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, < .4 , , , , II I " , ... c !) 8 t = REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL CÂMARA DOS DEPUTADOS - - ---------,-- ( DO SR . GILSON DE BARROS );t11 /' P;tfj)15 ASSUNTO; PROTOCOLO N, o __ _ Torna pr i vativa de empresa genuinamente brasi l eira a fabricação de álcool para comb u stíveis automotivos e outras providências . DESPACHO: JUSTIÇA = E TECNOLOGIA - ECONOMI A , IND . E COM_ . _ _ À COM . DE CONST o E JUSTIÇA de ____ A_B_R_I _L _____ de 19 80 2 O MAl 1980 , em _ __ 19 __ \) em--=- -FS' --=-_ O Presidente da Comissão __ __ ___ Ao O Preside te:ac:ssão =- Ao em I O Presidente da Comissão Ao Sr. ________________ . ____________ . em __ 19 __ o Presidente da Comissão de ______ --"- __________________ _ , Ao Sr. _________________ _ ___________ em __ 19 __ o Presidente da Comissão de ______ _ Ao Sr. ______________________ em __ 19 __ \ O Presidente da Comissão de _________________________ _ Ao Sr. ________________ _ ____________ em __ 19 __ O Presidente da Comissão de _________________________ Ao Sr. _________ ,, _ - ___________________ , em __ 19 __ o Presidente da Comissão de __________________________ _ GER 2 . 04 I I I

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

CÂMARA DOS DEPUTADOS

- - ---------,--

( DO SR . GILSON DE BARROS );t11/' P;tfj)15

ASSUNTO; PROTOCOLO N,o __ _

Torna pri vativa de empresa genuinamente brasi l eira a fabricação

de álcool para combustíveis automotivos e dá outras providências .

DESPACHO: JUSTIÇA = CI~NCIA E TECNOLOGIA - ECONOMI A , IND . E COM_. _ _

À COM . DE CONST o E JUSTIÇA em~ de ____ A_B_R_I_L _____ de 19 80

2 O MAl 1980 , em _ __ 19 __

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O Presidente da Comissão e~~~~Q~.~{~U~! ~~~~~~~~e~L~Q~ck~~~· ~~~!~~~~~~ __ ~_~ __ . _~_.~~~n_(_~ ___ ~ Ao sr.J-D~Lo ~ j~ O Preside te:ac:ssão defÇ~tk~~~~L.:::.------~~~~~;;;:~~~==:==::::· =­Ao Sr.JlJm~~t&wi::' ~k==-- -1~~:!i-~~~~~~J!::!?~~::t~~-__r. em t/~~9 f I O Presidente da Comissão

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SINOPSE

Projeto n.o _____ _ de _____ de _____________________ de 19 __

Ementa: -------------------------------------------------------------------

.,

Autor: _____________________________________________________________ _

Ciscussão única, __________________ " ______________________ _

Discussão inicial ______________________________________ _

Discussão final ___________________________________ ____ __

Redação final ________________________________________________________________________ ~~

Remessa ao Senado _________________________________________________________ __

Emendas do Senado aprovadas em _______ de __________________________________________ de 19 _____ _

Sanci onado em _______ de __________________________________________________________ de 19 _____ _

I Promu I gado em _______ de _______________________ --..:. ____________________________ _ de 19 __

Vetado em _______ de __________________________________________ de 19 ____ _

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Publicado no "Diário Oficial" de, ______ de _____________________________ de 19 ___ _

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GE R. 1.10

CÂMARA DOS DEPUTADOS

PROJETO DE LEI NQ 2. 794, DE 1980

(DO SR. GILSON DE BARROS)

Torna privativa de empresa genuinamente brasi

leira a fabricação de álcool para combustíveis

automotivos e dá outras providências.

(ÀS COMISSOES DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, DE

CI~CIA E TECNOLOGIA E DE ECONOMIA, INDÚSTRIA

E COMt;RCIO)

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CAMARA DOS DEPUTADOS

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PROJETO DE LE I N9 Z':- '! 97' DE 1980

/ Torna privativa de empre~a genuina

mente brasileira a fabricaçao de ál= cool para combustíveis automotivos e dá outras providências.

Do Deputado GILSON DE BARROS

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 19 ~ privativa de empresa genuinamente

brasileira a fabricação de álcool para combustíveis automoti

vos.

Parágrafo único. Entende-se por empresa ge­

nuinamente brasileira, para os fins desta Lei, aquela cujo

controle (art. 116 da Lei n9 6.404, de 1976) seja detido por

brasileiros ou pessoas jurídicas sob controle de brasileiros.

Art. 29 A empresa que, à data de entrada em

vigor desta Lei, não se enquadrar no disposto no artigo ante

rior, terá um prazo de até 5 (cinco) anos para transferir o

seu controle para brasileiros ou pessoas jurídicas sob con­

trole de brasileiros. •

Parágrafo único. Findo o prazo de que trata

o caput deste artigo, e não efetivada a transferência, o Go-

GER 6.01

CÂMARA DOS DEPUTADOS

verno Federal promoverá, no prazo de 180 (cento e oitenta)

dias, a desapropriação do controle da empresa.

sua publicação.

rio.

Art. 39 Esta lei entra em vigor na data da

Art. 49 Revogam-se as disposições em contrã-

Sala das Sessões, em / 'I de abril de 1980 .

t.f<- O • .e. /} ---; ~ GILSON DE BARROS

Deputado Federal

----------- ---------- - --------- ------- -

CÂMARA DOS DEPUTADOS

JUS T I F I C A T I V A

o Brasil vem se preparando para substituir ,

de maneira efetiva, a gasolina automotiva pelo álcool. Os me

canismos para este mister foram inaugurados pelo Decreto n9

76.593, de novembro de 1975, que instituiu o Programa Nacio

nal do Âlcool, o qual visou ao atendimento do mercado inter

no e externo e da política de combustíveis automotivos.

4t Seria desnecessário nos determos, aqui, para

GER 6.07

urna análise da crise do petróleo e suas dantescas repercus­

soes na economia brasileira. A lição que nos sobrou, ao fi

nal de tudo, foi a sabedoria da previdência, e o País não po

deria enveredar, novamente , pelos perigosos descaminhos da de

pendência de combustíveis automotivos de decisões alheias à vontade nacional. A comoção da opinião pública brasileira na

questão do monopólio do petróleo representa um austero indi­

cador de corno a consciência nacional repudi a a desnacionali-- ~ . zaçao do nosso setor energetlco.

O álcool, hoje, se constitue no sucedâneo

mais viável da gasolina, e paulatinamente irá se universali­

zando o seu uso tanto no Brasil (corno urna experiência pionei

ra, em escala nacional) corno nos demais países do mundo. A

tecnologia, corolário que é de momentos históricos parti cu-

larmente difíceis, a curto e médio prazos muito certamente

transformará o produto numa das matérias-primas mais impor­

tantes do futuro, em grau de importância equivalente, mesmo,

ao do petróleo: não só a gasolina automotiva, mas a álcool­

química, com a sua gama extensa de aplicações industriais; e

há que se considerar a possibilidade - quase urna certeza

GER 6.07

CÂMARA DOS DEPUTADOS

da transformação estrutural dos equipamentos de capital ou

de consumo para consumir álcool - não mais motores a óleo

diesel, caldeiras a óleo combustível ou termoelétricas a car

vão. ~, em suma, o álcool, o candidato mais natural, a menos

que ocorra um abrupto e enorme salto na ciência e na tecnolo

gia, a substi.tuir o petróleo em todas as suas aplicações.

A crise do petróleo talvez se constitua na

grande oportunidade de nosso País para emergir do subdesen­

volvimento relativo e se afirmar como potência econômica.Nes

te sentido, aplica-se o ditado de que "há males que vêm para

bem", pois não existe nação, no mundo, com melhores condi­

ções que o Brasil para subjugar a crise do petróleo com solu

ções melhores, aliás, que as do petróleo em si. Não só vence

remos a crise plantando a energia que iremos consumir, como

estaremos exportando inclusive para países desenvolvidos um

know-how e uma tecnologia absolutamente brasileira. De troco,

iremos colher a possibilidade de nos constituirmos no maior

exportador mundial de energia, na forma de álcool, caso o

nosso planejamento energético não subestime a grandeza I .dos

mercados que irão se abrindo.

A questão do álcool é vital para o futuro do

País, e nehum brasileiro poderia advogar a desnacionalização

do setor. É bem verdade que a indústria farmacêutica,a indú~

tria automotiva, eletrônica de cosméticos, extrativa mineral

e outros setores de enorme peso na economia são desnacionali

zadas, mas haveremos que considerar que historicamente não

possuia o Brasil a tecnologia necessária para iniciar o pro

cesso de industrialização. Mas quanto ao álcool, temos total

e absoluta independência do exterior, não se justificando se

possa premiar as empresas estrangeiras que nada mais trarão

GER 6.07

CÂMARA DOS DEPUTADOS

para o nosso País, a não ser o capital, já que aprenderão co

nosco, e sem pagamento de royalties, a experiência que acumu

lamos com séculos e séculos de exploração e aproveitamento

da cana-de-açúcar.

~ privaticidade, para empresa genuinamente

nacional, de fabricação de álcool para combustíveis automoti

vos, representa, assim, uma exigência de um momento históri­

co particularmente importante para os desígnios de nosso País.

A oportunidade da iniciativa, temos a certeza, receberá a

patriótica acolhida dos nossos Pares neste Congresso Nacio­

nal.

lef

Sala das Sessões, em 1'1 de abril de 1980.

GILSON DE BARROS

Deputado Federal

OER '.07

CAMARA DOS DEPUTADOS

C-I'~dda ti VI ~ )«(}d<1 P? là I .

lEI N.o 6.404 - DE 15 DE DEZEMBRO DE 1976

DISPOE SOBRE AS SOCIEDADES POR AçoES"

O iPresidente da República Faço saber Que o Congresso Nacional decreta e eu !>anciono a

seguinte Lei:

CAPITULO I - CARACTERISTICAS E NATUREZA DA

COMPANIDA OU SOCIEDADE ANONIMA

CaracterlsUcas

Art. 19 - A companhia ou sociedade anônima t erá. o CA­

pital dividido em ações, e a responsabUidade dos sócios ou acio­

nistas será limitada. ao preço de emissão das ações subscritas

ou adquiridas.

Objeto Social

Art. 29 - Pode ser objeto da companhill. Qualquer empresa

de fim lucrativo, não contrário à lei, à ordem pública e

aos bons costu mes. § 19 - Qu:?lquer que seja o objeto. a companhia é mercan­

til e se rege pelas leis e usos do comércio.

§ 29 - O estatuto social definirá. o objeto de modo preciso

e completo. § 39 - A companhia pode ter por objeto participar de

outras sociedades; ainda Que não prevista no estatuto, a par ­

ticipação é facultada como meio de real.iz.ar o objeto social, ou

para beneficiar~e de incentivos fiscais.

Seção IV - Acionista Controlador

Deveres

Art. 116 - Entende-se por acionista controlador a pessoa,

natural ou jurídica, ou o grupo de pessoas vinculadas por acor­

do de voto. ou sob controle comum, Que : a) é titular de direitos de sócio que lhe assegurem, de

modo permanente, a maioria dos votos nas deliberações da

a ssembléia geral e o poder de eleger a maioria dos administra­

dores da companhia; e b) usa efetivamente !>eu poder para dirigir as atividades

sociais e orientar o funcionamen to dos órgãos da companhia.

Parágrafo único - O acionista controlador deve usar o

poder com o fim de fazer a companhia realizar o seu objeto fi

cumprir sua função social, e tem deveres e responsabilidades

para com os demais acionistas da empresa. os Que nela traba­

lham e para com a comunidade em que atua, cujos direitos "

interesses deve lealmente respeitar e atender.

I I I I

I

D2CP"J'O :~,. 7G,593 - DI: H DE };O ';r;':;;RO DI: 1 97~

Institui o PrVOTama Nacional no Alcool e dei o'utras prouid2nc;íat.

o Pre.sldentc da Repub'lca, ill:mdo tla~ atrlbulçbes que lhe con­i eTC c ar:l[:o 81, item IH, da Constl­tui;:ã.c,

V:CRITA:

l'_rt, 10 Fica lnstltu!do o Progra­ma NacJUnal do Alcool VIsando ao a{.:nal~(,~f)\.O ci:lS necessIdades do mer­cado lDLerno e ext~rno e ' da política Q( co:r.bUS:!VCI3 aULumO~IVOS.

IIrt. 2,· A prod ução llo álcool oriundo da c.'lna-dt!-açu::a;, da mnn­cilOCa ou de qU:llquer ouLro Insumo .será Jnl:entiv:lda aLrav!'_~ d:.! expansão ua 01 cTta de maLt!1'ias-prlma5, lom c.s r..<!t:lal ênfase no aumente da pr')­dutiviLlade agrlcola, (ia modermza­çho e a mpliação das je.,t,til:U'I.\.S exis­t.:!;-:~C5 e da instalação d~ novas uni­u;)cic~ prcd:Jtoras, anexa:; a usmas ou <l'..ltónomas , e de unidades <'.rmazena­àora.s .

Art, 3,· A implantação do Progra­r.Ja 1":lc ior.3.1 do AJcool será atlibui­d" . A ao Mj~!.s~ério da Fazenda; • ao !\lir.ISLeno da AgriculLu:-?;

c) ao !\~mlsteno da J '1cu.stna e cio Cc:ni:rc!O ;

d) ao Mj ~!.st.erio cas M:nas e Ener-

e) ao N.: : :1 !.s~erio do lnte:-io:; j) a 5 " cre:2.na de Plalle)?,m~nto ria

,: Prc~ i àé~CIG. dá Rep-.ib !ica . P.!;:1;::;-:l10 ~mlco, FIca instituída a

Comi.5são Nacional do Alcuoi, com­JY.).'it.:l po:- repreSE!1tallL'!,5 (105 orgãos s::;Jra::IL:J.::los e prcsidlda p~lo 5ecn'­t:üio-Ger2.1 dc Ministé::'J na lndlis­tri:l e do Comércio, com 25 seguin­tes a::-ibt:içóes:

QJ ddi:-.:: :!..S partlc!pações p0i'ra­n:~!i:ã..5 à03 é;-gfLos àir!.'t.3. f' iTiàireta ­m~::Le V1ncu2<iQ05 ao Prcgrama, co:n \':5:3..5 a '.l1!!Jder a expansd.o da pro­cit: çi.o do i<Jcool ;

b) de f! ~ir o.s criti:r;os de localiza­ç~o a ~crcm c,)servacios na lmplan­lJ.,~0 à~ ne'/os pro,iel,)s de àestila­r:~5. 2.t!:'r!~ ! àçs 05 s egu1.nl-e.:;. n..5ptctos ;~!:1C!P~l~ :

IJ rccu ção de dsparidad'!.3 reg:o­r. 6 de lcnd:l;

• dS ;CC;l: :J;, idade Je fatores de PC U:l uç:w f.:J.r:J !lS a ti '/irbdc:; ;1 gl'\COJa

~-:h ~ Cr, vV\' , ;:"), ~t?:. r~ r \"',) t)~.., h ~ 111) ::'.!Stoc de :::1:; :; I)') r l-:::;; IV J nece.'~, :cacie de' cx;J::':;'<;\o de

t:::ic2de pro:JuLora r..:! !S próxima, s~m (;oncorrer co:n [:>:lIec ;mcn;,o oe matérla-pnma ti me! ma uniàade.

cJ estabeit!cer 11 pro;;r<!maç,1O anual dos diversos tipos de ó.lro;)~, t:'~;Jeclfl­canáo o seu uso;

d) decidir sobre o enquadramento d:l.S propostas pua mcdrrnização, ampill\l;aO ou implan!acão de destlla­rius de ãlcool nos obj':L1VCS do Pr0-grama.

Art, 4,· As propcstas p:nil moder­nização, ar:;pli:J.ção O'J lmp]anl ação de destilarias de fiic ;),)!, anexas uu all~ú:10mas , s::rão :-:p rcscnL:Jciô.s pelos Inierl'!:Sados ao lnst.iLul0 cio Açúcar e do AlcooJ. com conhecl:!Jento Ime­diato d:l Comissão Nacional do Aleool. No praw maxlmo de 30 (trin­ta) dias, o Instit.uto '1;) Açúcar e do Aicool emitirá parecer para apTl'Cla­ção final da referida Comiss.i.o,

Al't. 5,· Os investimc!1','Js e dis;;én­dios relacionados cc'm o Prc;:;rama scrio financiados pelo SiSV2m:l ban­c:1;io em ger:J.1 e, cspeciflcamente:

a) os destinados á i!J~ta ~ação. mo­dern ização e/ou ampli.1Ç;"O de c!e.c;ti­lari3..S, pelo Banco Na:::o!1al do De­st!n \':.»VIm2:lLo Económico Bl\"DE, pelo Banco do Br.1;;jl S, A., pejo Banco do Nordeste do B:-:Jsil S. A, e p,:lo Banco da Ama;:ó~l':J. S. A.;

b) os de.c;t.inados a prmjt:çho De ma­téri:l~-primas, pelo S s te:na l'a::ionJI de Crtdit<J Rural.

§ 1,· O Co"-Selho Mone"ár;o Nacio­na l - C:.1N definirá ::.5 fonte~ àe re­cu!'scs a serem util izalbs e cstabeie­ce~a as cO:1dições c e re~!JZação dcs financiamentos, atri '::-ulllào aos }:ro­jetus a serem imp ' a:1t:h~cS nas re­g iões tradicio:1s.1rr.en,e não c~;:tivã.­das , ou cie b2.ixa r en:]a, condiçõe~ es­pec i:'.1S de p;-azo e L3.X:tS de juro3.

§ 2,· Até 31 de dez~mbro de )976, deverá o Conselho Mone:ário Nacio­nal - CMN observar 0 3 se~'Jinte:, li­mi tes para a definição tias conciiçÓ"...s dê fin:?nciamento:

I) D2stiiarias a nexas ou ât:tóno­lT2.5 :

Jurcs: 17% ao ano, pJ i ~ nàC' at;ngir IS7'c ao ano para o N:>;-"c e Ncrci~­te ;

P:aw maXlmo: 12 ,1:10:;, inclusivc carcncia de até ::3 an03.

lI) C:J:u-dr-Aç-.Jcar c ou:r:ls ma­térias -prim:tS :

Jt:ros: 7';'c ao ano;

.. ':- :. ~.r.: ;: .. .. -':. ::-:'):

.:'1..: ' : . L." C Co:::: ·.: · ... \,; : .. l :'::C ·· .. 1 (!0 :?~l :-o ;'_" :' - C;\; I. (;~';"!~/f) :..1( , ;:- :- •. L 'u u(.­li ú \~ t:': s :,."':: :-_ ) d::'U:. ;';:-. s.h.:: .t ..:. a~t.· ­~. ~ :::..; - ac: l;.-e~:.Jl"Jrl"~ C( ~ ~' ool :.!:Li­drú, ;n:';l i :ns ;:arburln:L~ e p<! r .:J a :::d:::tr ia ~ t::::: ::::: , ;c:'et,")':' de p:.: rll':il ­c.: c , :.JSC:1~c!' :1:1. ~~~:1ça') je ~.; (~ , ~:R­!'~::~:l e qt;::::.:' ) 11:r0':, í:e ;l~CC?_ por 5ú (.:. ~' ':..:.e:1:íl ) ~:'::; ':' ;;~ ' J:!'l:J ~ (!? ;"' :,:::::.1" c:- : :!~~: "·3:.:.r.d:~ltl .. , r:.: C'C'r.~!:,.:r\\) p,'ü l;:'J:::o ·;~;~:l ;O n:. '...!':::1:: 1 Ct; P\; D \j; :'-l,,,., ',-ejc".:":'c r.Cl cjl"~:!;:l:ln ).

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A!'t, 7.' :-âr~ 2 g::. :-.:.:.~::::. c.!t' t:ome!· C! ;:~ 1 3~~' ~~ C:.J ~!lc~.:~: ar.;c.ru de quaj­~1lê.: ' ú~ ~ :;-c:;_ , p : lr~ ~1!~~1:r:: cü.:-ouran­le , \J C(;:: .: ~'!::o ]~2.:;[!::..1 (10 Pctro:: -!o - C;,? E5:.1bc}(' C2!"é. '.l:-n pTc~r.:!'T: ~ é~ C· ,t-1D·· ,iC ~ 0 ~n-,- ;. ..,~ r··-,), ."'I ,'.., ,:;" r l ·t:; ... r i _ ' __ \.01'. -'" ~ ........ _ ~._I. '_"''''''_ ~ __ .. bi':1~C:-3..5 Ü(: r.~ t :-6~~~" ~U =?' j -\;(;t:ce: 50 o ;:·:-oc!u~:) r. t!lT. p:-rç;o n .:.~r C2C::..! : GO ;:' J :- c..:..::,!: CO ;. :' é i~10 .

ç ::a:: ;Ct:.:. ~ '...~:.:~::" :.: :' _: :~;'c : ~ ' t::~ : ~ . :i jeoo . Cf:'. :;,; L~: : :'.....:_y:':'c ~ ::-...sU:1.a: ~!J: :.- ')=-t :-\· r1 c .! , ter :: :..' 5=~!; st:primC~l ~::'-S (~ (' t!\ :., ­lI O. ;"2' . 0 CJn., 21J10 ;-~: .. :l ·::::.:J :.,.; Pc ­!~ ~1 :(, - c.:,p (: ~~,:;) p ; ' C ~0 C::l i ;:~· .:.' '_,) " ;lO:J ~ 'UJ' - Cr n ,,., ~u· - ("- 1 ' , 1 õd. , _....... '. :- _ ...... , tJ. _ • • '.,' .' _..

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1'.:-1. 1!. O 1'15t::'-1to d:> .'\.rl:CtiT r U:J ?lcoo1 - 1 -".A eS '::::~!ec('r:. :;s C.3 " r- C: 1i:c: :çDe5 téCP.1Cas ;J,1:" r:ni T':': c­~J ::".!~ L' :... : c~:.J (1~ q:"::t::qül.!r ~lp~S E ü!J-n _ ..... -r - -- '

A:- t. 12. Toàas <l! ;: ~.;tij . ::- j as d~ i;jcoo i , ll~ c]:J:J Jc]I;e, tIp~, ':"'i:J::::o ti :· c€i.n3-dp-;:!ç~~:= r C 41 :;j~ ~~:(J:'n ou U~> r:::~ I t:U~! ' oU:'r:1 l"!"! · \lt.:l:l-P:-l!1~:l . flc~!! ) sü i(: Jt:ls à l:::::·TlI,. ;'O :lO 1!1<;!: t:J10 u" Açu ca: c uo AJ::(;oJ - J.'\ :'.

Art. 13 . A c,.:;trutu:-a do l~~i é:JlC do Açucar e do AlcooJ - lAA . c :l s:.: ~ JO~~ ç:~o de pcs!:.'J~ !:cr;-_v c.1ust:l ~ :1.S ]::~r3 o . d·:,s~:n~!lho lias nc';as ~ánjr.s , atr!b'Jic~ por este Dt>cJ'c; 'j

ArL 14. O p:-e.sente :;)e::-e,o c:::, :; ­ril em v:yor 11<: ê,atô. lt~ sua J;Ub:l'

r n'Jcr:aci:;s ns Cl'::: .L" :5 ;~·b~ .~ L'~ cé.;:ao. " .. (;c,I: trE.rio e. e:p~ciji(;2.r:-je:~v~. ú D-~ ­cr,=!.O r..D 75. ~6(j, de; II d? j~:no cie 1Y7: .

Dr:l.si!i:l, B Ce nO·'-C!T:r.r~ <ir 1Ji~; 15·1." àz ln~epe~dén(;j.J e 0:." c.::. Rf;Júbl;c:; .

ERJ;rsro GL:!'s=:"

.. ·rl UT;O H Cilr;ç!l~" S!~.!(;a5r':'~

GER 6 .07

.'

Mod. 008

CÂMARA DOS DEPUTADOS

COMISSAO DE CONSTITUIÇAO E JUSTIÇA

R E L A T O R I O

- PROJETO DE LEI N9 2 794, DE 1 980, que "torna privativa da empresa g~

nuinamente brasileira a fabricação de alcool para combustíveis automoti vos e da outras providências".

Auto r RELATOR

Deputado Gílson de Barros DEPUTADO LAzARO CARVALHO

De autoria do nobre Deputado Gílson de Barros, o pr~ jeto sob nosso exame torna exclusiva de empresa brasileira a fa bricação de alcool para emprego como combustível automotivo. Cla~

sifica o § 19 do art. 19 como "genuinamente brasileira" aquela c~ jo controle seja exercitado por brasileiros ou pessoas jurídicas sob controle de brasileiros ( art. 116 da Lei n9 6 404, de 1976).

No art. 29, da um prazo de ate cinco anos às empresas que não se enquadrem naquela exigência para transferir seu contr~ le às genuinamente nacionais, sob pena de desapropriação aciona -ri a .

Na justificação, salienta o autor que "o alcool hoje se constitui no sucedâneo mais viavel da gasolina", devendo paul~

tinamente universalizar-se o seu uso no País e no mundo. Não so mente o automotivo, mas o alcool empregado em multiplas outras fi nalidades, industriais e químicas, depende da utilização de recu~

sos naturais renovaveis, enquanto dispomos de tecnologia e "know­how" insuperãveis na sua produção. Assim, "a questão do alcool e vital para o País e nenhum brasileiro poderia advogar a des nacio­nalização do setor".

GER 6.07

- . •

Mod. 008

CÂMARA DOS DEP U TADOS

Conclui afirmando que a privacidade da fabricação na cional do álcool combustlvel, por empresas genuinamente brasi lei­ras, "representa uma exigência de um momento histórico particu l a..!:, mente importante para os deslgnios de nosso Pals".

v O T O

A materia se insere no âmbito legislativo da União ( letra "d", do item XVII, do art. 89 da Constituição ), não e da competência ou iniciativa exclusiva do Presidente da Republica ( arts. 57 e 65 e item V do art. 81 ), fundamentando-se a propos~ ção no art. 56 da Le i Maior.

Está o projeto conforme os princlpios gerais de direi to, não entra em conflito com a sistemática, emprega corretamente a tecnologia juridica e não sofre eiva de redação. Assim, consti­tucional e juridico, está em condições de ser examinado, no meri­to, pelas comissões técnicas competentes.

2 9 I 1980

Deputado LJl:ZARO ARVALHO

GER 6 .07

jfts.

GER 6.07

CÂMARA DOS DEPUTADOS

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA

PARECER DA COMISSÃO

A Comissão de Constituição e Justiça, em

reunião de sua Turma "B", opinou, unanimemente, pela constitu

cionalidade e juridicidade do Projeto n9 2794/80, nos termos

do parecer do Relator.

Estiveram presentes os Senhores Deputados:

Ernani Satyro - Presidente, Lázaro Carva­

lho - Relator, Afrísio Vieira Lima, Amadeu Geara, Brabo de Car

valho, Djalma Marinho, Elquisson Soares, Gomes da Silva, Joa­

cil Pereira, Louremberg Nunes Rocha, Marcelo Cerqueira e Osval

do Melo.

Sala da Comissão, em 29 de maio de 1980.

- }----

Deput

Presl -

Deputado L~ZARO CARVALH

Relator

GER 6.07

CÂMARA DOS DEPUTADOS

COMISSÃO DE CI~NCIA E TECNOLOGIA

Relatório

Projeto de_Lei n9 2 794, de 1980, que " torna privativa da empresa qenuinamente brasileira a fabrica -- - ~ -çao de alcool para combustlveis automobilísticos e dá outras pro­vidências.

Autor: Deputado Gilson de Barros

Relator: Deputado Herbert Levy

O Projeto do nobre Deputado Gilson de Barros visa tor

nar privativa de empresa genuinamente brasileira a fabricação

de álcool para combustíveis.

Desde que se evidenciou a chamada crise do petróleo , com a consequente sangria d e divi s as para o Brasil, que vai

onerando de forma insuportável nossa balança comercial, temos

procurado enfatizar a prioridade e a urgência de uma mobili

zação de todos os nossos recursos para a produção de álcool,

a fim de suavizarmos gradativamente e, eventualmente, nos

livrarmos dessa sangria.

Infelizmente, por várias razões q ue não vem a pêlo ci­

tar, esse plano de produção está conside ravelmente atrasado. ~

Pode-se dizer que a necessidade de produzir álcool e pratica-

mente sem limite e todos quantos ajudassem a impulsionar es­

sa produção, estariam prestando serviço de alta valia para o

País .

Não se deve opor restrições àqueles que porventura ve-

nham nos ajudar nesse objetivo. O importante é produzir e

quanto mais, melhor, mesmo porque há hoje um amplo mercado

para exportação de álcool. Deve-se, sim, acreditamos, limitar

às empresas nacionais os planos de financiamento favorecidos

criados para o pró-álcool, q ue representam, sem dúvida, um

grande incentivo. Mas aqueles que vierem dispostos a produzir

com recursos próprios, não devem ser obstados de fazê-lo, no

I' •

-'

CÂMARA DOS DEPUTADOS

interesse nacional.

Assim em que pesem as intenções do nobre autor

do projeto, cremos que suas consequências seriam nega­

tivas restring indo nossa capacidade de produção de

álcool da qual depende nossa independência do combus­

tível importado. ~ essa prioridade que, em nosso en -

tender, sobrepõe-se a qualquer outra, desde que, repi

to, os candidatos alienígenas à produção usassem tão-

somente .. . recursos propr10s.

~ o nosso parecer.

Sala da Comissão, 06 de ago to de I 980

J erbert Levy

GER 6.07

GER 6.07

CÂMARA DOS DEPUTADOS

Comissão de Ciência e Tecnologia

Projeto de Lei n9 2.794/1980

E m e n d a

Dê-se ao artigo 19 do Projeto, a seguinte redação:

"Art. 19 - :t: privativa de empresa genuinamente bra

sileira a fabricação de álcool para combustíveis automotivos,

excluídas as pessoas físicas ou jurídicas com maioria ou tota

lidade de capital estrangeiro, desde que usem recursos próprios.

Sala da Comissão, 2 de outubro

U HERBERT LEVY

GER 6.07

CÂMARA DOS DEPU TA DOS

COMISSÃO DE CI~NCIA E TECNOLOGIA

PARECER DA COMISSÃO

A Comissão de Ciência e Tecnologia , em reunião

realizada em 08 de outubro de 19 80 , aprovou por unanimidade,

o parecer do Relator, Deputado Herbert Levy, favorável com a

presentação de uma Emenda, ao Projeto de Lei n9 2 . 794/80,

que "Torna privativa de empresa genuinamente brasileira a fa

bricação do álcool para combustíveis automotivos e dá outras

providências".

Compareceram os Senhores Deputados Edson Vidi­

gal , Presidente, Antônio Florêncio, Vice-Presidente , Fernan­

do Cunha, José Penedo, Haroldo Sanford, Jorge Uequed e Mário

Moreira.

jrg .

Sala da Comissão , em 08 de outubro de 1980

~c9<D'---( S> ,&.;. ~ Deputado EDSON VIDIG

Presidente

M ~putado HERBERT

Relator

---

GER 6.07

CAMARA DOS DEPUTADOS

COMISSÃO DE ECONOMIA

Projeto de Lei n9 2.794, de 1980

Torna privativa de empresa genu1

namente brasi l eira a fabricação de

alcool para combustiveis automoti -

vos de dã outras providências.

AUTOR:- Deputado Gilson de Bar

ros.

RELATOR:-Deputado Cesãrio Bar

reto.

Cumpre-nos emitir parecer sobre o projeto de

lei do eminente Deputado Gilson de Barros, objetivan

do tornar privativa de empresa genuinamente brasilei­

ra a fabricação de álcool para combustiveis automoti-

vos.

A matéria foi examinada pelas Comissões de /

Constituição e Justica e de . - . . C1enc1a e Tecnolog1a.

Deve manifestar-se, agora, pelo mérito a Co

missao de Economia.

A produção nacional do alcool cresce signifi

cativamente face aos incentivos e mercados criados p~

10 PROÃLCOOL - Programa Nacional do Ãlcool.

O ãlcool produzido atualmente é oriundo,pri~

cipalmente, das chamadas destilarias anexas à usinas/

de açucaro

GER 6.07

CAMARA DOS DEPUTADOS

Aconte.ce, -porem, que o aumento significativo

da produção alcooleira, - - ., so sera poss1vel, obviamente,

pela construção acelerada de novas usinas de açucar .,

no pa1S .

Espera-se, portanto, um estudo detalhadíssi­

mo da questão, pois ã construção destas novas usinas

apresentam-se problemas de difícil solução, entre /

eles:

OS RISCOS DAS CíCLICAS ,

BRUSCAS OSCILAÇÕES QUE SOFRE, PRINCIPALMEN­

TE, O AÇUCAR, NO MERCADO MUNDIAL.

d ad e s :

- . . Rá que se atender, portanto, var1as neceSS1-

a) - planejar-se a curto prazo, partindo- se

da produção de açucar, a desvinculação ~ -

do alcool da produçao do açucar;

b) - produção do álcool em destilarias autô­

nomas, a partir da cana-de-açucar, ( tem .

um custo bastante elevado em relação ao

produzido nas destilarias anexas).

c) - aumento da rentabilidade do capital apli

cado no PROÂLC 0 0L, a fim de que cada /

cruze1ro gere maior quantidade possível

de álcool; " d) - no caso das unidade produtoras de alco-

0 1 , a partir da mandioca ( existe .

o 1n-

conveniente de ser necessário utilizar-

se nas caldeiras lenha e/ou rama da /

própria planta da ~andioca, devendo o - . empresar10, nesse caso, arcar com os

. . custos para a aqu1s1çao, transporte e

estocagem desses materiais, o que por

certo contribõ irá para aumentar os cus­

tos da produção) .

J

GER 6.07

CÂMARA DOS DEPUTADOS

e) conciliar toda essa problemática que

envolve o govêrno, empresários e todo/

o povo brasileiro.

Portanto, falando-se da fabricação de ál -

cool para combustiveis automotores, há que se ter em

conta, não só privatizá-lo, bem como o ritmo que se

queira realizar esse empreendimento.

Privatizar-se as empresas brasileiras neste

sentido, ser1a o mesmo que exigirmos uma demanda dei

investimentos, cuja massa de recursos, a curto prazo

seriamos impotentes para mobilizarmos.

sentes:

Vejamos, por e x emplo, as necessidades pre -

1) - absorção de novas tecnicas;

2) intensificação de modo ma1S intenso da

modernização rural;

3)

4)

5)

6)

- novas alternativas tecnológicas; , - d e minuição do custo médio da produção;

- melhoria da qualidade do produto final

- emprego de uma tecnica mais aprimorada

de produção;

7) - implantação de esquemas que combinem o

objetivo de avanço tecnico com um cus-

to social minimizado;

8) - a u mento da oferta de trabalho para os

ag r i cu 1 t o r e s , e ,

9) a dignificação e o bem estar da propr1

edade rural.

Há que se notar também, outros aspectos do

problema:

GER 6.07

- ----------

CAMARA DOS DEPUTADOS

a) examinar até que ponto desejamos e que­

remos a participação alienígena;

b) qual o montante que nos interessa nes

ta participação e em que circunstâncias

c) o mecanismo pelo qual, simultaneamente

possamos juntar o nosso capital ao ca -

pital externo

d) o acordo feito com relação a esta parti

cipação( serao sempre acordo negociáveis)

Convém lembrar também, . -conforme Ja nos tem

demonstrado a EMBRAPA que a implantação de micro -

destilarias a nível nacional, tornam-se inviáveis •

Não podemos- deixar de concluir que, a par

de uma política de aproveitamento das potencialida­

des energéticas do país, não pode o planejamento go

vernamental descurar de influenciar direta ou indi­

retamente, no sentido de promover a modernização do

homem, em contatos com novas tecnicas, induzindo-o

a uma maior produtividade.

VOTO DO RELATOR:

No que compete a es t a Comissão de Economia

se manifestar, por acharmos o instrumento inadequa­

do, muito embora sendo válido o objeto, por não tra

zer as soluções tão percutidas, -nosso parecer e pe-

la rejeição, por achar inoportuna a proposição.

SALA DA COMISSÃO, Y o1L o~~~~~ D e~~o'-ADé\o~

CÂMARA DOS DEPUTADOS

COMISSÃO DE ECONOMIA, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

P A R E C E R

- ' . ' . A Comissao de Economia, Industrla e Comerclo, em ~ ,

reunlao ordinaria realizada em 8 de outubro de 1981, apro -

vou o Parecer do Relator, Deputado CESÁRIO BARRE TO, Pel a R~

jeição do Projeto de Lei nº 2 . 794/80, que "T orna privativa-~ ,

de empresa genuiname nte brasileira a fabricaçao de alcool -

para combust ívei s automotivos e dá outras providências ."

Votou contra o parecer , o Senhor Deputado Aldo Fagundes .

Compareceram os Senhores DeputadmMarcondes Ga­

delha, Pre sidente ; Arnaldo Schmitt, Vice-Presidente da Tu r -,

ma " A"· I go Lo sso , , Vice-Presidente da Turma " B"; Cesario

Barreto, Relator ; Antônio Carlos de Oliveira , Hélio Duque, ~ ,

Joao Arruda , Edil son Lamartine Mendes , Paulo Lusto sa , Sll~ ,

vio Abreu Junior , Aldo Fagundes, Rubem Medi na, Pedro Sam

paio, Lui z Vasconcellos, Ricardo Fi6~a, Carlos Augusto,João

Alberto e Isaac Newton .

~

Sala da Comis sao , I em 8 , e outubro d5. 1981

/ , i -- /' C -y~~~CONDES GAD

j Pre side nte

Relator

GE R 20.01 .0050.5

CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI NQ 2 . 794-A, de 1980

(DO SR. GILSON DE BARROS )

Torna privativa de empresa genuinamente brasilei

ra a fabricação de álcool para combustíveis auto

motivos e dá outras providências; tendo parece­

res: da Comissão de Constituição e Justiça, pela

constitucionalidade e juritlicidade; da Comissão ,

de Ciência e Tecnologia, pela ~

aprovaçao, com e -•

ttmenda; e, da Comissão de Economia,Indústria e Co

mércio, pela rejeição, contra o voto do Sr. Aldo

Fagundes.

(PROJETO DE LEI NQ 2 . 794, de 1980, tendo anexado

o de nQ 3 .218/80 , a que se referem os pareceres)

GER 1.10 • • • • • • • • t • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • , • • • • • • • • • • • •

• DOS 'DEPlJTADOS

PROJETO' DE LEI N,o 2.794, de 1980 (Do Sr. Gilson de Barros)

To::-na prhativa de empresa genuinamente brasileira a fabricação de álcool para combustíveis automotivos, e ' dá outras providências.

(As Comissões de Constituição e. Justiça, de Ciência e Tecnologia e de Economia, Indústria e Comércio.>

O Congresso Nacional decreta: Art. 1.0 É privativa de empresa genuinamente brasileira a fa­

bricação de álcool para combustíveis autorrtotivos. Parágrafo único. Entende-se por empresa genuinamente bra­

sileira, para os fins desta Lei, aquela cujo controle (art. 116 da Lei n.O 6.404. de 1976) seja detido por brasileiros ou pessoas jurí-dicas sob controle de brasileiros. .

Art. 2.0 A empresa que , à data de entrada em vigor· desta Lei, não se enquadrar no disposto no artigo anterior, terá um prazo de até 5 I cinco) ano:. para transferir () seu controle para braslleiros ou pessoas jurídicas sob controle de brasileiros.

ParágrafO único. Findo o prazo de que trata o caput deste artigo, e não efetivada a transferência, o Governo Federal promo­

, verá, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a desapropriação do ('011 trole da empresa.

Art. 3.° Esta lei entra em vigor na data da sua publicação. Art. 4.° Revogam-se as disposiçôes em contrário.

Justificação

O Brasil vem se preparando para substituir, de maneira efeti­va, a gasolina automotiva pelo álcool. Os 'mecanismos para este mister forem inaugurados pelo Decreto n.O 76.5-93, de novembro dr 1975. que instituiu o Programa Nacional do Álcool, o qual visou ao atendimehto do mercado interno e externo e da política de combustíveis automotivos.

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-2-

eria desnece3s,'lrio nos determos . aqt:'i, para lima análise da ~_"ffflNe do petróleo e suas dantescas repercussões na economia brasi­

leira. A lição que nos sobrou, ao final de tudo, foi a sabedoria da previdêncift, 'e o Pais não poderia enveredar, novamente, pelos pe­rigosos descaminhos da dependência de combustíveis automotivos de decisões alheias à vontade nacional. A comoção da opiniãó pú­blica brasileira na questão do monopólio do petróleo representa um austero indicador de com · a conscicncia nacional repudia a desnacionalização do nosso sellir energético.

O álcool, hoje, se constitui no sucedâneo mais viável da gaso­lina, e paulatinamente irá se niversalizar.do o seu uso tanto no Brasil (como uma experiência pioneira. em escala nacional) como nos demais países do mundo. A tecnologia, corolário que é de mo­mentos históricos particularmente difíceis, a curto e mzdio prazos muito ccrtn.mente transformará o produto numa das matérias-pri­mas mais importantes do futuro, ein grau de importância equiva­lente, mesmo, ao do petróleo: não só a gasolina automotiva, mas a álcool-química, com a sua gama extensa de aplicações industriais; e há que se considerar a possibilidade - quase uma cert.eza - da transformação estrutural dos equipamentos de capital ou de con­sumo para consumir álcool - não mais motores a óleo diesel, cal­deiras a óleo combustível ou termoelétricas a carvão. É. em suma, o álcool, o candidato mais natural , a menos que ocorra um abrupto e enorme salto na ciência e na tecnologia, a substituir o petróleo em todas as ~uas aplicações.

A crise do petróleo talvez se constitua na grande oportunidade de nosso Pais ];lara emergir do subdesenvolvimento relativo e se afirmar como p!>tência cconümica. Neste sentido, aplica-se q dita­do de que "há males que vêm para bem". pois não existe nação, no mundo, eom melhores condições que o Brasil para subjugar a rrise do petróleo com soluções, melhores, aliás, que as do p€tróleo em ·si. Não só ve::1ceremos a crise plantando a energia que iremos consumir, como estaremos exportando inclusive para países desel~- ' volvidOS um Imow-how c uma tecnologia absolutamente bra..<Jlei ra. De troco, iremos colher a possibilidade de nos constituirmos no maior exportador mundial de energia, na forma de álcool, caso o nosso planejamento energético não subestime a grandeza dos mer­cados que irão se abrindo. ,

A questão do álcool é vital para o futuro do País, e nenhum brasileiro poderia advogar a desnacionalização do setor. É bem vr',dade que a indústria farmac0utica, a indústria :lutomotiva, ele­trônica de cosméticos. extrativa minpral e outros setores de enor­me peso na economia são desnacionalizaclas, mas haveremos que considerar que historicamente nfto pOs.':>uia o Brasil a tecnologia necessária para iniciar o processo de industrializ;J.c;ão. Mas quanto ao álcool, temos total e absoluta independência do exterior, não se justificando se possa premiar as empresas estrangeiras que nad:t mais trarão para o nosso País, a não ser o c:"pital, já. que aprende-

~~ (1IN

rão conosco, e sem , pagamento de royalties, a experiênci:l que acumulamos com séculos e séculos de exploração e aproveitamento da cana-de-açúcar . .....

N "'0

~Z 2l..J 3n.

A privaticidade, para empresa genuin2.mente nacional, de fa ­br:car?i.o de álcool para combustíveis a utomotivos, representa, as-

1,,~o'!: ). ~ ~~ o z

3 '. FP" 00 ...c ç,(J;

SI111, Ull'a 2xIgcncla de um momento histórico particularmente im­l'ortante rara os desígnios de nosso Pais. A oportunidade da Ini­cL:til"a . teinos a certeza, receberá a patriótica acolhida dos nossos ?are'3 neste Congresso Nacional.

2ala elas Sessões. 14 de abril ele 19HO. - Gilson de Barros.

LEG'SLAÇÃO CITADA. A.'iEXADA PEL.1 COORDENAÇÃO D.4S CO."vllSSÕES PERMANEf:TES

LEI ~" ô -iU-i DE 15 DE DEZEMBRO DE 1976 l)i~põe sobre as sociedades por ações.

O Presidente da RejJúblira. F~ICC Sab21' que o Congresso Nacional decreLa e eu sanciono a

~eguil1 te Lei. CAPiTULO I

C:lractcrí'3tica~ c natureza da Companhia 011

Sociedade Anônima

Características

;\.rL. 1.0 fI compal!hia ou sociedade 8110nima ter;',. o capital di\'jclido em ações. e a responsabilidade dos sócios ou acionistas se rá limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adqui­rid:J. S.

Ob.] eto Social

Art.:!u Pode ser objeto d:l companhia qualquer empresa de fim lucrativo. não contrário à lei, à ordem pública e aos bons cos­tumes.

~ 1.0 Qualquer que seja o Objeto, a companhia é mercantil e se rege pelas leis e usos do comércio.

~ 2.0 O estatuto social definirá o objeto de modo preciso e com pie to.

~ 3.0 A companhia pode ter por objeto participar de outras sociedades; ainda que não prevista no estatuto. a parÚcipação c facultada como meio de realizar o objeto social, ou para benefi­ciar-se de incentivos fiscais .

. ...... . ........ . . . . ... .. . .............. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . ...... .

CAPÍTULO X Acionistas

.... ... . ' ........... . .. ... . . . .................. .. , ....... .

SEÇAO IV t\cionistas Controlador

Deveres

Art. 116 . Entende-se por acionista controlador a pessoa, nu­t mal ou j uridica. ou o grupo ele pessoas vinculadas por acordo de \·oto. ou sob 'controle eomum, que: .

u) f. titular de direitos de sócio que lhe assegurem. de modo permanente. a mo.ioria dos votos nas deliberações da assembléia-

,

'~C( -

-4-

aI e o poder de eleger a maiOl)a dos administradores da com­----'tlanhia ; e

.. )(

'i;; u

o 00 cn .... -I() '3,N "­N

<DO

"'Z 2...J .30.

b) usa efeti\'amente seu poder para dirigir as atividades sociais e on ntar o funcionamento dos órgãos da compar:hia,

Parágrafo único, O acionista controlador deve usar o poder com o fim de fazer a companhia realizar o seu objeto e cumprir sua fun ção social. e tem deveres e responsabilidades para com os demais acionistas da empresa, os que nela trabalham e pira com a comunidade em que atua , cujos direitos e interesses deve leal­mente respeitar e atender,

....... .. ....... .... ......... .. .. . .. . . - ...... . . .. ... . . . . . . .. ...... ....... . . . .. . . . . ...... .

LEGISLAÇÃO PERTI.VESTE. ANEXADA PELA. COOIWE,!,\,1('ÃO

DAS COMiSSÕES PERMANENTES

DECRETO N.o 76.593 . DE 14 DE NOVEMBRO DE 197:5

Institui o Programa Nacional cio Alcool, e dá outras providências,

O Presidente da República, usando das atribuições que lhe confere o artigo 81. item II! , da Constituição, decreta:

,'\.r t . 1.0 Fica instituído o Programa Nacional do Álcool vi­sando ao atendimento das necessidades do mercado interno c ex- . tcrno e da política de combustíveis automotivos.

Art. 2.° A produção do álcool oriundo da cana-de-açúcar, da mandioca ou de qualquer outro insumo será incentivada através da expansão da oferta de matérias-primas, com especial ênfase no aumento da produtividade agrícola, da modernização e amplia­ção das destil3rias existentes e da instalação de novas unidades produtoras . anexas a usinas ou autõnomas, e de unidades am1a­zen adoras.

Art. 3 .0 A implantação do Programa Nacional do Álcool será atribuída:

a) ao Ministério da Fazenda;

b) ao Ministério da Agricultura ;

c) ao Ministério da Indústria e do Comércio;

d) ao Ministério das Minas e Energia ;

e) ao Ministério do Interior; f) a Secretaria de Planejamento da Presidência da República.

Parágrafo único . Fica instituída a Comissão Nacional do Ál-coo l, composta por representantes dos órgãos supracitados e pre­sidida pelo Secretário-Geral do MinistJério da Indústria e do Co­mércio , com as seguintes atribuições:

a) definir as participações programáticas dos órgãos direta e indiretamente vinculados ao Programa , com vistas a atender à expansão da produção do álcool;

-5-

b) definir os critérios de localização a serem observados na implantação de novos projetos de destilarias, atendidos os seguin­tes aspectos principais:

I -- red ução de di sparidades regionais de renda;

II -- disponibilidade de fatores de produção para as atividades agricolas f' industrial;

III - custos de transport.es: IV - necessidade de expansão de unidade produtora mais

próxima. sem concorrer com fornecimentp de matéria-prima à mesma unidade.

c) estabelecer a programação anual dos diversos tipos de il­rcoL c,",pec ificando o seu uso:

d) decidir sobre o enquadramento das propostas para moder­nizacão. ampliação cu implantação de destilaria.<; de álcool nos objetivos do Programa.

, Ar •. 4.0 As propostas para modernização, ampliação ou im­

plantarão de destilarias de álcool, anexas ou autõnomas, serio apresentadas pelos interessados ao Instituto do Açúcar e do Alcool , com conhecimento imediato da Comissão Nacional do Alcoo!' No prazo m áximo ele 30 (trinta) dias, o Instituto do Açúcar e do Alcool emitirá pa recer para apreciaC,'ão final da referida Comissão .

Art. 5.0 Os investimentos e dispêndiOS relacionados com o Programa serão financiados pelo sistema bancário em geral e, es­pecificamen te:

a) o~ destin ado à instalação. m odernização e/ou ampliação de des tilarias , pelo Banco Nacional do Desenv.olvimento Econõmico _ BNDE. pelo Banco do Brasil S.A .. pelo Banco do Nordeste do Bra­sil. S . A e pelo Banco ela Amazônia S. A. ;

bl os destinados a produção de matérias-primas, pelo Siste­ma Nacional de Crédito Rura!.

~ 1.0 O Conselho Monetário Nacional - CMN definirá as fon te3 de recursos a serem utilizadas 'e estabelecerá as condições de realizaçf.o dos financiamentos, atribuindo aos projetos a se­rem ilnplantados nas regiões tradicionalmente não cultivadas. ou de baixa renda, condições especiais de prazo e taxas de juros.

§ 2.0 Até 31 de dezembro de 1975, deverá o Conselho Mone­tário Nacional - - CMN observar os seguintes limites para a defi­nição das condições de financiamento:

I - Destilarias anexas ou autônomas: Juros: 17 % ao ano, pOdendo atingir 15% ao ano para o Norte

e Nordeste;

Prazo máximo : 12 anos, inclusive carência de até 3 anos.

II - Cana-de-açúcar e outras matérias-primas: Juros: 7% ao ano;

Prazo máximo: 5 anos, inclusive carência de até 2 anos. Art. 6.0 O Conselho Nacional do Petróleo - CNP, dentro do

prazo de 60 (sessen ta) dias, passará a assegurar aos produtores de

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001 anidro. para fins carburantes e para a indústria química , ~-""~ reços de paridade, baseados na relação de 44 (quarenta e quatro)

ros de álcool. por 60 (sessenta) qUilografuas de açúcar cristal "standard", na condição PVU (posto veículo na usina) ou PVD (j:osto veículo na destilaria I.

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Parágrafo único. Para o álcool destinado a outros fins in­elustriais ou comerciais, o Instituto do Aç)Ícar e do Álcool _. IAA estabelecerá para os produtores preços de Raridade, na forma des­te artigo. sujeito a ágios e deságios , em função das especificações trcnicas do tipo adquirido.

.'\rt. , ." Para a garantia de comerc:alizac;5.o elo álcool aniclro de qualquer origem. para mistura carburante. o Conselho Nacio­nal do Petróleo - CNP estabelecerá um programa de distribuição entre a empresas distribuidoras de petróleo, que recebE'rão o pro­duto a um preco fi. ser decidido por esse Conselho.

Panigrafo único. As indústrias químicas. quando utilizarem o álcool em substituição a insumos importados. terão seus suprimen­tos efetivados pelo Conselho Nacional de Petróleo - CNP e ao pre­ço do litro do álcool. a 1000'< Icem por cento) em peso a 20°C, na hase ele até 35 % I trinta e cinco por cento) do preço do quilogra­ma do eteno fixado pelos órgãos do Governo.

Art. 8.0 O Instituto de Açúcar e do Álc'ool --t IAA estabelecera par~ o mel residual preço básico em funcão do V'p.lor do álcool ad­quirido nas condiçõe,e, do art . 6.0 . considerada .a relação de 550 (quinhentos e cinqüenta) quilogramas de açúcares red\.;:tores totaiS (ART) por 1.000 (um mill quilogramas na condição do PVU ou PVD.

Parágrafo único O prE'ço .base assegurado neste artigo ':a-riará segundo as especificações elo mel residual.

Art . 9.0. Os recursos gerados na com('J'cialização do álcool car­burante serào estruturados pelo Conselho Nacional do Petróleo _. (;NP na alínea "I". artigo 15, item II da lei n.o 4.452. de 1!)64 e destinar-se-ão, prioritariamente. a atender ao dISposto no artigo 7.u , parágrafo único dE' 'i te Drcreto e, na forma definida pelo Con­. eil10 Monetário Nacional - CMN. suprir recursos para os finan­ciamentos dE' que trata a alínea "a" do artigo 5.0 e a projetos vi­sr.nco ao aprimoramento da ternologia do uso do aleooI carburante . a pesquisa e a assistência tpcnica a produção de matérias-primas.

Art. 10. As exportacões de mel residual ou de álcool de qual­quer tipo ou graduação. para os mercados externos. serão promo­vidas pelo Instituto do Açúcar e do Álcool - IAA ou por inter­médio de empresas privadas. quando expressamente autorizadas pelo Instituto.

Parágrafo único. l''icam ressalvados os contratos de venda ;;a l':l eXl'ortação. j á firmados e homologados pelo Instituto do Açú­car e do Alcool - IAA antes da data de vigência deste Decreto cujas quantidades ainda estejam pendentes de embarque.

Art. 11. O Instituto do Acúcar e do Álcool - IAA estabelecerá as especificações técnicas para mel residual e áleo61 de quaisquer tipos e origens.

(

Art. 12 . Todas as destilarias de álcool, ~e qualquer tipo, ~~._~ undo de cana-de-açúcar, da mandioca ou de qUalquer outra ma­téria-prima, ficam sujeitas à inscrição no Instituto do Açúcar e do Alcool - IAA.

Art. 13 . A estrutura do Instituto do Açúcar e do Álcool - IAA e a wa lotação de pessoal serão ajustadas para o desempenho nas novas tarefas , atribuídas por este Decreto.

Art. 14 . O presente Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário e, especi­ficamente, o Decreto nO 75 . 966, de 11 de julho de 1975.

Brasília, 14 de novembro de 1975; 154.° da Independência e 8'r .O da República. - ERNESTO GEISEL - :llário Henrique Si­monsen.

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CÂMARA DOS DEPUTADOS

PROJETO DE LEI N.o 2. 794-A, de 1980

(Do Sr. Gilson de Barros)

Torna privativa de empresa genuinamente brasileira a fabricação de álcool para combustíveis automotivos, e dá outras providências; tendo pareceres: da Comissão de Cons­tituição e Justiça, pela constitucionalidade e juridicidade; da Comissão de Ciências e Tecnologia, pela aprovação, com emenda; e, da Comissão de Economia, Indústria e Comér­cio, pela rejeição, contra o voto do Sr. Aldo Fagundes.

(Projeto de Lei n.O 2.794, de 1980, t.endo anexado o de n.o 3.218/80, a que se referem os pareceres.)

O Congresso Nacional decreta: Art. 1.0 É privativa de empresa genuinamente brasileira a fa­

bricação de álcool para combustíveis automotivos. Parágrafo único . Entende-se por empresa genuinamente bra­

sileira, para os fins desta lei, aquela cujo controle (art. 116 da Lei TI.O 6.404, de 1976) sej a detido por brasileiros ou pessoas jurí­dicas sob controle de brasileiros.

Art. 2.° A empresa que, à data de entrada em vigor desta lei, não se enquadrar no disposto no artigo ant,erior, terá um prazo de até 5 (cinco) anos para transferir o seu controle parn brasi­leiros ou pessoas jurídicas sob controle de brasileiros.

Parágrafo único. Findo o prazo de que trata o caput deste artigo, e não efetivada a transferência, o Governo Federal promo­verá, no prazo de 180 (cento e oitenta) dias, a desapropriação do controle da empresa.

Art. 3.° Esta lei entra em vigor na data da sua publicação. Ar,t. 4.° Revogam-se as disposições em contrário.

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Justificação O Brasil vem se preparando para substituir, de maneira efeti­

va, a gasolina automotiva pelo álcool. Os mecanismos para este mister foram inaugurados pelo Decreto n.o 76. '593, de novembro de 197·5, que instituiu o Programa Nacional do Alcool, o qual ,isou ao atendimento do mercado interno e externo e da política de combustíveis automotivos.

Seria desnecessário nos determos, aqui, para uma análise da crise do petróleo e suas dantescas repercusões na economia brasi-

,

leira. A lição que nos sobrou, ao final de tudo, foi a sabedoria da a previdência, e o País não poderia enveredar, novamente, pelos pe- • rigosos descaminhos da dependência de combustíveis automotivos de decisões alheias à vontade nacional. A comoção da opinião pú-blica brasileira na questão do monopólio do petróleo representa um austero indicador de como a consciência nacional repudia a desnacionalireção do nosso setor energético.

O álcool, hoje, se constitui no sucedâneo mais viável da gaso­lina, e paulatinamente irá se universalizando o seu uso tanto no Brasil (como uma experiência pioneira, em escala nacional) como nos demais países do mundo. A tecnologia, corolário que é de mo­mentos hiSltóricos particularmente difíceis, a curto e médio prazos muito certamente transformará o produto numa das matérias-pri­mas mais importantes do futuro, em grau de importância equiva­lente, mesmo, ao do petróleo: não só a gasolina automotiva, mas a álcool-química, com a sua gama extensa de aplicações industriais; e há que se considerar a possibilidade - quase uma certeza - da transformação estrutural dos equipamentos de capital Ou de con­sumo para consumir álcool - não mais motores a óleo diesel, cal­deiras a óleo combustível ou termoelétricas a carvão. l!:, em suma, o álcool, o candidato mais natural, a menos que ocorra um abrupto e enorme salto na ciência e na tecnologia, a substituir o petróleo em todas as suas aplicações.

A crise do petrÓleo talverz se const itua na grande oportunidade de nosso País para emergir do subdesenvolvimento relativo e se afirmar como potênCia econômica. Neste sentido, aplica-se o dita­do de que "há males que vêm para bem", pois não existe nação, no mundo, com melhores condições que o Brasil 1)ara subugar a crise do petróleo com soluções, melhores, aliás, que as do petróleo em si. Não só venceremos a crise plantando a energia que iremos consumir, como estaremos exportando inclusive para países de­senvolvidos um know-how e uma tecnologia absolutamente brasi­leira·. De troco, iremos colher a possibilidade de nos constituirmos no maior exportador mundial de energia, na forma de álcool, caso o nosso planej amentto energético não subestime a grandeza dos mercados que irão se abrindo.

A questão do álcool é vital para o futuro do país, e nenhum brasileiro poderia advogar a desnacionalização do setor. l!: bem verdade que a indústria farmacêutica, a indústria automotiva, ele­trônka de cosméticos, ex~rativa mineral e outros setores de enor­me peso na economia são desnacionalizadas, mas haveremos que considerar que historicamente não possuía o Brasil a tecnologia necessária para iniciar o processo de industrialização. Mas quanto

-3-

ao álcool, temos ~otal e absoluta independência do exterior, não s justificando se possa premiar as empresas estrang·eiras que nada mais trarão para o nosso País, a não ser o capital, já que aprende­rão conosco, e sem pagamento de royaIties, a experiência que acumulamos com séculos e séculos de exploração e aproveitamento da cana-de-açúcar.

A privaticidade, para empresa genuinamente nacional, de fa­bricação de álcool para combustíveis automotivos, representa, as­sim, uma exigência de um momento histórico particularment.€ im­portante para os desígnios de nosso País. A oport.unidade da ini­ciativa, temos a certeza, receberá a patriótica acolhida dos nossos Pares neste Congresso Nacional.

Sala das Sessões, 14 de abril de 1980. - Gilson de Barros.

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADA PELA COORDENAÇAO DAS COMISSÕES PERMANENTES

LEI N.o 6.404, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1975

Dispõe sobre as sociedades por ações. O Presidente da República: Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a

seguinte lei. CAPíTULO I

Características e natureza da Companhia Ou Sociedade Anônima

Caracteristicas Art. 1.0 A companhia ou sociedade anônima terá o cap:tal

dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adqui­ridas.

Objeto Social Art. 2.° Pode ser objeto da companhia qualquer empresa de

fim lucrativo, não contrário à lei, à ordem pública e aos bOns côs­tumes.

§ 1.0 Qualquer que seja o objeto, a companhia é mercantil e se rege pelas leis e usos do comércio.

§ 2.° O estatuto social definirá o objeto de modo preciso e completo.

§ 3.° A companhia pode ter por objetO participar de outras sociedades; ainda que não pre\oista no estatuto, a participação é facultada como meio de realizar o objeto social, ou para bene­ficiar-se de incentivos fiscais .

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ' .. . ... ..... .

CAPíTULO :x Acionistas

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SEÇAO IV Acionista ~ntrolador

Deveres Art. 116. Entende-se por acionista controlador a pessoa, na­

tural ou jurídtca, ou o grupo de pessoas vinculadas por acordo de voto, ou sob controle comum, que:

a) é titular de direitos de sócios que lhe assegurem, de modo permanente, a maioria dos votos nas deliberações da assembléia­g,~ral e o poder de eleger a maioria dos administradores da com­panhia; e

b) usa efetivamente seu poder para dirigir as atividades sociais e orientar o funcionamento dos órgãos da companhia.

Parágrafo único. O acioni.Sta controlador deve usar o poder com o fim de fazer a companhia realizar o seu objetivo e cumprir sua função social, e tem deveres e responsabilidades para com os demais acionistas da empresa, os que nela trabalham e para com a comunidade em que atua, cujos direitos e interesses deve leal­mente respeitar e atender.

• • •• • •••• •• • •• • •• ••••• • • ••••• • ••••••••••••••••••••• • ' o •• • •••••• . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . LEGISLAÇÃO PERTINENTE, ANEXADA PELA COORDENAÇAO

DAS COMISS(jES PERMANENTES

DECRETo' N.o 76 .593, DE 14 DE NOVEMBRO DE 1975 Institui o Programa Nacional do Alcool, e dá outras

providências.

O Presidente da República, usando das atribu~es que lhe confere o art. 81, item IH, da Constituição, decreta:

Art. 1.0 Fica instituído o Programa Nacional do Alcool visan­do ao atendimento das necessidades do mercado interno e externo e da política de combustíveis auto motivos.

Art. 2.° A produção do álcool oriundo da cana-de-açúcar, da mandioca ou de qualquer outro insumo será incentivada através da expansão da oferta de matérias-primas, com especial ênfase no aumento da produtividade agrícola, da modernização e amplia­ção das destilarias existentes da instalação de novas unidades pro­dutoras, anexas a usinas ou autônomas, e de unidades armazena­doras.

Art. 3.° A implantação do Programa NaCional do Alcool serâ atribuida:

a) ao Ministério da Fazenda; b) ao Ministério da Agricultura; c) ao Ministérió da Indústria e do Comércio ; d) ao Ministério das Minas e Energia; e) ao Ministério dO ,Interior; .

f) a Secretaria de Planej amento da Presidência da República.

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Parágrafo único . iFica tnstltuída a Comissão Nacional do AI -.0115 cool, composta por .representantes dos órgãos supracitados e presi- --'" dida pelo Secret~rio-Geral do Ministério da Indústria e do Co­mércio, com as seguintes atribuições :

a) definir as parti,cipações programáticas dos órgãos direta e indiretamente vinculados ao Programa, com 'iistas a atender à expansão da produção do álcool;

b) definir os critérios de localização a serem observados na implantação de novos projetos de destilarias, atendidos os seguil1ltes aspectos principais:

I - redução de disparidades regionais de renda; IT - disponibilid1lide de 'fatores de produção para as atividades

agrícolas e industrial; ITI - custos de transportes; IV - necessidade de expansão de unidade produtora mais

próxima, sem concorrer com fornecimento de matéria-prima à mesma unidade.

c) estabelecer a programação anual dos diversos tipos de álcool, especifIcando o seu uso ;

d) decidir sobre o enquadramento das propostas para moder­nização, ampliação ou implantação de destilarias de álcool nos objetivos do Programa.

Art. 4.° As propostas par.a modernização, ampliação ou im­plantação de destilarias de álcool, anexas ou autônomas, serão apresentadas pelos interessados ao Instituto do Açúcar e do Alcool, com conhecimento imediato da Oomlssão Nacional do Alcool. No prazo máximo de 30 (trinta) dias, o Instituto do Açúcar e do AI­coaI emitirá parecer para apreciação final da referida Comissão.

Art. 5.° Os Investimentos e dispêndiOS relacionados com o Programa serão financiados pelo sistema bancário em geral e, es­pecificamente:

a) os destinados a instalação, modernização elou ampliação de destilarias, pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico -BNDE, pelo Banco do Brasil SI A., pelo Banco do Nordeste do Bra­sil SI A. e pelo Banco da Amazônia SI A.;

b) os destinados a pro.dução de matérias~primas , pelo. Sistema Nacional de crédito Rural.

§ 1.0 O Conselho Monetário Nacio.nal - CMN definirá as fontes de recursos a serem utllizadas e estabelecerá as condições de realização dos financiamentos, atribuindo. aos pro.jetos a serem implantadas nas regióes tradicionalmente não cultivadas, ou de baixa renda, condições especials de prazo e taxas de juros.

§ 2.° Alté 31 de dezembro de 1975. deverá o Conselho Mone­tário Nacional - CMN observar os seguintes limites para a defi­nição das condições de financiamento:

• I - destilarias anexas ou autônomas: Juros: 17% ao ano, pOdendo atingir 1,5% ao ano para o Norte

e Nordeste;

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Prazo máximo: 12 anos, inclusive carência de até 3 anos. II - cana-de-açúcar e outras matérias-primas: Juros: 7% ao ano;

Prazo máximo: 5 anos, 1:nclusive carência de até 2 anos.

Art. 6.° O Conselho Nacional do Petróleo - CNP, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, passará a assegurar aos produtores de álcool anidro, para fins carburantes e para a indústria química, preços de paridade, baseados na relação de 44 (quarenta e quat.ro) litros de álcool, por 60 (sessenta) quilogramas de açúcar cristal "standard", na condição PVU (posto veículo na usina) ou PVD (posto veículo na destilaria).

Parágrafo único . Para o álcool destinado a outros fins in­dustriais ou comerciais, o Instituto do Açúcar e do Álcool - IAA estabelecerá para os produtores preços de paridade, na forma des­te artigo, sujeito a ágio e deságio, em função das especificações técnicas do tipo adquirido.

Ar.t. 7.° Para a garantia de comercialização do álcool anidro de qualquer origem, para mistura carburante, o Conselho Nacio­nal do Petróleo - CNP es1iabelecerá um programa de distribuição entre as empresas distribuidoras de petróleo, que receberão o pro­duto a um preço a ser decidido por esse Conselho.

Parágrafo único . As indústrias químicas, quando utilizarem o álcool em substituição a insumos importados, terão seus suprimen­tos efetivados pelo Conse~ho Nacional de petróleo - CNP e ao pre­ço do litro do álcool, a 100% (cem por cento) em peso a 20°C, na base de até 35% (,t.rinta e cinco por cento) do preço do quilograma do eteno fixado pelos órgãos do Governo.

Art. 8.° O Instituto de Açúcar e do Alcool - IAA estabelecerá para o mel residual preço básico em função do valor do álcool ad­quirido nas condições do art. 6.°, considerada a relação de 550 (qui-

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nhentos e cinqüenta) quilogramas de açúcares redutores totais a (ART) por 1.000 (um mil) quilogramas na condição do PVU ou _ PVD.

Parágrafo único. O preço, base assegurado neste artigo va- , riará segundo as especificações do mel residual.

Art. 9.° Os recursos gerados na comercialização do álCOol car­burante serão estruturados pelo Conselho Nacional do Petróleo -ONP na alínea "1", art. í5, H,em II da Lei n.O 4.452, de 1964 e des­tinar-se-ão, prioritariamente, a atender ao disposto 710 art. 7.°, parágrafo único deste Decreto e, na forma definida pelo Conse­lho Monetário Nacional - CMN, suprir recursos para os financia­mentos de que trata a alínea "a" do art. 5.° e a projetos "isando ao aprimoramento da tecnologia do uso do álcool carburante, a pesquisa e a assistência técnica a produção de matérias-primas .

Avt. 10. As exportações de mel residual ou de álCOOl de qual­quer tipo ou graduação, para os mercados externos, serão promo­vidas pelo Instituto do Açúcar e do Alcool - IAA ou por inter­médio de empresas privadas, quando expressamente autorizadas pelo Instituto .

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Parágrafo único. Ficam ressalvados os contratos de venda <i •

para exportação, já firmados e nomologados pelo Instituto do Açú-car e do Alcool - IAA antes da data de vigência deste Decreto cujas quantidades ainda estejam pendentes de embOarque.

Art. 11. O Instituto do Açúcar e do Alcool - IAA estabelecerá as especificações técnicas para mel residual e álcool de quaisquer tipos e origens.

Art. 12. Todas as destilarias de álcOOl, de qualquer tipo, ori­undo de cana-de-açúcar, da mandioca ou de qualquer outra ma­téria-prima, ficam sujeitas à inscrição no Instituto do Açúcar e do Aleool - IAA.

Art. 13. A estrutura do Instituto do Açúcar e do Alcool - lAA e a sua lotação de pessoal serão ajustadas para o desempenho nas novas tarefas, atribuídas por este Decreto.

Art. 14. O presente Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário e, especifi­camente, o Decreto n.O 75.966, de 11 de julho de I975.

Brasília, 14 de novembro de 19,75; 154,0 da Independência e 87.° da República. - ERNESTO GEISEL - Mário Henrique Si­monsen.

PARECER DA COMISSAO DE CONSTITUIÇAO E JUSTIÇA

I - Relatório De autoria do nobre Deputado Gilson de Barros, o Projeto sob

nosso exame toma exclusiva de empresa brasileira a fabricação de álcool para emprego como combustível automotivo. Classifica o § 1.0 do art. 1.0 como "genuinamente brasileira" aquela cujo controle seja exercitado por brasileiros ou pessoas jurídicas sob controle de brasileiros (art. 116 da Lei n.O 6.404, de 1976).

No art. 2.°, dá um prazo de até cinco anos às empresas que não se enquadrem naquela exigênCia para transferir seu controle às genuinamente nacionais, sob pena de desapropriação acionária.

Na Justificação, salienta o autor que "o álcool hoje se constitui no sucedâneo mais viável da gasolina", devendo paulatinamente· universalizar-se o seu u.so no País e no mundo. Não somente o automotivo, mas o álcool empregado em múltiplas outras finali­dades, industriais e químicas, depende da utilização de recursos naturais renováveis , enquanto dispomos de tecnOlogia e "know­how" insuperáveis na sua produção. Assim, "a questão do álcool é vital para o País e nenhum brasileiro poderia advogar a de&na­cionalização do setor".

Conclui afirmando que a privacidade da fabricação nacional do álcool combustíV\el, por empresas genuinamente brasileiras, "representa uma eXigência de um momento histórico particular­mente importante para os desígnios de nosso País".

11 - Voto do Relator A matéria se insere no âmbito legislativo da União (letra "d",

do item XVII, do art. 8.° da Constituição), não é da competência ou iniciativa exclusiva do Presidente da República (arts. 57 e 65

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e ·tem V do art. 81 ), fundamentando-se a proposição no art. 56 da Lei Maior.

Está o projeto conforme os princípios gerais de direito, não entra em conflito com a sistemática, emprega corretamente a tec­nologia jurídiea e não sofre eiva de redação. Assim, constitucional e juridico, está em condições de ser examinado, no mérito, pelas comissões técnicas competentes.

Sala da Comissão, 29 de maio de 1980. - Lázaro de Carvalho, Relator.

In - Parecer da Comissã.o A Comissão de Constituição e Justiça, em reunião de sua Tur~

ma "B", opinou, unanimemente, pela constitucionalidade e jur1~ dicidade do Projeto n.O 2.794/80, nos termos do parecer do Relator.

Estiveram presentes os Senhores Deputados: Ernani Satyro, Presidente; Lázaro Carvalho, Relator; Afrisio Vieira Lima, Ama­deu Geara, Brabo de Carvalho, Djalma Marinho, Elquisson Soares, Gomes da Silva, Joacil Pereira, Louremberg Nunes Rocha, Marcello Cerqueira e Osva1do Melo.

Sala da Comissão, 29 de maio de 1980. - Ema.ni Satyro, Pre­sidente - Lázaro Carvalho, Relator.

PARECER DA COMISSAO DE CmNCIA E TroNOLOGIA

I e n - Relatório e Voto do Relator

O Projeto do nobre Deputado Gilson de Barros visa tornar privativa de empresa genuinamente brasileira a fabricação de álcool para combustíveis.

Desde que se evidenciou a chamada crise do petróleo, com a conseqüente sangria de divisas para o Brasil, que vai onerando de forma insuportável nossa balança comercial, temos procurado enfatizar a prioridade e a urgência de uma mobilização de todos os nossos recursos para a produção de álcool, a fim de suavizarmos gradativamente e, eventualmente, nos livrarmos dessa sangria.

Infelizmente, por várias razões que não vem a pêlo citar, esse plano de produção está consideravelmente atrasado. Pode-se dizer que a necessidade de produzir álcool é praticamente sem limite e todos quantos ajudassem a impulsionar essa produção, estariam prestando serviço de alta valia para o País.

Não se deve opor restrições àqueles que porventura venham nos ajudar nesse objetivo. O importante é produzir e quanto mais, melhor, mesmo porque há hoje um amplo mercado para exportação de álcool. Deve-se, sim, acreditamos, limitar às empresas nacionais os planos de financiamento favore·cidos criados para o pró-álcool, que representam, sem dúvida, um grande incentivo. Mas aqueles que vierem dispostos a prodUZir com recursos próprios, não devem ser obstados de fazê-lo , no interesse nacional.

Assim em que pesem as intenções do nobre autor do projeto, cremos que suas conseqüências seriam negativas restringindo nossa capacidade de produção de álcool da qual depende nossa indepen­dência do combustível importado. É essa prioridade que, em nOS8()

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-9-.

entender, sobrepõe-se a qualquer outra, desde que, repito, os can­didatos alienígenas à produção usassem tão-somente recursos pró­prios.

É o nosso parecer. Sala da Comissão, 6 de agosto de 1980. - Herbert Levy, Re­

lator.

lU - Parecer da Comissão

A Comissão de Ciência e Tecnologia, em reunião realizada em 8 de outubro de 1980, aprovou por unanimidade, o parecer do Re­lator, Deputado Herbert Levy, favorável com apresentação de uma Emenda, ao Proj eto de Lei n.o 2.794/80, que "Torna privativa de empresa genuinamente brasileira a fabricação do álcool para com­bustíveis automotivos e dá outras providências".

Compareceram os Senhores Deputados: Edson Vidigal, Presi­dente; Antônio Florêncio, Vice-Presidente; Fernando Cunha, José Penedo, Haroldo Sanford, Jorge Uequed e Mário Moreira.

Sala da Comissão, 8 de outubro de 1980. - Edson Vidigal, Pre­sidente - Herbert Levy, Relator.

Emenda Adotada pela Comissão Dê-se ao artigo 1.0 do Projeto, a seguinte redação:

"Art. 1.0 É privativa de empresa genuinamente bra­sileira a fabricação de álcool para combustíveis automotl­vos, ex!Cluídas as pessoas fisicas ou jurídIcas com maioria ou totalidade de capital estrangeiro, desde que usem re­cursos próprios."

Sala da Comissão, 2 de outubro de 1980. - Edson Vidigal, Pre­sidente - Herbert Levy, Relator.

PARECER DA COMISSÃO DE ECONOMIA, lNDúSTRIA E COMÉRCIO

I - Relatório Cumpre-nos emitir parecer sobre o projeto de lei do eminente

Deputado Gilson de Barros, objetivando tornar privativa de em­pr,esa genuinamente brasileira a fabricação de álcool para com­bustíveis automotivos.

A matéria foi examinada pelas Comissões de Constituição e Justiça e de Ciência e Te,cnologia.

Deve manifestar-se, agora, pelo mérito a Comissão de Eco­nomia.

A produção nacional do álcool cresce significativamente face aos incentivos e mercados criados pelo PROALCOOL - Programa Nacional do AlcooI.

O álcool produzido atualmente é oriundo, principalmente, das chamadas destilarias anexas a usinas de açúcar.

Acontece, porém, que o aumento significativo da produção alcooleira, só será possível, obviamente, pela construção acelerada de novas usinas de açúcar no pais.

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ç,-4 Espera-se, portanto, um estudo detalhadíssimo da questão, pois ~-"'- à construção destas novas usinas apresentam-se problemas de

difícil solução, entre eles:

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Os riscos das cíclicas,

Bruscas oscilações que sofre, principallmente, o açúcar, no ~er­cado mundial.

Há que se atender, portanto, várias necessidades: a) planejar-se a curto prazo, partindo-se da produção de açú­

car, a desvinculação do álcool da produção do açúcar; b) produção do álcool em destilarias autônomas, a partir da

cana-de-açúcar (tem um custo bastante elevado em relação ao produzido nas destilarias ariei({as);

c) aumento da rentabilidade do capital aplicado no PROAL­COOL, a fim de que cada cruzeiro gere maior quantidade possível de áloool;

d) no caso das unidade produtoras de álcool, a partir da man­dioca (existe o inconveniente de ser necessário utilizar-se nas caldeiras lenha e/ou rama da própria planta da mandioca, devendo o empresário, nesse caso, arcar com os custos para a aquisição, transporte e estocagem desses materiais, o que por certo contri­buirá para aumentar os custos da produção);

I e) conciliar toda essa problemátIca que envolve o governo, em-

presários e todo o povo brasileiro.

Portanto, falando-se da fabricação de álcool para combustíveis automotores, há que se ter em conta, não só privatizá-lo, bem como o ritmo que se queira realizar esse empreendimento.

Privatizar-se as empresas brasileiras neste sentido, seria o mesmo que exigirmos uma demanda de investimentos, cuja massa de recursos, a curto prazo seríamos impotentes para mobilizarmos.

Vejamos, por exemplO, as necessidades presentes: 1) absorção de novas técnicas; 2) intensificação de modo mais intenso da modernização

rural; 3)

4)

5)

6)

7) avanço

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9)

novas alternativas tecnológicas; diminuição do custo médio da produção; melhoria da qualidade do produto final; emprego de uma técnica mais aprimorada de produção; implantação de ' esquemas que combinem o objetivo de técnico com um custo social minimizado; aumento da oferta de trabalho para os agricultores; e, a dignificação e o bem-estar da propriedade rural.

Há que se notar também, outros aspectos do problema: a) examinar até que ponto desejamos e queremos a participa­

ção ,alienígena;

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b) qual o montante que nos interessa nesta participação e em que circunstâncias;

c) o mecanismo pelo qual, simultaneamente possamos juntar o nosso capital ao capital externo;

d) o acordo feito com relação a esta participação (serão sem­pre acordos negociáveis) .

Convém lembrar também, conforme já nos tem demonstrado a EMl3RAPA que a implantação de microdestilarias a nível nacio­nal, tornam-se inviáveis.

Não podemos deixar de concluir que, a par de uma política de aproveitamento das potencialidades energéticas do país, não pode o planejamento governamental descurar de influenciar direta ou indiretamente, no sentido de promover a modernização do homem, em contatos com novas téonicas, induzindo-o a uma maior produtividade.

n - Voto do Relator No que compete a esta Comissão de E'conomia se manifestar

por acharmos o instrumento inadequado, muito embor:a sendo vá­lido o objeto, por não trazer as soluções tão percutidas, nosso parecer é pela rejeição, por achar inoportuna a proposição.

Sala da Comissão, 8 de outubro de 1981. - Cesário Barreto, Relator.

lU - Parecer da Comissão A Comissão de Economia, Indústria e Comércio, em reunião

ordinária realizada em 8 de outubro de 1981, aprovou o Parecer do Relator, Deputado Cesário Barreto, pela rejeição do Projeto de Lei n.O 2.794/80, que "torna privativa de empresa genuinamen­te brasileira a fabricação de álcool para combustiveis automotlvos e dá outras providências". Votou contra o parecer, o Senhor Depu­tado Aldo Fagundes.

Compareceram os Senhores Deputados: Marcondes Gadelha, Presidente ; Arnaldo Schmitt, Vke-Presidente da Turma "A"; Igo Losso, Vice-Presidente da Turma "B"; cesário Barreto, Relator; Antônio Carlos de Oliveira, Hélio Duque, João Arruda, Edilson La­martine Mendes, Paulo Lustosa, SílVio Abreu Júnior, Aldo Fagun­des, Rubem Medina, Pedro Sampaio, Luiz Vasconcellos, Ricardo Fíúza, Carlos Augusto, João Alberto e Isaac Newton.

Sala da Comissão, 8 de outubro de 1981. - Marcondes Gadelha, Presidente - Cesário Barreto, Relator.

Centro Gráfico do Senado Federal - Brasília - DF

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-OBSERVAÇOES

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DOCUMENTOS ANEXADOS: ___________________ _

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