oiáric) acional - Diários da Câmara dos Deputados

64
REPÚBLICA FEDERATIVA DO'BRASIL OIÁRIC) ACIONAL' SEÇÃO I ANO XXXIV - Nf} 110 CAPITAl. FEDERAL QlJINTA-FEIRA, 13 DE SETEMBRO DE 1979 DOS DEPUTADOS 8 UM ARI O --'-----'----:------, 1- ATA DA 115. a SESSÃO DA 1. a SESSAO, LEGISLATIVA DA 9." LEGISLATURA, EM 12 DE SETEMBRO DE 1979 I- Abertura da Srssão n- Leitu:ra e assinatura da. ata clla sessãO' anterior UI - Leitura do Expediente COMUNICAÇãO - Do Sr. Theodorico FerraÇ<l, comunicando que se ausen- tará do País. PROJETOS APRE8ENTADOS Projeto de Resohição n,o 59, de 1979 (Da Mesa> - Autoriza o Senhol' Deputado Célio Borja a participar de missão cultural no exterior. Projeto de Resolução n. O 60, de 1979 (Da Mesa.) - Autoriza () Senhor Deputado Delson Scarano a participar de missão no exterior, !Projeto 'lie Lei n,o 1,805, de 1979 (Do Sr. Alipio carvalho) -- .Dispõe sobre a movimentação de mercadorias, realizadM Iora. da 20na portuária. projeto de Lei n.o 1.806, de 1979 (Do Sr. Tertuliano Azevedo) -- Exclui da condição de beneficiários do PRORURAL os em- , pregados ainda que exerçam atividade rural nas empresas agro- , industriais e agrocomerciaís, IV - Pequeno Expediente JÚLIO MARTINS - TrigésillUl Eiexto aniversário de criaçãO' do Território de Roraima. SALVADOR JULIANELLI - 11]( Seminário sobre a nave- gabilidade do rio Tietê. SARAMAGO PINHEIRO - .Fixacão de adicional sobre em- préstimos rurais. . ANTôNIO MORIMOTO - Reformulação partidária. ODACIR KLEIN - Greve de no Rio Grande do Sul. TIDEI DE LIMA - do Sr. Paulo Salim Malu! no caso LutfaUa. DIOGO NOMURA - Necrológio da Prota Berta de Camargo Viei.ra, Marília, São Paulo. JOAO ALBERTO - Legalização do Partido Comunista. ALCEU COLLARES - Prisão de líderes sindicais bancários no Rio .Grande do Sul. DANIEL SILVA - Campanha. contra o tabagismo, MOACIR LOPES (Retirado pelo. orador para revisão.) dos empregados nos lucros das empresas benefi- ciadas com incentivos físcaís. Reivindicações de ferroviários de Montes Claros. Minas Gerais. MALULY NETO - Intervenção do BNDE em, empresas do. Grupo Lutf.alla. GENIVAL TOURINHO - Publicação do jornal O Globo sobre () Bloco Trabalhista da Câmara. Carta do Sindicato dos Jorna- listas Profissionais de Minas Gerais ao Ministro Murilo Macedo, LEORNE BELÉM - Organização da bancada nordestina na Câmara Federal para pugnar pela ajuda 6'0 Governo ao Nórdeste. RONAN TITO '- Punição pelo CRM e destituição do Or. Pau!io Musa do cargo de Diretor do Hospital São José, Frutal, !Minas . . ALEXANDRE MACHADO - Limites da liberdade democrá- tica. ISRAEL DIAS-NOVAES - dos meios' de comuni- cação social em face do novo projeto de Código de Menores. WALMOR DE LUCA - Greve de mineiros, metalúrgicos e ceramistas do sul de Santa Catarina, JORGE PAULO - Aquisição de terras dominiais ou devo- lutas de antigo aldeamento indígena em São Paulo. MAC DOWELL LEITE DE CASTRO - Perenização da me- mória do ex-Governador Carlos Lacerda na cidade do Rio de Janeiro. PAULO GUERRA - Aniversário da criação dos Territórios Federais. J'OACIL PEREIRA - Necrológio do COronel José Antônio Maria õ!a Cunha Lima Filho, Areia, :Paraíba. 'LUIZ ROCHA - Reivindicações da região sul do'Maranhão. JUAREZ FURTADO '- POlitica lmergética em santa Cata- rina. SIQUEIRA ChMPOS - Atuação do Secretário da Saúde de Goiás, Dr. Clodoveu Dourado Azevedo. 'GILSON DE BARROS - Atendimento médico à população de Alto Garças,. Mato Grosso. . DASO COIMBRA - Aumento semestral de salários. MILTON BRANDAO - Abertura de poços tubulares e rea- lização de obras de pequena e média açudagem no NOlrdeste. WALTER SILVA - Gr1'lve de metalúrgicos no E:stado do Rio de Janeiro. Hl'.úDÉRICO OLlVEffiA - Efelto.s da estIagem no interior baiano. AUDALIO DANTAS - Mil1tâp.cia profissional dos jorna- listas Clóvis sena e Neiva Moreira. JERôNIMO SANTANA - Visita do Presidente João Figueire- do ,10 Território de Rondônia. BENEDITO MARCíLIO - II carta de Praia Gral'lde, edi- tada pj'!lo 23. 0 Congresso Estac?ual de Municípios Paulistas.

Transcript of oiáric) acional - Diários da Câmara dos Deputados

REPÚBLICA FEDERATIVA DO'BRASIL

OIÁRIC) ACIONAL'

SEÇÃO I

ANO XXXIV - Nf} 110 CAPITAl. FEDERAL QlJINTA-FEIRA, 13 DE SETEMBRO DE 1979

CÂ~flARA DOS DEPUTADOS8 UM ARI O --'-----'----:------,

1 - ATA DA 115.a SESSÃO DA 1.a SESSAO, LEGISLATIVADA 9." LEGISLATURA, EM 12 DE SETEMBRO DE 1979

I - Abertura da Srssãon - Leitu:ra e assinatura da. ata clla sessãO' anterior

UI - Leitura do Expediente

COMUNICAÇãO- Do Sr. Theodorico FerraÇ<l, comunicando que se ausen­

tará do País.PROJETOS APRE8ENTADOS

Projeto de Resohição n,o 59, de 1979 (Da Mesa> - Autorizao Senhol' Deputado Célio Borja a participar de missão culturalno exterior.

Projeto de Resolução n.O 60, de 1979 (Da Mesa.) - Autoriza() Senhor Deputado Delson Scarano a participar de missão noexterior,

!Projeto 'lie Lei n,o 1,805, de 1979 (Do Sr. Alipio carvalho) -­.Dispõe sobre a movimentação de mercadorias, realizadM Iora.da 20na portuária.

projeto de Lei n.o 1.806, de 1979 (Do Sr. Tertuliano Azevedo)-- Exclui da condição de beneficiários do PRORURAL os em­

, pregados ainda que exerçam atividade rural nas empresas agro­, industriais e agrocomerciaís,

IV - Pequeno ExpedienteJÚLIO MARTINS - TrigésillUl Eiexto aniversário de criaçãO'

do Território de Roraima.SALVADOR JULIANELLI - 11]( Seminário sobre a nave­

gabilidade do rio Tietê.SARAMAGO PINHEIRO - .Fixacão de adicional sobre em-

préstimos rurais. .ANTôNIO MORIMOTO - Reformulação partidária.ODACIR KLEIN - Greve de b~mcário.s no Rio Grande do

Sul.TIDEI DE LIMA - Participaçã(~ do Sr. Paulo Salim Malu!

no caso LutfaUa.DIOGO NOMURA - Necrológio da Prota Berta de Camargo

Viei.ra, Marília, São Paulo.

JOAO ALBERTO - Legalização do Partido Comunista.ALCEU COLLARES - Prisão de líderes sindicais bancários

no Rio .Grande do Sul.DANIEL SILVA - Campanha. contra o tabagismo,MOACIR LOPES (Retirado pelo. orador para revisão.)

Par~icipação dos empregados nos lucros das empresas benefi­ciadas com incentivos físcaís. Reivindicações de ferroviários deMontes Claros. Minas Gerais.

MALULY NETO - Intervenção do BNDE em, empresas do.Grupo Lutf.alla.

GENIVAL TOURINHO - Publicação do jornal O Globo sobre() Bloco Trabalhista da Câmara. Carta do Sindicato dos Jorna­listas Profissionais de Minas Gerais ao Ministro Murilo Macedo,

LEORNE BELÉM - Organização da bancada nordestina naCâmara Federal para pugnar pela ajuda 6'0 Governo ao Nórdeste.

RONAN TITO '- Punição pelo CRM e destituição do Or.Pau!io Musa do cargo de Diretor do Hospital São José, Frutal,!Minas ~rais. . .

ALEXANDRE MACHADO - Limites da liberdade democrá­tica.

ISRAEL DIAS-NOVAES - Posi(~ão dos meios' de comuni­cação social em face do novo projeto de Código de Menores.

WALMOR DE LUCA - Greve de mineiros, metalúrgicos eceramistas do sul de Santa Catarina,

JORGE PAULO - Aquisição de terras dominiais ou devo­lutas de antigo aldeamento indígena em São Paulo.

MAC DOWELL LEITE DE CASTRO - Perenização da me­mória do ex-Governador Carlos Lacerda na cidade do Rio deJaneiro.

PAULO GUERRA - Aniversário da criação dos TerritóriosFederais.

J'OACIL PEREIRA - Necrológio do COronel José AntônioMaria õ!a Cunha Lima Filho, Areia, :Paraíba.

'LUIZ ROCHA - Reivindicações da região sul do'Maranhão.JUAREZ FURTADO '- POlitica lmergética em santa Cata­

rina.SIQUEIRA ChMPOS - Atuação do Secretário da Saúde de

Goiás, Dr. Clodoveu Dourado Azevedo.'GILSON DE BARROS - Atendimento médico à população

de Alto Garças,. Mato Grosso. .DASO COIMBRA - Aumento semestral de salários.MILTON BRANDAO - Abertura de poços tubulares e rea­

lização de obras de pequena e média açudagem no NOlrdeste.

WALTER SILVA - Gr1'lve de metalúrgicos no E:stado doRio de Janeiro.

Hl'.úDÉRICO OLlVEffiA - Efelto.s da estIagem no interiorbaiano.

AUDALIO DANTAS - Mil1tâp.cia profissional dos jorna­listas Clóvis sena e Neiva Moreira.

JERôNIMO SANTANA - Visita do Presidente João Figueire­do ,10 Território de Rondônia.

BENEDITO MARCíLIO - II carta de Praia Gral'lde, edi­tada pj'!lo 23.0 Congresso Estac?ual de Municípios Paulistas.

:9386 Quinta-feira 13 Setembro de 19791--- - ---

FEU ROSA -- Comparecimento do MDB a congresso inter­nacional em Caracas para- denunciar a extincã,o do partido.

CELSO PEQANHA - Aniversário de nascimento do ex-Pre­sidente Juscelino Kubitschek.

MAURO SAMPAIO - Exploração de minerais preciosos.semipreciosos e e3t:'atégicos no Estado do Ceará.

WALDIR WALTER - Greve de bancários do Rio Grandedo Sul.

ADHEMAR SANTILLO - Posição do EMFA no atual con­texto brasileiro_

JOSÉ FREJAT - Congresso Afro-Brasileiro, Uheraha. MinasGerais.

HENRIQUE BRITO -- Inauguração de Posto Avançado deCrédito Rural do Banco do Brasil em Pindai, Bahia.

PAULO RATTES - Primeiro Encontro de Vereadores Ma­geenses com Senadores e Deputados.

CARDOSO DE ALMEIDA - Confisco cambial sobre o café.PEIXOTO FILHO - Forma e apresentação d03 Simbolos

Nacionais.PACHECO CHAVES -- Aposentadoria de segurados da Pre­

vidêneia Social.HENRIQUE EDUARDO ALVES - Nova política salarial..oCTÁ)VIO TORP,iECILLA - Implantação do sistema de

autotrem Marilia-São Paulo, São Paulo.

SAMIR ACHOA - "Dia da Imprensa".V - Grande Expediente

HERBERT LEVY - Reexame da política nuclear brasileira.MARIO HATO - A higiene e segurança do trabalho,

VI - Ordem da Dia

ALDO FAGUNDES, SIQUEIRA CAMPOS, ROBERTO FREI­'RE, RClSEMBURGO ROMANO, JORGE GAMA, DELIO DOSSANTOS, JOAo 'MENEZES, EDISON KHAIR, HENRIQUE TUR­NER, ALEXANDRE MACHADO, FLÁVIO CHAVES. NILSONGIBSON, SARAMAGO PINHEIRO, PEIXOTO FILHO, JADERBARBALHO, L:!1:0 SIMõES, PACHECO CHAVES, ALCIR PI­MENTA, MOACIR LOPES, OSMAR LEITAO - Apresentação deproposições.

MARCONDES GADELHA - Comunicação, como Líder, sobrea prisão de metalúrgicos no Estado do Rio de Janeiro e lança­mento de nota de aj)Oio parlamentar às reivindicações classistas.

CANTíDIO SAMPAIO - Comunicação, como Líder, sobrelegitimidade e limitações ao direito de greve.

HEITOR ALENCAR FURTADO. SIQUEIRA CAMPOS. HÉLIODUQUE, GERSON CAMATA, HERBERT LEVY, MARCO::-fDESGADELHA. CANTtDIO SAMPAIO - Encaminhamento de vota­ção do Projet·;) de Lei n.O 2. 248-B. de 1976.

MARCONDES GADELHA - Questão de ordem sobre perti­nência ele pedid:l de verificação de votacão.

PRESIDENTE - Resposta à questão de ordem do DeputadoMarcondes Gadelha.

ODACIR KLEIN - Questão de ordem sobre reconsideração,pela Presidência, da decisão de não acolher o pedido de verifi­cação de votação formulado pelo Deputado Marconú2s Gadelha.

_ CANTíDIO SAMPAIO - Contradita à questão de ordem. doDeputado Odacir Klein.

PRESIDENTE - Resposta à questão de ordem do DeputadoOdacir Klein.

MARCONDES GADELHA - Questão de oi"dem sobre tem­pestividade do peliido de verificação de votação.

PRESIDENTE - Resposta à questão de ordem do DeputadoMarconàes Gadelha.

MENDONÇA NETO - Reclamação sobre a identificação dosinteressados em retardar o processo de votação do Projeto deLei n.O 2.248.

PRESIDENTE - Resj)Osta à reclamação do Deputado Men­donça Neto.

THEODORICO FERRAÇO (Corno Líder.) _ Controle da açãodas empresas multinacionais no País.

FERNANDO COELHO (Corno Lider.) - Retorno do Sr. Mi­guel Arraes ao Pais.

Projeto de Lei n.o 2.248-B, de 1976. que define o compor­tamento exigivel às empresas que operam no Território Nacionalsob o controle de capital estrangeiro. (Da CPI - Para Inves­tigar o Comportamento e as Influências das Empresas Multina­cionais e do Capital Estrangeiro no Pais.' - Aprovado.

Projeto de Lei n.o 2.497-E, de 1976, que disciplina o cance­lamento de protesto de títulos cambiais. IDo 81'- Aldo Fa­gundes.) - Aprovaá'o.

VII - Designação da. Ordem do DiaVIII - Encerramento

2 - MESA <Relação dos membrosl3 - LíDERES E VICE-LíDERES DE PARTIDOS (Relação

dos membros)4 - COMISsõES (Relação dos membros das Comissões

Permanentes, Especiais. Mistas e de Inquéritú)

AvisosDATA DIA DA SEMANA NOME

CAMARA DOS DEPUTADOSSECRETARIA GERAI, DA t\IESA

Relação dos Deputados Inscritos no Grande J;xpediente

Setembro/1979

'26

27

28

Quarta-feira

Quinta-reira

Sexta-feira.

Evandro Ayres de Moura - ARENACristina Tavares - MDBWaldir Walter ... MDBGenésio de Barros .- ARENA

Arnaldo Schmitt -- ARENAJader Barbalho . MDB

DATA DIA DA SEMANA NOME.. --..~ ...- .- --

t:> Quinta-feira Aluizio Bezerra ~- MDBOswaldo Melo - - ARENA

14 Sexta-feira Stoessel Dourndo - ARENANélio Lobato -.- MDB

t7 segunda-feira. Jerônimo Santana --, MDBNilson Gibson ~ ARENA

ta Terça-feiraPedro Germano __o ARENAJorge Viana __ o MDB

19 Quarta-feira Florim Coutinho - MDBBrabo de Carvalho --- ARENA

20 Quinta-feira Nosset· Almeida -.. ARENALúcia Viveiros .,-< MDB

~1 Sexta-feiraJ ackson Barreto .• MDBPaulo Guerra - ARENA

24 Segundo-feiraHenrique Turner - ARENACarlos Alberto _.- MDB

25 Terça-feira Nivaldo Kri.lger -- MDBLeorne Belém -- ARENA

ATA DA 115.a SESSÃOEM 12 DE SETEMBRO DE 1979

PRESIDtlNCIA DOS SRS..FLÁVIO MARC1LIO, Presidente;

HOMERO SANTOS, 19-Vice-Presidente;ARI KFFURI, 39-Secretálio; e

NOSSER ALMEIDA, Suplente de Secretário.I - A, 13:30 horas comparecem os Senhores:

Flávio MarcílioHomero SantosWilson BmgaMi Kffur!Nosser AlmeidaDaso CoimbraNabor Júnior

AcreAluizio Bezerra - MDB; Amilcar de Queiroz -- ARENA; Wíl­

dy Vianna - ARENA.

8etembro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 13 9387

Amazonas

Joel Ferreira - MDB; Josué de ISC1,lza -- ARENA; VivaldoFrot,a - ARENA.

Parâ

Antônio Amaral ARENA; Jorge Arbage - ARENA; LúciaViveiros - MDB; Manoel Ribeiro - ARENA.

Maranhão

Edison Lobão - ARENA; Edson Vidigal - ARENA; FreitasDiniz - MDB; João Alberto - ARENA; Luiz Rocha - ARENA;Magnq Bacelar - ARENA; Marão Filho - ARENA.

Piauí

Hugo Napoleão - ARENA; Ludgero Raulino - ARENA; Mil­ton Brandão - ARENA.

CearáAdauto Bezerra - ARENA; Antônio Morais - MDB; Cláudio

Philomeno - ARENA; Evanc.ro Ayres de Moura - ARENA; Fi­gueiredo Correia - MDB; Furtado Leite - ARENA; Gomes daSilva - ARENA; Leorne Belém - AlftENA; Mauro Sampaio ­ARENA: Paulo Lustosa - ARENA.

Rio Grande do Norte

Djalma Marinho - ARENA;Henriqlle Eduardo Alves - MDB;Vingt Rosado - ARENA.

Paraíba

Antônio Gomes - ARENA: Antônio Mariz - ARENA; Car­neiro Arnaud - MDB; Ernani Satyro -- ARENA; Marcondes Ga­delha - MDB.

Pernambuco

Airon Rios ARENA; Fernando Coelho - MDB; FernandoLyra - MDB; José Carlos Vasconcelo.!i - MDB; José MendonçaBezerra....:.. ARENA; Josias Leite - ARENA; NiL"On Gibson ­ARENA: Pedm Corrêa ARENA; Hicardo Fiuza - ARENA;Sérgio Murilo - MDB.

Alagoas

Albérico Cordeiro - ARENA; Geraldo Bulhões - ARENA;José Costa - MDB; Murilo Mendes - ARENA.

Sergipe

AdroalCo Campos - ARENA; Francisco Rollemberg - ARE­NA; Jackson Barreto - MDB..

BahiaAfrisio Vieira Lima - ARENA; Anltelo Magalhães - ARENA:

Carlos Sant'Anna - ARENA; Djalma Bessa - ARENA; Fernan­do Magalhães - ARENA: Hilderico Oliveira - MDB; HonoratoVianna - ARENA; João Alves - ARENA; Jorge Vianna - MDB;José Penedo - ARENA; Manoel Novlles - ARENA; RaimundoUrbano - MDB; Rogério Rego - ARENA; Ruy Bacelar - ARENA;Ubaldo Dantas - ARENA.

Espírito SantoBelmiro Teixeira - ARENA; Gerson Camata - ARENA; Má­

rio'Moreira - MDB: Max Mauro - MDB.

Rio de Janeko

Alair Ferreira - ARENA; Álvaro Yalle - ARENA; Amânciode Azevedo - MDB; Celso Peçanha -- ~B; Darcílio Ayres ­ARENA; Délio dos Santos - MDB; lIydekel Freitas - ARENA;Jorge Gama - MDB; José Frejat - .MDB; José Maria de Carva­lho - MDB; Lázaro Carvalho - MDB; Léo Simões - MDB; Leô­nidas Sampaio - MDB; Lygia Lessa Bastos - ARENA: Modestoda Silveira - MDB; Paulo Torres - ARENA; Péricies Gonçalves- MDB; Saramago Pinheiro - ARENA; Simão Sessim - ARENA;Walter Silva - MDB.

Minas Gerai:;

Altair Chagas - ARENA; Batista Miranda - ARENA; BentoGonçalves - ARENA; Bias Fortes -' ARENA; Bonifácio de An­drada - ARENA: Dario Tavares - AlftENA; Fueei Dib - MDB;Genival Tourinho - MDB; Humberto Souto .- ARENA; IbrahimAbi-Ackel - ARENA; Jorge Vargas - ARENA; Magalhães Pinto- ARENA; Melo Freire - ARENA; Moacir Lopes - ARENA; Na­varro Vieira Filho - ARENA; Nogueira de Rezende - ARENA;Pimenta da Veiga - MDB; Ronan Tito - MDB; Rosemburgo.Romano - MDB; Tarcísio Delgado - MDB.

São PauloAdhemar de Bar,ros Filho - ARENA; Alcides Franciscato ­

ARENA; Alberto GoIdman - MDB; Antônio Morimoto - ARENA;Athiê Coury - MDB; Audálio Dantas - MDB; Bezen'a de Melo- ARENA; Caio. Pompeu - ARENA; Ca.ntídio Sampaio - ARENA;

Del Bosco Amaral - MDB; Erasmo Dias - ARENA; :Li'lâvio Cha­ves - MDB; Freitas Nobre - MDB; Henrique Turner - ARENA;Isra~~l Dias-Novaes - MDB: João Cunha - MDB; Mário Hato ­MDB; Ruy Côdo - MDB; Ruy Silva - ARENA; Salvador Julia­nelli -- ARENA; Ulysses Guimarães - MDB.

Goiás

Adhemar Santillo - MDB; Anis'lo de Souza - ARENA; Fer­nando Cunha - MDB; Iturival Nascimento - MDB; Jamel Ce­cília - ARENA; José Freire - MDB; Siqueira Campos - ARENA.

Mato Grosso

Gilson de Barros - MDB; Louremberg Nunes RochaARENA; Milton Figueiredo - ARENA.

:Mato Grosso ,do Sul

Antônio Carlos de Oliveira - MDB; João Câmara - ARENA;Ruben Figueiró - ARENA: Ubaldo Harém - ARENA; Valter Pe­reira - MDB.

ParanáAmadeu Geara MDB; Borges da Silveira -ARENA; Eu-

clides Scalco - MDB; Hélio Duque -- MDB; Igo Losso - ARENA;Lúcio Cioni - ARENA; Mário Stamrn - ARENA; Mauricio Fruet- MDB; Norton Macedo - ARENA; Osvaldo Macedo - MDB;Paulo Marques - MDB; Paulo Pimentel - ARENA; :Pedro Sam­paio - ARENA; Walber Guimarães - MDB; Waldmir Belinati- MDB.

Santa Catarina

Adhemar Ghisi - ARENA; Angelino Rosa - ARENA; Arnal­do Schmitt - ARENA; Evaldo Amaral - ARENA; João Linhares.- ARENA; Juarez Furtado - MDB; Mendes de Melo - MDB;Nelson Morro - ARENA; Victor Fontana - ARENA.

Rio Grande do Sul

Alberto Hoffmann - ARENA; 'Alcebiades de Oliveira ­ARENA; Alceu Collares ~'MDB; Aldo Fagundes - :MDB; CarlosChiarelli - ARENA; Cal'los SantO!; - MDB'; Cid Furtado ­ARENA; Cláudio Strassburger - ARE~NA; Eloar Guazzelli - MDB;Eloy Lenzi - MDB; Hugo Mardini - ARENA João Gilberto ­MDB; Jorge Uequed - MDB; Nelson Marchezan - ARENA; Oda­cir. Klein - MDB; Telmo Kirst - ARENA; Waldir Walter - MDB.

Amapá

Antônio Pontes - MDB; Paulo Guerra - ARENA.

Rondônia

!saac Newton - ARENA; Jerônimo Santana - MDB.Roraimll

lIélio Campos - ARENA.

O SR. PRESIDENTE (Ari Kffuri) - A lista de presençaacusa o comparecimento de 203 Senhores Deputados.

Está aberta a sessão.

Sob a proteção de Deus iniciamos nossos trabalhos.

O Sr. Secretário procederá à leitura da ata Q.a ses.são anterior.

11 - O SR. NOSSER ALMEIDA, Suplente de Secretário, ser-vindo como 2.o-Secretário, procede à leitura da ata da. sessão an­tececiente. a qual é, sem ob.servações, assinada.

O SR. PRESIDENTE (Ali Kffuri) - Passa-se à leitura doexpediente.

O SR. DABO COIMBRA, Suplente de Secretário, servindo como1.o-Secretário, procede à leitura do seguinte

III - EXPEDIENTE{JO:MUNICAÇliO

Sr. Presidente:

Comunico a Vossa Excelência, para os fins do RegimentoInterno, que vou me ausentar do Pais a partir do pró:x:imo dia 13do corrente.

Sala das Sessões, 12 de setembro de 1979. - TheodOlioo Ferraço.

PROJETO DE RESOLUÇliO N.o 59, DE 1979

(Da Mesa)

Autoriza o Senhor De.J,JUtado Célio Borja a participarde missão cultural no exterior.

A Câmara dos Deputados resolve:Art. 1.° Fica autorizado o Sénhor Deputado Célio Borja a par­

ticipar de missão cultural nos Estados Unidos da Amériea. doNorte a partir de 6 de outubro de 1979, considerando..se esse pe-ríodo como de efetiva exercício. .

9388 Quinta-feira 13 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Setembro de 1911

August 22, 1979

Art. Z.o Esta Resolução entrará em vigor na data de sua pu­blicação, revogadas as disposições em contrário.

JustificaçãoEncaminha o Senhor Deputado Célio Barja à conslderaçâo da

Mesa requerimento no qual solicita seja considerada como mls­sâo autorizada pela Câmara dos Deputados, o período em que es­tará ausentei:lo país, a partir do dia 6 de outubro de 1979.

Anexa o referido parlamentar cópia xerox da carta-conviteassinada pelos Presidentes do Council on Foreign Relations c TheJohns Hopkins Universlty, para que participe de um forum bl­nacional (Brasil-Estados Unidos) sobre "O futuro do Brasil nodesenvolvimento internacional", a realizar-se no período de \I a 11de outubro vindouro no Seven Springs Conference Center, Mt.Kisco, New York.

Como esclarece ó documento, esta é a primeira vez em mais de20 ano.s que o Conselho de Relações Estrangeiras tem participa­ção numa conferência blnacional de um pais em desenvolvimento,e se propõe a formar um grupo de influentes brasileiros e norte­americanos (cerca de 35), para falar sobre problemas internos einternacionais relativos à politlca e fatores que poderão influen­ciar negócios do Brasil nas próximas duas décadas.

Pelo exposto, e tendo em vista os temas a serem debatidos, eque se propõe discutir, eqüanlmemente, problemas de comunidade,governo e negócios, somos favoráveis à pretensão do requerente.

Eis as razões do presente Projeto de Resolução.Sala das Reuniões, 11 de setembro de 1979. - Flávio Marcilin,

Presidente da Cãmara dos Deputados - Epitâcio Cafeteira, 2.°­Secretário, Relator.

PARECER DA MESAA Mesa, na reunião de hoje, presentes os senhores Deputados

Flávio Marcílio, presidente, Homero Santos, 1.0_Vice-Presidente,Epitácio Cafeteira, 2P-Secretárlo (Relator), e Ary Kffuri, 3.0 -Se­cretário, aprovou o parecer do relator, favorável ao Projeto deResolução que "autoriza o Senhor Deputado Célio Barja a partici­par de missão cultural no exteríor".

Sala das Reuniões, 11 de setembro de 1979. -' Flâvio Mareilio.Presidente da Cãmara dos Deputados.

28 de agosto de 1979

Prezado Colega:Em anexo, tenho o prazer de enviar-lhe cópia da carta-convite

anteriormente remetida, para apresentação junto às autoridadesbrasileiras, com a finalidade de facilitar o.s preparativo.s de suaviagem aos Estados Unidos em outubro próximo a fim de parti­par da Conferência Binaclonal. O programa e as datas da Con­feréncia permanecem sem alterações.

Com antecipados agradecimentos por sua atenção, e na expec­tativa do nosso próximo encontro, cumprimenta-lhe. - Riordan.RoeU.

Dl'. Célio BorjaPresldent da Câmara dos DeputadosCâmara dos DeputadosBrasília, D.F.Brasil

Dear Dr. Borja:We are writing to invite you to partlclpate in abl-national

United 8tates-Brazil Conference on Brazil's Future InternationalRole. The conference- will be held october 9, through 11, 1979, atthe Sesen Sprlngs Conference Center, Mt. Kisco, New York.

The Council on Foreign Relations and the Center of Brazi­lIan Studies at The Johns Hopkins University SChool of AdvancedInliernational Studies are cosponsoring the two-and-one-half dayconference. This will be the first time in over twenty years that theCounci! has particlpated in a bi-national conference with li. "de­veloping" country. Our purpose is to bring together a group ofinfluential Brazilians and North Amerícans (about thirty-five)to discuss the domestlc and internatlonal political and economicfactors that wiIl Influence Brazil's role In world affairs over thenext two decades. In addition, we want to asses reali.stically theimplicatlons for the United 8tates of the economlc and pollticalpower Brazil will exercise both regionaIly and on the world scene.

We want to stress that this is not primarily an ácademlc gat­heríng. The main purpose of the conference is an exchange ofviews and perspectlve on Brazil's future role in the world ratherthan an academic discussion of prepared papers. Participants arebeing Invlted In approximately equal numbers from the academiccommunity, the government, and the business world. Papel' wri·tel's are being encouraged to make thelr essays as readable aspossible, bearing In mind the diverse audlence to whom they are

trying to communicate thelr ideas. To promote a forthright ex­change of views, our dlscuslons will be on li. non-a.ttributlon basls.

The enclosed, tentative agenda providas more detailed infor­mation on the conference. The conference will begin with cock­tails at the Lord residence In New York aI, 4:00 lun. 011 october 9follow-ed by dinner at the Seven Springs Conference Center. A buáwiII provide transportation from New York City to Mr. Kisco. Thefeatured speaker, on tuesday evenlng will be MI'. WlllIam D. Ro·gers, li. partner with the Washington law firm of Arnold and Por­ter and a former U.8. Under Secretary of State for EconomicAffairs.

Marcus Vinicius Pratinl de Moraes, Presldent of Grupo Pei­xoto de Castro and president of the Fundação Centro de Estudosdo Comércio Exterior, will offer a welcoming toast on behalf ofthe Brazilian delegation. The following two days will be devotedto an in-depth discussion of specific aspects of Brazil's Internatio­n:'11 role. The conference will close on thursday, october 11, wlth admner at the Council at which conference participants will havcan opportunlty to share what they have learnei:l from the two­and-one-half days of discussion with a wider audlence.

Winston Lord. Presidcnt Sincerely,

Councl1 on Forelgn Relatlons Steven Muller, President

Enclosure The Johns Hopkins University

PROJETO DE RESOLUÇAO N.o 60, DE 1979

(Da Mesa)

Autoriza o Senhor Deputado Delson Scarano a parti·cipar de missão nó exterior.

A Câmara do.s Deputados resolve:

Art. 1.0 Fica autorizado o Senhor Deputado Delson Scaranoa participar, como observai:lor da Confederação Nacional rI Agri­cultura sobre o Comércio Inten1aciona1 .(lo Café. da reullláo daOrganização Internacional do Café a reaiízar-se nos EstadosUnidos da América do Norte e Europa, por um periodo de 30~trinta) dias, a partir do dia 10 de setembro de 1979, conside­rando-se esse período como de efetivo exercicio.

. Art. 2.° Esta Resolução entrarã em vigor na data de suapublicação, revogadas as disposições em contrário.

Justificação

'Encaminha o Senhor Deputado Delson SCarano à. C'.onsideraçãoda Mesa requerímento no qual solicita seja considerada comomissão autorizada pela Câmara dos Deputados o período de 30(trinta, dias em que estará ausente do País, a partir do dia 16de setembro de 1979, .~

Anexo o referido parlamentar Ofício CNA-N.O 0327, de 4 desetembro do corrente ano, assinado pelo Sr. Flávio da CostaBritto, MO. Presidente da Confederaçâo Nacional da Agriculturadirigido ao Exmo. Sr. Presidente desta Casa, no qual S. S.ll, co~munica que o Deputado Delson Scarano. PresIdente da Comissiióde Café daquela Confederação, fará uma viagem ao exteríor(Europa e Estados Unidos) como observador sobre o ComêrcloInternacional do Café, e, na Reunião de Londres - Inglaterra,sede da Organização Internacional do Café, participará comorepresentante da CNA junto ã junta do mc.

Não resta dúvida de que a política e a comercialização do cafésão assuntos de vital importância para o nosso país, justificando­se, assim a presença, naqueles eventos. do Presidente d:1- Comis­são do Café da CNA.

'Eis as razões do presente Projeto de Resolução.

Sala das Reuniões, 11 de setembro de 1979. - Flávio l\larcilicPresidente da Câmara dos Deputado.s - Epitáeio Cafeteira, 2,0­Secretário, Relator,

PARECER DA MESA

A Mesa, na reunião de hoje, presentes os Senhores DeputadosFlávio Marcilio, Presidente; Homero Santos, 1."'-Vice-PI't'sídente;Epitácio Cafeteira, 2.o-secretârío lRelator) e Ary Kffuri, 3.o-8e­cretário, aprovou o parecer do relator, favorável ao Projeto deResolução que "autoriza o Senhor Deputado Delson SC:1f:ll10 I)

,participar de missão no exterior".

Sala das Reuniões, 11 de setembro de 1979. - ....lávio !llarcilio,Presidente da Câmara dos Deputado.s.

Setembro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 13 9389

CONFEDERAÇAO NACIONAL DA AGRICULTURAOF. CNA N.o 0327 iBmsma, 4 de setembro de 1979.

Exm.o Sr.Deputado Flávio MarcilioDD, Presidente da Câmara dos De}}utaclosNesta

Senhor Presidente:

O Deputado Federal De}son Bearano, Presidente da Comissãode Café da Confederação Nacional da Agricultura, fará umaviagem ao Extelior, Europa e EstE.dos Unidos, como observador,sobre o Comércio Internacional do Café, e na Reunião de Londres,- Inglaterra. sede da OIe - Organiza<;ão Internacional do Café.O Deputado Federal Delson Scarano, é representante desta Con­federação junto a junta do !BC.

Sendo só o que Se me apresenta para o momento, renovoprotesto de alto apreço e distinguida consideração. - Flávio CostaBrito, Presidente,

PROJETO DE LEI N.o LH05, DE 1979

IDo Sr. Alípio Carvalho)

Dispõe sobre a movimentaç~io de mercadorias, realiza-das fora da zona portuária.

IAs Comissões de Constitulc,ão e Justiça, de Trabalhoe Legislação Social e de Economia, Indústria e Co­mércio.1

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.0 Os servicos de moviment:acão de mercadorias nos

Armazéns Gerais, S:lós, Depósitos, Entl'!!postos e Estabelecimentossimilares, localizados fora da wna portuária, serão executadospelos carregadores e ensaéadores de ca.ré, carregadores e ensaca­-dores de sal e carregadores e ensacadores de cacau.

Al't. 2.0 As categorias mencionadas, no artigo anterior cons­tituirão categoria única, sob a denominação de Trabalhadores naMovimentação de Mercadorias.

Art. '3.0 A categoria referida no art. 2.° compóe-se de:a) trabalhadores do quadro próprio de empregados;b) trabalhadores avulsos agrupados no respectivo Mgão de

o::lasse.Art. 4.° Os atuais Sindicatos dos Carregadores e Ensacadores

de Café, dos Carregadores e Ensacadores de Sal e dos Carregado­..res e Ensacadores de Cacau, passam a denominar-se "Sindicato dos'Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias",

Art. 5.° Consideram-se, para os efeitos desta lei, serviços demovimentacão de mercadorias os execl.ltados fora da zona por­tuária l'efeÍ"entes ao seguinte:

a) carga e descarga de mercadorias em geral, de veículo paraveículo de tração mecânica ou animal, assim entendidos cami­nhões. vagões, carroças, carretas ou quaisquer outros tipos a eles,equivalentes;

'b) o trabalho manual do preparo da carga ou descarga, 11n­gamento ou deslingamento, em que sejlam utilizados guindastes,empilhadeiras, esteiras ou outros tipos de aparelho mecanizado;

c) o beneficiamento de mercadorias que dependam de despe­jo, ensaque, reensaque, escolha, costura e operações congêneres;

d) o empilhamento, desempilhamento e remoção, dentro oufora dos estabelecimentos, inclusive nos veiculas, desde que estesnão possuam guarnição próplia.

Ai·t 6.0 A empresa que não possua quadro próprio de em­pregados, e/ou que necessite de pessoal estranho a ele para exe­cução dos serviços de que trata esta lei, dará preferência ao tra­balhador registrado na respectiva entidade de classe.

Art. 7.° Dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, o Poder Exe­~utivo, através do Ministério do Trabalho, regulamentará a pre­sente ;d.

An 8.0 Esta Lei entra em vigor na data da publicação de.seu regulamento.

Arl 9.° Revogam-se as disposições em contrário.Justificação

Com o projeto de lei em 'apreço, temos em vista regulamentara atividade profíssional dos Carregadores e Ensacadores de Café,Carregadores e Ensacadores de Sal e Carregadores e Ensacadoresde caca u. cujos serviços de movimentação de mercadorias são exe­cutados nos Armazéns Gerais, Silos, Depósitos, Entrepostos e Esta­belecimentos Similares, fora da wna portuária.

Retrata o projeto uma justa reivindicação da classe, ajustan­do-se, s:?m dúvida, aos principios salutares de amparo e proteçãodo Direito do Trabalho.

A nossa preocupação e ansiedade por uma lei que estabele<;'afunções ou mercado de trabalho à classe arrumadora data de al­guns anos.

Propomos, assim, especificar seu iraio de ação no comérc:o ar­mazenador, impondo rigor na fiscalização pelo Ministério do Tra­

, balho, para não permitir a utilízação de operários que não inte­grem a categoria, impedindo que esta classe seja sacrificada, se­gundo vem ocorr-endo na prática.

Com efeito, das categorias de trabalhadores avulsos r,elacio­nadas no art. 10 do Decreto n.O 61.8:;1, de 6 de dezembro de 19ê.7e no § 1.0 do art. 1.0 do Decreto n.o li3. 912, de 26 de dezembro de1968, as dos Carregador·Bs e Ensacadores de Café, Carregadores eEnsacadores de Sal e Carregadores E' Ensacadores de Cacau não'contam ainda com um diploma legal que lhes assegure o direito aotrabalho e discipline a prestação de serviços.

Ao ordenar a -expedicão da Circular n.O '2. de 11 de fevereiro de1969, da Presidência da República, outra coisa não quis o Governosenão assegurar aos trabalhadores avulsos o direito de. atravésdo exercicio profissional, ganharem o sustento prôprlo e de seusfamiliares.

Em Parecer de n,O L-i22, datado de 10-11-76, da. douta Con.sultoria-Geral da República, reafirmou-se o entendimento de queo art. 285 da Consolidação das Leis do Trabalho, até que seja bai­xada a regulamentação questionad'a, seria mantido, para asseguraros trabalhadores o direito de executar os serviços objeto do presen­te projeto.

Não obstante os pronunciamentos favoráveis ao exercício pro­fIssional dos Carregadores e Ensacadores de Café, Carlregadores eEnsacadores de Sal e dos Carregadores e Ensacadores de Cacau,empresas há que ainda resistem ao cumprimento dos referidos atos,notadamente as empresas subordinadas à Administração PúblicaFederal, direta ou indireta.

Daí por que se nos afigura oportuna a elaboração de um pro­jeto de lei. definindo de uma vez por todas o exercicio profissio­nal das categOlias citadas.

Cumpre-nos assinalar, outrossim, que 's. presente elaboraçãolegislativa encontra respaldo nos verdadeiros anseios da. FederaçãoNacional dos Carregadores e Ensacadores de Café e Auxiliares deAdministração no CamérckJ de Café em Geral e do Sindicato dosArrumadores e dos Carregadores e Ensacadores de Café e Sal doEstado do Espirito Santo.

'remos plena convicção da justiça que aqui se faz com a la­boriosa classe de traoalhadores, até hoje à margem de proteçãoda lei que regulamente sua atividade localizada fora da zona por-'tuária.

Sala das Sessões, de de 1979. -- Alipio deCal'valh'll,

LEGI8LAÇ.10 ClTADA

CONSOLIDAÇAO DAS LEIS DO TRABALHO(Aprovada pelo Decreto-lei 0.0 5.452, de 1.0 de maio de 1943)

TíTULO UInas Normas 'Especiais de Tutela do Trabalho

CAPíTULO I

Das Disposições Especiais Sobre Duração eCondições de TI'abaJho

SEÇãO IXDos Serviços de CaJlata~ias nos Portos

Art. 285, A mão-de-obra 'do serviço de capatazias nos portosorganizados será remunerada por unidade (tonelagem, ou cuba­gE'm ou quantidades de volumes), na conformidade do disposto nes­ta Seção.

:Parágrafo único. Considera-se serviço de capatazias nos por­tos o realizado com a movimentação de mercadorias por pessoal daadministração do porto, compreendendo: '

I - com relação à importação: "a) a descarga para o cais, das mercadorias tomadas no convés

das embarcações;b) o transporte dessas mercadori,as ·até ao armazém ou local

designado pela administração do }}Orto, para seu depósito, inclu­sive ° necessário empilhamento;

c) abertura dos volumes e manipulação das mercadorias paraa conferéncia 'aduaneira', inclusive o reacondicionamento, no casoda mercadoria importada do estrangeiro;

9390 Quinta-feira 13 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Setentbro de 1979

d) o desempHhamento, transporte e entrega das mercadol'iasnas portas, ou portCes dos armazéns, alpendres ou pátios, onde ti­verem sido depositadas ou junto dos vagões em que tenham de sercarregadas, nas linhas do porto.

U - Com relação à exportação:a) o recebimento das mercadorias nas portas ou portões dos

armazéns, 'alpendres ou pátios da faixa interna do cais designadapela administração do porto, ou junto a vagões que as tenhamtransportado nas linhas do mesmo porto, até essa faixa internado cais;

b) transporte .das mercadorias désde o local do seu recebi­mento até junto da embarcação em que tiverem de ser carregadas;

c) o carregamento das mercadorias, desde o cais, até ao convésda embarcação.

lU - com relação ao serviço:

a) quando não houver o pessoal da administração a que, serefere o parágrafo único, o serviço enunciado nos itens I e U po­derá ser contratado com o Sindicato dos Trabalhadores na Movi­mentação de Mercadorias;

b) os trabalhadores do atual Sindicato dos Trabalhadores noComércio Armazenador passam a denominar-se "arrumadores",adaptando-se a esta nova designação o nome do sindicato;

c) ao sindicato definido na letra b anterior compete:1) contr·atar os serviços definidos no art. 285 da Consolida­

ção das Leis do Trabalho, com a Administração do Porto, quandonão houver pessoal próprio, de porto organizado;

2) exercer a atividade definida no citado art. 285, itens I e IIe respectivas alincas, nos portos não organizados e nos armazéns.depósitos, trapiches, veículos de tração animal ou mecânica. va­gões, etc., em quaisquer locais em que as mercadorias tenham sidorecebidas, entregues, arrumadas ou beneficiadas, e, bem assim,lingar ou deslingar as que necessitarem de auxilio de guindasteou de outros aparelhos mecânicos, nas empresas. firmas, sociedadesou companhias particulares;

d) consideram-se serviços acessórios da mesma atividade pro­fissional:

1) o beneficiamento das mercadorias que dependem de des­pejo, escolha, reembarque, costura, etc.;

2) empilhação. desempilhação, rentoção e arruntação das mer­cadorias:

e) o exercício da profissão dos trabalhadores definidos nesteitem UI será fiscalizado pela Delegacia do Trabalho Maritimo,onde houver, e pelo Departamento Nacional do Trabalho do Mi­nistério do Trabalho e Previdência Social (MTPSl.

f) aplica-se à mão-de-obra dos trabalhos no movimento demercadorias o disposto na Seção IX do Titulo UI da Consolidaçãodas Leis do Trabalho.

ATOS DO MINISTRO EXTRAORDINÁRIO PARA OSASSUNTOS DO GABINETE CIVIL

- CircularPR 10.880/68 - N.o 2, de 11 de fevereiro de 1969.

(Expedida. aos órgãos da Administração Direta e Indireta.)CIRCULAR N.o 2, DE 11 DE FEv"EREIRO DE 1969

De ordem do Excelentissimo Senhor Presidente da República,recomendo aos Senhores dirigentes de órgãos vinculados à Admi­nistração pública Federal seja dada preferência. nos termos do art.544 da ConsoUd'llção das Leis do Traba.lho, a entidades sindicaispara a contratação de serviços que devem ser realizatlos por pes­soas estranhas ao quadro próprio de empregados.

Brasilia, 11 de fevereiro de 1969. - Rondon Pacheco, MinistroExtraordinário para Assuntos do Gabinete Civil.

DECRETO N.o 61.851, DE 6 DE DEZEMBRO DE 1967Regulamenta. a concessão de férias anuais remune­

radas aos trabalhadores avulsos,Art. 1." Os trabalhadores avulsos. sindicalizados ou não, te­

rão direito, anualmente, ao gozo de um periodo (ie férias, semprejuizo da respectiva remuneração, aplicando-se-Ihes. no quecouber, as disposições constantes das Seções I a V do Capitulo IVdo Titulo U da Consolidação das Leis do Trabalho.

Parágrafo único. O gozo das férias não prejudicará os dí­reitos do trabalhador decorrentes de sua condição de associado dosIndicato a que pertencer.

Art. 10. Para os efeitos deste Decreto, compreendem-se en­tre os trabalhadores avulsos:

a) operadores de carga e descarga constituidos pela fusão dascategorias profissionais dos trabalhadores de estiva e capatazia;

b) arrumadores;

c) conferentes e consertadores de carga e descarga;d) vigías portuários;e) ensacadores de café, cacau, sal e similares;f) classificadores de frutas.§ 1." Enquanto não se verificar a fusão das categorias pro­

fissionais a que se refere o art. 21 do Decreto-lei n.a 5, de 4 deabril de 1ge5, aos sindicatos de estivadores. inclusive de minérios,competirá o cumprimento deste Decreto relativamente aos profis­sionais respectivos.

§ 2.° O Ministro do Trabalho e Previdência Social. mediantesolicitação do sindicato e ouvida a Comissão de EnquadramentoSindical, poderá incluir outras categorias na relação constantedeste artigo.

DECRETO N.o 63.912, DE 26 DE DEZEMBRO DE: 1968Regula o pagamento da gratificação de Natal ao tra­

balhador aVulso, e dá outras providências.

Art. 1.0 O trabalhador avulso, sindicalizado ou não, terá di­Ireito, na forma do art. 3.° da Lei n.o 5.480, de 10 de agosto de 1968,à gratificação de Natal instituida pela Lei n.O 4.090, de 13 de julhode 1962.

11 1.0 Considera-se trabalhador avulso, para os efeitos desteDecreto. entre outros:

a) estivador, trabalhador de estiva em carvão e minérios etrabalhador em alvarenga;

b) conferentes de carga e descarga;c) consertador de carga e descarga;d) vigía portuário;e) trabalhador avulso de capatazia;f) trabalhador no comércio 'armazenador (arrumador);g) ensacador de café. cacau, sal e similares;h) classificador de frutas;i) amarrador.§ 2.° No caso da fusão das categorIas profissionais a que se

refere o art. 2.0 da Lei n.o 5.480, de 10 de agosto de 1968. o pro­fIssional que permanecer qualificado como trabalhador avulso con­tinuará a fazer jus à gratificação de Natal.

§ 3.° O Ministro do Trabalho e Previdência Social, mediantesolicitação do sindicato e ouvida a Comissão de EnquadramentoSindical, poderá incluir outras categorias de trabalhadores na re­lação constante do 11 1.0

- CONSULTORIA-GERAL DA REPÚBLICA- PARECERN.o L-122, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1976. Os critérios amplos

que devem presidir a interpretação ou integração das leis traba­lhistas, nos termos do art. 8.° da CLT, autorizam a continuidadeda contratação de trabalhadores avulsos, sindicalizados, atravésdos respectivos sindicatos. nos trabalhos de moviment-açâo de café,pelo IBC, até que suprida a regulamentação do art. 21 do Decreto­lei n.o 5, de 1966, com a redação dada pela Lei n.a 4.480, de 1968."Aprovo. Em 27 de dezembro de 1976." - (PR n.o 3.792175, encami­nhado ao MIC. em 29 de dezembro de 1976.)

PROJETO DE LEI N.o 1.806, DE 1979

(Do Sr. Tertuliano Azevedo)

Exclui da condicão de beneficiários do PRORURALos empregaõos ainda'que exerçant atividade rural nall em,.presas agroindustriais e agrooomerciais.

(As Comissões de ConstituIção e Justiça. de Trabalhoe Legislação Social e de Finanças"

O Congresso Nacional decreta:Art. 1.° Os empregados ainda que exerçam atividade rural

nas empresas agroindustriais ou agrocomerciais não são classi!i·cados beneficiários do PRORURAL.

Parágrafo único. O disposto neste artigo implicará na clas­sificação do empregado de acordo com a categoria do empregador.

Art. 2.° Os empregados abrangidos por esta lei passam a in­tegrar o regime de Previdência Social previsto na Lei n." 3.807,de 26 de agosto de 1960 e legislações suplementares.

Parágrafo único. Será computado, para goro dos direitos as­segurados na legislação trabalhista e de previdência social, incluo

Setembro de 1979 »JARIO DO CONGRE5-t;O NACIONAL (Seçã. Il Quinta-feira 13 9391

sive para efeito de carência, o tempo de serviço anteriormenteprestado. .

Art. 3.° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.Art. 4.0 Revogam-se as disposil)ões em contrár:o, em esp~cial

(l parágrafo 1.0 do art. 3.° da Lei 11.° fi.889, de 8 de junho de 1973.(l o art. 4.0 da Lei Complementar n.o 't6, de 3íl de outubro de 1973.

Justificaçã,!)

A classifiçação do empregado de empr·esa indus~rial ou co­mercial, ainda que exerça atividade rural, deve ser feita d~ acor­do com a categoria do empregador, ~:egundo nosso entendimento,e justa reivindicação de grande parcela de nossos trabalhadores.

Aliás a Súmula 196, do Supremo Tribunal Federal. já adota.Va esse dritério, antes· do advento da ~ei n.o 5.889, de 8 de junhode 1973, que estatuiu normas regulaldoras do trabalho rural, éda Lei Complementar nY 16, de 30 de outubl:o de 1973. qm~ alte­rou dispositivos da Lei Complementar nY 11, de 25 de maio de1971 - PRORURAL, fruto da interpretação do art. 7.°, alinea b,da CLT, que classificava os trabaihadores rurais de acordo coma finalidade da empresa -empregadol'a, cuja atividade fosse denatureza agrocomercial ou industrial.

A medida se impõe, uma vez que a tendência atual é paraampliação de todos os benefícios de ordem social, e não nos pa­rece justo que empP2gador de uma lnesma empresa tenha trata­mento diferente. porque uns trabalham no campo e outros nacidade. se o fim da dita empresa é um só, considerando mor­mente que os do campo são os mais sacrificados.

Ora, um empregado que se fília li uma empresa de finalida­de industrial, como, por exemplo. um frigorifico que possua fa­zenda de gado, tem direito aos benefícios da legislação trabalhis­ta. pois. na realidade. seu patrão não é um empregatlor rural. eisque E,C) trata de uma firma que se distingue pela indústria espe­cializada em abatec transformar e vlender carne de gado e sub­produtos.

Esse é apenas um exemplo, mas existem muitos outros.Ademais, a já mencíol1ada Lei Complementar n.o 16, resguar­

dou os direitos dos que já eram classificados como celetistas.criando-se, assim, difercntes situações entre empregados de umamesma empresa que executam iguais tarefas, eis que. enquantoalguns. nos termos daqu~la lei. são regidos pela CLT, os demaissão beneficiários do PRORURAL. Dessa forma, aqueles têm umasérie de beneficios que a legislação do trabalhador rural aindanão concede.

A propósito, transcrevemos trechu do voto do Ministro PedroChaves, por ocasião do exame de RE'curso Extraordinário impe­trado pelo Frigorifico Wilson do Brasi.l S.A.. e que vem corroborarnossos argumentos:

"Sr. Presidente, em outros irlstitutos, como no da loca­ção, nós encontramos também a finalidade da destinaçãodos imóveis rurais ou urbanos, para caracterizá-los, Seuma empresa industrial tem necessidade de estender suasatividades ao campo, por um principio de unidade de tra­tamento, que se coloca perfeitamente. à sombra do princi­pio de isonomia, não é justo que aqueles que trabalhampara ela na cidade tenham um tratamento diferente da­queles que empl'estam os mesmos serviços, à mesma em­presa, rom a mesma finalidade, no terreno rura!."

Assim, para que se volte a aclotar um critério que se nos afi­gura realmente justo, apresentamos o presente projeto, na cer­teza de contar com o apoio dos nobrE'S pares.

Sala das Sessões, 4 de setembro de 1979. - Tertuliano Aze..,ved{).

LEGISLAÇAO CITADA, ANEXADA PELA COORDENAÇAODAS COMISSÕES PERMANENTES

LEI N.o 5.889, DE 8 DE JUNHO DE 1973

Estatui nonnas reguladoras do trabalho rural. e dâoutras providências.

Art. 3.0 Considera-se empregador rural, para os efeitos des­ta Lei, a pessoa física ou jurídica, proprietário ou não, que ex­plore atividade agroec·onômica. em caráter permanente ou tem­porário. diretamente ou através de prepostos e com auxílio deempregados.

§ 1.0 Inclui-se na atividade econômica, referida no caputdeste artigo. a exploração industrial em estabelecimento agrárionão compreendido na Consolidação das Leis do Trabalho.

§ 2.° Sempre que uma ou mais empresas, embora tendo cadauma delas personalidade jurídica própria, estiverem sob direção.controle ou administração de outra, ou aJnda quando, mesmo

guardando cada uma sua autonomia. integrem grupo econômicoou financeiro rural, serão responsáveis solidariamente nas obri·gaçc.es decorrentes da relação de emprego.

LEI COMPLEMENTAR N.o 16. D·E 30 DE OUTUBRO DE 1973

Altera a redação de dispositivos da Lei ComplementaI:'n." 11. de 25 de maio. de 1971. e dá outras providências.

Art. 4.0 Os empregados' qm: prestam exclusivamente servi·ços de natureza rural às empr,zsas agroindustriais e agrocomerciaissão eonsiderados benrficiários do PRORURAL, ressalvado o dis­posto no parágrafo único deste artigo.

Parágrafo único. Aos elnpregados referidos neste artigo que.pelo menos, desde a data da Lei Complementar n.o 11. de 25 demaio de 1971, vêm sofrendo. em seus salários, o desconto da con­tribuição devida ao INPS, garantida a condição de sf>gurados des­se Instituto, não poderão ser dispensados senão por justa causa,devidament·e comprovada em inquérito administratiVo a cargodo Ministério do Trabalho e Previdência Social.

o SR. PRESIDENTE (Ali Kffuri) - Está finda a leitura doexpediente.

IV - Passa-se ao Pequeno Expediente.

Tem a palavra o Sr. Júlio Martins.O SR. JúLIO ~IARTINS (ARENA _ RR. Pronuncia o seguinte

dis,curso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, comemora-se ama­nhã mais um aniversário da lei de criação dos atuais Territóriosde Roraima. Rondônia e Amapá. assinada pelo saudoso PresidenteGetúlio Vargas, a 13 de setembro de 1943.

Filho do Território de Roraima. nascido das entranhas verdesdaquela terra de rara e estranha beleza, que se estende sob opedest.al do monte Rorairr..a, ao saudar neste Parlamento os 36anos de existência do meu Território, bem como dos seus co-irmãos,a minha voz. ainda que jubilosa e estremecida, não traz a efusãodas vitórias e, sim, apenas a difícil experiência da esperança quecaminha entre tropeços.

Com efeito. Sr. Presidente, se tivesse que resumir numa únicapalavra e refletir num ~'elance apenas essas quase ql1atro décadasde história de Roraima, diria simplesmente que foi uma iuta, umacrise de crescimento que temperou o amanhecer da maioridade.

Não que não haja conquistas efetivas e sucessos benfazejosa pontilhar esse longo caminho. Mas o que mais conta na vidade um povo não é tanto as vitórias alcançadas. mas a continui­dade do esforço, sabendo que, no próprio minuto transitório deuma etapa vencida com honra, está a eternidade do exemplo quevai frutificar nas vitórias do futuro.

Assim, nesse dia de festa de todo o povo de Roraima e dosdemais Territórios. as nossas palavras são ao mesmo tempo de evo­cação dos grandes feitos que marcaram a sua acidE~ntada traje­tÓI"ía e de invocação da fé e confiança na grandeza do nosso des­tino, 11a medida em que acreditamos no valor e na própria exis­tência da no.ssa velha alma combatente. De uma vila de palhafez-se uma bela eidade; de um punhado de homens vindos dediversas origens fez-se um povo forte. que exalta a virtude e atra­vés dela vai plasmando o seu pundonor; de um simples espaçogeográfioo fez-se uma comunidade organicamente estruturada eespiritualmente prepara para as importantes tarefa,; que hão devir; de um obscuro município do Amazonas. um Território. queehega agora ao desenvolvimento econômico e à maturidade polí­tica, apto a ser em breve um novo lH:stado da Federação.

Já, é tempo, portanto, de se fazer a relação de quanto ficamosdevendo ao Território. ao gênero político que o criDu. àqueles que'o serviram lealmente. que lhe deram, o dom do amor. desde longe,desde antes de sua criação e depois, ao longo desses 35 anOS.àqueles que se não intimidaram diante nas dificuldades, que sou­beram desistir dos triunfos adjetivos e do êxito fácil. para insis­tir nas lutas .substantivas. que trazem em si mesmas o Impulso déuma renovação incessante. para dar continuidade a essa luta êque temos de proclamar agora. com todas as nossa:; forças, queé tempo de recolher as velas ao Território. reconhecendo que asua pequena e frágil estrutura já não é capaz de fazer frenteaos rijos ventos que sopram no largo oceano dos novos tempos.

E são €xatamente esses novos tempos que nos falam de todosos lados da renovação de nosso,; costumes políticos e de mudançasno campo econômico. Ma5 parece que. neste Brasil, revolvido ulti­mamente por tantas transformações. só os Territólios Federaisdevem ser condenados ao eterno Imobilismo, desterrados num des­vão da História, prisioneiros de uma estrutura alienante criadahá 36 anos e mantida até hoje sem grandes alteraçôes. ;Ninguém

9392 Quinta-feira 13 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Se~ão 1) Setembro de 1971l

negará que o Território cumpriu um importante papel. Mas o quehá 36 anos era uma experiência revolucionária, hoje, pela própriaação do tempo e pela falta de adaptação à nova realidade, porele mesmo provocada, é uma peça anacrônica, um membro ematrofia, um caminho sem horizontes. E como tal, deve sair de cenarapidamente.

Na verdade, o Território, como instituição juridico-política.envelheceu sem sair do berço, ou melhor, já nasceu com marcasde caducidade congênita. Produto de uma época totalitária, osTerritórios jamais tiveram um lugar ao sol da democracia, quenão lhes reconheceu plenamente os direitos de unidades da Fe­deração. DJis deles foram logo ceifados pela Constituinte de 46,que, na prática, apenas tolerou a existência dos três restantes.Sem personalidade jurídica definida, sem assento no Senado, quecongrega os representantes de cada Estado. com uma diminutarepresentação na Câmara, sem ter o seu povo o direito de esco­lher seus governantes, em qualquer nível, esbatldo nas enormesdistâncias do interior do Brasil, ficaram os Territórios, por umlongo período, à margem da vida nacional. Resgatou-os, em parte.a Revolução de 64, trezendo-Ihe uma grande soma de progressofisicJ, ainda que muito pouco tenha sido feito na esfera propria­mente política.

Coincidindo agora com os 36 anos de existência dos Territóriose com a sua maturidade política e econômica, o Brasil ingressa.como em 46, num novo processo de retomo à normalidade consti­tucional. Vive-se um clima de euforia geral. A anistia passou aser uma espécie de estado de espirlto da Nação.

Oportuno, por conseguinte, que seja lembrado com insistênciaao Governo e à Nação o problema dos Territórios. Precisam serreconhecidas a dignidade e as responsabilidades que lhe são ine­rentes, como partes orgânicas da União. De certo modo devem sertrazidos de um longo exílio para o selo da comunidade nacional.Os Territórios têm sido tratados como filhos bastardos da Nação.ou como guetos de gente alienada, inacessiveis a todas as mudan­ças do nosso processo político. Tal situação não pode perdurar.Afinal vivem hoje, nos Territórios de Roraima, R:mdônla e Amapá,perto 1,5 milhão de brasileiros. Esse povo nunca teve o direito deeleger um prefeito, nem jamais participou, mesmo por via indi­reta, da escolha de 'seus governadores. Não têm esses brasileirosnem mesmo o trivial direito de se dizerem donos da terra queescolheram para viver, onde construiram suas casas. fazendas eplantações. Como não têm o titulo da terra, freqüentemente sãoameaçados de expulsão. As terras são vastas, virgens e poten­cialmente ricas, mas não podem ser ocupadas e exploradas, por·que a FUNAI e o INCRA levantam barreiras absurdas à livre ini·ciativa. Todos estes são problemas que se prendem diretamente àestrutura politica e juridica dos Territórios.

Eis por que, no inicio desta saudação, tentamos mostrar queesses 36 anos de História dos Territórios compediam uma lição,segundo a qual a vida '0 povo, de qualquer povo, é feita de lutasque jamais hão de cessar. Aqui vem a calhar aquela frase deGoethe: "Somente conquista a existência e a liberdade quem todoo dia as reconquista". Decorridos quase 40 anos da criação dosTerrítórios, pode-se, com Inteira justiça, considerar vencido umperiodo crucial de suas vidas. Mas outro, tão ou mais importante,já se abre à frente deles. Trata-se de luta pelo advento do Estado.Ninguém que se interesse pelo problema dos Territórios pode ficarindiferente a ela. Todos os brasileiros que vivem nos Territóriosdevem somar uma única vontade e cristalizar uma forte consciên­cia em torno da criação dos Estados de Roraima, Rondônia eAmapá.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, na chegada <:10 prim€iro Go­vernador do meu Território, Capitão Ene Garcez dos Reis, nosprimeiros dias de 1944, a Associação Comercial ofereceu-lhe umjantar, cabendo ao meu velho pai, como Presidente da entidade,dar-lhe a saudação de boas-vindas. Ao fim de seu breve e emo­cionado discurso, ergueu, com o Governador, um brinde à pros­peridade do novo Território, que ali apenas cómeçava.

A lembrança daquela noite volta hoje, neste instante em quesaúdo a maturidade do Território, para beber com o povo e oGoverno de Roraima em honra de todos os que fizeram, cada uma seu modo, esses 36 anos de História. Enquanto o povo esperaimpaciente b nascimento do novo Estado, bebamos novamenteaquele velho vInho de 44, desta vez com o Governador Ottomarde Sousa Pinto, certamente o último do atual período. num brinde",seqüência e complemento daquele primeiro, em honra do Terri­tório que vai desaparecer e pela prosperidade do novo Estado deRoraima, que está surgindo.

O SR. SALVADOR JULIANELLI (ARENA - 8P. Pronuncia (J

saguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, o Municípiode Tietê fez realizar, como parte comemorativa da Semana da

Pátria. o liI Seminário Sobre a Navegabilldade do Rio Tlete­"Pro!. Paulo de Menezes Mende" Rocha '.

A importância da mencIonada promoção, que prendeu as aten­çõ::s de interessados e estudiosos do assuntJ. pode ser avalladapela ser:edade e objetividade com que se empenharam os mem­bros da Comissão Especial designada para apresentação das con­clusões do Seminário, bem como pelas lúcidas sugestões feitaspor conferencistas e demais participantes.

Com efeito, Sr. Presidente, nada menos de dezessete conclu­sões foram apresentadas, destacando-se, entre outros itens. oreconhecimento de que a implantação do sistema hidroviário Tie­tê-Paraná é prioritário dentro da Política Energética de Trans­porte de São Paulo e que a efetiva utilização da hidrovia deveráconstituir-se em importante instrumento de apo;o ao desenvolvi­mento da agropecuária. setor prioritário do Governo do PresidenteJoão Figueiredo.

A abordagem da realização daquele encontro assume paramim motivo especial de alegria, tendo em vista que em 1976 apre­sentávamos a esta Casa o Projeto de Lei n.o 3.062. que alterava oPlano Nac:onal de Viação no sentido de dar-se aproveitamentoà capacidade ociosa dos sistemas existentes, incluindo no referidoPlano a hidrovia "Plracicaba-Foz-Paulínia", da Bacia do Paraná,e o porto Corumbataí-SP-RIO Piracicaba.

O nosso projeto, que recebeu parecer da comissão de Consti­tuição e Justiça pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa, e aprovação na Comissão de Transporte. foi posterior­mente submetido ao Senado Fede'ral, recebendo também pareceresfavoráVeis de suas comissões competentes. Finalmente foi trans­formado em Lei, sob o n.O 6.630, de 16-4-1979, 5ancionada peloExmo. Sr. Presidente João Baptista de Oliveira Figueiredo.

O II Seminário Sobre a Navegabilidade do Rio Tieté demons­tra. na prática, o interesse que a nossa iniCiativa despertou naspopulações a serem beneficiadas com a implantação do projeto.Cumpre ressaltar que ao referido encontro se fizeram oresentesempresários de São Paulo e do Paraná. bem como autoridadesestaduais e municipaiS. Prova dessa nossa afirmativa é a sugestãofeita pela Comissão Especial quanto à constituição de um Grupode Trabalho integrada pelos Prefeitos de Tietê. Barra Bonita,Barirl. Ibltinga e Promissão, que lutará pela criação de umaComissão Permanente para a defesa da navegabllidade do Tietê­Paraná. Outra interessante sugestão ali apresentada e da qual.desta tribuna, nos fazemos porta-vozes. em forma de apelo aoEx.mi> Sr. Ministro Eliseu Rezende, é no sentido da realização, emBrasília. de um encontro que reúna autoridades técnicas e políticaspara debaterem assuntos relativos ao Sistema de Transporte Ri·droviário com ênfase especial ao Sistema Tietê-Paraná, dentroda Política Nacional de Transportes.

Concluindo, Sr. Presidente, solicito a trimscrição nos Anaisdesta Casa das conclusões da Comissão Especial do II Semináriosobre a NavegabiUdade do Rio Tietê. por considerar o documentada mais alta significação:

"A Comissão ,Especial, designada pela Coordenação do UISeminário sobre a Navegabilidade do Rio Tleté-"Prof. Pau­lo de Menezes Mendes da Rocha". considerando o conteúdodos Temas abordados e. ainda, os objetivos que determina­ram a sua realização, apresenta as seguintes conclusões:

1. A conclusão do complexo de obras. visando ã implan­tação do Projeto de Navegabilidade do Sistema Tietê-Pa­raná, constitui prioridade dentro da Politica Nacional deTransportes. '

2. O Projeto de navegabilidade do Rio Tietê; no contextodo Sistema Ridrovlário Tietê-Paraná, " prioritário dentroda Política de Transporte do Governo do Estado de SãoPaulo.

3, O Sistema Hldroviálio Tietê-Paraná deverá se cons­tituir num projeto de fundamental importância para aimplantação da Politica Energética. definida pelo GovernoFederal, representando uma alternativa de transporte comvistas à redução do consumo de combustível.

4. Dentro, ainda, da Política Energética. a implantaçãodo prJjeto deverá contribuir para uma reavaliação e apro­veitamento do potencial hidrElétrico da Bacia Hidrográ­fica Tietê-Paraná.

5. A efetiva utílização da Hidrovia Tietê-Paraná deve­rá se constituir em Importante instrumento de apOl:> aodEsenvolvimento da agropecuária. setor prioritário d:J Go­verno João Figueiredo.

ô. A nàvegabilidade do Tietê-Paraná deverá assegurarmaior dinamização do Programa POLOCENTRO, contri-

Setembro de 1979 DlARIO 00 CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-.feira 13 939a

buindo para viabilização de projetos relacionados com oaproveitamento dos cerrados e para o desD.nvolvimentodo Programa Nacional do Cakário - PROCAL.7. A Hidrovia do Tíetê-Paraná deverá dasempenhar im­portante papel na implementação da política e no desen­volvimento dos programas dl~ descentralização definidospelQ Governo Paulo Salim Maluf, entre os quais se das­tacam:- a Desconcentração Industrial;t_ o Desenvolvimento da Agropecuária e Exp-ansão daAgroindústria;-- o Programa Regional de Industrialização ~- PROGRIND;

- o D~senvolvimento Urbano e Regional.8. O Sistema"Hidroviário 'l'ietê-Paraná, de importânciaNacional, interessa mais diret:amente aos Estados do Cen­tro-Sul do Piais, que, numa açiio articulada com o GovernoFederal, deverão integrar esforços objetivando a efetivaimplantação do projeto.9. Para que os Munlcipios localizados na ár,ea de in­fluência imediata da hidrovia. possam adequar e compa­tibilizar 'suas prioridades, torna-se nece.ssária a urgentedefinição do· trecho a montante de Barra Bonita. com vis­tas à execu'lão do complexo de obras, objetivando a im­plantação do proJeto.10. A inclusão da Navegabilidade do Tietê, pelo Conselhode Desenvolvimento da IV Região Administrativa, dentrodo Programa Ciclo de Estudos ·e Debates de Assuntos e Pro­blemas de Intel'esse Regional. evidencia a importãncia doProjeto e demonstra o empenho na consecução dos obje­t.ivos e no cumprimento das ilnalidades que determinarama criação dos Conselhos de Desenvolviml'mto Regional.11. O apoio que vem sendo dado pela imprensa se confi­gura como de fundamental importãncla para quc o Pro­jeto de N8vegabilidade do Tietê-Paraná venha a ser efeti­vamente implantado.12. Os Deputados Fedel'ais, Estaduais, Prefeitos e Verea­dores, Empresários e representantes de Entidade de Clas­se, presentes a este Seminárlo, apóiam integralmente aimplantação definitiva do projeto de Navegabilidade doTletê-P,araná.13. Toma-se necessária a criação de um Comitê Exe­cutivo a nivel governamental, para tratar exclusivamentede assuntos pertinentes à Nal1egabílldade do Sistema ,Hi­droviário Tietê-Paraná.14. Torna-se neces.sário, cri-anda-se, a partir de agora,um Grupo de Trabalho constllcuído pelos Prefeiws de Tie·tê, BalTa Bonita. Bariri, Ibitinga e Promissão, objetivan­do a crlacão de uma Comissão Permanente voltada paraa defesa da NavegabllidadE' 'rietê-Paraná.15. Sugere-se ao Ministério dos Transportes a pr<Jmo­cão de evento, na Capital Federal, que venha propiciar aparticipação de autoridades, técnicos e I?oliti~?s'para deb~­ter ·as.suntos relativos ao transporte hIdrovJano e. partI­cularmente, do Sistema Tletê--?araná, dentro da políticanacional de transportes..

16. Tendo em vista a implantação de um entreposto car­bonífero em Cerquilho, aliado ao calcârio, álcool e acúcarem larga escala na região, recomenda-sc que ,seja dadaprioridade à cO:1.strução do terminal Hldrorrodoferrovíá­rio em Jumirim.

17. Face aos seus amplos objetivos e aOS resultados quetem produzido, a promocão de Seminários sobre a Nav~'­gabilldade do Sistema Tietê-Paraná constitui-Se em ini­ciativa das mais oportunas, devendo, portanto, ser i.ncBn­tivada e repetida agora, com a participação tambem dearmadores, indllstriais e universitários.T.ietê, 1.° de setembro de 19"/9."

Era o que tinha a dizer.

O SR. SARAMAGO PINHEIRO (ARENA - RJ. Pronuncia o!Seguinte discurso.) - Sr. Presidente. incontestavelmente. a esco­lha do Ministro Delfim Netto no início deste Governo para a Pastada Agricultura trouxe fundadas esperanças aos lavradores I' cria­dores deste Pais. Realmente,:> fato de 8. Ex.a ter conseguido co­locar o seu .Ministêrio, através de sua pessoa, no Conselho Mone­tário 'Nacional bem como os recursos carreados para a agricultu­ra. vieram con'firmar que o Governo pretendia cumprir sua pala­vra, de transformar a agricultura em sua meta priorit.ária. Logoem seguida, a ida do Sr. Delfim Netto para a Secretana do Pla­:nt:jamento, onde, como todos sabemos, são Jibcl'adas as verbas

para as realizações gov.emament-ais, e a escolha do SI', AmauryStabile, pe~soa da sua confiança pessoal, para o Ministério da Agri·cultura vieram reforçar a expectlltiv'a d·e que realm(mte este Go­vemo será olhado, n9 futuro, como um marco do desenvolvimen­to rural.

Assim, Sr. Pre.sidente. quando tiVe conhecimento de que, naúltima reunião do Conselho Monetário Nacional, o Sr. Ministro daAgricultura havia pleiteado um adicional de 1% sobre os emprés­timos rurais para constituir um Fundo da Agricultura. em quepese às boas intençõcs dessa medida, não posso deixar de lavrarmeu protesto como representante dos agrlcultore,s fluminenses nes­ta Casa -e, também, durante sete mandatos, na Assembléia Legis­lativa do Estado do Rio de J'aneiro, Ora, o agricultor já paga 2%ao PROAGRO e. onde existem empresas de assistência técnica,como é o caso do Estado do Rio de Janeiro - onde a EMATER,~ucessora da ACAR-RJ, por mim fundada, faz os preços de finan­ciamento e dá assistência técnic'a ao lavrador e ao criador - istocusta mais 2% para aqueles que querem lutar pelo engrandeci­mento rural.

Portanto, Sr. Presidente, registro um apelo a 8..Ex.", já queo Orçamento contempla, com cuidado, o Ministério da Agricultura.no sentido de que sejam carreados recursos de outra natureza paraa constituicão do Fundo da Agricultura. mas nunca através dacriação de mais um tributo sobre o :financiamento rural.

O SR. ANTôNIO MORIMOTO (ARENA - SP. Pronuncia o se­guinte discurso.) - Sr. Presidente. 8rs. Deputados, está terminadaa primeira fase da concessão, por parte do Governo do PresídenteIJoão Figueiredo, da anistia política a mais de dois mil cicadãosbrasileiros que, durante a vigência da legislação de excecão. jáE'xtinta. foram punidos pelo Poder Revolucionário. Parte agora oGoverno para outro cometimento quiçá ainda mais importante,porque é um corolário natural da anistia politica e abrange, in­questionavelmente, os lideres políticas de maior ou ele menor ex­pressão que estiío voltando à atiVidade. beneficiados que forampE'lo gesto conciliador do Governo fedel'aL

Não resta dúvida alguma de que não será fácil a tarefa da ex­t;nção dos atuais partidos políticos e sua necessária E' urgentesubstltulcão por outras agrer.niacões partidárias; embora difícil.entretanto ela será feita dentro da legislação de que o GOY2rnOdispõe especificamente para Q caso. A seiva natural que sustl'ntavao bipal·tldarismo - a legislacão de exceção durou enquanto foinecessária e pode prestar ·algum benefício à Naqão - C2~SOU decorrer e ni'io há mais f'Jrca natural que possa sustentar tanto aAlIanca Renovadora Nacional, como D Movimento DemocráticoBrasileiro.

Antes de mais nada, Sr. Presidente, quero declarar que demim estou bastante satisfeito em pertencer a um partido que temdado sustentação parlamentar ao Governo da RevDlução e pre­tendo continuar com esta orientação, isto é. pretendo continuar!2mprestando minha colaboração para que o ideário da Revoluçãode Março de 1964 alcance plenamente seus objetivos. Sendo a~sim.

professo desde já e de modo inequivoco a minha escolha ante onovo quadro político-partidário que se avizinha: pertencerei aol~artido em que e.stiver o Presidente João Figueiredo.

Isto não me impede. entretanto, Srs. De'putados de externarnqui "algumas opiniões quanto â nova orientacão partidária' queestá prestes a ser implantada no BrasiL Por exemplo. sempre .fuí.sou e serei contrário à existênci-a espúria das sublegendas, A r€'­formulação que esperamos há de ser tão completa, que não permItanem mesmo a subsistência de resquicios das atuaLs agremiacõespoEticas. para que não calamos outra vcz no mesmo erro de quan­do foram extintos os anteriores partldo.s políticos; eles apenasI'ão existem na teoria. porque na prática continuam tão vivosquanto antes. ou até mais. Foi essa realidade, aliás. que permitiuo nascimento e o império ele uma situação tão esdrúxula como ad-as ,SubJegendas.

No que diz respeito ao meu partido, a Aliança Renovadora Na­cional, tenho mais liberdade para ,falar e reivindico, com toda a.responsabllidad'e política de que sou possuido, a criação. para subs­tituí-Ia de uma agremiação política que tenha, realmente, pode­res e autonomia para dar sustentação parlamentar ao Governoft'deral, seja no âmbito do Congre,sso Nacional, seja. fora daqui.Uma simples olhada para a nossa história política, Sr. Presíden~e,

nos evidencia o fato de que jamai.s tivemos. em toda a nossa hiS­tória, partidos políticos com atuação permanente. I1: chegada. pois,a hora de quebrarmos esse verdadeiro tabu, criando nO lugar daARENA, não um "ARENAO", que seja simplesmente uma super­projeção das ambigüidãdes que nos dividem internamente, masEma -agremiação partidária realmente forte e bem estruturada,que não apenas atenda aos legitimos interesses do Governo. nemtambém somente a0.5 não menos legítimos interesses do povo, mastambém aos interesses importantes dos parlamentares que ao novopartido aderirem.

Ninguém ig'nora, 81'S. Deputados, que estamos atravessandouma das fases mais difíceis de nossa história, A recellte refonnu-

9394 Quinta-feira 13 DIARIO DO CONGRESSo NACIONAL (Seção 1'1 Setembro de 1979,.."

lação ministerial - que não foi ainda tão profunda coma deveriater sido - evidenciou categoricamente eSsa incômoda verdade. Eli necessário que os condutores de nossa realidade político-econô­mica-administrativa tenham sensibílidade suficiente para saberemnão apenas destruir os atuais partidos, mas também orientar acriação, em seu lugar, de novos partidos. que atentem para estenOvo quadro:

- presença ativa dos líderes anistiados;- recondução das lideranças universitárias â legítima vida

político-partidária;- aproveitamento idôneo das novas lideranças sindicais que

estão surgindo;- aproveitamento adequado das forças arenistas que. apesar

de todos os pesares. têm sabido prestigiar os ideais da Revolução-de 1964.

Com alegria reconhecemos - e devem-se esforç'ar por fazê-loaté os mais profundos Inimigos e os mais ferrenhos adversáriosdo Governo do Presidente João Figueiredo - que o Presidente daRepública está cumprindo, fielmente, e até com bastante emoção,aquilo que prometeu, quando era candidato â Presidência, e quereafirmou quando tomou posse: fazer deste País uma democracia.O processo de abertura política está em plena marcha e, para ele,o Governo federal sabe que conta com nosso irrestrito apoio, paraque esse processo seja levado n bom termo.

Para que Isso aconte~a, entretanto, o Governo federal sabeque necessita tomar medidas paralelas urgentes que sejam capazes

.de dar ao Poder Legislativo o devido lugar institucional, que, his­toricamente, sempre lhe pertenceu, para, como Poder autônomo,participar' -ativamente das grandes decisões que deverão ser to­madas daqul para a frente, em futuro próximo ou remoto.

Nessas circunstâncias (ou em quaisquer outras,l entretanto,é bom que se reafirme), estivemos, estamos e estaremos ao lado dogrande e incontestável Chefe Supremo de nossa Pátria. o Presi­dente João Figueiredo, que, com mão firme e oom bastante sensi­bílidade politica, está oonduzlndo, indubitavelmente, o Brasil aolugar privilegiado de sua destinação histôrica.

Era o que tinha para dizer.O SR. ODACIR KLEIN (MDB - RS. Sem revisão do orador.)

- Sr. Presidente, Srs. Deputados, muito se tem falado neste Paísa respeito dos prejuízos causados por financeiras e instituiçõesdeste setor falidas; muito se tem demonstrado que seus prejuízossão socializados -e toda a população vem a suportá-los. No en­tanto, não se tem conhecimento de que esteja preso um só dire­tor de empresa financeira falida, e que faz a população suportaros seus prejuízos.

Mas estão presos, Sr. Presidente, Srs. Deputados, dirigentessindicais dos bancários, que promoveram uma greve legítima elegal no Rio Grande do Sul. Parece-me que isso demonstra que oGoverno está a proteger principalmente os banqueiros e a evitarque aqueles que prestam serviços como assalariados, no setor, te­nham condições de reivindicar. A greve dos bancários é legítima,eles têm o direito de reivindicar, principalmente neste setor, ondeé grande o lucro dos empresários. Talvez seja este o setor maisitemunerado em nossa estrutura econômica. Aqueles que ganhampouco e prestam serviços têm o direito de defender os seus in­teresses e pretender melhores salários. Esta greve, além .de legí­tima. também é legal, porque é inconstitucional o decreto-lei quea proibe.

No ano passado, o Poder Executivo enviou ao Congresso Na­cional um decreto-lei que, sob o argumento de envolver matériade segurança nacional, proibia a greve no setor bancário. Esta­va, com isto, a promover a segurança dos banqueiros e a evitarque os que trabalham no setor pudessem reivindicar. Mas esseprojeto estava baseado em matéria referente à segurança nacio­nal e não envolve assunto dessa natureza: é um decreto-lei, emconseqüência, inconstitucional e, como tal, não poderâ ser consi­derada ilegal a greve no setor. Por isso, os bancários do Rio Gran­de do Sul estão procurando defender seus interesses, exercitar umdireito seu reivindicando melhores salârlos. No entanto, apesarda legitimidade e legalidade da sua greve, os dirigentes sindicaisestão presos por defenderem os interesses da. classe, enquanto osproprietários e diretores de financeiras falidas são protegidos peloGoverno e seus prej uizos são socializados - os brasileiros os pa­gam - e nenhum deles se encontra na prisão. (Muito bem! mui­to bem!)

O SR. TIDEl DE LIM.4. (MDB - SP. Sem revisão do orador.)- Sr. Presidente, Srs. Deputados, o regime que dirige os destinosda Nação há mais de 15 anos, fez aparecer nos Estados a figurade gov-ernantes que são verdadeiros sátrapas. No meu Estado nãohaveria de ser diferente: apareceu um sátrapa, o Sr. Paulo SalimMalut, que tripudia sobre a ética, a moral. tripudia sobre os fun­cionários públicos, os assalariados, que disse que a greve do ABO

era caso de polícia. Justamentt' t'sse governante, que 3>sumiu opoder por uma dessas contrarlt'dades da política. c:m:;~qüência, lo­gicamente, do regime implantado em 1964. estâ sendo mais umavez acusado de locupletal'-se da coisa pública. de enriquecimentoilícito.

Minha preocupação. obviamentz. não é com o Sr. Paulo SalimMaluf, mas com o cargo de Governador do Estado de São Paulo,com a dignidade do povo paulista, representada neS"ie cargo deGovernador, hoje colocado sob a suspeição de ter-se beneficiadodos cofres públicos, através do Banco Nacional do D~senvolví­menta Econômico.

Seria conveniente, Sr. Presidente - e desta tribuna fazemoseste apelo. porque ainda entendemos que o Legislativo. ap·;)sar denão ser um poder de fato, é uma caixa de re>sonânc!a das difi­culdades do País - que o Sr. Paulo Salim Maluf se afastasse doGoverno, se afastasse do cargo qu·z hoje ocupa de Governadordo Estado de São Paulo, a fim de que fosse apurada a sua parti­cipação, o seu envolvimento nesse enriquecimento ilicito da Lut­falia. tecelagem que rece1:eu benesses do Banco Nacional do De­senvolvimento Econômico.

Sr. Presidente, novamente é colocada em xeque a honorabi­lidade, agora não do Sr. Paulo Salim Malu!, mas sim, do Gover­nador do Estado de São Paulo. Ora, não se dev-e denegrir o car­go, por isso pedimos - e não sabemos se é multo pedir ética aS. Ex." - ao Sr. Paulo Salim Maluf que tenha ética e se afastedo cargo que ocupa, para vermos apurado, de uma vez por todas,seu envolvimento no famoso caso Lutfalla.

O SR. DIOGO NOMURA (ARENA - 8P. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados, no dia 5 deste mês,foi sepultada em São Paulo. tendo falecida aos 74 anos de idade,a Professora emérita, D. Berta de Camargo Vieira.

Quando a cidade paulista de Marilia, como florescente éentrode progresso começava a surgir. a jovem professora "Dona Ber­ta", como logo se tornou conhecida, casada com o saudoso advo­gado Dr. Paulino Botelho Vieira. então combativo e culto causi­dica, começou a lecionar no Grupo Escolar de Marília. na modestacondição de professora-adjunta, inicio de sua longa e profícuacarreira, dedicada por inteiro ao magistério. à nobre missão depreparar as novas gerações.

Em 1933, com a criação. em Marília, do primeiro curso se­cundárIo, o Ginásio Olavo B'lac. Dona Berta foi convocada paraocupar a cadeira de Português, demonstrando com a sua pro!un­da formação humanistica os seus dotes, a sua Inata voca~ão pa,rao ensino do vernáculo. através doe métodos revolucionários paraa época, quando vigorava o sistema de recitações cansativas deregras gramaticais, a jovem mestra procurava descortinar paraos seus alunos a paisagem amena da literatura, das grandes obras,fazendo-os deleitar com a cultura.

Com a criação do Ginásio Municipal, novamente convidada,D. Berta continuou regendo a cadeira de Português com a carinho­sa energia, que constituia o seu traço marcante, tornando-se co­nhecida pela eficiência com que sabia transmitir e orientar osensinamentos. alvo da confiança, amizade e respeito dos seus co-legas e alunos. .

Mais tarde, tornando-se Marília uma pujante cidade, transfor­mado o Ginásio Municipal em Ginásio Estadual e, mais tarde. Co­légio Estadual. D. Berta, embora já alg-o cansada da sua intensaatividade, perseverou ·na sua jornada e, parece, ainda a vemos,corada, vestida com sobriedade, trazendo sempre um sorriso aaflorar-lhe os lábios. com a sua pasta carregada de trabalhosdos seus alunos, entrando na classe para discorrer sobre Machado.Eça ou Castro Alves ...

A influência de D. Berta, na formação das gerações de ma­rillenses se faz sentir até hoje, e podemos afirmar que Maríliarecebeu o vigoroso influxo da sua patriótica atuação como mes­tra, através dos seus alunos, dezenas e dezenas. presentes emtodos os setores do desenvolvimento da cidade símbolo de amore liberdade.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, como ex-aluno de D. Berta,sentimos neste instante em que ela já rião se encontra neste mun­do, paradoxalmente, mais ainda a sua presença. quiçá devido aonosso conhecimento do arraigado sentimento espirltualísta c re­ligioso que tinha a pranteada mestra, que entra para a eternl~

dade tendo cumprido o seu dever para com a Pátria e a socieda­de, como a mestra insigne. e deixando, através dos seus filhos,Dra. Dulce, médica, casada com o professor universitário Dl'" Eduar­do Marcondes Machado e (} Professor Ruy Carlos Vieira, mem·bro do Conselho Federal de Educação e Professor da Faculdade d~Engenharia de São Carlos, a sua contribuição como mãe e esposa

A escritora e jornalista marillense Clô de Magalhães. melhOrdo que ninguém, soube t·raduzir a grande perda, na sua colu~

na diária do "Correio de Marília". Desejamos, Sr, Presidente, tra-

SeteEnbro de 1979 DlARIO DO CONGRES.";O NACIONA.L (Seção ., Quinta-feira 13 9395

l':er ao conheclment.o dest.a Casa. para que fique const.ando nos.seus Anais. o artigo, sob o tit.ulo "Magna Magistra", como umahomenagem póst.uma à D. Bert.a, a grande mestra, a professoraemérita que acaba de nos deixar. E o seguinte:

Dona Bert.a morreu! Est.a foi a infausta noticia que re­cebemos através d'~ telefonema de uma am:ga. Faleceu emSão Paulo. onde residia após ter dedicado sua vida ao ma­gistério em nossa cidade. onde deixou um grande contin­gente de ex-alunos, que hoje estão realizad::Js na vida,por obra e graça dessa grand~ mestra que foi Dona BertaKrahembuhl de Camargo Vieira. Mas não só alunos queela formou através de seus ensinamentos. como tambémum grande número de amigos.Nat.ural de São Carlos. filha de Dona Amélia K. Camargoe Manoel Arruda Camargo, nasceu em fe"~reiro de 1905.tendo feito os seus estudos primários com sua mãe, ter­minando-os em São Paulo, no Grupo Escolar São Joaquim,no primário, freqüentando depois o Colégio Piracicaba no eo Curso Complementar da Escola Normal da Praça da Re­pública, obtendo as mais altas notas; matriculou-se naEscola Normal Secundária. recebendo lições das mais cul­t.as capacidades que Ilustraram aquele estabelecimento.fazendo um brilhante curso. pondo logo em evidência asua Intellgência inata. Iniciou no magistéri-o público, co­mo adjunta do 1.° Grupo Escolar de nossa cidade. depoisde haver lecionado alguns dias na Parada Anchieta. nolitoral paullsta. Exerc,eu, post.eriormente, o cargo de pro­fessora no Ginás:o Municipal de Marília. onde lecionoudurante alguns anos. formando uma verdadeira plêiade debons alunos marl1lenses daquelas prlscas eras. Multas de­les guardam da professora Dona Berta as melhores recor­dações de seus tempos escolares.Como elemento social e como educadora, Dona Berta foium dos ornamentos da sociedade marlliens,e. Colaborou nosjornais locais da época. especialmente na saudosa revista"Alta Paulista", patenteando a sua aprimorada cultura. ofulgor do seu talento. Casada com o Dl'. Paulino BotelhoVieira. já falecido. deixa dois fllhos - Dulce e Ruy Carlos.já criados e instalados na vida, residentes na capitalpaulista.Dona" Berta foi também uma pioneira marillense. poispara aqui veio em 1924. iniciando a .sua carreira escolarque lhe deu a glória de ser uma das melhor~s mestms,porque a sua vocação na arte de ensinar era inata. toronando-a. por isso mesmo. uma grande educadora e umagrande amiga dos seus Inúmeros dlscipulos, de ambos ossexOs. Muitos deles. hoje bem instalados na vida. guarda­rão por certo uma grata recordação dessa mestra extra­ordinária que foi Dona Berta. A sua contribuição paraa grandeza de nossa cidade, cifrou-se toda no magistérioprimário e secundário. ao qual ela dignificou extrema·mente,enrlquecendo pelos estudos o espírito da juventu­de de seu tempo. O seu nome ficou gravado. indelevel­mente, na lembrança de seus discípulos e dos muitos ami­gos que aqui deixou quando partiu para São Paulo.Ninguém a esqueceu, e a notícia de seu falecimento cau­sou em todos a mais profunda consternação. porque elase constituiu. pela sua riqueza espiritual. num dos gran­des valores de Marília. onde foi a Magna Magistra de suasgerações jovens daquela época dos primórdios. - Clõ deMagalhães."

Era o que tinha a dizer.O SR. JOAO ALBERTO (A.RENA -MA. Pronuncia o seguinte

discurso.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados. "fazer deste pais umademocracia". Honestamente, ninguém pode negar que esse com­promisso, assumido pelo candidato João Baptista de Oliveira FI­gueiredo, esteja sendo paulatinamente cumprido pelo agora Pre­.aldente.

Nas manifestações populares. de norte a sul do País, em queestudantes. intelectuais e, principalmente, trabalhadores. num cres­cendo sem precedentes, vão reivindicando e conquistando direitos,sai ta aos olhos a diferença entre o Brasil de março de 1964 e oBrasil de setembro de 1979.

Divergentes e polêmicas são as opiniões sobre a justeza ounão da política econômico-financeira dos' governos que se suce­deram a partir de 1964, e da qual resultaram algumas medidasimpopulares no campo social. No entanto. mais importante nestemoment.o é constat.ar que outros são os caminhos livremente)lalmllhados pelos vários segmentos da comunidade brasileira.visando a alcançar dias melhores para a Nação e para o povo.

Dado o importante passo da anistia. parciai, é verdade. mas<cuja breve ampliação constitui promessa do Governo, e sobre esses

caminhos que desejamos falar. quando já se esb{)çam movimentoscom vista à reformulação partidária .

A pretendida reorganizaçáo, c~ntudo. n~o pode s~r um~ sim­ples t.roca de .siglas. sob pena de nao ser autentica, pOIS e eVIdentea heterogeneidade de concepções esposadas dentro da ARENA edo MDB,

É imperioso que. ao surgirem os novos partidos. fiquem lado alado os que defendem ideologias afins, formando grupos comobjetivos definidos e. principalmente, a salvo de dissenções i.nter­nas decorrentes de análises contrastantes da realidade naCIOnal.

Da manutenção do atual artificialismo só podem resultar,como está acontecendo no dia-a-dla, as escaramuc:;as intestinas. adesagre<Yac:;ão. o enfraqueciment.o das correntes partidárias, fada­das a ;stentar, a duras penas e com Inegável constrangimentopara muitos militantes. uma coesão aparente e, por isso mesmo,inconseqüente.

Assim pensando. causa-nos estranheza a freqüente especula­ção que se faz em torno da formação de quatro ou cinco agreml~­

cões. sempre com a esdrúxula ressalva de que entre elas naopoderia jamais haver lugar para aquele que. legal ou ilegalmente,sobrevive em nosso País mais de meio século - o PCB.

Falar em legalização do partido Comunista. infelizmente, coris­titui verdadeiro tabu. mas é preciso vencer os preconceitos e afas­tar os fantasmas. Afinal. desde o mais humilde homem do povoaté o mais insuspeito capitalista ultraconservador e os mais beminformados homens dos serviços de segurança do Estado acredlt.aalguém que a marginalizac:;ão 00S esquerdistas do projetado reor­denamento fará desaparecer os fiéis seguidores de Luiz CarlosPrestes?

Se ninguém acredita, em que ficamos? Para onde irão oscomunistas brasileiros maiores de 18 anos. eleitores obrigatórios?'Impedir sua aglutinação em associação que se coaduna com suasconcepções filosóficas. com seu ideárlo, será condená-los a umavida de párlas políticos ou obrigá-los a se filiar, a contragosto, emoutras facções, onde não terão campo para a defesa conseqüentede sua doutrina.

Na verdade, os comunistas não irão perambular por aí. ãprocura de quem queira abrigá-los em suas legendas; ao contrário.haverá quem os dispute com unhas e dentes ...

Benditos ou malditos, na clandestinidade ou não, os comunis­tas existem, essa é a realidade. aqui. onde não conseguiriam elegermais do que 25 a 30 deputados federais. corno na França, emPortugal, na Itália etc.. constituindo, multas vezes, fator de esta­bilidade política. Com o PC legal. saberiamos realmente quem équem na vida partidária nacional.

Atemoriza-se ante a perspectiva de que. uma vez legalizados.irão crescer de forma a abalar os allcerces de nossa democracia édesconhecer os antecedent.es históricos não só do Brasil como deoutras nações.

Que se cultivem, pois, todas as flores no fértil jardim da d~­

mocracia que o Presidente Figueiredo prometeu para nos"a Pa­tria. E não será o vermelho dos cravos que Irá transformar essejardim num canteiro de lágrimas.

O SR. ALCEU COLLARES (MDB - RS. Sem revisão do ora­dor.) - Sr. Presidente. o Rio Grande experimenta um elenc:> degreves ordeiras e pacificas que. lamentavelmente, têm levado oGoverno a tomar algumas posições que não são pacificas. nem or­deiras.

Sr. Ex.... o Sr. Ministro do Trabalho. inicialmente. quandomulto pouco conhecia a respeito da sua Pasta - hoje ainda co­nhece pouco - referia-se à necessidade de um diálogo com ostrabalhadores. E não sei se. por coincidência ou quaiquer out.romotivo. o fato é que S. Ex.". de Ini~lo. enfrentou algumas greves,exatamente em São Paulo. Dialogou. procurou conversa. buscouentendlment.os. quis harmonizar. inclusive fez Intervenção em al­guns sindicatos e depois atê permitiu que os lideres sindicais retor­nassem ao exercício da sua atividade de presidentes desses sindi­catos. Mas. não é que S. Ex,", no Rio Grande do Sul. dá outrotratamento. completamente diferente? Será porque o Rio Gr;lndedo Sul não é o Estado de S. Ex."? Será porque a greve no RioGrande do Sul é exatamente no setor bancário. onde S. Ex." teminteresse direto, porque banqueiros é? Por que S. Ex·, ao invés dedeixar que o Delegado Regional do Trabalho tentasse uma harmoni­zação entre a classe patronal e a classe trabalhadora. não fez comoem São Paulo isto é não foi ao Rio Grande do Sul tentar encon­trar um deno~inador comum? Por que S. Ex." movimentou todoum inst.rumental autoritário, ditatorial e autocrático de uma le­gislação ultràpassada. que. ele mesmo reconhece. terá que seralt.erado. tanto que anda pedindo sugestões aos sind/ca tos para

9396 Quinta-feira 13 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Se1;âo I) Setembro de 19'79

a modificação da legislação, principalmente no campo sindical?S. Ex."', porém se serve da legislação que considera já superadae movimenta a Política Federal - esse setor, no Rio Grande doSul, não haveria de movimentar-se não fosse por determinaçãodo Ministro do Trabalho. E para quê? Para constrang'er os líderessindicais dos bancários, jogando-os na cadeia, como se criminososfossem, enquadrando-os na Lei de Segurança Nacional.

Sr. Pre,sidente, como será pClSsivel estabelecer a paz social e aordem respeitosa, se a própria autoridade, num determinado mo­mento, age de uma forma e. noutro momento, age de forma com­pletamente arbitrária, prepotente e ditatorial?

S. Ex." pouco sabe do Ministério do Trabalho; entende muitomais de capital. Na República brasileira, nunca os Ministros doTrabalho são trabalhadores. São colocados no Ministério exata­mente para exaurir, tanto quanato seja possivel, o trabalhador, afim de beneficiar o capital.

Sr. Presidente, deixamos aqui nosso protesto contra essasmedidas arbitrárias do Sr. Ministro do Trabalho, esperando queS. Ex." tenha sensibilidade para dignificar, engrandecer o cargoque ocupa, não se colocando apenas do lado dos empregadores.

O SR. DANIEL SILVA (MDB - RJ. Pronuncia o seguinte 9is­eurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, por diversas vezes, desdeque cheguei a esta Casa, inclusive apresentando o Projeto deLei n.O 1.229/75, sobre o assunto, tenho abordado o grave pro­blema do fumo em nosso Pais.

Dentro dClS vários debates e das campanhas que têm sidorealizadas, agora, Sr. Presidente, "com o objetivo de reduzir o con·sumo de cigarros, campanha conscientizando a opinião públicados efeitos maléficos que o fumo acarreta será lançada em todosos meios de comunicação". A iniciativa partiu, semana passada,durante o IX Congresso da Associação Médica Brasileira e XVIIda Associação Médica Fluminense, do presidente da Associação,Dl'. Pedro Kassab, ao lançar o Programa Nacional contra o fumo."O Fluminense". um dos mais respeitáveis orgãos de informaçãodo Estado do Rio, publicou o resultado de pequena enquete, onde,dentre opiniões favoráveis e contrãrias à campanha. destaco a doSr. Firmino Gonçalves de Oliveira, que diz:

"llJ incrivel. De um lado. a campanha procurando sensibi­lizar o povo contra os males provocado pelo fumo; de ou­tro, os anúncios de cigarros conquistando mais fumantes.Acho que, para maior conscientização do povo, deveriahaver um trabalho integrado entre a Associação Médicae o Ministério da Saúde."

Sr. Presidente, Srs. Deputados, mais grave que a satisfaçãodo vicio de milhões de adultos é o aliciamento criminoso e brutaldas companhias de cigarros. A propaganda na televisão é a maisterrivel violentação da personalidade em formação de criançase adolescentes. Mais sofisticada que o abominável trabalho dostraficantes de tóxicos, caçados pela policia (quando caçados) erepelidos pela sociedade, o aliciamento do pré-adolescente e ado­lescente, a indução diabólica, o martelamento diário, em sucessivaschamadas na televisão, a sugestão subliminar, hipnótica, usandotécnicas que a ciêncIa coloca a serviço da educação e da psicotera­pia, é um crime que se comete impunemente contra as geraçõesindefesas que nos sucedem. Crime mais brutal ainda, por interrom­per a diversão oferecida pela televisão no recesso de nossos lares. noconvivia de nossos filhos, para violentar a mente infantil e ado­lescente com a falácia do cigarro que oferece delicias inigualáveis,visões paradisíacas, sensação de majestade e poder aos iluminadosque posam de chaminés humanas.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, nem um adulto já formadoresiste a tamanho bombardeio de sugestões hipnóticas e apelossubliminares. Onde está a Censura, que tanto zelo já demonstrouem suas investidas contra a cultura e a manifestação política nes­te País? Onde está a sensibilidade dos nossos homens públicos?Que lamentável incoerência é esta que os leva a deplorar o vícioque os infelicita e a não defenderem as mentes tenras e sugestio­náveis desta máquina satânica cujo único objetivo é aumentar slucros das multinacionais do fumo, pouco se Importando com ofuturo de milhões de brasileiros indefesos.

Ao me congratular com <: Dr. Pedro Kassab e os congressistasreunidos em Niterói, por tão meritória campanha, lançada pelainquestionável autoridade de duas associações médicas de â,mbitonacional, lanço o meu veemente apelo aos Ex.mos Ministros daEducação e da Saúde, bem como à Censura, para que cumprama sua obrigação, no sentido de bem orientar novas gerações, esti­mulando-lhes o amor à virtude e defendendo a saúde fisica emental de nossos filhos. Este o meu apelo aos homens de bemdeste Pais.

Era o que tinha a dizer.

O SR. MOACIR LOPES PRONUNCIA DISCURSO QUE,ENTREGUE A REVISãO DO ORADOR, SERÁ PUBLICADOPOSTERIORMENTE.

O SR. MALULY NETO (ARENA - SP. Pronuncia o seguintediscursQ.) - Sr. presidente, Srs. Deputados, desta tribuna, no dia.de ontem, mais uma vez {) nobre Deputado João Cunha voltou aabordar o caso Lutfalla de maneira superficial e agride de novoo honrado Governador Paulo Maluf e mais, especificamente, aPrimeira Dama Paulista, D. Sylvia Lutfaila Maluf.

É chegado o momento de se dizer um basta a certas agres­sões gratuitas, que me parecem sÓ tem como finalidade a promo­ção pessoal à custa de calúnias, injúrias e ínverdades assacadascontra quem não merece tais assertivas.

Esta Casa e a Nação precisam desde logo saber que ::lS agre­didos buscam a verdade, através da Justiça, pois ingressaram noSupremo, através do advogado e eminente jurista, Professor Alfre­do Buzaid, com uma ação no sentido de que a verdade apareçapor inteiro.

Donde se conclui que não aceitam estas inverdades e nãotemem a apuração dos fato.s na Justiça.

É preciso que, desde logo, saiba a Nação, por nossa voz, quemuitas empresas brasileiras foram vitimas de intervenção desas­trosa do BNDE e que ainda continua a gerir maio destino dessasempresa.s, que antes de melhorá-las, em muitos casos, tem pioradoe agravado a situação financeira anterior, com verdadeira mor­domia da parte de muitos interventores.

Mais ainda, em outros casos busca a direção do BNDE, atra­vés do arbítrio, a tomada e a passagem de empresas a outros gru­pos. dando aos nov{)s maiores beneficios financeiros do que aque­les que foram dados aos proprietários legitimos, para recuperaremsuas empresas.

Antes de o nobre Deputado João Cunha agredir a figura doGovernador de São Paulo, que sabidamente nada tem a ver como chamado "Caso Lutfallla" deveria desejar a devassa das ativi­dades do BNDE, IBRASA e que tais, que, impunemente, têm agidocontra bons empresários em benefício de interesses escusos.

Convido S. Ex.", o nobre Deputado João Cunha, para conoscosolicitar a constituição de uma Comissão Parlamentar de Inqué­rito, para investigar e apurar os possiveis abusos praticados peloBNDE, e ai então, veremos a outra face da verdade.

Só acredito nos seus bons propósitos, se assim agir, pois nãocreio que ele deseje ser o único dono da verdade.

Ao Ex.mo Sr. Presidente da República João Baptista Figuei­redo apelo para mandar sindical', na esfera administrativa, essasituação abusiva do BNDE, que me parece desejam perpetuar suapresença dentro das empresas, em beneficio dos interesses egois­ticos e pessoais de uns poucos.

O que se deseja é que, preservando o erário público, volteaos seus legitimas proprietários as empresa.s, pois estarão melhordirigidas pela iniciativa privada, pois muitas delas estão custandomuito mais à Fazenda pública do que se estivessem em mãos par­ticulares.

Se ninguém quiser apurar esses fatos, que então se permita àJustiça apreciar e apurar os fatos, para não se permitir, por tempoindeterminado, que essa situação incômoda para todos continue.

Acredito que tanto o Nobre Deputado João Cunha, como S. Ex.ao Presidente João Figueiredo, devam se unir ao nosso desejo deapurar, através da Justiça, os problemas como o do chamado"Caso Lutfalla", e só assim terão valor as agressões que se assa­cam desta tribuna, caso contrário só as entenderei como purodesejo de promoção pessoal.

Acredito na grandeza e na pureza da Justiça brasileira, paraonde devem chegar o clamor dos injustiçados.

Se o momento é de conciliação, de abertura, e de perdão, porque, pelo menos, não se permitir o minimo dos direitos, que é odesejo de serem julgados pelo Poder Judiciário, e não pelo arbitrio(lU conveniência pessoal de quem quer que seja.

O SR. GENIVAL TOURINHO (MDB - MG. Pronuncia o se~

guinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputadps, o jornal O Glo­bo, na sua edição de ontem, especulando sobre fantásticas de­serções do chamado Bloco Trabalhista da Câmara, aponta meunome como um dos que recuaram. Pelo que .sei, não houve qual­quer deserção e todo o Bloco está empenhado na reorganizaçãodo velho PTB.

Quanto à minha pessoa, quero deixar bem claro que a notícl~

não é verdadeira.

Setembro de 1979 DIÁRIO DO CONGRESSO NACllONAL (Seção I) Quinta-feira 13 9397

Enfaticamente, declaro: primeiro, que o meu não-compareci­mento ao desembarqlle do companheiro Leonel Brizzola se deveu,exclusivamente, a motivos financeiros. Alcançado com as despe­sas que fiz com a recente viagem a Lisboa, para participar doCongresso Trabalhista, faltaram-me recursos para ir a Fo;;: doIguaçu e ao Rio Grande do Sul. E mineiro só gasta quando pode!

Segundo, porque sou, por formação intelectual, trabalhistamesmo, dentro da concepção dB Bour(leau: posicionamento políti­co vocacionado, exclusivamente, à defesa dos interesses do tra­·balho.

Terceiro, porque aceito a lideranç:1l. de Brizzola como a únicacapaz de formar nacionalmentB as hostes trabalhistas.

Quarto, porque quem receia Briz:mla é a mesma gente quetem medo de Virginia Wolf.

por último, como na piada da pólvora que faltou para o dis­paro do canhão, não dei qualquer deelaração ao jornal O Globo.

E o que se disser, em sentido conl:rário às colocações que ora:faço, será desinformação ou mentira mesmo.

Quero aproveitar o ensejo, Sr. presidente, para também ler acarta do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais,endereçada ao Ministro Murilo Macedo, mostrando a indignida­de cometida contra todos os "indicatos mineiros com a Intervençãodeterminada por ele, que, pressionado pelos banqueiros, afastou daPresidência Arlindo José Ramos, grande lider sindical que há oitoanos luta contra o achatamento salarial e para que esses órgãosde classe possam ter restabelecida dentro de suas forças aquelacapacidade de pressão contrabalançadora desse capitalismo desu­mano e vocacionado para o que há de pior em nosso Pais.

A carta do sindicato diz o seguinte:"n/Ref.: SJPMG N.o 0339/79

Belo Horizonte, 20 de agosto de 1979,11.1'0.0 Sr.Doutor Murilo MacedoDD. Secretário de Estado do TrabalhoMinistério do Trabalho - Espl.anada dos MinistériosBrasilia - DFSenhor Ministro do Trabalho.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais,profundamente chocado :.- mais uma vez - com a atitudetomada por Vossa Senhoria, afastando da Presidência doSindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancá­rios de Belo Horizonte nosso companheiro Arlindo JoséRamos, por sua Diretoria vem até esse Ministério paratransmitir o seguínte:1.0 ) efetivamente, não se entende que estejamos cami­nhando para punir apenas os lideres de trabalhadores,justamente quando eles busca.m lutaI' por aumento dosseus salários·e exatamente quando, unidos, decidem pelagreve depois de ouvirem, desre.speitosa e fria, a costumei­ra resposta dos Senhores Banqueiros contra qualquer re­muneração mais justa e mais dligna para os bancários mi­neiros. Acostumados a dizer nlio aos seus empregados, osbanqueiros têm tido sempre a acobertar-lhes as ações, acomplacência e a força policial repressiva institucionali­zada entre nõs, no Brasil;2.0 ) embora reconhec·endo em Vossa Senhoria um homemmoldado nas tradições mineirll.s, aberto ao diálogo pelaorigem, estamos vendo, progressivamente crescente, nanosso Ministro do Trabalho, a consolidação do empresá­rio que anuncia a abertura para o diãlogo, mas não tran­sige com o seu empregado.3.0

) finalmente. deplorando delação feita por alguns com­panheiros da Diretoria do companheiro Arlindo José Ra­mos, e o seu afastamento da Presidência daquele combati­vo e atuante Sindicato dos Bancários, queremos, em nomede todos os jornalistas mineiros:a) lembrar a Vossa Senhoria que, até poucos dias atrás, ocompanheiro Arlindo José Ramos tinha todo o seu com­portamento cristão, conciliador, de verdadeiro lider, enal­tecido até pelo Governo mineiro, através do Senhor Go­vBrnador Frar..celino Pereira dos Santos, e dos seus Se­cretários de Estado, Deputado Pedro Gustinho (da Pa.stado Trabalha) c Deputado Humberto de Almeida (da Pas­ta do Governo, ou Gabinete Civil,. Foi esse mesmo Go­verno mineiro que, por mais di·e uma vez, apelou para ocompanheiro Arlindo para que, com a força de sua lide­ranca, ajudasse a conter os ca,mpanheiros grevistas mais.exaÍtados de outras categorias de trabalhadores, aos quaisArlin-do le,vou a sua palavra de modBração e de liderança,em favor àa conciliação, da concórdia e da segurança emtorno de reivindicações legitimas. Portanto é realmente

estranho que, dias deppis de tão consagrador reconhe­cimento público, esse mesmo Governo (e dizemos o ~es­mo, porque os governos federal, o estadual, e o municipal,hoje, .são um SÓ, na prática) resolva punír aquele que.efetivamente, é lider e é autêntico repres·entante dos ban­cários;b) exigir a mais imediata devolução da Presidência doSindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancáriosde :Belo Horizonte ao seu mais legitimo titular, o compa­nheiro Arlindo José Ramos, com uma vida inteira dedi­cada ao sindicalismo bancário, arbitrariamente arrancadode um cargo para o qual foi eleito por voto direto detoda uma categoria profissional, através de um simples atoadministrativo, o que mais caracteriza um autêntico atode força do que a força de um ato autêntico, como se exi­giria em qualquer democra(:!a do Uni'{erso.Aguardando o ato de reintegração do companheiro Arlin­do José aamos com a maior urgência ;possível, no cargoque lhe pertence por escola de todos os seus companheiros,e lhe foi tomado por atos de delação e por força do arbí­trio de uma legislação ultrapassada e que só pune enti­dade representativa de trabalhadores, firmamo-nosA Diretoria do Sindicato d:Js. Jornalistas Profissionais deMinas Gerais: Washington Tadeu de Mello -' Paulo Emí­lio Coelho Lott - Elma Heloiza de Almeida - Dirceu Mes­quita Horta - Manoel Marcos Guimarã·es - Carlos Lin­denberg S. Castro - Hélio Fraga - Antônio Elizeu Lopes- Rogério August.o P. Pereira - Lester José Moreira ­Vladimir Fernando Faria Luz - Lúcia Helena AlmeidaGazolla - Maria Genoveva Ruisdias da Fons,eca - Octa­cilio Ferr·eira Lage - Romero Maia Solha - Célio Apoli­nário de Oliveira - Lélio Fabiano dos Santos - PlinioCarneiro - Fábio Martins - Ivani Gonçalves Cunha ­Dídimo Miranda de Paiva _. Demóstenes Romano Filho -João Barb0lj' Antônio Silveira Soares.

.cOMUNICADONo momento em que os trabalhadores, mesmo quandoreivindicam direitos legitimos seus, ou em pleno exer­cício profissional, vêm sendo espancados ou ameaçadospor policiais, grevistas ou radicais que seqUl~r respeitamos mais elementares direitos do cidadão, o Sindicato dosJornalistas Profissionais de Minas Geraias, por sua Dire­toria plena, se sente no dever de vir a público para de­clarar o seguinte:1.0 ) do mesmo modo que um mau :policial não pode serconfundido com toda a sua corporação, um grevista nãopode representar todo um movimento legitimo por melho­res salários, nem o lepórter pode ser confundido com li<sua Empresa, de onde é assalariado, trabalhador comoqualquer outro, não se responsabilizando, portanto, pelasposições radicais ou faIseadoras da verdade, assistida e es-crita pelo jornalista; \2.0 ) desse modo, a cada agressão brutal e injusta que 'seperpetre contra um trabalhador - parta de onde partir- terá o mais veBmente repúdio dos jornalistas mineiros,como recentemente aconteceu com a morte de dois com­panheiros trabalhadores, barbaramente assassinados du­rante movimento grevista em Belo Horizonte e Divinõpo­lis. Também, coube a este Bindicato protestar veemente­mente contra as ameaças verbais e físicas sofridas porcompanheiros jornalistas dur.ante as greves que acontece­ram em Belo Horizonte, quando eles, no pleno exercícioprofissional, tiveram sua atividade cerceada por grevis­tas, sob o argumento de que suas empresas jornalísticasestariam confundindo a população, adulterando informa­ções e matérias originárias das greves;3.0 ) já que o repórter tem a obrigação social de, como au­têntico e legitimo representante da comunidade, servir so­mente a ela, buscando apurar a ve!'dade e lutar com todasas suas forças pela sua publicação integral, não podemostolerar que os jornalistas continuem sendo espancados,amBaçados ou cerceados em seu trabalho profissional ediuturno. Mas também não podemos endossar comporta­mentos ilegais de empresas jornalisticas, mineiras ou não,que insistem, apesar de todas as nossas denúncias contraisso, em usar como agentes seus, e como inabilitados jor­nalistas, pessoas que não tenham registro profissional deJornalista Profissional, nem sejam vinculadas à única en­tidade de representação da nossa categoria pl'Ofissiopal noEstado, que é o Sindicato dos Jornalistas Profissionais deMinas Gerais.O jornallsta não quer privilégios, e os rejeita. Queremosé respeito ao nosso exercício profissional, em todos osniveis e por todos os setores, indistintamente.

9398 Quinta-feira 13 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sett:mbro de 1979

Casa do Jornalista. aos 21 de agosto rle 1979. WashingtonThadeu de Mello, Presidente - Paulo Emílio Coelho Lott,Vice-Presidente. pela DIretoria do S,JPMG."

Era o que tinha a dizer.O 8R. LEORNE BELÉM (ARENA - eE. Sem revisão do ora­

dor.) - 81'. Presidente. 81's. Deputados, a imprensa de Brasilia nosdá notícIa, hoj;), de que Deputados do Nordeste estariam elabo­rando um documento de solidariedade a S. EX.M , o 81'. Presidenteda República e o Sr. Ministro do Interior, Mário Andreazza.

No meu modo de entender. o documento é inoportuno e divi­sionista. pois o Ministro e o Presidente não estão precisando danossa solidariedade. Lamento que, no momento em que Depu­t'\QOS nordestinos procuram organizar-se e reúnem suas banca­das. objetivando a elaboração de um documento político que sirvade base para uma definição do Governo em relação ao Nordeste.se cogite da elaboração de documento paralelo que manifeste asolidariedade das bancadas nordestinas ao Presidente e ao Mi­nistro.

Não vejo nec:2ssídade dessa solidariedade. porquanto não hou­ve, em nenhum só instante, no ámbito dessas reuniões promovi­das com as bancadas nordestinas, o desejo ou a intenção de pres­sionar ou hostilizar o Governo Federal. Muito pelo contrário. éem consonância mesmo com a Liderança do nosso partido nestaCasa que temos procurado orientar nossas diretrizes. Já na pró­xllna semana estaremos promovendo reunião que terá como obje­tivo fundamental a discussão e a aprovacão daquele documentopolítico, que será levado a 8. Ex.a• o S1'. Presidente da Repúbiíca,em audiência que estamos solicitando para este fim.

Queremos. neste pronunciamento, chamar a atenção dos cole­gas das bancadas da ARENA do NOl'de.ste para a imperiosa ne­cessidade de examinar com a devida atenção a oportunidade ounão de uma manifestacão paralela ao movimento que em boa horaestamos promovendo nesta Casa. e que visa objetivamente a co­laborar com o Governo na solucão dos problemas que afligem oNordeste.

Era só, Sr. Presidente.O SR. RONAN TITO (l\IDB - MG. Pronuncia o seguinte dis­

eurso.l - Sr. Presidente, 81'S. Deputados, tomei conhecimento pe­lo O Estado de Minas de que o Conselho Regional de Medicinado meu Estado puniu, com censura pública. o Dl'. Paulo BenúVIdesMUsa. médico na cidade de Frutal, por causa de uma entrevistaconcedida ao jornal daquela cidade há um ano e meio.

Na I'efenda entrevista, o Dl'. Paulo denunciou a mercantiliza­cão e os descaminhos da Medicina no Brasil. nos últimos tempos.

Ao tomar conhecimento das declarações do médico, que con­siderE'i oportunas, bem fundamentadas e muito sérias, desloquei­me de Uberlândia para Frutal. a fim de cumprimentar Dl'. PauloMusa e hipotecar-ihE' o meu apoio, a minha solidariedade.

A denúncia repercutiu em todo o Brasil. não pela tiragemdo jornal. mas pela importância e seriedade do conteúdo da en­trevista. E a notícia extravasou de Frutal para todo o Brasil. sendoHmplamente debatida.

81'. Presidente. Dl'. Paulo Musa foi punido por dizer o óbvio oudenunciar um fato. como só um idealista tem coragem. Ele está-coloeando o dedo numa chaga da sua própria profissão. E há outroscolegas seus que desejam colaborar para que essa profissão tãobela. tã0 indispensável à vida, retorne ao seu caminho de verda­deiro sacerdócio da saúde.

Em conseqüência de suas declaracões ao jornal Esquema,de Frutal. e de sua punição pública. o Dl'. Paulo Musa foí destituí­do do cargo de Diretor do Hospital São José. que fundara commais dois colegas.

O Médico procurou saber, na época, li origem da punição. Foi,então, a Uberaba, onde é a sede do INPS da Região. e lá foi in­rormado de que a ordem partira de escalões superiores. Veio aBrasília e não conseguiu descobrir qual ou quais as cabeças dasordens superiores que influíram para que fosse afastado do Hos­pital.

Quero, neste momento, manifestar a minha estranheza emrelacão à atitude tomada pelo Conselho Regional de Medic.ina e.sobretudo, hipotecar meu total apoio e solidariedade ao Dl'. Paulo'Benevides Musa e a todos aqueles que trabalhem no sentido doenobrecimento do exercício da Medicina no Brasil.

No dia de hoje. a minha hOmenagem a este médico que. dian­te da opinião pública. já está absolvido. Por isso mesmo, recorrereiao Conselho Federal e até à Justiça comum, para que se faça jus­tiça.

O SR, ALEXANDRE MACHADO (ARENA - RS. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, 81'S. Deputados. movimentoreivindicatório oriundo de todas as origens poderá criar mais um

impasse n0S padrces que estamos a desejar para os novos diasde democracia de nosso País. Acontece que o Governo, a mló'u ver,deveria fixar as bases e os limites do quadro reivindicatório,estabelecendo restrições e informando a todos o que sej a ou nãoserviço essencial. Busca-se. agora, ao que parecE'. por um todo,corrigir distorçces e anomalias existentes há muito tempo. e po­derá o paciente morrer do uso sem freio da medicação.

Há que fixar-se, antes de tudo. o império da lei. Uma deter­minante justa para que, afinal. não sejam em tudo isso o povoe a própria democracb marginalizados. Sem que haja re3ponsa­bilidade. jamais poderá existir a excelência da própria liberdade.Cada autoridade federal ou estadual que se ouve encarrega-se dedizer que tudo vai indo muito bem e que as liberdades que esta­mos buscando devem exercer-se pela liberdade sem freios de rei­vindicação. O freio que. todavia. estamos desejando para taismovimentos não é nem poderia ser o da escravatura do povo,nem das classes; muito ao contrário, a salvação de todas elas. pelorespeito â liberdade.

Pode-se aqui repetir mais uma vez que a llberdade de cadapessoa termina. todavia, onde idcia a liberdade de outrem, ambose a toblidade condicionados e ordenados pela lei.

Não serve ao regime democrático quem prega a anarq\Úaentre as classes. Era esse o exemplo dominante. vindo de cima,nas eras anteriores a 1964. Não deve rer;etir-se hoje. após nadamE'nos de 15 anos, o eXló'mplo que era dominante. de cima parabaixo. Afinal, o futuro deve aperfeiçoar. jamais anular o que sefez de bom. no decurso de tantos anos. esperando que fosse dura­douro.

E'isa abertura de que falo não se endereça a alguém emindividual. mas a todos que mantêm no Brasil alguma autoridade.Sem obediência à lei não existirá a própria autoridade, respeito àdemocracia que possa sobreviver. ainda mais quando se trata dedemocracia incipiente, engatinhante. quanto a nossa.

O SR. ISRAEL DIAS-NOVAES (l\IDB _ SP. Pronuncia o se­guinte discurso,) - Sr. Presidentló' na reunião ordinária de anteon­tem da Academia Paulista de Jornalismo, o acadêmico J. Pereiravoltou a condenar o texto do novo Código de Menores, recente­mente aprovado pela Câmara Federal e que retornou ao Senado,por constituir. segundo ele. "uma constante ameaça aos órgãos decomunicação social".

"Além de representar verdadeira arma assestada contraa liberdade de imprensa e de outros meios de comunicação,como o cinema, o teatro. o rádio. a televisão, o disco. afita magnética gravada e o livro - ressaltou o jornalista- constitui matéria legislativa dispensável, por redun­dante, visto possuir o Pais legislação especifica em relaçãoa imprensa. televisão, rádio, cinema e outros meIos e co­municação social, que estabelece meios do seu· controle,prevé penalidades contra abusos e define as autoridadescompetentes para esse controle e aplicacão das sanções.Não há. assim. razão plausível para que o legislador, numaiei destinada a atualizar as medidas de proteção e assis­tência aos menores, outorgue aos juizes de menores, auto­ridades de jurisdição restrita às suas comarcas, poderesconcorrentes aos de outras autoridades maiores e sobreórgâos abrangentes a todo o território nacional. como osveiculos de comunicação de massa,"

Solicitou-me o acadêmico que, na c0ndição de presidente dAAcademia Paulista de Jornalismo e como parlamentar, alertasse osSenadores da República, em Brasília. sobre a ameaça à liberdadede expressão que representam os artigos 10, 49. 50. 57, 58, 80, 81,82. 83. 84 e 97. e seus parágrafos, ítens e letras. bem assim o § 2,0do art. 79 do novo Código de Menores, cuja sanção está progra­mada para o dia 12 de outubro próximo. o Dia da Criança.

"A Nacão não deve - e não pode - ressaltou J. Pereira ­sob o 'pretexto de um novo Código de Menores, outorgaraos juízes de menores poderes de supercensores com cartabranca para. sob a alegação de proteção dos menores,apreender edições de jornais, revistas e livros e tirar doar estacões de rádio e de tv. bem assim suspender espe­táculos 'de teatro e exibições cinematográficas."

Atendemos à solicitação com a necessária presteza e empenho.dada a sua inteira procedência. Num instante em que os meios decomunicacão em geral experimentam certo desafogo, uma lei, cer­tamente bem intencionada mas canhestra e abusiva. vem ameaçarPÓlo tudo a perder. Ainda é tempo!

O SR. WALMOR DE LUCA (i\IDB - SC. Pronuncia o se·guillte discurso.) - 81'. PreSIdente, 81'S. Deputados. reivindicandomelhores condições de vida - aspiração que está inerente à pró­pria dignidade humana - os mineiros. metalúrgicos e ceramistasdo sul do Estado de Santa Catarina estão em greve.

Setembro de 1979 mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (seçio I) Quinta-feiira 13 9399

Ontem estavam em gr-eve 9 mil mineiros, 2 mil metalúrgicose 4 mil ceramistas; 15 mil operários de Santa Catarina.

Seu clamor - que é uma defesa da própria vida, que é oúltimo esforço que fazem para sustentar suas famíUas - nãopode deixar de ser ouvido.

Só uma insensibilidade gritante, medieval, dos patrões poderánegar o direito legitimo dos operários das minas de carvão, dosmetalúrgicos e dos trabalhadores em fábricas de cerâmica deSanta Catarina de desejarem ter uma vida digna. Para ism que­l'em melhor'es salários.

Será algo subversivo lutar por melhores salários? Ser:(l. atoatentatório à Segurança Nacional dese] ar melhores condições devida para si e sua família? A greve é uma situação altamentehumana, não caso de intervenção, não caso de policia, não pre­texto para pancadaria e crueldade. A verdadeira ordem será desa­gregada não com a greve, mas com a fome, com a miséria, com odesrespeito aos direitos da pessoa humana.

A prova candente de que a mentaHdade retrógrada, reacio­nária predomina entre os empresários lem pauta na greve, alémde outras atitudes, está contida nas dedaraçôe·s do presidente doSindicato Patronal, SI', Fidelís Barata, diretor da carboníferaCatarinense, publicadas no jornal O Estado, de Florianópolis,edição de' ontem .

Afirma o retrógrado empresário. qtLe estaria melhor situadonas épocas mais obscurantistas da hum anidade: "O mineiro nãoganha tão mal assim. Fome eu posso assegul'ar que ninguémestá passando. Acho que tendo alimento e roupa para vestir estábom para eles. Não podem é querer luxo. O nosso trabalhadorsempre teve uma vida razoáveL"

São desnecessálios quaisquer comentários. Mas cabe afírmarque tal pensamento é um acinte, verd.adeíro escárnio e debochepara com o operário. DeCerto este empresário, que nestas palavras,reflete um pensamento fascista, deve achar que educação. saúde,transporte etc., são "luxos". Nem falamos em lazer, já consagradodireito do operário pela Organização do Trabalho (OIT) e outrosorganismos.

Nessa medida, diante de um quadro de incompreensão, insen­sibihdade e espírito totalitário, só resta fIOS trabalhadores a greve,que éo instrumento pacifico na busca do estado da dignidadehumana.

Até parece que os mineradores desejam que os oÍx;rários utili­zem a força para conseguirem o que' aspiram e que a insensi­bilidade dos patrôes, cegos no seu desvairado apego ao lucr<J,impede.

Registre-se que os movimentos dos mineiros, dos metalúrgicose dos ceramistas não são estanques entre si, não estão isolados,não estão divorciados uns dos outros.

Há interligação e reciprocamente se solidarizam.

Desta tribuna, manifestamos nossa total solidariedade a todosos trabalhadores em greve no meu Estado. Sua luta reflete a lutade todo o trabalhador brasileiro. a classe mais espezinhada esacrificada pelo regime pós 64. Querem aumento de salário parapoder exercer sua condição humana.

Aqueles q~e defendem barbaramente um "regime" escravo,que dizem que 'fazem muito qua'ndo pagam salário minimo, estãoatraieoal1do não só a dignidade humana mas também a História.E a História não deixa fatos impunes.

Esta. sem retórica, é a greve da fome, a greve do desespero.Se vivêssemos num regime em que o Ministério do Trabalho fosserealmente do Trabalho e não do "capi.tal" esta~ aspirações já

. estariam de há muito atendidas. O movimento não seria neces­sário. Mas neste regime. neste Ministério. em que só quem temvoz e poder é o patrão, o empregado nã<> vale nada. é pura peçade lima engrenagem perversa e desumana.

Esta é uma greve fruto do "istema econômico braslleiro: mo­delo elitista, concentrador, desumano, que leva multidões à misÉ.riamais extrema. O trabalhador brasileiro continua vivendo sobpéssimas condições de vida, agravadas por um capitalismo sei­vagem, onde só o lucro tem vez e a pessoa humana é desrespeitadacom sistemática regularidade. .

Matéria nesse sentido foi publica.da pelo Jornal da Repúblicaem sua edição de 10 de setembro de 19'19: "11: a fome. Esta palavrade ordem saida do fUlldo das minas de carvão dominou as cincoassembléias que, no final da s~mana, decidiram pela paralisaçãodos 10 mil mineiros de Santa Catarina", diz o texto. De lá a si­tuação se agravou. E o próprio jornal afirma que os patrões tIverammais de um mês para ateMlel' aos mineÍl"os..

Talvez seja inútil, mas mais uma vez, desta tribuna, em nomedo ser humano, solidarizando-~e com os sacrificados operáriosdo meu Estado, que encarnanl o sacrifício dos operários do Brasil,apdo a todos os patrêes para que, pelo menos uma vez em suasvidas, tenham um minimo de respeito à pessoa humana e menosfome desvairada de lucro.

Era Q que tinha a dizer.

O SR SnRGE PAULO <MOR - 8P. Prnuncia. o seguinte dis­curso.) '- Sr. Presidente, Srs. Deputados, sabemos que, nos ter­mos do art. 186 da Constituição, repetindo e ampliando preceitosque nos vêm desde a Carta de 1944, são de usufruto exclusivo dosindios as terras onde habitam. Tambó,m sabemos que os índioshabitaram todo o Pais. Conseqüentemente, aquela doutrina douti possidetis tem um limite: quando as tribos desaparecem, asterras a elas pertencentes - como simples posseiros - voltam aodomínio da União, se, por acaso, nã() foram tituladas por parti­culares, antes de 1004.

Acontece que muitas terras onde houve, há séculos, aldea­mentos de indios, estavam ahandonada-s em 1934, ou na possemansa e pacífica de .agricultores.

Quando se reqtjer uma ação de usucapião, a União e os Es­tados devem tomar-se por citados, antes que se verifiquem a de­cisão e promova-se o registro. O registro de imóveIs, pelo art. 186da Constituiçi'i.o, só é nulo se se tratar de terra habitada porindios. Não é esse o ,caso do antigo aldeamento de índios, nagrande São Paulo. Os proprietários de glebas no local levaramsuas escritura·s de compra e venda para registro antE!S de 1946,obtendo, sem nen~uma oposição, a le!~alização dessas tElrras.

Agora o Serviço de Patrimônio da União, em ações de usuca­pião, está alegando a posse indígena, <I que, se for aceito, resultarána dissolução de cidades como San;~ana da Parnaiba, Barueri,Osasco, Pinheiro, Guarulhos e outras.

Essa intervenção é desproposita,da e injusta, pois os atuaisproprietários compraram as terras e pagaram-nas aos seus ante­cessores, com escritura registrada, contribuindo com os impostosterritoriais devidos. Por isso há que lhes fazer justiça. Daí o nossoapelo ao Serviço de Patrimõnio da União, no sentido de retirarsuas objeçees, quanto às áreas do antigo aldeamento dos índios,pois lá não há mais nenhum silvícola.

Há que reconhecer em cas'Os objetivos, garantias tradícionaisdo Código Civil, mas tamb6m os procedimentos anteriores, a Seremsubstituidos por outra forma, capaz de oferecer aos proprietáriosa certeza de conseguir a le·galização de suas terras através daAção de Usucapião.

Houve compra e venda de direitos hereditários; hOlj.ve a aber­tura de processo sucessório; obedeceram-se às normas c()stumeirasou legais da transmissão da propriedade.

Nesse sentido, apresentamos projet<J de lei, para. sanandodivergências criadas em torno de velhos e novos preceitos do di­reito fundiário, validar. a propriedade daqueles qUEf, em mais demeia dúzia de cidades paulistas, adquiriram terras dominiais oudevolutas, regularmente, e, agora, estão sendo anleaçados em seusdireitos.

Era (} que tinhamos a dizer, Sr. Presidente.

O SR. MAC DOWELL LEITE DE CASTRO (MDB - RJ. Pronun·cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados. chegouao nosso conhecimento uma carta divl1lgada pelo jornal O Estadode S. Paulo, de autoria do médico Antônio Rabello Filho. lem­brando a necessidade de se prestar uma homenagem póstuma aCarlos Lacerda.

Recentemente, o Presidente João Figueiredo, provocado pelocantor Silvio Oaldas, num gesto de elogiável grandeza, tomou a ini­ciativa da doação de, um terreno, em Brasília, para a construçãode um mausoléu para culto à memóJria do Presidente JuscelinoKubitschek de Oliveira. A iniciativa foi aplaudida por toda -a Na­ção. Infelizmente. na oportunidade da entrega solene e simbólicado aludido terreno, no Palácio Buriti, à dona Sara Kubitschek:,não pudemos comparecer, pois estávamos na histórica e prolon­gada sessão do Congresso Nacional em que se votou o projeto deanistia. Mas participamos da alegria civica na homenagem à me­mória do Presid-ente Juscelino Kubitschek, criador de Brasília eexemplo de democrata.

Sr. Presidente. a carta do Dl'. RebE!l1o, que nos traz à tribuna,lembrll a justiça que haveria em tomar-se a inici-ativa de uma ho­

.menagem similar ao Governador Carlos Lacerda. A nosso ver, nadamais justo nem oportuno.

Carlos Lacerda já foi julgado peta Ristória, e o registro doacervo que legou ao País deve ser sempre lembrado. A sua pre­sença como político, tl'ibl111o, escritor, poeta, pintor, jornalista,illtelectual; enfim, a riqueza da sua inteligência foi preciosa e

9400 QUinta-feira 13 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Set;ão I) Setembro de 197$

inesquecível contribuição à cultura nacional. Nada mais justo,também, que esta homenagem seja prestada na cidade do Riode Janeiro, e em especial no Parque do Flamengo. Idealizado e('onstruido por ele como Governador do então Estado da Guanabara.

Assim. fazemos um apelo ao eminente Governador ChagasFreitas no sentido de que examine a possibilidade de ser erigido noParque do Flamengo um local para que a memória de Carlos La­cerda po"sa ser reverenciada, onde parte do seu -enorme acervode cultura possa ser exposta. para que os brasileiros. e em es­pecial os cariocas. possam freqüentemente conhecer a extensãodos subsídios legados por Lacerda ao futuro.

fTemos certeza de que este apelo traduz o pensamento de mi­lhares de brasileiros desejosos deste ato de justiça e reconheci­mento,

Promova o Sr. Governador Chagas Freitas. no nosso Rio deJaneiro, no Parque do Flamengo, a devida homenagem à memóriaele Carlos Lacerda.

O SR. PAULO GUERRA (ARENA - AP. Sem revisão do orador.)Sr. Presidente. 8rs. Deputados, no dia 13 de setembro de 1943.através do Decreto-leI nO 5.812. o então Presidente Getúlio Var­gas criava os Territórios Federais. Evocando essa data, queremosconsignar, no dia de hoje. a nossa homenagem ~special aos Ter­ritórios Federais e ao mesmo tempo. congratular-nos com os Go­vernadores dos Territórios do Amapá, de Roraima e de Rondóniapelo aniversário de fundação daquelas unidades federatIvas.

Fazemos um veemente apelo aos Exmos. 8rs. Presidente daRepública e Ministro do Interior no sentido ce que seja outorgadaàqueles Territórios, pelo menos. a sua autonomia, a sua persona­lidade jurídica.

O SR. JOACIL PEREIRA (ARENA - PB. Pronuncia o seguintediscllI'So.l - Sr. Presidente, 81'S. Deputados, cumpro o dolorosodever de eomunlcar a esta Casa o_falecimento, hoje. na cidade deAreia. Estado da Paraíba, do Cel. José Antônio Maria da CunhaLima Filho.

O extinto contava com 94 anos de idade e era um desses ca­racterlsticos políticos da velha escola de homens públícos gerado,~

11a. primeira República. Pertencia a uma das mais tradicionaisfamiJias do nosso Estado - os Cunha Lima - e o seu pai pormuito tempo influiu na vida pública daquele Municipio dos brejosparaibanos. As forças lideradas pelo seu genitor, o Dl'. Cunha Lima,tinham 110 seu chefe um simbolo de destemor e bravura. Seu pres­tigio e fama cresceram. espraiando-se por toda a região brejeirae por outros rincões. Conselheiro Municipal, Intendente, Prefeitoe Deputado Federal. homem rijo, de caráter inamolgável, nunca~c deixara intimidar. Por vezes enfrentou Bmbates terrivBis. cmque. de armas na mão. dispunha-se a_ vender caro sua vida. Fi­gura singular nos quadros da politica nordestina, paradigma deparaibanidade. destacou-se como um dos vultos mais represen­tativos do seu tempo.

O filho, cujo traspasse ocorreu na madrugada deste 12 desetembro, no Engenho Mundo Novo, Municipio de Areia. depois(Je quase um século de existência, herdou do pai as virtudes cívicase mornIs, a coragem .a inclinação e o gosto para as pugna~ parti­dárias. Ninguém o superou em lealdade. Homem de uma palavrató. prestativo, caridoso, sincero nas amizades e nos compromissosassumidos.

Fez época na política estadual. Houve tempo em que ter oapoio do Cel. Cunha Lima. o poderoso chefe de Mundo Novo. de­cidÍ"a os prélios eleitorais. Sem maiores ambições, ninguém pode.;ria. contudo. ser mais cioso da sua chefia. Por várias vezes seelegeu Prefeito de Areia. sua terra legendária. de tantas glóriase que tantos filhos ilustres deu à Paraíba. No último pleito de 1978ainda comandou seus núcleos eleitorais. E levou às urnas valio­sos contingentes para assegurar a vitória dos seus candidatos àAssembléía Legislativa e à Câmara Federal.

Não tinha mais as energias de outrora, mas seu invejável vi­gor lhe permitiu visitar o eleítorado, percorrêndo o Município de-automóvel e. em alguns ponto~, a cavalo. Ainda no mês de agostoesteve na Capital que ele teimava em nãó chamar de João Pessoa,mas de Parahyba. conservando os ranços de velho perrepista.

• Usava barba grande. chapéu de maSSa e. por traz dos óculos,os olhos vivos e negros contrastavam com a alvura da pele_ Huma­nO e compassivo. senhor de muitas terras, poderia ter sido rico.Mas o que tinha repartia com a pobreza. Ninguém lhe pedia aproteção, sem que não fosse atendido. Da sua mesa farta. no en­genhQ onde morava. todos comiam a mesma refeição preparadapara a família. Solteirão. tinha, porém. a casa cheia. Criou comofilhos quatro sobrinhos e [números arilhadtl~. QuasE' todo o mun­do em derredor, pobres, arremiados e ricos. o tomavam para com~

padre. Costumava dIzer Que se casara com a política, sua grandee perene paíxão durante mais de setenta anos.

Ao anuncíar à Câmara o seu fa!ecimento. como o faço agora.numa sincera homenagem, sei que interpreto o pesar da alma pa­raibana.

o valoroso político deu a vida a uma constante e examtiva lutaem prol das causas que de perto interessavam ao seu grande amorpatriótico. Merece por isso, nosso resp~ito. Neste necrológio, re­gistro a morte de um benemédto.

O SR. LUIZ ROCHA (ARENA - MA. Pronuncia·o seruintedisCUN:o.) - Sr. Presidente, 81'S. Deputados, a região sul do Ma­ranhão vive ultimamente uma experiência no setor agricola degrande im]::ortância para a economia do Estado. Em apenas 4anos. tornou-se a maior produtora de grãos selecionados. comoarroz e soja. além de possuir o maior parque motomecanizJ.do doMaranhão. A experiência a quI' nos referimos é justamente acultura de arroz e soja nas chapadas - ou cerrados.

Em pronunciamento que fizemos desta tribul1a anteríczwente,transcrevemos um documento do Governo do Maranhão, ondeexpõe e pede ao Governo Federal a inclusão da região sul doE,tado - região dos cerrados ou chapadões - no POLOCENTRO.Não há explicação que justifique 11 llão inclusão desta áre'~ noPOLONORDESTE, nem no POLAMAZõNIA ou no POLOCENTRO.já que a região está encravada tanto no Nordeste como na Ama­zônia Legal. Pelas cara>Cterísticas de solo. e também pela área. deutuãção do POLOCENTRO, deveria estar Incluída ncste programa,pois apenas o rio Tocantins nos separa da área por ele abrangida,

Dada a importãncia econômica da região sul - e tambêm pelofato de havermos nascido lá -- preocupamo-nos el11 pedir ao Go­vernador João Castelo, ainda quando na fase dt' e-IabOração deseu plano de Governo. que incluísse algumas reivindícaçées pormim apre~entadas em dezembro. além de outras. da parte dosPrefeitos da região. as quais passo a ler. para que fique bemevidenciado e esclarecldo o que cada um reivindicou:

11 .Reivindicações do Deputado Luiz Rocha pare a região doscerrados - MA:

- Município de Balsas

11 Setor Viário:

- Estrada de ligação da sede do Municiplo de Balsas á Re­gião dos Gerais de Balsas. Justifica-se. pela implantação de gran­des projetos agropecuários nessa área. com alto padrão toonoló­gico. A est.rada existente é do tipo carroçável. com tráfego precáriJ;l,mesmo na época do verão;

- Estrada de ligação da sede. do Município de Balsas a Ca­choeira do Macapá. Esta é de fundamental importãncia. paro. odesenvolvimento da pecuária daquela localidade e também porvislumbrar-se uma área de grande atração turistica.

.21 Set.or Primário:- Fundação de uma UEPAE com sede no Município de Balsas,

a fim de fornecer dados e elementos de pesquisa ao produtor ruralda região dos cerrados, orientando-os a uma -exploração agrope­cuária mais racional.

- Instalação de uma Usina de Calcário. A instalação destausina é justificada pela matéria-prima existente na região. e tam­bém pela utilização deste insumo na correção do solo. fator defundamental importância para o a.umento da produção e da pro·dutividade das culturas da região, Atualmente a inexistência docalcário na re-gião. é fator limitante para a exploração da soja- já em produção normal - uma vez que esta é bastante exigenteem solos de PH elevado.

-- Regularização das terras do Estado, proporcionando o au­mento da expansão agricola já bastante promissora nos cer-radOllmaranhenses.

- Estimular a produção de sementes fiscalizadas. impedindo.com isto, que o nosso aglicultor importe sementes de outros Es­tados. já contaminadas de doenças.

...: Modernização e ampliação da Patrulha Motomecanizadado Estado. a nível de máquinas pesadas.

- Sugerimos, ainda. a implantação de um projeto de lrrlga.­gação na Região dos Cerrados. considerando potencial hidrico ea mão-de-obra especializada existente na região. com o objetivode maior aproveitamento dos chapadões do sul do Estado.

- Estimular e orientar a Cooperativa Agropecuária de Balsas.

- Incentivo às exposiçõe.s agropecuárias de Balsas. Oportu-nidade oferecida aos produtores da região para a absorção de prá­ticas e técnicas modernas na agricultura e pecuária.

31 Comunicações:-'- Interceder junto aos órgãos federais competentes para a

instalação do sistema telefônico interurbano.

St~xnbro d~ 1979 DIARIO DO CO~ORESSO NACIONAL (Seçio I) Quinta-:reira 13 9401LB ti H8 =

4) Educação:

~ Implantação de um colégio agricola, a :fIm de preparar amão-de-obra especializada, considerando a grande vocação agro­pecuária da região,

- !Renovação dos convênios Estado-Escola Normal e ColégIoS, Pio X,

,5) Saneamento:- Ampliação das redes de energ~a elétrIca e água para os

bairros de Potosi, Nazaré e Caetano,

2) Reivindicações do Prefeito do Município de BalsM:

1) Serviços:

- Construção de matadouro muniicipaL

- Construção de mercado municipal,

- Construção de uma estação rodoviária.

2) Comunicações e Transportes:

- Instalação de um sistema telefônico interurbano,

- 'Conservação e ampliação do sistema de estradas vicinais,

3) Saneamento:

'- Ampliação e melhoramento do sistema de abastecimentode água ti sede.

4) Infra-estrutura:

- Ampliação e melhoria da rede de distrib\1ição de energia.e<1!étrica.

3) Reivindicações do Deputado LuÍZ Rocha para o Município

de Loreto:Município de Loreto1) Setor Viário:

- Estrada ligando Loreto a Batateiras - (8. Félix).- Estrada ligando Loreto a Sambaíba. '~ Estrada ligando Loreto ao rio Parnaíba, passando pela.'

região da Ilha de Balsas - (Ribeiro Gonçalves/PI),2) Saneamento:- Açude nas localidades Boqueirão e Anajás.

3) Educação:- Instalacão de Curso de 2.0 Grau (Normal).- 'Construção de uma unidade escolar em llonórLo, com duas

saIas de aula.- Construção de uma unidade escolar, com duas salas de

aula, em Piaçaba.- Construção de uma unidade eS<lolar, com duas salas de aula,

em Picos.

4) Justiça:

- Construção do Forum.4) Reivindicações do Prefeito do Município de Loreto:

1) Educação e Cultura:

- Criação ,de Escola Normal na s(~de;- Constr-ução de prédio para Biblioteca Pública Municipal.

2) Saúde:- -Construção de um mi.níporto no povoado de Sonhém.

3) Comunicação e Transportes:- Implantação de torre repetidora da TV de Uruçui - FI,

servindo a toda a região.- Piçarramento de 90 km de estl'iada, ligando a sede à Ilha.

de Balsas, região mais produtora do Município,,5) Reivindicações do Deputado Luiz Rocha para o Município

de Riachão:

1) Setor Viário:- Construção de estl'ada ligando a sede à Fortaleza dos No­

gueiras. passando pelos povoados de Bacuri e Cantos dos Currais.- Es'trada ligando Bacuri. Cantinho e Paraíso (Porto Franco).- Estrada ligando a sede com a região da Lapa, passando

por Brejo GI'ande até o Porto Cordeiro no rio Manoel Alves Grande.

2) Setor Primário:

- Instalação de um posto da CIME:C para atender aos produ­tores do Municip.Ío.

- Con.strução de açudes púb1,lcos na região carente d'âgua,para uso da população e do rebanho bovino.

3) Saúde:- Ampliação e reequipamento do hospital local,4) Educação:

- Instalação de uma Escola Normal na sede do Município.S) Diversos:- Restabelecimento da Comarca de Riachão.- Abertura de agência bancária,6) Reivindicações do Prefeito do Município de :Riachão:

1) Serviços:- Instalação de uma agência bancária (Banco do Brasil),- Restauração da Cadeia Pública.2) Educação:- Instalação e equipamento dll uma Escola Normal.- Equipamento para o prédio do Ginásio Bandeirante.- Ampliação do quadro de professores.3) Transportes:- ,Piçarramento de 72 km de E>.Strada de -rodagem, ligando a.

sede ao Município às zonas produtoras do interior,

4) Saúde:- Contratação de mais um médico,- Criação de um quadro de enfermeiras para <I hospital7) Reivindicações do Deputado Luiz Rocha e do Prefeito do

Municipio de Fortaleza dos Nogueiras para o Município:

i) Urbanismo:- Construção das praças Martinho Nogueira e Ismael No-

gueira.- Calçamento das ruas, na sede.- Iluminação do povoado Canto dos .Currais,2) Rede Viária:- Construção de uma estrada ligando Fortaleza a Riachão,

via Canto dos Currais.- Construção de uma estrada ligando Fodtaleza a Paraíso,

via São Pedro dos Crentes.3) Serviços:- Construção do prédio da Prefeitura.- ,Construção de um cemitério.- C0l1Strução de um abrigo para indigentes.4) Equipamentos:- Aq,uisição de um trator de esteira.- Aquisição de uma caçamba basculhante.

5) Educação:- Construção do Grupo Escolar Menino Jesus.- Conclusão do Ginásio Bandeirante,_ Construção de uma unidade escolar, com quatro salas de

aula, em Canto do Currais,- Construção de uma unidade escolar, com duas salas de

aula. em Brejáo. ,- Construção de uma unidade escolar, com d'UElS salas, em.

Boi Liso.- -Construção de uma unidade escolar, com duas salas, em São

Joaquim,- Criação do Curso Normal.- Construção de uma quadra de esportes,- Construção de um parque infantil.- Construção de um prédio para Biblioteca Municipal.6) Comunicações:- Construção de uma torre de TV,- sistema de comunicacão de telefonia e radiofonia.- Construção de uma âgência de correiOS e Telégrafos.

7) Saúde:- Contratação de um médico para servir exclusivamente ao

Municipio.Desta forma, Sr. Presidente e 81'S. Deputados; reitel'amos nosso

apelo no sentido de que o Governo FE'deral inclua, na programaçãodo POLOCENTRO, a região sul do Maranhão, bem como sejam,dados os meios necessários para a instalação do slstema de tele­fones interurbano e sinal de televisão para os Municípios do sertãcmaranhense.

Era o que tinha a dizer.O SR. JUAREZ FURTADO (MDJi - SC. Pronunci~\, o seguinu

discurso.) - 81'. Presidente, 81'S. Deputados, em 1973, ao eclodir acrise do petróleo, sombras ameaçadoras começaram a pairar sobreo mundo civilizado, até então {j,uase que totalmente dependente

9402 Quinta-feira 13 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seçã.o I) Setembro de 1979

daquela fonte de energia farta e barata. Após o choque inicial,aumentos paulatinos e draconianos foram impostos, e não custoumuito até o mundo entender que a brincadeira tinha apenascomeçado, tornando-se impossivel prever quando terminaria.

Todavia, o problema nunca foi levado a sério em nosso Pais.Sugeriu-se a criação das "simonetas". vieram os contratos úe risco.que, até o momento. em nada contribuiram para a aumento dRnossa produção - e foi tudo durante muito tempo.

Na verdade, nada se fez de concreto para substituir a impor­tação de petróleo ou para criar fontes alternativas de energia,Nenhum planejamento global foi sequer tentado e as medidas queora vemos em vigor não passam de meros paliativos.

A PETROBRÁS, desde a sua criaçãa. em 1960, deú~cou-se menosà perfuração de poços petrolíferos e mais a uma série de outrasatividades que incluiam - por incrivel que pareça - de fertílí­zantes a frangos para o Iraque, conforme denúncia publicada non.o 566 da Revista Veja.

Alarmada, ou mesmo encorajada pela ameaça da crise ener­gética, a NUCLEBRÁS embrenhou-se na ambiciosa aventura deIn.stalar um potencial de produção nuclear de 10 milhées dé quilo­watts até o final do século. Alegava-se que o vasto potencial hidro­elétrico do Pais estaria esgotado até o ano 2000. Um estudo recente,feito pela ELETROBRAS, constatou que as necessidades brasileiraspoderão ser totalmente supridas por usinas movidas a carvão e aálcool, até, pelo menos, o ano 2000. Para completar o qURdro.sabe-se que o custo da energia nuclear será cinco vezes mais altoque o da produzIda pelas usinas hidrelétricas. Em todas as frentes- necessidade, custo e segurança - o programa nuclear provou­se um retumbante fracasso. tornando-se até difícil para () Paishonrar os compromissos assumiC10s com a assinatura dos contra­tos, e mostrando o descompasso existente na formulação da nossapolítica energética.

Não havendo qualquer decisão racional por parte das aut.o­ridades, criou-se a desordem no campo energético. que foi repas­sada ao mercado. A "economia de guerra", preconizada pelo Go­verno. e a recém-criada Comissão Nacional de Energia, até omomento, não originaram qualquer plano global convincente. e osprejuizos para o Pais já se fazem sentir nos mais diversos setores.

Os cortes no fornecimento de óleo combustivel, uma das mecü­das impensadas postas em prática, estão criando sérios entravespara a produção industrial do Pais, e o Estado de Santa Catarina·tem sido duramente afetado.

Entre 1959 e 1977. o número de indústrias no nosso Estadopassou de 5.914 para 14.119. O cadastro industrial elaboracio pelaFIESe - Federação das Indústrias de Santa Catarina - demons­tra que "as possibilidades agrícolas do Estado sofrem determinadaslimitações, se confrontadas com as potencialidades de outros Es­tados". E conclui que Santa Catarina só competirá em termos deprodução de riquezas com os Estados sulinos "se fizer do seu parquefabril a pedra angular de sua economia".

Além disso, nobres colegas, como a demanda anual de novosempregos atinge 70 mil, só o vigor i.ndustrial poderia equacionar osproblemas econômicos e sociais catarinenses,

Apesar de todas as dificuldades naturais, o setor secundáriorepresenta, agora. mais de um quarto da renda interna do Estada,quando. em 1960, essa participação não chegava a 19 por cento.A taxa média anual do valor real da produção cresceu para 14,6por cento nos últimos sete anos, e o número de indústrias duplicou.

Srs. Deputados, o Estado de Santa Catarina não pode terembargado o seu processo de desenvolvimento, mormente numaépoca em que se avolumam as tristes conseqüênCias da inflaçãoe da má distribuição de rencia sobre o nosso povo. Se as indúst:iaspararem, ou mesmo diminuirem a produ<;âo. teremos o desempregoem massa e uma séria débâcle econômica em nosso Estado.

Os cortes do óleo combustível levarão o setor industrial deSanta Catarina a uma situação critíca e perigosa. Afinal, não sepode substituir o óleo de um momento para outro Se tivessehavido, por parte do Governo, um planejamento coordenado eeficaz, teríamos hoje uma forma de contornar a crise, usando defontes alternativas de energia para suprir a maior parte dasnossas necessidades, Enquanto isso não é feito, mister SI" faz pelomenos mante:' as cotas de combustível nos níveis em que estão,a fim de não agravar os problemas sociaLs e económicos que jáestamos enfrentando.

A FIESC propõe soluções válidas - que apoiamos literalmente- no sentido de q,ue o Governo Federal consldere priOlitarias, napolítica carbonifera. as bacias de carvão metalúrgico, por suasimplicações no plano siderúrgico nacional. 'El, ainda, que seja ati­vada e dinamizada a implantação da usina de gaseificação paraa região carbonifera de Santa Catarina, e que a implantação daSiderúrgica Sul Catarinense obedeça ao estudo de viabilidade ela­borado pelo Governo do Estado,

Que o Conselho Nacional de Energia considere essas medidascomo de alta relevânci.a para a definição e eficiência ç/a polítiCaenergética no Estado de Santa Catarina, tal como foi consideradade importãncia a criação da SIDERSUL.

O SR. SIQUEIRA CAMPOS (ARENA - GO. Pronuncia o se·guinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs, Deputados. em assembléiageral realizada pela classe, foi decidido o fim da greve dos Aten­dentes e Auxiliares de Enfermag,em do Estado de Goiás, na últi­ma segunda-feira. dia 10 de setembro.

A curta duracão da greve e o fato de nela haver-se envolvidoapenas uma parcela das duas abn·egadas categorias demonsh'am,SI', Presidente, que tinha razão o Dl'. Clodoveu Dourado Azevedo,Secretário da Saúde do Estado de Goiás, quando afirmou quenão era desejo dos Atendentes e dos Auxílíal'es de Enfermagemda rede oficial de saúde do Estado fazerem movimento paredis­ta. Todos sabemos que estavam eles cient.es e conscientes da lutaque o Secretário c\a Saúde vinha desenvolvendo para que fossefeita justiça social a todos os servidores do setor, muito em es­pecial aos de níveis mais modestos.

Na realidade, o Dl'. Clodoveu Dourado A7.evedo, somente aqui­esceu em assumir a Secretaria de Saúde de Goiás diante da fir­me posição do Governador Ary Valadão em dotar o setor de re­cursos p3ra sua r2org:mizaciio :o ~mpliação e, esp:oclalmente, p:J.raque fossem estabelecidas condições salariais menos injustas aosseus servidor,es.

As conquistas agora ensejadas aos Atendentes e aos Auxilia­res de Enfermagem do Estado de Goiás, contaram sempre comtodo o apoio do Secretário da Saúde. Tanto é que desde o inicio.muito ant'8s de qualquer gestão de l'epresentantes da classe, oDl'. Clodoveu Dourado Azevedo anunciou sua disposição de levarao Governador Ary Valadão proposta praticamente igual a agoraaceita por todos. pelas duas classes e pelo Governo de Goias.

Toda a opinião pública de Goiás sabe que o movimento pa­redista que ora finda, com ·espetacular vitória das Atendentes eAuxiliares de Enfermagem, do Govel'no e do povo de Goiás. nãoenvolveu a maior parcela das classes, e que, mesmo assim, visavao movimento apenas a satisfazer aos objetivos desestabílizadoresda sociedade buscados por alguns políticos oposicionistas,

Diante da firme atitude do Secretario da Saude e de sua po­sição de solidariedade às justas pretensões dos s·ervidores da Saú­de Pública de Goíás, não houve possibilidade de êxito para a ba­derna programada pelos ~nsufladores do ódio e pregoeiros do caos,

Por diversas vezes, Sr. Presidente. o Dl'. Clodoveu DouradoAzevedo manifestou-se por salários condignos para os servidoresda Saúde Pública de Goiás, todos eles, desde {) Atendente ao Mé­dica, €m quase que total aviltamento. mercê da politica negati­vista. injusta e até criminosa do Governo passado, que deixou semqualquer reajustamento os servidores públicos de Goiás, especial­mente os de pequenos niveis.

Assim, quem gostaria de ter estabelecido uma remuneraçãomaior do que crS 3,150.00 para o Atendente e de Cr::! 3,950,00para o Auxiliar de Enfermagem, seria o próprio Secretário daSaúde, pois ele, unoi dos grandes conhecedores da realidade socialdo povo brasileiro. sabe perfeitamente da impossibilidade da presotação de bons serviços com pessoal miseravelmente remunerado,como O é O da área de saúde de Goiás.

Mas a verdade é que o Estado de Goiás. após a passagem doSI'. 1rapuan Costa Jr, pelo Governo. ficou sem condições de se­quer fazer funcionar sua máquina administrativa, que somentenão parou em razão dos esforcas do Governador Ary Valadão ede sua equipe. especialmente dos ingentes sacrificios dos servido­res do Estado; além disto, por haverem os Deputados Grupo Ira­puan negado autolização ao Gov·ernador para que ele conseguis­se recursos destinados a equipar o setor de saúde e a remunerarbem os seus funcionários,

Concluída a greve, Clodov·eu DOurado Azevedo, com os SelLgauxiliares, retomou as g·estões c os esforços para conquista derecursos para Goiás, especialmente para a sua área. de saúde,onde praticamente nada exist,e que possa servir à comunidade.

Os programas e projetos elaborados pelo Secretário da Saúdede Goiás são tão práticos e objetivas que diversos setores daadministração fed·eral. notadamente da Previdência e da Saúde,vêm encampando para adotá-los em diversas regiões do Pais,

Em decorrência do prestígio adquirido nestes seis meses deadministração, Clodoveu Dourado Azevedo vem obtendo grandessomas de recursos pa.ra a Saúde Pública de Goiás, contando com!l garantia dos Ministros Jair Soares, da Previdência Social, eCastro Lim:1, da Saúde, bem como do Superintendent~ da SUnECO,Dl'. Renê Pompeu de Pina, de que poderá implantar uma magni­fica estrutur.:J. de assistência médica, Odontológica e h03pitalarpara todos os goianos, inclusive aqueles das regiões interioranasmais distantes e até aqui inteiramente marginalizados.

Setembro de 1919 mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçã.o I) Quinta-feira 13 9403

Os elogios que presencLei ontem {) Ministro Jair Soares fazerà atu::u;ão, aos programas e aos projetos do Secretário d::t Saúdede Goiás são uma consagral(ão náo somente para Clodov,eu Dou­rado Azevedo, mas para a Administração A1:y Valadão e paratodos nós que a apoiamos.

Foi até bom, Sr. Presidente, que os D0putados do "Partidodos Banqueiros" e alguns agitadores da Oposição intentassemtoda aquela trama contra Clodoveu Dourado Azev,edo. S·em elanão teria sido possivel chegar ao resultado a que chegamos: .todoo p,-,ssoal da área d·e saúde está unido em torno do ~eu ~he!ee líder, e extraordinariamente motivado para a reorg::tmzaçao dos.etor, com o nobl'e objetivo de servir ao povo goiano.

Ao finalizar, Sr. Presidente, quer<> aplaudir a ,çonduta firmedo ilustre S·ecretário da Saúde de Goiás, que, apesar de ser umhomem fraterno e humano, não permitiu que certos desord·eirostumultua.:osem o Estado de Goiás e não aceitou a entrega a mãosespúrias dJ- bandeira de luta do p,-"ssoal da Saúde Públic3. do

. Estado de Goiás. É um eXBmplo que deve s·er seguido, pois semrespeito à autoridade não pod,emos chegar a bons acordos nema satísf3.tórias conc)usões.

Transmito, pois, meus sinceros parabéns ao pessoal do setorde S:túde Pública de Goiás, ao seu líder Clodoveu Dourado Aze­vedo, ao Gov·erno e ao povo. de Goiás por esta expr·essiva vitóriaconduzida pelo Secretário da Saúde de Goiás para todos nós.

Era o qne tinha a dizer, Sr. Pre:;idente.O SR. GILSON DE BARROS (MDB - MT. Pronuncia o se­

guinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. D0putados, recentemente,em Cuiabá, procedeu-se à inauguração de um prBdio suntuoso des­tinado a abrigar as repartições públicas do INAMPS. Contudo, Sr.President.e, a granfinag.em da obra, criticada, inclusive, pelo Sr. Mi­nistro da Previdência Social, presente às testividad-es, nã·Q bastoupara contentar os milhares de segurados da Previdência Social,que, dia após dia, em enormes filas, postulam uma oportunidaded,e atendimento. Muito pelo contrário, o edifício construído emCuiabá contrasta com o mau atendimento of·er,-,cido· àqueles quenecessitam do Instituto, particularmente do seu· sobrecarregadoserviço médico. Essas filas, segundo consta, são engrossadas porsegurados (contribuintes) vindos de Municípios vizinhos, nos quaisnão existem condições de atendimentos,

Agora, r·ecebemos da cidade de .hlto Garças, no sudeste doEstado, um extenso documento, um "abaixo-assinado", contendo1.269 assinaturas de contribuintes - s,egurados da Assistência So­cial, que reivindicam, por essa forma, um posto de atendimentomédico para a região. No pungente documento, afirmam que, nascircunstâncias atuais, embora contribuint·es urbanos, são obriga­dos a se deslocarem por 56 'quilômetro!; de rodovia, quando neceB~

altam de assistência médica, com evidentes sacrifícios.Em Alto Garças, Srs. Deputados, existe um hospital montado,

de propriedade da Associação Hospitalar Cristo Rei, o qual, deBdeo eX'2rcício d.e 1976, requereu o seu credenciamento perante oInstituto, sob o n.o 1017479176, DER 200676. Quer-nos parecer queas despesas decorrentes deste credenciamento não onerará os co­fres do INAMPS de modo a torná-lo impeditivo. Afinal, há quehave.r reciprocidade entre partes, posto que os objetivos assisten­ciais são perfeitamente definidos.

Por isso que, Sr. Presidente, venho à tribuna desta Casapara solicitar ao Ex.mo Ministro da Previdência Social e às au­toridades do INAMPS as suas valiosas intervenções neste assunto,que, sem dúvida, é do alto intel'esse de ponderável parcela dopovo de Alto Garças.

O sa. DASO COIMBRA (ARENA __ RJ. Pronuncia. () seguintediscurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,-,por uma questão dejnstiça e para que se alcance a paz sodal, é necessária uma poli­tica salarial. uniforme.

Passo importante nesse sentido tomou '0 Governo Federal aoenviar ao Congresso Nacional mensagem estabeLecendo aumentossemestrais aos assalariados regidos p'üa CLT. Mas é necessálioque outras categorias profissionais v,enham fi, ser beneficiad.1lScom dois aumentos anuais para diminuir os efeitos negativos doelevado aumento do custo de vida.

Nesse sentido apresentamos uma emenda à mensagem gover­nanlental, estabelecendo idêntico tratamento aos aposentados pelaPrevidência Social. Esta intenção tivemos o ensejo de anunciarem discurso nesta tribuna, há dez dias,

Também nos lembramos dos servidores públicos federais, nasua maioria injustiçados pelo atual plano de cargos e vencimentos.Eles também sofrem as conseqüênciB..!1 da inflação, e para elessolicitamos, em pronunciamento feito há duas semanas, a atençãodo Q.overno. através do DAS?, no Bentido de estender aos fun­cionários publicas os benefícios de aumentos semestrais.

Ficamos satLsfeitos com as primeirs.s reações favoráveis doGoverno a estas nossas solicitações e também com a repercussão

que o a.:osunto v·em alcançando, através de discursos feitos n,estatribuna por colegas nossos da Câmara dos Deputados.

1ll t,,-,mpo, pois, d{) se alcançar a paz social, est..enden.d~ a?sBervldores públicos, aos inativos e aos apos,enbdos.d.a PrevldenclaSocial os beneficios do aumento semestral de salano.

O SR. MILTON BRANDAO (ARENA - PIo Pronuncia o se­guinte discurso.) _ Sr. Presid-ente, temos sido constantes em pro­nunciamentos nesta Casa, abordando problemas nordestinos. Hoje,regressando da nossa r~gião, traz.emos n3. mente a angústia e osofrimento das nossas popu1:l.ções. ~rodavia, tivemos um momentode satisfação, de alegria. É que o Br. Pr,,-,sidente João FigUoeir-edonos beneficiou em um dos it·ens mais importantes das n<JSSasreivindicações.

Trata-se do emprego de, aproxi!hs.damente, dez bilhõ,'-'3 decruzeiros em obras de pequena e média açudagem e de aberturade poços tubulares na nossa área.

Os nordestinos, que têm o pensamento voltado para Deus epara OS governantes da nossa Pátria, são agradecidos ao Governopela providência e confiam no seu patriotismo, no equilíbrio dasBuas d,ecisões, no .espírito de justiça que v·em norteando suas ações.

Ê possível que, assim, tenhamo~~ no futuro r·eduzidas as d·,-,si­gualdades regionais, tão comprometedoras das nossas inclinaçõese dos sentimentos de solidlUiedade humana.

S.empre fomos sinceros em nossas palavras, dai ;t nossa con­vic~Jão de s.eu acolhimento por parte dos responsáveis pelos nossosdestinos. Nesta Ca.sa, os ilustres parlamentar.es que nos conhecemsabem das nossas intenções, dos nossos propósitos, que se conju­gam com os dos patriotas que, como nós, defendem o estabeJ.eci­mento de novas fórmulas para um melhor equilíbrio entre oshabitantes das várias regiões desse imenso Pais. Por certo tive­mos, durante longos anos, a indif·erEillça de ilustres homens públi­cos, que, não sentindo na pele, na carne, a dor que nos atormenta,que nos intranqüíliza, que nos deprime e humilha, nos deixaramem condições de desigualdade, não foram sensiveis às nossas rei­vindicações. P,ersistimos, advogando sempre em favor das nossasproposições, e por fim nossas palavras encontraram eco.

Estas as razões por que aplaudimos, na qualidade de brasi1eiroe nordestino, as iniciativas do Governo João Figueiredo, estimu­lando seus destacados Ministros - e aqui nos l'eferimos especial­mente ao do Interior, Mário Andr·eazza, e ao do Planejamento,Delfim Netto -, esperando que continuem no caminho que vêmseguindo, Assim procedendo, estarão S. Ex.l\S oferecendo sua con­tribuição civica para a integração e melhoria das llondiçõ·es devida das populações nordestinas.

O SR. WALTER SILVA (MDB - RJ. PronuncillJ, o seguintediscurso.• - Sr. Presidente, 81'S. Deputados, os metalúrgicos es­tão em greve no Rio de Janeiro, em luta pela melhoria salarial.Pedem 83% de aumento e os patrões só oferecem 71%, () queé muito pouco.

É maLs uma manifE!stação do operariado esmagado pelo bru­tal aumento do custo de vida. Ê mais uma reação dos assalaria­dos, vítimas de uma política de combate à inflação clmtrada tão­Bomente no achatamento salarial, ~mquanto lucros €' preços po­dem subir à vontade.

Enquanto J.s.so o próprIo Governo realimenta a inflação. On­tem foi o aumento violento do preço da gasolina e derivados dopetróleo, sem nenhuma razão pla;usível, sem nenhuma. explicaçãotécnica, sem qualquer consulta ao Congres.so Nacional.

Hoje, nova e violenta desvaloril!ação do cruzeiro em relaçãoao dólar - a maior desde 1967 - fazendo Bubir mais ainda ocusto de vida.

Ê o mesmo Governo que mantém esta inconcebível correção·monetária, sem dúvida alguma, o instrumento maior de reali­mentação da inflação que se inventou, para sugar rendas e elevaro custo de tudo o que se consome no Pais.

Enquanto ísso, o Governo que é de banqueiros -- o Ministrodo Trabalho, ao invés de ser um trabalhador, é um l>anqueiro ­nega os aumentos necessários à correção dessas distorções derenda. Em compensação manda ao Parlamento um projeto de leisalarial que é um verdadeiro escárnio à inteligência nossa e dotrabalhador brasileiro.

E manda prender ,lídereB sindicais - como é o caso de OlívioDutra, no Rio Grande do Sul - de :projeção nacional, em um re­trocesso e num desmentido à sua pretensa política de distensão.

Não resta ao trabalhador brasileiro assim sufocado senão orecurso à greve. É a única arma que lhe resta, em um regime quese mantém autoritário, arbitrário e cego à nova realidade queexiste, vive e palpita, em todos os q[uadrantes de nossa Pátria.

Ontem, foi o T8T que anulou a sentença do TRT de BeloHorizonte, para reduzir o aumento dos trabalhadores na cons­trução civil.

94114 Quinta-feira 13 DJARIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção J) Setembro de 19'UI

Hoje. nega-se o aumento pedido pelos metalúrgicos do Rio deJaneiro. Nunca se viu tanta insensibiJidac'e.

Enquanto 05 líderes sindicais de trabalhadores são preso,;.não se vê nenhum empregador na cadeia porque aumentou pre­ços. especulou. acamb;:(rcou ou exercitou J lock out.

Nossa palavra aqui é de plena solidariedade aos metalúr­gicos do meu Estado. .lâ os de São Paulo tiveram de apelar paraa greve para verem atendida,; as suas reivindicações. O Governonão quer a, greve. mas a obriga na medida em que nega o aten­dimento às reivindic3.çô"s. apoia 05 patrô, na sua c"g:t intransi­gência c se incompatibiliza cada vez mais com a sociedade comoum todo. pelas medidas de arbítrío que toma. imune ao clamordos pobres. dos oprimidos. dos que gemem ,ob o guante de umarepressão. que não é apenas a da violência policial. mas a re­pressão salarial que há 15 anos se abateu sobre o País.

Ê tempo de voltar atrás. Ê tempo de se permitir, pelo menos.que a Jll3tica do Trabalho possa resolver os conflitos trabalhistas..sem o guante do Executivo que impõe indices e não dá liberdadede julgamento. segundo a realidade do custo de vida e da infla­ção.

É o que tínhamos a dizer. Sr. Presidente.

O SR. HILDÉRlCO OLIVEIRA (MDB - BA. Pronuncia o se­guinte discurso.! - Sr. Presidente, 81'S. Deputados. passados ape­nas seis meses da grande inundação na região do São Francisco.vários Municípios ribzilinho.5 baianos d"trontam-s8 com um:lseca fadada a enorrr.e miséria naquela área. Dezesseis municí­pios. no Estado da Bahia. defrontam-se com a inclemência daseca qU8. in8xorável, vai ceifando milhares de rebanhos de gadocaprino e bovino.

Juazeiro, Município que muíto sofreu com as últimas enchen­tes de março. sofre. atrozmente. agora. com a falta de água. aponto de o seu prefeito municipal solicitar. ao Governo do E,s­tado da Bahia. a decretacão do estado de emergência.

Outros Municipios situados à. margem do rio 8ão Francisco.como. por exemplo. o de Barra, já estão, em pleno mês de se­tembro, solicitando do Governo o envio de carros-pipas, a fimde evitar o êxodo de suas populações. Imaginem. Sras. e Srs.Deputados. quando chegar o mês de novembro! 8erá uma cala­midade maior! É mister, pois. que todos nós nos congreguemos.junto aos Governos Federal e Estadual. no sentido de SolUCIonar­mos problema tão angustiante e que tanto nos entristece.

O 8R. AUDALIO DANTAS I1\IDB - sr. PronunCÍa o seguintediscur~;o.1 - Sr. Presidente. Sras e 81'S. Deputados, na sessão doúltimo dia 10. consagrado a Imprensa, falei em nome da lide­rança do MDB. assinalando que aquela data não pode. ainc1a. sercomemorada com festas. pois em nosso Pais não vivemos a plenaliberdade de informação.

Os instrumentos restritivos dessa liberdadc. sem a qual asdemais' não subsistem. estão intactos. E a qualquer m'l<nento.dependendo tão-somente da vontade dos detentores do Poder,pode ser estabelecida a censur:! prévia aos órgãos de comunicaçãosocial.

O Dia da Imprensa. portanto. tem hoje um sentido especial pa­ra os jornalistas brasileiros. ou seja. a necessid:lde de reflexão so­bre a realidade Vivida pelo País Em outras pal:wras. SI' Presidente,o Dia da Imprensa. para os verdadeiros jornalistas. para aquelescujos únicos compromissos são com a verdade da ínformado. éum dia de luta. Uma luta que contínua.

Em meu discurso do Dia da Imprensa prestei a minha ho­menagem e a do meu partido a todo'i os iornaJistas brasileirosque lutaram e continuam a lutar pela liberdade de imprensa.Hoje. presto a minha homenagem a dois íornallstas plenamenteidentificados com essa luta. dois homens que exercem com co­rogem e di"'llidade a sua profissão. Um desses homens. o Jorna­lista Clóvis Sena. lutou e luta dentro de nossas fronteiras; ou­tro. Neiva Moreira. volta de um exílio de 15 anos. desterro qUésofreu por lutar contra o arbítrio.

A luta de Neiva Moreira. ,1ornalísta. estudioso dos problemasdo Terceiro Mundo. é o tema de um livro escrito pelo JornalistaClóvis Sena.

Poucos homens se dão tanto à luta pela tomada de consciên­cia, pelo despertar dos povos do Terceiro Mundo, quanto o bra­sileIro Neiva Moreira. há 15 anos no exílio. cuja situacão trans­formou em instrumento de luta e não de ;lbatimento ou deprE'ssão,a vender sua dor aos outros.

A trajetória desse admirável jornalista e político está no li­vro "Neiva Moreira - Testemunha ele Libertação". que o jorna­lista Clóvis Sena acaba de lançar. através do qual. com excele-l1­te técnica narrativa. o autor nos põe a par das grande," lutastravadas no País a partir dos anos 50 e lavt'a. o seu ínconfonnis­mo crítICO face aos rumos tomados pelo Bra"ll pós-Mo

Ex-dirigente da União Nacional dos Estudantes dos an03 50 erepórter parlamentar durante estes últimos 20 anos c2nsecutivos.Clóvis Sena é testemunha dos fatos que apresenta neste seu livrode protesb e de grande amor pelo sofrido povo bra3ileiro.

Era o registrD que deseJ ava fJ.z"r. na qualidJ.de de r2pr"s'2n­tante do povo de São PaulD e de jornalista.

O SR. JERôNIMO SILVTANA (l\lDB - RO. Pronuncia o se­guinte discurso.) - Sr. Presidente. 51'S, Deputados, formulamosapelo ao S1'. Presidente da República. que visita esta semana oTerritério de Rondônia, para que dê solução urgente ao, proble­mas que afligem a população daquele E3tado. que permanece co­mo Território.

O problema energético e rodoviário aguarda uma definiçãopresidencial. O asfaltamento da BR-3S4 e da estrada Porto Velho­GUJ.j:trá-Mirím agu:trda, há anos, uma medida enérgic:\ da Pre­sidência da República. O povo espera definições e medidas con­cretas do Governo sobre esses gr:tves probl·emJ.s. que .são da esf,erade competência federal.

Da meSma forma, ag'uardamos uma definicão presidencialsobre a reabertura da garimpagem da cassiterita em Rondônia,fechada desde 1971. Os garimpeiros reivindicam a liberação deáreas onde possam exercer suas profissões. perseguidos que seacham pela Polícia.

A criáção do Estado de Rondônia. através da aprovação denosso Projeto de Lei Complementar n.o 64176, aguarda tambémuma definição do Governo FeelerJ.l. É uma Justa e sentida reivin­dicação de nosso povo.

O povoamento p"euário de Rondõnia aguarda, uma :lcãD 2fe­tiva do Governo. através do Ministério da Agricultura. Agora m2smorealiza-se Exposição-Feira Agropecuària em Porto Velho, mas ospreços dos anin1:lis <;e torn:lram proibitivos, chegam:D :üé aCrS 25.000.00 o preço de uma vaca de cria. Ninguém pode comprarmatrizes em Rondônia com esses preços, Onde está o fomento doMmi,tério da Agricultura? O presid::mte vai visitar es,a Exposi­,ão Agropecuária. que se frustrou totalmente pelos preços proibi­tivos do gado oierecido aos criador,es. O povoJ.mento pecuáriél dal'egiâo só poderá ocorrer com as matrizes a preços acessiveis ouaté mesmo subsidiados. Quais as facilidade oferecidas aos criado­res de RondôniJ.? Nenhuma. Dificuldade, d? financiam:'I1tOõ eprecos das matrizes, totalmente descontrolados. As matrizes. quedeveriam ter um preço mínimo. não têm Cobram o que querempor uma vaca ou novilha, Que exposição é c,;sa que nada facílítaaos criadores? Esperamos qUe o Presidente da República sinta deperto o problema quando visitar a Exposição de Porto Velho.

Rondónia inteira aguarda uma definicão clara do Presidenteda República sobre a construção da Usina 'Hidrelétrica de Samuel.em Porto Velho. e das mini-hidrelétricas nos MunIcípios do in­terior.

DJ. mesma forma. faz-se necessário o posicion:tm.ento do Go­verno Federal apoiando o plantio de café em Rondônia. Não hâapoio e incentivo para os plantadores de café. O rBC precisacriar uma agência em Rondônia para fomentar o cultivo do café.

A Previdéncia Socíal ainda não chegou a Rondónia. O INPS­INAMPS não tem uma Superintendência Regional. O INPS nãotem agência nos Municípios do interior do Território. O atendi­mento dos segurados da Previdência 2m Rondônia tem sido umacalamidade social. O povo aguarda definição :? providências con­cretas do Presidente da República sobre as atividades da Previ­dênCIa Social na ârea. Da mesma forma, o problema de saúde,que reclama a eonstru,âo de hospitais desde Porto Velho e emtodos os Municípios do Território. onde a malária faz inúmera..,vitimas.

O povo de Rondônia aguarda ansíoso a criação da Univer­.sidade Federal para a nossa juventude, O Territóno foi esquecidopelo Governo no campo do Ensino Superior. Criaram UnivenidJ.desno Acre. Mato Grosso e Amazona.s. e esqu"ceram de criar emRondÔnia. É tempo de o Governo Federal cuidar de solucionaresse grave problema de nossa juventude.

Ê da maior urgencia que o Sr. Presidente da Repúbllca equa­cione o gravíssimo problema social de .Justiça em Rondôl1la O Ter­lltório se acha sem Justiça. nã anos que Se reclama uma Lei deOrganização Judiciária para a Unidade. com a enação de novasComarcas, Cartórios e Varas na Capital. Conforme já assinaleiíl,úmeras vezes, os Municípios do interior não tem a presenca da.Tustica, lato que gera a insegurança e fomenta a criminalidade.t\ violência policial el11 Rondônia é uma realidade. com torturase até mortes de pI'esos nas dependencias da Polícia.

O saneamento básico e o abJ.stecimento d'água em RondôniarecL:\mal1l providências urgentes do Governo Fed"ral. A faltad'agua em Porto VE'lho é lUl1 suplício para as populaçóes da peri­feria da capital 1': cidades do interiar.

:8~tembr(} de 1979 D1AltIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção 1) Quinta-feira 13 940~

Faz-se neces:.sária uma ação eficaz do Govérno Federai apoian­<lo a navegação fluvial na Amazônia Ocidental e com relevo noVale do Guaporé, Madeira, purus e rios interiores.

li; da maior urgência e oportunidade a criação de um ProgramaEspecial de Desenvolvimento ao Município de Guajará-Mirim eVale do Guaporé, com o fomento ali do povoamento pecuário,plantio de café e cacau.

É preciso melh{lr equipar os órgãos federais sediados -em Ron­dônia, ou seja, criação de ag'ência da Caixa EC{lnõmica com auto­nomia de ação; criação de Delegacia do Ministé..io do Trabalho, queatualmente mJ.ntém uma subdelegacia que nada fiscaliza na área;criação de uma representação da 8UDAM em nosso Território;criação de uma agência do BNH, para. levar às popu!J..ções os be­neficios das casas populares até hajle ausentes de Rondônia. Êpreciso construir casas pOpUlal'tlS na Capital e no interior,

O Governo Federal precisa adotar medidas concretas com re­lação à constmção doas estradas vicinais no Território. Tão urgen­te quanto os transportes urbanos são os transportes na zona rural,para amparar os produtores,

A reconstrucão da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. como seu reaparelh:amento, é uma reivindicação justa do povo deRondônia que hoje se insere nas metas da economia de combus­tíveis, pois a erradicação de certos ramais ferroviários, inclusive daEstrJ.da d·e Ferro Madeira-Mamoré, constitui-se num dos maiores'erros da administração pública no Brasil. Seria oportuna a cons­trução da Estrada de Ferro Vilhena E. Porto Velho, para possibi­litar o escoamento da produção através do rio Madeira.

:m oportuno que o Governo Federal examine o gravíssimo pro­blema da devastação da Amazônia, com o estabelecimento do zo­neamento agrícola para o aproveitamento racional de nossas terras.É preciso acabar com a devastação de castanhais e seringais na-tivos. .

A transferência das áreas devolutas da União aos Municípiosé uma luta nossa no Congresso que d.ata de 19-75. Agora se con­creti:ca essa reivindicação, com a vitória de nossa luta.

Nós, que promovemos uma oposição fiscalizadora, enérgica edestemida, com grandes sacrificios, s3,bemos também r·econheceros acertos do Governo, quando procura aceitar as nossas suges­tõ<"s e reivindicações, projetadas sempre no interesse das camadasmais humildes do nosso povo.

A presença do Presidente João Fi~rueiredo em Rondônia esta­ria vinculada apenas. ,s.egundo a imprensa, à assinatura de con­vénio para possibilitar o transporte urbano em Porto Velho e atransferência das áreas da união para os Municípios. Esses atosdo Presidente atendem justas reivindicações do nosso povo, mas osgrandes problemas de Rondônia esperam uma definição do Gover­no e. pelo que se- depara, não constam da agenda presidencialdurante sua visita ao nosso Território. .

O SR. BENEDITOMARCtLIO (MJDB - S1'. Pronuncia. o se­guinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, nenhum Esta­do é obrigado a adotar o municipalismo em sua forma de organi­zação. mas, uma vez que o faça, está obrigado a dar-lhe condiçõesde sobrevivência e desenvolvimento.

O federalismo brasileiro é a fórmula histórico-programáticade composição política que permite harmonizar a coexistência,sobre idêntico território, de três ordens de poderes autônomos emsuas respectivas esferas de competêneia.

Se o Brasil é uma Federação, se os Estados autônomos são e ,s.ese consagrou também a autonomia mUllicipal como princípio cons­titucional, cristalizado pelo processo histórico e por imperativo denossa extensão continental, reputamos inadiável uma revisão dopapel deferido ao Municipio ao longo da hisrolia nacional e des­graçadamente subtraído pelo poder centralizador instalado pelomovimento e pelos tecnocratas de 64.

A situação calamitosa em que se encontra o Municipio bra­sileiro. tanto do ponto de vista polític.o, como do ponto de vistafinanceiro, vem sendo debatida nesta Casa com crescente intensi­dade - reflexo da preocupação que invade o espirito de rodos osadministradores municipais. Razões de natureza política, econô­mica e social já embasaram sucessivos pronunciamentos nestePlenálio.

Trago hoje as reivindicaçÕes propostas pelos Municipios pau­listas na II Carta de Praia Grande, como expressão da unanimi­dade de pensamento dos Prefeitos e Presidentes de Câmaras reu­nidos no 23.Q Congresso Estadual de Municípios, promovido pelaAsssociação Paulista de Municípios.

O amontoado de produções legais, geradas ·na esfera da União,constitui-se numa usurpação gradual e firme das fontes de rendasmunicipais, provocando um patente esvaziamento polltico-admi­nistrativo das comunas locais. Ora, se as finanças consideram-se

como o princípio vital do corpo politico, o empobrecimento finan­ceil'O das municipalidades redunda automaticamente na supressãode sua identidade como unidade básica de poder político.

O enfraquecimento do Município coincide com a eliminaçãoda democracia. A autonomia municipal' tem sido sempre historica­mente con.siderada principio fundamental à manutenção de qual­quer sistema democrático-representativo, não podendo este realí;zar-.s·e em toda a sua plenitude, caso não admita a :,xistência demuito.s problEmas não pertencentes ao Governo e que, por suaprópria natureza, exigem solução local, adotada por pessoas queos sintam diretamente.

A proximidade entre o poder político e a capacidade fiscalí­zadora da população contribuindo, alimentando a expectativa detomada racional de decisões sob as vistas diretas dos interessados,alinha-s·e ao 1.1.do de várias outras c"Onsiderações a Influírem nopapel reservado aos Governos locais.

Reconhecendo o de.sfiguramento da identidade política de suascomunas, os Prefeitos e Presidentes de Câmara de Vereadores deSão Paulo propõem o re.erguimento da independência dos Muni­cipios, como esfera de poder autônomo. É urgente o exame e aaprovação de projeto de lei que tramita no 'Parlamento, restabe­lecendo a imunidade parlamentar do Vereador. "A imunidade par­lamentar, velha e legítima aspiração de nosso,s edis, deve ser ado­tada para todos aqueles que recebem do povo um mandato e têm,na palavra, o instrumento maior para o exercício, com altivez.de sua nobre missão". O votO sufragado ao Deputado Federal e aoDeputado Estadual tem o mesmo valor intrinseco que aquele dadoao Governador, porque o voto é a voz do povo. E o povo é o mesmo,ao escolher seus representantes em qualquer esfera de Governo.Não se pode amordaçar o povo que fala, exige, reivindica atravésde seus representantes na câmara Federal, na Assembléia Legis­lativa ou na Câmara de Vereadore,s.

A supressão da imunidade parlamentar do Vereador é impedir­lhe o exercicio da reprer>entatlvidade democrática. Coibir a vozdo povo, manifestada através do mlLndatál'lo eleito, é próprio dosregimes vulneráveis, frágeis e amedrontados.

Luto, ao lado dos Mu~icípios paulistas e de todos os líderesmunicipais, pelo revigoramento do poder local.

Outro aspecto, Sr. Presidente, que merece destaque na II Cartade Praia Grande, editada pelo 23.0 Congresw Estadual de Munici­pios Paulistas, refere~se ao problema agrário. Das três esferasde Poder que compõem a Federação brasileira - a União, o Estadoe -o Municipio - este último é o que mais sofre com o arcaismo denosso sistema fundiário, porque é ele a unidade estatal, física econcretamente, mais próxima do setor rural.

"Diante da concentração da propriedade da terra e do empo­breclmento dos Municípios, deve-se procurar maior e melhor redis­tribuição da terra e da renda, com â barmonização dos fatoresterra e trabalho, e o efetivo cumprimento do Estatuto da Terra.A repartição dos latifúndios improdutivos deve ser procedida atra­vés de tributação mais .enérgica". Esta é uma ação de competénciafederal; é matéria tributária de competência exclusiva do Presi­d,ente da República, a quem transmito o apelo vindo dos MunicipiosPaulistas. A reforma agrária prometida pelo primeiro Governo daRevolução continua letra morta. Qualquer política rural, sem umacorajosa e ousada reforma agrária, é utopia e só beneücia osgrandes, o~ ricos, os poderosos, os latifundiários.

"A dinamização das atividades agrícolas, a nivel municipal,deve ser motivada, agllizada e organizada através de um modeloideal de ação, alicerçado no agrupamento dos produtores agrí­colas em associações, na instrução' e educação das populações ru­rais e no planejamento das produ<;ões, devidamente respaldadopelos órgãos públicos". Gostaríamos de acreditar na prioridadeconcedida pelo Governo à agricultura, mas a inércía administra­tiva empurra-nos para o ceticismo ·e a descrença, pois a panelado pO,vo continua vazia e seu estômago cheio de fome.

Continuo transcrevendo sugestões e conclusões da 'lI Cartade Praia Grande: "Deve ser criado o Banco de Fomento Agrícolapara uniformização da concessão dos crédiros e financiamentosdas atividades agropecuárias, visando precipuamente a desburo­cratizá-ios, devendo ainda ser utilizado como veiculo de uma polí.tica de financiamento, vínculada à política de estoques regula­dores. através de financiamentos a longo prazo, com juros baixos,necessários para a constituição da infra-estrutura das proprie.dades rurais."

Mais uma vez topamos com uma iniciativa que só pode serdesencadeada pelo Presidente da Repúbllca:O poder centralizadorInstaurado em 64 esvaziou não só os Municípios, mas também oPoder :Legislativo. Assim, ao Presidente da República, a quem aRevolução outorgou todos OS poderes, encaminho a proposição le­vantada pelos Prefeitos e PresidentE>s de Câmaras de São Paulo.

9406 Quinta-feira 13 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (S~ã." I) Setembro de 1~ ,,.

S1', Presidente, é de meridiana clareza e aguda intuicão aabordagem feita pelos Líderes municipais de Sao Paulo sobre oproblema do armazenamento e preço minlmo dos produtos agrí­colas.

O Governo declara a prioridade da agricultura, para encher:a panela do povo, mas, na prática, a prioridade é para o modeloexportador. Nossa agricultura torna-se escrava do patrão inter­nacional. Não se destina prioritariamente para o mercado interno.Na guerra da exportação, quem lucra são as multinacionais e quemperde são os pequenos produtores e os Municípios.

Estão, as sugestões que trago em nome dos Municípios paulis­tas propõem que "deve ser criada uma infra-estrutura. a nível dapropriedade rural, a fim de permitir a formação de estoques regu­ladores de grãos através de armazéns. Impõe-se a implantação deuma política de controle de preços estimulantes ·ou não, de acordocom as condições satisfatórias de armazenamento e estoque.s regu­ladores. que se concretizam através do zoneamento agropecuáríopara o Pais. Faz-se n·ecessária a fixação de preços justos para osproçlutos agropecuários baseados em custos reais de produção, alémda Intervenção governamental após as colheitas. impedindo quepequenos e médios proutores tenham aviltados os preços de seusprodutos, pela intermediação especulativa".

Prioridade não pode ser apenas um termo técnico. Dar prio­ridade é dar condições. prioridade não é apenas acender uma

esperança e deixá-la morrer na d·esilusão e no desespero. "Urgeum planejamento global da produção, transporte, armazenagem.

-comercialização e industrialização dos produtos agrop·ecuários",com o suporte financeiro e técnico indispensável.

Todas estas medidas, que têm por efeito a fixação do traba­lhador rural no campo. devem ser acompanhadas por uma política<Ie seguro dos produtos agropecu$.rios que vise a cobrir não so­mente o valor do financIamento concedido, mas todos aquelesdecorrentes dos custos da produção até sua comercialização.

O documento dos Municípios de São Paulo, Sr. Presidente, éuma peça que enfoca a situação municipal de vários ângulos, com­pondo uma visão global do quadro de exigência e necessidades emque vivem suas comunas. Os signatários não deixam de abordara questão educacional, de formação e aperfeiçoamento técnico ede desenvolvimento cultural.

Reporto-me à Carta de praia Grande e remeto às autorídadesmunicipais uma série de reivindicações vindas das bases populares-<lue sentem os problemas e sugerem soluções.

"A Rádio-Educação deveria ser incentivada a agir como vei­..cuia de divulgação e instrução para as áreas rurais distantes dopais".

"Com a vertiginosa mecanização da l·avoura, faz-se necessáriaparaiela formação de tratoristas, com a participação do SENAR,Colégios Técnicos Agrícolas, PrE)feituras, Casas de Agricultura, Sin­dicatos Rurais e Revendedores de Máquinas e Implementos Agri­<colas",

j'A educação é investimento e não despesa. sendo urgente que-se valorize a classe do magistério, criando para ela uma legislaçãoespecifica, para que o professor exerça seu mister com dig'nidádee segurança", preparando o cidadão brasileiro, dentro das novase mutantes realidades sociais, para um mundo em vertiginosa evo­lução, dando-lhe consciência dos graves problemas do desequilí­brio ecológico e da preservação da vida Individual e coletiva, dasaúde e da natureza.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, o ponto nevrálgico de estran­gulamento da vida municipal está no atual sistema tributário.

É preciso confessar que a atual Constituição debilitou a lVuto­nomia financeira dos Municípios. De uma dúzia de impostos ca­pitulados na Constituição, apenas dois são privativos do Municí­pio: 1) sobre a propriedade predial e territorial urbana e 2) sobreserviços de qualquer natureza não compreendido!! na competênciatributáI'ia da União ou dos Estados.

Pela Carta de 46, os Municípios tinham assegurada a lista detributos de sua competência - predial e territorial urbano, delicenças, de Indústrias e profissões. sobre diversões públicas. sobreatos de sua economia ou assuntos de sua competência. Tinhammais 15% da receita do Imposto de Renda. e participação em 6(}%do Imposto incidente sobre Lubrificantes e Combustíveis Liquidosou Gasosos. A Emenda n.O 5 de 61 deu-lhes mais o Imposto Terri­torial Rural e sobre transmissão de Propriedade Imobillária intervivos, além de 10% do Imposto de Consumo.

Comparemos os dados: atualmente, dois são os impostos muni­cipais; anteriormellte eram cinco. Atualmente, o Municipio per­cebe 9% do Impostó de Renda, anteriormente percebia 15%. Atual­mente, participa de 40% do Imposto sobre Combu!!tiveis e Lubri­ficantes, anteriormente participava de 60%.

Além da atribuição privativa de decretar os Impostu.. acimaenumerados, foi o Municipio contemplado com consíderável Mrés­cimo de receita, representado pela. participação em Impostos fe­derais e estaduais, isto ê. 40'.'0 dos impostos de competél1dJ. con­corrente e 'lO'.,., do excesso de arrecadação estadual.

A injeção de novas rendas, aiocadas ao organislllO municipalno período de 46 a 00, atingiu a média anual de 45% de reforço àr~eita percebida no lapso de tempo anterior sob vigência da Cu·r­ta de 37. sendo 78% de receita própria diretamente arrecadada.e 22'1,. de transferências.

Se a linguagem dos números algo pode dizer, isto re, a que,numa escala de 1 a 100, os Municipios eram 78% autóm lJS emsua gestão financeira.

. IA reforma de 66 significou a supressão desta gama de tributolle encerrou o que podemos denominar o ciclo áureo do sbt('ma tri·butário munidpal, deixando intactos apenas os dois Impostos dearrecadação local - o IPTU e o ISS - adotando-se o sofisticadomecanismo de redistribuição, com a introdução do Código Tribu­tário Nacional em 1966.

A partir de então, a receita própria diretamente arrecadadapelo Município cai de 78% para cerca de 40% e seu cl't"cimentoreal anual decresceu de 36% antes da reforma para 2.7'." nOllanos posteriores. Em compensação, o esquema de tl'Rn,[('rênicassubiu de 22% para 60% logo após a l'eforma de 66. perm,l1It'cendo,pOl'ém, com crescimento real praticamente estagnado em torno de3% ao ano.

Diante deste quadro, os signatãrios da 11 Carta de Praia Gran­de sugerem medidas óbvias que, entretanto, incorporo a este mo­desto pronunciamento, para recordá-las às autoridades que, per­didas na fruição do gozo do poder, se esquecem do amesquinha­mento a que jogaram a célula da federação - o município.

"O municipio deve ter uma justa participação nas rrndas pú­blicas, através de uma reforma tributária que possibilite o atendi­mento das necessidades locais e que inverta a filosofia ccr 'diza­dora tributár:a e financeira da União"

"O aumento dos percentuais dos fundos de participação e amaior flexibílídade na sua aplicação. pelos municipios, é medidaque se impõe, como aiternativa para. minímizar os problemas fi­nanceiros das municipalidades".

"Deve ser revertida ao Município a competência tributáriaquanto ao Imposto de Transmissão Imobiliária Inter Vivos".

Sr. Presidente, 81'S. Deputados, se alguma destas medidas !oo­se de iniciativa do Legislativo, já teríamos formulado proposiçãopertinente. Trata-se, porém, de competência constitucionalmentedeferida ao Presidente da República. A nós, que recebemos o manodato por eleição direta do povo, resta-nos apenas o uso da pala.vrapara apelar.

Remeto aos Executivos Federal e Estadual os 43 Itens reivin­dicatórios dos Munícípios Paulistas, que podem ser subscritos portodos Os Municlpios brasileiros. Aqui levantei apenas alguns tópi­cos com o objetivo de realçar o documento __o uma peça a mais naorquestra de queixas, reivindicações e sugestões a favor do forta­ledmento dos Municípios.

Neste mar de incertezas e indefiniçõcs em que navega a naugovernamental, urge que se rasguem imediatamente camInhos de­finidos em direção a resultados concretos, palpáveis e de real al­cance de melhoria da vida nacional. Das bases municipais sobemos clamores do homem brasileiro que vivencía os problemas nasua rudel>la existencial. Saber e quereI' ouvi-lo será, talvez, o inicioda. solução.

O SR. FEU ROSA lARENA - ES. Pron~ncia. \) seguinte dis­curso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, não posso deixar de re­gistrar o meu desapontamento, a minha decepção e até mesmoa minha revolta diante ao que consta do noticiário de hoje dosjornais, em que se díz que o MDB, nosso glorioso partido ooosi­clonista, vai comparecer perante um Congresso Internacional efuCaracas para apresentar queixas e reclamações por uma supostaextinção a que estaria condenado através de proposta de Lei dereforma partidária a ser enviada a esta Casa pelo Poder Executivo.

Trata-se, realmente, de uma manobra eminentemente impa­triótica e que muito vem desmerecer o emedebismo. Já está nahora de se r~onhecer que o Brasil, desde 1&22, deixou de ser co­lônia, passando a existir aqui um Estado soberano, dotado de ins­tituições jurídicas atuantes em toda sua plenitude, e por esta ra·zão não tem que dar a minima satisfação dos seus atos a quemquer que seja.

A ser verdade o que se proPala, aí, sim, é que se justlficada ofim de um partido que não se respeita, e, portanto, não pode serrespeitado, porque parte para países estrangeiros levando para OS

Setembro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Quinta-feira 13 9407

foros internacionais problemas que dizem respeito apenas à ordeminterna brasHf;ira.

Todas as questõe-s e controvérsia!> da política brasileira têmque ser resolvidas por brasileiros e somente dentro do Brasil, seminfluência ou interferência de qualquer Nação, por mais amiga queseja.

Ainda ag'Dra, quandO acabamos de comemorar a Semana daFátria, em que se viu o povo em massa nas ruas, exaltando ossentimentos de brasílídade e demonstrando o seu amor e o seucivismo, curvflndo-se diante das glórias do passado e aspirando aum futuro grandioso, chega até mesmo a ser repugnante um atoimpatriótico dessa natureza.

Já se vão longe os tempos em que se observava a interferênciaaudaciosa das grandes potências nos negócios do nosso País. Ti­vemos, ao longo da nossa História, múmeros casos de Embaixado­ms ingleses e nOl·te-americanos opm:mdo sobre assuntos da alçadaexclusiva do Governo brasileiro. Mas isso são fatos ultrapassadós.O que se tem notado ultimamente. principalmente depois da Re­volução de 64, é que o Brasil vem se' afirmando cada vez maisdiante de todos os povos do lllUnoo, realçando uma personalidadeadmirada e respeitada de potência emergente.

l1: por isso que desejamos conclamar nossos ilustres companhei­ros do partido ex adverso no sentido de que não tomem atitudesirrefletidas e impensadas que possam comprometer a nossa gran­deza e a nossa dignidade.

Bem diz o adágio popular que "roupa suja se l3.va ,em casa".Temos que debater. divergir, e se necessário at~ mesmo brigarmos,mas aqui. dentro das nossas fronteiras, sem deixar quem quer queseja se imiscuir na nossa vida intima. Uitrapassados (}S nossos íi­mites, temos que nos apresentar unidos. como se fôssemos um sóhomem, na defeSa da dignidade da. pátria comum.

Este o protesto e o apelo que dei:ej ava consignar nos Anaisda Casa.

Era o que tinha a dizer.O SR. CELSO PEÇANHA mIDB -. ·RJ. Pronuncia JJ seguinte

discurso.) "0 Sr. Presidente, 81'S. Deplltados, comemora-se, hoje,"om grande saudade e emoção, o aniversário de nascimento de Jus­celino Kubitschek. A Nação brasileira, sensibilizada, reverencia,neste 12 de setembro. a lembrança querida dessa estimada e mag­'!lifica figura humana que, em vida, soube dedicar ao seu Paistoda lima existência de trabalho e de lutas, num magnânimoexemplo de fé. autodeterminação e desprendimento de que so­me'nte mUlto poucos foram capazes de oferecer, com tamanha forçae coragem de espirito.

É na data de hoje que, muito oportunamente, a Nação assistedo Memorial JK, monumento Que, com toda justic;a, consagraráao nascimento da Campanha Financeira em prol da construçãopara as futuras gerações a vida e a obra de Juscelino Kubitschek,em sua fecunda passagem pelas págÍllas imortaIS da .História doBrasíl. Na qualidade de Deputado Federa.!, de homem público e debrasileiro consciente, convoco cada Unidade da Federação, atra­vés dos Exmos. Membros das Câmaras de Vereadol'e,s, das Assem­bléias Legislativas, das :Prefeituras Municipais e dos Governos Es­taduais. a participarem deste benemérito evento, independente­mente da filiação politico-partidária..a exemplo da louvável de­monstração oferecida por S. Ex" o S;c Preside11te da RepúblicaJoão :Baptista Figueiredo, qU'2 ;l.l'.HeS oe um enviado especial,acaba de encaminhar a Dia.mantinA um cheque que, temos a cer­teza. SIgnificará não apenM a pl'estimosa ajuda material soIícita­da, ml,S lacima de tudo) a ~ .U :t ,~'I11Dtl':tração da nobrezade principlOs e do alto espíríto de participação.

Permitam-nos os nobres Colegas proceder, neste momento, àleitura da mensagem especial, soo o título "Três Anos sem JK",publicada nos grandes jornais do Pais, no intuito de que suarepercllssão atinja um número ainda maior de Go.rações brasi­leiros:

"Há três anos, no dia 22 de ag·osto de 1976, um acidenteroubou a vida de Juscelino :Kubltschek.O Presidente deixou para trás -o seu povo e a marca desua obra.A marca de um Brasil Grande, cheio de c,onnança na ca­paCidade de trabalho de seus fílhos, O Brasil das grandesmetas do desenvolvimento, da industria'Jzação, da interio­rização do progresso, da \ criaçáo de novas oportunidadesde aCBS&j) para os menos favorecidos.Brasil de Brasília, a Capital d~, Esperança.Dl:' Brasilia, cujo solo recebeu o corpo do Presidente J'K11.1 presença de uma multidão que se despedia d<} líder,'tntando o Hino Nacional.

Aqu~l,e não era um povo s,~m memona.

Era um povo que guardava as lições de conVIvencia de­mocrática, de respeito às instituições, de trabalho, de en­tusiasmo, de paz e harmonia entre as classes sociais e osindividuos.Lições d,e JuScelirKI, cuja U1";111ória pertence à.quele mesmopovo. O povo brasileiro que vai preservá-Ia em um Memo­rial que ele criou.

Você, qlle conheceu o homem e a obra, participe.Ajude a construir em Brasilia o Memorial d2 .nC

O terl'3no já existe, doado :pe':o Presidente J<láo Figueire­do. O projeto já existe, doado por Oscar NiemeyeLFoi criada uma entidade. sem fins lucrativos. para rece­ber doações, administrar a obra e, depois, 'dar vida aOMemorill JK. Para presidi-Ia, os amigos d,e JK foram.buscar D. Sarah Kubitscheck, que já marcou, inclusive.a data de inauguração: 12 de setembro de 1981. Daqui adois anos, no dia em que se comemorava a data d·e nas­cimento do nos;;o Juscelino,Só falta cOJ:neçar o trabalho, que dependerá de muitos,Dos humildes ,e dos mais afortunados. Dos brasileiros detodas as idade,~.

Dependerá, principalmente, dos que tém o sentIda da His­tória, dos que guardam a lembrança dos que lutaram emseu nome, dos que entendem a diVida que temos todosnós para com o grande desaparecido.

Colabore.Seu nome estará inscrito no Memorial J'K!'

O SR. MAURO SAMPAIO (ARENA _ CE. Pronuncia (} se­guinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, a evidênciade minerais preciosos, semipreciosos e estratégicos em 30kl cea­r'ense ê um fato incontestável e sua exploração está na depen­dência, apenas, do esforço governamental e do interesse da ini­ciativa privada.

Há algum tempo. desta mesma tribuna, tive oportunidadede relacioná-los. indicando as regiões mais propicías 2 so'.íci­tanda providência.; ao Governo pam o inicio das pesquisas e la­vra.

Além do petróleD na plataforma submarina. o Estado do Cea­rá possui em abundância, entre outros minérios, ourJ, cobre, es­tanho, chumbo, ameti3ta ,e cobalto, sem falar no ferro, 11.1 míC:le no coalim da Chapada do Araripe, qu,e ainda ,estão por ser explo­rados. Na região de Várzea Alegre, por ex,emplo, existe ouro emabundância e os vestigios históricos dão conta, inclusive, de in­cursões holandesas com resultados altamente prov,eitosos. Porém.com o passar do tempo. Q assunto foi s€ndo esquecido, embora pos­sa ser reativado a qualquer momento.

A propósito. em contato com o Sr. Mil1lstro das Minas e Ener­gia, Senador César Cals, fiz ver a S. Ex.", a necessidade de se ini­ciar o levantamento das minas de Várzea Alegre, onde sempreexistiu ouro de muito boa qualidad·e E pedi o envb de técnicos àregião, por entender que aque.a riqueza não deveria continuaI'abandonada. -

Agora mesmo, Sr. Presidente, estou sendo informado pelo Sr.Lourival Frutuoso de Oliveira. ex-:f'Nfeito de Várzea Alegre, deque as prospecções estão paralisadas e as inesgotáveis reservas deouro, galena, ametista e cal dü Municipio permanecem inaltera­das. Ped-e-me. também, o ex-Prefeito de Várzea Alegre que meempenhe junto ao Ministério d03 Transportes no sentido de seconseguir o acabamento do trechQ da estrada que liga VárzeaAlegre a Farias Brito, de apenas 34 km. E faz um apelo ao Mi­nistro das Minas e Energia para mandar eletrificar o meio ruraldo Cariri. Feito o registro, Sr. Presidente, faço minhas as reivin­dicações da pavo de Várwa Alegre e de toda a região do Cariri.

Era o que tinha a dizer.O SR. WALDIR WALTER (MDB - RS. Pronuncia o seguinte

discurso.) _ Sr. Presid,2nte, 81'S. Deputados, a mão e3tendlda doGeneral Figuelredo. depois de ter atmgido violentamente muitosoutros brasileiros, acaba de atmgir as lideranças sindicais gaú­chas, Clnde dezesseis pessoas estão presas sob o r3girne da inco­municabilidade.

A greve deflagrada pe:os bancários do Rio Grande do Sulnão produziu nenhuma violência, o que demonstra que o movi­mento tem caráter puramente reivindicatório, expr2ssando. tão­somente, o estado de miséria que vem sendo enfrentado pelamaior parte da referida categoria profissional

Não obstante, mais de uma dez·ena de cida-dãos h011l'ados,que dedicaram sua vida RO desenvolvimento da Nação, têm quepassar pela bumilhaçáo da prisão e da incomunicabilidade, comose fossem pessoas altamente perigo,sas.

9408 Quinta-feira 13 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Setembro de 1:811

Esse episódio carateriza, como nenhum outro, a verdadeira!ac,e do regime vigente, instituido e mantido para proteger osdonos do capital, ao mesmo tempo em que empobrece e reprimeos trabalhadores.

Transitando por Porto Alegre, há poucos dias, pude ver commeus olhos os pelotões policiais postados em frente aos estabele­cimentos bancários, exagerando na proteção do dinheiro dos seusdonos, de vez que a responsabilidade dos trabalhadores em mo­mento algum permitiria qualquer tipo de violência ~esiva aos in­teresses patronais. Era a polícia do g:)Verno dos banqueiros cum­prindo à risca a missão de defender Os seus lucros.

Enquanto Isso, os bancários encontravam dificuldades paraarranjar local para realizar suas assembléias g-erais, a mais belae democrática instituição política que acaba de surgir na vidanacional. E se a policia deles se aproximava, era para prendê-losou intimidá-los. Para os patrões, proteção; para os trabalhadores,

-cadeia.Nada poderia ser diferente, quando se nomeia um Ministro

do Trabalho sabidamente vinculado não só aos interesses pat.ro­nais, mas, acima disso, vinculado aos próprios banqueiros. Daí seentende a edição do decreto-"ei que incluiu os bancos no rol dasatividades essenciais com o 0bjetivo de proibir as greves dos ban­cários. Decreto-lei, aliás, que foi considerado aprovado no Con­gresso por decurso de prazo, já que a própria representaçáo go­vernista não teve coragem de h0mologá-lo.

Felizmente, Sr. Presidente, o direito de greve é um direitoque vem sendo criado de fato em nqsso Pais, graças à bravurae espírito de luta da classe trabalhadora. As prisões efetuadas noRio Grande do Sul, nos últimos dias, servirão, ao ccmtrário doque pensa o Governo. para solidificar cada vez mais a consciên­cia de uma classe, cuja ascensão na escala social dependerá desua própria combatividade. O direito de todas as categorias pro­fissionais entrarem em greve. como' último recurso nas reivindi­cações salariais, há de fazer parte de nossas instituições numfuturo breve. Quando ele estiver consolidado, Os presos de hojehaverão de ser lembrados com respeito, ao mesmo tempo em queo Governo, que reprime em nome de lucros cada vez maiores daclasse patrona:;, será certamente mencionado pela História comoopressor do povo e usurpador dos seus direitos.

O SR. ADHEMAR SANTILLO (MDB - GO, Pronuncia o se­,uinte discurso,) - Sr. presidente, Srs. Deputados. a advertênciado General Samuel Corre0., Chefe do Estado-Maior das ForçasArmadas - EMFA, de que os militares não tolerarão os atosdaqueles que querem fomentar tensões sociais, criando clima paraagitações e atos subversivos como os que se registraram antesde março de 1964, não foi endereçada aos anistiados que estãovoltando do exílio nem às oposições brasileiras ou ao povo deum modo geral, pois nestes 15 anos nenhum setor da Nação tevedireito de participação, sendo subordinado à vontade e aos ca­prichos dos detentores do poder.

O maior foco gerador de descontentamento social e fomenta­dor de agitações no Pais está na atitUde sistemática do Ministrodo Trabalho, Sr. Murilo Macedo, quando decreta intervenções emsindicatos, afastando líderes autênticos das classes que represen­tam, prendendo-os, como a Polícia Federal está fazendo no mo­mento com os principais lideres dos bancários gaúchos, sempreaplicando a "lei", na defesa dos interesses dos grandes capitaJs­tas, quase sempre ligados ao capital estrangeiro, subordinando osassalariados aos aumentos autorizados pelo Governo, que hojetem levado, mais que ontem, a fome e a miséria aos lares dostrabalhadores.

A Intervenção em diretorias sindicais e prisões estão transfor­mando os movimentos grevistas - que têm sido reivindicatórios,em busca de melhores salários - em luta politica, uma vez quehoje os sindicalizados estão reivindicando mais a liberdade dosseus lideres e sua volta aos sindicatos que melhores salários.

Está assim o Sr, Murilo Macedo fazendo o jogo da ultradirol­ta que quer o fechamento para através do endurecimento defen­der os interesses das grandes empresas que, sem pressão social,sem Parlamento autêntico e com a censura a imprensa além decontar com a repressão e opressão ofielais, poderão agir livre­mente e continuarem explorando a indústria do anticomunis­mo. A advertência do General Samuel Corre0., por certo, foi feitaao Ministro MunIa Macedo que com seus atos tem agitado a Na­ção e criado conflitos sociais.

O SR. JOSÉ FREJAT (MDB - RJ. Pronuncia o seguinte dis­curso.) - Sr, Presidente, Srs. Deputados, somQs uma Nação demestiços, onde a maioria da população, constituída de negros emorenos. vive marginalizada da riqueza que produz.

A discriminação racial no Brasil só não existe na lei. mas éfato solar, inescondível. E os donos do poder são os responsáveis

'por easa situação que os favorece. Os baixos salários, os cargosmenos importantes são para os negros. Com isso, lucram os em·presários, as multlnacionais.

Num país de negros, não temos um Presidente, Vice-Presi.dente, Ministro ou Embaixador negro.

Realizou-se de 7 a 9 de setembro corrente, em Uberaba, oCongresso Afro-Brasileiro, com a presenca d·:') negros brasileirose suas entidades representantlvas. E aprovaram a Carta de posi­cionamento po',ítico que faz parte integrante deste meu pronun­ciamento, para que const,~ dos Anais da Câmara dos Deputados:

"CONGRESSO AFRO-BRASILEIRO - REALIZADO EMUBERABA, MINAS GERAIS, DE 7 A 9 DE SETEMBRODE 1979

Reunidos em Uberaba negros brasileiros e entidades re­presentadas em congresso nacional resolvem editar a cal'.ta de posicionamento politico:

1. C~msiderando que os descendentes de afro-brasileiros,atraves do tempo. aprenderam a tolerar e transformarpacificamente todos os atos de violência oriundos de outrasetnias:2. Considerando que ministradQ e dirigido à coisa púbJí~

ca e os bens da Nação e os negócios exteriores culturaise sócia-econômicos pelas etnias europeizantes, em decor­rência da colonização; .

3. Considerando que o Brasil, sendo um país de grandeextensão terrítorial e só a pequena minoria europeizanteé que dela participa e desfruta em forma substancial dosfrutos do solo e do subsoio, enquanto os descendentes deafros e indígenas não participam em igual teor;

4, Considerando que os negros foram capazes de cons­tituir o Brasil pela sua capacidade interior, projetandopara o exterior, em forma de traba:ho, canalizar em ener­gia os vários estágios de riquezas financeiras e econômicase que a minoria europeizante desfrutou e desfruta atéhoje.

Resolve:

Os negros brasileiros à carta de Uberaba apresentam co­mo solução à Nação as seguintes sugestões:

a) participação efetiva na política em nivel municipal,estadual e federal: .

b) ingresso e filiação nos partidos políticos que mais afi­nem com as necessidades ideológicas (do negro);c) ocupa!)ão de todo o espaço vazio que a Nação dispõe:

d) congregando nas as..."Ociações de classe e politica-sin­dieal, tanto na politica patronal como dos trabalhadores,assim como na dos profissionais liberais e estudantis, sin­dicatos, etc.e) preparação cientifica, tecnológica, e gerencial para me­lhor desempenhar tanto os negócios de estado, quantoprivado e cultural;

Ressalte-se a necessidade de integração no processo 130­elal dos trabalhadores rurais dos camponeses, cuja legis­lação até hoje não foi compreendida t vide Estatuto doTrabalhador Rural, hoje integrado na CLT. bem como ocumprimento do Estatuto da Terra).

f) integração nos órgãos de divulgação: imprensa, rádio,televisão e editoras;

g) dinamização de todo acervo cultural passado e presen·te, em forma conjunta, a fim de canalizar tadas as tor­ças vitais de que dispõem: a música, o teatro, o Citlema.pintura, escultura e manifestações de folclore de um mo­do geral;

h) política habitacional: desenvolver e ampliar a menta­lidade cooperativista, tanto em mutit'ões, quanto na for­ma de participação associativa;i) política de saúde; esporte, prevenção, higiene;

j} política alimentícia. sendo cooperativista dos produto­res e dos trabalhadores;

1) eleições livres e diretas pelo voto secreto de Prefeito,Governador e Presidente da República; de Vereador aDeputado Estadual, Federal e Senador. A supressão daseleicões entendemos como forma de racismo e escrava­gismo ..

O SR. HENRIQUE BRITO (ARENA - Ri\,. Pronuncia o se­guinte discurso.> - 81'. Presidente, 81'S. Deputados, assomo à tri­buna para destacar a inauguração do Posto Avançado do Bancodo Brasil em Pindai, Município este cravado no sertáo baiano,onde o crédito rural aproxima-se daqueles que precisam produzire 'incrementar a lavoura. Razão pela qual desejO callgl'atu:ar-mecom o po,'o da região, bem assim registrar meu.'> agradecimentosem nome daquele Município. onde sou representante maJor1tà-

Setembro de 1979 DIÁRIO DO CONGRESSO N....CIONAL (Seção I)..

QlIínta-ifeíra 13 9400

rio nesta Casa. MinhM congratulações, Sr. Pr;~sidente, se e.stenaemao ilustre- Prefeito daquele Municipio, Sr. Juarez Tudes Novato,que ali exerce profícua administração, marcando, assim, mais umavez, sua grandiosa obra, que muito merece aquele grande, orcJ.:?iropovo pindamhense.

O SR. PAULO RA'ITES (MDB -- RJ. Pronuncia o seglÚntediscurso.) - Sr. Presidente, Srs. Dcputados, realizou-se, no iniciodeste mês, o 1.0 Encontro de V,ereadores Mageenses com os Sena­dores e D'~putados mais votados naquele Município fluminense,sem distinção de partidos, com a alta finalidade de de discutirnào apenaS os problemas locais. senão também temas da mais ele­vada sigmfieação para o municipalismo brasil-eiro.

Mugé é um dos Municípios que compõem o Grande Rio, guar­dando algumas características de "cidadc-dClrmitório". desde queuma grande parte da sua população prd:etária se desloca, diaria­mente, para a Capital do Esfado e zona industrial vizinha, regres­sando â. noite para os seus lares.

Servida pela antiga Leopoldina, hoje pela Rede FerroviáriaFederal, o transporte pelo Ü'em suburbano assume a maior im­portância no contexto local, porque, com todos os seu, percalcos,apesar do d'~sconforto dos vagões e da lentidão dos deslocamentos,ainda configura a condição mais bar.ata, d<?certo a ú,lÍca condi­zente com o l'eduzido poder aquisitivo da grande massa proletá­ria de !"1agé.

Mas, pela sua proximidade do Rio de Janeiro. está ocorrendo,no Município, uma verdadeira explosão demográfica, como de res­to em todas as chamadas "cidades-dormitório" fluminenses, emcujos subúrbios habitações paupérrimas ainda oferecem melho­res condições do que as favelas cariocns.

Diante desse quadro, Sr. Presidente, a primeira reivindicaçãodos mageenses ,- de faci:!mo atendimento pe:o Ministério dosTransportes -. consiste no aumento das composições e na dupli­cacão dos horários dos trells da Rede ;li'erroviária Federal que ser­vem ao município, principalmente iL maioria dos seus distritos,onde se concentra a população trabalhadora em sua grande parte.

As outras reivindicações se prendem também a problemas in­ira-estruturais de magna importância, como a educação, a saúdee o saneamento básico, os dois primeiros a reclamar a convenien­te atenção do Governo estadual, o último a exigir, Igualmente, dasautoridades federais a necessária atenção, como, por exemplo. noque tange à criação de uma faculdade que atenda à demanda deensino superior naquele Município.

O que compõe as chamadas r,egJÕe.s metropolit:1l1us ê a cir­cunstância de dois terços da respectiVa popuiação pertenc.erem aosestratos econômICos inferiol"eS, sendo. assim, reduzida a SUg ca­pacidade tributária, enquanto a necessidade de infra-estruturaurbana cresce na mesma medida da ampliação dos quadros de­mográficos.

Por lS~O um dos temas a merecer a maior atenção, no 1,0 En­contro dos Vereadores Mageenses, foi relativo ao depauperamentodas edilidades. em vista da discriminação tributária que aRe·,voiucão de marco elevou aO t'8xtO cOIlStitucion::l!. atribuindo aosMunicipios n.~ rúbricas fiscais menos rendosas, enquanto â Uniãose reserva a parte do leão. O tema é dos mais int,?r,essantes, tantoque suscitou. nC'sta Casa, a constitulç~lo de uma Comissão Parla­mentar de InqUérito, a quem levamos a solidariedade dos Verea­dores de Magé.

Outras reivindicações foram apresentadas pelos Vereadoresmageenses. como a construcão de uma Estação Rodoviária, paraminorar U congBstionamento nos tennlnai'i de ônibus; a constru­ção de casas pelo Banco Nacional da Habitação; a criação de umPronto SOCOrro de Emergência. com ambulância, sabido que o 1.0distrito, com cerca de sessenta mil lubitante~. contra unicam,entecom umá Cas~ de Saúde e um hospital em g~'ande dificuldade demanutençáo; instituição de Serviço Médico Legal, para que nãose continue recorrendo a Duque de caxias; melhoria da ligação'com a praia.. pela pavimentacão da estrada de Piedade, um dospoucos ponWi> turísticos do Municipio; criação de uma EscolaTécnica de Veterinária e Agronomia, nos termos de projeto emtramitação nesta Casa: abertura de estrada para Teresópolis, par­tindo de Santo Aleixo, bem como ampliação da rede elétrica. nosdistritos. implantação de serviço telefônico, com DDD, em Gua­rapimirim e Parada. Modelo, onde se pk'üteia o funcionamento doSubposto de Saúde.

Tal um apanhado sucinto das l'eivlndicações que ouvimos dosVereadores mageenses. com quem nos Icongratulamos, nesta opor­tunidadl'. pela sua il1lciatlva de promoção desse encontro, espe­rando qne as autoridades federaLS c eE:taduaiB, no âmbito da suacompetêncía, atendam aos clamores dE' um Município que se ca­racteriza, justamente, pela explosão demográfica dos seus núcleosproletários

Era O que tínhamos a dizer, Sr. Presidente.() SR CARDOSO DE ALMEIDA (ARENA _ SP, Pronuncia l}

/3cguirrte disllurso.) - Sr, Presidente, Srs. Deputados, venho, desta

tribuna, solicitar ao Ministro do Planejamento, Delfim. Netto, que,dentro de sua ação voltada para a grande produção agricola ve­nha ao encontro dos cafeIcultores que e,stão seriamente atingido.llpor um confisco cambial de 137 dólares por saco. o que sigmfica130% do preço obtido pe:o produto no ínterior.

Após um.\ desvalorização cambial do cruzeiro em 5%, numsó dia, é justa uma forte diminuição do confisco sobre o café.

O aumento do preço de Cr$ 3.50000 o saco do tipo 6 para me­lhor, livre de despesas, é o mínimo que se espera para a manuten­ção da nossa cafeicultura. F85e preço S. Ex." o Ministro DelfimNetto poderá conseguir de imediato. A propósito, os números doconfisco demonstram claramente essa viabilidade.

O SR. PEIXOTO FILHO (MDB ~ RJ. Pronuncia o seguintediscurso.) - Sr. Presidente. 81'S, Deputados, é com profunda me·,lancolia que constato a inobservância da Lei n.O 5.443, de 28 demaio de 1968, que diBpõe sobre a forma e apresentação dos Sím­bolos Nacíonais.

Acresce dizer que o critério do hasteamento da bandeira na­ciOnal é regulado por esse diplom.a legal. Acontece. porém, queultimamente, nos feriados nacionais. poucos estabelecimentos eórgãos oficiais têm colocado a bandeira nacional nos respectivosmastros.

As datas qu-e nos são tão caras, por exemplo, 21 d,e Abril, 7 deSetembro, passam desapercebidas p.elos órgãos da. administraçãodireta e indireta, apesar da vigêne~a da Lei 11.° 4.897, de 9 dedezembro de 1965, que declarou Tiradentes "Patrono Cívico daNação brasileira". .

A lei específica determina que em todos os estabelecímento,sde ensino púb:icos ou particulares será obrigatório o hasteamentoda bandeira nacional nos dias de festa ou luto nacional

Sr. Presidente, élO constrangedor constatar a decaclên,.ja do ci­vismo no País, reflexo da omissão <ios órgáos responsáveis pelafiscalização das transgressões das referidas leis.

Tudo isso devidamente considerado, impõe-se-me o dever deapelar para o Presidente da República, a fim de promover as me­didas cabíveis. tendelltes à diBciplinação das punições por infra·ções da lei que dispõe sobre a forma. e apresentação dos 8imbolosNaciomüs.

Era o que tinha a dizer.

O 8R. PACHECO CHAVES (MDB - SP. Pronuncia II seguintediscurso.) - 8r. Presidente. 81'S. DeputadOS:

"No ano passado, muitos segurados do regime previden­ciário instituído pela Lei n.o 6.260 adquiriram direito aosbt"llefícios da aposentadoris. requerendo-a na forma dalei. Alguns segurados lograram êxito. recebendo normal­mcnte os benefícios requeridos. Ocorre. porém. que nume­lOSOS outros. muito embora tenham assegurado por leidireito liquido e certo do recebimento das aposentadorias,e as requerido devidamente hâ mais de um ano, até 110jenão tiveram a concessão dos benefícios, talvez em decor­rência de entraves burocráticos que protelam a execuçãoda lei, de grande alcance sociaL"

Esse, 'Sr. Presidente, é trecho dt~ uma de diversa" cartas queme foram enviadas de protesto contra a excessiva demora naconce.ssão da aposentadoria a que se refere a Lei n,o 6.260. Nadajustifica que espaço de tempo superior a um ano se passe semque os requenmcntos sejam deferidos; e, o que é piaI'. .sem que ointeressado tenha notícias sobre o pedido. forçado a despe.5as quelhe são pesadas em .suces.sivas idas e vindas a órgãos do Ministé·,rio da Previdência e Assistência Social, muitas vezes localizadosfora da cidade em que residem.

ti: uma situação que fere direito de pessoas que, sob todos osaspecto.s. merecem cuidadoso trato por parte da Previdência enunca menosprezo por serem neces":itados, pobres e tantas vezesde poucas letras, como notam meus missivistas. E contribUi paradescontentamento social e descrédito dos órgãos da PrevidênciaSocial.

É, sem dúvida, assunto merecedor da atenção do MinistroJair Soares, que precisa inteirar-se da burocracia c, ao que tudoindica, displici'neia da máquina administrativa de seu Ministério,que precisa ser desemperrada. Se necessário, poderia mesma so­licitar socorro do Ministro da Desburocrat.ização. Sr. Hélio Beitrão,

Inaceitável que segurados fiquem tão releg'ados e tenham queesperar anos até qUe o acaso os favoreca com a concessão de umaaposentadoria requerida na conformidade da lei. Eis por que trans­firo, de.sta tribuna. o apelo e a queixa ao Ministro Jair Soares, DIfim de que o abuso cesse, em nome da justiça e da paz social. bemcomo para melhor imagem dos órgãos de seu Ministério.

O SR. HENRIQUE EDUARDO ALVES (MDB - RN. Pronunciatl seguinte discurso.) ~ SI', Presidente, Srs. Deputados, o Governe.está prestes a submeter a nosso exame projeto de lei dispondo 50-

9410 Quinta-feira 13 DIARIO DO CONGRES....O NACIONAL (Seçào l) Setembro de 1919

bre nova política salarial. Cumpre, dessa forma, uma de suas pri­meiras promessas, reconhecendo a injustiça da política espo:ia­tiva até aqui executada, na verdade aniquilada pela sucessão degreves a que os trabalhadores foram forçados por uma questãode sobrevivência.

}j) estranho, porém, que nenhuma palavra nos tenha vindoainda do Governo co:r;n relação ao funcionalismo. civil e militar,aos aposentados e pensionistas. Também estes têm sido vítimasda mesma política salarial de arrocho que ora se altera para ostrabalhadores regidos pela CLT. Sob diversos aspectos, a situa­ção do funciona'ismo é mesmo bem mais difícil e grave. Primeiro,porque lhe é vedado o direito à greve; segundo, porque há muitosanos têm um único reajuste anual, sempre fixado abaixo do ín­odice inflacionário, numa posição de evidente inferioridade.

Não desconhece o Governo que o funcionalismo enfrenta si­tuação das mais difíceis com seus vencimentos devorados pelainflação avassaladora. Além de constituir isto grave injustiça, in­clusive porque o Governo deve ser o primeiro a dar exemplo debom tratamento aos seus empregados, é erro mais grave. Das di­ficuldades insuportáveis resultam descontentamento, revolta enumerosos outros reflexos negativos para a eficiência do serviçopúblico. E a prosseguir tal situação, fatalmente os funcionáriosterão que recorrer gr·av·e, mesmo que esta lhes seja vedJ.da pelalei, pois estarão num dilema de vida ou morte.

Urge, Sr. Presidente, que o Governo modifique sua politicasalarial para seus próprios empregados, sejam eles civis, milita­res, aposentados e pensionistas, inclusive reajustando seus venci­mentos mais de uma vez ao ano, conforme decidiu com relaçãoaos que trabalham em empresas privadas e públicas.

E necessário se torna, também. uma melhoria imediata, mes­mo sob o caráter de abono, para alivio das dificuldades e sofri­mentos atuais. fruto dos elevadíssimos índices inflacionários. Esta,uma medida de emergência, que não deve ser adiada, desde quejá virá tardiamente.

O SR. OCTAVIO TORRECILLA (MDB - SP. Pronuncia o se­guinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, recebemosdo Vereador Atílio Gonçalez Brabo, Presidente da Câmara Muni­cipal de Marília, no Estado de São Paulo, ofício encaminhando­nos requerimento de autoria do nobre Vereador Dr, Herval RosaSeabra, aprovado por aquela Edilidade, que envplve assunto damais alta relevância.

Trata-se da implantação do sistema de autotrem. Esse sis­tema, usado para transporte de caminhões, já foi utilizado du­rante um curto período no Estado de São Paulo e, inexplicavel­mente, abandonado.

}j) notório que os beneficios advindos para a coletividade comoum todo e de maneira especial para os "caminhoneiros" e em­presas transportadoras são incalculáveis, indo desde a segurançaaté o barateamento do preço dos produtos em conseqüência dobaixo valor do frete.

Por diversas vezes já nos manifestamos pela imperiosa ne­cessidade do Governo brasileiro voltar suas vistas para o trans­porte ferrOViário como a melhor opção em um país de dimensõescontinentais como o nosso. Entretanto, por razões desconhecidase acreditamos que haja o envolvimento de'multinacionais que seprejudicariam com essa opção, apesar do grande benefício queadviria para toda a Nação, continua em nivel prioritário o trans­porte rodoviário.

A integra do requerimento da Câmara Municipal de Maríliaé a seguinte:

"Considerando que um pais de grande dimensão só se de­senvolve e cresce quando as rodovias e ferrovias acompa­nham o desenvolvimento das indústrias automobilisticase ferroviárias;Considerando que as novas rodovias, principalmente a Co­mandante João Ribeiro de Barros, trecho Marília-Bauru,não estão atualizadas em relação ao progresso brasileiro.apresentando grandes falhas técnicas;Considerando que toda a Alta Paulista e nossa região nãoestão em condições de receberem o grande número de veí­culos que demandam para São Paulo. Rio de Janeiro, San­tos etc., através da BR-153. que vem de Belém-Brasília,Indo até o Rio Grande do Sul e ainda os advindos derodovias secundárias;Considerando que o Governo Federal, através do Ministé­rio de Minas e Energia, vem fazendo um grande apelo,através de rádios, jornais e televisão do País,axortando opovo para a economia de gasolina, a fim de que possamoseconomizar grandes somas de divisas que saem dD Paíspara adquirir petróleo, cujo preço é alterado quase quemensalmente;

Requeiro. na forma regimental, anós ouvido o douto Ple­nário, seja enviado Ofício ao Dr. Paulo Salim Maluf, Dig­níssimo Governador do Estado de Sá::! paulo; Dr. Leon Ale­xandre, digníssimo Secretário dos Transportes; Dr. EliseuRezende, dignissimo Ministro dos Transprtes; Dr. Cê~ar

Cals. dignissimo Ministro <te Minas e Energia; Dr. ChafícJacob, dignissimo Diretor-Presidente da FEPASA; Dr. JoséArruda Ribeiro, digníssimo Superintendente da FEPASA,solicitando-lh·es a viabilidade de Soar adaptado em nos­sas ferrovias, o sistema de segurança e economia, que sãoos Autotrens, para transporte de caminhões de cargas co­mo já fora. efetuado, com grande êxito, entre Marilta­São Paulo e vice-versa, levando em cada composição maisde cem caminhões carregados, instalação esta que re­presenta uma solução, tão esperada e aguardada pelosmotoristas que, diariamente, transportam as mais var:a­das cargas que representam o progresso do povo brasi-leiro." -

Pelas considerações feitas no inicio do nosso pronunciamentoresta-nos hipotecar total apolo à iniciativa da Edilidade de Ma­rili~, que se;upre tem primado pela apresentação de teses de re­levancla e a qual tivemos a honra de pertencer exercendo porduas legislaturas, o mandato de Vereador. '

Apelamos, assim, às autoridades competentes não apenas do~tado de São Paulo mas também as do plano federal para queImplantem o sistema de Autotrem como medida que representagrande economia de divisas, barateamento dos produtos e que vemao encontro dos anseios dessa laboriosa classe de trabalhadoresbrasileiros que diuturnamente dão sustentação à nossa pátria.

Era o que tínhamos a dizer.

O SR. SAMIR ACUOA (MDB - SP. Pronuncia o seguinte dis­curso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados a Declaração Universaldos Direitos do Homem estabelece, em ~eu art. XIX. que "todohomem tem direito à liberdade de opinião e de expressão; estedireito inclui a liberdade de. sem interferência, ter opiniões e deprocurar, receber e transmitir idéias por quaisquer meios e inde­pendentemente de fronteiras".

Essc principio universal, transplantado para o art. 153. § 8.°.da nossa Constituição da República, garantem, pois. que a liber­dade e o direito de informação são inerentes à dignidade da pes­soa humana. E não apenas isso: são uma das caras garantias deum regime plenamente democrático.

É inegável a função social da imprensa, hoje intimamentevinculada à vida das coletividades contemporâneas, servindo deelo de ligação entre a Nação e o Estado. Os meios de comunica­ção, cujo único compromisso é o da verdade, estão ligados, tam­bém em nosso País, à história das grandes lutas libertadoras.Apesar de todas as ameaças, de todas.as amarras, de todas ascensuras, a imprensa brasileira sempre esteve engajada na lutada sociedade em favor da liberdade. Muito se fez. ao longo dosanos. para amordaçá-la. aniquilá-la, amesquinhá-la na sua res­ponsabilidade histórica de informar livremente. No Estado Novo,criou-se o famigerado DIP - Departamento de Imprensa e Pro­paganda - que detinha poderes de vida e morte sobre a im­prensa. Posteriormente, no período dito revolucionário estabele­ceu-se a censura. formal e informal, direta e indireta, com ogrande tentáculo cuja função era sufocar qualquer princípiá ouidéia que contrariasse a ideologia dominante.

A grandeza da democracia consiste na capacidade de aceitara controvérsia. Com a censura à imprensa, porém, coi-biu-se queaflorassem todas as informações capazes de delinear as contradi·ções e os conflitos da nossa sociedade. Dessa forma, desrespei­tou-se um direito fundamental do cidadão e, em conseqüência,degenerou em autoritarismo e ditadura o compromisso democrá­tico dos que ocuparam o poder. Apesar de tudo. a imprensa resis­tiu à camisa de força. Verdadeiros atos de heroísmo foram prati­cados pelos meios de comunicação. Durante quase dez anos ojornal "Tribuna da Imprensa" travou e sustentou uma batalhagiária com o Departamento de Policia Federal. para garantirnão apenas seu direito de existir, mas o de toda a sociedade. eser fielmente informada. O "Estado de S. Paulo", ao transcreverversos de Camões nos espaços das matérias censuradas realizousua epopéia na defesa das liberdades democráticas. E, as~im comoesses dois órgãos de imprensa, tanto outros sofreram e lutarampeio direito de livremente informar, para garantir um último res­quício de democracia.

Não se pode negar que. ao lado da sociedade civil, a impren­sa foi a grande responsável pela recuperação de algumas I:ber­dades democráticas. Não alcançamos ainda o pleno estado dedireito. pois, como dirta o jornalista Carlos Chagas, vivemos mo­mentos de liberdade. instantes de liberdade. Entretanto. pelo que

Setembro de 1979 DIÁRIO DO CONGRf:SSO NACIONAL (Seção l) Quinta.-feira 13 9:Ul

Ja conseguimos _.. e que ainda não é tudo - rendo aqui m7utributo li. imprensa brasileira - que ontem c:Jmemorou seu dIa.fJ. data de ontem foi um novo troféu da batalha peb estabele­cimento de um Estadó verdadeiramente democrático. Clnde todosos cidadãos possam exercer livremente seus direitos.

, E o Congresso Nacional. que também participa da luta comumpela restauração (las liberdades pública., não poder~a deixa:- defestejar tão importante dia. Ao lado dos companhelros. regIstronos Anais desta Casa minha homenagem à imprensa livre e luta­dora, símbolo da liberdade de todos os brasileiros.

V - () SR. PRESIDENTE (Ari Kl'furi) - Passa-se ao GrandeExpediente.

Tem a palavra () Sr. Herbert' Levy.

() SR. HER,BERT LEVY (ARENA - 8P. Sem revlsao do ora­dor.i - Sr. Presidente, Srs. Deputados, nenhuma nação que seinterésse pelo seu desenvolvimento futuro pode deixar de domi­nar a tecnologia da produçã:J de energia nuclear. Podem as opi­niões variar, em relação ao Brasil, quanto li. disponibilídade daenergia hidrelétrica ainda mai3 barata. Pode-se falar nos anos1990, 2000. 2010, m~s a verdade é que o dominio da tecnologianuclear é um imperativo para que as nações assegurem o cami­nho de seu desenvolvimento eC:ll1ómi,co. Não V:lU. a esta altura.repisar assunto~ já tratados com bastantê insistência, como a po­sição, altamente criticável. do Goverr:lo brasileiro .em re.aliz~r.l.I;mentendimento que confere ao parcem:> estrangelro, mmontano,um domínio total, completo da entidade que terá a_ seu car~o oéle,envolvímento da tecnologia nuclear e a instalaçao de usmasnucleares adquiridas por preços, diria, prJibitivos pelo Brasil. Nãoirei repisar o que foi um ato, sem dúvida, lmpensado e infeliz,que mareou a imagem do Governo: quando int.erveio, atF,:vés daPolícia Federal. no jornal de propnedade da mmha famlÍla. Esteassunto já foi também amplamente divulgado.••••• ••••• ••••• 0'0 ., ••••• , ••••••• o" o., •• , •••••••••••••••••••••••

o que quero, .sobretudo, Sr. Pre~ídente, Srs, Deputados, é .fixaralguns pontos de extrema importância e ?e extreml1 g,taVldadenesta matéria, Em primeiro lugar, a conqUIsta da capacldade deproduzir energia nuclear - como conseqúência lateral; .até m~s­

mo o dominio tecnológico para chega!' aos artefatos pellcos. p~:n'­

que dificilmente se dissocIa uma COi.'ill d~ outra: -. e lll~peratlvapara o Br8lSil. Se nações cOm tecnologla mUIto mfenor". co~e1es.envolvimento industrial muito ab:nxo do nosw, como a Indlae .o Paquistão, dominal'am essa tecnologia ou estã? em vias <:iefazê-lo, porque haveria o Brasil de .ficar 'para. tra;s? Isso ser~arealmente inconcebível. Então. o cammho e obl'lgatolio. Mas mIOé admissível, Sr. Presidente, Srs. D€'putados, que uma 9-uestaodesta importância ,seja discutida, equacionada e resolVIda emsigilo. O sigilo já foi responsável por .a~guJl1as coisas ~raves nestePaís, Foi através de uma negoclaçao SIgilosa que. nos ldos de 1950,um homem de negócios conhecido pela sua esperteza. pela suaatividade, o SI'. Valentim Bouças, conseguiu do ~residente G~tú~ioVargas, no seu segundo Governo, uma concessao de lesa-patna,a exportação das reservas ce tório do Brasil. Compro~~temo.s

nessa negociação, por preços vis, 15Q.OOO toneladas de tor~o. Naverdade nossas reservas eram de 90.000 toneladas. Era eVHlenteque se pretendia que o Brasil esgotasse todas ll;s suas reservas detório. E-ssa transação infeliz foi denunciada apos mUltas exporta­ções. E devo dizer, que, peios cálculos do Prof. D~my de. ~ouzaSantos, tocos os l:ecursos provenientes da exportaçao de tt:JrlO denossas reservas mal dariam para pagar os gastos ('.om a lmpor­tação, durante seis meses, de uÍSque para nosso consumo.

Mas, Sr. Presidente, o que causa I~spécie e nos induz a err?sgraves, repito, é esta mania de sigilo. O Brasi~ te;n uma tradlçaopacifícÍSta e sempre tratou na mesa de negoclaçoes os seu.s pro­blemas de fronteiras - está aí a grande figura de Rio Branco,como simbolo dessa determinação pac:lfista do povo brasileiro. Jáassinamos o Tratado de Tlatelolco. que procura banir qualquerartefato bélico atómico do térritório ('as fJ.mérica.s. Este tratado,até bem pouco tempo. não havia sido .assinado pelos Estados Uni­dos que caÍxam em si quando presslOnavam o Bo..sil parJ. assinaro Tratado de Não-Proliferaçã.o, e nós nos-- recusávamos a fazê-lo,

.mas por uma razão digna, porque entendíamos que o ,!,ratado deTlatelÕlco já nos obrigava neste sentldo, porem f\m pe de Igual­dade com todas as nações, ao passo que o Trataco de Não-Pro­liferação apenas assegurava o domíní:o do átomo a. u~ peque!lOgrupo de nacôes, o chamado clube atomlco. O Brasl1 nao adnlltea presEnça da bomba atómica no território americano. Então, porque este sigilo? Por que esses cochichos de que preclSamos conh~­

cer a tecnologia não apena.s para proteger o nosso desenvolVI­mento económico, mas até mesmo a nossa segurança? Tais as­suntos devem ser tratados em sigilo, ou devemos prqclamar, altoe bom som, que o Brasil não pode ficar atrás de nenhuma outranac;ão. qua,ndo se trata de prover a sua segUl'anc;a e garantir o .~eu

desenvolvimento econômico? I,so deve ser dito às claras e comtodas as letras, porque são os cochichos e o sigilo que despertam

as suspeitas. Não são apenas 05 militares brasileiros os interes­sados na segurança brasileiTa: é a Nação inteira. somo, todosnés. Então, mudemos de técnica, porque esta nos leva a gravesinconveniente'>, como procurarei examinar 110Je.

Ouço o nobre Deputado Gérson Camata.

O 81'1 Gérs~m Camata - Deputado Herbert Levy, não me pa,reC8 jU'ót:í1icavel, o .sigilo. a' esta alturJ. d03 3.CJI1tI=cimento,s. Aprépria NUCLEN, comparecendo, atr3.vés do ,;eu sup,arinlen:ientea CPI da Senado, teve oportunidade de revelar a integridade dosdocumentos sclicitadas pela Comissão. Os aCJntecimentos ante­cedentes, a~sim como os posteriores à assinatura do Acordo Nu­clear, exigiam esse ,egredo. V. Ex.3 .,e lembra de que, logo quefoi anunciada a dispo.sição para a assinatura do clocumeatJ ­24 horas antes, ou pouco.s dias. não me recordo bem- cm âmbitointernacional desencadeou-se uma pressão violentíssima contra oBra.sil e até c:mta a Alemanha, para evitar que o fato so c:mu­ma"se. Nesta Casa, patrioticament.e, tanto a ARENA quanto oMDB - e os Anais podem ser con8ultacos - apoiaram a decisãodo Governo de garantiar o acesso li. tecnologia nuclear atravésdo acordo. Veio ao Brasil uma missão espe:cial norte-americana.que aqui permaneceu durante quatro ou cinco diUi;, e exerceruviolenta pres.,ão sobre o Governo brasileiro, a fim de evitar que oacordo fOI'> ,e assinado Igual pressão foi desencadeada, de maneirafarte C v~rulenta, sobre a Alemanha Ocidental. A União Soviéticatambém tentou exercer mecanismos de pressão contra.a po,siçãobrasileira, e, há bem pouco tempo. o organismO de controle dotrânsito de tecnologia e material atômico do' Mercado ComumEuropeu, Icom sede na Holanda, ,era violentJ.mente pre,slol1J.do nosentido de controlar o acesso do Brasil a essa tecnologia. Pare­ce-me que, naquela oca.sião, se come:çássemos uma ampla dis­cussão arites do acordo, ele jamais teria .sido a.ssinado. É apenasum repaI10 que faço. Não discordo co total da argumentação deV. Ex.a • mas ponho um reparo nesta parte.

() SR. HER,BERT LEVY - Agradeço a V. Ex.a o aparte. V. Ex.•não ignora que houve pressão norte-americana e soviética, exa­tamente porque esses pai$es conheciam 03 termos do acordo. Sóquem não os conhecia eram os brasileiros. V. Ex.a deve ter lidorecentemente, na revista' Veja, que os acordos desse tipo sãoobrigatoriamente regístrados na repartição própria da Alemanha.Davam até o telefone da agência. Quem quiser obter es,es do­cumentos, paralelos, que aqui foram omitidos ao exame dos peri­tos e da opinião pública, pode consegui-los. Entretaoto, este as­pecto <:'.0 problema não justificava o sigilo. Veja bem V. Ex." queas negociações teriam ocorrido de outra maneira, em melhorescondições; para os intereS.5es do Brasíl. Em primeiro lugar. gosta­ria de lembrar que o Brasil teve, há 25 ou 30 anos, uma dasmelhores !equipes de cientistas a.tómicos do mundo, com elemen­tos qualifâcados no plano internacional: Prof. Marcelo Damy deBouza SaJ.'ltos, ProL José Gold·emberg, José ZJ.tz e tantos outros.Havia também um-grupo de refugiados poloneses, que aqui chegouem 34 e 35, composto de fÍSícos e químicos do mais alto nível,que se con.,tituiram na firma ORQUIMA, tia qual nos dá notícia'detalhada; em sua entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, OProL Marcelo Damy de Souza Santos. Para que se tenha uma.idéia do "alor desta equipe, basta ler o que disse o ProL MarceloDamy de Sóuza Santos na .sua entrevista ao Estado de S. Paulono dia 2 ide setembro corrente. Ele se referiu ao depoimento doProL norte-americano Albert, publicado no "New York Times"lago após a detonaçáo de uma bomba atômica à grande altitude,sobre as Aleutas, em 1949. Disse o Prof. Albert, que chefiava aequipe atômica americana, que a prova alcançara grande êxito,pois permitira que se medisse, pela primeira vez, a multiplicaçãodos nêutron.s numa reação em cadeia do urânio 233. E acrescen­tou que a experiência demonstrara a plena confirmação das tesesde cientÍStas brasileiros, de cujos trabalhos tomara conhecimen­to por intermédio do "Estado", que as publicara tl'ês anos antes. Osautores desses trabalhos são os Profs. Marcelo D3.my de 80uzJ. San­tos, José Glodemperg e Leite Lopes, Vejam V. Ex.Rs que, naquelaocasiã6. I) Brasil já tinha uma equipe de alto nivel, de reputaçãointernacional. A França J;l1andou vários cientistas se juntaremàs .equipes brasileiras para o d·es-envolvimento de pesqui.s3.s emtorno do aproveitamento, do tório. .Daí, provavelmente. o avançoque a França adquiriu com o reator da nova geração, chamadofa.st-breeder, qu'e usa minérios férteis ~ e não físseis - disponí­veis no Brasil. Se bem que ainda em estágio experimental, é umpasso importante, um reator de alta velocidade. Mas repito osfatos citados na entrevista: a Fnnça enviou cientistas paraacompanhar os grupos brasileiros, organizados 110 Instituto deEnergía Nuclear e na Universidade de Minas Gerais.

Concedo o aparte ao nobre Deputado Marcondes Gadelha.

O Sr. Marcondes Gadelha - Nobre Deputado Herbert Levy,o Governo u,ou, no caso do Acordo Nuclear, uma manobra tipicade regimes autoritárias que controlam os meios de comunicação.Procurou desviar o essencial da questão que é a natureza dQ acor­do nuclear, para o aspecto acessório das pressões norte-ameríca-

9412 Quinta-feira 13 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seçáo li Setembro de 19':11

nas faZEndo apelo ao sentimento nacionalista do povo brasileiro.um'apelo - diga-,se de pa,osagem - fantasioso. porque, por detrásdos panos, as muItinacicnai.s avançavam em inúmeros setore.s danossa economia e praticamente usurpavam todo o aparelho pro­dutivo do País, pelo menos na sua parte mais importante. OMDB, dEsde a primeira hora. manifestou a sua preocupação c:ma sofreguidão com que nos arrojamo., a esse acorco, numa horaparticularmente di1ícil para o nosso balanço de pagamentos. Umacordo que consome bilhões e bilhões de dólares para uma naçãoque ainda não tinha lançado mão do seu potencial de recursosalternativos no campo da energia: no setor hidrelétrico. no setordo carvão do xisto, da bicmassa etc. Mas o que há de mai> graveé preci.sa~ente isso que V. Ex." acentuou: o <:aráter sigilQSO ~asnegociações. subtrair ao conhecimento da Naçao c.ados da maIOrsignificação ·e da maior relevância para o nosso futuro. Ora, nobr'3Deputado Herbert Levy, por mais que V. Ex.& procure manteruma atitude de low profile no episódio da apreensão da GllzetaMercantil, a,seguro-Ihe que essa não é uma questão de somenos,não é um fato despiciendo, é um fato da maior gravidade. Cer­tamente V. Ex." não publicaria em seu jornal documentos quepuse.sszm em riSCD a segurança nacional, ou, o qu~ é mais gra~z.

que viessem a contrariar os nossos interesses. O Governo. naoobstante, tripudiando sobre a seriecade, a grandeza da GazetaMercantil, .sobre o seu comprometimento com as mais legítimase sentidas aspirações do nosso povo, apreendeu aquele exemplare resolveu deitar mais uma cortina de fumaça sobre este caso. ANação está a reclamar. com a maior urgência. uma política deamplo conhecimento, uma política permeável. em todm os seusgraus extremos, à indagação da verdade. Quero dizer a V. Ex.aque não apenas foi negado à população ou ao Congre.3so Nacionalo conhecimento desses fatos. mas também ao pessoal qualificadodeste País, à excelente equipe que temos no campo ela energianuclear. O MDB advoga. por isso, não a eliminação, não a su­pres,ão, não o abandono puro e simples desse acordo. mas umreexame da matéria e, sobretudo, a participação dos setores res­ponsáveis que devem e querem conhecer a natureza intima dascoisas. Tal iniciativa não deve ser concebida como um pacote,ou seja, entregar às mãos do grupo que soberanamente imperaneste País a decisão última sobre os nossos destinos.

O SR. BERBERT LEVY -:;; Agradeço a V. Ex.a o aparte.Repito, o problema da Gazeta Mercantil não é minha inten­

ção examiná-lo mais a fundo. Acredito que foí um erro lamen­tável de quem quer que no Governo tenha deflagrado essa ope­ração q~e mareou a imagem do Governo no Brasil e no exterior.

Concordo com muito do que V. Ex." disse, entretanto umponto precisa ficar claro - estamos atrasados na corrida para aenergia nuclear. Lamentavelmente. não realizamos isso há 20.30 anas. Por ís,o mesmo, essas equipes. em vez de prestígíadas,foram praticamente dissolvidas e, hoje. temos que começar tudode novo, porque não tivemos a visão, a compreensão de, ao invésde marginalizarmos esses homens, dar-lhes toda a força para quesoluções viessem consentâneas com os nossos interesses.

Vejamos um outro caso. Falei no sigilo da negociação Valen­tim Bouças - Getúlio Vargas, da qual resultou a exportação dasnossas reservas de tório, mas a negociação de Angra-I tambémse fez em .sigilo. A Westinghouse recebeu a incumbência da cons­trução para entregá-Ia virando a chave, isto ê; tudo pronto, mascom o compromisso de depois de construí-Ia fornecer a tecnolo­gia nuclear ao Governo brasileiro, e não cumpriu. Evidentemente,houve intervenção do Governo norte-americano para impedi-lo,mas es.sa era uma questão que dev~ria ter sido solucionada pre­viamente. l1: muito fácil uma empresa obter permissão para aconstrução de uma usina de grande porte e depois alegar-seimpedida de cumprir a outra parte do acordo, porque o seu go­verno a impede.

Tudo Isso deveria ter sido tratado no devido tempo, e teriasido certamente prevenido, se as peSSOas capazes de examinar oprobJ.ema e de opinar tivessem sido ouvidas. O que não pode haveré o sigilo e a auto-suficiência, porque constituem, no caso, umperigo para os interesses nacionais. Esta é a verdade.

Outra conseqüência desse sigilo: não foram ouvidos os cientis-~ tas brasileiros, não foram ouvidos os industriais. E nós temos aí,

em função desse acordo -- e ninguém sabe como, nem pDr que ­uma fábrica para construir reatores. que está parada, ociosa, comum custo de aproximadamente 400 milhões de dólares, numa épocaem que os dólares nos são escassos. Numa época em que tantasprioridades estão reclamando recursos, 400 milhões de dó:ares sãojogados numa fábrica de reatores que não tem o que fazer. que estáprocurando produzir usinas d~ álcool ou carros de combate parasair da ociosidade em que se encontra. Ora, erros desse tipo sóocorrem quando as pessoas capazes de opinar não são consultadas.l!: isso precisamente que temos de evitar. Não é de estranhar queo Professor Damy diga a respeito: "Parece simplesmente incon­cebivel que coisas assim possam acontecer no Brasil, em pleno1979."

Não é concebivel que o Brasil, que. afinal. tem tradição cien.tífica e técnica muito maior do que os demais paises que se encon.tram nas mesmas condições. tenha aceito uma fábrica d·:;ssa. qUE'não tem finalidade. Para quê? Fazer um produto que não foi pIa.nejado?

Mas, Sr. Presidente, Srs. Deputado.s. esse assunto da Westín­ghouse, que agora vem à tona. demonstra que estamos comprandoo direito de obter tecnologia, agora dos alemães. peja segunda vez.Já pagamos a primeira. com a usina de Angra-I. Vamos pagara segunda com as oito ou quantas mais usinas forem encomenda­das a preços proibitivos. Esse o preço terriv'zl que é pago, quandopessoas capazes de opinar não são ouvidas.

Mas, o que é pior: recentemente os professores da Universi­dac!e de São Paulo, de novo os professores José Gold·::mberg eJosé Zatz, afirmaram - "Gazeta Mercantil" de 28 de agosto ­que o acordo estabelecido não possibilita transferência de tecnolo­gia ao Brasil. E são dois cientistas da maior respeitabilidade. E1claro que nós. l·eigos, ficamos perplexos diante dessas manifesta­ções. E por que isso deve acontecer? Exatamente porque dissolve­mos um grupo de cientistas que se destacavam no plano interna­cional e que teriam. na oportunidade própria, pelos métodos pró­prios. pelos caminhos impostos pelo interesse nacional, nos dadoo indispensável conhecimento, a tecnologia, enfim, para produçãode energia nuclear, porque esta, mzu caro Lider, ê inadiáveL Nãoestaríamos atrasados. se os nossos cientistas tivessem o lugar quelhes cabia no exame de todo esse problema.

O SR. PRESIDENTE (Nosser Almeida) - A Mesa lembra aoorador quc dispõe de dois minutos para concluir seu discurso epede que não permita mais apartes. porque há um segundo oradorinscrito no horário do Grande Expediente.

O SR. HERBERT LEVY - Sr. Presidente, 81'S. Dzputados. mul­ta coisa mais poderia dizer - assim como outros - sobre a ma­téria. O assunto ê vasto, fascinante e de uma importância vitalpara o Brasil. Todavia. convém. desde logo, estabelecer -- e é oapelo que faço ao Governo brasileiro, ao meu Gov·zrno - que seleve essa questão ao exame e ao debate de todos quantos possamopinar autorizadamente sobre ela.

Repito que não s·zrá através do sigilo e da auto-suficiE'-ncia queresguardaremos os altos interesses nacionais em jogo nessa for­midável questão, que é o dominio da energia nuclear.

Sr. Presidente, era isso o que des'2java tornar claro, como pontofundamental da questão. neste mcu pronunciamento. (Palmas.)

Durante o discurso do Sr. Herbert Levy. a Sr. ArtKffuri. 3D-Secretário. deixa a cadeira da Presidência. queé ocupada pelo Sr. Nasser Almeida. Suplente de Secretário.

O SR. PRESIDENTE (Nosser Almeida) - Tem a palavra oSr, Mário Hato.

O SR. MARIO BATO (l1'IDR - SP. Pronuncia o seguinte dis­«urso.) - Sr. Presidente. Srs. Deputados, a história humana apre­senta nos seus diversos periodos as características do povo na lutacontra as condições adversas: condições do meio fisico. condiçõessociais, cond:ções econômicas. São lutas fundamentais da vidahumana, lutas pela conservação da vida. preservação da espécie,evolução e desenvolvimento. Sempre que o homem se sente amea­çado nesses princípios básicos da vida é ele impulsionado a açõesque visem ao alcance de um minimo indispensável de condiçõespara continuar a viver. a desenvolver-se.

A sociedade brasileira também tem a sua história e esta histó­ria é terrivelmente marcada de tendências ora mais fortes oramenos fortes, de adversidades colocadas diante da grande maioriado seu povo, verdadeiras barr.elras a uma vida plena. quer sob aótica individual, quer sob a social. Nosso antepassado escravagis!amarcou de forma indelével as relações de trabalho. A exploraçãodo h:Jmem. a desconsideração pela pessoa humana, o desrespeitoaos di1"2itos humanos e a dominação do mais forte e poderoso embenefício da minoria comecou nessa época. As reações dos escravos,suas fugas, suas aglomerações para resistir às agressões de queeram vítimas foi a marCa de que os limites de tolerância à degra­dação já haviam chegado ao máximo de tolerância. Mas a simplesLei Âurea não foi suEciente para produzir transformações maisprofundas e alterar de forma positiva as relações de trabalho. Osvalores dominantes na sociedade continuaram os mesmos. A ter­ra e o capital continuaram a ser os fatores nobres da produção,Enquanto ao trabalho, portanto. ao homem dispensou-se o trata­mento mais desrespeitoso. Trabalhar continuou a ser sinônImo deinferioridade, de desprestigio. de marginalidade. O trabalho nãoera mais escravo. porém o seu sentido permaneceu. e continuoua s·eI' mal remunerado, em ostentação do desprezo que a ele sedispensava.

Esta atitude para com o trabalho teve e tem reflexos na edu­cação brasileira. Foi toda ela organizada para a formacão orna­mental das elites, sem o mais longiquo relacionamento com ativida-

Setembro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (S~ãQ I) Quinta-feira 13 9413

des profissionais. Era um ensino destinado â ilustração e não àprática d:: vida produtiva. Os cursos se separavam, quando maistarde surgiu a necessidade de mão-cle-obra Qualificada, e eramincomunicáveis. A preparação para o trabalho vedava o ingressona universidade, era destinada aos desvalidos. O processo educa­cional, veio, pois cristalizar na mentalidad€ nacional o caráterindesejável que se atribuia ao trabalho. As transformaçóes queforam ocorrendo na sociedade brasileira, embora muitas e signi­ficativas, não, chegaram a abalar a deJformação inicial de que tra­balho é castigo, é ultraje. E chegamos às portas do século XXI,com o alto desenvolvimento das ciêneias humanas, da fís:ca, deuma abundante tecnologia, de uma educação atualizada aos novostempos, dispondo de medicina moderna, mas apegados aos nossosvalores antigos, que nos permite conhecer tudo Isto, ao mesmotempo que nos impede de agir do:; maneira mais humana em coe­rência eom os conhecimentos que adquirimos mas não transfor­mamos em valores, não introjetamos,

Sabemos hoje que o desenvolvimento integral da personalidadel1ão se r·estringe ao pensar, ao refletir, aos exercicios intelectuais,mas exige a participação do corpo que não se separa da mente.Que o fazer é tão necessário quanto o pensar. Não temos maisdúvida quanto à importância do trabalho, da ação, na vida mo­derna em sociedade e do seu significado no bem-estar individuale social. Não mais ignoramos a interdependência entre o social ee o individual mas continuamos a negar a importância de deter­.minadas áreas da atividade humana, a .mal remunerar os. seusexecutores. a negar-lhes o bem-estar que ajudam a' construir.Exige-se dessa parcela trabaihadora, isto é, da quase totalidadeda forma produtiVa desse País, que continue a ser sacrificada paraque uns poucos possam desfrutar de todo o bem-estar flsico, men­tal e social que a socieclade tem a ofe recer. Que se sacrifique porremuneração salarial injusta, por condições de trabalho incle:;ejá­veis, por exposição a riscos de saúde, de acidentes. de morte. EXl­ge-se que o trabalhador produza mais e melhor sem se considerara sua condição de ser humano portador de necessidades cuja sa­tisfação vai afetar não só o seu bem-estar individual, como o frutodo seu trabalho. -,

É assim que assistimos com espanto ao espetáculo de o lucrodas empresas crescer assustadoramentl~ ao mesmo tempo em queO salário dos trabalhadores se avilta. deteriora. Mas não é só osalário degradante que compóe este quadro. São todas as condi­ções de trabalho que se colocam num contínu'o de mais ou menosdesfavoráveis. Desde a insegurança na manutenção do empregoaté as condições físicas, psicoiógicas e sociais do ambiente detrabalho como um todo. A Higiene e Seg'uranqa do Trabaiho é fatorecente na histórica trabalhista do País e não se encontra de fatoimplantada mU11a política de atenção à saúde do trabalhador bra­sileim. A Organização Internacional do Trabalho - OIT, foicriada em 1919 com a finalidade de contribuir para a melhoria dascondicóes de vida e de trabalho, assim c.omo para o estabelecim;?n­to de 'uma sólida paz baseada na justil)a social. Foi muito feliz aOIT na definicão de sua finalidade. Colocou claramente a im­portância da melhoria da condições de vida e de trabalho na ma­nutenção da paz, da harmonia da soc:-edade, na medida em qu~

melhores condições de vida e de trabalho são fatores inerentes ajustiça social e justiça social é indispensávei à paz.

O que se entende por melhores condições de vida e de tra­balho? A qualidade d·e vida das populaçô,es são definidas de acordo

, com os indlcadores sociais. Estes indic'adores retratam o estadode saüde da população, o seu consumo alimentar e nutricion~.1,o grau de educação, as condições de lemprego e d-e trabalho, asituação habitacional de forma numérica, quantitativa, s,em dei­xar, porém, de considerar outros asp·ectos como segurança SOCIal,iazer e recreação, liberdades hum:mail inerentes ao bem-estarmas não passíveis de medição, de -expr,essão quantitativa. O es­tado de saúde pode ser conhecido pelo indicador esperança devida ao nascer. Em 1976 a espel'ança de vida ao nascer, para apopulação geral 'era. de 60,5 anos. :Podemos consid·erar um dadorazoável, mas enquanto a população de renda superior a cincosalários minimos tem uma esperança de vida de 69,6 anos, a quefica na faixa de até 1 salário mínimo t~~m apenas 54,8 anos. Qua­tro salários minimos a mais dão ao individuo mais 15 anos devida. Como a população com rendimento de até um salário mini­mo é altamente significativa na mão-de-obra, empr·egada e é aomesmo tempo a faixa de maior número de dependentes, emmédia, podemos concluir que a, esperança de vida ao nascer estámal distribuída no BrasiL Outro indicador muito importante éo coefici,ente de mortalidade infantil. E neste aspecto não en­contramos melhor qualificação. Um coeficiente de 85 por mil nas­cidos VIVOS representa' más condições de vida especialmente noque diz respeito a alimentação, nutrição> .e saneamento básico. Osdados de que dispomos, Indicadores Sociais, do IBGE, nos mostramque há deficiência protéica e que essa defiCiência varia não sóde uma região para outra, como, d,entro da mesma região. deacordo com a renda familiar. O consumo médio d·e proteína pordia na Região II - São Paulo, em Ul75, o8i'a de 45,75 para a

população que ganhava até Cr$ 2.260,00 mensais. Já na mesma Re­gião e no mesmo ano, a população que contava com renda deCr$ 4.520,00 ou mais, apresentava um consumo diário médiode 82.99. Na Ragião VII. constltuid.l por Rondônia, Aere, Am:.tzo­nas, Roraima, Pará, Amapá. Goiás e Mato Grosso, a populaçãode r,enda mensal até Cl'S 2.260,00 tinha um consumo médio de46.60 g de proteina/dia,' enquanto a população d·e renda igualou superior a Cr$ 4.520,00 mensais apresentava um consumo de75,87 g de proteina/dia. Isso nos mostra claramente que a rendafamiliar afeta o nivel nutricional da população. logo suas con­dições para o trabalho. Vê-s·e, poi:> qu,e os indicador·es n3. áreada saúde nos i'evelam um quadro precário de condições de vida.O mesmo quadro se r,epete quando .rnalisamos os indiCadores p,elaótica da educação. Em 1976, de acordo com os dados do IBGE,13.7<;1, da população de 15 a 19 anos era analfabeta :: 14.4% dapopul.1.ção d·e 20 a 26 anos estava na mesma condição. Além detudo Isso, d,essa fábrica de analfabetismo, ainda v,ertficamos ql.1ea retenção escolar é muito baixa. A proporção dos que cons,eguemtranspor as barr·eiras entre a prim~·ir;r. e a segunda série do pri­meiro grau é de aproximadamente 50<;1, e a redução vai-se pro­ce.ssando contlnuadamente' pelos graus de ensino subseqüentes.A comprovação da má qualidade de vida tonla-s,e, mais uma vez,gritante e só não vê quem não qu·er. E ''esta qualidade de vidaé o fundamento máximo da qualidade do trab;r.lho, pois saúde eeducação são as bases da higiene e da seguranca do trabalho.Contamos, ainda, com proporções elevadas de habitaçóes sem UIlcondições nec,assárias a uma vida saudável, isto é. água potávele esgoto sanitário, no minimo. E não se desconhece mais hoje~ importância d,~sses aspectos na qualidade de vida das pe.ssoas.:Pode-se afirmar, de acordo com as maiores autoridades mundiaisque a ?ota~ão de água potável, e.sgotos sanitários, imunizaçóes ~educaçao sao a chave para reduzil" ao mínimo a patologia dosubdesenvolvimento que limita a produtividade .dos individuo.s e'maté 600/0 de .sua capacidade. Vê-se, pois, que a Medicina do Tra­balho, a Higien.e e a S-egurança do Trabalhador não tem iimites110 ámblto da empresa apenas. O seu local d,e trabalho é umaparte de .sua vida. Apenas uma parte,

O r,etrato das condições de vid:a. da nossa população não éurna i~lagem a).egre, colorida. Muito ao contrário, é um negativosombrw, assustador. Que podemos dizer das condiçá.es de trabalhoq!1e .esse quadro reflete? Não são boas, não são aceitáveis, nãosao Justas; ~t.el1demos, den~ro de uma concepção moderna, queboas condlçoes de trabalho nao pod,em ser dissociadas da vida to­tal do trab~lhador. A melhoria das condições dc trabaiho não pode.s~ . r:estnng;r ao .seu .l!?cal de trabalho e ao período de tempodiano destinad? a atiVIdade produtiva. Não se ignom mais hojeq~e .0. homem € ao mes~no tempo e de forma inseparável um ,serbIOloglCo e um ser SOCIal. As suas condições biológicas af.etamo. seu, comportamento social, em quaisquer dimensões que o tome­mo.,s, da mesma forma que o contrário ocorre invariaveim,ente. OtI~abalh? .é um~ ati,;,idade que exige o concurso de todas as apti­{ioes: ,fI8ICas. 15to e,. motoras e sensoriais intelectuiLÍs afetivase_especialmente sociais, pois a situa\'ão de 'trábalho é urna situa­ç!,!o de .inter-relacionamento humano, cujo produto final é deS­tmado a comumdad,e. :Por isso a preocupacão com o trabalhadorcomeça muito antes de tornar-s'é um eleménto produtivo. Começano v:entr,e materno, req uerendo um elenco variado de· atenc5ese cmdadds para se desenvolver de forma saudável. Os ctúdadoscom o tl'abalho devem s·er, portanto, cuidados destinados à saúdedo !rabalhador, tomando saúde no conceito definido pela Organi­z:,çao Mundial de Saúde, Isto é, o "completo estado de bem-estarfISl~O, mental e social do homem". Est,e é um conc,eito positivoe na<: se ?~fin-e mais saúde por oposição a doença, nem se limitaseu SIgnifIcado ao aspecto biológico. Portanto as atencá.es à saúdedevem se c~n.,stituir prioritariamente d·e aç5ed prevenc1onistas. De­vem ser açoes que pro~novam o bem-estar, evite1U danos. agravos.O m€.~mo deve se aplicar ao trabalho. As atenções a atividadesia1?,orals devem reconhecer este fundamento básico. Devem seraçoes ~omplexas que abranjam o aspecto habitacional. sanítárioCd~IcaclOnal, salanai, tudo isto formalmente definido em atos le~ga~s e organizações administrativas capazes de exigir IJ seu cum­pl'lmento.

~ preocupação com a legislação prevencionista é fato novo.SurgIu em 1.0 .de maio de 1943, com a Consolidação das Leis doTrabalho. Jj; ai qu,e surge, pela primeira vez, uma leglslação quese oc,upa de medIdas preventivas das moléstias profissionais edos rlSCOs .o~upa~io~lais" O Direito :Prev'encionista, todavia, no Di.­":elto BrasIleIro. e area pOUCa estudada. Não têm havido maioresmter,ess-es nesse campo do Direito, como tem sido pouco cuidada.a a_tividade prevencíonista em si mesma. As ações pr::vencionistasestao no ~mbito da Medicina Preventiva, da qual a Medicina doTrabalho e uma parte, a parte que SE' dedica a prevenir as doen­ça~ profissionais e os acidentes do trabalho, isto é, promove a~aude ocupacional. Abrange a. MedicinJ. do Tr;r.balho três grandesareas: a .Higiene do Trabalho, constituída de ações destinadas aproteger os tra1,Jalhadores contra enfermidades profissionais e co­muns, produzidas ou favorecidas pel!!s condiçóes de trabaiho; a

9414 Quinta-feira 13 DIARIO 00 CONGRE5-'iO NACIONAl. (Seção 1) Setembro de 1979

Segurança do Trabalho, congr·egalldo ações no sentido de preveniros acidentes do trabalho e a Ergonomia, que se preocupa com autilização ótima do organismo em um ambiente de trabalho ade­quado. Vê-se, facílm,mte, que a Medicina do Trabalho se traduzem uma atividade multiprofissional que procura abranger o tra­balhador como um ser integrado, São ações que s·e iniciam antesde o tr:J.balhador entrar em atividade e que continuam a acom­panhá-lo. Da parte da empresa, a Higiene e a S·egurança do Tra­balho começam no proj.eto.

O proj.ato de uma empresa tem que levar em consiieraçãoas melhores condições para o desampenho no locaL É o aspectoarquitetõnico, B.. distribuição de móveis, máquinas, instrumental,luminosidade, ruido, pressão. temperatura ambiente, cor, odor,grau de intoxicação da matéria manipulada, periculosidade dosinstrumentos ou métodos de trabalho até as relações int.=rpes­soais, A Lei n." 6.514, de 22 de dezembro de 1977 que alterou oCapitulo V do Título 11 da Consolidação das Leis do Trabalho,relativo à segurança e medicina do trabalho troUJ~e algumas ino­vações que já eram reivindicadM há longos anos, Assim, no s·cuartigo 189 considera atividad'8s ou operações insalubres aquelasque, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho,expo­nham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limitesde tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade doag.ente e do tempo de exposição a seus efeitos, Foi uma vitóriada classe trabalhadora, pois agora são dois os fatores a seremconsiderados: limites e tempo de exposição, Isto é extr·emamenteimportante, mas sua validade é nula s·e não for acompanhada deduas outras medidas; primeiramente a fiscalização, 'em segundolugar, mas não de menor importância, um estudo epidemiológicocontinuo. A fiscalização está prevista na legislação trabalhista,mas é uma atividade que merece um tratamento todo especial. Osagent.es da fiscalizacão do trabalho devem estar imbuídos de altonível de responsabiÍidade: responsabilidade moral, social, admi­nistrativa, tr;Lbalhista, civil e penal. Segundo a legislação em vigora equipe de inspeção do trabalho é constituida de inspetores dotrabalho, médicos do trabalho, engenheiros e assistentes sociais.Deve, pois ·esta equipe ter uma preparação adequada às .suas fun­ções e uma boa formação em Saúde Pública. em epidemiologia,Um dos poucos ·estudos realizados na área, sobre os efeitos daexposição profissional ao chumbo em trabalhadores de duas re­giôes do Estado da Bahia, mostrou claramente a importância deestudos sobre as condições do exercício profissionaL A análisedos aspectos sintomáticos apanas teria levado á conclusão de quea exposição ao chumbo -era inócua. Isto porque os sintomas daintoxicação se confundem com os sintomas das endemias locais:dores ou fr:::qu.ezas nM extr·emidades, dores abdominais, fraquezageral, que sao ao mesmo tempo conseqüência tanto da exposiçãoao chumbo como da esquistossomose. A análise rev·elou que aexposição determinava dosagens de chumbo no sangue que ultra­passavam os limites da inocuidade. Esses trabalhadores estavamsendo mil;ados além de suas forças, já pequenas, pois a mJ.ioriaera tambem afetada pela esquistossomose. Por isso def·endemosum estudo epidemiológico do trabalho. A taxa de acidentes dotrabalho, por si só, já teria levado as autoridades responsáveisa estudo dessa natureza, não fosse o descaso dispensado á massatrabalhadora,

As estatisticas de acidentes do trabalho revelam que em 1978ocorreram no Brasil 1.564.380 (um milhão, quinhentos e sessentae quatr? mil, trez.entos e oH·enta) acidentes do trabalho. Estesdados sao apresentados pelo Ministério do Tra.balho e referem-sea acident·es de segurados do INPS, É um {lado significativo porsi só, P?is a mé~ia de afastamentos do trabalho por esses aci­~entes e d·e 20 dIaS. Isto correspon{le a 5.129 acidentes por diauti! ou a aproximadamente 640 acidentes por hora, A repercussãodesse fenômeno na vida do individuo, da sua família, da comu­nidade e d:a economia. g~ral do Pais é .enorme. As reduções quese ,cons.agUlram nos ultimos anos esta ainda longe de seremsatlsf:;torias e. não. te!D?S dúvida ~uanto á urgência da aplicaçãodo metodo epldemlDlog1co aos aCldentes. Mas não podemos Se­n,hares Deputados, aceitar os números apresentados pelo Minis­teria do Trabalho como o retrato da nossa realidade completa.Eles se referem apenas a trabalhadores s·egurados, isto é, comcarteira Msinada. Os dados do IBGE revelam que em 1976 so­mente 61,2% dos empregados possuiam carteira assinada. Se con­sld~rarmos_que, de modo g·eral, os que trabalham sem carteira~lDada sao os que estão em atividades sem maiores r-espoI\sa­blhdades da empresa, podemos imaginar que o número de aci­dentes dev·e estar bem acima do apres·entado nas informacõesoficiais. .

Quanto ao aspecto das doencas profissionais os relatórios ofi­ciais não diz·em nada, são compíetamente omissos, Não há a me­nor referência a elas, embora a legislação exija das empresas pri­vadas ou públicas, bem como dos órgãos da administracão diretae da indireta, com empregados regidos pela consolidacãó das Leisdo .T~abalho - CLT, a manutenção obrigatória de 'Serviço Es­peclaiJzado em' Segurança e Medicina do Trabalho. segundo a

natureza das atividades desenvolvidas na empresa e os riscosdessas atividades, Estes serviços predsa.m estar articulados comos érgãos de saúde pública, Ministério da Saúde especialmente,ao qual cabe, de acordo com o Decreto n.O 79, 055. d:~ 30 de d.ezem­bro de 1976, no .seu [LI't. 1.0. item XII, a "a fixacão de normastécI,lico-cientificas_básicas relativas às ações de promoção. pro­teçao e recuperaçao da saúde, fiscalizando o seu cumprimento eobservância em normas especificas fixadas por outras entidad·espúblicas ou privadas". Não vemos como ficar :) Ministério daSaúde .alheio a uma acão de alcance coletivo que é a da Segu­rança e Medicina do Trabalho,

A Higiene e s.eguranca do Trabaiho é um ponto fundamentaina distribuição de justiça social. Os paises como o Brasil que selançaram na corrida desenvolvimentista sem se preocupar comas con~iicões de ~ida da população correm o risco de se perd,eremno melO do cammho pelas mazelas que váo provocando. O casobra.sileiro está aí como exemplo inegável da necessidade de re­formulação de diretrizes, Na área trabalhista esta neces.~idade

é .m:J.is. que urgente, Os nossos trabaihador·es estão massacradosha n:u~tos anos. Em 1974, quando V-ereador em São Paulo, tivemosa feliCldad:c ,d~ levantar em seminário do mais alto nivel, o pro­bfcma da HIgiene e Segurança do Trabalho, Foi a primeira ini­clatlva dessa natur·eza assumida por um órgão do Poder Legis­lativo do Pais,

Concedo o aparte ao nobre Deputado Gérson Camata.

, O ~r, Gérson Camata - Nobre e !lustre Deputado Mário Hato,ha mUlto venho acompanhando o seu interesse pelo assunto eV. Ex." o expõe, perante a Câmara dos Deputados, com a autori­dade de um batalhador, adquirida pelo longo estudo que femprepromoveu quanto á segurança do trabalho à estabilidade do traba­lhador, enfim, todos os interesses ligad~s à classe trabalhadorabrasil!"ira. LC;lUvando o interes.s~ de V. Ex,". gostaria de dizer quee~ta e tambem uma preocupaçao do Governo, Talvez não tenhamsldo alcançadas todas as metas desejadas, mas V. Ex," tem vistoque se tem feito um enorme esforço em busca de algumas delas,N,o caso, d.a segumnça do trabalho, estamos muito aquém dos in­dlces nu.mmo~ que gostariamos de atingir. V. Ex." reconhece essefato e Ja o .dIsse, Entretanto, quando Ministro do Trabalho, o Sr.Arnaldo PrIeto desenvolveu uma intensa atividade mobilizandor~cursos .dO Ministério. para não S? promover uma c~mpanha na­CIOnal, Visando a motlvar empresarios e trabalhadores brasileirosem tor!10 des,,;e problema ~e. seguran~a" como, também, para aformaçao de eqmpes de medlcos especIahzados em medicina ori­entada para o trabalho e de técnicos em cada empresa, com o fimde promover comitês destinados a evitar esse número assombrosod.e acidentes da trabalho no Brasil. Quanto ao problema habita­c.lOnal -: V. Ex." bem o sabe - não atingimos também os obje­tlvos cohmados, Entretanto, nunca se construiu e nunca se pro­gra~ol~ tanto no Brasil, em matéria de habitação popular, comonos ultImas anos, Agora mesmo o SI', Ministro do 1:nterior anuncioua ~eta de ';Im milhão de. casas, a ~erem construidas por ano, em­bOla o ~eseJado. foss.e mais do que ISSO, OS cursos promovidos pelasDelegaCias RegIOnaIS do Trabaiho e também por órgãos comoSENAI, SENAC e SESC para melhoria da qualidade do brasileirocom _pagamento até das horas de aula àq'ueles que as freqiientam'se nao puderam atingir a universalidade da classe obreira do nass~Pais, representam o primeiro grande esforço nacional nessa área;o empenho do MOBRAL, no sentido de alfabetizar as camadastrabalhadoras, exatamente para tornar acessiveis a elas as novaSt~c!!,icas visando ao seu ~esenvolvimento e aperfeicoamento pro­fISSIOnal; os centros soctaJ5 urbanos de lazer nos grandes co'nglo­me~ados construídos pelo BNH; a universalização da PrevidênciaSOCial, _embora ainda com seus efeitos. tudo isso demonstra ac:,tensao enorme da gama de serviços oferecidos e também a quan­tidade de trabalhadores brasileiros que puderam ser abrangidos.Lembre-se, ainda, a distribuicão de remédios através da CEMEproporcionando aos trabalhadores sem recursos o acesso aos medi:~am~ntos,,v. Ex.", que há muito tempo estuda o problema e,por I~SO, e autoridade no assunto, há de reconhecer que temosvárias metas a serem alcançadas. Acredito que demos alguns passos~mportante.s na pe_rseguicão dessas metas, Acompanhamos comI~lteresse a exposlçao de V, Ex.", com a autoridade com que foca­liza o assunto, V. Ex," presta extraordinária colaboracão não sóà classe trabalhadora. mas ao Governo, a esta Casa c ao País, como conhecimento profundo que tem da matéria. Congratulo-me comV, Ex." pelo posicionamento técnico que dá a um problema dessaImportância.

O SR. MARIO RATO - Agradeço ao Lider Gérson Camata oaparte. Devo dizer que, sob o aspecto social, por mais esforcasqu~ tenha demonstrado, por exemplo. o ex-Ministro Jarbls Pas­sannho, que se preocupou com a prevenção de acidentes. segu­'rança, higiene e medicina do trabalho, os demais Ministros que sesucederam fizeram para solucionar esse dramático problema, queVêm corroendo os cofres públicos. Somente a titulo de esclareci­mento, os custos diretos e indiretos para os cofres da União comacidentes de trabalho chegam aproximadamente a 2/3 da receitafederal. Veja só a grande importância que o Governo deve dalê a

Setembro de 1979 DIáRIO DO CONGRESSO NACifONAL (Seção 1) Quinta-Ifeira 13 94Hi

esse setor de prevenção de acidentes, segurança e higiene do tra­balho. Isto s,~m levar em consideraçã<> as moléstias profissionais, asdoenças adquiridas nos locais de trabalho devido à insalubridade,l.lorque até hoje não temos tido incentivo por parte do Governo naformação de técnicos especializados também na prevenção de mo-léstias profissionais. '

.O Sr. Ubaldo .Dantas - Permite··me um aparte?

O SR. MARIO HATO - Com raro prazer. ouço V. Ex.a , Depu­tado Ubaldo Dantas, ex-Secretário de Saúde do querido Estado daBahia.

O Sr. Ubaldo Dantas - Nobre Deputado Mário Hato, congra­tulo-me com V. Ex." pelo tema que aborda. Como as demais assuntoscom os quais V. Ex.B se tem ocupa-elo nesta Casa; a matéria quehoje focaliza possui alcance e profundidade soci~l peculiares àsua própria po'stura: a preocupação com a nOSsa nacionalidade,com o nosso brasileiro. I

o SR. MÁRIO BATO - A reciproca é verdadeira.

O Sr. Ubsldo Dantas - O discurso de V. Ex.a , abrangente comoê, enseja essa preocupação social. Somos membros de uma mesmaComissão. Acho que seu pronunciamento constitui um brado dealerta, em vista da necessidade de se ressaltar esse problema etodas as suas ligações ~ implicações basicamente nacionais e so­ciais. Veja a qu.estão do salário mínimo, a valorização do trabalho,a mão-de-obra na sua vinculação como o capital, que intimlJ.menteestá vinculada à própria segurança dei trabalho, quando o capitaltem muito mais aquinhoamento no sentido de proteção do que amão-de-obra, barata, abundante e, por isso mesmo. podendo sermais facilmente substituida ou até deb:ada para depois. Esse alertat'llmbém faz parte do meu entusiasmo em relação ao posiciona­mento de V. Ex." Ressalto o meu orgulho pelas nossas ligações, aesta altura já afetivas, neste sentido de incentivar nosso patrio­tismo e nossa obrigação para com essa e1asse obreira que faz e com·põe realmente a alma e a finalidade maior deste Brasil.

O SR. MARIO BATO - Agradeço a V. Ex.a, as palavras elo­giosas a meu respeito. Sabe V. Ex." da grande admiração que tam­bém tenho por sua pessoa. Seu depoimento, sem dúvida alguma,vem demonstrar que realmente o tema merece cuidadoso trata­mento de parte do Governo. o que reforça e justifica minha presen­<;&. na tribuna na. tarde de hoje.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, a equipe que ali compareceutrouxe a luz fatos e reflexões da maior importância para a saúdedo trabalhador. para o seu bem-esta:r físico, mental e social. li:pl'-eciso que os representantes do povo que wmos reflitamos 1nais·sobre <> asunto e adotemos posições e medidas em beneficio daclasse trabalhadora.

Para que tonste dos Anais da Casa, passo a ler o documentoque contém as conclusões da Semana de Debates sobre .Pr~venção

de Acidentes do Trabalho, Higiene e Segurança do Trabalho naArea Metropolit·ana de São Paulo, inegavelmente a maior oficinade trabalho do Hemisfério Sul.

"Câmara Municipal de São PalIl0

CONCLUSõES E REC01I,fENDAÇõES

Legislação

1. É conveniente rever e, tanto quanto possível. unificar alegislação prevencionista.2. D~ve ser estudada a subs1.ituição das taxas de lnsa­lubrid'B-de e de periculosidade por estimulas ao melhoramen­to das condiçõe.s de trabalho quanto àqueles aspectos, alémde punições severíssimas aos que não o realizaram quandopossivel.

3. Deve ser estudada a participação de representantesdos Sindicatos, tanto operários como patron"9.is, na fisca­lização das condições de trabalbo (quanto a salubridade esegurança), em auxilio à que incumbe à inspeção oficial.

4, Deve ser revogado o art. 3.0 do Decreto-lei n,o 389, de26 de dezembro de 1968, na parte em que versa sobre a dat~

a partir da qual serão devidos </s efeitos pecuniários da re~

clamacão. que deve ser a de 2 (dois) anos anteriores á,sua distribuição.

5. Deve ser criado, em São paulo. Capital. o Conselho Mu­nicipal de Higiene e Segurança do Trabalho. composto del'epresentantes de todas as enti.dades participantes da se·mana e de outros tantos presid(mtes de CIPAs de uma em­presa de cada um dos ramos da atividade industrial e detransportes.

6. Devem ser conscíentízoadas aS empresas quanto aos In­fortúnios do trabalho.

Aspectos da Engenhari:l de Segurança do TrabalhoAspecto-s Profissionais:

1. A formação de Engenheiros de Segurança do Trabalhonão deve ter seu ritmo diminuído. findos os atuais cursos,de 1?specialização realizac.m mediante os canvênios doPrograma Nacíonal de Valorização do Trabalhador.1.1 Tais cursos devem ter continuidade, seja nos moldesem que são ministrados atualmente, seja através de curso:;de pós-graduação, ou graduação univ·ersitária.2, O critério de absorção desses profissionais especiali­zades, definido pela Portaria. n.o 3.237, exige; um reexame,Iace ao número real de profissionais formados até finaldeste ano, inferior ao inicialment·e previsto.3. Necessário se faz ainda, definir claramente os critériosde "trabalho em regime parcial". qu·e constam da Porta­ria n.o 3.089, para evit~r {]o desvirtuamento da profissão,4. Deve ser oficializada a Engenharia de Segurança edefinidas as atribuições dos Engenheiros de Segurança doTrabalho, pelo Con.::·elho Federal de Engenharia e Arquite­tura, nos moldes já adotados pelo Departamento Nac:onal6e Segurança e Higiene do Trabalho, definidos claramenteria Portaria n.o 3.237.5, Ê conveniente dar maior amparo às entidades de es­tudos e pesquisas dos problema.'S de saúde e segurançaocupacional, vis-ando aparelhá-Ias convenientemente.6. Deve ser criada uma comissão interprofissional paraestudo e imp,antação ora recomendados..4..spectos Empresariais:

I. DeVe ser ampliada a fiscalização nas empresas.2. É preciso incentívar as empresas, pelo órgão respon.­sável que deUm o monopólio do seguro-acidente do tra­balho - INPS (Instituto Nacíonal de .Previdência Socíal),por meio de financiamento na compra de equipamentos desegurança já previsto em IE'i.

:3. É conveniente reduzir a taxa seguro-acidente nas em­presas que organizarem e fizerem funcionar seus serviçosde Higiene e Segurança.:3 .1 O desconto na. taxa s.,eguro-acidente pelo InstitutoNacional de Previdência Social servirá de estimulo às em­presas para a. aquisição de €'quipamentos seguros. forneci­mento de equipamento de proteção individual a seus em­pregados, bem como atendimento as demais exigênciaslegais relacionadas com as Normas de Prevenção de Aci­dentes.4. Convém que sejam incluidas. em todos os contratos deobras públicas, alineas explíc:itas relativas à segurança. hi­giene medicina do trabalho. obrigando os contratados arespeitarem as normas e a legislação em vigor.

5. Sugere-se que sejam consideradas mais aptas para oeJl:ercicio das atividades previstas nos contratos. as empre­sas que oferecem melhores condições de segurança aos seusempregados e ao público.6. Devem ser divulgadas, pelas empresas responsáveis po·robras ou serviços, às suas empreiteiras ou sub-empreiteiras,a legislação e normas de segurança, higiene e medicinado trabalho em vigor, a fim de que as mesmas não se omi­tam por desconhecimento de causa.7, Convém que se crie um sistema de fiscalização emrodizio pelas empresas locadas em determinados Canteirosde Obra, a fim de que se intensifique a aplica,ção das me­didas preventivas necessarias ao andamento dos trabalhossem a concorrência de acidentes.8. É conveniente que seja criada uma única CrPA IComis­'são Interna de Prevenção de Acidentesl, em cada canteirode obras onde participam representantes de todas as em­preiteiras e sub-empreiteiras locadas no mesmo, indepen­dente de seu número de empregados.9. É conveniente que seja disseminada, entre os empre­sários de construção civil, a n.ecessidade da criação dos se­tores de segurança, higiene e medicina do trabalho comoprevê a lei, e que sejam criados incentivos para as em­presas que, sensivelmente, diminuam os seus índices deacidentes.Aspectos Médicos da Higiene e Segurança do Trabalho

Aspectos Gerals:

11: conveniente:

I. Reafirmar o integral apoio aos Serviços Especializadosde Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho. criados

194Ui Quinta-feira 13

=DIÁRIO DO CONGRgs,su Si\CIONAL lseçáo tI Setembro de 1979

gracas à larga visão do Governo Federal I através da Por­taria n." 3 .237, de 27 de julho àe 19721, no Programa Na­cional de Valorizacão do Trabalhador, dessa forma ratifi­cando o compromisso internacional assumido ao aceitara R.ecomendação n.o 112 da Organiza(,'ão Internacional doTrabaiho.

2 A execução. pelos serviços oficiais, de uma política defiscalização no sentido do real cumprimento dos postula­dos emitidos pela Portaria n.o 3.237.

3. A revisão da iegislação referente ao trabalho sob arcomprimido no Brasil, consubstanciada nas Portaria nOs73, de 2-5-59. do Ministério do Trabalho e Previdência So­cial. € n.o 6, de 26-1-67, do Departamento Nacional de Se­gurança e Higiene do Trabalho, a fim de adequá-las aosmodernos padrões adotados mundialmente.4. A reformulação da Portaria n,o 491, de 16-9-65, quo;dispce sobre atividades e operações insalubres.

Padrões de Atendimento:

Sugere-se:1. A criação e manutenção de Serviços Médicos especia­lizados, em locais de trabalho sob ar comprimido.

2. Que o padrão de atendimento seja mantido no nivelmais alto possivel.

3 Que S€j a ampliada a rede de hospitais credenciadospara atendimento de acidentados do trabalho, com a fi­nalidade de atingir, também, as pequenas indústrias daperiferia da Capital.

4. Que o acidentado do trabalho seja atendido priorita­riamente, em qualquer bipótese.

Aspectos da Educação e Formação Profissional

1. DeVe ser criada uma mentalidade prevencionista, comseu ensIno em todos os graus da educação escolar.

Para isso, é conveniente que:

1.1 Nas eseolas primárias e secundárias sejam ministra­dos conhecimentos sobre higiene e prevenção de aciden­tes, visando principalmente o seu meio ambiente, empre­gando-se métodos adequados para a criação do hábito desegurança.1 2 O ensino da segurança, higiene e prevenção de aci­dentes do trabalho seja incluído nos currículos das Es­colas Técnicas e Profissionais de todo o Brasil.

1:3 O ensino da higiene Industrial e segurança do traba­lho seja incluído nos currículos dos diferentes cursos deengenharia.

1 4 O Conselho Federal de Educacão torne obrigatória aCadeira de Seguranca do Trabalho nos currículos das Es­colas Técnicas de grau médio e superior.

Aspectos EconômicoS

Sugere-se:

1. Que sej a estimulada a prática de higiene e segurançado trabalho nas nossas empresas, evitando-se, assim, pon­deráveis evasões de lucros.

2. Que seja permanentemente combatido o fator de bai­xa produtividade acarretado por essas evasões de lucros,associadas que são a outros inconvenientes de naturezasocial.3. Que se auxilie, tanto quanto possivel, a pequena e mé­dia empresas, no que concerne á audiência de recursos fi­nanceiros que impedem. por sua vez, o desenvolvimento ea manutencão de medidas preventivas de ordem parti-cular. .

4. Que as entidades interessadas estabeleçam programasde incentivo .à prática da higiene e seguranca, dando én­Iase, aiém de outras, às vantagens econõmicas decorrentesdessa prática,

5. Uma divulgação maior. por parte do lNPS, da chama­da tarilaçâo mdividual.

6 Que as entidades interessadas estudem a possibilida­de de criação de um fundo financeiro destinado à práticada higiene e seguranca do trabalho que, gerido por umagente técnico e um agente financeiro, através de uma"sistema" apropriado. sirVa de apoio ás empresas para aviabilização daquilo que for necessário para o alcance dosobjetivos visados.

7. Que esse sistema. entre outros, 5(' torne conhecidopelo nome de "Sistema Financeiro Nacional de Higiene Q

Segul"al1ç'a do Trabalho."

Muito precisa ser feito nesta área e não podem deixar de serreferidos alguns da m:tior releváncia, como o trabalho do menor cda mulher. desprezivel na legislacão em vigor. O menor, pela nO;:5aConstituição. r;ode comeear a trabalhar aos 12 anos de idade. mal>quando consultamos as estatísticas sobre mão-de-obra verificamosque. de fato, ele começa aos 10. E não é pequena a incorporaçãona força de trabalho nessa idade: 22,7r:-, de;a é constituída de po­pulação de lO a 19 anos. sendo mais acentuada a contribuição fe­minina que a masculina nessa idade. f Dados do IBGE, 1976 •. Daacordo com os dados do Censo de 1970, 13.1 C; da população deidade de 10 a 14 anos, oriunda de famiiias com renda at,~ umsalário minin:o, apenas trabalhavam, não freqüentavam escola e2.5r~ trabalhavam e estudavam. Se a Constituição define a obriga­toriedade do ensino na. faixa dos 7 aos 14 anos, esta situacão domenor de 14 anos estar francamente incorporado à força. de tra­balho precisa ser conigida. Eles devem ganhar para estudar, a

. fim de não prejudicar a renda familiar por demais sacrificada.Atenção merece. também, o trabalho da mulher. A if'gislação

especifica é de 1932 e precisa de atualizacão o Decreto n.o 21.417-Aque define os limites do trabalho feminino e os cuidados especiaispara que a mulher ao ingressar na força de trabalho não venha asofrer agravos à. saúde. Pal'a que haja igualdade dE' direitos parahomens e mulheres as condições de trabalho devem atender àscondiçées especificas de cada sexo. e ~ mulher tem condiçõesbiológicas especiais. Por exemplo já há pesquisas que demonstramo efeito do fumo, do mercúrio. do fósforo. do arsênio e de outrassubstâncias nu produção de alterações do ciclo menstrual. na in­terrupção da gestação. E preciso qUe medidas sejam tomadas nosentido de se realizarem estudos. pesquisas, inquéritos epidemioló­gicos de modo a oferecer sugestões de medidas adequadas.

Outro aspecto de suma importância é o do adicional de insalu­bridade e de periculosidade. Também nesta área mais estudosdevem ser realizados e a expansão do conhecimento das doençasprofissionais vai mudar completamente o quadro atual. Entende­mos que o mais importante é a modificação das condições paraque não haja agravo à saúde e tudo deve ser feito nesse sentido.Nos casos em que isso não se tornar possível por falta de re·cursos técnicos disponíveis para mudança das condkões ou dafalta de recursos financeiros da empresa para aplicação da tecno­logia. então ai cabe a adocão dos equipamentos de proteção indi­vidual e. de acordo com o risco. o pagamento ao adicional. Nessesentido apelamos aqui para a extensão desse beneficio às equipes, atodo o pessoal que trabalha em contacto direto com pacientes por·tadores de doenca infecto-contagiosa. expostos diariamente aagentes de agressão à saúde e que não foram contemplados na le­gislação em vigor.

O Sr. Marcondes Gadelha - Nobre Deputado Mário Hato, de­sejo apenas trazer a solidariedade da, Liderança do Movimento De­mocrático Bra5ileiro aos conceitos expendidos por V. Ex.a • comrara proficiência, a respeito das condicões àe trabalho vigentes noPaís. V. Ex.a logra vir de encontro a uma das preocupações maisurgentes da classe operária deste Pais na hora presente. Lembro aV. Ex.a que. ainda na semana passada, recebemos, no gabinete da.Lideranca. uma comissão intersindical que nos traZia um documen­to propondo uma reava\iacão de toda a estrutura da Medicina doTrabalho. o que prova que o MDB. pela palavra de V. EX,n, peloestudo de seus divel'sos grupos e comissões. está, II tento a eSsaquestão essencial que faz parte das reivindicações dos trabalha­dores, que. nesta hora, não se cingem apenas. como entendem ostecnocratas palacianos, a questões salariais. mas, na verdade, acondicão de VIda e de trabalho condignas para si e para toda suatamília. Meu~ parabéns a V. Ex.a!

O SR. MARIO HATO - Fico devcras honrado em ouvir o apar­te do meu grande líder. Marcondes Gadelha. que enriquece deforma extraordinária o meu pronunciamento.

81'. Presidente. o nosso apelo aos cuidados à saúde do traha­lhador, Senhores Deputados. é, pois, um apelo amplo que vai desdea atenção às suas condicões de vida na sociedade. até aS situaçõesespecificas do trabalho na empresa. É o trabalhador que mais me­rece esta atenção. é ele o pwdutor da nqueza nacionaL é ele oconstrutor da Nação. (Palmas. O orador é cumprimentado.)

Durante o díscllrBO do Sr Mário Hato, O Sr. NasserAlmeie/a, Suplente rle Secretario, deLra a cadeira da Pre·82dência, que é ocupada peA'l Sr, Flávio Mareilio. Presi·dente,

o SR. PRESIDENTE (Flávio Mardlio) - Está findo o tempodestinado ao Expediente.

Vai-se passar à Ordem do Dia.

Setembro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NACiONAL (seçlíO' I) Quinta-feira 13 9411

Minas Geraill

Comparecem mais .os Srs.:

Renato AzeredoWalmor de LucaJoel Lima

Ceará

Cesál'lo Barreto - ARENA; Claudino Sales - ARENA; Ha~

roldo Sanford - ARENA; Iranlldo per'eira - MDB; Manoel Gon­çalves - MDB; Ossian Araripe - ARENA; Paulo Studart ­ARENA.

Acre

Geraldo Fleming - MDB.Amazonas'

Mário Frota - MDB; Rafael l"2lraco - ARENA; UbaldinoMeirelles - ARENA.

Mato Grosso do Sul

Levy Dias - ARENA.

Rora.ima.

VI"":' ORDEM no DIA

o SR. PRESIDENTE (Flávio Malrcílio) - A lista de presençaacusa o comparecimento de 266 Srs, Deputados.

Os Senhores Deputados que tenham proposlGões a apresentarpoderão fazê-lo. .

O SR. ALDO FAGUNDES - Projeto de lei que suprime olimite máximo de contrIbuição do assalariado e do trabalhadoravuL~o para a Previdência Social.

O SR. SIQUEmA CAMPOS - Pl'Ojeto de lei que dispõe sobreli subordinação da Assoclação Brasileira de Columbofilia (ABC)ao Ministério da Justiça.

O SR. ROBERTO FREIRE - proposta de Emenda á Consti~

tuição que dá nova redação ao art. 152 e l'evoga seus parágrafose in(:1sos.

O SR. ROSEMBURGO ROMANO - Projeto de lei que prolbegíria rios textos transmitidos através do rádio e da televisão, eimpõe correção de linguagem.

() SR. JORGE GAMA - Projeto de lei que altera o art. 13 daLei n.o 4.717, de 29 de junho de 1965, que regula a Ação popular.

() SR. DÉLIO DOS SANTOS - 'projeto de lei que acrescenta·parágrafo ao art.. 10 da Lei n.o 5.890. de 8 de junho de 1973.dispondo sobre a aposentadoria proporcional, aos 25 (vinte e cinco)anos de serviço, do segurado do sexo feminino.

Julio Martins ----o ARENA.

Paran;"Adolpho Franco - ARENA; Adriano Valente - ARENA; Al­

varo Dias - MOB; Alípio Carvalho - ARENA; Antônio Annibelli- MDB; Antônio Mazurek - ARENA; Antônio Ueno - ARENA;Arnaldo Busato - ARENA; Braga Ramos - ARENA; ErneswDall'Oglio - MDB; Heitor Alencar ]'urtado - MDB; Hermes Ma­cedo - ARENA; ítalo Conti - ARENA; Nivaldo Kruger - MDB;Olivir Gabardo - MOB; Roberto Galvani - ARENA; SebastiãoRodrigues Júnior - :.MDB; Vilela de Magalhães - ARENA,

Santa Catnrina.

Artenir Werner - ARENA; ErnE'sto de Marco - MDB· Fran­cisco l.ibardoni - MDB~ Luis Cechinel - MDB; Pedro' Ivo ­MDB.

Rio Gra.nde do Sul

Alexandre Machado - ARENA;. Aluízio Paraguassu - :.MDB;Cardoso Fregapanl - MDB; Da'rcy lPozza - ARENA; Emidio Pe­rondi - ARENA; Getúlio Dias - MOB; Harry Sauer - MDB;Jairo Brum - MDB; Júlio Costamilan - MDB; Lidovino Fanton- MOB; Magnus Guimarães - MOB; Pedro Germano - ARE­NA; Túlio Barcelos - ARENA,

MDB; Luiz Bacarini - MDB; Luiz Leal - MDB; Newton Cardoso- MDB; Raul Bernardo - ARENA; Sérgio Ferrara ,- MDB; SilvioAbreu Jr. - MDB; Telêmaco Pompei - ARENA; Vicente Guabi~toba- ARENA.

São Pa.ulo

Actalberto Camargo MDB; Airton Sandoval -- MDB; Air-ton Soares - MDB; Antônio Russo - MDB; Antônio Zacharias- MDB; Aurélio Peres - MOB; Balctacci Filho - ARENA; Be­nedito Marcilio - MDB; Cardoso Alves - MOB; Cardoso de AI·me~da - ARENA; Carlos Nelson - MDB; Diogo Nomura - ARE­NA: Francisco Leão - MDB; Francisco Rossi - ARENA; GióiaJúnior - ARENA; Herbert Levy - ARENA; Horácio Ortiz ­MDB; Jayro Maltoni - MDB; João Arruda -MDB; Jorge Paulo- MOB; Jo,sé Camargo - MDB; José de Castro Coimbra - MDB;Maluly Netto - ARENA; Natal Gale - MDB; Octac:iIio Almeida- MDB; Octávio Torrecilla - MDB; Pacheco Chaves - MDB;Pedro Carolo - ARENA; Ralph Biasi - MDB; Robel'to Carvalho- MDB; Samir Achoa - MOB; Santilli Sobrinho - MDB; Tldelde Lima - MDB; Vaiter Garcia - MDB.

Goiás

Francisco Castro - ARENA; Genésio de Barros - ARENA;Hélio :Levy - ARENA; Iram Saraiva - MDB; José de AssisARENA; Paulo Borges - MDB; Rezende Monteiro - ARENA.

Mato Grosso

Afro Stefanini - ARENA; Bento Lobo - ARENA; Carlos Be­zerra - MDB; Cristina Cortes - ARENA; Júlio Campos - ARE­NA.

ARENA; Wander-

Rio Grande d'o Norte

MDB; João Fal.:lstinoCarlos Albertoley Mariz - ARENA.

ParáBrabo de Carvalho ARENA; Jader Barbalho - MDB;

João Menezes - MOB; Nélio Lobato - :.MDB; Osvaldo Melo ­ARENA; Sebastião Andl'ade - ARENA.

Maranhão

José Ribamar Machado - ARENA; Nagib Haickel - ARENA;Victor Trovão - ARENA; Vieira da Silva - ARENA.

PiauíCarlos Augusto - ARENA; Correia Lima - ARENA; Joel Ri­

beiro - ARENA; Paulo Ferraz - ARENA; Pinheiro Machado ­ARENA.

Aécio Cunha ARENA; Antônio Dias - ARÉNA; carlosCotta - MDB; Castejon Branco - AB,ENA; Christóvam· Chiara­dia - ARENA; Edgard Amorim - MDB; Edilson Lamartine ­ARENA; Hélio Garcia - ARENA; Hugo Rodrigues da Cunha ­ARENA; Jairo Magalhães - ARENA; João Herculino- MDB;Jorge Ferraz - MDB; José Carlos Fa~rundes - ARENA; JuarezBatista - MDB; Júnia Marise - M:DB; Leopoldo Bessone -

Paraíba.Ademar 'Pereira - ARENA; Álvaro Gaudêncio - ARENA; Ar­

naldo Lafayette - MDB; Joacil Pereira - ARENA; OctacílioQueiroz - MDB.

Pernambuc••

Augi.1.Sto Lucena - ARENA; Carlos Wilson - ARENA; Cris­tIna Tavares - MDB: Geraldo Guedes - ARENA; InocêncioOliveira - ARENA; João Carlos de Carli - ARENA; JoaquimCoutinho - ARENA; Joaquim Guerra - ARENA; Marcus Cunha- MDB; Oswaldo Coelho - ARENA; Roberto Freire - MDB;Thales Ramalho - MDB.

AlagOlU'l

Antônio Ferreira - ARENA; Mendonça Neto - MDB.

Sergipe

Celso Carvaiho, - .ARENA; TertulilLnO Azevedo - MDB.

Babià

Elquisson Soares - MDB; Francisco Pinto - MDB; HenriqueBrito - ARENA; Horácio Matos -' ARENA; José Amorim ­ARENA; Leur Lomanto - ARENA; Marcelo Cordeiro - MDB;Menandro Minahim - ARENA; Ney Ferreira - MDB; OdultoDomingues - ARENA; Rômulo Galvão - ARENA; Roque Aras- MDB; Stoessel Dourado - ARENA;, Wilson Falcão - ARENA.

Espírito Santo

FeuRosa - ARENA; Luiz Baptista - MDB; Theodorico Fer­taço - ARENA; Walter de Prá - ARI1:NA.

Rio de Janeh'o

Alcir Pimento - MDB; Benjamim Jrarah - MDB; Daniel Sil­va - MDB; Edison Khair - MDB; Fellppe Penna - MDB; Flo-,tim Coutinho -MDB; 30ei Vivas - MDB; .TG de Araújo Jorge- MDB; Jorge aury - MDB; José Mauricio - MDB; José Torres- MDB; Mac Dowel Leite de Castro -- MDB; Marcello Cerquei-ra. - MDB; Mal'celo Medeiros - MDB; Márcio Macedo - MDB;Miro Teixeira - MDB; Modesto da Sil'reira - MDB; Osmar Lei­tão - ARENA; Paulo Rattes - MDB; Pedro Faria - MDB; Pei­xoto Filho - MDB; Rubem Dourado _. MDB; Rubem Medina ­MOB.

9418 Quinta-feirll 13 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção J) Setembro de 1979

o SR. JOÁO MENEZES - projeto de lei que altera o art. 495,do Código de Processo CiviL

O SR. EDISON KHAIR - Requerimento de consignação nosAnais da Casa de voto de pesar pelo falecimento do Presidenteda República Popular de Angola. Sr. Agostinho Neto .

O SR. HENRIQUE TURNER - Projeto de lei que cria a Juntade Oonciliação e Julgamento de Tupã. no Estado de São Paulo.

O SR. ALEXANDRE MACHADO - Requerimento de consigna­ção nos Anais da Casa de voto de pesar pelo falecimento deJoaquim Maria da Conceição Filho, ex-político gaúcho.

O SR. FLÁVIO CHAVES - Projeto de lei que disciplina o de­pósito em pagamento de acidentes do trabalho. a cargo do INP8.

O SR. NILSON GIEíSON - Projeto de lei que revoga o pará­grafo único do art. 482 da CJ:,.T, descaracterizando a prática deato atentatório à segurança nacional como justa causa para dis­pensa de empregado.

O SR. SARAMAGO PINHEIRO - Requerimento de consigna­ção nos Anais da Casa de voto de pesar pelo falecimento doCapitão João Gomes, ex-Vereador no Municipio de Valença. Riode Janeiro.

- Requerimento de consignação nos Anais da Casa de votode pesar pelo falecimento de Geraldo Pinheiro, Vereador em NovaFriburgo, Rio de Janeiro.

O SR. PEIXOTO FILHO - Requerimento de informações aoMinistério da Previdência e Assistência Social sobre a situaçãodos advogados autônomos contratados pelas diversas entidades doSistema Nacional de Previdência Social.

O SR. JADER BARBALHO - Projeto de lei que estabelece aparidade percentual de majoração entre o salário minimo e osvencimentos e soldos dOli servidores públicos civis e militares daUnião.

O SR. LÉO SIMõES - projeto de lei que acrescenta disposi­tivo à Lei n.O 1. 711, de 28 de outubro de 1952 (Estatuto dos Fun­cionários Públicos), dispondo sobre a aposentadoria por tempode serviço.

O SR. PACHECO CHAVES - Projeto de lei que institui jor­nada de trabalho especial para os motoristas profissionais em­pregados nas empresas de transporte coletivo de passageiros.

O SR. ALCIR PIMENTA - Projeto de lei que dispõe sobl'e anacionalização dos serviços de auditoria contábil externa ou in­dependente.

O SR. MOACIR LOPES - Projeto de lei que dispõe sobre aparticipação dos trabalhadores nos lucros das empresas benefi­ciadas com incentivos fiscais,

O SR. OSMAR LEITAO - Projeto de lei que dispõe sobre aincorporação do abono pela permanência em serviço à aposenta­doria do trabalhador.

O SR. PRESIDENTE (l'1ávio Marcíllo) - Vai-se passar à vota­ção da matêria que está sobre a mesa c a constante da Ordem doDia.

O SR, PRESIDENTE (l'1ávio Marcílio) - Há sobre a mesa evou submeter a votos a seguinte redação final:

PROJETO DE LEI N.o 3.733-B, DE 1977

Altera dispositivo da Lei n,o 5.010, de 38 de maio de1966, que organiza a Justiça Federal de primeira instân­cia.

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1.0 O inciso IV do art. 62 da Lei n.o 5.010. de 30 maio de1966, passa a vigorar com a seguinte redação:

"Art. 62.

1 - ....II - .. ,II! - .....IV - os dias 11 de agosto, 1.0 e 2 de novembro e 3 dedezembro."

Art. 2.° Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.Art. 3.° Revogam-se as disposições em contrário.Comissão de Redação. 12 de setembro de 1979. - Airon Rios,

Presidente - Walter Silva, Relator - Aleir Pimenta, - CantídioSampaio. ,

O SR. PRESlDENTE (Flávio Marcílio) - Designo, para com·por a Comissão Externa, os 81'S. Afrisio Vieira Lima. AlbériCO Cor­deiro, Leorne Belém, E1quisson Soares e Hildérico OliVeira.

o SR. PRESlDENTE (Flávio Mareílio) - OS 81'S. que a apro-vam queiram ficar como estão. (Pausa,)

Aprovada.

Vai ao c,=nado Federal.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareílio) - Há sobre a mesa evou submeter a votos o seguinte

REQUERIMENTO

Sr. Presidente:Na forma do inciso I. do art. 128, do Regimento Interno. re­

queiro, ouvido o pl~nário, a designação de uma Comissão Externapara repres~ntar a Câmara dos Deputados no II Encontro Nacio­nal sobre o Nordeste, programado pela SUDENE e Banco do Brasil,p:lra 03 dia.s 18 a 21 do corrente, no Parque Anhembi, em SãoPaulo.

Sala das Sessões, 12 de setembro de 1979. - Afrisio VieiraLima.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Os Srs. que o apro­vam queiram ficar com estão. (Pausa.)

Aprovado.

O SR. PRESIDENTE (Flávio MarcÍlio) - Nos termos do art.86, ~ 3.0, do Regimento Interno, convoco a Câmara dos Deputadospara uma Sessão Extraordinária Matutina. amanhã, às 10 horas,destinada a trabalho das Comissões.

. O Sr. Marcondes Gadelha - Sr. Presidente, peço a palavra pa­ra uma comunicação, como Líder.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareílio) - Tem a palavra onobre Deputado.

O SR. MARCONDES GADELHA (MDR - PB. Sem revisáo di!orador.) - Sr. Presidente, deseJamos levar ao conhecimento daCasa e da Nação a prisão de sete metaiúrgicos. efetuada ontem noEstado do Rio de Janeiro, ainda durante o periodo de nego~iações.

Revela-se assim, Sr. Presidente, toda a intol",rãn~ia, toda aintransigência do Governo, particularmente naquele instrumentoque faz questão de exaltar como necessário e suficiente ao '=l1ca­mmhamento das questões sindicais, que é precisamente o diálogo.Exatamente nessa fase, Sr. Presid.?nte, quando 2xpunham d2 ma­neira pacifica e ordeira as dificuldades, os problemas, as vicissitu­des por que passa a categoria na hora presente. foram eles vitimasdo arbitrio, da violência, da truculência policial. sendo jogadosaos cárceres como se marginais fossem.

O Movimento Democrático Brasileiro tem-se colocado sempreem posição favorável às reivindicações da classe trabalhadora,porque sabe que sobre ela é que têm recaido todo o ônus, todo o~ncargo, todas as agrupas da tarefa de construir estc Pais. Mas,malgrado todo esse empenho. ele é sempre visto com desconfiançae antipatia pelas agências governamentais. Infelizmente, ontem,cessadas aI' possibilidades de um entendimento, foi deflagradauma greve que, hoje, engloba 250 mil operários do setor.

Trazemos a manifestação de um grupo de 8rs. Deputados doMovimento Democrático Brasileiro de solidariedade ao movimento.Devemos frisar que também parlamentares da Aliança RenovadoraNacional - justica se lhes faca - subscrevem o documento econcordani. inteiramente com as' nossas preocupaç(S.es com o rumoque os acontecimentos estão tomando no Estado do Rio de Janeiro.

É o seguinte o teor do documento:

"APOIO PARLAMENTAR AOS" METALÚRGICOS DO RIODE JANEIRO

Nós, parlamentares abaixo, vimos acompanhando comatenção e preocupação as tentativas de entendimento porparte dos operários frente à intransigência dos patrões.Inclusive temos alertado as autoridades e partes interessa­das, através das Tribunas do Congresso NaCIOnal, para asoluçãe das justas pretensões dos operários metalúrgicosdo Rio de Janeil'O, cuja categoria congrega cerca de 1/4 demilhão de trabalhadores.

Baixos salários, insegurança no trabalho. falta de crechespara os filhos das trabalhadoras, estabilidade provisóriaàs lactantes e aos dirigentes sindicais, piso salarial com­patível com o salário mínimo real foram suas principaisreivindicações não atendidas pelos patrões.

Tais intransigências ievaram o setor metalúrgico a umagreve geral decidida por uma grandiosa assembléia a par­tir de zero hora de hoje.

Estas e outras intransigências patronais, que se vem re­petindo em todo o Brasil, onde a remuneração da mão­de-obra é uma das mais baixas do mundo e a remuneração

Setembro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 13 9419

do capital uma das mais altas, criam um clima de inse­gurança e de insatisfação generaliza.da que só beneficiaos inimigos da democratização.Por isso, ao mesmo tempo que llpelamos para uma rápidae ef:caz atuação do Executivo no s,zntido de fazel' atenderàs Justas pretensões dos metalúrgicos do Rio de Janeiro,bem como fazer cessar as inúmeras prisóes meramenteprovocativas já praticadas por elementos do Exército e daPolícia do E,tado do Rio de Janeiro, apre,;entamos nossatotal e irrestrita .solidariedade a todas as justas reivindi­cações da categoria dos metalúrgicos do Rio de Janeiro,"

(Seguem-se as assinaturas.)O Sr. Cantídio Sampaio"":" Sr. Presidente, peço a palavra para

uma comunicação, como Lider,O SR. PRESIDENTE (Flávio i.VIarcillio) - Tem a palavra o no­

bre Deputado.O SR. CANTíDIO SAMPAIO (ARE:NA - SP, Sem revisão do

orador.) - Sr. Presidente 8rs. Depwtados, creio que, com umapequena ressalva, a bancada da ARENA nesta Casa pode tranqüi­lamente subscrever o documento que Vi,m de ser lido pelo <:minen­te Llder da Minoria. Na verdade, torna-se absolutamente clal'Oque vivemos uma quadra de abertura d,emocrática, devolvidos den­tro da lei todos os direitos sociais dos c trabalhadores. brasileiros.Nada impede, Sr. Presidente, que, dentro da Lei de Greve - umalei ,votada por esta Casa - obedecendo-lhe aos cânones, qualquercategoria de trabalhador do nosso Bra:lÍI possa chegar à greve, seos meios suasórios de entendimento ·z de diálogo COm as respectivasclasses patronais não chegarem a bom termo.

Sabemos bem que. entretanto, existem algumas categorias quetambém por lei estão inibidas de -entrar em greve: são aquelasa que estão entregues as atividades essenciais definidas em lei.Fora dai. d·zsde que obedecido o proc,esso da Lei d·e Grev,e, nadaimpede que os nossos trabalhadores pleiteiem - e cheguem aténo extremo da pa,1'alisação dos serviçm: e dos trabalhos - aquiloque de direito lhes cabe, como participes que sáo da construção dodesenvolvimento nacional.

Quero, entretanto, exatamente dentro do tema que esta,mosabordando, referir que, se a ilustre Liderança do MDB recorrer àLei de Greve, vai verificar que há uma série de atividades que sãoproibidas por lei e que constituem delitos que podem tambémser punidos na forma da lei. Por exemplo, o direito de greve écorrelativo com o direito ao trabalho. Quem náo quiser entrar emgreve tem .o direito de trabalhar. E nós sabemos bem que às vezespiquetes resolvem, até mesmo de manleira violenta, ás portas defábricas, de oficinas, impedir que aqueles que desejam trabalhar,que n'ão querem entrar em greve, reali2:em o seu intento.

Eu não sei a razão por que estes operários metalúrgIcos. emnúmero de sete, como refere o ilustre Deputado Marcondes Gade­lha, vieram a ser presos no Rio de Janeiro. Mas- posso, de ante­mão, Sr. Presidente, assegurar a Polícia jamais cometeria a ar­bitrariedade de prender um trabalhador que estivesse exercitandolegitimamente, dentro da lei, o seu dire:lto de paralisar o trabalho.Portanto. é uma questão apenas de informal'. Naturalmente, aPolicia do Estado do Rio de Janeiro, Est.ado governado pelo ilustreGovernador Chagas Freitas, um dos próceres do MDB, poderá in­formal'. talvez mais diretamente, mais rapidamente ao eminenteLíder do MDB sobre razões da prisão destes operários. Entretanto,/3r. Presidente, tenho c·erteza de que S. Ex.a , numa dderência, meínformará também, e, na primeira oportunidade, por telefone mes­mo, irei perguntar qual a l'azão de es~es operários metalúrgicosterem sldo presos na noite de ontem.

O SR. PRESIDENTE (Flavio Mareílio) -Votação, em discussão únl<:a, do- Projeto de Lei n,o

2.248-B. de 1976, que define o llomportamento exigível às. empresas que operam no TerrHório Nacional sob o con­

trole de capital estrangeiro; tendo pareceres: da Comissãode Constituição e Justiça, pe-:a constitucfonalidade, juri­dicidade e técnica legíslativa; e, da Comissão de Economia,Indústria e Comércio, pela aprovação, pareceres à Emen­da de Plenário: da Comissão de Constituição e Justiça,pela constitucionalidade e, no mérito, pela aprovação, comSubstitutiVO; e, da Comissão de Economia, Indústria e Co­mércio, pela aprovação. (Da CPI - Para Investigar o Com­portamento e as Influências dalI Empresas Multinacionaise do Capital Estrangeiro no País.) - Relatores: Srs. Her­bert Levy e Santilli Sobrinho.

O SR. PRESIDENTE (FláviG Marcílio) - Tem a palavra oar. Heitor Alencar E'urtado, para encaminhar a votação.

O SR. HEITOR. ALENCAR FURTADi[) (MDB _ PRo sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, 8rs. Deputados, propugnamosneste momento a aprovação de um proj,eto de lei, oriundo da CPIdas Multinacionais, que tem como único objetivo a defesa dos

interes.ses nacionais. Assim com.o na CPI das Muitinacionais esteprojeto foi aprGvado por unanimidade, porque foi considerado dea.to interess,e nacional, e realmente o é; porque foi consideradocomo questão suprapartidária, e r·ealmente é, pr:.Jpomos que aqui,neste plenário, nós - MDB e ARENA - ratifiquemos aquela apro-vação unânime. '

Afmal de contas, não chegamos ainda ao período de nacio­nalização das empresàs estrangeiras, e lá haveremos de chegar,um dia. Agora trata-se apenas de fixarmos normas de condutaque regerão a ação dos grandes conglomerados internacbnai.s queatuam no Brasil, isto é, estabel-ecer um ordenamento jurídicocapaz de coibir os abusos praticados por aquelas -empresas, que naverdade ferem profundamente os. interesses nacionais. VamCl.s li­mitar, restringir, dlminuir a liberdade ampla, geral e irrestritade que desfruta o capital estrangeiro neste Pais. Esta liberdade,a queremos, sim, roas para o povo brasileiro, para que se organi­ze, reivindique e conquiste seus direitos, e não para os gruposestrangeiros explorarem a nossa g<~nte. No passado. a presençade Parlamentares Ibadianos neste Congresso aviltou-o. Acredita­mos que ta'; fato não ocorrerá neste momento nem .se repetiránesta Leglslatura. E essa certeza teremos ao se confirmar a apro-

. vação unânime deste projeto neste plenário, pois nele estào c.on­tidas medidas que há muito a Nação brasileira .exige, quando Vê,estarrecida, o verdadeiro assalto, o verdadeiro saque contra asnossas riquezas praticado pelos grandes grupos estrangeiros. Aaprovação deste projeto por este Parlamento significa at·enderaos anseios nacíonai.s, significa marcar uma posiçào digna de umParlamento independente, significa restaurar, ainda que em par­te, a aut:.Jnomia do Congresso Nacional. tão aviltad:J nos últimosanos. O projeto de lei que ora discutimos é dirigido aos grupostransnacionais que controlam os setores mais rentáveis da nossaeconomia, aqueles que remetem para o exterior anu,tlmente mi­lhões e milhões de dólares através de artifícios como sub e super­faturamento, acelerando com isso o proce2.so de definhamento danossa economia. Este projeto é dirigido àqueles grupos estrangei­ros que controlam 1/5 do nosso território, num magistra1 aten­tado à segurança nacional, e que levam as pequenas e médiasempresas brasil~iras à falência diariamente através de práticasiiícitas, como o dumping.

Portanto. fazemos neste momento um apelo ao partido doGoverno paJ'a quc atenda as reivindicações da Nação brasileirae também faça justiça às reivindicações do bloco nacionalista.formado no partido do próprio Governo. Aprovar este projeto sig­nífica manter sem tergiversações a posição que o mesmo partidoassumiu na Comissão Parlamentar ele Inquérito, identificado queestá com os intere.sses populares, eis que se visa somente a tra­çar uma. linha de conduta; a linha de ação que as empresas es­trangeiras hão de ter neste Pais. É o mínimo que J5e pode pedirneste momento. Mas dia chegará em que, paulatinamente, have­remos de nacionalizá-las. Dia chegará em que haveremos de coi­bir também as excessIvas remessas de lucros para o exterior. Umprimeiro passo tem que ser dado, e o primeiro passo, acreditamos,é a aprovação deste projeto, mesmo porque o Brasil, ao lado deoutros país,es, foi signatário de documento encaminhado à ONU,contendo um código de conduta pa.ra as multinacionais. O Brasiljuntamente com a Argentina, Barbados, Colómbia, Equador, Mé­xico, Peru, Trinidad-Toba.go, Jamaica e Venezu·ela apres·entaramà Comissão Intergovernamental SObre Corporações, instituida pelaONU, um código de honra a ser - seguido pelas multinacionais,pelas empresas estrangeiras, pelos grandes conglomerados inter­nacionais. Então, náo podemos admitir qUe o mesmo Governo quesubscreve um documento desta importância, aqui, internamente,no ParlamentCl brasileiro, no Poder Legislativo deste Pais. sejasubjugado por interesses alienigenas e não atenda aos verdadeirosanseios nacionais. Não podemos entender qUe a Liderança do Go­verno hoje poense sequer em adiamento, pois estará dando de­monstração de fraqueza, de debilidade frente às pressões interna­cionais. Haveremos de fortalecer, neste momento, o Parlamentobrasileiro, aprovando este projeto, oriundo da CPI da qual o ex­Deputado Alencar E'urtado foi Presidente e o ilustre DeputadoHerbert Levy Re':ator, CPI que colheu dados profundamente im­portantes para nossa realidade, pois trouxe à tona a consciência~lacional para o perigo da desnacionalização e da internacionali­zação da nossa economia.

Para conç:luir, Sr. Presidente, deixo aqui o nosso ap'elo, não sócomo Deputado, mas como brasileiro e também como cidadão:que o partido do G<Jverno, sensibilizado com as reivindicações dopovo brasileiro, aprove este projeto, respondendo aos anseios daNa~ e atendendo a todo o povo brruüleiro. Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareílio) - Tem a palavra o Sr.Siqueira Campos, para encaminhar ao votação.

O SR. SlQUEIRA CAMPOS (AR~:NA - GO, Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, 81'S. Deputados, inicialmente qu<;ro re­gistrar minha convicção de que o meu partido, a ARENA, não seestá coloc,ando contrário à aprovação do projeto cuja votação en­caminhamos neste momento. E isso por que, Sr. Presidente? Por-

:9420 Quinta·feira 13 DlARIO DO CONORliSSO N,\CIONAI. <Seçã.o I) Setembro de 19111

que f8i o próprio Gov-erno brasileiro juntamente com os governosda Argentina. Barbados, Colômbia, Equadro, México, Peru, Trlni­dad-Tobago, Jamaica e Venezuela que apresentaram à Comissãolntergovernamental Sobre Corporações, instituida pela ONU. umverdadeIro código de conduta para as multinacionals que operamnos diversos paise:; do mundo, pdncipa;mente no nosso. Este pro­jeto teve inspiração nos itens daquele código de conduta propostopelo nosso País e pelos seus aliados., Assim. não posso entendero meu partido v:Jltar-se contra um projeto fundad8 em propostado próprio Governo brasileiro a uma comissão interg'Overnamen­tal das Nacões Unidas, que estuda este problema das multinacio­nais que operam no mundo inteiro. Mas se o meu partido estivessecontrárb a este projeto. 8r. Presidente, cu, pessoalmente. nãoestaria e votaria, como votarei. contra o meu partido, porquemuito mais importante do que o meu partido é o interesse nacio­nal, do qual não posso, absolutamente, desvincular-me como re~

presentante do povo nesta Casa.Sr. Presidente. é para colocar a minha pOSição que venho,

mais uma vez, à tribuna e também para levantar suspeicão. isto.sim, a respeito de Parlamentares dos dois partidos. Infeliz llente,as multinacionaís têm lobbies em t8da parte. Estão ai os jLrnaispropugnando mais um adiamento da votação deste projeto sob adescu.pa esfarrapada de que no momento uma Comissão das Na­ções Unidas trata do problema e ficaria muito mal para o Paísfer revelada a posição da Maioria de uma das Casas do Parla­mento brasileiro.

Mas. Sr. Presidente, depois de aprovado aqui. o projeto irápara o Senado. Ainda teremos talvez um ano pela frente paralevá-lo à sanção presidencial. Esse é o argumento qu" não con­vence ninguém. Então aí os lobbies atuando e é possivel que este­Jam nesta Casa também. O art. 195 do Regimento Interno esta­belece Que:

"O requerimento de urgência somente pod<'rá ser subme­tido à deliberacão do Plenário se for apresentado:I - pela Mesa, por dois terços dos seus membros:11 - pelo Líder da Maioria, ou da Mínoria;1I1 - por um terço dos membros da Câmara;IV - por dois terços dos membros de Comissão compe­tente para opinar sobre o mérito da proposição."

Já que o Líder da Maioria não requereu - acrcditD que S. Ex.fi

recomendará a aprovação do projeto, acho que vai recomendar,nâo estou informado de nada penso que o projeto vai &,,1' apro­vado. Segundo denúncia que se ouve nos corredores da Casa,.oLíder da Maioria estaria fazendo jogo para retardar alUda matoa aprovação dessc projeto. aproveitando o que d~ter;nma o a_rt.151 do Regimento {nterno, para colocá-lo em primeira votaçao,para, após essa votação, engavetá-lo indefinidamente. Por que aMmoria compet2nte que é, não requer urgência para a votaçãodeste p;'ojeto? Só assim teremos a votação totalmente definidanos próximos dias, ainda esta semana, ou. quando muito. na se­mana que vem. Por que não age assim a MinDria? É sina; de queexiste influência dos lobbies nas duas bancadas. E não aceito que sediga que a ARENA é contra, porque eu não sou. em absoluto.contra; acompanho a posição até do demônio, se ele. for favoránlao projeto. porque ele consulta os interesses do Pais. consulta asoberania nacional. Estou plenamente de acordo com sua apro·vacão e de outros muito mais bem posicionados do que este. mUltomais radicais na matéria, porque este é apenas o inicio daquiloque precisamos fazer vir com urgência, pois o envolvimento dasmultinacionais na economia brasileira é responsável pelo quadrode miséria Que todos deploramos. A exploração praticada pelasmultinacionais e seus testas-de-ferro no território brasileiro está'levando este Pais à miséria. País tão rico, de gente magnífica comoé o povo braslleiro, com imensos recursos, não dispõe de meiospara promover o seu próprio desenvolvimento. enfraquecido queestá pelas multinacionais a cada dia. Se não tomarmos uma po­5icão firme, Sr. Presidente, em defesa dos interesses nacionais,chegaremos ao ponto de voltar à condição de colônia. se não legal­mente, pelo menos de fato, como já está quase acontecendo.

Espero, Sr. Presidente, que 11 Oposição tome providênciaS. Nãoacredito que a denúncia tenha fundamento. Estou solidário .coma mlnha Liderança e acredito n<,la. Tenho a convicção de quea minha Lidero.nca votará favoravelmente ao projeto e fará comque ele volte para a segunda votação imediatamente. Assim nãohaverá procrastinação nenhuma. Creio firmemente que esse pro­jeto será lei, porque o Presidente Figu.eiredo está vigilante. Nãoadiantam os lobbies l.ntramuros ou extramuros. Vamos transfor­mar esse código de conduta para D..> multinacionais no Brasil emdiploma legal proximamente. se Deus quiser. Externo aqui fi. eon­fhwça na minha Uderança. Alguém da minha Liderança diz quetodos nós vamos votar. Esta é uma alegria geral para. os nacio­nalistas, sou do Bloco Parlamentar Nacionalista, em formaçãonesta Ca.~a. Sinto-me realmente muito alegre em ouvir uma de­claração desse teor. Vamos votar t) projeto hoje. Não vamos en-

gav,"tá-lo. Vamos transformá-lo e111 lei brevemente, para defen­der o int'2resse nacional, que vem sendo na realidade esbulhado,espoliado peias multinacionais cada vez mais. Mas se isso nãoacontecer. Sr. Pr·esidente, se a Maioria ·e a Minoda não adotaremas providências para a.s quais são competentes. nós, do Bloco P.ar·lamentar Nacionalista. da ARENA'e do MDB. 43 Deputados. vamosrequerer urgência na segunda votação da matéria, para qu·e elaseJa aprovada até meado da semana que vem. se Deus quiser.

Aqui fica minha advertência. Saibam todos que a posição doBloco Parlamentar Nacionalista é definitiva. ela foi muito bemp1msada antes de ser revelada a esta augusta Casa.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Tem a palavra oSr. Hélio Duque, para encaminhar a votação.

O SR. HÉLIO DUQUE (MDR _ PRo Scm revisão do aranor.>_ Sr. Presidente. Srs. Deputados. eis um projeto que chega a estaCasa com um atraso enorme. Mas, por forca do trabalho da CP!das Multinacionais. ao seu final. o Deputado Alencar Furtado.seu Presidente, e o Deputado Herbert Levy, seu Relator. encami­nharam a esta Casa trés projetos; o primeiro já foi re}eitado; osegundo no momento s" discute e deverá ser votado; e o terceiroainda não chegou a esta Casa. No bojo desses projetos. Sr. Pre­sidente. 8rs. Deputados. cria-se uma ação normativa e disciplina­dora em relação à presença das multinacionais na economia bra­sileira. Longe está o legislador de qualquer posição estreita. dequalquer posicão xenófoba. de qualquer posicão sectália. Trata-sede igualar o nosso Pais aquelas l1acões que já possuem legisla­cões específicas sobre a atuação das empresas multinacionais.

Na verdade, a empresa multinacional não pode ser tratadanem como Deus nem como demônio; ê uma realidade econõmicaque se .insere no contexto da economia internacional e. diantedela. há a necessidade de se ser realista. E dentro dessa necessi­dade é que este Parlamento hoje aprecia este código de condutadas empresas multinacionais. Alguém já dísse aqui - e disse-omuito bem - qne se trata de um projeto inicial. Não é um projetorigido. não é um projeto proibitivo. não é um projeto nos moldes,por exemplo, da legi.slação japonesa, ou mesmo da canadense,que impedem o alocamento do capital estrangeiro em determina­dos setores da sua vida econõmica. Este é um projeto que tentalegislar sobre aquilo que não existe em forma de legislação. oque é muito lastimável até para nós. parlamentares. Mas hojetenta-se corrigir esse atraso histórico e volta-se a discutir aimperiosidade da aprovação do Código de Conduta, que não nascede uma posição que não consulte os interesses nacionais; hem aocontrário. ele tem sua origem em uma recomel1dacão feita peloproprio Brasil. a nivel internacional. juntamente com mais 9 pal­ses. no sentido da necessidade de se formar uma legislação Quediscipline a atuação das empresas multinacionais daqueles países.O Brasil tem. hoje. uma característica mtúto importante. Recentetrabalho feito pelo economista Professor Carlos Won Dilinger,da Fundação Getúlio Vargas, que também presta serviços de con­sultoria ao IPEA. mostrava que. num uninrso de 318 empresas,177 eram nacionais. 133 eram multinacionais e 8 eram estatais,com a caracteri.stic:l de que dessas 133 empresas multinacionaisquase 53":- dos investimentos ficavam dimensionados pela suaatuação. E com uma caracteristica importante - é um documentosemi-oficial ou neo-oficial: demonstra. por exemplo, que, se em1943 o perfil dos investimentos externos na economia brasileiraera da ordem de 23';·~. neste ano de 1979 chega, no setor industrialde ponta. a ser de 82%. Com isto. hoje, na industria automobiJis­tica, 99,9('~ dos investimentos são multinacionais. Muito bem. Éum setor em que temos necessidade do aporte tecnológico e doaporté' financeiro. externos. é um investimento que não podemosl"·ecusar.

Mas, quando observamos. Sr. Presidente, 8rs. Deputados. que77,9~~ do setor de higiene e limpeza estão sob controle de em­presas multinacionais. é de se lastimar o fato. porque nesse setornós temos know-how. o aporte tecnológico. que é mínimo. e te~mos inclusive o aporte financeiro. E mais, Sr. Presidente, 76.6%do setor têxtil. hoje estão sob o controle do capital estrangeiro.E este próprio setor têxtil. que hoje gera 21.77< do total da forçade trabalho que se envolve neste País, comeca a conhecer umnível de desemprego acentuado diante das características dosinvestimentos multinacionais, que são. por excelência, poupadoresde mão-de-obra.

81'. Presidente. 81'S. Deputados, este projeto, que visa a esta­belecer uma ação normativa. um simples e quase simbólico con­trole. tem a sua necessidade e a sua razão de ser. Neste instante.não se discute um projeto da ARENA ou do MDB, discute-se umnproposição que tem como caracterlstica malor beneficiar um par­tido que é muito mais amplo do que as siglas momentâneas quese encontram representadas nesta Casa: o Brasil.

Daqui para a frente, em todos os instantes e em todos 06momentos, quando se tratar de defender setores vitais da. vidnbrasileira. sem estreiteza, sem emocionailsmo. sem xenofobia, de-

Setembro de 1979 DIARIO no CONGRESSO NACIONAL <Seção I) Quinta-feira 13 9421

vemos ter sempre est.e e.spirlto. d.:; independêt:cla "-J d·:; al~anaria,

que .sei, hole, se oCxpressal'á quando .da votaçao d,este projeto.Sr. President.e, Sr.s. Deputa.dos, oCsl.a proposição defin,e, tam­

bém dizia eu ant,eriormente, a atuação das empresas multina­cionais tendo ·em vl.st:l. suas prlncipals caracterl.sticas. Est-e tra­balho que knho em mãos, ,s·emi-oficial p.orqUoe em:l.nad.o .da Fun­dacáo G-etúlío Vargas, apont~ as I>linc1p:tls caracten.stlc3.s dasempresas multinaclonais dentro da pconomiJ. brasileira:

"1.0 - localizam-se nos .setores mais dinâmicos da 'eco­nomia em termos de bxa d·e cTescimento em cada ,s·etor;2.0 co~centram-s'e nos setores tecnologicamente mais so­fistic::tdos' 3,0 - crescem a uma taxa .superior às na­cionais; 4.0 - são mais capitai3 intensivas criando relati­vamente poucos ",mpregos; 5." - empregam mão-d,e-obra.mais qualificada; 6.° - pagam salários m:J.is elevados (s~­

ládo médio 33% mais elevado); 7.° - exportam maISdó' que as nacionais; 8." - apr2sentam ·elevado indicede endividamento, qu·e lhes permite enviar juros para asmatriz·es, ao invés de lucros."

Ai está algo terrivel para o nossô Pa's, A nossa divida ext.ema,:segundo declarações do Sr. Ministro lhschbi,eter na I,·emana pas­sada, chegará a 50 bl1hêes d,e dólares em 31 de dezembro próximo.Na verdade, hoje já chega a 50 bilhões de dólares. Dev·erá 3.tingir,no fmal dest,e ano, 55 bilhões de dó1:lres. É importante que sediga que parte d·esse process·o doe endividamento externo advémde empréstimos contraidos pelas próprias empr·esas multinacion:lis.

E por que isso ocolTe? Porque ine:d.ste uma legislação. E asmultin:J.cionais agem de um modo muito objetivo. O Pais é quedeveria ter uma legislação que restring;iss.e ,~sse tipo de compor­tamento. Nós, legislador.es, é que deveríamos, há muito tempo,ter at,antado para a neces.sidade de criar es.sa legislação. Mas ain­da é tempo. E est,e tempo chega aqui, t,emos a po.ssibilidade dedefinir aquilo que dev·erá ser' o começo d·e uma .série de leisque, sem aspectos restritivos, voltem-s:~ fundamentalment·e paraa d·efesa d·e um d·esenvolvimento nacional integrado e justo. Oque todos nós queremos - tenha certeza disso, com firme crençae fé em Deus - é um País justo socíalmente, um País harmo­nizado, onde a justiça social est.eja presente ·em todos os qua­drantes da Pátria. I.Muito bem! Palmas.)

t> SR. PRESIDENTE (Flávio Marem~) - Tem a palavra o Sr.Gerson Camata, para encaminhar a votação.

O SR. GERSON CAMATA (Sem revillão do orador.) - Sr. Pre­..sidente, Srs..Deputados, a leitura do projeta - passo inicial paraa sua votação - nos leva â conclusão de que efetivamente elenão traz nada de novo dentro do contexto da atual legislaçãobrasi:eira. Tornal1do afirmativas as negatiVas do projeto, vere­mos que toda a legislação brasileira - Constituição, Lei de Se­gurança Nacional, Lei Antidumping, Lei Controle do Poderia Eco­nômico e Lei de Economia Popular - na verdade já impõe naosó às empresas nlultinacionais, mas também às empresas bI'asi­lelras estabelecidas com capital brasileü'o todo esse e,sqnema decontrole que se pretende estabelecer, E não representa muitanovidade, porque este é um projeto do G{]verno brasileiro. Assim.a Maioria dispensa o apelo no sentido ,~e Sua votação, porque setrata de uma iniciativa do Governo brasileiro, que, há mais dequatro ano,s, juntamente com o Governo da Argentina Barbados,Colômbia, Equador, Jamaica, México, Peru, Trmidad-Tobago e Ve­nezuela, apresentou tópicos para o estabelecimento de um códigode ética para atuação de empresas mult.inacionais do Brasil. IstQno mês de abril de 1976. Há mais de qllatro anos - repito - oGoverno brasileiro, atravês dos seus órgãos de representação nuexteriol', adotou essa posição. A CPI das Multinacionais, que, anosso ver, se instalou após a reunião, realizada em Lima do orga­nismo cha'mado ECOSOC/ONU. poderia, sim, ter encaminhado aoPoder Executivo novas sugestões para serem apresentadas dentrodes,ses itens cata;ogados coma princípio de discussão de um C?".digo de conduta para as multinaclona.is. Entretanto, a CPI agIUde maneira contrária. Limitou-se a copiar as pontos de vista quehaviam sido expostos pela Comissão brasileira, como pauta deuma lloorma de C01lduta a ser estabelecida e a acrescentar apenas,coma novidade, pena'ldades para aquele', que venham Infringi-ia,transformando-a. portanto, numa lei brasileira. Assim, ocorre qut:o Congresso brasileiro jatalmente virá a _s~r c?nsultado sc:bre oassunto, porque todos os acordos ~ convemos ll1ternaclOn.aIs as­sinados pela Brasil vêm à aprecIaçao desta Casa para aqtll se.remhomDlogados. Este meSma documento que a Casa se prep~1'a ~n.­

tecipadamentc para apreciar e transformar em 1~~1Slaçao VIra,na verdade, um dia aqui. E este ano, em duas reumoes. ~ assuntofoi iDcalizado e discutido par representantes desses palses, e oEl'asi! num grupo de quatro nações, vota, elabora e partlc:pa ~a

discussão dessa pauta apl'esentada pelo eonjun~o do!, demUls pal­ses latino-amerIcanos. Cedo ou tarde, elE' estam aqUI, sob a formade um acordo ou convêl1l0 assinado peta. BrasiL

Os tratados internacionaIs baseiam-se, entr,e outros, ~o prin­cípio da reciprocidade, Os outras países tambem adotar8.<l estes

principios, que podt'rão até ser mais restr~tiv{)s do que os. que seencontram no projeto que vamos votar, co.ocandCl-os em VIgor emSEUS respectivo,s territórios, Os membros signatários siio paises ~a

América Latina, a questão envolve interesses de empresas braSI­leiras, .que: a esta altura, são multinac.iona.is, porq~e (~peram nes­sas nações. Exigiremos das multlnaclOnaLS obedIencla a deter­minadas regras, mas os demais países da América Latina e~~­

rão também das empresas brasileiras que operam nos seu~ terllto­rios o cumprimento das mesmas regras que vamos apreCIar. Estae uma iniciativa pioneira do Governo brasileiro, que tem estudadoa matéria em três reuniões realizadas neste ano, além de outrasrealizadas há dois anos. A antecipação que estamos pretenden­do nesta tarde já mereceu o apoio do partido do Governo. Estaantecipação pode ser contra-indicada pois talvez ven~1amos .uaprovar o documento final futuramente, em termos ma1,S restn­tivos. Se o documento inicial ê um protocolo de intenções, cujoobjetivo é nortear o estabelecímento de um Código de Ética dospaises signatários, ele poderá tornar-se mais restritivo no decursodos debates que furem sendo realizados.

Acreditamos que, tão útil e imJ,:KJrtante quanto a. aprovaçãoantecipada deste projeto, seria a elaboração de sugestões com baseno extenso e magnífico relatórí.o da CPI das Multinacionais e seuencaminhamento ao Governo brasildro. Tais sugestões oferece­riam novos e valiows subsidias à repre.sentação brasileira na con­ferêncía internacional que tratará do assunto. Assim. a CPI dasMultinaci:mais daria importante co:aboração ao Governo brasi­leiro, talvez ate reforçando a posição já adotada pelo Brasil com o­objetivo de fixar normas éticas de conduta para as empresas queoperam aqui e nos demais paises signatários do convênio.• A Mai~­ria já garantiu antecipadamente o seu apolo à proposiçao. Crewque, num futuro não muito distante, esta Casa poderá ser chama·da a apreciar matéria, então .sob a forma de acordo. no momentoda sua homologação, com cláu.sulas mais restritivas, que poderãoser incluidas na reunião final dos países interessados.

A novidade que poderia apresentar a proposição oriunda daCPI seria o item "b": "recurso a práticas restritivas, reconheci··veis como concorrência desl.eal ou abu."o do poder ~!conõmico".

Entretanto a legislação brasileira de há muito impõe normas eregras a esse tipo de conduta, não sô às empresas mu:tínacionais,mas também ãs nacionais. Há cerca de um ano, participando deuma CPI, verificamos que as multas que {I CADE aplicava àGoodyear e à Pirelli eram elevadil:simas. superando. na época, acasa dOl; oito milhões de cruzeiros, quando aquelas empresas pre­tenderam realizar, numa úniCa cidade brasileira uma tentativa dedumping. Assistimos também à aplicação das mesmas penalida?ellà subsidiária dJ. Coca-Cola no Rio Grand,,, dó Sul, p.eIa tent:1tIvade destruir garrafas de uma concorrente, taml:)ém produrora derefrig·erantes. A legislação brasHeíra ,já em vigor esbbelece essasnormas de conduta. .

A bancada da Alianca Renovadora Nacional entt'nde ser estauma proposição pioneira, nascida mesmo antes da CP[ das Mul­tinacionais em virtude de uma posição adotada pelo Governobrasileira, que contínua sendo discutida no âmbito elas d·em:lisnacões latino-americanas, também signatárias do mesmo proto··colo inicial. 'E já nos preparamos para votar esta proposicão mes­lllO antes da sua homo;ogação pelos demais paises signa tários. AARENA entende que a sua votação poderia dar-se com mais obje­tividade no momento em que o Conllresso Nacional viesse homo·,lagar o acordo final de todos os países. Entretanto. ':lão se opõeà sua votacão antecípa<la, porque, nestes termos OU ate em termosmais restritivos ele vira um dia a 3'lta Casa para homolag,r.ão,sob a forma de' um acordo produzido por todos os países latíno­americanas signatárias do documento proposto por iniciativa doGoverno brasileiro.' (Palmas.)

O SR, PRESIDENTE (Flávio Mareílio) - Tem a palavra o Sr.Herbert Levy, para encaminhar a votação.

O SR. HERBERT LEVY (ARENA "- sr. Sem revisão do ora­dor.) - SI'. Presidente. Srs. Deput::tdos. considero nrefel'ivôl, deinicio. examinar aoS razões aqui apresentadas pela nobre Lider queme antecedeu nesta tribuna. Quero lembrar a S. Ex a e à Casaque não estamos ratificando nenhulU tratado internacionaL To­dos o~ que acompanharam os traba'hos da CPI das Multinacionaisreconhecem que foi uma das tarefas mais sé~ias e Ir~orta:c:U;srealizadas ne~ta Casa. Os dados, elementos e Il1formacoes co hI­dos representam hoje o repositório mais rico e ind!,~pe~.sável paEaquantos queiram examinar o problema das m ultlllaclOnals. N~o

se trata de matéría que esteja pendente de decisão de um. órgl!-0internacional. A OPI evitou t-odos os desbordamentos emOClOnms.Houve na verdade uma tendência inicial inegável neste sentido,contra: a qual nos opusemos firmemente. apelando nara os mem­bros da Comissão, na qualidade de Rel~Jar. ~embramo~ que oemoclonuIísmo ou mesmo a demagog-Ia nuo podIam prE va ecer naConüssão. dada a seriedade. a enverp:adura do traba'h') realiza­do. com o Que todos concordaram. A 'ten~ativa de de~bordll.:me?~o

emocional foi contida na primeira reuniao. O trabalho fOI senoe equilibrado. Não nos antecipamos às cox:clusões de n:!r~hum or··ganísmo internacional. Recebemos das maQS do eX-MLl11stro das

9422 Quinta-feira 13...

DlARIO DO CONGRESSO NAClONAL (Seção II Setembro de 19711

Minas e Energia. Shigeaki Ueki, uma copia das sugestões apre­sentadas por 12 nações. inclusive o Brasil. Lidas as sugestões. aCPI das Multinacionais. como verdadeiro delegado da sua Câma­ra dos Deputado.s. examinou a matéria e considerou aqueles vá­rios itens como perfeitamente fundamentados e adaptados à rea­lidade brasileira. Os princípios adotados neste código de condu­ta são irrecusávds. Não há desbordamento. não há excesso: háafirmação de princípios, que dt'vem ser invioláveis em quaisquercircunstâncias para impedir que os interesses nacionais sejamferidos.

E há mais: perante a Comíssão dos 18 Notáveis. constituidapelas Nações Unidas, compareceu - porque quLs comparecer ­um representante das multinacionais. E o que disse esse repre­sentante? Que as empresas multinacionais desejavam muito queficassem estabelecidas claramente as regras sob as quais elasteriam de operar, de agir nos países hospedeiros. Foi o represen­tante das multinacíonais quem reconheceu ser importante que seesclarecessem as regras do jogo. Por isso. data venia - e daírealmente a minha luta. o meu empenho junto à Liderança domeu partido - não se trata de antecipar decisão de órgão inter­nacional algum; trata-se da Câmara dos Deputados. que. cons­cientemente. através do seu órgão de investigação que realizouum trabalho .sério, através do apoio das suas Comissões Perma­nentes, concluiu que esta série de normas saudáveis, irrecusáveis.que deve orientar a ação das multinacionais no Pais. era neces­sária e perfeitamente aceitável. Isto foi decidido pela unanímidadeda CP!.

E - meu Deus - V. Ex.as sabem muito bem o que é a tarefado Relator de uma CP!. E eu. banqueiro. ligado a interessessupostamente internacionais, que fui visado como Relator destaCPI, po,so dizer. na minha humildade. que uma das COlsas queme encheu de satisfação intima foi. no último dia em que sereuniu esta CPI. eu ouvir de cada um dos membros da Oposição.como dos do Governo naquela Comissão. uma palavra de elogio.de louvor pela ação do Relator: enérgica. decidida. num trabalhoexaustivo, que reclamou o máximo das nossas capacidades paraque ele pudesse ser bem sucedido. (Muito bem.)

Então, Srs. Deputados. não posso compreender quc setoresdo EXE.'cutivo desejaSc;;em recusar pura e simplesmente este pro­jeto. Daí a minha luta com a Liderança do partido. Isto seriainadmissível, porque os princípios que aí estão são inatacáveis, sãoequilibrados, são corretos. <Palmas.)

Eu gostaria. com a franqueza que me é habitual. de relatarum fato.

Ainda no ano passado, exercia eu a Liderança do meu partidonesta Casa. substituindo o nobre Deputado José Bonifácio, enfer­mO. e houve um caso que eu diria ser não igual. mas parecidocom este. Havia um projeto instituindo Junta.s de Conciliação eJulgamento no Estado de São Paulo. Havia emendas ce Depu­tados: minhas. do Deputado Blota Júnior. do Deputado Ruí Côdoe outros. que procuravam evitar que o projeto cometesse injus­tiça,s tremendp.s tais como trabalhadore:> obrigados a fazel'emviagens de 60 quilômetros ou mais para ir à Justiça do Trabalho.Então, nós nes preparamos para aprovar essas emendas, quandorecebemos a informação da Assessoria da Liderança de que o Po­der Executlvo havia deliberado recusar todas as emendas. Então,eu me dirigi ao Ministro responsável e perguntei: "Como recusaressas E.'mendas? Elas estão certas. O projeto. feito entre quatroparedes de um gabinete. ignorou a realidade lá de fora. que OsDeputados corrigiram". Houve um encontro - o Mini.stro con­cordou em receber a Comissão - discutimos o assunto e todas asemendas foram reconhecidas como verdadeiras e aprovadas.

Acho que é assim que temos de nos conduzir no Poder Legis­lativo. Não pos;;o aceítar. não posso admitir tutela de espéciE.'alguma. (Muito bem! Palmas.l

};; preciso que este Poder se imponha e adote medidas comoestas. conscientemente certas. que não dependem. para seremcertas. de quaisquer acontecimentos pendentes na área interna­cional. O que aqui está é simplesmente a defesa dos interesses doPaís - que, devo dizer. a CPI reconheceu qm~ estavam bem de­fendidos; até a legislação brasileira estava muito adequadacom a ação dos órgãos, embora com algumas falhas. Mas. demodo geral, verificamos que o País estava bem defendido.

Este código de ética completaria como uma luva a legislaçãobrasileira. para que as multinacionais operassem dentro das re­gras do jogo, corretas, estabelecidas que em nada impediam qu~

se realizassem, dentro da orientação que satisfizesse ao País.

Então. o que aqui temos é um traablho sêrio, feito por umaCPI da Câmara dos Deputados, aprovado por todas as ComissõesTécnicas da Casa, unanimemente. Não podiamos rejeitar' esteprojeto assim. pura e simplesmente. (Muito bem.)

Com franqueza. Sr. Presidente e 8r8. Deputados, eu me con­gratulo com o Lider do meu partido, pela atitude que afinal to-

mau. ao resolver aprovar este projeto. Agora. sim. estamos todosde acordo.

Quanto a uma outra discussão. quanto a esperamos que al­guém sugira alguma coisa diferente do que já analisamos. e qlleseja boa. isto é outra questão.

Vamos aprovar aquilo que representa o esforço dos membrosdesta Co. sa. como uma afirmação de que este Poder vale algumacoisa. 'Muito bem! Palmas.>

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcilio) - Tem a palavra o Sr.Marcondes Gadelha. para encaminhar a votacão.

O SR. MARCONDES GADELHA (MDR - PR. Sem revisão doorador.) - Sr. Presídente. nobres 8rs. Deputados, recordo-me deque o ex-Presidente ErD€sto Gemel, quando da sua nominaçãopela Aliança Renovadora Nacional. em seu discurso que inaugu­rava sua ação política. fazia menção à sua preocupação quantoaos grupos multinacionais, "essas entida:l,~s - na .sua expr,~ssão

- cujo potencial para o bem ou para o mal ainda não podemosavaliar corretamente".

Pois, enquanto S. Ex." procedia às ~uas avaliações, as 'multi­nacionais aplicavam esse potencial com incrivel desenvoltura eaçambarcavam inúmeros setores da economia nacional. lançandomão de práticas abusivas que variavam de.sde a reserva de mer­cados até o dumping, o suborno f.' a corrupção. passando pelaburla fiscal através do sub e do superfaturamento.

Hoje. temes a convicção cc que não podemos. com este do­cumento. dar cabo a e",sas práticas ~ a esses abusos. Mas, senão podemos fazer com que eSS23 grupos plssem a propenderpara. uma das vertentes epistemológicas qU2 tanto torturavam oPresidente Geisel, pelo menos podemo; definir o que achamosque seja certo e que s~j:l errado; podemos. pelo m~nos. delimitarpontos, ainda que genéricos, que marquem o limite de ação dessesgrupos. que cerceiem sua capacidade de ingerência em nossos ne­gócios internos e que. de certa forma. venham a sanear uma partedo que seja nocivo aos nossos interesses.

Digo que já chegamos atrasacos e confesso, ainda que comum documento limitado e precário. - não posso esconder minhapreocupação - minha estranheza com o comportamento da doutaLiderança da Aliança Renovadora Nacional, dada a sua má-von­tade manifesta em relação a este texto ainda ingênuo. bem comosua atitude protelatória e. acima de tudo, descabida d~ tlxar deemocional a insistência do ex-LideI' Alencar Furtado na cobrançada votação deste projeto.

Alega-se. Sr. Presidente. curiosamente, que o Brasil estaria abraços com um acordo internacional com outro;;. países, paraestabelecer um código de conduta para as multinacionais. no seioda Organização das Nações Unidas. Por acaso. tenho em mãosum documento da ONU que atesta que essa preocupação já éantiga e, malgrado todo ° empenho, todo o zelo e dedicação dosrepresentantes ao forum internacional, até aqui não chegamos aestabelecer este código dI:' conduta. E os países agora participamconosco desta tentativa de acordo. no UNCTAD. e que não se re­fere a um código de conduta. mas 'tão-somente a um documentoreferente à transferência de tecnologia. A maioria desses paisesjá possui legislação interna. regulando o comportamento do ca­pital estrangeiro. já possui uma legislação restringindo a açãodos grupos multinacionais, até pelo menos seis anos. Estão nestecaso os países do Pacto Andino, referi:los pelo Deputado GersonCamata. bem como o Canadá. o Japão e o México.

Devo dizer. Sr. Presidente, em face do que pensa a ONU sobreum código de conduta, que o nosso é ainda muito elementar.Quero apenas referir-me à posição dos mexicanos, ao que elesentendem deva ser um código de conduta. 11: muito mais detalhis­ta. muito mais especifico do que o nosso. que apenas estabelecenormas de não fazer. mas não impõe atitudes afirmativas. Dizapenas o que a multinacional não deve fazer. mas não estabelececomo deva proceder, como deva agir. Os mexicanos, ao contrário,vão muito mais longe do que os 5 itens do nosso modesto códigode conduta. Estabelecem. ainda. Sr. Presidente. afora a legislaçãoque já possuem sobre capital estrangeiro, afora a iei que Já pos­suem sobre transferência de tecnologia, que o código deve conter,pelo menos, as seguintes estipulações: o investimento estrangeirodeve ser complemento do investimento nacional; as corporaçõestransnacionais não devem substituir as corporações nacionais ouoperar em compras adequadamente cobertas por ela; suas ati­vidades devem ter um efeito positivo sobre a balança. de paga­mentos. particularmente através do aumento das exportaçóes,devem promover aumento de emprego e adequada remuneração;devem empregar e treinar técnicos nacionais: devem utiliza.r,tanto quanto possível. produtos nacionais na consecução do.s seusprodutos finais; devem financiar suas operações, preferentementecom recursos de fora.

Sr. Presidente, são tantos os itens. que eu cansaria esta Casana sua enumeração. Mas o que vejo de mais grave é que as pró-

Setembro de 1979 DlARIO DÓ CONGRESSO NACIONAL (seção 1) Quinta-feira 13 9423

prias multinacionais se colocam numa posH;ao mai) liberal doque a Aliança Rónovadora Nacicnal. (Náo apoil:.do.) Sr. Presi::'en­te, tenho em mãos o depoimento do Sr. Jacques MaLsonrouge, daIBM, representando aS empresas multinacionais perante a ONU,em que ele pEde um código de conduta e diz, taxativamente:"llá peb menos cinco ponto'> que nós gcstariamos de ver inseri­dos neste código" - são as empresas multinacionai.s, é a IBMquem diz isso: "Emprego de nacional, totalmente ou predominan­temente, nas sub,sidiárias; representação multinacional, ou seja,com técniccs oriuncos de todos os países nas matrizes e nos quar­téis-generais da.3 empnsas; propriedades de ações em bases mul­tinacionais em linhas adequadas de transferência de preços, e ojulgamento" - Sr. Presidente, este dado é fundamental - "dodesempEnho de uma companhia p?-rticularmente no país em de­senvolviment.o, baseado no grau de seu desempenho na área deresponsabilidade social.

Veja, Sr. President.e, que as multínacionais se colocam numaposição mais sensata do que a própria i\o.RENA.

Encerro. Sr. Presidente, dizendo que espero não haja atitude.sprotelatórias em seguida à votação desta matéria, porque esseé o mínimo que podemo" fazer por este País. As multinacionaisestão se trasfcrmando num ínstrumento de dominação da divisãointernacional do trabalho, em que os paises ricos se encarregamdas patentes e do know-how, enquanto os povo.s do Terceiro Mun­do, sujos de graxa e de terra. cuidarão dos setores primário esecundário da produção.

SI'. Presidente, esse é o minimo que podemos fazer em defesada soberania nacionaL E, se não podemos fazer isso com toda alhaneza, cem toda a c.esenvoltura, melhor' será guardar o man­dato e voltar para casa. (Palm2S. O or~,dor é cumprimentado.)

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcí\io) - Tem a palavra oSr. Cantídio Sampaio, para encaminhar a votação.

O SR. CANTíDIO SAMPAIO (ARENA _ SP. Sem revisão doorador.) ~ Sr. Presidente, 8rs. Deputado.s, sabemos bem que umdos assuntos mais explosívos em matéria de economia poiítiea éexatamente o que tange às empresas mllltinacionais. Geralmente,os problemas atinentes a e.ste universo, que hoje ganha magni­tude ímpar no mundo inteiro, implicam uma dose de emotividademuito grande, impedindo, às vezes, que se cuide da matéria comaquela objetividade e serenidade que sã.o essenciais em assuntosdessa natureza.

Ora, Sr. Presidente, temos que paí'Lir de um pressuposto ­nesta Gasa não há senão brasileiros repre,sentantes do povo bra­sileíro, interessados em dar ao nosso l'lÜS o melhor conjunto deleis que precatem, em todos os aspectos, os seus interesses funda­mentais. Quando se fala em multinacional. é mister que reconhe­çamos preliminarmente, como disse, se não me engano, o Presi­dente Geisel, que elas são um mal nec·essário. É evidente que paraum P'aís que precisa de investimentos, como o nosso - como todosos países subdesenvolvidos - que tem necessidade da criação deum milhão e 500 mil empregos por ano, empregos que exigem in­vestimentos, o capital estrangeiro de maneira alguma pode serconsiderado despiciente. Não podemos voltar-lhe as costas. Somosobrigados a recebê-lo, tal como o fazem as dem1l,is nações quevivem a mesma quadra de desenvolvim(mto que o Brasil.

Ninguém põe em dúvida a nossa soberania, nem a de paisalgum, considerada esta f'ace do problema, ou seja, o auxílio queesses capitais trazem ao desenvolvimento das nações carentes deinvestimentos. li: claro que podemos, unilateralmente, socorrendo­nos de nossos direitos de povo soberano, impor as regras do jogoque bem nos aprouver.

Sr. Presidente, poderíamos 'não só votar e.sse código de éticaproposto pel-a. CPI das Multinacionais, que teve como Relator oeminente Deputado Herbert Levy, que vem de no.s brindar comUm magnífico discurso e que deixou realmente um manancialprecioso de informações a todo estudioso desapaixonado do pro­blema. Poderíamos votar esse código bem como toda e qualquerlei restritiva do capital estrangeiro dentro do Brasil, ,como nosaprouver. e, evidentemente, com o apoio do Executivo.

Mas, Sr. Presidente - e isto tem que ser dito - se precisamosdo capital estrangeiro para atender a eE,se imperativo da criaçãode 1 milhão c 500 mil empreg'Ds por ano, aliado à poup1l,nça na­cIonal, e se críarmos, dentro do Brasil, condições inóspitas, agres­sIvas, incompatíveis. ele procuraria outras nações, porque até nessesetor é evidente que a concorrência se verifica.

81'. Presidente, 81'S. Deputados, não é outra 'a razão por que asnações sui-americana,s e as nações do '!'erceiro Mundo se congre­garam no propósito de votar um código de ética - não para umanação, mas no âmbíto dos interesses universais -- um código deética que surgisse na ONU, valendo p-a.l'a o mundo inteiro, de ma­neira que essas condições mínimas prevalecessem em todos ospaíses. :Ê claro que o capital estrangceiro não encontraria condi­ções mais favoráveis num país do que noutro, porque esse códigoseria universal. .

É por isso - e só por isso - que .se penwu num código deética em termos universais. De que v-alerá um código de ética paranós se as outras nações não o endossarem? Teremos aqui todas ascondições ac!versas. Defenderemos -os nossos iiíter2.3SeS até o ex­tremo e resultará que os capitais estrangeiros fugirão do Brasile irão plantar-se nas nações concorr:mtes.

Daí por que, Sr. President.e, se procurou um código de ética anível da Organização das Nações Unidas.

Se houve, por parte da Liderança da Maioria. um cuidadomaior no exame meticuloso dessa proposição, foi Eo.bretudo aten­dendo a razões cuja explicação é fáciL

O código de ética proposto à nossa votação é extremamenteigual ao código de ética de que o Brasil é co-autor. como ante­projeto, e fil\is outras nações americanas. apresentado ao grupode trabalho encarregado do estudo da matéria na Organização dasNações Unidas.

Sr. Presid.ente. o f'ato de ser o mesmo código de ética nos termosf'ndossaclos e encampados pela CPI das Multinacionais pode, evi­dentelmmte, criar embaraços, tolher a liberdade pa nossa repre­sentação na Organização das Nações Unidas. llá -a.p,ena.s essa res­trição, e,sse cuidado e, evidentemente, algumas imperfeiçõe.s quese colhem no proj-eto e que devem ser purgadas, porque evi­dentemente não deu até agora à Casa e ao Brasil um impeto le­gislativo nesse setor, par·a que ofereçEUllos, hoje e agora, um pro­jeto de lei que tramita há três anos nesta Casa, desde setembrode 1976.

Daí a razão, Sr. Presidente. considerando a delicadeza doproblema, con.siderando as sua.s peculiaridades. de -a Liderançada Maioria não ter o que objetar. Apenas aprovamos, em primeiradiscussão, esta matéria, e nos reservamos para oferecer sugestões,COfi a 'b1l,ncada, para o aperfeiçoamento da proposição, a nível desegunda discussão. que foi por nós r,~querida.

O SR. PRESIDENTE (Flávio M8..rcílio) - Em Plenário foioferecida a seguinte

EMENDADê-se ao art. 2.°, inciso IV, a seguinte redação:

"IV - perda do controle acionário da empresa,"O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - A Comissão de Cons­

tituição e Justiça. ao apreciar a Emenda de Plenário, ofereceu àmesm'a e vou submeter a votos a seguinte

SUBEMENDA

Dê-se. ao item IV, do art. 2.0 do Projeto, a seguinte redação:"Art. 2.° , , .

IV - perda do controle acionário da empresa, mediantedesapropriação de tantas ações quantas bastem a essefim."

o SR. PRESIDENTE (Flávio l\'larcílío) - Os Sr8. que a apro-v-am queiram ficar como estão. (Pausa.)

Aprovada.Em conseqüência, está prejudicada a Emenda de Plenário.O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareílío) - Vou submeter a.

votos o seguintePROJETO N.o 2.242-·B, DE1976

O Congresso Nacíona1 decreta:Art. LO Considera-se comportamento exigível às empresas que

operam no Território Naeional sob o controle de capital estran­geiro a abstenção da prática de qualquer ato:

I - configurativo de intromissão em assuntos internos do Paísou nas relações entre o Brasil .e qualquer outra nação;

II - indicativo de atuação como instrumento da política eX­terna de qualquer país;

III - que caracterize escusa 11 integração nos objetivos e prio­ridades nacionais de desenvolvimento fixados pelo Governo Fe­deral, ou importe, efetivamente, prejuízo para aqueles objetivos;

IV - que ídentifique oferecimento de obstáculo â prestação,ao Governo Federal, de informações pertinentes às suas ativida­des, de molde a impossibilitar sejam elas reconhecidas :lU não co­mo consentãneus com os objetivos programáticos estabelecidos pe­lo Poder Público;

V - que se tradu:IJa em:a} negativa de contribuição para o desenvolvimento da capa­

cidade científica e tecnológica dD País;b) recurso a práticas restritivas, reconhecíveis como concor­

rência desleal ou abuso do poder econômico;c) desrespeito à identidade social e cultur-a.l do País.

94~'l Quinta-feira 13 1>IaRIO 00 CONGRESSO NACIONAL (Seção 11 Setembro de 197&

.'\rt. 2." A violação do disposto no art. L" sUJeitará a empre­sa Infratora às seguintes penas, aplicada.s Isoladas ou cumulativa­mente:

I - sustação dos incentivos fiscais e dos estímulos fiscais e<:redítícios;

II - intervenção na empre&à;III - cassação do direito de operar no Brasil; eIV - desapropriação do controle acionário da empresa.Ar\.. 3.0 O Poder Executivo regulamentará a· presente lei dt'l1"

tro de 90 (noventa) dias da data -de sua publicação. .Alt. 4." Ficam revogadas as disposições em contrário.O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareílio) - OS 81'S, que o apro­

ValU queIram ficar como estão, (Pausa.)Aprovado.O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareílio) - Há sobre a mesa e

vou submeter a votos o seguinte

REQUERIMENTO

8r, Presidente,

Nos termos regimentais. requeiro a V. Ex.'" seja o Projeto1.1.0 2. 248-B, de 1976, submetido a uma 2." discussão,

Sala das sessões, 12 de setembro de 1979. - Cantidio Sampaio,O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcilio) - OS 81'S. que apro­

vam o requerimento queiram ficar como estão. (Pausa.>Aprovado. (Pausa,)O Sr. Marcondes Gadelha - Sr. Presidente. peço verifIcação

de votação.O SR, CANTíDIO SAMPAIO (ARENA - SI'. Sem revisão do

....ador.) -- Sr. Presidente, o requerimento já tinha sido aprovado.A liderança da Mlnoria limitou-se a declarar o seu voto contrário.

O Sr. Marwndes Gadelha - 8r, 'Presidente. para uma questão(le ordem.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - A Mesa vai primeiro<:lecidir quanto ao pooido de verificação de votação.

Já h"<lvia sido proclamado o resultado e se passava ao itemseguinte da Ordem do Dia. Nestas condições, a Mesa não podeacolher o pedido.

O Sr. Marcondes Gadelha. .- Sr. PresIdente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareílio) -- 'rem a palavra onobre Deputado.

() SR. MARCONDES GADELHA (MDB - PB. Sem revisão doorador,> - Sr. Presidente, eu só poderiil pedIr a verificação após-anunciar a V. Ex." o resultado da votação simbólica. Chamo a atençãoda Presidência para o art. 128, do Regimento Interno, que estabe­lece quaL~ os requerimentos sujeitos â deliberação do Plenário.

É bem verdade que, na fonua do 'art. 151, o Regimento falaem sollcltar ao Plenário 11 colocação em segunda discussão. mas,enumerando quals os requerImentos sujeitos à essa deliberação,não cita, no caso especifico, este. referente à segunda discussão,Entretanto. o seu parágrafo únIco -diz o seguinte:

"Outros requerimentos, não especificados neste Regimento.dependerão também de deliberação do Plenário."Infelizmente, não podemos fugir a essa forma regimental.

Com o devido respeito, V. Ex.1\. deverá colocar a matéria em vo­tação.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Passo a respondera questão de ordem formulada pelo nobre Líder do Movimento De­mocrático Brasileiro, Deputado Marcondes Gadelha. A votação dorequerimento é detenuinnda não pelo art. 128, invocado pelo nobreLíder, mas expressamente pelo art. 151. Foi tendo em vIsta essefato, que a Mesa. para que o Plenário tomasse conhecimento doprocesso mais detalhadamente, não apenas leu' o requerimentoformulado pela Liderança da Ali-ança Renovadora NacIonal, mastambém o art. 151, que manda submeter o requerimento ao Ple­nário. Foi o que fiz e, na oportunidade, o nobre LideI'. desde logo,fez SUa declaração de voto, dizendo que votaria contra o requeri­mento.

O SR. MARCOllo1>ES GADELHA - Sr. Presidente, aludi aoart. 128 como complementação ao 151; mas, se V, Ex." não quIser1flvar em consideração o art. 128, não tem a menor Importância.O essencial é que requerI a verificação. e não vejo qualquer im-pedinwnto para que V. Ex," proceda â mesma, :

O SR, PRESIDENTE (Fbí.vlo Mareílio) - A MeSa não desejadialogar. já que a matérÍ'a está deeidida. No entanto. V..Ex.a se

:,ntecipou até mesmo a proclamação do r<"sultado, anunciando quevotaria contra. Determina o § 1.0 do lll't. 176:

"Se algum Deputado tiver dúvida quanto ao resultadoproclamado. pedirá imediatamente verificação."

Proclamado o resultado. não foi imediato o pedido de verifi­cação. A Mesa colocou em votação o requerimento, a fim de quefosse decidido pela Casa. Especificou o 'art. 151, para permitir fosseo requerimento submetido â verificação. uma vez que o projeto já.havia sido aprovado. A Mesa, porém. não pode concordar com o pe·dido de verificação daqueles que não o formularam imediatamenteapós a proclamação do resultado.

O Sr. Odacir Klein - Sr. Presidente, peço a palavra pelaordem.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareilio) - Tem a palavra o no­bre Deputado.

O SR. OD-ACIR KLEIN (Questão de ordem. Sem revisão doorador.) .- Sr. Presidente. o Regimento Interno, cItado por V. Ex."agora, no art. 176. § 1.0. contém expressamente, o seguinte:

"Se 11lgwn Deputado tiver dúvida quanto ao resultado pro­clamado - veja bem V. Ex." - quanto ao resultado pro­clamado, pedirá imediatamente verificação."

Isto signifIca, Sr. Presidente, que é necessário proclame a Mesao resultado da votação simbólica, para que possa, ser requerida.a verificação de votação. O nobre Deputado Marcondes Gaàelha,LideI" do MDB nesta oportunidade, esperou V. Ex." proclamar oresultaào, nos termos regimentais e, imooiatamente após, reque­reu a verificação.

Conheço a forma de agir de V. Ex.". sei da sua correção nacondução dos trabaihos. mas sei também que V. Ex.", nobre Pre­sidente, não há de querer arcar com a responsabllldade de pro­telar esta votação. tendo o Líder do MDB, na forma regimental,imedIatamente após a proclamação do resultado. requerIdo a Ye­rificação de voto. Esperô reconsidere V. Ex." a sua decisão, sub­metendo à votação o requerimento em p1'Ocesso de verifIcação, ouseja, com a chamada dos Deputados, senão V. Ex.a , nobre PresI­dente, estará contrariando o Regimento Interno e, mesmo sem odesejar, contribuindo para que seja. protelada a aprovação da.matéria.

O Sr. Cantídio SampaIo - Sr. Presidente. peço a pala.vra pelaordem.

O SR. PRESIDI-:NTE (Flávio Mareilio) -- Tem a palavra onobre Deputado.

O SR. C.-\NTtDIO SAMPAIO (ARENA _ SP. Sem revisão doorador.) - 81". Presidente, tem V. Ex."' realmente, como bem sa­lientou o nobre LideI' da Minoria, atuado nesta Casa com irrepreen­sivel imparcialidade. Muitas e muitas vezes. Sr. Presidente, hOUYtlpor bem V. Ex." decidir contra eventuais interesses da Al1ançaRenovadora Nacional no curso de nossos trabalhos. mas semprenos rendemos, porque sabemos bem que V. Ex."', com a autoridadeque tem e cultiva. não procura agradar a ninguém e procede comoverdadeiro magistrado.

.Ora. Sr. Fresidente, no caso vertente, ~ manifesto que a lide­rança qo MDB não tinha, a principio, nenhuma Intenção de pedirverificação de votação. Do contrário, Sr. Presidente, não haverianenhuma razão para declarar antes o seu voto, quando ainda nafase da votação sImbólica.

Realizada a votação, passados uns trinta segundos da procla­mação feita por V. Ex.&, não sei quem, no fundo do plenário, co­meçou a gritar: "Verificação de Votação". O eminente Líder doMDB. que não la pedir coisa alguma, ultrapassado este ato.que. evidentemente, é fulminado pelo advérbio "imedIatamente".contido na disposição regimental que rege a matéria, veio requererVl~rlficaçãode votação. Mas já era tarde.

Em muitas outras oportunidades tem sído, nesta Casa, postaem prática a atitude tomada por V. Ex." Dormientibus non su­currit jus. O nobre Líder do MDB não pedIu verifIcação de vota­ção imediatamente. mas esperou um "espirito santo, de ouvido"iembrá-lo, tangido pela advertência de que já teria passado dotempo.

Sr. Presidente, era tarde. E temos de aceitar a deeisão impa·r­eial tomada por V. Ex." t Palmas.,

O Sr. Marcondes Gadelha - Sr. Presidente, peço a palavra.para uma questão de ordem.

O SR. PRESIDENTE (Flávio MarcíUo) - Nobre Deputado.vou responder â questão de ordem formulada pelo nobre DeputadoOdacir Klein. A seguir. darei a palavra a V. Ex.a , para outraquestão de ordem.

O Sr. í\lareondes Gadelha - Multo obrlgado.

Setembro de 1979 '"mARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 13 9425

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcililo) - Devo esclarecer, comtodo o respeito que me merece o partido da Oposição, o MovimentoDemocrático Brasileü'o, que este projeto se encontra hoje na Or­dem do Dia pela. firmeza da minha. atitude (Muito bem). Recebivários pedidos para demorar a sua coIoc/ação na Ordem do Dia, maSfui irntransigente. O projeto está na Ordem do Dia.

De acordo com minha posição pess.::>al, e não com a de Presi­dente, esperei que hoje ele tosoe oíicialmente votado, porque vejoque é desejo da Casa a votação deste projeto. (Muito b~.) Foineste sentido que li o art. 151 do Regimento Interno. Mas lembro­me bem de que. ao anunciar o resultado da votação, afirmei cla­ramente: "Aprovado, contra o voto do Movimento DemocráticoBrasileiro". Esperei imediatamente um pedido de verificação, tan­to l\!ssim que mandei chamar os Secretários para aqui estarempresentes, porque contava fosse requeJr1da verificação. Mas devodizer que, por tudo o que observei, não era intenção do nobreLíder do MDB pedir de logo essa verificação. Pediu-a depois, porsolicitação de companheiros seus. E, ao meu lado, encontrava-seum Deputado do MDB - cujo nome não vou declarar - que, antesde eu decidir, disse: "Pediu atrasado".

Nestas condições, mantenho o indEferimento do pedido.O Sr. Marcondes Gadelha - Sr. 'Presidente, peço a palarvra.

pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Flávio Ma.rdlio) - Tem a' palavra o

nobre Deputado.O ISR. MARCONDES GADELHA (lImB - rB. Se R'Visio do

orador.) - Sr. Presidente, ao tempo em que exalto a firmeza deV. Ex.a, a decisão inabalável de coloca'L' em votação esta matéria,não posso deixar de me escandalizar, j:í. não mais como Deputado,mas como brasileiro, como cidadão dE~ta Pátria, com o fato deque a Câmara dos Deputados ou o seu Presidente tenham rece­bido pressões escusas, por supostas, e rejeitadas à altura por V.Ex.a Não posso deixar de escandalizar-me com o fato de que essaspressões tenham existido, venham de onde vierem.

Com Felação ao meu comportamento na Liderança do MDB,quero dizer que não há nenhuma possibilidade de queJ.um de nósdois venha a se enganar ou enganar <esta Casa. Os fatos se pas­saram a vista de todos, dos taquígrafos, dos Srs. Deputan08, daImprensa, da Assessoria.

Sr. Presidente, aguardo serenamente a decisão de V. Ex.aE i,nvoco. em abono da verdade. que seja ouvida aqui a fita, com areprodução do que se passou imediat2i1ll1ente após a proclamaçãodo resultado. Veja V. Ex.S., o fato de, eu ter cosnignado o votocontrário do MDB ainda no periodo da votação simbólica nada tema ver com o mérito da questão que estamos discutindo agora.:s que, para mim, a matéria me parelleu de tamanha rele'vância,de tamanha importância que eu não poderia deixar que pairassenenhuma dúvida. Tinha que acentuar e 'expor, a todo instante epor quantos instrumentos estivessem ao meu alcance, a posiçãocontrária do MDR ~enho feito isso em. outras matérias, em outrasvotações simbólicas, e nunca houve qualquer objeção para que, emseguida, se pedisse verificação de vot:a.ção. Agora, Sr. Presidente,invoco a temperança de V. Ex.S.; ouça, a fita e yerá que o que oRegimento chama "pedir imediatamente verificação" foi exata­mente o que eu fi~. Nada se passou en.tre a proclamação da vota­ção e o meu pedido de verificação. O E~egimento não estabelece emquantos segundos ou minutos ou décimos de segundos esse pedidodeva ser feito. O que estabelece é que, deverá ser imediatamente,quer dizer, não deve haver mediação entre o ato seguinte à pro­clamação da votação de V. Ex.'" e ess<e ato deve ser precisamenteo meu pedido. E foi como tai se passou. Aguardo com serenidadea decisão de V. Ex.S., Invocando test,emunho de toda esta Casae da fita, e, se as coisas não se passa'rain como eu disse, Sr. Pre­sidente, desistirei do meu pedido. Peço a V. Ex.a que ouça a fita.e veja se estamos em acordo ou em desacordo. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcí1io) - A Presidência já deci­diu o assunto. (Muito bem. Palmas.) Já manifestou o seu ponto devista pessoal, no sentido da votação imediata deste projeto. E paraisso eu contribuí. Não dito normas à Liderança do MDB. Mas,·umavez que o requerimento de segunda dificussão pode ser consideradom,edida protelatória a nobre Lidera.n(~a do MDB poderá requererurgência para tramitação dQ pl'ojeto. J1: fica a questão .solucionada.

O SR. PRESlJDENTE (Flávio MartilÍlio) - Há sobre a mesa evai à publicação a seguinte declaração' de votos.

VOTO EM 'SEPARADO DO DEPllJTADO EDSON KHAIRAO PROJETO DE LEI N.o 2.248-8, DE 1976

'Na realidade aO votar favorave1n:J,ente ao Projeto de Lei n,o2.248-B, de 1976, o faço na certeza dl~ que (} mesmo,-se aprovadopelo Poder Legislativo é apenas um tímido passo no sentido dedisciplinar a ação das multinacionais no pais.

O fato é que, pontos fundamentais para o exercício de umareal fiscalização da néfasta ação dos oligopólios internacionais nãoconstam do projeto ora votado, se não vejamos: 1) a limitaçãoda remessa de lucros das empresas estrangeiras; 2) a limitaçãodos royalties cuja validade é d,e 10 anos concretamente é burladapela indústria farmacêutica estrangeira através da troca do nomeda empresa antes de expirado o pra2iO previsto por lei que permiteli remessa de royalties; 3) a proibiç!ão de empresas estrangeirasrecolherem dinheiro nacional no mercado financeiro; 4) o realexel'cício de fiscalização no ilegal subfaturamento e superfatura­mento que as mU'ltlnacionais promovem em suas matrizes em rela­ção a exportação de nossas matériafi-prim~.

Conforme já salientou muito bem Hélio Fernandes: "O Bra­sil é o único pais do mundo em que, na medida em que exporta­mos cada vez mais, devemos ainda muito mais; por exemplo; em1967 exportávamos cerca de 2 (dois) bilhões de dólares e l)ossadívida externa era de cerca de 4 (quatro) bilhões de dólares. Dezanos depois. exportamos 12 (doze) bilhões de dólares e nossa dividainacreditavelmente chega a 50 (cinqüenta) bilhões de dólares.

Finalmente, resta aindà em nosso voto ponderar que a prin­cipal causa do desequilíbrio em nossa balança de pagamento, istoé, a remessa incontrolável de lucros das empresas l~strangeiras,

não foi sequer abordada pelo projeto de maneira a éliscLpliná-la.

Desta forma voto favoravelmente ao projeto, mas certo deque l} mesmo não abrange as questões essenciais do problema.

Sala das Sessões, 12 de setembro de 1979. - Edson Khair.O SR. PRESIDENTE (Flávio Mal'cílio) -

Discussão única dl\S Emendas do Senado ao Projetode Lei n.O 2.497-C; de 1976, que "disciplina o .cancelamentode protesto de títulos cambiais, e dá outras providências";tendo parecer, da Comissão de Constituição e Justiça,pela constitucionalidade. jurldicidade, técnica legislativa e.no mérito, pela aprovação. -- Relator: Sr. Wlüter de Prá.

O S'R. PRESIDENTE (Flávio Maircílio) - Não havendo orado­res inscritos, declaro encerrada a discussão.

Vai-se passar à votação da matéria.Q SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - O Sen:ado Federal,

ao apreciar o Projeto de Lei n.O 2. 947-C, de 1976, ofereceu ao mes­mo e 'vou submeter a voWs as seguintes

EMENDM-N.O 1­

(Corresponde à Emenda n.O 1-1OCJ)No art. 6.0: onde se diz "ou por" diga-se: "ou".

- N.o 2-(Corresponde à Emenda n.O 2-0CJ)

No art. 7 o· onde se diz "ou por" diga-se: "ou".

_ N.o 3-

(Corresponde à Ernenda n,o 3)

Dê-se 'ao art. 10 a seguinte redação:"Art. 10. Revogam-se as disposições em contrário, espe­

. cialmente as da Lei n.O 6.268, de 24 de novembro de 1975."O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcilio) - Os Srs. que as apro-

vam queiram ficar como estã<>o (Pall&a.) '.Aprovado.Vai à Redação Final.O Sr. Mendonça Neto - Sr. Presidente, peço a palavra para

uma reclamação.O SR. PRESIDENTE (Flávio Marllilio) - Tem a palavra f1

nobre Deputado.O SR. MENDONÇA NETO ('MDB - ALo Sem revisíi,o do orador.)

- Sr. Presidente, gostaria de fazer uma. reclamação à Presidênciada Câmara dos Deputados, em aditamento a que ouvi do Depu­tado Marcondes Gadelha e às pala.vras pronunciadas pelo Presi­dente desta Casa de que Ioi pressionado para não colocar na Or~

dem do Dia a votação de um projeto.O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Recebi pedidos, no­

bre Deputado.O SR. MENDONÇA NETO - GllBtarla que V. Ex.~· me deixasse

concluir. Considero, Sr. Presidente, um gravame à autoridade do!Presidente da Câmara. dos Deputados o tato de receber pressõespara. não colocar em votação matéria de tal interesse, referenteaos objetivos de ganância das empresas multinacionais no Brasil.Gostaria de dizer a V. Ex.a, numa reclamação, que V. Ex.a se

94Z6 Quinta-feira 13 DIARJO »0 CONGRESSO NACIONAL (Seçao I) Seter.nbro de 1979

.obriga. por suas prõprias palavras. a denunciar à Ca.sa e à NaçãoqUJ.is foram os traidores da Pátr!a que pedira~. a V. ~x.u paraobstacu:izar o process::l de votaçao desta materla. I MUlto bem!Palmas.) Baseado no art. 111 do Regimento da Casa é que 2xijoda Presidência, em nome da dignidade deste Pod,:~r. que V. Ex."'diga de onde partiu tamanha ignomínia.

(TumuJto. O Sr. Presidente faz soar os tímpanos.)

O SR. MENDONCA NETO - Gostaria de concluir. Que V. Ex.a ,Sr. Pr'2sid,ente, diga' de onde partiu tamanha ignomínia. sobreum homem que ·esta Casa conhece como não pressionáv,el. aosolicitar a V. Ex." que não fizeosi' o que seu dever mJ.nd:w:l. V. Ex.atem obrigação, pelos meios de que dispõe, d,e punir tan1J.nho ato1esivo à sua autolidade de Presid·ent~ da Cãmar::t dos Deputados.{lU ela ficará trr~mediavelmente maculada. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) _ Com a palavra onobre Daputado Theodorlco F~rraço. S. Ex." dispõe de 45 minutos.

O SR. MENDONÇA NETO - Gostaria de receber resposta âreclamação que fiz. V. Ex.a deve dar uma resposb, segundo oart. 111.

O SR. I'RESIDENTE (Flávio Mureílio) - As reclamações re­ferem-se a matéria administrativa. Eu apenas. no curso da dls­cmsã,o, salientei a firmeza da Presidência no sentido de ass,egurara votação deste projeto, não at·endendo aos pedido,s que me fo­ram feitos para demOrar a colocá-lo na Ordem do Dia pJ.ra exame.

"O uso da pa1:J.vra, no caso do art. 111. destina-se, exclu­sivamente, a reclamação quanto à obs~rvância d,e expres­sa disposição regimental ou relacionada com o funciona­mento dos ServIços Administrativos da Câmara. ..

Peço ao nobre Deputado que não concorra para tumultuar a~sessão, Vamos continuar os nossos trabalhos. Com a palavra únobre Deputado Theodorico Ferraço.

() 8R. MENDONÇA NETO - Sr. Presidente, gostaria que V. Ex."me deixasse concluir a reclamação.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Mareílio) _ Somente com licencado orador. .

O SR. MENDONÇA NETO - Gostaria de solicitar ao orador,que está na tribuna que me permitisse usar a palavra.

O Sr. Theodorico Ferraço _ Com muito prazer, por sinal.

O SR. MENDONÇA NETO - Ref'eriu V. Ex.". Sr. Presidente,.que sõ poderia ser levantada reclamacão - art. 111, ~ l.0 _quanto à observãncia de expressa disposição regimental ou rela­cionada com o funcionamento dos servicos administrativos daCâmara. É V. Ex." o Presidente da Cámar.:í. e. por isso, ~stá tam­bém jungido pos serviços administrativos da Câmara e. qu:tndoV. Ex." recebe uma pressão imoral para proü~lar uma votação,tem que dar uma satisfação à Ca..~a. porque é o dever moral deV. Ex." (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Flávio Marcílio) - Nos termos do inci­.so IV do art. 10 do Regimento Interno, concedo a palavra ao8r. Theodorico Ferraço. indicado pelo Líder da Aliança Renova­dora Nacional.

O SR. THEODORICO FERRAÇO (ARENA - ES. Como LideI'.Sem revisão do orador.) - Sr. Pr~sidente. Sr5. Deputados. um::tdas primeiras visitas que fizemos, na qualidade de Deputado, foiao Sr. Pre~idente do Instituto Brasileiro do Café. Naquela opor­tunidade. fizemos uma reIvindicação e uma adnrtência àquelailustr~ autoridade. Fizemos um:l proposta ao Sr. Presidente doIBC para que o Governo brasileiro se propusesse a uma políticaagressiva na defi'sa. do preço do café no mercado internacional

Desde criança sabiamos o preço. em dólares. do cJ.fé e nãocompreendíamos por que. 20 ou 30 anos depois, o preço DO mer­cado internacional do café. se mantivesse estável. Então, l~mbrJ,­

mo,: ao Sr. Pr~sidente do IBC que o Brasil deveria unir-se à Co­lômbia e a outros países produtores de café e procurar defendero seu produto - como os árabes defendem o seu petrõleo ­organlzando um verdadeiro cartel para impor o preço do seuproduto no mercado internacional. pois sô assim o homem do in­tenor do Brasil. da Colômbia ou do México IXlderia obter umpreço justo para o seu produto agrícoia. Eis que, naqu,eia oca.,lào.cl1egJ.mos J. pedir o apoio do IBC para que pudéssemos ir ~m

bu.sca de outros países para pleitear o apoio necessário_ E pedi­mos, também, o apoio do Gonrno brasileiro paxa que pudéss·emosfalar alto em Londres ·e Nova Iorque. na Bolsa do Café, paradizer que as grandes multinacionais. compradoras dos noss:Js pro­dutos, pagam o preço que querem, de acordo com as suas neces­sidades ou a sua. vontade. e que agem de maneira totalmenteinv,ersa' com reiacão aos produtos que vendem ao Brasil, poisconstantement~ pagamos cada vez mais pelos artigos importado.s,

Hoje, vem um colombiano ao Brasil pregar a m~,sma coisa.que este mod,esto Deputado já propunha há três meses. mesmo

com o sliêncio do Instituto Braslieiro do Café ;; a indiferençaàs nossas adv·ertências contra o aviltament:J do preço do caféno mercado internacional. E quem fala. hoj~. em entrevista aosjornll'is brasíieil'cs. é um colombiano, qU'~ vem chamar o Brasilpara se umr à Colômbia ·e mostrar que podemos falar alto, quepodemos gritar. que pod,emos enfrentar a Bolsa de Nova Iorqueou a de Londres. O próprio Presidente da Associ;Wão Nacional deCaf·eicultor,es da Colômbia, Sr. Artur G:lmez Jarramillo, um dosmais profundos conhecedores do tema café em todo o mundo,depois de um). audiência com o Challceler Saraiva. diz:

"Soment,e atravé,s da criação desse cartel é que os paísesp1'Ddutores de café poderiam defend,er ,s·em reais inte­resses durante as negociacÕoes com os paises consumidoresdo produto."

Vamos ver, Sr. Pr,esidente e 8rs. Deputados. se com est,e alertE;do Pr'esid~nte da Associação Comercial dos Produtores d~ Cafeda Colômbia. com aquel,e nosEO grito, que ficou gravado· nos Anais<lesta Casa. o Governo brasileiro se s,entirá com corag'em e forçapara enfrentar as grandes multinacionais, para enfrentar o poderde Londres, ou de Nova Iorque. para que possamos dar aos nos­sos produtores de café o v·erdadeiro e justo valor a que eles têmdireito.

O Sr. Modesto da Silveira - Nobre Deputado Theodorico Fer­raço. cumprimento V. Ex.a pela linha do seu discuno, que nãome surpre·ende. Acompanho a atuação de V. Ex.a nesta Casa,como acompanhei seu trabalho junto ao Projeto Ja.ri, e sínto aPl-eocupação de V. Ex." em defender o interesse nacional. V. Ex."exemplifica com o café. dizendo que o Brasil com a Colõmbia etodos os demais grandes produtore.s poderiam fazer a sua "OPE'P"do café. E eu acrescentaria que o Brasil, que é um dos grandesprodutores de açúcar do mundo, poderia. do mesmo modo, juntocom os demais grand,es produtor-es de açúcar e de álc:Jol. fazera sua "OPEP" do álcool e do açúcar. Poderia também fazer asua "CPEP" do ferro e de tantos outros de que ~omos gran­des produtores. E até de alguns. sozinhos, pOderiamos faz':=r ano~sa própria "OPEP". P'ermita-me V. Ex.a lembrar que só dealguns tipos de cristais nós prodllzimo.s 98% da producão mun­dial. No entanto. submetemo-nos a todas as "OPEPs·'. não apenas€nergéticas. mas às "OPEP.s" dos grupos de mllltinJclonais queimpõem o dumping, que liqüidam toda a iniciativa nacional, en­quanto nós cruzamos os braços ~ lam·entavelmente assistimos aespetáculos como o de hoje; embora apa.rentemente toda a Casareconheça a nec.essidad-e, a conveniência da aprovacáo de umalei que defenda o interesse nacional. por meros exo2dientes setenta posterg.1r aquilo que o próprio Governo brasileiro já r,e­conheceu junto com 12 outros g-·ov,ernos. É um projeto, n3. verdade,da iniciativa da ARENA e do MDB. que antecipa a solução de pro­b12mas da maior importância. E V. Ex.a sabe, melhor que eu outanto quanto eu, da importância da defesa do interesse n3.ciona1.Mas. juntos. vamos continuar de.f.endendo e,ssa te'\e e vamos apro­var projetos como este que, por manobra, não foi hoje aprovado,para que possamos resguardar e,ste País realmente livre e inde­pendente para nós e para os nossos filhos.

O SR. THEODORlCO FERRAÇO _ É. na nossa. opinião, nobreDeputado. um proj.etinho, porque isto foi o minimo que se fezatravés da CPI das Multinacionais. Nesse projeto não se falouainda no controle do mercado. que é o que fazem as multinacio­nais. Elas controlam os preços no mundo inteiro. E quanto à mer­cadoria. elas absorvem o estoque de mercadoria no Bra'i!. nos E.s­tados Unidos, no Japão. n:1 China .etc., impõem o preco e retêm ame r'cadoria. E o Governo brasileiro nada faz. É o caso. por exem­plo. do açúcar. Veja hojc o preco internacional da tone1J.da deacúcar. Se olharmos para o passado, verificaremos que há doisanos e.,távamO$ v·endendo a t01l{~l.1da de acúcar a três vezes maise chegou a 900 dólares. Vamos ver a sojà. Bastou o Bra~il pro:duzir muita soja para que ela baixasse de preco no mercadoInternacionaL E para onde vai a soja? Para as mãos dos produ­tores? Pamas mãos d·e multinacionai,s. para controle do óleo edaquzl2s qu·~ retêm o mercado internacional. Não devemos termedo dz multinacional. Devemos é ter coragem de enfrentá-las,enfrentã-las como brasibiros. com armas nas mãos. se nece~sário,para impedir que maus brasileiros se filiem às multinacionaíspara defendê-las, para serem seus porta-voz,es.

É cheg.lda a hora de nos at'irmarmos como país gonde, comopaís quz ale 11lÇOU sua maioridade. Não temos que ter m2do demultlnacionais, nem de país grande. Temos que ter coragem dedefend~r o que é nosso.

O que mata também o povo brJ.sileiro é o subfaturamento ouo supi'rfaturam3nto, porque o que se manda de lucro das mul­tinacionais para o exterior é bl'Íncad.eira, não .,igníflca p1'1tíca­mente mais do que 700 milh6~s de dólares na balJ.nça de paga­mentos anual. Agora, o que vai por entre muros. :) que vai pordebaixo d:! mesJ. naquelas m~rcadorias que elas precisam com­prar lá fora. e que superfaturam. e nas mercadorias qu~ 2nviamdaqui para fora, fazendo o subfaturamento. aí está a m.aior falha.

setembro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção ]) Quinta-feira 13 9427

aí está realmente aquilo que nos escraviza ,2 que vem dilapidandoo patrimônio brasiküro.

Então, 'esse proj,eto de hoje não passa d,e um côdigo de ética,não diz nada; diz apenas o óbvio; qu,e as multinJ.cionais nosre~peitem. SeriJ. o mesmo que pedir Dca filho qu,e respeite o pai,quando po:iemos impor uma fiscalização 's,evera, uma fiscalizaçãod,e exército, com baioneta e tanques. É a única forma de "mfr,entar~a gente.

Não qu,eremos diz,er que elas não ,sejam úteis à nossa Pátria.Poderão ser úteis; já o foram no polEsado, m:lS se abriram demaisas portas, e elas entraram sem cerimônia. Para saírem, agora,t.el?os que balançar a cabeça. parJ., que elas pelo menos nos res­p.eItem.

O Sr. Modesto Silveira - O projeto de hoje não é um merocódigo de ética, conforme pretenderam as 12 nações há cincoanos. E há 5 anos estamos e..~perando por esse acordo in.ternacio­nal. Lá era um código de ética, mas aqui, a~ém do código de éticados primeiros artigos, há ás cláusulag penais dos artigos fínais;cláusulas penais que impõem às multlnacionais violadora,s da le­gislação brasileira determinadas penas, que podem chegar até à de­sapropriação, à cassação de direito de operaçâ.o no Brasil, interven­ção na empresa, suspensão de incentivo:, fiscais, e outra.s. De maneiraque não é um mero código de ética moral; é uma lei, ainda quenão satisfatória. Reconheço. como V. E:x.'" que esta lei ainda é in­suficiente. Provavelmente V. Ex.a terá. um projeto que vai aindamais fundo, e eu, então, terei o prazer de votar·com V. Ex.'" o aper­feiçoamento desta. Mas já esta seria um grande passo na lutagrave e séria contra o invasor multinacional.

O SR, THEODORICO FERRAÇO ,_o Concordo, nobre Deputado,com V. Ex.". mas acho que esta lei ainda não contempla o objeti.vo nacional. Ela tem realmente grande valor, e achamos que paracomeçar está boa, Tenho estudos sobre isto, e já as discutimosquando esteve conosco o empresário .capixaba Rolan Fertag. Fa·lamos sobre o controle dos preços do mercado, que elas dominam110 mundo, falamos sobre o sub e o superfaturamento e sobre osagentes oficiais que manobram, que loontrolam determinado tipode negócio e a qUe se submetem. Então, Deputado, não é que ela.não tenha significado pequeno, de pig:meu. E'a tem o seu signifi­cado. mas, na minha opinião. não pallsa de um código, porque ­é óbvio - estamos apenas cameç'and,o a exigir alguma coisa. Oque é pr,eciso é um policiamento do Exército, da Marinha e daAeronáutica, com baionetas na mão, para defender o nosso mer­cado diante do super e do subfaturamento que as multinacionaispraticam e com o qual aniquilam a economia nacional.

O 81'. Audálio Dantas - Permita-me parabenizar V. Ex.'" pelacorajosa colocação que faz nesta tm:dle, principalmente depois doql1e assistimos nesta Casa, há pouco.s instantes. Verificamos, emquestões desta profundidade - mesmo em se tratando apenas deum passo inicial, como diz V. Ex..., visto que o projeto mais seassemelha a um código de ética do que a uma lei - que barreirasse levantam para impedir a aprovaç:ão da matéria. Sabemos háquanto tempo tramita nesta Casa esta proposição. E V. Ex." colo·ca muito bem que é necessário, a partir deste momento, que to­memos a iniciativa de propor medidas que efetivamente consi­gam controcar a ação das multinacionais em nosso País.

O SR. THEODORICO FERRAÇO - Esta é que é a grandetarefa.

, O Sr. Audálio Dantas - A questão não é ser contra a partici­pação das multinacionais, mas exercer a soberania nacional em to·,da a sua extensão, no sentido de impedir, com leis fortes, todosos abusos quP- essas empresas efetivamente cometem dentro donosso País. Chamo a atenção de V. H:x." para um dos incisos daproposição, aquele que fala em desapropriação do controle acio­nário da empresa. Na verdade é pre.ciso que, em caso de infrin­gência de dispositivos legais da nossa soberania, sejam confisca­das as empresas q~le abusem de nos!;as leis.

O SR. THEODÔRICO FERRAÇO - Concordo com V. Ex.'"tenho a mesma .opinião. Acho que aqui {) termo certo é confiscar,porque com o termo "desapropriar" é capaz de aparecer uma mul­tinacional que cometa alguma falta, de propó.sito, e ainda levevantagem com a desapropriação. ll: lamentável que não tenhamostempo de muàar esse dispositivo. Acho que o termo certo é "con­fiscar",

O Sr. Audálio Dantas - Isto já aconteceu em vários casos emque a desapropriação atendeu aos interesses exclusivos da empresae não ao interesse nacional.

O SR. THEODORICO FERRAÇO - Srs. Deputados, gostaría­mos de fazer aqui um apelo ao ilusl,re Presidente Figueiredo, aoseu Ministro da Indústria e do ComilrckJ e à Presidência do Ins­tituto Brasileiro do Café para que aproveitem essa oportunidadeda visita de um colombiano que teve

lfinalmente, a coragem de

dizer Q que é preciso fazer com o cafe, Não mais podemos assis­tir de braços cruzados ao produtor curvar-se na enxada, de sol a,s.ol, a colher café, vendê-lo a Cr$ 1. 500,00 a saca de 60 quilos e

ver depois o seu produto ser vendido a 2.50{) ou 3.000 cruzeirospelo intermediário.

Posso fa"ar de camarote porque aqui me encontro como pro­dutor de café; já fui comprador de café, funçao que dEixei paraexercer o mandate> de Deputado Estadual. depois o de Prefeito eagora o de Deputado Federal. },lIas me sinto hoje como represen··tante dos homens do interior, dos produtores de café, desses querealmente sofrem e se marginalizam à própria sorte. É por issoque ao Presidente Figueiredo faço um vibrante apelo no sentidode que se una ao Governo da Colômbia e de outros países pro­dutores que desejam realmente defender seus interesses, para queexijam, no mercado internacional, um preço fixo justo para osseus produtos. Se os Estados Unid·os, a Inglaterra, a Alemanhae outros paises desenvolvidos cobram o preço- que querem pelosseus produtos, por que nós, brasileiros, não podemos exigir tam­bém pelo menos o preço justo para um produto primário que jásignificou o principal sustentácu:Q da nossa balança cambial?

Aqui fica o nosso apelo dramático ao Governo Federal no sen­tido de que com rapidez, vá ao encontro desses países dizer queé chegado o momento de um basta, para tranqüilidade do produtorde café. de soja, de açúcar ou de minério, produtos em relaçãoaos quais somos escravos do mercado internacional. Que tenha·mos um preço fixo, um preço justo e humano para esses produ­tos, a fim de que o homem do campo se sinta pago pelo seu tra­balho e sacrifício. Este é o nosso apelo.

Se necessário for, Sr. Presidente, 8r8. Deputados, vamos levaravante uma idéia que queremos deixar registrada nos Anais daCasa: convidaremos outros Deputados e iremo.s percorrer os paí­ses produtores de café, atuaremos junto às Câmaras, junto aosGovernes. para oonclamá-los a valorizar o qUe é nosso e o queê deles, em defesa da nossa Pátria, da nossa lndependên~ia. Ire­mos, por nossa conta e risco, pregar junto a esses países a neces­sidade de união para que tenhamos um preço fixo no mercado in­ternacional para que Brasil e brasileiros, Colômbia e colombia­nas e outros países possam plantar e colher aquele produto sa­bendo que ter~ o preço mínimo necessário para o sustento desuas famílias.

Ouço V. Ex.... nobre Deputado.

O Sr. Aluizi.o Bezerra - Vejo no pronunciamento de V. Ex." aaspiração presente hoje em todos os países subdesenvolvidos quan­do procuram, através de encontros internacionais, buscar preçojusto para as matérias-primas de que são exportadores. E esteponto é sem dúvida o que se discute hoje em muitos dos organis­mos regionais e internacionais, a exemplo do que se processa noâmbito do Grupo dos 77, cuja última reunião teve lugar recen­temente em Havana, puba. E sem dúvida é ai que os países sub­desenvolvidos enfrentam a Qposição dos desenvolvidos, que, noplano internacional, procuram tirar o máximo de proveito a par­tir de um relacionamento deslgual e desfavorável no intercâmbioeconômico social e político, impondo até a derrubada de gover­nos de paises que .'Se propõem lutar não apenas pela libertaçãopolítica, mas para atingir igualdade com aqueles qUE~ estabelecemesse relacionamento. Tem sido esse o teor das discussões entre oNorte e o Sul nas Conferências da UNCTAD. A co~o(:ação que fazV. Ex.a aqui, hoje, tem sem dúvida nenhuma um grande signifi­cado. na medida em que seja dirigida para fortalecer a posição doBrasil diante das desenvolvidos. Flste relacionamento econômicohoje se trava no mundo Inteiro entre países desenvolvidos e sub·desenvolvidos. Que o relacionamento no mundo inteiro entre ospaises subdesenvolvidos e os desenvolvidos Se processe a partir-­de posições concretas, como a do café, a: do ferro e a de outrasmatérias-primas; que seja protegido e justamente pago o traba­lho dos paises subdesenvolvidos, para que não somente os paísesindustrializados ganhem 'com o proces.so de transformação e con­tinuem a explorar países da América Latina, da Afrlca e da Asia,nesse relacionamento desigual que avilta a qualidade dos paísesem vias de desenvolvimento. Muito obrigado a V. l~x.'"

O 8R. THEODORICO FERRAÇO _ Muito obrigado, nobreDeputado. RegIstro com profunda admiração o aparte de V. Ex.a

Sr. Presidente e 81'S. Deputados, o Presidente dos EstadosUnidos, que revelou simpatia impar ao povo brasileiro, criticou atortura a presos políticos ou a presos comuns. Na realidade, nãoé admissível que no mundo, não apenas no Brasil, haja lugar paratorturadores de encarcerados. Nem os mais violentos, nem os maisbrutos podem, de sã. consciência, ver-se no espelho ou olhar parasua família e dizer que a tortura é válida, seja para quem for.Então, o Presidente Carter teve oportunidade de condenar a tor­tura em diverEos paises. Gostariarnos de responder ao PresidenteCarter, ao superpoderoso presidente dos Estados Unídos que atortura econômica a que ele está sujeitando o Brasil e outros paí­ses, colocandp-os debaiXO do seu ehinelo, debaixo da sua bota, étão bruta quanto a tortura humana. A tortura econômica a queos Estados Unidos submetem a economia brasileira, seja atravésdo café, da soja, do açúcar, seja através do minério, mereCe nossorepúdio, merece nosso grito de a1e:rta, para que S. Ex." não penseque o Brasil, ainda país subdesenV'olvide, tem filhos para lhe sor-

9428 Quinta-feira 13 DIARIO DO CONGRESSO 'NACJONAL (seção I) Setembro de 19'i9

rir ou balancar a cabeca às suas afirmativas ou a seus engod:>spopu~ares, manifestados em entrevistas ou em pronunclUmentosBom s~ria que os paí.,;es d2senvolvidos vissem os países subdesen­volvidos e:>mo nece,~sários à sobrevivência humana e à de paisesa eles irmanad::ls por negociações bilaterais Quantos estaduni­denses se têm beneficiado no Brasi:? Quantas multinacionais têmdesenvolvic::> atividades e obtido aqUi boas colheitas para as cofresde Tio Sam? E C::lmo somos sumariamente derrotados. ludibriadose maôsacrados com o praço dos nossos produtos! Lembro-me deque a preço da soja fazia progredir a lavoura. O açúcar. depois deocupar a quinta ou sexta lugar na lista dos produtos exportáveis.de repente deu um pulo. chegando perto do café. que estava emprim2im lugar, graças ao preco internacional. E bastou ao Brasilter excesso d:.J '!eu produto para que os grandes paises, para queaqueles que e5tão 'preocupados com as nossas torturas. emborasejam no.ssos maIores torturadores, baixassem o preço d:] dia paraa noite. num Intervalo de recreio. do almoço para o jantar. e asnD~,~OS lavradore,~ se vissem à beira do caos. desorientados verifi­cando que o produto do seu suor e de suas lágrimas mal lhes ga­rantia o sustento da família.

Com este regi'!tro. Sr. Presidente, Srs. Deputados, desejo aler­tar o Governo Federal. o Governo do Presidente Figueiredo. quenão tem deixado de receber o meu apoio e a minha solidariedade.e até solidariedade excessiva, porque confio em S, Ex.a , já que éum Governo de abertura. que deseja realmente promover a justiçasocial. Ao lado deste meu apoio pequeno. modesto. que vem dosrincões do Espirito Santo. que vem do coração de um brasileiro.manifesto também a S. Ex," o meu calor. a minha força. o meuimpulso de mocidade. para que enfrentemos esses homens comcoragem. com baioneta nas mãos em defesa dos nossos produtos,como se estivélOsemos defendendo o nolOso pão de cada dia. Pois.só aEsim ficará registrado na história da nOs,sa Pátria como umG-overno de jUftiça. que soube defender o '!eu Pais contra os gran­des e os poderosos.

Durante o discur,;o do Sr. Theodorico Ferraço. o Sr.Flávio Marcílio. Presidente, deixa a cadeira. da Presiden­da, que ê ocupada pelo Sr. Homero Santos. 19-Vice-Pre­sidente.

O Sn. PRESIDENTE (Homero Santos) - Nos termos do incisoIV do art. 10 do Begímento Interno, concedo a palavra ao Sr.Fernando Coelho. indicado pelo Lider do Movimento DemocráticoBrasileiro.

O SR. FERNANDO COELHO (MOB - PE. Como Lider. Pro­nuncia o seguintc discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, quin­ze anos decorridos do golpe militar de 1964, anunciado o propósitooficial de reconcíliacão da família brasileira e dados alguns passos,ainda que insuficientes. nesse sentido - o respeito mais elementarà verdade impõe não continuem sendo repetidas- como o foramnesta Casa, há pouco tempo, na discussão do projeto de anistia_ acusacões sabidamente inveridicas contra brasileiros dos maisl1ustres é dignos. cujos únicos crimes consistiram na fidelidadeàs suas convicções c à ordem legal que haviam jurado defender.Dentr.e eies, Miguel Arraes tem sido um dos alvos preferenciaisdesses ataques.

Ainda hoje a informação sobre o seu governo é intencional­mente deformada. Suas idéias ._,- apesar da clareza com que a»expõe - s!'o distorcidas. O esforço em comprometer a ,sua imagemperante o povo brasileiro. todavia. vem sendo inútil. Melhor queas palavras falam as pesquisas de opinião, a espontânea partici­pação pDpular na preparaçãD das homenagens programadas paraa sua vulta, a liderança indiscutível que ele ainda exerce a des­peito dos quinze anos de exílio.

Ex-auxiliar do seu governo -- honra que o tempo dimensionacada vez mais - quero, hoje, na véspera do seu retorno ao Pais.em nome do" pernambucanos que me fizzram seu representantenesta Casa, registrar o fato - na certeza de que sua reintegrarãoà política brasileira será do maior significado para a continuidadee fortalecimento da luta das oposições pela redemocratização doPaís. A coerência mantida em toda sua vida pública e seus mals.recentes pronunclamentos permitem que saudemos a sua volta,com essa justificada expectativl1.

Eleito Governador de Pernambuco por uma ampla collgacãopartidária - que reunia desde o grupo majoritário do PSD àFrente dü ReCife e outros setores da uposieão, compreendendo ba­sicamente a parcela mais expressiva da classe média urbana :' o'povo - a vitóriá de Miguel Armes teve extraordinária repercussãoem todo o País, na medida em que a campanha eleitoral repr:"sen­tara. ali mais que em qualquer outro Estado, o confronto entre aestratificacão e a mudanea da sociedade brasileira. com a tenta·tiva de libertação do povó, pela via pacifica, dos -esquemas tradi­cionais de dominação a que sempre esteve submetido.

Em Pernambuco, os dois grandes Partidos criados após a quedado 'Estado Novu sempre tiveram caracteristicas peculiares. PelaInfluêncla marcante de Agamenon Magalhães, o ·PSD - até certo

ponto, contraditoriamente. pelás suas bases rurais no interior ­era menos conservador que a UDN. Esta. ultrapassado o momentoda derrubada da Ditadura e desvencilhada, cedo, da Esquerda,Democrática - que deu origem ao Partido Socialista - repre­sentava sobretudo o poder econômico. A usina. A Casa Grande, emoposição à senzala. O sobrado, que gerava o mocambo. O asfalto.em conflito com a poeira. A eleição de Cid Sampaio, com o avaldas esquerdas, foi um2písódio a que a UDN não soube nem tinhacondições de dar sequéncias.

Miguel Arraes não venceu apenas o oficialismo dominante eas mais fortes e tradicionais grupos econômicos do Estado, Derro­tou o IBAD, que foi talvez o '!eu principal adversário como mobi·lizador de racursos financeiros inclusive procedentes do exterior- que em volume ao menos aproximad::> nunca. haviam sido, antes,utilizados em qualquer disputa eleitoral travada em Pernambuco,Seu depoimento à CPI que funcionou nesta Câmara dos Deputados,permanece a.té hoj =como uma denúncia sem resposta. Não é poracaso que os documentos delOsa Comissão Parlamentar de Inqué­rito apesar de tentativas anteriores e do requerimento que apre­sentamos na legislatura passada -- continuam sam publicaçãoe trancados a sete chaves. Quem confess:Ju o envulvimento diretonorte-americano naquela el,eição - em Pernambuco mais que emqualquer outro Estado - foi o próprio Embaixador Lincoln Gordon.em declarações que a imprensa registrou.

Eleito Governador -- com o voto maciço do Recife, que julgavasua administração na Prefeitura Municipal. Miguel Arraes nãoprometera senão lutar ao lado do povo, "com duas mãos e o sen­timento do mundo."

Em um ano e dois meses de governo não se dispôs a construirnenhuma obra faraônica, Seu programa não incluia a edificaçãode viadutos que os pobres não percorrem. nem de prédios suntuosos.1 que poucos têm acesso. A c:Jlher de pedreiro que foi o simbolode sua campanha, representava antes de mais nada uma convo­cação para o trabalho, dirigida a todos, sem quaisquer disCl ;mi­nações, pela convicção de que só o esforço comum, dos que sempregovernaram e dos que nunca haviam estado no poder - numgrande mutirão entre o Governo e o povo - poderia vencer osproblemas seculares que Pernambuco enfrentava. "Aqui me apre­sento para pedir ao povo que se dedique ao trabalho e me ajudea trabalhar" - disse ele no discurso de posse. Pregando "um hu­manismo autenticamente brasileira, humanismo que não decorrada assimilação de posições transplantadas, porém que nasça do so­frimento de ver, d·e sentir. de viver intensamente o drama de que­rer ser e de ser brasileiro neste tempo" - reafirmava sua cons­ciência de que havia começado um tempo novo - "tempo brasilei­ro, nem de pessimismo nem de otimismo, nem de desencanto nemde ilusão. mas da vontade de fazer e de trabalhar, da determina­ção de descobrir, de estudar, de planejar, de construir, num pro­cesso de mudança de que SOmos autores e atores ao mesmo tempo"

No dia da posse, quando o Zé Ninguém - como foi chunadopelos seus adversários - se investia no cargo os portões do Palácioabertos, a segurança tradicional desmobilízada - era como se opovo - vindo dos morros e dos alagados, das cidades e dos cam­pos. da Capital e do interior - houv,esse assumido ele próprio oGoverno, a duras penas conquistado. A mudança que ali começava,todavia - o tempo em breve iria demonstrar - era grande demaIspara que fosse absorvida facilmente e tolerada pelos que se sen­tiam. mais do que inquilinos, donos por usucapião da Palácio doCampo das Princesas.

No novo governo - apesar das resistências e das dificuldadesque essa transformação teria de enfrentar - a polícía deixou deser ínstrumento servii dos poderosos, para tentar assumir suas'verdadeiras funções, garantindo o exercício do direito de todos. enão apenas os privilégios de alguns. De órgão de repressão, passoua atuar a.~segurando as liberdades. Essa vísão, que não chegou aser prejudlcada por erros menores e eventuais, explicáveis dadaa profundidade da mudança, evidentemente subvertia costumessecularmente enraizados e feria interesses de pessoas e grupos in­fluentes.

Transferidas da esfera policial para a área do Judiciario. asquestões trabalhistas no campo praticamente a partir dai eramsubmetidas a Julgamento regular e tinham suas decisões respei­tadas. As negociações entre empregadores e empregados, antestotalmente inviáveis, passaram a ser o caminho naturai para a'solucão dos litigios, possibilitando até fosse celebrado - com aassistência direta do Governo -- o acordo que permitia a fixaçãodas tabelas de remuneracão do trabalho no cort-e da cana. Tenta­va-se, assim, um novo tipo de soluçáo para conflitos que até entãose eternizavam com a imposicão pura e simples da vontade daparte forte sobre a parte fraca. Obtidu, através de gestões doGovrrnador junto ao IAA um preço mais justo para o açúcar, ostrabalhadores do campo puderam receber o 13.0 salário e muitos,vela primeira vez, t.iveram reconhecido o seu direito a férias.

Setembro de 197~ DIARIO DO CONGRESSO NACIONâL (Seção I) Quinta-f~;i;ra 13 9429

No setor da educação a mudança n:iio foi menor. A experiênciapioneira do Movimento d,~ Cultura popular - já vitoriosa no Re­cife, durante o período em que Miguel Arraes ocupou a Prefeitura- começou a se:r: estendida ao interior, ampliada na Frente deEducação Popular. Buscava-se red·;;scobrir e valorizar aS fontesmais autênticas da arte do ,povo, conlOl expressão de uma culturacujos valores vinham sendo esquecidos I~ abandonados, substituídospor padrões importados. Empreendia-se a profissionalização, espe­cializando-se a mão-de-obra do:?squalifiea. Através do método Eau­lo Freire intentava-se não apenas alfabetizar, mas conscientizare integrar na sociedade vastos contingentes da população. até en­tão inteiramente marginalizados. "Nós queremos uma alfabetizaçãoque seja, em si mesmo, um ato de criaçií.o capaz de proVOCar outrosatos de criação. Rejeitamos a alfabeti21ação puramente mecânica,pois sempre temos pensado na alfabetillação em termos de tomadade consciência" - escrevia o grande educador, preso também ele,exilado, homenageado com títulos de pl'ofessor bonoris causa pelasmaiores universidacies européias e norte-americanas e com amaior distinção da UNESCO no campo da educação. Um ventonovo soprava forte. revelando-se até em fato.s como a erradicaçãodo sistema tradicional de nomeações de professoras por indicaçãodos chefes políticos, substituído pelo critério moralizador e de­mocrático do concurso público' - atra'fés do qual, de uma só vez,foi duplicado o quadro, do magistério do Estado.

A inovação teria também de contmriar interesses de peso, so­bretudo em uma região cujo mercado de trabalho, ainda hoje,apresenta uma demanda mu1to superior à oferta de empregos eem que são escassas as oportmíidades na econom~a privada. Aindana área da educação, o episódio da denúncia do acordo com aUSAID - dentro do programa da Aliança para o Progresso - háde ter deixado marcas profundas. Celebrado no Governo anterior,por um Estado-membro da .Federação diretamente com um paísestrangeiro, representava não apenas 'violação de regra constitu­cional expressa - art. 5.0, inciso l, da Constituição de 1946 ­mas ato condenável de alienação da nossa soberani'a. em matériade interesse da própria segurança nacional. Através de convêniosalguns Estados, coincidentemente todos governados por políticosda UDN e de notórias posições antiJrlacionalistas, recebiam re­cursos financeiros do Acordo do Trigo, nos termos da Public Lawn.O 480, para a execução dos seus programas educacionais, cedendo,el? contrapartida, a co-direção dos mesmos a representantes in­dl,cados pelo governo norte-americano. O sentido nitidamente in­tervencionista desses convênios pactuados não de país a país mas,sem qualquer ingerência da União, entre um país estrangeiro eEstados-membros da Federação - o que permitia ao governo dosEstados Unidos discriminar administrslções estaduais brasileiras efavorecer as que, a seu critério, mere'CÍam ajuda - vinha sendocriticado até mesmo naquele país, por especialistas da AmeriéanEconomic Association. A interferência da USAID em assuntos ín­ternos brasileiros ia ao ponto de paralisar o programa em decor­rência de resultados eleitorais advers~i nos Estados - como ocor­reu em relação a Pernambuco - e a aplicar, segundo conveniên­cias meramente políticas, na GuanabE\ra, para fortalecer o entãoGovernador Carlos Lacerda, cerca de cimco vezes mais que em todoo Nordeste - embora seus rec'ursos devessem ser destinados in­tegralmente à essa região.

Aprovando parecer da Comissão designada para estudar amatéria, Miguel Arraes não teve dúvid!~ em denunciar os convênioscelebrados pelo. seu antecessor - recebendo inclusive integralapoio, nesse gesto, do então Ministro da Justiça João Mangabeirae do ex-Presidente Juscelino Kubitschek. à época incumbido juntarmente com o também ex-Presidente Llllras Cámargo, de apresentarsugestões para a reformulação do Programa "Aliança para oProgresso."

A coragem da decisão, todavia, fez recrudescer a campanhaque contra ele já vinha sendo movida pelos representantes de in­teresses norte-americanos, tanto mais. quanto a "Aliança para oProgresso" era uma peça básica da política do Departamento deEstado no Continente. A sua presenç:a no Governo de Pernam­buco passava a ser cada vez mais incômoda, como já se vinhacaracterizando desde quando se enCOIlGraVa à frente da Prefeiturado Recife, no episódio da encampação dos bens que haviam per­tencido às empresas estrangeiras concessionárias dos serviçol> pú­blicos de energia elétrica, iluminação pública e transportes cole­tivos - mais tarde, depois de 1964, generosamente indenizados­pelo Governo Federal, numa das oper,ações mais lesivas aos Inte­resses nacionais de que se tem notícia :rla história deste País. Basta,lembrar - e esse talvez seja o detalhe menor -'que todas as ins­talações do serviço de Iluminação pública do Recife foram pagasà concessionária estrangeira, embora. sua implantação. desde finsda década de 1930, viesse sendo efetuada às custas da Prefeituraou dos usuários.

O que não podia receber o apoio de um governo nacionalista,comprometido apenas com as causas do povo brasileiro era queos Estados Unidos continuassem J:mmtend(} um orçamento em

nosso País, pela convicção - expressa até por eminentes profes­sores norte-americanos - de que uma potência que controla aaplicação de recursos em outra, no montante pr,;;visto pela PublícLaw n." 480, passa a dirigir os destinos dessa outra, Daí a denún­cia do acordo com a USAID e a opção de Miguel Arraes por umprojeto de educação que atendesse efetivament,e aos interesses na­cionais, conforme foi elaborado pela Secretaria de I~ducação doEstado e. posteriormente, encampado pelo Ministério da Educaçãoe Cultura .como projeto oficial do Brasil, apresentado na Confe­rência dos Minístros de Educação do Continente, realizada naColômbia.

Na área da saúde, ao meSIJ;\O tempo em que o Governo pro­curava mant,er e ampliar a assistência tradicional, dava início aum grande esf.orço, com a participação das comunidades locaispara atingir as populações mais carentes e abandonadas, atravésde medidas de medicina preventiva, do estímulo à fixação de mé­dicos e dentistas no interior, de serviços itinerantes int.egrados porequipes voluntárias de médicos, dentistas e estudantes, de cursosde formação para as parteiras práticas, que se multiplicam noNordeste -e exercem papei da maior importância junto às camadaspopulares. Todas essas iniciativas i!flseridas na visão mais geralainda há pouco enfatizada pelo Professor Nelson Chaves em Con:gresso realizado nesta Capital, de que as precárias l:ondicões desaúde .e nutrição do povo resultam, sobretudo, do próprio 'modeloeconômico que gera a injusta e desigual distribuição da renda odesemprego, a fome endêmica e a miséria. '

Concedo o aparte ao nobre Deputado José Carlos Vasconce­los.

O Sr. José Carlos Vasconcelos - Deputado Fernando CoelhoV. Ex." faz um marcante pronunciamento nesta tarde: traz fatosocorridos no início da década de 1960, no Governo Miguel Arraesde Alencar; retrata com fidelidade o que aconteceu no Pais, noGoverno do Presidente João Goulart, e mostra claramente ao povobrasileiro as razões da sua queda e do Governador Miguel Ar­raes. O~ governos democráticos e iegais cairam, porque defendiamo BrasIl; porque apresentavam um programa contrário aos inte­resses das empresas e dos capitais alienigenas; porque decidi­ram defender os nossos valores e a nossa terra. V. Ex." m.ost,raisso claramente, com a autoridade de quem foi auxiliar do GOVar-

. nadar Miguel Arraes, de quem viveu a democracia em Pernambu­co, num período de esperança, porque .se defendiam os interessesdas ma~orias populares da Nação brasileira. O seu pronuncia­mento e um alerta ao Brasil de hoje, porque aqui mesmo, nestaCasa, nesta tarde, o Presidente dl~ Câmara dos Deputados fezlima den:úncia seriissima, de que foi pressionado por pessoas eS­tranhas _a Casa para. não. col<;Jcar em votação o projeto que regulaa atuaçao das multmaclOnals no Brasil. Ontem como hoje osjnteres~es eSI?úr~os são grandes neste PaIs, e o~ representantesdo capItal aliemgena continuam urdindo uma política contráriaaos nossos interesses e favorável aos interesses do capital estran­g~iro e de ou~ras paises. Parabenizo V. Ex.", porque, com a sere­n,ldade e a fl.rmeza dt; sempre, mostra ao Brasil as razões quefizeram eclodlr o mOVImento que implantou no País o impériodas multinacionais, dos interesses alienígenas.

O SR. FERNANDO COELHO - Agradeço a V. Ex.a o áparte.que, com a maior satisfação, incorporo ao meu discur,~o.

O Sr. Cantídio Sampaio - Permite-me V. Ex." um aparte?

O SR. FERNANDO COELHO -, Ooncedo' a V. E,,-;." o aparte,nobre Lider da ARENA.

O Sr. Cantídio Sampaio - Nobre Deputado Fernando Coelho,ouvimos seu l?ronunciamento com rE~speito, porque V. ,!!lx.a faz umaanáli'7e, dentro de uma perspectiva própria, a propósito dos fatosocorridos entre 1960 a 1964. Na verdade, podemos apresentar inú­meras versões. Sei que a de \('. Ex." é sincera. V. Ex." defende oponto de vista que sempre perfilhou e procura enriquecê-lo comargumentos que, evidentemente, impressionam. Nós pensamos demaneira absolutamente diversa. Militante na politica, acompa­nhamos essa fase inteiramente confusa da vida nacional. No meuEstado, em 1963, houve 365 greves.

O SR. FERNANDO COELHO - O número de greves ocorridasem São Paulo e na Guanabara, isoladamênte, foi bem maior doque o nÚlU;ero de gTeves ocorridas na mesma época, em Pernam­buco, e, nao obstante, se imputava ao Governo Miguel Arraes {)incitamento à greve.

O Sr. Cantídio Sampaio - Excelência, refiro-me ao contextogeral, porque Pernámbuco não é o Brasil, e temos de examinaresta perspectiva mais ampla na faixa que V. Ex." aborda agora,relativa aos interesses nacionais. O que eu vi foi confusão, anar­quia; foi {) Governo fazendo oposiçiio a si mesmo; foram os pele­gos desaçaimados praticamente pondo fogo nesta Nação.

9430 Quínta-feira 13 DIARIO DO COSGRESSO t. •.\GIONAL (SeçâQ I, Sefetnbro de 1979

o SR. FERNANDO COELHO - E o doloroso. nobre Deputado.é constatar-se que os pelegos continuam. que o peleguismo con­tinua institucional:zado na área do Ministério do Trabalho.

O Sr. Cantídic Sampaio - Pois, então. aquilo que V. Ex.a.poderia classificar como uma quadra da s multínapionais. comofacabamos de ouvir... Na verdade. as multinacwn:lÍs existemcomo exiseam antes. Mas se V. Exa pegar os indicadores de 64e compará-los com os atuais vai verificar que esta Nação deuum grande salto. está num patamar de desenvolvimento que éum fato objtivo. que tem de scr analisado com bastante imparcia­lidade. Pode-se atribuir mil razões para esse desenvolvimento; oque não se pode é negá-!:J. Ele está ai, objetivo. reconhecido nomundo inteiro: Pais que saiu da marca dos 50 bilhões de dólarescomo Produto Interno Bruto, em 1964, e tem hoje quase 200 bI­lhões de dólares. .

O SR. FERNANDO COELHO - E chegou a quase 50 bilhões,de divida.

(} Sr. Cantídio Sampaio - P::mco importa. Exceiência. AsmelhorEis e mai.s fortes empresas deste mundo têm dívidas pro­porcionais à sua grandeza. Acho que V. Ex." prefere o Brasilendividado de hoje àquele Brasil que tinha uma divida muitomener, mas praticamsnte ninguém ouvia a sua voz, ningué:m,respeitava os seus direitos. Na verdade era assim: um Pais abso­lutamente subdesenvolvido. Esta é a grande verdade. E neste con­texto é que eu julgo que nossa discussão tem de ser posta, nãocom slogans "Multinacionais", e por ai a fora. Não. Vamos com­parar os indicadores. vamos ver o que era o Brasil há 15 anose o que é hoje, para verificarmos se esta Revolucão realmente otirou do fundo do poço e o pôs nos pináculos da gloria, ou se elerealmente frustrou-se.

O SR. FERNANDO COELHO - Nobre Deputado, eu diria ape­nas - respondendo às observações de V. Ex.a - que o modelode desenvolvimento econômico que foi adotado no Pais. a partírde 1964, pode, na verdade. ter gerado efeitos no que diz respeitoao crescimento econômico. Mas o verdadeiro desenvolvimentoeconômico. aquele que tem como destinatário <) povo - permita­me V. Ex.a que afirme - esse marca um retrocesso na vida doPais. Nunca foram tão difíceis os problemas de uma grande maio­ria de marginalizados e oprimidos. Os niveis de concentracão darenda aumentaram. a riqueza de un" poucos cresceu, mas cres­ceu na mesma proporção em que cresceu a miséria da maioria. Enão preciso lembrar apenas o exemplo do Nordeste, mas de SãoPaulo. onde se multiplicaram as favelas, onde milhares de com­patriotas sobrevivem em condições infra-humanas. Temos que re­conhecer que o modelo de desenvolvimento adotado não atendeàs mínimas exigência da justiça social. O que pretendemos parao Brasil é um modelo de efetivo desenvolvimento, que atinja ohomem todo e todos os homens, segundo uma fórmula consagra­do do grande papa João XXIII. O que queremos é um modelopovo - melhores condições de vida e que essa minoria não con­tinue concentrando a renda nas suas mãos.

O Sr. Cantídio Sampaio - Pediria a V. Ex.a que me permi­tisse uma intervenção bem rápida. Na verdade, não concordo comV. Ex." Em média, o povo brasileiro cresceu bastante. Concordoem que a miséria havia antes, como haverá por muito tempo:Mas temos um divisor e um dividendo. O dividendo cresceu. Omelhor o bolo, porque ele existe. Antes, não existia nem o bolo,e os mesmos defeitos estavam no divisor. Havia gente, como nós,no divisor, com pesos muito grandes, e neste mesmo divisor gentesem peso nenhum, nessa penúria que V. Ex.a condena agoramas parece que não enxergava em 1963. '

O SR. FERNANDO COELHO - Nobre Deputado, o fato indis­cutivei, incontrastável, reconhecido inclusive pelo próprio Gover­no, objeto de considerações e de reflexões expressas em discursosaté pelo Presidente Geisel, repetidas ainda pe'o Presidente Figuei­redo, é de que a concentração de renda neste Pais tem aumentado.

O Sr. Cantídio Sampaio - Acabei de dizer que sim.

O SR. FERNANDO COELHO - E na medida em que aumentaa concentração <la renda, a dIvisão do bolo a que se refere V. Ex.ase faz de uma forma mais injusta e mais desumana.

O Sr. Cantidio Sampaio - Vamos encontrar a fórmula, Ex­celência. É só encontrar a fórmula de tirar um pouquinho dopeso dos privilegiados e passá-lo para os carentes. O bolo está a:t

O SR. FERNANDO COELHO - Prossigo, Sr. Presidente.

Na agricultura, a colocação dos tratores e outros equipamen­tos do Estado a serviço tamb.ém de setores tradicionalmente aban­donados, representou por sua vez uma mudança radical, comple­mentada pela ação da Companhia de Revenda e Colonização,empenhada em fornecer instrumentos de trabalho aos pequenosagricultores, na distribuição de sementes e na venda direta de

gêneros alimenticios básicos aos trabalhadores, sem lucro, paralibertá-los da escravidão secular aos barracões das usinas. Damesma opressão que pzrmiUa, e permite ainda hoje, impune­mente. despejem al3 usinas a calda nos rios - destruindo a fau­na, contaminando o meio ambümte, infectando D ar, retirando oganha-pão das populações ribeirinhas que vivem da pesca. Esseproblema foi enfrentado pelo Governo. e a solução adotada ­co~ a f.ixação de prazo para que as indústrias cumprissem a lei,ate entao letra morta - representou um outro ato imperdoávelpara os podemsos, sobretudo porque atingia os íntocáveis barõesda indústria açucareira, que há quatrocentos anos mandavam noEstado.

No Setor da Justiça buscava-se valorizar o Judiciário e as­segurar a independência da Magistratura e do Ministérb Públicoerradicando-se com esse objetivo a prática costumeira das no:n::eações e promoções de juizes e promotores pela mera indica­çao dos chefes politicos do interior.

Ao lado dos órgãos da administração centralizada as autar­quias estaduais começavam também a ajustar seus p~ogramas aessa nova orientação. O Serviço Social Contra o Mocambo. cn­fren~a.ndo o problema da moradia popular passava do esquematradICIOnal e restrito - peta carência de recursos - da constru­ção de vilas para tentar a experiência pioneira do Caj ueiro Secocom a distribuição de lotes urbanizados e o estimulo aos traba:lhos de mutirão, para atendimento das populacões marginaliza­das nas cidades. Quando o BNH, agora, anuncia a adocão dep~'oje~o semelhante. nunca é demais lembrar aquela experiênciaplOnelra, que assinalou uma visão nova de um problema. que con­tinua a nos desafiar.

~? Instituto de Previdência do.s Servidores do' Estado - quepresldlmoS durante todo aquele período, acumuiando essa função,em duas oportunidades. com a Secretaria do Governo ~- procura­mos rever todos os seus programas, criando inúmeros outros tam­llém pioneiro~ I10 !"ais e muitos, só anos depois, implantados naarea da prevldencIa federal. Em poucos meses de admir';o';racãodescentralizamos o pagamento dos benefícios, até então realiza­do apenas na Capital e que, sem qualquer aumento de despesacom a. simples utilização da rede de Coletorias do Estado. pas­samos a pagar em todos os Municípios do interior. Estendemosaos pensionistas a assistência médica - que lhe,s vinha senda ne­gada, apesar dos vinte e cinco anos de vida da instituição EU­minal?O,S totalm~nte o sistema de privilégios para a obtenção doemprestlmos e fmanciamentos, estabelecendo critérios de neces­si~ade social, seguidos rigorosamente e sem qualquer exceção.Cnamos no IPSEP o auxilio à educação - o primeiro nesse cam­po in.stituído na previdência brasileira. Levamos a assistência aoin~eri~r do .Estado, credenciando médicos e dentistas nas princi­paIS. CIdades, para atendimento dos c:mtribuintes e suas famílias.Reajustamos os benefícios e deixamos um sem-número de pro­jetos em execução - iniciativas quase todas lamentavelmenteinterrompidas ou canceladas nos governos posteriores.

Em outras áreas, a Caixa de Crédito Mobiliário - atual Ban­co de Desenvolvimento de Pernambuco - passava, pela primei­ra vez, a operar com pequenos e médios agricultores eliminandoe:,i!5ências burocráticas que tornavam o acesso ao c~édito privi­leglO ~e uns poucos. Os empréstimos eram processados em jipese camlOnetes, que o banco se incumbia de deslocar para todas asregiõ~s do Estado, nas épocas de financiamento do plantio e dacolhelta.

O LAFEPE, Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernam­buco --;- cujo~ :,t05 constitutivos tivemos a honra de redigir _prodUZIa remedJOs d,e consumo popular e atendia as encomendasda .red,=; hospitalar e de~ais serviços da saúde pública, a preçosmUlto mfenores aos estipulados pelo,s laboratórios multinacio­nais que, à época, já dominavam o mercado e hoje controlammais de 93% da indústria farmacêutica instaiada no Pais.

Com \0 cumprimento das leis trabalhistas no campo - em al­gumas regiões até então, praticamente, no estágio do escambo ­a1!m~ntou o poder aquisitivo do povo e inúmeras atividades eco­nomlCa.s passaram a apresentar um surto real de desenvolvimen­to. Para dar apenas um exemplo - indicador expressivo dessanova situação - as feiras do int,erlor, que são o principal centrode comércio em muitos Municiplos, cresceram e aumentaram seusnegócios. Era comum assistir aos camponeses conduzindo em bur·ros ,nas estradas, bens que nunca antes haviam podido adquirir.Lembro-me de uma reuníão do Governo na cidade dos Palmares- zona canavieira que hoje apresenta ·indices de mortalidade in­fantil e doenças decorrentes da fome endêmica, dos mais gravesdo mundo - onde a presença de guardas-chuvas novos, nas mãosde quase todos os milhares de trabalhadores rurais dava bem aidéia de que alguma coisa estava sendo modificada:. Nessa..s reu­niõe.s, também inovando no campo da administração pública oGoverno se deslocava para o interior, e, no diálogo aberto com.

Setembro de 1979I

DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Quinta-feira, '13 9431

as comunidades locais ~ como vinha fazendo na Capital, sobr·;!­tudo com as Ass,ociações de B:.irros - definia prioridades e esta­belecia os rumos de sua ação prática, Em tudo se re.spirava umar dif,~rente e se ~entia a participação no Governo de todos osque, dele, aM então, não haviam conhecido senão a eficiênciada máquina arrecadadora de impostos e o peso da repressão po­licial.

A construção de uma sociedade democrática pressupõe a ocor­rência de crise3 ~ problemas, sobretudo quando se processam, emritmo mais intenso. tentativas de mudanças de estruturas injustassecularmente estabelecidas, através de expzriênclas piO:1eiras, Alibertação das forças sociais, secu,armente oprimidas, não se ('fe­tua sem atritos e sem conflitos. A HLstória .está cheia de ~xem­

pIos nesse sentido, alguns pacíficos - como pretendemos ocorrano Brasil - outro.s violentos, a um preço que por todos os meioslegitimas deve ser evitado.

Pernambuco viveu e.s:S·~s momentos e enfrentrlu essas dificulda­des - como de resto talvez um pouco todo o Brasil naquela épo­ca difícil, mas profundamente fecunda e mais rica que os ciclosautoritários. que confundem ordem com a paz dos cemitérios. Oque as forças reacionárias procuravam aparentar - e o fiz.eramcom extraordinária célmpetência, supe"dim-ensionando fatCls iso­lados ou simple,smente inventando - muitas veze" não passava dosimples reconhecimento de direitos alheios, que nunca haviamsido respeitados, O que eSsas mesmas forças, na verdade, nuncaadmitiram em Pernambuco foi a perda do privilégi:J secular deusarem o Estado e todo o instrumental da administração pública,1'111 seu exc.USlVO .bel)cficio, Assim fora li tradição da Casa Grandedesde o periodo colonial.

Todas as forças sociais tivemm, à época. a mais ampla liber­dade de expressão e não se aponta, contra o governo Miguel Ar­raes, uma única sentença judicial descumprida, uma medida querepresentass·e ingerência indébIta na esfera do Legislativo, umato st'quer ilegal que pudesse ser imputado à sua responsabilida~

de, qualquer violação de direitos humanos, a prisão indevida dequem quer que tosse. qualquer omissão que permitisse caracteri­zar uma renúnCIa ao exercicio dos poderes legítimos do Estado.Nem mesmo em relação a forças lnconseqüentes da esquerda, pri­márias no seu radicalismo e, por isSü mesmo, procurando tam­bóm elas criar priJblemas e dificuldad.es para o Governo. Nesseparticular, confirmando a regra de que o); extremos se identifi­cam, era como se os radicais de direita e os radicais de esquerdativessem um objetivo comum. uns e outros estimulando conf,itos,desde a paralisação do trabalho, no "lock-outJ' de parte do comér~

CIO, às invasões de engenhos, sitúações .que só a firmeza e a auto­ridade moral d·e Miguel Arraes conseguia resolver sem c'(ll1seqüen­cias mais graves.

A ~rande lição do governo Miguel Arraes foi a da prática de­mocrátlca, que não se pode exercitar quando não se confia nopovo. Sem abdicar dos deveres do Estado - inclu.sive o da pre­servação da ordem pública - buscava ,~le no entanto, permanen­temente, resolver os problemas e conflitos SOCIais pela concilia­ção, respeitando o direito das partes mas recusando-se a tomar,a priori, como era rotineiro. o partido dos poderosos, Com tole­r:?,ncia mas em obedIência à lei, o que procurava. sobretudo, erafazer do Estado instrumento efetivo da realização do bem co-mum. .

O seu Governo terá cometido erros, Qual o governo que nãoos cometeu? O que importa - numa análise global, que a pers­pectiva do tempo já permite - é a con.statação do grande saldopositivo que ele deixou e que OS pernambucanos não esquecem.

Veio o golpe de 1964. Teria sido defl,agrado fOSSe Miguel Arraesgovernador ou não, tivesse pernambuco um governo d.emocráticoe nacionalista ou não. As razões que Q motivaram não eram lo­cais e sofreram mfluência inquestionável de centre& de decisãosituado.s no e:xterior. Não decorreu do acaso a deposição de go­'vernadores até da UDN e do PSD, como Seixas Dôria e MauroBorges - um e outro também identificados pelas suas posiçõesnacionalista;>,

A análise dos acontecimentos ocorrido::; na América Latina,na década de 1960, demonstra que o processo de desestabilizaçãode vários g'overnos constitucionais correspondeu a uma orientaçãocomum, variando apenas, em cada caso, de acordo com peculiari­dades locais. O depoimento prestado pelo Embaixador LincolnGordon ao Congresso dos Estados Unidos - divU':gado à épocapela imprensa - 'ê elucidativo demais para deixar margem a dú­vidas sobre o problema, A operação "Brother Sam" - que Marcosde Sá Correia documentou nos arquivos da Biblioteca LindonJohnson, no Texas - não foi uma simples manobra de adestra­mento de forças norte-americanas, no litoral brasileiro.

Em Pernambuco - no episódio da sua deposição - foi ofere­cido a Miguel Armes a alternativa de ~ransigir, substituindo doisSecretários de Estado, para permanecer no Governo. Sua respos­ta aos mllitares que detinlJamtodo o poder da força e qúe argu­mentavam com esse poder, constitui um exemplo de dignidade no

d'~sempenho da função pública, de respeito intranSigente à in­teireza do mandato popular, que a História, já h:>je, guarda ­juntando-o a outros que reverenciamos, como patrimônio do pas­sado que nos engrandece como Nação.

Deposto, pres·o, transferido para Fernando de Noronha. soltopor um "habeas-corpus" éoncedido pelo Supremo Tribunal Fe­creral, exilado, continuou a dar, na adversidade, a todos nós, omesmo exemplo de dignidade.

Consumado o g;)',pe, os seus aui.ores tinham que justifica-Iaperante a opinião pública, A palavra de ordem, '~m todo o Brasil,foi a necessidade do combate à subversão e à corrupçào, Dh ulga­ram..se acusaçc,es, com todo o pe,~.o de que o Governo dispunhaatravés do controle absoluto dos meios de comunicação - e semqu·e aos acusados se assegura~se o mais elementar direito de de­fesa. Comissões foram esc·olhida.3 a dedo para inv·estigar os atos<lo Governo deposto, em todas as repartições públicas, Premiava­Be a delação. Vasculhou-se tudo, dos cofres particulares às contasbancárias. da vida pública à vida privada dos que urgia de3morali­zar. Era a Inquisiçã·o reinventada. com a sofisticaçã:) dos meiosde que o Estado, hoje, pode dispor.

Em Pernambüco não foi apurado um único caso de corrupçãono trato da coisa pública, Ao contrário, o que ficava constatadoera {) zelo com que todos os que participavam da administração ­seguindo o exemplo de Miguel Arraes - se haviam conduzido. Eninguém havia tido, sequoBr, a opodunidade de arrumar as ga­vetas dos seus birôS.

A tentativa de justificar o golpe como uma contra-revolução,teve, também, de ser :ogo abandonada. Nenhum indicio, por maisleve, a abonava, As armas, que se dizia possuir o Governo, esta­vam nas mãos dos donos de terra que a o€'le se opunham - con­trabandeadas no ~xterior ou simplesmente empretadas p.el'ls seusdepositários. Nada que pronunciasse, sequer, ter havido qualquerpreparação para a hipótese de um confronto militar.

Ouço com prazer o Deputado Audálio Dantas.

O Sr. Audálio Dantas - Nobre Deputado, sinto interferir nopronunciamento de V. Ex.'" Mas não quero deixar de dizer algu­ma coisa, principalmente pela admIração 'que devotü a V, EX,apela maneira como aborda os assuntos, pela elegânCIa parlamen­tar, sem deixar de ser contund~nte e dizer as verdades que pre­cisam ser ditas nesta Casa, Refiro-me aos apartes feitos pelo no­bre Líder da ARENA, Deputado Cantídio Sampaio, que, pela ma­neira como se expressa, dá a nítida impressão de que realmenteacr·edita no que diz, Esta é uma qualidade que admiro nos homens,Mas não concordo com S. Ex." quando defen<le o méldelo, aMadmitindo haver uma concentração de renda que levou o nossoPais a uma situação excelente. Nobre Deputado Fernando Coelho,nobre Deputado Cantídio Sampaio, sabemos que a nossa situaçãonão é excelente; pelo contrário, há uma crise talvez jamais vistaneste Pais. Estamos vivendo um verdadeiro impasse em função dofracasso do modelo econômico imposto ao Pais, Deparamo-no4com usinas nucleares, que não sabemos qué destino terão e qUbnos custaram milhões de dólares, Nosso Pais é o que mais deveno mundo, Então, não vejo qual é a excelência do regime queaqui se apregoa. Há mais àinda, Pernambuco representa, umaparcela; apenas. do nosso território. A situação hoje existente noEstado de Pernambuco, no que diz respeito às c:mdições de vidado seu povo, é a mesma e, em muitos aspectos, pior do que aquelaapontada como baderna. Aliás, em nome do combate à baderna,na acusação fácil do€' subversãD, em nome da indústria do anti­comunismo, homens da .estatutra moral e intelectual de MiguelArrJj.es foram banidos deste País. Quem tem acompanhado as de­clarações desse grande brasileiro sabe perfeitamente que ele éuma das pessoas mais lúcidas deste Pais. portanto, a campanhaque se fez contra e';e e outros brasileiros foi em defesa de inte­resses antinacionllis pelo modelo vigente nesta Nação.

O SR. FERNANDO COELHO _ Agradeço a V. Ex." o apartee o incorporo ao meu discurso.

Migllel Arraes agora está de volta, depois de um longo exílio- o mais longo a qUe brasileiros foram obrigados, COmo aindarecentemente lembrava Hélio Silva, Ainda não chegou e as mes­mas provocações que ocorriam no seu Governo, já começam e. serepetir, quando setores radicais inconformados com a anistia ­possivelmente os mesmos que, em Pernambuco, são apontadoscomo responsáveis pela explosão de uma bamba no AE'roporto dosGuararapes, para criar condições favoráveis ao recrudescímentoda repressão - tentam deformar, nas ruas do Recife, o sentidodo seu régresso ao País.

Tentam apresentá-lo como um radical e inconseqüente - co­mo se não fosse ele um homem de posições firmes, claras, decla­radas llem silbterfúgios e sem reservas mentais, mas por forma­ção e por temperamento aberto ao diálogo, à conciliação e aoentendimento. Assim se conduziu no Governo e foi essa sua pre­gação permanente no exi'ao. Quando estivemos com ele na Euro­pa, no inicio deste ano, não -ouvimos uma palavra de ódio. Guar-

9432 Quint~-feira 13 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçi.o 1) Setembro de 1579

damos, desse encontro, a mesma impressão de grandeza e de cons­ciência politica que nos deixou Juscelino Kubitscheck, pouco an­tes d,e sua morte. O que ele deseja, apenas, na sua volta - comotem repetido - é dar a sua contribuicão de patriota à luta dasoposições brasileiras, à luta que o MDB tem sustentado pela re­democratização dd' Pais, como primeiro passo para a construçãode uma sociedade justa, fraterna e humana. "Volt.:) aa Brasil paraassumir as responsabilidades que me couberem e volto para meintegrar à resistência popular e d,emocrática que foi feita no Bra­sil" - declarou ele em entrevista divulgada na última segunda­feira.

A liderança incontestável que Migue'1 Arraes conquistou comQS seus méritos, com a firmeza de suas posições - avesso aosradlcal;smos de qualquer matriz - com a dignidade com que' seS<Jube conduzir tanto no Governo como no exilio, com a coeren­cia de toda a sua vida, reservam-lhe, todavia, um papel da maiorimportância na vida pública deste Pais.

Saudando a sua volta, temos a certeza, falamos nesta horapela maioria do povo pernambucano. (Palmas.)

Durante o discurso do Sr. Fernando Coelho. o Sr.Homero santos, 1°_Vice-Presidente, deixa a cadeira daPresidência, que é ocupada pelo Sr. Nasser Almeida. Su­plente de Secretárn.

O SR. PRESIDENTE (Nosser Almeida) - Nada mais havendoa tratar, vou levantar a sessão.

Deixam de comparecer os Senhores:Maranhão

Edison Lobão - ARENA; Epitácio Cafeteira - MDR

Ceará

Marceo Linhares - ARENA; Paes de Andrade - MDB.Rio Grande do Norte

Antônio Florêncio - ARENA; Pedro Lucena - MDB.

Alagoas

Divaldo Suruagy - ARENA.

Sergipe

lRaymundo Diniz - ARENA.Bahia

Francisco Benjamin - ARENA; Prisco Viana - ARENA.

Río de Janeíro

Célio Borja - ARENA; Leônidas Sampaio - MDB; OswaldoLima - MDR

Minas Gerais

nelson Scarano - ARENA.

Santa Catarina

\Pedro Collin - ARENA.

Rio Grande do Sul

Fernanda Gonçalves - ARENA; Rosa Flores - MDB.

. VIl - O SR. PRESIDENTE (Nosser Alnleida) - Levanto aJsessão designando para amanhã a seguinte

ORDEM DO DIAlSessão em 13 de setembro de 1979

.(Quinta-feira)

TRAMITAÇAO

EM PRIORIDADEDiscussão

ORDINARIADiscussão

PROJETO DE LEI N.o 3.769-A. DE 1977

Discussão única do Projeto de Lei n,o 3. 769-A. de '1977, Queacrescenta parágrafo ao art. 3.° da Lei n.O 5.524. de 5 de novembrode 1963, que "dispõe sobre o exercicio da profissão de TécnicoIndustrial de Nlvel Médio"; tendo pareceres: da Comissão de Cons­tituição e Justiça. pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa: e, da Comissão de Trabalho e Legislação SOcial, pela,aprovação. - Relatores: Srs. Gomes da Silva e Arnaldo Lafayette.

3

PROJETO DE LEI N.o 3.771-A, DE 1977

Discussão única do Projeto de Lei n.O 3.771-A. de 1977, queproibe que os diretores das empresas públicas e sociedades deeconomia mista participem dos respectivos lucros; tendo pareceres;da Comissão de Constituição e Justiça. pela constitucionalidade,juridicldade e técnica legislativa; da Comissão de Eeonomia. In­dústria e Comércio, pela aprovação, com emendas; e. da Comissãode Finanças, pela aprovação. - Relator: Sr. Athié Coury.

-4

PROJETO DE LEI N.U 3. 789-A, DE 1977

'Segund,a discussão do Projeto de Lei n.U3. 789-A. de 1977, queaerescenta dispositivo ao Código Eleitoral, para o fim de discI­plinar a propaganda eleitoral, não partidária. através dos volantesda Loteria Esportiva;' tendo parecer, da Comissão de Constituiçãoe Justiça, pela constitucionalidade. j uridlcidade. recnica legislativae, no mérito, pela aprovação. IDo Sr. José Camargo.) - Relator:Sr. Afrisio Vieira Lima.

5

PROJETO DE LEI N." 3.740-A, DE 1977

Primeira discussão do Projeto de Lei n.O 3. 74D-A. de 1977, quecria o Centro de Estudos Agronômicos de Três Lagoas, Estado deMato Grosso, e detennina outras providências; tendo pareceres:da Comissão de Constituição e Justiça. pela inconst!tucionalldade,contra os votos dos Srs. Erasmo Martins Pedro, João Gilberto,Joaquim Bevilacqua e, em separado, do Sr. Tarcísio Delgaào; daComissão de Educação e Cultura. pela rejeição; e, da Comissão deFinanças, pela aprovação. - Relatores: Srs. Afrisio Vieira Lima eFlorim Coutinho.

Para. recebimento de Emendas em Plenário (§ LU, art. 242 doRegimento Interno I.

Projeto de Resolução n.O 7-A, de 1979, que "dá nova redaçãoao art. 75 e parág'rafo único do Regimento Interno da Câmara,dos Deputados; tendo parecer da Mesa pela aprovação com Subs­titutivo." (Do Sr. Jorge Paulo.l

l.a sessãoCONVOCAÇÃO

Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar dis­torções: ocorridas na Execução dos Planos de Desenvolvimento daAmazônia

Nos termos do art. 75 do Regimento Interno, ficam convocadosos Senhores Membros da Comissão parlamentar de Inquérlk des­tinada a investigar distorções oconidas na execução dos planosde desenvoivimento da Amazônia, para a reunião de Instalação eEleição do Presidente e Vice-Presidente a realizar-se .

Data; 13-9-79

Hora: 10:00 h, no Plenário das CPIs.

a) Deputado Josué de Souza

1PROJETO DE RESOLUÇAO N.o 56. DE 1979

Discussão única do Projeto de Resolução n." 56. de 1979. quenega licença para o processamento criminal do Deputado MoacirLopes. ma Comissão de Constituição e Justiça,1 - Relator; Sr.João Gilberto. (Votação secreta.. !

GRANDE EXPEDIENTE!~--

INOME

Aluizio Bezerra - MDBOswaldo Melo - ARENAQuinta-feira

DIA DA SEMANA

13

DATA

Avisos

cAMARA DOS DEPUTADOSSECRETARIA GERAL DA MESA

Relação dos Deputados Inscritos no Grande Exp.ediel1t1!lSetembro/1979

Oradores:

1 - Aluizio Bezerra - MDB .

2 - Oswaldo Melo - ARENA

Setembro de 1979 DIARIO 00 CONGRESSO NACIONAL (S~çãQ I)- 5 : = =:Quinta-feira 13 9!l33

:Reunião: 20-9-79

Hora: 10:00 hpauta: Comparecimento da Sra. Magda Rel1ner - da Açâo

DelllQCnitica Feminina Gaúcha - RS e do Dl'. Paulo Noguein.Neto - Secretârio Especial do Meio Ambiente.

COMISSÕES TÉCNICAS1

COMISSãO DE CIl1:NCIAS E TECNOLOOIA

Re,união: 13-9-7gHora. 10:00 11

:3

COMISSÃO DO INTERIOR

"Simpósio sobre a Amazônia."

Reunião: 13-9-79

Hora: 10:00 h

Pauta: comparecimento do Dr. MarianoKlatau de Araújo ­Advogado.

Hora: 11:15 h

Pauta: Comparecimento do DI'. PiteI' Scheweter ,- Supervisorna área de Programas Sociais do BNH.

Hora: 15:00 h

Pauta: Comparecimento do Dl'. Samuel Benehitnol -- Cate­drático da Universidade Federal do Amazonas.

Hora: 16:30 h

Pauta: Compa.recimento do Major-Brigadeiro Protáslo Lopesde Oliveira _. Comandante do 1.0 Comando Aéreo Regional <1."COMAR!.

Reunião: 14-9-79

Hora: 10:00 hPauta: CompareclmenlJo do Dl'. Jaime Santechue - Jomallistli,

da Revista Vej~•

Hora: 15:00 h

Pauta: Comparecimento do Dl'. Praf. Orácio Martins Cal'·valho - Prof. de Teoria Politica no Centro de 'Pós-Graduação dE'Desenvolvimento Agrícola da Fundação Getúlio Vargas.

Hora: 16:30 h .

Pauta: Comparecimento do Dl'. :Eliuil Seffer - Superinten­dente da BUDAM.

Prazo

Mó dia 3-10-711 - no Congrl:',$,'lQ NacionaL

I

PROPO$TA DE EMENDA A CONSTITtrrçAO Róil :Hl1lf

"Altera I\. redaçâo dos arts. 101 l: 102 dll Conllt\tú1çfa,o F.·deral." I DIspondo liobre a aposentadolia voluntária. após 10 ano" d.serviço e reduzindo a idade para aposentadoria: 25 allos - mulllel',~ 30 anos -- homem.! - Autor: Deputado Joel Ferreira,

C;OHO....O "ACIONAI.

1

'PROPOS7:'A DK EMENDA -A C:ONSTITUIÇAON." 1:1/18

·'Alt.trll li, cQmpetêntla exclusiVill. do Prcl!ldfll1ttl da Btpílbllca:'Autor: Deputado EdliOn Vidigal.

COmiMi() MinaPrealdente: Senador Láaa.ro Uarbo%ã.Vicc-Pruidente: Deputado Antonio Gomc.Relator: Oeputado Osvaldo Melo

i'rlUlO

AW dia 11-'-'111 - no COll&l'~"\) NlldoniIJ.

:&

l'ROPOSTA DE EMENDA A CONSTlTUIÇAO N,<i :ZUni"Dá. nova redaçâo 1W art. 51. f 3P. e aO art. 55, dlll. ConJiUtulçio

".dual, \iMpondo sobre Il. rejeição, por deCUTlIO de prho, d« pro·jetol> de iniciativa do Presidente ela Republlea e sobre li compe­INnela do Cong:re$.~o Nacional paI'a emendar decrcw-lt·leu,'· Auwr:lDClPutlldo HeitlJr Alencar Furtado.

ComÜlll~o Mbt.Presictent~: Deputll.do M~rcUll Cunha.VIce-Presidente: Deputado l.u1z Roell..Relator: -Senador Bernardino Viana

---~~~ Pauta: Comparecimento do ProL LuIz Plnguellí Rosa -~ daNOME tJniv. Federal do Rio de Janeiro.

._~~---~ 2

COMISSÃO DE ECONOMIA. INDÚSTRIA E COMÉRCIOReunião: 13-9-79

Hora: 10:00 11

Pauta: Comparecimento do Dr. Karlos R1sl:hbiete'~ ~. Minístrude ,Estado da Fazenda.

MDBLíder

Jilreitalli Nopn;

ARENALideI'

Nell;on Marchezan

• YlCX-LfJ)JtB.S(Eleala)

•••unela-f,inWaltn 8UnJoio 011~r\o

Carlc... Cot&a

Tur,a-felmA,lY&lro Dl...Fern ando Co.lhoAlbedo 00ldman

Quarta-fetraMarcunc1u Gadll1haFernando ~ríLElquluon Soar••

QIl1nLa-ftlr'.OdllC'ir KleinPael:lec:o Chl,Y«JlAlrtclin Soar••

hx'''-ttlrtlAlceu CollaruAdhe'nlar 61U1tUIoHtltot AllmilAt J'lln.,h~

14 Sexta-feira Stoessel Dourado -- ARENANélío Lobato- MDR

17 Segunda-feira Jerónimo Santa_na - MDBNilson Gibson - ARENA

18- Terça-feira Pedro Germano .- ARENAJorge Viana - MDR

ll} Quarta-feira. Florim Coutinho - MOBBrabo de Carvalho - ARENA

:;aO Quinta-feira Nasser Almeida - ARENALúcia Viv'eiros - MDB

21 Sexta-feira. Jackson ];!arreto - MDBPaulo Guerra - ARENA

24 Segu11da-feira Henrique Tumer - ARENACarlos Alberto - MDB

211 Terça-feira Nivaldo Krüger - MDBLeorne Belém - ARENA

26 Quarta-feira Evandro Ayresde Moura - ARENACristina Tavares '- MDB

27 Quinta.-reira Waldir Walter - MDBGenésío de Barros - ARENA

28 Sexta-feira Arnaldo ISchmitt - ARENAJader Ba:rbalho - MDB

LIDERANÇAS

DATA DIA DA SEMANA

Ricardo FiuzaDj.ln)~ 8ótu"tbtlllhlm Abl-Aeitll

OlU\Udl0 lSampiIJoIId1Ion 1.obão(hrllrn Oamata

ClaudJnü IIA!ul!fo,wn Ullli*doMrisW Vieira Lima

leio t:inharuBonifãclo clt Andrada.

BulO Napoldo;1I~elc LhthAt'l'Aleldel! F'rlulcl:lcatoJorge ArbageHugo Mardini

COMISSõES PARLAMENTARES, DE INQUl1:RITOCPl - Contaminação de Alimentos

Reunião: 13-9-79Hora: 10:00 hPauta: Comparecimento do Prof. André Tol'zeUo - Diretor

da Faculdade de Tecnologia Alimenta!' da UNICAMP. ~ Prol.Waldemar Ferreira Almeida - do Inst. Biológico de 8. Paulo,

o .. ..

9434 Quinta-feira 13 DIARIO no CONGRESSO NACIONAL <SeçÃo I) Setembro de 19'nl

Comi••ão Mist..Presidente: Senador Ne~on CarneiroVice-Presidente: Benador Aderbal JuremaRela.tor: Deputado Antônio Dias

Prallo

Até dia 4-10-79 - no Congre.sso Nacional.4

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.Q 22178"Revoga o inciso II, do art. 55, que permite ao Prellldl."nteo da

República expedir decretos-leis sobre finanças publicas, tncllW'.norma.: tributárias:' (D.ispõe sobre criação de cargos públicos e ti­xaçiw de vencimentos.) - Autor: Senador Orestes Quércia.

Comissio Mista

Presidente: Senador José RichaVice-Presidente: senador .Tosé LilUlRelator: Deputado Saramago Pinheiro

Prazo

Até dia 9-10-79 - no Congresso Nacional.I

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N." 23/79-CN

"Aitera o art. 36 da Constituição FederaL" (S/ mandato d.Deputado e Senador) - Autor: Senador Benedito Ferreira.

Comissio MistaPrellldente: Senador Dirceu CardosoVice-Presidente: Senador Henrique de La RocqueRelator: Deputado Cantidlo Sampaio

PrazoAté dia 10-10-79 - no Congresso Nacional.

•PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO N/' 2./7"

"Revoga as alíneas "e" ~ "f" do art. 30 da vigente ConstituiçãoFéderal," - !Dispondo sobre criação de CPI.! - Autor: SenadorOrutes Quércla.

Comissão MistaPresidente: Deputado Sebastiã.o Rodrigue.$ JúniorVice-presidente: Deputado Stoessel DouradoRelator: Senador Helvidio Nunes.

Praso

Até dia 16-10-'7$ - no CongreJlllO Na.cional.,PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇÃO N." 2f>/7t

"Atribui ao COngreSlSo Nacional competi'nela parI/, .. conceuiade funcionamento de emissoras de rádio e televisão, aditando in­ciso ao art. 44." Autor: Sena.dor Orestes Quêrcia.

Comissão Mista

Presidente: Senador Mauro BenevidesVice-Presidente: Senador Almir PintoRelator: Deputado Antonio Amaral

1'1'11.:0

Até dia 17-10-79 - no Congresso Nacional.

•PROPOSTA DE EMÉNDA A CONSTITUIÇAO N.ll 211/7t

"Dispõe sobre l\ eelUlura :o diversões t' espet"culoll púbUcoa."Autor: Deputado Edson VldigaI.

Comissio Mistapresidente: Deputado Israel Dias-NovaesVice-Pretidente: Deputado Alcebiade$ de Ollvelr.Relator: Senador Jutahy Magalhães

Prazo

AoU dia tll-l0-1lJ - no Congresso Nacional.

9

PROPOSTA DE EMENDA A. CONSTITUIÇÃO N." 271'19"Institui a Justiça Agrária:' (OS juízes serão nomeados pelo

Presidente da República.) - Autor: Deputado Jorge Arbage.Comissão Mista

Presidente: Senador Agenor MariaVice-Presidente: Senador José LinsRelator: Deputado Melo Freire

Prazo

AU dia 23-10-79 - no Congresso Nacio~lal.

10

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N," 28/79"Dá nova redação ao f 2.0 do art. 15 da Constituição Fed~r..l."

<S(remuneração ·dos vereadores' - Autor: Deputado Iram Sa·raiva.

Comissão MistaPresidente: Deputado Ralph BiasiVice-Presidente: Deputado Navarro VíelraRelator: Senador Raimundo Parente

PrazoAté dia 24-10-79 - no Congresso Nacional.

11PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 29/79

"Altera as redações dos artigos n.OS 23, 25 c 26 da Constitui­ção:' (SI participação dos municípios si impostos.) - Autor:Deputado Airton Sandoval.

Comissão MistaPresidente: Senador Cunha LimaVice-Presidente: Senador José LinsRelator: Deputado Atrísio Vieira Lima.

PrazoA.té- dia 24-10-79 - no Congresso Nacional.

11

PROPOSTAS DE EMENDA À CONSTITUIÇAO N.O$ 30 e 31179"Modifica os arts. n."" 30. 32, 35, 47. 4.8. 51, 55. 57 e 81 da.

Conlutuição Federal e generallza a invioill.bllldaM dO$ Df!putadOj• Senadores, introduzindo alterações 110 art. 32 da COMUtu1çl:e>Federal," - Autores: Deputados Epitácio Cafeteira e ~arlos Be­.erra, respectivamente.

Comissão MistaPresidente: Deputado Oswaldo MacedoVice-Presidente: Deputado Theodorlco FerraçoRelator: Senador Aderbal Jurema

Prazo

Mé dia 29-10-79 - no Congresso Na.cional.11

PROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N.O 3'1711"Acrescenta dispositivo transitório que estabelece eleiçào direb

para Governador do Mato Grosro do Sul." Autor; Deputado Antô­nio Carlos de Oliveíra.

Comissão Mista.Presidente: Deputado Epitácio CafeteiraVice-Presidente: Deputado Nqsser AimeidaRelator: Senador Aloysio Chavel>

Prazo

Até dia 3-11-79 - no Congresso Nacional.

U

FROPOSTA DE EMENDA A CONSTITUIÇAO N/' 33/79

"Fixa. os números de Vereadores para as C.apitais dos EstadOl'l,admitindo {} máximo de trinta e seis." Autor: Deputado EvandroAyres de Moura.

Comissão Mista.

Presidente: Deputado Iranildo pereiraVice-Presidente: Deputado Túllo BarcelosRelator: Senador Lenoir Vargas

Prazo

Até dia 5-11-79 - no Congresso Nacional.

15

PROPOSTA DE DELEGAÇÃO LEGISLATIVA N." 02171)"Propõe delegação de poderes ao Senhor Presldenl.t.' da Repú·

pública para elaboração de lei instituindo normas !undamentailpara. o zoneamento industrial nas áreas critica.'! de poluIção, •determina outras providências". Autor: Deputado Freitas Nobrl!

Comissão Mista

Presidente: senador Dirceu CardosoVice-Pr2sidente: Senador Passos PôrtoRelator: Deputado Afrisio Vieira Lima

Setembro de 1979 mARIO DO CONGRESSO NAClONAL (Seção 1) Quinta-feira 13 9431)

Comissão Mista

Presidente: Deputado Pedro IvoVice-Presidente: Deputado Erasmo DiasRelator; Senador Jorge Kalumc

l'razo,/\.tê dia 17-9-79 - na. Comissão Mista;Até dill. 7-10-79 - no Congress() Nacional.

26PROJETO DE LEI N.o 23179-CN

"Dispõe sobre o direito às vantagens do artigo 184 da Lein.o 1 711. de 28 de outubro de 19~i2 {Estatuto dos FuncionariosPúblicos Civis da União!, Autor: Poder Executlvo.

Comissão MistaPresidente: Senador Humberto LucenaVice-Presidente: Senador Henrique de La RoequeRelator: Deputado Cid Furtado

Prazo

Até dia 22-9-79 - na. Comissão Mista;Até dia 12-10-79 - no Congresso NacionaL

27

PROJETO DE, LEI COMPLEMENTAR N.o 24179-CN"P-ermite aposentadoria voluntária, com proventos proporcio­

nais ao tempo de serviço, nas cDudições qu-e indica, e dá outrasprovidênciM." Autor: Poder Executivo. .

Comissão Mista

Presidente: Deputado Benjamim FarahVice~PresJdent.e: Deputado Nilson GibsonRelator: Senador Moacyr Dalla

PrazoAté dia 22-9-79 - na Comissão Mista;Atê dia 12-10-'29 - 110 CongrBsso Nacional

Comissão l\:1ista

Presidente: Senador Orestes QuérciaVice-Presidente: Senador Lourival BaptistaHIator: Deputado Nelson Morro

Prazo

Até dia 17-9-79 -< na Comissào Mista.;Até dia 7-10-79' .- no Congresso Nacional.

25

PROJETO DE LEI N." 22/79-CN"Dispõe sobre receitas do Fundo do Exêrcito." Autor: Poder

Executivo.

Comissão l\1istaPresidente: Senador José RichaVice-Presidente: Senador Jorge KalumeRelator: Deputado Júlio Martins

PrazCl

Até dÍlt 15-9-79 - na Comissão MIsta;.Il.té dia 5-lO-79 - no Congresso Nacional.

23

PROJETO DE LEI N.o ZDI79-CN

"Dispõe sobre o reajuste do aluguel nas locações rell1denclatll,e dá outras providências." Autor: Poder Executivo.

Comissão l1>1ista

Presidente: Senador Itamar FrancoVice-Presidente: Senador Jutahy MagalhãesRelator: Deputado Joacil Pereira

Prazo

Mé dia 16-9-79 - na Comissão Mista;

Até dia 6-10-79 - no Congresso Nacional.

.24PROJETO DE LEI N." 21179-CN

"Equipara, no tocante à previdência social urbana, os minis­tros de confissão religiosa e os membros de congregação ou ordemrelígiosa aos trabalhadores autônomos, e dá outraS ln'ovidénclas."Autor: Poder Executivo.. Comissão Milita

Presidente: Senador Henrique s:antilloVice~Presidente: Senador AlbertA) Si1\'aRelator: Deputado Carlos Santana

19PROJETO DE LEI N,o 16179~CN

"Estenóe aos inativos as nIterações de clltrutum snlarlal de­tuadas pelo artigo 4.0 do Decreto-lei n,O 1.660, de 24 de janeiro dl11975:' Autor: Poder Executivo.

Comissão Mista

Presidente: Senador Mauro Ben'evidesVice-Presidente: Senador Bernardino VianaRelatol": Deputado Horácio Matos

l'razo

Comissão Milita

Preside:lte: Deputado Cardoso FregapaniVice-PreEidente: Genésio de BarrosRelatol": senador Affonso Camargo

18PROPOSTA DE DELEGAGãO LEGISLATIVA N.o 05179

':Propõe delegação de poderes ao Plresidente da República paraelaboração de lei dispondo sobre o desdobramento do Ministériodas Min~.s e Energia, em Ministério das Minas e Ministério de'Energia:' Autor:

Comissão MistaPresideJJte: Deputado Nélio Labato'Vice-Presidente: Deputado Antônio AmaralRelator: Senador Aloysio Chaves

Pra:o;oAté dia 15-9-79 - na Comissão Mista;

Até dia 5-10-79 - no Congresso Nacional.

22PROJETO DE LEI N.o 19J79-CN

"Dispõe s<;lbre a constituicão, 110 Território Federa! de Roraima.da Companhia de Desenvolviment'J de R.ormma - CODESAIMA,E- dá outras providências" Autor. Pocier EXecutivo.

16PROPOSTA DE DELEGAÇãO U1GlSLATIVA N'<' 3179

"Propõe delegação de poderes ao Senhor PresiclE~nte da Repú~

'blica, para elaboração de lei dispondo sobre a Polítlca Nacionaldo Meio Ambiente, seus fin,s e mecanismos de fOl'mulaçâo e apli­cação." Autor: Senador l'.rnon de MeU,),

Comisllão MistltPresidente: Deputado Iranildo Pl'~reira

Vice-Presidente: Deputado Simão SessimRelator: Senador José Lms

11PROPOSTA DE DELEGAÇãO U~GISLATIVA N.'" 4/79

"Pl'Opõe delegação de poderes ao presidente ela RepúbIlcapara eIaboruçíw de lei, criando o Minllstério da Produção Anima!e determinando outras providências. Autor: Deputado Ruben Fi­gueiró.

Até dia 22-9~79 - no Congresso Nacional.

%0PROJETO DE LEI N,o 17179-CN

"Autoriza a doação, pela Supermtendência do DescllVolvi-,menta da Amazõnia - SUDAM. de área de terreno que menciona,situada no Municipio de Marabú, no J!!:stado do Pará, e dá outrasprovidências," Autor: poder Executivo,

Comissáo Mista

Presidente: Senador Evandro CarreiraVice-Presidente: Senador Aloysio ChavesRelator: Deputado Antõnio Amaral

.PrazoAté dia 29-9-79 - no Congresso Nacional.

UPROJETO DE LEI N." 18!79-CN

"Autoriza, a doação, pela Superintendência. da A:rnazõnia, =

SUDAM, de área de terreno que menciona, situada no Municípiodo Marabã, no Estado do Pará. e dá ,Dutras providências." Autor::E>oder Executivo.

9436 Quinta-feira 13 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL <Seção 1) Setembro de 1979

28

MENSAGEM N.!) 68/79"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do

Decreto-lei n,o 1.687, de 18 de julho de 1979, que di.spõe sobrecobrança da Dívida Ativa da União, e dá outras provldênci::J.s,"Autor: Poder Executivo.

Comissão MistaPresidente: Senador Affonso CamargoVice-Presidente: Senador Lomanto JúniorRelator: Deputado Ubaldo Barém

hazoAté dia 18-10-79 - no Congresso Nacional.

29

MENSAGEM N." 72179-CN

".submete à deliberação do Congresso Nalconal o texto doDecreto-lei n.O 1.688, de 26 de julho de 1979, que "limita o beneficioprevIsto no art. 9.° do Decreto-lei n.O 1.351, de 24 de outubro de1974." Autor: Poder Executivo.

Comissão Mista

Presidente: Senador Lomanto JúniorVice-Presidente: Senadol' Almir PintoRelator: Deputado Daso Coimbra

Prazo

Até d'ia 16-9-79 - na Comissão Mista;Até dia 26-10-79 - no Congresso Nacional.

30

MENSAGEM N.o 74179-CN"Submete à deliberação do Congresso Nacional o texto do

Decreto-lel n.o 1.689, de 30 de julho de 1979, que "concede tsençãode impostos relativamente a selos, peças filatélicas e material deuso filatélico vendidos no recinto das exposições vinculadas à"BraslUana 79", e dá outras providências." Autor: Poder Executivo.

Comissã.o Mista

Presidente: Deputado Moacir LopesVice-Presidente: Deputado Alberto HoffmannRelator: Senador Munlo Badaró

Prazo

Até dia 16-9-79 - na Comissão Mista;Até dia 26-10-79 - no Congresso Nacional.

31

MENSAGEM N.o 77179-CN"Submete à. dellberação do Congresso Nacional o texto do

Decreto-let n.O 1.690, de 1.0 de agosto de 1979, que altera disposI­tivos do Decreto-lei n.o 1. 631, de 2 de agosto de 1978, que dispõe..sobre a incidência do Imposto único sobre Lubrificantes e Com­bustíveis Liquidas e Gasosos nos álcoois etílico e metílico, para:rins carburantes, e dá outras providências." Autor: Poder Exe­.cutivo.

Comissão Mista

Presidente: Senador José LinsVice-Presidente: Senador Luiz CavalcanteRelator: Deputado Celso Carvalho

'Prazo

Até dia 22-9-'m - na Comissão Mista;Até dia 1.°-11-79 - no Congresso Nacional.

32

MENSAGEM N.o 78/79-CN"Submete à dellberação do Congresso Nacional o texto do

Decreto-lei n.o 1.691, de 2 de agosto de 1979. que altera a legis­lação do Imposto único sobre Lubrificantes e Combustiveis Liqui­dos e Gasosos. da Taxa Rodoviária única, e dá outras providên­cias." Autor: Poder Executivo.

,Comissão Mista

PresIdente: Deputado Edilson LamartineVice-Presidente: Deputado Cláudio StrassburgerRelator: Senador Alberto Silva

prazô

Até dia 22-9-79 - na Comissão Mista;Até dia 1.°-11-79 - no Congresso Nacíonal.

33VETO PARCIAL -- PROJETO N." 1.339/68

"Disciplina a profissão de Geógrafo, e dá outras providências.'"Comissão Mista

.Presidente: Senador NeiEOn CarneiroVice-Presidente: Senador Mendes CanaleRelator: Deputado Nasser Aimeida

PrazoAté dia 20-9-79 - no Congresso Nacional.

34

VErO PARCIAL - PROJErO N.<l 13179-CN

"Autoriza o Poder Executivo a instituir a Fundação Unlver·sldade Federal de Mato Grosso do Sui, em obediência ao dispostono art. 39 da Lei Complementar n.o 31, de 11 de outubro de 1977."

ComissiW Mista

Presidente: Senador Adalberto SenaVice-Presidente: Senador Aloysio ChavesReiator: Deputado João Faust.ino

PrazoAté dia 28-9-79 _. no Congresso Nacional.

35

VETO TOTAL - PROJETO N.o 350175

"Dá nova redação ao § 2." do art. 543 da Consolidação das Lei!'!do Trabalho, que trata do empregado eleito para o cargo de admi­nistração sindical ou representação profissionaL"

Comissão Mista

Presidente: Deputado José CostaVice-Presidente: Deputado Ciaudino SalesRelator: Senador Jutahy Magaihães

PrazoAté dia 28-9-79 - no Cong'l"e$o Nacional.

36VETO PARCIAL - PROJETO DE LEI N.o 14-79-CN

"Concede anistia, e dá outms provIdências."Comissão Mista

Presidente: Deputado João Gilb:;rtoVice-Presidente: ~putado Ernani SátyroRelator: Senador Aloysio Chaves

PrazoAté dia 23 9-79 -- na Comissão Mista.Até dia 18-10-79 - no Congresso Nacional.

VIii - Levanta-se a Sessão às 18 horas e 30 minutos.

l\fESA

Ata da H.a Reunião da Mesa, realizada em 28-8-79

Aos vinte e oito dias do mês de agosto de mil novecentos esetenta e nove, s 9 horas. reúne-se a Mesa da Câmara dos Depu­tados, sob a presidência do 8enhor Deputado Fiávio Marcilio,Presidente. Pre2entes os senhores Homero Santos. Renato Azeredo,Wilson Braga, Epitácio Cafeteira, Ar! Kffun e Walmor de Luca,!respectivamente, 1.0 e 2.0-Vice-Presidente, 1.0, 2.°. 3.0 e 4.o-Secre­tários. Havendo número iegal. o Senhor Presidente declara abertosos trabalhos. I - Pauta do Senhor Presidente. A Mesa resolve: a)Designar Viii Santo Anclersen, Têcnico Legislativo. Classe Especíal,l.o-substituto do Diretor do Departam:;nto de Finanças,. CD-DAS­101.4, em seus impedimentos eventuais, a partir de 18 de julhode 1979; b) Conceder exoneração a Ruy de Moraes Menezes docargo de Assessor Técnico-Juridico do Departamento do Pessoal,CD-DAS-W2.3; c) Aprovar as seguintes nomeações: 1) Ângeia daCunha Barbosa Guedes. Dineu Mazzalí Seixas. Edilio Barberes,Jairo Therezinho Leal Vianna, José Lyra Barros Ortegal, LaísChaves Novaes, Maurilio Vicentini. Milton Guaiberto d3. Silva,Ruth de Souza Silveira Jobim e Wilson Ricarcib Barbosa Viana,para exercerem, na Assessoria de Orcamenta e Fiscalização Finan­ceira, o cargo de Assessor de Orçamenb e Fiscalização Fmanceira,nivei CD-DAS-I02.3; 21 Francisco Pinheiro Rocha para exercer,no Departamento Médico, o cargo de DIretor dJ. Coordenacão Mé­dica, CD-DAS-I01.3; Nilza Marms para exercer. no DepartamentoMédico, o cargo de Diretora da Coardenação de Enfermagem.

Setembro de 1979 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (seção 1) Quinta-feira 13 943'i

CD-DAS-I01.3; Antônio Ferreira para exercer, no DepartamentoMédico, o cargo de Assessor Técnico, CD-DAS-I02,3; José PereiraCaputo para exercer, no Departamento Médico, o cargo de Asses­.sal' Técnico-Jurídico, CD-DAS-102,3; 3) Aziolea Therezinha Kffuripara exercer, no Gabiuente da l,o-Secretaria, o cargo de AssessorTécnico, nível CD-DAS-102,3; 4) Reny de Souza Silveira Banhos,no cargo de Assessor Técníco-Jurídico do Departamento do Pessoal,CD-DAS-1C2,3. d) Aprovar a La reformulação do Orçamento Ana­lítico para 1979; e) Aprovar a indicação do servidor Amaury Lopesda Silva para partícipar do Congresso Internacional de Direito doTrabalho, a realizar-se em Fortaleza ~ CE, de 19 a 21-9-79. f)_l\.provar a reprogramação do orçamento do Fundo Rotativo daCâmara ó'os Deputados, g) Ratificar os despachos. favoráveis pro­feridos "ad referendum" da Mesa, nos seguinte expedientes: 1)Requisição. a) Raimundo Ferreira da Silva, da Assembléia Legis­lativa de Pernambuco, com os vencimentos e vantagens do cargoque ocupa; b) Neuza Fernandes Rog;oski, Professora do EnsinoPrimário Classe A, nivel I, lotad,a no Colégio Estaduai Profe3sorJoão de Oliveira Gomes, em Campo Mourão, até 31 de dezembrode 1979, sem prejuizo de seus vencimentos e demais vant:J.gens.c) Terezinha Sílvia Lavocat Galvão, Promotora Pública da 2,a En­trância, do Quadro do Ministério Público do E..stado do Acre,d) Mathild,e Barreiros Bac,elar, do Ensino Médio, 2.0 ciclo, ClasseA, nív.el 23, atual E-5, do Governo do Estado da Bahia, sem prejuí­zo dos vencimentos e vantagens do cargo que ocupa. e) ConceiçãoAparecici'a Nogueira Lima, do Governo do Es~ado de São Paulo.f) Léa Ferrari Ortiz, do Governo de f:ião Paulo; g) Marcia MariaLadeira Costa, Enfermeira, padrão 39-A, do Hospital das Clínicas daFaculdade de Medicina da Univ.ersidad,e d,e São Paulo, sem pr,ejuízodos salários e demais vantagens de sua função, até 31 de dezem­bro de 1979' h) Regina Helena de Moura Câmara. Oficial deChancela1"Ía àb Ministério das Relações Exteriores; i) CarlúcioNeri Lima, Assistente Administrativo da Coordenadoria de Infor­mações para o Planejamento, do Gove'rno do Estado do Ceará; j)Onino Gonçalves Padilha, ô'a Prefeitura Municipal de Pitanga ­PR, sem prejuízo dos seus vencimentDs e vantagens; k) Cle:mtoCoelho Fernandes, Professor do Ensino Médio, lotado na Secretariade Educação e Cultura do Governo da .Paraiba; 1) Teresa BuechemMattos Silva, da Fundação Legião Brasileira de Assisténcia, semprejuízo dos vencimentos e vantagens do cargo que ocupa; m)Magno Guanais Dourado, da CODEVASF, sem prejuízo d·e seusvencimentos e demais vantagens; u) Marco Antonio Villela dosSantos, do Banco do Brasil S.A" sem prejuízo dos vencimentos evantagens do cargo que ocupa; o) Processo n.o 14. i>24/79 , ReginaMaria Zaniolo de Carvalho, pelo Mini8tério da Indústria e do Co­mércio, para exercer função de assessoramento junto à EMBRATUR- Empresa Brasileira de TUl"Ísmo, eom ônus para esta Casa;p) Processo n,o 16,307/79. Ogib Teixeira de Carvalho, pelo Minis~

tério da Agricultura, para prestar serviço na EMBRAPA, por prazoindeterminado, sem ônus para esta Casa, 2) Prorrogação de Requi­sição. a) Silvia Martins da Costa Mllranda, Auxiliar Legislativo,símbolo V-23, da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais,por mais 365 dias, com direito aos vencimentos e vantagens docargo que ocupa; b) Aurea Leite de Camargo, Professora de Ensinode 1.0 e 2.° Graus, Classe "C", da Fundação Educacional do Dis­trito Federal, até 31 de julho de 1979, nas mesmas condições iniciais.c) Shirley Maria de Sant'Anna Souza" Escriturário, padrão 16-A,do SQF-II-QCC, lotada na Assessoria 1~écnica da Bancada Paulista- ATEBAP, sem prejuizo dos salários e das demais vantagens desua função, até 31 de dezembro de 1979; d) Oscar Azevedo Seraphil­co de Souza, do Banco do Brasil S.A, até 15-9-80, mantidas as con­dições anteriores. 3) Participação de Servidores em Congressos,Cursos e Estágios. a) Processo n.o 14.538179. Secretaría-Geral daMesa. Indicação de Ruth Hooper Silva, Diretora da Coordenaçãode Revisão e Redação de Debates do Departamento de Taquígrafia,Re;visão e Redação, para participar ,do 3,3.0 Congresso Internacionalde Taquigrafia, a realizar-se em julho de 1979, em Belgrado, Iugos­lávia; b) Processo n.o 14.046/79. DeplLrtamento de Pessoal. Indi­cação de Iris Berlink da Silva para participar do curso .ele RecursosAudiovisuais no Treinamento: PlanejaLmento, Criação e produção,no período de 16 a 20-7-79, em São Paulo; c) Processos núm;eros11.370/79 e 6,542/79. Coordenação de Material e Patrimônio. Indi­cação de Gilberto dos Santos Ravizzini e Francisco Antonio Gomespara estagiarem no Instituto Nacional de Tecnologia do Ministérioda Indústria e do Comércio, a partir de 9-7-79, no Rio de Janeiro;d) Processo n.o 15.461/79, Gabinete 0"0 Presidente, Proposta daUniversidade de Brasília para 15 senhores Deputados participa­rem de curso sobre Análise e Subsídios para a Ação Legislativa.4) Indicação de Substituto. a) Proc·esso n.o 13.954/79. DiretoriaLegislativa. Indicação de Adelmar Silveira Sabino para: Lo Substi­tutodo Diretor Legislativo; b) Processo n,O 14,9IH/79, 2."-Vice­Presidênc~a. Indicação de Emilia Silva Cardoso para 1.0 Substitutodo Chefeci'o Gabinente, no periodo de 17 a 31-7-79; c) Processon.o 13 :6,51179. 3,a Secretaria. Indica(;íl,o de Elka Cavalcante para1.0 Substituto do Chefe do Gabinente, no periodo de 16 a 31-7-79;d) Processo n.o 15,249/79. Departamento de Admlnístração.Indicação de Jair Pereira Barbosa para 2.° Substituto do Diretordo Departaménto de Administração; e) Processo n.o 15.097/79.

Departamento de Pessoal. Indicaçiio de Iris BerlÍ11ck da. Silvapara LO substituto do Diretor da Coordenação de Registro e Con­trole Parlamentar e Cadastro Funcional, no período de 17 a 3,1-7-79.f) Processo n.o 14.420/79, Departamento de PessoaL Indicação deGilda Nelly Ga110 Soares para 1,° Substituto do Diretor da Ccorde~

nação de Estudos e Aplicações de Normas Legais, no periodode 17 a 31-7-79. 5) Aposentadoria. Alteração. Processo número13.428/79, Angelo José Varella. Alteração de ap3sentador:ia, tendoem vista a progressão funcional e o aumento por mérito concedidos.6 i Nomeações e Anulações de Nomeações. Proc,essos n.OS 12.208/79e 13.640/79. Departamento de Pessoal. Torna sem efeito as nomea­çées de Marlene Varandas de Figueiredo e de Cristina Maria MouraVeras Bezerra, nomeando os candidatos remallescentes para oscargos ci'e Assistente de Pesquisa Legislativa e Assistente de Técni­ca Legislativa, em vagas existent.es. 7) Exoneração e Nomeação deAssessOr Técnico Da 4.a -Secretaria. a) Processo n,O 16.171/79. JoséRaimundo Lima Martins. Exoneração: b) Processo ri.O 16,555/79.Maria Elisabeth Nogueira Lanz,etta. Nomeação. 8) Prorrogação deGrupo-Tarefa da Seção de Habitação. Proc,esso n,o 8,489/79. De­partamento de Administração. Prorrogação do Grupo-Tarefa doMobiliário, até 31-8-79, 9) Despesa com Tratamento de Saúde.Processo n.O 15.417/79. Clinica SOrocaba (Rio de Janeiro). Paga­mento de despesa3 com honorários e tratamento médico a que sesubmeteu o Senhor Deputado Theódulo de Albuquerque.10) Saída de Viaturas fora do Dist'rito F.ederal processo número17.098179. Coordenação de Transportes. Saida do veiculo DodgeDart, placa OF-6'156, dia 21-8-79 para Luziânia, para atender aoDeputado Renato Azeredo, 2.°_Vic'e-Presidtmt,e, regressando dia22-8-79. dirigido pelo Motorista CLT, Pedro Soares Filho, ponto n.o20,127.II - Pauta do Senhor 1.o-Vice,·Presidente. A Mesa resolve: a)Aprovar, contra o voto do Senhor 1.o-Secretário, o parecer do S.e­nhor l,°-Vie,e-Presid,ente, pela r-ejeição do Projeto de Hesolução n.o2. de 1979, dó Deputado Florim Coutinho, que "iguala o mandatodos Presiõ'entes e Vice-Presidentes das Comissões ao dos membrosda Mesa, modificando o texto do parágrafo único do art, 75 doRegimento Interno consolidado", b) Aprovar os pareceres do SenhorLO-Vice-Presidente nos seguintes requerimentos de informacôes:1) Deputado Flávio Chaves ao Conselho Administrativo de DefesaEconômica IClI,DE), sobre processCl instaurado contra empresasque fabricam pneumáticos - GOOD-YEAR, FIRESTONE e PI.RELLI - pelo encaminhamento; 2) Deputada Lygia Lessa Bastosao Senhor Ministro-Chefe da 8-ecr:etaria de Comunicacão Socialsobre fatos relacionaó'os com a administração da Emprêsa Brasi­leira de Radiodifusão - RADIOBRAS - pelo indeferimento, contrao voto do Senhor 4.0-Seeretário; 3) Deputado Walmor de Luca aoMinistério da Justiça e ao Conselho de Segurança Nacional, sobrecidadãos ~condenados pela prátic:a de crimes de terrorismo,assalto, sequestro e atentado pessoal" - pelo encaminhamento,com abstenção do Senhor 4.0-Secretálio; 4) Deputado PeixotoFilllO ao Estado Maior ó'as Forças Armadas, sobre a concessão aosex-integrantes da Força Expedicionária Brasileira e Batalhão deSuez de uma ,pensão equivalente ao soldo de 3.° Sargento dasForças Armadas': - pelo indeferimento" IH - Pauta do Senhor2.0- Vice-Presidente. A Mesa aprova os pareceres de Sua Excelêncianos seguintes Projetos de Resolução: 1) n.O 16/79, do DeputadoSalvador Julianelli, que "acrescenta dispositivo ao art, 244 daResolução n.O 30, de 31 de outubro de 1972, que "dispõe sobre oRegimento Interno" - pela rejeiçáo; 2) n.o 7/79, do DeputadoJorge Paulo, que "dá nova redação ao art. 75 e parágrafo únicodo Regimento Interno da Câmara dos Deputados" -- pela apro­vação, nos termos do substitutivos apresentado pelo relator; 3)n.o 44/79, do Deputado Ary Kffuri, que "reconhece o Grupo Par­lamentar Brasil-Libano" - pela aprovação. Em s,eguida, a Mesaaprova os pareceres ó'o Senhor 2,0··Vice-Presídente nos seguintesprocessos: 1) Processo s/n.o. "O Senhor Diretor-Geral da Casa,através do presente expediente, solicita o pagamento de novasfaturas relativas à internação do Deputado Theódulo de Albu­querque, no valor de Cr$ 191,943,16 (c·ento e noventa e um mil,novecentos e quarenta e três cruzeil'os e dezesseis centavos). Escla~rece o digno Diretor-Geral que a Direção da Mesa, em reunião de14-3-1979, já autorizou despesa semelhante, assim como outrassubseqüentes, informando que, se autorizado, o presente pagamentodeverá correr por conta do Fundo Rotativo. Junto ao expeó'ienteseguem cópias das decisões anteriores, bem como os comprovantesdas despesas que pretende o reembolso. Assim, com base nas in­formações prestadas, opíno favoravelmente ao pagamento pleitea­do, tendo em vista também os precedentes existentes na espécie",2) Processo n,o 15.480/79, "O Deputado Freitas Nobre, anexandodocumentação, requer o pagamento da quantia de Cr$ 62,833,82(sessenta e ó'ois mil, oitocentos e tl"Ínta e três cruzeiros e oitentae dois centavos), à conta de tratamento médico, À vista do parecerdo Departamento de Finanças solic'ltando a audiência da Coorde­nação de Assistência Médico-Social, e diante da manifestação destaa favor do pedido e da conta apresentada, viabilizada a disponi­bilidade de recursos pelo Fundo Rotatívo, conforole afirmaçãodo Senhor Diretor-Geral, somos de parecer que se autorize o­reembolso requerido"; 3) Processo sln.o "O Deputado AmâncioAzevedo (MDB-RJ) submeteu-se a uma íntervençã<) cirúrgica e

M3S Quinta-feira 13 DlARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Setembro de 1979

conseqüente internamento na Casa de Saúde São José, na cidadedo Rio de Janeiro. no mê;; ele junho p. passado. Solicita o referidodeputado .:> reembolso das importâncias Q.ue pagou relativas ahospitalização, exames laboratoriais e serviços médicos. que so­m3.m um total d:: Cr$ .115.809.68 (cento e quinze mil. oitocento3 enov·e cruzeiros e ,';2.ssenta 2 oito c2ntavo,s I, conforme os r2cibo.s qU2instruem o pedido. Tendo em vista 03 diversos preced~ntes,

cumpridas as formalidades e cautelas necessárias ao processamentoe pagamento daquela importância, opino favoravelmente ao aten­dimento da solicitação". 4) Processo s/n.o "No períodJ compreen­àid·[) entre os dias 9 (nove) e 28 (vinte e oito) do mês de julhodo corrente ano, o Deputado Aluizio Paraguassu IMDB - RSlhospitalizou-~e para tratamento de saúde, no Hospital Vila NovaLtda., em Porto Alegre - RS. Comprovando suas aIeg:tçõe3, con­tidas no presente expediente, o Deputado anexa Atestado M?dico erecibos do Hospital e de laboratórios. Afirma, ainda, que não lhefoi possível, dada sua condição de parlamentar. viabilizar o tra­tamento através do INAMPS ou Cio IPASE. pelo que solicita daCâmara Federal um auxilio para o pagamento das despesasmédico-hospitalares que somam a importância de Cr$ 72.435.98(setenta e dois mil, quatrocentos e trinta e cinco cruzeiros e no­venta e oito centavos), conforme comprovam os anexos recibos,'rendo em vista os diversos precedentes, cumpridas as formalida­des e cautelas necessárias ao processament:J e pagamento daquelaimportância, opino favoravelmente ao atendimento da solicitação".5) Processo s/n.o "O Senhor Diretor-Geral solicita o pagamento detratamento médIco-hospitalar a que submeteu o Deputad:> IranSaraiva no Hospital Israelita Albert Einstein de Sâo Paulo, novalor de Cr$ 555.624,14 (quinhentos e cinqüenta e cinco mil, seis­c·entos e vinte e quatro cruzeiros e quatorze centavos), de acordocom a documentação constante do processo. Esclareço. ainda. arealização de caução em favor daquele Hospital, no valor de Cr$lUD.OOO,OO (cem mil cruzeiros), providenciada pelo Telex n.o 200.052,do Banco do Brasil S.A., em 9 de agosto do corrente, à conta doFundo Rotativo. também por determinação do Senhor Presidente.Tendo em vista a documentação e mais os precedentes, opino fa­voravelmente ao atendimento da solicitação, com as cautelas depraxe". IV - Pauta do Senhor l.o-Secretário. A Mesa aprova ospareceres de Sua Excelência nos seguintes expedientes: a) Cons­tituição de Grupo-Tarefa. 1) Para realizar atividades de análiseadministrativa. "A Administração brasileira, a fim de acompa­nhar o processo evolutivo que se verifica no mundo desenvolvido,iniciou um processo que teve como ponto culminante a ReformaAdministrativa consubstanciada no Decreto-lei n.o 200/67, cuja fi­losofia se firma nos principios da administração científica. Atual­mente, todos os Ministérios contam com órgãos cujas atribuiçõessão as preconizadas pela moderna administração. A criação deunidades de planejamento, organizadas numa estrutura sistêmica,generalizou-se e se adotaram entre nós, como "principios funda­mentais", as atividades de planejamento, coordenação, descentra­lização, delegação de competência e controle. O sistema de mo­dernização administrativa, também implantado na esfera federal,constitui medida cujo objetivo é equipar a máquina administrati­va, dando-lhe a possibilidade de orientar o desenvolYimento, apoia­da em instrumental eficiente, que compreende desde a adequaçãodas estruturas organízacionaís à simp'ificação dos métodos, visan-

.do à racionalização do trabalho, à padronização e à mecanização.A Resolução n.o 20/71 apresentou-se na Câmara dos Deputadoscomo uma tentativa de introduzir em SUl). organização o espiritoda Reforma. A estruturação das atividades geral, em forma slstê­mlcà. e os princípios do planejamento, coordenação, etc., foramfixados nesse instrumento. O volume de trabalho sempre crescen­te na Câmara dos Deputados e o ritmo acelerado das solicitaçõesquotidianas impediram que esse esforço inicial tivesse prossegui­mento, e a norma se desatualizou em termos da dinâmica admi­nistrativa, antes mesmo de ter sido totalmente implementada. OGrupo-Tarefa que se propõe criar terá como objeth o maior oacompanhamento e avaliação do que já foi desenvolvido num pro­cesso de análise administrativa que indique as medidas necessá­rias e os recursos de que dispõe a Administração para atingir amaximização em termos de economia e produtividade dos serviços.Anexo, o projeto detalhado dos trabalhos a ,serem desenvolvidos",Em conseqüência, a Mesa baixa o Ato da Mesa n.O 23, de 1979, quevai publicado ao final da ata. 2) Destinado a realizar a implanta­ção de serviços nos Anexos III e IV. "Está prevista para meadosdo próximo ano a conclusão das obras do Anexo IV. Tal evento en­sejará a ocupação do prédio pelos gabinetes de Deputados, encer­rando um ciclo de dificuldades conseqüentes da falta de acomo­dações condignas. Entretanto, para prevenir a ocorrência de im­previstos que possam ocasionar o atraso na entrega dos gabinetesaos seus usuários, entendemos necessária a constituição de umgrupo de funcionários que viesse a dedicar parte do seu horário detrabalho à tarefa de planejar, a partir dos projetos existentes, aimplantação dos serviços que deverão ser sediados no Anexo IV.O grupo iniciará desde já os seus trabalhos e os encerrará quandoda ocupação do edificio. Já foi solicitado à Diretoria-Geral a indi­cação dos servidores que deverão compor o l'eferido grupo, o qualdeverá ser constituído por pessoal especializado ou ocupante de

funções intimamente relacionadas com os serviços e instalaçõelinecessários ao apoio aos trabalhos de secretariado parlamentar.Dentre outras, o grupo deverá ter preocupação com a aquisição erecuperação de móveis e aparelhos, planejamento de lotação depessoal de copa, segurança e portaria, locallzação de portarias,núcleo de relações públicas e outros serviços. F'aço anexar, ao pre­sente, minuta de ato da Mesa elaborado em consonãncia com asnormas contidas nos arts. 258 a 261 da Resolução n.O 20, de 1971:"Art. 258. Fica a Mesa autorizada, mediante ato próprio, a consti­tuir grupo-tarefas necessários não só à impiantação da presenteestrutura, como à execucão de trabalhos relacionados com as ati­vidades especificas da Cimara dos Deputados. que exijam a con­jugação de esforços simultâneos no sentido de obter-se, rápida eeficazmente. a consecução de dê terminado objetivo." "Art. 259. Oato que constituir grupo-tarefa especificará o trabalho a ser reali­zado, fixando prazo para sua conclusão, designará o pessoal inte­grante e seu Coordenador. fixando-lhes a gratificação". "Art. 260.Os grupos-tarefas serão compostos por servidores da própria Cã­mara dos Deputados. Parágrafo único. Poderá integrar os grupos­tarefas, com ou sem prejuízo das suas atribuições normais, oocupante de cargo em comissão, de função gratificada, Oli quemexerça encargos específicos em Gabinete". "Art. 261. Os grupos­tarefas ·terão a duração tão-somente necessária à realização dostrabalhos para que foram constituídos, cimsiderando-se automati­camente extintos no momento em que concluirem as respectivasmissões". Em conseqüência, baixa o Ato da Mesa n.o 24, de 1979, quevai publicado ao final da ata. b) Alienação de pneus usa{]Qs. "Solici­ta a Coordenação de Transportes a alienação de pneus usados, emnúmero de 585, conforme especificado a fls. I, à base de troca porpneus novos 710x15 - 6 lonas. A Seção de Compras da Coordenaçãode Material e Patrimõnio informa que "de acordo com os pre­ços básicos constantes na folha n.O 2 (dois), o valor total daoperação ficará em Cr$ 27.880,00 (vinte e sete mil, oitocentose oitenta cruzeiros) ". ACABAM - Comissão de Avaliação e Bai­xa de Material, às fls. 2v, aprovou a avaliação feita porum de seus membros. para a alienação de carcaças deque trata o o presente processo "por permuta com firmasespecializadas, de acordo com os interesses da Câmara", O Diretordo Departamento de Administração aprova os valores fixados pe­la CABAM e encaminha o processo à Diretoria Administrativa"solicitando autorização para a alienação por permuta". O Dire­tor Administrativo manife.sta-se de acordo com o procedimentosugerido e propõe, conseqüentemente, que o 3ssunto seja subme­tida à Mesa. face ao disposto no art. 2.0, item ITI, do Ato daMesa n.O 53, de 1974, no que é apoiado pelo Diretor-Geral. Pelaautorização solicitada, em face das informações". C) Exoneraçãoe Nomeação. "Trata este processo da exoneração de Luiz CarlosRodrigues Teixeira. Agente Administrativo "B", do cargo de As­sessor Técnico (CD-DAS-I02.3J. que exerce na Primeira Secreta­ria, e nomeação para o cargo de Assessor de orçamento e Fiscali­zação Financeira (CD-DAS-I02.3), transformado pela Resoluçãon.o 24, de 197:J. A matéria é da competência da Mesa, tendo emvista o disposto no art. 102 da Resolução n.O 67, de 1962. Pelaexpedição dos atos, nos termos das minutas anexas". d) Requisi­ção, Clube do Congresso. Processo n.O 11.4C5/79. "O Clube do Con­gresso, pelo seu Presidente, dirigiu-se à Presidência de.sta Casapara. solicitar seja colocado à disposição daquela Entidade o ser­vidor Hayrton Ba.rbósa Ferreira, Técnico Legis~ativo, Classe "C",para exercer a função de treinador de tênis, alegando tratar-sede "excelente tenista e professor desta modalidade de esporte".Informa a Coordenação de Estudos e Aplicação de Normas Legaisdo Departamento de Pessoal, às fls. 47, que "a legislação da Câ­mara não prevê a hipótese pleiteada pelll. Presidência do Clube doCongresso no sentido de o referido servidor ser colocado à dispo­sição dessa Entidade". Aponta, entretanto, como precedente, acessão ao Clube do Congresso e à ASCADE, respectivamente, dosservidores Luiz Gonzaga Teixeira Borba e Nilson Corrêa, sem pre­juízo dos vencimentos e vantagens de seus cargos efetivos, comlotação no Departamento de Pessoal. Acrescenta o Departamentode Pessoal (fls. 49) que, estando o servidor no exercício (le encargode representação de Gabinete, se for do intere.sse da AdminiStra­ção o atendimento do pedido, deveria ocorrer prévia dispensa da­quela função. ouvido o Gabinete do Sr. LideI' <:la ARENA. onde seencontra lotado. Manifesto-me pelo deferimento. nos termos su­geridos pelo órgão de pessoal". e) Designação de Substitutos. Ga­binete dos Supientes da Me.sa. Processo n,o 16.154/7Q "Com'lnjca.a Chefe do Gabinete dos Suplentes da Mesa, pelo Oficio n.O 065/79,de 8-8-79, a indicação dos Técnicos LegislatIVOS, Cia.;se Especial,Ivo Pires Bezerra e Ewandro Magalhães para substituírem a titu­lar daquela Chefia em seus impedimentos eventuais. Informa oDepartamento de Pessoal que o funcionário Ivo Pires já é o 1.0substituto da Chefe do Gabinete dos Suplentes da Mesa, tendosido designado por ato da Mesa de 14-6-77. Assim, cabe apenas adesignação do 2.° substituto. Tendo em vista o disposto no § 2.°do art. 136 da Resolução n.o 67, de 1962, com a nova redação quelhe foi dada pelo art. LO da Resolução n.o 14. de 1975, a designa­ção do substituto indicado deverá efetivar-se através da expedi­ção de ato da Mesa, nos termos da. minuta anexa". fJ Credencía-

Setembro de 1979 DlARlO DO CONGRESSO NACIONAL: (SeçÃo I) Quinta-fdra 13 9439

mcnto. Indicação do Conselho Federal de Assistentes Sociais, pelóofício CFAS/OF. 8EC/156179, de 20 do mês passado, da AssistenteSecial Norma Regina Pires Talavera iDaballero como sua repre­sentante junto à Câmara do.3 Deputados. Conclusão: "Assim, tendoem vista que o pedido se encontra em plena harmonia com ospreceitos regimentais e correspondente regularmentação, opino nosentido de que a Mesa aceite a indicação, autorizando o creden­ciamento". g) ApoEenta.doria. "ManifeHto-me favoravelmente aosseguintes pedicos de aposentadoria: l' Nos termos dos artigos 101,item lII, e 102, item I,. alínea "a", da Con3titulção, combinado.scom os artigos 183, item II, alínea "a", 186, item I, a11nea "a", e1!l3, item H. da Resolução n.O 67, de 1962, observado o dispostono § 2.0 do citado art. 102 da Constituicão: aI Prac. n.o 14.249/79.Agnor Lincoln da Costa, no carga,' de Técnico Legislativo,CD-AL-Oll, Classe Especial, Referência 57; b) Proc. n.O 14.248/79.Dinah de Freitas Torres Rocha, no cargo de Técnico Legislativo,eD-AL-Oll, Classe Especial, Rerefência 57. cl Proc. n.o 15.613179.Maria CioUi Esteves, no cargo de Técnico Legislativo. CD-AL-ol1,Classe Especial, Referência 57. 21 Nos termos dos artigos 101, itemUI, e 102, item I, alinea "a", da Con.stituição, combinados com osartigos 183, item II,alinea "a", 186, item I, alinea "a", e 193, itemrI, da Resolução n.o 67, de 19'62: a) Proc. n.o 15.600/79. Maria lel­va Veiga de Oliveira, no cargo de Técnico Legislativo, CD-AL-Oll,Classe Especial, Referência 57; b) Prac. n,o 15.661/79. Dalila Via­na, no cargo de Técnico Legislativo, GD-AL-Oll, Classe Especial,Referência 56; c) Proc. n.O 15.253179. Jurll.cy Feitosa Rocha, nocargo de Técnico Legislati,vo, CD-AL-Ol1, ClaSSe Especial, Refe­rência 57, há mais de 5 anos no exercício do cargo em comissãode Diretor da Coordenação de Bibiloteea (CD-DAS-101.3) , optan­do pelas vantagens do seu cargo efetivo; d) proc. n.O 15.675/79.Ruy de Moraes Menezes, no carg(), de Técnico Legislativo,CD-AL-Oll, Classe Especial, Referência 57, há mais de 5 anos noexercicio co cargo em comissão de Assessor Técnico Jurídico(eD-DAS-102.3), optando pelas vantag'ens do seu cargo efetivo.3) Nos termos dos artigos 101, item n, e 102, item l, alinea "a",da Constituição, combinados. com os artigos 183, item I, 186, iteml, a11nea "a", 193, item lI, e 195, da Resolução n.O 67, de 1962,observado o disposto no § 2.0 do citado art. 102 da Constituiçãoo servidor João Felisberto Silva. no cargo de Assistente de 'TécnicáLegislativa, Classe Especial, Ref. 43, da Categoria Funcional de~ssistente Legislativo, CD-AL-DI2. 4) Nos termos dos artigos 101,ltem l, e 102, item I, alinea "b", <la Con.stituição, combinados comos artigos 183, Item lII, 184, 186, Item r alínea "b" e 193 itemlI, da Resolução n.o 67, de 1962, Maria. 'da Glória Peres Torelly,no .ca~go de Técnico Legislativo, CD-AL-Oll, Classe Especial, Re­ferencIa 57. 5) Proc. n.o 7.607179. José Boaretto. "Cuida este pro­cesso da aposentadoria, por invalidez, de José Boaretto, no cargode Inspetor de Segurança Legislativa, CD-AL-016, Classe Única,Re.fe.rência ~. O funcionário foi submetido a exames por JuntaMedIca espeCIalmente con.stituida, que () considerou definitivamen­te incapacitado para o serviço público, conforme se verifica dolauco datado de 31-5-79. Segundo intol"lna o Departamento dePessoal, a presente concessão enquadra-se nos artigos 101, itemr, e 102, item I, alínea "b", da Constituição, combinados com osartigos 183, item lI!, 184 e 186, item l, alinea >lb", da Resoluçãon.O 67, de 1962. Manifesto-me favoravelmente, de acordo com asinformações", Por proposta do Senhor Presidente a Mesa deter­mina. a consignação na ficha funcional dos servidores Juracy Fei­tosa Rocha e Ruy de Moraes Menezes, de voto de louvor pelosrelev!l:ntes serviços prestados a esta CMa. h) Aposentadoria. Al­teraçao. 1) Proc. n.o 7.906/77, José Maria Cyme Alves. "Seja con­siderado aposentado, a partir de 4 de d€zembro de 1977 nos termosdos artigos 101, item IU~ e 102, item I, alinea "a", da Oonstituição,combinados com os artIgos 183, item n, alínea "a" 186 item Ialínea "a", e 193, item lI, da IWsolução n." 67, de 1900, ~o carg~de Técnico Legislativo, Classe Especial, CD-AL-Oll, Referência 56".2) Proc. n.o 5.999/76 (anexos: 4.653/6" e 8.709178). Luisa Rozalinada Paixão. "Seja considerada aposentada, a partir de 27 de setem­bro de 1977, nos termos dos artigos 101, item lIIe '102 item Ialínea "a", da Constituição, combinados com os artigos 183 ite~n, alínea "a", 186, item I, a11nea "a", li 193, item I da Resolucãon.o 67, de 1962, no cargo de Técnico Legislativo Classe "O"CD-AL-On.8, Referência 53, com proventos 'correspondentes à.Clas~e Especial, Referência 57, observando-se o disposto no § 2.0do citado art. 102 da Constituição", 3) Prec. n.O 10.!Hl4178. MárioDias Lima. "Seja considerado aposenta,do no cargo de .Assistentede Plenários CD-AL-014, Classe Especi:al, Referência 37 mantidaa mesma fundamentação legal". 4) Proc. n.o 3.140/77. RobertoDeomecias Bernardes. "Seja considerad,o aposentado no cargo deAssistente de Plenários, Classe "D", CD-AL-014.4 Referência 34mantida a mesma fundamentação legal". 5) Pro~. n.O 12.667/79:Paulo R;ocha. "Seja considerado aposentado no cargo de TécnicoLegISlatIVO, CD-AL-Ol1, Classe Especial. Referência 57. mantidasas vantagens cO!lj),cedidas e a mesma fundametação legal; 6) ProC".n.o 9.139/79. Sgualdo Chlanelli. "Seja eonsiderado aposentado nocargo de. Assistente de Plenários, CD-AJL-014, Classe Especial, Ref.37, mantlda a mesma fundamentação IE!gal". 1) averbação do tem.-

po de serviço. Procs. n.os 3.093175 e 15.068179. Luiz Roberto VilelaMenegaz. "Luiz Roberto Vilela Menegaz', Técnico Legislativo, Clas­se EspEcial, solicita averbação do tempo de serviço constante decertidão. Informa o Departamento de Pessoal que o requerentefaz jus 11 averbação de 1. 047 (hum mil e quarenta e sete) dias deserviço pre,stado ao Banco do Estado de Minas Gerais S.A., noperiodo de 22-4-61 a 3-3-64, sendo 1. 022 (hum mil e vinte e dois)dias de efetivo exercicio" nos termos do art. 140, item IH, da Re­solução n.o 67/62, e 25 (vinte e cinci)) dias de licença para trata­mento de ,~aúde, computados apenas para efeito de aposentadoriae disponibilidade, com base no parágrafo único do mesmo artigo.Pelo <:!eferimento, de acordo com as informações". j) averbaçãodo tem]j}Q de serviço e gratificaçáo adicional. 11 Proc. n.° 13.003/79.Edson earlm Mota. "Edson Carlos Mota, Médico, Classe "C" soli­cita averbação do tempo de serviço constante de certidão. Segundoinforma o Departamento de Pessoal o requerente faz jus - nostermas do art. 140, item lI, da Resolução n.o 67, de 1962 - à aver­bação de 270 (duzentos e setenta) àias de efetivo exercício pres­tados ao Ministério do Exército (TO n." 60, de Uberlândia-MG);e, conseqüentement~, à gratificação :adicional de 15%, a partir de.18-4-78, com base no art. 171 da ml'sma resolução e observado {)disposto no art. 3,0 da Lei n.O 5.902173. Pelo deferimento. deacordo com as informações"; 2) Proc.. n.o 14.544/79. Fernando Sou­za Sereno. "Fernando Souza Sereno, A-",sistente de Técnica L=gisla­tiva "C", solicita averbação do tempo de serviço constante de cer­tiçlão, bem como concessão da gratificação adicional. Informa oDepartamento de Pessoal que, tendo em vista a decisão da Mesade 29-11-78, ao aprovar parecer desta' Secretaria no proc. n.o 292/74,o requerente faz jus - nos termos do art. 140 item UI da Resolu­ção n.O 67/62 - à averbação de 642 (seiscenU;s e quaÍ'~nta e dois)dias de efetivo exercício prestacos à Fundação Ho.spitalar do Dis­trito Federal, no periodo de 10-11-66 a 12-8-68; e, consequentemen­te, à gratificação adicional de 5%, a partir de 27-8-77, com baseno art. 171 da mesma resolução e observado o dispcsto no art. 3.0da Lei n.O 5.902/73. Pelo deferimento de acord-o com as informa­ções"; 3) Proc. n.o 3.153177. Rita Santa de- Oliveira. "Rita Santa deOliveira, Assistente de Técnica Legislativa "C", solicita averbaçãoco tempo de serviço constante de certidões, bem como concessãoda gratificação adicional. Segundo informa o Departamento dePessoal,_ a requerente faz jus - nos termos do art. 140, item l, daResoluçao n.o 67, de 1962 - à averbacão de 5.650 (cinco mil seis­centos e cinqüenta) dias de efetivo exêrcicio prestados à PrefeituraMunicipal de Ipu-CE, no periodo de ~~-3-59 a 18-4-67 =: 2.'970 dias,e ao Governo do Estado do Ceará, no periodo de 19-4-67 a 31-3-75:;=, 2.680 dias; e, consequentemente, t,em direito à gratificação adí­cional de 15% a partir de 28-9-76, com base no art. 171 da mesma.Resolução e observado () disposto no art. 3.° da Lei n.o 5.902173.Pelo deferimento, de acordo com as informações". k) averbação detempo de serviço relativa a filiação ao INPS. E gratific.ação adicio­nal. IIProc. n.O 16.783179. Antonio Estanislau Gomes - no totalde 2.056 (dois mil e cinqüenta e seis) dias de servico' 2)Proc. n.o 7.241/79. lraídes MilhomE!m da Silva - no tlJtal de2.538 (dois. mil, quinhentos e trinta e oitol dia.~ de servi­ço; 3) Proc. n.O 16.254/79. lves de Freitas - no total de 892 (oi­tocentos e .noventa e dois) dias de serviço. Prosseguindo. a Mesaresolve: a) Aprovar o parecer do Senhor l.°-Secretário, favorávelao Projeto de Resolução que "dispõe sobre o provimento de cargos,e dá outras providências'; b) Conceder vista ao Senhor 3.0 -Secretá­rio do Proc. n.O 7.426/79, referente a transformação de cargos va­gos; c) Deixar de acolher o pedido de requisição do funcionárioLuiz Carlos Gomes Mendes, pelo Governo de Minas -Gerais. Emseguida, o Senhor 1.°-Secretário relata o seguinte expediente: "OSenhor Diretor-Geral em expediente dirigido ao Senhor Presi­dente, por solicitação de diversos setores da Casa, propõe a con·tratação de datilógrafos e operadores de telex, em faCe da exis­tência de vagas. De fato, reiteradas são as manifestações juntoa esta Secret-aria, no que concerne à escassez de pessoal 'apto àexecução de serviços datilográficos, notadamente para atendimen­to às atividades legislativas da Casa. Essa deficiência de recursoshumanos, no caso especifico, tem-se demon&trado fato incontes­te, -até mesmo para o desempenho dE! tarefas de caráter inadiável.Há, pois, que adotar providências correspondentes a necesidadessobejamente identificadas. Somos, em conseqüência. favoráveis àscontratações propostas, devendo os; datilógrafos ser recrutado.satravés de processamento especial, realízado diretamente peloltórgãos interessados, -onde os servidores deverão. ser lotados, flcan.

, do desde já vedada a tran.sferência dos mesmos para outros setores..0 recrutamento será realizado, conforme discriminado a seguir:- Diretoria Legislativa -' 30; Diretoria Administrativa - 22; Ga­binetes Membros da Mesa - 12; Coordenação de Apoio Parlamen­tar .- 6 = Total 70. Dito recrutamento efetuar-se-á de imediato,nos moldes e condições já objeto de autorização anterior da Mesa(Ata de 15-5-79), em situação de idêntica premência. De -acordoigualmente, quanto à contratação de operadores de telex, pro.'cedendo o órgão interessado ao respectivo recrutamento. Este, oparecer". A Mesa aprova o parecer. Quanto à requisição do servi­dor Ataliba Luiz Mata Teixeira, Técnic-o Legislativo, Classe Es­pecial, feita pelo G-overno do Distrit.() Federal (Proc. n.o 15 945179).

9440 Quinta-feira 13 DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) SetenJbro de 1~79

ATO DA MESA N.o 24, de 1979

Ficam estabelecidos os seguintes prazos:I quarenta e cinco I dias para. a tarefa discrimInada. noI - 45

item I;

II - 60 Isessenta) dias para a tarefa discriminada nos itensII e III;

lU - 60 'sessenta) dias para a tarefa compreendida no itemIV; e

que venham a simplificar o processo através de modernização dosm€todos. equipamentos p serviços;

UI - analisar o processo decIsório. propondo, quando for ()caso. a descentrallzacão e aelega<;ao de competéncia. determinandoo grau de controle nos vários níveis, de acordo com a importânciadas decisces,

IV --- elaborar minuta de projeto de reformulação da estruturaatual;

V - elaborar os regulamentos e manuais de serviço de formaa disciplinar o funcionamento dos trabalhos administrativos daCasa:

Art. 2.0

IV - 90 inoventa) dias para a elaboração dos Instrumentosprevistos no item V.

Parágrafo único. Os prazos previstos neste artigo sào con­tados a partir da instalação do Grupo.

Art. 3.° Fic:! del-.?gJ.da [t') Prim?iro-8-ecretário competênciapara a designação do pessoal integrante e do coordenador do Gru­po, assim como para a fixação da gratificação, conforme previstono art. 259 da Resolução n.o 20. de 1971.

Sala das Reuniões. 28 de agosto de 1979. - Flávio Marcílio,Presidente da Câmara dos Deputados.

ATO DA MESA N.O 25, de 1979

Altera o art. 2.° do Ato da Mesa on.o 15, de 1979.

A Mesa da Câmara dos Deputados, nos termos do art. 14 doRegimento Interno. resolve:

Art. 1.0 O art. 2.0 do Ato da Mesa n.O 15. de 1979, passa a tera seguinte redação; "

·'Art. 2.° O auxilio-moradia consistirá numa comolemen­tacão financeira fixada em CrS 20 000,00 (vinte mil cru-zeiros I mensais." .

Cria Grupo-Tarefa destinado a realizar a implanta­ção de serviços nos .'\.nexos UI e IV.

'A Mesa da Câmara dos Deputados, no uso das atribuições quelhe conferem os artigos 258 e seguintes da Resolução n.o 20, de 1971,e art. 286 do Regimento Interno, e. ainda, tendo em vista a cons­trução do Anexo IV e a conseqüente transferência de serviços parao novo edifício. resolve:

Art. 1.0 Fica criado Grupo-Tarefa. integrado por 5 1cinco)funcionários, destinado la. promover a implantação de serviços nosAnexo li e IV da Câmara dos Deputados.

§ 1.0 O trabalho a ser realizado consistirá na centralizaçãl,)de todas as atividades inerentes à implantação dos referidos ser­viços, tais como propostas de aquisição e recuperação de móveise aparelhos diversos. fixação de pessoal técnico I eletricidade e hi­dráulica). de copa, ,;egurança. portaria, localização de portarias enúcleos do Servlco ue ",·,,1.1.. ue, PÚbllCJ.'i ? DcpJ.rtamento Médico.assim como as relações entre a Câmara dos Deputados e a empre­sa construtora, na fase de acabamento, e outras atividades cor­relatas.

* 2.0 O trabalho a ser realÍlMl;do partirá. em principio, dos. projetos existentes, devendo o grupo elaborar projetos de qualquer

natureza necessários à consecuçáo dos objetivos colimados.Art. 2.0 O prazo para os trabalhos coincidirá com a Implanta­

ção dbs serviços.

Art. 3.° FicJ. delegada competência ao Primeiro-Secr,etáriopara a designacão do pescoal integrante e do Coordenador do Gru­po, assim como para a fixaçâo da- gratificaçâo. conforme previstono art. 259 da Resoluçáo n.o 20, de 1971.

ATO DA MESA N.o 23, de 1979 Parágrafo único Entre os integrantes do Grupo deverá. ha-i ver um Arquiteto e um Técnico de Administração.

Constitui Grupo-Tarefa para analisar a estrutura e ofuncionamento dos serviços administrativos da Câmara Art. 4.° Este ato entrará em vigor na data Ele sua publicaçâo.dos Deputados. Câmara dos Deputados. 28 de agosto de 1979. - Flávio Mal'-

A Mesa da Câmara dos Deputados. no uso de suas atribuições, dUo. PresLdente da Câmara dos Deputados.notadamente o disposto no art. 258 e seguintes da Resolução n.O 20.de 30 de novembro de 1971, e considerando a necessidade de dina­mizar e simplificar o funcionamento dos seus serviços administra­tivos. resolve:

Art. 1.0 Constituir Grupo-TarefJ. integrado por 7 ,sete) fun­cionários. com a seguinte finalidade:

I - proceder ao levantamento das atividades desempenhadaspelas unidades administrativas e do pessoal necessário. e elaborarproposta de lotação adequada para cada área;

fI - proceder ao levantamento das respectivas rotinas; ana­lisar as possiveis superposições de tarefas, sugerir modificações

a Mesa, à vista do relatório & eSnhor 1.°~rio, resolve de­ferir o pedido sem ônus parae~ -Paütã"ã'Õ Senhor2,o-Secretárío. A Mesa aprova os pareceres favoráveis de Sua Ex­c·clência nos seguintes Projetos de Resolução: - que "autoriza oDeputado Magnus Guimarães e outros a participar de missão cul­tural no ext!lrior"; - que "autoriza o Deputado Divaldo Suruagya participar de missão cultural no exterior; - que "autoriza oDeputado Stoeg~el Dourado a participar de missão cultural no ex­terior", - que "autoriza o Deputado Ald:;, Fagundes a participarde missão cultural no exterior"; - que "altera dispositivos do Re­gimento Interno da Câmara dos Deputados"; - que "autoriza oSenhor Deputado Fernando Lyra a participar de missão culturalno exterior", Em seguid:a. o Senhor 2,0-Secretário devo!':e o re­querimento de informações. de autoria do Deputado João Cunha,M Senhor Ministro das Minas e Energia, "sobre a permissão dadaa multinacionais para participarem da distribuição do álc~ol anl­dro, por ato do ex-Presidente Ernesto Geisel", que solicitara vista,com parecer favorável ao parecer do relator, Senhor 1° Vice­Presidente, que conclui pelo encaminhamento das questões n.OS 5e 6. Prosseguindo, a Mesa aprova o parecer verbal do Senhor 2.0­Secretário, pelo deferimento dos pedidos de licença para trata­mento de saúde, feitos pelos Deputado'Js Thales Ramalho ide 15a 30-6-79) e Mauro Sampaio (de 19 a 30-6-79l. VI - Pauta do Se­nhor 3.0-Secretário. A Mesa resolve: aI PJr proposta do Senhor3.D-Secretário ,e tendo em vista o disposto no art. 1.0 da Reso­lução n.O 17, de 1979, fixar em 42 (quarenta e dois) o número deempregos de jornalistas, autorizando 'a contratação de pessoal parapreenchimento dos respectivos claros existentes; b) autorizar aaquisição. pela Câmara dos Deputados de 420 4quatrocentos evinte) exemplares do Anuário de Brasilia; c) tendo em vista asolicitação do Senhor 3.0-Secretári? autorizar a contratação. peloperiodo de até 180 (cento e oitenta) dias, de Salustlano MesquitaPinto e Benone Jerônimo Ferreira, como fotógrafos laborataris­tas; d) autorizar a assInatura, pela Câmara dos Deputados, de 450exemplares da revista "Textos e Documentos", pelo prazo de 6(seis) meses. VII - Pauta do Senhor 4.0-Secretário. Sua Excelên­cia relata o seguinte expediente: "Em virtude da insuficiência deunidades residenciais funcionais, destinadas a abrigar os parla­mentares no exercício do mandato, houve por bem a Mesa baixaro Ato n.o 15. de 1979. através do qual se concede um auxílio-mo­radia no valor de Cr$ 15.000,00 I quinze mil cruzeiros I ao Deputadonão contemplado com unidade funcIonal da Câmara dos Depu­tados. A mediaa foi adotada tomando-se por base o custo das diá­rias dos hotéis de Brasília, cuja média, à. época, oscilava entreCr$ 800,CO (oitocentos cruzeiros) e Cr$ 900,CO (novecentos cru­zeirosJ. Ocorre que, em virtude de reformulaçõe.s aprovadas pelaEMBRATUR para os principais estabelecimentos hoteleiro" destaCapital, aliado ao acréscimo da tabela estabelecida pela SUNAB,o valor daquelas diárias passou a oscilar entre Cr$ 1.80000 (ummil e oitocentos cruzeiros) e Cr$ 1. 900,00 (um mil e novecentoscruzeiros). o que representa um acréscimo aproximado de 120%(cento e vinte por cento I. Desta feita, tenho a honra de propor aVossas Excelências seja alterado o valor estabelecido no art. 2.0

00 aludido Ato n.o 15, elevando-se para Cr$ 20.000.00 I vinte milrruzelros) a complementação financeira a ser concedida a titulode 'auxilio-moradia a deputado ainda não contempado com uni­dade funcional da Câmara dos Deputados, respeitadas as condiçõesanteriormente estabelecidas. Submete o assunto à aprecIação deVossas Excelências, informando que ouvidos os órgãos competen­tes da Casa estes confirmaram a existência de recursos orcamentá­rios apropriados". A Mesa aprova o parecer e, em conseqüência,baixa o Ato da Mesa n.O 25, de 1979, que vai publicado ao final daalia. Nada mais havendo a tratar, às 12 horas, o Senhor Presiden­te suspende a reunião por 15 minutos. a fim de ser lavrada apresente ata. Reaberta a reunião, é a ata lida e aprovada. Eu,Paulo Affonso Martins de Oliveira, Secretário-Geral da Mesa, la­vrei a presente ata, que vai à publicação. - Flavio Mareilio, Presi­dente da Câmara. dos Deputados.

Setembro de 1979 DlARIO DO ÇONGRESSO NACIONAl. \Seção I) Quillta·fl~ira 13 9441

Art, 2.° Os efeitos financeiros deste ato vigol'am a partir deL" de setembro de 1979.

Art. 3.° Revogam-,'3~ as disposiçõell em contrário.Sala das Reuniões, 28 de agosto de 1979. - Flávio Marcilío,

Presidente da Câmara dos Deputados.

PORTARIA N.o LT-358!79O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no

uso das atribuições que lhe conferem Oi art. 147, item XV, da Re­solução n.O20, 'de 30 de novembro de 19n, o art. 3.0 do Ato da Mesan,O 23, de 27 de maio de 1976, e tendo e vista o disposto no art. 4.0

do Ato da Mesa n.O 33, de 27 de aio die 1976, 'resolve admitir, deacordo com a Resolução n.O 9, de 197i5, Maria Cesário de SousaMurici para exercer, sob o regime da Consolidação das Leis do Tl'a­balho, o emprego da Categoria Funcional de Auxiliar Operacionalde Serviços Diversos, Código LT-CD-N:M-1006, Classe A, Referên­cia 05, da Tabela Permanente da Câm:a.ra dos Deputados.

A presente Portaria serâ automatícamente considerada semefeito, caso o candidato não entre em exercício no prazo de 30(trinta) dias, contados da data de SUH publicação.

Diretoria-Geral, 12 de setembro de 1979. - José Fererira deAquino, Diretor-Geral.

PORTARIA N.o LT/F"C/493179

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, nouso das atribuições que lhe confere o ar't. 147, irem XV, da Resolu~

ção n.o 20, de 30 de novembro de 1971, resolve admitir Alberto Dutra.de Avila, de acordo com a Resolução n.O 66, de 17 de março delJJ78 e o Ato da Mesa n.O 75, de 4 de abril de 1978, para exercer.sob o r~gime da Consolidação das Leis do Trabalho, a função deSecretário de Gabinete Parlamentar, a partir de 16 de agosto de1979.

Diretoria-Geral, 23 de agosto de 1979. -' José Ferreira deAquino, Diretor-Geral.

POR~ARIA N." LT/F'C/5D3/79

O Diretor-Geral dá Secretaria da Câmara dos Deputados, nouso das atribuições que lhe confere o art. 147, ire XV, da Reso­lução n.O 20, de 30 de novembro de ~l971, resolve dispensar, deacol'do com o disposto no Ato da Mesa n.o 7õ, de 4 de abril de1978. Terezinha Linhares Barbosa, Auxiliar de Gabinete Parla­mentar. a partir de 1 de agosto de 19'/9.

Diretoria-Geral, 12 de setembro ele 1979. - José Ferreira deAquino, Diretor-Geral.

PORTARIA N,o LT/F'C/504179

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, nouso das atribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resolu­ção n.o 20, d~ 30 de novembro de 1971, resolVê dispensar, de acordocom o disposto no Ato da Mesa n.O '15, de 4 de abril de 1978,SOnia Furquim GoulartCury, Secretária de Gabinete Parlamen­tar, a partir de 1 de agosto de 1979.

Diretoria-Geral, 12 de setembro ele 1979. - José Ferreira deAquino, Diretor-Geral.

PORTARIA N.o LT!F'C/505/79O 'Diretor-Geral da Secretaria da Câmara d0.'3 Deputados, no

uso das atribuições que lhe tonfere o art. 147, iOO XV, da Resolu­ção n.O20, de 30 de novembro de 1971, resolve dispensar, de acorliocom {) disposto no Ato da Mesa n,o 75, dei 4 de ablil de 1978, RobertoCa.s€iro Belinati, Assistenre de Gabinete Parlamentar, a partir de 3de agosto de 1979. .

Diretoria-Geral, 12 de setembro de 1979. - José Ferreira deAqUÍllo, Diretor-Geral.

PORTARIA 1'1.0 LT!F'CfS06179O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no

uso das atribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Re­solução n.o 20, de 30 de novembro de 1971, resolve dispensar, deacordo com o disposto no Ato da Mesa n,o 75. de 4 de abril de1978. Irene Maia Cavalcanti, Auxiliar de Gabinete Parlamentar,a partir de 10 de agosto de 1979.

Diretoria Geral, 12 de setembro dl~ 1979. - José Ferreira. deAquino; Diretor-Gera.t /

PORTARIA N.O LT/F'C/507179

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, nouso das atribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Reso­lução n.o 20, de 30 de noyembro de L971, resolve dispensar, deacordo com o disposto no Ato da Mesa n.O 75, de 4 de abril de1978, Rosania Vasconcelos de Azevedo, Auxiliar de Gabinete Par­lamentar, a partir de 14 de agosto de 1979,

Diretoria Geral, 12 de setembro de 1fJ79. - José Ferreira deA.quíno, Diretor-Geral.

PORTARIA N.o L'.ll'/FC/5D8179

O Diretor-Geral da S~cretaria da Câmara dos Deputados. nouso (las atribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Reso­iução n.o 20, de 30 de novembro de 1971, resolve dispmsar, deacordo com o disposto no Ato da Mesa n,o 75, de 4 de abril de.1978, Doriana Maria de Carvalho, Auxiliar de Gabinet:l Parlamen­tar, a partir de 14 de agosto de 1979.

Diretoria Geral, 12 de setembro de 1979. - José Ferreira deAquino, Diretor-Geral.

PORTARIA N.o LT/FC/509179

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos D,iputados, nouso das atribuiçõe.s que ';he confere {) art. 147, item XV. da Reso­lução n,o 20, de 30 de novembro de 1971, resolve dispensar, deacordo com o disposto no Ato da Mesa' n.O 75, de 4 de abril de1978, Ivone Muraro da Silva, Secretária de Gabinete Parlamentar,a partir d,e 15 de agosto de 1979. -

Diretoria Geral, 12 de setembr{) de 1979. - José Ferreira deAquino, Diretor-Geral.

PORTARIA N.o LT/FC/510179

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, nouso das atribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Re­solução n.o 20, de 30 de novembro de 1971, resolve dispensar, deacordo ,com o disposto no Ato da Mesa n.o 75, de 4 de abril de1978, José Nail'ton Quezado Cavalcante, Assistente de GabineteParlamentar, a partir de 16 de agosto de 1979.

Diretoria Geral, 12 de setembro de 1979. - José Ferreira. deAquino, Diretor-Geral.

PORTARIA N.o LT/FC/5I1179

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, nouso das atribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Reso­lução n.O 20, de 30 de novembro de 1971, resolve dispensar, deacordo com o disposto no Ato da Mesa n,o 75, de 4 de abril de1978. Eduardo Leite Ba:daccl, Assistente de Gabinete Parlamen­tar, a partir de 16 de agosto de 1979.

Diretoria Geral, 12 de setembro de 1979. - José Ferreira. deAquino, Diroetor-Geral.

PORTARIA N.o Mr/FC/512179

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, ;lauso das atribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Reso­lução n.o 20, de 30 de novembro de 1971, resolve dispensar, deacordo com o disposto no Ato da Mesa n.o 75, de 4 de abril de1978, Rell:ina Helena Padilha Moraes, Secretária de Gabinete Par­lamEmtar, a partir de 30 de agDsto de 1979.

Diretoria Geral. 12 de setembro de 1979. - José Ferreira. deAquino, Diretor-Geral.

PORTARIA N.o L'I~/FC/513179

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, nouso das atribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Reso­lução n.O 20, de 30 de novembro de 1971, resolve dispensar, deacordo com o disposto no Ato da Mesa n.O 75, de 4 de abril de1978, Francisco dos Santos Araújo.. ~lecretário de Gabinete Parla­mentar, a partir de 30 de agosto dl~ 1979.

Diretoria 'Geral, 12 de setembro de 1979. - José Ferreira deAquino, Diretor-Geral.

PORTARIA N.o L'I~/FC/5I4179

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, nouso das atribuições que ~he contere <) art. 147, item XV, da Reso­

Jução n.o 20, de 30 de novembro de 1971, resolve dispensar, deacordo com o disposto no Ato da Mesa n,o 75, de 4 de abril de1978, Glaucia Amélia Silveira Barbosa, Auxiliar de Gabinete Par­lamentar, a partir de 31 de agosto de 1979.

Diretoria Geral, 12 de setembro de 1979. - José Ferreira deAquíno, Diretor-Geral.

PORTARIA N.o LT/FC/515179

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no'Uso das atribuições que lhe confere o art. 147. item XV, da Re·solução n,o 20, de 30 de novembro de 1971, resolve dispensar, deacordo com o disposto no Ato da Mesa n.O 75, de 4 de abril dE:1978, Tânia Augusta de Lima Merola, Assistente de Gabinete Par­lamentar, a partir àe 2.1 de maio de 1979.

Diretoria Geral, 12 de setembro de 1979, - José Ferreira deAquíno, Diretor-Geral.

PORTARIA N.O LT/FC/516179

O Diretor-Geral àa Secretaria da Câmara lias Deputados, nouso das atribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Resohl­ção n.O 20, doe 30 de novembro de 19n, resolve admitir Maria Ma-

9442 Quínta-feira 13 DIARIO DO CONGRESSO NACION~L (SeC;ão 1) Setembro de 1979

---------------------~ ... -

bel Dantas Mariz, de acordo com a Resolução n.o 66, de 17 demarç<l de 1978 e o Ata da Mesa n.o 75, de 4 de abril de 1978. paraexercer, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho, afunção de Secretária de Gabin~te Parlamentar, a partir de 3 desetembro de 1979.

Diretoria G·eral, 12 de setembro de 1979, - José Ferreira deAquino, Diretor-Geral.

PORTARIA N.D LT/FC/517179

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, nouso das atribuições que lhe confere o art. 147, item XV, da Reso­lução n.O 20, de 30 de novembro de 1971, resolve admitir MagdaHelena Tavares Chaves, de acordo com a Resolução n.o 66, de 17de março de 1978 .e o Ato da Mesa n.O 75, de 4 de abril de 1978,para exercer, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho,ao função de Secretária de Gabinete Parlamentar, a partir de 4de setembro de 1979.

!>iretoria Geral, 12 de setembro de 1979. - José Ferreira deAquino, Diretor-Geral.

CAMARA DOS DEPUTADOSCOORDENAÇAO DE SELEÇAO E TREINAMENTO

EDITALCONCURSO PúBLICO PARA TJtÇNICO .LEGISLATIVO - C. 1179

(Area de Pesquisa Legislativa)Torno público, para conhecimento dos interessados. que foram

habilitados na prova de Constituição Federal. Regimento Internoe Estrutura Administrativa da Câmara dos Deputados do concur­so acima referido os seguintes candidatos:

1) 0005 Maria José Dias Silveira 92,752) 0007 Pedro de Oliveira 81,753) 0010 Marli ElIzabeth Schreiber 89,504) 0011 Maria Delphina dos Santos Martins 95,505) 0012 Luiz Carlos Rodrigues Teixeira 89,506) 0017 órion Gonçalves da Silva 83,507) fi024 Francisco Bahia Margalho 61,008) 0027 Eni Maria Araújo 8erzanink 83.509) 0042 Corclno Medeiros dos Santos 74,75

10) 0049 Joel Faria de Abreu 92,0011) 0054 Antonila da França Dardoso 93,5012) 0057 Myrthes de Souza da Silva 78,0013) 0067 Maria Angela Fraga 96,2514) 0070 Marilda Montenegro de Ávila e Silva 77,0015) 0077 Veraluce Barbosa Viegas 67,0016) 0078 Domingos Antánio Campagrlolo 87,2517) 0092 Maria Lélia de Amorim 93.0018) 0100 Joana D'Arc· Fernandes de SOuza e- Silva 84,2519) 0115 Maria Angela Pereira Dlhiz 61,2520) 0117 Zilã Dias 76,0021) 0119 José Borges de Oliveira 65,7522) 0122 Sandra Lessa Lopes Navas 67,7523) 0123 Marlse Ribeiro Guimarães Monteiro 74,8524) 0126 Tanta Yeda de Almeida 93,5025) 0128 Inez Rocha Mendloyitz 91,7526) 0129 Maria da Graça Pinto Fernandes 74,7527) 0130 Milcy Souza Ferreira 61,5028) 0146 Anette Bezerra Bandeira 79,2529) 0149 José Veiga Filho 89,50SO) 0150 Benedito Romeu de Oliveira 72,00S1) 0156 Marta Coeli de SOU71ll. 91,5032) 0161 Marta Dalabela de Lima Alonso 98.0033) 0177 Helena Pessoa cantarino 89,5034) 0185 Maria Ricardlna Sobrinho de Almeida 78,0035) 0195 Iza Maria Martins Silm 94,50S6) 0196 Santa Catarina Martins Telles 82,2537) 0199 Laércio Monteiro da Rocha 66,6038) 0202 Maria Salete de Lima 85,0039) 0204 Angela Maria Jardim Martins 91,0040) 0208 Gracinira Lopes da Silva 85,5041) 0210 Marilena Gouveia Coimbra 85,7542) 0220 Mont Serrat Machado de Gouveia oMnteiro 80,254S) 0221 Arismar Lima Melo 78,5044) 0222 Maria Belmino Evangelista 81,0045) 0228 Ildenir Maria Braga Coutinho 87,0046) 0236 Antonio Maria de Moreira Mesquita 92.0047) 0241 Jacob Batista de Castro 74,2548) 0251 Maria Rosa Veiga 73,0049) 0258 Albertina Paula Ribeiro COsta 86,5050) 0276 Josimira Ribeiro Alves 95,0051) 0283 Luzia de Almeida Pinto Kirjner 89,75

Nota

65,2570.8568,2592,2574,5081,0072,5Ü'85,5083,7573,2574,0095,7094,2586,0092,50iO,2596.00

100,0084,7569,2587,8595,0095,2593,7568,7564,3587,0080,0082,5092,7562,25652584,7579.2590,0093,0087,0095,5088,5079,5091,5094.2572.2583,2568,5078,2579.5093,0080.2592,2589,0060,7586,7562,5078.2592,5082,0074.2-579,0091,0068,5088.0089.5065,0076.8592,7570,2568.2569,2578,5078,0077,5090,0082,7579,7579,50822579,2-584,0094,5083,7588,5068,2573,00

Inscri-ção Nome

521 0292 Dalia Maria de Barros Mello53) 0298 Nesildo César de Almeida Cardoso541 0300 Domingos Sávio Lima Dourado55) 0313 Eliane Maria Costa de Paula56) 0329 Marlene NevBs Rego Pereira57) 0332 Iris Maria Veloso Arruda58) 0337 Daize Carvalho Sousa59) 0340 Maria Helena da Silveira e Silva Melo60) 0344 Emi Vera Renz61) 0354 Carlos Antonio Araújo62) 0359 Aparecida Corrêa Porto63) 0366 Elizabeth Pinheiro Dias64J 0370 Iara Araújo Alencar Aires6.51 0377 Jair Barbosa66) 0378 Mary Fonseca Guimarães67) 0380 Maria Zulene Farias Lima68) 0384 Joaquiniana Rodrigues de Mello69) 0394 Margarida Maria Bevilacqua de Lisboa Vaz70) 0396 Esterllna Braz da Silva71) 0397 José Guedes de SOuza72) 0403 Sandra da Rocha Manno de Oliveira.73) 0422 Lucia Idalina Narciso Soares74) 0426 Floripes Machado Rocha Figueirôa75) 0427 Dirce Benedita Ramos Vieira Alves76) 0440 Odete Paes SilV'a77) 0455 Lueilla Helena do Carmo Garcez78) 0461 Claudio de Barros Goulart79) 0462 Nelma Cavalcanti Bonifácio80) 0466 Marilia Burnett Motta81) 0470 Maria Dóris Rapóso de Vasc<lncelos Maia82) 0474 Alaor Assis Fernandes83) 0476 Sirlene Gomes de Oliveira84) 0487 José Heráclito Gomes85) 0499 Vera Lúcia Chaves86) 0500 Marilda Soares87) 0502 Maria José da Fonseca Maia88) 0503 Teresinha Aparecida de Resende89) 0513 Márcia Marcello Nunes Leal90) 0519 Nalhou Oliveira Alenoar91) 0521 Terezinha Pereira do Carmo92) 0528 Guilhermina Lara Diniz Antônio93) 0536 Adélia Lúcia. Arruda Santos Gil94) 0547 Eliane Cunha e Cruz Vieira95) 0552 Francisca Leal Aires96) 0553 Yolanda Mari·a Bahia Monteiro97) 0557 Nelda Mendonça Raulino98) 0571 Creuza Maria de Lima99) 0586 Jane Queiroz Marques da Cruz

100) 0587 Walter Romero Menon101) 0594 Maria Isabel Romero Menon102) 0599 Marcos Cesar Lopes da Rosa103) 0611 Alexandre Nunes Rodrigues104) 0616 Sandra Mara Mota Pinto Scafutto105) 0618 Anisiana Jacobina Aires106) 0622 Eglacy Porto Silva107) 0640 Neuza Madsen Arruda108) 0643 Maria Aparecida Couto Teixeira109) 0644 Cecilia Yullco Matsunaga Yamagutl110) 0647 Mariana Balby Silva111) 0678 Maria Lúcia Magalhães Rovo112) 0680 Therezinha Medeiros Maia Braga113) 0704 Edilza Maria de Farias114) 0705 Ednalva Maria Guimarães Farias de DavId115) 0706 Artêmlo de David116) 0713 Marilena Fernandes de Barros Costa Azevedo117) 0717 Lucia Maria Guimarães Lósslo118) 0718 Aloyzio Niemeyer119) 0722 Gilvan Lucena Bezerra120) 0732 Maria das Graças Monteiro dos Santos121) 0736 João de Lima Marques122) 0746 Ideliza Amélia de Araújo123) 0751 Mirian dos Reis Coelho Resende124) 0752 Otávio Gracco125) 0764 Ruth Leite126) 0766 Frances SOares Vieira127) 0768 Patrícia Baldulno de Sousa128) 0776 cecília Silva Guedes Alcotorado129) 0777 José do Canno Ferreira130) 0793 Lourdes de Melo Carva'ho131) 0794 Anamélia Ribeiro Correia de Araújo132) 0795 Mari'a da Graça Calvet de Castro133) 0800 Anisia Baptista Martins Filha134) 0801 Gerardo Peixoto Magalhães135) 0809 Lourdes Bomtempo de Mendonça

NotaNomeInscri­

ção

Setenlbro de 1979.. DIARIO DO CONGRESSO NACIONAL- (S«!çíio I)

Brasilia, 4 de setembro de 1979. _. Lucy Maciel Neiva, Dire­tora da CST.

-------------------------

61,00BO,OO84,0062,00

Brasília, 10 de setembro ele 19n1. - Lucy Maciel Neiva, Dire­tora da CST.

CÂMARA DOS D'I5PUTADOS

COORDENAÇAO DE SELEÇAO E TREINAMENTOEDITAL

CONCURSO PúBLICO PAR{\. TÉCNICO D.ELABORATóRIO - C 2179

Torno publico, para conhecimento dos interessados, que foramhabilitados na prova de CONHECIMENTOS TÉCNICOS na áreaàe LABORATóRIOS MÉDICOS (ESCRITA) do concurso acimareferido os seguintes candidatos:

Inscrição Nome Nota

ObjetoConvocação de candidatos aprovados nl1 prova de Conheci­

mentos Técnico sua área de Laboratórios Médicos (ESCRITA) doConcurso Publico para Técnico de Laboratório da Tabela. Perma­nente ela Câmara uos DepuÍ'ados para a realização da prova. deConhecimentos Técnicos na área dll Laboratórios Médicos (PRA­TICO-ORAL) .

Data

Dia 15 de Setembro de 1979.

LocalLaboratório Exames Centro Médico - Av. W-3 -- Sul -

Qua. dra 716 - Bloco "B" - anelaI' TérreoHurário e D.oS de Inscrição

lJ horas

N.os 013 - 033 - 034 - 036

Observações - Os candidatos' deverão comparecer ao localda prova com antecedência minima de 30 minutos do horárioestabelecido para o inicio da prova tendo em seu poder:

a) Cartão de Inscrição1» Documento de Identiuade.Brasília, 11 <'le setembro <'le 1979. - Lucy Maciel Neiva, Dire­

tora da CST.

CÂMARA DOS DJi:I'UTADOSCOORDENAÇAO DE SELEÇAO E TREINAMENTO

EDITAL

CONCURSO PúBLICO PARA TÉCNICO DI&LABORATóRIO - C.2179

I) 013 David Andrade Micas2) 033 Vanderilo Rodrigues da Silva3J 034 América Marçal Almeida4) 036 Vicente de Paula Ferreira do Nascimento

..~.._-~--- . --_.- ...__..._----_ •._---

88.2593,0062,0089,5060,50êO,7563,7580.2582,7586,0090,5072,2591,5089,5079.5060,7581.7590,7561,5064,0073,6081,2580,0072,0069,0094,0063,5084,2576,5082,5070.6562,0084,0063,7565,0078,5077.7562,2571,2569,75'82,7583,0063,7584,0072,0077,2597,5064,2573,5062,7587,7S67.00

Nota

0811 Maria Aparecida de Lima0819 Maria Rita Rocha Miranda0821 Maria de Fátima Batista0829 Maria da Conceiçáo Lop€'s0839 JuJiu Toth Filho0841 Rlta Maria de Aguiar Coelho0863 Célia Apolínário de Alencar0867 Neuma Pinheiro Salomão Gonçalves0893 Irene Peixoto Britto0895 José Maria da Silva0913 Odila Geralda Valad'ares0928 Maria de Fátima Moraes Miranda0929 Maria de Fátima Siqueira0932 Antônia Lúcia Navarro Braga0936 Maria Aparecida dos Santos0939 Geraldo ele Brito Freire0940 Luís Antonio Violin0945 Suelena Pinto Bandeira0949 Heloisa Helena de Aguiar0951 Walkiria Melo de Oliveira Neves0958 Wilson Muniz Pereira09B4 Marcos Antônio de Carvalho0975 Danuza de Moraes e Castr·1)0977 Romildo Cavalcanti Correia da Silva1001 Helvécia Maria Roriz Azo1ino1003 Maria Naire Palhano Pinto1009 Assis Ruprest1017 Maria do Amparo Bezerm. da Silva1036 Maria José Guinlarães Miranda1056 Carmem Guimarães Amaral1073 Elena Anita Abran1084 Carlos Augusto de Campos Filho1101 Arnaldo Antonio de Sousa1110 Salomão Miguel de Sous<~

1139 Valquiria Queiroz de Oliveira1187 Gildete Desidério Rocha1197 Lauro Lima dos Santos Filho1198 Nilcéa Lopes Lima dos Santos1215 Valdemar Gomes Ribeiro1244 Paulo Vilas Boas Teixeira de Carvalho1255 Alzira Silva de Oliveira1259 Nágime Soares Raslan1267 Maria Luiza da Silva Mousinho1271 Benedita Ribeiro Oliva1278 Joaquim José da Costa1279 João Laurentino de Sousa1283 Maria Helena Coutinho de Oliveira1313 Nelci Aires de Alarcão1315 Maria Lucia Loureiro1318 Sonia Maria Pereira Munil\1333 Edith Franco Junqueira1360 Esmeralda Silveira e Reis

Inscri-ção Nome

13B)137)138)139)140)141)142)143)144)145J146)147)148)149)150)151)152)153)154)155)1561157)158)159)160)161)162J163)164)165)166)167)168)169)170)171)172)173)174)17,5)176)177)178)179)180)181)182)183)184)185)186)187)

Setembro de Ill'1t

i-_. -~-~'-~~~

Vice·Lideres:

Marcondes G:W"Iha.Adhemar SantíltoAirton Soare;;Alberto GolllmanAk..u (,ollaresAlvaro DiasCarlos CultaElquisson 80ar"sFrrnando (:oelhoI,'emando LyraHeitor Alencar Furtaào

João GílbertoOllacir Kleinp~heco ChavesWaltrr Silva.

MDR - MINORIA

LideI':

Freit-.s Nobre

II.RENA - MAIORIA

Llder:Nl'lson Marchezan

Vlce·Lideres:,,\frisio Vieira Lima.

Alcides Franci5N\toBonifádo de :\ndr.«!.C'antidio Sampai~

C'laulllno SalesDjalma. Bessa.Edison LobãoGerson CamataHugO MardiniHugO Na]loll'áo'bra11im Abi-,o\ckclJoão Lin11arcsJorge Arbaget\1arcelo Linhar..sNorton MacedoRÍfardo Fiuza

lHESA

:!JH4 Quinta-feira 13

Pre51Clente;Flávio Mareílio - ARENA

1."-Vice-Presidente:Homero Santos - MDB

:Z,"- Vice-PresIdente:Rt-na.tl> Azercdo -- MOB

I,"-Secretáno:Wilson Braga. _. ARENA

2."-Setretario:Epítácio ('afeteira .~ MOB

:l."-secretario;Ari Kffuri - ARENA

4,"-SecI'etano:Walmor de Luca - MOB

SUPLENTES

'I Nosser Almeida- ARENA

li I!aso Coimbra. - AR.ENA

J<>el Lima. -, MOBNabor Junior - MOB

II_.~-. . ~ __. ~._ ~__

DEPARTAMENTO DE COMISSOES

Fmncísco BenjamimGomes da Silvalbrahim Abl·Acll:elJairo MagalhãellJoacil PereiraOsvaldo MeloPaulo PImentelWalter de Prá.

MDB

SuplentesARENA

Magno BacelarManoel RIbeiroPaulo PllllentelRómulo GalvãoTelmo José Kirst

MDB

Lúcia ViveirOflOswaldo LimaSamir AchoaSérgio Ferrara

Aici!' PimentaAntonio ZacharlasAudãllo DantasFreita.s NobmJoão Arruda

Afr!sío Vieira LimaAntonio DiasAntõnio MarizAntôruo MOl'llllotoBrabo de CarvalhoClaudino SalesDjalma BessaErnanl SatyroFeu Rosa

Alair Fern:lraAntonio FerreiraEdIson LobãoFranCISCo .RossiLevy Dias

4) COMISSÁO DE CONSnrUlçAO E JUSTIÇAPresident{'" Dlatma Marinho - ARENA

Vice-Presidente Francisco Rossi - ARENAVice-Presidente: Lidovmo F'anton - MOB

TitularesARENA

REUNlOES

Quartas e qUintas-feiras. às lO;O() horasLocal: Anexo n - Sala fi - ftamall'l 653 e Illl.Secretária: lole Lazzarini •

Mendonça NetoModesto Silveira.Natal GaleOsvaldo Macedo.Roque MasSérgiu MunloTarcisio Delga.do

Supkntes

ARENA

Adhemar ãe BartOll Joslio Mendonça B«IernFilho Louremberg Nunl!lll

/3ol1lfacit> de hndrada. RochaCaio Pompeu Lui2; R<Jchll.Cantidio Sampaio Maluly NettoCélio Borja Nilson GibsonOardll(J Ayrell Osmar LeltA.oGeraldO Guedes Pedro ColllfIHugo Napoleáu Raimundo Dim.180 Losso Ricardo FIuza.

Antõnio RuSo,;()Cardoso AlvesEdgard I\lnori.lnEloy LenziJorge CUl'VJosé FrejatLub Cechllle1

MDB

JG de Araújo JorgtlJoão GilbertoJorge Paulo

TitularesARENA

João Carlos De CarllLúcio CionlMário stammRoberto Oalvani

MOB

Pedro FariaRonan TItoSamir Achoa

Suplentes

."RENA

Paulo LUstollll.Paulo TonellPedro SampaioPrisco Viana

MOB

Jader BarbalhoJoão ArI;udaJost' de Castro

Coimbra"ff:;1# Olivir Gabardo

3) (OMISSAO DE COMUNICAÇAO

Presidente lsrlleJ Dias-Novnel'l = MDBVice-PI'esidente: Jl.nt6nio Morais ~ MDBVice-Presidente: Vieira da SilVa " ARENA

REtTNrOES

Qual'tas e Quintas-feiras. w; 10:00 horlUlLocal: Anexo Il - Sala" - Ramal liMoSecretària: Maria Luzia Brandão

AlUizio Paragul\l!SUCarlos AlbertoCristina Tavaresn~tú1ii'1o nhu!:

Presidente; Fernando Cunha. .... MDaVít'e-Pl'esidente: Mário Moreira ~ MDBVice-Presidente: Vmgt Rosado ARENA

TitularesARENA

Alf!::Càl111r~ Machado Hugo MardiniAniSIO de Souza José PenedoAntonio F1orêncio Julio MartinsHuge Rodrigues Pedro Collin

da, Cunha

Haroldo SanfordJosué de SOuzaMagalhães PintoMoacyr Lopes.Nelson Morro

Adllemar SllntllloJorge UequedMario Frota

2} COMI5SÁO l>E CIENCIA E TECNOLOGIA

AlQérico CordeiroAlcebíades de OliveiraAntonio AmaralGerson CamataGióia Júnior

Alvaro DiasBenjamIm F'arahCarlo~ CottaCarlos Nelson

Titulare"ARENA

Joaquim GuerraJosé AmorímLevy DiasMelo FreirePedro GermanoSaramago Pinheiro'Sebastião AndradeVictor FOntana

MOBJosé FreireMário HatoMendes de MelloPaulo Marque:>Pimenta da. VeigaRoberto F'relreRonan Tito

.REUNlóESQuartas e QUintas-feiras. às 10:00 horal!Local: Anexo n - Sala IIY 11 ~- fl" 6:H e 62;;AIll,.r-Pf':Q.t'in." .1fl~ .Rllitn.....~n _IQ'"'/"'ohi"YI'4:~ .a.h"'-ii

DIretor: Adelmar Silvem!> SabllloLotaI: Anexo rI ... Ramal 661

(:I>orllenaçiío de ConlÍssóes Pennluumtl::l

tllretora: Geny XaVIer MarquesLt>cal: Anexo Ir Telefones: 224-5179 "

225-480& >. Ramais 601 e 619

Aurebo PeresBenedito MarcilioCardoso AlvesPe! Bosco AmaralE10y LenztErnesto de MarcoFrancisco Leão

PresIdente: Nivaldo KriIger - MDBVice-Presidente: Walber Guimarães-- MDBVice-Presidente: Humberto Soult> -- l\RENII.

An tOl1l0 I\.lilllbelliCardoso FregapanlCarlos BezerraErnesto Dall'OglloFrancisco Llbardonl'Geraldo Fleming

COMISSOES PERMANENTES1) COMISSÃO DE AGRICULTURA , POUTlCÁ

RURAL

MOBrturival NascunelüoJorge ViannaJuarel: BatistaMarcus CunhaPacheco ChavesPaulo Rattes

SuplentesARENA

Afro Stefanin! Evaldo AmaralAlberto Hottn1ann Gerson CamataAntonio Amaral João Carlos De CartiAntonio Oias Júlio MartlllsAntônio Ueno Lúcio CionlArnaldo SChmitt Junior Stoessel DouradoCorreia. Lima. Telêmaco PompetEdílson Lama!'tine Wildy Vianna.Henrique Brilo

Antonio GomesAntonio MazurekBento LoboCardoso de AlmeidaCelso Carvalhooelson ScaranoEmidlo PerondiGeraldo Bulhões

Setembro de 1979 lHARIO DO CONGRESSO NACIONAl, (SeçiQ n Quinta-feira 13 9445

6) COMfSSAO DE EDUCAÇÃO E CULTURA

5) COMISSÀO DE ECONOMIA, INDOSTRIA IECOMERCIO

REUNIOESQuartas e qumtll.l$-lclras, às 10 :00 horaaLocal: Anexo 11 - Sala 17 _.- Ramal 636Secretária: Sílvia. '\3arroso Martins

Presidente: Harry Sauer - MDBVice-Prellideme: Henl'lque Edullrdo Alves - MDRVice-Presidente: Divaldo SU1'Uagy .- AREN}I,

TitulilresARENA

Oswaldo CoelhoPaulo FerraI/;Paulo GuerraRuben FigueirõStoessel DouradoTheodorico l"erraçoVictor TrovflOWanderley l\lIariz

Joel Ferreir:tJosé FreireModesto Silveira.Nélio Lobato1jey FerreiraRoque ArasTidei de Lima

M.OB

Marcelo MedelroJMárcio MacedoPeixoto FilhoRosa FloresWalter Silva

:MDB

MDB

Lúcia ViveirosLuiz LealMendes de MeloMIro TeixeiraNewton CardosoRalph BiasiRoberto Freire

SuplentesARENA

H&lio CamposHélio GarciaMarcelo Lil1harellMelo FreireMunlo MendesUbllldo BaremWanderley Marjz

Suplentes .,ARENA

Humberto SoutoJoão CâmaraJosé AmorimJosills LeiteMarão FilhoMauro SampaioMilton FigueiredoRuy BacelarVivaldo Frota

MPB

Newton CardosoPaes de AndradoPaulo BorgE'SRuy CôdoTarcisio DelgadoWalbel" Guimarãell

REUNIOES

Airton SandovalElquisson SoarellFellppe f'elll1aJosê l"reireLâ:Garo C~\rvalho

Marcello Cerquelra

Adroaldo CamposAlvaro Gaudêl1cioAlvaro ValleAl1gelino RollaBias ForteErasmo DiasFernando GonçalvesFrancisco Castro

Presidente: Manoel Novnes - ARENAVice-Presidente: Adauto Bezerra ,- ARENAVice-Presidente: Pedro Ivo - MOB

TitularesARENA

9} COMISSÃO DO INTERIOR

Afro SteffaniniCorreia LimaCristina CortesEdison LobãoHenrique BritoInocêncio Oliveira.Isaac NewtonMJiton BrandãoNagib Haickel

Aluizio BezerraAntõnio AnnibelliCristina TavaresEuclides ScalcoGeraldo FlemingHélio DuqueHorácio OrtiToIl'lInildo Pereira

Carlos NelllonDélio dos SantoaFigueiredo CorreiaJ ack.son BarretoJerônimo SantanaJose Carlos Vascoll-

celosLeopoldo Bessone

REUNlOES

Quartas e qllimas-.teiras, às 10 horasLocal: Anexo li - Sala 8 - Ramais 611 e OU!Secretário: Ivan Roque Alves

Quartllll e quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - Snla 15 - Ramal 665Se.cretário: Walter Gouvêa Costa

Adálberto Cama:t'goCarneiro ArnaudFernando Coelhl>Jairo BrumJoel FerreiraLidovino Fanton

Amilcar QueirozAngelo Magalhãl19Antonio Morimoto

, Dnldacci FilhoBelmíro TeixeiraBento Gonçalves.Bento LoboChrístovam Chiarltc:liltEdson VidigalHugo Mardini

Turma. li'»'.Jamel CecilioJosé Carlos Fllgunde.sJosé M!!1ldonça. BezerraJosé Ribamal' MnchnlioLeorne BeLémMarã.o 1"llhoVIcente Guablrob...

Suplente!!ARENA

João FaustinoLudgero fl.aulínoMenandro MinahimNosser AlmeidaOssian AraripePedro GermanoTheodorico FerraçoVieira da Silvl\,

MDBJúnia MariseLuís Cech1l1elLUIZ LealNivaldo KrugerOctacílio AlmeidaRosemburgo Romano

MDBMarcondes Gade1l1ANabor JúniorOdacir KleinRoberto CarValhoRuy Côdo

Supten~ll

ARENAPedro CaroloRafael FaracoRuy SilvaSaramaga PinheiroSebastião AndradeVictor l"ontanaVingt RosadoWalter de Prá

MDBJorge GamaJulio CostamilanLidovino ?.J.lltonNéllO LobawPedro FariaSantilli SobrinhoValter Pereira

Amadeu GearaAntônio MoraisHeitor Alencar

Fw'tadoIram SaraivaJ ack.son BarretoJoel VlYas

Aécio CunhaI\.lltônio Mari;,;D,,"o Coimbra.Evandro Arres de

MouraHerbert LevyH;.'deckel l"reitasJmro Magalhães

Adhemar Ghis!Adolpho FrancoAntônio Flol'enc!OCarlos WilsonCelso CarvalhoIS!\llC NewtonJoaquim Coutmhc;Jorge Vargas

Athié Cour;.'Florim CoutinhoJoã.o Cunh~

Joel Llm«José TorresLuiz Racariul

Turma. "A"Adnano Valente

, Airon RiosAngelo MagalháesChriswvam Chiaradia.Edilson Lamal'tllleFernando Magalhãej;Henrique TurnerHonorato Vianna

REUNIOESQuartllll-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II -- Sala 9 - <:224-0769)

Ramal 639Secretária: Marta Clelía Ol'l'ico

7) COMISSÀ!} DE FINANÇASPresidente: Jader Barbalho - MDB

Vice-Presidente: Olivir Gabardo- MDB, Vice-Presidente: Milton FIgueiredo -- ARENA

Titula.resAI-tENA

REUNIõESQuartllll e quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo rI -, Sala 16 - Ramais 642 e 643

(DIreto 226-8117 J

Secretàl'io: Ruy Ornar Prudêncio da Silva

8) COMISSÃO DE ffSCALlZAÇAO fiNANCEIRAE TOMADA DE CONTAS

PresIdente: F'Urtlldo Leite .- ARENAI Více-Pl'esidenle: Jusi..... Leite - ARENA

Vice-Presidente: :Ernesto de Marco - :MDB'fitulõJ.resARENA

Adheml1r de Barros Jorge Al'bagef'ilhc Josué de Souz~

Alberto Hoffmam Nosser AlmeidaAmilcar Queiroz Rafael FnmcoCasteJon Branco Telmo, José KirstClaUdio Philol'l1euo Wilson Falcão!.!Daso COilllbrll. Vago

" Ant.õnio Carlos deI OliveÍl'a. Ant.õmo Pontes

Antônio RUSfoFelippe Penna.Héllo DuqueJoão Herculino

'fl1rtna. nB~·

Igo LossoJoão AlbertoNorton MacedoPaula Lustosa.Pedro SampaioRicardo FiuzaRuy Silva

MOaJosé Maria de

CarvalhoLuiz Baptista.Paulo MarquesPimenta da. VeigaRaimundo Urbano

MDBLéo SimõesManoel GonçalvesRubem Medil'!."\.Santill! SobrinhoSílvio Abreu Júnior

1mBLuiz LealMarcello CerqueiraMiro Teixeira.Péricles GonçalvesSamir Ael)();l,Valter GareíaWaldIr WalLer

SuplentesARENA

Darcy Pozza.Feu RosaHonorato ViannaNagib HaickelPinheIro MachadoRogério RegoVictor Trovão

Pre~idellle: Alvaro Vl111e - ARENAVice-Pl'esidente:' Magno Bacellll,l- - ARENAVice-Presidente: Hllderico Ollveira - MPB

TitulAresAAENA

Leur LomanLoLouremberg Nunll3

Rocha.Lygia Lesse. Basto$Murilo MendesRônlUlo GalvâoSalva.dor JulianelU

Alceu CollaresEloar Gua7,zelllFlávIo ChavesFernando CoelhoJoão Gilbert.oJorge UequedJosé CosLaJuare71 Furtado

Alron RiosAlcides FranciscatoAlexandre MachadoAntonio MazurekArtenir WernerBlülsta MirandaCardoso de Almeida.Carlos Augusto

Aldo 1"agundesAmónio Carlo!l de

Oliveira.HéHo DuqueJoão ArrudaJose Camargll

Turma. "A"

Adolpho FrancoArnaldo Schmitt JUlliol'Cesário BarretoCláudio Strnssburgel"Evaldo Amaral •Evalldro Ayres de

MouraHerbert Levy

Carlo$ 'NelsonEuclidell ScalcoFellppe Penns.José FrejatJuarez BatistaMac Dowell Leite de

ClIstro

MDBMarcello CerqueiraMarcelo CordeiroMarconde,; Gadelha.Paeheeo Chave,;Ruy CôdoSebastião RodrigUell

JúmorREUNIOES

Quartas e quintM-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo rI - Sala 4, ~ Ramal 631Secretária: Delzuite Macedo de Avelar Villll:ll

Doas

Alei!' PimentaAmâncio A;,;evedoCelso Peçanha,Daniel SilvaGenival TourinhoHlldt'l'ico Ollveirll,JOM Herculltlo

Bo.ldaeci Filho:Bezerra de MeloBra.ga RamosCaio PompeuCarlos flant'AnnaDal'clllo AyresJosé de Assis

9446 Quinta-feira 13 !J1;\Il.IO OI) CONGtU;SSO :"i.'\CIoNAl. ISe;:io 11 Setembro de 197V

'10) COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA

III COMISSAO DE REf>AÇAO

REUNIOES

<Gi!uáttas e qumtlls-fclrlls, às 10 '00 horasLocal: Anexo Il Sala 7 Ramal 660SecretÍlna; AIlia. Fellcio Tobias

MDB1l'anildo Fereir..Joel F'erreimPél'icles Oonçulve8

MDBFlávIO ChavesJúllo CostamtlanOctavio Tornem...Tertuliano .l\Zev.Valter GarCIa.Valtel' Pereira

'fHutar.."ARENA

Francisco de CastroJoão CâmaraMoacyr LopeSOsslan AraripeWildy Vianna

$uplentes.ARENA

Oswaldo Co",lhoPaulo GuerraTüho BarcelosYicente GualJirob"

~DB

Pedro LucenaPeixoto FilhoSérgio FerraraS&rglo Munlo

MDBHeitor Alencar

FurtadoJorge Gama,Juarez Furtado

supl~lIte"

ARENA,

liugo :EWdrigUel!da Cunha

Horácio MatosOswaldo MeloPaulo Ferrll$

'1'ilul"'rl'lfARENA

LUIZ RochaMalUly NettoNelson MorroOscar LeitãoPedro earoloTulio BarcelOl!lVlvtl,ldo Pro.",

MDROctavio Torrecilli\VagoVagoVago

REUNIOES

QUarta5 e qUlll\.as·reiras, iM 10 :00 horasLocal: Anl"lCO n Saio. 13 -. Ramais 583 esalJ8ecrt'tario: paulv Emlllli Fonseca Aires

AntQl\1o Pontel.A1l'ton Soare:i:('"rIos Cottal~l()ar Ou:=1'11l

15) COMISSÃO OE SERVIÇO POBLICO?residt'nte Paes de Andrade - Mn'B

Vice-f'resldent.e· Jus/' MauricIO - - MDBVice-Presidente' - ....nl!:NA

Ji'lOl'llll CoutlllhoFreitas DinizGemido FlemingMario Frota.

Altair ChagasAngelmo Ros;\,Arnaldo BusatoAugusto LucenaFernando C'.TOuçalves

HenrlClu" TumerUalo ContlJllmel Cecl1íoJcsi' Rlbamar MachadoMilton Brandão

Alceu CollaresBenjamim FarahPranclsêo PintuIo'reltas Nobre

Adauto BezerraAdernar Pereira.Albérico CordeiroCid FurtadoClaudino 81\11';;Djalma Marinho

enrlos AlbertoCelso Peçanll,.Femando CoelhoXranildo PereiraFedro Ivo

16) COMtsSAO DE TRABALHO E LEGISLAÇAOSOC'AL

REUNIOESQuarta5-feiras, à:I lO-aO horasLocal: Anexo rI, Sala 12 " Ramal 11114Secretário' H<'lio Alves Ribeiro

Presidentc Adllelll;tr Ohisí ~ ARENAVIce-Presidente: NI1<Cl!1 Giboon - ARENAVice-Presidente: JO"l" Costa ~ MDB

Amadeu Geara,Àrnllldo L'lfayetteAudâlio DantasAurpllo Pere:;:Benedito MarcilioDel Bosco AmarAll:d.1<m Khatr

Álvaro GaudêncloA1'temr Wernel':SonlfaclO de A.ndradaCarlos ClnarelllCarlos WilsonDiogo NomuraJoão AlvesJúlio CanlPOs

MDB

Magnu$ OUll1hll'iÍ.ellSt'bMtião Rf)<lnltu\'~

JuniorThales Ramalh()Ulys5el> Glllmarãêl1Waldir Waltt'fW<tldmlr Bclinatl

MUBJose CamnrgoLeopoldo BessOllOMarcus Cunh,.Mendonça Nt'toModesto SilveiraRoberto Carvalho;Rosa Flore,.

ARENA

1",nl1o StudarlPaulo TQl'l'e.~

TelêmacO f'QlI1peJ.

Suplente"AltENA

Júlio CamposLeome 13el&.1ILeur LomanttlNorton MncedoPaulo StudartRaul BernardoRoberto Galvan!Ruben Figueiró

Menanelro MinahimNavClrro Vieira Fillll/Pedro CorreaUbuldo D<lnt"s

MPB

Mário HatoMax MauroPedro LucellaRosemburgo Romano

Suplent..sARENA

João AlvesManoel Novae:iSalvador JuliulJélltWilson FakánVago

MOB

El'lJt'sto Dall'Ol(li'J.Jorge ViannaLuiz. Bapti5taWaldnllr BclínlltiVago

ftEUNIOES

t'l'esídeuteVice-Pre5idente: Jos~ de Ca5tro

.... Mü:aCounbm

MlJj'JVICe-Presidente: F'rull(;isw :EWllemberg - -~ AREN....

Tilularl"SARENA

13) COMISSÃO DE SAODE

REUNIOES

Quartas e quintu';.felws. à< lo :00 hora;"I,ocál. Anexo II .~ oS..l" 7 Ram"l $71Secrett\riú: JOSf" de Anchieta S(lUZa

Adrmno Valent..An1511) de SOUZ,1,Augusto LucenaClaudio PhiJomell~

Diogo NonmrllErnani SlItyroPernando MngalllliesFrancisco RolembergH"'rIlWi< Macedo

t\d<tllJl'fLo CanUll'lWAlUIZIO aezerraCarlos SalltOI>frnlll Saraiva.Jall'D BruOl,!UlHa Mari5e-;\Iac Dowell Lei tI'> dI'

Ca5tl'o

Arnaldo LafayettcFrancisco PintoHlIderlco Ollvem.Israel Dias-Novac"JG de AraújO Jorge,loáo CunhaJorge Uequed

Quartas e quinws-!emtb. à< 10:00 nora:iLocal: Anexo II· . Sltla 10 - Ramai:> lial e (ia;:Secretari,,: !ná Fernandes Costa

Presidente: Aliplo Carv"U1<1 ,. ARENAVice-Presidente: H('llo Campo:>- ARENAVice-f'l'esldente: Ney Fetrelrlt ~- MDB

l'iluia.res

14) COMISSAO DE SEGURANÇA NAC'ONAL

Brag.. RamosCarlos CluarelliCastejon BrancoOeneSl/l de Buno/>Inocêncio Oliveira

Edwll VidigalErasmo DIll'"Haroldo SanforaOdul!lJ DOllllllJl;Ut'-'

Amâncio AzevedoAthyê CouryBenj..mim FarahCarlos Bezerrn.

Carneiro ArnaudEuclides SCalcuJoel Viva;,Leõnidus Samp!utl

Ademar Pereira" Borges da Silveir~

" Dano TavaresLuclgero Raulinúll-!auro SampclIo

Magalhães PintoMarcelo Lmhare!CNoguem) de Rezendf!Pinheiro MachadoRaymundo DlníZRogt'no RegoVbaldo 'sarem

LNI SlmóesLeôlllelab Sampluc>Octucilío Queiro.<Santilh SobrinhoTidel di:' Lima

Joel RibeiroJosé PenedoNoguem, ele RezemlliOdulfo Donunguc",

. Slmâo SessllIlVilela de Magalh4el<Vago

MIJB

Gelll'51O de BàffOSHt"Uo GarciaJoão Fau.~tino

Prisco VianaSiqueira CamposUbaldmo MeirelcÍ'

MDB

Jorge Ferraz;Mareelo CordeirvNl'lio LobatoOswaldo LunaRubem Douractt>

Suplent..,.

ARENA

Alberto OoldmamAlvaro DIUSAm.ônio Zachuril\~

Frellas DmtO':Hor:i.clo Orti~

AUdallo Dantal>

J'.~cilJ Cunha.Jl.dnmldo Campos.l\n tomo FerreiraIlelmln) Teixelrn.Callticilo Samp'll(lCatlo5 AU!(ustu

Alns!" Vieira LmlaCurlos Sant'Anllanelson ScarallO1))"1111,, Be<saGomc» d", SilvaHrllo LevyJoíio Alberto

MDB

Alcir Pimenta Joel VivasFigueirt'do Corrt'lll

REUNIúES

quartas Íl qulntlls-feltlls, à:; W:1l0 llOffilli'Local: Anexo n . Sala 14 Ramal tl72Secretária: Laura Perrela Pa1'l51

12) COMISSAO f>E RELAÇÕES EXTERIORESPresidente' Joaquim Coutinho ~ ARENA

Vlcl:-Presider,te; ai"" Fortes - AR:&.'NAVICe·Presidente: João Menews ~-- MPB

Tilula.l'e$ .

ARENA

f'tt:sldt:l\te: JOtlH' V:ngas. - , ARENAV!ct".Ptesldt"ntt:· ti"""'IO Mat"". - ARf:NI\vjc!"·Pre".idcnw (\.l'Hldelo f'ruel -~ l\1lJU

l'itul'l-!'e..:An.E:NA

Pre.,lelente .... lrrnl filas '" ARENAVlep-Presldentl' PJalma B"S!llt -' ARENAVice-Presidente: IrUlllldo Pereira ~ M:DEl

l'itul:4r"'"....RENA

Furtudo Leite-

{;ard050 Fregapalll(~ri$tillu Taval'eslJ:1ClUls,,<.lr/ Soa1'es1"Uccl DibJerõnmlO SantaOll,José Frejat

Antonio VelltoBatl~ta Mif',wda(,l'lio BarjaCid FurtadoGeraldo Guede.!!l-1ugo NapoleÍlllti&lo ComiJoão Llnhare.:l

M1'JB

Walter SilVá

SuplentesAHENA

ClUllldio Sampaio Hugo Napoleão"Ch'udlJ10 Sl1lell 1'ri$o Vian...

Setembro de 197(; DIARIO no CONGRESSO NACIONAL (Séção f) Quinta-fl~ira 13 9447

17) COMISSÃO DE TRANSPORTES

Diretora: Oilcl:~ Amora ele ASSIS RepubliclIllliLocal: Anexo II .~. Ramal 749

COORDENAÇÃO DE COMISSOESTEMPORÁRIAS

REUNlOESQuartas e quintas-feiras, às lO :00 horasLocai: Anexo II ~'Sala 15 - Ramal 6i1Secretál"lo~ Agas515 Nyhmder Brito

MDB

Ruy CôdoVago

Navarro V:eil'a FilhoPedro CorreaWIlson Falcâo

MDB

Waldmir Belinatl

MDB

Punenta d" VeigaWalber GUllnarâe~

MDB

Hélio DuqueMendes de MeloVago

A:fl..!!iNA

Cantídio SampaioDano Tavares

Titulares

'l'i1ularesARE"",

Cardoso dE" Almeida.VIctor Fontana

Suplentes

ARENA

'SuplentesARENA

Nortol1 MacedoOdulfo oOl1lmgueaRuben F.gueiró

Benjamim Fal'/IhCarlos Cotta

Cal'nelm Al'llauctMál'io Eato

Adernar PerelfllBorges da Silveira

Ludgero Ra.1Jlil1oMauro SampalllMenandl"o MmHlum

REQUE::t-IMENTO N,a 22, DE 1979

,CPI)Praw" 30-5-79 a 17-3-80

Presidente' Antônlo Morimoto -- ARENAVice·PreSldent!' .JORO Carlos De Carli -- ARENa

Relator PllllltJ Rnttes .. MDB

REQUERIMENTO N." 25, DE 1979

CCPI,

Prar.o: IHI-79 a 26-4-80

REUNIOES

Quintas-feIras, às 9 ;00 horasLocal Anexo II ~- Sall' elas CPIs.RamaIS 497 > 509,- 547 - Ane~o lUS~cretlÍna Myrth€$ Hooper Silva

PreSIdente: InocêncIO Oliveira - ARENAVice-PreSIdente: Ubaldo Dantas - ARENARelator' Seoasi !lia Rpdnglles J1Ulior -- MDBfleluwr-Subs\ltUlo. Max Mauro -- MDB

REUNIOES

Quartas-feiras, às 10 :30 horasLocal: Anexo II - Sala das CPIsRamais: 4.97 - 509 - 1i47 - Anexo UIsecretário: Manoel Augusto Campelo Netll

4) COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQU~RIT()

DESTINADA A INVESTIGAR AS ATIVIDADESLIGADAS Â INDÚSTRIA FARMAC~UTICA EMTODO O TERRITÓRIO NACIONAL

3) COMISSÁG PARLAM~NTAR DE INQU~RITO DESTlNADA A PROCEDER À AVALlI\CÃO CRITfCADA PROBLEMÁTICA DA AGROI'ÉCUÁRIA NO!BRASIL

Edllson Lamal tineGomes da 81lvlIMáno Stamm

Al'lIaldo SchmlriEeoeo 1,000

ltlll"ival Nas,1I1' rt1tClPacheco Chave;,

Cardoso FregnpanlCarlos Bezerra

MJJBF'ranciscoLeáo

SuplentesARENA

Josl' Carlos F'agundellRafael Far:lcoSlquemL Campo:;

MOBJuarez FurtadoNIvaldo Ktug'er

Suplentes.'\.RENA

Joacll ~Pereirll.

Leornc Belém1\1iJ eon BrandãoMllnlo Mendes

MDBVagoVago

REQUERIMENTO N" 19, DE: 1979(CPII

Prazo; 23-5-79 a 6-3-1980

Presidente: Salvador Jullanelli ". ARENAVice-Presidente: Nelson .Morm ' ARENA

Rehttor, Ne';non~ Caràoso .- MDElRelatot-Substltuto: Ronán Tito '" MDB

'l'itularesARENA

FranCISCo Rolembel'gGerson Camata

2) COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQU~RITO

DESTINADA A APURAR AS CAUSAS DO CRES­CENTE EMPOBRECIMENTO DOS ESTADOS EMUNICIPIOS FACE AO SISTEMA TRIBUTÁRIONACIONAL EM VIGOR

REQUERIMENTO N" 21, DE: 1979(CPIl

Prazo 24-ó-79 a 01-03-1980Fl'esidente: Adhemar de Barros F11ho ~,. ARENAVice-Presidente" Artemr Wemer '•• ARENA

RelatOr-Geral. Hélio Duque--· MDBRelator-Subsiltuto: Carlos Nelson - MOB

Tltul:ues

ARENAPedro SampaiQWalter de Prà

MDBVagoVagoVago

REUNIOESquinbs-feiras, às 10:00 horasJ,ocal Anexo II .~ - Sala da.. CPIsRamaIs: 497 • 509 • 54'1 .- Anexo IIISecrettml'; Marca\ de Andrac\e Pel'l'll'a,

Emidio perouti!Honorato Vl<maHugo Rodngulll!

da Cunha.

COMISSÕES DE INQU~RITO

1) COMISSÁG PARLAMENTAR DE INQU~RIT() OUTJNADA A APURÀR A CONTAMINAÇÃO DEALIMENTOS POR EXCESSO DE ADITIVOS EA EFICACIA DOS CONTROLES ATUALMENTEEXISTENTES

Ernesto de MarcoEuclides Scalco

REUNIOE$Terças e Ql1ints,lI-felras. às 9 30 hol'lll'Local Ane;»O II - Sll.Ia. das CPIs,RamaIs: 497 - 509 e 5'1'1 - Anexo IIISecretàrio: Get!l,lllQ Jair Barrus

Celso CarvalhoDivaldo SuruagyOsvaldo Melo

Cardoso FTeg:apaniCarlos Santos

Carlos Sant'Annll.Darcílio Ayl'es

Adriano ValenteAlberto' HoffmannDlogo Nomum

Aluizio BezerraCarneIro Al'l1ll.udl"ehppe Penna.Mendonça Neto

1"el'llando CoelhoGiI&on de Barro:>

MDBJoão CunhaJoão HerculinoJorge CouryMax MauroNatal GaleRosa FloresWaldir WalLer

SuplentesARENA

Joaci! PereiraJosé Carlos FagtU,cléllLygia Lessa Basto$Pedro Corrêa.Rezende MonteiroSiqueIra. CampasUbaldino Melrelleli'Ubaldo Dantall

MJJBJayro MaltonlOctacíllO de Almeicl:il­Paulo Borg~s

SérgIO Ferral'aTldei de LmllJ,

Suplenle~

PreSIdente: Ruy Bncelal' ~- AREN.'\.Vice-PreSIdente: Raul Bernardo ~- ARENAVIce-PresIdente: Octncíllo Queiroz - MDB

TitularesARENA

Hydekel FreItasJoel RIbeiroManoel RIbeIroRezende MonteirClSimáo SeSSllllVilela de Magalhãell

Alau' FerreiraAlCIdes FranciscatoBento GonçalvesDarcy PozzaHélio LevyHermes Macedu

Fernando CoelhoFernando LyraFrancisco LeãoFued OlbGilson Barros

Antomo GomesArnaldo BusatoBezerra de MeloBorges da SilveiraBrabo de CarvalhoFurtado LeIteGeraldo BulhõesGiôia Jutllor'1bralnm Abi-Ackel

ARENAAlcebiades de Oliveira .Emídio PerondiAlípio Carvalho Francisco BenjaminCesário Barreto João LinharesCláudio Strassburgel' Joaquim GuerraCristina Cortes José de AssisVário Tavares Mário StammDivaldo Suruagy Navano VIeira FiUl;~

MDBlturival NascimerüoMário Moreira.Nabo!' JUniorOctá.vlO TorreciIlaPaulo Rattes

Carlos AlbertoDélio dos SantosÊclgard AmorlmEloar GuazzelliElquisson SoaresFernando CunhaJayro Maltoni

Seçáo de ConlÍssóés Especiais

Chefe: Stella Prat:1 da sIlveIra. Lope,o;L<>c>\!. Anexo Il Sala s-B -- Ramal (;01

Seçâ.o de ('onussócs de InquéritO'

Chefe' Lucy Stumpt Alves de SouzaLocal: Anexo n - Ramill 612 •.- 223-n8!l'

(Direto)

REUNIOESQual'tas e quintas-feIras, às 10:00 horasLocal. Anexo II ~ Sala 5 -- Rs tl9G, 697 I' llfl/lSecretário; Carlos Brllsil ele ArllUJo

Adalberto Camal'goAirton SandovalCal'los NelsonErnesto de MarcoFranCISCo Llbal'doniHorácio Ort12;

I'RE.(O OESTE EXEMPLAR: CR$ .1,00 :

C\"4ltn nrMicl> 4" Setlll.du f't'dt!r'/Il.l"íd~ã Pootal 1 :lm

Ui'flitiliii.-·· DF

EDiÇÃO DE HOJE: 64 PÁGINAS