em t ...... de - Câmara dos Deputados

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, -I República dos Estados Unidos do Brasil I Câmara dos Deputados ASSUNTO : 2391 Protocolo n.O ............. . , O) _. CUlilisU30 -:: rla ..• E:ntl:lr Q6 1'ee ... ro 6 Cinema , E:-,·l.,a telec e '3 , o tr igator iedade o;. e x i ti-são 06 r il.:l6s na ci Ql1a.i,. c C16 longe uetregsm e da liutr8s c DESPACHO: r'1 .- ... ........... ...................... ....... . ...................... . ........................ ........................... .. em t ...... de - DISTRIBUIÇAO Ao S. \ ;- O Presidente da Comissão d Oi ' : Z 'Ao Sr. . O da Comissão de 'O k Sr . VtJ, Ik- O President da Comissão de .. I-- Ao Sr. W O Presidente da Comissão de Ao Sr. O O Presidente da Comissão de Ao Sr. 1.1. O Presidente da Comissão de «:l. Ao Sr . .............. . O Presidente da Comissão de Ao Sr. O Presidente da Comissão de .. Ao Sr. ..... . .................... . O Presidente da Comissão de de 19 /7 .. , em 19 ....... , em !y" .,,·j1fJ Ú.f,. ... ,em 19 ... ,em 19 em ... 19 ,em ... 19 . I , em 19 . , em ..... 19

Transcript of em t ...... de - Câmara dos Deputados

,

-I

República dos Estados Unidos do Brasil

I

Câmara dos Deputados ASSUNTO : 2391 Protocolo n.O ............. .

,

O) _.

CUlilisU30 -:: rla ..• E:ntl:lr Q6 1'ee ... ro 6 Cinema

, E:-,·l.,a telec e '3 , o tr igator iedade o;. e x i ti-são 06 r il.:l6s na ci Ql1a.i,. c C16 longe uetregsm e da liutr8s trúvÍ(l~!.cl.bS.

c DESPACHO: r'1 • .-

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em t ...... de

-DISTRIBUIÇAO

Ao S. \

;- O Presidente da Comissão d Oi ' : Z 'Ao Sr. yif~~~

. O ~side~ da Comissão de

'O y~o k Sr. VtJ, Ik-O President da Comissão de ..

I-- Ao Sr.

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~ Ao Sr.

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1.1. O Presidente da Comissão de

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O Presidente da Comissão de

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Ao Sr. ..... . .................... .

O Presidente da Comissão de

de 19 /7 ..

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Projeto N,o de

Emenda:

Autor:

Discussão única _

Discussão inicial .

Discussão final

Redação final

Remessa ao Senado

Emendas do Senado aprovadas em

Sancionado em de

Promulgado em de

Vetado em de de

Publicado no "Diário Oficial" de

lO >< ·i ()

SINOPSE

de de19

,

J

,

de de 19

de 19

de 19

de 19

de de 19 ........ ' ,

\

CJ)~USS '" o DE EDUC, çÃO E CULTUR

Voto em separado ao Projeto n Q 472/49

... situaçao verdadeiramente angust iosa do cinema bra -

, sileiro determin ou no ano passado um energico movimento de opi -

... , niao , de que se fez eco a i ~prensa do pais e cuja i mediata

sonâ ncia na Câ mara dos Deputados determinou a creaçã o de uma co-... ,

missao de inquerito , ~ais tarde estendida ao teatro nacional e A ......

que funcionou duran~e meses sob a denominaçao de "C o'nissa o Parla -

mentar do Teatro e do Cinema" . ,

Ai prestaram se ~l depoimento , especialTtente convocédos , ,

produtores , distribuidores , exibidores , crit i cos de ci ne ~a , re-. ...

pre sentantes de assoclaçoes de classe , etc ••• E do conjunto ~e~

... ses de }J oimentos , embora ITluitos del es prejudicados pela suspei çao

. ' ... de Interesses proprios , resultou a mais desoladora das conclusoes.

- O cinema nacional vi ve quasi -inteiramente ao desam , , ,

par o dos »oderes publicos . O Brasil e um dos raros paises do mUl1-

... , , do que na o cuida da sua industria cinematografica , embora a mesma

... seja uma f onte certa de re n(ta , um seguro derivativo para a evasao

... de divj.sas , e u'n elemento preponderant e de educaçao social .

- , ~ , Nao existe na si s tematica da ad ~inistraçao publica um

' . ",.,. ... unlco orgao ·i.ncumbido de estud ar o assunto e fO!:lentar a produçao

de tão rendosa indústria . O protecionismo , e'TI nossa l egislação , d3

t em- se temer os o c.1 ea nte d o fi lme extrangeiro . -Ss:Jarra -4iatt c om o m<Ja ,

tro de um trust pod erosissimo e ameaçador .

O Governo, parece , tem alergia pelo cinema nacional .

E, sem o necess~rio a ~ pa ro moral e mat erial , os seus : ... ...

idealisadores e batalhad ores sao , entao , obrigad os a trabalhar sem

a garantia de inversão de grand e s ca~it a is , num r eei me de improv,i - - , , .

saçao e empirismo , que , evidentemente , se na a ajusta a tec Dlca m.Q

derna .

l1as , que fazer? Se nenhuma a juda lhe . vem , e a pequ~

na proteçã o que consegue. é dificul tada e sofisticada , quando da

- 2 -N •

prestaçao de contas pelos exibidores , na ca mais p o~e fazer esse

ad mirável grupo de malucos ohstinados , que tem acredita o no ci ,

nema nacional e a C t.l j 0S s3crificios e patri otis:no c] eve!1}os o pOjd

, co q ~.l.e ainda foi possivel realizar, 8./Pesar de tantas dificu1à-ª

des • • _ A

Enquant o na o damos a menor irlportancia a o filme Dê

cional, esca ncaramos as portas para o filme extrangeir o, basta,n

-do citar para mostra da absurda realidade da presente situaçao , , ,

brasileira, 90 S seg uint es estatisticas , as ultimas estatistic3S

ofici ais que possuimos e referentes a 1947 e ao lQ semestre de

1948 a

o Brasil i mportou em 1947:

1 . 809 filmes norte-a mericanos

168 " A

franceses

80 " A

ingleses

60 " mexicanos

52 " i ta liarios

43 11 areentinos

De . a c ord o c om a -Fi sca 1isaça o ,

"Sancaria, 8xportamos

em 1947 , correspondentes àq ueles filmes:

6:$ 100 . 510 . 600 , 00 (CETI! l1I1HÕES QUINISNTOS E DEZ TUL

E 3EISCEi~T03 C~UZEIROS) • ,

E no primeiro semestre de 1948 o Brasil ja havia

exportado ~ 84 .081 . 100 , 00 (oitenta e quatro milh~es e oitenta e

um mil e cem cruzeiros) , H

E e caro o filme nacional? - Nao .

Orson Vlelles chegou a dizer certa feita: "O quanto " A " nos gastamos para pensar nwn filme , voces ga stam para realiza-

-lo . " E 1e i t a o d e Ba r r os:

"O Brasil gé1, sta com u:n filme o que Portuga l dispen

de para li

~·I./-Eo.

E as fitas nacionais - , d d "" .,. ,. . ~ . ao ren as: - . JagnLl1cas.

, , , O publico br 3sileiro ja esta reconciliado com o ci

- 3 - I ,

nema nacional . Vai longe aquela epoca em que o transeunte , por sno-~, H

bismo ou i gnorancia , vendo o anuncio de U'l1a fita nacional , nao en-

trava no cinema , e preferia ir assistir um mocinho a Ealope pelo VM-/ ,

far - we st T dois troglodi tic os americanos se esmurrarem c·orc1ee l ment a ,

E o cinema brasileiro da lucro? ~s boas fitas brasi -H

leir3s da o mais lucro que as mel hores fitas extrangeiras . H _ ,

E porque , entao , essa situaçao absolutartente inexplic~

vel? , ,

Ja foi dito que o brasileiro e misteriosaMente inteli -

gente . {est~ um caso em que se confir~a a originalidade da asser-H ,

çao . E comum o reconhecimento da nossa incapacidade para enfrentar

" e resolver objetivamente os nossos problemas . Falta de inteligenci~ ,

Mas num pais que se or gulha dos mai s altos e cintilantes cabe~ais

de inteligência e cultura? - I.listério . menos que a caus~ seja OU-

tra , e , <iesgraçadamente , peior .. moral _ 16 deante àas garras tenta­

culares do poderoso trust extrangeiro e nacional do cinema , facili-, ~

todo por inacreditavel abuso do poder econom_co , tAI~ cujas ,

~meaças e represalias , a energia moral se submete d0cilmente . H n

~'eitas eS 3a s consideraçoes , entremos no a~aeo da ques-H

tao . H

Deante de tao desoladora realid 3de , o ilustre deputado ,

Brigido Tinoco apresentou dois projetos que foram to~bem subscritos H H

pela entao Comissao Parlamentar do Teatro e Cine~a: um , creanào o

"Conselho Nacional de Cinema ll , :)rojeto de ampla defeza do cinema

" nacional , m3S depen(jendo de grande financiamento por parte do Gove.r ~ ,

no ; e outro de emergencia , e q1le e o projeto e['1 apreço . H ,

Yes sa ,Ir oposi ça o, entre outra s c ous:, s, e tornada obri , H

gRtoria a exibiçao de filmes nacionais de entre~ho e de lcnea me -

tragem , declarados de "Bôa qualid ade" pelo servi ço de Censura do

Departamento Federal de Segurança P6blica ; os cinemas de primeira H

linha ficarao obrigados a , l ~ (r,'~h:i I

exibir um fil~e inedit o naocalic1ade?, e

os de segunda ~ linha , _", -filmes , fic ando os der.ais na obrigaçao

- 4 -,

de exibirem, pelo menos , quatro filmes, todos pDr bimestre e ine-

" ' ''' ditos no cinema exibi dor; ow"az o minirr'o dessa exibiçao fica sendo

de uma semana, etc ••• ~ ...

Como se ve, pede-se muito pouco . E, em relaçao ao que ... , ( , . ... ,

ocorre com a proteçao que varios palses Olspensam a sua industria , ,

cinemato[rafica, e q~Bsi nada . " , ...

Paises ha que proibern terminantemente a i mp ortaçao ...

de filmes extrangeiros ou a dificultam consideravelmente .

" Foi assim que a Italia e a França conseguiram ter o

seu cinema .

Portugal "a fi :"!} de proteger , c oordenar e estimular a ... ... ...

procuçao do cinema nacional e tendo em atençao a sua funçao social

e educativa , assirr.. como seus aspectos artlst·ico e cultural", criou

o Fundo do Ciner::-la Nacional e determinou que os filmes portueueses

... " de grande metragem seriam exibidos na proporçao minima de uma semana.

nacional p8ra coaa cinco semanas de cinema extrangeiro , independen-, , ,

temente do numero de espetnculos semanais . = o que di~ a 1ei nQ

2 .027 , de 18 de Fevereiro de 1948 .

Encaninhado o projeto do represente fluminense a esta ...

Comis sao , foi designado relator o ilustre deput ad o àurel iano Leite o

~IIa s c om grande .3 urpresa nossa , o representante pa uli s­

ta ~ tão conhecido nesta Oomissão pelos seus altissimos cré0it os de ~

inteligencia , cultura , valor moral e apaixona do conhecedor de nossa

~ist6ria , das nossas realidades e dos problemas nacionais, e apezar ...

" e ~er feito parte da IIComi ssa o Par la mentar de Tea tr o e Cine!!la" e ter I

" ele ,

proprio assinado o pBojeto do Deputado Brigido Tinoco , do qual ~ o ,......

r,@iijint'l relator , apresentouumvotocontrari o asuaaceitaçao l ,

E certo - e felizmente - que S. Excia . conclui seu voto ... ... ~

dessa forma , nao pelo fato de nao reconhecer jut os motivos de prote-... ...

çao a classe dos produtores do cinema nacion91 , pois pé. r a S.Excia ,

conforme e screveu , está o "Legislativo no dever de ir em socorro

de classe :tão sacrificada , ajudando-a a levantar-se" • . .Ias, aten-

- 5 -, A

-

dendo a circunstancia de preferir aguardar , pri meiro , a a, rovaçao

do outro projeto do ~ oe~)Utado Brigido Tinoco e que cria o I'Con­

s elho Nacional do Cinema."

=,~ão pocer'los concorda r com esse critério. Se ficarmos

... a esperar pe la aprovaçao do projet o criando o "Conselho Nacional

do Cinema" , nem teremos esse Conselho , neM veremos transformadas em • . " , ~

realidade as asplraçoes minimas do projeto de erlergencia , que ora

apreciamos .

o projeto criando o "Conselho Nacional de CineMa", '

exigia. do Tesouro, para o seu financiarnento) que seja incluida no

Orçamento da

zeiros (art.

, ...

~epublica , anualment~ a quantia de oito ~ilhoes de cru-

, , 33) - o que e, hoje, dentro de normas ri g i ~ as de econo-

mia deterrrlinada s pelo Gov~rno, praticamente inexequ{vel .

hecusar uma proposição de emerg~ncia, simples, ~odes-

... . ta , e que nao acarreta despesas, na e~perança de que um dia venha

a ser aprovado aquele projeto, de la rga enver f adura, muito complexo,

... mas de grande despesa , parece-nos que se nao ajusta aos dita Me s do

A

bom senso, da prudencia, da sabedoria parlamentar e do desAjo since-,

ro de resolver-se wn problema ureente , cono e o do cilnema nacloaal,

.. , e que afeta nao so ma~eria lmente as nossas finanças, mas a tinge ,

, ...

tambem, a nossa educaçao e a nossa cultura, as nossa s energ1as es-

piri tuais •

Estamos certos de , ..

que , a vista da exposiçao f eita e

... das objeçoes apresentadas , sem

lIe ~~ outr O/~ que não seja o do

.., ...

intere'sse nacional, esta Comissao , fiel a sua honrosa tradiçao àe

... ... zelo pela nossa educa çao e cultura, lanRnta N- nao poder acei tar o vo-

to do preclaro deputado Aureliano Leite e aprovarf(. o presente projeto,

va la das sessões , ~i de :!larço de

DE CâRV LHO

,

c as o DE EDUC ç o CULTOR

Voto m s parado ao ojeto n 412/49

.. . l si tuaçao verdadeiramente angustIosa do cioe a bra-

, sI1elro determinou no ano passado um nergico ovimento de opi-

nião, d qu se fez eco i~prensa · do país cuja 1m dista rel-~ ~ .

sona eia Carnara dos ap.ut dos determinou a er aça o de uma co-.. , la ao de inquerlto, . ais tarde est nd1da ao t atro nacional e

~ --que funcionou durante meses sob a denominaçao d tt Qmissao Parl -

manter do T atro a do Cine tt.

í prestara so 1 depoimento, espacial ente convocaio9.

produtores, di trIbuidores, exibidor , críticos de cinema, r ~

-pr sentantes de assoei çce de elas a, etc ••• E do conjunto de ~ ..

ses depoi ntos, e bora muitos deles prejudicados pela sU p 1çao , ~

de lotera ses proprlos, resultou a ais de oladora das conclusoe~

- O cinema nacional vive qU8 i inteIra nt ao desa~

paro dos . "ere , , ,

publicos. O Brasil e um do raros paises do mun-.. , ,

do que nao cuida da sua industria clnematograf1c t e. bera a esma • • ..

se a uma font carta de rend , um se uro derivativo para a evas o

de divis s, e .. um aI m nto preponderante de educaçao soei 1. ". , .. , ao existe na si ' t 'Aatica da adm1n1straçao publica

, ,.. .. unico or ao incumbido de estudar o as unto e fomentar a produçao N' .. de tao rendosa indnstria. O proteclon1s o, em nossa legls1açao,d~

tem-se temeroso deante o filme extr ngeiro. Esbarra~ com o m

tro d \lID tru t poderos1s i o e ameaçador.

O Governo, .par ce, tem a1 rgla pelo cinema nacional. ,

, sem o necessario a' paro moral e l!l8terial, os s s

1dealisadores batalhadores -o, ent-o, obrigados a trabalhar sem ..

a garantia de 1nversao de randes capitais, num regime de improv,l .. .. , , saçao e e p1rismo, que, evident ente, se nao ajusta a tecnica o

• ~s, que fazer? Se n nhu ajuda lhe ' vem, e a peq~

na proteção que consegue. é dit1cultad ofisticada, quando da

- 2 -.. prestaçao de contas pelos exibidores, nada mais pode fazer esse

, ad 1ravel grupo de malucos obstinados, que tem acreditado no 01 nema nacional e a ou~os sacrifícios e patriotismo devemos o po~

co que ainda foi possível realizar, a/Pesar de tantas dificu1d~

des. _ A

Enquanto nao damos a menor importancia ao filme ~ • ciona1, escancaramos as portas para o filme extrangeiro, bastan

.. do citar para mostra da absurda realidade da presente situaçao

brasileira, as seguintes estatísticas, as últimas estatísticas

oficiais que possui os e referentes a 1947 e ao 19 semestre de

1948.

em 1947,

o Brasil importou em 19 • •

1.809 filmes no:bte-a er1canos

168 f' A

franceses

80 . " A

ingleses

60 ti exicanos

52 It 1 ta lian08

43 " argentinos .. ,

De acordo com a Fiscalisaçao Bancaria, ,

correspondentes aqueles filmeSl

exportamos

a 100.510.600,00 (CEM ITLHÕES QUINHENTOS E DEZ l IL

E SEISCENTOS CRUZEIROS) ,

E no primeiro semestre de 1948 o Brasil ja havia

exportado~ 84.011.100,00 (oitenta e quatro milhões e oitenta e

um mil e cem cruzeiros) -lo :I , ..

E e caro o filme nacional? - Nao.

Orson elles chegou a dizer certa feita: "0 quanto ~ A' nos gastamos para pensar num filme, voces gastam para realiza-

lo." ...

Leitao de Barros:

"O Brasil gasta com um filme o que Portugal dispell

de para ~ ... ()_ J , m@J"""1IA ~ ~ ,.

E as fitas nacionais dão rendas? - agn{ricas. , , ~ 1 O publico brasileiro ja esta reconciliado com o c_

• ,.

,

,

nema nacIonal. Vai long ,

aquela epoca em que o transeunte, por sno-~ , ' -bismo ou 19norancla, vendo o anuncio de u a fita nacional, nao 811 ..

trava no cinema, e preferia ir assistir um mocinho a galope pelo

far-we§t ~dols troglodlticos amerlQanos Sê esmurrarem oordealmenta

E o cinema brasl1eiro 'dá lucro? s boas fitas bras!-

-le1ras dao mais lucro que as melhores fitas extrangairas. - - , E porque , entao, essa sltuaçao absolutamente 1nexp11o,i

vaI? , t

Ja foi dito que O brasileiro e misteriosamente inteli-

gente. ! está um cs o e~ que se confirma a , originalidade da asser-. , çao. comum o reconhecimento da nossa 1ncapacidade para enfrentar

'" e resolver objetivamente os nossos problemase Falta de lntel1genci~ , ,

... ~as num pai que se ,orgulha dOQ mais altos e cintilantes cabedais

de inteligência e cultura? - :Mlstéri,o. menos que a causQ/ seja ou­

tra, e, desgraçadamente, pelor ... moral ....... lt deante das garras tenta­

culares do pOderoso t~sst extrange1ro e nacional do cinema, fae1li-, A

tado por .1.nacred1taval buso do pOder econOOlico, c:V cuja , ,

a~eaças e represalias, a energia moral se submete docilmente .

Feitas ess S oonsiderações, entremos no âmago da ques-... tao.

.. Deante de -t o desoladora realidade, o ilustre deputado

- , Brigido Tinoco apresentou dois projetos que foram tambem subscritos

- -pela entao Comissao Parlamentar do Teatro e Cinema: um, creando o

"Conselho Nac10nal de Cinema", projeto de ampla defeza do cinema ,.

nacional, mas depend9.ndo de grande financiamento por parte do Gov9L ~ ,

no; e outro de emergencia, e qtle e o projeto em apreço. - , Nessa propos1çao, entre outras cousas, e tornada abri

, , .. gatoria a exibiçao de filmes nacionais de entreoho e de longa me -

,. tragem, declarados de "Boa qualidade" pelo serviço de Censura do

, Departamento Federal de Sogurança Publica; os cinemas de primeira

... ~ t?tJ\, ("'.~I.J"J-linha f1carao exibir um filme 1nedit~na localidado, e

os de segunda filrne~ 1cando ~ v,\~~

-os demais na obr1gaçao

- 4 - , de xlbirem, pelo eno t quatro fil es, todos por bimestre e ine-

ditos no einema exibidor; O"""AZO in1 o d ssa exibição fica sendo

de uma e ana, tc ••• A

Co o se ve, pede-se ...

u1to pouco. E, em relaçao ao que

ocorre com a .. ,

proteçao que varios paísos dispensam a sua indústria , ,

cinematografica, e quasi nada.

Pa1ses há -que proíbem terminantemente a lmportaçao ,

de fil es extrangeiros ou a dificultam consideraval ent •

'" FOi assim qu a Italia e a França conseguir am ter o

seu cine • Portugal na ti de proteg r, coordenar e estimular a

- ..-produçao do cinema nacional e tendo e at ençao a sua funçao social

e educativa, a sirtl como seus spectos artístico e cultural", criou

o undo S2 Cineos Nacional e determinou que os filmes portugueses

de grande etragem s ria exibidos na proporção 1n1ma de uma semana

nacional p r c ,da cinco se an s de cine a extrangeiro, 1ndependan-, , ,

te ente do numero d espetaculos semanais. E o que diz a Lei nQ

2.027, de 18 de Fevereiro de 1948 • •

Encamlnh do o projeto do represente flum1nense a esta ...

Comissao, foi designado relator o ilustre deputado ureliano Leite.

Mas com grande surpresa nossa, o representante paulls­

ta~ tão conh cldo ne ,t Comissão pelos seus alt!ss1mos créditos de A

inteligencia, cultura, valor moral e a lxonado conhecedor de nos a

~istórla, das no s s realidades e dos problemas nacionais, e apezar ...

de t er f lto parte da tlComissao Parlamentar de Teatro e Cinema" e te A ~

ele proprio assinado o pJfojeto do Dop tado Brigido Tinoeo,do qual ~ I

~ relator, " -apresentou um voto contrario a sua aceite çaol ,

E certo - e felizmente - qu S.Excia. conclui seu voto .. .. dessa forma, nao pelo fato de oao reconhecer j~tos motivos de prot e-

... , çao a classe do produtores do cine a nacional, pois para S.Excia,

, confor e e~creveu, esta o "Legislativo no dever de ir em socorro

d class ...

t tao sacrificada, ajudando-a a levantar-se". ~las, aten-

- 5 -~ A ...

dendo a circunstancia de preferir aguardar, primeiro, a aprovaçao

do outro projeto do ~ deputado Brigido Tinoco e que cria o uCon-

selho Nacional do Cine 1t •

Não podemos concordar com esse critério. e lcarntos ..

a esperar pela aprovaçao do projeto cri~ndo o onselho Nacional

do Cinema", nem teremos esse Conselho, nem veremos transformadas em

realidade as aspirações mÍnimas do projeto de emergência, que ora

apr ciamos;

o projeto criando o "Conselho Nacional de Cine a",

ex1g~ do Tesouro) para o seu financiam~nto/que seja incluida n? /_ ,, ' ...

Orçamento da Republica, anualmente...., a quantia de oi to ilhoes de ..cru-

zeiros (art. 33) - o que é, hoje, dentro de normas rígi das de econo­

mia determinadas pelo Govêrno, praticamente inexequ! a1.

Recusar uma proposição de emergência, simples, modes-...

ta, e que nao acarreta de pesas, na esperança de que um dia venha

a ser aprovado aquele projeto, de larga envergadura, muito complexo, ..

mas de grande despesa, parece-nos que se nao ajusta aos ditames do Á

bom senso, da prudencia, da sabedoria parlamentar e do desejo since-

ro de ,

resolver-se um problema urgente, corno e o do c~nema nacioaa1,

e que ... ,

afeta nao so materialmente as nossas finanças, mas ab1nge, . , ...

tambem, a nossa educaçao e a nossa cultura, as nossas energias es- .

pirltuais. , -Estamos certos de que, a vista da exposlçao feita e

- ~/ -das objeçoes apresentadas, sem outrO! _pis," que nao seja o do -, -interesse nacional, esta Comlssao, fiel a sua honrosa tradiçao de

, - -zelo pela nossa educaçao e cultura, lamentaDLnao poder aceitar o va-I

a-to dO preclaro deputado Aureliano Leite e aprova~ o presente projete I •

vala das Sessões,lr de arço de 1950.

AFONSO DE CA V. LHO

.'

caasslo DE EDUCAÇl0 E CULTURA =======- == ======== = =======

Parecer do Deputado Aureliano Lei~e ao Projeto 472-1949, que obriga a exibiçao de filmes nacionais de longa metragem.

o presente Projeto nl 472, que estabelece a obrigato-

riedade da exibição de filmes nacionais de longa metragem, , e

de autoria do nobre deputado Brigido Tinoco, tendo sido perfi­

lhado pela própria comissão Parla.entar do Teatro e Cinema, de , ,

que)alias, tambem faço parte. Na qualidade de seu membro, i-

gualmente assinei o Projeto, por me parecer conveniente ~det~ , ,

sa e ao estimulo do bom filme nacional. ,

Baixando ao Plenario, recebeu o Projeto cinco emendas:-

a la do deputado Epílogo de Campos, a 2a do deputado Castelo

Branco, a 31 do deputado Frota Gentil, a 4a do deputado Medei­

ro Neto e a 51 do deputado Baeta Neves.

Nessa altura, lembrou-se o seu relator o nobre deputA "}

, '" do Brigido Tinoco)de que era lnd1spensavel a audiencla desta .. -Comissao de Educaçao e Cultura. E o Projeto, por força de dl~

trlbuição feita a mim, veio ter às minhas mãos, aos 21 de ju-lho de 1949.

, Estudando-o imediatamente, assaltaram-me duvidas

que eu pretendia esclarecer em conversa com o relator da Comis-

-sao Parlamentar de Teatro e Cinema. Por isso e para 1sso, tra-, '" ' A

~ia o projeto a Camara dos Deputados, quando o esqueci num oq!

bus que faz o percurso de Copacabana ao Largo da Carioca. Do ,

fato, no mesmo dia, dei conhecimento ao Plenario, pedindo a re~ .. , .. A

tauraçao do processo. Alias, nao se tez precisa a providencia,

pois que o processo toi achado e, da! a dois dias, recebi-o das

- '" maos de um popular de boa vontade. A A

Sobre a medida pleiteada pelo Projeto em apreço, ouvi

todas as entidades nele interessadas:- os produtores de tilmes,

= 2 =

, os distribuidores, os exibidores e os proprios cronistas es-

pecializados no assunto.

em fins de J ulhO, atendi

Podendo mesmo emitir o meu parecer ,- , a sugestao dos meus proprios compa-

... nheiros da Comissao Parlamentar do Teatro e Cinema de aguar-

, dar alguns dias mais, ate que me tossem prestadas1por escri-

... to, certas elucidaçoes a que se comprometeu o "Sindicato das

A , ,

Empresas Exi bidoras Cinematograficas do Rio de Janeiro" ,apos A ,

animado debate sobre a materia que conosco tiveram represen-...

tantes dos ex1bidores do Distrito Federal, de Sao Paulo, de

Minas Gerais, e do Rio Grande do Sul.

Essas elucidações, d~tadas de 6 de ~gôsto, che-, A

garam-me ha dois dias. Junto-as a este parecer (Doc. nO 1).

É manifesto o desacôrdo dessas elucidações com o Projeto em A

apreço.

Já dias ant es, a "Associação do Cinema Brasile1

ro", pelo seu operoso preSidente Sr. Moacyr Fenelon e dedic!,

dos companhéiros, entendeu-se comigo, consubstanciando as ... ,

suas reivindicaçoes, justas, alias, em grande parte, no Rel!

tório lido perante os seus associados, aos 28 de J ulho. Jun-, A ...

to-o tambem a este pareClfer (Doe. nO 2). Nao se lim! tou a fiAs -... . , sociaçao do Cinema Brasileiro" ao Relatorio (Doc. nO 2). A -

, presentou ao Deputado Brigido Tinoco, e a mim proprio, uma

... , impugnaçao, algo procedente, as cinco emendas apostas ao PrR

jeto. , A

Junto-a tambem a este parecer (Doc. nO 3).

De tudo - documentos de um lado e de outro, e ...

debates orais na Comissao Parlamentar do Teatro e Cinema, ti

cou transparente que existe entre produtores de filmes, dis­

tribuidores e exibidores, um impressionante e fundo entre -

ch~ de interesses, que necessita ser resolvido, sob ris­

co de sacrificio do filme nacional.

-

= 3 =

A

A medida pleiteada pretende resolver essa premencia, ... ,

confessando o seu autor a situaçao verdadeiramente preca -,

ria, a angustia dos produtores de filmes naaonais. A ,

O apelo que, por parte dos seus produtores, levou a ... ,

Comissao Parlamentar do Teatro e Cinema e, na realidade,de

impressionar. Êsse apêlo, nos seus considerandos, e o que

demais consegui saber de fontes insuspeitas, colocam o le-A ...

gislativo no dever de ir em socorro dA classe tao sacrifi-

cada, ajudando-a a levantar-se.

Mas, a medida alvitrada na proposição da Comissão

do Teatro e Cinema, que eu próprio assinei, melhor exami -... ,

nada, parece-me que nao resolvera a ...

questao, deveras com -,

plexa. Acontece que o assunto esta sendo estudado, ,

ja de A ,

mais tempo, num projeto de largo rolego, de autoria tambem

. do deputado Brigido Tinoco - projeto que pretende criar o A

Conselho Nacional do Cinema.

Claro que um projeto como o que pretende criar o Co~ ...

selho Nacional do Cinema demanda elaboraçao menos apressa -

da. ...

Mas essa elaboraçao, uma vez que convirja para ela, com A

toda a nossa solicitude, com .elo atento e cuidados especi-...

ais, a atividade parlamentar conjugada da Comissao de Educa­c 11- tJ,.... C:.~~ ?--l.., ... ..:::t'-v

ção e Cultur8Vao Teatro e Cinema, essa elaboração poderá al-A ,

cançar)em tempo mais breve )o desfecho pleiteado no proprio A

Projeto de emergencia de que ~tou lavrando o parecer. Bas-

ta para isso que nos conyençamos da sua utilidade e da sua ur­

gente necessidade. A Assim sendo, a despeito do meu desejo de amparar os pr~

A

dutores de filmes nacionais, penso que o Projeto em apreço se-, ,

ra mais dificil de vencer os obices do Congresso, por certa A

unilateralidade que apresenta, do que o outro, o de maior fole-, A

go, de cujo estudo tambem se incumbi~ o deputado Brigido Tinocc

= 4 = A.IM.

Aguardemo-nos pois para resolver .. definitivo, se ti-

vermos meios legislativos, o caso do cinema no país.

Bstão aí, um tanto atropeladamente, as razões pelas quais

entendo que o Projeto 472 deve ser recusado pela Comissão de

Educação e Cultura. ..

Recusado o Pro~eto, ficaras prejudicadas as emendas a I' ele apostas.

- - -Sala das Sessoes da Comissao de Bducaçao e Cultura, 12 ".

de agosto de 1~49.

Aureliano Lei te

- Relator -

*************** **********

****

I J

I ~INDlCATO DAS EMPRESAS EXIBIDORAS CINEMATOGRAFlCAS DO RIO DE JANEIRO ·v Praça Getulio Vargas, 2 - 5.° andar - Sala 524

x

EDIFICIO ODEON - TEL 22-3614 .

~L Rio de Janetro, 6 de AGOSTO de 1949 •

- r r 1 ] r , J li_UUE ltil! k lU :lli : da, .... •

... D. D. Cm.aSSAO PARLAMENTAR DO TE_~TRO E DO CINBVIA

... seguindo-se reuniao dos representantes dos Exibidores do ...

Distrito Federal, de Sao Paulo, d.e Minas Gerais e do Rio :}r'w'1cle d.o ... ... Sul, com esta D. D. Comissao .; e acedendo ao desejo entao manifestado de que fôsse apresentado um memorial, resumindo o ponto de vista ela ~lasse, frente ao Projeto de ng472 de 1949 e ao projeto substitutivo, r-lue cria c Conselho Nacional do Cinema, vêm os repI'.; :sentantes li stes ... Sindisatos apresentar , embora resumidante, algumas das consideraçoes que tao esclarecido acolhimento já tiveram, (d.llantlo 81111nr:iadas de viva voz, ~)erante os dignissimos Membros da Comissão Parlamentar •

PROJETO nQ 472, de 1949 ...

Da justificaçao do projeto acima r0ferido, conclui-se que a prin~ipal medida para atingir a finalidade d~ste projeto - ampaY'o a produ·;:ao de fi lmes nacionais - é o awnent o do 11: mero de filmes nacio­nais que os cinemas t m de exibir obrigatoriamente .

... ... Ora, esta medida absolLltamente 11ao se imIJoe, :)oi13 o que e-

X~i;s:;t~e~a;;t:.:u;.;a;:lm~e?n~t:::eTé~a~f~a~l~t~;;;;::d~e~~D~r~~~o~'-'7~rc ado para -sa ti s:E azer ~ s e g nClas da lei vigente. Tan o aSSlm que, em 1948, foram censu-rados como de "boa QUalidade" somente 14 fillnes nacionais, quando, para satisfazer às exigê ncias do Decreto n220.493, de 24/1/1946, te­riam sido necessários 27 fillnes.

E tampouco é necessário se fazer uma lei nova, da hipótcsese a resentar ue futuro, p01S a lei que rege em seu § 99 do artigo 24, já outorga ste poder ao Chefe em caso de necessidade, nos seguintes tennos:

009.1'& o caso ... a matéria, do S.C.!).P.,

... "Fica o Chefe do S .D.D.P. autorizad.o a aumentar a propor-çao de fi~les nacionais de grande metragem obrigatórios, refe~idos no al"ti[o imediato, de acô~do com o desenvolvtmento da I'r'oJuçao e possibilidade do mercado ";

Pessoa me l hor credenciada e melhor conhecedora do assunto ... nao poderá haver, pois é ele o Chefe do "Se rviço de.censura", ... que concede ao filme nacional o titulo de "boa qualidade", c:>ndiçao "sine qua non" para que se torne obrigatório. Se exis~i rem fj .lw;s em quan­tidade, será ~le o primeiro a saber e poderá ent BC !omar as l)rovidên­eias Çlue o caso reQuer, o que até a presente data nao se rlell.

Portanto, a nosso ver, o decreto nQ20 . 493 de 2~ de Janeiro - e 1946, regulamentado pelo Serviço de Censura Je Di versoes pl1blicas do Departamento Federal üe Segurança P blica, cor'responde iÜenarJente à indústria cinematográfica brasilei ra atual.l dE lJenclend::> apenas 11ue sejam observadas e mantidas as Sll.aS disposiçoes .

Se r ealmente se deseja auxiliar lnelhor esta indústria no pai s, a fim de que a mesma corres110nda ao n1vel das cone; neres estran­geiras, compete ao govemo tomar novas medidas q.ue despertem a aten­ção dos nossos capitalistas, no sentido de invertepeH1 na cinernatogra­f a os capi tais necessários para o seu natural desenvolvimento.

A cinematograf'ia é indllstria cara e s mente pode compensar a produç ão , quando esta for, pelo seu gráu de qualidade, equiparada

SINDlCAlD DAS EMPRESAS EXIBIDORAS ClNEMAlOGRAFICAS DO RIO DE JANEIRO Praça Getulio Vargas, 2 - 5.0 andar - Sala 524

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- 11 -

ao que já se p r oduz nos vários paí ses da América do Sul, América do -Norte e na Europa; po is, s mente atingindo o padrao técnico destas, poderá a cinematografía brasileira pensar num intercâmbio que facil­mente será obtido e, nes1as condições alcançar fóra do pai s rendas compensadoras das inversoes feitas para cada filme Clue se prodl1.za •

... Convém frizar que,t se continnarmos a produzir filmes que nao atinja!!! a estandardizaçao mínima hoje exibida em toda a parte, a exploraç ao dos filmes que prodllzirmos ficará restrita ao país; e, neste caso, por melhor que sejam explorados, apllrar-Ge-á, no máximo, 1010 das rend~s qlle se obte-riam, se fôssem feitos em condiçoes de fá­cil eX}!ortaçao • .

... Devemos salientar que, se nao no~ aparelharmos convenien-

temente para prod!.!zir filmes, com instalaçoes, máquin~s e técnicos especializados, nao conseguiremos sair da rotina em que temos vivido, c inematográficamen te falando, desde 1907, época em que aqui se produ- Y ziram os primeiros filmes cinematográficos • - -E, porque nao progredimos nesta indústria? Porque nao ten-tamos sair das improvisaç,ks ?

A verdade é que, em muitos casos, surge um mau fotografo que adquire uma velha câmara, i;ntitula-se produtor, adota uma pomposa marca, imprime sugestivos cartoes e, muitas vezes, mesmo sem séde e sem atender as mais elementares exigências legais entra em atividades que redundam em sangrias mais ou menos vultosas nos que se deixaram levar pelo abusado " industrial" • -Nao é justo, pois, que se queiram remediar, com medidas drás-ticas sÔbre os exibidores do Da s, problemas de mai salta transcedên­éia, que não podem ser resolvidos precipitadamente, uma vez que atin­gem _ª economia privada • - --------- ...

Somos de opiniao, s~n, que se devem adotar medidas Que real-mente impulsionetn a indústria da cinematografía produtora no Brasil, pondo-a no mesmo nível da nossa indústria exibidora, set;l necessidade de empobrecer esta, para remediar aquela anenas nuras parte insignifi- ~ c ante-==e não àef ini ti va • -

-Já se nao cogita em afirmar que os exibidore s brasileiros .. -sao contra a indústria nacional de filmes, porque tal a~inmaçao seria absurda e ridí cula •

.., O exibidor brasileiro, sem exceçao , deseja que a cinemato-

grafia produtora no Brasil progrida cada vez mais, porque o P9uCO de bom que se t em fei t o é suficiente para manter a ótima aceitaçao que' o publICO dispensa ao f"IDne nacional • -- •

Mas, infel izmente, o que se tEm visto é qu.c, q,u endo uma pro­dução dá um passo ~ frente, 10eo se lhe seguem outras tlu.e recuara vá­rios passos atrás. É contra esta marcha clesordenada ÇLue o exibidor- se ae'bate , uma vez que, obrigado a apresentar certos filmes aqu~ produ­zidos , êle assiste pesaroso aoS comentários do_público q,Ll.8 nao somente l)rctesta por palavras, mas também com depredaçoes nos cinemas , vitimas inocentes da má qualidade dos filmes que exibem •

... ... :In por tais razoes Que nos batemos, nao contra a cinematogrs-

fía nacional, mas contra as novas facilidades que certos l)rodutores pleiteiam ~ custa da numerosa classe exibidora. Tais meLlidas, longe de representar em a ascençã2 qualitativa na produção dE: filmes 'brasileiros , seriam apenas a repetiçao , talvez mais constante, dos fatos acj.ma apon­tados.

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- III -

-Quanto ao projeto substitutivo, ach~aos qU6 a criaçao do Conselho Nacional do Cinema se apresenta h primeira vista como uma grande despeza para uma indústria já oastante sacrificada por pesa­do s encargos e impostos , sem atingir a finalidade dese jada~ 1.1edidas, como a ~ isenção de imuostoE[ e a nce s Sao de créditos (lue 8ao oS_!!lais necessários à produçao de film s nacl0nais , nao exigem a criaçao de uma 6ntidade onerosa, como seria esta que se cogita em criar .

Na nual iélacle (le mais diretamente interessa(;.os l1pstf' illRlor-~ - .

tant i ssimo assunto - rroduç-ao necional de filmes cinematogrs.fJcos -os exibidores b rasileiros sugerem h digna comissao PaI'lamentar do Te­atro e elo Cjnema, como medida preliminar, que se encaminl:e ao Güvêrno da. Re;;111llica 11m simples pro jeto em ~lle se concedam favores a todos a(d.ueles QU~ , possu.idores de capitais, posf.;am desr:le ~ á inclinar-se a sua inversao nesta promis sora ina. stria. Es~ a solu(;ao , alérr. de reIJI~f;­Benta!', internamente , para o pai s, a r e t ençao de VlÜ tosaE rendas, le­vará o Brasil através de wna exrort açao sistcnatizacla , ae conhecimento de todos os povos civi lizados .

E tanto isto é veroade, que hoje, na (.J.uási totaliúa(:"e dos países, os reqJetivos Gov rnos CiSIJensam ~ tnd.ustria cinematográfica todo o ape io moral e material necessári o para que esta des~mpenhe dig­nrunente o grande papel que lhe compete no concerto das Naçoes •

.... A nosso ver,

concedidos h industria senvolvimento no pa i s :

sa.o os seguinte s os favore s cinematográf' ica brasileira ,

{.J..ue (1 ever i em se r para o seu real de-

... lQ - Isençao de toclos os impostos para todas as erriprêsas j

22 -

organizadas ou que se venham a organizar, abrangendo . -essa s lsençoes:

) - -a a aquisiçao de terrenos para instalaçao de estddios, laboratório:~, ou f ábricas de filmes vircens; -b) importaçao o.e maquinisr:los , oeessórios e filmes viro-ens' o ,

c ) ve i culos e livre trânsito aos cineerafistas, (J.Lumdo em serviço;

§ unico: - Para ~ue as empr saR já constitu1das 011 a constituírem-se posswn c;osar dos l)r~~sent(;s fa.vores,

.... - -deverao provar possuir mo capital reali~ado, nao in-ferior a Cr$

-, O Gov rno ::?romovera a real izaçao (~.e concu.rsQs anuais, instituindo premios .... ~s tre s meUlOres produçoes, nUlT! tn­

cruzeiros, divididos da seguinte tal de 3 wilhoes de forma:

a) Cr11.000.000 , 00 ao filme classificado em 12 lugar; Cr~ 500. 000 , 00 ao filme classificado em 22 lugar ; Cr~ 200 . 000 , 00 ao f ilme classii'ic ado em 3(: l.ugar .

'b ) Cr$

" C ri;;i

cr$

100 . 000,00 ao diretor do fib"ne classificado em l Q lugar ;

50 . 000 , 00 ao diretor do fib"oe cJ.Bssificado em 22 lugar ;

20 . 000 , 00 ao dire t or do f'ilme clRsé:üficado em 32 lugar .

100. 000 , 00 ao intérprete classificado em 12 lugar;

50 . 000 , 00 ao int érprete ('19ssif'ü~8é'co em 2º l ugar;

20 . 000 , 00 ao intérprete classtficado em 32 lugar .

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- Dl -

d) Cr$ 50.000,00 ao organizador- da partitura musical classificada em 12 lugar;

Cr$ 20 . 000 ,00 ao or[anizador da partitura music~l classificada em 22 lugar;

Cr;~ 10.000,00 ao organizador da par·titura musical classificada em 32 lugar.

e) Cr'~ 50.000,00 ao autor do entrecho classificado em 12 lugar;

Cr$ 20.000 , 00 ao autor do entrecho classif'ieado em 22 lugar;

Or$ 10.000,00 ao autor do entrecho (:lessificacl.o em 32 lugar.

f) cri Cr1( Or~

50.000,00 ao 20 .000, 00 ao 10.000,00 ao

cenarista cenarista cenari sta

classific ado em classificado em classificado e:ln

lQlugar; 221ugar'; 3Qlllgar.

g) Cr$ 50.000,00

Cr~~ 20. 000,00

Cr$ 10.000,00

ao gravador 121ugar; ao gravador 22lugar;

de Som classjfi (~ado em

de Som classifjcado em

ao gravador ele 3Qlugar .

Som c l assificado em

h) cri 50.000,00 8,0 Or .. 20 .000 , 00 ao Cr~ 10.000,00 ao

iluminador iluminador iluminador

classificado em classificado em classiflcBdo em

lQlugar; 221ugar; 321ligar .

i) crt 50 . 000 , 00 ao Or~ 20 . 000,00 ao Cr~ 10. 000 , 00 ao

revelador classificwlo em 121ugar; revelador classjficado em 2Qlugar; revelador classificado em 321ugar.

j) or~ 50.000,00 ao Ora) 20.000,00 ao Or~i? 10.000,00 ao

copiador classificado em lQlugar; copiador classificauo em 2Qlugar; copiador clasEifj eaclo em 32lugar .

k) Cr~ 50.000 , 00 ao cr~ 20.000,00 ao cr'5 10 . 000 , 00 ao

operador classi ficado em 12 lugE'. r; operador classificado em 2Qlugar; operador classificado em 321ugar;

1) Cr.:~ crI Cr$

50.000,00 20.000,00 10.000,00

m) Cr~ 50.000,00 crI 20.000,00 Cri? 10.000 , 00

n ) Cr$ 50.000,00

Cr~ 20 . 000 ,00

ao guarda-roupa classificado em 19lugar ao guarda-roupa classlficarIo elll 2~lugar ao guarda.:..roupa classificaClo em 3S111gar

ao maquilador classificado em 191ugar; ao maquilador classific:aclo em 2Qlugar; ao maÇLuilador c lassificado em 39.1ugar.

ao montador de cêna classificado em 19lugar; ao montador de cêna classificado em 2Qlugar ;

10. 000 , 00 ao montador de c êna cls.ssificad0 em 3g1ugar.

o) cr1 50.000,00 ao cortador classificado em lQlugar; CrJ~ 20.000,00 ao cortador classificado em 291uga!'; CrI 10.000,00 ao cortador classificado deu 3Qlugar .

§ - A comissão julgadora será composts de 7 r.lembros designados:

I pela Escola Nacional de 'Relas Artes 1 nela Escola Nacional de Ml1 sie~.l

~ N

1 pelo Einist rlO de Educaç~o 1 pelo Hirlistério das Relaçoe s Exteriores 1 pelo lIinistério da Justiça

'.

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- V -

. -I pela Assoclaçao Brasileira de I mprensa I 1)e10 Hinistério da Guerra •

.... 32) Durante a exibiçao de ~ual~uer filme nacional_de granàe

metra[em, todos os cinemas no terI'it6rio nacional ficarao isentcf de todos os impostos e sêl02 incidem s bre as entradas ou "tj.clwts" e j l~~ vres de Çillal(:!..ll.er tabelamento porventura existente •

4Q ) Ficam isentos do pagrunento cs todos os filmes considerados pela qualidade" •

da taxa da censu.ra cine.íli3tu,z.:r·áfi-. ... comlssao de CenGura como de "boa

I~ncont pa-se atllalment (: enl andamento, no Depart amento Feder'al de Segurança l)ública, um in(lUérito administrativo sôbro o cinema rle.­eional, que encerra eloquentemente a prova dos f~)tos IH)r nós Rcima ab)Ont a9-0s. Seria, por isso, dese j avel e provei toso que a digni ssima COlJlissao Farlamentar do Teatro e do Cinema requisitasse êsse processo rara melhor esclarecimento da causa .

Para qualCluer dúvida sôbre a interpretação deste nOS80 p&.re-. ... Cê!', permaneceremos ao inteiro dispor dessa dignissirllA. Comissao , e so-mos

Respeitosamente

, pelo SINDI CATO DAS El'.:PRESAS EXIBIDORAS C.~INEl'!:ATOGRj-\FICAS

/) . 0 LU VASSALLO

- residente-

e

• • •

,

,

~~~ _____ .~.~T r_.~ii_I:~~r~~~~~I;· lido na reunião de ... ...; .p 28 de julho de 1949 pelo p:çg

• dutor e diretor cine~atogra-Amigos ColGgas

I

f i co Moacyr Fenclgn, presi­dente da ASSOCIAÇAO DO CINE - -e Associados da MA BRASILEIRO. •

• ASSOCIAÇÃO DO CINEMA BPiliSILEIRO

Vamos explicar o "porqu~" da criação da ASSOCIAÇÃO DO CINE­MA BRASILEIRO. Explicar "como" ela f oi fundada . Explicar

" I'onde"a necessidade da sua exist encia •

, , An!es, porem, cabe ure agradecimento a A$SOCI­AÇAO BRASILEIRA DE T CRON ISTAS CDJEJv!ATOGjiAFICOP , cujo~ menbros,_com direito tambem a se fi li8.­rern a ASSOC TAÇAO DO CINElvu\ BRASILEIRO - tiye­ram tanto ompenho em patrocinar esta reuniao do insta]~ção da nossa entidade r epresentat i­va. Damo s- lne , pois, o nosso melhor "mui to obrig:J dol".

-Justificaça.o ... . _~ _ .... - _ ..... • . _ ,..j)--

O POVO LRASILEIRO nos r esponsabiliza pelo NÃO DESENVOLVH'FTlT­TO do CINEMA NACIONAL.

• • Mas , o [r'.O SI!lO POVO - l.gnora que o dGsenv·olvimento do c ln er~ [ i. , , " -em cada pa i s, passou a ser, para todos, uma questao vital . ,

A França 9 a Inglaterra, Espanha, Argentina, ~". . .GX1.CO, Portugal, , "

, - " . ., . • Italia,a India - muitas e muitas naçoes - lnC.lUS1Ve a proprla " " America do Norte, procuram, cada qual, c o~ o seu sistema , a

def esa do SEU CINEMA . " -Uns, faz end o emprestimos, em troca da exibiçao de filmes; 0.11

tros - como o caso da Espanha e Argentina - exigindo 50% de filmE S nacionais. Em Portugal, para cada cinco filrr,es estran , geiros exibidos, um tera OBRIGATORIAMENTE de ser nacional . E, assim, sucessivamente .

- , ENTAO POR QUE NOS - BR."~SILEIROS - Hr'l. VEMOS DE FI C~J.R "

DE BRAÇOS CRUZADOS, SEM N.'l.DA FAZER, QUfiNDO EXISTEM ~EIS PROTECIONISTAS, QUE , I T\TF EL I ZMENT E , Nj\O S}~O l'I.PLI ­CADAS ? NÃO PODEMO S FICLR INDIFERENTES . TEMOS QUE j .l.­

GIRl " POUCOS CINEMAS NO BR,SIL EXIBEM OS TRES FILMES ANU/\.IS , E NE -

NHID1 PAGA PELA SUA: EXIBIÇ1\0 OS 50% DE QUE TRATA .i~ LEI N. 20.493, DE ?lJ. DE JANEIHO DE 1946.

PARA A DISTRIBUIÇÃO DE PRÊMIOS ENTRE OS PRODUTO~ES DE FILMES NA-"

CION}~IS, DEVE SER RETIRAD:i ANUALMENTE IHPORTANCIA NUNCA INFEHIOI1 , A (i'$ 2000000 9 00 DA RENDA RESULTANTE DA TIl"XA CINEM1\.TOGRAFIC .. 'i P~lRA

N /

A EDUCAÇAO POPUU1R (TAMBEM PAGA PELO CINEHA BRASILEIRO)E QUE COR-RESPONDE A 40 centavos POR METRO LINEAR CENSURAD0 3 E? AO QUE NOS , \ , , CONSTA, NEM UM UNICO CENTAVO - SIQUER - FOI ATE HOJE DIST2IBUIDO AO PRODUTOR NACIONAL 9 DEPOIS DA ASSINATURA DESSA LEIo ••

/

E, GOSTARIAMOS DE SABER, AINDA, SE OS IMPORTADORES DE "SHORT S" ESTRANGEIROS JÁ. ESTi1RÃO - E bÊSDE QUANDO - A ADQUIRIR? NO MERCA-

, " " DO CINEMATOGRAFICO NACIONAL9 FILMES BRASILEIROS DESSE GENERO? DE§. TINADOS A EXPORTAÇÃO 7 NA PROPORÇÃO DE 10% DA QUANTIDADE DE METROS , /

IMPORTADOS ANUALMENTE •• ~ E QUE, A RESPEITO DISSO, TAMEEM FALA A

LEGISLA~ÃO VIGENTE, SEM QUE, AO QUE PARECE 3 FAJAM TAIS DISPOSIT I·· , VOS PRODUZIDO QUALQUER EFEITO PRATICO.

" , /

De acordo com o Anuario Estatistico do Brasil~ o_Bra~i1- ~mI)Qri9u em 1947 .

1.809 fi+mes 168 .... 0 ••

80 o • o •• o o

600000000

52.000000 43 •. 000 ••

" N" De acordo com a Fiscal~zaçao Bancaria: ~ J3.r-ª§i]._EX'p.QB~.QU .. §IP 1947 N

norte:::a~ericanos franc eses

" ingleses •

meXlcano ~

italianos argentinos

CEM MILHOES QUINHENTOS E DEZ MIL E SEISCENTOS C I)UZ~IROSlll . (equivalentes aqueles filmes)

, ,-O QUE FICOU DE UTIL 9 DENTRO DO PAIS, A NAO SER A PROPAGANDA DE COSTUMES E PRODUTOS ESTRANGEIROS - EM TROCA DOS CEM MILHÕES ACIMA REFERIDOS???

NADA. Absolutament e, N -A-D-A 1. o o

" No entanto, os exibidores protestam. E, "por que"protestam ? ~-PROTESTAM PORQUE PEDIMOS A OBRIGATORIEDADE DE~

o

6 filmes por ano para os cinemas de PRIMEIRA LINHA 12 .00 •••••••••• 0 para os 000 ••• ' de SEGUNDA LINHA Z4 •.• o ••• o o o • o o. para os •• ,o o o •• de TERCEIRA LINHA.

E - note-se - isso representa APENAS 10 (DEZ) POR CENTO da quan­tidade de filmes qu~ cada cinema exibe anualmentel

~ . - " Se compararmos com os paises cuja proporçao - em casos identicos vªi a 50%, existe apenas uma coisa a lamentar~ ESTARMOS PEDINDO T1\O POUCO o • o

N . " " A impressao que se tem, "infe],izmente, e de" que TODOS OS OUT RqS ENTENDEM DE CINEMA, EXCETO NO$ - NOS QUE SOIvfO S DE CINEMA - NOS QUE TRABALHAMOS EM CINEMA - NOS QUE VIVEMOS DO CINEt-t'.\, E PARA O CINEMA ..

" , N

Todos os que aqui estao"sabemos que o entrav~ ao desenvol-1i~ento do nosso cinema e UNICAMENTE a deficiencia de r enda -E DINHEIROl

, .. Nos nao ignora~o s o quanto custa qualquer filme ~ em qualquer parte do Mundo. N ,

Sabemos que nossa produçao G 90 (NOVENTA ) POR CLNTO }·-L.\IS Bl\. -· RATA do que o mais barato filme que ss f aça em qualquer par­t e do universol •••

, Que o digam os tecnicos estrangeiros resident es n2 Brasil~ porque outros, -como JQHN FORD, ORSON WELLES, LEITAO DE B~\ R:" ROS, WALT D~SNEY, ANTONIO LOPES RIBEIRO e o,saudoso GREGG TOLLAND - ja nos informaram', quando por aqui estiveram.

, . ~ ... Ra, ate, UIT,a expressa0 muito interessante , atribuida a ORSON WELLES~ ,

"0 Q1)ANTO NOS GASTAMOS PA~'\ PEN§!B NUM FILME, VOCES GASTAM PARA REALIZA-LO ••• 11

-- -~ ._ -- ~ .. ~ - .. E, de Leitao de Barros, sao estas palavras:

"O BRl'l.SIL GASTA COM UM FILME O QUE PORTUGAL GASTA COM A PUBLICIDADE DE UM FILME ••• "

Não proc ege ª afirmativa de gue o Cinema Italiano seja Bara­to. Podera se-lo em çomparaçao com os milhoes qu~ os nort e­americanos e os ingleses investem em ~uas produçoeso COMPA~A-1)0 AO NOSSO CINEMA o CINEMA ITALIANO E CARISSIMO ! E o resto e lenda.

, Falando em nome do produt or cinemat o[ rafico naciona l, l ança ­m9s um r epto a qualquer cineasta estrangeiro para q~e realize la na sua terra _um filme com o orçamento de um milhao de cru­zeiros.

.. ... .. Sabemos de antemao que nao o irao realizar. E o sabemos prec~ sarnente,porque vimos diretores e produtores'estrangeiros que por aqui passaram e trabalharam.

... , Nao e !?ossivel fazer-se, com uma ve:r;ba tliser9vel, usa super­prod~çao. Isso importaria no sacrificio de tecnicos, artistas, o!?erarios e quantos mais, que precisam ganh~r para viver e nao podem por isso mesmo consagra~-se total e exclusivament e ao Cinema em troca dos magros salarios que ele lhe da.

. " Por tudo isso lutamos. Porgue, "uma ves melhorando o Cinema , Brasil~iro, melhorados serao TODOS OS SEUS TRABALHADORES. E necessario que o capital empatado volte no mais curt o prazo possivel. E volte trazendo divid endos compensad ores. Dividen­dos que proporcionem me lhor categoria na~ produç oes seg~i~t e s, e essa melhor categoria corresponde tambem a melhores salarios

, , Para que o capital yolte rapido e com,juros razoaveis, e pre­ciso que a legislaçao,~eja cumpr!da; e preciso que e l~ se ja melhorada e ajustada as observaçoes mais recentes, e e preci­so~ sobretudo, que aol~do da Lei e§teja um sentinela vigilan te - essa sentinela sera a ASSOCIAÇAO DO CINEMA BR"·,SILEIRO.

A

Todos louvam a capacida{le, ~enacidade e bravura cor:. que cons.§; guimo§ fazer nosso cinema. E tempo de f azereos nossas reivin­dicaçoes.

, U~ fil rr.e nacional, depois de correr o Brasil int eiro,_da , se media, uma renda bruta de ~$ 4.000.000,00 (QUATRO MILHOES DE CRUZEIROS). Um fi Ir;: e' norte-acericano, como "Road to Rio" ("CAMINHO DO RIO"), estrelado por Bing Crosby e Bob Rape,

. ,

H

produziu nOê Estados Unidos urra arrecadaçao bruta de OITENTA E QU;-iTRO MILHOES t t 1

, •• 09 aqui aparece a ASSOCIAÇÃ DO CINEMA BRASILEIRO

.... , "POR .QYEIt A FUNDAMOS?

.. , PQrque nunca houve uma Associaçao desta especie, e a sua exis -tencia sempre f oi reclamada.

, H

Existiu um Sindicato de Tecnicos, a Associaçao de Produtores, a Distribuidora de Filmes Brasileiros e um Sindicat o de Produto res que ainda existe, quasi desaparecido.

.... N

Exi~tiram e trabalharam. Nascidos de boas intençoes, de Euit o esforço e idealismo, podemos dizer - a bem da justiça - que, t~ do aquilo que foi feito em favor do Cinema Bras ileiro, e, prin­cipalmente, o que existe em sua <jefesa nas l eis vigente s, deve-­se, por cert o, a essas irystituiçoes, cada qual, por seu turno, fazendo o possivel em prol da causa comum •

.... Mas toda a sua atividade tendia a est~cionar, precisa~ent e P9r-que representavé}m grupos iS91ados E NAO TINHAM O ASPECTO DI' AM-­BITO GERAL QUE E A CARACTERISTICA ESSENCIAL DESTA NOVA ASSOCIA­ÇAO QUE FUNDAMOS E QUE SE DESTINA A CONGRAÇAR EM SEU SEIO .i\ TO­TALIDADE 2l0S QUE TRABALHAM NO CINEMA BRASILEIRO E PELO CINEMA BRASILEIRO.

, , N

Dai, talvez, o plano secundar io a que tais agr erri açoes fora~ atirada§, r esultando, ainda -Ne o que e ma is grave - na desar­ticulaçao dos me ios de proteçao, com o cre§cimento e forta*cci­mento dOê adversarios naturais da exploraçao de filrr e , aqueles a quem nao interessava o progresso da cinematografia n3.cional, que, vaçilant e como estava 1 poderia continuar eternamente sob a influencia de suas ambiçoes.

Em face disso tudo não poderia ser relegado para ma is tarde o aparecimento da ASSOCIAÇÃO DO CINEMA BfulSILEIRO.

, , Ela exist~ por isso, e tamben porque e preciso faz er- se currprir as .... leis; 9 prociso ampliar e atualizar essas leis, e, em cons (; -· quencia, e preciso que o CINEMA BRASILEIRO evolua.

A ASSOCIAÇÃO DO CINEMA BRASILEIRO, era, pois, UIr.a NECESSIDADE l

"CO~lO" FUNDOP-SE_1LA SSOÇIAÇÃQ-.1

Chegou UIr. momento em que a ASSOCIAÇÃO DO CINE~ill BKASILEIRO ~yERIA EXlfTlR DENTRO DE 48 HORAS! . Explica -se: varias Eedidas haviarr. sido pleiteadas isoladaE€nte , por iniciativa individualHde alguns produtores. Era preciso que , endossnnt e dessas pretençoe s - verdadeiro fiad or daquilo que se pleit eava - aparecesse uma ENTIDADE D~ CLASSE, presUEivelrente representativa de quant os se dedicam a nossa cinematografia. E, assim, num curto periodo, de apenas poucasNhoras, "Eobiliza­ra~-s e traba lhadores do cinema , lançando-se mao gaqueles que dE:) inigio surgiram como os .... dispostos a empregar o maxim9 de S0US esforçgs, consagrªndo t odo o seu te~po , toda a Slla ~oa-vontade e~ r~zao da criaçao de uma sociedade que SERIA DE TODOS . E PA ­RA TODOS. E foi fundada ~ ASSOCIAÇÃO DO CINEMA BRASILEIRO. H

Tem hoje exi st enciaHpl~nament e legal. Registros 9 docu~entaçac 7 liyros, atas etc . Nao e um agrupamento clandestino. Nao ~ ~m gremio de diletantes. Tem objetivos a defenger. TemHtradlçoes a preservar. Tem muito trabalho a cumprir. E um orgao de lut a. pela classe! .... , E, extranhQ como pareça, em mais de 46 aQos de existencia 9 e [ L

primeira vos que vem a luz uma instituiçao para a DEFESA DE

,.. TODA A CLA§SE DOS TriABALHADORES DO CIijEMA. A. ASSOCL'\ÇAO DO CINEM.A "BRASIL~IRO esta devidar:ente inscrita no rtegistro Civil de Pessoas Juridicas sob o nº de ord e~ 1.014.

A _

"0NDE"A NECESSID,::'DE DA EXISTENCIA DA ASSOCIACAO ? .- ,

Ja esta exuberante~ent e d§rr:onstrada, linhas aci~a? a necessida­de de criar-se a ASSOCIAÇAO .

.. , Mas na o sera ocio$o acrescentar que problerras urgentes t ornavarr ainda. Eais neccssaria a entidade de clas se.

,.. E esses problsrr:a s fo~am ijtacados do frent e e de i~e4 iato . At aca­dos de f or ra a que ja agor a possacos faz er um relatori o otirris­ta quanto ao seu enca~inh~cento o

,'/ ,., A

A ur: so uc so t6r.:.p O agiar.:os, err: nome "da nova Associaçao, na Cél;::-ma ra d~ Vereadores) no Senado e na Ça~ara de DG putado~, j unt o ~ PresidenciG .. da Republica 1 ao Ministerio da Fazenda 9 a Cart c ir ~ de I~port~ çao e Exportaçao do Banco do Brasil . Operav~rr:os SE c olabo~açao com o DepartaE~nto Fegeral de Segurança Publica D promoviamo s a arregi mentaçao que ora estacos presenciando . ,.." ..

Na .Caoara de Vereadores viaco s passar" em t erc eir a discussa l' o pr oj eto que t eve o n. 83/ 1949,,,ec favor do qua l tant o cont ribuiu a ~rgurr:entaçao eloquente de inuEsr os represent ant es do povo ca ­rioca, t a is corro Luiz Pais Leme , Cotrin N(:]t o , Ar i Barroso e al­guns cais . E a Pais Le~e fic aco s dEvendo, por sinal, a aut oria do proj eto.

A .-

Na Camara de De2utados, patroc inavarr:o s ao rr:esrro tec po, a chaçn-da Lei do ~meri encia , pro j~to que t o~ou o n. ~72/49 - Q t arrbcr" o que dispoe sobre a criaçao do Cons elho Nacional .. do Cinerra • . Registre-s8, nes t a oportunidade, o que de dedisaçao se t cr.:. yi s­t o por parte dos ilustrados cembros das C9cis soe s de EduS2ç~o 0

Cultura, e do Teatro e do Cineca . Noce s ha qU8Nse t orl)ar 3.o r.r v·

dor;es do no ~so et erno r econhecicent o e admiraçao. Caf e Filho , Brigido Tinoco , Afonso de Carvalho, Aurelia2o . Le !t ~, E~ric o Sa ­l es, Gilbert o Freyre , Luiz LagQ , Tc.vares do tearal, Teodulo dE;

AI burquerque, WQlliügt on Brandao e quantos rr.ai s faça r:. part é:: de ~~ sas duas cordssoes eepenbadas em dar ao CINEMA BHASILEIRO o q11(3 de justo ele merecer.

, , No Senado Federal ja esta apr ovado igual~ent e o .proj eto de Lei .. n. 517, gue concede is ança o de direitos ~ t axa s aduaneiras para exportaçao, enquanto que o aprovado na Cama~a de Vereador es, trata da i sençao pelo prazo de 10 anos de t odo s cs i cpost os rru­nicipais ..

, ~ ~ /

Quant o a chacada Lei de Emergencia, conve~ assina~ar que e o projeto em que se estªbel ece o aUEento da obrlgat oriedade E~ con cede a NOSSA ASSOCIi1ÇAO DO CINEHA BRASILEIRO o dire1to de col a ­borar na fisca lizaçao do cumprimento das l eis em vigor.

" "" Sobre ~ f alta de filme virg em, teleg~afamos ao snr . Presidente da Republica e mais autoridades, entrando em entendiment os dire­t9 s com os r epresentant es das diversas firma s im~ortadoras pe­licula, e a inda boje esta~Qs vindo de uça conf erencia,c?m c ?h~ f e da Cart eira de I mportacao e Exportaçao , o qual sollClt ou lp formaGões sôbre as quantidade s de filrr;e s d c s~jada , af i~ d E~ " t o­ma r a ~ providencias que competir, eç c oncordanc~a c o~ os t er DOS da comunica ção que nos faz a Presidencia da Republice, ec date! re 25 do corrent e .

, Nossas diligênclas juntoHao Dep~rtament o de Seguranç~ Publica ~ t engiam investigar a razao do na o cumprimento da s le~s ge obr~ gat ori edade , e , concomitantemente, pesquizar q~e.nt o a fOr ED. de

,

I

se comprovar o cUIT.prirr.ecto da lei, ond e isso tivesse a cont e­cido.

, Nossa iniciativa deu en: causa a abertura de UIT. inqu~rito ao ca bo do qual puq esse o exn:o . ·snr. Gal. Çhefe de Policia çon­cluir da procedenci9 de nossas reclªIT.a çoes. Produt or es teee sidoftouvidos, e, ate, dono~ de empr~sas exibidoras, t a l COGO se fez eIT. relaçao aos proietos ,na ,Carr~ara, para que em nenhUI.'l ens e jo pudesseAser levada ge rr.a-fe a atitude das Nautoridadcs . Hoje pod err.o s ver esse inquerit9 em vi~s de soluça0, esper an ­do-se que a menos de 30 dias ja o parecer final ha j a sido dª do. / A "

E, j a que t emo s menciQnado aqueles Cllj O alto espirito publi-co e luminosa inteligencia servirac de faciln:egt e assiQalar o drama do trabalhador do cinema brasileiro" na o poderiaros deixar de colocar em plano destacado a pess oa do inclito ge­neral LIMA Cl~MARA , que viffio s tao identific;ado COE:' as nossas lutas que o ch9ga8o s a considerar, como nos, um ardor~s o tr~ balhador em prol da grandesa do CINEMA BRASILEIRO .

N

Concluso e s~

N

Façamo s na ACB Uillij grande instituiçao como , paralela~ent G , G a ABI , sob cuja cupula estaQos realizando esta r euniao . Pod e­cos vir a ser, para o trabalhar do noss o cineDa , o que ~ ABI, representa para o nosso jornalismo, e corr.o aquilo que j a esta apresentando pa r a o r adialista essa outra entidade quo se d ~ nomina ABR.

ft Poder emos çOQstituir, dentro ee br eve 1 uca f orça repr es enta -tiva que de a ACB a cr edencial de orgao consultivo do Estad~ .

,., A . /,." ""

Nao socos um sindicato de classe , tal co~o tacb em nao o suo a ABI e a ABR. Mas, perante a nossa clas fe - as sirr. cor.º para os jornalistas e radi~listijs - teremos a ce sCa expressa0 que aquela s duas a ssociaç oes ja alçaram .

, A '

A ACB fara~ em favor do capital invertido no ro, o nesso que a SBAT ven: fazendo corr. t anto do direit o autoral .

Cinerr~a Bras i lei A _

exito ec defes CL

,." , "" , ,., A ACB nao e uma associaçao de produtores. E uma associaçao dos trabalhadores do nosso Cineca. Mas, quand o defenderr.os os produtores es t amo s defendendo o Cinema Brasileiro, e, QUito especialmente, 9s seus trabalhadores, pois estes r ecebcr a o o reflexo das vit orias que os produtores tiver em .

N A /_

Nesta associaçao advogar~rr.o s os direitºs de t odos. Aqui ser no r ecebidas e a12reciadas t oda s as,sugestoes .! Os dir e j.t os indi­viduais ceder90 ~empr e eL) beneficio das conveniencia s da cole tividade . Aqui nao hav~ra fracos e f ortc·:s, ner: gr ang es ner:::. pe quenos. Aqui seremo s todos iguais . Tere~o s urra ~issao ec co­mum , que e justamente á · de lutar para ° engrandeciment o do Cinen:aNacional.

/ / A ,

Cinema e uma industria . Trªbalh~r por ele e engrandec er o pa-tri~onio igdustrial da naçao. E produzir obra altamente pa ­triotica, e concorrer para que nosso pais cr8sça aos olhos do estrangeiro .

/

Havera nacionalismo sem haver jacobinismo . Note-se que ~ui -tos dos trªbalhadQres do cinema, ja associados nosso~, ou que venham a se-lo, sao filhos de outras plagas, que aqul se r a ­dicaram e hoje se eopenham no crescimento do Cinema Brasilci ­rp .

,., -

,

• •

" Cado.. um do s"prescnt es car:z;egar a cO!)sigo o cocpr oci sso de co-l abor a r conosc o nessa t a r ef a 1 que e ar dua . D6ve~ obs ervar 9 pensar e traz~r ao nosso cgnhecirr.§nto tudo quant o /po ssa n0.8 int er essar. Toda s as quest oe s ser ao dcbatidCL s AQUI D~ NT ~~O , com e s~irit o s~peri or, sec pers ona11smo nee susceptibilida­des. Todos ser ao ouvidos, t odos ser ao r espeit ados . Nos sas (li­vergencia s - qu~ndo bouver err. , ~ e a filosofia dccocr atica exi ­ge que a ssim o sEja ) - coceça;ao e acabnr ao d~ntr o das quatro pa r ede s da nos sa socj.edade . La f or a serorr9s t odos os tr i ss i ç­n'3. ri os de CinoL:a Bra ~iIG ir o , l eyando um so pensarr.ento que c o de t orniJ. l-o cada vez rLa t or. Nao esqlJE. çan: nunca : nos :, os ini ­n:i go s - oU"sirrple s adversartos -: tira \) pa~tido da s nos sas des int eligencia s, e vivorr so a custa del a s.

Finalisanc1() ~

d ~v8co s infor rc.a r que a ASSOCI;iÇ~\O /DO CI NEl-'Li B~SI1ELW 9d i t":1. ­r a urr. Bolet i c rr.e Qsal, no qual ser a di v1.).lgada t oda a rlat eri~ j ul gada do int Gr e s ~e da cla sse e dos S9cios. No pr i ce i ro nu ­c e:z; o publicar emgs o Estatut o social, j a apr ovndo pela As ser­blei a "de fundaçao e devidament e r eb istrado CQEO f oi. Par a ~ sse Bol etim ped i co s a col abor açao de t odo so Convert ere ­rr.o s t cd9S os trabalbador e§ do Cinerra Naciona l/ G~ r edat or es cocpulsorios do nosso or gao 9fficial, que ser a o Boleti~ o Esc r evan: , transcit~c suas i de i a s e f açac dessa publicaçao u~. ver dadeiro porta -voz dos voss os pensacent os •

/ ~ /

E, apos is so tudo , procureros na o de smentir a frase~ /

O CINEMfI. DO BRASIL DEPENDE DE SEUS PrtOPRIOS TRi\.BALHI\.DOflES •

.. /

,,/ ,. , .

Exmo. Snr. Deputado Brígido TInôco Comissão Parlamentar do Cinema e do Teatro , Palacio 'l'iradente·s.

A ASSOClAÇXO DO CINEMA BRASILEIRO tem a honra de encaminhar a V. Excia. consIderações que formulou em tôrno das emendas oferecidas ao projéto de lei n. 472, da COMISSIO PARLAMENTAR DO CINEMA E DO TEATRO, ora em cur­so na cAMARA FEDERAL. ,

O projeto ,.. ,

em apreço corresponde as ne-, cessidades mais imediatas do meio cinematografico brasilel -

... lO ro e merece, por isto mesmo, o apoio de todos os que se de -... " . , dIcam, com esforço patrIotIco, a IndustrIa do . nosso cInem~ Constituido de disposIções j~ existentes no substItutivo -que crIa o CONsmLHO NACIONAL DO CINEMA, de autoria de V •

ExcIa., o projéto n. 472 encerra soluções preliminares e muito eficientes para angustiosos problemas da cinematogra -fia do BRASIL.

lO

Eis porque as emendas a ele oferecidas, contando mesmo com o indusc~tivel prestígio dos nomes que as subscrevem, não devem alcançar aprovação da Câmara. E, para isto, confia na brilhante ação de V. Excia. a ASSOCIA -ÇXO DO CINEMA BRASILEIRO, entidade que congrega a grande DW1 -, ioria dos que exercem atividade cinematografica em nossa

, ... patria, desde o produtor de maior destaque ao mais modesto , operario.

EMENDAS NS. 1 e 3

ArtQ lQ - § 2Q "O prazo mÍnimo

, de exibição e de sete

dias consecutivos".

Pela EMENDA N. 1, o Deputado EPtLOGO DE CAMPOS propÕe a supre ssão do § 2Q do Art.

.. •

lQ e pela de nQ 3 o -Deputado FROTA GENTIL sügere a substituição dos têrmos do aludi -, do paragrato. Em resumo: as duas emendas

_'lo -se opoem a fi~açao de prazo para a exibi-ção dos filmes. , E~tretanto' o projeto, ao estabelecer o pe -ríodo mÍnimo de sete dias consecutivo~não despresou as condições reais dos mercados exibidores, nem tampouco se afastou das r.e -cessidades das nossas películas, em con-fronto com _as estrangeiras. De modo geral, os programas dos cinemas são semanais e Os dias de melhores rendas estão compreen -didos entre quintas e domingos. Por con-seguinte, o prazo do parágrafo 2R não sÓ , atende as praxes dos centros exibidores, como evita a hipótese de não serem os fil

- -, mes nacionais exibidos nos dias em que h-a maior rendimento. À ' , primeira vista, pode parecer arbitrario é de poss~veis prejuizos para os exibido­re~ a lei fixar o tempo mlnimo, dentro do , , qual o filme tera de ser proJetado de mo-do ininterrupto. Mas, é simples questão de .. aparencia, porque o filme nacional conta com irrestrita aeei tação do pôvo .Basta COE siderar que a PIOR FITA BRASILEIRA rende, para o exibidor, tanto quanto a' MELHOR FI -',liA ESTRANGEIRA. Os "records" de bilhete -ria, no Brasil, estão com os filmes brasi -leiros.

- , , , Apesar dist~,. e comum -- e quasi norma in-variavel na conduta-dos exibidores - a má vontade para com as pelíCulas nacionais. .., ,

Deste modo, o paragrato 2Q do artg 19 a -presente. perfeita harmonia com a realida­de. Tendo em vista as condições dos pon­tos mais atastados do interior do pals, o , , que se pode fazer e acrescentar, no finsl da redação do parágráto, o seguinte: " ••• menos para os cinemas que mudarem o pro -

.. -grama mals de uma- vez por semana, nao po-- - , dendo ser exeluidos da exibiç~o os sabsdos

e domingo s • "

fl. n2

EMENDA N. 2

ArtQ 11 - O lQ "Pata cUmprimento do d1spôsto nêste ar

, -tigo, os cinemas considerados lançad~ res de primeira linha ficarão obriga-, dos a exibir um filme inedito na loca -lidade; os de segunda linha, dois til -mes, e os demais, pelo menos, quatro -

.... , tilmes, todos por bimestre e ineditos no cinema exibidor."

o Deputado CASTELO BRANCO alvitra a subs -tituição, no parágrato 12 do art2 12, da palavra "bimestre" por "ano". O Decreto em vigôr, que é de 1946, já pres -crave que "os cinemas são obrigados a exi -bir, anualmente, no mínimo três filmes" e autoriza o aumento dêsse nÚmero "de acôr­do com o desenvolvimento da produção e PQs -sibilidades do mercado".

.... - ,. Ve-se, pela r elaçao anexa a este Memorial, que, no corrente ano, toram produzidos no BrasU VINTE FILMES e mais DEZ se acham em conclusão. Esta produção, correspondente a menos de - .... sete meses - pois ainda estamos no começo da segunda quinzena de julho - por sí só daria, em excesso, para satisfazer,em 1';149,

... a exigencia da obrigatoriedade, como· se en -, contra regulada no projeto. O Deputado CASTELO BRANCO compreende, no , , entanto, que DEVE SER REDUZIDO, ate o nu-mero consignado no Decreto vigente.t con-

... ~ .. , tra, nao so ao que dispoe o projeto, comq , tambem, ao que determina o Decreto.Enquan -,,' , to isto, o anuario estatistico do Bra8il~ relativo a 1948, informa, pela linguagem de seus nÚmeros, que, em 1947, toram exi­bidos no Brasil SEISCENTOS E SETENTA E SE -TE (677) DRAMAS e NOVENTA (90) COlSDIAS ESTRANGEIRAS, perfazendo um total de SETE -CENTOS E SESSENTA E SETE FILMES (767) e u -ma sôma de exportação de DUZENTOS E TRIN-TA E NOVE MILHOES DE CRUZEIROS_ Mas, o Ci -

I' • •

nema Brasileiro pede ao Congresso obriga­toriedade para 24 (VINTE E QUATRO)FILMES, e o Deputado Castelo Branco responde com a sua emenda n. 2.

Demonstrou-se que o Brasil apresenta, para 1949, 30 filmes, dos quais 8 já exibidos. O Decreto atual só obriga a exibição de 3

,. desses filmes. Ficam, assim, os 27 restan -, , tes expostos as manobras impatrioticas de , ,. certos exibidores, a concorrencia desleal de produtores estrangeiros e a tantas ou­tras perspectivas de fracasso. O capital empregado na.5a produção, obtl-, do com grande dificuldade, e superior a VINTE MILHOES DE CRUZEIROS, pelo que se torna indiscutivel a capacidade de produ­ção cinematográfica do país. Tel capacid~ , , de esta evidenciada na pratica, a despel-- , to da ineficiente proteçao que a indus~a tem recebido da Lei. E, exatamente por isso - por falta de me­didas legais que o protejam e estimulem -, -e que o seu desenvolvimento nao se vem o-perando com maior rItmo. A emenda do Depu -tado CASTELO BRANCO, se aceita, viria a-gravar consideravelmente a situação. Re-- , presentaria a condenaçao da nossa indus -, tria cinematografica a um regime de quasi absoluta liberdade econômica, no qual o seu aniquilamento seria inevitavel.

EMENDA N. ,

ArtQ 1; - ~ 1Q

(Já"transctito) Por esta emenda, o deputado FROTA GENTIL , pretende, ainda, substituir, no paragrafo 1Q do artQ 1;. as palavras "no cinema e­xibidor" por ' "no bairro". -Adotada a subs­ti tuição pretendida, a Lei se tornaria Ir.,!

, A

judicial ao publico. Um filme que fosse! , xibido num único cinema de Copacabana, por exemplo, não poderia mais ser projetado

A ne sse bairro. Sabe-se que a grande massa de frequentad2

L' ,. res de cinema se conBtl~ue das pessoas me -nos favorecidas pela fortuna, - a classe

ArtQ 5Q

, , E ,.. media e os operarios. ssas pessoas, em virtude das deficientes possibilidades financeiras em que permanecem, con~ergan,

,.. de preferencia, para os cinemas de se~ da e terceira linhas, nos quais a emenda

- , nQ 3 não permite seja passado filme ja! xibido. Pela emenda, basta a exibição em , um Unico cinema do bairro para impedir que qualquer filme seja assistido nos d! mais cinemas. Resta notar, sobretudo, que o Deputado PROTA GENTIL mencionou "cinema lançador", quando o dispositivo dó projeto se refe­re a "cinema exibidor".

EMENDAS Na. 3 E 4

" A"Associação do Cinema Brasileiro, com , , sede no Rio de Janeiro, sera a entida-de encarregada de fiscalizar a aplica­ção desta lei, em colaboração com o ~ viço de Censura do Departamento Federal , de Segurança Publica, e pelos respect! vos delegados nos Estados e Terri tóriosi'.

Os Deputados FROTA GENTIL e MEDEIROS NE­TO, propõem a eliminação do artQ 5Q do , projeto. Justificando a medida, --diz o de -putado MEDEIROS NETO: tt~ inadmissível a concessão do priVilégio de fiscalização, por uma entidade de direito privado,a um ato do Poder Legislativo. Atribuir o con -,.. , trole das atividades cinematograficas a , um grupo de interessados, parece-nos ate

,.. mesmo absurdo, tendo em vista a existen-cia de Departamento Be4eral encarregado disto. tt O artQ 5Q não ATRIBÓE o "contrôle das a-

, " tividàdes cinematograficas" a -ASSOCIAÇl0 DO CINEMA BRASILEIRO. O dispositivo em questão apenas ASSEGURA a esta entidade a prerogativa de COLABORAR com o Departam~

- , to Federal de Segurança Publica na fisca-

,

,

lização do cumprimento da lei. - A Quando uma entidade qualquer, por força

de dispositivo legal, colabora com de -, -' terminado serviço publico, nao ha nisto ,

nenhum absurdo a luz da doutrina e das práticas jurídiéas modernas.

A ,

A tendencia, hoje em dia, e precisamen-te esta - aproximar, quanto possível, o Estado e os particulares para realiza~ das tarefas de organização, equilíbrio e bem-estar da socie'dade. O Estado de di-, rei to, nos tempos em que vivemos, não ~ .. ~.. , de dispensar a colaboraçao dos orgaos t! cnlcos e científicos. Pouc; importa a

A ,

sua naturesa - se de direito publico ou de direito privado. O que releva, no ca-

, A

so, e o interesse da sociedade. Esta e-, xige que o Estado,-como tecnica de organi -- , zaçao da vida cole ti va, que e - cumpr a OS , -multiplos e complexos fins que lhes sao

atribuidos no mundo tão atribulado dos dias atuais. Se, para cumprir eficiente­mente - seus fins, o Estado PEDE a colabo-

.. '.. I , raçao de orgaos tecnicos, extranhos a ma -, , quina burocratica, isto, de nenhum modo, traz sacrif!cios, e sim VANTAGENS para a sociedade. No Brasil, não tem sido outra a orienta-9ão seguida. Na elaboração da nórma jur! dica, como na sua aplicação, contam - se , -varios casos de cooperaçao de entidades

particulares, como valiosos e frequentes são os benefícios por elas prestados em semelhantes tarefas. Quem não reconhece - e proclama - os ln18 -, timaveis serviços da SOCIEDADE BRASILEIRA DE AUTORES TEATRAIS? Essa entidade exerce AMPLA VIGII.ÂNCIA na aplicação das leis ~ -tetoras dos direitos autorais em nosso pa -ls. E o faz mediante autorização legal. .. , Citamos este exemplo, por ser o mais pro-- , ximo do caso desta Associaçao, a qual O

projeto confere ação fiscalizadora da Lei, nos assuntos esp.cíticos de cinema.

, •

FI. nl 7

EMENDA N. 3

(o projéto é omisso)

o Deputado FROTA GENTIL, acha que deve ser . ,

incIuido um paragrafo no artQ lQ, isentan-do os cinemas da obrigação, constante do mencionado artigo, ttdêsde que não haja pro -- , duçao nacional em quantidade necessaria pa -, lO

ra satisfazer as exigencias da Lei". , . , Esta emenda e dispensavel, porque o Decre-to n. 20 493, cujas disposições continuem

A lO

em vigor, regula o assunto de maneira iden -tica.

são estas, Snr. Deputado BRtGIDO TINOCO,as considerações formuladas pela ASSOCIAÇl0 DO CINEMA BRASILEIRO em tôrno do projeto de lei n. 472.

lO Confiam, todos os que servem patrioticamen -te ao CINEMA NACIONAL, nos parlamentares brasileiros, notada-mente nos que integram a COMISSI0 PARLAMENTAR DO CINEMA E DO

, , 4 TEATRO, no sentido de levarem a vitoria final o projeto n. 72.

Com a mais elevada consideração

- MOACYR FENELON, presidente -

RIO DE JANEIRO, 15 de julho de 1949.

~ . . ..

ANEXO

... , ... Relaçao de Filmes a que alude o memorial dirigido a Comissao Parlamentar do Cinema e do Teatro.

FILMES NACIONAIS PRODUZIDOS EM 1 949 JÁ EXIBIDOS:

"CAÇULA DO BARULHO 11

"ESTOU Aí?"

" ••• E O MUNDO SE DIVERTEtI

"EU QUERO ~ MOVIMENTO"

"PRÁ LÁ DE BÔA1"

"TERRA VIOLENTA"

ti QU ASI NO C~U"

"FÔGO li. CANGICA"

TERMINADOS:

"O . HOMEM QUE PASSA ti

"TAMBÉM .SÔMOS IRMÃOS"

"CAMINHOS DO SUL"

"ESTRELA DA MANHÃ n

"LUAR DO SERTÃO"

"SERTÃO"

"PINGUINHO DE GENTE" A

"INOCENCIA"

"NOITES DE COPACABANA"

tlLOUCOS POR Mt1SICA"

"ALMAS ADVERSAS 11

nUMA LUZ NA ESTRADA"

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

13

14 15

16

17

18

19

20

• ~ . ,

EM cONcLuslo :

..

"JANGADA" ,.

" ••• TODOS POR UMl tf

" A SOMBRA DA OUTRA"

2l

22

23 -"GO RAÇAO MATERNO" 24 ,.,

It AN JO DO LODO" 25 " AVENTUR A NO SERTÃO" 26

tlI RACEM A" 27 " ft A BELESA DO DIABO" 28

If AS SETE VI UV AS DE BARBA AZUL" 29

tiA ESCRAVA I SAURAtl

fls . nQ 2.

~ ~'- " . 'C ~ Tendo sido emendad~ p;

N

a obrigatoriedade da exibiçao de filmes nacionais de longa metragem,

julgo ser necessaria a audiencia da Comissão de Educação e Cultura

sobre a materia,em face da obrigatoriedade do pronunciamento dos

N ,

orgaos tecnicos ãaxixmxra sobre os projetos em curso na Camar~ Q("'7a

Sala da julho de 1949

Relator

Brigido Tinoco-

-

EMENDA

- r · . r; Ij' ~ ~- t- v

parágrafo 2fl. No Artigo 10, suprima-se o / .;r. /1-/ r; f

~e7~ ~

. e

.. ----------

PROJETO N2 ijiJ. - 1949

E M E N D A

- _aa---:---- -,

No artigo 12,paragrafo 12, seja substituída a palavra

"b imestr.e" por "ano" •

Sala das Sess;es, 12, de julho de 1949. ~) . -------.-----

.----

, ...

JUSTIFICACAO:

para cumprimento da exi ..., ...

Nao ha produçao

g~ncia da lei atual, não se justificando , .por isso, que secogi­

te de aumentar a obrig~ torie~ade, o que tornaria inexequive1 o

alto objetivo da medida constante do projeto. Devemos fazer leis ?

~ para serem, de fato, cumpridas.

..

.,

LJi-2 -ROJETO N2 l+i - 1949 > E

EMENDAS

------:'. -r/.v â I '-Artigo 12, pa,rkrafo lQ, substi tu1r as ~tjmas palavras

"no cinema lançador" por ttno bairrO'''.

Substituir o parágrafo 22 do Artigo 12, por: "O prazo de

exibição será de ao8rdo com a programação usuàl de oada

oinema".

Eliminar o Artigo 52.

Artigo 12. acresoentar o seguinte parkrafo: "Fioarão Q N AII ~ ,.."

oinemas isentos desta obrigaçao t desde que nao haja produçao

nacional em ~antidade neoessária para satisfazer as exi­

g3noia desta lei" •

. ~.<- A

, / _-t, J) J l

I I ~ -' l •

(

. . • ..1

v PROJETO N2Yl1:2 - 1949

I

E M BNDA

'/.

Suprima-se o Artigo 5º.

~ \ ~ .... CQ ~ ~ ~ ,a. (.Q. ~ c.. a--(.Á.":O ~ ~ v'; e-~

..-~V-"'- O?~ "-~ \~ ~e ~QJt~ ~ e: vO . t~(

~(2...tL_~

~ Çó.~~\;'-J)" I i;:-~ ~ v-~t- Çt\.. ~~~1Zc4~ ~ -J n ~~Q...~Ol

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'U'v-~ ~. • U-~ 7 o-. kD::~ I \<Á

I~ I~'T' • ~ . c2JA.

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"

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",

,

,-

i ,

,

Acrescentar ao . ar t. 82 t

.. "Durante a ex i biçao de qualquer filme nacional ~e '

. ' grande metragem todos os cinemas no territorio . ..

nac i ona l ficarao isentos de todos os impostos e

" selos que incidem sobre as entradas ou "tickets"

e l i vres de qualquer tabe l amento ' por ventura - e-

xistente" . r

... Salã. das Sessoes , I?

...........--:=--

,

• ... Justificaçao: .",. t

~ Por s~r dever do Estad.o prot~e-ger a i n i ciativa particular e

... . a produçao nacion a l .

. .

c., "

..' ,

". -'

, , , .

,

/ ".

)

I j

/-

PROJETO

, .

" ' . . 'i • , t •

. "::::~ - 7 JUL 1949 :!.

) t;r" TOCOLO GER"'~ ./

~1 ~o, ~. -

N .-...... -.

-) / .. " .1 Estabelece a obrigatóri~dade da exibiçao de filmes nacionaj

" 'I f I i Y i

e,

I , ( de longa metragem e dá outras providências . ~ n jO . \

tlJ'v... ~cÀD \>~""'-- cJo I~ .Q...d-J) ~

\ ./

) "'------Art . l ° - ~ obrigatória a exibição de filmes nacionais de

entrecho e de grande metragem, declarados de wrloa qualidade~ pelo Ser-

viç o de Censura do Departamento Federal de Seguraânça Pública .

Para cumprimento do disposto neste Artigo, os cir

mas considerados lançadores de primeira l inha fic arão obrigados a exibi r

um filme inédito na localidade; os de segunda linha , dois filmes e os

demais , pelo menos , quatro filmes , todos por bimestre, e ineditos no ci-. '

nema exibidor .

O prazo mínimo de exibição é de sete dias conse-

cutivos e • Consideram- se cinemas lançadores de primeira li-

nha os que, al~m de outras condiç;es de conforto , possuirem ar condicio· . ...

nado e polt ronas estofadas na~ salas de proJeçao e espera e de segunda

linha~ os ' qu e', não aísponde das' condições referidas neste Artigo, exi ­

birem também um f ilme por semana .

Art . 2° - O número de filmes nacionais referidos no Artig(

anterior pode ser aumentado para cada ano pelo Serviço de Cens ura do De·

partamento Federal de Segurança Pública , mediante propos ta dos produto· ...

res e de acordo com o desenvolvimento da produçao e capacidade do mer -

cado .

Art . 3° - A prova de cumprimento da obriga tóriedade es ­

t ab elecida nesta Lei , consiste na apresentação pelo exibidor , ao Servi-

ço de Censura do Departamento Federal de Segurança Pública , dos

· '

Bordereaux , faturas e recibos referentes aos dias de exibição do filme

'" no respectivo bimestre , contendo,tais docl~entos, aprovaçao do produ -N

tor e da Associaçao do Cinema Brasileiro

40 ••

Art . . .. Ao exibidor ninematográfico que infringir qualquer I'

.dispositivo desta lei e aplicada a multa de Cr. 20 .000 , 00 a ~r . 50 . 000!

elevada ao dobro no caso de reincidência e fecha~mento de seu estabele ~ - ,

cimento ate que cesse o motivo da penalidade .

Art . 5° - A Associação do Cinema Jrasileiro, com séde no N

Rio de J"aneiro, será. a entidade encarregada de fiscalizar a apiticaçao

desta lei em colaboração com o Serviço de Censura do Departamento Fe ..

deral de Segurança P6clica e pelos respectivos delegados nos Estados e

Territórios . • A ,..

Continuam em vIgor as disposiçoes do Decreto

20 .497, de 24 de Janeiro de 1946 .

Art . 7 v - 'Es ta Lei entrara em vigor na da ta da sua public a'" ,.. • .., I'

çao, revogadas as disposiçoes em contrario .

Sala das de 1949

Presidente

Relator.

-

~ ( .

i I o/

JUS T I F I C A e à o o,r

.., . Nao se pode deixar de reconhecer o consideravel progresso

que apresenta a indústria brasileira do cinema. .., ,

Isto nao so sob o pon-

to de vista t~cnico, como principalmente quanto ao volwne de sua produ-N

çao.

Basta considerar que neste primeiro semestre de 1949, fo­

ram concluidos 9 filmes de grande matragem, achando-se mais 18 em pre -..,

paraçao. •

A semelhante desenvolvllnento já não correspondem as medida

de proteção consignadas na Legislação em -vi gor, como e o caso do pequen

nwnero de filmes nacionais que os cinemas têm de exibir obriga toriamen-•

te.

Aumentar êsse nÚmero, além de atender a necessidade linedia

ta 6e nossa ind~stria cinematográfica, constitue incentivo e garantia

para que o produtor brasileiro se dedique a empreendimentos cada vez ma

res no futuro .

Por outro lado, é também de real proveito a fismalização A

das leis de ampara ao cinema pelos que se consagram a esse ramo de ati-

vidade industrial .

Este ~rojeto da Comissão origina-se de sugest~es que l he

foram enviadas pelos orgãos da classe cinematográfica brasileira.

,- , \ -CINEMA

COMO GE O RELA TORIO DE RECEfT A

RENT AL REPO H

l' • . ' I !lIIIIl

'(CU'iA TOTAL tOtAL Jl CT!tT ~ lI!i Hl U!lIl SALDO tft • rarJI lTJ li :l~'5M'.' c~:;u \I ACGLl

P« (0lI" ! FILME

... _. -l ~. llIft't'ta , t e~i. U'lIrtadcrn , , t'uea t..eaa\ , • 11. h JIII • ,

r'

E.Xlste O 'trt.st' CiOS Clf'cmús. E O I ' trustmrm" é O primeiro a confessá­lo sentenciosament e, por intermédio de seus agentes, alguns dos quais dispõem {le uma. coluna na imprCll-1 sa Dá c. impressão de que nada o atingirei, /le que sairá incólume de quantos processos e h tiestigações I

eFlLME , I L.,. _ 'SIl"fI!:e('t,.

'..tlllJ ... W 11

t ae. ro • DATA orr ALH!S DAS OlSPtsAS "6Y. "" •. '-1 ., •• , •••••

""" .es ' OT~l - T"-4 rum to: '&'17 ~","(M.·<Sl:. '-'-','"

I 110:2 ,:2 o ~.20

I

F,'ms:" A." - etlja ,cá c e~ta no mcsmo edifício da DF. B. (Distn-: blliàunz de Filmes BrasIleIro.', de I minada pelo sr, Severiano Bis, Mal tarde, o sr, VinicIO da Veiga t:cio a saber que os diretores da "UnWa Films" eram o sr Vassalo Caruso, presidente do Smd!cato dos f xibido- I

I'RoorçAo "O~ UTlO " XI~ - -

lWORTANQA 08StR V ACOE ... •• tI •• . ........

. r I J)"p .... li.%' 9."~' h rO<l~r

1..- . . l'al.r .. !1la.I ...... t~qu .... _ I -t

puhn O. L1b.rta4or. "' 9uni-

~o tIúa lIncrluo I1b.uo. ru 6.00g,cg

! I ,., ...... • or O.Ilt. 4. t:'.~ t u!jt I 500 cart ..... d. Al" 40 .1.110]'

O ...... ptl1ellla Muta lSoor.ta

I OU ,.000,00 , Ç]!$ }(l,OO

C. L1\lO'1a4.~

ui. d. AlIO!' ÇI' I

60 00 I . , 60,00 I

I I , ,W>f;j.ff I II/(1,(ê , -, -... I ~

• I I

St,;: jaçam contre. sE.u.s tnteTésse~ '\ tr ... nal de contas, o sr. Sevcriano Du­/110 está no Bmsil - e aqui c fac;l ananjar us coisas.

• fO' do I res, o sr. Joaquim fiamos, Ir1itaO

Dinheiro não lhe fc.!ta - ~:c s~be como consegui-lo. E o din/leiro com ' pra quase tudo. Prestígio, siléncio - êrse silencio que começa a se fa­:er em t6rllo do "tmst" mais escan­li'lloso dos últimos tempos, Um ' "trllst" que deprimiria extraordill .-1-1'iamentc o Brasil se esta infel!:: ter­ra pudes3c ser ainda deprimida.

De si!; nelo em sil.~ncio, a t:ergo­nha continua, E continua a harer vítimas do "trust", vítimas de uma ganância já let'ada d beIra da psi­cose, da monomania. Estranha mo- II

nomama E está imnune. talve?: sorridente, I

o algoz do cinema nacional, o reta- , I/Wd. dOS pequenos produtores e

~ a, s ortadores modestos, a mui-tos > quais vem in timiJando, na I

vice-pTesidente da Repúbli<.:u. e ou­tr05 cavalheiros ltgados ao gerente da D, }<', B., um ta! ~r Paiva, se­Plllldo se diz agente de conliança da

d!!))l!cldade oeve:-iana.

""A loIEX OCO, • .-

~1.A, ~r,,"~eI ..... t:1ce oteon 11 1ST A

• Cu.. .... ,.

,...... f o. •• '!: ..... - ...... .-I

do ~oc!rtot I

.. ~"T<I ....... . ~"" I fi"'''''' - r-= t.U.~~ ,.C,lJ 6;:., C ..

I

F.' 1acI adtn",wr o J c a o ' cel1 ,

De tolt! do; f t'ldos I 'ma') .• ( nOSSUI! tlJ!lI"J tc·npoTarla, c. esc/'tor V '1' cio !I fi \ ,-wa "cnflcou ao h sere", ent r COl1c; os bal(!ll~ct.C (, e,libicão, q:ie hana ~ldo )'lura e I' plrsmente espoliado, ,1 dI', p, (J·I·

tor (palavra i'l1pronr!"metl'" (" pregada, Já quc mel/lor SCWl c!L, importador), f aTa 11 IllceTl))/O))"J

rllentc debitnrt(J.~ d "~pesas"s ( ~<: diver~as e as ,na lo lIiC011lpTC""

ve; • Publicidade, taxa de CC'1SIlT

até ulnez cuisa cha-mati'J, .. cuco'! (que ninguem podcm dl.Cf 1,'

o que vc'" '1 ~crQ COTTcnlm el cluswamelltc llOT Slla conta ( I'.ribidor rle'as llào tomou COllI! mellto, senão ),nrrl atribuí-Ias a tinta que se lhe otc1ecia, Ao <e'" c· Vmíclo dI V,'!fla niío restou c'" recurso alc)' elo "cdalo de T('<r' l"

de CalltT'lfo e clCl'nlUção dos ftln EXClllpllfi qllClllO.. lOTl" o f

t~Alcnl do ,AIHor"

RendC' 1l C:;'"fl pTodt~ç'no 'n(l ~/l

r:om)lreendida clltrc lfi e ~~ e í I reiro P 1), a .nl!'())'(<tI'L!C de ' ~

32 s:n ,ro, ela q'wl o ~r. Se ','I ,"

retlrod Gr )'. stando Cr;:' 13,012, para o prodútúr Dcst I qWll1

após succs. J '" s. sl"btraçôcs: « r l I

gandrz: Cr$ 2. 28i .;1). :100 C l' U ... 11l1blicfdade ele "AI t1! ao .1 f( )

despe::as com 'l (''''Isura -l '1 L

tio i" LO ,

'C I l" (. L1 If, f , , .. 1 S , ,,1 )u C~

'tcnro,sto I ( ~ 6 0'/1 0\1 '111'1

cllstnbltfdqr ,~

1.658,~Q), 'OC,)ll (!O

V;n icio d V, g[l Cr$ 793,~O'

, ," ri 'T S

lJ rud ti tor l)IIT'Or t ,.

1 .

Se'c(( lotO I, J ta I' ult') zeiros e n 10"1>tl1 ('[ ltaL ú de total de Cr~ 32 '~1 ,lIG'! o

Será r,) eClo C'·c~cc;;·aT f .'

guma 'OISC'

, lo!\"lZ IA,

!!fATURA N'u , ..

\ .

DITA""'" --

, "

h ora que passa, e conseque11 temcnte lhes arrancando - é verdade que aos I 1l,ais dé/leis ou mais assustadiços -depoimcntos por i'!teio dos quai& pO- 1 derá parcialmente defender-se, se tor obrigado a fazê-lo.

1lW2/214f • ~ .00 :alca ..

Entre as muitas manobras do se· nhor Luiz Severiano ao QllG.draCo, está a que hoje vamos expor. E1UCi-1 dGtivr- ,;" tomútica, podendo-se per­jcitamell:e tomá-lú. corno um para- I digmll, I

E' (J caso ocorrido com o escntoT "i"icio da Veiga, que trouxe da ltá. o 11<1 a:!f ItS rImes - "Amante Secnz. ta", <f:tlanoll LescGnt". "Além do "imor". Procurando exibi-los - co- I mo era netural . de v ez que não ti- I nho a intenção de fazer uma filmo­teria parti cuIa r - encontrou as maIs I te ;r ít:eis dificuldades e s6 quando os \ entregou a distribuidora "Unida

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a.c.u. •••• Ja.~n.QL:

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'ArullA PARA CONI'EREHCI.&. - ,..1.0 rU4 vALo.. COtA0 p,"Cla

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DIRETOR "

. M . PAULO FILHO

Redação e Oficinas - Av. Gomes Freire, 81/83.

REDATOR-CHEFE 11 C O STA R EG O

UM DUELOQE DEDOS E DE GRITOS O GOVÊ A apresentação de um requerimento de infor-mações provocou na Câmara um incidente en- Foi ap rovado ontem, na

t re os srs. Diógenes Arruda e Costa Neto - Constituição de um Além do alvorôço determinado

p cla votação do projeto de emprés­timo ã Light. a que nos r eferimos noutra parte. a sessão de ontem na Càmara dos Deputados foi marcada por inciden te entre os srs . Diógenes Arruda e Benedito Costa Neto. Fa-1 wa o sr. Café Filho. ,1urante a fase elo expedipnte. para encammhar á l\Tesa um req uerimento. que puIJll.­(':'mos abl\ixo. ·. pedindo informações ~ôbre o Serviço do Pôrto do R10 d~ .Janeiro . E aproveitou. em dado 11'0mento. a oportunidade, para fa ­zer considerações em tôrno j êsse i "strumento parlamentar. "Qu ~ tan­to afligiu o marechal F loriano P ei­:--ot:r. quando presidente doi .lepú­!Jlica. e agora parece incomoClar m ui t(\ mais o general Dutra" .. . Depois. IJUm amq,iente de calma I'bsolllta. o tempo fluindo deva gar . o r f!pres'!n­!'lnte do Rio Grande do Nr)rtp. co­l1'eçou a qu eixar-se de que o 1'0 -\ êrno r esponde 'muito pouco ou ~iio I'esponde aos requerimentos fo rrou ­bdos pelos deputados . Hã temoos. havia o sr . Café Filho apresentado até uma interessante estatlst lca. ela­borada na própria Secretaria ci~ ra­sa. pela qual se via q ue o Execnti­vo atende. !!m per centagem Infima . :10~ pedidos rie informação da Câ­m~ra.

Dentro do mesmo ambient.e a e ral ­ma e calmo também êlfl. levantou­se de sua poltrona o sr. 8enedito Costa Neto e aproximou-se. com ar meio risonho. do microfone em Que se encontrava o orador:

- O govêrno sempre responde aos 1'2Q'lerimentos enviados p ei03 'iep'l­tados .. .

- O mesmo n:1o podem dizer os aue fo rmulam requerimentos e nf.o recebem resposta: e quando re~~ ­hem . elas não satisfazer - - Inte-veio. j~ualmente calmo. o sr. DiógE'nes Arruda .

Bastou. Tinha-se Q lmpr es,ão oer· f"H? de que alguma cols1 havla pntre os dois deputados e 9 q ueixa elo sr . Café Filho tôra apena s o pr.~ ­texto.

- ~ão é "erdadel - grito u. lá vermelho de indignação. o sr Costa :·eto

- E' verdade I Vossa excelllncla náo me chame de ment iroso! O .. Correio da lIIlllL'tã" comentou. há algum tempo. o que aconteceu com 11 ;n pedido de informações dirigido li vassa excelência, quando minis­t o da Justiça, a res;leito da espio­lla ~em nazista no país.

- Vossa excelência cita um fato qlle me colhe de sur prêsa e inff:' li z­!t' ente nfio posso esclar~er no mo­ll1onto !

A essa altura. o dedJ mdicador dJ mão :Iireita do ex-ministro iá ;> n :lava por perto do rosto do "1'.

Diógenes Arruda, que por sua vez p~'e\)arou o seu e. nas mesmas ('on­r'ições. colocou-o em funcionampll­lo oer to do nariz do sr. Costa U t o O ambiente It' ldou, de r epente. to­dos se levantaram. aproxlm~ndo-se do mi crofon e. uns com a Intencllo hoa de evitar q ue o inciden te se lIgravasse, como o sr. Afonso Al;­nos que se "olocou en~re os dois rle;lUtados exaltados. O-Itros invps­t indo também contra o o;r Dió S!e­nes. como o sr. Pereira da Silva. cuio dedo Igualmen te fun~ionou e C'I ia voz ficou q uase rouca de ~ri­tr coisas que não foram bem en-1 ~ndidas. Tinha-se ai, talqualmen­te. a im~ressão de que o sr. Pe­r eira da Silva vinha procurJ ndo en-. ~j o de mostr ar-se amigo do sr . I Co~ta Neto e, afinal, encontrou-o .. ,

Aoes:!r de haver permanecido o sr Afonso Arinos de permeio. ten­tJndo conel1!ar. os dois deputados continuaram o duelo verbal. inves­t, ndo-se com 09 respecth' os <tedos Aos gritos. o sr. Diógenes _\ rru da l'eoro duzin a história publlcada pelo ,. CorreIo da Manhã". que era ver­r!::t deira e pode ser assim re~U1;, ida : 1 In denutado comunista -l!'q'l er eu ao

Renovação e Obras Novas. _onior­me consignado no balanço de 19471 Qual o montante dêsse emprésti­mo. bem como os juros comhinados? Em que condições de construção au funcionamento se encontram v ~ri ­gorlfico e a Estação de Expurgo? Qual o estado atual da conta da Administração do Pôrto com o Ban­co do Brasil?

10 - Qual a demonstração at'lal das Contas de Risco. de Obras Con ­tratadas' e Empréstimos Con!rata­dos?"

Outro assllntoç

O sr, Plínio Lemos requereu e obteve um voto de saudade ao es­critor e tribuno roclho LislJoa. an­tigv senador da República. pelo transcurso do primeiro centenário do seu nascimento. Depois. o sr. PII­nio Cavalclnt! defendeu o projeto que ISf'nta de llcença préVia ~ ex­portação do café. encarecenao tam­bém a necessidade do finanl'iamen­to para a lavoura paulist:! E o sr. Antônio Feliciano trato'J elo pro­jeto 584. de rua autoria, que amplia o livramento condicional. Res')on­deu a alguns a r !:!I!mento< ron -ár'os do sr. Pedro Vprg:tra. dizendo QlIe o seu projeto visa corriglr umd lni ­Quidade da lei penal.

A Câmara dos Deputados at):ro~'~1I.

on tem. depois de uma sessão eXllUS' tiva, pontilhada de incidentes. projeto número 181 - A. dêste autorizando o govêrno a endossar, no Banco Internacional de Recona­trução e Desenvolvimento, o em­préstimo de 90 m!lhões de dº-~res a ser concedido à Braz!llan Tracti lln L!ght and Power, com sede em To­ronto. no Canadá .

Comecemos do prin cIpio, Pouco antes de iniciado o perI ~do da or­dem do d ia. o sr . J urandir P ires tentou, pela ú ltima vez, a retiraaa <Ia proposição. afirmando ainda que a mesma estava sendo dlsC:'tida e ia ser votada anti-reg:men~nt.e. pols fô ra conclu ída . em pr! ~

gar' cont ra a letra do RegI ento. preterIndo. por have r conseguido urg:!ncla. out ro proj eto que tambem consegu;ra êsse regime - o de nd~ mero 140 - B. igualmente dêste ano, revogando dispositivos do decreto­leI que L'Oncedeu autonomia à Es­trada de Ferro Central do Brasil. A essa . ponderação, respondera a Mesa. em sessão ante rior. que o PN ­Jeto de empréstimo à Light obtive­ra preferêncIa sôbre o outro. por­que a urgência par a êle fôra requ .?­ri<1a, de acôrdo com disposição re-

~---------------------------------A CÂMARA PITORESCA

el • I· ~~ eus~ va el-me ... .'\a Imprensa ::\acion:tI. ab'iu ­

se inq uérito para de~cobrir o autor de uma pilhéria pub!lcada no D iá?'io do Congresso do dia 2 cio corrente: n[t parte destinada ao erpedien te d:l Colmara. depois d!' compor a Ii.~ta de ora';OI'es inscrItos, nada meno~ de cente e trinta e oito. o linot'p:ota 'lI'res­centou:

d:t R ocha. enfurece ndo os ~onOl:l dos !l0mes -que a pa rec:am n a li -ta e. por rim, nos p r imeir os m tJ­mentos da se~.ão d e on tem. <la n­do lugar a , uma reunião p itor es­ca oe depl~ta.do.s para. d iscutir o ap<s unto ,

lIIeu DPIl .• , 1·alti-lnp... I A brincadeira ralJsou o~ pfi'l­

tos mai8 dlver.~os. fechanao a fI­sionomia do sr. Ram uel Dua rte pre.oidente da Ca,a, pro\'oc~n"'o uma rl~ad:1 do lpm-humorad,' primeIro ."pcl'et:lrio. ~r. :\l l1nll01

- :€ um dE'ila fô -(j -ôro! -- bl'a­m!u o sr. Cr epory F ranco. esp ' ­rhando a pen ú ltima silaba da pa.­lavra e p::-ocurando. d epois. aj u~­t~:' a dentadura desloca<:u com (J

eseOreo.

o SENADO DARÁ A ULTIMA PALAVRA

São PauLo, 15 (Asp.1 - Os meios políticos locais mostram-se reser­vados em relação ao noticiário sô­bre o parecer do senador Atilio VI­vaqua. abstendo-se de fazer qU31-Quer comentário . Ouvido pela re­portagem, o embaixador J osé Car­los de Macedo Soares presidente da Comissão Executiva do P SD. não quis adiantar o seu ponto de vis­ta sôbre o assunto, dizendo que apenas podia dizer aue o plenário do Senado dirá a última palavra sôbre o relatório do ministro da Fazenda.

- H ealmente. u:na p!1hêr la In (,oll\'enl",n te - comen tou o sr . l:aul Pila , que n:l0 conteve, en­u ptan ~o, um sorriso, e acre~cen' tou:

- O JlnotipJ,;;ta errou. natJ nã dú \·ida. }Ja~ qll e tin ha r azã.). is­so tinha . A qui p'ra nós. r. Uloa plltopada! Cen to e quantos 'r I - Cento e trinta e oito u. tido­rE'~ . .. - informou o sr . Adel­mar Rocha.

- E~pera. Ade~ :l1 ar ! A mim· p3rece q ue o númel'o não mfluiu multo 110 a.n!mo do r a paz para aque 'a pilhéria. Você q uP t em o Diá,"o aí. qual .(! o último orá­d01'. aba :xo de cujo nome o lin o­tip 'sta escrenn a plaila? - per­gu n toh o sr , L ima ('1 V31Ci tl: I'

- - João Agr:p:no - dls AI'IPln)ar TIoclia .

1'] o l'epre~en tan te perna m can o. cobl'lndo o rOl'<to com n,ãos p~p::r.lP1adas :

- 'MPtt De/M. t·alei-nte . . .

A PASSAGEM DO COMAN DO MILITAR DA TERRA SANTA

(Por Palrick O'Donovan , do O.F.N.S .. o "Correio da Manhã" )

j exclUSl \ ' 0 para

o general Mar MilIan. logo após ITId que ;1ind:. se achava no n: esrno pisar o convés de sua lancha. CUl'- lugar o letreiro indicando a dir eção vou -se. reverenciando o cônsul da da Igreja de Santo André da Es­Inglaterra, que trazia rfeoaix 1 do cõcia . braço a "Union Jack", recem -depo.- Um dos nO\'05 admllllslradüres do ta de seu P0StO simbólico. l>pixava' l põrto. Judeu. assim se expresso ,_ ~ssim. a Palestina. o ulti~o soldado I "F.stá ludo em perfeito ·stado. t, ão Ge Sua .:\b.l e.,tade Brltalllca <\ lan - , ,e vcrifil'Ou qualqu er destr!lição" . E cha abnu _ callunho no supert'.onges- ! um oficial norte-americano. que re-tJonado porto. marcando o termIno ............. _~_ ,, _ .. _ ,.... , ,. T" •• ~

OBSERVAÇÕES

DOCUMENTOS ANEXADOS: