Ir - Câmara dos Deputados

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ASS UNTO:

Autoriza o Poder Rxecutivo

zadas pelo Club Na~al.

DESPACHO : ÀS Com. d3 C~nst1 tuiçõa . e Jus tiça ,

em 28 de .

DISTRIBUiÇÃO

PROTOCOLO N.n ....

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de 19 52 .

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SINOPSE ,

Projeto N. o ............ . de .............. . de .......................................... .... . ............... . ...................... de 19 .... .

Ementa : .. ...... ................................................................... ... . ....... ..... . ............................. .

Autor: ....................... ........ ....................... ................................................................. .

Discussão única. ............................................... .......... ..... ........ . .

Discussão inicial ............................ ..

Discussão final .................................. : ........................... ............................. . .......... .

Redação final ... ... .............. . .. ... .......... ...... .

• Remessa ao Senado ............. .... .. ............... .... .

Emendas· do Senado aprovadas em ... ... ... de ..................... .................. .. ................ . . . .......... de 19

Sancionado em .. ......... de . . ..... de 19

Promulgado em ....... .......... de ......... .. ..... ................... ..... . . .. . ....... . de 19 •

Vetado em ..... .............. .... de ..................................... .. .... .... .................................. ........... ........ ...................... _ ................... de 19 ....... .

Publicado no " Diário Oficial JJ de ..... ............... de ................. .... .. ............. . . .... . .

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CÂMARA ooe DEPUTADOS

PROJETO

N: 1.875-A - 1952

Autoriza o Poder Executivo a financiar operações imobiliárias real1za­das pelo Clube Naval; tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça pela sua cansjitucionalidade e rejeição do artigú j,. e, com emendas, da Comissa o de Finanças, com veto vencido do Senhur Joao AgrIpmo ,. .

PROJETO N.O 1.875-52 A QUE SE REFEREM OS PARECERES

Art. 1.0 E' o poder E.'xecutivo au.;o­rizado a financiar, nos têrmos desta Lei, as operações imobiliárias que o Club Naval, através sua Oartei1'a Hi­potecária e Imobiliária. reali:r.ar com Beus associados que não possuam rei!!­dência própria, concedendo-lhes em­préstimos, para tal fim, aos juros máximos de 5% (cinco por cento) anuais (Tabela Price) e amortizáveis em 25 (vinte e cinco) anos.

Parágrafo único. O sócio do Club Naval que já possua casa ou apar­tamento residencial encontrando· se o imóvel hipotecado, poderá transferir a hipoteca do mesmo à Caixa Hipo­tecárIa e Imobiliária, gozando d'1s mesm~s vantagens asseguradas nesta lei aos associados do Clul') não pro­prietário de imóvel resid~ncÍlal.

Art. 2.° O financiamento autorizado pela presente Lei será de trezentos milhõ<:;t; de cruzeiros (CrS .. . ...... . 300.000.000,00) entregues pelo Poder Exeeutivo em cinco parcelas anuais de sessenta milhões de cruzeiros (Cr$ 60.000 .000,00\ a partir do exercício de 1953. vencendo os juros anuais de 3% (três por cento) Tabela price e amortizáveis em 30 (trinta) anos.

Plarágrafo único . O resgate que começará a ser feito no primeiro exercicio após o rece.mmento da úl-

t ima parcela do financiamento, será em prestações semestrais recolhldas ao Tesouro Nacional venctveis l'm 30 de junho a 31 de dezem bro compre­endendo amortização e juros sôbl'e o saldo devedor.

Art. 3.0 O Club Naval para os fins previstos nesta lei operará com os seus associados aos juros máximos r;te 5% (cinco por cento) com um plano de resgate de 25 (vinte e ::inco) anos no máximo, compreendendo presta­ção mensal constante de :1mortização e juros.

§ 1.0 As prestações mensais acima referidas serão pagas ao ClUb Naval mediante consignação em fôlha não podendo exceder esta de 40% (qua­renta por cento) dos vencimentos· 40 oficial na data da operação. .

§ 2.° O prazo de empréstimo po­derá ser prorrogado até 30 (trinta) anos ,se o associado falecer antes· de resgatá-la e os b~neficié.rios a~sumi­rem o compromisso de pagamento do saldo devedor mediante l'onsginação em fôlha da pensão ou pensões <lei­~:adas pelo extinto.

Art. 4.0 A Caixa de Mobilização Bancária financiJará a Car~ira Hi­potecária e Imobiliária do Clu.b Na­val a juros de 5% (cinco por cento) sob garantia pignoratícia dos crédi­tos garantidos por primeira e espe­cial hipoteca de casas dos flssocill-

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(ios, até o limite máximo de 60% (sesesnta por cento) dos mesmos

créditos tudo nos têrmos do Decreto n." 24.778, de a de julho de 1934,

I que se reputará em pleno vigor. Parágrafo único. A Caixa de Mo.­

billzação Bancária poderli receber

b:~r~~~~iei r~~0~~~8~~ d~ la:tde ;:te!~ 131'0 de 1945.

Art. 5.° A Carteira C.H.I. do Club Naval ficará subordinada sem ônus para o seu patrimônio, à inspeção da Fiscalização Bancária, que receberá balancetes mensais e poderá exarni­nar-Ihe livros e arquivos quando jul­gar conveniente.

Art. 6.0 São condições para o as­sociado obter empréstimo:

a) estar inscrito na C.H.I.; /.J) pagar a jóia de 3% (três por

cento) sôbre o valor do financiamen­to. que poderá ser acrescida no valor do mesmo, e amortizada, conjunta­mente, com o financiamento conce­dido .

c) ter recolhido à C.H.I., impor­tância não inferior a 20% (vinte por cento) do financiamento pretendido caso o associado queira valer-se das condições de preferência para obtell­~ão do financiamento, dentro do que dispuser o Regulamento das Opera­J;ões ImO.biliárias.

Parágrafo único. OS depósitos da alínea c vencerão, a favor do asso­ciado juros de 4% (quat!'J por c.nto) capitalizados semestral mentes, até a data em que fór concedido o finan­ciamento ao associado.

Art. 7.0 Os contratos em que fôr parte a Carteira ou Associado desta., tendo por objeto imóveis negociados ~ela Carteira ou por intermédio desta, ebedecendo ao tipo uniforme, serão la\'rados por instrumE'nto particular, impressos e rubricados pelas partes em tôdas as páginas, revogado, para êsse efeito o art. 134 n.O n, do Có­digo Civil.

§ 1.0 Os instrumentos deverão ter come parte integrante a planta ou projeto do imóvel; mencionarão mi­nuciosamente os característicos, 10-calimção, confrontações e indicações do Registro Público de Imóveis, cujas transcrições e demais anotações serão sujeitas na forma da lei e regula­mentos em vigor.

§ 2.0 Valerão como certidões dos instrumentos as fotocópias autenti­cadas pela Diretoria da Carteira, mas, ,

no Rgistro Civil de Imóveis, os re­glstros de qualquer natureza, eXlgl­dos por lei ou regulamentos, serjo fe-i tos com o arquivamento de uma das vias e respectivas p,antas integrantes.

Art. 6.° São isentos ae sêlo federal proporcional os contmtos menciona­dos n8~ta lei, cc:leuradcs entre S. Car­teira e os sóclcs do Clui) uf:a mscri­tos, desde que tenham (f,mo objeto o imóvel negociado por interméd'io da Caixa ou a introduções ae acessões e benfeitorias em imóveis nas mes­mas condições.

Parágrafo único. Igual Í'ienção é assegurada li. Carteira nas suas ope­rações e titulos com a Caixa de Mo- _ biiização Bancária. ..

Art. 9.° Reputar-se-á vencida u dí­vidJa, se a residência fi'.1anciada pela Carteira fôr, por qualquer modo. alie­nada ou locada, a pessoa não asso­ciada, salvo casos de bcação, 1'~'evia­mente autorizada pela C.H.I.

Parágrafo único. A C.11.I. e os sócios do Club nela inscritos, terão preferência para aquisição de imó­

vel já vinculado à C. H. I. devendo o associado que pretender vender, no­tificar a C . H. r. com o prazo mi­nimo de 30 (trinta) dias para Cjue 13. mesma se manifeste sôbre êsse di­reito ou preferência.

Art. ~O. E' assegurado direito de opção a qualquer sócio nela inscrito para aquisição de imóveIS financia­dos pela C.H.1. sendo, entl'etal!to. atendido, quando pela sua cIWlsIÍl­cação de antiguidade de inscrição pelo sorteio ou por condição prefe­rencial prevista no Regulamento, fi­zer jus ao financiamento pleiteado, para aquisição do imóvel em aprêçe.

§ 1.0 Se houver mais de um in­teressado, far-se-á licitação.

§ 2.0 Se não houver associados m- ,. teressados. a opção ~aberá à Car- .. teira. ...

Art. 11. As l'esidêneias financia­das pela Carteira, serão impenhorá­veis por terceiros. salvo o caso de dividas por alimentos ou impostos e taxas incidentes sóbre os imQveis.

Art. 12. Anualmente na fOl'ma pre­vista pelo Regulamento ,será elabo­rado o plano de distribui~{ío dos fun­dos da Carteira, respeitado;) os cri­térios previstos nesta lei

Art. 13. O Regulamento das Ope­rações Imobiliárias será submetido pelo Club Naval, à aprova;áo em de­creto do Poder Executivo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, a con­tar da publicação da presente lei.

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Art. 14. As sobras auuradas nos balanços da C. H . 1. depôi" de reali­zadas as amortimções. pagamento de jur s e despesas gerais de !\dminis­tração ou outras autorlzac!:1s no Re­gimento, constltuirão o capitél! pró­prio da instituição para a ~'ua pere­nic.."1de e maior desenvolvimento.

P.arágrafo único. A C.H.I. go­zará de isenção de quaisquer impos­tos da competência federal ou do Distrito Federal, exceto do da renda.

Art. 15. Não poderão contratar com a C. H. I. emprêsas construtoras ou imobiliárias, cUjos diretores, sócios ou gerentes sejam parentes dos di­retores da instituição.

Art. 16. Verifioadas irregularida­des graves, devidamente comprova­

das, na aplicação dos fundos postos pelo govêrno à disposição da Car­teira Hipotecária e Imobiliária nos têrmos previstos da presente lei, é li­cito ao Presidente da República. de­signar por tempo limitado prorro­gável, uma comlssão composta de três oficiais generais das Fôrças Ar­madas, um Diretor do Club Naval, um funcionário da Fiscalização Ban­cária ou a Superintendência da Moeda e do Crédito para o fim es­pecial de normalização das operaçõ::os

Art. 17. O Club Naval através de sua Carteira Hipotecária e Imobi­liária, com o ob.ietivo de dar maior garantia a rentabilidade às suas ope­rações, poderá realizar quaisquer ati­vidades de compra, venda de imóveis de administração de bens e de cons­trução de imóveis. rev~rtendo os lu­cros correspondentes 3m proveito do fundo geral destinado à aquisição e construção de morada própria pare seus assoc~ados .

Art. 18. Extinta a Carteira Hipo­tecária e Imobiliária de qualquer mo , encerradas as operações imo­lliliárias previstas rua presente lei, ficará a União para todC'<; os efeitos, su,b-rogada nos direitos de compra e venda, firmados entre o Club Naval e o seus associados.

Art. 19. E' permitida a consigna­ção em fôlha de pagamento de pen­sões em favor da Carteira Hipotecá­ria e Imobiliária do Club Nayal aos pensionistas militares, cujos maridos, avós, pais, filhos ou irmãos tenham adquirido casa ou apartamento para moradia e na data do óbito este.iam em débito com a referida Carteim ou nela inscritos.

Art. 'JJf. A consignaçã'J a que se refere o art. l.0, quesó poderá ter por fim a aquisição de casa ou apar­tamento para moradia, não deverá exceder de 30% (trinta por cento) da importância total da pemãe, ou pen­sões, percebidas pelos penslOnistas, nem o prazo de amortização do em­préstimo respectivo ser superior a 30 <trinta anos).

Art. 21. Flalecida a viúva do ofi­cial em débito com a Carteira. Hi­potecária e Imobiliária do Club Na­val e sendo reversível a sua pensão ou pensões, os herdeiros do oficial poderão continuar o mesmo desconto em fôlha pelo prazo nel~essário à in­denização do compromisso assumido, observando o disposto nesta lei.

Art. 22. A averbração das consig­nações nas repartições competentes será efetivada mediante requerimen­to firmado pelo Diretor da Carteira, discriminando:

a) data do inicio e terminação da transação;

b) importâncÍIa total consignada; c) importância a ser descontada

mensalmente; d) prazo da consignação e) saldo devedor deixado pelo ofi­

cial ou pensionista. § 1.0 Da averbação poderá' ser dada

certidão com todos os reqwsttos cons­tantes do respectivos requerimenttl.

§ 2.0 O requerimento de que treta êste artigo será acompanha dI) dE' uma declaração do consignante, autori­zando o desconto.

Art. 2t. Dentro do prazo estipu­lado não poderá a consignação ser suspensa ou modificada em qualquer sentido, a não ser por acôrdo das duas partes interessadas, Ilue o -re­quererão, em conjunto, à repartição averbadora, ou fique provada a qui­tação do compromisso assumiao.

§ 1.0 Esgotado o prazo sem que tenha havido interrupção nos pa­gamentos, a repartição suspenderá 'Cx­olficio o respectivo desconto em fôlha.

§ 2.0 No caso de interrupção o prazo será dilatado quanto necessà­rio para pagamento das cOllslgnaçoea em débito e dos juros de mora, quan­do 1!stes forem devidos, sendo ntaxa a meSIDJa e sôbre o saldo devedor.

Art. 24. Ao consignante caberá. o direito de antecipar a liquidação do compromisso assumido com a Car­teira e, assim, ficará isento dos juros relativos ao periodo antecipado.

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Art. 25. P!U'3 os fins indicados nesta lei, o Orçamento Geral da Re· pública consignará, pelo Ministério da Fazenda Verba 3 - Serviços e Encargos - Diverso!!. para os exer­cicios de 1953, 1954, 1955, 1956 e 195', a dotação anual de Cr$ 6Ll.OOO.OOO,OO (sessenta milhões de cruzeiros)"

Art. 25. A presente lei entrará em vigor na data de sua publicação, re­vogadas as disposições em contrário.

Justificação

O Congresso Nacional ,votando o projetu de lei, já sancionado pelo Executivo, que manda dar ao Clube Militar ,no prazo de cinco anos, qUi­nhentos milhões de cruzeiros, para financiamento de imóveis residenciais aos seus associados, foi ao encontro da situação angustiOSQ em que todos se debatem, no tocante à falta de morada. Problema complexo e as­sunto controvertido, onde entram em conflito interêsses antagônicos, só o govêrno e não a iniciativa particuloar, poderá enfrentar e resolver satisfa­tOriamente tal problema. E se os Estados Unidos, a Inglaterra, Suécia, Holanda e outros países estão resol­vendo la crise de habitação com a ajuda financeira do govêrno ,não se­ria o Brasil, com a sua pobreza de capitais privados que a fõsse resol­ver, com alheiamento do poder pú­blico em assunto de tal magnitude.

Njada mais justo, portanto, que êsse empréstimo feito pelo govêrno ao Clube Militar. Esqueceram-se, po­rém, os legisladores de estender tais favores a outras entidades da classe militar, porquanto o Clube Militar, embora com uma porcentagem mí­nima de oficiais de Marinha e da Aeronáutica em. seu quadro social, é Clube do Exército, como o CIUb Na­val, o é da armada e o 'Jlube da Aeronáutica, da aviação militar.

Como o Clube Militar, o Club Na­val está também em condições de, com os mesmos favores concedidos àquele ,resolver o financiamento da compra ou construção da morada para seus associados. E não é outra a finalidade do presente projeto se­não corrigir essa injustiça.

Muito embora Lei n.O 1.086, de 19 de abril de 1950, que autoriza o Po­der Executivo a financiar as opera­ções imobiliárias que o Clube Mili­tar realizar com os oficiais associa­dos da SUla Carteira Hipotecária e Imobiliária,. estabeleça ,no seu ar­tigo 8.0, que oficiais associados do

Clube Naval e Clu'Je da Aeronáu­tica poderão gozar dos benefícios da referida Lei, desde que ingressem na Carteira Hipotecária e Imobiliárh do Clube Militar, os órgãos dirigen(es dêsse Clu.be tal não permitem por exigências estatut2.rias, Dorquanto só aos sócios do Clube Militar é facul­tado o ingresso na sua CarteIra Hi­potecária e Imobiliária. Mas, mesmo que o art, 8.0 da Lei n.O 1.096 esti­vesse sendo cumprido, facllitando, dêsse modo, aos oficiais da . Marinha e da Aeronáutica não assocIB.d0S do Clvbe Militar sua inclusão na C.H.I., eEsa vantagem em nada, ou quase nada, os favoreceria, porisso que, ao ser sancionada a Lei n.o 1.086 já se encontravam inscritos na Carteira Hi­potecária e Imobiliária mais de qua­t.ro mil associados do Clube Militar. E todos sabemoE que, pelo alto custo cio imóvel, não s6 no Distrito Fe­deral como no resto do Pais, o emprés­timo de quinhentos milhões de cruzei­ros feito pelo Govêrno ao Clube l\fi­lital. contemplará, no máximo, mil e poucos oficiais, quando os associa­dos do Clube já somam mais de doze mil.

Pelo presente Projeto, é o Pod~r Executivo autorizado a emprestar à Carteira Hipotecária e Imobiliária do Clube Naval a importância de trezen­tos milhões de cruzeiros, com as mes­mas condições de juros e amortizaGão estabelecidas para o Clube Militar, re­duzidos apenas de 6% para 5%, os ju­rus máximos cobrados pelo Clube aos seus associados,

S. S., em 25 de abril de 1952. Ruy Almeida. - Armando Corrêa. Medeiros Neto. - Gama Filho. Ivete Vargas. - Dario de Barros. Pedro Souza. - Plácido Olímpio. Lopo Coelho. - Heitor Beltrão. Saturnino Braga. - Abelardo Mata. _ Benedito Valadares. - Mário AZ­tino. - Flores da Cunha. - M~ed(} Soares e Silva. - Clodomir Míllet. _ Lauro Cruz. - Rafael Cincurá. -Loandro Maciel. - Edilberto de Cas­tro. _ Luiz Garcia. - Getúlio Moura _ Arruda Câmara. - Alcides Car­neiro. - Ernani Sátiro. - Vieira de Melo. - Carlos Valadares. - Arman­do Falcão. - Benjamin Farah. Paulo Lauro. - Aziz Maron. - Vas­concelos Costa. - Barros Carvalho. _ Tancredo Neves. - Jaeder Albel'­guria. _ Dolor de Andrade. - Mario Palmério. - Sá Cavalcanti. - Pon­ciano dos Santos. - José Augusto -Jorge Jabour. - Nilo Coelho. - 08-

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car Carneiro. - Hermes Pereira de .souza. - Tarso Dutra. - Antonw Feliciano. - Negreiros Falcão. - Nes­ta .. Jost. - Godoy Ilha. - Coelho de .s Lza. - Paraílio Borba. - Licurgo Leite. - Benedito Vazo - José Gan­dtoncio . - Lajaiete Coutinho. - Eu­rico Sales. - Hildebrando BisaglirL. - Mauricio Joppert da Silva. - ArtUl' Slintos. - Vieira Sobrinho. - Leo­berto Leal. - Campos Vergal. - Fer-1"(~ira Martins. - Ostoja Roguski. José Pedroso. - Wanderley Júnior. - Dulcino Monteiro. - Benedito Vazo - Antonio Peixoto. - Virgínio Santa Rosa. ,- Ruy Santos. - Osvaldo Tri­gueiro. - Ponce de Arruda.

pARECER DA COMISSAO DE CONSTITUIÇAO E JUSTIÇA

I - O projeto n.O 1.875, de 1952, autorizando o Poder Executivo a au­xiliar o financiamento de operações imobiliárias realizadas pelo Clube Na­val, nada mais é do que a reprodução, com ligeirissimas alterações que nen­hum caráter substancial têm, da lei número l.ú86, de 19 de abr!l de 1950,

I que assegurou tais vantagens em bene-v fício do Clube MEitar.

" II - Examinando o assunto, sob (S

j~' seus diversos prismas, a Comissão de

Constituição , e Justiça, deixando às outras Comissões a apt"lciação do mé­rito da matéria, cOllcluiu, por maio­ria, pela sua cong1jitncllmalidade, opi-

~ nando, no entanto, pela, tej~"'1io do art1Tt6"""8:";' qm: -nao oostante estar no

ti p àipiUIil!1"'I~gal que beneficia o clube Militar, nao lhe parec:: capaz de se harmonisar com o princíp!o da igual­dade perante a lei, ~uo o ponto de vista fiscal.

Sala Afrânio de Melo Franco, em 18 de setembro de 1952. - Marrey Jci­nior, Presidente. - AntOnio Balbino, Relator. Ulisses Guimarães. -Manuel Ribas. - Dantas Júnior. -O~ aldo Trigueiro. - Samuel Duarte. - Benedito Valadares. - AlbeTto Battino. - GOdoy Ilha. - Tancredo Neves. - Tarso Dutra. - Otávio Corrêa.

• PARECER DA COMISSAO

DE FINANÇAS

Parece-me que o Projeto n.O 1.875, de 1952 deve ser aprovado, com as emendas que apresento e anexo a esta 'Voto, pois em virtude dos argumentos por mim apresentados no Projeto nú­mero 1. 031, de 1951, aceitos pela JQ-

missão de Finanças, a present3 propo­sição pode lograr aceitação .

Sala Antonio Carlos, em 19 de abril de 1954. - passifal Barroso, Relator do vencido .

PARECER DA COMISSÃO

AComissão de Finanças opin~la aprovação ~o Projeto n.O T~ de 1952, com as seguintes emendas:

a) ao Artigo 1.0 substitua-se a ex­pressão:

"de 5% (cinco por cento) anuais (Tabela Price)" por:

"de 6% (seis por r~nto) anua'ts (ta­bela Price)";

b) ao Artigo 4.° substitua-se a ex-pressão:

"de 5% (cinco por cento) ", por.: "de 6% (seis por centol "; C) elimine-se o artigo 8.° e seu pa­

rágrafo d) redija-se do seguinte modo o pa­

rágrafo único do artigo 4.°: "A caixa de mobilização Bancária

poderá receber garantias, independen­tes de sua data de origem, revogado o artigo 1.0 do Decreto-lei n.O 9.887, de 16 de setembro de 1946'.

e) redija-se o artigo 2.0 da seguin­te forma:

"O financiamento autoriza.do nesta lei será atendido, a partir do exer­cício finanoeiro de 1956, mediante do­tações próprias, que constarão do or­çamento da União, durante C\llC) exer­cícios, no Anexo do Ministério da Ma-rinha, até o máximo de ........... . Cr$ 250.000.000,00".

j) Elimine-se o artigo 25, em vir­tude da modificação de redação do artigo 2.°.

Sala Antonio Carlos, em 19 de abril de 1954. - Israel Pinheiro, Presiden­te. - Parsifal Barroso, Relator do vencido. - Janduhy Carneiro. -Carlos Luz. - Lajaiete Coutinho. -Mendonça Braga. - Pontes Vieira. - Sá Cavalcante. - João Agripino, vencido. - Clodomir Milet.

VOTO VENCIDO DO SR. JOAO AGRIPINiO

O Projeto n.O 1.875-52, de autoria do nobre Deputado Rui Almeida, autoriza o Poder Executivo a financiar opera­ções imobiliárias realizadas pelo Clube Naval.

Representa êle uma cópia do Projeto n,o 95-A-49, transformado na Lei nú­mero 1.086, de 19 de abril de 1950, que manda financiar operações imobiliárias

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realizadas pelo Clube Militar, apenas adaptado às condições do Clube Naval.

Falou a Conlissão de Justça, que o acolheu como constitucional, exceto em relação ao art. 8.°.

PARECER

O Projeto n.o 95-A-49, tmbém de autoria do Deputado Rui Almeida, era por S. Ex.a j,ustificado no fato de haver o IPASE, instituiçã<J destinada a financiar a aquisição de imóveis pelos funcionários públicos civis da União, e de não haver uma só que financiasse as operações imobiliárias do militar. Sustentava o autor que o Estado não podia se alheiar à solução do problema de hal>itaão "dos milita­res", de "máximo interêsse par o bem estar social dos oficiais de nossas Fôr­ças Armadas".

Era de se esperar que a aprovação Cio projeto acudisse às aspirações dos militares e desse solução aos seus prú­blemas de habitação. O Clube Militar e instituição de que fazem parte os militares das diversas Fôrças - Exér­cito, Marinha e Aeronáutica. Também na Carteira Hipotecária dêsse Clube são admitidos associados das três Ar­mas. De modo que, se há oficiais da Marinha ou da Aeronáutica que não estejam ainda cúntemplados pelos fa­vores da Lei n.o 1.086, os há, igual­mente, do EXército.

Essa lei autoriza o Poder Executivo a financiar as operações imobiliárias que realizar o Clube Militar, através de sua Carteira Hipotecári<t e Imobi­liária. E determina que o Orçamento Geral da União consigne a dotação anual de Cr$ 100.000.000,00, durante 5 anos, para aquêle fim. São, portanto, Cr$ 500.000.000,00 a serem invertidos na aquisição de casas para os oficiais das três Armas.

Foi relator do projeto, de que de­correu a referida Lei, o ilustre Depu­tado Juracy Magalhães, nesta Comis­são dE Finanças. Vejamos como S. Ex" se manifestou:

"V - Aceita, assim, em princípio, a utilidade social do projeto, à luz de diferentes interêsses nacionais, resta­nos indagar se, como está redigido atualmente, constitui meio hábil à finalidade perseguida pelos seus no­bres autores e inspiradores. Sem dú­vida, as emendas da Comissã() de Constituição e Justiça o melhoram e devem ser aceitas .. Mas, a nosso ver, . não bastam para que o plano ' se exe­cute nas suas benificas e duradouras

conseqüências. Como se projetou, o sistema -além de perigosas e explorá­veis preferências de classe, que deter­minariam fatalmente gritas e reivind.i­cações de outros grupos sociais menos beneficiados, em busca da obtenção "fie uma justa igualdade de t.ratamento -como se projetou, o si.stema funcionará bem de comêço e declinará, tornando­se ieficiente dentro c;e cin'lo anos de seu início, e cessará de funcionar após duas décadas, sem l:ue seja provável, até lá, contarmos com o desapareci­mento do angustioso problema que llOS preocupa e aflige. . Se não, vejamos.

A C. H .1. não dispõe de qualquer capital originário. Não o formará por contribUições dos associados ou pela. • capitalização de qualquer outra fonte de renda, já que a diferença do juro de 3 % que pagará ao Tesouro e 4% que receberá do mutuário provàvel­mente bastará apenas para as despesas de administração, contabilidade, etc. Nessas condições, aplicará massiça e ràpidamente, nos cinco primeiros anos, os subsídios do Tesouro, no total de Cr$ 500.000. OOO,(JO (quinhentos milhões de cruzeiros) e, depois, como a amer­tização será lenta, pelas anuidades da. Tabela Price, a prazo de 2{) (vinte) anos, o ritmo do sem préstimos cairá em declínio, sem que t.odos os oficiais se possam beneficiar. Admitind'J como de 7.000 (sete mil) o número de ofi­ciais interessados, segundo a justfica-ção do projeto, e como de ......... . Cr$ 2&0.000,00 (duzentos e cinqüenta. mil cruzeiros) o valor médio' de cada. residência, teremos que 2. (JOO (dois mil) serão atendidos nos 5 (cinc) anos ou 6 (seis) primeiros anos, restando 5.000 (cinco mm para os 15 (quinze) ano sseguintes, com injustiça mani­festa para êstes e claro privilégio para aquêles. Acresce que, cada l no morrem, demitem-se e reformam-se uns tantos oficiais, ascendendo ao oficialato outros tantos interessados em novas resi 'n­cias.

Além disso, a população do Brasil tem crescido em ritmo constante, numa média anual de aproximadamente .2% (dois por cento) passando de cerca de 30 (trinta) milhões de habitantes em 1920, para 41 (quarenta e um) milhões em 1940 e cerca de 49 (quarenta e nove) milhões atualmente Sabendo-se que as fôrças armadas guardam uma relativa proporção com a população, evidencia-se que o número de inteers­sndos nos financiamentos da C H I.

.• .t:-'X~

aumentará nesses 15 (quinze) anos, agravando as dificuldades do proble­ma.

o., Ora a paralização daquêle fundo de 500 (quinhentos) milhões ao ?ab? ~o sexto ano cessando a grande dIStrIbuI­ção a po~co sempréstimos eon~iciona­dos às amortizaçoes mensaIs, nao raro s'ujeitas à mora e embaraços outros, mostra a necessidade dp. alterar-~e o plano para que se assegure a contmua liquidez da Carteira, isto é, a introdu­ção, no sistema, de ul!l processo <;lue asse""ure a mobilizaçao do capztal qua;do totalmente invertido_ a longo prazo assim como a formaçao de um fundo permanente que venha a sub~­tituí-lo quando integralmente restz­tuido ao Tesouro.

VI - O problema se assemelha ao com que se depara qualquer banco de­dicado a operações a longo prazo e sujeito à restituição dos depósitos em prazos mais breves.

O defeito principal do plano, a nosso ver reside em fixar um juro mais bai;'ó do que o do mercado do dinheiro do Brasil. Nem o govêrno consegue êsse juro de 4%, no mercado interno, embora assegure aos tomadores de apó­lices avultado prêmio de reembôlso, isto é, a diferença entre o valor no­minal do título e o preço pelo qual é lançado à circulação. Com juro de 4%, não é poSSível pensar-se na emissão de letras hipotecárias no desconto dos empréstioms pelo penhor das hipotecas, num órgão adequado, como seria, para o caso, a Caixa de Mobilização Ban­cáría. Seriam alegatórias as operações porventura obtidas com instituições de assistência social, com a garantia, pelo Gnvêrno, da diferença de juros.

Essa impoSSibilidade m a n i f e s t a aconselha a Câmara a encarar o assunto com maior realismo, de for­ma .. a tornar viável e duradouro o plano, ainda que cerceie algumas vantagens, q,ue iriam provocar re­<percussões desagradáveis em outros grupos da sociedade brasileira.

• Uma entrada inicial de 5 (cinco) a

10 (dez) por cento, de certo aconse­lhável, encontra óbices intransponí­veis no seio da classe conforme res­saltou dos entendimentos processados entre o atual relator e os elementos do Clube Militar, que dirigem a orga­nização da cm. Fica, assim, abando­nada a idéia, sem que redunde em

I

falta de equidade para outras institui­ções de beneficência, onde os finan­ciamentos se realizam a base de 100% (cem por cento).

Proporíamos, pois, as seguintes mo­dificações :

a) 15% (quinze por cento) dos fundos seriam reservados aos candi­datos que pudessem depositar 20% (vinte por cento), ou mais, do preço das residências pretendidas. Essas quantias, enquanto não fôssem in­vertidas renderiam 4% (quatro por cento) capitalizados semestralmente, a favor dos depositantes (juros ban­cários usual).

b) cada mutuário atendido pagaria ainda Q)ue E'm 2 ou 3 prestações, uma joia ou comissão de 3% à Carteira, já prevista na letra "i" do art. 2.° do Regulamento da C. H.!., além do juro que deveria ser de 6% (seis por cento).

c) a Caixa de Mobilização Bancá­ria seria obrigada a financiar a Car­teira, a juros de 5% sob a garantia de penhor dos créditos hipotecários, até 60% do volume dêstes.

d) nenhum empréstimo seria con­cedido senão sob garantia de primei­ra e especial hipoteca de edifício ou parte independente deste, em terreno 'Próprio ou foreiro, observadas as cautelas jurídicas de praxe em negó­cios dessa natureza.

e) os contratos de venda, hipoteca, enfiteuse ou quaisquer outros trans­lativos JU constitutivos de ônus reais celebrados entre a Carteu'a e asso­ciados, ou dêstes entre si, ou de ter­ceiros transferindo imóveis a asso­ciados, por intermédio da Carteira, não estariam sujeitos a selo propor­cional federal, nem à formalidade da lavratura por instrumento público, revogado para êsse feito o art. 134, alí~a II do Código Civil, mantida porém a exigência das transações, inscrições e mais assentamentos pre­vistos no mesmo Código, leis e regu­lamentos, relativos ao Registro Pú­blico de Imóveis .

f) as sobras apuradas pela Carteira depois de pagas as amortizações, .1u­irOS e despesas de administração, constituiriam o ~eu capital próprio, destinadQ a assegurar o seu funcio­mento em crescente progresso depois de restituir ao Tesouro os subsídios inicials.

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-8-

VII - Examinemos, agora, as con­sequências ~ráticas dessa modifica­ção do plano:

Com os Cr$ 500.000.000,00 (qui­nhentos milhões de cruzeiros) do em­préstimo federal, ficam asegurados 2.000 (dOis mil) empréstimos na média de Cr$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil cruzeiros) para cada operação, enquanto a joia ou comis­são de 3% (três por cento) e a dife­rença de juros entre o empréstimo recebido do Govêrno. Federal e os concedidos aos associado:, possibilita­rão a formação de um capital próprio <la cm, que irá sendo empregado em novos empréstimos. Além disso, al­gUll8 oficiais lIIue dispõem de pequenos recursos, decorrentes de louvável pou­pança, ou recebidos de henrança ou obtidos com casamento ou otura ori­gem licita, farão aumentar as dispo­nibilidades da C. H. L, inicialmente, para atender algumas dezenas de novos empréstimos, número que se avolumará com o tempo.

Ora, mobilizando até 60% (sessenta por cento) dos empréstimos feitos à Carteira disporá de mais de 330 (tre­zentos e trinta) milhões no 6,.0 ano, ou provàvelmente:

\ Investimentos 1

I I

Até o 5.0 ano in-I clusive diferença I ça de juros e joiasl

I Até o 6.0 ano, pe-\ nhor de 60% das hipotecas . . .... \

Até o 7.0 ano, idem\ sôbre o acréscimo

1 Até o 8.0 ano, idem I

I Até o 9.0 ano, idem I Até o 10.0 ano, ideml

Total . . . . . . . . \ 1

Cr$

530.000. COo,oO

318.000.000,00 .. 190.800.000,00

114.480.000,00

68.688.000,00

41. 213 .000,00

1.263.181.000,00

Essas cifras não representam tôdas 3.b ctisponibilidades, mas apenas o acrescimo minimo que elas recebem, entre o 6.0 e 10.0 anos, através da fórmula aqUI proipOsta. Claro que {Je

wmarão as amortizações recebidas em igual período e os acessórios de novas jOlas, diferenças de juros que chega­ráo a atingir dez milhões de cruzeir~ anualmente, quando estiverem Ilipl1-cados os quinhentos milhões do f1-nanciamento, sobras constitutivas das reservas, etc.

Essa demonstração aproximativa leva a razoável presnção de <liue, ado­tado o alvitre ao invés do colapso no 6.° ano, depois de 2.000 (dois mil) casas, o número de empréstimos po­derá ser elevado até atingir no 10.0

ano, a muito mais de 5.000. Compu­tando-se as reservas acumuladas e invertidas por efeito das jóias, dife­renças de juros e frutos de boa, abne­gada e sensata administrlliÇão, não é impossível prever-se que cêrca de 7.006 oficiais estejam atendidos den­tro de 1Q (dez) anos, estando a Car­teira, daí por diante, em condições de servir, a quantos, cada ano, in­gressem nas Fôrças Armadas."

Vê-se que a previsão do relator é satisfatória. E nada há que demons­tre êrro seu. Alega-se, apenas, que sendo mais de doze mil o número de associados do Clube Militar, dificil­mente podem ser contemplados os militares de outras Armas que não seja o Exército. A alt>- '..Ção não é procedente, porque entre os atualS associados há um grande número que. pertence à Aeronáutica e à Marinha. E, se todos não são associados da Carteira Imobiliária do Clube é por­lIIue não quiseram satisfazer as exi­gênCias regulamentares.

Não precisaríamos de outros argu­mentos para rejeitar êste pr*to, além dos articulados em favor da aprovação do 95-A. Niaguém pode pretender que o IPASE atenda às solicitações dos seus associados em curto prazo, como não se deve querer que o militar tenha residência pró­pria logo que se torne oficial. A pre­cariedade de recursos impõe restri­ções e sacrifícios que devem ca;ber tanto aos civis como aos militares . 1l:stes já contam com recursos por empréstimo do Tesouro Nacional, ao passo que os civis constroem ou adqui-

,

- 9 --

rem por compra com os seus próprios recurso!!, amialhado!! em forma de contribuição compulsória para cons­tituição de um fundo de benefício co­letivo.

Não é demais repetir, aqui, as cau­telas do General Juracy Magalhães, Qjuando relatava o 95-A: alg . Bc íisnaetaoin

"CInoo se projetou o sistema -além de perigosas e exploráveis pre­feréncias de classe, que determina­riam fatalmente gritas e reivindica-1;;ôes de outros grupos sociais menos beneficiados, em busca de uma justa tgualdade de tratamento - como se projetou o sistema funcionará bem de comêço e declinará, tornando-se ineficiente dentro de cinco anos .....

..

Agora, mais do que ontem, cabe esta sensata advertência. Já que têm a possibilidade da casa própria, não podem os militares pretender que ela s~ torne realidade em período curto, quando os civis, em grande maioria, não a conseguem, jamais.

Se pretenderem tratamento igual ao civil, no qUe diz respeito à casa própria, e obtiveram melhor, basta. Não podemos e não devemos criar privilégios. A situação financeira do país não os compete, como também o bom conceito das Fôrças Annadas Brasileiras.

Opinamos, pois, pela rejeição do projeto.

Sala "Antônio Carlos", em 19 de abril de 1953. - .João Agripino .

D~artamento de Imprensa Nacional- Rio de Janeiro - Brasil -1964

- -

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1 .2.

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AUTORIZA O PODER ExECUTIVO A FINANCIAR OPERAÇÕES IMoBiLIÁRIA') REALIZADAS PELO CLUBE NAVAL .

o COllgreS~G Naciomd dccl'f'ia:

Art 1.0 E o Pouer Executivo '1utorizado a fmanciar, nos têrmos desta Iri. ,,~ opl':'at.óc lmohi~a' ,J: enu, o Clubr ~a\'al, através de sua Carteira HID ',,"ári:. e l!11<JO:J',lril\ ( "Cl'~ associados que não possuam residência :J"ÓPl'I': con,'ecll'n.do· It.e1' llllDrp r lllO , nos juros máximos de 6 % (seIs por c('nto) anuais (Tabela Price ), amortizáveis em 25 (vinte c cinco) anos.

Pnragrai,) UlllCO. ú sócio dl' Clube Naval QU0 já POSSU;l casa ou apar­tal11fnto residencial e tenha o imóvel hipotecado, poderá transferir essa hipoteca à CaIxa HIpotecária e Imobiliarla, gozando das mesmas vantagens asseguradas nesta lei aos a~ociados do Clube não proprietários ele imóvel residencial.

\ r 2' () 1'1...1',,'1'. .'"1':0 nutOl'.z'ldo nesta lei será atendido, a partir ch l'XerCICIO tmanceiro de 1950, PlPl1lante dotações próprias, (!ue con3lar[w do orçamento da União, durante cinco exercícios, no anexo do Ministério da M" .. int:1. HÉ' u 'lHX111', de Cr$ :250,ODO.COO,OO (duzentos e cinqüenta ü1Jlht,f~ d CI i'lcn'o~ t •

Paní.::>;nfo único. O resgate, que começará a scr feito no primeiro excl' cicio, após o I'e~ebimento da última parcela do financiamento, será, elll prestações selllestrai~, I'erol\lidas 'lO Trsouro Nacional, venoíveis em 30 dr junho e 3' 1r ~. ILll .: c rompre"::d ndo amortização e Juros sôbre o saldo devector.

ArL. 3.0 O Clube Naval, para os fins previstos nesta lei, operará com os seus as>ociados aos juros máximos de 6'; (seis por cento), oom um l;l~UlJ LI' leSgat=, d)C' Süpenor " 25 (vinte e cinco) anos, compreendendo prestação mensnl con~t3nte àe :11J'Oi·tização e juros.

! 1.' :\5 pl'estGCÕCS mensais, referIdas l1('ste artigo, serão pagGS ao CIllbr Y.i va., .!'pdl~lltç ('onsl:'.naç7,u em fÔlha, não podendo ela exceder de 40', lqUrlrenta l~or cento) aos \'cncil'1f'ntos do oficial na dGta (I'! operação.

~ 2. o O prazo do empréstimo poderá ser prorrog-ado até 30 (trinta) anos 1'(' o associado falecer antes de o resgatar f' os beneficiários assumirem o compromisso de paqamento do saldo devedor, mediante consi'!nação em Iôlhr da pensão ou nensões deixadas pelo extinto.

Art 4 o A Caixa de r,Iobilizaç:\o Bancál'la tinanoiará a Carteira Hi­potecária l' Imobiliária do Clul:;e Naval a juros de 6', (seis por r:ento,. f<lb c':; 1':1 n t ia pigl' '.)1';1 tíCÍ<1 dos crédito:; assr~U1':' dos por primeira p esprcia I Illpol~Cil de casas dos associados, até o limite máximo de liO', rsessentll por cento, dos mesmos créditos, nOi, têrnl':s ctn decreto n." 24.778, de 14 ele julho de 1934.

Paragrafo linico. A Caixa dI-' Mobilização Bancária poderá reoebcr p;'nnhas, inde)endente de sua data de ()"igem, revogado o art. 1." el') dpcrrto-!ei E. 9.887 de Hi de sr-tl'l11 bro ri : NC.

Art 5.0 A Carteira Hipotecári'l e Imobiliária do Clubr Naval ficilr!, :ubordl1lada, srm ':11 Ui; paro o seu patrimônio, à inspeção da Fiscalização Bancária, quI' receberá bplanoetes mensais e poderá exanllnar-Ihe livros e arqUIvos, quando julgar conveniente,

Art 6." ~ão condições ]1arr. o assooiado obter empréstimo:

rL) esta r 1:1~el'lto na C: I't ri:'.l Hipotecária e Imobiliária til pr.gul a jÓlô d<- 3'(. (trés por cento I sôbre o valor elo financiamento,

quc poderá nele ser acrescida e amortiz:1da, conjuntamente, com o fl­l1:mcialllento c.~ll1( €'dido:

c) ter recolhido à Carteira Hl\lotecária c lmohiliária importânoia nã o InterIOr a 20% fvinte por cento; d,) financlamentu pretenchdo, caso (' as­SOCiado queIra valer-Ee das condições de prefei'ência para obtenção ur! financlamenl.o aentro do que a iSpt1Ser o Regulamento das e'perações lllio­b:liarias.

Paragn'!L Unlt:o. Us depusitos da almea c vCllcl'ráo a .tavor elo asso · cladJ .111l0~ de 4'" (quatro por cento) capitalizados semestralmente, ah; a dat'l em que lór cOllc€dido e finanCiamento '10 associado

Art. 7,° O, COlJt.ratos em qu.? fôr parte a Carteira Hipotecária e Imo­Olllana ou sua Associação, tendo por objeto imóveis negocados pela Carteira ou por mtcrm':dio dc.&ta obedecendo ao tipo uniforme, serão lavrados por :nstrull'ento particular, impressos e rubricados pelas partes em tôdas as páginas, revoga,.lo, par" ésse t:f~ito, o art, 134, n,o lI, do Código Civil,

~ L' Cs ,11&trumentos deveIi!;r. ter como parte integr,mte a planta ou proJct-o do llllovel, mencionarão minuciosamente os característIcos, 10-callzaçao, confl'ontaçôes e indioações do Registro Público de Imóveis, cujas tr!inscrições e mais ":lotações ser.io sujeitas à forma da. lei e regulamentos em vill'ol'.

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§ l!.o Valerão como certidões dos instrumentos as fotucópias auten­ticadas pela Dlretoria da Carteira Hipotecária e Imobiliária.

§ 3.° No Registre Civil de Imóveis, os registros de qualquer natureza, exigidos por lei ou regulamentos, serão feitos com o arquivamento de uma das vias e respectiva:> plantas integrantes.

Al't 8.° Reputar-se·"á vencidft a dívida se h residência financiada pela Carteira Hipotecária e Imobiliária fôr, por qualquer modo, alienada ou lo­cada, a pessoa não associada, falvo :>s caS1S dE: locação previamente au­torizada pela mesma Carteira .

Parágrafo único. A Carteira H!potecária e .moblliária e os sócios d" Clube nela inscritu~ terão preferéncia na aquisição de imóvel j,á vinculado à Carteira devendo o associado que pr~tendpr vendê-lo notificar a Cal' telra HipOtecá.1'ia ~ rmobiliária, com o prazo minimo de 30 (trinta) dias para que 11 mesma ;,e manifeste sôbre êsse direito ou preferência

Art 9.° E' assegurado o direit,) de opção a qualquer sócio do Clube Naval na Carteira :nsc..rito para aqUIsição de imóvel financiado pela C!ll:­teira Hipotecária e Imobiliária, sendo atendido. quando pela s~~ claSSifi­cação de antiguidade de mscrição, pel') sorteIO ou por con~lçao prefe­rencial ol'evista 110 Regulamento, f!.7, -r 'ús co fm:;nclamento pleiteado, para aquisição do imóvel.

~ L' SE: houver mais de um mteressado, far-se-á liCit,lÇão. § <l.O ;:;c não houver ass:Jciad(l~ mteressados, a opção caberá à Carteira.

Art. 10. As rêsidências financiadas pela Carteira Hipotecária e Imo-biliária serão impenhoráveis por terceiros, salvo o caso de dividas por alimentos ou impostos e taxas incidentes sôbre os imóveis.

Art. 11 . Anualmf:;nLe, na f;)rma prevista pelo Regulaml"nto, será ela­borado o plano de distribuição dos fundos da Carteira Hipotecária e Imo­biliária, respeitadOS os critérios previstos nesta lei.

art 12. O RegUlamento das Operações Imobiliárias i'.::rá submet!oo pelO 01Ube Naval à aprovaçQo em decreto do Poder Executivo, dentro (\-. prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da )u 'Jli( ação da presente lei.

· Art. 13. As sobras apul'ada~ nos balanços da Carteira HipoteCária e 1mob11ial'la. depo!R de realizadas as amortizações, pagamento de juros e despesas gerais de administração ou outras autorizadas no Regulamento constituirão o capaal próprio da instituição para sua perenidade e maior desenvolvlrüt:Ilto.

paragr,aío unico. A Caltell'~ Hipotecária e Imobiliária gozará de iser.­ção de quaisquer impustos da cC'mpetência federal ou do Distrito Federal, exceto do dn. renda

Art . 14. Não poderão contratar com a Carteira Imobillál'ia e Hipo­tecána cmprêsas construtor8s ou imobiliárias cujos dirett,res, SÓcil'S ou gerentes seJam parentes dos d:retores da instituição.

Art. 15 . VerifiradGls irregnlé'ridades graves, devidamente comprovadas, na aplicação dos tundos postos pelo govêrno à disposição da Carteira Hipotecária e Imobiliária. nos têrmos previstos da presente lei, é lícito ao Presidente da Republica Clt'si';\\"ar, por tempo limitado. llma comissão composta de tr~s oficiaiS generais das Fôrças Armadas, um Diretor do Clube Na'lal, um funcionario da Fiscalização Bancária ou dr Superinten­dência da Moeda e do Crédito. para o fim especial de nOl'malizaeão das operações. "

Art. 16. O Clube Naval, atra':és de sua Carteira Hipc,tecária e ImD­Olllána, COm o objetivo de dar maior garantia e rentabilldade às suas operações, poderá realizar quaisquel atividades de compra, venda de imó­veis, de aclnunistração de bens e de construção de imóveis, revertend.) :>s lucros correspondentes em proveltú do fundo geral destinado à aquisição e construçao de morada própria para seus associados.

Art . 17. Extinta a Carteira Hipotecária e Imobiliál'1<\. de qualqael' modo encerradas 3S operações imobiliárias previstas na presente lei, ficará a União. para todos os efeitos, subrogada nos dire:tos de compra e venda, firmados entre o Clube Naval e seus associados.

Art. 18. E' permitida a consignação em fôl"" de pagamento de pensões, em favor da Cartein. Hipotecária e Imobiliária .:ll. Clube Naval, aos pensio­nistas militares, cujos mal'idos, avós, pais, filhos ou irmãos tenham ad­qUIrido casa ou apa!'tamento par8. moradia e na data do óbito esteiam em débito com a referida Carteim ou nela inscritos. .

Art ... 19 .i. ~o~~ignação a (!1le se refere o art. 1.0 que só pOderá ter por fun a aqUlsIçao de casa cu apartamento para moradia, não devera exceder de 30~ (trinta por cent<;» da importância total da pensão, ou pensoes,. perl!ebIda,>; pelos penSI~mstas, nem o prazo de amortização do empréstImo respectIVO seI' super~or a 30 (trinta) anos.

· Art. 20 F~l~ci~a a VIúva do oficial em débito com a Carteira Hipo­tecaria e ImoblllárIa do Clube Naval, e sendo reversível a sua pensão ou pensões, os herdeiros do oficial poderão continuar com o mesmo descon­to. em fôlha pelo p~azo necessário à indenização do compromisso assu­mIdo, observado o disposto nesta lei.

· Art .21 . A av~rbação das consignações nas repartições competentes sera efetivada medIante requerimento firmado pelo Direto," da Carteira. dlscrllninando:

a) bl c) d} e)

data d? i~lcio e termina';ão da transação; ImportancIa total consignada;

Importância a ser descontada mensalmente' prazo da consignação; , saldo devedor deixado pelo oficial ou pensionista.

".

. -

\ 1.0 Da averbação poderá se! dada certidão com todos os requisitús constantes do respectivo req'H~rjll1(:.nto.

§ 2 o O requerimento cie que trata êste artigo será ac')mpanhado de uma declaração do consignanle, Jutorizando o desconto.

Art. 22. Dentro el0 praz(1 (~st.ipulado não poderá a cf'nsignaçãc ser suspensa ou l"t1odificada em qualquer sentido, a não ser pOI acõrdo das duas partes mteressaaas, que o requererão, em conjunto à repartlçãc a verbadora C'U tIque provfJ ela " ;cllitaçao do compromisso 8.5sumidu.

§ 1. o Esg0tado o pr8zo sem qUE' tenha havido interrupção nos paga­mentos, a repartlçao mspelldera (":c-ol/icio o respectivo descunto em fôlha

§ 2.° No caso de interrupção, o prazo será dilatado, quando necessário, para o pagamento das consignações em débito e dos juros de mora ,quando devido!; sendo a taxa a meSllH, sóbre e) fnldo (!evedor.

Art 23. Ao conSlgnante caber:) o direito ae antecipar a liquidação do compromlss" assumido com a Carteira e, assim, ficará isento dos Jurus relativos ao penado anteclpado.

Art 24. Est, lei entrará em vigor na data de sua pUblicação, rcvc·· ~:adas as dIsposições eln contrário .

Câmara dos Deputados, em Cl de agõsto de 1954.

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AUTORIZA O PODER ExECUTIVO A FINANCIAR OPERAÇÕES IMOBILIÁRIA'> RE.~LrZADAS PELO CLUBE NAVAL.

o Congresso N aciona [ decl'f't a:

Art. 1.0 E o Poder ExC'c\lti~1) '1utorizado a fll1Hnciar, nos têrl1l0s desLa [Cl [,S ope!'a,/J' l1lJl:'-ü;u' 'a: ('l111', o Clube Naval, através de sua Carteira HIO' 'lc('Rri:, e l!lll/,,:J',irin ( ~el~~ associados que não possuam residêncIa :Jl'ópr", cO"l{'edt'ndo lr,r~ ell1 )rp~L 1110, aos juros máximos de 6% (seis por cento) anu:üs (Tabela Price >. amortizáveis em 25 (vinte e cinco) :mos.

Paragrnl ) muco. () sócio dl' Clube Naval que iá possu:( casa ou apar­tamento residencial e tenha o imóvel hipotecado, poderá transferir essa hipoteca à Caixa Hipotecária e Imobiliána, gozando das mesmas vantagens assegurac1?s nesta lei aos a ,sociados do Clube não proprietários à'e imóvel residencial .

:\ r 2' O :Jl..il~r··t .. 1Cl'~O [1\.torizado nesta lei será atendido, a partir (lu E'xerCICw tmanceiro rle 1!J5ti, l'1Pillante dotações próprias, c!ue con3tllrãu elo orcamento da União, durante cinco exercicios, no anexo do Ministério da Mel' in: a, ve v '111X'1l.,' de Cr$ 25-0.000.000,:>0 (duzentos e cinqüenta i11JlhLf:- d:~ C\ dZC1HJE-1 .

Parf,:::rafo único O re~c,;1te. quc começará a ser feito no primeiro excr-cício. após o r('~ebimento da última parcela do fin:1I1ciamento, será, em prestações selllestrfli~, rerolhirl::\s ao Tesouro Nacional, vencíveis em 30 de junh0 I:' 31 'r ~;",~c!l L: c COlT:;)re,:-· .. dendo amortização e juros sõbre o saldo devpdor.

Art . 3. o O Clube Naval. para os fins previstos nesta lei. operará com os seus as.'oclados aos juros má:mnos de 6', (seis por cento), com um !~l:] llO ü'e l<!~gat~. lue supenor ,. 25 (vinte e cinco) anos, compreendendo prestação mensnl con~tDnte àl' rllJ'.( ;·tização c juros.

~ 1.0 As prestações mensais. ref(;l'ldas neste artigo, serão pagas ao Clul)!' :\ lva., il'2dl~\\\tê (,0n~i~l1aç5.() em fôlha. não podendo ela exceder de 4()' I quarenta ror cento) aos renciJl1tntos do oficial na data c!" operação.

~ 2. o O prazo do empréstimo poderá ser prolTo~ado até 30 I trinta) anos ~e o associado falecer antes de o resgatar e os beneficiários flssumirem o compromisso de pa~amento do saldo devedor. mediante consh!l1f1ção rl11 lólhn ela pensão ou pensões deixadas pelo extinto.

Art 4.0 /\ Ca:xa de MCJGilivcão Bancána financiará a Carteira Hi­p:1tecáriu e Imobiliária do C;l~t;e Naval a juros de 6'; (seis por r:ento,. ~:)b ~:m1l1tia pigl'orntích\ dos crédito:; rss('!:ur: :'!Uf. por primeira f' especial I1lpotec:\ de casas dos associados até o limite máximo de 130', (sessenta por CI'I1tO I cios mesmos rl'~ditos. no" têl'l11':s ri" decreto n." 24.778, de 14 ele julho de 1934.

Paragrafo tinico. A Caixa d!' Mobilização Bancárifl poderá receber 12~lrllntlfls, inde;:Jendentr de sua data de ol'igem, revogado o flrt. L" do df'''rf'to-]ci I~." 9 .887 ele ]') d~ setembro cj,' !NG.

Art 5.0 A Carteira Hipotecál'i"l e Imobiliária do Clube Naval ficarú subordinada, snm én'..i:' parfl o seu patrimônio, à inspeção da Fiscalização BanCária, quI:' receberá bl'lancetes mensais e poderá exanllnar-lhe livros e arqUIvos, quando julgar conveniente.

Art G." São ('ondiç6es parr, o associado obter emprestlmo:

n) esta r ll11>cnto na Ca 1'1 ei;',1 Hipotecária e Imobiliál'l:l 1) p::.gür a jól}> d. 3', t três por centol sôbre o \'alor do finflnciamento ,

que poderá nele ser flcre.scida e amortizflda, conjuntamente, com o fl-11.1liciamento uncedido,

c) ter recolhido à Carteira Hipotecária e ImobiJiúria importância nãr, lUtei'lOl' a 20% (vinte pOI' cento! do financlamentu preLendido, caso (1 as­SOCIado queIra valer-o!' das condições de prefei'ência para obtenção do 1111anClamen\0 dentro do qUf aispuser o Regulamento das ('perações 111~0-b!liárias.

l:'aragrsll unlt.:o. Os depósItof da alinea c lClleerão a tavor do asso · elaclo .JUrOi; de 4'" (quatro por CCI1tOl capitalizados sel11cstralment(~, uh; a dat 'l 1'111 que 101' eonc€dido e finanCIamento '10 associado

Art. 7.° O.i l'OlJIj'~ os em qUi' fôr parte a Carteira Hipotecária e Imo­!JIllana ou sua Associação, tendo por objeto imóveis negoc .ados pela Carteira ou por int~l'médio dc&ta obedecendo ao tipo uniforme, serão lavrados por !nstrumenLo particulz, I , impressos e rubricados pelas parte.s em tôdas as páginas, revoga rlo. ;';<11'11 esse dE<itu, o art. 134, n.o n, do Código Civil,

~ 1.' c~ .n~LrUll1entos deverif.r. ter como parte integrante a planta ou projeto du ul1ovel. mencionarão minuciosamente os caracteristlcos, 10-cal1zaçtlo, confrontações e indicações do Registro Público de ImóveIS, cujas tl'"nscrições e mais anotações serão sujeitas à fOl'ma (ia lei e regulamentos em v1iOl·.

.., cn c,;

" 'Oi o

§ 2.° Valerão como certidões dos instrumentos as fot(Jcópias úuten­ticadas pela DIretoria da CarteIra Hipotecária e Imobiliária.

§ 3.° No Re~istl'c Civil de Imóveis, os registros de qualquer natureza, exigidos por lei ou regulamentos, serão feitos com o arquivamento de uma das vias e respectivas plantas integrantes.

Art 8.0 Reputar-se··á vencidll a divida SE' h residência financiada pela Carteira HipotecárIa e Imobiliária fôr, por qualquer modo, alienada ou lo­cada, a pessoa não associada, raIvo !)S cnS1S clt: locação previamente au­torizada pela mesma Carteira.

Parágl:afo único. A Carteira H!potecária e ~mobiliária e os sócios dI'> ClUbe nela inscrit'J~ terão preferência na aquisição de imóvel lá vinculado à Carteira devendo o associado que pretender vendê-lo notificar a Cal' teil'a Hipo'tecál'ia e Imobiliária, com o prazo mínimo de 30 (trinta) dias para que 11 mesma ;:;e manifeste sôbre êsse direito ou preferência .

Al't 9." E' assegurado o direitll de opção a qualquer sócio do Clube Naval na Carteira 'nsLrito para HCjUlSIÇão de ül'óvel financiado pela C~r­teira Hipotecária e Imobiliária, sendo atendlàü quando pela s~~ claSSlfl­cação de antiguidade de mscrição, peb sorteIO ou por con~lÇao prefe­rencial orevista no Regulamento, fiz "!' :ús ro fll1f;nClamento pleIteado, para aquisiçáo do imóvel.

~ L ' Se houver mais de um mteressado, fal'-se-á liciwção. § <l.C ;:;c náo houver fJ~,sociad0~ mteressados, a opção caberá à Carteira..

Al't. 10. As residências financi2.das pela Carteira Hipotecária e Imo-biliária serão impenhoráveis por terceiros, salvo o caso de dívidas por alimentos ou impostos e taxas incidentes sôbre os imóveis.

Art . 11 . Al1ualm€:nte, na f:Jrma prevista pelo Reguiamrnto, será ela­borado o plano de distribuição dos fundos da Carteira Hipotecária e Imo­biliána, respeitados os critérios previstos nesta lei.

Art 12. O RegUlamento das Operações Imobiliárias ,trã submetIQO pelO ulUbe Naval à aprovaç9.o em decreto do poder Executivo, dentro (l,.

prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da ,JU ')lic ação da presente lei. Art . 13. As sobra8 apurada" nos balanços da Carteira Hipotecária \!

lmoblliana. depois de realizadas as amortizaçóes, pagamento de juros e despesas geraiS de administração ou outras autorizadas no Regulamento constitUIrão o cap;r(lJ próprio da instituição para sua perenidade e maior desenvolvIT,umtc.

Paragrãío unico. A Cartelr~ .. Hipotecária e Imobiliária gozará de iser.­ção de quaisquer 1m postos da competência federàl ou do Distrito Federal, exceto do da renda

Art . 14. Nào poderão contratar com a Carteira ImobIllária e Hipo­tecária emprêsas construtoras ou imobiliárias cujos diretc,res, sóch's ou gerentes se.lam parentes dos c[;retores da instituição.

Art. 15. Veriticadas irreg\llnidades graves, devidamente comprovadas, na aplicação dos tundos postos pelo govêrno a disposição da Carteira Hipotecária f: ImobIliária, nos têrmcs previstos da presente lei, é lícito ao PreSIdente da República c(('si';;flar, por tempo limitado, lIma comissão composta d.C> tr~s oficiaIS generais das Fôrças I'.rmadas, um Diretor do Clube Na'laJ, um funcionário da Fiscalização Bancária ou dr Superinten­dênCIa da Moeda (; do Crédito. pnra o fim especial de normalizaeão das operaçôes. .

Art. 16. O Clube Naval, atra':és de sua Carteira Hiotitecária e Imo­Oll1àna, com o objetivo de dar maior garantia e rentàbilldade às sua~ operações, poderà r€alizar quaisquer atividades de compra, venda de imó­veis, de admmistração de bens e de construção de imóveis, revertendu !)S lucros corl'esponctentes em proveltú do fundo geral destinado à aquisição e construçao de morada própr~a para seus associados.

Art . 17. Extinta a Carteira HipoteCária e Imobiliária. de qualquer modo encerradas as operações imobiliárias previstas na presente lei, ficará a União, para todos os efeitos, SUbrogada nos direitos de compra e venci'a, firmados er,tre o Clube Naval e seus associados.

Art. 18. E' permitida a consignação em fôlhg de pagamento de pensôes, em favor da Cartein. Hipotecária e Imobiliária uC Clube Naval, aos pensio­l1lstas militares, cUjos marIdos, avós, pais, filhos ou irmãos tenham ad­qUIrido casa ou apartamento para, moradia e na data do óbito est.eiam em debito com a referida CarteiJ.'p. ou nela inscritos. '

Art. " 19 . .\ cO~1~ignação a que se refere o art. 1.0 que só poderá ter por 11m a aqUlsIçao de casa cu apartamento para moradia, não devera excecter de 30~, (trinta por c~nt?) da importância total da pensão, ou pensoes,. perceblaa,~ pelos penSI?mstas, nem o prazo de amortização d0 empréstImo respectivo ser super~or a 30 (trinta) anos.

~rt. 20 F8:1~~i?a a vIúva do oficial em débito com a Carteira Hipo­tecárIa e Imoblllana do Clube Naval, e sendo reversível a sua pensão ou pensões, os herdeiros do oficial poderão continuar com o mesmo descon­to. em fôlha pelo prazo necessário à indenização do compromisso assu­Iludo, obServado o disposto nesta lei .

. Art 21 . A av~rbação das consignações nas repartições competentes sera eí.etivada mediante requerimento firmado pelo Diretor da Carteira. ~lscrlmmando: .

a) data d~ ~íCio e terminação da transação; b) !mportanCH\ total cOl1sign::\da; c) Importância a ser descontada mensalmente" d} prazo da consignação; , e)' saldo devedor deixado pelo oficial ou pensionista.

. !

~ l ° Da averbação poderá s(') dada certidão com tod os os requisito~ consta n tes do respectivo requcrhnr:nto.

~ 2 ° O requerimento de qUe' trata êste artigo será ac')mpanhado de uma deClaração do consignante, Jutorizando o desconto.

Art. 22. Dentro dI} prazo (~stipulado não poderá a consignação ser suspensa ou modificada em qU81qner sentido, a não ser pOI acôrdo da8 duas partes mteressaaas, que o requererão, em conjunto à repartlçfv:: averbadora ou tlqUé proV8da " ,~l'itaçâo do compromisso a"sumido.

§ 1. o Esgotado o prazo sem '111e tenha havido intelTup'~ão nos paga­mentos, a r2partlçao mspendenl p:r;-olftcio o respectivo desc0nto em folha

§ 2.° No caso de interru pção, o prazo será dilatado, quando necessáno, para o pagamento das consignações em débito e dos juros de mora ,quando devido.' sendo a bxa a meSll1h sóbre <) E~ Ido c,t'vedor.

Art 23. Ao consignante cal'erá o direito oie antecipaI a liquidaçân do compromissl, assumido com a Carteira e, asslil1, ficará :sento dos juros relatiVOS ao penado antecipado.

Art 24. Est, lei entrará em vigor na data de sua putJlicaçâo, rel'c" gadas as disposições elJ'1 contráno

Câmara dos Deputados, em C:;. de agõsto de 1954.

~roe :lG~UAIO r ~ ~~eÚls Y\i ~rt:'

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CAMARA DOS DEPUTADOS

Redação final do Projeto 11,° 1.87S-C, de 19S2

Redação FInal áo p7 01eto n.o 1. 875-'B, de 1952, (/ue autoriza () Poder Executivo a financiar operações imobiliárias realizadas pelo Clube ~aval.

O Congresso Nacional decreta :

Art. 1.C> E' o Poder Executivo autorizado a financiar, nos têrmos desta. lei, as operaçõe~ imobili árias entre o Clube Naval, através de sua CarteIra. Hipotecária e 1mouiUária, e sens associados que não possuam residênCIa própria, conredendo-lhes empJ»timo, aos juros máximos de 6% (seis por cento) anuais (Tabela P1'icc)'1! amortizáveis em 25 (vinte e cinco) anos .

Parágrafo único O sócio do Clube Naval QUI! já Possua casa ou apar­tamento r~sidcn~:;!:'l' ê tenha o imóvel hipotecado, poderá transferir essa hlpoP..eca à Caixa n{potecAri2 e Imobiliária, gozando das mesmas vantagens asseguradas nesta lei aos associados do Clube não proprietários d'e imóvel resIdencial.

Art. 2 ° O financiamento autor i7.a·do nesta lei será atendido, a ' partir 40 exerc!clo financeiro di' 1956, mediante dotações próprias, que con3tarão do Orçamento da União, durante t:inco exercicios, no Anexo do Ministério da Ma,inha, até o ' máXImo de Cr$ 250. 000 .000,00 (duzentos e cinqüenta milhões de cruzeIros) .

".' .

Parã:gra.co único. O resgate, que começará a ser feito no primeiro exer­cleio, após' o recebimento da última 'parcela do financiamento, será. em prestações semestrais, recolhidas ao Tesouro Nacional, vencíveis em 30 de Junho e 31 de dezembro, compreendendo amortização e j,uros sôbre o saldO' devedor.

Art. 3.° O Clube Naval, para os fins previstos nesta Lei, operará com os seus associados aos juros máximos de 6 % (seis por cento) , com um .plano ci'e resgat,=, niio s tiper JOr a 25 (vinte e cinco) anos, compreendendQ prestação mensal comtante de amortização e juros .

§ 1.° As prestações mensaois, referidas neste artigo, serão pagas ao Clulle Naval, mt>diante consIgnação em fôlha, não podendo ela exceder de 4{)% (quarenta por cento) aos vencimentos do oficial na data da operação.

§ 2.° O prazo Aw' empréstimo Jloqerá se~ jlrorrogado rtté 30 (trinta) anos se o associadÇ?alecer antes ~ee.g'ft~"'Y'. e os beneficiários assumi. nlirem o compromisso de pagamento ao saldo -devedor, me'diante consigna­ção em fôlha da per.são ou pensõe!' deixadas !leIo extinto.

Art. 4.° A Caixa de Mobilização Bancária financiará a Carteira HI. potecaria e Imobiliária do Clube Nava~_ a j~ de 6% (seis por cento). sob garantia pignoratlcia dos créditos p"ff1't1 . por primeira e especial hipoteca. de c'asas dos associados, até o limite máximo de 60 % (sessenta por cento) dos mesmos créditos, nos têrmos d'o Tlecreto n.o 24.778, de 14 de jUlho de .1934, I1Ilfado em pleDO pilJca(

Parágrafo tinica . A Caixa de Mobilização Bancária poderá receber gar~tias, inde.pendente de sua data de origem, revogado o art. l ~o do vecreto-Iei n.o 9.087, de 16 dr setembro de 1946. .

Art. Õ.O A Carteira Hipotecária. e Imobiliária do Clube Naval ficará. subordinada, sem ênus para o seu patrimônio, à inspeçãlo da Fiscalização Bancaria, que receberá bl:lancetes mensais e poderá examinar-lhe IIvr03 c arquivos, quando julgar conveniente .

Art. 6.° S1Io condições para o associado obter empréstimo: a) estar inscrito na Carteira Hipotecária e Imob!l!ária;

b) pagar a jÓla df. 3(,ó (três por cento) sôbre o valor ào financiamento, que poderá nele ser acrescida e amortizada, conjuntamente, Com o fi~ nanciamento conc.edido;

c) ter recolhido à Carteira Hipotecária e Imobiliária importância não inferior a 20% (Vinte por cento) do financiamento pretendido, caso o as­SOc!ado queira valer-se das cond!c:ões de preferência para obtenção do flnanc!amento, dentro do que aispuser o RegUlamento das Operações Imo. billArlas.

Parágrat~ unica. Os depósitos da alínea c vencerão a favor do asso. Clado juros de 4'70 (quatro por cento) capitalizados seme~tralmente. até :a. data em que fôr cOllcedtdo c financiamento ao associado,

Art . 7.° Os contratos em qUê fôr parte a Carteira Hipotecária e Imo­tliliária ou sua .l\sociação, tendo por Objeto imóveis negociados pela Carteira ou por intermédio dc.sta , obedecendo ao tipo uniforme, serão lavrados por 1nstl"Umento particular, imprersos e rubricados pelas partes em tôdas as páginas, revoga(lo, para êsse efeito, o art . 134, n.o Ir, do Código Civil,

§ 1.0 Os InstrumPIltu8 clf.'l'erKo ter como parte Integrante a planta ou projeto do imÓ',el, r.~ ('nclon[!rão minuciosamente os característicos, lo­ca.llzação, confron ra,;ê('~ e ill(JiC~ ~ões do Registro ~91!co de Imóveis, cujas trallscriçür:s e mGis anotações serão sujeitas JlllV forma da lei e regulamentos em vigor

§ 2.0

Valeráo como certidões d OR instrumentos as fotocópias auten-ticadas pcla D~r?OO~';3 da ~arteira F ipotecária e Imobiliária. ..

§ 3.° Nó R,c;-:ist,.t ,-,;,,;, d" TT()Vel~ Of, r e!1"istre,s de qualquer natureza, f eXigidos por 'ei O" " ' é" ' ~ .llento:; , ~c-r ií o fei tos com o arqUivamento de uma d~ Vias e respect Ivas plantas mtegran tes.

do o resgatar

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Art. 8 .° Reputar-se-á vencida a di\ ldr. s a residência financiada p~la Carteira. Hipotecána e Imobiliária fôr, por qua.quer mod~ alienada ou lo­cada, a pessça não a.')o"ociada, salvo os caSQS de locaçã(,Jf previamente au­torizada pela mesma/

Parágrafo único . A Carteira Hipotecária e Imobiliária e os SÓCiOiS do Clube nela inscritos terão p~eferênci::t na aquisição d~ im,óvel j,á Vin~la~O à Carteira, devendo o assocIado que pretender vende-lo/ notifIcar Car­teira Hipotecária e Imobiliária, com o pra tO mlnimo de 30 (trint ) dias para que a mesma se manifes te sôbre êsse direito ou preferência.

!Art. 9.° E' assegurado o direito de opção a qualquer sóci,vna Carteira. inscrito para aqlfli ção de ii'vel fint ciado pela Cart eira 'hipoteCária e Imobiliária, sendo ii>k~1Iot atendid quandol pela sua classificação de antiguidade de i crição, pel sor teio por condição preferencial preVista. no R.P.iUlamento, fiZer JUs ao financiamento pleiteado, para aquisição do imóvel.

a 1.0 Se houver mais de um interessado, far-se-á licitação. ~ 2." :Se não houver associadop interessados, a opção caberá à Carteira .

. Art . 10: ~s residên~ia~ financiada~ pela Carteira H~cár.ia e Imo­bilIária serao ImpenhoravelS por terceIros, salvo ,o caso de dIVIdas por alimentos ou impostos e taxas incidentes sl)'bre os imóveis. ,

.Art. 11 . Anualmente, na f;lrma prevista pelo Regulamt>nto, será ela­borado o plano de distribuição dos fundos da Car teira Hipotecária e Imo­biliária, respeitados os critérios previstos nesta lei.

Art . 141. O Regulamento das Operações Imobiliárias ~erâ. submetl® ~o (;lUbe Naval fi. aprovação em decreto do Poder Executivo, de!}tro Q~ prazo de 60 (sessenta ) dias, a contar da ,publicação da presente ~i .

Art. 13. As sobras 'apurada", nos balanços da Carteira Hipotecária. e Imobllià.rla, dePois <le realizadas as amortiZa.çôes, pagamento de juros e despesas gerais de administração ou outras autorizadas ,no Regimento. constituirão o capital própriO da instituição para sua perenidade e maior

desenvolvirdento. '

Parágrafo únIco. A Car teirn Hipotecária e Imobi1!ária gozará de isen­ção de quaisquer Impustos da competência federal ou do Distrito Federal, exceto do da. renda.

Art. 14 . Não poderão contratar com a Carteir a Imob!Jiária e Hipo­tecária. cmprêsas construtoras ou imobiliárias cujos diretures, sócios ou gerentes sejam parentes dos dIretores da instituição .

Art. 15. Verificadas irl'egnllridades graves, devIdamente comprovadus, na apllcação dos fundos postos pelo govêrno à disposição da Carteira Hipotecária e Imobiliária, nos têrmos previstos da presente lei, é licito ao Presidente da República desigpur, por tempo limitado, lima comissão composta de três oficiais generais das Fôrças P.rmadas, um Diretor do Clube Naval. um funCIOnário da Fiscalização Bancária ou da Superinten­dência da Moeda e do Crédito, para o fim especial de normalização dns operações.

Art . 16. O Clube Naval. através de sua Carteira Hipotecária e Imo­ib1l1árla, com o objetivo ele dar maior garantia e rentabilidade às suas operações, poderá realizar quaisquer atividades de compra, venda de imó­veis, de admmlstr'ação de bens e de construção de imóveis, revertendo 08 lucros correspondemes em proveIto do fundo geral destinado à aquisição e construção de morada própria para seus associados .

Art. 17. Extinta a Carteira Hipotecária e Imobiliária, de qualquer modo encerradas as operaçô3s imobiliáu'ias previstas na presente lei, t1carâ a União, para todos os e:eitos, subrogada nos direitos de compra. e vend'a, firmados entre o Clube Naval e seus associados.

Art. 18. E' permitida a consign2cáo em fôlha de pagamento de pensões/ em favor da Carteira Hlpo~ecár ia E' Imobiliária do Clube Nava~os pensio­nistae militares, cujos marIdos, avós, pais, filhos ou irmãos tenham ad­qUlrido casa ou apa!'tamemo ~nrs moradia e na data do óbito estejal'n em debito com a refen da Carteíra ou nela inscritos .

Art . 19. A consignação a {!Uf> se refere o art. 1.0, que só poderá. ter por fim a aquisição de casa GU apartamento para moradia, não deverâ exceder de 30% (trinta por cento) da importância total da pensão, ou pensões, perr.ebldas pelos pension:stas, nem o prazo de amortização do empr~8t!mo respectivo ser super'or a 3ü (trinta) anos.

Art. 20. Falecida a VlÚYR do oficial em dtsbito com a Carteira Hipo­tecária e Imobiliária do Clube Na val, e send'o reversível a sua pensão ou pensões. Os herdeiros do oficial podf'rão cont inuar com o mesmo descon­to em 9~!:: pel~ prazo nec('s~ário à indenização do compromisso assu-mido, MM9' o disposto J1( sta lei.

Art. 21 . A averbação da~ consignações nas repartições competentes será efetivada. mediante reauerimento t irmado pelO Direto.- da. carteira. ~rlJI1!nand.o : - ,

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u i aata do Inicio e terminação da transação : b} imPort:incia. total consign~.da;

c) importãncia a ser descontada mensalmente; d>. prazo da consignação: C) saldo devedor deixado pelo oficial ou pensionista.

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§ 1.0 Da averbação poderá ser dada certidão com todos os requisitos constantes do respectivo l'equerimcnto.

§ 2.0 O requerimento de que trata êste artigo será ac?mpanhado de uma. declaração do COllsignante, autorizando o desconto .

• Art. 22. Dentro do prazo estipulado não poderá. a consignação ser

suspensa ou modificada em qualquer sentido, a não ser por acõrdo das duas partes interessadas, que o requererão, em conjunto, à repartiçã.o averbadora, ou fique provada a qUitação do cOlIllPromísso assumido.

§ 1.0 Esgotado o prazo sem que tenha havido interrupção nos paga­mentos, a repartição suspendera e:c-officio o respectivo desconto em fOlha.

§ 2.0 No caso de interrupção, o prazo será dilatado, quando necessáriO, para o ,pagamento d~s consi'gnações em débito e dos juros de mora ,quando iIlevidos, sendo a tlYa a mesma sôbl'e o sald'o devedor.

Art. 23. Ao consignante caberá o direito de antecipar a liquidação do compromisSo assumido com a Carteira e, assim, ficará. isento doa juros relatlVOs. ao período antecipadO.

Art . 24. Esta lei entrará em vigor na. data de sua publicação, revo~ gadas as dJ,sposiçóes em contráriG.

Sala """"'"1"'''''''',;''' em / 5 "e j+o de ,,.. .

. /!k!.~:.~~ ... :). Presidente

Getulio Jr!6ura

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-. --1.875 B -

.. Redação P'1ra 2a discussão do Projeto n Q 1.~·{5 A de 195t:::, que

/ .autoriza o

/, realizadas

Poder Executivo a financiar operações imobiliárias

pelo Clube Naval.

) ,

o Congresso Nacional decreta :

~ Art. lQ ~ o Poder Executivo autorizado a financiar, nos têrf!ol

C, ~ . mos desta Lei, as operações imobiliárias que o Clube Naval, a­

.; (--.:1 trav~s sua Carteira Hipotecária e I mobiliária , realizar com ,\' ~, 4t \~ \ seus associados aue não possuam residência própria, concedendQ

\ ' I lhes empréstimos, paratal fim, aos juros máximos de 6% ( seis

h '\ k, por cento ) anuais ( Tabela Price ) e amortizáveis em ~5 ( viU

te e cinco ) anos.

Parágrafo Úll:LcO. O sócio do Clu : e Naval que já possua casa ou

apartamento residencial,encontrando:se o imóvel hipotecado,

poderá transferir a hipoteca do mes reo à caixa Hipo ' ecária e

Imobiliária, gozan~o das mesmas vantagens asseguradas nesta

Lei aos associados do Clube não proprietário de iMóvel resi-

dencial.

Art. 2Q~ O financiamento autorizado nesta tei será atendido,

a partir do exerclcio financeiro de 1956, m~diante dotações

próprias, qu e constarão do OrçaMento da União, durante cinco

exercicios, no Anexo do j ~inisterio da Harinha, ate o máximo

de Cr$ • c50.000.ooo,oO •

Parágr afo 'mico. O resgate que cOr.1eçará a ser feito no pri­

Meiro exercicio, apos o recebimento da Última parcela do fi­

nanciamento, será em prestações semest~ais recolhidas ao Te­

souro Nacional venclveis em 30 de junho a 31 de dezembro com-,.

preendendo amortização e juros sobre o saldo devedor.

;

t, ...

.' 'J". ~.

- 9 ~.

Art. 3Q ~ Clube Naval, para os fins previs ~ os nesta Lei, opera­

rá com os seus associados aos juros máximos de 5% (cinco por

cento ), com umplano de resgate de 25 ( vinte e cinco) anos

no máximo, compreendendo prestação mensal constante de amortiza-<Y • çao e Juros.

§ 19 I- As prestaçoes mensais acima referidas serã"O pagas ao Clube

Naval, mediante consignação em fôlha, não podendo exceder esta

de 40% ( quar enta por cento ) dos vencimentos do oficial na data

-da operaçao.

§ zg ~ prazo de empréstimo poderá ser prorrogado ate 30 (trin­

ta) anos, se o associado falecer antes de resgatá-la e os benefi­

ciários assumirem o compromisso de pagamento do saldo devedor, m~ N A _ N

diante consignaçao em folha dapensao ou pensoes deixadas pelo ex-

tinto.

Art. 4Q A Caixa de Mobilização Bancária financiará a Carteira

Hipotecária e I mobiliária do Cl ube Naval a juros de 6% ( seis por

cento ), sQ b garantia pignorat j.cia dos creditos @ar antidos por (

primeira e especial hipoteca de casas dos associados, ate o li~

te máximo de 60% ( sessenta por cento ) dos mesmos créditos, tu -

do nos têrmos do Decreto nQ 2L~.·(78, de 14 de julho de 19j4, que

se reputará em pleno vigor.

Parágrafo único - A Caixa de Mo bilização Bancária poderá receber

garantias, independente de sua data de origem, revogado o artigo

lQ do Decreto-lei nQ ~.887, de 16 de setembro de 1946. \

Art. 5g A Carteira Hipotecária e Imobiliária do Clube Naval

ficará subordinada sem ônus para o seu patrimônio, à inspecção

da Fiscalização Bancár ia, que receberá balancetes mensais e pode­

rá examinar-lhe livros e arquivos, quando julgar conveniente.

• •

-;Y 006

Art. 62 + são condições para o associado obter empréstimo :

a) estar inscrito na Ca ~: teira Hipotecária e Imobiliária ; .",.

b) pagar a joia de 5% ( três por cento ) sôbre o valor do finan­.-i'

ciamento, que poderá ser acrescida no valor do mesmo, e amortiza-

da, conjuntamente, com o financiamento concedido.

sl ter recolhido à Carteira Hipot ecária e Imobiliár ia, importân­

cia não inf erior a 20% ( vinte por cento ) do financiamento pret~~

dido, caso o associado queira valer-se das cia para obt enção do financiamento, dentro

lamento das Operações I mobiliârias.

Parágrafo único - Os depósi LOS da al:1nea .Sf.

... lO condiçoes de pr p-f' _ ... ~n-,

do que dispuzer o ~Regy

... vencerao a favor do. as-

sociado j ;lI'OS de 4% ( quatro por cento ) capitalizados semestral -

mente, até a data em que fôr concedido o financiamento ao associado.

Art. '(2 Os contra tos em que fôr parte a Carteira ou Associação de§.

ta, tendo por objeto i móveis negociados pela Carteira ou por inter­

médio desta, obedecendo ao tipo uniforme, serão lavrados por instry "'-mento particular, i mpressos e rubricados pelas partes em todas as

páginas, revogado, para êsse efe i to, o art. 154 n2 11 , do Código

Civil. ...

Os instrumentos deverao ter como parte integrante a planta

ou projeto do imóvel ; mencionarão minuciosamente os caracteristi­

cos, locali zação, confrontações e indicações do Registro Público

de Imóveis, cujas tr ctnscrições e demais anotações serão sujeitas

na forma da lei e regulamentos em vigor.

§ 22 Valer ao como c ~rtidões dos instrumentos as fotocopias au­

tenticadas pela Diretoria da Carteira, mas, no Regist ro Civil de

Imóveis, os registros de qual quer natureza, exigidos por lei ou

regulamentos, serão f eitos com o arquivamento de uma da s vias e

respectivas plantas integrantes.

• . ,

r

Art. 82

ciada pela

Reputar-se-à vencida a dívida, se a residência . finan-... . .. Carteira for , por qualquer modo , allenada ou locada , a

, pessoa não associada, salvo casos de locação,

zada pela Carteira Hipotecária e Imobiliária.

previamente autori-

Parágrafo único - A Car teira Hipotecária e Imobiliária e os socios

do Clube nela inscritos, terão preferência para aquisição de imó -

vel já vinculado à Cart eira Hipotecária e Imobiliária, devendo o

associado que pretender vender, notificar a Carteira Hipotecária e •

Imobi~iária com o prazo mínimo de 50 ( trinta ) dias para que a A A A

mesma se manif este sobre esse direito ou preferenc1a.

Art. 92 - É assegurado dir eito de opção a qualquer sócio nela ins­

crito para aquisição de imóveis financiados pela Carteira Hipotecâ

" ria e Imobiliaria, sendo, entretanto, atendido, quando pela sua

classificação de antiguidade de inscrição pelo sorteio ou por con-• N I

dl çao preferencial pr~vista no Regulamento , fizer jus ao financia-

mento pleiteado, para aquisição do imóvel em aprêço.

~ 12 Se houver mais de um interessado, far-se-à licitação,

§ 22 Se não houver associados interessados, a opção caberâ à

Carteira ..

Art. 10 As residências financiadas pela Carteira, serão 1mpenho-

ráveis por terceiros, salvo o caso de dívidas por alimentos ou im­

postos e taxas incidentes sôbre os imóveis.

Art. 11 " Anualmente, na forma prevista pelo Regulamento, sera e-

laborado o plano de distribuição dos fundos da Carteira, respeitã

dos os critérios pr evistos nesta Lei.

Art. lL o Regulamento das Operações Imobiliárias será submetido

pelo Clube Naval ~provação em decreto do Poder Executivo , dentro

do prazo de 60 ( sessenta ) dias, a contar da publicação da presen

te Lei.,

f ,

I

- ,

-_.. ..-

. OOS Y'r

Art. 13 As sobras apuradas nos balanços da Carteira Hipotecária e Imobiliária, depois de realizadas as amortizações, pagamento de

juros e despesas gerais de administração ou outras autorizadas no

Regimento, constituirão o capital próprio da i nstituição para a

sua perenidade e maior desenvolvimento.

Parágrafo único - A Carteira Hipotecária e Imobiliária gozará de

isenção de quaisquer i mpos t os da competência federal ou do Distri­

to Federal, exceto do da renda.

Art. 14 ão poderão contratar com a Carteira Imobiliária e Hipo-

tecaria emprêsas construtoras ou i mobiliárias, cujos diretores,

sócios ou gerentes, sejam parent es dos diretores da instituição.

Art. 15 Verificadas irregularidades graves, devidamente compro­

vadas, na aplicação dos fundos postos pelo govêrno a disposição da

Carteira Hipotecária e Imobiliária nos têrmos previstos da presen­

te Lei, é licito ao Presidente da República, designar por tempo N h A

limitado, uma comissao composta de tres oficiais generais das For-

ças Armadas, um Diretor do Clube Naval, um funcionário da Fiscali­

zação Bancária ou da Superintendência da Moeda e do Crédito, para

o f im àspecial de normalização das operações.

Art. 16 / ,

O Clube Naval, a r raves de sua Carteira Hipotecaria e I-

mobiliária, com o objetivo de dar maior garant ia e rentabilidade

às suas operações, poderá realizar quaisquer atividades de compra, ~ - ,." venda de imoveis de administraçao de bens e de construçao de i mo-

veis, revertendo os lucros correspondentes em proveito do fundo

geral destinado à aquisição e construção de morada própria para

seus associados.

Art. T{ Ext i nta a Cart eiraJ!ipotecária e Imobiliária de qualquer

modo, encerradas as operações imobiliárias previstas na ~resente

Lei, ficará a União para todos os efei t os, sub-rogada nos direitos

de compra e venda, firmados entre o Cl ube Naval e os seus associa-

dos. ...... ..

·, ,

-y

OOS

• 18 ~É permitida a consignação em rôlha de pagamento de pensões em favor da Carteira Hipotecária e Imobiliária do Clube Naval aos

pensionistas militares , cujos maridos, avós, pais, filhos ou irmãos,

tenham adquirido casa ou apartamento para moradia e na data do óbito

" estejam em debito com a ref erida Carteira ou nela inscritos.

Art. 19 A consignação a que se refere o art. lQ, que só poderá ter

por fim a aquisição de casa ou apartamento para moradia , não deverá

exceder de 30% ( trinta por cento ) da importância total da pensão, ...

ou pensoes , percebidas pelos pensionistas, nem o prazo de amorti-

zação do empréstimo respectivo ser superior a 30 ( trinta ) anos.

Art. 20 Falecida a viuva do oficial em débito com a Carteira Hipo-

tecária e Imobiliária do Clube Naval e sendo reversivel a sua pensão

ou pensões , os herdeiros do oficial poderão continuar o mesmo descog A " ~ to em folha pelo prazo necessario a indenizaçao do compromisso assu-

mido, observando o disposto esta Lei.

Art. 21 A averbação das consignações nas repartições competentes

será efetivada mediante requerimento firmado pelo Diretor da Cartei-

ra, discriminando :

a) data do início e terminação da transação ;

b) ---~ d) ....... e)

importância total consignada ; A

importancia a ser descontada mensalmente ;

prazo da consignação ;

saldo devedor deixado pelo oficial! ou pensionista. ..., N

Da averbaçao podera ser dada certidao com todos os requisitos

constantes dos respectivo requerimento.

§ 2g O requerimento de que trata êste artigo .. sera acompanhado de

uma declaração do consignante, autorizando o desconto.

~-------------------------------------------------------- -

~ i

4

-- -

-/

Art . C2 P, Dentro do prazo estipulado não poderá a consignação ser

suspensa ou modificada em qualquer sentido , a não ser por acôrdo

das duas partes interessadas , que o requererão , em conjunto , a

repartição averbadora , ou fique provada a quitação do compromisso

assumido.

§ l Q ~Esgotado o prqzo sem que tenha havido interrupção nos paga­

mentos , a repartição suspenderá ex- officio o respectivo desconto ,..

em folha .

§ 2Q J'No caso de interrupção , o prazo será dilatado quando nece~

sário para pagamento das consignações em débito e dos juros de mo-,.. ,..

ra , quando estes forem devidos , sendo a taxa a mesma ~ sobre o

saldo devedor .

Art . 23 JfAo consignante caberá o direito de antecipar a liquidação

do compromisso assumido com a Carteira e , assim, ficará isento dos

juros relativos ao periodo antecipado.

Art . C4 ~ presente Lei entrará em vigor na data de sua publicação;

revogadas as disposições em contrário.

Sala " Antônio Carlos U 1954.

- Presidente •

Rela tor .~c::::l oLo

, SRAEL

li; /tAA. et.{. ~ di .Vt..t:iu Adl ->

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PHOJF'rO

Nº 1.875-A - 1952 e YfíI Aut9riza o Pod~r Executivo a financiar ope ­raçoes imobiliarias rea1izadas pelo Club Naval ; tendo p arecer da Comissao de Constituiç~o e Jus -iça pela sua constitucionalidade e rejeiçã o do

Art . 8º e , co~ emendas , da_Comissão de Finanças , com voto vencldo do Sr . Joao A~rip i no .

PJWJ.r=TO Nº 1.87 5~ A OOE; SE HB;}<'CREI'-l OS PARECERES .

~ .

;;;ih~L 1~ ~-4 r~ · f. lt. i"/l . ~ í

/ I .. ( \.,~- Y I! -~

-e

J , ..

#0 Poder Executivo autor i zado a financiar ,nos ter.mos d st a

L 1 t as operações imobiliárias que o Club Naval atraves sua Carteira Hipote­

cária Imobiliári a , realizar com seus associad08 que não PQ suam residênci

pr6prl , conced do-lhe mprést.LJlW , para tal fim, aos juros &ximo d 5~

(ci co por c o)anuals (Ta l a Prlc ) e ortlzá ei 25( inte e cinco)

arágrato úulc Club val que .1 á pos u cas ou ap rt -

nto r 81d nelal ncontr ando-se o ovel hipoteoado,poderá transferir a hi-

poteca do me o à Caixa Hlpotecári e I obillári , gozando d s mesma ,..

vant ..... ..

g ns assegurada nesta le1 aos assooiados do Club ã proprl ,tár10 de ovel

re 1d noial. ,

o tin c1 , ento autorizado pela presente 1 ser& de trez -to

... 11hoes de cruz iro ( _. ,3 O. 00.000,0 ) entreg s pelo Poder ~~cuti

1"n o pare la anual . d s s ta

tlr do e2:' rcícl de 1 53, venc ndo o

-lhoes d

juros

cruz

uai

iro (Cr 60.000.000,00) .a j,lo..I.--. . .

de 3~ (três por cento) -- . amortiz 1 m 3O(trlnta) anos'.

6D1co O resgat q co eçará a er teito no pr1m iro xerc! -,. p J

~ cio ap6 o receb ento da Última pare 1 do tinancig,u,LQnto, serl !1D. prestaçõe .e, . . ., .

m trai r col ld 8 ao Tesouro a ' fonal Tencivels m 3 de junho a 31 d de~ ~

ze bro ...

or lzaç80 e Juro óbre o s do d edor. ÇUIIIP ndando

Club N:val para os tlns previsto ne t 1e1 operar& com os

eus a ocl do o juro áxi s d 5~(c1nco por oento) com um pl no de res -- gate- de 25(T1nte oinco) anos no áXimo"oo pre ndendo prestação ensal oonsto .........

... - - te de amortlz çao e juro •

-Parágrato 1° ~ prest Q-e m nsai acima reteridas ara0 paga a o Club --val ediant co signação m tolha não podendo exceder e ta d O~(quarent

... por c t )dos encl entos do oticlal na data d per ç •

prazo d empré t.uuu pod ré. ser prorrogad até 30( trj.nta) •

• a o, o a sociado falecer nt s de resgatá-lo Os benetiel&rios ass ire o ... ..

o de pagam nto do aldo deTedor, mediante conslgnaQao m tol da pe ... . ·0 o pe ões d 1xada p lo ext1n •

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...a...Iooquer n tur4!tze., xlg1do por 1 o r J.m()vel •

gu.Lm!1&n to • com e qulT8D!l.e :to de 4 e re ctl-

pl ta te.

• 1 nt d centralíos

enel0 do ta 1 1, cclebo nt 15oc10$ do Cl.Ube

, nela 1 ser1 • d d q tennem COlll0 bJeto 1 O r lnt me-

41 d O 1% ... -u a lntroduq . d aoe be r 1 ri .. o di, 8.

.. p"rllLll'r t únlco.illr....I8 al iovuQ C r e1r u

... It o C 8 Ca1xa d bUiz C)

... n 1.

a:r...aa-' ",en 1da a di Vida, ti nel-,

1 C rt lra tor, por qu q r JIlOdo. eaala, ...

_v tUD-solola -08G de 1 caça0 li r vlee t

ún1 J I C.. .1. o 6clos do 01

to lz da 1 O.R.I.

la ln crlt .t--reuJ ...... 6 8lNftcl

.. equie1e; de .f" O.S.I. d v ndo

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r t 1. • " ... ~. 10 ~ aUIJc,g\jl.r8!do dlr 1 to de op ... o a qutl~.Lq r 6c 10 1

cr1to r -qui 1 o • n-1 J •• 1. ~y 1 tl.LLQ.Uc18 o

-• at 4140. QU8.1ldO la 1 itio Q e an i~u1d d d 1 -N ...

riç o lo or · i o por dlQ Q P t"~lnol pr vi t no gulm:.tEtn ... ,.

t r JU o tI anei nt leite do, p r qulaiQ o do 1 1 p-

q • PA~IUl,.at 1

-Par gr . ao

Cart ir •

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..... A1 P r t roeir

• tc::L.&ClLI' iac d t

... . ~ ..• 1

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o er 1 d 1 t re do, tar- - 11 1 -

... -o ouver a Q i n os intere d 8, 8 Q ...

... \4 ... ~.cl f'1 ela d s p 1 C t ir •

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t r pr vi t 1 - .... Du! n. er e-...

1 rlbu1<; o 40 d C .... T--lr • res 1 do

...

.... ..

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I

I

revisto n ta 1 1.

Art· 13 -O R gulamento das Op raç Imobl11é.ri ,

ser tido pelo

-val, a aprovaQ8o m dear to do Poder ExecutIvo t d ntro do pr zo d

0(- s nta) d -, a oontar d pub11caç8o 4 pr ent 1 1.

Art- 1 r A obras purada no balanços da O.H.I. d poi d re 1-..

zada amortizaço, pagamento de juro d sp sa gera1s d adminIs-- .. traQ o ou outra autorizadas no Regi nto, oonstit uir o o oapltal pr6prio

-·da Inst tu1Qao paro sua perenidad m lor das nvol 1m nt •

Pará.grato únioo A O.H.I. gozará 4 isenção de qu qu ~ impo t o da ..

00 (p t noi fed r 1 ou o Istrito Fed ral, xo to do dl3. rend • , .. Na p d ontr tar oom a O.B.I. prezas oon trutora ou

i obillárla., oujos dIretor s, m. )c j p rente dos diret --~

r da 1nstituiQ •

t· le Ver1ticad Irr gul rIda4es graves, devldement omprovad , ..

pelo gov"'rno à ...

na pl loaQ o dos fundos osto dIspos1Qo d Oarteira H1:po-•

·t árl e Imobl1lárl • nos ,.

t nuo pr evistos d pr sent lel, licito ao , ' Presidente da n publica, d slg.nar por t mp 11m1t o rrog 1, uma ao-

.. m1 aao omposta d~ tr oficiais generais da lorças A:Ml'lAdas, um Diretor

,

40 Olub Naval, um fUncIon rio .... #

da Fisoallzaç8o Bano rI ou a Superlnt n-

n la de. o d do Or d1 to para o fim ....

spe ial 4 normaliz Qao das

-r ç e • NaTal atrav s d

I ua Cart ira Hipot oária ImobU - I

uas oper - J Qõe , pOderá realizar qual quer tivIdades de oompra,venda d 1m6v i d ad

• lucros oor 88- I

ári • om o obj tivo d dar maIor garantia a rentabilidade à

.. ini tr çao de bens d

... oonstruç60 de tm6veis,revertendo

pond nte ...

qui lQao ...

oon truçao d em prov ito do tundo geral d stinado à

or da r6prI p ra u oolado • o

Art 19 Carteira Hlpotecárl Imobiliária d qualq er /t

do, ncerrada a operações imobllárla previstas n pr sent le1,tioará

União p ra todos o teito, ub-r gada~ direitos de compr e vend ,tir ~ I

do ntre o Olub ~ val e seus associado •

,

-.Il~. 1 • "p 1 tiO. onei nf:lGllO

... • r Yor d O .... ·~al o () ri 'f

a 11t • oujos --....140 , aT6 • p i , t 1 h 8 ou 1 l4.e 8 t úll!

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~s- .. 'II 'lU I AO E JUS TI A

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, PROJEID Nil 1 '81,195 - Autoriza o Poder Executivo ..

a fi~nciar operaçoes imo-biliarias realizadas 1 Club Naval.

'W~ . ".

I - O projeto nil 1 875, de 1 952, autorizando o Poder .. ~

Executivo a auxiliar o financiamento de operaçoes imobiliarias

realizadas pelo Club Naval, nada mais é do que a reprodução,com t .. ~ A ligeir1ssimas alteraçoes que nenhum carater substancial tem, da

lei nÚmero 1 086, de 19 de abril de 1 950, que assegurou tais

vantagens em beneficio do Club Militar •

II - Examinando o assunto, sob os seus diversos pris-.. ..

mas, a Comissao de Constituiçao e Justiça, deixando as outras - -, , Comis soes a apreciaçao do meri to da ma teria, concluiu, por ma i.2,

ria, pela s'\.iflconstituc'ioifalidade, opinando, no entanto, pela ,.

rejeição do artigo Bil, que, não obstante estar no diploma legal

que beneficia o ci_~, ... : oapaz de se harmo-_-o

nisar com o principio da igualdade perante a lei, sob o ponto

de vista fiscal.

Sala Afrânio de Melo Franco, em 18 de setembro de 1952

__ ~~~ __ ~_~_~~~.-~~-_~ __ ~~_, Presidente Marrey

vi- r ----. C) c. ( ~~ela tor Antonio Balbino

, I

I

f .,...

CWTO ) .,

:Parece-me que o :Projeto nº 1 875, dr 1952 deve ser

aprovado, com as emendas que apresento e anexo a este voto,

pois em virtude dos argumentos por mim apresentados no :Projeto

nº 1 031, de 1951, aceitos pela Comiss'ào de Fin nças, a presente

proposiç~o pode lograr aceitação.

Sala Antonio Carlos, em 19 de abril de 1954~

--, Relator do ven cido

"

·e

..

'I ' 11 /VV"\~- o-

o //

A Comissao de Finanç as opina pe la ap lO vaçao do Pro-jeto nº 1 875, de 1952, com as seguintesemendas:

a) ao Artigo lº sUBstitua-se a expressão: " "de 5% (cinco por cento) anuais (Tabela Price)"

por:

"deO

' 6% (seis por cento) anuais (tabela Price)";

b) Ao Artigo 4º substitua-se a expressão: ""'" " de 5% (cinco por cento)", por:

" de 6% (sei s por cento)";

c) elimine-se o Artigo 8º e seu parágrafo "..

d) redija-se do seguinte modo o parágrafo único do ~ artigo 4º:

'-

"A caixa de mobi li zaç a o Em cária garantias, independentes de sua

revogado o artigo lº do Decreto de 16 de setembro de 1946."

poderá receber da t a de origerp Lei nº 9.887 ,

< o;

o financiamm to autorizado nesta lei será ate~cii­do, a partir do exercício financeiro de 1956, me­diante dotaç~es pr6prias, que consta~o do orça -mento da União, durante cinco exercicios, no Ane­xo do Ministério da Marinha , até o máximo de ~: •.. 250.000.000,00"

Sala Antonio Carlos , em 19 d~ abril de 1954.

, Presid t nte

. _.

., J ;. ,_

s810 D

----- ""\

Relator: João Agripino~

----- -------

o Projeto nQ 1.875/52, de autoria do nobre

Deputado Ruy Almeida, autoriza o Poder Executivo a financiar ~

perações imobiliárias realizadas pelo Clube Naval. A " Representa ele uma copia do Projeto nQ ••

95-A/49, transformado na Lei nQ 1.086, de 19 de abril de 1950,

que manda financiar operações imobiliárias realizadas pelo C~ , ...

be Militar, apenas adaptado as condiçoes do Clube Naval • ...

Falou a Comissao de Justiça, que o acolheu

como constitucional, exceto em relação ao art. 8Q •

a. ~ • .p A li I .I 4 ~. - - "::100II-

o Projeto na 95-A/49, também de autoria do

Deputado Ruy Almeida, era por S.Exa. justificado no fato de 1>&

ver o IPASE, ...

ins'ti tu1çao destinada a ...

financiar a aqu1s1çao de •

" . , .... ... imoveis pelos func10 ' ~s públicos civis da Uniao, e de nao , ", ... ,

haver uma so que financiasse as operaçoes imobiliarias do m1~

tar. Sustentava o autor que o Estado não ,podia se alheiar à s~ lução do problema de habitação"dos . militares" , de "máximo in _

A A teresse para o bem estar social dos oficials de nossas Forças

Armadas".

Era de se , ...

to acUdisse as aspiraçoes dos ...

seus problemas de habitaçao.

... esperar que a aprovaçao do pro~

militares e desse solução aos

O Clube Militar é instituição de A " que fazem parte os militares das diversas Yorças - Exercito,~

.-

....,.~,_ . .....",~ - -

, .

.e

- 2 -

" , '" rinha e Aeronautica. Tambem na Carteira Hipotecaria desse Clube "" , são admitidos associados das tres Armas. De modo que, se ha ofi

, -ciais da Marinha ou da Aeronautica que nao estejam ainda contem

pIados pelos favores da Lei nQ 1.086, os há, igualmente, do E-,

xercito.

Essa lei autoriza o Poder Executivo a fina~ .. ,

ciar as operaçoes imobiliarias que realizar o Clube Militar, a-, " traves de sua Carteira Hipotecaria e Imobiliaria. E determina

que o Orçamento Geral da União consigne a dotação anual de Cr$. '" .. lOO.OOO.Ooo,OO,durante 5 anos, para aquele fim. Sao, portanto,

.. Cr$ 500.000.000,00 a serem invertidos na aquisiçao de casas pa-

'" ra os oficiais das tres Armas.

Foi relator do projeto, de que decorreu a ..

referida lei, o ilustre Deputado Juracy Magalhaes, nesta Comis-..

sao de Finanças. Vejamos como S.Exa. se manifestou:

~ - Ace~ta, assim em princ!pio,,,,a utilid~ de social do projeto, a luz de d!ferent~s interesses na -cionais, resta-nos indaear s~, como esta redigido atual -mente, constitui meio habil a finalidade ~rseguida pelos seus nobres aytores e inspiragores. Sem duvida,. as emen­das da Comissao de Constituiçao e Ju~tiça o me~oram e ~ vem ser aceitas. Mas, a nosso,ver, nao bastam para que o p~no se execute nas suas beneficas e duraqouras conse -quencias, Como se pr2jetou, o sistema - alem de perigosas e exploraveis preferencias de c!asse, que determinariam fatalmente gritas e reivindicaçoes de eutros grupos sociab menos beneficiados, em busca da obtençao de uma justa i­gualdaqe de tratam~nto - como se,projetou o sistema fun­cionara bem de começo e declin~ra, tornanJo-~e ineficienw dentro,de cinco,anos de seu inicio, e ce~sara de,f~c10 -nar apos duas decadas, sem que seja provavel, ate la, eo~ tarmos com o desaparecimento do angustioso problema que nos preocupa e aflige •

.. Se nao, vejamos.

, .. A C.H.I.,não dispõe de q~alquer capital 0-riginario. Nao o fotmara por contribuiçoes dos associado~ ou pela capitalizaçao de qualquer outra ;onte de renda,ja que a difer~nça do jqro de 3%, que pagara ao ;esouro e 4% que recebera do mutuario prov~velmente bastara apenas pa­ra as desp!sas de admi9istraçao, co~tabilidade, etc. Nes­sas condiçoes, aplicara~massiça e rapidamente, nos cinco primeiros anos, os subs~dios do Tesouro, no total de cr$

YSO/ •

,

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YSO/ •

- 3 -

~ 500.000.000,OO(quinh2ntos ~lhões de cruzeiros) e, de­pois1 como a amortizaçao sera lenta, pelas anuidades da Tagela Frice ~ prazo d~ 20 (vinte) anos, o ritmo dos em prestimos cafra em declinio, sem que todos os oficiais se pqssam beneficiar. Admitindo como de 7.000 (sete mil). o numero de oficiais interessados, segundo a justificaçao do projeto, e como de ~~50.000,00 {duzent~s e cinquenta mil cruzeiros) o valor medio de cada residencia, teremos que 2.000 (dois mil) serão atendidos nos 5· (cinco) anos ou 6(seis)' primeiros anos, restando 5.000 (cinco mil) Pll ra oSAl5 (quinze) anos se&uintes, com injustiça manifesta para estes e claro privilegio para aqueles. Acresce que

l cada ano morrem demitem-se e reformam-se uns tantos of ci.~is, ascegdenJo ao oficialato outros interessados em novas resldencias • .

~ . Alem disso, a pop~laçao do Brasil tem creA

cido em ritmo constante, numa media anuil de aproximada­mente 2%_(dois por cênto) passando de cerca de 30 (trin-

' ta) milhoes de habitant~s em 1920, para ·4l (quarenta e um2 milhões em 1940 e cerca de 49 (q~renta e nova) mi -lhoes atualmente. Sabendg-se que as forç~s armadas guar­dam uma }"elativa proporçao com a populaçao, evidencia-se que o numerq de interessados nos financiamentos da C.H • I. aumentara nesses 15 (quinze) anos, agravando as difi­culdades da problema.

Or~, a paralização daquele fundo de 500 (. quinhentos) m1lh02s ao cabo do sexto ano, cessando a grande dist;ibuiçao e gotejando ~e entao por.diante os Pgucos emprestimos,condicionais as amartizaçoes mensais, nao raro sujeitas a mora e embaraços outros, mostra a n~ cessidade de alterar-se o plano para,que se assegyre a continua liquidez ~ Carte1ra, isto . e, a introdusao, no sistema, de um prooesso que assegure a mpbilizaQao ~

capital qnand2 totalmente invertido lango prazo assim como~ formaçao~ Ym fundo ;m g~ t que venha A spbs­titul-lo quando integralmente e ti ti .ãQ. Tesouro.

VI - o problema se assemelha ao com que se depara qua~quer banco_dedicado ~ operações a longo prazo e sujeito a restituiçao dos depositos em prazos mais br~ ves.

o d6teito principal do plano, a nosso ver, reside em fixar um mais 2aixo do que o do mercado cb dinheiro do Brasil. Nem o governo consegue êsse juro de J

4%) no mercado inter20' embora assegure aos tomadores de ' apolices avultado premio de r~embolso, isto é, a difere I! entre,o valor ngminal do titulo e o pr~ço pe~o qual ~

nçaào a circu!açao. Com juro de 4~ não e possive1 pen­sar-se n~ emissao de letras hipotecariasnem no desconto dos emprestimos pelo penha s hipotecas num órgão êde-quadq, como seria, , a Caixa de MObilizaçao Bancaria. Seriam a!egatori asAoperações porventura o~ tidas com instit oes ssistenc1a social, com a ga _ rantia, pelo Governo, da diferença de juros.

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11> Essa impossibilidade manifesta aconselha a

Camara a engarar o assunto com maior realismo, de forma a tornar viavel e duradouro o plano, ainda qU2 cerceie iJ. gqmas vantagens, que iriam provovar repercussoes desagr~ daveis em outros grupos da sociedade brasileira.

Uma entrada in~cial de 5 (cingo) a lO(dez) por cento, de certo aconselhavel, encontra obices intr~ pon!veis no seio da classe conforme ressaltou dos enten­dimentos processados entre o atual relator e 2s elemen -tos do Clube Mllitar,que di~igem a organizaçao da CHI • Fica, assim, abandonada a ideia

l sem. que redunde emAfal­

ta de equidade para outras inst tuiçoes de beneficienci~ onde os financiamentos se realizam a base de 100% (cem por cento).

• Proporíamos, pois, as seguintes modifica -

.. çoes: ,f

al- 15% (quinze por cento) dos fundos se­riam reserva~ aos candidatos que pudessem deposilar •• 20% (vinte por cento), ou mais, do preç2 da~ resideocias pretendidas. Essas quantias, enquanto nao fossem inverti das renderiam 4% (quatro por cento) capitalizadgs semes­tralmente, a favor dos depositante1f (juros bancarios u -sual). .

LI~ cada • em 2 ou ~ p~e a9oes,

teira, ja p~evis~a na to da C.H.I., alem do por cento ) •

~

mutua~io atendido pagaria, ~indaque uma joia ou comissao de 3% a Car -letra "i" do art. 2a do Regulamen­juro que deve~ia ser de 6% (seis

, ,

sl: a Caixa de Mobilizaçã:o Bancária seria.2 brigada a financiar a C~rteira, a jurgs de 5% ~ob a ga -rantia d~ penhor dos creditos hipotecarios, ate 60% do volume destes.

~ nenhum empréstimo seria concedido sqnão sob garantia d~ primeiri e especial hipote~a do edificio ou parte independente deste, e~ terreno proprio ou fgrej ro, observadas as cautelas juridicas de praxe em nego -cios dessa natureza.

e os contratos de venda, hipoteca enfi­teu~e 'ou quaisquer outros translativos ou constiiutivos de o~us reais elebrados entre a Carteira e associaqos , ou destes entre si~ ou d~ terceiros transferindo !moveis a associadosA por 1ntermedio da Carteira, Qao estariam sujeitos a selo proporcional f~deral, nem a formalid~de da lavratura P.QL .. i fHtt1!Fento publ~co, revogado para esse e;eito o SIt.134, al ea It do Codigo giv1l, mantida p~ rem a exigencia das transaçoe~2 inscriçoes e mais assen­tamentos previstos no m~smo COdigo"leis e regulamentos, relativos ao Registro Publico de Imoveis.

as s2bras apuradas pela Carteira depois d2 pagas as a~m'or~zaçoes, juros e d~spesas de adm~istrA çao, constituiriam o seu capital proprio, destinado a ~ segurar o seu funcionamento em crescqnte progresso de­pois de restituir ao Tesouro os subsidios iniciais.

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- 5 -

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~ VII - Examinemos, agora, as consequencias praticas dessa modificaçao do plano:

C Com os (f$ 500.<)00.000}00 (quinhentos mi­lhões de cruzeiros) do empr~stimo reder~ll ficam assegn rados 2.000 (dois mil) emprestimos na med a de ~ •••••• 250.000,00 (duzentos e ci9quentamil cruzeiros) para xa­da operação, enquanto a joia ou comissão de 3%, ( tres por cento) e ~ diferença de juros entre o emprestimo r~ cebido do GOIerno Feder~l e os conc~os aqs associados possib~litarao a formaçao de um capit~l proprio qa CHI, que ira sendo empregado em n~vos emprestimos. Alem di~­so, alguns oficia~s que dispoem de pequenos recursos,~ correntes de louvavel poupança, ou recebid9s de herança ou obtidos com casamento ou outra origem l~cita, farao aumentar as disponibilidades da C.H.I., ~nieialmen~e,PA ra atender algu~s dezenas de novos emprestimos, numero que se avolumara com o tempo.

~ Ora, mobilizaQdo até 60% (sess~nta por ~ to) dos emprestimos feitos,a Carteira dispora de mai~& 330 (trezentos e trinta ) milhões no 6Q ano, ou prova -velmente:

Investimentos: ,

ate o 5Q ano~inclusive diferença de juros e joias •••••••••••••••

até o 6Q ano, penhor de 60% das hipotecas ••••••••••••••••••••••

~ A ~

ate o 7Q ano, idem sobre o acreA cimo •••••••••••••••••••••••••••

~ 8c ate o ano, idem • • • • • • • • • • • • • t~ . a e o 9Q ano, idem • • • • • • • • • • • • •

"

ate o 10Q ano, idem • • • • • • • • • • • •

530.000.000,00

318.000.000,00

190.800.000,00

114.480.000,00

68.688.000,00

41.213.000,00

1.263.181.000,00

- A Essas cifras nao ~epresentam todas as d~ ponibilidades, mas apenas o acrescimo~mínimo~que elas recebem, entre o 6Q e 10Q an~s, atraves da !ormula aqui proposta. Claro que se somarao ~s amortizaçoes ;ecebi _ das em igual periodo e os ac!ssorios de novas joi~s, di ferenças de juros que chegarao a atingir dez milhoes de cruzeiros, anua!mente, quando estivera, aplicados os quinhentos milhoes do financiamento, sobras constituti­vas das reservas, etc.

~ ~ssa demonstração aproximativa leva,a ra-zoavel presWlçao de que

l a dotado o alvitre ao inves do

cqlapso no 6Q ~nol depo s d~ 2.000 (dois mi~) casas, o numero de emprest mos podera ser elevado ate atingir no 10'Q ano, a muito mais de 5.000. Computando-se as reser-

·"

..

- 6 -

~ vas acumuladas e invertidas por efeito das joias dif~ rençasde~juro~ e~frutos qe boa, abnegada e s~nsata ad­m1nistraçao, nao e impossivel prever-se que cerca de 7.000 oficiais estejam atenqidos de~tro de 10 (dezl a­nos, estando a Carteira, dai por diante, em xondiçoes & servir, a quantos, cada ano, ingressem nas Forças Arma­das."

A ... ,

Ve-se que a previsao do relator e satisfA

~ ha~ A Al toria. E nada que demonstre erro seu. ega-se, apenas,que ~

sendo mais de doze mil o numero de associados do Clube Mil1 -

tar, diflcilmente podem ser contemplados os militares de ou -.. , W N ,

tras Armas que nao seja o Exercito. A alegaçao nao e procede~ ~ ~

te, porque entre os atuais associados ha uma grande numero~e , " N _

pertence a Aeronautica e a Marinha. E, se todos nao sao asso-

ciados da Carteira Imobiliária do Clube é porque não quiseram , ,.

satisfazer as exigencias regulamentares.

Não precisaríamos de outros argumentos Pll ,. ~

ra rejeitar este projeto, alem dos articulados em favor da a-...

provaçao do 95-A. ,

Ninguem pode pretender que o IPASE atenda , N ~

as solicitaçoes dos seus associados em curto prazo, como nao A ,

se deve querer que o militar tenha residencia propria logo ~e N N

se torne oficial. A precariedade de recursos impoe restriçoes

e sacrifícios que devem caber tanto aos civis como aos m1litll

res. !stes já contam com recursos por empréstimo do Tesouro

Nacional, ao passo que os civis constroem ou adquirem por com ,

pra com os seus proprios recursos, amialhados em forma de con

(}t. tribuição compulsória para constituição de um fundo de benef.!

cio coletivo. - , Nao e demais repetir, aqui, as cautelasro

General Juracy MQgalhães, quando relatava o 95-A:

YSO/.

ttCgmo se proje~ou o sistema - além de pe­~~~osas~ eXPrºraveis ~efereneias de c~sse que detep. miriaria~fataímente gritas e ·re1vindicaçoes !e outros ·

".

,

..

·e

.-

- 7 -

e6 grupos sociais menos beneficiados t em busca de !lIDa jus­ta igua.d~e de tratamento - como s~ projetou o sistema funcionara bem de começo e declinara, tornando-se inefi ciente dentro de cinco anos ••• "

Agora, mais do que ontem, cabe esta sens,ã .A ~ A

ta advertencia. Ja que tem a possibilidade da ,

casa propria , não podem os militares pretender que ela se torne realidade

em per!odo curto, quando os civis, em grande maioria, não a

conseguem, jamais.

Se pretenderam tratamento igual ao civi~

no que diz respeito à c asa própria, e obtiveram melhor, basta. ..

Nao podemos e não devemos criar privilégios. A situação finan

ceira do pa!s .. ,

nao os comporta, como tambem o bom conceito das A

Forças Armadas Brasileiras •

Opinamos, pois, pe~ rejeição do projeto.

A Sala "Antonio Carlos",

JJ em I? de 11 •• ;0 de 195~.,..H.

~ ~-

YSO/.

..

; . •

• • •

1

I - O projeto numero 1 . 875 , de 1952, autorizando o Poder Executivo ~

~uxiliar o finan«in~ento de operações imobiliarias realiz0das pelo Club

Naval , nada. mais é do que a repjodução , com ligeirissimas aI terções que

nenhum ca.rater substancial têm, da lei numero 1 . 086 , de 19 de abril de

-1950, que assegurou tais vaLtagens em beneficio do C1ub Militar.

11 - EXAminando o assunto , sob os seus diversos prismas , a Comissão

de Cons t ituição e Justiça, deim:ando ~. s outras Comissões Q apamciação do •

meri to da materia , concluiu, por maic', ria , pela sua consti tucionalidade,

opinando , no emtanto , pela rejeição do artigo 82 , que , não obstante estar

no diploma legal que beneficia o Club Militar , não lhe parece capaz de

se haramonisBa com o principio da igualdade perante ã lei , sob o ponto

, de vista fiscal .

Sala Afranio de Nelo Franco , em 18 de sete de 1952

Presidente

Antonio Balbino , relator

\

" ,

83fl

(.

I . •• "

I~ de novembro de 1954

Excelentlssimo Senhor Deputado Ruy Almeida , ,.,

Primeiro Secretario da Camara dos Deputados - -.. "

- . ~

C ' . 02~?)n7 ( ,

'C> - ) . ... 'O'J • r·

'" ,-v .) ,

..... ---tJ '.1:\ _ .. 11 -.. _. ,

Tenho a honra de comunicar a Vossa Excelência, para , ...

os devidos fins que, nesta data, foi enviado a sançao do Excelen -

t!ssimo Senhor Presidente da República o projeto de lei de n Q ••••

1.875-C/52 , dessa Câmara e 170/54, do Senado, aprovado pelo Congr~ ... que autoriza o Poder Executivo a financiar operaçoes

, imobiliarias realizadas pelo Clube Naval.

Aproveito a oportunidade para reiterar a Vossa Exce -,., lencia os protestos de minha distinta consider.

-

JON/

• INTEl RADA. AO ARQUIVO

rr 1-0- I 0 119~

~ . ~

~ de junho de 1953

Excelentissimo Senhor Deputado Ruy Almeida -

Primeiro Secretário da Câmara dos Deputado ~! M~A DOS DEPUTADOS '" Iori. dos S"'ViCil'l ' 1J9 1"ali~.

Tenho a honra de comunicar a Vossa Excelência,

para que se digne levar ao conhecimento da Câmara dos Depu-

tados que, nesta data, o Senhor Presidente do Senado Federal,

de conformidade com o disposto no art. 70, § 42 , da Constitui

ção Federal, promulgou a lei do Congresso Nacional que conce­

de isenção de impostos e taxas para a importação de estampase , ,-

maquina impressora destinadas a Associaçao das Obras Pavonia-

nas de Assistência, com sede em Vitória, Estado do Espirito

Santo, e da qual junto, r emeto a Vossa Excelência um dos autó

grafos.

Aproveito a oportunidade para reiterar a Vossa ,.

Excelencta os protestos de minha distinta consideração.

dor Alfredo Neves ,

12 Secretario

LN

. . .

LEI N2 , de de junho de 1953

Conoede isenção de impostos e taxas para a importação de estampas e máquina impresso­ra destinadas à Assooiação das Obras Pavo­nianas de Assistênoia,oom sede em Vitória, Estado do Espírito Santo.

O CONGRESSO NACIONAL deoreta e eu promulgo, nos

têrmos do art. 70, § 42 , da Constituição Federal, a seguinte

lei:

Art. 12 - ~ oonoedida isenção de impostos, taxas

e demais direitos, oom exoeção da taxa de previdênoia, para a

importação de quatro oaixas oontendo um milhão de estampas re-

# ligi08as e de outras auat ro oaixas oontendo uma pequena maqui-, ,

na impressora, aoessorios e tipos, e que se destinam a Assooia A ,

ção das Obras Pavonianas de Assistenoia, oom sede em Vitoria,

Estado do Espírito Santo, volumes esses ohegados da Itália pe-,

10 vapor Andrea C.

Art. 22 - Esta lei ,

entrara em vigor na data de

sua publioação, revogadas as disposições em oontrário.

junho de 1953

LN

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OBSERVAÇÕES

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DOCUMENTOS ANEXADOS: .......................... . . .............. ....... .. ......................................... .................... ................ .

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