ATPS teoria da contabilidade
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA UNIDERP
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
TEORIA DA CONTABILIDADE
EDERSON ASSIS DE
OLIVEIRA (RA 421645)
WELINGTON GUIMARAES (RA
421517)
LUCAS NASCIMEN|TO (414988)
TUTOR PRESENCIAL: RINALDO RONAN TEODORO
TUTOR A DISTANCIA: LAURA PATRICIA TORRES
LAVRAS 23/11/2013
INTRODUÇÃO
A contabilidade é tão antiga quanto à própria
história da civilização. O homem deixando a caça voltou–se
à organização da agricultura e pastoreio. Com o uso do
solo, surgiram as divisões e o senso de propriedade e
assim, cada pessoa criava sua riqueza individual, rompendo
com a vida comunitária. O solo era passado de pais para
filhos (pater, patris) recebendo o nome de patrimônio. E
esse termo passou a ser utilizado para quaisquer valores,
mesmo que estes não tivessem sido herdados. A origem da
contabilidade está ligada aos registros do comércio. As
primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. Os
semíticos trocavam e vendiam seus bens e serviços e
acompanhavam as variações ocorridas nessas transações,
realizando simples registros ou relatórios do fato
ocorrido. Á medida que o homem aumentava seu patrimônio,
procurava saber o quanto poderiam render e qual a forma
mais simples de aumentar suas posses, tendo sempre como
base os registros para não se perder e para reconhecer as
suas reais possibilidades de uso, de consumo, de produção,
etc .Podemos dizer que foi devido às primeiras
administrações particulares que surgiu a necessidade de
controle com o uso do registro, a fim, de prestar conta da
coisa administrada. Naquele tempo não existia o crédito,
portanto, a vendas e trocas eram feitas à vista. Usavam-se
ramos de árvore assinalados como prova de dívida ou
quitação. Com o desenvolvimento do papiro (papel) e do
cálamo (pena de escrever) no Egito antigo o registro de
informações sobre negócios começou a ser facilitado. As
operações econômicas e seus controles tornavam-se
complexos. As escritas governamentais da República Romana
(200ac) já traziam receitas de caixa classificadas em
rendas e lucros, e as despesas compreendidas nos itens
salários, perdas e diversões.
No presente trabalho, pretende-se esclarecer qual a
importância da contabilidade para as empresas, e como cada
uma delas utilizam as demonstrações contábeis, ferramenta a
qual é de grande necessidade para o acompanhamento do
crescimento e desenvolvimento das empresas com o passar dos
tempos. Mostraremos também, os princípios básicos da
contabilidade que são os postulados, princípios e
convenções. Além da importância dos bens intangíveis em
nosso mundo.
CAPITULO 1
O objetivo da contabilidade
O objetivo da contabilidade é fornecer informação
estruturada de natureza econômica e financeira, física,
social e de produtividade da entidade aos seus usuários num
sentido estático, para uma possível avaliação, ou até mesmo
realização de interferências sobre suas tendências futuras.
As informações devem ser aderentes, de forma clara e
precisa, àquilo que o usuário considera como elementos
importantes para seu processo decisório e assim, tais
informações serem útil para a tomada de decisões. Essas
informações são repassadas na forma de demonstrativos
contábeis.
Principais usuários e suas necessidades:
Os usuários são pessoas físicas ou jurídicos sendo eles
investidores atuais e potências, empregado, credores por
empréstimos, fornecedores e outros credores comerciais,
além de clientes, governo e suas agências e o público.
Esses usuários usam as demonstrações contábeis para cumprir
suas necessidades de informação. Cada usuário tem uma
necessidade diferente sendo elas as seguintes:
• Investidores – preocupam-se com o risco ligado aos
investimentos e o retorno, eles necessitam de informações
que lhes ajudem a decidir para quem devem vender ou, de
quem devem comprar seus investimentos.
• Empregados – estão interessados em informações, de
quais entidades tem estabilidade e capacidade de
remuneração dos funcionários, e condições de pagamento de
benefícios como a aposentadoria.
• Credores por empréstimos – estão interessados em
informações, de quais entidades podem pagar seus
empréstimos e seus juros.
• Fornecedores e outros credores comerciais – estão
interessados em informações, que permitam avaliar, se as
importâncias que são devidas serão pagas até seus prazos de
vencimentos.
• Clientes - estão interessados em informações, sobre á
continuidade operacional de alguma entidade que lhe atende,
principalmente quando são clientes de longa data, ou são
fornecedores de grande importância.
• Governo e suas agencias – estão interessados em
informações, sobre a destinação dos recursos dado pelo
mesmo. Além de regulamentar as atividades das entidades,
estabelecendo políticas fiscais para assim servir as
estatísticas e determinação da renda nacional.
• Público - estão interessados em informações, das
entidades locais, pois, elas movimentam parte da economia
local, sendo empregando pessoas ou apoiando a negociação
com fornecedores locais.
Semelhança existente entre uma empresa e uma pessoa, em
relação parte financeira.
A vida financeira de uma pessoa tem vários pontos
iguais a deu uma empresa. Toda empresa baseasse no seu
fluxo de caixa onde sabe quanto tem a receber o quanto se
pode gastar, com isso a possível manter um controle
financeiro, quando os lucro são maiores do que as despesas
isso é um sinal que tudo esta correndo bem .
Toda pessoa que tem uma renda fixa onde deve controlar
suas contas, e saber o quanto se pode gastar e sempre
deixar o dinheiro para uma emergência, mais isso não
acontece nos dias de hoje, muito se usa cartões de credito
e varais pessoas não sabem como controlar suas dividas e
acabam se enrolando com os juros.
Como toda empresa um pessoa tem suas necessidades
básicas como pagar sua contar de energia elétrica, água,
telefone
Todos nos temos objetivos como uma empresa, fazendo
investimentos como uma casa ou pagando faculdade, cursos e
especializações para aumentar seus recursos financeiros e
melhorar seus lucros. Podemos citar também os investimentos
de uma empresa que sempre tem sua visão no futuro, e esses
são necessários para que lá na frente esse recurso nos gere
lucro.
CAPITULO 2
Conceitos Relevantes de Ativo, Passivo, Goodwill, Receitas, Despesas, Ganhos e Perdas: Uma Análise do Estudo da Teoria da Contabilidade
O estudo da Teoria Contábil é importante não apenas
para pesquisadores e acadêmicos, mas também para aqueles
cuja atuação profissional encontra-se relacionada à
Contabilidade. Para compreendermos um pouco de
contabilidade, devemos primeiramente, entender os conceitos
de Ativo, Passivo, Goodwill, Receitas, Despesas, Ganhos e
Perdas, analisando como suas características são essenciais
para o desenvolvimento da Teoria Contábil e como suas
técnicas contábeis e mensuração contribuem para a melhoria
da gestão de empresas. O domínio da mensuração apropriada
do valor econômico de ativos, passivos, patrimônio liquido,
despesas, receitas, perdas e ganho tornam-se cruciais,
demandando a necessidade de estimular a pesquisas na busca
de metodologias de mensuração de ativos e passivo que
possam fornecer um valor mais aproximado da realidade do
patrimônio de uma entidade. O conceito de ativo ainda se
encontra em discussão. Ativo pode ser definido como o
conjunto de bens e direitos de uma entidade ou empresa. O
estudo do conceito de Ativo é essencial para Contabilidade,
pois, dentre outros fatores, é importante para a definição
de receita, despesa, passivo, perdas e ganhos. Hendriksen e
Van Breda (2007) afirmam que, os ativos são, na sua
essência, reservas de benefícios futuros prováveis, que são
obtidos ou controlados por uma entidade em consequência de
transações ou eventos passados.
Para alguns autores os ativos são recursos controlados
pela empresa e capazes de gerar benefícios futuros
(entradas de caixa ou redução de saídas de caixa). Assim,
pode ser considerado um ativo, todo e qualquer elemento com
ou sem natureza física, que seja controlado pela empresa e
que ela proporciona a possibilidade de obtenção de fluxos
de caixa. Estudiosos afirmam que a geração de riqueza nas
empresas está cada vez mais relacionada ao ativos
intangíveis e o definem como um direito a benefícios
futuros que não possui corpo físico, criado por práticas
organizacionais ou por recursos próprios. Os ativos
intangíveis são os itens de mais difícil mensuração e
contabilização, e dentre esses itens destacam-se os gastos
com organização, custos com desenvolvimento de softwares,
patentes, marcas, direitos autorais, franquias, capital
intelectual e o goodwill. Outro conceito bastante utilizado
hoje é o de marcação a mercado, onde, é feita a avaliação
de títulos baseando-se no preço de fechamento de mercado,
para que os investidores possam saber o real valor da sua
carteira. A crítica a esse regime de avaliação de ativo é a
oscilação dos preços desses ativos no mercado. As
definições de ativo associam como características principal
a capacidade de geração de benefícios futuros. De forma
inversa, definições de passivo buscam capturar impactos
futuros, trocando benefícios gerados por sacríficos a serem
consumidos. O conceito de passivo vem evoluindo com as
discussões científicas e têm ocorrido importantes mudanças
na busca para refletir a realidade. Canning (1929)
conceituou passivo, como sendo “um serviço, com valor
monetário, que um proprietário [titular de ativos] é
obrigado legalmente a prestar a uma segunda pessoa, ou
grupo de pessoas”. A Associação Americana de Contadores,
AAA (1957 apud IUDÍCIBUS, 2009) define passivo como sendo
“os interesses dos credores reclamados contra a entidade e
derivam de atividades passadas ou eventos, que, usualmente,
requerem, para sua satisfação, o gasto de recursos
corporativos”. Existem autores ainda que, conceituam que o
passivo representa as obrigações que uma entidade assume
perante terceiros para obter ativos ou realizar serviços, e
tais obrigações, originam-se dos resultados obtidos das
transações do passado ou presente, mas, liquidadas no
futuro. Mas a definição que mais abrange o passivo é a da
FASB (§ 35 do SFAS 6) que diz ser os passivos “sacrifícios
futuros prováveis de benefícios econômicos resultante de
obrigações presentes de uma entidade no sentido de
transferir ativos ou serviços para outras entidades no
futuro em consequência de transações e eventos passados”.
Um ponto também importante para a compreensão de
conceitos que afetam o cálculo do resultado são as
definições de receita, despesa, perdas e ganhos, pelo
efeito que trazem para a mensuração dos resultados das
organizações. Receitas e ganhos precisam ser diferenciados.
As receitas estão ligadas as atividades da empresa enquanto
os ganhos têm uma vinculação periférica a essas atividades.
Tanto receita quanto ganho atuam no sentido de aumentar o
resultado da empresa. Segundo FASB (1975 apub HENDRIKSEN;
BREDA, 2007), “receitas são entradas ou outros aumentos de
ativos de uma entidade, ou liquidações de seus passivos (ou
ambos) decorrentes da entrega ou produção de bens,
prestação de serviços, ou outras atividades correspondentes
a operações normais ou principais da entidade”.
Quanto ao conceito de ganhos destaca-se o de que os “ganhos
representam eventos favoráveis não diretamente relacionados
com a produção normal de receitas das empresas”. A despesa
é a concretização do esforço, em termos monetários, para a
geração da receita. É reduzido o patrimônio da empresa que
será revertido futuramente em receita. O fator gerador de
despesa é o esforço continuado para produzir receita, já
que tanto despesa é consequência de receita, como receita
pode derivar da despesa. Perdas podem ser definidas como
eventos líquidos desfavoráveis, que nascem de atividades
não geradoras de receitas normais da entidade. Eventos
líquidos desfavoráveis ocorrências não usuais, que não
fazem parte das operações centrais da entidade. As despesas
estão voltadas à geração de receitas, por isso deverão ser
com elas confrontadas, enquanto as perdas não resultam em
benefício da empresa , ao contrário, é um efeito líquido
desfavorável que não deriva das operações normais do
empreendimento. O método mais conhecido para mensurar as
despesas é pelo valor histórico e o valor de reposição. Já
a mensuração de perdas devem ser avaliadas pelo seu valor
histórico, a não ser pelos casos em que as diferenças sobre
o preço de mercado forem relevantes
CAPITULO 3
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DE CONTABILIDADE
Princípio da Entidade- Este princípio reconhece o
Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a
autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um
Patrimônio particular no universo dos patrimônios
existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um
conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de
qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins
lucrativos.
O Princípio da Continuidade – A continuidade influencia o
valor econômico dos ativos e, em muitos casos, o valor ou o
vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da
Entidade tem prazo determinado, previsto ou previsível.
O Princípio da Oportunidade - Refere-se simultaneamente, á
tempestividade e á integridade do registro do patrimônio e
das suas mutações, determinando que este feito de imediato
e com a extensão correta, independentemente das causas que
as originaram.
O Princípio da Oportunidade exige a apreensão, o registro e
o relato de todas as variações sofridas pelo patrimônio de
uma Entidade, no momento em que elas ocorrerem.
O Princípio do Registro Pelo Valor Original - O componente
do patrimônio deve ser registrado pelos valores originais
das transações com o mundo exterior, expressos a valor
presente na moeda do País, que serão mantidos na avaliação
das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando
configurarem agregações ou decomposições no interior da
Entidade:
Os elementos essenciais do Princípio
A expressão em moeda nacional
A manutenção dos valores originais nas variações internas
O Princípio da Atualização Monetária - “Art. 8º Os efetos
da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem
ser reconhecidos nos registro contábeis através do
ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes
patrimoniais:
Aspectos conceituais
Dos Indicadores da atualização
O Princípio da Competência - O Princípio da Competência
determina quando as alterações no ativo ou no passivo
resultam em aumento ou diminuição no Patrimônio Líquido,
estabelecendo diretrizes para classificação das mutações
patrimoniais, resultantes da observância do Princípio da
Oportunidade.
Princípio da Prudência - Determina a adoção do menor valor
para os componentes do ativo e do maior para os do passivo,
sempre que se apresentarem alternativas igualmente válidas
para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem
o Patrimônio Líquido.O princípio da Prudência impõe a
escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio
líquido, quando se apresentarem opções igualmente
aceitáveis diante dos demais Princípios Fundamentais de
Contabilidade.
Princípios e PostuladoContábeis
CVM CFC CPC
Entidade
Reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial
Segundo o CFC entidade nada mais édo que o patrimônio da empresa.
Continuidade
Continuidade é o quedetermina Pressupõemque a entidade continuará em operação em um futuro previsível, não tendo a intençãonem a que a entidadeé umempreendimento em andamento ou com tempo de duração indeterminada.
Necessita descontinuar.
Oportunidade
O principio da oportunidadeenfatizaa necessidade de apreensão,registro erelato de todas as variações no patrimônio de uma entidade, no momentoem que elas ocorrem de forma integral.
É a integridade do registro do patrimônio e suas mutações, o contadornão deve ignorar os fatos que poderão afetar asituação no futuro.
Registro pelo valor original
É quanto na verdade vale o produto\Serviço pelo valor original.
O valor original será emitido enquanto permanecer como parte de patrimônio.
Atualização monetária
Todos os registros contábeis são efetuados na mesma moeda.
Ajustamento dos valores originais.
Competência
Determina quando as alteraçoes resultam no almento ou diminuição do patrimônio liquido.
As receitas e despesas devem ser registradas no período que ocorrem.
Prudência Determina a adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior
Em caso de dividaregistrar a receita pelo menor valor e a
para do passivo. despesa pelo maior valor.
4.2 - QUADRO COMPARATIVO ENTRE OS PRINCÍPIOS E POSTULADOS4.2 - QUADRO COMPARATIVO ENTRE OS PRINCÍPIOS E POSTULADOS
ATIVO E SUAS FORMAS DE AVALIAÇÃO COM ÊNFASE NO ATIVO INTANGÍVEL
O Ativo tem sido definido de várias maneiras, sendo a
mais tradicional a do tipo “ativo é conjunto de bens e
direitos á disposição da administração...” ou variantes
como “ativos são os meio conferidos á administração para
gerir a entidade” e similares.
Estas definições tradicionais, conquanto possam
passar uma ideia aparentemente singela e clara do que o
ativo, num determinado momento, não caracterizam o que o
ativo representa, efetivamente, para a entidade. As
conceituações dos elementos do patrimônio de uma entidade
precisam atentar Para a natureza do que está sendo
definido;
Para a sua mensuração.
Não se deve misturar a conceituação com o problema
da mensuração, pois a conceituação deve ser
necessariamente, rigorosa e pura, ao passo que a
mensuração, às vezes, tem de se ater ás limitações de quem
avalia a mesura (o Contador) e de quem utiliza a informação
(o Usuário), além das restrições do meio ambiente.
ATIVO INTANGÍVEL
Pela nova lei das sociedades anônimas (lei nº 11.638/07), a
Intangível passa fazer parte do Ativo permanente no Balanço
Patrimonial. Até praticamente meados da década de 1980, a
grande preocupação no mundo dos negócios era avaliar o
Ativo Tangível. O Ativo Tangível ou Corpóreo constitui-se
de bens físicos, materiais, que se podem contar aquilo que
os nossos olhos enxergam: estoques, veículos, terrenos,
prédios, máquinas, móveis de escritórios etc. O Ativo
Intangível ou Incorpóreo ou Ativo Invisível são bens que
não se podem, tocar, pegar, que passaram a ter grandes
relevâncias a partir das ondas de fusões e incorporações na
Europa e nos Estados Unidos. Um dos negócios marcantes que
despertou principalmente o meio acadêmico, neste assunto,
foi quando a Philip Morris incorporou a indústria de
alimento KRAFT (queijo, sorvete etc.) por 10 bilhões de
dólares. A surpresa é que o patrimônio físico de empresa
adquirida estava contabilizando em 1 bilhão de dólares,
sendo que os 9 bilhões de dólares adicionais referiam-se
aos bens intangíveis (o poder da marca, imagem, posição
comercial,...)
É necessário estudarmos separadamente cada um dos
conceitos:
Bens: são capazes de satisfazer as necessidades das
organizações que possam ser avaliadas monetariamente. No
ambiente contábil, é tudo aquilo de uso ou que pertence á
empresa, como exemplo: máquinas, equipamentos, veículos e
terrenos. Os bens podem ser tangíveis e intangíveis,
exemplo de bens tangíveis que são a maioria dos bens
aqueles que possuem forma física e são palpáveis, e
intangíveis são aqueles que não possuem forma física nem
matéria (Ex: marcas, patentes).
Direitos: È o segundo elemento do patrimônio, é comum
as empresas efetuarem vendas a prazo. Quando isto ocorre,
as empresas ficam como o direito de receberem futuramente,
o valor da venda. Portanto, podemos afirmar que direito em
contabilidade é tudo aquilo que será transformado em
dinheiro numa determinada data. Podemos enfatizar ainda
mais sobre o ativo intangível, que representado como uma
grande importância sendo fonte de valorização de uma
empresa, com a lei 11.638, de 28 de dezembro de 2007, que
dispõem que a partir desta lei o ativo intangível estará
presente nas demonstrações contábeis. Esse grupo que esta
representada no Balanço Patrimonial revela grande geração
de benefícios futuros para uma organização. Existem também
formas de avaliação do ativo, sendo que quando ocorre à
atribuição do valor do ativo devera ser destacado qual é o
objetivo da empresa, que para o começo dessa avaliação
seriam quatro atribuições, se é necessário aquisição de
algo, se ira manter a atividade, se desfazer de algo que
não será mais útil para empresa, saber realmente o valor
atual do patrimônio e dispor produtos e mercadorias aos
clientes.
CONCEITUANDO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Uma característica essencial de uma exigibilidade é que
a empresa tem uma obrigação no momento da avaliação. Uma
obrigação é o dever ou a responsabilidade de agir ou de
cumprir algo de certa forma. Obrigações (passivos e
exigibilidades) também surgem como consequência de práticas
comerciais usuais, hábitos comerciais do desejo (e
necessidade) de manter boas relações comerciais e de agir
de forma justa e equitativa. Por exemplo, uma empresa
decide como uma política da firma consertar defeitos de
seus produtos mesmo que estes apareçam após o período de
garantia, os montantes que se espera gastar com relação a
bens já vendidos são exigibilidades a serem provisionadas
no ato da venda, ou de acordo com experiências estatísticas
com tais defeitos, no final de cada mês ou período de
avaliação contábil. O passivo exigível poderá ser dividido
em exigíveis onerosos e não onerosos. Exigíveis onerosos
são aqueles que estão custando à empresa mensalmente juros
e encargos bancários: financiamentos, empréstimos bancários
etc. Obrigações com as quais a empresa não paga encargos
financeiros são denominadas “não onerosas’’ salários,
fornecedores.
Patrimônio liquido
Numa grande empresa, por exemplo, os recursos
conferidos pelos acionistas ou lucros retidos, as reservas
que representam apropriações de lucros retidos e as
reservas que representam os ajustem de capital podem ser
demonstradas separadamente. Tais classificações podem ser
relevantes para as necessidades decisórias dos usuários das
demonstrações contábeis quando elas indicarem restrições
legais, ou de outra natureza, sobre a habilidade ou
liberdade de a empresa distribuir ou aplicar de outra forma
o seu patrimônio liquido. A criação de resevas é às vezes,
requerida por disposição estatuária ou legal a fim de dar à
entidade e aos seus credores uma medida adicional à
proteção com relação ao efeito de possíveis perdas. A
existência e o tamanho dessas reservas é uma informação
relevante para a tomada de decisão dos usuários.
Transferência para reservas (de lucros) são apropriações de
lucros retidos e não de despesas. O montante pelo qual o
patrimônio liquida é demonstrado no balanço patrimonial
depende da avaliação e mensuração de ativos e passivos
(exigibilidades) usualmente o montante agregado
representativo do patrimônio liquido contábil de uma
empresa somente por coincidência será igual ao valor de
mercado.
CAPITULO 4
A sociedade empresária é muito mais forte economicamente do
que seus elementos individuais, esta sociedade, possui uma
união de esforços conjugados, para uma finalidade em comum,
em nosso momento econômico isso é de extrema importância.
O Código Civil nos dá uma exata noção de sociedade:
“Art.981. Celebram contrato de sociedade as pessoas que
reciprocamente se obrigam a contribuir, com bens ou serviços, para o
exercício da atividade econômica e a partilha, entre si, dos resultados”.
Outra consideração de extrema importância, mencionado pelo
autor Fábio Ulhoa Coelho, é de que como o próprio nome
“sociedade empresária” já diz quem exerce a empresa, tendo
aqui a palavra empresa o significado atribuído a ela pelo
Código Civil de atividade, é a sociedade e não seus
integrantes. Já Gladston Mamede disse o seguinte: “O sócio,
no entanto, não é, juridicamente, um empresário; é apenas o
titular de um direito pessoal com expressão patrimonial
econômica”.
“Art. 966. Considera-se empresário quem exerce
profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a
circulação de bens e serviços”.
Desta maneira, fica claro que com a constituição da
sociedade empresária, mais especificamente com o registro
de seus atos constitutivos, surge uma outra pessoa
diferente das suas partes integrantes e é essa pessoa que
exerce a atividade empresária.
A partir do momento que a empresa adquire uma personalidade
jurídica, passa a existir uma nova pessoa, diferente
daquelas que a constituíram.
Em nosso ordenamento, quanto ao momento em que se adquire a
personalidade jurídica, vigora o disposto no Art. 45 de
nosso Código Civil:
“Art. 45. Começa a existência legal das pessoas jurídicas de direito
privado com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro,
precedida, quando necessário, de autorização ou aprovação do poder
executivo, averbando-se no registro todas as alterações por que passar o
ato constitutivo”.
É importante ressaltar que existem várias divergências a
respeito das pessoas jurídicas, Fábio Ulhoa Coelho, por
exemplo, adota a posição de que: “A pessoa jurídica não
preexiste ao direito; é apenas uma ideia, conhecida dos
advogados, juízes e demais membros da comunidade jurídica,
que auxilia a composição de interesses ou a solução de
conflitos”. Sendo assim, com a criação desta terceira
pessoa, ocorre a separação entre o patrimônio desta e o dos
seus sócios. Este princípio é chamado de princípio da
autonomia patrimonial. Apesar de serem patrimônios
distintos, tanto o patrimônio da sociedade quanto o do
sócio, responderiam ressalvada a ordem de primeiro executar
o da sociedade, pelas dívidas desta. Caso a sociedade
empresária não seja capaz de solver o seu passivo com seu
próprio patrimônio, o patrimônio de cada sócio também
poderia ser utilizado para este fim uma vez que, como dito,
o sócio também teria responsabilidade.
“Art.1024. Os bens particulares dos sócios não podem
ser executados por dívidas da sociedade, senão depois de
executados os bens sociais”. Pela leitura do Art.1024 do
Código Civil fica claro o que queremos demonstrar. Apesar
do benefício de ordem, o empreendedor ou investidor também
responde pelas dívidas da sociedade.
Fábio Ulhoa Coelho destaca: “Se todo o patrimônio particular dos
sócios pudesse ser comprometido, em razão do insucesso da sociedade
empresária, naturalmente os empreendedores adotariam posturas de
cautela, e o resultante poderia ser a redução de novas empresas,
especialmente as mais arriscadas”.
Surge então a possibilidade de limitação da
responsabilidade do sócio. Atualmente no direito brasileiro
as sociedades que contam com total separação entre o
patrimônio do sócio e o da sociedade são as sociedades
limitadas e as sociedades anônimas.Em nosso país, se aplica
o regime da autorização às sociedades anônimas bancárias,
de capitalização, de investimentos e as estrangeiras, por
exemplo. Quanto às constituídas por pelo regime do
privilégio poderíamos citar, por exemplo, a Petrobrás.Nesse
ponto do trabalho faz-se necessário firmar um conceito de
sociedade anônima. Sociedade anônima, também chamada de
companhia, é aquele tipo de societário no qual o capital
social é dividido em ações e no qual o sócio responde pelas
obrigações sociais até o limite do preço de emissão das
ações que possuem.
A definição apresentada pela lei das sociedades anônimas
(lei 6404/1976) é a seguinte:
“Art.1. A companhia ou sociedade anônima terá o capital
dividido em ações, e a responsabilidade dos sócios ou acionistas será
limitada ao preço de emissão das ações subscritas ou adquiridas”.
Segundo Fábio Ulhoa Coelho: “Anônima é a sociedade
empresária com capital social dividido em valores
mobiliários representativos de um investimento (as ações),
cujos sócios têm, pelas obrigações sociais,
responsabilidade limitada ao preço de emissão das ações que
titularizam”.
Já as sociedades abertas são aquelas que permitem a
negociação de ações na bolsa de valores, o chamado mercado
de valores mobiliários enquanto as outras não emitem ações
negociáveis nesses mercados.
“Art.4º. Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada,
conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos
à negociação no mercado de valores mobiliários”.
A sociedade anônima aberta é aquela que proporciona
maior capacidade de reunião de recursos uma vez que seus
sócios acionistas podem nem se conhecer e estarem apenas
interessados em lucro e, para isso, terem comprado ações
dessa empresa na bolsa de valores. Importante observar que
a companhia só pode ser aberta se tiver autorização do
governo para isso. Vale destacar que essas companhias
abertas apresentam liquidez muito maior do que as fechadas,
e possuem suas normas fixadas pela Comissão de Valores
Mobiliários. Importante também discorrer sobre o valor da
ação já que a doutrina nos ensina que, dependendo do ângulo
de observação a ação pode ter variados valores, vale dizer,
valor nominal, valor patrimonial, valor de negociação,
valor econômico e preço de emissão.
Por valor econômico entendemos aquele apontado por
profissionais especializados nessa análise. Tal cálculo é
bastante complexo e, em última análise, tem como objetivo
medir o preço que um investidor racional pagaria por
aquelas ações. Finalmente temos o preço de emissão. Este é
o valor da ação no ato de subscrição, ou seja, é o preço
que o investidor paga à sociedade pela ação .Entre as
ações, existem as ações ordinárias que classificadas como
as “comuns”, as ações preferenciais, por sua vez, são
aquelas que oferecem tratamento diferenciado ao sócio que
as possui, e ações ordinárias ou preferenciais, que
compreende as chamadas ações de fruição, que foram
completamente amortizadas. A assembleia geral é o órgão
deliberativo máximo da sociedade anônima, o segundo órgão
da sociedade anônima que mereceu tratamento jurídico é o
conselho administrativo, o terceiro órgão que mereceu
regramento legal foi a diretoria, e o último órgão a ser
aqui tratado é o conselho fiscal.
A LSA, em seu artigo 109 enumera os direitos fundamentais
dos acionistas, que são aqueles que não podem ser supridos
nem pelo estatuto nem pela assembléia geral. São eles:
participar dos lucros sociais, participar do acervo da
companhia, em caso de liquidação, fiscalizar, na forma
prevista na LSA, a gestão dos negócios sociais, preferência
para subscrição de ações, e retirar-se da sociedade nos
casos previstos.São esses os mínimos direitos conferidos a
qualquer um que tenha a qualidade de acionista. Os
estatutos podem conferir mais direitos, mas nunca suprir
estes.Ultimamente há um grande crescimento de sociedades
anônimas e investimentos na BOVESPA, devemos isso ao modelo
societário supra delineado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
BEUREN, I. M.; IGARASHI D. C. C. A Importância dos
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SCHMIDT, P.; SANTOS, J. L. Avaliação de Ativos Intangíveis.
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MARION, josé Carlos. Teoria da contabilidade. São Paulo:
Alinea , 2010