mrnm^^^rní^mmmim - Coleção Digital de Jornais e Revistas ...

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Rio de Janeiro «•- Quinta-íeira, 18 de novembro de 1965 ^f"-^ df J"K'^''i''' 7 Ano LXXV —- N° 270

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O Brasil está liderando aformação de uma írente nocampo econômico da II Con-íerência Interamericana Ex-traordinária, já integradapelo México, Chile e Argen-tina — embora seja vago ain-da o que possa vir a aconte-cer na área política —, como objetivo de obter a aprova-ção de um projeto de solida-riedade econômica entre ospaíses do Hemisfério.

No discurso de 30 minutoscom que instalou a reuniãoda Organização dos EstadosAmericanos, ontem à noite,no Hotel Glória, o Presiden-te Castelo Branco ressaltoua necessidade de os pai-ses latino-americanos íaze-rem adiantamentos concre-tos no caminho da integra-ção econômica, afirmandoque "já é ternpo de substi-tuirmos as lamentações sò-bre a fraqueza de preços dosprodutos primários por tra-balhos objetivos na monta-gem de esquemas de acordosde mercadorias".

O Ministro Roberto Cam-pos colaborou na elaboraçãodo discurso presidencial, mo-dificando-o em certos tre-chos. para dar mais ênfase àparte econômica, que, se-gundo a maioria dos obser-vadores, constituiu a maispositiva do pronunciamento

em que o Presidente CasteloBranco defendeu a reformada Carta da OEA e assegu-rou que o Brasil está tam-bém disposto a assumir ris-cos e partilhar das responsa-bilidades de ação conjunta.

Agradecendo, em nomedos Chanceleres americanos,as palavras de acolhida doPresidente Castelo Branco,o Chanceler argentino An-gel Zavalla Ortiz disse que épreciso reforçar a amizadeentre os países americanos,"mostrar disposição de ou-vir", frisando que "a comu-nidade não pode existir senão existe a disposição decolocar as vontades nacio-nais ao serviço da vontadecomum".

Os Estados Unidos, se-gundo uma alta fonte desua delegação, apoiarão umpedido de convocação de no-va conferência extraordina-ria, provàvelmente paramarço de 1966, já tendoprontos dois projetos para areforma da OEA: concessãode maiores podêres ao Se-cretário-Geral e extensão dasatribuições do Conselho daOEA. A reforma da Carta daOEA é apoiada também pelaGuatemala, Nicarágua, Cos-ta Rica. Panamá e Hondu-ras. "a fim de preservar ademocracia representa tiva

contra as ameaças da sub-versão".

Ao visitar a Embaixadanorte-americana, o Secreta-rio de Estaclo Dean Rusk dis-se que os Estados Unidossentem um vínculo especialcom o Brasil, "êste enormePaís da América do Sul", eexplicou que Washington"quer muito trabalhar emíntimo contato com os brasi-leiros para ajudá-los a alcan-çar os ideais comuns do He-mistério".

Embora ausente, a Vene-zuela tem sua política denão reconhecimento do Go-vemos de fato defendida pe-la Costa Rica, que apresen-touprojeto de resolução, decaráter polêmico, procuran-do internacionalizar a poli-tica venezuelana de não re-conhecer Governos oriundosda derrubada de Governosdemocráticos.

O Embaixador do Chilejunto à OEA, Sr. AlejandroMagnet, informou que vota-rá contra a criação da Fôr-ça Interamericana Perma-nente de Paz, porque o seupaís acredita no fortaleci-mento da democracia semmedi d a s militares, "masatravés do desenvolvimentosócio-econômico dosamericanos".

A CAMINHO DA UNIÃO

países

Protesto acaba an pancadariaOs oito intelectuais presosdiante do Hotel Glória, on-

tem à noite, durante umamanifestação pública, reali-zada aos gritos de Abaixo aDitadura e Queremos Liber-dade, infringiram o artigo daLei de Segurança Nacionalque proíbe atos públicos di-ante de locais onde se reali-zem conferências internacio-nais, e, por isso, estão sujei-tos a penas de um a três anos

de detenção, segundo infor-mou ontem ao JB o Ministroda Justiça, Sr. Juraci Maga-Ihães.

A manifestação promovidapelos jornalistas Antônio Ca-lado. Carlos Heitor Coni eMárcio Moreira Alves, cine-astas Gláuber Rocha, Joa-quim Pedro de Andrade eMário Carneiro, diplomatacassado Jaime de AzevedoRodrigues e diretor de tea-

tro Flávio Rangel foi dissol-vida à força e pancada dosagentes de segurança da Pre-sidência da República, sen-do todos levados ao DOPS,que os entregou ao Minkt;.-rio da Guerra, de onde par-tiu a ordem para que fossemrecolhidos, presos para pro-cesso, ao Quartel da PolíciaMilitar. (Páginas 2, 3, 4, 16e 22)

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rA CAMINHO DA PRISÃO

O Presidente abriu a reunião, prega

A MEIO CAMINHO

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ndo compreensão

As faixas de protesto resultaramRangel e

na prisão dos Srs. Antônio Calado. Heitor Coni, FlávioEmbaixador Jaime Azevedo

O Secretário tie Eslado Dean Rusk e o Embaixador Lincoln Gordondescansam no estilo americano

ONU rejeitaiChina comum empate

Com um empate cm 47 votos'e 20 abstenções, a Assembléiada ONU rejeitou, ontem, a ad-missão da China e manteve oGoverno cie Formosa como "re-presentante do povo chinês",provocando protestos das dele-sações africanas e levando oEmbaixador americano, Gold-ber.', a afirmar que "não sóos EUA desejam a exclusão dePequim do organismo interna-cional''.

Observadores políticos afir-mam que a proposta para aadmissão da China somentenão foi aprovada por ter sidoredigida em termos violentos,exigindo a expulsão da delega-ção de Taipé. Pouco antes davotação, os EUA obtiveram daassembléia a decisão de quea, admissão só poderia ser con-cedida por maioria de dois ter-ços. (Página 8)

overno agepela possedos eleitos

O Governo jâ tem conheci-nicnio de rim plano de agita-ções a ser desenvolvido a partirrio próximo dia 24, com o obje-tivo tle .sensibilizar áreas mi-litares e impedir a posse doSr. Negrão de Lima, e sc pre-para para aplicar os dispositi-vos do Ato Institucional n.° aaos que atentarem contra aposse dos eleitos.

O Presidente Castelo Brancovai fechar a Liga Democrática.Radical < líder, nos próximosdias, acusando-a de atividadessubversivas, cuja extensão já,está sendo apurada no inquéri-to instaurado sob a orientaçãocio General Airton Freitas,Chefe cio Departamento Fe-deral de Segurança Pública naRio ae Janeiro. (Págs. 16 e 17)

Exército doChileocupa minas

Tropas do Exército chilenoocuparam, ontem, as minei decobre que há 23 dias esiáo pa-radas devido á greve de pro-testo contra a lei que associa¦o Eslado às companhias ame-rica.na.-,. e prenderam os lide-res do;, 17 mil grevistas, quereceberam ordem de voltai-

"aotrabalho sob pena de seremenquadrados na Lei de Segu-rança. Em Concepción, tam-bém no Chile, estudantescuspiram no rosto \io SenadorRobcvl Kennedy e lhe atira-ram cascas de laranja e ovospodres. (Página 10;

Johnsonquer negrono Júri

o Presidente Lyndon John-son anunciou ontem, em recep-ção na Casa Branca acs mem-bros da próxima conferênciasóbre cs direitos civis, que pe-dirá ao Congresso uma novasérie dc leis destinadas a aca-bar com a discriminação deque são vitimas os negros naseleção de jurados para os tri-bunais, especialmente no Suldos Estados Unidos.

Jonhson, que pretende sub-meter as leis aos congressistasem janeiro, disse que desejaevitar que "os negros .soframinjustiças em mãos cie júriscompostos exclusivamente debrancos", e prometeu estudaratentamente, nos próximos me-ses. o problema dp discrimina-ção racial nas escolas norte-americanas. (Página 10)

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ANOS MEMORÁVEIS A RTO LTOHT R. A. — SERVIÇOS DE ELETRICIDADE associa-sean JORNAL 1)0 BRASIL nas comemorações do TV Cenffinário rioRio de Janeiro, oferecendo aos cariocas o Suplemento Especia]CARNAVAL, 18.° da série 400 Anos Memoráveis.

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2 — 1° Cad.. Jornal do Brasil. Quinta-Feira. 18-11-65

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Chefes ciasações à

Conferência ,São os seguintes os Che-

fes de Delegações presentesà II Conferência Intera-mericana Extraordinária:Ministro das Relações Exte-riores e Culto, Miguel Zaval-la Ortiz. da Argentina; Mi-nistro das Relações Exte-riores, Joaquim Z ente noAnaya, da Bolívia; Ministrodas Pie ia ções Exteriores,Vasco Leitão da Cunha, doBrasil; Ministro das Rela-ções Exteriores, Cusior Ja-ramillo Arrubla, da Colõm-Ua; Embaixador Facio Gon-zalo, ãa Costa Rica; Minis-tro das Relações Exteriores,Gabriel Valdes, do Chile;Ministro das Relações Ex-teriores, Wilson Cordova,doEquador; Ministro das Re-lações Exteriores, RobertoEugênio Quirós, de Sal-vador; Secretário de Estado,Dean Rusk, dos EstadosUnidos; Ministro das Rela-ções Exteriores, AlbertoHerrurte Gonzalez; Secreta-rio de Estado vara AssuntosEstrangeiros e Cultura, Re-né Chalmers, do Haiti; Mi-nistro das Relações Exterio-res, Tibúrcio Carias Castil-lon, de Honduras; Secreta-rio dus Relações Exteriores,Antônio Carrilo Flores, doMéxico; Mmistro das Rela-ções Exteriores, Alfonso Or-tega Urbina, ãa Nicarágua;Ministro dus Relações Ex-teriores. Inteniero Fernan-do Eleta, do Panamá: Mi-nistro das Relações Exterio-res, Raúi Sape7ia Pastor, doParaguai; Ministro das Re-lações Exteriores, Jorge Vai-quez Salas, do Peru; Em-baixador da República Do-minicana junto à OEA, Mil-ton Messina, da RepúblicaDominicana; e Ministro dasRelações Exteriores. LuisVidal Záglio, do Uruguai.

Os seguintes puises cre-denciaram obser v a doresjunto à II Conferência In-teramericana Extra o r cli-nária: Canadá, Sr. A. D.Ross; Jamaica, Sr, Fred E.D e g a zon e Triniãaá-To-bago, Sr. Ellis Clarice.

EUA "uerem

progredir.ajudar

afirma DBrasil

!ean RuskAo visitar ontem cedo a Em-

baixada Americana o Secreta-rio de Estado Dean Rusk disseque "sentimos um vínculo es-pecial com este enorme Paísaqui da América do sul", re-ferindo-se ao Brasil, e explicouque "queremos muito traba-lhar em intimo contato com osbrasileiros, para a.iudá-los aalcançar os ideais comuns doHemisfério''.

O Sr. Dean Rusk fêz quês-tão de dizer, no início de suaoraçfio, que estava presente àConferência com a outra me-tr.de da sua equipe, referindo-se á sua mulher, para depoisinformar aos funcionários daEmbaixada que o PresidenteLyndon Johnson "eslá se re-cuperando rapidamente e mui-to bem de sua recente opera-ção'-.DISCURSO

O Sr. Dean Rusk chegoubem ceifo à Embaixada Ame-ricana, íoi apresentado aosfuncionários norte-americanose brasileiros pelo EmbaixadorLincoln Gordon e depois fêzum discurso, cuja Integra é aseguinte:"É com ipiensa satisfaçãoque tenho a oportunidade deencontrar-me aqui com osmembros norte-americanos ebrasileiros dc. nossa família dl-plomátioa. Sou portador dasmais calorosas saudações detodos os amigos lá do Departa-mento de Estado.

Primeiro, quero referir-meao fato de estar aqui a outrametade da minha equipe, aSra. Rusk, bem atrás de mim,Tenho o prazer de apresentá-la.

Lembro-me de uma reuniãoem que estive, não faz muitotempo, com uma nova equipede funcionários do Serviço Di-plomático no exterior, um nô-vo grupo FSO-8, e de que umdeles me disse: "quero olharbem. pois acho que, dentro demais lõ ou 20 anos. não tereia oportunidade de ver um se-«etário de Estado em pessoa.A ALEGRIA

Lamento que seja tão raraa ocasião de visitar o Rio, mas

tenho uma grande satisfaçãode estar aqui e aguardo comgrande empenho a semana queaqui vou passar.

A propósito, naquele mesmogrupo, um FSO-8, me disse:"Muito bem. Sr. Secretário, quedevo fazer se receber do Senhoruma instrução da qual eu dis-corde?

E eu só pude responder:Procure o FSO-7 mais próxi-mo e-fnle com êie.

A SAÜDE

É com prazer que posso in-formá-los de que o PresidenteJohnson está se recuperandorapidamente e muito bem desua recente operação. Poucoantes dc vir para cá. tive opor-tunidade de visitá-lo na ía-zenda, o tivemos umas boascinco ou seis horas de traba-

, lho; uma coisa é certa — éleestá acompanhando com amaior atenção e interesse tudoo que estamos fazendo.

Estamos, naturalmente, preo-cupados com os problemas deguerra e paz. A situação noSudeste da Ásia continua difícile perigosa. Mas cumpriremosas nossas obrigações lá. e con-servaremos as portas abertas auma solução pacífica, com ofim de promover a paz. logoque o outro lado esteja dispôs-to a parar de fazer o que estáfazendo no Vieiname do Sul.O EMPENHO

Penso que. se pudesse iden-bificar" a segunda preocupaçãorio Presidente Johnson, não te-ria dúvida de dizer que se tra-ta da Aliança para o Progres-so e do que está acontecendoneste Hemisfério. Seu primeiroato ao assumir a Presidênciafoi reunir os embaixadores dospaíses interamericanos paradeixar bem claro que eslavaparticularmente empenhado naAliança para o Progresso e uo -desenvolvimento econômico esocial aqui neste Hemisfério. Eé o que êle está acompanhai!-do atentamente.

E o que espera com muitaconfiança é que, com n ajudade íora que fôr necessária, pos-

sam rapidamente tornai- umarealidade para os seus povos aspromessas e perspectivas dasinstituições modernas e os be-neficios plenos dos potenciaiscientíficos e técnicos disponí-

, veis.

O REPUDIO

Sentiu-se èle animado peloque foi realizado, no ano pas-sado, no Hemisfério — o for-te incremento da prodiuividn-de, a atenção firme que íoidada aos vários aspectos dareforma social, indicações cadavez mais claras de que o tipocie solução Trujillo, como otipo <le solução Castro, estásendo repudiado neste Hemis-ferio, de que as tradições de-mocráticas no Hemisfério sãofortes, não obstante o fato depoderem existir dificuldadesaqui e ali, neste ou naquelepaís.

O Departamento de Estadoestá empenhado em um gran-de número de tarefas. Expedi-mos cerca de mil telegramas emcada dia de trabalho- Outrotanto recebemos de nossos pos-tos espalhados pelo mundo in-teiro. um bom volume delesdaqui mesmo desta Embaixa-da, como os senhores sabem.

Gostamos da Irlanda, por-que de Dublin só recebemos100 telegramas por ano.

O PESSOAL

Mas as coisas vão indo. Nãoestamos nos expandindo nume-ricamente. Deve ser interessan-te parn os senhores saberemque o Departamento de Esta-do, hoje em dia, tem menosgente do que possuía em 1952,embora tenhamos mais algunspaíses do que tintes, pairamanter contato. No meu pri-meiro ano de administração,não pedi acréscimo de pessoal.No segundo ano, o Congressonão me daria mais funciona-rios.

E no reaceiro ano, o Presi-dente Johnson me disse queeu devia ir me arranjando commenos servidores.

Mas estamos procurando re-forçar a ajuda a esta genteque vai dando conta de tãograndes responsabilidades, nomundo inteiro. O Congresso

¦ íoi bastante razoável e muitosimpático em nos dar um au-mento de recursos para ajudaao pessoal em serviço.

O ORGULHO

Faço questão de dizer-lhesque podem ficar orgulhosos dotrabalho do Cotpo DiplomáticoNorte-Americano em tedo omundo. Nenhuma semanatranscorre sem um rr-.sgo deheroísmo, coragem, discerni-mento e sabedoria. ____: admirávelo nosso Serviço Diplomático.E o.s representantes que temosde outras ngéncias no mundointeiro — Defesa, AID, USIA,os outros grandes Departamen-tos do Governo, como os deComércio e do Tesouro — sãoporte integrante da grandeequipe, cada qual com sua par-cela de responsabilidade, a aju-dar-nos da maneira mais efi-ciente.

Acho que devemos estartranqüilos quanto ao futuro.Se conseguirmos passar por ci-mn desta questão do Vietname.o cenário gemi se apresentavacom boas cores.

Assim, é um prazer muitogrande estar aqui e cumpri-mentá-los; e apresentar otmeus agradecimentos per seusesforços nesta grande pais queé o Bra,;:!. Ê óbvio que o queaqui se passa faz uma grandediferença em relação ao restodo Hemisfério. Sentimos umvínculo especial com èsr.e enor-me país aqui da América doSui. Queremos muito trabalhai'em intimo contato com os bra-sileiros, para ajudá-los a al-cançar us ideais comuns doHemisfério, inrefa naqual pen-so que os peves de nossos cieispaises e;tão nitidamente em-peuhados.

fi grande o prazer de estarcem cs senhores. Lamento.tér-mos de retirar-nes agora, iaque devemos apresentar nossoscumprimentos ao Presidente."

Censura exigente irrita correspondentes

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A exigência do Serviço deCensura e Diversões Públicas,dc um visto para o.s filmes dc-televisão enviadas pelos cor-respondente.s para o exterior,provocou oniem indignação gs-ral entre os jornalistas estran-geiros, que interpretaram a de-terminação como uma limita-çáo à liberdade de informação.

Depois de tentarem uma. for-ma conciliatória com o Itama-rnti e o Departamento Federalde Segurança Pública, os cor-respondentes estrangeiros con-ccrrianim em submeter os íil-mes á liberação alfandegária,mas teleçrafaram às suas em-presas, explicando por que osmalotes levavam o carimbo doscensores.

Ao ser notificado de que náopoderia enviar seu materialpara o exterior sem a liberação

do Servico de Censura, o jor-nalista Hans Vermehren, daTV alemã, prol estou contra aexigência, que. minutos depois,indignava todos os.seus cole-'.- . inciusive os representan-tes de jornais e agências noti-ci o s a s . Os correspondentesprocuraram, então, o Secreta-rio Dario Castro Alves, res-pon.sável pelo Serviço de Im-prensa da Conferência, paralho pedir que conseguisse are-vogação da exigência, uma vezque o DFSP alegava estar agiu-do de acordo com instruçõescio Itamarati.

A resposta foi de que se tra-tava apenas de um visto coma finalidade de facilitar a pas-sagem dos filmes pela. Alfánde-ga. não sendo propriamenteuma. censura tío material, uma

vez que os filmes nem seriamrevelados. Bastaria, que os cor-respondentes apresentassem a-sua credencial jio Serviço rieCensura, para terem o maloteliberado em poucos segundos.

O que se exige dos jornalis-tas estrangeiros, segundo ex-plicou o Secretário Dario Cas-tro Alves, é que se apresentemà Chefe do Serviço de Censu-'¦a. Seção da Guanabara. Sra.Marina de Barros Ferreira,cujo ganibete está instalado no4.° andar do Hotel Glória.

JDIFICULDADES,

Os correspondentes estran-geiros apresentaram como pri-meira dificuldade o fato de que,no Brasil, não se revela umfilme em menos de 4.8 horas,impossibilitando a remessa cie

filmes ao exterior, dentro doprazo útil para as emissoras detelevisão.

Diante da resposta de queera necessário apenas o carim-bo do Serviço de Censura, elesconsideraram como um obstá-culo ao seu trabalho o simplesfato tíe serem obrigados a subirao 4.° andar e se submeteremá chancela do DFSP.

Após as explicações do Secre-tório Dario Castro Alves, ojornalista alemão Hans Vcr-mehren compareceu novamen-te ao Gabinete da Srta. Marinade Barros Ferreira, "onde seus10 filmes foram liberados, cn-quanlo êle dava um telefone-ma". Os filmes nâo chegama ser abertos, contentando-seo Chefe da Censura em tomarnota da credencial dos corres-poii cientes.

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2i Chile é contra ação npara fortalecer democracia

O Embaixador do Chile juntoà. OEA e Presidente da dele-gação chilena á Conferência doRio, Sr. Alejandro Magnei,afirmou ontem que votarácontra a criação de uma Fór-ça Interamericana Permanentedc Paz, porque o Chile acredi-ta no fortalecimento da demo-crucia sem medidas militares,mas, com o desenvolvimentosócio-econòmico dos paisesamericanos.

O Embaixador AlejandroMagnet esclareceu que o do-cumento apresenlado pelo Chi-le — Tratado Interamericanode Solidariedade Econômica —tem encontrado boa receptivi-dade entre as demais delega-ções, principalmente a do Bru-sil, "cujo pensamento sóbre areforma do sistema interameri-cano coincide com o do Go-vérno chileno".

PACTO DE BOGOTÁ

Perguntado se o seu país ra-tificará o Pacto de Bogotá, oPresidente da Delegação chile-na disse que o seu Governo es-tá no firme propósito de rati-ficá-lo, estando a questão nomomento pendente no Senado,após ter sido aprovado pelaCâmara dos Deputados. "Se aaprovação ocorrei- durante aConferência — disse — serámuito melhor, pela importân-cia que assumirá".

Explicando o projeto de Tm-fatio Interamericano de Soli-darieda.de Econômica, o Embai-xador Alejandro Magnet disseque "êle será o instrumentoimediato para acelerar o cie-«envolvimento latino-america-no e êste desenvolvimento po-rie se fazer com o auxilio nor-te-americano".

— O Continente americano— afirmou — significa para osEstados Unidos uma potênciamundial, um problema dc se-gurança nacional e está segu-rança pode ser obtida se se ob-

ter a estabilidade politico-eco-nômica na América, com o quese fortalecerá a democracia.Não hayei'á democracia semdesenvolvimento econômico so-ciai,' disto estamos convictos.

GRAVIDADE

A seguir o Sr. AlejandroMagnet disse que uma baixano preco do cobre ou do café"é mais grave para os nossospaises do que uma subversãocomunista, sendo o mecanismode prevenção e solidariedadeeconômica entre os países la-tino-americanos mais impor-tante que um de repressão mi-litar".

—¦ Êste é o nôvo critério desegurança adotado pelo Chile,que esperamos ver aprovadonesta Conferência, baseadoprincipalmente no problemaeconômico.

Quanto ao problema de fron-teira entre o Chile e a Argen-tina, o Embaixador AlejandroMagnet afirmou que êle náoserá levado à Conferência daOEA. "porque afeta única ediretamente aos dois países.Não queremos que êste seja umproblema dos demais paisesamericanos, pois o Chiíe e aArgentina têm Governos sufi-cientemente responsáveis pnrasolucionar a questão entreeles".

O Embaixador tio Chile noBrasil. Sr. Hector Corrêa,membro da delegação de seupais à II Conferência Intera-mericana Extraordinária, afir-mou que. durante os debatesnas Comissões, o Chile defen-dera as teses sobre a "soluçãopacífica de controvérsias" e umprojeto sóbre a Convenção dosDireitos Humanos.

Adiantou o Sr. Hector Cor-rea que "o Chile quer umprocedimento prático que per-mita, na realidade, a defesade certos direitos fwndamen-

tais do homem, como a opi-nião e a liberdade."

Não queremos apenas de-clarações. mas um procedi-mento prático que funcionerealmente.

CONTRA A FORÇA

Explicou o Embaixador chi-lcno que o Chile deseja umavanço harmonioso de todosos países latino-americanos eque o direito do homem fun-cione tanto no campo políticocomo no jurídico.

Duramte a Conferênciada OEA vamos deixar bemclaro o pensamento do Chile,contrário á criação de umaforça interamericana, porqueviola o principio fundamentalda não intervenção e sua cria-ção trará mais prejuízos doque benefícios.

DIREITOS

O temário da JI ConferênciaInteramericana Extraordmá-ria contém, em seu Item V, oexame de um projeto sóbre aproteção dos direitos do ho-mem, apresentado pelo Chile,e de uma proposição (tipoconvenção) sóbre os direitosdo homem, preparada peloConselho Interamericano deJuriseonsultos.

No Artigo 2 do projeto sô-bre os direitos do homem, oChile propõe que "os Estadospresentes :t Convenção secomprometem a respeitar osdireitos e liberdades que sãoreconhecidos e a garantir olivre e plemo exercício a todosos seres humanos que se en-contraiu sobre seu território ajurisdição, sem qualquer dis-tação de raça, côr, sexo, lin-gua, religião e opinião politi-ca de origem nacional ou so-ciai. de posição econômica ououtra consideração social".

a e 1?? ijerência

como um aiaiOBOParis, Londres, Tóquio, São

Domingos 1FP-UPI-AP-JB1 —Sob o titulo Diálogo de Sur-tlos. o influente vespertino 1-eMonde, de Paris, comenta, emeditorial, a.s grandes dificulda-des que vão surgir na Confe-rência Interamericana, salieu-tando a ausência da Vene/.ue-la. "onde Raúi Leoni, fiel àdoutrina Betancourt, repeletanto os regimes comunistasquitiito ns ditaduras militares".

Mais a d i a n t e. Le Mondeacrescenta que, "se os paísesmais representativos do Con-tinente latino-americano, comoo México. Chile, Peru e Uru-guai, compar.ec-.em ao encontrodo Rio, isso foi em primeirolugar para expor a lista, dequeixas dos latino-americanos,que procuram sacudir suas ca-mi.sas. às vezes douradas, dcTio Sam".

CARTA DE BOGOTÁ

Continua o editorial:— A.s declarações e o.s co-

munlcados, sobre a necessida-de, admitida em todas as par-tes, de uma revisão da cartade Bogotá, não podem dissi-mular a verdade essencial:Washington e a América La-tina náo se compreendem.

ogringos e latinos náo falam amesma linguagem,

Ise Monde evoca ainda osesforços íeilos pelo Chile, "emíavor de relações mais estrei-tas entro as nações latinas,para resistir melhor às pres-sões norte-americanas", e as-sinala que, "na batalha pelaconstituição de uma Força In-teramericana Permanente, osEstados Unidos beneficiam-sedo apoio incondicional do Bra-

- siL _ convertido, com grandeassombro cios Brasnsirüs; fterarauto do anticemuuismo aoSui do Rio Grande. Os outrospaises são contrários, com ma-tizes que correspondem às pre-ocupações particulares cie ca-da um deles. Poucos Governoslatino-americanos podem re-nunciar tão facilmente ao sa-grado principio de não inter-venção, definido em Bogotá,em 1948"."PAX AMERICANA"

Concluindo, diz o editorialde Le Monde:

— Desafiando numerosasadvertências e a desaprovaçãogeral provocada pela moçãoda Câmara de Representantes,sóbre a "necessidade da in-tervenção dos Estados Unidos

na América Latina, a "Dou-

trlna Johnson", versão 19P5,acrescenta uma "DoutrinaMonroe", tornada, anacrônicapelos fatos, e busca, ao queparece, impor uma pax ame-ricana, aos descontentamentoslatino-americanos.

CRÍTICA PARA OEA

Em Londres, entende-se quea Conferência Interamericana.pode resultar critica para ofuturo da OEA. Opina-se queesta" reunião, adiada por_ duasvezes antes de chegar a sê con-cretizar, dará margem a limconfronto entre os EstadosUnidos e o Brasil, por umaparte, e a ala liberal da OEA,mormente o México e o Chile,pela outra.

Não bastará isso, porém, pa«ra injetar vida em seus traba-lhos, destacam vários observa-riores, entre eles o correspon-ciente latino-americano do Dai-ly Telcgraph, jornalista Mi-chael Field. escrevendo, do Rio,que "a vitalidade da OEA estáno seu ponto mais baixo desdea sua criação. Pode ser que lhetenha infligido um golpefatal o Presidente Johnson,quando atuou na RepúblicaDominicana, sem haver sequerconsultado a Organização".

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Jornal do Brasil, Qulnta-Feira, 1S-11-B5, 1.° Cad, — 3

Castelo Branco Brasil aceita assumi

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Os pontosprincipais

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1. Montagem de esquemas de acordo de mercadoriase de sistemas dc financiamentos compensatórios.

2. Urgência "no repensar conceitos e preconceitos ãluz de novas realidades".

3. Aperfeiçoamento dos processos e instiuimentos desolução das controvérsias.

4. Criação de nóvo direito.5. Denúncia de "formas mais sutis dc agressão: a in-

filtração e a subversão".6. Revisão dos conceitos de agressão e intervenção.

7. Responsabilidade conjunta em decisões de interes-se da segurança.

8. Repúdio ãs lições de democracia, após profissão defé democrática.

9. Afirmação de que "ò Brasil já escolheu o seu ca-tnlnho e dele não se afastará".

10. Criação de mecanismos de decisão coletiva e ação

onjunta.

Discurso foi modificadopara acentuar progresso

latino-americanas não aplau-cliram o discurso do presidente.

Pela manhã e ã tarde, o Con-selheiro Richard, da delegaçãoargentina, encontrou-se com oChanceler Leitão da Cunha ecom o Secretário-Geral daConferência, Embaixador Aze-redo da Silveira, fazendo quês-tão de cercar os dois encontrosdo maior sigilo. Segundo seacredita, o delegado argentinoteria sondado os diplomatasbrasileiros no sentido de cer-tificar-se que o Brasil mantémtodas as posições expostas naArgentina.

Soube-se ontem, durante aConferência, que o discurso do"Presidente Castelo Branco íoiretirado de circulação, e redis-¦ribuído duas horas depois, pa-ca que nele íôsse incluído um

' trecho referente ao reforço dosistema defensivo do Continen-' te mas, segundo observadoresdiplomáticos, o discurso desti-nou-se a acentuar o progressoeconômico do País.

O fato de o Presidente Cas-telo Branco ter modificado seudiscurso à última hora consti-tuiu surpresa quase geral, e o

- treoho incluído provocou rea-ções desfavoráveis em certasdelegações latino-americanas.Segundo fontes bem informa-das, no entanto, a declaraçãodo Presidente será a única ini-ciativa do Brasil nesse sentido.

3 _i?P NAO-Segundo os mesmos círculos

diplomáticos, o-Brasil continua;'in sua posição de não propor,•'"de forma alguma", a criaçãodè; uma Força interamericanapermanente de Paz e o pro-nanciamento do presidente_So passaria de uma satisfa-

ç3u> ao orgulho nacional", ten-.ii_A em vista as declarações pré-

viííis que já haviam sido feitasliasse sentido.

/Sabe-se que o Ministro Ro-berto Campos colaborou na.'elaboração do discurso presi-dencial, tendo feito nele al-ícmnas modificações visando adar ênfase ã parte econômicaque, e segundo a maioria dos

. observadores, constituiu o tre-«ho mais positivo do pronun-eiatnento. Algumes delegações

FRENTE

Embora ainda seja vago oque possa acontecer de nôvono campo político, parece as-segurado que, no econômico,está-se estruturando cada vezmais sòlidamente uma írentedo Brasil. Chile, Argentina eMéxico. Os observadores maisotimistas acreditam que mesmoque surjam divergências poli-ticas isso não afetará as nego-ciações para aprovação de umprojeto de solidariedade eco-nômica.

Segundo diplomatas latino-americanos, ainda é cedo parasaber que rumos tomará a Con-ferência, pois a delegação nor-te-americana não se pronun-ciou claramente sóbre nenhumdos itens, fazendo com que nãosó a posição de certos paises,como também a possibilidadede aprovação de alguns proje-tos, ainda constituam uma in-cógnita.

Presidente abriu reuniãocom agentes bem atentos

O discurso do Marechal Cas-telo Branco, abrindo ontem aConferência da OEA, teve a'.duração

de 30 minutos, e à>' saída, do Presidente foi severa-

1 mente vigiada por agentes desegurança que, através de rá-:'los portáteis, transmitiam ajiensagem: "Paulo Uno estái eixando a toca", destinada aosagentes que se encontravamíora do hotel.

O discurso do Presidente íoiwsisfcldo por todos os membros

., -ias 19 delegações, além do¦Corpo Diplomático, autòrida-des brasileiras e observadores,iue também prestaram muita,atenção às palavras cem que oChanceler argentino respondeufi. saudação, ouvida com bas-tante interesse pelo MinistroVasco Leitão da Cunha.

RECEPÇÃO

, O Chanceler Vasco Leitão daCunha, convocou, ãs 18hl5m osrepresentantes do Peru, Bo-livia, Nicarágua e RepúblicaDominicana, para formaremuma Comissão de Recepção aoGoverna.dor da Guanabara, Sr,Rafael de Almeida Magalhães,Logo após, às 18h25m convo-cava os representantes do Chi-le, Costa Rica, Uruguai, Esta-dos Unidas e Haiti, para re-eeberem o Presidente CasteloBranco.

Enquanto isso, prosseguiamas conversações informais en-tre delegados, que receberam depé e com aplausos o Presiden-te Castelo Branco, que logoem seguida, iniciou seu discur-jbo, com o Chefe da Casa Civilda Presidência da República,Ministro Luis Viana Filho,ocupou o loeal destinado àchefia da delegação brasileiraporque o Ministro Vasco Lei-tão da Cunha fazia parte damesa principal.

'LUGARES I

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As delegações foram dispôs-^.tas por ordem alfabética, em,'luas fileiras. Do lado direito,

ficaram os representantes daArgentina, Bolívia, Brasil, Chi-e, Colômbia, Costa Rica, Sal-wdor, Equador, Estados Uni-los e Guatemala. Do lado es-querdo, os do Uruguai, Repú-blica Dominicana, Peru, Para-guai, Panamá, Nicarágua, Mé-xico, Honduras e Taiti.

O discurso do Chanceler ar-.gentino Zavalla Ortiz foi ou-yido com a maior atenção peloSr. Vasco Leitão da Cunha,qua o interrompia com a ex-pressão "muito bem". Quandoo Sr. Zavalla Ortiz disse queos -paises deviam es; ar aqui

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"para se compreenderem e nãoprovocar um isolacionismo deoutros", o Ministro do Exteriordo Brasil fêz um notado gestode cabeça e aprovou com entu-slasmo a passagem em que oMinistro Zavalla Ortiz dissenão necessitar o Hemisfério derevoluções pré-fabricadas.

A sessão inaugural íoi encer-rada as 19h30m pelo MinistroVasco Leitão da Cunha, queagradeceu "o estímulo dos quea assistiram" e convocou umareunião preparatória para hoje,ès 10 horas, no mesma local.Na saída, o Presidente da Re-pública, guardado por agentesfederais que o acompanhavamcom certa discrição, utilizou oelevador do Centro de Conven-cões e rapidamente tomou oRoolls-Royce presidencial.

O Chanceler Zavalla Ortizafirmou, ã saída, que "o discur-so do Presidente brasileiro foimuito bom" e que "benevolen-tes íoram as palavras de elo-gio de todos os colegas, no fi-nal de meu discurso".

CONVERSA

A partir das nh30m o mo-vimento íoi intenso no Salãode Conferências do Hotel Gló-ria, onde 10 recepcionistas en-caminharam as autoridades econvidados. Os Ministros Ju-raci Magalhães. Casta e Silvae Paulo Bosisio mantiveramuma conversa à parte duran-te uns cinco minutos, ocasiãoem que o Ministro da Guerrafalou calorosamente.

A mesa principal, na fileiraria írente, sentaram-se o Pre-sidente Castelo Branco, o Se-cretário-Geral da OEA, Sr.José Mora, Ministro VascoLeitão da Cunlia, GovernadorRafael de Almeida Magalhãesc o Embaixador Azeredo daSilveira, Stloretário-Geral daII Conferência.

Na fileira atrás, ainda namesa principal, foram reser-vados os lugares para o Che-fe da Casa Militar da Presi-déncia da República, GeneralErnesto Geisel, Presidente doConselho da OEA, Embaixa-dor limar Pena MarinhoEmbaixador Antônio BorgesLeal Castelo Branco Filho, doItamarati, e Ministros Cor-deiro de Farias, Roberto Cam-pos, Juarez Távora, Gouveiade Bulhões, Costa e Silva,Paulo Basisio, Juraci Maga-Uiáes e Raimundo tie Brito.

I

Ao pronunciar o discurso deabertura dos trabalhos da IIConferêcia Interamericana Ex-traordinária, o Presidente Cas-telo Branco afirmou que "oBrasil está também disposto aassumir riscos e partilhar dasresponsabilidades de ação con-junta, para que não se digaque a inação de muitos justi-fica a iniciativa isolada de ou-tros".

Acha o Presidente CasteloBranco que "a OEA precisa es-tar aparelhada para enfrentaros riscos e, para tanto, em fa-ce de situações não previstas,é de seu dever gerar nôvo di-reito, ao invés de aplicar, aproblemas novos, normas jáinadequadas, concebidas parasituações multo diversas e ana-crônicas".

O DISCURSO

Ê a seguinte a íntegra dodiscurso do Presidente CasteloBranco:"Em nome do Govêmo e dopovo do Brasil, desejo apresen-tar aos ilustres representantesdas repúblicas irmãs do Con-tinente os mais calorosos vo-tos de boas-vindas e manifes-tar-lhes a esperança de queesta reunião produza os resul-tados que todos almejamos, emprol do fortalecimento do Sis-tema Interamericano.

"Comemoramos êste ano o75.° aniversário da Organiza-ção dos Estados Americanos,cuja origem remonta à Primei-ra Conferência, reunida emWashington de 1889 a 1890.

Quando se decidiu a pro-por ao Conselho da OEA a con-vocação da Segunda Conferên-cia interamericana Extraordi-nária, sentiu-se o Governo bra-sileiro movido principalmentepela convicção de que quaseduas décadas após a assina-tura da Carta de nossa Orga-nização Regional seria indis-pensável avaliarmos se os re-sultados obtidos estão â alturados ideais pan-americanistastão profèticamente formuladospor Simón Bolívar no memo-rável Congresso do Panamá,em 1826."

PROGRESSO NAS RELAÇÕES"Doze anos decorreram des-

de a última reunião ordináriado órgão supremo do nosso Sis-lema. Intervalo ao qual pode-mos imputar, em grande parte,a circunstância dc ainda aguar-darem soluções tantas questõesvitais para a paz, o desenvol-vimento e a segurança do Con-tinente. Não nos esqueçamos,todavia, de que, por mais sé-rios que se nos afigurem taisproblemas, o simples fato denos reunirmos aqui, com áni-mo oonstrutivo, já representasensível progresso em mossasrelações de cooperação,"Desejo, a propósito, recordaras palavras com que o Barãodo Rio Branco, o grande Mi-nistro das Relações Exterioresdo Brasil, ao inaugurar em1906 os trabalhos da TerceiraConferência InternacionalAmericana. "Noutros tempos —dizia Rio Branco — reuniam-se os chamados Congressos dePaz para assentar as conse-qüências das guerras, è os ven-cedores ditavam a lei aos ven-cidos, em nome da futura ami-zade baseada no respeito aomais forte. Os Congressos dehoje são quase sempre convo-cados em plena paz e semconstrangimento algum, porbem entendida providência, pa-ra regulamentar a atividadepacífica das nações, e nelesse atende por igual ao 'direitodo mais fraco como ao do maispoderoso".

O LANCE

"Com essas lúcidas observa-ções, assim se pronunciava RioBranco há quase 60 anos. Tra-ta-se de uma asserção que hojepoderíamos considerar comoum axioma. Recordo-a pararegistrar a verdade no que res-peita aos frutos destas reu-niões internacionais em tempode paz no nosso Continente.

Estamos aqui para mais umgrande lance do pan-america-nismo. É, sem dúvida, paraevoluirmos.

O Sistema Interamericanotem que ser reconsiderado emsua organização e em sua dou-trina. Já desempenhou papelfundamental na criação de ins-tituições Jurídicas, na monta-gem de um sistema de convi-vencia pacífica e na articula-ção de um esforço de defesacomum.

Em matéria de cooperaçãoeconômica, entretanto, as ini-ciativas foram mais lentas eo esforço se processou emgrande parte em resposta a cri-ses ocasionais. Quando noslembramos de unia moeda úni-ca e de uma união aduaneira.e de que êste último assuntofigurava na convocação dcBlaine para a primeira confe-rência interamericana de 1890,quão retardados no tempo ètímidos de concepção parecemhoje os nossos esforços dò in-tegração regional!"

A DOUTRINA"Através da Aliança para o

Progresso e da Carta de Pun-ta dei Este, criou-se uma dou-trina de desenvolvimento comJustiça social, que até hoje per-manece fora do principal cor-po da OEA e não encontrouainda reflexo adequado emmodificações de sua estrutura,apesar do magnífico trabalhoque vem executando o Comi-tê Interamericano da Aliançapara o Progresso.

Nos últimos anos, através delongo debate, dentro e fora doSistema Interamericano, cul-minando finalmente, na Con-ferência de Comércio e Desen-volvimento das Nações Unidas,logrou-se articular uma dou-trina sobre as relações entrecomércio e desenvolvimentoeconômico, que também meie-cia ser integrada no ideário dacooperação econômica intera-mericana. A abertura dc opor-(unidades de comercio, reduzi-das pelo excessivo protecionis-

mo de alguns paises industria-lizados, a obtenção de trata-mento eqüitativo para preçosde produtos primários, a ex-pansão de mercados pela in-tegração regional, a adoção deesquemas de financiamentocompensatório que permitammanter a continuidade dosprogramas de desenvolvimentoeconômico — são avanços fun-damentais no sentido de umapolítica comercial ligada ao de-senvolvimento — avanços quemerecem, incorporar-se à teo-ria e à prática da cooperaçãointeramericana.

INTEGRAÇÃO"Jã é oportuno fazermos

adiantamentos concretos nocaminho da integração. É tem-po de substituirmos as lamen-tações sobre a fraqueza de pre-ços dos produtos primários portrabalhos objetivos ua monta-gem de esquemas de acordos demercadorias e de sistemas definanciamento compensatório,tudo em base razoável e rea-lista, distribuindo eqüitativa-mente os encargos e os bene-ficios de solução.

Em ambos os casos se temesforçado o Brasil em busca demedidas efetivas. Propusemosna recente Conferência dosChanceleres da ALALC meiosde acelerarmos o processo deintegração, substituindo o mé-todo complexo e moroso de ne-gociações individuais de listasde produtos, que sempre per-mite a mobilização de interes-ses protecionistas 'em cada umde nossos paises, pelo sistemade reduções lineares. Feitas asmodificações necessárias paraatender aos problemas espe-ciais dos paises com menor de-senvolvimento relativo, deveráter êxito igual ao que alcan-çou na Europa.

Impusemo-nos consideráveissacrifícios — mantendo auto-disciplina apesar de reclama-ções de nossos exportadores,renunciando a manipulações depreços, abrindo possibilidadepara nossos concorrentes a fimde tornar o Acordo Internacio-nal do Café uin inslrumenioefetivo para a regularização docomércio dêsse produto, e es-peramos que sistema semelhan-te se aplique a outros produ-tos. cujas erráticas flutuaçõestamanhas dificuldades causamaos países produtores do mun-do subdesenvolvido.

Urge para nós. membros doSistema Interamericano. re-pensar nossos conceitos e pre-conceitos, à luz das novas rea-lidades. pois que o tempo nãocessa de inovar e parece sermais fértil em inovar proble-

AS CONTROVÉRSIAS

Outra questão que vem desa-fiando a determinação políticade nossos Governos é a relativaao aperfeiçoamento dos pro-cessos e instrumentos de solu-ção pacifica, das .-ontrovérsias.É inadmissível que, 110 decur-so de dezenas ,ç}e; mffi.Jpla.s- reu-niões interame'flcàv&. conti-nuemos a repisar,

'de íormaacadêmica, princípios e dispo-slções. aos quais, em face tíeum litígio, não nos mostramosdispostos a obedecer. Se, vcr-dadeiramente, é nosso deseioconviver em paz, teremos depôr-nos de acordo sobre comoresolver nossas controvérsias.

Tratareis igualmente do pro-blema relativo à proteção dosdireitos humanos e da possibi-lidade de firmarmos uma con-venção sobre a matéria, assim-to de tão magna importânciaquanto todos os demais cons-tantes do programa desta Con-ferência, dada a sua estreitaligação com o tema relativo aofortalecimento do exercicioefetivo da democracia repre-sentativu.

As graves responsabilidadesdc nossa Organização no duplopapel de salvaguardar o exer-cício efetivo da democracia ede preservar o respeito aos di-reitos humanos e às tradiçõescristãs dos povos americanos,acabam de estar, bem o sabeis,no primeiro plano de nossaspreocupações. Refiro-me aosacontecimentos que, não íôra aação rápida da Décima Reu-nião de Consulta, teriam de-generado em nôvo foco de per-turbação para a vida democrá-tica de nossos povos. £ mes-mo indiscutível, com as exa-tas perspectivas atuais, ha-ver aquela ação possibilitado orestabelecimento da normalida-de democrática na área amea-cada e contribuído decisiva-mente para o fortalecimentoda Organização dos EstadosAmericanos graças ao adequa-do funcionamento do Organis-mo de Consulta.

NÓVO DIREITO

"Precisa, pois. a OEA estaraparelhada para enfrentar ta-manlios riscos e, para tanto,em face de situações não pre-

vistas, é de seu dever gerarnôvo direito, ao invés de apli-car, a problemas novos, nor-mas já inadequadas, concebi-cias para situações muito diver-sas e anacrônicas-

Mesmo nessa área, em quea OEA já revela especial eli-cácia — a da coperação con-tinental para a defesa internae externa — temos que ajus-tar a concepção e o mecanis-mo às realidades novas. O Sis-tema foi concebido numa épocaem que o principal perigo era,internamente, as guerras defronteiras, e externamente aagressão armada extraconti-nental.

Estamos hoje face a for-mas muito mais sutis de agres-são. através de infiltração esubversão. Ainda não desapa-receram o imperialismo politi-co e econômico, e já surgiu onóvo espectro do "imperialismoideológico", que íreqüentemen-te nos leva a confundir a auto-determinação de um Partidocom a autodeterminação de umpovo.REVISÃO DE CONCEITOS

A não ser que ajustemos atemia e a prática do sistemainteramericano às atuais reali-dades, correremos o risco deestarmos alerta contra o ini-migo obsoleto e indefeso e con-tra o inimigo relevante. Urge,portanto, revermos os conceitosde agressão e intervenção.Aquele não deve cobrir apenasmanifestações convencionais depoder armado, senão tambémoutras insidiosas formas deagressão, como as guerrilhas ea guerra psicológica. Outros-sim. não eleve ser o conceitode intervenção confundido coma contra-intervenção, decor-reme de ação coletiva, apóscomprovada tentativa de sub-versão ideológica antidemocrá-tica. No sentido tradicional éválido ainda hoje, intervençãoé o abuso do poder do maisforte para cercear o direitosagrado de todos os nossos po-vos de perseguir, em plena in-dependência, seus objetivos de.progresso, de paz e de liber-dade política-

Precisamos, portanto, reco-nhecer realista mente a ina-nldade de querermos proteçãocoletiva e ação coletiva, semcriar mecanismos eficazes dedecisão .coletiva c ação con-junta. 1

DISPOSIÇÃO

O Brasil não deseja vernenhum pais tomar unilateral-mente decisões de interessepara a segurança do Continen-te: por isso está também dis-posto a assumir riscos e parti-lhar das responsabilidades deação conjunta, para que nãose diga que a inação de muitosjustifica a iniciativa isolada dooutros.

Toquei em alguns proble-mas de doutrina e organizaçãoque me parecem fundamentaispara que a OEA preserve suaimportância c aumente sua vi-talidade como instrumento decooperação politica e econômi-ca neste Continente.

Nesta Conferência não ha-verá oportunidade de tomardecisões concretas de reformada Carta. Mns devem assen-tar-se princípios, formular po-sições e tomar providências deemergência necessárias paraque o nosso sistema, que jáserviu de modelo a outras or-ganizações, se fortaleça aindamais.

INTERESSE

Estamos todos Interessadosna preservação d°s Objetivosbásicos do.sistema interameri-cano, enunciados na Carta deBogotá, lias Resoluções do Sis-tema e no admirável documen-to da Carta de Punta dei Este— defesa mútua, desenvolvi-mento econômico com justiçasocial e preservação das insti-tuições democráticas básicas.

A democracia não deve sermero jogo de aparência, em quea liberdade se confunde coma indisciplina e a injustiça so-ciai se perpetua, disfarçada pe-la promessa fácil dos demago-gos. Ela deve consistir na de-

os riscos da ação conjuntamocratização das oportunida-des de acesso à terra, à habita-çáo, ã educação; na promo-ção do desenvolvimento pelaausteridade, pela poupança epela continuidade do esforço;na vigilância contra os inimi-gos da sociedade aberta, que sevalem das franquias democrá-ticas para destrui-la.

A essa tarefa de renovaçãodemocrática, por uma profundareforma de instituições, nos vi-mos dedicando no Brasil, porhavermos sentido de perto, hámenos de dois anos, o espectroda luta de classes, a sombra ne-gra de anarquia, o fragor docaos econômico e social.AS REFORMAS

A uma democracia formalqueremos somar uma democrá-cia que signifique a constantemelhoria do povo. E com êsseobjetivo empreendemos todauma série de reformas queabrangem as instituições poli-ticas e sociais, as finanças ea economia.

Não precisamos, portanto, delições em democracia. Conse-guimos salvá-la, sem pedir au-xilio a ninguém, de uma pró-xima destruição nas mãos dototalitarismo, e estamos empe-nhados numa grande tarefa derenovação democrática. Algunsdos que nos criticam não co-nheceram a prática democrá-tica senão quando já a possuí-amos centenária. E nos seusterritórios ainda hoje persis-tem focos de agitação e vio-léncia que precisam reprimirpela íôrça das armas, ao tem-po em que podemos apresentarum pais em paz, que encontrasoluções politicas sem derra-mamento de sangue e capaz detal tolerância politica, racial ereligiosa, ciue encerra um res-peito pelo ser humano que nãoé fícil de encontrar neste atri-bulado planeta."Recusam-se o povo e o Go-vêrno do Brasil ao balançoconfortável e não cornprome-fedor de uma posição indefi-nida. O Brasil já escolheu oseu caminho e dele não sedesviará. E êste caminho, Se-nhores Delegados, no concer-to das nações latino-america-nas, é o caminho que se pro-põe palmilhar em busca damaterialização dos ideais queinspiraram os -heróis da inde-pendência dos nossos povos.REPRESENTANTEDOS EUA

Citei-vos, inicalmente, al-gumas palavras do Barão doRio Branco em 1906. Merecemigualmente ser recordados osconceitos então emitidos porEliliu Root, representante dopais que em nossa Organiza-ção tem também grande mis-são a cumprir: "Não reclama-mos nem queremos direitos,nem privilégios, nem podêres,senão os que francamente re-conhecemos a cada RepúblicaAmericana. Desejamos aumen-tar a nossa prosperidade, ex-pnndir o nosso comércio, crês-cer em riqueza, eni saber eent espírito; porém a nossaconcepção do verdadeiro ca-minho, • para isso consegui'.-,não é derrubar os outros eaproveitar-nos da sua ruína,mas sim auxiliar todos os ami-gos e alcançar a prosperidadegeral e a riqueza comuni, aíim tíe que, todos juntos, pos-sumos tornar-nos maiores cmais fortes."_ Sáo estas, sem dúvida, pala-vras que poderiam ser pro-nunciadas por qualquer de vós,representantes de povos quenutrem os mesmos ideais. Mas,- do sonho à realidade, do abs-trato ao concreto, da palavraã ação, separa-nos uma gran-de distância, um caminho des-conhecido, uma ponte que ja-mais será erguida se não con-tribuirmos nós todos com aenergia de nessa determina-ção, de nossa firme decisão detornarmos a Organização dosEstados Americanos um ins-trumento capaz de garantir aliberdade e promover o pro-gresso do homem americano.

Queira Deus e a consciên-cia dos direitos dos povos querepresentais servir de guia ãsdeliberações desta Conferên-cia, cujos trabalhos tenho oprivilégio de declarar inaugu-rados."

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V 7Í^Í"váí-^' I II Informaçõest Trav. do Ouvidor, 17 —Divisão de N.vi//f,ííf^»C> ! H Vendas «-2> ondar — Tel.t' 52-8165 (CRECI 131} |r»,VU VENDEM-SE [ |i .$

I I Tel: 22-834T | MíxM"T"

Zavalla Ortiz agradecepregando amizade maior

A comunidade não podeexistir se não existe a disposi-ção de colocar as vontades na-cionais ao serviço da vontadecomum — afirmou ontem oChanceler da Argentina, Sr.Miguel Angel Zavaila Ortiz, aoagradecer em nome dos Chan-céleres das Américas as pala-vras de acolhida do Presiden-te Castelo Branco.

O Chanceler argentino disseainda que é preciso reforçar aamizade entre os paises ameri-canos, mostrar disposição deouvir, e acrescentou: — Nãonos reunimos para votar. Reu-nimo-nos para nos vermos, pa-ra nos conhecermos.

SINGULARA Organização dos Esta-

das Americanos é uma associa-ção singular — acrescentou —em que um grupo de potênciasregionais figura junto a umagrande potência mundial. Asgrandes diferenças de dimen-são potencial de cada um deter-minam deformações, pneven-ções e erros de julgamento.Assim, por exemplo, po-der-se-ia pensar que essasgrandes diferenças obriguemalgum ou alguns países a en-frentar as necessidades dosoutros — disse Zavalla Ortiz. —A solidariedade é uma condu-ta indispensável, mas o esfòr-ço próprio é um dever inclu-divel".

Depois de afirmar que "acomunidade é uma situação im-posta" e irrecorrível, conse-qüência do mundo atual "tãodinâmico e tão vizinho", Za-valia Ortiz apontou "a necessi-dade de não apenas sentarmospara trabalhar em uma confe-rência regional, mas para nosconsultarmos permanentemen-te em todas as ordens de nos-sas existências".

Não há problema tão dificilquanto o de isolar a mente deum indivíduo ou o pensamen-to de uma nação, declarou oChanceler argentino, advertin-do: "Ninguém nes poderia re-comendar um melado para im-pedir as influências. Só pocie-mos contar com métodos parasuperar as influências."

AMPLIAÇÃO£ preciso reconhecer que

a América não é apenas latina,declarou adiante, anunciandoa posição da Argentina a fa-vor do "ingressa de países come.

Canadá, Jamaica, Trinidad-Tobago e outros mais".

Creio que, com todas asseus defeitos e erros, ninguémque se separe da Organizaçãopoderia continuar vivendo umavida americana — afirmouZavalla Ortiz. — Devemos com-preeilder, no entanto, que nãocedemos nossa soberania; sò-mente buscamos uma perfeiçãoainda maior do que a que po-dem oferecei- nossas própriasinstituições.

Em conseqüência — ad-vertiu o princípio de inde-pendência e o direito de auto-odeterminação não apenas nãocaducaram, mas agora tambéma comunidade os protege contratoda violação.

ESCOLHA

Estamos certos, no entan-to, de que há os que desejamnos impor suas doutrinas, seussistemas, suas ordens. Por nos-so lado, estamos dispostos arealizar ou continuar realizarr*do a transformação progressis-»ta de nossas instituições, masqueremos fazê-lo com nosso es-forço, nossa inspiração, nossasdoutrinas.

Não queremos imitar re-voluções alheias, não leremosnas revoluções pré-fabricadasnas revoluções internacional!-zadas — afirmou. — Cremosna revolução nacional, riatransformação nacional, navontade nacional. Por isso éinútil que nos prometam a li-bertnção Cinicamente contra al-guém ou contra algo. Não que-remos escolher submissão, maseliminá-la.

Zavalla Ortiz referiu-se ain-da ao desenvolvimento, "dedentro para fora", e à neces-sidade de integração, comple-mentação e coeperação exter-na, à necessidade de "melho-rar o mecanismo de nossosmercados comuns: o Centro-Americano e a Associação daLivre Comércio".

Penso que nossos paísesse acercaram mais do desen-volvimento, planifioando suasmetas, melhorando suas estru-turas, racionalizando suas ad-ministrações saneando suamoeda, traçando planos decomplementação regional, doque se aproximaram os paisesindustrializados para estimularnosso desenvolvimento", afir-mou Zavalla Ortiz.

Para certas ocasiões, só óculosémÊmmm - ¦¦¦¦ * ,.-.,_«- ~

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Para outras, nunca(Só micro-pupil, lentes de contato)

E sempre

rniémtííkatodo mm!

ÓTICAS FLUMINENSEUma organização de experiência internacional quovem servindo as grandes personalidades mundiais.

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/- a — i,° c.icl. Jornal do Brasi!. Qulnta-Felra, 18-11-65

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Coluna do Castello

Jeixo nao renuncia eJuraci vem ao debate

Brasília (Sucursal) — O Sr. Pedro Aleixodesautorizou, no que lhe concerne, o rumorontem, corrente na Câmara de que éle e o Se-nador Daniel Krieger renunciariam à lideran-ça do Governo nas duas Casas legislativas casoinsista o Presidente em resolver, por meio deAto Complementar outorgado, a questão daformação dos novos Partidos. Exercendo umcargo

'de confiança, jamais poderia utilizá-lo,

disse o Sr. Pedro Aleixo, como instrumento depressão contra o Governo.

Os dois lideres serão convocados hoje peloMarechal Castelo Branco a um exame ão as-sunto, mas não se espera que ocorra outracoisa no encontro que não seja a reafirmaçãoda prévia decisão de outorgar o Ato Comple-mentar n.° 4, de cujas inspirações o Presidentedaria ampla explicação aos seus líderes.

No entanto, à noite, o Ministro Juraci Ma-galhães se reunirá, na residência do Sr. BilacPinto, com os dois líderes e outros dirigentesparlamentares, a fim de submeter a debate assoluções aventadas e o próprio texto ão Ato. OMinistro da Justiça vem disposto a sustentara sua orientação e rebater os argumentos do-minantes no Congresso contra a solução pormeio de édito revolucionário. O volume e aprópria importância ãas críticas poderão, noentanto, aconselhar o Governo a tomar maisalguns dias para meditar sóbre uma decisãoque, de qualquer forma, não seria anunciadaantes da próxima semana.

Em setores parlamentares ligados ao Go-vêrno, admitia-se ainda a possibilidade âe ai-tentativas, como, por exemplo, a ãa decreta-ção por Ato de uma solução provisória, relê-gando-se para mais tarde a decisão sóbre aformação definitiva dos Partidos. Entre osprincipais conselheiros parlamentares do Ma-rechal Castelo Branco, há os que preconizamtal solução, entendendo que seria útil fazer-seuma experiência com os Partidos provisóriosantes que se assumam compromissos definiu-vos com a futura institucionalização partida-ria. O decorrer de 1966 e as eleições para oCongresso em outubro do próximo ano pode-riam aconselhar o Governo seja a manter aexperiência que se tentaria com os provisóriosseja a abandoná-la totalmente em favor deoutras formulações.

Tal fórmula, por ser conciliatória, permi-tindo que, no interregno, o próprio Congres-so tentasse, como o preconizam os Srs. DanielKrieger e Pedro Aleixo, armar um esquema ãe-finitivo, poderá vir a ser efetivamente consi-ãerada a partir do encontro ãe hoje ão Presi-dente com os lideres e da reunião noturna áoMinistro da Justiça com os dirigentes ão Con-gresso.

Da parte do Sr. Juraci Magalhães, no en-tanto, o que se observa é a consolidação daexpectativa da solução definitiva e imediatapor intermédio do Ato n.° 4, em função âoqual já se começam a tom,ar providências con-cretas com vistas à formação ão futuro Parti-do do Governo.

Agora a Revolução começou

O Sr. Paulo Sarasaie contava ontem naCâmara que, ao ingressar no Palácio ãas La-ranjeiras, no Rio, encontrou no pé ãa escada,juntos, o Presidente Castelo Branco e o Ge-neral Costa e Silva. O Ministro da Guerra es-tava eufórico, chamou-o e disse, referindo-seao discurso pronunciado pelo Presiãente noMinistério ãa Fazenãa: "Agora é que começoumesmo a revolução."

Candidatura que se fortalececom a posse

Especulação âominante em esferas politi-cas que se afastam âo Governo Castelo Bran-co: a posse dos eleitos fortalecerá a cândida-tura do Ministro da Guerra à Presidência daRepública, desde que seria muito fácil ao Sr.Negrão de Lima e ao Sr. Israel. Pinheiro con-solidar a tendência natural da corrente querepresentam, que é a de ter como candidato oMinistro da Guerra.

O intérprete longo

Referindo-se às relações entre o Governa-dor Magalhães Pinto e o Presidente da Repú-blica, dizia ontem o Sr. Paulo Sarasate: "OGuilherme Machado me pegou uma hora emeia no telefone."

Governo e Oposição

Insistindo no Sr. Paulo Sarasate, diziaéle ontem que não assinará manifesto âe for-viação ãe blocos parlamentares. "É preciso tercoragem ãe definir-se", disse. "Eu sou do Go-vérno, quem fôr da Oposição que o diga, pois

só há dois Partidos, o ão Governo e o da Opo-sição."

... Perguntamos-lhe se o Deputado Adolfode Oliveira falhe havia pedido assinatura parao requerimento de formação do bloco de ex-udenistas. "Não", respondeu, "o Adolfo merespeita".

Lacerda e a posse

O Sr. Carlos Lacerda não quer ter res-ponsabüidaãe em qualquer movimento de opo-sição à posse do Sr. Negrão de Lima, mas nãoacredita que ela se realize.

Os telegramas de Juraci

Os peritos vas situações políticas regio-nais não identificaram o'endereço certo dosdois últimos telegramas-circulares do Minis-tro Juraci Magalhães. As hipóteses correntesapontam Rio Grande ão Norte, Alagoas, Es-pírito Santo, Minas e Guanabara.

Abrandamento

O Governo poderá abrandar a exigênciapara a formação dos Partidos provisórios, ad-mitindo. ao lado da fórmula do quarto de cadauma âas Casas legislativas, a fórmula alter-nativa do apoio dc 120 parlamentares.

Carlos Castello Branco

Conferência instala hoje 4 Comissõespara deliberar e aprovar os projetos

xVa sessão preparatória mar-cada para as 10 horas dc hoje,serão formadas quatro comis-soes para deliberar e aprovaros diversos projetos apresen-tados pelos paises participan-tes da II Conferência Intera-mericana. Extraordinária.

Os temas Proteção dos Direi-tos Humanos e Fortalecimen-io da Democracia Representa-tiva no Continente — itens Ve VI da agenda — seião exa-minados pela Comissão—4.

COMISSÕES

Ê a seguinte a divisão de ta-ref as das quatro comissões:

Comissão 1 — Estudará osprojetos constantes do item Ida agenda (Funcionamento eFortalecimento do Sistema In-teramericano e Possibilidade cConveniência da Realização dcReuniões Anuais de Alto Nivelpara Examinar as Atividadesda Organização e Adoção deMedidas Adequadas);

Comissão 2 — Debaterá ositens II e VII da agenda (De-senvolvimento Econômico e So-ciai do Continente e UtilizaçãoAgrícola, Industrial e Comer-ciai dos Rios e Lagos Inter-nacionais);

Comissão 3 — Cuidará dositens III e IV da agenda (Aper-feiçoamento dos Processos eInstrumentos de Solução Paci-fica de Controvérsias e Comis-são Interamericana de Paz); e

Comissão 4 — Examinará, ositens V e VI da agenda (Pro-teção dos Direitos Humanos cConsideração do Projeto deConvenção sóbre Direitos Hu-manos Elaborado pelo Conse-lho Interamericano de Júris-consultos em sua Quarta Reu-nião e Fortalecimento da De-mocracia Representativa no' Continente).

PROJETOS PRINCIPAIS

São os seguintes os projetosprincipais que serão discutidospelas. Comissões, em seus pon-tos mais significativos:

COMISSÃO 1

1 — Projeto de resoluçãosóbre a convocação do reuniõesa miais de consulta dos Minis-tros das Relações Exteriorescios Estados Americanos, sub-metido pela Colômbia;

— Propõe a realização deuma reunião anual de cônsul-ta dos Ministros das RelaçõesExteriores, cm lugar e datafixados pelo Conselho da Or-gauização dos Estados Ameri-canas, a fim de examinar asquestões políticas econômicase culturais que apreseiiU._f_ urainteresse continental. A ordemdo Dia e o Regulamento In-terno, assim como o local edata, da reunião, serão objetode uma resolução dn Conselhoda Organização, por maioriaabsoluta de votos. Se, por ummotivo excepcional, o Chance-ler de um país náo puder as-sistir á Reunião, êle enviaránm delegado especial.

3 — Estudo» encomendadosao Conselho da. Organização,relacionados com a reforma daCarta da OEA, submetidos pelaArgentina.

— Tarefas:A Comissão proporá que o

Conselho da Organização dosEstados Americanos fique en-carregado das seguintes tare-fas: empreender os estudos ne-cessários em vista da Emendan.° 1 da Carta da OEA; pre-para projetos pertinentes àEmenda; obter os pontos-de-vista dos Governos sobre os di-tos projetos após os estudos econsultas julgados necessários;estabelecer um projeto defini-tivo de emenda que será sub-metido à atenção da Conferên-cia, conforme o Artigo III daCarta da OEA: o Conselho daOrganização começará imedia-tamente seus trabalhos e estu-dará em primeiro lugar os pro-jetos apresentados ã II Confe-rência Interamericana Extra-ordinária;

— Projeto visando à maiorcoordenação dos organismosespecializados como meio narafortalecer o sistema interame-ricano. submetido pela Co-lômbia:

Propõe o estabelecimento dosmétodos necessários para acoordenação eficaz de todos osorganismos especializados dosistema interamericano, de mo-cio que. na prestação de serv;-ços. eles se completem e se íor-tlfiquem mutuamente, o queserá um meio de reforçar o sis-lema regional: o ojslabeleci-

mento de uma política de co-ordenação aceitável por iodo osistema, de sorte que as novasfunções e linha de ação ten-

¦ dentes a favorecer a situaçãoeconômica e social sejam con-fiados aos organismos especia-iizados do sistema interameri-cano que tenham uma largaexperiência dos domínios visa-do.s. a fim de evitar a multi-plicação inútil dc novos orga-nismos ou serviços, com riva-lidade aberta entre eles. Pro-põe também um acordo geralsobre a coordenação das ativi-dades dos organismos especia-Iizados tanto das Nações Uni-das quanto do sistema intera-mericano;

5 — O Documento 27, cons-tante do item I da agenda —Organismos Especializados In-teramericanos —, submetidopelo Brasil, íoi retirado.

A Comissão 1 examinarátambém o relatório sóbre asatividades da Junta Interame-ricana de Defesa (de 1954 a1955) e o relatório do Secre-tário-Geral da OEA, referentea todos os pontos do temário,com exceção do Item II.

COMISSÃO 2

Os documentos principais re-fcrentes ao Item II da agen-dn são os seguintes:

—- Relatório do Secretário-Gerai: Marcha da Aliança pa-ra o Progresso;

— Projeto de Protocolo deAssistência Econômica, subme-tido pelo Brasil:

— Elaboração de um pro-tocolo de Segurança e Assistên-cia Econômica, submetido pelaArgentina.

O projeto declara que ê in-dispensável incorporar ao sis-tema interamericano, conferin-rio-lhe um caráter de obriga-çáo jurídica, o principio da se-gurança e da assistência econô-mica. Decide encarregar o Se-cretário-Geral da OEA de pre-parar um Protocolo de Segu-rança e de Assistência Econô-mica tendo em vista, ao mes-mo tempo, os princípios enun-ciados na Ata de Bogotá e naCarta de Punta dei Este. emais particularmente aquelesque resultam dos elementospresentes na Carta de AltaGracia, assim como a da po-sição comum tomada pelospaíses da América Latina naConferência das Nações Uni-das sóbre o Comércio c o De-senvolvimento e também dasdeliberações da IV Sessão doComitê do Comercio da Co-missão Econômica para a Amé-rica Latina, concretizadas nadeclaração de Lima.

O Secretário-Geral da OEA,ainda segundo o projeto, colo-cará o projeto de protocolo àdisposição dos Estados-Mem-bros antes de expirado umprazo de seis me_es. O projeto6erá preparado em colaboraçãocom os membros do ComitêInteramericano da Aliança pa-ra o Progresso. Três meses apósreceberem o projeto de Proto-colo de Segurança e de Assis-téncia Econômica, os Estados-Membros farão cotihecer osseus pontos-<le-vi6ta ao Secre-tarla dó-Geral.

O esquema definitivo do pro-Jeto <le protocolo será estabe-lecido por uma reunião extra-ordinária do Conselho Econô-

mico e Social Interamericanoc a aprovação final, por umaConferência Interamerlca-na Extraordinária.

— Projeto de Tratado In-teramericano e de Solidarieda-de Econômica, submetido peloChile:

Como nos demais projetossobre o assunto, visa o Govêr-no chileno a colocar a solida-riedade econômica no mesmonível da solidariedade politicaconsagrada no Tratado do Riode Janeiro.

Diz n justificativa do proje-to: "Os Estados Americanosproclamam sua decisão dc scassociarem num esforço comume solidário, com vistas a obtertim progresso econômico maisacelerado e maior justiça so-ciai para suas populações, eestão dispostos a celebrar êstetratado, a fim de fixar conve-atentamente os princípios, asnormas e os procedimentos Ine-rentes â cooperação e à solida-riedacie econômicas Interame-ricanas".

— Projeto de criação doFundo Interamericano de As-sistêncla para Situações deEmergência, submetido peloMéxico:

Êste projeto visa criar o re-ferido Fundo, de acordo coma seguinte norma íundamen-tal: o Fundo destinar-se-á aprestar auxilio sem considera-ções cie natureza política, soba Íorma cie alimentos, equipa-mentos médicos e remédios, ousob outras formas de assistên-cia econômica e técnica, aqualquer pais que se acharameaçado de uma situação de

emergência, seja qual fôr aorigem da mesma (por exem-pio. seja de ordem natural, co-mo terremotos, inundações ousecas de proporções extraordi-nárias. seja de ordem social,inclusive conflitos dc diversostipos) ou que houver através-sado ou estiver atravessandotal situação.

Os documentos principais re-ferentes ao item VII da agenciasáo os seguintes:

— Projeto de utilizaçãoagrícola, industrial o comer-ciai dos rios e lagos interna-cionais, submetido pela Argen-tina:

Propõe a convocação de umaconferência especializada, a fimde estudar uma convenção quetrate exclusivamente do uso in-dustrial e agrícola dos rios elagos internacionais, cuja sedee data serão fixadas oportu-namente pelo Conselho daOEA; recomendar os paísesamericanos que considerem, pormeio de acordos bilaterais, semprejuízos dos seus direitos desoberania, a regulamentação douso comercial dos rios e lagosinternacionais.

— Projeto sóbre o mesmotema, submetido pelo Uruguai:

Propõe a convocação de umaconferência especializada paraestudar um ou mais projetosde convenção sóbre a utiliza-ção agrícola, industrial e co-mercial dos rios e lagos inter-nacionais, a qual será levadaa efeito em data e sede queoportunamente serão fixadaspelo Conselho da organização,incumbindo a Comissão Júri-clica interamericana da elabo-ração de projeto relativo aoassunto.

Êste deverá compreender, en-tre outros, os seguintes pontosbásicos: a livre navegação dosrios e lagos Internacionais co-mo condição necessária parao desenvolvimento do interefim-bio internacional; a unifor-mização das normas sóbre ju-risdição e competência dospaíses ribeirinhos no tocante aoaspecto administrativo portuá-rio e policial em geral, comocondição para facilitar a na-vegação.

— Projeto sóbre realizaçãorie estudos e execução de obrasdestinadas ao melhoramento danavegabilidade do.s rios e lagosinternacionais submetido peloParaguai:

Propõe recomendar ao Secre-tário-Geral da OEA seja pres-tada a mais ampla colabora-ção no tocante à assistênciatécnica aos Estados membros,para a realização de estudosdestinados ao melhoramento danavegabilidade dos dios e la-gos internacionais; recomendarás instituições financeira., in-t ema cio nais que dispensempreferencial atenção aos pedi-dos de assistência técnica e íi-nanoelra para a realização deestudas e execução de obras

¦destinadas ao melhoramento danavegabilidade dos rios e la-gos internacionais do Conti-nente.

COMISSÃO 3

Os documentos principais re-ferentes ao item III da agen-da são os seguintes:

1 — Projeto de instrumentocriando o Conselho Interame-ricano de Paz, submetido peloBrasil:

Propõe: o Conselho Intera-mericano de Paz sersi convo-cado para tomar conhecimentodos problemas de caráter ur-gente que interessam às rela-ções pacificas entre os EstadosAmericanos. Será formado pe-los Ministros das Relações Ex-tetiores dos Estados America-nos.

a Comissão Interamericanade Paz é um órgão de consultado Conselho interamericanode Paz. Ela deverá reunir-se afim de verificar os fatos quemotivaram a reunião do Con-selho e apresentar a êste umrelatório dando conta dos re-sultados de seus estudos.

Se um Estado Americano nãoexecutar as obrigações que lheimpôs uma decisão do Conse-lho Interamericano de Paz, osoutros Estados interessados po-derão solicitar uma reunião doConselho para decidir sóbre asmedidas a adotar, com vistasà execução da decisão.

O Conselho da OEA deveráconstituir-se provisoriamentecm Conselho Interamericanode Paz no caso de se produziruma situação que ameace acoexistência pacifica dos Esta-cios Americanos, a fim de se-guir o progresso das negocia-ções diretas entre o.s paises emlitígio.

2 — Projeto dc Tratado In-teramericano de Soluções Pa-oiiicas, apresentado pelo Equ.i-dor, tomou-se sem sentido pe-

In ratificação do Pacto dc Bo-gota e não será apreciado.

Os principais projetos refe-rentes ao item IV da agendasão os seguintes:

— Estudo do projeto doEquador sobre a Comissão In-teramericana da Paz, prepara-do pela Comissão Jurídica In-teramericana, de conformidadecom a Resolução VI da Reuniãodc Consulta dos Ministros dasRelações Exteriores;

— Relatório da ComissãoInteramericana de Paz sóbresuas atividades desde a Confe-rência Interamericana, de 1954.Extenso relatório de 55 pági-nas, dividido em duas partes.Modificações na- Estrutura eFuncionamento da Comissão eResttmo das Atividades da Co-missão após a Conferência ln-teramericana.

— Relatório da ComissãoInteramericana de Paz sóbre areforma do seu estatuto. Ou-tro longo trabalho (22 páginas»,em quatro partes: Manutençãoda Comissão no Sistema Inte-/-americano, Importância e uti-lidade da Comissão Interameri-cana dc Pas. A competência li-mitada da Comissão e Novo*artigos pura reforçar a compe-lência da Comissão.

COMISSÃO 4

Os principais projetos refe-rentes ao item V da agenciasáo os seguintes:

— Projeto de Convençãosóbre Direitos Humanos, elabo-rado pelo Conselho Interame-ricano de Jurisconsultos cm suaquarta reuniáo. realizada emSantiago do Chile, em 1959:

Êste projeto está esperandodesde 1959 a realização de tunaconferência interamericana pa-ra ser apreciado.

— Projeto de Resoluçãoacerca da Convenção sóbre Di-reitos Humanos, submetido pe-)o Brasil:

Propõe convidar o Conselhoda Organização entre outrospontos, a convocar, uma vezpreparado « nôvo projeto, umaconferência especializada cn-carregada de examinar e ado-tar o texto definitivo da con-venção.

— Projeto de ConvençãoInteramericana. sóbre Liberda-dc de Expressão, de Informa-çáo e de Investigação, subme-tido pela Comissão Interame-ricana de Direitas Humanas:

Quanto a èste projeto, se-gundo informações extra-ofi-ciais, há restrições da delega-ção do México, alegadamentepor ter éle caráter interven-cionista em questões internas.

— Projeto de Convençãosóbre Direitos Humanos, sub-metido pelo Chile:

Extenso projeto em quatropartes e 87 capítulos e que es-tara provavelmente entre o.sque maiores discussões provo-carão. Êle é objeto de comenta-rio em oijtra' matéria deetaedição.

Os principais projetos refe-rentes ao item VI da agendasão os seguintes:

— Documentos do Conse-lho cia OEA relacionados como projeto de Convenção sóbreo exercício efetivo da demo-cracia representativa;

— Relatório da Comissãopreparatória da Reunião deConsulta dos Ministros das Re-lações Exteriores sóbre Demo-cracia Representativa, submeti-do ao Conselho da OEA, em 26de fevereiro de 1905.

COMPOSIÇÃO

Como os delegados tiveramum dia muito ocupado, com aapresentação ao Presidente daRepública. almoço com oChanceler Leitão da Cunha eúltimos preparativos parainauguração da Conferência,náo houve nenhuma evoluçãosensível nas posições assumidaspelas diversas delegações. Naparte da tarde, os chanceleresreuniram-se paia decidir sóbrecomposições das Comissões.

Os Presidentes, Vice-Presi-dentes e Relatores das quatrocomissões seráo, respectiva-mente, dos seguintes países:primeira: México, Paraguai ePeru; Segunda: Chile. Colom-bia e Nicarágua; Terceira:Guatemala. Bolívia e Equador:Quarta: Costa Rica. Uruguaie Estados Unidos.

A Comissão dc Credenciaisserá composta por represen-lautos da Argentina. Honduras,Panamá, Salvador e RepúblicaDominicano, e a de Redaçãopela Colômbia, Equador, Ar-gentina e Brasil.

O fato dc o Brasil só ter rc-presentante em uma comissãofoi explicado por círculos diplo-máticos brasileiros como conse-qüência natural de já ocupara presidência da Conferência.

Convenção dos Direitos Humanos será adiadaTudo indica que a II Confe-

rência Interamericana Extra-ordinária não aprovará umaConvenção sóbre Direitos Hu-manos, transferindo à Comis-são Interamericana de Direi-tos Humanos a incumbência deestudar o problema e apresen-tar um nôvo e mais n.tualiza-do projeto, para. em seguida,ser estudado e aprovado porconferência especializada.

O tema, visto como das maisexplosivas — em face do pro-jeto do Chile que considera ogolpe dc estado uma violaçãodas Direitos Humanos —. vemsendo estudado desde 1948. emBogotá, c já foi objeto de umprojeto do Conselho Interame-ricano de Juristas, hoje consi-cici-ado ultrapassado.

DESATUALIZADOS

Devido â demora des puisesamericanos em aprovar umaConvenção sóbre Direitos Hu-manos, as vários projetos an-teriores se desatualizaram, por-

que importantes passos íoramdados no sentido de asseguraro respeito aos direitos huma-nos, tanto no âmbito nacionalcomo no âmbito internacionalcios Estados. Entre essas eta-lias. destaca-se a criação daComissão Interamericana deDireitos Humanos, com seisanos de existência, e que vemdesempenhando um trabalhoeficiente, demonstrado recente-mente em São Domingos.

Embora a Comissão Intera-mericana de Direitos Humanostenha suas atividades reduzi-das, uma vez que não dispõede podêres coercitivos, os pai-ses americanos não passaramda fase dos projetes de Con-venção sóbre a matéria e ain-ria desta vez náo será dadasolução convencional para oproblema.

O nôvo retardamento deveráser justificado pela falta demanifestação expressa dos Es-tados sóbre o assunto e pelarecomendação ria ComissãoInteramericana ds Direitos

Humanos rie que o projeto cioConselho Interamericano cieJurisconsultos deve ser revi.s-to.

RESOLUÇÃO

Dentro dêsse espirito, deveráser aprovado o projeto de re-solução do Brasil que entregaá Comissão Interamericana rieDireitos Humanos o exame damatéria, à luz dos progressosverificados desde 1959, stige-rindo que após tal revisão oprojeto seja submetido á con-sideração do.s Governos dos Es-tados americanos, para queformulem as observações e su-gestões que julguem pertinen-tes. no prazo cie seis meses.

O Projeto brasileiro deter-mina que a Comissão Intera-mericana de Direitos Huma-nos- após receber tóclas as su-gestões elabore um nóvo pro-íeto e o submeta a uma con-feréncia especializada com po-riéres para aprovar a Conven-ção definitiva.

O Proieto chileno, de Con-venção sóbre os Direitos Hu-manos — talvez o responsávelpelo adiamento da solução doproblema, tal o seu caráter po-lémico — considera o golpe deestado como violação dos di-reitos humanos, embora compalavras mais diplomáticas.Logo no Art. Io do Projetoestá dito: "A vontade do povoé o fundamento da autoridade.Em conseqüência, as institui-ções e o.s Governos, que os po-vos conquistem legitimamente,não poderão sc-r revertidos, mo-dificados ou substituídos, senãoem virtude cie uma manifesta-cão da sua própria vontade, li-vre e iecUimameníe exprimi-ria".

No Art. 19. Parágrafo 1. ali-nea C. o Projeto dispõe:"Totlos cs cidadãos tém o di-reito e a oportunidade de se-rem representados c governa-rios. ao curso do prazo legal,polo* mandatários legitima-mente eleitos".

Conferência parareformar OEA terá

dos EUAoAlta fonte da delegação nor-

te-americana informou ao JOR-NAL DO BRASIL que os Es-tadas Unidos apoiarão um pe-dido de convocação de novaconferência extraordinária, pro-vâvclmente para março de 1966,já tendo dois projetos básicospara a reforma da Carta daOEA: concessão de maiores po-deres ao Secretário-Geral e ex-tensão da.s atribuições do Con-.selho da OEA.

Os Estados Unidos não toma-rão, entretanto, a Iniciativa dcpropor a convocação da reunião,assim como não têm qualquerprojeto sóbre a criação da Fôr-ça Interamericana, Permttnen-te de Paz. embora sejam de opi-nião que êsse item deva serventilado, e mesmo discutido,durante a Conferência do Rio.

A FôRÇA

Comentando a nota oficial,ontem divulgada pelo USIS. dis-se a mesma fonte que os Esta-dos Unidos não insistirão noproblema da criação de umaíôrça interamericana, "porqueêsse é um ponto que só teriaêxito num ambiente de com-preensão total, não devendo,por isso, ser colocado em pauta,quando se prevê uma reação''.

Acrescentou que os EstadosUnidos, embora não tragam àConferência da OEA um pro-jeto de resolução sóbre êsse te-ma. acham que vale ã pena dis-cuti-lo em Plenário, para o exa-me das diversas opiniões e ar-gumentos.

Sobre a constituição da Fór-ça Interamericana permanentede Paz, assinalou:

— Não pensamos num Exér-cito permanente, mas sugeri-mos que os paises designem,dentro de suas forças regula-

res, brigadas ou batalhões quedevam integrar a Força, nomomento em que se tornar ne-cessário convocá-la. Essas bri-gadas seriam treinadas e pre-paradas para essa missão es-pecíflca, sendo capazes de en-trar em ação. no momentopreciso.

APOIA QUEM QUER

De acordo com a fórmulaque seria sugerida pelos Esta-dos Unidos, a FIPP não seriaformada, necessariamente, portodos os países membros daOEA, mas apenas por aqueles-„que votassem pela sua criação.

Dentro dessa tese, a ForçaTnteramerflcana Pfcrmar.entedc Paz náo diferiria, na práti-ca, da Forca Armada Intera-mericana, atualmente em açãocm Sáo Domingos, constituídaapenas por elementos de pai-ses que apoiaram, no auge dacrise, a intervenção de emer-gência dos Estados Unidos,

MOVA CONFERÊNCIA

Na hipótese de convocação deuma nova conferência extraor-dinária. para o estudo da re-íorma da Carta da OEA, osEstadas Unidos proporiam, dcinicio, medidas capazes de darmaior flexibilidade â.. organi-zação, pela ampliação dos po-deres do Secretário-Geral .cias atribuições do Conselho. '

A delegação none-ameriç^-ina apoiará o pedido de convo-cação ria Conferência Extra-,ordinária, com ésse fim espe-cífico, estando plenamente de Iacordo com a tese brasileira do.''que, segundo fontes diploma-^ticas, somente com a reformaida Carta a OEA terá instru-lmentos eficazes para a soluçai*cios grandes problemas do Con-/tinente.

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A Central de acordo emalterar a Carta da OEA

Os Chanceleres da Guatema-la. Nicarágua, Costa Rica, Pu-namá e Honduras, reunidosanteontem na Cidade do Pa-namá. emitiram comunicadoconjunto, no qual se mostramde acordo "sóbre a necessida-cie c a conveniência de propi-ciar a reformada Carta daOEA", segundo informou, on-tem, ao chegar ao Rio, o Chan-celer do Panamá, Sr. Feman-do Eleta.

O comunicado ressalta, ain-da. "a, necessidade de seremadotadas disposições apropria-das para que os Ministros dasRelações Exteriores dos Paisesmembros da OEA possam reu-nir-se todos os anos, a fim deexaminar conjuntamente osproblemas de interesse comumque se apresentem no Conti-nente" e de "preservar a de-mocracia representativa contraas ameaças de subversão".

ACORDO

Os países continentais daAmérica Central, segundo o co-municado conjunto, mostram-se de acordo sóbre os seguin-tes pontos: ai A necessidade econveniência de propiciar areforma da Carta da OEA.com o objetivo rie fortalecer osistema regional, dotando-odos instrumentos jurídicos ne-

cessários para íazè-lo mais efi-caz e dinâmico; b) A neces3i-dade c dinâmico; bi A necessi-apropriadas para que os Minis-tros das Relações Exterioresdos paises membros da OEApossam reunir-se todos osanos, a fim de examinar con-juntamente as problemas deinteresse comum que se apre-sentem no Continente; c) Anecessidade de preservar e íor-talecer a democracia represen-tatlva. e defendê-la vigorosa-mente das ameaças de subver-são; d) Aceitação das emen-das que possam fazer possívela ratificação do Tratado Ame-ricano de Soluções Pacificaspelos paises que ainda não afizeram; e) A conveniência deconvocar uma Conferência Es-pecializada para considerar-oprojeto de convenção sóbreutilização dos rios e lagos in-ternacionais; í) A imperativa,necessidade de se estabelecerum sistema eficaz de proteçãoaos direitos humanos na Amé-rica, e, em conseqüência, defavorecer a consideração doprojeto de Convenção de Di-reitos Htimanos. preparado em1959. pelo Conselho Interame-ricano de Jurisconsultos, to-maneio em conta os outros pro-jetos que sóbre a matéria se-jam apresentados à Confe-rência.

1

Costa Kica defendetese da Venezuela

A Venezuela, embora ausen-te da II Conferência Interame-ricana Extraordinária, tem asua política de não-reconheci-mento de Governos de fato de-íendida pelo Govémo de Cos-ta Rica, que apresentou umprojeto de resolução de caráterpolêmico, destinado a provo-car discussões pelo menos noâmbito das Comissões.

O projeto de resolução deCosta Rica, procura interameri-canizar a politica exterior ado-taria pela Venezuela rie não rc-conhecer Governos de fato ori-lindos da derrubada de Gover-nos democráticos. Com busenesta doutrina, fl Venezuelanão reconheceu até hoje o Go-vérno Castelo Branco e negou-se a participar da atual Con-feréncia Interamericana.

A PROPOSTA

O projeto de resolução apre-sentado pela Costa Rica refe-re-se ao tema VI da agenda(Fortalecimento da Democrá-cia Representativa no Conti-nente) e será discutido na Co-missão — 4. Sua filosofia éa de que só adoção rie medidastendentes a desencorajar osgolpes de estado antidemocrá-ticos podem servir, no momen-to, para fortalecer a demo-cracia representativa no Con-tinente.

O documento costarriquenhosublinha, no entanto, que "anegativa ou os obstáculos im-postos ao reconhecimento nãodevem ser aplicados indiscri-minadamente a todo Governode fato, mas unicamente aosque se originam da derrubadade um Governo autenticamentedemocrático". Isto porque, se-gundo ainda o documento, "éevidente que há Governos riefato que constituem, mais pró-priamente, uma etapa dc tran-

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siçao necessária para permitiro funcionamento da democrá-cia representativa num paísque a possuía".

CONSULTAS

O projeto de resolução apre-sentado pela Costa Rica re-comenda que, logo após a der-rubada de um Governo, as pai-ses membros da OEA iniciemconsultas e. se o caso justiíi-car, resolvam convocar umareunião de consulta de chan-céleres, de acordo com a Car-ta ria OEA.

Nessas consultas, recomenda,a proposta de resolução deCosta Rica, cabe aos Gover-nos americanos analisar os se-gtiintes fatos: a) se o Governode fato está genuinamente dis-posto a adotar as medidas ne-cessárias para a realização deeleições dentro de um per odorazoavelmente curto, e sc o po-'vo terá oportunidade de par-t.icipar livremente do corres-pondente processo eleitoral; b)se o Governo de fato está ge-nulnamente disposto a garan-tir o respeito aos direitos hu-manos, constantes da Declara-çáo Americana dos Direitos doHomem; c) sc o Governo defato está genuinamente dispôs-to a cumprir os compromissosassumidos pelos signatários daDeclaração dos Povos da Amé-rica e ria Carta de Punta deiEste.

Finalmente, o projeto de rc-solução de Casta Rica reco-menda aos Governos das Esta-dos membros da OEA o nãoreconhecimento dos Governasde fato, no caso das consultasindicarem que Cais Governasnão oferecem as garantias aque se referem os itens A. Bc C, acima citados.

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Professoras primárias receberam aulas ele como dirigir o trânsito, para preparar peeptenos guurdas

Candidatas ao títuloGarota ãe Ipanema ganhamdisco e livro )0

Professoras mostram oque aprenderam no Cursode Noções de Trânsito

Quinze candidatas ao titulo dc Garota de Ipanema vi-sitárám ontem à tarde a Secretaria de Turismo, onde ío-ram apresentadas ao engenheiro Enaldo Cravo Peixoto,

que deu a cada uma um disco do IV Centenário do Rio de.Janeiro e um livro do escritor Herculano Gomes Matlns,sóbre a Cidade.

Provavelmente na tarde de hoje os pais de algumasJovens candidatas, menores de 18 anos, terão um encontrocom o Juiz de Menores, para evitar que surjam problemas,Já que elas contam com a autorização verbal dos seus ia-lulliares.

As 35 professoras primárias que concluíram o 2.° CursoEspecial de Noções de Trânsito para o Magistério da Gua-nabara fizeram ontem, na sede da Força Policial, em Man-guinhos, uma exposição de trabalhos didáticos sôbre a ma-teria, os quais serão encaminhados, posteriormente, às es-colas primárias do Estado.

O curso teve por finalidade preparar as professorasprimárias estaduais, habilitando-as a transmitir aos esco-lares noções sôbre o trânsito, educá-los e orientá-los paraque possam participar da Patrulha Escolar.

CONCURSO E "SHOW"

A.s dez finalistas ciue no dia25 desfilarão cm busca do titu-io Garota de Ipanema, no Ciu-__? Monte Líbano, serão escolhi-das depois lie amanhã, durantea realização de um baile napérgula do Clube cU Regatas doFlamengo, na. Gávea. As 25candidatas Inscritas oficialmen-te por isii.il número de clubescariocas desfilarão em traja es-portivo e em maio inteiro, mo-dêlo especial confeccionado pa-ra o concurso. A oomissfio jul-gadora será formada por noveelementos e o baile será.ani-mado pela Orquestra de AstorSilva, tondo num dos interva-los a apresentação d;- uni sliowcom artistas do televisão do Rioe de São Paulo. ¦,/

As dez finalistas classificadasdesfilarão nos salões do Clube

Monte Líbano, durante a rea-Iização de um baile, seis diasapós, quando a Comissão Jul-gadora. composta de 11 mem-bros ligados a história do bair-ro, escolherá a Garota de Ipa-nema.BOSSA NOVA E OEA

No domingo, n Secreiaria tieTurismo organizará, no Mara-canâzinho, um show com osmelhores da bossa nova paratodas as delegações presentes £_Conferência ca OEA. ao mes-rno t;mpo que apresentará aopúblico a candidata vitoriosa.

O slioiu, dirigido por Miele eBoscoli, contará com a partici-pação de Elis Regina, ZimboTrio, Jongo Trio, Baden Powcll,Wilson Simonal, Bossa 3, TrioTamba, Leni Andrade, Peri Ri-beiro e Eiza Soares. O ingressoserá a preços populares.

Inglaterra, Suiça, Francae Polônia ecidem hojequem é melhor no violino

Os finalistas do I Concurso Internacional de Violinodo Rio cie Janeiro submetem-se hoje, às 16 horas, ãs pro-vas finais, escolliendo-se, o vencedor entre Ronald Tho-mas, dr. Inglaterra, Kírzysztof Bruczkowski, da Polônia,Ariane Pfister, da Suíça, e Antoine Goulard e Patrice Fon-tanarosa, da França.

Também hoje, às 21 horas, prosseguem as provas semi-finais do IV Concurso Internacional de Piano, marcando-se as finais para se iniciarem no dia 22. O último dia deprova ainda não íol determinado e vai depender do nú-mero cle candidatos que passarem nas semifinais.BAGAGEM DE CINCO

Ronald Thcmas, da Ingía-terra, um dos cinco finalistas,começou a estudar violino comquatro anos e fêz «ua primeiraapresentação em público aos 15.Aos 17 foi finalista do Nation-.Widc e tocou num concerto deB-ethoven com a VictoriaSymphonic Orchestra. Em lí!,")"recebeu uma bôlsa-de-estudospara a Capital onde, "era 1959,fiz jus a uma medalha noConcurso Internacional de Vio-lino Gari Flesch,

O polonês Krzy.sztoí Brucz-kovvski c descendente de artis-•tis, músico da Orquestra Pi-larmônica e pedagogo da Es-cola de Música da Cracóvia.Com quatro anos iniciou seusestudas de violino 6 em 1B50concluiu com distinção espe-ciai o curso secundário de mú-sica. Em í&flo recebeu uniabôlsa-de-estudos parn.. Moscou,onde terminou os estudos êsteano. Durante os últimos cincoanos deu vários concertos naPolônia e na Rússia.

Quase brasileira. Ariane Píis-ter, nasceu na Suíça, onda co-meçou seus estudes, mas veiocedo para o Brasil. Aqui ln-tensiíicou o aprendizado, ori-entatia por sua mãe, a Proles-sôra e violinista Lola Pfister,Fêz curso de Música de Cama-ra. além de ter estudado naAcademia de Viena e no Con-servatório de Berna. Com lã

anos recebeu o primeiro prê-mio do Concurso dos JoveasSolistas da Orquestra. Sinfôni-ca Brasileira. Em IflSi ganhouo Prêmio da Associação Pau-lista de Críticos Teatrais parao Melhor Conjunto de Câmara,

Da França há dois finalistas:Antolue Goulart e Patrice Fon-tanarosa. Antoine iniciou-secom sete anos e em 19S7 entroupara o Conservatório NacionalSuperior de Música de Paris.Em IflCO recebeu o Prêmio CarlFlesch no Concurso Internacio-nal de Londres. Em 1D62 obte-ve o prêmio do Concurso Inter-nacional Henryk WieniawsWina Polônia, e, no ano passadalaureou-se no Concurso Inter-nacional Paganlni.

Patrice Fontanarosa estudoucom Jean Foumler e em 19C1obteve o segundo prêmio noConcurso Internacional Krei-ser Casais; em 1901, mençãohonrosa no Concur.so Interna-cional Enesco, e neste nno, ga-nhou o sexto prêmio no Concur-so Internacional Ma rgu e ritoLong — J. Thibaud.

*

Os finalistas do Concurso doViolino passaram o dia de on-tem iireparando-.se para as pro-vas finais, ensaiando os mime-ros que apresentarão hoje íren-te r.o júri. Pnra o primeiro co-locado destina-se o prêmio damil dólares, uma medalha, dovenneil e uma tournée nasprincipais Capitais do País.

O QUE FARÃO

O Diretor de Instrução daForça Policial. Coronel MiguelCirne, que supervisionou o cur-so, declarou ao JB que já for-mou 80 professoras, "agoraaptas a preencher urna gran-rie lacuna no tocante aos pio-blemas de trânsito existentesna ruas onde se encontram cs-colas diretamente subordina-dns nos Distritos Educacionaisdo Estado". Entro os proble-1mns principais citou a falta dopoliciamento adequado e de si-nalização nas ruas e a poucainstrução, dos escolares no qua_c refero it, segurança na viapública.

Além das aulas teóricase práticas — disse o CoronelMiguel Cirne —, estas minis-tradas nas sedes das escoluse em vias pavimentadas comgrande densidade de trafego,aplicamos também os recursosaudlvisuais, tais como proje-ção de filmes e de slides, fo-tofirafías cle acidentes e infra-ções, quadros murais, mapas,gráficos, tabelas c fichas doacidentes.

Disso ainda o Diretor deInstrução quo tanto o Depar-lamento de Trânsito como aSecretaria de Educação do Es-lado têm cooperado bastantepara que os cursos atinjam asua finalidade, o. primeiro for-necendo todo o material espe-cinlizado necessário e o segun-<lo facilitando às professorasse ausentarem de suas fun-Ções durante a realização docurso.

COMO SURGIUA idéia da criação do

curso — declarou o CoronelMiguel Cirne' — surgiu de mnguarda lotado na Força Poli-

Ginásios dãoresultadosde Português

Os resultados das provasde Português do exame deadmissão aos ginásios esta-duais só serão divulgados apartir de amanhã, pois, doacordo com informações daSecretaria de Educação, amaioria dos professores doscolégios onde íoram realiza-dos os exames ainda não en-viou as provas corrigidas,ocasionando o atraso da re-lação final.

À Professora Maria deNazaré, do Departamentode Ensino Médio e Superior,informou que na relaçãonão estarão incluídos os ro-sultados das provas dos Co-légios André Maurois e Ca-milo Castelo Branco, queforam anuladas, estandomarcada uma nova provapara o dia 25. Na mesmadata será realizada a provade Matemática, exceto paraos que prestaram examesnaqueles dois colégios.

ciai, que pretendia organizá-loparticularmente. Entretanto, oDiretor da Força, Coronel Vai-frldo Azevedo, considerando-ainteressante, resolveu oficial!-zá-la, indicando como profes-sores do curso um perito detrânsito, um encarregado paraprojeção da lnatrução e ummonitor de trânsito, que viramo seu trabalho compensado, emvista do alto nlve! do aprovei-tamento com notas elevadasdas professôras-alunas.

A professora Maria LúciaGodói Bicalho, eleita Miss Sim-patia na festa de encerramen-to do curso, realizada na Es-cola França, na Piedade, tíe-clarou que cs trabalhos apre-sentados pelas professoras se-rão de grande valia para nsalunos,- que terão oportunidadede lidar com uni nôvo tipo demovimentação pava captaremfls noções do trânsito.

— Os trabalhos hoje apre-sentados —• disse a professora— interessarão vivamente àscrianças, prinoipalmento aque-las que irão participar da. or-gaiiií.nção d.i Patrulha Escolar.Os cartazes? ¦ Situes, maquetas,Jogos didáticos, 'ílanelógrafos esinaleiros produzirão verdadei-ro mipacto no espirito dos alu-nos, pois começaram a com-preender o significado de mui-ta coisa que vêem na rua, comreferência rao trânsito.

Esclareceu ainda a professo-ra Maria Lúcia Godói Bicalhoque a Patrulha Escolar ê umgrupo composto de 11 alunos,criado para fiscalizar o trán-sito em frente ao estabeleci-mento escolar e que agora se-rão diretamente dirigidos pelasprofessoras que já concluíramo Curso Especial de Noções deTrânsito para o Magistério daGuanabara.

R f 1laiae vaicomentarna televisão

O Governador Rafael de Al-meida Magalhães, a partir dopróximo dia 5 cie dezembro, se-rá o responsável — jumamen-t_ com o Sr. Válter Canto —por uma empresa de serviçosde imprensa, que fará, cnireoutras coisas, programas de te-levisão. O próprio Sr. Rafaelcie Almeida Magalhães será ocomentarista de um dos pro-gramas de TV a ser lançadona mesma semana, em que dei-xará o Governo.

A empresa fundada-pelo Sr.Rafael de Almeida Magalhães© Válter Cunto denomina-seEDITEL — Editora cle Im-prensa e Televisão — e clelaíazem parte, ainda, or, Srs.Cerqueira Leite, Luís Brunini,Aldo Olivelro, Veiga Erlto eElias Abifadel (Presidente daAssociação Comercial da ZonaSul). Irão participar, também,os jornalistas Aírton Baffa,Cláudio Lacerda e GeraldoFernandes, que trabalham,atualmente, na Assessoria deImprensa do Palácio Guanaba-ia.

Rafael diz que respostasôbre ajuda demorou porcausa da visita, dos reis

O Governador Rafael de Almeida Magalhães afirmou,ontem, que a demora na resposta do pedido de ajuda aoGoverno federal deve-se à vinda dps reis da Bélgica o à.série de medidas econômicas adotadas pelo Presidente nofim da última semana e que obrigaram o Ministério daFazenda a somente ontem tomar conhecimento da solici-tação da Guanabara.

"O que nós pedimos não é uma esmola. Solicitamosapenas o que o próprio Governo da União determinou, aoenviar ao Congresso e aprovar depois a Ajuda Financeiraaos Estados. No primeiro artigo dessa lei está a garantiada manutenção cle frentes de trabalho, justamente o quea Guanabara está fazendo", afirmou o Governador.

Mágicos vão receüer prêmio,mas antes passam por outrojulgamento, diz Zé Carioca

Zé Carioca, o empresário do I Congresso Brasileiro deMágicos, que foi acusado por colegas de ter desaparecido,com os prêmios e o dinheiro do conclavo, disse ontem quovai entregar as 18 medalhas "aos verdadeiros vencedores &processar os caluniadores", atrav_3 do seu advogado.

Por outro lado, o procurador dos mágicos. Sr. DirceuRodrigues Mendes, vai apresentar, às llh de hoje, umaqueixa-erime de apropriação indébita contra o empresário,que se defende dizendo que "resolvera ficar com os prêmiosdevido às irregularidades do julgamento".

IRRITAÇÃO

O Governador Rafael de Al-meida Magalhães, no Iniciar aentrevista, estava visivelmenteirritado com a manchete deuin matutino carioca que afu--mava ter o Ministro do. Guer-ra recusado uma proposta íor-mulu-cia por éle para impedira posse do Sr. Negrão deLima.

Essa noticia é falsa docomeço ao fim. É uma piadade mau gosto, uma brlneadci^ra sem qualificação. Não me-rece resposta, pois é um jor-nal clandestino que um dia játeve reputação. Pensei emmandar uma resposta ou ini-ciar mesmo um processo. ju-dicial, mas cle náo merece is-to, afirmou o.Governador.

Desmentiu, ainda, a infor-mação do jornal de que hou-vesse mantido um encontro,na última sexta-feira, cem oMinistro Costa e SUva, e, tam-bém, que iria promover umbanqueta cm Brecoló para oSr. Carlos Lacerda.

Esse jornal está-se ante-cipando um pouco ao que iráacontecer no Estado a partir

do próximo dia 5 de dezem-bro, acrescentou o Sr. Rafael.de Almeida Magalhães.

EMPRÉSTIMO

Sóbre o empréstimo solici-tado ao Governo Federal in-formou que somente está de-pendendo dos estudos da Pre-sidência da República c que avinda dos Reis da Bélgica e asrecentes medidas de carátereconômico tomadas pelo" Pre-sidente motivaram esta pe-quena demora na sua conces-sáo.

. — As nossas dificuldades sedevem exclusivamente ao fatodü mantennos frentes de tra-balho a íim de evitar o de-semprêgo. Seria desastroso, naGuanabara, se parássemos al-gunias obras ou mesmo ciinii-uníssemos o seu ritmo. Êsseauxilio está bnseado nn prâ-pria lei de ajuda econômicaaos Estados e será de Cr$ 13bilhões.

Concluiu o Sr. Rafael deAlmeida Magalhães esclare-cendo que o pagamento dofuncionalismo do Estado reíe-rente ao mês de outubro seráiniciado no próximo dia 20,

DUAS VERSÕES

Zé Carioca resolveu procuraro advogado dos mágicos quan-do Já ia terminando o prazoque êste lhe concedera paraque apresentasse os prêmios doconcurso. Propôs então um en-rendimento com o seu procura-dor, Sr. Aluísio B, Nelson, oque náo íol aceito, mas comofaltavam alguns documentaspara a constituição do preces-so, a quelxa-crime não pôdeser protocolada ás 15h de on-tem, como estava previsto.

O empresário, no entanto,d_z que "ao verificar a íaltade critério de alguns membrosda Comissão Julgadora, resol-veu aumentá-la" e, ante i: re-casa do júri, "só não suspen-deu o espetáculo por respeitoao público", 2Sé Carioca diz queo dinheiro apurado lhe perten-ce, por ter financiado, sozinho,o conclave; "Havia apenas umcontrato que dava aos mági-cos 50 % da? lucros, explica oempresário — "mns o Coiigres-.so deu Cr$ 3 milliões de pre-Juízo".NAO HOUVE FUGA

Zé Carioca esclarece que nãofugiu, dizendo ter (saído doTeatro Joáo Caetailo, onde o

Congresso se encerrava, às 4hda manhã, "quando já nadahavia para. íazer lá". Pretendomodificar os resultados do»concursos de mágicas — queacha injustas —• "para entre-gar as medalhas aoa merece-dores".

Entretanto, o empresário,que é também cômico, consi»dera o mágico Drakon, que ti-rou o maior número de meda-lhas, realmente o melhor. ZèCarioca organizou, em 1957, oI Concurso de Mágica do Bra-sil, e cm 1963 o I Concurso deMágica da Guanabara. Pinall-zou dizendo: "das outras vezestudo correu bem porque traba-lliei sozinho, sem recorrer aassociações".

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Uma inesperadaressurreição:Boniüet

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i Hi csr.tos livros antigos i/ue.de tanto permanecerem no»balcões empoelrados das livra-rias de segunda mão, parecemImplorar, sempre que por elespassamos, que os tiremos dnli,

, pelo amor de Deus,x" Entre esses livros esquecidos,. li que ninguém di mais aten-

ção, experimento uma piedadeespecial pelos romances deMj 'Paul Botiraet. Hoje, tanto na

I *' França quanto no resto domundo, tenho a impressão deque ninguém mais os lê. Xoentanto, já tiveram Hes o seuInstante de glória indiscutível,na moldura doirada da toelleépoque, de que íoram o me-Mior espelho, entes que a obrade Pvoust aparecesse.

De mim confesso que, tendolido Mcnsonges, numa ediçãoÍLeinerre, com ilustrações deMyrbach. nunca tive coragemde passar o livro adiante, em-toora a narrativa me parecessearrastada, sem a unidade deurdidura de Le Misciple.

Do velho e copioso escritor,que publicava todos os anos oseu novo romance, como seíôsse uma fruta da estaçáo,sempre me inclinei pelos livrosdc critica literária, alguns dosquais ainda hoje considero ex-celentes, não obstante a prece.-riedade do método com que io-ram elaborados. As páginasque. nesses livros, dedicouBourget ii análise da obrastendhaliana, há mais de meioséculo, continuam válidas, coma agudesa e a seriedade demuitos de seus reparos.

Seu impressionismo critico,ajustado ao processo em vogano último quartel do SéculoXIX, separava-o de Anatole(Prance e Jules Lemaitre — queiguahnente se valiam do expe-alente de falar de si mesmo, apropósito da obra alheia- —graças à circunstância de que,nos escritos de Paul Bourget,teimava sempre um núcleodoutrinário, que o situava nalinha dos moralistas.

Em essência, em ele um pro-fessor, numa pátria de pro-fessôres, embora, ao que supo-nho, nunca tenha ascendido auma cátedra. O tom maglste-rial de seus escritos adviria as-sim de uma vocação frustrada,a que a pena du romancista edo ensaísta proporcionara oderivativo providencial.

Nunca retirei da estante umdos onze volumes de sua obracritica, para uns momentos deleitura ao acaso, que não sais-se recompensado desse convi-vio. Sóbre Barbey dWurevilly,por exemplo, ninguém me en- *-sinou mais que éle, no peque-no estudo em que lhe apreciou•a arte, nas Pages de Critique etde Doctrlue. E não é outro omeu juízo sobr« sua, análise daobra de Taine. nos Essals d*Psychologie Coiiteniporalne.

Ora, há exatamente dois me-ses, em Paris, lt o capítulo qu»Gerard Baüer consagrou «ovelho Bourget, r.o seu livro damemórias, Je me Souvlcns. Nocorrer dessa leitura, assaltou-ma a impressão curiosa úe queum amigo comum me falava deoutro amigo.

Ao contrária do» inemorialis-tas azedos, para os quais a re-cordação é uma modalidade dorepresáli a cavüosa, Gerar dBaüer fuz da reminlscênciauma ressurreição feliz. Dir-se-ia que reanima o velho mestraesquecido, insuilando-llu. o seupróprio sangue, para que êssemestre conviva conosco, na fa-ràndola de suus lembrançasenternecidas.

Também Mauriac, que na ju-ventude teve Bourget. na mal.-,alta conta, dele nos fala noseu Journal d'un Homme tleTrente Aiis, a propósito da vtsi-ta que lhe íêz, a 17 de outubrode 1920: "Homem tle aparênciadoce. benévolo, instruído, mui-to sensibilizado eom a minhapresença. Emoção sincera deestar ali diante daquele quefoi antigamente para num ohomem de tetras no zênite.Êle me citou, no momento dasaída, dois versos dns ^rãn>.Postas".

Sente-se, por essas 'palavras,que Mauriac Íoi i. casa tieBourget. não para lhe renderuma homenagem, mas para lharecolher os elogios,.

Prefiro- a atitude de GerardBaüer, mais humana .. gênero-sa. E reconheço ter sido essaa atitude do próprio Bourget,sempre que falava de seusamigos n dos velhos autores riesua predileção.

Cartadoleitor

O Sr. Rui Guerra, dasRelações Públicas do Ex-presso Real Ltda., esclarece,a propósito de condições devida do motoristas das li-nhas de coletivos que ser-vem à linha Rio—Brasília,que "os motoristas, além tlcperceberem nm salário fixode Crs 130 mil, têm direitoa hospedagem e alimenta-çao, por conta dns em-presas"."Ao percurso de 1 21(5 qui-lômetros — continua — co-berto em 24 horas, por me-dida de segurança e comseis paradas destinadas aalimentação c ligeiro repou-so, concorrem dois motoris-tas, obrigatoriamente. Háuma rigorosa fiscalizaçãoem Brasilia, para evitar jo-gatina e bebedeira, no hotel,perturbando o repouso dopessoal, tendo sido despedi-dos os que infringem estasdeterminações."

Editor-Cheío:Alberto Dines

UIo, 38 <le novembro <lo IlliaDiretores:

-VL F. do Nascimento Brito c Celso de Souza e Silva

COISAS DA POLÍTICA

Diretor-Presidente.C. Pereira, Carneiro

Conquistas irreversíveisO discurso pronunciado pelo Presidente Çfàs-

telo Branco, ontem, ao abrir; os trabalhos daSegunda Conferência Interamericana Extraordi-nária. não se limitou às formalidades ila cortesia,nem à repetição de fórmulas mais oti menos ocas,tradicionalmente apropriadas para êsse gênero deoportunidades. Em nome do Brasil, o Presidên-te Castelo Branco adiantou, em linguagem francae clara, algumas críticas substanciais ao SistemaInteramericano, que, por isso mesmo, segundoas palavras presidenciais, "tem

que ser reconsi-derado em sua organização e em sua doutrina."

Ao comemorar setenta e cinco anos, a OEAtem sido fértil, com efeito, em conceitos jurídi-cos c até mesmo em formas de bizantino jurisdi-cismo. O que o Presidente Castelo Branco pro-põe, porém, e muito justamente, é tratar de ava-liarmos se os resultados obtidos até aqui estãode fato à altura dos ideais pan-americanos jáformulados pela boca profética de Simón Bolí-var, no Congresso do Panamá em 1826.

É íora dc dúvida que tais resultados nãocorrespondem ao que era lícito esperar de umorganismo pioneiro como a OEA. E não cor-respondem exatamente por ler sido a Organiza-ção vítima de uma calcificação e de um escle-rosaménto que há muito sufocam a sua vitali-dade e impedem o seu enquadramento dentro darealidade, que, a refletir, cia tem preferido, fre-qüentemente, apenas omitir ou ignorar.

O Presidente Castelo Branco, tão agudo nacrítica que traçou da Organização dos EstadosAmericanos, não quis, porém, descer à razão pro-funda dos males que diagnosticou, e que não éoutra senão o irrealismo em que vive mergulha-do o Sistema. Se ainda se precisasse de provaspara demonstrado, bastaria repassar a literaturainteramericana desde algumas décadas, para hãofalar na retórica repisada e cediça com que selouvam, inconseqüentemente, os ideais pan-ame-ricanos. Formas jurídicas e flores retóricas nadaacrescentam, porém, a êsses ideais, nem pernti-tem a sua tradução em termos objetivos e con-"cretos.

Não é de estranhar, por isso mesmo, que.conforme observa o Presidente Castelo Branco,as iniciativas, em matéria de cooperação econô-mica, venham sendo sempre mais lentas, numesforço que se processa em grande parte em res-posta a crises ocasionais.

Nesse capítulo, nada ou quase nada de fatoconseguimos avançar, sobretudo se se lembra,como fêz o Presidente da República, que já em1890 a integração continental concebia a existên-cia de uma moeda única e de uma união adua-neira. Outros organismos internacionais, como aComunidade do Carvão e do Aço e o próprioMercado Comum Europeu, este ainda mais re-cente, podem, hoje, ser exemplos para a vetustaOrganização de Estados Americanos.

De resto, só muito recentemente e sob apressão de crises ou de fatos graves o Sistemacomeçou a pensar em termos de justiça social ede resolução da verdadeira causa da instabilida-de política do continente, ou seja, o atraso eco-nòmico em que continua u viver a quase tolali-dade de sua população. A Carta de Punta deiEste significou unt avanço considerável e só veioa existir, como é sabido, graças às inspiraçõesalimentadas pelo Presidente Kennedy, cuja visãode estadista não podia deixar de lado os fatoreseconômicos e sociais que estão na base da grau-de. maioria de nossos problemas.

O discurso presidencial não se restringiu,porém, a criticar as falhas e as omissões que atélioje minimizam a cooperação econômica in-

USHá evidente exploração política nesse epi-

sódio da convocação do Governador eleito riaGuanabara, para depor num IPM às vésperas ilesua posse. 0 objetivo dessa manobra políticasalta aos olhos de qualquer mu: os balidos misurnas sonham ainda em perturbar o cumprimen-to da vontade popular.

É oportuno «capitular: Inquérito Policial-Militar é. instrumento da Justiça Militar paraapurar crimes contra a segurança do Estado. Nasituação especial que o Brasil vive desde 3] «lemarço de 64, a utilização dos IPMs ganhou maiorâmbito,* mas a contingência não lhe confere po-der judicante. O IPM tem por finalidade a co-leta de informações, que a Justiça poderá acei-tar ou recusar. Portanto, ao recolher os dados,o inquérito policial-militar pode ouvir qualquercidadão capaz de esclarecer os fatos, até mesmonm Governador eleito. Mas, quando se tornainstrumento de ação política, foge à sua fina-lidade.

No que diz respeito ao Sr. Negrão de Lima.está se configurando de maneira clara uma coa,ção politica eom n intenção de tentar senão ira-pedir, pelo menos tumultuar a posse, do candi-dato vitorioso no último pleito. No momentode transição política vivida pelo Brasil, é pre-ciso não perder de vista os interesses derrotadoina sucessão da Guanabara. Este é um dado es-seucial â ícompreeneâo.correta dos fatos.,.,

teramericana. Passando a outro terreno, o Pre-sidente Castelo Branco propôs a revisão do con-ceito de intervenção, pois a tanto correspondea posição que manifestou acerca da figura daagressão ideológica. O Chefe do Executivo bra-sileiro não se limitou à técnica, por êle mesmocondenada, de repisar, de forma acadêmica, prin-cípios e disposições "aos

quais, em face de umlitígio, não nos mostramos dispostos a obedecer".Tratando-se, porém, do fortalecimento do exerci-cio efetivo da democracia representativa — comoo próprio pronunciamento do Presidente íazquestão dc frisar —, não se pode compreenderque a revisão dos conceitos de agressão e de in-tervenção se faça sem levar em conta os váriosregimes ditatoriais que existem e até florescemno continente graças à abolição das liberdadesdemocráticas internas.

O Presidente da República filia-se ao pen-samento dos que pregam a intervenção coletiva,atribuindo-se, áséim, à OEA, podêres supranacio-nais. Tal modificação implicaria a revogação deprincípios hoje vigentes na Carta de Bogotá, acomeçar pelo Capítulo III, que dispõe sobre osdireitos e deveres fundamentais dos Estados mem-bros. Há, com efeito, nítido antagonismo entreêsses princípios, que ainda figuram na letra dosdocumentos básicos do Sistema, e a proposta deque o Brasil se faz agora porta-voz, para a rc-visão cabal do conceito de intervenção. A filo-sofia esposada em seu discurso pelo PresidenteCastelo Branco choca-se, assim, com a filosofiaque informa a Carta da OEA e até mesmo aCarta da ONU, já que se trata de conferir a umorganismo internacional podêres e autoridadeque o atual Direito Internacional desconhece oupelo menos ainda não incorporou. Êsses pode-res, que seriam atribuídos ao Sistema Interame-ricano, entram em incontestável conflito com oconceito de soberania dos Estados, tal como éhoje compreendida e codificada, a começar pelaCarta de Bogotá.

O que pretende c prega, sem ambages, oPresidente Castelo Branco é, pois, a revisão com-pleta, de fundo e de forma, do que se chegoua entender por autodeterminação. Em apoio àsua tese, o Presidente cila o caso recente da Re-pública Dominicana, país onde se fêz a primeiraintervenção armada — unilateral a princípio edepois coletiva — desde que se fixaram os atuaisprincípios da doutrina não-inlervencionista ado»tada pela ONU e pela OEA. Quer-nos parecer,todavia, que o exemplo será pelo menos prema-tnro, urna vez que os resultados de tal interven-ção ainda não podem ser tidos como válidos.Basta lembrar qne as íôrças de ocupação da OEA,que ainda lá permanecem, tiveram de negociarcom o chefe de uma facção rebelde, exatamenteaquela — a de Caamano — que teria provocadoas desconfianças e a ação militar dos EstadosUnidos.

Corno a atual Conferência não tem podêrespara proceder à reforma da Carta, mas de sim-pies recomendação, não faltará tempo para odebate e o exame das sugestões concretas que.acaba de fazer o Presidente Castelo Branco. Êletocou em questões graves, que reclamam o ama-durecimento dos espíritos para evitar conclusõesprecipitadas, ou a repetição de erros do passa-do. Depois rpie falou o Presidente Castelo Bran-co, cumpre-nos agora ouvir e recolher a lição deum debate que, para ser fecundo e veraz, temde ser realista e objetivo, sem que isto signifique,qualquer recuo no terreno das conquistas demo-cráticas que com tanto esforço vimos consoli-dando e que se devem tornar irreversíveis.

55

A partir da apuração, numa eleição livre,em que as regras do jogo foram estabelecidaspelo Governo federal, além das cautelas excepcio-nais de que se cercou o pleito, não cabe discutir.-c o vencedor é o melhor. O único juiz em ma-teria eleitoral é o povo e aquele que mereceua confiança da maioria hão deve ser objeto decontestação da minoria derrotada.

0 Presidente <la República já afirmou emmais de uma oportunidade que e_-tá garantida aposse dos eleitos. E o Ministro da Justiça jád.finin que "não dar posse é matar a Revolução".Portanto, nenhum setor tem habilitação legalpara contestar a vontade popular. O JORNALDO BRASIL se sente à vontade para defendero princípio da posse do Sr. Negrão de Lima,cuja candidatura não reconheceu como a melhor.Mas, coino o povo o escolheu, em pleito livre,este jornal julga de seu dever tomar posição alavor de tua posse e desmascarar as intençõesantidemocráticas que animam alguns setores der-rolados na tentativa de frustrar a soberania davontade popular.

0 Governo dispõe de recursos normais oexcepcionais, estes criados pelo Ato Institucionaln.° 2, para assegurar o seu esforço de democra-tizaeão e inutilizar toda e qualquer pretensão deservir aos grupos derrotados, tanto os de hojecomo os identificados com a situação anteriora 31 de março. A estes só cabe, de fato. o jus«pernearidi. j,

sperneand

Medidas para defendera unidade da revolução

As recomendações im-perativas do Ministro daJustiça, con lidas em doistelegramas circ ul ar e sconsecutivos aos gover-nadores estaduais, e a de-cisãç, confirmada ontem,de enquadrar a LIDERconto entidade subversi-va, não são medidas iso-ladas mas fazem partede um conjunto de pro-vidências destinadas, se-gundo esclarecimentosobtidos nos meios ofi-ciais, a afirmar a autori-dade do Governo e pre-servar a unidade da re-volução.

Em sua recente entre-vista à imprensa, em Bra-silia, o Marechal CasteloBranco incluiu expressa-mente entre os fatores deinspiração da outorga doAto Institucional n.° 2.a necessidade de acabarcom as "revoluçõezinhas

particulares" que se pre-paravam ostensivamentepqra desmoralizar o Go-vêrno e impedir a possedos eleitos a 3 de outu-bro. Outras "revoluçõezi-

nhas particulares", comoconseqüência da ediçãodo próprio Ato, passarama ser feitas em alguns Es-lados, como o EspiritoS unt o, Alagoas e BioGrande do Norte, amea-çando estender-se rápida-mente a todo o territórionacional, na medida emque as primeiras escura-muças encontrassem co-bertura do Governo oufossem estimuladas peloseu silêncio.

Foi a previsão desse

risco (pte levou o Sr. Ju-raci Magalhães a dirigiras duas circúlares destasemana aos governado-res, através dos quais,pór uma questão de hie-rarquia, desejou atingiros grupos político-parti-dários que começavam adisputar o Poder pelesvelhos métodos, à sombrada revolução e como seagissem em seu nome.

O alastramento do fe-nômeno compro meti a,entretanto, em primeirolugar, a própria revolu-ção, que tenderia a per-der a sua unidade politi-ca, enfr aquecendo-se eexpondo-se à desmoruU-zação.

Se no campo civil o pe-rigo reclamou a interven-cão pronta do Ministroda Justiça, no campo mi-litar preocupou aindamais o Ministro da Guer-ra, pois aí ainda maisimportaria resguardar ocaráter unitário da revo-lução e a constância dosseus objetivos.

O procedimento anun-ciado contra a LÍDERnão se limitará a conteros impulsos de seu orien-tador civil, Sr. Luís Men-des de Morais, mas che-gará possivelmente ao fe-chamento da entidade,que representa, comose sabe, o setor mais ra-dical do pensamento dalinha dura inilitar.

Deve-se ligar à ação doMinistro da Justiça, aêsse propósito, a declara-cão feita ontem ao Depu*tado Amaral Neto, pelo

General Costa e Silva, deque a posse dos eleitoscontinuaria "inquestionâ-

vel'* para o Govêvjio,embora não se fizesse res-trição ao trabalho nor-mal dos Coronéis encar-regados dos IPMs

Na véspera, em encoiutro ligeiro com jornalis-tas, o Ministro da Guer-ra explicara o adiamentode sua viagem à Europacom a observação de queestava próximo o dia 5de dezembro (posse doSr. Negrão de Lima noGoverno da Guanabara),por êle considerado "um

marco" na evolução dosacontecimentos.

Solução unilateral

para Alagoas

A conversa man tidaanteontem pelo Ministroda Justiça com o Gover-nador de Alagoas, Sr,Luís Cavalcanti, foi con-siderada como a últimatentativa para conduzir ocaso de Alagoas a umasaída de conciliação.

Com essa conversa,apesar do entendimentoque o Sr. Juraci Maga-Ihães deverá ter com.o Presidente do Tribtunal Superior Eleitoral,consolidou-se a ímpres-são de que o problemaalagoano será tratado por""uma solução unílale-raV't segundo expressãoasada ontem por um rfo.*port-tovozes gavernamm»tais:

A solução unilateral 'êt

¦evidentementep a. inter"venção federal-.

'•>;7iÇ Extremismo antibrasileiro

O que mais me horro-rizou no AI-2 foi o seu ca-ráter antibrasileiro. Es-tamos caminhando emsentido diametralmenteoposto à nossa tradição

e ao nosso temperamento.Estamos trilhando, pormimetismo ou por pâni-co, um caminho exata-mente contrário ao quedevíamos trilhar.

Admito as revoluções,embora não creia emsua eficácia. Houve gran-des revoluções irreversf-veis, na História da hu-manidade, mas o meto-do revolucionário comoprocesso histórico nor-mal.é uma forma anacrô-nica e primitiva de ope-rar o progresso social.Querer íazer da Revolu-ção uma força irresistí-vel, um processo inevitá-vel ou um superpodercriador de direitos, é pre-cisamente o que nos en-sina a filosofia marxistacia História. Todos osnossos revolucionáriosantimarxistas, desde 1de abril de 1964, estão fa-zendo marxismo, comoMonsieur Jourdain faziaprosa...

Estão sobretudo des-braslleirizando o Brasil.E é Isso que mais mepreocupa, me entristece eme revolta.

Esse processo de desça-racterizaçâo do Brasil co-meçou com a renúncia doSenhor Jânio Quadros,para não remontarmosalém, como poderíamosfazò-lo. datando-o da dé-cada 20 a 30, quando fo-ram fundados no Brasilo Partido Comunista e aAção Integralista, já

agora renascente. Intro-duzia-se em nossa terra,como já hoje a distânciapodemos ver claramente,um vírus terrível e antl-brasileiro — o do extre-mismo. Desde então obinômio Esquerda-Direi-ta, confessado ou incon-íessado, começou a subs-tituir aquela tradição depolinômios, que semprefora a nossa. E a solaparo que havia de mais pre-cioso e insubstituível natradição brasileira: acordialidade, a mansidão,o respeito recíproco, o es-pírito de composição, obom senso. Tudo isso foipouco a pouco sendosubstituído pelo autori-tarismo, pelo revolucio-narismo, pelo esquerdis-mo, pelo direitismo, peloantagonismo, pela arro-gancia, pelo farisaísmo,em suma pelo Extremis-mo radicalista. O e foisubstituído pelo ou, Acompreensão pela conde-nação. O amor pelo ódio.A convivência pelo isola-cionismo. A oposição pe-la conspiração. O equilí-brio dos podêres pela hl-pertrof ia do Executivo. Ocivilismo pelo militaris-mo. A harmonia das cias-ses pela luta de classes.O jeito pelo dedo em ris-te. O espírito moderadorpelo espírito punidor. Amoral pelo moralismo.

Tudo isso estava emgerme, embora já comcertos brotos viridentes.no AI-1. Mas só veio afuro de modo violento eintolerante, no AI-2!

Passamos a reproduzir,no Brasil, o que ocorreuna Argentina. Passamosa substituir o tempera-

Trístão de Athayde

mento brasileiro, de tipopacífico e engenhoso, pe-lo temperamento hispa-no-americano de tiposangrento e intolerante.Passamos a substituir oespírito de concordata,pelo espírito de dissídio,de perseguição, de puni*ção, de inquéritos mili-tares e policiais, com pe-nalidades concentrado-nárias de domicílio força-do e de liberdade vigia-da. Só falta o restabeleci-mento da pena de morte,aliás já proposta...

Em suma, entramosem pleno mimetismo.Oliveira Viana acusouRui Barbosa de ter en-fraquecido a Repúblicapela introdução do iãea-lismo, na sua Constitui-ção de 91, de molde nor-te-americano.

Estamos hoje exata-mente no extremo opôs-to. O idealismo está sen-do substituído por umrealismo inflexível, porum naturalismo feroz,por um autoritarismo to-talmente antiidealista.,Passamos de um extremoa outro, quando na ver-dade somos visceralmen-te antiextremistas. E oextremismo direitista dehoje é infinitamentemenos brasileiro do quetodo idealismo, abençoa-do idealismo, de Rui Bar-bosa, de saudosissimamemória! Pois preten-dem enquadrar, pela fór-ça, uma civilização, de ti-po eminentemente hu-manista. como a nossa,dentro de um instltucio-nalismo eminentementeinumano, de caráter ex-tremista e antibrasileiro.,

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Jornal do Brasil, Quinta-Feira, 18-11-65, l.o Cad. _ 7

TRE do Rio-

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Natal (Correspondente) — OTribunal Rc;íío._s_1 Eleitoral vai

Jfc-eunir-se a partir das 14 horasdo iicje, a íim de julgar a re-pKSsricação da Oposiç&o con-tra a validade dos votos da-tícs no Monsenhor ValíredoGurrel r.o pleito de 3 de ou-tubro, sob a alegação de em-

¦ .;• prego do poder econômico e/desvio do poder estadual.

O processo já tem parecerravorável do Procurador Regio-nal Eleitoral, Sr. Manuel "Va-

reia Albuquerque, que além deacolher a tese dos advogadosoposicionistas, sugere a inele-

feibilidáds também do jòrnalis-ji e" ta Agnelo Alves, eleito Prefei-

to de Natal.

CHEGADA

Eòperocios por cêrca de duasmil pessoas e num clima dealta tensão, só aliviados comTt, chegada de policiais esta-fluais e federais, chegaram on-tem a Natal, no mesmo avião,o Governador Aluisio Alves, oSenador Dinarte Mariz e oMonsenhor Valíredo Gurgel,Governador eleito do RioGrande do Norte..O encontro de correligioná-rfos dos Srs. Aluisio Alves, deum lado, e do Senador DinarteMariz, de outro, causou gran-de apreensão no Aeroporto,rnos oc policiais souberammanter a ordem, embora asduas facções estivessem exal-tadfcslmas.à O Governador Aluisio Alvese os Senadores Valíredo Gur-gel e Dinarte Mariz passarampor um verdadeiro corredorpolonês, ouvindo toda a sortode impropérios de seus adver-sâi-ios e vidas dos companhei-ros políticos.

" CONTRA CORONEL

Chegando ao saguão cio Ae-roporto, o Governador AluisioAlves dirigiu-se imediatamen-te aos jornalista'., aos quaisafirmou;

Todos podem íicar abso-* lutamente tranqüilos que a de-cisão da Justiça Eleitoral seráfavorável ao Monsenhor Vai-tiedo Gurgel, porque sete ho-mens não poderão mudar opronuncio mento de 300 mileleitores qua elegeram o can-

_, didato apoiado pelo meu Go-vêrno.

Disse o Governador AluisioAlves que no encontro quemanteve com o Presidente Cas-telo Branco denunciara o Co-mandante da Ba.se Aérea daNa lai, Coronel Paulo Sale-ma, como pressionador dos jui-zes do Tribunal Eleitoral para

/¦'que decidissem a íavor da re-' presentaçâo do Senador Dinar-

te Mari;-.. Informou tnmbémque levou a mesma denúnciaao Ministro da Aeronáutica,Marechal Eduardo Gomes.

Na opinião do GovernadorAluisio Alves, o Senador Di-«arte Mariz está atravessandoos último:; instantes de "suafaflsa vida pública, voltando

fagora à lama de onde partiu,quando depois de chegar aoGoverno do Estado usou os dl-nheiros públicos para o favo-recimento ilícito de pessoas de.•mio, família, .mm. os rnr.il.-. ir-mãos, filhos e genros".

O Governador Aluisio Alves'Permanecerá no Rio Grande•do Norte até que a Justiça sspronuncie a respeito da re-éresítitação do Senador Di-

l',a,rte Mariz centra a eleiçãodó Senador Valíredo Gurgele em seguida viajará paraBrasília.

PROTEÇÃO

Em sua reunião de ontem,o Tribunal Regional Eleitoraldscidiu transferir para o seu

Yji Presidente, DesembargadorBobinson Silva, a responsabl-lidade de requisitar íórça le-deral pnra garantir o livrepronui.-.ciamento dos juizes noJulgamento de amanhã.

O Comandante da Base Aí-. rea de Natal, Coronel Paulo

^ Salema, viajou ontem inc-spe-ra damente para o Rio rie Ja-neiro, atendendo _ chamadode seus superiores.

O ATAQUE

Em entrevista coletiva \_imprensa, o Senador DinarteMariz disse que confia pl.i::a-

_, mente na decisão da JustiçaEleitorni, "mas não desejovencer apenas para acomodarqualquer vaidade pessoal e sim

• para ver o cumprimento doCódigo Eleitoral".

O Senador Dinarte Marizchegou acompanhado do Sr.Cândido de Oliveira, que

^-'acompanhará hoje o Julga-mento do TRE.

O Sr. Dinarte Mariz cen-ílenou a convocação que oGovemaador Aluisio Alves íêzaos seus correligionários, paraque compareçam à sss;áo doTRE, chamando-o de levianoe imaturo.

DEFESA

/ O Senador Valíredo Gurgel,vitorioso nas eleições de 3 deoutubro, disse que considera arepresentação tía Oposiçãomais "uma provocação parti-da daqueles que não se con-formam com o pronuneiamen-to popular e investem furio-

^'samente contra o povo".Disse o Senador Valíredo

Gurgel que se exis.iu algumabuso "êle partiu daqueles queagora ousam importunar aJustiça com uma farsa, que«iates de tudo _ um acinte àjtonutde popular manifestada

j^íbberanainente r.aa urnas. Masjulguem os juizes, porque opovo já fez o seu Julgamento."

Grande do Norie eciae hoje eleição de Gurgel*m- ¦ '•?*g' tí'%

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Forças norte-vietnamitas atacam com elefantesSaigon (AP-UPI-FP-JB) —

Coni o apoio aéreo de seusB-52, que lançavam toneladasde explosivos contra as posi-ções inimigas, tropas da 1." Di-visão dc Cavalaria Aerotrans-portada dos EUA combateram,à. noite, com um nóvo bata-jhão norte-vietnamita, apoia-do por elefantes, que atacou acerca de 5 Km ao norte da mon-tanha de Chu Pong, onde osnorte-americanos conseguiramsua vitória mais custosa daatual gnerra.

. No distrito sul-vietnamita daHiep Duca, a 210 km ao nor-te do Vale de Ia Drang e a50 km de Da Nans um bata-Ihão vietcong de 500 homensdestruiu, ontem, a sede militar,causando elevadas baixas à,guarnição de 150 homens, en-quanto, na guerra aérea, qua-tro aviões norte-americanosforam derrubados, em 35 minu-tos, quando atacavam a estra-da de Hua Duong, no Viet-name do Norte.

NOVO BATALHA

Os detalhes da nova batalhatravada em Chu Pong sáo ain-da escassos. Ignora-se se asforças norte-vietnamitas sãoparte do Regimento 60, virtual-mente aniquilado pelas tropasdos EUA. ou se são contingen-tes que chegaram á zona paraenfrentar as unidades da 1.*Divisão de Cavalaria.

Os novos choques ocorreramatravés do Rio Drang e a 5 kmao norte do local de aterrissa-gem dos helicópteros que de-íenderam os batalhões da 1.*Divisão, durante os três diasque durou a batalha inicial. OComando norte-americano jáhavia ordenado a retirada dastropas do Vale do Drang, pa-ra não correr riscos inúteis ca-so os vietcongs dispusessem denovas unidades de reserva.

Treze soldados vietcongs fo-ram mortos, ontem, e um ofi-ciai do serviço secreto decla-rou que a nova ofensiva íoideschechada, ao que parece,por um batalhão do exércitoregular, recém-chegado à re-gião.

Um batalhão vietcong, de500 homens, destruiu, ontem,uma sede militar de distritosul-vietnamita cm Hiep Duc, a210 km ao norte do Vale deIa Drang, e a 50 km de Da,

Nang. Fontes vietnamitas in-formaram que íoram altas asbaixas entre os 150 homens dagua_-nlção, ç que todos os edi-íicios estão derrubados.

Quanto aos quatro bombar-deiros norte-americanas, aba-tidos pela manhã sóbre o Viet-name do Norte, realizavam seusegundo ataque contra a ponteferroviária e rodoviária maisimportante que liga Hanói aoporto de Haifong. Dois pilotosíoram resgatados, um morreue outro foi dado oficialmentecomo perdido.

Enquanto isso, aviões Thun-derchief atacavam, mais umavez, duas bases de projéteisbalísticas Sam, no Vietname doNorte, situadas a 50 km a nor-deste e 55 km a noroeste deHanól. Um dos pilotos, cujoavião íoi 'abatido

por um íò-guete, ee precipitou nas águasdo golfo de Tonquim.DESMENTIDO

A agência Nova China, ci-tando despachos de Hanói, re-velou que um porta-voz daChancelaria norte - vietnamitadesmentiu, categórica mente,que tropas dêsse pais partici-pem dos combates cm Piei Me,como asseguram as agências dc-imprensa ocidentais.

Em Hanói, a rádio local in-formou que as íôrç-as vietcongsencurralaram e aniquilaramuma companhia da l.a Divisãode Cavalaria Aerotransportadados EUA, no dia 15, na provín-cia de Gialai, próximo a BauCan, a 26 km ao norte de PieiMe. Desde o dia 19 de outu-bro, em que se iniciaram osviolentos combates em torno aêsse acampamento de íôrçasespeciais, o Vietcong declarater pôsto fora de ação 1 403soldados inimigos, dos quais 420norte-americanos.

Na batalha de Chu Pong, se-gundo as informações do Co-mando Militar norte-america-no, as baixas vietcongs atingema 981 mortos e 192 prisionei-ros, enquanto em outras fren-tes 165 foram, mortos, 286 íi-caram íeridos e 56 são consi-derados desaparecidos. Oiten-ta e seis norte-americanosmorreram e 230 estão feridos,o que constitui os mais altasbaixas, cm uma semana, já re-glstradas durante a guerraatual.

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Saigon — Os soldados comunistas do Viet-name do Norte estão sendo, aos poucos, esma-gados pelas forças militares dos Estados Uni-dos, agora transformadas num verdadeiro exér-cito, elas que a princípio não passavam de umsimples regimento.

A 1." Divisão de Cavalaria dos Estados Uni-dos simplesmente aniquilou um regimento com-pleto — o C6.° Regimento do Vietname do Nor-te — em três dias de combates selvagens nazona montanhosa do Chu Pong, perto da íron-teira cambojana, Essas mesmas tropas, ante-riormente, haviam auxiliado a esmagar a re-sistência de dois outros regimentos norte-viel-namitas, na zona que circunda o campo dasíôrças especiais, em Piei Me.

Os oficiais norte-americanos estão certosde que mais tropas regulares norte-vietnami-tHS marcham pela rota Ho Chi Minh, a cami-nho do Vietname do Sul, e a perspectiva o»alegra. Espera o Alto Comando americano po-der esmagá-las tão logo entrem no Vietnamedo Sul. Os 1500 homens do 60." Regimentosomente permaneceram 15 dias em territóriosul-vietnamita.

Um destacamento rio Vietname do Norteleva de dois a três meses para atravessar aselva, rumo ao Vietname do Sul. Acredita-sequo outros regimentos já deixaram o país, ê-guindo o mesmo caminho do dizimado (i6." Re-cimento.

A "máquina de triturar" norte-americanaestá á espreita, nas montanhas onde terminaa rota que leva ao Vietname do Sul. Por queos dirigentes comunistas em Hanói continuama lançar suas tropas regulares cm batalhas sul-cidas contra nina máquina mortífera e eficien-te como ai." Divisão às Cavalaria?

A resposta, não parece clara. & possível quep Vietname do Norte acredite que Seus solda-dos fanáticos possam enfrentar a superioridadedo fogo norte-americano, apesar do que suce-deu ao G6.° Regimento. Ou os dirigentes doGoverno de Hanói desejam sacrificar seus sol-dados, no intento de desviar a atenção dosnorte-americanos da batalha com as guerrilhasdo Vietcong.

A estratégia dos Estados Unidos consistecm usar tropas para destruir as bases secretasdas montanhas do exercito regular do Viet-

tropas de HanóiMichael Malloy, da UPI

Especial para oJBcong. Com o exército regular destroçado, o quese espera é que as íôrças do Governo vietna-mita possam se apoderar e manter o controlodas 17 mil aldeias do Vietname do Sul.

Mas na prática, isso é impossível, porquenem uma única guarnição dessas aldeias podeenfrentar um destacamento regular. Enquantoos batalhões do Vietcong puderem fazer incur-soes às aldeias, estas devem continuar a for-necer o alimento, dinheiro e recrutas que apoiamo esforço de guerra comunista.

As vitórias norte-americanas sóbre as tro*pas regulares do Vietname do Norte pouco con-tribuem para esmagar o exército do Vietcong.Enquanto empenhada em dizimar, batalhão apósbatalhão, as tropas do Vietname do Norte, al.1 Divisão de Cavalaria encontra pouco tem-po a perder com a estratégia original de atacaras bases vietcongs.

O sacrifício das tropas norte-vietnamitasparece um preço alto e cruel a pagar pela pre-servação das guerrilhas sul-vietnamitas. Masos anais da história do comunismo estão cheiosde jogadas Igualmente desapledadas. E, na lon-ga batalha, a guerrilha que luta e foge paralutar de nóvo, vale mais que os destacamentosnorte-vietnamitas, bons apenas para um com-bate.

Os norte-vietnamitas não conhecem o pais.Não estão acostumados a viver fora de sua ter-ra. Não falam a língua das tribos das monta-nhas onde lutam. Em conseqüência, as derro-tas dos soldados norte-vietnamitas permitemobservar uma série de homens perdidos, en-íurecidos, alguns mais dispostos a serem captu-rados que a morrer de fome nas selvas.

Não parece haver chance alguma dessessoldados norte-vietnamitas virem a derrotar astropas norte-americanas, em batalhas tal comoa de Chu Pong. Mas conseguem manter as tro-pas norte-americanas ocupadas em destruir seusregimentos, enquanto o Vietcong continua aatacar, e fugir para novamente atacar, noVietname do Sul.

Esse tipo de guerra pode durar muito tem-po, talvez até que o povo americano se cansode batalhas infindáveis, que não conduzem auma vitória final. É possível que essa seja amanobra dos comunistas.

Padre diz que jornais falseiamJ. »7

O padre vietnamita An lonTram Kiem, que ontem íêz asua última conferência no Rio,falando pava cs alunos da PUC,•a firmou que a opinião públicamundial tem uma idéia mexa-ta da situação do Vietnamedevido aos relatos distorcidosdos jornais ocidentais, inclusi-ve correspondentes americanose o próprio New _ork Timesque vêm assumindo posições es-querdlstas.

Muita gente ateou íogo nasvestes porque leu esta impren-sa esquerdista e os adeptos daFrente de Libertação Nacionalnão são nacionalistas que dese-jam o fim da. guerra e da ln-tervenção americana e sim co-munistas que trabalham parao Vietcong — acrescentou opadre Kiem.

TRILHA CHINESA

O padre Kiem dedicou gran-de parte da sua conferênciana ianálise da influên sia daImpreúSa ocidental sóbre aidéia distorcida que se faz dagueríà do "Vietname

que nãoé Inútil como se apregoa, "por-

que se não tivesse havido a ln-tervenção americana, o Viet-name do Sul já estaria emmãos comunistas e, conseqüên-temente, estaria* aberto o ca-minho ã China para dominarlodo o Sudeste asiático."

— No Vietnamo do Sul hãuma tensão artificial provoca-da por grande número de jor-nais e correspondentes ociden-tais, principalmente america-nes que estão adotando posl-ções esquerdistas. O Presiden-te Ngo Diem — do qual fuiamigo pessoal e cujo Paláciofreqüentei -— fcaiu do poderporque se- alienou da impren-sa e não deu a devida aten-ção aos jornalistas.

Frisou ainda o padre Kiemque o Vietname do Sul estáem guerra porque se defendeude tun ataque: "Nós estamoslutando pela paz mundial, poisgeograficamente o nesso paísè Importantíssimo .para a Chi-na. Dal o interesse americanopelo Vietname, que íaz aquelanação aliar-se a, nós na guer-ra, mesmo cont o sacrifício demilhares de vidas americanas."— explifcòu o sacerdote viet-

namita, respondendo a umapergunta, feita por um aluno.

— Os vietnamitas aceitamfelizes a intervenção america-na, enquanto que as popula-çôes tanto do Vietname do Sulcomo do Norte ma contra aChina, e a. pa« nfio deve sernegociada —, acrescentou o pa-dre Kiem, que disse ser contra& guerra, maa igualmente con-tTário __ uma falsa paz.

Respondendo a diversas per-guntas feitas pelos presentesna PUC, o padre vietnamitaexplicou que o uso de gases naguerra do Vietname é propa-ganda comunista, e confessou-ee favorável ao uso de bombaslncendiários, "quando necessá-rias, em casos estratégicos".

O padre Kiem deverá deixaro Rio de Janeiro hoje, com des-tino a São;Paulo, onde segui-r& fazendo entrevistas em uni-verslriadas e a convite de asso-clações. As conferências iel-tas no Rio de Janeiro tiveramo patrocínio da Associação deAmigos das Nações Cativas,cujo Presidente è o Sr. Gus-ta.vo Corção,

Vietcong também temo sen padre católico

Em sua conferência de ontem na Uni-versldáde Católica, o padre, vietnamita An-ton Tram Kiem admitiu que um dos mem-bros do Cmnilé Central da .Frenie Nacionaldc Libertação do Vietname do Sul (Viet-cong) è um sacerdote católico. Trata-se dopadre José-Marie Ho Hué Ba.

Prolessor num seminário vietnamita, opadre Ea fugiu para o maquis quando o Go-vérno Diem iniciou a repressão popular.Numa entrevista dada na clandestinidade ájornalista francesa Madeleine Rifaud, que vi-sitou as zonas controladas pelo Vietcong, opadre Ba declarou recentemente:

— Os inimigos de minha pátria procura-vam opor budistas c católicos para melliorreinar, mediante a divisão e o terror. Elescontinuam, aliás. Conseguem atemorizar amuitos. Alas não r, maioria dos crentes.

Nessa entrevista o padre Ba citava ai-guns sacerdotes católicos perseguidos noVietname do Sul, entre os quais o padre LeVan Vui, levado à barra dos tribunais, c opadre Van Phien, condenado a cinco anosde prisão.

— Não í>áo os únicos a terem sofridoesse calvário. Como faltassem locais para pri-soes, os conselheiros militares americanosrequisitaram igrejas para isso.

Falando sóbre o amor da pátria, comas palavras do Nôvo Testamento o padrevietcong dizia: "Aquele que quiser salvarsua vida, a perderá. Mas aquele que a per-der por causa de mirn, a salvará."

Do Comitê Central do Vietcong, cujoSecretário-Geral é o advogado Nguyen HuuTlio, fazem parte, além do padre Ba, umsacerdote budista, um sacerdote caodaísta aum representante da eeita Hoa Hao.

U Thant pedeconcessõesno vietname

Nações Unidas lAP-UPI-OB)O Secretário-Geral da ONU,U Thant, declarou ontem quetodas as partes interessadasno conflito do Vietname deve-riam íazer concessões impor-tantes a fim de criar o climapolitico e" psicológico necessá-rio para um acordo de paz.

U Thant não especificou asconcessões, ma.s dafendru avolta aos princípios do acordoobtido cm Genebra, no ano ael-_4. sobre o futuro do Viet-name. acentuando que o acôr-do poderia ser agora coloca-do ein vigor, "poi.s a única ai-ternatíva é o prolongamento rioconflito".

Comunistasacusados por"black-out55

Daluth, Mines nta. (FP-JB)— O Chefe do Partido Nazis-ta dos Estados Unidos, GeorgeRockwell, afirmou ontem emuma conferência ma Universi-dade de Mlnesota que os co-munistas foram os responsa-veis pelo blackout registradono nordeste dos EUA há umasemana.

Segundo o chefe nazista, o.-comunistas provocaram o in-cidente como um "ensaio ge-ral" de futuros comploís maisimportante.. Disse tambémque as autoridades norte-ame-ricanas deveriam agir comeuergia para "..-segurar a de-mocracia dos EUA".

Lua podeter água ediamantes

La. Jalla. Califórnia (FP-JB)O químico norte-americano

Harold Urey, descobridor dodeutério e Prêmio Nobel de193-1. afirmou, ontem, em con-íerência com redatores de pu-blicações cientificas, que pode-rão ser encontrados diamantese água nc solo e subsolo daLua.

— O calor e a pressão queprovocaram a formação da Lua

explicou — podem ter' per-mitido, ao mesmo tempo, oaparecimento de diamantes nasuperfície eu nas proxímida-des do satélite terrestre.

Nações Unidas (AP —UPI — FP — JB) — Pela15.a vez a Assembléia-Ge-ral das Nações Unidas nãoaprovou, ontem, a admissãoda China, registrando umempate de 47 votos e 20 abs-tenções, pouco depois de terdecidido por 56 votos contra49 e 11 abstenções que o as-sunto seria decidido pormaioria de dois terços.

A candidatura do regimecomunista chinês não pode-rá ser submetida novamen-te à Assembléia, até o outo-no do ano que vem, a nãoser se fôr convocada umaAssembléia-Geral Extraor-dinária. Para os observado-res políticos, é quase inevi-tável a admissão da Chinaem 1966, em conseqüênciaprincipalmente da entradana ONU de novas nações daÁfrica.

JUSTIFICATIVA

Para os partidários da ad-missão do Governo de Pe-quim, a proposta não foiaprovada porque, como nosanos anteriores, seu textoestava redigido em termoscategóricos que fizeram re-troceder certos paises, dian-te da situação delicada detomar uma atitude.

Acreditam também que éprovável que a correspon-déncia entre a admissão dePequim e a "expulsão dosrepresentantes de ChangKai-chek", tal como apare-cia no documento, tenhacustado alguns votos aospartidários da China comu-nista. Esta Interpretaçãoexplicaria também muitasabstenções e a não partici-pação na votação de paísescomo o Daomé e o Laus.

IDEOLÓGICO

Outra critica íeita aos.partidários da entrada daChina prende-se ao texto daproposta, considerado emsua essência mais ideológi-co que.político ou diploma-tico. Além de excluir qual-quer compromisso, tratavade maneira lnsultuosa o re-gime de Taipé e utilizava aexpressão "expulsão", nun-ca anteriormente emprega-da na linguagem dos do-cumentos das NaçõesUnidas.

Grande número de obser-vadores e diplomatas norte-americanos ressaltaram cmseus contatos que os parti-dários da admissão da Chi-na eram levados mais "porsentimentos de ódio passio-nal" do que pela preocupa-ção de obter um resultadopolítico preciso.

ÊXITO

O principal aspecto do ve-to da ONU à entrada daChina íoi o iate de a diplo-macia norte-americana terobtido uma boa margem devotos favoráveis a sua tese,impedindo que a correntecontrária obtivesse a maio-ria simples, o que poderiaser explorado pela propa-ganda como um êxito comu-nista.

Também deve-se ressaltarque das sete nações recen-temente admitidas nas Na-ções Unidas apenas três vo-taram pela entrada da Chi-na. Das demais, três vota-ram contra e uma absle-vc-se.

REAÇÃO

O chefe da delegação nor-te-americana nas NaçõesUnidas, Goldberg, compare-ceu doente à votação, tendoafirmado ao saber do resul-tado favorável que "uma vez

mais demonstrou-se que nãosão apenas os Estados Uni-dos que desejam a exclusãoda China, mas os votos daONU".

-— A votação a íavor dePequim — concluiu — este-ve muito aquém dos doisterços e da maioria simples.Realmente, e sp e r á vamosmuito mais dos defensoresda admissão do regime co-munista chinês.

DEFESA

Lord Caradon, Embaixa-dor britânico na ONU, afir-mou que apoiava a entradada China nas Nações Unidasporque seu Governo está empleno controle de seu terri-tório e sua participação nosassuntos de interesse mun-dial é da maior importân-cia, principalmente quandose referem à Ásia.

Disse também que a crisedas Nações Unidas se agra-vara ainda mais em um fu-turo próximo se "o proble-ma da China prosseguir semsolução por muito tempo".As Nações Unidas — devemser uma organização univer-sal e não permanecer presaa vontades, a fim rie podercumprir integralmente suamissão.

O delegado italiano, Se-nador Giacint Bosco, afir-mou que apesar de seu Go-vêrno apoiar o princípio dauniversalidade dos membrosda ONU, votava contra aadmissão da China por teremos representantes chinesesse manifestado contrários àpossibilidade de adesão aosprincípios democráticos daCarta da ONU.

OS VOTOS

As nações que votaram afavor da admissão da Chinaforam: Afeganistão, Albâ-nia, Argélia, Grã-Bretanha.Bulgária. Birmânia, Bielo-Rússia, Camboja, RepúblicaCentral Africana, Ceilão,Congo (Brazzaville), Cuba,Tcheco-tEslováquia, Dina-marca, Etiópia, Finlândia.França, Gana, Guiné, Hun-gria, Índia, Iraque, Quênia,Mali, Mauritânia, Mongólia,Marrocos, Nepal, Nigéria,Noruega, Paquistão, SerraLeoa, Cingapura, Somália,Sudão, Suécia, Síria, Tan-zânia, Uganda, Ucrânia,União Soviética, RepúblicaÁrabe Unida, Iémen, Iugos-lávia e Zâmbia.

Votaram contra: Argenti-na, Austrália, Bélgica, Boli-via, Brasil, Canadá, Formosa,Colômbia, Costa Rica, Re-pública Dominicana, Equa-dor, Salvador, Gabâo, Gãm-bia. Grécia, Guatemala,Haiti, Honduras, Irlanda, Is-rael, Itália, Costa do Mar-lim, Jordânia, Libéria, Lu-xemburgo, Madagascar, Ma-Jawi, Malásia, Malta, Mexi-co, Nova Zelândia, Nicará-gua, Nigéria, Panamá, Pa-raguai, Peru, Filipinas, Afri-ca do Sul, Espanha, Tailân-dia, Togo, Turquia, EstadosUnidos, Alto Volta, Uruguaie Venezuela.

As 20 abstenções foram:Áustria, Burundi, Camarões,Tchad, Chile, Chipre, Is-lândia. Irã, Jamaica, Kuwait,Libano, Líbia, Ilhas Malvi-nas, Holanda, Portugal,Ruanda, Arábia Saudita, Se-negai, Trinidad-Tobago.

Não participaram da vota-ção os representantes deDaomé e Laus, registrando-se apenas uma ausência: ada delegação do Congo (Leo-poldville). A Indonésia, queabandonou êste ano as Na-ções Unidas, costumava vo-tar a favor da China.

URSS reúnena e

PaquistãoMoscou e Nova Del! (AP-JB)— O Presidente do Paquistão

Mohammed Ayub Khan, con-cordou em reunir-se com o Pri-meiro-Ministro da Índia, La'.Bahadur Shastri, na União So *viética, a fim de debater o con- 'ílito entre seus paises — anun-ciou ontem o Ministro das Fi-naucas indiano, T. T. Krishna-machari.

Falando aos Jornalistas, emMoscou, Krishnamacharl disseque manteve conversações corto Primeiro-Ministro soviético;'Alexei Kossiguin, e com o Mi-nistro do Exterior Andrei Gro-myko, revelando que a propôs-ta do Presidente paquistanêsfoi comunicada a Nova Deli pe-lo Governo de Moscou há qua-tro dias, aguardando-se agorauma resposta. w

AMIZADE

O Embaixador dos EstadosUnidos em Nova Deli, ChesterBowles, falando ontem sôbrcos sentimentos antiamerleanessurgidos na Índia, ressaltouque "nosso país é o melho*amigo que 'a Índia jamaisteve".

Bowles lamentou as acusa-çôes feitas contra os norte-americanos, no Parlamento in-dlano e em outros locais, deque Washington esta usando asprogramas de ajuda para exer- ,cer pressão contra a Índia.

i

armam acao.T-carfa, (UPI-JB) — Os mi-

litares indonésios, após emitirmn decreto ordenando a dc-punição dos comunistas e seusslmpatizaintes, se reuniram afim dt: preparar uma politicacomum e discutir um en_on-tro que oa comandantes mili-

¦ tares regionais terão com oPresidente Sukarno, depois de«manhã.

O encontro foi convocadopelo Ministro da Defesa, Ge-¦neral Abdul Haris Nasution,que após a tentativa de golpecontra o Governo «urgiu comoum dos homens destacados dopaís.

Gemini-6voará juntoà Gemini-7

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Houston (FP — UPI —JB) — As cápsulas espa-ciais norte-americanas Ge-miní-6 e Gemini-7, a seremlançadas em dezembro, de-verão ficar a menos* de ummetro uma da outra, a 10quilômetros por segundo, em(prosseguimento ao progra-ma dos EUA para a reali-zação da primeira aborda-gem até Julho tíe 1966, se-gundo porta-vozes daANAE.

A Gemini-7 deverá serlançada no dia 4 de dezem-bro, permanecendo 14 diasem órbita. No dia 13 do Vmesmo mês será enviada aoespaço a Gemini-6, cujo pri-meiro lançamento falhouem virtude da perda do sa-télite alvo. Se a nova ex-périência norte-americanativer êxito, será a primeiravez que duas naves espaciais ychegarão a menos de 1 me-tro de distância uma da ou-tra, devendo voar nesta for-mação durante grande par-te da prova.

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COMUNICADevido a um defeito no cabo que

liga o Rio a Niterói verificou-se umainterrupção quase total nas ligaçõestelefônicas entre as duas cidades.

À C.T.B. está tomando todas asprovidências para normalizar o ser-viço e agradece a compreensão dosseus assinantes e do público em

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Jornal do Brasil, Quinta-Felra, 18-11-65, l.o Cad. — 9

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Salisbury (UPI-AP--FP-JB 1 — O regime inde-pendente da Rodésia em-possoú ontem o Vice-Pri-meiro-Ministro Ciifford Du-pont como funcionário in-terino para administrar oGoverno, em substituiçãoao Governador britânico, SirHumphrey Gibbs, a quemretirou os símbolos do Po-der — as sentinelas, os au-tomóveis e os criados, masnão a residência oficial,onde agora lhe faz compa-nhia o Presidente do Supre-mo Tribunal da Rodésia, SirHugh Beadle.

A Policia deteve ontem ojornalista Malcolm Smith,Diretor do Kodhesian He-rald, cujos editorais contra-rios ao regime independen-te vêm sendo seguidamentecensurados, quando os mos-trava a quatro colegas es-trangeiros. no Interior denm bar. Em Buluwayo, se-gunda cidade do pais, ml-lhares de negros realizaramontem uma curta marchade protesto contra a' deela-ração de independência doGoverno branco de lanSmith.

ISOLADO

O Primeiro-Ministro ro-desiano, lan Smith, em sua

^'primeira entrevista coletivaconcedida desde a declara-ção unilateral de indepen-déncia, disse ontem que seuGoverno não considera SirHumphrey Gibbs como Go-vernador do território, mas

v que não pretende interferir- ha sua vida privada.

Smith confessou que o te-lefone da Casa de Governoíôra cortado por sua ordem"para que Sir Humphreynão recebesse ordens deLondres" e disse que seu re-

T gime reconhece ao "ex-Go-vernador" o direito de gozar"das coisas normais da vidaa que está habituado".

O Primeiro-Ministro —destituído pelo Governador

„¦ em nome do Governo brita-nico, após a declaração deindependência — disse quepessoalmente lamenta a si-tuação embaraçosa em quese acha Sir Humphrey, mas.que êste "é um instrumento!dos políticos britânicos". I

"Sir Humphrey — afirmou;** — está deixando que os po-;

liticos da Grã-Bretanha ousem para criar atrito no!seio do povo da Rodésia."

Smith declarou aos jorna- jlistas que o Presidente do!Supremo Tribunal. Sir HughBeadle, se instalou junta-mente com Gibbs na Casa

.-cio Governo como tun con-Iselhelro de muitos anos e

não como partidário do Go-vernador. A declaração doregime independente sóbrea nomeação do substitutotio Governador diz que "fi-ca disponível a Casa de Go-vérno, em Salisbury, ocupa-da agora temporariamentepor Sir Humphrey Gibbs,

,.ria. sua qualidade de cida-''dão. e o Sr. Dupont residiráem seu próprio domicilio".

OPOSIÇÃO

O Primeiro-Ministro disseaos jornalistas que pretendeconvocar os representantes

a\ dos chefes de tribunais tra-dicionais e os 15 membrosnegros do Parlamento para"tentar estabelecer um dià-logo e sondar seus pontos-de-vista sobre o futuro".

"Não estamos nos toman-cio reacionários — anunciou

7-" Smith.Sóbre a detenção do jor-

naiista Malcolm Smith, oPrimeiro-Ministro disse nãoter conhecimento do fato,acrescentando: "Se as pes-soas dizem e escrevem col-sas prejudiciais ã Rodésia,não têm o direito de fazerisso. Tenho uma tremendaconfiança no pessoal quetrata da segurança. Conhe-ço os documentos secretosmelhor do quo os .senhorese precisamos de censura".

O Herald vem .se opondo-desde o início à declaraçãounilateral de Independênciae a maior parte dos edito-fiais escritos por MalcolmSmith foi cortada pela cen-sura prévia.'Um negro rodesiano foicondenado a três anos deprisão e seis chibatadas, porter sido surpreendido emflagrante quando atirava

y pedras contra um ônibusescolar no bairro indígenade Salisbury, na segunda-feira.

-egundo lan Smith, a si-tuação é normal no pais,embora a Policia tivesse que

/--intervir em Salisbury eBuiawayo para dispersar osmanifestantes negros.

Smith disse que os mem-bros da Oposição ilegal con-tinuarão na prisão, mas quetentará travar um diálogo

vo#_om a Oposição legal.

Wilson anunciará solução hojeLONDRES lUPl-JB) — O

Primeiro-Ministro inglês, Ha-rold Wilson, reuniu-se ontemcom a Comissão de Defesa deseu Gabinete, para examinaro problema da Rodésia. e apósconvocar todos os Ministrosque integram a Comissão paraum encontro em sua residên-cia anunciou que dirigirá umamensagem radiofônica à na-çáo, sobre os caminhos adota-dos para superar a crise.

Não se informou se, no en-contro, íol adotada alguma de-cisão, mas a imprensa vesper-tina. de Londres destaca a gra-/vidade do problema com man-chetes tais como "A Rodésia

Caminha Para Nova Crise" e"Hoje é o Dia Critico de lanSmith."

APELO

Sabe-se que Wilson aprovei-tara a entrevista, que será di-vulgada pelo programa do ser-viço mundial da BBC, pavaexortar os rodesianos a nãoatender Smith, obedecendoapenas fts ordens do Governa-dor Sir Humphrey Gibbs.

O programa da BBC será cli-fundido em quatro transmis-sões por ondas curtas que sapodem ouvir na Rodésia, e AVoz da América, que tem uma

potente emissora em Monròvla,Libéria, também rc transmitiráa entrevista em suas horasafricanos.

Espera-se que Wilson reite-re o que disse no Parlamentoe pela rádio, em Londres: quea.s duras sanções impostas ãRodésia íoram provocadas peloPrimeiro-Ministro da colônia,lan Smith, ao declarar a ir.-dependência sem autorizaçãoda Coroa.

Com a censura de imprensaimposta na Rodésia pelo V.d-vêrno de Smith, somente asemissoras estrangeiras dão aosrodesianos a outra versão doconflito surgido entre Salisbu-ry c Londres.

Co mo aprova socializaçãoo a planificaçáo da economia

Zâmbia pede armas contra SmithLusaka. (ZâmTiia) e Salisbury'(AP-UPI-FP-JB) — O Presi-

dente de Zâmbia. KennethKauuda, disse ontem que pe-dirá ajuda militar "a qualquerpotência", se o Governo da Ro-dósia cortar o vital suprimen-to de energia, procedente darepresa de Kariba.

Kaunda também solicitou àInglaterra que ajude seu paisa defender suas fronteirascontra uma eventual agressãoda. Rodésia, acentuando que asforças de Zâmbia podem re-

pelir as de lan Smith, masque êste poderia contar com aajuda de tropas de.Portugal eda Africa do Sul.VARIAS OFERTAS

O Presidente de Zâmbia afir-mou ainda que tem multasofertas de ajuda militar, evi-tando, porém, mencionar deque pais. Na sua declaração,fés vigorosa censura ao Govêr-no inglês, "que não atua demodo decisivo para derrubaro regime do Primeiro-Ministrolan Smith".

"Se a Inglaterra envia tro-pas, creio que triunfaria deforma pacífica" — afirmou."Não acredito que os rodésia-nos levantem um fuzil contraum soldado britânico".

Já o porta-voz do Consuladode Portugal em Salisbury disseontem que "o Governo de Lis-boa reconhecerá a validade detodos os passaportes rodesianosnos postos fronteiriços de Mo-çambique e Angola, assim co-mo em território português".

Força da Rodésia: 4 mil homens

Cidade do Vaticano (AP-UPI-FP-JB) — O Concilioconcluiu ontem a votação porcapítulos do Esquema 13, quevoltará ainda á Assembléiapara a ratificação final, apro-vando, por mais de dois terçosa parte do documento referen-tc à vida econômica que, em-bora admita a propriedade pri-vada, aconselha os homens aterem sempre em mente a dis-tri buição comunitária dos bens.

Os votos relacionados ao ca-pitulo sóbre a guerra só serãodivulgados amanhã porque avotação foi realizada na horada suspensão dos trabalhos,porém sabe-se desde já quefracassou a tentativa do Arce-bispo de Orléans, MonsenhorPhilip Haniian, de tentar quea maioria dos bispos anexasseao voto um projeto de emendaadmitindo a necessidade dasarmas nucleares.PRIORIDADE

Aprovado por 1740 votoscontra 41 e 469 com emendas,

o capitulo referente à vida eco-nômica aprova a planificaçáoeconômica, os subsídios agríco-las e a distribuição eqüitativados bens quando se fizer ne-cessãrio.

O documento afirma que ês-tes métodos devem ser utiliza-dos para eliminar as grandesdiferenças econômicas, a fomemundial e para preservar osrecursos do globo em beneficiodas gerações futuras.

Declara também que a per-sonalidade humana necessitada propriedade privada para oseu desenvolvimento porémressalta que os bens terrenosdevem ser distribuídos a todos"com justiça e caridade".

Na opinião dos peritos estaafirmação representa um re-torno à antiga doutrina daIgreja da prioridade da distri-buição justa dos bens sóbre apropriedade privada.

O capítulo admite a nacio-naliznção das empresas de con-íormidade com as exigências

do bem comum e dos justeslimites por êle impostos, e asgreves como "recurso extremo"nas relações entre operários epatrões".

Pede que o modo de produ-ção exclua a exploraç&o doho-mem e afirma que as naçõesdesenvolvidas têm dever deajudar as nações subdesenvol-vidas.

Finalmente apoia os subsi-dios concedidos aos agriculto-res para estimular a produçãorural e a modernização de seusmétodos.

EMENDA

Quanto ao capítulo das guer-ras nucleares, afirma-se, fra-cassou a tentativa rios bisposnorte-americano de Nova Or-léans no sentido de conseguira inclusão no Esquema, de umaemenda que justificasse as ar-mas nucleares sob certas con-dições, uma delas para deter aagresssão do mundo comunista.

Sob aplausos, o Concilio con-cluiu ontem o terceiro dia devctaçüo do Esquema 13, o maisextenso, até agora apreciadopelos bispos. Apenas ontem ío-ram realizadas 33 votações só-bre as partes finais do pro-jeto.

O capítulo sóbre ciência ecultura aprovado por 1909 vo-tos contra 44 e 185 com reser-vas, ressalta a importância daciência e da cultura nas comu-nidades cristãs.

O Concilio se reúne hoje,para uma sessão pública e so-Iene. quando serão promulga-dos os decretos sóbre Revelaçãoe Apostolado dos Leigos. Ama-nhã serão divulgados os resul-tidos finais da votação do Es-quema 13 e a partir da próxi-ma semana o Concilio suspen-dera novamente os trabalhospara permitir que as Comissõesdêem os últimos retoques nosesquemas sobre Vida e Minis-tério dos Sacerdotes, Missões eProblemas do Mundo moderno.

Londres (FP-JB) — O Exér-cito regular da Rodésia con-ta com 4 300 homens, 3 400 dasforças de terra e 900 da avia-ção — indicam estatísticas pu-blicadas, ontem, pelo Institutodé Estudos Estratégicos deLondres, que além dessas indi.

cações fornece eutras sobre osexérciios dos países vizinhos.

A Rodésia possui uma esqua-drilha de caças Hunter, umaesquadrilha de Vampire, umaesquadrilha de bombardeirosleves Camberra, uma esquadri-lha de reconhecimento Provost,

Disque o n.°<la elegância

A PREDILECTA crioupara V. o n.° da ele-gftncia: 43-5057. Dis-que para ver como éfácil comprar sapatose bolsas, em 10 paga-mentos. Só para mu-lheres elegantes! (P

Sr. Empregador! O custoindireto dos acidentes notrabalho c de i i 11 vezesmaior que o cusio diretodos mesmos. Evitar aci-denies no seu estabeleci-mento é, portanto, a me-lhor maneira de baixar ocusto da sua mão-tle-obrae aumentar os seus lucros.(Contribuição dêste Jor-nal e do Departamento deAcidentes do Trabalho doIAPI, par» a segurançados industriários).

uma esquadrilha de transporteDakota e uma esquadrilha dehelicópteros Alouette. A Po-lícia rodesiana tem 6 400 ho-mens e o número de reservii>tas eleva-se a 28 500.

As estatísticas publicadas pe-lo Instituto indicam que asXórças regulares de Zâmbia,Malawi e Tanzânia chegam aumtotal de seis mil homensmas somente Zâmbia dispõe deuma, íôrça aérea composta pordois aviões de ligação Pem-bloke, assim como dois Bea*ver.

O Exército da Tanzânia pos-sui armas leves e de artilha-ria. fornecidas pela União So-viética, e China Popular. O res-tante das tropas divide-se en-tre Zâmbia (dois mil homens).e Malawi (1500).

Apelo anticomunista não encontra ecoOito Engel

Uma, minoria operante dentro do Concilio voltou a propor,pela enésima vez, durante a realização do Vaticano II, o temada condenação explícita e formal do comunismo. E isso nomomento mesmo em que o Papa Paulo VI está preparandosua viagem à Polônia. Já tive oportunidade de ressaltar queo apelo dêsse grupo não está encontrando ecos «o Vaticano.

O Osservatore Romano se tem esquivado sistematicamentea dar cobertura ã proposta. A Rádio Vaticano insiste em mos-trar que o Concilio Vaticano II não foi convocado para con-danar quem quer que seja. O Papa Paulo VI surpreendendoquase diariamente a opinião pública mundial com novas ini-ciativas visando a ampliar a área do diálogo. Outra explica-ção não tem as viagens do Papa. Principaplmente essa viagemà Polônia, prevista para o mès de maio do ano que vem.

O próprio líder do grupo, o Arcebispo brasileiro Sigaitd,de Diamantina, íêz questão de acantuar numa das suas re-portagens publicadas por um diário carioca, que o seu grupoé minoritário dentro do Concilio. Estamos assistindo agora àúltima tentativa de levai- o Concilio para íora dos temas pro-postos per João XXni e que são a reforma da Igreja e odiálogo ecumênico com todos os homens, de qualquer credo ede qualquer ideologia politica ou econômica. Os observadoresdo Concilio, entretanto, fazem questão de acentuar que a re-

petiàa investida visando a provocar uma nova condenação docomunismo não deixa de ter seu aspecto positivo. A oposiçãoreforça e aprofunda a tendência inovadora em ato dentro daIgreja Católica através do Concilio. O Esquema 13, atualmen-te em votação e que deverá ser proclamado no dia 7 de de-zembro, è a carta magna do diálogo entre a humanidade. Umdiálogo que se baseia no esforço de compreensão e de cola-boração na mediria que o permitirem as circunstânciasconcretas da História. Ao menos assim ninguém poderá vol-tar ao Brasil para dizer que tudo ficou como era antes. O Con-cilio introduziu reformas profundas no seio da Igrejü Católica.Não resta dúvida de que a aplicação dessas reformas exigirãono mínimo tantos sacrifícios quanto a própria elaboração teó-rica dessas reformas. Mas a realidade da qual se partirá paraa aplicação do Concilio, serão os próprios textos aprovados pe-la Assembléia dos Bispos e proclamados pelo Papa e não essaou aquela proposta que foi apresentada dentro da Basílica deSão Pedro mas que não conseguiu angariar o sufrágio damaioria. Não resta dúvida de que o Concilio vai arquivar deuma vez para sempre a proposta de uma nova condenação docomunismo. Ma-s está fora rie dúvida também que os interes-sados tentarão outros caminhos para fazerem valer _seus pon-tos-devista.

com a Auto-Estrada do Oeste beller propagand»

O Governo do Estado de São Paulo estaconstruindo a única estrada com 6 faixasde trânsito da América Latina.A primeira super-estrada.Com todo o conforto e segurança.A estrada do progresso que vai passarpor todas as fontes de produção daBaixa e Média Sorocabana, Aita Paulista,servindo o Norte e Noroeste do Paraná,até o Estado de Mato Grosso,levando e trazendo riquezas.São 570 quilômetros de progresso.quer para a economia nacional,quer para o turismo e diversão individual.

Uma obra realizada dentro da maisavançada técnica da engenharia mundial,visando, principalmente, o futuro donosso Estado e do Brasil.Na década de 1940,o Governo de São Paulo construia a colossa!Via Anchieta - orgulho de uma geração.Hoje, é ainda São Paulo que no seuhabitual pioneirisfho, desbrava o Oeste,na monumental Auto-Estrada do Oeste.E nós, nossos filhos, nossos netos,o menino deslumbrado.vamos usufruir por muito tempo,dos resultados desta gigantesca obra.

BANCO 0Q' /MÊkDO ESTADO Il-iui

Extensão 570 ItmLargura tola! da estrada 43 mLargura de domínio 120 mNúmero de pistas 2(sendo 3 faixas de trânsito em cada pista)Largura de cada faixa 3,50 mVolume já escavado 39.O00.O00 m3(correspondentes a 142 km)

Capacidade para tráfego:São Paulo a Sorocaba « 36,000 veiculos diáriosSorocaba até o eixo S. Manuel-Avaré - 24.000veículos diáriosTotal jã investido na obra alé o eixo S. Manuel-A vare:OS 86.000.000.000

Esta obra, pelo alio sentido que possue epelas regiões que atinge,olantará novas cidades ao longo doscampos que a margeiam.Será uma nova estrada dos bandeirantes.

10 — 1.° Cad., Jornal do Brasil, Quinta-Feira, 18-11-65J»l«or^fl««a^i_SM7_Jrji!!_^^ -

I I

Informe JBPEDRO GOMES-

Revolução no investimento

A lei que criou o Cruzeiro Nôvócriou também um tipo novo de invés-timento e uma subversão ?ia preferên-cia dos investidores, que estão deixandode comprar dólares para comprar Obri-gagões üo Tesoura, que pausaram a sermelhor negócio. Primeiro, porque a ta-xa ão dólar agora é realista e, tudo oindica, deverá ficar onde está pelo me-nos por um ano. Segundo, porque asObrigações áo Tesouro rendem juros (eo dólar não rende); terceiro, porque sehouver valorização ão dólar, o Homaãordc obrigações será beneficiado pela va-lorização; finalmente, porque se o dó-lar se mantiver estável, o tomador po-âerá optar pela correção cambial doConselho^ Nacional ãe Economia, to-manão por base a taxa média de ou-tubro — o que, só por si, já garanteuma valorização ãe aproximadamentevinte por cento.

Essa vantagem incluída na lei pe-lo Governo só valerá para os próximosIS meses, e tem vários objetivos. En-tre éies, o de estimular a poupançacriando no investidor uma consciência,valorizadora da moeda nacional. Já a2mrtir deste fim de semana, aliás, ascasas de câmbio terão Obrigações doTesouro à venda, e deverão colar per-maneniemente o dólar, a Obrigação doTesouro e o rendimento comparado dosdois. Passado o impacto da surpresa dareforma monetária, muita gente estávendendo dólares para comprar Obri-gações do Tesouro.

O boi e o filéFoi perguntado ao Ministro Juraci

Magalhães se a extinção dos Partidosteve exclusivamente em vista acabar eoma UDN:

Eu não mato um boi só para tiraro filé — respondeu o Ministro.

A vaga do ltamarati

O Ministro Luis Viana Filho negaprocedência às noticias sôbre a sua no-meação para o ltamarati. Diz que o soulugar é perto do Presidente da R-spú-blica e acha que as versões resultam dofato de ter sido indicado como membroda delegação brasileira ã Conferênciada OEA.

-— Mas existe hoje uni consenso ge-ral sôbre a sua designação para o Ita-marati, de maneira que o próprio Pre-sidente já terá aderido —- observamos.

Eu tenho dito ao Presidente queisso è trabalho dos meus inimigos —respondeu o Sr. Luís Viana.

Reforma c versões

Entre as hipóteses que surgiram napraça para explicar a reforma cambialincluiu-se a de que o Governo teve emmira vender a sua reserva de trezentosmilhões de dólares pela nova cotação,obtendo nessa operação um resultado" de2 trilhões de cruzeiros, com os quais de-belaria de uma vez por todas o processoinflacionário e estaria em condições deinstituir o Cruzeiro Nòvo num regime dcestabilidade.

Nos Ministérios da Fazenda e doPlanejamento conseguimos apurar queo Governo não pretende absolutamentedesfazer-se de sua disponibilidade emdólares, tanto mais que a conversão ma-ciça em cruzeiros teria efeitos altamen-te inflacionários. Ao contrário, a metado Governo é chegar aos quinhentos mi-lhões de dólares, o que se explica peloseguinte: cm 19(56 precisaremos estarde caixa alta, porque não seremos bene-íiciados por cláusulas de reesealonamen-to e teremos que efetuar em dinheiro vi-vo todos os nossos pagamentos no ex-terior; essa sólida reserva reforçará anossa credibilidade externa, facilitandoas operações de crédito e financiamentoque tenham de ser processadas; e final-mente faz papel de fiador do programade estabilidade do Governo. Durante umano, peio menos, a atual cotação dodólar poderá ser mantida inalterável. OGoverno espera, com a reforma cam-bia], não só facilitar certas importaçõesessenciais (já que eliminou o depósitocompulsório e os encargos financeiros)como provocar uma "enchente de ex-portações".

Linhas cruzadas

Poucos minutos após a chegada do.Secretário Dean Rusk, desceu no Galeãoo Chanceler Zavalla Ortiz, da Argentina.Assim que terminaram a entrevista comRusk, os repórteres correram para mnargentino e perguntaram: "Onde estáo homem?". O argentino apontou paruonde estava um outro argentino a íto eos repórteres correram, pois o homem

já estava na porta do carro, e foramlogo perguntando, sem maiores delon-gas: "O que o Sr. acha da criação daForça Interamericana de Paz?". O ho-mem fêz uma cara meio espantada emeio sabida e disse: "É preciso pensar-secom muita calma nesse, assunto". Osrepórteres insistiram: "E do problemada fronteira entre o Chile e a Argentina,que acha o Sr.?" O homem respondeu:"Mas isso não é minha espe2ialidp.de.Vim ao Rio para participar de uma reu-nião esportiva. Acho que os senhoresquerem falar com o Ministro, que é êsteaqui". E indicou a cadeira que estavaao lado. O Chanceler Zavalia Ortiz, en-tão, rindo muito, perguntou: "E de quequerem os senhores que eu fale? Sóbreesporte?"

Negrão e a fantasia

A Cidade está inundada de versõesfantásticas sôbre a inquirição do Sr.Negrão de Lima 110 IPM do Fartido Co-munista. Essas histórias fazem parte,naturalmente, do clima antiposse. Opróprio Governador eleito da Guanabarase incumbe de desmentir niuito do quese conta estar acontecendo no recessodo inquérito policial-militar, a partir desua conversão em indiciado. Isso nãoimpedirá, entretanto, qire a imaginaçãoande solta por aí, até o dia 5 de de-zembro.

juiz federal demora

Há muita gente se movimentandopara obter nomeações para o cargo dejuiz federal, criado pelo dispositivo doAto Institucional n.° 2 que restabeleceua justiça federal de primeira entrància.Tudo indica, porém, que os juizes íe-derais não serão nomeados tão cedo:primeiro, porque não há verba para pa-gar-lhes os proventos; segundo, por-que para que haja o juiz, é preciso haverantes o Juízo, com escrivão, escreventes,auxiliares, oficial de justiça, local parafuncionamento etc —• e tudo isso levatempo.

Maurício e JoanaMaurício Goulart, deputado e usi-

neiro, representante do extinto PTN pau-lista, Jança na primeira quinzena de de-zembro o seu romance Joana, na Gale-ria Atrium, em São Paulo. Vai ser umlançamento de arromba, com farta pre-sença literária e politica. O livro terá 30ilustrações: Clóvis Graciano desenhouo.s personagens maus do romance (co-bracior da impostos etc.) e Noemia e' asboas figuras. Depois o livro será lançadoem Rio Prelo — base eleitoral do autor—- e no Rio. aqui em colaboração coma revista Manchete. Maurício Goulartescreveu há muitos anos um livro sôbrea escravidão negra no Brasil, em quederrubou muitos mitos exislentes na ma-féria. Depois disso encolheu-se na suaatividade literária e só agora reaparece,pela via do romance. Está entusiasmadoe só pensa nisso.

A nova UDN

O Bloco de Ação Parlamentar, cons-tituido de representantes da antiga ban-cada udenista, deverá ser o núcleo deum dos dois ou três Partidos a se cons-tituireni com base no Ato Complementarn.° 4. O Deputado Ernâni Sátiro já con-seguiu 50 assinaturas e nos diz que oBloco terá atuação independente, semvinculação governista, ainda que os seuscomponentes sejam de tendência revo-lucionária, a começar por êle próprio. Aidéia anterior de formar-se mn blocoexpressamente tío Go_:u,-.io encontroufortes resistências, tanto assim que a 'coleta de assinaturas não passou de30. Observa o Sr. Ernâni Sátiro que essasdificuldades deveriam ser esperadas: ali-nal de contas, o Governo destruiu a]JDN. Mas o Bloco e o Partido que deleresulte não farão disso um motivo dehostilidade. A palavra de ordem será ada independência, mesmo porque só dês-sc modo poderão estar reunidos os diver-sos grupos (castelista e anticastelista,lacerdista e antilacerdista) em que jáse dividia a extinta UDN.

Serviço rápido

Em conversa com amigos, disse oGovernador Rafael de Almeida Maga-lhães que tem pronto um dispositivo ca-paz de remover em 48 horas tôda a fa-vela da Praia do Pinto, na Lagoa Rodri-go dc Freitas. Já que está armado o dis-positivo, o Governador bem que pode-ria prestar êste último serviço à Cidadee â Lagoa, liberando-a da favela, ondeaté pouco tempo os barracos eram dispu-l.adissimos pelas empreitadas da ZonaSul, candidatas a casa própria nas Vilaspopulares que o Governo construiu 110.subúrbio.

jance livreO rebate falso «obre a promoção do

General Costa e Silva a marechal pvovo-cou unia verdadeira romaria à cnsa do Mi-nistro da Gueira.Oi fones do sistema de tradução

simultânea não funcionaram, ontem, pelomenos durante os cinco primeiros minutosdo discurso do Presidente Castelo Branco,abrindo a reunião da OEA. O ione do Sr.Dean Rusk, porém, devia estar bom. porqueéle não o tirou.

O Aterro da Glória serviu de back-ground para o íilme-reportagem de diversasemissoras de televisão americanas e euro-péias sôbre a Conferência da OEA.

Nininha Magalhães Lins pediu ao seuinarchund Luciano Maurício para escolherum óleo de Gulma para a sua coleção. Aexposição de Gulma, na Galeria Verseau,prossegue até o üm do més.

Nôvo slogan: O Sr. Luis Gonzaga doNascimento Silva, nòvo Presidente do Ban-co Nacional da Habitação, vai lançar 110ano nôvo o slogan Oasa Nova com CruzeiroNòvo.

O balancete do Banco Industrial deCampina Grande apresentou 110 mès dc ou-tubro um índice de crescimento operacionalsuperior ?. 300 vezes os índices do mesmomês. em 1064.A, Sra. Maria de Lourde.s PinheiroBohoniület;.. sobrinha e hospedeira do Go-vernador eleito Israel Pinheiro, comprou 110Rio um quadro de Maria Polo para sua re-sidência, em Belo Horizonte.Instala-se depois de amanhã, em Sal-

vador, a IV Convenção Regional dc Preíei-tos, promovida pelo IBRA. que aproveitaráa oportunidade para expor 05 planos paraa realização do cadastro rural.

Carla Econômica do Nordeste relacio-na os dez municípios nordestinos que ti-veram maior número de indústrias beneii-ciadas com a isenção de 50% do Imposto deRenda, pela SUDF.NE: Recife (124 indús-trias); Fortaleza (95); Salvador (81); Natal(28); São Luis (.27); Campina Grande (23);Pedreiras (18): Maceió (17); João Pessoa(16); Mossoró (14).

As exportações brasileiras de lagostaspnra os Estados Unidos, de janeiro a julhodeste ano, aumentaram dc Cl 155 quilos.Nesse periodo o Brasil exportou 737 937 qui-los, com superávit de mais de 100 mil quirtosein relação no mesmo período do anopassado.

Alves Pinheiro, Chefe da Redação deO Globo, foi agraciado com a medalha daOrdem do Mérito Naval, no grau de Cava-leiro. A entrega da comenda será 110 dia 13de dezembro, às 8h30m, em cerimônia arealizar-se defronte ao Monumento de Ta-mandaré, na Praia de Botafogo.

Em benefício de sete instituições deamparo â criança pobre, a Willys Qverlandvai leiloar, dia 23, durante a festa da revistaManchete em sua nova sede do Russel. omodelo n.° 1 do ltamarati. o primeiro carrode luxo fabricado no Brasil.Humberto Braga declarou não ter sidoamdn convidado para chefiar o Gabinetedo Sr. Neçrão de Lima.

â verdade sêfcre

_ UM LIVRO IMPORTANTE

KENNEDYfor um 'homem de muitos amigos.Theçdore C, Sorensen era dos maisíntimos, convivendo com ê/e diária'mente durante onze anos, Sorensenserviu Kennedy como Assistente Àd-ministrativo no Senado e como Con-selheiro Especial da Presidência. Eescreveu êste livro.

KENNEDYé um documentário vivo sôbre o ho-mem, o que pensava, o que ambicio-nou, suas esperanças, as crises queenfrentou e o seu comportamentonas horas difíceis, a vida em família,sua saúde, o caminho político.

KENNEDYvai ser publicado pelo JORNAL DOBRASIL a partir de domingo, na pá-gina 5 do Caderno 8, diariamente.

KENNtraduzido pelo escritor Hélio Pólvora,em 40 mil palavras, 20 capítulos quecontam tudo sôbre um dos mais im-portantes períodos presidenciais dosEstados Unidos, de antes da eleiçãoaté os planos para um futuro que êlenão feve.

KENNEDYinédito em português, é um dos livrosde maior sucesso em todo o mundo.

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Candidato renuncia a favorde Lecanuet nas eleições

Frei no Exército

para. sucessor de De Gaulle ocupar mina:-Paris (FP-UPI-JB) — Com a renúncia, ontem, de Paul

Antier em favor do candidato do Movimento RepublicanoPopular, Jean Lecanuet, ficaram reduzidos a cinco os no-mes que disputarão com o Presidente De Gaulle as elei-ções presidenciais de 5 de dezembro.

Apenas 30 minutos antes do encerramento do prazode inscrição, à meia-noite de

'têrça-felra, Mareei Barbu,

ex-deputado de 58 anos, registrou-se como representanteda Justiça Social.OS SEIS

A disputa ficará, assim, en-tre o General De Gaulle, atualPresidente , da República, com75 anos; François Miiterrand(esquerda), de 49 anos; JeanLecanuet, centrlsta, o mais jo-vem candidato, com 45 anos;Pierre Marcilhacy (deireita), 55anos; e Jean-Louis Tixier Vig-naneour, da extrema-direita,com 58 anos.

Além de De Gaulle, tem re-nome internacional Mítterrand,que conta com o apoio das di-versas facções socialistas e doPartido Comunista, e TixierVignancour, advogado. O can-didato de última hora. MareeiBarbu, é um pequeno industrial,membro da resistência duran-te a última Guerra Mundial efundador de um tipo originalde comunidade de trabalho, noVale do Ródano, Sudeste dnFrança",

De- qualquer maneira, os ob-servado res competentes nãoconcedem a menor possibilida-de de triunfo a qualquer dosadversários do atual Presidente.

A confusão que cerca o setordos candidatos ficou acentuadaquando, apenas meia hora an-tes do encerramento das inseri-ções, surgiu outro candidatoopositor. Mareei Barbu, de 58anos, que tem onze filhos e é

um perfeito desconhecido. En-trou transpirando no ConselhoConstitucional e apresentou osdocumentos de sua candidaiu-ra com as cem firmas exigidasde dignitários de dez dos 95 De-fcartamentos da França.

CAMPANHA

Mareei Barbu está empenha-do numa vaga campanha do"igualdade social".

Antes da segunda GuerraMundial, Barbu explorava, com-partilhando os lucros com seusoperários, uma lucrativa fãbri-ca de relógios. Foi preso pelosnazistas e enviado ao acampa-mento de Buchenwald, durantea ocupação alemã da França.Em 1945, teve sua primeiraaventura em política. Ao sereleito deputado independentena Assembléia Constituinte.

Ao anunciar sua decisão deretirar-se, Antier declarou que ofazia para robustecer as possi-bilidades de Lecanuet. — Pare-cc-me o candidato' mais quali-ficado para a defesa efetiva dosagricultores, da classe média eda Europa — expressou Antier.

Por sua vez, Lecanuet ficousatisfeito com os motivos expôs-tos por Antier e se apresentoucomo o "Candidato que abre ocaminho do porvir".

Santiago do Chile (AP TP-JB) — Tropas do Exércitoocuparam ontem as mines Cecobre americanas cle Chuqalc:.-mata, Potrerillos, Salvadore Tenienle, decretadas zonasde mergêiicias. e prenderam ^slideres dos 17 mil mineiros eragreve, que receberam ordem dc .voltar ao trabalho sob pena deserem enquadrados na Lei deSegurança,

Antes da ocupação das minaspelo Exército, houve distúrbio.,em Chuquicamata, onde gru-pos de mineiros tentaram im- ',pedir que íôsse furada a greve,decretada há 23 dias cm sinalde protesto contra a lei queassocia o Estado às compa-nhias mineiras norte-america-nas. A greve já causou prejui-zos de 32 milhões de dólares,MEDIDAS .

Para pôr fim à greve, que foiconsiderada ilegal e de obj:1.-.vos nitidamente políticos, oGoverno do Presidente Eduar-do Frei tomou as seguintes me-didas; 1) Prendeu Aleja^idr.Rodrigues e Manuel Ovalle di.rigentes socialistas da Ceie- 4deração de Trabalhadores do >Cobre, filiada à Central Uni-ca de Trabalhadores Chilenos.2) Ordenou a volta imediata,dos grevistas ao trabalho, sobpena de prisão por transgredira Lei de Segurança Interna doEstado; 3) Decretou zonas deemergências as Províncias dc ¦Antofagasta, a 1500 quilôme- 1tros ao norte de Santiago, ou-cle estão as minas de Salvadore Chuquicamata, e 0'Higgins,onde se encontra, a mina deTeniente,

Jolinson anuncia nova íei Chilenospara iracial nos júris do sul

Washington e Nova Iorque (ÜPI-FP-JB) — O Presi-dente Lyndon Johnson anunciou ontem que submeterápròximamente ao Congresso uma nova série de leis desti-nadas a acabar com a discriminação de que são vitimasos negros, especialmente no Sul dós Estados Unidos, naseleção de jurados para os Tribunais.

Johnson revelou suas intenções durante uma recepçãona Casa Branca, ã qual assistiram os membros"das diversascomissões preparatórias da importante conferência sóbreos direitos civis que se realizará em Washington, na pró-xinia primavera.

immaçao cospem em

INJUSTIÇA

Acentuando que os negrossão, quase sempre, "excluídosdeliberadamente dos júris nor-te-americanos", Johnson de-clarou: "Pedi ao Ministro da,Justiça que prepare uma legis-lação, cem o objetivo claro epreciso, sobre os jurados. Essaobjetivo é o de impedir que osnegros sejam vítimas da in-justiça em mãos de júris com-pestos exclusivamente de bran-cos".

Johnson, que pretende sub-iríeter as iefc ao Congresso emjaneiro, acrescentou que nospróximos meses estudaria aten-tamente o problema da discri-minaçâo nas escolas norte-americanas.

O jorna,! New York Timeselogiou editorialmente a recen-te decisão da Justiça federal,que declarou Inconstitucionaisos dispositivos de lei de direi-tos eleitorais habilitando paravotar os cidadãos alfabetizadosno idioma castelhano.

Acrescenta o jornal que asnormas que obrigam os elei-tores a demonstrar que sabemler e escrever em inglês nãoconstituem medida discrimina,-tória, pois sua vigência é an-terior aj êxodo portorrique-nho para Nova Iorque.

Opina o New York Times, emseguida, que a medida é pru-dente, pois as gestões oficiais110 Estado de Nova Iorque serealizam no idioma inglês.

Tensão volta ao Uruguaicom outra greve geralde funcionários públicos

Montevidéu (AP-FP-JB) — a tensão social voltou aagravar-se ontem no Uruguai com a decretação da grevegeral de 180 mil funcionários públicos por aumento de sa-lários, um mês depois cle o pais sair do estado de sitio cle-cretado pelo Governo para conter a onda de agitação ini-ciada em setembro cont unia greve de bancários.

A Associação Nacional de Funcionários Públicos resol-veu entrar em greve por tempo indeterminado enquantoa Confederação de Funcionários do Estado, que congregaos funcionários na Administração Central, decidiu fazeruma greve só de 72 horas, que será transformada em gre-ve por tempo indeterminado se até terça-feira o Governonão atender às suas reivindicações.AUMENTO

Reunidos ontem em assem-bléia, os dois sindicatos rejei-taram o aumento de 25';„ ofe-recido pc:lo Governo por con-si d e r ar e m insuficiente paraatender ao aumento do custodn vida, que nos últimos dezmeses foi de 55'.;, secundo da-dos oficiais do Ministério daFazenda. A greve é por au-mento de 48%.

a .situação é agravada pelosnovos aumentos — que em al-guns casos chegaram a .">7c,'r — .nas tarifas de eletricidade etelefones, e nas preços de com-bustiveis e de vários artigos deprimeira necessidade, muitos

dos quais desapareceram total-mente do mercado.

O Ministro de Indústrias eTrabalho, Francisco Ubillos,que dirige uma campanha con-ira a especulação, admitiu aincapacidade do Governo pararesolver o problema. Disse quea "situação é provocada maispeln escasse/, do que pela es-peculação".

Os setores mais atingidospela greve são: Correios, Tele-comunicações e Saúde Pública,embora em todos eles tenhamsido mantidos serviços deemergência. Um porta-voz doGoverno disse que "por en-quanto não se pensa em res-tabelecei" as medidas clc segu-rança".

Concapciõii, Chilo (UPI-JB)— Estudantes comunistas cuspi-ram no ros.o de Robert Ken-nedy e atiraram cascas da la-ranja e ovos podres sóbre oSenador norte-americano e suaesposa quando elo discursava,ontem, durante um debate comtrês mil estudantes da Uni-versidade de Concepción.

Terminado o discurso, abafa-do do começo ao íim por umgrupo que cantava o hino cas-trista 26 de Julho e gritava'•Chile, sim; ianque, não", oSenador Robert Kennedy íoiao palco onde estavam os ma-nifest-antes e estendeu-lhes a.mão, recebendo cm troco umadisparada e um pontapé.

LUTA

Depois que o irmão do ex-Presidente John Kennedy seretirou do salão, os comunis-tas entraram em luta corporalcom os estudantes de direita,que gritavam "Hufjrial Hun-gria!" A Policia não interveioem sinal dc respeito à auto-nomia universitária, que é uma .tradição latino-americana, res-peitada no Chile pelo Governodo Presidente Frei. Durante amanifestação, foi queimadauma bandeira norte-americana.

O jornal de Nova Iorque,.World Telegram and Sun, co-mentando ontem a excursão deRobert Kennedy a América doSul, disse que o principal obje-tivo do jovem senador é "di-minuir o prestígio do Presi-ciente Johnson e de sua poli-tica". Citou a propósito quedurante sua atual visita aoChile, o Senador Robert Ken-nedy condenou a intervençãoamericana na Republica Do-minicana-

Soviétutêm rampasmóveis

Moscou (AP-FP-JB) — Ementrevista ao jornal Troud, nodia dedicado pelo Governo so-viético aos foguetes e à arti-lharia, o General VladimirToloubko, primeiro adjunto dochefe dns unidades de fogue-tes estratégicos da URSS, afir-mou ontem que "a.s ForçasArmadas soviéticas possuemrampas de lançamentos mó-veis e capazes de se deslocarcomo os canhões, tornando ini-possível seu descobrimento peloreconhecimento espacial ouaéreo".

Colégio Padre /nnionAssociação dos Antigos AlunosConvidamos Iodos os antigos alunos e

Exuias. Sras. para o churrasco comemorativodo 25,° aniversário do Colégio, a ser realizadodo colégio, dia 20 de novembro, às 13 lioras.Confirmar: Av Kio Branco, 85 - 8.° andar, comí).a Len ice ou Maria José, ou no Colégio com D.aAlgenithLuis Eduardo Borgerth, Presidente. José T. l\abuso, Vice.

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Jornal do Brasil, Quinta-Feira, 18-11-65, 1.° Cad. 11

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Projeto cavalheiresco dáprioridade às damas paraocupar lugar na condução

Belo Horizonte (Sucursal) — As mulheres de Belo Ho-rizonte terão prioridade para ocupar os bancos dos ôni-bus e lotações desta Capital, se a Câmara Municipal apro-var o projeto que o Vereador Antônio Fernandes Dutraapresentará na próxima reunião ordinária, sob a justifi-cativa de que "a educação dos cavalheiros para com asdamas deve ser mantida, ainda que à força de leis".

O Sr. Antônio Fernandes Dutra disse ainda que seuprojeto "é inspirado na necessidade de cortesia que oshomens devem ao sexo frágil, desde os tempos de Adão eEva, apesar dos protestos de alguns mal-educados que pre-ferem defender seu comodismo, sem se importar com apreservação dos princípios tradicionais da urbanidade edo cavalheirismo".PROJETO OU APELO

A aprovação da matéria, se-gundo o Vereador, "será obtidade qualquer maneira, porquenão é mais possivel que tantosMarmanjões continuem desfru-tando de um comodismo semlimites, utilizando-se, inclusive,de sua maior facilidade de mo-bilização para arranjar umbom lugar, enquanto as mulhe-res viajam como equilibristas,sujeitas a empurrões e varizes."

Bicheiro registrado comocomerciaria vai receber3 milhões de in no

_ Niterói (Sucursal) — O Juiz da 2.» Junta de Concilia-çao e Julgamento do Trabalho, desta Capital, condenou obanqueiro de jogo do bicho Albano Matos Ferreira a na-gar uma indenização de CrS 3 milhões ao seu ex-emprega-do Emandes Ribeiro, que trabalhou como bicheiro 12 anosmas era registrado como comerciário.

Se recorrer da sentença, o banqueiro confessará tá-citamente que era contraventor, pois só poderá alegar emseu favor, que bicheiro não tem garantias legais. Comocomerciário, devidamente registrado, o empregado tinhaestabilidade e não podia ser demitido.res, para as quais o réu ape-Iara.

O Juiz está acompanhando ocaso, pois, se Albano recorrerda sentença, ficará implícita a.sua condição de banqueiro epoderá ser preso, na mesmahora, sem direito a fiança, alémde responder a um processo,robustecido por muitas provas,que dificilmente cairá em ins-tâncla superior dc Justiça.

JUSTIÇA CRIMINAL

O Juiz da 2." Vara Criminalde Niterói, Sr. Décio Itabaia-na. de Oliveira, mcstra-se tam-bém partiaularmente interes-sado na causa trabalhista, poisembora tendo condenado Al-bano duas vezes, por contra-venção. viu suas sentençascaírem em instâncias superio-

Campos fecha sua. Câmaraporque a polícia, apreendecarro do Vereador padre

Niterói (Sucursal) — A Câmara Municipal de Camposfoi fechada ontem pelo seu Presidente, Sr. Severino Velo-so *ate que a policia deixo dc cometer arbitrariedades"em sinal de protesto contra a apreensão do carro do Ve-reador padre Rosário por um soldado da Policia Militar oueserve na Delegacia local.

O fato provocou uma crise politica de repercussão es-tadual e os 19 vereadores campistas vieram a Niterói, ondenzeram o relato dos acontecimentos para os deputadosque representam o Município na Assembléia LegislativaPretendem avistar-se hoje com o Secretário da Segurança,Major Paulo Biar. ** '

INCIDENTE E ATRITOTudo começou quando o pa-dre Rosário estacionou o seu

carro, uma camioneta rural,em frente à Câmara, um pou-co fora da faixa de segurança.O soldado da Policia Militar,que funciona no Trânsito, nãogostou da falha e procurou opadre, para lhe dizer que iarebocar o veiculo.

O padre argumentou que ha-via estacionado um pouco forada faixa porque uma ilambretafora deixada na vaga destina-da aos carros dos vereadores.Mesmo assim, o guarda insis-tiu na idéia de rebocar o car-ro e. além do reboque, chamou,também, a Radiopatrulha pa-ra se inteirar dos íatos

Da discussão do padre Ro-sário com os patrulheiros nas-ceu um sério atrito e as par-tes foram então dirimir as dú-vidas existentes na Delegaciade Polícia. O Delegado JoãoAntônio, segundo a versão doPresidente da Câmara, amea-çou o padre de prisão e pro-vocou a crise, que rapidamentese alastrou.

Agora, os vereadores queremo afastamento do DelegadoJoão Antônio e de todos osseus auxiliares da Regional de'Campos, sob a alegação tle que"eles não dão aos representan-tes do povo a segurança mini-ma e indispensável ao cum-primento de um dever cívico''.

Restaurante do Calaboiicofoi fechado porque prédioestava oferecendo perigo

O Presidente da Junta Interventora no SAPS, Sr. RenéUrrutia de Amiel, informou que aquela autarquia não tevenenhuma participação na decisão que culminou com o fe-chapiento do restaurante dos estudantes, no Calabouço.A interdição do prédio onde funcionava o restauran-

te, pertencente ao Ministério da Educação, foi determina-da — segundo o Presidente da Junta — pelos engenheirosao MEC, por oferecer perigo à vida dos estudantes.OS QUE TRABALHAM

Depois de procurar saber dodelegado da autarquia na Gua-nabara. Sr. Luis Fernando Gus-mão, -sòbr&__a._cflj_acidaíLç da_restaurante dos trabalhadores,reaberto recentemente na Pra-ça da Bandeira, o Sr. RenéAmiel resolveu que. já a par-tir de hoje, os estudantes' se-

gurados da Previdência Social,isto é, os que trabalham, po-derão ser atendidos ali. Quan-to aos demais, nada poderáfazer, uma vez que qualquer•mpriiflft rjKi^f, .«lentido depen-dera de autorização do Depar-tamento Nacional da Previ-dència Social, ao qual está su-bordinado o SAPS.

Remessas Para o Exterior .Agora permitidas até 200 dólares — ou equi-valente em outra moeda •— na forma de auxi-lio, presente etc, SEM QUALQUER FORMA-J-.IDADE.Dirigir-se à Secção de Câmbio doBANCO ALIANÇA DO RIO

DE JANEIRO S. A.MATRIZ — Praça Pio X. 99 _ GBFILIAL SÃO PAULO — Rua 24 de Maio, 21(1

AGÊNCIAS NA GUANABARA:SÂO JOSÉ — Rua São José, 28SÃO CRISTÓVÃO — Rua Figueira de Melo

359-BMUDA — Rua Conde de Bonfim. 767-BIPANEMA — Rua Visconde de Pirajá, 237-AABOLIÇÃO — Rua da Abolição, 651RIACHUELO — Rua 24 de Maio, 316-PCAMPO GRANDE — Rua Viúva Dantas, 39

O BANCO DOS BONS SERVIÇOS

Demitido do Sindicato dos Concurso de : Iomalisfas do íüo ainda conto ficou

quer receber indenização doO Sr. Jorge Martins, ex-funcionário do Sindicato dos

Jornalistas Profissionais da Guanabara, que, antes de serdemitido, devia á entidade mais de Crs 1 milhão, iniciouprocesso contra a Junta Interventora nomeada pçlo Mi-nistério do Trabalho para o Sindicato, procurando receberuma indenização de Crs 6 milhões prometida pela antigadiretoria.

A junta, que considera o acordo firmado entre a ex-diretoria e o Sr. Jorge Martins "ruinoso", suspeita que tudonão passa de uma manobra, com o fim de afastar do Sin-dicato o Sr. Jorge Martins e evitar que graves irregulari-dades sejam apuradas, nas quais o ex-funciona rio e ex-diretores estariam seriamente envolvidos.

vigário

Entretanto, o Vereador dizque se o projeto fôr julgadoinconstitucional, apresentará,na Câmara, um apelo no mes-mo sentido", incluído em ou-tra proposição que prevê o dis-clplinamento e aumento donúmero de ônibus e lotaçõesdas empresas concessionáriasde transporte da Capital mi-neira. "O importante", diz "éque os cavalheiros se curvemàs damas".

INDENIZAÇÃO

O acordo firmado com o Sr.Jorge Martins, por ocasião desua demissão, efetivada no dia28 de setembro, poucos dias an-tes de a antiga diretoria serafastada, prevê o pagamento deuma Indenização de CrS ....6 236 060. dos quais CrS ....3 181 mil à vista e o restan-te cm prestações mensais de CrS500 mil.

Naquela ocasião, o ex-funcio-nário devia ao Sindicato, emvirtude de vales que descontara,CrS 1 115 850, divida que, peloacordo, seria'saldada com a suademissão, acompanhada de umacarta de recomendação assina-da pelos antigos diretores, naqual louvavam as suas "quali-

dades de funcionário eficiente eexemplar".RECUSADO

Diante dos latos que compro-vavam a fraude, a Junta Inter-VEiitora sb recusou a cumprir ocontrato, o que resultou no pro-cesso Iniciado pelo ex-f uncioná-rio, o qual deu entrada ontemna 14.'* Junta de Conciliação eJulgamento da Guanabara, exi-gindo seu cumprimento pelaJunta Governativa.

O Sr. Jorge Martins, com estaação, pleiteia o recebimento demais CrS 3 263 mil, restantesdo acordo amigável firmadoeom a ex-diretoria. O assunto¦será. debatido durante audiênciade conciliação marcada paraterça-feira próxima, as 13hl0m.

oS ,rasii e Bélgicaaeorao aéreo e criação deum organismo- de consulta

Depois do caso do CruzeiroNôvo os fluminenses inaugurammais um conto, desta vez nosetor das letras: instituindoum prêmio literário de Cr$ 100mil, a Academia Valenciana deLetras acabou entregando umamedalhinha e um cinto ao yen-cedor de seu certame de con-tos, que agora ameaça proces-sar a entidade.

A vitima é Mário Peixoto,contista programado pela Edi-tora Civilização Brasileira, eque concorreu com o trabalhoSolitédio, selecionado pelo júrida Academia Valenciana. Oclassificado em segundo lugar,Colbert Rangel Coelho, tambémfoi logrado e deveria receberCrS 50 mil.

Senado veta '

terror paraas crianças}'

Brasilia (Sucursal) — Na or-dem do dia de ontem, o Sena-do aprovou projeto da Câmaraque proíbe a impressão e cir-culação de publicações destina-das à infância e à adolescêu-cia, explorando temas de;cri-mes, terror ou violência. :

Em seguida, foi aprovadoDecreto que ratifica texto doprotocolo firmado pslo Brasil,em Washington, em 1965, pror-rogando o prazo de vigência doAcordo Internacional do 'Tri-go.

A negociação de um acordo aéreo, a criação de umorganismo permanente de consulta para solução de pro- D - 7blemas comuns e investimento de capital belga para fi- BÜfãO CtOÜ UMnanciar projetos brasileiros são, entre outros, os pontos 'principais discutidos pelos representantes dos dois paísespor ocasião da visita do Rei Balduino e da Rainha Fa-bíola.

A informação, contida em Comunicado Conjunto dis-tribuido onde pelo Itamarati, dá conta de que as conversa-çoes. "marcadas

por clima de grande cordialidade", serealizaram entre o Chanceler Vasco Leitão da Cunha e oMinistro da Cooperação ao Desenvolvimento e do Comer-cio Exterior da Bélgica, Sr. Ernest Adam.

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O COMUNICADO' Ê o seguinte, na integra, oComunicado Conjunto sóbre asconversações entre o Brasil e aBélgica, divulgado ontem peloMinistério das Relações Exle-riores:"Por ocasião da visita queSuas Majestades o Rei e aRainha dos Belgas fizeram aoBrasil, a convite do Presidên-te da República, realizaram-seconversações entre o SenhorErnesto Adam, Ministro da Co-operação ao Desenvolvimento edo Comércio Exterior da Bel-gica, e o Senhor Vasco T. Lei-tão da Cunha, Ministro das Re-lações Exteriores do Brasil.

2. Esta troca de impressõesfoi marcada por clima degrande cordialidade, coníir-mando, dessa maneira, a calo-rosa acolhida reservada ao ReiBalduino pelo Presidente Cas-telo Branco, o Congresso Na-cional, o Supremo Tribunal Pe-deral e todo o povo brasileiro,

3. No curso dessas conversa-ções ministeriais procedeu-se aluna larga apreciação das pos-sibilidades de cooperação entreos dois países, especialmentenos campos da assistência eco-nõmica e técnica e do inter-câmbio científico, cultural ecomercial.

4. As questões concernentesàs relações econômicas foramobjeto, por outro lado, dè con-versações igualmente valiosasentre o Ministro Adam e o Se-nhor Roberto de Oliveira Cam-pos, Ministro Extraordináriopara o Planejamento e a Coor-denação Econômica, tendo oMinistro Campos ressaltado ointeresse do Brasil em que aBélgica venha a participar dofinanciamento de projetos bra-aileiros de desenvolvimentoeconômico.

5. No que se refere especifi-camente à entrevista entre oMinistro do Comércio Exteriorda Bélgica e o Ministro das Re-lações Exteriores do Brasil, foiressaltada a importância dodiálogo entre os países em de-senvolvimento e as nações in-dustrializadas, havendo oChanceler brasileiro lembradoa compreensão que desse íatodemonstrou a Bélgica por oca-sião da Conferência das NaçõesUnidas sóbre Comércio e De-senvolvimento.

6. Sublinhando a importán-cia de harmonizar os interes-ses comerciais dos paises daAmérica Latina com os paisesda Comunidade EconômicaEuropéia, o Ministro Leitão da

Cunha sugeriu a. criação de umorganismo permanente de con-sul.a entre os dois grupos,através do qual seriam busca-das soluções para os problemascomuns. O Ministro Adam de-ciarou que transmitirá o dese-jc brasileiro aos parceiros daBélgica naquela Comunidade.

7. Tendo sido manifestado ogrande interesse do Govêmobrasileiro em poder beneficiar-se de bolsas de caráter técnicoe cientifico oferecidas pelo Go-vêrno belga a professores, téc-nicos e cientistas do.s paísesmenos desenvolvidos, bemcomo de eventual assistência detécnicos belgas a programasbrasileiros de desenvolvimento,as duas partes assentaramexaminar os meios e modali-dades adequados para intensi-ficarem sua cooperação nessesdomínios.

8. Relativamente ao inter-câmbio cultural entre o Brasile a Bélgica, foi notada comagrado a viva cooperação nes-se setor, através cie contatosinteruniversitárlos, quer dealunos, quer de professores.Concordou-se. outrossim. nanecessidade de dar um plane-jamento concreto a êsse inter-câmbio, a fim de obter o má-ximo rendimento da espontà-nea afinidade intelectual dosdois povos. Tal poderá, ser efe-tivado através tia elaboraçãoconjunta de um programa cul-tural, a vigorar a partir de1966. nos termos do artigo VIIdo Acordo Cultural Brásil-Bél-gica.

9. Finalmente, a.s duas par-tes exprimiram a sua intençãode, na data mais próxima pos-sível, iniciar conversações paraa. negociação de um acordo aé-reo belgo-brasileiro".

Nomeados

Sito Paulo (Sucursal) .— OBarfio Henry Franz von Tys-sen Bornemhiscs doou ontemao Museu de Arte Moderna deSão Paulo um quadra do pin-tor holandês Quentin Ma?:SV.do século XV, chamado, 'Pro*meséa de Casamento. i

í; a segunda obra doadft P*-.lo Barão, ao Museu, qui- lheofereceu um almoço no T-Vacio-nal Clube, presentes o cíomal1-dante do II Exercito, G.ferr.1Amauri Kruel, o Presiden'te dosDiários Associados, Sr.-, Ed-mundo Monteiro, o Di-?'0*?Superintendente do JORNALDO BRASIL, Sr. Ben'avdCampos, e o Sr. Eurilo Duarte.Chefe da Sucursal de São Pa".'-"lo, entre outros.

Cemitério de. será

aprazívelGoiânia (Correspondente) —

Com muitas cores, grama eflores, está quase concluído oCemitério-Parque de Goiânia e,segundo o Prefeito da Capital,Sr. Hélio de Brito, êle soluclo-nará definitivamente o proble-ma da_ carência de sepulturas,pois, "não existirão as grandesestruturas de mausoléus, cape-las particulares e túmulospomposos c todas as sepulturasserão compostas de pequena lá-pide e singela cruz, como quea lembrar a todos a igualdadehumana".

capitães

Brasília (Sucursal) — Por de-decretos assinados ontem, noPalácio Laranjeiras, o Presi-dente Castelo Branco nomeouos Capitães-de-Mar-e-GuerraH?dno Viana Chamoun, Leopol-tio Brás Mesquita Bastos e Jor-ge Schaefer para o cargo deCapitão-dos-Portos de São Pau-lo, Rio Grande do Sul e Espí-rito Santo, respectivamente.

MAIS UM IS AVIO NACIONAL

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12 -B- 1-° Cad., Jornal do Brasil, Quinta-Feira, 13-11-65

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Banqueiros vão examinarem congresso uniformidadede horários para bancos

Cêrca de 250 diretores e assessores cie 90 bancos de 17Estados brasileiros deverão participar, como delegados, doV Congresso Nacional de Bancos, a realizar-se de 21 a 26dêste mês em Porto Alegre e que focalizará em suas ses-soes a Reforma Bancária, a Lei dos Mercados de Capitais,a Reforma Tributária, o Instituto do Cheque e a uniformi-zação de horários nos bancos.

Várias entidades financeiras governamentais vão par-tlcipUr do Congresso, entre as quais o Banco Central daRepublica com uma Delegação de cinco membros, chefiadapeloseu Presidente, Sr. Dênio Nogueira, bem como váriosconvidados especiais, na qualidade de observadores, repre-sentando banqueiros argentinos e uruguaios.OUTROS TEMAS

Figura também na parte dotemârio uma exposição a seríeita pelo Ministro João Barbo-sa, Oheíe da Delegação do Bra-sil junto à Associação Latino-Americana de Livre Comércio,que discorrerá, como convidadoespecial, sobre o tema A ivilu-ência. dà ALALC vo sistema¦bancário

Irrasüeiro _ sul-ame-ricano.

Poi'- sua vez, o Sindicato dosBancos de Recife, a pedido daComissão Organizadora do Con-gresso, apresentará tese sobreos aspectos mais importantesdos investimentos dos bancosprivados no Nordeste brasilei-ro.

Fazem parte dR Comissão Or-ganizãdora, como Presidente, oSr. João da Costa Ribeiro, doBanco da Província; como Vi-ce-Pêsidente, os Srs, EgídioMichaelsen, do Banco Agrícola

Mercantil, e o Sr. Paulo Fran-co dos Reis. As atribuições deSecretário-Geral estão com oSr. João Galant Júnior, doBanco da Província.

PROGRAMA

Além dos trabalhos da pro-gramo ção especifica do Con-gresso, a Comissão Organiza-dora elaborou um roteiro tu-rístico destinado especialmenteaos familiares dos corigréssis-tas. Está prevista nesse roteirouma excursão à chamada zonacolonial italiana onde, após umavisita á Adega Dreher, será ser-vido um almoço lipico aos par-tlclpantes, com uma apresenta-cão do folclore da região italia-na.

Programa idêntico será rea-lizado na zona colonial alemã,havendo ruma excursão á Cida-de de Nôvo Haniburgo cujosaspectos folclóricos serão co-nhecidos pelos congressistas.

Legislativo mineiro querouvir exposição de Campossóbre programa financeiro

Belo Horizonte (Sucursal) — A Assembléia Legislai!-va de Minas Gerais vai endereçar, por requerimento cioDeputado Lúcio Sousa Cruz, um convite ao .Ministro doPlanejamento, Sr. Roberto Campos, para vir a Minas emdata por êle escolhida, fazer uma exposição da tribuna dolegislativo mineiro sóbre a política econômica e íinancei-ra do pais.

Na justificativa do requerimento para convite ao Sr.Roberto Campos, disse o Deputado Lúcio Sousa Cruz queo País acompanha com o maior interesse as providênciasdo Governo, visando a retomada do desenvolvimento e aestabilização da moeda, sendo portanto, de alto interessepara Minas uma exposição oral dêste problema na Assem-bléia Legislativa.ACEITAÇÃO

Disse ainda o Deputado Lu-cio Sousa Cruz que a reformamonetária e a reforma cam-bial anunciadas pelo Presiden-te Castelo Branco constituemprovidências de grande alcan-ce para, a economia do País.

'Os mineiros, entretanto, nãoestão suficientemente esclare-cidos sobre suas reais inciden-cias.

É natural, portanto, no seuentender, que a Assembléia Le-gislativa de. Minas Gerais, quehá algum tempo aprovou umvoto de congratulações com oMinistro Roberto Campos e oPresidente Castelo Branco, pe-los rumos adotados no setoreconômico financeiro, conheça,com maior' profundidade, odesdobramento dessa politica,que poderá significar o inícioefetivo da estabilização mone-

tária e a contenção da infla-ção no País,

O REQUERIMENTO

O reouerimento do DeputadoLúcio Sousa Cruz íoi assinadotambém pelos Deputados Ge-raldo Quintão, Atos Andrade,Martins Silveira, Carlos Me-gale, Geraldo Grossi, BatistaMiranda, Manuel Costa, JoãoVaz. Maria Pena, José HugoCastelo Branco, Feliciano Oli-veira. Jairo Magalhães, Cise-ro Dumon. Jeová Santos, Hu-go Aguiar, Murilo Badaró, LuísJunqueira, Pinto Coelho, Lou-rival Brasil. Edgar de Vas-concelos, João Bosco. José Ma-ria Magalhães, Sinval Boàveri-tura, Rafael Nunes Coelho, Eu-clides. Cintra, Walton Goulart,Aníbal Teixeira. Mário HugoLadeira, Joaquim de Melo Frei-re, Valdir Melgaço, Wilson Mo-desto e vários outros.

Diretor da CRE AI mostrana Câmara as razões dos

s custos dos tratoresBrasilia (Sucursal) — O Diretor do setor rural da Car-

telra de Crédito Agrícola e Industrial do Banco do BrasilCREAI, Sr. Severo Fagundes, afirmou ontem, na CPI daCâmara sobre a indústria de tratores, "que em virtude dapeculiar disponibilidade de fatores da produção, caràcté-rizada pela escassez de capitais e o alto custo das máqtii-nas e fertilizantes, ao lado da abundância de mào-cle-obra. muitas vezes o emprego de uma. tecnologia maisavançada redunda, numa elevação dos custos".

Durante' sdpBèpoimento na CPI. presidida pelo Depu-tado Cunha Buéno, o Diretor da Carteira tíe Crédito Agri-«-iqla e Industrial do Banco do Brasil revelou que de acôr-d0 com as últimas resoluções do Conselho Monetário Na-C1°n'_tl, os tratores serão financiados em até 100CÓ do seuvíll0!>, para pagamento, em 4 anos, com amortização deapagas 10% no primeiro? ano e o restante em três parce-las anuais, iguais e sucessivas, acrescentando que é neces-

Começam sábado obras daUsina de Cliarqueadas queproduzirá aços especiais

Deverão ter inicio em Cliarqueadas, Rio Grande doSul, a partir de sábado, dia 20, as obras civis da usinaque produzirá aços especiais por processo exclusivo, ope-rando a começar do carvão mineral 100% nacional, segun-do informou ontem o Sr. Willy Frohlich, Diretor da AçosFinos Piratini, responsável pelo empreendimento.

Adiantou o Sr. Frohlich que o inicio das obras seráassinalado por uma solenidade que contará com a pre-sença de várias autoridades federais e estaduais, entre asquais o Governador lido Meneghetti, o Secretário de Ener-gia e Comunicações e o Presidente da Comissão do Planocio Carvão Nacional, representando o Govémo federal.PROBLEMAS RESOLVIDOS

sário •um exame em profundidade do processo de fabrica-S&O fie máquinas agrícolas, "onde a possibilidade agru-Pamgntos de indústrias viesse a trazer ganhos de escalaa«e possibilitassem- ò barateamento dos produtos.CRI^çao

ÇSormpu que a indústria"e tratores foi criada e desenv5ivida durante a íase maisacentuada do processo infla-cionário, tendo produzido em1961, 1 715 e, em 19G4, atingida11 534. O Banco do Brasil,através da CREAI, financiava,j>. colocação dessa, produção emcondições básicas de 77. de ju- ¦ros e nos prazos de 4 anos,concorrendo para a vencia, emmédia, de 74';_, da totalidadedos tratores produzidos anual-mente no País.

— Todavia — frisou — pre-sente a conjuntura, iufiacionã-

ria, tais condições concorriampara que o comprador pagasseapenas unia parcela do preçodo bem adquirido.

Salientou o Sr. Severo Fa-gundes que a contenção doprocesso inflacionário e a co-branca de juros em bases maisrealistas, "embora inferiores àtaxa de desvalorização da moe-da", reduziu, enormemente, amargem do subsídio então vi-gente, "trazendo à tona a rea-lidade que se exprime poruma acentuada relação desfa-vorável entre o alto preço riostratores e o baixo preço tiosprodutos agrícolas".

Disse o Sr. Willy Frohlichque todos os problemas técni-cos relativos à implantação dausina já íoram solucionados,acrescentando que

"o empre-endimento já recebeu a anuên-cia dos órgãos de capital e íi-nanciamento, sendo que o ini-cio das obras das demnls uni-dades da usina só depende dedetalhamentos obrigatórios pa-ra a determinação das constru--ções e a definição e:cata dosequipamentos a serem utiliza-dos".

Numa análise do problemaelevação do capital social daPiratini afirmou seu presiden-te que já havia obtido, em prin-CÍpio parecer favorável rios rioismaiores acionistas: o Governo

•Tef.er.il, através da CPCAN((ilano do carvão) e o Governodo Estado, devendo tal deci-

são ser oficializada nos próxi-mos meses.

O NOVO CAPITAL

A elevação do capital aerfcna justa proporção requeridapelo investimento, do cujo vo-lume o projeto básico nos dãuma dimensão exata, frisou.

O investimento fisico do em-preendimento. segundo o Sr.Willy Frohlich. calculado emcêrca de Cr$ 105 bilhões, impli-cará a elevação do capital so-ciai até o necessário para ai-cancar os -financiamentos pre-tendidos. Sobre a íase concre-ta da implantação da indústria,,que agora inicia as obras civis, ¦'concluiu:

Dentro de pouco tempo oRio Grande do Sul terá suaprimeira indústria de base, decuja falta tanto se ressente suaeconomia.

Uma lâmpada PHILIPS MLL vale (quanto àluminosidade e vida), por seis lâmpadas comunsda igual vatagem. Proporciona 40% mais luz6 sua vida é 500% mais ionga. Pense na economiaqua isto representa, em consumo da luz e nareposição! A lâmpada PHILIPS íi/ILLda luz mista(incandescente e a vapor da mercúrio) economiza acemeçar pela instalação: substitui a lâmpada comumsem qualquer modificação no equipamento elétricç,desde que a voltagem seja de 220.

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Lâmpadasf j ;; Pflra comércio, indústria e iluminação pública

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*''Í£Í_Si8Îl&%£ laçôesquodasojall ninar e tc. j' ••¦•••. MU, 1, ,-. .$3£BÊ£Êw'WÊsÍ8Ê&':Í cobçrá um projeto esp.cint. Ke-» f;0ME-

ilwrap »f' S. A. PHILIPS OO BRASIL \ WA: *..

' s*®ÊÍSÈÍl% '¦ ' I!^l!if°ML10~B'WM2om~RroF^

F/ümíOlítft E-jiral^4^*** j 63^^'- 1 W ILUMINAÇÃO EXIGE PHILIPS.

Problemascio carvãoem Simpósio

O Presidente da. Comissão doPlano do Carvão Nacional, —CPCAN — engenheiro LauroCunha Campos, informou on-tem, tiue para examinar os pro-blemas soeioejonómicos e asperspectivas do carvão nacionalserá instalado, -no próximo dia39, em Florianópolis, o II Sim-pósio do Carvão Nacional, quecontará com a participação detécnicos brasileiros e estrangei-ros.

Salientou o Sr. Lauro CunhaCampos que durante o Simpó-sio serão debatidas a expansãoda indústria carvoelra nacional,a racionalização e mecaniza-ção do trabalho de min.ração,a íim de reduzir o custo daprodução e a, restruturação doatual sistema de transporte vi-sando o escoamento eficiente eeconômico do produto.

Durante a entrevista o Pre-sidente da CPCAN negou queos processos usados na extra-ção do carvão sejam obsoletos,reconhecendo entretanto a ne-cessidade de uma melhoria nãosó técnica como financeira, Sa-lientou, ainda, que a produti-vidade. por meio da assisten-cia social ao mineiro, será maisampliada estando incluído nes-te aumento o financiamento decasa própria, construção de cn-tidades -hospitalares e educa-cionais para todas as regiõesmineiras, além do fornecimen-to, através de um convênio aser assinado brevemente, damerenda escolar que proporcio-nará aos filhos'de mineiros me-Ihqres condições físicas.

Segundo o Presidente da Co-missão Nacional do Plano deCarvão, estudos realizados poraquele órgão revelam que asreservas carboníferas brasilei-ras elevam-se a um bilhão eseiscentos milhões de tonela-das, cm sua quase totalidadelocalizadas na região Sul doPais. Adiantou quo pesquisasfeitas em outras ár»as, notada-mente no Norte, mostrarampromissoras pespectivas de no-vos campos de carvão, "o

queelevaria nossas reservas dessariqueza mineral para mais dedois bilhões de toneladas".MODERNIZAÇÃO

Explicou que as minas sub-terràneas dispõem de meiosmodernos para a. exploraçãoracional do carvão. Tais con-dições — afirmou — ainda nãosão extensivas a toda a indús-tria, notadamente ãs minas demenor porte. Uma. das metasdo CPCAN tem sido incenti-var o aumento do rendimento,tonelada 'homem/dia, d i m i -nuindo os custos d. produçãoatravés de financiamento

"de

maquinaria condizente com olimite econômico da mecaniza-çáo. Com isso, trata o CPCANdo baratear os custos de lavra,medida que. coordenada conimelhores métodos .de escoa-mento de produção e melhorutilização da parte residual, fa-rá com que o produto chegueao consumidor a um customais baixo do que o atual.PRINCIPAIS TEMAS

Acrescentou que o temâriodo II Simpósio de Carvão Na-cional compreende quatro tópi-cos principais, os quais se sub-dividem em itens específicos,cobrindo os mais variados as-pectos do problema carvoeiro.Esses tópicos qerão examinadosem Comissões êspeciais: a pri-meira tratará

"da geologia, la-

vra e beneficiamento do car-vão; a segunda, do transportee distribuição do produto e. suaaulicacão na termeletrioldàd'»;a terceira, à carboquímica emetalurgia e a quarta á segu-rança, higiene e assistência so-ciai ao trabalhador nas minas.

itâi ipitai paiCapital paradi

capital parado<¦ «pitai pirado

Nossa intenção é auxiliá-lo ainvestir bem tm Letras de Cám-bio, Ações, Debêntures, Fundos deParticipação au de Investimentos.

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Rua do Carmo, 65-4.' and.Tel. 52-.01O

BOLSAS E MERCADOS

DÓLAR

MOEDAS

Compra 2 200Venda 2 210LIBRA

I Compra 6 120i Venda 6 220

LIVRE

O mercado -tie câmbio livreAbriu ontem calmo, com o Ban-co do Brasil comprando o dó-lar a CrS 2 200 e a libra Cr$ 6 166,60 e rendendo a ....CrS 2 220 e a Cr$ 6 23,1,00. Osbancos particulares compravamo dólar a CrS 2 200 e a libra aCr$ 6 110 t rendiam «, C-$ 2 220 _ a OrS 6 225. Fe-chou inalterado.

Total de titules negociados nomercado principal J3-1 c_«. —Volume em CrS a-13 692 121. Foram, yondldos no mercado se-cundárío 383 149, na Importfia-

.\,A>,UAI. Dólar canad. 2 006.!» 2 046Franco belga 44,90 -34 30

Na abertura, do mercado de coroa norueg. 312,00 303,00cambio manual o dólar-papel Libra 6 233 80 S 160 aoregulou para compra a Ci. 2 2C0 Lira 3 564 3 511'e pnra venda a Cr» 2 220 * Cerca iiliiàm! 323,10 3.9 00libra a Or* 0 1770 e a Franco suíço 515 50_'loCr$ 6 225. No fechamento o dó- Pp_r_ta 38.cq 3650lar-papel regulou para compraa Cr,? 2 200 * para renda a .... CONVÊNIOS-CrS 2 210.

Dólar 2 220 2 200o Banco do Brasil operara nai

•tgulnted tas:a_: MANUALComp. Venda:

Vend. Comp.Libra 6 120 a 220

Dólar 3 220 2 20O Dólar a 200 i 210Franco franc. 454,20 448.90 Franco íranc. 435,00 455,00Coroa sueca . 430,40 425,30 Peso uruguaio 36,00 38,00Libra lrland. . 6 233,ín 6 160,60 Franco êuíço 48.,C0 J15 00ílorlm 617,20 610,50 Escudo 77,00 7800ShllUng 07,10 85,10 Pe.ota 35.50 37.'50Peso argent. . 10,00 3,00 Lira 3,40 3,60Msrco 335,90 349,70 Marco 340.00 36o]ooPé.-:o uruguaio 43,30 31,90 Peso argent. 10.C0 10,20Escudo 77,70 75,90 Franco belga 42,00 44,60

TÍTULOScia dc CrS 174 492 120 c no mer-cado de frações 3 364, na deCrS 6 741 275. —índice BV: —S7. Baixa dc 4 pentos. — Ven-

deram-_e letras de importaçãono valor de CrS 5 765 745 • le-feras de cíimbio no deCrS 1 634 501 900.

CURSO DOS TÍTULOS DO I.B.V. EAI: n-ll-65

Companhias Qunnt.Ações

Valorem CrS

Arno Banco do Brasa Brasileira de lírnipa^ ,O.B.17.3.1Bralrmi (cr.d.) Btf&hma (.jy.xí.) Docas d-e Sam __ Dona. I-abcl (paeí.) ...Fcr.ro BsfcsÜelro América -abril Sousa Cru?. N-r.i Améri ca Be'..go-i;:n«i_r.-_. Siderúrgica Nacicnal ..Hime Kib:ü_ L_ii_ Ameri-anis Brln<i'UedC8 Estrela ^!.-_-b'ia M.inho Sa__tíst» Pet-í-terás S-nütri Sfco Paulo A-pargitas ..

400 9 026 0004 2S4 15 533 900

900 e 836 OCO1 70O V 329 0004 000 13 051 CCO

38 700 175 055 50047 000 37 853 00016 àCO , 19 6£6 000

«00 \ 12 359 30035 10O 24 282 00031 500 91 S73 OCO

3 .500 7 499 COO110 900 j 101 590 000

9 152 | 15 548 360IB 900 16 00: OCO

] SCO 5 310 OCO3 300 18 180 OCO7 100 13 014 000

26 8C0 37 1S4 ÕC03 600 7 524 OCO

12 2S5 19 623 64010 700 | 12 778 OOO84 400 : 19 473 500

Cxot.Jláx.

Min.Cot.

1 6803 6501 000080870000820

1 200«O700930

1 370850

1 75025095045»

1 S40410100

1 5-01 200235

i 6703 COO

990073820

2 .00800

1 1201 620680«00340840630240950400820

21

11231370050

1 580I 180230

Méd.Cot.

6713 626

991-t 0768_3

2 982803

1 191626692917

1 303847

1 659240950433

1 833387090

1 0001 194231

(Tr)(Vai.)

2,00,51.1'3.33.71,74,20,83,80.95.41,13,03,71,52,13.01,73,8'0.54.84.34,9

MÉDIA S/N DOS TÍTULOS PARTICULARES DA BOLSA DO RIO DE JANEIRO17-11-633632

16-11-853750

lO-il-ÍS3552

3-l_-85365S

Novembro de 19642227

(_-_.i'._v_.da. pelo Serviço Nacionai de Investimentos Ltda.)

FUNDOS MÚTUOS DE INVESTIMENTOS

Valor da CotaCl$

ICr,,

ült. Uist.CrS

Valor do Fundo

FUNDO CP.ESCINCO ...CONDOMÍNIO DELTECPÜWDO ATLÂNTICO ...PONDO OrtCICA FUNDO HALLES FL"NDO VERA CRUZ ...FUNDO S. B. FUNDO BP.AS1L FUNDO NOICTECI

iô-119-1-1

; 18-1116-1112-11

; 10-3:12-11

599310,293191'630

3 4K4.40

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00.00,0004,10,00OO,00,00

10,00 .-.etenvbro10.00 sc-temb-o9,00 outubro6,00 íetcmbvo

15.0D setembro61.00 Junho

5.GO _o.e-.ri>vo2.50 _etemb:a

30.00 ag&to

I34 69S 7í0

2 941 3561 0. 8 092

410 8.56324 824221 622124 747ÜC 526

30 810

MERCADO SE CUNDARIO

1.» Turno 2." Turno Total dc;ti<i.; COMPANHIAS

Aços VilaresBanco do Estado da Guanabara Bo.gltofl — Ordinárias Brasileira de Energia Elétrica Idem — -lecibos Brasileira. Petróleo IpirangaCimento Aratu Eeocioro Industrial — Ex DirDomini um Força e Lu?, de Minas Gerais Minas de Butla Mina., de São Jc.ônímo Moinho Fluminense Paulista de FOrça e Luz Itítm — Recibos Refrigerantes do Bvadl S. B. St>bbá — Crédito Financ. Invest.Slderârglca Maimesmann — PrefTransportes Com. Importadora Vaie dc Rio Doce — NomVale do Bio Doce -- Portador White Martins Willys Orerlarid — OrdItiem — Preferenciais

. ações ne- ¦!

Qu.int. | Preço [ Qnant- Preço J gocladas

22 7211 91)0

1503 200

33 0.030

¦1 8103 5007 300

11 2093 8121 000750

21 00050 «0

89710

.7020 OCO

310799

3 6003 '00

200

2 1304009001C090

1 2001 230530

1 COO73450

1008-0

4802C09.3

1005C0COO330ICOCCOHOO350MO930

360000

1006!6200

2 150

10390

300550

-- I1.

1 HO10095

0_6JOO5:0217

550 | 1

930900

1 350960

33 8521 900

1503 500

53 90050

S 230. 5007 301)2006120008>0716200897!0

27020 030

5 n-!61 2997 1503 617200

MERCADO DE FRAÇÕES

Companhias | Quantidade | Touü

Arno Comércio e Indústria c'34 ]Cia. Brasileira de Hcupa. ex/dlr |Cia. Cervejaria Brahma ford) ex/dlr ;Cia. Cervejaria Brahma (prtí) ex/dir ICia. Docas de Santos ;Cia, de Tecidos D. Babel [Cia. Ferro Brasileiro jCia. de Tecidos América Fabril c|4 'Cir-. ue Cigarros Souza Oruz ex/dlr ;Cia. Siderúrgica Belgo Mineira jil"rii_ Comércio e Indústria 'Kibon S. A. Indú.it.-ias Alimentícias exAlir !Lojas Americanas S. 1Brinqv.Edos Estrala ex/dir ;Cia.. Moinho Santista ;S. A. _.tin.rrac. o TrindadeMesbla 3. A. «x/dlr jSão Paulo Alpargatas s. a. ex/dlr !

303980

71640!>;

337203

5072

103195

6709S0820

2 930005

1 170620

7 CO9108402;;o930430320030

I 1001 400

235

I 1

50 10036 230

225 600903 970

24 15023 740

439 02014 C30

127 210601 440

49 2002.8 430155 910378 560104 COO

85 fl!10144 20.

¦15 825

MERCADORIASCAFÉ — HIO

O mercado de caíé disponívelfuncionou calmo e inalterado.mí.n*-endo-3e o tipo 7, safra1964/65, conttib-iiçáo <ie _2,50dólares tio linr.ite anterior tteCr$ 4 CCO per 10 quilos. Duran-te c« trabalhos não houve ven-dfts sobre o disponível, nem ca-íé d-espachado par,\ embarque.Fechou inalterado.

Cotações por 10 quilos:Tipo 2 CrÇ S 000Tipo 3 CrS 4 2C0Tipo 4 Cr. 4 OCOTipo 3 Crí 4 400Tipo 6 CrÇ 4 200Tipo 7 CrS 4 009Tipo 8 CrS 3 8C0

Pauta: E. de Mina.; e. do Pio:- Caíé comum safra de 1964/65,

Crí 400.Liberação em 16 de novembro:Kao houve.

Embarques em 12 Ue novembro:Não houve.

Existência — -

CATÍ -- NOVA IORQUE

Os futuros de café. Contra-to B, fecliaarm. com alta de 13a 55 ponter,, tendo sido negocia-dos 58 contratos. O Santosnumera 4, para entrega ime-dlata. íoi cotado a .3 centavosde dólar a Ubra-pôso. Entre ostipos que incluem custo e ire-te. o Sanic. Bourbcn número ..cetou-se a 44.23 e 43.25 centa-VOA de ÚÓ'.3T.

se B49 contratos. Os futuros do-místicos, Contrato número 7. as-kí nal fir ani alta. de I ponto, ten-Ssritíó tipo 4 .. 21 000 a 21 500Seridó tipo 4 .. 20 500 a 21 000

Fibra Média:

AÇÚCAR

SertSo tipo 3Sert-o tipo 4Ceará :tpo 3Ceará tipo 4

Fibra Curta:

17 aoo a 18 00017 500 a 17 70017 300n 17 50017 000 a 17 200

moO mercado de açúcar regulou

firme e Inalterado. — Entradas35 426 «2ccs do Estado cio Kio.Saldeis 10 OCO. Existência 242 378sacos.

Cotações por 60 quilos:

Branco Cristal. Rc.oiuçAo demarço de 1965. PVU. CiS 13 180

AÇÚCAR — NOVA 10KQUE

Os futuros de açúcar mundial.Contrato número 8. apresenta-rf.m alta de 6 pontos, vencendo-

Paulista tipo 5 . 17 300 a 17 500Matas tipos 3-4 17 000 —do sido negociado- 181 conrtn-tos. O disponível, para entregaimediata, foi cotado a 6.80 cen-t. ros de dólar a libra-pêso.

ALGODÃO — RIO

O mercado de algodão emrama funcionou firme e inalte-r.rdo. Entradas 61 fardos de Ml-nas. Saídas 200. — Exist-ncta4 139 fr.rdcs.

Cotações por 15 quilos:Entrega em 120 dia*

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Jornal do Brasil, Quinta-Feira, 18-11-65, 1.° Cad. — 13

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mar acoO ajustamento cias taxas cie

câmbio, segundo opinião doMinistro da Indústria e doComércio. Sr. Daniel Faraco,que é também o Vice-Presl-dente do Conselho MonetárioNacional, evitou tanto a su_perváloriisaçfio tio cruzeiro co-mo a tio dólar, som dese_>tinui-

Mf\r as exportações e permitiu-"lo o incremento Uas importa-çOe_> reclamadas pelo maiorrittv...- 1k desenvolvimento.

O que houve, de íato, eoma ac'.-' a-o das novas taxas iler:."ji: . — dlsie o Ministro

Jjt.nle. Faraco — íoi o ajus-íamtnto entre o valor em cru-xeiros que o Banco do BrasilP<V_. ao exportador, pelas di-visas resultantes da exporta-çâo. e o valor em cinzeiros co-brado do Importador, pelas di-visas fornecidas pnra cobriras importações.

MEIO-TERMO"O custo do âÒltir, para íilis

àa importação — prosseguiu— não era apenas o indicadopela taxa cambial dc CrS 1 SSO,mas sofria o acréscimo dosadicionais resultantes das so-bretaxius e dos encargos finan-

. cairos, com o que se elevava,em muitos casos, a cêrca deCri 3 400. Fixando em CrS 2 220 a taxa. cambial devenda, as autoridades monetá-rias adotaram um meio termoentre incorporar totalmente osadicionais ít nova taxa — qut-ficaria, então em CrS _! 400 i.ertamente superváloilzai-ia o

dólar — ou dispensar total-mente os adicionais, mantendoa taxa anterior, com o que cs-taria supervalorizando o cru-itelro, correndo-se o risco de'¦ desestimular as exportações.

a opção seguida — afir-(Tmott o Ministro Daniel Fará-

co — foi a de incorporar à.nova taxa apenas parle dosadicionais, eliminando os cn-cargos que pesavam sóbre a

, importação e simplificando;

afirmacin conseqüência, o seu meca-nlsmo. Fixada a nova taxa dcvenda, a taxa de compra )hcfoi ajustada. A diferença dr

CrS "ü constitui o que. emlinguagem bancária, se chamade sprentt c se destina a re-numerar p serviço de comprae venda de moeda eStrtui-geira."

ESTABILIDADE

O ajustamento da taxa ãecâmbio — disse ainda o Mi-nistro Daniel Faraco — veiodar ao mercado a segurança tieque, ria fase de estabilizaçãoora formalmente iniciada, ova-lor externo da moeda será man-tido estável sem maiores difi-culdades, mesmo com o incre-.mento das importações recla-madas pelo maior ritmo de de-.-envolvimento. Vale repetirque, com a. acentuada melho-ria da situação cambial o pro-blema do comércio exterior po-de e deve ser equacionado emseus verdadeiros termos comoinstrumento de ampliação domercado e conseqüente au-mento cio,- índices de produti-vidade. superando assim o ve-llio conceito, ditado pela an-gústla de câmbio em que Viviao País. conceito que via naexportação apenas um rectiv-so paru angariar divisas fero/.-mente disputadas pelo Governof peles particulares".

CLIMA FAVORÁVEL

.Náo tenho dúvida ¦-• coi!-cluiu o Ministro Daniel Faraco— de que a indústria brasilei-ra, — que já deu provas desua capacidade de produziremcondições competitivas — sa-berá utilizar o clima favorável,consolidado pelas medidas re-centemenfce tomadas. Os aplau-sos com que os expoentes danossa indústria, receberam es-sas medidas confirmam o queacabo tle afirmar.

Dólar cai CrS 10 eBolsa baixa 4 pontos

O dólar papel no mercado decâmbio manual baixou ontemCrS 10 para. a venda, cotando-se a Cr? 2 210, enquanto paraa compra permaneceu inaltera-' do. a CrS 2 21X1. Inalteradosmantiveram-se ainda o;, valo-res da. libra, do escudo e de oti-Iias moedas, embora algumasapresentassem ligeira diferença.

A Bolsa, de Valore.» apresen-tim um índice significando bni-xa de 4 pontos — consideradonormal diante da alta. de (i pon-.tas verificada, na véspera — iri-

'meiro dia de operações no mer-cado de títulos após a. decreta-cão do Ow-eiro Nóvo.

MERCADO

O mercado ds câmbio livrenbriu calmo, com o Banco cio

Brasil comprando o dólar a CrS2 20U . vendendo a CrS 2 220..eom fechamento inalterado. Abaixa dc CrS 10 verificou-se nofechamento do dólar papel uomercado de câmbio manual,quando a moeda norte-america-na passou a ser vendida a Crs2 210.

Na Bolsa tle Valores, verlíi-coii-se uma t-etraçáo nos nego-cios. refletindo uma baixa de 4pontos. Foram negociado.1! numercado principal 664 058 ii-itilos. no valor de CrS «42 292 121, contra, mais do CrS1 bilhão uo dl? anterior. Igual-mente, foi menor o volume denegócios no mercado secunda-rio e no dt- frações. Venderam-se letras tle importação no va-lor de CrS 5 7(15 745 e letras decfmbio no de Cr$ 1 «34 BOI 900.

Kafka diz que Brasiljá recuperou crédito

Prevendo a possibilidade deo Brasil atravessar um surto degrande crescimento de sua pro-thtção durante o próximo ano.combinado com razoável esta-bilidade de preços, o economia-ui Alexandre Kafka, ex-Dire-tor do Instituto Brasileiro deEconomia, da Fundação Getú-tfo Vargas, e Professor da Uni-versldade de Virgínia, nos EUA.desembarcou ontem no Galeãodeclarando que "o Brasil já re-cuperou o crédito no exteriore. como prova disto, temos re-cebido quantias enormes dasnações mais desenvolvidas".

SeKimdo o Sr. AlexandreKafka, que fêz uma explana-cão sobre ns realizações do Pia-tio de Ação Econômica do Go-vêrno para os membros do Co-mitê Interamericano da. Alian-ça para o Progresso e as meta.',para 196G. "a recuperação da.situação financeira do Brasilé a melhor possível".

ESTABILIDADE

Para o Sr. Alexandre Kafka,as providências adotadas peloGoverno fizeram a. lnflaçüobaixar consideravelmente, "o

que nos leva a crer que tere-mos uma razoável estabilidade' de preços no próximo ano. A

crise de estabilização uo Bra-sll foi mais cúria do que namaioria dos outros paises".

Na opinião do economistaAlexandre Kafka. a. decretaçãodo Cruzeiro Nòvo encerra umamedida corajosa e necessária,que em nada prejudicara o.sbrasileiros, pois os preços ie re-definirão mi mesma propor-ção.

— Também será minlma arepercussão da nossa, taxa cam-blal — disse —• pois ela subiuem menos tle 20''. e a importa-ção representa menos de 10%do produlo nacional, ciando uniimpacto máximo direto de me-nos de 2% nos preços em ge-ral. O dólar estava baixo —CrS 1 850 — e teria estado maisbaixo ainda se o Governo nãoo sustentasse. A razão disto éque entrou nuiita receita deexportação, n importação caiue entrou nlgum canital noPais, entretanto os preços vi-nham subindo e esta taxa deCr$ 1 850 não correspondia aonível interno dos preços. Comoconseqüência disto conta oPais. hoje. com reservai dfITSS 250 milhões.

Casos ile cambio vendemObrigações do Tesouro

As Obrmações Reajustáveisdo Tesouro Nacional — queagora poderão ser resgatadoscom o acréscimo correspondeu-te á variação da cotação dodólar ou com seu valor corrido

/pelos índices do Conselho Na-cional de Economia — serãovendidas lambem pelas casasde cambio, que vão cotar dó-leres e obrigações, mostrando orendimento comparado dosdois.

Os técnicos do Govèmo con-.sideram que as poupanças ateentão invertidas em dólares,passarão a ser carregadas pa-rn a compra de ObrigaçõesReajustáveis do Tesouro Na-cional, já que esses títulos,

yilém de garantir todas as pos-

siveis vantagens do entesoura-mento da moeda norte-ameri-cana, vencem juros anuais tieU'i. sóbre o valor corrigido.

LUCRO GARANTIDO

O investimento iniciai eu,Obrigações Reajustáveis do Te-SOUTO Nacional já representaum lucro certo de 20% — quefoi o percentual de atmientuverificado na cotação do dólar.

Isto porque, explicam ostécnicos do Ministério do Pia-nejamento, as Obrigações Rea-.Instáveis poderão íer adquiri-das pelo seu valor nominal deoutubro, ou seja, de data an-terior à vigência das novas ta-xus de câmbio.

que taxa de càmbProrrogação da Portariadá fin protesto da FIESP

io evitou supervComércio confia que em66 vida estará estável

&

•v\.i

sãu Paulo (Sucursal) — oDiretor do Departamento deEconomia da Federação dasIndústrias do Estado de SãoPaulo. Sr., Sérgio Roberto Ugo-Uni, condenou, ontem, a. pror-rogação da Portaria. Intermi-msterial 71. decretada pelo Go-vêrno, alegando que "a medi-da representa a ampliação daintervenção do Estado nas em-presas industriais".

Segundo o Sv. Sérgio Ugo-linl, que manifestou o receiode que venha a desaparecer alivre concorrência, "os preçosautorizados pelo Governo nãodarão para cobrir os custo?, eprovocarão a descapitalizaçãodas indústrias e o desestimuloda iniciativa privada".

INTERVENÇÃO

Acredita o Diretor do Depai-tamento de Economia da.FIESP que a intervenção doEstado na formação dos pre-ços. neste momento do proces-so de estabilização monetáriaainda é necessária, principal-mente para. modificar a paico-logia do mercado, mas que elanâo deve ir no extremo de umaeconomia plnnificada pelo Exe-cutivo.

Afirmou que esperava que aintervenção começasse a per-dor seu ímpeto em decorrênciado próprio êxito da políticamonetária adotada pelo Govêr-uo, mas "o que está aconte-cendo é exatamente o inverso,isto é, uma reafirmação do Es-lado em face da iniciativa pri-vada. e da livre concorrência".

PREÇOS

No entender Uo Sr. SérgioUgolini a manutenção da taxacambial, a recessão do merca-do, a Portaria 71 e a Lei de Es-tíniulo Fiscais íoram os iprin-ripais fatores que determina-ram a estabilização dos preçosdurante o ano de 1965. O Sr.Ugolini dá, entretanto, maiorpeso às duas primeiras razões,explicando ciue enquanto os¦ custos dos fatores de produçãoforem mantidos e a concorreu-cia reestabelecida pelas dificul-dades do mercado, os empresa-rios não subiram muito os seuspreços.

— Agora — acrescentou —uo fim do ano, o.s salários fo-ram reajustados. A maioria dasmatérias-primas i m p o r tadassofreram elevações, provocadaspela modificação da taxa cl«câmbio, pois elas já gozavamdas isenções dos encargo» íi-nanceiros e das depósitos com-pulsórios. Haverá, também osaumentas nos preços dns mate-rias-prünas brasileiras expor-tá veis. Todos esses fatores irão,.sem dúvida, exigir um reajustegeral nos preçoa das produtosindustriais.

O DECRETO

—< O decreto presidencial deestabilização de preços — con-linuott — impede, pelas medi-dtw coercitivas que contém, queo.s reajustes de preços sejamfeitos de uma maneira, natural,rie acordo com as condições dómercado; impõe medidas dc re-

INSTITUTODO AÇÚCAR

E DO ÁLCOOLEXPORTAÇÃO

DE AÇÚCARAviso N.° 38/65

O Instituto doAçúcar e do Álcoolcomunica que colo-cará à venda, emconcorrência pública,no dia 18 do correu-te mes, às 15 horas,20 000 t.m., . minimo10 000 t.m.. de açú-car demerara maisou menos 5%, desti-nado ao abasteci-mento cio mercadonorte-americano, nostermos das Resol u-cões ns. 1 662 62 e1746/63.

Os interessados po-derão procurar a Di-visão de Exportaçãopara maiores escla-recimeutos.

Rio do Janeiro, 17de novembro de 1965.

FRANCISCO WAT-SON — Diretor. (P

Sr. Empregador! Tempoê dinheiro. Torne-se umcampeão dc segurança,evitando, na sua Indústria,os dias perdidos put- aci-dentes >io trabulho.

i Contribuição deste Jor-nal e do Departamento tíeAcidentes do Trabalho doIAPI, para a segurançados industriários),

REEOUIPAMENTO DÁ INDÚSTRIA TÊXTIL

Tendo fechado um contrato dc fornecimento de maquinas e eciuinamcntos oam. ef ciente e lapida colaboração recebida pelo FINAME, ao concede,- „m miniiri...mento. possibilitando a transação em questão

TÊXTIL NOVA ODESSA _ ,.„„',„ consumidorS. A.

n SÜSSEN MAQUINAS S. A.CREDIBRÁS R. A.

como produtorcomo nqrntc financeiro (P

pressão às firmas que não ade-rirem ao programa de estabi-Iização, impedindo a. realizaçãode vendas ao Governo e ã. em-presas estatais, restringindo oaumento da linha de descontosde duplicatas nos bancos oíi-ciais e cortando o financiamen-lo de órgãos estatais. Resta,saber se, lio momento em quecaminhamos para a estabiliza-cão monetária, esta ampliaçãoda Intervenção nas empr&asindustriais é aconselhável ounecessária.

Finalizando, o Sr. Sérgio Ugo-linl afirmou que acredita estara. política econômica do Gorvêrno atingindo seus objetivosde combate à inflação e íorta-lecimento cln. moeda, "mas, domesmo modo como foi indis-pensável adaptar à. realidadeoa preços dos serviços públicosc dos produtos do petróleo,também, é'preciso tornar com-patíveis com a realidade'os pre-ços dos produtos industriais".

ESTUDOS

Belo Horizonte (SucUrsal)Presidida pelo membro do Con-selho Monetário Nacional, Sr..Xtui de Castro Magalhães, nComissão de .Economia e Fi-nanças cia Associação Comercialde Minas, entregará hoje à cli-reioria cia entidade, para miipronunciamento oficial, um es-tudo detalhado com seu pa-recer. sobre a instituição doCruzeiro Nòvo e de todas asreformas financeiras que estãosendo realizadas pelo Governofederal..

O Presidente da Confe-deração Nacional do Comércio,Deputado Jessé Pinto Freire.considera que a.s medidas sò-bre a economia do País, quevêm sendo adotadas pelo Go-vérno federal, vistas em con-junio, demonstram que o anocie lüíSG será o da completa es-tabilidade monetária.

Acrescentou que nos próxi-inos meses a economia nacio-nal, de acordo com o planotraçado pelo Presidente Caste-lo Branco desde 19G4, atingirá,tt taxa de crescimento vigo-rante no após-guerra, sem dis-torções que conduziram à es-tagnação dé 1962/63.

CRUZEIRO NÔVO

Comentou que, se a institui-ção do nôvo padrão monetáriono Pais fosse uma medida iso-lada, de pouca ou nenhumaimportância seriam os seus re-saltados, podendo, inclusive, serevelarem negativos caso prós-seguisse o processo inflacionrt-rio. Como coroamento cia po-lítica realistica de estabiliza-cão econômico -financeira cm¦dessnvohiinent.a desde o se-çundo bimestre de i'J64, apre-sentará, certamente, reflexosaltamente positivos-, interna eexternamente..

Continuando a. análise, oPresidente da CNC reconheceuque o Cruzeiro Nôvo tem al-cance psicológico dentro doPais, agindo como poderosofator de consolidação da men-

talidade anfciinflaciòiiária, leaii-brando que em conseqüèn-cia do processo de erosão a quese submeteu nos últimos anos,a nossa moeda perdeu, porcompleto, seu prestigio juntoao povo, sem coiulições paraavaliar-lhe o verdadeiro valor.Externamente o Cruzeiro Nôvocolocar-se-á em posição vanta-josa cm. fuce das moedas es-trangelras', readquirindo o pres-tlgio aniquilado pela vorageminflacionária.

Sobre a emissão da novamoeda, o Deputado Jessé Pin-to Freire afirmou que se develouvar a cautela do Governo,deixando ao critério do Conse-lho Monetário Nacional a opor-tunidade da entrada em circula-çáo da nova moeda, que, certa-mente, só se dará depois dos re-sultados das medidas de esta-bilização dos preços contidas naPortaria Interministerial n.° 71,do aceleramento dos investi-mentos públicos em 1906, da po-lítica de crédito às atividadesprodutivas, em suma, da con-solldação definitiva da políticado desenvolvimento com equilí-brio, quo se contitui no supre-mo objetivo do Governo revolu-cionário.

TAXA CAMBIAI,

O mesmo póde-se dizer, prós-seguiu, do reajustamento da ta-xa cambial que, adotada isola-damente, poderia, oferecer re-sultados negativas. Dentro doelenco do medidas anunciadas,

no entanto, influirá decisiva-mente na política de fortalc-cimento c diversificação dasexportações brasileiras e nãoacarretará, senão em grau mi-nimo, alta cios preços internos.As mercadorias importadas, porsua vez, não sofrerão aumento.graças à supressão paralela dediversos encargos, inclusive odepósito prévio, que pesavamsobre as importações. Dois úni-cos artigos, o trigo e o petró-leo, serão afetados pela-novataxa cambial a partir de 1966.

EXPORTAÇÃO

Ao concluir sua entrevista, oPresidente da CNC declarouque a nova taxa do dólar pro-ipórciònará novos estímulos hexportação, sobretudo dos pro-dutos não tradicionais, os quais,cm virtude do alimento dascustos internos, encontravamdificuldades de penetração nosmercados consumidores, devidoà inadequada remuneração emcrueeiros proporcionada pelalaxa vigente. A estabilidade danova tasa cambial durante to-do o exercício de 19G6 concor-rerá, certamente, para o forta-lecimento do mercado de capi-tais, pois não haverá margempara a especulação com a va-riação da cota das moedas es-Irangeiras, que atraia tantosrecursos.

ADECIF vê _,coiitribuicão &da imprensa í|

A contribuição da imprensaina expansão do mercado de.,capitais foi situada com relevo"pelo Sr. José Luis Moreira itcj..Sousa no almóço-ratnião rea-"lidado ontem nô Clube Comer-"ciai pela Associação dos Diré^1tores das Empresas de Credita;Investimentos e Financiamen-to — ADECIF — e do qual. 'participaram diretores e reda*:.-tores de jornais e emissoras.. *

O Sr. Moreira de Sousa fri..sou que essa contribuição da;.imprensa c essencial para ajur^dar a criar o espirito de pou- •pança no Pais. inclusive nas--classes sindicalizadas, de niodS.Va levar o povo a participar dl-'-retamente do desenvolvimentonacional. ¦-^-'¦'

V

ESSENCIAL oaívj

Afirmou que o mercado rií_ci pitais é essencial ao Bra-iil'.-• •é um verdadeiro processo po;^,.litico para resolver os proble^mas da, livre empresa, base tmdemocracia social, dai a urgeií**;te necessidade de desenvolvê-fo,; •tarefa que cieve caber não so'às instituições financeiras mas -,a todo o empresariado nacionájjí je também ã imprensa, bem as-sim ao Governo.

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%À UJt?goraVainda não é

acionista

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1960 - 1961 |||||2Õ% I

32%

||||||25% ^ 37%

^H 331/3% 451/3%

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RETRIBUIÇÃO DO CIPITM.

1961 - 1962

1962 - .1963 451/3%

BONIFICAÇÕES

DIVIDENDOS

{Em Petcentagens S/o Capital)

1963 - 1964

1964 - 1965 132%T" i i i i. . i • ¦ r

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14 — l.o Cad., Jornal do Brasil, Quinta-Felra. 18-11-65

' - í-. Presidência da República

^Superintendência Nacional; "do Abastecimento (SUNAB)_.$* 8'.,

: COMISSÃO NACIONAL DE ES-TÍMULO À ESTABILIZAÇÃO DE

PREÇOS - CONEP-M'

'fJ.d.

EDITAL

^RELAÇÃO 'N.°

23Kfí:«--<:-

:f O PRESIDENTE DA COMISSÃO NA-

CIONAL DE ESTÍMULO À ESTABILIZA-oÇÃO DE PREÇOS (CONEP). comunica a

- quem possa interessar que em sessão reali-zada a 5 de novembro de 1965, foram acei-tos, pela Resolução n.° 221, os compro-

' ímissos de manutenção de preços das se-

guintes firmas:

INDÚSTRIAS ALIBERTT S/A

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JOHNSON BRONZE DO BRASIL AUTO PEÇASLTDA.

DELTA — IMPORTAÇÃO E COMÉRCIO DE MA-QUINAS

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OBS.: A fim de facilitar às empresas o pro-cesso de adesão, comunicamos aos senhores em-presários que poderão, de acordo com sua con-veniência, se dirigir às Delegacias da CONEP oudiretamente à SUNAB/CONEP, no Estado da Gua-nabara.

GUILHERME JÚLIO BORGHOFFPresidente

condena O sargentosa 10 anos e confirma a .sentença contra outros 7

O Superior Tribunal Militar, em sessão secreta ontemrealizada, ao apreciar apelação da Promotorla da l.lv Au-ditoria da Aeronáutica contra a sentença que absolveu ossargentos Gil Alves Barreto, Euler Ferreira da Silva, Es-tefano Prokopoviez, Válter Fernandes, Isalberto da SilvaAssunção e Mauro Ribeiro Alves, decidiu condená-los àpena de dez anos de reclusão.

Na mesma sessão, o STM, apreciando apelação da de-fesa, confirmou a sentença que condenou sete dos sargen-tos participantes da chamada rebelião de Brasília, que são:Antônio Prestes de Paula, Acir de Araújo, Carlos Manhães,Francisco Augusto Pinheiro Monteiro, Isnard Geraldo San-tos de Assunção, Jerônimo de Campos Leme e João BatistaTrindade do Vale.

no

ílogo nega que hajauer influência, negra

amazonense

Erro no mapa está criandoproblema para demarcaçãode limite mineiro-capixaba

O etnólogo e íolelorista Mário Ipiranga Monteiro con-testa, em seu livro Roteiro do Folclore Amazônico, que aca-ba de ser lançado, que haja influência negra no folcloredaquela região, esquecendo-se ou omitindo-se "a heran-ça social mais antiga, dilatada e permanente do nossoindic".

"Não somos absolutamente racistas nem alimentámospreconceitos de cór e de religião ou de cultura, mas tam-bém não somos ingênuos ao ponto de aceitarmos, comodogma, o que se pretende dizer ou fazer a respeito daRegião Amazônica, prejudicando-lhe a história e a açãodinâmica do elemento indígena".

fi

CONCLUSÃO DOS IPMSO Procurador-Geral da Jus-

tiça Müitar, Sr. Braldo Guei-roa Leite, informou que as au-toridades militares pretendemencerrar até dezembro désteano todos os IPMs instauradosapós o 31 de março de 1964,inclusive os do ISEB, do Par-tido Comunista c da ImprensaComunista.

Salientou o Sr. Gueiros Leiteque poderão ser abertos novosIPMs, desde que surjam novosfatos delituosos. Informoutambém que os trabalhos daAuditoria da 10.a Região Mili-tar, sediada no Ceará, estãosendo prejudicados pelo fatode não ter sido nomeado oPromotor-substituto.

FÁBULA

Afirma o historiador ama-nonense que os que defendema influência negra na culturaamazonense ignoram que "oinfeliz estoque servil só deixoude sua incipiente passagempela terra pequenas manchas,insignificantes manahns cul-turals que vão perdendo a sig-nificanão, completamente eli-minadas pelas culturas bran-quióide e indígena"."Os que criaram a fábula dasinfluências negras no folclorenacional — continua o etnólo-

go Mário Ipiranga Monteiro —respeitado o que é autêntico epermanente, esqueceram óbvia-mente de que à época seria lm-possivel. pelas distâncias arra-sadoras, pela ausência de meiosde transporte, pela natural ecruel inimizade entre o Índioe o negro e por outros fatoreslocais, haver um contato per-manente e, portanto, derramee absorção da falada culturanegróide. No Amazonas, a in-fluência indígena superou tu-do quanto ocorreu posterior-mente á infiltração do brancoe do negro".

Beto Horizonte (Sucursal) — Um erro no mapa usa-do para a assinatura do acordo entre Minas e EspíritolSanto sobre a Zona do Contestado, dando Nòvo Horizontel'.vcomo à margem direita do Rio do Peixe Branco, em terri.J^tório capixaba, está criando o primeiro problema seriai ipara a demarcação definitiva no terreno dos limites eirvtre os dois Estados, já que a pequena cidade fica, ria rea-lidade, à margem esquerda, dentro do território mineiro.-

Apesar desta dificuldade, só agora descoberta pelosmembros das comissões criadas para trabalharem na partefinal do acordo assinado em 1963, o Presidente da Comis-são mineira, Professor Alisson Guimarães, acredita queaté o final de dezembro dêste ano estará terminada a de-marcação dos limites entre Minas e Espirito Santo, "poisos pequenos problemas surgidos até aqui íoram elimina-dos através do diálogo e do bom senso".ERRO DO MAPA

Rapaz que agrediu Rüsk no Cântara emenda e aprovaUruguai foi pôsto em coma lei que autoriza reduçãopela Polícia na mesma hora da jornada de trabalho

Montevidéu e Tóquio (AP-UPI-JB) — O jovem quecuspiu no rosto do Sr. Dean Rusk estava ontem em estadode coma, em um hospital, por ter sido golpeado com vio-léncia pelos policiais. Êle foi identificado como Jesus Puri-tano Rolan Rojas, de 18 anos.

O jovem é filiado ao Partido Comunista e estudanteda Universidade Nacional Industrial. Foi maltratado pe-la Policia, logo que cuspiu no Sr. Dean Rusk, gritandoque "esta vai em nome do nosso povo".O INCIDENTE

O incidente ocorreu quandoo Secretário de Estado norte-americano depositava uma co-roa de flores no monumentode Artigas, na Praça da Inde-pendência. O Sr. Rusk acaba-va de sair de uma conferênciano Palácio do Governo, quefica situado em írente à Praça,com o Presidente do Conselhode Governo, Sr. WashingtonBeltrán. Logo depois, o Secre-tário partia para o Rio deJaneiro.

O Ministro (interino) do In-terior, Sr. Carlos Fresia, e oChefe de Policia, Coronel Ven-tura Rodríguez visitaram oEmbaixador dos Estados Uni-dos, Sr. Henry Hoyt, para pe-dir desculpas pelo incidente.

PATRIOTA

O estudante Rojas foi cha-mado de "jovem patriota uru-guaio" pela Rádio de Pequim,segundo divulgou a AgênciaNova China.

Brasilia (Sucursal) — Com três emendas, a CâmaraFederal aprovou, ontem, o projeto de lei que institui ocadastro permanente, no Ministério do Trabalho, das ad-missões e dispensas de empregados, estabelece medidascontra o desemprego e de assistência aos desempregadose, ainda, autoriza a redução da jornada de trabalho àsempresas que comprovarem dificuldades econômicas.

A primeira emenda acrescenta ao Art. 2.° — que tratada redução da jornada de trabalho por prazo certo detrês meses — a exigência de que a empresa, para conse-guir autorização do Ministério do Trabalho para. aquelamedida, deve fazer prova de sua dificuldade econômica.AGÊNCIAS DH EMPREGO

Outra emenda dá ao Art. 8.ado projeto governamental aseguinte redação: "O Ministé-rio do Trabalho e PrevidênciaSocial, através do Departamen-to Nacional de Mão-de-Obra,organizará agências de coloca-

ção de mão-de-obra, sobretudonas regiões mais atingidas pelodesemprego, com a colabora-ção para Isto, do INDA, doIBRA, das entidades sindicaisde empregados e empregadorese suas delegacias, do SESI,SESC, SENAI, SENAC e LBA."

Quando o acordo de limitesfoi assinado em 1963, pelosGovernadores Magalhães Pin-to e Lacerda de Aguiar, ba-seou-se num mapa mais an-tlgo, no qual constava a pe-quena cidade de Nóvo Hori-zonte à margem direita do Riodo Peixe Branco, parte estaque ficaria com o EspiritoSanto pela divisão estabeleci-cia pelas comissões dos respec-tivos Estados.

Agora, após iniciada a de-marcação no terreno dos limi-tes através de marcos de gra-nlto, positivou-se que NôvoHorizonte fica à • margem cs-querda e que o mapa que ser-viu de base para a assinaturado acordo estava errado. Co-mp o território que fica àmargem esquerda do Rlo doPeixe Branco pertence a Mi-nas, segundo prevê o acordo,surgiu o problema. Para re-solvê-lo, foi convocada umanova reunião das comissõesencarregadas da demarcaçãodefinitiva.

ENTENDIMENTOS

O Presidente da comissãomineira, Professor AlissonGuimarães, afirmou ao JOR-NAL DO BRASIL que a cida-de de Nôvo Horizonte perten-ce ao território mineiro,achando que não haverá maio-res dificuldades para estabele-

cer esta demarcação, "porquese trata de uma questão debom senso e de lógica, pois oacordo assinado pelos doisGovernadores assevera que amargem esquerda, do Rio doPeixe Branco ficará com Mi-nas".

Para solucionar êste proble-ma, vai entender-se nos pró-ximos dias com o Presidenteda comissão capixaba, Sr.Wilson Barbosa, marcando adata da nova reunião conjun-ta entre os representantes deMinas e do Espírito Santo.

METADE DEMARCADA

Metade da linha divisória,estabelecida pelo acordo cí»Bananal, já foi demarcada noterreno pelos membros dasduas comissões, tendo havidopequenas dificuldades apenasentre as cidades de Mantena,no território mineiro, e Man-tenópolis, no Espírito Santo.Os trabalhos já foram feitos^até o lugar denominado CaféRalo, onde termina a primei-ra parte. A segunda será noNorte de Café Ralo até a dl-visa entre Minas, EspiritoSanto c Bahia, cujo trecho édemarcado por rios.

Nesse trecho, porém, have- •rá o problema de Nôvo Hori-zonte, que será motivo de dis-cussão entre os membros dascomissões designadas pelosdois Governos.

ALMA DOS BOÍSS NEGÓCIOS

Situação do Governador doAcre cansa apreensõescom liipótese de um choque

Brasilia (Sucursal) — A situação do Governador doAcre, Capitão Edgard Cerqueira Leite, está preocupando asautoridades militares, sabendo-se, extra-oficialmente, queo Comandante militar da Amazônia, General BizarriaMamede, recebeu telegrama das autoridades do Estado, de-nunciando o "clima existente e o possivel choque entre oGovernador e seus adversários".

O Deputado Guilherme Zaire, Presidente da Assembléia,Legislativa, comunicou às autoridades militares que o ci-dadão Eduardo Assef, que pediu o impeachment do Ca-pitão Edgar Cerqueira, foi preso por ordem dêste.UM QUADRO

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As divergências entre oGovernador Edgar Cerqueira— que forçou o afastamentodo antigo Governador pelaAssembléia local, logo após omovimento de março — e oLegislativo existem prática-mente desde os primeiros diasde seu Governo.

Com a promulgação do AtoInstitucional número 2, a cri-se no Acre começou nova-mente, agravada pela apresen-tação do pedido de Impcach-

onent. O GofiernadW" EdgarCerqueira, de acordo com in-formações não oficiais, com-pareceu à Assembléia, amea-çando-a de fechamento.

O Deputado Guilherme Zal-re telegrafcu a vários mem-bros do Governo federal e aparlamentares de seu Estado,pedindo que interviessem paraevitar o cumpri mento dasameaças do Governador acrea-no, dando ciência disso ao Co-mandante militar na Amczô-nia.

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Decano da publicidade foisepultado à tarde perantecolegas das velhas lutas

O decano da publicidade no Brasil, Sr. Eugênio Leu-em-oth, foi sepultado ontem às 17 horas, no Cemitério dá*João Batista, perante grande número de parentes e ami-gos, além de representantes de firmas cariocas, paulistase mineiras que operam no mesmo ramo.

Diretor-Presidente da Standard Propaganda, durante32 anos, o Sr. Leuenroth sentira-se mal no sábado, quandofoi levado imediatamente para o Instituto Brasileiro deCardiologia, em Ipanema, onda morreu do enfarte típmiocárdio.

Aos líl) anos Leuenroth era o anúncio do dinamismo

A VELHA FIBRA

Em 1914 o Sr. Leuenroth íun-dou a Eclética, a primeira agên-cia de publicidade do Brasil,instalada na Rua Direita, cmSão Paulo, e êle mesmo conta-va que, nesse tempo, as casascomerciais não se interessavampor reclames. Nos escritóriosexistiam cartazes com estes di-zeres:

"Mendigos e corretores deanúncios só serão recebidos aos.sábados".

Aplicou na firma 10 contos deréis, passando a dirigi-la com

"INTERVEST S/À — Crédito, Financiamento e Investimentos"Rua Boa Vista, 314 — 6.° andar (SEDE PRÓPRIA) — SÃO PAULO

Carta de autorização do Banco Central N.° 188

BALANCETE MENSAL EM 5 DE NOVEMBRO DE 1965

ATIVO PASSIVO

DISPONÍVEL

Caixa e Bancos 70.048.333

REALIZÁVEL

Depósito ã ordem do Bancentral 4.730.303Deved. p' Responsab. Cambiais 1.313.000.000Títulos Descontados 151.998.585Outros Créditos 60.911 1.469.700.299

IMOBILIZADO

Imóveis 28.401.327Móveis e Utensílios 18.885.GOSMaterial de Expediente -724.084Instalações -. 6.GG8.640 54.679.654

PENDENTE

Despesas 15.548.745

CONTAS DE COMPENSAÇÃO

Ações Caucionadas 400.000Valores em Garantia 1.2G7.886.055Bancos <_/ Cobrança 678.073.824 1.946.359.879

NAO EXIGÍVEL

Capital 75.000.000Reserva Legal 1.102.345Fundo de Previsão 4.641.073Provisões 1.003.925Saldo à disposição da assembléia 16.384.556 98.131.899

EXIGÍVEL

Titulos Cambiais 1.296.600.000C/ C Vinculadas 146.713.635Comas a Pagar 13.270.776Credores Diversos 7.607.706 1.464.192.117

PENDENTE

Receitas 47.743.015

CONTAS DE COMPENSAÇÃO

Caução da Diretoria 400.000Dep. p/ Valores em Garantia 1.267.886.055Títulos em Cobrança 678.073.824 1.946.359.879

pulso dé ferro c muita fé. Cin-co anos mais tarde o Jornal OEstado de S. Paulo convidou-opara dirigir sua sucursal no Rlodô Janeü-o. onde éle pode co-mandar a Eclética, Já então 31-gada a vários Jornais do Pr.ís.Uma campanha de fôlego paraa. Ford marcou definitivamenteo futuro da agência. \

Procurando se expandir, comângulo de visão, Leuenroth vi-sitoii a Europa e os EstadosUnidos, entre 1923 e 1924 e,pouco depois, seu filho CíceroLeuenroth, graduado por Co-lúmbia, inaugura a StandardPropaganda. Ainda dos temposheróicos de Leuenroth são suasexperiências na Escola Militar t

' do Realengo, como tipógrafo doO Comércio e como guarda doacervo do Diário Oficial.

O Sr. Eugênio Leuenroth'nasceu em Mogi-Mirim, São

Paulo, em 5 de maio de 1885. íi-lho do médico alemão Valde-mar Eugênio Leuenroth e da*Sra. Amélia de Oliveira Brito.

Casado em segundas núpeias,deixa viúva a Sra. Esteia Ca-brian e, do primeiro matrlmô-nio, os filhos Cícero, Diretor daStandard, Voltaire. Diretor daReprenas, <_• Julieta. casada com(o Sr. Flávio Beneduti. Deixaainda netos e bisnetos. «p-r

3.556.426.910 : 3.556.426.910

MARI MIKAELIANDiretor-Presidente

BEDUOS MIKAELIANDiretor-Superintendente

ANTÔNIO COLLOCATec. Cont. CRC Sp 1.798

(PROV)I

BANCO DE CREDITOMERCANTIL S.A.

Meio Jáculo ds .radiçõoFundado em 1914

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li Voluntário da- Paz volta ™H0MEMEXPERI™TEaos EUA após trabalhar

>is meses para a JJucíDepois de passar dois meses no Brasil a convite do

grupo Ducal, para aplicar a experiência adquirida em 30«nos de trabalho no ramo de artigos masculinos, voltouontem para os Estados Unidos o Sr. Harold Stabbins. queretornará ao Brasil em janeiro próximo, para prosseguirna sua orientação junto à fábrica de roupas Sparta.

O Sr. Harold Stabbins pertence ao IESC (Internatio-nal Executive Service Cprps), um órgão ligado ã organi-zação dos Voluntários da Paz, que reúne homens de cm-presa já aposentados, dispostos a seguir, como voluntários,para orientar empresas nos países em fase de desenvol-vimento.

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EXPERIÊNCIA

O Sr. Harold Stabbins, pri-meiro enviado pela organiza-ção americana ao Brasil, re-quisitado pelo grupo Ducal,foi indicado pela sua expe-riência de 30 anos no setor deroupas masculinas. Começoucomo vendedor na companhiaHagen, especializada em rou-pas parti homens, que maistarde passou a chamar-se Har-vey Brothers, e onde chegou a' gerente geral. Passou depois atrabalhar na Sears Roebuck,primeiramente como responsa-vel pela compra e venda demercadorias num grupo de lo-Jas. chegando, finalmente, aVice-Presidente da firma, queconta com uma cadeia de 800lojas. Al permaneceu duran-te 20 anos, até aposentar-se,nos 67 anos de idade.

Depois de retirar-se dos ne-çOolos. íêz uma viagem íi vol-tn fio mundo, durante mais deseto meses. Ao regressar aosEstados Unidos defrontou-secom um problema comum atlülhàres de pessoas aposen-tada em seu pais: de que ma-«.Ira ocupar o tempo. Foinessa ocasião que tomou co-nhecimento, através de um jor-nal, da existência dessa'orga-nização de voluntários. Entrouem contato com a organiza-ção e colocou-se à sua disposi-ção, para aplicar, em paisesquo necessitassem de orienta-ção na sua especialidade, umaexperiência de muitos anos.

NO BRASIL

— Encontrei aqui um tipodc trabalho multo semelhanteao americano — disse o Sr.Stabbins — que. talvez não se-ja típico de torio o BrasU, masdn empresa para o qual fuichamado.

O seu trabalho na fábricaSparta eslã relacionado comproblemas administrativos daempresa, e vem contribuindo,com sua experiência, para ummelhoramento da produtivida-dc com reduzido custo. Depoisde tomar conhecimento déssetipo de indústria no Brasil, oSr. Stabbins teve que adptaros métodos americanos às con-dições particulares do pais, co-

mo, por exemplo, ns técnicasde venda.

VOLUNTÁRIOS

A organização Voluntáriosda Paz íoi criada nos EstadosUnidos por David Rockefeller.como o objetivo de ajudar ospaíses em íase de desenvolvi-mento que necessitassem detécnicos especializados em vá-rios campos de atividade, atra-vés de voluntários que se dis-punham a trabalhar nessespaises.

Há cerca de um ano surgiuuma organização ligada aosVoluntários da. Paz, o IESC,que congrega homens de em-presa, os quais, pela lei ame-ricana, sáo obrigadas a se apo-sentar com 65 anos para daroportunidade aos jovens. Êsseshomens, com uma idade queainda lhes permite trabalhar,inscrevem-se como voluntáriosde..sa organização internado-nnl é tém sido solicitados porempresas de várias partes ciomundo, para. que suas expe-riências sejam aplicadas eaproveitadas onde houver ne-eessidade.

O período de permanência-no estrangeiro é, em geral, dedois a três meses, e a firmaque solicitou o técnico íicaencarregada das despesas depassagens e estada. No Brasil,atualmente, a despesa que umaempresa teria com um dessesvoluntários seria de cerca deCr$ 1 milhão por mês.

RELATÓRIOS

Ao voltarem para os Esta-dos Unidos, os voluntários têmque apresentar à organizaçãoum relatório das experiênciasrealizadas, c sua ficha é gunr-dada nn .sede da organização,em Nova Iorque, ficando assimá disposição de qualquer outropedido.

O voluntário que vem dosEUA tem duas grandes vanta-gens: a grande experiêncianum determinado setor de atividade e a idade. A sua orientação é considerada pelo3 dirigentes da empresa que o so-licita não como uma concor-rência, mas como um ensina-mento de pessoa bem sucedida,que só pode trazer benefícios.

Credores da Mannesmannvão realizar uma passeatapaia receber o que é deles

BeZo Horizonte (Sucursal) — O Comitê das Vitimasda Mannesmann, seção de Minas, está preparando umapasseata pelas ruas de Belo Horizonte, depois de amanhã,para dar início a uma campanha nacional, caso a emprê-_a nã£ aceite o acordo que está sendo negociado na Ale-manha pelo representante dos prejudicados, Sr. OlintoMachado.

Segundo informou o coordenador do Comitê em Mi-nas, Sr. Ari Caldas, o padre Irineu Leopoldino chegaráamanhã a esta Capital para fazer uma exposição sobre asituação do movimento em todos os Estados, quando apre-sentará uma série de documentos altamente comprome-teriores contra a Mannesmann. inclusive o relatório doGeneral Aírton Salgueiro, Presidente da Comissão Federalque levantou tóda a situação da empresa.

empresa, inclusive o do ex-cor-relor da Mannesinann, Sr. Pe-dro E.sborioli, de qu:. participa-rão do movimento. Êsses invés-tidores darão »jmu procuraçãoao nosso advogado, ProfessorWilson de Melo, para que entrena Justiça dia 20 com uma açãomonstro, cujo total previsto éde CrÇ 10 bilhões".

Ainda nesse mesmo telefone-ma, o padre Irineu Leopoldinoinformou ao Sr. Ari Caldas queo representante do Comitê queíoi à Alemanha, Sr. Olinto Ma-chado, revelou que "a invasãoda Lufthansa provocou umagrande repercussão entre os ale-mães, que, inclusive, passaramft tratá-lo melhor". O Sr. Olin-to Machado chegará amanhã aoBrasil, trazendo uma carta dadireção da Mnnnesmann para-v Governo brasileiro.

PASSEATA

Informou o Sr Ari Caldasque, depois da realização dapasseata, o padre Irineu presi-dirá, sábado às 15 lioras. umareunião do.s credores da Man-nesmann, no Colégio .macula-dn

Nessa reunião, o padre apre-sentará uma carta que o Sr.Olinto Machado trará da Ale-manha e que define a posiçãoda Mannesmann em íace de umpossível acordo com o Governobrasileiro. Disse o Sr, Ari Cal-dos que so a empresa optar porum acordo, então não será rea-lizada campanha nos Estados,Essa campanha já está organl-z.ida para ser lançada em to-dos os órgãos de divulgação doPaís , mostrando o que não osinvestimenots alemães no Bra-sil. Ar- faixas estão prontas eseus dizeres são os .seguintes:Dinheiro brasileiro vão foi feitopara enriquecer alemão deso-.te. .o. e Devolvam nosso dlnhel-ro, alemães da. Mannesmann",e além de outros que mostramperfeitamente o significado dacampanha para os investimen-los alemães rio País.REPERCUSSÃO

Segundo telefonema do pa-dre Irineu Leopoldino para oSr. Ari Caldas, o Comitê dc Vi-limas da Mnnnesmann já tem"a palavra rios maiores investi-riores da Guanabara e Sâo Pau-5o, que possuem dinheiro na

"1

ELEGRAMAO padre Irineu Leopoldino

passou o seguinte telegrama aoSr. Olinto Machado:"Solicitamos urgentes infor-mações sóbre a situação atualtia Mannesmann A. G. A re-ce»te desvalorização do cruzei-ro prejudicou os investidoresbrasileiros, beneficiando os ale-mães. A demora na solução criaum ambiente de violências po-pulares contra, bens e pessoas'de origem alemã. O Comitê dasVítimas da Mannesmann nãose responsabiliza pela contenção da profunda irritação popular".

TUBOSWJ¥V«&. X

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-Av i.Altriifon. e Borioso 'SO^ni. Grupo71.7. ..-Fone, 5245_t5'

REPRESENTANTEANTÔNIO DE OLIVEIRA

TEL. 42-3525

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O Sr. Üàrold Stabbin, (à direita) fala rfo. leus 30 anos de experiência cZôinthtitrM^T^ûa Ducal

CarneiroatacaGondim

Brasília (Sucursal) — O Se-nador Rui Carneiro comentouontem no Senado a eleiçãorealizada na Paraiba, repetin-do as acusações que tem feitoatravés da imprensa, ao "com-portamento inescrupuloso e ile-gal do Governador Pedro Gon-dim, favorecendo a candidaturaJoâo Agripinó".

Dizendo ser muito cedo paraa.s "elarinadas de vitória", oorador acrescentou que o resul-tado eleitoral no seu Estado es-tá na dependência do julga-mento da Justiça Eleitoral, emcuja decisão tem muita fé.

Manèzinho expõe lioje e umde seus quadros ingênuosvai custar mais de milhão

Manèzinho Araújo, antigo Rei da Embolada e atual-mente primitivo ingênuo da pintura regional — segundoalguns críticos de artes plásticas — inaugura mais umaexposição hoje, às 10 horas, na Galeria Oca. reunindomotivos cariocas, a que deu o título de Rio QuatrocentãoApesar de sua ingenuidade artística, um dos quadros custaCr$ 1 milhão e 200 mil.Manèzinho vem pintando desde 1960. tendo abando-nado seu restaurante em São Paulo — Cabeça Chata —

em vista do nôvo sucesso, reconhecido, inclusive, por Al-demir Martins e Augusto Rodrigues. A atual mostra é cons-atuída dc 3. quadros a óleo, destacando-se Escola de Sam-ba, tela grande sóbre o carnaval dc 1965 na Av PresidenteVargas.

Melhoramas chancesda mulher

Brasília (Sucursal) — Foiaprovado, ontem, na Comissãode Justiça da Câmara, projetoestabelecendo que são nulas a.sdisposições e providências quedireta ou indiretamente criemdiscriminações entre brasilei-ros de ambos os sexos, para oprovimento de cargos sujeitosà seleção, nas empresas priva-das, quadros do funcionalismopúblico federal, estadual e mu-nicipal.

O projeto abrange também oserviço autárquico, sociedadesde economia mista e empresasconcessionárias de serviço pú-blico. Quem contrariar essa me-dida, ficará sujeito á pena deprisão simples de três mesesa um ano e multa de Cr$ 100a Cr(S 500 mil.

O projeto é de autoria doDeputado Néison Carneiro erecebeu parecer favorável dorelator Wilson Martins, no quefoi acompanhado pelos Srs. Ci-ro Maciel. Noronha Filho, JoséBarbosa e Acíóli Filho. Vota-ram contra a proposição os Srs.Laerte Vieira, Ivã Luz e Ge-raldo Freire.

Jornal do Brasil, Quinta-Feira, 18-11-65, l.o cad. —15

Cinema Educativo pretendedistribuir filmes para osestabelecimentos de ensinointoíL1"""'011^

Na.cional de Cinema Educativo está pro-je ando, para o próximo ano, a distribuição de filmes no _estabelecimentos de ensino de todo o País, e êstetuo j|iniciou um processo de transformação, a partir da cinturacoiares""

dei3endências até " importação de flffi cs-

,,,„,iLINCE taml?ém està importando modernos equipa-mentos para montagem e câmara e, no campo da produ-çao, confeccionando novos diafilmes didáticos e culturaise partindo para a produção própria de filmes, Inclusivecoloridos e desenhos animados.

Ouça diariamente aRÁDIO JORNALDO BRASIL

Música e informação

UM ESTILO

Com uma média de três aquatro quadros pintados pormés, de motivos cariocas e nor-destinos, Manèzinho Araújo foiconsiderado um primitivo daescola ingênua. Entretanto, éle

, náo concorda com isso c diztextualmente:

Meu estilo è araujjno. Tenhomuita personalidade de criaçãopara ser enquadrado em estiloou épocas.

Os quadros ficarão expostosno horário normal da GaleriaOco. e foram feitos especial-mente para homenagear os 400anos da Cidade do Rio de Ja-neiro.

Filhas deMaria fazemretiro

A Federação da.s Filhas deMaria do Rio de Janeb-o rea-lizará um retiro espiritual dedois dias (sábado e domingopróximos), no Convento doCenáculo. na Rua Pereira daSilva, 135.

As interessadas em fazer oretiro poderão solicitar inseri-ção e informações pelo telefo-ne 52-6403, da sede da Fe-deração. das 15 às 17 h, hoje« amanhã.

DIAFILMES

No setor da projeção íixa,acham-se em fase de produçãoos seguintes filmes: sóbre His-tória cio Brasil — Invasões Ho-lanclesas e Inconfidência Mi-neira, áo Prof. Vitor Zappl Ca-pueci; sobre Geografia do Bra-sil — Nordeste e Centro-Oeste,a cargo do Prof, Artur Ber-nardes Weiss: sobre HistóriaNatural — Classificação Geraldas Pla7itas e Protozoários, ncargo do Prof. Alfredo Peres-sóbre Pintura — Pintura lm-pressionista; Origens e i.eaç_oao impressionismo (coloridos),de Carlos Cavalcanti, e Expres-sionismo e Abstracionismo, deGeraldo Ferraz.

FILMES COLORIDOS

No setor de filmagens, oINCE está concluindo Infla-cão. desenho animado a cores,onde se mostra o mecanismodessa anomalia econômica. ORabisco, íilme colorido combonecos móveis, também estána linha de produção do órgãorio Ministério da Educação eCultura.

Ainda em cores, estão sendoproduzidos Rio e Imagem deSão Paulo, de caráter geográ-fico, focalizando aspectos dasduas maiores cidades brasilei-ras, que so destinam tambémãs platéias do exterior, outrosfilmes coloridos do INCE são:O Milagre do Desenvolvimento.no campo da Economia; 6

Vai serdescob *difícil

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Jtfi..i<Io da Criança Indígenae Os Pagés, que estão «endorodados nas matas do AltoXingu, entre os naturais daregião: Ca7ições da Cidade,contando quatro histórias, a «críeito por quatro rapazes querecentemente venceram o con-curso cinematográfico promo-vido pelo JB.

CEM PRETO E BRANCO

Outros fibiies, em preto abranco, que estão sendo pre-parados pelo INCE, são: FetoBrasília, pesquisa sobre o lin-guajar de Brasília; O Mundode Santos Dumont, dirigidopor Jurandir Noronha, comgravuras, filmes antigos e do-cumentos; A Cabra na RegiãoSemi-árida; Rio, uma Visão drtFuturo. \ ,

Em íase de conclusão, en-contram-se os íllm»3s clentífi-cos Deformidades da GlândulaMamaria e Semiologia Nçuro-lógica (alterações da marcha)e já terminados estão OyMo-numento, de Jurandir Noro-nha. focalizando o Monuajentoaos Mortos da II Guerra Síun-dial, e O Primeiro Saltoîste.colorido, mostrando o adestra-mento a que se submetem ospára-quedistas do Exército.

Entre os íilmes escolares ad-quiridos pelo INCE, esta» ,o_norte-americanos, falados* emportuguês, versando sobrei. Fi-sica, Pré-Hlstória, Astronomia,'Geografia Física,

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As pessoas que têm Volkswagen (no Brasil já sao maisde 300.000) sao muito importantes para nos*

Tão importantes que fazemos questão de lhes oferecerveículos de qualidade consagrada em 136 países*- i n r_ E ites asseSuraTnos um amplo serviço de assistência:Existemmais de 400 Revendedores e Oficinas Autorizadas Volkswagen distribuídas peloBrasil. As pessoas que fazem Volkswagen também saoep--

importantes para nós: Em nossa fábrica trabalhammais de 10.000 e estamos continuamente empenhados

em lhes propiciar melhores condições de vida.E um elevado padrão de assistência médica e social,quese estende a todos os familiares. E as pessoas"*¦"

que nao têm e nao fazem Volkswagen?Também sao muito importantes para nós.

Os impostos que recolhemos ... «ia» que fazem voii_sw__gc__aos cofres públicos (54 bilhões só em 1964) representam benefíciosindiretos pará todos. Esses benefícios sao escolas,

hospitais, estradas, usinas... Coisas que melhorama vida de toda gente. Na verdade, é difícil descobrir uma única

pessoa que não seja importante para nós.

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IQ ___. l.o cad., Jornal do Brasil, Quinta-Feira, 18-11-65

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AGENDAJB

£aniiestaçao em frente 2i OEA I A

\¦ r.UIAMllNTOS — A Pr.nruluria (lo.5 IllUtlVOS pasiuá, entr» 19 * 2(1,

as pensuei, proventos e «U-mo-familla de continuação, c n 6 dedezembro, os aluguéis de cnsn ull consignados. Os inativos e pen-Bttralsté-S tine não comparecerem nus dias marcados só recobertono pagamento seguinte ;': O pagamento do lünclonallsmo da GUa-

: nâbára teia Inicio depois do dla'20. _;: O Ministro da Aeronáuticaautorizou a contimiidr.de do pagamento de salávlo-Iamilia nos de-pendentes de servidores do Ministério atingidos pelo Alo Institu-cional.

TRENS — A Central do Brasil informa que, devido à interrupçãona linlia 1, entre ns cabinas 4 c 5, os trens elétricos suburbanos

'¦ pnrn dores _if.o farto paradas, hoje e amanha, dns 11 ii.lC. horas,na Estação de Encantado parando, entretanto, em Piedade. Qnln-tino t> demais estações, Ainda hoje e sábado, os trens elétricos nnoparam, dns 11 às 16 horas, em Mangueira, Rocha, Rlachuelo e Sam-paio, parando em São Francisco Xavier.

MENORES -— O Julgado de Menores da Guanabara avisa nos res-ponsaveis pcip.s escolas de samba, blocos e demais conjuntos carna-volerscos. que estilo abertas ns Inscrições pnra. participação de meno-

' acs nos festejos do 19C6, quo sc Iniciam a 31 de. dezembro. Os ln-teressados devem procurar o Serviço de FlscallzaçBo, na AvenidaFranklln Koosevelt n° 146, 2.» nndar, das 12 às 17 horns.

•'SHOW" — A Faculdade de Ciências Médicas e Faculdade de Clén-«rida Eronômicns do Estado da. Guanabara promovem amanha umhlniw do boírsa nova c de carnaval no Elite Clube, ria Rua Frei Ca-jiecn, 4. Participarão conjuntos de samba autêntico, a partir diis'2'2 horas.

BOLSAS — A CoordenaçSo do Aperfeiçoamento de Pessoal do NivelSuperior avisa que termina dia .10 o prazo pnrn recebimento decandidaturas ns bolsas para aperfeiçoamento de pessoal de nívelsuperior, no Pais. Seráo concedidas mil bolsas: Ciências Básicas,220; Ciências Blo-Médlcrús, 300; Tecnologia, 280; Ciências Humanas,Econômicas e sociais, 200.

FEIHINHA — A Igreja de Santa Cruz, situada no Shopping Centerdo Copacabana, promove, a partir do dia 21, nos domingos, das 8As 12 horas e dns 16 ns 22 horas: ás sextas-feiras, dns 20 ns 23 ho-ras, e aos sábados, das lô às 19 horas, tima Fetrlnha do Natal, embeneficio dns atividades sociais da Paróquia. Atrações: Joaos, clne-mas, cantina, bontlque e lojlnha de Natal.

FESTIVAL — A Academia Teresopolltana de Letras promove, de 4a 6 de julho de 1966. o III Festival Brasileiro de Literatura, de íim-bito Internacional. Constará de um concurso literário, para o qualsáo convidadas aa Academias, que participarão da seleçAo c Julga-mento.

EXAME — A Divisão rie Fiscalização da Medicina avisa que «. provaoral dos exames de habilitação para Pratico da Labor a tá rio seráamanhe, n.s 13 horas, no Hospital do 1ASEG, Av. Henrique Vnla-dares n,° 111,

COiMEMORAÇÕES — A turma <le 1916 dn Escola Nacional dc Enge-unharia tem reunião amanhã, ks 20h 30m, no Leme Tênis Clube,Kua Gustavo Sampaio. 74, pnra. comemorar os 19 anos de forma-tura e eleger ft Comissão dos festejas do 20.° aniversário. ;|; Come-mora-se, amanha, o Din da Bandeira.

DECRETOS — O Presidente da República assinou ontem os seguin-les decretos: transferindo para o Governo do Estado da Bahia o*encargos e responsabilidade., relacionados com o reconhecimento einspeção dos estabelecimentos de ensino médio localizados no seuterritório; promovendo vários oficiais dos corpos da Armaria, riftSaúde e de Intendentes dn Marinha; considerando acidente emserviço, paia os efeitos previstos na legislação em vigor relativa ásForças Armados, aquele que ocorre com militar da ativa, quando:a) no exercício dos deveres previstos no Artigo 2,'r do Decreto-Leiii.° 9 Ü98 4G (Estatuto dos Militares); b. no exercício de suas atri-lnilções funcionais, durante o expediente normal, ou quando de-terminado por autoridade competente, em sua prorrogação ou au-teclpaçfio; cj no cumprimento de ordem emanada de autoridademilitar competente; ri) no decurso dt* viagens impostas por motivode movimento efetuado no interesse rio serviço ou a pedido; e) nodeslocamento entro a sua residência c a organização em que. ftcrvaOU o local de trabalho, ou naquele em que sua mlssfto deva terInicio ou-prosseguimento, e vice-versa, desde que efetuado ein vei-culo militar para tal Jim destinado; nomeando o Coronel-AviadurIMárlo Soares Castelo Brnnco para integrar o corpo permanente daEscola Superior de Guerra; concedendo exoneraçfto de Diretor d6IBC, a Henrique dc Paula e Sliva Furtado, e nomeando, para amesmo cargo, Sinval Nogueira D'AviWi Leme; exonerando, na Ar-mada, rio Diretor do Centro rie Informações da Marinha, o Capitão*de-Mar-e-Guerra Roberto Ferreira Teixeira de Freitas; o Oíipltfto*.le-Mar-e-Guerra Roberto Coutinho Coimbra, rio cargo de Capitãodos Portos do Estado de Sâo Paulo, t* nomeando, para o mesmocargo, o Capltfto-de-Mur-e-Guerra H, Viana Chamoun; de Coman*tlanta do Havio-Transporte Soares Dutra, o Capitao-rie-Mar-e-Guer»ra Leopoldo Bráa Mesquita Bastos, e nomeando, para _.ubfiüUií-loto Capitào-de-Mar-e-Gtierwi Alexandrino Ramos rie Alencar; de Ca»pitão dos Portos do Estado do Rio Grando do Sul, o Capitão-rie-Mare-Guerra Darci Dias de Carvalho Rocha, e nomeando, para omesmo cargo, o Comandante Leopoldo Brás Mesquita D ..fitos; ri«Capitão dos Portos do Estado do Espírito Santo, o Capitfto-tie-Fra-jíata Menandro Simões Fraga, o nomeando para substitui-la o Ca-pltfio-de-Fratírtta Jorgo Schaefer; de Comandante do Aviso Oeeãni-co Bracuí, o Capltfto-de-Fragata Mário Jorge ria Fonseca Hermes,o nomeando paia o mesmo cargo o Capitfto-de-Fragata HaroldoAlves de Almeida; de Comandante da Corveta Purus. o Capltfto-de-Fragata Luis Carlos Cordeiro Guerra, c nomeando para o mesmocargo o OapItfto-cIe-Frogata Francisco Paulo Magaldi.

MAltÉS — Hoje: preamar — 13h/l,0m; baixa-mar — 6h 05m/0,-me ]81i -0m, O.-lm.

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J.LA Fases da Lua, mia de novembro:

Q. CRESC, il L.. CHEIA Q. MINC, | t. NOVA

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TEMPO — Brasília: tempo Instável, pancadas de chuvas no perlo-do. Temperatura em ligeira elevaçfio. Ventos do quadrante norte,fraco.';. Visibilidade Ixia. — Mílxlma: 26.2. Minlma: 17.6. — Recife:tempo bom, nublado. Temp. estável. Ventos de sul a este, Iracos,Vislb. boa. Salvador; tempo bom, nublado, passando a instável.Temp. em elevaçáo. Ventos rie eate n noi1 te, fracos. Vislb. boa,Helu Horizonte: tempo Instável, pinicadas dn chuvas no período.Temp. em ligeira elevaçfio. Yen:os do quadrante norte, iracos.Vislb. boa. São Paulo: tempo Instável, eom chuva fraca, passandoa bom, com nebulosidade. Temp. estável. Ventos de sul a este,iracos", Vislb. moderada a boa. Curitiba: tempo bom, com nebulo-sidade. Temp. em ligeira elevaçáo, Ventos variáveis, iracos, Visíb,boa.

ESTADOS — .Maranhão. 1'ia.rl. Ceará, Uin Grande do Norlc, 1'araiha,rernamlmco, Alagoas e Sergipe: tempo bom nublado. Temp. resta-vel. Ventos do quadrante este. Iracos. Visib. boa. Bahia: tempobom. nublado, passando n instável, com chuvas no Sul do Er>t*do.Temp. estável. Ventos do quadrante e.ste a norte, rondando paraeul, moderado no Sul do Estado. Vislb. boa a moderada. Minas<.eral» e Goiás: tempo Instável, pancada de chuva no periodo.Temp. em ligeira elevação. Ventos do quadrante norte, fracos.Vislb. boa. Espírito Santo: tempo instável, com chuvas esparsas.Temp. em declinio. Ventos tio quadrante sul, fraco., n moderados.Vlalb. boa a moderada. Hio de Janeira, Guanabara e Sao Paulo:tempo instável, com chuva fraca, passando a bom, com nebulosl-dade. Temp. estável. Ventos de sul a est e, fracos. Visib. mode-rada a boa. Mato Grosso: tempo instável. Temp. cm elevação.Ventos ein sueste a nordeste, fracos. Vislb. boa. Paraná: tempobom, com nebulosidade. Temp. cm ligeira elev.içáo. Ventos varia-veis, iracos. Vislb. boa. Santa Catarina: tempo bom. Temp. emelevaçáo. Vemos variáveis, fracos, Vislb. boa. Rio Grande do Sul:iempo bom, Temp. cm elevaçSo. Ventos do quadrante norte, ira-cos. Vislb. boa.

ANALISE SINdTKA 1)0 MAPA — Frente Iria ondulando sóbríMato Grosso, Goiás e Minas Gerais e deslocando-se para o Nordes-te, devendo atingir o Sul ela Bahia na.» próximas _>4 a 2ii horas.Melhoria progressiva do tempo de Sul para Norte. Conseqüente aodeslocamento para NorrieKte do auticlclone polar.

MAPA do TEMPO^•^.-H.XC.G.doduVl--^.^^0:

Delegado pede o exame deum peru para resolverprocesso no Estado do Rio

Niterói (Sucursal) — Peritos do Instituto da PoliciaTécnica Pereira Faustino vão examinar esta semana umperu, a fim de constatar que tipo de violência èle.sofreu,a pedido do Delegado de São Gonçalo, Sr. Agra Lopes, quequer esclarecer um curioso processo onde figura a ave comovitima.

O peru pertence ao Desembargador César Salomonde,que o deu à sua empregada Luzia da Conceição, residenteno Bairro do Jardim Alcântara, em São Gonçalo, com a in-ctmibència de engordá-lo para o Natal, porque éle moranm apartamento. Ontem a ave apareceu com uma das asaspartidas, e Luzia suspeitou de sua vizinha Corina Monteiro,dando a queixa que resultou no processo. *

NEGOU TUDO

Chamada a depor pelo De-legado Agra Lopes, Corina ne-gou a agressão ao peru do De-sembargador, afirmando quenem sabia dn sua existência,guardado carinhosamente paraengordar no quintal da vizi-nha.

Tomou conhecimento dc queLuzia desejava, inclusive, umaindenização de CrS 30 mil, pe-los danos do peru e disse, de-solada:

— Sr. Delegado, isto, alémde uma infâmia, é um crime,pois não tenho essa importân-cia exorbitante.

Diante da negativa de Cori-na, o Delegado de São Gonça-lo ficou sem saber como levaro processo avante, resolvendoapelar para os peritos do Ins-tituto de Policia Técnica. Acre-dita que n Perícia resolverásatisfatoriamente o problema,achando que o peru não sofreunenhuma agressão, mas foimordido por um cachorro daempregada do Desembargador.

Corina, para se livrar dancusação que considera levia-na e improcedente, está dispôs-ta a procurar o dono do peru,para pedir que êle intercedajunto a .sua, empregada, a fimde que ela retire a queixa.

Federação faz homenagemà delegação do Congressojudaico- que visita o Rio

A Federação das Sociedades Israelitas do Rio de Ja-neiro reuniu-se ontem à noite para homenagear 20 perso-nalidades da vida pública americana, em visita de amiza-cie a diversos países da América do Sul, e que são tambémrepresentantes do Congresso Judaico Americano.

O Presidente das Sociedades Israelitas do Rio de Ja-neiro, Professor JSdidio Guertzenstein, saudou os visitantes,comunicando-lhes que o Embaixador de Israel não compa-receu à reunião porque estava no Hotel Glória, participai!-do da Conferência da OEA, como observador. Houve depoisum coquetel nos salões da Sinagoga.

FRATERNIDADE

O Rabino Henrique Lemledi.sse aos visitantes que a fra-ternidade entre os dois povos,demonstrada durante essa vi-sita. deve se repetir sempre,porque os israelitas do BrasUse sentem honrados em rece-bê-los.

O chefe tio grupo. Sr. WillMaslow, advogado e DiretorExecutivo do Congresso JudeuAmericano (entidade que reú-de todas as sociedades israe-litns dos Estados Unidos) éuma das maiores autoridadesna lei de proteção dos direitoshumanos, lecionando e diriam-do cursos sóbre direito e liber-dade civil na New School forResearch e no Ciiy College ofNew York,

Colaborou na administraçãodo Prefeito de Nova Iorque,Sr. La Guardiã e é formadonas Universidades do CornellColumbia. Trabalhou tambémem jornais e revistas, inclusi-ve no New York Times, publi-cando, com R. Cohein. o livroSegregação Escolar — TipoNorte.

Outra personalidade impor-lante é o Vice-Presidente doCJA de Nova Iorque. ProfessorPhll Baun, autoridade em as-siintos da vida judaica fora daAmérica, tendo percorrido di-versos países, inclusive a UniãoSoviética. E' autor dos folhe-tos A Campanha Árabe' contraos Judeus Americanos e O Di-lema Alemão: ponderações sô-lire Anti-semitismo, Ultrana-eionallsmo e Democracia naAlemanlia.

Ministro da Guerra dizque posse dos eleitosé um compromisso nior aí

¦Numa conversa de uma hora e dez minutos que tevena tarde de ontem com o Deputado Amaral Neto, o Minis-tro da Guerra declarou enfaticamente que é "iiiqticstio-nável a posse do Sr. Negrão de Lima a 5 de dezembropróximo no Governo da Guanabara". O General Costa uSilva estranhou que ainda esteja se discutindo o problemada posse dos Governadores eleitos, que "é um compromissomora! assumido pelo Presidente da República e pelo pró-prio Governo".

Lembrou o General Costa e Silva que não há o quediscutir a esta altura dos acontecimentos, "pois já afirmeie reafirmei isso. Aliás, não só eu, mas o próprio Presidenteda República, que é o fiador da posse dos eleitos em 3 deoutubro.

COMPROMISSOO Ministro da Guerra lem-

brou que agora é impossívelevitar a po.sse. pois que a elei-ção dos governadores se íêzdentro das exigências legais.As impugnações que tinhamque ser íc-iias o foram na épo-ca devida, isto é. antes dopleito, como determinava ex-pressamente a lei. O GeneralCosta f. Silva frisou que a pos-se representa, uo momento umcompromisso moral assumidopelo Presidente Castelo Bran-co e que existe ainda o pro-blema da repercussão interna-cional.

Recordou que a Revoluçãoíêz uma eleição c que o Sr. Ne-grão de Lima venceu o pleito,inclusive com maioria abso-luta. Evitar a posse do Sr.Negrão de Lima. dentro des-sas condições, teria um péssi-mo efeito no estrangeiro, semesquecer o lado moral daquestão.

—A afirmação do GeneralCosta c Silva — disse o Depu-tado Amaral Neto — íoi feitaem função do pensamento doPresidente da República c daposição moral e democráticacia Revolução, que não merececontestação.

Estudantes atacados pelapolícia quando procuravamfalar com o Presidente

Um grupo de estudantes foi dispersado na noite deontem a bombas de gás lacrimogêneo e granadas de efeitomoral, nas proximidades do Hotel Glória, por agentes daDOPS, quando para ali se dirigiam para solicitar a inter-venção do Presidente da República contra o fechamentodo Restaurante do Calabouço.

Em conseqüência da ação policial, vários estudantesficaram feridos, entre os quais Eugênio Gomes Lima, queentre outros ferimentos sofreu o esfacelamento da mãoesquerda ao ser atingido pelos estilhaços de uma granadaque explodiu no meio dos manifestante,-... .PROBLEMA

Os 'estudantes decidiram irao Hotel Glória falar com oPresidente da República, apro-veitando a oportunidade emque o Marechal Castelo Bran-co ali comparecia a fim deinaugurar a Conferência daOEA.

Afirmam os estudantes quenão se conformam com o Xe-chamento do Restaurante doCalabouço, porque a SURSANpediu o terreno em que estainstalado, e também estão cmdesacordo com o preço de CrS400 por refeição no SAPS daPraça da Bandeira, conforme

a solução prometida pelo Mi-nistro da Educação em audién-cia que lhes concedeu.

Ao serem medicados no Hos-pitai Sousa Aguiar, os estu-(iames afirmam ter sido co-lindos de surpresa pelos poli-ciais, que se encontravam cs-condidos.

Como conseqüência da açãodos policiais da DOPS, saíramferidos, além de Eugênio Go-mes Lima, os seguintes estu-dantes: Afonso Fernando.Car-los Alberto Nascimento e Rai-mundo Pinheiro de Sousa, to-dos medicados no Hospital Sou-sa Aguiar,

pri r_\

Aos gritos de "abaixo a dita-dura e queremos liberdade", emostrando faixas com os mes-mos dizeres, um grupo de in-telecluais e estudantes postadoem frente ao Hotel Glória re-cebeu ontem o Presidente Cas-telo Branco no momento emque éle desceu do carro que otrouxe à Conferência.

Imediatamente o grupo íoidissolvido pela Policia de Se-gtirança, que prendeu dois dê-les, tendo outros cinco se apre-sentado voluntariamente. Osjornalistas Antônio Calado eCarlos Heitor Coni foram osprimeiros a ser presos, enquan-to o Presidente Castelo Brancoainda se encaminhava indife-rente para a entrada do HotelGlória.

A CALMA

Minutos antes da chegada doRolls Royce do Presidente Cas-telo Branco, o ambiente emírente ao Hotel Glória era decompleta calma, com os mani-íestantes, em número aproxi-mado de 50, encostados naamurada ao longo da rua, comas faixas escondidas, e separa-dos da entrada do hotel porum cordão de agentes de segu-rança e soldados da PoliciaMilitar.

Ao se aproximar o carro pre-sldenclal, precedido pelos ba-tedores da Policia do Exército,as primeiras faixas, inclusiveuma em espanhol dizendo"Bem-vindos ao Pais da dita-dura", íoram levantadas, aomesmo tempo que os manlfes-tante gritavam "Abaixo .. di-tadura" e "Viva a Liberdade".

Imediatamente, os agentes doDepartamento Federal de Sa-gurança Pública, auxiliados porsoldados da PM, tomaram asfaixas que estavam na írenteseguradas pelos jornalistasCarlos Heitor Coni e AntônioCalado e poeta Tiago de Meloprendendo os dois primeirossem que houvesse resistência, tidispersando cs demais.

O Embaixador Jaime de Aze-vedo Rodrigues, diplomata cas-sado pela Revolução, e cx-Se-cretário-Geral-Adjunto do Ita-mara ti para assuntos económi-cos, encontrava-se ao lado dospresos e foi o primeiro a sea p r esentar voluntariamente,sendo seguido pslos jornalistasMárcio Moreira Alves, os ci-neastas Glauber Rocha, Joa-quim Pedro de Andrade, MárioCarneiro e o diretor de tea-tro Flávio Rangel.

PACIFICO

O jornalista e escritor Car-los Heitor Coni, enquanto eraconduzido preso, com o braçotorcido para atrás por dois sol-dados da PM, disse que o mo-vimento de protesto contra aConferência da OEA foi ex-pontâneo e pacífico, pois todosestavam desarmados e não haviaintuito terrorista. Após cons-tatar que seus óculos quebra-ram-se durante a prisão, o jor-nalista pediu permissão ao PMpara fumar o seu cachimbo, ti-rando-o em seguida do bolso.

O Embaixador'rJaimé de Aze-vedo Rodrigues, que estava aolado, percebeu também que per-dera o chaveiro durante as pri-meiras escaramuças, e pediu aosoldado que o segurava — paramudar o braço preso às costas,pois "já estava tendo cãibras".Reafirmou o Embaixador queo movimento era pacífico, "ape-nas de protesto, contra a rea-Iização da conferência no Rio".

Enquanto isto, o detetive IvãNascimento, chefe do serviço desegurança, na porta do hotelgritava aos soldados da PM eoutros agentes para que expul-sassem os demais manifestan-tes: "são todos americanos, ve-nezuelanos, cubanos, porque obrasileiro não é um povo capazde fazer isto", explicava.

— Quem não quiser sair,manda o pau — gritava — evamos ver quem ê valente pa-ra voltar. Aos empurrões dossoldados, os estudantes e po-pulares que ainda ali permane-ciam. após serem revistados, fo-ram se retirando, dando lugaragora aos agentes de seguran-ça que ocuparam tôda a amu-rada em frente ao hotel.

PARA A DOPS

Os últimos a serem levados,sob algumas palmas de popu-lares, foram os jornalistas An-tônio Calado e Carlos HeitorConi, o Embaixador Jaime deAzevedo Rodrigues e o diretorteatral Flávio Rangel, que per-maneceram conversando e fu-mando calmamente enquantoesperavam a via tur ada DOPSpara conduzi-los.

O chefe do serviço de segu-rança, detetive Ivã Nascimen-to, a certa altura, virou-se pa-ra o jornalista Antônio Caladooue conversava com os presen-tes, gritando: "Sr. Calado, ex-teriorize no jornal, aqui nãoadianta".

Após 15 minutos, apareceu oveiculo que os conduziu paraa DOPS, segundo o detetiveIvã Nascimento, pois o DFSPnão tem dependências para de-tenções. O chefe do serviço desegurança bateu ainda nos om-bros de um PM, ?dvertindo:"outra -vez, é assim que se faz".

NO EXÉRCITO

O Embaixador Jaime de Aze-vedo Rodrigues, os jornalistasAntônio Calado, Carlos HeitorConi e Márcio Moreira Alves,os cineastas Joaquim Pedro,Glauber Rocha c Mário Car-neiro e o teaírólogo FlávioRangel, deixaram a PolíciaCentral à noite e foram leva-dos para o Quartel-General do1.° Exército, no Ministério daGuerra.

No portão da Policia Central,onde diversos jornalistas espe-ravam a saída dos presos —que deveriam ir para uma pri-são militar — um policial daDOPS agrediu o fotógrafo doJORNAL DO BRASIL. AlbertoJacó, tomando-lhe em segui-da o filme, com chapas do mo-vimento em írente a, sede dapolicia.

para eiectuaisDepois de duas lioras e meia

sem que ninguém- conseguisselhes falar, nem mesmo pessoasda família, os presos deixaramo prédio da Polícia Central emduas camionetas do SSP e fo-ram levados para o Ministérioda Guerra,

Em absoluto silêncio, os pre-sos entraram nas viaturas po-liciais, olhando para os pre-sentes e acenando-lhes discre-tamente. Nò Ministério daGuerra, sem que deixassem asviaturas, mn investigador daDOPS pediu que o sargento daguarda chamasse o oficial deserviço para que fossem entre-gues os presos.

Enquanto se discutia se ospresos ficariam realmente no IExircito, o Embaixador Az-svc-do Rodrigues fêz sinal para queseu íilho, que o estava acom-panhando desde a hora cle suaprisão, lhe arrumasse um pa-cete de cigarros c o algo paracomer. Durante todo o tempode trânsito dos presos, o poetaTiago de Melo, Juntamentecom o filho do Embaixador e o•jornalista Paulo Francis, este-ve presente, sem entretantochegar junto deles. Para aten-der o pedido do Embaixador,seu íilho pediu que um sar-gento entregasse a êle um ma-ço de cigarros. Depois de exa-miná-lo, o sargento íêz a cn-trega.

DEVOLVIDOS

Minutos após terem entradono Ministério da Guerra as¦duas viaturas do SSP, o ofi-ciai em serviço informou aoJORNAL DO BRASIL que ospresos não ficariam ali, sendoencaminhados à Polícia do(Exército. Como o EmbaixadorAzevedo Rodrigues, que estavasentado ao lado do jornalistaMárcio Moreira Alves no bancotraseiro da camioneta, conti-nuasse a fazer sinal — paraver se lhe conseguiam algo pa-ra comer — sua secretária deu-lhe uma caixa de chicletes, quetambém teve de ser examina-da antes de ser entregue porum sargento.

Devolvidos do I Exército, sor-rindo ligeiramente para os %x:aos seguiam para Kiber qual odestino dos presos, as viaturasfizeram a volta no pátio in-terno do Ministério da Guerrae seguiram para o Quartel daPE, da Rua Barão de Bom Re-tiro.

DFSP celebramissa porHélio Teles

O Departamento Federal deSsgurança Pública mandarácalebrar amanhã, às lOh 30m,na Igreja de Santa Luzia, mis-ea de trigésimo dia, por Snton-ção da alma de seu DetectiveHélio Teles Biar, assassinadorecentemente.

AVISOS RELIGIOSOS

Â Süq Judas TadeuPor uma graça alcan-

cada.José Antônio.

Agradeço à mila-_»

grosa Santa Martagrande graça alcançada.

Lysiane.

A Santa MartaAgradeço graça difícil alcan-

cada.Lucília.

AO MENINOJESUS DE PRAGA

Meu sincero agradecimentopela graça recebida.

Eugenia Santos.

«o MeninoJesus de PragaOli! Jesus que dissestes:

Peça e receberá, procura eachará, bata e a porta seabrirá. Por intermédio tíeMaria, Vossa Sagrada Mãe.Eu bato, procuro e vos rogoque minha prece seja aten-dida íMenciona-se o pedi-do). Oh! Jesus que disses-tes: Tudo que pedires aoPai em meu nome êle aten-dera, por intermédio deMaria, Vossa sagrada Mãe,eu humildemente rogo aoVosso Pai cm Vosso nomeque minha oração seja ou-vida (Menciona-se o pedi-do).

Oh! Jesus que dissestes:O céu e a terra passarão,mas a minha palavra nâopassará. Por intermédio deMaria, Vossa sagrada Mãe,eu confio que minha ora-ção seja ouvida (Menciona-se o pedido).

Rezar 3 Ave-Marlas e 1Salve Rainha. Em cases ur-gentes essa novena deveráser íeita cm horas (9 ho-ras). — Por uma graça al-cançada. — DORA.

queima rosto ae moçaque assistia a teatro contralinha dura em B. Horizonte

Belo Horizonte (Sucursal) — Uma bomba de gás la-crimogêneo com ácido sulfúrico explodiu, ontem à noite,na platéia do auditório do Instituto de Educação, durantea apresentação do s7ioio estudantil Jl/edfcina-6, que criticao Governador Carlos Lacerda e os Coronéis Fontenele, Gus-tavo Borges _ os encarregados dos IPMs, queimando orosto de uma jovem de 17 anos e o braço de um estudante.

A explosão suspendeu a apresentação da peça durante30 minutos, gerando grande tumulto entre os assistentes,quase todos estudantes universitários acompanhados pelasnamoradas, mas pouco depois a apresentação continuou,garantida pela Polícia Militar.

CORVO EM CENA

O Show Medicina-O tinhaaprovação do Serviço de Cen-sura, para a apresentação dapeça satírica anual, já tradi-cional em Belo Horizonte, poisvem-se realizando desde 1957.

No atual Show, o Governadorlicenciado da Guanabara è re-presentado por um corvo ves-tido de preto, com uma lanter-na apagada nu ponta de tunguarda-chuva. Há, ainda, uniagente contratado pelo Sr.Carlos Lacerda. — James Bond— que, "a serviço dc sua Ma-jestade", comete diversos cri-ines, sem ser punido.

O show apresenta, ainda, crí-ticas aos Coronéis Borges, Fcn-tencle, à Professora SandraCavalcanti e ao Sr. Flexa Ri-beiro.

O aluno do segundo ano daFaculdade de Medicina, ciáu-dio Aasvedo Sales,,© a Srta.Maria Teresinha Barros, nsduas vítimas da explosão dabomba, foram medicados noHospital do Pronto-Socorro. Oautor do atentado não íoi iden-tificado ppla policia, que hojefará diligências para apuraçãodo fato, instaurando o inqué-rito através do Departamentotíe Vigilância Social, antigaDOPS.

fi r| IP 111 IJ Ifi In K114

(FALECIMENTO)A CHURRASCARIA CAJUTI LTDA.cumpre com. profundo pesar o deverde comunicar o falecimento de seu es-timado sócio ANTÔNIO MARIA NU-

NES COIMBRA, ocorrido ontem e convida atodos clientes e amigos para o seu sepultamen-to a realizar-se hoje, quinta-feira, dia 18, às17 horas, saindo o féretro da Capela do Cemi-tério de São Francisco de Paula (CATUMBI),para a mesma necrópole. (P

(1.° ANIVERSÁRIO)

Sua famíliíi convida pava a Missa <jueem intenção cle sua boníssima almamanda celebrar hoje, líí de novem-

bro, às 11 horas, na Igreja de N. S. doCarmo, à Rna 1.° de Marco. -»

Joaquim Corrêa « Seixas0 DiA)( 3 0.

A família de JOAQUIM CORRÊA DE SET-XAS (falecido em B. Horizonte), convidaos parentes e amigos para assistirem a mis-sa que será celebrada em intenção de sua

boníssima alma, no altar-mor da Igreja Santa Ritade Cássia, na Av. Marechal Floriano, às 03,30h, nodia 19 do corrente mês. A todos que comparece-rem a êste ato cle fé cristã antecipa seus maioresagradecimentos.

MARIETTA FERREIRA VSEIRA DA CUNHADIRETORA DA ESCOLA ROT BARBOSA

(MISSA DE 7.° DIA)Sus. íamllla agradece as manifestações de pesardemonstradas por ocasião de seu falecimento econvida os demais parentes e amigos para a Mis-sa de 7.° Dia que, em sufrágio de sua boníssimaalma a Veiieríivel Irmandade de N. S. co Hosá-

rio e São Benedito, farão celebrar, amanhã, sexta-feira,dia 19, às 101i30m, no altar-mor de sua Igreja, à Hua Uru-guaiana. Antecipadamente agradecem. (P

MARIA JOSÉ DE

(MISSA DE 7.° DIA)

_JL Darcilia de Moraes Limongi, Heloísa deMoraes Limongi Coelho. Antônio RibeiroCoelho. Vera-Maria, Beatriz-Helena e Fran-cisca-Heloisa, convidam para a Missa de

7.° dia que mandam celebrar pelo repouso da almade sua saudosa filha, irmã, cunhada e Dinda, às11 horas, amanhã, dia 19, no Altar-mor da Igrejade São Francisco de Paula.

para o

(FALECIMENTO)A Familia de REMO LONGO comunica o seu f.ilecí-mento ocorrido ontem, dia 17, e convida seus demaisparentes e amigos, para o seu sepultamento. hoje, dia18, às 14 horas, saindo o féretro da Capela n.° 4 do Ce-mitério da Ordem 3.1 de S. Francisco da Penitência,

Cemiiério de S. Francisco Xavier - Caju. (P

'residen le Manoel Joaquim Lopes(AÇÃO DE CRACAS)

Desportistas amigos e admiradores do grande Presidente do C.R. Vasco da Cama, MANOEL JOAQUIM LOPES, em regozijo peio seucompleto restabelecimento, mandarão celebrar Missa em Ação do Cra-ças. hoje, quinta-feira, 18 do corrente, às 11 horas, no Altar-mor daIgreja da Candelária, convidando para esse ato de fé cristã, todos osamigos do ilustre desportista.

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Jornal do Brasil, Quinta-Feira, 18-11-65, l.o Oad. — 17

ii Deficiente ainda hoje o abastecimento de carne Cl."Governo

pretende fechara LIDER, acusando-a deatividades subversivas

, O Govêmo pretende fechar a Liga Democrática Radl-'cal (LIDER) nos próximos dias, sob a acusação de queestá exercendo atividades subversivas, sobre o que já foiinsíaurado um inquérito, sob a orientação do General.Aírton Salgueiro de Freitas.

Segundo as informações divulgadas na própria áreada entidade, o General Aírton Salgueiro ouviu, anteontem,

p advogado Luis Mendes de Morais, que se fazia acompa-nhar do Presidente da Ordem dos Advogados e do seu pai,advogado Justo de Morais.INVESTIGAÇÃO

O Governo, segundo os mes-mos tóformes, demonstra irri-taçâo diante do manifesto dl-fulgado recentemente pela LI-DER,.na parte em que, pro-fcurando jogar o Ministro daGuerra contra o Presidente daRepública, afirmava que o Ge-neral Costa e Silva, "o grandelíder", estava sendo enganadopelo Governo.

A investigação a ser feita noâjllibito do Ministério da Justi-ça, através do DepartamentoFederal de Segurança Pública,Incluirá, também, a apuraçãode "certas intrigas" divulgadaspela LÍDER, de acordo com ln-formes em poder dó Govêmo,sobretudo a que se referia auma gravação que teria sido•fbita de conversa do Governa-dor eleito Negrão de Lima comum líder comunista e cuja au-tentlcldade os círculos oficiaispõem em dúvida.

Segundo os informes dos se-tores da LÍDER, o Governo es-tá interessado em deschrir quais1 são os 50 membros do Conselhode Líderes, órg&o incumbido detraçar a orientação da entida-de, cujos nomes são mantidosem sigilo.

Ao fazer o registro dos nomesque integram o Conselho de Lí-deres, procurou-se colocar no-mes, em sua maioria, sem maiorexpressão, para evitar que os no-mes dos verdadeiros lideres fos-sem conhecidos do público e dasautoridades. Entre os nomes dn-cluídos quando do registro daentidade em cartório, incluem-

. so os dos Coronéis Igrejas Lo-¦pes, Osnelli Martinelli, LuísMendes de Morais, AntônioSchuller, Coronel Gerson de Pi-na, Generais Araken Alencar e

Floriano Moura Brasil, CharlesHerba, Raul Miranda Santos(Raul Barulho) e Danilo Mar-condes, entre outros. Algunstêm realmente expressSo e par-t-cipain do Conselho. .

O Governo tein conhecimen-to desse íato e pretende, atra-vés do Inquérito instaurado,apurar a identidade dos ver-dadeiros líderes ouvindo osqpetêm seu nome, ostenslvamen-te, no registro da entidade co-mo sociedade civil.

Sabedores de que o Govèr-no, através do Ministério daJustiça, deseja fechar a enti-dade por exercer atividades ile-gals, os seus dirigentes vêmplanejando a retirada de do-cumentos, tais como fitas degravações, íilmes, correspon-dència, etc,

CONTOA A POSSE

Os radicais civis e militarescontinuam exercendo grandeatividade nos quartéis, pregan-do, de maneira ostensiva, con-tra a posse dos eleitos "liga-dos & corrupção e ã subver-são", sobretudo na Guana-bara,

O encarregado do IPM doPartido Comunista Já conside-ra o Governador eleito, nãomais como testemunha, mas ln-diclado, e como tal o Sr. Ne-grão de Lima passará a serouvido. Pretende o encarrega-do do IPM do PC enviar paraa Justiça Militar o processocontra o Sr. Negrão de Lima,não estando fora de suas co-gitações o pedido de prisãopreventiva para êle, o que pas-saria a centralizar toda a es-tratégia de agitação da linhadura.

Negrãocontinuagestões

Apesar de dedicar gramdcparte de seu tempo prestan-do depoimentos todos os diasperante o encarregado dò IPMsobre o Partido Comunista, oGovernador, eleito Negrão deLima continua fazendo ges-toes no sentido de compor oseu Governo.

Espera-se que até o íimdesta semana o Sr. Negrão deLima conclua as consultas nosentido de formar seu secre-taaiiado, que já estaria com-pleto, dependendo apenas daconfirmação de alguns nomesconvidados.

Até o momento já foi confir-mada a indicação do Sr. Mau--rício Bicalho, atual representan-te do Brasil no Fundo Monetá-rio Internacional para a Presi-dència do Banco do Estado daGuanabara; do jornalista Al-varo Americano para- a Se-cretaria de Administração; doengenheiro João Augusto deMaia Penido para ,a Secreta-ria de Obras e Presidência daSURSAN; do aiédico Hum-berto Braga para a Chefia daCasa Civil; e do Sr. Márcio Al-ves para a Secretaria de Fi-nanças.

Para a Secretaria de Saúdeo Sr. Negrão de Lima e seusassessores dividem-se entredois nomes: o clinico Sarmeai-to Barata, gaúcho de 64 anos,e o médico Nelson Senlse, de45, famoso reumatologista, an-tigo servidor do Estado e cria-dor da Clinica Pio XII e doInstituto de Reumaitologia.

Outros cogitados são os Srs.Roberto Acióli, para a Secre-taria de Governo; ReinaldoReis ou Demóstenes Madurei-ra do Pinho, para a Secreta-ria de Justiça; Josué Monte-lo, abgar Renaud . ou CelsoKelly, para a Secretaria deEducação; Deputado Levi Ne-ves, para a Secretaria de Tu-rismo; industrial Maciel Fi-lho, para a Secretaria de Ser-viços Sociais; e o GeneralMeira Matos ou Coronel Otá-vio Reis, para a Secretaria deSegurança.

O abastecimento de caráecontinuará deificiente aindahoje, quando apenas 196 açou-gues estarão revendendo aopúblico a carne distribuída on-tem á noite pela CIBRAZÉM,enquanto a SUNAB dará ini-cio a um policiamento intensi-vo, com o rsfôrço de 250 op-tantes da Polícia Militar, qüeserão distribuídos entre os pou-cos estabelecimentos que terãoo produto.

O superintendente Guílher-me Borghoff permanece man-tendo contatos no interior pau-lista com os líderes pecuaristase representantes dos frlgor.fi-cos, com os quais decidiu rea-tar o diálogo que havia inter-rompido em setembro, devendo'regressar amanhã ao Rio, apósser convencionada, de comumacordo, tuna fórmula capaz desolucionar a crise atual.MOVIMENTO

O quadro de comercializaçãoda carne bovina no dia de on-tem, um dos mais íracos vei-l-íicatíes durante a crise, foi umpouco melhor do que o movi-mento que deverá se registrarhoje em toda a Cidade, em ia-ce de as firmas abatedoraaparticulares haverem reduzidosua contribuição. A Compa-nina Brasileira de Armazena-mento entregou 120 toneladasdo produto aos varejistas, on-tem á noite, cuja revenda seráfiscalizada de forma rigorosa,contando, até, com mais poli-ciais que o número de açou-gues que irão dispor da carne.

O Departamento de Contro-le da SUNAB, que colocará tur-mas de fiscais orientando ostrabalhos de inspeção, forneceuontem uma relação de autosde infração lavrados pela De-legada Regional no Estado do

Rio, no periodo de 7 a 12 dêstemés, regjstrando-se um total de39 autuações, sendo que a maio-ria incidiu sobre comerciantesde Nova Iguaçu e São João deMerlti.

Segundo informou ontem,técnicos da SUNAB estão exa-minando a possibilidade de in-centivar o lançamento no mer-cado de grandes quantidadesde feijão-soja. além de carnede carneiro, com o objetivo decontrabalançar a crise maiorde carne bovina."

Os estudos a respeito da sojaforam feitos pela nutricionistaMaria Frazão de Carvalho, dopróprio órgão, que classificouo produto em seu relatório de"carne de pobre", "carne semosso", "carne vegetal" e "oitavamaravilha do mundo", por dis-pro o mesmo de teor proteicoaté três vezes superior ao dacarne de boi.

Uma das receitas popularesque anexou ao documento, queserá publicado também no bo-letim interno da SUNAB, prevêa preparação de um bolo espe-

.ciai com bacon, ovos, manteiga,leite ou suco de tomate, plmen-ta e sal em quantidades sufi-cientes, cebola e miolo de pão,Por outro lado, informou-seque o Sr. Guilherme Borghoffregressará amanha de Araçatu-ba, quando divulgará os enten-dimentos que manteve naquelacidade com pecuaristas e re-presentantes de frigoríficosacerca da crise. Uma dás fór-mulas que poderá ser aprova-da, conforme assessores diretos,será a de um aumento grada-tivo do preço do produto, atra-vés da liberação iniciai docusto da vitela, seguindo-se asuspensão total,das expropria-ções de rebanhos.

carne onde estáSâo es seguintes os açougues

que receberam carne, ontem porIntermédio da CIIBBAZHM, equohoje, venderão o produto:CENTRAL DO BRASIL — Mer-cado Centrarl do Brasil.GLÓRIA — Hermenegildo deBarros, 18.

BOTAFOGO — SSo Clemente.355; Conde de Ira.A 060.

LEBLON — Ataulio ele Paiva«58-A; Humberto de Campo»,753-A.

Castelo vai suspender osdireitos do responsável

7"-¦'

1

/ O Presidente Castelo Bran-co interrompeu ontem o almô-ço tio Ministro Juraci Maga-IhSes com as delegações k Con-ferência da OEA para lhe afir-mar pelo telefone que "a intri-ga feita pela LIDER. envol-vendo o seu nome, o do Pre-sidente e do Governador elei-to Negrão de Lima Já está des-

. feita e o autor terá seus dt-"eitos políticos suspensos em24 horas".

Referia-se o Presidente Cas-telo Branco a uma suposta gra-vação de conversa telefônicamantida pelo Governador elei-to Negrão de Lima com ele-mentos ligados ao Partido Co-munista, que os jornais de on-tem publicaram com destaque.ô Presidente considerou tudo',:imia intriga inteiramente íal-*a" e garantiu que o 6eu res-ponsável será "severamente pu-nido".

ROTINA

Ao terminar a conversa como Presidente Castelo Branco, oMinistro Juraci Magalhãesafirmou que o contato foi derotina, pois o Presidente con-voca diariamente os seus ml-nistros, em qualquer local, pa-ra tomar conhecimento dos as-suntos relativos às suas pastas.— O Presidente CasteloBranco —• disse — aciona seusministros com grande intensi-dade, preocupado com todos ossetores da administração, o queé uma qualidade excepcionalpara um dirigente.

ADVOGADO ADMITE

O advogado Luis Mendes deMorais confirmou, em respostaao ofício que lhe foi enviadopelo Ministério da Justiça, a

sua responsabilidade, como Se-cretário-Geral da Liga Demo-erótica Radical, pela divulga-cão de manifesto consideradosubversivo pelo Presidente Cas-telo Branco.

A iníormaçáo foi dada noJORNAL DO BRASIL por altaíorfte governamental, queacrescentou estar o- GovêmoFederal interessado em de.sven-dar todos os detalhes de intrl-ga armada visando a dificultarou Impedir a posse do Sr. Ne-grito de Lima no Govêmo daGuanabara.

FALSIFICADOR

Empenha-se o Governo, tam-bém, em descobrir a identidadedo autor de declarações atrl-buídas ao Sr..Negrão de Limarecentemente distribuídas aosJornais. Admite-se que o res-ponsável pela redação dessasdeclarações pertença aos qua-dros da LÍDER ou de outraorganização semelhante, tam-bém de extrema direita.

O Sr. Juraci Magalhães, dis-se, ontem, ao JORNAL DOBRASIL, estar o Govêmo Cas-telo Branco decidido e nãoapenas com vontade de darposse ao Sr. Negrão de Limano Governo da Guanabara.Desmentiu notícias segundoas quais o Governo disporia deíitas de gravações de conver-sas mantidas pelo Sr. Negrãoae Lima com líderes comunis-tas, em palestras que teriamocorrido antes das eleições de3 de outubro.Acredita que tais notíciassejam "arranjadas e montadas"dentro de um esquema visandoa criar dificuldades para a pos-se do Governador eleito daGuanabara.

J. Olímpiodá almocea editores

A Livraria José Olímpio ofe-receu ontem em sua sede, naRua Marquês de Olinda, 12,;un almoço nos participantes doI Seminário de Editores e Ati-vidades Correlatas, atualmen-te realizado no Rio e que seráconcluído em São Paulo, napróxima semana, com o obje-tlvo de estender a comercial!-zação e a produção do livro.

O encontro está sendo patro-chiado pelo Centro "de

Bibiio-teconomia do Instituto de Pes-quisas e Estudos Sociais(IPÊS) e pelo Centro de Bi-blioteconomia Para o Desen-volvimento, do Instituto.Rober-to Simonsen, estando previstaa renovação dessas reuniões,¦odos os anos.

Foram realizadas conferên-cias sob os temas Histórico eImportância üo Livro; DireitoAutoral; Convenções e Contra-tos e Indústria Editorial. Aprimeira* palestra foi feita pe-lo Professor Paulo Rónai, quediscorreu sobre o início da fa-se editorial no mundo, desdeas pequenas tábuas de madei-ra coberta com uma películade cera, nas quais se escreviacom estilete. As conferênciassáo realizadas na sede doIPÊS, no Edifício Avenida Cen-trai.

13

m

Nei toma posse 2a,-feirana Agricultura, iniciandoa reforma do Ministério

A posse do Sr. Nei Braga no Ministério da Agriculturaas_ 12 horas da próxima segunda-feira, deverá marcar oinicio de uma reformulação ministerial parcial da qualf. o Governo pretende extrair não só maiorjxprêssividadepolítica, como rendimento administrativo ss'™aae

Nos meios políticos, anunciava-se, ontem, como certap1^Sí

*x-Vlce-^er da extinta UDN, Deputado RondonPacheco, para a Chefia da Casa Civil da Presidência daRepublica, adiantando-» que, quanto aos outíos MniíÍSS?ffl ÜW da ?aSta das RelaSõe* Exteriores, paraonde vai o Ministro Luís Viana Filho, o Presidente dedi-ca-se a consultas com a ajuda de seu Ministro da Justiça.RENÜN<?AS «eus correligionários, que ten-tavam demové-lo da atitude.

?erano-padrãojá no Rio

Chegaram ontem ao Riodos 16 operários-padrão esco-lhidos pelo SESI em diversosEstados, para concorrerem, sex-ta-íelra ao título de Operário-Padrão Nacional de 1965. ovencedor receberá Cr$ 1 mi-lhão, além de um diploma e amedalha Roberto Simonsen, daConfederação Nacional da In-dústria.

Os 16 concorrentes passarãoquatro dias no Rio. devendo, nosábado, conhecer os pontosprincipais da Cidade. Domingoirão no Maracanã, para ver apartida entre os selecionados doBrasil e da URSS. retornandona segunda-feira aos seus Es-tados.

quer

Curitiba (Correspondente) —Foram encaminhadas ontem ãAssembléia Legislativa do .Es-tado as renúncias do Gover-nador Nei Braga e do Vice-Governador Afonso CamargoNeto, depois do que. tomouposse no Governo o Presidentedo Legislativo, Deputado An-tònio Ruppel.

O último ato público do Go-remador Nei Braga íoi a inau-feuração do Centro Eletrônicode Processamento de Dados,com material importrtdo daFrança.

PRESSÕES

Minutos antes de àssiftfy acarta de sua renúncia, o éx-Vice-Gòvernador Afonso Ca-margo Neto cara assediado po»

Finalmente, resistindo a tô-das as pressões, o Sr. Camar-go Neto assinou a carta, queíoi levada ao Legislativo Jun-tamente com a renúncia do SrNei Braga.

APOIO

Os presidentes das associa-ções de classe da lavoura, in-dústria e comércio manifesta-iam seu júbilo pela escolha doSr. Nei Braga para dirigir uMinistério da Agricultura.

Desde que retornou do Riode Janeiro, na última semana,o Sr. Nei Braga tem sido vlsi-tado por numerosos amigosqne o cumprimentam pelo con-vite recebido do PresidentaCastelo Branco.

Brasilarbitragemem 7 Quedas

Assunción (UPI-JB) — Comarespesta à nota oficial de pro-testo do Governo paraguaio, oGoverno do Brasil, através deseu Embaixador. Jaime de Sou-sa Gomes, propôs uma arbitra-gem internacional, para resol-ver a pendência sobre Sete Que-das, limite no curso superior doRio Paraná.

As cataratas, motivo cia dis->córdia, figuram entre asmaiores do mundo, sendo im-portante para o aproveilarnçn-to hidrelétrico cogitado nos úl-tlmos anos. Embora a preten-são do Brasil apareça em têr-mos diplomáticos, o PDC e oColégio de Advogados protes-tam contra "a política impe-riolista. do Brasil",

LARANJEIRAS — Cosme Ve-Ibo, 8S6.ILHA DO GOVERNADOR —

Sargento Jofto lepes, 701; Para-nnpuft 2 326 e 18; Rua p, n. 2*);Estrada do Galedo 50-A: EutlquioSoledade, 575-A; Capltfto Barbo-ea. 308-G e 815-B.

ILHA DO GOVERNADOR — E--trada Caçula 153-B; Capitão Bar-b06a. 680. Estrada do Caçula,237-B; Jaime Perdlg&o, 150; Ave-nlda Paranapuft. 1029; Praia doZumbi. 91; Comendador Bastos291; Cranditiba, 110-A; EstradadoDendê, 315-A: 74S-D, 1026-C;"Fernandes

da Fonseca, flO-C; Gua-piassú 2-A; Estrada do Jeqtilft.1710; Avenida, Faranapun. 252;Antônio Sales 6 — Galeria Z-l« Bairro doa Bancirioí 47.

JACAREPAGUA — Avenida Wl-eon Cardoso, 1270-A; Av. Gere-marlo Dantas 56; Av. Nelson Car-floso 51; Estrada, do Pau Fer-to, 275; Estrada Três Rios 19-A;Luís Beltr&o 492: Estrada de Ja-carepaeiift, 7 655; Estrada dosBandeirantes, 4648;r,Rf«.ro Teles,24-B; Sldônio Pais, 44: EstradaEugenho d*Agun, 32: Arlperana356-C; Barfto, 268-H; GodoíredóViana, 555-A; Barfto 967; Estradados Bandeirantes 58^C: CindidoBeniclo. 678, 289 e 1473: Estradada Estiva, 4-C; Qulrlrlm, 708;Barfto da Taquara 50; GeremárioDantas 35; Estrada do Timblra,2 331: Jerónimo Pinto,, 225; Go-dofredo Viana 524: Avenida Gere-marlo Dantas 3 241-A c 1 076; LuísBeltrão 218: Nelson Cardoso 390;Qulrlrlm, 376-A; Estrada do Ja-carepaguá. 7 576-B; Cândido doBeniclo 1077: 1153; 2 197: 1684;Estrada dos Bandeirantes 7 926-A-Estrada do Caíundá 271-A; Es-trada dos Três Rios, 274-A; PintoTeles, 437; Dr. Bernardino 568-A,Henrique Costa. 726; ProfessorCamlsâo. 40; Geremário Dantas,li; Estrada do Jacarepagua 6 908;Praça da Taquara, 117; Gerema-rio Dantas 687; Estrada do Ca-penha, 1058; Estrada dos Ban-delrantes, 27-B-2; Jerónimo Pinto,630; Estrada de Jacarepagua 5 960;Estrada do Tlndlba, 1 785; Estra-da dos Bandeirantes 238; CândidoBeniclo 2 935, 2 537-A e 4 138; Pra-zeres, 16-B; Estrada dos Três Rios18-B; Estrada do Pau Ferro 13-A:Padre Ventura, 350; Jaurü 25; Ge-remado Dantas 178; Marangft, 912;Geremário Dantas, 1249.

IRAJA — Honório de Almeida,276, loja B: Cisplatlna, 6; PraçaSena Pereira, 7-C; Av. Automo-vel Clube, 3 238 e 2 980; Avenidadas Bandeiras, 18 213 (IAPC); Es-trada D'Agua Grande, 5.150 e1208; Abiru, 151-B; MonsenhorFélix, 971, 506, 1 265, 936 e 711:Estrada do Qultungo, 749; Estra-da do Portlnho, 259-A; Praça Ca-TOguatft, sin."; Sétima, 5-D; 27de Agosto, 24-H; Monsenhor Fé-lix, 193 o 871; Avenida Brasiln.o 18 141; Marambala, 211; Bo-i-ultna, 10-A; Qulratim, 16; Estra-da. do Colégio, 1186-B; AvenidaAutomóvel Clube, 2 815 _ CoronelVieira, 906.

VAZ LOBO — Av. MonsenhorFélix, 17. 90-A, 11 o 284-A: Av.Ministro Edgar Homero, 970, 682e 866; Alice de Freiras, 261-A e109-A; Estrada Vicente de Carva-lho, 209; Agrário de Meneses; Av.Ministro Edgar Romero, 940; Es-trada Vicente de Carvalho, 360-A;Bezerra de Meneses, 190-A.

CAMPINHO — Andrade Araújo,19..-D; conde de Linhares, 469;Couto Meneses, 6; Estrada Inten-dente Magalhfies, 26, 117-B e908; Ana Teles, s-c « MariaJosé. 760.VILA VALQUEIRE — EstradaIntendente Magalhftes, 1 253. 1153,908 e 650: Praça Cardoso Fontes.54-A: Praça Balqul, 70-C e Rosasn.o 203-A.

QUINTINO — Goiás, 1 354-B;Olarlmundo de Melo. 813; Ncrvalde Gouveia, 41. Praça Quintino.42; Goiás, 1 124; Elias da Silvan.° 411; Lucinda Barbosa, 80; Leo-poldlna de Oliveira, 171-C; Amá-Ha, 57: Av. Suburbana, 9 372 «9 426; Etiíráslo Correia, 30- Co-lúmbla, 314-A; Jofto Barbalhon.' 352; Clarimundo de Melo. 790;GolSs. 572 e Av. Suburbana, 8 629.

CASCADURA — Av. Suburcanan.» 10 308: Sldónio Pau, 44 e 205;Silva Gomes. 2: Souto, 337; Av.Suburbana, 10 490 « 10 238; Va-lírio. 200: Sanatório, 575; Nervalde Gouveia, 437; Carvalho deSousa, 31; Padre Nót__-ej..i 4"5-Cerqueira Daltro, 355: Clarlmun-do de Melo, 1 118: Maria Passo*n.o 15: Sldônio Pais, lll; Av. Su-burbana. 9 764: Miguel Rangeln.o 446: Cerqueira Daltro. 883 •S97-A; Av. Suburbana, 9 648-C;í-alre Telêmaco. 118-A; Nerval ..-.

oGuveia, 431; Geremário Dantasn.o 435. e Cerqueira Daltro, 51.

MADUREIRA —• Estr. do Por-tela, 461; Av. Min. Edgar Rome-ro, 239-G-B-L-220, 445, 570 e 682;Andrade Figueira, 633; PadreManso, 90; Capltfto Couto Mene-ses, 59; Domingos Lopes, 559; Ma-ria José, 408-A: Jofto Vicente, 109;Av. Ministro Edgar Romero, 528,650 e 401: Capltfto Couto Menesesn.o 10; Padre Manso, 185; Pesca-dor Joslno, 18-A; Leopoldina deOliveira, 206; Oliva Mala, 41; Car-los Xavier, 399; Maria Lopes. 63-A;Jo&o Vicente, 25: Estrada do Por-tela, 175- e 277.

MARECHAL HERMES — Gra-vati. 52; Gravata, 370-A e 621-A;Aurélio Vai Porto, 296, 131 e 11;Av. Gol. Osvaldo Cordeiro de Fa-Tia. 128 e 65-B; Jofto Vicente,1574: Valqueire, 27-A: Corurlpe,27,1-A: Acapü. 139-A; Corurlpe.828-A; Dona Clara, 100; Maracal-pc, 102: Américo da Rocha, 631 .MlpibU, 292-B.

JARDIM AMÉRICA — CharlesGimod, 172-A; Jornalista GeraldoRocha, 590-B e G75-C; Mal; Antô-nio de Sousa. 372-B e 173-A; Ro-berto .Sel.un.nnli, 192; CrlstianoMachado, 304;: George] Bls-.ct,112-A: Monsenhor Castelo Bran-co. 141-B: Prof. Co3tt_ Ribeiro, 510e Magalhftes Barata, 241.

PARADA DE LUCAS — Iraçu,399.

ENGENHEIRO LEAL — Améri-co Vespiiclo. 6-C. ¦

VICENTE DE CARVALHO} —Estrada Vicente def Carvalho,458-A. 641 e 395; Professor PauloAquiles. 58-C; Largo Vicente deCarvalho, 16-B; Guaba. 103-A;Ibltlnga. 106; César Musslo, 505-B;Cabucl do Vale, 365; Tomás Lo-pes, 361: Guaraúna, 97; Tuplnl-quln6,: 76-B.

.BARROS FILHO — EstradaJoSo Paulo. 3 335.

CORDOVIL — Mangaba, 137-A• Estrada do Porto Velho, 170.

VISTA ALEGRE — Manuel Ci-cero, 10-B; Estrada da Água Gran-de. - 158 e 1 120-C; Ponta Porft,I0-C; Av. Sio Fellx, 9-A e Pira-tlnga, 245-B.

RAVUNA — Comendador Guer-ra, 246; Sargento Basileu, 204-B;Sargento Fernandes Fontes, 20;Basileu, 12; Comendador Guerra,12, Av. Automóvel Clube, 6 396-Mercúrio, 607, Sargento de MUI-elas, sin.

COSTA BARROS — Estrada Bo-tafogo, 1 223 e Mogique, 273.

KOSMOS — Guarujá. 24-A. .CAVALCANTI — Silva Vale, 30.1;

Maria Passos, 957; Graça Melo,235-A e 324-C: Laurlndo Filho,334: Zeíerlno da Costa, 471 e Iti-rapina. 25-C.

PADRE MIGUEL — Praça dosTrabalhadores, C-4.

PEDRA DE GUARATIBA — Bel-ehior da Fonseca, 364.

.PACIÊNCIA — Cesário do Me-lo, 4 347; Estrada dos Vieiras, 19-Umcânla, 34-A e 33-D.

VILA KENNEDI — EduardoSouto, E2-A. :

Bangu — Francisco Real, 1 780.OSVALDO CRUZ — EstradaHenrique de Melo, 407-A.

MAGALHÃES BASTOS — Mon-«ores, 3.

CAMPO GRANDE — EstradaSanta Maria, 812; Iaraquft, 21-A:Estrada do Camplnho. 648; Sam-ta Maria, 1 795; Arlcnrl, 1 486, lo-Ja A; Cesário de Melo, 1 906; Au-réllo de Figueiredo. 96: Cel. Asos-tlnho, 99 e 5; Cesáxlo de Melo,1194: Estrada do Camplnho n.o303-A: Padre Leio Veloso, 174-A:Scibi-a Filho, 377 (Inhoaiba) «Arlcurl, 1230.

SANTA CRUZ — Felipe Cardo-so. 37 e 505: Ar. 7sabcl. 295; Es-trada Sepetiba, 5 775 e Álvaro Al-berto. (i,.n.o (M. COCEA).

SEPETIBA - Estrada SSo Tar-eifó' 92-A e Municipal, 3S-B.

CATUMBI — Eliseu Vteccntl, 74;Itaplru, 625-A: Frei Caneca, 307-Salvador de Sá, 77; Heitor Cnrrl-lho, 57-A e Coqueiros, 71-A.

TURIAÇU — Estrda do Otávio-no números: 380, 374, 252-B e 244.

COLÉGIO — Estrada, do BarroVermelho, números: 1215, 1462,834 e MO: Avenida Automóvel ciu-be, 3 567; Torlba, 341; Ibotirana,134-A; Gulraréla, 816-C e Almi-rante Oliveira Pinto, 264-A.

ROCHA MIRANDA — Juarlté,363; Estrada do Barro Vermelho,30-A: Praça Oito de Maio. 122;Diamantes, 968, 495-D o 365; Uru-ral. 384-A e 460; Homero. 8: Ta-caratu, 222-A: Dr. Luis Bicalho,41-A e 9-C: Tacamtu. 137-A; Av.dos Italianos, 925-A; Est. do Sa-pê, 536; Sapé, 946 e Topásio, 40 e77.

HONÓRIO GIJEGEL _ EstradaJoão Paulo, 455 c 4; Rua B. n.o13 (Esquina dc Ururai |; Safirai,256; Leocádio Figueiredo, 703-B è319; Ururní. 1271-A; Gen. Je.ò-Qímo Furtado, 40-A: Amói-ii-o Ro-

cha número*: 1 539, 1 506-C i1 574.COELHO NETO — Av. doa Ita-

llanos, 1470 e 1310; Aracatuba,ia-H o 9; Mombucaba, 726-C; Pra-ça Professora Virgínia Cidade, sln.o, B-I0 • Automóvel Clube n.o4 025-H. )

ACARI — Praça Jírojetada. J-A i• Av. Automóvel c_ut>«(, Í125.

Em conseqüência da falta deestocagem de ovos, que vêmsendo consumidos em grandeescala em todo o País com aausência da carne, é esperadapara breve uma crise tambémnesse setor, pois apenas 20 milcaixas permanecem, como es-

toque regulador, guardadas emcâmaras írigorífies especiali-zadas.

Os preços atuais desse pro-duto divergem entre os diver-sos estabelecimentos cariocas,sendo que o custo médio pordúzia é de Cr$ 850, esperan-

ríoc^ údo-se na SÜNAB nm encarei,cimento desproporcional dessesubstituto eventual da carne,pelo menos, enquanto perdurara crise no abastecimento e aíoferta continuar interior à pró*1/cura.

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18 — 1° Cad., Jornal do Brasil, Quinta-Feira, 18-11-65

lj»': r NA SEMIFINAL

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Interno do Itanhangá terá Quatro Sem ê o único barcosemifinais no sábado para carioca que ainda não foicampeões surgirem domingo definido para o BrasileiroA _*__/•_ n/_ fi cam _f Innl .___ /¦_____ j_ _ .A rodada semifinal do- Campeonato Interno do Ita-nhanga será disputada no sábado, por todos os jogadoresintegrantes das trés categorias de handicaps, sendo que naprimeira estão previstos os jogos entre Stig Sjoested e Ar-mando Daudt de Oliveira, pela chave A, e Davi Moscovitee Luis Felipe Machado, pela chave B.

George Kocher x Stilianos e Stanley Clark x StephanOsward jogarão as semifinais da segunda categoria, ca-Sendo a Stalone x João Roberto Daudt e Eduardo Sousae Silva x_ Júlio Marischen cumprirem as partidas da ter-celra e ultima categoria de handicaps. Os vencedoresdisputarão as finais no domingo, quando surgirão os cam-peões do clube.UMA SURPRESA

A derrota de Douglas MacFarlane para Stig Sjoestedlogo na primeira rodada dotorneio causo uma surpresageral, não só entre os especta-dores como, também, entre ospróprios concorrentes ao titu-lo. Douglas era considerado ofavorito — atualmente ôle éo jogador de handicap maisbaixo do Rio — e agora, comsua eliminação, a situação mo-dificou-se.

Stig Sjoested — vencedor deDouglas por 2/1 — jogará con-tra Armando Daudt de Olivei-ra que, por sua vez, eliminouMário de Freitas venceiido-opor 2/1. Na outra chave, DaviMoscovite ganhou de Ronaldo"Whimpeny

por 4/3, cabendo-lhe, então, enfrentar Luls Fe-üpe Machado na semifinal, jáque o Ultimo foi beneficiadopor um W.O. de StanleyBrro__s. Davi Moscovite viajoupara Londres com a eqnipe doCorintians, de Sâo Paulo, masdeverá estar de volta até o diada partida.DUAS CATEGORIAS

Os resultados verificados en-tre as concorrentes ao tituloda segunda categoria de han-dicaps foram os seguintes: pri-mira- rodada — Luts HumbertoPereira venceu Hélio Barklpor 1 up no 19.° buraco; Gèor-ge Kocher venceu ArmandoDaudt de Oliveira por 5/4;Stilianos venceu Oggon por6/5: Robotton venceu RobertoFust por W.O.; Clark venceuStevens por W.O; Jimmy Fow-

ler venceu Sven Mauroy por2/1: Lauro de Luca venceuKesselib por 1 up, no 19.° bu-raco e, finalmente, StephanOsward venceu Parsons porW.O. Na segunda rodada, osescores foram estes — GeargeKocher derrotou Luis Hum-berto Pereira por 6;4; Stilianosderrotou Robotton por 4/3;Stanley Clark derrotou JimmyFowler por 6/5 e, por íim, Ste-phan Osward derrouto Laurode Luca por 6/4.

As semifinais, assim, serãodisputadas entre George Ko-cher e Stilianos e StanleyClark e Stephan Osward.

Na terceira categoria, os re-sultados da primeira rodada. foram os seguintes — Huntervenceu Carlos Alberto Bocaiú-va de Carvalho por W.O; Sta-Íone venceu Luís Hortal por1 up; João Roberto Daudt ven-ceu Ramiro Barcelos por 5/4;Lauro A. de Luca venceu Sil-vio Fraga por 1 up, no 20.° bu-raco; Homero Daudt venceuBanbang Sugeng por W.O;Eduardo Sousa e Silva venceuSundeberg por 1 up; Júlio Ma-rischen venceu GoetchelI por1 up e, por último, J. C. Daudtvenceu Leopoldo Appel por 2/1.Na segunda rodada, Stalonederrotou Hunter por 2/1; JoãoRobsrto Daudt derrotou LauroA. de Luca por 7/6; EduardoSousa e Silva derrotou Home-ro Daudt por 3/1 e, finalmen-te, Júlio Marischen derrotouJ. C. Daudt por 2/1.

As semifinais, assim, serãodisputadas entre Stalone e JoãoRoberto Daudt e Eduardo Sou-sa e Silva e Júlio Marischen.

Seis dos sete barcos cariocas para o Campeonato Bra-sileiro de Remo ja estão definidos, faltando somente aescalaçáo do Quatro Sem, que tem duas guarnições, sendopreparadas e sob observação da Comissão Técnica ouede acordo com o andamento dos treinos e pelos resultadosobtidos, decidira qual o representante da GuanabaraAté o momento, o treinamento do barco A, compostopor Henrique, Sérgio, Luís Angeli e Cláudio Angeli vemrendendo mais que a outra guarnicão, conseguindo'tem-pos melhores e mostrando maior homogeneidade A guar-nição B, que também está treinando com seriedade, é com-posta por José Carvalho, Paulino, Amiin e Roque.TREINAMENTO

Todos os barcos cariocas têmfeito nestes dois últimos dias efarão também hoje um trema-mento, trabalhando somente osbraços, nos oito quilômetrosque circundam a Lajoa. Cs re-maciores têm sido exigidos notrabalho de braços, trocandoas mãos e sem usar as pernas.Tem sido executada tambémcomo parte do treinamento apegada de proa, que consisteem parar o carrinho depois delevá-lo à frente e trabalharsem utilizar as pernas.Os barcos têm dado tambémtiros dc quinhentos metros eontem pa asaram os dois milmetros mudando o ritmo deremada da seguinte maneira:primeiros mil metros a 40 re-madas por minutos; em segui-da quinhentos metros a vintee duas e os últimos quinhentosnovamente a 40 por minuto.BARCOS DEFINIDOS-

Os barcos que já estão deíí-nidos são os seguintes: Skiff —com Belga; Double-Skiff, comBelga e Harry; Dois Sem, comCláudio e Luís; Dois Coni, comAlberto e Assis; Quatro Com,

.

com Blema, Tarzan, Antônio»'Maria e Julião; Oito, com Tar-zan, Antônio Maria, Julião,Luis Alves, Ray Charles, Caça-dor, Coelho e Guilherme.-

Todos os barcos estão trei-nando diariamente na Lagoa,Inclusive as duas guarniçõesque ainda não têm a sua indl-cação garantida como repre- ysentantes da Guanabara. Asguarnições tem ginástica pro-gramada diariamente de Ch30màs 7h30m, seguida de treina-mento nos barcos. Apenas oSkiff, o Dois Sem e o Dois Comtreinarão à tarde.

As representações de Per?nambuco, Farafba e Bahia, qu.\virão para o Campeonato semtrazer seus barcos, encontrarãodificuldades para conseguir -inos clubes cariocas alguns emboas condições técnicas parans guarnições de Quatro Sem,Dois Sem e Oiío.

O problema será de mais fá-cil solução se as delegações do ^Rio Grande do Sul, Santa Ca-tarina, São Paulo e EspiritoSanto trouxerem seus barcos,já que no Rio há muitos, maspoucos em boas condições téc-nicas.

r prcarioca no-

Nelson Pessoa Filhoa sua segunda vitória no

ursoStanley CUtrk joga sábado contra Stephan Oswird em disputa de uma das semifinais do Interno do Itanhangá

-Vela acaba 0UTRÁ vitóriatemporadaem dezembro

O encerramento da. têmpora-_da da Federação Carioca de'.

j «'Vela será provavelmente a 18_ 3e dezembro, na sede do Rio

Iate Clube, em Niterói, ocasiãoem que serão entregues os prê-níios de todas as regatas pa-trocinadas pela entidade estáano.

-" O Presidente da FederaçãoCarioca de Vela, ComandanteHélio Novais, declarou ao JOR.NAL DO BRASIL que a tem-- porada se encerrará com a re-

,.gata Marcílio Dias e que, sai-m vo pequenas dificuldades, oca-• lendário déste ano foi perfel-tam ente cumprido.

"TUDO BEM

Comentando as atividades da. Federação Carioca tíe Vela na. tsaiTjprada que está se encer-

ranío, o Comandante Novais. disse oue cs iatistas patrocina-r-:n inteiramente as cemorti-

Ç--.-3 ca entidade. Acrescentouque também não teve dificul-d.üd-ss com cs clubes, que cola-b.raram em tódas as comoeti-çárs.

A preocu __u:ão imediata daF:. cviçíio Carioca de Vela é ar_~:.ta tíe encerramento ciaprogrameção de (.. a MarcílioD.as, aberta a todas as cias-ses. Outro prcb.cma oue prec-cupa no memento a Federação6 a resolução dos últimos deta-lhes da festa do campeão tía•temporada, o Rio Iate Clube,quando serão entregues cs prê- 'mios aos vencedores das diver-

, ,'sas provas do ano.NOVO PROGRAMA

O Comandante Novais, sobre¦a programação do ano quevem, disse que basicamente elaserá a mesma deste ano, mas•© programa que a Federaçãodistribui aos clubes terá tam-

, bém a impressão ds todas asoutras regatas patrocinadas porclubes e flotilhas, ficando as-sim mais completo que os an-teriores.

A Federação procurará tam-bém, de acordo cem os clubes,

. ',a _ ciar ao máximo todas as re--,g3tas, contribuindo desta ma-.mira para o melhor andamen-• to das co:.ostições a vala naslájttas tía Guanabara.

"Grêmio da[PM aumenta^diversões

Com a presença cio Coman-dante da Polícia Militar, Cel.£dson Moura Freitas, e do Ca-pitão Antônio Omir Ribeiro ecir> aspirante Nelson Bernardes¦Neves, foram inaugurados on-tem vários melhoramentos —aparelho cle televisão, sinuca,'pingue

pongue, dama, xadrez,etc. — no Grêmio Recreativoda 1.» Companhia do 1.° Bata-lhão, que passarão a divertir osplantões de policiamento da-quele quartel.

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eoáehrciiebraGenebra (FP-JB) — O brasileiro Nelson Pessoa Filho

obteve, ontem, montando Grangeste num dia de excelenteatuação de cavalo e cavaleiro, sua segunda vitória no Con-curso Hipico Internacional de Genebra, levantando o difi-cil prêmio Rallye com zero falta e em 24 segundos e cincodécimos.

Quinze concorrentes apresentaram-se para disputar aprova e Nelson Pessoa conseguiu ficar com dois segundosde vantagem sôbre o segundo colocado, o alemão KurtKharasinski. A brasileira Arline Givaudan ficou em ter-ceiro lugar na primeira prova do dia, prêmio Leman, noqual Nelson foi o quinto colocado.

DO ESTRIBO AO RALLYE

encontro que promove aO Presidente do CND, Sr. Elói Meneses, resolveu mar-

car para o dia 29 na sede daquela entidade uma reuniãocom os representantes de academias e. judô-clubes, paratentar unir o judô carioca atualmente dividido em ZonasNorte e Sul — a primeira ainda não filiada à Federaçãodesse esporte, por se sentir preterida, em relação à se-gunda.

Nessa reunião o Sr. Elói Meneses não só tentará comque as academias da Zona Norte inscrevam-se na Federa-ção, como, juntamente com ambas as partes, organizaráum supercampeonato carioca que contará com a partici-pacão dos melhores lutadores pertencentes a todas as aca-demias da Cidade,EXAME DE FAIXAS

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Aéluon Pessoa Banhou outra vez com. GranSe>te ontem à noite, em Genebra .(Radioío ApT

Nelson Pessoa, domingo,venceu o. Prêmio Estribo ecom sua vitória de ontem pas-sa a ter excelente situação nogeral do Concurso Hípico In-temacional de Genebra. Opercurso do rallye é muito di-íicil por ser curto e de obs-táculos os mais altos. O tem-po de Nélsou Pessoa e suavantagem de dois segundossôbre o alemão Kharasinskimostram que seu resultado foiexcelente.

Na primeira prova do dia,Prêmio Leman, Nelson não foifeliz, chegando em quinto lu-gar, concorrendo com os ca-valos Cangaceiro e Furioso emarcando o tempo de 14 se-

Vida deobstáculos

Departamento dePesquisa do JB

Foi o pai, o velho NelsonFalcão Pessoa, quem. ensinou omenino Nequinho a montarcavalos, no seu sitto de Bangu.Nelson Pessoa Filho nasceu lác desde criança via o apego dopai aos animais, alimentava-os com as mãos. Garoto tími-do, retraído, Nequinho encon-trou nos polros cs seus pri-msiros amigos e aos oito anosde idade ei-lo na SociedadeHípica, aprendendo a montarcom estilo, ouvindo as liçõesdo pai e do General Elói Me-neses, campeão de hipismo.

Aos nove anos Nelson jâcompetia e os entendidos daIhpica, ao vê-lo, profetizavam:— Esse menino vai dar mui-to o que fular.

Não demorou muito e eis queNelson — êle tinha 11 anos —entrou numa competição paraadultos e para surpresa de to-dos venceu bem todas as pro-vas. Um dos derrotados, o Sr,Roberto Marinho, Diretor deO Globo, fêz questão de cum-primentar o garoto como seapertasse a mão de um cam.peão veterano.'

-Daf para a frente Nilson co-nheceu vitórias sôbre vitóriase hoje, aos 30 anos, é uma fi-gura conhecida no munão in-teiro, orgulho da SociedadeHípica Brasileira.

Até o ano passado o hipismoera a sua vida, sua única preo-cupação, quando o pai morreu.O velho instrutor deixou-lhasua empresa de loteamentos.suas propriedades, para seremdivididas entre êle e o irmão,Hélio. Por algum tempo Nél-son afastou-se ão hipismo,aproximou-se do que o pai dei-xará. Vivia de casa pera o tra-balho, sua companhia era amulher — casou há três anos— e o irmão.

Sõ mais tarde voltou àHípica, para ser novamente omesmo craque de sempre- Vla-jou c va Europa foi conquis-tendo torneios, sem encontrarrival, pois Nelson é um ho-mem acostumado a transporobstáculos.

gundos e quatro décimos. Abrasileira Arllno Givaudan fi-cou em terceiro lugar, mon-tando Caribe e Huipll e fa-zendo o bom tempo de oitosegundes e cinco décimos.

Com a chegada do ílnal doano as academias começam ase movimentar para realizar oseu exame de faixas, quandoem torneios internes reaüzan-do uma série de lutas entreseus alunos, divididos em fai-xas brancas, vermelhas, verdes,roxas, marrons, e pretas, exa-minam quais cs que devem serpromovidos para uma faixamais adiantada, tomando co-mo base a atuação de cadaum nas diversas lutas que sãosubmetidos.

A seção de judô do Clube deRegatas do Flamengo marcou

para o dia 26 de dezembro,na sua sede velha, o exame dafaixa para todos os seus alu-nos da faixa branca à preta,sendo. êste torneio parte dafesta de encerramento das ati-vidades do clube nesta espor-te, êste ano, pois sõ no dia 6de janeiro do ano. que vemreiniciam-Se as atividades. .

Enquanto isso, também pnraorganizar o seu exame de fal-xas o professor Augusto Cor-deiro marcou reunião para ho-ja á tarde, com todos os ins-tratores da sua academia,quando deverá marcar a datae formar uma tabela para êstetorneio.

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.Tornai dn Brasil. Quinta-Feira, 13-11-65. 1." Cad. — 19

Milha do f\ °

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Dinaflor impressionou nofloreio com 85"2/5 paraos 1300 metros na areia

Dinaflor mostrou progressos esta semana na suaforma técnica ao assinalar 85" 2/5 para a distância de1 300 metros, muito bem levada pelo freio Júlio Reisque, no final, vinha sereno no dorso da sua conduzida.

Village, pelo centro da pista e com enorme açãonos primeiros metros, trouxe 92" para 1 400, sem queJ. Machado a procurasse em parte alguma do percur-so. A pista estava agarrando, dai o tempo ter sido real-mente bom para o percurso.

Queen Star, Aralinda eEnargia.

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DINAFLOR

Catuá (P. Alves) os 1 3Ó0em 85", muito ã vontade.Dinaflor (J. Reis) melho-rou para 85"2/5, com grande

.facilidade e peio centro dapista. Dala (L. Carvalho)os 1 400 em 93", com sobras.Kaidafá (L. Vaz) partindomais largo dos 1 500. assi-nalou para a distância amarca de 101", algo contidac um pouco afastado dacerca e Damice IG. Alveslos 1 300 em 91", de galope' largo.

Catuá continua a mandarna turma, e entre Dinaflor,Dala e Kaidafá deverá sur-gir a competidora para for-mar a dupla.

CABRINHACabrinha (M. Silva) cau-

sou alguma surpresa da for-ma como floreou esta dis-tância, pois fazendo o per-curso a pouco mais do cen-tro da pista, registrou 80"para os 1 200 e Chinelo (A.Néri) melhorou para 79", le-vando a pior para um outro'que vinha de mais longe.

Cabrinha da forma comofloreou a distância deverá«er um rival de muito res-peito, ficando Genro, Taj-El-Amir, Paranista e Mon-terrico como os mais temi-.eis competidores.

SALAMANDRAAralinda <P. Alves' os

1 300 e 94"2/5. de careirão.Alate U. B. Paulielo) vin-do de mais longe, comple-tou o quilômetro em 67"2/5,com sobras. Enargia (Ladios 1 300 em 88", muito con-tida. Queen Star (J. Reis)os 1 200 em 78"2/5, com ai-guma facilidade. Salaman-dra. (J. Portilho) os 1 300em 87"2/5, de galopinho eUtélia (V. Andrade) não sepreocupou e assinalou 89"para igual distância.

Páreo muito difícil ondeas forças se igualam, entreFigurão, Utélia, Salamandra,

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Nossospalpitespara liojeBoina Real —

Sana Mine —Rosaflor

Boreste — FingavclBoran.

Greinado —Cowboy —Dampier

Bewitched —Angaru —Pinócchio

Vento Sul —Conquistador<— Leizo

Pianista —Coarassieno

JahuenseVan Gogh —

Ekandir —Descanso

FESSONIAFessonia (A. Santos') não

chegou muito afastada deForma CJ. B.. Paulieloi em79"2/5 os 1 200. QnefoliaiS. M. Cruz) aumentou pa-ra 81". com algumas reser-vas e Floreiva (E. Glbsotí)chegou agarrada com umoutro em 67"2/5 para o qui-lômetro.

Fessonia que deixou mui-to boa impressão no seu fio-reio poderá perfeitamenteobter a vitória, ficando Se-crèt Love, Floreira e a pa-relha número um como osseus mais sérios obstáculos.

CLÍVIAClívia (L. Santos) o qui-

lômetro em 87"2/5, agradan-do qualquer coisa e MissBee (J. Diniz) aumentoupara 68"2/5, um pouco ajus-tada no final.

Dona Mercedes, KatieKetchup, Ginjinha e Elia-ne A formam o quartetomais forte desta prova, de-vendo entre elas surgir avencedora.

VOLTURNOVolturno ID. P. Silva) na

semana que findou regis-trou para milha a marca de313". de carreirão e semqualquer preocupação demelhorar. Palmou (J. Pe-dro F.°) melhorou para 109",com sobras. Bedel (J. Sil-vá) os 1 500 em 102". agra-dando e Navarone (J. Ra-mos) baixou para 106", par-tindo e chegando quase nomesmo ritmo e sem manei-rar, completando o percur-so a pouco mais do centroda pista.

Volturno muito emboratenha fioreado a distânciasem grandes alardes possuialgumas partidas que o cre-denciam como uma íôrçainconteste. sendo Navarone,Bedel, Clorito e Badajós osseus adversários.

VILLAGESheet (J. Negrelo) os

1 400 em 92", com algumafaclidade. Monteonix. (RPe-reira F.°) -melhorou para91"2/5. dominando com cer-ta dificuldade a sua com-panheira Fibra (J. Silva).Village (J. Machado) a pou-co mais do centro da pista,registrou nos cronômetros otempo de 92", muito à von-tade. Fusão (A. Machado)aumentou para 92"2/5, comalgumas reservas. Pralinete(S. Silva) na semana quefindou, chegou agarradacom Delia (J. Pedro F.°)em 103" os 1 500. Rondado-ra (L. Roberto) os 1 300em 87", agradando muito,porém também floreou pelocaminho mais longo.

Onira continuará aindaesta semana como uma dasforças .desta prova, porémdeve respeitar a presençade Rondadora, Village eSheet, que podem perfeita-mente transferir o seu êxito.

pareô apresenta/«

Anguiú, Pinócchio, Bewit-ched e Cnmi são os melhoresnomes da quarta carreira dehoje na Gávea, com ligeiravantagem para. a parelha dotreinador José Luis Pedrosaque agora vai correr mais emvista da pista de areia se apre-.sentar pesada, Angarti de vol-ta ã sua turma tem chance,enquanto Pinócchio terá ape-nas que respeitar a cnrga de60 quilos.

A reunião de logo mais «pre-senta um número elevado deforfaits, que são os seguintes:Itaxi — hemorragia — Tai-lk— eólicas — Mikiri — febre —Tio Zé — cegueira periódica eCrepe — sentido da mão es-querda, Funcionária, que esta-va inscrita no último páreo,também não será apresentada.A pista de areia apresenta-sepesada.

PROGRiEDJU "Boina Real, depois de alguns

íracassos, resolveu confirmaros seus floreios e na últimaapresentação tirou um bom se-gundo lugar para Quebrada,animando bastante o.s seusresponsáveis. Agora, em páreomala vazio, deve lmpõr-se nuconr,5etição. Sana Mine depoisde uma aventura na grama,onde nãò se deu bem, volta apista de areia e deve ser en-caiada como uma das íôrças dacompetição. Rosaflor e Pyíorelogo depois, ainda eom chance.

BASTA LARGARBoreste tem contra somente

o fato de largar mal, c casonão sofra êste contratempo de-ve ganhar bem este páreo. Fin-gard é veloz c gosta de umapista pesada, daí aparecer co-mo um grande competidor ciopilotado de M. Silva esta nol-tc. Boran trabalha bem equando confirmar, tem obriga-ção de figurar na carreira.VARIAS CHANCES

Cowboy, Greinado, Crai eDampier são os nomes demaior destaque desta competi-ção, com ligeira vantagem paraGreinado em que o aprendizN. Lima acredita agora no seutriunfo. Cowboy é um cavalobastante, indócil na partida, ecaso J. Negrello consiga aman-sá-lo tem obrigação de exisirmuita luta para ser derrotado.Dampier vem esperando uniapista pesada para poder corrertudo quando sabe. c hoje tal-vez seja a sua melhor oportu-nidade. Crai é bastante irregu-lar. mas, pode surpreender compule alta.

CONTINUA FALADO

Vento Sul continua sendoum cavalo bastante falacfo nassuas apresentações e não vemconfirmando o jogo da pedra.Agora com C. R. Carvalho, quec evidentemente um jóqueienérgico, o pensionista de Fran-cisco Abreu deve produzir mui-to mais. Conquistador correubem e parece ter progredido,pois voltou a aprontar muitobem. Leizo depois de três úl-timos lugares, mostrou melho-ras e agora pode ser a. pule altada carreira.

RETROSPECTO¦ Pianista é retrospecto na

prova, porque» vem de perderpara Mabruk na grama, emfinal difícil. Volta a pista deareia e tem obrigação de ven-der novamente caro a sua der-rota. Coarassieno vem corren-do com muita regularidade, esendo assim, continua comouma das íôrças. Jahuense vol-ta agora depois de um peque-no descanso e vai pegar umaturma bastante desfalcada pelafrente, tendo chance positiva,Lord Soberano e Miste Gringo,sâo pules altas e possíveis.PARELHA FORTE

A parelha Van Gogh-Nagib6 indiscutivelmente a forçadestacada desta competição.Atravessa um bom momentonas pistas, c tem obrigação defigurar. Ekandir vem melho-rando aos poucos, e desta ma-neira vai ser um das mnis vi-sados logo mais. Descanso naúltima não confirmou seus fio-reios, c agora na pista pesadapode conseguir uma total rea-bilitação.

SERVIÇO FEDERAL DE PROCESSAMENTO DE DADOSSERPRO

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RESULTADOS DAS PROVAS REALIZADAS NOS DIAS 13 e 14 PRÓXIMOPASSADO PARA OS CANDIDATOS AS FUNÇÕES DE:

AUXILIAR DE ESCRITÓRIOAUXILIAR ADMINISTRATIVOTÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃOTÉCNICO AUXILIAR DE

ADMINISTRAÇÃO

CONTADORCONTADOR AUXILIARTÉCNICO DE CONTABILIDADEDACTILÓGRAFA

Dias 18 e 19 de novembro a partir das 13 horas, no10.° andar do Ministério da Fazenda

PROVAS DE SELEÇÃODIA 21 DE NOVEMBRO NA ESCOLA NACIONAL DE ENGENHARIA —

LARGO DE SÃO FRANCISCOCONTADOR, CONTADOR AUXILIAR, TÉCNICO DE CONTABILIDA-

DE: — 8:00 horas — Prova de Contabilidade IndustrialAUXILIAR ADMINISTRATIVO: 8:30 horas — Prova de Prática de ServiçosAUXILIAR DE ESCRITÓRIO: 9:00 horas — Prova de Prática de ServiçosPROGRAMADOR, PROGRAMADOR AUXILIAR. PROGRAMADOR ESTA-

GIÁRIO, ANALISTA. ANALISTA AUXILIAR, ANALISTA ESTAGIÁRIO: —8:30 horas — Prova de Aptidão

PROGRAMADOR, PROGRAMADOR AUXILIAR. ANALISTA. ANALISTAAUXILIAR — Prova de Conhecimentos (Após o término da prova de aptidão)

Todos os candidatos deverão comparecer com meia hora de antecedência,munidos de carteira de identidade e o recibo comprovante do pagamento da |taxa de inscrição. '» i

Jóqueis contratados para«corrida do fim de semanacom 18 pareôs programados

SÁBADO1." PÁREO — As Ilh 1 .1)0

metros — Çr$ 7(10 000

Ks1—1 Catuá. C. a. Carvalho 3 -'582—2 Dinaflor. J. H-Í3 * 36

.1 Eiana. O. Cardoso ... * 543—4 Arapova, L. Correia .. 4 54

Dala. P. Alves 2 544—6 Kaidafá, P. Estêves .. * 54

7 Damice, J. Pedro Fi-lho 1 56

3.» PARGO — Âs Mil 30m —1 J00 meiros — CrS SOO OOO

Ksl—l Montcrr.ioo, L. Roberto * 54

2 Cabrinha. M. .Silva ... * 532—:! Genro. A. M, Caminha * 56

Tal-ES-Einlr. S. M.' Cru?. * 56

Chinelo, A. Nerl • 56S—6 Pal-Pal. J, Pedro Fi-

lho * 54Balmain.. A. Hodecker * 58

a Akatml.i. D. Moreno 3 564—0 Paranista. P. Lima .. '58

10 Ginirer'.. Cholre. F. Me-neses t õfi

•¦ C;ir-í._o, A, Campos .. 2 56

3." PARliO — As I5h 1 300meiros — Cr? 1 000 000

1—1 Aralinda, A. Hlcardo 32 Alate. J. B. Paulielo 4

2—3 Enargia. P. Alves 14 Ardenza, O. Cardoso .. 2

3—5 Queen Star, J. Reis .. *Miss Guanabara, A.Hodecker *

4—7 Salamandra, J. oPrti-lho *Utélia. W. Andrade .. SCantarola. J. Santos .. *

3—6 Náutica. N. Lima . 56Tanga, W. Andrade 56Mi-s Bee. J. Dlnis .. 56

4—!) La Hora. ,]. P.amo. .. 56lO.CHci.ualIle, F. Eít-ves 5611 Gin.1tn!ia, .7. Portilho 56

(i.° PÁREO1 «00 metros •

- As 16li 40m -CrÇ 5Ofl 000

1—1 Volturno. J. Gil .... *2 Palman. J. Pedro Filho *

2—3 Bedel. J. Silva *4 Navarone. J. Ramos 1

S—5 Forrestal. M, Silva .. *6 Nihull. F. Estives .. •

4—7 Clorito. Ji Portilho .. *8 Badajoz, A. Santos .. *0 Ma-Ieani, N. Lima .. •

K._56525654

As 17h lÃn.Cr$ 1 200 000

K*

7.» PAREO1 400 metros(HETTINíi)

Kç1—I Sheet. J. Negrelo .... 56

2 Monteonix. M. Silva .. 562—3 Viüaíe. O. Cardoso .. 56

4 Fusfio, Ií. Machado .. .fi3—5 pjáline-tè, ¦). F.eis .. 58

" Delia. S. Silvo 566 Rondadora. J. B. Pau-

lieio 564—7 Onira. A. M, Caminha 56

8 Sarua. S, M. Cruz 56ô Escatoleta, AV. Andra-

de 56

8." PAREO1 300 meiros(I)ETTING)

As 171l SOmCr$ 1 000 000

1—1 Havaí. J. Portilho ..Seu BecSo, P. Alves ..Lonc .Nfio correrá ..

2—4 Exaçêro, A. Snntos ..4.» PAREO — As lãli 30in " Escrinio. F. Conccicfio

1000 metros — CrÇ 1200 000 3 L!outenant. O. F. SilvaGRAMA 6 Cnoltan, J. Silva

K% 3—7 Eimor. O. Cardoso ..Louis V, J. Machado" Quenal. J. Reis Full-Cry. D. P. Silva

4-10 Ei Entrevero. M. Silva11 Escaleno, L. Carlos ..12 Zé Cobra D'Airua, J.' Tinoco n ünion-Street, F. Este-vea

Kr57

M.

56"56

1—1 Kentucky Belle.Silva 5" Kiriaki. P. Alves .... 9

2—2 Fessonia, A. Santos .. 6Qnefolia, S. M. Cruz 3

3—4 Flòrelra, J.' Machado 45 Quanta. F. Estives .. 1fi Hatanlíim. N; Lima .. 10

4—7 S?cret Love, A. M, Ca-minha 2Jlngada, F. Maia .... 7Vergel, .1. Baftica .. 8 56

:,.• PAREO — As liih O.íni —1 000 metros — CrÇ 1 200 000 —GRAMA

krl—l Dona Mercedes. H.

Vasconcelos « 562 Esquilo. J. Santos 2 56

2—3 Katie-Ketchup, M. Sil-va !0 56Eliana A, J. B. Pauüe-

lo 5 56Clivia. D. Neto • 56

9.» PAREO1 ?no metros(BETTING)

At ISll 25111CrS l (Min ooo

K)T1—1 Escurinho. A. Ricardo •

2 Bojudo. S. Silva 52—3 Juc-Jac, O. Moura .. 6

4 Enoch. L. E. Castro *3—5 Tobbaceo Road, D. P.

Silva 16 Lord TpA. N. Lima .. 7

4—7 Legado, C. P.. Carvalho 3Fáclie. L. Correia .... 2Serranito. S. M_ Cru/. 4

DOMINGO1.» PAREO — AS 14 HORAS —

1 000 METROS — CR^ 1 500 000 —(AREIA) ......-..;_.. , .... <'&H

KS

1—1 OrtKtã',''1.? F&rtilho .. 562—2 Octava. F.',Estêves ..2 563—3 Francy Drc_£, J. Di-

niz 364 Curra-Loulu, A. Bi-

cardo . . 'JL 56

4—5 Annalisa, nao correrá 56" Poseida, J. Reis 36

2.'• PÁREO — AS 14 I! 30 M —1 600 METROS — CRÇ 500 0110 —(AREIA)

1—1 Predominância. S. Sil-va '

" Zoroca, J. Alves -2—2 América. J. Portilho •

3 Abrideira. C. Pnranhos *3—4 Dama de Prata, L. Cor-

rela !5 Arabatashe. J. B. Pau-

lielo '-4--6 Montelê, J. Belr, •

7 Candeur, J. Marinho •

56585232

3.» PAREO — AS 15 DURAS —1 300 METROS — CRÇ 1 100 0Ü0

Kr

1—1 Silencio, D. P. Silva 562—2 Fox-Trot, J. Machado 563—3 Fixo, V. Alves 56

4 Fanton, F. Mala 564—5 Fado, A. Santos 36" Floco. F. Estêves 38" Forrobodó, J. Portilho 56

4.» PAREO — AS 15 II 30 M —1 000 METROS — CRÇ 1 .00 OOil

Kit

I—I Pingai, A. Ricardo ... 56" Falr King, D. Neto .. 10 562 Empolgante, J. Ne-

grcllo 562—3 Bandido, C. R. Carva-

lho 564 Blioche. A. Campos 56" Empelu-, P. Fontoura 56

3—5 Mulraquitã, H. Vas-concelos 56

« Llppl, P. Alves 367 TalamS, F. Mala ... 56

4—3 Maupa-íaiit. B. Alves 13 569 Peblo, O. Nobre 12 56

I*-i_ifer.rfrr-W^-A-dr--:-?-—11, 3õ-r." Himation, F. Estêves _6

5.» PAREO — AS lfi II 0., Al —1 400 METROS — CRS 1 000 000

Ks

1—1 Clericato. .7. Tinoco .. 522 Mangetout, J. Reis .. íii

2—3 Protocolo, J. B. Pau-lielo 60

i Flamengo, J. PedroFilho 32

3—5 Saint Germain. P. Al-ves 56

6 Endeavor. J. Marinho .164-7 Estio. M, Silva 36" Titular. J. Portilho 56

6.» PAREO — AS lfi 11 40 Al —I 300 METROS — CRÇ 1 000 000— PROVA ESPECIAL — AREIA

Kg1—1 Camafeir. J. Reis ... 36

Titular, nfto correrA .. ^22—3 Estôjo. M. Silva 56

A.üimii, A. Ban tos .. 511—5 Pinócchio. .1. BofflCO 53

TzoiV/X), A. M. Canil-nha 53

1—l Araclnd. S. Silva •2 Icote. J. Diniz 3

3—3 Happy Kid, J. Porti-lho *

4 Intermczzo. F. Estêves 23—5 Jeime-Pr I n ce, D. P.

Silva '" Canchcro. A. Ricardo 16 Itajaiense, J. Eels ... •

4—7 Decil. M. Silva •8 Araran.uá. O. Cardoso "íl Fantail, A. Santos ... •

l—l Fahlenne. F. Estêves •2 Viável. J. B. Paulielo *

2—3 Emmet, L. Carvalho 3Fafa, J. Pedro Filho 1Alice Poq ner, O. F.Silva 5

3—6 Urqulza, .T. Machado 4Benette, J. O. Mar-

¦ tlns . 'Joinha. A. M. Caml-nhn, 7

4—9 Elipse. A. Santos ... 610 Constontza, L. Correia *" Unfair. M. Silva 2

Edital deConvocaçãoFicam eonviclndo.. o.s con-

dominós do EDIFÍCIOcoari sito à Av. Presiden-te Vargas n." 9G2. a compa-receiem em Assembléia Ge-ral no dia 22 de novembroàs 171i_0m em 1.* convoca-çSo de acordo com a Escri-tura de Constituição deCondomínio, nos escritóriosdas firmas Construtoras nuRua México n." 98, saiu 305.

IP

avoruismoBinóculo

da uVitima de forte uremia. faleceu ontem no

Hospital Central dos Acidentados, o jóquei RuiMaiu, que vinha colaborando com José LuisPedrosa pela manhã no trabalho ria cavaUi. da.

Rui caiu na têrça-felra de um animal iné-dito, chocando-se com a cerca, e quando che-gou aos Acidentados, jã estava em estado decoma. Não resistiu ao sofrimento, falecendonas primeiras horas de ontem, e foi removidopara o Instituto Médico-Legal.

LOPES COMPROU 3

O Sr. Manuel Joaquim Lopes adquiriu nosleilões de terça-feira à noite, dois potros euma polninca por Cr$ 35 milhões.

Os prpdutos são: Gálio — Aíbérigo e Ne-peta; Gorino — Wilderer e Urze: e Gróa —Wildercr e Xepa. Gorino foi vivamente dispu-tado com o Stud Violon, mas foi arrematadopor CrS 2 milhões pelo Presidente do Vasco.

Vinte e um animais foram colocados à li-citação, sendo vendidos apen.i.s seis. Os trêsde Manuel Lopes e Gorja — Alberigo e Xi-ride — por CrS 6 milhões pelo Sr. ReinaldoReis. Gueba — Mat de Cocagne e Londrina —por ClS 8 200 mil para o Stud Violon e Guilha— Quiproquó e Happy Seven — para o ShiáMonte Alegre, pela importância dè Cr$ 7milhões.

O potro Tirtile, irmão de Quenile, nâo che-gou a ser negociado porque seu criador exi-gia CrS 10 milhões à vista.DEZ À VENDA

Manuel Joaquim Lopes colocou à venda,desde ontem, na cocheira do treinador PauloMorgado. na Vila Lagoa. 10 animais, de suapropriedade: Quenal, Mondego. Brasileira. EIPiconero. Prefix, Annalisa, Fração, Tinkle. QueDilema e Corsican.

MORREU URGENTE

Morreu o cavalo Urgente na cocheira dotreinador Célio Tourinho. Era um filho deAustero e Crema nascido no Paraná, e rinhaquatro vitórias em Tarumã e uma em CidadeJardim.

F. E. E A AGÊNCIA

O Sr. Francisco Eduardo de Paula Ma-chado pretende inaugurar a agência de apus-tas na nova sede, antes da realização do G. P.Brasil de agosto, no próximo ano, mas há pos-sibilidade de se vender jogo de apostas no pré-dio da atual sede da entidade.

O Presidnte do Jóquei Clube adiantou, ain-da. que a grande esperança da sua criaçãopara a próxima temporada, é um liiho.de Coa-raze e Bugrinha. tido em alia conta no HarasSão José e .Expedicuis.

Sóbre a vinda do reprodutor italiano, jáadquirido, disse que o treinador Henrique Ilril-lo deverá embarcar para a Itália nos próximosdias. estando a viagem do anima! na dependên-cia dc transporte, porque poderá sei- por viaaérea ou mesmo poV navio.

Itrillo é o profissional encarregado de ló-da.s as viagens internacionais.

MOVIMENTO NOS STUDS

Aba Larga e Tésio que estavam com Be-nedito Ribeiro, passaram para Jorge VerneckViana: Scorpion saiu de Artur Araújo paraJúlio Carrapito: Rcdomão e Good Charm deGuilhermo Ullôa para João Pi otto; Palcrmo,

Marofui.s e Cetubal que estavam na cocheirade Alcides Morales. vindo do Rio Grande doSul. du criação Roberto Franco, deram entradano Stud de Paulo Morgado. adquiridos peloStud Buctuest. e Emenda, de José Luis Pe-drosa para Artur Araújo.

SAÍDAS

Parn a Cidade de Campos, foram embar-cados Ira-Ira. Azaléa. Major Orion, e J. I.foi para a Sociedade Hípica Brasileira. Êgispara o Hura. Vargem Alegre e Miguet seguiupara a Granja Santa Rita. em Correias.ZBNABRE COM SOBREOSSO

Zenabie desde que chegou de Buenos Aires,não mais foi levado às pistas, porque as ra-diografias tiradas acusaram sobreosso nos joe-lhos do animal.

O craque não levará ponta,.-de-íogo. masserá submetido a, forte tratamento, e depoiíserá enviado para o Haras para. descansar áedois u três meses. O afastamento fco.nl de Ze-na bre está previsto em torno de seis meses.RESULTADOS

A reunião detérça-ieira à noite, em CidadeJardim, apresentou o.s seguintes resultados: Ki-rica. J. M4 Amorim ,15); Alva. V. Rosa. (126){El Tatin, Luis F. Silva <16>; Tajibe, S. lorii-ce (55); Luttcur, D. Garcia (31>: Ivoire, G.Almeida il40i: e Ocar Year, J. Fagundes(18). O movimento de apostas atingiu s lm-portância ue Cr:;, 31)1320 900.BORESTE

A chance do animal Boresie, no 2." páreoda reunião de hoje. à noiie, no Hipódromo daGávea, está condicionada á sua conhecida in-docilidáde no trabalho cie alinhamento, porquese largar em plano de igualdade com os de-mais, tem muita chance de obter a primeira vi-tória de sua campanha.

O filho de Torpedo e Bàquadia tem sidoexercitado na base de floreios sem nenhumapreocupação de tempo. limitando-se seu res-ponsável a orientar o treinamento do alazãona base de galopes, enérgicos na pista de areia,mais paia manter a forma física e técnica,que é boa no momento,

PINÓCCHIO DE 00

O cavalo Pinócchio, filho de Profundo, etreinado por Francisco de Abreu, só tem con-tra o fato de deslocar nada menos de GO qui-los, em pista de areia pesada.

O cavaio atravessa excepcional forma detreinamento, tendo mesmo, vencido em suas úl-timas api'-...-iuai;õe... na direção de Jé.erson.Bali ica. Deve respeitar a presença, da parelhatim, Angaru e Attilu ü. Bewiched ou mesmoPingoüno, ma.s se os adversários correrem me-nos do que o esperado tem muitas possibili-dades de influir no marcador.

VEZ DE VENTO SÜL

Veniu Sul pode ser enquadrado na cale-gorla dos animais sem muita categoria, porqueo páreo reúne produtos de 5 anos, sem vitó-ria no País. Há muito tempo está. para desen-cabular, e na última exibição, chegou a dar ai-suma impressão. Corrido com mais calma .por um jóquei experimentado — uo caso C. R.Carvalho — pode vencer sem «urprêsa, compule aproximada de Cr$ 30.

4—7 Estheta, J. Portilho .. ' 60" Extra-Drs'. J. Macha-

-......-do • 52

;.' PAREO — AS 17 H is ?1 —i ioo -ir/ritos — eus í _oo .oo— AREIA — (BETTING)

K_

1—1 Privilégio. A. M. Ol-minha 58

2 Mnssari, A. Santos ... 562—3 Jocker. M. Silva 56

4 ModiRliani. T. Estêves 56„—5 Montcollmpo, P. Al-

ves aS" Fas. J. Machado .... 566 Estlgnrrlbln, O. Cardo-'ao 56

4—7 Drive In, H. Vasoim-celas -if»Plattery. J. Sousa .. 56Grand Slam. P. Lima 56

S.o PÁ-lEO — ÀS 17 II ÍO M —1 «0 METROS — CItJ 700 Oilli —AREIA — (BETTING)

K.

SR54

5454

56í>856565852

ontarias oficiais, treinadorese últimas performances para hojeí.» PAREO — AS Mll 20 M — l.HOfl METROS — REC — 79"?/5. FARINEM,! — PRÊMIOS: CR? "f(H) ooa.

._Animai» Jóquei» Cl. Kf Tratadores (IU. performance t l>ist. Pista Tempo

1—l Sana Mine. J. Pedro Filho .2—2 Boina Real. J. Reis .]—3 Ro_a_lor, S. M, Cruz

4 Pyíore; ,1. Machado 4—5 Flexa Prateada. L. Correia

«Bel Thals, h. RoUerto ...

58:>856

G. MorgadoM 'MendonçaT. R. CloniBH. .M GuedesA, Nahll)

i." QuebradaV Quebrada7." Dinaflorti" Qui-itur*.l." Alada_.* Fi.n.'loni'irUi

200200200

SOU3U0300

C7I,GLNLAMALNL

,,- 72"3 '5

^ W2/b-!04"2 ã: l(4"l i

¦:í 84"

!> PAREO — AS 2011 50M — I 300 METROS — If.EC. 7S"S/.! FARINELLI PRÊMIOS: CR$ I ooo ooo

1—1 Boreste. M, Sllv» 2—2 Finoard. W. Andrade ....

3 Dom Romeu, J. Pedro Pilho3—4 Flor de Cáctus. C. R. Catv.

5 BnndU. J. Martins 4—6 Boran. A. M. Caminha ..."Mikiri, F. Menezía

1 57

5757

O MoinadoA. NahibJ. AraújoS. D'An.uieW Alvesp. i'. CnmpoaIdem

3,0 Datilua7.» Fache9." Fache6." Fatolenne7.» Ke-Va

Estreante6.° Alice Poquer

300 NM200 AM200 .VMOOO NP000 NP

E&t-eatyte000 AL

84"! 5.. 76"3'576"3/5'* 64"2/5

64"3'5

:•« 64":iS

3." PAREO ÀS 51H 10M — 1 ÍIM) METROS lt EC 73"4/5: CABINE PRÊMIOS: CR$ Md ooo.

D.» PAREO — AS 18 11 !."i M —1 300 METROS — CRS 1 (100 «PO.— AREIA — (BETTÍNG)

l — l Cowboy. J. Negrello ...2 Qulck Boy, L. Roberto ,

2—3 O-cimulo. N. Lima ...4 Inho. A. Ricardo

3—5 Crai. J. Pedro Filho ...« Dampier. J. O. Martini

4—7 Crepe, nfto correrfi 8 Blue Saído. S. Sllv» ...

5854

58.ífiÍO585852

\V. AlvesJ. MesquitaC. MorjíiirioC. RioeiroO. UlloaW. P. Pereira.T. K. Gomesc 1 P, Nunei

3° Balmains.° Teu2:° Balmain7." ltaiog-.iam6." Teti6.° Balmain

Não oorrerA4." Bordalo

300300200200300200

Nüo

NLALNLNLALNL

correra1 000 NL

77"2% 85"

7fi".

' 8.Va 77..3,

: 64-

4.' PAREO AS ílll MM I BOO METROS REC: 9i"2>5: FARINELLI PRÊMIOS: CII.J 700 000.

1—1 Angaru. J. Reis 52" Attila U.. J, Pedro Filho .. 54

3—2 Pingolinho. A. Ricardo 583 Despacho, .1. Machado 52

3—4 Plnoehlo. J. Bafflca UO5 Alclo, L. Carvalho ")4

4—6 Bewitched. F Pereiro Filho 54" Cnmi, J. aoiiíu 54

ò.« PAHEO — A.S í.'ll 30.M — 1 iOllT-BTi

S. MoraiealdcmC. RibeiroZ D GnedcaF. AbreuM, SalesJ. L. Pedrosa

1—1 Vento Buli C. R. CarvalhoX Porie-Bonheti.', I. Amaral ..3 Conquistador, b. m. drii- .

2—1 Gltano. L. Santos " Tio 7.t. L Robeito S Helna. J . Rui/ •...

3— 6 Grand Miuniei. L. Carlos .." K.«li.<v. Bier, !.. Domln gue*.7 Ojeitado. .1. Dinlv. y...

4—8 Let-O. L. Correia •I Mlta-Cunlií. II Vasconveloji

10 Don Glovanl. A. M. Cam.•' Srm Legenda, \\\ Andrade

58

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Y. AbreuH, Oliveira'/. U. Quede..C I P. NtuieíIdemF. CunhaE. Pereira F."IdemI. PinheiroH. M. GiiedeiO. SeriaJ V.'_ Vi a n*Idem

2." EI Condor1." Evreu..j.° Snowm&nL° Evreux1.° Itajaiense4." El Condor(i.» Attila U

2 100_ 2001 2001 3001 200

400200

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CABINE. PRÊMIOS: CRJ loo.ooo (Bf.ir.1nir.

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12." F. Prateada13.° Ca rn bronca

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DESINFETANTE COMMAIS DE 50 AN0S DE

EFICÁCIA COMPROVADA.NA^CIOAOÇ E NO CAMPO

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1—E-andlr. J, H.iuos 36 .1. Pirre/ ¦ 4.» Pivot 1300 NL ;,S4"2 52 Jade. .». Nearello 36 W. Alves 6." Maron ' 1000 NL rj.63"

2—3 Balcano. J. Pedro Filho ... 34 O. M Fernand» 3." Pivot I .100 -VL ,. 84"2...4 Sassa.-uè. G. Alves ........ Ml M.Mendonça 3.» Fiel 1600 NP .04"4 3

3—5 Van Go«h. A Ricardo .... :; 38' C Ribeiro 3° Oid Bail ; 1200 NM iu78"2/5Naiíib. J Balfioa 34 Idem 8.° Coaraísicuo 1200 ffL .taTOS

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20 — 1..° Cad., Jornal do Brasil, Quinta-Felra, 18-11-65

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Tíme de Parada voltou aperder dois-toques apósquase um ano sem vitória

Porque conseguiu ser outra vez derrotado na pelada dedois-toques, ontem de manhã, em Moça Bonita quandoo técnico Zizinho e seu auxiliar Moacir Bueno foram dosmelhores em campo — Parada foi motivo para brincadei-ras de seus companheiros do Bangu, porque há quase umano o time em que joga não vence.

Antes da pelada recreativa, os jogadores fizeram umindividual puxado com o auxiliar-técnico Beltrão, duran-te 30 minutos. O apronto para a partida de sábado como Vasco será hoje à noite, no Estádio Proletário, em Mô-ça Bonita.

Ari Clemente, Aladim, Cabral-zinho, Beto, Ubirajara, João-zinho, Pedrinho, Tupinambáse Nilton Santos.

Os gols íoram marcados porAladim e Jolibel, contra, paraos vencedores e Aldo, de pê-nalti, para o time de Parada.Mário Tito, Luís Alberto e Pi-delis foram atendidos no de-partamento médico do clube,logo após a pelada de dois to-quês.

FORA DQ.fREINO

SUBINDO DEGRAUS

A ginástica durou 30 minu-tos, mas os jogadores foramobrigados a subir e descer cor-rendo os degraus das' arqui-bancadas do estádio, a dar ca-beçadâs na bola presa na fôr-ca e saltar em bancas deareia- Mário Tito e Fidélis,que ainda sentem dores notornozelo direito, só participa-ram de apenas 10 minutos, li-mitando-se ambos a dar pi-quês pelo campo.

Luís Alberto e Araras foramos únicos jogadores dispensa-dos pelo departamento medi-co do clube, este por estar comuma contusão na coxa direitae aquele porque «stá com otornozelo direito machucado,além de ter extraído dois den-tes, segunda-feira.

A PELADA

A pelada terminou com 2 a1 em favor do time do técni-co Zizinho. Os times forma-ram assim: Time de Parada— Orlando, Consani, Nenen,Moacir Bueno, Luisinho Boia-deiro. Parada. Altío, Jaime,Guaraci, Resende, RobertoPinto, fínio, Canhoto. Jolibel eTonho. Time de Zizinho —Gaúcho, Pidélis, Eurildo, Foguete, Paulo Borges, Paulo",

OS CONCENTRADOS

Zizinho marcou para hoje ànoite, logo depois do apronto,o início da concentração. Se-guirão para a Vila Hípica osseguintes jogadores: Ubiraja-ra, Pidélis, Mário Tito, LuísAÍberto, Ari Clemente, Jaime,Roberto Pinto, Paulo Borges,Cabralzinho, Parada, Aladim,Paulo, Aldo, Ocimar e Fo-guete.

Depois do jantar de hoje,na própria concentração, osjogadores assistirão ao filmeGiniga Din, que será exibidopelo diretor de relações públi-cas, Sr. Hélio Geraldino.Amanhã pela manhã, no cam-pinho da Vila Hipica, Zizinhorealizará um rápido treino re-creativo. Depois, todos irão àsauna e à ducha, ficando orestante do dia em repouso.

Notícia cia morte cia mãede Fontana fez o treinodo Vasco terminar triste

O péssimo coletivo realizado ontem de manhã peloVasco terminou de maneira muito triste, pois os jogadoresforam informados que a ausência de Fontana do treinoíora motivada pela súbita morte de sua mãe, pessoa quetodos conheciam muito bem, principalmente por causa dosjantares que oferecia a eles quando iam jogar em Vitóriaonde morava. '

Fontana viajou de madrugada para Vitória e deixourecado com um amigo para que avisasse a Zezé Moreirae ao.s jogadores do acontecido, recomendando-lhe que o fi-zesse por telefone, depois do treino, e o técnico afirmou quesua escalação contra o Bangu, na partida de sábado de-pende dele próprio e das condições psicológicas em aue seencontrar. M

ZÈZINHO OU LUISINHO

Zezé, porém, relacionou Fon-tana entre os concentrados adisse que se êle não puder jo-gar entrará Ananias, que játreinou ontem na sua vaga.

O outra dúvida do técnico écom respeito à ponta-direita.Zèzinho treinou ontem duran-te todo o tempo no quadro ti-tular, mas Luisinho, entre, osreservas, se saiu muito bem.Zezé explicou que só após oapronto de amanhã decidirásobre os dois.

Quanto a Tião, o mais pro-Tável é que o jogador conti-nue dc fora do quadro. O ex-trema-esquerda entrou ontemem campo, bateu bola sozinhoe depois íêz um leve indivi-dual com Paulinho, sempre ob-servado pelo Dr. José Marcoz-zi. O médico e Zezé Moreiraacham que Tião deve ser pou-pado pelo menos mais uma se-mana, a íim de se recuperarinteiramente da contusão nacoxa direita. Após o treino.Tião ainda fêz tratamento comondas curtas e hidromassagem.

INSPIRADOS -

Telê também não treinou,ficando em tratamento do der-rame na coxa direita, no De- •parlamento Médico.

O treino foi muito ruim pa •ra os titulares, que estavamcompletamente desent rosados.Enquanto isso, os reservas searticulavam bem em campo eíoi com certa facilidade queterminaram os 65 minutos ven-cendo por 3 a 0, gols de Ni-valdo Lima.

Os titulares formaram comLévis, Joel, Brito, Ananias e

Oldair; Maranhão e Lorico;Zèzinho, Mário, Célio e Dani-lo Meneses. Os reservas, comGninete (Pedro Paulo), Ari,Caxias, Jorge Andrade e Si- 'las; Zé Carlos e Saulzinho;Luisinho, Bené, Nivaldo Limue Nivaldo dos Santos.

No íinal do treino, diantedo espanto dos titulares coma boa atuação dos reservas,Brito disse em tom de sàtis-facão:

Deus que os inspire.

CASTIGO DO CURIÓ

A concentração começou on-tem à noite e se apresentaramos seguintes jogadores: Gai-nete, Lévis. Joel, Ari, Caxias,Ananias, Oldair. Maranhão,Lorico. Mario. Zèzinho, Luisi-nho, Célio, Brito, Bené, Saul-zinho e Danilo Meneses. CasoFontana não tenha condiçõ;sde jogar no sábado, será con-centrado em seu lugar o za-gueiro Silas.

O atacante Mário disse quevai fazer uma prova com seucurió, recém-recebido de pre-sente dos seus pais em Reci-fe. Acontece que Mário diz queêste tipo de pássaro tem depassear e êle levou-o para aconcentração na semana dojogo contra o Fluminense. OVasco perdeu e. na semana sp.-gulnte, contra a Portuguesa, ocurió ficou em casa e o timevenceu.

O teste final é agora estasemana — contou. Vou com ocurió para a concentração e seo Vasco perder para o Bangué certo vencer do Santos naquarta-feira, pois êle voltará aficar de castigo em casa.

CBB determinou datas parao Sul-Americano de ClubesCampeões sem marear loeal

O setor técnico da Confederação Brasileira úe Basque-tebol marcou para os dias 26, 27 e 28 do corrente a reali-?açao -do Campeonato Sul-Amcricano de Clubes Campeõesque sírvira para apontar o representante do Continenteno I Campeonato Mundial de Clubes Campeões, progra-mado,J>ara janeiro próximo, em Madri.

Avsede do Sul-Americano caberá ao Estado cujo re-presenXante vencer o Cagipeonato Brasileiro de ClubesCampgões, que também tei$> a sua efetivação confirmadapela GBB para os ám ¦""•; 23 e 24 do corrente, em SãoPaulo,;; com a participarão do Vasco (Guanabara), Co-rintians (São Paulo) e Internacional (Rio Grande do'sul).COM Ò BRASIL

As deliberações tomadas pe-la Confederação decorreram dotelegrofna recebido da Comis-süo déjJZona Sul-Americana daFIBA, 'entregando-lhe

o patro-cínio do Campeonato Sul-Ame-ricanojno qual lambem inter-virão p| clubes campeões da Ar-gentiug;, Uruguai e Paraguai.O Uruguai era candidato ao pa-trocínlb do torneio, além doBrasil.^

No tgesmo telegrama, a CBBrecebeq podêres para deliberarJunto íos demais participantessóbre % fórmula de disputa doSul-Americano de Clubes, daljá tcr|dccidido quanto às da-tu... A;entidade brasileira ofi-ciará açora às suas congêneres,para saber os nomes dos clu-bes que virfto para o torneio. O

Sr. Ivã Raposo, Vice-Pre-sidente de relações exteriores daCBB, foi designado delegado daComissão de Zona, para fun-cionar durante a disputa doSul-Americano.

Os jogos do Brasileiro de Clu-bes Campeões serão em SãoPaulo, mas existe um proble-ina: embora o Coríntians tenhapodêres da Federação Paulistapaia patrociná-lo, não poderárealizar em seu ginásio, no Par-que São Jorge, o.s encontros emque intervier. Assim, os jogosdos dias 22 e 24 — Coríntiansx Internacional e Vasco x Co-rintians — terão que ser dispu-tados em local neutro, ficandopara a quadra corintiana ape-nas Vasco x Internacional, dia23. A designação de locais fi-cará a cargo do Sr. AntenorHorla. delegado da CBB paraa competição.

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Na grande área

™-#^_®_W_.M:».MMíl:_M'^Luis Alberto- está enlre o> que __ concentram esta, noite mt Vila Hípica* embora tenha-tido dispensada dú treino

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i;vx•_.'!:iXx+X;'*!;_---í';¦;•"';'''•:v; ninguém vende por menos í

Armando NogueiraO técnico Nikolai Morozov, da seleção defutebol da URSS, é de opinião que a Copa doMundo de 1966, na Inglaterra, será decidida

muito mais pelas táticas de jogo e pelo estadopsicológico do que pelo estado técnico dasequipes concorrentes.

Morozov manifestou essa impressão du-rante a entrevista que o Estado-Maior da se-leção soviética concedeu, ontem, no Plaza Co-pacabana, quando tivemos oportunidade derever Yashin, ainda com cara de atleta jo-vem, e de conhecer mais de perto os dois ou-tros astros da equipe, o ponta-direita Metre-veli, cujo estilo seus técnicos têm procuradoapurar ao modelo (filmado) de Garrincha eMeskhi, um extraordinário extrema-esquerda,ao que se sabe, em fase sombria, mas ainda'assim capaz de dar trabalho a Djalma Santos.

* * *A entrevista, que durou cerca de umahora, pode ser resumida em f lashes, engloban-

do respostas de Morozov, Moskarkin (Vice-Pre-sidente da Federação Soviética) e do méãicoda ãelegação, cujo nome não fiquei sabendo.Eis a síntese áo que pensam os soviéticos emmatéria ãe futebol, neste momento: o futebolbrasileiro deixou em tôãa a URSS uma im-pressão maravilhosa, não apenas pelo espe-táculo que produziram mas também pelas vir-Hdes técnicas e táticas demonstradas ao lon-go do jogo no Estádio Lênine. Os especialis-tas áo futebol soviético estão até hoje encan-tados, objetivamente, com a categoria ãos jo-gadores áe áefesa do Brasil que não se limi-tam a destruir, mas constróem também, exe-cutando jogadas curtas e longas no melhorestilo ãos atacantes áe armação. Ficaram im-pressionados, ainda, com o fato de ter o Bra-sil tim substituto de Didi que nada fica a ãe-ver ao granãe bicampeão: acham Gérson mag-nífico.

Que outras observações terão feito os nos-sos amigos sobre a seleção brasileira? Morozovconfessa que não esperava ver atacantes tãoaplicados ao jogo defensivo quanto os brasi-leiros. "De Jairzinho a Paraná, diz o técnico,todos procuravam retomar a bola, iniciando,efetivamente, com eles a ação defensiva dosbrasileiros." Lamentou que o futebol soviéti-co ainda não tenha alcançado êsse amadureci-mento.

Por fim, duas observações mais sóbre oBrasil, ambas ainda âo técnico Morozov; onôvo selecionado brasileiro parece preocupa-do âemais em descobrir um jogador áo estilode Vavá para colocar ao lado ãe Pele; a sele-ção brasileira é, talvez, a única no mundo quepode se orgulhar de vir mantendo, desde 1958,um padrão de futebol ãe nível superior.

. _ * * *Tanto Moi-ozov como Moskarkin e o pró-

prio goleiro Yashin consideram o futebol so-viético muito mais seguro hoje do que em1958, quando surgiram na cena mundial,disputando, pela primeira vez, a Copa do Mun-do. Em 58, tinham uma concepção de jogoainda muito pobre, repousando a vida da equi-pe na íôrça física de seus jogadores. Hoje, pas-sados sete anos da estréia, os soviéticos acre-ditam que já podem pensar menos em con-dição atlética e muito mais na forma técnicae tática de seu selecionado. Um dado paradestacar a informação: os jogadores soviéti-cos, no ciclo de uma semana, treinam quatrodias com bola e apenas um sem bola.

Confessou Morozov que a derrota contrao Brasil, em 58, deixou uma preciosa lição aofutebol soviético que, ali, aprendeu como or-ganizar-se em campo para tentar anular osadversários com recursos técnicos e táticos,mais que com recursos atléticos que foram, atéentão, suas principais armas. Hoje, praticamo 4-2-4 brasileiro, naturalmente procurandovariar da marcação direta à marcação de zona.Seu ideal, nesse particular, é praticar a meia-zona, isto é, um sistema de marcação em quesomos, hoje, doutores e que consiste em mar-car os adversários a uma distância média quepermite tanto o cerco e a cobertura quanto aantecipação.

* * *Revelação curiosa, mas não surpreendeu-

te, foi feita pelo Vice-Presidente da Federaçãoe chefe ãa ãelegação soviética: estão eles naexpectativa áe uma contribuição ãos cientis-tas âa URSS para aperfeiçoar seu futebol. Jáâe algum tempo, os matemáticos cogitam deequacionar o problema do tempo e do espaçoáe uma partida a fim de determinar, com pre-cisão, quantos minutos fica e quantos maispoâe vir a ficar âe posse ãa bola cada jogadorsem que isso implique perda de tempo eenergia.

Disse eu que a revelação é curiosa masnão surpreenãente porque naáa me parecemais natural áo que um futebol âe pura refle-xão ir buscar na ciência a solução áe proble-mas que os brasileiros resolvem pelo instinto.Os soviéticos, filiados naturalmente a um fu-tebol que se aprende, de fato, na escola, que-rem e só podem chegar à equação de um golpela manipulação de valores científicos. A dis-tância que separa o nosso do futebol ãos euro-peus, inclusive áos soviéticos, é e será semprea distância que vai entre a medula e o cére-bro: eles concebem cada jogada; os brasileiros,não: quem concebe por nós é Deus (às vezeso diabo, também), por isso é que eles dizemque nós jogamos futebol com o sexto sentido.

Numa palavra, eles fazem do futebol umaciência, o brasileiro, uma arte.

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l.o Cad., Jornal do Brasil, Quinta-feira, 18-11-65 — 21

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A Diorou ontem porá a Comis-" i Técnica da seleção brasi-ra o problema do gol parajogo de domingo entre Bra-

. e Rússia, pois, enquanto ain-t persistia a indecisão sóbreaem lançar, entre Manga e

j-iliuar. recebeu-se mn teleío-/ema de Sâo Paulo, no qual o

i\ Mendonça Falcão pedia quej Hlmar íôsse cedido para jo-;ar na seleção B, contra aHungria, no mesmo dia, à noi-te, no Pacaembu.

A preocupação do Sr. Men-«onça Falcão — e dc Aimoré*vIoreira — é ter apenas Félix,que nunca foi titular tle umaseleção brasileira, e Marcial,jue vem cansado de Londresdepois de jogar seguidamentelontra o Santos, em São Paulo,e contra o Arsenal, lá. Mas aComissão, embora compreen-rfendo o problema, não sabe aquem mandar, se Manga ouGilmar.O LADO Dirac»

Além de nã.o saber ainda aquem escalar no gol, aqui noCBio, a Comissão não sabe tam-bém se Gilmar, por exemplo,nflo se sentiria melindrado emdeixar de jogar na seleção Acontra a União Soviética, paraser lançado na seleção B, con-ira- os húngaros. Com isso. aComissão se vè numa situaçãoliíícil, pois considera que Gil-

.¦liar teria razões paru se me-lindrar, no caso, o mesmoyiontecendo com Manga, quefoi titular do gol do Brasil naúltima excursão, jogou emMoscou e foi convocado agorapara a seleção principal.

Sabe perf eiva mente a CBDque. embora os Srs. Paulo Ma-chado de Carvalho e Merodo-ii-

ça Falcão, ao receberem osconvocados da seleção que jo-gará em São Paulo, tive&semdeclarado que não há seleçãoA nem seleção B, todo mun-do sabe que a Seleção A doBrasil é a que jogará no Ma-racaná, bastando uni argu-mento, se outros não houvesse,para caracterizá-la como tal:nela é que joga Peié. Por, isso.Manga e Gilmar, que são con-vocados da seleção A, teriamrespeitáveis razões de aborre-cimentos, no caso de passa-rem à seleção B.OUTROS SOLICITADOS

No mesmo telefonema, o Sr.Mendonça Falcão pediu tam-bém Dias e Ademir da Guiapara reforçar o quadro quejogará em São Paulo. Pediutambém Djalma Saintos, masquanto a este recebeu nega-tiva imediata, pois DjalmaSantos é titular absoluto e nãohá como cedê-lo, porque nãose pode pensar, pelo menospor ora, em outro nome paraa lateral direita do time prin-cipal.

Quanto a Dias e Ademir daGuia, é possivel que sigam,tudo dependendo do treino deconjunto de amanhã e da so-lução a que chegar VicenteFeola, em cujas anãos está apalavra íiinal sôbre o assunto.

Vicente Feola. aliás, termi-nado o jogo Brasil x Rússiade domingo, viaja ãs 19h30mpara São Paulo, pela PonteAérea, junto com os Srs. Car-los Nascimento. Paulo Amarale Ernesto Santos, para obser-var á noite, no Pacaembu, odesempenho da seleção B con-tra a Hungria,

lime de Peié vence treinode dois-toques em que elee Garrincha foram zagueiros

Peié e Garrincha jogaram de zagueiros no treino deois toques que a seleção brasileira realizou ontem à tar-

c, no campo do Botafogo, e no qual o quadro de cami-as verdes i o de Pclé) venceu o de camisas amarelas (.o

...e Garrincha» por 6 a 2.. Gilmar só participou do treinamento dos goleiros, no

inal foi muito exibido pelo técnico-auxiliar Paulo Amaral,enquanto Belini c Leónidas fizeram apenas um individualleve, à parte, pois ainda estão sob os cuidados do Dr. Hil-ton Gosling.

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DOTS-TOQU__.3D; pois lie 15 minutos de

exercícios individuais, p^raaquecer os músculos, que foram

i orientados pelo preparador fí-sico Hudolf Hermanny, PauloAmaral entrou em campo, se-parou os jogadores com cami-sa verde para um lado - os decamisa amarela para outro edeu início ao treino de dois-toques, do qual foi o juiz.

O quadro com a camisa ver-tíe formou com Edson, Peié,Jairzinho, Dudu, Paraná, Ade-!mir, Orlando, Rildo e Dins; ode camisa amarela, com Miinga,Garrincha, Rinaldo, Bianchini,Altair, Gérson. Djalma Santos,Mauro, Ademar e Murilo. Oresultado foi 6 a 2 para o ti-me de Peié, com gols marca-dos por Rildo (2), Ademir daGuia (2), Orlando e Jairzinho.Para os perdedores, marcaram,Rinaldo, de fora da área, eAdemar, também de longe.f Peié, como zagueiro, perma-neceu sempre dentro da área,atento a todos os lances e delá só saiu uma vez, para ar-mar um ataque que terminoucm mais um gol para o seu .quadro. Na sua arrancada, tro-cairJo passes com Orlando, Pe-lé foi unho aplaudido pelogrande número de torcedores, amaioria deles formada por co-legiais.

O primeiro gol foi marcadopor Orlando, que recebeu umpasse de Rildo, como ponta-esquerda. Orlando chutou dedireita no canto direito deManga.

Rildo, que foi um dos maiseficientes atacantes, pois alémde íazer dois gols deu os pas-ses para mais três, féz o segun-do gol do quadro de camisaverde chutando de cobertura,de fora da área.

O primeiro gol da equipe decamisa amarela foi marcadopor Rinaldo. Os atacantes nãoconseguiram entrar na área,onde Peié, Dudu, Paraná eJairzinho faziam boa marca-ção e Rinaldo resolveu chutar

. de longe. Bateu forte na bola,que tocou no travessão supe-rior, bateu no chão e depoissaiu. Edson e Peié disseramque não foi gol. mas os garo-tas colocados atrás das travesconfirmaram que a bola entrou.

Na reação da equipe amare-la. Garrincha saiu da. sua. po-sição de zagueiro e íoi tentaro empate, chutando forte parauma boa defesa, de Edson. Ostorcedores gostaram. No lanceseguinte, Peié íoi à frente, pas-sou a bola a Orlando, recebeude volta, deu a Rildo, Rildoentregou a Jairzinho. que fèzo terceiro gol do time verde.Muita palmas para Peié.

A equipe amarela, apesar decontar com um jogador a mais,íoi perdendo o entusiasmo enâo conseguiu armar mais bonsataques. Numa troca de passesentre Ademir da Guia e Jair-zinho, Ademir matou' a bola nopeito e quando Manga saiu dogol, éle colocou no canto di-reito. Foi o quarto gol.

Logo depois, registrou-se umajogada interessante, num ata-que do quadro amarelo. A bo-la íoi centrada para dentroda área e Altair cabeceou paratrás. Rinaldo se abaixou, dei-xando a bola para Djalma San-tos, que estava, desmarcado cdentro da pequena área. Djal-ma Santos emendou de pri-meira, mas pegou mal na bolae chutou para fora. Todos ri-ram, até os jogadores.

O quinto gol foi marcado porAdemir da Guia, ao receber umpasse de Rildo. Ademir só teveo trabalho de desviar a bolade Manga. Ademar íêz o se-gundo gol da equipe de cami-sa amarela, logo a seguir, chu-tando de fora da área. Apesardo chute fraco, a bola rastei-ra passou por baixo do corpode Edson, que falhou. Houvevaias da torcida, que desapon-taram o técnico Paulo Ama-ral.

Finalmente. Rildo marcou, decabeça, o sexto gol do seu ti-me. Movimentando-se multo,Rildo íoi para a direita e es-corou um centro de Ademirda Guia. Rildo cabeceou parao chão, tendo a bola tocado naperna de Manga para entrar.Aí, P.ildo comentou:

— Já lhe disse, Mangulnha,para que tentar defender osmeus chutes e minhas cabeça-das. Você sabe que a bola vaicom muito veneno.

Manga ficou resmungando,o que divertiu mais ainda H.il-do.

Leónidas e Belini ficaram* entregues aos "lacerdínhas'5

/

.por usarem camisa amarelaLeónidas e Belini, ambos de camisa amarela, impe-

didos por problemas físicos de participar tío treino de dois-toques que a seleção brasileira fêz- ontem à tarde, foramatacados por um número incrível de lacerdínhas, á mar-gem do campo do Botafogo, e nâo puderam sossegar umsegundo sequer, às voltas com os mosqultinhos, enquantotodos os outros que estavam perto deles, com camisas deoutras córes, não foram incomodados.

Belini, com distensão no músculo adutqr da coxa es-querda, e Leónidas, com distensão no músculo posteriortambém da coxa esquerda, fizeram individual à parte, masdeverão treinar junto com os outros no individual de ho-je, entrando no coletivo de amanhã, se nada sentirem.ADIAMENTO

A Comissão Técnica não deunenhum treino de conjunto on-tem apenas para adiar a obri-gação de declarar logo um ti-me como titular e oulro comoreserva. Mas a alegação paraadiar o treino foi outra: hãjogadores contundidas e o me-lhor é fazer apenas um treinode conjunto, o que será feitona sexta-feira.

i O treino individual de hojepassará para o campo do Flu-minense. Para o jogo contra», União Soviética, ficou deci-

dido ontem que, além do golei-ro. poderá haver três substitui-ções, a qualquer altura da par-tida.

Peié. no fim do treino, foiprocurado por um jornalistaportuguês que perguntou seéle não se preocupava com oapelido de Peié Português quea imprensa européia e a torci-da em geral tinha dado a Eu-sébio. Assumindo imediatamen-le um ar de brincadeira. Peiédisse que não.

— Quem deve se preocupar,aliás, — completou — é o Eu-sébio.

Gilmar para jogoLIBERO AO AR

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Voronin, epie. jagon ele libero em Moscou para marcar Peié, chegou cansado e limitou-se a, alguns exercícios ele desintoxicação

Russos não querem treinarem conjunto e já têm time-base para enfrentar Brasil

O técnico da equipe soviética, Nicolay Morozov, anun-ciou ontem, depois do treino técnico com bola que seusjogadores fizeram à tarde, no campo do Flamengo, que nâotem a intenção de dar um treino de conjunto para seutime, nem mesmo hoje ã tarde no Maracanã, pois diz quenão tem gente para formar dois quadros completos eque, ao curso das partidas eliminatórias para a Copa doMundo, já fêz todos os estudos necessários para a for-mação básica da seleção

Esta mesma formação, entretanto, Nicolay nega-se afornecer, argumentando paradoxalmente que ainda nãosabe quem vai escalar, mas, com base no time que enfren-tou o Brasil em Moscou e jogadores novos que vieram é qua-se certo que os soviéticos joguem domingo no Maracanã

com Iashin, Ponomariov, Shesterniov, Voronin ou Jortsi-lava e Danilov; Sabo ou Voronin e Jusainov; Metrevelli,Banishevski, Malaíaeev ou Osianin e Meskhion Jmelmitski.

atual seleção bem superior àque disputou os campeonatosmundiais de 1958 e 1962.

Em 1958 — explicou —estávamos supeiipreparados fi-sicamente. Em 1962 demos es-pecial atenção à tática. Agora,creio que conseguimos a me-lhor de todas as nossas sele-ções do ponto-de-vista técnico,isto é, formando um conjuntoem que a preparação física ea organização tática se vêemcomplementadas pela habili-dade com a bola, pela capaci-dade- dê criar' jdgáclas emcampo.

Nicolay contou também queo mais importante passo paraa preparação da seleção sovié-tica que disputará a Copa doMundo íoi a partida disputadaem Moscou no dia 4 de julhodeste ano e que acabou coma vitória do Brasil por 3 a O,jogo êste que só deverá sersuperado em importância peloque será disputado domingoagora no Maracanã, quando ossoviéticos esperam que o Bra-sil. em seu próprio terreno,apresente um rendimento ain-da melhor do que aquele.

O filme do jogo com oBrasil íoi por nós estudadoem todos .os detalhes. Temos,por exemplo, observações espe-ciais sôbre o jogo em conjun-to dos zagueiros do Brasil, quereputamos tão importante pa-ra o rendimento da equipe

como aquele apresentado pe-los atacantes, pois o Brasil éuma equipe que começa aconstruir suas ações de goldesde o momento em que abola sai das mãos de seu go-leiro. Observamos detalhada-niente Gérson, que considera-mos excepcional. Acho aindaque o extrema Paraná íoi umapeça tática valiosa, pois, sen-do muito mais agressivo doque Zagalo, dava tambémcombate aos adversários, coi-sa que Garrincha nâo íazia.Acho aliás fundamental parao futebol moderno que todo ojogador, até o ponta-de-lança,saiba ser uma peça defensivade seu time assim que a bola

cai em poder do adversário.

AMOR A BOLA

Com um atraso de 45 minu-tos os jogadores soviéticos apa-receram ontem de tarde paratreinar no Flamengo, com duasbolas brancas brasileiras de fu-tebol de praia e oito russas

•pintadas que foram levadaspara dentro do campo num sa-co conduzido pelo técnico au-xlliar Solotov.

Enquanto os jogadores mu-davam de roupa e tomavammassagens, os dirigentes e otécnico foram para dentro docampo examinar o gramado,que acharam excelente.

Tão bom quanto o do Es-tádio Lênine — comentou otécnico Nicolay.

Dito o que, técnico, direto-res e o Secretário da Embai-xada Soviética que lhes servede cleerone não resistiram ãtentação de bater uma bolinhaem frente a um dos gols, deterno e tudo, enquanto aguar-davam os jogadores. O Secre-tário Júri foi para o gol e,preocupado, gritava em portu-gués mesmo:

Cuidado com meus óculos.

CANSADOS

Alguns Jogadores entraramem campo com as camisas ver-melhas da seleção, outros demacaefio azul. Jmelnitski e Sa-bo estavam de tênis, tudos osoutros com chuteiras. Kava-zashivili, Voronin, Sabo e Jmel-nitskl, que sô chegaram onteme estavam mais cansados, por-que jogaram no último dia 15por seus clubes, Torpedo ei_Moscou e Dínamo de Kiev, res-pectivamente, ficaram baten-do bola em separado e os ou-tros foram entregues aos cui-dados do treinador NicolayMorozov. Kavazashivili, golei-ro. e Voronin. médio de apoio,sSo do Torpedo de Moscou. Sa-bo, também médio de apoio, eJmelnitski, extrema-esquerda,são do Dínamo de Kiev. Em-bora homem do meio de cam-po, Voronin deve ser escaladona zaga, a exemplo do queaconteceu em Moscou, paramarcar Peié. Jmelnitski éapontado como grande revela-ção e tem chance de jogar do-mingo ao menos um tempo,substituindo Meshki.

As bolas brasileiras de fute-boi de praia não chegaram aser usadas e ficaram o tempotodo em poder do chefe da de-lcgação. Vladmir Mochkarkin.O treino dos jogadores duroucerca de uma hora. Começoucom controle de cabeça: for-mando duplas, os jogadorescorriam de um lado a outrodo campo, trocando cabeçadas.

Depois, enquanto Kavazashi-vili, Voronin, Sabo e Jmelnits-ki brincavam num dos gols, otreinador Morozov dirigiu umexercicio técnico para os ou-tros jogadores no gol oposto.Nenhuma novidade foi apre-sentada. Os mesmos treinoscom bola que são sempre fei-tos pela seleção brasileiua:lançamentos em profundidade,tabelinhas, deslocações, tudoterminando com chutes a goldentro da área. Joubert. quejá jogou com o Flamengo naRússia, observou tudo direiti-nho e depois balançou a ca-beca:

Esses caras não me enga-nam- Continuam duros comosempre.

A DIFERENÇA

Outra parece ser a opiniãod« Nicolay, que considera. *,

SEM SUSTO

O calor é outra coisa quenão Impressiona os russos,pois nenhum de seus Jogado-res apresentou qualquer rea-çâo desfavorável desde quechegou ao Rio, e o médico Mi-chalof explicou então que lána Rússia, ao contrário daidéia que os brasileiros fazem,o povo está tão acostumadoao frio quanto ao calor. Ficouporém um pouco preocupadoquando soube que nos últimosjogos do campeonato cariocadisputadas às 3 horas da tar-de, tem havido casos de inso-lação entre os jogadores. Apartida de domingo começaráàs 16 horas.

Hoje de manhã os russospretendem ir à praia de Co-pacabana para brindar umpouco e fazer alguma ginásti-ca. Observando a cõr de seuscompatriotas, o secretário Iuriapressou-se a comunicar-lhesque. se o sol estiver forte, hão risco rie queimaduras seve-ru.

Seleção B treinou ontem detarde sem definir titularespara. jogo com os húngaros

São Paulo (Sucursal) — Os jogadores convocados paraa seleção brasileira B treinaram na tarde de ontem noMorumbi, fazendo dois tempos de 40 minutos, precedidosde 20 de aquecimento sob as ordens do preparador físicoJúlio Mazei, sem que o técnico Aimoré Moreira definisseos titulares para a partida de domingo à noite, no Pacaem-bu, contra o selecionado húngaro

O preparador físico achou alguns jogadores — Servi-Ho, Coutinho, Lima e Ditão — gordos, programando paraéies uma sauna, hoje, no Hotel Danúbio, devendo os ou-tros treinarem individual e bate-bola, no Morumbi.

VERMELHOS E AZUIS

O roupeiro Romeu, como aCBD ainda não tinha man-dado uniformes para São Pau-lo. conseguiu uniformes do SáoPaulo e Palmeiras para o trei-no de ontem. Camisas verme-lhas e azuis foram distribui-das e o São Paulo cedeu cincojogadores dc sua equipe aspi-rante para completar os 22: Él-ton, Edmílson, Adenir, Efraime Reglnaldo. Isso apenas noprimeiro tempo porque depoiso técnico Aimoré Moreira ti-rou Adenir e pôs Penachio,usando também Aluisio no lu-gar de Edmílson.

O técnico não quis fazer di-ferença entre as duas equipesafirmando que uma delas fossea titular,

O time de camisas verme-lhas ganhou os primeiros 40minutos por 3 a 0 e jogou as-sim: Élcio. Carlos Alberto, Di-tão, Procópio e Geraldino; Li-ma e Nair; Edmílson. Servilio,Prado e Abel. O time de ca-misas azuis, com Coutinhodestoando porque usava aga-salho de nylon, treinou comFélix. Renato. Djalma Dias,Adenir e Edilson; Swing eEfraim; Almir, Coutinho, Ivaire Reglnaldo.

Servilio, uni pouco gordo —porém menos que Coutinhoque está com três quilos amais — treinou com camisa delá azul com mangas compridas,usando-a por baixo da verme-lha. Prado conseguiu boas ta-belinhas com Servilio e êstejogador foi bastante elogiadopelo dentista Mário Trigo, quesuportou o frio descalço e comuma fina camisa listrada, aolado do campo, em companhiado Dr. Sena Manso, durantetodo o primeiro tempo.

OS TRÊS GOLS

Cobrando uma falta de forada área, encobrindo a barreira,com Félix caindo para um ladoe a bola entrando no ourro.Lima marcou o primeiro gol,aos 14 minutos de treino. Ai-more Moreira, entretanto, aju-dou muito, porque não goítouda primeira cobrança do me-dio e mandou-o repetir, o queresultou no gol.

O segundo gol foi marcadoaos 39 minutos, outra vez porLima, que recebeu um lança-

Brandão dizque nãoquer Silva

Londres (De Araújo Netto.especial para JB — Imagei —O técnico do Coríntians, Os-valdo Brandão, disse ontem quenão fará nenhum esforço pelavolta de Silva, "pois náo preci-so dele e por mim éle pode fi-car onde está", enquanto o Pre- •sidente do clube, Sr. Vadi Helu,disse que espera encontrar nopróximo més uma solução ade-quada. "mas não forçaremos avolta de nenhum jogador, por-que só nos interessamos pornós".

O técnico Brandão dissetambém que está disposto aafastar-se da direção técnicado Coríntians no próximo anoa fim de aceitar propostas dcclubes uruguaios ou argentinos.

— Minha missão — explicou— sempre foi a de formar equi-pes para que outros conqms-tassem campeonatos. Assim íoicom o Independiente. de Bue-nos Aires, assim foi com o Pai-meiras t a.«im «era com o Co-rintian*.

mento estupendo de Servilio,penetrando para completar sò-zinho diante de Félix e esia-belecendo uma vaniagem de2 a 0.

O terceiro gol deste primei-ro tempo foi de Servilio. aos 40minutos, depois de uma boajogada de Abel pela esquerda.O ponta penetrou, driblou Re-nato e cruzou, passando a bolapor um bolo de jogadores eindo parar nos pés de Servilio,que completou com um chuteseco, de pé direito.

TIMES MUDADOS

Depois do intervalo, o teeni-co Aimoré Moreira entrou nocampo com uma pilha de ca-misas nas mãos e as distribuiu,mudando alguns., jogadores detime, para mais quarenta mi-nutos, que terminaram 2 a 2.Neste segundo tempo, marca-ram Aluisio (aspirante do SãoPaulo) aos 2 minutos, Cotiti-nho aos 10. Prado aos 21 e Iva-ir aos 39.

Coutinho foi o autor do golmais bonito, pois, após um.,trama do ataque vermelho, re-cebeu de Ivair e deu uma vira-tia de pé esquerdo que o golei-ro não teve a menor possibili-dade de defender.

Os times treinaram assim,neste segundo tempo: Azuis —Élcij; Carlos Alberto, Ditão,Penachio e Geraldino; Lima eEfraim: Aluísio, Servilio, Pra-do e Reglnaldo. Vermelhos —Félix; Renato. Djalma Dias,Procópio e Edilson; Swing eNair; Almir, Ivair, Coutinho eAbel.

Os jogadores do Coríntianssão esperados de volra da ln-glarerra hoje de manhã e. alémde Flávio que ficará no Rio,Marcial, Marcos, Clóvis e Rive-lino estão convocados para aseleção, sendo esperados porAimoré.

O técnico diz que vai deixa-los descansar e visitar a fami-lia, acrescentando que só pe-dirá que se apresentem no fimda tarde, pretendendo usá-los

' já no treino de conjunto deamanhã. Os quatro jogadores,inclusive, tém quarto designa-do na concentração do Morum-bi. onde ficarão no númerodois. ao lado do dentista Má-rio Trigo e do preparador Jú-lio Mazei.

MunpiaCBD complica o tri

Araújo NettoEspecial para JB-Image

Londres — Tudo aconteceu como se espe-rava. O Arsenal ganhou o jogo por dois a zero,com relativa facilidade, sem muito empenho e semexibir um futebol de alta qualidade. O Corín-,tians, vestindo a camisa azul da Seleção brasi-leira, foi derrotado pela absoluta falta de con-dições físicas dos seus jogadores, vítimas de maisuma louca aventura programada e executada,pelos dirigentes da CBD. ;

A rigor, o Coríntians ofereceu mais do quepodia a um público de cerca de 18 mil pessoasno velho Estádio de High Bury, que em seusgrandes dias acomoda, facilmente, 65 mil es-pectadores.

Pelo menos ficou patente que o Coríntianspossui uma equipe com alguns excelentes valo-res individuais como Rivelino, Edson, Dino e ,'Nei, que honram e justificam os títulos e a boa •reputação do futebol brasileiro. O jogo reali-zou-se num estádio escorregadio e numa dasnoites mais frias de Londres. A temperaturaandava pelos 2 graus abaixo de zero.

Mal dormidos, mal agasalhados, mal ali-montados, os jogadores corintianos já entra-ram em campo admitindo a derrota. Sua únicapreocupação, a rigor, era evitar a goleada humi-lhante, o que aliás, conseguiram. Além disso,havia jogadores, como Flávio — qus ãecepcio-nou tôda a imprensa londrina que o apresentoucomo a grande vedete da equipe paulista — quese mostravam muito viais preocupados com osfuturos jogos da Seleção brasileira no Maracanãe no Pacaembu, do que propriamente com apartida amistosa de ontem.

Osvaldo Brandão, após o jogo, confessavaaos jornalistas ingleses a sua "agradável sur-presa". Dizia êle: "os rapazes hoje me deramuma grande alegria. Sinceramente não espera-va ver esta noite alguns minutos ãe bom fute-boi jogado pelo Coríntians. Para um time quesaiu ão Estádio do Morumbi domingo, em SãoPaulo, e viajou quase 24 horas de avião, o resul-tado deste jogo foi muito honroso".

Visivelmente preocupados com o futebol ãeexibição, os rapazes do Coríntians evitaram asjogadas mais viris, facilitando em muito o tra-balho da equipe do Arsenal, quinta colocada noCampeonato da l.a Divisão na Inglaterra.

Os dois gols do Arsenal foram resultados —ambos marcados pelo meia-direita Sammels —de chutes de fora da área que surpreenderam,pela potência e pela trajetória sinuosa que tive-ram, o goleiro Marcial.

Individual e coletivamente mesmo, o Corín-1tians mostrou qualidades superiores às do seuadversário e. se não tivesse encontrado o goleiroBurns em noite inspiradíssima, poderia até terganho a partida Pelo menos em quatro lancesperigosos, Bums despontou com defesas brilhan-tes e espetaculares: duas no primeiro tempo,aos pés cle Flávio e numa cabeçada de Nei, e maisduas no segundo tempo, defendendo chutes deGilson Porto e Nei.

Afora a presença do Príncipe Philip noestádio, sorridente c cordial com todos os jo-'gadores brasileiros, houve dois fatos importân-tes na triste história do jogo de Londres: o rea- ;

parecimento de Nei e a admirável exibição dozagueiro lateral Edson, nessa noite um perfeitodiscípulo da escola Nilton Santos. No resto, sótemos a lamentar e lamentar com indignação.

Poucas vezes a CBD terá trabalhado tanto \"contra o futebol brasileiro no episódio que culnú- .„nou com a vinda do Coríntians a Londres, fazen-do as vezes de uma seleção, desapontando e irri-x,.tando todos os torcedores ingleses que tinham co-mo certa a presença de Pele. Para que se tenha - -uma idéia do ambiente que encontramos em Lon-dres. basta registrar alguns depoimentos ãe auto- '.'¦'.'.

ridades e desportistas brasileiros residentes aqui.Unanimemente eles dizem e repetem: a falha do,',compromisso assumido espontaneamente pelo 'Presidente da CBD com os dirigentes ão Arsenal. ,e áo futebol inglês, tornou praticamente irreali-.. •zável o sonho ão tricampeonato ãe 1966. Agora,não temos contra nós apenas adversários difi-ceis, todos empcnhaáíssimos em evitar a vitóriaãos brasileiros no campo de jogo. Temos, tam-¦_-•bém, nos corredores, nos bastidores da próximaCopa, a má vontade de nossos anfitriões.

Até duas horas antes ão jogo, o Arsenal foiobrigado a aceitar a devolução de milhares de;...ingressos vendiáos antecipadamente à base dapresença de Peié.

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, ZíivuUa Ortiz, (à direita), conversa com seus colegas lutiiw-uinerkaiios iwuco antes du insttiluçãó dos Irabalh Os discursos do Presidente Castelo branco e do delegado da Argentina, foram ouvidos com atenção pelos re

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Castelo Branco definiu, em 30- minutos, a posição do Brasil dittntc-dos problemas que. afetam o sistema iiuerttmêriàailo e manifestou a-sua confiança uo-èxito da

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Alejandro Magneto é representante do Governo chileno

A Segunda Conferência Interamerica-na Extraordinária instalou-se. segundo amédia da conceituação dos delegados dasRepúblicas do Hemisfério, pc.va estabelecerunn fronteira definitiva entre um sistemasuperado, de desvinculação de responsabi-liaades, e uma Nova América, em que a l-colaboração substitua a disputa e o espíri-to de tolerância supere as divergências ca-sjísticas e por vezes destemperadas. .

Uma doutrina que conduza à compre-ensão exata dos direitos do homem e osvinculem aos direitos das massas e dasnarões, assim como a demarcação das res-ponsabilidades nacionais diante de ummundo em busca do desenvolvimento e do /bem-estar — eis as preocupações de uniContinente que tem procurado constante-mente, na cooperação multilateral, a solu-ção dos seus problemas básicos.

De Simon Bolívar, passando por Mon-roe e chegando à Nova Fronteira de JohnF. Kennedy, os americanos apreenderamque na compreensão mútua, na tolerânciae na solidariedade é que nasce a verdadei-ra união para o progresso de todos. ¦:¦-.'(,-.

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JORNAL DO BRASILRio de Janeiro, quinta-feira,

18 de novembro de 1965

Nem o próprio homem que ofizera acreditava, mas aquela coi-sa, cheia de rodas de madeira, comengrenagem de pregos e uma por-ção de arames — tudo isto fazendoas vezes das peças de um relógio deigreja — funcionava. E funciona-va bem, sempre certinho. Até ba-tia as horas e os quartos. Quandochegava o meio-dia e a.s seis datarde fazia os sinos tocarem a Ave-Maria, igual aos relógios de verda-de, que na época — 1930 — custa-vam CrS 4 mil, dinheiro demaispara a paróquia de São Gonçalo doBarção, distrito de Itabirito, que jágastara muito reformando a igrejaconstruída em 1745. O padre Ber-nardo, contente, abraçou o autordaquela maravilha, Zé Vito. seu pró-prio sacristão, que, depois de cons-truir as pias de água benta, os ban-cos e todos os tijolos do acho, cuida-ra, então, de improvisar tambémum relógio para a torre, querendoque a igreja ficasse bem bonita.Agora, 341 mil hoars depois, Zé Vito,com 71 anos, continua espantado:é que o relógio ainda funciona, semter parado nem uma vez. E até fêzmais dois outros, todos de madeira.Um pequeno dc parede e outro dctorre, bem melhorado, que marca ocalendário e as fases da Lua paracolocar numa igreja de Itabirito.

O CÉU, NADA MAIS

A vida de José Vítor Gomes, ovelho fazedor dc relógios de madei-ra é como a dos ponteiros. Vai sem-pre aos mesmos lugares: de casapara a igreja, da igreja para casa.Mora num velho casarão vazio, semmóveis, sem pintura, sem ninguém.Nunca se casou e tem apenas algunsparentes. Na porta da casa escre-veu, copiando a Bíblia: "De que valeganhar o mundo inteiro se vier aperder a alma" e esta é a sua filo-sofia. Seu nôvo relógio foi vendidoà igreja de Itabirito por Cr$ 50 mile êle vai e volta, agora, a pé de SãoGonçalo à Cidade montar o relógio,numa distância de 22 quilômetros,todos os dias durante uma semana.De noite lé a Bíblia e livros religio-sos. Mesmo sem ter estudado, temprática de consertos de relógios _eletricidade, o que lhe dá algum di-nheho para viver.,

CONSTRUÇÃO_>Texio e fotos de DIRCEU SOARES

Da Sucursal do J3 em Minas

A igreja de São Gonçalo foiconstruída por mn homem rico quemexia com negócios de ouro, vindode Ouro Preto. Fêz uma promessae calculou: onde a cabeça de suatropa de burros parasse, ali cons-truiria a igreja. Hoje esta lá, cer-cada de 100 casas velhas, que for-mam a Vila, tendo por horizonte,de ura lado o Pico do Itabirito e deoutro o Pico do Itacolomi. Foi em1924 que ela começou a fazer parteda vida de Zé Vito. Antes êle tra-balhava na Vila em pequenos ser-viços e na roça, onde também faziatijolos. De trabalhar na reforma daigreja, contratado pelo vigário, pa-dre Bernardo — um alemão que jámorreu — acabou sacristão. Quan-tío não tem nada pra íazer vai hojeà igreja e reza só. Apenas pede aDeus que lhe dê o céu, nada mais.]

O RELÓGIO MARCA

Foi um amigo seu, Macário,quem lhe deu a idéia de construiro relógio. Mas Macário morreu, de-vendo-lhe um trato de voltar e con-tar como é a vida lá do outro lado.,"üm dia apareceu mesmo, num so-nho. mas gritou apenas, apavoradoe correndo: "O segredo de Deus, eunão conto de jeito nenhum." Com amorte do Macário, Zé Vito fêz o re-lógio sozinho. Desmontou um reló-gio de parede e copiou as peças emmadeiras, ampliadas. Sem ter ins--trumentos técnicos usou o que ti-nha — um martelo, uma serra, umalicate, um formão, umas cordi-nhas e um lápis. O relógio queconstruiu tem um metro de alturae é muito complicado, cheio de ro-das de madeiras de todos os tama-nhos, com preguinhos nas bordas,servindo de engrenagem. Funcionacom os pesos bem calculados e fei-tos de chumbo revestido de argila..O mostrador tem um metro de diâ-metro, de folha de zinco, por causado tempo lá fora. Para ficar maisbonitinho, botou algarismos ro-manos.

O nôvo que está montando emItabirito já é uma edição revista emelhorada, mas conserva todosaqueles mecanismos primitivos. Unsarames ligados aos sinos farão to-car a Ave-Maria e os Angelus. A bos-sa nova, porém, é que èle marcaráai fases da Lua e o calendário.,

'•'-'.'.•¦ ''."'¦".**- '_'_<._;-..'_'«'v»w .£?m&%iKz____<

Cad. B, Jornal do Brasil, Quinta-Feira, 13-11-65

MUSICAKENZO MASSABANI

SIBELIUS EHANNIKAINEN

Graças à Superintendência do IV Centenário, ao Ita-marati, e à Secretaria de Turismo, Sibelius e Hannlkai-r.en voltaram sábado com a OSB e domingo com a Or-questra do Municipal. Faltaram-lhes ensaios e portantoseria injusto responsabilizar os dois conjuntos e .o .mães-tro, pelas incertezas. Hannikainen rege seguro, firme ecom toda a devida autoridade; se terá contribuído (aliás,com Homero Magalhães) a dar uma execução meio con-fusa ao tão claro Divertimento de Marlos Nobre; se teráaumentado um pouco a congênita confusão do Concertode Rachmanlnov, e se substituiu a Quinta Sinfonia deSibelius pela rotineira Segunda, culparemos ao poucotempo de que o regente hóspede dispunha para o estudoe o preparo dos três difíceis concertos.

Depois da Kleine Nachtmusik de Mozart, o programade sábado continuava com Rachmanlnov. Este, conformeum bom amigo pianista (amigo dele e meu) é sincero.Sincero? Conforme Ravel, "Lorsqu'on est trop sinccre, onbavarde. II íaut se méfieí de la haissable slncérité, mèredes oeuvres loquaces et imparíaites." Se nas obras popu-lares do russo on bavarde. isto é, fala-se demais em cx-terloridades frívolas e fátuas, Imaginem o conteúdo doConcerto Opus 1, que o compositor escreveu quando joveme cuja partitura perdida ele reconstruiu de cor muito de-pois, atualizando c misturando novos estilos aos vários ori-ginais. A obra que íris Bianchi tocou em estréia, eviden-cia .n*et.er$iue.meníe uma loquacidade incontrolada, umasinceridade sem limites. A música contemporânea, dir-se-ia,não oferecia às mãos tão ágeis e robustas da pianista,nada de mais musical...

A Sinfonia _V.° 2 de Sibelius já devia ser um poucoáémodée quando nasceu; em 1902, os os melhores poemassinfônicos de Strauss eram populares; Debussy já escre-vera o Quarteto c Pelléas; Ravel, Pavane e Jeux D'eau;Schoenberg, Verklaerte Nacht e Gurrelieder. Sua música,entretanto, é exuberante, rica de claros-escuros íinicos,cheia de ecos das sagas e das epopéias, que teriam pc-dido, e nem sempre obtiveram, uma generosa colaboraçãodos metais. Aliás, também os contrabaixos tem aqui vá-rios momentos importantes, e sábado seu número era es-tranhamente reduzido a quatro.

Domingo, Sibelius estava presente com o Concertopara Violino (1905) e duas das quatro Lendas de Kalevala,inclusive o sonhador Cisne de Tuonela com seu corno in-glès e uma nobre serenidade que o tempo não diminuiuminimamente. O Concerto parece um pouco desigual etem momentos melhores no 2.° movimento: dir-se-ia queo Sibelius docemente romântico resiste melhor do que o Si-bellus heróico. Este Concerto oferece inúmeras oportuni-dades ao instrumento solista que, no caso, era confiadoàs lindas mãos de uma jovem uruguaia, Maria Vlschnia.Seu som não é sempre igualmente bonito (um violinistapresente — companheiro de ônibus na volta a casa —culpava disso a crina do arco, mantida frouxa demais)mas a técnica segura e o calor musical compensam issobrilhantemente.

Além de uma homenagem a Vila-Lòbos. com a exe-cução meio acadêmica de uma das suas slnfonietas, o pro-grama de domingo comprendia Opus Sonorum de Joona.iKokkonen, um dos mais autorizados jovens da atual escolafinlandesa: demonstrando que a dodecafonia chegou tran-qüilamente até lá e que pode oferecer matéria do re-novação também -aos continuadores da arte de papai JanSibelius. Público e orquestra agradeceram ao maestro Han-nikainen, depois do Kalevala final, com aplausos parti-cularmente quentes e insistentes.

ARTESHARRY LAUS

TEATROTAN* MICHALSKI

DISCOS POPULARESJUVENAL PORTELLA — MAURO IVAN

BOSSA TRÊS,PERI E LENI

Gemini-5 — Odeon — MOFB 3 44aüm shou- jovem, com gente jovem, exagerando na

bossa e deixando de lado os temas originais, tendo oBossa Três e Peri Ribeiro em primeiro plano, acompa-nhadôs de perto por Leni Andrade, que logo na aberturaentra com uma fala bastante forçada. Todo o s.toiu correnuma batida de influência tipicamente norte-americana,pouco restando das raízes brasileiras que para algunsteimam em ser fundamentais em certos temas.

Mesmo assim, o desempenho seguro do piano de LuisCarlos Vinhas, da bateria de Ronald e do contrabaixode Otávio Bailly, mostrando amadurecimento e conseguiu-tío transmitir a sensação de que já sabem perfeitamenteo que fazem, levam para o Bossa Três a parte mais im-portante do disco e, provavelmente, do show. Peri Ribei-ro, com a boa voz que tem, quando escapa dos exageross. que se submete em favor de uma música "pra frente",como diz Bóscoll na contracapa, obtém resultados deprimeira, da mesma forma que Leni Andrade, mas estanão se iguala a Peri, faltando-lhe algo fundamental: co-municação.

A base de tudo, entretanto, está sempre nas mãos doBossa Três que chega a surpreender pela discrição quemantém em favor dos cantores em alguns momentos paracresceu quando chega a sua vez, o que em última análisenáo deixa de ser .sua obrigação, mas nem sempre bemcumprida atualmente. A idéia do show, ou pelo menosseu título não é de bom gosto, ficando o seu sucesso our.ão por omita do roteiro musica! e da interpretação dosartistas. A.s músicas, para facilitar os desempenhos, den-tro das características dos artistas, enquadram-se em suamaioria na linha atual do movimento de música popularbrasileira moderna, tendo sido escolhidas com cuidado.

No lado 1 temos: O Astronauta; Só Tinha de Sercom Você: Rio de Sol Maior; Rio; Coisas üo Dia; Esta-mos Aí; Feitinho pro Poeta; Garoto de Ipanema: Você rF.u; Preciso Aprender a Ser Só: Consolação; Aviar emPai; A Felicidade; Marcha dn Quarta-Feira rle Cinzas;Nana; De Manhã.

No Lado 2 estão: Dais Brasileiro; Vivo Sonhando: SóS-auâade; Por Quem Morreu tle Amor; Rio de Sol Maior;Rio; Coisas do Rio; Estamos Ai; Feitinho pro Poeta; Ga-rota de Ipanema.Jack Jones-Dear Iíeart — Mocambo —-Kspp — LP 40 276

Um cantor romântico americano que tem o seu se-gundo lançamento em LP no Brasil, com uma seleção detemas que fizeram sucesso no cinema ou nos palcos daBroadway.

Os compositores responsáveis pelas músicas gravadas,neste LP. por Jack .Tones, são de primeira qualidade, comoCole Pórter, Gershwin e Mancíni. e o desempenho docantor — mais seguro que no primeiro disco lançado noBrasil — corresponde perfeitamente à qualidade dos -te-mas escolhidos.Os arranjos feitos especialmente para a gravação deJack Jones também estão enquadrados em seu estilo.Na face A estão as seguintes faixas: Dear Iíeart, deLivingston, Evans e Mancinl, You' re Sensational..de ColePórter; Love Is Here To Slay. de I. Gershwin e G Ger h-¦win; /' ll Get By. de Turk e Ahlert; Vou' d Bcter Leve Mc,Martin e Gray: Ali The Thtngs You .'.rr. de Hamme--st.ee-nII c Kem.Na fjce B temos: Emily. de Mercer e Mancini, THunkIleaven For Little Girls, tíe Lerner e I_r.c-.ve: rm GUtdThere Is You. dr Madeira e Dorsey: When She RI alcesMusiC. de Sega! o Flsher; Someihin(/'s Gotla Give. dcJohnny Mercer: YoVre My Girl, de Cahn e Styne.

O HOMEM DOESPAÇO

Komo Spatiens é o títuloda exposição do artista bel-ga Paul

" Van Hoeydonck

inaugurada semana passadana Galeria Grippi & Wad-deli, de Nova Iorque. Naatual mostra de 45 Anos deArte Belga, montada no Mu-seu de Arte Moderna do Rio,o artista está representadopor um relevo intitulado AsFases da Lua, onde suaspreocupações espaciais — re-solvidas com elementos ba-nais de nosso cotidiano —podem ser aíeridas.

Além do nome dado à ex-posição, outro elemento fir-ma a preocupação dominan-te de Hoeydonck: no cartazda mostra aparece esta fraserepetida nada menos de 17vezes: "O lugar mais român-tico da Terra é o Cabo Ken-nedy". Com efeito, suas úl-timas criações estão nítida-mente ligadas aos problemasdos vôos espaciais, com umadiferença essencial: se Ga-garin declarou que "a Terraé azul", para o artista tudoé completamente branco. Oshomens do espaço, cujasmãos e cabeça emergem datela por meio de colagem dcluvas ou partes de mane-quins, são pintados de bran-co sobre fundo t a rn b é mbranco; os aparelhos meta-licos que surgem nos quadrosà guisa de satélites ou fogue-tes são ainda pintados debranco; e as pequenas es-culturas feitas com bonecosde celulóide ou plástico e ob-jetos de uso comum na ele-tricidade doméstica são ain-da cobertos com uma cama-da branca de tinta, comuma preocupação de realçara pureza que há (ou deve-ria haver) nessa busca denovos espaços para a reali-zação das ambições hu-manas.

Eis como o artista belgadefine sua posição: "Sou

apenas um artista, mas mesinto como um companhei-ro do cientista e do astro-nauta preocupados com anova aventura. Desejo po-voar, tornar real o nôvomundo vazio." E conclui:"Agora o homem foi lança-do física e intelectualmentea uma Renascença total-mente nova."

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A tentativa de interpreta-ção espacial de Hoeydonckdata de 1961. Até 1963 suascomposições ou relevos ain-da eram sujeitos a cores ouo material comparecia comsua côr natural. Empregavavelhos interruptores, con-densadores, molas etc, emarranjos geralmente circula-res (a Lua, a Terra). Poressa época, aqui no Rio, eralançado por nós um artistabrasileiro que se comportavasemelhantemente: VálterWendhausen. Enquanto estepretendia figurar as desola-das paisagens destruídaspela guerra, vistas em seutempo de soldado da FEB,o outro lançava-se no espa-co. Desconhecemos quais oscaminhos do brasileiro, nomomento; quanto ao belga,evoluiu para a ausência dacôr, os espaços mais amplose limpos e a preocupação deuma fatura impecável*.

Paul van Hoeydonck nas-ceu em Antuérpia em 1925.Fêz sua primeira individualem 1952, mas sua projeçãosó someçou a partir de 1960.Compareceu à Bienal de SãoPaulo em 1961, no ano se-guinte participou da Bienalde Veneza, em 63, da Bienalde Tóquio e em 64, da Do-cumenta de Kassel. Comorepresentante da pop-art deseu país fêz várias exposi-cões de grupo cm diversospaises.

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-. DEBATE SOBRE

TEATRO E POLÍTICA

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Hoeydonck; Honirn. do Espaço e Luva Flutuante

Há alguns meses atrás,a Sociedade Austríaca deLiteratura promoveu, emViena, uma série de deba-tes entre alguns dos maisimportantes d ir e t o res,dramaturgos e críticosda atualidade, entre osos quais: Martin Esslin(Inglaterra), E r i c Ben-tley (Estados Unidos),Jean Duvignaud e Jean-Marie Serreau (França),Erwin Arxer e Jan Kott(Polônia), Otomar Krej-ca e Jan Grossmann(T c h e c o-Eslováquia) eainda, representando ospaíses de língua alemã,Julius Hay, Ivã Nagel,Friedrich Heer e JoachimKaiser. A belíssima pu-blicação alemã Theater65 (edição especial anualda revista Theater Hen-te) transcreveu uma par-te do debate consagradoao tema Teatro e Politi-ca, do qual selecionamosalguns depoimentos par-ticularmente interessan-tes.

Martin Esslin abriu adiscussão, lembrai.-do que enquanto nos pri-meiros anos após a guer-ra a questão da arte en-gajada era de grandeatualidade, hoje em diapode-se considerar que oassunto, pelo menos naEuropa Ocidental, já foiexaminado sob todos osseus aspectos, e que asconclusões e n contradasjá adquiriram um cará-ter de lugar-comum. Es-slin resume essas conclu-soes sob a forma de umparadoxo: "Toda arte épolítica, no sentido deque nenhuma manifesta-ção artística deixa de terimplicações políticas esociais; quanto mais es-sencial a expressão ar-tística, tanto mais am-pias as suas conseqüén-cias humanas e, portan-to, as suas conseqüênciaspolíticas e sociais. Toda-via, qualquer arte queprocure conscientementeobjetivos políticos, correo perigo de ser relegada,enquanto arte, a umplano secundário. Emparticular: quanto maispartidária, quanto maispartidário-política fôr amanifestação artís-tica, tanto mais se res-tringe o seu alcance hu-mano geral; por conse-guinte. tanto menosprofunda se torna a suaação e, conseqüentemen-te. também a sua açãopolítica. Em outras pa-lavras: a eficiência poli-tica da arte é proporcio-nal à sua qualidade comomanifestação artística."

Esslin cita o exemplode Brecht, o mais im-portante dos dramatur-gos modernos politica-mente motivados, q u enão conseguiu, como pro-pagandista da causa quedefendia, nenhum suces-so especial, tendo inclu-sive ficado, durante mui-to tempo, prescrito comoformalista numa grandeparte do mundo comu-nista. Enquanto isso, es-critores reconhecidamen-te antipolíticos, tais co-mo Ionesco ou Beckett.tém conseguido notávelrepercussão política emcertos países, e principal-mente na Europa Orien-tal. Esslin acha que osdois campos inimigos es-tão em vias de se aproxi-marem e fundirem nosseus objetivos e nas téc-nicas: no Oeste, escrito-res do absurdo estão ad-quirindo consciência so-ciai (Ardcn, Pintei*): noLeste, já se escreve lea-tro do absurdo com obje-tivos politicos (Mrozek,Havei): e o crítico inglêstermina citando uma

frase de Adamov: "O tea-tro social trata dos as-stíntos curáveis, e o tea-tro do absurdo dos aspec-tos incuráveis da condi-ção humana."

Jean Duvignaud apoiaa opinião de Esslin, con-tando a reação que a re-presentação de Esperan-do Godot, de Beckett, pro-vocou em Marrocos, onde

¦ os dois mendigos foramassimilados a campone-ses locais, e a espera rieGodot à fome física, con-ferindo assim ã peça umnítido sentido social. En-quanto isso, a mensagempolítica de Mãe Coragem,de Brecht, passou embrancas nuvens quandoa peça foi apresentadana Argélia. "Acredito —conclui Duvignaud —que deveríamos, por as-sim dizer, reformular aspeças de teatro para aspôr em sintonia com asrespectivas culturas dospaíses onde são apresen-tadas. Aquilo que, paranós, parece ter apenasum conteúdo estético po-de, em frente a outrasplatéias, assumir um as-pecto estético, social oupolítico, e vice-versa."

Eric Bent-ley chama aatenção para o f a t o deque o melhor público deBrecht não se encontrana Alemanha Oriental,nem na Rússia, nem naChina, mas sim entre asplatéias simpatizan-tes nos países não comu-nistas. "Brecht foi, es-sencialmente, o marxistade uma sociedade capita-lista", conclui Bentley.

O Diretor do TeatroNacional de Praga, Oto-mar Krejca, expôs da se-guinte maneira os seuspontos-de-vista:

"Em conversas c o inm eus amigos, constatofreqüên temente umaconstante: o desconten-lamento generalizado emrelação ao mundo e à vi-da. Parece que nenhumafilosofia e nenhumacrença conseguem liber-tar o homem da preo-cupação, da angus tia.Mesmo nas regiões ondeo homem d e i x o u de sepreocupar com o proble-ma quotidiano da sobre-vivência, êle não se viulivre das preocupações.Infelizmente, a sociedadenão é dirigida nem porfilósofos, nem por artis-tas, e a posição da filoso-fia e da arte, pelo mun-do afora, é por isso muitodifícil: elas não têm apossibilidade de resolvernada, e no entanto é aelas que o homem se di-rige, com grande fre-qüência, para perguntaro que deve, no fundo, fa-zer na vida. Enquantoisso, as decisões concie-tas acerca do que acon to-ce no mundo são toma-das pelos políticos, quetêm o poder nas mão,i:c o poder, mesmo quandoadministrado pelos me-lhores homens possíveis,é sempre um pouco tolo,limitado, e invejoso dainfluência exercida pelaarte e pela filosofia. Opoder procura sempre co-locar essas duas discipli-nas sob o seu controle efazer com que elas, cons-cientemente ou não, pas-sem ailustraros seuspontos-de-vista."

Apesar desta exposi-ção pessimista, Krejcaconstata uma evoluçãop o s i t i va da tolerânciaque se tem manifestadonos últimos anos no cam-po do teatro, e aponta oexemplo do seu pais, aTcheco-Eslováquia. cujosleatros estão apresentai!-

do as obras-primas dosautores de todas as na-cionalidades e de todasas tendências, enquanto,por outro lado, as peçasde jovens escritores tche-cos encontram acolhidanos palcos de quase to-dos os países do mundoocidental.

O diretor polonês Er-win Axer expressa a opi-nião de que seria difícilencontrar, no Leste, umaarte e uma cultura quenão tivessem nada emcomum com a arte e acultura do Oeste, e vice-versa. Sobre o assuntodas relações do teatrocom o Estado, já tratadopelo seu colega tcheco,Axer acrescenta: "Eu sóposso falar da situaçãotal como ela se apresen-ta para mim, na Polônia.Quando o nosso Ministrofaz um discurso contra oimperialismo, ou contraas guerras, tenho bonsmotivos para acreditarno que êle diz, e para le-vá-lo a sério. Quando omesmo Ministro fala sô-bre arte, eu o ouço comprazer, mas nem sempretenho bons motivos paraacreditar no que êle diz,e em todo caso não pre-ciso recear de ser levadoa ter que executar assuas r e c o m e ndações.Compreendo que um go-vérno deseje dar ênfase acertos objetivos, que eutambém levo a sério, eque êle tenha interesseem dar preferência, noteatro, a uma determina-da orientação, a um de-terminado tema ou a de-terminadas peças. Quan-do eu concordo com isso,ajo de acordo com essaspreferências; e quandonão concordo, não o fa-ço; e o governo não temnem meios, nem possibi-lidade, nem — no fundo— o desejo de mc obrigara fazê-lo."

Eric Bentley encerrouo debate, declarando:"Parece reinar aqui, emtorno de nós, uma certadecepção pelo fato de nãonos termos, os do Oeste eos do Leste, desafiadopara um duelo no Bos-que de Viena, e nos ex-terminado mutuamente,de madrugada; e, por ou-tro lado, parece reinaruma decepção pelo fatode nos termos limitadoa representar cada um asi mesmo, e não os nos-sos respectivos Governos.Eu não estou aqui pararepresentar os pontos-devista do Presidente John-son e, da mesma forma,o.s colegas da EuropaOriental não estão aquipara representar os pon-los-de-Yista dos seus Go-vernos. O realismo sócia-lista era uma imposturae não merece, portanto,ser discutido seriamente.Da mesma íorma, nãopodemos levar a sério osponlos-de-vista de Tru-man sobre a pintura, oude Eisenhower sóbre amúsica. Naturalmente, seTruman tivesse sido um'ditador, a coisa teria tidoconseqüências sérias, ese Eisenhower tivesseproclamado os seus pon-tos-de-vista sóbre a mú-sica como sendo o realis-mo capitalista, as conse-qüèncias não teriam si-do menos sérias. Graçasa Deus, não foi isto o queaconteceu no Oeste, e ti-vemos a oportunidade dcnos convencer aqui de"que a situação atual noLeste não é mais a mes-ma que durante a épocade Stalin."

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Jornal do Brasil, Quinta-Feira, 18-11-65, Cad. B 3

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DISCOS,SEGUNDOO PARANÁ

JUVENAL PORTFXLA

Durante quase seis horas,rios dias 14 e 15, uma co-missão integrada por cincoprofission a i s especializados

e da qual fizemos parteescolheu os melhores da

i' música popular dêste ano,objetivando à realização doH Festival do Paraná daMúsica Popular, dia 19 dedezembro em Curitiba,quando os vencedores rece-berão troféus denominadosPinheiro de Ouro. além dc

t uma ajuda de custo de CrS1 milhão.

Elisete Cardoso. PaulinhoNogueira e o Zimbo Trio,como intérpretes, e PrecisoAprender a Ser Só, de Mar-cos e Paulo Sérgio Vale,como música, conquistaram

, os prêmios. Wilson Miran-da, Geraldo Vespar e o con-junto de Manfredo Fesfc fi-caram com medalhas deprata, enquanto o JongoTrio, Silvio César e o violo-nista Edgar ganharam me-

. dalhas de bronze. Rosa deOuro e Tempo Pelv: foramas outras canções premia-das com medalhas.

IMPORTÂNCIA

Pela segunda vez o Govêr-- 110 paranaense faz realizar

um festival de música popu-_&t para comemorar, juntoa outros concla-ves, o Dia doParaná, 19 dfe dezembro. Ainclusão da música popularna programação comemora-tiva de ilma data impor-tante para o Estado repre-senta um fato dos mais sig-nificativos, prova, de que a

nossa música chegou a umestágio tal que nem mesmoum Governador fica alheioa ela. E isto é uma verda-de. O Governador Nei Bra-ga não só se prestou a pro-mover o festival como tam-bém o acompanha detida-mente. Foi dos primeiros aprocurar saber o resultado aque chegou a Comissão Jui-gadora e, em conversa como repórter, confessou-se umamante do samba trádicio-nal.

— Eu almoço e janto emcasa — disse o Governador11 gora feito Ministro daAgricultura — e nessas oca-.siões ouço a boa música po-pular.

Elm Curitiba, pelo queconstatamos, é dos maioreso interesse pela m-úsica po-pular, especialmente pelogênero moderno. Pena queos críticos e programadoresdas emissoras de rádio lo-cais não tenham um trata-mento melhor da parte dosdivulga-dores das fábricas.Apenas os da Philips e, emcertos casos, da Odeon, en-tregam os discos normal-,-mente. Os demais falham e,conforme denúncias, che-gam mesmo a vender pelametade do preço os discosdirigidos às estações de rá-dio.

COMO FOI

Durante quase seis horasos disc-jôcgteis Henrique Lp-bo, da Éàdio i&cord de SãoPaulo'; Jéáo Lidio Seíler, daRádio Ouro Verde lanai;

Elisete Cardoso, uin dos grandes prêmios no Pt

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William Sacie, da Rádio In-dependência, também local;Vinícius Coelho, da TV Pa-raná e do Diário do Paraná,além dêste colunista, repre-sentando o JB, ouvirammais de 60 elepês e 10 com-pactos para, de acordo como regulamento, eleger os me-lhores dentre estas catego-rias: intérprete, instrumen-tista, pequeno conjunto ins-trumental e música. Umafalha do regulamento, infs-lizmente, provocou o afãs-tamento de dois dos melho-res conjuntos existentes noPaís — A Voz do Morro e oQuarteto em Ci —, uma vezque não se enquadram naclassificação de pequenoconjunto instrumental, co-mo o exigido. Essa, aliás,foi a única vez que discor-damos dos organizadores doconcurso, uma vez que esta-va flagrante a intenção d»se julgar apenas os moder-nos trios de bossa nova, oque não podemos aceitar, Oprotesto, porém, foi aceito 8no próximo festival o regu-lamento será mais tole-rante.

Os instrumentistas inseri-tos foram os primeiros a se-rem julgados. A Inscriçãofoi feita pelas gravadoras epor causa disso muitasomissões foram cometidas.Dilermando Reis, CarlinhosMa-fasoli, Edgar, Valdir Aze-vedo. Baden Powell, Geral-rlo Vespar. Paulinho No-gueira, Raulzinho e BenéNunes eram os relacionados.O elepè de Baden Powell,gravado na Europa, era dequalidade inferior e, paranão comprometer o bomnome do violonista, foi re-tirado do concurso. Os ein-co julgadores escolheramsem problemas PaulinhoNogueira, pela sua extraor-dinária interpretação no seuLP lançado pela RGE. Ge-raldo Vespar e Edgar fica-ram nos outros lugares.

Alternar Dutra, Elza Soa-res, Elisete Cardoso, WilsonSimonal, Wilson Miranda,Válter Santos, Jamelão,Taiguara, Miltinho, MariaBetânia, Leni Eversong,Elis Regina, Jair Rodrigues,Sílvio Aleixo, Nara Leão,Noite Ilustrada. Luli, Hele-na de Lima, Francisco Pe-trónio, Dorival Caimi, Sil-vinha Teles. 'Edu Lobo, Sil-vio César, Geraldo Vandré,Peri Ribeiro, Araci Cortes,Clementina de Jesus, An-tônio Carlos Jobim e AlaídeCosta foram os intérpretesinscritos. O julgamento foibastante difícil e na pri-meira. votação ficou assim:Elisete dois votos (com onosso), Elis Regina, WilsonMiranda e um indeciso.Henrique Lobo, no momen-to de repetir o voto, disseque se houvesse um empa-te entre Elis e Elisete êlenão votaria, porque, no seuentender, ambas mereciamo primeiro lugar. No fim,ganhou mesmo Elisete, comdois votos mantidos pelosjulgadores.

Os pequenos conjuntosInstrumentais que se can-dida taram foram os seguin-tes: Milton Banana, 3-D.Sérgio Mendes. ManfredoFest, Erloii Chaves, VálterVanderlei, Rio-65, Zimbo-Trio, Pedrinho Matar, Jon-go-Tsio, Eli Arcoverde, Pri-mo Trio, Sambrasa, Banzo-Trio e Bossa Jazz. Sob pro-testos participamos do jui-gamento e o Zimbo-Trioganhou por 4 a 1, este votoCnosso) dado ao Primo-Trio.

Entre as composições ins-crttas — um número pe-queno — a maioria não ti-nha qualidades para serjulgada e por isso a comis-são inscreveu outras. Tam-bém por 4 a 1 venceu Pre-ciso Aprender a Ser Só, deMarcos e Paulo Sérgio Vale.

OUTROS RESULTADOS

Cada um dos vencedoresganhará um troféu intitu-lado Pinheiro de Ouro e,se fôr à festa do dia 19,receberá CrS 1 milhão. Nacategoria dos intérpretesganharam medalhas: Wil-son Miranda (prata! peloseu excelente elepê e SilvioCésar (bronze). ManfredoFest e o Jongo-Trio terãomedalhas pelos segundo eterceiro lugares, respectiva-mente. Geraldo Vespar. pe-la segunda colocação, e Ed-gar, pela terceira, serãoigualmente premiados commedalhas. Os compositoresÉlton Medeiros. Paulinho daViola e Herminio Belo deCarvalho receberão meda-lhas de prata pelo segundolugar obtido com o sambaRosa áe Ouro. Baden e Vi-níciuís terão medalhas debronze devido ao terceirolugar de Tempo Feliz.

Foram conferidos louvo-res especiais ao conjuntoA Voz do Morro e ao Qúar-teto em Ci. que não íoramInscritos pelas suas grava-doras, pelo excelente traba-lho desenvolvido durante oano. A proposição, por nóslevantada, foi aceita semdiscussões pelos demaismembros da comissão jui-gadora. Os prêmios serãoentregues durante um showno Teatro Guaira. no dia19 de dezembro, em Curi-tiba.

O resultado, pelo que nosfoi dado a julgar, não me-rece restrições. »3anharam,de fato» os melhores.

LEA MARIA

Ministro Raimundo de Brito e £>. Inés, na estréia de Como Matar um Playboy

ITAMARATI DESERTO

Ontem, o Itamarati tinha as-pecto surpreendente: noventapor cento do pessoal que látrabalha não circulavam, comode costume, pelos corredores docasarão da- Marechal Floriano.E mesmo os contínuos não apa-receram pnra os trabalhos dodia. é que tanto diplomatascomo funcionários itamaratia-nos mudaram-se, com armas ebagagens, para o Centro deConvenções do Glória, ondedesde ontem à tarde realiza-sea Conferência da OEA.

OS REDUTOS DOSLACERDAS

Para quem não sabe: os trêsprincipais redutos e focos doslacerdinhas, no Rlo, são o IateClube, a Universidade do Brasil(Praia Vermelha) e a Escolade Educação Física. Com oataque violento dos lacerdi-nhas, nas últimas semanas, adiretoria do Iate chegou à re-solução drástica de podar todosos ficus dos jardins (e especial-mente os íicus da área de esta-cionamento de automóveis)pois os inquietos insetos, alémcia atacarem os sócios vestidosde amarelo ou de quaisquer ou-trns cores, entravam pelos car-ros adentro, sem a menor ceri-mônin.

A LUZ DE VELAS

No apartamento da AvenidaOsvaldo Cruz, da Condêssa deMorcaldi, onde o ambiente res-pira a tradição das séculos (osquadros, os tapetes e os obje-tos. tudo possui uma recorda-çâo), Maria Cláudia Mesquitae Bonfim recebeu seus amigoapara coquetel e souper. come-morando a data de seu ani-versário. A reunião, motivadapela falta de luz em todo oFlamengo, acabou acontecendoà luz de velas. Lá encontra-mos os casais Fausto Campos,João Troncoso, Carlos Perry,Eurico Amado, Renato Goulart,Sebastião Kastrup, Rui Freitas(Bebete, com um taillear deGérson, branco, marinho e dou-rado, correto), Antônio MonizViana, Ilidio Sauer (Vera sem-pre ás voltas com a campanhadas contas de luz em benefíciocio, Pró-Matre). e Aríete e Nor-ma Müller: Alfredo Canongia,Arides Visconti e Helena eLourdes Brito e Cunha, TitoLeite. Nei e Teresa Barroca,Delma Serafim, Madeleine Ri-beiro Colaço. Lourdes Maj-,Condêssa Lacerda e mais ummundo de amigos de MariaCláudia.

LUZ. CÂMARA E AÇÃO

O Chegou ontem dos labo-ra tório de S. Paulo, onde es-tava sendo terminado, o íilmede Arnaldo Jabor sóbre o Fes-tival de Cinema do Rio. Quemjá viu diz que o documentárioé uma beleza. A música defundo é de Brahms, às vezes, eem outras seqüências, à basedo Modem Jazz Quartet. Ja-bor, a partir do dia 20 de De-zembro, estará trabalhando noseu primeiro longa metragem.Título: Opinião Pública.

O Na. Semana do CinemaBrasileiro, em Brasília, os fil-mes que mais repercussão estãoalcançando são A Hora e Vezde Augusto Matraga, de Rober-to Santos, e o O Circo, de Ja-bor.

O S. Paula S.A., de LuísPerson, é o íilme representan-te oficial do Brasil na VIII Rc-.senha Internacional de Aca-pulco. Person já está come-çando um nõvo filme: trata-sede um roteiro baseado na his-tória dos irmãos Naves, de Mi-nas Gerais, que há nnos atrásfoi manchete dos jornais bra-sileiros.

A MINA QUE CABO FRIONAO E

Mais do que nunca CaboFrio. nos fins de semana e nosúltimos feriados, foi a cidademais procurada da Costa Ver-de (Estado do Rio). O que éincompreensível é o abandonoem que continuam os restau-tes de Cabo Frio. A pessoa quelá chega fica literalmente ãmercê da cidade, pois os res-tnurantes sâo pouquíssimos ecom péssimo serviço. Em com-pensação, duas pessoas ligadasá moda descobriram a minaque Cabo Frio poderá vir a ser,para os comerciantes: um, eSeu Antônio, fabricante desandálias. A sua boutique estásendo procurada a tal pontoque cia semana passada paracã os preços dns sandálias na3-sou de. 1 500 para 4 000 cruzei-ros. Também o costureiro Ca-nalonga descobriu a mina. Se-guindo o exemplo das célebresboutiques Choses e Vachon. dcSaint-Tropez. abriu em CaboFrio ums lojinha, na Ogiva,onde oferece aos turistas umEiiarda-roupa completo para omar.

QUANDO PARIS CINTILA

De Celina Luz. especial para esta coluna:A notícia íoi publicada no Candide, há dias atrás, em

página e lugar de destaque. O seu começo: "Desde o pequenovendedor de laranjas até o Ministro das Relações Exteriores, todomundo enfim, no Rio de Janeiro, sabe, hoje em dia, que DudaCavalcanti, de 20 anos, é a moça mais linda do Brasil". Depois,a noticia, fala do íilme Arrastão — no qual Dudu faz o princi-pai personagem feminino, o de

'Isolda — e falir de Vinícius:"Quanto a éle, trata-se do maior poeta vivo brasileiro. £ umhomem severo e grave, que não ambiciona, exatamente, o titulodo homem mais bonito do País''.Paul Albou, ou seja, o dentista de Brigitte Bardot, comotodos agora o chamam, foi preso, há dias. sob acusação de terpassado cheques sem fundos. Acontece que houve, engano; asecretária do playboy dentista enganara-se e logo puseram o rapazem liberdade.

Acontecimentos cia semana: Álvaro e Lourdes Catão che-gando para temporada parisiense e se hospedando no Plazs,Athenée. * O pintor Di Cavalcanti assistindo ao último Fellini— Julicla dos Espíritos — no cinema nóvo do Drugstore de Saint-Germnin-de-Près. * O Cônsul Beata Vettori passando os íe-riados no campo. * A Princesa Melly de Toussoun, filha daPrincesa Fátima de Orléans e Bragança, almoçando na nova Casada América Latina, em companhia de amigas brasileiras. * Sa-muel Wainer tomando chá no ambiente mais inglês de Paris: oTea Caddy. * Inauguração cio nõvo teto do teatro Odeon, pin-tado por André Masson, no dia da première de Numa.nce comJean-Louis Barrault. Comentários gerais: o Ministro André Mal-raux exprimia uma satisfação tão grande que parecia ser o au-tor da peça e da pintura. * Em Paris de passagem para Ge-nebra os Senadores Vitorino Freire, Irineu Bornhausen, FilintoMüller, o Deputado Ranieri Mazzili e o Sr. Antônio Balbino.

AFFAIRE MURILOA propósito das noticias que temos publicado a respeito da

autenticidade do Murilo arrematado recentemente em leilão, porArnaldo Brenba, recebemos uma carta de José Roberto Teixei-ra Leite, cuja opinião é a- de que o Murilo é falso. Diz JoséRoberto, a respeito do uso de plgmentos como o amarelo cromo,o oxido de zinco e o de cobalto, na tela: "Não sou eu quem dizque estes elementos são de uso recente na pintura. Inexistentescm tempos de Murilo". E José Roberto lembra as afirmaçõesde afamados especialistas: Rutherford J. Gettens, George L.Stout, Thomas Braehert, A. P. Laurie e o sábio holandês A. M.de Wilcl. Todos eles são unânimes em afirmar que o.s três ele-menlos existentes na tela de Arnaldo Brenlm não eram conheci-dos quando Murilo pintava.

PICADINHOHoje. grande almoço em beneficio da A3BR, no Iate,

quando José Ronaldo mostrará sua coleção de verão. As jóiasque acompanham os modelos são de Lucieh, criadas especialmen-te'para cada vestido.

Ivone Fernandes escoiheu na boutique de presentes e lin-gerie da Mônaco, recém-inaugurada, um conjunto de cassa, decamisola e robc. combinando com os chinelinhos e o passadorde cabelos. A bossa da boutique: o conjunto vem acompanhadode um cabide forrado no mesmo tecido das outras peças.Ontem, no bonito apartamento da Lagoa, de Sônia Za-garodne, um chá do Departamento Cultural da WIZO. MariaFernanda leu poemas de sua mãe, o maestro Karabtchewskyproferiu tuna palestra e Lisa Delmoro cantou — aliás, Lisa Del-moro será a figura principal de líello Dolly, a ser montado noRio. A atriz Riva Blaehe completou o programa.Segunda-feira próxima, no Country. grande coquetel ofe-reciclo pelo Embaixador Azeredo Silveira em homenagem às de-legações da Conferência da OEA.

Nininha Magalhães Lins pediu a Luciano Maurício paraescolher um dos óleos do pintor Luís Guimarães, que inauguroua sua exposição anteontem na Verseau.

No enterro do show Reencontro do Santa Rosa, NormaBenguell entrando em cena, rapidamente e de brincadeira, en-quanto Edu Lobo cantava Arrastão. Norma fêz a Rainha doMar, envolta em lençol e com uma coroa de papel de jornal.Dois nascimentos: o da filha da atriz Marilia Branco,anteontem, aqui, no Rio. E em São Paulo, o nascimento do pri-meiro filho da pintora Marisia Portinari.

a Programa para o dia 4 de dezembro, no Caiçaras, à tar-dinha: show do conjunto A Voz do Morro, com Zé Kéti, ÉltonMedeiros, Jair do Cavaquinho e outros, e mais Ciro Monteiro,Clementina de Jesus, Araci de Almeida, Dilermando Pinheiro,Deise Camargo e Cartola. Bom programa.Foi lançada em Nova Iorque uma revista que apesar deainda estar no primeiro número está fazendo um enorme sucesso:é a Status, uma publicação mensal, sofisticadissima, com atua-lidades e gossips. A capa do primeiro número íoi de SalvadorDali.

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JOSÉ CARLOSOLIVEIRA

Mnrilin 1'fna r Costa c /r/ia Bernardino de Campos emnoite de blnrk-tie (foto ile Oilnlr. líonzales)

KEFLEXÀO

SOBRE

CAMUS

Creio que toda pessoa deve terum modelo que lhe sirva de medidae, se possível, constitua o símbolode uma determinada aspiração.Outrora tive por Faulkner umaadmiração sem limites c desejeiadotã-lo por pai espiritual. Mas,com o tempo, verifiquei que Wü-liam Faulkner não oferecia as res-postas que eu procurava. Era umescritor por demais bem sucedido eum artista por demais impessoali-zado: sua obra constituía o resul-tado de um esforço olímpico, eportanto era uma pedra a maiscolocada na grande catedral queleva a Deus. Voltei-me paraNietzsche e admirei sua sincerlda-de: mas era também esmagadora-mente olímpico, uma espécie deGoethe enraivecido. Eu queria algomais simples, mais sofrido, maisvulnerável — uma apologia do fra-casso que, como tal, se reivindicas-se por verdadeira. Certamente sóem AJbert Camua poderia eu beberdessa água.

É imperioso fazer a aproximação:onde estão os ensaístas, críticos,curiosos que ainda não viram asemelhança entre Albert Camus eAntoine de Saint-Exupéry? Em1948, falando aos dominicanos emum convento parisiense, o primei-ro disse estas palavras: "Quero de-clarar que, não me sentindo naposse de nenhuma verdade absolu-ta e de nenhuma mensagem, nãopartirei jamais do principio de quea verdade cristã seja ilusória, masapenas do fato de que não pudeentrar nela". O que em Saint-Exu-péry era pura alegria — uma fé,um conhecimento do sagrado ad-quirido sem nenhum esforço — emCamus tinha um nome grave: nos-talgia. Mas nostalgia daquilo quenão se conheceu nunca. Morreramambos antes dos cinqüenta anos:Exupéry, plenamente realizado;Camus, para todo o sempre lnaca-bado. O cristianismo em Saint-Exupéry era um dom: a divindadeestava nele como em sua própriacasa; nada de perguntas sem res-postas, só afirmações categóricase a tentativa de construir umaordem segundo as virtudes maiscaras ao Senhor. Ao passo que aincredulidade de Camus, que nadatinha a ver, por exemplo, com aindiferença de um Sartre, ers porêle vivida como mutilação. Gosta-ria èle de poder acreditar em Deus,mesmo por cima da Igreja talcomo Simone Weil; mas, ante oespetáculo do mundo e perante ahonra dos homens, não se sentiaautorizado. Vivia em desconfortosemelhante ao de Stravogulne, enâo é por mera coincidência quea palavra de Dostoiewskl serve deepígrafe a um dos capítulos de OMito de Sísifo: "Se Stravogulnecrê, não crê que cré; se não crê,não crè que não crê". Essa conver-são impossível, ao mesmo tempoem que dá a medida do dilacera-mento em que vivia esse espiritoiiustre, faz resplandecer, ao me-nos aos meus olhos, o prestigio docatolicismo. Quando alguém, gra-vemente. contempla o absurdo, jáestá no umbral da transcendência.Um crente — eu não creio emDeus — mas um crente diria as-sim: "A dúvida leva ã escuridão,mas no meio da escuridão o nomeda dúvida é suspeita: que luz éaquela? Hein? Que luz é aquelaí"~7"¦.X. ¦-^mzwmtm&mimmmir

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4 — Cad. B, Jornal do Brasil, Qulnta-Feira, 13-11-65

FERNANDOSABINO

ORA

POMBASLondres, Via VARIGO Vigário da Paróquia de São

Paulo em Valsai, viu uma mu-Iher se afastando do pátio daigreja e entrando num ônibus.Não teve dúvida: correu para oseu carro e foi atrás, em perse-guiçáo do ônibus.

0 ônibus parava, o carro para-va. 0 ônibus andava, o carro an-dava. E asam foi durante 10 mi-lbas de percurso, ao fim das quaisa mulher saltou do ônibus. O vi-gário saltou do carro e foi atrás.

Vendo-se seguida, a mulheree deteve, afinal, para ver quaiseram as intenções do vigário. Asintenções do vigário eram as se-guintes:

-— A senhora estava alimen-tando os pombos na porta da mi-nlia igreja.

Estava sim senhor. E daí?Daí que o vigário tinha verda-

deiro horríor aos pombos, pelosestragos que eles vinham fazendona igreja: haviam aberto um bu-raco no telhado e se infiltravamno interior da nave, em tremendarevoada. O cbão vivia todo man-chado. Era espantosa a quantida-de de titica de pombo que o sa-cristão tinha de remover todos osdias, ela não podia imaginar.

Eu imagino — disse a mu-Iher.

Pois então nunca mais ali.mente aqueles monstros.

A mulher prometeu obedecer efoi-se embora. O vigário diriamais tarde, na igreja, durante apredicat

Ela ficou impressionada coma seriedade de minhas palavras.Valeu a pena a viagem.

Enquanto falava, um pombopassou por ele, tatalando as asas,e foi pousar na cornija em fren-te ao púlpito, dc onde ficou a ou-vi-lo, cm desafio.

Anuncia-se ura programa edu-cativo pela televisão, no qual jo-vens e educadores discutirão comtoda franqueza os problemas re-lacionados ao sexo. Experiênciasemelhante já foi tentada, e o pro-blema é que a franqueza excluíao uso de eufemismos, aos quaisos jovens não estão habituados:punham nomes aos bois, usandotermos coloquiais e até expressõesde gíria obscena, para propor suasquestões sexuais. Os ingleses fi-caram boquiabertos: nunca ha-viam ouvido semelhante coisa,pelo menos através da televisão.Ura representante da União Na-cional dos Professores se declarouabsolutamente escandalizado:

— São expressões que eu nãoteria coragem de repetir aos meuscolegas. Algumas confesso quenem sei o que querem dizer.

Está atrasado, o professor. Osalunos o aconselharam a acompa-nhar a próxima série de procra-mas, pois terá muito que apren-<y.

PASSARELAGILDA CHATAIGMER

vfAS LINHAS DA MODA:ROMÂNTICA E GEOMÉTRICA

Há atualmente duas tendên-cias distintas da moda: a ro-mântica e a geométrica. Am-bas são modernas, mas cadaqual tem sua individualidadeque se adapta mais a êsse ouàquele tipo.

Se você tem um conjuntosuave — de rosto e linhas —jeito sonhador, não importaque seja magrinha ou rechon-chuda, cabelos soltos ou presosem coques barrocos, seu tipo ésem dúvida o romântico. Hámuita coisa que você pode usarcom sucesso: os frufrus, os ba-bados cascateados (se você éalta), os rouches, os laços, asfitas e flores, as nervurinhas,o plissado (se você é magra),os botões trabalhados em con-tas, as saias com detalhes nabarra, as cassas e os organdis,o azul em todas as gamas, obranco, o roxo, o rosa, o ce--veja.

Mas se você é toda dina-niismo, feita de palavras e ação,cabelos curtos à moda dos Bea-tles ou Vidal Sasson. joelhosqueimados que não tém ver-gonha de mostrar-se, fisio-gonha de mostrar-se, fisiono-mia decidida que sabe o quequer, em geral magra .por na-

Desenhos de DIANA

tureza ou por regime dietético,você é a própria mulher geomé-trica, sem no entanto nada tera ver com o quadrado...

Nossas idéias de hoje, se-guem justamente as linhas emevidência, romântica e geomé-trica e trazem a etiqueta fa-mosa de Mariazinha, idealiza-das por Mariazinha, Mara, Edi-te e Jane. Numa espécie decave, entre papel com samam-baias floridas em musgo nasparedes, você encontra êssesmodelinhos:

ROMÂNTICOS — 1) Emgaze berinjela, com cinturacortada no lugar, saia plissada.Carreirinhas de rouches se en-contram nos punhos, na fren-te da blusa e na barra da sais..2) Em gabardina salmão, comcorte princesa e botões gêmeos.A saia é évasée, com um bor-dado aberto na golinha e nabarra.

GEOMÉTRICO — 1) Emlinho preto e cereja, com lis-trás sobrepostas de grande efei-to. Cintura marcada um pou-co abaixo da linha natural. 2)Em gabardina marrom glacê,com machos dançantes e re-cortes geométricos em laranja..

A CELULITE E OUTROS PROBLEMAS

E o verão está chegando,com muito sol, noites quen-tes e grandes decotes. Apele torna-se o backgrounddos vestidos novos e da ma-quilagem alegre. É precisomais do que nunca ser cui-dada e tratada, para quevocê não se torne uma tris-te figura, com celulite — agrande inimiga da mulher— e com poros abertos.

No caso da celulite, énecessária a procura de ummédico especialista antes demais nada. As causas es-tão ligadas a problemas deorigem nervosa, desequilí-brios psicológicos, que mui-tas vêzes passam desperce-bidos em sua essência namoderna vida quotidiana..As más funções glândula-res. também pesam nessabalança da beleza. Vocêprecisa de um regime espe-ciai, de vitamina A (namaioria dos casos), de mas-sagens, de banhos de espu-ma com escova, de aplica-ções de raios ultravioleta,de sabão dermatológico, defricções com álcool. Em ge-ral, as camadas de gordu-ra, que tanto prejudicam asilhueta, não são somenteclassificadas como celulite.Elas se agrupam em trêscasos básicos, de acordocom a moderna medicina,que são:

1) Relaxamento do tecidomuscular;

2) Meteorismo abdominaí(ou dilatação por causade gases) e constipação;

3) Celulite p r ò p riamentedita.

1) Depois de grandesfadigas, pode ser que vocêse relaxe, deitando em po-sições incorretas. A massaintestinal fica comprida edepois se distende, o que éàs. vêzes acompanhado comdores no baixo ventre. Otratamento preventivo pa-ra êsses casos é a ginásticaabdominal (toda aquela sé-rie que se faz no tapete) oua ginástica com aparelhosque se faz nas academias.:O tratamento curativo ficaassociado à ginástica e aoregime. Sempre tenha emmente encolher a barrigae adotar uma posição cor-reta em todas as horas...Duchas na região afetada,também melhoram o tra-tamento. Plástica só emcasos desesperadores.

2) Êo caso mais fre-quente. Em geral, são cau-sados por sofrimentos detodas,as ordens, que não sesabe que depois se transfor-mara em problemas de be-leza. Nesse caso, você tema impressão de ter comidoum boi, mas na realidadebeliscou salada, carne ma-gra e legumes. Seu regimedeve ser na base de 4 ou 5refeições diárias. Assim, seuestômago ficará bem edu-cado, sem sentir pesos ouvazios. Não deverá comerpão, queijos, açúcar e fa-rináceos e tampouco beberàs refeições; você deverá noentanto, beber bastante lí-quido fora das refeiçõezi-

TERESA CASOLI

nhas ligeiras. Eis aqui umtipo de menu para seguir,que desfaz os gases:

Pela manhã: uma xíca-ra de chá ou café e dois fi-gos secos;

10 horas: uma maçã;12 horas: 150 gramas

de carne grelhada, uma pê-ra, café;

16 horas: uma maçã;19 horas: 100 gramas

de peixe magro ou doisovos, salada verde com umpouco de azeite e limão.,Dois figos secos.

3) Na reandade, a celu-lite se apresenta como bo-toes enrugadinhos de car-ne, com certa flacidez. Emgeral a brasileira é muitosujeita à celulite. Experi-mente apertar um bom pe-daço de sua coxa (localmuito comum de encontrarcelulite) e veja se ela ficafranzida. Caso positivo, vo-cê está com celulite aí lo-calizada. Você deve seguirum regime de baixas calo-rias, comer lentamente, ja-mais beber durante as re-feições (no mínimo duashoras depois) e procurareliminar sempre que pos-sivel os líquidos ingeridos.A par disso, massagens me-cânicas e manuais, uso sis-temático de cremes paracelulite. Se o seu caso émais grave, o que convém éprocurar imediatamenteum médico, pois aí então otratamento será severo, en-trando mesmo nos métodosda psicanálise de acordocom o que existe de maismoderno.j

ATENÇÃO! ALARME!MODESTY BLAISE VEM AÍ

Uma nova heroína aca-ba de chegar disposta adisputar com James Bondas delícias da glória e dapopularidade. Seus. veícu-los, mn Bentley azul, os li-vros e a história em quadri-nnos. Apesar de já contarcom vinte e tantos anos, seuaparecimento data apenasde 1963, tendo sido seucriador um inglês chamado0'Donnell cujo trabalho eraconstruir cenários.

Hoje 0'Donnell domi-na todas as armas do mun-do moderno do crime e daespionagem. Ficou rico,com sua heroína e fêz-sedono de uma piscina deágua quente em Londres.)

A causadora de tudo cha-ma-se Modesty Blaise.

Modesty, sendo mulher,é um personagem bem maiscomplexo que James Bond.Suas unhas falsas são ar-mas cortantes, seu pentecostuma ser o revólver eela é ótima também no ma-nejo de uma espada. Po-rém, sua maior arma é ocharme. Sensual, feminina,conhecedora de inúmerostruques e artimanhas.;'

E o cinema, como nãopodia deixar de ser, resol-veu levar para a tela ascomplicações de Modesty epara esta tarefa a escolhidafoi a áolce e fatal MonicaVitti. Dos filmes de artepara um nôvo James Bondde saias, tal foi a trajetória

da Vitti nos últimos tem-pos. É entretanto um tipomuito a seu gosto e quesempre declara estar con-tentíssima de representar.»

Em vez de apenas olha-res lânguidos e cenas dra-máticas terá agora novosrecursos como o estojo dobatom do qual sai uma pe-quena flecha, um cinto deargolões que serve paraprender ou enforcar e final-mente um vaporizador delíquido estonteante. Apesarde tudo isto, Modesty sofreos males do amor pois estáterrivelmente apa ixonadapor Willie, seu guardião enamorado sem esperança.»

Vamos aguardar. Modes-ty Blaise vem por aí.-

.

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ilonica Villi vai ter Modesty Blaise no cinema, uma espécie de James Bond de saia

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[Jornal do Brasil, Q'ü_ãtà<-Fé._à', 18-1Í-65, .Cad. B _- 5

Precedendo a publicação Inédita, da série A Verdade sobre Kennedy, * geIniciar domingo, o JB reproduz, dias antes daa celebrações do segundo anl-versário de sua morte, o comentário do jornalista Alberto Bines «obre »trágica sexta-feira de Dallas e o Relatório Warren. Esse artigo foi especial-mente escrito em Washington, em outubro de 1964, dias depois da apariçãodo Relatório Warren, para o livro O Mundo Depois de Kennedy, de José Al-Taro, Editor.

DEDO NO GATILHO - IALBERTO DINES

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lll - > ^ IHS^Hi^^w JS¦fe t* -^#r/«".4 loucura de Oswald foi um pouco maior do que a grandeza de Kennedy"

"Para matar o presidente basta subir aum alto edifício e, contra um rifle equipadocom uma mira telescópica, não há nenhumadefesa". Isto íoi dito por John PitzgeraldKennedy às 10 horas da manhã, no dia desua morte, diante de sua mulher e de Kenneth0'Donell, seu secretário particular. Esta ter-rivel profecia parece ser uma das mais im-portantes descobertas da Comissão Warren,criada pelo Presidente Johnson para apurartudo sobre aquele trágico fim de semana emDallas. Foi o próprio Kennedy, assim, quempraticamente explicou para o mundo, atéentão perplexo, os mistérios de sua morte.

Até a publicação do Relatório Warrenpoucos eram os que aceitavam a tese ofi-ciai. Jornalistas europeus como Thomas Bu-chanan (americano naturalizado inglês), LeoSauvage e Joachin Joesten, por sensaciona-lismo ou por paixão política, levantaram hi-póteses tão absurdas quanto os fatos ocorri-dos em Dallas. Era fácil não acreditar naverdade. A versão oficial era tão simples e,por isso, tão absurda que não passaria pelacabeça de ninguém nela acreditar. A bruta-lidade do ato era tão grande que só umatrama igualmente terrível poderia explicá-la.

Um louco mata o presidente e um outrolouco mata o louco. Êste é o enredo prima-rio que se infiltrou e acabou manietando omais perfeito aparato de segurança do mundo.Èste aparato, no entanto, que funciona as-sustadoramente bem para defender o homemcomum, deixou-se enredar pela simplicidadedo ato e, assim, o Presidente dos EUA acaboumorrendo desprotegido como um cão.

A profecia de Kennedy não só resolve oaspecto policial do caso mas vai mais longe:explica sua morte. Para matar alguém, bastaalguém querer. Por maior que seja um homeméle nada pode íazer contra os desígnios de-cididos de um homem menor. A loucura deLee H. Oswald foi um pouco maior do quea grandeza de Kennedy. Êle sabia que issoera possível, por isso disse aquilo durante obreakfast no hotel de Dallas, por isso re-cusou o carro de capota fechada, por Issodescuidou-se sempre de sua proteção pessoal.Êste fatalismo certeiro talvez seja irmão da-quela sua íôrça de vontade que não lhe dei-xava perder uma eleição ou uma paradapolítica.

Senhor Presidente, não se pode dizerque Dallas não o adora — disse o GovernadorConnoly dentro do carro para Kennedy, apon-tando para a multidão que o ovacionava.

Isto é óbvio — respondeu Kennedy..Segundos depois soavam os tiros.

Meu Deus, fui ferido! — disse Kennedyquando recebeu o primeiro tiro nas costas,que lhe saiu pela garganta. Eram 12h 30m(hora do Texas) e estas foram as suas últi-mas palavras, revela o relatório Warren.Três segundos depois um outro tiro, desta vezrebentando-lhe o crânio, reduzia-o à condi-ção de morto. Caiu nos braços de sua mulherque gritava: "ó, meu Deus, atiraram no meumarido. Eu te amo, Jack!"

Durante o trajeto até o hospital e namesa de operações, enquanto os médicos o re-mexiam por dentro, John Fitzgerald Kennedypraticamente já não existia. Percorria len-tamente a tênue separação entre a vida e amorte, inteiramente inconsciente. Quando osseus últimos órgãos deixaram de funcionarera 1 hora. Naquele momento, o mundo in-teiro se uniu numa emoção rara: ficou commedo. Da China à Suécia, comunistas, direi-tistas e democratas sentiram exatamente omesmo que sentira John Kennedy quando,naquela manhã, previra sua morte.

Um dedo triste no gatilho pode mais,muito mais do que a humanidade inteira.

O Relatório Warren é o resultado dequase dez meses de trabalho da comissãocriada no dia 29 de novembro, logo depoisdo enterro de Kennedy, pelo recém-empos-sado Lyndon Johnson, através de um ato exe-cutivo que levou o número 11130. O respon-sável pela comissão e que acabou levando

_.o,..seu nome foi oJjhief Justice Earl Warren,uma das maiores figuras dãYrústTçã~dss~í_üArPresidente da Suprema Corte. Um grupo desete homens responsáveis a integrava e ti-nha, por ordem do Presidente, à sua dis-posição os serviços conjugados do FBI, daCIA e do Serviço Secreto. Eram os seguintesos membros da comissão: Richard B. Russell,Senador pela Geórgia (democrata), JohnSherman Cooper, Senador republicano porKentucky (ambos com passado como juizes),Hale Boggs, Deputado democrata pela Loui-siana, Gerald R. Ford, Deputado republicanopelo Michigan, Allen Dulles (ex-diretor daCIA e advogado de profissão) e John Mac-Cloy (também advogado, com várias ativi-dades governamentais).

A comissão trabalhou no maior sigilo ecom uma minúcia impressionante. Os invés-tigadores fizeram 27 mll entrevistas resu-midas em 3 000 relatórios com 30 mil pá-ginas. Acompanharam todas as pistas, usa-ram todos os recursos tecnológicos para apu-rar a verdade. Não deixaram de atender anenhuma das hipóteses levantadas, por maislouca que fôsse. Um depoimento só valia de-pois de confirmado por, pelo menos, um ou-tro. Correram os EUA de ponta a ponta eainda foram mais longe: com a aprovaçãoou não dos respectivos governos fizeram in-vestigações na URSS e em Cuba para apurartudo sóbre as atividades comunistas de Os- J *ito?

wald. Todas as revelações foram guardadascom uma discrição impressionante: nadatranspirou até o dia da publicação do Re-latório. Johnson recebeu-o numa tarde friae chuvosa na Casa Branca, dia 25 de setem-bro, das mãos do próprio Warren. No do-mingo, dia 27, os jornais e demais veículos re-cebiam uma cópia do relatório para publicarem suas edições de segunda-feira. Não sobrouum exemplar.

E o que dizia, afinal, o relatório? Aquelelivro rombudo de 888 páginas, capa azul-claroe o selo do Governo americano em azul maisforte, dizia apenas que Lee Harvey Oswald,agindo sozinho, movido por uma neurose, umdelírio de grandeza, subira ao sexto andardo Depósito Municipal de Livros de Dallas e,da última janela do canto esquerdo, dispararadois ou três tiros com o seu rifle Mannlicher-Carcano. Um tiro acertara o Presidente nascostas e saíra pela garganta. A bala, no entan-to, atingira ainda o Governador Connoly, doTexas, sentado no banco da frente do carro,partindo-lhe o braço e as costelas. O outrotiro atingira o crânio de Kennedy embaixoe saíra por cima, levando-lhe parte do ossofrontal. Um outro tiro perdera-se.

O Relatório diz também que, 48 horasdepois, um outro paranóico movido por umoutro tipo de delírio de grandeza, para vin-gar a família Kennedy, penetrou na Centralde Polícia de Dallas, na Main Street, e ma-tou com um tiro certeiro o assassino doPresidente.

Só isso? Só isso. Mas o suficiente paraencerrar tôda uma interminável polêmica queenvolvera, inclusive, figuras famosas comoLorde Bertrand Russell e o Professor HughTrevor Rooper. As teses dominantes não ad-mitiam as versões oficiais, mais tarde com-provadas pela Comissão Warren. Os jorna-listas Buchanan, Sauvage e Joesten criaramna opinião pública mundial tamanha pressãoemocional que era difícil acreditar que osgatilhos em Dallas não íoram premidos poragentes da CIA, FBI, por Interesses petrolí-feros texanos ou por um tal de Mr. X, po-deroso, rico e direitista como deve ser umpersonagem da ficção politica moderna.

O Relatório desmente tudo isso, destrólpedra por pedra este castelo de suposições.Não traz nenhuma sensação nova e, por isto,a primeira impressão de quem o lê é de de-cepção. Mas à medida que as páginas e osdepoimentos vão-se sucedendo, à medida queas provas e os novos fatos vão sendo ex-postos, à medida que os investigadores va-rejam teses contraditórias e absurdas, à me-dida que se responde a todas as perguntas,sem-deixar nada em suspenso ou mal expli-cado, então, começa-se a ter uma estranhaimpressão: a de que se está assistindo à re-criação da realidade, numa complicada má-quina movida pelo bom senso e pelo engenhohumanos.

O que a Comissão pretendeu fazer nãofoi apenas um laudo. Ou apenas reunir osautos de um processo. A Comissão fêz istotudo e também um julgamento. A morte deum presidente dos EUA não podia entrar nahistória como um caso incerto. Havia queíazer justiça, ainda que o réu já estivessejustiçado, Ouviram-se sempre os dois ladoscada testemunha ou depoente acompanhadode seu advogado. Como o principal envolvidoestava morto e nada confessara nas poucashoras em que esteve detido, a Comissão teveque partir da estaca zero.

E, assim, questão por questão, íoram Indoate o âmago do caso para chegar com fatosnovos e irrespondíveis àquela minúscula eterrível conclusão: Lee matara Kennedy.O Relatório Warren também não é uma

peça jurídica. É a diligência do homem embusca da verdade. Ê a curiosidade humana,precisa, implacável e mesmo mórbida, pene-trando na intimidade dos acontecimentos, re-construindo-os mecanicamente. O Relatórionão afirma nada peremptòriamente.' Dizsempre "a evidência dos fatos nos leva etc."ou, então, mostra os fatos. A linguagem éprecisa e cuidadosa. Não há termos mal em-pregados ou vagos. Lingüistas chegaram a-ffiZBr

que é' uma peça literária de primeira"grandeza, tal a justeza das palavras, a lim-peza das frases, a solenidade do estilo.

Na verdade, o trabalho Warren é o outrolado de Dallas — a humanidade no que temde mais sério procurando redimir-se do queteve de mais sórdido naquele fim de semanade sol e sangue.

Todo o processo de Dallas pode ser re-sumido em dez pequenas perguntas. Respon-didas, fica respondido o processo, íica no-meado o réu. Estas são as questões:

1) Quem atirou no Presidente? O assas-sino estava sozinho?

2) De quem era a arma?

3) O assassino estava no sexto andar doDepósito de Livros ou na ponte ferroviáriaadiante da Caravana presidencial?

4) Quantos tiros deu o assassino e quala trajetória das balas?

5) É possível a um atirador razoável acer-tar num alvo móvel, àquela distancia, comaquele tipo dc arma?

6) Como escapou o assassino do Depó-

7) Como e por que matou o guardaTlppit?

8) Como foi preso?9) Como e por que foi morto? Quem era

Ruby? Quais as relações entre os dois?10) A conspiração.LEE OSWALD ATIROU SOZINHO NO

PRESIDENTE. Isto está evidenciado por umatestemunha-bomba, guardada em segredo.Howard L. Brennan, um operário em cons-trução, que estava assistindo ao desfile deuma calçada bem em frente ao Depósito déLivros, viu nitidamente "um homem magro,de um metro e 60, 30 anos aproximadamente,apoiar-se na janela e atirar do sexto andarcom uma espingarda em direção ao carro doPresidente".

Brennan vira, momentos antes, o mesmohomem aparecer na janela várias vezes. De-pois dos tiros, Brennan deu a informação àPolícia que imediatamente correu para oedifício. Sua descrição de Oswald é exata-mente a mesma da que foi feita pelo supe-rintendente do Depósito quando se fêz a cha-mada dos funcionários e se reparou que Os-wald faltava. Minutos depois, com a descri-ção de Brennan, irradiada pela polícia, oguarda Tippit o localizava.

Impressões palmares de Oswald no rifle,na amurada da janela, fibras da camisa nacoronha do rifle são outras provas. Náo fo-ram encontradas outras indicações para acre-ditar-se que Lee Oswald estivesse acompa-nhado. A arma e três cartuchos a ela per-tencentes foram encontrados no sexto andar.

Depoimento de Charles Givens: 35 minu-tos antes do atentado vira Oswald na janelado sexto andar.

Depoimento de B. W. Frazier: Lee Os-wald lhe solicitara uma carona para levá-loà casa de sua mulher na quinta-feira "parabuscar uns ferros de cortina para instalarem seu apartamento". Esta visita no meioda semana era Inédita. No dia seguinte, Os-wald voltava para Dallas com o mesmo Fra-zier trazendo um embrulho comprido.

Depoimento da senhoria de Oswald: oapartamento não precisava de cortinas.

Depoimento dè Marina: naquela quinta-feira Oswald não falou em cortinas.

O papel de embrulho, identificado porFrazier como sendo o mesmo que Oswald dis-será conter as cortinas, foi encontrado nosexto andar. Examinado cm laboratório re-velou-se que continha fibras do acolchoadoque envolvia o rifle.

Depoimento do guarda Marion Baker:logo depois dos tiros viu um bando de pombosrevoar assustado do topo do edifício do De-pósito. Correu para lá. Encontrou o supe-rintendente do Depósito e, com éle, começoua subir as escadas. No segundo andar,cruzou com Lee Oswald. Interrogou-o ràpi-damente. Não o prendeu porque o superinten-dente o Informou de que Osvald trabalhavaali e o policial, inconscientemente, criara aimpressão de que o assassino deveria ser ai-guém estranho ao prédio. A descrição de Bakercoincide exatamente com a de Brennan. Se-gundo Baker, Oswald estava calmo naqueleencontro rápido e não parecia ter feito ne-nhum esforço. Reconstituições cronometradasprovam que Oswald tivera tempo de sobrapara descer de elevador até o restaurante dosegundo andar.

AS ARMAS ERAM DE OSWALD. A ca-rabina de 6.5mm foi comprada em 13 de marçode 63 na Crescent Firearms Inc., de Nova lor-que, a um pedido da firma Klein, SportingGoods, de Chicago, que, por sua vez, rece-bera a requisição através de um cupão reti-rado da revista American Riflcman Magazine.O cupão vinha assinado por A. Hídell, CaixaPostal 2915, Dallas, Texas. Comparando aletra do cupão com a de outros documentosde Oswald, ficou confirmado, por especialis-tas, que se tratava da mesma pessoa. A armae a respectiva mira telescópica custaram 21dólares e 45 centavos. O Serviço Secreto dasForças Armadas italianas, a pedido da comis-sáo vetiticou" p&".arquivos-dar fábrica~Car-cano e comprovou que só íôra fabricado umrifle com o número C2766 (que é o númeroda arma assassina).

No Departamento de Correios de Dallasverificou-se também que a Caixa Postal 2915estivera alugada a Lee H. Oswald duranteo periodo de outubro de 62 a maio de 64.A caligrafia de Hidell para a compra da armae a de Oswald para alugar a caixa postal éa mesma.

O revólver ,Smith & Wesson, calibre 38,encontrado em poder de Oswald e que, depoisficou comprovado, matou Tippit, foi tambémcomprado para o tal de A. Hidell, tambémvia cupão postal, desta vez na loja SeaportTraders, Los Angeles. Os especialistas emcaligrafia do Depto. do Tesouro e do FBIconfirmaram que também coincidem aqui aletra de Lee Oswald com a de A. Hidell. Osinvestigadores descobriram no quarto de Os-wald vários documentos em nome de A. Hidelliguais aos que possuía em seu próprio nome.Verificou-se. então, que Oswald forjara do-cumentos falsos em nome do fantástico Hi-deli usando os seus como modelo. Em ambos,porém, a caligrafia era igual, üm outro do-cumento achado no quarto de Oswald faz aligação definitiva entre os dois personagens.Ê um certificado de vacinação assinado por

um dr. A. J. Hidell, Caixa Postal 30 016, NewOrleans. Os agentes verificaram que nãoexiste no registro de médicos de New Orleansnenhuma autorização para o exercício da Me-dicina com aquele nome. Verificaram tam-bém que não existe nenhuma caixa postalcom aquele número naquela Cidade. Mas des-cobriu-se que a Caixa Postal 30 061 estiveraalugada a Marina Oswald e A. Hidell. A ca-ligrafia coincide também aqui.

A utilização e criação dêste personagemera uma das manias de Oswald. Hidell erao presidente fictício da Sociedade Amigos deCuba inventada por Lee. Marina confirmoupara a comissão que seu marido usava èstenome e que, em certa ocasião, êle obrigou-aa assinar o nome Hidell como presidente emalgumas circulares da Sociedade. "Eu sabiaque Hidell era apenas uma modificação donome Fidel e eu sempre achei isto uma to-lioe muito grande de Lee" — são palavrastextuais de Marina, sua esposa. Quando mo-rou em New Orleans e procurou emprego, Os-wald preencheu um formulário dando comoreferências o sargento R. Hidell. Num outroformulário deu como referência George Hi-deli. Ambos nunca existiram. Quanto aonome de Alek, Marina informou que era oapelido de Lee na Rússia. O Relatório trazcópias fotostáticas de cartas enviadas porOswald para Marina assinadas por alek.

Marina sabia que Oswald tinha compradoum rifle e sabia onde éle o guardava. No diada morte do Presidente, quando Marina ouviuo noticiário pela TV, ficou apavorada. Correuintuitivamente para a garagem para veri-íicar se o rifle ainda estava lá. Viu a capada arma mas não apalpou-a. Aliviada, acre-ditou que a arma continuava lá. Mais tardea polícia veio revistar a casa, à procura dearmas. Marina levou os agentes da políciaaté a garagem e mostrou a capa. O policialnão se contentou em olhá-la. Foi pegá-la:estava vazia.

As armas eram de Hidell. Hidell era Os-wald. Que apertou os gatilhos sete vezes en-tre 12h 30 m e 13h c 15m naquela sexta-feirade novembro.

O ASSASSINO ATIROU DO DEPÓSITODE LIVROS. Uma das teses favoritas dosjornalistas europeus para desmoralizar a ver-sao oficial era de que os tiros não partiramdo Depósito mas de uma ponte ferroviáriapor onde passaria a caravana, segundos de-pois. O Presidente não teria sido, assim,atingido pelas costas do alto, mas, pela fren-te, de mais baixo.

O depoimento de Brennan é definitivopara a tese Warren. Além disso, para pro-var que Brennan nâo estava mentindo uti-lizou-se o filme colorido do alfaiate AbramZapruder que acompanhou a cena inteira doassassinato e que foi de grande serventiapara desvendar uma série de fatos. Neste fil-me, aparece nitidamente a imagem de Bren-nan na calçada em frente ao Depósito, con-forme êle dissera.

Depoimento de Amos Lee Eulns (15 anos,estudante): Êle estava em frente ao edifícioe viu, depois do primeiro tiro, uma cano deespingarda atirando mais vezes de uma ja-nela do sexto andar.

Fotografias feitas pelo fotógrafo Dillarde outros testemunhos revelam que no quintoandar, bem abaixo do lugar onde Lee estaria,encontravam-se três homens de côr assistindoao cortejo. Localizados pelos investigadoreséstés empregados do Depósito confirmaramque ouviram, partindo de cima deles, a ex-plosão dos tiros.

Uma outra fotografia, esta tomada porum profissional da AP quase coloca tudo naestaca zero. A foto tomada dois segundos de-pois do primeiro tiro revela na porta do De-pósito um homem com grande semelhançafísica com Oswald. Ora, se o suposto assas-sino estava na porta na hora do primeirotiro como poderia ter disparado do sexto an-dar? Os agentes mandaram fazer gigantes-cas ampliações da foto e ficou revelado queo assistente era realmente um funcionáriodo Depósito mas de nome Billy Nolan Lo-velady, que confirmou sua posição na portado edifício durante os tiros.

Detalhados estudos feitos por legistasconfirmam a natureza dos ferimentos, tantono Presidente como no Governador Connolye só admitiam uma posição, para o atirador:atrás e bem alto. A perfuração no vidro dopára-brisa do carro também confirma estaposição. Esta perfuração é conseqüência dcalgum estilhaço de uma d^s balas.

Algumas experiências para localizar aposição da arma assassina foram feitas comum rifle Mannlicher-Carcano 6.5 a 90 jar-das de um crânio humano a íim de repro-duzir todas as condições do atentado. Outrasreconstituições para configurar com preci-sâo êste ponto foram realizadas com tecidoanimal para verificar o tipo de ferimento queproduz uma bala ao sair e ao entrar no corpohumano.

O ASSASSINO ATIROU TRÊS VEZES. ,Três cartuchos. foram encontrados no sexto jandar do Depósito, mas a Comissão Warren !náo garante que foi èste o número exato dedisparos. A arma poderia ter o cartucho cieum disparo anterior na câmara, diz o pró-prio Relatório Warren. Um tiro falhou oalvo. se houve realmente três tiros, mas nãose sabe que tiro foi. Acredita-se que tenha j

sido o último, pois há que levar em conta que,para o primeiro, Oswald teve mais tempo eo alvo apresentava-se em condições melho-res.

Em seu testemunho o Governador Con-noly disse que ouviu um tiro, virou-se e sódepois sentiu-se ferido. Já a sua esposa, queestava ao seu lado no carro, informa que ou-viu o primeiro tiro e viu o Presidente segu-rar a garganta. De qualquer forma, o Rela-tório conclui que dois tiros provocaram to-dos os ferimentos nos dois homens: um atin-giu Kennedy nas costas e saiu pela garganta,encravando-se depois em Connoly. O outroatingiu o Presidente na cabeça.

A dúvida sóbre o terceiro está registradano Relatório só por amor à verdade: a evi-déncia só não é completa porque não foiachada nem a bala, nem a marca dela nocarro, no asfalto da rua ou em qualquer outrolugar num raio de cem metros. Não se podeacreditar, no entanto, que Oswald tenha dei-xado um cartucho disparado na arma e sótê-lo extraído na hora do tiro, coisa que sólhe faria perder mais tempo e precisão.

A trajetória das balas foi levantada gra-ças aos filmes feitos por amadores, especial-mente o filme de Zapruder. Comparando-sea velocidade de sua câmara conseguiu-se pre-cisar na menor fração de segundo a veloci-dade, a trajetória, e os resultados dos tiros.Ficou assim definido que o primeiro tiro foidisparado assim que o carro emergia da ío-lhageni de uma árvore da calçada. O outrotiro foi disparado 4.8 segundos depois.

A PROEZA NAO Ê DIFÍCIL. O filme daZapruder oferece um outro subsídio Impor-tante. Conseguiu-se estabelecer a exata ve-locidade do carro presidencial: vinha a 11milhas por hora, o que facilitou tremenda-mente o trabalho de Oswald. Por outro lado,a distância também não era grande: a cifraoficial é de 177 a 266 pés. Um atirador si-tuado bem acima do alvo e, êste movendo-se para írente, facilitou ainda mais. Espe-cialistas em balística e atiradores profísslo-nais declararam que, nestas condições e maisuma mira telescópica, não seria necessário ne-nhum atirador excepcional. A performance deLee Harvey Oswald como atirador no Corpo deFuzileiros Navais é considerada acima da mé-dia. Um homem que gostava de armas comoLee só podia ter uma marca multo boa.;Quando esteve na URSS. Oswald entrou paraum clube de tiro. Além disso fêz seis excur-soes de caça. Antes e depois de sua viagemà Rússia, Oswald saía freqüentemente com oseu irmão Robert para caçadas. Segundo de-poimento de Robert, "Lee era excelente napontaria". Depois de ter comprado o Mann-licher-Carcano, Oswald, contou a esposa, pra-ticara multo com êle. Marina contou mesmoque por várias vezes vira Lee treinando omanejo e acompanhando um alvo imagina-rio através da mira telescópica.

Para verificar a precisão da arma e damunição os especialistas da Comissão dis-pararam mais de 100 tiros com o rifle deOswald e com o mesmo tipo de bala (WesternCartdrige): não houve uma falha. Especia-listas do Exército e dos Fuzileiros Navais ex-perimentaram a arma em testes cronometra-dos e ficou comprovado que no espaço detempo de 4.8 segundos a 5.6 segundos (sehouve apenas dois tiros) ou no espaço detempo de 7.1 a 7.9 segundos (se houve trêsdisparos) era perfeitamente possível a umatirador médio, devidamente treinado, acer-tar no alvo.

Por coincidência, em alguns testes comalvos e atiradores dispostos na mesma posi-ção do assassinato, houve um índice de erromuito grande no segundo tiro. Isto leva osinvestigadores a supor que realmente Oswaldtenha falhado o segundo e acertado o ter-ceiro. Algumas testemunhas, para reforçaresta tese, declararam que os dois primeirostiros foram disparados quase que um atrásdo outro e que houve um ligeiro intervalo, li-geiramente maior, entre o segundo e o terceiro— como se o atirador caprichasse mais napontaria. Nenhum dos atiradores utilizadosnestes testes tinha praticado com êste tipode arma. Só lhes foi permitido um pequenotreino de 3 minutos antes do tiro, sem bala,para reproduzir um possível acanhamento deOswald com a arma.

Outros testes para verificar a velocidadecom que se podia armar e disparar o riflerevelam que vários agentes do FBI deramvárias salvas de três tiros com espaço detempo de 6 a 9 segundos. Um outro conse-guiu dar três tiros acertando no alvo. noespaço de 4.8 segundos. O recuo da armaao ser disparada também foi examinado echegou-se à conclusão de que é mínimo, nãoprejudicando o atirador nem na velocidadenem na pontaria.

(Continua)

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f RÁDIO 1

rumoJAIRO SOUTO DOMIN-

GUES — Uberlândia:"Quem fuma um maço decigarros por dia, qual aquantidade ãe nicotina ede alcatrão que absorve?"

Os dados que vamos ci-tar encontram-se no óti-mo artigo de 11 páginas in-clúido no livro O CorpoHumano (de Seleções tioReader's . Diçjest): Quemruma um maço de cigar-ros por dia absorve 400 mi-ligramas de nicotina porsemana e 840 centímetroscúbicos de alcatrão de íu-mo durante um ano. Oartigo é uma síntese co-men tada do famoso rela-tório apresentado pelo RealColégio de Médicos da In-glaterra, contra o fumo.

ia PolíerafoARISTON M. COSTA —

Rio, Centro: "Em que lu-t/ar do Maranhão nasceuCoelho Neto, em que datacerta? Coelho Neto figurouentre os fundadores daAcademia Brasileira dr Lc-trás? Que cadeira ocupa-va? Era. Coelho Neto for-mario ou autodidata?"

H enrique MaximianoCoelho Neto nasceu na Ci-dade cle Caxias. Maranhão.a 21 ds íe vereiro de 1864.Fèz os estudos de Huma-nidades no Rio. mas nào seformou em curso superior.Um dos fundadores daAcademia Brasileira de Le-trás. Cadeira n.° 2, Coe-lho Neto foi tudo ao mes-mo tempo: jornalista, pro-íessor, romancista, cronis-ta, teatrólogo e diclona-rista.

PoesiaDAÍ.1M GONÇALVES —

Urca. — "Em qual de suaspoesias, Castro Alves apre-senta a Fome, a Inãiferen-ca e a Morte como as trésirm ãs do verdadeiro Poe-ta?"

Refere-se a leitora a umadas poesias contidas nasEspumas Flutuantes, como titulo de Aí Três Irmãsdo Poeta. Castro Alves pósentre parênteses o seguiu-te: Traduzido de E. Ber-thoud. 4 estrofes e 4 versossoltos.

OlvidarTÂNIA DE ABREU XA-

VIER — Água Santa. —"João, olvidar, por esque-cer, é de que origem? Terávindo do latim?"

Veio. sim. No 1° tomo deseu Dicionário Etimológico,o Prof. Nascentes registra oseguinte étimo do verboolvidar: "Do latim oblitare,freqüentativo de oblivisci,esquecer. Em espanhol, OI-vidar; francês, oiibZier.

MolièreEUNICE BICALHO — Vi-

tória. — '-foi Molière quemimitou Goldoni. ou foi esteque seguiu o modelo doscomédias de Molière?"

Molière, leitora, morreu34 anos antes do nasci-mento de Goldoni. CarioGoldoni. o maior comedió-araío italiano do .séculoXVIII, foi quem. ao trans-formar o teatro de seu pais

. «riancio uma comédia de

critica moral, adotou (evi-dentemente sem nenhumdesdouro) o modelo de Mo-lière. — Lembramos que oPergunte ao João é progra-ma radiofônico: aqui ape-nas são reproduzidas algu-mas questões de maior in-terêsse, a nosso critério.

KennedyARNALDO MENESES —

Leblon. — "O livro de Ken-nedy muito elogiado peloPresidente Johnson. O Pesocia Glória, está traduzidocm português?"

Sim leitor. Êsse livro dogrande e saudoso estadista,O Peso da Glória, tem (naedição brasileira) 258 pági-nas, constituindo uma óti-ma iniciativa da Melhora-mentos. Sôbre êsse livro deKennedy, escreveu Johnsono seguinte: "Nenhum livro,como êste, terá lugar maisprivilegiado em minha bi-blioteca, nenhum livro seráaberto com mais freqüén-cia!"

TimidezSUELI MEN ESES

— Leme: "João, será que.os grandes astros dc cine-ma que aluam com tama-nha superioridade ao ladodas maiores estréias che-garam a ser tímidos cio co-meçar a carreira de ator?Robert Taylor, WilliamHolden e tantos outros...

Em geral, todos os gran-des atores tiveram seusmaus momentos no come-ço. Basta que lembremoso que declarou RobertTaylor numa entrevistasincera a Roderick Mann:"Quando nos meus 25anos, começando, atuei aolado de Greta Garbo emA Dama das Camélias. tre-mi mesmo: ela era umaexcelsa legenda e eu umprincipiante".

HeráldicaMARCELO BRANT —

Gávea: "João. em Herálái-ca, o escudo deve ser lidoe interpretado de que mo-do?"

Na Heráldica, lê-se e in-terpreta-se um escudo ao.contrário: a esquerda emlugar da direita e vice-versa, pois deve ser vistocomo no peito do cavalei-ro. Usam-se em Heráldi-ca os termos latinos dex-tra, direita e sinistra, es-querda. Todas as figurasno brasão, dentro ou íoradele, animal ou pessoa,devem olhar à âextra; setiverem movimento para asinistra significa bastar-dia.

MascoteAREMILDA PEREIRA —

Gávea: "Aquele menino áequatro ou cinco anos apre-sentado como a mascote doPergunte no João é doRio?"

Sim: o menino Nélio —muito vivo e inteligente—. é neto do veteranofuncionário do JORNALDO BRASIL, nosso colegae amigo Sr. Albertino Ro-drigues do Rosário, commais de 30 anos de servi-ço. — O Nelinho íoi men-cionado em cada aniver-sario do Pergunte ao João.ao longo destes cinco anos« quatro meses.

CINEMAESTRÉIAS

A XTJLIM NEGRA (l.a. Tu-lipc NoircO, de Chi-lstlan Ja-riue. Co-produçõo -.R.ico-ita-lo-espanliola em eôres. Capa-e-ccpnda baseado em Alexan-dre Dumas. Com Alain Dc-lon e Virna Dlsi. — CON-DOR — Lgo. do Machado..14 anoí — 14 li — 16 h —13 h — 20 h — 22 horas.SOCIETY EM BABY DOÍA —Luis Carlos Maciel « Valde-mav Lima. Comédia nacionalbaseada na peça de Henri-que Pongettl. Com Ionâ Ma-galhães, Natalla Timberg,Ítalo Rcssl e Sérgio Brito —Ko BRUNI FLAMENGO —BRUNI IPANEMA — CORAL

CARUSO. — 14 h — 16 h18 h — 20 li — 22 horafc.

O MAGNÍFICO aventurei-RO (The Magnificciit Ad-Tenturcr), de Ricardo Freda.

Italiano em côrcs focall-Bando a vida aventurosa deBenvenuto Cellini. — Com"Brett Halsey, Claudia Mori,Françoise Fabian, José Nle-to. No PLAZA — OLINDA —MASCOTE — ROXY — 14 ll

16 h — 18 h — 20 h — 21horas. (10 anos)._~YÕ__Ã AO MÜNDÕ I)_DANÇA — Festival apresen-tando íilmes dos mais ínmo-«os bailei.. Um filme por dia

N'o KELLY — TALÂCIOHIGIENOPOLIS — ICARAt(Nlt.). — Livro — 14 h —16 h — 18 h — 20 h —. 22horas.

AMOR FAZ MILAGRES (.loyin the Moraing) dc Alex Sc-gal. Um jovem universitárioresolve casar-se com uma co-leça e com isso arranjbm.multas complicações. Ame-ricano em córea com RichardChamberlaln, "ST vet te Ml-mleux. — No PATIIÉ — ME-TROS e circuito. — 14 ll —16 Ti — 18 h — 20 li — 22horas. (18 nnos).MEU s__NG_ir__c_ír_____DO (My Blood Riins Cold),de William Conrad. Ameri-cano de susprase. Com TroyDonahue, .leanete Nolan. —No SAO LUIS — LEBLON —RIAN — AMÉRICA — CAPI-TÓLIO — IMPERATOR. —14 h — 16 h — 18 h — 20' h

22 horas. (18 anos).

CONTINUAÇÕES"MY FAIR X.AJ.Y, de GeargaCultor. VersS. íiel e <Ie mui-to bom gasto da, peça muel-cal. Com Res Harrison aAudrey Hepbu-rn, Técnico-lor, Vitória: 15 li — 18 "a —21 h — (Livre).

A NOVIÇA REBELDE (TlieSound of Music). de RobertWise. VersSo cin.matogr.i,f!cade um musical da Broadwaybaseado na história da Fa-milla Trapp. Já íüm.-.da comêxito popular pelo cinemaa'en:5o. Palácio: 15 h — 18 h

21 h. (Livre).

DOUTOR FANTÁSTICO (Dr.St rangei ove), de 3tan.leyKubrlcSc, O maio:' fume deKubrlck, uma sátira violenta«obre o mito da coexiste»-c!a pacífica com as armasnucleares. Com Peter Scllen.Alvoradn. 14 h — 16 Sl — 18il — 20 ll — 22 h.

MÉDICA BONITA E SOLTEI-RA (Sex and Uie Si_ij.lt- Glrl)do Richard Quine. Comedi .sofisticada a partir de algu-mas Idéias enunciadas no-est-seller de Helen GurleyBrown sôbre os recursos deeeduçüo da mulher, para ca-»ar e para o resto. Com To-ny Curtis, Nathalie Wood,Henry Fonda, Lauren Bacall,Mel Perrer, Fran Jefrles &Leslie Parrlsh. Tecnicolor._N'o Odeon. (14 anos).a"QU_ LE QÜE

~SABE VIVER

(II Sorpasso), de Dino Hisl.Mostra a irreiponsabilitladerie Bruno diante da vida. ar-rastando consigo outras pe.-;-sor... Cem Vittorio Ctssman,Je.-n-I.or.-S Tratlgnat. Ca-therlne Spaak — Riviera —14 ii — 16 li — 18 li — 20 li

22 horas — _4 ancsl.LORD ÍIM (Lord Jim) de Hl-chard Brooks. Um oílclal diMarinha mercante Iu__!êsaque ibandonou suas respon-sabi! idades em uma situaçãodo perigo, procura a chancede reabllltaç&o. Adaptaçãoda novela de Joseph Com-adcom Peter CToole (de Liitl-renc_ da Arábia. James Ma-non, Curd Jurgens, JackHawkins & Eli Waüach. —Veneza Central c Mississipi:12hl0m — l_>h20ni — 18hIOm — 211». (14 anos).CONVITE AO PECADO (Ale-mílo com participação brasi-leira), de Horst Haechler. Omáximo de ridículo com ominlmo de esforço. Históriapolicia! pueril, com Erikanemberg. John HerbertMadri — 14 ll -- 16 ll — 18 ll

20 ii — 22 hora.-:. (14 anos)COMO MATAR. SUA ESPô-SA (ílow to Murder Yom-,,'ifc), de Richard Quine.O teetrólogo e rotelrlsta Gc-ovge Axelrod de O recadoMora ao Lado), demonstracomo produtor, associado aJack Lemmon. que o com-plexo diistenia de grandeequlue de Hoüywocd porte .gerar os resultados maisapreciáveis — não apenasmonstros de luxo. Esta co-media sofisticada, com Lem-men eni grando forma nopapel de uni autor de his-tório... em quadrinhos quointerpreta pt-s.soa.men te &"aventuras de seu herói, »um tios espetáculos mais dl-vertidos das últimas sofras.Vivna Lisi estréia auspício-.amente no clr.ema america-

no. Excelentes atuações rioTchhy Tiiomos. Claire T.-evorA; Etídie Mavehofí. — Tecnl-color. ÓPERA — BRUNI CO-PACABANA — FESTIVAL —14 li — 16 h IS h — 20 h —22 horas — (Livre).NA VORAGEM DO .WIÕr" —(Bus Rile}'s Back in Town)

As frustrações pequeno-burmiesas — a matéria pre-dileta do teatrólogo WilliamInge — compõem o back-ground contra o qual se agi-ta um Jovem que procurasubir na viria segundo asnormas vigentes de respeita-bilidade. Os personagens náosaem da pequena dimensãoe talvez por Isso Inge se tc-nha escondido sob um pseu-dônimo. Sem exprcEssiio Q- dl-reçâo de Harvey Hart. Com:Ann-Margrot (a um passoda caricatura do soxy), Ml-ch.tel Parks ,(imlti>ndo Ja-mes Dean). Janet Mnrgollninovata promissora), BradDexter & Jocelyn Brando —Eastmancolor. — DIPÉRIO

COPACABANA — SANTAALICE e CASCADURA — 14h

16 ll — 13 11 — 20 ll — 22horas. (14 anos).

Reapresentações.MADRE JOANA. DOS ANJOS(Matka Joanna od Anlolow),de Jerzy Kawalorowicz. Ba-«eatío mun íato reíl. ocorri-

™L

do na França em meados d»liiao. Com Lucyna Wlnnlcka.Mteczslaw Volt. — PAIS-SANDU. — 14 ll — 16 — 18 Ti— 20 b — 22 horas. — (0.8anos).Ã~CASA DU CÍIA DO~LÜÀRDE AGÚSTO (Tea houte otthe August Moon), comediaem córes com Marlon Bran-do. Glenn Ford e MachlkoKyo. — SCALA — FL<>RI-DA — BRITANIA — BRUNIGRAJAÜ. — 14 h — 16 h —18 h — 20 h — 22 horas --(Livre).

TEATROEM CARTAZÃS INOCENTES DO LEBLON— Trés moças mais ou me-nos inocentes num aparta-mento do Leblon, ComédiaInconseqüente da Barlllet aGrédy, adaptada e dirigidapor Sérgio Viotti. Com LellaKrespl, Teresa Amalo, PauloSerrado e outros. Carioca.Rua Senador Vergueiro, 238(43-8124). 22h; sábado, 20hIOm o 22h30m, vesp, quinta.16h e domingo, 17, Fun-ciona às segunda-feiroa, Ioi-Ka semanal às quartas.A VIDA IMPRESSA EM Dó-LAR — Drama de ClifforttOdete. Uma familia Israelitado Bronx enfrenta, tm 1933,a grande erlse econômica —Espetáculo digno o íreqüen-temente comovente. Dlreçáode Paulo Afonso Grlsoll. —Com Vanda Lacerda, CamilaAmada, Ivü. Cândido, HélioAri o outros. Dulcina —Rua Alcindo Guanabara, 17-21 (32-5817); 211l 13m; Sá-bado, 19h45m o 2-iiISm;vesp,: quinta _ domingo, bti16h 15m-üyrKõiwif CHAMADO Dr:'-SEJO — Remontagem dodrama de Tennessee WU-Ham, baseada na dlreçáorealizada por Flávio Range),há dois anos atrás. Com Mo-ria Fernanda (premiada, em1963, pelo seu desempenhono mesmo papel), IsoldaCresta, Milton Morais, Pau-Io Padilha e outros. — Praça,Praça Cardeal Arcoverda —21 h; sábado, 19 h o 22 h; -.vesp.-, quinta e domingo, lèhoras — Te!.: 37-7003.ãTdãma do maxim'_~_iEndlabrada dança de qül-proquós cômicos no melhorestilo de Feydeau. Espeta-

culo engraçadisslmo, dir.S.-mico e de grande belezaplástica. Direção e cenáriosde Giannt Hatto. Com TôniaCarrero e grande elenco.iMaison fle France, Av. Prea,Antônio Carlos, £8 (52-3456),21hlõm; sábado, 19hS0m e22h30m, vesp. quinta e do-mingo 16 hot-aü. Folgas inHegundas-felras • térças-íel-ras, -ltimas somanas."arena

conta zumbi --Curioso * original espetáculomusicado, contando a hlstó-ria dos quilombos. Texto d«Gianfrancesco Gunrnierl eAugusto Boal, eom esplóndl-da música de Edu Lôbo.Produção do Teatro de Are-na de São Paulo. Direção doPaulo José: com Paulo José.Dlna Sít. Vera Gertel * ou-tros — Miguel Lemos. Ru»Miguel Lemos, 51 (47-7433);21 h 30 m: sábado, 26 jj30 m e 22 h 30 m; vesperal:quinta, as 17 horas • domin»so. ás IS horas.CÕCÓi MY~DÃRLING :__~Co_média de Mareei Mlthoi»(no original: Croque-Mon-sieur). Com Dercy Gonçal»ves. Oscarito e outros. JoSoCaetano, Praça Tiradentes,tel. 43-4276; 21h; vesp. 5.» edom.. I6h.FLOR DE CACTUS — Come»dia dc Barrlllct e Grédy. Umdentista conquistador lnven-ta uma falsa esposa parti es-capar do casamento. Para oaapreciadores do bulevar. Dl-reç&o de Geraldo Queiras,Com Natália Timberg, SérgioBrito e outros. — Copaca-liana, Av Copacabana n. 327(,.7-iaiS! Rama; Teatro;2! )i 30 in; sábado, 20 h *22 D ;!0 m: vesp.: quinta,ás 16 horas e domingo àt 17horas.A H. BONS"" 'Ci-MPOS "—

Duiir.comédias de costumes do Rioantigo: Os IrniSos da.s Almas,do Martins Pena, e A Lota-ção dos Bondes, de FrançaJúnior. Elenco do TeatroExperimental da Universlda-de do Estado da Guanabara;dlreçáo de Luís Carlos Sarol»di. — Nacional de Comédia;Avenida Rio Branco n." 179;(22-0367); 21 boras; vesp.:domingo, 16 horas. Só atadomingo.'ÃRLÈÍJÜÍM,

SERVIDOR DÉDOIS PATRÕES — Comédiade Cario Goldoni. A obra-prima da Commedla de 1'Artedo eéculo XVII conserva atéhoje a sua gi-ando íôrça cô-mica. Direção de Maria Cia-ra Machado. — Bela1? cena*rios e figurinos de Ana Le-licla. Com Flávio de SãoTiago e o Jovem «lenço ama-dor do Tablado. — Tablado,Avenida Llneti do Paula Ma-chado. 795 (26-1555). — Só-mente ãs sexta-feiras (21horas) e domingos (17 hs).últimas semanas.CHICO DO PASMADO — Co-niériía musicada de AurlmarRocha e Renato Sérgio, commúsicas de Billy Blanco. Odosalojamenlo dos faveladosdo Morro do Pasmado pro-picla um romanco entre umcompositor popular e uma ns-elstente social bem-nascida.Dlreçfio de Aurimar Rocha,com Jorge Coutinho. AlziraCunha, Delorges Caminha eoutroé. Bolso' Rua Janyadel-ros, 28 (27-3122): 21V)30m; sá-barto, 20hl5m e 22h30m: ves-pcral: quinta, 16h!5m i do-mingo 17h!5m.MORTOS SEM SEPULTURA

Drama dc Jean-Paul Sar-tre, traduzido por JorgaAmado. Integrantes da resls-tência francesa, capturadospelo Inimigo, procuram des-cobrir o sentido e as res-ponsabilIdades da existênciaDireção de Paulo Afonso Grl»soli. Com Aldo de Maio, Ro-berto do Cleto e outros. —Arena da Guanabara. Largoda Carioca (52-3550): 21hl5m;sábado, 20h e 22h30m: vesp.quinta o domingo, 13h 30m.

Somente até domingo.CÕMÕ MATAR UM PLAY-BOY — Comédia de Jo&o Be-thencourt. Pai de mulherciumenta manda *Hmlnargenro playboy. Multas garga-lliadas, numa comédia semmaiores ambições. Dlreçáodo autor: com Nádia Maria,Rafael dc Carvalho (engra-cad.i-f.imo). Osvaldo Loureiro,Osvaldo Lauzada e JofreSoares. Jovem. Praia de Bo-tafogo, 522 (46-3160): 211i30m: aáb.. 20h • 22h30m:vesp. s», 16h30m e dom.,17h.MUSICA, DIVINA MUSICA— Comédia musical de Rod-gers e Hammerctein. baseadana história autêntica dtlamosa familia Trapp. Dire-

1

. Í

çáo úe Harry Woolever; —produção <ic Oscar Ornsteln,Com Teresa Cristina, CarlosAlberto e outros. A «traçãodo espetíicnlo: um esplendi-do grupo cle sete IntérpretesInfantis. Carlos Gomes, iluaPedro I (22-7:151); 21h veíii.crrilnta, sábado e domingo, 16horns.

Serial — Municipal, dia 20, às1G horas.

A MARGEM DA. VIDA — Omais poótlco dos dramas deTerna essee Williams, «m mnisuma versào. Direçáo de Al-varo Guimarães; com Margft-lida Reis, Helena Iní1.., Oi-nrrklo de Sonsa e Joe! Bar-colos. — Princesa Isabel —Avenida Princesa Isabel, 186.(37-0537). 21 h 30 m; vesp.:quinta, e domingo, 10 ho-ras. — ultimes temimas.

CONCÊRTO-PERFIL VILA -I.õliOS — Bnchiauas u.o» 1,5 e 8, Trio Oboé-Clurlnete eFajrote, Quarteto n.° lli —Municipal — dia 20, Hs 21horas.CONCÊRIO. SrVNXA CECÍLIA— E lnanrjuraçfio do nôvoórgão — Ângelo Camin. M.Tro.ro — Matriz da Glória —dia 21, f,s 20 h 30 ra.INSTITUTO ISRAELITAlll_ASIl_EU_0 — Concertocoral — Municipal — dia 21,àa 20 ll 30 m.OSB — Concerto da Juven-tude — Xarabtclicvf>-_s\ VeraXavier, EU Maria, Rebeei —Municipal, dia 31, As ID ho-

MUSICAISTELECOTECO OPUS N.» 1 —Texto de Oduvaido Viana Fi-llio, Sérgio Cabral e Teresa.Aragflo. Com Ciro Monteiroo DUermando Plnlielro Costa.Show com serviço de cllln-quês. Grupo OplniJo, Rua SI-queira Campos, 143, (36-3197),Horário: «eicanda-íeira, 21 h30 m; torça e Quarta-feira,meia-noite.SAMBA FEDE PASSAGEM —Show musical de Armandocosta, Oduvaido Viana riltio« Sérgio Cabral: com Aracicio Almeida e outros — Are-na — Opinláo — Rua Biquei-ra Campos, 143 (36-3497) —21 li 30 m; sábado, 20 h a22 h 15 m; vesp. quinta, 17hoas, e domingo, 18 horns

PARA CRIANÇASCIRCO RATAPLAN — De Pe-dro Velija, direção do autor.Teatro Princesa Isabel — Av.Plncesa Isabel n.° 1S6 (tel.t37-3537). Sábado t domingo,ns 16 lioras.O BRUXO E A RAINHA —Peça tle Pedro Reis. TeatroSanta Teresinlia. — Sábado.10 lioras, domingo, líili.REVOLUÇÃO NO PAIS DASTADAS -r De Slleilrl MftZOlt-i\ls. Direção de Rof ran Ver-nandes. — Carioca (43-0124).

Sábado, 16 horas e domin-Ko. 15 hovas.O PEIXINHO DOURADO —l>a Aurimar Rocha. Direçãodo autor. — Bolso (27-3122).

Sábado. i.i horas c do-mingo, I5h30m.A FORMIGUINHA QUE FÕiÀ LUA — Peça de ZulelcaMelo; direçáo de Luís Os-valdo: Pax, Rua Vise. de Pl-rajá, 351; 6áb., 16h e dom.,I5h30m o 17h.Ò CALDO DA BRUXA VE-LHA — De reinaldo Bochner.

Direçáo do José de Preltns,Elenco do Grupo Destaque.

Mlsuel Lemos. Rua Ml-guel Lemos n.° 51 — (Te!.:47-5197. Sábado t domingo,16 horas.O DRAGÃO E A^ EADA — Pe-ça musicada cíe Nilson Linse Barros e Carlos Tira. —Elenco dc Teatro BIBSA. —Direção de Moisés AicUan-blat. — Arena da Guanabara

Largo da Carioca (Tel.:55-3550). — Sábado e domin-Ko. ius lõhSOm,DONA PATINHA VAI SERMISS — Peça de ArturMala: direção do autor. —Mesbla, Rua do Passeio. 42-38r54-1570): _4b., lOh e dom.,10h30m.

Õ SALÃO DE DOM RÃTÁOPeça de Cléber Ribeiro

Fernandes, Direçáo do autorArena, Opinião — Rua 81-

queira Campos. 143 — Tel.:36-3407 — Sftbado « domin-go, ISInSOm.

FliltNANDEZ N ACIONALIS-TA — Conferência D. Mar-tine Lamas — Quinteto So-prós Rádio MEC — CBM, dia24, às 17 h 30 m.OSIt — Fitipaldi « Strutt —Guarnieri, Ravel, Resplgul •Dukns — Municipal dia 27,às 16 h 30 m,FRANCISCO MAN UEL —Conferência de Aires de An-drade — ENM, dia 26, S__ 17horas.RADIO JB — Programa Pri-meira Classe — às 13 h 05 m— Caçada neal rie Tempos-tade de Os Troianos, de Ber-lio/.: Tu :i IVill Rose, de MacDowell: Festival (le Bagdá,O Mar e o Refugiu da suiteScheherazada, dc Rimãky -Korsakov; Salut d'Amour, cleElgar; Tzlganè, dc Havei;Berceusc, do Drahms.

T jpWSÀCTO PROGRAMADE HOJE

REVISTATEM P1RIHI NO PORORú —Revista de José Sampaio <Álvaro Marzulo. Com Elclnn.

Recreio. — liua Dom Pr-dro I (22-3164); 20 e 22 )i;vesp.: quinta, sábado e drr-mingo, 16 hora:;.TKÜCAliEI.II NÃÒ" NEGA" —Revista musical produzida ndirigida por Carlos Machadoe apresentada por AbrnGoMedina. Com Grande Otelu,Lady Hilda e grande elenco.República, Avenida OomenFreire n. 474-A (22-0271); —vesp.: quinta, sábado e 'lo-mingo. 16 horas.

M ULIIER É A TsÕMJÇÃÕ" —Ilcvisca de Gomes Leal. comCostlnha, Isa Rodrigues. Ll-na Lee, The Rollcrs Stars ooutros. — Rival. Rua ÁlvaroAlvim, 23)27 (22-2721): 20h e22h; vesp.: quinta, sábado *domingo, 16 horas.

EM ENSAIOSas~ vitiVAS DÕ Machado

Espetáculo baseado em es-tória e personagens de Ma-chado cle Assis; texto de Ser-Rio Viotti. Com Eva e seusArtistas. — Rio. Estréia ês-te m..s,Õ LABIRINTO — Peça

"de

Arrabal. — Direçáo de LulaCarlos Maciel. Com o elencotio Teatro de Repertório —Teatro de Arena da Guana-bara — Estréia, dia 2(1.MESTRE GÍÍ7"^Í____ENTÃ0

Espetáculo comemorativodo V Centenário de GU Vt-cente. Direçáo de Luis deLima; com Maria Sampaio,Aslido Ribeiro e outros. —Estúdio (211 Vicente da Ex-poslçfto Portugal de Hoje. —Estréia êste més.ÒS FASTASXÍKÕ_r^~MÜ6Í-cal com texto de Tom Jones• miisica tle Harvey Schmidt

Direção dn Antônio deCabo. — Carioca, ISstréla cmdezembro.MARriNS~Pl:NA~IAi. Kllt

Duas comédias em umrro: Quem Casa quer Caiu oAs Desgraças de umn Crian-V». Direçáo de Bérglo Viotti.

Princeia Isabel — Estréia_ de dezembro.CALA A ^c7\rÊTÊrVjSÃ~—A-laptaçfio raurüeal da coube-ctdr. comédia de A r r:i ii n d oOonüaga. Música de Joilo Rc-berio Kelly, Adaptírão e di-r_ç1o de Sad! Cabral. ComBrlglw Biair. — Serrador.Estrela B de dezembro.

MOS!CA "

A VOLTA AO MUNÍTÕ DÃDANÇA. — V Festival lr.ter-nacional do Filme» do Dau-ça — Cinema Kelly. — lícjo:«ilscle, Romeu e Julietn, Pa-poula Vermelha, Danças Co-h ridas da Polônia.CONCURSOS INTERNACIO-NAIS DE PIANO E DE VIO-LINO — Municipal — Dias23, 24, 25. 26. 27. 28 í 20, tó2i horas.

As 22 horas no Canal 2, mnistun filme dn série CIDADENUA,

SUGESTÕESUNI UUNI Tf: (4) hs 11 ho-ras — Jnrdlm da InMncla.DESENHOS (4) íls 12 horas

Gato Féllx c outros.TELEGLOBO (4) às 12U 30m

Telejornalismo.STEVE CANTO!* (6) às 16horas — Aventura,CAPITÃO FURÁC50 (4) à*17h — Infantil.AVENTURA SUBMARINA («)ãs 17 h 10 m — Flüne,POPEYE (2) às 18 h 30 m —-Desenhos.JORNAL FEMININO (fl) _i18 h 30 m — Telejornalismoespecializado.ZÉ COLMEIA (6)'ia-18 h45 m "- Desenhos animados.Hoje: EXEMPLAR TERRES-TRE.ARTIGO 89 (B) às 10 lioras-- cultural.PAGINA 13 (13) âs 19 h 40 ro

Horóscopo.FAMÍLIA BUSCÃTÉ (4

~-_ 20

horas -_ Fllme-com6dta.REPúRTEIt ESSO íti) ás"20lioras — Telejornalismo.1 ¦ ítíSIBIRA EDIÇÃO" <Í3~ á»20 horas — Telejornalismo.ri' ti íí T RÃ S MA NÕ T i CÍ V" 16)ás 22 ll 30 in —< Comctrtérrío»politicos.JORNAL DE VANGUÃRÍÕÃ(6) ás 22 li 35 m — Telejor-nalltmo.5ÍÊSAS-REDONDAS (Ilj às23 ll 10 in -- Gil.iOll Amadodebate.BATlSpRONTO (13) ás 22~h55 m — JoRo Saldanha <ro-menta futebol,üí.TlrliÃ"EDIÇÃO (ÜTàs" 23liorru. — Telejornalismo.FRENTE Á. FRENTE (13) às23 h 40 m — Heron Domin-gues entrevista.

ÀRTÉSPLÁSTICASBIENAL Í)K SÃO TAULO" —Mostra Internacional reu-nindo 53 paises e apresen-iando tôrias as tendênciasdn arte atual. Expedição quenüo pode deixar de ser vl-fitada por todos quantos sadirijam á Caplt.ii paulista.Abre diariamente, de 15 ás22 lioras, no Pai-liliãti da Bie-irai do Parque Ibirapuera.Ingressos a CrS 300, excetoterças-feiras, quando i cra-tulta a entrada.AR TE

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ME.u.E — 28 nrtlritas moder-nos brigas em expo.;lçSo, nolado dos desenhos e protótl-pos de móveis des arquiteto»Mimad e Mcale — Museu d«Arte, Moderna — Av. Beira-Mar, tcl.: 31-1371 — Abertodiariamente do. 12 ts 19 ho-ras. sábados e domir.üos ds14 ... ii) horas.NEWTON RESENDE — Pln"-turas e desenhos — tíaleriaAmbiente Spazio — P.ua Ba-frita Ribeiro n.o 2O0-F —Drárlnmeute dns 9 i.s 22 ho-rr,s. Sábado até 12 'noras —Fechada aos domingos,PF-TITE GALERIE — A ex-pcslçSo no acervo. Portlna-ri. Dl Cavalcanti, RobertoMagalhfies. Djanira. Guie-nnrd, Vo'pl etc. — PraçnOeneral Oiórlo, telefone: ..27-j20ü — Diariamente de 17hr 22 heras. Fechado aos do-mlngos.

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;6 às :'2 horas,fechada aos domingos.MARV ANN — PinnVrksT- — -Galeria Varanda — Hna Xa-vier da Silveira n.° 59 (tcl.:"ú-.BOll. Aberta diàn.imcn-le de 16 _._ 22 horas,- fecha-da a05 domlugos.aUKIA TERESA — Desenhos— Galeria Macunaima —Rua México, esq. do AraújoPorto Alegre. Aberta diária-mento, de 1B ès 22 horas: íe-criada aos domingo».SEPP BAENDERECK — Pin-tura. — Galeria Itelêvo, Av.Copacabana n.o 252. telefo-ne: 37-1737. Diariamente, do17 às 22 horai; fechada aosdomingos, Até dia 30.

KIO NA MUSICA BRASILEI-KA — Conferência do DoraBeviláqua de Godói — ENM— hoje, às 17 horas.SÔNIA SfiíUTT — concerto"-penli Vila-Lôbos — Audltó-rirr Mevnla — Hoje. às 21 ho-ra_!MADAME BÚTXERKLY -Maria Bu/cllu, ConstanteMorct, Lourlval Braga, AuaMartins, Lembo, Solirnn. Mo-relra. Nogueira — Municipal--amanhã, às ,11 hom.-:.BANDA VÕLKSWÃGÉÍÍ —Obras <i« Vila-Lóbos —" Reg.Bemnrd — Auililòiio MEC,«manha,_ás_17 horas.osb — Concêrto-pírfíTviilií-L«bos — Karabtchevbky «

LUÍS GUIMARÃES — PÜÍ-tura. — Galeria Verjeau —Avenida Atlântica n.o 3 584.Diariamente, de 17 às 24 ho-ras; fechada às segundas-íclrassÂté dia 27.ít A IMUNDO OLIVEIRA —Pintura. — Galeria Bonino,Rua Barata Ribeiro n.o 578 _tel.: 26-7534. Diariamente,de 10 ás 12 c do 16 às 22 ho-ras: fechada «os domingos.Alé dia 27.JUARiãTMAClUDO E ELENKUHN — Desenho t gravurr- Galetia 1BIIU, Av. Copa-cabana n.o soo, 2.o nndar. -cel.: 57-1146. Diariamente.de 10 ás 22 horas; sábados,do 16 ás 20 hora_,; fechadaaos domlnsros.COLETIVA-—

"AÍÜnos de

vanguarda do Museu dc ArteModerna. — Palácio PedroErnesto (Assembléia Le;tt_'.a-tiva da GB1. Aberta Ès ec-gundas, terças, quartas t.êxtní-feairas. d« 13 à.a ishoras. Até dia 15 rie drv.m-bro.

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Avenida Copacabana, 919-.201. Diariamente, do 17 à.i 23horas; fechada aos domingos,

show -ROSANA a: S1MONAL — Noitlo 1800 o show do Mlèle oBÔ3C011, com-Rosana . Tapa-Jós. Wilson Slmonol « trio.Avenida Vieira Souto n. 110Couvert: Crs S ml! — Reser-vns:_27-2447 e 27-0450.RIO • DE 400

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Meia-noite — Couvert dcCr.V 3 mll.LUÍS BANDEIRA — No SkrTcrracc — Estrada dos Ca-noa? — Couvert «le Cri 3 000Show com Wagner. Tlssot Verônica. Pecha às se-gundas-feíras — Sem con-mimaç&o mínima.ÒHFEU E A. BOSSA — Show«•om Agostinho dos Santos,Tânia Marin e K-Trio. Di-recáo de jVi-ttir Farias. Cou-vert: CrS 5 mili. Na R-Silin-ba — Av. Itul Barbosa, 170(térreo), Tol.: 43-5424.EUGÊNIA DE LIMA — NaAdcga de Lisboa — Rua Cln-(ro dc Julho — Shtnvs comMaria José Vllnr e Arman-tío Nunes — Dlreoiío deJoaquim Snralva. Horário:21 li 3U m e 22 h 30 m. —Couvert: CrS 1 500.PEItl, LENI E BOSSA 3 —Xa Gemini V — Show doMlèlo e Bòícoli. com Perl Bi-beiro, Leni AncU-ride e Bo..-.*a. 3 — Av. Copaca-baíia n,73 —' A 1 hora. Cuuvert: Cvs

fl mil

Jornal do Brasil, Quinta-Feira, 13-11-65, Cad. B _- 7.

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Direçüo de Aluisio dc OU-veira — No Zunzum — Ru*Barata Ribeiro — Couvert:Cr* 10 mil.ANTÔNIO MESTRE — NÓrailo — Show com Manue-la Novais e Márrio SiuiOes

Rua Bardo de IpmemaCouvtrt! CrS 1 500.

TÊR ç À'-F É lli A GÕitDA —Dc Haroldo Costa, com pro-driçio <': Carlos Machado.Um grito dc carnaval quecomeça com o íruuoio Alui-Alas da Chlqulnha Gonsrn-ga e termina no carnavalde 1966. Tem í_tad« Batia-ta, ít-, irmãs Marinho e ofrevista Jonas Moura. Or-quês! rações úe Guio dJMarals. À 1 hora, no 1'red's.Av. Atlântica n.o l 020. —Couvert: CrS 8 mil.ARACr"DÊ~ÃLÃ_SfDÃ — NoNanal-Bar, n.v P.ua Cans-lho Mendonça. Diariamenteà : hora. como sempre,Ariívcl com *eus ca ml) as «multu telecoteco, Cuuvert:3_ mil.VANDEKLEI — No Littl»Club, Vanderie! Cardoso.relnaugurando os sliows noIleeo das Garrafas. ComTrio do Oscar Galleudo. A1 hora, diariamente. Cou-vert: Crí d mll.SÍLVIO CALBÃS — No

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PANORAMA

MUSEUS

4

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Giobo, 401 páginas, CrS 4mlí. — Primeiro romance delírico Veríssimo, após a pu-blicação cio Ultimo volumeCa trilogia. O Tempo e oVento, O personagem princi-pai, Gabriel Hcllocloro Al-varado, c Embaixador cmWashington da República doSacramento, pais imagináriosituado no Caribe e gover-nado por uma ditadura ml-litar. A ação passa-se emSacramento e noa EstadosUnidos, em torno üo mundodiplomático dos dois paises.

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— 0 GOLPE~EM GÕÍÃSMauro Borges, Editora Oè-

vlllzaçâo Brasileira, 3.11 pátl-nes, CtS 3 500. O livro sepropõe a ser o "tc.:an_entopolítico do autor" e relataaconíeclmcuits relacionados» sua ndmlnlstraçSo no Go-vêrno dc Goiá... sua p.)rti-clpnçâo nos movimentos an-testerlorcs à Revolução de l.»do Abril e, finalmente, osmotivos que o levaram a terseus direntos políticos cos-aaúos.Í — FRECÍ.rvTn,rirÕBRÃ

Carlos Estevam, José Al-varo Editor. 114 páginas, Cr»1 200. Consciente c incons-cienta recalcjue e sublima-ção. o seutldo dos sonhos, opesadelo, causa e cura daneurose. » evolução sexual,o complexo d» castração «vm esboço blosráílco de 61g-mund Freud são alguns dostemns tratado» nesse breve,ensaio, com o ciuirl o autorac propôs a divulgar cs prin-cíplu. da Psicanálise.5 — FAZ ESCUItO MAS EÜCANTO — Tlt go do Melo —Editora Civilização BréMlel-ra, B3 pár.ln;i7;. Cr* 1 500. —Poemas inéditos do autor,escritos durante a sua per-manõucia no Chile comoAdidn Cultural do Brasil.

ESTRANGEIROS "

í — ÔIA CEUTA CAS ASUSPEITA - Polly Adler —Livraria Eldorado E d I . 6 tf.287 páginas, Cr* 3 800. M>-

CASA DE liUl IlAItUOSA —A própria cara cie relíquiasligada á vida cio grande ho-mem público, além de suabiblioteca de cerca cie -10 mtlvolumes compõem o Museu— Run São Clemente n." l.l-l(tel.: 46-5293 e 23-2548), —Horário: de 12 ás Kilr 30mexceto ás segundas-feiras —Entrada franca.-MUSEU""DE' Altili MODÊ1UN.V -- Cuifios e conlercuciívs,oKpo-jíção permanente. Ave-ulcia Intantc Dom HenriqueIM!.: 43-5372). Horário: da

12 ás 19 horas, de segunda-feira a sábado. Do 14 ns 19horas nos domingos e íerla-des. Entrada franca.MUSEU DÕTrUNCÕ" DO' BKÃ-SIL — Recolhe e expõe oo-eu m ent os e objetou de valorhistórico ligados ao estnbclo-cimento. — Avenida HioBrnnco, fi., 1C.° andar- (tele.fone: 43-5372) — Horário: to12 ás 15 horas, de segunda aeestft-felrn. Fechado nos sá-bados o domingos. EntradaIranca.âÜJS3U~Í_T_~CÃÇA~Ê

"pesca

— Reúne animais típicos dafauna brasileira. — Prrça 15cio Novembro. Edifício Pesca,4.° nndar, tcl.: 31-2045). Ho-rário: do 11 as I7h3om, e~-cecõ 003 sábados e domingos.Entrada franca."\rrSilf~DE

GEOGRAFIA —Expõe ns pí-ifiogens físicas ahumanas das grandes rcgtóeígeográficas do Brasil — Ave-nida Calógeras n." S-B (tel.:52*4935). Horário; d-r II àa17h30m, exceto aos sábãtíon odomingos. — Entrada franca.MUSEU-BE CioÉSÃITÁ __MINERALOGIA — Compre-endo seções dc Minem!ogla,Geologia c Paleontclogia. —Avenida Pasteur, 4C4 (te!.:20-0309). Horário: cle 12 ris17h30m, exceto lios sábados _domingos, — Entrada franca.MÜSÉU III STO 1! IC O

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Jetos e documentos llçaslos anossa História nos perlofo»do Brnsíl-Coiõnla e Brasil-Império. Ricas coleções <aArte Sacra e NumlsmAtica —Praça Marechal Ancora i tcl.:42-5367). Horário: de 12h ás17hl5m, dt* torça a scxtn-fet-ra. De I4h30m ás 17h45:n,nos sáündos e domingos. ío-chado às segundas-feiras. —Entradn franca.MUSEU DOS" TEATROS l>nKIO UE JANEIRO Ele-mentos e documen taçáo re-ferentes a vida artístico-tea-trai da Cidade. Avenida PioBranco iS:;lüu Arrirloi. (te-lelone: 22-2885). Horário: do13 às 17 horas, exceto aoaíí Abados e dominsos,SlLSKU DA CillADil"— Rei-qulas histórica'-: e curloslda-des referentes n fundação daCidade do Rio de Janeiro - -Parque d;. Cidade (telefone:47-035:1). Horário: de llliliomà.s 17 horas, exceto às seuil n-das-felras. — Entrada fran-ca,MUSEU

"iIO Í.VUIO

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eHIoa de caça e pesca, cerft-mica marajoara, omnnini-to.-1, máscaras rituais c docu-mentaçáo fotográfica das vá-rias tribos do Pais. Eua MataMachado, 127 (tel. 23-5306).Horário: cle 11 às 17h, dasegunda a sexta-feira. Foclia-do aos Ptibados c domingos,MUSEU NACIONAL — Se-çôes de Botânica, Etno-grafia. Antropologia, Geolo-gío e Mlneralogla. Quinta daBoa Vista (tel. 28-70101. Ko-rário: dc 12 ãs lCh30m, cx-ceto às eegundas-feiras.

MUSEU DOS TEATIIOS"-"—Peças, literatura, fotos, |.':n-vuraa e documentação refe-rentes à vida artlstlco-ten-trai do Eio. Av. Pio Bran-co. Salão Assírio do TeatroMunicipal itel. 22-20851.Horário: cle 13 ài 17h, exce-to nc-í sábados e domlnvíos.»I Ü S EÜ" f) A ItKPi111.1(1— Antigo Palácio do Govêr-no, ate a mudança da ca-piirrl para Brasília. Recor-ilriçòe.- de mais de 70 nno.ido vida republicana. Rua doCatete 611. (tel. 2J-43.K..Horário: rio 13 as lOh. de. ter-ça a sexta-feira: cie 15 ás19h, sábados p domingos.Fechado t._ tegundas-felras.

ii», onele oMortos sem Sepultura, ele Jean-Peud Surtia, deixarei domingo o Arertia ela Gtuinabtlealro da Repertório upresentará, a partir do dia 26, Labirinto, cí* Arraial

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Lk ¦ ¦: ymí.m fl S &-lfüíí f. líMtiítl

As VisuaisPARA HOJE — Inaugura-

se hoje, às 21 horas, ua Gale-ria Itlantimirire (Av. Copa-cabana, 1 143), uma expoai-«::"io dc xilogravuras do arlis-tu argentino V crsacci. Aniuütra será realizai!:', sob osauspício:, da Embaixada daArjcnüna •co Brasil.

PRÊMIO DE PINTURA - Jáso neiir.in abertas aa inscriçõespara o Prêmio Air France dePintura, devendo os trabalhosserem remetidos até 31 cie ja-neiro pttra 03 seguintes locais:Rio, Av. Antônio Carlos. 58, 10.°andar: S.:o Paulo. Av. Sito Luis150; Brio Horizonte. Run Rio

úc Janeiro,- 452, .sala '.'.05 r Bra-silia, Galeria do Kotel Nacio-

PAüSTO .voLrr (Televlííol - iiaiihy laus (Artes Plásticas) - lago BURNETT' L'íiCrwna«TiíwÁ'.'.<'Iv. SG,0AÍES '£[*}¦ (Internacloniüi,) - mm AM ALENCAR (Cinema)~

viv^úf n^V.Ví-N,r'Musc,1> T-.í'.^"" IVAN ÇJUVENAL POUTELLA (Música Popular)— 1A.N AirCHAI.Sm (Teatroi — SIIVIAO MONTALVEltNE (íí)iiihs)

Gavela <le LelrasOs AN NA ES DO RIO — :

Um dos mais signilic a t ivo s-'acontecimentos culturais no";quadro das comemorações do -IV .Centenário é, sem dúvida, o lan-çamento, em edição fac-similar, icia obra do grande historiadorda Cidade. Baltazar da Silva Lis- .boa, intitulada Animes do Rio ¦de Janeiro em sete volumes,anunciado pela Editora Leitura.' •para o próximo mês. ' *'

Essa obra. cuja única edição :data cle 1834/35, isto é, de 130anos permaneceu durante todoêsse tempo desconhecida de su-cessivas e.erações de estudiosos .-e leitores em geral, dela exis- ;"tindo, em bibliotecas, não mais . íde uma dezena de coleções, que *o tempo vem consumindo ine- -•xóràvelmente. Sua reedição põefim, agora, a uma grave falha •no que toca à nossa historiogra- .'fia e coloca ao alcance dos es- ¦'.tudiosos e do grande público juma realização por todos os ti- ¦tulos preciosa, representando. .ixiis, uma real contribuição às ;"comemorações da fundação do •'.Rio de Janeiro. .f*

Além dos sete volumes dpque se compõe, a edição de Lei-, -tura inclui um oitavo tomo. 3contendo as mais valiosas criti- 'Ccas e referências dos principais -historiadores, desde a época do >seu aparecimento até os nossos >dias, assim como riquíssima ico- -nografia (em parte Inédita), a.'-"partir da descoberta do Brasil. "A edição apresentará também :uma introdução crítica do Prof. ¦--José Honório Rodrigues sôbre a :rimportância dos Annaes do Rio _de Janeiro, na historiografia ."brasileira. ¦«'

PRiirMIO — o Prêmio Fer-nando Chinaglia será entreguea Josué Mon telo em dezembropela União Brasileira de Escri-tores.

SOCIOLOGIA — Uma série deestudos Introdutórios ao estudoda Sociologia foram enfelxadospor Otávio lanni e F. H. Car-doso, para a Cia. Editora Nacio-nal, sob o título rie Homem eSociedade, livro que ora alcançaa segunda edição.

Integrando a Biblioteca Uni-versitária, Homem e Sociedadeé uma visão, em linhas geraisdo campo da Sociologia, de suasresponsabilidades e aspiraçõesdo que dela se pode esperar, e^sobretudo, uma visão de oonjun-to de "problemas essenciais quedevem ser esclarecidos em qual-quer curso de iniciação em ni-vel superior".

ÍÉÈuMMyM̂'MÈm

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Raimundo Oliveira: Triunfo dc David em Jcrusulém, em exposição na Bonino até o dia 2.

Nos Bastidores

EDIÇÕES DE OURO EDITAM TEATRO — Apopular série cie livros de bolso Edições de Ouro aca-ba de.publicar algumas peças de

"teatro, entre as

quais: As Mãos de Euríãice e Esta Noite ChoveuPrata, de Pedro Bloch; História de Oxalá, de ZoraSeljan; O Avarento, de Molière (com um estudo sò-bre a história cio teatro francês, de autoria do tra-dutor da peça, Bandeira Duarte); e Maria Stuart. cleSchiller, em tradução de Manuel Bandeira (e comapresentação do nosso colega Fausto Wolff).

nal. Como o_•"¦"¦¦

rt-10vma via,vem a Paris com estadaci" i.i)!i íriCs e o arti..--ta óirve terno mnxi.no 35 anos, cc:n umaexposição individual reallzaclu.

CONCURSO D2 JÓIAS — Nopróximo din _U será feito o jni—gamento cio Concurso Interna-cional de Desenhos para JóiasBrasileiras, 1 a 11 ç a cl o por ií.Siem. O prêmio é de mil dóla-res e estão concorre, neio algunsdos nossos principais artistas,além de diversos estrangeiros.

e:IFOSIÇAO GERPA — Inau-gura-se dia 23, r.o Museu de Ar-tc Contemporânea de São Pau-lo. uma exposição de 50 desr-nhos de Ivã Serpa. A mostratem caráter retrospectivo e é aprimeira individual de Serpa em£;"..'.! Paulo.

EXPOSIÇÃO GOLDREICH —Para 25 esta marcada a abertu-ra da mostra da pintora isra-elense Ta mar Goldreich no So-ciedade Hebraica, a Rua dns La-ranjeiras, _i4a.

'v , 1 ? 1 iv >

EM TERESÓPOLIS — No diaS de janeiro, com a opera Ciei*5".mi Tuttc, será inaugurado oXVI C u r s o Internacional deFérias Pró-Arte de Teresópolis,que contará com os seguintesprofessores: Canto. Cellna Sam-paio,. Lourdes Cruz Lopes, Ale-xandre Trik; Piano, Daise i\c.Luca. Heitor Alimonda, Home-ro Magalhães; Violino. AlbertoJafé; Música de Câmara, Al-berto Jafé; Flauta, Lenir Si-queira; Clarinete, José Botelho;Orquestra. Homero Magalhães

c Alberto Jafé.KRENEK ¦ Ernst Krenek

acaba dc» festejar seus ^5 anosde iíircr" Múyico rebaid" e ge-lli.li. fOilill Clllll Ulli í Í0;rr':l íé-rie de inr-s e cio êxitos. P:';v..-seiuanie e::n pejmal de um ti-po coinc-mii' -n 11 \. ái' artisfiiniiverrii. itirt.-r i-ousciente filhoca Áustria, oncie nasceu, pos i;iuma iiiipurtanUssiaio ba'T,rr;C,nor o:;ra.r o óperas, que iníeii^-mente o Rio desconhece por

ESTRÉIAS ADIADAS — O espetáculo patafísicodo;< Grupo Decisão, intitulado Preversão, cuja es-tréia estava anunciada para 15 de novembro, serálançado na próxima segunda-feira, dia 22. Preversãoserá apresentado no Teatro Miguel Lemos, no hora-rio das 23h 30m. Quanto ao Teatro de Repertório, olançamento da sua nova produção, O Labirinto, deArrabal. que Luís Carlos Maciel está dirigindo noArena da Guanabara, passou de 23 para 26 de no-vembro.

CALA A. BOCA.. . CANTANDO — A famosa co-media de costumes Cala a Boca, Etelvina, de Arman-cio Gonzaga, está sendo ensaiada no Teatro Serra-dor, e]á está com a sua estréia marcada para 8 dedezembro. Todavia, a peça não será apresentada nasua versão original, e sim numa adaptação musicadade autoria de Sadi Cabral — que é, também, o dire-tor do espetáculo — e com música de João RobertoKelly. A vedete do teatro cie revista, Brigitte Blair.será a principal figura feminina do elenco.

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MAUA — As Edições de Ou- -:ro lançaram, em reedição, aAutobiografia de Maná, conten- .do, principalmente, o Relatórioaos Credores, de Mauá & Cia. A _¦nova edição do livro é anotada '.e prefaciada por Cláudio Ganns, .acompanhada de indicações ge- ;;nealógicas, históricas e biblio- ;gráficas e de 30 gravuras.

Câmara & Ação

PROJEÇÃO DIURNA — Umnòvo .sistema de projeção cine-tomatográfica está sendo estu- -dado na Califórnia, para que osfilmes possam ser exibidos emplena luz do dia. O processo rc-quer, essencialmente, a substi-tuição da tela normal por umaoutra, provida de grande nume- '¦

ro de pequenos espelhos inclina-cios a 45 graus, para a parte bai- '.xa da tela. Tais espelhlnhos sò- !mente apresentam ao espectadoruma faixa de luz finíssima que ;prótese a tela dos raios solares. .Ao mesmo tempo, os espelhos -refletem sóbre a teia a projeção

'¦

que lhes chega verticalmenteatravés de um prisma. A insta- -.lação dos novos equipamentos .custaria cerca de USS,-'5 mil, «se o invento resultar prático o vprocesso transformará os cine- 'mas ao ar livre e as férias doinorte-americanos.

NOS TRENS — Depois dos .'aviões, as estradas de ferro nor- ¦te-americanas oferecem agora ;filmes aos seus passageiros. "primeira linha que lançou o tia- -p<io cinematográfico é o deWashington—Chicago.

ilusões -- MaximilianSchejl foi contratado pelo pro- •dutor francês Raoul Levy, que ;chegou domingo a Nova Iorque,para preparar seu próximo fil- '-

me. As Grandes Ilusões. Para osegundo papel foi escolhidoMontgomery Clift. "Os outros ln- ;terpretes serão alemães e não -haverá no elenco nenhum Iran-cés" - afirmou Levy. O filme •será realizado, a partir de ja-neiro, na Alemanha.

RENDA DE SPSA — O filme"j'São Paulo Sociedade Anõnima.lde Luis Sérgio Person, que será'-.;lançado no Rio nos próximos:-dias. ficou em cartaz quatro nr-manas na Capita! paulista, reu-dendo Cr$ 6C milhões.

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PRAIA DO PEPINO: UMLUGAR PARA INICIADOS

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Cada vez que o sol ca-rioca é camarada, aspraias ficam mais cheiase superlotadas, à medidaque o calor vai chegando,enquanto D. Inês Puggicontinua a testemunhapermanente do namoromanso do mar, ou dapaixão violenta daságuas invadindo a areia,como guardiã constante,há 35 anos da Praia doPepino, que até hoje fi-gura como o recanto pre-ferido dos casais enamo-rados. v

Conhecida desde 1930,quando seu marido, JoséPuggi, chefe de cozinha,especialista em comidastípicas italianas, veio daItália, e fundou o Res-taurante da Praia do Pe-pino, o mais antigo daEstrada do Joá, na épo-ca que ainda não era as-faltada^, e São Conradonão existia, sendo famo-sa e freqüentada pelosparlamentares que leva-vam suas acompanhan-tes para comerem o "ra-vióli do Puggi".

Mesmo com a morte deJosé Puggi, em 1945, apraia continuou com amesma freqüência ante-rior, e o resta u r a n t emantendo a tradição da

casa, tendo como espe-cialidade ainda hoje osfamosos raviólis. D. Inês,figura indispensável napaisagem da Praia doPepino, está atualmentecom 65 anos de idade,com a cabeça inteiramen-te branca, é a mesma dis-crição de antigamente.Recebe as famílias e cri-ancas que invadem apraia para aproveitar umdomingo de sol, com amesma tranqüilidadecom que recebe os namo-rados que procuram o lu-gar para estacionar oscarros sob as sombras dasárvores e, ao luar, tomarbanhos de mar numanoite romântica de verão.

A praia é freqüentadasobretudo pelas pessoasque possuem carro, úni-co meio de acesso ao local, onde podem guarda-los sem perigo de roubo,apenas tendo de pagaruma taxa de Cr$ 500. MasD. Inês quando vê apa-recer tipos não muito re-comendáveis cobra agarrafa de cerveja a CrS1 mil, em vez de 500, pa-ra que se consideremroubados e não voltemmais. Entretanto, paraquem passa pela estra-da, na altura de S. Con-

rado, é difícil distinguira entrada para a praia,pois além de escondida,não existe nenhuma in-dicação para lá. Mas avelha guardiã, faz quês-tão de não colocar avisoalgum indicando o cami-nho, porque "senão, olugar ficaria superlotadoe perderia a tranqüilida-de que o caracteriza".

Além da praia, do es-tacionamento para auto-móveis, restaurante commassas italianas, peixe ecamarão fresco pescadosali mesmo, cerveja gela-dinha, existe também umbanheiro onde se podetomar banho de duchapara tirar a água salga-da do corpo e mudar deroupa. Durante o dia, écomum se encontrar D.Inês embalando o carri-nho de seu netinho Mar-ceio de nove meses, en-quanto olha distraída omar, onde inclusive seusquatro íilhos, um rapaze três moças, foram cria-dos e dourados como aatual juventude que fre-qüenta a Praia do Pe-pino.

A partir de hoje, o JB publica ledas as quintas-feiras uma página dedicada ao verão, onde não só oscariocas inas iodos os que moram no Interior podemter Informações precisas sobre a temporada, desdaos melhores lugares para tomar refresco, até ã pes-ca suUmarlna para amadores.

A HORA DO REFRESCO

ATENÊIA FEIJÔ

Foto de ALBERTO JACOB

No Centro da Cidade,as filas para os refres-cos aumentam, e o aro-ma das frutas do CopaRio Refrescos Ltda. vaise acentuando cada vezmais, num aceno convi-dativo às pessoas quetransitam pela GonçalvesDias, e acabam entrandona casinha 84-B, parapedir um suco de goiaba,morango ou jabuticabaao Seu José, portuguêsde Aveiro, de 52 anos deidade, que lançou a úni-ca casa especializada emrefrescos da Guanabara.

Inteiramente decoradacom frutas de todos oslugares do Brasil, a fa-mosa casa de refrescos étradicional no Rio deJaneiro, tendo sido fun-dada há 15 anos atrás,quando Seu José resol-veu experimentar íazersucos diferentes, comode caqui, fruta-de-conde,jaca, manga, damasco,melão, pêssego, goiaba,frutas que manda vir deregiões típicas.

— O caju vem do Nor-te, a manga, de Pernam-buco, o copuaçu, do Ama-zonas, a goiaba de SãoPaulo, o abacaxi, de

Campos, mas a mangabaé quase impossível de semandar buscar, poisquando chega já estáem pasta.

A variedade dos sucosé de acordo com a épo-ca das frutas, e o segrê-do é que é de fruta pura,e feito na hora, tendofregueses que pega meles próprios a de suapredileção e leva ao bal-ção para ser transfor-mada em refresco. SeuJosé costuma dizer que"eu cobro mais caro doque os outros, mas aquio freguês vem na certade encontrar suco deverdade". Realmenteseus fregueses são tam-bém tradicionais, de mui-tos anos, que já tomamrefresco por vício, façasol, ou chuva, e chegam apedir de várias qualida-des de cada vez que porlá aparecem.

Quando chove ou fazfrio, Seu José diz que "acasa não apetece tanto,mas no verão o movi-mento não pára, é de 500a 600 pessoas por dia,enquanto no inv ernochega apenas a umas

100, que vêm aqui trazl-dos pela gulodice".

Nos dias mais quentes,as filas não param, e al-cançam um bom trajetoda rua, enquanto a áreade 16 metros quadradosda casa não fica por uminstante sequer vazia,num vaivém de pes-soas constante que sópára quando Seu Manuelfecha as portas para iràs 18h para casa, e to-mar sua cervejinha gela-da ou o seu vinhozinhono jantar.; Por estar odia inteiro lidando comas frutas, prefere umabebida bem diferente,mas seu filho, de 12 anos,José Luís, não troca nadaneste mundo pelo refrês-co de manga feito pelopapai. Seu José, que as-sina José Oliveira Pra-ca, não gosta de dizer,mas algumas pessoas sa-bem, que o seu suco pre-dileto é o de damasco,embora os mais pedidospela freguesia sejam osde caju, morango, goia-ba, melão, abacaxi e ma-racujá.j

SAO CONRADO COM CASA NÃO FAZ MILAGRE>

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Já foi o tempo em que se comia roletos de cana,tangerina, jaca, fruta-pão, jabuticaba, cajá-manga,tamarino, fruta-de-cone e se ficava lambuzado demelancia, quando a gente mesmo se servia nas bar-raqumhas de S. Conrado, onde os caldeirões de mi-lho cozido limitavam a área das mesas correspon-dente a cada uma, e a ífumaça do churrasquinhoempretecia o teto de zinco. Naquela época era umprograma que se fazia com a namorada ou um pas-seio com a familia, levando até cacho de banana paracasa.

Inteiramente despersonalizado, S. Conrado nãoexiste mais, é apenas um aglomerado de bares, con-vidativos somente de passagem, quando se está commuita sede ou com a fome e cansaço de um domingotíe praia, como reconhecem alguns dos antigos dò-nos das barraquinhas que sentindo a dificuldade dcsobreviver nas novas casas comerciais, já começarama partir para o boliche a fim de garantirem uma fre-guesia mais constante, embora num ambiente com-pletamente diferente do que estavam acostumados.

SAO CONRADO DO BAIANO

Em certa altura da Estrada do Joá, onde ha-via apenas a floresta, algumas chácaras e uma igre-jinha com o nome de . Conrado, apareceu um diaum caboclo vendendo bananas amontoadas no chão,forrado com algumas folhas de jornais. As frutaseram apetitosas e houve carros que parassem paracomprá-las. O caboclo vendo que o negócio davacerto, começou então a pendurar a mercadoria nasárvores, para chamar mais atenção, e além da ba-nana, já tinha também jaca, fruta-pão, cana, melan-cia, tangerina, e laranja. A freguesia foi aumentan-do, dando-lhe condições de já armar um tabuleirode feira coberto com um tôldozinho. Daí, com o mo-vimento que tinha, resolveu construir do outro ladoda estrada, debaixo de um pé de jamelão, uma bar-raquinha, onde lançou o milho cozido e assado, ba-seado na tradição de sua terra.O senhor quer um milhozinho?

Não sei por que, não sou cavalo!Quer experimentar? Tem cozido e assado.Tá pensando que eu sou galinha, baiano!

A bossa custou a pegar de inicio, mas estavalançado o milho em S. Conrado, .que em 1951 eravendido por 50 centavos.. Depois começaram a sur-

•vã:"

gir as outras barraquinhas que começaram a imitaro caboclo, também.

Tudo começou com a c.iegada de um navio, em1949, que trouxe da Paraíba, Manuel Martins dosSantos, rapaz de 18 anos que queria tentar a sorteno Rio com dois cruzeiros no bolso e 40 centavos nochaveiro. Manuel foi morar na casa do irmão, naEstrada do Joá, 1 262, conhecida antigamente comoEstrada da Gávea, enquanto procurava empregocomo sapateiro, profissão que exercia em Patos, suacidade natal. Mas o oficio no Rio, não lhe agra-dou, pois em vez de confeccionar sapatos, eomo es-tava acostumado a fazer, o encarregavam apenas depequenos consertos, o que fêz com que êle forrasse ochão com folhas de jornal e partisse para as ba-nanas.

Manuel é considerado hoje o fundador de S.Conrado por ser o mais antigo vendedor no local,que em 1950 construiu a primeira das barraquinhasque mais tarde tornaram-se famosas transformandoo ponlo num dos lugares mais pitorescos do Rio.Mas embora paraibano, Manuel Martins dos Santossó é conhecido por Nelson e pelo apelido de Baiano,sendo atualmente dono do restaurante que fica logona subida da Estrada das Canoas, o primeiro, depoisdo Parque de Diversões, onde os fregueses continuama ser recebidos com as mesmas brincadeiras e dis-tinção de trabalho, como nos velhos tempos da bar-raquinha em que êle ia de mesa em mesa para o seubate-papo tradicional, fazendo com que todos se tor-nassem seus amigos.

Na mesma época do milho, o baiano tambémlançou o coco, idéia que surgiu do costume da Pa-raíba, onde a água desta fruta era remédio paracurar febre em criança. No início explica Nelson, "sóservia de enfeite, o coco não existia no Rio, e quandoviam a fruta pendurada, perguntavam como se co-mia aquilo". Ao tomarem conhecimento que se to-mava era a água, gostaram, e começou a procura queíoi cada vez aumentando mais, até tornar os donosdas barraquinhas, nos maiores consumidores de cocode Sepetiba, Santa Cruz e Jacarepagua.

Depois veio a fase do churrasquinho. quandoNelson acatou a sugestão de uma senhora síria, suafreguesa que o aconselhou para que vendesse chur-rasco, também. Mas em vez de churrasco grande,"fizemos a taquara de bambu para a carne ser as-sada em pedacinhos no espeto"..

No início foi uma tristeza, freguês não que-ria pegar porque tinha medo, não estava acostuma-do a comer carne na rua, foi graças aos casais quejá "vinham meio-cá, meio-lá", mortos de fome, e im-pressionados com a fumaça se aventurando a comeros churrasquinhos, provando aos outros que a carneera boa. So assim começaram a ter saída, custandonaquela época, no verão*de 1952, cinco cruzeiros.

DE VENTO EM POPA

A partir do churrasquinho, vieram o salsichão,a lingüiça, e por último o camarão, lançado pelo su-cesso dos espetos anteriores. Só mais

'tarde então

surgiram a cocada, a pamonha, e a canjiquinha demilho verde, feitos até hoje por uma senhora parai-bana.

Mas houve também muitos problemas sérios, esobretudo perseguições, principalmente do rapa quelevava tudo. Em certa época, botavam fogo até nasbarracas.

Foi mais fácil S. Pedro entrar no Céu queS. Conrado sobreviver, mas a única coisa que nãoperdôo até hoje foi tocarem fogo no pé de jamelãotambém que secou e morreu por causa disso, em1953.

A coisa melhorou quando veio o Prefeito Men-des de Morais, explica o baiano, dizendo que "èlecedeu um pouco, e depois o Negrão maneirou, aca-bando a perseguição". Eram seis barracas de cadalado da Igreja, mas quando o Bar Bem surgiu, em1956, começou a pressão por parte de seus proprie-tários, acusando as barracas de anti-higiênicas. He-loísa Niemeyer, da família que os havia ajudado deinício vendendo-lhe banana, moveu uma ação judi-ciai contra eles. A ação durou oito anos.

íamos maneirando, quebrando o galho cemdeputados do antigo Distrito Federal, quando entrouo Governo de Carlos Lacerda e as barracas entra-ram no plano de urbanização, e a familia Niemeyerganhou a terceira causa na Justiça, nos despejandono ano passado.. Tivemos de mudar em oito dias, ti-rando todo o material e acabando com as barraqui-nhas.

Para Manuel Martins dos Santos, o popular Nél-son, ou o Baiano, S. Conrado perdeu definitivamen-te sua, personalidade antiga, no ano passado, aindaestava em íase de arrumação, mas a partir dêste

verão o carioca não verá nunca mais o São Conradode antigamente.NÔVO RUMO

Já tendo comprado um terreno em 1960, preven-do o que poderia acontecer, Nelson montou uma novacasa, se baseando na antiga barraca, continuando avender as mesmas coisas, com exceção das frutas.No entanto, declara que a freguesia caiu 90%, por-que "preferiam as barracas mesmo sendo imundascomo diziam os adversários". Antigamente, explica,São Conrado era um programa, hoje em dia, é ape-nas lugar de passagem, onde se pára a fun de tomaralguma coisa e seguir caminho, "ninguém vem maisespecialmente aqui, e os bares mais bem localizados,na frente, na estrada do Joá, onde tem estaciona-mento, são os únicos que ainda lucram algumacoisa".

Em outros tempos, o freguês das barraquinhaschegava e chupava tangerina, comia à vontade, sesujava de melancia, levava banana para casa, e gos-tava de ver a f umaceira do íogareiro, sem se imoor-tar com o teto de zinco furado. Agora, o ambientemudou, os roletos de cana desapareceram, as jacas,frutas-pães, cajás-mangas, tamarindos, írutas-de-conde, "hoje ninguém vende isso porque dentro deum restaurante não é de bom pedir frutas, pois quemsenta à mesa atualmente é para pedir bebida, chur-rasquinho, camarão, ou qualquer espeto. Nas bar-raças, era bagunça, mas muito mais alegre, todomundo já chegava rindo e escolhendo as frutas queia comer, aqui mais formal, o freguês pede, enquantolá êle mesmo se servia".

A única coisa que ainda permanece é a tradiçãoda água de coco e milho cozido, mas Manuel Mar-tins dos Santos trocaria todo o seu nôvo bar. queem vez de 18 mesas tem 50, vende uísque, galeto eé uma das casas mais bem montadas do lugar, pelaantiga barraquinha debaixo do pé de jamelão, afir-mando que além de trazer de volta tudo aquilo querealmente caracterizava São Conrado, passaria a ga-nhar em um mês, o que poderá ganhar agora emum ano.

— A única solução é continuar vendendo o chi-marrão de baiano, que é a água de coco. o milho,churrasquinho. e partir para o boliche, pois meu vi-zinho é que está certo... São Conrado para sair doburaco, vai-se tornar o centro do boliche carioca.

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ANOS MEMORÁVEISEDITOR: Francisco de Assis Barbêsa ARTE: Renato Vianna • QUINTA-FEIRA, 13 DE NOVEMBRO OE'1965.

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CARNAVALA Cidade do Carnaval mÈÊ) Entrudo e a CaricaturaO Caminho dos Ranchos e o Mundo dos Frevos — As Grandes SociedadesBailes Dominam o Carnaval *•** Escolas de Samba, Idéia genial

Máscaras de todos os..tempos

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274 — Cadernos JB do IV Centenário rsffim, o rio

EDITORIALf Grande festa do povo carioca, talvez a nos-sa única festa verdadeiramente popular, o car-naval teria que ser tema obrigatório destes 400Anos Memoráveis da Cidade de São Sebastiãodo Rio de Ja-neiro. A História da Guanabara es-taria incompleta, se o carnaval fosse esqueci-do. Com o pessoal aqui da Casa, pois o JORNALDO BRASIL sempre foi carnavalesco, construí-mos o Caderno N.° 18, procurando focalizar osmúltiplos quadros que compõem a grande festade todos os tempos do Rio Quatrocentão: esco-la.s de samba, ranchos, blocos, entrudo, as cha-madas grandes sociedades, o povo em delirio naAvenida Presidente Vargas.

Mauro Ivã e Juvenal Portela, grandes re-pórteres, à frente, Alvarus (o famoso caricatu-rista que preferiu o nome austero do registrocivil: Álvaro Cotrim), Moacir Japiassu e MiécioTati (o romancista do Rio dos Afogados e Ruado Tempo Será), todos, sem exceção, entusias-tas de Momo e das suas loucuras, escrevem sô-bre o carnaval. Mas não sei se esgotaram o as-sunto. O carnaval não é tema que caiba numsuplemento de jornal. Eneida, a nossa querida

cronista, que tanto admiramos, fêz um livro sé-rio, resultado de muitos anos de estudos e pes-quisas, A História do Carnaval Cario.ca, e nãodisse tudo.

Impossível dizer tudo sobre o carnaval doRio de Janeiro.

A festa, que deslumbrou os cronistas de an-tanho, que deixou boquiaberto o pintor Manet, eque, ainda hoje, encanta astros e estrelas docinema internacional, acostumados às coisas es-petaculares de Hollywood e outras paragens, éassunto que não comporta sínteses. Exige, naverdade, uma série de volumes, pois cada umde seus aspectos, pela riqueza do conteúdo, me-rece exame detido, minucioso, acabado. Come-ça, por sinal, a aparecer êsse tipo de monogra-fias sobre pedaços do carnaval, como por exem-pio o ensaio de Jota Efegê, um dos enciclopedis-tas carnavalescos, sobre um dos ranchos tradi-cionais da Cidade, o Ameno Resedá.

O material de ilustrações selecionado paraêste Caderno é quase todo retirado do Arquivodo JORNAL DO BRASIL, especialmente as foto-grafias espetaculares dos flagrantes de rua (Pau-

la do Salgueiro, Gigi da Mangueira) ou dos bal-les (o Teatro Municipal à cunha, a beleza mo-rena de Lady Hilda no baile do Copa), aspecto»que dão bem uma idéia da fase moderna docarnaval, que se tornaria, como não podia dei-xar de acontecer, a nossa grande promoçãoturística, atraindo para o Brasil o interesse domundo inteiro. O que como documentação docarnaval antigo (os desenhos de J. B. Debrete as alegorias de Ângelo Agostini, para citarapenas dois nomes ilustres) mostra bem a dife-rença marcante entre as duas épocas.

Não importa que o carnaval do Rio de Ja-neiro tenha perdido muitas das suas caracterís-ticas primitivas. O carnaval mudou, é verdade.Nem poderia permanecer estático, imune às vio-lentas transformações sociais e econômicas domeio em que apareceu e adquiriu cidadania. Oque perdeu em graça e ingenuidade foi compen-sado pelo grandioso de que hoje se reveste. Del-xou de ser um folguedo simplesmente citadino,uma simples brincadeira provinciana. Fêz-segrande espetáculo universal.

O Editor

>

CRONOLOGIAOs fatos mais significativos ligados ao car-

naval carioca podem ser contados através doseguinte registro:

1834 — Data provável da introdução dasmáscaras no Brasil.

1840 — O chamado Carnaval Chique pro-cura substituir o entrudo brutal: a 22 de janeiro,realiza-se o primeiro baile carnavalesco da Ci-dade, no Hotel Itália.

1846 — A artista Clara Delmastro promoveno Teatro São Januário um baile de máscara.Surge o Zé Pereira.

1855 — Fundação do Congresso das Sumi-dades Carnavalescas, primeira das grandes socie-dades a aparecer no carnaval carioca. Surgemos dominós, como fantasia da moda.

1856 — Aparecimento da União Veneziana,primeira concorrente das Sumidades.

1866 — Nasce o Clube dos Vinte Amantes,pai do Clube dos Democráticos.

1867 -~ Fundação dos Democráticos Carna-valescos e primeiro desfile dos Tenentes doDiabo.

1869 -— Fundação cios Fenianos e do Con-gresso dos Fenianos.

1872 — Tem-se noticia da existência, nestadata, do rancho Dois de Ouro.1879 — Promoção do Baile Imperial do Tea-tro Pedro II.1880 — Desfile da Sociedade CarnavalescaTriunfo dos Cucumbis, primeiro cordão orga-mzado na Cidade.1888 ~ Os Democráticos Carnavalescos pas-sam a denominar-se Clube dos Democráticos eas grandes sociedades participam ativamente '

da abolição da escravatura. Surge o Zé Codéia,ancestral do sujo de hoje.1889 — início da moda de alugar ianelasPJ» as família, assistirem à passagem dos pr£mos ou passeatas.

1892 — Grande voga dos pufes. Apareci-mento do confete e da serpentina. A,CidadeSo veSíf^f T' ,P1'°m0Ve dois carnavais tmi

7or5? (feêirj>>> outro no inverno (junho).te'> — Criação do Dia dos Blocos.- Começa a usar-se o confete dou-

1897rado.

19001903

Aparecimento do Afoché.Os grandes clubes começam a anre-

BÔ?_<S.Cm S6US PréStitOS' taôa carros ale-

nacãh^dp" Pt-la primeira vez é usada a desig-nação de sujo para os mascarados maltra-

1906 — A venda o lanca-perfume Rodo ocarnaval abandona a Rua do Ouvidor e dá pre?ferêncla a Avenida Central.1907 - Iniciam-se os bailes infantis, en-quanto na Avenida Beira-Mar, no trecho com-preendido entre o antigo Pavilhão Mourisco ea estatua ao Almirante Tamandaré, é realizadaa primeira batalha de confete do triduo car-navalesco, por promoção da Gazeta de Notícias.Na Avenida Central promove-se, neste ano, oprimeiro corso da Cidade,1908 — Surgimento do High-Life e trans-formação da fisionomia dos bailes carnavales-

cos.1911 — Os grandes clubes resolvem que seus

préstítos passariam a desfilar nas terças-feirasgordas. Realização das primeiras batalhas deconfete pré-carna\ralescas.

1912 — Pela segunda vez desfruta o Rio dedois carnavais, o primeiro adiado por motivo damorte de Rio Branco. Fim do Zé Pereira e evo-lução dos pufes.

1917 — Lançamento do primeiro samba desucesso: Pelo Telefone, de Donga e Mauro deAlmeida.

1919 — Aparecimento do Bloco do Eu Sò-zinho.

1921 — Primeiro regulamento para o desfiledos Ranchos. Criação do Dia dos Ranchos.

1923 — Fundação do bloco Vai Como Pode,que daria origem à escola de samba Portela.

1925 — Primeira batalha de confete na Ave-nida Atlântica. Fundação do Cordão do BolaPreta.

1926 — Primeiros banhos de mar a fan-tasia.

1927 — Os cronistas carnavalescos realizamuma batalha na Quinta da Boa Vista. Apareci-mento do lança-perfume Vlan e do Rodo meta-lico.

1928 — Fundação da primeira escola desamba do Rio, Deixa Falar (18 de agosto).

1929 — Fundação da Estação Primeira deMangueira (28 de abril). Tornam-se célebres asbatalhas em bonde: São Januário, Sáo Cristo-vão.

1932 — Pedro Ernesto faz realizar o pri-meiro baile carnavalesco do Teatro Municipal.É adotado o nome de Portela para a escola desamba Vai Como Pode.

1933 — Por iniciativa da Associação dos Cro-

nistas Carnavalescos é criada a Associação dosBlocos Carnavalescos e organizada a Noite dosBlocos. É eleita a primeira Rainha do Carna-vai. A Prefeitura oficializa o carnaval.

1934 — Rei Momo pela primeira vez apa-rece em carne e osso, por promoção de A Noite.

1935 — A Portela conquista. sua primeiravitória. Primeira exibição, no Rio, de um grupode frevo — os Vassourinhas.

1937 — Primeiro concurso oficial entre asescolas de samba, sagrando-se campeã a VizinhaFaladeira.

1938 — O desfile das escolas de samba nãotem vencedor: o concurso foi anulado porque acomissão julgadora não apareceu.

1945 — A escola de samba Prazer da Ser-rinha entra em fase de transformação, dandoorigem, mais tarde, à Império Serrano.

1947 — Fundação da escola de samba Im-pérlo Serrano.

1952 — Tremenda chuva prejudica o desfiledas escolas de samba e o concurso é anulado.

1953 — Fundem-se as escolas de samba Azule Branco e Depois Eu Digo, para formar a Aca-dêmicos do Salgueiro.

1960 — A Império Serrano é obrigada peloDepartamento de Turismo a trocar o seu en-rêdo, devido a um protesto da Embaixada doParaguai junto ao Itamarati, porque fala emSolano López como ditador. As escolas não cum-prem o regulamento do concurso, que é anuladopela terceira vez..

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D© CAAIÍE

O carnaval carioca, a maior manifestaçãocoletiva de alegria já inventada pelo homem,domina, na hora certa, uma cidade cordial, nosentido, aliás lúdico,, de levá-la a pular e can-tar, entre uma coisa e outra amando, como delonge se percebe. O Rio trabalha duro, na lutapela vida, e essa luta, que é diária, apesar dasmaravilhas panorâmicas, nem sempre lhe correfácil. Mas trabalha com a vantagem de saber,antecipadamente, que, no momento apropriado,tem forças para esquecer as amofinações do ano— a velha falta de dinheiro, os trens superlo-tados, as favelas a prumo, e outros arrochoscruéis de recordar. Na hora de pôr de lado essasfatais chateações, o carioca lança mão de umafilosofia que nasceu com èle, e entrega-se à brin-cadeira, como fazem as crianças, para quem nãoha problemas. Quem quiser que o critique. Da-nem-se! O carnaval é um estado de espíritocontra qualquer espécie de constrangimento ede censura, muito bom como analgésico para anevralgia crônica da existência citadina.

PRIMEIROS SINAIS DE MOMOA coisa começa cedo, na fase de lançamento(hoje comercializado) das primeiras músicas des-tinadas aos folguedos de Momo, através do rá-dio e da televisão. Essa atividade pioneira ca-toia antigamente, aos concursos da Festa daPenha, cuja morte, como manancial de cançõescarnavalescas, começou a fazer-se sentir poucoantes de 1935. Por bem ou por mal, são os ou-vidos cariocas invadidos por essa onda arqui-so-nora, que haverá de fazer-se, durante o carna-vai, maremoto ensurdecedor.Na passagem do ano, enfeita-se a Avenidacom luzes de gambiarras, para que o povo es-quente as pernas e as cordas vocais, num en-saio micial para a algazarra próxima. Muita

gente passeia, zanzando pelas calçadas, por falta

NA VA Miécio Ta ti e Mauro Ivan

de inoculação do vírus carnavalesco, que, comoé fácil de prever, respeita os desiludidos. Quemquiser perambular de mãos dadas, é livre defazê-lo; mas a palavra de ordem é sintonizarcom o modus vivendi decretado pela tradição,a partir dêsse instante. As buzinas dos carrosanunciam a nova era: só não pula quem nãoquer ou não pode, a maioria pula em improvi-sados cordões. Os financistas de esquina comen-tam a carestia, e, em sinal de protesto, não ti-ram um tostão do bolso, para gastar com babo-seiras, o que, aliás, é uma tolice — a pessoainteligente diverte-se de graça, basta um poucode ritmo e um sumário calção de banho.

No tempo das vacas-gordas, essas manifes-tações de rua tinham início nas encanecidasbatalhas-de-confete, cujos modelos principais fo-ram as da famosa Dona Zulmira e Bulevar 28de Setembro, na Vila de Noel. Os tempos eramoutros, confete muito barato, inclusive o dou-rado, que embelezava as cabeleiras empoadasdos foliões de antigamente, da quadra em quese amarrava cachorro com lingüiça. As batalhaseram um acontecimento pré-carnavalesco auenao encontra páreíha nestes tempos que correm.A Prefeitura iluminava a rua, levantava umcoreto para a Comissão, e todo o bairro conver-gia para o festivo logradouro, à espera do corsoe dos bíocos. As casas de família enchiam-se deconvidados, vindos dos quatro cantos da Cidade,em busca de rebuliço mascarado. Quem tentarreviver esses costumes mortos, dará com os bur-ros n'água. As batalhas morreram definitiva-mente, quando o corso morreu, e por motivosóbvios. Cada tempo com seus usos. A históriahoje e outra, nem pior nem melhor que a deoutrora, apenas diferente.

O que hoje está muito em voga é o gritode carnaval, que são bailes de arromba emclubes e grêmios recreativos, em terreiros deescolas de samba e outros locais do gênero. Como grito de carnaval o folião se põe de sobrea-

viso, Está por conta da pândega, que lhe bateà porta, gamado pelo samba. Os bailes pré-car-navalescos se sucedem, não há quem não fiqueindócil. Os reis e rainhas várias, com seu sé-quito de princesas de diferentes denominações,vão surgindo como bolhas na caldeira fervente.Chega a haver uma pletora de aristocracia mo-mesca, titulares democraticamente admitidospelo carioca desrespeitador de títulos, como provade que o carnaval é uma instituição que absorvetodas as camadas da sociedade, do Rei Momo Ie único — figura excelsa de monarca frascário— ao último dos calhordas, inteiramente subju-gado pelas leis enxarcantes do Rei Baco. EntreMomo e o pobre bèbedo, há uma infinda cooríiede carnavalescos, com ou sem pedigree, incluin-do Rainhas das Mulatas, Rainhas do Carnaval,

. Cidadãos Samba, Rainhas da Folia, Rainhas dosRanchos, Rainhas das Atrizes e outros, que nãosendo oficialmente aristocratas, são, por suaprópria conta, os reis da farra ou as rainhas dorebolado. O vedetismo, aí, é compreensível: mui-ta gente se promove, com essa invenção de reis

.-£.--^ii_xainhasJ__0 carioca dá de ombros Quemquiser que se promova: o que êle quer é diver-tir-se, com ou sem aristocratas. Aceita-os, por-que, afinal, mais Uma rainha, menos uma rai-nha, não tira nem põe.

NOS ENSAIOS DO SAMBAO carnaval vem vindo. O.s ensaios das es-

colas-de-samba estão no ápice da moda. A ZonaSul baixa na Zona Norte, e a invasão de gvã-finos nos redutos do samba é total e rendosa.O uísque corre. Os guichês das escolas faturamalto. Os ensaios — a gente tem esta impressão— são muito para inglês ver ou para inglêspagar. As pistas se vêem tomadas por mocinhasloiras e rapazes de camisa para fora das calças,atrapalhando passistas e pastoras, que perdem

'7^ Cadernos JB ilo IV Centenário

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Paula, da Escola de Samba do Salgueiro, grande figurado carnaval carioc*

•viva o rioespaço para os adventícios. Só que o samba temfôlego de gato, e resiste à barbárie. Na verdade,há um ensaio, tanto assim que, no carnaval, asescolas dão prova de que ensaiaram, não se sabecomo. Os estrangeiros, de olhos extasiados, nãoopõem resistência ao impacto do ritmo exacer-bante, e se desengonçam canhestramente aolado dos pasistas, imitando o inimitável, cario-camente submergidos no mar negro de corpossuad.s que os castigam com trancos. A Europa,mais uma vez, se curva ante o Brasil, nessarinha de sambistas, puros ou falsificados, sin-ceros, ingênuos, de boa vontade, ou transbor-dantes de sofisticação. Ninguém dá bola. Osambista dec verdade canta sentidamente o com-prido samba-enrêdo que está sendo escolhidona hora, a bateria esquenta, e é o que tem im-portância, o mais é contabilidade. Um ensaiode escola dè samba, ou um ensaio de bloco decategoria, como o Bafo da Onça, representa umaoportunidade para encher a programação pré-carnavalesca do carioca alegre, da mesma formaque os bailes, de luxo ou de gafieira, que detudo há em quantidade na cidade frenética,para todos os paladares e para qualquer tipode fortuna.

FÜJÕES E TURISTASHá, contudo, os que fogem a êsse embatede bravos, £ zarpam nas quatro rodas para ter-ras distantes, à procura de silêncio. O Rio seacostumou a essa defecção imnerdoável doscansados, ç não cuida de censurá-los: uns vãooutros vem. O carnaval é uma fase históricade infindáveis migrações, tudo tão bem eonca-tenado que não se dá por falta dos apóstatas.O turismo interno é um fato, não há hotel quechegue para os brasileiros de outras plagas quepara aqui encaminham os passos, à procura debarulho. Brasileiros e estrangeiros. O turistaestrangeiro, sobretudo o americano, às vezesdorme nos navios, viaja em bando nos ônibusturísticos, assiste da arquibancada aos desfilesda Presidente Vargas e vai ao baile do Munici-

pai. Nem sempre entende em profundidade oque se passa em volta — uma espécie de fimde mundo para sua inteligência apanhada desurpresa —, mas sorri meigamente. O americano,mais que os outros, gosta de colocar na cabeçachapéus carnavalescos, e, se fôr conduzido aum ensaio de uma escola de samba previamentecombinada, poderá dançar a rumba. Já as per-sonalidades de fama internacional que nos pro-curam nessa época — na maioria artistas decinema — não há perigo, quanto a estas, de sesentirem perdidas na loucura: são muito bemassessoradas e aprendem depressa os truques domeneio carnavalesco. Entregam-se à confusão,e acabam membros de júri dos concursos de fan-tasia, premiando riquezas e originalldades, quesão de todas as terras.

BAILES DE RUA E OUTRASINVENÇÕES

Há aspectos que escapam ao turista semtempo, nesse mosaico de divertimentos por quese exterioriza o carnaval do Rio. O carioca éum inventor de modas para o fim de impedirque sua festa preferida vá ficando chôcha. Abatalha de confete foi inventada e vingou, paraafinal morrer, como morrem outras bondadessaídas do engenho humano. Chorou-se umpouco, para afinal se descobrir um substitutivopara a falecida — que é o atual baile de rua,uma coisa de bairro. Arma-se um estrado, àsvezes com ornamentação, põe-se lá um conjuntoque possa marcar o ritmo para o pula-pula —e aí está promovido o baile, para o bem da garo-tada, mais ou menos protegida por um cercadode corda. O estrado não é essencial: basta umacalçada, desde que haja corda para impedir abu-sos — uma calçada ou um pátio privativo deprédio de apartamento, com música contratadaà custa de vaquinha, cotizando-se a broto-lândia.

O banho de mar a fantasia, outra ótima in-venção do carnavalesco carioca, integra-se tam-bém êle nos festejos de bairro: o pessoal daspraias com fantasias de papel, organiza-se emblocos e desfila pela areia, acabando tudona água, se o calor aperta. É um hábito aindaem voga, ao contrário das batalhas de bonde invenção de. folia itinerante — um costume quecheira a antigamente, como o bonde, que já épassado. Também aqui, como no caso dos fu-jões,-uns vão, outros chegam: o carnaval é quenão pára, com bondes ou sem bondes.

A velha moda dos grupos fantasiados delençol, com máscara de papelão (os passadoresde trote), alguns deles espirituosos sem ma-licia, outros metidos a engraçados e perigosís-simos com suas brincadeiras de mau gosto e tre-mendas inconveniências — a turma antiga do"Você me conhece?" — era episódio obrigatório

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\ \- \O Carnaval, num desenho de Mcndex

no carnaval de bairro de alguns anos atrás, deque as famílias, sem perigo de vida, participa-vam alegremente. Hoje em dia, há bairros quesão cidades, com carnaval independente dagrande festa do Centro: ilumina-se uma praçaprincipal, ergue-se um coreto para a música (oscoretos dos bairros são, em alguns casos, visto-sos e riquíssimos, competindo cm concursos paraa escolha do mais belo), e a turma brinca, comose brincasse no quintal.

MÁSCARAS E FANTASIAS\ As máscaras e as fantasias criaram tradição,

no carnaval do Rio,, vindo de longe, do entrudo.A aparência luxuosa dessas peças é que é obrados grandes bailes, nos moldes dos carnavaisde Franca o Itália. Morales de Los Rios, todavia,é um que defende a tese de que as máscaras•teriam sido introduzidas no Brasil apenas em1834, por influência francesa, desenvolvendo-se,com elas, "o gosto pelas boas fantasias, e assimas de pai-joão, doutor, mula-ruça, morte, ursovelho, feitas grosseiramente de aniagem, sãosubstituídas por outras mais interessantes e bemtalhadas. Aparecem as de soldado, príncipe,dançarina, dominó, pierrô, palhaço, marquês,diabinho, general, chinês, fidalgo, polichinelo, vi-vandeira e guerreiro".

As máscaras, não obstante, não se difundi-ram exclusivamente nos bailes: surgiram tam-bém nas ruas, com os blocos, até mesmo os desujo, acompanhadas ou não de fantasias, sendoque o primeiro cordão organizado (1888), como nome de Sociedade Carnavalesca Triunfo dosCucumbis, compunha-se do negros fantasiadosde índios. São os precursores dos cordões quefizeram sucesso nos corsos e na porta do JóqueiClube, onde as famílias mais tradicionais nãoescapavam ao fascínio do carnaval.

^ É inegável que as máscaras e ás fantasiasvieram emprestar um colorido especial aos fes-tejos de Morno, além disso desinibindo o carna-valesco necessitado de incógnita, na certeza denao ser reconhecido. Com o passar dos anosreduziram-se a muito pouco, não apenas emnumero, como em tamanho, mas ainda hoje cio-Smímr°? grandes bailes como o do Municipal,Monte Líbano, Copacabana Palace, Hotel Glóriaonwf _retról.°Ils (mas incorPorado ao carnavalcarioca), o do Quitandinha. O Baile dos Pier-ros, promovido todos os anos por Eneida, en-m?_.!™:Se

nCSSa linha ° verdadeiro baile deAs fantasias que dominam os carnavais ca-r ocas tem tido sua época, passando denois demoda, de acordo com o rumo que o diverti-mento toma. o diabinho, a morte, o doutor omorcego, sao recordações de velhos carnavais,de pouco uso em nossos dias. Derivam ainda doentrudo, a que iria seguir-se um período fran-camente lírico, repleto de dominós, colombinas,

pierrôs e arlequins, além de reis e de vassalos,princesas e odaliscas. A medida que o poderaquisitivo do povo foi minguando, as fantasiascomeçaram a rarear, revestindo-se de caracte-rísticas sumárias: as luxuosas destinam-se adesfiles em bailes de gala, na luta pelos prê-mios, disputados por um número reduzido depessoas.

O ZÉ PEREIRATradição antiga, a origem dos cordões como

que se perde nos primeiros tempos de nosso car-naval, mas não pode ser negado que o grandeImpulso inicial para a animação das brincadei-ras de rua surgiu com o Zé Pereira, no compassoritmado de seu bumbo. Alguns acreditam que oZé Pereira apareceu por volta de 1846, sendoque a versão mais próxima da verdade é a deVieira Fazenda, que dá a um humilde sapateiro

português a paternidade dessa histórica inven-.çáo. ü português, segundo Vieira Fazenda, cha-mava-se José Nogueira de Azevedo Paredes, comoficina montada na Rua São José, 22.

Conta o historiador, descrevendo o tipo fí-sico desse lusitano célebre: "Carão amorenadoe simpático, olhos brejeiros, bigode curto e gri-salho, cabelo todo branco e à eseovinha, barbaescanhoada, altura regular, ombros e cadeiraslargas, peito cabeludo, musculatura de atleta,sempre em mangas de camisa, calça de brimpardo apertada ao amplo abdômen, vendendosaúde, sadio e robusto sem nunca ter tomadoremédio". Em amistosa palestra com uns pa-trícios, numa segunda-feira de carnaval, resol-veu o José Nogueira "sair à rua ao som de za-bumbas e tambores alugados às pressas parauma passeata pelas ruas da Cidade". O sucessofoi imediato e já no ano seguinte apareceramos imitadores, criando-se uma tradição que in-vadiu as Grandes Sociedades, até chegar atransformar-se, dentro de outro espírito e denovas influências, na essência das evoluções dosblocos e das escolas de samba. É claro que asinfluências que marcaram o ritmo- e a formaçãodas escolas e dos blocos foram outras, saídasdas senzalas e da Bahia, mas foi justamenteo que tomou no coração do carioca o lugar doZé Pereira.

Quanto á origem do nome — Zé Pereira —>esclarece Vieira Fazenda haveüaûas versõessóbre a matéria: na primeira, a tradição por-tuguesa seria a responsável pela novidade, jáque em certas regiões de Portugal o bumbo éconhecido como Zé Pereira; a outra, tambémviável, é a de que os companheiros de AzevedoParedes, cheios de vinho, trocaram-lhe o nome,dando vivas a "Zé Pereira", em vez de "Zé No-gueira".

TRABALHO MUITOCom Zé Pereira ou sem êle, divertindo-se

no corso ou pulando nas ruas, o carioca amanteda folia não admite que se diga que seu velhoamigo carnaval está sofrendo de doença ca-quética. Não está. Mudaram os tempos. Hojese brinca como ontem, apenas num nôvo estilo.E brinca-se a valer.

Brinca-se e trabalha-se, porque o folgadocarnaval, que na essência é brincadeira, nofundo é uma trabalheira que não tem tamanho,puramente alegria para muitos, ganha-pão deoutros. Costureiras, bordadeiras, figurinistas,carpinteiros, cenógrafos, pintores, escultores, de-coradores, eletricistas, vendedores ambulantes, ocomércio especializado, os músicos, os cantores,os profissionais de rádio e de televisão, foto-grafos, repórteres, cronistas carnavalescos, osfuncionários do Turismo, os homens da Polícia,do Trânsito, da Limpeza Urbana, do Juizado deMenores, da Light, dos Bombeiros, da Assistên-cia, as fábricas de bebidas, de sorvetes e de re-frigerantes; as agências de turismo, os hotéis,os bancos c casas de câmbio, as empresas det .ansporte, o pessoal do porto, os motoristas detáxis, as fábricas de discos e de material car-navalesco (lança-perfume, confete e serpenti-na) — todo êsse mundo de profissionais não temmãos a medir na grande fase do pagode, emque a Cidade se diverte despreocupadamente,esquecendo velhas mágoas, que voltam na quar-ta-feira, com amargor de ressaca.

E trabalhoso, mas é bom.

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Depois da Folia, desenho ãe Ângelo Agostlnl

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o Cnlrudo, segundo um desenho de J. D_ Debret. Cortesia da Biblioteca Nacional

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entmeio e caricaturaNilo poderia passar despercebido ao lápis

dos humoristas do traço a festa máxima do ca-rioca — o carnaval ~-, sendo de particular relê-vo o capítulo dedicado ao Entrudo, primeira ma-nit estação carnavalesca entre nós,

UMA CENA DE DEBRETCronologicamente, coube a Debret a primei-ra fixação gráfica do entrudo, muito embora, arigor, não se tratasse de um cariçaturista, e simde um costumista, ou, para sermos mais exatos,

cie um cronista gráfico da. maior importância,como muito bem acentuou o escritor Herman Li-ma na sua História da Caricatura no Brasil, aoclassificá-lo como o primeiro fixador intencio-nal de nossos ridículos de metrópole incipiente,a gestar nos trópicos todos os males de unia ci-vilização importada a muque.

Bem conhecida é a sua Cena de Carnaval,que reproduz um episódio de rua, à porta deuma venda, instalada como de costume'numa es-quina. Uma negra sacrifica tudo ao equilíbriode seu cesto, já repleto de provisões para seussenhores, enquanto um moleque, de seringa delata na mão, joga contra ela um jato de água,que a inunda. Sentada à porta da venda, umanegra mais velha, vendedora de limões e polvi-lho, já lambuzada, com seu tabuleiro nos joe-lhos, segura o dinheiro que recebeu adiantada-mente pela venda dos limões, que estão sendoescolhidos por um campeão entusiasta das lutasem perspectivas, um negrinho, tatuado voluntá-riamente com barro amarelo. Perto dêste e daporta pequena da venda, outro negro, orgulho-so da linha vermelha que exibe traçada na tes-ta, adquire um pacote de polvilho e um peque-no vendedor de nove a dez anos; uma negra, à

esquerda, dispõe-se a arremessar um limão con-tra quem lhe recobriu a face e parte do olho comum punhado de polvilho; ao lado da porta, ou-tro negro, grotescamente tatuado, está de tocaia.O vendeiro, tendo retirado precipitadamente to-dos os comestíveis que de costume expunha àsua porta, aí deixou apenas garrafas cobertasde palha trançada, abanadores e vassouras. Nofundo do quadro, vêem-se famílias tomadas daloucura do momento, uma vendedora de limões,negros lutando, e um pacífico cidadão, escon-dido atrás de seu guarda-chuva aberto, a cir-cular entre restos de limões-de-cheiro. Só o to-que da Ave-Maria imporia uma trégua a tãoviolenta brincadeira, e a paz só se implantariacom a presença de policiais de ronda.

ONDE ENTRAM OSIMPERADORES

Inúmeros foram os viajantes que descreve-ram o entrudo carioca, entre eles FerdinandDénis, Ewbank, Koster, Kidder e Fletcher. De-ve~se. porém, ao memorialista França Júnioruma das mais minuciosas e pitorescas descriçõesdêsse festejo, incontestàvelmente despido idegraça, mas que punha em delírio nossos antepas-sad os daqui e de além-mar. Júlio Dantas, emcrônica aparecida na Gazeta de Notícias de 21de fevereiro de 1909, afirma que, em Portugal,além dos esguichos de água e do polvilho, en-travam também como elementos subsidiários dabrincadeira a vassourada e bordoadas com enor-mes colheres de pau!

Perdurou o entrudo entre nós, aproximada-mente, três séculos, sendo de particular interes-se saber-se que até mesmo nossos dois impera-dores, pai e filho, não lhe foram infensos, es-

Álvaro Cotrim (Álvarus)

pecialmente o ameno e austero Senhor Dom Pe-dro II. Servia-se êste dos limões-de-cheiro e dasbacias de água para brincar o jogo do entrudona Quinta da Boa Vista, conforme relato do his-toriador Viriato Correia, baseando-se na afir-mativa de Raffard: "... nos primeiros dias damaioridade, nosso segundo Imperador molhavatanto as irmãs que. certa vez, Dona Maria An-tonia, a preceptora, lhe pediu que não conti-nuasse a brincadeira para que as princesas nãoadoecessem".

ÁGUA E CADEIASóbre tão desabusada festa, na qual o ele-mento principal era a água, íèz a cronista Enei-

da esta oportuna observação: "...o mais inte-ressante é que o Rio de Janeiro sempre foi umaCidade sedenta. Os jornais de 1800. eomo os dehoje, chegavam a manter uma seção destinadaaos angustiosos apelos da população. Água!água! bradavam os moradores dêste e daquelebairro. Mas nos quatro dias gordos, a água jor-rava, pois era líquido indispensável ao entrudo.Não consegui averiguar sé naquele tempo haviauma Inspetoria de Obras Públicas mas possoafirmar que os negros escravos tinham nessaépoca, além de seus trabalhos, o mister de car-regar latas de água para encher os limões, asbacias, seringas, todos os instrumentos destina-dos a molhar e sujar os outros".

Na sua História do Teatro Brasileiro, contaLafaiete Silva pitoresco episódio relativo ao en-trudo, no ano de 1825: a artista portuguesa Es-trèla Sezefredo — então com quinze anos deidade e que depois se casaria com João Caeta-no — atirou um limão de cheiro numa das pes-sos do cortejo de Pedro I. Sua travessara

custou-lhe caro: foi presa na cadeia do Aljube eali ficou registrada, isto é, fichada, segundo ojargão policial de hoje.

Não menos curioso foi o que se passou comuma educadora alemã ou austríaca, que, em1882, nesta Cidade, caiu na asneira de se diri-gir ao dentista, passando pela Rua dos Ourives,num dia de carnaval. Resultado: recebeu nacabeça e na nuca, que tanto lhe doíam, umaboa descarga de limões de cera cheio de água.A|>esár de enraivecida, mandaria dizer a umaaniiga distante: "o.s brasileiros ficam radian-tes e completamente fora de si durante êsse-sdias",FLAGRANTES DE AUGUSTUS

EARLENa representação gráfica do entrudo, atra-

vés do lápis litográfico dos desenhadores da épo-ça éÍT^qué êle se manteve em pleno apogeu, alémdos ja referidos Debret, vamos encontrar umes^pendo flagrante, não em cena de rua, masno Interior de uma residência, fixado por umE&jier inglês dos mais talentosos e invulgares,Aug-ust-us Earle, mantenedor da tradição inale-sa tíâ sátira social e de costumes, na qual seagigantaram um Hogarth, um Kewlandson ouGilltay. fisse Earle, que deixou páginas |do-cumentais extraordinárias sobre nossos usos ecostumes, fêz três visitas ao Brasil, de 1820 a1832. A cena que fixou, irresistivelmente côrni-^ca e jovial, seria como que uma versão brasilei-ra dos sítios freqüentados pelo Rake de Hogarth,e poderia ter sido executada por aqueles seuspatrícios acima citados, so por acaso por aquitambém tivessem aportado.

Não há dúvida de que os pormenores dacena traçada por Earle, tais como mobiliário,trajes e atitudes dos personagens, tornam-nauma das mais notáveis contribuições para aiconografia do nosso entrudo, pelo realismo daanimada cena em que homens e mulheres, emuma grande sala, atiram limões perfumados(?) uns nos outros e nas pessoas da casa fron-teiriça, incluindo-se a caricata e indefectívelseringa, sugestivo e célebre instrumento terá-pêutico tão preconizado por Monssieur Pourgon,no Malade Imaginaire, de Molière.RAFAEL MENDES DE CARVALHO

Ainda vamos encontrar, já então da autoriade um desenhista catarinense de real talento,Rafael Mendes de Carvalho — um dos precur-sores da caricatura brasileira, como seu mes-tre, Araújo Porto-Alegro —, duas raríssimaae curiosíssimas charg.es sobre o entrudo. Ambasfaziam parte de uma série de vinte litografias,e eram vendidas em folhas soltas, oomo de há-bito na época. São datadas de 1840 e foramimpressas por Frederico Guilherme Brlggs, cujoestabelecimento esteve instalado origlnàriamen-te na Rua do Ouvidor, 151. Trazem respectiva-mente os números dez e onze. A primeira, nãodescrita por Marques dos Santos no seu'eru-dito trabalho, As Belas-Artes no Reinado e naRegência, pertence a Gilberto Ferrez, o incan-sável e ilustrado pesquisador de nossas coisas, edenomina-se: O Jogo do Entrudo. Curiosa porsua expressividade e graça, na qual é perma-nente a malícia, representa uma cena familiar,figurando a seringa, a bacia de água e os de-mais utensílios necessários, não faltando o de-talhe picaresco de um galante casal que, apro-veitando-se da confusão reinante na sala, abra-ça-se e beija-se ternamente, vislumbrados pe-lo entreaberto de uma porta indiscreta. A outra,que lhe faz pedant — da coleção do autor des-tas notas —, tem o título expressivo de Resul-tados do Entrudo, conforme o anúncio apare-cido no Jornal do Comércio do referido ano,foi posta à venda no dia 7 de março: apresen-ta seis quadros, cada qual mais interessante,refletindo fielmente "quais são as conseqüênciasfunestas de semelhante jogo". No primeiro qua-dro, vê-se urna graciosa carioquinha, que detanto divertir-se... passou visivelmente à con-dição de future raaman. No segundo, um car-navalesco, abatido, desmilingüido, na atual ex-pressão popular, carrega um frango para re-confortante canja; no outro, um escravo, de-vido aos excessos cometidos, é açoitado na pri-são, vendo-se logo a seguir um folião encarce-rado. No seguinte, dois milicianos feridos nasrefregas de rua, e, finalmente, a última cenarepresenta uma essa armada com os respecti-vos tocheiros, onde jaz o entrudado.

ÂNGELO AGOSTINÍCoube, porém, a Ângelo Agostini o galar-dão de ter trazido a maior contribuição icono-

gráfica para a história de nosso entrudo, atra-vés de memoráveis páginas nas revistas quedirigiu e ilustrou de maneira magistral, taiscomo A Revista Ilustrada, "êsse fabulário a es-fuminho", na frase feliz de Herman Lima, e oDon Quixote,, que àquela se seguiu,

Cedemos JB cio IV Centenário — 273

wmmmm*Até o Imperador Entrou uòs Folguedos. D&senho de A. Agostini

Anualmente, por ocasião do carnaval, ocreioni gras dêsse gigante da caricatura entrenós, — italiano que pôs seu privilegiado lápis aserviço de dois dos maiores fastos da naciona-lidade, a Abolição e a Proclamação da Repú-blica —, fustigou, com malícia e realismo, a fes-ta máxima do carioca.

Impressionante sua página sobre o carna-vai de 1876, quando a febre amarela imperavana Cidade, o que não impedia o extravasamen-to do espírito folião do carioca nesses dias dedi-cados a Momo.

Em 1878, na página de rosto da Revista,número 104, sublinhando o desenho, o artistapunha a seguinte legenda: "Nada vimos senãoseringas e bhwagas dc tôda qualidade e sexo, quenos molharam a valer. Quanto ao espírito...Coitado!... se não fossem os Democráticos..."

No ano seguinte, também na primeira pá-gina, há uma alegoria aos carnavais flumi-nenses (assim eram chamados os habitantes doRio), "cheios de muito espírito (de vinho)'*.Nesse mesmo número, em página dupla central,Agostini fustigava acremente a brutal diversão,na qual imperava, de modo acentuado, o maugosto e o desabusado de atitudes as mais desres-peitosas, indignando-lhe "ver a malta de mal-criados a seringar as meninas".

No carnaval de 1880, em página de rosto,apresentava o caricaturista um casal de filiõescom as roupas de banho em uso, armados demonumentais seringas e com um depósito deágua às costas, trazendo o sugestivo e gaiatotitulo: "figurinos para o próximo carnaval de1881". Folheando-se êsse mesmo número, va-mos encontrar, em página dupla, uma evocaçãoestupenda daquele carnaval, sendo curioso no-tar-se que a primeira cena muito se assemelhaàquela já descrita, de autoria de Augustus Earle,isto é, uma cena de interior familiar, desvaira-damente dedicada a um banho coletivo. Per-cebe-se, na composição final, uma farândolaque atravessa a rua, onde se alinham os présti-tos carnavalescos com seus carros alegóricos,avultando a figura do tribuno popular LopesTrovão,

O COMEÇO DO FIMIncor formado com o permanente mau gostoe a brutalidade do entrudo, Ângelo Agostini, em

suas acérrimas charges acompanhadas por in-clementes legendas, jã vislumbrava, em 81, seudesaparecimento, ao representar um flagrantede irresistível comicidade: um duelo entre ocarnaval e o entrudo, no qual aparece êste vi-si velmente ferido de morte.

m O número 52, de fevereiro de 1895, do DonQuixote, que fora como que o canto de cisne doadmirável batalhador. faz menção à substitui-ção da água pelo confete e serpentinas. Do edi-torial dêsse número, guardando fidelidade à gra-fia da época, transcrevemos o seguinte trecho:"Para alacridade do espirito, para a tonifi-cação du alma, ahi vem elle, o capro cleos Momo.de tassa em punho, bebendo ao riso. Vem, e

ninguém melhor do que elle sabe vir assim,n'um largo destaque rubro, de guizos ao pessoco'guizalhando, e a bocea aberta, rasgada n'umaprofunda, n/uma alta gargalhada satânica. E,para que a mais sugestiva seja a sua passagematravez dos arcos, das guirlandas, na supremacurvatura do delírio, collocou á cabeça um fáis-cante capacete marcial donde, á luz clara doazul, emerge a significativa fôrma ponteagudado deos cornoide. A lenda foi buscal-o nas bac-canaes da velha idade, na festa tradiccional dosloucos da erudicta, da circumspecta Allemanhaburgueza. Vem da lá, de era em era, de baptis-mo, rompendo preconceitos e acanalhando dog-mas, como um amplo rio sonoro, espumante eaphrodisiaco, que traz todos os aromas, todasas essências capitozas da vida.

Pelo que temos visto em jornaes, e collecio-nando em notas, o carnaval d'este anno vae serum verdadeiro sucesso, um motivo incondiecio-nal de verve.

Numerosos grupos carnavalescos obtiveramlicença da policia para percorrerem as ruascheias d'esta cidade, n'um zé-p'relra infernal,que certamente irá perturbar a paz do reinoparadisíaco".

E nesse diapasão rebuscado prosseguia o ar-titulista, que se acobertava sob o pseudônimode Pierrot Júnior.

NA REPUBLICA_ O desaparecimento definitivo do entrudo,

a rigor, somente se processaria, no entanto pe-los idos de 1908.Em 1904, bem significativo e dramático eraa apelo que Pereira Passos dirigia aos direto-res dos estabelecimentos de ensino, ao verificar

que os editos municipais e as portarias policiaisnenhum efeito surtiam, pedindo-lhes que escla-recessem a juventude sobre os inconvenientesque a prática do brutal divertimento trazia àpopulação, já pelo prejuízo que acarretava àsaúde particular e pública, já pelos conflito.*e desordens que em regra provocava.O entrudo, como vemos, teve fôlego de gato:atravessou o Brasil-Colônla e o Império, che-gando até a República.

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280 — Cadernos JB do IV Centenário

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Importado do Recife, o frevo aclinwu-se ao camnvaldo Rio de Janeiro

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Mamo Ivan

Os ranchos do carnaval carioca são o re-sultado de lenta e longa transformação de an-tigos costumes e crenças trazidas da África -—com traços totèmicos peculiares aos negros su-daneses -—, os quais se cristalizaram nos ranchose ternos da Bahia, antes de trazidos para o Rio.

Para Artur Ramos, êsses trapos totèmicos"__.ão evidentes em ternos e ranchos": "Os no-mes de animais vão sendo substituídos por plan-tas — o qüe ainda é totemismo — e, mais ain-da, por outros nomes onde a lembrança totê-mica já se torna mais apagada".

Os ranchos, com sua estrutura, vieram or-ganizar os agrupamentos que existiam no car-naval carioca., principalmente os de origemafricana, que se exibiam em princípios comoRanchos de Reis, mas depois saíam nos dias defolia, com maior pompa e maior colorido. Osafricanos não escapavam à crítica de membrosda sua colônia, que por volta de 1900 forma-vam grupos com o Afochê para criticar aspersonalidades mais importantes, dentre eles.

O primeiro a se organizar, segundo depoi-mento publicado no JORNAL DO BRASIL emjaneiro de 1913, agora republicado no livro deJota Efegê sobre o mais importante dos ran-chos cariocas, o Ameno Resedá — foi o Dois deOuros. Quem afirma iso é o tenente HilárioJovino Ferreira, da Guarda Nacional e figurade realce entre os qeu trouxeram para o car-naval do Rio a tradição dos ranchos:

Em 1872, quando cheguei da Bahia a 17a de junho, já encontrei um rancho formado.

Era o Dois de Ouros, que estava instalado noBeco João Inácio, n.° 17.

As palavras de Jovino Ferreira foram decerta maneira confirmadas por Donga, tam-bém em uma entrevista:

O primeiro rancho que surgiu no Riofoi o Dois de Ouros. Foi formado na Pedra doSal, um beco da Saúde. A turma se juntou,lembro-me, bem na casa de uma tal Tia Sadata,Isso, para aí mais ou menos em 99...

Como se vè, há divergência quanto à data,mas em princípio a razão deve estar com o te-nente Jovino Ferreira, que toca na data semdemonstrar dúvidas, enquanto Donga fica pelomais ou menos, confessando, mais adiante, queainda era muito criança naquela época,

AMENO RESEDÁJunto ao Dois de Ouros podem ser citados

como os primeiros o Jardineira, de Hilário, oBotão de Rosa, de Dudu, o Rei de Ouros, deTia Ciata, também fundado por Hilário, e quedepois chamou-se Macaco É Outro.O Mimosas Cravinas foi fundado em 1906,

existindo registros sobre êle nos anos seguintes.Este rancho brilhava em 1909, ao lado do fa-moso Rancho Escola Ameno Resedá, fundadoem 1907, e de outros como o Flor do Abacate,o Cananga do Japão e o Mamãe Lá Vou Eu.

O Ameno Resedá, que teve como granderival o Flor de Abacate, foi fora de qualquerdúvida um capítulo da maior importância nahistória dos ranchos cariocas.Nasceu o Ameno Resedá a 17 de fevereiro

de 1907 como resultado de um piquenique naIlha de Paquetá, com o pessoal do Progresso doCatete, uma sociedade recreativa. Há algumadivergência sobre o local exato onde surgiu aidéia de fundar o Ameno Resedá e também sô-bre a escolha do nome. O fato, porém, é quena ilha ou na viagem de barca, ao final dopiquenique o rancho nasceu.

Entre seus fundadores está o famoso Si-nhô, J. B. Silva, tendo contado o rancho tam-bém com a homenagem de Ernesto Nazaré,em sua polca Ameno Resedá. Coelho Neto eo Visconde de Morais contribuíram muito parao brilho do rancho, que no domingo de çar-naval de 1911 desfilou nos jardins do PalácioGuanabara, para o Presidente Hermes da Fon-seca e seus Ministros. João Treze era o mes-tre-sala e Maria Isabel a porta-estandarte.

INFLUÊNCIA DOS RANCHOSOs ranchos e, particularmente, o AmenoResedá tiveram forte influência nas transfor-mações sofridas pelo carnaval carioca. ArturRamos comenta sobre a sua constituição:"Os ranchos eram cordões mais civiliza-dos, por assim dizer, pelo menos mais com-

pletos, pois já aparecia o elemento feminino.O conjunto instrumental era acrescido porinstrumentos de cordas, violões e cavaquinhose de sopro, flautas e clarinetas. Ao mesmotempo surgira o coro para entoar a marchado rancho. Havia um porta-estandarte e trêsmestres; um de harmonia para a orquestra, ou-tro de canto para o coro e um terceiro cha-mado de sala para se ocupar com a parte co-reográfica".

Podem ser citados também trechos de JoséRamos Tinhorão, no JORNAL DO BRASIL:"Nos ranchos a tendência foi, desde logo,a da organização de um grupo melhor estru-turado, cujas fantasias Ce, depois, as músicas)obedeciam às sugestões de um enredo quasesempre tirado da mitologia, e cujas evoluçõese coro eram comandadto pelas figuras mestras,

que ascendiam a tais papéis de destaque den-tro do grupo pelo reconhecimento geral da suamaior habilidade ou talento em tais setores".E mais adiante:"Formados quase sempre por gente da ca-mada mais modesta da classe média — empre-

gados do comércio, servidores de repartições eprofissionais (artífices) de uma maneira geral— os ranchos revelaram-se desde logo maisfamiliares do que os cordões, e permitiram deum lado a entrada de moças para o grupo e,de outro, a presença de músicos tocadores deinstrumentos de sopro e de corda".

DO PRIMEIRO REGULAMENTOAOS PROBLEMAS DE HOJEPor iniciativa do JORNAL DO BRASIL foicriado o primeiro regulamento para o desfilede ranchos e também o seu Dia, respeitado atéhoje. Em 1932, os ranchos desfilaram na Fei-ra de Amostras e ainda na sede do JORNALDO BRASIL foi realizada grande reunião corna resolução de ser enviado ao Prefeito PedroErnesto um memorial dizendo entre outras coi-sas que os ranchos estavam desamparados. OPreieito resolveu atender à reivindicação deauxilio, sendo criada no ano seguinte a Asso-ciação dos Ranchos Carnavalescos.Foram, entretanto, os ranchos diminuindode importância, se bem que ainda hoje exis-tam vários, que desfilam com luxo e grandebeleza. A concorrência das escolas de sambaque ajudaram a estruturar, foi-lhes pesada de-mais. O carioca assimilou com maior facilida-de o ritmo ligeiro das baterias bem marcadas,

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Homenagem ao Maracanã, templo do futebol, num desfile dc ranchoi

Cadernos JB do IV Centenário — 281

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ficando na saudade o compasso morno dasínarchas-rancho.

Hoje em dia, segundo o próprio testemu-nho dos componentes dos ranchos como o Uniãodos Caçadores, o Unidos do Cunha, o índiosdo Leme e outros, o maior problema que afligeestas sociedades é a de renovação de suas fi-letras. Pode-se notar que, nos desfiles de ran-chos, a maioria dos componentes é de senho-ras e senhores, pois os mais moços não se con-tentam com o ritmo lento de sua música.

No desfile do Quarto Centenário, apare-ceram para o desfile os seguintes: Recreio daSaúde, Unidos do Cunha, União dos Caçadores,índios do Leme, Aliados de Quintino, Decididosde Quintino, Tomara que Chova, Inocentes deCatumbi, Unidos do Morro do Pinto e Azu-lões da Torre.

FREVOSFrevo, um derivado da polca-marcha, tem

sua participação no carnaval de rua e de sa-lão, mas não se pode negar que sua presençano Rio é restrita, se bem que atinja grandenúmero de habitantes da cidade, que formamo núcleo dos que deixaram o Nordeste.

Nascido por volta de 1909, o frevo apare-ceu no carnaval carioca somente oor voltade 1935, com a exibição do Vassourinhas. Ro-meu de Paula, um pernambucano que insistiaem impingir o frevo aos cariocas e não conse-guia compreender por que não via aceitação,ficou empolgado com o sucesso dos Vassouri-nhas e depois criou o conjunto dos Pás Dou-radas.

A fundação do Pás Douradas, porém, não

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B^^^^^^^^^^^^^^^^^^_^^^^^^^^^^^^^^^P^' 1A lenda de Iracema, a virgem dos lábios de vicl, temaconstanje do carnaval de rancho$

O caricaturista Lan, carioca honorário, retrata comoninguém os personagens do carnavul

foi imediatamente após o aparecimento dosVassourinhas. Romeu de Paula ainda teveque lutar muito para formar o seu grupo e sóconcretizou o seu desejo cinco anos depoisdaquela exibição, com alguns componentes queabandonaram o Vassourinhas.

Ao Vassourinhas, fundado em 1934, coma ajuda do Prefeito Pedro Ernesto, que finan-ciou a compra do estandarte, coube a prima-zia de ser o primeiro clube de frevo do Rio,Até hoje existe o clube, desfilando para os ca-riocas com o nome de Misto Vassourinhas. OPás Douradas, resultado da dissidência do Vas-sourinhas e principalmente da insistência deRomeu José de Paula, êste o seu nome com-pleto, ainda o tem como presidente.Estes dois grupos deram vida e sustentarama chama do frevo no Rio durante todos estesanos de carnaval, fazendo âpresentações e di-fundindo o ritmo que seus* componentes trou-xeram do Nordeste.

Com o crescimento do núcleo, os clubesde frevo puderam multiplicar-se e no desfiledo Quarto Centenário mais três juntaram-seaos dois citados: o Batutas da Cidade Mara-

vilhosa; o Lenhadores, fundado em 1945; e oMisto Toureiros, fundado cm 1949.

Várias vezes campeões do desfile, os com-ponentes do Vassourinhas têm porém uma gló-ria: uma apresentação em homenagem aoPríncipe Phillip, da Inglaterra.

O frevo parece que resistirá, enquanto onordestino fôr figura da paisagem carioca. Êponto de reunião, o clube de frevo, para asconversas sobre o estado natal. É ponto desaudosismo, a música até mesmo frenéti-ca do frevo. É, principalmente, ponto dehonra dar um passo a mais que os adver-sários no desfile, para ver o olhar descrentedos cariocas com os malabarismos obtidos.

O desfile dos frevos abre na noite de sá-bado o calendário oficial do carnaval cariocana Avenida Presidente Vargas. Com turistase curiosos, o público não chega a ser numero-so. Nem por isso, entretanto, o frevo parecefadado a desaparecer no Rio. A gente que odança, dança-o com alina, com amor bastantepara transmitir esta paixão aos seus filhos, fa-zendo-os dançar com os novos companheirosque todo dia chegam dos Estados do Nordeste.

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282 Cadernos JB do IV Centenário i___aóriò

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AS GRANDESSOCIEDADES

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Moacir Japiassu

Quem quiser falar sôbre o carnaval cario-ca terá, obrigatoriamente, de dividi-lo em vá-riu. fases importantes, destacar uma data emque êsse carnaval mudou de cara alguma vez,trocou de roupa. Uma dessas datas é fevereirade 1855, um mès e um ano que nada trouxeramde grande à vida do País, mas que estão defi-niti vam ente incorporados à alegre história docarnaval carioca. É que naquele momento, hâ110 anos passados, desfilava pela Avenida Cen-trai um novo clube carnavalesco, de nome pom-poso: Congresso das Sumidades Carnavalescas,que contava com 80 sócios, "todas pessoas dehoa companhia", como dissera José de Alencarno Diário Mercantil, êle que era intelectual du-rante 362 dias e um quarto, reservando os outrostrês ao culto de um deus pagão e popular:Momo, que enlouquecia impunemente a Cidade,nas barbas de Pedro II.

Aliás, o próprio Imperador e as princesasforam convidados a assistir à primeira passeatado Congresso das Sumidades, pois o convite par-tira de gente importante, como Henrique CésarMuzzio, Pinheiro Guimarães, Manuel Antônio deAlmeida, Augusto de. Castro e Ramoa de Azevedo.Eles eram os sócios do clube, a "gente de boacompanhia".

Pois foi em fevereiro de 1855 que eles saíram,vestidos de cossacos da Ucrânia, com seus cia-rins escoceses e um carro levando um D. Qui-xote estilizado. Nunca o Rio vira coisa igual. Osjornais diziam em suas primeiras páginas que"impossível fora descrever o entusiasmo das mui-tidões". É que depois de tantos anos de entrudo,marcado pela violência, o povo assistia de bocaaberta ao desfile da beleza. As mães já podiamsoltar sem medo suas donzelas; maridos já es-tavam livres para chegar tarde em casa. O car-

naval virava festa de respeito. Os jornais diziam:— Ê igual ou melhor que o de Nice, Vene-«a e Roma.

BONS FRUTOSO sucesso das Sumidades Carnavalescas foi

cantado em prosa e verso, e no ano seguinte,1856, já apareciam outras sociedades, para fa-zer-lhe concorrência. Uma delas foi a uniãoVeneziana, que surgiu com muita disposição masdurou pouco e não deixou vestígios. Pelo menosé o que diz Eneida, em sua História, do CarnavalCarioca, afirmando não ter conseguido, em suaspesquisas, encontrar até que ponto a União fêzconcorrência ao Congresso. Mas o certo é que seuaparecimento despertou em muitos foliões avontade de organizar seus próprios clubes. NoCongresso das Sumidades, por exemplo, ondeimperava a ordem e a amizade entre os sócios,estourou uma briga séria. Mas se esta veio apertubar a vida da sociedade, o carnaval ca-rioca é que ganhou com isso: da dissidêncianasceram duas novas associações, a Euterpe Co-mercial e 03 Zuavos Carnavalescos, que vieramdar mais alegria à festa das ruas.

A Euterpe Comercial parece ter congregadoaqueles que não concordavam muito com a po-pularidade do Congresso, certamente confim-dida com vulgaridade, pois seus membros ti-nham veleidades artísticas. Todos sabiam tocarinstrumentos difíceis, como violino e flauta, equando o carnaval acabava, promoviam sarauslítero-musicais na sede da associação, tocandoóperas. Era tão afetada a Euterpe que a morteterminou por afastá-la das ruas e asfixiá-la nossalões. Pouco tempo depois, nada mais restavado grupo.

Entretanto, o mesmo não aconteceu com oZuavos, que morreu, também, mas deixou filhos.Dele saíram os Tenentes do Diabo e os Infantesdo Diabo. Os Infantes não viveram muito tempo,pois em 1869 houve uma dissidência que os divi-diu em duas novas associações, a dos Fenianose a do Congresso dos Fenianos. Movimentandomais ainda o carnaval de rua, contavam estascom concorrentes sérios, como os DemocráticosCarnavalescos, que em 1883 trocavam o nomepara Clube dos Democráticos. Eles vivem atéhoje, como os Fenianos e os Tenentes do Diabo,

INFLAÇÃODepois de 1855 muitos e muitos clubes sur-

giram no Rio. Alguns morreram completameu-te, deixaram apenas o nome; outros morrerammais completamente ainda, sem deixar sequero seu nome. Mas três deles não passaram embrancas nuvens, os jornais antigos falam de suasvidas curtas mas movimentadas: foram os Es-tudantes de Heidelberg os Acadêmicos de Joa-nisberg e o Clube X. Os dois primeiros eramintegrados por jovens estudantes de Medicinae alguns empregados públicos, "mas de boa co-locação no comércio", segundo diz Melo MoraisFilho, que escreveu o seguinte, sôbre os de Hei-delberg:

— Essa sociedade não fazia passeatas; davaseus bailes ou concorria aos do Lírico, Ginásiode São Pedro. Quando eles transpunham os sa-loes, a fina crítica, a intriga espirituosa, a pilhe-ria inofensiva, entravam em contribuição. O seutrajar era especial» segundo o estilo universi tá-rio. Eis o seu uniforme: sobrecasaca curta abo-toada, calção-camurça, botas de montar, faixaespada, boné sem aba, mas circulado por larga

Iita em que realçavam as cores da bandeira dopaís ao qual cada um aparentava pertencer.

Já os de Joanisberg desapareceram logo,com seus sócios fundando outra sociedade, oClube X, que foi o mais elegante de sua época.Melo Morais Filho garante que êle iniciou, noRio, a apresentação dos chamados carros daisidéias, os carros alegóricos. Certa vez o Clube Ximportou um camelo da Ásia e com èle desfilou,para dar -maior realismo à alegoria que repre-sentava. Foi uma idéia considerada muito chiquepelos foliões elegantes. Mas durou pouco, emseu lugar apareceu a Boêmia, clube tambémmuito elegante, cujo guarda-roupa era caríssi-mo e confeccionado por Madame Niobey, umafrancesa que morava aqui, costureira de mãocheia. Com o fim da Boêmia, foi fundado umNôvo Clube X, que também morreu logo. Aliás,muito poucas associações resistiram ao tempo.

. OS TENENTES DO DIABOUma delas, os Tenentes do Diabo nasceu

em 1855 mas desfilou pela primeira vez em 1867,com um carro intitulado A Orjanàade, cheio demôças bonitas pedindo auxílio para o Asilo dosInválidos da Pátria e a Caixa de Socorro DomPedro II. A Guerra do Paraguai dava um nôvosentido ao carnaval. Fazia-o, ao mesmo tempoque animada, uma festa filantrópica que todosos anos saía às ruas, mesmo depois da quedade Solano López. É que fazer caridade tornara-se um hábito do. folião carioca do século passado.

Há duas versões bem diferentes para expli-car a origem do nome Tenentes do Diabo. ParaMelo Morais Filho, que e.sereveu um artigo sõ-bre o assunto em A Notícia de 24 de fevereirode 1896, os Tenentes passaram a ser chamadosde Diabos em 1861. No carnaval daquele ano,durante um baile na sede dos Zuavos, alguémapareceu correndo para dar a notícia: a casade um dos sócios estava pegando fogo. Foi umcorre-corre geral e os foliões, fantasiados, par-tiram para o local do incêndio, ajudando a apa-gá-lo. O carioca pensou imediatamente: incêii-dio é coisa do diabo, logo... E assim nascia onome.

Mas Eneida, em seu livro, diz que a histórianão é bem essa, porque ouviu a versão de Mar-ques Júnior, na época — 1957 -~ Presidente doClube:

Anualmente, por ocasião da Assembléia-Geral — conta Marques Júnior — a diretoriaenviava para discussão e aprovação uma lista,contendo os nomes dos sócios que se tivessemdistinguido durante o ano para a competentepromoção a tenente, título máximo permitidopelos Estatutos. Em 1861, porém, a lista coma relação dos sócios merecedores de promoçãofoi fortemente combatida por vários elementosda Assembléia, estabelecendo-se acalorada dis-cussão e conseqüente tumulto, obrigando o Pre-sidente da Mesa a suspender a sessão por algunsinstantes, não sem, antes, indignado e nervoso,ter gritado:Vão todos ser tenentes do diabo!

No fim da reunião, quando a irritação ce-deu seu lugar à alegria, o Clube mudava" de no-me. passava a ser Euterpe Comercial Tenentesdo Diabo. Em 1904, popular na Cidade inteira,muitas vêses campeão dos carnavais, passou achamar-se Clube Tenente do Diabo, como é co-nhecido até hoje.IMPORTÂNCIA DOS TENENTES

Os incêndios sempre perseguiram os Tenen-tes, que, sem perder o bom humor, já sofreramquatro: um em 1861, quando a agremiação ain-da se chamava Euterpe, e que serviu para a ex-pneaçao de Melo Morais Júnior sobre o nomedo Clube; outro em 1899, um em 1904 e o últimoem 1922. Por quatro vezes o fogo tentou des-truir um pouco da História do carnaval cario-ca, que é o arquivo dos Tenentes. Não muitacoisa sobrou, e quem vai à sua sede, hoje, ain-da pode ver um exemplar amarelecido pelo tem-po do i orna [zinho Chopp, que a associação pu-bheava nos dias de carnaval. Velhas fotografiasla estão, mostrando a folia do Rio antigo e osgrandes nomes do clube, como Kalixto, dese-nhista e folião, Jardel Jércolis, adolescente ain-aa. Mano Rodrigues, Diretor da Critica, foi Pre-sidente do grupo Contra-Veneno dos Tenentes;Evaristo de Morais foi seu advogado e dedicadosócio.

O apelido de baetas, como são chamadosos Tenentes, teve sua origem desvendada porEneida. Alguém do Clube soube através de Ra-malho Ortigão que em Portugal Diabo é chama-do Baeta, pelas suas roupas vermelhas. E en-tao os Tenentes, desde aquele dia, chamaram-se assim.Importante foi, no passado, a vida dos Te-nentes do Diabo. Em 1905 receberam ajudas doGoverno, através do Barão do Rio Branco, que,em 1918, quando chanceler, promoveu festas erahomenagem aos embaixadores da Argentina,

Chile e Uruguai, na sede do Clube. O Barãoaté hoje é venerado pelos baetas. Quanto aospresidentes brasileiros, os únicos que têm seuretrato na sala de troféus são Artur Bernar-

Cadernos JB &q IV Cc=-.íenário — 283

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O desfile das grandes sociedadeS; nuni-a das estu-pendas alegorias de A.Agostini

des e Getúlio Vargas, que não eram foliões, massouberam compreender a importância dos Te-nentes.

OS DEMOCRÁTICOSFoi também em 1867, ano muito movimen-

tado na vida do carnaval carioca, que surgiramos Democráticos. No dia 19 de janeiro daqueleano, começavam a reinar nas ruas, sendo bemcarioca a história do seu nascimento., segundoconta Hermeto Lima em um artigo publicadono JORNAL DO BRASIIL, em 1934. Dizia Her-meto que em 1866 existia no Rio um clube cha-mado Dos Vinte Amantes., muito animado, masde uma pobreza imensa. Não havia dinheiropara nada, nem para comprar tecido melhorpara o estandarte. O clubinho desfilava no car-naval com humildade e certa vez seus sócios re-solveram apelar para a sorte. Fariam uma va-quinha e comprariam um bilhete de Loteria.Se ganhassem, fundariam um clube decente.

No dia da extração a surpresa foi ge-ral: o número era o do bilhete dos meni-nos. E imediatamente puseram mãos à obra,fundando o Democráticos Carnavalescos. Ad-quiriram, com o dinheiro, uma sede social,na Rua do Carmo, e iniciaram sua vida alegre,desfilando pela primeira vez no ano seguinte,juntamente com os Tenentes do Diabo, que es-treavam na Avenida, após enjoar das glóriasdos salões. Os Democráticos queriam populari-dade imediata e, como os Tenentes, arranja-ram um apelido: Carapicus. Sócio dos Demo-cráticos passou a ser chamado assim, com o no-me de um peixinho facilmente encontrado naságuas da Baia.

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38A.

OS PENIANOSEm 1869, a paz que reinava entre os Te-

nentes do Diabo acabou de repente. Haviasócios que não concordavam com a direção doClube e terminaram por abandoná-lo. Maisuma vez o carnaval ganhou com uma briga dsfoliões, pois os dissidentes reuniram-se e nodia 7 de dezembro fundaram Os Fenianos. des-tinados a ter vida longa. Em janeiro de 1893publicaram estes em O País uma declaraçãoque irritou Tenentes, Democráticos e todas asoutras sociedades carnavalescas, poissiderada de mau gosto e cabotina.os fenianos:

— É aos Fenianos que se deve o carnavalcarioca, porque foram eles os seus implantado-res na Cidade heróica. Enquanto houver fe-nia nos, o carnaval não morrerá.

É verdade que não houve protesto público»mas até hoje um baeta ou um carapicu não

foi con-Disseram

admite os termos da declaração, dos gatos,como são chamados os Fenianos, por causa dagrande quantidade de gatos que apareciam emsua sede, segundo afirma Marisa Lira. É elaquem explica como nasceu o nome Feniano:os Fenianos — diz Marisa — devem seu nomeaos soldados fenianos, irlandeses católicos quede 1865 a 1869 lutaram para libertar-se do jugoinglês. Tanto que o primeiro estandárte-chefêteve o nome de Ralph, em homenagem aochefe rebelde. Até o vermelho e branco queos fenianos adotaram eram as córes dos di.stinti-vos dos revolucionários. ¦

FORA. DO CARNAVALNão satisfeitas de terem garantido um lu-

gar sagrado na história do carnaval carioca,as grandes sociedades deram-se ao iúxo de- es-tar intimamente ligadas ã Históiü do Brasil,no capítulo que fala da abolição da escravatu-ra. Em 1876, por exemplo, os Estudantes deHeidelberg saíram às ruas pedindo dinheiro aopovo para comprar e libertar um menino es-cravo, que salvara do afogamento uma meni-na chamada Corina, na praia de Icaraí. Em1388 o Grupo dos Pelicanos, uma facção dosFenianos, libertou um escravo e os jornais as-sim publicaram a notícia:

"O escravo alforriado pelo ilustre clubetem vinte anos, chama-se Teodoro e acompa-nhará os seus benfeitores na vitoriosa passea-ta carnavalesca de hoje. Um bravo á heróicafalange!"Em 1884 os Tenentes do Diabo compraramduas cartas de liberdade. Ura nara Maria,

parda, de 18 ançs, e outra para "fina.

de 43^e ainda publicaram um jornal de circulação'interna dedicado à abolição da cs rava tura noCeará. Anos antes, em 1864, os Tenentes co-letaram dinheiro para comprar 12 escravos elhes dar a liberdade. O dinheiro fora recolhi-do entre os sócios, para o desfile do carnavalmas teve outro destino: não houve passeatanaquele ano, pois liberdade já custava caro.Quintino Bocaiúva e José Patrocínio eramsócios dos Tenentes e muitas das reuniões dosabolicionistas foram realizadas na sede doclube. No carnaval de 1889 os foliões .saíramas ruas distribuindo versos assim:

A Pátria ressurgiu de um morno desalentoNa vitoria final que honrou a humanidade'Somos um povo livre! Olhai! Neste mo»~ [mentoLoore esta grande terra o Sol da Liber-

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A homenagem é aqui dirigida ao negro, que foi um dos grandes inventores do carnaval

284 — Cadernos JB do IV Centenário > _.-•• \ vJiv&oiio

BailesO liailc do Municipal, o maior e o mais famoso dccarnaval carioca

dominam o carnava1

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Juvenal Portella

Os bailes representam um aspecto impor-tante do carnaval carioca, estando, nos diasatuais, quase superando o chamado carnaval derua. Não se trata de algo recente, uma vez quea realização do primeiro deles data de 1840, ten-do se efetuado no Hotel de Itália, numa espéciede cópia dos famosíssimos bailes de máscaraseuropeus.

Em 1932 o então Prefeito Pedro Ernesto pro-moveu o primeiro baile do Teatro Municipal, omais importante dos festejos carnavalescosatualmente. Naquele ano, perto de três mil pes-soas compareceram para pular e dançar até amadrugada de terça-feira.

HISTÓRIAConta a escritora Eneida que em 1840 uma

mulher italiana, casada com um hoteleiro es-tabelecido no Largo do Rocio, onde se localizavao Teatro São José, promoveu o primeiro baile decarnaval carioca, no dia 22 de janeiro daqueíeano. O sucesso foi enorme e motivou a sua re-petição, dia 20 dc fevereiro. Quatro anos depoisa bossa estava na moda: bailes em profusão ecom vinhos, refrescos e ceia depois de sua rea-lização. A entrada, a essa época, custava quatromil-réis, e as mulheres, como ocorre hoje emcertos bailes, não pagavam nada. Em 1846 sur-giu no Rio uma entidade chamada ConstantePolca, que se tornou promotora da maioria dosbailes. Nesse mesmo ano Clama Delmastro pro-moveu no Teatro São Januário, em 21 de feve-reiro, um nôvo baile de máscara. Isso serviu deexemplo a outros teatros. Em 1879, no ImperialTeatro D. Pedro II houve um baile que a im-prensa da época classificou de formidável. O tea-tro foi convenientemente preparado para isso:estátuas, espelhos, esferas luminosas, bicos dêgás, bandeiras e galhardotes serviram de orna-mentação. A orquestra, sob a direção de A. Cra-venstein, formou 40 músicos, número consideradomuito grande para a época.

A partir dal surgiram bailes públicos emtodos os lugares. Na Cidade havia rinques depatinação e isso serviu de pretexto a que se fi-zessem bailes sobre patins. Corria, então, o anode 1879. O ingresso custava mil-réis. As gran-des sociedades carnavalescas, surgidas nesse pe-riodo, não promoviam bailes nas suas sedes, masiam visitar clubes e neles realizavam as festas.À medida que os bailes iam tomando vulto, tam-bém as orquestras cresciam de número e de im-portáncia. E crescia, obviamente, o preço doingresso. A princípio, os bailes tinham

"comolundo musical inclusive valsas e aberturas deóperas famosas. Em 1888 eram inúmeros os clu-bes promotores de bailes carnavalescos: ClubeGuanabara, Clube do Rlo Comprido, Clube dosTucanos etc. Em 1855, conforme Eneida, Joséde Alencar prometeu às mocinhas de família queos _ diretores do Cassino iám fazer um baile dcmáscaras a fim de que elas pudessem tomarparte. Surgiriam, aí, os tradicionais bailes ía-miliares.

a

PROIBIÇÃOÉ evidente que as características dos bailesdc antigamente eram totalmente opostas às dosatuais. Vamos pelos preços: no Teatro Santana,

por exemplo, um camarote custava 10 mil-réis,lugares numerados dois mil-réis, e mil-réis aentrada avulsa. O Teatro Lucinda, objetivan-do reunir um maior número de freqüentadores,cobrava mais barato. O século XIX terminoucom um baile espetacular. Realizou-se dia 5 dejaneiro de 1889, apesar de ser o carnaval em fe-vereiro. Foi no Clube Progressista da CidadeNova. Os bailes iluminados a gás e giorno au-mentavam de número em cada ano e se realiza-vam antes, durante e depois do carnaval. Em1890 o jornal O Pais noticiou que no baile doClube São José as famílias muito distintas dan-cavam até o cancã, o que era considerado umescândalo para a época. O jornal teve de reti-ficar a informação.

Os bailes atingiram o seu grande momentoem 1900. O Bairro de Copacabana fazia, então,o seu primeiro baile familiar. Os clubes e socie-dades, para valorizar seus bailes, criavam titu-los pomposos. Em 1907 começam os bailes in-fantis. Destacava-se como promotor de festasinfantis a essa altura o Colomi Clube. Em 1903surgiu o High Life, "para dar nôvo cunho aosbailes". No ano seguinte, a entidade promoveuum concurso para saber: qual a mais bela mu-lher, a de mais bela fantasia e a que melhordançava. Só os homens podiam votar. Em 1910o Circo Spinelli começou também a promoverbailes públicos. Em 1918 realizou-se o primeirobaile dos artistas, no Teatro Fênix. Até 1921êle foi promovido no mesmo local. Somente apartir de 1900 é que as grandes sociedades co-meçaram a fazer carnaval nas suas sedes. Em1932 o Teatro Municipal promoveu o primeirobaile de gala, que, das festas em recinto fecha-do, é hoje a maior tradição do carnaval. No mes-mo ano surgiram os bailes dos grandes hotéise logo depois os do rádio, travestis, coroacão darainha do carnaval, baile da ACC etc.

Até 1935 a champanha era fácil nos grandesbailes. O Cassino Atlântico promoveu neste anoum magnífico baile. Com o correr dos tempos,o crescimento da Cidade determinou a criaçãode centenas de clubes em bairros e subúrbios.Essas entidades entraram, então, no mesmocompasso: promoção de bailes carnavalescos.Hoje em dia são tantos os clubes que dificil-mente se poderia dar a relação de todos. Parater uma idéia, eis alguns clubes que trádicio-nalmente, todos os anos, dão suas festas de car-naval: Ginástico Português, Fluminense, Fia-mengo, Iate Clube, Monte Líbano, Botafogo,América, Radar, Iorque, Centro Esportivo daAmadores, AABB, Associação dos Empregados noComércio, Madureira AC, Imperial BC, Barrada Tijuca CC, Grajaú TC, AA Vila Isabel, Tijucaetc, etc. Não será exagero algum se dissermosque todos os clubes cariocas realizam bailes decarnaval.

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vüva o rio Cadernos JB do IV Centenário 285

Flagrante (belíssimo) da baile dos- artista* (HotelGló ri-a)

FAMOSOSO Departamento de Turismo do Estado ofi-

cializou uma série de bailes, dos quais figuramcomo os mais importantes: baile infantil doAmérica Futebol Clube; Unia Noite em Bagdá, doClube Monte Líbano e baile do Clube Sírio Liba-nês. São considerados os mais importantes bai-les do carnaval os do Municipal, na segunda-fei-ra, e o do Copacabaan Palace, no sábado. Umamédia de sete a nove mil pessoas freqüenta oprimeiro e cerca de cinco mil o segundo. Os in-gressos sofrem um pequeno aumento de ano paraano, mas isto não afugenta um folião sequer, aocontrário: de baile para baile cresce a afluên-cia. Nos dois bailes o traje a rigor ou fantasiade luxo são exigências geralmente cumpridaspelos foliões.

O baile de encerramento do carnaval, noMonte Líbano,- teve a sua primeira realizaçãoem 1963, na chamada "terça-feira gorda". Ospreços, nesse ano, foram, estes: frisas com direitoa ceia — Cr$ 2 mil por pessoa para os sócios eCr$ 3 500 para os não sócios; mesa com direitoà ceia —- Crí? 1 500 para os sócios e Cr$ 3 milpara os não sócios e entrada sem direito à ceia— Cr$ 500 para os sócios e Cr$ 3 mil para os nãosócios. Perto de mil pessoas foram a êste baile,mas hoje o número é maior, alcançando êsteano quase cinco mil pessoas. Um dos atrativosdos bailes importantes da Cidade sao o:; con-cursos de fantasias, onde são apresentadas ver-dadeiras obras-primas de bom gosto e riqueza.Há fantasias cujo valor ultrapassa a ca.^a dosCr§ 7 milhões.

DESTINOO carnaval, segundo alguns estudiosos, tem

um destino certo: acabar os festejos de rua eaumentar a intensidade dos bailes de salão.Atribuem isso ao crescimento do número cie clu-bes c a um certo desinteresse nas brincadeirasde Rua. Ao mesmo tempo, acham que nos bailesde clubes desaparecerão as fantasias, pois amaioria adota trajes bem esportivos para poderbrincar á vontade.

Várias são as proibições para os bailes: nãose pode usar lança-pcrfume, o uso de maios oucalções de banho não é permitido, os menorestêm hora para ir embora etc. O policiamento nosbailes e a ação do Juizado de Menores tem im-pedido muitas coi.as desagradáveis, motivadas,via dc regra, pela bebida, que não foi proibida,Uma novidade vai ser introduzida em algunsbailes do ano que vem: em vez de orquestras,que cada ano custam mais caros, serão empre-gados ritimistas do escolas de satnba, que co-bram pouco'.

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A Império Serrano, em dia dc grande gala

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Juvenal Portella

A partir de 1028 não só o carnaval, mas tam-bém a música popular ganharia uma contribui-ção das mais importantes, com o advento dasescolas de samba. Por muitos aspectos, êssefato viria a se tornar um acontecimento histó-rico, principalmente porque: 1) a escola de sam-ba passaria — como acontece atualmente — ase constituir na maior atração dos festejos car-navalescos; 2) ' motivaria o aparecimento degrandes compositores populares e 3) provocariao surgimento de um nòvo tipo de samba, o sam-ba-enrêdo, ainda não muito compreendido.

Todos êsses importantes acontecimentos sãodevidos a um grupo de sambistas de primeiralinha 'que, unidos, resolveram, em fins de julho6 início de agosto do longínquo ano de 1928, or-ganizar um grupo para mostrar suas músicas aopovo. A essa união de compositores, instrumen-tistas e simples dançarinos do samba, deu-se onome que se imortalizaria: escola de samba.

O ESTÁCIOO Estácio, naquele ano de 1928. já era umreduto de adeptos do samba. Nas cadeiras ebalcões dos cafés Apoio e do Compadre, reu-

niam-se nomes que mais tarde passariam a serimportantes dentro do panorama musicai doRio nos bons tempos. Ismael Silva. AlcebíadesBarcelos (Bidê), Nílton Bastos, Sílvio Fernandes(Brancura), Osvaldo Marques (Baiano), Julinho,Edgar, Aurélio e muitos outros, — homens dotempo em que a Polícia usava o sabre para aca-bar "com a vagabundagem desses tais de sam-bistas" —. faziam do Estácio um ponto impor-tante na vicia boêmia da Cidade. Uns faziamsambas "muito festejados", conforme se diziana época, e outros apenas freqüentavam o localpor gostar do samba.

Cerveja para lá. cerveja para cá, e a idéiasurgiu: vamos sair pelas ruas nos dias de car-naval cantando nossas músicas num bloco maisorganizado do que os existentes? Ismael Silva eos outros levaram a coisa para a frente. Falta-vam duas providências, porém, para que o grupopudesse fazer a sua apresentação oficial: umnome para identificar êsse grupo nesses termose um título para ser usado quando saísse. NoEstácio, a êsse tempo, funcionava a antiga Es-cola Normal, hoje o Instituto de Educação doEstado. localizado na Rua Maris e Barros, naPraça da Bandeira. A idéia não podia ser me-lhor: escola, lembrando as normalistas, de sam-ba. Como na época os sambistas eram muitocombatidos, resolveu-se dar o nome de DeixaFalar à escola. No fim de tudo, quando não pa-recia existirem outros problemas, surgiu o dascores para a escola. Nas proximidades do Es-tácio — Tijuca — existia (como ainda hoje) umclube de futebol, o América. Decidiu-se adotaras suas cores, vermelha e branca.

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Não seria, portanto, exagero algum vincular. a fundação da primeira escola de samba a trêsentidades: Escola Normal, América Futebol Chi-be e Polícia. Embora talvez não o saibam, fo-ram decisivas, de certo modo, no surgimento doque é hoje a maior atração carioca. A" Deixa Fa-lar, cuja data exata de fundação é 18 de agostode 1928, somente fêz sua primeira apresentaçãono ano seguinte, tendo como integrante o fa-m jso Francisco Alves.

C ÜESOMENTOA partir de 1929, com a fundação de outras

escolas de sambo, tais como Cada Ano Sai Me-lhor (São Carlos), Estação Primeira (Manguei-ra), Vai Como Pode (Portela), Para o Ano SaiMelhor (Estácio) e Vizinha Faladeira (PraçaOnze), em ordem cronológica, êsse tipo de en-tidade carnavalesca cresceu muito até o pontoem que está hoje. É bom lembrar que antesdas escolas, duas outras entidades dominavamo carnaval: primeiro os ranchos e depois asgrandes sociedades. A escola de samba chegoupara acabar com o prestígio das sociedades, oque, na verdade, durou bastante a acontecer.Ainda com relação a Deixa Falar, são dignosde nota dois fatos: o sambista Edgar, um deseus fundadores, não conseguiu ver a escolasair. pois morreu no mesmo ano da fundação,com um tiro no peito durante uma discussãono morro de São Carlos, num jogo de cartas,O outro é a presença de Heitor dos Prazeresentre os fundadores, homem que mais tarde seligaria â história da Portela.

O carnaval dos bons tempos conheceu de-zenas de escolas de samba, tais como: Na Horaé que se Vê (de Bento Ribeiro)-, Cada Ano SaiMelhor (De São Carlos). Depois te Explico (doMorro da Arrelia), Fiquei Firme (do Morro daFavela), última Hora (da Favela), Paz e Amor(Bento Ribeiro), Vai Como Pode (Osvaldo Cruz).Deixa Malhar (Chácara do Vintém), Uniãodo Uruguai (Tijuca) e muitas outras. Os con-cursos se realizavam na Praça Onze que foium dos grandes redutos do samba e. ano aano, ganhavam mais público. Muitas das an-tigas escolas não sobreviveram, outras acaba-ram se fundindo e criando novas, umas exis-tem até hoje, mas sem nenhuma expressão ede todas, em termos de grandeza e populari-dade, apenas quatro têm hoje em dia a pre-ferência do público: Portela, Mangueira, Impe-rio e Salgueiro. Na realidade, o conceito degrande — como existe no futebol — foi apli-cado e se cristalizou devido, principalmente àsorigens e ó poder que possuem. Poder de gas-tar milhões de cruzeiros em fantasias e alego-nas. Um desfile de escola de samba apaixonaa Cidade, e cada uma delas tem os seus torce-

V:

Viva o rio Cadernos JB do IV Centenário 287

dores, os mais apaixonados possíveis. Pela«orna de importância que representam, as qua-tro principais escolas de samba serão o temacentral deste trabalho.

PORTELAA Portela, considerada a mais importante

e maior escola de samba do Kio, é a mais antigado Brasil, se levarmos em conta o tempo eraque foi apenas um bloco carnavalesco. Em 1923.,foi fundado o bloco Vai Como Pode, transfor-mado em escola de samba mais tarde. Em 1932o Segundo Delegado-Auxiliar Dulcídio Gonçal-ves manifestou o seu desagrado pelo nome eimpôs o de Portela, por achá-lo mais bonito.Cinco nomes estão intimamente ligados à esco-la, como seus fundadores legítimos: Heitor dosPrazeres, o grande Paulo da Portela, AntônioRufino, Claudionor e Antônio Caetano, antigosdiretores do bloco. Depois de instituída a pri-meira diretoria, ficou como presidente BenicioAlberto dos Santos. A Portela conseguiu o seuprimeiro campeonato em 1935, disputando commais 24 escolas.

De lá até hoje, a Portela — que tem uniaáguia como símbolo — conquistou vários cam-peonatos, sendo a escola que mais títulos pos-sui. Nos dias atuais, tem como presidente dehonra uma figura conheeidíssima no subúrbio,Natal. Seu presidente e homem de enredo éNelson Andrade, na verdade um dos mais per-feitos conhecedores dos truques de escolas desamba. Em suas fileiras figuram alguns dosmaiores passistas brasileiros, tendo à frente omaior deles, Tijolo, Sua bateria, hoje dirigidapor Oscar Bigode, já foi a melhor. Em 1935,quando obteve a sua primeira vitória, a Portelaintroduziu alegorias nos desfiles. Neste ano,foi cantado o samba Guanabara, de Paulo daPortela. Foi também a Portela quem introdu-ziu pastôras na bateria, bem como, juntamentecom a Mangueira, inovou o ritmo.

MANGUEIRAA Estação Primeira, de Mangueira, que só

perde para á Portela, embora seja consideradaa melhor das escolas de samba, principalmentepor causa de sua famosa ala de compositores epela tradição mantida na sua bateria — essen-cialmente couro. Em 28 de abril de 1929, quandofoi fundada, a Mangueira já era conhecidíssima.Em 1926, como prova disso, o compositor ManuelDias fez um samba intitulado Morro de Man-gueira, falando no nome de Claudionor, quemais tarde seria um dos fundadores da grandeescola. Antes de 1929, existiam na Mangueiranumerosos blocos e ranchos. Os trabalhadorese moradores pacíficos do morro saiam em blo-cos chamados decentes, como o de tia Tomésia.Mas os brigões não tinham essa vez. Por isso,reuniram-se e fundaram o seu bloco, de nomeArangueiros. Seus integrantes, aliás, foram osfundadores da escola de samba. Eram eles: Car-tola, Gradim, Carlos Cachaça, Claudionor, An-tônico etc. O primeiro samba cantado pela Es-

É na bateria que está nm tíos segredos <T*t._ escolasde samba

tação Primeira, nome dado à escola porqueMangueira era a primeira estação depois de D.Pedro II, foi Meu Bem, Perdão, de Cartola. Maistarde esse samba foi gravado por Francisco Al-ves.

Nos dias atuais a Mangueira continuaocupando um lugar de grande destaque no meiodo samba, sendo respeitada pela qualidade deseus compositores e autenticidade de seus pas-sistas. Seu último triunfo foi em 1962 com Ca-sa-Grande c Senzala, enredo que motivou umsamba de melodia genial. Das suas fileiras têmsaído compositores como Nelson Cavaquinho,Padeirinho, Cartola, Carlos Cachaça, MestreGato, Zé Com Fome (falecido), Zagaia e tantosoutros.

IMPÉRIODas famosas, a escola de samba Império

Serrano é a mais nova, tendo sido fundada dia23 de março de 1948 por veteranos sambistas daSerrinha e por ex-dirigentes da Portela, descon-tentes com a escola. Alfredo Costa, Delfino Coe-lho, Chico, Belisário, Cafua do Trombone, Gra-dim.. Aniceto Bocão, Molequinho, Mano Décio daViola, Fuleiro. Cachopa, Bem-te-vi, Fumaça,Carlinhos e outros então intimamente ligados^ àfundação da escola de Vaz Lobo. Com estes in-tegrantes desfilava desde 1945, quando a escolade samba Prazer da Serrinha passou por umatransformação, conquistando Antônio Caetano,um dos fundadores da Portela. A escola foi evo-luindo até que, em 1947, numa reunião em casade Simplícia de Oliveira, decidiu mudar o nome,adotando o de Império Serrano.

O primeiro desfile com o n ô v o nome foi em1948, quando foi criada a Federação Brasileiradas Escolas de Samba, com adesão da ImpérioSerrano. Foi, também, a primeira vitória. Em1949, voltou a desfilar, com o genial samba Ti-radentes, de Mano Décio, Penteado e Estanis-lau Silva. Em 1960 a escola foi obrigada a mu-dar o enredo poucos dias antes do desfile. Seuenredo era Guerra do Paraguai, e o samba, deMano Décio falava no "ditador Solano López".A Embaixada do Paraguai protestou junto aoltamarati, que procurou entender-se com o en-tão Diretor de Turismo, Sr. Mário Saladini, e,sob o pretexto de que o enredo prejudicava oandamento da Operação-Pan-Americana lança-da pelo Presidente do Brasil na época, houvenecessidade de. se trocar o enredo. O ImpérioSerrano é responsável pela introdução das fri-gidelras na bateria e, lamentavelmente, peloprato metálico.

SALGUEIRODuas antigas escolas de samba do Morro

do Salgueiro resolveram acabar com as diver-gências, quando perceberam que, unidas, seriammuito mais poderosas. Assim surgiu a escola de

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samba Acadêmicos do Salgueiro. As duas esco-las anteriores eram a Azul e Branco e DepoisEu Digo, velhas rivais de tantos carnavais. An-tes disso, existiram a Verde e Amarela e a Ter-reiro Grande, mais tarde transformadas emUnidos do Salgueiro. Todo o trabalho de uniãoteve em Antenor Gargalhada o seu mais impor-tante batalhador. A Azul e Branco, emboras,endo muito boa, somente urna vez.esteve pro-xima á vitória, em 1935, quando chegou em se-gundo lugar. A Depois Eu Digo foi muitos vê-zes vice-campeã e quando venceu empatou coma Portela, perdendo na disputa da pedra maior.

A fusão das duas escolas se deu a 3 de mar-co de 1953. No primeiro ano que desfilou como nôvo nome, tirou em terceiro lugar. Os Aca-dêmieos do Salgueiro são responsáveis pela in-trodução no samba de uma coreografia julgadaanti-samba, mas nem por isso perdem a con-dição de grande escola.

OUTRASO número de escolas de samba hoje em dia

é muito grande, indo além de 50. Isso .se deveao progresso alcançado, há cerca de 10 ou 20nnos, quando as grandes sociedades entraramem fase de declínio. O desfile atualmente é fei-to em três divisões: na primeira ficam as cha-madas supercampeãs. as escolas tidas comograndes; na segunda, as que aspiram ao lugarde honra na primeira e na terceira a.s inician-tes ou que tentam chegar às primeiras divisões.Segundo o critério, as duas últimas colocadasna primeira divisão descem automaticamentepara a segunda e as duas primeiras na segundaascendem à primeira.

Além das quatro maiores, são consideradasexcelentes escolas: Unidos da Capela, de Para-da de Lucas; Moeidade Independente, de PadreMiguel; Aprendizes de Lucas, de Parada de Lu-cas; União de Jacarepaguá, de Jacarepaguá;Acadêmicos de Santa Cruz, de Santa Cruz; Uni-dos do Cabuçu, do Lins; Império da Tijuca, daTijuca: Unidos de Vila Isabel, de Vila Isabel;Beija-Flor, de Nilópolis; Imperatriz Leopoldinen-se, de Ramos; Tupi, de Brás de Pina etc.

E MAISAté hoje, três desfiles oficiais já foram ann-

lados: o primeiro em 1938, o outro em 1952 edepois em 1960. Em 1933 a Comissão Julgadoranão compareceu ao local do desfile; em 1952 aschuvas impediram o julgamento e em 1960 asescolas não obedeceram ao regulamento eacusaram o Turismo.

Já houve dois desfiles simultâneos: um deescolas filiadas a uma entidade e outro de es-colas filiadas a uma nova. Na primeira, a Por-tela ganhou a maior parte dos títulos e na outrao triunfo se dividiu com o Império Serrano eAprendizes de Lucas.

Devido ao surgimento de grandes blocoscarnavalescos e uma* certa caminhada para ocênico, um perigo toma conta das escolas desamba: perder a vez para os blocos.

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Depois de produzida graças ao apro-yeitamento das águas dos rios e das represas, a energia elétrica é transmitida, trans-formada e distribuída. Ao transporte da energia em alta tensão, desde as usinasgeradoras (em gerai situadas longe) até as áreas de consumo, dá-se o nome detransmissão. Transformação é o processo pelo qual nas estações receptoras (localizadasnas áreas urbanas) a tensão da energia é reduzida, para tomar-se útil a seus váriosfins. E distribuição é a entrega da energia às fábricas, às lojas, às residências, àiluminação pública através das redes aérea e subterrânea. Nesses três setores -transmissão, transformação e distribuição - a Light está aplicando, em média, Cr$ 117,2milhões diários. E isso ela fará, todo dia, até 1970, em seu Plano de Expansão.

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ORNÁL DO BRASILíio de Janeiro — 18 de novembro de 1965

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Anteprojeto proíbereeleição e acumulaçãode cargos sindicais

(Noticiário de Trabalho na na página 7)

faz relação decarros roubados

(Utilidade Pública na página 14)

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3*- 3.* Cad,, Jornal do Bmll, Quinta-Felra, 18-11-65

de Freitas

anco da Habitação é umdesafio para a nova direção

Mais uma. vez. decorridosExatamente- doze meses, o Ban-co Nacional cia Habitação pre-para-se para enfrentar o maisgrave problema econômico-so-ciai do Pais. O ambiente atualque a nova direção do Bancoencontrará pode ser definidocomo quase antagônico àqueleque a professora Sandra Ca-valcanti encontrou, quando deíua passe. Naquela época, acriação do BNH foi interpreta-da por todos os setores eco-nômicos do Pais como o (maisimportante, dos empreendimen-tos que o Govêmo se propunharealizar. Surgiu o Banco comoum alento nôvo às classes me-nos favorecidas e, principal-mente para o mercado imobi-liárlo, apareceu como uma mo-la propulsora de grandes em-presas. O Governo íêz questãoabsoluta do ressaltar êsse pa-pel que o Banco iria represen-tar, chamou a atenção para oaspecto .social com veemênciae apresentou o Plnno Nacionalde Habitação como de largo al-cance econômico.

Muito ao contrário do quese esperava e do que se propa-lava. á administração do Ban-co fracassou redondamente, edeixou uma herança poucoagradável para seus sucessores.Domina agora o povo brasilei-ro um clima de frustração emque o Banco Nacional da Habi-tação deixou envolver sua mis-«ão com outras sem absolutocontido prático. O estouro daCooperativa Habitacional naGuanabara precipitou aindamais o prenuncio de um fra-casso total. E, íe o povo ainda

guardava uma gota de esperan-ça pelas belas palavras que rtodo momento ouvia, a inter-venção na COOPHAB terminoupor destruir todos os anseios.Sentia-se que a cada dia maise mais o BNH perdia a confi-anca dos cooperativados c mer-gulhava num abismo ao qualestava fadado permanecer senão houvesse uma reestrutura-ção qualquer. A indústria- daconstrução civil, que se animaracom a criação do BNH. que seentusiasmara com o Plano deHabitação, que julgara estardiante rie um movimento gigan-tesco. sentia mais que o pró-prio Banco o caos em que se in-filtrava.

Ào nóvo Presidente não ca-berá uma missão fácil, mas,por outro lado ela. não é im-possível de ser executada. Anecessidade de uma autòrida-de competente k testa do ór-gão sempre foi um mister lim-pido, que se procurou corrigircom a criação de um Supe-rintendente, mas cujo êxito fi-cou muito a. desejar. Tudoagora é novamente esperançano mercado. Esta segunda fa-se de existência do BNH pre-cisa ser antagônica à primeira,e as atitudes devem ser pen-sadas dua.s, três vezes, de for-ma que não se repitam osme:mos erros. Já nos referi-mes tima vez ao papel que oBanco Nacional da Habitaçãodeve representar para a inicia-tiva privada, já ss repetiuquanto • é necessário que oBanco cumpra sua missão. Oestimulo à iniciativa privadacom financiamentos perma-nenies levarão o BNH a exer-

cer a fuução que seus criadoresspregoavam: incentivar osgrandes empreendimentos. Ur-ge que um esquema drástico,objetivo, de largo alcance eplena execução seja elaboradopela nova direção do BNH, inosentido tíe que êle retome suaposição de órgão de cúpulada habitação no Pais, que i-n-felizmente nunca chegou a.atingir. Cumpre à nova dire-ção um perfeito entrosámentocom a indústria da construção,para. que possa, obedecer a umde seus atributos primordiais:amenizar gradativamente oproblema da moradia. O ca-minho que a nova direção vaipercorrer c árduo, mas o po-vo, a indústria da construçãoe as próprias autoridades pre-cisam readquirir a conria-nçanesse órgão. E cremos bas-tante que isso talvez possaacontecer, se, lado a lado coma indústria da construção, ou-vindo sugestões de pessoas al-tamente competentes para tal,reorganizando o sistema deplanejamento, trazendo àspessoas novamente aquele ein-tusiasmo de há um ano, read-quirindo o prestigio de que ne-cessita para manter-se firmeem suas proposições, o Ban-co Nacional da Habitação en-tão terá ambiente para prós-seguir em seus trabalhos, t.uma tarefa ingrata que ssapresenta à nova direção, é umdesafio que precisa ser acei-to e vencido.

CojiíigressoO Congresso de Hotelaria que se realizou

em Minas Gerais combateu o aluguel de apar-tamentos na Guanabara, para férias, pois rc-presenia tal medida uma concorrência deslealaos hotéis. O expositor da matéria discorreuainda sobre conseqüências sociais que essa lo-cação acarreta, dizendo que ela precisa ser fis-calizada, para evitar a instalação de famíliasem prédios inadequados. Outra exposição deimportância refere-se à análise íeita sóbre osapartamentos em condomínio, quando se afir-mou que íua principal finalidade era a espe-culação.

COHABA Companhia de Habitação de Pernam-

buco deverá iniciar seus projetos, de vez quejá foi aprovado pelo Senado o nóvo Presiden-te do Banco da Habitação. Já estáo redigidosos termos do convênio que possibilitará a cons-trução de 1G 000 casas populares no? munici-pios. Um segundo plano prevê a construção damais 10 000 unidades.

PeríciaDeverá chegar à Guanabara nos próximosdias o Sr. J. Van Ettinger, Diretor do Centro

de Informação e Desenvolvimento da. Constru-ção e da Habitação de Roterdã. O Centrodcetina-se à pesquisa, ao estudo e à documen-tação de dados, para empreendimentos de vul-to do Governo holandês. Em sua terceira via-gem ao Brasil, o Sr. Ettinger tem como prin-cipal finalidade estimular o ideal do Centro deConstrução. Em termos claros, o Sr. Etiin-ger é um perito em construções.

Fundo.No último ato oficial como Presidente cioBanco Nacional da Habitação, a professoraSandra Cavalcanti assinou um convênio emBelo Horizonte, com a Caixa Econômica Esta-dual, pnra o financiamento de 3 bilhões a fimde qüe seja criado um Fundo Rotativo Expct-mental de Empréstimos às Cooperativas Habi-taclonn.s Na ocasião íoi entregue um chequede 2 bilhões, referentes ã quota inicial do fl-nanciamento. Através dêsse convênio, a Caixa

passara — anualmente — a formar nôvo fun-do rou-uivo, de 1 bilhão e meio. Ês.ses recur-sos provirão do Banco que anualmente íome-

ecrã um bilhão, cabendo ã Caixa fornecer os500 milhões restantes. A cerimônia realizou-seno Palácio da Liberdade, com a presença doGovernador do Estado.

Vai acontecerOs condôminas do Edificio Copamar estãoconvocados para a assembléia que se realizará

no dia 19 próximo, às 21 horas, para delibe-rarem *3bre: a) parecer do Conselho Piscai só-bre os contas do sindico; bl aprovação das con-ins do prédio, nos últimos doze meses; c)aprovação do orçamento para o exercicio

' d»<>«;¦ d) eleição do sindico e membros do conse-jIio consultivo.

' Os acionistas da. Riópolis Imobiliária, estãoconvocados para se reunirem no dia 19 de no-vembro em sua sede, com a seguinte ordem dodia: ai conhecimento da renúncia da atual cli-retoria; b) eleição da nova diretoria; c) auto-rizaçao a diretores para assinarem uma hipo-teca da sede, como garantia suplementar: direnúncia do Conselho Fiscal e eleição de nóvoConselho.

) PEGUm reforço de 2 bilhões e duzentos mi-lhões e a verba de que dispõe o IPEG pordecrcío governamental, para a aquisição deimóveis que serão vendidos aos contribuintes

daquela autarquia. O credito foi compensadoconforme determina o Código de Contabilida-cio com excesso de arrecadação prevista na ru-brica, de receita da verba de amortização deempréstimos concedidos a pessoas físicas.

ímj>asseEmbora a lei que criou o Banco Nacional

da Habitação tenha obrigado o Banco a colo-car no sistema segurador nacional os segurosdestinados a cobrir os riscos de operações doPlano Nacional da Habitação, até o momentonao foi possível dar efetividade a essa determi-nação. O Consórcio idealizado pelas emprésiuseguradoras para que fossem aceitos os riscosmencionados poderá ser prejudicado pelo im-passe que o próprio BNH está criando.

CorrespondênciaToda correspondência para «sta scr-ãorirve -ser enviada para o JORNAL DO BRA-SIL, Caderno C — Imóveis.

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TrabalhoJos<i Machado

Anteprojeto de lei proíbe a reeleiçãoacumulação de cargos sindicaise a o.

Um anteçrojeto de lei, que proíbe a acumulação cle cargos em entidades sindi-caia, íoi entregue ao Presidente da Junta Governativa do Sindicato dos JornalistasProfissionais do Estado da Guanabara, Sr. Esperidião Êsper Paulo, que o .submeteráà. aprovação dos demais membros da Junta e á comissão de reforma dos estatutos'daquela órgão. O anteprojeto, elaborado por antigo diretor do sindicato, Sr. Reinaldo-'Santos, tem a seguinte redação:

Art. 1.° — São acrescentados os seguintes parágrafos ao art. 530 da Conaoli-.dação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei n.° 5 452, tle 1.° cle maio do1943: Parágrafo l.° — 12 proibida a reeleição de qualquer dos Integrantes da Diretoria,do Conselho Fiscal e do Conselho de Representantes cle entidades sindicais -- Coníe-derações. Federações e Sindicatos, inclnindo-so na proibição o_ suplentes que hajamsido eleitos juntamente com os titulares daqueles órgãos. Parágrafo 2.° — È tambémproibida a acumulação de cargos de administração com os de delegado ao Conselho cleRepresentantes de entidade sindical.

Art. 2.° — Esta lei entrará em vigor ua data de sua publicação, revogadas asdisposições em contrário.¦ Justificando a proposição, disse o autor que o Decreto-lei n.° 9 611), de 29 deagosto de 1946, assinado pelo ex-Presidente Enrico Gaspar Dutra, procurou disciplinai"-a matéria da reeleição de dirigentes sindicais, estabelecendo que a mesma .somente seriitpermitida a um terço dos.membros da Diretoria, do Conselho Fiscal o do Conselho deRepresentantes de a-ssocinção .sindical de quii.lquer grau, vedada a reeleição dos demais.O principio morallzador, que visava a evitar o continuismo e a perpetuação cle figurasque passaram a ser conhecidas pelo adjetivo pejorativo cle pelegos, loi] coiiitiào, re-vogado pela Lei n.°'2 693, de 23 de dezembro de 1955. Perdura, assim, na vida sindicalbrasileira, a figura do profiteur, do aproveitador cle vantagens e de honrarias, do inseri-sivel iioi-aisant lider sindical, que não passa mesmo do que se convencionou denominarde pelego. Há pelegos nos órgãos sindicais, não apenas de empregados, mas também,nas entidades patronais, nas de profissionais liberais, como nas rie agente:, ou traba-lhadores autônomos.

Diz mais, em sua justificação, o Sr. Reinaldo Santos, que "urge encerrar èssètriste capitulo da nossa vida sindical. Há proflteurs e pelegos cle tortos os matizes, aindafortemente enqulstados na direção de órgãos sindicais cle todos os graus. E. para e.c-tirpar de vez esses quistos e parasitos, não bastará impedir a reeleição de apenas um'terço dos membros de uma Diretoria, de um Conselho Fiscol, de um Conselho de Re-presentantes. Faz-se mister proibir a reeleição de todos os integrantes, assim como detodos as suplentes eleitos com os titulares. A renovação dos quadros de dirigentes sin—dicais só será possivel com essa, proibição. Só assim se porá fim ao nefasto peleso, ao,profiteur do sindicato, que tantas males vêm causando ninda ao trabalhador brasileiro".Por outro lado — acentua — a acumulação de cargos de direção ctmi o.s dedelegado ao Conselho de Representan tes de entidades de grau superior tem sido cauía*'freqüente de distorções c desvirtuamento de eleições sindicais. Necessário se torna, igual-mente, proibir a prejudicial acumulação, porque nenhum dirigente indicai poderá simúl-láneamcnte dedicar-se com produtividade a encargos diversas, no Sindicato e na Fe-,deração, ou Confederação. Os órgãos rie classe muito lucrariam se a legislação espe-cifica fosse alterada, a fim cle corrigir o.s niaíles apontados. O presente anteprojeto delei poderia ser submetido ao Presidente da, República pelo Ministro Arnaldo Sussekind,do Trabalho, para que o Marechal Castelo Branco o encaminhasse ao Congresso Na-cional.

E concluiu:Vedadas a reeleição « a acumulação cle cargos, é. de supor que haverá maisautenticidade nas representações e lideranças sindicais. Será reduzido ao máximo o

peleguismo e os órgãos de classe não mais ficarão entregues a aproveitadores que, emgeral, procuram servir-se, ao invés de prestarem serviços á categoria que dizemrepresentar.

Mão-de-obraO Ministro Arnaldo Sussekind recebeu a

visita do Sr. E. D. Vinegradofí, representan-te da USAID, que realiza no Brasil o levanta-mento de Informações sôbre a forma e o alcan-ce que deverão «er impressos ao programa deassistência técnica no campo da mão-de-obra,que aquele organismo pretende realizar emnosso Pais-. Ao encontro, participando da tro-ea de idéiaa sôbre o assunto, estiveram prèsen-tes o Chefe do Gabinete, Sr. Moacir Velaso, to assistente técnico, Roberto Daheman. Dis-'cútlu-se especialmente a próxima criação doDepartamento Nacional da Mfio.-de-Obra, naestrutura do Ministério do Trabalho, já objetode mensagem ao Congresso, e a do ConselhoConsultivo de Mão-de-Obra que, junto àquele,nôvo Departamento, será integrado por repre-sentantes governamentais, do patrões e cle em-pregados e deverá cooperar na formulação dapolítica a sier executada" pelo Ministério doTrabalho.

Carris urbanosO Sindicato cios Trabalhadores em Car-

ris Urbanos, Trólebtis e Cabo* Aéreos estáintensificando os preparativo,'! para reivindicarnôvo reajuste salarial. A referida entidade jáencaminhou ofício à CTC, ressaltando que o.satuais níveis salariais náo mais atendem àsmínimas necessidades da classe, devendo o nó-vo aumento pleiteado .ser concedido até 31 ciedezembro próximo.

SolidariedadeO Presidente do Tribunal Regional cio

Trabalho de Minas Gerais, Sr. Herbert deMagalhães Drummond, tclegrafou ao MinistroArnaldo Sussekind, expressando sua solldarie-dade ao titular da pasta do Trabalho, contra acampanha que vem sendo dirigida por um jor-nal da Guanabara. Na mensagem, o Juiz Pre-aidente do TRT mineiro ressalta a vida públi-ca do Ministro do Trabalho, que sempre íoi de-dicada Inteiramente à solução dos problemassociais do Brasil. Colocando-se inteiramentedo lado do Ministro, o Sr. Herbert de Maga-lhães Drummond diz que já enviou telegramaao Presldent* da República, no mesmo .sen-tido.

çao no interior do Estado, lavrando-se um to-tal de 1 270 autos cle infração. Esses cornan-dos estão atuando independentemente das fis-calizações rotineiras mantidas por inspetoreslocais. O.s municípios que apresentaram maiormoice cle autuações foram: Vassouras, TrêsRios. Miguel Pereira, Barra do Pirai e Duquecie Caxias, todos com mais de 100 autos. Ou-tros comandos continuam atuando na jurisdi-ção estadual, mantendo a vigilância para ocumprimento da legislação trabalhista.

MarinheirosCom a duração cie trinta dias, lera inicio

dia 22 a eleição para. a diretoria e demais ór-gãos administrativas cio Sindicato dos Contra-mestres, Marinheiros, Moços c Remadores emTransportes Marítimos.

De: l\ o

JornalistasSob a presidência do General Teimo Bot-

ba, Presidente do GT que está revendo os re-sistrc-. dos Jornalistas em todo o Pais, serárealizada a 6 de dezembro próximo, no Minis-tério do Trabalho, uma reunião de delegadosde entidades sindicais, para examinar emendase sugestões apresentadas ao anteprojeto de leique regulamentará outras normas relativas áproflss&o. Participarão da mesa-redonda re-presentantes ria CONTCOP, da Federação Na-cional dos Jornalistas Profissionais, dos sindi-catos de empregados e empresas da Guanaba-ra e de São Paulo, além do ConsuUor-Jurídi-co dô Ministério do Trabalho, Sr. Marcelo Pi-mentel, e do Assistente Jurídico do Departa-mento Nacional do Trabalho, Sr. ReinaldoSantaç. Depois de aprovado o substitutivo, oanteprojeto de lei será submetido ao MinistroArnaldo Sussekind, que o levará ao PresidenteCastelo Branco, com proposta de encaminha-mento ao Congresso Nacional.

O Presidente cia Comissão Permanente duDireito Social, Sr. Alfredo."da Rocha Leão, .en-caminhou oficio ao Mhrs.ro 'Arnaldo Sussi)-klnd, rio Trabalhou comunicando haver aquele,órgão, por unanimidade, aprovado moção apre-sentaria pelo Professor Artur Machado Patipé-rio, solidarizaudo-se cem o Sr. Sussekind,"contra a.s caluniosas, torpes e infamantes in-júrias assacadas por um vespertino contra ariigiiidado, o decoro c o alto espirito público cioMinistro cio Trabalho".

AlfaiatesOs oficiais alfaiates o as costureiras da

Guanabara estarão em assembléia, amanhã.'para dar inicio á campanha por novos níveis.salariais. Alfaiates e costureiras reivindicam120 por cento cle aumento, sôbre os saláriosatuais.

BancáriosMarcada pnra hoje, ás lõ horas, na Dele-

gacia do Trabalho, a mesa-redonda entre ban-queiros e bancários, para discutir a proposta-'cle revisão salarial. Nessa reunião, banqueirose bancários terão talvez, a última oportunidâ-de para discutirem a questão na esfera admi-nlstrativa.

AeroviáriosSerão realizadas, nos dias 22. 23 e 2-1. as

eleições para a renovação da diretoria do Sin-dicato Nacional dos Aeroviários. A diretoriada entidade está apelando para os associadospara que compareçam em massa às urnas, afim de quo seia atingido'o quorum exigido perlei.

f' uncionaíismoO Diário Olicial tiu dia 12 publicou O dti-'

creto assinado pelo Presidente da República epor toclos os Ministros de rpstado. que torna senieleito o rebaixamento cle níveis dos servidoresde todos os Ministérios. O Sr. Ouro Prétó, Dl-retor cio DASP, submeteu o anteprojeto do de-creto ao Presidente Castelo Branco, em virtu-de de exposição cle motivos feita pelo MinistroArnaldo Sussekind. O decreto vem beneficiar,na sua maioria, a funcionários de níveis bai-xos.

Fiscalização EstivadoresO Delegado do Trabalho no Estado do Rio

Informou que, até o fim do mês de outubro,íoram realizadas, pela Seção de Inspeção doTrabalho, 21 comandes especiais de fiscaliza-

Empossada, ontem, a diretoria da Federação"Nacional dos Estivadores. A diretoria eleita,vai dirigir a federação no biênio 19C.5 67.

O QÜE VOCÊ DEVE SABEIO Conselho Superior da

Previdência Social, atravéscia Segunda Turma, apreci-ando o recurso em que umsegurado do IAPFESP pediaaverbação do tempo de ser-viço prestado gratuitanien-te à Estrada de Ferro Crls-tina, decidiu que, efetiva-mente, o recorrente tinha

direito a contar o periodoem que trabalhara sem re-c-.eber .iahirlos. para fins deaposentadoria. Quanto àbase para as contribuições,íoi fixada levando em con-sideração o primeiro orde-nado auferido pelo segura-do. O IAPFESP havia ne-gado a pretensião do tra-

balhador. O Conselho, aten-dendo ao interessado, de-terminou que os seis anosem que o mesmo havia tra-ba lhado sem descontar parao Instituto fossem eompu-tados para o cálculo dotempo necessário ã sutVaposentadoria.

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táxi Volkswagen, ontem, dia 17, entre 9 e 10 horas,no trajeto de Copacabana para a Av. Rio Branco,esquina de Sete de Setembro, peço ao motorista queencontrou o citado pacote, o favor de se comunicarcom o proprietário, Sr. Victcr, pelos telefones 42-0268ou 52-2439 que será muito bem gratificado na entregadós títulos.

: A perda destas ações Já foi notificada aos corre-tores e à Bolsa de Valores, só tendo valor para oproprietário.

O Quartel General da 3.a Zona Aéreachama a atenção para a concorrência públi-ca n.° 01/65, publicada no Diário Oficial doEstado da Guanabara, em 20-10-65, Fis. n.°20 352, para a construção de casas em Pira-porá •— Estado de Minas Gerais, e Barra doPiraí — Estado do Rio de Janeiro.

Rio de Janeiro, 13 de novembro de 1965.

DE INQUÉRITO- Portaria MIPS U° 504/65

A Secretária da Comissão de Inquérito instituídapela Portaria n.° 504, de 22 do setembro de 1965, doSenhor Ministro de Estado dos Negócios do Trabalhoe Previdência Social, cm cumprimento de ordem doSenhor Presidente e tendo cm vista o disposto no 52.°' do Art. 222, da Lei n.° 1 711, de 28 de outubro de1952, cita, pelo presente Edital: Amaury Silva, ex-Ministro do Trabalho e Previdência Social, para, noprazo de quinze dias, contados da data da publicaçãodêsto, comparecei- perante esta Comissão de Inqué-rito, instalada na sala n.° 909, do 9.° andar do Paláciodo Trabalho, nesta cidade do Rio de Janeiro, Estadoda Guanabara, a íim de apresentar defesa escrita noprocesso administrativo a que responde sob pena derevelia.

Rio de Janeiro, 4 de novembro de 1965.ass) Maria Aparecida Guimarães Fessow

Secretária da Comissão de Inquérito.

Imprima Vaie cio Rio Doce_

Mso «os Srs. Acionistas¦ Comunicamos aos Senhores Acionistas

que serão suspensas todas as transferên-cias de ações "nominativas" e desdobra-mentos de ações "ao portador", duranteo' período compreendido entre 29/11 e13/12/65, exceto aquelas negociadas naBolsa de Valores, antes do referido dia29/11/65, a íim de possibilitar aos adio-nistas o recebimento das bonificações re-lativas ao Aumento de Capital aprovadopela AGE de 30-4-65, para CrS52 000 000 000 (cinqüenta e dois bilhões decruzeiros), que será feito a partir daqueladata.

Eio de Janeiro, 10 de novembro de1965.

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Rio, 17.11.65.a.) HÉLIO DE CARVALHO LIMA

Presidente

\. MOINHO SANTISTA -INDÚSTRIAS GERAIS

Em vista de ter sido aprovado pela Assembléia Ge-ral Ordinária de 28 de outubro de 1965, a distribuiçSode dividendos, ficam convidados a comparecer até odia 17 dc dezembro pi., na Rua TEÓFILO OTONI. 15,5." andar, nesta cidade, diariamente das 8 às llh30me das 14_.30m às 17 horas, exceto aos sábados, os Srs.acionistas possuidores de ações ao portador, que pre-tendam cptar pela identificação, de acordo com o dis-pôsto na Lei 4154/C2. Para tanto será necessário pre-encher o formulário próprio que poderá ser retiradono endereço supra, apresentando concomitantementecom os cupões 19 a carteira de identidade e o númerode inscrição do Imposto de Renda.

Comunicamos ainda c.ue, as sociedades que Be jul-garem beneficiadas pela Lei n.° 3 470 — Art. 82 deve-rão efetuar a entrega do certificado de isenção do Im-posto de Renda, expedido pelo Banco Central da Re-pública do Brasil.

O não comparecimento até aquela data, será con-siderado para todos os efeitos legais, como opção pelanão identificação.

Rio de Janeiro, 12 de novembro de 1965.A DIRETORIA (P

A QUEM FOSSAINTERESSAR

Extraviou-se carteira doÇREA n.° 4.304-D, 5." Re-gião, registro n.° 9.542, deD e r e k Herbert Lovell-Parker.

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B 153 046SP 01-73-47-80 — Clnza-Prata —

B 243 363GB 12-50-21 - Cinza —

371 307PB 41-31 — Cinza —¦ B 214 708SP 11-32-80 ¦— Avcla-Verdo

OB 20-44-26 — Azul —B3 067 182

GB 15-20-50 — Pérola — 13 3641959 — GB 80-18-66 — Azul-Vcrde-

AmareloPontlac — 1947 — RJ 6-25-04 -. Verde-Gélo —

B8. MB. 19 033Prcfect — 1952 — GB 10-28-07 — Ázul-jBscuro —

C. 405 436Rural Wlllya — 1964 — GB 10-39-55 — Verde-GêloRural Willys — 1964 — DP 2-93-38 —. Vermelho —

Bl 191 291Rural Wlllya — 1065 — RJ 27-45-OJ «~ Verde —

B5 223 226Rura.l Wlllya — 1963 — ES «-55-30 —> Azul-Branco —

B3 175 876Rural Wlllya — 1965 — GB 9-30-86 — A.ul-Gêlo —

BS 161 BJ. 226 880Rural Willys — 1964 — RJ 19-44-47 — Verde-Branco —

S4 189 396Rural Wlllya — 1962 •— BA 1-32-66 .

B 043 566Rural Wlllya — 1964 — GB 20-90-02

B3 181 814Rural Wlllya — 1964 —• ES 54-25 — Azul-Branco — ,,

B4 186 991Rural Willys — 1965 — BJ 32-67-18 — Verraelho-Gílo —

B5 219 446Rural Wlllya — 1964 — GB 21-01-84 — Clnza-Branco —

B4 183 785Rural Willys — 1965 — 85-48-39 — Verde-Clnza —

B5 227 091Rural Wlllya — 1963 — GB 85-48-39 — Verde-Clnza —

B5 227 091Rural Willys — 1963 — SP 28-08-62 ~» Clnza-Branco —

B3 168 386Rural WUlys — 1964 — GB 22-31-72 — Verde-Marílm —

S4 206 465 •Rural Wlllya — 1964 — GB 21-00-87 — Verde-Branco —

B4 181 964Rural Wlllya — 1963 — RJ 8-92-38 — Cinza —

B3 159 441Rural Wlllye — 1963 — RJ 10-81-03 — Bçge-Cinza,Rural Wlllya — 1964 — RJ 29-73-25 —' Verde-Branco —

B4 190 838GB 83-31 — Cinza —

VB. 2. M. 18 263 — BRGB 28-32 — Grená, —

VB. MM. 24 473GB 30-92 — GreiiS. — 102 762GB 75-23 — Azul —

VB. 2. M. 184. 27. BR•- SP 26-17-42 — Areia —B 220 332

DF 1-24-81 — Cinza —B 242 503

RJ 31-52-38 — Areia —B 176 129

GB 22-33-89 — CinzaDF 2-97-55 — Verde-Amtzo-

nas — Bõ 271 320GB 5-10-16 — Vermelho —

B 1D1 841GB 13-23-64 — Verde —

B 22 235SP 24-60-06 — Azul-Claro —

B 161 206GB 21-65-17 -- Pérola v--

B 134 235MT 1-85-34 — Vcrd»GB 1-76-65 — AzulGB 21-73-07 — Clnza-Prat- —

B 207 287-¦ B 23-41-5S — Azul —240 199

PE 2-82-06 — V«rd€ —B 258 498

GB 14-23-84 — Beg» —B4 157 778

GB 35-44 — Pérola —278 786

GB 20-88-38 — Areia —B 189 893

GB 13-18-36 —i Verda —B 172 2S8

RJ 13-49-68RJ 31-32-99

B 28 902MO 76-72

B 144 627GB 19-81-61 — Vermelho —

54 954P-I 19-79-43 -< Verde —

B 2.16 772RJ 1-83-35 — Verde —

B 211 733RJ 8-88-30 — Vermelho —

B 247 343BA 14-34-57 — Verde —

B5 211 304

CARROS ABANDONADOS:Dodge — GB 4-88-87 — Preto — De praça — Está nm

Rua Viúva Lacerda n.o 42 Emi?Botafogo.

Dodge — GB 3-72-68 — Clnza-Clsro • Escuro — Esti. naRua Bolívar n.° 13, em Copaca»bana. _*

Quem souber do paradeiro déste.i veiculo» é íaverligar para 22-1519. Os proprietários de carros rcubado»,que recuperarem sem veículos devem comunicar Ime-dlatamente ao Serviço de Utilidade Publica da RADIOJORNAL. DO BRASIL, Banco de Crédito Real. um Ban-co de tradição, para evitarem o constrangimento de '*e»rem detidos em seu próprio automóvel.

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Vespa — 1963 — <

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Volkswagen —' 1964

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Volkswagen 1964

Volkswagen 1964

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Volkswagen 1965

Volkswagen 1963

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Volkswagen 1964

Volkswagen 1964

Volkswagen 1964

Volkswagen 1965

— Grená,— Creme —

— Azul —

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