/93 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi- .dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser­viço Público, comunicando que a referida Comissão apro­vou o PL n91.058/91.

N" 253/93 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi­dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser- .

viço Público, comunicando que a referida Comis'são apro­vou o PL n" 1.372-A/91.e seus apensos.

N9 254/93 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi­dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser­viço Público, comunicando que a referida Comissão apro­vou o PL 4.596-A/90.

N° 255/93 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi­dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser­viço Público, comunicando que a referida Comissão apro-vou o~PL n° 2.427-A/91. .

W 256/93 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi­dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser­viço Público, comunicando que a referida Comissão apro­vou·o PL n'! 3.301192.

N' 259/93 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi­dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser­viço Público, comunicando que a referida Comissão apro­vou o PL n" 3.528/93.

N° 260/93 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi­dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser­viço Público, comunicando que a referida Comissão apro­vou-o PL n93.530/93.

N" 261193 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi­dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser­viço Público, comunicando que a referida Comissão apro­vou o PL n" 3.531193.

W 262193 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi­dente da Comissão de Trahalho, de Administração e Ser­viço Público, comunicando que a referida Comissão apro­vou o PL n" 3.532/93.

N" 263/93 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi­dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser­viço Público, comunicando que a referida Comissão apro­vou o PL n" 3.533/93.

N" 264/93 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi­dente da Comissãoade Trabalho, de Administração e Ser-

14626 Quinta-feira R DIÁRIO pO C:ONGRES~ONACIONAL (Seção I) Julho de 1993

viço Público, comunicando que a referida Comissão apro­'vou o PL n° 3.534/93.

N° 265193 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi­dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser­viço Público, comunicando que a referida Comissão apro­vou o PL no 3.535/93.

N" 266193 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi­dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser­viço Público, comunicando que a referida Comissão apro­vou o PL no 3.537/93.

No 267/93 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi­dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser­viço Público, comunicando que a referida Comissão apro­vou o PL n" 3.538/93. ,

No 268/93 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi­dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser­viço Público, comunicando que a referida Comissão apro­vou o PL no 3.539/93.

N° 269/93 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi­dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser­viço Público, comunicando que a referida Comissão apro­vou o PL no 3.540/93.

N\' 270/93 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi­dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser­viço Público, comunicando que a referida Comissão apro­vou o PL n" 3.541193.

N" 271193 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi­dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser­viço Público, comunicando que a referida Comissão apro­vou o PL n° 3.543/93.

N° 272193 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi­dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Servi­çoPúblico, comunicando que a referida Comissão aprovouo PL n° 3.544/93.

No 273/93 - Do Senhor Deputado Paulo Paim, Presi­dente da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser­viço Público, comunicando que a referida Comissão apro­vou o PL no 3.673-A/93.

IV - Pequeno Expediente

JOSÉ CARLOS COUTINHO - Importância daatuação dos Auditores Fiscais do Tesouro Nacional.

SIMÃO SESSIM - Transcurso do 1759 aniversárioda emancipação político-administrativa de Itaguaí, Estadodo Rio de Janeiro.

LUIZ HENRIQUE - Combate à sonegação fiscalpelo Governo Itamar Franco. Inveracidade de noticiárioda imprensa acerca da prática de sonegação pelo Gruposadia. ,

NILSON GIBSON - Relevância das atividades de­senvolvidas Eelo Banco do Brasil.

MAURICIO CAMPOS - Anúncio da apresentaçãode requerimento de informações ao Ministério de Minase Energia sobre distribuição de recursos aos Municípiosdo Vale do Rio Doce, Estado de Minas Gerais.

NILSON GIBSON (Pela ordem) - Solicitação aosPresidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federalpara convocação extraordinária do Congresso Nacional.

PRESIDENTE (Adylson Motta) - Resposta ao De­putado Nilson Gibson.

JOSÉ GENOÍNO - Apreciação, pela Casa, de pro­jeto de lei dispondo sobre direitos autorais.

CARLOS ROBERTO MASSA - Defesa do reajustemensal de sa!~rios.

VALDIR COLATTO - Anúncio de instalação deComissão Parlamentar Mista de Inquérito para análise doendjvidamento do setor agrícola, do elevado custo dos fi­nanciamel)tos e das condições de importação de alimentosnos exercícios de 1990 e 1993.

EtIÀSMURAD - Anúncio de reabertura do Colé­gio Militar de Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais.Protesto contranão-apresentação de advertência do Minis­tério da Saúde nas propagandas televisivas do cigarro demarca Malboro.

MUNHOZ DA ROCHA - Solicitação, à Seplan,de agilização do processo para edição de decreto regula­mentando a Lei n" 8.529, de 1992, sobre complementaçãodas aposentadorias e pensões dos servidores da EmpresaBrasileira de Correios e Telégrafos. Cumprimentos à Supe­rintendência da Regional Curitiba da Rede Ferroviária Fe­deral pelo desempenho no transporte de carga.

ETEVALDA GRASSI DE MENEZES - Propostade suspensão dos trabalhosda Câmara Técnica constituídapelo Ministério do Meio Ambiente para regulamentaçãodo Decreto n° 750, sobre exploração da Mata Atlântica.

PAULO RAMOS - Críticas à postura do PT no to­cante ao Programa Nacional de Desestatização.

ELÍSIO CURVO - Inconveniência de dolarizaçãoda economia do País. Anúncio de apresentação de projetode lei referente ao corte de quatro zeros da moeda nacional.

VALDIR GANZER - Fechamento, por trabalha­dores da região, da ligação rodoviária Transamazânica­Santarém-Cuiabá.

JOSÉ CARLOS SABÓIA - Artigo "O desafio dasaúde", do Deputado Florestan Fernandes, publicado nojornal "Folha de S. Pau,lo". Apoio à atuação do Líderdo Governo na Casa, DêputadoRoberto Freire.

FRANCISCO EVANGELISTA - Problemática dodesemprego e da fome na Região Nordeste.

BENEDITO DE FIGUEIREDO - Apelo ao Minis­térioda Integração Regional e à Sudene para adoção deprovidências contra os efeitos da estiagem no Nordeste.

VICTOR FACCIONI - Instalação da CPI para apu­ração das causas do endividamento do setor agrícola.

JOSÉ LUIZ CLEROT - Protesto contra reduçãode recursos orçamentários destinados ao Estado da Pa­raíba.

PAULO DUARTE - Aplauso aos Presidentes daCâmara dos Deputados e do Senado Federal pela criaçãode Comissão Mista para a revisão constitucional.

LUIZ GIRÃO (Pela ordem) - Apoio ao pronuncia­mento do Deputado José Luiz Clerot.

AVELINO COSTA - Improcedência da denúnciado Delegado Ademir Alves, daPolícia Federal, acerca de sonegação de tributos pelo Gru­po Sad.ia.

LAÍRE ROSADO - Necessidade de maiores investi­mentos governamentais na Região Nordeste. Apoio às ma­nifestações de Prefeitos do Estado do Rio Grande do Nor­te.

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14627

ANTONIO MORIMOTO - Documento "Carta dosProdutores Amazônicos", resultante do 19 Seminário dosProdutores Amazônicos realizado em Belém, Estado doPará.

EDUARDO JORGE (Pela ordem) - Pedido de es­clarecimentos à Mesa sobre a continuidade do PequenoExpediente e do início do período destinado à apresentaçãode proposições.

PRESIDENTE (Adylson Motta) - Resposta ao De­putado Eduardo Jorge.

DEJANDIR DALPASQUALE - Defesa: da apro­vação do substitutivo do Deputado Hélio Rosas ao Projetode Lei ng 2.487, de 1992, atribuindo aos Estados e ao Dis­trito Federal a execução da classificação de produtos, eao Ministério da Agricultura, do Abastecimento e da Re­forma Agrária, a responsabilidade de estabelecer as normase os padrões a serem adotados.

ALDIR CABRAL - Transcurso do 16g aniversáriode fundação da Igreja Universal do Reino de Deus.

SÉRGIO MIRANDA - Solicitação à Polícia Federale à Secretaria de Segurança Pública de identificação e puni­cão dos responsáveis pelas ameaças contra a vida do Sr.Geraldeli da Costa Rofino, assessor do Vereador PauloRogério, em Juiz de Fora, Estado de Minas Gerais.

CHICO AMARAL - Necessidade da revisão, peloMinistério das Comunicações, de demissões de servidoresda Telebrás.

CÉSAR CARLS NETO - Imediata liberação de re­cursos para atendimento às vítimas da estiagem no Estadodo Ceará.

FLÁVIO ARNS - Anúncio de realizaçÃO DO XVICongresso Nacional das Associações de Pais e Amigos dosExcepcionais, em Blumenau, Estado de Santa Catarina.

NELSON MARQUEZELLI - Reposição das perdasdos produtores de álcool do país.

OITO CUNHA - Aplauso ao posicionamento doMinistro da Justiça, Sr. Maurício Corrêa, no tocante àdecretação da prisão preventiva do empresário Paulo CésarCavalcante Farias.

B. SÁ - Transcurso do 96" aniversário de emanci­pação político-administrativa do Município de Floriano,'Estado do Piauí.

NELSON MORRO - Imediata revogação do Decre­to n° 750, de 1993, sobre exploração da Mata Atlântica.

SÉRGIO CURY - Denúncia de irregularidades pra­ticadas pelas empresas multinacionais atuantes no setorde distri~uição de derivados de petróleo.

JOAO FAUSTINO - Conveniência da disfribuição,às camadas mais necessitadas da população, de alimentosarmazenados pelo Governo Federal.

PINHEIRO LANDIM - Falecimento do DeputadoEstadual José Maria Melo, em Fortaleza, Estado do Ceará.

NILTON BAIANO - Desaparecimento do Advo­gado Carlos Batista de Freitas, no Estado do Espírito San­to.

IRANI BARBOSA - Apoio à atuação do Gover­nador do Estado de Minas Gerais, Hélio Garcia, em favordo desenvolvimento do Município de Belo Horizonte.

JOSÉ ABRÃO - Importância do apoio do CongressoNacional e da sociedade às medidas econômicas adotadas

pelo Ministro da Fazenda, Sr. Fernando Henrique Car­doso.

JANDIRA FEGHALI - Resultado da ação ajuizadapor ex·funcionárias da empresa De Millus, na 34, VaraCível do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro.

PEDRO CORRÊA - Apelo às autoridades compe­tentes para construção de rodovias interioranas.

VIRMONDES CRUVINEL - Anúncio de realizaçãoda II Conferência Nacional de Saúde Bucal, em Brasília,

. Distrito Federal.PASCOAL NOVAIS - Relevância dos trabalhos rea­

lizados p~la Emater no Estado de Rondônia.JOSE SERRA - Teses sobre a revisão da Carta Mag-

na.JONES SANTOS NEVES - Necessidade do surgi­

mento de lideranças para o combate à corrupção, à impuni­dade e para a condução do País.

ELIEL RODRIGUES - Parecer da Consultoria Jurí­dica do Ministério da Previdência Social acerca de isençãode empre~as no tocante a contribuições previdenciárias.

JOSE LUIZ MAIA - Apelo ao Presidente da Repú­blica para, reabertura do Banco do Estado do Piauí.

JOSE FORTUNATI - Apelo à Prefeitura de Caxiasdo Sul, Estado do Rio Grande do Sul, para suspensãodo projeto de implantação de usina de lixo em Vila Seca.

LIBERATO CABOCLO - Homenagem à Associa­ção Cristã de Moços pelo transcurso do centenário de suainstalação no País.

MAURO MIRANDA - Desaprovação da atitudedo Governo Federal no tocante às obras de duplicaçãoda BR-060, trecho Anápolis-Goiânia, Estado de Goiás.

JACKSON PEREIRA - Realização de auditoria, pe­lo Tribunal de Contas da União, para investigação de irre­gularidades nas contas do Programa de Garantia da Ativi­dade Agropecuária - PROAGRO.

NAN SOUZA - Transcurso dos aniversários deemancipação político-administrativa dos Municípios de Ca­rolina, Turiaçu e Viana, do Estado do Maranhão.

v - Grande Expediente

FERNANDO LYRA - Inoportunidade da revisãoconstitucional. Conclamação às forças democráticas do Paíspara luta contra ameaças à intangibilidade do pacto políti­co, ao equilíbrio entre os Poderes da República e à integri­dade da Federação.

RONALDO PERIM - Repúdio de críticas de setoresda imprensa e da sociedade ao desempenho dos Parlamen­tares. Elogios às Forças Armadas pelo fiel cumprimentoda missão constitucional.

PRESIDENTE (Fernando Lyra) - Convocação dosDeputados a plenário para apreciação da Ordem do Dia.

JOSÉ GENOÍNO - Necessidade de amplo debateentre as instituições democráticas brasileiras, visando à es­tabilização política, econômica e social do País.

PRESIDENTE (Fernando Lyra) - Reiteração deconvocação dos Parlamentares a plenário para início daOrdem do Dia.

NELSON MARQUEZELLI (Pela ordem) - Anún­cio de encaminhamento de proposta ao Ministro da Fazen-

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da, Sr. Fernando Henriquc Cãrdoso, sobre melhorias dosistema hahitacional brasileiro.

CHICO VIGILANTE (Pela ordem) - Denúncia derecebimento de super-salário pelo Desembargador GabrielMarqucs de Carvalho, do Estado de Rondônia.

CLÓVIS ASSIS (Pela ordem) - Urgente início daOrdem do Dia.

MAURÍCIO CALIXTO (Pela ordem) - Apoio aopronunciamento do Deputado Chico Vigilante.

JOÃO PAULO (Pela ordem) - Falecimento, em aci­dente de trânsito, do Sr. José Carlos Freitas, irmão dajornalista Sandra Freitas, em Belo Horizonte, Estado deMinas Gerais. '

LAERTE BASTOS (Pela ordem) - Transcurso do33" aniversário dc fundação da Igreja Batista de JardimSumaré, Município de São João de Meriti, Estado do Riode Janciro.

EDUARDO JORGE (Pela ord..:m) - Nota de pro­testo intitulada "pela democracia e ética na saúdc", doConselho Estadual de Saúde do Estado do Acre.

JOSÉ DIRCEU (Pela ordem) - Necessidade de re­formulação da Icgislação fiscal da Secretaria da ReceitaFederal.

ANTÔNIO MORIMOTO (Pela ordem) - Documen­to "Carta aberta de Mário Amato sobrc uma insólita rcpor­tagem".

PINHEIRO LANDIM (Pela ordcm) - Convite aosParlamentares do Nordeste para reunião com o Ministroda Integração Regional, Sr. Alcxandre Costa.

ELIEL RODRIGUES (Pela ordem) - Anúncio deapresentação de requerimento de informações ao TribunalSuperior Eleitoral sobre despesas efetuadas pela Uniãopara realização do plebiscito sobrc forma e sistema de go­verno no País.

EDSON MENEZES SILVA (Pela ordem) - Anúnciode encaminhamento de requerimento de informações aoPresidente do BNDS, Sr. André Franco Montoro Filho.Pedido à Presidência da CPI Mista do Congresso Nacionai,destinada à investigação de irregularidades no ProgramaNacional de Desestatização, de convocação do empresárioPaulo César Cavalcante Farias.

PAULO RAMOS (Pela ordem) - Apoio ao requeri­mento de informações subscrito pelo Deputado Edson Me­nezes Silva.

UBIRATAN AGUIAR (Pela ordem) - Falecimentodo Deputado Estadual pelo PMDB do Estado do Ceará,José Maria Melo.

CYRO GARCIA (Pela ordem) - Apoio à luta dostrabalhadores no combate a doenças endêmicas no Estadodo Rio de Janeiro. Solidariedade aos familiares do sindica­lista "Batistinha", milit~mte do PT, assassinado na cidadedo Rio de Janeiro. '

AUGUSTO CARVALHO (Pela ordem) - Conve­niência do acionamento do Supremo Tribunal Federal pelo

Presidente Itamar Franco para desbloqueamento dos rêcur­sos da Contribuição para o Financiamento da SeguridadeSocial- COFINS, depositadas em juízo.

EDUARDO JORGE (Pela ordem) -:- Anúncio daapresentação de proposta de emenda à Constituição, deautoria do orador e de outros, sobre estabelecimento de

=

patamares orçamentários mínimos para a área de saúdenos âmbitos federal, estadual e municipal.

PAULO DELGADO (Pela ordem) - Crítica ao Mi­nistro da Justiça, Sr. Maurício Corrêa.

GERMANO RIGOTTO (Pela ordem) - Defesa daaprovação, pela Câmara dos Deputados, do projeto delei sobre renegociação das dívidas dos Estados e Municípiospara com a União.

VALDIR GANZER (Pela ordem) - Realização desemin,ário sobre saúde pública no Município de Santarém,Estado do Pará.

ÂNGELA AMIN (Pela ordem) - Artigo "Maçã atin­ge sahor e cor de 1" Mundo", publicado no jornal Folhade S. Paulo. Falecimento do Vereador Francisco Generaldode Oliveira, do Município de Braço do Norte, Estado deSanta Catarina.

PAULO ROCHA (Pela ordem) - Anúncio de enca­minhamento à Procuradoria-Geral da República de repre­sentação contra a administração da Caixa Econômica Fede­ral. Reformulação, pela Comissão de Trabalho, de Admi­nistração e Serviço Público, da lei sobre o gerenciamentodos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço.

FERNANDO LYRA (Pela ordem) - Necessidadede realização de concurso público para preenchimento devagas de taquígrafo nos quadros administrativos da Casa.

LUIZ SALOMÂO (Pela ordem) - Protesto contradivulgação, pela Secretaria da Receita Federal, do nomedo ex-Deputado Mauro Campos como sonegador fiscal.

VITAL DO RÊGO (Pela ordem) - Apelo às Lide­ranças da Casa para a não-retirada do Projeto de Resoluçãon" 168-A, de 1993, da pauta da Ordem do Dia.

SIDNEY DE MIGUEL (Pela ordem) - Reunião en­tre Líderes do Senado Federal e da Câmara dos Deputadossobre a nova Lei Orgânica dos Partidos Políticos.

EDÉSIO PASSOS (Pela ordem) - Realização, noEstado de Santa Catarina, da I Conferência Internacionaldos Trabalhadores do Mercosul.

AGOSTINHO VALENTE (pela ordem) - Carta"Manobra favorece o réu fazendeiro", de autoria de AndréLuiz Monteiro Mayar, do Comitê Rio Maria, do Estadodo Pará, publicada no jornal Correio Braziliense.

ALDO REBELO '(Pela ordem) - Congratulações doPC do B ao Conselho Federal da Ordem dos Advogadosdo Brasil pela decisão de desencadeamento de campanhacontra a revisão constitucional. Artigo "O país das contra­dições", de autoria do Prof. Carlos Chagas, publicado nojornal Correio Braziliense.

CARDOSO ALVES (Pela ordem) - Desaprovaçãoà interferência da OAB no processo de revisão constitu­cional.

LUIZ CARLOS HAULY (Pela ordem) - Reaber­tura do Colégio Militar de Curitiba, Estado do Paraná.

VLADIMIR PALMEIRA (Pela ordem) - Assassi­nato do sindicalista "Batistinha", militante do PT, na cida­de do Rio de Janeiro.

AMAURY MÜLLER (Pela ordem) - Apelo à Presi­dência da Mesa para início imediato da Ordem do Dia.

_J_u_lh_O_d_c_l_lJl_J3 .__D_IA_·R,IO DO CONGRESSO NACIO_N_A_L_(S_C_Çã_O_I_) ·Q.:..u_i_nt_a_-rcira ~_..2.4_6_2:".

VI - Ordem do Dia

Apresentação de proposições: JOSÉ DIRCEU,MAURICIO Ç'AMPOS, CYRO GARCIA, JOSÉ FOR­TUNATI, CHICO AMARAL, NELSON MORRO, ED­SON MENEZES SILVA, JOÃO FAUSTINO, PAU­DERNEY AVELINO, NELSON MARQUEZELLI,ELIEL RODRIGUES, ONAIREVES MOURA, ÁLVA­RO VALLE, VALDIR COLATTO, JACKSON PEREI­RA, JOÃO NATAL, WALDIR PIRES E EDUARDOJORGE E OUTROS, PAULO PORTUGAL, JOSÉ DIR­CEU E OUTROS, FRANCISCO RODRIGUES, SALA­TIEL CARVALHO.

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Importânciada presença dos Parlamentares em Brasília, durante a se­mana em curso, para votação da LDO e de matérias emtramitação no Senado Federal. Possihilidade de realização,dia 9 do corrente, de sessão extraordinária da Casa, paravotação da política nacional de salários.

Usaram da palavra, pela ordem, os Srs. DeputadosADYLSON MOTTA, AMAURY MÜLLER.

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Eleição dosmem~ros da Câmara dos ~eputados na Comissão Repre­sentativa do Congresso NacIOnal. Aprovada a composiçüo.

P~ESIDENTE (!nocêncio Oliveira) - Votação derequenmento da ComIssão Parlamentar de Inquérito desti­nada a' investigar crimes de pistolagem na área do Bicodo Papagaio, para prorrogação, por 60 dias, do prazo paraconclusão dos trahalhos. Aprovado.

Usou da palavra, durante a votação, o Sr. DeputadoNANSOUZA. '

P~ESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Votação derequenmento para tramitação urgente do Projeto de LeiComplementar n" 146, de 1993. Aprovado.

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Votação dereq~erimento para tramitação urgente do Projeto de Reso­luçao n" 169, de 1993. Aprovado.

Inclusão da matéria na pauta da Ordem do Dia.P~ESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Votação de

requenmento para tramitação urgente do Projeto de De­creto Legislativo n" 298, de 1993. Aprovado.

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Votação derequerimento para tramitação urgente do Projeto de Lein'? 1.909-A, de 1991. Aprovado.

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Votação derequerimento para tramitação urgente do Projeto de Lein" 3.984, de 1993. Aprovado.

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Discussão, emturno único, do Projeto de Resolução n" 169, de 1993que dispõe sohre a Secretaria de Controle Interno da Câma~ra dos Deputados.

Usara~ da palavra, durante a discussão, os Srs. Depu­tados JOSE DIRCEU, GERSON PERES, ADYLSONMOTTA.

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Acolhimentodo pedido do Relator de retirada da matéria da pautada Ordem do Dia.

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Votação, emturno único, do Projeto de Lei n" 5.71O-B, de 1990, que

fixa diretrizes para a política nacional de assistência aoidoso, e dá outras providências.

Usou da palavra para proferir parecer às emendasde Plenário, em suhstituição à Comissão de SeguridadeSocial e Família, ° Sr. Deputado CLÓVIS ASSIS.

Usaram da palavra, durante a votação, os Srs. Depu­tados GERSON PERES, NELSON MARQUEZELLI.

Usou da palavra para proferir parecer às emendasde Plenário, em substituição à Comissão de Constituiçãoe Justiça e de Redação, o Sr. Deputado NILSON GIBSON.

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Votação derequerimento para retirada das emendas de Plenário n',·4 e 5. Aprovado.

Usou da palavra, durante a votação, o Sr. DeputadoGERSON PERES.

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Votação dasEmendas de Plenário n'· 1, 2 e 3. Aprovadas.

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Votação doSuhstitutivo da Comissão de Seguridade Social e Família.Aprovado.

Votação da redação final. Aprovada..Usou da palavra, durante a votação, o Sr. Deputado

CLOVIS ASSIS.PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Discussão, em

turno único, do Projeto ·de Decreto Legislativo n" 298,de 1993, que dá nova redação ao art. 4" do Decreto Legis­lativo n'- 92, de 1992.

Usou da palavra para proferir parecer ao projeto emsubstituição à Comissão de Finanças e Tributação o Sr.Deputado AUGUSTO CARVALHO.

Usou da palavra para proferir parecer ao projeto emsubstituição à Comissão de Constituição e Justiça e deRedação o Sr. Deputado TARCÍSIO DELGADO.

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Encerrada adiscussão.Votação do projeto e da redação final. Aprovados.

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Discussão, emturno único, do Projeto de Lei n" 1.909, de 1991, quedispõe sobre a contratação de pessoal por tempo determi­nado para atender à necessidade temporária de excepcionalinteresse público e dá nova redação ao art. 67 da Lei n'"7.501, de 1986.

Usou da palavra para proferir parecer ao projeto emsubstituição à Comissão de Trabalho, de Administraçãoe Serviço Público o Sr~ Deputado CHICO AMARAL.

Usou da palavra para proferir parecer ao projeto emsubstituição à Comissão de Finanças e Tributação o Sr.Deputado FELIX MENDONÇA.

Usou da palavra, durante a discussão, o Sr. DeputadoGERSON PERES.

Usou da palavra para proferir parecer ao projeto emsubstituição à Comissão de Constituição e Justiça e deRedação o Sr. Deputado TARCÍSIO DELGADO.

Usou da palav~a, durante a discussão, o Sr. DeputadoGERSON PERES.

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Prorrogaçãoda sessão.

Votação do substitutivo da Comissão de Trabalho,de Administração e Serviço Público, ressalvados os desta-ques. .' '

14630 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)-------------_._-- Julhode 111113

Aprovado.Requerimento de destaque para votação em separado

de expressão constante do inciso V do art. 2" do Substi­tutivo.

Usaram da palavra, pela ordem, os Srs. DeputadosGERSON PERES, GERMANO RIGOTTO.

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Acolhimentode manifestação para retirada da matéria da pauta da Or­dem do Dia. Reinclusão na pauta da sessão do dia 8 docorrente.

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Discussão, emturno único, do Projeto de Lei no' 3.984, de 11193, quedispõe sobre a política de remuneração dos servidores pú­blicos civis e militares da União.

Usou da palavra para proferir parecer ao projeto emsubstituição à Comissão de Trabalho, de Administraçãoe Serviço Público' o Sr. Deputado NILSON GIBSON.

Usou da palavra para proferir parecer ao projeto emsubstituição à Comissão de Finanças e Tributação o Sr.Deputado GERMANO RIGOTTO.

Usou da palavra para proferir parecer ao projeto eàs Fmendas de Plenário em substituição à Comissão deCçnstituição e Justiça e de Redação o Sr. Deputado MAU­RICIO NAJAR.

Usou da palavra para proferir parecer às emendasde Plenário em substituição à Comissão de Trabalho, deAdministração e Serviço Público o Sr. Deputado NILSONGIBSON.

Usou da palavra para proferir parecer às emendasde Plenário em substituição à Comissão de Finanças e Tri­butação o Sr. Deputado GERMANO RIGOTTO.

Usaram da palavra, durante a discussão, os Srs. Depu­tados AMAURY MÜLLER, CYRO GARCIA, LUÍSEDUARDO, SÉRGIO MIRANDA, GERSON PERES,MA~IA LAURA.

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Encerrada adiscussão.

Anúncio ao Plenário da não-votação das Emendas n°·3, 5, 6, e 7, por inconstitucionalidade.Votação das Emendas de Plenário n'-' I e 4. Aprovadas.

Usaram da palavra, durante a votação, os Srs. Depu­tados ROBERTO FREIRE, MARIA LAURA, GERMA­NO RIGOTTO, LUÍS EDUARDO, GERSON PERES.

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Votação daEmenda de Plenário n° 2. Aprovada.

Usaram da palavra, durante a votação, os Srs. Depu­tados LUÍS EDUARDO, ROBERTO FREIRE, GER­MANO RIGOTTO, LUÍS EDUARDO, GERSON PE­RES, ROBERTO FREIRE, LUÍS EDUARDO, MARIALAURA, LUÍS EDUARDO, ROBERTO FREIRE, JO­SÉ FORTUNATI, GERMANO RIGOTTO, LUÍSEDUARDO.

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Deferimentodo pedido de verificação de votação formulado pelo Depu­tado Gerson Peres.

Convocação dos Parlamentares a plenário para iníciode votação nominal da matéria. .

Usaram da palavra, durante a votação, os Srs. Depu­tados NILSON GIBSON, AMAURY MüLLER, GER­SON PERES, AMAURY MÜLLER.

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Possibilidadede convocação dos Srs. Parlamentares, na semana vindou­ra, para votação de matérias de relevante interesse nacio­nal.

Usaram da palavra, durante a votação, os Srs. Depu­tados LUÍS EDUARDO, GERSON PERES, ROBERTOFREIRE, LUÍS EDUARDO, GERSON PERES.

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Reiteração daconvocação dos Parlamentares a plenário.

Usaram da palavra, durante a votação, os Srs. Depu­tados GERMANO RIGOTTO, GERSON PERES,AMAURY MüLLER, LUÍS EDUARDO, GERMANORIGOTTO, GERSON PERES, JOSÉ FORTUNATI,LUIS CARLOS HAULY, TONY GEL, BENEDITO DEFIGUEIREDO, ALDO REBELO, LUIZ MÁXIMO,ROBERTO FREIRE, LUÍS EDUARDO, CHICO VIGI­LANTE, GERMANO RIGOTTO.

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Acolhimentode solicitação do Sr. Deputado Chico Vigilante para distri­buição, às Lideranças partidárias, de trabalho sobre o Pro­jeto de Lei n" 168-A, de 1993, elaborado pelo Departa­mento de Taquigrafia, Revisão e Redação da Casa.

Usou da palavra, pela ordem, o Sr. Deputado VAL­DIR GANZER.

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Adiamento davotação por falta de quorum.

Convocação de sessão extraordinária, dia 8 do corren­te, às 9 horas, para continuação da votação das matériasconstantes da pauta da Ordem do Dia.

Convocação dos Parlamentares para sessão do Con-gresso Nacional.

VII - Encerramento

2 - ATOS DO PRESIDENTE

a) Apostila: Wanda Laura Leite Limab) Vacância: Antônio José de Queiros Camposc) Exoneração. Juliene Maria Ramos Botelho Dantflsd) ·Nomeações: Eduardo Baumgratz Viotti, Eduardo

Leal de Meloe) Dispensas: Antônio José Vieira de Queiros Cam­

pos, Denise Richard Pontes, Juliana de Lacerda MessereRomancini, Maria Elza de Oliveira, Maria Eunice BarbosaBertolino Zia

f) Designações por acesso: Juliana de Lacerda Mes­sere Romancini, Maria Eunice Barbosa Bertolino Zia, UiI-za Maria Guerra Neves, Wilham Xavier da Silva. .

3- MESA4 - LÍDERES E VICE-LÍDERES5 - COMISSÕES

Julho de Ilili] DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14631

Ata da 10Sa Sessão, em 7 de julho de 1993Presidênciá dos Srs.: Inocêncio Oliveira, Presidente;

Adilson Motta, ]0 Vice-Presidente; Fernando Lyra, 2° Vice-Presidente; Cardoso Alves, 2° Secretário.

ÀS 14 HORAS COMPARECEM OS SENHORES:

Inocêncio OliveiraAdylson MottaFernando LyraWilson CamposCardoso AlvesR.SáAlcides Modesto

RORAIMA

PARAIBA

RAMALHO LEITE

PERNAMBUCO

BAHIA

UBALDO DANTAS

BLOCO

PSDB

ALCESTE ALMEIDAAVENIR ROSAFRANCISCO RODRIGUESJOAO FAGUNDESJULIO CABRALRUBEN BENTO

BLOCOPPBLOCOPMDBPPBLOCO

MINAS GERAIS

ALVARO PEREIRAEDINHO FERRAMENTAPAULO ROMANOSERGIO FERRARASERGIO MIRANDA

PSDBPTBLOCOPMDBPCdoB

AMAPA

AROLDO GOESERALDO TRINDADEGILVAM BORGESLOURIVAL FREITASMURILO PINHEIROSERGIO BARCELLOSVALDENOR GUEDES

PARA'

ESPIRITO SANTOPDTPPR HELVECIO CASTELLOPMDBPTBLOCO RIO DE JANEIROBLOCOPP CYRO GARCIA

EDUARDO MASCARENHAS

PSDB

PTPSDB

ALACID NUNESCARLOS KAYATHGERSON PERESJOSE DIOGONICIAS RIBEIROOSVALDO MELO

AMAZONASJOAO THOME

RONDONIA

ANTONIO MORIMOTO

TOCANTINS

BLOCOBLOCOPPRPPRPMDBPPR

PMDB

PPR

SAO PAULO

ADILSON MALUFCHICO AMARALJOSE ABRAOJOSE ANlBALLUIZ MAXIMOMAURICIO NAJAR

MATO GROSSO

ITSUO TAKAYAMARICARDO CORREA

GOlAS

PMDBPMDB·PSDBPSDBPSDBBLOCO

BLOCOPL

DARCI COELHO

CEARA

CESAR CALS NETO

BLOCO VILMAR ROCHA

PARANA

PSD < MOACIR MICHELETTO

BLOCO

PMDB

14632 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1Sl93

O"SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A lista de pre­sença registra o comparecimento de 55 Senhores Deputados.

Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus, e em nome do Povo Brasileiro,

iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da sessão

anterior.

SANTA CATARINA

EDISON ANDRINOVALDIR COLATTO

RIO GRANDE DO SUL

EDSON MENEZES SILVAHILARIO BRAUNPRATINI. DE MORAES

I - ABERTURA DA SESSÃO

PMDBPMDB

PCdoBPMDBPPR

Assim sendo, considerou a Comissão imprescindível umaanálise mais cuidadosa do projeto no âmbito desse órgão cole­giado, raz~o pela qual aprovou-se. a unanimidade, requeri­mento a serdirigido a Vossa Excelência no sentido intercederjunto ao Colégio de Líderes para que não sejam adotadas

.medidas que impeçam a apreciação da matéria pela Comissãode Justiça, tais como a aprovação do regime de tramitaçãourgente ou urgentíssima. conforme disposiçóes regimentaiscontidas nos arts. 153 e seguintes do R. I.

Ainda em tempo, aproveito o ensejo para informar'queo projeto está sendo remetido à Comissão de Economia. con­forme de~p'acho de Vossa Excelência, juntamente com algu­mas considerações, fruto dos debates realizadas até o presentemomento no seio desta Comissão.

Sem mais para o momento, renovo à Vossa Excelênciaprotestos de elevada estima e consideração.

Deputado José Dutra, Presidente.

Do ~r. Deputado Marco Penaforte, Presidente da Comis­são de Consumidor, Meio Ambiente e Minorias, nos seguintestermos:Of.TP n'! 64N3

11 - LEITURA DA ATA

o SR. NILSON GIBSON, servindo como 2" Secretário,procede à leitura da ata da sessão antecedente, a qual é,sem observações aprovada.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Passa-se à leitu­ra do expediente.

O SR. MUNHOZ DA ROCHA, servindo como 1" Secre­tário, procede à leitura do seguinte

111 - EXPEDIENTE

OFÍCIOS

Do Sr. Deputado José Dutra, Presidente da Comissão deConstituição e Justiça e de Redação, nos seguintes termos.

Ofício n~ 261-P/ReqBrasília, 3 de junho de 1993

À Sua Excelência o SenhorDeputado Inocêncio de OliveiraDD. Presidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente,Em razão da Questão de Ordem levantada pelo Sr. Depu­

tado Gerson Peres, foi discutida hoje, em reunião ordinária,a participação da Comissão de Constituição e Justiça e deRedação na apreciação do Projeto de Lei Complementar n"153, de 1993. do Poder Executivo, que regulamenta a cobrançado IPMF. o que, afinal, ensejou a elaboração do presenterequerimento.

Antes de passarmos a decisão tomada por este órgãotécnico, convém lembrarmos que a supramencionada propo­sição foi objeto de discussão em reunião extraordinária reali­zada na tarde de ontem, quando diversos parlamentares tive­ram a oportunidade de tecer considerações sobre a matéria,apontando, inclusive, a necessidade de correções quanto as'lspectos de constitucionalidade e iuridicidade.

Brasília, 14 de junho de 1S193.

Exm". Sr.Deputado Inocêncio OliveiraDD. Presidente da Câmara dos Deputados

.Senhor Presidente.Nos termos regimentais, solicito a V. Ex" a gentileza de

conceder a esta Comissãn audiência do Projeto de DecretoLegislativo n" 260/93 - do Poder Executivo (Mensagem n"847/92) - que "submete à consideração do Congresso Nacio­nal os textos do Convênio Constitutivo e do de Administraçãodo Fundo Multilateral de Investimentos, celebrados, em prin­cípio. entre o Banco Interamericano de Desenvolvimento eos países doadores, dentre os quais o Brasil, em 11 de fevereirode 1992".

Tendo em vista que o Projeto em tela trata de matériarelacjemada à defesa dos interesses do consumidor brasileiro,bem como possui implicações sobre a área ambiental, consi­dero que a Comissão de Defesa do Consumidor. Meio Am­biente e Minorias deve manifestar-se sobre o mesmo. confor­me estudo, em anexo, elaborado pela Assessoria Legislativada Casa.

Certo de contar com a atençáo de V. Ex", subscrevo-meAtenciosamenteDeputado Marco Penaforte. Presidente.

Defiro a audiência solicitada, esclarecendo, toda­via, que, na hipótese de apresentação de mais de umsubstitutivo, prevalecerá o de autoria da Comissão deEconomia, Indústria e Comércio.

Em 7-7-Y:' -Inocêncio Oliveira, Pre~iuente

Do Sr. Deputado Manoel Castro, Presidente da Comissãode Finanças e Tributação, nos seguintes termos:Of. n" P-Oó2193

Brasília, 23 de junho de 1993

A Sua Excelência c SenhorDeputado Inocêncio OliveiraPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente.Comunico a V. Ex"., para os fins previstos nos arts. 54,

JJ e 58 do Regimentolnterno, que esta Comissão cocluiu pela

Julho de 1993 DTÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçúo I)----'---'------------- Quinta-feira H 14633

Brasília. 22 de junho de 1993.

incompatihilidade orçamentária e, no mérito, pela rejeiçãodo Projeto de Lei n"IR3/91, do Sr. Inocêncio Oliveira.

Cordiais Saudações, Deputado Manoel Castro,Presiden-te.A Sua Excelência o SenhorDeputado Inocêncio de OliveiraPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Nos termos regimentais e por se tratar de matéria corre­

lata, solicito a V. Ex" seja apensado o Projeto de Lei n"3.595/93, da Sr" Ângela Ahlin, ao Projeto de Lein" 2.774/92,do Sr. Jackson Pereira, que "dispõe sohre a regulamentaçãodo artigo 100 da Constituição Federal no que se refere àatualização de valores dos déhitos constantes de precatóriosjl!diciários" .. Cordiais Saudações,

Deputado Manoel Castro, Presidente.Defiro. Apense-se ao PL n" 2.774N'2 o PL n" 3.595N3.

Do' Sr. 'Deputado Maurílio Ferreira Lima, Presidénte daComissão de Seguridade Social e Família, nos seguinte' termos:

. Ofício n" 65N3-PA Sua Excelência o SenhorDeputado InocênCio Oliveira'DD. Presidente da Câmara dos DeputadosNesta

Encanlinho a Vossa Excelência. para deferimento. o pa­recer preliminar (cópia anexa) do Deputado Geraldo AlckminFilho. aprovado nesta Comissão em sua reunião de 16-6-93.

Atenciosamente ..Deputado Maurílio Ferreira Lima, Presidente

Defiro a 'apensação do PL n" 3.178/92 ao' PL' n"2.942/92.

Em 7-7-93. - Inott:ncio OiiH~ira, l'ICSILÍcnll.:.Do' Sr. Deputado Paulo Paim, Presidente da Comissão

de Trabalho de Administração e Serviço Público, nos seguintestermos,Of n" 251/93A Sua Excelência o SenhorDeputado Inocêncio OliveiraDO. Presidente da Câmara dos DeputadosNésta

Senhor Presidente.Comunico a V. Ex". para os fins previstos no artigo 5R

do Regimento Interno, que esta Comissão aprovou, com suhs­titutivo, o Projeto de Lei n" 532/<)1 - do Sr. José CarlosCoutinho - que "dispõe sohre comprovação do tempo deserviço para efeito de aposentadoria".

Solicito que sejam tomadas as devidas providências..Atenciosamente.,Deputado Paulo Paim, Presidente.

Ofício n'! 252193Brasília, 22 de junho de 1993

A Sua Excelência o SenhorDeputado Inocêncio Oliveira00. Prcsidente da Cúmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente.Comunico a V. Ex", para os fins previstos no artigo 5R

dó Regimento Interno. que esta Comissão aprovou, com subs­titutivo, o Projeto de Lei n" 1.05R/91-do Sr. Maurici Mariano- que "concede às cooperativas de trahalho a preferência

. , na ohtenção de, contratos púhlicos e dá outras providências'l.

Solicito que sejam tomadas as devidas prôvidências.Atenciosamente,Deputado Paulo Paim, Preside'nte.

Ofício n" 253N3

A Sua Excelência o SenhorDeputado Inocêncio OliveiraDD. Presidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente,Comunico a V. Ex", para os fins previstos no artigo 5R

do Regimento Interno, que esta ÇO,missãoaprovou, com suhs­titutivo, o Projeto de lei n7'?" 1.372/91. (PL's n" 2.947/92,3.025192 e 3.050192, apensados) - do Sr. Max Rosenmann~ que "institui incentivo para a oferta de ,emprego a trahalha­dores com idade igualou superior a quarenta !inos e dá outrasprovidências". '.

Solicito 4ue sejam tomadas as devidas providências.Atenciosamente,Deputado Paulo Paim, Presidente.

'Ofl'ci() n' '1S41l}1 . . .-- . - Braslha. 22 de Junho de 1993.

A 'Sua Excelência o SenhorDeputado InOCêncio OliveiraDO. Presidente da C<lmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente.Comunico a V. Ex" para os fins previstos no artigo 5R

do Regimento Interno. que esta Comissão aprovou, com subs­titutivo, o Projeto de Lei n" 4.596-A/90 -,:. do Sr. Elias Murad-, 4ue "modifica a redaçúo da alíne'a' li 'do parágrafo 4"doartigo 654 da CLT, 4ue estahelecea's 'ci)ndições para inscriçãono concurso para ingresso na magistratura do trahalho. "

Solicito 4ue sejam tomadas as,devidas pmvidências~.

Atenciosamente,Deputado Paulo Paim, Presidente

Ofício n" 255/93Brasília, 22 de junho de 1993.

A Sua Excelência o SenhorDeputado Inocêncio OliveiraDD. Presidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente,Comunico a V. Ex", 'para os fins previstos no artigo 5R

do Regimento Interno, que esta Comissão aprovou, com suhs­titutivo. Projeto de Lei n'! 2.427-AI91 - do Sr. Luiz Soyer-- 4ue "dispõe sohre o 'financiamento do seguro-desemprego,regulando a complementação do respectivo fundo pelas em­presas de maior rotatividade da mão-de-ohra, na forma doartigo 239. caput e § 4" da Constituição Federal.

Solicito que sejam tomadas as devidas providências.Atenciosamente,Deputado Paulo Paim, Presidente.

Ofício n" 256/93BrasJ1ia, 22 de junho de 1993.

A Sua Excelência o SenhorDeputado Inocêncio OliveiraDO. Presidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Pn;sidente,Comunico a V. Ex", para os fins previstos no artigo 58

do Regimento Interno. que esta Comissão aprovou, com subs-'

14634 Quinta-feira X DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Julho de 11)93---------------_._------------------------_.....~ ..-.-titutivo. o Projeto de Lei n" 3.301192 - do Sr. VirmondesCruvinel - que "altera dispositivos da Lei n" 8.460. de 17de setembro de 1990. que "concede antecipação de venci­mentos e de soldos dos servidores civis c militares do PoderExecutivo e dá outras providências". .

Solicito que sejam tomadas as devidas providências.Atenciosamentc.Deputado Paulo Paim, Presidente.

Ofício n" 259/1)3BrasI1ia. 30 de junho de 1993.

A Sua Excelência o SenhorDeputado Inocêncio OliveiraDO. Presidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente.

Comunico a V. Ex". para os fins previstos no artigo51' do Regimento Interno. que esta Comissão aprovou o Pro­jew de Lei n" 3.521'193 - do Tribunal Superior do Trabalho- que "cria carg()s do Grupo Processamento dc Dados noQuadro Permanente de Pessoal da Secretaria do TribunalRegional do Trabalho da I" Região e dá outras providências".

Solicito que sejam tomadas as devidas providências.

Atenciosamente.Deputado Paulo Paim, Presidente.

Ofício n" 260N3Brasíli2.. 30 de junho de 11)93.

A Sua Excelência o SenhorDeputado Inocêncio OliveiraDO. Presidente da Cámara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente.Comunico a V. Ex". para os fins previstos no artigo

58 do Regimento Interno. que esta Comissão aprovou o Pro­jeto de Lei n" 3.530193 - do Tribunal Superior do Trabalho- que "cria cargos do Grupo Processamento de Dados noQuadro Permançnte de Pessoal da Secretaria do TribunalRegional do Trabalho da 3" Região e dá outras providências".

Solicito que sejam tomadas as devidas providências.Atenciosamente.

Deputado Paulo Paim, Presidente.

Ofício n" 261 N3BrasI1ia. 3D de junho de 11)1)3.

A Sua Excelência o SenhorDeputado Inocêncio OliveiraDD. Presidente da Càmara dos DeputadosNesta

Sr. PresidenteComunico a V. Ex'. para os fins previstos no artigo 58

cio Regimento Interno. que esta Comissão aprovou o Projetode Lei n" 3.53li93 - do Tribunal Superior do Trabalho ­que "cria cargos do Grupo Processamento de Dados no Qua­dro Permanente de Pessoal da Secretaria do Tribunal Regionaldo Trabalho da 4" Região e dá outras providências".

Solicito que sejam tomadas as devida's providências.Atenciosamente.Deputado Paulo Paim, Presidente.

Ofício n" 262/1)3BrasJ1ia. 3D de junho de 1993.

A Sua Excelência o SenhorDeputado INOCÊNCIO OLIVEIRADD. Presidente da Càmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente.Comunico a V. Ex". para os fins previstos no artigo 58 '

do Regimento Interno. que esta Comissão aprovou o Projetode Lei n" 3.532/93 - do Tribunal Superior do Trabalho ­que "cria cargos do Grupo Processamento de Dados no Qua­dro Permanente de Pessoal da Secretaria do Tribunal Regionaldo Trabalho da 5" Região e dá outras providências".

Solicito que sejam tomadas as devidas providências.Atenciosamente.Deputado Paulo Paim, Presidente.

Ofício n" 263N3Brasília. 30 de junho de 191)3.

A Sua Excelência o SenhorDeputado Inocêncio OliveiraDD. Presidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente.Comunico a V. Ex'. para os fins previstos no artigo 58

do Regimento Interno. que esta Comissão aprovou o Projetode Lei n" 3.533/93 - do Tribunal Superior do Trahalho ­que "cria cargos do Grupo Processamento de Dados no Qua­dro Permanente de Pessoal da Secretaria do Tribunal Regionaldo Trabalho da 6" Região e d,j outras providências".

Solicito que sejam tomadas as devidas providências.Atenciosamente.Deputado Paulo Paim, Presidente.

Ofício n" 264N3Brasília. 30 de junho de IlJ93.

A Sua Excelência o SenhorDeputado Inocêncio OliveiraDD. Presidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente.Comunico a V. Ex". para os fins previstos no artigo SH

do Regimento Interno. que esta Comissáo aprovou o Projetode Lei n" 3.534/93 - do Trihunal Superior do Trabalho ­que "cria cargos do Grupo Processamento de Dados no Qua­dro Permanente de Pessoal da Secretaria do Trihunal Regionaldo Trahalho da 7" Região e dá outras providências".

Solicito que sejam tomadas as devidas providências.Atenciosamente.Deputado Paulo Paim, Presidente.

Ofício n" 265/93BrasI1ia. 30 de junho de llJlJ3.

A Sua Excelência o SenhorDeputado Inocêncio OliveiraDD. Presidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente.Comunico a V. Ex". para os fins previstos no artigo 58

do Regimento Interno. que esta Comissáo aprovou o Projetode Lei n" 3.535!l)3. do Trihunal Superior do Trahalho - que"cria cargos do Grupo Prncessamento de Dados no Quadro

Julho de !Yl)3 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (S't;ção I)--------- Quinta-feira I' 14635

Permanente de Pessoal da Secretaria do Tribunal Regionaldei Trabalho da 8" Região e dá outras providências".

Solicito que sejam tomadas as devidas providências.Atenciosamente, ,Deputado Paulo Paim, Presidente.

Ofício n" 266/93Brasília, 30 de junho de 1993.

A Sua Excelência o SenhorDeputado Inocêncio OliveiraDD. Presidente da Câmara dos DeputadosNe~ta

Senhor Presidente,Comunico a V. Ex", para os fins previstos no artigo 58

do Regimento Interno, que esta Comissão aprovou o Projetode Lei n" 3.537 /93 - do Tribunal Superior do Trabalho ­que "cria cargos do Grupo Processamento de Dados no Qua­dro Permanente de Pessoal da Secretária do Tribunal Regionaldo Trabalho da 10" Região e dá outras providências".

Solicito que sejam tomadas as devidas providências.Atenciosamente,Deputado Paulo Paim, Presidente.

Ofício n" 267/93Brasília, 30 de junho ,de 1993.

A Sua Excelência o SenhorDeputado Inocêncio OliveiraDO. Presidente da Cámara dos Deputados

'\l'nho!' Presidente.Comunico a V. Ex". para os fins previstos no artigo 58

do Regimento ·Interno, 4uc esta.Comissão aprovou o Projetode Lei n'.' 3.538193 -.do Tribunal Superior do Trabalho ­que "cria cargos do Grupo Processamento de Dadqs. no Qua­dm permanente de Pessoal da Secretaria do Tribun,\l Regionaldo Trabalho da 11" Região e dá outras providências".

Solicito que sejam tomadas as devidas providências.Atenciosamente,Deputado Paulo Paim, Presidente.

Ofício n'.' 268/93BrasíÍia, 30de junhode 1993.

A ~ua Excelência o SenhorDeputado Inocêncio OliveiraDD. Presidente da Cámara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente.Comunico a V. Ex", para os fins previstos no artigo 58

do Regimento Interno, que esta Comissão aprovou o Projetode Lei Ir' 3.539/93 - do Tribunal Superior do Trabalho ­que "cria cargos do Grupo Processamento de Dados' no Qua­dro Permanente de Pessoal da Secretaria do Tribunal Regionaldo Trabalho da 12" Regiüo e dá outras providências".

Atenciosamente,Deputado Paulo Paim, Presidente.

Ofício n" 269/93Brasília, 30 de junho de 1993.

A Sua Excelência o SenhorDeputado Inocêncio OliveriaDD. Presidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente.C~munico a V. Ex", para os fins previstos no artigo 58

do RegImento Interno. que esta Comissão aprovou o Projeto "

de Lei n° 3.540/93 - dô Tribinual Superior do Trabalho ­que "cria cargos do. Grupo Processamento de Dados no Qua­dro Permanente:: çe' P~ssoal da Secretári~cio Tribunal Regionaldo Trabalho da)}'! ~.egj'ão e dá outras providências". . ,

. Solicito que sejam tàmadas as devidas' providências.Atenciosamente, .. . , .Deputado Paulri,Paim, Presidente.

Ofício n" 270/93Brasília, 30 de junho de 1993.

ASua Excelênciá o SenhorDeputado Inocêncio OliveiraDD. Presidente da Câmara dos Deputados'Nesta \ I .

Senhor Presidente,Comunico a V. Ex", para os fins previstos no artigo 58

do Regimento Interno, que esta Comissão aprovou o Projetode Lei n" 3.541/93 - do Tribunal Superior do Trabalho ­,q~e "Cria cargos' d~'Grupo Processam~nto de pados no 9.ua­dro Permanente de Pessoal da Secretanà do Tnbunal RegIOnal

:do Trábalho da 14';Região e dá outras providências". .-Solicito que 'sejam tomadas as devidas 'providências,'

. Atenciosament'e. .. /Deputado 'Paulo Paim, Presidente:

Ofício, n" 271193Brasília, 30 de junho de 1993.

A Sua Excelência o SenhorDeputado Inocêncio OliveiraDD. Presidente da .Câmara dos Deputatlbs .Nesta' , ,

Senhor Presidente,Comunico a V. Ex", para os fins previstos no artigo 58

do Regimento Interno, que esta comissão aprovou o Projetode Lei n\((31:543/93 ,r", do Tribunal Superior do' Trabalho ­'que "cria cargos do Grupo Processamento de Dados no Qua­'dr? rúmanente de Pessoal da Secretaria do,Tribunal Regional.do Trabalho da 17" Região e dá outras prcív)dências".

.. Solicito que sejam tomadas as devidas providências.Atenciosamente,Deputado Paulo Paim, Presidente. '

Ofício n" 272/93BrasI1ia. 30 ~e junho de 1993.

A Sua Excelência o SenhorDeputado Inocêncio Oliveira ..DD. Presidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente.Comunico a V. Ex", para os fins previstos no artigo 58

do Regimento Interno, que esta Comissão aprovou o Projetode Lei n" 3.544/93 - do Tribunal Superior do Trabalho ­que "cria cargos do.Grupo Processamento de Dados no Qua­dro Permanente de Pessoal da Secretaria do Tribunal Regionaldo Trabalho da 19" Região e dá outras providências".

Solicito que sejam tomadas as. devidas providências.Atenciosamente,Députado Paulo Paim, Presidente.

1..J-636 Quinta-feira K DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julhode 1993

Ofício n" 273N3Brasília. 30 de junho de 1993.

A Sua Excelência o SenhorDeputado Inocêncio OliveiraDD. Presidente da Cãmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente,Comunico a V. Ex", para os fins previstos no artigo 58

do Regimento Interno. que esta Comissão aprovou o Projetode Lei n" 3.673-A/93 - do Senado Federal (PLS 62192) ­que "altera o inciso VI do artigo 2" da Lei n" 8.025. de 12de abril de 1990".

Solicito que sejam tomadas as devidas providências.Atenciosamente.Deputado Paulo Paim, Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Finda a leiturado expediente. passa-:;':: ao

IV PEQUENO EXPEDIENTE

Tem a palavra o Sr. José Carlos Coutinho.

O SR. JOSÉ CARLOS COUTINHO (PDT - RJ. Pronun­cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente. $r)' e Srs. Depu­tados, publicou-se, há poucos dias, em conhecido jornal doPaís, editorial em que se acusa os auditores fiscais do TesouroNacional, entre outras coisas, de "ineficientes e chantagistas".Afirma o editorialista que o grande responsável pelas grevesdos servidores públicos é o regime de estabilidade do funciona­lismo, que nele se escudaria para chantagear o Poder Públicoe extorquir os recursos do Tesouro. Questiona, enfim, se osauditores fiscais vale o que produzem.

Cansados de agressões irresponsáveis e infundadas, e co­mo o referido jornal se recusasse a publicar a resposta doSindifisco, resposta essa que teoricamente a Lei de Imprensagarantiria, os auditores fiscais, por sua presidente, Maria Iza­bel A.F.M. de Almeida, fez publicar em O Globo, como paga,a matéria em que se explicita a posição da categoria, ao mesmotempo em que se alerta a Nação para o grande embuste quese oculta por trás das intenções daqueles que apregoam afim da estabilidade no serviço público, como a panacéia reden­tora da crise econômica nacional.

Cito alguns trechos da citada matéria publicada pelo Sin­difisco, que me parece oportuna para ret1exão sobre o pro­hlema:

"A estabilidade não é um direito sagrado nemum privilégio do servidor, mas garantia constitucionalda continuidade e da impessoalidade do serviço públi­co. Portanto, como direito implica deveres, que, senão cumpridos, acarretam a perda do cargo. Diante,porém, da incapacidade dos governos e administra­dores de gerenciar os recursos humanos, exigindo-lhesprodução e competência, se a opção for pelo fim daestabilidade, teremos, aí sim, definitivamente implan­tado no País, o clientelismo como regra, já que cadagovernante poderá substituir os servidores por seus cor­religionários, a cada nova eleição."

Será um desfile contínuo e festivo de todos os "trensda alegria", que transformarão os cargos púhlicos em moedapara a compra de votos e de favores políticos. A\, então,>

é que a despesa com salários do funcionalismo deverá atingiríndices alarmantes, pois os futuros beneficiados serão, comcerteza, familiares, apaniguados e cabos eleitorais dos gover­nos. Hoje, apesar de tudo o que se diz, apesar da políticasistemática de responsabilizar a folha de pagamentos do fun­cionalismo pelo déficit público e, conseqüentemente, pela in­tlação, os gastos com a remuneração dos servidores estãoem seu nível mais baixo no histórico dos últimos cinqüentaanos, perfazendo exatos 5,15% das despesas do Governo Fe­deraL de acordo com dados do próprio Balanço Geral daUnião/Lei Orçamentária para 1993.

No momento em que o País desfecha essa cruzada nacio­nal de combate à sonegação e à corrupção, espera-se do gover­no maior sensibilidade, para dar aos que executam direta­mente essa ação saneadora Os instrumentos mínimos neces­sários que lhes possibilitem a eficiência que toda a Naçãoespera deles.

Os auditores fiscais são funcionários de altíssimo nível,todos eles aprovados em concurso público rigoroso e prestamao País um serviço da maior relevância. Se mais não fazemé por terem contra si a emperrada máquina da administraçãotributária, a fragilidade de uma legislação anêmica e impo­tente, além de, muitas vezes, a complacência de adminis­tradores públicos com a corrupção, o que tem inviabilizadoo sucesso de qualquer reforma tributária.

Não pode esta Casa, portanto, Sr. Presidente, permitirque se desvirtue ou se diminua, de forma alguma o papeldos auditores fiscais, Um salário justo, compatível com suaformação especializada e a relevância do serviço que prestam,é garantia adicional de uma ação eficiente, cujos resultadossento revertidos em benefício de todo o povo brasileiro.

O SR. SIMÃO SESSIM (Bloco Parlamentar - RJ. Pro­nuncia o seguinte discurso.) -Sr. Presidente, Srs. Deputados,no último dia 5 de julho, o Município de itaguaí comemorouseus 175 anos de vida político-adminitrativa autônoma, e nãopoderia deixar de vir em plenário prestar minha homenagemàquela gente que tanto faz não só por essa localidade mas,também, e principalmente, por todo o Estado do Rio de Ja­neiro.

Itaguaí é parte da região metropolitana do Grande Rio,uma extensa área que engloba a cidade do Rio de Janeiroe Municípios adjacentes. Forma, com as vizinhas Nilópolis,Nova Iguaçu, Queimados, Belford Roxo, Japeri, São Joãode Meriti e Duque de Caxias, a chamada Baixada Fluminense,que muitas vezes - e injustamente - é mais conhecida doshrasileiros pela freqüência com que ocupa as páginas policiaisdos noticiosos do que pela pujança de sua economia, suaindústria. seu comércio, e o trabalho de seus habitantes.

A história da atual Itaguaí retrocede muito no tempoe chega aos meados do século 17, com a chegada dos missio­nários da Companhia de Jesus. Já em 1729 era dedicada umaigreja li São Francisco Xavier, e daí para frente o pequenopovoado experimentou um notável crescimento, o que justifi­cou a elevação de seu status de aldeia para vila em 5 dejulho de 1818, data esta que agora venho aqui lembrar. Coma denominação de Vila de São Francisco Xavier de Itaguaí,a antiga aldeia passa a incluir, além da freguesia de Itaguaí,as de Marapicu e de Mangaratiba.

Situava-se a nova vila numa região estratégica para ascomunicaçóes entre Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais,sendo excelente roteiro para o trânsito entre esses três Esta­dos, na época o centro econômico do Brasil, sobretudo pelodesenvolvimento da cultura cafeeira. A mesma região abri-

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)------------------ Quinta-feira R 14637

gava o cerne da política e da administração do Brasil Colônia,e a História registra mesmo a hospedagem de D. Pedro Ina localidade de Itaguaí, quando se dirigia a Sãq .Paulo paraproclamar República. . ' " '

Privilegiada pela fertiUdade de suas rerras, Itaguaí viuflorescer a cultura do café, da cana-de-açúcar, de farinha ede cereais até o final do século passado, quando a crise econô­mica produzida pela evasão do braço escravo fez dacair aprodução rural. No entanto, a vocação do Município paraa agricultura se manifestaria outra vez, meio século mais tarde,com a criação do Centro Nacional de Estudos e PesquisasAgronômicas, berço da atual Universidade Federal Rural doRio de Janeiro.

Orgulho não só do Município como também do Estado,a Universidade Rural engrandece Itaguaí por sua eficiência,demonstrada em todos os departamentos. Estes abarcam todasas áreas das ciências rurais, tanto do ramo da agronomia quan­to da'veterinária, o que vem sendo reconhecido pela comuni­dade acadêmica de todo o País.

Em ,seus quase 118 mil metros quadrados de área cons­truída, localizada num belíssimo e aprazível campus, no Dis­trito,de Seropédica, a UFRRJ oferece uma média de 16 cursospara 3 mil alunos no nível de graduação, além de cursos demestrado e doutorado para mais de 300 graduados e pós-gra­duados. Hoje, é a Universidade Federal Rural do Rio deJaneiro uma instituição de renome, que engrandece sobrema­neira o Município que a abriga, e, se assim ocorre, é porcausadas características peculiares que oferece Itaguaí paraesse tipo de instituição.

A mesma vocação para a agricultura iria levar tambémItaguaí a receber, na primeira metade deste século, uma gran­de leva de imigrantes, japoneses, cujos descendentes conti­nuam participando ativ.amente da vida econômica, social, cul­tural e política do Município. Neste dia, não poderíamos dei­xar de mçndonçí-los, pois, com geU tmdicional devotamentoao trabalho nó campo, vêm contribuindo continuamente parao progresso de toda a região."

, Creio, Sr. Presidente, Srs. Deputados, ter apresentado,neste breve pronunciamento, justificativa para a minha sauda­ção ao povo de itaguaí, no transcurso das celebrações dos175 anos de autonomia do Município. A ele deve muito oEstado do Rio de Janeiro; a ele deve a Baixada Fluminensepor seu desenvolvimento' econômico e social. Ao povo deItaguaí, portanto, o reconhecimento de todos os fluminensespor tudo que já conseguiu em prol do Município, da regiãoe do Estado.

o SR. LUIZ HENRIQUE (PMDB - Se. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, a sone­gação é uma das piores chagas da nossa sociedade. Ela éirmã da corrupção, da concorrência desleal, do desmante­lamento do setor público, do descrédito das instituições. Elaé o desgoverno, a desagregação social, o desrespeito à cidada­nia e o germe para a ruptura do tecido da sociedade.

O combate implacável à sonegação é uma das decisõesmais acertadas do Governo Itamar Franco. Acerta em cheioo Ministro Fernando Henrique quando detona os mísseis daReceita Federal contra o caixa dois. que se vinha constituindonuma prática. Essa prática, de um lado, revela o nefasto ladoda cobiça, do levar vantagem em tudo; do outro, até umadefesa contra o mau uso do dinheiro público, que se tornoufreqüente. seja a nível municipal. estadual ou federal.

Estou ocupando esta tribuna para manifestar meu totalapoio e solidariedade ao Ministro Fernando Henrique, enten­dendo que, neste momento grave da Nação, sua gestão exigemão de ferro, seja no controle dos gastos públicos. seja naexigência da completa exação do pagamento dos tributós'.

O Brasil não tem' uma carga tributária insustentável. Nogeral, ela é até menor do que a de muitos países com caracte­rísticas semelhantes ao nosso. O problema é que essa cargaé mal definida e distribuída. ora onerando setores. (comoo de alimentos básicos). que sãoisentos em muitos dos nossosprincipais concorrentes internacionais; ora incidindo na pro­porção inversa da capacidade contributiva dos cidadãos, oque é, socialmente. uma tragédia.

Por outro lado,despida da necessária progressividade.e incapaz de fazer o Estado funcionar adequadamente. a nossaestrutura tributária arrocha os salários, transformando o Esta­do sem caixa no. grande oponente ao crescimento do ganhodos trabalhadores, servidores públicos, aposentados e pensio­nistas,

Acrescendo-se à ineficiência do próprio sistema fiscal doGoverno. a sonegação desenfreada torna, ainda mais grave.a incapacidade do Estado em cuidar da educação. da saúde.da segurança e do bem estar do povo. bem como de fazeras obras de infra~estrutura, indispensáveis ao desenvolvimentodo País e à geração de empregos em grande escala.

Chegamos ào ponto trágico, em que a sonegação deixoude ser apenas uma esperteza. mas também uma defesa contrao Estado, que não cobra, e contra o concorrente. que tornadesleal a competição.

Dentro desse quadro, uma empresa - seguindo as carac­terísticas, em geral de seriedade, do empresário catarinense- vem reclamando o combate tenaz e rigoroso à sonegação,bem como. uma reforma tributária simplificadora do sistema,universalizadora da cuntribuição dos cidadãos e das empresase restauradora da progressividade fiscal. '

Assisti a várias iniciativas dessa empresa, a Sadia, sejapor seu ex-Presidente, Zoé Silveira Dávila, seja por seu atualtitular, LLit FernariElo Furlan, seja por seus diretores, quevieram a Brasília solicitar do Governo e do Congresso umaurgente reforma tributária e um inadiável combate frontalà sonegação. .

Por isso. Sr. Presidente. Srs. Deputaâos. surpreendeu-menotícia veiculada pela imprensa de que aquela Empresa estariapraticando sonegação fiscal, em conluio com empresas da Zo­na Franca de Manaus.

Essa nodéi~ tinha sido gerada por uma declaração atri­buída ao Del~~~do de Polícia Federal, Ademir Alves. Este,no entanto, e.i'fl carta que enviou no dia 6 de julho último,que passo a ler. para integrar os autos desta Casa. nega atéao menos indícies de participação da Sadia em fraudes porven­tura p~aticadas por empresas loc'alizadas no Am~zonas.

A Sadia foi fundada por Atílio Fontana, um homem sim­ples. um agricultor de letras primárias. que. vindo do RioGrande do Sul, fundou e consolidou uma das mais eficientesempresas agroindustriais do mundo; que é capaz de competir- não obstante os descaminhos recentes do nosso País ­com grupos poderosos do Pri'11eiro Mundo.

Atílio deixou como herança à Sadia seu exemplo de digni­dade e retidão. que seus sucessores vêm mantendo irrepreen­sivelmente.

Pelo acontecido, é fundamental que o Governo, por seusagentes. seja criterioso ao noticiar os casos de sonegação,

14638 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

para não atingir o bom nome de terceiros inocentes, comono caso o Grupo Sadia.

o SR. NILSON GIBSON (PMDB - PE. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr'< e Srs. Deputados,a recessão que abalou a economia brasileira, na última década,criou em nossa sociedade uma obsessão por eficiência, moder­nização e competitividade. Ao mesmo tempo, vimos crescera preocupação com O patrimônio público e a dolorosa cons­ciência dos imensos problemas sociais que se multiplicam portodo o País.

Por um lado, temos que produzir mais e melhor parasuportar a concorrência internacional. Por outro lado, temosque acabar com a miséria que atinge milhões de brasileiros.

Só poderemos realizar essa tarefa múltipla, se tivermosinstituições capazes de atuar em várias frentes, dispostas aenfrentar e vencer o desafio da modernização com justiçasocial.

E a verdade é que temos instituições assim. Uma delas,talvez a mais bem qualificada para a tarefa, e sem dúvidaum exemplo em todo o mundo, é o Banco do Brasil.

O balanço das atividades desse grande banco no ano de1992 revela a combinação excepcional entre a empresa compe­titiva e a agência com largo espectro de atuação social.

Num País corroído por tantas dúvidas e incertezas, émotivo de redobrada satisfação constatar que o Banco doBrasil conseguiu manter e ampliar sua posição de principalpólo do desenvolvimento nacional.

Hoje, qualquer cidadão que entra numa agência do Bancodo Brasil sente que está diante de uma empresa sólida. Mas,mais do que isso, sente que tem ali um aliado, sabe que pelomenos aquela empresa trabalha dia e noite em benefício doPaís como um todo.

No ambiente de profunda desconfiança que a sociedadetem pelas mais variadas instituições, a credibilidade do Bancodo Brasil é um bem muito precioso, incomparável.

A política de privatizações tem dado oportunidade paraque se discuta o valor do patrimônio público. Ora, mas o~aior patrimônio de uma nação é justamente a credibilidade.E ela que trona possíveis os projetos coletivos e o consensopolítico em torno das questões fundamentais.

Mas os valores não sobrevivem se permanecem dispersos,precisam cristalizar-se nas instituições. E é esse o grande papeldo Banco do Brasil. Sua presença é insubstituível no cenárionacional e internacional, pois ele deve, a um só tempo, fomen­tar ~ desenvolvimento e manter viva a cOllfi~nça da Naçãoem S1 mesma. .t."

E não é de hoje que o Banco do BrasiÍ vem atuando.Ele foi criado em 1808, antes mesmo da independência, efoi o quarto órgão emissor de moeda do mundo. Têm razãoos funcionários e dirigentes dessa grande empresa quandoafirmam que ninguém conhece melhor o Brasil.

Sim, pois é um conhecimento íntimo, visceral, implantadonas raízes da sociedade. Um exemplo disso é o fato de 84%das unidades do Banco estarem localizadas fora dos grandescentros urbano~. Ele está presente nos pequenos Municípios,perto do povo que trabalha, administra sua empresa e é consu­midor.

Trata-se de uma rede capilar, que se alimenta com asinformações e sentimentos da população. Nenhuma outra ins­tituição possui uma radiografia tão completa dos anseios edificuldades da comunidade. E é justamente por isso que elaestá apta a antecipar os grandes movimentos nacionais e a'

oferecer os produtos e oportunidades que os cidadãos espe­ram.

Todos os brasileiros conhecem o Banco do Brasil. Conhe­cem, confiam e querem trabalhar com ele. O cheque-ouro,oferecido pelo Banco, transformou-se num documento de to­tal aceitação em qualquer lugar do País. Quem tem esse che­que nunca está em apuros, pois tem nele uma verdadeiracarta de apresentação comercial.

E esse, como sabemos, é apenas um entre muitos produ­tos oferecidos. São 21 milhões de clientes que utilizam 4 mil622 unidades de atendimento em 2 mil 358 municípios e maispostos de serviço em 32 países, nos principais centros finan­ceiros do mundo.

Em 1992, o Banco do Brasil realizou operações de créditono País no valor de 17 bilhões de dólares, sendo 11 bilhõesdestinados ao setor privado. O setor rural foi beneficiadocom 7,7 bilhões de dólares. Nas operações comerciais, deexportação e importação, o volume de transações foi de 9bilhões de dólares, 1,2% maior que no ano anterior. Os depó­sitos a prazo e as cadernetas de poupança movimentaram7,5 bilhões de dólares, com um crescimento real de 3,5%.

São números expressivos, que atestam qualidade e efi­ciência. O lucro líquido em 1992 foi de 5,5 trilhões de cruzeiros,com expansão real de 67,1 % em relação a 199J.

As atividades comunitárias do Banco espalham-se pelosmais variados setores. Envolvem meio ambiente, esporte, cul­tura e lazer, saúde e educação. A Fundação Banco do Brasil,que recebe até 5% do lucro líquido da empresa, já realizou,desde 1988, mais de 3 mil projetos. A Previ é a: mais antigaentidade fechada de previdência privada do País, tem 112mil associados e responde por mais de 27 mil aposentadoriase quase 8 mil pensões.

Os números são importantes, mas não dizem tudo. Sequisermos ter uma imagem ampliada e completa do Bancodo Brasil, teremos que percorrer todas as regiões do País,avaliar os caminhos de sua história. A vida dessa grande em­presa está de tal forma vinculada aos destinos da Nação, queuma e outra se interpenetram e às vezes se confundem.

Quem hoje fala do passado, das esperanças e das poten­cialidades do povo brasileiro precisa, necessariamente, falarde sua principal instituição econômica. Qualquer que sejao caminho escolhido teremos que percorre-lo junto com oBanco do Brasil.

O SR. MAURÍCIO CAMPOS (PL - MG. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Deputados, venhoà tribuna, nesta tarde, para encaminhar à Presidência requeri­mento .vazado em termos regimentais, no qual requeiro aoilustre Ministro de Minas e Energia informações detalhadassobre a farta distribuição de recursos aos Municípios do Valedo Rio Doce, dias passados, pelas mãos de S. Ex' e da Compa­nhia Vale do Rio Doce. Se assim procedo, Sr. Presidente,é porque, por mais que eu insistisse, não consegui obter taisinformações do Ministério de Minas e Energia de maneirainformal. O Ministro não se dignou encaminhar-me as infor­mações sobre a distribuição de tais recursos.

Como Deputado eleito por majoritário desde minha pri­meira eleição, em 1978, em alguns Municípios dessa área,venho pedir oficialmente, através da Mesa da Casa, tais infor­mações, porque não fui certificado do trabalho do Ministériode Minas e Energia.

Sr. Presidente, o Ministro fez pior do que isso: veio àCâmara e se dirigiu ao gabinete de um colega de partido,

Julho de IlJlJ3 DIÁRIO 00 CONGRESSO NACIONAL (Seç<io I) Quinta-feira S I 463lJ,

membro da Mesa que dirige nossa Casa. para traçar comele uma estratégia contra qualquer manifestação. como a quefiz semana passada.

Eu o que fiz semana passada. Sr. Presidente. foi apontaruma mentira vazada na carta que o Ministro dirigiu ao Sr.Presidente da República. em que afirma que os Deputadosda região estavam envolvidos no processo. O colega que rece­beu a missão do Ministro de nos contestar csteve nesta tribunapara dizer quc faltamos com a verdade. Exibiu. para tanto.convite feito a ele, por S. Ex", para uma reunião em ftabira.em idos de março. em que se discutiria a distribuição dessesrecursos da Vale do Rio Doce.

Ora, Sr. Presidente, das duas uma: ou o convite exibidopelo colega é falso, e a mentira do Ministro continua. oué verdadeiro e aí a ação política de S. Ex" é ignominiosa.porque o colega a quem estou me referindo. ilustre Parla­mentar da Casa;é membro da Mesa e me disse. semana passa­da. que não tem qualquer interesse na Vale do Rio Doce.porque m10 representa nenhum dos Municípios da região.Se assim é, não deveria ter sido convidado para participarde uma reunião na qual haveria partilha do holo dos recursosda Vale do Rio Doce com os Municípios daquela área.

Desta forma, Sr. Presidente, reafirmo: "Quem com porcose mistura, farelo come". Isto é. quem avaliza mentiroso,quem avaliza desonesto. coloca-se na posição do receptadore se iguala a ele na sua desonestidade e na sua mentira.

Portanto, o Ministro agora está na companhia de umcolega que também faltou com a verdade, ao afirmar queestávamos mentindo.

Sr. Presidente, quero dizer ao final que esta ação políticado Ministro das Minas e Energia é nefasta ao Governo sobtodos os aspectos. Primeiro, porque é mentirosa. E não possopermitir que o Presidente da República, com quem tenhoum compromisso de amizade, receba uma corte contendo umamentira. Além disso o Ministro desenvolve uma ação antigo­vemo. E, se examinarem a minha atuação nesta Casa. haverãode ver que sistematicamente n1~,. tenho colocado ao lado doPresidente. :votando favoravelmente aos projetos de interessedo Governo.

Portanto. o Ministro, além de mentir, empurra-me paraa oposição. É preciso que o Presidente da Repúhlica saibada ação nefasta do seu Ministro em relação à sua ação governa­mental.

O Sr. Nilson Gibson - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex'a palavra.

O SR. NILSON GIBSON (PMOB - PE. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados,levanto uma questão de ordem na conformidade do art. 95do Regimento Interno.

Sr. Presidente, o § 2'" do art. 57. da Constituição. dispõeque "a sessão legislativa não será interrompida sem a aprecia­ção do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias".

Como se vê. o dispositivo constitucional tem uma desti­nação específica. concreta.

As normas jurídicas, em especial as constitucionais, quetêm por finalidade excepcional' regras gerais, devem ter. sobpena de se tornarem inócuas, uma aplicação decorrente deinterpretação restritiva.

Coneessa maxima venia, não há como se entender o dispo­sitivo constitucional determinando o pleno funcionamento do

Congresso Nacional, em julho. em face da não aprovaçãodo Projeto da LOO. Se o Congresso Nacional tiver uma pautanormal a cumprir, tudo indica que ela continuará prejudicandoa apreciação da LDO.

Sr. Presidente a interpretação mais liberal dos dispositivosconstitucionais sobre o processo legislativo destruiu completa­mente toda a montagem idealizada pelos Constituintes paraprovocar a apreciação em tempo hábil de certas matérias consi­deradas relevantes e urgentes. Por exemplo, o caso do veto.A Lei Maior estabelece que. se o veto não for apreciadono prazo de trinta dias. a contar do seu recehimento, eleseria colocado na Ordem do Dia da Sessão imediata, sobres­tadas as demais proposições, até sua votação final, ressalvadasas Medidas Provisórias (Art. 66, §§ 4" e 6").

Data venia, é conveniente registrar que o Congresso Na­cional recebe o veto quando quer. em virtude de uma interpre­tação liberal. Ora, o veto é apreciado em sessão conjunta.mas com as duas Casas votando separadamente.

Portanto. seria de se interpretar que ficariam sobrestadasas proposições existentes nas duas Casas, e não sóas da SessãoConjunta. pois neste caso, a rigor. o dispositivo torna-se inó­cuo. jd que, além de Medidas Provisórias. que não se sobres­tam. em Sessáo Conjunta só se aprecia, afora os vetos. maté­rias com prazo. A inocuidade é tão evidente que o CongressoNacional tem por apreciar um veto aposto pelo PresidenteFernando Collor ao Projeto de Lei de Conversão n" 21, de19lJO, de 12 de abril de 19lJO, recebido pelo Congresso Nacionalapenas em 23 de maio de IlJ90; o prazo de apreciação terminouno dia 23 de junho de IYlJO e ele ainda se encontra pendentede decisão após três anos.

É um ahsurdo!Sr. Presidente, o que espanta é que não se trata de um

caso isolado. A pauta de vetos tem. hoje. sessenta e oitomatérias a serem apreciadas. o que importa. aproxidamente,duzentas e trinta votações, ainda. em grande maioria, de llJ91e llJ92.

Prop9sição vetada em 24 de julho de llJ91 - SalárioMaternidàde - beneficia a trahalhadora rural. Pois até hojeo Congresso Nacional não apreciou o veto!Datissima venia, seria preferível que a matéria fosse arquivadapara permitir que um novo projeto de lei seja reapresentadb.

A Ordem do Dia da Câmara dos Deputados das sessõesdos dias 22 e 23 de junho passado reproduzia medidas deviolações ostensivas de dispositivos constitucionais. O art. 64,§ I". da Superlei, permite ao Presidente da República solicitarurgência para apreciação de suas propostas. O § 2" do mesmodiploma constitucional dispõe que, se tal matéria não for apre­ciada no prazo de quarenta e cinco dias, ela será incluídana Ordem do Dia, sobrestando-se a deliheração quanto àsdemais matérias. Sucede que nas pautas havia um razoávelnúmero de proposiçóes nessas condições e que foram ostensi­vamente atropeladas na sua discussão e votação.

Ex-positis, as sanções colocadas pelos Constituintes, vi­sando a mais rápida tramitação de algumas matérias, estãosendo ignoradas pelas duas Casas do Congresso Nacional.

Assim sendo, urge que os Presidentes da Câmara dosDeputados e do Senado Federal efetuem a convocação ex­traordinária do Congresso Nacional, a fim de se deliberarsobre matéria de interesse público relevante: política salarial,IPMF. entre outros assuntos.

Sl\lvo melhor juízo, Sr. Presidente. esta é uma questãode ordem não somente regimental, como também constitu-

14640 Quinta-feira X DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1<,/93

cional. E V. Ex", um dos mais inteligentes, cultos e corretosmemhros desta Casa, sobre ela deve decidir.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Nobre Depu­tado Nilson Gibson. a Constituição Federal, no art. 57, confor­me V. Ex" se referiu, estabelece:

.. Art. 57. O Congresso Nacional reunir·se-á,anualmente, na Capital Federal, de 15 de fevereiroa.30 de junho e de 1" de agosto a 15 de dezembro".

Quer dizer, .30 de junho é a data de término da primeiraetapa. Mas o § 2'·' do art. 57 diz claramente:

..A sessão legislativa não será interrompida sema aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamen­tárias. "

Isso é repetido no Regimento Interno, no § 3" do art.2":

..A sessão legislativa ordinária não será interrom­pida em .30 de junho enquanto não for aprovada alei de diretrizes orçament,irias pelo Congresso Nacio­nal. "

A quest,io que V. Ex" levanta realmente merece um estu­do, uma vez que, aprovada a LDO, não há mais razão paraa Casa continuar reunida, a não ser por convocação extraor­dimíria.

O SR. :'IlILSON GIBSON - Mas entendo. Sr. Presidente,conforme pronunciamento que entrego a V. Ex" por escrito,que a prorrogação é, exclusivamente, para votação da LDO.Cito o caso dos vetos e o caso daquele dispositivo constitu­cional no qual o Presidente da República encaminhava suasmensagens com urgência. A Câmara dos Deputados, no dia22 ou 23, como V. Ex" podení ver pelo avulso, estourou oprazo.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Nobre Depu­tado, quanto ao término dos trabalhos com a aprovação daLDO, isso parece-me inquestionável. Quanto à votação deoutras matérias além do dia 30, sem convocação extraordi­nária, é uma questão, no mínimo, polêmica e que deve serexaminada pela Mesa do Congresso Nacional.

A questão de ordem levantada por V. Ex'! se dirige àMesa do Congresso, ou melhor. à Presidência do CongressoNacional. Porém, ainda não está definida a Mesa do Con­gresso, pois falta votar uma resolução nesse sentido.

Assim sendo, essa questão será dirigida ao Presidentedo Congresso Nacional. Sugiro a V. Ex' que renove a questãode ordem hoje à noite, durante a sessão do Congresso. Mas,de qualquer forma. a Presidência vai encaminhar essa questãoao Presidente do Senado Federal ainda na tarde de hoje.

O SR. NILSON GIBSON - Sr. Presidente, data veniado entendimento de V. Ex", recorro da decisão. Peço queV. Ex", com efeito suspensivo, evidentemente, encaminhe aquestão à Comissão de Constituição e Justiça e de Redação,para que ela examine se a legitimidade para apreciar a matériaé do Presidente do Congresso Nacional.

Veja V. Ex" que estamos votando matérias, e deveríamos,obrigatoriamente, estar aqui para votar a LDO, que está sendopreparada pela Mesa para que seja votada.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Nobre Depu­tado, independentemente da comunicação que faremos aoPresidente do Senado, o recurso de V. Ex" encontra ampal'o

no art. <'/5, § 8", do Regimento Interno. Assim, será acolhidopela Mesa e encaminhado à Comissão de Cons,ituição e Justiçae de Redação, para que sobre ele se manifeste.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concedo apalavra ao Sr. Deputado José Genoíno.

O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT - SP. Sem revisão do ora­dor.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, está tramitando naCasa o Projeto de Lei n" 2.<'/51/92, que trata de um temada maior importância para o nosso País e para as relaçõesdo Braçil com a comunidade internacional, no que diz respeitoà questão dos direitos autorais.

Sobre esta matéria dos direitos autorais, a legislação brasi­leira está ultrapassada no tocante ao que prevê o art. 5" daConstituição, no Capítulo dos Direitos e Garantias Funda­mentais, que define os direitos autorais e a participação indivi­dual e coletiva nas obras, criações, interpretações e reprodu­ções artísticas.

Ao apresentarmos este projeto, estávamos representandovárias entidades da área, como a AMAR, o Sindicato dosArtistas do Rio de Janeiro e São Paulo, a Cooperativa doTeatro Amador, a União Brasileira dos Escritores.

Temos gerado polêmica e sofrido críticas de entidadesque representam os interesses da exploração econômica e co­merciai das obras artísticas. E nessa polêmica, que foi matériado programa eleitoral do Partido Liberal, tenta-se tergiversarsobre a questão de fundo, central, do direito autoral no Brasil,que se baseia em 3 requisitos. O primeiro é o conceito deque o direito autoral é de pessoa física e não jurídica, porquea autoria significa a expressão de valores que só a pessoafísica materializa no ato da criação. O segundo é a mudançado conceito de cessão de direito autoral para o conceito deexploração econômica. E isso é muito importante porque umaempresa pode ficar dona, de maneira definitiva, da autoriade uma obra literária, musical ou cinematográfica. Queremossubstituir o conceito de cessão pelo conceito de exploraçãoeconômica. A terceira questão é a numeração na edição delivros e discos.

Esses três requisitos são muito importantes para que pos­samos vincular o conceito de direito moral com o de direitopatrimonial e criar mecanismos para que a fiscalização doaproveitamento econômico pelas entidades associativas ou pe­las entidades sindicais ou por grupos de pessoas se materialize.

Quando tentam criticar o projeto a partir do conceitode direito autoral para intérprete, para arranjador, que hoje,na legislação, já tem o conceito de direito conexo, esquecemde citar que estamos separando o direito conexo do direitodas empresas na exploração econômica e na exploração comer-,cial. As empresas exploram a obra econômica e comercial­mente fazem contratos de utilização econômica, mas esse con­trato jamais poderá gerar direito autoral.

São estes pontos, Sr. Presidente, que pretendemos deba­ter democraticamente na Comissão de Ciência e Tecnologia,Comunicação c Informática e neste plenário, se for necessário.

Lembramos que este projeto não representa uma inicia­tiva individuai, mas o pensamento quase majoritário dos artis­tas brasileiros na área da música, do teatro, do cinema eprincipalmente dos escritores. É projeto que procura trataras questões não em detalhes.

Sobre alguns pontos do projeto, estamos abertos às nego­ciações e modificações. Mas nessas questões centrais é queo debate deve acontecer, porque não podemos ter uma política

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cultural no Brasil sem uma participação da sociedade juntocom o Poder Público.

Mas há outra condição para uma política cultural: fazer-seo equilíhrio nessa balança entre o direito autoral e a exploraçãoeconômica, procurando defender os interesses daqueles quecolocam o coração e a mente numa obra literária, científicaou artística. Do contrário, quem mais lucrará com o direitoautoral, no Brasil, serão os atravessadores, os que exploramcomercialmente as obras, os que fazem contratos, principal­mente na fase de produção cultural, em que o artista nãoé tão conhecido, não é tão famoso e quando se procura estabe­lecer contratos que amarram numa camisa-de-força a criaçãodo artista. Há uma vinculação contratual inaceitável.

Sr. Presidente, temos tido contatos e reuniões n.esse senti­do. Registro uma reunião da maior importância, realizadano Rio de Janeiro, com Ferreira Goulart, Dias Gomes, CacáDiegues, o Sindicato dos Artistas e a Associação de Músicose Arranjadores, na qual acertamos, no campo dos que defen­dem o direito autoral, o~ interesses do artista, do criador,para que possamos construir uma unidade política, deixandoas divergências e o secundário para um processo de modifi­cação desse projeto. Nós mesmos tomaremos a iniciativa deinserir no projeto, que já está tramitando na Comissão deCiência e Tecnologia, Comunicação e Informática, algumaspropostas, no sentido de clarear certas confusões, para quepossamos ter um projeto democrático, avançado e modernono terreno do direito autoral.

Queremos fazer esse debate democrático com os Depu­tados do PL, porque o ataque ao projeto no seu programado horário eleitoral gratuito foi, no mínimo, superficial e ten­dencioso, por defender os interesses de um setor que se bene­ficia com o direito autoral e que, na verdade, não cria nadaneste País. E aqueles que criam só vivem da fama quandoa conquistam com shows e apresentações.

E bom que se diga que direito autoral 110 Brasil é pagonum prazo longo, sem nenhuma correção monetária, numainflação de 30% por mês.

Portanto, esse tema vai polemizar no segundo semestre.Queremos fazer um debate democrático e sem preconceito.E é o que esperamos também daqueles que combatem esseprojeto.

Era o que tinha a dizer.

o SR. CARLOS ROBERTO MASSA (PP - PRo Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Deputados,queremos fazer um alerta a esta Casa. O projeto do DeputadoPaulo Paim, de reajuste mensal de salários, vai ser mudadocom essas negociações que estão acontecendo no Senado comos representantes do Governo. Falam em 40% e, no mínimo,60% de reajuste mensal.

Tenho o privilégio de ser um Deputado que anda nasruas e eonversa bastante com a população, até em funçãoda minha profissão de radialista. Tenho a impressão de que,se esta Casa não mantiver o projeto do Deputado Paulo Paime entrar nessa história de negociação, vamos ficar ainda pioresperante a população.

O povo não aceita mais esta situação, porque sobe opreço do petróleo, do gás de cozinha, dos alimentos, e nãosobe o salário do trabalhador.

O que se está pedindo é que os Deputados fiquem emalerta, pois nós teremos de acompanhar o Projeto do Depu­tado Paulo Paim, e qualquer mudança que nele se faça teráque ser muito bem explicada à população. Os empresários

e um parte da sociedadê brasileird e~tencieriam, mas a grandemassa da população não irá entender por que é sempre otrabalhador quem paga o "pato"; aumentam os preços, maso seu salário fica sempre para ser reajustado depois, ou, quan­do aumenta, é pela metade.

Então precisamos preparar a Casa para essa votação.Eu continuo apoiando o Projeto Paulo Paim e faço um apeloaos companheiros - se tem que arrebentar algum lugar, quenão seja mais o salário do trabalhador, que está cansado,não agüenta mais esta situação - para que fiquemos alertas.Portanto, convoco os companheiros Parlamentares nesta Casaa continuarem votando pelo reajuste mensal de 100% da infla­ção.

Era o que queria dizer.

O SR. VALDIR COLATTO (PMDB - Se. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Sr"' e Srs. Deputados, hojeserá instalada a Comissão Parlamentar Mista de Inquéritopara tratar do endividamento do setor agrícola, do elevadocusto dos financiamentos e das condições de importação dealimentos, nos exercícios de 1990 a 1993.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito certamentemostrará à Nação brasileira uma radiografia da agricultura,do endividamento dos agricultores nos últimos anos, apósos "pacotes" econômicos do Governo Sarney e do GovernoCollor. Essa realidade mostra ao País que a agricultura foicaloteada nos últimos planos econômicos. Ao contrário doque se fala, que o agricultor está dando calote nos bancos,deixando de pagar suas contas, ele já saldou os compromissoscom os bancos várias vezes, e os juros e os encargos bancáriosestão assaltando a agricultura brasileira.

O agricultor está sendo o repassador de recursos do inte­rior para a área urbana. A agricultura está perdendo sua popu­lação ativa, que corre para as cidades. Mas eis que essa popula­ção, uma vez na cidade, não tem emprego, moradia, saúdenem educação, e os Prefeitos não dispõem de recursos paracriar infra-estrutura capaz de atender a esses imigrantes.

Sr. Presidente, quanto à CPI que se instalará hoje, quere­mos crer que ela deverá ir ao encontro dos agricultores, con­versar com eles, buscando levantar os documentos e a situaçãode cada região, para que se mostre à Nação brasileira o quadrode endividamento dos agricultores no País.

Sabemos que será encontrada uma triste realidade mos­trando que o agricultor brasileiro não tem mais capacidadede investimento nem condições dc buscar tecnologia para en­frentar o MERCOSUL. As importações de alguns produtospelo Governo, na maioria das vezes inconseqüente, têm queser revistas, para que se possa propiciar ao agricultor meiosde competir. Para isso, precisa de rendimento na sua atividadeagrícola.

Sr. Presidente, Sr~' e Srs. Deputados, entendemos queeste é o momento certo de esta Casa fazer um trabalho sérioe profundo, buscando as verdadeiras causas do endividamentodos agricultores, ajudando o Ministro da Agricultura, BarrosMunhoz, que competentemente está negociando com o Minis­tério da Fazenda a questão agrícola. E só poderemos reverteresse quadro, elegendo a agricultura como prioridade nacional,implantando definitivamente no País a equivalência em produ­to, para, enfim, nivelar a inflação pelo que se produz e nãopela especulação, como ocorre hoje, quando os juros escor­chantes cobrados pelos bancos estão quebrando os agricul­tores. Esta Casa precisa ter consciência da 'necessidade dabusca de dados reais e saber por que esses agricultores estãoendividados. Precisamos ainda dar apoio político ao Sr. Minis-

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14642 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1l,ll)3

tro da Agricultura. para que S. Ex" possa enfrentar as resistên­cias na área econômica e fazer com que a agricultura retomeseu valor. sua posição no contexto nacional e seja realmenteprioridade neste País.

Por isso. faço um apelo aos Parlamentares que eompüema Comissão Mista de Inquérito no sentido de se empenharem.de participarem dos trabalhos com decisão. a fim de que.no menor espaço de tempo possível, possamos mostrar à Na­ção brasileira que o agricultor realmente levou calote. masquer voltar a plantar e a produzir alimentos neste País. (Muitobem!)

o SR. ELIAS MURAD (PSDB - MG. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente. Sr" e Srs. Deputados. quero. nestemomento. fazer uma comunicação e uma denúncia. A comuni­cação é até muito auspiciosa. já que diz respeito à reaberturado Colégio Militar de Belo Horizonte. Esse estabelecimentode ensino foi fundado em 1955 e funcionou na capital mineirapor mais de 35 anos. Uma legião enorme de jovens passoupor esse tradicional colégio. que primava pela educação. pelacultura. e. sobretudo. pelo civismo e pela cidadania.

Lamentavelmente. no Governo passado. do ex-Presiden­te Fernando Collor de Mello. o Colégio Militar de Belo Hori­zonte encerrou suas atividades. fechou as suas portas. Naépoca a alegação foi falta de recursos para mantê-lo. E assimpermaneceu durante três anos.

Entrctanto. Sr. Presidente. colegas Parlamentares. a boanova que trago. principalmente para a capital mineira e agrande Belo Horizonte. é que o Ministro do Exército. Gen.Zenildo Zoroastro de Lucena. em entrevista que nos concedeuna semana passada. nos deu a garantia de que aquele ColégioMilitar será reaberto no ano que vem. 1l,ll)4. dependendo ape­nas de um convênio que o Ministério do Exército deveráassinar com S. Ex". o Governador de Minas Gerais. HélioGarcia. para que o estabelecimento volte a funcionar em todaa sua plenitude.

Quero. em nome do meu Estado. e acredito que tambémem nome da bancada mineira. agradecer a S. Ex'. o Gen.Zenildo Zoroastro de Lucena. a iniciativa da reabertura dotradicional estabelecimento de ensino. depois de passar trêsanos sem funcionar.

Estão de parabéns o Ministêrio do Exército e o MinistroZenildo Zoroastro de Lucena. mas. sobretudo. a populaçãode Belo Horizonte e os seus jovens que voltarão a ter umestabelecimento que tem primado pelo ensino da melhor quali­dade no País.

Sr. Presidente. colegas Parlamentares. a denúncia quedesejo fazer neste momento diz respeito à maneira sibilina.até mesmo fraudulenta. com que uma multinacional de tabaco.a proprietária da marca Marlboro. vem ferindo a legislaçãobrasileira. aplicando-a de modo inadequado e totalmente CCJll­

trário àquilo que dispüem os princípios legais no que tangeà propaganda de tabaco.

Atualmente tem-se percebido. de maneira mais nítida.que esta marca de cigarro. Marlboro. vem aparecendo natelevisão e também em pequenas vinhetas que acompanhamo início de determinados filmes. mas nunca obedecendo aoprincípio constitucional - emenda. aliás. de nossa autoria.durante os trabalhos na Assembléia Nacional Constituinte- que determina que se coluque. aplls a propaganda de cigar­ro. a advertência de que u tabacu faz mal à saúde. De maneirafraudulenta. repito. essa marca vem aparecendo sem a referidaadvertência.

Aliás. convém lembrar que aquela famosa propaganda?o cigarro Marlboro. que apresentava um cowboy atléticomdo para a chamada terra de Marlboro. não aparece maisnos vídeos internacionais. porque ele morreu. no ano passado.com 55 anos de idade. de câncer do pulmão. pois fumavade 30 a 40 cigarros por dia.

De modo que essa marca está violando a legislação brasi­leira por não colocar no final de suas divulgações televisivasa advertência do Ministério da Saúde.

Fica o meu protesto. que também será encaminhado àABERT. Associação Brasileira de Empresas de Rádio e deTelevisão. e à ABAP. Associação Brasileira de Agências dePropaganda. contra a maneira fraudulenta com que esse cigar­ro vem sendo divulgado na televisão brasileira.

o SR. MUNHOZ DA ROCHA (PSDB - PRo Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente. Sr" e Srs. Deputados, aten­dendo aos justos anseios dos funcionários do antigo Departa­mento de Correios e Telégrafos. hoje Empresa Brasileira deCorreios e Telégrafos. foi apresentado pelo nobre DeputadoRoberto Magalhães projeto de lei objetivando a complemen­tação, pela União. das aposentadorias e pensões dos referidosservidorcs. que. na transformação do DCT em empresa públi­ca. foram compelidos a optar pelo regime da CLT. sem. contu­do, perder os direitos adquiridos. conforme lei de opção.

O referido projeto. ao longo de dois anos de muito traba­lho e penosa espera por parte dos beneficiários. teve apro­vação unânime. culminando com a memorável derrubada peloCongresso Nacional do veto decretado pelo ex-Presidente Fer­nando Collor de Mello. originando a Lei n" 8.529192. promul­gada pelo Exm" Sr. Presidente da República. Itamar Franco.em 14 de dezembro de 1992.

Agora. o decreto de regulamentação dessa lei, com pare­ceres jurídicos favoráveis dos Ministérios da Previdência Sociale da Fazenda. está na Casa Civil, para ser assinado pelo Exm"Sr. Presidente da República. pendente apenas de informaçõestécnicas da Seplan.

Em razão disso. encaminhei telex ao Sr. Aurélio NonôValença. atual Secretário de Orçamento e Finanças do Minis­tério do Planejamento. com quem também mantive contatospessoais. solicitando que seja agilizada essa informação. demodo a permitir que os aposentados dos Correios e Telégrafose as viúvas beneficiárias recebam logo essa complementação.

Para concluir o meu breve pronunciamento: quero, atra­vés do Eng" Tarcísio Henrich, Superintendente da RegionalCuritiba da Rede Ferroviária Federal. transmitir um abraçoe os meus parabéns aos ferroviários do Paraná e de SantaCatarina. que. mais uma vez. bateram um recorde histórico,acumulando. no primeiro semestre deste ano. o transportede 2.64 bilht'ies de toneladas na regional.

O porto de São Francisco do Sul também atingiu o seu. recorde histórico. transportando 1.885 vagões. num total de

86.412 toneladas. o equivalente ao trabalho de 3.456 cami­nhões. proporcionando à Nação. com isso, economia de com­bustível, redução de frete. redução do número de acidentese também grande economia na manutenção de nossas já tãosofridas rodovias.

ASRA. ETEVALDA GRASSI DE MENEZES (Bloco Par­lamentar - ES. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi­dente. Sr" e Srs. Deputados. quero protestar contra decisãodo Ministro Fernando Coutinho Jorge. do Meio Ambiente,que. ao constituir a Câmara Técnica que vai regulamentaro Decreto n" 750. de lO de fevereiro deste ano. que dispõe

Julho de I l.)l)3 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Quinta-feira 8 14643

sobre a exploração da Mata Atlântica, só convidou a participarda mesma os Governos de três Estados: São Paulo, Paranáe Bahia.

É sabido que todos os Estados que compõem a costabrasileira, do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte,e mais o Estado de Minas Gerais têm partes de seus territórioscobertos pela Mata Atlântica.

O meu Estado, o Espírito Santo, está totalmente situadodentro da Mata Atlântica e sofre serissimos problemas am­bientais, de exploração agrícola, de povoamento de seu solo,etc. E nem assim foi lembrado pelo Sr. Ministro do MeioAmbiente para compor a Cãmara Técnica que vai discutira regulamentação do decreto que permite a exploração susten­tada da Mata Atlântica.

A situação do Estado do Rio de Janeiro é igual à doEspírito Santo. Também o Rio de Janeiro não foi lembradopelo Ministro Fernando Coutinho Jorge.

Proponho a suspensão dos trabalhos da referida CâmaraTécnica até que o assunto seja reexaminado e todos os Estadosinteressados estejam nela representados.

o SR. PAULO RAMOS (PDT - RJ. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Deputados, na semanapassada esta Casa teve oportunidade de apreciar mensagemdo Poder Executivo sobre a participação do capital estrangeirono Programa Nacional de Desestatização. Foi aprovada a par­ticipação, até 100%, do capital estrangeiro no Programa.

Falando pelo meu partido, o PDT, encaminhei contraria­mente à matéria. O PDT, o PSB o PC do B e o PST-Uvotaram contrariamente à participação, até 100%, do capitalestrangeiro na compra das empresas estatais já relacionadasno Programa, pendente do cumprimento de um cronogramade avaliações, ou subavaliações.

Na oportunidade condenei, com toda a veemência, espe­cialmente a posição do PSDB, partido que hoje dá sustentaçãopolítica ao Governo Federal, juntamente com os partidos ditosde direita, ou conservadores.

Na ocasião em que me posicionei dessa maneira, nãosabia que o Partido dos Trabalhadores estava a favor da pro­posta, o que me surpreendeu, especialmente no que tangeà parcela da bancada do Partido dos Trabalhadores que temestado sob os holofotes da imprensa, já que nenhum dessesParlamentares procurou a impr~nsa para afirmar a posiçãodo partido. E esse fato me causou surpresa ainda maior, Sr.Presidente, na medida em que o Presidente do PT, Luiz InácioLula da Silva, no dia anterior, tinha visitado os trabalhadoresda Ultrafértil, em Araucária, para manifestar a posição doPT contrária ao programa de privatizações.

Mas não vi também nenhum Parlamentar do Partido dosTrabalhadores ocupar a tribuna para dizer que sua posiçãoera contrária à expressa pela liderança do partido. E ficoa me indagar: afinal de contras, pretende o Partido dos Traba­lhadores continuar conivente com o PSDB nessa manobra,nesse crime de lesa-pátria que representa o Programa Nacionalde Desestatização, adotando uma posição dentro desta Casae na rua, no contato com as bases, nas reuniões dos sindicatos,manifestando posição contrária? Afinal de contas, se prega­mos a transparência, é preciso que não só o PSDB, mas tam­bém o PT adote posições firmes. Aliás, o PSDB hoje temnos seus quadros companheiros que foram do PDT e deixaramo nosso partido por razões diversas, mas agora não se mani­festam contrários à posição de um PSDB entreguista, unidoao PT.

Sr. Presidente, é preciso que os partidos políticos defen­dam junto aos trabalhadores, junto ao conjunto da sociedadea mesma posição adotada no Congresso, não procurem escon­der atitudes aqui assumidas.

No dia seguinte a imprensa não fez nenhum registro,nada falou sobre o posicionamento do Partido dos Trabalha­dores, posicionamento que contradiz o que o partido defendenas suas próprias bases. É por isso que hoje essa agremiaçãoenfrenta dificuldades internas. Não sei se a sigla PT poderácontinuar significando Partidos dos Trabalhadores, com tantasposições duvidosas, ou se vai ser Partido dos Trêfegos ouPartido dos Traidores.

É preciso que a posição do PT seja divulgada para suasbases e que o partido, por sua representação no CongressoNacional, não traia o compromisso que tem com seus mili­tantes.

Na verdade, Sr. Presidente, nada tenho a ver com a posi­ção assumida pelo Partido dos Trabalhadores. Mas não possoconcordar em que o partido assul1)a uma posição nesta Casae, diante das bases, nos debates públicos, adote uma posiçãocontrária. Essa falsidade ideológica não pode prosperar numpartido que se apresenta como vinculado aos trabalhadores,que, na verdade, são contrários à privatização.

Na Comissão Parlamentar de Inquérito que apurou irre­gularidades no Programa de Desestatização, o Presidente daCUT, Jair MenegheIli, um quadro do Partido dos Trabalha­dores, fez um veemente libelo não só contra a participaçãodo capital estrangeiro, mas contra esse nefasto Programa.

E aqui, na votação, o Partido dos Trabalhadores externasua posição aceitando o percentual de 100% do capital estran­geiro na compra das empresas estatais, quando sabemos que,terminadas as moedas podres, numa corrupção sem prece­dentes na história do País, a única forma de viabilizar essePrograma é através da conversão da dívida ·externa. O Partidodos Trabalhadores vem aqui para coonestar, juntamente como PSDB, esse crime de lesa-pátria.

Se o PT está no Governo, se apóia o Governo ItamarFranco, se tem uma aliança com o PSDB, eu pergunto: quemserá o candidato à Presidência da República, Lula ou Tasso.Jereissati? Quem será o vice de quem? Que esse acordo sejafeito às claras. sem traição aos trabalhadores, que estão nasruas lutando contra esse programa de privatizações.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - O próximoorador inscrito é o nobre Deputado José Carlos Sabóia, quepermutou seu tempo com o nobre Deputado Elísio Curvo.Estando ambos presentes no plenário, encontra cobertura re­gimental o procedimento.

Com a palavra o nobre Deputado Elísio Curvo.

O SR. ELÍSIO CURVO (PRN - MS. Sem revisão doorador.) -Sr. Presidente. Sr"s e Srs. Deputados, fala-se muitoagora - inclusive os economistas - dolarização da nossaeconomia. Acho um crime implantá-Ia no Brasil. Temos exem­plos recentes de dolarização, como o da Argentina. Lá, opeso equivale a um dólar e os juros cobrados giram em tornode 20% ao ano. A inflação na Argentina é de 10 a 11%ao ano, ao passo que o parâmetro que tomaram, o dólaramericano, tem uma inflação de 3% e está sendo emprestadoao mundo a 3,5% ao ano. Veja, então, V. Ex' Sr. Presidente,que incoerência. A crítica, quando é honesta, bem feita, ébenéfica. Não estou criticando a Argentina, mas esse país,com sua dolarização. nada mais é do que uma colônia, como~o passado, exportando unicamente trigo e carne. O que se

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quer fazer no Brasil é transformá-lo em colônia de gruposinteressados, para exportarmos unicamente café e acúcar. Nãoé possível que nós, brasileiros, não tenhamos condiçôes degerenciar este País. O que falta aqui é gerenciamento. Asintençôes do Ministro da Fazenda são perfeitas, eu as apóioe sigo. Porém. não posso estar ao lado daqueles que queremdolarizar este País, fazendo a vontade do Fundo MonetárioInternacional ou de grupos que nos querem fazer retornarao estado de colônia.

Sr. Presidente, as nossas empresas não têm tecnologiaavançada para competir com os salários pagos lá fora. A Ar­gentina tem hoje um salário mínimo de 400 dólares. Comisso, fecharam-se ali as indústrias, porque elas não têm tecno­logia avançada para competir com os salários pagos pelo de­sempenho de tarefas idênticas em países que têm indústriascom alta tecnologia. Os esmoleres, os pedintes pelas ruasde Buenos Aires são às centenas, coisa que não havia nopassado. E talvez seja o que querem implantar neste País.

Em decorrência da inflação, agora também se fala emtirar três zeros do nosso cruzeiro. Apresentei projeto de leipara que fossem retirados quatro zeros. Por quê? Quandoentrei aqui, o dólar valia em torno de 20 cruzeiros. Hoje,está na casa dos 62 mil cruzeiros. Já temos cinco tipos decédulas diferentes circulando neste País, o que confunde oturista, confunde o meu filho, confunde até a mim, que tenhodiscernimento. E vai continuar a confusão se tirarmos apenastrês zeros, pois, daqui a dois anos. o dólar voltará a ser tomadocomo parâmetro, como referência, outra vez ficará valendo60 a 65 mil cruzeiros e teremos de fazer uma- nova emissão.Esse processo é dispendioso, cada emissão custa ao TesouroNacional, se não me falha a memória, em torno de 45 milhõesde dólares. E a cédula tem pouca durabilidade.

Minha idéia é simples: 10 mil cruzeiros passam a valerum cruzeiro. Com um mês de treino e convivência o povose adaptará, porque quem sabc tirar um, dois, três zeros,perfeitamente tem capacidade para tirar quatro. Dez mil cru­zeiros passam a valer um cruzeiro e 300 mil equivalerão a30 cruzeiros.

Também sugeri um novo nome. Nada de cruzeiros fortes,porque seria uma incoerência chamá-lo de cruzeiro forte nes­sas alturas, ou de cruzado. Sugeri o nome de cruzeiro real,no projeto que apresentei.

Sr. Presidente, os projetos de lei apresentados por nós,Parlamentares, são legados ao esquecimento, mas quando vemuma mensagem do Executivo todos correm para aprová-la,só porque veio do Executivo.

Acho que tem que haver mais união entre nós, para haverreal apoio às proposiçôes de nossa autoria.

Agradeço a V. Ex" Sr. Presidente, por ter permitidoa permuta de tempo.

o SR. VALDIR GANZER (PT - PA. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, Sr-' e Srs. Deputados, recebi ainformação de que nas proximidades de Itaituba, no entronca­mento da Transamazóniea com a Rodovia Santarém-Cuiabá,cerca de 3 mil trabalhadores deixaram a estrada praticamenteintrafegável ontem, e assim ela permanece hoje, para mostrarao Estado do Pará e ao Brasil que aquela região, grandeprodutora de alimentos, não tem como escoar a produção,que está apodrecendo dentro daquelas matas, nas estradasvicinais e até na principal rodovia. Esses trabalhadores decidi- _ram fechar a rodovia, impediram que os carros passassem.

É uma situação dramática. Durante os últimos três anosjá fizemos vários movimentos pela sobrevivência da Transa­mazônica, trazendo esta reivindicação a Brasília nos dois últi­mos anos. Este ano já houve uma grande movimentação noEstado do Pará. Aquela região é importante sob o pontode vista da produção de grãos. Falo isso com muita tranqüi­lidade porque para lá fui em 1972, no início da sua colonização,juntamente com milhares de famílias de vários lugares doPaís. O povo que lá reside e trabalha tem sido abandonadode uma forma cada vez mais violenta nos últimos sete, oitoanos. No momento atual há um estado de abandono genera­lizado por parte dos Governos Federal e do Estado do Pará.

O Governo do Estado alega que não pode atuar porqueas rodovias são federais, e o Governo Federal argumentaque não pode recuperar as rodovias por não ter dinheiro.Faço sempre uma comparação porque o que fez o PC, oque fez o Collor, o que fazem os sonegadores, o que fazemcom o dinheiro da Saúde. da Previdência e da Educação,enfim, o que fazem com a riqueza do País é algo que nãodá para nenhum cidadão de bom senso aceitar. Não faltadinheiro para a corrupção, mas não há dinheiro para investi­mento em áreas importantes, não só na minha região, masem todo o País. hoje completamente abandonados pelo Go­verno.

Aquele povo agora guerreia com muita força para queo Governo brasileiro olhe para a região. Há estradas vicinaisem que não há condiçôes de entrar com uma carroça puxadapor bois. Às vezes, um pai de famJ1ia é obrigado a carregarduas latas de arroz nas costas, ajudado pelo filho com maisduas latas de cinco quilos, para trocar essa saca de arrozpor um vidro de remédio. Quando uma pessoa adoece, umavara - um cambão, como se diz lá - é colocada na redeem que ela se deita, e uma caravana de dez ou quinze pessoas,revezando-se de dois em dois, traz o doente para ser atendidonos hospitais, que não funcionam mais.

Portanto, a situação é dramática. Não podemos permitir- já falei sobre isto ontem - que, enquanto o PC, queroubou tanto, continua solto, cidadãos que trabalham, quedão a vida para alimentar a sua família e produzir para asociedade, não tenham apoio do próprio Governo. Isso éuma vergonha para todos nós. .

O desabafo que faço é - tenho certeza - o desabafodos trabalhadores que estão acampados no quilômetro 30 daSantarém-Cuiabá e na Transamazônica. Eles diriam o mesmose aqui estivessem.

o SR. JOSÉ CARLOS SABÓIA (PSB - MA. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Deputados, querodeixar registrado nos Anais da Câmara dos Deputados a visãode um dos seus integrantes que mais respeito, desde a Consti­tuinte, o Deputado Florestan Fernandes, sobre o trabalhodesenvolvido pelo Ministério da Saúde.

Reconheço o Prof. Florestan Fernandes como o maisimportante cientista social brasileiro e um dos mais destacadosConstituintes e Parlamentares que temos em nosso meio.

Em artigo publicado na Folha de S. Paulo de 5 de julho,com o título "O desafio da Saúde". Diz S. Ex';

"Quem conhece Jamil Haddad sabe que esse médi­co socialista, de 67 anos, com larga prática em suaespecialidade e atraído para a política por vocação,foi uma ótima escolha para o cargo de Ministro daSaúde...

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Teve a coragem de desmascarar o papel dessascorporações no controle do mercado interno, na trans­ferência de tecnologia em obsolescência e na manipu­lação dos preços dos remédios. Suas credenciais assen­tam-se em comissões de que participou e de sua expe­riência administrativa como prefeito do Rio de Janei­ro."

Mais adiante, afirma o Deputado Florestan Fer­nancl~s: "Essa ótica é a que prevalece na cabeça deJamil Haddad. A ele pouco importa 'estar ministro'.Mas enfrentar os dilemas que a fome e o desempregoprovocam em organismos subnutridos e devastados porepidemias e condições de miséria permanente e cres­cente. Os que se omitem deveriam começar por análisesseveras".

Sr. Presidente, é uma alegria quando, sob a visão dosanitarista, lemos as palavras confortadoras e estimulantesdo Professor e Deputado Florestan Fernandes sobre os avan­ços obtidos por todos aqueles que defendem a saúde no Brasilque agora estão fazendo um trabalho no Ministério da Saúdetendo à frente o Ministro Jamil Haddad. '

Para concluir, Sr. Presidente, gostaria de deixar claramin~a. posição contra a forma leviana e até imoral, com quese cntlca e se tenta desmoralizar o Líder do Governo nestaCasa. Diariamente alguns jornais alegam - com base emfontes que dão essa informação sempre em off - que o Depu­tado Roberto Freire pertence a um partido de três Deputadose que não mais teria credenciais para ser Líder do Governoporque não encaminhou corretamente a negociação em tornoda política salarial. São duas inverdades, sendo uma delasextremamente perigosa.

A primeira é a de que o Deputado Roberto Freire repre­senta somente três Deputados. O Deputado Roberto Freiretem memória, tem história, o que faz com que S. Ex", aolado de Ulysses Guimarães, após a conclusão dos trabalhosda Constituinte, seja um dos Parlamentares mais respeitadosdesta Casa. Não vai ser agora que aqueles que sempre torcemcontra as minorias, que sempre apelam para o raciocínio totali­tário que leva ao nazismo, ao autoritarismo, vão dizer queas minorias não devem ser respeitadas. S. Ex". está na Lide­rança do Governo não por pertencer a uma minoria, maspelo respeito que esta Casa e o Governo do Presidente ItamarFranco têm pela sua figura.

A segunda é a de que o Deputado Roberto Freire nãoencaminhou corretamente a questão da política salarial. Issonão é verdade. Durante duas semanas, conversei com o Líderdo Governo, Deputado Roberto Freire. S. Ex" foi muito claro.Estava negociando com o Governo. Quem errou foi o Gover­no. Apóio o atual Governo, mas tenho a ousadia de criticá-lo.A_ área econômic~ não teve sensibilidade para perceber quenao se combate a mflação, não se redireciona a política econô­mica que provoca desigualdades e que não se pope destinar65% do Orçamento para pagar juros, privilegiar banqueirose um grupo de industriais, comprimindo os salários. Deixoregistrada a minha crítica severa àqueles que, de forma autori­tária, querem desautorizar o Líder do Governo, DeputadoRoberto Freire.

Era o que tinha a dizer.

o SR. ·FRANCISCO EVANGELISTA (PPR - PB. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr)' e Srs. Deputados,é provável que pela décima vez eu venha falar sobre um assun­to muito corriqueiro nesta Casa: o problema do Nordeste,

ond eestive recentemente e pude ver a situação de calamidadeem que se encontra. Os jornais e a televisão mostram issotod.,: dia. Mas, mesmo assim, o Governo se esquece daquelareglao. Quero chamar a atenção do Governo Itamar Francopara o fato ~e que não há maior violência do que o desempregoe a fome. Nmguém pode saber até quando o povo vai agüentarconformado, a situação de injustiça social que campeia noNordeste.

Dizem que São Paulo é a maior cidade nordestina, masSão Paulo vai duplicar de tamanho, porque o interior do Nor­deste está ficando deserto. São Paulo vai inchar. São Pauloque já tem as maiores favelas do mundo, vai explodir. o'Rio de Janeiro já está praticamente em guerra no seu dia-a-dia.

Sr. Presidente, o que está acontecendo? Que providênciaso Governo toma para diminuir o sofrimento do" nordestinos?O Governo está mandando uma esmola de 840 mil cruzeirospor mês para cada famJ1ia constituída de seis, sete, às vezesoito pessoas. Pergunta-se se esse dinheiro vai resultar emalguma .obra duradoura para que no próximo ano - e queDeus eVite uma nova seca! - o problema não se repita. Não,não está havendo nada, apenas uma esmola de 840 mil cruzei­ros cuja prorrogação do prazo para sua concessão ainda nãofoi assegurada pelo Governo Federal.

A Sudene não tem um plano efetivo e definitivo parao Nordeste, mas a fome, o desespero, a angústia e a injustiçaaumentando. Não sei o que pode acontecer.

Sr. Presidente, talvez possa parecer repetitiva e enfado­nha, para os que moram no Sul, Centro-Oeste e Norte, estanossa conversa que temos todo dia. A fome é má companheira.E est~u ~ntevendo a aproximação de uma explosão dianteda onnssao do Governo Federal: o povo fazendo uma revolu­ção e as reformas necess,írias com as próprias mãos. .

Chegam ao Congresso proposta de cortes no Orçamento.Não sou contra a construção do Metrô de BrasJ1ia, da LinhaVermelha, de Angra L II e m, mas chamo a atenção paraas obras prioritárias que devem ser realizadas no Nordeste,como a eletrificação ruraL de abastecimento de água. Mesmoque se queira comprar uma pipa d'água, em muitos Municípiosda Paraíba isso não é possível, porque não existe. Portanto,hí não temos somente o probelma da fome e da sede.

Por isso, chamo a atenção desta Casa. O atual Governonão sabe para aonde vai, não tem rumo.

Contra meu voto, criamos mais um imposto. A atitudemais cômoda dos Governos, quando não há dinheiro, é au­mentar o número de impostos. O Governo não tem iniciativacriatividade, não abre uma perspectiva, não dá uma esperanç~para o povo brasileiro, mas cria mais impostos. Foi o quefez a maioria dos Deputados.

Então, Sr. Presidente, que o Governo pegue esse dinhei­ro, mas o aplique bem. Direcione-o para as grandes causas,porque amanhã poderá ser tarde demais.

Este o apelo que faço em nome do povo nordestino,que não quer esmola, mas tão-somente trabalho para quepossa mostrar a sua capacidade e para que o Nordeste possadesenvolver-se como um todo. Isto, sim, Sr. Presidente, éo que queremos.

.? SR. BENEDITO DE FIGUEIREDO (PDT - SC. Semrevlsao do orador.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Parlamen­tares, venho falar sobre um tema que já foi abordado poroutros ora?ores que me antecederam. A exemplo do Depu­tado FranCISco Evangelista, que acabou de usar esta tribuna

. e a exemplo do que disse ontem o Deputado Vital do Rêgo:

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com a maestria e a inteligência de que é portador, queroexpor o quadro real do Nordeste.

Sr. Presidente, a seca que assola o Nordeste é grave,é cíclica. Lá há praticamente dois climas: o inverno e o verão,o que já é danoso para a região. Mas se há inverno e verãoe uma trovoada, o Nordeste sobrevive, até porque, no dizerde Euclides da Cunha, "'O sertanejo é antes de tudo um forte".Atualmente com a tecnologia de que dispomos, o Governosabe com a antecedência que não haverá inverno este anono Nordeste. Domingo passado, no programa "'Globo Rural",da Rede Globo de Televisão, foi dito às escâncaras que esteano a estiagem no Nordeste será pior que as secas de 1958e de 1983, que são parâmetros para os técnicos, mas nenhumaprovidência é tomada. Estamos no limiar do século XXI, coma tecnologia demonstrando por antecipação o que acontecerá,mas os homens públicos nã0 assumem suas responsabilidadesdiante desse problema.

Não vim aqui somente para criticar, mas é preciso queo Ministro da Integraçdo Regional Alexandre Costa, e o Supe­rintendente da Sudene, Cássio Cunha Lima, por exemplo,sentem-se com os Governadores da região e saibam de umaverdade verdadeira -para dizer uma redundância: a estiagemque está assolando o Nordeste é pior do que as secas de1958 e de 1983. E nenhuma providência é tomada. Daí onosso protesto, porque, até como Parlamentar, minha obriga­ção é mostrar que essa região sofrida não vai agüentar essasituação, sob pena de haver um conflito social.

No sábado passado, estive no interior do Estado de Sergi­pe, no Município de poço Verde, uma das cidades que maiscrescia no Estado, e constatei que seu povo está faminto,pedindo esmolas. O cidadão nordestino não quer esmolas.O cantor e compositor Luís Gonzaga já dizia, com maestria,em sua música, que, dar esmola a uma pessoa sã, ou lhemata de vergonha ou vicia o cidadão. Mas, não; não se tomaprovidência. O Presidente destinou, é verdde, algumas miga­lhas para o Nordeste, como disse o Deputado Francisco Evan­gelista. O Governo está pagando um terço de salário mínimo

. para se fazer nada, para se fazer estrada que não leva a lugaralgum. Enfim, apenas para ocupar o sertanejo nordestino,840 mil cruzeiros, o que representa um terço de um saláriomínimo de 3 milhões e 200 mil cruzeiros.

Fica o alerta, Sr. Presidente - e sei que infelizmenteestas palavras cairão no vazio, serão palavras e mais palavrasvãs-de um Deputado da região, de um Deputado de Sergipe,de um Deputado que conhece de perto o sofrimento do nordes­tino para o fato de que isso pode resultar num grande conflitosocial. Este alerta é dirigido também ao Ministro da IntegraçãoRegional, Senador Alexandre Costa, e ao Superintendenteda Sudene.

A Rede Globo, em seu programa "'Globo Rural" de do­mingo, disse que a estiagem no Nordeste este ano vai serpior que as de 1958 e 1983. É necessário, portanto, que setomem providências. Por antecipação, a tecnologia já nospermite antever o que vai acontecer. Resta somente que asautoridades tomem as providências no sentido não de acabarcom a seca, porque ninguém pretende acabar com ela, jáque é uma condição climática do próprio Nordeste, mas deminimizar suas conseqüências.

o SR. VICTOR I<'ACCIONI (PPR - RS) - SI. Presi­dente, Sr' e Srs. Deputados, na sessão do dia 11 de maioúltimo encaminhei à Mesa um requerimento, assinado por186 Srs. Deputados e por 29 Srs. Scnadores. que propõe a .

criação de uma CPI para apurar as causas do endividamentodo setor agrícola e para debater as alternativas da políticado Governo, notadamente na área do financiamento agrícola,com vistas a definir os rumos desses endividamento que estálevando largos setores da agricultura brasileira à falência.

Neste momento, Sr. Presidente, na Sala n~ 4 da ala Sena­dor Nilo Coelho, no Senado Federal, está sendo instaladaa CPI.

Venho à tribuna formular a minha mais viva expectativade que aquela Comissão consiga, com a maior brevidade possí­vel, apresentar um diagnóstico real das causas e das conse­qüências da distorcida política agrícola que vem sendo desen­volvida no País nos últimos anos, notadamente a partir doPlano Cruzado.

Sr. Presidente, quero dizer também que me surpreendeuo fato de as Lideranças dos chamados grandes partidos, PMDBe PFL, terem imposto a sua hegemonia, rompendo uma tradi­ção desta Casa de que ao autor do pedido de criação deuma CPI a Presidência ou a Relatoria da Comissão. Sr. Presi­dente, um acordo entre o PMDB e o PFL estabeleceu quea Relatoria cabe ao PMDB, com um representante do Senado,e a Presidência, ao PFL, com um representante da Câmarados Deputados.

Foi designado pelo PFL o Deputado Jonas Pinheiro, eeu não poderia deixar de concordar com a designação, pelaselevadas qualificações de S. Ex" como Parlamentar e tambémcomo Líder ruralista conhecedor dos problemas da nossa agri­cultura.

Aceitei concorrer ao cargo de Vice-Presidente da CPI,mas não posso deixar de trazer ao Plenário a minha estranheza,porquanto nesta Casa parece-me que os critérios valem quan­do interessam a determinados setores e não valem quandonão interessa. Ora, a falta de critérios é que cria a situaçãode indefinição, de desgaste e, conseqüentemente, de frustra­ção que estamos vivendo, inclusive no exercício das elevadasfunções do Poder Legislativo.

Sr. Presidente, mais importante do que o preenchiment0do cargo de Presidente ou de Relator da Comissão é o fatode ela ser instalada e, evidentemente, conseguir cumprir suasfunções. Por isso, não quis sequer polemizar a respeito dasindicações. Não quero fazê-lo porque pretendo gastar todaa nossa disposição e todo o nosso tempo no debate efetivodo problema concreto: o endividamento do setor agrícola emconseqüência de uma política distorcida do Governo. Já tiveoportunidade de dizer que a partir do Plano Cruzado, comos choques econômicos, os congelamentQs e uma política dedesproporcional referência de correção de preços mínimose de correção do custo dos financiamentos agrícolas, criou-seuma situação insustentável para a agricultura brasileira. Osprodutores de arroz do Rio Grande do Sul e de outros Estados,além do que já foi dito, têm assistido à importação desseprodutos com imunidade tributária, concorrendo com o pro­dutor nacional, que suporta elevado peso tributário.

Ora, se a imunidade, a isenção e o incentivo tributáriostêm o objetivo de melhorar o preço para o consumidor, quese adote tal iniciativa com relação ao produto nacional e nãoem benefício do produtor estrangeiro.

Daí a razão da instalação da CPI, porquanto os critériosatualmente adotados para o setor ferem a legislação em vigorno que diz respeito aos coeficientes de correção monetáriados financiamentos agrícolas, aos coeficientes dos preços míni­mos e a uma distorcida política de importação que protege

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14647

o produtor estrangeiro em detrimento do produto nacional.Cabe-nos apurar essas irregularidades.

Venho à tribuna para informar aos produtores rurais doPaís que a CPI está sendo instalada, de modo que possamtrazer o concurso de suas informações e de suas idéias, afim de que atá o dia 8 de setembro, prazo final de funciona­mento da Comissão Parlamentar de Inquérito - talvez atéantes disso - possamos ter conclusões objetivas para entregarao Governo, a fim de sensibilizá-lo a adotar medidas concretaspara salvar, se ainda der tempo, os produtores do País, embenefício da própria política econômica de combate à inflaçãoe diminuição do custo de vida, em benefício, enfim, do consu­midor e de todos os brasileiros.

o SR. JOSÉ LUIZ CLEROT (PMDB - PB. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Deputados, maisuma vez voltamos à tribuna para reafirmar nosso protestocontra os cortes que o Governo efetuou no Orçamento, especi­ficamente em relação ao Nordeste e ao meu Estado, a Paraíba.Todos nós sabemos que uma seca igual à que assola o Nordestebrasileiro hoje só ocorreu em 1932. Porém, a situação agoraé muito pior, mais desgastante, pela ausência total de recursos.Os Estados e os Municípios da região estão depauperados,emagrecidos pelo modelo econômico que há mais de vinteanos se desenvolve neste País não só ao longo do regimemilitar, como também durante os governos que o sucederam.

Antes de falar em cortes no Orçamento, o Governo da .República deveria verificar, em primeiro lugar, que o próprioPoder Executivo não cumpriu a Constituição quando não do­tou o Orçamento da República conforme o que dispõe o §7°, do art. 165, da Constituição, que estabelece que os orça­mentos fiscal, de investimento das empresas e os da seguridadesocial com seus fundos, órgãos e entidades da administraçãopública direta e indireta devem ser compatibilizados com oplano plurianual, tendo como função reduzir as desigualdadesinter-regionais, segundo o critério populacional.

E mais, Sr. Presidente, Srs. Deputados. O art. 35 doAto das Disposições Constitucioanis Transitórias, tendo porbase os anos de 1986 e 1987, estabelece que o disposto noart. 165, § 7~, será cumprido de forma progressiva, no prazode até dez anos.

Pois bem, Sr. Presidente, o Poder Executivo, além denão ter considerado e de ter desrespeitado esse dispositivoconstitucional, faz agora um corte linear no Orçamento daRepública, nivelando o Nordeste, em especial a Paraíba, aosEstados que vivem privilegidamente desde o tempo da coloni­zação, com grandes recursos e privilégios dados pelo GovernoCentral.

Sr. Presidente, registro, então, o meu protesto contraa atitude do Poder Executivo de indiscriminadamente fazercortes no Orçamento, sobretudo no que se refere ao Estadoda Paraíba, que está a merecer pelo menos o tratamento dife­renciado de que trata o § 7° do art. 165.

Na oportunidade em que o Governo pretende rever oOrçamento da República, a Comissão Mista de Orçamentoe o próprio Ministro da Fazenda, que diz que vai comparecera esta Casa para explicar os cortes, façam cumprir o § 7~

do art. 165 da Constituição.Sr. Presidente, registro meu protesto contra os cortes

que serão feitos no Orçamento do Estado da Paralba e dosdemais Estados do Nordeste, que representam uma discrimi- .nação intolerável à região.

O SR. PAULO DUARTE (PPR - Se. Pronuncia o seguin­te discurso.) - Sr. Presidente, Sr>' e Srs. Deputados, tiveoportundiade de percorrer uma série de repartições públicasem Brasília e constatei uma triste realidade: o Governo estáimobilizado, parado, com todo seu enorme, monstruoso apa­rato sem ação alguma em benefício da sociedade. Isso ocorretambém nos Estados e Municípios. O aparato governamentalfaliu.

No entanto, vivemos num País viável. A prova é quecom todo os entraves do Governo a sociedade respira e vive:mais ainda; consegue progredir. embora também com dificul­dades.

Só a reforma constitucional irá propriciar condições paraque o Governo trabalhe para a sociedade e não seja um pesomorto como é hoje.

A revisão, a partir de outubro, é determinação constitu­cional e o atual Congresso tem legitimidade para fazê-Ia.

Ninguém prova que o atual Congresso não tem tal legiti­midade.

As afirmações em sentido contrário não têm conteúdo.Nosso mandato é legítimo e temos a obrigação de exercê-lona sua plenitude, inclusive procedendo à revisão constitu­cioinal, como preconiza a atual Constituição em suas Dispo­sições Transitórias, e não há motivos para limitá-Ia a resultadosde plebiscito, como muitos querem, já que em nenhum lugarisso é manifesto.

Meu partido, o PPR, por decisão de sua Executiva, in­cumbiu a fundação Milton Campos de debater três temas:reorganização político-partidário-eleitoral, reorganização doEstado e adequação de ordem econômica.

Trata-se de questão essenciais. As conquistas sociais serãopreservadas, bem como os direitos dos trabalhadores.

A revisão desses pontos básicos propiciará os mecanismospara que Governo e sociedade trabalhem num só rumo.

Por isso, entendo merecer elogios: a iniciativa aos Presi­dentes da Câmara e do Senado de criarem Comissão Mistapara tratar da revisão, cuidando também do RegualmentoInterno da Assembléia e da agenda das 'matérias a seremexaminadas.

O SR. LUIZ GIRÃO (PDT - CE. Sem revisão do ora­dor.) - Sr. Presidente, concordo com o Deputado José LuizClerot, no que se refere aos cortes do Orçamento que atingirãoos Estados do Nordeste. O Governo Federal precisa ter sensi­bilidade. No quadro em que se encontra o Nordeste brasileiro,principalmente a região atingida pela seca, em situação deemergência, não há a menor condição para que o Governocontinue a agir dessa maneira.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Está feito oregistro nobre Deputado.

O SR. AVELINO COSTA (Bloco Parlamentar - MG.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,no dia 5, manifestei-me aqui em defesa da Empresa Sadia,pela qual devemos ter todo o respeito. O Brasil inteiro deverespeito a uma empresa como a Sadia. que emprega direta­mente 35 mil e 889 funcionários. com 107 mil e 667 depen­dentes, e mantém mais 30 mil empregos indiretos, tendo pago,no ano de 1992. 249 milhõ,:s e 17 mil dólares de impostos.

Quanto ao envolvimento da empresa com sonegação deimpostos. em seu parecer o Superintendente da Polícia Federalconclui que foi tudo um mal-entendido de um delegado daPolícia Federal. A propósito. acho que um delegado que come­te um erro como esse deveria ser incriminado. porque não

14648 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

se brinca com uma empresa como a Sadia, não se brincacom empresas que estão funcionando neste País. Nas cidadesem que há empresas como a Sadia não se vêem meninosjogados na rua.

É preciso que haja respeito por essas empresas.Anexos ao discurso do orador:

DIRETORIA DE ASSUNTOS CORPORATIVOSGRUPO SADIA TRANSMISSÃO DE FAC-SÍMILE

Data: 7-7-93Para: Deputado Federal Avelino CostaDe: Alfredo Felipe da Luz Sobrinho

Mensagem: Prezado Deputado,Em atenção sua msg. de hoje, informamos o número

de funcionários do Grupo Sadia:. número de funcionários diretos - 35.889 X 3 (média

de m. dependentes por funcionário) = 107.667. número de funcionários indiretos + - 30.000 (inte­

grados avicultura, suinocultura, câmaras frias, motoristas etc.)

DIRETORIA DE ASSUNTOS CORPORATIVOS

Excelentíssimo Sr.Deputado Avelino CostaCâmara dos DeputadosBrasília - DF

Senhor Deputado,Somos profundamente gratos pela defesa de nossa empre­

sa que Vossa Excelência, realizou, na sessão da Câmara.dosDeputados de ontem, da acusação de estarmos envolvIdosem sonegação de tributos. Infelizmente, a notícia partiu deum delegado irresponsável, que resolveu divulgar algo nãoapurado, na sanha de denegrir uma empresa como a Sadiaque, como diz Vossa Excelência é uma empresa que temque ser respeitada. Lamentamos igualmente a divulgaçãoapressada e sem melhor averiguação.

Por oportuno, encaminhamos a Vossa Excelência, notaoficial da Sadia à respeito da matéria, bem como declaraçãodirigida à Sadia pelo delegado Ademir Alves, afirmando nãoexistir sequer indícios de participação da Sadia no inquéritopolicial sobre fraude fiscal sob sua responsabilidade.

Quanto ao aspecto reforma fiscal, está certo Vossa Exce­lência e conte com nosso apoio. Acreditamos que uma refor­ma, urgente e inadiável, deva ser feita na linha do ProjetoLuiz Roberto Ponte.

Caso deseje Vossa Excelência voltar ao tema, esclare­cendo o melhor o episódio, julgamos sejam os documentosanexos apropriados para aprofundar o assunto.

Mais uma vez, nobre deputado, aceite nossa gratidãoe a expressão de nossa admiração.

Atenciosamente, Alfredo Felipe de Luz Sobrinho, DiretorAssuntos Corporativos.

São José do Rio Preto, 6 de Julho de 1993

Ao Grupo Empresarial SadiaReferentemente à matéria publicada no Jornal O Globo,

edição de 5 de julho de 1993, a pedido, esclareço que atéo momento, quanto ao Grupo Empresarial Sadia, não foidetectado nos autos do Inquérito Policial n9 6-0080/93, conluiocom empresas estabelecidas na Zona Franca de Manaus, em­bora existam documentos fiscais do referido grupo destinandomercadorias àquelas empresas, o que, não reflete, por ora,indícios de participação. .

Ademir Alves, Delegado de Polícia Federal.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Nota Oficial

SADIA NEGA ENVOLVIMENTO

Com Sonegação na Zona Franca

Frente às notícias publicadas por alguns veículos de comu­nicação, baseadas em denúncia do del~gado Ademir Alves,da Polícia Federal em São José do RIO Preto, envolvendoa empresa em supostas quadrilhas para sonegação fiscal.

a Sadia- nega veementemente o fato e desconhece qualquer

indicio de sua existência;- não recebeu qualquer notificação das autoridades

constituídas que comuniquem ou cO?1provem o fato denun­ciado e estranha a atitude do denunCIante;

- reitera que efetua a comercialização de produtos paraa Zona Franca de Manaus, conforme e legislação vigente,

. através da qual as vendas são isentas e a condição para u.sodesse benefício é a comprovação da entrada das mercadonasem Manaus;

- garante, segundo a mesma legislação, que todas assuas vendas para Manaus tiveram as mercadorias entrad~s

naquela capital e na região demarcada e tem a documentaçaocomprobatória à disposição das autoridades e da !mprensa;

- não pode se responsabilizar pelo us.o indeVIdo de no~as

fiscais por terceiros, após a entrega garantIda das mercadonasna Zona Franca; .

- assegura a lisura de suas obrigações tributárias e estáigualmente interessada na coibição da sonegação fiscal porprincípio e por cidadania;

- gerou, em 1992, o montante de US$ 249,17 milhõesem impostos e encargos, de onde US$ 144,05 corresponderama ICMS.

São Paulo, 5 de junho de 1993. -Luiz f'ernando f'urlan­Presidente do Conselho de Administração das Empresas Sa­dia.

O SR. LAÍRE ROSADO (PMDB - RN. Pronuncia oseguinte discurso.) -.$r. Presidente, Sr" c Sr" Deputados,quero alertar a Nação, por inter~~di() desta Casa, s(~bre oagradecimento da situação na Regmo Nord~stc. A .e~tIagem

perdura e os seus efeitos agora se tornam mnda maI~ ~rrasa­

dores. Na terra ressequida agonizada o homem e dIllam-seo rebanho, mais da metade do qual perdeu-se em bem poucotempo. Os bolsões de pobreza dominam a zona urha.na e.no campo, a fome grassa impiedosamente; os que sobrcvlv~m,

mesmo desesperançados. deploram o abandono que lhc~ 1111­

põe a miséria.Os paliativos estão sendo encaminh~dos à Reg~ão. E ,c~m­

tinuarão a ir, sempre que a pressão se fizer pela VIa pohtIca.Não quero mensurar valores nem aguçar números que jamais,mesmo frios, conseguirão enfeixar soluções para o Nordeste,se utilizados da forma como o são, sem consistência, semqualquer planejamento à luz da sabedoria.

Recordamo-nos, Sr. Presidente, de que aqui, nesta mes­ma tribuna, estivemos a transmitir o clomor da nossa gente,condenando as fórmulas politiqueiras de última hora e, simul­taneamente, cobrando um programa sério, conseqüente, coma aplicação de recursos que viessem a significar, um dia, oesforço de promover a redenção sócio-econômica do Nor­deste. Clamamos por um plano de desenvolvimento mais real,mais balizado do que o atual, que considere a seca cOIUO

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14649

estação cíclica e não como um fenômeno ocasional, um progra­ma de desenvolvimento que priorize o homem e a terra, comprojetos de irrigação e planos de investimentos mais humanos,um programa que estabeleça uma convivência com a seca,a partir do fortalecimento de recursos hídricos.

Sr. Presidente, Sr 'e Sr' Deputados, o nordeste, estádemonstrado, é plenamente viável. Se temos a luz solar ­essenéial para que qualquer semente germine -como parceirade safra, temos de encontrar meios de obter água. Todossabemos que é preciso investir na nossa capacidade hídrica;então, esse é o caminho a ser priorizado.

Do jeito que está sendo tratada a Região, permanece­remos humilhados, na situação de pedintes, sem que os nossosvalores sejam reconhecidos, pressionando o Estado e rece­bendo programas benevolentes em troca, vendo o ócio, vendoo homem nordestino morrer no campo fértil que, um dia,sonhamos transformar numa próspera região, celeiro de de­senvolvimento da nossa Pátria.

. Nesta oportunidade, Sr. Presidente, registramos com sa­tisfação a atitude dos Prefeitos de nossa região, localizadano oeste do Rio Grande do Norte, congregados na Associaçãodos Municípios da região de Mossoró e médio-oeste Potiguar- AMOS, que, de forma consciente e decisiva, firmarampacto de entendimento, despidos de siglas partidárias e proje­tos individuais, para lutar por soluções do interesse de todos.

Nossos Municípios encontram-se em estado falimentar.Não há receitas para atendimento às milhares de faml1ias queestão famintas. Não há investimentos e, conseqüentemente,não há empregos. Sem recursos, os Prefeitos estão contraa parede, desarmados de qualquer providência que possa mi­norar o grave drama do seu povo.

Damos ressonância às manifestações desses Prefeitos, econvocamos a todos para esse movimento. Nesta hora, osPrefeitos precisam de toda a classe política, dos DeputadosEstaduais e Federais, dos Senadores, juntos, numa manifes­tação cívica, homogênea e comandada por um ideal de digni­dade. Temos de cobrar dos Governos Federal e Estaduaisuma solução conseqüente, sem mágicas e paliativos, para redi­mir o Estado dos erros de muitas décadas. Vamos propiciarao Nordeste uma oportundade para demonstrar sua capaci­dade agrícola e pecuária. Queremos ver essa Região produ­zindo para o seu povo e para o País, gerando riquezas edivisas, fazendo com que seus cidadãos vivam de forma dignae hoiuada, cumprindo seus deveres e tendo, sobretudo, acessoaos seus direitos, como seres humanos que são.

O SR. ANTÔNIO MORIMOTO (PPR - RO. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr'" e Sr' Deputados,realizou-se nos dias 1, 2 e 3 o 1" Seminário dos ProdutoresAmazônicos, em Belém, no Pará, sob os auspícios da Fede­ração da Agricultura do Pará (Faespa), com apoio da Confede­ração Nacional de Agricultura (CNA) e com a partição devárias Federações de Agricultura.

No seminário fez-se uma verdadeira radiografia de todaa problemática agropecuária da Amazônia e discutiram-se aspossíveis soluções para garantir o desenvolvimento sustentadoda Região Norte.

O evento foi coroado de total êxito, tanto graças ao níveldos conferencistas e dos debatedores como em virtude docomparecimento de grande número de produtores, tendo re­gistrado presença o Ministro do Meio Ambiente, SenadorCoutinho Jorge, e, no encerramento, o Governador JaderBarbalho, que, num pronunciamento brilhante, reafirmou avocação da Amazônia.

Como colega do anfitrião, Dr. Carlos Xavier, presidenteda Faespa, quero cumprimentá-lo pelo sucesso do evento ­que afirmou e reafirmou a conscientização da Amazônia parasua destinação de progresso e justiça social e não de apenasexpectadora, de alvo da curiosidade dos ecologistas e antropó­logos de plantão·":- bem como, pelo apoio emprestado aoacontecimento. o presidente da CNA. Antonio Ernesto Wer­ner de Salvo.

Requeiro, Sr. Presidente. a transcrição, nos Anais destaCasa, do documento resultante do seminário. a "Carta dosProdutores Amazônicos", que sintetiza as aspirações e as rei­vindicações dos amazônidas.

CARTA A QUE SE REFERE O ORADOR:

CARTA DOS PRODUTORES AMAZÔNICOS BELEM­PARÁ

As questões da região Amazônica na última década têmdespertado o interesse dos estudiosos do mundo inteiro, mercêde sua grande potencialidade agroecológica. econàmica e,principalmente. por ser a maior reserva de tloresta tropiealdo planeta. Autoridades técnicas. científicas e políticas. alémde organizações governamentais e não-governamentais, en­volvidas com a questão do desenvolvimento. ecologia e preser­vação do meio-ambiente, têm debatido e apresentado pro­postas de utilização das riquezas existentes na Amazônia brasi­leira.

Muitos destes estudos tem servido aos organismos inter­nacionais para exercerem uma indisfarçavel pressão, servindo,tão-somente, à hipocrisia dos países industrializados que ten­tam impor a esta região uma política de transformá-la emsantuário de preservação ecológica, além de imputar aos quenela residem a responsabilidade infundada de serem os princi­pais causadores do efeito estufa, do rompimento da camadade ozônio e pelas modificações ocorridas no clima do globoterrestre. .

Mais recentemente, os estudos de organizações finan­eeiras internacionais estão a propor o isolamento da Amazô­nia, na participação do processo de desenvolvimento nacional,partindo de justificativas fundadas em hipóteses apresentadassob o disfaree da preocupação ecológica, condenando-a, con­seqüentemente. à condição de eterna importadora de alimen­tos e outros bens de consumo, legando a população residentena região à permanência no atual estágio de pobreza e fome,em vez de oportunizar um crescimento economicamente equi­librando, socialmente justo e ecologicamente responsável, apartir da exploração das riquezas existentes na Amazônia.

Conscientes da gravidade dos problemas. os produtoresrurais, reunidos no 1" Seminário dos Produtores Amazônicos,realizado na cidade de Belém. no período de 1 a 3 de julhode 1993, oportuidade em que foram debatidos temas de realinteresse para o convívio harmônico de economia, tecnologiae ecologia do meio rural, resolvem tornar pública e sua contri­buição para a solução dessas questões, em forma de propostas,aqui apresentadas, e que foram aprovadas pelo Seminário.

1. Reafirmam sua fé na Democracia, por acreditar seresse O regime que promove o desenvolvimento econômicocom maior justiça social;

2. Repudiam as recomendações de organizações inter­nacionais que pretendem preservar a Amazônia pela via daestagnação econômica, relegando 17 milhões de brasileirosa uma vida miserável, sem esperança e sem destino:

3. Alertam a Nação para as teses que são desenvolvidasem países do primeiro mundo em relação à Amazônia, que

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Julho de I<,l93

mistificam, por conveniência de seus próprios interesses, asituação amhiental da região. recomendando hoicote econô­mico aos nossos produtos, defendendo o suh-desenvolvimentosustentado e ameaçando que os prohlemas ecológicos da Ama­zônia ultrapassam a noção de soberania, segundo afirmaçõesdo Presidente da França, em 1989, e repetida no 10" CongressoMundial d,: Florestas, em Paris. em 199\, provavelmente napresença de v,írios especialistas e autoridades brasileiras;

4. Entendem que o desenvolvimento da região é absolu­tamente necessário para o País e a sua integração à economianacional, é fundamental para garantir o processo de sua ocupa­ção de forma ordenada, socialmente justa e economicamenteequilibrada.

5. Proclamam o desejo de integrar o plano de combateà fome e à miséria de 32 (trinta e dois) milhôes de hrasileiros.principalmente através de sua participação em programas quevisem ao aumento da produção e da produtividade dos produ­tos agrícolas, constantes da cesta básica, com o fornecimentode meios e recursos necessários aos produtores rurais.

6. Incorporam os princípios de solidariedade, parceriae descentralização em que está assentado o plano de combateà fome e à miséria, porém, sugerem o estabelecimento deCâmaras não só setoriais como, tamhém e principalmente,especiais regionais face às peculiaridades de cada região emrelação a esse prohlema que vem angustiando a sociedadebrasileira.

7. Solicitam das autoridades monetárias a eliminaçãoda TR como fator de correção de financiamentos rurais, índicejá rejeitado por inúmeras decisões da Justiça brasileira, bemcomo a imediata aplicação da Equivalência Preço-Produtopara regular a concessão e resgate de financiamentos desti­nados à área rural;

R. Reiteram ao Banco da Amazônia S.A.a urgente apli­cação da Equivalência Preço-Produto nos financiamentos ru­rais, à conta dos recursos do Fundo Constitucional Norte ­FNO, que esse agente financeiro vem se negando a fazer,apesar da Resolução n" 7.814, de 29-4-93, aprovada pelo Con­dei da Sudam, órgão que tem competência legal para estabe­lecer e aprovar as normas de concessão desses recursos;

9. Propõem o estabelecimento de programa de financia­mento incentivado, para que os pequenos, médios e grandesprodutores rurais possam desenvolver e adotar as tecnologiasrecomendadas pelos organismos de pesquisa agropecuária,para recuperação de áreas degradadas;

10. Requerem que os organismos de desenvolvimentoregional viahilizem as condições necessárias para incorporaçãodas ,ireas de várzeas ao processo produtivo, através de aloca­ção de recursos financeiros que possibilitem a adoçáo de tecno­logias apropriadas e a realização de investimentos de longoprazo;

11. Recomendam que a política de incentivos fiscaise creditícios, administrados pela Sudam e Suframa, seja volta­da para projetos que internalizem na região os resultadoseconômicos e sociais, e que se criem mecanismos e instru­mentos que facilitem o acesso do produtor regional a essesrecursos e impeça o sensível aprofundamento do perversocolonialismo econômico interno que se pratica neste País,entre as regiões de maior poder político e condição econômica,e as regiões menos desenvolvidas, como a Amazônia;

12. Desejam uma atuação mais efetiva da classe políticaregionaL especialmente dos integrantes da bancada federal,quer na Câmara dos Deputados como no Senado Federal,no sentido de viabilizar pleitos formulados em blocos quando

de interesse da Amazônia, a exemplo do que ocorre comparlamentares de outras regiões, que praticam, com sucesso,essa forma de reivindicação política supra-partidária;

B. Reivindicam o fortalecimento da Sudam, órgão res­ponsável pela política de desenvolvimento regional e coorde­nadora das ações federais na região, bem como do Basa eda Suframa, agentes financeiros do programa de incentivosfiscais e creditícios, resgatando a função dessas entidades comoprincipais canais do processo de crescimento sócio-econômicoda Amazônia;

14. Indicam a necessidade dos governos, em qualquernível, apoiarem decisivamente os órgáos de pesquisas agrope­cuária c florestal e entidades de assistência técnica e extensãorural da Amazônia, para que possam conduzir projetos queobjetivem o conhecimento mais aprofundado das formas deexploração econômica dos recursos naturais da região e garan­tam o atendimento aos produtores rurais, especialmente ospequenos, na utilização de tecnologias disponíveis e as queforem sendo produzidas;

15. Manifestam o desejo de que as entidades governa­mentais do setor agrícola da região, quer do âmbito federal,como estadual e municipal, elaborem suas programações, deforma coordenada, com a participação dos diversos segmentosinteressados, entre os quais as Federações de Agricultura eseus Sindicatos de Produtores Rurais e que estabelecem, emcada unidade do respectivo nível de Governo, a definiçãode uma política agrícola coerente com os recursos disponíveise compatível com as necessidades de cada área;

16. Compreendem a necessidade de implementação deuma política fundiária para o País, que possibilite o acessoà terra e que implique em uma ocupação social e econômica,com o suporte de meios de produção, que resultem na efetivafixação do homem no meio rural;

17. Apoiam a implantação do zoneamento eeológico­econômico como instrumento de planejamento para a Amazô­nia, bem como solicitam agilização nas decisões governamen­tais, que permitam a adoção complementar de políticas públi­cas coerentes, visando estimular os investimentos nas áreasmais propícias e inihir ações de alto risco econômico e am­bientai;

18. Pleiteiam a necessidade para uma retomada dos in­vestimentos em infra-estrutura de energia, de transporte ede telecomunicações na região, como suporte para seu desen­volvimento, precedidos, obrigatoriamente, de cuidadosos es­tudos de planejamento ambiental.. Desta forma, esperam os produtores rurais que tqdosos segmentos comprometidos com o processo de desenvol­vimento regional tomem para si a responsabilidade de imple­mentar os desdohramentos necessários à efetivação de cadaproposta apresentada nesta carta, para que a mesma náo setransforme, a exemplo de tantos outros, em documentos deencerramento festivo de reuniões ou eventos desta natureza.

Belém, 2 de julho de 1993

O Sr. Eduardo Jorge - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex"a palavra.

O SR. EDUARDO JORGE (PT - SP. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, após o Grande Expediente haveráoutro período para as comunicações?

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Nobre Depu­tado, se ao término do Grande Expediente não houvermos

Julho de I~~3 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14651

atingido o quorum para iniciar a Ordcm do Dia, a Mesa rea­brirá o Pequeno Expediente.

O SR. EDUARDO JORGE - E o período destinadoà apresentação de proposição?

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - O período des­tinado à apresentação de proposições será assegurado tão logocomece a Ordem do Dia.

Tem a palavra o Sr. Deputado Dejandir Dalpasquale.

O SR. DEJANDIR DALPASQUALE (PMDB - Se. Pro­nuncia o seguinte discurso.) -Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Depu­tados, o Projeto de Lei nu 2.487, de 1992, ora em tramitaçãona Comissão de Agricultura e Política Rural, é resultado dasintenções de privatização de uma série de atividades até omomento empreendidas pelo Poder Público. Neste caso espe­cífico, o projeto pretende que a classificação de produtos deorigem vegetal e animal e de seus resíduos de valor econômicopasse a ser exercida por entidades da administração públicae por empresas privadas, devidamente credenciadas pelo Mi­nistério da Agricultura e Reforma Agrária.

A existência de inúmeras entidades credenciadas paraessas tarefas ocasionará sérios prohlemas, dentre os quais sepodem destacar os seguintes:

1') haverá interesse de grupos ecvnômicos em pulverizaras atividades da classificação para tirar proveitos;

2") é de se esperar que influências políticas, sociais eeconômicas se façam sentir no relacionamento entre clientese empresas de classificação, em detrimento da necessária apli­cação de exclusivos critérios técnicos na atividade;

3") grupos organizados poderão instituir suas própriasempresas para promoverem a classificação de produtos deacordo com seus interesses, abandonando pequenos e médiosprodutores; ao não limitar o número de empresas, a comercia­lização poderá ocorrer sem amparo da classificação, na maio­ria dos Municípios onde se concentram os pequenos produ­tores, porque pequenos lotes a serem classificados constituirãoprejuízo para as entidades classificadoras; nesses casos, sehouver a exigência de pagamentos adicionais por parte dosinteressados, o custo da classificação atingirá patamares insus­tentáveis, desequilibrando ainda mais a competitividade entregrandes e pequenos produtores;

4°) poderão ser propiciadas ações fraudulentas atravésde empresas cerealistas, armazenadoras e comerciantes ines­crupulosos, que tentarão se aproveitar de recursos públicosnos casos de política de garantia de preços mínimos, estoquesreguladores e distribuição de alimentos por parte do GovernoFederal;

59) o Ministério da Agricultura dificilmente terá condi­ções de exercer a fiscalização e o controle dos serviços presta­dos, devido ao grande número de empresas cadastradas;

6q) a própria arrecadação tributária restará dificultada,

pois os bancos de dados gerados pelo Ministério da Agricul­tura, através de seus órgãos de classificação, auxiliam na tarefade cobrança do ICMS pelas Secretarias de Fazenda;

7°) poderão ocorrer fraudes nas operações de AGF ouEGF, com a comercialização de lotes inexistentes, trocas delotes em armazéns, financiamentos múltiplos para um mesmolote, e assim por diante;

8") não será impossível haver uma descaracterização doscritérios técnicos de classificação, o que acarretará prejuízoaos produtores, consumidores e usuários em geral.

Como a classificação de produtos de origem vegetal eanimal e de seus resíduos de valor econômico é operaçã~

auxIJiar do mercado interno e externo, fornece elementos im­portantes à determinação de tipos, com base nos padrõesoficiais, exercendo influência direta nos preços .praticados e,por essa razão, não deverá estar ligada a interessados queatuem como produtores, armazenadores, transportadores, be­neficiadores, industrializadores, comerciantes ou intermediá­rios de produtos vegetais, animais e seus subprodutos.

A pulverização da atividade de classificação significaráa eliminação dos benefícios hoje existentes, abrindo espaçospara a atuação dos interesses comerciais nem sempre de lisuracomprovável, e não permitirá o estabelecimento de padrõesde qualidade tecnicamente definidos.

Diante disso, propugnam as entidades mais diretamenteligadas à produção rural pelo substitutivo do Deputado HélioRosas ao Projeto de Lei n" 2.487, de 1992, substitutivo esseque atribui aos estados e ao Distrito Federal a execução daclassificação e ao Ministério da Agricultura e Reforma Agráriaa responsabilidade por estabelecer as normas e os padrõesa serem adotados uniformemente.

Esse substitutivo, cujo conteúdo reprsenta o consensoobtido no Fórum Nacional de Secretários de Agricultura eReforma Agrária, é o que melhor soluciona a questão daclassificação, retirando-a das responsabilidades diretas do Go­verno Federal para remetê-la às Secretarias Estaduais, impe­dindo a ingerência de setores produtivos numa tarefa quese insere com clareza nas atribuições típicas do Estado.

o SR. ALDIR CABRAL (PTB - RJ. Pronuncia o seguin­te discurso.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, a IgrejaUniversal do Reino de Deus, fundada em 9 de julho de 1977.está completando dezesseis anos de existência, tempo esteintegralmente dedicado por seus pastores, obreiros e mem­bros, à pregação do Evangelho, à libertação dos oprimidosdo diabo, à realização de um vasto programa de assistênciae de atendimento social, tudo em conformidade com os ensinosdas Sagradas Escrituras.

A primeira reunião pública da Igreja Universal do Reinode Deus se deu em uma pequena loja no subúrbio cariocada Abolição, em um espaço onde antes funcionava uma agên­cia funerária. O dado é interessante, Sr. Presidente, pois,se ali agenciavam o caminho da morte, com a Igreja aquelemesmo endereço passou a ser uma agência de vida, pois',em Jesus Cristo, o homem passa da morte para a vida, tornan­do-se uma nova criatura.

A Igreja Universal do Reino de Deus tem algumas carac­terísticas que devem e merecem ser destacadas. A primeiradiz respeito aos seus horários de funcionamento: diariamente,o dia inteiro, as portas das igrejas estão abertas e os pastoresà disposição do povo, a quem atendem nos intervalos dastrês ou quatro reuniões que se realizam pela manhã, à tardee à noite.

A segunda característica relaciona-se com a alegria doscultos, onde o louvor é permanente e a palavra de Deus fluide modo claro e poderoso, libertando milhares de pessoasdos vícios, das dominações satânicas, dos espíritos de opres­são, processando-se o milagre da libertação e da reabilitaçãoda criatura humana através do Evangelho.

O terceiro aspecto, Sr. Presidente, diz respeito aos proje­tos de ação da Igreja Universal do Reino de Deus. Não selimita a Igreja ao exercício teórico da pregação. Antes, praticao Evangelho através de obras sociais, como o Orfanato LarUniversal, na cidade do Rio de Janeiro, a Associação Benefi­cente Universal, de Belo Horizonte, a Escola de Educação

14652 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julhode 1993

Universal do Brasil, no Estado da Bahia, assumindo aindaa Igreja, no Estado de São Paulo, responsabilidades de manu­tenção da Sociedade Pestalozzi.

Outros projetos desta natureza estão sendo implemen­tados no Brasil e no exterior, valendo destacai a Escola BlblicaInfantil, existente em todos os Estados brasileiros, que orientaas crianças dentro da palavra de Deus, co Projeto Ler cEscrever, que está alfabetizando milhares de brasileiros, entreos 15 e 65 anos de idade.

Conta a Igreja com cerca de 1 mil e 200 templos, espalha­dos por todo o Brasil, alcançando ainda dezenove outros paí­ses, entre os quais os Estados Unidos da América do Norte,o México, a Bolívia, a Venezuela, a Argentina, o Uruguai,a África do Sul, Angola, Portugal, Espanha e França.

Sem dúvida foi a Igreja que mais cresceu 'nestes últimosanos no Brasil e no resto do mundo. E isto acontece, Sr.Presidente, porque entenderam os seus fundadores que eranecessário adequar a Pregação do Evangelho aos modernosmeios de comunicação, como o rádio, a televisão, a imprensaescrita e os demais meios disponíveis e geralmente bem usadospelas forças desagregadoras do mal.

Assim, a Igreja Universal do Reino de Deus tem atuadoatravés daqueles meios, fazendo-o com o uso de uma lingua­gem acessível a todos, das camadas mais simples aos maiscultos da população brasileira.

Por outro lado, a Igreja identifica-se com as necessidadesdo povo, alimentando os famintos, abrigando os desprote­gidos, consolando os aflitos, curando os enfermos, orandopela prosperidade e o bem-estar do indivíduo, restabelecendoos laços da família e devolvendo o homem ao seu padrãode dignidade e de honradez.

Registro, pois, Sr. Presidente, o 16" aniversário da IgrejaUniversal do Reino de Deus, lembrando o nome do bispoEdir Macedo, o pioneiro que teve a grata inspiração de desen­volver o projeto arrojado de fazer esta Igreja tornar-se umfenômeno de religiosidade que a tantos incomoda e perturba,mas que alegra o coração de Deus.

o SR. SÉRGIO MIRANDA (PC do B - MG. Pronunciao seguinte discurso.)·- Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Deputados,venho a esta tribuna para registrar que o Sr. Geraldeli daCosta Rofino, assessor do Vereador, pelo PC do B, PauloRogério, em Juiz de Fora, vem sofrendo ameaças de morte.As ameaças partem de setores daquela cidade que se sentematingidos com o projeto de lei apresentado pelo Vereadorque restabelece para a Prefeitura de Juiz de Fora o gerencia­mento e a comercialização do vale-transporte. Estão em jogobilhões de cruzeiros que advêm da aplicação financeira geradapela venda de quase três milhões de vales por mês. .

Ao retirar da mão dos empresários do transporte estavultuosa quantia, o Vereador Paulo Rogério pretende garantirque esse dinheiro seja aplicado na melhoria das condiçõesdo transporte coletivo da cidade.

Essa mamata estabelecida pela ação entreguista do Sr.Alberto Bejani, ex-Prefeito da cidade, tem realmente queacabar. Já não bastasse os altos preços cobrados pelas empre­sas de transporte coletivo, o péssimo serviço oferecido, a admi­nistração do sistema garantia um ganho adicional, sem quefosse necessário o dispêndio de qualquer esforço. Vale dizerque em nenhum momento esse rendimento extra foi compu­tado para reduzir as planilhas de custo do transporte ou paraa sua melhoria, simplesmente para ampliar o enriquecimentodos donos das empresas.

A opção pelos ganhos do mercado financeiro tem conta­giado o empresariado brasileiro, que deixa de lado suas ativi­dades produtivas ou de serviços para se dedicar ao lucro fácil,em detrimento da sociedade.

Expresso a minha concordância com o projeto. Repudioa ação solerte desses senhores que partem para intimidaçõese agressões físicas diante da sua incapacidade de apresentarjustificativas plausíveis para a manutenção de tão aviltanteprivilégio.

Aproveito a oportunidade para exigir das autoridadesre,ponsáveis, a Polícia Federal, a Secretaria de SegurançaPública de Minas Gerais medidas eficazes que garantam aintegridade física do Sr. Geraldeli Rofino, como também aindentificação e punição dos responsáveis.

O SR. CHICO AMARAL (PMDB - SP. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Deputados,por duas oportunidades, desta tribuna, denunciei procedimen­to ilegal de empresas e segmentos departamentais da Telebrás,que anunciavam a realização de concurso interno para contra­tação de empregos que já lhes presta serviços, pois que coop­tados através de terceiras empregadoras indiretamente.

O processo, Sr. Presidente, a par da inconstitucionali­dade. pois na hipótese se exige a realização de concurso públi­co, era ainda eivado de injustiça, uma vez que as vagas aserem preenchidas pertenciam, antes. a técnicos e outros pro­fissionais experimentados, que foram dispensados, sem justacausa, para redução de despesas com o pessoal da Telebrás.

Assim, pretendia a empresa admitir novos servidores,já treinados no período de contratação indireta, pagando-lhesmenos do que era anteriormente pago aos empregados injusta­mente dispensados.

Contra tudo isto me bati, fazendo chegar minha indig­nação tanto ao Presidente da Telebrás, como, e principal­mente, ao Sr. Ministro das Comunicações, Senador HugoNapoleão.

Volto à tribuna, Sr. Presidente, para tratar da mesmamatéria, mas agora sob novo enfoque. É que o Ministériodas Comunicações, ciente das reclamações que fiz deste plená­rio, examinou a questão e, de modo imperativo, verticalizoua decisão de mandar suspender aqueles procedimentos ilegaise injustos da Telebrás, suspendendo os tais concursos internos,de cartas marcadas.

O primeiro passo foi dado, Sr. Presidente: não mais osconcursos internos serão realizados na Telebrás. Entretanto,ainda resta solucionar a questão dos demitidos injustamente,especialmente aqueles que estavam lotados no Centro de Pes­quisas que a Telebrás mantém na cidade de Campinas, Estadode São Paulo.

São dezenas de chefes de família que foram sacrificadospor uma política injusta e discriminadora. São servidores expe­rimentados, nos quais a empresa dispendeu recursos na prepa­ração e habilitação dos mesmos para os serviços que pres­tavam.

Assim, Sr. Presidente. no momento em que o Governodo Presidente Itamar Franco se decide por rever as demissõesinjustas praticadas pelo Governo do Presidente Fernando Co­llor, creio ser chegado o momento de procedimento idênticoser adotado pelo Sr. Ministro das Comunicações em relaçãoao que se fazia na TeIebrás, onde um esquema que visavaà realização de concursos internos viciados funcionou até serinterrompido pelo próprio Ministério das Comunicações.

Pro fim. Sr. Presidente. merece elogio o Presidente daTelebrás, que. acolhendo a opinião jurídica do Ministério

Julho de lY93 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14653

das Comunicações, determinou às empresas da holding quesustassem aqueles procedimentos ilegais, inclusive mandandorever possíveis demissôes feitas ao arrepio da norma constitu­cional pertinente.

Alegra-me, Sr. Presidente, verificar in loco que as vozesque se levantam nesta tribuna da Câmara dos Deputados soamaos ouvidos das autoridades dos demais Poderes, que assimcorrigem distorções e retomam o caminho da legalidade, man­tidas a harmonia e a independência dos mesmos Poderes.

Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidente, Sr'· e Srs.Deputados.

O SR. CESAR CALS NETO (PSD - CE. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Deputados,venho à tribuna da Casa do Povo Brasileiro para trazer minhasolidariedade aos Prefeitos e ao povo do Estado do Ceará,que, enfrentando uma das maiores secas de nossa História,estão hoje em Brasília, através de seus representantes, procu­rando viabilizar recursos para tendimento às populações flage­ladas.

Ê preciso, portanto, Srs. Deputados, não somente preser­var de qualquer corte os recursos destiílados pelo OrçamentoGeral da União para racionalização do potencial hídrico, deuma forma geral , como também necessitamos de recursosadicionais para matar a fome e a sede e mesmo assegurara sobrevivência de milhões de irmãos brasileiros. A situaçãoé de tal ordem erítica que animais silvestres, tipo raposas,gatos do mato e outros, estão disputando qualquer tipo dealimento nas proximidades de casas de sertanejos, pondo emrisco até a vida de crianças.

Solicito ainda às autoridades brasileiras que, ao lado dasmedidas emergenciais, adotem medidas estruturais, para quese aproveitem os recursos hídricos existentes, especialmenteem açudes que acumulam e mantêm água ociosa, bem comodos rios São Francisco e Parnaíba, que estão desperdiçandoesse precioso líquido.

, O SR. FLÁVIO ARNS (PSDB - PRo Pronuncia o seguin­te discurso. ) - Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Parlamentares,a Federação Nacional das APAE - Associações de Pais eAmigos dos Excepcionais - reúne 1.300 entidades, presentesem igual número de Municípios, com o objetivo de, atravésda união de pessoas, idéias e ideais, trabalhar na busca darealização dos direitos fundamentais do cidadão portador dedeficiência.

As preocupações de uma APAE, na busca do atendi­mento às necessidades fundamentais do cidadão excepcional,voltam-se para a organização, auxIlio, fiscalização na estruturade serviços de prevenção de deficiências, educação, saúde,lazer, assistência social, trabalho e apoio às pessoas idosasdependentes em função da deficiência. Praticamente todasas APAE são mantenedoras de instituições educacionais espe­cializadas.

A cada dois anos, o movimento apaeano se encontraem seu COngresso Nacional, sendo que este ano, de 18 a21 de julho, em Blumenau, Santa Catarina, ocorrerá a 16"versão do evento. Espera-se a participação de 4.000 pessoas,entre dirigentes, pais, alunos e profissionais, vindos de aproxi­madamente 1.000 Municípios brasileiros. É o momento nacio­nal de aprofundamento dos temas relevantes voltados ao cida­dão excepcional.

No corrente ano, após consulta a todas as entidades,o tema central do XVI Congresso será a "Educação Especial- Realidade Presente e Perspectivas Futuras". O encontro.

se desenvolverá através de mesas-redondas, palestras, relatosde experiências, dinâmicas de grupos e de exposições. Comoparticipantes convidados estarão palestristas e professores dediversas categorias profissionais, de renome nacional e inter­nacional, tais como psicólogos, médicos, psiquiatras, fonoau­diólogos, professores de Educação Especial e advogados. Otemário será vivenciado por quatro grupos distintos: dirigen­tes, profissionais, pais e alunos portadores de deficiênciàsmaiores de quinze anos ..

Como entidade nàcional, a Federação Nacional dasAPAE tem a finalidade de coordenar este movimento apaeanopara que haja trabalho organizado, sintonizado numa filosofianacional, de conhecimento, de legislação, de orientação quan­to à organização administrativa e de serviços. Em síntese seráa oportunidade de se discutir como o Movimento está atuandoe como gostaríamos de atuar no trabalho educacional, envi­dando todos os esforços possíveis para buscar qualidades dosserviços ofertados por este segmento da sociedade organizada.O Congresso é a ocasião especial, que propiciará um salutarencontro de tantos quantos por este Brasil inteiro estão na'mesma luta, em prol dos direitos das pessoas portadoras dedeficiências.

O movimento apaeano convida todos os pais e amigosdos excepcionais para esse momento de reflexão e congra­çamento.

O SR. NELSON MARQUEZELLI (Bloco Parlamentar- SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr"'.e Srs. Deputados, todos estão de acordo em que o desenvol­vimento do nosso País guarda estreita relação com a disponi­bilidade de energia. Sabemos que as políticas adotadas nosúltimos anos têm sido sempre no sentido de utilizar tarifaspúblicas com o intuito de não permitir o crescimento da infla­ção, e, diga-se com letras maiúsculas, sempre sem o menorsucesso! O resultado fracassado dessas tentativas é não per­mitir que a produção de energia em nosso País ocorra emproporções que permitam o desenvolvimento que cada Gover­no, ao assumir, diz ser seu objetivo. Essas contradições somen­te ainda não nos deixaram sem energia elétrica e sem combus­tível, porque o País não consegue retomar seu crescimento.A recessão sufoca a todos, de uma forma tal que muitos nãosobreviveram e a maioria encontra-se desolada pela incapa­cidade de reação.

Mas, mesmo assim, todos nós estamos de acordo; a dispo­nibilidade de energia é fator essencial ao desenvolvimentodo Brasil.

Poucos dias atrás pudemos conviver com o setor da'agroindústria canavieira, sentindo a angústia das perdas efeti­vas que esses produtores de álcool vêm sofrendo desde oinício do Governo Itamar. Para dar-lhes uma idéia dessa polí­tica altamente desestimuladora, apenas de outubro/92 amaio/93 esse setor do álcool amargou US$340 milhões, somen­te em função das correções de preços abaixo da inflação.

A partir desse fato, foi dado início a uma negociação,visando estancar essas perdas e esse desestímulo; e, partici­pando do lado do Governo Federal o Ministério da Fazendana pessoa do Secretário de Economia, chegou-se a um acord~ .que novamente é frustrante aos produtores e melhor parao Governo Federal. As correções das perdas impostas somentepelo Governo Itamar irão até fevereiro de 1994! É muitotempo para esse combalido setor, que perderá até aquelemês mais US$140 milhões, totalizando-se US$480 milhões noperíodo do Governo Itamar!

14654 Quinta-feira i\ DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seç<1o I) Julho de 1993

Se for computada perda, como função do volume de ven­das de ,ílcool no período, utilizando-se a defasagem de preçosapontada pela Fundação Gétulio Vargas, contratada pelo pró­prio Governo Federal em função da Lei n" 4.870, ter-se-iauma perda glohal de US$I,4 hilhão!

Mas não é só isso. Enquanto os derivados do petróleotêm prazo de recehimento e correção monetária compatíveiscom a atividade, o álcool tem prazos sem correção. Isso nãoé justo e reivindico tratamento isonômico, cuja definiç,'io ur­gente só depende do interesse do Executivo - cite-se o Depar­tamento Nacional dos Combustíveis. Trata-se de medida justaque auxiliará em muito o setor produtivo de energia renovável.Como Parlamentar ligado ao setor canavieiro, tenho lutadodiariamente, para que este setor, num todo, ohtenha do Go­verno, da Petrobrás, dos dirigentes deste País o devido reco­nhecimento, por ser um setor produtivo, gerador de impostos,gerador de mais 1.500.000 empregos, gerador de divisas, pro­dutor de alimento, produtor de energia e um dos maiorescontrihuintes da área social de nosso país.

Esta Casa, e o Governo num todo, tem que direcionartamhém a esses hrasileiros o reconhecimento, a gratidão, por­que é com trabalho de pessoas deste quilate que o País sairáda crise.

O SR. OTTO CUNHA (PRN - PRo Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente, Sr-" e Srs. Deputados, foi hastanteexplícito o Sr. Ministro da Justiça, Senador Maurício Corrêa,na entrevista ontem concedida a emissoras de televisão arespeito de uma suposta negociação que estaria sendo promo­vida com pesssoas envolvidas com a Justiça e que tiveramprisões preventivas decretadas. Rebatendo noticiários.i!l1pro­cedentes. o Ministro enfatizou que jamais estabeleceria condi­çôes especiais a indivíduos processados por crimes comuns,para se entregarem à Justiça.

A manifestação do Senador Maurício Corrêa foi opor­tuna, pondo termo às desencontradas especulações que ganha­ram destaque nos meios de comunicação. Com esse gesto,S. Ex" prestigia o Poder Judiciário, avalizando-lhe atos queestão sendo recebidos com gerais aplausos da Nação, na medi­da em que atingem um segmento da sociedade historicamenteconsiderado como inatingível pela lei.

É preciso mostrar que não mais serão privilagiados osgrandes ladravazes da República, os poderosos golpistas decolarinho branco, enquanto as cadeias são abarrotadas demarginais miseráveis, sem a mínima condição econômica.

Somente construiremos uma verdadeira democracia nestePaís quando ficar estabelecida, de modo universal e irrever­sÍVel, a igualdade de todos perante à lei.

Era o que tinha a dizer.

O SR. B. SÁ (PP - PI. Pronuncia o seguinte discurso.)- Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Deputados, com muita alegria,registro, nesta Casa, os 96 anos de Emancipação Política doMunicípio de Floriano, no meu Estado do Piauí.

As cidades, do mesmo modo que as pessoas, tambémfazem aniversário. É a trajetória no tempo, eternizando namemória a reaiidade que brota nos sonhos daqueles que con­fiam e trabalham na construção de novo estágio econômicosocial mais justo e mais humano para as suas comunidades.

Floriano, a nobre Princesa do Sul, reflete, hoje, nessacaminhada histórica, o momento mais grandioso de sua fecun­da existência, mercê da dedicação do seu povo e de suaslideranças políticas, onde se destaca a figura singular do Pre­feito Manoel Simplício da Silva.

A sua presen-ça na Chefia do Poder Executivo local, pelaterceira vez, constitui exemplo vigoroso da sua capacidadede realizar_em sintonia com as expectativas e anseios da popu­lação do Município de Floriano, a quem jamais faltou emtermos de trahalho, seriedade e espírito público.

Agora mesmo, em apenas seis meses de mandato, maisde uma dezena de obras estão sendo entregues à coletividade,em notória demonstraçáo de competência e eficácia.

Floriano_ ao irradiar suas potencialidades, faz renovara nossa inspiraçáo para melhor servir à sua valorosa genteque. cotidiamamente, empresta a força do seu talento e asmáos calejadas do fazer, para que chegássemos até o dia dehoje, guardando a mesma fidelidade a este chão que abrigaas maiores esperanças de progresso para essa importante re­giáo do sul do nosso Estado.

Saúdo o dia 8 de julho, vivenciando a emoção dos Floria­nenses - meus irm<1os e meus aliados - que tanto prezonesta jornada de lutas que, solidariamente, empreendemosna conquista de novos patamares de desenvolvimento paraessa e também nossa ahençoada terra.

Este sentimento de integração de esforços, de ação con­junta, sintonizado com as esperanças do povo - quem deve­mos servir com inaltenivel fidelidade - é a verdadeira semen­te que fani germinar. no solo da convivência política harmo­niosa, os frutos do bem-estar social que almejamos, particu­larmente para os segmentos menos assistidos e mais neces­sitados.

Ao responder presente nestas festividades comemorativasdo Município, renovo a minha admiração a todos aquelesque, a exemplo do Prefeito Manoel Simplício da Silva, fazemde Floriano um repositório permanente de vitalidade e deconfiança no futuro, convencido de que os desafios de hojefortalecem a nossa crença e a nossa fidelidade aos compro­missos assumidos com as gerações de amanhã.

O SR. NELSON MORRO (Bloco Parlamentar - SC.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr~' e Srs.Deputados_ os ecologistas parece se esquecerem de que ohomem faz parte da natureza e de que é melhor cortar árvoresdo que cortar empregos; é melhor deixar o tatu passar fomedo que permitir o choro das crianças humanas.

Ora, a natureza deve servir o homem, e não o contrário.Obviamente, tudo tem um limite, e não convém aos humanosexaurir a mata a ponto de ela não poder proporcionar maisriquezas. Mas não se pode confundir a exploração racionalcom o fanatismo dos ecoxiitas, que defendem as oncinhasporque nunca se viram em frente de uma e que pretendemproibir o desmatamento porque nunca tiveram que tirar seusustento da lavoura.

Compreende-se perfeitamente a necessidade da adoçãode medidas preservacionistas para as reservas florestais brasi­leiras, em especial as formações primárias da Mata Atlântica.Esta Casa não pode, no entanto, ser conivente com instru­mentos como o Decreto n" 99.547, de 1990, que proibia qual­quer atividade humana sobre a vegetação nativa. Tal aberra­ção legislativa, que se aplicada impediria até mesmo a sobrevi­vência dos índios, foi sensatamente revogada.

Entretanto, o erro se repete com o Decreto nU 750, de10 de fevereiro de 1993, certamente criado por pessoas quenunca deixaram o asfalto e que com reincidente irresponsa­hilidade legiferante pariram uma inesgotável fonte de prejuí­zos para o setor agrossilvopastoril.

Gostaria de lembrar aos discípulos do cantor Sting, aesses verdadeiros amigos-da-onça, que, se suas idéais fossem

Quinta-feira 8 14655Julho de 1l)l)3 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçúo I)----------------,----~---~ ------------,aplicadas, eles não teriam papel para escrever. nem comidapara sustentar seus delírios ecológicos,

Sr" e Srs. Deputados, o Decreto n" 750. de 1l)l)3. repre­senta um obstáculo para a recuperação econômica nacionale se constitui em objeto de descrédito para o Legislativo brasi­leiro. Instrumentos legais absurdos como esse levam os brasi­leiros a desrespeitarem esta Casa e as instituições. pois suabase carece de consenso na sociedade.

Tal decreto, como o anterior. tende a ser ridicularizadoe, finalmente. também revogado. Enquanto tal coisa não acon­tece, porém. a desesperança, a instabilidade econômica e oclima de contravenção dominará a vida de milhões ele brasi­leiros que dependem das matas para extrair o seu sustento.

Meu apelo. portanto. é simples: peço a imediata e sumáriarevogação do Decreto n" 7501l)3, já que ele contraria frontal­mente a realidade social, económica. cultural e histórica daMata Atlântica, a que diz respeito.

O SR. SÉRGIO CURY (PDT - RJ. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente. Sr' e' Srs. Deputados, são muitasas irregularidades que vêm sendo perpetradas no setor dadistribuição de derivados do petróleo pelas empresas multina­cionais que atuam nessa área estratégica e fundamental paraa economia nacional.

Aliás. consoante constantes denúncias da Cebracan. Câ­mara das Empresas Brasileiras de Capital NadonaL as distri­buidoras Esso. Shell. Texaco. Ipiranga e Hudson teriam pro­movido o desvio de vultosas importáncias do Fundo de Unifi­caçã() de Preços cjos Combustíveis. devidas ao DepartamentoNacional de Combustíveis.

Estaria, ainda. havendo favorecimento - ou omissão,além de negligência - dos setores competentes do Ministériode Minas e Energia às empresas multinacionais em questão,que estão sendo acusadas desde 1988. sem que o Poder Públicoadote as providências jurídico-legais que o caso está a reque­rer.

Por essa razáo. dirigimos. recentemente. ao Poder Execu­tivo, por intermédio dos Ministérios da Justiça e de Minase Energia, requerimentos de informações. jll despachados.solicitando esclarecimentos dessas Pastas sobre a matéria.

Estamos, agora. colhendo assinaturas para a instauraçãode Comissão Parlamentar de Inquérito sobre a matéria, paraa qual, aliás, pleiteamos o apoio dos ilustres membros dcstaCasa.

Requeremos. ainda. à Presidência da Mesa. nesta oportu­nidade. que o documento cm anexo. originário da Cebracane pertinente ao assunto. seja inscrito nos Anais desta Casa.a fim de que, no âmbito da Câmara dos Deputados, a gravedenúncia'neles contida fique convenientemente registrada.

Era o que tínhamos a dizer.

DOCUMENTO A QUE SE REFERE O ORA-DOR:

São Paulo. 10 de maio de 1993Excelentíssimo SenhorBrasília - DFRef. Tratamento Penal Privilegiado para Estrangeiros no Bra­sil

Excelentíssimo Senhor:Temos a satisfação de cumprimentar Vossa Excelência,

mais uma vez, e voltar a denunciar o absurdo tratamentoprivilegiado que vem sendo concedido pela Polícia FederalBrasileira aos poderosos dirigentes das distribuidoras multina-

cionais de petróleo, nos Inquéritos Policiais a que respondemno Rio de Janeiro.

Em realidade. cada vez fica mais patente que referidoscidadãos estão acima das leis do nosso país.

Nos últimos dias. acabaram indiciados pela mesma PolíciaFederal, em Inquéritos Policiais diversos, o ex-presidente Fer­nando Collor. a ex-primeira dama Rosane Collor, a ex-mi­nistra Zélia Cardoso de Mello, o famigerado Paulo CésarFarias. íntimo do ex-presidente, o ex-secretário particular dapresidência Cláudio Vieira e outros criminosos menos qualifi­cados da gangue que agia em Brasília entre 90/.92.

No entanto. os presidentes das distribuidoras multina­cionais. acusados de se apoderarem ilicitamente de vultosasimportâncias do Fundo de Unificaçáo de Preços dos Combus­tíveis do extinto Conselho Nacional do Petróleo, atual Depar­tamento Nacional de Combustíveis, não foram sequer indicia­dos no Inquérito Policial; mais do que isso. sequer a Autori­dade Policial que preside o feito teve a competência de mandarcitá-los para simples depoimentos!

É trágico, Excelência, o que ocorre com a Polícia e aJustiça em nosso país!

A impunidade dos poderosos tende a se eternizar enquan­to as cadeias acabam superlotadas de ladrões de galinhas!

No caso do Presidente da Essa, o norte-americano WillianArthur Jackson, há ainda outro Inquérito Policial em cursoda Polícia Federal. por fraude comprovada contra naciona­lização de empresa.

Quando se diz que as fraudes estáo comprovadas, deve-seentender que se acham em anexo aos autos confissões escritasdo autor das fraudes. que teve correspondência enviada aosEstados Unidos transcrita para a língua portuguesa. além deoutros documentos internos da empresa que preside, cujatônica é de que o Brasil é um país corrupto e. portanto,náo há nada dcmais em fraudar as LeiS emanadas desse Con­gresso Nacional.

Dentro desse quadro. é que apelamos a Vossa Excelênciapara que faça prevalecer a vontadc política desse CongressoNacional no sentido de que os culpados sejam punidos deforma exemplar. ,

Mais do que isso. é pre,ciso exigir que a Polícia Federalindicie os réus dos proccssos em curso. ou decline os motivospelos quais assim não o faz.

O que está ocorrendo na Polícia Federal é uma simplesprotclação dos processos. que caminham a passos de tartaruga,com o objetivo claro de fazer o assunto cair no esquecimento,para tentar um possível e futuro arquivamento. ou, na piordas hipóteses. para tardar tanto a conclusão do Inquérito que,levando-se em conta as inúmeras possibilidades jurídicas deentravar os processos. bem como as várias instâncias que oseventuais processos judiciais teriam que percorrer, os crimi­nosos acabariam absolvidos pela prescrição.

Nessas condições, apelamos a Vossa Excelência para queinterceda junto ao Excelentíssimo Senhor Ministro da Justiça,ao qual se acha subordinada a Polícia Federal, no sentidoque aquele órgão cumpra as leis com igualdade de tratamentoentre todos os acusados. os quais devem ser indiciados e pro­cessados na forma da legislação em vigor.

Com os mclhores agradecimentos pela acolhida da pre­sente e providências que certamente tomará, apresentamosa Vossa Excelência os nossos cum'primentos.

Atenciosamente.Luiz Otávio Simões Athayde - Presidente. CEBRACAN

- Câmara das Empresas Brasileiras de Capital Nacional.

14656 Quinta-feira H DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

o SR. JOÃO FAUSTINO (PSDB - RN. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente. Sr" e Srs. Deputados.o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas - IPEA. vin­culado ao Governo Federal. tem conhecimento da existênciade 32 milhões de pessoas que. no Brasil. passam fome.

A revista IstoÉ, edição n'! 1.238. de 23 de junho de 1993.informa. de modo claro e explícito. que o "governo deixacento e vinte mil toneladas de milho apodrecer em armazém".nos Estados de Goiús e Tocantins. sabendo-se que outro tantojá se encontra em princípio de deterioração.

Parte deste milho. Sr. Presidente. está armazenada desde1984. portanto há quase dez anos. pagando a CompanhiaNacional de Abastecimento - como já faziam os órgãos quea precederam - pesadas taxas aos donos de armazéns.

Manter armazenado o milho que poderia atender à alimen­tação de milhares de pessoas pohres e miseráveis é um crimeque precisa ser averiguado. e os culpados precisam ser respon­sabilizados.

No momento em que. com os alardes necessários. o Go­verno do Presidente Itamar Franco lança uma campanha na­cional de combate à fome e à miséria. urge que os armazénsda Conab, e outros tantos do Governo ou por ele pagos.sejam esvaziados e os produtos neles guardados entreguesaos que necessitam ser alimentados.

Se isto não se fizer. o Governo terá dificuldades paraobter da sociedade respostas satisfatórias à campanha ora en­cetada. embora possa haver grande atenção à mesma em razãoda presença de pessoas respeitáveis no comando das ações.simbolizadas estas todas na figura singular e candente de Her­hert de Souza, um sociólogo realmente dedicado aos proble­mas que afligem as camadas mais sofridas da população.

E impossível. Sr. Presidente. manter armazenado o ali­mento que pode e dever ser entregue. ainda que a preçossubsidiados. ao povo. É criminosa. Sr'" e Srs. Deputados.a política de retenção de alimentos em armazéns gerais. quan­do há fome e miséria entre o povo.

E mais. Sr. Presidente. é vergonhoso legar-se que o arma­zenamento faz parte de uma política de controle do preçoe do abastecimento. uma vez que nem os preços são contidos.nem o abastecimento é garantido. servindo o armazenamentoapenas para satisfazer à ganância dos armazenadores e a inte­resses escusos de servidores públicos comprometidos com osesquemas de corrupção que, agora. estão sendo desativados.

Reclamo da Presidência da República medidas práticasde combate à fome. como a liberação dos alimentos que apo­drecem. inexplicavelmente. em armazéns gerais. do Estadoou de particulares.

Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente. Sr" e Srs. Depu­tados.

O SR. PINHEIRO LANDIM (PMDB - CE. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente. Sr" e Srs. Deputados.presaroso. venho a esta tribuna registrar o falecimento doamigo e Deputado Estadual José Maria Melo. ocorrido hojeem Fortaleza. no meu Estado do Ceará.

Nascido no sertão. mais precisamente em Guaraciabado Norte. foi o Deputado José Maria Melo um dos nomesque honraram a classe política cearense.

Dedicado defensor dos interesses de seu povo. desde ajuventude lutou por transformaçóes na realidade social daregião do Ibiapaba.

Seu trabalho lhe valeu o reconhecimento de seus conterrá­·neos. que o elegeram duas vezes Prefeito Municipal e. por

uma legislatura. Deputado Estadual. mandatos estes que exer­ceu com honradez. dignidade e probidade.

O Ceará e seu povo perdem hoje um homem públicodos mais relevantes. Um homem cujo lema de vida foi otrabalho.

Finalizo externando à sua esposa. D. Maria de Fátima,e aos seus filhos os meus mais sinceros votos de profundopesar.

O SR. NILTON BAIANO (PMDB - ES. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente. Sr"' e Srs. Deputados,todos nós da hancada parlamentar do Espírito Santo temosdenunciado desta tribuna o recrudescimento da violência eo completo caos em que se encontra o aparato de segurançado Estado que representamos. São constantes as greves naPolícia Civil, com a desmobilização da Polícia Militar, a faltade equipamentos. os saláriois aviltados. a infiltração de mauselementos na polícia: enfim. a insegurança campeia entre oscapixabas.

Venho hoje denunciar crime que vem intranqüilizandoa sociedade capixaba e para solucioná-lo nada tem sido feitopelas autoridades. Trata-se do misterioso desaparecimentodo advogado Carlos Batista de Freitas, ocorrido no dia 2Sde janeiro de 1992. Esse advogado notabilizou-se no EspíritoSanto por denunciar a ação dos vários esquadrões da morteque agem impunemente no Estado.

Foi ele ainda que atuou com defesa das vítimas de homi­cídio como o prefeito da Serra. José Maria Feu Rosa, a colu­nista social Maria NiIce Guimarães. a sobrinha do ex-SenadorJosé Ignácio Ferreira. Ana Angélica, o líder sindical VerinoSossai e outros. cujas mortes tiveram grande repercussão noEstado e fora dele.

Esse combativo advogado no sábado. 25 de janeiro doano passado. saiu de sua casa no balneário de Jacaraipe, naSerra. por volta das cinco horas da manhã; esteve, horas de­pois. em outro apartamento que possui. em Vitória; passoudepois pelo seu escritório no centro da capital; esteve numbairro popular de Vila Velha acompanhado de uma mulhere três homens. A partir de então nunca mais foi visto.

No dia 29 de janeiro. quatro dias depois de seu desapare­cimento - que havia sido no mesmo dia comunicado às autori­dades -. o advogado José A. Petronetto avisou a famI1iade que algo de grave teria acontecido com Carlos Batista.Seu carro. um Monza ano 1988. azul metálico, placa GG8068. foi encontrado queimado e depenado no dia 31 de janei­ro de 1992. numa estradinha de terra no Município de Aracruz,a 60 quilômetros de Vitória. Diante desses fatos, a famI1iaprocurou o Governo do Estado. a secretaria de Segurança,o Ministério da Justiça. as Polícias Federal. Civil e Militar.pedindo empenho nas investigaões e a completa elucidaçãodo caso.

A partir daí. a ação da polícia foi das mais desastrosas,chegando mesmo a serem divulgadas versões montadas paradenegrir a imagem do advogado, tentando envolvê-lo comdrogas e criminosos. tudo isso porque ele sempre combateuos maus policais que infestam as corporações de segurançado Espírito Santo.

O caso do advogado Carlos Batista é um exemplo decomo está a área da segurança em meu Estado. O GovernadorAlhuíno Azeredo garantiu à famI1ia que o caso seria apurado,mas até agora. um ano c meio depois do desaparecimentodo advogado. a situação continua a mesma. A violência noEstado cresce a cada dia os crimes de encomenda campciam.

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I). Quinta-feira 8 14657

os assassinatos de menores e pessoas pobres são fatos corri­queiros.

Acredito que essa situação só será contornada se as orga­nizações da sociedade civil se reunirem num mutirão paracombater não só o racismo, como já está sendo feito, mastambém a violência, exigindo maior segurança e uma profundadepuração das polícias civil e militar do Estado.

É justiça o que se exige.Era o que tinha a dizer.

o SR. IRANI BARBOSA (PSD - MG. Pronuncia o se­guinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr"' e Srs. Deputados,venho à tribuna protestar contra a decisão do Prefeito PatrusAnanias, que entrou em litígio com o Governador Hélio Gar­cia em virtude de um anúncio feito pelo Governo do Estadode que obras de porte serão realizadas em Belo Horizonte.O Governador Hélio Garcia é uma pessoa amena, altruísta,que sempre soube conviver pacificamente com todos os seg­mentos políticos, pois está sempre aberto ao diálago.

Lembro que nas apresentações públicas e acontecimentospolíticos que exigiam a presença do Governador e do Prefeito,o Sr. Patrus Ananias se manteve ausente, se fazendo repre­sentar pelo Vice-Prefeito, numa demonstração clara de man­ter-se a distância do Governo do Estado.

O País vive uma crise ímpar, e o próprio Prefeito dizque os cofres municipais estão vazios, o que está demons­trando claramente por uma falta de programas de que BeloHorizonte tanto precisa.

A obrigação de fazer obras em Belo Horizonte é do Pre­feito e é ele que devefazer junções junto aos Governos Esta­dual e Federal, visando a atender seus compromissos elei­torais.

Nossa cidade tem um trânsito caótico, e a BHTrans sóestá gerando despesas para o Município, não lhe tendo acres­centado nenhum benefício. A saúde está falida e o povo mor­rendo nas filas dos hospitais, o que demonstra também quea municipalização da saúde piorou o atendimento. O númerode meninos e meninas de rua aumenta, já que os alberguesincomodam a população vizinha a eles, embora se saiba queo menor que vive na rua precisa é se integrar à família eà escola e não ficar assaltando a população e se escondendoem albergues, sem limitação de suas atividades criminais.

O Governador Hélio Garcia foi o grande Prefeito queBelo Horizonte teve, conhece seus problemas e tem uma visãomacro da Capital mineira. Não podemos duvidar da capaci­dade do homem que mudou o perfil de nossa cidade.

Está na hora de o espírito de grandeza do homem público,comprometido com o povo, colocar as "picuinhas" políticase partidárias de lado e buscar com o Governo do Estadoo entendimento para que os belo-horizontinos não percamo trabalho a quatro mãos que o Prefeito c o Governadorpodem fazer por Belo Horizonte.

O Governador Hélio Garcia conclui, sem maiores alar­des, a importante obra da trincheira da Avenida Contorno,iniciada pela Prefeitura anterior, e que era de obrigação doPrefeito atual concluir.

S. Ex' reiniciou as obras do Pronto Socorro de VendaNova e em breve concluirá as obras da trincheira CristianoMachado, as quais os vários prefeitos que o sucederam nãotiveram a capacidade de concluir.

O Governador Hélio Garcia não é patrono do cemitériode obras em Belo Horizonte, como o Prefeito Patrus Ananiasafirma, mas um administrador de visão que não teve a sorte

de ter à altura sucessores que consigam recursos para gerenciara terceira cidade do Brasil. É preciso que o atual Prefeitovenha a adequar 'seu perfil à altura do cargo que ocupa.

Afirmo que o Governador Hélio Garcia tem muitos alia­dos políticos e respaldo popular em Belo Horizonte capazesde valer a boa intenção do Governador de Minas de trabalharpor Belo Horizonte, que tanto necessita do seu apoio.

Para quem afirmou que "um grão de areia é muito emnossa mão", a administração Patrus Ananias é fraca e estápresa na camisa-de-força que o PT colocou em S. Ex', quenada decide sem que seus correligionários se reúnam, deixan­do a cidade abandonada, à mercê de sua sorte.

Era o que tinha a dizer.

O SR. JOSÉ ABRÃO (PSDB - SP. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, recentepesquisa de preços realizada pelo Jornal do Brasil revela que,no período de janeiro a junho deste ano, diversos produtosalimentícios superaram a inflação de 348,24% medida peloIGPM. Entre os maiores aumentos estão os do requeijão(694%), da manteiga (654%), e do Nescau (406%)

É importante que se veja que tais produtos são origináriosde atividades agrícolas, nem sempre beneficiadas na mesmaproporção, como se pode observar no caso do leite.

Como se vê, o flagelo da inflação continua assustandoos brasileiros, corroendo de modo implacável o poder aquisi­tivo dos salários e afetando com o desemprego milhares detrabalhadores, levando, assim, o desassossego e a dor aoslares brasileiros. A inflação se vem fazendo sentir pelo aumen­to cruel e constante dos preços gêneros alimentícios, de alu­guéis, das mensalidades escolares, que superam facilmenteo valor das mensalidades escolare, que superam facilmenteo valor dos salários. Lamentavelmente, já voltamos ao limiardaquele estado de coisas dramático e desesperador para gran­de parte da população, pelo qual já passamos em quadranão muito distante.

A corrida entre o aumento dos salários e a remarcaçãofrenética, ágil dos preços, não só dos produtos alimentícios,mas a majoração generalizada de todos os produtos, sabemosde antemão. irá prejudicar os trabalhadores, notadamenteaqueles que percebem os menores salários. uma vez que elesnão têm condições de aplicar o dinheiro em operações finan­ceiras para amenizar, em parte, os terríveis efeitos desse verda­deiro câncer que mina as entranhas do País.

Debelar esse grave problema, todos estamos convenci­dos, não é uma tarefa de fácil solução, uma vez que dependede medidas duras, amargas a serem adotadas na área econô­mica e que começaram a ser implementadas pelo MinistroFernando Henrique Cardoso, em quem o Brasil deposita fun­dadas esperanças. mas que, é importante acentuar, dependefundamentalmente da decidida colaboração do Congresso

NacionaL dos empresários, dos trabalhadores, da imprensae do povo em geraL para que possa alcançar êxito nos seusesforços visando à estabilização da nossa economia, grandee sentida aspiração do povo brasileiro.

A SR \ . .JANUIRA FEGHALI (PC do B - RJ. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente Sr'" e Srs. Deputados.ocupo esta trihuna para dar destaque a duas vitórias recente­mente conquistada pelas mulheres trahalhadoras da De Mi­Hus, empresa fahricante de pe<;as Íntimas femininas. localizadana Zona Norte do Riu de Janeiro.

Costureiras e auxiliares, ex-empregadas da empresa, en­traram na 34-' Vara Cível da Comarca da Capital do Estado

14658 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Julho de 1993

do Rio de Janeiro com uma ação contra o proprietário daDe Millus, e contra a própria empresa para reparação dedanos por práticas atentatórias à dignidade da mulher.

A prática na empresa da "revista íntima" constava doseu regulamento interno como norma, obrigando as funcio­nárias a uma revista na hora de saída da fábrica. Essa "revista"era feita em local impróprio, devassado, onde as operáriaseram obrigadas a exibir suas peças íntimas para verificaçãode possíveis furtos escondidos soh as peças ou se as própriaspeças eram rouhadas.

Outro tipo de violação dos direitos era desviar de funçãoalgumas funcionárias, em geral menores, sem o devido paga­mento da diferença salarial. Esta prática se dava quando opróprio dono da empresa promovia desfiles para analisar asnovas peças de seu mostruário, utilizando costureiras "selecio­nadas" como modelos.

Por último. na tentativa de n110 conceder os direitos àsgestantes, garantidos por lei, era exigido atestado de gravidezpara admissão de novas funcionárias e a cada seis meses apóso início do trahalho. Com isso, na De Millus. nenhuma mulhertinha o direito de engravidar.

A primeira conquista foi a vitória na Justiça, destacan­do-se a conduta do advogado Dr. João Batista Tancredo dePaula e sua determinação, ao citar. em sua petição inicial.o art. 5", inciso X, da Constituição Federal, contra a discrimi­nação e a forma autoritária e ilegal como eram tratadas asmulheres empregadas na De MilIus em seu amhiente de traha­lho.

Ao proferir a sentença, o Exm" SI. Juiz. Dr. HenriqueCarlos de Andrade Figueira, condenou o empresário e a em­presa a pagarem, a título de reparação de danos morais, acada autora, a quantia equivalente a 720 dias-multa, no valorde dois salários mínimos cada dia-multa.

O valor dessa sentença, com certeza, não está no mon­tante em cruzeiros que o Sr. Nahum ManeIa e sua empresairão desfalcar de seus parcos cofres. mais na vitória incontesteçle. todas as mulheres trabalhadoras do País que sofrem como desrespeito e a discriminação. Esta outra vitória, a queme referi no ínicio. é fruto da coragem das ex-empregadasda D~ MilIus de enfrentar o ex-patrão e a própria Justiça.

A sensibilidade do Dr. João Tancredo e à justeza doJuiz de Direito Dr. Henrique Figueira somam-se as sentençasrecentemente assinada, uma pela Juíza Dr' Denise Frossard.ao mandar para a cadeia os donos do jogo do bicho nQ Riode Janeiro, e outra pelo Juiz Pedro Paulo Castello Branco,que decretou a prisão do Sr. Paulo César Farias e seus compar­sas, mostrando que é possível obterem-se vitórias no campode muitas lutas inglórias.

Saudamos, assim, todas as mulheres brasileiras e os ho­mens que as respeitam pela conquista na Justiça do Rio deJaneiro, de jurisprudência inihidora desse tipo de ação prati­cada pelo Dono da De MilIus.

Era o que eu tinha a dizer.

o SR. PEDRO CORRÊA (Bloco Parlamentar - PE. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente Sr" e Srs. Depu­tados. em muitas regiões hrasileiras as dmovias continuamnos padrões dos séculos passados. Nenhum progresso foi nota­do. pois que, quando alcançamos os mais de~vados padrôesde tecnologia e desenvolvimento. a maioria de nossas estradasinterioranas. vicinais e de interligação. permanecem comocaminhos carroçáveis. ocasionando sérios prejuízos ú econo­mia e ao crescimento do País.

Assim afirmo aos meus nobres pares voltando o meupensamento para o Estado de Pernamhuco. onde são precá­rias, em geral, as condições de uso das estradas, pois estaspermanecem sem asfalto. sem obras de construção, sem con­servação, imprestáveis na seca e impraticáveis no período daschuvas.

Sem estradas, principalmente aquelas que deveriam exis­tir nos Municípios produtivos. o interior brasileiro estará fada­do a ser sempre um modelo de atraso, de pobreza, de miséria,de fome e de desesperança.

Sem estradas, Sr. Presidente. o Brasil jamais chegaráao Primeiro Mundo, pois não terá um índice de produçãoque atenda à demanda interna nem satisfará ao volume neces­sário à exportação, com o que estaremos sempre nos arras­tando em padrões de mediocridade ahsolutamente prejudiciaisaos interesses maiores desta nossa Nação.

Assim afirmo porque, no Estado de Pernambuco, a regiãodo sertão do Moxotó vive as agruras da ausência de estradaso que prejudica de modo radical a produção dos Municípiosde Inajá, Tacaratu, Ihimirim, Petrolândia e ItaIba, onde seproduz muito milho e quantidade expressiva de feijão queabastecem o comércio do Recife e de muitas cidades, inclusivedos Estados da ParaIba e de Alagoas.

O sertão do Moxotó é uma região importante que circuns­creve uma produção agrícola em um perímetro de mais de8 mil hectares, área irrigada pela água do Açude de Poçoda Cruz, o maior do Estado, com capacidade de armazena­mento de água de cerca 505 milhões de metros cúhicos, eujaohra foi iniciada no Governo Getúlio Vargas e recuperadano Governo do Presidente Juscelino Kubitschek.

A seca. portanto, não é uma dificuldade que se consideregrave naquela região. A água existe, e a irrigação se faz comsucesso, ohtendo-se resultados satisfatórios na produção e naprodutividade por hectare plantado.

Além disso, Sr. Presidente, pode a região beneficiar-setambém da água do rio São Francisco, pois o projeto da Adu­tora do Moxotô, a aproximadamente setenta quilômetros doai;úde do Poço da Cruz, resolveria o prohlema das longasestiagens, como a de agora, quando o açude tem apenas 15%de sua capacidade de reservatório de água, causando um gran­de prejuízo aos colonos que têm nas suas áreas de irrigaçãoa manutenção de suas famJ1ias e a produção de alimentosde uma região onde a fome e a sede são os problemas quemais afligem a população da região semi-árida do Nordeste.

Temos, portanto, naquele torrão de Pernambuco bas­tante água e terra boa para ser cultivada, sem que se neguea presença do homem do campo, sempre disposto a romperos desafios e a conquistar vitórias expressivas.

_ Mas tudo isto se torna quase nada, Sr. Presidente, porquenao temos estradas e a Adutora do Moxotó está apenas emprojetos; nossos caminhos não permitem nem mesmo o bomdesempenho de carroças sob tração animal.

Confesso-me desalentado diante de tal quadro desani­mador e nem me permito admitir como perdoáveis os argu­mentos que se levantam para dizer da impossibilidade da cons­trução de estradas no interior do Estado e do País como umtodo. Daí este desahafo, assegurando que o atraso econômicodo Brasil se relaciona muito de perto com a .situação dasrodovias interioranas.

As verhas que a União transfere aos Estados e Municípiosdeveriam comprometer, por força de lei, parcela ponderáveldas mesmas para a construção de estradas nas áreas de produ­ção. Seria um meio de forçar o crescimento econômieo do

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçáo I) Quinta-feira fi 14659

interior, facilitando a transfcrência das riquezas nele existentespara os maiores centros consumidores.

Assim, Sr. Presidente, trato deste assunto para apelarao colega e Ministro dos Transportes Deputado Alberto Gold­mann no sentido de que S. Ex" direcione maior atenção emaiores recursos para a construção das rodovias interioranas,notadamente aquelas relacionadas com os Municípios de pro­dução comprovada e que interessam ao crescimento econô­mico de Pernambuco.

Por igual, é de se apelar ao Presidente da Repúblicapara que o Chefe do Poder Executivo determine o examee a elaboração de um grande programa de construção deestradas que envolva a União, os Estados e os Municípios,visando a dar um tratamento equânime a este problema, pois,sem estradas, o interior será sempre o retrato de um Brasilque persiste em manter-se longe do processo de desenvol­vimento e modernização.

o SR. VIRMONDES CRUVINEL (PMDB - GO. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Depu­tados, a saúde pública no Brasil enfrenta, seguramente, amaior crise de toda nossa história.

Hospitais, em todo o País, estão sendo sucateados e atédesativados; doentes não conseguem atendimento médico­hospitalar e morrem nas portas ou nos corredores dos hospi­tais; os nosocômios particulares deflagram lockout, pois nãorecebem o numerário a que têm direito e que deve ser repas­sado pelo INAMPS.

Nesse panorama autenticamente macabro, insere-se tam­bém a saúde bucal do brasileiro.

Em verdade, nosso povo até se envergonha de sorrir,pois dentes cariados e estragados ou imensas banguelas sãoexibidas quando a boca é aberta.

Ora, além dos aspectos estéticos e funcionais da dentição,é certo que, pela boca, um sem-número de bactérias e outrosmicroorganismos patogênicos penetram no organismo, cau­sando sérias infecções.

É preciso, e com a máxima urgência, cuidar-se da saúdebucal do brasileiro, a fim de resgatar-se o direito de cidadaniaque é inalienável.

Nesse contexto, é com satisfação que desejamos, nestaoportunidade, registrar a realização, de 25 a 27 de setembropróximo, da II Conferência Nacional de Saúde Bucal, no Cen­tro de Convenções de Brasília.

Trata-se de conclave dos mais importantes e quc, parater mais legitimidade, será integrado com paridade entre usuá­rios e demais segmentos (Governo, Trabalhadores e presta­dores de serviços), a fim de ter a dimensão de uma conferênciada sociedade e não um fórum de governo ou de corporação.

Na realidade, a discussão da situação vigente dentro deuma lógica de inserção da saúde bucal nas ações do SUS- Sistema Unificado de Saúde, com envolvimento e compro­misso dos profissionais e sob controle da sociedade, é, efetiva­mente, a via possível para que a saúde bucal seja um direitode cidadania.

Desejamos, por conseguinte, desta tribuna, registrar ofato, desejando que a II Conferência Nacional de Saúde Bucalsignifique, ainda que a médio prazo, o resgate do direito detodo brasileiro ao atendimento odontológico adequado e, con­seqüentemente, à saúde bucal.

Era o que tínhamos a dizer.

O SR. PASCOAL NOVAIS (Bloco Parlamentar - RO.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr.'" e Srs.

Deputados, a Emater vem fazendo um trabalho dos mais slgm­ficativos no Estado de Rondônia, nas últimas duas décadas,onde ocorreu um grande fluxo migratório, para o qual o Esta­do não estava devidamente preparado e que, por este motivo,apresenta atualmente uma gama de problemas e carênciasem todos os setores de sua economia. O papel da Emater,Sr. Presidente, ultrapassa a simples difusão de tecnologia.Ao delegar o desenvolvimento sócio-econômico do pequenoprodutor rural como seu principal objetivo, o órgão tem cons­ciência de que suas ações devem ser bem mais abrangentes,envolvendo os sistemas de produção, a organização socialrural, a transformação da matéria-prima e a comercializ;;lção,entre outros.

Com a intenção de conseguir atingir estes objetivos, Sr"e Srs. Deputados', a Emater - RO emprega um processoeducativo permanente, revestido no diálogo entre técnicos,produtores rurais, suas organizações e, por fim, suas famílias.A Emater-RO utiliza também metodologia específica que sa­lienta a necessidade da participação das comunidades na buscada solução de todos os seus problemas.

A Emater-RO tem atuado, Sr. Presidente, de maneiraclara e competente no Estado de Rondônia e tem demonstradoisto ao longo desses anos, através de suas realizações no con­texto sócio-econômico do Estado. Um de seus principais pa­péis é o de colaborar com o aumento da produção e da produti­vidade das explorações agropecuárias dos pequenos e médiosprodutores rurais, com vistas ao aumento da renda líquidados produtores, além de contribuir para a geração do ICMS,condição básica necessária ao desenvolvimento de Rondônia,Estado com vocação natural para atividades do setor primário;colaborar na implantação e consolidação das agroindústrias,alternativa capaz de agregar valor à matéria-prima, pela qualo produtor rural recebe, hoje, baixa remuneração.

Outro objetivo da Emater-RO, Sr" e Srs. Deputados,é desenvolver ações de apoio à comercialização junto aosprodutores rurais e suas organizações, atividades sem a qualo produtor não consegue viabilizar o processo produtivo napropriedade, inviabilizando, conseqüentemente, sua própriasobrevivência; combater o individualismo, natural dos produ­tores rurais, através de ações de cunho associativistas, dentrodo Programa de Organização social Rural, única forma deo colono de Rondônia competir, em termos de mercado, comoutros agentes econômicos; participar das ações governamen­tais de fixação do homem ao campo, atividade indispensávelà política de abastecimento e preços e, conseqüentemente,ao desenvolvimento harmonioso dos campos e cidades.

Foi baseado neste importante curriculum de atividadesprestadas no Estado de Rondônia que o Governo Estadualrepassou recursos para a Emater-RO, através do Planaforo,para que aquele órgão de extensão rural possa continuar pres­tando assistência de primeira qualidade aos pequenos e médiosprodutores rurais do nosso Estado.

O SR. JOSÉ SERRA (PSDB - SP. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Deputados, ao contrá­rio do que sustentam alguns juristas, o processo de revisãoconstitucional fixado pela Carta de 1988 não está circunscritoao sistema e à forma de governo, submetidos a plebiscitorecentemente. Não há vinculação formal no texto da Consti­tuição, nem foi esse o espírito dos constituintes ao estabeleceros dois eventos.

Juridicamente, portanto, a revisão pode ser ampla, gerale irrestrita, com exceção das cláusulas pétreas (não passíveis

1466() Quinta-feira ~ DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Scçáo I),--_._---'----,_.Julho de 191)3

de emenda), como as relativas aos direitos individuais e àFederação. ,

Incomoda-me o fato de que uma revisão tão ampla, me­diante votações por maioria de 50%, possa,ser feita por umCongresso em fim de mandato, do mesmo modo que me inco­modou a realização de uma Constituinte !1ão exclusiva. Masisso não representa impedimento jurídico para que a revisãoseja feita. '

A rigor, a Constituição não definiu a data do início darevisão. Estabeleceu apenas que seria feita após 5 de outubrode 1993. Em tese, poderia começar no dia 6 deste ano oudo ano 2000.

, Creio que a melhor opção é começá-Ia no dia 6 mesmoe concluí-Ia até o fim do ano. Se o processo revisional invadir1994, dificilmente será concluído em boa paz. O próximoano será o maior ano eleitoral desde 1950. O furor populistados parlamentares ansiosos pela reeleição e dos partidos engal­finhados na disputa pela Presidência e pelos governos esta­duais poderá provocar danos fiscais imprevisíveis a partir daConstituição. Isto para não falar dos casuísmos políticos einstitucionais.

A revisão da Constituição é necessária, como é necessáriofazê-Ia o mais cedo possível. Mas a tese de que a revisãoé urgente, porque poderia resolver os problemas da economiaa curto prazo, é tão ilusória quanto a tese de que a Consti­tuição, por si só, eliminaria a miséria e acabaria com as injus­tiças sociais. As mudanças nos dispositivos que regulam atributação, os gastos, a intervenção do Estado na economiae o capital estrangeiro são importantes, mas nunca produ­ziriam efeitos a curto prazo.

Com relação ao temor de que a revisão elimine conquistasdos trabalhadores inscritas na Carta de. 1988, não se deveconfundir interesses corporativistas de minorias com autênticointeresse social. Não há tendência no Congresso para eliminarconquistas sociais verdadeiras. Ao contrário - inclusive por­que se deseja uma revisão rápida -, setores importantes decentro e de centro-direita admitem não tocar nos chamadosdireitos sociais. Não há razão, portanto, para paranóias,

A revisão deve ser concentrada nas questões essenciais.As principais forças políticas do Congresso devem pôr-se deacordo para inibir, por meio do regimento da revisão, a prolixi­dade do processo. Os temas hoje quase consensuais devemser trabalhados antes. As divergências mais importantes, clara­mente delimitadas para favorecer uma votação meditada, masrápida.

Caso não seja viabilizada uma revisão concisa e veloznas questões essenciais, e houver risco elevado de o processoinvadir o primeiro semestre de J994, será preferível estabe­lecer que a revisão seja feita no primeiro trimestre de 1995pelo novo Congresso eleito. Isto não seria hom para o País,mas seria pior ahrir uma crise de grande tamanho no próximoano.

o SR. JONES SANTOS NEVES (PL - ES. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados,não tenho a menor dúvida de que o Brasil está mais do quenunca necessitado de verdadeiros líderes. Líderes capazes deassumir as rédeas do País com espírito de auto-sacrifício ede doação à causa pública, de modo realmente desapegadoe incondicional.

Por isso considero importante transferir aos Anais destaCasa alguns trechos do excelente artigo que o Prof. NemMurtada, professor e escritor sudanês que chefia atualmente

a Assessoria Técnica da OIT - Organização Internacionaldo Trabalho, com base em Harare - Zimbahwe, acahoude puhlicar na revista hritânica For A Change. O título doartigo é "A liderança necessária a uma nova ordem mundial".

Eis os trechos mais significativos:

"O mundo está num ponto crítico de transição.Contamos com uma extraordinária oportunidade desair de um mundo de dominação cruel para um mundode comunidade global. 'O fim da guerra fria, a emer­gência de regimes democráticos fortes (a despeito detoda a repressão e dos assassinatos políticos e étnicos),os modernos meios de comunicação e o renascimentoda dimensão moral e espiritual de nossa, vidas, repre­sentam fatores muito positivos.

Estamos em um período de transição. Ele exigeum tipo de liderança que náo procure chegar à soluçãofinal de todos os prohlemas. Exige a liderança parauma luta capaz de desenvolver um conjunto de normasde conduta para uma pessoa melhor, para uma naçãomelhor, para um mundo melhor. Essa luta nunca termi­na. Nas palavras dc George Manser: - 'Talvez o mo­mento de maior liherdade seja aquele em que nós nosengajamos na luta para alcançá-Ia'.

O processo de transformação para uma comuni­dade justa exige uma liderança que admire mais a virtu­de do que o esforço. O mundo precisa de uma geraçãode líderes caracterizados por novas idéias e experiên­cias. Este período atual vai mudar muitas coisas, enão necessariamente de uma forma capaz de assegurara sobrevivência dos seus líderes.

Precisamos de liderança na luta contra a corrupçãoque está crescendo tremendamente. Seja na Itália ,ouno Zaire, tornou-se um problema internacional. E omaior obstáculo para se alcançar o desenvolvimentosocial e econômico. Ameaça a estabilidade e acarretao enfraquecimento de todas as qualidades humanas.

A corrupção está agora sendo debatida aberta­mente. Esta ruptura do muro tradicional de silêncio(que Gunnar Myrdal chamou o "tabu da pesquisa sobrea corrupção") é agora aplaudida em todos os círculos.A corrupção é difícil de controlar por medidas mera­mente políticas e econômicas. Precisamos de líderesque acreditem e pratiquem um comportamento hones­to, líderes capazes de alcançar posições de poder eriqueza e mesmo assim declarar sua crença na honesti­dade e dar o exemplo que fará com que outras pessoasmudem o seu caminho. As mudanças devem ser geradasconjuntamente por uma convicção e por ação cons'cien-,ciosamente planejada. Pois a corrupção é causada tantopela persuasão quanto pela ganância, e temos que lutarcontra as suas causas e não apenas contra os seus sinto­mas.

Somente uma liderança que seja moral, humanae compreensiva poderá ser capaz de inspirar o mundodo futuro.

Temos que procurar uma liderança que evidencieautoconfiança na procura da fé e da compreensão. Napalavra de Ibn Idris, o professor Sufi, 'Aquele quepratica aquilo que compreende, vai adquirir entendi­mento daquilo que não compreende'."

Sr. Presidente, vivemos no Brasil a hora grave em quea nossa democracia, para sobreviver, necessita urgentemente

Julho de 1t}t}3 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14661

de reforçar a sua estrutura através de concretagens seguras,que evitem as corrosões provocadas pelos separatismos, pelosdiscursos totalitários, mas, sobretudo, pela dinamitação persis­tente dos princípios morais.

Pior do que no Zaire, ou na Itália, é a consciência nacionalde que a impunidade é absoluta, de que PC Farias e todosos seus asseclas e assemelhados vão escapar, de que FernandoCollor não será atingido.

O nosso País, mais do que qualquer outro, precisa de­monstrar ao mundo que não é o país da impunidade tantoquanto o da corrupção.

E isto somente será conseguido através de lideranças au­tênticas que assumam a responsabilidade de dirigir esta Nação,com o pensamento voltado para a construção de um futuroem que a corrupção e a impunidade sejam definitivamentedestroçadas.

o SR. ELIEL RODRIGUES (PMDB - PA. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados,o Ministério da Previdência Social divulgou o parecer da suaConsultoria Jurídica, assinado pela Dr' Railda Saraiva, segun­do o qual as empresas que ofereçam assistência médica ouproporcionem planos ou convênios de saúde aos seus empre­gados devem ser isentas de contribuições para a SeguridadeSocial sobre esses serviços. De acordo com o parecer, a assis­tência médica prestada não tem caráter de salário de contri­buição, porque não constitui remuneração auferida pelo bene­ficiário.

Como se sabe, o salário de contribuição é a base decálculo das alíquotas para os contribuintes da Previdência.Conforme a Lei de Custeio n9 8.212, de julho de 1991, saláriode contribuição é a "remuneração efetivamente recebida",incluídos os "ganhos habituais" na forma de utilidades. Assim,"para ser integrada à remuneração, a vantagem deve ser habi­tual. A utilização de assistência médica por parte dos empre­gados é esporádica, e o acréscimo na remuneração é, portanto,eventual" , conclui o parecer.

Para a Consultoria Jurídica do Ministério da PrevidênciaSocial, a isenção de que gozará a empresa que oferecer assis­tência médica funcionará como importante estímulo para quese dêem melhores condições de trabalho aos seus funcionários.Na década de 70, o antigo INPS - Instituto Nacional dePrevidência Social- adotou normas para incentivar as empre­sas que proporcionassem assistência médica aos trabalhadores.Os descontos advindos da prestação desses serviços chegavama 25% sobre o total da contnbuição previdenciária a ser pagapelo empregador. Em 1991, o então Ministério do Trabalhoe da Previdência Social voltou atrás e resolveu cobrar a contri­buição incidente sobre a assistência médica, acabando, dessaforma, com os incentivos.

A objetividade e o dinamismo com que o Deputado Antô­nio Britto vem conduzindo o Ministério da Previdência Socialsão bem a prova de que marchamos, de fato, para uma novarelação entre Governo e povo, fundamentada no respeito,na dignidade e na justiça. A nós, Parlamentares, não admiraa competência do Ministro Antônio Britto, testemunhas quesomos do entusiasmo e da dedicação com que se desincumbiudas tarefas de Relator do Plano de Custeio da SeguridadeSocial e da Comissão Especial para Estudo do Sistema Previ­denciário. Em ambos os casos, confirmou-de como profundoconhecedor da matéria, habilitando-se, assim, ao convite doPresidente Itamar Franco para assumir um dos mais impor­tantes e delicados setores do Executivo Federal.

Em apenas dois meses de trabalho, o Ministro AntônioBritto promoveu verdadeira revolução no âmbito da Previ­dência, à custa do bom senso e da firme vontade políticade recuperar a imagem do sistema previdenciário brasileiro,desgastada por:anbS de incompetêncià, de incúriil e de irres­ponsabilidade. A partir do levantamento dos débitos inscritosna Procuradoria;Geral do INSS, a cobrança de dívidas pelaPrevidência chegou: em novembro, a 28,8 bilhões de cruzei­ros. Estão em andamento negociações para. a quitação dosatrasados de todos os devedores, que vão dos órgãos públicosfederais às empresas privadas, das autarquias e fundaçõesaos clubes de futebol. No estilo direto e objetivo com quecostuma sintetiz~r jis idéias, o Ministro Antônio Britto garanteque todos os inadimplentes pagarão' o que' devem à Previ­dência, até o último cruzeiro, segundo os 'prazos e condiçõesacertados em acortlo. ' .

Cumprindo determinação do Presidente Itamar Franco,aposentados é pensionistas já receberam o 139 salário e aprimeira parcela dos 147% a que têm direito. O volume dedinheiro pago chegou a 23,6 trilhões de cruzeiros, aliviando,a poucas semanas do Natal passado, as aificuldades por quepassam 13,1 milhões de beneficiários. Como declarou o pró­prio Ministro, é um pouco de justiça que se faz a esses brasi­leiros, desprezados por sucessivos Gover~os, após anos detrabalho pelo desenvolvimento do País.' Desde maio do 'anopassado não se pagavam pecúlios na Previi:lência Social. Emapenas dois meses; outubro e novembro, pagaram-se maisde 14 mil pecúlios, descontados os retidos na Auditoria doINSS para exame. Conforme levantamento feito pelo Institu­to, nada menos que 812 mil benefícios se encontravam repre­sa~os pela burocracia estatal, quase metade deles nas agênciasdos Correios. .' . . .

Ao assumi'r a Previdência, o Députado Antônio Brittoencontrou 87 postos de serviço informiltiz~dos. Agora, outroscem estão recebendo equipamentos, segundo o cronogramaque prevê, até o final de 1993, a informatização de grandeparte dos 847 postos. O programa viabiliza, por exemplo,a comunicação e o registro instantâneo de óbitos, dificultandoo recebimento ilegal de benefícios, que, a cada mês, lesamo Erário em bilhões de cruzeiros. Como' diz o Ministro, "adesorganização é a mãe de todas as fraudes"; organizada,a Previdência porá fim ao esquema de burla e de corrupçãoque funciona há anos, à custa do qual álguns maus brasildrosse fizeram bilibrtários da noite para o dia, em detrimentodos milhões de outros seus semelhantes que dependem dapensão ou do pecúlio para sobreviver.

Assistindo o trabalhador e estimulando o empresário,o Ministério da Previdência, sob a gestão dinâmica e empreen­dedora do Ministro Antônio Britto, prova que as relaçõesentre Governo e sociedade podem acontecer de maneira justae equilibrada, mesmo em economias instáveis e imaturas comoa nossa. Estamos certos, Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados,de que, ao incentivo às empresas para que ofereçam assistênciamédica aos seus empregados, outras medidas se acrescentarão,visando ao bem-estar social e ao desenvolvimento econômico,que constituem o objetivo comum de todos os brasileiros.

OSR. JOSÉ LUIZ MAIA (PPR - PI. Pronuncia o seguin­te discurso.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, voltoa esta tribuna para mais uma vez fazer um apelo ao SenhorPresidente da República, para que o clamor do povo piauiensenão se perca, sem resposta, na insensibilidade da burocraciagovernamental.

14662 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção !) Julho de 1'1'13

Refiro-me à necessidade da inadiável reativação do Bancodo Estado do Piauí.

Há poucos dias, em dramática men;>age'm dirigida a<;> Pre­sidente Itamar Franco, Octávio Miranda çiirj;:tor-presidentedo jornal O Dia, editado em Teresina, expunha o prejuízoeconômico, social e financeiro que o fechamento do Bancodo Estado do Piauí Vem acarretando ao nosso Estado.

Em sua mensagem argumentava Octávio Miranda queo banco estadual funciona em qualquer lugar, e especialmentena nossa região, como órgão fomentador do crescimento sociale econômico, e, no momento por que passa o País, em parti­cular a economia piauiense, torna-se necessário que nos'sobanco estadual volte urgentemente a funcionar.

. A fragilizada economia do Piauí, atingida brutalmentepela crise econômica, agravada por um quadro de misériae flagelo criado por um dos períodos de seca mais impiedosose prolongados de que se têm notícias nas últimas décadas,pede socorro.

Nada de esmolas.O povo do Piauí, Sr. Presidente, Srs. Deputados, pede

apenas que lhe tragam de volta um dos poucos instrumentoscom que contava para manter-se na esperança de um diàpoder melhor explorar seu potencial de crescimento e pro~

gresso.É o que tenho a dizer.

O SR. JOSÉ FORTUNATI (PT - RS. Pronuncia o se­guinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr"' e Srs. peputados,a Prefeitura de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, querinstalar na localidade de Vila Seca uma usina de lixo industrial,hospitalar e doméstico. '

Cálculos realizados por técnicos da Prefeitura daquelacidade indicam que em torno de 250, 300 toneladas de Íixoseriam transportadas para aquela localidade, incluindo metaispeSados, como o cromato, o mercúrio, solventes orgânicos.tintas, resinas, embalagens de pesticidas, produtos radioativose o lixo hospitalar. Ocorre que os caminhões que transportarão? lixo terão de obrigatoriamente trafegar por uma estradaque passa pela Bacia de Captação do Faxinal, responsávelpelo abastecimento, de água da cidade de Caxias do Sul.

Na ocorrência de um acidente, muito. comum em nossomeio, haveria um desastre de grandes proporções que viriaa atingir toda a população de Caxias do Sul, pois a águacaptada no Faxinal estaria inevitavelmente comprometida.

O mais grave é que o Samae - órgão responsável peloabastecimento de água da cidade de Caxias do Sul - nãofoi consultado, muito menos seu corpo técnico, que é consti­tuído por engenheiros químicos, civis e mecânicos, e por geólo-gos, biólogos etc. " . .

Além disso, consta que a localização desse depósito delixo é completamente ilegal porque contraria a Lei Municipaln" 2.457179, que disciplina o uso do solo para a proteção demananciais, cursos e reservatórios de água e demais recursoshídricos.

Em função disso, apelamos para a Prefeitura Municipalde Caxias do Sul no sentido de que suspenda a implantaçãodo projeto e discuta o assunto com a comunidade de VilaSeca, com as entidades ecológicas, buscando os pareceres dostécnicos competentes e verificando as demais possibilidadesgeográficas para a instalação da usina de lixo.

O SR. LIBERATO CABOCLO (PDT - SP. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr"' e Srs. Deputados,impossibilitado de comparecer a esta Casa por ocasião da

homenagem prestada, por iniciativa do ilustre Deputado Ar­mando Pinheiro, à Associação Cristã de Moços, pelo trans­curso do centenário da sua instalação no nosso País, desejoque se registre nos Anais do Congresso a nossa manifestaçãode enorme apreço àquela entidade que tem prestado tantosbenefícios à humanidade.

A Associação Cristã de Moços foi fundada em 6 de junhode 1884, em Londres, por iniciativa de um trabalhador docomércio, George Williams, que visava atenuar a selvageriade um capitalismo primitivo, responsável por uma jornadade dezessete horas de trabalho diário; muitos trabalhadoresdormiam nas próprias fábricas, quando não tombavam, exaus­tos, sobre as máquinas que lhes roubavam, com a mais-valia,o mínimo prazer de vida.

O capitalismo humanizou-se na Inglaterra com o surgi­mento do fabianismo, que viria a se converter no PartidoTrabalhista. As máquinas sofisticaram-se, mas, nem por issoa qualidade de vida do trabalhador melhorou, paralelamente.Hoje sabemos o motivo da deterioração da saúde psíquicado trabalhador observada após o aperfeiçoamento do maqui­nário. Ota, uma das maiores causas endógenas da depressãoé o imobilismo, a vida sedentária. Realmente, um dos fatoresmais importantes para a regulação do humor é a liberaçãodas endorfinas. O organismo humano tem a capacidade deproduzir os seus próprios euforizantes. As endorfinas são libe­radas maximamente pelo exercício fisíco. Deste modo, pode­se entender o alcance do empreendimento de George Wi­lIiams. Esse tipo de premunição a providência divina só costu­ma conceder aos homens de boa vontade.

Em 1891. o missionário americano George Chámaberlaincomeçou a diligenciar' no sentido de se fundar a ACM noBrasil. Depois de muitos esforços, em 4 de julho de 1893,o americano Milton Clark, já casado com a paulista ChiquitaPereira de Morais, instalou a primeira ACM do Brasil, numprédio da Rua da Quitanda, no Rio de Janeiro.

Desde então, a ACM proliferou e hoje está presenteem todo o Brasil. Em São Paulo a entidade foi instaladaem 1902 e, hoje sitiada na Rua Nestor Pestana, consta comginásios para a prática de todos os esportes.

Apesar das enormes mudanças sociais, de todas as dificul­dades enfrentadas por esta sociedade pós-moderna, a ACMvem insistindo nos seus objetivos de vida sadia, de mens sanain corpore sano, de prática esportiva para deleite pessoal emuito menos para competição, de confraternização perma­nente, de solidariedade humana, de atenção à criança desas­sistida.

Acompanho a ACM desde a minha adolescência. Apn:n­di a jogar xadrez no velho prédio da Lapa do Rio de Janeiro.Ali vi centenas de trabalhadores praticarem o seu esportetodos os dias, até que o congestionamento dos transportespúblicos diminuísse e pudessem voltar para casa, com swisesposas, que para lá se dirigiam à tarde para esperar os maridose com eles nadar, jogar voleibol ou mesmo ouvir palestrassobre os direitos da classe trabalhadora.

Por tudo isso, Sr. Presidente. desejo consignar o maisefusivo aplauso à ACM, que tanto merece a homenagem queem boa hora o ilustre Deputado Armando Pinheiro resolveuprestar à entidade.

À ACM, honra e mérito!Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.

O SR. MAURO MIRANDA (PMDB - GO. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados,apoiei e apóio o Plano de Estabilização dos Gastos do Governo

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção [) Quinta-feira 8 14663

Federal apresentado pelo Ministro Fernando Henrique Cardo­so, porque o considero correto e coerente, mas não concordocom algumas diretrizes tomadas posteriormente, que, acre­dito, atingem e contrapõem a cerne do que foi apresentado.Digo isso em relação a alguns cortes anunciados pelo Ministrodos Transportes, Alberto Goldmann, que afrontam visivel­mente a determinação de não deixar paradas as obras já inicia­das, em especial as que são prioritárias, pelo que significamem desenvolvimento econômico, social e cultural.

Falo exclusivamente da duplicação da BR-060, trechode 50 quilômetros que liga Anápolis a Goiânia, obra, quejá está em andamento, com boa parte concluída, e que, segun­do declarou o Ministro Alberto Goldmann e publicou o jornalO Estado de Minas, na edição do dia 29 passado, será interrom­pida. Ora, essa decisão abrupta e unilateral é injustificávelna essência, porque além de ferir frontalmente o que deter­mina o plano do Ministro da Fazenda, prejudica os interessesdesenvolvimentistas das populações das maiores cidades deGoiás.

Uma obra rodoviária desse porte, em que já foram illves­tidos muitos recursos, jamais poderia ser paralisada, principal­mente porque já está pronta boa parte dela e o serviço básicode pavimentação já foi concluído, havendo o risco de se per­der, com a chegada do período chuvoso, tudo o que já foifeito. Coadjuvar tal perda é compactuar com o desperdício,vício maléfico e pernicioso que tanto combatemos. Não con­cordamos com isso. Acredito que toda a população goiana,aqui, representada pelos seus Parlamentares, gritará contraessa intenção do Ministério dos Transportes, porque antesde tudo trata-se de desrespeito a um anseio de décadas emais décadas.

Nessa rodovia, nesse trecho em particular, foram ceifadasmuitas vidas e causados inúmeros transtornos às famílias goia­nas. A sua duplicação é importantíssima para o desenvol­vimento do Estado de Goiás, também porque facilitará emmuito o acesso ao Distrito Federal e fará diminuir o altoíndice de acidentes fatais. Além disso, propiciará adequad-pescoamento da produção industrial do maior distrito agroin­dustrial do Estado, o DAIA, em Anápolis, situado às margensdessa rodovia federal.

E mais, Sr. Presidente, Srs. e Srs. Deputados, o Estadode Goiás permanece à margem dos investimentos rodoviáriosfederais, enquanto o Governo do Estado investe maciçamenteno setor, pavimentando e conservando estradas, dando tran­qüilidade, segurança e meios para o desenvolvimento do setorprodutivo de Goiás. Quero reivindicar daqui a contrapartidado Governo da União em termos de investimento rodoviárioem nosso Estado, e reitero o pedido de asfaltamento daBR-070, que liga Goiás ao Estado de Mato Grosso.

Todos nós goianos vamos lutar para que o Ministériodos Transportes não cometa esse erro com Goiás e não preju­dique o desenvolvimento de uma das regiões mais promissqrasdo País. A duplicação da BR-060 (Goiânia-Anápolis), voltoa insistir, não pode ser paralisada de maneira alguma sobpena de vermos imperar a cultura do desperdício, a insensi­bilidade administrativa e a incoerência com a visão de umfuturo de modernidade para o Brasil. Além disso, trata-sede uma insofismável injustiça social com as populações deGoiânia e Anápolis, em particular, e. com as do restante deGoiás, do Distrito Federal, enfim, de todo o País, que destaestrada se servem.

Fazemos daqui apelo ao Ministro Alberto Goldmann"para que S. Ex' repense essa questão e não pratique essa

injustiça com o povo de Goiás e do Brasil. De nossa parte,vamos lutar até as últimas conseqüências contra esse tipo deatitude que consi,deramos contrária às determinações'do Planodo Ministro FetnándoHenrique Cardoso e prejudicial ao País.

Era o que tirHra á dizer.

O SR. JACKSON PEREIRA (PSDB -CE. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr-' e Srs. Deputados,na sexta-feira passada, encaminhei ao Tribunal de Contasda União representação através da qual requeri uma auditorianas contas do Programa de Garantia da Atividade Agropecuá­ria-Proagro, cQm a finalidade de apurar uma série de irregula­ridades. Meu requerimento foi acatado, e q Relator é o Minis­tro Adhemar Ghisi..

Medida seri;elh~nte encaminhei à Polícia Federal e à Pro­curadoria-Geral çla República, a fim de que se possa fecharo cerco a um ,instituto cheio de deformações, que não tematendido aos objetivos que, em 1973, propiciaram sua criação.

Na verdade, o Proagro tem a finalidade de exonerar oprodutor rural de obrigações financeiras relativas a operaçõesde crédito cuja !iÇJ\lidação seja dific,ultada pela ocorrência defenômenos nat\lrais, pragas e doenças que atinjam bens, reba­nhos e plantações.

Ao longo de sua existência, o Proagro passou por diversasalterações normativas, tendo desempel)hado importante papelde apoio ao setor agropecuário, com, cerca de 150 mil cober­turas anuais. No.s anos de 1989 e 1990, entretanto, o programaenfrentou graves problemas de caixa, acumulando imensa dívi-da, até hoje não saldada. ,

. ' Segundo o Banco Central, essa dívida, somente no tocan­te ao último ano, supera 300 milhões de' ,dólares, dos quaissuspeita-se que 300/((, ou seja, 90 milhões 'de dólares, são res­sarcimentos fraudl\lentos, cuja conta terminará, se for o caso,recaindo no bolso 'dos contribuintes. .

O passivo 'do Proagro , com base' em dados do BancoCentral, supera'530 milhões de dólares, fato por demais preo­cupante, que chega a ser inédito na história desse programa,ainda mais se considerarmos que, nos últimos anos, não seobservou evento' adverso que justifique essas indenizações.

Em 7 de junho de 1993, o Presidente do Banco Centralencaminhou o expediente nU PRESI-93/\,197 ao Ministro daAgricultura, no qual tece considerações 'sobre a realidade doPrãagro e solicita que sejam adotadas as providências cabíveis,diante das preocupações expostas.

A partir da vigência da Lei nU 8.171191, que dispõe sobrea política agrícola, teve início uma nova fase do Proagro ,com tal independência do modelo anterior, sendo os recursosarrecadados geridos pelo Banco Central. No entanto, aindanão é suficiente, persistindo o programa com inúmeras falhas,principalmente no tocante à fiscalização, o que permite a ocor­rência, em abundância, das fraudes.

Nos últimos tempos, muito se tem ouvido falar sobredenúncias de irregularidades no Proagro, mas ninguém haviaenfrentado, com coragem, essa dura realidade. Resolvi, então;colher dados e, mais uma vez, penetrar num verdadeiro vespei­ro, mesmo que lamentavelmente tenha que mexer com osinteresses de muitos poderosos, desta feita radicados no Suldo País.

Um possível foco de irregularidades éa CER-ComissãoEspecial de Recursos, que constitui a única instância adminis­trativa para decidir sobre recursos relativos à apuração deprejuízos e respectivas indenizações, no âmbito do Proagro.

Ressalte·se que costumeiramente a CER centraliza suasdecisões contra a posição de técnicos do Banco Central, o

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que chega a ser por demais estranho, levando a Secretariado Tesouro Nacional a manter em pendência pagamentos querepresentam milh6es e milhóes de dólares.

Apenas a título de ilustração. Sr. Pre~idente. informoque, nos processos frllüdu\entos, são observadas as seguintesocorrências: notas fiscias frias. notas fiscais aos preços demercado, operaç6es contratadas após a ocorrência dos sinis­tros. laudos periciais incorretos e pagamentos de indenizaçõesa pessoas impedidas de operar no crédito rural.

O Banco do Brasil é o principal agente financeiro queusa o Proagro como escudo para cobrir financiamentos ruraisde conformidade com a legislaçüo vigente. e a grande maioriados créditos é efetivada na Regiüo Centro-Sul.

Já em IlJlJ2. o entüo Presidente do Banco do Banco Cen­tral. Dr. Franscisco Gros. fez minucioso detalhamento doquadro observado em relação ao Proagro e deu ciência aoMinistro da Agricultura. Antônio Cabrera. bem como ao Mi­nistro da Economia. Marcílio Marques Moreira, sem que hou­vesse qualquer providência. Há infelizmente um grande desca­so na gestão pública, sendo esta uma das razões de tantodescalabro. Poucos são os administradores ciosos e que zelampelo Erário.

O jornal Correio Braziliense, de lR de junho de 1993.publicou matéria sobre o Proagro. na qual o novo Ministroda Agricultura anuncia algumas providências e evidencia suaspreocupaçôes. Mas é muito pouco diante da gravidade dosfatos.

O Proagro. após sério estudo inicial. é para mim umacaixa-preta. na qual muitas mazelas estão guardadas, ocasio­nando o enriquecimento ilícito de muitos e danos irreparáveisaos cofres públicos.

Na segunda-feira passada, recebi em meu gabinete expe­diente. datado de 30 de junho de 1993. do Dr. Luiz AntonioRosseti. Presidente da CER. que me presta alguns esclareci­mentos. afirmando que:

"As acusações süo fruto de informações equivocadassobre assuntos concernentes ao Proagro, já que realiza­das por pessoas pouco afeitas e que desconhecem os .princípios comezinhos de administração pública, fazendodo anonimato e da calünia a razüo de ser de suas existên­cias. "

Após ter em máos essa posição da Presidência da CER,com o Dr. Rosst:ti mantive contato e me coloquei à disposiçãopara uma conversa, a fim de que ele possa melhor detalharsuas colocações. as quais, a princípio, são discutíveis, umavez que a denúncia m10 foi fundamentada em informaçõesobtidas de pessoas que se recusem a aparecer. Pelo contrário,além do que foi obtido em órgãos técnicos, anexei tambémaos requerimentos cópias de correspondências dos Presidentesdo Banco Central do Brasil. Francisco Gros e Paulo CésarXimenes. nas quais süo bem evidenciadas suas preocupações,ficando bem clara a gravidade da situação em relação ao Proa­gro.

Destaco também a gestão eficaz dos recursos a cargodo Banco Central, onde os valores arrecadados são contabi­lizados em conta própria e remunerados com base no queé pago pelos títulos do Governo. O que há é um "rombo"entre o valor arrecadado e as indenizações devidas. O porquêdisso é que exige uma detalhada apuração.

Volto a reafirmar que o TCU poderá fazer um bom traba­lho, como é de praxe em suas ações, para melhor esclarecer

o comportamento da CER e do próprio Proagro, possibi­litando uma transparência nessa movimentação.

Quanto à fiscalização, destaco ser inconcebível que estacontinue sendo uma tarefa do Banco Central. Cabe a elefiscalizar os bancos em suas operações de crédito rural, paraevitar irregularidades. Mas a fiscalização de campo deve serde responsabilidade do agente financeiro e do gestor do Proa­gro, gestão essa que precisa ser retirada do Banco Central,já que é uma distorção deixá-lo perder tempo com esse tipode trabalho.

Ressalto ser importante a decisão adotada pelo MinistroFernando Henrique Cardoso, em conjunto com o Ministroda Agricultura, Abastecimento e Reforma Agrária, criando,no último final de semana, uma comissão especial para analisara problemática do Proagro e a retirada de sua gestão do BancoCentral. Só que ela não é no todo satisfatória. É necessáriotambém que as Secretarias do Controle Interno dos dois Minis­térios, juntamente com a STN, procedam, conforme minhasugestão apresentada ao Ministro da Fazenda, a um estudodna situação do Proagro, pois a gravidade da situação exigeprovidências imediatas, uma vez que é inaceitável o paga­mento de indenizaçóes indevidas. É preciso separar o joiodo trigo. Não pode o Governo aplicar um calote no produtorrural, mas também não há como aceitar que o Tesouro sejavítima, como tem sido há muito tempo, de espertalhões que,acreditando na impunidade, fraudam um programa como oProagro, tendo um ganho marginal e ilícito. Afinal, são mi­lhões e milhões de dólares jogados fora, para o aproveita­mento de alguns.

Concluindo, Sr. Presidente, Sr1' e Srs. Deputados, esteé um novo desafio a enfrentar. Não será fácil, mas há nasociedade uma expectativa muito grande para que se terminecom essa abominável onda de "maracutaias". O dinheiro pú­blico precisa ser tratado com seriedade e competência. Porisso, o Proagro carece dessa devassa. Não pode o contribuintecontinuar sendo penalizado. Até agora, é ele a grande vítimade todo esse processo inescrupuloso observado no setor pú­blico.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente, Sr~' e Srs. Depu­tados.

o SR. NAN SOUZA (PP - MA. Pronuncia o seguintediscurso.) -Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, o Municípiode Carolina vem assumindo, no contexto sócio-econômicoe político do Estado do Maranhão, um lugar destacado, mercêde suas potencialidades, cada vez mais reconhecidas pelosbrasileiros de todos os quadrantes do País.

Carolina foi elevada à condição de cidade em 8 de julhode 1856, nos termos da Lei Provincial n~ 527, daquela data.

O perfil do Estado do Maranhão, divulgado em docu­mentos históricos oficiais, revelam:

"Carolina foi durante muito tempo disputada pelosGovernos do Maranhão e de Goiás, travando-se umabatalha jurídica e política na qual os interesses do Esta­do do Maranhão foram defendidos pelo Prol'. CândidoMendes de Almeida, insigne homem maranhense, quese destacou como geógrafo, parlamentar e jurista reno­mado."

Pelo Decreto n° 773, de 23 de agosto de 1854, que ratificoua demarcação dos limites do Maranhão e Goiás, a área territo­rial de Carolina, à época sob jurisdição do Governo goiano,'foi reincorporada aos domínios maranhenses.

Quinta-feira H 14665Julho de 1<)<)3 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçáo I),------------_._----Hoje, Sr. Presidente, Carolina é um centro de atração

turística, em razão de suas belas e insuperáveis.praias fluviais,formadas ao longo da margem maranhen!>e do rio Tocantins.Nas férias de meio de ano, é grande a aglomeração de turistas,pessoas vindas do Pará, do Tocantins e de todas as demaispartes do próprio Estado do Maranhão, fato que estimulaa atividade econômica, cultural e social de todo o sudoestede meu EStado.

Desvinculado inteirat.nente da influência goiana ou tocan·tinense, o Município de Car.olina é uma das expressões maisfortes do surto de crescimento do Estado do Maranhão, sobre­tudo no que tange à indústria do turismo, pois em Carolina,além das praias e dos rios, existem magníficas cachoeiras eimportantes sítios ecológicos e arqueológicos que atraem estu­diosos ti curiosos duránte todo o ano,

Registro o aniversário oe Carolina, para fazer constardos Anais desta Casa o orgulho e a satisfação que têm osmaranhenses em'realmente ter, sob jurisdição do Estado, umpedaço de chão que tanto ~()labora para a grandeza de nossaterra e de nossas tradições.

Ao ensejo, .Sr. Presidente, quero homenagear o povoe os que governam aquele grande Município, sabendo queo crescimento harmônico do Estado do Maranhão passa neces­sariamente pelo fortalecimento do Município de Carolina.

Outro assúnto, Sr. Presidente.O Município oe TurÍaçu, no Estado do Maranhão, come­

mora, em. 11. de julho, sua data de elevação à categoria decidade, fato ocorrido no ano de 1870, nos termos da Lei n"S<)7, da província.

situado na região norte do Estado do Maranhão, Turiaçupor muitos anos fico 4 sob jurisqição do Estado do Pará, incor­porando-se. definitivamente ao território maranhense temposdepois, assumindo,.então,no ano de 1833 a condição de vilae sede de.Município.

De aspecto aprazível, a três metros do nível do mar,Turiaçu era antes uma grande fazenda, de propriedade doportuguês José Antonio Fernandes. Mas sua história, Sr. Pre­sidente, remonta ao século XVII, quando ocorreu sua primeirapovoação, com o, nome de São Francisco Xavier do Turiaçu.

A presença do homem branco naquelas cercanias nem,sempre se deu pacificamente. Os índios que ali mourejavampor várias vezes puseram em fuga o invasor, ocorrendo, decerta feita, verdadeiro massacre, com a morte de quasetodosos habitantes do povoado.

Hoje, Sr. Presidente, registra-se em Turiaçu uma convi­vência harmônica e pacífica entre os descendentes daquelasgerações que se antagonizavam, fato que faz prosperar a cida­de e crescer o Município.

Sua atual população ascende à casa dos 100 mil habitan­tes, a maioria exercendo atividades rurais, destacando-se., nes­te setor, a grande produção de mandioca, arroz, milho e feijão,observando-se ainda a extração de madeira, de amêndoasde babaçu e de carvão vegetal.

No setor pecuário, Turiaçu se revela atuante na produçãode aves, suínos, bovinos, bubalinos, caprinos e eqüinos, desta­cando-se no fornecimento de ovos e leite para o abastecimentodo comércio vizinho, inclusive o de São Luiz, que dista 154quilômetros de Turiaçu.

Presto esta homenagem ao povo e aos governantes deTuriaçu e creio, Sr. Presidente, que o presente e o futurodaquela comunidade hão de estar plenos de sucesso, de cres­cente fortalecimento econômico, pois o Município tem grandepotencialidade econômica, social, cultural e educacional.

Finalizando, Sr. Presidente, quero dizer que, "por apre­sentar capacidade para a vida política e a autonomia adminis­trativa", em 8 de julho de 1757 foi criada a Vila do Viapa,que, em 30 de junho de 1855, pela Lei Provinci.al n'" 377,foi elevada à categoria de cidade.

A cidade do Viana, Sr. Presi<;lente, está, pois, comemo­rando suas datas mais importaMes, fato que é relembradono Município pela retomada da história, que liga o povo àssuas origens, que datam de 1709, quando na Aldeia Guajajarade Maracu os missionários da Companhia de Jesus não somen­te iniciavam a povoa.ção branca, como também edificava, 'umaIgreja em invocação a Nossa Se!1hora qa Conceição.

Ao mesmo tempo, Sr~' e S,rs. Deputados, aqueles missio­nários, patrocinados pelo Erário da Coroa, criavam a Colôn!aAgrícola de São Bonifácio do Maracu, disseminando <lesteponto missões de evengelismo para outras localidades e aldeiasda Região Norte do Estado do Maranhão.

Em 6 de junho de 1757, a Coroa Portuguesa reconhecea "proclamação da libertação do índio brasileiro", fato que'desagradou aos Jesuítas do Maranhão, que perceberam estarperdendo o domínio sobre as al?eias indígena~. .

Assim, os missionários que f~ziam missões em Viana des­truíram as casas da Vila, dispersando o gado, gesto este repri­mido pelo então Governador da Província, Gonçalo PereiraLobato e Souza, que obrigou .os religiosos a restabeleceremas edificações e a reunião do gado que pertencia aos índios.

Aquele episódio determinou a "autonomia administra­tiva" de Viana, decretada, como já dito, no dia 8 de julhode 1757.

Desde então a cidade tem crescido, de acordo com asproporções de desenvolvimento do pfóprio, Est,ado ,do Mara-'nl)ãO, possuindo o Município mais de 60 qlil habitantes, amaioria concentrada no campo e na, ~tjviqade agropecuária'.

Há uma expressiva atividade.comercial em Viana; comcentenas de estabelecimentos abertos, em que se' incluem' al~guns bancos, registrando-se ainda uma boa base de aSSIstênciamédico-hospitalar e educacional, evidentemente que hoje con­textualizada à situação de precariedade que ambos os sistemas'sofrem em todo o País.

Ao ensejo das datas que ma'rcam a história do Municípiode Viana, quero registrar o fato desta tribuna, prestando mi­nha homenagem ao povo e aos que dirigem' o Município,formulando votos de crescimento e d~ fortillecimento econô­mico para aquela comunidade.

Era o que tínhamos paradizer,Sr. Presidente, Sr!' eSrs. Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Passa-se ao

v - GRANDE EXPEl)IENTE

Tem a palavra o Sr. Fernando Lyra.

O SR. FERNANDO LYRA (PDT - PE. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr'· e Srs. Deputados,nós, autênticos do MDB, realizamos um seminário em Recife,no ano de 1971. Vivíamos um dos momentos mais sombriosda ditadura militar que se abriu com o golpe de 1964 e seaprofundou com o AI-S, em 1968. Cassações, prisões, exílios,seqüestros, torturas, desaparecimentos de adversários do regi.me eram dolorosalIJente o sofrimento nosso de cada dia. Trata­va-se de enfrentar tudo isso, abrir caminho para a redemocra-,tização do país. Sabíamos que a reconquista da liberdade de·

14666 Quinta-feira R DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

mocrática não pertencia ao'nosso horizonte visual. Mas sabía­mos também que o seminário deveria apontar para palavrasde ordem capazes de indicar um rumo para as oposições.Apontar para o futuro, acumular forças para deitar por terraa canga de opressão.

Lembro-me de que o rebtório do seminário, redigidopor Chico Pinto, Alencar Furtado e o saudoso Marcos Freire,podia ser reduzido a duas palavras de ordem: Anistia e Assem­bléia Nacional Constituinte.

Recordo-me, também - e esse depoimento não possodeixar de oferecer à reflexão dos brasileiros - que o Dr.Tancredo Neves, sem deixar de apoiar a Carta do Recifee seus pontos estratégicos (anistia e Constituinte), sugeriaque encampássemos a tese de Revisão Constitucional comoinstrumento para desmanchar o pacto político da ditaduramilitar, expresso na Carta da Junta Militar de 1969.

À visão de estadista do presidente não faltava a malíciado político qlineiro. Tratava-se - dizia - de colocar umCavalo de Tróia na fortaleza da ditadura. Acentuava, S. Ex·,que a revisão ia comer por dentro o acordo entre eles.

Não houve uma revisão no atacado, apenas as modifi­cações que o avanço da luta social obrigou os donos do podera conceder na Carta da Junta Militar, prova do acerto desuas posições, que se somavam às nossas. A anistia de 1979abriu a porta larga de redemocratização. A campanha dasDiretas Já criou as condições para que Tancredo derrotasseo Colégio Eleitoral, de invenção da ditadura, para seu gozoe Fruição.

A vitória do Colégio Eleitoral, verdadeira implosão, mes­mo com a irreparável perda do líder maior, levou o PresidenteSarney a cumprir o compromisso da Aliança Democráticae enviar-se a proposta de Emenda Constitucionalque convocaeleiçõesconstituintes para 1986.

Quis o destino que nesse momento eu me encontrasseà frente do Ministério da Justiça, escolhido pelo Dr. Tancredoe confirmado pelo Presidente Sarney.

Havia três posições distintas com relação à redação deuma nova Constituição.

Os setores mais conservadores, aqueles com maiores difi­culdades de se despregarem do regime anterior, apenas admi­tiam algum tipo de reforma na Carta de 1969. O pacto queviesse a superar o ciclo militar deveria prescindir de qualquerforma de ruptura. Trata-se de outorgar poderes do Congressode então para redigir uma revisão da Constituição militar.Um Congresso em final de mandato e bem comportado pode­ria redigir uma constituição que se aproximasse da Carta semi­outorgada de 1967. Nada de novo. Lá, o Congressofora convo­cado para votar, por maioria absoluta, uma carta enviadapelo ditador de plantão; aqui, tudo se passaria de forma seme­lhante. Sem novidades, sem sobressaltos. Tudo muito ao gostodos eleitos do poder.

Outros setores mais avançados liberados pela OAB epelo conjunto de forças que lutaram mais demoradamentepela redemocratização, postulavam uma Assembléia Consti­tuinte livre, soberana e exclusiva, encarregada de redigir opacto político e logo após, dissolver-se. Perfilhei-me, desdelogo, nessa tese e encarreguei meus assessores no Ministérioda Justiça de redigir uma propostade convocação de umaConstituinte que espelhasse essas forças.

Como se sabe, não tivemos êxito. Prevaleceu a posiçãointermediária: nem revisão, nem Assembléia exclusiva. UmCongresso convocado com poderes constituintes poderia darconta do recado, sem o ranço conservador da revisão e sem _

o sobressalto inovador da Assembléia exclusiva. E assim foifeito.

Recordo, por 'igúal, que as lideranças parlamentaristas,dentre as quais eu me alinhava, com a derrota de sua propostaem plenário, outro recurso não tiveram do que pegar umacarona na emenda do Deputado Cunha Bueno que propunhao plebiscito sobre o regime (monarquia ou república) e nelafazer inserir também a consulta popular sobre o sistema, separlamentar ou presidencialista.

Foi exatamente esse plebiscito que inspirou o dispositivoque se lhe seguiu no Ato. das Disposições Transitórias sobrerevisão Constitucional.

Não discuto aqui a vontade daqueles que fizeram inserira revisão e a votaram. Vontade de legislador, como ironizavaBalleeio, é para ser examinada por psicanalistas e não porjuristas, que se devem valer das regras da hermenêutica, en­fim, das regras do direito, universalmente aceitas.

Estou sustentando que, sem o plebiscito, não teria apare­cido a revisão. E independentemente da vontade de seus auto­res, o certo é que a ordem - plebiscito e, depois, revisão-facilita o intérprete quando afirma que a revisão se limitavaa dar seqüência ao plebiscito. E faz sentido. Ouvia-se o poderoriginário, que é o povo, e atendia-se, por maioria absoluta,a sua determinação. Isto é, 'com relação à monarquia e aoparlamentarismo, a consultá funcionava como plebiscito; comrelação à república e ao presidencialismo, como referendo.Não há autorização da população para mudar nada por viade revisão. O dispositivo não pode ser acionado. Virou letramorta depois da decisão soberana do eleitor.

E são as vozes mais autorizadas que sustentam essa posi­ção. O ilustre Presidente da OAB, Dr. José Roberto Batochio,já declinou a posição'daComissão Constitucional da entidadecontra a "revisão" da Constituição por ativação do art. 3°do Ato das Disposições Transitórias. No último domingo,o Dr. Barbosa Lima Sobrinho, na autoridade de Patrono doimpeachment de Collor, definiu o alcance e os limites da revi­são. No mesmo sentido, a CNBB, a partir da palavra autori­zada de Dom Luciano Mendes. Assim, a CUT, a CGT aUNE, enfim as forças que. se mobilizaram pela Anistia e p~laConstituinte, pelas Diretas Já e pela Ética na Política coma conseqüente expulsão de Collor se unem na condenaçãodessa aventura golpista que é desmanchar o pacto constitu­cional a pretexto de uma norma nebulosa e transitória.

O Sr. Nelson Trad - permite-me V. Ex' um aparte?

O SR. FERNANDO LYRA - Com prazer, nobre Depu-tado Nelson Trad. .

O Sr. Nelson Trad - Ilustre Deputado Fernando Lyra,já esperávamos um. pronunciamento de alguém do porte eda tradição de V. Ex", a respeito da nivisão constitucional.Quem está aparteando V.' Ex' é um advogado provincianode Mato Grosso do Sul, muito preocupado com a escaladade uma reforma ampla e irrestrita da Constituição Federal.Na análise que tenho feito sobretudo sob o aspecto jurídico,com as minhas limitações profissionais, entendo que é indefen­sável juridicamente a reforma da nossa Constituição. E digomais a V. Ex~ Quando neste Plenário se ouve a sustentaçãode que ela é indefensável juridicamente, mas politicamentenecessária, percebo mais uma vez que, quando se quer atingiro interesse escusos de alguns representantes nesta Casa, esque­cem-se os princípios jurídicos para se exaltarem os interessespolíticos. Na interpretação sistemática que se faz da Consti·tuição de 1988, chega-se a uma conclusão primária: ela tem

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seç~lo 1) Quinta-feira;-; 14667

uma natureza rígida. E a vontade dos Constituintes se mani­festa de maneira tão rígida que nela existe algo espantoso:no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias há umadisposição que é um verdadeiro programa dé Governo, a qualtorna intocável por 25 anos a Zona Franca de Manaus. Eportanto, não se pode compreender como um princípio consti­tucional pode ser revisto em apenas cinco anos. Por isso,pedimos uma resposta a essa indagação: se fizemos, em 1988,uma Constituição a varejo, uma Constituição que, na realida­de, não traduziu a vontade do povo brasileho de fazer coisaséria e imutável, como, nas atuais circunstâncias, poderemosalterar princípios e normas pelos quais muitos deram o sangue, ,a fim de que viessem a integrar o grande monumento queé a Constituição brasileira?

O SR., FERNANDO LYRA - Deputado Nelson Trad,agradeço a V. Ex' o aparte eivado de conhecimento jurídico,o qual enriquece nosso discurso e faz com que acreditemosque tem de haver no país um movimento capaz de zelar porum pacto que, mesmo deficiente, mesmo difícil, reúna milha­res e milhares de brasileiros. Embora não tivéssemos umaConstituinte exclusiva - como era nosso pensamento e razãode nossa luta maior até 1986 - o importante é que houveparticipação popular, houve int,eresse da população na Consti­tuinte. Com a participação popular, repito, com as liderançastodas preocupadas em que chegássemos ao final da Consti­tuinte, sob a Presidência de Ulysses Guimarães, no mês dedezembro de 1987, quando tivemos um pequeno recesso deNatal, não sabíamos o que iria acontecer, pois estava criadoum impasse de forma q",ase intransponível. E foi necessáriouma luta tremenda para que chegássemos, em outubro dooutro ano, ao final da Constituinte, mesmo assim, com umaConstituição com vícios, como V. Ex' citou há po,uco, cont~q­do dispositivos totalmente irreais e irresponsáveis no Ato,dasDisposições Constitucionais Transitórias.

Imagine V. Ex' uma revisão Constitucional num ano pré­eleitoral, numa época de crise como a que vivemos, na posiçãoem que nos enpontramos, quando uma ,campanha cerradaé perpetrada contra o Congresso Nacional com um objetivodeterminado. Os poderosos de fora e de dentro querem este,Congresso agachado para tirarem da Constituição não aquiloque ele tem de ruim, mas exatamente as conquistas popularesnela consagradas, exatamente o que há de bom, o que foiconseguido com o suor do povo brasileiro, através dos seusrepresentantes e das emendas populares que aqui chegaram.

Portanto, Deputado Nelson Trad, incorporo seupronun­ciamento ao meu discurso. Ele me dá ainda mais razão paraque façamos um grande movimento nacional para evitar essainconseqüência política - para não dizer jurídica - que éa revisão constitucional prevista para 6de outubro.

O Sr. Roberto Franca - Deputado FernandQ Lyra, con­cede-me V, Ex' um aparte?

O SR. FERNANDO LYRA -'- Com muito prazer, Depu­tado Roberto França.

O Sr. Roberto Franca - Gostaria de parabenizar V.Ex" pelo teor do discurso que faz nesta tarde, chamandoa atenção de todos para um dos problemas mais graves comos quais iremos nos defrontar a partir de agora: a revisãoConstitucional. Nos termos em que está sendo anunciada,ela representa o que V. Ex" acaba de afirmar: uma tentativade adequá-Ia aos interesses internacionais, que estão impe­didos - pelas garantias que a Constituição em vigor assegura

- de ingressar em setores vitais da nossa economia. Essaestratégia, Deputado Fernando Lyra, não é voltada apenaspara o Brasil, mas para toda a' América Latina: Aspectosda nossa economia ainda protegidos pela legislação constitu­cional, no que diz respeito às telecomunieaçõcs~ aosubsóloe ao petróleo. estão sendo objeto de cobiça das grandes multi­nacionais, que estão vendo nessa possibilidade de revisão feitapor maioria absoluta. com a redução do quorum - que pre­serva o que os constituintes fizeram na Legislatura passada- o, sentido maior de adequação ao modelo neoliberal queestá sendo implantado. V. Ex". não apenas desta tribuna comotambém através da imprensa. chama a atenção do País e daCasa para os aspectos políticos subjacentes a essa tentativade modificação nos termos em que foi apresentada, quando'o Congresso Nacional está no terceiro ano da Legislatura.'Então, o que poderia ser objeto de ampla discussão - aí.sim. popular, para uma adequação futura -no nosso entendi­mento, deveria ser feito depois. na próxima Legislatura. comos Parlamentares vindo das urnas e tendo tido a possibilidadede discutir esses temas durante a campanha eleitoral. Porisso, Deputado e amigo Fernando Lyra. quero parabenizá-lo.O nosso partido - o Partido Socialista Brasileiro - tambémestará integrado nessa luta em defesa da Constituição c' dasconquistas sociais por ela assegura1às.

O SR. FERNANDO LYRA- Agradeço a V. ,Ex", Depu­tado Roberto Franca. o brilhanté ap;rt~. Tenho a satisfaçãode incorporá-lo ao meu discurso.

Ouço. com prazer. o nobre Deputado Tarcísio Delgado.

, O Sr. Tarcísio Delgado -'- Nobre Deputado FernandoLyra"estou de pé. em frente ao micmfone de apartes. parasÇlUoarizar-me com V. Ex'. Meses atníz. na,reunião de bancadado meu partido, quando este assunto fqi levantado. apresenteios mesmos argumentos que V. EX'tras hoje à tribuna. Políticae juridicamente falando, dizia eu que entendia ser um absurdofalar-se em revisão, constitucional pata o fim deste ano. apartir de 6 de outubro, porque isso contraria os interessesdo País. Sei que o tempo de V. Ex" se esgota. mas gostariaapenas de inserir meu aparte. com muita alegria. no seu pro­nunciamento e hipotecar-lhe solidaried,ade nesta causa. Fazerrevisão constitucional a partir de 6, de outubro. repito, nãoé ul1la'coisa séria. nem política nem juridicamente. Nào serveaO,interesse do nosso País. E V. Ex,- com a autoridade quetem, vemà tribuna. além de ir à imprensa nacionaL manifestarseu ponto de vista a respeito do assuntq,

O SR. FERNANDO LYRA - Agradeço a V. Ex". Depu­tado Tarcísio Delgado. figura ilustre da bancada mineira. ve­lho companheiro do grupo dos autênticos. na luta contra aditadura militar. y. Ex". como eu, sabe do sofrimento querepresentou a luta pela redemocratização do País.

Sr. Presidente. com a aquiescência de V. Ex', gostariade ouvir o nobre Deputado Renildo Calheiros.

O Sr. Renildo Calheiros - Nobre Deputado FernandoLyra. V. Ex". com o brilho que lhe é peculiar. aborda umtema de grande significado para o país e. como muito bemrelatou V. Ex". já começa a mobilizar a sociedade brasileira.Nobre Deputado. gostaria de manifestar a V. Ex'. Mio apenasa minha solidariedade e o meu apoio, mas também do meupartido. pelo importante discurso que vem fazendo. No meuentender. não reconhecer que o art. 3" do Ato das Disposiç6esConstitucionais Transitórias está intimamente ligado ao art.2" é, no mínimo. considerar que a Constituição brasileira é'

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completamente provisória por cinco anos. Sem dúvida algunia,não é isso que está escrito na nossa Carta Magna. NobreDeputado, querem fazer nesta Casa e neste País o jogo docapital estrangeiro. que deseja a revisão da Constituição brasi­leira para colocar a mão em setores estratégicos da nossaeconomia, o que é impossível agora por causa dos dispositivosconstitucionais. E ainda querem deixar livre o terreno paraaqueles que pretendem acahar com as grandes conquistas so­ciais inscritas na nossa Constituição. E exatamente por issoque queremos manifestar o nosso apoio e a nossa solidariedadeao seu hrilhante pronunciamento, Deputado Fernando Lyra.

o SR. FERNANDO LYRA - Agradeço ao DeputadoRenildo Calheiros a sua intervenção. que. com muita honra,incorporo ao meu discurso.

Ouço. com prazer. o aparte do nobre Deputado MiguelArraes.

O Sr. Miguel Arraes - Deputado Fernando Lyra. querosolidarizar-me com V. Ex'! pelo seu discurso. que é oportunona medida em que trata da reforma da Constituição. Certasforças interessadas em tocar na essência da defesa da soberanianacional e das nossas riquezas insistem em que essa revisãoseja feita. A oportunidade do seu discurso está nesse pontode defesa do País. há muito custo sustentada na Constituiçãode 1988 pelas forças democráticas. progressistas e popularescom assento nesta Casa naquela ocasião. V. Ex" levanta, por­tanto. um tema de caráter nacional. A mohilização da Naçãoprecisa serfeita por essa linha. Não vamos tirar alguns parágra­fos ou dispositivos da Constituição. Eles querem tocar fundonas riquezas do País, tal como estão fazendo agora com aprivatização de empresas de setores fundamentais para o País.tirando o cartel do Estado para formar cartéis privados emsetores importantes como o dos fertilizantes, que interessaa todos os agricultores e criadores do Brasil. a todos os queconstituem a maioria do País. os quais vão ficar subordinadosa um cartel privado que vai impor suas condições à agriculturae. em conseqüência. à grande maioria da população brasileira.Congratulo-me, portanto, com V. Ex" pela sua iniciativa. Esta­mos ao seu lado na luta contra essa reforma constitucional.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Nobre Depu­tado, a Presidência lamenta profundamente que. entre o pra­zer de ouvi-lo e o rigor regimental. tenha de optar pelo se­gundo.

O SR. FERNANDO LYRA - Vou terminar, Sr. Presi­dente. Permita-me apenas concluir o meu pronunciamentoe responder ao Deputado Miguel Arraes, uma das grandeslideranças deste País. referência política do meu Estado naresistência contra aqueles que querem. de há muito, quebrara soberania nacional.

Deputado Miguel Arraes, com quem estive tantas vezesjunto no exílio e com quem lutava pela anistia e pela redemo­cratização do País. agredeço-Ihe o aparte. E digo mais. nãopodemos ficar calados em nenhum instante. para evitar odesastre político que seria a revisão constitucional neste ano.

Sr. Presidente. dizia que, ainda que não queiram. os "'re­visionistas" de agora recuperam a posição daqueles conserva­dores que antes queriam a reforma da Constituição. e nãoconvocação de uma Constituinte. mesmo que através de umlimitado Congresso. E recuperam mais. Querem entrar como seu Cavalo de Tróia na Constituição de 1988. Estão usamloa tática do Dr. Tancredo com sinal trocado.

Pois bem. é preciso que a Nação saiba quc por detrásda revisão está a ruptura dos laços que unem a Federaçãona sua representação política. Como se recorda, o que permi­tiu o pacto confederado na Revolução Norte-Americana foiexatamente o acordo em torno da criação de um Senado queigualasse Estados grandes e pequenos em uma única represen­tação. E mais. que esse acordo não poderia ser mudado jamais.Essa foi a primeira cláusula pétrea que registra o direito consti­tucional.

A nossa Constituição. como a americana, não permitequalquer reforma tendente a abolir a Federação. E o queé o Senado senão a representaçáo parlamentar dos EstadosFederados? Denuncio. em primeiro lugar. que a revisão pre­tende abolir a Federação ao colocar em risco a existênciado Senado. São inúteis os argumentos de que tal mIo se dará.O direito constituicional mio é feito de adivinhações. Ele senutre de princípios esse é vital para a unidade federativa.

Vou além. A revisão tende a destruir o equilíbrio entreo poderes. Alguém pode desconhecer que aberta a revisão.o poder se deslocaní para a maioria da Câmara. Não estoupropositadamente dizendo maioria do Congresso. já que onúmero de Senadores é. em muito. inferior ao número deDeputados. Nem estou qualificando ou diferenciando os Pa­res. Estou falando de representaçào e de Poder. A revisãoanula o Senado como Casa Legislativa.

E o Supremo Tribunal Federal? Terá poderes sobre aconstitucionalidade da revisão? Sobre seus resultados. sim.Mas se tal disparate vier a se <:oncretizar. terá o Supremocontrole durante os trabalhos da revisão. que pode até reduzirou anular seus poderes. ou até inventar um controle sobreele. controle externo como agora se diz. mas que só vai favore­cer as corporaçôes que vierem a controlá-lo.

Finalmente. o Presidente Itamar Franco perderia seuspoderes para uma "'revisão" constituinte. Nessa hipótese oeixo de poder se deslocará para quem tem o poder incontes­tável para mudar. por maioria absoluta. qualquer dispositivoconstituicional.

Essa temeridade só tem uma definição.No que se refere ao Presidente da República e aos Minis­

tros elo Supremo Tribunal Federal. estão urdindo um impeach­ment por via oblíqua. No que se refere ao Senado da Repúblicaa "revisão" tende a anulá-lo.

Esses ingredientes se conjugam para permitir a afirmaçãoque faço. alto e bom' som. que a revisão ampla. como queremos altos interesses. os pequenos interesses e os equivocadosde boa-fé. constitui um verdadeiro e clássico golpe de Estado.

Conclamo as forças democráticas a conjurar essa ameaçacom respeito à intangibilicIade do pacto constituicional.

Qualquer adaptação necessário ao texto constituicional.o Congresso mIo irá negar, desde que seja observado o quorumde emenda constituiciona1. Qualquer proposta de reforma serábem-vinda. Mas a tentativa de golpe será recusada. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Conedo a pala­vra ao Sr. Ronaldo Perim

O SR. RONALDO PERIM (PMDB - MG. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente. Sr" e Srs. Deputados, a bemda verdade. traz-me certo constrangimento o assunto que pre­tendo comentar e que tem ocupado espaço. embora aindatimidamente. no noticiário nacional.

Temos verificado que, de 'uns tempos para cá. certas for­ças ocultas - sem querer referir o passado não muito distante

Julhode 1l,ll,l3 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçáo I) Quinta-feira::-; 1466lJ

- estão querendo lançar o País num retrocesso institucional.Já estamos ouvindo, com profundo pesar, insinuações dc que.() regime democrático não poderia trazer as soluções defini­tivas para os prohlemas que afligem a Nação hrasileira. Paraser mais explícito, jú estamos ouvindo alguns pronunciamentosagressivos, até no plenário desta Casa, contra as instituiçõesdemocrúticas do País. E verificamos tamhém ser esta Casao alvo principal dessas forças que pretendem reimplantar oregime de exceçáo em nosso País.

Os ataques atingem, por extensão, o Congresso Nacionalcomo um todo. Os memhros desta Casa estáo sendo apresen­tados à sociedade hrasileira como os grandes vilôes desta Na­ção; como se fosse o Congresso Nacional, particularmentena atual legislatura, o responsável por todas as mazelas quehoje estáo a lançar ao povo hrasileiro descrédito e a infelici­tação diária; como se fosse o Congresso Nacional, na atualLegislatura, o responsável por uma dívida interna que impagú­vel: como se todos os processos de corrupção, todos os desati­nos fossem exclusivamente de autoria e da lavra do PoderLegislativo.

A culpa por tudo de ruim, de equivocado e de mal queenfrenta a Nação hrasileira tem sido lançada exclusivamenteao Legislativo hrasileiro; a fonte geradora dos prohlemas na­cionais é sempre o Congresso Nacional. Mas nós que sahemosmuito hem da determinação do povo hrasileiro, pois já vive­mos lutas anteriores e testemunhamos a sua opção democrLÍ­tica. estamos convencidos de que esta Casa, seus memhrose sohretudo os segmentos responsáveis desta Nação jamaisse curvarão aos interesses dessas forças ocultas. Diante daresistência, observamos que se tenta seduzir algumas forçaspreponderantes do País para o acumpliciamento com essesobscuros ohjetivos, e, evidentemente, a principal meta é, semdúvida alguma. a cooptaçáo das nossas Forças Armadas.

A hem da verdade, e fazemos este registro por um deverde justiça, tem sido exemplar o comportamento de nossosmilitares na História recente e atual do País. Sabemos muitobem das dificuldades por que passam os nossos abnegadosmilitares para o cumprimento dos seus elevados deveres, dascondições precúrias em que lutam todos eles para tentar levarà sociedade brasileira a mínima esperança de segurança nacio­nal, e estamos também absolutamente conscientes de que elesnáo se deixaráo levar e seduzir por esses discursos fúceis edemagógicos.

Pergunto-me, às vezes, não pela consciência de Parla­mentar, mas, muito acima disso,-pelo sentimento de cidadania,por que esta Nação se impõe certos rigores, fato que nãoconsigo emender, dada a dimensão continental do Brasil ea sua importância no concerto das nações em âmhito mundial.Cito, no caso específico do cumprimento do dever maior dasnossas Forças Armadas, o de oferecer segurança a toda aNação hrasileira, além dos baixos salários que se impõe aosseus membros, uma situação mais agravante: a inexistênciade meios econômico financeiros para se desenvolverem astecnologias indispensáveis que o mundo moderno hoje exigede qualquer País que queira manter a sua soberania.

Sabemos muito bem, por exemplo, que o Brasil abriumão de lançar a tecnologia nuclear à disponibilidade das nossasForças Armadas. Pergunto-me: que tomou tal decisão? Opovo brasileiro? Teríamos nós o direito, como geração, depermitir que hoje algumas nações privilegiadas mentenh~m

o monopólio de patrulhar as demais nações do mundo? Tería­mos nós, apenas pelos efeitos morais de uma Carta magna

na regulamentação internacional. as condições necessárias pa­ra defender nossas riquezas e nossas potencialidades?

Hú pouco ouvíamos, nesta tribuna, com o brilhantismoque lhe é peculiar. o ilu<.;tre Deputado Fernando Lyra apre­sentar as suas razões contra a revisão constitucional que seavizinha no final desta ano. Concordo com llS argumentossempre competentes de S. Ex"; mas será que medidas apenasinstitucionais e constitucionais serüo capazes de garantir tran­qüilidade e segurança à Pátria hrasileira, contra o cobiça ea amhição de outras naçôes'? Sincaamente, acredito que não.Creio que precisamos tomar atitude definitiva. quanto ao futu­ro de nosso País.

Ouço, com prazer. o nohre Deputado Tarcísio Delgado.

Tarcísio Delgado - Nohre Deputado Ronaldo Perim,certamente ao compulsar os Anais da Casa, llS registros dasessão de hoje, as futuras geraçôes celehraçào com muitogáudio o que se diz na tribuna nesta tarde. Ouvimos o discursodo Deputado Fernando Lyra. que antecedeu V. Ex' - umpronunciamento brilhante soh todos os aspectos. tratando deassunto da maior oportunidade. Ao concluir seu pronuncia­mento aquele nohre Deputado, assoma V. Ex' à trihuna parap'raticamente dar continuidade ao que disse o nosso colega,fazendo advertências tamhém oportunas e necessárias. cha­mando a atenção da Casa e desta Nação para problemas doquotidiano. do dia de hoje, deste instante. Estamos a ouvirnas últimas semanas, aqui e acolá, certas aves de mau agouro,pessoas que conquistam considerável espaço na grande im­prensa nacional e até mesmo algumas entidades investindode maneira irreverente e desleal eontra a atuaçáo desta Casado Congresso e contra a atividade política, inclusive recor­ren'do a generalizaçóes e a argumentos que não correspondemà verdade, até porque generalizar é faltar com a verdade,pois tudo é de certo modo relativo. nada é táo geral. Somosapresentados ao público, à sociedade, por órgiios da imprensae até por certas pessoas, como se fôssemos aqui no Congresso,no exercício da atividade política, os únicos responsúveis peladesgraça nacional. como se o Brasil pudesse, em determinadomomento, t'er reunido no Congresso tudo o que havia deruim na sociedade brasileira. Nohre Deputado, é claro queesta Casa não é melhor nem pior do que a sociedade brasileira.Estamos aqui representando todos os segmentos da sociedade.alidades. Há Parlamentares que são representantes de umpovo honesto, trabalhador e sério, mas também há os repre­sentantes da outra camada de uma sociedade que náo é perfei­ta. Temos representadas aqui todas as classes sociais, todosos segmentos da sociedade, todos os grupos sociais, bons emaus. Sabemos que sempre predominam os bons, mas osmaus conseguem maior destaque. Hoje estamos vendo serementregues, repetidas vezes, espaços consideráveis da grandeimprensa e elementos como Fujimori. Nosso companheiroDeputado Jari Bolsonaro, numa declaração infeliz com quenão fez jus à sua condição de Parlamentar, conseguiu, derepente, espaço maior do que talvez tenha ohtido antes comtrahalhos nesta Casa que pudessem alcançar algum resultadopositivo. Com uma declaração infeliz, imprópria. conseguiutodo esse espaço. Portanto. o que é exótico. o que não constróitem ocupado, ultimamente. grandes espaços nos jornais, en­quanto o que se faz para afirmar e construir esta Nação ­e é o que se faz preponderantemente aqui - mio atinge omesmo espaço. Por isso, o discurso de V. Ex" é de uma oportu­nidade ímpar. É importante que possamos levantar nossasvozes nesta Casa para que todos entendam o muito que luta-

14670 Quinta-feira g DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

mos. Vejo na Presidência desta sessão o Deputado FernandoLyra, que há pouco se referia à luta que travamos pelo pluri­partidarismo, pela liberdade de imprensa, por tantos outrosideais. Conseguimos que os nos os grandes jornais não maisfossem obrigados a publicar receita de bolo e poemas de Ca­mões em vez de divulgar as notícias. E agora nos sentimosaté um pouco frustrados, percebendo aqui e acolá a tentativa,o desejo de retorno a um passado, como se absoluta liberdadeque temos hoje não fosse o melhor. E quase chegamos apensar que haja alguém sonhando ,com fechamento, do Con­gresso por achar que isso seria bom para a Nação! E incrívelque se possa pensar assim. Mas, nobre Deputado, encerrandoeste aparte, quero dizer que não nos podemos esquecer doexemplo da História, do ensinamento da História. O fatoé mesmo esse: nunca valorizamos a liberdade e a saúde en­quanto as temos, mas damos a vida para conquistá-las quandoas perdemos. É o que todos os povos fazem. Se estamosem liberdade, às vezes não nos damos conta do seu valor,mas se a perdermos, como no passado, damos nosso sangue,suor e vida, para reconquistá-Ia. Espermos que as pessoaspossam valorizar a liberdade no seu exercício, para que nãotenhamos de voltar aquelas lutas tão difíceis dos momentosde obscurantismo que vivemos.

o SR. RONALDO PERIM - Agradeço ao exemplar ecompetente Parlamentar de Minas Gerais que tanto honrao nosso Estado, o Deputado Tarcísio Delgado, o seu brilhanteaparte, que com prazer integro a este modesto pronuncia­mento.

Sr. Presidente, Sr~'. e Srs. Deputados, Tarcísio Delgadoretratou, com raríssina felicidade, a imagem que uma parteda imprensa tem produzido, com relação a esta Casa. O cida­dão comum, lá do interior de Minas Gerais, e por extensão,de todo o País, quando lê nossos jornais tem a impressãonítica de que o povo brasileiro cometeu, há três anos, umato incomparável na História mundial. O povo brasileiro con­seguiu realizar proeza que não encontra similar em toda aHistória da Humanidade. O povo brasileiro, Sr. l?éresidente,Sr'" e Srs. Deputados, conseguiu, em 1990, entre tantos etantos candidatos, entre as milhares de opções colocadas àsua disposição, escolher quase seis centenas de bandidos ecorruptos para integrarem o Congresso Nacional.

Se tomarmos como base aquilo que alguns escrevem,por interesses que não conseguimos entender, concluiremosque nesta Casa não há sequer um home de bem. Parece atéque somos extraterrestres, que chegamos aqui e invadimoseste recinto.

Ora, todos sabemos que aqui está o mais nítido, o maistransparente e o mais absoluto retrato da sociedade brasileira.

Sabemos muito bem que muitos de nós podemos cometerequívocos, erros, e isso é inerente à natureza humana, nasua fragilidade. Mas não se pode imaginar que centenas, quea quase totalidade dos homens e mulheres aqui estão apenaspara defender interesses pessoais mesquinhos e demógogicos.

E é por isso que queremos, pela repI:esentação que mo­desta mas honrosamente efetuamos em prol de uma regiãosofrida de Minas Gerais, trazer a nossa voz de alerta a esteParlamento. Não podemos abrir mão das conquistas que tantosacrifício custuram aos brasileiros. Esta Nação há de devolvero caminho de desenvolvimento e de felicidade à sua populaçãomais sofrida, sem tadovia, transigir no que se refere à liberdadee a democracia que hoje imperam no seio do povo brasileiro,para grande orgulho de nossa Nação.

Durante o discurso do Sr. Ronaldo Perim, o Sr.Adylson Motta, Ir Vice-Presidente, deixa a cadeira dapresidência, que é ocupada pelo Sr. Fernando Lyra,2" Vice-Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) - Peço aos Sr'Deputados que compareçam ao plenário. Temos ciência deque mais de 310 Deputados se encontram na Casa. É funda­mental que S. Ex" venham ao plenário assinalar a presença,porque dentro de instantes iniciaremos a Ordem do Dia, eé preciso que haja quorum para deliberação.

Continuando o Grande Expediente, concedo a palavraao nobre Deputado José Genoíno. S. Ex' dispõe de 20 minutospara proferir o seu pronunciamento.

O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT - SP. Sem revisão do ora­dor.) - Sr. Presidente. Sr'" e Srs Deputados, pretendo abor­dar. neste pronunciamento, alguns comentários e algumas no­tícias que a imprensa tem veiculado recentemente no Paíssobre a democracia brasileira e sobre um problema que pode­ríamos chamar até de questões militares.

São várias especulações, informações e notícias, algumasdesencontradas ou não, que colocam em debate na sociedadebrasileira o dilema que o País está vivendo: a democraciaterá capacidade para enfrentar a grave crise econômico-socialdo País ou será necessário um tipo de cirurgia autoritaria?Fala-se até no modelo peruano de Fujimori, para realizaralgumas mudanças ou desatar alguns nós que existem na orga­nização do Estado brasileiro, na relação da sociedade como Estado, na economia brasileira e em vários aspectos danossa política, econômica e social.

A nossa postura em relação à crise que o País atravessanão pode ser de defesa imobilista das instituições do Estadodemocrática. A postura imobilista à crítica do Congresso Na­cional, do Poder Judiciário, do Poder Executivo deixa essasInstituições vulneráveis a uma crítica que parte de problemasreais, mas se generaliza com conclusões equivocadas e errô­neas em relação às mesmas instituições.

As instituições democráticas brasileiras têm problemas.Elas não correspondem aos anseios da sociedade. A atualbrasileira não corresponde aos anseios da sociedade. Ou nósenfretamos este debate ou então as forças de direita, aquelasque apostam sempre em atalhos para a democracia, usarãoa bandeira da mudança para colocar as forças progressistase democráticas numa postura defensiva.

É fundamental compreender que a crise social está trans­formando-se numa crise política. porque as pessoas se pergun­tam sobre o futuro deste País. Elas se questionam sobre odireito de ter um Estado que atende àquilo que lhes é básico:a segurança, a saúde, os investimentos prioritários, e educa­ção. Elas se perguntam se é possível construir um país semcorrupção e impunidade, um país com transparência, ondeos espertos não busquem sempre uma saída e onde a maioriado povo é considerada tola, porque sempre os ricos dão umjeitinho. ,

A sociedade está impaciente, a cidadão irritado. A revoltaem relação ao episódio PC é o indicativo da indignação docidadão, que paga imposto. vê a Polícia Federal dizer quenão tem condições de prender PC e vê o Ministro da Justiçadizer que aceita fazer um acordo com um sonegador.

É justa a indignação da sociedade de querer mudanças.Estão errados aqueles que querem transformar o CongressoNacional vilão. Mas é uma defesa igualmente impotente se

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Quinta-feira 8 14671

o Congresso Nacional não fizer um exame de consciênciae admitir que tem falhas. erros. que o processo legislativoé vagaroso, que obter quorum, nesta hora da tarde, é umtormento. que a tramitação das leis prioritárias do País demorae que as respostas à sociedade não vêm de maneira adequada.

É como se a crise caminhasse de Fórmula I e as instituiçõesde Fusquinha. Esse descompasso é mortal para a democracia.A democracia brasileira precisa enfrentar as duas faccs das

É como se a crise caminhasse de Fórmula I e as instituiçõesde Fusquinha. Essc descompasso é mortal para a democracia.A democracia brasileira precisa enfrentar as duas faces dasmesma moeda. É necessário consagrar as liberdades democrá­ticas e as liherdades púhlicas, mas é fundamental que a demo­cracia tenha capacidade para resolcer a crise econômica esocial.

Sr. Presidente, Sr;> e Sr' Deputados, estamos diante deum impasse: um Governo com muitas dificuldades, um Con­gresso Nacional, injustamente na sua maioria, também desgas­tado perante a opinião pública e um Poder Judiciário, final­mente descoberto pela mídia brasileira, que tem problemas,que deve ser reformado, que deve ser alvo de um tipo decontrole. Ou assumimos a bandeira das reformas políticasdas Instituições ou então elas ficarão paralisadas diante doanseio de mudança da sociedade.

Emendo os apelos de uma alternativa "a la Fujimori",para que prospere na cultura popular o desgaste da democraciae a necessidade de uma ditador, de um messiânico qualquerpara colocar o País em ordem. É fundamental estabelecermosum diálogo democrático com as Forças Armadas. Tenho-meempenhado nesse diálogo, que discute o papel democráticodas Forças Armadas, a sua importância num projeto políticode desenvolvimento do País, a sua função numa visão depolítica de defesa, que o Brasil não tem, a definição de umapolítica militar. democrática e moderna, que o País tambémnão tem, porque um país sem projeto de futuro estabeleceum dilema para as Forças Armadas no sentido de tambémter uma política de futuro para ele.

Então vêm as espt:culações a respeito dos salários, dasisonomias, da falta de verbas e até mesmo os discursos donosso colega, Deputado Jair Bolsonaro. Mas certamente virãotambém as articulações que buscam sempre a seguinte idéia:o Brasil sempre oscilou entre uma democracia autoritária oututelada ou uma ditadura.

Nessa experiência que estamos construindo com a Assem­hléia Nacional Constituinte, com a eleição direta pan' Presi­dente da Repúhlica, com o impeachment e com a preparaçãodo País para as eleições de 1994, é fundamental a gente avançare radicalizar a democracia no sentido de que ela tenha capaci­dade para preparar e discutir uma agenda de prioridades parao País.

Nesses contatos, nesses diálogos que tenho tido com al­guns chefes militares das três Armas, noto sempre uma preocu­pação muito importante com a discussão, nos marcos e parâ­metros da democracia, dos grandes problemas nacionais. Al­guns dizem respeito diretamente a esta Casa e à sociedade.Outros dizem resoeito também às Forças Armadas, desdea discussão de uma política de defesa para o País, até asquestões concretas que devemos discutir. como o acesse, àtecnologia, a concepção de defesa para a Amazônia, a questãodo salário dos integrantes das Forças Armadas e a relaçãodn, militares com o Estado democrático.

I -

É fundamental discutirmos essa pauta institucionalmente.para que ela não venha pelo lado corporativista, porque. todavez que as questões políticas são tratadas apenas pelo ladodo corporativismo militar, estaremos diante de um dilema:ou o corporativismo impõe algumas questões ou então estamosadmitindo que, diante do vazio político das instituições, oaparelho militar ocupar uma função além do seu papel.

Por isso, preocupam-me, por exemplo, Sr. Presidente,as afirmações de que é correto que as Forças Armadas cuidemda violência urbana, da segurança pública, da miséria, dafome. Não é para isso que existem as Forças Armadas. Elasdevem cuidar de uma política de defesa. A fome, a miséria,a segurança púhlica devem ser funções de outras instituiçõesdo Estado democrático. Porque, ao se abrir essa oportuni­dade, diante do vazio e da falência do Ministério civil e deoutras instituições do Estado. estaremos abrindo a porta, jáque está dando certo dessa forma, para que amanhã ocorra.quem sabe de maneira até consensual, a ocupação políticada função do poder civil.

Sei que foi necessário e correta a intervenção na PolíciaMilitar de Alagoas. mas seria preferível que ela não houvesseocorrido, porque nos batemos pela não subordinação da Polí­cia Militar ao Exército. É bom democraticamente que a PolíciaFederal resolva sua crise, nomeando delegados competentese honestos para dirigi-la, porque se formos apelar para algumgeneral ou coronel, estaremos retroagindo, permitindo a ocu­pação política de um espaço que não interessa nem mesmoàs Forças Armadas. porque todas as vezes que elas se ocupa­ram de tarefas que não as da sua missão constitucional dedefesa do País e da ordem constitucional, foram sucateadasporque viraram polícias. Numa concepção moderna de defesa,de relações externas multilaterais, isso provoca um desgaste.até mesmo do ponto de vista de combate. do ponto de vistamilitar das Forças Armadas. E esse diálogo, Sr. Presidente,é fundamental.

Preocupa-me. por exemplo. a informação tão bem dadapelo jornal Gazeta Mercantil, acerca de uma reunião de em­presários'cno ABC com um general que conheço. E querodar meu depoimento sobre uma pessoa que tem tido um com­portamento correto e democrático com relação ao CongressoNacional, que é esse general que rebate os empresários. Osempresários, segundo o jornal Gazeta Mercantil, estariam ape­lando para as Forças Armada no sentido de realizarem umaintervenção nas instituições, fechando o Congresso Nacional.Mas quanto a esse General de Divisão que conheço e já estevenesta Casa. sei que rehate os empresários.

É lícito dizer que muitas vezes a intervenção militar sedá apoiada no apelo de algumas lideranças de direita do mundocivil e sob um clima de opinião pública que justifica tal inter­venção. Por isso, a matéria da Gazeta Mercantil nos preocupa.Não tanto por ela evidentemente, mas pelo tipo de reuniãoe o tipo de apelo feitos por empresários para justificar a inter­venção das Forças Armadas. Também nos preocupa'm, Sr.Presidente. os artigos de um jornalista que todos conhecemos,Paulo Francis. que declara abertamente que o Brasil está pre­parando-se de maneira acelerada para ter um Fujimori. Efaz um apelo aos militares brasileiros para que discutam essapossibilidade. Não estou defendendo - e evidentemente nãotenho procuração para isso - a posição de alguns militaresque têm uma postura democrática e que a demonstraram emrelação ao Congresso Nacional, principalmente no episódiodo impeachment.

14672 Quinta-feira ~ DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçáo 1) Julho de 11,)93

Espero que essa discussão sobre a revisão constitucional,se ocorrer com os militares, se dê em alto níveL de maneiranão sectária, como aconteceu na Constituinte de ItJSi-l. OsDeputados que se interessam pela questão da defesa nacionaltêm que convencer os militares que esse tipo de atalho pro­posto a eles numa reunião dos empresários e por matériasde jornais é exatamente o caminho da tragédia para o nossoPaís, porque muitos aspectos da crise que estamos vivendohoje têm a ver com o período autoritário de mais de vinteanos imposta ao Brasil.

O Sr. Maurício Calixto - Permite-me V. Ex" um aparte?

OSR. JOSÉ GENOÍNO - Com prazer, Deputado Mau­rício Calixto.

O Sr. Maurício Calixto - Nobre Deputado José Genoíno.V. Ex" aborda nesta tarde. no Grande Expediente, tema damaior importância e da maior gravidade para o momentopolítico-institucional do País. Na verdade. devemos conven­cer-nos d~ que não existem instituições completas, inteirasou perfeitas em nenhuma parte do mundo. Há vícios, defeitose falhas nas instituições aqui e alhures. Entretanto, não épelas pequenas ou médias falhas desta ou daquela instituiçãoque se deva extirpá-la da ordem institucional que embala etempera os valores importados da vida e das liberdades demo­cráticas como um todo. Tenho ouvido. com muita atenção.o pronunciamento de V. Ex" e entendo que muitos dos ata­ques, muito da execração, muito do achincalhe que hoje seperpetram com relação à esta Instituição da qual fazemosparte lamentavelmente vêm de pessoas que já aqui estiveram.que aqui tiveram lugar e assento, mas que atravessaram arua, saíram do Legislativo e foram para o Executivo. Esquece­ram-se das suas responsabilidades para com a grandeza doCongresso Nacional. uma voz altaneira em defesa dos valoresmais cáros e inalienáveis da soéiedade. Por outro lado, aindadentro 'do tema que V. Ex" tão brilhantemente aborda. vemosque setores da própria mídia como um todo buscam achinca­Ihar. buscam generalizar as suas críticas, as suas análises, àsvezes parciais, relativa às instituições. Aqueles que vêem im­perfeições e tecem críticas merecidas às instituições devementç:nd,er que ruim com elas, muito pior sem elas. AplaudoV. Ex'! pelo importante pronunciamento que faz, nobre Depu­tado José Genoíno.

O SR. JOSÉ GENOÍNO - Nobre Deputado MaurícioCalixto, tenho feito. em várias ocasiões, críticas a comporta­mento e a atitudes; não só eu, como também V. Ex', outroscolegas Deputados da bancada do PT e de outras bancadas.Há atitudes e errOs no Congresso Nacional.

É necessário, sim, que defendamos reformas no Con­gresso Nacional. Tenho o maior respeito pela posição de al­guns partidos e de algumas entidades. inclusive do meu própriopartido, em relação ao tema, por exemplo. das reformas ouda revisão constitucional. Mas angustia-me Sr. Presidente.que existam alguns gargalos na organização constitucional doEstado brasileiro que não sei se suportarão mais um períodolegislativo. O atual modelo de representação dos Estados daCâmara Federal está quebrado. Não estou aqui defendendoa tese de um eleitor. um voto. nem estou defendendo a teseeontida no pacote de abril. a da super-representação e dasub-representação. As funçóes da Cúmara e do Senado estãoequivocadas. Veja bem a situação em que nos encontramos:o Senado tem urna pauta. quer modificar algumas coisas. ea matéria vem para cá. Pergunto: por que náo se definem

as funç6es da Cámara separadamente das do Senado? A Câ­mara representa o povo. o Senado representa a Federação.Essa mistura de Casa Revisora coloca inclusive um empecilhopara a velocidade da tramitação legislativa.

Quanto à questão do Poder Judiciário, o Congresso Cons­tituinte se equivocou ao não fazer uma reforma no Judiciárioe pagou um preço muito caro. Ébom que o Judiciário entendaque precisa fazer uma limpeza em si mesmo, porque, se nãoo fizer. na revisáo constitucional seremos obrigados a fazermuitas delas. Por isso. é sintomático a matéria da "Veja"desta semana. É bom 'que se mostre que não é só Deputado- como houve um aqui, que foi cassado - mas tambémjuízes. como relata a ,revista "Veja", que têm oficinas dedesmonte de carros. E essa crítica positiva e reformadoradas instituições que colocará a democracia à altura dos impas­ses de uma sociedade cansada, mas veloz na busca de soluções.

O modelo tributário do País é inviável para qualquergoverno. A combinação entre os direitos sociais e a viabili­zação desses direitos na parte econômica necessita de umajuste.

E há, Sr. Presidente, uma questão delicadíssima. Res­peito e ouço com a maior atenção o pronunciamento de algunscolegas que consideram que a contradição única e fundamentalque o Brasil vive é entre se fechar diante do mundo ou seabrir de maneira irresponsável diante do mundo. Não ~ nemse abrir de maneira irresponsável, nem se fechar. Precisamosbuscar uma saída, uma integração não subalterna no mundo,e isto tem a ver com a, economia, tem a ver também comas Forças Armadas. .

Há três matérias polêmicas entre a posição das ForçasArmadas e a posição do Itamaraty numa questão concreta,que esta Casa ainda não discutiu e diz respeito ao TratadoQuadripartitt' e ao Acordo de Tlatelolco, que envolvem opoder de as grandes potências de realizarem inspeções emdeterminadas unidades militares que pesquisam a produçãode energia nuclear. São polêmicas concretas que devemosdiscutir na maneira de pensar as instituições. Essa maneiraimobilista paralisará as instituiç6es . É necessário pensar asinstituições em movimento, reformulando-se buscando alter­nativas, porque se não enfrentarmos a crise do Estado brasi­leiro a bomba vai cair no colo do Presidente que assumira Presidência da República em 1995. Não quero que essabomba estoure no colo do meu candidato, que espero sejaeleito Presidente da República. A bomba, a crise das estatais,o corporativismo que impede uma reforma administrativa,a relação entre Uniáo e Estados, devemos enfrentar isto agora.com transparência e seriedade e náo esperar a eleição deum Presidente. para resolver tudo. Náo podemos cair no dis­curso. Quando eu era um partido da sociedade o discursoera um; na hora que sou partido do Governo o discurso éoutro. Essa contradição o cidadão não permite mais, e eunão a quero para o meu partido, nem para o meu futuroPresidente da República.

Quero. com prazer. o nohre Deputado João Fagundes.

O Sr. João Fagundes - Nobre Deputado José Genoíno,escutamos. com muita atenção. o belo e eloqüente discursode V. Ex", que. com li costumeiro brilho, traz a esta Casaas idéias que defende com tanto ardor. Devo confessar, nobreDeputado. a minha satisfação quando vejo V. Ex' defenderuma revisão no texto constitucional e uma reformulaçüo nopapel das Forças Armadas. V. Ex" é um idealista, é um lutadorque. no passado. recebeu grandes restrições das Forças Arma-

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das. Vejo as Forças Armadas de dentro, mas V. Ex' as vêde fora. E os nossos pontos de convergência são muito grandesquando V. Ex" defende a valorização do papel das ForçasArmadas. Quero dizer a V. Ex", aproveitando a oportunidadeque me concede, que algumas opiniões isoladas que andampor aí não representam, em absoluto, a posição das ForçasArmadas, que nunca como hoje estiveram tão eqüidistantese tão conscientes do papel que lhes cabe: de guiar, com suaação coesa, as forças sociais da nacionalidade, a fim de qUêconsigamos atingir o ideal sublime do progresso dentro da·ordem. A formação técnica que a Nação custeia ao Exercícioe às Forças Armadas brasileiras não as transformam em feito­res do povo, em dententoras exclusivas da verdade ou manda­tárias fantasiosas da vontade popular. As Forças Armadassão profundamente democráticas e responsáveis e pensam exa­tamente como pensa V. Ex' da tribuna nesta hora.

o SR. JOSÉ GENOÍNO - Deputado João Fagundes.agradeço a V. Ex" o aparte. Quero testemunhar que V. Ex"teM participado, juntamente cóm outros Deputados, dessediálogo democrático, aberto, não maniqueísta entre represen­tantes do Congresso Nacional e as Forças Armadas. Sou deopinião que esse debate, esse diálogo deve aprofundar-se.Precisamos discutir e temos feito isso. O Deputado é testemu­nha disso, com a sua participação direta. Nós deveremos epoderemos buscar soluções para os graves problemas destePaís nos marcos do aprofundamento da democracia e tambémdiscutir os diferentes papéis e funçües que todos os sujeitostêm na busca de saídas, num clima de divergência democrática,de negociação e de disputa.

Acho que nesse debate travado nos últimos dois anos,criamos, na relação com os militares, uma política nova dediscussão de certas questões. E deveremos avançar tanto emtemas relacionados com a revisão constitucional, quanto emtemas relacionados com o Orçamento.

O papel do orçamento das Forças Armadas não é umproblema só dos militares. É dos militares, mas é tambémdo Congresso Nacional, na medida em que o problema dasForças Armadas não é problema corporativista dos militares.É deste tipo de visão que nos afastará, nobre Deputado, da­quele maniqueísmo dos que pensam que as Forças Armadassão uma corporação afastada da sociedade. Precisamos estabe­lecer o diálogo, compreendendo a especificidade de seu papele função, principalmente com a regulamentação do § 10 doart. 142, que estabelece a clara subordinação ao poder civil.

Há aqui temas que devemos discutir, e é este clima dedebate e discussão que apresentará um caminho para a soluçãonos marcos da democracia e não com propostas aventureiras,como a que tem sido apregoada pelo nosso colega, DeputadoJair Bolsonaro. Eu, Sr. Presidente, sou contra transformaro Bolsonaro em uma espécie de Márcio Moreira Alves emsentido contrário. Temos que criticá-lo. que advertilo, masnão podemos dar a ele a condição de um Márcio MoreiraAlves no sentido inverso, repito, porque, como falou o nobreDeputado, ele não representa o pensamento das Forças Arma­das. Mas também não podemos dar pretexto para que essetipo de cultura que transforma o Congresso em vilão ou queaposta na inviabilidade da democracia chegue na base dosmilitares, na base dos quartéis.

Por isso, é fundamental um diálogo positivo, um diálogonão subalterno, um diálogo buscando soluções, e é desta ma­neira que poderemos discutir as grandes saídas para o Brasilnoe; marcos e no aprofundamento da democracia.

Quero concluir e agradecer a V. Ex", dizendo que nãovamos resolver os problemas brasileiros de maneira apenasconjuntural nem pontual. Precisamos de um projeto globalalternativo para este País, que combine os vários aspectoseconômicos, sociais e políticos tanto da relação internacionaldo Brasil quanto da relação interna, tanto das reformas sociais'quanto do desenvolvimento econômico, tanto das reformaspolíticas das instituiçõs quanto direito da sociedade de fiscali­zar, protestar e organizar-se. É esta complexidade que estáfaltando, um projeto nacional democrático para o País. E,exatamente pela falta desse projeto, abre-se espaço para espe­culações não democráticas. E é contra essas especulações quecontinuarei militando, com divergências, com V. Ex" e comvários companheiros de outros partidos.

O SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) - Esta Presi­dência informa que está aguardando a presença dos Srs. Depu­tados, que ainda se encontram em seus gabinetes, aqui noplenário, para que possamos iniciar a Ordem do Dia, da qualconstam vários projetos em pauta para serem apreciados.

Em nome da Presidência, peço aos Srs. Deputados quese encaminhem ao plenário a fim de que possamos iniciar'a Ordem do Dia.

OSr. Nelson Marquezelli -Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) - Tem V. Ex"a palavra.

O SR. NELSON MARQUEZELLI (Bloco Parlamentar- SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, requeiro,nos termos do art. 113, inciso I, do Regimento Interno destaCasa, o encaminhamento de indicação ao Sr. Ministro daFazenda, propondo medidas a serem adotadas com vista tisolução do problema habitacional e fortalecendo a Caixa Eco­nômica Federal como instrumento eficaz de transformaçãodo setor de construção de casas populares em nosso País.

O SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) - A Mesa recebea sua proposição que terá o trâmite regimental.

O Sr. Chico Vigilante - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem. .

O SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) - Tem V. Ex"a palavra.

O SR. CHICO VIGILANTE (PT - DF. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, peço a palavra pela ordempara registrar desta tribuna fato que me parece bastante grave.

Tenho em mãos fax encaminhado por um Deputado Esta­dual da bancada do Partido dos Trabalhadores de Rondônia,além de uma edição do Jornal O Estadão, daquele Estado,que dão conta de um fato realmente gravíssimo. Trata-se dos.proventos dos Desembargadores do Tribunal de Justiça doEstado de Rondônia. Para V. Ex" ter uma idéia, lá estãopraticando mágica. Os desembargadores, que ganham um sa­lário de vinte milhões de cruzeiros, conseguem, conformeo caso aqui do Desembargador Gabriel Marques de Carvalho,transformar, Sr. Presidente e Srs. Deputados, esses vinte mi­lhões de salário em Cr$578.60R.582,98 de proventos. Com'os descontos, que totalizaram, 141 milhões, esse desembar­gador, recebeu líquido, no mês de junho, o salário deCr$436.611.345,88. Foi isso o que recebeu o DesembargadorGabriel Marques de Carvalho, do Tribunal de Justiça de Ron­dônia. Sr. Presidente, repito, esse foi o líquido recebido por

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um desembargador de úm Estado pobre, como o é aqueleEstado.

Sr. Presidente, é preciso fazer alguma coisa neste País.Fiz alguns cálculos, e cheguei à conclusão de que a remune~

ração líquida desse Desembargador gira em torno de 125 salá­rios mínimos, o que repre·senta 10 mil dólares. E 10 mil dólaresvalem muito em qualquer lugar do mundo, imaginem em Ron­dônia! E mais: casa, carro e segurança, por conta do Tribunal,enfim, uma série de mordomias. Há casos de alguns tribunaisonde, em dias de sessão, é fornecida até a alimentação, comcardápio muito apropriado para esse tipo de marajá.

Parabenizo a imprensa brasileira por estar mostrando essarealidade que está vivendo o Poder Judiciário do meu País.

No próximo final de semana haverá, em Recife, Estadode Pernambuco, o Encontro Nacional de Sindicatos do PoderJudiciário, que irão discutir a realiClade do Judiciário no Brasil.Participarei desse encontro para inteirar-me melhor sobre oque vem ocorrendo com o Poder Judiciário do meu País.

Fica, então, registrada a denúncia comprovada. Muitagente fala em marajás, e aqui está um exemplo: um Desem­bargador do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia, querecebe um salário de 436 milhões de cruzeiros.

Conversava eu com o Deputado Maurício Calixto, queé de Rondônia, e me dizia S. Ex" que os Conselheiros doTribunal de Contas têm a mesma remuneração. Corre o boato,naquele Estado, de que alguns Deputados estaduais tambémrecebem esse mesmo mon~ante. Lá um Deputado não sabequanto o outro ganha. Dizem que o salário do Deputadoé depositado na sua' conta corrente de acordo com o nívelde apoio que der ao Governador do Estado.

Fica feito o nosso registro.Muito obrigado.

O Sr. Clóvis Assis - Sr. Presidente, peço a palavra pelaordem.

O..SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) - Tem V. Ex"a palavra.

O SR. CLÓVIS ASSIS (PSDB - BA. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, já estão registradas no painel 255presenças. Gostaria que V. Ex" desse início à Ordem do Dia,porque temos projeto de grande importância, o projeto sobrea política nacional de assistência aos idosos, que estão aflitospara verem-no votado nesta Casa.

O Sr. Maurício Calixto - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) - Tem V. Ex-'a palavra.

O SR. MAURÍCIO CALIXTO (Bloco Parlamentar ­RO. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs.Deputados, ouvi com a maior atenção o pronunciamento doDeputado Chico Vigilante, que trouxe denúncias graves S.Ex-' deu conta de que desembargadores do Tribunal de Justiçado Estado de Rondônia perceberam, a título de remuneração,mais de meio bilhão de cruzeiros no mês de junho.

Há poucos dias, vi o Deputado Hagahus Araújo denun­ciar da tribuna desta Casa que Conselheiros do Tribunal deContas do Estado do Tocantins recebem mais de meio bilhãode cruzeiros de salário mensal. No Estado de Rondônia tam­bém esta é uma denúncia verdadeira.

Lamentavelmente está acontecendo nos Estados brasi­leiros, Sr. Presidente. Srs. Deputados, uma espécie de acordomafioso, em que a Assembléia Legislativa não fiscaliza os

Tribunais de Contas Estaduais, e os Tribunais de Contas dosEstados não fiscalizam os Poderes Executivos estaduais que,por sua vez não fiscalizam o Poder Judiciário.

Esta denúncia, da maior gravidade, surge no Estado deRondônia, publicada pelo O Estadão, do qual fui, por maisde dez anos, o Editor-Geral. Portanto, merece ela que o PoderLegislativo nacional adote posição. É preciso que se crie umalegislação capaz de coibir esses desmandos, esses abusos.

Nesta questão de ordem, Sr. Presidente, gostaríamos deendossar por inteiro, in totum, a denúncia formulada peloDeputado Nério Bianchini, do PT, do Estado de Rondônia,e a denúncia aqui reverberada pelo Deputado Chico Vigilante.

Era o que tinha a dizer.Muito obrigado.

O Sr. João Paulo - Sr. Presidente, peço a palavra pelaordem.

O SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) - Pela ordemtem a palavra o nobre Deputado João Paulo.

O SR. JOÃO PAULO (PT - MG. Sem revisão do ora­dor.) - Sr. Presidente, Sr-·" e Srs. Deputados, quero registraraqui, com extremo pesar e luto, q falecimento de José CarlosFreitas, irmão de Sandra Freitas, companheira e funcionáriade meu escritório em Minas Gerais. Faleceu junto a três outrosnum horrendo acidente em Belo Horizonte, nesta semana.

Seria apenas mais um registro de vítimas do tráfigo deBelo Horizonte, não fosse ele causado por um ônibus urbano,desses que já nos acostumamos a ver em alta velocidade,sem condições de trafegar, superlotado, conduzidos por profis­sionais estressados, mal pagos e, pior, sem educação parao trânsito.

Estamos assistindo no País a um atentado à segurançadas pessoas, motivado pelo sucateamento de nossa frota decoletivos, de vias de rodagem deterioradas, sem sinalizações.

Estou convencido de que o acidente poderia ter sido evita­do se houvesse um mínimo de atenção e perícia do motoristado coletivo, que abalrroou por trás o pequeno fusca ondeviajavam os jovens, deixando-o em condições deploráveis.

Belo Horizonte tornou-se uma excessão no que se refereaos acidentes de trânsito, devido à violência e constância comque ocorrem.

Mas o que nos deixa perplexo, cada vez mais, é a impuni­dade que envolve estes acidentes.

Sou favorável ao endurecimento dos julgamentos e daspenas do Código Penal e do Código de Trânsito contra oscrimes cometidos ao volante.

Igualmente estou encaminhando ao Prefeito de Belo Ho­rizonte, Patrus Ananias, documento Propondo a criação decorredores exclusivos para trânsito de coletivos na cidade,com o objetivo de evitar o que se observa, sobretudo naAvenida Amazonas. A disputa de posições por ônibus fazlembrar as corridas de automóveis. Os ônibus ocupam todaa largura e extensão das pistas, desrespeitando pedrestres eos demais motoristas.

Esta solução foi adotada com sucesso em Curitiba, Goiâ­nia, São Paulo e Aracaju, provocando decréscimo acentuadono número de acidentes envolvendo coletivos.

Evidentemente que estes apelos não trarão de volta asvidas queridas que admirei.

Quero marcar o meu pesar e o meu luto.Era o que tinha a dizer.

Julho de 11}93 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçüo l) Quinta-feira:) 14675

o SR.PRESIDENTE (Fernando Lyra) - Com a palavrao nohre Deputado Laerte Bastos.

o SR.. LAERTE BASTOS (PDT - RJ. Pronuncia o se­guinte discurso.) - Sr. Presidente. Sr-' e Srs. Deputados.gostaria de registrar. no plenário desta Casa. o 33" aniversárioda Igreja Batista de Jardim Sumaré São João de Meriti ­RJ. que ocorrení no dia 9 de julho de 1993.

Está na sua liderança o Pastor Silas da Costa Moreira.Quero salientar. Sr. Presidente. que a referida igreja tem

prestado relevantes serviços à comunidade local, levando ins­trução. orientação e. por veses, alimentaç,ío àquele povo sofri­do da Baixada. que apesar de virem suas esperanças tantasveses frustradas pelos homens não se abalaram em relaçüoa Deus.

Era o que tinha a dizer. Sr. Presidente.

O SR. EDUARDO JORGE (PT -- SP. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente. Sr" e Srs. Deputados. neste mo­mento a Càmara dos Deputados. o Senado Federal. os órgãosde imprensa e () Presidente da República discutem intensa­mente a crise na área da saúde. De certa forma. há um direcio­namento na Constituição no sentido de descentralizar. de de­mocratizar o setor. ou seja. a possibilidade de modernizara atuação do Estado nessa área. que é um setor da políticapública. muito difícil em todo o mundo. Ainda se repete,pelo Brasil afora. gestos de recusa em aceitar o previsto naConstituição que é a descentralização e a democratização dosetor de saúde.

Vários governos estaduais têm resistido à democratiza­ção. ou seja. à fiscalização do usuário. da sociedade e à transfe­rência da gestão desse setor para os Municípios.

Acabo de receber documentação do Acre. em que é rela­tado, num documento assinado por dezenas de entidades po­pulares e sindicais daquele Estado da Região Norte do País,que o Governador do Acre editou decreto modificando. porconta própria. por sua decis'ío. a composição do ConselhoEstadual de Saúde. por discordar dos conselheiros que esta­vam fazendo críticas e exigindo esclarecimentos com relaçãoa compras feitas sem licitação, solicitando prestação de contas.propondo que se acelerasse a descentralização do processode gestão. principalmente em relação à Capital, a Cidadede Rio Branco. Isto é um absurdo. porque, em primeiro lugar.já deveria ter sido votada uma lei na Assembléia Legislativado Acre, regulamentando definitivamente. de acordo coma legislaçüo federal, esse Conselho Estadual de Saúde. Issonão foi feito pela maioria governamental. Agora, não satis­feito, o Governador. num ato arbitrário, apoiado pelo seuSecretário de Saúde. Dr. Álvaro Romero, está tentando cassaros integrantes do Conselho Estadual de Saúde.

Quero. neste momento. registrar meu protesto contraa atitude do Governo Estadual do Acre. que. de certa forma,recusa os princípios constitucionais de democratizaç,ío e des­centralização na área da s,iude. que. ao meu ver. é a únicachance que se tem de conseguir a curto prazo um sistemade saúde pública mais eficiente em nosso País. Por isso. épreciso combater todas essas atitudes autorit,irias e centrali­zadoras que se vêm manifestando por este Brasil afora.

Peço. Sr. Presidente, o registro desse documento. querecebe o apoio de dezenas de entidades populares e sindicaisdo Acre protestando contra a atitude do Governador do Esta··do de. por decreto. cassar o Conselho Estadual de Saúdedaquele Estado.

DOCUMENTOS A QUE SE REFERE O ORA­DOR:

~OTA DE PROTESTOPela democracia e ética na saúde

A plenária do Conselho' Estadual de Saúde - CES ­do' Estado do Acre. em sua reunião ordinária. realizada nodia 25-6-93, foi tomada de surpresa quando o representantedo Secretário Estadual de Saúde. apresentou aos Conselheirosum decreto do Governador do Estado. onde modifica a com­posição e atribuição do CES.

Esk ato arbitrário do Governo do Estado com a anuênciado Secretário de Saúde. Dr. Álvaro Romero. que defendeuem público. ocorre no momento em que o CES. cumprindosuas funções; exige prestações de conta: inclusive o pedidode esclarecimento de compras através de dispensas de licita­ção. no valor de mais de 5 (cinco) bilhües de cruzeiros: exigecondições para melhor funcionamento administrativo do CES:exigindo ainda o aceleramento do processo já iniciado dedescentralização dos serviços de saúde para os municípios.(Municipalização da Saúde.)

A atitude unilateral do Governo do Estado violenta oDecreto n" 1.766. de 27-1-<:12 no art..2". panigrafo XXVII.onde diz. é atribuição do CES "Aprovar. preliminarmente.mediante resolução. o seu regimento interno e submetê-loà aprovação ao chefe do Poder Executivo".

Este fato do Governo e do Secretário Dr. Álvaro Romeroé o ponto alto de uma prática de constante desrespeito àsdeliberações do CES e em especial ao processo de descentra­lização dos serviços para os Municípios.

Neste momento de clara oposição do Secretário de Saúde.Dr. Álvaro Romero à implantaç,lodo Sistema Único de Saúdee o seu desrespeito à Constituição do País e a L:i Orgânicade Saúde. solicitamos o apoio dos setores democráticos dasociedade. ao Conselho Estadual de Saúde na sua luta pelamelhoria da qualidade de vida da população. pela transpa­rência do uso dos recursos púhlicos e pela ética nas relaçüesentre os poderes.(Seguem-se assinaturas.)

Rio Branco - AC, 1" de julho de 1Y93.NOTA DE SOLIDARIEDADE AO

CONSELHO ESTADUAL DE SAÚDE

O Conselbo Municipal de Saúde de Rio Branco. em suareunião ordinária do dia 30-6-!lJ3. aprovou por unanimidadea seguinte nota de solidariedade:

Nós. membros do Conselho Municipal de Saúde. repudia­mos a atitude autoritária do Governador do Estado do Acre.que. em Decreto Lei n" 301 de lR-6-93. criando um novoConselho Estadual de Saúde sem levar em conta o já legal­mente existente eem pleno funcionamento. O Ctlllsellw Muni­cipal de Saúde. n<\o aceita nenhuma atitude de quaisquer auto­ridades que atropele a democracia que começamos a viverem nosso País - com o povoparticipando das decisües doseu de,tino - e que pisoteie aquilo que sonhamo, viver umdia em nossa terra: A Ética.

Enquanto repudiamo, a atitude vergonho,a do Gover­nador do f,tado. nos solidarizamo' l'Om os Conselheiro, (as)Estaduais que pelo fato de exercer meus devere, .:om honL'sti­dade e compromisso foram de forma de,re,pcitosa destituídosdos seu, mandatos. sem ao menos serem con;,ultados em ple­mlria. orgüo deliberativo nestes procedimentos - TerezinhaCélia Zanatta. Presidente do CMS em exercício.

14676 Quinta-feira:-: OTÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

NOTA DE SOLIDARIEDADE AO CES -ACO Conselho Estadual de Saúde tem na sua composição

diversas representaçóes dos Movimentos Sociais do Acre.Estes representantes. mesmo com dificuldades impostas

pela Secretaria de Estado da Saúde em exercer suas atribui­ções. sempre que possível. teve postura clara de defesa dosinteresses da populaç'lo.

Por manter esta postura. foi surpreendida em reuniãoda plenária do CES. através de decreto elahorado em gahinetegovernamental. de mudanças nas atrihuições e composiçãodo Conselho Estadual de Saúde por cima de decisões estabele­cidas (Lei n" "27 de 19-1"2-90. Decreto n" 1.166 de 27-1-92e Decreto n" 1.347 de 6-3-92) que delegavam à plená ia doCons~lho a atribuição de mudanças neste sentido.

E. sem dúvida. uma forma de tentar impedir que a popu­lação possa ter qualquer tipo de controle sobre a políticade saúde. uma vez que surge num momento em que o ConselhoEstadual de Saúde assume postura que contrariavam políticasgovernamentais não discutidas com a plenária. incluindo-seaí o pedido de esclarecimento sobre compras feitas sem licita­ção no valor de 5 (cinco) hilhües de cruzeiros.

Repudiamos a prática antidemocrática. autoritária e an­tiética do Governo do Estado e nos solidarizamos com osConselheiros do Conselho Estadual de Saúde. que sofremneste momento uma tentativa de destituição dos seus manda­tos. através de mecanismos espúrios. sem dúvida, para darlugar a apaniguados e legitimadores "populares" de políticaspúblicas.

Rio Branco - AC, 5 de julho de 1993.(Seguem-se assinaturas)

O Sr. José Dirceu - Sr. Presidente, peço a palavra pelaordem.

O SR. PRESIDENTE (Fernando Lvra) - Pela ordem.concedo a palavra ao nobre Deputado Jósé Dirceu.

O SR. JOSÉ DIRCEV (PT -- SP. Sem revisão do orado)- Sr. Pre,idente. Sr' e Srs. Deputados. estive hoje com ()Secretúrio da Reccjta Federal. Dr. Osires Lopes. já que oPaís enfrenta um dos momentos mais difíceis no que diz respei­to à sonegação fj'cal.

Senti. da parte do Secretário da Receita Federal, dispo­sição para o comhate à sonegação não só das 30 mil maiores,empresas. com tamhém no que diz respeito à atividade deimportação de automóveis. fontes inegáveis de sonegação fis­cal. O Dr. Osires Lopes mostrou-se disposto a proceder auma reconstituição material. !1Umana e profissional da ReceitaFederal. Acredito que é preciso dar todo o apoio a uma rees­truturação da Receita Federal. Há uma campanha nacionalde sonegação. mas fiz ver ao Sr. Secretário que o Sr. FernandoCollor de Mello - cassado constitucionalmente pelo PoderLegislativo - tem um processo de investigação fiscal aindanão concluído. assim como cerca de trezentas pessoas físicase jurídicas que estiveram envolvidas com o esquema Collor/Pc.

Portanto, sugeri à Receita Federal. agora sob nova gestãoe no governo Itamar Franco. que desse uma resposta ao País,concluindo essa investigação fiscal sobre as declarações derenda do Sr. Fernando Collor de Mello, inclusive tendo acessoàs suas contas no exterior eàs suas contas no exterior e àsdos demais envolvidos no esquema Collor/PC.

É sahido que lobbies, escritórios de advocacia adminis­,trativa, começam uma campanha no País para intimidar a

,.•Receita Federal, a partir de um sofisma jurídico. o de que

o ato ilícito não é tributável, ou seja, que o cidadão podeauferir dezenas de milhões de dólares ganhos ilicitamente edepois não pagar os impostos devidos sobre essas transações.Sabemos que o que interessa é o resultado final e que a Receitatem que tributar, inclusive, sinais exteriores de riqueza, jácom multa, e lançar para o devedor, seja a partir de umato criminoso ou erro legal, técnico ou administrativo.

O que importa para nós é que o Governo Itamar Franco,o Secretário da Receita e o Ministro da Fazenda não se intimi­dem perante os clamores a favor da "legalidade do direito"(entre aspas)e que, na verdade, não passam de uma tentativade legalizar a fraude, o crime, a contravenção e, no caso,a evasão e o crime fiscal. Este argumento de que a ReceitaFederal não pode tributar recursos ilegais oriundos de atosilícitos na prática convalida e legaliza a evasão e o crimefiscal no Brasil.

Por isso, quero manifestar que. independente de termosoutras propostas de reestruturação da legislação fiscal da Re­ceita Federal. vemos com bons olhos a ação do Governo Ita­mar Franco e do Secretário Osires Lopes de combate à sonega­ção. Esperamos que não sejam apenas fogos de artifício, quenão seja apenas propaganda, mas que o Governo realmentefaça com que a sonegação fiscal seja no Brasil coisa do passado.Dizer que primeiro devemos fazer a reforma tributária paradepois poder exigir que se cumpra a lei fiscal no País é umargumento cínico daqueles que nada mais querem do quelegalizar a sonegação fiscal no Brasil.

O Sr. Antônio Morimoto - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) - Tem V. Ex'a palavra pela ordem.

O SR. ANTÔNIO MORIMOTO (PPR - RO. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, pedi a palavra para mesolidarizar com o empresário Mário Amato.

Trago ao conhecimento desta Casa e da Nação, por deverde consciência e por amor à verdade, a "Carta Aberta deMário Amato sobre uma Insólita Reportagem". Requeiro aV. Ex' a puhlicação, na sua íntegra, nos Anais da Câmarados Deputados, do teor desta carta.

Mário Amato é cidadão honrado, bom chefe de famíliae patriota, uma das grandes lideranças do empresariado nacio­nal: foi Presidente da Federação Nacional das Indústrias deSão Paulo, por duas vezes, e atualmente é o 1° Vice-Presidenteda Confederação Nacional da Indústria, com relevantes servi­ços prestados ao Brasil.

Daí. Sr. Presidente, Sr~ e Srs. Deputados, a minha mani­festação de solidariedade ao cidadão e empresário MárioAmato.

CARTA A QUE SE REFERE O ORADOR:

CARTA ABERTA DE MÁRIO AMATOSOBRE UMA INSÓLITA REPORTAGEM

A Rede Globo de Televisão veiculou em seu programadominical denominado de "Fantástico", uma reportagem so­bre os grandes devedores da Previdência Social, entre os quaisme incluiu. A repórter foi pormenorizadamente informada.inclusive com a documentação posta a sua disposição, sobrea aquisição que fizeramos da firma Hermann, que estava emestado pré-falimentar, para atender compromissos de entregade mercadoria assumidos pela H&K, da qual sou pequeno,

I

'Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14677

acionista, embora seu fundador e com orgulho presidente doseu Conselho de Administração.

A empresa Hermann Indústria e Comércio Ltda. foi ad­quirida em 10 de janeiro de 1992, pela Holstein-Kappert SíAIndústria de Máquinas, que, para tanto, procedeu ao levanta­mento dos créditos e débitos da Sociedade, e. assim, todosos créditos efetivos foram recebidos. como. também, todososdébitos reais e exigíveis foram pagos. quando mio objeto de,pedido de parcelamento: neste caso. apenas um, e competen­temente deferido.

Logo. na reportagem houve má fé ou ignorãncia, ou dese­jo de atingir minha imagem de empresário honesto, que sem­pre combateu a sonegação. E mais. causou-me grande danomoral e desconforto perante a famJ1ia e os amigos.

Por último. à quisa de esclarecimento. quero informarque tenho 74 anos de idade e há 62 anos trabalho em média12 a 14 horas por dia, tendo alcançado 14.800 colaboradoresantes da recessão, sem jamais ter enfrentado problemas jurídi­cos por estar sempre em dia com as minhas obrigaçôes deempresário e com os meus deveres de cidadão. que sempreprestou serviços à comunidade e ao País. Portanto. o malque a insólita reportagem me causou nada podaá reparar.a não ser a tranqüilidade da minha consciência e o carinhoda família e dos amigos.São Paulo, 5 de julho de 1993. - Mário Amato, Ex-Presidenteda Fiesp e atual I" Vice-Presidente da Confederação Nacionalda Indústria.

o SR. PINHEIRO LANDIM (PMDB - CE. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente. Sr'" e Srs, Deputados, diantedas dificuldades que hoje enfrenta o Nordeste brasileiro. esta­mos, em função de ter. no final de junho. esgotado o prazoque o Governo Federal deu à apresentação de recursos paraatender à emergência da seca naquela região. fazendo umamovimentação e uma articulação de toda a bancada do Nor­deste para que, às 18h de hoje, possamos estar em audiênciacom o Ministro Alexandre Costa, a fim de encontrar umasolução, até amanhá, do Presidente da República. atravé<,dos Ministérios da Fezenda e da Integração Regional. de apoiofinanceiro aos Estados do Nordeste com relação à seca. Eum problema que preocupa as Lideranças.os Governadorese principalmente os trabalhadores rurais. que estão vivendoum momento difícil por náo terem condiçôes de se alimentar.não conseguirem trahalho, náo disporem de água. enfim, peloestado de miséria absoluta por que passa hoje o semi-áridodo Nordeste brasileiro.

Por essa razão. todos os Parlamentares do Nordeste estãoconvidados a se encontrar com o Ministro Alexandre Costa.às 18h. em seu gabinete. a fim de discutir uma soluçüo parao problema da estiagem, que talvez dure até o mês de janeiroou fevereiro do ano que vem. Se uma solução n[1O for encon­trada hoje, amanhã a bancada do Nordeste deve tomar umaposição clara com relação a essa situação do Nordeste brasi­leiro.

o Sr. Eliel Rodrigues - SI'. F'rL"idc'ílte'. pe<;() a palavrapcla ordem.

O SR. PRESIDENTE (Fernando I_yra) - Concedo a pala­vra ao nohre Deputado Eliel Rodrigues.

O SR. ELIEL RODRIGUES (PM DB - P A. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidentt:. aguardava o momento adequa­do, mas já que V. Ex' mc cllncedc csta oportunidad<:, apresen-

tarci o requerimento agora. Solicito à Mesa que. nos termosregimentais. encaminhe ao Tribunal Superior Eleitoral reque­rimento de informaçües. no qual indago sobre as despesasdecorrentes do plebiscito realizado do dia 21 de abril. Devoressaltar que elas dewm ser disceminadas de forma detalhada.

A justificativa baseia-se em nossa missão institucionalde fiscalizar os gastos públicos. Verifica-se que não dispomosaté hoje de um sistema de acompanhamento e de execuçáoorçament<iria. nem de acesso ao SIAF. Segundo foi divulgadona imprensa. o plebiscito custou ao TSE a bagatela de 18milhôes de dólares. Com a atual falta de recursos, essa infor­mação deveria ser confirmada. até para que novas iniciativasno mesmo sentido venham a ser dt;vidamente examinadas.em particular neste momento. quando o Congresso Nacionalest,i em vias de desencadear o processo de revisão constitu­cional. cuja abrangência e desdobramento são imprevisíveis.Parece-nos que nada trouxe ao País o tal plebiscito de tantosbilhôes de dólares. É preciso manter a cabeça no lugar. paraque não se façam plebiscitos ou votaçôes que nüo levam anada. Vamos votar o que é preciso e fazer eleições sériasc corretas para o bem deste País, não desperdiçando recursosnesse tipo de atividade.

É esta a solicitação que faço por intermédio da Mesa.

O Sr. Edson Menezes Silva - Sr. Presidente. peço apalavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) -Concedo a pala­vra. pela ordem. ao nobre Deputado Edson Menezes Silva.

O SR. EDSON MENEZES SILVA (PC do B - RS. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente. estou encaminhando:j Mesa pedido de requerimento. com fundamento no art.50. *2' da Constituiçüo Federal. e nos ar!' 24. inciso V. e115. inciso I do Regimento Interno. no qual solicito que eleseja encaminhado ao Presidente do Banco Nacional de Desen­volvimento Econômico e SociaL através da Secretaria de Pla­nejamento e Orçamento da Presidência da República. Nesserequerimento. faço algumas indagaçôes relativas à matéria

. publicada na revista Veja, há algumas semanas. na qual oSr. André Montoro Filho, Coordenador-Presidente da Comis­são Nacional de Desestatizaçáo. é acusado pelo Tribunal deContas da União de cstar envolvico em uma operaçüo coma COSIPA. da ordem de 14 milhôes e 600 mil dólares. Esserequerimento está sobre a mesa. Sr. Presidente também querofazer outra comunicação. Ençaminharei - e j,i tenho ofícioem müos - o pedido de convocação do Sr. Paulo César Farias.para depor na CPI Mista do Congresso Nacional que examinapossivCÍ', irregularidades no processo de privatizaçüo. isto é.no Programa Nacional de Desestatizaçüo. A CPI já dispôede muitos indícios de que o Sr. Paulo César Farias está envol­vido com csse Programa. que tantas vezes nesta Casa condeneipelo prejuízo que tem trazido ao patrimônio público nacional.

Portanto. estarei encaminhando à Presidência da CPI opedido de convocaç[1O do Sr. Paulo César Farias.

>

O Sr. Paulo Ramos - Sr. Presidente. peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDFNTE (Fernando Lyra) -Concedo a pala­vra ao Deputado Paulo Ramos.

O SR. PAULO RAMOS (PDT - RI. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente. tive a oportunidade de apoiar orequerimento subscrito pelo Deputado Edson Menezes Silva,que trata da convocação do Sr. Paulo César Farias. para pres-

1467X Quinta-feira X OIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

tal' depoimento na Comiss<lo Parlamentar Mista de Inquéritoque apura irregularidades no Programa Nacional de Desesta­tizaç<lo. Temos esperanças de que a Polícia Federal, até adata da convocação. j~l tenha efetuado a prisão do SI'. PCFarias. que se encontra. lamentavelmente. foragido.

Por outro lado. quero dizer que a Comiss<lo ParlamentarMista de Inquérito já recolheu provas fundamentadas envol­vendo o Sr. PC Farias com o Programa Nacional de Desesta­titzação. Esperamos que o seu depoimento possa robustecerainda mais o que a Comissão já sabe.

Quero cumprimentar o Deputado Edson Menezes Silvapor essa iniciativa que. sem dúvida. será de grande contri­buiç<lo para o esclarecimento da opini<lo pública e dos Parla­mentares sobre esse Programa Nacional de Desestatização.que representa a continuidade do esquema Pc.

O Sr. Ubiratan Aguiar - Sr. Presidente. peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) - Concedo a pala­vra ao Deputado Ubiratan Aguiar.

OSR. UBIRATAN AGUIAR (PMDB-CE. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente. quero registrar o falecimentohoje. em FortaiL'za. do Deputado José Maria Melo, líder polí­tico da região da Serra do Ibiapaba e ex-Prefeito do Municípiode Guaraciaba do Norte. Integrando a bancada do meu Parti­do. o PMDB. na Assembléia~Legislativa. S.·Ex" sempre de­monstrou disposiç<lo para lutar em favor das causas dos Muni­cípios que representava. Queremos manifestar a perda dessevaloroso companheiro. integrante do antigo MDB e do atualPMDB. que sempre estava á frente das causas em favor dademocracia em nosso País.

O Sr. Cyro Garcia - Sr. Presidente. peço a palavra pelaordem.

O SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) - Com a palavrao Deputado Cyro Garcia.

O SR. CYRO GARCIA (PT - RJ. Sem revisão do ora­dor.) - Sr. Presidente. quero comunicar que estou encami­nhando - e já est~l sobre a mesa - requerimento de moçãode apoio à Luta dos tt:ahalhadores que comhatem as doençasendêmicas no Rio de Jançiro. Há meses eles vêm tentando.junto ao Ministério da Saúde, a regularização da sua situação,mas estão enfrentando uma série de obstáculos do ponto devista jurídico. O setor de saúde continua extremamente caren­te. não combatendo a dengue e uma série de outras doençasendêmicas.

Esses companheiros estão ameaçados de. a qualquer mo­mento. terem seus contratos suspensos e ficarem desempre­gados. Com isso. a populaçiio ficará totalmente desassistida,porque necessita do trahalho deles.

Quero aproveitar o ensejo para transmitir minha solida­riedade aos familiares do companheiro Batistinha. assassinadotragicamente anteontem. e aos companheiros do PT, umavez que Batistinha era militante do Partido. Também desejofazer meu o apelo de todos aqueles que exigem a apuraçãodesse bárbaro crime e a punição. o quanto antes, dos respon­sáveis. Batistinha era uma das maiores lideranças sindicaisdo Rio de Janeiro. com quem mantive contato durante has­tante tempo.

Manifesto. repito. a minha solidariedade aos familiaresde Batistinha e. ao mesmo tempo. somo-me a todos aquelesque vão estar na linha de frente para exigir uma pronta apura­ção de mais um hediondo crime que ocorreu em nosso País.

O Sr. Augusto Carvalho - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) - Com a palavrao Sr. Deputado Augusto Carvalho.

O SR. AUGUSTO CARVALHO (PPS - DF. Sem revisãodo orador.) - SI'. Presidente, ontem, desta tribuna. pudedenunciar - e encaminhei ao Presidehte da República a cópiade documentos - sonegação de impostos federais por partedo sistema financeiro privado. Entre vários impostos, comoo IOF e o Imposto de Renda, a maior sonegação corre como PIS. E V. Ex' sabe que o PIS é a maior fonte de recursosdo FAT, que, por sua vez, está concentrado no BNDES,que os repassa aos bancos privados, que, por sua vez, quenão recolhem o PIS e têm lucro com o giro desse dinheiro.

Ora, SI'. Presidente, chamei a atenção do Presidente daRepública para o fato de que, no momento em que todaa sociedade brasileira clama por um rebaixamento das crimi­nosas taxas de juros praticadas hoje no mercado, até agorao Governo não tomou nenhuma providência. .

Fala-se que o Governo Federal entrará com uma medidadireta de inconstitucionalidade junto ao Supremo Tribunal,tentando desbloquear as contribuições. a Cofins. que estãodepositadas em juízo.

Quero chamar a atenção desta Casa para a importânciada decisão proferida pela 1a Turma do Superior Tribunal deJustiça de São Paulo. Examinando um recurso impetrado poresse mesmo sistema financeiro privado, ela contesta o recolhi­mento daquele tributo, sob a alegação de que bancos nãotêm faturamento e, portanto, não devem recolher o PIS.

O egrégio Superior Tribunal de Justiça decidiu que afiança bancária, que é o expediente do qual se utilizam osbancos para evitar o recolhimento do tributo, não suspendea exibilidade dos depósitos dos débitos tributários.

Por isso, acho que o Presidente da República não apenasdeve acionar o Supremo Tribunal Federal em relação à libera­ção, ao desbloqueio dos recursos da Cofins, como deve imedia­tamente acionar a Justiça para que esses recursos - que deve­riam ser recolhidos - venham imediatamente a ser creditadosnas contas do Tesouro. Se um bilhão e meio de dólares anuaisnão forem recolhidos imediatamente, devem ser depositadosem juízo, para que, no ato seguinte, o Governo possa exigiro seu desbloqueio.

O Sr. Eduardo Jorge - SI'. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) - Com a palavrao Deputado Eduardo Jorge.

O SR. EDUARDO JORGE (PT - SP. Sem revisão doorador.) - SI'. Presidente. já que atingimos quorum paravotação, quero registrar que elaborei Proposta de Emendaà Constituição, em conjunto com o Deputado Waldir Pirestambém com o patrocínio dos Deputados Ivânio Guerra, doPFL; Euler Ribeiro. do PMDB; José Unhares, do PP; SérgioArouca, do PPS; Jandira Feghali, do PC do B; Liherato Cabo­clo, do PDT; Uldurico Pinto, do PSB; Geraldo Alckmin Filho.do PSDB; e Delcino Tavares, do PP. Essa proposta mereceutambém o apoio de mais de 330 Deputados e visa estabelecerpatamares orçamentários mínimos para a área da saúde noBrasil, nos âmbitos federal, estadual e municipal.

De acordo com essa emenda constitucional, que tem esseamplo apoio a que me referi, a União aplicará, anualmente,na implementação do Sistema Ú~ico de Saúde, nunca menos

Julhode lYlJ3 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14679

do que 30l/;' das receitas de contribuições sociais que compõemo orçamento da seguridade social e 10% da receita resultantede impostos. Estamos exigindo ainda uma contrapartida dosEstados e Municípios, porque não é correto cobrar-se só daUnião, enquanto alguns Estados e Municípios achatam osseus orçamentos, vivendo às custas do orçamento federal.

Num outro artigo, os Estados, o Distrito Federal c osMunicípios aplicarão, anualmente, na implementação do Sis­tema Único de Saúde. nunca menos do que 10% das receitasresultantes dos impostos.

Acredito, Sr. Presidente, que essa contribuição que esta­mos oferecendo para o debate na Câmara pode ser um pontode enfrentamento dessa crise do sistema de saúde, que é,em primeiro lugar, uma crise de financiamento do setor.

o Sr. Paulo Delgado - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) -Concedo a pala­vra ao nobre Deputado Paulo Delgado.

O SR. PAULO DELGADO (PT - MG. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Deputados, sob todosos aspectos, é lamentável a perda da noção de autoridadedo Ministro da Justiça no episódio do Sr. Paulo César Farias.Gostaria de registrar essa perplexidade em relação a sua atitu­de. Espero que o Sr. Presidente da República demita imediata­mente o Ministro da Justiça, porque agora quem está alge­mado é S. Ex"

O Sr. Germano Rigotto - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

OSR. PRESIDENTE (Fernando Lyra)-Concedo a pala­vra ao nobre Deputado Germano Rigotto.

O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, na verdade, trabalhamosmuito nesses últimos meses para produzir um projeto alterna­tivo ao projeto do Executivo com relação à rolagem da dívidados Estados. Fui designado Relator desse projeto. Houvemuita negociação, que envolveu os Estados, o Tesouro, oConselho Curador do Fundo de Garantia e os bancos federais.Essa negociação consumiu mais de sessenta horas de reuniõesrealizadas, para produzir o substitutivo ao projeto de renego­ciação da dívida dos Estados. Esse projeto está pronto háquinze dias, e anunciamos à Liderança do Governo, do Depu­tado Roberto Freire, que estamos prontos para apresentaro nosso substitutivo. Como esse substitutivo era resultadode amplo acordo envolvendo Estados, União, bancos e Conse­lho Curador do Fundo de Garantia, acreditávamos que esseprojeto de rolagem da dívida poderia ser votado. Na verdade,o Deputado Roberto Freire não recebeu o sinal verde doExecutivo para pedir a urgência do projeto. Até dissemosao Ministro Fernando Henrique Çardoso, quando ele estevena Casa, que entendíamos ser fundamental para o Executivoter esse projeto aprovado pelo Legislativo, como meio deinstrumentalizar o Executivo nesse processo de rolagem dadívida.

Esse projeto aperfeiçoou tremendamente aquele que veiodo Executivo, pois dá, como garantia para a União, a receitaprópria dos Estados para o cumprimento do contrato quevai ser assinado. Além disso, o projeto prevê o fim da inadim­plência a partir de 31 de maio. Os Estados têm de se tornaradimplentes. Esse projeto aperfeiçoou o do Executivo na dife­reT!ciação entre Estados adimplentes e inadimplentes e. foi

resultado, volto a dizer, de mais de sessenta horas de nego­ciação.

Infelizmente, num primeiro momento, recebemos a infor­mação de que o Governo estava caminhando para renegociarcaso a caso, mas sem um projeto que determinasse um baliza­mento geral. Tive oportunidade de dizer isso ao Ministro Fer­nando Henrique Cardoso, que entendia que a negociação casoa caso ia determinar mais demora para o Executivo chegara um acordo com os Estados, o que poderia determinar proble­mas até de pressões políticas mais fortes nesse tipo de nego­ciação sem o respaldo de um projeto aprovado pelo CongressoNacional. O Ministro compreendeu isso. parece que haviauma resistência maior na área técnica. Ontem, fui novamenteconvocado ao Ministério, e o Ministro Fernando Henriqueme disse que sua vontade era buscar um entendimento compequenos ajustes no meu projeto, no meu substitutivo, quepermitissem a sua votação em regime de urgência nesta Casa.

Os pequenos ajustes, Sr. Presidente, na verdade. sãoquase vinte mudanças no projeto, o que alteraria a sua estru­tura, que foi resultado de ampla negociação. Isso foi ditoao Líder Roberto Freire, que, hoje pela manhã, nos disseque não há possibilidade de se votar, nas próximas quarentae oito horas, um projeto que exige uma discussão, inclusive,com rdação a essas mudanças que o Governo está propondo.

Quero dizer. Sr. Presidente, que vou trabalhar no mêsde julho novamente reunindo Secretários de Fazenda dos Es­tados e a própria equipe econômica. A nova equipe econômica- e até entendo, porque se trata de uma equipe nova ­mudou de posição com relação ao encaminhamento que estavasendo dado a essa negociação.

Volto a dizer, este pr9jeto é fundamental para o GovernoFederal e para a União. E o instrumento que a União precisapara conseguir essa renegociação com os Estados. Vamos ten­tar produzir, no mês de julho, o entendimento que, infeliz­mente, ficou retardado agora, devido a este novo posiciona­mento do Governo Federal. Vamos, então, tentar votar, noinício de agosto, em regime de urgência, este projeto.

Mas volto a dizer, Sr. Presidente, que é importante essacomunicação. Não cobrem da Câmara uma responsabilidadeque não é dela. Estamos preparados há 15 dias para votaro projeto de renegociação da dívida, que não está sendo vota­do porque o Executivo está propondo modificações naquiloque já foi acertado. Inclusive, o próprio Executivo participouda negociação.

Gostaria de fazer essa comunicação a V. Ex'! e aos colegaspor uma questão de respeito e para que ficasse muito claro,porque muitas vezes se cobra do Congresso uma responsa­bilidade que não é dele.

Gastou-se mais de sessenta horas para se chegar a umprojeto que podia ser aprovado há quinze dias. O Poder Exe­cutivo muda sua posição, o que inviabiliza a votação nestemomento. Pela conversa que tive ontem com o Ministro Fer­nando Henrique, percebi a vontade de S. Ex" de aprovaro projeto, o que significa uma posição diferente daquela dealguns setores da área técnica que entendem ser o projetodesnecessário e que o Governo pode buscar uma negociaçãocaso a caso, o que considero um absurdo.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

O Sr. Valdir Ganzer - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) -Concedo a pala­vra ao nobre Deputado Valdir Ganzer.

146~O Quinta-feira ~ DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

o SR. VALDIR GANZER (PT - PA. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, iniciou-se ontem, em Santarém,e vai até o dia ]0, um encontro extremamente importante,do nosso ponto·de vista, com a participação do Vice-PrefeitoEveraldo Martins. também Secretário de Saúde daquele Muni­cípio.

Acredito ser a primeira vez na história daquela regiãoque se n:aliza um seminário com a participação de todo osetor de saúde. buscando-se soluções para que o Municípiopossa resolver, ou ao menos diminuir. a situação de abandonoem que se encontra.

Lembro, neste momento, que o evento é extremamenteimportante para uma região tão distante do centro do País.

Com certeza o acontecimento terá grande sucesso no Mu­nicípio de Santarém.

A Sr~ Ângela Amin - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENJ:.E (Fernando Lyra) -Concedo a pala­vra à nobre Deputada Angela Amin.

, SR \" ÂNGELA AMIN (PPR - Se. Sem revisão daoradora.) -' Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Deputados, solicitofi Mesa (1 registro nos Anais da Casa de reportagem publicadana F~lha de S. Paulo, edição do dia 27, sobre a experiênciada maçã nos Estados de Santa Catarina e do Rio Grandedo Sul. É uma abordagem altamente positiva, pois mostraque, quando há trabalho sério e investimento adequado, oBrasil realmente é viável. Trata-se de experiência bastanterica numa das regiões agrícolas desses Estados, mostrandoo quanto é importante para sua economia o cultivo da maçã.

Gostaria de registrar ainda, Sr. Presidente, com muitopesar, o falecimento, no último domingo, de um grande com­panheiro do sul do Estado, do Município de Braço do Norte,Francisco Generaldo de Oliveira, que foi, por três legislaturas,Vereador do Município. Era uma liderança conhecida emtodas as lutas do sul do nosso Estado. Foi Presidente da Câma­ra de Vereadores do Município de 8 de maio de 1973 a 4de fevereiro de ]975, novamente de fevereiro de ]977 a feve­reiro de ]979, e, pela terceira vez, de fevereiro de 198] af~vereiro de ]983. Lamentavelmente, a região e o nosso ,par­tido perdem um valoroso companheiro, que sempre brigoupelas causas do sul do Estado, especificamente pelo engrande­cimento do Município de Braço do Norte.

REPORTAGEM A QUE SE REFERE A ORA­DORA:

MAÇÃ ATINGE SABOR E COR DE 1" MUNDOUm radar que descobre nuvens de granizo reduziu em

75/:'1r as perdas causadas nas plantações de maçã em Fraiburgo(SC) por causa do mau tempo. A região de Fraiburgo é aprincipal produtora de maçãs de Santa Catarina. O Estadoé o maior produtor da fruta no país - estimativa de 260mil toneladas colhidas neste ano - e conseguiu combatero inimigo climático com tecnologia russa, que inclui o bombar­deio de nuvens com foguetes.

A Associação dos Fruticultores de Friburgo investiu US$2,2 milhões na compra de um radar meteorológico da ex-UniãoSoviética. O Tadar foi comprado em ]989 e tem um custoanual de manutenção de US$ ],5 milhão, segundo o presidenteda associação, Luiz Borges. 51, que também preside a Asso­ciação Brasileira dos Produtores de Maçã. O radar funcionaintegrado a ]] bases de lançamento de foguetes, instaladas

em diversos pontos da área de produção. Os foguetes destroemo granizo ainda no céu (veja ilustração ao lado).

O sistema de controle de combate ao granizo não é oúnico investimento em tecnologia feito pelo setor. A Asso­ciação Brasileira investe pesado na pesquisa e mantém umconvênio com a Universidade de Cornel (EUA), dentro deum programa com investimento anual de US$ 75 mil. Peloprograma, do qual participam 25 empresas, estUda-se a dimi­nuição do uso de agrotóxico, o controle de moscas e conser­vação da maçã em "atmosfera controlada".

As pesquisas permitem que as frutas resistam mais tempoarmazenadas. Os produtores em Santa Catarina já contamcom câmaras que, além do frio para conservar, modificama composição de gases. A técnica força a "hibernação" dafruta, prolongando seu tempo de vida útil, que subiu de quatromeses para até um ano.

Segundo o presidente da associação, a maçã brasileirajá ultrapassou a maçã argentina, que ele chama de "antigae ultrapassada". ".A maçã argentina não tem gosto e o consu­midor de fora come pelo sabor, não pelo olho", afirma. Devi­do à maior qualidade, a maçã brasileira consegue hoje maisdo que o dobro do preço da similar argentina no mercadointernacional, diz. Enquanto O Brasil recebe US$ 18,00 pelacaixa de 18.5 quilos, A Argentina recebe US$ 7,00.

O Brasil ultrapassou também os países que deram origemàs espécies cultivadas aqui. A "fuji", do Japão, e a "gala", .da Nova Zelândia. "Saímos na frente com as mutações colori­das. A fruta se deu bem sendo plantada aqui, em região ç1emontanhas, por causa do clima diferente dos vales, onde éplantada nos países de origem", diz Borges.

A maçã se tornou uma das principais frutas frescas expor­tadas pelo Brasil, obtendo rendimento de US$ 21 milhões'no ano passado. A produção nacional deste ano deve ficarem torno de 490 mil toneladas, contra 390 mil no ano passado.O faturamento, no entanto, não crescerá na mesma propor­ção. Na safra ]991192, o faturamento chegou a US$ 195 mi­lhões. Na deste ano, não deve passar de US$ 200 milhões.Segundo Borges, a crise no mercado interno e o excesso deprodução na Europa estão prejudicando a venda. ""

Há em estoque 220 mil toneladas. É por isso que o setor"começa me julho uma campanha publicitária para divulgar

em São Paulo, Rio e Minas a idéia de que a maçã brasileirajá é de Primeiro Mundo.

FISCHER INVESTE US$ 5 MILHÕES

Da Agência Folha, em FlorianópolisA Fischer Fraiburgo Agrícola, empresa do Gurpo Fis­

cher, de São Paulo, pretende investir este ano US$ 5 milhõesem tec~ologia e cultivo de maçãs. Segundo o diretor agricolada empresa em Santa Catarina, Ney Araldi, 33, o investimentose destina ao plantio de 200 novos hectares de macieiras eà instalação de câmaras frias que vão aumentar em ·3:000toneladas a atual capacidade de estocagem. estimada em 25mil toneladas. "

A empresa tem sede em Friburgo. no plantio serrano,a 413 km de Florianópolis, e mantém na região 1.600 hectaresde área plantada. Este ano, produziu 40 mil toneladas demaçãs, resultado da colheita que terminou em maio. O fatura­mento chegou a US$ 20 milhões. Para a próxima safra, onumero deve subir para 44 mil toneladas.

Os nú, que apontam para o crescimento, são considerados"bastante satisfatórios" pelo diretor agrícola da Fischer, quedestaca neste an0 a qualidade "muito boa " da fruta. "A

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14681

Argentina coloca no mercado uma variedade mais atinga.A maçã brasileira é muito mais saborosa", diz ele.

VACARIA ABRE PRIMEIRO CURSO

Carlos Alberto de SouzaDa Agência Folha, em Porto Alegre

O primeiro curso superior de fruticultura no Brasil seráipstalado em Vacaria, município que lidera a produção de,maçãs no Rio Grande do Sul. O vestibular será em julhoe a aulas começam em agosto, sob a coordenação acadêmicado agrônomo argentino JulioTiscornia, mestre em fruticulturapela Universidade de Washington.

Com duração de dois anos e oito meses, o curso, que, oferece 40 vagas, está despertando interesse na região.,

Os estudos se concentrarão nas frutas de clima tempe­rado. Os produtores gaúchos estão diversificando seus poma­

,res com o plantio de pêra, pê~3CgO e ameixa.O curso de fruticultura tem o objetivo de formar profis­

,sionais especializados que possam dar mais qualidade à produ­ção dos pomares e torná-los mais competitivos no exterior.,

Em Vacaria, são produzidas 85 mil toneladas de maça.Segundo o presidente da Associação Gaúcha dos Produtores

,;de, Maçã e Pêra José Sozo, a produção tem crescido 20%a cada safra. Os produtores, em torno de 850, gastam anual­

. mente cerca de US$ 100 mil em pesquisa tecnológica.

o Sr. Paulo Rocha - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.,

O SR. PRESIDENTE (Fernando Lyra) - Concedo a pala­vmao nobre Del?utado Paulo Rocha.

O SR. PAULO ROCHA (PT - PA. Sem revisão do ora­dor.) - Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Deputados, quero comu­nicar à Casa que dei entrada hoje, na Procuradoria-Geral,a uma ação de representação contra a administração da CaixaEconômica Federal, principalmente na gestão do Sr. LafaieteCoutinho. Mais uma vez essa turma manipula dinheiro públicoa serviço do seu grupo, em trabalhos escusos, como ocorreu

, na administração de Collor de Melo.. No caso da Caixa Econ6mica Federal, especificamente,

a manipulação foi quanto ao uso do dinheiro do Fundo deGarantia do Tempo de Serviço do trabalhador, num montanteavaliado em cerca de 3,16 milhões de dólares, para publicidadede uma campanha do Fundo de Garantia.

, Sr. Presidente, o fato é que a campanha, pelo que sesabe, não foi feita, e, se o foi, realizou-se pela metade. Aofinal, não há na Caixa Econômica Federal prestação de contas.Pelo, que se sabe, inclusive, os documentos sumiram. Houve

,uma auditoria promovida pelo Ministério da Ação Social epelo Ministério do Trabalho, mas não houve explicação dadiretoria da Caixa, à época, sobre essa questão.

Nesse sentido, como Relator e Coordenador na Comissãode Trabalho, de Administração e Serviço Público de umacomissão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e estan­do empenhado na discussão de uma nova lei para o Fundode Garantia, também tenho de correr atrás dos que vilipen-

. diaram o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço dos Traba­lhadores para resgatar seu papel social. Se a Caixa EconômicaFederal não comprovar que foi usado devidamente o dinheirodo Fundo de Garantia para a campanha, terá que retorná-loao Fundo. Segundo cálculos, o montante chega a 13 milhõesde dólares, o que daria para construir cerca de 500 casas,

um verdadeiro conjunto habitacional que beneficiaria 2 milpessoas. Esse seria o benefício social que o Fundo deveriagerar. Ao final, estou debruçado sobre nova lei. buscandocritérios. de forma a corrigir, de uma vez por tódas, o usodo Fundo de Garantia do Tempo de Serviço dei Trabalhador.Estamos trabalhando de forma a democratizar mais o Conse­lho Curador, que será o responsável pelo gerenciamento doFundo de Garantia. Se ele é um fundo privado dos trabalha­dores, tem que ser gerido pelos trabalhadores. Admitimosque deva ser gerido de forma tripartite: com o Governo. comos empresários do setor, mas, majoritariamente, pelos traba­lhadores. De outra forma, devemos criar critérios rígidos paraa aplicação do fundo e principalmente para o comhate à sone­gação. Apesar de ser vilipendiado. de ser roubado pelos queo administraram, na verdade, esse fundo tem uma capacidadefundamental de recuperação, uma vez que sua arrecadaçãoanual é de cerca de 4,9 bilhões de dólares; portanto. comcondição suficientes de assegurar os saques e ter ainda capaci­dade de produzir cerca de 250 mil casas ao ano. Com isso.beneficiaria, na ponta. os trabalhadores, resolvendo o proble­ma de moradia, cujo déficit hoje é de 12 milhões de habitações.Estamos trabalhando. portanto. em cima de uma lei que resga­te o papel social do Fundo de Garantia do Tempo'de'Serviçodos trahalhadores .

Era o que tinha a dizer.

O Sr. Fernando Lyra, 2" Vice-PresÚiente, 'deixaa cadeira da presidência. que é ocupada pelo Sr. Cardo­so Alves, 2" Secretário.

O Sr. Fernando Lyra - Sr. ,Presidente. peço a palavrapela ordem.

-" \

O Sr. PRESIDENTE (Cardoso, Alves) - Tem a palavrao nobre Deputado Fernando Lyra. dignoVice-Presidcnte des­ta Casa.

O SR. FERNANDO LYRA (PDT - PE. Scm revisãodo orador.) - Sr. Presidente, há muito a Mesa da Câmaravem tentando equacionar o problema de salários e gratifica­ções de seus funcionários .

Por absoluta falta de consenso das Lideranças, náófoipOSSÍVel fazer 'globalmente o que imaginávamos,' Assim. aMesa elegeu alguns setores prioritários, em função da emer­gência, da necessidade, para que melhor possam funcionar.

Entre eles, o I') Secretário, Deputado Wilson Campos,trouxe uma proposta para a realização de concurso públicopara preenchimento de 39 vagas na Taquigrafia da Casa. Parapoder haver o concurso, com possibilidade de preenchimentodas vagas, o I" Secretário apresentou um projeto de resolução

, que melhora a situação dos taquígrafos e abre caminho paraque a Câmara dos Deputados absorva mão-de-obra qualifi­cada de que necessita esse setor. Apresentada a proposta.o Deputado Cardoso Alves. 2" Secretário, para não afunilaro processo de carreira no setor de taquigrafia. apresentouemenda, que foi aprovada por unamidade pelos membrosda Mesa da Câmara dos Deputados.

Posteriormente, envidamos esforços no sentido de suaurgência urgentíssima, para que. ainda neste período. pudés­semos aprovar' o projeto de resolução do Deputado WilsonCampos, acrescido da emenda do Deputado Cardoso Alves.Infelizmente,' não houve, por parte de algumas Lideranças.o conhecimento da necessidade da Taquigrafia da Casa. E

14682 Quinta-feira X DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de lt}93

hoje pela manhã fomos informados de que algumas Liderançasnão aprovaram a urgência urgentíssima.

Embora reconhecendo que o ideal seria a abrangênciade proposta de melhoria dos vencimentos dos funcionáriosda Casa, iríamos iniciar pela Taquigrafia; depois passaríamospara as Assessorias, a própria Secretaria da Mesa e a áreaadministrativa desta Casa.

Queria chamar a atenção da Casa para o fato de queestamos com um problema sério na Taquigrafia: há dificul­dades de preenchimento das vagas oferecidas em concursoa ser aberto por absoluta falta de condições de esta Casaconcorrer com outros órgãos que obsorvem esta máo-de-obraqualificada. Por isso, apelo às Lideranças no sentido de quefaçam a revisão de suas posições, para que possamos aindahoje ou amanhã - o projeto já está na pauta de hoje ­votar a referida proposição.

o Sr. Luiz Salomão - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

o SR. PRESIDENTE (Cardoso Alves) - Tem V. Ex'!a palavra.

o SR. LUIZ SALOMÃO (PDT - RJ. Sem revisão doorador.) -Sr. Presidente, Sr"' e Srs. Deputados, minha inter­venção é para registrar que a Secretaria da Receita Federal

.começa uma ação efetiva contra os sonegadores. Mas começamal ao divulgar uma lista mal estudada, mal elaborada e quecoloca entre os sonegadores uma pessoa absolutamente impo­luta que já fez parte dos quadros desta Casa, um ex-Deputadodo PSDB - portanto, não é do meu partido' - que nãose reelegeu, mas deixou uma marca de hons serviços prestadosao povo brasileiro. Refiro-me ao ex-Deputado Mauro Fernan­do Orofino Campos, nosso colega na Constituinte, que teveaqui comportamento exemplar. S. S" foi sócio, com duas ações,de uma empresa chamada Acqua Marine Indústria e ComércioLtda. durante dez meses para poder exercer uma função dedireção, por determinação da Lei das S/A. Portanto, ele eradetentor apenas de duas ações.

Essa empresa teve dificuldades, não recolheu seus tribu­tos durante um período e foi acionada pela Receita Federal.No entanto, sem maiores cuidados, a Secretaria "da ReceitaFederal denunciou como sonegador o ex-Deputado MauroFernando Orofino Campos, que já não era mais dos quadrosda empresa, a qual já sanou o seu débito fiscal. Contudo,as páginas dos jornais retrataram seu nome como contumazsonegador.

Um certo jornal do Rio de Janeiro fez questão de frisarque o ex-Deputado Mauro Fernando Orofino Campos foicolaborador do ex-Secretário da Indústria e Comércio do Riode Janeiro, Luiz Salomão, especialista que é o' Dr. MauroCampos nas áreas de Marinha Mercante e construçáo naval.Com muito orgulho. tive essa assessoria a título de múnuspúblico, pois o Sr. Mauro Campos jamais recebeu um tostãodos cofres do Estado. Foi com muita honra a sarisfação queS. S" cooperou com o Governo do Rio de Janeiro.

Peço à Mesa a transcrição da ca~ta que o ex-DeputadoMauro Fernando Orofino Campos, Diretor de Planejamentoe Engenharia da Eletrobrás no momento. enviou ao Presi­dente da Companhia. esclarecendo os fatos e ""I;eiterando oque já sabíamos, ou seja. que é um homem probo, limpo.que nada deve ao Fisco nem a ninguém. ;;

CARTA A QUE SE REFERE O ORADOR:

Rio de Janeiro, 22 de junho de 19t}3.Ilm') Sr.DI. José Luiz AlquéresPresidente daCentrais Elétricas Brasileiras S.A. - EletrohrásNesta

Senhor Presidente.Tendo em vista o teor de notícias recentemente veiculadas

pelo jornal O Globo, edições dos dias It} e 22 do corrente.nas quais meu nome figura em lista de sonegadores denun­ciados pelo ministério Público à Justiça Federal. a hem daverdade. venho a presença de V. S". para prestar esclareci­mentos. visando recompor a verdade dos fatos. os quais, ine­quivocamente. não confluem com o que vem sendo divulgadopela imprensa.

Inicialmente. no que respeita a minha participação nafirma Acqua Marine Indústria e Comércio Ltda.. devo regis­trar que, no período compreendido entre 19 de março e 10de novembro de 1990. na condição de sócio cotista, detentorde 2 (duas) cotas. estive exercendo a gerência técnica da mes­ma. consoante se pode inferir dos instrumentos particularesde alteração contratual registrados na Jucerja em 22 de novem­bro de 1990 e 5 de fevereiro de 1991. respectivamente.

" A par dessa circunstância de inequívoco realce. que seconfigurou exatamente no curto espaço de tempo em queatuei naquela firma, deve ainda ser salientado que a supostaincriminação noticiada jamais poderia ser caracterizada comosonegação de impostos. decorrente de apropriação indébita.

Com efeito. o que aconteceu. mercê da crise econômicapública e notr'iria que, há alguns anos. vem afetando o setorda construção naval brasileiro. foi o recolhimento a destempo.ou seja. entre novembro de 198t} a novemhro de 1990. dealgumas parcelas do Imposto de Renda retido na fonte.

De qualquer maneira. muito antes do oferecimento dadenúncia pelo Ministério Púhlico Federal. o que somente veri­ficou-se em 19 de dezembro de 19lJ2, a firma em questãojá liquidara integralmente o seu déhito com a Receita Federal.conforme, aliás. se infere dos respectivos comprovantes derecolhimento que se acha em apenso. Tais pagamentos foramadimplidos entre 30 de junho e 23 de julho do ano de lt}l)2.

A guisa da ilustração. cumpre ainda destacar que. naépoca em que se verificou a dilação no cumprimento.da ohriga­ção tributária. por parte da referida empresa. encontravam-seem vigor a Lei n" 4.357/64 e o Decreto-Lei n" 157/67. os quaisestabeleciam expressamente que o pagamento ou compen­sação de débitos com a Receita Federal, antes do recebimentoda denúncia. descaracterizava a figura penal da apropriaçãoindébita. extingüindo. em conseqüência. sua punibilidade.

Sobre tais diplomas legais sohreveio a Lei n" ~.137/9()

que dispunha em seu artigo 14 no mesmo sentido. Essa normasomente veio de ser revogada pela Lei n" íU23/91. sem que.no entanto. tal revogação tivesse o condão de elidir o princípioda ultratividade da lei. que disciplinava o fato na "poca.

Por todas essas rnões. constata-se que o que detiva­mente ocorreu não guarda qualquer semelhança com as notÍ­cias veiculadas pelo jornal e. nem tampouco. o processo judi­cial tem procedência. haja vista a efetivação do pagamentodo débito antes mesmo do próprio oferecimento da denúncia.

Complementarmente. deve ainda ser dito que a compro­vação do cumprimento da obrigação tributária já foi feita

Julhode 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14683

ao juízo da Segunda Vara da Justiça Federal em Niterói,onde tramita o processo respectivo, tendo sido obtida, inclu­sive, uma liminar, em favor do signatário e demais adminis­tradores da empresa, na ordem de habeas corpus impetradaperante o Tribunal Regional Federal da 239 Região, visandosustar a respectiva ação penal, até que aquela Egrégia Cortese pronuncie sobre a extinção do processo, por absoluta faltade amparo legal.

Estas, portanto, Senhor Presidente, a's informações e es­clarecimentos que me cumpriam prestar a V. S' e demaiscolegas de Diretoria, com o intuito de trazer à luz a verdadee, principalmente, reparar minha dignidade e honra que viabaladas a partir da divulgação de fatos que não encontramo menor respaldo na verdade e, menos ainda, nos princípiospelos quais sempre pautei minha vida partiCular e profissional.

Atenciosamente. - Mauro Fernando Orofino Campos,Diretor de Planejamento e Engenharia.

O SR. PRESIDENTE (Cardoso Alves) - Não apenasautorizo a transcrição, como tenho c:erteza de que o jornala que V. Ex" se refere transcreverá os esclarecimentos presta­dos por V. Ex" no mesmo espaço e na mesma página emque deu a notícia, uma vez que a imprensa brasileira é irrepro­chável no que diz respeito ao direito ::!e defesa. (Risos).

O Sr. Luiz Salomão - Sr. Presidente, certamente o pres­tígio de V. Ex" junto à mídia brasileira conseguirá fazer comque o jornal O Globo faça justiça ao ex-Deputado MauroFernando Orofino Campos.

O SR. PRESIDENTE (Cardoso Alves) - Estranho osrisos do Plenário, porque não têm nenhum fundamento. OsDeputados não devem sorrir, porque a imprensa brasileiraé absolutamente justa no cumprimento da sua obrigação deestampar o direito de defesa.

O Sr. Vital do Rêgo - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Cardoso Alves) - Tem V. Ex"a palavra.

O SR. VITAL DO RÊGO (PDT - PB. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Sr~s e Srs. Deputados, tomoa palavra que a liberalidade de V. Ex' me assegura para ratifi­car o apelo feito desta tribuna, ainda há pouco, pelo nobreDeputado Fernando Lyra, 29 Vice-Presidente desta Casa.

É bom que na Presidência esteja, nesta hora, V. Ex'A Ordem do Dia da sessão de hoje tem no seu quarto itema discussão, em regime de prioridade, nos termos do art.151, inciso 11, do Regimento Interno, do Projeto de Resoluçãon" 168, que cria funções comissionadas no Departamento deTaquigrafia, Revisão e Redação, tendo parecer da Comissãode Constituição e Justiça e de Redação pela constituciona­lidade, juridicidade e técnica legislativa deste e do substitutivodo autor.

Sr. Presidente, este projeto foi hoje objeto ..,.- ouvimosisso do Deputado Fernando Lyra - de discussão das Lide­ranças. Mas ele é objeto também de um compromisso assu­mido aqui na sessão de sexta-feira passada, do qual tomaramparte, com o qual assentiram várias Lideranças, depois deum apelo do nobre Líder Luíz Eduardo para que, ainda naque­la tarde, se votasse o projeto.

Sr. Presidente, as Lideranças que agora se investem con­tra a aprovação deste Projeto de Resolução têm nas suasassessorias certamente um embasamento para esse proceder.

Mas nós queremos chamar a atenção da Casa, com todo orespeito, para o fato de que o menosprezo que se vem impon­do, reiteradamente, ao corpo taquigráfico da Câmara dos De­putados é grave e de repercussões imprevisíveis. Isso nãopode ser decidido ao sabor de conveniências de assessoriasou de grupos de funcionários que, se merecem tratamentoigualitário, devem ter a oportunidade de receber aquilo quelhes é devido e justo.

Sr. Presidente, o corpo taquigráfico, da Câmara dos De­putados não está apenas explorado, está espoliado e não podeter postergado, mais uma vez, o seu direito de obter aquiloque significa equanimidade de tratamento - não falo nemde isonomia - com o corpo taquigráfico do Senado da Repú­blica.

Ora, Sr. Presidente, se esta Casa quer cuidar dos seusfuncionários com especial carinho, se quer tratá-los de formaabsolutamente indiferenciada e indiscriminada, não pode co­meçar a fazê-lo discriminando o corpo taquigráfico, porqueeste, dentre todos aqueles segmentos que prestam efetivosserviços à Casa do povo, é o que mais discriminadamentevem sendo tratado, desde aquela operação do Senado a quenão demos causa, mas que por ela devemos agora responder,corrigindo as suas distorções.

O nosso apelo, dirigido a todas as Lideranças da Casa,é para que náo levem à Mesa um requerimento de retiradade pauta, até porque não há razões para se postergar o ofereci­mento, a doação de um ato de justiça, que é dever da Câmarados Deputados, com seu corpo taquigráfico.

O Sr. 8idney de Miguel- Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Cardoso Alves) - Tem a V. EK'a palavra.

O SR. SIDNEY DE MIGUEL (PV - RJ. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, ontem, tivemos uma reuniãocom Líderes do Senado e da Câmara, para discutir a novaLei Orgânica dos Partidos, no gabinete da Liderança do Se­nado.

No direcionamento que o Senador José Fogaça, peloPMDB, dera às emendas do Senado e ao substitutivo resultadodo trabalho e do consenso realizado na Câmara dos Depu­tados, havia mudanças que nos preocupavam, como cassaçãode mandatos e-inconstitucionalidade. Chegou-se a um acordobásico de preservação das condições mínimas de sobrevivênciados pequenos partidos e do respeito aos direitos alcançadospelos médios partidos.

Felizmente, isso foi alcançado, embora houvesse um cli­ma de dificuldades, porque a lógica dessa nova lei, que tevecomo Relator, nesta Casa, o Deputado João Almeida, foino sentido de fortalecer a dinâmica partidária. Os mecanismoscriados para dificultar o pula-pula de Deputados de um partidopara outro são muito importantes. Essa lei cria um choquetremendo na estrutura atual, pois estabelece um prazo mínimopara se mudar de partido. Tão importante quanto restringire dificultar a via dos pequenos e médios partidos, das novasforças que surgem, é criar normas e uma disciplina que façamcom que a vida política do País não se traduza para a opiniãopública e para o eleitor como um pula-pula oportunista àsvesperas de eleição.

Infelizmente, houve uma pressão muito grande do Sena­do. Isso nos preocupa, porque a lógica do acordo na Câmarafoi no sentido de preservar esses objetivos para os quais ospequenos e médios partidos deram uma cota imensa de sacri-

14684 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

fício, e porque foram garantidos nesse acordo certas conquistasde direito à comunicação ao eleitor e à opinião pública, eque agora estão ameaçadas, a nosso ver, pela proposta doSenador José Fogaça.

Precisamos estar atentos. Se vierem do Senado essas pro­postas, devemos ter claras as nossas idéias para esse tipo delimitação.

O que mais nos preocupa, no entanto, é urna cláusulaespecífica que regulamenta a possibilidade de os partidos lan­çarem candidatos às eleições majoritárias, com base na chama­da cláusula dos 5%, o que já valeria para as próximas eleições.Sobre as votações obtidas nas últimas eleições, alguns casostrazem injustiças graves, e cito o Estado de Pernambuco.O Partido Socialista Brasileiro, nitidamente de caráter nacio­nal e com enorme tradição na história brasileira, tendo aliderança importantíssima do Dr. Miguel Arraes, em condi­ções de participar do pleito, representando o que há de maisprofundo na sociedade de Pernambuco, pode ter ~erceada

sua participação eleitoral. Isso sugere causuísmo! E precisoque haja espaço de negociação e de concordância, para quenão se cometa injustiça desse tipo, porque o objetivo da leié fortalecer as legendas partidárias e não criar mecanismosde repercussão sobre eleições passadas que possam cercearo direito de participação política.

Durante o discurso do Sr. Sidney de Miguel, oSr. Cardoso Alves. 2" Vice-Presidente. deixa a cadeirada presidência, que é ocupada pelo Sr. Inocêncio Olivei­ra. Presidente.

O Sr, Edésio Passos - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Cardoso Alves) - Tem V. Ex'a palavra.

O SR. EDÉSIO PASSOS (PT - PRo Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, quero fazer um rápido registrono sentido de consignar a realização da I Conferência Interna­cional dos Trabalhadores do Mercosul, em Santa Catarina,promovida pela Federação dos Trabalhadores nas Indústriasdos Estados de Santa Catarina e do Paraná, com a participaçãode representações sindicais dos Estados do Sul do Brasil, bemcomo da Argentina, do Uruguai e Paraguai.

Esse evento adotou resoluções essenciais para o encami­nhamento do Mercosul e fundamentalmente para a garantiados direitos sociais dos trabalhadores.

Essa conferência decidiu reivindicar dos governos dosquatro países do Mercosul a efetivação de uma carta socialde direitos básicos dos trabahadores, a qual se fundamentarános direitos dos que estiverem alicerçados nas' constituiçõesdos quatro países, e, fundamentalmente na Carta de Direitosda Organização Internacional dos Trabalhadores.

O Sr. Agostinho Valente - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex' a palavra.

O SR. AGOSTINHO VALENTE (PT - MO. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, peço seja autorizada a trans­crição nos Anais da Câmara de uma carta, que li no CorreioBraziliense, de autoria de André Luiz Monteiro Mayar, doComitê Rio Maria, Estado do Pará.

A carta é um protesto contra o desaforamento do juúri,na Comarca de Rio Maria, no caso do assassinato do traba-

lhador rural Expedito Ribeiro de Souza. Queremos registrartambém a nossa inconformidade com a decisão do Tribunalde Justiça do Estado do Pará, que desaforou não somentea Capital, mas também as cidades do Estado.

As razões que todos nós, Deputados democratas, enume­ramos, constam da carta de André Luiz Monteiro Mayar quese encaixa perfeitamente ao pensamento daqueles que protes­tam contra esse tipo de decisão do Tribunal de Justiça doEstado do Pará.

CARTA A QUE SE REFERE O ORADOR:

MANOBRA FAVORECE O RÉU FAZENDEIRO

O Tribunal de Justiça de Belém decidiu no dia 28 dejunho último, pelo desaforamento do júri dos assassinos deExpedito Ribeiro de Souza, marcado para dia 30, havendoportanto a transferência para a comarca de Xinguara em dataindefinida. O pedido de desaforamento é manobra de últim~

hora feita pelo fazendeiro para impedir seu julgamento. Eestranho que os advogados dos acusados, que por mais deano fizeram tudo para que o julgamento fosse realizado emXinguara e não em Belém, 13 dias antes hajam solicitadoo desaforamento. Estranhamos que o Tribunal de Justiça deBelém, que espera normalmente meses para tomar qualquerdecisão, tenha sido tão rápido nesta caso. Esta decisão deúltima hora, despertou indignação e perplexidade em centenasde pessoas, entidades, organizações, movimentos nacionaise internacionais que já se deslocavam para Rio Maria.

O fato de haver escolhido a comarca de Xinguara é tam­bém revelador, uma vez que nesta cidade se encontra o Sindi­cato Rural (dos Fazendeiros) mais articulado e organizadoda região. O prefeito dali, Elviro Arantes, tem o nome citadono processo como envolvido na contratação do pistoleiro Bar­reirito para matar Expedito, segundo declaração do própriopistoleiro. Não é por acaso que os advogados dos acusadospediram o desaforamento para esta cidade.

O julgamento era aguardado com ansiedade e esperançapelo povo de Rio Maria, do País e, mesmo, pela comunidadeinternacional. A esperança se frustou. Esta decisão, que favo­rece a impunidade total dos fazendeiros, poderá desencadearmais uma vez uma onda de violência nos conflitos de terra,atingindo as organizações dos trabalhadores. O Poder Judiciá­rio, que jamais teve boa fama, agora piora ainda mais suaimagem.

Este processo de Expedito era o único que, com muitadificuldade, tinha alcançado a fase do júri. Há menos de 48horas do 'início do jurí, foi concedido o desaforamento. Cabelembrar que, na maioria das mortes por questão de terraou trabalho escravo, não há sequer inquérito policial. Quando'há, não se conclui. Quando se conlui, mofa nas gavetas doPoder Judiciário. Temos mais de 180 casos conhecidos deassassinatos por estas razões, a partir de 1980, no sul do Pará,inclusive de vários sindicalistas de Rio Maria. Até hoje ne­nhum júri foi realizado. Um dos casos clamorosos é o deJoão Canuto, assassinado em 18-12-85. Apesar de fortes econstantes pressões vindas de todo o Brasil e do exterior,não concluíram o inquérito.

O Sr. Aldo Rebelo - Sr. Presidente, peço a palavra pelaordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex' a palavra.

O SR. ALDO REBELO (PC do B - SP. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, peço a palavra para registrar

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14685

as congratulações do meu partido - acredito que outros parti­dos desta Casa e muitos outros Srs. Deputados se juntama esses cumprimentos pela decisáo do Conselho Federal daOrdem dos Advogados do Brasil e do seu Presidente, recém­eleito, José Roberto Batocchio, pelo desencadeamento deuma campanha naeional contra a chamada revisão da Consti­tuição.

Segundo a Ordem dos Advogados do BrasiL que se incor­pora a uma campanha da qual j,j participam a ConferênciaNacional dos Bispos do Brasil, a União Nacional dos Estu­dantes, partidos como ;PC do B, PDT, PSB, entre outros,a revisão constitucional em curso, na verdade, trata-se deum golpe branco contra os direitos sociais do nosso povoe contra a própria Constituição.

Sr. presidente, ao registrar esse voto de congratulações,quero condenar os editoriais virulentos que jornais como OEstado de S. Paulo e o Jornal do Brasil têm publicado contraessa posição da OAB, que representa a consciência e a honrajurídica do nosso povo.

E, por último, Sr. Presidente, gostaria de pedir a trans­crição nos Anais desta Casa do artigo do Prof. Carlos Chagas,jornalista e professor da UNB, puhlicado no Correio Brazi­Iiense, intitulado "O País das Contradições". Esse artigo, Sr.Presidente, deve ser lido por todos os membros desta Casa,porque se trata de verdadeira lição de civismo, de patriotismoe de espírito púhlico dada por um grande nome do jornalismodo nosso País.

ARTlGO AQUE SE REFERE O ORADOR:

O PAís DAS CONTRADIÇÕES

Somos o país das contradições, mas, estranhamente, to­das elas acontecem em proveito da minoria, contra a maioria.Torne-se a questão dos salários. Os preços aumentam todomês, de acordo com a inflação ou, em muitos casos, bemmais. As taxas, tarifas e impostos são calculados em terríve.isletrinhas, com o mesmo objetivo. Só os salários ficam conge­lados por dois meses, ou mais, já que a correção bimestralnão heneficia a todos, mas. apenas, até um determinado teto.Vem a Câmara dos Deputados c aprova o projeto de reajustemensal obrigatório, reconhecendo, ainda que tardiamente,não poder o combate à inflaçáo sacrificar a grande massaassalariada, sozinha, quando não sacrifica a produção, o' co­mércio e os serviços. Seria algo linear, lógico e transparente,mas está custando. O Governo surgere o reajuste de 60 por'cento da infl<tç[lo. Tudo bem, mio há dinheiro para pagaros cem por cento. Mas os preços, estão, não deveriam serobrigados a aumentar apenas 60 por cento da inflação? Porque se lhes permite cem ou mais'?

Só isso? Nem pensar. O empresariado desce tacape ehorduna no lombo do Governo 24 horas por dia. A culpade tudo são os gastos ptíblicos, o Estado deveria escolher,limitar-se ao mínimo, até desaparecer, se pudesse, para quea chamada livre iniciativa desses cartas. É claro, aumentandoos preços a seu hel-prazer. Mas existe outra contradição nestahistória. Quando as empresas vão bem, querem o escalpodo poder público, porém, quando vão mal para quem apelam?Empréstimos a juros subsidiados nos bancos oficiais, perdõesde dívidas, reescalonamentos e até a simples entrega de bensem situação lamentável sáo moeda comum nas transaçõesempresariais com o Governo. Bastam chegar as dificuldadespara que, sem perder a empáfia, uns tantos senhores trans­firam seus prohlemas para o Estado, até ameaçando com ocaos social.

E mais: engolimos instruções pejorativamente lançadasdos países desenvolvidos. Temos que acabar com os subsídios,os incentivos. a proteção à produção nacional porque, afinal,estamos ou não num planeta onde o mercado dá a últimapalavra? Precisamos livre-competir com o Primeiro Mundoe mostrar que somos melhores, capazes de batê-lo. Pura velha­caria, já que um menino de rua, desdentado e sem escola,hospital ou famI1ia, jamais terá condições de livre-competircom um dos pimpolhos sadios nascidos em berço de ouro.Mas a contradição não está apenas nisso. Cresce feito bolocom fermento ao verificarmos que a França, por exemplo,subsidia todas as vacas do seu vasto rebanho. O trigo produ­zido na Comunidade Econômica Européia chega ao TerceiroMundo barato porque também é subsidiado.

No Japão, não entra um grão de arroz, sequer, em defesada produção interna. Os Estados Unidos erigem barreirasmaiores do que as muralhas da China, visando a' defenderos empregos de seus operários do setor siderúrgico, automo­hilístico e naval. E aí?

As contradições não têm fim. Nossa dívida externa jáfoi paga diversas vezes, por conta dos juros, mas o principalnão diminui. Pelo contrário, multiplica-se, de tal manejra quenos tornamos o maior exportador de capital de toda a comuni­dade internacional.

Luta-se, aqui dentro, para a extinção de quaisquer mono­pólios, inclusive no setor petrolífero, nas telecomunicaçõese nas hidrelétricas. Os jornalões saem na frente, nos editoriais,artigos, reportagens e, ninguém duvide, as tais "matérias pa­gas", que o leitor imagina jornalísticas apesar de faturadasnos balcões dos departamentos comerciais. Pois bem: alguémjá 'viu uma única linha, ao menos, publicada em defesa daquebra do monopólio da imprensa? Estrangeiros não podemser proprietários, é cláusula pétrea, levantada até com justiçaem nome da soberania nacional. Mas por que comunicaçãoé soberania, se energia e telecomunicações não são?

Mestre Gilberto Freyre atentava tanto para as contra­dições brasileiras que não hesitou em prever, para qualquerdia desses, a coincidência do carvnaval com a Semana Santa.Ainda vai acertar, lá do alio da nuvem onde certamente conti­nua tomando notas para o seu próximo livro ...

O Sr. Cardoso Alves - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex" a palavra.

O SR. CARDOSO ALVES (Bloco Parlamentar - SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, sem que isso possarepresentar qualquer censura ao que disse agora o nobre De­putado Aldo Rebelo, gostaria de deixar consignado nos Anaisda nossa Casa minha posição sobre este assunto.

Sou o sócio n° 7.048, da Ordem dos Advogados do Brasil.Acredito que esses 7 mil hoje devem estar na ordem de mil,porque muitos já se despediram desta vida.

Quero dizer que a Ordem dos Advogados do Brasil éum órgão corporativo que não defende a honra do Direitonem os foros jurídicos da nacionalidade; defende sim a corpo­ração dos advogados a que eu pertenço.

Sou advogado, pago à Ordem - tenho que pagar senãonão posso advogar - e ela representa a minha ~Iasse noque diz respeito ao exercício profissional.

A CUT, a mesma coisa com relação aos sindicatos, aUNE, a mesma coisa com relação aos estudantes. São órgãoscorporativos. A reforma constitucional diz respeito ao Parla-

14686 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçáo l) Julho de 1993

PRESENTES OS SEGUINTES SRS. DEPUTADOS:

VI - ORDEM DO DIA

senhora e de seus netos) foi um ato de barbaridade, quequeremos não exista mais no Brasil.

Não podemos afirmar que o assassinato de Batistinhatenha conotação política. mas as suspeitas aumentam como fato de quatro homens, armados, terem entrado na sededo Sindicato dos Ferroviários, no Rio de Janeiro para pressio­nar a organização.

Lamentando a morte do companheiro Batistinha, comquem convivi e com quem atuei no PT, faço um apelo àsautoridades para que invcstiguem o crime, a fim de saherquem são os criminosos. Ê evidente que a Polícia, a grandeimprensa. qualquer pessoa de bom senso já concluíram queo crime foi obra de profissionais. Fizeram uma checagem navéspera, à noite, para saber se Batistinha estava em casa.Entraram. quarto por quarto, até achar o quarto do compa­nheiro Batistinha. Apesar de ele estar ao lado de sua esposae de seus netos, acertaram seis tiros no companheiro, dosquais quatro Tld cabeça. Portanto. um crime profissional, eexigimos sua apuração. Queremos que a Polícia do Rio deJaneiro e mesmo o Governo Federal, auxiliem na investigaçãodesse crime. Confiamos em que não haja motivação políticapor trás dele. No entanto. achamos que, mesmo havendomotivação política o crime tem de ser apurado.

Aqui faço uma saudação ao companheiro Batistinha. Seuexemplo deve continuar para àqueles que continuam lutandono Sindicato dos Ferroviários e aqueles que, centrados nasorganizações de sindicatos de trabalhadores, batalham porum Brasil melhor.

O Partido dos Trabalhadores. do qual ele foi presidenteno Rio, lamenta a morte do companheiro e o tem na contade um exemplo a ser seguido por cada militante de seus qua­dros.

O Sr. Amaury Müller - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex' a palavra.

O SR. AMAURY MÜLLER (PDT - RS. Sem revisãodo orador.) Sr. Presidente, são 18h15min e a Ordem doDia já dcveria tcr sido iniciada. Há um quorum razoável eprojetos importantcs. Inclusive, segundo consta. em regimede urgência urgentíssima. há o projeto que trata da políticasalarial dos servidores públicos. Por isso faria um apelo aV. Ex' para que desse logo início à Ordem do Dia.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - A Presi­dência vai começar imediatamente

O SR. AMAllRY MÜLLER - Obrigado.

mento nacional, ao Congresso, e quem fala sobre ela sãoos Deputados e Senadores.

Se, por acaso, o Dr. Roberto Batocchio, de quem souamigo e a quem vejo freqüentemente neste Parlamento ­devia vê-lo mais na Ordem - quiser intluir nessa matéria,lembro-lhe que as eleições para Deputado Federal são nodia 3 de outubro do próximo ano. Aí sim, S. Ex" "amassabarro", faz discurso, pega na mão do povo, toma cafezinhorequentado e pode falar sobre reforma constitucional.

Non sutor ultra crepidam. Não vá ao sapateiro além dossapatos. A reforma constitucional é assunto nosso! O Con­gresso é a Constituição viva, no dizer de Rui Barbosa (Muitohem! Palmas.)

O Sr. Luiz Carlos Hauly - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

o SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex' a palavra.

O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PP - PRo Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, é para abordar a questão dareabertura do Colégio Militar de Curitiba.

Em audiência à qual compareci ontem, na condição dePresidente da Comissão de Defesa Nacional, convidado peloMinistro do Exército, General-de-Exército Zenildo GonzagaZoroastro de Lucena, tive a oportunidade de abordar a ques­tão da reabertura do Colégio Militar de Curitiba.

Na ocasião, fui informado da real possibilidade de reati­vação do tradicional estabelecimento de ensino militar, quedepende, tamhém do deslinde de Ação Popular interpostaquando de seu fechamento.

Espero, Sr. Presidente, Srs. Deputados, que as questõesjudiciais e administrativas em torno do assunto sejam pronta­mente resolvidas e que a Instituição volte em breve a funcionarnormalmente, como o desejam todos os paranaenses, em espe­cial os jovens interessados em seguir a carreira militar, nasfileiras do glorioso Exército Brasileiro.

Aproveito a oportunidade para agradecer o convite deS. Ex'" parabenizando-o pela maneira com que vem dirigindoa Pasta que lhe foi confiada.

O Sr. Vladimir Palmeira - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex' a palavra.

O SR. VLADIMIR PALMEIRA (PT - RJ. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, queria lamentar o assassinatodo mais importante líder sindical do Rio de Janeiro, o compa­nheiro Batistinha.

Ontem, em nome da Liderança do PT, compareci aoenterro do companheiro Batistinha, ao lado de centenas denossos militantes e de representantes dos diferentes partidose sindicatos.

Batistinha foi Presidente do PT no Rio de Janeiro, Presi­dente do Sindicato dos Ferroviários e Deputado Federal antesde 1964. Teve uma trajetória de lutas, batalhou, foi perseguidopela ditadura militar, teve de se exilar, voltou ao Brasil c,na reconstrução do movimento dos ferroviários, na décadade 80, desempenhou um papel destacado na vitória das chapasque recuperaram o peso e a combatividade do Sindicato dosFerroviários. O assassinato do companheiro Batistinha. porprofissionais (dois pistoleiros entraram em sua casa e fuzilaramo líder sindical, que estava em sua cama, ao lado da sua

RORAIMA

ALCESTE ALMEIDAAVENIR ROSAFRANCISCO RODRIGUESJOAO FAGUNDESJULIO CABRALRUBEN BENTO

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OlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçüo I)

MARANHAO

Quinta-feira l) 14687

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AROLDO GOESERALDO TRINDADEGILVAM BORGESLOURIVAL FREITASMURILO PINHEIROSERGIO BARCELLOSVALDENOR GUEDES

PARA'

ALACID NUNESCARLOS KAYATHELIEL RODRIGUESGERSON PERESJOSE DIOGONICIAS RIBEIROOSVALDO MELOPAULO ROCHAVALDIR GANZER

AMAZONAS

ATlLA LINSBETH AZIZEEULER RIBEIROJOAO THOMEJOSE DUTRAPAUDERNEY AVELINO

RONDONIA

ANTONIO MORIMOTOCARLOS CAMURCAEDISON FIDELISMAURICIO CALIXTONOBEL MOURAPASCOAL NOVAESRAQUEL CANDIDO

ACRE

CELIA MENDESFRANCISCO DIOGENESJOAO MAIAJOAO TOTAMAURI SERGIORONIVON SANTIAGOZlLA BEZERRA

TOCANTINS

DARCI COELHOLEOMAR QUINTANILHAOSVALDO REIS

PDTPPRPMDBPTBLOCOBLOCOPP

BLOCOBLOCOPMDBPPRPPRPMDBPPRPTPT

BLOCOPDTPMDBPMDBPMDBPPR

PPRPPPSDBLOCOPPBLOCOBLOCO

PPRPPRPPPPRPMDBPPRPMDB

CESAR BANDEIRACID CARVALHOCOSTA FERREIRADANIEL SILVAHAROLDO SABOIAJOAO RODOLFOJOSE BURNETTJOSE CARLOS SABOIAJOSE REINALDONAN SOUZAPEDRO NOVAISRICARDO MURAD

CEARA

ARIOSTO HOLANDACARLOS BENEVIDESCARLOS VIRGILIOCESAR CALS NETOEDSON SILVAERNANI VIANAETEVALDO NOGUEIRAGONZAGA MOTAJACKSON PEREIRAJOSE LINHARESLUIZ GIRA0MAURO SAMPAIOMORONI TORGANPINHEIRO LANDIMSERGIO MACHADOUBIRATAN AGUIARVICENTE FIALHO

PIAUIB. SACIRO NOGUEIRAFELIPE MENDESJOAO HENRIQUEJOSE LUIZ MAIAMURILO REZENDEMUSSA DEMESPAULO SILVA

RIO GRANDEFERNANDO FREIREFLAVIO ROCHAIBERE FERREIRAJOAO FAUSTINOLAlRE ROSADONEY LOPES

PARAIBA

BLOCOPMDBPPPPRPTPPRPRNPSBBLOCOPPPPRBLOCO

PSBPMDBPPRPSDPDTPPBLOCOPMDBPSDBPPPDTPSDBPSDB·PMDBPSDBPMDBBLOCO

PPBLOCOPPRPMDBPPRPMDBBLOCOPSDB

DO NORTEPPRPLBLOCOPSDBPMDBBLOCO

BLOCOBLOCO

14688 Quinta-feira I{ DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Julho de 1993

EVALDO GONCALVESFRANCISCO EVANGELISTAIVANDRO CUNHA LIMAJOSE LUIZ' CLEROTJOSE MARANHAORAMALHO LEITEVITAL DO REGOZUCA MOREIRA

PERNAMBUCO

ALVARO RIBEIROFERNANDO LYRAINOCENCIO OLIVEIRAJOSE CARLOS VASCONCELLOSJOSE JORGEJOSE MENDONCA BEZERRAMAURILIO FERREIRA LIMAMAVIAEL CAVALCANTIMIGUEL ARRAESNILSON GIBSONOSVALDO COELHOPEDRO CORREARENILDO CALHEIROSRICARDO FIUZAROBERTO FRANCAROBERTO FREIREROBERTO MAGALHAESSALATIEL CARVALHOSERGIO GUERRATONY GELWILSON CAMPOS

BAHIAALCIDES MODESTOJAIRO CARNEIROUBALDO DANTAS

MINAS GERAIS

ALVARO PEREIRAANNIBAL TEIXEIRAARACELY DE PAULAARMANDO COSTAAVELINO COSTACAMILO MACHADOEDINHO FERRAMENTAELIAS MURADGENESIO BERNARDINOHUMBERTO SOUTOIBRAHIM ABI-ACKELIRANI BARBOSAISRAEL PINHEIROJOAO PAULOJOSE GERALDOMARCOS LIMAMAURICIO CAMPOS

BLOCOPPRPMDBPMDBPMDBBLOCOPDTPMDB

PSBPDTBLOCOPRNBLOCOBLOCOPMDBPRNPSBPMDBBLOCOBLOCOPCdoBBLOCOPSBPCBBLOCOPPPSBPRNPMDB

PTBLOCOPSDB

PSDBBLOCOBLOCOPMDBPPRBLOCOPTPSDBPMDBBLOCOPPRPSDBLOCOPTPMDBPMDBPL

NILMARIO MIRANDAOSMANIO PEREIRAPAULO DELGADOPAULO ROMANOPEDRO TASSISRONALDO PERIMSAMIR TANNUSSAULO COELHOSERGIO FERRàRASERGIO MIRANDASERGIO NAYATARCISIO DELGADOWILSON CUNHAZAIRE REZENDE

ESPIRITO SANTO

ETEVALDA GRASSI DE MENEZESHELVECIO CASTELLOJONES SANTOS NEVESJORIO DE BARROSNILTON BAIANORITA CAMATAROBERTO VALADAOROSE DE FREITAS

RIO DE JANEIROALDIR CABRALALVARO VALLECARLOS ALBERTO CAMPISTACYRO GARCIAEDUARDO MASCARENHASFABIO RAUNHEITTIJAIR BOLSONAROJANDIRA FEGHALIJOSE CARLOS COUTINHOJOSE EGYDIOJUNOT ABI-RAMIALAERTE BASTOSLUIZ SALOMAOMARINO CLINGERMIRO TEIXEIRAPAULO DE ALMEIDAPAULO PORTUGALPAULO RAMOSSANDRA CAVALCANTISERGIO AROUCASERGIO CURYSIDNEY DE MIGUELSIMAO SESSIMVLADIMIR PALMEIRA

SAO PAULO

ADILSON MALUFALBERTO HADDADALDO REBELO

PTPSDBPTBLOCOPMDBPMDBPPRPSDBPMDBPCdoBPMDBPMDBBLOCOPMDB

BLOCOPSDBPLPMDBPMDBPMDBPMDBPSDB

BLOCOPLPDTPTPSDBBLOCOPPRPCdoBPDTPPRPDTPDTPDTPDTPDTPSDPDTPDTPPR,PCBPDTPVBLOCOPT

PMDBPPPCdoB

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 146W)

CARDOSO ALVESCHICO AMARALDIOGO NOMURAEDUARDO JORGEERNESTO GRADELLAEUCLYDES MELLOFABIO MEIRELLESHEITOR FRANCOJOSE ABRAOJOSE ANIBALJOSE DIRCEUJOSE GENOINOJOSE MARIA EYMAELJOSE SERRALIBERATO CABOCLOLUIZ GUSHIKENLUIZ MAXIMOMANOEL MOREIRAMARCELINO ROMANO MACHADOMARCELO BARBIERIMAURICIO NAJARNELSON MARQUEZELLIOSWALDO STECCAPEDRO PAVAOROBERTO ROLLEMBERGROBSON TUMATADASHI KURIKITUGA ANGERAMIVADAO GOMESVALDEMAR COSTA NETO

MATO GROSSO

AUGUSTINHO FREITASITSUO TAKAYAMAJONAS PINHEIRORICARDO CORREARODRIGUES PALMAWELINTON FAGUNDES

DISTRITO FEDERAL

AUGUSTO CARVALHOBENEDITO DOMINGOSCHICO VIGILANTEJOFRAN FREJATMARIA LAURAOSORIO ADRIANOSIGMARINGA SEIXAS

GOlAS

ANTONIO FALEIROSHALEY MARGONJOAO NATALLAZARO BARBOSALUCIA VANIAMAURO MIRANDA

BLOCO PAULO MANDARINO PPRPMDB PEDRO ABRAO PPPL ROBERTO BALESTRA PPRPT VILMAR ROCHA BLOCOS/P VIRMONDES CRUVINEL PMDBPRNPPR MATO GROSSO DO SULPPRPSDB ELISIO CURVO PRNPSDB· FLAVIO DERZI PPPT GEORGE TAKIMOTO BLOCOPT JOSE ELIAS BLOCOPP NELSON TRAD BLOCOPSDB VALTER PEREIRA PMDBPDTPTPSDB PARANAPMDBPPR ANTONIO BARBARA PMDBPMDB ANTONIO UENO BLOCOBLOCO BASILIO VILLANI PPRBLOCO CARLOS ROBERTO MASSA PPPMDB CARLOS SCARPELINI PPPPR EDESIO PASSOS PTPMDB EDI SILIPRANDI PDTPL ELIO DALLA-VECCHIA PDTPPR FLAVIO ARNS PSDBPSDB IVANIO GUERRA BLOCOPP JOSE FELINTO .PPPL LUIZ CARLOS HAULY PP

MAX ROSENMANN PDTMOACIR MICHELETTO PMDBMUNHOZ DA ROCHA PSDB

BLOCO ONAIREVES MOURA PSDBLOCO OTTO CUNHA PRNBLOCO PAULO BERNARDO PTPL PINGA FOGO DE OLIVEIRA PPBLOCO REINHOLD STEPHANES BLOCOPL RENATO JOHNSSON PP

WERNER WANDERER BLOCO

PCB SANTA CATARINAPPPT ANGELA AMIN PPRBLOCO CESAR SOUZA BLOCOPT DEJANDIR DALPASQUALE PMDBBLOCO EDISON ANDRINO PMDBPSDB HUGO BIEHL PPR

JARVIS GAIDZINSKI PPRLUIZ HENRIQUE PMDB

PSDB NELSON MORRO BLOCOPMDB ORLANDO PACHECO BLOCOPMDB PAULO DUARTE PPRPMDB RUBERVAL PILOTTO PPRPP VALDIR COLATTO PMDBPMDB VASCO FURLAN PPR

I46lJO Quinta-feira 1'\ DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Julho de 1993

Apresentação de Proposições

o SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - A lista depresença registra o comparecimento de 304 Senhores Depu­tados.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) -

Os Senhores Deputados que tenham proposiçôes a apre­sentar poderão fazê-lo.

APRESENTAM PROPOSIÇÕES OS SENHORES:

JOSÉ DIRCEU - Requerimento de informações ao Mi­nistério da Marinha sobre contratos com a Helibrás para forne­cimento de bens e serviços.

- Requerimento de informações ao Mi!1istério da Aero­náutica sobre contratos com a Helíbrás para fornecimentode bens e serviços.

- Requerimento de informaçôes ao Ministério do Exér­cito sobre contratos com a Helibrás para fornecimento debens e serviços.

- Requerimento de informações à Secretaria de Assun­tos Estratégicos da Presidência da República sobre rejeitasradioativos depositados nas dependências do IPEN/CNEN,Estado de São Paulo.

MAURÍCIO CAMPOS - Requerimento de informa­ções ao Ministério de Minas e Energia sobre distribuição derecursos financeiros, por intermédio da Companhia Vale doRio Doce, a Municípios do Estado de Minas Gerais.

CYRO GARCIA - Requerimento ao Presidente da Câ­mara dos Deputados para encaminhamento à deliberação doPlenário de moção de apoio aos trabalhadores da FundaçãoNacional de Saúde.

JOSÉ FORTUNATTI - Requerimento de informaçõesao Ministério da Previdência Social sobre causas da interven­ção na Fundação de Previdência dos Funcionários da CaixaEconômica Federal.

RIO GRANDE DO SUL

ADAO PRETTOADROALDO STRECKADYLSON MOTTAAMAURY MULLERCELSO BERNARDIEDSON MENEZES SILVAFETTER JUNIORGERMANO RIGOTTOHILARIO BRAUNIBSEN PINHEIROJOAO DE DEUS ANTUNESJOSE FORTUNATILUIS ROBERTO PONTENELSON JOBIMNELSON PROENCAODACIR KLEINPAULO PAIMPRATINI DE MORAESVALDOMIRO LIMAVICTOR FACCIONIWILSON MULLER

PTPSDBPPRPDTPPRPCdoBPPRPMDBPMDBPMDBPPRPTPMDBPMDBPMDBPMDBPTPPRPDTPPRPDT

CHICO AMARAL - Requerimento de informações aoPoder Executivo, por intermédio do Ministério do Bem-EstarSocial, sobre concessão de Certificados de Fins Filantrópicos.

NELSON MORRO - Projeto de lei que dá nova redaçãoao caput do art. 7" da Lei n" 8.541, de 1992, e revoga seu§ 1"

EDSON MENEZES SILVA - Requerimento de infor­mações à Secretaria de Planejamento, Orçamento e Coorde­nação, por intermédio do Banco Nacional de Desenvolvimen­to Econômico e Social, sobre operação realizada entre a COSI-PA e a empresa Pérsico Pizzamiglio. .

JOÃO FAUSTINO - Projeto de lei que concede fériase gratifcação natalina aos trabalhadores aut6nomos e equipa­rados.

- Projeto de lei que disciplina a contratação de menoresassistidos por entidades beneficentes.

PAUDERNEY AVELINO - Requerimento de infor­maçóes ao Ministério de Minas e Energia sobre o pagamentode royalties ao Estado do Amazonas e ao Município de Coari,em razão da exploração de petróleo e gás natural, pela Petro­bnís, no poço de Urucu, naquele Município.

NELSON MARQUEZELLI - Indicação ao Poder Exe­cutivo, por intermédio do Ministério da Fazenda, de adoçãode medidas para solução do problema habitacional e fortaleci­mento da Caixa Econ6mica Federal.

ELIEL RODRIGUES - Requerimento de informaçõesao Tribunal Superior Eleitoral sobre despesas relativas à reali­zação do plebiscito de 21 de abril.

ONAIREVES MOURA - Projeto de lei que regula­menta as operaçóes, os planos e as condições dos títulos decapitalização.

ÁLVARO VALLE - Projeto de lei que estabelece nor­mas sobre a realização de concursos públicos para admissãode servidores civis no ámbito da União.

VALDIR COLATTO - Projeto de lei que dispensa demulta pecuniária adiamento a declaração de bens, apresentadoapós sua entrega, nas condições que especifica.

JACKSON PEREIRA - Projeto de lei que altera alegislação do Imposto de Renda, e dá outras providências.

- Projeto de lei que altera a legislação do Imposto deRenda, para restabelecer a dedução dos tributos e das contri­buições pelo regime de competência.

- Projeto de lei que faculta às pessoas jurídicas tribu­tadas com base no lucro real determinarem a base de cálculoda contribuição social sobre o lucro, segundo as regras dedeterminação da base de cálculo estimada do imposto sobrea renda.

JOÃO NATAL - Requerimento ao Presidente da Câ­mara dos Deputados de inserção nos Anais da Casa do artigo"0 Homem e a Cidade", de autoria de Evandro Magal, rela­tivo ao quarto aniversário de instalação de Município de RioQuente, Estado de Goiás.

WALDIR PIRES, EDUARDO JORGE E OUTROS- Proposta de emenda à Constituição que altera o incisoIV do art. 167 e o art. 198 da Constituição da República.

PAULO PORTUGAL - Projeto de lei que dispõe sobreo exercíci,o da profissão de Agente de Saúde Comunitária.

JOSE DIRCEU E OUTROS - Projeto de resoluçãoque cria a Comissão Permanente de Controle Externo, naCâmara dos Deputados, e dá outras providências.

FRANCISCO RODRIGUES - Projeto de lei que con­cede isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados paraaeronaves e produtos aeronáuticos, bem como do imposto

Julho de 19li3 OlARro DO CONGRESSO NACIONAL (Seçáo I) Quinta-feira 8 146Y 1

de importação para produtos aeromíuticos. e dü outras provi­dências.

- Requerimento ao Presidente da Câmara dos Depu­tados de retirada de tramitação dos Projetos de Lei n'" 3.910e 3.lill, de 1lili3, de sua autoria. .

- Requerimento ao Presidente da Câmara dos Depu­tados para encaminhamento do Projeto de Lei Complementarn" 140, de 1Y92, de autoria da Sr' Deputada Tereza Jucá,criando o Programa Especial de Descnvolvimento para osEstados de Roraima e Amapá, à deliberaçáo da Comissãode Viação e Transportes.

SALATIEL CA RVALHO - Projeto de lei que cria aCarreira de Fiscal Federal do Trabalho e seus cargos. fixao's valores de seus vencimentos e dá outras providências.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Esta Presi­dência gostaria de pedir aos Srs. Deputados que permaneçamem Brasília, pois amanhã, às 1l1h, votaremos a LDO, conformeacerto do Presidente e dos Líderes da CLlmara dos Deputadoscom o Presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional,Senador Humberto Lucena. Caso haja necessidade de votar­mos a Política Nacional de Salários, convocaremos uma sessãoextraordinária para fazê-lo, desde que o projeto saia do Sena­do com um acordo.

Portanto, temos o compromisso de votar tamhém a Polí­tica Nacional de Salários.

A Presidência pede aos Srs. Deputados que permaneçamem Brasília para que possamos realmente, no dia lO, estarlivres.

Caso haja necessidade, os Presidentes da Cámara dosDeputados e do Senado Federal faráo uma autoconvocaçãodo Congresso, destinada à apreciaçáo de matérias que o Sena­do precisa votar, mas que a C,imara já votou. Seriam. assim.matéria apenas a serem suhmetidas à apreciação do Senado,porque a Câmara já não tem nenhuma matéria t,io importanteassim para ser votada.

No entanto, se votarmos amanhã à noite a LDO, a Câma­ra já teria praticamente esgotado toda a sua pauta. Se houvessenecessidade, como dito, far-se-ia apenas uma autoconvocaçiodo Congresso, para que o Senado pudesse votar aquelas maté­rias pendentes de sua deliberação.

Portanto, a Presidência pede a permanência dos Srs. De­putados em Brasília até a próxima sexta-feira à noite, e nosábado, dia 10, entraríamos em recesso. A Presidência fazeste apelo para que os nobres Pares permaneçam em Brasíliaaté sexta-feira à noite, porque nesse dia, pela manhã, poderáhaver uma sessão extraordinária para a apreciação do projetoque dispõe sobre a Política Nacional de Salários.

O Sr. Adylson Motta - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex' a palavra.

O SR. ADYLSON MOTTA (PPR - RS. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, gostaria que o Deputado NilsonGibson ficasse atento. Hoje, S. Ex" encaminhou à Mesa ques­tão de ordem em que questiona a validade de qualquer votaçãoapós a apreciação da LDO.

A Constituição Federal e o Regimento Interno são muitoclaros quando dizem que os trabalhos legislativos cessarãono dia 30, apenas entrando no mes de julho, se for o caso,para a votação da LDO. O primeiro questionamento seriase temos condições ou não de votar outras matérias que nãoa LDO. O segundo questionamento seria: votada a LDO,

não temos por que ficar um minuto mais em Brasl1ia, porqueteríamos cumprido a nossa ohrigação. Só com convocaçãoextraordinária. Diga-se de passagem, Sr. Presidente. antesque se dê esta interpretação, que não estou aqui defendendoessa convocação extraordinária. Apenas quero alertar a Casapara o fato de que não teremos condições de votar outramatéria se não houver convocação extraordinária ou se votar­mos a LDO. Talvez com maior propriedade o Deputado Nil­son Gibson possa, repetindo agora a sua questão, esclarecero assunto.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Esta Presi­déncia concorda com o nobre Vice-Presidente Adylson Motta.porque a Constituição é clara:

.. Art. 57. . .

§ 2" A sessão legislativa não será interrompidasem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orça­mentárias. "

Portanto, a falta de aprovação dessa lei prorroga os nossostrabalhos não só para a sua votação, mas para a apreciaçãode todas as matérias. Se votarmos amanhã a LDO e nãotivermos apreciado ainda o projeto que dispõe sobre a políticanacional de salários, o que espero que não aconteça, haveráuma autoconvocação do Congresso Nacional, a ser feita pelosPresidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal,para a votação dessa matéria. Não há outra maneira. É umcompromisso nosso votar esse projeto. Não há por que nãofazê-lo. E não haverá pagamento aos Srs. Congressistas, por­que será uma continuidade do trabalho. Digo isto para quea opinião pública fique esclarecida e para que mío se penseque se vai fazer convocação paga. Não haverá pagamentoem decorrência dessa autoconvocação, se ela vier a ser feita,porque se tratará apenas de uma continuação dos nossos traba­lhos.

O Sr. Amaury Müller - Sr. Presidente. peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex' a palavra.

O SR. AMAURY MÜLLER (PDT - RS. Sem revisãodo orador.) -Sr. Presidente, ainda que respeite o cronogramaque V. Ex" propõe, creio que temos um dever de naturezasocial, um compromisso inadiável com os trabalhadores. En­tão, eu me permitiria discordar: enquanto não votarmos oprojeto que trata da política salarial, não podemos votar aLDO. Acho que o caminho correto é este, respeitando inclu­sive a vontade da esmagadora maioria, senão da totalidadedos membros desta Casa. Isto eliminaria a possibilidade deautoconvocação. .

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Então ficaajustada a votação da LDO para amanhã à noite. caso játivermos votado a política nacional de salários.

O SR. AMAURY MÜLLER - Devemos votar antes apolítica salarial para, depois, votarmos a Lei de DiretrizesOrçamentárias.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Vai-se pas­sar à apreciação da matéria que está sobre a mesa e da cons­tante da

14692 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

ORDEM DO DIA

o SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - ComissãoRepresentativa do Congresso Nacional.

Srs. Deputados, cumprindo o disposto no § 4º do art.58 da Constituição Federal, na última sessão ordinária desteperío?o legislativo devemos fazer a eleição dos representantesda Camara dos Deputados na Comissão Representativa doCongresso no período de 12 a 31 de julho de 1993. Os partidospolíticos indicaram, na proporção da sua expressão numérica,os integrantes da Comissão.

A Mesa vai submeter os nomes à aprovação do Plenário,pelo processo de aclamação, se esse for o desejo do Plenário.

A composição é fruto de acordo político de todos ospartidos com expressão numérica para se fazerem representarna Comissão Representativa.

A Mesa, à medida que for lendo os nomes, vai pedira manifestação do Plenário. .

.PM~B. Titulares: Frei~e Júnior-sim; Germano Rigotto- sim; Lazaro Barbosa - sim. Suplentes: Genebaldo Correia- sim; Genésio Bernardino - sim; Sérgio Naya - sim. PFL.Titulares: Délio Braz - sim; Humberto Souto - sim; OsórioAdriano - sim. Suplentes: Luís Eduardo - sim' José CarlosAleluia :- sim; Paes Landim - sim; PPR. Titulares: Joãode I:?eus Antunes - sim; Luciano Castro - sim; Pedro Pavão- sim. Suplentes: Carlos Virgílio - sim; Maria Valadão ­sim~ Samir Tannus - sim. PDT. Titulares: Vital do Rêgo-sim. Suplente: Miro Teixeira-sim. PSDB. Titular: Sigma­ringa Seixas - sim. Suplente: Antônio Faleiros. PT. Titular:Maria Laura - sim. Suplente: Vladimir Palmeira - sim.PP. Titular: Benedito Domingos. Suplente: Lúcia Vânia ­sim. PTB. Titular: Carlos Kayath - sim. Suplente: PauloHeslander - sim. PRN. Titular: Paulo Octávio - sim. Su­plente: Zé Gomes da Rocha - sim. PL. Titular: ValdemarCosta Neto - sim. Suplente: Ricardo Corrêa - sim.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Está apro­vada, portanto, a representação da Câmara dos Deputadosna C.?missão Representativa do Congresso Nacional, por acla­maçao.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Sobre amesa requerimento do Sr. Deputado Freire Júnior, Presidented~ Comissã? Parlamentar de Inquérito destinada a investigarcnmes de plstolagem na chamada área do Bico do Papagaio,no sentido de que os trabalhos da referida Comissão sejamprorrogados por mais 60 dias.

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO

Destinada a investigar crimes depistolagem nasregiões Centro-Oeste e norte, especialmente na chamadaárea do "Bico do Papagaio".

Ofício n" 145/93-Pres.A Sua Ex" o SenhorDeputado Inocêncio OliveiraDD. Presidente da Câmara dos Deputados

Brasl1ia, 24 de junho de 1993Senhor Presidente,Como é do conhecimento de V. Ex~ esta Comissão Parla­

mentar de Inquérito, instalada no dia 19 de novembro de1992, a requerimento do Deputado Edmundo Galdino, estácom o seu prazo já prorrogado e a ser extinto no próximoç1i~ 9 de julho do corrente.

2. Após a instalação da Comissão. da eleição do Presi­dente, Vice-Presidentes e designação do Relator, foi aprovadoo Roteiro Básico para orientar os seus trabalhos, podendoser complementado e, se necessário, alterado, de acordo como andamento das discussões, levando-se em conta a definiçãode seus objetivos, que devem nortear todo o processo investi­gatório, com a convocação de autoridades competentes, repre­sentantes de entidades diretamente ligadas ao problema, cujosdepoimentos possam auxiliar no curso das investigações e,também, familiares das vítimas que tombaram ante a miraimplacável e criminosa de um pistoleiro de alugllel.

3. No entanto, já no início dos nossos trabalhos avolu­maram-se as denúncias chegadas de diversos Estados da regiãoNordeste, o qual levou o Sr. Deputado Alcides Modesto aapresentar um requerimento ampliando a área de investigaçãoda CPI para os Estados da Bahia, Pernambuco, Sergipe, Ala­goas, requerimento esse aprovado por unanimidade.

4. Com o prosseguimento dos trabalhos e levando-seem conta as denúncias que continuaram chegando à Comissão,somadas às relações de crimes de homicídios com indíciosde "pistolagem", encaminhadas pelos Secretários de Segu­rança Pública e Procuradores-Gerais de Justiça de todos osEstados das regiões abrangidas pela área de investigação, hou­ve a necessidade imperiosa de estender também a área deinvestigação aos demais Estados do Nordeste. proposta peloRelator da CPI, Deputado Edmundo Galdino.

5. Assim, foram feitas diligências e tomaram-se depoi­mentos de diversas autoridades, representantes de entidades,familiares de vítimas de "pistolagem" e religiosos nos Estadosde Alagoas, Pernambuco, Paralba. Maranhão e, por último,São Paulo, onde o Sr. Relator colheu o depoimento dos pisto­leiros que assassinaram o ex-Governador do Acre, EdmundoPinto.

6. Ainda estão por fazer as diligencias e tomada dedepoimentos em alguns Estados da região Norte, como Ron­dônia, Amapá, Roraima, regiões com alta incidência de crimeobjeto de investigação desta CPI, e, especialmente, na chama­d~ região do "Bico do Papagaio".

7. C:0mo ~on~eqüência natural de todo esse esforço parase cumpnr a fmahdade para a qual esta CPI foi criada aapurar os inúmeros casos dessa modalidade criminosa cogno­minada de "pistolagem", crime de mando, de aluguel, quejá silenciou a voz do Governador do Estado do Acre, deDeputados, Vereadores, Prefeitos, Jornalistas, Religiosos eTrabalhadores Rurais, as providências resultantes de todasessas diligências continuam pendentes, a requerer uma decisãopolítica e jurídica com fundamento nos poderes constitucionaise leg~is inerentes a esse instituto de investigação parlamentar,que e a CPI.

8. Muitos Parlamentares têm levantado as suas vozes,sensíveis ao clamor da sociedade que acompanha os trabalhosdesta CPI com bastante esperança e confiança nos resultadosbenéficos que advirão por certo do Relatório Final.

9. Pelo exposto e atendendo a proposta de prorrogaçãodos trabalhos deste Colegiado aprovada por unanimidade emreunião realizada hoje, solicito a V. Ex' as providências neces­sárias e urgentes para a deliberação desse Plenário para con­cessão desse prazo excepcional de mais sessenta dias paraa conclusão dos trabalhos desta Comissão, como já ocorreuco.m a CPI. que investigou a Violência no Campo (onde ocnme de "plstolagem" figurou como apêndice daquela comis­são e não pôde ter sido investigado em suas causas e origens).

lulhode 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14693

Contando com a acolhida de V. Ex' a fim de que estaComissão possa cumprir sua destinação regimental, renovoprotestos da mais elevada estima e distinta consideração. ­Deputado Freire Júnior, Presidente.

o SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Em votaçãoo requerimento. (Pausa.)

Aprovado.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem a pala-vra o Deputado Nan Souza. .

O SR. NAN SOUZA (PP - MA. Sem revisão do orador.)- Sr. Presidente, faço um registro muito especial. Três cida­des maranhenses, duas centenárias e uma bicentenária, estãocomemorando neste mês, nos dias 8 e 11, seus aniversáriosde fundação: Carolina, cidade turística; Viana, a mais antigadelas, e Turiaçu. Encaminho à Mesa o expediente em quefaço esse registro.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Requeri­mento:

Requeremos, nos termos do art. 155 do RegimentoInterno, apreciação em regime de urgência do Projetode Lei Complementar n" 146, de 1993, que cria o FundoPenitenciário Nacional- FUNPEN, e dá outras provi­dências.

Sala das Sessões, 7 de julho de 1993. Assinam:Roberto Freire, Líder do Governo; Rodrigues Palma,

PTB; João Almeida, Vice-Líder do PMDB; José Luiz Maia,Líder do PPR; Ney Lopes, Vice-Líder do Bloco Parlamentar;Valdemar Costa Neto, Líder do PL; Edésio Passos, Vice-Líderdo PT; Salatiel Carvalho, Líder do PP; Jabes Ribeiro, Vice­Líder do PSDB; Luiz Piauylino, Vice-Líder do PSB; PedroNovais, PPR; e Luiz Salomão, Líder do PDT.

Ficou entendido, no Colégio de Líderes, que se votariaa urgência e se deixaria a apreciação da matéria para o mêsde agosto.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Em votaçãoo requerimento. (Pausa.)

Aprovado.A matéria virá à pauta em agosto próximo.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Sobre amesa requerimento nos seguintes termos:

Sr. Presidente, nos termos do art. 155 do Regi­mento Interno, requeremos urgência para o Projetode Resolução n9 169&93, da Mesa Diretora, que dispõesobre a Secretaria de Controle Interno.

Assinam: Luís Eduardo, Líder do Bloco Parlamentar;Roberto Freire, Líder do Governo, Genebaldo Correia; Líderdo PMDB - José Luiz Maia, Líder do PPR; Valdemar CostaNeto, Líder do PL; Sérgio Arouca, PPS; Luiz Máximo, Vice­Líder do PMDB; Maviael Cavalcanti, Vice-Líder do PRN;e Luiz Salomão, Líder do·PDT.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Em votaçãoo requerimento.

Os Srs. Parlamentares que o aprovam permaneçam comose encontram. (Pausa.)

Aprovado.A matéria virá à pauta na sessão de hoje.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Sobre amesa requerimento nos seguintes termos:

Sr. Presidente, solicitamos a V. Ex', nos termosdo art. 155 do Regimento Interno, urgência para trami­tação do PDL n" 298/93, do Deputado Roberto Freire,que dá nova redação ao art. 4" do Decreto Legislativon" 92, de 1992.

Sala das sessões, 7 de julho de 1993.

Assinam: Roberto Freire, Líder do Governo; Luís Eduar­do, Líder do Bloco Parlamentar; José Luiz Maia, Líder doPPR; Genebaldo Correia, Líder do PMDB; Valdemar CostaNeto, Líder do PL; Sérgio Arouca, PPS; Rodrigues Palmas,PTB; Osvaldo Reis, PP; Luiz Máximo, Vice-Líder do PSDB;Maviael Cavalcanti, vice-Líder do PRN; Vladimir Palmeira,Líder do PT; Aldo Rebelo, Líder dó PC do B; e Luiz Salomão,Líder do PDT.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Em votaçãoo requerimento.

Os Srs. Parlamentares que o aprovam permaneçam comose encontram. (Pausa.)

Aprovado.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Sobre amesa requerimento nos seguintes termos:

Sr. Presidente, requeremos. nos termos do art.155 do Regimento Interno, urgência para tramitaçãodo Projeto de Lei n" 1,90Y-A. de ]Y91, que dispõesobre a cortratação de pessoal por tempo determinadopara atender a necessidade temporária de excepcional

. interesse público e dá nova redàção ao art. 67 da Lein" 7.501, de 27 de junho de 1986.

Sala <;lás Sessões. 7 de julho de 1993.

Assinam: Genebaldo Correia, Líder do PMDB; LuisEduardo, Líder do Bloco Parlamentar; José Luiz Maia; Líderdo PPR; Valdemar Costa Neto, Líder do PL; Sérgio Arouca,PPS; Salatiel Carvalho, Líder do PP; Luiz Salomão, Líderdo PDT; Luiz Maximo, Vice-Líder do PSDB; e Vladimir Pal­meira, Líder do PT.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Em votaçãoo requerimento. . . ,

Os Srs. Parlamentares que o aprovam permaneçam comose encontram. (Pausa.)

Aprovado.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Sobre amesa requerimehto nos seguintes termos:

Sr. Presidente. solicitamos a V. Ex". nos termosdo art. 155 do Regimento Interno, urgência para trami­tação do PL n' 3.9841Y3, do Poder Executivo, que dis­põe sobre a política de remuneração dos servidorespúblicos civis e militares da Administração Federal Di­reta. Autárquica e fundacionaL e dá outras providên­cias.

Sala das SessOes. 7 de julho de 1993.

Assinam: Genebaldo Correia,Líder do PMDB; José LuizMaia, Líder do PPR; Luís Eduardo, Líder do Bloco Parla­mentar, Roberto Freire, Líder do Governo, Osvaldo Reis,PP; Luiz Máximo, Vice-Líder do PSDB; Sérgio Arouca, PPS;Valdemar Costa Neto, Líder do PL.

14694 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

o SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) -Em votaçãoo requerimento. (Pausa.)

Aprovado..

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) ­

PROJETQ DE RESOLUÇÃON9 169, DE 1993

(Da Mesa)

Discussão, em turno único, do Projeto de Resolu­ção n9 169, de 1993, que dispõe sobre a Secretariade Controle Interno da Câmara dos Deputados e dáoutras.providências. Tepdo parecer da Mesa, pela apro­vação. (Relator: Sr. Adylson Motta.)

O Sr. José Dirceu - SL Presidente, peço a palavra paradiscutira matéria.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - V. Ex' tema palavra.

O SR. JOSÉ DIRCEU (PT - SP. Sem revisão do orador.)- Sr. Presidente, quando l num programa de televisão, fuiquestionado sobre a Câmara. dos Deputados, disse que nós.daríamos o exemplo instituindo o controle interno na Casa.além da nossa vinculação ao SIAFI.

Em boa honi o Deputado' Augusto Carvalho, do PPS,fez junto à. Mesa representáção no sentido de que a Casavotasse e adotasse essas exigências de controle e de fiscalizaçãodemocrática e moderna, Sr. Presidente.

Quero cumprimentar a Mesa por apresentar o Projetode Resolução n9 169/93, ao qual, SL Presidente, dou o meuapoio. No entanto, quero contar com a compreensão de' V.Ex', dos de mais mem,bros da Mesa e das Lideranças destaCasa exatamente nest.e momento em que estamos debatendocom o Poder Executivo a.Qrganização de seu. sistema de con-,trole interno. Ele será.criado como secretaria. ligada à Presi­dência da República, com características que vêm exatamentepôr fim à secretaria organizada hoje, ainda que sem esse cará­ter. O que estamos pendindo? Que não seja apenas um órgãode assessoria, mas, sim, de fiscalização, com autonomia doPoder Executivo, tendo seus integrantes mandato, confirmado·pelo Senado, de prazo fixo. ,Portanto, que haja. definição. dotipo de mandato e da forma de indicação, dotação orçamen­tária própria e garantia de· pub1icidade, para. que não hajaum exame prévio, por parte da Presidência da República edo Executivo, dos atos do sistema de controle interno dopoder. Há mais. Há, na verdade, uma carreira própria. Hárecursos materiais e, inclusive, a possibilidadé de est!ibelecersanções.

Então, Sr. Presidente, no momento em que surge debatepúblico no País com relação à Secretaria de Controle Internodo Poder Executivo, nós avançamos, porqueoSL Presidenteda República e o atual Ministro da Fazend~,'Sr. Fernando.Henrique Cardoso, aceitaram indicações do Poder Legisla­tivo, de vários Deputados, particularmente do Deputado Jack­son Pereira, do PSDB, que se tem empenhado nessa questãohá muito tempo, junto com outros Deputados de outros par-tidos.' '

Proponho, ao não ver contemplados no projeto de resolu­ção da Mesa estes ítens , que emenda substitutiva que estouapresentando - "fica criada, na estrutura ,da Câmara dosDeputados, a Secretaria de Controle Interno, com autonomiae -unidade orçamentária própria, cujas competências e estru­turas administrativas serão definidas no prazode sessenta diasa partir da data da presente resolução" seja aprovada, para

que, depois, as Lideranças e a Mesa possam estabelecer oque a Mesa pretendeu estabelecer ao estipular a competênciada Secretaria e do Secretário, ao estipular a quem se reporta,ao Presidente, e ao estabelecer a função comissionada deauditor, já que a estrutura, os cargos e as demais competênciastambém serão depois definidas por resolução da Mesa.

Então, acredito que a emenda substitutiva satisfaz o nossoobjetivo, inclusive o do Deputado Augusto Carvalho e o daMesa, mas nos dá um espaço, que nãGo<precisa ser de sessenta .dias, para negociarmos, junto ao Colégio de Líderes, essasquestões que levantei e que acredito serem relevantes. Nãoé possível, do ponto de vista da administração pública, umcontrole interno que não tenha autonomia, mandato e formade indicação, dotação orçamentária própria e garantia de pu­blicidade. Não pode haver relação, na verdade subordinação,entre o controlador e a Mesa da Casa, seja através do Presi­dente, seja através da Mesa. É preciso dar esse caráter deautonomia, para garantir o controle. Portanto, faço um apeloàs Lideranças,para que votem na minha emenda substitutiva,que não vai impedir, e podemos negociar no Colégio de Líde­res, a regulamentação dessa Secretaria de Controle Interno.

O 'Sr. Gérson Peres' - Sr. Presidente; peço a palavrapara d{scutir a matéria.

O SR:·PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) -Com a pala­vra o Deputado Gérson Peres.

O SR. GERSON PERES (PPR - PA. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, a iniciativa é boa, mas a oportu­nidade não, salvo melhor juízo. Tenho sempre me insurgidoaqui contra acriação dessas secretarias. Ontem, foi a da Secre­taria Nacional de Entorpecentes, com mais doze cargos deDAS. Depois, uma secretaria de outro Ministério. Quero le­vantar uma preocupação e desejo uma informação do Relator,que, aliás, é um homem judicioso e sempre cuidadoso, masnão abordou o tema do momento, ou seja, que não podemosestar fazendo despesas. A Câmara dos Deputados tem muitosbons funcionários e técnicos. Vamos aproveitar esse pessoal.

Diz o art. 49 do projeto:

. "OSecretário de Controle Interno reporta-se dire­tamente ao Presidente da Câmara dos Deputados."

Fica transformada em Secretário de Controle Interno,código FC, a Função Comissionada de Auditor, código FC-07.Quero saber se este artigo ;;e refere a uma função gratificadacom outra denominação.

Quero também ser esclarecido por V. Exª, para formarmeu juízo sobre a matéria, quanto ao art. 6Q, que diz:

"Art. .69 Acrescente-se ao art. 19 da Resoluçãon9 20, de 30 de novembro de 1971: '

VI -:.- Secretaria de Controle Interno.Parágrafo único. A estrutura, cargos e demais

competências serão definidas na resolução que dispusersobre a estrutura administrativa da Câmara dos Depu­tados."

Pergunto se este parágrafo é uma delegação que estamosdando à Mesa ou se essa definiçáo sobre a estrutura na resolu­ção virá ao Plenário.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - A Presi­dência gostaria de esclarecer aos nobres Deputados José Dir­ceu e Gerson Peres e ao Plenário que, na reunião dos trêsPoderes em que se tratou da impunidade, um dos assuntos

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14695

ventilados foi a criação de uma secretaria específica do PoderLegislativo, uma secretaria central, 'que englobasse ,a Secre­taria de Controle Interno da Câmara dos Deputados, a Secre­taria de Controle Interno do Senado Federal, que já. existe,e a Secretaria de Controle Interno do Tribunal·de Contasda União, que também já existe. Pediu-se que a Câmara crias­se a sua secretaria. E o Presidente, que sempre foi contrao auditor ficar suhordinado ao ordenador de despesa, encam­pou a idéia, criando a secretaria com o pressuposto de nãocriar cargos. Absorveremos os funcionários existentes na Casa.'

As modificações serão· estas: primeiro, a transfornlação'do cargo, de DAS-3 para DAS-4, de auditor para Secretáriode Controle Interno, e nada mais. Seg'undo, mensalmente.ele faria uma reunião com a Mesa, quando .àbordaríamosas despesas que estivessem sendo feitas, verificando se esta­riam sendo feitas dentro das disposições orçamentárias daCasa, para haver um maior controle sobre as mesmas. Seriamais uma atribuição da Mesa quanto às despesas existentesna Casa, sempre feitas única e exclusivamente através do Dire­tor-Gerai, que presta contas à Mesa - aliás, diga-se de passa..gem, isso tem sido feito corretamente. Ninguém·quer ques­tionar se está sendo feito corretamente ou rão,.1!pe.na~ql,1ttre­

mos dar lisura ao processo. A única cois.a, que qllçremos éque no processo haja cada vez mais lisura. Por isso, a Presi­dência absorveu a idéia de que na momento em que for criadaessa Secretaria de Controle Interno tambem será criada a'Secretaria Central do Poder Legislativo, cujo ·Presidente ouSecretário Central num ano será o Secretário de ControleInterno do Senado Federal, no outro o Secretário de Controle ,Interno da Câmara dos Deputados e nQ terceiJ;o o do T.rib.unal .de Contas da União. Este ;;tno seria o doTribunal de Contas ,da União, porque, ele está mais a pardo assunto; no próximo'seria o da Câmara dos Deputados e depois, o do ~enildo Fe~',

dera!.A Presidência se arvorou em dar urgênçia urgentíssima

ao projeto porque o assunto é da mais alta importância paraa Câmara e demonstra a, transparência dos nossos atos.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio 'Ollveira) ~ Condedoa palavra ao ilustre Relator. Deputado Adylson Motta, e,em seguida, ao nobre Deputado José Dirceu.

O SR. ADYLSON MOTTA (PFR -:-'~,S: Sem rç:visãodo orador.) - Sr. Presidente, Sr+' e Srs. Deputados, pensoque deverá haver um reconhecimento geral que esta é uma 'iniciativa feliz da Casa, e da Mesa, porque o projeto de resolu­ção visa apenas dar maior transparência na aplicação dos di­nheiros públicos. E parece-me que não há mesmo como justi­ficar que o encarregado do controle interno fique subordinadoao ordenador das despesas. Est~ foi o ponto funçiamental:tirar essa vinculação e subordinar a Secretaria do 'ControleInterno diretamente à Mesa. Párece-me que isto é defensávelsob todos os aspectos'. .,'

Mas sei da preocupação do nobre Deputado JQsé Dirceuem nome daquele 'objetivo comum de todos nós, Sr. Presi­dente, que é procurar transparência elisuta e demonstrar- porque a lisura e a transparência já estão existindo ­à opinião pública como funciona realmente esta Casa.

No momento em que queremos instrumentalizar a Casapara atingir esse objetivo, penso que deveríamos examinara questão com o Deputado José Dirceu,e outros que tivereminteresse nessa matéria.

Por isso, Sr. Presidente, como Relator peço a V. Ex'que retire de pauta a matéria, se houver concordância dos

Líderes, para que possamos reestudá-Ia, de acordo com asargumentações feitas. No início do mês de agosto nós a vota­ríamos.

o SR. PRESIDENTE (IJ;lo<;êpc~o Oliveirl,l) .,.---- A Presi­dência, em face da solicitação do Relator, já acertada como Presidente, retira de pauta ?'m~tetiá ..

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) ­

-1-

PROJETO DE LEI N° 5.71O-B, DE 1990(Do Senado Federal)

Votação, em turno único,' do Projeto de Lei n"5.71O-A, de 1990, que lixa díretrizes para a políticanacional de a~sistência 'a'O' idoso, e" dá outras' providên­cias; tendo pareceres das Comissões de Seguridade So­cial e FamJ1ia, pela aprovação deste, e dos de, nO' 323/91,1.925/91, 2.946/92 e 3.289192, apensados; com substi­tutivo (Relator: Sr. Clóvis Assis); e de Constituiçãoe Justiça'e de RedaçãÇl, p~la cqqstitucionalidade, juridi­.cidade e, técp~ca legislatiy,! pestç, e dos de ng; 323/91,,1.925/91, ~;Q46/92 e 3,289(92, apensados, e dei substi­tutivo da Comissão de Seguridade Social e Família (Re- '

"lator: Sr. Nilson Gibson): Pendente de pareceres das. Comissões' às emendas de Plenário.

'o SR. PRESlI~ENTE (Inocênci~ :Oliveira) ~ Para ofere­cer párecer às emendas de Plenário, em substituição à Comis­são de Segurid;:tde Social e FamI1ia, concedo a palavra aonobre Deputado. Clóvis Assis.,

O SR. CLÓVIS ASSIS (PSDB - BA. Sem revisão dooratloh) - Sr. Presidente, Sr~' 'e Srs.'I'>eputados, este projeto, ,que .fixa diretrizes para a política nacional de assistência aoidoso i tem o objetivo maior de traçar ações básicas para 'aterceira idade. A primeira emenda'traz no seu bojo,a organi-'zação do Conselho do Idoso, um conselho paritário com auto­nomia para fiscalizar as verbas do poder público. Na segundaemenda, temos uma projeção para a área da educação, crian­do-se a universidade aberta - por exemplo, em Brasília '':-:dando-se oportunidade para que ,o idoso estude. Finalmente,a terceira emenda suprime o conflito do §, 2? do art. II 'Como art. '12.

.. ,Gostaríamos que os nossos pares 'votassem a'favdr'de'ssastrês emendas. " ' .". .

"É o nosso parecer.. '''' .

O Sr. Gerllqn Peres - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem. ' ' ,

" .0 SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex" a ,palavra. ,,'

O'SR. GERSON PERES (PPR'---': PA. Sem revisão doorador:) - Sr."presidente, peço um 'esclarecimento sobre amatéria. Este I?~ojeto é um pouco cdmplexo. Quero saberse o que se vai votar é o substitutivo CIo 'Relator, DeputadoClóvis Assis. É 6 'seu suhstitutivo, com as respectivas emen­das? (Pausa.) Estou esclarecido, Sr. Presidente.

O Sr. NelsonMarquezelli - Sr. Presidente, peço a palavrapelo Bloco. , ,,'

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem a pala­vra o nobre Deputado Nelson Marquezelli, pelo Bloco.

I" ' ,

O SR. NEL~.oN MARQUEZELLl (Bloco Parlamentar- SP. Sem revi~~o. do orador.) - Sr. Presidente, nós acompa-

146lJ6 Quinta-feira fi DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

nhamos o Relator. Deputado Clóvis Assis, e somos pela apro­vação do projeto, como tamhém das emendas apresentadas.O Bloco é favorável ao projeto.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Para ofere­cer parecer às emendas de'plenário, em suhstituição à Comis­são de Constituição e Justiça e da Redaçao, concedo a palavraao nollre Deputado Nilson Gibson.

O SR. NILSON GIBSON (PMDB - PE. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, em discussão o Projeto deLei n" 5. 710-BNO, do Senado Federal, que fixa diretrizes paraa política nacional de assistência aos idosos. Foram apresen­tadas c'irico emendas em Plenário. Todavia, foram retiradasas Emendas de n'" 4 e 5, restàndo só e exclusivamente oferecerparecer ils Emendas n" 1.2 e 3~ pela Comissão de Constituiçãoe Justiça e'de Redaç~io, examinadas as preliminares do conhe-cimentó. ' . , ..

Quanto à Emenda n' L de autoria do nohre e ilustreDeputado Genehaldo Correia, do PMDB, somos pela suaconstitucionalidade. juridicidade e boa técnica legislativa. Nomérito, pela aprovação.

Quanto à Emenda n" 2, também de autoria do nohree .ilustre Deputado Genehaldo Correia, somos pela sua consti­tucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa e, no méri­to. pela aprovação.

Finalmente. quanto à Emenda n" 4, do mesmo autor eque fixa a exclusão do texto do § 2" do art. 11, também somospela sua constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legisla­tiva. No mérito, somos pela sua aprovação.

Portanto, somos pelq aproyação das três emendas.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Sobre a. mesa requerimento nos ~eguintes termos:

Requeii'o. nUs termos regimentais, a retirada dasemendas por nós apresentadas ao Substitutivo da Co­missão de Seguridade Social c Família, relativas aoProjeto de Lei n" 5.710-A, de 1990, constante do item7 da pauta de hoje.

Sala das Sessôes. 7 de julho de 1993. - DeputadoJones Santos Neves, Vice-Líder do PL.

o SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Em votl,lçãoI) r.:qu.:rimento., (Pausa.)

Fica aprovado o requerimento. Retiradas as emendas.

O SR. PRESIDENTE (Inocéncio Oliveira) - Com a pala­vra o Deputado Gerson Peres.

O SR. GERSON PERES (PPR - PA. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, no curso desta votação, querodizer que nossa bancada está liberada para votar, para quenão se criem problemas', pois. podemos aperfeiçoar o projeto1<1 adiante; Mas temos algumas restrições com relação à concei­tuação da palavra "idoso".

Um homem de 60 anos pode ser considerado idoso porquetem 60 anos? É a pergunta que faço em termos legislativos.Quanto à velhice precoce, como ela seria considerada nostermos da proteção ao idoso? Se for cientificamente compro­vado que existe velhice precoce, o cidadão por ela atingidoestará protegida por esta lei, já que na lei é estabelecidoo conceito de que o idoso é aquele que tem 60 anos?

Então, vejam bem, queremos deixar clara a posição doPartido Progressista Reformador. Não· queremos criar proble­mas, nobre Deputado Clóvis Assis, mas não concordamos

com a tese de que idoso é o indivíduo que tem 60 anosou mais, porque não há eomo a lei prever que um garotode 15 anos seja um velho precoce, isto é, cientificamentedoente, um inútil, com possibilidade de gozar os benefíciosda lei. Existem vários no mundo. Trata-se de um cidadãoconsiderado cientificamente idoso. Terá ou não esse indivíduoa proteção da lei? Não a terá, porque ela já estabeleceu aidade de 60 anos como parâmetro.

Era o que queria deixar claro. Liberamos a nossa banca­da. Vamos reexaminar a matéria posteriormente. Não concor­damos com essa conceituação numérica timbrada. Há homensde 60 anos que parecem ter 80, há outros de 70 anos ouquase que parecem ter 50. Isso é muito complicado.

Porém, como o Deputado, Clóvis Assis estudou muitoe lutou para regulamentara Constituiçáo, não vamos criarnenhum problema, não vamos pedir adiamento de votação.Esperamos que a lucidez dos Parlamentares, mais adiante,aperfeiçoe a lei que agora estamos aprovando.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Em Plená­rio foram oferecidas e vou submeter a votos as seguintes:

Emendas, com. parecer favorável:

- N9 1­

CAPÍTULO VDo Conselho Nacional

Art.!1. Fica criado, na estrutura do Ministério respon­sável pela Política de Assistência e Promoção Social, o Conse- .lho Nacional do Idoso, órgão permanente, de caráter norma­tivo e deliberativo, integrado por representantes de órgãose entidades públicas responsáveis pelas políticas sociais bási­cas, dos Conselhos Estaduais do Idoso e do Distrito Federal,e, em igual número, por representantes de organizações dasociedade civil ligadas à área, reconhecidas nacionalmente.

- N9 2-Art. 10. Na implementação da Política Nacional do

Idoso, são competência dos órgãos e entidades públicas:I - .11 - ..UI -na área da Educação:·a) .b) inserir nos currículos mínimos, nos diversos níveis do

ensino formal, conteúdos voltados para o processo de envelhe­cimento, de forma a eliminar preconceitos e a produzir conhe­cimentos sobre o assunto;

c) incluir a Gerontologia e a Geriatria como disciplinascurriculares nos cursos superiores;

d) desenvolver programas educativos, especialmente nasredes, a fim de informar a população sobre o processo deenvelhecimento;

e) desenvolver programas que adotem modalidades deensino à distância, adequados às condições do idoso;

f) apoiar a criação da Universidade Aberta para a Ter­ceira Idade, como meio de universalizar o acesso às diferentesformas do saber.

- N9 3-Art. lI.' ..§}9 ..

§ 29 Exclua-se do texto o parágrafo 29 do art. 11.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Os Srs.que a aprovam queiram permanecer como estão. (Pausa.)

Aprovadas.

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçáo l) Quinta-feira 8 14697

o SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - A Comissão'de Seguridade Social e FamJ1ia ao apreciar o projeto, ofereceuao mesmo e vou submeter a votos o seguinte:

SUBSTITUTIVO

O Congresso Nacional decreta:

CAPÍTULO IDa Finalidade

Art. IV A Política Nacional do Idoso tem por objetivoassegurar os direitos sociais do idoso, criando condições parapromover sua autonomia, integração e participação efetivana sociedade.

Art. 2" Considera-se idoso. para os efeitos desta lei.a pessoa maior de (60) sessenta anos de idade.

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIALE FAMÍLIA

CAPÍTULO II

Dos Princípios e das Diretrizes

'SEÇÃO I

Dos Princípios

Art. 3~ A Política Nacional do idoso reger-se-á pelosseguintes princípios:

I - a famJ1ia, a sociedade e o Estado têm o dever deassegurar ao idoso todos os direitos da cidadania, garantindosua participação na comunidade, defendendo sua "dignidade.bem-estar e o direito à vida;

II - o processo de envelhecimento diz respeito à socie­dade em geral, devendo ser objeto de conhecimento e infor­mação para todos;

IH - o idoso não deve sofrer discriminação de qualquernatureza;

IV - o idoso deve ser o principal agente e o destinatáriodas transformações a serem efetivadas através desta política;e,

V - as diferenças econômicas, sociais, regionais e, parti­cularmente. as contradições rural e urbana do Brasil deverãoser observadas pelos Poderes Públicos e pela sociedade emgeral, na aplicação desta lei.

SEÇÃO II

Das Diretrizes

Art. 4v Constituem Diretrizes da Política Nacional doIdoso:

I - viabilização de formas alternativas de participação,ocupação e convívio do idoso, proporcionando sua integraçãoàs demais gerações;

II - participação do idoso, através de suas organizaçõesrepresentativas. na formulação, 'implementação e avaliaçãodas políticas, planos, programas e projetos a serem desen­volvidos;

III - priorização do atendimento ao idoso através de suaspróprias famI1ias, em detrimento do atendimento asilar, àexceção dos idosos que não possuam condições que garantamsua própria sobrevivência;

IV - descentralização político-administrativa;

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIALE FAMÍLIA

V - capacitação e reciclagem dos recursos humanos nasáreas de Geriatria e Gerontologia e na prestação de serviços;

VI - implantaçáo de sistema de informações que permitaa divulgação da política. dos serviços oferecidos. dos planos.programas e projetos em cada nível d~ governo.

VII - estahelecimento de mecamsmos que favoreçam adivulgação de informaçôes de caráter educativo sobre os as-pectos biopsicossociais do envelh~cimento; . . _

VIII - priorização do atendImento ao Idoso, em orgao.spúhlicos e privados prestadores de serviços. quando desabn-gados e sem família; _ ,

IX - apoio a estudos e pesquisas sobre as questoes relati-vas ao envelhecimento;

X - é vedada a permanência de portadores de doençasque necessitem de assistencia médica ou de en~ermagem per­manente em instituições asilares de caráter socIal.

CAPÍTULO III

Da Organização e Gestão

Art. Y Competirá ao órgão Ministério responsável pelaassistencia e promoção social a coordenação geral da PolíticaNacional do Idoso. com a participação dos Conselhos Nacio­nal. Estaduais, do Distrito Federal e Municipais do Idoso.

Art. 6" Os Conselhos Nacional, Estaduais, do DistritoFederal e Municipais do Idoso serão órgão~ permanentes,paritários e deliberativos. compostos por igual número derepresentantes dos órgãos e entidades públicas e de organi­zações representativas da sociedade civil ligadas à área.

Art. 7" Compete aos Conselhos de que trata o artigoanterior a formulaçáo. coordenação. supervisão e avaliaçãoda Política Nacional do Idoso, no âmbito de suas respectivasinstâncias político-administrativas. .

Art. 80 À União, por intermédio do Ministério respon­sável pela Assistência e Promoção Social. compete:

I - coordenar as ações relativas à Política Nacional doIdoso;

II -participar na formulação, acompanhamento e ava­liação da Política Nacional do Idoso;

III - promover as artiCulações intra e interministeriaisnecessárias à implementação da Política Nacional do Idoso.

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

IV - coordenar e financiar, com a participação dos Esta­dos, Distrito Federal e Municípios, programas nacionais ecompatíveis com a Política Nacional do Idoso, no âmbito desuas competencia institucional;

V - elaborar a proposta orçamentária no âmbito da pro­moção e assistencia social e submetê-la ao Conselho Nacionaldo Idoso.

Parágrafo único. Os Ministérios setoriais das áreas deSaúde, Educaçáo, Trabalho. Previdência Social, Cultura, Es­porte e Lazer devem elaborar proposta orçamentária. no âm­bito de sua competências. visando ao financiamento de progra­mas nacionais compatíveis com a Política Nacional do Idoso.

Art. 9'·' Aos Estados, ao Distrito Federal e aos Muni­cípios compete a formulação. coordenação. supervisão e ava­liação de suas respectivas Políticas Sociais do Idoso, em conso­nância com a Política Nacional. bem como a execução deplanos, programas e projetos.

14698 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

Parágrafo único. A participação de entidades beneficen­tes e de assistência social na execução de programas e projetosdestinados ao idoso atenderá aos princípios e às diretrizesestabelecidos nesta lei.

CAPÍTULO IV

Das Ações Governamentais

Art. 10. Na implementação da Política Nacional doIdoso, são competências dos órgãos e entidades públicos:

I - Na área de Promoção e Assistência Social:a) prestar serviços e desenvolver ações voltadas para o

atendimento das necessidades básicas do idoso, mediante aparticipação das famIlias, da sociedade e de entidades governa­mentais e não governamentais;

b) estimular a criação de incentivos e de alternativas deatendimento ao idoso, como Centros de Convivência, Centrosde Cuidados Diurnos, Casas-Lares, oficinas Abrigadas de Tra­balho, atendimentos domiciliares e outros;

c) promover simpósios, seminários e encontros especí­ficos;

d) planejar, coordenar, supervisionar e financiar estudos,levantamentos, pesquisas e publicações sobre a situação socialdo idoso; e,

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIALE FAMÍLIA

e) promover a capacitação de recursos humanos paraatendimento ao idoso.

11 - Na área da Saúde:a) garantir ao idoso a assistência à saúde, nos diversos

níveis de atendimento do Sistema Único de Saúde;b) prevenir, promover, proteger e recuperar a saúde do

idoso, mediante programas e medidas profiláticas;~) adotar e aplicar normas de funcionamento às institui­

ções geriátricas e similares, com fiscalização pelos gestoresdo Sistema Único de Saúde;

d) elaborar normas de serviços geriátricos hospitalares;e) desenvolver formas de cooperação entre as Secretarias

de Saúde dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípiose entre o Centro de Referência em Geriatria e Gerontologiapara treinamento de equipes interprofissionais;

f) Incluir a Geriatria como especialidade clínica, paraefeito de concursos públicos federais, estaduais, do DistritoFederal e municipais;

g) realizar estudos para detectar o caráter epidemiológicode determinadas doenças do idoso, com vistas à prevenção,tratamento e reabilitação; e,

h) criar serviços alternativos de saúde para o idoso.

III - Na área da Educação:a) adequar currículos, metodologias e material didático

aos programas educacionais destinados ao idoso;

IV - Na área do Trabalho e Previdência Social:a) garantir mecanismos que impeçam a discriminação do

idoso quanto à sua participação no mercado de trabalho, nosetor público e privado;

b) priorizar o atendimento do idoso nos benefícios previ­denciários; e,

c) criar e estimular a manutenção de programas de prepa­ração para aposentadorias nos setores públicos e privadoscom antecedência mínima de dois anos antes do afastamento.

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIALE FAMíLIA

V - Na área da Habitação e Urbanismo:a) destinar, nos programas habitacionais, unidades em

regime de comodato aQ idoso, na modalidade de Casas-Lares;b) incluir nos programas de assistência ao idoso formas

de melhoria de condições de habitabilidade e adaptação demoradia, considerando o seu estado físico e a sua indepen­dência de locomoção;

d) elaborar critérios que garantam o acesso da pessoaidosa à habitação popular; e, .

d) diminuir barreiras arquitetônicas e urbanas.. ,

VI - Na área da Justiça:a) promover e defender os direitos da pessoa idosa;b) zelar pelaaplicação das normas sobre o idoso, determi­

nando ações para evitar abusos e lesões a seus direitos;c) é assegurado ao idoso o direito de seus bens, proven­

tos, pensões e benefícios, salvo nos casos de incapacidadejudicialmente comprovada;

d) nos casos de comprovada incapacidade do idoso paragerir se.us bens, .ser-lhe-á nomeado Curador Especial em juízo;

.e) todo cidadão tem, o dever de denunciar à autoridadecompetente qualquer fo,rma ele negligência ou desrespeito aoidoso.VII -Na área da Cultura, Esporte e Lazer:

a) garantir ao idoso a participação no processo de produ­ção, reelaboração e fruição dos bens culturais;

b) propiciar ao idoso o acesso aos locais e eventos cultu­rais, mediante preços reduzidos, a nível nacional;

c) incentivar os movimeilfos 'de idosos a desenvolverematividades culturais;

d) valorizar o registro da memória e a transmissão deinformações e h~bÜid;ldes do idoso aos mais jovens, comomeio de garantir a continuidade e a Identidade cultural; e,

e) incenrivar e criar programas de lazer, esporte e ativida­des físicas que proporcionem a melhoria da qualidade de vidado idoso e estimulem sua participação na comunidade.

COMISSÃO D~ ~~~E{fADE.SOCIAL

CAPíTULO VDo Conselho Nacional

Art. 11. Fica criado, na estrutura do Ministério respon­sável pela Política de Assistência e Promoção SociaL o Conse­lho Nacional do Idoso, integrado por representantes de órgãose entidades públicos responsáveis pelas políticas nacionais bá­sicas em número de oitiJ membros e, em igual número, pararepresentantes de organizações da sociedade civil ligadas àárea, reconhecidas nacionalmente, sendo quatro representan-tes idosos. .

Parágrafo primeiro - Da representação do Con­selho Nacional do Idoso, constituído de 16 (dezesseis)membros, assim definidos:

I - um representante do Ministério do Bem-EstarSocial.

II - um representante do Ministério da Justiça.III - um representante do Ministério da Educa­

ção.IV - um representante do Ministério da Saúde.V - um representante do Ministério da Previdên­

cia Social.

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14699

VI - um representante do Ministério do Traba­lho.

VII - um representante do Ministério da Cultura.VIII - um representante da Fundação Legião

Brasileira de Assistência - LBA.IX - 8 (oito) representantes das entidades não­

governamentais, sendo 4 (quatro) idosos.Parágrafo segundo - Serão criados também os

Conselhos Estaduais, do Distrito Federal e Municipaisdos Idosos.

Art. 12. Ao Conselho Nacional do Idoso compete: .I -formular, coordenar, supervisionar e avaliar a Polí­

tica Nacional do Idoso;II - elaborar proposições, objetivando aperfeiçoar a le­

gislação pertinente à Política Nacional do Idoso;111 - manifestar-se sobre a adequação das políticas so·

ciais do idoso em âmbito estadual, municipal e do DistritoFederal aos princípios e diretrizes previstos nesta lei;

IV - estimular e apoiar a criação de Conselhos do Idosonos Estados, nos Municípios e no Distrito Federal;

V - propiciar assessoramento aoS Conselhos Estaduais,Municipais e do Distrito Federal, no sentido de tornar efetivaa aplicação dos princípios e diretrizes estabelecidos nesta lei;

VI - acompanhar a implementação da Política Nacionàl'do Idoso, no âmbito dos Estados, Municípios e do Di'stritoFederal. .

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIALE FAMÍLIA

VII - zelar pela efetiva descentraiização' político~admi­nistrativa e pela participação de organizações representátivasdos idosos na formulação de política, planos, programas eprojetos de atendimento ao idoso; ,

VIII - promover e apoiar campanhas de formação daopinião pública sobre a Política Nacional do Idoso, enfati~

zando seus direitos e deveres;IX - estabelecer e divulgar critérios para repàsse de re­

cursos financeiros aos Estados, Distrito Federal e Municípios,bem como às entidades beneficentes e de assistência Social;

X - apreciar a proposta orçamentária anual dos órgãosdo Governo Federal, responsáveis pela implementação da Po­lítica Nacional do Idoso; e,

XI - instituir seu Regimento Interno.Art. 13. Os membros do Conselho e seus respectiv()s

suplentes serão nomeados pelo Presidente da República, de­vendo a indicação ser efetivada conforme disposto em regula­mento.

Art. 14. O Presidente do Conselho será eleito entreos conselheiros e nomeados pelo Presidente da República.

Art. 15. Os membros do Conselho terão mandato detrês anos, renovados em um terço anualmente.

Art. 16. A função de membro do Conselho não seráremunerada, sendo seu exercício considerado relevante servi­ço prestado à sociedade brasileira.

Art. 17. O Conselho aprovará seu Regimento Internono prazo de sessenta dias, a contar da data de sua instalação.

Art. 18. O Ministério responsável pela Assistência ePromoção Social, por intermédio do órgão competente, pro­porcionará o apoio técnico-administrativo necessário ao per­feito funcionamento do Conselho.

Parágrafo único. A Secretaria Nacional da Promoção Hu­mana, desempenhará as funções de Secretaria-Executiva doConselho Nacional do idoso.

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIALE FAMÍLIA

CAPÍTULO VI

Das Disposições Gerais

Art. 19. Os recursos financeiros necessários à implan­tação das ações afetas às áreas de competência dos GovernosFederal, I;:stadual, do Distrito Federal e Municípios serãocOIisignados em seus respectivos orçamentos.

Art. 20. O Poder Executivo regulamentará esta lei noprazo de sessenta dias, a partir da data de sua publicação.

Art. 21. Está lei entra em vigor na data de sua publi-~~o. .

Art. 22. Revogam-se as disposições em contrário.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Os Srs.que o aprovam queiram permanecer como estão. (Pausa.)

Aprovado. '. '"Prejudicados: a proposição inicial (Projeto de Lei n9

5.71O-B/90) e os Projetos de Lei nÇó 323/91,1.925/91,2.946/92e 3.289/92, apensados.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Há sobrea mesa e vou submeter a votos a seguinte

REDAÇÃO FINAL .

SUB,STITUTIVO DA CÂMARA DOS DEPUTADOSAO PROJETO DE LEI DO SENADO

FEDERALNo 5.71O-C, DE 1990N" \ 12/90, NA ORIGEM

REDAÇÃO FINAL

Substitutivo da Câmara dos Deputados ao Projetode Lei do Senado. Federal nQ 5.710-C, de 1990 (n' 112/90,na origem), que "fixa diretrizes para a política nacionalde assistência ao idoso, e dá outras providências".

Substitua-se o Projeto pelo seguinte:

Dispõe sobre a Política Nacional do Idoso, cria oConselho Nacional do Idoso e dá outras providências.

O Congresso Nacional decreta:

CAPÍTULO IDa Finalidade

Art. I" A Política Nacionaldo Idoso 'tem por ohjetivoassegurar os direitos sociais do idoso, criando condições parapromover sua autonomia, integração e participação efetivana sociedade.

Art. 2" Considera-se idoso, para os efeitos desta lei,a pessoa maior de 60 (sessenta) anos de idade.

, CAPÍTULO IIDos Princípios e das Diretrizes

SEÇÃO IDos Princípios

Art. 3" A política nacional do idoso reger-se-á pelosseguintes princípios:

I - a família, a sociedade e o Estado têm o dever deassegurar ao idoso todos os direitos da cidadania, garantindo

14700 Quinta-feira::; DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Julho de 1993

sua participaçiio na comunidadc. defendendo sua dignidade,bem-estar e o direito à vida:

II - o processo de envelhecimento diz respeito à socie­dade em geral. devendo ser objeto de conhecimento e infor­mação para todos:

III - o idoso não deve sofrer discriminação de qualquernatureza:

IV - o idoso deve ser o principal agente e o destinatáriodas transformaçües a serem efetivadas através desta política:e.

V - as diferenças econômicas. sociais. regionais e. parti­cularmente. as contradições entre o meio rural e o urbanodo Brasil devenlo ser observadas pelos poderes públicos epela sociedade em geraL na aplicação desta lei.

SEÇÃO IIDas Diretrizes

Art. 4" Constituem diretrizes da política nacional doidoso:

I - a viabilização de formas alternativas de participação.ocupação e convívio do idoso, proporcionem sua integraçãoàs demais geraçôes:

II - participação do idoso. através de suas organizaçõesrepresentativas. na formulaçáo, implementação e avaliaçãodas políticas. planos. programas e projetos a serem desen­volvidos:

III - priorização do atendimento ao idoso através de suaspróprias famílias. em detrimento do atendimento asilar. àexceçáo dos idosos que não possuam condições que garantamsua própria sobrevivência:

IV - descentralizaçáo político-administrativa:V - capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas

áreas de geriatria e gerontologia e na prestação de serviços:VI - implementaçáo de sistema de informações que per­

mita a divulgação da política. dos serviços oferecidos. dosplanos. programas e projetos em cada nível de governo:

VII - estabelecimento de mecanismos que favoreçam adivulgação de informações de caráter educativo sobre os as­pectos bioscossociais do envelhecimento:

VIII - priorizaçáo do atendimento ao idoso em órgãospúblicos e privados prestadores de serviços. quando desabri­gados e sem família: e.

IX - apoio a estudos e pesquisas sobre as questões relati­vas ao envelhecimento.

Parágrafo único. évedada a permanência de portadoresde doenças que necessitam de assistência médica ou de enfer­magem permanente em instituiçôes asilares de caráter social.

CAPÍTULO IIIDa Organização e Gestão

Art. 5" Competirá ao orgáo ministerial responsável pe­la assistência e promoção soeial a coordenação geral da politicanacional do idoso. com a participação dos conselhos nacionaLestaduais. do distrito federal e municipais do idoso.

Art. 6" Os conselhos nacionaL estaduais. do distrito fe­deral e municipais do idoso seráo órgáos permanentes. parit<i­rios e deliberativos. compostos por igual número de represen­tantes dos órgãos e entidades públicos e de organizações repre­sentativas da sociedade civil ligadas à <irea.

Art. 7" Compete aos conselhos de que trata o artigoanterior a formulação. coordenação. supervisão e avaliaçãoda política nacional do idoso. no âmbito das respectivas instân­cias político-ad.ministrativas.

Art. 8' A união. por intermédio do ministério respon­sável pela assistcncia e promoção sociaL compete:

I - coordenar as ações relativas à política nacional doidoso:

11 - participar na formulação. acompanhamento e ava­liação da política nacional do idoso;

III - promover as articulações intraministeriais e inter­minsteriais necess,irias à implementaç,lo da política nacionaldo idoso:

IV - coordenar e financiar. com a participação dos esta­dos. distrito federal e municípios, programas nacionais compa­tíveis com a política nacional do idoso. no ãmbito de suacompetência institucional: e.

V - elaborar a proposta orçament<iria no âmbito da pro­moçáo e assistência social e submetê-Ia ao conselho nacionaldo idoso.

Panígrafo único. Os ministérios das <ireas de saúde. edu­cação. trabalho. previdência social. cultura. esporte e lazercompetências. visando ao financiamento de programas nacio­nais compatíveis com a política nacional do idoso.

Art. 9" Aos estados. ao distrito federal e aos municípioscompete a formulação. coordenação. supervisão e avaliaçãode suas políticas sociais do idoso. em consonância com a polí­tica nacionaL bem como a execuçáo de planos. programase projetos.

Parágrafo único. A participação de entidades benefi­ciantes c da assistência social na execução de programas eprojetos destinados ao idoso atenderá aos princípios e às dire­trizes estahelecidos nesta lei.

CAPÍTULO IVDas Ações Governamentais

Art. 10 Na implementaç<io da Política Nacional do Ido­so. são competcncias dos órgãos e entidades públicos:

I - na <irea de Promoção e Assistência Social:a) prestar serviços e desenvolver açôes voltadas para o

atendimento das necessidades b,isicas do idoso mediante aparticipaç<io das famílias. da sociedade e de entidades governa­mentais e n<io governamentais:

bl estimular a criação de incentivos de alternativas deatendimento ao idoso. como Centros de Convivências. Cen-L

tras de Cuidados Diurnos. Casas-lares. Oficinas Abrigadasde Trabalhos. atendimento domiciliares e outros;

c) promover simpósios. seminários e encontros especí­ficos:

dI planejar. coordenar. supervisionar e financiar estudos,levantamentos. pesquisas e publicações sobre a situação socialdo idoso: e.

e) promover a capacitação de recursos humanos paraatendimento ao idoso:

II - na área da Saúde:a) garantir ao idoso a assistência à saúde nos diversos

níveis de atendimento do Sistema Único de Saúde;b) prevenir. promover. proteger e recuperar a saúde do

idoso. mediante programas e medidas profi1<iticas;c) adotar e aplicar normas de funcionamento às institui­

çôes geri<Ítri~as e similares. com fiscalização pelos gestoresdo Sistema Unico de Saúde:

d) elaborar normas de serviços geri<itricos hospitalares;e) desenvolver formas de cooperação entre as Secretarias

de Saúde dos Estados. do Distrito Federal, dos Municípiose entre os Centros de Referência em Geriatria e Gerontologiapara treinamento de equipes interprofissionais;

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçáo I) Quinta-feira 8 14701

f) incluir a Geriátriã como especialidade clínica, paraefeito de concursos públicos federais, estaduais, do DistritoFederal e municipais;

gl realizar estudos para detectar o caráter epidemiológicode determinados doenças do idoso, com vistas à prevenção,tratamento e reabilitaçáo; e,

hl criar serviços alternativos de saúde para o idoso;III - na área da Educação:a) adequar currículos, metodologias e material didático

aos programas educacionais destinados ao idoso;b) inserir nos currículos mínimos, nos diversos níveis 'do

ensino formal, conteúdos voltados para o processo de envelhe­cimento, de forma a eliminar preconceitos e a produzir conhe­cimentos sobre o assunto;

cl incluir a Gerontologia e a Geriatria como disciplinacurriculares nos cursos superiores:

dI desenvolver programas educativos, especialmente nasredes, afim de informar a população sobre o processo deenvelhecimento;

e) desenvolver programas que adotem modalidades deensino à distância, adequados às condições do idoso;

fi apoiar a criação de Universidade Aberta para TerceiraIdade, como meio de universalizar o acesso às diferentes for­mas do saber.

IV - na área do Trabalho e Previdência Social:aI garantir mecanismos que impeçam a discriminação do

idoso quanto à sua participação no mercado de trabalho, nosetor público e privado;

bl priorizar o atendimento do idoso nos benefícios previ­denciários; c,

cl criar e estimular a manutenção de programas de prepa­félÇão para aposentadorias nos setores públicos e privadoscom antecedência mínima de dois anos antes do afastamento;

V - na área de Habitação e Urbanismo:

aI destinar, nos programas habitacionais, unidades emregime de comodato ao idoso, na modalidade de Casas-Lares;

~ b) incluir nos programas de assitência ao idoso formasde melhoria de CDndições de habitabilidade c adaptação demoradia, considerando o seu estado físico e a sua indepen­dência de locomoção;

cl elaborar critérios que garantam o acesso da pessoaidosa à habitaçáo popular; e,

d) diminuir barreiras arquitetônicas e urbanas;VI -na área da Justiça:a) promover e defender os direitos da pessoa idosa; e,bl zelar pela aplicação das normas sobre o idoso determi-

nando ações para evitar abusos e lesões a seus direitos.VII - na área da Cultura, Esporte c Lazer:aI garantir ao idoso a participação no processo de produ­

ção, reelaboraç<to e fruiçáo dos bens culturais;b) propiciar ao idoso o acesso aos locais e enventos cultu­

rais, mediante preços reduzidos, em âmbito nacional;c) incentivar os movimentos de idosos a desenvolver ati­

vidades culturais;d) valorizar o registro da memória e a transmissão de

informações e habilidades do idoso aos mais jovens, comomeio de garantir a continuidade e a identidade cultural; e,

el incentivar e criar programas de lazer, esporte e ativida­des físicas que proporcionem a melhoria da qualidade de vidado idoso e estimulem sua participação na comunidade.* 1" É assegurado ao idoso o direito de seus bens, pro­ventos, pensões e benefícios, salvo nos casos de incapacidadejudicialmente comprovada.

§ 2" Nos casos de comprovada incapacidade do idosopara gerir seus bens, ser-lhe-á nomeado Curador Especialem juízo.*3" Todo cidadão tem o dever de denunciar à autori­dade competente qualquer forma de negligência ou desres­peito ao idoso.

CAPÍTULO VDo Conselho Nacional

Art. 11, Fica criado, na estrutura do Ministério respon­sável pela Política de Assistência e Promoçáo Social, o Conse­lho Nacional do Idoso, órgáo permanente, de caráter norma­tivo e deliberativo, integrado por representantes de órgãose entidades públicas respons<íveis pelas políticas socias básicas,dos Consclhos Estaduais do Idoso e do Distrito Federal e,em igual número, por representantes de organizações da socie­dade civil ligadas à área, reconhecidas nacionalmente.

Parágrafo único. Da representação do Conselho Nacio­nal do Idoso, constituído de 16 (dezesseis) membros, assimdefinidos:

I - um representante do Ministério do Bem-Estar Social:II -um representante do Ministério da Justiça;111 - um representante do Ministério da Educação;IV -um representante do Ministério da Saúde;V - um representante do Ministério da Previdência So-

cial;VI - um representante do Ministério do Trabalho;VII - um representante do Ministério da Cultura;VIII - um representante da Fundaçáo Legião Brasileira

de Assistência - LBA;IX - 8 (oito) representantes das entidades não-governa­

mentais, sendo 4 (quatro) idosos,Art. 12. Ao Conselho Nacional do Idoso compete:I - formular, coordenar. supervisionar e avaliar a Polí­

tica Nacional do Idoso;11 - elaborar proposições, objetivando aperfeiçoar a le­

gislação pertinente à Política Nacional do Idoso;111 - manifestar-se sobre a adequação das políticas so­

ciais do idoso em âmbito estadual, municipal e do DistritoFederal aos princípios e diretrizes previstos nesta lei;

IV - estimular e apoiar a criação de Conselhos do Idosonos Estados, nos Municípios e no Distrito Federal;

V - propiciar assessoramento aos Conselhos Estaduais,Municipais e do Distrito Federal, no sentido de tornar efetivaa aplicação dos princípios e diretrizes estabelecidos nesta I~i;

VI - acompanhar a implementação da Política Nacionaldo Idoso, no âmbito dos estados, municípios e do DistritoFederal;

VII - zelar pela efetiva descentralização político-admi­nistrativa e pela participação de organizaçües representativasdos idosos na formulação de política, planos, programas eprojetos de atendimento ao ídoso;

VIII - promover e apoiar campanhas de formação daopinião pública sobre a Política Nacional do Idoso, enfati­zando seus direitos e deveres;

IX - estabelecer e divulgar critérios para repasse de re­cursos financeiros aos estados, Distrito Federal e municípios,bem como às entidades beneficientes e de assistência social;

X - apreciar a proposta orçamentária anual dos órgãosdo Governo Federal responsáveis pela implementação da Polí­tica Nacional do Idoso; e,

XI - instituir seu Regimento Interno.

14702 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Julho de 1993

Art. 13 - Os memhros do Conselho e seus respectivossuplentes serão nomeados pelo Presidente da República, de­vendo a indicação ser efetivada conforme disposto em regula­mento.

Art. 14. O Presidente do Conselho será eleito entreos conselheiros e nomeado pelo Presidente da República.

Art. 15. Os memhros do Conselho terão mandato detrês anos, renovados em um terço anualmente.

Art. 16. A função de memhro do Conselho não serárenumerada, sendo seu exercício considerado relevante servi­ço prestado à sociedade brasileira.

Art. 17. O Conselho aprovará seu Regimento Internono prazo de sessenta dias, a contar da data de sua instalação.

Art. IR. O Ministério responsável pela assistência epromoção social, por intermédio do órgão competente, pro­porcionará o apoio técnico-administrativo necessário ao per­feito funcionamento do Conselho.

Parágrafo único. A Secretaria da Promoção Humanadesempenhará as funções da Secretaria Executiva do ConselhoNacional do Idoso.

CAPÍTULO VIDas Disposições Gerais

Art. 19 - Os recursos financeiros necessários à implan­tação das ações afetas às áreas de competência dos GovernosFederal, estaduais, do Distrito Federal e municipais serãoconsignados em seus respectivos orçamentos.

Art. 20. O Poder Executivo regulamentará esta lei noprazo de sessenta dias. a partir da data de sua publicação.

Art. 21. Esta lei entra em vigor na data de sua publi­cação.

Art. 22 - Revogam-se as disposições em contrário.Sala das Sessões, 7 de julho de 1993. - Vital do Rêgo,

Relator.

o SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Os Srs.que a aprovam queiram permanecer como estão. (Pausa.)

Aprovada.Vai ao Senado Federal.O Sr. Clóvis Assis - Sr. Presidente, peço a palavra pela

ordem. .

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex~ a palavra.

O SR. CLÓVIS ASSIS (PSDB - BA. Sen revisão doorador.) - Sr. Presidente, agradeço ao PL a contribuiçãoque deu ao projeto ao retirar as emendas do Deputado JonesSantos Neves. Havia um acordo de todas as lideranças. Mos­trando grande compreensão, inteligência e, acima de tudo,a sensibilidade em relação ao projeto dos idosos, o DeputadoJones Santos Neves retirou as duas emendas, favorecendoum grande acordo nesta Casa.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) -

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVON° 298, DE 1993'

(Do Sr. Roberto Freire)

Discussão, em turno único, do Projeto de DecretoLegislativo n" 298, de 1993, que dá nova redação aoart. 4" do Decr~to Legislativo n° 92, de 1992. Pendentede pareceres das Comissões: de Finanças e Tributação;e de Constituição e Justiça e de Redação.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Para ofere­cer parecer ao projeto. em suhstituição à Comissão de Finan­ças e Tributação, concedo a palavra ao nobre Deputado Au­gusto Carvalho.

O SR. AUGUSTO CARVALHO (PPS - DF. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente. Sr" e Srs. Deputados o Projetodo Decreto Legislativo n" 298. de 1993, dá nova redação aoart. 4" do Decreto Legislativo n" 92, que fixa os vencimentosdo Presidente da República, do Vice-Presidente da Repúblicae dos Ministros de Estado. Com esta nova redação procura-sedefinir as diárias quando em viagem estiverem essas autori­dades.

Em substituição à Comissão de Finanças e Tributação,o nosso voto é favorável à matéria.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Para ofere­cer parecer ao projeto. em suhstituição à Comissão de Consti­tuição e Justiça e de Redaçáo concedo a palavra ao nobreDeputado Tarcísio Delgado.

O SR. TARCÍSIO DELGADO (PMDB - MG. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, o Decreto Legislativo n°92, de autoria do nobre líder do Governo Deputado RobertoFreire, passa a vigorar com nova redação art. 40 á alteraçãoda redação para disciplinar as diárias do Presidente, do Vice­Presidente da República etc.

No que diz respeito às preliminares de conhecimento queproblemas de ordem constitucional, juridicidade e técnica le­gislativa, nada há a opor, e nada há que impeça o conheci­mento do mérito pela Casa.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Não haven-do oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.

Vai-se passar à votação da matéria.O Congresso Nacional decreta:Art. O art. 4" do Decreto Legislativo n" 92, de 1992,

passa a vigorar com a seguinte redação:

..Art. 4" Nas viagens oficiais ao exterior, o Presi­dente da República e o Vice-Presidente da Repúblicafarão jus, optativamente, a diárias de valor correspon­dente a um trigésimo da respectiva remuneração, fixadade acordo com os arts. I" e 2", ou ao pagamento dasdespesas de hospedagem e alimentação."

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Os Senho­res que o aprovam queiram permanecer como estão. (Pausa.)

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVON" 298-A, DE 1993

REDAÇÃO FINAL

Dá nova redação ao art. 4' do Decreto Legis­lativo n' 92, de 1992.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1" O art. 4" do Decreto Legislativo n" 92, de 1992,

passa a vigorar com a seguinte redação:.. Art. 4" Nas viagens oficiais ao exterior, o Presi­

dente da República e o Vice-Presidente da Repúblicafarão jus, optativamente, a diárias de valor correspon­dente a um trigéssimo da respectiva remuneração, fixa­da de acordo com os arts. 1° e 2'1, ou ao pagamentodas despesas de hospedagem e alimentação.

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14703

Art. 2" Este decreto legislativo entra em vigor na datade sua publicação.

Sala das Seções, 7 de julho de 1993. - Vital do Rêgo,Relator.

O SR. PRESIDENTE g(Inocêncio Oliveira) ~ Os Srs.que a aprovam queiram permanecer como estão. (Pausa.)

Aprovada.Vai ao Senado Federal.

O SR. PRESIDENTE (Inocêndo Oliveira) ­

PROJETO DE LEI N" 1.909, DE 1991(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei n?1.909, de 1991, que dispõe sobre a contratação de pes­soal, por tempo determinado, para atender a necessi­dade temporária de excepcional interesse público, edá nova redação ao artigo 67 da Lei nU 7.501, de 27de junho de 1986. Pendente de pareceres das Comis­sões: de Traabalho, de Administração e Serviço Públi­co; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Jus­tiça e de Redação.

Aprovado.

O SR. PRESIDENTE Inocêncio Oliveira) - Há sobrea mesa e vou submeter a votos a seguinte

REDAÇÃO FINAL

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Para ofere­cer parecer ao projeto, em substituição à Comissão de Traba­lho, de Administração e Serviço Público. concedo a palavraao nobre Deputado Chico Amaral.

O SR. CHICO AMARAL (PMDB - SP. Para emitirparecer.) - Sr. Presidente nos termos do artigo 61 da Consti­tuição Federal, o Senhor Presidente da República, atravésda Mensagem nU 513, de 1991, submete à apreciação do Con­gresso Nacional o texto do Projeto de Lei n'! 1.909, de 1991,que "dispõe sobre a contratação de pessoal, por tempo deter­minado, para atender à necessidade temporária de excepcionalinteresse público, e dá nova redação ao art. 67 da Lei n"7.501, de 27 de junho de 1986".

Conforme noticia a exposição de motivos nU 27, relativaao projeto de lei em análise, o objetivo maior da proposiçãoé dar adequada regulamentação ao preceito do inciso IX,do art. 37 da Constituição Federal, que determina o estabele­cimento por lei dos casos de contratação por tempo determi­nado para atender a necessidade temporária de excepcionalinteresse público.

Ao lado de situações de caracterizada emergêncial, taiscomo calamidades, também se afiguram outras que não podemser atendidas mediante recrutamento de servidores públicossubmetidos ao regime jurídico estatutário instituído pela LeinU 8.lI2, de li de dezembro de 1990.

Assim, o projeto de lei em epígrafe define as situaçõesde necessidades temporárias de excepcional interesse públicoe dispõe sobre a forma de recrutamento do pessoal a sercontratado, bem como os prazos máximos das contrataçõese as formas de extinção do contrato.

O projeto de lei prevê a proibição quanto ao recebimentode encargos não previstos no contrato, nomeações para exer­cício de cargos em comissão e novas contratações, salvo me­diante prévia autorização competente.

A proposição ainda determina a forma de remuneraçãodo pessoal a ser contratado com obrigatoriedade de contri­buição para o Plano de Seguridade Social e a proibição dacontratação de servidores públicos.

Finalizando a propositura, é dada nova redação ao art.67 da Lei n" 7.501/86, alterado pelo arti. 40, da Lei n" 8.028/90.

11 - Voto do Relator

Pelo Regimento Interno da Câmara dos Deputados. con­forme determinado pelo art. 32, inciso XII, compete a estaComissão a análise do mérito da proposição.

Julgo oportuna e justa a iniciativa os exame, entendoque se faz necessário regulamentar o dispositivo constitucionalque dispõe sobre a contratação de pessoal por tempo determi­nado para atender a necessidade temporária de excepcionalinteresse público.

A importância desta matéria, sua urgência, para atenderas situações complexas vividas pela falta de regulamentaçãoespecial de contratação de pessoal, para atender às necessi­dades que se acumulam nos últimos tempos reclamou, a inicia­tiva deste relator. buscando com quem de direito, com parla­mentares com vivência no assunto, com lideranças de partidospolíticos da Casa, para a elaboração de um substitutivo quepossa representar um consenso. possibilitando assim a apro­vação de uma proposta.

Ouvidos, pois interessados, órgãos governamentais, par­lamentares, expressões políticas partidárias, concluímos comum substitutivo nos termos abaixo.

Finalizo, pois o parecer, pela apresentação do Substi­tutivo Anexo:

Sala das sessões. 22 de junho de 1993. - Chico Amaral,Deputado Federal, Relator - PMDB/SP.

SUBSTITUTIVO DO RELATOR DA COMISSÃODE TRABALHO. ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO

PÚBLICO AO PROJETO DE LEI N" 1.909-A. DE 1991

PROJETO DE LEI N'! 19D9-A, DE 1991

Dispõe sobre a contratação por tempo determinadopara atender a necessidade temporária de excepcionalinteresse público, nos termos do inciso IX do art. 37da Constituição Federal, e dá outras providências.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1" Para atender a necessidade temporária de ex­

cepcional interesse público, os órgãos da Administração Fede­ral direta, as autarquias e as fundações públicas poderão efe­tuar contratação de pessoal por tempo determinado, nas ce)D­dições c prazos previstos nesta lei.

Art. 2" Considera-se necessidade temporária de excep-cional interesse público:

I - assistência a situações de calamidade pública;II - combate a surtos endêmicos;III - realização de recenseamentos;IV - admissão de professor substituto e de professor e

pesquisador visitantes, inclusive estrangeiros;V - admissão de especialistas nas organizações das For­

ças Armadas. na área industrial ou para atender a encargostemporários de obras e serviços de engenharia.

Art. 3" O re"rutamento do pessoal a ser contratado.nos termos desta lei, será feito mediante processo seleltivosimplificado sujeito a ampla divulgação, inclusive' através doDiário Oficial da União, prescindindo de concurso público.

§ 1" A contrataçáo para atender às necessidades de cala­midade pública prescindirá de processo seletivo.

. 14704 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

§ 2° A contratação de professor e pesquisador visitan­tes, prevista no inciso IV do art. 29 , poderá ser feita a vistanotória capacidade técnica ou científica do profissional, me­diante análise de "curriculum vitae".

Art. 4° As contratações serão feitas por tempo determi­nado e improrrogável, observados os seguintes prazos máxi­mos.

I - seis meses, no caso dos incisos I e II do art. 29;

II - doze meses no caso do inciso III do art. 29;

III - vinte e quatro meses, nos casos do inciso V doart. 29 ;

IV - quarenta e oito meses, nos casos do inciso IV doart. 2?

Art. 5° As contratações somente poderão ser feitas comobservância da dotação orçamentária específica e medianteprévia autorização do Ministro do Estado ou do Secretárioda Presidência da República sob cuja supervisão se encontraro órgão ou entidade contratante.

Parágrafo único. Os órgãos ou entidades contratantesencaminharão à Secretaria de Administração Federal, paracontrole da aplicação do disposto nesta lei, cópia dos contnitosefetivados.

Art. 69 É proibida a contratação, nos termos desta lei,de servidores da Administração direta ou indireta da União,dos Estados, do Distrito Federal e dos Muinicipios, bem assimde empregados ou servidores de suas subsidiárias e contro­ladas.

Parágrafo único. Sem prejuízo da nulidade do contrato,a infração do disposto neste artigo importará a responsabi­lidade administrativa da autoridade e do contratado, inclusivesolidariedade quanto à devolução dos valores pagos ao contra­tado.

Art. 7? A remuneração ao pessoal contratado nos ter­mos desta lei será fixada:

I - nos casos dos incisos IV do art. 29, em importâncianão superior ao valor da remuneração fixada para os servi­dores de final de carreira das mesmas categorias, nos planosde retribuição ou nos quadros de cargos e salários do órgãoou entidade contratante;. II - nos casos dos incisos I a III e V, em importância

não superior ao valor da remuneração constante dos planosde retribuição ou nos quadros de cargos e salários do serviçopúblico, para servidores que desempenham função semelhan­te, ou, não existindo a semelhança, as condições do mercadode trabalho.

Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo não se con­sideram as vantagens de natureza individual dos servidoresocupantes de cargos tomados como paradigma.

Art. 89 Ao pessoal contratado nos termos desta Leiaplica-se o disposto na lei n? 8.647 de 13 de abril de 1993.

Art. 99 O pessoal contratado nos termos desta lei nãopoderá:

I - receber atribuições, funções ou encargos não pre­vistos no respectivo contrato;

ser nomeado ou designado, ainda que a título precárioou em substituição, para o exercício de cargo em comissãoou função de confiança;

IH -ser novamente contratado, com fundamento nestaLei salvo na hipótese prevista no inciso I do art. 29 , medianteprévia autorização do Ministro de Estado ou Secretário daPresidência competente.

Parágrafo único. A inobservância do disposto neste artigoimportará na rescisão do contrato nos casos dos incisos. I e

II, ou na declaração de sua insubsistência, no caso do incisoIII, sem prejuízo de responsabilidade administrativa das auto­ridades envolvidas na transgressão.

Art. 10; As infrações disciplinares atribuídas ao pessoalcontratado nos termos desta Lei serão apuradas mediante

. sindicância, concluída no prazo de. trinta dias e asseguradaampla defesa.

Art. 11. Aplica-se ao pessoal contratado nos termosdesta lei o disposto nos arts. 53 e 54; 57 e 59; 63 a 80; 97;104 e 109; 110, incisos, I, In fine, e II, parágrafo único, a115, 116, incisos I a V, alíneas.a e c, VI a XII e parágra~o

único; 117, incisos I a VI e IX a XVIII; 118 a 126; 127,incisos I, 11, e III, a 132, incisos I a VII, IX a XIII; 136a 142, incisos I, primeira parte; a 111 e §§ 19 a 4°, 236, 238a 242, da Lei n9 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

Art. 12. O contrato firmado de acordo com esta Leise extinguirá, sem direito a indenizações: .

I - pelo término do prazo contratual;II - por iniciativa do contratado.§ 19 A extinção do contrato, nos casos do inciso lI,

será comunicada com antecedê,ncia mínima de trinta dias.

§ 29 A extinção do contrato, por iniciativa do órgãoou entidade contratante, decorrente de conveniência adminis­trativa, importará no pagamento ao contratado de indenizaçãocorrespondente à metade' do que lhe caberia referente aorestante do contrato.

Art. 13. O art. 67 da Lei n9 7.501, de 27 de junhode 1986, alteràdo pelo art. 40 da Lei n? 8.028, de 12 de abrilde 1990, passa a vigorar com a seguinte r~dação:

"Art. 67. , As reláç6es trabalhistas e previdenciá­rias concernentes aos Auxiliares Locais serão regidaspela legislação vigente no País em que estiver sediada

.' a Repartição.§ 19 Serão segurados da Previdência Social brasi­

leira os auxÍliares Locais de nacionalidade brasileira,que, em razão de, proibição legal, não passam filiar-seao sistema previdenciário do país de domicílio.

. § 29 ' O Poder Executivo expedirá, no prazo. denoventa dias, as nOrmas necessárias à execução do dis­posto neste artigo."

Art. 14. Aplica-se o disposto no art. 67 da Lei n9

7.501, de 1986, com a redação dada pelo art. 13 desta lei,aos auxiliares civis que prestam serviços aos órgaos de repre­sentação das Forças Armadas brasileiras no exterior.

art. 15. Aos atuais contratados referidos nos arts. 13e 14 desta Lei é assegurado o direito dé opção, no prazo

,de noventa dias, para permanecer na situação vigente na datada publicação desta lei.

Art. 16. O tempo de serviço prestado em virtude decontratação nos termos desta Lei será contado para todosos efeitos.

Art. 17. Revogam-se as disposições em contrário, espe­cialmente os arts. 232 a 235 da Lei n9 8.112, de 11 de dezembrode 1990.

Art. 18. Esta Lei entra em vigor na data de sua publi­cação.

Brasília, - Chico Amaral, Deputado Federal, Relator-PMDB/SP

o SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Para aferecer parecer ao projeto, em substituição à Comissão de Finan

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14705

ças e de Tributação, concedo a palavra ao nobre DeputadoFelix Mendonça.

O SR. FELIX MENDONÇA (Bloco Parlamentar - BA.Para emitir parecer.) - Sr..Presidente a Mensagem n9 513/91dispõe sobre a contratação de pessoal por tempo determinadopara atender a necessidade temporária. '

Somos favoráveis ao projeto, Sr. Presidente.O SR. GERSON PERES - Sr. Presidente, peço a palavra

pela ordem para falar sobre este projeto.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Ao final,a Presidência dará a palavra a V. Ex9 para discutir o parecer.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Para ofere­cer parecer ao projeto, em substituição à Comissão de Consti­tuição e Justiça e de Redação, concedo a palavra ao nobreDeputado Tarcísio Delgadoa

O SR. TARCÍSIO DELGADO (PMDB - MG. Sem revi­são do orador.) Sr. Presidente, o Projeto n9 1.909lA, de 1991,do Poder Executivo, que dispõe sobre a contratação de pessoalpor tempo determinado para atender a necessidade tempo­rária de excepcional interesse público e dá nova redação aoart. 67 da Lei n" 7.501, de 27 de junho de 1986, atende àsquestões preliminares de conhecimento constitucional, jurí­dico e tem boa técnica legislativa. b substi(utivo apresentadopelo Deputado Francisco Amaral também atende a essas preli-minares. .

A matéria está em condições de ser conhecida, no mérito,pelo Plenário da Casa.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Esta Presi­dência informa aos Srs .. Parlamentares quie esta sessão seráprorrogada até esgotar-se a ma!éda const.aÍ1te da pauta.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)~ Pata discu­tir a matéria, concedo a palavra ao nobre Líder Gérson Peres.

O SR. GERSON PERES (PPR - PA. Sem revisão doorador.) - SI. Presidente, este projeto veio com uma espéciede paternalismo ou, vamos dizer assim, uma quebra do prin­cípio e das intenções dos Constituintes'. Fizemos uma críticaà proposta, e graças a Deus parece que os que estudarama matéria ficaram incumbidos de incluir nela as limitaçõesnecessárias. Apesar de essas limitações' estarem' nà lei, e eume congratulo com os que trabalharam para moralizar o proje­to, quero deixar aqui a minha preocupação: é difícil paraum Governador de Estado cumprir a Constituição neste parti­cular; a lei, muito mais. Com os dirigentes federais acontécea mesma coisa. São situações que complicam a intenção doConstituinte. Quando colocamos na Carta Magna a possibi­lidade de contratação temporária, queríamos deixar claro queera para casos especialíssimos. Hoje, não se faz mais concurso,mas temporariamente contratam-se aos montes nos Estadose não é só no Pará, no Amazonas, no Rio de Janeiro ouem São Paulo. Quem lê o Diário Oficial como eu - tenhoobrigação de lê-lo - encontra lá as portarias sobre contra­tações temporárias. Quem se lembra de revogá-Ias, depoisde seis meses? Secretário de estado nenhum, Governo, muitomenos, e o contratado continua ganhando os seus tostões.

Não vamos obstaculizar o projeto, que foi aperfeiçoado.Colocou-se, por exemplo: para a ausência de situações decalamidades em determinado prazo; para o combate de surtosendêmicos, por exemplo, seis meses. Isso é muito bom.

Deus queira que os dirigentes do País cumpram seu devere obedeçam à lei. Vamos votar, esperando não ter de voltar

à tribuna para mostrar fatos numerosos que vão contrariara lei. O certo seria não existir contratação temporária. Sóem caso de calamidade comprovada. Fora disso não deveriahaver contratação temporária, mas concurso público, e apro­veitando-se os funcionários públicos já existentes no quadro.Seria muito melhor aproveitar os funcionários ociosos, gratifi­cando-os para as tarefas que estão previstas no projeto. Seriamuito mais econômico para o Tesouro Nacional. Mas o nossohábito é: haja pessoal na administração pública! O servidorpúblico ganha pouco porque se pulverizam os recursos nacontratação de outros. Se aperfeiçoássemos os nossos funcio­nários, se déssemos mais tempo de trabalho e tarefa paraeles, gratificando-os, por certo seu salário seria muito melhore as despesas seriam muito menores, porque quanto menoro número de funcionários, maiores suas atividades, seu aper­feiçoamento e a sua qualificação profissional; com maior pro­dutividade melhores seriam os salários desse pessoal.

Com estas considerações vamos aprovar o substitutivoapresentando o aperfeiçoamento, esperando que Deus ilumi­ne o Executivo para que esta lei seja realmente cumprida,na forma em que está redigida.

, O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) -Não haven­do mais oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.

Vai-se passar à votação da matéria.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - O Relatordesignado pela Mesa, em substituição à Comissão de Traba­lho, de Administração e Serviço Público, ao apreciar o proje­to, ofereceu ao mesmo e vou submeter a votos o seguinte,

Substitutivo ressalvado o destaque:O Congresso Nacional decreta:Art. 19 Para atender a necessidade temporária de ex­

cepcional interesse público, os órgão da Administração Fede­ral direta, as autarquias e as fundações públicas poderão efe­tuar contratação de pessoal por tempo determinado, nas con­dições e prazos previstos nesta Lei.

Art. 29 Considera-se necessidade temporária de excep-cional interesse público:

I - assistência a situações de calamidade pública;II - combate a surtos endêmicos;III - realização de recenseamentos;IV - admissão de professor substituto e de professor e

pesquisador visitantes, inclusive estrangeiros;V - admissão de especialistas nas organizações das For­

ças Armadas, na área industrial ou para atender a encargostemporários de obras e serviços de engenharia.

Art. 39 O recrutamento do pessoal a ser contratado,nos termos desta Lei, será feito mediante processo seletivosimplificado sujeito a ampla divulgação, inclusive através doDiário Oficial da União, prescindindo de concurso público.

§ 10 A contratação para atender às necessidades decor­rentes de calamidade pública prescindirá de processo seletivo:

§ 29 A contratação de professor e pesquisador visitan­tes, prevista no inciso IV do art. 29 , poderá ser feita a vistade notória capacidade técnica ou científica do profissional,mediante análise de curriculum vitae.

Art. 40 As contratações serão feitas por tempo determi­nado e improrrogável, observados os seguintes prazos máxi­mos:

I - seis meses, no caso dos incisos I e II do art. 29 ;

II - doze meses no caso do inciso III do art. 29 ;

III - vinte e quatro meses, nos casos do inciso V do art.29 ',

14706 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

IV - quarenta e oito meses, nos casos do inciso IV doart. 2".

Art. 5" As contratações somente poderão ser feitas comobservância da dotação orçamentária específica e medianteprévia autorização do Ministro de Estado ou do Secretárioda Presidência da República sob cuja supervisão se encontraro órgão ou entidade contratante.

Parágrafo único. Os órgãos ou entidades contratantesencaminharão à Secretaria de Administração Federal, paracontrole de aplicação do disposto nesta lei, cópia dos contratosefetivad()s.

Art. 6'. É proihida a contratação, nos termos desta Lei,de servidores da Administração direta ou indireta da União,dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, hem assimde empregados ou servidores de suas subsidiárias e contro­ladas.

Parágrafo único. Sem prejuízo da nulidade do contrato,a infração do disposto neste artigo importará a responsabi­lidade administrativa da autoridade contratante e do contra­tado, inclusive solidariedade quanto à devolução dos valorespagos ao contratado.

Art. 7" A remuneração ao pessoal contratado nos ter­mos desta Lei será fixada:

I - nos casos do inciso IV do art. 2", em importâncianão superior ao valor da remuneração fixada para os servi­dores de final de carreira das mesmas categorias, nos planosde retribuição ou nos quadros de cargos e salários do órgãoou entidade contratante.

Il - nos casos dos incisos I a III e V, em importâncianão superior ao valor da remuneração constante dos planosdc retribuição ou nos quadros de eargos e salários do serviçopúblico, para servidores que desempenhem função semelhan­te, ou, não existindo a semelhança, as condições do mercadode trabalho.

Parágrafo único. Para os efeitos deste artigo não se con­sideram as vantagens de natureza individual dos servidoresocupantes de cargos tomados como paradigma.

Art. 8" Ao pessoal contratado nos termos desta Leiaplica-se o disposto na Lei n" 8.647 de 13 de abril de 1993.

Art. 9" O pessoal contratado nos termos desta Lei nãopoderá:

I - receber atribuições, funções ou encargos não pre­vistos no respectivo contrato;

II - ser nomeado ou designado, ainda que a título precá­rio ou em substituição, para o exercício de cargo em comissãoou função de confiança:

III - ser novamente contratado, com fundamento nestaLei salvo na hipótese prevista no inciso I do art. 2", medianteprévia autorização do Ministro de Estado ou Secretário daPresidência competente.

Parágrafo único. A inobservância do disposto neste arti­go importará na rescisão do contrato nos casos dos incisosI e TI, ou na declaração da sua insubsistência, no caso doinciso lIr. com prejuízo da responsabilidade administrativadas autoridades envolvidas na transgressão.

Art. 10. As infrações disciplinares atribuídas ao pessoalcontratado nos termos desta Lei serão apuradas mediantesindicância, concluída no prazo de trinta dias e asseguradaampla defesa.

Art. 11. Aplica-se ao pessoal contratado nos termosdesta Lei o disposto nos arts. 53 e 54; 57 a 59; 63 a 80;97; 104 a 109: 110, incisos, I, in fine, e 11, parágrafo único,a 115; 116, incisos I a V, alíneas a e c, VI a XII e parágrafo

único; 117, incisos I a VI e IX a XVTTT; 118 a 126; 127,incisos I, TI e III, a 132, incisos I a VTI, IX a XIII; 136a 142, incisos T, primeira parte, a III, e §§ 1" a 4°; 236; 238a 242, da Lei n" 8.112, de 11 de dezembro de 1990.

Art. 12. O contrato firmado de acordo com esta Leise extinguirá, sem direito a indenizações:

I - pelo término do prazo contratual;TI -por iniciativa do contratado.§ I" A extinção do contrato, nos prazos do inciso 11,

será comunicada com a atendência mínima de trinta dias.§ 2° A extinção do contrato, por iniciativa do órgão

ou entidade contratante, decorrente de conveniência adminis­trativa importará no pagamento ao contratado de indenizaçãocorrespondente à metade do que lhe caberia referente aorestante do contrato.

Art. 13. O art. 67 da Lei n" 7.501, de 27 de junhode 1986, alterado pelo art. 40 da Lei n° 8.028, de 12 de abrilde 1990, passa a vigorar com a seguionte redação:

..Art. 67. As relações trabalhistas e previdenciá­rias concernentes aos Auxiliares Locais serão regidaspela legislação vigente no Páis em que estiver sediadaa Repartição.

§ I" Serão segurados da previdência social brasi­leira os Auxiliares Locais de nacionalidade brasileiraque, em razão de proibição legal, não possam filiar-seao sistema previdenciário do país de domicJ1io.

§ 2" O Poder Executivo expedirá, no prazo denoventa dias, as normas necessárias à execução do dis­posto neste artigo."

Art. 14. Aplica-se o disposto no art. 67 da Lei n" 7.501,de 1986, com a redação dada pelo art. 13 desta Lei, aos Auxi­liares civis que prestam serviços aos órgãos de representaçãodas Formas Armadas Brasileiras no exterior.

Art. 15. Aos atuais contratados referidos nos arts. 13e 14 desta Lei é assegurado o direito de opção, no prazode noventa dias, para permanecer na situação vigente na datada publicação desta Lei.

Art. 16. O tempo de serviço prestado em virtude decontratação nos termos desta Lei será contado para todosos efeitos.

Art. 17. Revogam-se as disposições em contrário, espe­cialmente os arts. 232 a 235 da Lei n" 8.112, de 11 de dezembrode 1990.

Art. 18. Esta Lei entra em vigor na data de sua publi­cação.

o SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Os Srs.que o aprovam queiram permanecer como estão. (Pausa.)

Aprovado. .Prejudicada a proposição inicial

(Projeto de Lei n" 1.9(9191)

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Em votaçãoo Destaque para Votação em Separado, cujo teor é o seguinte:

"Sr. Presidente, nos termos regimentais, requeiroDestaque para Votação em Separado das expressõesou para atender a encargos temporários de ohras eserviços de engenharia, constante do inciso V do art.2" do Substitutivo."

Tem a seguinte redação o inciso V do art. 2" do Substi­tutivo.

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14707

"Art. 2" Considera-se necessidade temporáriade excepcional interesse público:

v - admissão de especialistas nas organizaçõesdas Forças Armadas. na área industrial ou para atendera encargos tempararias de obras e serviços de enge­nharia.""

O Sr. Gerson Peres - Sr. Presidente. peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex" a palavra.

O SR. GERSON PERES (PPR - PA. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente. infelizmente não posso apresentaroutro destaque. Tentaremos modificar, no Senado Federal,esse prazo de 60 meses p!ira o professor, porque isso repre­senta quase cinco anos. E demais para o professor. Acabode receber a informação de que são 48 meses. que são quatroanos. Mesmo assim, é um período longo, no caso do professor.Um ano seria o ideal. enquanto se elabora um concurso. Cha­!!lo a atenção. das Lideranças para este aspecto do projeto.E um perigo às vésperas das eleições.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Com a pala­vra o Sr. Deputado Germano Rigotto.

O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente. o Deputado Gerson Peresdemonstra a importância do projeto. Estamos com muitasdúvidas com relação ao inciso V do art. 2''. mas sei qual éo seu objetivo. As Forças Armadas estão com problemas nacontratação de pessoal para seus projetos. Há possibilidadede o inciso V do art. 2,' determinar a abertura para outrostipos de contratações. Foi sugerida sua supressão. Tenho re­ceio de que, com essa supressão. sem uma análise mais apura­da, a sua redação possa gerar problemas irreversíveis.

Por isso, solicito a V. Ex'; que transfira este projeto paraa pauta de amanhã, quando tentaremos conseguir uma reda­ção adequada ao inciso V.

O Sr. Gerson Peres - E ao inciso IV também, pois serefere ao período de 48 meses ou seja, quatro anos, paraa nomeação do professor.

O SR. GERMANO RIGOTTO - Teríamos de chegara um entendimento quanto aos incisos IV e V.

Surgido, pois, que se adie a votação deste projeto paraamanhã.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - A Presi­dência informa que o substitutivo já foi votado, podendo serapresentado DVS. Então, a Presidência retiraria o DVS paraa publicação do substitutivo e apresentação dos destaques.

Retirado de pauta. portanto, de acordo com o Plenário.O projeto entrará na pauta da sessão de amanhã.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) -

PROJETO DE LEIN" 3.984, DE 1993

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei n~

3.9R4. de 1993, que dispõe sobre a política de remune­ração dos servidores públicos civis e militares da Admi­nistração Federal Direta. Autárquica e Fundacionale dá outras providências. Pendente de pareceres dasComissões: de Trabalho, de Administração e Serviço

Público; de Finanças e Tributação; e de Constituiçãoe Justiça e de Redação.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveirll.) - Há sobrea mesa as seguintes

EMENDAS DE PLENÁRIO

-Wl-

PROJETO DE LEI W 3.984 DE 1993

"Dispõe sobre a política de remuneração dos servi­dores públicos civis e militares da Administração Fede­ral direta, autárquica e fundacional e dá outras provi­dências."

EMENDA SUPRESSIVA

Suprima-se a expressão "permanentes" da letra c do §2~ do art. I'! do projeto em epígrafe.

Sala das Sessões, 7 de julho de 1993. - Deputado JoséLuiz Maia, Líder do PPR - Luiz Salomão, Maria Laura.

-N~2-

PROJETO DE LEI N° 3.984, DE 1993

Dispõe sobre as regras para o reajustamento dosvencimentos, soldos e proventos de aposentadoria dosservidores públicos federais, e dá outras providências.

EMENDA MODIFICATIVA

Altere-se a redação do inciso TI do art. 3° para a seguinte,acrescentando-se ao artigo o parágrafo único.

"Art. 3" ..3a

TI -cinco membros, representantes dos servidores públi­cos federais, designados pelo Ministro Chefe da Secretariada Administração Federal da Presidência da República, me­diante indicação das entidades representativas.

Parágrafo único. Os membros a que se refere o incisoTI serão designados para exercerem as atividades pelo períodode vigência de um ano, assegurando-se-Ihes os direitos e prer­rogativas de representante sindical previstos nos arts. 92 e240 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990."

Justificação

A emenda visa assegurar participação paritária dos servi­dores na comissão especial para acompanhamento do processode apuração dos percentuais, aumentando de três para cincoos seus representantes. Além disso, assegura-se a garantiade exercício ininterrupto por um ano desta missão, além dosdireitos e prerrogativas de representante sindical, indispen­sáveis para conferir a estes servidores condições plenas paraa tarefa.

Sala das Sessões, Vladimir Palmeira, Líder do PT ­Luiz Salomão - Luiz Máximo.

-N~3-

PROJETO DE LEI N~ 3.984 DE 1993

Dispõe sobre as regras para o reajustamento dosvencimentos, soldos e proventos de aposentadoria dosservidores públicos federais, e dá outras providências.

EMENDA MODIFICATIVA

Altere-se a redação do art. 6,' para a seguinte:"Art. 6~ Constitui meta prioritária da Administração

Pública Federal a implantação da isonomia a que se refere

14708 Quinta-feira R DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

o § I" do art. 39 da Constituição, devendo, a cada ano eenquanto necessário, ser proposta a destinação, na Lei deDiretrizes Orçamentárias e nas Leis Orçamentárias, de índicenão inferior a dez por cento do acréscimo real de receitalíquida para correções de tabelas de vencimento, a revisãode vantagens necessárias para tanto, bem assim, a implantaçãode planos de carreira."

Justificação

A emenda procura resgatar o compromisso assumido peloGoverno de destinar parte do aumento real de receita paraas correções do processo de isonomia. Assim, assegurando-seos meios para tanto, será possível tratar a quest.ão como émerecido, corrigindo-se os vencimentos e gratificações emconsonância com o princípio da isonomia e a implantaçãodos Planos de Carreira.

Sala das Sessões, Vladimir Palmeira - Luiz Salomão- Luiz Máximo.

-N"4­PROJETO DE LEI N9 3.984/93

(Do Poder Executivo)

Dispõe sobre a política de remuneração dos servidorespúblicos civis e militares da Administração Federal direta, au­tárquica e fundacional e dá outras providências.

EMENDA SUPRESSIVA

Suprima-se a expressão "permanentes" do art. I",~ 2", alínea c do Projeto.

Sala das Sessões, 7 de julho de 1993. - Amaury MüllerJoão Thomé, Valdir Ganzer, Luiz Salomão.

Justificação

É imperioso garantir que na caracterização da receitalíquida sejam considerados todos os impostos arrecadados pe­lo Governo Federal. inclusive os impostos provisórios, comoé o caso do IPMF.

Tal medida tem como objetivo apurar, de forma real,a movimentação das receitas do Governo Federal.

Não há como se pensar em adotar mais um redutor aoreajuste do funcionalismo público federal. como é o caso daexclusão dos impostos provisórios da caracterização de receitalíquida, visto que a vinculação do reajuste à evolução da receitalíquida é, em si. um redutor ao direito dos trabalhadoresdo setor público em ter recompostos seus vencimentos pelosíndices int1acionários que os corroem mês a mês.

-N"5­PROJETO DE LEI N') 3.984/93

(Do Poder Executivo)

Dispõe sobre a política de remuneração dos servidorespúblicos civis e militares da Administração Federal direta, au­tárquica e fundacional e dá outras providências.

EMENDA MODIFICATIVA

Dê-se ao art. 1", inciso I do Projeto a seguinte redação:

"Art. I" .I - em julho e novembro de 1993 e março de

1994 o correspondente a sessenta por cento da variaçãodo IRSM ocorrida respectivamente nos bimestres ime­diatamente anteriores;"

Sala das Sessôes, 7 de julho de 19l)3. - Amaury MüllerJoão Thomé, Luiz Salomão, Valdir Ganlcr.

Justificação

O princípio da isonomia, previsto no caput do art. 5"da Constituição Federal de 1988, de que todos são iguaisperante a lei sem distinção de qualquer natureza, certamentejá não se aplicará aos trabalhadores do setor público, tendoem vista que provavelmente hoje, o Senado Federal deveráaprovar política salarial para os trabalhadores do setor privadoprevendo mecanismo de reajuste mensal dos salários.

Admitindo a alegada impossibilidade de estender estemecanismo de reajuste mensal ao setor público, o mínimoque se pode fazer é garantir aos servidores públicos o direitoàs regras da política salarial dos trabalhadores do setor privadoainda em vigor, consubstanciada na Lei n" 8.542, de 23 dedezembro de 1992, que prevê antecipações de 60% da variaçãodo IRSM ocorrida no bimestre anterior.

-N"6­PROJETO DE LEI N·' 3.984193

(Do Poder Executivo)

Dispõe sobre a política de remuneração dos servidorespúblicos civis e militares da Administração Federal direta, au­tárquica e fundacional e dá outras providências.

EMENDA MODIFICATIVA

Dê-se ao art. 1°, inciso II do Projeto a seguinte redação:

"Art. I" .II - em setembro de 1993, o correspondente a

cem por cento da variação do IRSM ocorrida no quadri­mestre imediatamente anterior, deduzindo-se a anteci­pação concedida no mês de julho de 1993;"

Sala das Sessões, 7 de julho de 1993. - Amaury Müller- João Thomé - Luiz Salomão, Valdir Ganzer.

Justificação

O princípio da isonomia, previsto no caput do art. 5,'da Constituição Federal de 1988, de que todos são iguaisperante a lei sem distinção de qualquer natureza, certamentejá não se aplicará aos trabalhadores do setor público, tendoem vista que provavelmente hoje, o Senado Federal deveráaprovar política salarial para os trabalhadores do setor privadoprevendo mecanismo de reajuste mensal dos salários.

Admitindo a alegada impossibilidade de estender estemecanismo de reajuste mensal ao setor público, o mínimoque se pode fazer é garantir aos servidores públicos o direitoàs regras da política salarial dos trabalhadores do setor privadoainda em vigor, consubstanciada na Lei n" 8.542, de 23 dedezembro de 19n, que prevê reajuste de 100% da variaçãodo IRSM ocorrida no quadrimestre anterior.

-N"7­PROJETO DE LEI N" 3.984/93

(Do Poder Executivo)

Dispõe sobre a política de remuneração dos servidorespúblicos civis e militares da Administração Federal direta, au­tárquica é fundacional e dá outras providências.

EMENDA MODIFICATIVA

Dê-se ao art. 1", inciso III do Projeto a seguinte redação:

"Art. 1" ..TIl - em maio de 1994, o correspondente a cem

por cento da variação do IRSM ocorrida no quadri-

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14709

mestre imediatamente anterior. deduzindo-se a anteci­pação concedida no mês de março de 1994."

Sala das Sessões. 7 de julho de 1993. - Amaury Müller- João Thomé - Valdir Ganzer - Luiz Salomão.

Justificação

O princípio da isonomia. previsto no caput do art. 5"da Constituição Federal de 1988. de que todos são iguaisperante a lei sem distinção de qualquer natureza. certamentejá não se aplicará aos trabalhadores do setor público. tendoem vista que provavelmente hoje. o Senado Federal deveráaprovar política salarial para os trabalhadores do setor privadoprevendo mecanismo de reajuste mensal dos salários.

Admitindo a alegada impossibilidade de estender estemecanismo de reajuste mensal ao setor público. o mínimoque se pode fazer é garantir aos servidores públicos o direitoà regras da política salarial dos trabalhadores do setor privado.ainda em vigor. consubstanciada na Lei n' 8.542. de 23 dedezembro de 1992, que prevê reajuste de 100Ç"y, da variaçãodo IRSM ocorrida no quadrimestre anterior.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Para ofere­cer parecer ao projeto. em substituição à Comissão de Traba­lho, de Administração e Serviço Público, concedo a palavraao nobre Deputado Nilson Gibson.

O SR. NILSON GIBSON (PMDB - PE. Para emitirparecer.) - Sr. Presidente. Sr''' e Srs. Deputados, na formado art. 32, inciso XII, do Regimento Interno, cabe à Comissãode Trabalho, de Administração e Serviço Público examinaro mérito da proposta.

A proposição do Executivo estabelece mecanismos paraos reajustes bimestrais e a correção quadrimestral dos venci­mentos, soldos e demais retribuições dos servidores públicoscivis e militares da Administração Federal direta, autárquicae fundacional. Destaque-se que o Índice de Reajuste do Salá­rio Mínimo - IRSM -, estabelecido para aferição dos rea­justes bimestrais e das correções quadrimestrais, é idênticoao adotado para a recomposição dos salários dos trabalha­dores.

A proposta do Executivo prevê também a criação deuma Comissão Especial de Servidores para acompanhar oprocesso de apuração dos aumentos da folha de pagamentoe da receita líquida e examinar o processo de apuração dospercentuais.

Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Deputados, a proposta do Exe­cutivo dispõe ainda sobre o princípio da isonomia. referindo-seà gradativa elevação do percentual de gratificações de ativi­dade instituídas pela Lei Delegada n'" 13, de 1992. 'de modoa torná-Ia igual para todos os servidores.

Salvo melhor juízo, Sr. Presidente, somos pela aprova­ção, no mérito, da proposta encaminhada pelo Governo ­Projeto de Lei n" 3.984/93.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Para ofere­cer parecer ao projeto, em substituição à Comissão de Finan­ças e Tributação, concedo a palavra ao nobre Deputado Ger­mano Rigotto.

O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS. Para emitirparecer.) - Sr. Presidente, o parecer da Comissão de Finançase Tributação é sobre a adequação .financeira e orçamentária.Quanto a isso, nada temos a opor ao projeto. Por isso, oparecer da Comissão de Finanças e Tributação é pela apro­vação da proposta.

O SR. PRESiDENTE (Inocêncio Oliveira) - Para ofere­cer parecer ao projeto e às Emendas de Plenário em substi­tuição à Comissão de Constituição e Justiça e de Redação,concedo a palavra ao nobre Deputado Maurício Najar.

O SR. MAURÍCIO NAJAR (Bloco Parlamentar - SP.Para emitir parecer.) - Sr. Presidente, nos termos do art.54 do Regimento Interno, devemos opinar de maneira termi­nativa do ponto de vista constitucional, da técnica legislativae da juridicidade da proposta.

A Mensagem do Poder Executivo, que dispõe sobre oreajuste dos vencimentos dos servidores civis e militares,preenche esse requisito. Do ponto de vista constitucional,é iniciativa do Poder Executivo. Quanto à técnica legislativae à juridicidade da proposta, nada temos a opor.

Sr. Presidente. existem algumas emendas. A Emendan" 1 é idêntica à Emenda n" 4. que propõe a supressão daexpressão "permanente", de maneira que o índice de limitepara o reajuste também englobe o Imposto Provisório paraefeito de limite de reajuste. Neste aspecto, Sr. Presidente,deixo o mérito para apreciação da Comissão de Adminis­tração.

Sr. Presidente, quanto à Emenda n'" 2, também opinopela juridicidade, porque ela prevê apenas o remanejamentode membros da representação dos servidores, ou seja, dosmembros que estão designados para opinar sobre o reajuste.

Sr. Presidente. pergunto à Mesa se, pela Comissão deJustiça, devo opinar apenas com relação à mensagem do PoderExecutivo ou também sobre as emendas apresentadas.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - V. Ex' tam­bém deve opinar quanto à constitucionalidade, juridicidadee boa técnica legislativa das emendas, mas não quanto aomérito.

O SR. MAURÍCIO NAJAR - Sr. Presidente, prossigo.A Emenda n" 3 prevê um índice não inferior a 10% de

acréscimo legal, enquanto o projeto original não fixa esselimite. Há um acréscimo evidente de despesas, o que tornaesta emenda inconstitucional.

O projeto original prevê que em março de 1994 hajaum reajuste correspondente a 50% da variação do Índice deReajuste do Salário Mínimo, mas a Emenda n" 5 propõe umreajuste de 60%, sendo, evidentemente, um acréscimo dedespesa também vedado pela Constituição.

A Emenda n'; 6 prevê 100% de reajuste de acordo coma variação do Índice de Reajuste do Salário Mínimo, enquantoo projeto original prevê 80%. Há um acréscimo de 20% e,evidentemente, um acréscimo de despesas, o que torna aemenda inconstitucional.

Finalmente, a Emenda n" 7 propõe um reajuste de 100%em maio de 1994 de acordo com a variação do Índice deReajuste do Salário Mínimo, enquanto o projeto original pre­vê 90%, havendo evidentemente um acréscimo de 10%, oque acarreta um aumento de despesa e torna a emenda incons­titucional.

O mérito. Sr. Presidente, fica por conta da Comissãode Administração Pública.

É o parecer da Comissão de Constituição e Justiça ede Redação.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Para emitirparecer às emendas de Plenário, em substituição à Comissãode Trabalho, de Administração e Serviço Público, concedoa palavra ao nobre Deputado Nilson Gibson.

14710 Quinta-feira R DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

o SR. NILSON GIBSON (PMDB - PE. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente. Sr" e Srs. Deputados. foramapresentadas em plemírio sete emendas. As Emendas n'" Ie 4 são idênticas. Uma é de autoria do Deputado José LuizMaia e outros e a de n" 4 é do Deputado Amaury Müller.referente à supressão da expressão "permanente". da alineac do § 2" do art. 1"

Sr. Presidente. em decorrência do entendimento que jáfoi mantido com o Poder Executivo. as emendas foram apro­vadas.

Somos pela sua aprovação. Então. vamos retirar a expres­são "permanente".

Sr. Presidente, a Emenda n" 2 altera o inciso II do art.3" Data venia, somos contrários à sua aprovação. pelo fatode que o Poder Executivo deve ter a sua prioridade. É inapli­cável a paridade exigida pelos autores das emendas. Lamenta­velmente. somos contra a Emenda n" 2.

A Emenda n" 3. Sr. Presidente. cujo parecer já foi dadopela Comissão de Constituição e Justiça. é inconstitucional.Evidentemente. nós. que estamos examinando o mérito poste­riormente às preliminares de conhecimento da emenda. tam­bém temos que seguir a orientação da Comissão de Justiça.Portanto. somos pela sua rejeição.

A Emenda n" 5 é idêntica à anterior e estabelece umaumento de 50 para 6OC'{. Ela também foi declarada inconsti­tucional pela Comissão de Justiça. porque estabelece esseaumento. Somos contrários à Emenda n" 5.

A Emenda n" 6. do mesmo modo. estabelece um aumentode 80 para 100%. Somos também pela sua rejeição. em facedo entendimento da Comissão de Justiça.

Finalmente. a Emenda n" 7 altera o inciso III do art.I'! e também estabelece um aumento de 100%.

Todas estas emendas foram declaradas inconstitucionaise injurídicas. O Relator na Comissão de Justiça abordou eenfrentou o problema com bastante inteligência e eqüidade.

Concluindo. somos favoráveis. no mérito. à aprovaçãodas Emendas n'" I e 4 e contra as Emendas n'" 2. 3. 5. 6e 7.

Salvo melhor juízo. este é o nosso entendimento.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Para ofere­cer parecer às emendas de Plenário. em substituição à Comis­são de Finanças e Tributação, concedo a palavra ao nobreDeputado Germano Rigotto.

O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS. Para emitirparecer.) - Sr. Presidente. houve um entendimento. senãoentre todas as bancadas. pelo menos com a Liderança doGoverno - segundo a informação que temos - de que asEmendas n'~ I e 4 poderiam ser aprovadas. Entendemos osinal verde da Liderança do Governo à aprovação das Emen­das n'" I e 4. Como a Comissão de Finanças e Tributaçãodeve dar parecer apenas quanto ao aspecto da compatibilidadeorçamentária e financeira. com relação ao mérito a Comissãoé favorável às Emendas n'" I e 4 contrária às demais emendasde Plenário.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Para discu­tir, concedo a palavra ao nobre Deputado Amaury Müller.

O SR. AMAURY MÜLLER (PDT - RS. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente. Sr'" e Srs. Deputados. aindaque se possa imaginar que a política salarial para os servidorespúblicos proposta pelo Governo constitua um avanço. eis quecontempla mais de um milhão e 200 mil trabalhadores do

serviço público que não têm nenhum tipo de política salarial.quero tomar a liberdade de discordar do projeto oficial. razãopela qual, em nome do meu partido. o PDT, apresentei quatroemendas, uma das quais oportunamente acolhida, tanto nasua constitucionalidade. juridicidade e boa técnica legislativaquanto ao mérito, pelos respectivos Relatores.

Sr. Presidente. é claro que, se fosse mantida a expressão"permanente" nas receitas correntes líquidas, o Governo esta­ria disponto, a seu talante, do IPMF, que deu tanto trabalhopara ser aprovado. e impedindo que, no cálculo final, noacerto de contas em janeiro, se a receita corrente líquidanão corresponder. não se pague o resíduo que essa políticaequivocada propõe.

Ora, o IPMF deverá render aos cofres públicos. se vigorara partir de agosto, algo em torno de 4 bilhões de dólares;já não falo em cruzeiros porque são tantos zeros que é difícilsaber quanto valem 4 bilhões de dólares; e como o dólarestá subindo todo dia. vamos adotar, apenas para efeito deraciocínio, a moeda norte-americana, já que eles são os nossospatrões e decidem o que nos convém e o que não nos convém.

Entretanto, se houve acerto de parte dos'Relatores quan­to ao acolhimento da emenda que propôs a eliminação daexpressão "permanente", por outro lado não houve uma no­ção de justiça social nas demais emendas. A razão é simples,Sr. Presidente. Não será por filigranas jurídicas, sob a alegaçãode que isso geraria despesa e que traria, por isso mesmo,no seu bojo, no seu ventre, o vício da inconstitucionalidade,que deixaremos de fazer justiça social para quem clama porjustiça social há muito tempo.

Se o Presidente Itamar Franco, que chegou ao podersob a expectativa de toda a Nação de renovadas esperançasem dias menos áridos para a população brasileira. não com­preende que o princípio da isonomia, no mínimo, deve serrespeitado, cabe-nos introduzir as mudanças que promovama isonomia das políticas salariais dos trabalhadores da empresaprivada e do serviço público.

Com as mudanças que vão ocorrer, mas que ainda nãoocorreram, temos hoje para os trabalhadores da empresa pri­vada uma política de reajustes quadrimestrais plenos e anteci­pações bimestrais de 60%. Ora, o que o Governo está pro­pondo é a antítese dessa política que já é penalizante e perver­sa, ou seja, ao invés de antecipações de 60%, antecipaçõesde 50%; ao invés de um acerto de contas no final do quadri­mestre de 100% da inflação ou do IRSM do período, 80%em setembro e 90% em maio. E condiciona ao desempenhoda arrecadação e das receitas líquidas correntes o pagamentointegral em janeiro, na data-base, do resíduo que vai, evidente­mente, resta'r, na medida em que a correção não será de100%.

Por isso, foram apresentadas as emendas que pretendemapenas fazer um pouco de justiça social aos servidores públi­cos, vítimas permanentes do descaso, da indiferença e da omis­são de vários Governos, principalmente daquele que conse­guimos banir para sempre da vida nacional. Então, não possoconformar-me que simples filigranas jurídicas ou artifícios denatureza jurídica possam contrapor-se ao conceito, que todostemos o dever de ter, de justiça social. O Líder do Governonesta Casa, quando votamos o plano de carreira do pessoalda ciência e tecnologia, em cujo texto foram incluídas váriasinstituições que dele estavam equivocadamente fora, afirmouisso. Esse vício de inconstitucionalidade desaparece no mo­mento em que o Presidente da República sancionar a matéria.Pois bem, se o Presidente é o justiceiro que se pensa que

Julho de 11.)1.)3 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14711

é, que se imagina que é ou que se proclama que é, não irávetar essa justiça social que estamos reclamando para os servi­dores públicos, porque estaria respeitando o princípio de iso­nomia, segundo o qual todos são iguais perante a lei. E aquiestamos diante de uma política salarial inteira e literalmentediferenciada e discriminatória. Se os trabalhadores da empresaprivada j<i são penalizados com a política de antecipaçõesbimestrais de 6(Y'/C do IRSM, mas têm no final do quatrimestrerepostas todas as perdas do período, por que não se aplicaa mesma regra, pelo princípio da isonomia, aos serviços públi­cos?

Por isso, Sr. Presidente, lamento que os Relatores, tantono mérito quanto na constitucionalidade das emendas, as te­nham rejeitado, porque esão negando aqui o que fizeramquando aprovaram o projeto que estabeleceu o plano de car­reira para a área de ciência e tecnologia, o qual tinha víciosemelhante, mas, no entanto, foi aprovado por unanimidade.

O SR, PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedoa palavra ao nobre Deputado Cyro Garcia, para discutir amatéria.

O SR, CYRO GARCIA (PT - RI. Sem revisão do ora­dor.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, minha preocupaçãovai um pouco no sentido expresso pelo colega Amaury Müller,que me antecedeu. Este projeto - é bom avivarmos nossamemória - é resultado de um amplo processo de mohilizaçãoque fez com que os servidores púhlicos federais realizassemeste ano a maior greve da categoria em virtude do extremoestado de penúria em que se encontra a esmagadora maioriada classe.

É importante deixar claro que o projeto não foi objetode acordo porque, infelizmente, esta foi a resposta do Governoao clima que naquele momento a greve alcançava. Entretanto,é totalmente insuficiente em relação às perdas dos servidorespúblicos, tendo em vista a política de discriminação que jáse estabeleceu no País e que criou trabalhadores de primeirae segunda classe, j<i que os impostos recaem sobre os servi­dores púhlicos da mesma forma que sohre os trahalhadoresda iniciativa privada. O IPMF votado por esta Casa tambémvai ser pago pelos servidores públicos federais. No entanto,na hora de remunerá-los, ocorre essa discriminação totalmentedescabida. Seria totalmente inoportuna a votação do projetojustamente no momento em que a Câmara votou uma autori­zação para o Poder Executivo estabelecer o reajuste mensaldos salários com hase na taxa integral da inflação. E o quevemos é a tentativa não apenas de estabelecer uma políticatotalmente insuficiente para os servidores, mas também nasnegociações que se estão verificando no Senado, que a pro­posta votada pela Câmara dos Deputados continua implicandoperdas para a classe trabalhadora do setor da iniciativa priva­da, ameaçada, inclusive, porque se fala num redutor da infla­çüo que pode ser de-40 ou 60%, o que, na verdade, significa,com a capa de que o reajuste será mensal, permanecer coma mesma política de arrocho que tem sido imposta aos traha­lhadores hrasileiros.

Portanto, faço um apelo a todos os Senadores para queaprovem a proposta de reajuste mensal integral que saiu destaCasa. Que não compactuemos com o circo em que está setornando essa negociação, visando mais uma vez a impor sacri­fícios, penalizar a classe trabalhadora brasileira. Por uma ques­tão de coerência, náo podemos aprovar o projeto uma vezque sempre defendemos a isonomia entre os trahalhadoresda iniciativa privada e os servidores públicos federais e enten-

demos ter o Governo condições para isso, desde que estabe­leça prioridades e não gaste mais de 70% do Orçamento nopagamento das dívidas externa e interna. Sabemos que o Go­verno tem caixa para contar com bons servidores para quetenhamos serviços púhlicos em condições de dar atendimentodecente para os cidadãos.

Portanto, o voto do PST-U é contrário a este projeto.Fazemos um chamado concreto para acahar com a discrimi­nação hedionda existente entre os trabalhadores da iniciativaprivada e os servidores públicos federais, que, ao longo dosanos, têm sido relegados a uma situação inferior em nossoPaís.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedoa palavra ao nohre Líder do PFL, Deputado Luís Eduardo.

O SR. LUÍS EDUARDO (Bloco Parlamentar - BA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Deputados,este projeto já contém um arrocho salarial, na medida emque se negocia hoje no Senado uma nova fórmula de reajustesalarial para os trabalhadores hrasileiros, com base no textoaprovado na Câmara dos Deputados e de autoria do DeputadoPaulo Paim. Portanto, o Executivo remete a esta Casa umanova fórmula para o reajuste dos servidores púhlicos parao período de 199311994.

Sr. Presidente, a proposta significa um arrocho, na medi­da em que irá aumentar a defasagem salarial entre os trahalha­dores do setor privado e os do serviço público.

Aceitando a premissa de que o setor privado repassapara os preços os aumentos de salário concedidos aos trabalha­dores e que o setor público náo tem como fazer isso, excetose aumentar os impostos para cobrir as suas despesas, muitome estranha que o Governo não tenha dado prioridade noSenado, uma Casa governista é amplamente majoritária, paraaprovar o Projeto de Lei Complementar, de autoria da nobreDeputada Rita Camata, que limita as despesas da União comseus funcionários. Esse projeto, que passou na Câmara dosDeputados, inclusive com Suhstitutivo do nobre DeputadoJosé Serra, aliás, um dos meus economistas prediletos, encon­tra-se no Senado, onde o Governo tem ampla maioria.

Entretanto, nüo se trata de um problema novo. A questãodos servidores públicos sempre foi enfrentada por vários Go­vernos, que, embora nunca tenham dado o tratamento quea classe merece, de um jeito ou de outro, buscam corrigiras distorções geradas por uma inflação de mais de 30% aomês.

Sr. Presidente, entendemos que o projeto irá arrocharos salários dos servidores, mas nüo podemos concordar coma resistência. Faça-se justiça ao Deputado Roberto Freire,que foi sensível à supressão da expressüo "permanente", queseria uma outra possibilidade de arrocho para os servidores.O nohre Líder do Governo teve sensibilidade e concordoucom a retirada da expressão. Nüo tenho dúvida, Sr. Presi­dente, de que, diante das dificuldades, este é um projetoque não atenderá aos anseios dos servidores. Entretanto, ficauma política salarial para um setor que consideramos funda­mentaI.

Ê lamentável que o Governo, que, na nossa avaliação,gasta malas recursos arrecadados da sociedade, 'v<iarrecadarainda mais com esse novo imposto que está sendo examinadopelo Senado.

Espero, Sr. Presidente, que os cálculos do nobre Depu­tado José Serra estejam corretos quanto ao IPMF, ou seja,

14712 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

que não aumentará muito a arrecadação do Governo. Entre­tanto, o projeto ressalva as vinculações constitucionais queo próprio IPMF traz no seu wnteúdo.

Logo, seria um absurdo tirar o IPMF da possibilidadede, numa queda de arrecadação, arrochar-se mais ainda ossalários dos servidores públicos.

Sr. Presidente, a minha bancada é favorável ao projeto,reconhecendo, entretanto, que ele não atende aos anseiosdos servidores.

O Sr. Sérgio Miranda - Sr. Presidente, peço a palavrapelo PC do B.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem a pala­vra o nobre Deputado Sérgio Miranda.

O SR. SÉRGIO MIRANDA (PC do B - MG. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, incluímos no debate políticodo P~ís, a partir da aprovação nesta Casa de uma lei de reajustesalanal mensaL o Brasil reaL o Brasil dos trabalhadores. oBrasil que vai à feira, que até a discussão da política econômicanão era partícipe do debate sobre economia neste País. Então.este é o mérito desta Casa.

Estamos discutindo a política salarial. estamos pressio­nando o Senado para que aprove a política salarial.

Consideramos um absurdo enviar-se uma política salarialpara o servidor público que m10 acompanha a política salarialpara o conjunto dos trabalhadores. Esse absurdo demonstraque ainda há dois tipos de trabalhadores: os das pequenasempresas. dos setores menos organizados da sociedade e ostrabalhadores do salário mínimo, incluídos neste setor os servi­dores públicos.

Em toda a discussão sobre o reajuste do servidor públicosomos submetidos a essa chantagem: não pode haver altera­ções no projeto.

Votaremos "sim", denunciando o arrocho e exigindo umapolítica salarial que. de fato, prestigie o servidor público.

O Sr. Gérson Peres - Sr. Presidente. peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex" a palavra.

O SR. GÉRSON PERES (PPR - PA, Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente. o nosso partido. colaborando naoposição construtiva, através de nossa Liderança, apresentouuma emenda supressiva da palavra "permanente", para querealme.nte .v~abili~á~semos a oportunidade de o Governo pagaro funclOnano pubhco. porque, em que pese a boa vontadedo Governo, .tudo isso é de uma fragilidade lnuito grande.Que me desmmta o Deputado José Serra, que é economista!

Sr. Presidente. em um país com uma inflação de 30%,se essa inflação atingir no mês de outubro 40%, 50%. tudoisso terá de ser redigido de novo, porque nada mais valeráe tudo cairá por terra.

Temos de compreender que estamos usando um artifíciopara ir ajeitando as coisas. enquanto o Ministro FernandoHenrique Cardoso consegue acertar o Orçamento, os bancosdos Estados, as dívidas dos Estados e dos Municípios. Como~isse .há po~co. é uma empreitada diab6lica. porque a reaçãoe mUlto maIOr do que a boa intenção do Ministro.

Queremos deixar claro o nosso posicionamento. Os servi­dores públicos merecem muito mais do que o que está aqui.E el~s não devem dormir, porque os direitos e garantias dosserVIdores não serão protegidos se não estiverem atentos ao

processo inflacionário. Eles têm que reagir permanentemente,para que não lhes tirem o que já alcançaram. Já deram umpasso à frente. Temos que avançar para compatibilizar ossalários dos servidores com os da iniciativa privada, porqueos servidores públicos entram nos mesmos supennercados queos trabalhadores de São Caetano ou de São Bernardo.

Temos que falar das grandes injustiças que ocorrem nestePaís, das desigualdades salariais entre os mesmos profissionais,pois existem mecãnicos profissionalizados e qualificados emmotores de veículos, eletricistas, bobinadores, instaladoresem São Bernardo do Campo que ganham dez vezes maisque os mesmos operários que trabalham no Ceará, terra doDeputado Vital do Rêgo, e no Pará, onde nasci. Essas desi­gualdades são repulsivas, causam repugnância. E isso ocorreem um país como o nosso.

Os servidores públicos estão esperando algo que nadamais é que um simples abono em seus rostos. Dentro detrinta ou sessenta dias, isso não valerá mais nada, tal é avelocidade na depreciação do valor da moeda deste País. Por­tanto, vamos votar porque não temos outro jeito.

Queríamos apenas que o Governo nos dissesse quandovai vencer a inflação. Governos de outros países já conse­guiram vencê-la. Quero lembrar que este mês a inflação subiumais um ponto. Queremos que o Governo nos diga já quandoa inflação cairá. Criam-se cargos, aumentam-se as despesas,injetam-se verbas em obras que não têm fim produtivo, quesão de concreto armado, mas não fazem uma política salarialpara os servidores públicos e os trabalhadores brasileiros.

Sr. Presidente, este projeto tem boa intenção, tem seuvalor. Gostaria que, daqui a dois meses, nós nos reuníssemosnovamente para analisar a matéria. Aliás, se não vencermosa inflação. Sr. Presidente, V. Ex' vai colocar na pauta, emregime de urgência urgentíssima, projeto semelhante, mas,em vez de nele constar, como no projeto em discussão, 90%a partir de I" de agosto de 1993, estará escrito 110% ou 150%a partir de 1° de outubro de 1993.

A Sr' Maria Laura - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex" a palavra.

A SRA. MARIA LAURA (PT - DF. Sem revisão daoradora.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, na discussãodesta matéria é importante registrar'que, em março de 1990,quando da posse do ex-Presidente Fernando Collor de Mello,foi extinta a política salarial em vigor para os servidores públi­cos. A partir daí, essa categoria, composta de mais de ummilhão trabalhadores, ficou submetida a reajustes casuísticos,ao bel-prazer daquele senhor de plantão, o que. na realidade,gerou perdas substanciais no poder de compra dos saláriosdos servidores. A necessidade de uma política salarial paraos servidores, contrapondo-se a antecipações ou reajustes ca­suísticos, foi firmada nesta Casa pelos mais diversos partidose firmemente defendida pelos servidores públicos que diziamque não era possível continuar sem uma definição, uma regrabásica de recomposição de seus salários.

A greve de maio deste ano - greve vigorosa, greve nacio­nal dos servidores - conquistou uma política salarial, e nóshoje estamos aqui avaliando esta proposta de política salarialque o Governo apresentou à imprensa e às entidades represen­tavivas dos servidores depois de 23 dias de greve.

No entanto, gostaríamos de registrar que esta' propostaé clamorosamente insuficiente para preservar os salários dos

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14713

servidores do efeito inflacionário. Temos certeza absoluta dis­so. E temos certeza também de que esta matéria, além denão significar a reposição das perdas dos servidores, que sevêm acumulando ao longo do tempo, traz no seu interioruma questão muito grave; a redução do valor da correção.Isso se dava quando se colocava na definição da receita líquidaa inclusão apenas dos impostos permanentes. Fizemos uma·emenda nesse sentido, para deixar muito claro que os servi­dores públicos, que pagarão o IPMF, também precisam rece­ber parte da arrecadação resultante desse imposto, quandoda composição da receita líquida. Felizmente essa emendafoi acolhida pelos Relatores.

Nós fizemos também uma emenda com relação à comissãoparitária e outra, coerente com o que diz o próprio Governo,que trata a isonomia de maneira prioritária, estabelecendoum mínimo de 10% do que fosse orçado da despesa de pessoal.

Pois bem, nós queríamos registrar isso tudo e dizer, commuita sinceridade, que o voto do Partido dos Trabalhadoresserá contra este projeto, porque entendemos que, emboratenha sido arrancado pela greve vigorosa dos servidores públi­cos, significa uma perda constante no valor de compra dossalários dos servidores.

o SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Não haven­do mais oradores inscritos, declaro encerrada a discussão.

Vai-~e passar à votação da matéria.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Há sobrea mesa os seguintes

REQUERIMENTO DE DESTAQUE

Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara dos Depu­tad.1s,

Nos termos do art. 161, lI, g ,do Regimento Interno,requeiro de Vossa Excelência destaque da expressão: "perma­nentes" da letra c do § 2') do art. 1\' do Projeto de Lei nU3.984 de 1993, que dispõe sobre a política de remuneraçãodos servidores públicos.

Sala das Sessões, 7 de julho de 1993. - Deputado GersonPeres.

DESTAQUE

Senhor Presidente,Nos termos regimentais, requeiro Destaque para a Emen­

da n° 2 do Deputado Vladimir Palmeira, apresentada ao Pro­jeto de Lei n° 3.984, de 1993.

Sala das Sessões, 7 de julho de 1993. - Deputado ValdirGanzer.

DESTAQUE

Senhor Presidente,Nos termos regimentais, requeiro Destaque para a Emen­

da n9 3 do Deputado Vladimir Palmeira, apresentada ao Pro­jeto de Lei n° 3.984, de 1993.

Sala das Sessões, 7 de julho de 1993. - Deputado ValdirGanzer.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Esta Presi­dência deixa de submeter a votos a Emenda nV 3, de autoriado Deputado Vladimir Palmeira, e as Emendas n" 5, 6 e 7,do nobre Deputado Amaury Müller por terem sido declaradasinconstitucionais.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Em Plená­rio foram oferecidas e vou submeter a votos os seguintes:Emendas, com parecer favorável

-N"1-

Suprima-se a expressão "permanentes" de letra c do §2v do art. IV do projeto em epígrafe.

-N"4-

Suprima-se a expressão "permanentes" da art. 10, pará­grafo 2°, alínea c do Projeto.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Em votaçãoas Emendas nV' 1 e 4, com parecer pela aprovação. São idênti­cas, retirando apenas a palavra ··permanente".

O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex' a palavra pela ordem.

O SR. ROBERTO FREIRE (PPS - PE. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, gostaria de esclarecer que estaemenda é resultado de um acordo em que Lideranças doPMDB, do PPR e do PFL tinham solicitado que fosse retiradoquase todo o dispositivo, ressalvado o imposto consideradoreceita líquida - deduções, subsídios, transferências constitu­cionais, incentivos. Para se evitar que se prejudicasse aindamais o ajuste fiscal do Governo e fixando a receita em funçãoda política salarial, nós aceitamos o acordo, retirando o termo"permanente", para ampliar a faixa da receita líquida quepoderia ser concedida.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Em vota­ção.

Os Srs. Deputados que as aprovam permaneçam comose encontram. (Pausa.)

Ficam aprovadas as Emendas n'!' I e 4, contra o votodo PT.

A Sr' Maria Laura - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex" a palavra.

A SRA. MARIA LAURA (PT - DF. Sem revisão daoradora.) - Sr. Presidente, o PT votou a favor da emendaque retira o termo "permanente."

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Com o 'lotofavorável do PT, também autor da emenda.

O Sr. Germano Rigotto - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex" a palavra pela ordem.

O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, quero deixar claro queo PMDB vota a favor das Emendas n'" 1 e 4 devido ao entendi­mento havido par:' a retirada da expressão "permanente."

Votamos a favor.

O Sr. Luís Eduardo - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex" a palavra pela ordem.

14714 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de IlJ93

o SR. LUÍS EDUARDO (Bloco Parlamentar - BA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PFL também vota"sim".

O Sr. Gerson Peres - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex" a palavra pela ordem.

O SR. GERSON PERES (PPR - PA. Sem revisáo doorador.) - Sr. Presidente, não entendi o voto do PT. Nãoquero criar caso. Gosto da coerência.

A Líder disse, há pouco, que não votava no projeto.Se não votar n.o projeto não pode votar na emenda.

Ouvi uma declaração de voto.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Já foi escla­recido. O PT votou a favor das Emendas n'?' 1 e 4.

O SR. GERSON PERES - Então, votou a favor do pro­jeto.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Em Plená­rio foi oferecida e vou submeter a votos a seguinte:

Emenda, com parecer contrário.

-N"2-Altere-se a redação do inciso rr do art. 3" para a seguinte,

acrescentando-se ao artigo o parágrafo único.

"Art. 3" ..

rr -- cinco memhros, representantes dos servido­res públicos federais, designados pelo Ministro-Chefeda Secretaria da Administração Federal da Presidênciada República, mediante indicação das entidades repre­sentativas.

Parágrafo único. Os membros a que se refereo inciso II serão designados para exercerem as ativida­des pelo período de vigência de um ano, asseguran­do-se-Ihes os direitos e prerrogativas de representantesindical previstos nos arts. 92 e 240 da Lei n" 8.112.de 11 de dezembro de 1990."

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Vamos fa­zer o contrário. Em votação a Emenda n" 2, do Líder VladimirPalmeira, com parecer pela rejeição.

Os Srs. Deputados que a aprovam, permaneçam comose encontram, e os que são contrários, levantem o braço.(Pausa.)

O Sr. Luís Eduardo - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex' a palavra.

O SR. LUÍS EDUARDO (Bloco Parlamentar - BA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, para que eu possa orien­tar a minha bancada, V. Ex" poderia ler a emenda, por genti­leza?

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) ­Emenda Modificativa:

"Altere-se a redação do inciso rr do art. 3" paraa seguinte, acrescentando-se ao artigo parágrafo úni­co."

Art. 3Q

"Será constituída Comissão Especial para acompa­nhamento do processo de apuração dos percentuais

e índices de que trata o art. 2", composta por - aíS. Ex" modifica ... .,

"rr - cinco membros representantes dos servi­dores públicos federais, designados pelo Ministro-Che­fe da Secretaria de Administração Federal da Presi­dência da República, mediante indicação das entidadesrepresentativas.

Panígrafo único. Os membros a que se refereo inciso II serão designados para exercerem as ativida­des pelo período de vigência de um ano, asseguran­do-se-lhe os direitos e prerrogativas de representantesindical previstos nos arts. Y2 e 240 da Lei n" 8.112,de 11 de dezembro de 1990." .

OSR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Vamos re­petir a votação porque não ficou muito clara.

O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex" a palavra.

O SR. ROBERTO FREIRE (PPS - PE. Sem revisãodo orador.) - Encaminho contrariamente à emenda, Sr. Pre­sidente.

O Sr. Germano Rigotto - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio .Oliveira) - Tem V.Ex" a palavra.

O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, o PMDB encaminha contra­riamente.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Os Srs.Deputados que são a favor da emenda permaneçam comose encontram: os que são contrários levantem o braço. (Pau­sa. )

Aprovada a emenda.

O Sr. Luís Eduardo - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex" a palavra.

O SR. LUÍS EDUARDO (Bloco Parlamentar - BA. Sem.revisão do orador.) - Sr. Presidente, por gentileza, faça ocontrário. Cada Parlamentar vai repetir seu voto, para quenão haja dúvida.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - A Presi­dência já o fez, repetiu a votação e não pode fazê-lo mais.A Presidência pediu a atenção de todos.

O Sr. Gerson Peres - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex" a palavra.

O SR. GERSON PERES (PPR - PA. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, peço verificação de votação, pelaLiderança do PPR.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Nobre De­putado Gerson Peres, concedida a verificação de votação.

O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

Julho de 19'13 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14715

o SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex" a palavra.

O SR. ROBERTO FREIRE (PPS - PE. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, é comum, em termos de vota­ção, se houver alguma dificuldade, mesmo sem se pedir verifi­cação nominal, fazer a votação alternadamente, a não serque haja grande maioria. Pode haver divisão. É apenas amudança de levantar o braço, ou não.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) -Já foi feito.

O Sr. Luís Eduardo - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex" a palavra. .

O SR. LUÍS EDUARDO (Bloco Parlamentar - BA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, apelo para a bondadede V. Ex" apenas porque muitos dos Srs. Deputados nãoperceberam que a votação seria ao contrário. Como nós, Líde­res, não orientamos. houve um vazio.

Peço a V. Ex" que faça novamente a votação. Não háproblema algum. Acho que não custa nada, para dar à Mesauma visão mais exata do Plenário.

A Sr' Maria Laura - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex" a palavra.

A SRA. MARIÀ LAURA (PT - DF. Sem revisão daoradora.) - Sr. Presidente, para tranqüilidade daqueles queestão muito preocupados com o resultado dessa votação, vota­mos da mesma maneira nas duas votações, portanto, a matériaestá decidida: a constituição de uma Comissão paritária parao acompanhamento da definição dos índices de correção eda receita líquida. Foi só isso que votamos, contra a posiçãodo Governo, que estabelecia uma Comissão onde os servidorestinham participação de três representantes e o Governo, decinco. Votamos uma comissão de cinco e cinco.

O Sr. Luís Eduardo - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex" a palavra.

O SR. LUÍS EDUARDO (Bloco Parlamentar - BA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, não modifica em nadaa atitude da Mesa, fazer a votação uma última vez. Todosnós queremos esclarecer a nossa posição. Gostaria de esclare­cer, por exemplo, que o PFL votará contra a emenda.

Sr. Presidente, peço desculpas a V. Ex', mas não é aprimeira vez que isso ocorre.

O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex" a palavra.

O SR. ROBERTO FREIRE (PPS - PE. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, V. Ex· faça como quiser, porquenão haverá qualquer problema em se fazer a votação nova­mente para esclarecer o assunto. Quero dizer que, com essavotação, sem problema algum, o Governo pode vetá-Ia. Epara quê? Para confirmarmos que não temos capacidade?Nós assistimos à liderança do PT dar o voto contrário por

engano, o que foi por V. Ex" esclarecido devidamente. Porque não fazer o mesmo agora, se todos os Líderes estão pedin­do? Não custa nada, é só levantar o braço.

O Sr. José Fortunati - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex" a palavra.

O SR. JOSÉ FORTUNATI (PT - RS. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, o Deputado Roberto Freire, nomínimo, está sendo tendencioso e falacioso nessa questão.A Deputada Maria Laura, representando a liderança do PT,simplesmente esclareceu o voto na votação anterior, diferente­mente do que está acontecendo agora. Já houve duas votações.Esta Presidência fez duas votações. O Deputado Roberto Frei­re está querendo uma terceira tentativa.

O Sr. Luís Eduardo - ... não é verdade.

O SR. JOSÉ FORTUNATI - ... muito diferente da ques­tão anterior. É verdade, Deputado Luís Eduardo. Houve duasvotações com resultado muito claro neste plenário. É impor­tante ressaltar isso, porque estaremos abrindo aqui mais umprecedente. Repito, é importante que isso fique claro, paraque, nas próximas votações, o Deputado Roberto Freire nãolevante qualquer questão de ordem a este respeito.

O Sr, Germano Rigotto - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex" a palavra.

O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, quero deixar claro que,se houve erro ou não, não houve encaminhamento de votaçãopela maior parte das Lideranças. Talvez por culpa dos próprioslíderes, que não a encaminharam. Não houve o encaminha­mento, repito, e por isso não se pode medir se a votaçãofoi correta, se representou a vontade dos Srs. Deputados.

Mas tudo bem, Sr. Presidente. Peço ao Deputado Ro­berto Freire que mantenhamos esse resultado. O DeputadoRoberto Freire não tem compromisso algum como Líder doGoverno. Foi feito um acerto aqui e eu acho que, quandoisso ocorre, é preciso ceder de parte a parte. Foi feito umacerto, eu vi. O Deputado Roberto Freire aceitava a apro­vação das Emendas n~ 1 e n° 4 e não assumia compromissocom as outras emendas. Ele disse claramente isso.

Esse entendimento já foi um avanço. Aprovar as Emen­das nQ 1 e nQ 4 já foi um avanço.

Esta votação não representou a decisão tomada pelamaior parte dos Líderes que tinham a intenção de aprovaras Emendas nq 1 e nQ 4.

Mas, Sr. Presidente, se V. EX;" quiser manter esse resul­tado, acho que pode fazê-lo. O Líder do Governo já declarouque não há compromisso com essa emenda e que o Presidenteda República vai vetá-la.

O Sr. Luís Eduardo - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex' a palavra.

O SR. Luís EDUARDO (Bloco Parlamentar - BA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, entendo que não hádemérito algum em se repetir a votação. E por que, Sr. Presi-

14716 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

dente? O Plenário estava desatento, no momento em queV. Ex' anunciou a votação, aliás, não por culpa de V. Ex"Temos que assumir a nossa culpa.

Quando V. Ex" inverteu o processo, os Líderes não tive­ram oportunidade de encaminhar a votação. Logo, Sr. Presi­dente, em diversas ocasiões temos assistido nesta Casa, aofato de a Mesa repetir a votação para que os Srs. Deputados,com pleno conhecimento da matéria, possam expressar suaverdadeira <ontade. O que se está pedindo não é a modificaçãodo resultado de uma votação. Ao contrário. Se fosse isso,seria cômodo, fácil e tranqüilo para o Deputado RobertoFreire solicitar ao Governo que vetasse a emenda. Mas issonão está em jogo. O que está em jogo é que o plenário nãoexpressou a sua vontade, porque não entendeu a inversãodo processo de votação.

Sr. Presidente, como Líder, faço um apelo a V. Ex' paraque repita o processo de votação, pois ficará caracterizadoque estamos com a razão.

o SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Apesar doapreço que tenho pelos Srs. Líderes, a Presidência não vairepetir a votação, porque já o fez por duas vezes.

O Sr. Gerson Peres - Sr. Presidente, pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex" a palavra.

O SR. GERSON PERES (PPR - PA. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, peço verificação de votação, pelaLiderança do PPR. .

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedidaa verificação de votação.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - A Presi­dência convoca os Srs. Deputados presentes nas diferentesdependências da Casa a comparecerem imediatamente ao ple­nário, pois, dentro de breves instantes, daremos início à vota­ção nominal de matéria da mais alta importância, pelo sistemaeletrônico.

O Sr. Nilson Gibson - Sr. Presidente, pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex" a palavra. '

O SR. NILSON GIBSON (PMDB - PE. Sem revisáodo orador.) - Sr. Presidente, formulo um apelo ao grandecompanheiro Gerson Peres, um dos homens mais atuantes,um dos mais assíduos e com uma grande representação. Sefizermos isso, vamos ter um problema com a classe dos servi­dores públicos.

Formulo esse apelo, não em meu nome mas no dos servi­dores públicos, Deputado Gerson Peres. Vamos deixar quea matéria seja reexaminada pela Casa revisora e, em seguida,pelo Poder Executivo.

É o pedido que lhe faço, Deputado Gerson Peres.

O Sr. Amaury Müller - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem. .

O SR. PRESIDENTE (Inocéncio Oliveira) - Tem V.Ex" a palavra. .

O SR. AMAURY MÜLLER (PDT - RS. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, esse filme do apelo é. tão velhoque acho que pertence ao cinema mudo.

As pessoas têm que assumir a responsabilidade dos scusgestos e atos. O Deputado Gerson Peres é atuante, dinâmicoe presente, mas, muitas vezes, quer nos ganhar no grito.

S. Ex", que se diz defensor dos servidores públicos, queaqui fez discursos a favor de emendas que melhorariam apolítica de salários dos servidores públicos, quer agora destruircom os pés o que carinhosamente fez com as mãos e a palavra.

Não farei apelo a V. Ex" Assumo a responsabilidade dejogar esse assunto no lixo da História, porque amanhã náohaverá quorum para votar essa matéria, se for mantido opedido de verificação de votação. Não faço apelo, não. Creioque S. Ex" sabe o que está fazendo e os compromissos queestá assumindo com esse pedido de verificação.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Em facedos apelos dirigidos ao nobrc Líder Gerson Peres, esta Presi­dência consulta S. Ex" - um dos melhores Parlamentaresdesta Casa, um dos mais atuantes - se mantém o pedidode verificação.

O SR. GERSON PERES (PPR - PA. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, não me assusto com esses pronun­ciamentos de irresponsabilidade. Maior responsabilidade éo Deputado votar as matérias nesta Casa. Todos deviam estaraqui. Estão ganhando as suas diárias. Isso é o que deveriamestar fazendo. Venho para cá todos os dias e tenho autoridadepara falar.

Pode berrar o Deputado Nilson Gibson, mas digo quenão estou no zoológico, estou na Câmara dos Deputados.Não tenho medo de berro, de grito ou de vaia. Só queroque não me toquem. Se me tocarem, é diferente.

Pedi verificação de votação porque matéria dessa respon­sabilidade não deve ser votada com meia dúzia de Deputadosna Casa. Devia haver mais responsabilidade. A verificaçãoé para que todos soubessem o que se está votando. Isso émais vergonhoso do que o meu pedido. E o pedido de verifi·cação fica, para honrar um apelo do meu partido que tambémzela pela permanência dos Deputados no plenário. São seis,dez, ou 40 Deputados votando por 500 o aumento do funciona­lismo, a política salarial, a tributação e tudo o mais.

Então, não me venham fazer ameaças. Não tenho medode ameaça. Quanto à história, o funcionário público que saibaque estou aqui votando sua política, mas que saiba tambémque mais de 400 não estão. Não posso votar por eles.

O Sr. Amaury Müller - Sr. Presidente, pelo a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem· V.Ex" a palavra.

O SR. AMAURY MÜLLER (PDT - RS. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, quero repudiar as expressõesdo Deputado Gerson Peres. Não sou homem de dizer, souhomem de fazer.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - A Presi­dência informa que se trata de matéria importante. Se elanão for votada, vamos convocar a Câmara para a realizaçãode sessão na terça, quarta e quinta-feira, da próxima semana.Ou os nobres Pares se conscientizam de que devemos votaras matérias importantes, ou vamos convocar a Câmara. Aresponsabilidade não caberá à Mesa, mas, sim, àqueles queaqui não comparecerem para votar essas matérias importan-tes. .

Julhode 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14717

o Sr. Luís Eduardo - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex" a palavra.

O SR. LUÍS EDUARDO (Bloco Parlamentar - BA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, e se não for votadaa LDO?

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - ALDOnão pode ser votada, se o Presidente da Câmara ou o Presi­dente do Senado não a colocar em votação.

O SR. LUÍS EDUARDO - V. Ex' está dizendo que nãovai colocá-la em votação?

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Não a colo­caremos, enquanto não votarmos as matérias importantes.

O SR. LUÍS EDUARDO - Então, V. Ex" comece hoje,Sr. Presidente, exigir;do o quorum.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Vamos exi­gir o quorum.

O SR. LUÍS EDUARDO - Segundo, esse tipo de ameaça-a mim que compareço às sessões - não altera nada. Compa­recerei também na próxima semana. V. Ex" não está se diri­gindo a mim. Agora, apenas quero defender o direito doDeputado Gerson Peres, tratando-se de uma votação em quenão ficou esclarecida a vontade do Plenário, porque houveuma deliberação sem o conhecimento prévio das matérias,S. Ex" está no seu direito. Eu poderia ter pedido a verificaçãomas não quis, porque sei que o Governo pode vetar a lei.

Reconheço. porém, que o Deputado Gerson Peres estáno seu direito.

O Sr. Gerson Peres - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem, como Líder de Partido.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex" a palavra.

O SR. GERSON PERES (PPR - PA. Sem revisão doorador.) -- Sr. Presidente. temos que nos conscientizar deuma coisa muito importante, V. Ex" e nós. V. Ex" determina,mas temos uma lei. uma Constituição e um Regimento. Ne­nhum de nós aqui é obrigado a votar a pauta estabelecidapor V. Ex" Constitucionalmente. V. Ex" não tem poderespara prorrogar a sessão, senão para uma determinação consti­tucional que é a votação da LDO. A prorrogação só valepara a LDO. Nós, Líderes de partido. éqJe estamos concor­dando com V. Ex" em colocar na pauta matérias estranhasa que a Constituição determina. Não existe prorrogação deSessão Legislativa. Isso é inconstitucional.

Com a nossa concordância, SI. Presidente, estamos vo­tando as matérias apresentadas por V. Ex" Mas, no exatomomento em que nos retirarmos do plenário, V. Ex" nãopode colocar matéria nenhuma, em votação, a não ser a LDO.Esta que é a realidade. Vamos jogar limpo! Estamos, aqui,ajudando o Governo no exame das medidas que chegam etc.Porém, não é possível haver pressão contra pressão, imposiçãocontra imposição. Não é isso que quero, nobre colega. Enten­da-me. Acho que V. Ex" teria que consultar as Liderançassobre essa matéria da paridade. Não houve essa consulta.Erramos, tamhém, em não pedi-la a V. Ex'

Agora, alegar que os funcionários não vão receber o au­mento, porque pedi verificação de votação, e que somos res-

ponsáveis porque não estamos votando essa lei salarial... Aí,não. Eu argüiria - como tenho certeza que vou morrer umdia - a inconstitucionalidade do procedimento legislativo coma prorrogação de Sessão Legislativa, porque na ponta só pode­ria conter a LDO e, de acordo com as Lideranças, há outrasmatérias. Perdoe-me. Tenho por V. Ex" estima, respeito eadmiração. Quero-lhe muito bem, mas não há capricho aqui,não.

Vamos ver se chegamos a um entendimento. Aperte V.Ex" as campainhas, chame os Deputados, convoque uma ses­são extraordinária para se votar essa matéria, amanhã, seV. Ex" tem boa vontade com os servidores, como nós temos.E nós estaremos aqui para votar.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - A Presi­dência informa ao nobre Deputado Gerson Peres, ao nobreDeputado Luís Eduardo e ao Plenário que, ao' dizer que nãose encerraria o período legislativo sem votar as matérias impor­tantes, isso não significou nenhuma pressão sobre os nobresPares, mas estávamos apenas zelando pelo nome da instituiçãoque temos o dever de defender.

Seria muito mal para esta Casa entrar em recesso semvotar essas matérias importantes. Não houve, repito, qualquerpressão sobre os colegas. Todos são acordes em que estaPresidência tem-se mostrado muito sensível e até aberta aoentendimento.

Não houve nada disso aqui. Tenho pelo nobre DeputadoGerson Peres o maior respeito, pelo seu trabalho, pela manei­ra coerente com que se conduz, pelo excelente Parlamentarque é, conhecedor profundo do Regimento e da nossa Consti­tuição. S. Ex" é assíduo aos nossos trahalhos, o que tambémé muito importante, pois participa das nossas decisões noPlenário. Então, tenho o maior respeito por S. Ex' Seria inca­paz de fazer qualquer agravo ao ilustre Parlamentar. Apenasquis mostrar, com a responsabilidade de Presidente da Mesa,que a Casa não poderia entrar em recesso sem votar essasmatérias importantes. Foi isso o que quis mostrar à Casae continuo com-este ponto de vista. Como Presidente da insti­tuição, tenho o dever e a obrigação de zelar pelo seu nome,e nós todos, que compomos a Câmara dos Deputados, temosigualmente esse dever e essa obrigação de zelar pelo seu nome.Por isso expressei-me dessa maneira.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedoa palavra ao nobre Líder do Governo, Deputado RobertoFreire.

O SR. ROBERTO F~EIRE (PPS - PE. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, desejo apenas esclarece!' umpouco as questões discutidas neste momento. Essa emendanão é tão importante no contexto do projeto que estamosvotando. Não há na mesma qualquer referência à políticasalarial, salvo a criação de uma comissão para saber quala receita líquida que se terá para a fixação da política salarial.Portanto, é algo que teve muito mais um efeito de eJ1loção,.de se querer uma repetição de uma votação do que propria­mente se estar dedidindo uma questão transcendental no que

. se refere à lei. Acredito inclusive que, por parte do Governo,poderá haver a aceitação dessa medida. O seu veto não iriamudar em nada aquilo que fundamentalmente estamos votan­do. que é a política salarial dos servidores públicos. Digoisso só para que se restabeleça a verdade, porque, se não,parece que estamos votando algo que é de transcendentalimportância, e não é. Talvez seja um pequeno detalhe, mesmoque implique a participação paritária dos servidores. Essa

14718 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1l}93

medida é algo que o Governo facilmente poderia vetar oucom ela conviver.

O Sr. Luís Eduardo - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex') a palavra.

O SR. LUÍS EDUARDO (Bloco Parlamentar - BA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, desejo apenas um escla­recimento sobre o processo de votação. Votamos o parecerda emenda, certo?

o SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Votamosas emendas com parecer favorável. Em seguida, a Emendan" 2, com parecer contrário. Na oportunidade, eu disse assim:"Os Srs. Parlamentares que forem a favor da emenda perma­neçam como se encontram". Isto na primeira votação, quefoi quase unânime. Também disse: "Então, vamos repetira votação para que não se tenha dúvidas a respeito do resulta­·do". Resultado a que se chegou com a aprovação da maioria.

O SR. LUÍS EDUARDO - Mas o parecer é contrário,Sr. Presidente. Votamos o parecer ou a emenda?

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - A emenda,nobre Deputado.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - A Presi­dência informa que ainda falta votar o projeto.

Votamos, até agora, a Emenda n(' 2, O Líder do Governofez uma exposição e disse que esse dispositivo a que a mesmase refere não tem muita importância.

Indago ao nobre Deputado Gerson Peres se mantém oseu pedido de verificação de votação.

O Sr. Gerson Peres - Sr. Presidente, mantenho a minhasolicitação. A meu ver, V. Ex' já deveria ter convocado osDeputados para votarem. Vamos votar.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - A Presi­dência convoca os Srs. Deputados para que acorram ao plená­rio. Já há aqui uma freqüência razoável que daria para decidiras questões referentes a esta matéria e a outras pendentesda nossa apreciação.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - A Presi­dência convoca os Srs. Deputados presentes nas diferentesdependências da Casa para que compareçam imediatamenteao plenário, pois teremos, dentro de breves instantes, o inícioda votação nominal pelo sistema eletrônico.

O Sr. Germano Rigotto - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex') a palavra.

O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, solicito, mais uma vez,ao nobre Deputado Gerson Peres a retirada do seu requeri­mento de verificação de votação para que possamos adiantaresta votação, que é fundamental, já que se trata do reajustedo funcionalismo público. Se isto não acontecer, se o Depu­tado Gerson Peres não retirar o seu requerimento, se nãorevisar a sua posição, não tenho dúvida de que vamos inviabi­lizar o prosseguimento da sessão, pois estou certo de quenão vamos conseguir as 252 presenças necessárias.

Sr. Presidente, consulto V. Ex" se, no caso de haver neces­sidade de uma nova sessão amanhã, V. Ex" teria condiçõesde anunciar isso hoje e convocar essa reunião para amanhãde manhã. Acho fundamental que essa nova sessão seja reali­zada pela manhã. É a solicitação que faço a V. Ex"

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Teremoscondições, nobre Deputado.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Concedoa palavra ao nobre Deputado Gerson Peres.

O SR. GERSON PERES (PPR - PA. Sem revisão doorador.) - Veja bem, Sr. Presidente, quero deixar aqui maisum argumento em favor da minha posição. O Senado nãovai votar esta matéria amanhã ou depois de amanhã. AquelaCasa vai votar a política do reajuste salariaL que já está lá.Este projeto que estamos apreciando agora só vai chegar ládepois de amanhã. Há um compromisso de V. Ex" com asLideranças no sentido de sairmos daqui no dia 10, a nãoser que a reunião de Líderes não seja para valer. Foi esseo compromisso assumido. Então, amanhã votaremos esta ma­téria.

O Sr. Amaury Müller- Sr. Presidente, chega de conversafiada. Vamos votar.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Há um com­promisso com os Líderes no sentido de sairmos daqui no dia10, mas há igualmente outro compromisso de votarmos asmatérias importantes.

O SR. GERSON PERES - É isso mesmo, é conversafiada. V. Ex' tem razão, Deputado Amaury Müller. InclusiveV. Ex! gosta muito de conversa fiada.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Esta Presi­dência solicita a todos os Srs. Deputados que tomem os seuslugares, a fim de ter início a votação pelo sistema eletrônico.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Como vo­tam os Srs. Líderes?

O SR. LUÍS EDUARDO (Bloco Parlamentar - BA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PFL solicita aos Srs.Deputados que votem "não".

O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, o PMDB encaminha ovoto "não".

O SR. GERSON PERES (PPR - PA. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, o PPR encaminha o voto "não".

O SR. JOSÉ FORTUNATI (PT - RS. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, o PT encaminha o voto "sim".Trata-se da instituição uma comissão paritária para avaliaros índices.

O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PP - PRo Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, o PP encaminha o voto "não".

O SR. TONY GEL (PRN - PE. Sem revisão do orador.)- Sr. Presidente, o PRN encaminha o voto "não".

O SR. BENEDITO DE FIGUEIREDO (PDT - SE. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, o PDT deixa a questãoem aberto.

O SR. ALDO REBELO (PC do B - SP. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, o PC do B encaminha o voto"sim".

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14719

o SR. LUIZ MÁXIMO (PSDB - SP. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, o PSD B encaminha o voto '"não".

(Proccsso de votação.)

O Sr. Roberto Freire - Sr. Presidente, peço a pálavrapela ordcm.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tcm V.Ex" a palavra.

O SR. ROBERTO FREIRE (PPS - PE. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, vamos encaminhar o voto"não", porquc, quando se fez, hojc de manhã, uma análisedesse projeto, ninguém levantou dúvidas nem se buscou acor­do, salvo no que se rcfere ao item que inclusive o PT, numprimeiro momento, não sabia como votar, que foi o impostopermanente. Como não houve qualquer diálogo, não se bus­cou nenhum acordo, o Governo até podcria discutir essa ques­tão da comissão paritária. Por isso mesmo, por não se terlevado em consideração a capacidadc de diálogo que estaCasa tem, temos que derrotar esta proposta, votando "não".

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - O Líderdo Govcrno cncaminha o voto "não".

O SR. Luís EDUARDO (Bloco Parlamentar - BA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidcnte, aos Srs.- Deputadosque acabam de chegar ao plenário informo que o voto reco­mcndado é "não".

O Sr. Chico Vigilante - Sr. Presidentc, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tcm V.Ex" a palavra.

O SR. CHICO VIGILANTE (PT - DF. Sem rcvisãodo orador.) - Sr. Presidente, existem indicativos de que difi­cilmente vamos alcançar o quorum no dia de hoje. Indagoa V. Ex-' a que horas terá início a sessão dc amanhã, porquepretendo ausentar-me da Casa. .

O. SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - A Presi­dência convocará sessão para amanhã às 9h, para quc possa­mos dar início à Ordem do Dia às 10h ou no máximo àsIOh30min.

A Presidência faz apelo aos Srs. Deputados no sentidode quc compareçam amanhã ao plenário para que possamosvotar o restante da pauta da sessão de hoje.

O Sr. Germano Rigotto - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordcm.

O SR. PRESIDENTE (ln()(:êncio Oliveira) - Tcm V.Ex" a palavra.

O SR. GERMANO RIGOTTO (PMDB - RS. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, é importante solicitarmosà Mesa - não sei de que forma; vamos recorrer às Lideranças- que encontre uma maneira de avisar aos Srs. Dcputadosausentes da Casa ncste momento sobre a importância da pre­sença de eada um amanhã, pelo menos na partc da manhã,porque é fundamental que aprovemos esse projeto. Acreditoque as Lideranças e a própria Mesa dcveriam fazer contatosjá a partir de hoje para que se adiem as viagens marcadas,se for o caso, porquc precisamos, no mínimo, de 252 Depu­tados presentes amanhã.

O Sr. Chico Vigilante - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Tem V.Ex" a palavra.

O SR. CHICO VIGILANTE (PT - DF. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, fui informado a respeito deum projeto que pessoalmente considero importantíssimo, poistrata da situação dos funcionários do Departamento de Taqui­grafia desta Casa.

Estou sabendo que sobre a matéria há algumas divergên­cias entre as Lideranças, inclusive a do meu partido, e peçoa V. Ex" autorização para encaminhar um trabalho singelo,mas de muita profundidade, elaborado pelo Departamentode Taquigrafia, para que a Mesa, por intermédio de V. Ex"possa distribUÍ-Ia a todas as Lideranças, pois talvez assim ­quem sabe? - os companheiros Líderes se conscientizem daimportância desse projeto e possam votá-lo quinta-feira. Peçoautorização a V. Ex" para encaminhá-lo à Mesa, para quepossa scr distribuído.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Esta Presi­dência agradece a V. Ex' a iniciativa e determinará que oSecretário-Geral da Mesa proceda à distribuição da matériaa todos os Líderes e aos demais Srs. Deputados.

O SR. CHICO VIGILANTE - Sou eu que agradeçoa V. Ex", Sr. Presidente, a atenção.

DOCUMENTO A QUE SE REFERE O ORA­DOR:

CÂMARA DOS DEPUTADOSDEPARTAMENTO DE TAQUIGRAFIA

REVISÃO E REDAÇÃO

ESTUDO COMPARATIVO DA SITUAÇÃODOS TAQUÍGRAFOS

O Projeto de Resolução n" 168, de 1993, não pretendesenão corrigir anômala situação reinante entre os Taquígrafosdesta Casa e seus colegas do Senado Federal e de diversosTribunais Superiores.

Senão, vejamos.Em setembro de 1991, o Supremo Tribunal Federal, atra­

vés do Ato Regulamentar n" 25 (Doc. n" 1), alterou a Tabelade Lotação de Encargos de Representação de Gabinete paranela incluir 13 (treze) Encargos de Taquígrafo Revisor.

Seguindo a esteira da Suprema Corte, também, aindaem 1991, o Tribunal Regional Federal da 1" Região, pelaPortaria nO 439 (Doc. nO 2), determinou a inclusão dos Taquí­grafos e Auxiliares Judiciários da Área de Taquigrafia naTabela de Representação de Gabinete daquela Casa.

Por sua vez, o Tribunal Superior do Trabalho, medianteo Ato. Sead.GP n" 1329/92 (Doc. n? 3), fez incluir na Tabelade Gratificação de Representação de Gabinete 60 (sessenta)funções de Taquígrafo Revisor e 29 (vinte e nove) funçõesde Assistentes de Taquígrafo.

Saliente-se, en passant, que em um dos consideranda seregistra que "grande parte dos servidores das Categorias obje­to deste Ato já foram designados para função de Gabinete"...

Finalmente, o Projeto de Resolução nO 38, de 1993, queinstituiu o Plano de Carreira dos servidores do Senado Federal(Doc. n? 4), dispõe no Anexo V, na forma do art. 42, sobrea criação de Funções Comissionadas para Supervisor Taqui­gráfico, Revisor Taquigráfico e Taquígrafo Legislativo.

Portanto, o projeto não inova. Preconiza, tão-só e somen­te só, a extensão aos Taquígrafos desta Casa -em obediência

14720 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

ao princípio da eqüidade - de prática já consagrada em Tribu­nais Superiores e no Senado Federal.

Isso do ponto de vista jurídico-legal.Do ponto de vista administrativo, os horizontes do Depar­

tamento de Taquigrafia no tocante a servidores não são nadaalentadores.

O trabalho de plenário e das Comissões se avoluma acada dia. A revisão constitucional está a um passo. O SenadoFederal, com as vantagens que oferece, seja do ponto devista remuneratório, seja do ponto de vista da .carga de traba­lho, recruta servidores nossos. Aliás, Taquígrafos oriundosdo último concurso pensam voltar aos Tribunais, tal a dife­rença salarial existente. Enquanto isso, já chega a quase umterço o déficit dos nossos quadros!

De outra parte, o projeto de resolução ora sob análiseformaliza urna rotina de trabalho há muito adotada no Depar­tamento de Taquigrafia, com perfeita distribuição de tarefas,tendo em vista o seu elevado grau de complexidade e responsa­bilidade.

Por todas as razões expostas, parece-nos absolutamentejusta a aprovação do projeto, eis que, corno se disse, objetivacorrigir distorções com as quais esta Casa não pode concordar,retirando nossos servidores de urna situação de subalternidadeem relação a colegas do mesmo nível.

Os funcionários da Taquigrafia.Brasília, 6 de julho de 1993.

SUPREMO TRIBUNAL FEDERALPRESIDÊNCIA

ATO REGULAMENTAR N~ 25

Altera a Tabela de Lotação de Encargos de Repre­sentação de Gabinete do Supremo Tribunal Federal.

O Supremo Tribunal Federal, nos termos dos arts. 361,lI, b, do Regimento Interno, e 89, do Regulamento da Secre­taria, resolve:

Art. I" Ficam incluídos na Tabela de Lotação dos En­cargos de Representação de Gabinete, anexa ao Ato Regula­mentar n° 24, de 19 de dezembro de 1991, treze (13) Encargosde Taquígrafo Revisor, e transformado um (1) Encargo deOficial de Gabinete em igual número de Encargo de Chefede Gabinete.

Art. 2° Em virtude do disposto no artigo anterior, aTabela de lotação de Encargos de Representação de Gabinetefica substituída pela que acompanha o presente Ato Regula­mentar.

Art. 3' Este Ato Regulamentar entra em vigor na datade sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Sala das Sessões, 16 de setembro de 1991. (a) SydneySanches - Presidente, Octávio .Gallotti-Vice-Presidente, Mo­reira Alves, Néri da Silveira, Paulo Brossard, Sepúlveda Per­tence, Celso de Mello, Carlos Velloso, Marco Aurélio, limarGalvão.

A N E X O

TABELA DE LOTAÇÃO DE ENCARGOS DE REPRESENTAÇÃO

DOS GABINETES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

(Anexo ao Ato Regulamentar nº 25)

ENCARGOS o ooQ) 'H 'H 'O .--i

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ÓRGÃOS<>:: <>::

I - PRESIDÊNCIA7 1Gabinete Pessoal de Preisdente 1 2 4

Secretaria-Geral 2 3Assessoria Judiciária 1 3 1 4

Secretaria de Plenário e Turmas 3 3,

Assessoria de Imprensa 1 1 2

11 - GABINETE DE MINISTRO (10) 10 30 20 60

lI! - DIRETORIA GERAL 1 2 2 10 15

IV - DIRETORIA DE DEPARTAMENTO 4 4 4 4 16

V - DIRETORIA DE SERVIÇO (12) 75 10 13 1 10 11 5 8 133

T O T A L 1 14 30 79 13 10 13 35 14 11 15 8 243

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14722 Quinta-feira R DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Julho de 1993

PORTARIAS DE 28 DE NOVEMBRODE 1991

O Juiz-Presidente do Tribunal Regional Federal da l'Região, no uso de suas atribuições legais, resolve:

PORTARIA N~ 349

Designar, a partir de 14 de novembro de 1991, os servi­dores abaixo relacionados, para exercerem funções da Tabelade Representação de Gabinete deste Tribunal, em vagas cria­das pelo Ato Regulamentar n° 372, de 13-11-91, publicadono Diário da Justiça de 14 subseqüente:

TAQUÍGRAFO SUPER-REVISOR

1 - Cássia Aparecida do Prado Iwamoto - TaquígrafoJudiciário, Classe "A", Referência NS-ll;

2 - Cláudia Araújo de Almeida - Taquígrafo Judiciá­rio, Classe "A", Referência NS-ll;

3 - Daniel Wellington de Araújo - Taquígrafo Judiciá­rio, Classe"A", Referência NS-ll;

4 - Gracie Garry Faca - Taquígrafo Judiciário, Classe" A", Referência NS-ll;

5 - Hilda das Graças de Oliveira Cúrcio - TaquígrafoJudiciário, Classe "A", Referência NS-ll;

6 - Iolanda Rodrigues Chaves - Taquígrafo Judiciário,Classe"A", Referência NS-ll ;

7 - Maria da Glória de Oliveira Pedrosa - Taquígrafo·Judiciário, Classe "A", Referência NS-lO;

8 - Rodrigo Costa de Sousa Lima - Taquígrafo Judiciá­rio, Classe ~'A", Referência NS-ll, e

9 - Rosângela Mara Frecchiani Vieira - Taquígrafo Ju­diciário, Classe "A", Referência NS-11.

TAQUÍGRAFO COORDENADOR

1 - Adriana de Castro Guimarães -.Auxiliéir Judiciário·(Área de Taquigrafia); Classe "A", Referência NI-25;

2 - Ana Cristina de Macêdo Ramalho - Auxiliar Judi- .ciário (Área de Taquigrafia), Classe"A", Referência NI-25;

3 - Ana Regina Vieira da Silva- Taquígrafo Judiciário,Classe "A", Referência NS-ll;

4 - Ângela Andrade Jess - Taquígrafo Judiciário, Clas­se "A", Referência NS-ll;

5 - Anna Cláudia Monteiro de Queiroz - Auxiliar Judi­ciário (Áre~ de Taquigrafia), Classe "A", Referência NI-25;

6 - Arminda Azevedo Lima - Taquígrafo Judiciário,Classe"A", Referência NS-ll;

7 - Carla Christina Braga Ribeiro dos SantQs --:- AuxiliarJudiciário (Área de Taquigrafia), Classe"A", ReferênciaNI-25;

8 - Cláudia Melo Galvão Zannato - Auxiliar Judiciário(Área de Taquigrafia), Classe "A", Referência NI-25;

9 - Cléa Borba Brasil de Macêdo - Auxiliar Judiciário(Área de Taquigrafia), Classe "A", Referência NI-25;

10 - Denise de Araújo Moreno Ferreira - TaquígrafoJudiciário, Classe"A", Referência NS-ll;

11-Denise Maria Alves e Silva - Auxiliar Judiciário(Área de Taquigrafia), Classe "A", Referência NI-25;

12 - Esmeralda de Carvalho Monteiro Guedes - Auxi­liar Judiciário (Área de Taquigrafia), Classe "A", ReferênciaNI-25;

13 - Geane Gomes Pereira - Auxiliar Judiciário (Áreade Taquigrafia), Classe "A", Referência NI-25;· ,

. 14 - Gilca Barros e Silva - Auxiliar fudiciário (Areade Taquigrafia), Classe "A", Referência NI-25;

15 - Hila Suzane Martini e Silva - Auxiliar Judiciário(Área de Taquigrafia), Classe "A", Referência NI-24;

16 - Isabel Cristina Kury de Menezes - Taquígrafo Ju­diciário, Classe"A", Referência NS-ll;

17 - Ivone Aparecida de Paula Carneiro - Auxiliar Ju­diciário (Área de Taquigrafia), Classe"A", Ref~:ência~~-:?;

IR -Jacira Geminiana de Macedo - Auxlhar Judlclano(Área de Taquigrafia), Classe "A", Referência NI-25;

19 - Márcia Cândia - Taquígrafo Judiciário, Classe.. A", Referência NS-ll;

20 - Marco Antonio Mota Fernandes - Auxiliar Judi­ciário (Área de Taquigrafia), Classe "A", Referência NI-25;

24 - Maria de Fátima Campos Guterres - Auxiliar Judi­ciário (Área de Taquigrafia), Classe "A", Referência NI-25;

25 - Mariângela Palis Horta - Taquígrafo Judiciário,Classe"A", Referência NS-ll :

26 - Maristela Resende Costa - Auxiliar Judiciário(Área de Taquigrafia), Classe "A", Referência NI-25;

27 - Marlise Maia Carraro Alencar - Auxiliar Judiciá­rio (Área de Taquigrafia), Classe"A", Referência NI-25;

21'1 - Marta Sales de Lima Gomes - Auxiliar Judiciário. (Área de Taquigrafia), Classe "A", Rcferênci.a.NI-25:. " .

29 - Mônica Marques Ribeiro - Auxlhar Judlcmno(Área de Taquigrafia), Classe "A", Referência NI-25;

30 -Mônica de Oliveira Almeida - Auxiliar Judiciário(Área de Taquigrafia), Classe "A", Referência NI-25;

31 - Patrícia Cristina Borges Maciel de Oliveira - Auxi­liar Judiciário (Área de Taquigrafia). Classe "A", ReferênciaNI-25; .

32 - Patrícia de Sousa Lima - Auxiliar Judiciário (Areade Taquigrafia), Classe "A", Referência NI-25;

33 - Regina de Cássia Barbosa Araújo - Auxiliar Judi­ciário (Área de Taquigrafia), Classe "A", Referência NI;25;

34 - Renata Skaf Nacfur - Auxiliar Judiciário (Areade Taquigrafia), Classe"A", Referência NI-25: ..

, 35 - Rita de Cássia Teodósio dos Santos - AuxIlIarJudiciário (Área de Taquigrafia), Classe" A", ReferênciaNI-25;

.36 - Rosária Maria Mendes Lemes-Auxiliar Judiciário(Área de Taquigrafia), Classe"A", Referência NI-25;

, 37 - Sandra Helena Lopes Uberti - Auxiliar Judiciário(Área de Taquigrafia), Classe "A", Referência NI-25;

38 - Shirley de Fátima Sousa Sena - Auxiliar Judiciário(Área de Taquigrafia). Classe "A", Referência NI-25; .

39 - SIlvia Vieira da Silva - Auxiliar Judiciário (Areade Taquigrafia), Classe "A", Referência NI-25;

40 - Solange de Castro Mata - Auxiliar Judiciário(Área de Taquigrafia), Classe "A", Referência NI-25;

41 - Sônia Maria de Oliveira - Auxiliar Judiciário(Área de Taquigrafia). Classe "A", Referencia NI-25;

42 - Sônia Rodrigues de Souza Zemmahi - AuxiliarJudiciário (Área de T'7.tquigrafía), Classe "A", Referência.NI-25.

Publique-se. Registre-se. Cumpra-se. .O Juiz-Presidente do Tribunal Regional Federal da 1')

Região, no uso de suas atribuições legais, e tendo em vistao contido no Ato Regulamentar n" 372,. de 13 de novembrode 1991. resolve:

PORTARIA N" 440

Declarar Dispensados, a partir de 14 de novembro de1991. os servidores abaixo relacionados, ocupantes de funções

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14723

gratificadas integrantes da estrutura da Subsecretaria de Ta­quigrafia da Secretaria Judiciária:

1- Antônio Eustáquio da Silva - Supervisor da Seçãode Som e Áudio;

2 - Cláudia Melo Galvão Zannato - Supervisora daSeção de Apanhamento Taquígrafo;

3 - Daniel Wellington de Araújo - Supervisor da Seçãode Revisão e Coordenação;

4 - Gilmar Alves da Costa - Supervisor da Seção deApoio Operacional;

5 - Hilda das Graças de Oliveira Cúrcio - Supervisora.da Seção de Pesquisa e Distribuição de Notas Taquigráficas.

Publique-se. Registre-se. Cumpra-se.

BOLETIM DE SERVIÇO - V. 2 N°. 22TRF l' REGIÃO

ATO REGULAMENTAR DE 13DE NOVEMBRO DE 1991

Altera a redação do Ato Regulamentar n~ 085, de30-5-89, com relação à Tabela de Representação deGabinete

O Juiz-Presidente Do Tribunal Regional Federal da l'Região, no uso de suas atribuições legais, e tendo em vistao decidido em Sessão Plenária realizada em 30-10-91.Resolve:

ATO REGULAMENTAR N° 372

Art. 1" Fica criada na Tabela de Representação de Ga­binete do Tribunal Regional Federal da 1" Região, a funçãode Taquígrafo Coordenador, na forma do Anexo I.

Art. 2" Os requisitos e as atribuições da função criadaconstam do Anexo lI.

Art. 3" Ficam alteradas as Funções de Representaçãode Gabinete da Secretaria Judiciária, na conformidade doAnexo m.

Art 4° As funções a que se refere o presente Ato Regu­lamentar serão providas mediante designação do Presidentedo Tribunal.

Art 5° Este Ato Regulamentar entra em vigor na datade sua publicação.José Anselmo De Figueiredo Santiago, Juizo-Presidente.

ATO SEAD CP NQ 1.329/92.DOCN03

O Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, usandode suas atribuições legais e regimentais e com base na Resolu­ção Administrativa n" 42/91.

Considerando a natureza da atividade desenvolvida emSala de Sessões pelos Taquífrafos Judiciários e Taquígrafosauxiliares;

Considerando que grande parte dos servidores das Cate­gorias objeto deste Ato já foram designados para função deGabinete, na forma da reestruturação aprovada pelo Ato GPNQ 128/96, alterada pelo ATO GDG GP N° 252/88;

Considerando ser oportuno dispensar idêntico tratamentoao dispensado aos Taquígrafos, pelo Supremo Tribunal Fede­ral e Superior Tribunal de justiça,

Resolve:Art 1" - Alterar a Tabela de Gratificação de Repre­

sentação de Gabinete do Tribunal com a inclusão, no Gabineteda Secretaria Judiciária, de 60 funções de Taquígrafo Revisor

(privativas de Taquígrafo Judiciário) e 29 funções de Assis­tente de Taquígrafo (privativas de Taquígrafo Auxiliar).Publique-se no BIBrasI1ia-DF, 16 de setembro de 1992.

a) Luiz José Guimarães Falcão, Ministro Presidente doTribunal Superior do Trabalho.

DOC.ND4

Anexo V

Transformação dos cargos do grupo Direção e AssessoramentoSuperiores e das Funções Gratificadas em Funções Comissionadas

(Art. 42)

Denominação FunçãoComissionada

Diretor-Geral e Secretário-Geral da Mesa. FC-lODiretor de Secretaria e da Assessoria,Consultor-Geral, Auditor e Chefe de Ga- FC-09binete da Presidência.Diretor de Subsecretaria, Diretor da Re-presentação no Rio de Janeiro, DiretorExecutivo do CEDESEN, Diretor Adjunto FC-08da Assessoria e Chefe do Cerimonial daPresidência.Chefe de Gabinete, Chefe de Serviço, As-sessor e Assessor da Secretaria-Geral da FC-07Mesa.Subchefe de Gabinete, Assistente Téc-nico, Assistente Jurídico e Secretário de FC-06Comissão.Coordenador de Publicações Especiais,Chefe de Seção, Secretário de Gabinete,Secretário de Representação no. Rio de FC-05Janeiro, Encarregado de Secretaria e Su-pervisor Taquigráfico.Assistente de Pesquisa, Assistente deControle Interno, da Comissão Permanen-te de Licitação, Assistente de Comissão,Assistente Técnico de Controle de Infor-mações, Assistente de Auditoria, Encar- FC-04regado de Assessoria, EncalTegado dePesquisa, Oficial de Gabinete, RevisorTaquigráfico, Presidente da Junta Médica,Encarregado de Área de Policiamento eSegurança e Supervisor de Área.Aux. de Atividades Médicas, Auxiliar deGabinete, Auxiliar de Controle Interno,Auxiliar de Coordenação Legislativa,Auxiliar de Biblioteca, Auxiliar de Con- FC-03trole de Tombamento, Auxiliar de Ata,Auxiliar de Controle de Informações eTaquígrafo Legislativo.Mecanógrafo-Revisor, Assistente de Ga-binete e Servidores abrangidos pelo artigo5° da Resolução n° 88 deI992.

14724 Quinta-feira l' DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seç<io I) Julho de 1993

Sr. Valdir Ganzer - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem

O SR. PRESIDENTE(Inocêncio Oliveira) Tem V. Exa.a palavra

O SR. VALDIR GANZER(PT - PA. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, indago se haverá ou não sessãodo Congresso Nacional.

O SR. PRESIDENTE(Inocêncio Oliveira) - Neste mo­mento estou tentando contato com o Senado Federal paraohter informações. Há a Medida Provisória n" 326, a ser apre­ciada. Houve acordo. Procurarei verificar com o Senado sehaverá sessão do Congresso Nacional.

O SR. PRESIDENTE(Inocêncio Oliveira) - Esta Presi­dência consulta se mais algum Sr. Parlamentar deseja fazeruso do voto. (Pausa.)

Não havendo quem ainda queira fazer uso do voto, decla­ro encerrada a votação. (Pausa.)

O SR. PRESIDENTE (!nllcêncill OliY<:ira)A Mesa vai proclamar o resultado da votação:

VOTARAM:

SIM 44NÃO 98ABSTENÇÃO 2TOTAL 144

Não houve quorum, fica adiada a votação.

VOTARAM OS SEGUINTES SRS. DEPUTADOS:'

Roraima

Ruben Bento _ Bloco _ Não

Amapá

Sérgio Barcellos _ Bloco _ Não

Pará

Alacid Nunes Bloco _ NãoGerson Peres _ PPR _ NãoNicias Ribeiro _ PMDB _ NãoPaulo Rocha _ PT _ SimValdir Ganzer ~:Pt _Sim

Amazonas

João Thome _ PMDB- _ Não

Rondônia

Mauricio Calixto _ Bloco NãoPascoal Novaes _ Bloco _ Não

Acre

João Maia _ PP _ NãoZila Bezerra _ PMDB Não

Tocantins

Darci Coelho _ Bloco _ NãoLeomar Quintani111a _ PDC _ NãoOsvaldo Reis _ PP _ Não

Maranhão

César Bandeira _ Bloco NãoCid Carvalho _ PMDB _ NãoCosta FelTeira _ PP _ NãoDaniel Silva _ PPR _ NãoHaroldo Sabóia _ PT _ SimJoão Rodolfo _ PPR _ Não

Ceará

Carlos Benevides _ PMDB NãoCésar Cals Neto _ PSD _ NãoEdson Silva _ PDT _ SimEmani Viana _ PP _ NãoEtevaldo Nogueira _ Bloco _ NãoMauro Sampaio _ PSDB _ NãoMoroni Torgan _ PSDB _ NãoVicente Fialho _ Bloco _ Não

Piauí

Felipe Mendes _ PPR _ NãoJoão Henrique _ PMDB _ NãoJosé Luiz Maia _ PPR _ NãoMurilo Rezende _ PMDB _ Não

Paraíba

Evaldo Gonçalves _ Bloco _ NãoJosé Luiz Clerot _ PMDB _ NãoVital do Rego _ PDT _ NãoZuca Moreira _ PMDB _ Não

Pernambuco

Inocêncio Oliveira _ Bloco _ AbstençãoNilson Gibson _ PMDB _ NãoOsvaldo Coelho _ Bloco _ NãoRicardo Fiúza _ Bloco _ SimRoberto Franca _ PSB _ SimRoberto Freire _ PPS _ NãoSalatiel Carvalho _ PP _ NãoTony Gel_ PRN _ Não

Sergipe

Benedito de Figueiredo _ POT _ Sim

Bahia

Alcides Modesto _ PT _ SimBeraldo Boaventum _ PSDB _ SimClóvis Assis _ PSDB _ NãoFélix Mendonça _ Bloco _ NãoJairo Carneiro _ Bloco _ NãoJaques Wagner _ PT _ SimJoão Almeida _ PMDB _ NãoJosé Carlos Aleluia _ Bloco _ Abstenção

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçáo I) Quinta-feira 8 14725

José Falcão _ Bloco NãoLeur Lomanto _ Bloco _ NãoLuís Eduardo _ Bloco _ NãoLuiz Moreira _ Bloco _ NãoManoel Castro _ Bloco _ NãoNestor Duarte _ PMDB _ NãoPrisco Viana _ PPR _ NãoSérgio Gaudenzi _ PSDB _ NãoWaldir Pires _ PSDB _ Sim

Minas Gerais

Agostinho Valente _ PT _ SimAnnibal Teixeira _ Bloco _ NãoArmando Costa _ PMDB _ NãoEdinho Ferramenta _ PT _ SimElias Murad _ PSDB _ NãoHumberto Souto _ Bloco _ NãoIbrahim Abi-Ackel_ PPR _ NãoJoão Paulo _ PT _ SimMaurício Campos _ PL _ NãoNilmário Miranda _ PT _ SimPaulo Delgado _ PT _ SimPedro Tassis _ PMDB _ NãoRonaldo Perim PMDB _ NãoSamir Tannus PPR NãoSérgio Ferrara _ PMDB _ NãoSérgio Miranda _ PC do B _ SimTarcísio Delgado _ PMDB _ NãoZaire Rezende PMDB Sim

Espírito Santo

Helvécio Castello _ PSDB _ NãoJones Santos Neves _ PL _ NãoJório de Barros _ PMDB _ NãoRose de Freitas _ PSDB _ Não

Rio de Janeiro

Aldir Cabral_ Bloco NãoÁlvaro Valle _ PL _ SimCarlos Alberto Campista _ PDT _ SimCyro Garcia _ PT _ Sim .Jair Bolsonaro _ PPR _ NãoJunot Abi-Ramia _ PDT _ SimPaulo de Almeida _ PSD _ NãoPauio Ramos _ PDT _ SimSérgio Arouca _ PPS _ NãoSidney de Miguel_ PV _ SimSimão Sessim _ Bloco _ NãoVladimir Palmeira _ PT _ Sim

São Paulo

Alberto Haddad _ PP _ NãoAldo Rebelo _ PC do B _ SimChico Amaral_ PMDB _ NãoErnesto Gradella _ S/P _ SimHeitor Franco _ PPR _ NãoJose Abrão _ PSDB _ Não

José Dirceu _ PT _ SimJosé Maria Eymael_ PP _ NãoLiberato Caboclo _ PDT _ SimLuiz Máximo _ PSDB _ NãoMarcelillo Romano Machado _ PPR NãoMarcelo Barbieri _ PMDB _ NãoMauricio Najar _ Bloco _ NãoNelson Marquezelli _ Bloco _ SimOswaldo Stecca _ PMDB _ NãoRobson Tuma _ PL _ NãoTadashi Kuriki _ PPR _ NãoVadão Gomes _ PP _ Não

Mato Grosso

Welington Fagundes _ PL _ Não

Distrito Federal

Augusto Carvalho _ PPS _ NãoChico Vigilante _ PT _ SimMaria Laura _ PT _ Sim

Goiás

Antônio Faleiros _ PSDB NãoRoberto Balestra PPR NãoVil1l1ondes ClUv~el PMoB Não

Mato Grosso do Sul

Flávio Derzi PP Não

Paraná

Edésio Passos PT _ SimEdi Siliprandi _ PDT _ NãoFlávio Ams _PSDB _ NãoLuiz Carlos Hauly _ PP _ NãoMax Rosenmann _ PDT _ SimPaulo Bernardo _ PT _ Sim

Santa Catarina

Ângela Amin...: PPR _ SimJarvis Gaidzinski _ PPR _ NãoLuiz Henrique _ PMDB _ SimValdir Colatto _ PMDB _ Não

Rio Grande do Sul

Adylson Motta _ PPR _ SimAmaury MüU~r _ PDT _ SimGel1l1ano Rigotto _ PMDB _ NãoIbsenPinheiro PMDB NãoJosé Fortun~tl'=-PT _ Si;'Luís Roberto Ponte _ PMDB _ NãoOdacir Klein _ PMDB _ NãoPaulo Paim _ PT _ SimValdomiro Lima _ PDT _ SimVictor Faccioni _ PPR _ SimWílson Müller _ PDT _ Sim

14726 Quinta-feira ~ DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

VII - ENCERRAMENTO DEIXAM DE COMPARECER OS SENHORES:

RORAIMAo SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Nada mais

havendo a tratar, vou encerrar a Sessão, antes informando LUCIANO CASTROque haverá sessão do Congresso Nacional hoje e convocando MARCELO LUZos Srs. Deputados para Sessão Extraordinária a se realizaramanhã, às 9h, neste plenário, com a mesma pauta da sessão AMAPAde hoje, menos a matéria já votada.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - FATIMA PELAESCOMPARECEM MAIS OS SRS.:

PPRPP

BLOCO

ALAGOAS

CLETO FALCAOLUIZ DANTAS

SERGIJ;lE

BENEDITO DE FIGUEIREDODJENAL GONCALVESEVERALDO DE OLIVEIRAJERONIMO REISJOSE TELESMESSIAS GOlS

BAHIA

PSD .BLOCO"

PDTPPRBLOCOBLOCOPPRBLOCO-

PARA

DOMINGOS JUVENILGIOVANNI QUEIROZHERMINIO CALVINHOHlLARIO COIMBRAMARIO CHERMONTMARIO MARTINSPAULO TITANSOCORRO GOMES

AMAZONAS

EZrO FERREIRARICARDO MORAES

RONDONIA

PMDBPDTPMDBBLOCOPPPMDBPMDB

. PCdoB

BLOCOPT

PPRBLOCOPSDBPSDBPSB

BLOCOBLOCOPSDBBLOCOBLOCOBLOCO

PMDBPSDBPMDBPMDBPPR

PMDB

PP

MARANHAO

CEARA

TOCANTINS

ACRE

AECIO DE BORBAANTONIO DOS SANTOSLUIZ PONTESMARCO PENAFORTEMARIA LUIZA FONTENELE

EDUARDO MATIASFRANCISCO COELHOJAYME SANTANAMAURO FECURYROSEANA SARNEYSARNEY FILHO

REDITARIO CASSOL

-ADELAIDE NERI

PT

BLOCOBLOCOPSDBPSDBBLOCOPMDBl?MDBPCdoB 'DERVAL DE PAIVAPT EDMUNDO GALDINOPMDB FREIRE JUNIORPPR HAGABUS ARAUJOBLOCO PAULO,MOURAOBLOCOBLOCOBLOCOBLOCOBLOCOBLOCOPPPMDBPPRPPRPSDBPSDPSDB

MINAS GERAIS

AGOSTINHO VALENTE

ANGELO' MAGALHAESBENITO GAMABERALDO BOAVENTURACLOVIS ASSISFELIX MENDONCAGEDDEL VIEIRA LIMAGENEBALDO CORREIAHAROLDO LIMAJAQUES WAGNERJOAO ALMEIDAJOAO ALVESJORGE KHOURYJOSE CARLOS ALELUIAJOSE FALCAOLEUR LOMANTOLUIS EDUARDOLUIZ MOREIRAMANOEL CASTROMARCOS MEDRADONESTOR DUARTEPRISCO VIANASERGIO BRITOSERGIO GAUDENZIULDURICO PINTOWALDIR PIRES

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14727

RIO GRANDE DO NORTE

ALUIZIO ALVESHENRIQUE EDUARDO ALVES

PRNBLOCOPSDBPPRBLOCOPPRPPR

. BLOCO'PMDBPL

. B]:OCO

PIAUI

JESUS TAJRAPAES. LANDIM

PARAIBA

LUCIA BRAGARIVALDO MEDEIROS

PERNAMBUCO

GILSON MACHADOGUSTAVO KRAUSEJOSE MUCIO MONTEIROLUIZ PIAUHYLINO

ALAGOAS

ANTONIO HOLANDAAUGUSTO FARIASJOSE THOMAZ NONOMENDONCA NETOOLAVO CALHEIROSROBERTO TORRESVITORIO MALTA

SERGIPE

CLEONANCIO FONSECAPEDRO VALADARES

BAHIA

AROLDO CEDRAZE~DO 'TINOCOJABES RIBEIROJAIRO AZIJOAO CARLOS BACELARJONIVAL LUCASJOSE LOURENCOLUIZ VIANA NETOPEDRO IRUJORIBEIRO TAVARESTOURINHO DANTAS

MINAS GERAIS

AECIO NEVESALOISIO VASCONCELOSEDMAR MOREIRAFELIPE NERIFERNANDO DINIZ

BLOCOBLOCO

PMDBPMDB

PDT.B~OCO

BLOCOBLOCOBLOCOPSB

BLOCOBLOCOPMDBPDTEMDBBLOCOPPR

PRNPP

PSDBPMDBPRNPMDBPMDB'

GETULIO NEIVAJOSE ALDOJOSE BELATOJOSE SANTANA DE VASCONCELLOSJOSE ULISSES DE OLIVEIRALAEL VARELLALEOPOLDO BESSONE .MARIO DE OLIVEIRANEIF JABURODELMO LEAOPAULO HESLANDERRAUL BELEMROMEL ANISIOTILDEN SANTIAGOVITTORIO MEDIOLIWAGNER DO NASCIMENTO

ESPIRITO· SANTO

ARMANDO VIOLALEZIO SATHLER

RIO DE JANEIRO.AMARAL NETTO,AROLDE DE OLIVEIRAARTUR DA TAVOLABENEDITA DA SILVACARLOS LUPICARLOS SANTANACIDINHA CAMPOSEDESIO FRIASFERES NADER

,FLAVIO PALMIER DA VEIGAFRANCISCO DORNELLESFRANCISCO SILVAJOSE VICENTE BRIZOLALAPROVITA VIEIRAMARCIA CIBILIS VIANANELSON BORNIER

. REGINA GORDILHOROBERTO CAMPOSROBERTO JEFFERSONRUBEM MEDINAVIVALDO BARBOSAWANDA REIS

SAO PAULO

AIRTON SANDOVALALOIZIO MERCADANTEARMANDO PINHEIROARY KARAAYRES DA CUNHABETO MANSURCARLOS NELSONCHAFIC FARHATCUNHA BUENODELFIM NETTOFABIO FELDMANN

PLBLOCOPMDBBLOCOBLOCOBLOCOPPPPPMDBPRNBLOCOPRNPRNPTPSDBPRN

PMDBPSDB

PPRBLOCOPSDBPTPDTPTPDTPDTBLOCOPSDBPPRPPr;"JTPMDBPDTPLPRONAPPRBLOCOBLOCO

. ?2DTBLOCO

PMDBPTPPRPMDBPLPDTPMDBPPRPPRPPRPSDB

14728 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

o SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Encerroa Sessão, designando para amanhã, quinta-feira, dia 8, às9 horas, Sessão Extraordinária da Câmara dos Deputados,com a seguinte

FAUSTO ROCHAFLORESTAN FERNANDESGASTONE RIGHIGERALDO ALCKMIN FILHOHELIO BICUDOHELIO ROSASIRMA PASSONIJORGE TADEU MUDALENJOSE CICOTEKOYU IHAMALULY NETTOMAURICI MARIANOMENDES BOTELHOPAULO LIMAPAULO NOVAESWALTER NORY

S/PPTBLOCOPSDBPTPMDBPTPMDBPTPSDBBLOCOPMDBBLOCOBLOCOPMDBPMDB

RIO GRANDE DO SUL

ALDO PINTOARNO MAGARINOSCARLOS AZAMBUJAEDEN PEDROSOFERNANDO CARRIONIVO MAINARDIJORGE UEQUEDMENDES RIBEIROOSVALDO BENDERWALDOMIRO FIORAVANTE

PDTPPRPPRPDTPPRPMDBPSDBPMDBPPRPT

MATO GROSSO

JOAO TEIXEIRAJOSE AUGUSTO CURVO

DISTRITO FEDERAL

PAULO OCTAVIO

GOlAS

DELIO BRAZLUIZ SOYERMARIA VALADAOMAURO BORGESRONALDO CAIADOZE GOMES DA ROCHA

MATO GROSSO DO SUL

MARILU GUlMARAESWALDIR GUERRA

PARANA·

DELCINO TAVARESDENI SCHWARTZJONI VARISCOLUCIANO PIZZATTOMATHEUS IENSENPEDRO TONELLISERGIO SPADAWILSON MOREIRA

SANTA CATARINA

DERCIO KNOPLUCI CHOINACKINEUTO DE CONTO

PLPMDB'

PRN

BLOCOPMDBPPRPPBLOCO'PRN

BLOCOBLOCO

p.pPSDBPMDBBLOCOBLOCOPTPPPSDB

PDTPTPMDB

ORDEM DO DIAURGÊNCIA

(Art. 155 do Regime;nto Interno)Votação

-1-PROJETO DE LEI N\' 3.984, DE 1993

(Do Poder Executivo)

Continuação da votação, em turno único, do Projeto deLei n\' 3.984, de 1993, que dispõe sobre a política de remune­ração dos servidores públicos civis e militares da Adminis-

. tração Federal direta, autárquica e fundacional e dá outrasprovidências; tendo pareceres. dos Relatores designados pelaMesa, em substituição às Comissões de: Trabalho, de Admi­nistração e Serviço Público, pelâ aprovação' (Relator: Sr. Nil­son Gibson); de Finanças e Tributação, pela aprovação (Rela­tor: Sr. Germano Rigotto);e de Constituição e Justiça e deRedação, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica le­gislativa (Relator: Sr. Maurício Najar). Pareceres às Emendasde Plenário, dos Relatores designados pela Mesa, em substi­tuição às Comissões: de Trabalho, de Administração e ServiçoPúblico, pela aprovação das de n\'S 1 e 4 e pela rejeição das'de nçO 2, 3, 5, 6 e 7 (Relator: Sr. Nilson Gibson); de Finançase Tributação, pela aprovação das de n'" 1 e 4 e rejeição dasde n'" 2, 3, 5, 6 e 7 (Relator:·Sr.Germano Rigotto); e deConstituição e Justiça e de Redação, pela constitucionalidade,juridicidade e técnica legislativa de n\'S 1,2 e 4 e pela inconstitu­cionalidade das de n'" 3, 5, 6 e 7 (Relator: Sr. Maurício Najar).

-2-PROJETO DE LEI N° 1.909cB, de 1991

(Do Poder Executivo)

Continuação da votação, em turno único, do Projeto deLei n\' 1.909-A, de 1991, que dispõe sobre a contratação depessoal por tempo determinado, para atender a necessidadetemporária de excepcional interesse público, e dá nova reda­ção ao art. 67 da Lei n9 7.501, de 27 de junho de 1986; tendopareceres dos Relatores designados pela Mesa em substituiçãoàs Comissões: de Trabalho, de Administração e Serviço Públi­co, pela aprovação, com substitutivo (Relator: Sr. Chico Ama­ral); de Finanças e Tributação, pela aprovação (Relator: Sr.Félix Mendonça); e de Constituição e Justiça e de Redação,pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa (Re­lator: Sr. Tarcísio Delgado).

Julho de 19'13 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira I:{ 14729

URGENCIA(Art. 151, L j, do Regimento Interno)

Discussão

-3-PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

N" 225-A, DE 19l)2(Da Comissão de Relações Exteriores)

Discussão, em turno único, do Projeto de Decreto Legis­lativo n" 225, de 1992, que aprova o texto do Acordo entreo Governo da Repúhlica Federativa do Brasil e o Governoda Repúhlica da Coréia para Serviços Aéreos entre seus Res­pectivos Territórios e Além, assinado em Brasília, em 11 deagosto de 1992; tendo pareceres: das Comissões de Economia,Indústria e Comércio, pela aprovação (Relator: Sr. Saulo Coe­lho); de Viação e Transportes, pela aprovação (Relator: Sr.Alacid Nunes): e de Constituição e Justiça e de Redação,pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa (Re­lator: Sr. Nelson Trad).

-4-PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

N" 230-A, DE 1992(Da Comissão de Relações Exteriores)

Discussão, em turno único. do Projeto de Decreto Legis­lativo n" 230, de 1992, que aprova o texto da ConvençãoInteramericana sohre Conflitos de Leis em Matéria de Socie­dade Mercantis, concluída em Montevidéu, em 8 de maiode 1979; tendo pareceres: da Comissão de' Economia, Indús­tria e Comércio. pela aprovação, contra os votos dos Srs:Cyro Garcia e Edson Menezes (Relator: Sr. Pratini de Mo­raes); e da Comissão de Constituição e Justiça 'e de Redação,pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa (Re­lator: Sr. Roberto Magalhães).

Prioridade(Art. 151, lI, do Regimento Interno)

Discussão

-5-.. PROJETO DE RESOLUÇÃO N" 168-A, DE 1993

(Da Mesa)

Discussão, em turno único, do Projeto de Resolução n"168, de 1993, que cria Funções Comissionadas (FC) no Depar­tamento de Taquigrafia, Revisão e Redação; tendo parecerda Mesa, pela aprovação na forma de emenda substitutivaapresentada pelo Senhor 2" Secretário (Relator: Sr. WilsonCampos); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Reda­

.ção, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativadeste e do Substitutivo (Relator: Sr. Nilson Gibson).

OrdináriaVotação

-6-PROJETO DE LEI Nu 1.81O-B, DE 1991

(Do Sr. Genésio Bernardino)

Votação, em turno único, do Projeto de Lei n" 1.810,de 1991, que acrescenta dispositivo à Lei n" 7.716, de 5 dejaneiro de 1989, que define os crimes resultantes de precon­ceito de raça ou de cor; tendo parecer da Comissão de Consti­tuição e Justiça e de Redação, pela constitucionalidade, juridi­cidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, comemendas (Relator: Sr. Hélio Bicudo). Parecer às EmendasOferecidas em Plenário: da Comissão de Constituição e Justiçae de Redação, pela constitucionalidade, juridicidade, técnicalegislativa e, no mérito, pela rejeição (Relator: Sr. Hélio Bicu­do).

ORDEM DO DIA DAS COMISSÕES

COMISSÃO DE CIÊNC,IA E TECNOLOGIA,COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

AVISO N9 11/93

PRAZO PARA RECE,BlMENTO DE DESTAQUES

Início: 8/7/93

Término: 9/7/93Local: Anexo lI, sala 8

Horário: 9h às 12h e 14h às 18h

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO

MEMBROS DA COMI SSÃO:1) Projeto de Lei nº 4.190-C/89 do Sr.

sobre o programa "Espaço ecológico", a

DESTAQUES APRESENTADOS POR

Paulo Mourão que"dispõe

ser transmitido., em cadeia,

14730 Quinta-feira K DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de llJ93

pelas emissoras de rádio e televisão".

RELATOR: Deputado ROBERTO CAMPOS

PARECER: Contrário

2) Projeto de Lei nº 724-B/91 - do Sr. Paulo Ramos - que . "proíbe a

publicidade relativa ao consumo de fumo e deriVádos de bebidas alcoó­

licas" .. Apensos os. Projetos de Lei nºs 956/91.e 1638/91.. '

RELATOR: 'Deputado' ELIEL' RODRIGÚES'. ,

PARECER: Favorável, com ,Substitutivo e contrário às emendas..ãpresenta-

das.

AVISO Nº7/93

PRAZO P,ARA RECEBIM~NTO 'DE EMENDAS;

Início: 05.07.93Término: 09.07.93

Local: Sala 19'AnéxoIIRor,ário:,. 9 às, .12n, e ~~ ,às 18h

LEI Nº 3856/93 do Sr. Paulo ,Ramos -,. .quePROJETO .. DE .. . ' - . . lJ.·beral". no meio: éivil, ."dispÕe sobre atividade profissional ,

d i. "por militares &,atJ.'15ii.. ·,

RELATORA: Deputada ETE~~~~ DE MENEZES

COMISSÃO DE EDUCAÇ'ÃO; CU'lTURAE DESPORTO ' ." '" .' .':", ,,' :

AVISO Nº 21/93

PRAZO PARA RECEBIMENTO DE DESTAQUES

Início: 02/07/93Término: 08/07/93

Local: Anexo 11, sala 15Horário: 9h às 12h e 14h às 18h30

Tulho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14731

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO DESTAQUES APRESENTADOSPOR MEMBROS DA COMISSÃO.

01) PROJETO -DE LEI NQ 3.760/89 - do Sr. José Maria Eymael - que"institui o 'Dia· Nacional do Guia de Turismo'''.

RELATOR: Deputado Zé Gomes da RochaPARECER: favorável

02) PROJETO DE LEI NQ 503/91 do .Sr. I~ocêncio Oliveira-que "estabelece pra~o para a substituição dos· livros didáti~coso nos estabelecimentos de ensino. de 1 2 e 22. graus e dáoutras providências" . Apensos. os Projetos de Leis n 2s.1.604/91, 559/9~, 3.611/93 e 2.737/92.

RELATOR: Deputado Celso BernardiPARECER: Parecer favorável' ao PL· n Q 503/9'1 e contrário aos de

n 2 s1.604/91, 559/91:,' 3.611/93 e 2.737/92~ apensados

03) PROJETO DE LEI N2 1.152/91 - do Sr. Maurílio Ferreira Lima ­que "atribui ao Arquivo Nacional a função de legítimo deposi­tário de documentos secretos, sigilosos e classificados,conforme especifica".

RELATOR: Deputado Zé Gomes da RochaPARECER: contrár1o

04) PROJETO DE LEI N2 1.571/91 do Sr.· JacksonPereira - que"dispõe sobre a vinculação de 10% (dez por cento) das verbaspúblicas destinadas à educação, para o ensino profissionali­zante" .

RELATOR: Deputado Salatiel CarvalhoPARECER: contrário

05) PROJETO DE LEI N2 3.552/93 - do Poder Executivo (Mensagem n Q

70/93) - que "altera o § 12 do Art. 12 da Lei n 2 5.700, de 12de setembro de 1971, que dispõe sobre a forma e a apresenta-

o ção dos Símbolos Nacionais ".. ..

RELATOR: Deputado Celso BernardiPARECER: favorável

AVISO N2 22/93

PRAZO PARA RECEBIMENTO DE DESTAQUES

Início: 09/07/93Término: 15/07/93

Local: Anexo 11, sala 15Horário: 9h às 12h e 14h às 18h30

14732 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO DESTAQUES APRESENTADOSPOR MEMBROS DA COMISSÃO.

01) PROJETO DE LEI NQ 1.965/91 - do Sr. Aloísio Vasconcelos - que"dispõe"sobre o Dia do· Mecânico".

RELATOR: Deputado Gilvan BorgesPARECER: favorável

02) 'PROJETO· DE LEI NQ 2.163/91 - do Sr. Delcino Tavares - que"dispõe sobre a finalidade educativa do tempo de transmissãodos serviços de radiodi fusâo.'· .

RELATOR: Deputado Gilvan BorgesPARECEH: favorável

03) PROJETO DE LEI NQ 3.068/92 da Srª Adelaide Neri - que"denomina ' Rodovia Governador f;d'llUndo Pinto' o trecho ,da BR-

364 queLima, no

liga Porto Velho, no Estado de Rondônia a MâncioEstado do Acre".

RELATOR: Deputado Gilvan BorgesPARECER: favorável

04) PROJETO DE LEI Nº 3.169/92 - do Sr. Benedito Domingos - que"consagra corno 'Dia Nacional do Descobrimento do Brasil', odia 22 de abril e dá outras providências".

RELATOR: Deputado Gilv~n BorgesPARECER: favorável

05) PROJETO DE LEI Nº 3.757/93 - da Srª Benedita da Silva que"institui Programa de Educação para a Preservação do Patrimô~

,nio Ecológico".

RELATOR: Deputado João HenriquePARECER: favorável

AVISO Nº 23/93

PRAZO PARA RECEBIMENTO:PE EMENDÀS:'

Início: 09/07/93Término: 15/07/93

Local:. Anexo I I, sala 15Horário: 9h às 12h e 14h às 18h30

A PROPOSIÇÃO ABAIXO SOMENTE RECEBERÁ EMENDAS APRESENTADAS PORMEMBROS DA COMISSÃO

SUBSTITUTIVO OFERECIDO PELO RELATOR AO PROJETO DE LEI NQ1.563/91- do Sr. Victor Faccioni - que "torna obrigatória a in-

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14733

tegração de idosos aos· conselhosda~ escolas públicas e par.ticu­lares e dá outras providências".

RELATOR: Deputado Gilvan Borges

AVISO NQ 24/93·

PRAZO 'PARA RECEBIMENTO DE EMENDAS

Início: ·09/07/93Término: 15/07/93·

Local:'. Anexo I I, sala 15.. Horário: :9h às 12h e ·14h às ·.18h30

01) PROJETO DE LEI NQ 3.870/91.- do Sr.· Carlos. Nelson - que "Dáa denominação de ' Senador .·Severo Gomes' à. refinari.a. daPETROBRÁS localizada em Paulíni.a·, ·Estado.··d~.São . Pau1.0 " ..

RELATOR: Deputado Paulo Lima

02) PROJETO DE LEI NQ 3.877/93 - do Sr. Nicias Ribeiro - que"dispõe sobre o patrocínio de ~r0gramas em emissoras de ra­diodifusão, de caráter educativo".

RELATOR: Deputado José Fortunati

03) PROJETO DE LEI NQ 3.889/93 - do Sr. Luiz Carlos Hauly que"dá a denominação de COMANDANTE JOÃO RIBEIRO BARROS ao Aero­porto de Londrina, no Estado. do Pargná".

RELATOR: Deputado Salatiel Carvalho

04) PROJETO DE LEI NQ 3.901/93 - do Sr. Eduardo Jorge - que "dis­pÕe sobre a prevenção do·uso indevido de drogas".

RELATORA: Deputada Angela Amin

COMISSÃO DE SEGUR.lDADE SOCIA·L EFAMíliA

AVISO N° 10/93

PRAZO PARA RECEBIMENTO DE EMENDAS:

Início:Término:

05.07.9309.07.93

Local: Sala 9, Anexo "Horário: 9:30 às 12h e 14:30 às 18h

14734 Quinta-feira R DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

Projeto de lei nO 4.551189 - do Sr. José Maria Eymael - que "dispõe sobreincentivos para proteção do mercado de trabalho da mulher (inciso XX, do art. 7°,da Constituição Federal)".RELATORA: Deputada RITA CAMATA.

Projeto de lei nO 3.685193 - do Sr. Hélio Rosas - que "altera dispositivos da Lei nO8.069, de 13 de julho de 1990, que tratam da adoção internacional".RELATORA: Deputada RITA CAMATA.

Projeto de lei nO 3.725/93 - do Sr. Luciano Pizzatto - que "dispõe sobre adivulgação, em embalagens de leite, de. informações sobre crianças desaparecidasem todo o território nacional". .RELATORA: Deputada RITA CAMATA.

Projeto de Lei n° 3.726/93 - do Sr. Itsuo Takayama - que "dispõe sobre otransporte gratuito de pessoas carentes em ônibus intermunicipais e interestaduais,e dá outras providências".RELATORA: Deputada RITA CAMATA.

Projeto de Lei nO 3.777/93 - do Sr. Francisco Evangelista - que "altera dispositivoda Lei nO 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente".RELATORA: Deputada RITA CAMATA.

Projeto de Lei nO 3.836/93 - do Sr. Mauri Sérgio - que "acrescenta dispositivo à LeinO 7.986, de 28 de dezembro de 1989, garantindo a seus beneficiários o direito àpercepção de um abono anual a ser calculado na forma do 13° salário dostrabalhadores em geral".RELATOR: Deputado EULER RIBéIRO.

Projeto de Lei nO 3.850193 - do Sr.. José Fortunati - que "acrescénta parágrafoúnico ao artigo 130 da Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990, que institui o Estatutoda Criança e do Adolescente".RELATORA: Deputada RITA CAMATA.

COMISS÷O DE' TRABALHO"DE'·,ADMt.~NISTRAÇÃO E SERViÇO pÚBLiCa

AVISO N° 16/93

PRAZO PARA RECEBIMENTO DE EMENDAS

Início: 02.07.93Término: 08.07.93

Local: Sala 11, anexo 11Horário: 9 às 12h e 14 às 18h

Julho de ]l)l)3 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçüo I) Quinta-feira I:' 14735

1) PROJETO DE LE.I NQ 115/91 - da Sra."dispõe 'sobre doações e· presentesRepública" .RELATORA: Deputada MARIA LAURA

Irma Passoni - queao Presidente da

2) PROJETO DE LEI NQ 3.846/93 -' dos Srs·. Cyro Garcia· eErnesto Grade1là -' que "exclui a ULTRAFÉRTIL."· S.A.Indústria e Comércio de Fertilizantes, da ab:rang~ncia daLei n Q 8.031, de 12 de abril de 1990,' 'que - criou o

Programa Nacional de Desestatização··.RELATOR: Deputado JAQUES WAGNER

3) PROJETO DE LEI NQ 3.847/93 - do Sr. José Cicote - que"modifica a redação do' artigo 300 da Consolidação dasLeis do Trabalho - CLT, e dá outras providências".RELATOR: Deputado CHICO VIGILANTE

4) PROJETO DE LEI NQ 3.858/93 - do Sr. Luiz Gushiken - que"revoga o artigo 508 da Consolidação das Leis doTrabalho" .RELATOR: Deputado JOSÉ CICOTE

5) PROJETO DE LEI NQ 3.859/93 - do Sr._ Onaireves Moura - que"concede aposentadoria especial ao jogador profissionalde futebol, aos 15 anos de exercício na atividade, naforma que especifica".RELATOR: Deputado EDMUNDO GALDINO

6) PROJETO DE LEI NQ 3.864/93 - do Sr. Aloízio Mercante ­que "dispõe sobre a aplicação de sanções em caso deatraso no recolhimento de tributos e dá outrasprovidências".RELATOR: Deputado EDMAR MOREIRA

7) PROJETO DE LEI NQ 3.865/93 - do Sr. Aloizio Mercadante eoutros 2· . que "estabelec~ '. _o controle· social dorecolhimento de' tribu."tàs· -e'· contribuições so'ciais: federaise dá outras providências".RELATOR: Deputado EDSON MENEZES SILVA

14736 Quinta-feira X DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

8) PROJETO DE LEI NQ 3.886/93 - do Sr. José Anibal - que"regulamenta a profissão de empregado de edifícios e dáoutras providências··.RELATOR: Deputado PEDRO PAVÃO

OBS: As emendas só serãoaceüas em formulários próprios, à disposição naSecretaria da Comissão. . .

AVISO N° 17/93·

PRAZO PARA RECEBIMENTO DE EMENDAS

Início:Término:

02.07.9308.07.93

Local: Sala 11, anexo 1/Horário: 9 às 12h e 14 às 18h

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE REC~BERÃO EMENDAS APRESENTADASPOR MEMBROS DESTA COMISSÃO AO SUBSTITUTIVO OFERECIDO PELORELATOR

1) PROJETO DE LEI NQ 3.129/92 - do José Vicente Brizola ­que ··disciplina os anúncios classificados de jornais naparte relativa à oferta de empregos··.RELATOR: Deputado OSVALDO REIS

085: As emendas só serão·aceitas em formulários próprios, à disposição naSecretaria da Comissão.

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira X 14737

COMIS~ÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES

AVISO N° 05/93

PRAZO PARA RECEBIMENTO DE EMENDAS:

Início: 05/07/93Término: 09/07/93

Local: sala 12 - Anexo 11Horário: 09 às 12 e 14 às 18h

OBS: As proposições abaixo somente receberão emendas apresentadas, emformulários próprios, por membros deste Órgão Técnico.

As cópias dos processos e os formulários encontram-se à disposição naSecretaria da Comissão.

1) SUBSTITUTIVO OFERECIDO PELO RELATOR AO PROJETO DE LEI N°3.094/92 - do Sr. FLÁVIO PALMIER DA VEIGA - que "dispõe sobre os acidentesprovocados por animal na pista."

RELATOR: Deputado Lael Varella

2) SUBSTITUTIVO OFERECIDO PELO RELATOR AO PROJETO DE LEI N°3.767/93 - do SENADO FEDERAL (PLS N° 51/93) - que "altera a redação da Lei nO5.108, de 21 de'setembro de 1966 - Código Nacional de Trânsito."

RELATOR: Deputado Ronaldo Perim

(Encerra-se a Sessâo às 20 horas e 30 minutos.)

ATOS no PRESIDENTE

APOSTILA

De acordo com o ~ 2" do ar!. 2" da Lei n" 6.325, de14 de abril de 1976, combinado com o Ato da Mesa n" 15,de 26 de maio de 1987, a inativa WANDA LAURA LEITELIMA passa a ser considerada aposentada no cargo de TécnicoLegislativo, CD-AL-Oll, Classe Especial, Referência NS-25,acrescido das vantagens previstas no art. 171 da Resoluçãon" 67, de 9 de maio de 1962, combinado com o ar!. 3" daLei n" 5.902, de 9 de julho de 1973; rio art. 7" da Resolução

n" 1, de 7 de màrço de IlJ80, combinado com o art. 7" daLei n° 6.907, de 21 de maio de 1981; no ar!. 2", ~ 1", damencionada Resolução n° L de 1980; no ar!. 2", § 2", daLei n" 6.325, de 14 de abril de 1976; combinado com o ar!.6" da mesma Resolução n" L de IlJ80; no art. 1" da Resoluçãon" 6, de 4 de junho de 1985; no ar!. 1" da Resolução n" Lde 18 de junho de 1987; no ar!. 165, item VIII, da citadaResolução n~ 67, de 1962, combinado com o art. 7" da Resolu­ção n" 38, de 24 de outubro de IlJ83; e no ar!. 4" da Resoluçãon" 5, de 28 de maio de 1985, a partir de 25 de junho de1987. .

Diretoria-Geral, 7 de julho de 1993. - Adelmar SilveiraSabiDO, Diretor-Geral.

14738 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Julho de 1993

APOSTILA

De acordo com o que consta do Processo n" 15.608NO,a inativa WANDA LAURA LEITE LIMA passa a ser consi­derada aposentada, a partir de 13 de junho de 1990, no cargode Técnico Legislativo, CD-AL-Oll, Classe Especial, Padrão111, com o provento aumentado de 20%, na forma previstano art. 193, item 11, da Resolução n" 67, de 9 de maio de1962.

Diretoria-Geral, 7 de julho de 1993. - Adelmar SilveiraSabino, Diretor-Geral.

APOSTILA

De acordo com o art. 2", § 2", da Lei n'! 6.325, de 14de abril de 1976, e o art. 193, § 2'\ da Lei nU 8.112, de Iide dezembro de 1990, a inativa WANDA LAURA LEITELIMA passa a ser considerada aposentada no cargo de TécnicoLegislativo, CD-AL-OlI, Classe Especial, Padrão m, acres­cido das vantagens previstas no art. 67 da Lei n" 8.112, citada:no art. 2", § I", da Resolução n" 1, de 7 de março de 1980,combinado com o art. 3", § I", da Resolução n" 25, de 7de dezembro de 1989: no art. 2", § 2", da mencionada Lein'! 6.325, combinado com o art. 193, § 2", da supracitadaLei n" 8.112: no art. .1'" da Resolução n" 6, de 4 de junhode 1985: no art. 165, item VIII, da Resolução n" 67, de 9de maio de 1962, alterado pelo art. 5'-' da Resolução n" 25,de 1989, e combinado com o art. 7" da Resolução n" 38, de24 de outubro de 1983, e no art. I", § 2", da Lei n" 7.333,de 2 de julho de 1985, combinado com o art. 13 da Lei n"8.216, de 13 de agosto de 1991.

Diretoria-Geral, 7 de julho de 1993. - Adelmar SilveiraSabino, Diretor-Geral.

o Presidente da Câmara dos Deputados, no uso das atri­buições que lhe confae o art. I", item I, alínea a, do Atoda Mesa n° 205, de 28 de junho de 1990, resolve, nos termosdo art. 33, item VIII, da Lei n" 8.112, de 1i de dezembrode 1990, declarar, a partir de 16 de abril de 1993, a vacânciado cargo da Carreira Especialista em Atividades de ApoioLegisl?tivo, Nível}lI, PL-8, Padrão 42, ocupado pelo servidorANTONIO JOSE VIEIRA DE QUEIROS CAMPOS, emvirtude de sua posse em outro cargo, no Senado Federal.

Câmara dos Deputados, 7 de julho de 1993. - DeputadoInocêncio Oliveira, Presidente da Câmara dos Deputados.

O Presidente da Câmara dos Deputados, no uso das atri­buições que lhe confere o art. I", item L alínea a, do Atoda Mesa n" 205, de 28 de junho de 1990, resolve concederexoneração, de acordo com o art. 35, item 11, da Lei n" 8.112,de 11 de dezembro de 1990. a JULIENE MARIA RAMOSBOTELHO DANTAS, ocupante da carreira em Atividadesde Apoio Legislativo, Nível 11, Padrão 22, ponto n" 5231,do cargo de Assessor Técnico. CNE-12. do Quadro Perma­nente da Câmara dos Deputados, que exercia na AssessoriaTécnica da Diretoria-Geral, a partir de I" de junho do correnteano.

Câmara dos Deputados, 7 de julho de 1993. - DeputadoInocêncio Oliveira, Presidente da Câmara dos Deputados.

O Presidente da Câmara dos Deputados, no uso das atri­buições que lhe confere o art. I". item L alínea a, do Atoda Mesa n" 205, de 28 de junho de 1990, e o art. 6" da Lein" 8.112, de li de dezemhro de 1990, resolve nomear. naforma dos arts. 9", item I, e IOda citada Lei n" 8.112, comhi­nados com os art. 28 da Resolucão n" 30, de 13 de novemhro

de 1990, EDUARDO BAUMG'RATZ VlOTTI para exercercargo da carreira Espccialista em Atividades de Apoio Legisla­tivo, Nível m, PL-7. Padrào 36, do Quadro Permanente daCâmara dos Deputados. transformado pela Resolução n" 21,de 4 de novemhro de 1992. em vaga decorrente da aposen­tadoria de Adriano Benayon do AmaraL conforme Ato doPresidente publicado no Diário Oficial de 21 de junho de19lJ3.

Càmara dos Deputados, 7 de julho de 1993. - DeputadoInocêncio Oliveira, Presidente da Cámara dos Deputados.

O Presidente da Càmara dos Deputados, no uso das atri­huições que lhe confere o art. I". item L alínea a, do Atoda Mesa n" 205, de 28 de junho de 1990, e o art. 6" da Lein" 8.112. de Ii de dezembro de 1990. resolve nomear, naforma do art. li". item 11, da Lei n" 8.112, citada, EDUARDOLEAL DE MELO, para exercer, no Gahinete do TerceiroSecret,írio, o cargo de Assistente Técnico de Gabinete,CNE-13, do Quadro Permanente da Càmara dos Deputados.transformado pelo art. 3" do Ato da Mesa n" 15. de 26 demaio de 1987. observada a nova denominação dada pelo art.1" da Resolução 11" 4. de 13 de junho de 1991, comhinadacom o ar!. 3" do Ato da Mesa n" 47. de 7 de outubro de1992.

Cámara dos Deputados. 7 de julho de 1993. - Deputaâo

Inocêncio Oliveira, Presidente da Cámara dos Deputados.

O Presidente da Cámara dos Deputados, no uso das atri­huições que lhe confere o art. 1", item I, alínea a, do Atoda Mesa n" 205, de 28 de junho de 1990. resolve dispensara pedido. de acordo com o art. 35. parágrafo único. incisoL da Lei n" 8.112, de Ii de dezemhro de 1990. ANTÔNIOJOSÉ VIEIRA DE QUEIRÓS CAMPOS. ocupante de cargoda carreira Especialista em Atividades de Apoio Legislativo,Nível m. Padráo 42, ponto n" 5047. da função comissionadade Assessor Legislativo - Área um. FC-07. do Quadro Per­manente da 01mara dos Deputados, que exercia na AssessoriaLegislativa. a partir de 16 de ahril de 1993.

Cámara dos Deputados, 7 de julho de 1993. - DeputadoInocêncio Oliveira, Presidente da Cámara dos Deputados.

O Presidente da Câmara dos Deputados, no uso das atri­huições que lhe confere o art. I". item L alínea a, do Atoda Mesa n" 205. de 28 de junho de 1990, resolve dispensara pedido. de acordo com o art. 35, parágrafo único, incisoL da Lei n" 8.112, de 11 de dezembro de Il190, DENISERICHARD PONTES, ocupante de cargo da carreira Especia­lista em Atividades de Apoio Legislativo. Nível m, Padrão45, ponto 2407. da funç<lo comissionada de Chefe do Serviçode Reproduç<lo de Documentos Oficiais, FC-Oõ, do QuadroPermanente da Cámara dos Deputados, que exercia no Depar­tamento de Comissões, a partir de 23 de junho do correnteano.

Câmara dos Deputados. 7 de julho de 1993. - DeputadoInocêncio Oliveira, Presidente da Cámara dos Deputados.

O Presidente da Cámara dos Deputados, no uso das atri­huições que lhe confere o art. 1", item L alínea a, do Atoda Mesa n" 205, de 28 de junho de 1990, resolve dispensara pedido, de acordo com o art. 35, panígrafo único, incisoL da Lei n" 8.112. de 11 de dezembro de 1990. JULlANADE LACERDA MESSERE ROMANCINL ocupante de car­go da carreira Especialista em Atividades de Apoio Legisla­tivo, Nível IV. Padrão 45. ponto n" 2044, da funç<io comissio­nada de Chefe da Seção de Planejamento de Concursos, FC-5,

Julho de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 14739

do Quadro Permanente da Câmara dos Deputados, que exer­cia na Coordenação de Seleção e Treinamento, da Diretoria­Geral, a partir de 24 de junho do corrente ano.

Câmara dos Deputados, 7 de julho de 1993. - DeputadoInocêncio Oliveira, Presidente da Câmara dos Deputados.

O Presidente da Câmara dos Deputados, no uso das atri­buições que lhe confere o art. 1", item I, alínea a, do Atoda Mesa n" 205, de 28 de junho de 1990, resolve dispensara pedido, de acordo com o art. 35, parágrafo único, incisoI, da Lei n" 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MARIAELZA DE OLIVEIRA, ocupante de cargo da carreira Espe­cialista em Atividades de Apoio Legislativo, Nível IlI, Padrão45, ponto n" 3379, da função comissibnada de Chefe de Gabi­nete, FC-08, do Quadro Permanente da Câmara dos Depu­tados, que exercia no Gabinete do Líder do Partido Progres­sista, a partir de 8 de julho do corrente ano.

Câmara dos Deputados, 28 de junho de 1993. - Depu­. tado Inocêncio Oliveira, Presidente da Câmara dos Depu­

tados.

O Presidente da Câmara dos Deputados, no uso das atri­buições que lhe confere o art. I", item I, alínea a,.do Atoda Mesa n" 205, de 28 de junho de 1990, resolve dispensara pedido, de acordo com o art. 35, parágrafo único, incisoI, da Lei n" 8.112, de 11 de dezembro de 1990, MARIAEUNICE BARBOSA BERTOLINO ZIA, ocupante de cargoda carreira Especialista em Atividades de Apoio Legislativo,Nível III, Padrão 45, ponto n° 2003, da função comissionadade Chefe da Seção de Treinamento e Aperfeiçoamento,FC-05, do Quadro Permanente da Câmara dos Deputados,que exercia na Coordenação de Seleção e Treinamento, daDiretoria-Geral, a partir de 24 de junho do corrente ano.

Câmara dos Deputados, 7 de julho de 1993. - DeputadoInocêncio Oliveira, Presidente da Câmara dos Deputados.

O Presidente da Câmara dos Deputados, no uso das atri­buições que lhe confere o art. 1", item I, alínea a, do At~

da Mesa n" 205, de 28 de junho de 1990, e o art. 6" da Lein° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, resolve designar poracesso, na forma do art. 9", item lI, da Lei n" 8.112, de 1990,combinado com o art. 13 da Resolução n" 21, de 1992, JULIA­NA DE LACERDA MESSERE ROMANCINI, ocupantede cargo da carreira Especialista em Atividades de ApoioLegislativo, Nível IV, Padrão 45, ponto no 2044, I?ara e~ercer

na Coordenação de Seleção e Tremamento, da DJreton~-~e­

ral, a partir de 24 de junho do corrente ano, a funçã? comiSSIO­nada de Chefe da Seção de Treinamento e Aperfeiçoamento,FC-05, do Quadro Permanente da Câmara dos Deputados,transformada pelos arts. 3" do Ato da Mesa n" 15 de 26 demaio de 1987, e 55 da Resolução n" 21, de 4 de novembrode 1992. .

Câmara dos Deputados, 7 de julho de 1993. - DeputadoInocêncio Oliveira, Presidente da Câmara dos Deputados.

O Presidente da Câmara dos Deputados, no uso das atri­buições que lhe confere o art. I'" item I, alínea a, do Atoda Mesa n" 205, de 28 de junho de 1990, e o art. 6'.' da Lein" 8.112, de II de dezembro de 1990, resolve designar poracesso, na forma do art. 9", item lI, da Lei n" 8.112, de 1990,combinado com o art. 13 da Resolução n" 21, de 1992, MARIAEUNICE BARBOSA BERTOLINO ZIA, ocupante de cargoda carreira Especialista em Atividades de Apoio Legislativo,Nível m, Padrão 45, ponto n" 2003, para exercer na Coorde­nação de Seleção e Treinamento, da Diretoria-Geral, a partirde 24 de junho do corrente ano, a função comissionada deChefe da Seção de Planejamento de Concursos, FC-5, doQuadro Permanente da Câmara dos Deputados, transformadapelos arts. 3" do Ato da Mesa n" 15, de 26 de maio de 1987,e 55 da Resolução n" 21, de 4 de novembro de 1992.

Câmara dos Deputados, 7 de julho de 1993. - DeputadoInocêncio Oliveira, Presidente da Câmara dos Deputados.

O Presidente da Câmara dos Deputados, no uso das atri­buições que lhe confere o art. I", item I, alínea a, do Atoda Mesa n" 205, de 28 de junho de 1990, e o art. 6" da Lein" 8.112, de 11 de dezembro de 1990, resolve designar poracesso, na forma do art. 9", item lI, da Lei n" 8.112, de 1990,combinado com o art. 13 da Resolução n" 21, de 1992, UILZAMARIA GUERRA NEVES, ocupante de cargo da carreiraEspecialista em Atividades de Apoio Legislativo, Nível IV,Padrão 45, ponto n" 1503, para exercer no Gabinete do Líderdo Partido Progressista, a partir de 8 de julho do correnteano, a função comissionada de Chefe de Gabinete, FC-08,do Quadro Permanente da Câmara dos Deputados, nos termosda lotação fixada pelo art. 1° do Ato da Mesa n" 71, de 17de março de 1993, combinado com o art. 55 da Resoluçãon" 21, de 4 de novembro de 1992.

Câmara dos Deputados, 28 de junho de 1993. - Depu­tado Inocêncio Oliveira, Presidente da Câmara dos Depu-.tados.

O Presidente da Câmara dos Deputados, no uso das atri­buições que lhe confere o art. 1", item I, alínea a, do Atoda Mesa n" 205, de 28 de junho de 1990, e o art. 6" da Lein" 8.112, de 11 de dezembro de 1990, resolve designar poracesso, na forma do art. 9°, item lI, da Lei n" 8.112, de 1990,combinado com o art. 13 da Resolução n° 21, .de 1992, WI­LHAM XAVIER DA SILVA, ocupante de cargo da carreiraEspecialista em Atividades de Apoio Legislativo, Nível lI,Padrão 30, ponto n" 4238, para exercer no Departamentode Comissões, a partir de 23 de junho do corrente ano, afunção comissionada de Chefe do Serviço de Reprodução deDocumentos Oficiais, FC-06, do'Quadro Permanente da Câ­mara dos Deputados, transformada pelos arts. 2" do Ato daMesa n" 15, de 26 de maio de 1987, e 55 da Resolução n"21, de 4 de novembro de 1992.

Câmara dos Deputados, 7 de julho de 1993. - DeputadoInocêncio Oliveira, Presidente da Câmara dos Deputados.

PÁGINA ORIGINAL EM a~ANCO

EDMAR MOREIRA (PRN)FRANCISCO COELHO (PFL)

JOÃO TEIXEIRA (PL)

ALCIDES MODESTO (PT)

Suplentes:

3° Secretário:

AÉCIO NEVES (PSDB)4° Secretário:B. SÁ (PP)

MESA -.(Biênio 1993/94)

1° Secretário:

WILSON CAMPOS (PMDB)

2° Secretário:CARDOSO ALVES (PTB)

Presidente:INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL)

1° Vice-Presidente:ADYLSON MOTIA (PDS)

1° Vice-Presidente:

FERNANDO LYRA (PDT)

PARTIDOS, BLOCOS E RESPECTIVAS liDERANÇASNA cÂMARA DOS DEPUTADOS

BLOCO PARLAMENTAR(PFL/PTB/PSC/PRS)

Líder: Luís Eduardo

Eraldo Trindade

Fernando Freire·

Paulo Duarte

Victor Faccioni

Marcelino Romano

Basilio Villani

Manoel Moreira

Maurílio Ferreira Lima

Neuto de Conto

Roberto Valadão

zaire Rezende

lider: José Luiz Maia

Fernando Diniz

Geddel Vieira Lima

Germano Rigotto

João AlmeidaJoão Henrique

João Thomé

PARTIDO PROGRESSISTA REFORMADOR

PPR

Vice-lideres:

Gerson Peres

Aécio de BorbaAmaral Netto

José Lourenço

Roberto Campos

Armando Pinheiro

Sarney PilhoMaurício Calixto

Messias GóisNelson Morro

Nelson TradNey Lopes

Paes LandimPaulo Lima

Roberto JeffersonRoberto Magalhães

Rodrigues PalmaRonaldo Caiado

Vice-lideres:

Nelson MarquezelliArolde de OliveiraAntônio HolandaAntonio dos SantosÁtila LinsCarlos KayathEfraim MoraisEraldo TinocoGastone RighiJesus TajraJosé Carlos AleluiaJosé Múcio Monteiro

PARTIDO DO MOVIMENTO

DEMOCRÁTICO BRASILEIRO

PMDB

Líder: Genebaldo Correia

PARTIDO DA SOCIAL DEMOCRACIA BRASILEIRA

PSDB

Vice-Líderes:

Cid Carvalho

Chico Amaral

Euler Ribeiro

José Luiz Clerot

José Maranhão

José Thomaz NonÔ

Vice-lideres:

Sigmaringa Seixas

Flávio Arns

Adroaldo Streck

Artur da Távola

lider: José Serra

Jabes Ribeiro

Moroni TorganGeraldo Alckmin Filho

Luiz Máximo

PARTIDO POPULARpp

lidero Salatiel Carvalho

PARTIDO LIBERAL

PL

Líder: Valdemar Costa Neto

lidero Luiz Salomão

PARTIDO DEMOCRÁTICO lRABALHISTAPDT

PARTIDO DO TRABALHADORPT

lidero Vladimir Palmeira

Getúlio Neiva

José Carlos sabóia

Vice-lideres:José Santos Neves (lo Vice)João Teixeira

PPS -

PARTIDO SOCIALISTA BRASILEIROPSB

lidero Miguel Arraes

Vice-Líderes:Luiz Piauhylino (10 Vice)

PARTIDO COMUNISTA DO BRASILPCdoB

Uler: Aldo Rebelo

Vice-lider: S<:rgio Miranda

PSDlidero Onaireves Moura

Vice-lider: Edi.~on Fidélis

PARÁGRAFO 4°, ART. 9" RI.José Fortunatti

Hélio BicudoEdésio Passos

Valdenor GuedesPedro Valadares

Marcelo LuzJosé Maria Eymael

Giovanni QueirozPaulo Ramos

Benedito de FigueiredoEdi Siliprandi

Vice-Líderes:

Nan SouzaMário ChermontJosé UnharesBenedito Domingos

Vice-Líderes

J.osé Dirceu (10 Vice)Jaques WagnerValdir GanzerMaria Laura

VlCC-I1dcrcsMiro Teixeira (10 Vice)Wilson MuIlerMendonça NetoBeto Mansur

PV-

Maviael CavalcantiTony Gel

PRONA­

LIDERANÇA DO GOVERNOlider: Roberto Freire

PARTIDO DA RECONSlRUÇÃO NACIONALPRN

lidero José Carlos Vasconcellosvece-lideres:OdeImo Leão (10 Vice)Elfsio Curvo

Vice-lidres:Ubiratan AguiarRoseana Sarney

Raul BelémMoroni Torgan

COMISSÕES PERMANENTES ---:---,..------.,-,

COMISSÃO DE AGRICULTURAPT

E pOLíTICA RURAL Titulares Suplentes

Adão Pretto Alcides Modesto

Presidente: Romel Aní..,io (PRN) Luci Choinaki José Cieote

10 Vice-Presidente: (PRN) Augustinho Freitas (PTB) Pcdro Tonelli TIlden Santiago

20 Vice-Presidente: Fábio Meirclles (PPR) Valdir Ganzer

30 Vice-Presidente: Joni Varisco (PMDIl) PP

PMDBTitulares Suplentes

Osvaldo Reis Delcino TavaresTitulares Suplentes Pedro Abrão Pedro Valadares

Dejandir Dalpasquale Adelaide Neri Vadão Gomes Reditário Cassol

Derval de Paiva Antonio Harbara P1BFreire Júnior Hilário BraunI1élio Rosas Neuto de Conto Titulares SuplentesIvO Mainardi Roberto RollemhergJoão Thomé Virmondes Cruvinel Augustinho Freitas Nelson MarquezelliJoni Varisco Etevaldo Grassi de Menezes Raquel CândidoJosé Belato Roberto. Torres . Wilson CunhaMoacir MichelettoOdacir Klein PRN

Valdir Colato Titulares Suplentes

PFL Romel Anísio Odelmo Leão

Titulares Suplentes Tadashi Kuriki Otto Cunha

Adauto Pereira Antônio Urno PLIberê Ferreira Camilo MachadoIvandro Cunha Lima (PMDB) Fátima Pelaes Titular Suplente

Jonas Pinheiro Itsuo Takayama GctúÍíd Neiva.Osvaldo Coelho Jorge KhouryPaulo Romano Lael Varella PSB

. Ronaldo Caiado Leur LomantoWaldir Guerra Osório Adriano Titular Suplente

Pascoal NovaesÁlvaro Ribeiro Sérgio Guerra

'PPRPCdoB

Titulares SuplentesTitular Suplente

Amo Magarinos Aécio de BorbaAvelino Costa Carlos A7:mnbuja Sérgio Míi"anda

~ ~,

Fábío Mcirclles . Danicl SilvaLeomar Ouintanilha RohertoBalestra PSD

Hugo Bichl Fctter Júnior Titular SuplenteOsvaldo Render Maria ValadãoVasco Furtan Paulo Mourão Edison Fidelis Cleto Falcão

PDT PSC

Titulares Suplentes Titular Suplente

Aldo Pinto Aroldo Goes Luiz Dantas Antônio HolandaGiovanni Queiroz Beraldo BoaventuraLaerte Bastos Dércio Knop PRSLuiz Girão Junot Abi-Ramia

PSDBTitular Suplente

Titulares SuplentesJosé i\ldo Israel Pinheiro

Felipe Mendes (PPR) Adroaldo Streck Secretário: José Maria de Andrade CordovaLuiz Soyer (PMJ)B) Antonio Falciros Ramal: 6978/6979/6981Mauro Sampaio . Edmundo Galdino Reunião: 43s e S3S feiras - 10:00 - Sala 212Wilson Moreira Jabes Ribeiro (Bloco das Lideranças)

COMISSÃO DE C~NêIAE TECNOLOGIA, José Ahrão Flávio Arns.' COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA Koyu Iha Lézio Sathler

Paulo Silva Luiz Pontes

Presidente: Maluly Netto (PPL)PT

10 Vice-Presidente: Ftevaldo Nogueira .cPFL) TItulares Suplentes2° Vice-Presidente: Pinheiro I,andim (PMDB)30 Vice-Presidente: Vivaldo Barhosa (PD1) Irma Passoni Florestan Fernandes

I.ourival Freitas Geddel Vieira Lima (PMDB)

PMDB Manoel Moreira (PMDB) Luiz Gushiken111den Santiago Ricardo Moraes

Titulares SuplentesPP

Airton Sandoval Hélio RosasTItularesAlofsio Vasconcelos Ibsen Pinheiro· Suplentes

Alufzio Alves Ivandro Cunha I.ima Carlos Roberto Massa Carlos ScarpeliniDomingos Juvenil João Almeida Pinga-Fogo de Oliveira Francisco SilvaEliel Rodrigues João Henriq]le Valdenor Guedes Sérgio SpadaHenrique Eduardo Alves JCJSé "Augusto CurvoLaprovita Vieira Laire Rosado PTBNelson proença. Pedro lrujo

Titulares SuplentesJlinhciro Landim . Zaire RezendeRolierto Valadão 2 Vagas

Luiz Moreira AIdir CabralWaIter Nory Matheus Iensen Gastone Righi

PFL Paulo Heslander José Elias

TItulares Suplentes PRN

Ângelo Magalhães Antonio dos Santos Titulares Suplentes

Arolde de Oliveira César Bandeira'Fausto Rocha Aroldo Cedraz

Etevaldo Nogueira Eduardo Martins José' Carlos Vasconcellos Tadashi KurikiHub~r.to Souto Gilson MachadoJose Jorge Ivânio Guerra PLJdse Mendonça Bezerra Jerõnimo ReisLuiz Viana Neto José Reinaldo TItulares SuplentesMaluly Neto Luciano Pizzatto

Riheiro TavaresWerner Wanderer Ruben Bento Flávio Rocha. Valdemar Costa Neto Jones Santos Neves

PPR·,.,."l, PSB

TItulares Súplénte~TItular Suplente

Jarvis Gaidzinski Arno Magarinos Ario.'>to Holanda Uldurico PintoJosé Diogo Carlos Virgrtio

PCdoBJosé Teles l/.. Celso BernardiPaulo Duarte Gerson Peres Titular SuplenteRoberto Campos Luciano de Castro

.Samir Tannus Pratini de Moraes Flávio Derzi (PP) Vadão Gomes (PP)Avenir R9sa(PP)

, ........ t

11 1 , I PSDPDT

TItular SuplenteTitulares Suplentes

Onaireves Moura Paulo de AlmeidaBeta Mansur Beth AzizeEdson Silva Cidinha Campos PSCElio Dalla-Vecchia Edi Siliprandi

Titular SuplenteJo.'>é Vicente Brizola Waldir Pires

PSDB . César Souza (PFL)

Titulares Suplentes Secretária: Maria Ivone do Espfrito SantoRamal: 6906/6907/6908/6910

Álvaro Pereira Deni Schwartz Reunião: 43s feiras - 10:00 - Plenário sala 10.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO PSDBE JUSTIÇA E DE REDAÇAO 'TItulares Suplentes

IIclvécio CasteIlo João FaustinoLuiz Máximo Jorge Uequed

Presidente: José Dutra (PMDB) Moroni Torgan Mauro Sampaiol° Vice-Presidente: José Thomaz Nonô (PMDB) Sigmaringa Seixas Paulo Silva2° Vice-Presidente: Jesus Tajra (PFL)

PT3° Vice-Presidente: Sigmaringa Seixas (PSDB)'TItulares SUplentes

PMDBEdésio Pas.~os Agostinho ValenteJOtléOirceu Jaques Wagner

'TItulares Suplentes JoSé Genoíno Maria LauraAry Kara Armando Viola Hélio Bicudo Pedro TonellíJoão Natal Chico Amaral ppJosé Dutra Felipe NeriJosé Luiz ('[erat Nícias Ribeiro 'TItulares Suplentes

José Thomaz Nonõ Valter Pereira Jlenedito Domingos Mário ChermontMaurici Mariano 6 Vagas João de Deus Antunes (PPR)Mendes Ribeiro Reditário Cas.'I01 Mário de OliveiraNelson Jobim Ernani VianaNiL<;on Gibson PTBRoberto RollembergTarcisio Delgado 'TItulares Suplentes

PFL Ga~tone Righi Antonio MorimotoMendes Botelho Carlos Kayath

'TItulares Suplentes Nelson Trad Roberto Jefferson

Antônio dos Santos Átila l.ins PRNJesus Tajra Everaldo de Oliveira 'TItulares SuplentesMaurício Najar Jorran FrejatMes.<;ias Gois José Falcão Raul Belém Cleonâncio FonsecaNey T.opes Maluly Neto Tony Gel Heitor FrancoPaes T.andim Maurício Calixto PLRoberto Magalhães Nelson MorroTourinho Dantas Ricardo Murad 'TItular Suplente

Vilmar Rocha Rubem Medina Robson Tuma Getúlio Neiva

PPR PSB

'TItulares Suplentes 'TItular Suplente

Fernando Diniz (PMDB) Armando Pinheiro Roberto Franca Luiz Piauhylino

Gerson Peres Fernando (',arrion PCdoBIbrahim Abi-ackel Fernando Freire 'TItular SuplenteJosé Maria Eymael Jair BolsonaroNestor Duarte (PMDB) lairo Azi Haroldo Lima Sérgio MirandaOsvaldo Melo Francisco Evangelista PSDPaulo Mourão Vitótio MaltaPrisco Viana 1 Vaga 'TItular Suplente

·PDT Irani Barbosa Édison Fidelis

'TItulares SuplentesPSC

'TItular SuplenteBenedito de Figueiredo Beth Azize

Augusto Farias Luiz DantasDércio Knop Eden PedrosoSérgio .Cury Liberato Caboclo Secretário: Luiz Henrique Ca'lcellí de Azevedo

Vital do Rego Mendonça Neto Ramal: 6922 a 6925

Wilson Müller Paulo Portugal Reunião: 3"&, 48s e 5"& feiras - 10:00 Plenário sala 1

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR,MEIO AMBIENTE E MINORIAS

TItulares SuplentesLuciano Pizzatto Evaldo GonçalvesMaurício Calixto Luiz Viana NetoOrlando Bezerra Sarney Filho

I Vaga I Vaga

PPR

TItulares SuplentesAmaral Netto Avelino CostaMarcos Medrado Pedro Novaes2 vagas Paulo Duarte

Célia MendesPDT

TItulares SuplentesAroldo Goes Fdson SilvaI vaga L1erte Bastos

PSDB

TItulares SuplentesFábiO Feldmann Elias MuradMarco Penaforte Geraldo Alckmin Filho

PT

TItulares SuplentesP.dinho Ferramenta Benedita da SilvaPaulo Delgado José Fortunati

1'1'TItulares Suplentes

Carlos Scarpelini Benedito DomingosMário Chermont Nan Souza

PTB

TItular Suplente

Mauro Fecury Hilário Coimbra

PRNTItular SuplenteEuclydes Mello Ramalho Leite (PPR)

PLTItular SuplenteSocorro Gomes (PC do B) João Teixeira

PSBTItular SuplenteNobel Moura (1'1') Salatiel Carvalho (1'1')

Presidente: Márcia Cibilis Viana (PDT)I" Vice-Presidente: Max Rosenmann (PDT)2° Vice-Presidente: Vittorio Medioli (PSDB)3° Vice-Presidente: Eraldo Tinoco (PFL)

PMDB

PVTItular ~uplente

Sidney de Miguel Roberto França (PSB)Secretário: Aurenilton Araruna de AlmeidaRamal: 6930/6931Reunião: 4"8 feiraS, 10:00 - Sala 13 (Anexo rr - Plenário)

COMISSÃO DE ECONOMIA,INDÚSTRIA E COMÉRCIO

Suplente

Augusto Carvalho

Suplentes

Luiz Carlos HaulyPedro Abrão

Suplentes

Giovanni QueirozMarino Clinger

Mendonça Neto

Suplentes

Jackson PereiraKoyu Iha

Suplentes

Delfim NettoBasaio Villani

Paulo MandarinoRoberto Campos

Suplentes

A1oízio Mercadante

SuplentesAdilson MalufAluizio Alves

Ariosto Holanda (PSP)Freire Júnior

Germano RigotoLuiz Roberto Ponte

1 Vaga

Suplentes

Adauto PereiraArolde de Oliveira

Jonas PinheiroJosé Jorge

José Mendonça BezerraReinhold Stephanes

PPS

TItularesVittorio MedioliSaulo Coelho

PSDB

TItulares

Renato JohnssonErnani Viana

PT

TItulares

Fetter JúniorLuciano de CastroMauro Bo3rges (1'1')Pedro Pavão

TItulares

Cyro GarciaRubem Medina (PFL)

PPR

TItulares

Márcia Cihilis VianaMax Rosenmann (of. 6R/93)Paulo Ramos .

PFL

TItularesAntonio BarbaraCid CarvalhoFelipe NeriGonzaga MotaIsrael Pinheiro (PRS)João FagundesLuiz Piauhylino (PSB)

1'1'

PDT

TItular

Roberto Freire

TItulares

Darci CoelhoFraldo TinocoGilson MachadoJosé Carlos AleluiaJosé Múcio MonteiroOsório Adriano

Suplentes

Rita CamataValdir Colatto

3 Vagas

PFL

Presidente: Marco I'cnaforte (PSDB)I° Vice Presidente: l.uciano Pizzatto (PFL)20 Vice-Presidente: Maurício Calixto (PFL)3D Vice-Presidente: Carlos Scarpelini (1'1')

PMDBTItularesAntonio de JesusLúcia Vânia (1'1')Tuga Angerami (PSDB)Virmondes CruvinelZila Bezerra

TIM~ S~ren~

Edson Menezes Silva

Secretário: José Roberto NasserRamal: 7024 a 7026Reunião: 4as feiras - 10:00 - Plenário 209 (Bloco das T.ideranças

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO,CULTURA E DESPORTO

Presidente: Ângela Amin (PPR)I ° Vice-Presidente: Celso Bernardi (PPR)2° Vice-Presidente: João Henrique (PMDB)3° Vice-Presidente: Roherto Balestra (PPR)

PMDB

PTB

TItulares Suplentes

Feres Nader Félix MendonçaRodrigues Palma Roberto Torres

P

TItulares Suplentes

Maviel Cavalcanti Raul BelémJosé Burnett Romel Anísio

PL

TItular Suplente

Jones Santos Neves Ayres da Cunha

PSBTItular SuplentePratini de Moraes (PPR) 1 vaga

PCdoB

PPS

Presidente: Manoel Castro (PFL)1° Vice-Presidente: Jackson Pereira (PSDB)2° Vice-Presidente: Geddel Vieira Lima ('PMDB)3° Vice-Presidente: Carlos Kayath (pTB)

PMDB

SuplenteSérgio Arouca

Suplentes

Adilson MalufGonzaga Mota

Jose GeraldoNelson JobimOdacir Klein

Pinheiro Landim1 Vaga

Suplentes

Gustavo KrauseJosé ('.arlos Aleluia

Luís EduardoRoberto Magalhães

Simão SessimVilmar Rocha

PFL

TItularMaria Valadão (PPR)

Secretário: Ronaldo Alves da SilvaRamal: 6901/6905(7010/7013Reunilio: 4as feiras, 10:00 - Plenário, sala 15

COMISSÃO DE FINANÇASE TRIBUTAÇÃO

TItulares

Benito GamaJoão Carlo.~ Bacelar (pSC)José FalcãoManoel CastroMus.c;a DemesRicardo Fiúza

TItulares

Gedel VieiraGermano RigottoHaley MargonJosé Lourenço (PPR)Luiz Roberto PontePedro Novais (PDC)Sérgio Naya

PSDBTItulares SuplentesFlávio Arns José AbrãoOsmânio Pereira Artur da Távola

PTTItulares SuplentesFlorestan Fernandes Lourival FreitasJosé Fortunatti Paulo Delgado

PP

TItulares Suplentes

Renildo Calheiros (PC do B) Costa Ferreira·Salatiel Carvalho

PTBTIMares Suplentes

Fábio Raunheiti Feres NaderRonivon Santiago (PPR)

PRN

TItulares Suplentes

7~ Gomes da Rocha Wagner do Nascimento

PL

TItular SuplenteÁlvaro Valle Welinton Fagundes

Suplentes

Carlos T.upiVital do Rego

SuplentesDarcy CoelhoEraldo Tinoco

Osvaldo CoelhoPaulo T.ima

Paulo Romano

Suplentes

João AlvesJoão Tota

Vasco FurlanPauderney Avelino

SuplentesHenrique Eduardo Alves

José 1.uiz ClerotSergio Ferrara

PFL

PPR

PDT

TItularesÉzio FerreiraMarilu GuimarãesOrlando Pacheco2 Vagas

TItulares

I~ucia Braga1 Vaga

TItulares

Aécio de BorbaÂngela AminCelso BernardiRoberto Balestra

TItularesAdelaide NeriGilvan BorgesJ000 HenriqueJosé Augusto CurvoUbiratan Aguiar

PPR PMDB

Titulares Suplentes Titulares Suplentes

Delfim Netto Fernando Diniz Marcelo Rarbieri Carlos Nelson

Basílio Villani Fernando Freire Marcos Lima João Fagundes

Francisco Dornelles Roberto CamposNeuto de Conto Jorio de BarrosPaulo 11tan 2 Vagas

Paulo Mandarino José Maria Eymael Sérgio Barcellos (PPL)PDT PFL

Titulares Suplentes Titulares Suplentes

Eden Pedroso Carlos Alberto Campista Aracely de Paula

Luiz Salomão Clovis A~sisJosé Santana de Vasconcellos Alacid Nunes

Sergio Gaudenzi Dercio Knop Murilo Pinheiro Aracely de PaulaPascoal Novaes Vicente Fialho

PSDB Ruben Bento Werner Wanderer

Titulares Suplentes PPR

Jackson Pereira . Moroni Torgan Titulares SuplentesJosé Aníbal Sérgio Machado Carlos Azambuja Fábio MeirellesJosé Serra Wilson Moreira Júlio Cabral (PP) Francisco Diógenes

fi Vitório MaIta Victor Faccioni

Titulares SuplentesI vaga Leomar Quintanilha

PDTAlofzio Mercadante Jos!': DirceuVladimir Palmeira Valdir Ganzer Titulares Suplentes

PP F.di Siliprandi Aldo PintoPaulo Portugal Valdomiro Lima

Titulares Suplentes PSDBLuiz Carlos Ilauly Júlio Cabral Titulares SuplentesFrancisco Silva Flávio Derzi

Adroaldo Streck Álvaro PereiraPTB João Faustino José Serra

Titulares Suplentes fiCarlos Kavath Mauro Fccury Titulares SuplentesFélix Mendonça Agostinho Valente Adão Pretto

PRN Alcides Modesto Edinho Ferramenta

Titulares Suplentes PP

Qtto Cunha Ma\~ael Cavalcanti Titulares Suplentes

Wagner do Nascimento Paulo Octávio Alherto Haddad José Felinto

PL Carlos C.amurça Nobel Moura

Titular Suplente PTB

Flávio Rocha Robson Tuma Titular Suplente

PSB I Vaga Alceste Almeida

Titular Suplente PRN

Sérgio Guerra I Vaga Titular Suplente

F.lfsio Curvo Zé Gomes da RochaSecretária: Maria I inda Magalhães

PLRamal: 6959/(1)(,:/Í.I/6llE.NReunião: 411s feiras, 10:00 - Plenário, sala 5 Titular Suplente

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA João Teixeira Diogo Nomura

PRONAPresidente: Alherto Haddad (PP)

Titular SuplenteI° Vice-Presidente: Carlos Camurça (PP)2° Vice-Presidente: Neuto de Conto (PMDB) 1 Vaga 1 Vaga3° Vice-Presidente: Flf.<;io Curvo (PRN) Secretária: Maria Eunice Vilas Boas

Ramal: 6944/6946Reunião: 4"s feiras - 10:00 - Plenário, sala 21

09

COMISSÃO DE RELAÇÕESEXTERIORES

Presidente: Ibsen Pinheiro (PMDB)1° Vice-Presidente: Neif Jabur (PMDB)2° Vice-Presidente: Sarney Filho (PFL)3° Vice-Presidente: Victor Faccioni (PPR)

PMDB

Presidente: Maurflio Ferreira Lima (PMDB)1° Vice-Presidente: Euler Ribeiro (PMDB)2° Vice-Presidente: Ivânio Guerra (PFL)3° Vice-Presidente: Eduardo Jorge (PT)

PMDB

PRONA

TItulares SuplentesRegina Gordilho

Secretária: Andreia Maura Versiani de MirandaRamal: 6993 a 6996Reuniões: 33s, 4"8 e 5"8 feiras, 10:00 - Plenário, sala 2

COMISSÃO DE SEGURIDADESOCIAL E FAMíLIA

Suplentes

Eliel RodriguesGenésio Bernardino

7 Vagas

Leopoldo Bessone João MaiaPedro Valadares Marcelo Luz

TItulares Suplentes

Alceste Almeida Nelson TradeAnnibal Teixeira Rodrigues Palma

PRNTItulares Suplentes

Aroldo Cedraz Edmar RochaPaulo Octávio Fausto Rocha

PLlltular Suplente

Diogo Nomura Álvaro Valle

PSB

TItular Suplente

Miguel Arraes José Carlos Sabóia

pedoB

lltular Suplente

Welinton Fagundes (PL) 1 Vaga

PSD

TItular Suplente

Cleto Falcão Onaireves Moura

TItulares

Armando CostaEuler RibeiroJorge Tadeu MudalenMaurílio Ferreira LimaNilton BaianoOlavo CalheirosPaulo NovaesRita CamataZuca Moreira

SuplentesEduardo Jorge

Hélio BicudoIrma Passoni

SuplentesDjenal Gonçalves

José LourençoJosé Maria Eymael

José TelesOsvaldo Melo

SuplentesAmaury Müller

Miro TeixeiraSergio Cury

SuplentesÂngelo Magalhães

Benito GamaJesus Tajra

Messias GóisNey Lopes

Paes LandimTourinho Dantas

SuplentesJayme Santana

José AnibalRose de Freitas

Suplentes

Alberto Haddad

SuplentesEfraim Morais (PFL)

Luiz SoyerMaurilio Ferreira Lima

Murilo RezendeNestor Duarte

71la Bezerra2 Vagas

PP

PFL

PT

PDT

PPR

PSDB

lltularesBenedita da SilvaHaroldo SabóiaLuiz Gushiken

TItularesGenebaldo CorreiaGenésio BernardinolIermfnio CalvinhoIhsen PinheiroJório de BarrosLuiz HenriqueMauri SergioNeif Jabur

TItularesArtur da TávolaJorge UequedLuiz Pontes

lltularesEdesio FriasMendonça NetoWaldir Pires

TItularesAntonio DenoÁtila LinsEvaldo GonçalvesJerônimo ReisLeur LomantoNelson MorroSarney Filho

lltularesFernando FreireFrancisco DiógenesPauderney AvelínoRubeIVal PilotoVictor Faccioni

lltularesCosta Ferreira

Presidente: Paulo Paim (PT)10 Vice-Presidente: Paulo Rocha (PT)2° Vice-Presidente: Amaury MUller (PDT)3° Vice-Presidente: Nelson Marquezelli (PTB)

PRSTItular SuplenteValter Pereira (PMDB) José Ulisses de Oliveira

Secretária: Maria Inês de Bes.o,a LinsRamal: 7018 a 7021Reunião: 4"8 feiras, 10:00 - Plenário, sala 10.

COMISSÃO DE TRABALHO,DE ADMINISTRAÇÃO E

SERVIÇO púBuco

PFLTItularesEveraldo de OliveiraFátima PelaesIvânio GuerraJofnin FrejatLaíre Rosado (PMDB)Pedro Corrêa .Reínhold StephanesRivaldo Medeiros

PPRTItularesAvenír Rosa (PP)Célia MendesChafic FarhatDjenal Gonçalves)Geraldo Alckmin Filho (PSDB)Waldomiro Fíoravante (1"1)

PDTTItularesCidínha CamposClovis As.o,isLiberato CahocloMarino Clinger

PSDB

TItularesAntÔnio FaleirosElias MuradUbaldo Dantas

PTTItularesEduardo JorgeJol.\o PauloPaulo Bernardo

PPTItularesDelcino TavaresJosé LinharesI Vaga

PTBTItularesRoberto JeffersonSérgio Amuca.

PRNTItularesHeitor FrancoRamalho Leite (PPR)

PI.

SuplentesGeorge Takimoto

Iberê FerreiraJairo Carneiro

Marilu GuimarãesMaurici Mariano (PMDB)

Maurício NajarOrlando BezerraRonaldo Caiado

SuplentesMarcos MedradoEraldo Trindade

João RodolfoJosé Egydio

Ronivon SantiagoLuci Choihadri (PT)

SuplentesGiovanni Queiroz

Lucia BragaPaulo Portugal

Sergio Gaudenzi

SuplentesLuiz Máximo

Osmânio PereiraTuga Angerami

SuplentesChico Vigilante

Paulo PaimPaulo Rocha

SuplentesCarlos Camurça

Pinga-Fogo de OliveiraRenato Johnsson

SuplentesMatheus Iensen

SuplentesEuclydes Mello

Flávio Palmier da Veiga

TItularesAdilson MalufAldo Rebelo (PC do B)Chico AmaralLuiz Carlos SantosMaria Laura (PT)7..aire Rezende

TItularesJaques Wagner (PT)José Cicote (PT)Luis Eduardo

TItularesJair BoLo,onaroJosé CarJos Sabóia (PSB)Raquel Cllndido (PTB)

I Vaga

TItularesAmaury MUllerCarlos Alberto Campista

TItularesJahes RibeiroFdmundo Galdino

TItularesChico VigilantePaulo Paim

PMDBSuplentes

Edson M. da Silva (pC do B)Haroldo Sabóia (PT)

Hermfnio C-alvinoJoão Natal

Nilson GibsonI Vaga

PFLSuplentes

Ciro NogueiraSérgio Barcellos

Waldomiro Fioravante (PT)PPR

SuplentesAvenir Rosa

Chafic FarhatPedro Pavão

Miguel Arraes (PSB)

PDTSuplentes

Benedito de FigueiredàWilson Müller

. PSDBSuplentes

Sigmaringa SeixasM unhoz da Rocha

PTSuplentes

Cyro GarciaEdésio Passos

PPTItularAyres da Cunha

PSBTItularUldurico Pinto

PCdoBTItularJandira Feghali

SuplenteRibeiro Tavares

SuplenteRoberto Franca

Suplente

TItularesMário de OliveiraMarcelo Luz

TItularesErnesto Gradella (S/P)Nelson Marquezelli

TItularEdmar Moreira

SuplentesJoão de Deus Antunes (PPR)

Osvaldo ReisPTB

SuplentesLuiz Moreira

Mendes BotelhoPRN

SuplenteJosé Bumeu

COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES

Presidente: Francisco Rodrigues (P111)10 Vice-Presidente: Odelmo T.eão (PRN)20 Vice-Presidente: Carlos VirgOio (PPR)3" Vice-Presidente: Murilo Rezende (PMDB)

Suplente

Maurício Campos

Suplentes

Eli."io CurvoTony Gel

Suplentes

Augustinho FreitasEtevalda Grassi de Menezes

Fáhio Raunheitti

PI.

PSB

PRN

lltular

Nicias Riheiro (PMDB)

lltulares

Flávio Palmier da VeigaOdeImo Leão

lltulares

Antonio MorimotoFrancisco Rodrigues (P111)José Elias

José Egydio Victor FaccioniJairo Azi

PDT

Tltulares Suplentes

Carlos Lupi Beto MansurJosé Carlos Coutinho Edesio FriasValdomiro Lima Elio Dalla-Veeehia1 Vaga José Vicente Brizola

PSDB

Tltulares Suplentes

Deni Schwartz Fábio FeldmannJayme Santana Marco PenaforteLézio Sathler Saulo CoelhoMunhoz da Rocha Vittório Medioli

PT

Tltulares Suplentes

Carlos Santana Armando Pinheiro (PPR)Francisco Evangelista (PPR) Nilmário MirandaRicardo Moraes Paulo Bernardo

1 Vaga 1 Vaga

PP

lltulares Suplentes

João Maia Carlos Roherto MassaJosé Felinto Carlos ScarpeliniSérgio Spada Francisco Silva

P1B

Suplente

Roherto Freire

Suplente

João Paulo (PT)

2 Vagas

Suplentes

Aracely de PaulaCésar Souza

José Múcio MonteiroJosé Santana de Vasconcellos

Murilo PinheiroMussa Demes

Orlando PachecoWaldir Guerra

Suplentes

Carlos NelsonDerval de Paiva

João Thome MestrinhoJosé Belato

Marcos T.imaNilton Baiano

Oswaldo Stecca4 Vagas

PL

PPS

PPR

PMDB

PF1.

Tltulares

Alacid NunesCamilo MachadoCiro NogueiraItsuo TakayamaJairo CarneiroJosé ReinaldoLael VarellaSimão Sessim

lltulares

Armando ViolaCarlos BenevidesEdison AndrinoHagahus AraujoHilário BraunMario MartinsMauro MirandaMurilo RezendePedro TassisRonaldo PerimSergio Ferrara

lltular

Paulo Rocha (PT)

1ítular

Augusto Carvalho

Secretário: Antonio T.uís de Souza Santana

Ramal: 6887/6990/7004/7007Reunião: 3"s, 4"s e 50 s feiras, 10:00 - Plenário, sala 11.

lltulares

Carlos VirgílioDaniel SilvaFernando CarrionJoão AlvesJoão Tota

Suplentes

Celso BernardiHugo Biehl

Paulo DuartePrisco Viana

Sa1atiel Carvalho (PP)

lltular

João Almeida (PMDR)

lltular

José Maranhão (PMDil)

pedoB

Suplente

Paulo 11tan (PMDB)

Suplente

1 Vaga

COMISSÃO DE DEFESA NACIONAL

Titular

José Ulisses de Oliveira

Secretário: Ronaldo de Oliveira NoronhaRamal: 6973 a 6976Reunião: 4"s feiras, 10:00 - Plenário, sala 14.

Titular

Paulo de Almeida

Titular

Antonio Holanda

PSD

PSC

PRS

Suplente

Irani Barbosa

Suplente

João C-arlos Bacelar

Suplente

José Aldo

José AnfbalMorani Torgan

Titular

José DirceuNelson Bornier (PL)

Titulares

Benedito DomingosLuiz Carlos Hauly

Titulares

Aldir CabralRaquel Cândido

PSDB

PT

PP

Helvécio C-astelloPaulo Silva

Suplente

Hélio Bicudo

Suplentes

José LinharesValdenor Guedes

Suplentes

Francisco RodriguesPaulo Heslander

Presidente: (PFL) Luiz Carlos Hauly (PP)1° Vice-Presidente: Werner Wanderer (PFL)2" Vice-Presidente: Benedito Domingos (PP)3° Vice-Presidente: Nelson Hornier (PL)

Titular

lIcitar Franco

PRNSuplente

Edmar Moreira

Secretária: Marci Bernardes FerreiraRamal: 6998/7001{l002/6999{lOOO

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTOURBANO E INTERIOR

Presidente: Marcelino Romano Machado (PPR)1° Vice-Presidente: João Rodo[fo (PPR)2° Vice-Presidente: Nilmário Miranda (PT)3° Vice-Presidente: (PP) Maria Luiza Fontene[e (PSB)

PMDB

PMDB

Titulares

Antônio de JesusHe[io RosasJoão FagundesJosé Augusto CurvoMarcelo BarbieriRobson Tuma (PL)

PFL

Titulares

Alacid NunesÁtila l.insPaes LandimRicardo MuradWerner Wanderer

PPR

Titulares

Etevalda Grassi de MenezesFábio MeirellesFernando CarrionMauro Borges (PP)

PDT

Titulares

Elio DaIla-VecchiaPaulo RamosWilson Müller

Suplentes

Eu[er RibeiroIvo Mainardi

Luiz HenriqueMário Martins

Pinheiro LandimVirmondes Cruvinel

Suplentes

Jesus TajraJofran Frejat

Luciano PinattoRcinhold StephanesRoberto Maga[hães

Suplentes

Amaral NettoCarlos AzambujaOsvaldo Bender

Jair Bolsonaro

Suplentes

Eduardo MascarenhasJosé Carlos Coutinho

Vivaldo Barbosa

TItular

Maurício Campos

Titular

Roberto Franca

Titulares

Carlos NélsonEfraim Morais (PFL)José Gera[doOswaldo SteccaPedro Irujo

Titulares

Vicente Fia[hoJorge KhouryCésar BandeiraGustavo Krause

PL

PSB

PFL

Suplente

Ayres da Cunha

Suplente

Álvara Ribeiro

Suplentes

Édison AndrinoFernando Diniz

Prisco Viana (PPR)Augusto Carvalho (PPS)

1 vaga

Suplentes

Etevaldo NogueiraÉzio Ferreira

Humberto SoutoPedro Corrêa

PPR

TItulares

Marcelino Romano MachadoArmando Pinheiroonival l.ucasJoão RodolfoJonival Lucas

PDT

TItulares

Suplentes

Felipe MendesJairo Gaidzinski

Sergio BritoJosé Diogo

Sérgio Brito

Suplentes

COMISSÃO ESPECIAL CONS1ITUÍDA, NOSlERMOS DO ART. 34, INCISO lI, DO

REGIMENTO IN1ERNO, PARA APRECIARE DAR PARECER SOBRE TODOS OS PROJETOS

EM TRÂMITE NA CASA, REIATIVOS ÀREGUIAMENTAÇÃO DO ART. 192

DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL ­SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL

Presidente: Deputado Benito Gama (pFL/BA). Vice-Presidente: Deputado José LDurenço (PPR/BA)Relator: vago

Junot Abi-RamiaMiro Teixeira

J.uiz Girão TItulares

BLOCO PARIAMENTAR

Suplentes

PSDB

TItulares

Rose de FreitasSérgio Machado

PT

TItulares

George Takimoto (PloL)Nilmário MirandaIndicação pelo Or. 72j9'j

PP

Suplentes

Helvécio CastelIoUbaldo Dantas

Suplentes

Carlos SantanaManoel Castro (PFI.)

Benito GamaElísio Curvo (PRN)Ézio Ferreira·Francisco Dornelles (PPR)José Múcio Monteiro

Germano RigotoGonzaga MottaJosé Luiz ClerotI.uís Roherto Ponte

Basilio Villani (PPR)Daniel Silva (PPR)

Gilson MachadoPaes Landim

Roberto Magalhães

PMDB

Dejandir Dalpa~ualeEtevalda Grassi Menezes (PTB)

José DutraOdacir Klein

PDT

TItulares

Maria I.uiza Fontencllc (PSB)Nan SouzaIndicação pelo Of. RR!93

P1B

TItular

Hilário CoimbraIndicação pelo Of.67/93

PRN

Suplentes

Álvaro Ribeiro (PSB)Leopoldo Bessone

Suplente

Annibal Teixeira

Beraldo Boaventura (PSDE)Carrion Júnior

PPR

José I.ourençoMarcelino Romano MachadoPaulo Mandarino

PSDB

Jackson PereiraJosé Serra

Márcia Cibilis VianaValdomiro Lima

Fetter JúniorRoberto Campos

Pauderney Avelino

vagovago

TItular

CIeomflncio Fonseca

PL

TItular

Ricardo Correa

Suplente

José Carlos Vnsconcellos Gastone Righi

Suplente José Fortunatti

Nelson Bornier

PTB

PT

PL

Rodrigues Palma

Paulo Bernardo

TItular

Wilson Cunha (PTB)

SEM PARTIDO

Suplente

Ernesto Gradella (S/P)

Ricardo Izar

Serviço de Comissões EspeciaisLocal: Anexo II - Sala 10 - MezaninoRamais: 7066/7067/7052Secretário: Sílvio Sousa da Silva

Jones Santos Neves

Presidente: vagol°Vice-Presidente: Deputado Osmânio Pereira (PSDB/MG)Relator: Deputado Maluly Netto (PPL/SP)

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIRPARECER À PROPOSTA DE EMENDA À

CONSTITUIÇÃO N° 24" DE 1991, QUE "INSTITUI OSISTEMA DE ELEIÇAO DISlRITAL MISTA NOSMUNICÍPIOS MAIS DE'CEM MIL ELEITORES"

TItulares

BLOCO PARIAMENTAR

Suplentes

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIRPARECER À PROPOSTA DE EMENDA À

CONSTITUIÇÃO N° 56, DE 1991, QUE "ALTERADISPOSrnvOS DA CONSTITUIÇAO FEDERAL

(DESREGULAMENTAÇÃO DA ECONOMIA)

Presidente: Deputado Maun1io Ferreira Lima (PMDB/PE)I° Vice-Presidente: Deputado Fábio Meirelles(PPR/SP)2° Vice-Presidente: vago .3° Vice-Presidente: Deputado Vladimir Palmeira (PTjRJ)Relator: Deputado Ney Lopes (PFURN) . .

TItulares Suplentes

BLOCO PARlAMENTAR

Ângelo Magalhães Heitor Franco (PPR) Paes Landim Evaldo GonçalvesFlávio Derzi (PP) Lael Varella Renato Johnsson (PP) Flávio DerziMaluly Netto Orlando Pacheco Ney Lopes Nelson MorroRomel Aní.~io (PRN) Simão Ses.~im vago Wagner Nascimento (PRN)

PMDB PMDB

Cid Carvalho Nelson Proença vago vagoJoão Almeida Mauri Sérgio Maurflio Ferreira Lima Hermfnio CalvinhoTarcisio Delgado Antônio Barbara Nelson Proença Luiz SoyerLuiz Henrique Nilson Gibson WaIter Nory vago

PDT PDT

Miro Teixeira Clóvis Ac;.~is (PSDB) Márcia Cibilis Viana Aroldo GóesSérgio Gaudenzi (PSDB) Mendonça Neto Valdomiro Lima Beth Azize

PPR PPR

'Adylson Motta José T.ourenço Fáhio Meirelles Carlos AzambujaPrisco Viana Telmo Kirst Roberto' Campos Marcelino Romano MachadoPçdro Novais I.eomar Qujntanilha José Maria Eymael (PP) Roberto Balestra

PSDB PSDB

Osmânio Pereira vago Adroaldo Streck Vittório Medioli

P1B P1B

Cardoso Alves Carlos Kayath Cardoso Alves Paulo Heslander

PT PT

José Dirceu Paulo Delgado Vladimir Palmeira Paulo Bernardo

PL PL

João Teixeira Jones Santos Neves Ayres da Cunha Ribeiro Tavares

Serviço de Comissões Especiais: Anexo 11 - Sala 10- Mezanino. Serviço de Comis.~êíes Especiais: Anexo 11 - Sala 10 - Mezanino.Secretário: José Maria Aguiar de Castro Secretária: Angela MancusoRamais: 7066/7067/7052 Ramais: 7066 e 7067

COMISSÃO ESPECIAL PARA APRECIAR E DARPARECER SOBRE O PROJETO DE LEI N° 2057,

DE 1991, QUE "INS1TIUI O ESTAlUTO DASSOClliDADES INDíGENAS"

Presidente: Dcputado Domingos Juvenil (PMDBIPA)1° Vicc-Presidente: OCputado João Fagundes (PMDB/RR)20 Vice-Presidente: Deputado T.ourival Freitas (PT/AP)Relator: Deputado l.uciano Pizzato (PFL/RR)

1ítulares SuplentesBLOCO PARIAMENTAR

PSBJosé Carlos SaMia lndurico PintoServiço dc Comis.<;õcs Especiais: Anexo TI - Sala 10 - Mes,'minoSecretário: Edll Calheiros BispoRamal: 7069

COMISSÃO PARIAMENTAR DE INQOORITOCOM A FINALIDADE DE INVESTIGAR

CRIMES DE "PISTOLAGEM NAS REGIÓESCENTRO-OESTE E NORTE, ESPECIALMENTE

NA CHAMADA ÁREA DO "BICO DO PAPAGAIO"Requerimento n° 09/91 Prazo: 20/11192 a 9/07/93

Presidente: Deputado Freire Júnior Bloco/TO10 Vice-Presidente: Deputado Roberto Torres PTB/AL20 Vice-Presidente: Deputado Laerte Bastos PDT/RJ

Relator: Deputado Edmundo Galdino PSDnrrO1ítulares Suplentes

BLOCO PARIAMENTARCésar Bandeira (PRN)Freire Júnior Rubem BentoMurilo Pinhciro

PMDBJoão Almeida (PTB) Socorro Gomes (pC do B)

Raquel Cândido (PTB)PDT

Mendonça Ncto Aroldo GóesPSDB

Edmundo Galdino Moroni TorganPPR

José Augusto Curvo Daniel SilvaPT

Valdir Ganzer Alcides ModestoPTB

Roberto Torres Augustinho FreitasReuniões:Local: Anexo TI, Plenário nOSecretário: Mário Coutinho - 318-7060

COMISSÃO ESPECIAL PARA APRECIAR E DARPAREC~RSOBRE TODAS AS PROPOSIÇÕES, EM

lRAMITE NESTA CASA, REFERENTES Ã.LEGISLAçÃO ELEITORAL E PARTIDÁRIA,

ESPECIFICAMENTE AS QUE DISPOEM SOBREINELEGmllJDADE, LEI ORGÂNICA DOS PARTIDOS

POÚIlCOS, CÓDIGO ELEITORAL E SISTEMAELEITORAL

Presidente: Deputado Roberto Magalhães (PFL/PE)10 Vice-Presidente: vago20 Vice-Presidente: Deputado Prisco Viana (pPR/BA)30 Vice-Presidente: vagoRelator: Deputado João Almeida (PMDB/BA)

1ítulares SuplentesBLOCO PARIAMENTAR

Wilson MüllerEdson silva

Alvaro PereiraSérgio Machado

João HenriqueLuiz Henrique

Pinheiro LandimNeuto de Conto

Virmondes CruvinelJório de Barros

!:),: .i! I:: I', iCarlos Kayathi. i oberto Jefferson

;'. !:1 !

Antonio HolandaÁtila Lins

Evaldo GonçalvesWagner do Nascimento

Jesus Tajra .José Burmett

José Lourenço (PPR)

i \ Vitório Malta! Armando Pinheiro

Fn,inciSco Çoelho (PFL)

PPR

Jorge UequedJabes Ribeiro

Gastone RighiRodrigues Palma

PMDB

Miro TeixeiraVital do Rego

Gerson PeresPrisco VianaJosé Maria Eymael (PP)

PDT

Armando CostaCid CarvalhoJoão AlmeidaNelson JobimNicias RibeiroValter Pereira

PSDB

José Carlos VasconcelIos (PRN)José Santana de VasconcellosNey LopesRaul BelémRoberto MagalhãesRonívon Santiago (PPR)Sandra Cavalcanti (PPR)

Alceste Almeida

Aroldo GócsHaroldo SaMia

Ricardo MoTias

Alacid NunesÁtila J.ins

George TakimotoHeitor Franco

Tony (':rei

Edmundo GaldinoOsmânio Pereira

Paude!'Jley AvelinoAngela AminCélia Mendes

Armando CostaEuler Ribeiro

Hermfnio CalvinhoMauri Sérgio

José Augusto Curvo

PPR

PL

PT

PDT

PSDB

PMDB

Avenir Rosa (PP)Maria ValadãoLuciano de Castro

Francisco Rodrigues

Lourival Preitas

EW;io CurvoLuciano PizzatoRuben BentoSérgio BarcellosTadashi Kuriki (PPR)

Beth AzizeSidney de Miguel (PV)

vago

Fábio FeldmannTuga Angerami

Domingos JuvenilJoão FagundesValter Pcreirazaire Rezende

Edésio PassosJosé Dirceu

PT

PL

Hélio BicudoPaulo Bernardo

Serviços de Comissões EspeciaisAnexo 11 - Sala 10 MezaninoRamais 7066/7067/7052Secretário: Héris Medeiros Joffily

Serviços de Comissões EspeciaisAnexo 11 - Sala 10 - MezaninoSecretário: Francisco da Silva Lopes Filho.Ram~is: 706617067/7052

COMISSÃO EXIERNA DESTINADA A FISCALIZARE CONIROLAR DIRETAMENlE, E/OU POR

IN1ERMÉDIO DO lRIBUNAL DE CONTAS DAUNIÃo, OS ATOS DO PODER EXECUTIVO

FEDERAL, DE SUA ADMINISlRAÇÃO DIRETAE INDIRETA, ·INCLu1DAS AS FUNDAÇÓES

E SOCIEDADES INSTITUíDASE MANTIDAS PELO PODER PúBLICO FEDERAL

Coordenador: Deputado Waldir Pires (PSDE)

lltulares SuplentesBLOCO

Presidente: vago1° Vice-Presidente: Deputado João Henrique (PMDB/PI)20 Vice-Presidente: Deputado João Magalhães Teixeira30 Vice-Presidente: Carrion JúniorRelator: Deputado Maurício C..ampos (PL/MG)

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIRPARECER À PROPOSTA DE EMENDA À

CONSTITUIÇÃO N;' 39, DE 1989, QUE"ACRESCENTA PARAGRAFO AO ART. 14,

ALlERA OS §§ 5°, 6° E ']O DO MESMOARTIGO E MODIFICA O ART. 82,

TODOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL"

PMDB

Suplentes

Mário MartinsPedro Tassis

3 vagas

Leur LomantoSérgio Barcellos

Paulo Octávio (PRN)Antonio Deno

BLOCO PARLAMENTAR

lltulares

Zé Gomes da Rocha (PRN)Osvaldo CoelhoPcdro Valadares (PP)

João HenriqueJurandyr PaixãoLuiz Soyer

Luiz Piauhylino

Valdemar Costa

Mário ChermontNan Souza

Renildo C..alheiros

PP

PSB

PCdoB

Benedito DomingosPedro Valadares

Roberto França

Haroldo Lima

Álvaro Valle

Serviços de C,omissões EspeciaisAnexo 11 - Sala 10 - MezaninoSecretária: Maria Helena Coutinho de OliveiraRamais 7067 e 7066

Alacid Nunes Délio BrazJairo Carneiro Freire Júnior (PMDB)José Burnett Jesus TajraTony Gcl (PRN) Maurício Calixto

PMDB

Armando Costa Gilvan BorgesHérminio Calvinho Ivo MainardiJo.:'\o Natal João FagundesRoberto Rollemherg Olavo Calheiros

PDT

vago Carlos tupiWaldir Pires (PSDB) Sérgio Gaudenzi (PSDB)

PSDBMoroni Torgan Flávio Arns

PPRJosé Diogo João de Deus AntunesFrancisco Coelho (pR.) Marcos Medrado

PTPaulo Bernardo José Fortunati

PTBLuiz Moreira Felix Mendonça

PLJarvis Gaidzinski (PPR) Wellington Fagundes (PPR)

PDT

Carrion JúniorValdomiro Lima

PPR

José DiogoPrisco Viana1 vaga

PSDB

I vaga

PT

Edésio Passos

PTB

Onaireves Moura

PL

Maurício Campos

Élio Dalla-VecchiaEdésio Frias

José LourençoSamir Tannus

lvaga

Aécio Neves

vago

Carlos Kayath

Welinton Fagundes (PPR)

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIRPARECER À PROPOSTA DE EMENDA À

CONSTIIUIÇÂO N° 46, DE 1991, QUE "INTRODUZMODIFICAÇÓES NA ESTRUTIJRA POliCIAL

Presidente: Deputado Jo.'\o Fagundes (pMDBIRR)1° Vice-Presidente: Deputado WiL'lon Müller (PDTIRS)2° Vice-Presidente: Deputado Moroni Torgan (PSDB/CE)3° Vice-Presidente: Deputado Aldir Cabral (PTB/RJ)Relator: Deputado: Deputado Alacid Nunes (PFI./BA)TI~ S~re~8

BLOCO PARIAMENTAR

PPPedro Abrão Júlio CabralServiço de Comissões EspeciaisAnexo 11 - Sala 10 - MezaninoSecretária: Brunilde L C. de MoraesRamais 7066{l067/7052Alteração: 4-11-1992

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA AACOMPANHAR AS CONSEQ~NCIASDA SECA.

NO NORDESTE, ASSIM COMO AS PROVID~NCIASQUE ESTÃO SENDO roMADAS PARA O

A~NDIMENID ÀS POPULAÇÓES ATINGIDAS.

Presidente: Deputado José Carlos Vasconcelos (PRN/PE)1° Vice-Presidente: Deputado Everaldo de Oliveira (PFI ./SE)2° Vice-Presidente: Deputado José Teles (PPR/SE) .3° Vice-Presidente: Deputado Luiz Girão (PDT/CE)Relator: Deputado Pinheiro Landim (PMDB/CE)

PMDB

Alacid Nunes AntÔnio Dos SantosPaulo Heslander (PTB) Arolde de OliveiraRoberto Magalhães Euclydes Mello (PRN)José Burnett (PRN) Evaldo Gonçalves

PMDB

Hermínio Calvinho vagoJoão Fagundes Ivo MainardiMarcelo Barbieri Mário MartinsMaurfiio Ferreira Lima Pinheiro Landim

,p,DT

Paulo Ramos vagoWilson Müller 1 vaga

PPRDaniel Silva José Teles,Jair Bolsonaro (PP) Roberto Balestra,

PSDBMoroni Torgan Elias Murad

PTEdésio Passos 1 vaga

PTBAldir Cabral Antonio Holanda (PS,C)

PLJoão Teixeira Robson Tuma,

PPR

Aécio de Borba Felipe MendesArno Magarinos Fernando FreireJosé Teles Hugo BiehlVitória Malta João RodolfoJairo Azi Sérgio Brito

PDT·

Clóvis Assis Edson SilvaT.uiz Girão Mendonça NetoVital do Rego Lúcia Braga

PSDB

João Faustino Jabes RibeiroMoroni Torgan Jorge UequedUbaldo Dantas Paulo Silva

PT

Alcides Modesto Jaques WagnerChico Vigilantl1 . Luci ChoinackiSidney de Miguel (PV) Valdir Ganzer

PP

José Linhares Ernani VianaVadão Gomes Nan Souza

PTB

Roberto Torres Mauro FecuryWilson Cunha OUo Cunha (PRN)

PRN

José Carlos Vasconcellos Tony Gel (PRN)

PL

Ribeiro Tavares Ayres da Cunha

PSB

Ariosto Holanda Álvaro Ribeiro

PCdoB

Renildo Calheiros Haroldo LimaServiço de Comissões Especiais:Anexo 11 - Sala 10 - MezaninoSecretário: AntÔnio Fernando ManzanRamal: 7061

João NatalJosé Belato

Neuto de ContoNelson ProençaOlavo Calheiros

Roberto Valadão

Aroldo Cedraz (pRN)Francisco CoelhoHum~rto Souto

Iberê FerreiraJorge .Khoury

Rivaldo Medeiros

PFL

Jo.'\o HenriqueNestor DuarteNilson GibsonOdacir KleinPinheiro l.andimZuca Moreira

Antonio dos SantosCiro NogueiraEfraim MoraesEveraldo de OliveiraJosé FalcãoVicente Fialho

Suplentes

Adylson Maluf

TItulares

Aluízio' Alves

"DESTINADA A APURAR RESPONSABlLIDADE. PEIA EXPLORAÇÃO E PROS1TTIJIÇÃO .

INFANTO-JUVENIL"Resolução n° 41/93 Pràzo: 28-5-93 a 26-9·93

Presidente: Deputada Marilu Guimarães (pFL/MS)1° Vice-Presidente: Deputado Robson 'Tuma (PL/SP)2° Vice-Presidente: Deputada Benedita da Silva (PTIRJ)Relator: Deputado Moroni Torgan (PSDB/CE)

'lltulares Suplentes

PMDB

Eliel RodriguesPaulo NovaesRita Camata

Maurici MarianoSocorro Gomes (PC do B)

Virmondes Cruvinel

PP

Osvaldo Reis Valdenor GuedesPSDB

Osmt\nio Pereira Sigmaringa SeixasPDT

Edésio Frias Benedito de FigueiredoPPR

Vasco Furlan Daniel SilvaPI'

Hélio Bicudo Edésio PassosP1B

Aldir Cabral Feres Nader

PRN

Tony Gel Zé Gomes da Rocha

Local: Anexo II - Sala 10 - Me2'.anino - 318-7058Secretário: Maria do Amparo B. da Silva

Em 27-5-93

"DESTINADA A INVESTIGAR A STIUAÇÃO DO. SISlEMAPENITENCIARIO BRASILEIRO"' ,

Resoluç1ío nO 26/93 Prazo: 2-6-93 a 29-9-93

Presidente: Deputado Flávio Palmier da Veigal° Vice-Presidente: Deputado Alacid Nunes (PFLiPA)2° Vice-Presidente: Deputado Hélio Bicudo (PT/SP)Relator: Deputado Felipe Néri (PMDB/MG)

'lltuIares Suplentes

PMDB

PFL

PSDB

, PI'

Ciro NogueiraEduardo Matias

Jairo CarneiroMarilu tuimarães

Osório Adriano

Felipe MendesJarvis Gaidzinski

José DiogoJosé Teles

Pedro Novais

Edison AtldrinoJosé Geraldo'Freire Júnior

José Augusto CurvoNicias Ribeiro

Olavo Calheiros

PFL

PPR

Armando PinheiroFernando CarrionJoão RodolfoJosé LourençoPrisco VianaPaulo Mandarino

César BandeiraEtevaldo NogueiraJorge KhouryJosé Mendonça BezerraJosé ReinaldoRamalho Leite

Hélio RosasSérgio NayaLuís Roberto FontesMauro MirandaOswaldo SteccaPedro IrujoZaire Rezende

Reuniões:Local: Anexo II - Plenário nO 13 ou 17Secretária: Carmem Guimarães Amaral- 318-7054

COMISSÃO ESPECIAL CONS1ITUIDA NOS lERMOSDO ART. 34, INCISO lI, DO REGIMENTO IN1ERNO,PARA APRECIAR E DAR PARECER SOBRE TODAS

AS PROPOSIÇÓES EM 1RAMITE NESTA CASAREFERENlES A POI1IlCA NACIONAL i

DE HABITAÇÃO '

Presidente: Depurado Paulo Mandarino (PPR/GO)1° Vice-Presidente: Deputado ,Etevaldo Nogueira (PFL/CE)2° Vice-Presidente: Deputado Paulo Portugal (PDTIRJ)3° Vice-Presidente: Deputada Rose Freitas (pSDB/ES)Reliltor: DeputadO Hélio, Rosas (PMDB/SP)

TItulares 'Suplentes

PMDB

Ciro Nogueira., vago

Lucia Braga

Chico Vigilante

Rose de Freita~

Matheus Iensen

Valdenor Guedes'

,Maria ValadãoMaria Luiza Fontenelle (PSB)

PDT

Moroni Torgan

PP

Beth Azize

Ben~dita da Silva

PTB

Etevaldo Grassi de Menezes

Fátima PelaesMarilu Guimarães

Robson Tuma (PL)Célia Mendes

Costa Ferreira

Felipe NériRoberto Rollemberg

PFL

Alacid NunesFlávio Palmier da Veiga (PSDB)

João NatalValter Pereira

Luiz SalomãoMiro Teixeira

Aracely de Paula Paulo PortugalFátima Pelaes Paulo Ramos

PDT

Eduardo Mascarenhas (PSDB)Edson Silva

Junot Abi-Ramia

PSB

'PLRicardo Correa Welinton Fagundes'(PPR)

Maria Luiza Fontenele josé Carlos SabóiaPCdoB

Sérgio Miranda Socorro GomesServiço de Comissõcs Especiais:Anexo 11 - Sala 10 - Mezanino

, Secretario: Silvio Souza da SilvaRamais: 7065/7052' , . .

'COMISSÃO PARLAMIiNTARDE INQUÉRITODESTINADA A INVESTIGAR DENUNCIAS DECONlRABANDO DE RECURSOS MINERAIS,MONOPOUO DE MINERADORAS SOBRE OSUBSOW, CONSTRUÇÃO DE AERO~RlUS

CLANDESTINOS E DESTRUIÇAODO MEIO AMBIENTE

Requerimento n° 15/91 Prazo inicial: 23~6-93 a 20-10-93, ., . Prorrogação: até

· ~residente: Deputado Marcos Lima·Lo, VicCcPresidente: Deputado Nilson Gibson20 Vice-Presidente: Deputado Ruben Bento3D Vice-Presidente: Deputado Elisio CurvoRelator: Deputado Eraldo TrindadeTItulares Suplentes

PMDB

PP

José Elias

Efraim MoaresJairo CarneiroSimão Sessim

Carlos Lupi

Luiz Máximo

Tony Gel

Suplentes

Paulo Bernardo

Ary KaraHagahús Araújo

Mario MartinsNilson Gibson'

Antonio Morimoto"Samir TannusVasco Furlan

Welinton Fagundes

Lourival Freitas (AP)

Júlio Cabral (RR)

CflrlOS Roberto Mas.~

Alceste Almeida (RR)

Pr

PP

PL

PFL

Pr

PP

PPR

PDT

PI'B

PI'B

PRN

PRN

PSDB

PMDB

Robson Tuma

Maviael CavalcaQti'

Roherto Jefferson

Pinga Fogo de Oliveira

Francisco Rodrigues (RR)

Elf.<;io Curvo (MS) Odelmo Leão (MG)

Local: Anexo II - Sala 10 - MezaninoSecretária: Maria de Fátima Moreira CarvalhoRamais 7057 e 7059

COMISSÃO ÊsPECIAL DESTINADA A APRECIARE DAR PARECER SOBRE O PROrnlU

DE LEI N° 3.710/93, QUE "INSTITUI O CÓDIGODE TRÁNSIlU BRASILEIRO", E SEU

APENSADO, PL 3.684/93.

Presidente: Deputado Gilson Machado .I° Vice-Presidente: Deputado Aracely de Paula2° Vice-Presidente: Deputado Robson Tuma3° Vice-Presidente: Deputado Maviael CavalcantiRelator: Deputado Beto Mansur .

Beto Mansur

Agostinho Valente (MG)

Serviço de Comissões EspeciaisAnexo 11 - Sala 10 - MezaninoSecretário: Ruy Ornar Prudêncio da Silvaramais: 7066n067

Valdenor Guedes (AP)

Aracely de PaulaGilson MachadoItsuo Takayama

Lézio Sathler

Maria ValadãoTadashi Kuriki

Carlos Santana

Armando ViolaHaley MargonRoberto ValadãoTarcfsio Delgado

TItulares

Deni SchawartzJosé Ahr!\o

C-arlos SantnnaJosé Fortunati

João MaiaRenato Johnsson

Gastone RighiRodrigues Palma

A1acid Nunes (PA)Atila Lins (AM)

Aroldo Góes (AP)

Tuga Angerami (SP)

Zé Gomes da Rocha

João Fagundes (RR)Fernando Diniz (MG)

Zila Bezerra (AC)

Antônio Morimoto (RO)Pratini de Moraes (RS)

PDS

PFL

PDT

PSDB

Delcino TavaresPedro Abrão

Paulo Ramos (RJ)

Paulo Octávio

Edésio PassosEduardo JorgeNilmário Miranda

PRN

PSDB

Pr

Marcos Lima (MG)Nil~on Gibson (PElPaulo Titan (PA)

Maurfcio Calixto (RO)Ruhen Bento (RR)

Adroaldo Streck (RS)

Eraldo Trindade (AP)João Tota (AC)

Antonio FaleirosFlávio ArnsRose de Freitas

PI'BEtevalda Grassi de Menezes

·Félix Menélonça

Centro GrMko do SelUldo FederalCaI~'P~ 0'J/lio3 .

B...ala-.D~

.,~IÇÁO DE'HOJE: 136 PÁGINAS