Camara dos Deputados

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Republica dos Estados Unidos do Brasil

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j ~ · 976 Camara dos Deputados

Assumpto:

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As Coms. de.. ........ . .... ...... ... . . ...... . .... .. . .... .. . .. . . .... . ... em ...... ... de .. .............. ......................... de 193 .. . ;1

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CÂMARA DOS DEPUTADOS

PROJETO

N.o 272 - 1946/47

(Convocação)

Cria a Caixa Federal de Habitaç~o Popular, modificando a denominação e estrutura da fundação da Casa Popular, e dá outras providên­cias.

(,1 i1:-t i(;,l 11." 1:,0 - L . Sr,!';::!!. .. - Finan\:<1S ...

o Oongresso Na.cbnatl GfCl':0ta: Art. 1.0 A Fundação da Casa Po­

pular cria.da pelo Decreto-lei Fe­ü",ral n .O 9. <113, de 1.0 de maio dte lS45, e r egula,da pElo D::::wto-Iei nú­m~!'O 9.777 , e'e 6 de setembro de 1846, e Pcrtarh Minhterial l1fímero 10,8-A, c'c 12 de julho de 194.5, passa ? drncminar-s,e 'C9.ixa Fedt:1'al de Ha,bitaç5.o Pc:pular". de naturez,3. juridca paraE~tata l e estrutura or­çâl1ica €'sta.J::·ele::ida na pr,esen>te ],ei.

TíTULO ]I

CAPiTULe> I

D:z Caixa FaDQral de Habitação Popular

Art. 2.° A Caixa Federal ce H a­b~c~.çãJ Popu:ar (C. F. H. P .) é urna in.:.tit,n:c:'.3.0 62 eCO!1CIm:.a sacial c Lns a~.::l':'L{.!.:'c~.['.i.s, criada Ecb a 0E"('n::'êLci1 do Mi:.:1istério do Tra-'-';ho TI' "u·'-·r·;a a Cnmn,-,,!'O para 1";' .. 1. ! ..L,._ ..... ~ ':1 ....... vJ.~",~..... . lo.

prc:1'!GVc' o iEC8!ltivo d::t cO:1struçio (l,e ca:::S3 cu rnora~Las àest.in3.das a t.r2.ba:112Ccr:.::s {'In g~rs.l. e pessoas que vivel1 d·e pequ.enos V€!l8,;,mentos, de mocIo a rro;'c'i·c;cnar-l'hes a aqui­sição ou locaç50 de h:::lbiba,ções eco­r,ôm!cas e hig'iênicas, em zonas u.;:­bana ou Im·a.;.

~ 1.0 Dev>€' entond:er- se por h a,bi­tação econômica e higi'Êmica a oasa ou mora,ciia do trabalhador Em con­diçÕ{'s de salubrid ::t.de, de custo ou va.lor não e·xcedente a Cr$ lCiO.OOO,OO (oem mil cruzeiros), inclusive teT­reno ou áJ'ea ondle esteja edifi­cada . * 2.° A casa ou morad'ia econô­mica pcd€l'á S2r ad,q.uirick, Em C'O­mUim ccm pais e fHhos ou cônju­gES. para maior faci:idade no r es­ga,ce das prestaçôes mens:ns de amc-rtização da dívida. não se oon­crôe:1do o cm~réstimo aos que já ;}o,.suam C",3, ou moradia própria.

~ 3.° QU!ux:o na v';::\êo:1(~ia do dé ­bito contra t,ual. a casa cu moradia €co:J.ô:nica 118.J ficará E.ajeita a im­pestos, a Dão ser taxl3.s de melho­l1amêntos urba,nos, ou sanitirios, nêm SGá c·bjeto c.e neg'ócio, transferên­cia pc ,r a tos intervivcs lcc.ação 011 arre·ndamento sem e~pressa autori­z2ção c:a C F. H. P., nEm res.pon­(1·2:';1 per dividas do a,dquir"nt·e, mes­mo al:tcrjcrz's ao contrato. a não ser as contraídas IX.Ta sua const'Tução C,l! cc.!I'.pra.

~ 4.0 Acs adq,ürent,es (~e h ahita ­ções €>ccnêmi2as é facultado promo­ver a i'Il3crição do imóv'2l como bem de famili.a, pelo dEpart'amsnto legal

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da C. F. H. P., indElPeIlldlente dJe des P€SlaS judiciais, CUST.la5, 00100, re­gistro e outroo emolUlmentos.

§ 5.° No caso de fa,lecimento de adquir€!nJte não Slegu1l'ado (a:r:t. 7.°, § 2.°) , o oontcr-a to não se re'SICiIIldirá, se os herdeiros ou o côn-jUige supers­ti te pr€'feri.roem con tiIIl Utar o serviço do espréstimo; entretanto, não o podendo f-alie r , a C. F. H. P. , lhes conoed·erá o p:r.az-o de 1 (um) aJ1~ para a entrega da casa ou moradia, devolvendo-lhes o que r>emane~O€ir entre o pr~ço de compra do pré::llio e s·eu vaI·or atual, &8 oonstla,tada v.alorização apreciá.vel do imóvel.

§ 6.° A mora,dia do tralba.hhador, em zona mraJ, pode'rá aibrange-r UIIJ.1lll á.re·a a~é 215 ('Vinte e cinco) hectares, SI8 por ê'l-e alprov·eLtadl3. dliretamenlbe, par-a a e}QPloração ag.ríco:l'a ou cria­çã.o anima.l.

Art. 3.° A Caiooa F'e<ie-raJ de Ha­bitação Popula.r te'l'á sua sede na Oa,pitaJ d'a RepoÚlbllica, pad-endo ope­rar em tod'o ter:ritóri.o nacional, aUrruvés das jUlrisdJiçóe8 de 5'00 ma·­triz, agências os depoaxtamen tos.

CAPÍTULO II

Dos Empréstimos e Financiamentos

Art. 4.° Para a realização de suas finalidades, incumbe à Caixa Federal de Habitação Popular conceder em­préstimos e financiamentos para:

a) a construção, reforma ou aquisi­ção de residências de tipo popular, individual ou coletivo, em conformi­dade com os planos que forem ado­tados pela C. F. H. P. e instruções que expedir;

b) a aquisição do terreno urbano ou área (§ 6.° do art. 2.°) que se destinem à moradia do trabalhador, desde que êste se obrigue a iniciar as obras de construção do prédio de re­sidência dentro de 2 anos da escritu­ra de compra;

c) a execução de obras urbanísticas e sanitárias, como arruamento, cal­çamento, suprimento de energia elé­trica, abastecimento de água, esgôto e saneamento, de preferência a muni­cípios de orçamentos reduzidas, sob garantia de taxas ou contribui~ões, criadas para êsse fim;

d) a compra de máquinas, utensí­lios, instrumentos de trabalho, veícu­los para transporte destinados às construções ou fabricação de casas econômicas, sua importação e de ma­teriais que às mesmas forem neces­sários;

e) o incremento das indústrias na­cionais de materiais de construção, ou extrativas, as quais se obriguem a fornecer quantidades ou cotas men­sais determinadas de sua produção, às construções de casas ou moradias econômicas, por preços que favoreçam o barateamento do custo das obras;

j) a liberação e subrogação pela C. F . H. P . de onus hipotecários ou outros, que gravem casas ou moradias econômicas de trabalhadores, desde que sejam êstes beneficiados quanto às condições do prazo contratual e taxa de juros.

Art. 5.° A Caixa Federal de Habi­tação Popular poderá operar em em­préstimos e financiamentos de outras modalidades e para o mesmo fim, ouvido o Ministro do Trabalho, In­dústria e Comércio, se por êste apro­vados em portaria regular.

Art. 6.° Os empréstimos e finan­ciamentos concedidos pela C. F. H. P . serão sempre feitos com garantia real de hipoteca, penhor ou caução de tí­tulos, que poderá ser suprida ocor­rendo fiança ou co-obrigação de pes­soa jurídica de direito público ou de banco e estabelecimento de crédito de reconhecida idoneidade. a juízo do Conselho Administrativo.

Art. 7.° Para a aquisição da casa ou moradia própria, os empréstimos serão concedidos, até 100 % sôbre o valor do imóvel, mediante hipoteca a prazo até 20 a 25 anos, juros anuais máximos de 6 e 7% , oferecendo o mutuário consignações em fôlha de pagamento - garantia subsidiária de previdência, dos seguros contra fogo, de vida e invalidez permanente, e obrigando-se pelo resgate do débito em amortizações mensais do princi­pal, juros e despesas de seguros pela tabela Price.

§ 1.0 Os empréstimos a prazo até 25 anos e juros de 6% ao ano só serão concedidos a mutuários que te­nham. o encargo de prôle numerosa.

§ 2.° Se o mutuário não puder oIerecer a garantia subsidiária de pre­vidência, dos seguros de vida e in,­validez permanente, ou consignação em fôlha de pagamento, a C.F. lI. P. concederá no máximo 80% sôbre o valor do imóvel ao prazo máximo de 20 anos e taxas de juros de 7% ao ano .

§ 3.° As despesas de seguras, de ta­xas ou fiscais, poderão ser resgatad.as pela Caixa, e a esta pagas pelo mu­tuário, mensalmente, em duodécimos, juntamente com as prestações anuais

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de amortização do débito cont;:atc.:.ll, nas r<::::pcctins datas de SCL\ ve:1ci­mento.

CAPÍTULO III

Do Patrimônio e Capital

Art. 8.0 O patrimônio da Caixa F2'::12ral de Habitação Pcpular 3erá. const:Luído oelo acérvo dos 02ns ~.tl:ais, móveis ou imóveis, pertencer.­t2S à Fundaçao da Cai:a Popular e pelos que venha a adquirir ou, por qualqt:cr títuL, lhe fG:'~m de ftn:ro incorporados.

P2.:·{;.grafo única. A C. F. {. P ficará subrogada em t:Jdos 03 àirêi­tos ou ações da Fundação UJ C:1sa Popular, r8s)ondzm!0 p21:'.s obrE~'\ ­çõcs ou encargos pcr esta assurt11d'lS.

Art. 9. 0 O capital da C. F. H. P., i:'üci ~ llr.cnte de CrS 3.000.080. 0)0 00 !trQs bEhões de cruzeiros), será fê !'­m:1:::o do sc;uinte macia:

a) pc lRs verbas, dotações, ,1O:1'1ÔCS e le~:'.cl.cs que receber da U:1i:l) 1"('­der,~l. dos E3tados, mun:ciuios, ()LI üe tcrc::ros;

b) pelos valores p:lt:'imol1nis de i"~O!':lc:'ação do ativa físico, d.ireitos ou açJ:s de que seja titukr a FU~I­daç:lo da Casa P opüla:'; . . C) J;cr empréstimo:, que lhe to rem cO:lccciicics pelas Cal:: .. s EconômiC].; e Otlt!'OS estatelccirflci..1tos de . .'rec:i~o, Ir°tit'1tos de Pre\·:dé:J.c:3 P WÓ'"s " Al~"'S'''!1t::tC!c~:iJ.s. C::4b;s.s Pre(~i,"! iS, r!~1-pI~'''';~;; ci2: s~gU!'G) e c:-tpitn.1izl(":' :

(l) p~~o ~!'cdut~ (a arrec1::1::':'lJ dp im'jo:,tc3 e ta:,rrs C:'iê,àos o~! 1l:e se c!'i::r,!'ll Em ~eu benefício;

e) p,,;u rend~mento da aplicaç:\o ue seL: c~:J:tal, C:'1 d::: em2jréstimos c,;le CO!lC2CC .;

f) pel:ls cédulas au bônus nip"L('cá­ri. s flue Emitir, garantidos ,Jor~ré­d~t0 e Ol.!t:'cs r:tlo:'fS :n18·biliál'ius 1'C­sult:mtcs da aplicação dc s::u ~:lp:tal;

fi) :YI05 lucros que aute;:r em ~e!'­li l~OS de ac:rni:1:,:tração predial d' in1ó\/c~S. cujas CO:13tl'UçÕes 1 \q·,':r fi­na~~c:~!do. ou de t)ens ele jUnd~lí.õe3! inst:tuir5rs cu cJrpO:'2.cÔ"~-l,j:t ~ c de b:ne:iclnc:a. ep .. !C >:'cstem 3.~.;s!:::tência a nec~s!,;it.aci(s.

P,t:'ó,,,rafo único, E' cl'iad'1 a T~X:1 de Ifao!:üçcw lligiên!ca, de ;j' ( (cinco po:' C2:1tO' adicionaL sôbre o' iP.lpOS­tos nredi:11 e tcrritor:al urb:l!1o. :t q~lal será' anuaimcnte arr2caà..'l.cl~, e ent,'e-

gue pelos mUI1lClplOS à C F . H. P .. que a aplicará em despesas de adm:­nistração e pessoal, de organização de cadást:'c predial, e em serviç')"i de sa­lubridade de casas ou moradias f co­nê:nicas de trabalhadores

An. 10, As Caixas Econômicas, os Instituto::, de Previdênch, as Cilix~lS. Prediais, as emprêsas de seguros e ca­p:talização, aplicarão anualmen:e tltê 30(;. (trinta por cento), dos sald.:-s de seus depós:tos e disponibilidad,:s. em cmpré5timm que, por fôrça da pre­smte lei, deverão conceder a l-: F, H. P. (art, 9.". letra c) a juros !1,a­ximcs de 7% (sete por cento) ao 3.:10 e p:'azo ~ontratual até até 25 anos.

~ 1.0 Os empréstimcs contr~1lr10S pela C, F, H, P. poderão ser por ESt3. resgatados com antecipação d~ \cnc:menLs, apEc::tr.do o produto da {;Jlocação das cédulas ou bônus hipo­t2cários e!TI seu resgate.;;e r,~sim de;­Jiber~r o Ccnselho Aclminlst!'a:ivo.

~ 2. 0 Aos Institutos e Ca'lxa~ Prc­CÍJ.is , pelas quantias qUe êmp:'f'sto,r fl­e. F. H P., a União Fede::al UDC­mrú 1 0/,: (um por cent·o) sôb:-e a tn,,. C:e juros, pc.ra ajustamento e me­Ih. ri3. da renda de suas cEspo:lilJill­c::,C:cs R~sim aplicad3.s .

Art. 11. Os saldos de dcpó"ito5 e disponibEiclade até o limite fixado 11') art. 10 de"t'1 lei, serão ut:J:z;;dos pela C. F. H. P. à medida dos em­IJ;tsLmos qu~ fôr cO:1c~de!l::0 (artj:Jo 4.°. letr3.s a, b, c, d, e, t, 9 e art. 5. ). n:1O pode:::io, porém, c mont:mte dos empréstimc3 I1J primeiro ano dê C'P=­!'UCÔ23 exc~d"r a CrS l.GOo.oao.oolJ,OO (w'n b:!hãJ de cruzeiros),

A;:t. 12. A Caixa Fcd.?ral dp Ea­t:t:--~'. o rcpu:~r fica autorizada í3 {',J:1-t:'~:r empré::tim05 na forma da l~na c d a!'t~2<) 9 ri C Grtigo!; 10 e 11, o ..1.

em.itir ~édulas ou bônus hipotecál'!\'s d~ c:;'CUlaÇ~lO fidvciária, mediante ga­r::ntia real de créditos ou valofPs i:1:o­!.JJi i:-ios, rêS tIl tJ. 11" êS de ~u~ ... s n pl:cJ.­r ,s Ge ca pit:ti vencfnrlc jur j< má­:~i:ncs anuais de 6 r ;, (sei" ljor c2nto).

PJ.rágra!o único. As cf)!1:lh;5~s ~ S3cm cbscrvadas para C's emp;:ésti­mcs Clue contrair. obeclcen2.J ao r,l'C fôr es;::belEc:c2o no Regimenco L:ter­no e Instruçüc~ c;,pedidas plfl Don­=:- ~ lho Adrninl.:::~ra tivo, pl"ececl o..\~ldc srm-1','2 resolEçiio clêste para as aperaçõês ~ l' ealizal' .

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TíTULO III

DA ADMINISTRAÇÃO DA CAIXA

Art. 13. A' Caixa Federal de Haoi­tação Popular, como instituição de serviços pÚblicos federais, gozará de todos os privilégios decorrentes dessa oond..ção, além de outras regalias , .:jue a lei lhe conferir, estando seu patrimô­nio, serviços e transações isentos rie impostos, selos, taxas e emolumentos.

Art. 14. A Caixa Federal de Ba­bitação Popular será a dmin:3t.radfl. '{)or um Conselho Administrativo ~ons­'tituído dJe 6 (seis) diretores, com mandato por 5 (cinco) anos, númea­dos pelo Presidente da Repúl.>li"'iL

§ 1.0 O Presidente da Reipública designará dentre os diretores .. quê­les que deverão exercer, respectiva­mente, as funções de Presidente e Su­perintend·ente.

§ 2.° O Conselho Administrativo será o órgão central diretivo da C. F. H. P. e exercerá sua administração em todo território do pais, através de sua matriz, agências e departamen­tos, que criar para suas operações e ·negócios.

§ 3,° Anualmente, será eleito um dos membros do Conselho para exer­cer as funções de vice-presidente, que substituirá o presidente nas suas fal­tas, licenças ou impedimentos even­. tuais, até o prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias. . § 4.° Se a substituição ultrapassar

o prazo do parágrafo anterior, o Pre­sid?nte da República nomeará, int.e­rinamente, um dos diretores para exercer a presidência.

§ 5." O Superintendente será subs­.. titufdo em suas faltas, licenças ou im­pe'dimentos eventuais, pelo diretor que o Conselho designar. , § 6,° O mandato dos diretores será ~ucessivamente renovávE\l, a critério do Govêrno .Federal, não podendo (!s mesmos ser afastados ou dispensados de suas funções, antes de findo o pra­zo do mandato, ressalvada a ocorrên­cia de ma·tivo justo ou falta de exa­ção no exe'rcício do cargo, apurado em processo regular.

§ 7.° Os diretores distribuirão en­tre si as funções que lhes competi­rem, de acôrdo com o Regimento In­terno que deverão organizar dentro de 30 (trinta) dias de sua investictl!-

ra, submetendo-o à aprovação do Mi­nistro do Trabalho, Indústria e C0-mérclO.

§ 8.° Os membros do Conselho Ad­ministrativo não poderão ter, direta ou indiretamente, negócios de quais­quer natureza com a C. F. H. P., sob pena de responsabilidade e per­da imediata do mandato.

Art. 15. A C. F. H. P. terá sua séd'e e matriz no Distrito Federal, po­dendo criar e instalar agênCias nas capitais dos Estados e cidades de po­pulação superior a 100.000 (cem mil) habitantes, ou que forem centro de indústrias pesadas e de oficinas je fabricação e montagem de material f enoviário.

Art. 16. Junto às prefeituras de cidades que não fôrem séde de agên­cias, poderão ser organizados Depar­tamentos da C. F. H. P., por .3oli­citação das administrações muniCI­pais, fis·calizados e assistidos pela C . F. H. P.

Parágrafo único. As caixas Eco­nômicas, Institutos, Caixas Prediais ou de Construções, emprêsas de se~n-1'OS e capitalização, bancos imobiliá­rios, de comércio e custeio agrícola ou industrial, de reconhecida idoneidade, também poderão organizar Departa.­mentos fiscalizados e assistidm " ~!a C. F. H. P., através dos quais àpli­carão depósitos ou disponibilidades, na forma do estatuído na presente le1. .

TíTULO IV

DAS DESAPROPRIAÇÕES

Art. 1.7. A C. F. H. P. r.epresen­tará aos governos da União, Estados e municípios sôbre a conveniência de desapropriação de terrenos vagos ou áre·as que possam facilitar a cons­trução de casas ou moradias econômi­cas para as classes trabalhadoras, se, notificados 3eus proprietários ou de­tentores, não os utilizarem para C011::­truções de imóveis residenciais, den­t.ro do prazo que será fixado para ca­da caso .

Art. 18. Os terrenos expropria­dos. quando situados em zonas cen­trais de cidad'ós de população superior a 200.000 (duzentos mil) habitantes, sôrão. de preferência, utilizados para. a construção de condomínios residen­ciais. cujos apartamentos serão ve~l­didos ou locados a pessoas que exer-

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çam trabalho ou função em est:lboJe ­c;mentos. empreS:lS ou repartições pú­o1'C:-Is. nelas localiz:ldos.

TíTULO V

DAS 9ISP03IÇÕES FINAIS

Art. 19 A C . F. H. P. providencia­rá jlU1 to acs poderes pÚbilCOS. SUgf­;'mclo meci.idas necessári1s ao bar~­t::::mento de terr.ncs e ccnstruçuLs. ;)?~a o que e:1trará em entenJimcnio ccm as em;Jresas e inciústrÜi.s de mrt­Leria \5. no sentido de serem por ,st.l::' n';:02rvJ.G.:lS e entregues . mensaJrne!1te cotas ce!'~as e determii1a~:ls de ,U:l IJroüuç;:o normal. d : stinadas às ob:'~:s e CO:1~~:'uções de casas ou moradbs ccorlômicas.

A,·t. 20. E' co!:cedido, pelc prazo 6.e 10 (dez J a1:Os. complet:l :senção 'lt d;rcit:::s de Importação cu aduaneircs jnra maqumismos e materi:l:s lic c:J;,~truç:~o a s"rem ut'lizados ou nr· prEga Cl 03 em edificações de casas "li mondias econól:1:::as mediar.te requi­s;~ões cu gu'as vis:l(hs pela C. F H. P. fic::cr.:lo. por igual prazo e para c me<mo fim. redl.:zid03 de 40% (qua­re!1ta por cento). C5 fr'tes e tar:~:::s C:1S emlJ!'2sas de tr::'115]]Ol'te.

i\rt. 21. Os contratcs relativos aos e!11p1'2stimos p2.r::t :{ aquis:ção. CO:1~­truc:lo ou !'2fcrma d" casa ou mo!'adh p:'ópria, liberação ou subrogaç'ão :::e ônEs. ou p:ua financiamentos de cans­truçõ:s .(' i:~crcmento de indú,trias d, ffi2..t.riais. pOderi:.o ser cel~tr:1.dos nor ôl1o:tl'1lmento part~cular. isentcs de '3C­lo~ c quaisque, emolum~ntos de reg'~­tro. :r:clusive reconhecimento de '~i:' -111C,S.

A:·t. 22. A C. F. H. P. pod~rá con­ceC:er empréstimos às (mpresas incus­~ria;s cu comcrc'ais de qualquer natt:­r~':ra aos ,,!over!1CS estacuais e pr~­f2ituras municipais, para a cO:1st!'u"ão de casas resid·,nciais para operár:()~ ou tri\bolh8.dorcs. desde que cobrem a l'SeU; módic:1 c'cl'!tribuicão mensal. 01. a!:t1ç:U21. a título (ic éonservação r:o O. t:J.ia e serventia de luz. água e es­~;ôto

.d.l't. 23. N!1 -c8r..ce~5ãu dos (nlDr2~.­r::'1I" a C. F. LI r-' dtenderá o' 0:1-tério de incentivo às ccnstruções dc' me!lor cus~o sôb:-e 3S de maior, deven ­ele CO r'cr cento prlo menos do mon !"·~.nt2 C'.:'i.u:11 03.-S áDEc3.ções ser cle5~i ­na:.!o~ a habita~õ2s de valor nio e~;-

cedente a Cr$ 50.000,00 (c:nqüenta mil cruzeiros) .

Art. 24. O financiamento das cons­truções e obras das casas ou moradi~s rconômicas, será feito por intermédIO de companhias, empresas ou emprt:J­telfCS legalm:nte habilitados, resioJen­tes no P3ÍS, e de reconhecida ido:;::~ dad2. sob f:scalização da C. F. H. P .

Parágrafo único. SEmpre que hou­\'8r conv;'!1iência, a C. }'. H . P. ",0-(l"rá construir diretamente atravé,) ::lu seu c'=partamento de eng,nharia e C!:;:·'lS. ou por administraç~o con!.r:'.­tada.

!.l't. 25. Os empré::timos serão C('D­

::::oJicos med'ante classifkação de pro­PO:;L:15 estabelecida no Regimento 1n­t::~no. preferindo sempre, observaua fi 01 .. ::eITl cronoló;ica do préd:o a·,: illS­cl':ção. os p~oponf'ntes que forem che­;ê~ cie f:lmília cem encargos de pruJl' n tlmerosa. e puderem 5a tisfaz2l' ~,5 n:l;;é::cias do arti~o 7.°

A!'t. 26 . A C . F . H. P. pod€!'é dc.;­ti:J:ll', anualm:nte, até 10';~ (dez paI cento), das d'sponib:lid2.des de se'l c:.t­);:t:ll de movimento. para empresU:n:;s cem garantia de prédios ou constru­çcs qU2 S2 dest:ncm a esco!as. howi­t:::is C'1 outr>l.s instituições de a5sistên­ciJ. 50c::11. lccalizacos em centros ·:le tl'ub:llho e produç§.o industrial 0<1

:lgríco!:t, que objetivem o amparo -: prct2ç1io do trabalhacor c sua fam:-, . ,la.

_\.rt. 27. O Conselho Administrativo c;'~?dni<:ará e votuá o Regimento b­terno de que t:ata o art . 14. parágm­[o 7. no C;:':9.1 ssrá regulado o s:3~emu de fl::;ciC:1ammto da C. F. H . P. ::ompletancJo sua Estrutura orgânica com a distribuição é dC'scriminaçf<o eles sCTviços Ge seus membros. crgani­za::;ão dos qU:lcros. recursos, fun\.õ~s ;: t!'ibuições e lliEr:!rquia do pessoa ', vêr.cimentos. a l:J.on os. gratific,lÇÕ~S. 01'­dên1 de trabalhos. regras d: disc:plif':.:!, :.; as bases d Q,; r..egódos e operaçâe, Pf':li1it'dcs pela prese!lte lei.

~ 1.0 O Regimento Interno, uma VC7

a~JroVJdc pelo Ministro do Trabalt.J, ~;::.jlistria e Comércio. será pub;;\-r.r!:) !1G Diário Oflci:1.l e entrará em e::c­(Uç':" imediata.

~ 2.° Os memb:-os do Con~cE10 Ad­m'nistrativo terão remuneração (ju~ s::l'á fixada no Reg-:mento Interno. "onivaLnte à dos membros dos C0n­s21110s Administrativos d:1 ~ Csixa5

- - 6-

Econômicas Federais de l,B categoria e mais o abono anual de 3 (três) me­s,es de vencimentos, a título de ajuua de custo e representação.

~ 3.0 Até a nO!Il<2ação dos membros do Conselho Administrativo e publi­cação do Regimento Interno. serão conservados o atual pessoal, chefes de serv:ços e diretores da Fundação da Casa Popular. assegurados a ' êstes os d:rcÍLos à função pública preexistente ~~'" f orm:3. da lei.

ArL. 28. Ficam mantidas as disp:l­.. lçét.:. referentes aos decretos-leis nú­meros 9.218, de 1 de maio de 1946. e 9.777, de 6 de &2 tembro de 1946, na­quilo em que não forem, implícita ou explicitamente. revogadas pela pre­sente lei. que entrará em Vigor na ~ata de sua publ:cação.

Art. 29. Revogam-Soe as dispo;;ições em contrário.

Sala das Sessões, 19 de dezembro de l!l46. - Jonas Correia, Deputado Fe­deral.

Justificação

A habitação para os !rabalhadores é um problema palpitante da atuali­,dade do mundo-a pós-guerra, comba­lido pela fúria das destruições de obras e vidas humanas, de cidades e monumentos de civilização, de va­lores econômicos e morais incalculá­veis.

Não há dúvida de que êste pro­blema se agravou, em conseqüên­cia dos complexos fenômenos da úl­tima guerra, dado o deslocamento de populações, o desabrigo de mi­lhÕl!s de pessoas que perderam seus lares por abandono, destruição, sa­ques e miséTias a que foram lança­das, c, principalmente, dado o es­pírito de reivindicações sociais das classes operária e média, e:n luta por maior soma de bem-'estar e confôr ~o material, a que têm direi­to.

1 - A habitação: p1'Oblema de natureza econômica.

Desde remota antigüidade a ha­bitação constituiu a preocupação mais dominante do homem, em vir­tude dos cuidados com sua natu­reza física e alojamento da prole.

A pre-história conta que é pro­vável que o homem paleolí~ico não

se haja preocup:l.do com o problema da residência. ~le teria vivido à sombra das árvc,res ou n3.S caver­nas.

O p:-oblema da habitação deve, pois, ser contemporâneo do homem neolítico, cuja civilização principiou há doze ou quinze mil anos. Entre as primeiras residências encontradas , estão os megalitcs, grandes cons~ru­ções de pedra, de que há reminis­cência n3.S ilhas britânicas, e as pa­lafítas, habitaçães lacustres, acha­das na Suíss,a .

Dos primórdios da civilização até muEo tempo depois, o homem po­dia fazer, a sua própria ca.sa. Nes­sa situação ainda se encontram os selvagens da atualidade, e mesmo o homem rural, que ainda constroi freqüen.temenbe, êle mesmo, a sua moradia.

Mas, desde que surgiu a especia­lização do trabalho, com a comple­xidade social, nem todos puderam levantar a própria casa. Precisaram comprá-la feita, ou pagar-lhe a construção . O problema passou a ser de natureza econômica. Seria necessário ganhar tanto para a su­bsis'ência, como para fazer reserva destinada à aquisição do imóvel.

E, assim, o problema da casa, inexistente no princípio, de solução tão fácil logo depois, veio a ser mais ta!'de um verdadeiro tormento para o homem, c, conseqüentemente, séria preocupação para os poderes públicos .

No Brasil muito se tem procurado fazer pela causa dos trabalhadores no sentido de se lhes proporcionarem casas baratas ou eccnômicas, mas a verdade é que nada ou quase nada se pôde realizar a):é êste momen­to, considerando-se o quanto po­deria. ter sido feito e o muito que ainda há por fazer .

2 - A nossa legislação ~:)cial sôbl'e a habitação,

Nossa legislação social a respeito, remonta ao penodo do govêrno pro­visório da República, que expediu o primeiro decreto sôbre habiti!çÕ<es pcpulares, de n. o 843, que concedia favores ao Banco dos Operários pa­ra auxiliar a construção ci.e casas r;ara proletários e para as classes po­bres .

Daí por diante, houve absoluta omis­são o silêncio dos poderes cons~ituí-

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dos, até que, em 1911, o Congresso Nacional votou a lei. que concedia diversos favores às associações que se propuseslsem construir casas ou habitações para prole:ários. Foi o DCé:l'eto 11.0 2.407, do Govêrno do ~Ilarechal Hermes da Fonseca. .

f::::ses decretos não tiveram a exe­cuçüo esperada, apesar das sábias jJ!'ovidências adotadas, que muito te­r:am au.xiliado as classes obreiras de~:a Ca.pital a terem o seu te~o.

Em 1920, no Govêrno Epit2.cio Pes­soa. sobrevie'am os Decretos n. o 4.209, de 11 de dezembro de 1920 e n.o 4.813. de 20 de maio de 1921. ês~e ú:timo regu:amentando o primeiro, e. mais o Decreto n.O 4.561, de 21 de a.gôsto de 192~, regu!amentado pelo Decre­to n. O 15.846, de 14 de novembro de 1922.

A legislação federal até 1945. des­ti1l8.cla a incentivar a construcão de habitações econômicas, pode-se di­vidir em três ca :egorias principais. A prir.leira, outorga facilidades aos pro:etários em geral; a segui'.da. a ser\' ic1or:s do Estado; e a terceira. a <lsscciadGs dos Institutos e Cailw5 su­bordinados ao DeDariamento Nacio­Tul elo Trabalho ..

Nn. primeira categoria estão os ci­tad~<; Decretos ns. 843. 2.407, 4.2C9 e ~. e.13. que cellcec:(a1 fayore3 às as­.C08inções que se prcponham a co,",s·­truir cacas para habita<:~,o de prole-1 árias e estnte:ecem isencão de direi­t:;s alfa:1degi:'ics para materiais im­:lO!'t3c10:;, e de im:cestos em gerai, fa' cul:a!l.Go empré<timos da" Caix[<s Ecollômicas i"'ederais para os adqui­re:nes. As a,socia~ées que rccebeo;­sem êsses favores do gOV8r110. fica­rjc.m obrigadns [t al1tC];8.r as casas ~or alu,;ue: módico, e a vcnd~- :a.' aos C2U;Ja"'es. pelo preço C-:::TCs;Jo:1dente r:Cl rc'pectivo custo, com, uma boni­Jic3cão de 10<j- no rnáximo. As casas ~'8ria:1l do vaiar mínimo de CrS '" 5. oca 00.

Ai!1~la na p;-;meira catc~Clria entra o Dr-c:'cto-lei n ." 3.200 ce 19 de abril de : 9~1. qU2. protegendo a família brasi~eir9., nlandou as Caixas e In5-ti~:.ltos de Aposentadoria e Pensões, bem cemo as Caixas Eco!lômica~ Fe' derai" fazer emprésêimos até a im­portâ;lcia eqUivalente a 3 anos de ven-;imcntos, com juros de 5% ao ano. d2.o'inados à aquisição de imóvel pró­p:-io. Os pagamentos far-se-iam em

7-

20 anos de prazo, podendo o res­gate efetuar-se com os encargos da pro!e. isto é, com o abatimento de 10~;. .sôbre cada filho que o sasal t,ivesse .depois c!e 30 dia., do r,asci­menéO e mais 10Sé. quando o mesmo completasse 10 anos, o que valia di­zer Que o encargo de 5 fEhos válidos. que comple~assem 10 anos, liber(,aria a residência própria do ônus nipole­cário contraido com o mútuo de ca­samento. Tais decretos :1âo tiveram exe8uçiio, a não ser os primeiros com a,s construções iniciadas nas vilas "Marechal Hermes" e "Orsina da Fonseca"" muitas da.s quais não pas­sa.ram, entretanto, dos próprios ali­cerces.

Na segunda categoria está o ci­tado Decreto n. a 4.561. de 21 de agôs­to de 1922. regulamentado pe!o De­creto n. a 15.846, de 14 de novembro ce 1922, que autorizava o Poder Exe­cutivo a mandar construir até cir.co mil prédios para os funcionários pú­blicos ou operários da União.

A União construiria prédios até o valor máximo de Cr$ 10.000,00 cada um. para vendê-los aos funcio!lários ou o;Jerários, sem lucro, cobrando só os juros de 6"0. Ou emp:'estaria até eIS 25.000.00. pa:"a o funcionário ou operário construir em terreno que po::suís.:;e. Aos oficiais de terra e mar, e aos funcionários púb:icos fe­derais, poderia emprestar até 100 vê­zes a im1)crtância mensa.) do monte­pio e meio sóldo daquêle e do mO!lt,e­pio dêstes. no momento do emp:'és­timo. O pagamento seria feito den­tro de 15 anos. Para rca!izar essa obra, o Executivo ficaria autorizado a prcmover uma operação de cré::!it3 a~é Cri) 30.000.000,00 e a ceder terre­nos que vies.õe a desa:Jrop:·iar.

Merecem ainda especial menção os Decretos ns. 21. 541, de 16 de junho de 1932, 24.256, de 16 de maio de 1934. 6~·1. de 15 de fevereiro de :936, DEcreto-lei n.a 3.346, de 30 de no­vembro de 1938, e 3.827, de 15 de março de 1939, que instituiram, modi­ficaram e regulamentaram a Caixa de Constru.ções de casas para os ofi­ciais do exército nacional. Os oficiais pa~ariam a jóia de Cr$ 100,00 e a contribuição mensal de 0.1 % do valor da imcnçao para emprestimo. Nenhum mutuário seria contemplado com o emprestimo, sem ter feito pri­meiramente a entrada mínima de

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10% de sua inscrição. Os terrenos deveriam ser préviamente tran.sferi­dos á propriedade da Caixa, pare que a con.strução se fizesse. E se êle valesse os 10%, representaria a en­trada. A Caixa de Construções de casas para os oficiais do Exército Na­cional tem realizado obra apreciável.

Na terceira categoria estão os De­cretos ns. 21. 326, de 27 de abril de 1932, 22.426, de 1 de fevereiro de 1933, 22.693, de 9 de maio de 1933, 24 .488, ãe 28 de junho de 1934, 1.749, de 28 de junho de 1937, 398, de 30 de abril de 1938 e 3.241, de 8 de maio de 1941, que permitiram ás Caixas e In.stituto de Aposentadoria e Pensões, subol'dinad'Os ao Con.selho Nacional do Trabalho construir e adquirir ca­sas para seus associados. Os finan­ciamentos não deveriam ultra.passar Cr$ 150.000,00 para cada aSSOCiado, compreendido nesse valor o custo en­globado do prédio e terreno. ' Mas, concorrendo diversos pedido só po­deria ser atendido o pretendente de emprestimo superior a Cr$ 80. UOO,OO para cada grupo de cinco pretenden­tes de emprestimos dêsse valor ou in­ferior. Os Institutos e Caixas aéve­riam pa.ra fazer essas operações, ter pa_ trimônio supe-rior a Cr$ 500.000,00, e poderiam inverter nas operações até 50 % dos saldos acUiIIlulados, con­vertidos, ou não, em titulos da Divida Pública. O Departamento Nacional do Trabalho, todavia, em instruções que baixou, restringiu a 40 % essa porcentagem, com ressalva, todavia, da faculdade de elevá-la. A divida estaria sujeita a juros de 6% ao ano, elevaveis até 8%, se o exigissem as condições financeiras d'O credor. O associado ficaria obrigado a faze: se­guro de vida e contra fogo, em com­panhia idonea. Seria permitida tam­bém a compra de apa.rtamentos.

O prazo da dívida seria de 10, 20 ou 25 anos; as prestações men.sais, des­contadas em fôlha, não poderiam ultrapassar de 45 % do que vencesse o associado . As casas assim adquiri­das seriam isentas de impostos, se­gundo tabelas determinadas pelo De­creto-lei n.O 398, de 30 de abril de 19318.

lt a obra dos Institutos e Caixas Prediais de todos conhecida, porém pouco incrementada e mesmo inci­piente em relação a habitações popu-

lares e atentos o âmbito reSJtrito de sua: execução e falta de órgão e&pecífico idôneo para êste fim.

3 - A Fundação de Casa Po­pular e a entrevista do Presiden­te Dutra

Recentemente tivemos os Decretos­leis n.o 9.218, de 1 de maio, e 3.777 de 6 de setembro do corrente ano,

3 - A Fundação da Casa Po­pular e estabelecendo SUas bases fi­nanceiras.

A Fundação da Casa Popular tem sido objeto de sev,eras criticas da Imprensa e de pessoas que se têm ocupado, ultimamente, do assunto das casas populares.

Quando de sua criação, a Assem­bléia Nacional Constituinte, pela Co­missão que se organizou para estudar o ante-projeto, que foi pUblicado pa­ra receber sugestões, desaconselhou a estrutura orgânica lembrada para a nova instituição, por incaJpaz de so­lucionar o problema.

De fato, a Fundação Casa Popular na.sceu em condições de inviabilidade, em face da sua constituição de emer­gência. O pen.samento do Sr. Presi­dente da República não fôra bem aproveitado pelo autor do ante-p::o­jeto, dai o enquadramento ineficim­te de sua estrutura e entravamento de suas atividades con.stutoras. Isso afirmo porque, em mé'ffiorável entre­vista ooncedida à imprensa desta Oaipital, quando candidato à presi­dência da R€1pública, o General EurI­co Dutra focalizou de mOfro claro õ problema da habitação popular éntre nós, abol'ld.ando seus InIÚltivlos aspe­tos. Tenho a honra de loe·r essa eu­trevista, em que S .Ex." asseverara que o Congre$o deveria ' legislar sô­bre o assunto. a'PÓS referir-se a êS­tudos elaborados pelo Dr. João Ba­tista Pereira, conhecido economista e técnico da matéria, com quem, en­tão se avistara S. Ex." e de quem recebera um plano interessante.

A entrevista, que foi publicada em <tA Noite", de 16 de outubro de 1945, é a seguinte:

O proble7na ,da habitação po­pular encarado pelo general Eu­rico Dutra.

"Sua solução depende do am­paro efeivo do govêrno" - diz a:

"

-- 9

"A Noite" o candidato majoritá­rio - Para o bem estar das clas­ses trabalhadoras,

A situação por que passam nossos m<:'iQ.5 urbanos e mesmo certas zan:?s rurais da Pais, no tecante ao prob!e­ma h:.bitacional. levou a nossa 1'e­por~agem a ouvir a palavra do can­didato das fõrças majoritárias a re's­p2ito do assl:nto, de vez 'lue S. Ex.a

já se fxtS:'nou de modo geraL ~Ô~l:'e êle, em .:;cus diECursO,s de Belo :'-10 f: -zonte e São Paulo. bem ás.sim ,'111 proclamação dirigida 2,0 tl"aballlador brasEeiro.

O gel~cra; Eurico Dutra Leve a gen­tileza de recEber-nes, atender.do-nos com a SOl:~l~t.:de que sempre dedl,::a às inici2.livas concer,1entes aos pro­b:Ema.s de interêsse da coletiyidade E logo à nossa primeira p~rgunt.a disse. com a franqUEza que lhe c~­r2ctEriza o ç~:)írito:

De fato, êste p:'oblema e, Ul~'.'e nós, grave e d~ relevante importân­cia. Precisa ser resolvido, com tôda a urgência, para o bem estar de :10,­S3S classEs t!'ahalhadoras e resgua.!'­GO da própria .saúde pública, 'lCS se­teres da higiene secial. A sua ;;vlu­çiío depcilde do amparo efetivo do gcv2rnCl atl'2vés de medidas adequa­das e con·ceInentes à realização do de­siderato que é cemU!J1 ao F.;,t~rl(l e ac~ ~3.rt~cul[.rt's A hab~t::ll~ão rXH'c. ~ povo é ho.ie. em todo o munj'J civ:!;­Z2.do. um prcbléma de EOOn01111& ,:[0-cial qne, pelas caracteristicas de s',a finalidad.e educativa. se tornou verda­d-eira:!l€nte assistencial.

O poder público - prossegue Sva Excelência não pede deixar de enqu2,drá-Io como problema de m9.g­na imp·ortância er. tre aqueles que; ohjztivam o engrandecimento da na­ção, o aprimoramento das virtudes fi­sicas e morais da raça. bem assim o e7lri:lUECim2nto da economia sob SEUS mÚltiplos aspectos. Habitando mal, em lugares impró)rios e infEctos, em espa'(c.s €},.iguos e a<sim vivendo em .promi~cuidade, perde o homem não só o sentimento de família, o estí­mulo para o trabaliho, como a saúde do corpo, e em vez de ser fator eco­nômico posi~ivo. ré'Pr·escntará para o E~t3do um ÔilUS. aumentaY!dn a le­gião de inváJi.dos e enferI!1os de tôda a Esçé·ci.e. que as f'"statísticas referrn­tes à mil'éria e in:ortúnios humancs, nc~ dão conta.

Observá mos que. para resolver o prcoblema, são muitas as sugestões que

têm aparecido. E o general Eurico iaz. então. considerações em que se revela o seu perfeito conheGimemo do assunto:

- Os estudiosos da matéria vêm dcb:uendo, Ü.lt:11l~111Ente, a tese da "c3.:a-própria" com louvável insisr.ên­cia. Já temos legislado sôbre o C3.SO. L8gi~kção incipiente, é verdade, mas de certo modo inspi!"ada nos propó­sitos de uma solução para detenmna­do,; àngulos do problen13.. Nos gcvêr­nos dos sludoso.s M3.:·echal Hermes da FO:"éca e Dl'. Euitácio Pesso3. teve, fm:'" nós, inicio a 'ação governamznt.al para a construção de casas e:::o:oômi­cas. últimamente no govêrno bme­mérito do pres!dente Getúiio Varg-:lS;. qU:1:1do Ministro do Trab31ho o Dl". A~3.memnon Magalhães. ampliou-sE' nos~a l<:gislaçã.o soei3.1, para as C0115-tl'uções d~ casas des~inadas a d2ter­min' :::3S ca teg'orias scciais, a tra vei; Ó.lo -CJi',~s prediais. Como interventor fe­(.:':·al em Pprnambuco. o Dl'. Ag3.mem­ne"! enL'entou o p:'oblema com a Cr'l­Z3.::i:t So::ial Contra o Mucambo. cc~n­batendo a miséria da h,.bitação do novo e demonstrando as pos'ibilicl:-.·:"!cs ~:8.' medida s de govêrno conju:p :;9 5 CCP1 os auxilios de particulares e êm­}):'0;-:'s rE:lliz:lndo nesse sentido 01):;, admirável. Porém, o aspec;:o do 1);',)­

b;o111a que precisa ser aL1cado sem a.::-1110:-30 é o da .<ocializr,ção ampla de fC­curses e m::io5 pan o financiamcnt ,") ,;" conctruções que tornem a "casq­llrÕ'Jrü". tanto quanto possível ~1Cí',;­sível a todo o indivíduo que a as:óc,i,' e pos.~a adquirir com a Economia sis­temé tica. Ain~a há bEm p01:CO tempo ":1"':" o

pra?E~· de ouvir um estudioso de EC'> ncmi} sccial e conhecedor ,3fcfuf,CO dêóte problfma. o Dr. João B:\tista p.'­reira, de São Paulo, com quem '11 e a vistei e palestrei longamente sôbre ,) assunto.

- Os jc:-nais desta capital c de S.;,) Paulo -Iemb~amcs - registnram uma entrevista do Dl'. João Batista Perei­ra. divulgando o Esbõço de um plano que te!'ia apresen ta.do a V. Ex."'.

- Sim. Pedi ao D~. João Ba:ist, Per~ira que o divulgasse. poic;, a m:'l ver con<ultava fi nualidade brasih'io e apresentava uma eqm ção ciign3 de €x?me e a::eitável.

Accntu:1l1do que se fôr eleito )1rc~:­rten~e da República. não deixé:rii. de apoiar as me'didas constantes e:,;,.38 pl2.no, disse-nos o general G}Spar Du, tra:

,... IV .!! IV u

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NO NZ ~...J .30..

- Pessoalmente d'arei todo o meu apoio. Como sa'be , vamos para a re­democra tização do país, e ao Cong:~sso competirá legislar sôbre o assunto. A criação de um órgão específico ;>ara todo o serviço de habitaçãopopular e administração predial, .!omo f0: lem­brado, e que poderá denominar-se Caixa Nacional d·e Habitação, permi­tirá a mobilização de recursos para o financiamento e construção imciaIS de 100.000 habitação de tipo popular e custo médio de Cr$ 50.000.00 por um­dade, inclusive o terreno. Os emprés­timos para sua aquisição deverão ser a juros máximos de 6% ao ano e os pagamenLOs feitos mensalmente, peh Tabela Price, incluindo-se nas presta­ções cs seguros hipotecários de vida e invalidez. A casa assim adquirida deverá gozar de proteção da Lei, como 'bem da f.~mília. não podendo s-."Ü alie­·na-da, nem de modo algum gravada, a não ser em casos previstos na pró­pria lei.

Penso, também, que a habitação não é só a moradh do trabalhador da ci­dade, mas igualmente a do trabalha­dor do campo. Para a habitação ru­Tal devem ser outorgadas as mesmas condições e concedidos idênticos favo­res est.abelecidos para. a aquisição da "casa-própria". Aquela, a habitação TurB 1, a té um limite de área de 20 ou 30 alqueires, deverá gozar de taxa de juros me·nor. até 4% ao ano no máxi­mo, podendo o pl'azo ir a tê 25 anos. E' sabido que a pequena propriedade agrícola, bem distribuída e assistida ele órgãos técnicos e científicos da mo­derna agricultura, valoriza o homem e radica-o à terra, estimula a produ­ção agrícola e a criação animal, fa­vorece o abastecimento das popula.ções dos centros urbanos e zonas indus­triais, e desenvolve, ao mesmo tempo, riquezas múltiplas que beneficiam a economia nacional.

Para terminar, devo dizer, que a chave do problema está, sem dú­vida, na aplicação rigorosa das dispo­nibilidades refel'€ntes aos proventos da economia popular, das tributações de previdências so'oia1. dos depósitos legais e compulsórios refe,rentes acs serviços de empl'êsas de utilidade pú­blica e companhias de capitaliza.ção, das tax~ s criadas para e.'!se fim e do­ta,çõ.es de economia esta tal consigna­das em verbas votadas pela União, os 'Estados e municípios, recursos esses que, wmados às inversões de capitais particulares com juros mínimos as-

10 -

segurados pelo Estado, possibilitarão a criação da Caixa Nacional de Habi­tação. Esta como a "Federal Houing Administration" dos Estados Unidos, será o órgão central e poderoso d:esse serviço, em colaboração direto com as caixas estaduais d.e habitação. Cada. 'Estado poderá ter caixa de habitação e cs municípios, junto às prefeituras, seções das caixas estaduais.

A magnitude do problema na. re­construção do mundo de após guerra, 'Pode d·esde logo. ser evidenciada pel!l. r·ecente mensagem do presidente Tru­man solicitando ao Congresso do seu país, a prorrogação da 2.a lei de po­deres de guerra, em que fez sentir aos represen.tantes do povo americano a n-ecesidade de, nos próximos 10 anos, serem construídas nos Estados Uni­dos, entre "um milhão a um milhão e meio" de casas por ano. sendo inver­tidos nesse programa social e econô­mico de "teis a s.ete mil milhões de dólares" anualmente, ou seja, em nos­sa moed3, de 12 a 14 bilhões d'e cru­zeiros.

Por aí se vê que um planQ inicial, para nós, de 5 bilhões de cruzeiros ou seja para a construção de 10.000 ha­bitações populan:s, parecendo vultoso nã.o deve causar admirllcão a quem quer que seja. Precisaremos fazer muito mais para atender às necessi­dades do momento".

Como se verifica da entrevista, ficou bem esclarecido o que desejava o General Eurico Dutra, ao se pro­nunciar sôbre a solução da. ::rise de habitações que vinha e vem afligin­do, em particular, as uopulações ur­bf>.nas do país, principalment.e nos centros industriais e cidades de den­~iãade de população.

4 - Equacionado pelo Presidente, cabe so a solução.

f) problema ao Congres-

O meu pendor pelas questões ati­nente!> a melhoria das condicões de "ida de nosso povo e partkulirmente de nossas classes trabama.1oras. in­fluiu em meu espírito para os es­t udos em tôrno do problema de ha­biLações para as classea menos fa­v(.recid&!> da fr,rtuna.

Procurei ouvir conhecedor~s io as­sunto e técnicos abalizados De to­dos, posso destacar o próprio Dr. Jcão Batista Pereira ex-direto! da Caixa Econômica Federal de São Paulo, referido pelo 81'. General Du-

tra em sua entrevista, S, S, me prestou valiosos e completos esclare­cimentos a respeito, Pedi e obti\'e mcsmo sua colaboração no sentido de se e:;truturar um órgão técnico e de créc;ito, capaz de atender aos recbmos e i:.cccssidades prementes de constru­cões etc casas para desafôgo da falla cie moradws,

D[!I o projeto que venho submeter 8, C:imara dos Deputados cJljo obje­tivo é a reestruturação da Funddção da Casa Popular, ,sob denominlção r.1ais compatível com suas f;nalidajes, c de3tiJ:.ado a pi'estar aos nOSS08 tra­balhadores os serviços parl'l que será criado,

o crgão ql!ó! o projeto pri'codza de­\'('rá denominar-se Caixa Federal àe Habitação Popular, de natureza ju­rirlica para-estatal, de economia so­cid e fins assistenciais,

O pro.ieto está dividido em títulos e capitulos,

Os títulos I e rI instituem e de­finun a Caixa Federal de H::t1:Jitação ?opulE.T, fixando-lhe as linhas mes­tr.ts de uma sólida oi'gamz,~ção (CO­nô:nico-socjal. destinaela. por cato. a ter llil1a re2.1 e profunda rc!wrcus­são na no~so meio, por ~l1'l'· fi~H~li­àn.d:::s el:1incntemente pOpUl<lreS,

Serüem-se os titulos e capltulos rcfé!"cntes a "Empréstimos c Finan­ciamentos", "Patrimônio e C8 pit:ll" , "Aclministraç'lo", .. Desap'oprlaçõe~" e "D:sposicõ:s Finais", deduzidos em 29 nrtis'cs, par:?gr[1.fos e letm:>, r;uja SIS­temátlca pre"\'2 os pri~mas e aspectos 1"uncflmc!1tnis (lo problem'l CUqllll­dranclo-o no élparelhamento de um órg::'o idôr.eo à l'raliZilCão ela boa e TJlod,-ma politica cie habitaçôES l)(ll~U­lares ,

t,!n toC';,nte ao seu capltal. o 1'1'0-,kto estabelecI': c declara ,l soma ini­("i;:1 prevista de Cr$ 3, :100, UOO, 000.1)0 (três bilhôes de cruzeiros), ;} ser for­mada por vánas fontes rie meios e n:cvrsos. dentre os quais dest~ cam­~:: os empréstimos aue anl:a!mc:~te e ror fôrça cie lei. ãs Caixa~ 1':COI1Ô­r,l1c~(3. In~titutos, Caix8 s rJ2 PC1' s3es (' A!~cscntadorias, Prediais. elnprê~as de ser> vros e capitalização, ci(~ver5.o conceder ~lté 30 r ; do saIria de seu~ cepó,oit03 e disponibilidade;> a juros m'lximos anuc.is ele 7 r ; e j)razo até 25 anos,

AJits, a medida não constitlli r,('­nhuma inovação, pois, pc10 Decreto

11-

nO 4,209, de 11 de dezembro dz 1920, !lO govêrno do Dr , Epitácio Pessoa, o Poder Executivo ficou autorizado a aplicar uma têrça l~arte do "aIdo das caixas econômicas, para :1. cons­trução de casas para operános e pro­letr.rlos.

5 - Os saldos de depósitos de catxas econômicas e dis]Jombili­âadcs de institutos de prcv!den-cza.

Como é sabido, os estabe1eclmcn;;os de economia popul::tr e pre\ idênci!J, e!l tre nós. têm recursos imenso;; aue I,odem e devem ficar mobil!z~l dos. êm jJarte, p[:ra atender ::\0 ;)1',)[, !Ti:1.1 de constru:;ões de casas popüJares,

As Caixas Econômicas {<'E1crai" do Distrito Federal. S1:o Paulo, Rio Grpnde do Sul. Parc.ná, Estado do ~io, Minas Gerais e Pernambuco, pos:iuiam em 30 de junh'J último, CCl1 t'ormo seus respectivos 1::9I:mços, d<T')ó,:tos ele economia popui;,r que sc (',evam a mais de 6 bilhões de CJ u­zeiros <Cr8 6,247 ,325.331,40) ccnsoan­t:> dados e"mtos fornecidos pela Con­

I M!o:'ia do Conselho Superior das C',ixas Econômicas Federais.

No âmbito estadual. por e::emplo, :' C8 i"a Ecol1umica elo "Es~ado de ::::u PltUl0, aCUS8.va em 31-3·1D46 so­ma de dC,lósitos supelior n. dois bi­IllCrs c tlT7t'l1tOS milhões dI' cruzei­ros (C.i.'3 2. 3S3. ::54 .15~1.:Ja) .

Vê-se, port:mto, que só .l(!Uf'las C~ix~s e a estadual de Silo Paulo, C: l~rtl'dQrn er"l suas nIcas !1H(f3 ~C110S de Crf, 8,510, 84D, 483,70 (oito bilhões, sf'i.~cf'ntos e quarenta milh!'lf's, oito­ccntos e quarenb e nove mil. opa' 1"C­C'l'lltOS e oitenta e três cruzcl:'rs e se­tenta ce:1ta\"osl, importãnc!~\ (;ue rc­prc',nnta virtudes positivas ele r ossas classes tr[1,balhacloras no tocabL.! a H, US há bit os de poupan ,a,

E isso ~('m se comnutarem (.s d!:'­pó:o:itas exiftentes nas' Caixa, rrC'~!TI­criaclas de Santa C~.tarin~, J\<ato Grosso, Espírito Sn.nto, Ceará Pará, Amazonas, Maranhão e Oc:-. (1('m~ljs :r:;~:p elo!), iJem "ssi:n os da C~ h:a elo F~t:> do de Minas Gerais, ':'lI]l1s u: Idos pro,'idenciarci oportunamen':e para c(;nhrcin~2nto da C?omElra ~ ilustra­c-,"" dos debn.tcs que o Pro~2tO I~ossa sw:::itar,

Somente RS disponi1:Ji'iclfldc t'fl'ti­';;lS dos Imtituws de A!)ÚS"l~t[:doria (' PcnsCoes. dos Indl1stn·hios. Co·,npr­ci:\.rios, Marítimos, Bancários, e Pre-

-12 -

sidência e Assistência aos Servidores de Estado (IPASE), em dezembro de 1945, elevaram-se a Cr$ .......... . 1.141. 338.309,40, dinheiro em caixa e depositado em bancos, o que 'lale dizer cruzeiros parados e à ordem As dis­ponibilidades potenciais dêsse:; Insti­tutos, a realizar pelos valores d0 ati­vo, em pa,rcelas a arrecadar, na mes-ma data (1945), somavam Cr$ ..... . 1. 369.959.419,70, inchlsi \'e responsabi­lidades da União, em pod~r desta. Se­gue-se da! que, de fato, as disponibili­dades existentes, dê3ses Institutos, montavam a Cr$ 2.511.287.729,10 em dezembro de 1945. Atua.]mente tais disponibilidades devem ser superiores a três e meio bilhõoo de cruzeircs.

O acêrvo dêsses 5 Institutos, naque­la data, eleva-se a Cr$ G.336.171.773.50.

Se aos saldos de dzpósltos das Cai­xas Econômicas (Cr$ Q.li40.849.4B3,70), somarem-se os valores d3.S disp0nibili­dades dos cinco referid0s Institutos (Cr$ 2.511.287.729,10), verif!ca.-se que a economia popcla.r ~ de previdência, no Brasil. pode orgulhar-s? de urna capitalização efetiva de Cr$ ...... . 11.152.137.218,80.

Mas, somados àqullles valores do ativo físico e de créditos a reccbE.r dêsses Institutos, aos ~aldQs dos depó­sitos das Caixas Econôm:cas, encon-traremos (Cr$ 6.336.171. 773,00 + ... . Cr$ 8.640.849.483,10 = Cr$ ....... . 14.977.021.257,20), quase li) bilhões de cruzeiros que deverão trabaihl,r em benefício dos que depositam economias e dos que contribuem pa.ra êsses 01'­gãos de defesa social, atenta a quali­dade especifica dêsse dinheiro, cuja origem não tem filia,ção ::OlU a eco­nomia capitalista.

Cumpre considerar qu~, da soma vultosa de depósitos das Caixa.s Eco­nômicas, mais de dois bllhõe.s de cru­zeiros, não estão aplicados, conforme se pode ver, por exempb, do balanço da Caixa Econômica Fe:1eral de São Paulo, onde há mais de 1 bilhão e 200 milhões de cruzeiros vi;tcalment\~ sem aplicação e "congelados" por motivos pouco explicáveis, quando em São Paulo a crise de habitações é verda­deiramente angustiosa e perig03a para a saúde pÚblica e boa ordem na eco­nomia do trabalho.

As Caixas Econômicas, q~e recebem as economias do povo, devem ser "s guardiãs da solução 10 problema. Houve quem dissesse, em feliz concci-

to, que "as economias do povo devem ser aplicadas em beneficio do próprio povo". Sim, é um postulado de boa e salutar política econômic<l. e social que povos bem avisados Jêm pra.ticando há mais de meio sécclo.

Devo acentuar que o projeto que venho de apresentar mere::eu a a;lre­ciação de um dos nOSS0S maiores eco­nomistas, grande autoridade em as-

' sutos de casas pO;lUlarrs, o Dr. Sa­muel-Ribeiro, ex-presi·j('ute da Caixa Econômica Federal de flão Paulo. O eminente homem público exam~nou o trabalho ·em aprêço e a~ompanholl os estudos feitos para SU:l, e:;truturação.

Pedindo desde já a melhor atellção dos Srs. Deputados oara o prójeto que envolve assento tão :mO.ll·tante e de urgente deliberação do Congresso Na­cional, tenho a certeza. de realizar ê trabalho útil em favo!' do povo e da Pátria .

Faço acompanhar o P.-Oj3to de do­cumentos que vêm fortalecer as con­sideraçôes com que o) apresento, à guisa de justificação d,e motivo:>, em obediência às nossas práticas parla­mentares.

E me reservo, quando da discussão do projeto, para oíere~er est.udo mais minucioso sôbre o problema da habi­tação popular nos várIOS países, onde o mesmo tem empolgado os poderes públicos, podendo afirma: que os dados e 'estatísticas encontrados mostram como precisamos agir, sem demora, para não tornar maIS difícil a solu­ção da crise de ha.bitações no Brasil.

Sala das Sessões, 19 de dezembro de 1946. - Jonas Correi!],.

Anexos: Documentação e legislação: Referente A: 1) Saldos de depõsitcs das Caixas

Econômicas até 30-6-4ô. 2) Balanços Gerais dcs Institutos

dos Industriários, Comerciários, dos Bancários, Marítimos e de Assistên­cia aos Servidores do Estado UPASEI relati vos ao exercício ie 1945.

3) Quadro demonstrativ.:> das dispc­nibilidades e do acêrvo (ativo geraI> dos Institutos referidos .

4) Decretos anterio,es a 1945 rf'fe­rentes à legislação bz:a.c;,leira citados na jestificação de motivos, faltando os de n . Os 843, 4.813 (' 15.846.

5) Decreto instit~li!lCO a Fundação da Casa Popular e Portaria Ministe­r1al 1\. ° 108-A.

-13 -

Acompanha a documentação o pro­Jeto de lei e a justific3,~'ãl) de mctivos de apresentação do mesmo

Rio de Janeiro, 19 Je: dezembro d:; 1946. - Jonas de M"or:Zl;;s COTreia.

CAIXAS ECON6MICAS FEDERAIS

SALDOS EM DEPÓSITOS

30-6-1946

Rio de Janeiro ... . São Paulo ......... . Bahia ............ . Rio Grande do Sul P8.raná ........... . Estado do Rio ... . Minas GE,:-ais .... . Pernambuco ...... .

Cr$ 2.369.295.703,00 2.265.551.543 ,90

170.737 845,80 611. 835. 5lt,~0 266.439.650,60 266.273.41:2.30 198.939 198,8ll 98.252.459,10

6.247.325.33140 2.393.524.154,30

8.640.849.485.7:1

Contadoria. 5 ce dezembro de 194.6. - Sofia Poleshuck, Contadora.

CONSSLHO SUPERIOR DA.S CAI:­XAS ECON6N.UCAS FEDERAIS

S8.ldo da cO:1ta "Depósitos" .pr· ­sentado no balanço do 2.0 semestre (;2 1945, pelas Caixas Eccnômicas Fe­derais:

Cr$ C a i x a Econô;nica

Federal do Rio d~ Janeiro ........ . . 1. 999.759.053.90

C :1 i x a E::::mômka F('(!eral do n sta -cio do Rio ...... 220.200.767,10

C ", i " a EC010 ômica Federal do R. G. do Sul ... ,...... 591. 611. 594,:W

C 2 i x a Ec()nêrr:.:cJ. F~d€l'8.1 de :Vri11:t5 Gerais ... ....... . 131. 902.583.:0

C li i x a I'~onômiea Ff'deral de São P3ulo ......... ... 1.8 ~8 . 8!7.02J,SJ

C '1 i x a r.coT~êiln:ca FeC~er[)l (:~ p[l" .. na r;~ tu co ......... 98.784. 279.'~3

C,S. i x n. P:or:ôlni.ca F,' c' 21':tl ch Eahia (l.O sem.) ...... 161. 713. 292,BO

C ~ i x l'. Ecorôm'.<?a Fêic-al do P:ll'aná 202.466.69300

Total .... .. 5.305.255.389.33

Neta: D eixamos de registrar o sa~­elo dos Depósitos da Caixa Econômi-

ca Federal da Bahia do 2.° semestrE', E'm \'i:'tude cl2, até essa data, não te:: chegado a ê"t:! Conselho o refe~ido bah11ço.

Contadoria, 29 de março de 1916, - Heitor N. Soares.

SALDO DOS DEPÓSITOS DAS CAIXAS ECO­

NÔJ-1lCAS LO ESTADO

Em 3--3-1946

Cr$ Depósitos C / Movi-

mento ........... 2.238.131.160,40 Depósitos Judi-

ciais ............. 21.750.952,30 Depósitos S a I dos

não Reclam3.dos ,. 7. 37EO Depósitos prazo fixo 116.848. 26::J~'O Depósitos C / C o 10-

signação ' ....... , 11.995.877,80 Depósitos C / C h e-

ques ViEados .... 1. 302,00 Df.,~ósitos C o n di -

cionais .......... , 1.770. <!04,GO Depósitos S / C o n -

signações ........ 18.323.20

Total ..... 2.393.524 154,30

DECRETO N.o 4.209 - DE 11 DE DI:ZElIIBRO

DE 1920

Autoriza o Poder Executivo a cons­truir casas para operários e prole­tários e dá outras providências.

O Presidente da República dos Es­tac'':ls Unidos do Brasil;

Faço saber que o Congresso Nacio­nal decret:JU e eu sanciono a seguinte re~olução :

Art. 1.0 - Fica o Poder Executivo :1utorizado a tOJl13.r as seguintes pro­viC:ências. sem p,e.iuízo dos disposí­tivos do De~reto 11.° 2.407, de 18 de janeiro de 1911. aue deverá ser sem c)<>lTIom regulameritado cem as al~e ­raçães const:mtes do presente:

a) - concluir por administr8.ção ou contráto a CO'1stl'ução (las casas que. nns vi19s "iVIarechal Hermes" e "Orslna da Fonseca". estej8.m por cO;1C'luir e consertar as que prrcis?m c':> leparos. 8.proveitan::o os m:1te:'i­ajs ali existentes e ~plj(?anr1( a esse serviço as rendas das ll1csn1::1.S ca;.;as;

b) - antes ou depois de realizadas essas obras. alienar ou arrenda r as mesm8.S vil8.s, medhnte avnli"cã' e COJlcUlTência pública. dando p;'efe­rênc;a a emprêsas fU11d~das especial­mente para o objetivo elo referido Decreto 11.° 2.407, de 1911, e que se

CD ~ cn 'r'

NCO ,... N o ~Z i..J .30..

- - 14-

proponham ao fim social colimado pelo Govêrno com aquelas constru­ções;

c) - desapropriar terrenos no Dis­trito Federal para o fim do mesmo decreto ou para dividi-los em lotes de 300 a 750 metros quadrados, e ce­dê-los a funcionários, operários e diaristas federais ou municipais que quizerem construir, por si, ou por intermédio dias emprêsas construtoras de casas populares, podendo o paga­mento dos terrenos e das construções ser feito por meio de desconto em fô­lha até 30 % dos vencimentos e re­munerações que perceberem;

d) - entrar em acôrdo com a Pre­feitura e as emprêsas de transportes do Distrito Federal para estabeleci­mento de cadernetas de passagens nominais com abatimento de preço. cestinadas aos moradores de casas populares, e conceder o mesmo favôr nas estradas de ferro da União;

e) - aplicar uma terça parte dos saldos das caixas econômicas até à soma de dez mil contos de réis ..... . 00.000: 000$000) para a execução do presente projeto, sem prejuízo da au­torização contida no artigo 7.° do su­pracito Decreto n.o 2.407, de 1911, no uso da qual pod.erá ordenar ao límite que entender conveniente os emprés­timos da Caixa Econômica, direta­mente ou por intermédio do Banco do Brasil, a um juro de meio por cento acima do que vençam os depósitos na mesma caixa, não excedendo as quantias emprestadas a 80% do va­lor dos prédios daQ.os em gatantia hi potecária .

Art. 2.° - Revogam-se as disposi­ções em contrário.

Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 1920, 99.° da Independência e 32.° da República. - Epitacio Pessôa.

, Homero Baptista.

DECRETO N.o 4.561 - DE 21 DE AGÕSTO DE 1922

Autoriza o Poder Executivo a mandar construir até cinco mil prédios, para os funcionários públicos ou operários da União, e dá outras providências.

O Presidente da República dos Es­tados Unidos do Brasil:

1"a90 saber que o Congresso Nacio­nal decretou e eu sanciono a seguin­te resolução:

Art. 1.0 Fica o Poder Executivo au­torizado a mandar construir, por con­trato ou administrativamente, até

cinco mil prédios, do valor máximo de 10:000$000, cada um, que irão sen­do vendidos a funcionários públicos ou operários d·a União.

§ 1.0 - A venda dos prédios . assim construidos poderá ser efetuada, me­diante pagamento em prestações mensais, que serão descontadas nas respectivas fôlhas, de modo, a ser integralizado o mesmo pagamento dentro de 15 anos, sendo, então, fei­ta a transferência da propriedade. ,

§ 2.° - O preço d.e cada prédio será no seu custo, acréscido apenas dos juros e mais despezas na ;>roporção da importância com que houver sido onerado o Tesouro Nacional em vir­tude da operação de crédito de que trata o artigo 3.°.

§ 3.° - Em caso de falta, antes da liquidação do empréstimo, de herdeiro ou herdeiros, c.{) oficial ou funcioná­rio falecido, com direito à pensão alu­dida no artigo 1.0, alínea a, e exis­têncià de outro ou outros, sem êsse direito, é permitido a êstes transigi­rem com o prédio, a fim de liquida­rem a divida restante, transação que terá assistência obrigatória do repre­sentante do Govêrno, o qual ~girá com poderes especiais, para êsse fim. Não verificada essa hipótese, o prédio será venc·ido em hasta pública para as competentes indenizações, entregue o saldo, quado houver, a quem de di­reito.

Art. 2.° - E' também facultado ao Govêrno fazer empréstimo .1.0 fun­cionário ou operário da União que possuír o terreno necessário e quizer fazer a construção de um prédio para sua residência, passando nêste caso a propriedade a constituír patrimô­nio público até serem solvidas as obrigações que contrair, cujas condi­ções não poderão exceder às bases es­tabelecidas no § 1.0 d<l artigo 1.0.

Parágrafo único - Os empréstimos de que trata êste artigo não poderão exceder de 25: 000$000.

Art. 3.° - E' o Govêrno também autorizado:

a) - a emprestar aos oficiais de terra e mar e aos funcionários pú­blicos federais, até 100 vêzes a impor­tância mensal do montepio e meio soldo daquele e do montepio dêstes, no momento do empréstimo, a quan­tia pedida, em requerimento do pró­prio interessado, d-estinada à aquisi­ção ou construção de uma casa;

,

b) - a emitir apolices de 100$000, aos juros de 6'70 ao ano, pagos se­mestralmente, amortiza veis em 12 anos e 6 meses, por sorteio mensal, por meio dos quais será feito o em­préstimo a que alude a alínea ante­rior .

Parágrafo único - Só serão emiti­das apolices no valor de cada emprés­timo r equerido e atendido.

Art. 4.° - No próprio requerimen­to o oficial ou funcionário público federal fixará a consignação mensal de 1'0 do valor do emprestimo reque ­rido, consignaçi\o que :he será des­cont1~·J. em fôlha, como garantia da transação, correspondendo à amorti­zarão e aos juros das apolices rece­bidas nos têrmos do artigo anterior.

Art. 5.° - A casa assim adquirida ou construída, será inalienável. em vida do oficial ou fi.Ãncionário, cons­tituindo. bem ée sua família, cuja pensão acima declarada responderá pela éívir a que acima restar na OC:1-s:ão do falecimento.

Art. 6. ° Tc:ics o') impo3 os e ta­X!1.S a que o prédio c-stiY(~r sujeito ~cr l:is e re~1l!nmtl1t03 fedcra:s, es ­tadu2.is e mlEldpais 821'8.0 pa:;os cti­r2lam,:nte pelo enci~J ou funciona­rio, r; canelo ao GOVêc:10. porem. o direito (\~ ce3contar iritC~:Cll:'1';:'t'. d.::s re:;pccti'~·cs vfncin1211' 0-,. as qll?nt~' :; c:--:Tesr:onden' e3. l'~n~ vn:r. que dej:;e êle d.e rf:;tl~rrr o pC.Ja­m ento dentro elo P1'2,ZJ legal.

Art, 7,0 P(>~:e o ofi~lal ou rur:­cionário adquirir ou constit:ür cas~ em im]'ortânci:! su;J" '101' ao r .. lc;· do P!11,~!'é~;tit.ao . nlns n: r) l'::SJ1or.~lc:·á O Ü!1ó;' cl p2·r8.l1t~ tel'CC_1'0S e COn~21'\'3-rá u ClÚU~H13 de inali~~n:l!):1i~?~2 e bem de família a (we Se rei'c:'e o a:'t. 3 ,0.

Art. 8. ° A amcrtiz:1cF.o do f111-pré< imo pOdo ser o"Lccipac!8-.

trt. 9.° Fica autorizJ.::lo o P J ­de!' EX2Cli.t.i. V"c:

o) - a l'ci'Ezrrl' ol)~ra\Eto (!:! cre­dito até trinta mil contos, CU,FlS titulos d:\',T~-lO S3l' r2SZil t:t(:)s na p1'8Z0 de 20 f1 nos:

/Jl - a pi'On::!.9nci1r, no 1'('::":,,)1-m21lLo Que cx;)edir, ,êbr2 tôdas's !ne~ljdRs fjE~1.is e adr1~ni3tra i 'as no­cc,s:::6:'i~s i c~~,..?CUCqO d8~ta lri. O!'f.!·:)­

n:Z1n10 e p,'ovendo os serviços que se to:'nem precisos para o q\le fica autcriz~,:lo a abrir cré:!itos à custa

15 -

das emissões ref'eridas no art. 1.°, alínea b;

c) - a suspender a cobrança ou reduzir as taxas de imnostos de Im­portação sôbre o mat2rial impres­cindivel a construções que não seJa aplicável a habitaçôes, de luxo, cen­fO:'me a discriminaçlio que será tel­ta no rE:gulamen:o, e a Isentar dos impostes de sêlo, de translTIlssão de prepriedaC:e e de qualquer eutro QU3 julgar conveniente os contratos que tiverem de ser celebrados em virtude desta lei;

dl - g ceder terrenos de sua pro­priedade, em condiçü;;s razoáveis e bem, ass:m i:1stllaç5es que facilitem as CO:lstruções.

Arc. 10 Revogam- ",e as çües em contrário.

dispoSI-

Rio (ce J~n2iro, :?1 de agôsto de 1922, 101. o Gol Ind ::1::1dênc:2 :: 34 o da República, D,Jitácio PCSSOO . - Homero Bati:;:~r..

!JzcnE'i'O NO 1!'l.496 - Di:: 17 DE m::':f!,y­ERO DE 1930

.4.1: c ra os arts, 10 e 12 da lei 1'úmê­,o :i.1eg, ele 20 a'c dc:"mbro uC 19::!6, refcrnntcs ü ao:ica(''::,~ dos 111'1-

(ZOS das Caixas àr' Aposcntauoria e Pr-i73ÕC3, e cId c"'dras l)]'o"...~!d.':.?n­eZc,I;.

o Ch~'~e do Go\'~mo Provisó:'io (h RC:T)ública elos K;tados Un;dcs do Bl':-t.sil cl::C!'e~a:

Art. 1. o Os ft:ndos e as re!1d as das Caixas de Aposentadcria e P~:1-~êcs. (~,' que 'r3.t:l a lei n.O 5.101), de 2') cie ::1:"eJ:.1bl'o d:: 1926, ~ão cle e .... ·,..ll~"\·~ 1")~' ''' "''''~I'al4~a'c ~':l;:ç'rIO l'l'1stl'-• v~ .. JJ. õA. _ .• .I .... _ .... LU .......... ... >

tt.: ',-/~'::; e ~:~ {~2~t.i 'l='.!11 ['lOS fÜ1S dp­t 2:'n.i ~1:). dos ll.J. :11. ~t!l('ion.3. c!::l l~i c:.,\ tJl ClS n1c;cl~!c::-vç.j;'s C:Z.:jtc d2::' .. lJ.

Art , 2.0 Os fl1:1'OS c!e ca:,C\ C:\1-"':1 ~;el':tO l'c~olhid0S ao D,ll1CO (1 1

E:·r.~iJ 0:.1 Sll3.S 8gênrius. crn ccni'a c' , chl. cbzcrvan::'o-s2 a:, nOl':-,1a3 pc ­t:.'-,_~(·cL~JS pelos r"~l~L~Dlcnt:s an.? ­x~,s ~'0." D~S:·.:tc3 n'5, 17 ,G~O c l'i.S41. de 1.1 de cll:~~bro d~ 1[-27, ExclLl,­(~ S '; it~':1Jl'",t!~Cl~S inji~pC'n.sD.vni::;

:13 c:e 'p~S:tS . C:'lll:lis CCHl O:, pH:~J.­rn~n 0.:5 (te !J2nr::lícJ 0.S 12gais e dos .~el".'(-·() ,~::i.11inis l'~~t:\'OS, ta~::; fund'):; s.,·:~u ~;Jlic~cto) n~ 8.quisi"'~" de tí ­tulc3 de r~'gd:l [e[ic~':;.l e Ea COl~SU'U­çJ.o d~ C~~S3.S par,} o:.; ~tSSCC1:lÓ.CS dac;

-16 -

respectivas caixas, com a suficiente garantia hipotecária.

Parág.rafo único. Os titAllos ou bens adquiridos pelas caixas só po­derão ser âlienados mediant.e prévia autorização do ministro do Traba­lho, Indústria e Comércio.

Art. 3. 0 O emprêgo dos fun-dos na aquisição de titulas federais será sempre feita com prévia reso­lução do Conselho de Administração da Caixa, para cada caso, dentro de 90 dias, do depósito no Banco do Brasil ou suas agências, excetuadas a hipótese de solicitação, dentro do mesmo prazo, por intermédio do Conselho Nacional do Trabalho ao Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, para construção de ca­sas na forma do disposto do artl­go 4. o.

Art. 4. o O emprêgo dos fundos na construção de casas dependerá de autorização do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, mediante pe­dido, na forma do artigo preceden­te, do conselho de administração da Caixa, que agirá ex-ollicio. ou em vista de representação dos associa­dos que as pretenderem possuir, em número inicial nunca inferior alO.

§ 1. o Sàmente os conselhos de administração ou os. associados das Caixas cujos patrimônios forem su­periores a réis 500: 0000000, poderão pre:ender a construção de casas e, ainda assim, a juízo do Mimstro do Trabalho, Indústria e Comércio. A importância dos fundos a ser empregada neSSe fim não poder:! ex­ceder de 75 % dos saldos já acumu­lados, convertidos ou não em titulas, €' dos que forem apuradcs dentro de 90 dias do depósito no Banco do Brasil, conforme dispõe o artigo 3. 0 dês te decreto.

§ 2. o Para os efeitos dêste artigo o Minis: ro do Trabalho. Indústria e Cemércio baixará as necessárias ins­trw;õ"s, em c~da c!:"so, sôbre a im­flort:l ncia a emprega:, os tiP::Js de c ~.sas, as zonas e condições de cons­truçáo a forma e o pr:1ZO de pa ­ga!112nto. a taxa de juro. Que náo poderá ser inferior a 8% (oito por Ciente) ao ano, e tódas as demais c16wmlas, inclusive as de ordem ad­minist:'ativa e de fiscalização, que julgar indispensáveis à perfeita exe­cuç,~o do plano em vista.

Art. 5. () O Minis, ro do Traba­lho, Indústria e Comércio providen-

\

• ...

ciará junto aos demais ministérios e autoridades públicas no Distrito Fe­deral e nos Estados, para a ccnces­são dos favores de que trata o De­creto n. O 14.813, de 20 de malO de 1921, naquilo que fêr aplicável, aten­d·endo à necessidade do barateamen­to das casas.

Art. 6. o O presente decreto en­trará em execução a ·partir da data da sua publicação no Diário Ofi­cial.

Art. 7. o R'evogam-se as disposi­ções em contrário.

Rio de Janeiro, 17 de dez,embl'o de 1930, 109. o da Independência e 42 . o da República. - Getúlio Vargas. -Lindolio Collor.

DECRETO N.o 2l.326 - DE 27 DE ABRIL

DE 193·2

Aprova o regulamento para aqumçao ou construção de casas pelas Caixas de Aposentadoria e Pensões

O Chefe do Govêrno Provisório da República dos Estados Unidos do Brasil, atendendo a que o Decreto nú­mero 19.49'6, de 17 de dezembro de 19GO, pelo qual foram alteradas dis­posições da lei n.o 5.109, de 20 de de­zembro de 1926, estabeleceu a apli­c·&ção dos fundos das Caixas de Apo-sentadoria e Pensões na aquisição de títulos de renda federal e na constru­ção de casas para os associados das respectivas Caixas, com a suficiente \ garantia hipotecária, e a que, na con-formidade do art. 21 do Decreto nú­mero 20.465, de 1 de outubro de 19\31, o emprêgo dos recursos na .construção de prédios deve ser feito de acôrdo com o regulamento que fôr expedido para êsSé fim, decreta:

Artigo único. Fica aprovado o re­gulamento, qu~ a êste acampanha, para a aquisição ou construção de ca-sas pelas Caixas de Aposentadoria e Pensões, assinado pelo Di' . Joaquim Pedro Salgado Filho, Ministro do Es-tado dos Negócios do Trabalho, In­dústria e Comércio, revogadas as dis­posições em contrário .

Rio de Janeiro, 27 de abril de 1932, 111.0 da Independência e 44.0 da República. - Getulio Vargas. - Joa­quim Pedro Salgado Filho.

f

;

• Regulamento para aquzszçao ou cons-

trução de casas pelas Caixas de Apo­sentadoria e Pensões, a que se refere o Decreto n.o 21.326, de 27 de aàril de 1932

Art. 1.0 O emprêgo de parte dos re­cursos das Caixas de Aposentadoria e Pensões na aquisição ou construção de prédios para a instalação definitiva de suas sedes ou n3. construção de casa para cs asscciadcs dependera de prévio exame e autorização do Con­selho Nacional do Trabalho, ouvidas as s2ções de engenharia e contabili­dade do mesmo. e mediante pedido das juntas administrativas das Cai­xas, as quais procederão ex-offzcio e terão em vista na segunda hipótese, a solicitação de associados, em núme­ro nunca inferior a dez, que preten­dam possuir casas.

§ 1.0 Somente as juntas administra­tivas, ou os associados das Caixas rujas patrimônics forem supenores a 500: OOOSOOO podera pretender a cons­trução de casas. A importância dos recursos aplicavels a êsse fim nâo de­verá exceder. a juízo do Conselho Na­cional do Trabalho. de 30 % do.s sal­dos ji acumulados convertidos ou não em títulos.

~ 2.0 Subordinado ao disposto no parágrafo ante,·ior. cabe ao Conselho Nacional do Trabalho fixar, em cada caso. a percentagem dos saldos acumu­lados que convenha aplicar na cons­trução de casas para associados.

Art. 2.° O pedido de autorização para aquisiç:;,o ou construção de pré­dios para a instalação definitiva das sed2s das Caixas. ou para a constru­cão de C2.sas destinadas aos associa­dos, deverá s·er acomiJ3.nhado dos se ­~uintes documentos e informações, além de quaisqu€T outros que se tor­nem necessárics:

1. ° No caso de aquisição de prédio 'J.l"~-t r:. s2d2 da.. Ca:~·:~:

a) plan~a de s:~u2.Gão e orien:,tç;:;Ot 1;:1 i:":C~~:l. ele ]./500;

bJ foto~raqa da fQ~had?,:

c} de~' ci·i~8..c do prédio c de Se1..1 e:·.~ aüo de cons8:"V:1Ç!':o;

d) iJreço de a8,uisiç50: c) deSp2Sét ccm o imiJ6sto de

:rar:sD.lissio e 12.v!'atura da c.s-~ritu~a e c;ualqc;c: outra, até final e definitiva Projeto 11.° 272

17 -

ins~rição do prédiO no nome da Cai­xa;

j) despesa provável com a adapta­ção do prédio a03 serviços da Caixa;

g) ccmpara.ção entre a despesa CJ:rl o aluguel anual do imóvcl ocupa­do pela Caixa e 03 juros anuais da quantia a ser despendida com 8 aqLi­sição da prédio, conforme os itens d. e e j, calculados os juros na base dos que foram auferidos com o capital empre;5ado em títulos federais;

h) demonstração da situaçã.o fi­nanceira da Caixa e dos recursos pe­c:.w.i::>.rio.3 disponíveis para a a.quisição do prédio.

2. u No caso de construçfí.o de pré­dio para a sede da Caixa:

a) planta de situação do terre 1lo, na escala de 1/1.000;

b) preço de aquisição do terreno;

C) despesa com o impôsto de tra:1smissão e lavratura da escritura e qualquer outra, até final e defini­tiva inscrição do terreno no nome da Caixa;

d) preços por que foram feitas VCr.d3.3 re8cnt83 de terrenas em situa­ção .semelhante à daquêle cuja aqui­siç?<o é P:'oposta;

e) çlanta baixa de cada pavimen­to rio edifício proje:ado na escala ('~ 1/100;

j) uma seção transversal e uma seç§o longitl1dinal do edifício proje­~ajo na escala de 1/50;

g) especificações c orçamento da cO;ls~~ução do edifLcio projetado;

71) orçamento do mobiliário. i) cu:nparaçã o entre a dC3jJe~a

com o aJu~'uel ào imóvel ocunado ue!a Caixa e juros 'l.:1uais da quantia a ser deEpendida com a aquL,içãv do tcreno e construç5.o do prédio. con­fO:r.1C 03 it8:~'3 b, c, f e (l, calculados (\s jl:,'OS na b~sc dos que fo·;'el11 au­feridc:s com o capital emp:'egado er:1 títu:os feàerais;

j) df.!11::mstração da situação fi­n3:-v~('ii'n da Caixa e dos !.'CCU!'~03 dis­po;;j':8i<; para com.pra do t.~rreno e C0113tl'U;::'0 do prédio.

2. o r~o C:lC:-Q de J2C!ls~!'u~ão de casas rara aS3o.::iados da Caixa:

a) planta da situação do tCrJ'8:1O, na escala de 1/1.000;

Fls. 2

.... "' . !! "' u

-18-

b) condições do terreno relativa­mente à sua localização, saneamento, abastecimento de água, meiOiS de ilu­minação, esgotos, proximid'<lide de lo­cal de trabalho, viM de comunica­ção, etc.;

c) preço de aquisição do terreno;

d) despesM com o impõsto de transmissão e lavratura da escritura e qualquer outra, aJté final e defiIÍ1-tiva in..<.erição do terreno no nome da Caixa;

e) pr·eços por que forlllm feitas vendas recentes de terrenos em situa­ção semelhante à d!liquêle cuja aqui­sição é proposta;

f) planta baixa de cada pavimen­to das casas projetadas na escal·a de 1/100;

g) uma seção tr!linsversal e uma seção longit udinal das casas projeta­das na esc.ala de 1/50;

h) especificação e orçament os de casas projetadas;

i ) demonstraÇão da situação 'da Caixa e :los recursos pecuniários dis­poníveis para a compra do terreno e a construção das cas.as, de !liCÔTdo com o disposto no art. 1. o, § 1. 0;

j) ta.bela para o pagamento das prest ações mensais de que trata o art. 4.°;

Art. 3. ° A construção de prédios para a instalação definitiva das se­des das Caixas, como a de casas para

.' os associados, salvo permissão espe­cial, concedida em cada caso pelo Conselho N!liCional do Trlilbalho, ",erá sempre realizada sob o regime de contrat o, media·nte conconência pú­blica ent re construtores de reconhe­cida i·don·eidade técnica e financeira, a fim de assegurar a ob.;·ervância do orçamento 3iprovado.

§ 1. o A idoneidade dos concorrentes será determinada antes da 3.bertura das propostas para a execução da obra.

§ 2. ° No orçamento da obra será incluída a despesa que se tornar ne­cessária com a fiscalização de sua execução .

Art. 4.° - As prestações mensaIS devidas pelo ocupante de uma casa compreenderão as seguintes parcelas:

a) quota de amortização, em um prazo de cincq, dez ou qUinze anos,

do capital despendido na aquisiçã() do terreno, construção e fiscalização da obra;

b) quota de remuneração do capi­tal a que se refere a alinea anterior r

na base de um juro minimo ce 8% ao ano;

c) quota de conservação da casa contra os efeitos do tempo, na base de 3% ao ano sôbre o capital a que se referem as alíneas anteriores;

d) quota correspondente a um duo ­décimo dos impostos, taxas, inclusiv'~ seguro contra o fogo, e mais cO'1tri­buições anuais devidas aos podert's públicos federal, estadual e munici­pal e referente à casa ocupada .

§ 1.0 O valor global da prestação mensal não ceve exceder de 30 0/0 (trinta por cento) do vencimento ou salário mensal do prestamista no momento da assinatura do contrato.

§ 2.° O pagamento das prestações mensais será realizado mediante desccnto ~1a folha do associado.

Art . 5.° As casas a serem construi­das para os associados serão clasSl­fi.cadas em seriadas e não seriadas:

1.0 seriadas, quanc.o construidas em conjunto, em uma só area de terre­no pertencente à Caixa e em grupo nunca inferior a 10 casas;

2.° não seriadas, quando construl­das em áreas isoladas, em terrenos pertencentes aos associados e por ês­tes transferidos em pln a proprieda­da , sem õnus, às Caixas para o fim especial da construção de casas.

Art. 6.° Para a construção das ca ­sas' de qualquer categoria, os asso­ciados, após a aprevação do pedido, firmarão, com as Caixas, contratos in­dividuais de obrigações e de promes ­sas de compra e venda por escritura pública, reconhecendo que as casas a serem construídas pertencerão de ple­no direito às Caixas até a final amortização de capital despendido em sua construção, na conformicade do· que dispõe o art. 4.°, e autorizando I)

desconto, pelas emprêsas de que fo­rem assalariados, ~os respectivos vencimentcs ou salários, das presta­ções devidas mensalmente.

Art. 7.° Nos contratos de obrigação e promessa de compra e venda, cuja. norma será submetida à aprovação

, .

do Cons{,;ho Nacional do Traball1o. será instituido, além do que reza o art. 6.° tuc:o mais que fór indis­pensavel à perfeita execução do pla­no 2.i)l'orado, observados os seguintes precei, os gerais;

1.° O ocupante fica olJrig'aro a re­parar os estragos cau:'r,d':'3 na casa por sua d :,:sic1 ia ou nc g ligência;

2.° O contráto está su jeito à re3-cis:lo por n1:J' iro de falta de paga­me'1to dcs p:'estaç5Es mensais;

3.° O pag'amento a.diantado dU6 prestações mensais é )ermitido;

4,° O contràtc, sendo indivi::ual, é insuanfnivd, 531\'0 as ex"'" 6es adi­ante cs~cbelccidas;

5.° Os direitos dos prestamIstas sô­ore a casa nio podem ser objeto ::te qualquer transação, sob pena de nu­lIdDCle;

6,° As casas ~ão de~tinadas ao uso exclusivo do prestamista e de ~ua f c !"1ili:J., não sendo perm • .ida a sublo­c=~çEo;

'lD A transferência do centrato po­de:'á efetu:H-u~ a juizo c:;8Iusivo:h"? C2.ixa, co:n a apl'OV2,Ç;':.0 do C0'18e-1"0 :·;~.d~~:}~;'Rl co T!··<~:l·l1C. nos casos \12 ti' ,,' E;...;' erênci:1 (' o iJl' c.) ·urni:::ita P0 r motivo de serviço de sua dcmiss:l'J, de sua aposentadoria ou de seu [:,-lC· .. .:.11lt: : o;

3.° Uo L.lW d2 falecime:1to de un: p:' "3:S.111i3ta i..":::j~3 r~: es 3.ÇÕd~ ~1.nffH' te ~"!~1~1 ~ir:c' :18~r:-.. ~ l't:::·1...Üarlnente:, se."::'~ f~).C':L:n.~O a !::"fllS herden'os d!"'­~i..)t~r G.:l ÇCS::32 c.~a ca,' ... l" Ei.C:'!..liante c:t,:~ .. -vlll~:. J, p~l~ Ct4b~8, do vülc'.' d~l.~ qtl:)~2.·~ :Jté ('nr~o re~;:..~i~l8S de rrn:ol'­liv,r:~w cl:J cap'~:\l, c1C'di.::dd:c a i!il:;é);'­t5.]\r-i~ Ci.:? se tC'l'nql' ncc:'~s~ria p~r

o fiel cumprimento cio ciLpos~o ;;0 iter.l L" dêste ar~igo;

9,0 :\0 C2~'O c:e fa:ccin1cnto elo pr...:s tanl;S~:l de ca~.a :-::10 seriada e n.l r.\· __ "·\.!:Jli\..l~~j:; cl:.-:l" c::'ca~12tanGia prt!­vij f1. !lO l:l.:n fl,.~lt.:rior. s~r3 p~go ')0:5 ~.~,~:; l'~cl'd2il'os, P:-:3 C\ú:;r., tnnü:..ónl o ... ·,,1:01' do t~l"re"':!.c. conforme CO!.1.::i~a!· d.a l~S=-·!·:Lü.~·~ cc :;"_1:1 tj,'~ l'-:ferê-:1CÜl p:l-1'::t 8. C~ .. t·:a;

la r·L) C:lYO ti.. p:·cst(l.ç~~O Ulen -aI tclati7:.l Ú C:l':?.. 1".to sCl'iaà!1. ~erá J ~~cu \-:1.181' subordinado ao lilnite e.3 ta~.21~~';do no ar , 4.°, ~ 1.0, tenclo-:::c ta.UaC!·Ll C!~1 ccnsi:"lL'ração o vejo!' dos juros rU2 corr 2S,JO!ld::ri:J.m ao valur elo te!,;'e'~o p 10 pc'f'ço de a\·alI.lI:~-',) que eO:l:~t:l;: da escritul':J. de :::J.nslc rência.

Art. 8.° O Ministro do Trabalho, Indústria e Ccrnércio providenciara junto aos demais Ministérios e auto­ridades públicas, no Distrito Fe­ceral, no Estado e no Territorório 10 A.cr2, para a concessão dos favcres de Que trata o decreto número 14.81.3 de 20 cie maio de 1921, naquilo que fór aplicavel à construção de casa~ pelas Caixas de Aposentadoria e P 2n­sêes, ate'ldendo à necessidade do ba­rateamento de prEço das habitações.

Art. 9.° Nenhum ,:ontla"o de ar­necessários ao funcio:lam2n~0 desta:; rendamento de Imóveis, pertencentes às Caixas, ou de locação de prédl:)< será feito por prazo super;or a dOZe meses sem autorização prévia do Con,élho Nacional do Trabalhe, sO!J j)na de nulidade.

Art. 10 Os casos omi<:sos e as du­"id~s que s~ suscital'c:n na execuçt,c> c1~st~ re5n!arl1en~o serüo l'csolviçil;~ por ciecis::o do Ccnsêlho N:1cional ::I:) "f:'ab::llL.o, ~ujeita à apro~1Rção do ~vli' n:stro do Trabalho, !:ndústria e Co­l1'<'rdo.

Rio de J:i112iro, '27 co abril ct2 193": - Joa~1!i :;L Palro Salgado Filho.

IT' ::r:::-o N.o 21. 541 - DE 16 DE JUN11'l'

DE 1932

institui a Caixa de Consi.ruçües de Casas,

O Cheíe do Gcvê,no Provisórb dJ. I'::pú:JEca dos Eõt~dcs Unides co B:"­Eil:

CGm'~lc!'ando qu" ::t3 t:'OiJ3S do Excr~ ("to . r~r.lrtiá:1s pelo terr:tó:io dá '::':êj::übl'ca, s.z encontram, em 3\.1 m:.tiori:\. em lugares desprov:c~cs (t"

• C':'lEGS (;e habitaç10 pal'n seus 0. -Cl'lJS, p~)l' n20 e;.:istirC111 prédios c: ~ a.~"" :2;. r~~!11 p!'énr:os 11~cic~~ai3:

CG~:=lci€l'anáo ql'.e , pC!:1S fUl1çó~s ('OS

0~ ·C1J.1S r 1, tropn, é c~e gr3.nJe canv·' Jl 2:10::1 à il1'truç:-o e à disClp:ic1a. l'

}-2t:1c' o propol'cio;nr r. ~idências p.1 i! Dê eLci:\is , tão próximo ,;vê.nto pes~.­.\- } .. [. (F.!al'tC'l àü u:1id3de:

~"c:1C":dcj,'anc:o , ri~la:lnent/~. ClU~. ,1

L lt~ ou defic'ênci:1 c!() !',.sió.êncn~ ,,_).r~ cficia:s em al~~nlns localida!il2s. ü:::·ir.'[\::do-C3 a evitá-bs m~:3tentC­i,,~::t2, 1=:11':1 118.0 se sC)ar:ufm ele SlI,S ~ "~~lírns. constitui sério entra\'c à a:J­f_J ~ '::~.t:·:. çf: o n1ilit2r;

Hcsalve: .... ~:t. 1.° F:c:l o Ministér:o ja G1i 2r­

'\~ aEtor:Z:1co a manGar COD.st;'U'y ca­S:l~ p:t,a r c~idência d,? ofi ;!, .. :,-

....

'" >< 'iij u

- 20-

I Art. 2.0 Essas construções terão co­mêço nas guarrnções mais dêsprovidas ae recursos de nabitação, obedecem à. ordem seguinte: .

1.0 - Terceira Região M!litar e Cir­cunscrição Militar;

2.° - QUinta e Oitava &~giões Mi­litares;

3.0 - As demais regiões. . Parágrafo único. Em cada reg:ão mUitar as guarn:ções serão classifica­das na ordem inversa dêsses recursus.

Art. 3.0 Serão estabelecidos tipos de 'Casas adequadas às grand,~s. médias e ·pequenas cidades. respectivamente.

Parágrafo único. Serão guarnecidas de peças principais de mobiliário.

Art. 4.0 Os oficiais. pagarão aluguel fixo de 5 por cento dos vencimentos do pôsto, mais uma taxa variável d·e 1 por cento a 5 por cento, a fixar de acõrdo com os preços correntes na 10-

·~alidade. Art. 5.° Será organizada uma "Cal­

xa de Construção de Casas" anexa à Caixa Geral de Economias da Guerra. qUE: disporá dcs segu:nLES fundos para a ex',cução dês te p. o.zrama.

a) quantia fixada anUi:lunente pelo !7,ovêrno no orçamG'lto da guerra, dp.s­t:.nada a êsse fim;

O) 50 por cento da~ rendas prove­l:wntes de alug'lés das c:t;,as;

c) recursos que o C. S E. G. d~<;­

tmar a êsse fim du~ 1 lidas que lhe :alJe empregar.

Art. 6.° O Mil11st~no da Guerra or­g:wizará o plano geral àp. construções e programa gradual de sua execução e baixará as instruções necessárias, re­vogadas as d:sposições em contrá:io.

Rio d-= Janeiro, 17 de junho de 1932. l1l,O da Independênc1a e 44.0 da Repú­blica. - (a) Getúlio Vargas. - José Fernandes Leite de Castro.

DEGRETO N.O 22.425 - DE 1 DE FEvERErr.a

DE 1933

Elcoo a 40 % do vencimento ou salário mensal, o limite do valor global da prestação a que se refere o artigo 4.0 § 1.0. do regulamento aprovado pelo decreto n.O 21.326, de 27 de abril de 1932.

O Chefe do Govêrno Provisório da República dos Estados Unidos do Bm­sil, na conformidade do art:go 1.0 do decreto número 19.398. de 11 de no­vembro de 1930. e atendendo à conve­niêncIa de se corrigir a disparidade

ex!stente entre a disposição do artigc 4.0. § 1.0, do decreto n.o 21. 326. de 27

de abril e a do art. 12, do decreto nú­mero 21.576, de 27 d,e junho de 1932,

que estabeleceram um limite máxime para a cons:gnaçáo mensal erro fÔlna ú( 'pagamento respectivament.e. dos empregados das empNsas SUjeitas ao regime das Caixas de Aposentadoria e Pensões e dos funcionár:os publicos fc­àcrais, civis ou militares, e operánú3, mensalistas e diar:stas a serviço da U!lião. r·;solve:

Artigo único. Fica elevado a 40% (quarenta por cento), c limite esta­belecido pelo art. 4.0. parágrafo 1.0. do ;:egulamento anexo ao decreto número 21.326, de 27 de abril de 1932, p:;,ra o v:l lor global da prestação a fixar so­bN o vencimento ou salário men~al dos prestamistas no momento da asst­llatura do contrato pala a construçã0 ou aquisição de casa de moradia desti­nada aos respectivos associados pelas Caixas de Aposentadoria e Pen"ões, revogadas as disposições em contrério.

Rio de Janeiro, 1 de f:e vereiro de 1933, 112.0 da Independência e 45.0 da República. - Getúlio Vargas. - Joa­quim Pedro Salgado Filho.

DECRETO N.o 22.693 - DE 9 DE MAl\)

DE 1933

Altera disposições dos arts. 4.0 e 7.° do regulamento anexo ao. decreto nú­mero 21.326, de 27 de abril de 1932.

o Chefe do Govêrno ProvisórÍa da RepÚblica dos Estados Unidos do Bra­sil. na conformidade do art. 1.0 do decreto número 19.398. de 11 de no­vembro de 1930. e atendendo ao que representaram associados da Caixa de Apos'2l1tadorias e Pensões das Compa­nhias L:ght e Jardim Botânico e S. A. do Gás, resolve:

Art. 1.0 Fica alterado o regulamento anexo ao decreto n.o 21. 326. de 27 de abril de 1932. na seguinte forma:

a) a cota de remuneração do capi­tal deSPEndido na aquisição do terre­no. construção e fiscalização da obra, de que trata o art. 4.0 alínea b. se:a calculada na base de um juro mínimo de 10 % (dez por cento) ao ano:

b) fica suprimida a disposição cons­tante da alínea c do art. 4.°:

c) f:ca elevado a 50 (cinqüenta por cento), o limite que, aumentado pelo

decreto n,o 22,4.26, de 1 de fevereiro de 1933, fôra est3.belecido pelo art. 4, pa­rágrafo 1.0, do regul3.mento supracita­do para o valor global da prestação a fi;;ar sôbre o v·:nCil118nto ou salf-r:.:: memal dos pre~tamistas no momento da 3~sin3.tura do cont,'ato para a COES­trução ou aquisição de cas3.:

d> passam a ter a seguinte re:hç:!o no art, 7,0: o inciw 1.0 - "O ocup,,',­tE' fica obri;ado a repa!'ar os est:3.goo que por desíd:a ou neglisência, "O ir e:: " cas3., rêspondendo pela CCl1, 'rV<1~,':C' ársta as amortizações por ;;;e pnga~ : e o inciso fi ° - "A C3.sa é dest'nad1 ao mo exclusivo do pl'2stanllsta e àe sua f3.mília e só poderá ser aluga;).1 por motivo de fôrça maior, devid:tl11~n.­te veri:ic3.da pela JUr.t1 Administr tti­\'" da Ca'xa, com aprovação do Con­~elho Nacional (:0 Trabalho",

Art, 2,0 Revogam-se as d:sposiçôe' em contrário,

Rio de Janei:'o, 9 de maic, de 1923 112,0 cu IndependêllÓ\ e 45.0 da Rf-)):l' b!ica, - Getúlio Vargas, - Joaqu~1n Pedro Salgado Fil.'lO,

DEr'RETO N,o 24,256 - DE 16 DE MAIO DE 1934

Amplia as dis)Josições do Decreto nú­mero 21. 541, de 16 de Junho de 1~3:: que instituiu a Caixa de ConstT!/­cóes de Casas, no Ministério da Guerra o dá outras providências,

O Chefe do Govêrno Provisório dos Esta dcs Unidos do Brasil. consiriL ..... rando:

QU( o Estado perante a doutr:n, hc:liérna que reg-ula sur. função, 'P!1,

o dever de interessar-se pela ,::onsej'­vação e desenvolvimento do indi\'ídu..: e da sociedade, em geral;

Que êsse dever lhe toca de mais :ler-o quando se trata de seus >"rvldcrcs, que constituem núcleos sociais impo> t3.:1tes e merecedores de ampa10 em legislação especial:

Que a inst.:tbilidade a que está su­jeito c pesso:11 do Ministério da Guer­ra nffo permite a caca che:·~ de ra­rnílh cu:clar do problema económicc­social, com o dcsvêlo que a qu~,'tão merece;

Que a família é a pedn l~n',u1al' da sociedade e que o bem pstar da mesm:: é fundamento sólido de qual­quer organização social;

21 -

Resolve, no uso da atl'ibuiçãv que lhe confere o art, 1.0 do Decreto nú­mero 1D, 398, de 11 de novem!]r\) de 1930:

Art, 1.0 A Caixa de Construções di: C<;sas, instituída pelo Decreto núme-' ro 21. 541. de 16 de junho de 193~, krá pOl' objetivo o seguinte:

c) financiar a cor struç§o de ~:(~"S para ruidêl1cia de pess091 pertenv::te ao Min'stel'io da Gue:'ra, mc~1i'<"te p]~~,mento de aluguél;

b) faz2r empréstimos ao mesmo P2~SC?.l, p:ua construções, 0:1 liquidações de hipoteca d.estinac:2.S à meradi:J. da fa:l1iHa.

aqUlsl~.'íes de ca ~'lS.

f 2sprCl.,lva

* 1.0 A modalidade de que Gl"1ta ;1

:J iínca a dêste artigo obedecera ao que ji o:e acha Ci'ta b€lecido no D~c"c­to n,o 21.541, acima citado,

§ 2,0 A segunc~a rncdalídade, a -lU' a!ut:c ~ alínea b, regel'-se-á pelas rl1~­pcslçiks do presente decreto,

Art, 2,0 Os recursos para o mo'r;­mento da Caixa, na parte referente 30

dis}Josto na alínea b, do artigo 1:1 ,~­riar, se::io assim obtidos:

I - Contribuição inicial de ns, 10CSOOQ, a títuio de jóia, per parte dr cada peô~oa, que deseje participar r!os sc!'viços da Caixa;

II - Ent,ada de 10 r ;, no ml:~i'l10, ~óbre o valor do empréstimo preLn­dida;

In - Adiant3.mento, O'Jl ronta elos fundos geridos pelo CorEeih c Supe­rior de Economia< ela G '..1 c rr:l , per.! indenização na prazo que for estabe­lecido por êsse Conselho;

IV - Auxí:ias e doa:;ões, di! cariter oficial ou puticular;

V - Rcceitn.s e saldos div:;cs( s, ine­rentes ao funcionamento Q~l C:l.ixil ..

~ 1.0 A contribuirã'J inicial. preVi;!" no item I dêsLe artigo, poderá ser ',1-

lêgralizr..d3. em pi"eST:l ,êes men3:.ii:-; elE" Rs, 255000, no mínimo,

~ 2.0 A entrada de 10% estab21 'CI­da no item II comecará depois .:!e integrnlizat!a a cont":buic{:o de H~ 10üSOCO e será CG1JGta em f.lrest.~çõ:s m~nsrris de 0,1 %, no mínimo, sôtre (, valor do emprésti:no preténdido,

~ 3,° Os contribuintes (1:\ C2ixl, que :'oz,uírcm terre:lO de vlllor CC;'\'2S;:Oll" dente a 10<;;' ou m",~s do ern))~és~m,o'

.... lO >< 'i;; <.>

- 22-

pretendido e nêles desejarem const.ruir casas . para moradia, ficarão dis i-1en­sadcs da entrada de que cogita o irem II dêste artigo.

§ 4.° :Il:sses terrenos serão avaliaJos por peritos designados pela dirc'.() ia da Caixa.

Art. 3.° Sôbre o totai 'em;>resbdo pela Caixa, depois de deduzida a quantia já pertencente ao contribuin­t~ na ocasião de assinatura do res· pectivo contrato, será cobrada a taxa de 10%, a título de despesas diversas c constituição do fundo de reserva.

Art. 4.( Os empréstimos .;erão amortizados ... razão mínima de 0,5 % ao mês e no prazo máximo de 200 meses, incluídas nas prestações a Jar­te relativa à taxa de 10% para des­pezas diversas e constituição do fun­do de reserva .

Art. 5.° Os descontos para contri­buição inicial de Rs. 100$000, entrada de 10%, seguro de vida, amortizaçõ~s dos empréstimos e taxa de despe,·(!s. diversas e constituição do fundo de reserva, serão feitas per meio de .::on­signações nas fôlhas de vencimentos dos interessados.

Parágrafo único. As consignações para amortização dos empréstimos e pagamento da taxa de 10% sé CQ­

meçarão a ser descontadas 30 dias de­pois de entregue a chave da casa ao consignante.

Art. 6.° A importãncia máxima do empréstimo não excederá 30 vêzes (, S

vencimentos mensais do consignante. Art. 7.° No primeiro ano de fun­

eionamento da Caixa, serão distr ibuí­dos empréstimos no valor de Rs . . . 1.500:000$000, no máximo, em cada trimestre.

§ 1.0 A distribuição será feita en­tre os ccnsign'antes que já tiverem en­trado com os 10 % a que se refere o item II do art. 2.°, e na ordem de­crescente do número de pontos apu­rados a favor de cada um.

§ 2.° A apuração dos ponto& se fará de acôrdo com o núme:o de dia~ de­corridos, desde a data do ;>:lgilmento de cada prestação até a da distribui­ção do empréstimo.

• § 3.° No caso de empate. na verifi-cação dos pontos, a distribuição de, empréstimo caberá ao consignante de inscrição mais antiga na Caixa .

Art. 8.° As construçõe~ ou aquisi­ções de casas serão trataaas direta­mente pelo interessado ú'J seu repre­sentante legítimo, com assistência técnica e administrativa da direto­ria da Caixa.

Art. 9.° Para zelar pelo büm fun­cionamento da Caixa, 3em qualquer ônus para o Tesouro Na::ional, são previstos os seguintes órgãos:

O Conselho Superior de Economias da Guen-a, para supea-intendência ge­ral;

Conselho Administrativo da Caixa de Construções de Casas, para dire­ção e fiscalização imediatas.

Gerência, para execução dcs traba­lhos d·e esc:ita e gestão do patrimô·· nio da Caixa.

§ 1.0 Os membros do Conselho Ad­rr,inistrativo serão nomeados pelo Mi­nistro da Guerra e poderão ser cfi­ciais em serviço ativo, da reserva ou reformados.

§ 2.° O pessoal da gerência será no­meado pelo diretor geral da Ca:xa e presidente do Conselho Admlnis­trativo .

§ 3.° Os vencimentos consta.rão de tabela apensa ao regulamento que fôr baixado.

Art. 10 Além de outras cbrigações especificadas na regulamenr'l.·,J.o do p;'esente decreto, o gerem" deverá. apresentar ao Conselho At-ministrati­vo, até o décimo dia de caia mês , o balanço finanoeiro e o balanço patri­monial da Caixa, atinente ao movi­mento do mês anterior.

Parágrafo único. No primeiro fi­gurarão as receitas arrecadadas e as despesas pagas. bem como o s:1ldo res­pectivo; no segundo será mencionado o valor de todo o ativo, ~ passivo da Caixa , de modo &. ficar bem conheci­do o saldo ou deficit patrimonial no fim de cada mês.

Art. 11. A diretoria da Caixa fará, com uma companhia idônea, segl'ro de vida para cada oontribuinte, <: ,m o fim de garantir, pelo menos, u Daza­mento de metade da casa, ao falecer o chefe de família.

Art. 12. A casa adquirida com os recursos da Caixa constituirá bem de família.

,

,

Art. 13. A Caixa de Construçfjps de Casas gonrá de tcdos os favores e isenções de selos, e impast: S Gúncedi·· dos ao Instituto de Previdêncld dos Funcionários Públicos.

Art. 14. O presente decretJ será regulamentado pelo Ministro d3. Guerra e entrará em vigor a 1 de ju­lho dêste ano.

Art. 15. Revogam-se as disp03içõcs em contráric.

Rio de Janeiro, em 16 de mai:> de 1934. 113.° da Independ~nd:l e 46.0 da República. - Getulio Vargas. P. Góes l\I onteiro.

DECRETO NO 654 - DE 15 DE FEVEREIRO DE 1936

Aprora QS Instr1'('õcs para a Carteira de Garantia de Empréstimos da Cai­:ra de Construcões de Casas para o pes."oal do 11,linistério da Guerra.

O Prrsidente da República dos Es­t'}(!c:; Unidos do Brasil, no uso da atr;buir:f~o que lhe confere a Cons­tituição, decreta:

Art. l.0 Fica!!'. arrovadas as 1118-tl'W:()ec; Qlie com êste b:tixam, assim~­G8S r;,"lo G2nrral de (Uvls5.o João Go­mes Itibciro Filho. Ministro de E~tado da Gunrn, destinadas à Cmteira de G:::nmtia de E:l1pré, Limos ela Cm:m d~ Consln:çü~s ele Casas para o pc~­~o~l l d~ ~Iini::;tério dCl GUCJ.T1..

J\rt. 2.° RCI'0:;3m-se as di"posiçõeó' (;11 cCl:ll'ário.

f:io de J :\I1e:ro. 15 d~ fevereiro de J.9:~li. 115.° eia In:lejJEndéncia e 48.0 da n~publica . - Ge/::Z;o Vargas. JaCo Gomes Ribeiro Fi!ho.

C.\.C~.\ DE COHc:'E):UÇÕ .... s rF. r~,s';\ DO r.:INISTÉRIO DA G~El,:1A

Inst;'?içãcs para a Carteira de Garan­tia de EmprésU7I1os

fo rt. 1.0 E' criada a Carteira de Gar:,ntia de Empróst;mos com o fim de a "sc;j:lrar as operações de crédito que O~ contribuintes e mmuz,rios d.' Caixa de COllS~i'ucõe;; de Ca,:as (Mo­dr.iic:Hdc3 - B -) reaJ:zarem com esta Cab:a.

Art. 3.° A garantia consistirá em substituir a Carteira ao mutuário fa­lecido nos pagamentos pelo mesmo devieles à Caixa, de acõrdo com o es-

23 -

ta belecido nestas instruções e desde que o óbito se verifique depois de de­corrido o perrodo de carência.

Paré.graf o único. O período de ca­rênc:3. a que se refere êste artigo será de três anos a partir d~l. inscrição na Carteira .

Art. 3.° A inscnçao na Carteira s::rá feita logo após a entrada do interessado para a Caixa de Constru­ções, salvo se o candidato optar pela moda1ic;ade pre\'ista no artigo 18 do Regulamento da Caixa. do que fará clechração escrita no ato da inscrição.

Art. 4." O valor inicial da ins­críção na Carteira será igual à impor­tância de inscrição para o emprés­timo na Caixa.

Art. 5.° A inscrição na Carteira será feita mediante pedidO de acôrdo com o modêlo n.o 1 e após o paga­mento de uma taxa a título dz jóia, no valor de 30$000 (trinta mil réis).

Art. 6.° NEio serão inscritos na Ca~.·tcira mutuá!'ios maiores de 60 anos. sendo considerados para todos os efeitos como de vinte e um anos o:; menore3 desta idade.

~ l.0 No ato da inscnçao será fcit'l a prova de idade mediante cer­t;clrro de r egistro civil, ou docum::nto e,pi\'ulente, a critério da Diretoria da Caixa.

~ 2 ° Em princípio não será exi­giua a inspcçfro de sa úcle para admis­!:-io r:a Carteira: em C1"OS especiais, pü:·C':n. tal c:xibência poderi ser feita pela 6iretoria, sem pl'\.'juizo cio esta­tclpcime:1to nest:ls in~trvç5es.

An. 7.° O prazo c:o p:::;a:nento dr.s coatribuic52S na Cal'L2ira ela Ga-1'[1 nt:2. compl:crnderá duas fases: a J .. ", a p::rLr da inscriç:lo até a data c1~ cO~1s~gnn"·úo a que fe refEre o ~ 1.0 (~O f'.rtl;;;o 13 do l'c =~ul~~n1cnto da Caixa, a 2'", a contar de.ta últim.a dJ ta até o pagamento da 15ú" con­signação de que tr8 ta o artigo 9.°, h:ndo-.se em vistrr o ciispo~to no pa­ragrafo único c;êste artigo. Parágra~o único. Ao ll1Íciar-se a 2.a

fase, far -se-á uma re\'Í::oão na inscriçr.o de ~~r:mtia para que d~lí por diante tal Ínsc:-iç§.o se refira ao débito r eal do mutuário em relação à C::'.ixa.

Art . 8.° A importineia ela contri­buiçf.o na Carteira de G:ll'antia por conLo de réis ~cr:i feita de ac6rào eom a tabela anexa, ficando estabelecido que a idade será a que corresponder ao aniversirio mais próximo.

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- 24-

Art. 9.° O número máximo de contribuições para a Carteira de Ga­rantia não poderá normalmente ex­ceder nas duas fases de 156 consig­nações, das quais 36 corresponderão ao período de carência, mesmo quando por fôrça das circunstância e inscri­ção na referida Carteira tiver na 2.1> fase.

Art. 10. As contribuições serão pa­gas mensal e antecidamente, median­te consignação em fôlha e, para êsse efeito, no ato da inscrição, o mutuá­rio assinará em duplicata, a compe­tente fórmula de consignação.

Parágrafo único. A primeira via da fórmula de que trata êste artigo será remetida à unidade administra­tiva em que servir o mutuário e a se­gunda ficará arquivada na Cartei.ra.

Art. 11. As contribuições relativas às garantias dos empréstimos aos aviadores em serviço ativo, serão cal­culadas pelo triplo nas duas fases.

Art. 12. Em caso de falecimento do mutuário durante o período de ca­rência a Carteira restituirá integral­mente aos seus legítimos herdeiros os prêmiOS recebidos não assumindo res­ponsabilidade alguma.

Art. 13. Se o óbito do mutuário se verificar durante a primeira fase do período referido no art. 7.°, a Car­teira nenhuma responsabilidade assu­mirá a não ser a de restituir aos her­deiros do inscrito a importância das consignações que lhe forem pagas, desde que o mutuário falecido não tenha sido contemplado nas distri­buições.

Art. 14. Resalvado o caso previsto no artigo 12.°, se o inscrito falecer depois do início da 2.a fase, assumirá a Carteira a responsabilidade defi­nidas no artigo 17 destas instruções.

Art. 15. Salvo o caso previsto no artigo 12, se o mutuário falecer de­pois de ter sido contemplado na dis­tribuição havendo iniciado o . paga­mento previsto na tabela anexa, mas antes de se utilizar do empréstimo, a Carteira, assumirá as mesmas res­ponsabilidades estabelecidas no ar­tigo anterior, desde que os seus her­deiros se utilizem do empréstimo da Caixa, na forma estabelecida pelo seu Regulamento, dentro do prazo de 6 (seis) meses a contar do óbito. Caso não seja utilizado o empréstimo por qualquer circunstância, nenhuma res­tituição pela Carteira será feita a outrem.

Art. 16. Em tOdos os demais casos, em que o óbito se verifique, a Car­teira não assumirá nenhuma- respon­sabilidade a não ser a de restituir aos herdeiros a importância das con­tribuições pagas pelo mutuári'l fale­cido.

Art. 17. Nos casos de falecimentos previstos nos arts. 14 e 15 a Car­teira assumirá uniformemente a res­ponsabilidade de pagar à Caixa em cotas mensais e a partir da data do óbito, a importância correspondente a 1/200 da garantia do empréstimo, proseguindo neste pagamento até a terminação do prazo estabelecido para amortizaçfio do saldo devedor.

Art. 18. Os recursos da Carteira serão deposit.ados em estabelecimentos de crédito reconhecidamente idôneos, podendo também ser aplicados em tí­tulos de dívida ou em fin1:\nciamento, a Juízo do Conselho de Administração da Caixa.

Parágrafo único. As retiradas das quantias depositadas serão feitas por meio de cheques assinados pelo di­retor-tesoureiro, visados pelo relator e autorizados pelo diretor geral.

Art. 19. A aplicação dos recursos da Carteira não deverá ser feito à taxa inferior a 6% e os juros prove­nientes de sua aplicação serão escri­turados em c/corrente especial, dando­se-lhe segura inversão de acôrdo com êste artigo.

Art. 20. As despesas de pessoal e material com a Carteira de Garan­tia inclusive a de sua instalação cor­rerão por conta dos elementos de sua receita geral.

Art. 21. A Carteira de Garantia, além das reservas técnicas apuradas anualmente, terá também reserva de contingência, constituída pelos lucros obtidos nas suas operações, até 10% da primeira reserva. .

Parágrafo único. As reservas téc­nicas calculadas aturialmente com­preenderão os valores dos riscos em curso e os das liquidações dos mu­tuários falecidos, de conformidade com estas instruções.

Art. 22. Apuradas as reservas téc­nicas e de contigência na forma pre­vista no artigo anterior, do excedente dos lucros da Carteira serão dedu­zidos:

70 % - para bonificação aos mutuá­rios da referida Carteira, por oca­sião da terminação do pagamento dos prêmios, segundo fôr resolvido pelo Conselho de Administração;

30% - para a Caixa de Construções.

- 25-

Art. 23. A direção superior dos Trabalhos da Carteira caberá à di­retoria da Caixa, que poderá ser ass!s­ti6a por um conGultor técnico da sua confiança.

Art. 24. Os atuais mutuários no gôzo de e,nprést:mo e os contemplados ou n1'.o nas distribuições fa1'E,o desde logo as Sll~S inscrições na Carteira de Garantia de acêrdo com as dispo­sicõe3 cont;Jas nestas instmcões fi­ca'ndo i"e:ltos os que já tiverein apre­sentado tais guran ti~l.s á diretoria .

§ 1.0 Os atuais mut~;:írios contem­plados que dentro de 90 dias contados da data da aprovaç.lo eias prcsente~; i~fitrucões não tiverem catisfeito o disposfo neste artigo, serão conside­rados como tendo opeado pela modu­lir1ade est~~:decida no mt. 18 do Re­gulamento da Caixa e em conseqüên­cia deverão apresentar as apólices de seguro correspondentes.

~ 2.° Ao mutuário CJue tiver optado pela 1110cla!idacle est:lb61ecida no ar­tié:o 13 do Regulamento da Caixa c que desejar, mais tarde, i!lscrever-se n a Carteira de Garantia, sera facul­tado fazê-lo mediante exame médico e sem prejuízo de período de carência.

Art. 25. O contri bumte que EC r etÜ'ar éia Caixa C.e Const;'uçõcs, per desistência s€rá auto!llàt.ica!llênte EX­ciuíôo da Carteira e,e Gara:ltia, não .lhe cal!:;-er"do l'o€ô,ti t:.::ção ~lg'uma.

k't. 26. O m u.;;uário mS{)~ito :la Gê.rt"ira rEceberá uma caderneta o:1ue se allctar:i.o tôcias as W3S al­terações c:e crédito Em re:ação à CaJteira, so€·rvil:do Essa ca.derneta cem{) dc'::üm-cnto €qu"iYal~nt.e ao pre­visto no ~ 1." cio an. 18 do Regula­mEl:to da CaLxa.

Art. 2,7. A Carteira de Garantia terá organização t,Éc nica com os te­gistrc.s incii:l;:Jen o 3.'vcis para alpltração antlJal das rEservas técnicas, c'bser­vação da taX1a de mOTtalic1ad-e, apll­n.ção C:l conta de lucros e perdas, além d:a co1ú~:l de eloE'l11entos est,a­tísticos e de outros neCEssários ao conhecimento d·e seu perfeito funcio­namento.

Art. 23. As tabelas de ccmt:r:ibui­ções que aoompanham as presentes imtn;çóEs serão revist':1s de 5 em 5 anos.

Art. 29 Nos casos omissos a di­rEteria prec€derá de acôrdo com o éS.piritO do REg'ulamento da Caixa doe Cc 115.t:·l,; çóes.

Art. 30. A d1rl"t<Gl'ia da CaiXta to­mará tôcas as pl'ovidências comple-

ITl...enklres ]::i:ra assetgurar o p~eno 1u:1c':onamer..to da Carteira .respei­t:,:1do f:S nermas g€~'ais, constant2s do.R~·gll<l2.m2llto dn Caixa, no qU3 fêl' 8.:~)~1C.:t,\, e L

Ro de Jar.'2!ro, 15 de fEvcr€:r() ce 1D35. - G cuel'a·] João Gomes .

O P,'csi:lente co Ccnselho Nac;o:lal do Tl'<:.\:alllO:

U~allc.o d2,S atl':buicões qu" 2U1-2 05 0 ce"" ' rl' "os pelo n;·t 14 r."·"I'E'·O ... ~~' ... _.1. C ........... c~...., _ ..... _ J.

XIV, c'O r{,5u~·a m€nto anexo ao De­cret·') n.o 24. 78~, ó<e 14 de jull:o c!,~ 1"',' 1"00""e ~o""'O" oOJ'onl CI"~""'l'-........ 1;, c_ ... v , .lL~ ..... ' _ .. U...l_ .......... "" v ...... Ã.,,~ .. cl2,S pEi'2.S Caixas e Instit\1tLl~ Qe JI.,;;c,;:€r.tae:cria e PtnsõEs as "ll" ~::-u­"0" 0, " po,l'O "X"C"Ç"O a'o l·oo'ulonl,~·"'o '\ ........ .... .• '" \".. .... L. __ " - ..... 0 :J . .l..:. ....... J..~

bai~;a.c;o Ixl0 DCCl'ofto :1.° 1. 7~9, de :;:3 de jU:l11o de 1937, a,roT8.d~,s pelo Cc;->,t':~lO N':",e:c:xJ do TrabJ1l1o. per ZJ~é,êlão dlo 14 de marÇJ corr:::rl', p:-c':t:rido nes autes co ?:'e2csso nu ­mz~o 3. ECl2-3-8.

R 'o do Jonni,.n n4 0'0 n,nl'ç n r'e .. ........... ..I.'-- .... u. ~ ...... ..l .... v ......

193'8. Luis Augusto de Rego MGn~eií'O 1.0 Vice Pl"Esidmte, ~m ê:éEYC~cio c.a F.reEidência.

111SiTllCÕeS para e:recuçéio do Regula­mento apTovado pelo Decreto nú-7;U'TO 1.7'49, de 23 de junho de lD37.

I

1 O conju~to das o,~eraçõeo ;::rEVi:::tas no art. 5.° d.o reguhmento ap:-o,'aco pelo DE':;l'eto n.O 1.749, de ~,3 de jU:1ho di" 1937. constitUirá a cal'teira predial. Cl'jo mov::mento ~e fará ce!ll o calpi tal ql;e fór autç,ri­zaco pelo Comclho Na:;ic.nal do Tra­b?,~ho .

2 - O ca.)ital iI1 daI não CC8c:::rá de 40 "ó d'o limite fixado no arti2,o 1.0 do regu2':lm,ento e. uma \'fZ açJ]Ii­C:1CO, ca,berá ao Conselho Na'c~cnal do Trabalho autcrizar a sua eleva­ção, SUceS'õ lva, na medida das n-EC 2S­siêades do:l carteira, contanto que. aóicicnado ao va,lor do imó\'€l c.s:; ­tina,60 a sede pró;::ria. o cap.,taJ Em movirr:cnto não uttrap:l::se o r 2::C!'k:.a limite.

3 - A proposta de aumento d·o ca.pU'al õ-erá Eémp!-e instruída cem a dEmcl:'st~'ação do r€3ult~do até então obt,idos.

li

1 - QuaTl:lo o movimento da car­teira pred'ial o eXl;TI, podsrá ::,('r instalada t:ma &eção predial. A »:-

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- 26-

çã.o predial será mantildJa, a titWI() precário, nos dois primeiros a.nOlS do seu fun.cionamen·to, fiínão os q'l1ais sua despesa não poderá exoeder à receita produzida pela eOlta de a<l.­mini~,waçã·o e fiooaliZla.ção. (inciso X, n.O 6).

2 - A SleçOO predial ti€n'á, entre outras, as seg,uinlte.s atrtlmições:

a) atend,er aos a~so,cia.dos preten­<!rentes a con...otruçã.o ou aqudsição de casas, fmneoendo-lihes os eoolareci­mentos de qUJe neoessi·tarElffi;

b) orga.nizar, periodioamente, uma re1a,ção dos terrenos e prédios a vendl3. em re,giõelS próJcimlõ.s dos lo­cais do tralbaliho dos associJ3.dl()s cem os r esp.ectivos preç<JS;

c) pro:ce'dleX a vistoria, avaliaç.êies, m e<l'içõ-es, etc., ob&e,rv'aodo, nas pri­meiras, o mod.iêJ.1() n.O 11;

~ d) pre'P,arar 0\8 loteamentos, d~ acôrdo com as exigências re"ouw­m enta.l·€iS em wgor, e calcula.r o prêço de cad,a Ilo'te, levando em con­ta a r e&psctiva situação, oriel1!tal~o, dimemlÔ€s lineares, área, e,te.;

e) coocr'denar os tioo·s d-e cas·a· a:provaodos pelo Consellhô Nacional do 'Ilraha:L'lJo, ad,a,ptando-os às exiglên­das dos regulamentos lOI~ais com os re1:pfctivos orçamentoo a.pmximados e oelta d'e pa:game'ntoo CCT1'es'po~dlen­te.s aos prazos de 10, 210 e 2:5 lllll06;

1) estudl!H e propor ais mo'difioo­ções necesoorias no pmjeto apresen­tado, no caso clrO assloda:do não es­cCl~h.er nel1'llUlm dos tipos alprovadcs pE~O Ocnselho Nacional do Traba­lho;

g) pirElparal' aIS €'sl!)€dI1caçóes para. as olbr.a,s d,e oOIlE-trução, remo,delação ou amp,~i'a 'çã,o, dentro ruas norm.a·s a,provadas ple10 Ganstllho Nacional do Tr a,ba]ho;

h) forn.ecer aos intexe-ssados n as oOaJ.cClrrências para ooootruçÕE'S todos os dados e esc1arecLment os que llh·es facuJ.'teiffi o p€il'f.eito conheciw.,ento dia obra a ellCecutar, inc1u.s.h/le urma re-1a,ção ocmpJ·eta de vohumes e quan­t tdadoes que sEil'Virão de bare à mES­ma;

i) €Walborail' as bas.es par.a. as con­oorrências, a,te n d,e'ntio as instruções ol'ganizadlas peLo ConsEI1..'l1o NacionaJ d'o Trafoallio; .

j) examinar, Cl1as~Ii:fj.0ar e dar pa­reoC€<!' sÔlbre as pr{)jp Q;Sltas a,preSE:Il,ta­GiJas às ccnccorrênclias, cipmando sõ­bre a prOlPOsva mais vlllllta.jo&a;

k) organie.ar sob o pon,to dJe vista. técruoo, a·s bases para o contrato a ser a&linado oom o ooIllSltrUltor, ob­rervando as normaIS aprovadas pelo GonreDho Nacional do Trabalho.

l) encarregar-se da fiscalização das construções, remodelações ou amplia­ções de prédios, exame de materiais, medição de obras, exigindo a fiél observância das plantas e especifi­cações a1)rovadas;

m) elaborar um boletim mens'al, referente aos trabalhos que estive­rem se processando nas construções e um relatório final historiando tôdas as ocorrencias verificadas;

n) visar as faturas de pagamento e, bem assim, as contas relativas aos se1'Viços extraordinári{)s;

o) zelar pela conservação das <-asas, vistoriando-as de seis em seis meses, e elaborar um relatório de cada ins­peção ['eita, indicando as obras ne­cessárias;

p) efetuar as diligências de ordem técnica ordenadas.

3 - o.s engenheiros das secções pre­diais serão admitidos mediante a.pre­sentação de provas de capacidade téc­nica, devendo o engenheiro chefe contar no mínimo cinco anos de exer_ cicio da profissão e os demais pelo menos um ano, satisfazendo tôdüs as exigências do Decreto n.O 23.569, de 11 de dezembro de 1933.

• li! As operações da Carteira Predial,

di:;tinguir-s·e-ão em classes, a saber: Classe A - Empréstimos para com­

pra de prédios (art. 5.°, a,lfnea a do regulamento) ;

Classe B - Empréstimos para com­pra de terrenos e construção de pré­ruos <idem, alínea b);

Classe C - Empréstimo.s para cons­trução de prMio em terreno de pro­priedade do associado (idem);

Class·e D - Empréstimos para li­beração de prédio de propriedade do ass·ociado (art. 50, alínea d):

Classe E - Empréstimos para re­modelação ou ampliação de casa já adquirida (idem. § 4.° );

Classe F - Venda de prédioo cons­truidos ou adquiridos por iniciativa direta (idem, alínea c);

Classe G - Venda de apartamentos (idem) .

IV

1 - As operações das classes A a D serão iniciadas mediante propostas fIrmadas pelos pretendentes (mo dê­los 1. 2. 3. 5), instruídas com os ele­mentos previstos no inciso 7.

2 - Às operações das classes F e G conco:-rerüo 03 associados que (' ti­verem requerido (modêlo 4), feita a respectiva matrícula, em orden: nu­merica, pela qual serão aten:J.!dos. mediante o preenchimento da propos­ta constante do modêlo 4 - A ob­~('rvado o cli,posto no parágraÍc. 11111-co do art. 11, do regulamentu. bem como a preferência aos associadns de família de prole numerosa (art. 10), na proporção direta do número de fllhos (iniciso XI, a) .

3 - Para os requerimentos e pro­pcstas a que se referem os núr:1eros anteriores serão fornecidas fórmulas nos inte:es~ados.

v Só poder3.o ccncorrer aos Ia rôl'es

da Carteira Predial os associados que, com os membros de sua família es­t:v2l'Cm rc?,ula,'1112nte inscritm e não :ôrém pcssuidorei: ou adquirent23 de outra moradia. nos têrmos do regu­lamento.

VI

1 - O p:'oeesso d1S op2raçõ2s das 21hSS2S A a E se divic1irá sem~)l'e em duas f~ses. Na primeira se examma­rá a viabilidade da Gperação. quanto 2.0 S2U sspccto técn;co e financEiro. (lU::ll1to às possibilidades econômicas C;o prct~nr:cl1t'2, qu~nto às suas con­uiçõcs )J2!'ante G SEguro lie via" e ~, dem(i:s rl'cvi~tas no regulamento. BeccnheciC::l. a nabilidade. entra:-á a G:~,er2.\~_o r:3 scg'i.:nda fase. cc:nple­t~,J1C:o-se o prC8ESSO, para sua defini ­l1\'a realizacão.

2 - No c'aso do artigo 10 do regu­inmento srr2.o igualmente obstrva-

'" "e"ant~ o Conselho N::lcionai do (, "s. !_ !,_

Trabalho, ns duas fases acima p!'evis ­tas.

VII

1 - Nas oner8.cões das classes A a E, as propcstas s'erão instruidas com os ~eçuint~s elementos:

Classe A: a) plantas de situação e orientação

do prédio na escala de 1: 500 e ds ca­Ga pavimento na escala de 1:100;

27 -

b) título de proprie·dade. transcrito no Registro de Imóveis; .. .

c) compromissos de propnetano. com fiJ'!1')a reconhecida, o brigando-se a efetuar a venda, cem o prêço e opção por prazo não inferior a 90 aias;

d) informações sôbrc o imóvel (modê!o 9);

c) documentação probante da da­ta da construção do prédio.

Cla3°e B - Os das alíneas b, ;: e a (Cj\,;9.11ê.O 8.0 terreno) e mais:

f) plantas da situação do ter::eno. na escala de 1: 200 e da SltU:J.';:lO E úl'lcntaçio do p:édio na escala de 1: iJGO. de cada pavimento na "~cala de 1: 100 dos cortes e da fachada principal na e~c~tla de 1: 500. dispen­róadas. porém, as mesmas, na hlpotese no número 3 ou na escolha do npo ~ l;l'orado . . Class2 C - os das alíneas b, d e f; Cl~.s'e D -- Alem dos das allneas

[L. iJ, e d, os s::guintes: .. 0' escritura de constituição .de cn'.l". imcrita no Registro de Imovels;

h) concodâncla do credor Cl2.sse E - DescriçãJ pormenor:sa­

c]:\ dcs repares ou alt::rações pl'cten-(liclus.

2 - Desde Que o r2queira o pre­rrm:eat2. ficará êle dispensado da ~''l'esent~c2.o cie p'2,ntas e outros ele­i,rntJs lfcniccs cHbendo-lhe, p;Jrém il'liznizr,r a c"rteira predial pelas

, - h clU:>fS8.S efctuadns, quanuo nao ou-I e1" sEs"f,o predial.

VIII DJS processes relativos às Oi'~!'a­

cóes d:~s clal3~es A e E ccnstarão ~em ­jJl'C os seguintes elementos:

Cl:\sse A: a' descricão. caracterização. e cus­

to dos prédios e têr: encs l'ct2do da,­qucics e condiçôes destes. ql'anuo a l:;c~lliz8.ção, saneamento. abasteclme_n­to cL:gUa. gaz, meios de iluminac:ar'J. es~otcs, vias de comunicação. P:'OXl­l,jdade do local de trabalho. [lan­mcntação e largura dos logradouros:

U, informaçôes idôneas sôbre ,,1e1'­t:\s ou ver..df.s recentes de terrenos na circunvisinhança prcclsadas .as ,:a t?s das trs nSélções e os caractens­t:ccs dcs imóveis (modêlo 10):. .

c) planta de situação .dos ltn?V21S na est.:ala de 1:5.000, l11dlCanao a ~na posição cm relação a pontos ,,1'111-

cipais no local;

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- 2P.-

d) fotografia ClBcms. x 24 cms.) recente, da fachada p.rincipal;

e) laudo de vIstoria e S1valiação, procedida por técnico que satisfaça as exigências do Decreto n.o 23 .569 (modêlo 11), acompanhado de plan­tas do projeto aprovado pela reparti­ção competente e que serviu de base à construção ou, na impossibilidade de obtê-las. de um esboço de projeto;

j) orçamento estimativo das des­p.esas com reforma a adaptação dos prédios a moradia dos associados:

g) Tabela das prestações mensais para pagamento do empréstimo (mo­dêlo 15);

h) Demonstração do estado finan­ceiro da instituição e dos seus recur­sos disponíveiS;

Classe B - Os das alíneas a (quan­to ao terreno), b, c, g, h, e mais os seguintes:

i) qua.ndo fôr o caso indicações planimétricas e altimétricas do ter­reno, necessárias ao cálculo do movi­mento da terra e o orçamento estima­tivo destes trabalhos:

j) quando fôr o caso, planta de lo­teamento na escala de 1:500, elabo­rada de acôrdo com as posturas mu­nicipais;

k) especificações e orçamentos, com indicação das despesas a efetuar, com transmissão, escrituras, registros

~ , e averbaçoes.

Classes C -Os das alíneas a, (quando ao terreno) b, c, g, h e k.

Classe D - Os exigidos para a classe A.

Classe E - Especificações e orça­mento estimativo das obras.

IX

No processo das operações das clas­ses F e G, além das prescrições apli­

' caveis, mencionadas nos incisos an­teriores, serão observadas as seguin­tes regras:

a) os prédios e apartamentos serão do tipo econômico. respeitadas a sim­plicidade da concepção, o emp:êgo racional dos materiais e os requesi­tos de higiene. de conforto e de con­servação fácil e módica;

b) a localização terá sempre em vista a proximidade da séde do tra­balho dos associados ou a facilidade de transporte barato dêstes.

X

1.0 - A dívida que contraír o asso­ciado s·erá paga em prestações men~ sais, compreendendo os juros, a duo­décima p.arte dos impostoo e taxas anuais, os prêmios dos seguros de vi­da e contra o fogo e as quóta3 ·de amortização e de administração e fiscalização.

2.° - A taxa de juros inicial será de 6% (seis por cento) ao ano, po­dendo ser elevada até 8% (oito por cento), se o exigirem as condições financeiras, precedendo neste caso autorização do Conselho Nacional do Trabalho.

3.° - Os impostos e taxas anuais serão aquêles que fôrem devidos em cada ano.

4.° - Os prêmios de seguro de vi­da e contra fogo serão 00 que fôrem fixados mediante concorrência entre instituições particulares idôneas ou por . entendimento com institUições oficiais, observados para o seguro de vida, os rEquisitos do prévio exame médico, válido no mínimo por seis meses ou de um prazo de carência não superior a três anos.

5.° - A quóta de amortização corres­ponderá ao custo total do imóvel, ex­cluído o do terreno quando êste fôr de propriedade do associado.

6.° - A quóta de administração e fiscalização não excederá de 5% ;cin­co por' cento) do valor da pres··ação mensal (amortização J e juros). quan­do S/e tratar das operações previstas nas classes A, B C, D E e F e de 8% (oito por cento) do mesmo valor, quando se tratar de operações da classe G.

XI

O pagamento da dívida será efe­tuado até o prazo máximo de vinte anos, salvo as seguintes exceções:

a) - quando o associado tiver fa­mília composta de mais de quatro filhos (assim entencUdos os menores até 16 anos e os de idade superior se incapazes de prover à própria su­bsistência ou em freqüência de es­tudos). o prazo poderá s,er dilatado­até 25 ar..0S;

b) - no caso de aquisição de pré­dio já construído (assim entendido>

,

,

. ~

- 29

ar,uêle cuja construção datar, no má­ximo. de cinco anos), o prazo será de dez anos;

cl - no caso dê aquisição de pré­dio complrtamente novo (assim en­tmdido aql1êle cuja construção datar. no máximo de seis meses. cont"dos c.a aprovaçilo da construção pelas a utoridades competentes) o prazo po­derá ser elEvaúo a tê 20 anos.

XII

1 - As prestações mensais não poderão exceder de Importância que. adicionada às demais consignações existentes e ao l:láximo a que possam atingir os de~contos obrigatório:, rio M.sociado corresponda a 50<:~ (cin­oüenta por cento) dos respectivos i'encimentos (arts. 2.°, 3.° e 4" do Decreto-lei n.o 312. de 3 de mar('o de ~ 938). Ditas prestações serão satis­feitas mediante desconto na fôlha de pagamento. efett:ado no mês seguin­te ao vencido (;' a contar da en~rega do prédio com as chaves.

2 - Decorridos 6 meses da datR. da aoui~ição de terreno, será cobrad.) a.o :\l'<cciado. desde lego, a quantia cor­:;:espondente aos jures do capita! in­nrtido, acrescida das depesas de im­postes e quaisquer outras que sobre­nnham ate a entrega das chaves.

3 - O assoclado que. até a data da as>lnatL:ra do contrato desistir da :)p~n::ç;:;o. indcl:izari as despesas fei­t3.s. salvo se fôr indicado substituto Ilas condições previstas nestas Instru­çõ~s. que a!':suma as ebrigações con­tmídas e por contrair. A indenização e.as despesas . se fará mediante des­('anta parcel:1do l1a fôlha de paga­mento.

4 - Para cf~ito do desconto em fô-111:1, será êstc solicitado das emprêsas. por c,crito com indic2ção das rC3pec ­fi'-:1s im-:Jo!'tlncl a~. não podendc ~er ~l~c,!ific3..~o ou suspenso senão em \-ir­t,llde d2 cc:n'...~l1ic:lçfi.o nêsse sentido . fe ita também por escrito .

XIII 1 - Até a terminação do pagn­

mcn~o. o [lssod[l.do não pode sem con<o ntima,ta por eécrito. alterar o prédio ou apartamento ou qualquer ':e sua3 dependências nem fazet'-lh2 acré::-ci:no 8.1gum

2 - O associa,}o é obrigado ,\ Pfl­mitir a imr. ::ção do imóvel ;1 p2s;:,"a devidamente a,-~torizada.

XIV

1 - Ira verá duas moda .id,i 1,'S C:e co::ccrr['ncia para as cons'.ruçõ 's fi­nanc:adas.

2 - Nos C:J.sos das ali:le.\s .. 9' e ,·c·, do art. 7.° do regulamenw ou ql:<'.r~­do n~.o houver seçào p:'edial mstal:J.dd, ~erá pub!:ca a concorrência. ob'·irV3.­das as normas constantes cl'l.3 mc(tê­los ns.o 16 e 17.

3 - Nos dem::>.is casos Dcder?. "er a :'cmmistrati'i3 a concorrêu':!."\. "lltre const:'utor2S de rEconhecida dcnêid~t­de técnica e fin:tl1!22ira. lnSt·~'~t·)S n::t Ca:·tc.ira F:'edbl !'enovando-~e ln~lll ­mente a inscrição. No l~C ci2st.a. o cm'.struto::· d2verá declarar o vu~~'J das OI):'2.S QUe está habilitado a em,)j'(~ en­der.

4 - Pena efeito de ]UI:;.l!1li:J:t J (la id.onei:::ad2 e:os construtol'Ios. quer nas cCl:corrê:lci2S públicas. Clner 11.15 8C.­ministr2tiras, s2r5_0 apl'€ciaaos C'3 ~f­guin tes elementos:

(! I p:ova de capac:d:l.ae I i n~.r.-ct:ii.'3.;

I) ) - 11rO\'a de capacic!ade U'.::n~c:1, .:untrcndo Ul1lr\ lista detalhada G.2 obr8S eXf(;utacla~ E' atntados dos _ or:~ct'­vos proprietários;

C) - prova de estar quite CQiT! us impostos e t:uas devidos ,as poderes lJúbliccs. federal. est2.dual .:; ll\lI1icl-I ,:,,1· ....... ~ ,

li) - p!'cva de que satisfez !.s ('XI­~~~l:~~~~.~ do Decreto n,o ~O.~~~l cc ~2 c!<: f:;'Õ.::to de 1[<]1 (Lei de n::-d~t Hl :1 ~a­ç~oJ :

C) - P:'C,\,;J de quP. satisf2.Z ,. (cn-ciiçcc~ rio D~·Cl·(ta n D 23.559. de P d~ r:~:·~f~ .... ~bi.·c; ci·~ lL33 (CJ!'('2i:\ r':·J~.~:~lO­r13 ~ I ;

í I - 1):'0'.'3. dô quitação CCJffi o ~€-"lJr~ :=o::!sl.

XV

F:ll1 C3. SCS (l~r-CCi~lS. l~odel'á s' r t C::1-1:?:::'a. ~nl rcryi~\o ::,p.::G:)~·j?dJ. '1 C''''n:l­T ',·rir. C"" ~'::'S';:: de m~~cpl'·?. m~ -E~"c. te :;l(:'~~-L", ~;lJ:'oF[!cflG c:o CC1;S"l:l,r, N3.­c'Gr:~11 cio Trnb:l1l1o . . 1~_C rCd.:'!~da o ':Jr:; 20 cL: r-.. ::.;r !l1cnto €x{:~~~ir~' c\; 1~)

XVI

1 -- Ll!l tõd;:;.s as Cp-2r?çÓ"S efn' U'-l ­C.cs r,e!::t Carteim Pl'<;dial. sel''to 5ClTI­

p:'e eX~Gidcs éo pretendeYJ.tf ou do

.... lO >< 'Oi ()

- 30-

vende·dor, conforme o caso, e até vint-e dias antes da assinatura do contrato os documentos previstos no modêlo n,o 22,

2 - No caso do art, lO do regula­mento, ditos documentos serão remf.­tid'Os ao Conselho Na.cio:lal do Tra­balho juntamente com os cl'l. segun­da fase, devendo ser preenchida a de­claração a que se refere o modêlo nú­mero 21.

XVII

1 - O movtmento da Carteil':1. será contabilizado na escrituraç'w ~;era l , em uma conta sob o título I , Carteira Predial", cujo saldo re)fesentará sempre o capital aplicado Essa Cl'll­ta tzrá os desdobramentos segumtes:

a) Empréstimos HipotecarlOs, que reg:strará, a débito, todos os paga­mentos feitos em virtude de centra­tos de hipoteca (art, 5,°, 'ilíne'ts "a", "b" e "d") e, a crédito, as :'<!~pe<::t.i­vas amortizações;

b) Imóvels sob Promessa, que re ­gistrará, a débito, o valor ('OS imóveis cedidos aos associado.s media'.!'ce <:C1:.­tratos de promessa de compra e ver. ­da (art. 5,°, alínea "c"), ror contra­partida com "Terrenos e Ccr.stru­çÕ€s", e, a crédito , as r~stJc ~tivas prestações de capital recebidas:

c) Terrenos e Construções, qUf! re­gistrará, a débito, todos os pagamen­tC's efetuados com as 0l}ZraCÕ ~s de iniciativa du'eta (art, 5,°, alinéa "t.''') registrando, a crédito, por b>\in do valor respectivo e em contn -parí.;da com "imóveis sob promessa" 3. .m­portância dos contratos de orüm~~sa de compra e venda celebrarios ;

d) Regularização de Impostus e Se­guros, que registrará, a débito. os im­postos, taxas e prêmios de segu"o oa­gos e a crédito, as cotas o3.ra êsse feito recebidas; -

e) Adiantamentos Diversos, que n ·­gistrará, a débito, todos os :t:.iianl D. ­mentos regularmente iutJrizanos, tais como despesa de avalia~õ~s, \"15 -torias, projetos e fiscalização de obrJs. e a crédito, o seu pagamento p2los ~8 -wciados, diretamente ou por incnr­po:'ação à dívida principal;

/) Prestações Contratuais, qu" re­gistrará, a crédito, transi ·.:)riam~!1te, tod,os os pagamentos feitos peles ús­soc~ados. por descontos de ~ôlha vu diretamente os quais, de!J(llS da ae-

vida classificação, ' serão :iesdobrados e transferidos, para crédito dos de~do­bramentos próprios acima ef~cldos, ef quanto às parcelas de juros e cota de administração e fiscalização, pHa crédito de uma conta de ;~sL!H,adof sob o título "Receita da Cart31ra Pre­dial" ,

2 - A conta "Receita da Cartelra Predial" terá os desdo:brame-nt0s ~e­guintes:

l.0 - Juros - que :'eg!s·,rarb., a crédito, os juros contratuais pagos pe­los associados;

2.0 - Cota de Administraç:i,o e Fis­calizaçã{) - que registrará, a cré{jlt.of as cotas de administração e fIscaliza­ção recebidas em prestações menfuis, .

3,° - No caso de existLT w;ao pl'e­dial, a resp€ctiva despesa dent,ro das verbas anuais concedidas, .;e'-a leva­da a débito da conta "Despesa da Carteira Predial" , que terá os desdo­bramentos seguintes:

a) - pessoal; b) - artigos de expedie!ltt>; c) - despesas diversas,

4.° - No encerramento do exer~l­cio as contas "Receita la Carteira Predial" e "Despesa da Oa"Leira p,:,€­dial" serão fechadas, transferindo-se as somas que a·presen:.a:'·e:n para "Renda da Carteira Predial" ou . se fôr o caso, para "Deficit da Cart',e;ra Predial" , cujo saldo assim never;;' fi­gurar na demonotração ~ml do re­sultado do exercicio.

5.° - Além aos desdobramentos ln­dica dos, outros poderão ser aber+,os de a.côrdo com as ocorrências que ,<;e \I~­rificarem, cabendo ainda fazer-se U!11!1 escrituração analítica que ilossa in­dicar, a todo o momento, :J custo :-e31 de cada terreno ou ca.sa e o saldo d.e­vedar de ca,da associado,

6.° - Na proposta para !nstalação de seções prediais a despesa será rre­vista com os desdobrament::Js a qt'e se referem os números preoc:lentes

7,° - Os subseqüentes :>r-;amentos anuais, apresentados juntam~me oom o orçamento geral, serão in~truidus com uma demonstração dos resultll­dos dos ex·ercícios anteriores

XVIII

Pa:-a os efeitos do art , 9.° do ~'esu­lamento, será remetid.a ao ::3ervico üe Engenharia eLo Conselho :"racional ao Trabalho, no prazo máximo de 45 dias, contados da realização 1a op€-

raçá.o, copIa autêntica da documen­tação que instruiuu cada proceSfO, acompanhada do relatório do ,i3<al , de fotografias (18x24) dos prédJos adquiridos ou construidos e clús qua­dros constantes dos modêlos ~ 9 c 20, devidamente preenchidos.

XIX

Os pedidos para r,qulSlçao :' ,1 C'Jl1S­trução de sede serão instr!lld ::JS com os seguintes elementos:

A) - Aquisição de TerrenrJs:

a) - descrição, custo e J:1fo~'ma­çóes q\:anto à localização, .'a::t'2:Jp'lo'!l­to, ab:lstecimento d'ázua, [ás, meios de iluminação, esgotos, vias '::e comu­nicação, proximidade do local de t.,·a­balho, pavimentação e lar.,\"wd dos logradouros;

Dl - informações Idôneas :::ólJre ofertas ou ve,1das n:ctmtes de L~ITe ­nos nu circun vizinh::lllça, Y:'t;:JS wdo as datas d.as transaçõ2S to dS :::aracte­risticas dos imóveis (m oiêlo n,O :"0);

cl - comuromisso GO .)rJ'JrleJ.,a:·io com firma r'econhecida, obng,11Id.l-E:O a cfetuar a venda, COP.l preço e c:x:áo por prazo nun~8. inf,erior a !; o dias'

d) - planta de sItuação CI.O tC:TellO na escala de 1:500.000, indktn10 a sua po,iç::o f'm r,elação ~ PO:1tos Xin ­ciplis elo local;

e) - p!8nta rigorosa do ter:·u!".D n1 c;:c:;!a de 1 :200, trazendo, qurndo !lf­ccs~á:'io, ~ndlC3.çÕ'2S l)lanünpt:' ic~1.s e altimétrk[!s para o cálculo do mo\,'­menta de te,ra e o or:;amen:o e"~ima ­til'o d0s:;·es trabalhos;

.I 1 programa dct:tlllr.8 o inciic::mdo as ..;,·.n ..... s '-~C ... H:c:'j'· ; ~ a' d" ,.. ~" c;." ........ h H~ ...", ...... I.Á ...... ~s S lV2.1'::'3.S aeptl~-

à~!1Ci:lS, i::clusive serriço Médico, " o núm2ro ele IU!lc:onários que tD.balha:n 118.2 vs.r:n seções e um esbôço da con,,­truç§o projetada. na e,cala de 1::7,JO:

gJ orçamento estimativo do CU3tO da a1Jl':l e ref.'rência quanto à EatU!?­Z1 e constt:uição cia tureno;

hl comparação entre a despesa :lt!DI com o aluguel do imóvel ocupado P a qU3.!1tia ,'ehtivo aos juros ~ie 6 c; (s:is por cC!1tol a. a " do capital a ser in­verLido no imóvel;

il :ndicação das d,:spesas a efet;l3.!· com trammissão. escrituras, re~istro e a verbaçõ2s:

j) demonstração do estado financ:'l­ro da instituição e dos seus r e~urSf)S disponíveis;

31 -

k) indicação do número de pavl­mentos que a municipalidade perm~te ].:vantar no local;

B - Construção da Sede - além dos elementos acima previstos, os se­guintes:

Z) proj eto completo e deta~llado do prédio a ser construído, compreend~n­do plantas de situação e orient~tção do prédio na Escala de 1: 500. de .::ada pavimento Ea escala de 1: 100 . cortes e fachadas na escala de 1 :50 e perspe('­ti va de conjunto:

m) especiflcações minuciosas dos scrv:ços que se vão empr,,·ender. acom­p~~1hadas do caderno de encargo de materiais;

n) quando se tra ta r de terreno PQU­co resistente . juntar um mem<J r Ll1 descritivo, plantas e p.orfis das ~úndil­gens geológicas efetuad as. justif:cal1 -do o tipo de fundação a ser adotad.G.

C - Aquisição da S ede - além dos elementos constantes dos itel'.s b, c, d (C!u~nto ao imóvel). h, i, j, os se ­guintes :

o) lauda de \,'storia ,e avaliação, modêlo n.o 11 l proo~dido por técni(;:) que sati3faça as exigêEcias do D ecrew !l D 23.500, e plant:ts co proj2to apn­v'l:::~o pEla repa:tiçs.o ccmpetente e q'.l::! se,'viu ri~ base à construção ou na :m­llGê.sitiiielade d2 obtê-las . um esbiiçr) do pro.ieto;

pl desp2sas prováveis com repa!'c::o e 3ciapwcto do prédio à instfilação dr" sc,'viços de sede:

f' J foto7rafia el8 Cll1S. x 24 cms.) . retutc , ela fachad~ princ:pal.

H!o G2 ';:tneiro. 11 de feveróirú C:e 19:::3.

Vl:C!i!:TO N. o 3. 34.ô - DE 30 DE NO\-:-::\i­llP.O DE l D33

A,,;-ovn o neg1!l211wnto para a C'li.Ta ele Construr'ões de Casa.~ para o Pes­soal do Ministério da Guerra

O Pr2sídente da RC;Jública dos E.i­t::tC:03 Unidos éo B;·asil. no uso Cci atribuirão que Ih::: conf2l'" o artigo 7·l lia Ccmttiuic;ão Federal e cons'de -l'a :1do :

QUe o D2creto n, ° 24.256, de 16 de maio c;e 193·~, ampl'ou as dispOSições do D2Cl"cto n,o 21.541, de 16 de junho de 1832. qu.? instituiu a Caixa de Con3-tru:;ões ele Casas do Ministério da

... cu )(

'jij o

-32 -

Guerra, criando na referida Caixa li modalidade B , dest:.nada a finanCiar a construção de casas de propriedade do pessoal daquêle Ministério;

Que êsse financiamento foi consti­tuído pela concessão d,e empréstimos sem juros, o que torna a instituição permanentemente dependente de au­xílios do Govêrno;

Que, por isso , é imprescindivel ;n­troduzir modificações no atual Regu­lam~nto, de modo a permitir à Caix:1. a sua independência econômica;

Decreta:

Art. 1.0 Fica aprovado o Regu:a­mento da Caixa de Construções de Ca­sas para o pessoal do Ministériu da Guerra, que com êste ba:xa, assinaao pelo general de Divisão, Eurico Gaspar Dutra. Ministro de Estado da Gu'\:rra.

Al't. 2.° Revogam-se as disposir"ões em contrário.

Rio de Janeiro, 30 de novembro de 1938, 117.° da Independência e 50." da República. - Getúlio Vargas. - Euri­co G. Dutra.

Regulamento da Caixa de Constru.;ões de Casas para o pessoal do l'r1inisténo

da Guerra

(R. C .. C. C. P. M. G.)

CAPÍTULO I

,"!::de, objeto e operações da Caixa Art. 1.0 A Caixa de Construção de

Casas, de que trata o Decreto número 24.256, de 16 de maio de 1934. terá a sua sed,: na Capital Federal.

Parágrafo único. A Caixa criará, nos Estados. sucursais, filiais ou agên­cias desele que o seu desenvolvim!'nto assim o exija.

Art. 2.° A Ca:xa terá por objetlVo adquirir, cons truir. reconstruir. ou li­quidar hipoteca da casa destinada à m (lT3 dia das famílias do pessoal do :\iin"stério da Guerra transferindo-a <tús seus mutuários nos têrmos do pl'es.:nte Regulamento.

Art. 3. ° Para consecução de sua, fi­. nalidad·e, a Ca:xa poderá fazer as se­guin tes opera ções :

a ) receber e gerir os recursos desti­;Jados ao seu movimento finanoeiro:

b) transferir. nos têrmos dêste Re­gulamento. ao pessoal do MiniEtério da Guerra, os imóveis adquiridos. construídos ou reconstruídos pela Cai-

xa e a que se refere o artigo 2.° do present: Regulamento;

c) adm:nistraJ os imóveis prometi­dos aos seus mutuários. nos casos de ausência, incapacidade civil e outros, mediante módica remuneração;

d) praticar os atos de comércio ne- · cessários à boa ge~tão dos seus negó­cios e outros compatívEis com a sua .finalidade.

CAPÍTULO II

Recursos financeiros

Art. 4.° Os recursos para o mov:'­mento da Caixa provirão das seguin­tes fontes:

a) de tõdas as contribuições feitas peics seus contribuintes, quer a título de' jóia, quer a título de €ntrada ou mens"Edade.

b) ele empréstimos e auxílios conce­ãidos pelo Govêrno. em virtude de leis e3 pecia 1S:

c) de auxH:os e doações. d,e caráter oficial ou particular ;

d) de receitas e saldos diversos, ine­rentes ao funcionamento da Caixa.

Art. 5.° Os empréstimos de que tra­ta o item b do artigo anterior. serão postos à disposição da Caixa. de ;.Lcôr­do com o €stabelecido nas referidas le:s especiais.

Art. 6.° Os fundos da Caixa serão c"nservados em depósito. em Bu ncos, e m pagamentos efetuados por meio de cheques. evitando-se. tanto quanto p055ível. a <Existência de numerário em cufre.

~ 1.0 Os juros e demais rendas pro­venientes dos depósitos serão ~.,;.:n~u­nd có em conta especial e em;:>fEgaClJS co modo por que fôr resol"ido p.' lo C (H~s elho Administrativo da Caixa.

~ 2." As ret :rad'3.S dos dinheIi'o5 dos Bancos serão feitas mediante cheques, assin ados pelo Tesoureiro, visados pelo Rl;lator e autorizados pelo Presid·mte .:lí; Conselho Administrativo da CaIxa.

CAPÍTULO II!

I nscrições, contribuições e modo de pagamento

Art. 7.° A inscrição de .:ada can­didato na Caixa deverá °er feitrt me­aiante pedido especial, dirigido ao Diretor Geral; e de ac.'if'lc com a fórmula adotada pela C8,ixa . .

~ 1.0 Além dos esclarecimentos exi­gidos na referida fórmuh JS interes-

- 33-

sados poderilo prestar outras quais­qUf'l' inform2.ções, com cel1ção às ins­crições que desejarem obter.

§ 2." Ná falta de fórmula referida nú art. 7,°, o p8dido <1(' inscrição lJocerá ser formulado ('m outro qual­que!' papel, de tamanho almaço, COll­tendo as in[orm~ções p,~didas.

Art. 8," PreenchIdas lS tormalidR­de:; exigidas no artigo anterior, para que 9. IJ1scrição se torn'~ efetivá, o eandidato deverá satisfazer as se,;ulll­tes cOi1dições:

a) pagamento da contribuição ini­cial de 100$COO, a titulo de jóia, que poderá ser pago de uma s6 vez. ou err, prestações de 25S000, no mínima, mediante consígnação em folha de pagamento, e de acõrdo com o mo­dêlo adotado pela Caixa.

b) contribuicão da quota mensal de 0,1 Co do valor da inscrição, p:lga por desconto em folha " mediante consignação de acôrdo com o \l1odêlo adotado pela Caixa, contribuit:ãü essa que será obrigatória até q data c'm que começar a amortizaç?o da divida eOiltl'aida com a Caixa e de c onfor­midade com o contraio 1 que se re­fere o § 3.0 do art. 12;

c) inscrever-se na Cart"lr['. dc Ga­rantia, criada pelo Decret.o n,o 654, ele 15-2-936, salvo se ~~()chn'hr, por ('scrito, no respectivo pec1;do de ins­crição, que fará em comranhi:l idô­nea, [I juizo do Consel~o um seguro de viela com o fim dc ;j:.trantir pe­lo menos, o pagamento d.' metade da divida contraida na Saixr1. c por OC3 sião de seu falecim'!ntG.

~ 1.0 N2nhum mutuário poderá ser c()n:e:n)ll~do sem ter feito a entra­t!a minima de l!V~ do valor rlc SEa inscrição.

. "" I t t j ' . ~ ~. u Ull amen e COJ'!1 a on, e 1a-cuJt::do o pngrmento. de l11TIa ~~ó ~'é'Z, d,l entrada mÍl'ima de lO',. cu com­!lJ~t':'-ln pcstcrlor!l1~ntt 1~!l1 P!'C'sl.l­("fj~" sucessivD.S. s~Hdo. en!.1'ct;]nto \"c­dado o pagamento cas 'l\l,)lai' )):('11-

~~:~ is. ante3- (~a inte<:~"llll;tC;}O ela hn­PCl tA nCln cLl~Tcspond,-nte Ü jóia

~ 3.0 Sc dentro do m·'l7') de 4 me­~C';. ront::1r]o da data '(1::1 lllScriçfto ila C~ ixa. o ro '!,flE1ento ct1 ]')Ia ! J?o eo,-1 ~v~r intc"]r.:lliz~~lo. a l.l:xUdit i'1~('ri­,:'(1 será c::ll1crlad:!,;C'~~l direito a IJc~!:ur1a rcstituiç:':o no co:,lribuin­tI'

~ 4,° Qmmdo a cntr'lcla nlÍllL11a c]e 10~ !llo fôr pasa de uma ,ó Vf'Z, será integralizada por m"io elc

ProJeco n.o 272

consignação mensal correspondente a uma quota, ou a múltiplos de quota, de 0.1 % do valor da inscrição.

Art. 9,° Os mutuários pl'Oprie~ários de terrenos e que neles desejn.r21n construir a casa que 111% será des­tinada, deverão, previamente, trans­feri-los à plena propriedade da Cai­xa.

f:stes terrenos, mediante a \'alir.ção, d1spensarão a entrada de :0',(. de que trata o ~ 1.0 do art. 8.0 mas r;ão serão tomados em consideraçãD no cômputo dos pontos a qu~ ~e refere o art. 15 e seus parágrafos,

Pa.rágrafo único. O terreno assim transferido, fará parte ir.tegrante da escritura de promessa de venda e da escritura definitiva a que ~e refere o art. 66 dêste Regulamento.

Art. 10, Os contribulDte~ noderão ef'etuar entradas, em dinheiro, de uma só vez ou parcelada,nente, até o máximo de 30':; do vaIt'r de sua inscr1ção excluindo-se dêste cômputo o montante das quotas m~nsais re­fcridas no item b do art, fi:).

CAPÍTULO IV

Valor das inscrições - Co;~dicües e garantias

AI t. 11 , O valor da inscrição não excederá de 30 vêzcs os vRl1cimcntos l:leesais das tabelas em vigor.

~ 1.0 Os contribuintes ,10 gôzo da tabela de vencimentos 3m em \'Ígor, inscritos na vigência de Labelas de \'en<:imentos anteriores à 'lttW I e que cuiserem se inscrever nas "abelns ele que trat:1 o presente artigo poderão faze-lo mediante requerinl~llto diri­gido ao Diretor Geral. e desde que se suje:tem ao reajustamr:nto corres­pondente, quer em relacãl à Caixa . Quer em relac:ii.o à Carteira oe Garr.n­tias, tudo dc acôrdo com () disposw no * 2.0 do presente artir:;(J.

~ 2.0 O contribuinte, 'llern do C8fO ]Jrevisto 110 pal'á~rafo antenol, r,odc­rá ::1:ltcs de contemplado na distri­':J1.lj,';.o, aumc,1t:l!' o valor de s!!a lnS­cri<;-.1o, I:ão só nos casos de prcmoções slE'e~~in~s. como I1nquele,; em que a sua inscriciio trnha ~iclo Í!1frj'lor 80 l11t1xim() permitido; (>m Uh C:1.~os. como reajustamento o cc;nt~'iblllnte

deverá pagar, de uma ~ó h'Z a di­ferença entre o valor da:; presto ções COl~l que Já tiver contribuido e o das da nova inscrição. bem como Oi' juros ele 6'~ ao ano sõbre a :1ifercl1'::[t de cada prestaçflo, contados ela data em;

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- 34-

Pilgamentos respectivos, a menos que não se sujeite ao reajustamento por pontos.

§ 3.° O contribuinte poderà, antes de contemplado, diminuir o valor de .sua inscrição, fazendo-se, para isso. o reajustamento correspondp.nte, por pontos, vedada, em qualquer caso, a devolução de entradas já feitas.

§ 4.° Os oficiais da reserva. ou re­formados, transferidos para inativida­,de na vigência de quaisquer tabelas de vencimentos, poderão fazer suas Inscrições até o limite máximo de 30 ,vêzes os vencimentos correspondentes aos seus postos, de acôrd'J com a tabela em vigor.

Art. 12. As distribuições dos quan­titativos correspondentes à.; inscrições de que trata o artigo 7.°, rcalizar-se­ão no último dia dos meses de março, junto, setembro e dezembro de cada ano.

§ 1.0 para o efeito das 1istribuições acima referidas, o Consel!.1o Admi­nistrativo da Caixa organizara, [mual­mente, até 15 de março de r.ada fIno, o esquema da aplicação da importân­cia a distribuir e resultante dos re­cursos disponíveis da Caixa para tal fim, compreendendo;

a) - quantitativo para o fundo de distribuição propriamente dito, sendo 60% para os empréstimos de contem­plação, e 40%, para os financiamen­tos antecipados;

bJ - quantitativos para os "pe­quenos empréstimos ou suplementares e para os "empréstimos de emer­gência", a que se refere o § 5.° do art. 21.

§ 2.° A importância correspondente aos saldos das contribuições elos con­tribuintes, dentro de cada trimestre, será integralment,e incoruo!'ada ao quantitativo dos empréstimG3 de ccm­templação, a ser distribuioo no fnfl do aludido trimestre.

§ 3.° Tôda a aplicação do saldo do mutuário, em seu valor global. bem como os empréstimos instit.uídos nes­te Regulamento, salvo os P-IlIpréstimos rápidos, será feito mediante um ccn­trato entre a Caixa e o mutuário lnteressado, de acôrdo com o modêlo adotado pela referida Caixa.

Art. 13. O valor da responsabilida­de definitiva, decorrente das 8.tribui­ções de que trata o art. 12, e a amortizar pelo mutuário, ou seu sl1l-

do devedor, na data da respectiva distribuição, resulta da diferença en­tre o valor de sua Inscrição e a to­talidade das entradas feitas até en­tao, pelo mutuárIO, na lJaixa, e as entradas subseqüentemente efetuadas, ou outra qualquer quantia não üti­I1zada, serão levadas em ~Ollsideração na amortização do saldo devedor.

Parágrafo único. As responsabili­dades definitivas do mutuá.rio, ou o seu saldo devedor a que se refere o presente artigo, serão am'Jrtizadas no prazo máximo de 200 meses e aos ju­ros de 6% a/a salvo quand'J o con- ~ tribuinte contemplado fôr maior de 60 anos, e caso em que a amortiza­ção acima referida se fará no prazc máximo de 100 meses.

Art. 14. A amortização do saldo de­vedor de que trata o artigo ar.terior será feito, mensalmente, por descon-tos nas fôlhas de vencimentos, me- A diante consignação firmada pelos mu- -. tuários, facultada, porém, qualquer amortização antecipada.

§ 1.0 Na.s consignações acima refe­ridas, além das mensalidades de amortização do saldo devedor, capI­tal e juros, deverão figurar, obrigatà­riamente, as importâncias relativas aos prêmios da Carte'Íra de Garantia ou seguro de VIda, seguro contra r'O­go e mais tôdas as taxas e outr·)s ônus que incidirem sôbre o imóvel destinado ao mutuário, calculadas por duodédmos.

§ 2.° Quando os mutuários contem­plados utilizarem-se, parceladamen­te, do valor de seu saldo devedor, a amortização correspondente far-se-a, também, parceladamente, à medida. em que o saldo fór sendo utilizado e tendo em vista o estabelecido r,rs arts. 12 e 13, fazendo-se, em cada caso, a necessária consignação, a vi­gorar 30 dias após a data da respec­tiva utilização parcial.

§ 3Y As consignações referidas no presente artigo, salvo o caso previs­to no parágrafo anterior, só começa­rão a vigorar 30 dias depois da en­trega, ao mutuário, da chave da caso. que lhe é destinada.

§ 4.° As consignações estabelecidas em favor da Caixa não estão sujei­tasc ao limite de que trata o art. 12 do Decreto n.o 21.576, de 23 de junho de 1932 e só serão suspensas por so­licitação do Diretor Geral da Caixa.

Art. 15 ,0 A distribuição de que tra­ta o art. 12 será feita entre os con-

,

- 35

tribuint2s que já tiverem entrado cc::n os 10 <;0 a Que se refere o § 1.0 do ano 8.0 e na ordem decrescente do núme­ro de POl1tos apurados em favor de cada um.

§ 1.0 A apuração dos pontos se fará de acôl'do com o número ue dias ~e ­corridos desde a data do paga:nent r)

de cada prestação até a das distn­buições de qu e trata ° 2.rt. 12, toma:1-Lo-se como data do pa6a m ento da.s pl'fotações consignadas o dia 10 do m ês ~eguinte àquele ti que ccrrespo'1-da a consignação .

§ 2.0 Na contagem dos dias, seri usaclO o ano coa:·ercial de U meses e 30 dias. suiJtraindo-se Ema (teta da ct!tra .

~ 3.0 Cada cota paga d ará lugar' à ccat1 r;elll de um ponto por dia.

~ 4. 0 NJ caso de empak n a contJ­gem de pontos. terá pr2fz:'ênc ia o mu­tuário de il1"crição m ais a:1 tiga e, pa-1'80 as i:1scricõ2s da meS;~1<! data, ;01'2' vD.lcceri a de número de ordem mais ba:xo.

S 5.0 Os pontes s~rão apurados em li\':'o :':·6!~ ~i o . guard::ll1~o-se a bSO!:ll) sl~.ilo dessa apur2.ç:'io, até a data dl Li ~ ~~·ibuiçJ.o d03 en1I;~~éstimos.

, 6. c Cc:da ml'tuá:'io só poderá Lr eenllEcim~mo eles pentes que 1112 di,­~~:,e:in rcs:Jeito.

Art. l G. Os eont,'ibuintcs quanciú co_'}t: nl 1)1~dos . ~2::50 Ú Sl13 disposiC;2.u o V:\!8:' d8.s suas imcricõe.s. inelindo ­se . 11E~t2 cômputo, a totalidade d,' SUJ, entrad:F. até a data da disr,'1' buir?8 a QU2 se refere o art. 12 c1r~.'­te ~~zzul:1l'rEnle.

l'I:' t . 17. D8 montfmtz a di:,.tribUL', fr~l cJ:ia c.:istrib-.. l~C;20, 2 3 serão atr~ ­bl~icos à3 inscriç'5es l' ef21'idns no lrt. 15. isto é. 8.5 cc::t2molaçõcs ~or P8!\" tos. e o ~ê:,ço l' 2::::t9.nt2 será l'CSrrT.'h­~a p2.Y3 as contemplJç-ões por anti­guiei LI [' e.

P,l:'ác;,afo único. As contemphçõ,"'i por a:1êin:c;idJd p serão distribuíd:1s !':' ­tre os contl'ib1:intes mais antigo<. 'XlI' ord~m (;:: anti?uidJde de iríscri<~?t<l, d€nt~·o do mC:1tante que lhes é :1t:~ i·· b1.1](:o no p:'2scnte artic:o e nas 11' (\,­mas cO:1:liçõcs cstab2lecicl:ls nes art.';. 12 e 13.

Art, 18, A Caixa poderá fazer, a cri tério do C. A., o financiamento antecipado previsto na alinea "a" do S 1.0 do art, 12, e que poderá ser con­cedido aos contribuintes que, medi­ante requerimento dirivido ao Dire­tor Geral, tenh:::m efetu1do um to­tal de 20 % , ou mais, do valor da sua inscrição.

~ 1.0 Os contribuintes, candidatos no financiamento antecipado, na data da tiistribuição e para os efeitos da m p 3-111 a , serão class ificados ten do em vis­ta o número de pontes e a antigu.­riade dos seus requerimentos, ::land')­se preferência, porém, entre os igU2J­m~nte classificados aes que construI­r em por intermédio do Serviço de Ccnstruções da Caixa.

~ 2.0 A importância do financiamel> to ,:mtecipado sêrá amortizada no pm-7,') b::ísico de 15 anos c aos juros de (; (; aja, até a oon templação definit!­\:1., époc3. em que se dará. aut0má­tic~ mente e poreneontro de contas, 8, transformação do fin3.nciamento dl'l­

tcSÍC):ldo p"lo definitivo, nas cO:ldl­ÇéfS estab~L2cid as nos arts, 12. 13 e 14, sendo que os jures e 3mortiz~çij2!; ~e,·:],,~ti\'os ser ão pages. mer.salm2n­t~, po!' descontos em fôlha e m edian­+., cC""c J· 0'1·1~ 0 a-o ~ ~ . ... .j. . . ' -,J c.. ';' •

Art. 10. 82rá anulada a contem­Dh:r,;,o da inscrição que nüo fôr uti­]iz.!da den tro do prazo de neve me­<23, cG!~tados da data de sua c:istl'l­bi.'.;rLo, ,I m2nos qUe o ,'lUtuário. no r~!_;-::!n10 n1ês, inic:ie a respectiva alllOi'­t::::Jção cemo o:e dê12 tivesse se llti­~;3aclo e tt.;óo de acôruo com os ar·s. 12. 13 e 14 dêste Regulamento.

~ 1.0 No C:l~O de e~J.;1celamento cl~, cc;'tem YJL\rfio prevista n-este artigo, o :l~~1Ll'"l'i:J <ó c()r.cor~frá às eonte!"1."la­'-.'6:s sub3cqu~nt2s, a p:ntir da 3D ci:s­t:'i1)uicii.o ~,PÓ3 o c::ncehmento. CO'I­'~C:·;-2r.~0 ~om o núm2:-0 de pontos que ti':cr, l1e,osa épeca, CGm8 se ainGa ti­\'C"se sido cO!1t:m.p:ado.

, 'J ° Os a"~n'l"~'l"'G< D~l'a f'non ' .' u. ~ .. t.~ . . L L_~L V '-' • 'u. .... ~ ...... ",,-

c~.~ ·r.-:n~o d2verão S2r utili:?3.dos d.en­no do prazo de 6 meses, centac'o~ G:l ele! ~'1 de sua dist:-ibuição, devendo o :m:tu6 :'io b2!1eficiado de-clarar. ['lor cóÇ!·;to, c sob pé'l1a de c211celamE:l1tc" ? ~:~18. Rc r ,ita(,'5.o dentro do pr2zo de GO õ;~s, d" dat::! elo financiament.o ~ :1 [,8.1't~r do qual co:n2~ar§.0 a ser con­t~rc:i osiul'oS corresDor.<lent.es.

.1\ i't . 20. E' permitida a troca de ;)1,crições entre os contribuintes des­d" qUe ainda não estejam contempla-

,.. ., " '; o

- 36-

dos ou financiados, e mediante ;e­querimento dirigido ao Diretor Geral e. ,assinada pelas partes interessartas e' uma vez que tenham, no mínimo, qomo entrada, 10% dos seus emprés­timos. .

Parágrafo único. No caso de deSIS­tência do mutuário que tenha gozado d!:!. faculdade de transferência estabe­lecid:a no pres'ente artigo e para o cál­culo de abatimento a que se referem as alíneas "c" e "d" do art 57 to-, . , mar-se-á por base o valor atual da inscrição originá.ria do mutuário de­sistente. ,

Art. 2l. Além das distribuições es­tab~lecidas nos arts. 12 e , 18, a Caixa poderá proporcionar aos s'eus mutuá­rios e aos oficiais do Exército e fun­cionários do Ministério da Guerra, em geral, empréstimos rápidos, para da­tisfazerem neCessidades urgentes ~ que serão atendIdos, mediante simples re­cibos assinados pelos solicitantes e vi­sados pelo oficial que efetua o pa­gamento dos interessados, ficando a

.oficial pagador responsável pelo res­gate do recibo, após o primeiro pa­gamento. O prazo máximo do em­préstimo rápidO é de 30 dias, pod~n­do ser prorrogado por mais :lO dias com o respectivo juro.

§1.0 O empréstimo rápido será aos juros legais ao mês e no valor máx:­mo de 20%. do que deve receber o so­licitante no primeiro pagamento ,5(-­guinte.

~ 2.° Não se atenderão pedidos de empréstimos rápidos, originários de unidades ou repartições que não es­Unrem em dia com a Caixa.

~3 .0 Os empréstimos rápidos serão feitos com os recursos ' disponíveis da C aixa, a juízo do C. A.

§ 4.° Em qualquer caso, e indepen­dentemente de qualquer autorização, as entrad!3.s dos contribuintes, 'exis­tentes na Caixa, garantirão os em­préstimos e demais compromissos as­sumidos pelos referidos contribuin­'tes para com a Caixa, cabendo a esta o· direito de, SE m prejuízo ao c!is­posto na alíl~ea "d" do art, 57, re­ti'!'ar dalluelas entradas ou d'epósit.os, as importândas relativas aos emprés­'Umas ou compromissos não resgata­dos em t empo próprio,

§ 5.° Com a disponibilidade de seus recursos e a juízo do C. A., a Caixa poderá proporcionar aos seus mutuá­rios empréstimos suplementares e de

emergência, resgatáveis no prazo má­ximo de 4 anos; para os empréstimos suplementares, até 15 % do valor da respectiva inscrição e aplicar na me­lhoria da casa destanada ao mutuá­rio ou aquiSição de terreno, adotar­se-á os juros de 9% ao ano ,tabe'la Prlee; para os empréstimos de .:mer­gência, destinados a fins de carátE:r privado, adotar-se-á o juro máximo estabelecido na legislação em vigor, tabela Price, sendo os empréstimos de emergência extensivos ao pessoal do Ministério da Guerra em geral, devendc o pagamento dos juros e res­pectivas amortizações , serem feitas mediante consignação em fôlha .

§ 6." A Caixa concederá emprésti­mos para contagem de pontos, até 10 % do empréstimo de inscrição, ao juro de 6% a/ a, amortizáveis mensal­mente por consignação em fôlha e ,'10 prazo de 48 meses, e no caso em que o mutuário fôr contemplado antes de amortizar o empréstimo acima refe­riào, o débito restante, por oca.sião da contemplação, será descontado do e-mpréstimo de inscrição.

Art. 22. As consÍTtUlções, rEcons­truções, aqui,sições e liqu1.d,a,çães de hi'peotéc,a de casa, E'erã,o tJratad,as pelo interessado, com ass,hstência técnica e administrativa da Caixa.

§ 1.0 Essa a'1:si.~rtência téC'I1ica terá por fim princ.Íjpal evita.r negóciOS prej Uidiciais à Caixa e aos seus mu­tlllirios.

§ 2.° As aq,uis1ções dle pré.dio'S ou t:l'l'encs, bem como as, tlran.s.leren­cias de hidctoo3.s, pOlI' intermédi,o dia Ca~a ou $.Ob qua.'quer fo,rma de in­COfIliÜÜ3 ,ção c,e tais imóveis ao seu patrimônio não poderão E,e r efetua­das, sem prévi,a vis'tm'ia e a'VJaliação feitas por peritos dia Caixa, homo­logada pEI0 Dir,etor Ge-ra.l, cCIfI'1E'ndo as de'So'PelSas por canta 00 mutuário int,E'ressa.do e que Beirá cobrada na b:?se de 0;5 % do Vlalcr da a.valia­ção.

§ 3.° G\,'1lf:md'Ü ocorr-eor o caso M desj~Mncia de uma primsüa ava­EE.ção, as s'll'b.:;,eqüenbes serão pagas s2gurl,d'Ü ltma taxa de 50.$000 para as afV\a'nações de prédiclS ,e de 30$000 paJ1a as de te!!'Tenos.

§ 4,° Tcdos os qUJa,l1'ti'tativos cor­respondentes às distribuições de que t.ratam os art.s. 12 e 18 s,erão em­pore-gados, exclusivamente, no imóvel destinado ao mutuáo:io, inclusive as

- 37 -

dEspesc:s de t.rammi.:'são e outras cOrl"elat,as, pagamEntos êEse feitos ón:tam(nt-e p.e!'J. Cr..ixa, sal\'o os em­p,'óstimcs rápidos e os d·e cm~rg'ên­cia, cujes m0nt:mtes S~l':5.0 ent::(g'\.:·2S aos sc:i~itz.ntE3 intEr-2~~z.cics.

P.rt. 23. Quanco o qW1l1titatiTo, cC.::i.·{zçcl:dlDte 2.0 Y2.1cr àe J!1s.:!rjçã2. fôr il~'.L.r:ck!1te p~ra o fim a qU8 o destinar o mutuário, êste d€p02it8.r~. ;!rl>,,:r.ment('. na C2.i:::>., a aU2.ntla C~l}e falt::tl' pelIa pt:rfaz::r o r:nôntnr:tê oa t!·Jr.szcao. sem qu.:.;) d"l r~~'U}~2 n[l1h\m direito ao cOl!:::omm:o do i1'1:8ve1 2d'=lu~ri:io.

An. 24. A Direter:a da Clixa eswrn:rá T9.;b.elião e L'2Er,J:?chant.€ idôl1EC.s }:ura os ~,eus s~rviço3 .

P.l·t, ::3 . A Caixa não pe'::::rá 8,~­su,l::r C2!1l1pl'o:lli5'sO al,]um eh tôrno c·e qLl::~:).uer C:[juisiçf,o ou hipo~é:ca. sc!1?o C'2pO~ que o ccntribuinte in ­t2:'( ~3a c: o tClha sico co.n.t·2molado 011 flna~lc;aio. .

Pé ~~,'!rafo ún:co . Os irr:ó"üs C:: prc;prkd1aG'e da Cab:la e dcs'tinados aos ~,eu~ l11i:It;;!Írics, não poderão ser objÜC3 de hipcl{SlS a terceiros ou

, 1 t ' Cl!8 q.~l3..·::;,r..!2r OU· -1'0 cnus . Art. ::G. Os ce:1 t;'ibu:n t·:s, para,

!;S,,'2 ntia, no caso d.·ê fal[cirnento, da 2.morti2~ ção (o quant~a til"o corn6-lv,,';,n'l'a ',', O"a l'r:O~"'Ç·'lO f~l'a'o cbrj' 1._ ~ + J ....... !,..... '" ...... ,. • ..... ' ....... .1 ~ v.' , .-

gE]·:or:'âIT!er:t2, lllll Eeguro na Car-te::a de Gar8.11'La. criada pelo De­Cl'étO n.o C4, d,;: 15 de fcnr€iro de 1S36 , e ar:eXF.3 à Caixa, salvo a €xc­ção p:-c\i~ta 11 a alinü!l c do art, 8,",

~ 1.0 NClhum espréstlmo poderá Sêr utiE~~do, pmcial ou integral-111fnt'3, ~:m q);'2, ant2s, tcn11a sido s2HE'!eito o di~;co~lto no presente' ar ­t igo.

~ 2.0 Os ccnt!':buint~s que tiverem ont.°jo pela n'c~ali'c'o';e 'c.'o"ojcCiC.'2 .... ""... ... ...... ........., \,.. - 1.. .... 1..1_ ... _ "

1:20 p2rt.e [in:)! c'O art . 3.° das 1ns­tn:ç5:, da CartEira d,e Garantia, bai::2.::3S ccm o D2crfto n.o 654. de 15 dê fev{'!'eiro doe 1935, f:cRm o>b;'i ­g·~:t6QS a apres.e'notar, a.ntEs da assi ­nat;:i·3. da e,,'crirura doê p,cm2:::'õa de venda, ou liquidação de hipot2ca. dc que trata o a.;-~, 63 e no ato da utiliza ç:o dcs empréstimcs. as ccr­rnI;:Cn::eI'.1fS 2,r:ólice,s de ~{g·urcs em b::nc-Ikio oa C8.iX? .. Em caso de m(K­t-e. e €In Ccm}:.?~lhja jul:5a,~la idônen. pe' o CC:JS::!':10, d('ven:::o es r2s,xcti­\'OS ~l'ê,mictS Sf2rfID pa:~;{)~ peles· ccn ­tr:oc::ntes, ):0:' int2!'mé:iio da C.lixa, m C-'j'"jl'~ "C'l-io'~~C~o m-~-al .~' ... " l · ...... l'::>_O_l(Á .. ~"l.. ':',:l~, .

Art. :27. No C:;50 de faledment.o do n:utt.:::'rio ccrl'~€mplado e ~cb r-e -

g~n1.~ de Ex.ccção estabcl>Ecido 11.0 ~ 2. 0 cio artLgo antcricr, Có) g.e,US hueeiros a~sl.:anirão as r2spcnsz,b:li­C:",C:'2S do p2.,;;amcüo co roêsrt.ante d~ Sl:a divida, Ee houvc!!', pelo medo e pt8.Z0 e~t8.:!Je·lc'Ci\~!o no prê~{nte R::­::;c;:amcnto. fica11c:o o tmóv-e·l cemo ~rrrar~La C:125.ttC e(mi!JrCil11i.:::~.Q. I~c.s (!2m~;S ca:;es de fajc·~~'l:.2nto d'2 n::u­tuério, o 2.s~rJ.nto ~,cJ:á l'{g!u~:a,do dC c cê~":Q cc~n as Il;.:.~t,l'-uçê~c·s cl~3. CS1~ t:i,'l, b".ixr,.::l~s cem o D:cr{lO r.v­mEro 6:,1, ce 15 de fevN·eiro de l!JSG .

p~!:í'Z:3fo ú::co. ]';0 C2W çm fiLe e, ht:'dEi,,'cs 2·c;m3. rC'kriêcs If~J r~0~~~:n a::':::lt~~~r as r('tl~on.s8.,b:liê.2.j· , t;

Se qL:'~ trata o p"·':'.~;2!1t.e al't~·gG, a C:ÜXJ. a1v·g8rá o iil1éveJ dt.'.<.t~rL{lO 2,:> f1.:1'.tt.:é.rio f:;-Jecicc, t:.flo prez.:) n2-CC~c:'ll'lO à J.mortiza.ça'Ü d1e sua di-'/i-'~ (nLJ'o<"'lr'o o (In O<,o'u r·o c ....... ..:.., ._l \...:~;j ...... - J. "\,..'0 .:.",,~, ..... Q{: p~:.::a 1):·c.!)r:'(C~2.~1.~, r.. q,llC1n d:2 <:,j,­rEi t,:;.

.0.1': . :<'8. A i1E~"'ição do contrl-b';;:J.t~ da c.ab,a c'J2 ConEt,ru.ções de C~'''2,.s para o pESsoal 60 Min:stoél'io (\3. Grerra ~2rá faclil:1:::·tivament-i' traN';uiGICI à flua viuva ou, na faR;:! d~3t3, aos herdeiros c'O mu.tq;lário ~,;tn::o a o:'õon ée sUo:'E~ão e r€­j':l'e'õcnt2.dm par Cjuem rue c!::'citc, (~~~D(J f6r o caso.

Pr, -:'.,::;:'8.10 ú::ico. A tú'3.C1Ererêl'ci-a. rc'~nka !'e.'te artigo será f-eita mc-Q'ion.,~ I'CNu,c~'n1~nto dC'.V1'c'~mcntn .• ,-~ ...... lt... 'C.i ..... .1.. r::__ ..... lÁ .. \; ~

instn.lc:'O, c:iri:;iào pe!o in t.ere~.o;:;,S) :1.0 Diwtol' GEral ca C:lixa. der;i(:'O co pl'azo de 120 dias a.pós o fakci­nEnto do contrtbuinte,

Al't . 29. .Re9lizu':!a a tcr'amlt'uêncla de qt'e t.,~:,a o [:l'ti.;o ant21·ic.r, as-~ll'r';"a' o ~uro.f'!C"'·~r~ a rt',C",.....o11'ab~'·;dl":"..lI!\o '- ..... __ .r ... ,- .. ~ .... J. ... O~. _ .... _, ~~ ..... LU ...

Cl2 tc'::os e's cc,!T:.;rcmisscs ccnrtJa-Íccs ps!c sücc-:lic'o, não só para com a Ca,:m prór;'~!!'J2nte cemo faJnbérn para com a C[l!icira doe Garantlr\,

Art. 38 . O p~.gaInento d3.s m..:;n­s21:d:;,,~'2s (',?CC rrentrs d:.s reEiJ·on<:',3. ­b:11CÁ}'CI2'S ~'ofEr:'C(lS no 2~.rt:igo· aJlte­C~C:!ent2, s2rá f.fita n1ensaln'!1/?nte 11...1,.

G~rê:~{;l:l C:'a C!Jixa. i~nr~crt3.~,:!o a sca intêrrcr.ç5.::J, r~:lo pr'2zo maior de 4 n:z~·::s {'e?:-'~c.ütiYOs. no c.ancc-12.n!C11tO d3. ir::'~l'iç2.o tra'l1~II€·rié:l. c>b­ocrvaC:c.:; 03 (;'i>~)csHivos con."~(mt,:s CC3 H ..... ·g'Ulf~nlfntc~3 da Caixa e era C<l1't,2:ra de Garantia.

Art. 31 . A tran!;>~crência d'," inJS­c;'i~jo. a qlÜe se r~!-2re o art. 28 ~ó r.eeera ~:='r C'cncfdlr.a, S'2 o rc,l,!,tuáT10 f~ !cc:do, tiver si60 imcrito na 03.1' ­t,:i:-a de Garantia e,u haTO' opt:lu'O

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- 38-

. expl'€'ssamoo<be pela. facwdlade que Ln.e ooncede {) i·tem c eLo a,rt. 8.0 do R~U:",IIll&nto dta Oa.i:JQa .

Art. 32 . QUlllIlido os herdle!i.Too dJo m u.tuário fl3.lecido não q.uizerem go­s a.r d!3. fa.cu:1cla,de dle tramtferen:cia em~ibê~ódl3. no lZ.:I't. 218, a Oaj,lCa me­clia,nte cQ\IIllPlIlO'Vlação l,eg·aà, lhes de ­volverá, int€@!'IsUall'e-nte, o m<ltIltante dos che'pósitoo deixa'd'clS lPeilio r e·f el'ido m u\turu.."Í.IO .

Art. 33 . O nÚJlrue:ro de po:ntos Óla inscnçlw (ilo mU'tuálrio f.aJec1dIQ, quando t.ranSlflZritda parra su.a v'.iJU'va, ou fillh:crs, ~erá oon.ta.do pelto dObro 6,té a sua f1nal oO'IlJteilIllJ.)lia ção. .

CAPÍTULO V

órgãos de superintendência, direção e execução dos serviços da Caixa

~t. :U. Ra!!".a zelar pel'O bom !fun­cionamento dia Oaixa, sem qu.a1quer ônus pa.ra o T e.süulro NI~iC10na l , rerão previEto os s~gu1ntes órgãos:

a) OptnSlelllo SU'Pericrr idie EooI1O­mi~s c,a Gu..e.rra, p8!Ta SU!P'e-rinten­dlên.ciaJ geo:ru;

b) Oongellho Admi1üstraJti.vo dia Catxa, pa,ra d!i'reçáo e f1~ea.lJizações i m'€'d:iatta.s;

c) Gerência, pa,ra exeooção dJOO trall>a~lhoo che e:;cri ta e ~&iJãi() do pa­trimônio da Cai'XI9. ;

(l) Se.ção Téonie,a., palra. aUJXi1ia,r {) Di.r'8tor TéclIDco no estUldo e Ü's­ca NZ3~{) ' das (;Icms e ootrclS s.er'Viç05 00 r r·eUé:,too .

§ 1.0 A S"ulj)eüintmãência Geral s-erá e"1E!I'Cj,dla como enteIlld,er o alu­dido Ç1cms,e-]ho SUlp,eorio,r .

§ 2.0 A direção e fisca!li'.lJa.ÇtáJo ime­dia tas Medleoéllll às p:!1E'SIcrições cilês.te R eguLamento q,ue pr·eV'ê, também, a oonstituioo e funcio.namo€nto d.a, Ge'­rê nc!.a e· Se·~{) 'I1écn i.ca.

Art. Só. O Comel'ho Adrninistlra­tív'O, corus:titru::Ldo por ofkiais dlo Ex:éJ'­dto , da at.iva ou da !'I€'S erv,a, e de pom~\",ção do Mini&téri'O da Guer.ra, t,el'iá a &EI:;uin'te C'ompasi-çã.o :

. Prêsi<io€nte, o Dir ·etor Geor'al da GaJxa;

Rela.tor, o Dir€tm TécI1!i.co; Secretáaio, o Dinttoo" T e&oureiro.

.§ l,O AQ Consdho competJe:

. a) r€.901v.e.r as queSltóes conoe!l"-nentEIS ao funci,on.amento goeral d'a Cai:x.a, dIe aOOrtcio oom aiS preoori·çóes

dI() presente reg:ui<amento e as do nú­mer'O 3 pa;ra Adlminis'tração d.e Cor­pos c1e Tropa e Estabelec imentoo rni iitares, no que fõr C'offiU)atív,el OQllIl as fin anda d.es da Caixa.

§ 2.° Ao Ptreside!!lte do OOill~\eliho AdminiE~[ativo e Diretor Geral da. C aixi9., cc JI1jp ete :

a) aodminiSltrrar a Caioca s.egundo as dEcisões do Oonse:lího e com os podórEs ex:presls'Q.S n este RegUilaml€'nto e outros que imipliótamente do mes­mo decorrer'êllll , re·pa'es€nt.ando-a em to:i,os 03 ates que d:ig.am r,es peito à a.quisiçáo, liq,ui'd1ação e hi·poteca de imóveis, aSlS,inand'O as respectvas es­crituras com os demais in te<re€Ga­dos.

b) C'CJIllvoO'c·ar o Con-selho Admirlli;­t,ralti vo e presitdilr &U:aS selSsões;

c) p.re~'tar contas eLos negócios da CaÍ-x,a ao Conselfrlo SUiP>€'ric,r dle Eco-1l0lllli'as da Guerm;

d) nomear e demitir OIS empr.ega­dos d18. Cai~a., de acôrdo com as dis­posições do Galprtulo X;

e ) auto!rl2lar os palgamentcs e as rdirada,s de diIllheiro deIS Bancos;

f) a,pre&2nta.r re1awri,o an,uaJ dos trall>aJhos dia Oaixa ao Oonsre·lho Su­p.erior de ElCoOnc'rnias da Gu-erra;

g) adü1,ar as medi<i!as que se tor­narem preci",as a.o desenvolvimento e r€lg.u~a.ridad.ç doIS servi·çolS dia Cai­Xla;

h) - fiscalizar, qu:mdo en:ender, qualquer registro, iivro ou documen­to avulso da escrita da OaL"a, sem prejuízo dos poderes especiais con­feridos ao relator .

§ 3. o Ao Rela tor do Cons'clho e Diretor Técnico da Caixa, cabe o seguinte:

a) - representar a Caixa em tõdas os atos que digam respeito a cons­truções, reconstruções, assinando es r espectivos con:mtos com as outras partes interessadas;

b) - fiscalizar a escrituraçs.o da Caixa e rubricar os respectivos li­vros;

c ) - aut:mticar com o seu "Vis­to" ou "Confere" os documentos da receita e despesa;

d) - substituir o Diretor Geral n os seus impedimentos;

e) - dirigir a Seção Técnica da Caixa;

j) - emEil' os pareceres técnicos necessanos ao esclarecimento do Conselho Administrativo;

g) - aprovar os projetos de cons­trução apresentados à Caixa pelos mutuários;

h) - manter, por intermédio da Seção Técnica, o contrôle geral do andamento de cada obra.

§ 4. o Incumbe ao Diretor Tesou­reiro e Secretário:

a) - efetuar os recebimen~os e pagamentos externos;

b) - assinar os cheques de reti­radas de dinheiro:

c) - fazer os depósitos de dinhei­ro nos Bancos;

dl zelar pela boa gestão e e~cl'ita dos fundos;

e) - redigir e fazer expedir a cO:Tespondência da Caixa, salvo a rela ti va aos processos de ccnstruções que será feita, di:'etamente. pela Se­ção Técnica. em nome da Caixa:

j) - elaborar o relatório anual de acôrdo com a oricn:ação do Pre­sidente do Conselho ;

g) - assinar, com blanços financeiros da Caixa.

o gerente, os e patrimonial

h) mandar lavrar .em livro próprio. as a tas das reuniões e de­liberações do Conselho Administra­tivo.

CAPÍTULO VI

Gerência

Art. 36. A Gerência é o órgão destinado a processar todo movimen­to de fundos da Crrixa, orgal1lzan­do a sua esc;·ituraçCto e contablli­dade.

Art. 37. A Gerência e ding'ida pelo Gêl'en':e e t2rá l)a:'a execução dcs trabalhas CJue lhe silo afetos, o s~guinte quadro de funcionários:

DOlS escriturários; Deis dactilógrafos; Dois serventes. § 1. o São atribuições do Geren­

te: a) executar, com os outros em­

pregados, os trabalhos de escrita e gestão do pa'rimônio da Caixa:

b) apresentar, ao Conselho Admi­nistrativo. até o décimo dia útil de

39 -

cada mês, o balanço financeiro e patrimonial da Caixa, atinentes ao movimento do mês anterior de acór­do com os modelos adotades;

c) efetuar os recebime:l:os e pa­gamentos internos, como auxiliar do Diretor T~soureiro;

d) delegar as atribuições da all­nE'a anterior a qualquer funcionaria, que lhe prestará contas no fim do dia;

e) escriturar, pessoalmente, os livros Diário e Razão;

j) - ter, sob suas ordens diretas, os outros empregados da Gerência e fazê-los execu:ar, metódicamente , os trabalhes que lhes forem dlstn­buidos;

g) - propor as medidas que jul­gar convenientes à regularização das operações de contabilidade;

h) - responder pelo expediente; da Caixa, na ausência dos Direto­res;

i) - apr232l1t1r, diàriamente, ao Conselho, por intermé6.io do Diretor­Tosew·eiro. o boletim da situação da Caixa.

S 2. o Compete aos demais funcio­nários:

a) comparecer ao serviço pontual­men~e;

b I ter em bea ol'd~m os traba­lhos que lhE's forem distribuídos;

c) cumprir as ordens dos seus su­periores imediatos.

~ 3.0 E' dever precípuo dcs em­pregados dispensar a máxima corte­zi:1 as pessoas com que tratarem no recinto da Caixa.

C.~píTULO ,'Ir

Secão Técnica - Organi.?:ação. fun-. cio1lamento e atribuicões

Art. 38. A Seção Técnica e o órgão de estudo dos projetos e da fiscalização das obras em andamen­to e financiadas pela Caixa , bem co­mo as dos imóveis de propriedade da Caixa, a ':é a sua intzgral amor­tização.

§ 1. o O estudo dos projetos aci­ma referidos ccmpreenderá não só as plantas própriamente ditas, como

..

- 40-

também as suas especificações e respectivos orçamentos, não podendo ser aprovados os projetos em que não haja uma perfeita correlação entre os elementos que os consti:uem, de modo a garantir a sua exeqüibili­dade.

§ 2. o Nenhuma construção rá ser executada sem a prévia vação do respectivo projeto, parte do Diretor Técnico.

pode­apro­

por

Art. 39 . A Seção Técnica terá um "Serviço de Construções", de modo a atender, com eficiência e economia, as finalidades da Cai­xa.

Art. 40. A Seção Técnica é di­rigida pelo Dire,;or Técnico direta­mente auxiliado pelo Assistente Téc­nico, fiscais e demais auxiliares, quando necessários, a juízo do Con­selho.

Parágrafo único. O Assistente Técnico será engenheiro militar de­signado pelo Ministro da Guerra, por proposta do Diretor Geral da Cai­xa.

Art. 41. Para boa execução dos serviços a seu cargo, a Seção Téc­nica exigirá:

a) projeto completo e datalhado do prédio, organizado por arquitew idôneo, registrado na Caixa, com­preendido além das plantas, cortes e elevações exigidos pela Prefeitura, todos os detalhes necessários, na escala de 1-20, como sejam escadas, esquadrias, serralheria, lambris, mol­duras, saliências, motivos arquitetô­nicos, etc., com as respectivas di­mensões e indicação do material a empregar em cada caso;

b) planta rigorosa do terreno, com as indicações planimétricas e alti­métricas necessárias ao estudo do movimento de terra e das fundaçôes. de forma a permitir o orçamento ri­goroso dêsses trabalhos:

c) seis cópias do projeto e respec­tivos detalhes, além dos originais em tela e papel vege~al (para os deta­lhes) .

Art. 42. As construções serão executadas por construtores regis­trados na Caixa ou p'elo "Serviço de Construções" à escolha do mu­tuário interessado.

acôrdo com o modêlo adotado, entre a Caixa e o construtor escolhido pe­lo mutuário, e onde deverá figurar, taxativamente, o orçamento real da obra a executar.

§ 2. o AS construções execu~adas pelo "Serviço de Construções" serã!) feitas mediante a just'e entre a Cai­xa e o mutuário interessado.

Art. 43. Os construtores suJel­tar-se-ão ao desconto de 3% s:;ore' o valor do contra cO de construção, para pagamento do projeto, fiscaliza­ção e outras despesas dt: expedien-· te.

Parágrafo único. O projeto será . PiJ,go, depois de aprovado pela Pre­

feitu:-a Municipal, de acôrdo I)om as normas da Caixa e, no máximo, à razão de 1 % sôbre o valor do res­pectivo contrato de construção.

Art. 44. A Seção Técni.ca exer­cerá fiscalização permanentf. duran-te a cons~rução, obrigando-se o-construtor a manter na obra um livro de ordens, onde diàriamente o fiscal fará as anotacões necessárias, e a fornecer os eleméntos para escri·· turação das fichas de contrôle da Caixa.

Parágrafo . umco. Os modelos do livro de ordens e da ficha de contrô­le figurarão no Caderno de Encar­gos da Caixa.

Art. 45. Só poderão projetar e construir para a Caixa os arquite­tos e construtores nela regist:·ados.

§ 1. o I:sse registro será feito na Caixa, mediante o pagamento único­de 100$000, para os arquitetos, e de 500$000 para os construtores e me­diante requerimento dirigido ao Diretor Técnico e apresentação do documento de registro da Jun~a Co­inercial, de idoneidade financeira, e técnica, e carteira profissional de que trata o Decreto n.o 23.569, de 11-12-33, sendo que os quantitativos estabelecidos no presente parágrafo serão incorporados ao patrimÔnio da Caixa.

§ 2. o O profissional que deixar de cumprir, sem causa justificável as obrigações assumidas nara com a Caixa, ou seus mutruários ou usar de' dolo ou má fé, terá o seu regis­tro cassado.

§ 1. o Tôdas as construções serão Art. 46. A Seção Técnica orga-executadas mediante contra:o de nizará o Caderno de Encargos da

f) - emEir os pareceres técnicos necessários ao esclarecimento do Conselho Adminis cra ti vo;

g) - aprovar os projetos de cons­trução apresentados à Caixa pelos mutuários;

h) - manter, per intermédio da Seção Técnica, o contrôle geral do andamento de cada obra.

§ 4. o Incumbe ao Diretor Tesou­reiro e Secretário:

a) - efetuar os recebimen~os e pagamen tos externos;

b) - assll1ar os cheques de reti­radas de dinheiro;

c) - fazer os depósitos de dinhei­ro nos Bancos;

dI - zelar pela boa gestão e e~crita dos fundos;

e) - redigir e fazer expedir a cO:Tespondência da Caixa, salvo a reIs ti va aos processos de construções Que será feita, di:-etamente. pela Se­ção Técnica. em nome da Caixa;

j) - elaborar o relatório anual de acôrdo com a oriewação do Pre­siden te do Conselh o;

g) - assinar, com b:üanços financeiros da Caixa.

o gerente, os e patrimonial

h) mandar lavrar .em livro próprio, as a tas das reuniõ"s e de­liberações do Conselho Administra­tivo.

C'\PÍ'!"ULO VI

Gerência

Art. 36. A Gerência é o óre:ão destinado a proce~sar tedo movimen­to de fundos da Caixa. orgal1lzan­do a sua esc,ituraç:lo e cOl1tablli­dade.

Art. 37. A Gerência e dingida pelo Geren:e e terá pa:'a execução d.cs trabalh:Js que lhe 55.0 afetos o s~guinte qUJ.dro de funcionários:

Dois eseri turários; Dois dactilógrafos; Deis senentes. § 1. o São atribuições do G()ren­

te: a) eXEcut8.r, com os outros em­

pregados, os trabalhos de escrita e gestão do pa 'rimônio da Caixa:

b) apresentar, ao Conselho Admi­nistrativo. até o décimo dia útil de

39 -

cada mê5, o balanço financeiro e patrimonial da Caixa, atinentes ao movimento do mês anterior de acôr­do com os modelos adotados;

c) efetuar 05 recebimea:os e pa­gamentos internos, como auxiliar do Diretor Tesoureiro;

d) delegar as atribuições da al1-nea anterior a qualquer funcionaria, que lhe prestara contas no fim do dia;

e) escriturar, pessoalmente, os livros Diário e Razão;

f) - ter, sob suas ordens diretas, os outros empregados da Gerência e fazê-los execu:ar, metódicament-e. os trabalhos que lhes forem dlstn­buidos;

g) - propor as medidas que jul­gar convenientes à regularização das operações de ccntabilidade;

h) - responder pelo expediente ' da Caixa. na ausência dos Direto­res;

iJ - apr~32nt:tr. diàriamente, ao Conselho, por intermé:iio do Diretor­TescU!"eiro. o boletim da situação da Caixa.

~ 2. o Compet~ aos demais funcio­nários:

a) comparecer ao ser\'iço pontual­men:e;

b) ter em bea Ol"d2m os traba­lhos que lhES forem distribuídos;

cJ cumprir as ordens dos seus su­periores imediatos.

~ 3. o E' dever precípuo dos em­pregados dispensar a máxima corte­zh as pessoas com que tratarem no recinto da Caixa.

G.\PÍTULO \'II

Secão Técnica - Organi,;ação, fun-- cionamento e atribuicões

Art. 38. A Seção Técnica e o órgão de estudo dos projetos e da fiscalização da3 obras em andamen­to e financiadas pela Caixa, bem co­mo as dos imóveis de propriedade da Caixa, a:é a sua integral amor­tização.

§ 1. o O estudo dos projetos aoi­ma referidos compreenderá não so as plantas própria mente ditas, como

..

- 40-

também as suas especificações e respectivos orçamentos, não podendo ser aprovados os projetos em que não haja uma perfeita correlação entre os elementos que os consti:uem, de modo a garantir a sua exeqüibili­dade.

§ 2. 0 Nenhuma construção rá ser executada sem a prévia vação do respectivo projeto, parte do Diretor Técnico.

pode­apro­

por

Art. 39. A Seção Técnica terá um "Serviço de Construções", de modo a atender, com eficiência e economia, as finalidades da Cai­xa.

Art. 40. A Seção Técnica é di­rigida pelo Dire;or Técnico direta­mente auxiliado pelo Assistente Téc­nico, fiscais e demais auxiliares, quando necessários, a juizo do Con­selho.

Parágrafo único. O Assistente Técnico será engenheiro militar de­signado pelo Ministro da Guerra, por proposta do Diretor Geral da Cai­xa.

Art. 41. Para boa execução dos serviços a seu cargo, a Seção Téc­nica exigirá:

a) projeto completo e datalhado do prédio, organizado por arquitelO idôneo, registrado na Caixa, com­preendido além das plantas, cortes e elevações exigidos pela Prefeitura, todos os detalhes necessários, na escala de 1-20, como sejam escadas, esquadrias, serralheria, lambris, mol­duras, saliências, motivos arquitetô­nicos, etc., com as respectivas di­mensões e indicação do material a empregar em cada caso;

b) planta rigorosa do terreno, com as indicações planimétricas e alti­métricas necessárias ao estudo do movimento de terra e das fundações. de forma a permitir o orçamento ri­goroso dêsses trabalhos:

c) seis cópias do projeto e respec­tivos detalhes, além dos originais em tela e papel vege~al (para os deta­lhes) .

Art. 42. As construções serão executadas por construtores regis­trados na Caixa ou pelo "Serviço de Construções" à escolha do mu­tuário interessado.

§ 1. o Tôdas as construções serão 'executadas mediante contra:o de

acôrdo com o modêlo adotado, entre a Caixa e o construtor escolhido pe­lo mutuário, e onde deverá figurar, taxativamente, o orçamento real da obra a executar .

§ 2. o AS construções execu~adas pelo "Serviço de Construções" serão. feitas mediante ajust'e entre a Cai­xa e o mutuário interessado.

Art. 43. Os construtores su,Jel­tar-se-ão ao desconto de 3% s0"ore' o valor do contraéo de construção, para pagamento do projeto, fiscaliza­ção e outras despesas d~ expedien-, te.

Parágrafo único. O projeto será , Pl1go, depois de aprovado pela Pre­

feitu:a Municipal, de acônio t::om as normas da Caixa e, no máximo, à razão de 1 % sôbre o valor do res­pectivo contrato de construção.

Art. 44. A Seção Técnica exer­cerá fiscalização permanentp. duran-te a cons~rução, obrigando-se o construtor a manter na obra um livro de ordens, onde diàriamente o fiscal fará as anotacões necessárias, e a fornecer os eleméntos para escri·· turação das fichas de contrôle da Caixa.

Parágrafo 'único. Os modelos do livro de ordens e da ficha de contrô­le figurarão no Caderno de Encar­gos da Caixa.

Art. 45. Só poderão projetar e construir para a Caixa os arquite­tos e construtores nela regist:·ados.

§ 1. o ~sse registro será feito na Caixa, mediante o pagamento único­de 100$000, para os arquitetos, e de 500$000 para os construtores e me­diante requerimento dirigido ao Diretor Técnico e apresentação do documento de registro da Jun':a Co­inercial, de idoneidade financeira, e técnica, e carteira profissional de que trata o Decreto n.o 23.569, de' 11-12-33, sendo que os quantitatiVOS estabelecidos no presente parágrafo serão incorporados ao patrimônio da Caixa.

§ 2. o O profissional que deixar de cumprir, sem causa justificável as obrigações assumidas nara com a Caixa, ou seus mutruários ou usar de' dolo ou má fé, terá o seu regis­tro cassado.

Art. 46. A Seção Técnica orga­nizará o Caderno de Encargos da

- 41

Caixa que fará sempre parte inte­grante des contratos de construção.

Art. 47. A Seção Té:mi::a dis­pari de Ul111 condução p1r:l os ser­viço de fiscrJização, a\'3.li8.ç[~O e P2-ricia.

Art. 48. A Seção Técnica, alem do pessoa l técnica cOllSt~lllte do artigo 40, terá um motOl'ista.

S 1.0 - São atribuições :lo Ass!s­tente Té~nico:

a) ministr::.r às D2.rtes .nter"S3,ldas rodas as in~ormaçõês de orde'1l técnJ­cas neces~ánas à organização dos pro­jetos, inclusive as ex;gências espêcims da Caixa;

b) estudar cs projetos aprCS,'!lLte)OS à Caixa pelos contribuint~s para ilO!"l ­

vação do Diretor Técnico· • c) propor as modificações que ,e tornem necessárias nos C[!d~rn;5 ele Encargos e Esp€cificações;

d) preparar todo o expediem~ Ci(,~­tina do a assinatu:a do Dir:,tor T, c­nico;

e) manter em dia o arquivo i fi­chário da Seção T écnica, ie lcô,·do com as resoluçõ2s do Come·.ho:

f) exercer a fiEcalização ;:;ê':·,d c:,.s ubn:s, de "côrdo com as Jossibi:.d:t­des do serviço;

g) dedicar-se durante o 2xy',:llcnte da Seção Técnica, exclusiva 'Dente [' o serviço da Caixa;

h) admInistrar os trabalhos :.têetos ao "S'cfviço de Construções".

~ 2.° - São atribuições de Fis~als: a) fiscalizar diàriamente ';ô 1'1' as

obras a seu cargo, com ,Jreposto co Diretor Técn:co, escriturando as fichas de contrôle e o livro de ordc:ls;

bl temar, junto aos constr!lto"·.:s ou encarregados d:1s obras, as ! '· ,l'lwêl1-cias que se fizerem necessa"·\as ;Ji'U"a corrigir irregula:·idades na constru­ção, ou modificar qualquer s""rv:<,.o em desacôrdo com as espeeificaçó2s con­firmadas sempre por mem,J_·a'nél1\m assinado pelo Diretor Técm~o:

c) comparecer diàriamenúe à Seção Técnica. após a visita feita às ob':as, entl·egando pessoalmente a flcna oe contrôle correspondente e comuni­cando as alterações porventura ocor­rid2.s;

d) dar cumpriment{) às r.'S'hurÕes do Conselhc e da SeçG.() Técl1l':a

S 3D - Aos demais iuncl'Jl1 tnos compétem as obrigações ~spP~lfi('a -

das nos ~§ 2.° e 3.° do art. 37

CAPÍTULO VIII

rinan,as e Contab:lidaies c sua Distribuição

A;-t. 49, O exercicio e ano firunc?;-1'0 COi:lcidirão com o ano civil.

Art. 50, No b2lanço fiIlar,('C}r,} rl­g~.ll.·2.l'ão 3.S rt:·:;:;itas al'reca.1acló3 e as c~esp"sas p:\gas, bem como o s:lldo res,Jecti vo; no balanço ,Ja V,!rlC;ll'll ,,~:':i mencionado o valor de t'ÜnJ o ativo e passivo ela Caixa, 'le :110clo a ficar bem conhecido o saldo cu de­fiei/; no fim de cada mês e :lnO

A:·t.. 51. A contabilidade Ol.i~Q:C~i','t 2.0 sistema de escrituração ;:lO: pélrti­elas dobradas, com as adap~àçõ:;:' ~(;­cul.iares ao "egime especial elr. C:LX'l, confo:-me os mod§los adotados, d'2v~n-60 os lançamentos ser2m Iel~l)s 1.'0)" C­tulc~, ou \"erbas, determ'.nar.'os ;Jof!O CO!lS'21ho ,

Parágrafo único. Para aC<Jmp:mh:i:-o I11cvim(!nto de suas contas, c~ 00. COlJ­trib .. linte reccbaá uma c8c:erneta dis­tribuida p,ela Caixél., de o.';ÔfC(O Cvl11 o moc!êlo adotado.

A rt, 52, Os lucros da Caixa sç~ii.o c ssim distribui dos :

a) - 5'70 para bonificação ao p s­soai da Caixa, sendo 3% oara os di­retores e o restante distribuido ,-. cri­lério do Conselho Adminis~rativ):

bl - 5(~ ;:lara o fundo de ,1811são e ass:Et0ncia aos empregados da C>i­xa;

cl - 20(;. p9.ra fundo de Indusnhr­lização da Seda Técnica a Cl"!Ltrio do Conselho A'dministrativ0;

li) - 70 '70 para o fundo de r:;:'Pl' ..

va . Pp.::ágrafo único, É facul>-:,wJ c {'n: ­

prêgo do fundo üe reserva na unt2cl­p::;ção de financiamentos, fegúndo condicões estabelecidas pelo Gom;;)ho Admini~ ~!·3. tivo da Caixa,

Art. 53. As consignações de.stin&­das à Caixa, feitas pelos ~eu" I:!\l­tuários e ar:r;:cadadas pelo 30'·1,':00 de Fundos d3. 1.a R~gião Milit,ar, rl2':~­r1\o ser entregu,,"s até o décimo ciia útil de cada mês.

Pal'á~rafo único. Nas :lem4is F..{'­giões Militares, as cons:gnações desti­nadas à Caixa, feitas pelos s, lIS m-~­tuários e arre~adad2.s Delas :-esDccti­VOS S,erviços R,egionais de P'lndns, d,;-

.... lO )(

'i; ()

-42-

verão ser remetidas, diretamente, à referida Caixa.

CAPITULO IX

Direitos e Obrigações da C'lt.ca -Direitos e Obrigações dos M1lt,uános

Art. 54. Os direitos da Calxa sã-o os séguintes:

a) - exigir dos contribuintes a !lei oboervância deste Regulam~nto;

b) - assumir a adminis;:raçào dos bens imóveis adquiridos com :iUa as­sistência. e de sua proprierbde, J:OS cases de heranças vagas t noutros previstos neste Regulamento e nos seus contratos;

c) - exeroer assistência tecnic!-l e administrativa sôbre os negóc!'JS pre­postos pelos contribuintes;

d) - fixa;r remuneração e cborá-la, quando prestar serviços ext;a(;~diná­rios e especiais aos contribuint~s '

e) - cobrar judicia1mente os de­bitos que não forem saldaJos pelos meios amigáveis e administrativC's, mediante ação sumária;

1) - assumir, imediatamente, a ac:­ministração do imóvel de sua proprie­ó.ade, até liquidaçã.o final da dívida, de acôrdo com o artigo 805 do Có­digo Civil, quando. por qua1:Jucr mc­tivo, o mutuário, ou seus herdeiros, não puderem mais atender pontual­mente ao pagamento ias amortiza­çÕ<!s devidas.

tisfazendo não só o pagament.) das mensalidades correspondentes aos S( us compromissos, bem como as demajs condições estabClecidas neste Regula­mento;

c) - desistir da sua inscriçáo, quan­do lhe convier , levantando fi. impl'l'­tância que tiver entrado pJ.ra es~e fim, na primeira época de dist:lbUlçao que se seguir à desistência, suj~lt:mdo­se ao abatimento de 5%;

d) retirar, parcialmente, as suas entradas, dêsde que se sujeite ao des­conto de 5% sôbre a importância re­tirada, cancelando-se, em qualquer caso. os respectivos pontos e o total de tais retiradas, em cada trimestre, não poderá exceder a 10% do mon­tante da importância da distribuição;

e) modificar a sua inscnçao, de acôrdo com os §§ 1.0, 2.° e 3.° do ar­tigo 11;

f) verificar a contagem dos seus pontos e a dos contribuintes já con­templados;

g) requerer, ao Diretor Geral, gôzo das vantagens estabelecidas no pre­sente Regulamento, quando faculta­tivas, de acôrdo com as nonnas esta­belecidas pela Caixa.

Parágrafo único - A soma das res­tituições a fazer de acôrdo com o item c, do presente artigo, não pode­rá eced-er, em cada distribuição, a mais de 20% do fundo a distribuir, atendendo-se às desistências pela or­dem em que forem apresentadas,

Art. 55. Sã·o obrigações da Cé.i- Art. 57 - São deveres dos contri-xa: buintes:

aJ - pôr à disposição dos contr-,­buintes os quantitativos \.!orrespon­denws ao valor das inscrlço~S que lhe couberam nas épocas de distriblliçàú, se.gundo os dispositivos deste Reguia­menta ;

b) - suspender as (.on~lgmç l€S logo após a liquidação .los ':.:Jmpro­missas por elas garantidos;

C) - zelar pelos interêsses dos mu­tuários, evitando-lhes negócios prej u­diciais.

Art. 56. São direitos d·os contrib~­intes:

a) - participar dos Serviços da Caixa depois de paga a con~nbl1jçilo inicial de Cr$ 100,00, a título d.- jcia;

bJ - habilitar-se ao quantltlc:VO das inorições qua pretenderem, S!'J.-

a) concorrer com as suas cotas e mensalidades antes e depois de en­tregues as chaves d-a casa que lhe é destinada e de acôrdo com o disposto neste Regulamento;

b) autorizar, por meio de consigna­ção, os descontos em fôlha de paga­mento das importâncias correspon­dentes aos seus compromissos para com a Caixa e de acôrdo com o es­tabelecido no presente Regulamento;

c) observar estritamente o presen­te Regulamento;

d) sujeitar-se a assistência técni­ca e administrativa da Caixa;

e) obrigar-se a receber a casa que lhe é destinaoo e cuja construção contratar.

,

- 43-

Art. 58 - Será eliminado da Caixa, por deliberação e ato do Conselho, o contribuinte:

a) que, fôr excluído do Exército, mantidas as garantias aos seus her­deiros, de acôrdo com a legislação em vigor;

b) que, por qualquer meio, lesar ou procurar lesar a Caixa;

cJ que, por qualquer meio. lesar ou sua demissão da Caixa.

Art. 59 - Os contribuíntes que ti­verem sido excluidcs em virtu~ do item c do artigo anterior, pod.erão ser readm:tidos nas condições de novos contribuintes.

CAPÍTULO X

Pessoal da Caixa - Vencimentos e vantagens especiais:

Art. 60 - Os empregados da Cai­xa sfl'ii.o nomeados pelo D:retor Ge­ral da Caix ~\ e Presidente do Conse­lho Ac.ministrativo e serão equipa­lados para os efeitos de assistência soc:iJ.l aos bancários.

~ 1.0 - Os fUl1cionár:os nomeados exercerão os seus cargos, a título pre­cário, nos três primeiros meses de sua nomf':\ção, que ficará sem efeito dês­é.e que os serventuários não se adp­tcm à mas funções.

~ 2.° - Os funcionários serão con­sen'ados nos seus cargos, enquanto be:n serv:rem, segundo as necessida­des da Caixa e observando-se as leis em vigor.

Art. 61 - O quadro dos funciona­rios cio. Caixa será do seguinte pesso­al:

um gerente; dois escriturá:'ios; (,o:s dactilógrafos; dois serven tes;

- um motorista. § 1.0 - Os funcionarios terão os

vencimentos mensais, constantes da seguinte t:.l bela, correndo as despesas por conta das "Despesas Gerais".

Gerente ............. ", Escriturários . . , ........ . Dactilógrafos . . ......... . Motorista ............ . Serventes .. . ........ .

1.000$000 600S00a 5008000 4008000 3ÚO~00

~ 2.° - Os funcionários C.a Caixa, a que se refere o presente artigo, de

5 em 5 anos de serviço efetivo e a juízo do Conselho Administrativo, te­rão uma bonificação de 10 '70 sôbre o vencimento inicial do cargo que ocuparem, até o máimo de 40 %.

Art. 62 - Os Diretores perceberão mensalmente, a título de representa­ção, a quantia de 60$000 correndo as despesas por conta das "Despesas Gerais". indepen:!.-ente das bonifica­ções que lhe couberem.

O assistente técnico terá uma gra­tificação mens::tl de 500$000, corren­do as despesas por conta das "Despe­sas Ger::tis".

~ 1.0 - O pessoal da Caixa terá di­re;to às vantagens a que alude a alí­nea a do artigo 52;

~ 2. ° - Todo o pessoal do quadro ca Caixa fará jús às féri::ts anuais, de acôrdo com as disposições em vigor no M:nistério da Guerra.

Art. 63 - A Caixa terá para o fun­ciommento da Seção Técnica o nú­mero suficiente C:,2 fiscais remunera­G03 CGlll os recursos provenientes dos é.escol1los de que trata o artigo 43.

CAPiTULO XI

Disposições Gerais

Art. 64 - A casa adquirida com os recursos concedi:1os pela Caixa, àe­po:s ae paga, constituirá bem de fa­mília Ull'ts. 'iO e 73 do Código Civil).

Art. 6;) - O imóvel adquirido, ou construídJ, integral ou parcialmente, com os r ecursos concediaos pela Cai­xa, SErá enlrct1'ue ao mutuário a que !ie c' .. est'na, med.iante uma escritura (;e pron:essa de venda feita ao refe­rido mutuário, que só terá a plena propriedade do imóvel, mediant2 uma C~Cl'it lira definitiva de ven::.a, qEnndo houver amortizado todo o seu débito jXtl'a com a Caixa .

~ 1.0 _ Enquanto o s::tldo devedor do mutuário não fôr integralmente amortizado, o imóvel que lhe está (lt.:st:naco será de plen::t propriedade r'a Caixa e a sua s:tuação será regu­l"d:l pelas cláusulas da r especti"a es­critura C·2 promSSS:l de venda.

~ 2.° - Quando se tratar de liqui­c!?ção de hipotéca, ou reconstrução o imóvd ~ic:ll'á hiootecado à Caixa até a liquidfl<:ão do -débito. sendo conver­tido, também, e bem de família, quando da liquic.ação do mesmo dé­bito.

... lO .. ... u - 44-

Art. 66 - O imóvel adquirido pela Caixa destina-se precipuamente à residência da família do mutuário e quando esta, por motivo de fôrça maior, comprovado perante o Diretor Geral da Caixa, não puder ocupá-lo, só a Caixa poderá alugá-lo e, nêste caso, do aluguel assim obtido mensal­mente, 3% caberão à Caixa, a título de remuneração pelo serviço de ad­ministração.

Parágrafo uruco - Enquanto o saldo devedor C<l mutuário não estiver inteiramente amortizado, o mutuá­rio é obrigado a conservar o imóvel, que lhe está destinado, em perfeito estado de conservação , executando. à sua custa, os reparos ou consertos de que o aludido imóvel ~arecer e no caso de não serem executados os re­feridos consertos, a Caixa os executa­rá por conta Coa mutuário responsá­vel.

Art. 67 - E' vedada a inscrição na Caixa, de candidatos que no ato da inscrição sejam proprietários de imó­veis, excetuando-se o caso em que se trate de uma só propriedade e que o valor da inscrição se destine à recons­trução do referido imóvel, ou ao le­vantamento da respectiva hipotéca, se fôr o caso, o que deverá ser confir­mado por d.eclaração escrita do pre­tendente no ato de sua inscrição e, em ambas as hipóteses, o imóvel fi­cará hipotecado' à Caixa.

Parágrafo único - Em qualquer tempo em que fôr verificada a fraude das condiçôes estabelecidas no pre­sente artigo, a inscrição do mutuá­rio faltoso será automàticamente cancelada, de acôrdo com a alínea b do artigo 58.

Art. 68 - Em qualquer caso a ren­da do imóvel desl-inado ao mutuário, quanà-o alugado. garan~irá as dívi­das contrai das pelo referido mutuário na Caixa e esta poderá independen­temente de qualquer autorização, de­duzir da aludida renda, a importân­cia das dividas acima mencionadas.

Art. 69 - Cada contribuinte não poé'·erá ter mais de uma casa adquiri­da com recursos fornecidos pela Cai­xa.

§ 1.0 - A casa financiada pela Cai­xa, mediante prévia vistoria poderá garantir novo empréstimo para sua remodelação ou aplicação, depois de saldado o primeiro empréstimo.

§ 2. o - E mcaso algum a Caixa ad­quirirá imóvel de propriedade de seus mutuários.

Art. 70 - A Caixa de Construções de Casas do Ministério da Guerra gozará em qualquer ponto do terri­tório Nacional, de tôdas as vantagens, regalias, direitos ·e privilégios atribuí­dos à Fazenda Nacional ex-vi do ar­tigo 1.0 do Decreto-lei n.o 440, de 25 de maio de 1938.

Art. 71. E' permitida, a jUizo do C. A. da Caixa e mediante req'Jpri­menta dirigido ao diretor geral e as­sinado p.elas partes interessadas. a transferência de rontratos feitos com a Caixa, desde que u referidl\ ~.n·.ns­f€T-ência se faça entre seus mutuári~s já contemplados.

§ 1.0 A transferência de contrato só se pod,erá fazer, desde que el::.t não acarrete prejuízos à Caixa , caoenctc. em qualquer caso, ao mutuári::J desis­tê'nte, apenas, a importância corres­pondente ao total da ceta de 8.mor- A tização já paga. ,.,

§ 2.° No caso previsto no artigo 23 do Regulamento, o mutuário desisten­te receberá, em devolução, a diferen­ça por êle paga e a que se ref~re o artigo acima cita·do, cu proporcio'1al­mente e resultante da avaliação do imóvel, na época da transferêneia. sem prejuízo, entretanto, do estaoe-1eciuo na primeira parte do pa:rlÍv,:-a­fo anterior.

Art. 72. Nenhum document.v ne receita ou despesa poderi ser proces­sado, sem o ccmpetentt "Visto" do ,Relator e o "Autorizo" do Diretor Ge­ral.

Parágrafo único. Nenhuma fatura relativa a forneciment.c, ou a execução de serviços, poderá ser paga s"m que figure o respectivo atestado de rece­bimento, quer quanto à quantidade , quer quanto à qualidade do material recebido, ou do serviço f'xecutad'IJ e sem que s·e mencione o número e data do pedido, ou autorização, originá.rio da Caixa.

Art. 73. Nenhum imóvel de proprie- 6. daue da Caixil poderá ser reccnstruí- .. do, concertadb ou reparado 5em pré-via autorização da Caixa, que poderá se encarregar do r·espectivo processo, mediante a taxa de expediem.e de 3Q.SOOO, por conta do mutuário intues-sado.

i'arágrafo único. O requerimento pedindo autorização, para reco:1 ~~''' '1-ção, conserto ou reparos re'feridos nes­tI:: artigo, dirigido ao Diretor G:~ra!,

..

- 45-

deverá ser acompanhaco do o"ça­ment0 e m;).:~ detalhes a exec,-!iar.

Art. 74. Fica in~or!)Q;'ada à CaIxa de Construções de Casas para o Pes­scal do Mini"tério da Guerr.t, a C:.r ­teira de Garantia . c:':ada pelo De:~re ­to n.o 654, de 15 de fevereiro de 1936 e ° respectivo pessoal equiparacú ao da Caixa.

Parágmfo umco. O quadro (1.:: fun ­cionárics da Carteira de Gê.l'untia será o seguinte:

Um chete da Carteira. com venCI -mentos ce A~si5tentc Técnico;

Um escriturário;

Um dactilógrafa,

Art, 75, O Conselho Administra';ivo regu.lará os casos o:nissos dêste Re­gulamento, observando, no qUe fór comp:ltível, as dispcsições do ::1ireiL) comum.

Art . 76, O ~resente R~gul.lm('Jl~O entrará em \'igor na d"ta de li,) pu­blicação e s~1'á revisto d~ a:61':10 C('r1 fi prática e exigências rcsult::t:: t2S do funcionamento da C:1ixa,

Rio de Janeiro. 30 de nevemtlro de ! 938 , - E1lrico Gaspar Dutra,

DECRETO N,o 9,865 - DE 27 DE DE3EJIlBRCl DE 1938

Art, 46, Ficam extensivos cs felVC" l'C's elo Decreto n,o 9,373, ele 2 de agês­to de 1933, a todos os Institutos cu Caix.as de PeYlsôes ou Prevldência criados por' lei federal e subo!'cl;naàos (tO Ministério do Traba lho :ndú.,trb e Ca!11ércL. desde que t2!lham as'o­ciad83 Gb'!6~J.tà,'ial11ente re~ij :",tes l1(Jtte E3tado.

~ 1.0 Para a obt2i1C,W dos lavare'" d ;''==C:~ d"' ....... eto ql'''T''''-O ;'0' t1'11,n"""';: C:",,_ ....... ~...... L'I,j_ • t ....... L \,. •• ') ___ ~~.l... l..._

t.:;~~L!:1is. os inte:'es3::!:'os .iunt~~ .i:- [lO r€{ii(~o à S~::!!~etari:1 d.l Faz:n:i: .

ç) a te sta do do r,Ln::itéri do Tra­!:~1l1O. Indú!:'t,'j::: e CO!llércio. 0U C;Cl Sla ó!'g~io CQlnpe~,cntp, q1..~e l)r')v,""\

:.ichar-se a Caix::t ou I!~stituto func:ic­nr.ndo l'egubrmentc :

li) decls..l·::-~çà.J da Cab:a D',} Ir~s~i~lHO c:r qee o r equf:'cnte é seu bE:nu:flt'i~­rico C3.S_ a aoui..)~"[io se f2':"'U en1 ~1,ln!~ c1ê"té, medi.::.nte financir,m2do. nfl­r:réstimo ou adiantamento, segundo os estatutos sociais.

2,° Os Institutos ou Caixas pú­dsrão providenciar sôbre o '3.!'q'üv".­mento m. S2Cri't:lria da Frrzendl de tôda a dacUlr..enta:;ão compr. ba,ó;';,l do ::êU regular fLmcionamer!t o, t .'W)­

vando-a anualmente; ness~ C~'(' 03 seus beneficiários mencion:: ~5n 2 'l('Yl.1S o respectivo processo quancc tiVé':'l'nl de requerer em seu nome ,S fa I'ore:; ( isenção.

~ 3.° Os pw{'essos serz.o despach::dJs pelas comissões julgadoras da Dire­toria Gera I da Receita.

DECRETO N,o 3.827 - DE 15 DE MARÇO DE 1939

A);rom alterações em dirersas dispo­sições elo re[flllamento da Caixa de Constmc:ões àe Casas do Ministé­rio da Guerra, apro'Vudo pelo De­C]'cto n,O 3, 2~6, de 30 de novembro de 1928,

O Pres!d~r:te da República usando Ct:l :1 tribuição que lhe COYlfEre o arti­';'j 7·1 da Con~titu!ç1i(, d.;'c:ct!:1.:

P_rt 1.G FIcam aprovad::ts as altfra­<:Ô 2_ em div 2r:,as disposições dJ E~gu ­L.L:ento da Cs.ixa ã.e CDTIstrc\õcs de C::~i'.~ do Min;!';tériú da Gucra que \'ãe jc;llta~ a êste, assinad8.s pele Ge ­!1cral de Divisf,o EUl']CO Gasp:u Du­t;'" Ministro c.e Estc,do da Gt:e l':'],

Art, 2." Revogem-se as disp :lSlçõ2s ElõI contrári r .

R:o c!é Janeiro, em 15 de mlrço de 193D, 118,0 da Incej:endênci:: e 5l.° ela REpública. - GetlWo Vergas, - Eu­]';co G DUtTl1.

Alle]'(lrDes no RC111lamenta (1;:1'0:;,'­~,J [01' 'Decreto n,O 3. 3-iô. âe 30 de -r..OVC1ilb,;"o (le 1328.

I -O "'. o~ l' 1~"1°1';'"' 0, 'J"C~i'1rc, r2~~ ,r\,"'!:I ,_~ ............. ...J • - ~ •

c~(,crc-to ::.cin!::l. :::-e jestin2. :. '~r,:YJ. d,~ C',)l1;·t~·l'cêKS cr- C;3. ; as ê.a ~,L~1i~térjo ci~ Gllérc. l ni.0 col':o SE a2h~) ;mbli ­C~It::Ú 1"',0 "C:( :-i __ . (, f:ci~l" de S 0,e cc -7.":':':·~o (, ür 3 dp\'Ené!~ r f ~':t P.

-("'.f.if:;r,·( i"1 ~.c·l·n"'t:a GtL:l"· :..1:' o C1~O. 1 J ... __ .\. •• '\ .'.... t~"'" ...

fli ~,..~:to co E,r'7UL~.l:' .. E:~~;). . " r-:: _ No ~,rt. 2."', !lJ vez. "[', (") )"r'J~l

(O :/l:ni~·t-~·~c cl:i G~:Lrrl.,.'· ~ - f C: ", .. L.OS o~i~!r't~:-; da [~·=··:c~to { C.(~ ... :'.n -c:,... .. ::,"; r- (o ,1':""';·~:·r;n ":;:3. .J ... ' .. : . .1 .... ,

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deve do!' ... ". leia-se: "do valor de seu empréstimo ... "

V - No § 4.° do mesmo artigo subs­titua-se: "art. 12.° dú Decreto 21 576, de 28 de junho de 193:.l", por Decreto nO 832, de 5 de novémbro de 1938".

Vl - A parte final do § 4'° do ar­tigo 19.°, receberá o ?,créscimo da pa­lavra não, ficando assim redigida: " . .. como si ainda não tivesse sido contemplado" .

V1lI - O § único do art. 20.° passa a ter a seguinte redação: "No caso de d-esi,stência do mutuário que tenha gozado da faculdade de transferên­cia esta·belecida no presente artigo e para o calculo do abatimento a que refere a alínea "c" é.c artigo 56 00-mar-se-á pOI' base o valor atual da inscrição originária do mutuário de­sistEnte" .

\i'IIl - O § 4.° do artigo 21 &e refe­re ao art. 56 e não ao 57 . • IX - O artigo do Regulamento da Caixa citado no § 2.° do artigo 26.° e o de n.O 65.

X - Acrescentando-se ao art. 29: "e nos têrmos do Decreto n.O 1.529, doe 25 de março de 1937".

XI - Na letra "a" do § 2.° do ar­tigc 35.°, leia-se: "repTêsentando-a". e não "representado-a".

XII - Os §§ :::.0 e 4.° do artigo 48.° passam a s( os 2.° e 3.°.

XLII - No § ÚnlCO do art. 74., em vez de: "Um chef·e da Carteira com ven·cimentos de Assistente Técnico", leia -se: "Um chefe da Carteira com gratificação igual à do Assistente Técnico.

XIV - O artigo 76 passa a ser o 77 . XV - O aJ:tigo 76 passa a ser o se­

guinte: "Os mutuários "ue não dese­jarem continuar na Caixa, em face d~s disposições do atual Regulamento pcder~,o cancelar a sua inscrição, den­tro do prazc de 120 dias, a contar da d&ta da publicaçã.c destas modifi­cações. reCf .. bendo os seus depósitos sen: os d·escontos de que trata a altnea "c" co artigo 5ô do mesmo R·egula­mmto. - Eurico G. Dutra.

DECRET{) -LEI N.O 3.241 - DE 8 DE MAIO DE 1941

D :. nova redação ao artigo 11 do Re­gulamento dos Institutos e Caixas de Aposentadoria e Pensões.

O PresidEnte da Re'p,ública, usando da atribuição que lh~ confere o artigo 180 da Constituicão, decreta:

Art. 1.0 O artigo Li e seu parágrafo único do reg·ulamento para a aqui si-

ção de prédios destinados a moradia dos segurados ou associados _ à sede dos Institutos e Caixas de Aposenta­doria e Pensões, aprovado pelo De­creto n.O 1. 749, de 28 d~ junho de 1937, passam a vigorar com a seguinte re­dação:

Art . 11:

"O financiamento de cada segurado ou associado não ultrapassará de 150:000$000 (cento e cinqüenta contos de réis), compreendido nesse valor o custo englobado do prédio e terreno.

PaTágrafo único:

Concorrendo diversos pedidos, só poderá ser atendido um pretendente de empréstimo superior a 80: 000$000 (oitenta contos d{ réis) para cada grupo de cinco pretendentes de em­préstimos dêsse valor ou inferior.

Art. 2.° Revogam-se as disposições em contrário.

Rio de Janeiro , 3 de maio d·e 1941 , 120 ° da Independência e 53 da Re­pública . - Getúlio Vargas. - Wal­dernar Falcão.

O Govêrno Federal baixcu rec~nte­mente o Decreto-lei "l.c 3.200, de 19 de abrIl de 1941, publbtdo ne.. Di·2rio Oficial da União dêsse >nesmQ dia, com esta significativ~ rubriea: "Dis­põe sôbre a organização e proteção da. família" .

Entre as medidas protetoras não pc·­diam faltar as de natureza econômica, e elas se caracterizam prla originali­dade e excelência. Eáo estas:

1) a gratuidade do casunento civil (art. 6.°);

2) a segurança das pensões alimen­tícias (aJ·t. 7.°);

3) a concessão de em;>re3tinl') desti­nado à compra de imóvel pa.ra os que

- (t8°"4~ se vao casar ar. . . q . ) '

4) a concessão de empréstimo desti­nado à compra de enxoval e mstaiação de casa, para os que se vão casar (ar­tigo 9. O) ;

5) a preferência dos casados aos solteiros e dentre ~.3tes os de prole mais numerosa. quando concorrerem a empréstimos, em institutos, e caixas de previdência (aJ:t. l2);

6) a segurança de dirGitoJs da mu­lher e filhos brasilei,:os. na sucessão de extrangeiros (arts. 17 e 18);

-,47

7) a regulamentaçã::J do bem de fa­mília (art. 19-23);

8) a redução de tax3,S c3cülares (ar­tigos 24/25);

9) a concessão de aoonos fô.mi~iare3 (arts. 28/30);

10) a prestação de alime.1t05 a fa­mílias em situação de mi5üria (arti­go 30).

Dispõe o art. 42 que ":l exc':l'ção do disposto no aIt. 29 (abo)'J03 familía­res), terá início ime:liat:lment.; de­pois que a sua matéria for res;ulame!1-tada. Segue-se, daí a ~ontrário senso, que as demais partes jo decreto-iC'i em exame devem ter eXecução ime­diata,

Dentre elas, dl'as intfTP3Sam de perto às Calxas Econômicas: 11 concessão de emnréstimos destinado, à compl'1. de im6vel ou de enxoval e i-r.s~ahr:(iJ dv casa para os que vão 5e .::as:lI', ~mbora a efetivação dêsses mútl.os dependa da fixação de limite, par;, cada insriWi­ção, por parte do Egrég:J .~r Pre::i­dente da República. (f,n. ?," ~ 1. ° e art, 9 .", § 1.0) parece'.I·l11c COllVelJlell­te trazer o assunto, de 3de logo), ao cc­nhecimento do Consel::o, AS.5im, uma vez marcado êsse limi~e, nojprd a Cai­xa Econômica Feder81 d~ SãJ Paulo ter a honra de cumo,', S:111 d"mora o patriótico programa do Chefe da Nação,

Segl'ndo dispõe o art :). ° n3.o po­derão ser acumuladcs o mutuJ pr,ra aquisição de imóvel, c o !Jara :::qmsl­ção de enxoval ou iI15L,' r.çs.o de casa, Deverá o interessadu o;:Jtar P'}l' um dêles,

Para a obtenção de qlla;qll~l' dêoser favores. deverá ser apr2stntado r eque­rimento com prova dUCllmel1 tal, do alegado, O requerimpl1~o e toclns os documentos serão ise:1t05 de selos \a1'-tigo ) ,

Mútuo para aquisiçiio dOJ i'ttóvc!

Concessão - Deve S2r f2ita pelos "institutos e caixas de previdência. assim como pelas caixfl~ econô;nicas federais" (art. 8,°).

Beneficiários NJS ;nstioutos e caixas de previdência, só os re3pecti',rt,S associados poderão lcv:?nt:e emprés­timos E nas Caixas !':c<:nlJ<1:t:as Fe­derais essa regalia caberá apenas aos "tra balhadores de ql'aLlU'~r caté'goria , de idade inferior a 30 :iYJOS e residen-

tes na localidade '!m que tenham sede" (art. 8,°). Se <tm!:J::Js os nuben­tes estiverem nessas cOlldições. a am­bos se concederá o empréstimo (arti­go 8,0, § 4.°).

Casamento e exame 1)re-nnpc ial -Para obtenção do mÚ:llo, apre.3ental'á o requprente declaração autêntica do propósito de casamenrl), feita pele ou­tro nubente, e submet:.!l',sf-ão ambos. sem qualquer dispêndio. a exame de sanidade pelo médico ou médieos que a instituição designar Será aa::l3. ilelo médico ou pelos médICOS que hajam feito o exame, comtlni~a.;ãJ confiden­cial do resultado aos Inhenté's. Sé· mente na hipótese de se" a cOllclusão favorável à realização dO casamento, poderá ser concedido ') mútuo, Jun­tando-se o atestado ao lJrocesso res­pectivo, São os nUbe!1(es obrigados a sígilo, na conformidade êlO dIsposto no § 6,°, do art, 2, ° do decret.J-lei em aprêço, sob as penas aí i'1~·i,cada3.

Montante - Pode"'), 6er iev:ll1ta­da a retribuição que o beneficiário auferir em três anos, Jepois, todaYia, de \'erificada em dOIs a!10S COllsccuti­vos de trabalho (art. 8 0. ~ .1. 0) .

Finalidade O emJ)ré~'imo se destinará a aquisição de :I11Ó7Cl. Como a leI não distingue, J:,cderá ê!e ser rural. ou urbano, casa d-= residência. de negócio. chácara. sítio. rtc. l&r­Ugo 8,°. * 4.°).

Escritura - A insWr.. i~:::: ,) que for­necer o dinheiro realiza,';l a co:npra em nO.l1e do mutt'ário, enl seguida &0 casamento, e ."e possível no me~IlIO dia (an, 8,°. * 4. O). A tran,'~,jc:iu se fará, C01'.lO é natljral. em nO'1\, do mutuir!0. com a aVerbação de 0:'::1: d,~ faJTIl!ia. e com as citcl1S11las de i'1~ti!E:L-lbiLd[i[!e !'

de i:npenhonbilidaóle , n:'~ s~r l"e!ll créciito da in tituiçãCl m:l~ci::! J[~ U:l­t:go 8 0. ~ 5, O) .

Prazo - Juros - Moraiória. - O r;:.~ ~'(! • o nLL'~O S~ r:-".:' :~ r:J r:~' !r.:.}·~~-:i.O \,.:c ~;) :~!~C3J n1c\d:~::f.~ ;.1':b ': .. -Z3, '"'ô 0,,-) 111211 'ais. CC!l1 Jl:; I... ú... 5(' '-'.',' C.::') D:'t. 3. ~ C o). :~1:''3 p0"i' n""'-;­tI'; J C01'1:):'OV~~:;O c.... r:()~.:{'~l l ~.t c~e

pC~-:11 i:~VO:llrJ.·ú:·i:l. d.? C-:;;'FL'f">·O. a aci­])1;·~i:)~:'1r~ .. - 0 da il~sd~J.~(': .I) lllutl,:~,nTC

" . 1:1\'- .~"~. l. ,:'2 .. ::f: rr:c~'P'" C~:4:'_ pa:-,J. u !~ .... -!"~':-~_O c:?"; cot~., ::'lf~~~'ni:-; d d.~-~:":-'''­

t:,', ~'fo r~l :'Cdl'?l:" : nl~~o:·2~'ia:r: .. [,"1le

d. i:n::-c. J..:!2:a Le-.. .. :: . .s tC~i" .. 3 ~ 8. ). l~!C(O clt:. pa:,·a1~:cnto. - !!.S CO:2.-"

!11~ :-·s:::is d2 a~n(jl"n.j2a-:;::o sc~':;':; i~~i.­g ... s m ~;c~la:1tc desconto dLtS v3r:t,,~er .. :'

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pe-c'aniilias do empregado, dir2ta ­mente pela pessoa natural ou jurí­dica que o tiv'er a seu serviço desde que a imtituição mutuamte lhe co­munique o mútuo realizado (art. 8, § 10).

Pena. - A falta injustificada de pagamento pontual da amort jzzção acarretará, de pleno direito. a resci­são da venda. A instituição mutuan­te terá direito a obter a adjudicação e a imiEsão na pOS&e do imóvel, cum­prindo-lhe dev01ver as prestações pa­gas, deduzidas as despesas e os juros vencidos (,art . 8, § 9.°).

Reduções pelo nascimento de filhos. - Cada filho do caIS aI que atingir 31 dias de vida, determinará um aba­timento de 10 % no débito inicial. ou nas prestações a serem pagas. Para ês.~ fim, o nas.cimento dcve ser provado por a,testa,do passa,do pelo Cartório do Registro Civil, e a sobre­vivência no 31. o dia, por médico que o credor indi·car. Quan do cada filho completar 10 anos de idade, o mutuá­rio, provando que lhe presta a assis­tência devida, educando-o convenien­temente, obterá nova redução de 10 % da importância do mút uo ou se pre­feri r , de 10 % de amortização mensal a que se obrigou (art. 8, § 7 .°). A instalação mutuante será pela União indenizada da imnortân.cia da dívida que não possa niceber do mutuário, ey.duídos os jures (art. 8, § 12) Quer dizer que se o mutuário tiver dez filhos, que hajam atin.gido 31 dias de vida; ou 5, que alcancem 10 anos, devidamente eQucados, fi ­cará liv:e da dívida total, sem pagar coisa alguma.

I senções . - O prédio adquirido na cO!lÍormidade do decreto-lei em aprê­ço gozará de isenção de impôsto pre­dial, enquanto não pago o mútuo res­pectivo . Os Esta,dos ficam obrigados a dec!'ctar essa isenção (art. 8. o ,

§ 11) .

Quito,cão por morte . - Em caso de morte do devedor, ficando E·ua fa­mília e...'!1 condiç~o precári a, será con­cedida, a critéri'o do Minist,ro a que esteja afeta a instituição credora , c;uitação do restante da dívida. cor­rend~ o ônus da indenização à conta dos cofres federais (art . 11).

Mútuo para af{uif:ição de enxoval e instal'1çcio de casa.

Concessão. - Deve, iguaLmente, ser feita pelos' institutos e caixas de pre-

vidência, assim oomo pelas Caixas Econômicas Federais (art. 9 .°).

Beneficiários . - Nos institutos e caixas de previdência, só os respec­tivos associados poderão levantar em­préstimo.>.

Nas Caixas Eoconômicas, essa re­galia ca.berá "a tr·aba!hadores de qualquer condição (sem limite de ida­de), que pretendendo casar-se, nã.o hajam obtid'Ü empréstimO para com­pra de imóvel (art . 9.°).

Montante - Juros. - Poderá ser levantada importância correspond,ente às vantagens pecuniárias de um ano de &erviço, porém, não excedentes de CrS 6.000. OOO,GO. Os jur03 serão de 5% ao ano.

Finalidade. - O e!n.préstimo se des­tinará à aquisiç,ão de enxoval e ins ­talação de casa, aos que vão se ca­sar ( art. 9. O) •

Prazo e redução pelo nascimento de filhos . .- O prazo será de 5

anos, com amortização mensal (ar­tigo 9.°). Mas," só se iniciará o pagame·ato depois de decorridos d07.€ me.;:·e.3 d<l matrimônio e caso aw entã,o não tenha o casal tido filho vivo ou não se tenha verificado a gravi­dez da mulher; ocorrendo uma des­ta.;; h:pótes'es, será prorrogado por vinte e quatro meses o início do pa­gamento, o qual só entrará a ser exigível, se decorrido o prazo. não tenha tido o casal segundo filho vivo ou não esteja novamente grá­vida a mulher: verificando-se um ou outro caso, será novamente adia­do por vinte e quatro meses o início do pagamento, e êste só será exi­gível se até então não tiver nascido terceiro filho v.ivo ou não estiver de n ovo grávida a mulher; e sendo afir ­ma~iva luna destas hipóteses. novo adiamento far-se-á por vinte e qua­tro meses, iniciando-se, depois dêle, o pagament-o. caso não tenha o casal t ido quarto filho vivo ou não esteja mais uma vez grávida a mulher . Verificando-se as hipóteses de nasci­mento ou de gravidez, oonforme cs têrmos do § 12 do art . 9.°, que esta­m03 transcrevendo, será a importân­cia do mútuo sucessivamente dedu­zida de vinte por cento, de mais vinte por cent.Q, e de mais trinta por ce~to e, enfim, extinta, com o nascime!I1to, com vida, do primeiro, do segundo, do terceiro e do quarto filho" . A illiltituição mutuante será então In-

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denizada pela União, da importância que deixar de receber do mutuário,

'exciuídos, todavia, os juros (art. 9, ~ 1. 0, combinado com o art. 8 .°, § 12).

Por fôrça do art. 9. o . ~ 1. 0, apli­cam-se ao mútuo para enxoval e ins­talação de casa, ala em aprê,;,o, o que, a propósito do outro. para com­pra de imóvel, dissemos sob estas ru­bricas: ca.samento e exame pré-nup­cial; morató~'ia e modo de pagamento, bem como quitação por morte, pois esta se ,,"cha determinada, no arti­go 11, de modo geral, e abrange. igualmente, as duas modalidades de emprestimos.

DECRETO N. o 2.407 - DE 1 S DE JANEIRO

DE 1911

Conced.e diversos favores às associa­cóes que se propuserem a construir a casas para habitação de proletários e

• .. dá outras providências

O Presidente da República dos Es­tados Unidos do Brasil:

Faço saber que o Congresso Nacio­nal decretou e eu sanciono a seguin­te resolução:

Art. 1.0 O Poder Executivo conce­derá às associações que se propuse­rem a contruir casas para habitação de proletários, dentro ou fora do pe­rímetro urbano desta Capital, de acór­do com os tipos e os prêços de alu­guel que forem estabelecidos no regu­lamento desta lei e n03 têrmos do art. 4.°, os favores seguintes:

a) isenção dos impostos de impor­tação e taxa de expediente sóbre os materiais que se destinarem às refe­ridas construções ,exceto madeira, as­sim como de quaisquer outros impos­tos, fóros e laudêmios, relativos aos terrenos e aos prédios, sua aquisição e transmissão;

bJ isenção de sêlo federal em qua­isquer contratos referentes às cons­truções que forem autorizadas;

A c) cessão gratuita de terrenos, de • propriedade federal, que não forem

necessários a outros serviços da União, a juízo do Govêrno.

Art. 2. o Só terão aos favores ex­pressos no artigo antecedente as as­sociações que, sem o c:uáter de mo­nopólio, houverem celebrado com o govêrno do município contrato para essas construções e dêle obtido isen-

Projeto n.O 272

ção pelo prazo de 15 anos, pelo me­nos, de todos os impostos e taxas de­pendentes da jurisdição municipal, relativos à aquisição de terrenos, cons­trução, posse e transferência doo imó­veis.

§ 1. ° A essa autoridade ficarão elas igualmente subordinadas em tudo quanto fór concernente à e~colha da1 zonas para as construções, aos arrua­mentos e os serviços de higiene, fi-cando entendido: .

a) que as construções serão feitas em terrenos e zonas p::rfeitamente salubres e ruas que tenham, pelo me­nos, 15 metros de largura ou este­jam obrigadas a êsse alngamento:

bl que às construções em terrenos baldios precederá o arruamento par:.! a instalação posterior dos ~erviço.s de agua, luz e esgotos;

c) que cada prédio terá entrada in­dependente para uso exclusivo de seus ocupantes.

~ 2. ° Também terão direito aos fa­vores do art. 1. ° as associações já existentes, com caráter de mutuali­dade, entre empregados em serviços f~derais, ficando sujeitas às prescri­ções desta lei ,exceto a condição do prévio contrato com a Municipalida­de, à qual, entretanto. se poderão di­rigir por intermédio do ministério de qUe forem dependentes os mesmos empregados, para o fim de obterem as concessões de que trata o art. 2.°

Art. 3. o Serão cassados por atos do Poder Executivo, no todo ou em par­te, os favores acima concedidos, des­de que se prove em qualquer tem­po:

c() que foram desviados da sua apli­cação os materiais importados com isenção de direitos;

b) que o número e forma das di­visões internas de qualquer das ca­sas tenham sido alterados, de manei­ra a modificar o tipo escolhido;

c) que o prêço do aluguel que efe­tivamente esteja pagando o inquili­no seja, de fato, superior ao tipo es­colhido ,qualquer que possa ser, dire­ta ou indireta, a razão dessa diferen­ça.

Parágraf o único. Uma vez verifica­da qualquer das hipóteses acima fi­guradas, o Poder Executivo procede­rá judicialmente contra o responsável. pela ação competente (decreto n.O 848.

Fls. 4 -

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de 11 de outubro de 1890) I para ha­ver as importâncias dos impostos até então dispensados, assim como a dos empréstimos, de que trata o art. 7.°.

Art. 4. ° O Govêrno estabelecerá, no regulamento que expedir, os vários tipos de casas, cuja construção goza­rá dos favores concedidos, especifi­cando para cada tipo o material ne­cessário, o valor do seu custo total e o prêço máximo pelo qual poderá ser alugado ou vendido.

Todos os anos esta parte do regu­lamento será revista, para inclusão dos novos tipos planejados pelo Go­vêrno ou por êle aceitos, sob propos­ta dos interessados, e 'para supressão dos anteriores, quando convier; deven- . do-se atender, nessa revisão, a tôdas as variações de prêço dos materiais e da mão de obra.

§ 1. ° Os tipos de construção, em hipótese alguma, serão de valor infe­rior a 5: 000$, nas ruas, praças e a ve­nidas centrais da cidade ,ou de seus arrabaldes mais importantes, e o alu­guel mensal não pod'erá exceder à soma correspondente ao juro bruto de 15% sôbre o seu custo, compreendido o do respectivo terreno. ,

§ 2. ° A associação construtora é obrigada a vender, pelo prêço corres­pondent.e ao respectivo custo, bonifi­cado de 10%, no máximo, a casa efe­tivamente ocupada pelo locatário que ptetender adquirí-Ia, quer êsse prêço lhe seja oferecido à vista, quer haja sido pago em prestações com ela con­vencionadas, só podendo, porém, ser objeto de venda as casas que consti­tuírem habitat isolado.

§ 3. o A associação expedirá título provisório de propriedade ao locatá­rio que se propuzer a adquirir o pré­dio que ocupar, tomando em benefício dela um seguro de vida, liquidável ao fim do prazo estipulado ou, por sua morte, em qualquer tempo, de valor equivalente ao prêço oficial do imó­vel, segundo o respectivo tipo, con­tanto que a companhia seguradora es­teja sujeita à plena fiscalização do Govêrno e tenha. por êste aprovadas as tabelas de prêmios de seus segu­ros. 1!:ste título só ficará anulado no caso de abandono ou caducidade do seguro, por falta de pagamento dos respectivos prêmios, e conferirá o do­mínio pleno desde o momento da li­quidação do seguro.

§ 4. o Os prédios construídas com os favores desta lei não poderão ser

sublocados a prêços superiores aõs nela estabelecidos, nem gravados pe­los seus adquirentes de hipoteca ou outro ônus real que possa acarretar a perda da propriedade, e a sua trans­missão, só terá lugar por título de sucessão legítima ou testamentária.

Art. 5. o Sempre que a associação construtora desejar obter qualquer das isenções referidas no art. 1.0, de­verá provar que o terreno em que pretender construir não está gravado por hipoteca ou outro qualquer ônus real.

Uma vez deferido o pe·dido, a asso­ciação registrá-l o-á no Tesouro Na­cional, devendo o registro mencionar o tipo o lugar e o valor da constru­ção projetada de acôrdo com as ilS­pecificações do regulamento a que se refere o art. 4.°.

Art . . 6. ° Os requeriment9s para isen- a ção de impostos deverão sempre refe- .. rir-se a todo o maetrial necessário para cada casa ou cada grupo de casas especificando a qualidade e a quantidade dos objetos a importar, bem como a l'elação numérica entre essa quantidade e as construções au­torizadas, devendo o despacho que conceder a isenção abranger a totali­dade do referido material.

Para tal fim os requerentes se ser­virão de fórmulas impressas de acôr­do com o modêlo que o regulamento determinar, o qual deverá facilitar o confronto imediato entre o material necessário para as construções proje­tadas, nos têrmos do art. 4. o, e aquê­le que fôr Objeto da isenção requeri­da.

Art. 7. ° O Poder Executivo fica au­torizada a auxiliar as associações ces­sionárias da construção de casas po­pulares com empréstimos da Caixa. Econômica. sendo que o valor total dêsses empréstimos não deverá exce­der anualmente, ao da metade no saldo verificado entre os depósitos e as retiradas havidas no ano anterior. e

§ 1. ° Os empréstimos deverão ser garantidos por títulos da dívida pú­blica, ou por hipoteca dos prédios construídos, na razão de 50% (cin­qüenta por cento) do valor dêstes, e vencerão juro de 5% ao ano. além da taxa de amortização cumulativa, para ficarem resgatados no prazo máximo de 20 anos.

§ 2. ° Quando forem objeto de hi­poteca os pré<dios gravados com a con-

f

..

-51-

dicão de se transferirem para o do­minio dos locatários, o empréstimo re­lativo será integralmente liquidado no ato da transferência.

Art. 8. ° As associações concesslona.­rias serão obrigadas a pagar as des­pêsas de fiscalização dos seus contra­tos, recolhendo, por semestres adia.n­tados, as somas que forem arbitradas pelo Govêrno.

Art. 9.° Os favores, concedidos por esta lei para o Distrito Federal, se­rão estendidos, com os mesmos ônus e obrigações, às associações das capi­tais estaduais que tiverem obtido dos respectivos govêrnos municipais e dos Estados, na parte que a cada um deles pertencer, tôdas as isenções a que se referem os arts. 1.0 e 2.°.

Parágrafo único. Ao Govêrno da União competirá tamhém, nêste caso, esta helecer tipos de construção, de acôrdo com as informações de seus fiscais, relativas aos prêços locais, da mão de obra e dos materiais, assim como ao clima e demais condições pe­culiares à capital em que a constru­ção se tiver de fazer.

Art. 10. O falecimento do proprie­tário das pequenas casas, de que tra­ta esta lei, não obriga à partilha do imóvel enquanto existirem herdeirJs menores. Atingida a maioridade de todos êles, a partilha se fará. livre de quaisquer impostos de transmissão de herança.

Art. 11. Se o indivíduo que tiver comecado a comprar um imóvel fale­cer antes de haver terminado a com­pra, seus herdeiros poderão continuar a fazê-lo, nas mesmas condicões, com­pletando as prestações devidas.

Art. 12. Revo;:ram-se as disposições em contrário.

Rio de Janeiro, 18 de janeiro de 1911,90° da Indeprndência e 23.° da Renública. - Hermes R. da Fonseca. - . Francisco Antônio de Sanes.

DEC'RETO-LEI N,o 9,218 - DE 1 DE MAIO DE 1!)46

Rlttoriza a institl!içrío da "Fundação da Casa Popular"

O Prf~idente da República, usando da atribuição que lhe confere o ar­tigo 180 da Constituição. decreta:

Art, 1.0 Pica o Ministério do Tra­balho, Indústria e Comércio autoriza-

do a instituir uma fundação denomi­nada "Fundacão da Casa Popular".

Art. 2,° A Pundação destinar-se-á a proporcionar a brasileiros ou e.stra~­geirm; com mais de dez anos de resI­dência no país ou com filhos braSI­leiros a aquisição ou construção de mon'.dia própria, em zona urbana ou rural.

Art. 3.° A Fundação reger-se-á por estatutos a serem expedidos na forma prevista neste decreto-leI.

Art. 4.° A Fundação será dirigida, nos têrmos que os estatutos estabe­lecerem pelos seguintes órgãos:

a) Conselho Central; b) Superintendente; c) Conselho Técnico; dl Junta de Contrôle; e) por órgãos regionais.

~l.0 A designação dos membros que integrarem os órgãos centrais de di­reção caberão ao Presidente da Re­pública, devendo participar dêsses ór­g5.os, bem como dos órgãos locais, l'epresentantes do Ministério Público.

* 2.° Os serviços prestados aos ór­gãos coletivos serão de n!1tureza re­levante e gratuitos.

Art. 5.° Os estatutos fixarão os li­mites máximos dos valores das mo­radias, de forma a que os benefícios visados por êste decreto-lei favore­C8m aos mais necessitados, vedadas obras que não possam ser qualifica­das como de tipo genuinamente po­pular.

Parágrafo único. A casa de mo­radia poderá ser adquirida em comum ror pais o filhos ou cônjuges, ampli­ando-se. nêsses casos, os limites dos e!11préstimos individuais.

Art. 6.0 11. preferência para aqui­sição ou construçáo de moradia será. estabelecida entre os candidatos na proporção seguintê:

al Trabalhaà.ol'os em atividades par­liculal't:s ;

b 1 Servidores pÚblicos ou de a u tar­qr_lrLf;, 1:

C) Outras pessoas, 1. Parágrafo único. A Fundação con­

siderara, também, na ordem de prefe­r2ncia estabeleeidCl, aqueles que, fi­:mdos em zonas rurais, se ded:quem DO cultivo ele produtos essenciais a alime!'ltação po:m!r.r.

Art. 7.° A moradia adquirida por intermédio da Pundação não poderá

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NO NZ jlj ...J .30.

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- 52-

ser objeto de negoClos, não é susce­tível de transferência inter-vivos, du­rante a vigência do débito contratual e não responde por dívida além da­quela contraída para com a própria Ftmdação, destinando-se, exclusiva­mente, à habitação dos beneficiários e de seus dependentes.

Parágrafo único. Sempre que a moradia se torne comprovadamente imprópria para o uso do respectivo proprietário, poderá êste, restituin­do-a à Fundação, obter outra por transferência, permuta ou modalida­de semelhante de troca.

Art. 8.° Como dotação inicial à Fundação a União Federal far-Ihe -á doação da importância de 3.000.000,00 (três milhões de cruzeiros) em di­nheiro, na forma prevista no art. 19 sem prejuízo de doações posteriores que venha a fazer em imóveis ou ou­tros bens .

Art. 9.° O capital da Fundação será, inicialmente, de 2.000.000.000,00 (dois biliões de cruzeir os), a ser cons­tituído da seguinte forma :

a ) pela doação referida no artigo anterior;

b) pelos valores represehtados por terrenos adquiridos por doação ou compra a longo prazo, da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Ter­ritórios, dos Municípios ou de parti­culares;

c) pelas contribuições de emprésti­mo, das instituições de previdência social, de acôrdo com as instruções que o MInistro do Trabalho, Indústria e Comércío expedir;

(~) pelas contribuições, a título de empréstimo compulsório, das pessoas físic::ts ou jurídicas, na forma pre­vista ncste artigo ;

e) pelos demais legados ou doações que receber.

Parágrafo único. As aplicações inlo­biliár:as consistentes na aquisição d:> terreno, d·" valor superior a Cr$ ... .. 200.00,00 (duzentos mil cruzeirosl, obrigam os que as realizarem a comri­buição. por empréstimo resgatável em pi"azo superior a 30 anos. de imp:J:­tância equivalente a 0,5% do vab r aplicado e aquelas relativas à compra ou édiLcação de prédio de 200 m2 para dml1 obrigam a contribuição de quir,­;;e cruzeiros por m2.

Art . 10. Na msta.ação de estahele­chflentos industriais de vulto, defini-

oos por ato do Mimstro do Trabalho Indústria e Comérc!c. serão Gbn5fó­tàriamente incluídas. como condil.ã:.> do financiamento .. residências para os respectivos trabalhadores.

§ 1.0 Aos Estabelecimentos indus­triais. já em funcionamento, serâ fixa­do prazo para a satisfação de igüal \~gência.

§ 2.° A Fundação poderá financiar . as construções a q~e alude êste artigo. na forma das instruções que expedir.

Art. 11. Os Governos da União. dos Estados, dos Territórios. Distrito Fe­deral e Municípios ficam autorizados a à~ sapropriar terrenos destinados à Gonstrução de moradia popular nos ~êrmos da le: reguladora de desapro­)lrilções, sempre que os respectivo!: proprietários. depois de notificallo!' . d~;xarem de promover a utilização dos refr:ridos terrenos nos prazos fixados cn. cada caso.

Art . 12. Os empréstimos à Funda­ção renderão os juros que forem esta­bi':ecidos em ato do Ministro 0.0 Tra­balho. de acôrdo com os cálculos atua­ria:::; que não deverão exceder -it; S" is per cento ao ano . Os juros dos em­préstimos que conceder não excederão de 8 por cento ao ano. limitados '1 trinta anos os prazos de amortiza<,.õEs dêss·~s empréstimos.

Art. 13. A Fundação poderá dC:;:6ar a outras entidades. em especial à& Preí'eituras municipais. as atribuiçõE's que lhe couberem em matéria de cnns­trução de prédios res:d,mciais.

Art. 14. A Fundação gozará uas lsenções que cabem à Fazenda Nado­nal no que concerne à tributação de ilcUS bens e das que as autarquias as­sistem no tocante ao uso de S8IViçOci pUbEcos.

Parágrafo único. Os prédios adqui ­ridos na forma dêst:: decreto-iel fi ­carão sujeitos. unicamente, a taxa" ae s21'viço e :sentos de qualquer trib:.lto er.q;,mnto não liquidados os emprésti­mos pelos respectivos adquire::>tés .

Art . 15. Até que entrem na p:)ss," d.a residência, os a dqu!ren tes não esta­r20 sujeitos a qualquer encargo ou p:::gamento .

An. 16 . Entrando em vigor J pre­SE':lL~ decreto-lei as operaçõ,s tInO.),­liárias e o financ:amento das cartei­D.~ prediais dos institutos ou ~alll.aS cie aposentadoria e pensões pas3ar:'lo

,

- 53 -

3. 0t.s2rV3.r as condições que forerr:: <:s­'2,belecidas em instruções espEciais do :'.,111J~"U.·0 do Trab2Jho. Indústria :3 Co ­melC~O.

An. 17 . Será permitido aos serVlL10-;""S :é·derais. estaduais e mW1iGlpa!3 ui,; Q., c1Utarqn;as exercerem carzm: e (J:1,ÕCS na Fundação.

Art. 18. Os empreg'ados da FunL1a­ç§.c "" s uj eita rão à legisI8,C;ão de t;'a oa­lho e ser2.J segurados pelo InstimtJ Je !' ... ose;ltado;·ia e Pensões dos 1:. a ncá -

Ait. 19. Fica aberto ao Mini31er:c ('C Tl'a calho, Ino.úsuia e Com8fclO <3T,CXO n D 21. Olçaménto Geral J3, União. aprovado pelo decreto - lel r.l' ­ln~ro 8.195, de 23 de dezembro ot: J:l!:;i). o crédito suplementar de . . ... :;. coa. 00'3.00 (três milhões de cruze~ ­! li;', à v€;'ba quP 'especifica:

,'el'b} 3 - Serviços e Encargos S /c 06 - AEXílios. contribuições ('

5l:t·vencões. ;] - SUbV2l1çÕeS a) FUllllaç2co ca Casa Popular -

!u:;:íLo inid:ll p:ua a r,: al:zaçãe; to S3U ;JL':,;-r::tm1 : 3.00CGOQ,CO.

-\.~t. 20. Flcar.l criados . no qu,,-d:'o :::1 ~11 8.nel1te cio ~/nnL,tél'io do Trh.C:-1 -~i1LJ Il"~c:üst~·iJ. E: CClné;cio. os cs.::;Gs. CL c:onl'sS8.0. padrão P. á2 0E, t:Jr C<Jai da S::cretal'ia e de Engell112~::JJ·­C1121'e G8 Fisca:izâção das CüYistfn­í.;G~:S, CCrl'e:1co a desp2~a EO :o;rent.:! c'xél'cicio. à conta do sal(lo áa r·'~pec­:':í/<::I CCllt3. e01T2r::t e .

f X, 21 . DS"1tl'0 do prazo áe nuven­"I::i di?.s c~e v:~~'êl1cia do 'presente ':"8,~re­tc.. - Ie! o l\1i:1i3t:"O de Trao3.1ho 1:1-~-:ustri3 e Co:-r..él'cio ouvida 3. .2:'Ú'" c.~~ra(or:8. C~t<!· r:.l do Distr:to Pe::er31. . xpeC:lr(, Em pcrt:uia. C/3 esta Wt03 ,:a Í'Er.daçz;.o.

.;:·L 22. O presente decrét8-1ê! él1 -';':1:i e!!1 ViVOl' na d~ta de sua pc;blj·­~:.ç3.o. revogadas as disposiçõ2s em ·:';":1tr[U":o.

Eio cie Janeiro. D de maio de iS4ô, ::.:';) o da Indepmáência e 58. 0 da R·, :Jú-

l\'!INIST~nIC 110 Tlll\BALHO, INDÚSTIUt\ E COMÉRCIO

POl-t2-r:a n." 108-A, de 12 de julho ele 19~3.

O Mini.,tro de Estaldo, no uso da ccmpet.énc!.a qL:é! lhe confere pelo a.r-

tigo LOdo DscrE to - lei n.o 9.218. de 1 Cle m3.io e,:·e 1946. resolve ~"prc'Var os Est:Üutcs aba:xo transcl·itos.

ESTATUTOS DA FUNDAÇAO DA OAlSA POPULAR (F . C . P . )

CAP:!'lULQ I

Fins, Sede e Foro

Artigo r.o A T'Lilldaçâo da Casa Po­pular, (F'OPl , dctada de personaEda­de juridica e patrimônio própl'io, t8l'á s·uie e fêro na Ca;o:tal Fed·eral.

Artigo 2.0 A F. C.P. tem per objeto p:'C;;;ercienar aos tl'ab2-11ladores b::-asi ­leiTOS. ou estralis'si ros cem mais d.e 10 (dez) an03 no pais, a aquiSIção ou cer;:strução áe ITlea::!iD. p;'ópria, em zona urbana ou rural .

ParágTafo únko. Pedérá igualmen-t Q o .", C 1;) a t:'l"O e·"o~""'l·n",ol ' .... ,.::.. ..L-, .L . , l.u 4 .... t,.;(.l-.V'-"J..c..:...

cfer'~' cf:_~ a~sj~tf!~c:a rcsidcr:.c:~l sob a ferma áe aluguel.

Artigo 3.° Oompete à F.C.P.:

Prcjétúr:

I -Os t~pos de ha,bita,çã:J pe'pu!3.r mais apropl'iado3 às condições geo· c C'0:0 r'os a,j'El'ontes ,,°0'['0· "s broSl' . • ; '_- ... ,-_0 .... ..:l. ~ ......... " .J..C o _ ;l.

bras.

II - 0 3 serviços e obras qU-2 se to,,­l1eY2nl ir:<:~iS)211Eáve3 ou cv~n;Jlemê'l1-t21'2S às nec·:;s:.jd1d::·s dos cGnju~i.tGS rC2idenciais, inc:usive de' assist.êncLl scsial.

lU - A criação d·e agrupuméntos l'E ;: :dcncip.L satélites nas grandES ci­da·dei;, conCCTl'e:1(0 para de~conC;'~5tio ­,:3.,' a densi:iade popubcional das m23-mas .

IV - Casas de habitação colet:va (~O tipo de a-p3..rLan1~énto re5;i.1E.n.c~:?.1, ;-:·!;:!"nr;re qUe 8 .. S cir'cunstànc:~c..s o 2.CO!1 -s21hare111.

V - A ::ollstruc[o de moradia Em zonas ru::ais, d·e rY,o::!o a promovor a fixação d~mográfica ~m regJOes de pl'cC:ução c,::-s€D:cial ao 8.-bast,~c:mento co12~·~vo .

Art:go 4.° São Ena.lidades da F. C. P. :

(!.) Financiar:

I - A construção ou aquisição de rc:sid2n.cias do ti;)o pO'pular individ.ual ou coletivo ,conforme as instruções que foram expeuidas.

.. .. .. 'iij ü

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Il - As Pre<feturas Municipa!s, na construção de residências ou de ser­viços de melhoramento urbano, des­tinados a beneficiar as condiçóês de habitação popular.

III - &s contruções residenciais efetuadas pelos estabelecimentc.s in­dustriais, a que se refere o artigo 10 do Decreto-lei n.o 9.218, de 1 de maio de 1946.

IV - Indústrias de materiais de construção, fioossárias às ativ~dades da F. C. P.

b) Executar diretamente aIS obras projetadas, sempre que necessário.

c) Empreitar as construções, quan­do conveniente.

d) Del€gar a execução das O"bras projeta.das às Prefeituras ou às ins­tituiçõ'es pias, religiosas ou assisten­ciais, por deliberação do C. C .

e) Fiscalizar e assis'tir a execução de quaisr.j,ue.r obras ou serviços em­preitados ou delegados.

f) Assistir aoo reóüdentes das ha­bi,taÇÕ€s que financia,r, no bom uso e conservação das respectivas resi­dênc:as ou de suas utilidades comuns.

g) Administru os grupos residen­ciais ou prédiOS sempre que fôr aoon­selháv'cl ou ' delegar poderes às Pre­feituras Municipais e essociações re­ligiosas, pias ou assistenciais.

CAPíTULO 11

Da organização

Artigo 5.° A F. C. P. será adminis-trruda pelos seguintes órgãos:

- Conselho Central (00). - Superintend-ente (Sp.). - Conselho Téenioo (CT). - Junta de Contrêle (JC). - Conselhos R,egionais (CR).

Artig,o 6.° O Conselho Central (OC) ~erá constitui do , no minimo, de 1(} (dez) membrolS. escolhidos dentre pessoas de notória experi'ência e iU­ba.da róputação, entre as quais ele­mentos especializados em urbani~mo, construções residOllnciais populares economia e finanças, administração pública, serviços sociais, atuárias e um representante do Ministério PÚ­blico.

§ 1.0 A Pres~dência do :CO) será exercida pelo Ministério do Traba­lho, Indústria e Comércio, o qual de-

signará substituto para os seus im­pediment-os eventuais.

§ 2.° O (OC) reunir-se-á ordinària­mente, 2 (duas) vezes por mês e ex­tra.mxiinuiamente, sempre qUe con­voca.do, podendo deliberar com um têrço de seus membros.

Artigo 7.° Ao CC. compete:

I - Funcionar como órgão deli­berativo, com iniciativa própria, em todos os assuntos da competência da Fundação.

I! - Manifestar-se sôbre a aliena­ção de imóveis e a aceitação de doa­ções com encargo.

III - Aprovar os regimentos in­ternos da FCP., descriminando as atribuições do Diretor Geral da Se­cretaria e dos órgãos técnicos.

IV - Aprovar o plano econômico das aplicações de capital e cargú da FCP.

V - Determinar os estudos e pes­quisas de interêsse da FCP.

VI - Determinar ao Sp. o que fôr de interêsse para a boa execução dos serviços da FOP.

VI! - Aprovar o plano orçamen­tário anual e autorizar reforços ou transferências de verbas ou dotações.

VIII - Fixar os limites máximos dos v!lJlores das moradias, ved!lJdas obras que não possar ser qualifica­das como de tipo genuinam~nte po­pulu.

IX - Propôr ao Ministro do Tra­balho, Indústria e Comércio, as taxas de juros a serem estabelecidas, de acôrdo com os cálculos atuariais. observado o disposto no artigo 12 do Decreto-lei n.o 9.218, de 1 de maio de 1946.

X - Autorizar a delegação de ou­tras entidades, inclusive às Prefei­turas municipais, da atribuição que lhe cabe em matéria de construção de prédios residenciais. t

XI Expedir instruções para a constituição e funcionamento dos Oonselhos Regionais.

XII - Rever, em gr·au de recurso, as decisões dos Conselhos Regionais.

Artigo 8.°. Ao Superintendente (Sip). que será nomeado em comissão, compete:

I - Praticar os atos nec~ár10s à administração da Fundação e orga-

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nizar-·lhe os respectivos serviços, na conformidade do Regimento e das instruções aprovadas pelo CC.

II - Representar judicial e extra­Judicialmente a Fundação, podendo c!elegar e~sa representação.

Artigo 9.° . No caso da vaga do cargo de Superintendente, cu de im­pedimmto, dêsse titular, o Ministro CiO Trabalho. Indústria e Comércio, desi;nará quem o exerça interina­ncnie.

Artigo 10 0. Ao CT que será cons­tit1:ido de profissionais especializa­óos nos assuntos concernente." à5 ativid"des da Fundação compete:

I - Estudar e emitir pareceres sô­bre os projetos elaborados para as construções populares.

II - Apresentar sugestões sõbre planos ou projetos que devam ser executados pela Fundação.

Artigo 11 - A junta de Conlrôle (JC), que se conporá de 9 (nove) membros será interrogada:

- pelos representantes das msti­tuições de previdência social coopera­doras:

- pelos representantes do Minis­tério do Trabalho, Indústria e Co­mércio: - por um representante do Ministé­rio Público.

Parágrafo único. O Presidente se­ra escolhido anualmente, por elo::ição, dentre os seus membros.

Artigo 12.°. A JC compete:

I - Registrar os planos orçamen­tários aprovados pelo CC.

II - Exercer o contrôle orçamentá­rio, levendo ao conhecimento do CC as irregularidades, e ao Ministro do Trabalho, Indústria e Com.ercio, aquelas que, pela sua natureza, não possam ser sana.das por aquele órgão.

m - Emitir parecer sôbre os ba­lanços e os a,spectos econômicos do rel:t tório anual apresentado pelo Sp.

IV - Realizar os exames e perciais neeessárias ao bom desempenho de suas atribuições.

Artigo 13.°. Aos CR, que serão constituídos e funcionarão na forma

presvista no item XI do artigo 7.° compete o estudo e a decisão dos as­suntos da competência da Fundação, no :1mbito das jurisdições que lh-: fo­rem definidas.

CAPÍTULO UI

Da administração econômica e financeira

Artigo 14.°. Os recursos da FCP, constituídos na forma prEscrita pelo artigo 9.°. do Decreto-lei n.o 9.218, de 1 de maio de 1946, e, bem assim, o j;roduto de was operações serão aplicados no custeio das atividJdes n~{!essárias ao perfeito desemperillo de suas atribuições, consoante os pl:mos econômicos e finan::éiros aprc,'a ::los.

Artigo 15 0. O planejamento eco­nômico fz.r-se-á pela fixação, para um quinquênio, das despesas globais c:iscriminadas por tipo de atividades a receita. provável para igual perío,io.

Artigo 16.0 • O planejamento finan­CEiro ccnstará da elaboração anual de um plano orçament:.\.rio de vigência coincidente com a duração do ano civil.

Parizrafo único. O plano urpa­mentário a que se refere êste artigo deverá ser proposto anualmente. até o dia 3 de outubro ao CC, o qual de­verá pronunciar-se sôbre o mesmo. dentro de trinta (30) dias. em falta do que considerar-se-á desde Jogo, aprovada a proposta original.

CAPíTULO IV

DisposIções gerais

Artigo 17.°. O pes,soal da FCP. se-1',1 oomposto por servidores requisi­tados aos serviços públicos federais. estaduais, municipais ou autárquicos, c por a,c!uelcs que forem admitidos mediante prova de habilitação.

Parigrafo ú::tico - Os servidorps l;dmitidos dirct'lme:1te nela FCP fj­G?lll sujeites a lzzislaçãõ do trabalho, no que di::;ser respeito a seus di­rl'itos e deveres, s:=ndo contribuintes do Instituto de Auosentadcria e Pen­SÕ2S dos Bancários para os efeitos da Prel'idê::t::ia Social.

Artigo 18 . A requi~ição, pOl' parte ,:.1 FCP de pessoal efetivo, CO!1trp.tado ou

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- 56 -

extranumerário das instituições de previdência social, será feita sem prE juizo de sua remuneração ordiná. ria.

Artigo 19. A FCP aproveitaré, sem­pre que possível, os serviços congê'1e. res já existentes nas instituições de previdência social, no que se r efere a pessoal, material, instalações e re· curws técnicos .

Artigo 20 .0 • As instituÍl;ões de pre·· vidência soci:fl deverão prestar à PCP a asistência e à COlaboração que lhes for::m solicitadas.

Art. 21. A remuneração do Sp . será fixada pelo Ministro do Traba­lho, Indústria e Comércio.

Artigo 22 - O prazo ce dura-ção da Fundação será indetermi­n a do; a sua e x t i n ç ã o ser:i feita por decreto do Presidente dft República, por iniciativa própria ,)U

medünte proposta do Presidente du ConsêJ.."1o Central, determinando-se r..o Decreto o destino de seus bens. (Códi~o Civil, artigo 30) .

Artigo 23 .0 • Os presentes estatutns, uma vez aprovados, serão registrados no livro próprio C:a Procuradoria Ge­ral do Distrito Federal e no Regis .. tro de Títulos e Do::umentos e somen­te poderão ser alterados pelo Minis­tro do Trabalho, Indústria e Comér­cio, por iniciativa própria ou suges­tão do CC. - Otacilio Negrão de Lima.

DECI\E70 N.o 9.777 - DE 6 DE SETE~lBI\O

DE 1946

Estabelece bases f inanceiras para a "Fundação da Casa Popular" e dá

outras providências

O Presidente da República, usando da at.ribuição que lhe confere o ar­tigo 130 ela Constituição decreta:

Art. 1.0 - A Fundação da Casa Popular (FCP) , criada e regida pelu Decreto-lei n.o 9.218, de 1.0 de maio de 1946, para que atinja as suas fi­nalidades, incumbe:

I '- proporcionar a brasileiros, e a estrangairos, com mais de dez anus de residencia no país, ou com mais de cinco anos quando tenham filhos bra-

sileiros, a aquisição, ou construção, de mora.dia própria, :la zona urbana ou rural;

I! - financiar , na zona rural, a construção, reparação, ou melhora­mento, c!e habitações para os traba­lhadores, de arqui tetura simples, e de baixo custo, mas que atendam aos requisites mínimos de higiene e con­fórto, bem como suprimento de ener­gia elé trica ;

lI! - financiar as construções, de iniciativa, ou sob a resp.onsabilidade de Prefeituras Municipais, empresas mdústriais ou comerciais, e outras i'1tituições, de residências de tipo po- ' pular, destinadas à venda, a baixo custo, ou à locação, a trabalhac!ores, sem objetivo de lucro;

IV - financiar obras urbanisticas . de abastecimen to dágua, esgôtos, su­primento de energia elétrica, assisten_ cia social, e outras que visem a me­lhoria das condições de vida e bem estar das classes trabalhadoras, de preferência nos municipios de orça· mentos reduzidcs, sob a garantia d~ taxas ou contribuições especiais, que para isso forem criadas;

V - estudar e classificar os tipos de h abitações, denominadas - popu­lares - tendo em vista as tendências arquitetônicas, hábitos de vida, con­ciçõas climáticas e higiênicas, recur­sos de material e mão de aura das principais regiões do país, bem como o nível médio , econômico ou na es­cala de riqueza do trabalhador da região;

VI - proceder a estudos e pesqui­sas de métodos, e processos que vi­sem o barateamento da co!!struçã<l, quer isolada, quer em série, de habi­tações de tipo popular, a fim de ado­tá-los e recomendá-los;

VII - preparar normas, 0:1 cader­nos de encargos, de acôrdo com o re­sultado àê~ses estudos, para o esta­belEcimênto das condições bás;cas a que devem satisfazer os planos a se­rem atendidos pela FCP, tendo em vlsta, espEcialmente, máxim:l amplia­ção possivel da área social de seus benefícios :

VIII - financiar as indústrias de materiais de construção. quan{io por deficiência do produto no mercado se tornar indispensável o estímulo do cré­dltO, para o seu desenvolvimento ou.

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aperfeiç'oamento, em atenção ;- é:S [::.,­nos ou programas de rea1izc.çÕ2S àa }'CP;

IX - estudar, projetar ou ol'gam­zar planos de construçr.o de habita­ç'ü:;s ao tIpO popular, a serem cXi'cüta­df,S diretamente pela FCP1'.J li,v diante contra to com terceiros,

X - cooperar com as Pref"itm'as c.os pequenos municípios, que não d.isponham dê pessoal t2cnico habiE­tado, quando de todo indispensável, e na medida dos recursos disponíveIs da FCP.

XI - realizar tôdas as ,})2l'ações que digam respeito à r.lelhrJ)' L:':êCUÇ?,O aos pequenos muni:ipi03, '1 '.lI; não bt:lções e competência q'Jé' forem COI1-ltridas pela lei.

Parágra10 único. Em casos ~spf;cia; _ , poderá a FCP arrendar ,l~ h"bita­çõcs que façam parte de 5~U j);1t.ri­monio lmobiliário.

Art. 2,° O patrimônio da F'unuação da C8sa Popular, além [\0 éjL<C esta prevIsto no art. 9.0 co DcC'l'2to-lel ne 9.218, de l.0 de 111"10 de 19';'6 f:ca c '::lstiwíclo pelos segu,l1::e~ ber.s c di­l;.,tc~:

l-a contribuição c:':ada 1)':0 V~­C~ c~G-lei:

II - tc::!c o ma.terial o'nE~Ul~:l : c' utilizrrdo pel?s Cürni::sõcs 'de E::ci211 ·· Cla. el':tintas p210 Dc(?reto-l~ ' nUl1le;'cl 9 503, úe 23 Ql j1:;1l) GE 19!Lí, U2 "c':';­do con1 83 f2;:;PCC .. >.:os bJlaur;C3 cu ~l~­\E!1tá!lC3.

Art. 3," F:ca crüda., -::o:no Ic3;I[L CP. rccc~t::l dJ. FCP, a '';(JL~l'/~/J:';~:o obr:.g2.tóna de 1 (/ C {",.lll1 ~Ll' {,Clt~1

sôb::-c ü vElor do Imóv-21 d ~qU;!'~ .. ~LI, ql:s.l~·l:er qUe sej3. 2, lcrn12 .. JJ1"·ij:·:-! ~l ón aqulSlç':'O, c;obrJda j1:nt:unent' CU!ll o irr..;::sto df' tl':ll1S!ni.:.s2.o, de vnlor i;lD.: ,'u s,.:;encr a Cr$ 180.000.U~: (c;l.l':J mil cn:z~~ros) .

Pu!',A:;rafo uni'.2o. O orzú() 3yrc.c:t­dUtor re::.)onsá \' 21 rec,)! ht:á fl1-2n"al-filent2, a G.:spo,siçüo da PGP I n,J B:U1CC 110 Blasil S. !\.. o prcóülú Q'1. al'l'2C:l­d2 ... Ç.?~O .

Art. 4.U A PCP, inicialmente e de prl~2rêIlCi3.J atuará nas jiver~3.~ re­giÕeS m:.midpais, por intern:~,:io t::\ Preleit u:'a local.

Art. 5.0 O Superintendente a,tc;:. ­Jer-se-á diretamente com ()s PI'2fc,­tos municipais, no ~-entido de cor:hc-

cer as reais necessidades do mu:nd­pIú, em r elação aos encargos da PC?

P arágrafo ún ico, Para êsse fim, o P:efeito, ou pessoa a quem. admmis­tra.tivamente, houver incumoldo de re­presentá- lo nesse ato, assinará na ~ede da FCP, juntamente com o Su­perintendente, um têrmo 0U flCnR (,e inscrição, que valerá desde logo. como compromisso de colaboração da Pre­feitura, na obra da Fundação da Casa Popular.

Art, 6.° No estudo dos seus plano" ('ü programas de aplicação de r2,:;m'-50S, a FCP deverá atender nRo só a~ reais necessidades de cada reg:ão c()mo t.ambém à~ suas condiçõb eco­nômicas, nível médio do pod,,!' al[\lÍ­Sitl'/O do trabalhador, valor d3 obra CC!ll0 fomento à economia ]'J<:2.] e ou­t:'os aspectos do complexo social -c-::onômico, objetivando? eql.:ltJ.tin Cllstri buição daC!, ueles rec ursos.

Art. 7,° Os Conselhos RC!';:Oll:,'; c:a FCP, que deverão constituif-,':;, nc~ municípios, junto às l'e"pc:ct:VáS Prefeituras, ob2decc:rão às 1l13C"'l:Ç~J, s eX;:Jeiidas p·elo Consel~lO C,"lt,'ul LI, FJndaç2..o.

Art. 8.° A aquisição cia r:2s:dell­t!!:i, pelo lnteressado, obcueCl 'ja~' L~ (cterminaçõcs do D2CI'Cto-lci num· ;'0 !J.210, de 1iJ~6, deverá atende> :1111-:': a ~I norn".as eS;J2ci3.is, expedirl~, l~":o "'::uns"lllo Central.

AI't 9° As p"e'toço'o," tn"'1""" ,.,.~ •• ... :) ~ ...... .) .. _ .l.~_ .... "..I .... ,_ ... l

arnor~izQção r:e débL.os àJ.3 tr .. i.})8lhJ­dores Ol! servidores à PCP ,el{:O C,,:l-51gnadas para desconto em fclllC\ C:S ·".'O· "Y)~llto 0'0 elnpl'e-~a ou r~') ""'''~'J l .... ~b.lL........ ..l _. \""j_ .. ~._ 1..1. .... __

u:"l~e :,;crVireI:l. fi. conslgnaç ....... ü ll~~O 11 ""o,'oooora a pOI'c"ntaon'j' rp" f J'1' I .... -(. ·. l-"~~,_ ..... .;..I" ........... .=,_ J. '.1"<'-

a >l'c·,;z:.j;.!.. p, . ..lo COll.s~lho Ce!1~r ... ,;.

An. 10. O Superintendent-e c!J FC? .~ 1l12:::1C!'O n:.to (to Cc:!selho Cenlr.~l e Pr~:::idc:nte do Cons21ho .lf.:l3nit.) t~ 8.. 1"un:1a:;5.o, que se constituira ri,,' acôl'­CiO com o que fór e~(ab-el€c:do no H;;­gilYlt:l1tO.

Al't, 11. Os serviços dfl. POP ~d,:; considerados públiccs federais Tlcan­do em consequênci::l os ;:;0U~ 02115 C ~I tos ;senws de todos os lmpo~tos cu r:':butaçães federais, estaduais e mu­n:cip:::is.

Art, 12. A FCP não ficar:i. cbri-b""'a às po",uras municipais no qU2 c::;ncerne :lO loteament.o e às caracte­Á'Uicas da habitação.

.... co

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Art. 13. Ficam expressamente re­,vogados a alínea d e o parágrafo úni­co do art. 2,0 do Decreto-lei n.o 9.218, de 1.0 de maio de 1946.

será iniciada 30 dias depois. Art. 15. Revogam-se as disposiç5es

em contrário .

Art. 14. O presente decreto-lei entrará em vigor na data de sua pu­blicação, salvo quanto à contrib'..:ição -ele que trata o art. 3.0 , cuja cobrança

Rio de Janeiro, 6 de setembro de 1946, 125.0 da Independência e 58.0 da República. - Eurico G. , Dutm.

Publicado no D. O. de 17-9-46.

E<'ERcíCIO DE 1945

Disponibilidades e acêrvo dos Inst itutos

Industriários: Em Caixa e em Bancos ................................. . Responsabilida.de da União e diversos ................... . Acêrvo (ativo geral) ................... 2.384.433.978,10

Soma

Comerciários: Em Caixa e em Bancos ................... ... .......... . Responsabilidade da União e diversos ......... ...... ... .

Soma

Acêrvo (a.tivo geral) . ............ .. .... 2.302.563.073,30

Maritimos: Em Caixa e em Bancos ......... , ........................ . Aoêrvo (ativo geral) ......... . . . . . . . . . 557.419.052,20

Bancários: Em Caixa. e em Bancos . . .... .. ...................... . ... . Responsabilidade da União e diversos ............. ..... . . .

Soma .............. . . .. ... ................. ..... .

Acêrvo (ativo geral) 421 . 678. &66,60

IPASE: Em Caixa. e em Bancos e diversos ....... . . . ... . ......... . Acêrvo (ativo geral) ................... 650.049.803,50

Resumo: Disponi bilidad es :

Industriários . . .......................................... . Comerciários . . ... .. ............ .. ...................... . Marítimos ............................................. . Bancários . . ............................................ . IPASE ........................ .. ....... ...... .......... .

Soma ...... ........ ......... . .. . ................. .

Acêrvo: , Inàustriários . . ................................. . ....... . Comerciários . . ......................................... . MarHimos . . ........................................... . . Bancários . . ................. : ...................... " ... . IPASE . . ................ . .................. . ........... .

Cr$

408.991.154 70 932.883.4'78,50

1.341.874.633,20

476.727.25'1,50 387.629.650.10

864.3&6.902.10

171.785 .960,40

33.584 . 217,50 27.747.694,50

61. ~34. 912,00

Cr$

59. 167.564,80

1. 341. 874. 633,20 864,356.90-2,10 171.785.960,'10

61.331.912 ,00 59.167.564,80

2.508.516.9'72,50

2.384.433.978,00 2.302.563.073,20

577.419.052.20 421.678.866,60 650.049 .803.50

Soma . ............................. ... .......... 6.336.144.773,50

(Referentes ao exercício de 1945.)

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A Comissão Executiva, cmnprindo o disposto no art. 167 do Regimento Interno, opina no sentido de que seja julgado objeto de deliberação o projeto apresenta,do pelo Sr. Jônas Correia, cri:mdo a Caixa Federal de Habitação Popular, m(}di~icando a denominação e estrutura ela Fundação da Casa Po­pular, e dá outras providências.

Em 24 de dezembro de 1946. - Lamcira BittcncoU1t , Presidente em exercício. - Eurico Sou.~a Leão. - Lauro Montenegro. - Hugo Carneiro.

Impre nsa Nacional - J:io df' Janeiro - I1ra"i[ - 19H.