Tempo: nublado, ins-tabiljdo.de ocasional. -Tetnp.: estável. Vcu-tos: sul. fracos. Visib.:boa. Máxima. 37.0 Mínima: 22.7 (Maisdetalhes na l.a pág. doCad. ile Classificados)

S. A. JORNAL DO BRASIL -.Av. Rio Bronco, 110/112 — End. iTel. JORBRASIL — Rio — Tel. I¦Rede Interna 22-1818 — Telexns. 43! - 432 - 433 — Su-cursais- São Paulo — Av. SãoLuís, 170, loja 7. Tel. 32-8702.Brasília — Setor Comercial Sul

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ACHADOS E PERDIDOSDOCUMENTOS PERDIDOS no diã2 3 ó9 — Ca-telra de identidaded.» Policia (IPF); Carteira funcional da SAEN; Carteira do INPSinscrição n, 1040; Carteira doINPS _¦ carne do abono de permaiVênclá em serviço; Carteira daclinica N.S. de Fátima. Um re-í'òío c] dedicatória a seu tio, —Uma tabela de pagamento doINPS. Todos esses documentospertencem ao Sr. Thomaz Furta-do de A\endcnçn. podendo serentregue à Rua Marquês do P-a-rena, I08'110, na SAEN. Grati-¦fica-se a quem entiegar.EXTRAVIOU-SE o livro registrode empregados n.° 1, da lirmaThercio M. Farinha, estabelecidona Rua Santa Luzia n.° 686, por-U ds loja, gratifica-», a quem oencontrar.FÕI EXTRAVIADA no diã~30-l~o9,1uma pasta contendo um livro de1Registro de Empregados n.° ..;140 961, juntamente com docu- imentos pertencentes a lirma: An'.oís Transporte e Serviço S[A. ro-'ga-se a quem encontrá-la telefo-'nar lei. 30-6728, falar com Sr.ftalpho.FOI ENCOMTRADA' notdl» _0-luma cautela de 100 ações da Ar-:íex S.A., devolve-se ao dono me-idiante a apresentação do recibode cempra. Av. Paulo de Frontin390-101 cl D. Guiomar.GRATIFICA-SE a quem encontrardocumentos perdidos — AlmirTrindade Ferreira, na Av. GraçaAranha, 333, s 605 - Telefo-nes: 43-6398 e 22-6575.

PERDEU-SE uma pasta de carto-lina pertencente à Sociedade Or-tedoxa de Senhoras contendo es*crituras c projetes. Favor entregarRua Emitia Sampaio, 6. Vüa ísa-bel. Tel. 58-8689. Gratifica-sebem.PERDERAM-SE 10 cautelas n.° 25c 1 cautela de 25 açòos n.o 119de Restaurante e Auditório Mes-bla S.A. Informações oara RuaÁlvaro Alvim, 37 gr. 1013.PfRDEU.SE o passaporte brasileiro!n.» 649.212 de Elietle VerõnicaiFacchinetti. Gratiíica-se a quem1cn:intarr; 327476. PERDEU-SE carteira de identidade Id* Sra, Carmen Duarte Crisrovsmn.o R. G. -116 941. _ S. P. - lInformações pi tel: 900870.QUEM achou úma carteira preta;enfra «s Ruas BarSo de Mesquita je Uruguai, telefonar para 38-0029'" .Desde já obrigada.SULMIRA IDA MÍLBRADr, perdeu1o seu cartão de inscrição do Ca-da:tro Fiscal do Estado, nume-ro 274 03700, pede a quem en-1centrou entregá-lo na Av. Pres 'Vargas, 583, sala 502.

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JORNAL DORio de Janeiro -- Quarta-feira, 5 de marco de 1969 SEGUNDO CLICHÊ

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Chineses fazem protesto4 contínuo contra a URSS

Um milhão e quatrocen-tos mil chineses se renovamdia e noite em um protestocontínuo diante da Embaixa-da da URSS, em Pequim, se-gundo anunciou ontem aAgência Nova China, obri-gando os convidados a umbanquete oferecido pelosmembros da Embaixada so-viética a entrarem pela por-ta dos fundos.

A China Popular insistiuem sua ameaça de lançarum contra-ataque de "700milhões de civis e soldados sea União Soviética persistirna violação do território chi-

nes." Moscou respondeuacusando Mao Tsé-tung defavorecer o crescimento de"uma histeria nacionalista."

Em Moscou informava-seque 34 soldados soviéticosmorreram e dezenas ficaramferidos nos incidentes de do-mingo no rio Ussuri. O nu-mero de baixas chinesas, se-gundo a mesma fonte, foi es-timado em 30 mortos. A ten-são entre as duas capitaiscomunistas manteve-se in-tensa com o prosseguimentodos ataques pelo rádio.

Os policiais chineses tive-ram que realizar uma autén-

tica operação de guerra, afim de tentar que os diplo-matas estrangeiros compare-cessem a tim banquete ofere-cido pela Embaixada daUnião Soviética, acabandopor fazer os convidados en-trarem pela porta dos fun-dos do prédio.

A Agência Tass anunciouque nas cidades soviéticaspróximas à região do confli-to houve "manifestações detrabalhadores para alentara. coragem dos guardas fron-teiriços que repeliram os pro-

-vocadores chineses" no con-flito de domingo. (Pág. 2)

Cosmonautas passam parao módulo lunar da Apoio

inlliditio se reveza em prbfèsló continuo om frenle. tt Emlmi.xmlt, du URSS em Pet/ni in

Redesconto especial socorreas empresas ale 15 de abril

O Governo anunciou on-tem a criação, com vigênciaaté o dia 15 de abril, de umafaixa especial de redescontos,correspondente a 20 por cen-to dos limites atuais e à la-xa de 12 por cento ao ano,para o atendimento imedia-to do comércio e da indus-tria.

Reunido com banqueiroscia Guanabara, São Paulo,Minas Gerais e Bahia, o Mi-nistro Delfim Neto explicouque essa faixa especial só pó-dera ser usada no redesconto

Alemanhaem Berlim

de operações baseadas emduplicatas ou outros títulosrepresentativos cie operaçõesdo comércio e da indústria.Os empréstimos pessoais fi-cam de fora.

O Ministro da Fazenda co-municou ainda aos banquei-ros a decisão do Governo depermitir às financeiras a re-novação das atuais operaçõesde crédito ao capital cie ;irodas empresas até o limitedessas operações c semprecom os mesmos clientes. Es-

sa medida evitará que os mu-tuários de empréstimos (nototal de cerca de NCrS 2 bi-lhões) tenham de recorrer aosistema bancário para obteros recursos necessários à li-liquidação das operacõ.sjunto às financeiras.

Revelou ainda o MinistroDelfim Neto o propósito doGoverno cie assegurar a vi-gênciá do sigilo bancário,cuja preservação foi reco-mondada pelo Presidente daRepública. (Página 15)

Ocidental elege hojeseu novo Presidente

Os cosmonautas McDivitte Schweickart farão hoje otransbordo para o módulolunar, rastejando por um tú-nel que liga a nave acopla-da à Apolo-9. Durante seishoras consecutivas, a duplaexperimentará e testará to-do o instrumental do módu-Io. réplica do veículo que le-vara os primeiros norte-ame-ricanos à superfície da Lua.

Os tubos de material fie-xível a bordo da Apolo-9 os-cilaram bastante no momen-to em que McDivitt acionou

Nixon mudapolítica paraA. Latina

O Presidente Richard Nixonafirmou ontem em entrevista co-letiva que considera vitalmentenecessárias mudanças na poli-tica externa dos EÍJA em rela-(jão à América Latina, acresceu-tando que o objetivo da missãoRoekefeller é estudar estas mo-diíicações. Nixon fêz um balan-co de sua excursão à Europa.

O ex-Embaixador cio Brasilna ALALC, João Batista Pinhei-ro. disse ontem no Gale ã o,ao chegar de Montevidéu, queacredita no êxito da missãoRoekefeller, pois não existe cli-ma de antagonismo entre ospaises da América Latina e osEstados Unidos. iPágs. 9 e 111

RELATÓRIO TENSO

pela primeira vez os motoresprincipais, a fim de inscrevera espaçonave numa órbitamais alta.

Por três vezes, os moto-res foram acesos para verifi-car o comportamento do mó-dulo lunar acoplado na proada Apolo-9. As llhl2m (horado Rio), o motor foi ligado,fazendo a cosmonave subirpara 355 km. Na segundavez, às 14hl0m. atingiu os498 km c na terceira ignição,às 17h28m, a nave fixou-senos 502 km de altitude.

Indicação deGoldci Meirc confirmada

O Conselho Executivo do Par-tido majoritário israelense apro-vou virtualmente entem a in-dicaçãó de Golda Meir parasubstituir o falecido Primeiro-Ministro Levi Eshkol. O Minis-tro da Defesa, General MoshéDavan, disse que acatará a de-risão, afastand-o assim a amea-ça de crise que rondava Israel.

A situação na Siria continuatensa: o chefe cio golpe quederrubou o Presidente Noured-clin Al-Atassl. General Halez Al-Assad, realiza uma completa de-pnraráo nas fileiras das ForçasArmadas. Éle destituiu todos osoficiais que poderiam opor-se àsreformas que o novo Governopretende implantar. iPág. 111

Os 1 036 membros do co-légio eleitoral da AlemanhaOcidental escolhem hoje emBerlim o novo Presidente daRepública, que sucederá aHeinrich Luebke. A eleiçãotranscorrerá no ambiente detensão criado pelas amea-ças da Alemanha Oriental eda União Soviética de isolara antiga capital alemã doOcidente.

A Alemanha Ocidental re-chaçou ontem a última ten-tativa da Alemanha Orien-tal para impedir a realiza-ção das eleições em Berlim.Ò Secretário de Estado daRepública Democrática Ale-má, Michael Kohl. voltou apropor a suspensão do piei-

to cm troca de salvo-condu-tos para todos os berlinen-ses do oeste que desejassemvisitar o setor oriental naSemana Santa, mas não ob-teve sucesso.

Enquanto a polícia repri-mia violentamente uma ma-nifestação de estudantes es-querdistas que protestavamcontra as eleições, os Parti-dos p o lí t i c o s mantinhamgrande atividade. Os doiscandidatos são o MinistradaDefesa. Gerhard Schroeder,pelo Partido DemocrataCristão, e o Ministro da Jus-tica, Gustav Heinemann, pe-Jo Social Democrata.

Schroeder conta com 482votos certos e Heinemann

com 449, mas acredita-seque nenhum dos dois conse-guirá os 519 votos necessá-rios para vencer em primei-ro escrutínio. Para o segun-do escrutínio, precisa-rão conquistar os votos dosliberais, que têm 83 elei-tores.

O avião norte-americanoque transportou para Ber-lim o Chanceler Kurt Kie-sínger, pelo corredor aéreo,foi vigiado a uma distânciade mil metros por dois Migsoviéticos, enquanto sobre-voou o território da Alemã-nha Oriental. O apare-lho militar dos Estados Uni-dos, no entanto, não foimolestado. (Página 9)

____!____! ____M_I __B_ *¦$?¦

Conforme o plano de vôo,os brasileiros deverão assistirhoje, entre 10h45m e llh45m(hora do Rio) — numatransmissão direta de televi-são — às manobras de Sen-weickart e McDivitt no inte-rior do módulo lunar. A Com-sat Corp., empresa responsa-vel pela emissão de TV. pia-neja colocar mais um saté-lite de comunicações emórbita estacionaria sobreo oceano Indico, na próxi-ma semana. (Página 8;

Conselho deSegurança sereúne dia 13

O Conselho de Segurança Na-cional foi convocado para o dia13. no Palácio das Laranjeiras,

a fim de examinar ivovos pro-cessos e aplicar punições cembase rio AI-5. Prevé-se a apre-ciaçáo dos últimos dossiês re-lativo-; a parlamentares, com aressalva de que o Governo po-dera examinar ainda casos iso-lados, no future.

A sub-CGI da Guanabara Ini-ciará atividades na próxima se-mana, sob a presidência do Ge-neral Horáeio Lemos Correia cintegrada pelos Srs. Danton deAndrade Figueira e Jéíerson Ma-criado de Góis Soares, competiu-elo-lhe examinar processos deenriquecimento ilícito.iPágina '.e Coliinn do Caslello, página 4i

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Kiesinger (à direito) debate com o prefeito de Berlim Ocidental a situação da cidade

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2 — 1.° Cad., Jornal do Brasil, quarta-feira, 5-3-69

Luta armada matou 30 soldados chineses e 34 russos

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Chineses mantêm inglês detido A China e seus vizinhosLondres — a casa de Pequim em que Au-

thony Grey, correspondente da Agência Reu-ter, está detido há 16 meses, me é muito ia-miliar. Se íecho os olhos, quase posso recorda-Ia em todos os detalhes, pois o edifício estámulto perto da residência em que passei seismeses confinado em 1956'57.

Anthony Grey está atravessando uma duraexperiência. Está confinado num cômodo de4 metros quadrados, quente no verão e cruel-mente frio no inverno, e não tem contato prá-ticamente com ninguém, exceto a mínima co-municação com os guardas e um servente. Temque pedir permissão aos guardas para fazersuas necessidades. Não se lhe permitiu quasereceber nenhum material de leitura, e os fun-cionários diplomáticos britânicos que o visita-ram recentemente disseram que sua saúde eseu moral estão sofrendo

Mas, na realidade, meu período de doten-ção domiciliar foi muito diferente. EnquantoGrey está detido como refém, em condiçõescuidadosamente calculadas para deprimi-lo cinduzir seus compatriotas a fazer concessõespor sua liberdade, eu estava preso para "for-talecer-me" e me preparar para sair para omundo exterior e reiniciar o meu trabalho dejornalista, depois de quatro anos de detençãoem solitária.

Não obstante, o que eu tinha expérirrien-tado até então é multo pior do que o que possaestar sofrendo Grey. Durante quatro anos, pri-meiro em Xangai e depois em Pequim, estiveabsolutamente só em cela 2.3 por 3 metros,na qual havia apenas uma cama de madeira,um cobertor e um penico. Submeteram-me sis-temàticamente a uma dieta de fome — em ge-ral duas tijelas de água de arroz por dia —e durante meus quatro anos de cativeiro perdiquase 25 quilos de peso.

Náo só me era proibido fazer exercício aoar livre, mas me obrigaram a ficar todo o diasentado em minha cela com as costas contraa parede. Duas vezes por dia chegava a súbitaordem — "Exercício!" — e durante dez mi-nutos tinha de caminhar de um lado para ooutro da cela, quisesse ou não. Com freqüên-cia, porém a intervalos regulares, um guardaabria o miradouro da cela para comprovar secu estava com os olhos abertos e olhando paraa frente, como era de minha obrigação. Quan-do me faziam ir á sala de interrogatórios pararesponder a respeito de minhas supostas ati-vidades de espionagem, eu estava tão fraco queme faltava a respiração enquanto caminhavapelo corredor.

AS ALTERNATIVAS DA GRÃ-BRETANHA

Porém, mais do que falar de minhas expe-riências, desejo fazer-me duas perguntas: Queesperam os chineses obter com a detenção deGrey? e, segundo, como deveria reagir o Go-vêrno britânico ante essa pressão? Creio queposso falar sobre essas perguntas porque, àparte o ter sofrido detenção sob os atuais di-rlgentes chineses, também tive que servi-losem postos de responsabilidade. E me pareceque conheço melhor que muitos comentaristas* forma de pensar desses dirigentes.

A primeira pergunta tem resposta fácil. Os«hinese* declararam que a prisão domiciliar de

Eric ChonDo Toji News

Grey é uma represália contra as penas de pri-são impostas a 13 "jornalistas" comunistas emHong-Kong por sua participação nos dlstúr-bios do verão de 1967, a fim de que os ponhamem liberdade.

Qual deveria ser a reação oficial britânica,é matéria mais discutível. Porém, a meu ver,o Governo britânico tem diante de si três pos-sibilidades:

a) Fazer caso omisso da detenção de Grey.b) Protestar contra ela, com a esperança

de que os protestos logrem pô-lo em liberdade.ei Fazer represálias (por exemplo), impon-

do restrições ou expulsando os quatro jornalis-tas da Agência Nova China que trabalham emLondresi.

O que o Governo tem feito até agora é se-guir a alternativa b). que na.minha opinião éa menos eficaz das três. Os comunistas chine-ses consideram que os protestos, se não sãoacompanhados de ameaças ou de incentivos;não significam coisa alguma.

UMA CONCLUSÃOAos olhos de Pequim, as petições e os pro-testos são sintomas de fraqueza, e apenas isto.

Parece-me difícil crer que os funcionários bri-tánicos, tanto na China como no Foreign Offi-ce de Londres não tenham consciência dessarealidade. E mais: estou certo de que a têm. Areação britânica, no princípio, foi — como serecordará — seguir o método a), ou seja, a tá-tica de não adotar medida oficial alguma edeixar que os chineses pusessem Grey em li-berdade quando lhes conviesse, ou quando esteacelerasse sua- libertação aquiescendo em fazr-ralguma "confissão" (que é a forma que euutilizei para sair de minha cela solitária, jáque, de outro modo, ainda estaria ali, se nãotivesse morrido).

É fácil compreender que, por motivos hu-manitários, o Governo britânico tenha decidi-do logo seguir a fórmula b). O Foreign Officecertamente sabia que todas as representaçõesfeitas no decorrei- do último ano não iam terefeito algum, mas deve ter-se sentido incapazde tomar um caminho aparentemente desalma-do em fuce da atitude da opinião pública bri-tá nica.

Por que. pois. não experimenta o Governobritânico a terceira possibilidade? Seria possi-vel, por exemplo, privar os jornalistas chine-ses de Londres de sua imunidade diplomática,ou submetê-los a diversas restrições. Creio quehá duas razões para que o Governo não tenhaagido assim: primeiro, não quer pôr seu òodi-go de conduta diplomática â altura da dipio-macia chinesa: segundo, e talvez mais impor-ta-nte, o Foreign Office teme que as represáliaspoderiam conduzir a uma intensificação da con-trovérsia até o ponto de uma ruptura de rela-ções diplomáticas e de novas pressões chine-sa.s contra Hong-Kong.

Mas isto nos leva a fazer uma perguntafundamental: convém à Grã-Bretanha manterrelações diplomáticas com a China? Eu tenhoopiniões muito arraigadas sobre esta questão,mas não é o momento de falar delas. Não obs-tante, do caso Grey só se pode tirar uma con-clusão nítida: cada dia que Grey passa encar-cerado serve de Ilustração para a situação deimpotência em que a Grã-Bretanha .se encon-tra em suas relações com a China comunista;

Departamento de PesquisaAo mesmo tempo que consolidava in-

ternamentè a República Popular instala-da em 1949. a China, desde 1950 até osdias de hoje, ainda procura resolver asquestões de fronteira e os problemas po-micos com seus vizinhos.

Além da URSS, acordos foram fir-mados com a Birmânia"; Laus, Vietnã-me, Camboja, Indonésia, Cingapura, Ne-pai, Btitã, Paquistão e Coréia do Nor-te. Com a Índia, os problemas de fron-tetra foram resolvidos várias vezes pelasarmas. E Birmânia, Macau e Hong-Kongainda se constituem em focos de tensãopolítica.

CHINA X ÍNDIA

Apesar de uma amizade cheia deformalismos, uma coisa a índia e a Chi-na náo deixaram de fazer desde 1950:brigar por questões de fronteira. A in-dependência indiana foi proclamada a15 de agosto de 1947 e, dois anos maistarde, a i.° de outubro, nascia a Repúbli-ca Popular da China, reconhecida ofi-cialmente pela Índia três meses depois.

O novo Governo indiano herdou cer-tos direitos extraterritoriais no Tibete,reclamado pela China. No dia 7 de ou-tobro de 1950, tropas chinesas entram noTibete e a índia adverte sobre "os efei-tos nefastos dos recursos à ação militar."

Mas isso não impediu que a índiatomasse uma posição na ONU, de reco-nhecer a República Popular como a re-presentante da China nas Nações Uni-cias e votar contra uma resolução daONU cendenando-a como agressora naCoréia.

Com efeito, em 1954, a índia aban-donou ledos os seus direitos e privilégiosno Tibete, reconhecende esta região co-mo pertencente ft China.

Pouco depois Chu En-lai visitouNova Deli oficialmente. No dia 28 dejunho os dois Governos assinam umadeclaração conjunta, mas um mês de-pois a China protesta contra a presençade tropas indianas em Banihoti.

No dia 18 de outubro Nehru visitouPequim Mas as questões de fronteiracontinuaram em Barahoti, Damzan, Ut-tar Prndeçh, Shipki e outras.

Chu En-lai volta à índia em 28 denovembro de 1956 para conversar comNehru. Afirmou, entre outras coisasque não havia nenhum problema dc con-testação na fronteira, exceto algu-mas questões secundárias. Estas conti-nuaram até o outono dc 1962, quando ascoisas esquentaram.

A luta Irrompeu a 20 de outubro,quondo tropas chinesas penetraram em ,território indiano em duas frentes. Aval,-çaraan em Ladabh até a área reivindicada

como território chinês e penetraram 160quilômetros no território da fronteiraNordeste, onde as baixas foram pesadasde ambos os lados. A 21 de novembro,a China anunciou um cessar-fogo unila-teral e retirou suas tropas.

As relações entre os dois vizinhospioraram desde então, com acusações econtra-acusações a respeito de concen-trações de tropas na fronteira, invasõesde território e campanhas de propagandaum contra o outro.

Em 1965, setembro, a coisa ficou quen-te novamente, cem vários choques san-grentos na fronteira. O problema agoraera em Sikkim, Estado independente massob proteção das tropas indianas. Pequimprotestou contra as "sucessivas e gravesviolações do território e da soberania daOhina Popular pelas tropas indianas",exigindo que Nova Déll desmantelasse tô-das as estruturas militares na fronteirada China com Sikkim.

A tensão entro os dois países voltoua piorar a partir de junho de 1967, quan-do dois diplomatas hindus foram espan-ca dos por manifestantes chineses antesde serem expulsos de Pequim, por «tivi-dades antiohiuesas. Em represália, umairada multidão de 3 mil manifestanteshindus incendiou a Embaixada chinesaem Nova Deli.

No dia 11 de setembro, tropas chine-sas e indianas, utilizando morteiros epeças de artilharia, trocaram tiros diuran-te 40 horas, resultando em várias baixasde ambas os lados. O conflito foi entresikkim c o vale do Chumhi, no Tibete.

No dia 12, os vizinhos concordam emcessar fogo. mas o fogo continuou no diaseguinte. No dia 15, Pequim ameaça utd-lizar sua força, aérea caso a índia nãosuspendesse as "provocações."

QUESTÕES POLÍTICAS

Birmânia, Macau e Hong-Kong sãoos principais focos dc tensão no campodas questões políticas entre a China cseus vizinhos. Agora, problemas ideoló-gicos, mais do que cm questões de sobe-rania territorial, estão em ação.

Birmânia — Poucos países têm-sepreocupado em manter boas relações coma Ohina como a. Birmânia, ex-colônia bri-tànicâ de quase 25 milhões de habitantes,independente desde 19-18. Foi o primeiroEstado não comunista a reconhecer o re-gime de Mao Tsé-tung.

Mas de repente, em setembro de 19G7,as relações sino-birmanesas se deteriora-ram. O Governo birmanês colocou noIndex dois Embaixadores chineses sob aalegação de que distribuíam insígnias deMao e panfletos. Um grui» de chineses deRangum promoveu uma represália, en-quanto a Rádio de Pequim transmitia

pronunciamentos contra o Governo bir-manes. Houve ataques aos estabelecimen-tos comerciais de chineses em Rangum,depredação da Embaixada e uma passea-ta de protesto contra a China.

Na verdade, a discórdia vem a partirda existência das guerrilhas comunistase tribais apoiadas pelo PC birmanês, emluta armada contra o Governo militardo General Ne Win. Há também umadiscórdia em torno da insistência da Bir-mania em se manter neutralista.

As relações diplomáticas estão rom-pidas desde então, mas é quase certo qu=elas se restabeleçam em breve.

Macau — Território de pouco maisde 12 mil quilômetros quadrados encra-yádo na China de Mao — há 402 anossob dominação portuguesa — tem cercade 385 mil chineses e apenas 15 mil por-tugüôses.

As coisas esquentaram a partir de no-vembro de 1966. Na pequena ilha de Tal-pa, perto da cidade, o povo tinha pedi-do permissão para construir uma nova es-cola. Após vários meses de espera re-solveram construir a escola com suas pró-prias mãos. No dia 15 as autoridades por-tuguêsas foram até o local e deram or-dens para suspender os trabalhos atéque houvesse autorização. Houve um con-flito entre os chineses e os policiais por-tuguêses.

No dia 3 de dezembro, líderes sindl-cais esquerdistas foram até o Governadorpara protestar contra o fato, mas foramreprimidos pela polícia, o que provocouas manifestações ds rua e uma série deconflitos.

Sob pressão da China e dos mani-festantes, o Governador português aca-bou cedendo e aceitou todas as exigên-cias feitas pelos chineses residentes, cons-tando de cinco pontos.

O fato foi considerado como o ..fimda dominação portuguesa em Macau.

Hong-Kong — Está situada na costasudeste da China, junto à Província deKwangtung e a leste do estuário do rioda Prata. Tem uma superfície de poucomais de 1 034 quilômetros quadrados. Estásob controle britânico, mas os chinesesafirmam com insistência que Hong-Kongfoi território chinês cedido à Grã-Breta-nha nos termos dos tratados desiguais.Os chineses obtém pelo menos meio bi-lhão de dólares por ano em exportaçõespara lá.

Nos meados de 1967 ocorreu violentacrise com choques em diversas ruas entremanifestantes pró-Mao Tsé-tung e a po-licia inglesa. Vez por outra há um es-topim c, no fundo de tudo, há a contra-diçáo entre os comunistas chineses lá re-sidentes e o Governo local, que proíbea propaganda e as greves dos trabalha-dores.

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DISQUE 0305PARA EE. UU.VIA ITT

Moscou e Pequim (AFP-UPI-JB) — O incidente ar-mado na fronteira entre aURSS e a China Popularmatou 30 soldados chinesese 34 guardas fronteiriços.soviéticos, segundo fontesautorizadas de Moscou.

Estas mesmas fontes adi-antaram que dezenas depessoas ficaram feridas deambos os lados e que as vi-Umas haviam sido atingidaspor balas. Por outro lado, aChina Popular voltou aameaçar a União Soviética,afirmando que suas "deze-nas de milhões de soldadose civis podem pulverizar aURSS." A Rádio de Moscourespondeu aos ataques chi-neses, acusando Mao Tsé-tung dc favorecer "a crês-conte histeria nacionalis-.ta."

MANIFESTAÇÕES

Em Pequim, prosseguiramontem as manifestações an-ti-soviéticas defronte àEmbaixada da URSS. Civise militares conduziam car-tazés hostis a Brejnev eKossiguin. A Agência NovaChina informou que protes-tos semelhantes contra "a

agressão da camarilha revi-sionista de Moscou" foramrealizados em todo o terri-tório chinês.

Na capital da China Fo-pular, contudo, policiais ti-'veram de abrir uma brechana multidão para permitira passagem cie diplomatasque foram à Embaixada so-viética para um banquetedc despedida ao Embaixa-dor francês, Lucieri Paye.Os diplomatas entraram naEmbaixada da URSS pelaporta traseira. Entre osconvidados figuravam re-presentantes da Hungria,Tcheco-Eslováquia, Polôniae República Árabe Unida.No terreno que cerca a Em-baixada, tremulavam ban-déiràs vermelhas e uma vozfeminina, destacava-sc damultidão, gritando contra a"agressão soviética." A No-va China calculou em 1400mil o número de manifes-tantes no dia de ontem.

CONTRAMANIFESTAÇAO

A Agência Tass, por seuturno, afirmou que "traba-lhadores soviéticos realiza-ram reuniões de protestocontra a provocação arma-da das tropas chinesas" emBlagoveschchensk e Khaba-roysky, perto dc onde seproduziu o choque no do-mingo. A agência acrescentaque a manifestação teve porobjetivo "alentar e expres-sar o orgulho do povo pelacoragem dos guardas dafronteira soviética que repe-liram resolutamente os pro-vocadores chineses."

Em Hong-Kong, o jornal'Slar (.editado em língua in-glésa diz que os soviéticosdispararam foguetes solo-atcontra aviões de reconheci-mento chineses que invadi-ram a fronteira nos último;meses. Para o jornal, estetipo de incidente acabou poi.provocar o choque dc do-mingo. "pois a China Popu-lar. ao enviar seus aviões de"reconhecimento, só fazia re-plicar uma velha tática so-viética."

NOVOS TZARES

A Rádio de Pequim aumen-tou ontem seus ataques ao!soviéticos, ligando pela pri-meira vez o nome do Presi-dente dos Estados UnidosRichard Nixon, ã divergemcia sino-soviética, ácusàndco "condomínio EUA-URSS'de "repetir o Oriente Mé-dio." E acrescenta, "a inva-são da ilha de Chen PaiiDamasky, para os soviéti-cos) por tropas revisionista,revela a verdadeira nature-za do Governo de Moscouque coincide com Nixon errsua oposição à China."

A Rádio de Pequim dlzquíos "novos tzares do Krem-lin" são mais ávidos do qtuos tzares do passado e "es-tão empenhados em con-quista de novas terras", re-ferindo-se ã posse de mai.'de um milhão e meio dtquilômetros quadrados, re-clamados pela China Popu-lar. "Os novos tzares opri-miram brutalmente os povo*dos países da Europa Orien-tal e inclusive enviaramcentenas de milhares de sol-dados para ocupar a Tche-co-Eslovãquia"

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Jornal do Brasil, quarta-feira, 5-3-69, 1.° Cad.

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Presidente reúneo Conselho deSegurança dia 13

HOMENAGEM AO COMPANHEIRO

Brasília (Sucursal) — Dia13 próximo, quinta-feira, àslõh 30m, o Conselho de Se-gurança Nacional voltará ase reunir, novamente noRio, no Palácio das Laran-jeiras, para exame de pro-cessos e aplicação de medi-das com base no Ato Insti-tucional n.° 5.

Os Ministros e os outrosmembros do Conselho já fo-ram convocados para a re-união, marcada ontem àtarde pelo Marechal Costa eSilva, durante despacho como secretário-geral do CSN,General Jaime Portela. OPresidente viaja para o Riono dia 12.

A RAZÃO DO RIO

A reunião será no Paláciodas Laranjeiras porque láse encontra a maioria dadocumentação a ser cônsul-tada, explicou o assessor ml-litar do Palácio do Planai-to.

Além da reunião do Con-sellioj o Presidente partici-para de outra comemora-cão do Rio. Presidirá as so-lenidades do segundo ani-versário de seu Governo, dia15 de março. À noite trans-mitirão sua fala ao povo

brasileiro, gravada em vi-deo-tape.O PROCESSO DOCONSELHO

Os processos analisadospelo Conselho e as medidasbaixadas de acordo com oAto Institucional n.° 5, obe-decem à seguinte rotina ad-ministrativa:

— O Ministro da Justi-ça encaminha representaçãoao Presidente da República,que a envia à secretaria-ge-ral do CSN.

— A secretaria-geral,após se informar junto aosórgãos de informação doGoverno, forma processo,anexa uma exposição demotivos e o devolve ao Pre-sidente da República.

— O Presidente estabe-lece quais processos serãolevados à reunião do Con-selho.

— O Conselho se reúnee. consultados os seus mem-bros, o Presidente da Repú-blica baixa atos para segu-rança nacional.RETORNO DE COSTA ESILVA

Provavelmente no dia 17o Presidente retornará aBrasília, voltando ao Rio nodia 20. No dia seguinte via-jará para o Rio Grande doSul, instalando, depois, seuGoverno no Paraná.

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Bonifácio e Gilhertojá estão em Brasília

O Ministro do Exército (à esq.) acompanha o Gen. Carvalho Lisboa, que passou para a reserva

Gen. Dale Coutinlio assumecomando cio II Exército napresença de Lira Tavares general ò presidência

CGI compõe subcomissãoda Guanabara e indica

O presidente dá Câmara,Deputado José Bonifácio, se-g-uiu ontem para Brasília,horas após o embarque dopresidente do Senado, Sr.Gilberto Marinho. Ambosvão participar de contatospolíticos, provavelmente como chefe da Casa Civil daPresidência da República.Sr. Rondon Pacheco.

Ò Ministro da Justiça,professor Gama e Silva, se-gundo amigos seus, deveráembarcar amanhã tambémpara Brasília. Sua viagem éciada como relacionada coma convocação do Conselhode Segurança Nacional, cujareunião deverá ser no dia 13.

PASSOS DISCRETO

O Senador Oscar Passos,presidente do MDB nacio-nal, desmentiu para algunsde seus companheiros a in-tenção que lhe foi atribuídade convocar os organismosde direção partidária parauma reunião que examina-ria o atual quadro político.

No entanto alguns oposi-cionistas, principalmente osoriundos do antigo PSD, en-tendem que o Partido devareunir-se formalmente paraanálise da atualidade brasi-leira. Admitem que o MDBao fim da reunião, não emi-ta nota oficial, mas consi-deram importante que sepromova um encontro.CHOQUE

Ex-trabalhistas conside-ram porém que havendoreunião, o MDB deverá di-vulgar suas conclusões e dis-so não poderá fugir, sob pe-na de se desprestigiar di-ante da opinião pública. Masos ex-pessedistas insistemnum encontro de caráterformal, mas reservado, parapermitir um balanço dosacontecimentos brasileiros.Acham que a presença demuitas figuras, no Rio ouem Brasília, ajudará na re-tratação da realidade poli-tica ao mesmo tempo emque abrirá perspectivas paraações futuras-

São Paulo (Sucursal) — O Ministro Lira Tava-res deu posse, ontem, ao comandante interino do IIExército, General Dale Coutinho, e disse à impren-sa que só poderá nomear um novo comandante efe-tivo no dia 25 de março, quando saírem as novaspromoções do Exército.

-T- A função da imprensa é especular, mas a mi-nha, não — comentou o Ministro do Exército, ao serinterrogado a respeito. A transmissão do comando,do General Carvalho Lisboa, que passou à reserva,para o General Dale Coutinho, ocorreu às 10 horas.

Sodré levará lista com seisnomes ao Presidentepara prefeito de S. Paulo

São Paulo (Sucursal) — O Governador AbreuSodré deverá submeter ao Presidente da República,nos próximos dias, uma lista de seis nomes para es-colha do sucessor do prefeito de São Paulo, Briga-deiro Faria Lima, cujo mandato terminará a 8 deabril.

A lista, segundo informações do Palácio dos Ban-deirantes, é a seguinte: o próprio Sr. Faria Lima, opresidente da Caixa Econômica Federal de São Pau-Io, Sr. Paulo Salim Maluf, e quatro Secretários deEstado: os Srs. Onadir Marcondes, do Planejamento,Firmino Rocha de Freitas, dos Transportes. ArrobasMartins, da Fazenda, e Eduardo Yassuda, de Obras.BLOCOS DE INTEGRAÇÃO

Brasília (Sucursali — A cria-çâo de blocos de ação de inte-gração revolucionária nos mu-nicipios está sendo preconizadapelo Deputado <e General) Ali-i)io de Carvalho, da Arena doParaná, como primeiro passo; ara consolidar os princípiosrevolucionários nas esferas es-ladual e federal.

Revelou o parlamentar go-vernista que há dias defendeuesta iniciativa no interior pa-ranaense, tendo notado acolhi-da geral nos mais diversos se-tores das comunidades, "poistodos desejam paz e tranquili-dade ao nosso pais."

BLOCOSREVOLUCIONÁRIOS

Disse o Deputado Alipio deCarvalho que nos contatos que

manteve com prefeitos e verea-dores do Paraná, defendeu atese de que em todos os mu-nicipios "deve ser empunhadaa bandeira da Revolução, emtorno da qual deverão formaitodes os homens que estejamde acordo com os nossos objc-tivos, agora muito bem con-substanciados no Ato Institu-cional n." 5 e atos complemcn-tares."

— É lógico que nesse agiu-pamento não podem se reunirtodos os que simplesmente odesejam. A porta não pode cs-tar aberta a todos, mas apenasaos que detenham as condi-ções indispensáveis para se co-locarem em luta autentica, nadefesa dos princípios da Re-volução. Os outros que sobrem,e que se acomodem onde me-lhor llies aprouver.

MAGALHÃES DE SURPRESA

O Ministro das Relações Ex-teriores, Sr. Magalhães Pinto,chegou inesperadamente depoisda cerimonia, no final do co-quetcl servido na sala de re-cepções do II Exército. Disseque sabia da transmissão docomando c aproveitara a opor-Umidade para rever velhosamigos.

CIVISMO

O Ministro Lira Tavares che-gou a São Paulo ás 91i30m doaeroporto de Congonhas trans-ferindo-se para um helicópte-ro que o levou às dependên-cias do Qtiartel-General do ilExército, no Parque do íbira-puera, onde o aguardavam oGovernador Abreu Sodré, oprefeito Faria Lima, alguns Se-cretários do Estado e os Ge-nerals Vicente de Paula DaleCoutinho e Manuel de Carva-lho Lisboa.

O General Carvalho Lisboa,ao se despedir do posto, disse"ter percorrido um longo pe-ríodo de quatro décadas, nosquais instruiu, ensinou e serviudentro e fora do Brasil." Atransmissão de comando foirealizada enquanto uma bandado Exército executava o HinoNacional.

O General Dale Coutinho.novo comandante interino doTJ Exército, é o primeiro pau-lista a ocupar esse cargo. Dis-se estar satisfeito em poder au-xillar o seu Eslado. "Ser co-mandante do TT Exército éumagrande honra." afirmou. O Go-vernador Abreu Sodré. ao cum-primentar o General Dale Cou-tinho, disse: "O Estado estáhonrado cem a sua posse, nósperdemos um grande homem,O General Manuel de CarvalhoLisboa, mas ganhamos outro."

CHEFE E PODER

O Ministro do Exército. Ge-ncral Lira Tavares, disse n"io«er o chefe de um poder mili-tar, pois "éle é constituído dastrês Armas. Eu sou apenas umdes três ramos."

— O chefe .supremo p o Pre-sidente da República — afir-

mou. A seguir, informou queno dia 24 o Presidente Cesta cSilva inaugurará uma novaferrovia em Lajes, no Estadode Santa Catarina. Serão inau-guradas na mesma data a ro-dovia que liga Foz de Iguaçuao Paraguai, totalmente pavi-mentada.

— Aquele pais amigo nãotem um porto marítimo, estanova estrada solucionará esteproblema. O Presidente Costa cSilva e o Presidente do Para-guai deverão passear juntos nanova estrada. A ligação ferro-viária com a nova capiral serátambém inaugurada oficial-mente, embora já funcione háalgum tempo e o seu volumede carga já esteja dobrado. Nâovou falar mais, pois do centra-rio vão pensar que estou fa-zendo uma conferência — con-cluiu.

O Ministro do Exército con-versou demoradamente com vá-rios oficiais do Exército em SãoPaulo. Governador Abreu So-dié. delegado regional da Po-licia Federal em São Paulo, Ge-neral Silvio Correia de Andra-de, e o prefeito Faria Lima. Emtorno do Ministro formou-seuma roda de pessoas, enquantooutras ficavam de longo, ob-servando. Esta pequena reuniãona sala de recepção do II Exér-cilo terminou às llli30m. O Ge-neral Lira Tavares almoçou naspróprias dependências do quar-tel-general.

ELOGIO

A imprensa o Ministro man-deu distribuir um comunicadooficial do II Exército, elogian-do o General Manuel Rodriguesde Carvalho Lisboa, ao ensejode sua transferência para a re-serva.

Na tarde de ontem, o Gene-ral Carvalho Lisboa e o pre-feito Faria Lima inauguraramo Colégio Jcsé Rodrigues deCarvalho Lisboa — uma home-nagem da Prefeitura ao pai doex-comandante do II Exército.Hoje, o General deverá despe-dir-.se do Governador AbreuSodré, às 16h30m, no Paláciodos Bandeirantes.

A Comissão Geral de Investigações divulgou on-tem os nomes dos integrantes da Subcomissão doEstado da Guanabara, que será presidida pelo Ge-neral R|l Horácio Lemos Correia. Os outros doismembros da subcomissão são os Srs. Danton de An-drade Figueira e Jéferson Machado de Góis Soares.

A Sub-CGI do Estado da Guanabara estará en-carregada de examinar processos de enriquecimen-to ilicito para o confisco de bens que envolvam fun-cionários do Estado, servidores federais sediados nes-ta cidade, parlamentares e empresas privadas. Deve-rá entrar cm funcionamento na próxima semana.OS MEMBROS

Os nomes des Integrantes dasubcomissão da Guanabara fo-ram divulgadas em nota ofi-ciai, após a reunião de ontemdr. CGI. O Sr. Ddriton de An-drade Figueira, além de Pro-curador do Estado, é membrodo Corpo Permanente da Esco-Ia Superior de Guerra. O outromembro da CGI estadual, Sr.Jéferson Machado de GóisSon-res, é Curador de Massas Fa-lid.is da Justiça da Guana-bafa,

Ainda esta semana o prest-(tente da sub-CGI da Guana-bara deverá avistar-se com oMinistro da Justiça, Sr. Gamac Silva, para receber ins>tru-ções sóbre o funcionamento dasua Comissão. Ainda não foidc-cidido oficialmente, mas atubeomissào da Guanabara de-verá funcionar no prédio doMinistério da Justiça, mas to-talmente à parte da CGI quefunciona no gabinete do Mi-nistro Gama e Silva.

NOVO DESTINO

A partir de agora toda re-presentação de enriquecimen-to ilicito íeita por qualquer

pessoa do Rio de Janeiro jápoderá ser enviada diretamen-te à subcomiisáo da Guanaba-ra e não à Comissão Geral,

A subcomissão terá comomissão apenas investigar efundamentar processo contrapessoa que sofra representaçãode em-iquecimenito ilícito poisa decisão final sóbre o con-fisco dos bens pertence â CGI,ciue ainda a submete à ttpre-ciacão do Presidente da Repú-blica.

A subcomissão da Guanaba-ra é a quarta que Já têm seusmembras designadas As >u-trás. que já estão em funcio-n.amenro, são de Santa Cata-tina, São Paulo e Rondônia.

Até agora a maioria das re-presemações tem sido envia-das à CGI, sendo que poucasdiretamente às subcomissõesdos Esta des. Quando a CGIrecebe um processo referenten pessoa de Estado que já temsubcomissão criada, envia-opara esta subcomissão. Aindadeverão ser criadas subcomis-soes em diversos Estados, poisa CGI central deverá tornar-,=e aponas uma Comissão "de-liberativa e decisória", seguri-do dir.se ontem um inferman-te do Ministério da Justiça.

P r eleito s u i c i ti a foisepultado em ÇamJjprm

Kui Queirós anunciaprimeiros inquéritos

II

Niterói (Sucursal) — O in-terventor de Nova Iguaçu, Sr.Rui Queirós, confirmou, paraesta semana ainda, a aberturados primeiros inquérites naPrefeitura, sustentando queen-tregará aos oficiais da Vila Mi-litar "todos os corruptos_quebrincaram cem a Revolução edilapidaram as cofres do mu-nicípio."

Scbre o prefeito interino Na-gi Amalwi, que assumiu o Exe-cutivo do município em outu-bro, quando a Câmara depóc oSr. Antônio Joaquim Macha-do. o interventor não escondeuque a sua administração terátambém d» eer Investigada,porque êle gastou em apenas

um mês NCrS 2.6 milhões cmobras públicas.

Para o Sr. João Rui Queirósa Prefeitura de Nova Iguaçu "éum coso de polícia". Reveloumais que seus auxlliares já es-tão empenhados em levantartedas as irregularidades praU-cadas por seus antecessores, emqualquer tempo.

t

SAO FIDÉLIS

Niterói (Sucursal) — Dos 63municípios fluminenses, apenasSão Fidélis não elegera novaMesa da Câmara, o que faráheje. qtiando os vereadores Er-nesto Penido e Carlos Laílton,da Arena, disputarão a presi-déncia. A Câmara tem 13 re-presentantes, sendo dois doMDB.

Magalhães Pinto afirma quecríticas cio exterior nãomudam posições do Brasil

São Paulo (Sucursal) — O Ministro das Rela-ções Exteriores, Sr. Magalhães Pinto, disse ontemque "o Brasil não admite intervenção em seus ne-gócios internos. Além disso, eventuais críticas de ho-mens que tenham apenas passado pelo país não ai-teram nosso ponto-de-vista nem nos preocupam."O Chanceler referia-se a críticas feitas no Sena-do norte-americano. Comentou que o Governo consi-dera_ muito mais importantes os pronunciamentos doGoverno dos Estados Unidos do que os de alguns se-nadores norrp-ftmprr^nns, "oorque esses pronuncia-mentos no Congresso são feitos para atingir, em ai-gumas oportunidades; mais o próprio Governo de seupais do que o do Brasil."AUTODETERMINAÇÃO

Defendeu o Sr. MagalhãesPinto uma política externa in-dependente, e disse que "somospor uma política de auíoceter-minação: nós é que somos do-nos de nossos destinos." Escte-receu que existe por parte doGoverno brasileiro "a preo-cupaçáo de sermos bem consi-derados no Exterior, mas nãoadmitimos tienbuma interven-ção nos nossos negócios inter-nos."

O Ministro considera sufici-entes os pronunciamentos fei-tos pelo Presidente Nixon emrelação à América Latina, ra-zão por que não se preocupa,como alguns setores, a respe:-to de "poucos pronunciamen-tos" nesse sentido. Acreditaque a visita do Presidente nor-te-tunericono a alguns paiseseuropeus "trouxe para êle nâosó uma certa popularidade naEuropa, mas também a coníi-unça de que possa agir cm fa-vor da paz."

Florianópolis (Corrcspon-pendente) — Com acorhpá-nhamento de milhares depessoas, representantes doGovernador Ivo Silveira e dopresidente da Assembléia,foi sepultado ontem o pre-feito Higino João Pio, que sesuicidara na véspera.

As 9h30m houve missa decorpo presente na igreja doBalneário de Camboriú, decadê saiu o féretro para ocemitério de Itajaí. O pre-feito estava detido há diasna Escola de Aprendizes deMarinheiros desta capital,para inquérito da Sub-CGI.

FIO DE ARAME

Segundo nota Oficial dopresidente da Sub-CGI, Al-mirante Átila Franco Ache,comandante do 5.° DistritoNaval, o prefeito íoi encon-trado morto no banheiroprivativo do apartamentoque ocupava. Sabe-se que o.suicídio deu-se com o fio dearame que puxava a descar-ga do banheiro.

Higino João Pio foi eleitoem 1D65 pelo ex-PSD á pre-Prefeitura do Balneário deCamboriú, após a emancipa-ção daquele Município, ven-cendo o pleito com largamargem de votos. Seu su-cessor será nomeado peloGovernador Ivo Silveira, emvista do dispositivo consti-tucional que determina anemeação pelo governadordos prefeitas de estânciashidrominerais e estaçõesbalneárias.

EXTINÇÃO DA COCIS

Brasília (Sucursal) — Sobo motivo de que foram ins-

tituidos novos, órgãos de se-giira n ç a e investigações,"com podêres muito maisamplos", o Presidente Costae Silva declarou extinta, on-tem, a Comissão de Coorde-nação dos Inquéritos e Sin-dicáncias, criada em 196G.

Os arquivos da Cocis (si-gla da comissão extinta) se-rão transferidos para a se-cretaria-geral do Conselhode Segurança Nacional. NasJustificativas do ato, lem-bra-se que nos Ministérioscivis existem as divisões desegurança e informações, àsquais competem "as tarefasde informações e acompa-nhamento das atividades dosMinistérios e das entidadesda administração direta eindireta." Considero u - s etambém que foi criada a Co-missão Geral de Investiga-ções. a 17 de dezembro de1968.

LICENÇA

Fortaleza tCorresponden-te) — A Comissão de Cons-tituição e Justiça concedeuontem licença ao juiz da 5.aVara Criminal para proces-sar o Deputado Brasilino deFreitas, acusado de chefiarquadrilha de ladrões de au-tomóvel.

O Deputado está recolhidoa um quartel do Exército,com prisão preventiva decre-tada pela Auditoria da 10.aRegião Militar, onde é pro-cessado também por crimecontra a segurança nacio-nal.

Setores da Arena mineiraquerem líderes diferentesdo Governo e do Partido

Belo Horizonte (Sucursal) — O Governo e a.Arena talvez tenham líderes diferentes, na Assem-bléia mineira, ao invés de um só — o Sr. HomeroSantos — como até agora, se fôr vitoriosa a tese de ¦'alguns setores arenistas, principalmente o que é for-,,.mado por ex-udenistas.

A movimentação nesse sentido ganhou corpo'"ontem, chegando-se a apontar como possível líder.,

.da Arena o Deputado Bonifácio Tamm de Andrada,,,^que tem, inclusive, o apoio de parlamentares do an-tigo PSD. A decisão deverá surgir em reunião da ban--rcada arenista, que será marcada ainda para esta se- -mana. ,r„AS RAZÕES

Refeitos da surpresa daeleição da nova ComissãoExecutiva da Assembléia mi-neira, feita em regime deurgência, na reunião de an-iteontem, os deputados daArena começaram ontem amanifestar sinais de incon-formismo contra o que cha-mam de "imposição do Pa-lúcio da Liberdade, que es-colheu, em articulação secre-ta, os nomes para a novaMesa, entregando os postos-chave (presidente e primei-ro-secretário) a parlamen-tares de confiança do Sr.Israel Pinheiro.

Esse inconformismo parte,originàriamente, dos depu-tados que vieram da antigaUDN, entre os quais os Srs.Altair Chagas, Jorge Vargas,Gerardo Renault e outros,mas está ganhando o apoiode ex-pessedistas, tais comoo Sr. Ibraim Abiackel.

O raciocínio dessa corren-te inconformista é simples:"Se o Governo impôs o pre-sidente e o primeiro-secre-tário da Assembléia à revê-lia dos deputadas, não éjusto que êle controle total-mente a liderança da Are-na, cumulativamente com ado Governo, ambas exerci-

das pelo Deputado HomeroSantos." ,~PAUTA

O Sr. Orlando Andrade,,,,eleito presidente da Assem-bléia Legislativa de Minas,na reunião de anteontem, ..presidiu ontem a primeira-,reunião ordinária da Casa, '•

que se limitou praticamente ¦••ã apresentação de questões ••de ordem, uma vez que nãofora organizada ordem dodia.

Na sessão de hoje o Sr.Cícero Dumont (Arena) pro- _porá a inclusão na pauta dostrabalhos do Regimento In-;-terno da Assembléia, que.,,dorme nas comissões há :dois anos.

Já o Sr. Milton Sales, are-nista da corrente udenista,proporá a volta de todos os"projetos em terceira dis-cüssãó, que são cerca de vin-te, entre os quais um, de au-toria do Sr. Raul Belém, dquMDB, concedendo o titulo'.',de cidadão honorário de Mi- •-nas Gerais ao Arcebispo Dom...Hékier Câmara.

O novo presidente da As-'""1sambista está desde ontem','entregue à tarefa de com- ¦posição das diversas comis-'."soes técnicas, o que êle pre-1'1.-tende concluir hoje, a fim de â;que "o Legislativo possa co- .meçar imediatamente o seutrabalho normal."

Lei sobre disponibilidadede funcionário civil foiremetida para publicação

Brasília (Sucursal) — Foi encaminhado ontem'"ao Diário Oficial, para publicação, decreto-lei do Pre-sidente da República que estabelece normas e regulaa disponibilidade dos funcionários públicos civis. = ¦

O decreto tem cinco artigos e íoi baixado com ba-ses nos Atos Institucionais n.°s 5 e 6 e no Ato Com-plementar n.° 40. Dentro de alguns dias o Gcvér-no federal expedirá normas complementares paraexecução da disponibilidade.DISPOSIÇÕES

As principais disposições dodecreto-lei são os seguintes:

— O cargo poderá ser ex-tinto ou declarado desnecessá-rio. O funcionário será, então,colocado em disponibilidade re-numerada. Seus proventos se-rão proporcionais ao tempo deserviço.

— Os cargos da adminis-tração direta serão extintos porlei. Os da administração indi-reta por ato do Poder Executi-vo.

— A declaração de desne-cessidade do cargo será feitapor ato do Poder Executivo. OsMinistros de Estado e os diri-gentes de órgãos ou entidadesdas administrações direta e in-direta poderão receber compe-tência para estabelecer quaiscargos são necessários ou não.

— Os mesmos preceitos

aplicados a aposentadorias ser?virão para a contagem de tem-po de serviço, para fins de dis-ponibilidade.

5 — Os proventos do servidorem disponibilidade serão pro-poreionais ao tempo de servi-ço, na razão de um trinta ecinco avós por ano de serviço1,no caso de funcionários, ou dçum 30 avós, no caso de funcio-nárias. Os proventos terão ain-da os adicionais por tempo deserviço, à data da disponlbili-dade, e o salário-família.

(i — O funcionário cm dispo-nlbllldadc não poderá exercerqualquer cargo, função ou em-prego, ou prestar serviços me-diante recibo, em órgãos públi-cos da administração direta ouindireta. Re.ssalva-se. neste ca-so, a hipótese de acumulaçãolicita, existente à data da vi-géncia do decreto-lei.

Seio Paulo Estado podeganha nova j iilgàr feitosfeira coberta da União

São Paulo iSucursali — Emprosseguimento ao seu plano deacabar com as feiras-Uvres dasruas da capital, o prefeito Fa-ria Lima vai inaugurar hoje as e g u n d a feira moderna, noBairro do Brás, numa área co-berta de 4 mil metros quadra-dos. cem instalações sanitáriaso amplo pátio para estaciona-mento de veículos.

A primeira feira moderna ,;Aestá funcionando no bairro doSumaré, desde o mês patsado,enquanto mais duas estão emtase final de construção, umano Jardim São Luís e outra emSanto Amaro. O Secretário deAbastecimento, Sr. João Pa-checo Chaves, disse que a fei-ra coberta permite maior hi-giene c controle de preços.

O FIM

O presidente do Sindicato doâPeirantes, Sr. Jorge Gabriel,disse que apoia a iniciativa doprefeito Faria Lima, porqus,além de resolver o problema docongestionamento de ruas, a,feira coberta não prejudica otrabalho da classe. A extinçãodo velho comércio de feira li-vre acabou cem o mau cheirode diversas ruas e o comércioilegal, praticado pelos camelôs.

Com a conclusão da segundapista da Avenida Rio 3ranco,na Barra Funda — um dosbairros mais centrais da capi-tal paulista — a PrefeituraMunicipal vai Iniciar a cons-truçáo de outra feira moderna,que acabará com as feiras II-vres em funcionamento na AUmeda Dino Bueno. Rua Barra •Funda e Rua Jaraguà.

Brasília (Sucursal) — Os fei-tos de inte;esse da União po-derão ser julgados e processa-dos pelos juizes estaduais, nasComarcas do interior onde nãofuncionem Varas da Justiça Fe-deral. segundo determina de-creto-lei assinado ontem peloPresidente Costa c Silva.

A competência restabelecidaaos juizes estaduais se limitaaos seguintes feitos:

— Aos feitos ajuizados con-tra instituições previdenciarias,por segurados ou beneficiáriosresidentes na Comarca, que sereferirem a benefícios de na-tureza pecuniária;

— As vistorias e justifica-ções destinadas a fazer provaperante a administração fede-ral. centralizada ou autárquica,quando o requerente fôr domi-filiado na Comarca; e

— Aos executivos fiscaisda União e de suas autarquias,ajuizados contra devedores do-miciliados nas Comarcas.

\\J|eu anúncio de

domingopode ser colocado

na sexta-feira,até as 22 horas,

na Agência do»JORNAL DO BRASIL

na TIJUCA

Ruj Gen. Rota, 801-F

I*

1.° Cacl., Jornal do Brasil, quarta-feira, 5-3-69

¥

CoJuua do Castello

Nenhum acenoveio do Palácio

Brasília (Sucursal) — Já está formal-mente convocada a próxima reunião do Con-selho de Segurança Nacional, que se realiza-rá no dia 13, no Rio de Janeiro, para onde se-guirá o Presidente no dia 12 e de onde volta-rá no dia 14.

Continua a expectativa de que nessa reu-nião sejam examinados os últimos dossiêsrelativos a personalidades ligadas ao Congres-so Nacional, com a clássica ressalva de que oGoverno continuará a examinar casos isola-dos, no futuro. Fala-se que serão objeto de de-cisão dossiês sobre umas duas dezenas deparlamentares.

O primeiro dia do Presidente da Repúbli-ca na capital não alterou a situação. Do Pa-lácio não partiu qualquer aceno aos políticosque em número crescente se acumulam nassalas e gabinetes do Congresso. A teimosa es-perança, no entanto, para cobrir a decepção,transfere para depois do dia 15 a época pro-picia à retomada dos contatos políticos.

Por outro lado, em alguns setores, afir-ma-se a convicção de que o Presidente nãofará consultas prévias nem tomará opiniões depolíticos antes de firmada sua decisão relativaà suspensão do recesso e ao ato em que se for-matizarão as idéias revolucionárias sobre a no-va estrutura das Câmaras Legislativas.

Tendo posto em recesso o Congresso, o Go-vèmo somente voltaria a tomar contato comseus dirigentes depois de, por decisão própriae autônoma, resolver reabri-lo para desempe-nliar as funções que a Revolução lhe atribuirdaqui por diante.

Muitos senadores e deputados, recém-che-gados à Brasília, aumentavam ontem pelomenos em volume a ansiedade parlamentar.Tudo indica que eles permanecerão aqui poralgumas semanas, por duas ou três, até que sedelineie a diretriz oficial com relação à sobre-vivência do Poder Legislativo.

Com apoio no bom senso, invocado peloDeputado Marechal Mendes de Morais, eles es-peram que haja uma convocação para o iníciode abril. Caso contrário, caso não se cubra talexpectativa, o provável é que a concentraçãoem Brasília se dissolva, que a pressão caia eque cada um deles procure se reorientar comrelação ao futuro e aos seus próprios inte-rêsses.

Pelo que informam seus companheiros,muitos deputados e senadores, que daqui semantêm distantes, traduzem com isso suadescrença numa próxima suspeiisão do reces-so. Em alguns casos, há até mesmo indiferen-ça com relação ao que decidir o Governo, pois,embora não haja manifestação expressa do de-sejo de renunciar, há visível desinteresse pelavolta, ao exercício do mandato.

Na alternativa em que vivem os membrosdo Congresso, o dia de ontem não foi um diaestimulante.

O presidente do Senado

O presidente do Senado, Sr. Gilberto Ma-rinho, voltou ontem a Brasília, mas nada tema informar e sobre nada deseja dar opinião.

Sua Casa, como se sabe, é mais cética doque a Câmara em relação à suspensão do re-cesso. O Sr. José Bonifácio continuava ontema ser esperado em seu gabinete.

O Vice vai a Minas

O Vice-Presidente Pedro Aleixo viajará nasexta-feira para Belo Horizonte e Ouro Preto.

Carlos Castello Branco

AGÊNCIA POSTO5NOVA AGÊNCIADO JORNAL DO BRASILEM COPACABANA,PARA CLASSIFICADOS E ASSINATURAS

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Beltrão anuncia em Araxáuma reformulação da atualestrutura de financiamento

Araxá (Jadir Barroso — Enviado Especial) —O Ministro do Planejamento, Sr. Hélio Beltrão, anun-ciou ontem, na abertura dos trabalhos do I Con-gresso Brasileiro dos Bancos de Desenvolvimento, "arevisão de nossa estrutura de financiamento" e "ainstituição de um autêntico sistema nacional de fi-nanciamento para amparar e incentivar o esforço dedesenvolvimento, mediante a atuação sincronizadadas diversas agências de fomento, federais, regionaise estaduais."

Disse o Ministro do Planejamento que "na con-secução da política econômica posta em prática peloPresidente Costa e Silva e que pode ser expressa demodo simples — combate à inflação e rápido crês-cimento do produto nacional através de estímulo àlivre iniciativa e mediante equitativa distribuição dosresultados do progresso — a ordenação do sistemade bancos de fomento é, realmente, uma peça devital importância."

Magalhães vê integração daA. Latina como continuação_

do desenvolvimento nacionalO Governo brasileiro entende a integração da

América Latina como um prolongamento do desen-volvimento nacional, e nenhuma integração será pos-sível se não refletir e defender este interesse.

A afirmação constou do discurso do Ministro dasRelações Exteriores, Chanceler Magalhães Pinto, lidopelo secretário-geral de Política Exterior do Itamara-ti, Embaixador Mozart Gurgel Valente, na aberturado curso sobre O Brasil e a Integração Latino-Ame-ricana. O Sr. Magalhães Pinto se encontra em SãoPaulo representando o Presidente da República nainauguração da Exposição Industrial Britânica.

ABERTURA

Com a presença do repre-sentante do Presidente daRepública, Ministro HélioBeltrão, do Governador Is-rael Pinheiro e de represen-tantes "de todos os Bancosde Fomento do país, além deentidades que atuam no se-tor de desenvolvimento, e de187 participantes, instalou-se ontem às 14 horas, na ei-dade de Araxá, o I Congres-so Brasileiro dos Bancos deDesenvolvimento.

Falaram na abertura oSr. Hélio Beltrão, o Gover-nador Israel Pinheiro e oPresidente do Banco de De-senvolvlmento de Minas Ge-rais, Sr. Hindemburgo Perei-ra Diniz.

IMPORTÂNCIA

O Governador Israel PI-nheiro, em seu discurso, dis-se que "representa este Con-gresso um marco de singu-lar importância em respos-ta ao principal desafio denossa hora presente. Arti-cuia e movimenta recursos,entusiasmo e capacidadesde nosso povo no rumo dodesenvolvimento, com a eíe-tivação de finalidades debem-estar e prosperidadepara todo o pais."

Anunciou o Sr. Israel Pi-nheiro que "já foram con-seguidos os recursos neces-sários e está em fase prepa-ratória de construção a usi-na de Volta Grande, com400 mil kW. Temos ainda deconsiderar as grandes jazi-das de nióbio e de apatitaaqui existentes e para cujoaproveitamento têm sido fei-tos investimentos substan-ciais pelo Banco Nacional deDesenvolvimento Econômicoe pelo Banco de Desenvolvi-

mento de Minas Gerais. Oaproveitamento dos concen-trados fosfatados de Araxáatende a um objetivo quetranscende de sua importãn-cia industrial e de sua loca-lização geográfica, pois a ex-ploração intensiva dos mes-mos destina-se a influenciardecisivamente a expansão eo rendimento da agriculturaem todo o nosso país."

Finalizando, disse que "da-

mos aqui um primeiro pas-so para futuras jornadas emque o exame e a análise denossas realidades e posslbi-lidades fornecerão elemen-tos sólidos e adequados pa-ra o solucionamento de nos-sos problemas e a concreti-zação de nossas aspirações."

DESNÍVEIS

O presidente do Banco deDesenvolvimento de MinasGerais, Sr. Hindemburgo Pe-reira Diniz, afirmou que "às

entidades que dirigimoscompete a tarefa de assegu-rar meias de suporte aosprojetos e programas queassegurem o crescimento darenda dos nossos Estados econcorram para a elimina-ção gradual de desníveis re-gionais e setoriais."

Disse o Sr. HindemburuoPereira Diniz que "aqui es-tanios, não apenas os repre-sentantes dos bancos e com-panhias de desenvolvimen-to, mas toda uma constela-ção d-3 outras entidades fi-nanceiras, d- agências ma-nipuladoras de incentivosfiscais e diversos órgãos vin-culados ao sistema nacionalde planejamento, animados

.pelo mesmo espirito, identi-ficados por um compromissocomum, na defesa do pro-cesso brasileiro de desenvol-vimento econômico."

LINHA TRADICIONAL

O discurso frisa que "as ati-tudes tradicionalmente positl-vas adotadas pelo Brasil naALALC ou em todos os demaisforos onde se discutiu inte-gração continental, em ne-nhum momento representaramqualquer menor atenção aointeresse nacional."

Em seu pronunciamento oChanceler ressalta que o cur-so representa a primeira expe-riência brasileira para, a for-mação acadêmica de especia-listas em assuntos de integra-ção e acentua que êle se reali-za graças aos esforços cio pre-sidente do Banco Central, Sr.Emane Galvêas."Mais do que nunca — dizo Ministro das Relações Exte-riores — faz-se necessário queo pensamento brasileiro estejasensibilizado para a problema-tica de integração continental.Se muitos se satisfazem emdestacar que, naturalmente, se-ríamos os grandes beneficiáriosde uma união econômica, a res-ponsabilidade nos obriga a con-corda r com outros tantos queadvertem sermos igualmente,

dentre todos, o pais que maisestaria, arriscando."

O Sr. Magalhães Pinto sali-enta também a importância doconhecimento do assunto, res-saltando que a crise maior queatravessa a integração latino-americana é "uma crise de co-nhecimento." Acentua que "to-dos os povos do continente sãouníssonos em desejarem a In-tegração econômica: mas es-lão hesitantes, porque desce-jihecem, em termos de conse-qiiências práticas, as opçõesque lhes são oferecidas."

— Os desacordos políticos —concluiu — seriam de menorexpressão, tivesse o continen-te idéias mais precisas sobrecomo se desenvolveria sua in-tegração.

PERSONALIDADES

Participam do curso 48 alu-nos de órgãos diversos da ad-ministração pública e enticla-des de classe, e sua duraçãoserá de um mês. A aula mau-gural compareceram o presi-dente do Banco Central e osembaixadores dos países daALALC.

Ociosidade na indústriadepende da economia do pais,afirma técnico de Israel

— O problema da utilização da capacidade ins-talada na indústria resulta, principalmente, da com-paração entre o progresso ou o estágio de economiasdesenvolvidas e economias em desenvolvimento.

A declaração foi feita ontem pelo representantede Israel, Meir Merhav, durante os debates da Reu-nião de Peritos Internacionais sobre Capacidade Ócio-sa na Indústria, tendo acrescentado que a raiz doproblema reside na estrutura oligopolística das prin-cipais indústrias manufatureiras nos países em de-senvolvimento.

nos paises em desenvolvi-mento, disse Meir Merhavque isso é decorrente da de-pendência da tecnologia, deum lado, e da limitação dosmercados, de outro, nessespaises.

Informou que, em Israel,o Governo reconheceu que omercado interno não pode-ria suportar senão um nú-mero limitado de projetosindustriais o que, de certaforma, reduziria a competi-ção. "Por isso, a atual poli-tica é de encorajar fusõespara aumentar a escala deprodução e melhorar a ca-pacidade de exportação daindústria manufatureira."

Decreto-lei em exame passapara o INPS pagamento dosalário à mulher gestante

A assessoria técnica do Ministério do Trabalhoestá elaborando uma minuta de decreto-lei qu_transferirá dos empregadores para o INPS o paga-mento do salário da mulher gestante, no período detrês meses em que fica licenciada com vencimentos.

A medida faz parte do programa de revisão eaperfeiçoamento da Lei Orgânica da Previdência So-ciai. O decreto-lei criará um fundo cie compensa-ção para o salário-maternidade, para o qual contri-buirão todas as empresas com uma taxa mensal decerca de 1 por cento sobre a folha de pagamentodos empregados.QUEM PAGARÁ

A legislação atual, segundoos técnicos, concede à gestan-te uma licença com vencimen-tos durante as seis semanasanteriores e posteriores ao par-to, o que dá um total de trêsmeses de afastamento do tra-balbo. Durante este período, osalário mensal é pago pelas em-presas, o que, para eles, acar-reta um retraimento no merca-do do trabalho para a máo-de-obra feminina. De um modogeral, a mulher quando casaé demitida do emprego e nãoencontra outro com facilidade.

Explicaram os técnicos queeste assunto já foi objeto deestudos anteriores, daí a ml-

/

nuta do decreto jã estar prá-ticamente pronta. O encargoque é atualmente dos patrõesserá transferido para o INPS,mediante a contribuição queestá para ser fixada entre 0,7e V'n. Esta medida também fazparte de uma resolução daOrganização Internacional doTrabalho, ratificada pelo Go-vêrnd brasileiro.

Segundo os técnicos, a me-dida repercutirá negativamenteem certos tipos de atividade.?,como a metalúrgica e a slde-rúrgica onde só trabalham ho-iriéns; Mas, em contrapartida,a indústria têxtil — que operacom mais mulheres do que ho-nieria — será bastante benefi-ciada.

Leia Editorial "Indústria RacionaV

DISTINÇÃO NECESSÁRIA

A reunião de ontem foiiniciada com a intervençãodo representante da índiaque reconheceu a necessida-de de se distinguir entremedidas ou índices de ava-liação econômica e Índicesou coeficientes físicos deengenharia, ao se abordar aquestão da capacidade ócio-sa industrial.

Na sua opinião, se devedar maior importância aosíndices físicos. Referindo-seao desenvolvimento indus-trial da índia, disse o Sr.Saxsena que êle apresentauni aspecto comum aos pro-gramas de desenvolvimentode todos os paises económi-camente fracos que é a cor-relação entre o crescimen-to industrial e o aumentode preços.

O técnico da índia lem-brou uma série de processosmetodológicos a serem em-pregados na medição da ca-pacidade ociosa, tendo enfa-tizado o da estandardizaçãodos turnos de trabalho.

Por sua vez, o Sr. Sinha,também da índia, chamou aatenção para a questão dosturnos de trabalho e disseque não é tão simples a es-tandardização desse fator,por considerar que váriosoutros influem na produti-vidade ou na eficiência dotrabalho e da utilização doequipamento em cada umdos turnos,OUTRA ÊNFASE

O representante de Is-rael, Meir Merhav, interveiopara declarar que os pro-Mornas de medição e de de-.finição de coeficientes nãosão demasiadamente impor-tantes para ocupar o cen-tro das discussões. Acha èleque o problema da capaci-dacie ociosa industria] resul-ta, principalmente, da com-paração entre economias de-senvolvidas e em desenvol-vimento-

Ao afirmar que a raiz doproblema reside no caráteroligopolistico das principaisindústrias manufatureiras

OPINIÃO BRASILEIRA

O representante do Bra-sil, economista José Almei-da, da Fundação GetúlioVargas, opinou que na dis-cussão do problema deve serfeita uma distinção entrecapacidade instalada nasindústrias de bens de con-sumo e nas de bens de pro-dução.

Disse o técnico brasileironão haver dúvida que noprimeiro caso o excesso dacapacidade instalada resul-ta, em grande parte, da es-trutura monopolística ouoligopolística do mercado.No segundo caso, afirmouJosé Almeida, se devem con-siderar os estrangulamentosresultantes do fornecimentode matérias-primas, escassezde capital de giro e limita-ção do mercado consumidor.

— Existe, ainda, a des-vantagem das indústrias do-mestiças de bens de capitalem relação ás mesmas in-dústrias nos paises indus-trializados.

Nos países em desenvolvi-mento, disse, essas lndús-trias por falta de financia-mento se vêem obrigadas ausar uma parte reduzida desua capacidade instalada,em comparação com os am-pios recursos de financia-mento que detêm as lndús-trias dos paises desenvolvi-dos.

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ganhaCordovil

2605apartamentos

O Presidente Costa e Silva,acompanhado do Ministro doInterior, coronel Costa Cavai-cànti, e do Governador Negrãode Lima, inaugurará, no próxi-mo dia 15, o maior núcleo ha-bitacional já construído naGuanabara, entre os bairros deCordovil e Parada de Lucas,com 2 605 apartamentos.

O conjunto habitacional Ci-dade Alta, construído pelaCohab em 26 meses, tem 64blocos, cada um deles com árealivre e jardim. É dotado ainda 'de prédios destinados a super-mercados, postos médico e poli-ciai, além de. escolas primáriase áreas para a construção deginásios.

LOCALIZAÇÃO

Erguido numa elevação àmargem da Avenida Brasil, oconjunto Cidade Alta dista 20minutos, de ônibus, da PraçaMauá. Ocupando uma área de127 897 metros quadrados, onúcleo possui apartamentos deum e dois quartos e demais de-pendências.

Na construção do conjunto,incluindo as praças e play-ground, a Cohab gastou maisde NCrS 17 milhões e 500 mil,fornecidos pelo BNH. DO total,cerca de NCrS 1 milhão e 500mil foram aplicados em obrasde infra-estrutura, como redede água, esgotos e pavimenta-ção.

Jornal do Brasil, quarta-feira, 5-3-69, í.° Ca«±

Cinema com ar refrigerado eu^mportanteparado de propósito seráinterditado pela polícia

O cinema cujo ar refrigerado não funcionar pornegligência de seus donos será interditado.sumária-mente pelo Serviço de Diversões Públicas da Secre-taria de Segurança, que tem recebido muitas queixascontra cinemas onde aquele equipamento nem sem-pre funciona.

Esta irregularidade contraria as normas de hi-giene determinadas para os cinemas e "constitui umaescamojteação", segundo o Serviço de Diversões Pú-blicas, porque a instalação de ar refrigerado permitea cobrança de ingressos mais caros.IENGÔDO

Franco veráo trânsitode N. Ioraue

O comandante Celso Francoestá, tão confiante na tra-ns-formação do Departamento deTrânsito em superintendênciaque fará um estágio na Poli-cia de Trânsito de Nova Ior-que, onde colherá subsídios só-brc o moderno controle do trá-fego.

O estágio de dois dias seráapós o í Congresso Interna-cional de Tráfego Urbano,a iniciar-se segunda-feira emPitsburgo. Êle estudará desdeo fardamento dos policiais atéo emprego da televisão pararesolver os congestionamentos.

POLICIAMENTO

O Sr. Celso Franco estámuito interessado nos setoresde policiamento e planejamen-to e, por isso, viajará com odiretor da Divisão de Enge-nharia, Sr. Gerando Pena Fir-me. O diretor do Trânsito con-sidera muito importante a ra-cionalização d'o polteiamenitofiscalizador do tráfego nasáreas urbanas e nas rodovias.Com a transformação de seudepartamento em superinten-dênoia, esta terá um corpopróprio de policiais.

A mudança em superinten-dência deponde da aprovaçãodo Governador Negrão de LI-ma e, se ela se concretizar, onovo órgão terá recursos paracomprar viaturas apropriadas,com radiofonia, e instalar cir-cuitos fechados de televisão.

O comandante Celso Franconão foi visto ontem no Depar-tamento de Trânsito, porquetirara o dia para tratar dopassaporte e "outras coisas ne-cessárias à viagem."

Levi negaPavilhãoa mercado

O Secretário de Turismo, Sr,Levi Neves, informou ontemque o Governo do Estado nãoestá disposto a ceder o Pa-vilhão de São Cristóvão paraa Instalação de um mercadodistribuidor de hortigranjeiros.

O pedido da Sunab nãopassou de uma consulta verbaldo Sr. Enaldo Cravo Peixoto aoGovernador Negrão de Lima.Náo teve caráter oficial — ga-rantiu o Sr. Levi Neves.

IMPOSSIBILIDADE

O diretor de Relações Públi-cas da Secretaria de Turismo,Sr. Evandro Guerreiro, afirmouque o Pavilhão de São Cristo-vão "é um próprio estadual,regido pelas leis do Estado cpela Constituição Federal. Deõ-ta forma, sua utilização aindaestá sob a jurisdição do Govêr-no da Guanabara."

Se o Governo federal di-retamente, ou através de algumórgão paraestatal, tiver neces-sidade de utilizar o Pavilhão,entendendo-se por necessidadea permanência de utilização emregime de urgência, deverá sedirigir ao Governador Negrãode Lima. Este, então, se comu-nicará com a Secretaria de Tu-rismo. Até agora, nenhum co-municado oficial foi encami-nhado á Secretaria — acres-centou o Sr. Evandro Guerrei-ro.

Ao chegar na Secretaria, nofinal da tarde de ontem, o Sr.Levi Neves explicou que a Su-nab fêz uma consulta informal,mas que "a posição do Gover-nador é a de não desfalcar oRio do único local que dispõepara feira», exposições e even-tos turistices."

. Cinema com ar refrigerado éconsiderado de primeira classe.lAquêles que não têm o equipa-(mento são obrigados a cobrar¦Ingressos de terceira classe. Porasso, algumas casas cobram umpreço mais alto mas não colo-cam o ar refrigerado em fun-cionamento.

O chefe do Serviço do Diver-isões Públicas, delegado EdgarFaçanha, irá comprovar a ale-igação de alguns donos de ci-nema, de que o ar não funcio-ma por falta de água, lançan-ido a culpa na Cedag.

— Se a alegação íôr infun-dada. a punição será mais ri-igorosa. Se verdadeira, o cine-tma será obrigado a colocar umaviso muito visível, de que oar refrigerado não está fun-cionando — disse o delegadoEdgar Façanha.

BINGOS

O Serviço de Diversões Pú-iblicas também decidiu punirclubes sociais que estão promo-ivendo bingos clandestinos. Essetipo de jogo só pode ser rea-

•lizado com 'autorização prévia

idas autoridades policiais, seitiver objetivo filantrópico ou.beneficente.

— Temos recebido queixas deque alguns clubes realizam sor-itelos com prêmios "fabulosos",imãs com cartões a preços tam-bém fabulosos — disse o Sr.Edgar Façanha.

Para se obter a autorização,d pedido deve atendei- a algu-mas exigências: os promotoresdo bingo devem se identificar,¦justificar e comprovar a des-tinação da renda, tudo a pre-cos moderados.

FUTEBOL

A Superintendência da Poli-cia Executiva receberá nospróximos dias, do Serviço deDiversões Públicas, o projetode portaria regulamentando asatividades nos estádios de fu-tebol.

Todo o jogo deverá ser assis-tido por um delegado civil, quechefiará o esquema policial eterá autoridade para deter jo-gadores, dirigentes e até mes-mo juizes, em caso dc evidenteagressão dolosa.

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A fiscalização do Departamento de Abastecimen-to da Secretaria de Economia apreendeu ontem cêr-ca de três mil quilos de mercadorias de falsos fei-rantes, no primeiro dia em que iniciou uma novaforma de combate a comerciantes clandestinos.

Nas feiras da Rua Marechal Foch, em Bonsu-cesso, e Jardim América, em Irajá, a fiscalização cal-culou em 100 o número de feirantes zero-zero (comosão conhecidos os sem matrícula) e de camelôs, cujasbijuterias, frutas, verduras e outras mercadorias fo-ram doadas a orfanatos e entidades filantrópicas.A FISCALIZAÇÃO cabeceiras de feiras sem a dc-

vida autorização do Departa-mento de Abastecimento. A lo-calização dos falsos comercian-tes é por vezes acobertada poralguns fiscais ou ocorre dis-eretamente. Nesse caso, o zero-zero encosta o tabuleiro ao deum feirante legalmente esta-belecido.

O Departamento de Abaste-cimento anunciou que já estãona mira da fiscalização maistrês feiras, cujo número de re-clamaçáo dos compradores jus-tifica uma blitz nos moldes darealizada, com êxito, em duasfeiras.

O novo tipo de fiscalizaçãoda Secretaria de Economiasubstitui o que era feito espo-ràdicamente pela Sunab e es-tá sob a coordenação do ma-jor Silvestre Galo.

A fiscalização dispõe de umou mais caminhões, conformeo tamanho da feira, um contin-gente de soldados da PoliciaMilitar e seis fiscais.

O esquema prevê o cerco aospontos de acesso ou bóea dafeira, a fim de evitar a fugados zero-zero e dos camelôs."ZERO-ZERO"

Zcro-zcro são os falsos fei-rantes. Eles se estabelecem nas

Associações de bairrosfiscalizarão em S. Paulo

São Paulo (Sucursal) — Acolaboração de fiscais volun-tários no controle dos preçosficou acertada ontem com aconvocação, no dia 9, de umareunião entre os técnicos daSunab e as diretorias das 317associações de bairros do Gran-de São Paulo.

A cooperação das donas-de-casa e consumidores no contrô-le dos preços, através de umgrupamento de voluntários pa-ra cada bairro, resolverá osmais sérios problemas da de-legacia paulista da Sunab, quesão a falta de fiscais e detranspoite.

BENEFÍCIOS

A criação desse tipo de fis-calização trará dois grandesbenefícios: o órgão poderá ad-mitir grande número de cola-boradores, sem precisar remu-nerá-los; e os voluntários mo-raráo, de preferência, no mes-mo quarteirão do estabeleci-mento a ser fiscalizado. As au-torldades acreditam que as do-

nas-de-casa darão nova vitali-dade ao órgão e "muita dor decabeça aos comerciantes deso-nestos."

A criação de grupamentos defiscais vcikiintários foi idéialançada em dezembro pelo pre-sidente da Associação dosAmi-ges do Jardim da Saúde, masabandonada logo após por cau-sa da oposição d'e diretores deoutras entidades de bairros,pois "essa função náo é nossa."

A concretização do plano fi-ecu para o início deste ano,quando tomavam posse os no-vos diírgentes, eleitos em Ja-neiro.

ESCOLAS -

Foi adiada para a pióxlmasemana a conaltisão dos traba-lhos da comissão encarregadade estudar os critérios de con-c-ssíão de licenças pura quemais de 80 colégios, que re-quereram ã delegacia da Su-nab, aumentem as mensaii-da-des além dos 15% permitidospelo Governo.

Firmas se oferecem paraexecutar por maior preçoo aterro de Copacabana

Um grupo de firmas consideradas idôneas seofereceu à Sursan para executar, por preço poucosuperior ao de concorrência, todas as obras do aterrode Copacabana. A proposta está sendo estudada edeverá ser aceita.

A nova modalidade de execução do trabalho foiconseqüência de nenhuma firma ter-se apresenta-do à concorrência realizada no dia 26, quando muitosempreiteiros se limitaram a enviar cartas à Sursanreclamando das condições oficiais "muito rígidas",principalmente em relação ao custo muito baixo eao prazo de apenas um ano para o aterro.

O Túnel do Joá. uma das pe-ças fundamentais da futura li-gação entre a zona sul e a Bar-ra da. Tijuca, encontra-se emfase de construção da pista su-perior e poderia ter trafegodentro de quatro meses, nâufosse a falta de acessos.

Todo complexo de obras —que inclui a construção du maisdois túneis, pistas elevadas csuperficiais.e ainda uma ponteque será a de maior vão livreda cidade, com 120 metros —estas prosseguem em ritmo ace-lerado para que dentro de umano e meio a ligação entre aGávea e a Barra da Tijucapossa estar entregue ao trá-fego.

DOIS IRMÃOS

A primeira obra do conjuntoviário que dará à Barra da Ti-jucá um acesso de primeiracalegoria, cujo custo total seráNCrS 40 milhões, é o TúnelDois Irmãos, que já está com200 m perfurados numa galeriae 160 ni na outra. Pará- a li-gação da Gávea á Estrada deSáo Conrado, sob o morro daRocinha, numa extensão de ...1 G00 m. Seu custo será deNCrs 6 milhões e 120 mil e osresponsáveis pela obra infor-maram que as galerias estãosendo escavadas à razão de 100m por més. cada uma.

O diretor de Obras do DER,Sr. Francisco Filardi, prevê queo Túnel Dois Irmãos possa serentregue ao tráfego, indepen-dente do conjunto viário, já nopróximo ano, o que dará umamelhor alternativa ã ligaçãoentre a zona sul e São Conra-do, atualmente feita de modoprecário pela Avenida Nieméier.

Quanto à questão da passa-gem dos acessos sobre os terre-nos do Parque Proletário daGávea e do campus da PUC, oSr. Francisco Filardi informouque o DER aproveitará o leitodo rio Rainha para sobre êleconstruir a pista, no ParqueProletário, estendendo, a seguir,a pista pelos terrenos da PUC,até a boca do túnel.

A passagem sobre o campusda Universidade ainda está ementendimentos, mas presume-seque seja semienterrada, cober-ta posteriormente por uma la-je de concreto — fórmula en-contratada para não cortar ocampus em dois com uma ro-dovia de tráfego intenso.

À saída do morro da Roci-nha o DER construirá novaspistas, destruindo a atual. Pa-ra isso foram necessárias de-sapropriações de terrenos, in-clusive do Gávea Golfe Clube,que teve uma faixa perdida noeixo da futura pista. O-jtraobra necessária para a interdi-cão do trecho da pista da Es-trada de São Conrado está sen-do feita, desde a Avenida Nie-mayer, onde funcionava umdrive-in. até o Largo dc SãoConrado: uma via de 1 500mde extensão que estará con-cluída nos próximos meses.

TÚNEL DO PEPINO

A obra seguinte é a do Tú-nei do Pepino, cuja construçãofoi iniciada há pouco c quebreve começará a ser perfura-do. Tem a extensão de apenas185m e será contraído cmdois andares, tal como o Joá.Entre esses dois túneis haveráuma ligação a meia encosta,cravada na rocha, com vistapermanente do mar. de 1 100m de de extensão, também emdois pavimentes para que seintegre aos dois túneis que têma mesma característica. Ocucto

do Túnel do Pepino será deNCrS 3 milhões e 500 mil c odo elevado de NCrS 6 milhõesc 100 mil.

Segue-se o Túnel do Joá, játotalmente perfurado, cujasobras se encontram em fase deconstrução da pista superior.Do Túnel do Joá será feitauma ligação sobre o canal coma Barra da Tijuca através deuma ponte, cuja construçãobreve será iniciada, pois a fir-ma que venceu a concorrênciapara o trabalho já instalouseus canteiros de obras no lo-cal. O Túnel do Joá tem umaextensão de 350m e seu custoatingirá a NCrS 4 milhões e200 mil. A ponte, com um vãolivre de 120m, terá 620m decomprimento e seu custo jitin-gira a NCrS 4 milhões.

OBRAS NA BARRA

Em concordância com o pia-nejamento urbanístico da Bar-ra da Tijuca, a cargo do ar-quiteto Lúcio Costa, que deve-rá entregar seu plano-pilôtoainda este mês, o DER estácortando toda a região daBai-xada de Jacarepaguá com es-

traias para estabelecer as dire-trizes da ocupação urbana queali se intensificará a partir ie1971, quando a ligação da Gá-veà com a Barra da Tijuca es-tiver em tráfego.

Está pavimentando agora aVia 11, que liga a Estrada doGabinal, em Jacarepaguá, àAvenida Litorânea, cruzandoantes a Avenida das Bandeiras(BR-101), onde o DER estáconstruindo um viaduto porprever que o tráfego ali seráintenso já nos primeiros anos.A Via 11 está permitindo a li-gação não só de Jacarepaguá,mas de Cascadura, Madureira,Vila Isabel, Grajaú e outros¦bairros cem a Barra da Tijuca

Outra obra em construção éa Via d, que liga a Via 11 aVia 9. Esta Via 5 já está em¦tráfego, ainda não asfaltada,desde-a Via 11 até o Autódro-mo da Guanabara. Isto estáipermitindo que os afiecionadosdo automobilismo possam ir as-sistir às corridas no «utódromoutilizando como percurso a BR-101, para os que vêm da zonasul, e a Via 11, para os que vêmda zona norte, não mais sendonecessário percorrer o longocircuito pelo interior de Ja?a-repaguá, que antss se consti-tuía no único acesso possívelao autódromo.

Já a Via 9, tambâm em obras,¦ligara o Recreio dos Bandeiran-tes ao centro de Jacarepaguá¦numa extensão de 14 kjrn. Essasvias serão os principais eixosda Baixada de Jacarepaguá ctodas estarão asfaltadas até1970.

DUPLICAÇÃO

Além de asfaltar a Avenida¦Litorânea, que liga a Barra daTijuca ao Recreio dos Bandei-rantes, o DER está agora du-plicando a Estrada da Barra,desde a nova ponte, na pró-prla Barra da Tijuca, até aconfluência da Estrada dc Ja-caropaguá.

O Sr. Francisco Filardi ex-pltcou que ao longo de todas asvias principais que cruzam aBaixada de Jacarepaguá o DERreservou uma faixa de 90inpara futuras duplicações. Ou-trás faixas serão reservadaspelo Estado, de até 200m, emtorno de todas as lagoas da re-gião, prevendo-se a construçãode estradas de contorno e deavenldas-parques.

Sursan abre Avenida Chilesem concluir obras parase recompor com o Trânsito !

iA Sursan decidiu ontem entregar a Avenida Clíi-

le ao tráfego, a partir das 8 horas de hoje, mesmosem concluir diversas obras complementares, contoos acessos às passarelas, calçamento com pedras pdr-tuguêsas, gramados e terraplenagem na área frontèi-ra à Catedral.

Soube-se que houve entendimentos não divulgadosentre a Sursan e o Departamento de Trânsito paraque fosse estabelecida a hora de entrada em tráfe-go, modificações no trânsito e sinalização, num pri-meiro contato entre os dois órgãos desde que o ço-mandante Celso Franco criticou a Sursan e a Se-¦cretaria de Obras pela demora na conclusão na Ave-nida Chile.

O Túnel do Joá é básico para a ligação ãa zona sul à Barra da Tijuca

Fiscalização vai à feira e Túnel do Joá está adiantado ecomerciantes clandestinosficam sem a sua mercadoria Ja COflSfrOl SUÜ pista SUperiOT

REAPROXIMAÇÃO

Na fase mais aguda da criseque envolveu a Sursan e o De-partamento de Trânsito, a Se-cretaria de Obras estava deci-dida a não apressar os traba-lhos daAvenida Chile. Isso re-tardaria ainda mais a sua en-trega ao tráfego -— prevista ini-cialmente para novembro doano passado — decisão quecontrariava os planos do Trân-sito, principal interessado norestabelecimento do tráfego da-quela via, cuja interdição pro-vocou o estrangulamento daRua Primeiro de Março.

A decisão de reabrir a Aveni-da foi originada pelo esforço deoutros membros do Governopara contornar a crise, promo-vendo uma reaproximação en-tre os Srs. Celso Franco e Pau-Ia Soares, através de um en-contro hoje, quando seriam di-rimidas todas as dúvidas e es-¦tabelecldo um melhor entendi-mento entre a Sursan e o De-partamento de Trânsito. OPrincipal articulador destaaproximação é o Secretário deGovêmo, Sr. Humberto Braga.E, como primeiro passo para areaproximação, a Avenida Chi-le será aberta hoje.

Não haverá qualquer soleni-dade na entrada em tráfego daAvenida Chile, conforme de-terminação do próprio Gover-nador Negrão de Lima queconsiderou a Avenida comoinaugurada há 10 anos passa-dos, quando a obra se consti-tuiu no primeiro trabalhorealizado pela recém-criadaSursan.

PEDESTRES

A Avenida Chile dará passa-gem ao tráfego ainda sem o

funcionamento das duas passa-relas para travessia de pedes-tres que estão sem acessos. Is-to obrigará os pedestres a atra-vessar com risco sobre as pis-tas e a andar sobre o meio-fio, devido ao rebaixamentoda pista com taludes grama-dos, que náo permitem a passa-gem lateral de pedestres, j

Nem mesmo as calçadas su-periores estão ainda concluídase em dias de chuva a passagemserá penosa, devido à lama. Osresponsáveis pela obra acredi-tam que antes do fim do mêsas passarelas e as calçadas compedras portuguesas já estarãoprontas.

Restará, como obra comple-mentar da Avenida Chile, alémda construção do viaduto paradar passagem à projetada Ave-nida Norte—Sul,a contenção daencosta onde está situado oMosteiro de Santo Antônio, deforma a que êle fique bem des-tacado no conjunto arquiteto-nlco da futura Esplanada dcSanto Antônio.

TÚNEL H. VALADARES

Dentro ainda do plano da Es-planada de Santo Antônio, 'es-tá incluído o túnel Frei Cane-ca Henrique Valadares, li-gando a Tijuca à cidade atra-vés da Avenida Chile. A obraentrará em concorrência no dia10, esperando a Sursan conclui-Ia em meados do próximo ano.

Este túnel será o primeiro doRio a ser escavado em terra semtoda sua extensão, que vai des-de a Rua Frei Caneca à Ruado Riachuelo. O início da obraestá na dependência de algu-mas desapropriações a cargo, daCEPE-1.

Guerreiro acha absurdo oDetran acusar a Secretariade Turismo de furtar fios

"A Secretaria de Turismo não criou, ainda, odepartamento de furto de fios", disse ontem o seudiretor de relações públicas, Sr. Evandro Guerreiro,achando absurda a acusação do Departamento cieTrânsito.

O Secretário Levi Neves estranhou que o Detrantenha dado publicidade ao fato "antes de cônsul- 'tar a Secretaria, e tentar apurar o que aconteceu",enquanto os responsáveis pelo desmonte da decora-ção de carnaval atribuem o enguiço dlos sinais, naPresidente Vargas, a um desastre ocorrido nas vés-peras do carnaval.SURPRESA

Onitam a Secretaria dc Tu-rismo não recebeu nenhumoficio do Departamento deTrânsito, rela.tivo ao furto defios da sinalização, da Aveni-da Presidente Vargas.

— Não tomamos conheci-mento, oficialmente, do assim-to — disse o Sr. EvandroGuerreiro —. e estranhamos onoticiário dos jornais, pois, se-gundo consto, nenhum depar-tamento estadual pode pedirindenização a outro órgão doEstado,

Se o fato tivesse algumaprocedência — continuou —deveria ser objeto de um ex-pediente formal por parte doórgão interessado, no caso oDetran, mas até agora só osjornais divulgaram as acusa-ções.

O arfciotà Davi Ribeiro, umdos responsáveis pela decora-ção de carnaval, e encarregadodo seu desmonte, diz que con-sidera "totalmente som funda-mento as denúncias de que osfios da sinalização de transi-to tenham sido retirados poroperários encarregados da de-coração."

— A decoração tem Ilumina-ção própria — disse o decora-dor — fornecida per cabespróprios, que são utilizadosapenas no carnaval. A retira-da desses cabos não pode in-fluir nos sinais luminosos, que

utilizam uma fiação diferentedo cabo tipo 8, que nós usa-mos."

— Quanto a lrre.sponsabilida-de dos operários — continuou -—só podemos dizer que são tra-balhadores especializados, comexperiência nesse tipo de ser-viço, e que são fiscalizados pe-Ia divisão de eletricidade da Sc-cretaria dc Turismo,

VARIAS CAUSAS

Dizendo que várias causas po-deriam ocasionar o enguiço dossinais na Presidente Varga§, odesenhista lembrou a queda deum sinal luminoso, no dia 13de fevereiro, provocada por umônibus, na esquina daquelaavenida com a Rua Uruguai-ana,

O desastre, segundo o laudoda Perícia, foi causado da ;se-guinte forma: o poste número91 da Avenida Presidente Var-gas cedeu devido ao peso dasplacas dc telefone, instaladaspara as cabinas de rádio e te-levisão. Com a queda do poste,parte da fiação também caiu,e um ônibus que passava naocasião, arrastou os fios, pro-vocando a queda de outro pos-te, o de número 95. fazendo osinal luminoso da esquina Ir aosolo.

— Roubar, qualquer um po-de roubar — concluiu o Sr.Evandro Guerreiro — inclusivepessoas alheias ã Secretaria deTurismo.

MELHOR OFERTA

Devido ao não compareci-mento de pretendentes na pri-meira concorrência, a Sursanpode agora dispensar a segundade acordo com o Código deContabilidade do Estado, en-tregando a realização da obraa qualquer firma que julgarapta.

O grupo de firmas, ainda nãorevelado, interessado cm reali-zar o trabalho, apresentou, nos

entendimentos realizados com aSursan, restrições puramentede ordem técnica, que se rela-clonam principalmente com oinício da obra, previsto paraeste més.

A Secretaria de Obras infor-mou ontem acreditar que brevepoderá ultimar os entcndlmen-tos com o grupo interessado, deforma a permitir o Início daexecução da obra o mais rápidopossível.

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Timidez, Angústia, Depressão, Tensão, Irritação, Agressividade,Insônia, Medos, Obsessões, Dificuldades de memória, de atenção,de relacionamento social, afetivo e sexual.

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Cartas ,dos leitores

"A Verdade sobroa FEB"

"O JORNAL DO BRASILpublicou em fevereiro uma cri-tica sobre o meu livro A Ver-datle sobre a FEB, firmada porOotavlo Costa, assacando contramim uma acusação que reputograve. Confesso que não li, ainformação me foi presta d*¦por um amigo. Quanto à críti-ca, é um direito que qualquerum tem de externar seu pen-samento. O livro veio a públi-co, e está sendo generosamen-te acolhido, muito além da mÍTnüia espeataitiiva, como niuma•demonstração de que o grandepúblico prefere mesmo a ver-dade, e não as chanchadas emquadrinihcs à guiza de históriada FEB.

Na paute em que o Sr. Cos-ta teria procurado me atingir,diz que eu esperara a morte doMarechal Castelo Branco paralançar o meu livro.

Quanita indigència eivada desuíipeição! Por ai se vê como a"generalifce prematura aguda"é má conselheira. Esse moçoou é ignorante ou analisa malas ordens que recebe. Comeceia escrever meu livro ainda em ¦plena campanha, sob o im-pacto de amarguras e desleal-dades.

Há mais de dois anos tenteipublicá-lo pela Editora Pcn-g-etti. Desisti, por falta de re-cursos. Enitreguei-o à. EditoraBloch que não lhe deu impor-tância; seis meses depois, ain-da estaiva. congelado. Retirei-o.Foi na residência do MarechalDutra que, amigos presentes,e com o estímulo do próprioPresidente, me levaram a cen-fiar à Editora Civilização Bra-sileira, a publicação da minhamodesta, obra. Nessa ocasião ti-ve de fazer grandes cortes notexto, para enquadrá-lo- nomáximo, em 600 páginas. Nomeu primarismo, ignorava quãooneroso e demorado era o pro-cesso publicitário, que certasEditoras calculam em deisanos. Com toda a boa vcaua-

de ç os meus melhores esfor-ços, foram necessários oito me-ses para A Verdade sobre aFEB vir à luz da ribalta, emdezembro último.

Infelizmente, eu desconhe-cia as habilidades astrológicasdo Sr. Costa; de outra forma,teria podido adivinhar o diaem que o Miareciial CasielloBranco morreria, em um de-saslre de avião. Na opinião (?)do Sr. Cosíla, eu deveria re-num ei ar à publicação do livro.E a razão não chega para onieu humilde raciocínio.

Acha, que, se Castello Bran-co vivesse, as verdades óohitfr-das no livro, amplamente do-cumra.adas, serram omitidas?E eu seria mais um, paira eu-grossar um dos grandes "cor-does?"

Hão é fácil para um simplestenente, ou sargento, criticara obra de um Chefe de Estado-Maior que viveu, dia a dia, osmínimos acontecimentos daFEB gloriosa, a menos que seproponha, deslealmente, a des-virtuar os acontecimentos. Porisso mesmo eu não leio criti-oas dessa, natureza. Prefiroguardar carinhesamante o juí-zo de personalidades como oMarechal Leitão de Carvalho,Marechal Dutra, Marechal Ho-mero Souto, bravos

'compnnliei-

ros como os Generais AfonsoAlbuquiMique, Augusto Prago-po, Ayrcsa, Orlando Geisel. Hé-lio Moura; e intelectuais doquilate de Raimuindo Maga-üiães, Cândido Mctta, SilvaMello, Afranio Ccutinho emui-tos e muitos outros. Não me in-teressa a opinião do Sr. Costa.

Marechal Floríano tlc LimaXlrayucr — Rio."

E11.•sino"No ir.cm Quantos são da no-

t.ícia Ginásio particular cobrapor estudante NCrS 70,00 (JB,23'2i. ha uma referencia aoColégio Brasileiro de Almeida.

Lamentavelmente, os fatosali apontados não se referemà verdade e, por isso, transmii-•times as seguintes informaçõesexatas:

1 — O Colégio Brasileiro deAlmeida é unia entidade deensino particular, subordinadoao sistema federal de ensinoem atendimento à Lei de Di-rarizes e Bases que lhe fa-cultou tal opção;

2" — A lei não prevê opçãopor Km Sistema em horáriodiurno e. por outro, em hora-rio vespertino ou noturno;

— O Colégio Brasileiro deAlmeida mantém por livre eespontânea vontade, um con-véuio com a Secretaria deEdoi-cação do Estado da Guanaba-ra, pelo qual cede gratuita-mente, suas instalações a umcolégio estadual que vai aten-der, no corrente ano, a céroade 400 alunos carentes de re-cursos;

— parece-nos ser umaobrigação de ordem pública ede justiça social concorrer pa-ra a expansão da rede escolar.

Cumpre-nos ainda informarque são também inexatas asInformações que se referem abõísas de estudo.

Edília Coelho Garcia — di-retura do Colégio Brasileiro deAlmeida — Ipanema, Rio."

Banco

£A edição do JB de 8,2 in-formou que a Sudene está cs-Uftiando as bases de um pro-t-çjroJo de financiamento apre-sentado pelo Banco Mundial deParis.

Desejamos esclarecer que talprotocolo foi proposto por nos-so estabelecimento, o BanqueNaticnale de Paris, e que oBanco Mundial de Paris nãoeíE-te.

André Guvhan — represen-tanlc adjunto üo Banque Na-Uonale de Paris—São Paulo."

JORNAL DO BRASIL Coisas da Política

Diretor-Presidente:C. Pereira Carneiro

Ria, 5 de março de 196!)

Diretores:M. F, do Nascimento Brito

José Sette CâmaraEditor-Chefe:Alberto Dines

Questão dos Partidos no

quadro das prioridades

Indústria RacionalRealiza-se atualmente lio Rio a Reunião de

Peritos Internacionais sobre Capacidade Ociosana Indústria, patrocinada pela Organização para oDesenvolvimento Industrial das Nações Unidas.Esse órgão da Assembléia-Geral das Nações Uni-das foi criado recentemente, para possibilitaro progresso racional e orgânico, dentro das me-lhores normas de uma economia sã, das indústriasdos países em fase de desenvolvimento. Em ou-Iras palavras, e corroborando o que foi dito pelo

:.

Ministro da Indústria e do Comércio durante acerimônia de abertura da Reunião, o novo órgãodas Nações Unidas tem por objetivo exatamenteevitar que os países em desenvolvimento sigam oexemplo de desperdício e balbúrdia que carac-terizou a evolução industrial do Brasil. E verda-de que conseguimos cbegar a um estágio relati-vãmente avançado de industrialização. Mas issonos custou sacrifícios desnecessários, investimen-los colossais e desordenados, que visavam antes aaumentar o número de indústrias e a massa deequipamento, do que a melhorar a capacidadeprodutiva instalada. Daí a capacidade ociosa decertas áreas industriais, como é o caso dosmoinhos de trigo, enquanto que continuamos ca-rentes de muita atividade industrial essencial aodesenvolvimento do país. Focalizando os erros denosso processo de industrialização, o Ministro Ma-cedo Soares apontou, com toda a justiça, a expan-são retardada da infra-estrutura, especialmente notocante à energia, ao transporte e às* comunica-ções, a compressão excessiva da capacidade de im-portar e o insuficiente aprimoramento profissio-nal da mão-de-obra.

Entre as conseqüências negativas que tevepara a economia a evolução desordenada de nossaindustrialização, o Ministro da Indústria e do Co-mérero assinalou a concorrência imperfeita em

certos setores, "o que dá margem a que os preçossejam fixados em função das empresas de baixaprodutividade, assegurando altos lucros às maismodernizadas e garantindo a sobrevivência dasque são obsoletas." De fato, esse é um dos fatoresdeterminantes do alto custo de nossos produtosmanufaturados. A obsolescência de certas áreasdo parque industrial e a relutância dos industriaisem promover a modernização do equipamento re-duzem ao mínimo os índices de produtividade. Namedida em que os salários se atualizam, sobem ospreços do produto fabricado por uma maquinariacustosa e obsoleta. A complacência em manterem vida equipamento industrial inadequado, àsnecessidades da economia moderna provoca a dis-torção a que alude o Ministro e propicia uma con-corrência injusta e prejudicial, impossibilitando aredução dos preços graças ao barateio da produ-ção através de maior produtividade.

Houve apenas uma omissão na fala do Mi-nistro. A de não ter reconhecido que as empresasestatais têm um papel importante no tumultua-mento do nosso processo industrial. A produçãoexcessivamente cara das sociedades de economia

¦mista, que estão longe de operar nos níveis de efi-ciência mínima que já atingiu a empresa privada,são uma fonte geradora de altos custos. Como or-ganizar uma indústria racional e eficiente, quan-do o preço básico de uma empresa estatal, como aCompanhia Siderúrgica Nacional, por exemplo, éo primeiro elo na cadeia dos custos exorbitantes?O Governo devia dar o exemplo e ser o primeiro aseguir a lição do Ministro Macedo Soares, trans-formando em modelos de eficiência e produtivi-dade as suas empresas. Antes disso não terá au-toridade bastante para doutrinar sobre os cami-nlios e meios do desenvolvimento industrial ra-cional c moderno.

Saldo da UnificaçãoÜ balanço do Instituto Nacional de Previ-

dência Social acusou uma redução no déficit pre-aísío para o ano passado. O volume da diferençaentre a receita e a despesa baixou de 260 para 6milhões de cruzeiros novos. Trata-se de fato aus-picioso que impõe considerações sobre o conceitoda Previdência Social no Brasil.

A redução do déficit previsto poderia em simesma representar pouco se fosse o resultado ex-clúsivo de mágica contáhil. Mas é antes de maisnada a prova do acerto da medida unificadora dosórgãos que integram o INPS. Apesar de consti-tuir uma aspiração que datava do início da Pre-vidência Social, a unificação foi sucessivamenteadiada pelo bafejo político que patrocinou a cau-sa do policentrisnío assistencial. Os interesses elei-toràis que cultivavam aquela área de nomeação emanipulação retardaram quanto puderam a reor-ganização racional do sistema, onde empreguismo,vaidades, custos altos, subsídio e demagogia acam-param por muitos c muitos anos.

A. unificação da Previdência teve de ser de-cretada globalmente para aproveitar a conjunturapolítica, e sua implantação, que deveria ter sidopor etapas, foi apressada. O resultado foi o des-compasso numa série de serviços, que ainda hojese ressentem de morosidade e não conseguem ti-í ar o atraso. A rede hospitalar deixou aos poucos

de apresentar contrastes gritantes de casas semcapacidade de atender com outras em ociosidade.Havia institutos pobres e institutos ricos, porqueem alguns a carga de dispêndio e o volume deatendimento eram superiores aos recursos dispo-níveis.

A reversão de lodo o sistema deficitário e em-preguista, da noite para o dia, teria de gerar fa-tahncntc a quebra da rotina e iria requerer tem-po para reintegrar-se. Diminuíram as queixas re-lalivas ao atendimento, mas existem ainda múlti-pias imperfeições a sanar. O nível de atendimen-to deixa a desejar, outras formas de benefício eoutros conceitos assi^tenciais ainda estão remotos.

Mas o grau de controle sobre as despesas, nosegundo ano de implantação do projeto unifica-dor. consagra a idéia e autoriza prever para aevolução da assistência social um futuro que aredimirá da origem paternalista. Retirada grada-livamente da órbita de influência política e de-fendida das manipulações demagógicas, a Previ-dência Social pode representar uni papel socialvalioso no esforço para dar ao Brasil estruturamoderna, que em lugar de ser obstáculo contribuapara as possibilidades democráticas que o desen-volvimento reclama. Equilibrado o orçamento,soa a hora de ampliar os conceitos e modernizaros instrumentos.

Parques na CidadeParece que finalmente o carioca vai respirar,

na legítima acepção do vocábulo. Confinada eu-tre as montanhas e o mar, a cidade do Rio deJaneiro, atrofiada pelo crescimento desordenado,ressente-se, de há muito, da ausência «le parquesnos bairros para cobrir o enorme déficit de áreaslivres que asfixia a sua população, sobretudo ascrianças.

Agora, o Departamento de Parques dispõe-sea abrir respiradouros em toda a cidade, prevendoa construção, em anteprojeto a ser enviado ao Go-vernador do Estado, de áreas com 25 mil metrosquadrados para cada bairro. Numerosos parquessurgiriam nessas áreas, num plano de envergadu-ra que visa a identificar o homem com a natureza,a exempla do que ocorre em países mais civili-zados.

Afora as praias, o carioca não desfruta senãode 3,7% de áreas livres, quando os urbanistasestimam em 13% o total mínimo de lugares des-tinados à recreação ou repoi^o. a céu aberto. Exi-ladas em apartamentos nos edifícios cinzentos deuma indiferença álgida, as crianças do Rio são asmaiores vítimas da iinprevidência de adultos que.em épocas remotas, não tiveram a necessária cau-tela para impedir a balbúrdia de edificações. E ainfância, em tais circunstância-, torna-se iinpra-ticável.

Para superar o impasse, o Governo da Gua-nabara não deve recuar ante quaisquer obstá-culos que se lhe anteponham. Desapropriações

cm massa poderão ser feitas em muitos pontos,de modo a abrir perspectivas mais saudáveis à

população, através da construção de novas praçase amplos jardins, numa dimensão urbanística maishumana.

A par das medidas preconizadas pelo Depar-tamento de Parques, deveria o Governo preo-cupar-se também com a preservação do verde, pormeio de uma campanha sistemática de reflores-lamento. Para começar, a Secretaria de Obras, tãoempenhada na consolidação das encostas, pode-ria evitar a devastação das plantas que cobrem osnossos morros, atualmente cobertos apenas — emsua maioria — pela vergonha dos barracos, quese amontoam à beira do precipício, num desafioàs leis estaduais e à própria lei da gravidade.

O Aterro do Flamengo é uma das provas maisconvincentes da necessidade incontida que tem opovo de ambientes amplos, ao ar livre, em con-tato direto com a natureza. As estatísticas indi-caiu que a freqüência naquele parque, desde asua instalação, tem sido das mais expressivas.

A Flore-ta da Tijuca, dos mais belos recantosdo Rio e cuja urbanização se deve ao espirito em-preendedor de Castro Maia. é outro exemplo doforte apelo que contém a paisagem natural, livreda intoxicação do perímetro urbano.

Numa fase como esta. de verão inclemente,a simples informação de que a cidade vai dispordc muitos respiradouros, já serve para refrescar.

Em meio a informa-ções desencontradas, qua-se todas porém dotadasde verossimilhança, a deque o Governo se preo-cupa com a reorganiza-ção de seu Partido é dasque fazem sentido, poistendo preservado o Con-gresso e as agremiaçõesdeixou implícito seuaproveitamento.

A oportunidade demarço, em que os setoresrevolucionários terão apalavra, servirá ao reexa-me global dos problemaspolíticos, e naturalmentea reorganização da Alian-ca Renovadora Nacional(Arena) tem preferênciano conjunto de medidasdestinadas a prepararcondições para a norma-lidadé convencional.

A aflição que já come-ça a ceder em certasáreas políticas, que aindahá pouco se equivocaramcom aparências, é sinalde que compreendem anecessidade de remover oGoverno os obstáculos àintegração do Congressonas tarefas que requeremtratamento conjunto.

Carece de sentido pro-clamar que a atividadepolítica acabou em d\e-zembro, pois o Ato Insti-tucional n.° 5 é documen-to político e todas as me-ãidas que nele se inspi-ram compõem um esfôr-ço de ação também po-íítica.

Em recesso estão oCongresso e algumas A,s-sembléias Legislativas,mas atividade parlamen-tar pode ser consideradapoli tica convencional.Entendimentos se suce-dem entre figuras de ex-pressão política e destascom personalidades go-vernamentais. Apenas,são trocas de impressõese não negociações, já queo Governo se obrigou prà-ticamente a exclusiviãa-de das decisões revolu-cionárias.

A esta altura dos acon-tecimentos se torna cia-ro que a liderança presi-dencial não tem própria-mente alternativa na suapauta de trabalho polui-co. Somente a programa-ção capaz de atender àsnecessidades, que toma-ram forma revoluciona-ria, permitirá recompor aatividade política no âm-bito parlamentar e pormeio dos Partidos. É por-tanto uma questão deprioridade.

Quanto aos prazos, nãohá nem pode haver ain-da um elemento de cer-tesa, pois a dinâmica deum .processo que escapouàs limitações que o con-tinham dentro do contra-to constitucional pode ai-terar as necessidades egerar outras prioridades.

A rigor, a possibiliãa-de de restauração políticaestá condicionada aosêxitos das medidas preli-minares de maior pro-fundiãaãe e do consensorevolucionário para assoluções políticas. No mo-mento em que as so-luções representarem asoma de pontos-de-vistadebatidos de ângulos di-ferentes, elas se encami-nharão naturalmente.

Com a disposição deabrir conversações semcompromisso, o Govér-7io percebeu rapidamenteque a iniciativa, emboraconveniente sob muitosaspectos, carecia de opor-tunidade. Tanto bastoupara que a matéria pas-sasse do domínio dps fa-tos para o plano espe-peculativo. O mundo po-lítico também sentiu afalta de oportunidade pa-ra tratar de seus assim-tos num momento em quesó a matéria revoluciona-ria dispõe de mercado.

Março oferecerá opor-tunidade de exame dosassuntos políticos porparte dos setores revo-lucionários, beneficiadoscom duas datas aniversá-rias vara a vocalização, de

anseios e propostas. Mui-to provavelmente emer-girão linhas gerais e ten-delicias sob as quais secomporá a reforma poli-tica, assunto a ser enca-minhado tão logo ama-ãurecam as medidas ca-pazes de representar con-senso revolucionário.

No que respeita aosPartidos, há dois traba-lhos a fazer .em planosdiferentes: um se refereàs normas gerais de seufuncionamento harmôni-co com o processo revo-lucionário, e outro dereorganização da Arenaà base de confiança po-litica das lideranças. Pa-ra dar a partida, o Go-vêrno terá de começarpela designação de figu-ras credenciadas a reor-ganizar a agremiaçãomajoritária. Trata-se deação política a ser defla-grada quando as conve-niências apontarem suanecessidade.

As normas de fundo-namento dos Partidos, noconjunto das proviãên-

cias revolucionárias, cons-tituem um capítulo dareforma política a serescrito pròximamen-te, nunca porém antesde alguns resultados es-peraãos no âmbito daopinião pública.

Só depois que as me-ãidas saneadoras tiverematingido as áreas maisdistantes na hierarquiapolítica, assinalando apresença ativada do es-pírito revolucionário nosEstados e Mimicípios, se-rá possível reconstruira atividade parlamentar.

O clima de celebraçãode março poderá, entre-tanto, aflorar outros in-dicios e recomendar a an-tecipação de aberturaspreliminares, a fim decanalizar conversas dis-persas num leito de en-tendimento, que aceleredecisões e reintegre aclasse política no seu pa-pel de coadjuvante doprocesso.

Castelnuovo de CasteloOctávio Costa

A Castelo seguiu-se Castel-nuovo, no caminho estrelejadoda bonança da FEB, redivivaagora nas memórias inquiotase inquietantes de um chefe deestado-maior no.acinte a Mas-carenhas e Castelo.

Nossa força expedicionáriafoi uma só divisão, presença doBrasil em meio a dezenas dedivisões de cada qual de nos-sos principais aliados na cenado teatro europeu. Entrandona guerra a oito meses de seufim, deveria estai- sempre em-penhada em combate, parabrarnir ao mundo a respostanossa ao fenômeno nazista. Porisso, uma estóica e denodadaunidade, por isso, sem rodízio etem repouso, e não porque osamericanos tivessem "razõespara montar o extermínio denossos soldados." (Pág. 287.

A carência dos recursos hu-manos, que o esvaziamento dafrente italiana e a constânciade nossa presença mais acen-tuavam, não permitiu vaidadesde brilho operacional ao co-mando brasileiro. O chefe con-duz o combate, sob condiçõesnão nucleares, sobretudo pelojogo das reservas, lançadas asações de força por divisões vin-das de trás, ultrapassando osque se empenham.face a facecom o inimigo. Sempre em po-sição, defendendo imenso setor,jamais atacamos com a Divisãointeira, na potencialidade deseus três regimentos, antes fa-zendo prodígios, economizadosos atacantes com o sacrifício eo risco dos defensores. Quasenunca pudemos escolher dire-ções mais favoráveis e mano-bras mais favoráveis A carèn-cia de meios e a roçada de tio-pas experientes para o sul daFrança impuseram-nos opera-ções difícei1;, cm terreno Ingra-to. e, não raro, com pequenasprobabilidades de êxito, mascom a tarefa por igual honrosade manter o adversário intimi-dado, aterrado à península, semde lá poder retirar reforços comque acorrer às frentes da de-cisão. Assim, quando arrefecia'o ímpeto, o ataque malograva,oois as reservas mínimas nãodeviam ser malbaratadas noemprego de efeito duvidoso, ar-riscada, no combate de conta-gôtns, a presença do Brasil naluta. Daí o dizer-se que essacampanha foi uma guerra detenentes e capitães.

O comando da FEB deveriaser, então, o que foi: bom-sensoantes, equilvbrio e poupançasempre, nunca bonapartismo eaventura. Somente a má-fé po-deria dizer que a inteligênciado comando, em especial do se-tor responsável direto pelasoperações, desmereceu o valordo combatente, na medida emque os ataques foram o que pu-deram ser, havendo mesmo osde rara inspiração. Haja vistaa Castelnuovo, na jornada de5 de março de 1945.

Prosseguindo o Plano Encorcque, de início, dera aos ameri-canos da 10." Divisão de Mon-tanha, a posse de Monte Bel-

vedere e, aos brasileiros, o Cas-telo, o avanço principal cabia ãI0.a Divisa o de Montanha.Cumpria à. FEB cobrir-lhe oílanco e conquistar Castelnuo-vo de Verga to. Ora, até oscuriosos de tática elementar sa-bem que a finalidade da forçade cobertura é ajudar o impul-so na direção decisiva. E eisque agora se tenta enganai- osleigos na perfídia da verrinapóstuma contra Castelo Branco,na torpe insinuação de favore-cimento dos americanos. Aqui,a longa fermentação de um ve-lho ressentimento do Chef» deEs-tado-Maior para com o seuoficial de operações: '^Na to-mada do dispositivo das tropasde nossa Divisão para o ataquehouve muita balbúrdia, pelapreocupação que tinha o setor"operações" do Estado-Maiorde fazer apenas o que convies-se ao IV Corpo e à 10." Divisãod3 Montanha" (pág. 37G). Eestá bravata inverídica: "A10.a Divisão de Montanha con-quistou seus objetivos e nô-losentregou para guardar, com re-ceio dos contra-ataques." (pág.384)

Enquanto os americanos in-vestiam Castel D'Aiano e Mon-te Delia Castellana, a FEB ata-cava as posições inimigas deSoprassasso e Castelnuovo, ba-luartes últimos de nazistas de-bruçados sobre a estrada dePistola para Vergato. O Mon-te Soprassasso, um saliente emrocha viva enquistedo em nos-sas linhas, fizera nossas maio-res perdas nos tristes meses doinverno defensivo. A locallda-de de Cr.stelnuovo fechava acrista rinda da Torre de Nero-ne, detinha o passo a quem. pe-Ia rota 64, quisesse ir no rumode Bolonha. Castelnuovo deVergato completava, assim, opapel de Monte Castelo nessaofensiva limitada com que o IVCorpo buscava alturas, observa-tórios e linhas de partida, pre-parando a largada das decisi-vas ações da ofensiva da pri-mavera.

Castelo Branco aliara tiroci-nio e imaginação ao valor dopracinha. A manobra consistiano isolamento do ponto fortede Soprassasso e na convergên-cia de dois ataques sobre Cas-telnuovo: o principal desborda-va o saliente pelo flanco oeste— audaciosa c surpreendenteinvestida do Sexto de Caçapa-va no lombo das cristas — ooutro, lançado de frente, pelosmineiros do Onze, atraindo cui-dados e fogos do adversário,para desafogar e soltar a açãode cima e, depois, pelas bandasde Este, envolver o lugarejo ecortar a retirada ao defensorarrancado do chão.

Seguiu-se à risca o planeja-do, no ritmo seguro e na pou-pança de sangue, mas não semmuitas emoções e alternativasde um combate de infantaria.Não é esta, porém, a nova ver-dado da FEB. na constância dofacciosismo detrator: "Repc-xiu-se o erro dc Monte Castelo,em que se pretendeu "pegar o

boi pelas astjas" em ataquesfrontais ruinosos" (pág. 378).E sempre a pequenez de dar cr-ros a Castelo, e somente os er-ros, como se um não fosse ochefe do outro e, portanto,também responsável: "No ata-que a Castelnuovo, dia 5 d«março, durante a noite de 4/5houve ordens e contra-ordens,emanadas da 3,* Seção do Es-tado-Malor Divisionário, defor-mando a Ordem Geral di?Operações já distribuída."Opàgi 37G)

Tenente de informações deum batalhão do ataque frontala Castelnuovo, segui, alma ten-sa, com os olhos do rádio e dotelefone, com os meus própriosolhos, passo a passo, os vito-riosos passos da gente nossa.E recebi a mensagem comovidado pelotão que, ao cair da noi-te, pisando primeiro aquelagrimpa, ali encontrou a cruzsingela da reverência do alemãoao patrulheiro paulista no te-nebroso Inverno na defesa:"Aqui jaz um herói brasilei-ro. "

E exausto das canseiras dajornada, madrugada já de umnovo dia, cochilando ali mes-mo no chão, junto aos fios eantenas que me traziam os ar-rapios das inquietas patrulhasavançadas, estremunnado modou conta do sinal da campai-nha: — Alô, Lapa Vermelha.— Aqui Leblon. Tenente, men-sagem do Brasil. Nasceu suafilha.

Não era a frente que falava,mas a retaguarda, a grande re-taguarda que ê mais no fundodo que por trás de todos nós, anos levar sempre para a frente.Não esquecerei a imensa ale-gria dc Castelnuovo: Leticia.

Essa a grande alegria. Atristeza vem agora, neste tar-dio prurido de nacionalismotupiniquim: "Os brasileiros jánão se Iludiam com as preo-cupações que os aliados de-monstravam de não dar maiorrealce aos seus êxitos. Talvezestivessem vislumbrando o fimpróximo da Campanha. Comsuas preocupações hegemônicas,a gente americana não via,com interesse, a possibilidadede o Brasil aparecer tambémcomo vencedor." (pág. 3871Deus meu, como seria possívelâ nossa heróica e solitária di-visão disputar, com os exerci-tos russos, britânicos, america-nos. a corrida do século atéBerlim? Ou será que nessa in-trincada afirmação de preo-cupações e hegemonias preten-de o autor sugerir que a genteaquela receiava, e então admi-tia — a. par;eria nu sucessodo coturno humilde do praci-jiha nosso?

O que a História haverá dccontai é que a FEB não foiaté lá para trazer ^ glória íu-íTidia de êxitos militares, maspara marcar a nossa repulsa aonazismo — com todas as suaspretensões hegemônicas — cpor um imperativo de ccns:i-éncia de nosso povo agredido

..../. -' .'• TSç*'1-^'-'» .'

Lan TROFÉU DO FESTIVAL

#«Uti <*> Brasil, quarta-feira, 5-3-6Ü, l.o Cad.

?*mcarrí ^T' ""° mmos exa3erar! Eu disse para tirar a decoração de

PRF-4 hojeapresentaAna Chagas

O programa Música Tam-Mm _' Notícia, da RADIOJORNAL DO BRASIL, apre-sentará hoje, às 15 e às 16h,duas faixas de um disco gra-vado nos Estr.dos Unidos pe-Ia cantora brasileira AnaMargarida Chagas.

Este é o segundo disco deAna Margarida, que em 1963gravou um para a Formacom apresentação de ManuelBandeira. A gravação ame-ricària, da etiqueta Vault,que já vendeu mais de 42mil exemplares, encontra-seesgotada nos Estados Uni-dos. Tem músicas de EduLobo, Chico Buarque de Ho-landa e Vinícius de Morais,além das músicas Why e Lo-ve Is Where You Are, com-postas pela própria cantora.

QUEM E'

Ana Margarida MariaChagas Bovet é neta docientista Carlos Chagas efilha do atual Embaixadorbrasileiro na UNESCO. Bra-sileira de 24 anos e residindonos Estados Unidos, é casadacom o cientista italiano Da-niel Bovet e tem uma filharecém-nascida. Toca violãodesde menina e já assinououtro contrato com a gra-vadora Vault, para um nó-vo disco a ser realizado nospróximos seis meses.

B. Horizonteganha novoHotel Horsa

Belo Horizonte (Sucursal)— Foi inaugurado ontemnesta capital o segundo, ho-tel da Cadeia Hotéis Horsacom 251 apartamentos, chur-rascaria, rotisserie, boate ebar americano. Está situadonum dos melhores pontos dacidade, na Rua Caetés, es-quina com a Avenida Afon-.so Pena.

A solenidade de inaugura-ção, realizada às 18 horascom coquetel, contou com apresença do prefeito ds Be-Io Horizonte, Sr. Luís de Sou-so Lima, o Secretário de Go-vèrno, Sr. Raul BernardoNelson de Sena, o Secretárioda Segurança Pública, Sr.Joaquim Ferreira Gonçalves,o delegado da Sunab em Mi-nas Gerais, Sr. FredericoFasseheber, e convidados es-peciais.

COM A PALAVRA

Falaram durante a inau-guração o dirigente da Ca-deia de Hotéis Horsa, Sr. Jo-sé Tjours, entregando à ci-dade um novo hotel, que se-gundo afirmou "é um marcono progresso de uma dasmais belas capitais brasilei-ras", o presidente do Sindi-cato de Hotéis da Guanaba-ra, Sr. Milton de Carvalho,e o prefeito Luís de SousaLima.

O primeiro hotel da Ca-deia Horse, em Belo Hori-zonte, é o Hotel dei Rei, naPraça Afonso Arinos.

GenteJOHN LUCIANO NESCHLING

Carioca de Copacabana, 22 anos, é o mais jovemregente musical de todo o mundo. Ontem êle regressouda Áustria, onde foi reger, a convite, a Filarmônica deViena. Ficará duas semanas no Rio e viajará para Lis-boa e Paris. Seus compromissos já estão fixados aténovembro de 1970, na Europa, nos Estados Unidos e noOriente Médio.John Luciano Neschling nasceu na Rua Bolivar, emCopacabana, cursou o Colégio Andrews e começou a es-tudar música aos oito anos, com o professor Jorge Was-sermann. Viajou para Viena em 1965, cursando a Aca-demia de Música com o professor Swaowsky, que o no-meou seu assistente após concluir o curso de regênciacom brilhantismo.

Ao desembarcar no Galeão, John Luciano informouque em todas as suas apresentações inclui músicas bra-sileiras, especialmente de Vila-Lõbos. Uma das exigên-cias que faz aos empresários é a indicação do nomeBrasil nos cartazes que anunciam suas apresentações,em qualquer parte do mundo.

GINA LOUOBRIGIDA

Apoiada numa bengala e com a perna engessada, aatriz italiana deixou ontem o hospital, em Roma, 15dias após o desastre de carro que lhe quebrou a rótulae lhe abriu um profundo corte no rosto.

— Só a idéia de voltar para casa me enche de ale-gna e otünismo — declarou Gina Lollobrigida, hoje com40 anos.

DWIGHT EISENHOWER

O ex-Presidente dos Estados Unidos continua se re-cuperando da pneumonia que o acometeu na última se-mana, informaram ontem os médicos do hospital mlli-tar de Walter Reed.

Suas funções vitais, inclusive a cardíaca, permane-cem estáveis.

GEORGES POMPIDOU

O ex-Primeiro-Ministro francês foi envolvido comotestemunha no assassinato do guarda-costas do atorAlain Delon, o iugoslavo Markovic. O advogado de Fran-çois Marcantoni, um dos acusados do homicídio, pediuao juiz o testemunho de Pompidou e sua mulher, mas acorte ainda não decidiu se os cita ou não para a próxi-ma audiência.

Segundo a petição do advogado, o testemunho deAlain Delon pôs em dúvida o de Marcantoni, quando oator negou que Georges Pompidou e a esposa tivessemido a uma recepção em sua casa, na qual esteve presen-te o homem assassinado.

Logo depois o ex-Primeiro-Ministro negava, em co-municado oficial, qualquer ligação com o caso Marko-vlc. A nota é a seguinte:

"Segundo uma informação divulgada esta manhã(ontem) pela Rádio e Televisão Francesa, e recolhidapela imprensa, os defensores de uma pessoa acusadanum caso judicial pediram a audiência do ex-Primeiro-Ministro e sua esposa. Isso se segue a uma série de boa-tos que vêm vendo propagados há já várias semanascom fins totalmente alheios ao interesse da Justiça. Asecretaria do ex-Primeiro-Ministro do General De Gaul-le comunica que Pompidou e sua esposa ignoram com-pletamente as causas e circunstâncias desse caso po-licial."

JACQUELINE GREEIMAN

Já está tudo acertado: a ex-Irmã da Ordem de Lo-reto vai se casar em breve com Paul L. Wexler, segundose anunciou ontem em Saint Louis, Estados Unidos.

Jacqueline deixou a Ordem em 1967.

DONA MARY WARD

Associada da Sociedade de Horticultura de Marga-te, Inglaterra, entrou na rifa de unia saca de adubo enão ficou feliz com o resultado. Ganhar, ela ganhou,mas esperava uma saca de fertilizante químico e tevede levar para casa 50 quilos de estéreo eqüino.

Os hóspedes da cidadeJACK R. MAGUIRE — Diretor-executivo da Associa-

ção de Ex-Alunos da Universidade do Texas, está no Riocom mais 25 companheiros. Sábado, às 19 horas, o gru-¦po recepcionará no Hotel Savói antigos colegas brasi-leiros residentes no Rio. O Curso Harvard (que ensinaInglês no Rio) prestará uma homenagem aos norte-ame-ricunos por intermédio de seu diretor, professor MardenBraga, também ex-aluno da Universidade do Texas.

MÉDICOS NORTE-AMERICANOS — De quatro emquatro dias chegam ao Rio 150 médicos de Cincinnati,Ohio, Nova Iorque, Minesota e Flórida, em programaturístico organizado pela agência Intrav. Os médicoshospedam-se no Hotel Trocadero.

RUI AGUIAR DA SILVA LEME — Ex-presidente doBanco Central, está no Hotel Glória desde ontem.

MIGUEL VIGLIOLA — Fotógrafo argentino, passaas férias no Rio.

PETER ROWER, MICHAEL DUNDEL E ERNST AU-GSTEIN — Técnicos alemães, ficarão quatro dias noRio, participando de encontro promovido pela ONU paradiscutir o problema da cupucidade ociosa nas indústrias,de paire* ociosos.

A Gaivota de Ouro do II FIF, projeto de Ziralão e obra de Caio Mourão

Magalhãesacredita queManes volta

São Paulo (Sucursal) — Aodesembarcar ontem no Aero-porto de Congonhas, o Chance-ler Magalhães Pinto disse queo Presidente do Uruguai deverásuspender o asilo concedido aRoberto Manes e determinar asua extradição, quando recebero dossiê do Ministério da Justi-ça.

O Ministro Magalhães Pintoveio a São Paulo inaugurar aFeira Industrial Britânica, eressaltou que o Brasil conside-ra o ex-pracinha Roberto Ma-nes um criminoso "sem direitoa asilo." Manes é acusado eleum assassinato e vários roubosno Rio.

Einil Farhatfala hojesobre Brasil

Novas Informações Sobreo Brasil é o tema da confe-rência que o publicitárioEmil Farhat vai pronunciarhoje para os membros doRotary Clube do Centro, às12 horas, no Clube Ginásti-co Português.

X Bienal temcomissãode um setor

São Paulo (Sucursal) —A X Bienal de São Paulo játem sua Comissão de ArtesPlásticas: Edila Mangabei-ra Hunger, Frederico Nasser,Wolfgang Pffeifer, ValdemarCordeiro, Araci Amaral, Má-rio Barata e Armando Sodrc,escolhido para presidir ogrupo.

Os nomes que compõem acomissão foram indicadospela diretoria-executiva daFundação Bienal de SãoPaulo.Associação Internacio-nal de Críticos de Arte (se-ção brasileira) e AssociaçãoInternacional de ArtistasPlásticos (seções paulista ecarioca).

Quadro daJustiça serápreenchido

O Tribunal de Justiça daGuanabara realizará sete elei-ções sexta-feira, para o preen-chimento de vagas de desem-bargador c juiz, no seu quadroe no do Tribunal de Alçada.

Para as três vagas'de desem-bargador, uma caberá a umadvogado, outra ao juiz maisantigo c a última ao juiz quetiver maior merecimento.OUTRAS FUNÇÕES

Também serão escolhidos osmembros da comissão que vairealizar o concurso para juizde direito, assim como o advo-gado que integrará o Tribunalde Alçada e os novos juize3substitutos do mesmo tribunal.O preenchimento das vagas se-râ feito através de lista tripli-ce, mas a escolha final cabe aoGovernador Negrão de Lima.

RETROSPECTIVA

Alberto Cavalcanti nasceuno Rio, há 73 anos, e dedi-cou sua vida ao cinema. Te-ve atuação destacada naavant-garde francesa de1925 a 30, no documentaris-mo inglês de 1935 a 45, e norenascimento do cinemabrasileiro de 1949 a 52. Suascaracterísticas são o sensode realidade humana e so-ciai, o refinamento plástl-co, além do lirismo, bem ex-presso na descrição de su-búrbios, meios populares epersonagens tipo joão-nin-guém.

Na França estreou comodecorador para L'Her'oier,renovando as construçõesdos estúdios, com o usoacentuado de plafcaids. EmLondres, tornou-se o prin-cipal colaborador de Grier-son, dando novo rumo aodocumentário. Foi fundador,com um grupo, da VeraCruz, realizando filmes comoTerra É Sempre Terra. De-pois disso esteve na Françafazendo Puntila, ao lado deBrecht.

A direção do II FIF man-dou buscar na Inglaterra 18filmes de Cavalcanti, e ai-guns realizados na França,muitos nunca exibidos. En-tre eles estão Puntila, Dcadof Night, En Kadc, curtosfranceses feitos de 1920 a 28,dois desenhos animados dodesenhista americano LanLye, Ilainbow Dance, de1936, e Norte ou Nordeste, de1938, produzidos por Cavai-cântl.

Dos filmes feitos no Bra-sil, serão apresentados Si-mão, o Caolho, o Canto doMar, e O Painel, produçãode Cavalcanti c direção deLima Barreto. Durante a re-trospectiva, além dos filmes,haverá palestras, inclusive,uma no dia 17, do própriocineasta.

da atriz ainda não estãoconfirmados.

A Embaixada da Rússiacomunicou que mandou virpara o simoósio o filme OPlaneta Das Tempestades,de Pavel Kluchantzev, dire-tor dos Estúdios de Filmesde Vulgarização Científicade Leningrado. O filme con-ta a história de um robot,que não se sabe de que sexoé, e que vacila todo o tem-po entre a paixão peto cos-monuta e pela cosmonauta.

Será exibido no simpó-sio o filme de Harlan EUi-seu Demon With the GlassHancl. Ellison, autor muitofamoso nos Estados Unidos,e que nunca foi traduzido noBrasil, tem um programa deTV que é visto em toda aAmérica do Norte. Produzfilmes e livros sob o títuloDangerous Visions. Tambémserá exibido Vampiros deAlmas, filme de Don Siegel.

Phillip José Farmer, umdos raros autores de ficçãoa colocar o amor em seusromances, o que escreveu,The Lovers, com 400 pági-nas, tratando do amor en-tre seres de sexos diferen-tes e planetas diferentes,comunicou que virá ao sim-pósio de qualquer maneira.Farmer é operário especia-lizado da MacTJonald Dou-glas Astronautic Company,e está tentando conseguiruma licença de seus patrõespara vir ao Rio. Disse, po-rém, que se não conseguir alicença, pedirá demissão evirá, "porque esta é a pri-meira vez em que a ficçãocientifica é tratada comogênero literário e não comoliteratura de banca de jor-nal."

DELEGAÇÃO

Passarinho diz que órgãosdo Trabalho não abrigampelegos nem maus patrões

Goiânia (Correspondente) — Ao inaugurar on-tem as novas instalações da Delegacia Regional do'Trabalho, o Ministro Jarbas Passarinho disse que osorganismos de seu Ministério "não mais são abrigode pelegos e refúgio dos maus patrões."Disse que ao assumir o Ministério "tinha a im-pressão de que estava descobrindo o Brasil", pois ve-rificou que teria, de começar tudo para poder fazeralguma coisa.ÁREAS

O Sr. Jarbas Passarinho,aplaudido pela liderança sindi-cal de Goiás, disse que o traba-lho que seu Ministério vem rea-lizando nas áreas de interessede patrões e empregados, de-monstra que "já se foi o tempoem que, no Brasil, o capital va-lia mais que o trabalho."

O Ministro chegou a Goiâniade automóvel, por volta de 11horas e foi recebido por auto-

ridades e líderes sindicais notrevo da BR-153. Os llh30minaugurou as novas Instalaçõesda Delegacia do Trabalho, ai-moçou com trabalhadores noClube do Trabalhador, visitouo Hospital dos Previdenciáriose organismos do Sesc-Senac;as 16 horas, recebeu autorida- -des e representantes de sindi-catos em audiências, retornan-do a Brasília por volta de 17horas.

Clark não vem a simpósiode ficção científica eKubrick nem deu resposta

O escritor Arthur Clark e o diretor StanleyKubrick vão receber pelo correio o troféu MonolitoNegro, criado pelos organizadores do Simpósio deFicção Científica para homenageá-los, esperando queviessem ao Rio. Kubrick não deu resposta ao convitee Clark não pode comparecer.

Para a retrospectiva de Alberto Cavalcanti, queorganiza, o II Festival Internacional do Filme man-dou buscar várias obras que êle realizou no exteriorcomo diretor e produtor, entre elas um desenho ani-mado, versão cinematográfica de O Sr. Puntila e seuCriado Matti, filmado em colaboração com o próprioBertold Brecht.

STF decide que empresa éresponsável por acidente nainsolvência da seguradora

Brasília (Sucursal) — A empresa responde peloseguro de seus empregados quando a companhia se-guradora é insolvente — a decisão é da primeira turrma do Supremo Tribunal Federal, que não conheceurecurso da S. A. Indústrias Reunidas Francisco Ma-tarazzo, entendendo que o Tribunal de Alçada de SãoPaulo aplicou corretamente o Artigo 100 da Lei deAcidentes.

O empregador entendia que não devia pagar o. acidente de um empregado seu porque contratara,

com a Companhia Seguradora Industrial, a cobertu7,.,ra dos acidentes do trabalho. Mas a firma seguradoraé insolvente e, diante da dúvida (a lei transfere o en-cargo à seguradora quando contratada para tal fim)porque a seguradora não tem condições financeiraspara satisfazer o compromisso, o Judiciário decidiuque a firma empregadora responde pelo acidente.VIGÊNCIA

O Ministro Luís Gallotti dis-se no seu voto vencedor: "Érelevante a matéria alegadapela empresa recorrente, tantomais que vem apoiada em brl-lhante parecer do eminente ju-rista Washington de BarrosMonteiro. Mas estou em quenão foi negada vigência do Art.100 da Lei de Acidentes. Elefoi, sim, intespretado, uma vezque não previu a hipótese detornar-se insolvente a compa-nhia seguradora. E uma solu-ção se impunha, ou a favor rioempregado, ou a favor da em-

presa. Além de podermos di-zer que a seguradora foi malescolhida pela empregadora(culpa in eligendo), na opçãoentre responsabilizar-se o em-pregador, economicamente for-te, e deixar a pobre vitima doacidente sem indenização, pa-rece-nos q«e a primeira solu-ção se impõe por mais justa,mormente nos tempos que es-tamos vivendo.""Acresce que o Supremo Tri-bunal, no acórdão citado peloTribunal de Alçada, adotou amesma solução por este consa-grada."

Magazine de Nova Iorqueescolhe Brasil como temapara decoração de Natal

Brazü foi o tema escolhido pela firma americanaB. Altman, um dos maiores magazines da QuintaAvenida, para concorrer ao prêmio de melhor decora-ção de Natal, este ano, na cidade de Nova Iorque.

O diretor de promoções da firma, Sr. Ferris Me-garity, já se encontra no Rio, onde pediu à Secretariade Turismo as principais fantasias de luxo do Mu-nicipal. Afirmou que não se preocupa com o custodas despesas.TEMA DIFERENTE

As principais lojas de NovaIorque, durante o Natal, con-correm a prêmios, oferecidospelas associações comerciais àsque apresentarem melhor de-coração natalina. A rede de es-tabeíecimentos B. Altman dis-põe de uma área que abrangeum quarteirão da Quinta Ave-nida.

Segundo o Sr. Ferris Megari-ly. o tema escolhido foi rela-tlvo ao Brasil, que "possuienorme riqueza de cores c as-pectos interessantes."

A Secretaria de Turismo,através do Departamento deRelações Públicas, informouque será altamente promocio-nal a medida, pois a loja évisitada por milhares de pes-soas, que conhecerão de pertoaspectos do Brasil.

O diretor de promoções daB. Altman disse que começoua elaborar a decoração, pre-tendendo cobrir todos os de-talhes que o tema pode oferc-ccr. " Não i m port a quantocustará — disse — queremosfazer o melhor."

SIMPÓSIO DE FICÇÃO

No SimDósio de Ficção, emcada sessão, junto com osfilmes programados, serãoexibidos episódios da sérieFlash Gordon conquista oUniverso, com o ator BusterCrabe fque mais tarde vi-rou Tarzã), realizada em1941 por Ford Beebe. Estasérie foi cobiçada por todosos festivais internacionaisde filmes, mas pela primeiravez será apresentada.

O simpósio será dedicadoã memória de Boris Karloff,e a direção do Festival pre-tende abri-lo com o filmeA Noiva de Frankenstein,tendo presente a própriatriz que interpretou o pa-pel, Elsa Lanchester que se-rá convidada de honra. Tan-to o filme quanto a vinda

Foi entregun hoje ao Ita-marati uma lista de 72 no-mes de atores para seremescolhidos os 36 que inte-grarão a delegação brasilei-ra, junto com 12 produtorese 12 diretores. Os represen-tantes de cada sindicatomembros da comissão orga-nizadora do II FIF entre-garam ao Itamarati umalista dupla, para que o Mi-nistério das Relações Exte-riores selecione a delegação,processo usado em todos ospaíses.

Ed Emshwiller. cineastaexperimental norte-ameri-cano, escreveu á direção doFestival, se oferecendo paratrazer seus filmes, entre elesvários do cinema Under-ground. Estas exibições doscurtos de Emshwiller, para-leias e acompanhadas depalestras, serão as únicasque trarão algo relacionadocom o gênero underground.

A Espanha mandou o no-me de seus filmes concor-rentes: Porque Teu MaridoTc Engana, de Manuel Sum-mers. e o curto Caminos cieCastOla,

Fazendeiro mineiro despedeempregado de 50 anos queorganizava sindicato rural

Belo Horizonte (Sucursal) — Olavo Tomás nas-ceu na Fazenda Lisboa, no Município de Itabira, hamais de 50 anos. Lá trabalhou toda a vida juntamen-te com a família, já criada. Hoje está sendo demiti-do pelo patrão porque estava comandando a organi-zação de um sindicato dos trabalhadores rurais noMunicípio.

O que está acontecendo com Olavo Tomás Gon-çalves é comum em todo o Estado de Minas Gerais,onde menos de 1 por cento dos trabalhadores ruraissão sindicalizados, e muito menos do que isto, oupraticamente nenhum, tem. suas carteiras profissio-nais assinadas conforme determina a lei.SITUAÇÃO

O caso de Olavo foi levado âFederação dos TrabalhadoresRurais do Estado de Minas Ge-rais, criada há poucos meses, eesta enviou seu advogado, Sr.Murilo da Conceição Barbosa, aItabira, para solucionar o pro-blema. Segundo o presidenteda entidade, Sr. José Maurícioda Silva, casas semelhanteschegam à Federação todos osdias.

Mais de 99rú dos trabalhado-res rurais de Mineis não sãosindicalizados e também nãotêm sua carteira profissionalassinada, afirma o Sr. JoséMaurício da Silva, As carteirasdeveriam ser distribuídas pelaDelegacia Regional do Traba-lho, aqui em Belo Horizonte.Mas é muito difícil um traba-lhador rural se locomover atéa capital. Esta dificuldade denos profissionalizar é numen-tada pelo desinteresse do pro-prictário das fazendas. Algunsdeles chegam a dizer na carada gente que se seu trabalhadorexigir carteira assinada serámandado embora imediata-mente.

O Ministro do Trabalho, co-ronel Jarbas Passarinho, sen-tindo a dificuldade, baixouportaria com a Delegacia Re-gional do Trabalho, pelo qualelas se encarregariam de distri-buir as carteiras profissionais.Mas mesmo assim ainda existeoutra dificuldade: os própriosprefeitos não querem assumira responsabilidade da distribui-çáo das carteiras. Não conheçonem uma prefeitura que tenhafeito convênio com a Delegacia .do Trabalho."

O caso de Olavo TomasGonçalves é típico — conclui oSr. José Maurício. Há cercade um més fomos a Itabira erealizamos uma reunião prclí-minar com os trabalhadoresdo município para organizarum sindicato dos trabalhado-res rurais. Olavo ficou encar-regado de organizá-lo, Dor sero mais antigo e ter melhorescondições de liderança. Ontemele entregou uma queixa k Fe-deração, dizendo que seu pa-trão, proprietário da FazendaLisboa, vai despedi-lo per es-tar tentando organizar o sin-dicato." m

..,._.

1." Cad., Jornal do Brasil, quarta-feira, 5-3-61)

A conquista da Lua

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Hoje, pela primeira vez na história da cosmonáutica,dois homens entrarão no módulo lunar engatado naproa da Apolo-9 e experimentarão todos seus instru-mentos e sistemas. 0 novo plano orbital da espaçonave— 502 quilômetros de altura — dará a Scott, Schwei-ckart e McDivitt melhores condições de iluminação afim de que cumpram as manobras previstas.

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Cosmonautas saem hoje da Apolo-9 para o módulo- Cabo Keunecly (UPI-AFF-JB) — Os

cosmonautas James McDivitt e RussellSchweickart experimentarão pela primei-ra vez, hoje, o veículo lunar, passando daApolo-9 para o interior do módulo atra-vés de um túnel que une as duas naves.

Durante a permanência dos dois ho-mens no módulo lunar, David Scott fi-cará encarregado de comandar a Apoio-9. Às 14h42m, o comandante James Mc-Divitt ligará, em pleno espaço, num feitosem procedentes na história da cosmo-náutica norte-americana, o motor do mó-dulo lunar.

Por seis horas a fio, McDivitt e Sch-weickart experimentarão todo o instru-mental e sistemas do módulo lunar, ré-plica do veículo que levará os primeirosnorte-americanos à Lua. 03 testes e ex-periências serão efetuados com as duasnaves engatadas.

Está prevista para hoje, às llh27m,(hora do Rio), a primeira transmissão di-reta de televisão que focalizará, por seteminutos, os dois homens trabalhando nointerior do módulo lunar.

O primeiro cosmonauta a retornar àApolo-9 será McDivitt, o que ocorreráàs 15hl5m (hora do Rio). A volta deSchweickart está prevista, no plano devôo, para 16hl2m.

Ontem, quando a tripulação da Apo-3o-9 acendeu pela primeira vez os re-trofoguetes da cápsula, a fim de trans-feri-la de órbita, a operação provocoucerta inquietação dentro da cosmonave.A repentina aceleração fêz com que asmáquinas oscilassem.

Parecia um estouro de uma ma-nada de elefantes loucos. Disse McDivittaos controladores de Terra. Mas JamesMcDivitt, Russell Schweickart e DavidScott cumpriram suas tarefas dc ontemcom relativa calma, ao contrário do ocorri-do no primeiro dia de vôo.

Trata-se de um. comentário geral.Disse o comandante da Apolo-9. antesdo período de descanso de nove horas emeia que tiveram durante a noite, omais longo jamais desfrutado por umatripulação do Projeto Apoio.

Falha interrompeas comunicações

As comunicações do Centro Espacialde Houston com a cosmonave Apolo-9 fo-ram momentaneamente interrompidas, se-

gundo informou um porta-voz da Admi-nistração Nacional de Aeronáutica e Es-paço.

O contratempo ocorreu em um cabodo sistema de micro-ondas ou nas linhastelefônicas, mas corrigido a tempo. Emvirtude do defeito, os peritos do Centrode Controle não podiam entender as res-postas dos cosmonautas às perguntas for-muladas da Terra quando a Apolo-9 pas-sava sobre o oceano Atlântico.

Às 7h35m (hora do Rio), James Mc-Divitt, David Scott e Russell Schweickartforam despertados pelo Centro Espacialde Houston depois de um período de no-ve horas e meia de descanso.

Bom dia, Apoio. Disse um dos con-troladores de vôo.

Suponho que esteja na hora delevantar-nos? Perguntou um dos cos-monautas com voz sonolenta.

Está sim, Responderam-lhe da Ter-ra.

A tripulação pôs em funcionamento osalimentadores de energia elétrica da Apo-lo-9 e, depois de um rápido desjejum,iniciou o programa de trabalho previstopara o dia de ontem.

Motor da nave passaeom êxito pelo teste

Para verificar seu rendimento com omódulo lunar acoplado, o motor da cáp-sula Apolo-9 foi ligado três vezes ontem,primeiro dia de uma experiência espa-ciai que terminará a 13 .de março.

As três operações foram coroadas deêxito e provaram o bom funcionamentodo grande motor da espaçonave que pe-sa várias toneladas e que tem uma íòr-ça de empuxo de 10 mil quilos.

Às 12hl2m (hora do Rio), o motorfoi acionado pela primeira vez, quando aApoio subiu a 355 quilômetros. Na segun-de vez, às 14hl0m, atingiu os 498 quilo-metros e na terceira ignição, às 17h 28m,fixou-se nos 502 quilômetros de apogeu.

O vôo iniciado na segunda-feiracustou aos Estados Unidos a importàn-cia de 340 milhões de dólares (NCr$ 1360milhões) e significa, também, o desloca-mento em órbita da,carga mais pesadaque partiu de Cabo Kennedy, pois a navepesa 45 toneladas.

Durante o primeiro dia de sua mis-são, os nrês pilotos espaciais manejarama Apolo-9 a uma distância de 15 metros

do módulo lunar. Depois, deram uma vol-ta completa para que a proa da naveficasse de- frente ao módulo.

Manobrando com grande calma ecautela, apesar de sua velocidade de 28mil quilômetros horários, o trio de pilo-tagem conseguiu que a Apolo-9 fosse seaproximando do veículo lunar e se enga-tasse com êle, tal como dois vagões deum trem.

Os técnicos e cientistas norte-ameri-canos mostram-se satisfeitos com o de-senvolvimento da missão espacial inicia-da segunda-feira última. Wemer VonBraun, precursor dos estudos de íogue-tes, afirmou que são, agora, muito maio-res as possibilidades de descida de umcosmonauta na Lua. .

O êxito da missão da Apolo-9 é vi-tal para as expedições lunares da Apoio-10, programada para maio deste ano, eda Apolo-11, a ser cumprida em julho.Um vôo tripulado ã Lua, a colocação deum artefato em órbita lunar, e o arran-que para vencei- a força de gravidade denosso satélite natural dependem, primor-dialmente, do sistema de pçopulsão daApoio, ontem testado e comprovado.

Marinheiros treinampara resgatar a nave

Os marinheiros do USS Guadalcanal,navio-capitánea da frota de resgate, trei-nam sem esmorecimento as manobras derecuperação de cápsulas espaciais, em con-dições pouco favoráveis.

Os últimos exercícios, em conseqüênciado mar e.ncapelado, não satisfizeram aosresponsáveis pelo resgate da Apolo-9, pre-visto para o próximo dia 13 de março.Uma réplica da cosmonave pilotada porScctt, Schweickart e McDivitt, ao ser iça-da das águas, caiu pesadamente no con-vês do USS Guadalcanal, jogando trêshomens-rã no mar. Mas ninguém se ma-chucou.

Um dos treinamentos de resgate foifeito em condições inteiramente adver-sas, com os marinheiros enfrentando va-galhões de três metros de altura, sacudi-cios por fortes ventos.

Aprendemos um bocado. DeclarouCharles Finney, dirigente da equipe deresgate da Administração Nacional de Ae-ronáutica e Espaço (ANAE).Esse exercício nos serviu de ante-cipação do que seria uma manobra de

resgate com o mar encapelado. Outro trei-namento similar, previsto para o dia an-terior, já tinha sido cancelado em con-seqüência da violência das ondas do mar.

O USS Guadalcanal, especializado notransporte de helicópteros, conservou-seno ponto escolhido para a descida daApolo-9, mesmo depois que as autorida-des souberam que o lançamento havia si-do transferido de sexta-feira para segun-da-feira últimas.

Americanos ganhama corrida espacialCom o disparo da Apolo-9, é o se;ruiJiite

o quadro comparativo entro ns experiênciasespaciais tuipulodas nocte-amerioanas e so-vlóücas:

EUA URSS

Númono de vôos 16 12"Homens no espaço 32 17Homens-horas no eapaço 3 215 868Cosmonaves-üoraa no es-paço 1 431 • ¦ 60!)

Vôos nnuMtrfpulafdos 12 4Voltas enn tôraio da Terra 802 463Voltas em. torno da Lua 10 0Vcos elm quie usaram

.naves ihainobráveis 12 3Vôo mais longo (horas

o mimitos) 330h35m MDhCniMaior distância da Terra 375 mfcl km 495 kmPasseios mo espaço 3Euittontoos no eapaço 12 3Acoploimentos no espaço(encartes) 1

Homem que fôr à Luaficará de quarentena

O vôo da Apolo-9 marca a estréia,no programa espacial norte-americano,cie um elemento novo: uma casa-reboqueprateada que servirá para colocar emquarentena as futuras tripulações que re-gressem de expedições ao solo lunar.

A casa-reboque, instalada no convésdo USS Guadalcanal, foi projetada paraacomodar três cosmonautas que serãotransferidos em seu interior do navio-ca-pitànea até o Centro Espacial de Houstonatravés de um avião-transporte.

As autoridades médicas revelaramque a quarentena deverá durar três se-

manas. Quanto ã Apolo-9, três pseudo-cosmonautas experimentarão a casa-rebo-que, pára testar se ela apresenta condi-ções de conforto e habitalidade. Os fal-sos cosmonautas são Paul Kruppenbar-cher, Texas Ward e Arthur Lizza, todosde Houston.

A casa-reboque também hospedará oengenheiro John Horasaki, que a dese-nhou. O técnico funcionará como cozi-nheiro e testará o sistema de fornecimen-to de energia elétrica. ••Esse aposento deisolamento pesa 600 quilos e foi construi-do pela Melpar Incorporated, tendocustado 400 mil dólares 0NCr$ 1 600).

Mais dois desses veículos hermética-mente fechados e ã prova de bactériasserão entregues à Administração Nacionalde Aeronáutica e Espaço, em abril pró-ximo.

Mais dois satélitesdeverão ser lançados

As autoridades espaciais aiorte-ame-ricanas planejam lançar, noi próxima se-mana, dois satélites de comunicação. Oprimeiro servirá para expandir os serviçoscomerciais e o segundo ligará as unidadestáticas militares na terra, ar e mar.

Amibos os satélites serão disparados auma órbita de 45 quilômetros e suas ve-locidades serão ajustadas com a da rota-ção terrestre, o que provocará a ilusão deque estão estacionados no espaço.

O satélite comercial, de 160 quilos .depeso, é idêntico ao que foi lançado sobreo oceano Atlântico em dezembro passadopela Comsat Corporation, empresa quecongrega 62 países-membros; entre osquais o Brasil. O novo satélite será lan-çado quarta-feira próxima à noite parauma órbita estacionaria sobre o oceanoPacífico.

O lançamento faz parte da série de-signada como Intelsat-III e foi projetadopara aumentar as transmissões radiofõ-nicas, de televisão e telefônicas. Cada sa-télite da série Litelsat-Hl é capaz de ope-rar 1 200 conversações telefônicas aomesmo tempo ou de servir de estaçãorepetidora para quatro canais de tele-visão.

O primeiro satélite da série Intelsat-III entrou em operações sobre o Atlân-tico em dezembro último e contribuiuenormemente para expandir as comumi-

cações entre as Américas, Europa eÁfrica.

O próximo Intelsat-Iíl, a ser lançadona quarta-feira vindoura, deverá triplicara capacidade de comunicação dos dois pe-rquenos satélites comerciais já em opera-ção sobre o oceano Pacifico.

O terceiro satélite da série será dis-parado em maio deste ano e orbitará só-bre o oceano Índico. Sua missão é me-lhorar as comunicações comerciais dospaíses asiáticos.

A Comsat Comporatlon paga à Agên-cia Esoacial norte-americana a quantiade 5 milhões de dólares (NCr$ 20 milhões)para que seus satélites Intelsat sejam co-locados em órbita através dos foguetesDelta.

O foguete Delta colocará o Intelsat-III preliminarmente numa órbita elítica,depois o próprio satélite usará seus pro-pulsores a fim de se fixar em órbita, doisou três dias após o lançamento.

COMUNICAÇÕES MILITARES

Na sexta-feira da semana que vem, .Departamento de Defesa dos Estados Uni-dos colocará em órbita o mais potentesatélite de comunicações radiofônicas ja-mais construído. O novo artefato pesa 800quilos e servirá para ligar unidades mi-litares sediadas em pontos remotos dáTerra com seus quartéis-generais.

O satélite militar, medindo com suasantenas um prédio de dois andares, serálançado por um poderoso foguete Titan-3C. Construído pela Hughes Aircraft Cor-poration, o novo artefato de comunicaçõestáticas fornecerá 10 mil canais de conver-sação, nos dois sentidos. _^^^

Com suas enormes antenas em espi-ral, o satélite será capaz de transmitirsinais de rádio aos pequenos receptoresoperados por uma pessoa. Capacitará a,pequenas unidades militares no campo debatalha que se comuniquem, através dosatélite, com os postos de comando a mi-lhares de quilômetros de distância.

As autoridades militares planejam ex-perimentar o novo satélite tentando re-ceber mensagem em terminais instalados*em jipes, aviões de combate e navios. ODepartamento de Defesa já possui, emoperação, uma rede mundial de 22 pe-quenos satélites que pesam, cada um, 50quilos. Mas sua capacidade é limitada e:seus sinais só podem ser recebidos porgrandes receptores espalhados por todo o<mundo.

MOMENTO DA ARRANCADA %__io.o,_ up. AS MÁQUINAS ESPACIAIS _ |^j

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•m^^W<mm^M,S^«W&^^i;xi^trtlías^t^mmi~mn<\—••••,— ,i ¦v.v.......^...v..^.»^^~~~—-^—^——Este é o momento da arrancada do foguete Saturno com a Apolo-9 para o vôo de dez dias A ANAE divulgou ontem este desenho da Apolo-9 com o módulo lunar que será testado hoje

Mariner-6 segue para Marte John Noble Wilfordlio Neiv Yorlc Times

Cabo Kennedy, Flórida — O Mari-ncr-6 partiu segunda-feira numa via-gem de 364 milhões de quilômetros emdireção a Marte, abrindo um progra-ma de cinco anos destinado a deter-minar se existe alguma forma de vi-da naquele planeta, conhecido porseus desertos avermelhados, picos ge-lados, suas nuvens de pó e seus ca-nais.

Sem tripulação, o Mariner foi lan-çado às 8h29m por um foguete Atlas-Centauro. Com 425 quilos, a nave levaduas câmaras de televisão c instru-mentos de percepção a longa distân-cia. A partida se deu 15 minutos apósa hora marcada, pois os técnicos sus-peitaram um defeito no sistema quedirige o foguete, mas logo descobri-ram apenas uma sinalização defeituo-sa no equipamento destinado a exa-minar o solo.

EM DIREÇÃO AO ALVO

Durante os primeiros quinze mi-nulos o Mariner — cuja forma lem-bra um moinho de vento — se separoudo foguete e cortou o espaço numavelocidade de 413 453 quilômetros porhora.

Segundo as primeiras informa-ções, a-nave se encontrava "em díre-ção ao alvo", enquanto o^planêta Mar-te ainda estava a mais de 330 milhõesde quilômetros. O programa espacialprevê que o Mariner-6 passará pelazona equatorial de Marte em 31 dejulho, quando tirará fotografias dcuma altitude aproximada de 3 milquilômetros.

Uma nave espacial idêntica, aMariner-7. será lançada tio dia 24 demarço e passará por Marte cm 5 deagosto, quando fotografará a regiãopolar ao sul do planeta.

Nenhuma das duas naves Marinerla/içadas esse ano — a um custo apro-ximado de 148 milhões de dólares —•podará dizer se há vida em Marte,mai Ias determinarão se o planetatem condições ambientais para algumtipo de vida.

MAR1NER-4, O PRIMEIRO APASSAR POR MARTE

Em 1965, o Mariner-4 passou a 10mil quilômetros de Marte, tirando 21fotografias em preto e branco de umpor cento de sua superfície. Estasmostraram um solo mais liso e uma

paisagem menos acidentada que a daLua e crateras semelhantes às luna-res, variando de 3 a 170 mil milhasde diâmetro.

Na União Soviética várias lenta-Uvas para uma aproximação de Mar-te foram feitas, mas até hoje ne-nhuma foi bem sucedida. Atualmenteos russos têm duas naves se dirigin-do a Vênus, provavelmente com o ob-jetivo de colocar instrumentos cien-tificos em sua superfície nublada.

Segundo o diretor do programalunar e planetário, Donald P. Heartj,os russos podem estar planejandovôos para Marte, "já que durante osúltitnos oito ou nove r~ws só perde-ram uma oportunidade de fazê-lo."

NOVAS FOTOGRAFIAS

A oportunidade melhor de umvôo Terra—Marte aparece a cada 25ou 26 meses, quando os dois planetasficam mais próximos um do outrodentro de sua órbita solar. Em julho,quando o Mariner passar pela regiãoequatorial de Marte, esta estará a 96milhões de quilômetros da Terra.

As câmaras dos Mariners tirarãoum número de fotografias 10 vezes

maior que as do Mariner-4, além defotografar cerca de 20 por cento dasuperfície de Marte e, talvez, objetosde até 270 metros de largura.

O Mariner-6 começará a tirar fo-tografias em preto e branco dos mini-mos detalhes rLe lodo o planeta, ain-da dois dias antes de alcançar Marte.Convertidas em sinais elétricos, elasserão enviadas às estações dc rastrea-mento da Terra após o Mariner passarpor Marte.

O diretor do Projeto Mariner, Har-ris M. Schurmeicr,, disse que os filtrosvermelhos, verdes e azuis usados nascâmaras deverão mostrar todos os de-talhes da superfície de Marte, "nosajudando a resolver o problema doscanais."

Os chamados canais de Marte fo-ram observados pela primeira vez porastrônomos do século XIX, que osucharam parecidos com linhas retas,longas e escuras. Sua semelhança comestradas fazia crer, inclusive, que hou-vesse fida inteligente em Marte.

Os cientistas modernos nem sem-pre crêem na existência desse tipode vida em Marte, mas suspeitam que,entre todos os planetas do sistema so-lar, êle é o que mais parece ter algu-

via forma de vida. mesmo que essase resuma a uma esparsa vegetação.

Como evidência de vegetação,muitos apontam uma vaga anual deescurecimento que se dirige dos pólosao equador em intervalos regulares nametade do ano.

OS INSTRUMENTOS

Os instrumentos de percepção doMariner-6 — situados na base octo-gonal, junto com as câmaras — fo-ram criados para pesquisar a superfl-cie e atmosfera de Marte, em buscade indícios de vida. Assim como ascâmaras e os aparelhos de comiuii-cação, eles serão movidos a eletricl-dade. convertida da lúz solar pelosquatro painéis que dão à nave suaaparência de moinho de vento.

Um dos instrumentos é utn espec-trómetro infravermelho cujos teles-cópios vão captar as radiações eml-tidas e refletidas por Marte. A ra-diação será filtrada em duas partes— «mo para mostrar a quantidade debíóxido de carbono na atmosfera, e aoutra para detectar qualquer evapo-ração de água. metano e outrosgases.

Acredita-se que o biôxido de car-bono é o principal componente daatmosfera de Marte, cuja espessura ca mesma da Terra, numa altitude de33 789 metros.

Um espectrômetro ultravioletacaptará c separará as radiações, a fimde identificar os gases da atmosferasuperior e medir sua densidade e tem-peratura. Um terceiro instrumento, ,oradiòmetro infravermelho, medirá atemperatura da superfície.

ÁGUA, SINAL DE VIDA

A experiência do Mariner podeajudar os cientistas a determinar seos picos gelados c as margens bran-cas em volta das crateras são águagelada ou bióxido de carbono enrege-lado. Caso a temperatura seja inferiora 253 graus Farcnheit abaixo de zeroé provável que os picos sejam cotn-postos principalmente de bióxidos decarbono.

Qualquer sinal de água ou vapoidc água aumentará os indícios dbque há vida cm Marte. O Projeto Ma-riner é dirigido pelo Laboratório dtPropulsão a Jato, em Pasadena, Ca-lifórnia.

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Jornal cio Brasil; gúárta-felía, 5-3-60, l.° Cad. — 9..

Comunistas ACESS0 Ã bérlimusam tanquesno Vietname

VIA FECHADA Ft.diofoto-UPI

Saigon (AFP-UPI-JB) —Forças comunistas utilizaramontem, pela segunda vez desdeo início da guerra no Vietnã-me, tanques no ataque a umaposição avançada do Exércitosul-vietnamita situada a deaquilômetros da fronteira como Camboja.

A cinco quilômetros de Sal-gon guerrilheiros vietcongs tra-varam combate com unidadessul-vietnamltas, em sua maiorpenetração rumo à capital, nodécimo dia de sua quarta ofen-siva de inverno.ATIVIDADESInformantes militares em Sai-

gon disseram que a aviaçãonorte-americana destruiu doisdos dez tanques que os comu-nistas utilizavam em um ata-que a uma posição sul-vietna-mita perto da fronteira com oCamboja.

A Quarta Divisão de Infan-taria também ajudou a repe-lir o ataque comunista. Oficiaisnorte-americanos disseram queos PT-76 anfíbios, de fabrica-ção soviética, são do mesmotipo daqueles usados no cercoao acampamento das ForçasEspeciais de Lang Vei, próxl-mo de Kiie Sanh, no dia 7de fevereiro de 1968. Lang Velfoi dominado pelos norte-viet-namitas.

Grupos de guerrilheiros dis-pararam morteiros contra aponte de Newport, a cinco qui-lómetros do centro de Saigon,e lutaram com tropas sul-viet-namitas em outra ponte situa-da a 12 quilômetros da capi-tal sul-vietnamita. Fontes sul-vietnamitas disseram que oobjetivo dos guerrilheiros eradestruir as pontes que ligamSaigon à bases militares, masnão conseguiram seu intento.

Enquanto isso, os bombardei-ros B-25 lançavam 500 tonela-das de explosivos sobre os arre-dores de Saigon, tentando dis-persar 40 mil guerrilheiros, su-postamente acantonados nessaregião para um ataque à ca-pitai.

Na primeira semana da ofen-siva comunistas, segundo cifrasgovernamentais do Vietnamedd Sul, morreram 249 civis, 660ficaram feridos e 185 pessoasforam seqüestradas.

França eHolanda emdesacordo

Bruxelas (UPI-JB1 — Snr-giu ontem uma divergênciaentre a Hcteinda e a Françano Conselho de Ministros doMercado Comum Europeu, arespeito de uma proposta dorepresentenite holaiiidê_ no sen-Tido de o MCE iniciar imedia-tomente negociações para aampliação do intercâmbio co-mercial com Israel.

A França pronunciou-se con-trãi-iamente à proposta da Ho-landa, que em resposta, pro-meteu não assinar cs do-ciumentas parai o estabeleci-mento de laços comerciais en-tre o MCE, a Tunísia e o Mar-roços. A assinatura desses do-aumentos está. marcada parao.5 próximos dias 30 e 1 deabril

. Os observadores, no entanto,consideram que essa divergòn-cia é de relativa importânciae possivelmente terá sido solu-cionada amte_ do fim do mês.

Durante a reunião do Con-selho de Mínistris do MCE foilido um relatório Brnepanadopelos representantes perma-nentes sobre os problemas téc-uicos que nascem quando setenta estabelecer convênios co-nierciais com outros países eu-rppeus.

Greve páraô PaquistãoOriental

Dacca (AFP-UPI-JB) — OPaquistão OrieniiaJ enoontra-va-se ontem paralisado poruma greve geral decretada pororganizações esquerdistas, queadvertiram ao Governo que oenvio de tropas militares"agravada a situação."

Todas as repartições públicasas escolas, os estabelecimentoscomerciais e os meios de trans-porto de Dacoa não funciona-ram, ao mesmo tempo que oPresidente Ayub Khan se es-forçava em Karaehi, capital doPaquisitão Ocidental, para che-gar a um acordo com a opo-siição.CRISE

Informações de Karachl dl-zem que o Exército deixou aAyub lãiaai a tarefa de resol-ver sozinho a crise que abalao pais, por considerá-la de na-Uireaa esssencialmente políti-ca. Os observadores acreditamque se o Presidente decidiu seafastar do poder no final doseu período governamental, nocomeço do próximo ano, é por-que já não tem o apoio dosmil j ares.

Dos oficiais que desempenha-ram papel importante na suaascensão ao poder em 1958, ouse retiraram das decisões dopaís ou passaram para a opo-sição. O tenente-general Bur-kl vive em Lahore afastadoda poiitica; o tenente-generalSheik é diretor de planifica-ção du cidade de Islamabad.o General Azam faz campanhacontra o regime e o ex-chefede Estado-Maior, General Ha-bidulla, também se afastou deAyub Khan.

Setjundo os observadores oExército está mais preocupadoem manter a unidade do paísde que lurar pela permanênciade Ayub Khan. Nes últimostempos surgiu acentuado dese-jo

""separatista no Paqui-tãoOriental, em virtude da políti-ca de Ayub Khan de favorecermais a parte ocidental do país.

ALEMANHAORIENTAL

Três corredores aéreos levam ao setor oeste Dois guardas da fronteira bloqueiam o posto de Marienborn

Caças russos seguem C-118 dos EUAque levou Georg' Kiesinger a Berlim

Berlim (AFP-UPI-JBi — Dois Mig soviéticos segui-ram — sem molestar — o avião militar norte-americanoque transportou para Berlim Ocidental o ChancelerKurt-Georg Kiesinger, acompanhando-o, de uma dis-tância de mil metros, enquanto sobrevoou território daAlemanha Oriental. Kiesinger assiste, hoje, às eleiçõespresidenciais.

Os Estados Unidos decidiram transportar o Chan-celer num C-118 de sua Força Aérea apesar da adver-téncia soviética de tomar medidas contra esses vôos. Osaviões alemães, segundo o acordo firmado pelos QuatroGrandes, não têm o direito de usar o corredor aéreo, fi-cando os membros do colégio eleitoral obrigados a uti-lizár a linha comercial.

ELEIÇÕES

O incidente foi o único ocorrido ontem, no corredoraéreo de 32 quilômetros de largura sobre a AlemanhaOriental. Os aliados, usando a ponte, conduziram mui-tos dos 1 036 delegados que devem participar da reuniãode hoje do colégio eleitoral.

A maioria dos parlamentares já se encontra emBerlim Ocidental, onde a população, temendo um blo-queio prolongado, começa a acumular provisões e abas-tecimentos.

A reunião da Assembléia Federal se fará no Salãoda Prússia Oriental, no Palácio de Exposições. Os doiscandidatos são o Ministro da Defesa, Gerhard Schroeder,cio Partido Democrata Cristão, e o Ministro da Justiça,Gustav Heinemann, do Partido Social Democrata.

O primeiro tem assegurados 482 votos e o segundo,449. Nenhum dos dois, porém, reúne os 519 votos neces-sários para vencer, razão pela qual deverão tentar umapequena coalizão com os liberais, que contam com 83eleitores.

MANIFESTAÇÕES

Organizada pelo Partido Socialista Unificado, deBerlim Ocidental, unia manifestação de 400 pessoasprotestou ontem á noite contra a eleição presidencial.

Apesar da proibição da policia, os manifestantes s_reuniram no centro da cidade, diante do hotelonde se hospeda a maioria dos deputados da Assem-bléia Federal.

Filas de policiais custodiavam a entrada do hotel,enquanto, nas ruas, os manifestantes distribuíam folhe-tos comunistas. Houve choques,' sem maior importância,e 14 jovens foram detidos. O tráfego ficou impedido e amanifestação prosseguiu por horas, os jovens gritandoSS e fazendo a saudação hitlcrista.

Manobras bloquearama rodovia principal

Berlim (AFP-UPI-JBt — Pela primeira vez desde ocomeço da nova crise em Berlim, a rodovia Helmstedt—Berlim foi fechada ao tráfego em seus dois extremos, sósendo reaberta duas horas depois. Também foi bloquea-do, duas vezes ontem, o posto fronteiriço de Drewitz.

Na ponte aérea, à exceção do pequeno incidenteocorrido com o avião que transportava Kiesinger a Ber-lim Ocidental, as companhias francesas, norte-america-nas e inglesas que operam a linha asseguraram a norma-lidade dos vôos.

MANOBRAS

Soldados da Alemanha Oriental interromperam in-teiramente o tráfego pela via Helmstedt—Berlim U75quilômetros) das 16 às 18 horas (hora local), alegandoum oficial soviético a necessidade de facilitar o deslo-camento das tropas em manobras na região.

Barreiras foram erguidas nos postos de Drewitz eDreilinden, pelo lado de Behdvvin e Marienborn—Helms-tedt, na linha da fronteira. Veículos com sentinelas ar-madas montavam guarda. Essa mesma via já fora fe-chada temporariamente, por duas horas, tanto no sá-bado como no domingo.

Mesmo antes de fechada a* principal estrada, eraenorme o congestionamento, devido à passagem de tan-quês e soldados soviéticos e alemães. As manobras, àsvésperas das eleições presidenciais, foram programadaspara entravar as comunicações com a ex-capital alemã,em represália à reunião do colégio eleitoral.

ACESSO AÉREO

Os três corredores aéreos são a via que garante oacesso a Berlim Ocidental, quando todos os Gemais sis-temas estão bloqueados. A ponte aérea é operada poraviões comerciais de empresas americanas, inglesas efrancesas e agora, pela primeira vez, a União Soviéticalança uma advertência mais séria, ao se recusar a ga-rantir a segurança desses vôos, isentando-se de qualquerresponsabilidade por possíveis incidentes.

Em 1945, quando o Bundestag se reuniu em BerlimOcidental, os aviões das companhias comerciais e dasForças Aéreas dos três aliados foram moderadamente"molestados." Nesse ano usou-se a ponte aérea pela pri-meira vez, para fugir ao bloqueio terrestre.

Em 1948, durante os 11 meses do bloqueio decretadopelos soviéticos a Berlim Ocidental, a cidade se mante-ve devido aos corredores aéreos. Em abril de 1949, ossoviéticos fizeram uma tentativa de interferir na ponteaérea, enviando alguns caças em manobras não anun-ciadas através dos corredores. Mas acabaram por aban-donar a tentativa.

Em abril de 1953, mais precisamente no dia 29. umavião comercial francês sofreu disparos de um caça so-

.viético e dois passageiros ficaram feridos. O incidenteacabou ai.

Os corredores aéreos na direção oeste-noroeste, paraHamburgo, oeste de Hanover e sudoeste de Francforte.

VISITA DE INSPEÇÃO lUdiofoto-UFI

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O Presidente do Bundestag, von Hassel, esteve na sala de reuniões

B01111 não aceita os salvo-condutosBerlim (AFP-JB) — A Repú-

blica Federr.l da Alemanhavoltou a rejeitar ontem a pro-posta da Alemanha Orientalde negociar salvo-cor.dutos detrânsito em troca da transfe-rèncla das eleições.

Uma última reunião foi rea-lizada a tarde, entre represen-tantes des dois governos, masum porta-voz de Bonn decla-rou que a proposta de Pankownão constituía base para nego-ciações.

ENCONTRO

Quando já quase a totallda-de dos 1 036 deputados chega-

m a Berlim Oeste, bem comoo Chanceler Kiesinger e de-mais ministros, o representan-te da República DemocráticaAlemã, Michael Kohlo, pediaa seu colega, Horst Grabert,uma entrevista pessoal e ur-gente.

Manteve, no entanto, a ofer-ia já recusada: salvo-condutospara os berünenses ocidentaisna Semana Santa, em troca daanulação das eleições presiden-ciais de hoje em Berlim Oci-dentai.

Segundo os observadores, foimais uma manobra da Alemã-nha Oriental para desorgani-zar o mecanismo das eleições e

semear a discórdia entre as dl-versas tendências. Com efeito,a maioria da população de Ber-lim Ocidental não desejava aseleições, temendo um novo blo-queio comunista, de consequên-cias desastrosas para sua eco-nomla.

A entrevista entre Kohlo tGrnbert foi pessoal e durojuma hora. Não há qualquer co-municado oficial a respeito.

Segunda-feira, o secretário-geral do PC da Alemanha Ori-ental. Walter Ulbricht, adver-tiu novamente o Ocidente queestá disposto a dificultar oacesso a Berlim Ocidental.

Fraga teniè agravamento da criseLauro Kübèlik

Correspondente tio JlíO Governo tclieco-cslovaco

manifestou, ontem, püblicamen-te. suu preocupação com a crisede Berlim, alinhando-sc à tesesoviética de que as eleiçõesununciadas para hoje consti-tucm uma violação ao estatutoda cidade e uma grave ameaçaà paz internacional.

A posição tcheco-cslovaca.neste caso, ê sincera e não de-ve ser considerada como umaimposição dos ocupantes. Ostcheco-eslovacos, ainda que so-fram hoje as conseqüências dapolítica do Kremlin, continuamacreditando que a ameaçamaior à sua existência nacio-nal parte de seu inimigo de sé-culos: a Alemanha.

Por outro lado, o fato de queo Governo germano ocidentaltenha proibido as manifesta-ções judias contra a presençade deputados jlo partido na-cional-dr.mocrata Ineonazista),em Berlim Ocidental, con-tribuiu para reforçar a unidadepartidária dos tcheco-eslovacosna questão dessas horas graves.

O Governo tcheco-eslovacomantém-se atento aos aconte-cimentos e. segundo rumoresnão confirmados, o Estado-

Maior do Exercito se encontrareunido. Informações confi-denciais, procedentes dos paísesvizinhos, revelam que idênticaprovidência foi tomada em Var-sóvia. Budapeste, Sofia e Bu-careste. '

Os tcheco-eslovacos, passadaa angústia de aaósto. acredi-tam na possibilidade de reto-mar o curso de janeiro, anulaque tenham de vencer algu-mas dificuldades 7ios mesespróximos. "A ocupação sòvié-ti'-a nos foi dolorosa'' — con-jidenciou a este correspondeu-te um dos lideres do precessode democratização. "Mas aocuparão nazista" — comple-tou — "foi um longo pesaae-Io. Com os soviéticos podemosdialogar e convencê-los, maiscedo ou mais tarde, com aspalavras. Dos nazistas só nossalvaram os esforços conjun-tos dos aliados."

Os meies responsáveis dePraga estavam atentos e su-d amenie preocupados, aguar-dando a entrevista de Nixon.Os tchica-eslnvacos sabem que.como aconteceu em 1620, em1757. em 1914 e em 1939, oscontendores em uma guerra

geral na Europa têm um alvoprioritário: a Boêmia.

Apesar disse, os meios dl-plomôticos cm Praga acredi-tam qve os soviéticos não searriscarão a uma guerra porBerlim. A hipótese mais pro-vável e a de que, passada acrise, os soviéticos e os ale-mães orientais concertarão me-didas para tornar mais dificilainda a vida em Berlim Oci-dental. Como se sabe, variesserviços públicos de BerlimOcidental funcionam graças àAlemanha Democrática, entreélcs, abastecimento de ãgua,evasão de esgotos etc.

Dessa forma, não será difi-cil aos dirigentes da RDA criardificuldades aos habitantes deBerlim em represália pelaseleições de hoje.

O certo é que a noite deontem foi de tensão. E de ten-süo se não mais espetacular,mais aguda, nos centros demaior responsabilidade da vi-aa tchcco-eslovaca.

Batista Pinheiro \crê no êxito da 1missão Rockefeller

O ex-Embaixador do Brasil, na Associação Latino-Ame- jjricana de Livre Comércio (ALALC), João Batista Pinheiro,afirmou ontem no Galeão, ao chegar de Montevidéu, que acre-

'dita no êxito da viagem de Nelson Rockefeller à América La- /tina, porque "não existe clima de antagonismo, ou qualquertipo de rivalidade dos países latino-americanos, com relação 'aos Estados Unidos." t

No Rio, coordenará os trabalhos da Comissão Interminis- -terial criada pelo Presidente da República para tentar estabe- ilecer em Santiago do Chile, nos primeiros dias de abril, umapolítica comum latino-americana a ser seguida durante aviagem de Rockefeller.

UNIDADE •**

Os observadores atribuem grande importância à missãode Rockefeller, pois será de acordo com os seus resultados éque o Presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, formu-lará sua política com relação à América Latina.

O ex-Embaixador João Batista Pinheiro disse que nareunião de Santiago serão consultados os países latinorame-ricanos para se tentar uma unificação de pensamentos e dessaforma "começar o diálogo do novo Presidente", recolocandoo problema da cooperação interamericana "em bases maisconstrutivas e harmônicas."

Confirmou que atualmente são feitas sondagens para umadiamento da reunião de Santiago para a primeira semana demaio, tendo em vista a complexidade dos problemas a seremdiscutidos. A reunião está prevista para o período de 1.° a 9de abril.

Washington aprovaa atitude do Peru

Washington (UPI-JB) — Funcionários do Departamentode Estado norte-americano receberam com satisfação a noti-cia de que o Governo peruano aceita a mediação da Argentinanas divergências entre os dois países sobre a expropriaçãodos bens da International Petroleum Company (IPC), filial daStandard Oil de Nova Jersey.

"Tudo que contribua para ajustar amigavelmente estasituação é, certamente, aceitável para nós. Acolhemos comsatisfação qualquer passo nessa direção", afirmou um fun-cionário do Departamento de Estado.

AJUDA

Acrescentou o funcionário que a Secretaria de Estadoainda não sabia com certeza se a Argentina agiria como me-diadora ou simplesmente procuraria reunir representantes dosEstados Unidos e do Peru para que negociassem. Observoutambém que a próxima medida norte-americana sobre o casoserá decidida "no máximo nível", ou seja: pelo Secretário de 'Estado, William Rogers, ou pelo próprio Presidente RichardNixon.

A revista U. S. News and World Report afirmou que o,Presidente do Peru, General Juan Velasco Alvarado, "estáurgindo ao Sr. Nixon que encontre a maneira de evitar a apli-cação de suspensão da assistência" econômica, sob a chamadaemenda Hickenloopev.

A menos que o Peru concorde em entabular conversaçõesdestinadas a uma justa compensação, antes do dia 9 de atbrilpróximo, seis meses depois da expropriação, Nixon deve sus-pender toda ajuda econômica do regime de Lima e fechar aquota açucareira peruana no mercado dos EUA, de acordocom o que estabelece aquela emenda.

Em Moscou, Izvestia, Jornal ido_Gnv£rno,-da União Sovié--tica,~afirmou qiTe""ã reação dos países latino-americanos pela

decisão do Governo peruano de nacionalizar a IPC é comoas ondas duma pedra lançada na água. A única diferença éque as ondas continuam se propagando com crescente im-pulso."

O que se eseonde porIrás do easo Soames

Roborl Dérvel EvansCorrespondente do Jlí

Londres — Agora i/ue o clamor inicial está-sc reduzindo,os britânicos estão tendo segundos pensamentos a respeito daspropostus de De Gaulle a respeito do futuro da Europa com aGrã-BretanliA como membro. O Presidente Nixon veio c sefoi, c com sua partida os temores de uma bomba de retarda-mento degaullista desapareceram. Enquanto a suspeita de queela era uma conspiração para colocar a Grã-Bretanha numaposição errada perante seus aliados da OTAN ainda se arrastaem certos círculos oficiais, o sentimento no Parlamento é queo Primeiro-Ministro, talvez sob a influência do Ministério deExterior, reagiu com exagero; a opinião que prevalece nos cír-culos governamentais agora é que medidas deveriam ser lo-madus tão de.pressu< quanto possível para fazer cicatrizar arutura nas relações anglo-fruncesas.

ÁREA DE ACORDO

Na sua declaração á Câmara dos Comuns, Michael Stc-wart, o Secretário do Exterior, definiu a possivel área deacordo nas propostas feitas pelo Presidente De Gaulle aChristopher Soames, Embaixador britânico em Paris, a 4 defevereiro. Embora achando inaceitáveis as idéias do Generalà respeito de uma Europa independente sem a OTAN, ele nãomanifestou objeção em principio à sua idéia de converter aatual Comunidade dos Seis numa mais ampla área de co-mercio livre com um conselho de quatro nações composto pelaFranca, Alemanha, Itália e Grã-Bretanha. Reafirmou que aGrã-Bretanlia deseja ser membro, mas que "se o Governofrancês acredita que há uma melhor maneira de realizar aunidade européia, ela terá de convencer não somente a nósmas aos outros países interessados." Aõrescentou no decorrerdo debate que estava fazendo uma "distinção muito definitivapara com. as idéias do Presidente De Gaulle a respeito daOTAN e nossa atitude para com suas outras propostas." "

A Grã-Bretanha sempre foi favorável a uma comunidadeeconômica mais ampla do que a contemplada no Tratado deRoma, mas isto parece ter sido desprezado nos últimos anosnão somente pelos próprios britânicos mas também por seuspartidários na Europa que desejam seu ingresso no MercadoComum. Agora, o General parece estar se aproximando daposição da Grã-Bretanha c de seus associados europeus.

I

INCERTEZAS

Resta ver se o Presidente De Gaulle vi as duas principaispropostas que éle fêz ao Sr- Soames como indissolüvelmcnlcvinculadas. Serã que éle está preparado para deixar a Grã-Bretanha entrar nu Europa em troca do apoio britânico à re-forma da OTAN, eliminando-a no que. diz respeito à sua es-trutura atual?

Há um perigo de que os britânicos possum chegar à con-clusão de que De Gaulle os deixará prosseguir em suas pró-prias condições. Sua posição tática é forte. Têm o apoio dosEstados Unidos e o patrocínio da União da Europa Ocidental(excluída a França). Mas não seria realistico presumir queisto influenoiarà De Gaulle. Uma outra dificuldade é a in-sistència da Grã-Bretanha cm conservar seus aliados e par-tidúrios informados de todas as etapas de quaisquer discussõesjuluras entre ela c a França. Essas conversações bilateraispara clarificar quaisquer divergêncas anglo-franccsas (que seestendem além da Europa) são uma preliminar necessária anegociações mais amplas a respeito da união européia paraincluir os britânicos. Melhores progressos são prováveis entreDe Gaulle e o Embaixador britânico se. as conversações pude-rem ser renovadas na mesma base bilateral c em segredo. Emoutras palavras, os outros países interessados teriam de mos-trar mais confiança na boa-fé da Grã-Bretanha e da Franratio que tem sido evidente da parte de qualquer pais envolvidona recente querela anglo-francesa.

RESPOSTA BRITÂNICA

A iniaiativa com respeito ao próximo passo está com aGrã-Bretanha. O Ministério do Exterior não deu ainda qual-quer resposta oficial ás propostas de De Gaulle ao Sr. Soames.Algum tempo pode passar antes que isto possa ocorrer. Ê con-tra estes antecedentes que há uma viva expectativa em Lon-ares de que algum indicio concernente ao próximo passo possase seguir á visita do Presidente Nixon a Paris. Êle renuncioua qualquer intenção de interferir nos negócios dos dois paísesinteressados, mas se éle puder pôr a bola em movimento denovo depois dos infelizes acontecimentos recentes, sua visita ãEuropa terá valido a pena.

As revelações a respeito do caso De Gaulle-Soames foramdesastradas, mas se o resultado afastar as suspeitas britânicasc amaciar a intransigência francesa alguma coisa de bom po-tieria vir delas. Um bom sinal é a compreensão de que umacondição prévia necessária para a efetiva unidade européia cuma outra Entsnte Cordiale entre a Grã-Bretanha e a França

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10 — 1.° Cad., Jornal do Brasil, quarta-feira, 5-3-69 SEGUNDO CLICHÊ

Informe JB FIEL A UM IDEAL

Conselho de Segurança

Foi marcada para o dia 13 de mar-ço a próxima reunião do Conselho deSegurança Nacional, que será realizadano Palácio das Laranjeiras. Em pauta no-vos processos de cassação e suspensãode direitos políticos.

O Presidente e a Prefeitura

Vamos pôr ponto final em todas asespeculações que se levantam em tôr-no do sucessor do Brigadeiro Faria Li-ma na Prefeitura de São Paulo. Muitacoisa tem sido dita sobre a posição doPresidente Costa e Silva em relação àescolha do futuro prefeito de São Paulo.A esse respeito, o Presidente tem fei-to questão de afirmar e reafirmar quea escolha do prefeito, quando terminaro mandato do Brigadeiro Faria Lima,é um problema da competência exclusi-va do Governador Abreu Sodré.

Leite agora é refrigerante

Na inauguração da estação de Ita-borai, o Governador do Estado, Jere-mias Fontes, contava para um grupode técnicos americanos que já iniciou aconstrução, ali nas imediações daquelecentro de comunicações, de uma moder-na usina que vai beneficiar 200 mil li-tros diários de leite. Mas a grande no-vidade não é esta: a usina está em con-dições de produzir leite com diversos sa-bores de frutas. Com sabor de groselha,morango, cereja, dependendo do gostoe paladar do freguês. Este leite comsabor de frutas será vendido em todo opaís como refrigerante, em garrafinhas.A exploração comercial será confiadaa cooperativas de leite do Estado do Eio.O equipamento necessário à usina foiencomendado na Dinamarca.

Ao ouvir essas notícias os técnicosnorte-americanos observaram que essarevolução no mercado do leite ainda nãochegara aos Estados Unidos. Comenta-rios do Governador:

— É, meus filhos: morrendo eaprendendo.

Café solúvel

Não houve solução conciliatória naJunta de Arbitragem da Organização In-ternacional do Café, que se reuniu emLondres para examinar as divergên-cias entre brasileiros e americanos quan-to ao problema do café solúvel. O queexiste de verdade é o seguinte: a qual-quer momento o Itamarati deverá re-ceber relatório enviado pela nossa Em-baixada em Londres, no qual a Juntade Arbitragem propõe ao Brasil que anossa posição seja revista no caso dosolúvel, ou, em outras palavras, que onosso país taxe o café solúvel.

O trator e o cristal

A vida no município baiano de Sea-bra, na serra das Mangabeiras, mudoutotalmente a partir do instante em queum trator, empregado nas obras deconstrução da rodovia Salvador—Brasí-lia, BR-242, enfiando a sua pá na ter-ra, fêz aflorar um imenso cristal derocha.

A descoberta imediatamente se es-palhou e, em pouco tempo, constatou-sea existência de uma rica mina de cris-tal de rocha estendida no trajeto da BR-242. Hoje, a região reúne centenas depessoas dedicadas à procura de cristalde rocha.

que a avicultura brasileira vem experi-mentando extraordinários níveis de crês-cimento. A conseqüência prática dissofoi que os criadores estão podendo ven-der os seus produtos a preços compatí-veis com a produção. Para que se tenhaidéia da expansão experimentada poresse setor basta dizer que somente napequenina cidade de Calvades, nas ime-diações de São Carlos, em São Paulo,e com apenas 30 mil habitantes, sãoabatidas por mês cerca de meio milhãode frangos. A avicultura marcha a passosrápidos, segundo a estimativa dos téc-nicos, para se colocar como quartoproduto, em importância, na produçãoagrícola brasileira.

A opinião dos técnicos é a de queé mais interessante para o país trans-formar milho em aves.e ovos do queexportá-lo. E como exemplo cita a Ho-landa, que vende para o Mercado Co-mum Europeu mais aves e ovos do queo Brasil exporta minério para o mundo.

De ave para ave

O vereador Luís Alves, da CâmaraMunicipal de São Luís, figura das maispopulares da cidade, onde é tratado ca-rinhosamente pelo apelido de Papagaio,foi designado, há poucu tempo, parasaudar, em nome dos demais vereadoreslocai?, o Ministro do Trabalho, durantesua visita à capital maranhense.

Esta tarefa que me foi imposta,Sr. Ministro — começou o vereador — édas mais gratas, porque vamos falar deave para ave. V. Excia. é Passarinho. Eeu sou Papagaio.

E dando mais realismo à sua pró-pria identificação, fêz uma pausa e imi-tou o pássaro:

Currupacopacopaco...Terminando sua saudação o verea-

dor Luís Alves fêz a seguinte metáfora:A afinidade ornitológica que nos

une, Sr. Ministro, leva-me a afirmar aV. Excia. que esta gaiola o recebe deasas abertas.

Leandro e a política

O Senador Leandro Maciel dava, on-tem, no Rio, para alguns políticos e jor-nalistas, a seguinte explicação para asua recente viagem a Brasília:

— Fui lá para levantar a poeira dealguns papéis.

Aves e ovos

Desde a liberalização promovida, apartir de 1966, no mercado de carne,

ÁlcalisO Governo desmente categórica-

mente que. tenha pensado, nos últimostempos, em vender a particulares a Com-panhia Nacional de Álcalis. Informamos técnicos que nem no período em quea companhia apresentava um impressio-nante déficit a medida esteve em cogi-tações.

Agora, quando a Companhia de Ál-calis fechou 1968 apresentando um sal-do de NCrS 6 milhões e bateu o recordede produção de barrilha, a sua venda,mais do que nunca, é inconcebível, noentender dos dirigentes daquela empresa.

Indústria de tecidos

De acordo com os industriais têxteis,eles nunca tiveram tanto acesso ao Go-vèrno como agora. Discutem com o Mi-nistro Delfim Neto a respeito de ajus-tamento de tarifas, de suprimento dematérias-primas, de acompanhamentode preços de maneira permanente, atra-vés do economista Álvaro Leal. Essa tal-vez seja uma das principais razões darecuperação que vem experimentando osetor. A respeito, assinala o Ministro Del-fim Neto o que afirmou Conjuntura Eco-nômica, no seu retrospecto de 1968:"A indústria têxtil assinalou 19,98% deaumento de produção. Este setor, quevem lutando há anos com problemas co-mo capacidade ociosa, obsolescência, bai-xa produtividade, etc, traduzidos inclusi-ve com queda na produção em váriosexercícios, ganhou impulso satisfatórioem 1968."

É preciso lembrar que quando ne-gociou o financiamento da ponte Rio—Niterói, em Londres, o Ministro DelfimNeto fêz questão de incluir uma quotade 18 milhões de dólares para reequipa-mento do setor têxtil. Sem esse reequi-pamento, frisa o Ministro, não entrare-mos no mercado internacional.

Lance-livre9 O Presidenta Costa e Silva contandoaos amigos que está-se deliciando com umanova leitura, todas as noites, antes de dor-mir: é um livro de crônicas do famoso hu-morista norte-americano Art Buchwald.

0 O Secretário de Turismo, Deputado Le- •vi Neves, não concorda com a sugestão dosuperintendente da Sunab, Enaldo CravoPeixoto, de transformar o Pavilhão de SãoCristóvão em supermercado de produtoshortigranjeiros. Argumenta o Secretárioque o pavilhão é o único local de que dispõeo Estado para realizar promoções turísticas.E hoje mesmo levará ao Governador Negrãode Lima a programação do Pavilhão paraeste ano, em que prevê nada menos de 30eventos, entre festivais e feiras.

9 O Ministro do Planejamento, HélioBeltrão, determinou a criação de um grupode trabalho que vai estudar a possibilidadede destinar recursos próprios e especiais pa-ra a obra social que realiza a Legião Brasi-leira de Assistência.

« O compositor Milton Nascimento levou,ontem, a Três Pontas, Minas Gerais, a suanoiva, Maria Martins, para ser apresenta-da à sua família, que ali reside. MiltonNascimento até o final do ano deverá com-pletar a trilha sonora do novo filme de RuiGuerra, que será uma co-produção franco-brasileira.

9 O presidente do Instituto dos Advoga-dos do Brasil. Thomas Leonardos, e maisos ex-presidentes Haroldo Valadão, OsvaldoResende, Oto Gil, João Oliveira Pilho eCelestino Basüio dirigiram telegrama aoMinistro da Justiça, solicitando que aquelaentidade seja ouvida em face das propa-ladas reformas da organização judiciáriafederal e demais leis. No telegrama, é ain-da ressaltado o papel que o Instituto de-sempenha no aperfeiçoamento da ordemjurídica.

9 O Senador Eurico Resende, passeandopela praia de Guarapari. chutou uma pe-dra e fraturou dois dedos do pé. Agora, es-tá andando de bengala.

O O presidente da Cohab, Vilas Boas Cor-rela, informa que acaba de fazer estudo pa-ra construção, na Rua Marquês de São Vi-cente. de um conjunto habitacional popu-lar de doze pavimentos, com elevador. Ospreços serão na mesma base daqueles esti-

pulados para o conjunto habitacional deCordovil.

9 Gláubcr Rocha assumiu ontem oompro-misso com o Museu da Imagem e do Sompara o lançamento, em LP, da trilha sono-ra do seu filme O Dragão da Maldade Con-tra o Santo Guerreiro, a qual contém can-tos e pregões do folclore baiano, recolhidoscm som dileto c nos próprios locais.

a O professor Pessoa de Morais, da Uni-versidade Federal de Pernambuco, autogra-fa no próximo dia 12, no restaurante Baia-ninha, na Avenida Atlântica, o seu livroTradição c Transformação dn Brasil, noqual estuda, do ponto-de-vista sociológico,manifestações populares com o samba, ofrevo, a magia e o messianismo.

0 O Instituto Nacional do Cinema vai fi-nanciar um filme sobre duas obras de Mon-teiro Lobato: Poço do Visconde e Narlzi-nho. Os dois filmes constituirão a primeiraexperiência no Brasil de cinema de marlo-netes.

a José Pinto Amando, novo responsávelpelos serviços alfandegários no Aeroporto doGaleão, convocou para seus auxiliares ime-diatos dois antigos e competentes funciona-rios do Ministério da Fazenda: Avelino Tei-xeira dos Reis e João José do RibamarRego.

9 O jornalista perguntou ao secretário-gorai do Ministério do Interior. HenriqueBrandão Cavalcanti, se havia muito Índioainda no Paraná. Resposta: "Uns 12 mil:indio nu nenhum; de biquíni, alguns."

a Circulando mais um número da exce-lente revista Mar, editada pelo Clube Na-vai, com colaboração interessante sobre pro-blemas de segurança naval-

a Com a inauguração da estação terrenade comunicações via satélite, da Embratel,em Itaborai, também as ligações interna-cionais com discagem direta serão feitasatravés de uma central telex, internacional,do sistema Embratel—DCT, fornecida pelaSiemens. Os assinantes telex do DCT po-derão, então, discar diretamente para o as-sinante desejado nos Estados Unidos, naAlemanha ou Itália, sem intervenção dasmesas internacionais. Com a expansão doserviço telex, futuramente a discagem dire-ta será estendida a outros paises.

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Primeira crítica

Yan Michalshi

O Avarento

Dona Miudinha quer ampliar o museu, mas não fas questão de sair ão MEC

Fraternidadeem Minasfará escolas

Belo Horizonte (Sucursal)— A Campanha da Frater-nidade, que nos últimos diasintensificou sua propagan-da nesta capital, aplicará osrecursos financeiros naconstrução de escolas pro-fissionais, em convênio coma Universidade do Trabalhode Minas Gerais (Utramig).

Informa a campanha que aprimeira escola profissionalserá instalada no parqueindustrial de Contagem, pa-ra f o r m a r mão-de-obraqualificada como resultadode um trabalho coordenadode pastoral das diversas pa-róquias locais.

FABRICA

Além da escola, os recur-sos levantados pela Campa-nha da Fraternidade serãoaplicados na construção deuma fábrica que usará a fa-rinha da Caritas para fazermacarrão, que será distri-buido a 172 115 pobres emtodo o Estado.

Amanhã, a concelebraçãoda fraternidade será na pa-roquia São João Evangelis-ta, à qual devem compare-cer tôrias as religiosas destacapital. Ainda esta semanauma caravana da fraterni-dade visitará as cidades deNova Lima, Raposos, RioAcima, Crücilàndla, Moeda,Belo Vale.

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Vila-Lóbos morreu há dez«

anos e a mulher zela porsua obra em sala do MEC

Numa sala do nono andar do Ministério da Edu-cação, a mulher de Heitor Vila-Lôbos, D. ArmindaNeves de Almeida, a Dona Mindinha, há nove anosluta diariamente para reconstruir e manter vivos omundo e a obra do compositor que morreu há dezanos, no dia de hoje.

— Um dos meus grandes sonhos é ter o MuseuVila-Lôbos como uma unidade orçamentária do MEC,o que lhe proporcionaria recursos" epessoal próprios eevitaria estar sempre pedindo "uma esmolinha peloamor de Deus." Embora isso aconteça — confessou— sempre encontrei apoio de parte dos Ministros deEducação.SALA DE TRABALHO

Dona Mindinha, que viveucora o autor de Bachianas du-rante mais de 23 anos, e foiunia de suas grandes inspira-doras, pretere ver o museu,'•tal como Vila-Lôbos queria:uma sala de trabalho."

Êle sempre declarou quese um dia fizessem um museusóbre sua vida, que não fossesolene, nem tivesse nada deprotocolai'. Ele odiava qualquertipo de protocolo. Era simplese humilde.

Contou que em Junho de1960, quando o então Ministroda Educação, Sr. Clóvls Sal-gado, quis transformar o apar-tamento onde o compositor vi-veu a maior parte de vida —na Rua Araújo Porto Alegre— em museu, ela e um cunha-do se opuseram. Disseram naocasião que se o Ministro qul-sesse alegrar Vila-Lóbos, queò instalasse no prédio do MEC.

Um das prédios que Vila-Lobos achava mais lindo emtodo o mundo era o do MEC.Quando estava no Rio passavaquase os dias inteiros traba-liiando aqui.O MUSEU

Pela falta de espaço, que éuma das grandes preocupaçõesde Dona Mindinha, a sala con-tem nas paredes e montadasem painéis, várias séries de ío-tografias do compositor, retra-tando os principais fatos desua vida artística e particular.Logo na entrada, existem duasvitrinas tipo mesa, onde estãoexpostas dezenas de objetos deuso pessoal de Vila-Lôbos. En-tre eles, há batutas, o bilhe-te de sua última viagem a No-va Iorque, titulo eleitoral, umlenço de pescoço, um violão evários manuscritos de suasobras. Dominando uma das vi-trinas, a reprodução de um deseus autógrafos mais célebres:"Considero minhas obras co-mo cartas que escrevi à pos-teridade sem esperar resposta."

Dona Mindinha, que é a ad-ministradora do museu, contacom apenas uma secretária edois funcionários para todo otrabalho. Ela começa a traba-lhar às 8 horas, almoça ali, esó deixa a sala quando os por-tas do MEC já estão fechando— depois das 18 horas.

— Nós não queremos nosmudar daqui. Mas, não hámais condições para a amplia-ção do museu nesta sala. Qua-se ninguém acredita, mas o

museu é muito mais conhecidono exterior que no Brasil. Ovolume de correspondência querecebemos de fora é Imenso.Para que a obra de Vila-Lôbospudesse ser mais divulgada, ne-cessitaríamos estar mais próxi-mos do público.

Uma de minhas idéias queainda apresentarei ao Ministroda Educação, é mudar o localdo museu, ou para o segundoandar do prédio, onde há maisespaço, ou instalá-lo na sobre-loja. Pessoalmente prefiro osegundo andar. Ali já existeuma sala com muitas coisas dePortinari. Seria bastante inte-ressante montar o Museu Vila-Lobos ao lado do de Portinari.Com a consolidação do mu-seu em unidade orçamenta-ria do Ministério, realizaríamosuma série de coisas para a pro-meção e divulgação da obra deVüa-Lóbos — explicou DonaMindinha.

Revelou que entre seus pia-nos constam a criação, dentrodo museu, de um centro per-iminente de estudos sóbre aobra do compositor. Seria des-tinado a estudantes de músicae pesquisadores. Dona Mindi-nha conseguiu reunir até agoramais de 100 manuscritos daobra do autor de Uirapuru etem uma grande coleção de fi-tas gravadas das orquestraçõesmais importantes de seus tra-balhos, além de depoimentosde amigos, críticos e persona-lidades importantes que convi-veiam com Vila-Lôbos.

Para este ano, comemorativodo décimo aniversário da mor-te do compositor, o museu pro-gramou uma série de homena-gens especiais, que serão finan-cindas em parte por uma verbaextraordinária 'sancionada peloPresidente Costa e Silva.

Hoje, às 17 horas, na aber-tura das comemorações da da-ta, será lançado, na sede domuseu, o terceiro volume dePresença de Vila-Lôbos, umacoletânea de depoimentos depersonalidades famosas queconviveram com o compositor,além de palestras e textos decritica sobre sua vida e obra.

Durante o ano, até novem-bro, serão lançados cinco dis-ces com composições de Vila-Lobos, Francisco Mignone,Cláudio Santoro e CamargoGuarnierl, O primeiro disco se-rá Mignone — Vila-Lôbos, queconterá peças do primeiro de-dicadas a Vila-Lôbos; depoissairá Santoro — Vila-Lôbos eGuarnieri — Vila-Lóbos.

Não concordo com àqueles que colocam O Aivarento entre asobras-primas ãe Molière, ao lado de Tart/ufo, O Misamíbropo e DomJuan. A peça deixa muitas vezes a impressão de que o genial co-mediógrafo não empenhou a fundo, ao escrevê-la ,a sua- inesgo-tãvel imaginação: a adaptação do texto de Plauto no qual Moliè-re se inspirou é superficial, e a trama se baseia, freqüentemente,em situações muilo convencionais, algumas das quais —como ascenas de abertura e de encerramento — totalmente insustentà-veis. Mas essas deficiências são generosamente compensadas peloextraordinário personagem central, este sim digno de figurar emplano de igualdade com as maiores figuras criadas por Molière.Ao mesmo tempo monstruoso e profundamente humano, Harpa-gão é uma caricatura quase trágica, rica em observações psicolõ-gicas extremamente lúcidas, e pintada, com tintas humorísticassurpreendentemente modernas. Seu grande monólogo após croubo do tesouro é sem sombra de dúvida um dos pontos altosdo teatro universal; e, de um modo geral, o estofo desse extraor-dinário personagem redime o autor do pouco cuidado dedicado àsoutras figuras, nenhuma das quais chega a adquirir verdadeiraconsistência humana.

Da mesma forma como Harpagão domina a peça, a presençade Procópio domina o espetáculo. È claro que o veterano atorprecisa adaptar seu trabalho às limitações da sua condição física,mas êle consegue fazê-lo com inteligência e charme. O que lhefalta em colorido de voz e em fôlego para acompanhar aquilo queseria o ritmo normal do espetáculo, sobra-lhe em malícia, co-municabiliãade cômica, domínio cênico e fabulosa mobilidade fi-sionõmica.

A direção de Henri Doublier é um modelo de falta de definiçãoe de idéias; pesada, estática, baseada em marcações meramenteconvencionais, ela não tem sequer direito à banal desculpa dorespeito ao autor: conheço pelo menos quinze diretores brasileirosque, 7iienos intimidados pelo mito de grande autor clássico, te-riam com certeza construído um espetáculo mais adaptado aosnossos interesses, e que teria transmitido ao nosso público umaimagem mais viva, atual e atuante, e em, última análise não me-nos respeitosa, do gênio de Molière.

Mas não há dúvida de que Harpagão e Procópio Ferreira va-lem uma ida ao Teatro Princesa Isabel; o sucesso estava no ar,na noite de estréia de O Avarento.

PASSO DECISIVO

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Celso saiu ão cinema amador para o profissional

Cineasta que concorreu a 2festivais JB/Mesbla faz oprimeiro filme profissional

Celso da Silva, que já participou dos dois primei-ros Festivais de Cinema Amador JORNAL DOBRASILiMcsbla, está atualmente concluindo o seuprimeiro filme profissional: um documentário de 35mm sobre a história do futebol brasileiro.

Terceiro Tempo — o título do filme — é umaespécie de continuação do curta-metragem com omesmo título que Cefso da Silva realizou com DanielChutorianscy e Ronald Dreux, para concorrer ao IIFestival de Cinema Amador.RETROSPECTIVA

— No início do filme — ex-plica Celso da Silva — fareiuma retrospectiva do nasci-mento do futebol em váriospaises, seguindo-se a sua in-trodução e evolução no Brasil.Tudo Isto será mostrado, namaior parte, através de sequén-cias de foto-Nxn. Aparece-rão também entrevistas rápi-das com técnicos, juizes e jo-

gadores, entre èlcs Garrincha,Nílton Santos e Ademir Menc-ses. A narração deverá ser fei-ta por um jogador, ainda a serescolhido.

Terceiro Tempo está com 60 ç'0das cenas já filmadas e terá aduração aproximada de 15 mi-nutos. Participam da equipeLuci Henrique de Oliveira (as-sistente de direção e pesquisa)e Ronald Dreux, responsávelpela fotografia.

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SEGUNDO CLICHÊ — Jornal do Brasil, quarta-feira, 5-3-89, 1.° Cad. — 11

Golda Meir soluciona crise ao Nixon modificará política apanhaacUc

aceitar indicação de "Premier" dos EUA na América Latina «aacusa,

uinéJerusalém, Telaviv (UPI-

x\PP-JB) — A ameaça decrise governamental que pai-rava sobre Israel foi afasta-da ontem, quando a Sra.Golda Meir aceitou virtual-mente sua Indicação para oposto de Primeiro-Ministro,ao mesmo tempo em que seuprincipal opositor, GeneralMoshé Dayan, anunciava oacatamento às decisões par-tidárias. <

O Conselho Executivo doMapai, Partido majoritário,decidiu, com 40 votos a fa-vor, nenhum contra e 7 abs-tenções, reunir a sua Comis-são Central na próxima sex-ta-feira para confirmar acandidatura de Golda Meirà presidência do Conselho deMinistros.

UNIDADE

A principal razão para aIndicação de Golda Meir, se-gundo os dirigentes do Ma-pai, foi preservar a unidadepolítica que governa Israel,

Beirute, Cairo lAFP-JB)— O General Hafez Al-As-sad, Ministro da Defesa daSíria, que chefiou o golpepara depor o PresidenteNoureddin Al-Atassi, reali-za intenso trabalho de de-puração no Exército, desti-

evitando a divisão que fa-talmente surgiria se se co-locasse a opção de escolherentre o Primeiro-Ministroem exercício, Igal Allon, e oMinistro da Defesa, Gene-ral Moshé Dayan.

Golda Meir ainda relutouum pouco em aceitar a in-dicação, em virtude de nãoter havido unanimidade navotação do Gabinete em tôr-no de seu nome. No entan-to, depois da reunião parti-daria, declarou: "Sempreaceitei no passado as deci-soes do Partido e examina-rei cuidadosamente a deci-são desta noite."

CONTATOS

O Mapai começou ontemmesmo as conversações comos demais partidos dr. coali-zão governamental em rela-ção à escolha de Golda Meir.

O primeiro contato foicom o Partido Nacionalista,acreditando os observadores

que os dirigentes dessa fac-ção tenham reivindicado aadoção, pelo próximo Go-vêrno, de uma política maisdura quanto aos territóriosocupados. O Partido Nacio-nalista considera esses ter-ritórios como liberados eparte integrante do "Gran-de Israel."

Em seguida foram cônsul-tados o Partido NacionalReligioso e o Partido Orto-dóxo Operário, que formula-ram, com base em argumen-tos teológicos, reservas só-bre a indicação de uma mu-lher para dirigir o Estadojudaico. Essas restrições,porém, serão superadas, naopinião dos especialistas.

FESTEJOS

A superação da crise per-mitiu aos israelenses come-morarem o antigo festivaldo Furim, no qual se home-nageia a Rainha Ester queajudou a salvar milhares dejudeus da perseguição per-

Síria faz expurgos no Exércitotuindo todos os elementosque se opõem às reformasque êle pretende implantar,segundo o jornal libanêsLe Jour.

A situação continua tensana Siria, de acordo com no-tícia veiculada no jornal

egípcio Al Ahram, mas oGeneral Al-Assad pareceter condições de ser o ven-cedor em eventuais eleiçõespara a direção regional doPartido Baath.

O Presidente deposto, Al-Atassi, e o secretário-ad-

sa, conforme relata o An ti-go Testamento.

Envergando coloridas rou-pas tradicionais, os israe-lenses entregaram-se ruido-samente aos festejos nas ci-dades e aldeias. As casas deespetáculos e os centros es-portivos tiveram público fo-ra do comum, notando-segrande número de jovensuniformizados que obtive-ram licenças especiais paraas comemorações do Purim.

BOMBA

Terroristas árabes pro-curaram empanar o brilhodas festas, disparando umtiro de obus contra um tra-tor do kibbutz Neve-Or, novale de Beisan, ao longo dafronteira com a Jordânia.

A única vítima foi o tra-torista, que ficou levementeferido. As forças de defesaisraelenses responderam aofogo sem que as comemora-ções do Purim fossem inter-rompidas.

junto do Baath, Salah Je-did, continuam em prisãodomiciliar. Ontem, o Gene-ral Hafez Al-Assad e váriosministros não comparece-ram à reunião que o Gabi-nete deveria realizar.

Iraque prosseguirá suas execuçõesBeirute, Jerusalé m,

Kuwait (UPI-JB) — O Go-vêrno do Iraque afirmou on-tem sua disposição de exe-cutar qualquer pessoa queseja culpada de traição,acrescentando que "não ha-verá nenhum poder nomundo, qualquer que seja,capaz de impedi-lo."

A nota oficial iraquiana,transmitida pela Rádio deBagdá, parece uma respostaà reação estrangeira conde-nando a possibilidade demais sete pessoas, entre as

quais três de origem judai-ca, virem a ser executadas.DESMENTIDO

A Rádio de Israel afirmouontem que o Governo doIraque desmentira oficial-mente o enforcamento dossete acusados, que seriamsacrificados talvez ainda ho-je, ao término da festa mao-metana do Id-El-Adha.

A Rádio de Bagdá, por suavez, acusou Israel de tentarpromover uma campanha dedescrédito sobre o Iraque,ventilando notícias de pre-sumiveis execuções.

A Cruz Vermelha Interna-cional e a Anistia Interna-cional, organização que au-xilia prisioneiros de guerra,realizam gestões para a sus-pensão das execuções noIraque. Os observadoresacreditam que os governosda Holanda e da Dinamarcapretendem solicitar ao Ira-que que deixe partir os 3mil judeus que moram nopais.

KUWAIT

Será enforcado hoje noKuwait, segundo o Ministé-

rio do Interior daquele pais,o jovem Malik Amir, de 24anos de idade, condenadopor crime praticado em1966. ,

Amir é acusado de haverassassinado a punhaladasAhmad Al Granlm Al Jabr,de 46 anos de idade, en-quanto este dormia. Pelaprimeira vez na história doatual regime alguém seráenforcado no Kuwait. Ante-riormente, registrou-se ape-nas uma execução no país,ocorrida em 1965.

Riad conferência com De GaulleParis (UPI-JB) — O Mi-

nistro das Relações Exte-riores da República ÁrabeUnida, Mahmud Riad, che-gou ontem à capital daFrança, onde irá conferen-ciar hoje com o PresidenteDe Gaulle e sexta-feira como chefe da delegação dosEUA à conferência de pazno Vietname. Cabot Lodge,sobre a crise no Oriente Mé-dio.

Riad é portador de mensa-gens do Presidente GamaiAbdel Nasser aos Governosda França, Grã-Bretanha eEspanha, realizando missãodiplomática para explicar a

Paris (AFP-JBI —A Fren-te Popular de Libertação daPalestina (FPLP) mantémcontatos com Cuba e a Chi-na, segundo revelou um por-ta-voz da organização ementrevista concedida à re-vista Jeunc Afrique.

O entrevistado esclareceuque até o momento essescontatos não passam de me-ras sondagens, porquantonada de positivo resultouquanto a uma ajuda objeti-

posiçãu de seu país i.o con-füto com Israel.ENCONTROS

Indagado sobre a possl-bilidade de uma visita deDe Gaulle ao Cairo, Riaddeclarou que isso "seria umagrande honra para a RAU"e que êle teria grande pra-zer em ser o mediador deum encontro entre o Presi-dente francês e "seu gran-de amigo" Nasser.

O Chanceler egípcio de-verá conversar também comseu colega francês MichelDebré*ê com o Primeiro-Mi-nistro Maurice Couve de

Murville. Depois de encon-trar-se com o norte-ameri-cano Cabot Lodge, Riad via-jará sábado para Londres edepois para Madri.VIAGEM

O Ministro das RelaçõesExteriores de Israel, AbbaEban, viajará semana quevem aos Estados Unidos, se-gundo notícia confirmadapela Embaixada israelensee pelo Departamento de Es-tado norte-americano.

Abba Eban con feréncia rácom o Secretário de Estado,William P. Rogers. e possi-velmente com o Presidente

Terroristas sondam Cuba e Chinava daqueles paises ao movi-mento árabe.CARACTERÍSTICAS

A FPLP é uma das maisativas organizações com queos terroristas contam parahostilizar Israel, mas diver-ge das demais, principal-mente da Al Fatah, pelo fa-to de achar que a soluçãopara o problema do OrienteMédio não se restringe aoaspecto militar, enfatizandosobremodo a questão poli-tica.

O porta-voz da organiza-ção, que a proclama marxis-ta-leninista, afirmou a Jeu-ne Afrique que a FPLP pro-pugna não só a luta contraIsrael, mas também contratodos os Governos árabesque mantêm regimes "feu-dais e pró-ocidentais.""O caminho palestino —afirmou — não é maoistanem castrista, nem dependedos bons ofícios de Moscou,pois busca a autonomia pa-ra soluções locais"

Richard Nixon sobre a cri-se no Oriente Médio.

OFERECIMENTO

O Presidente Al-Shaabi. doIémen do Sul, revelou on-tem que ofereceu ao primei-ro mandatário egípcio, Ga-mal Abdel Nasser, tropas deseu país oara a eventuallda-de de uma nova guerra comIsrael.

As forças oferecidas foramtreinadas pelos ingleses e lu-tariam ao lado dos soldadosegípcios. Não foi informadose o Governo da RAU acel-tou o oferecimento.

Depois de dizer que osárabes devem entender-secom os "judeus progressis-tas", o porta-voz da FPLPasseverou que "de um lado,os judeus devem rejeitar osionismo e afastar-se dos in-terêsses das potências impe-rialistas; de outro, os ara-bes devem libertar-se de to-dos os vestígios do pan-arabismo, que é um mitofascista, e ao mesmo tempoopor-se aos Estados árabesnos quais subsistem regimesreacionários e feudais."

O pensamento do "Prender" Aliou

Jerusalém — O Primeiro-Ministro israelense em exer-cicio, Igal Allon. é de opi-nião que seu pais prefeririaa paz às atuais linhas decessar-fogo, mas — até quea pas seja obtida — prefe-riria as linhas de cessar-fogoà renovação da guerra.

Tal é a essência de seu re-cente pronunciamento nosentido de que se Israel ti-vesse dc fazer concessõesterritoriais para conseguir apas, uma paz que salvaguar-dasse fronteiras seguras ereconhecidas, os israelensesteriam o direito de escolhero caminho a seguir, com aaprovação do Parlamento.

Mas, segundo Allon, en-quanto os paises vizinhosnão estiverem preparadospara a paz, Israel deve con-tinuar o trabalho de colo-nização em pontos que sãovitais à sua segurança.

PLANO

O pronunciamento do Pre-mier em exercido joi feitocom o objetivo de silenciaras alegações formuladas noexterior de que seu pais nãoestava interessado na paz.

Visou refutar igualmente osrumores dc que êle vinhapressionando o falecido Pri-meiro-Ministro Levi Eshkolpara adotar o Pia?.o Allon.

O Plano Allon prevê aconstituição de uma cadeiade cerca de 20 nxicleos de co-lonização ao longo do rioJordão, numa faixa de 15milhas de largura, dominan-do o vale do rio. O Premierconsidera essa cadeia umabarreira essencial para evi-tar que tropas hostis atra-vessem o rio, que em algunslugares pode ser cruzado portanques.

O restante da margem oci-dental, que abrange grandeparte da população da Ju-déia e da Samária, seria, emcaso de paz, devolvido àJordânia. Não havendo paz,os árabes de Judéia e Samá-ria poderiam decidir-se pelaautonomia ou, inclusive, poruma "entidade palestina."

CONCESSÃO

O Plano Allon prevê ain-da. para a margem ociden-tal, um acesso ao Mediterrã-neo através de um corredorincluindo Jerico. O corredor

Eliav Simoiiilo New York Times

ficaria sujeito a uma espé-cie de governo bilateral, emlõmo de Nazaré, no norte deIsrael, onde o selor árabe dacidade está num vale e anova parte israelense no tô-po da colina vizinha.

Esse corredor permitiriaque a Jordânia e a margemocidental, no caso de umacordo de paz, atingissem osportos de Haifa, ou Ashdodc Gaza.

O mapa de Allon procuraresolver uma charada demo-gráfica. A incorporação detoda a Judéia e Samaria pa-rece ser a última coisa a in-teressar Israel, pois os ára-bes que ali residem, em nú-mero de 1 milhão, em trêsdécadas superarão os judeus,em virtude da diferença en-tre a elevada taxa de cresci-mento árabe e a pequenaimigração judaica.

O cinturão dos núcleos aolongo do Jordão engloba 60mil habitantes árabes da po-pulação de 1 milhão na Ju-déia e Samiria. Eles rece-

beriam uma indenhaçáo calgumas terras férteis.

DEFESANenhum israelense aceita-

ria o retorno à Siria doscontrafortes de Golan, quedominam o 7.úcleo popula-cional da Galiléia e de ondeforam efetuados bombar-deios quase diários contra oskibutzim antes da guerra dejunho de 1967.

O Plano Allon traçariauma linha Sheik à ex-tremidade ocidental da fai-xa de Gaza. Para Jerusalém,é sugerida uma espécie decondomínio sobre os luga-res sagrados.

Depois do estabelecimentode colônias em Golan, Sinaicentral e Hebron, novos lu-gares estão sendo examina-dos ao longo do Jordão, marMorto e norte do Sinai.

O Plano vem sendo exe-cutado e ganha força no Ga-binete. Quanto mais tempopassar, mais o Plano ama-durecerá e mais difícil seráfazê-lo retroceder, bem co-mo será a harmonia no Go-vêrno israelense em relaçãoa essas questões.

Washington (AFP-UPI-JB) — O Presi-dente Richard Nixon declarou ontem quea missão do Governador Rockefeller é "es-tudar as mudanças vitalmente necessárias"da política externa dos Estados Unidos emrelação à América Latina.

Em entrevista coletiva, Nixon abordoudiversas questões internacionais, infor-mando principalmente sobre os resultadosde sua visita à Europa que, na sua opi-nião, serviu para preparar uma 'futura reu-niãq de cúpula EUA-URSS." O chefe daCasa Branca referiu-se de maneira parti-ciliar à melhoria das relações entre Wash-ington e Paris, depois das conversações como General Charles De Gaulle.

América Latina

Interrogado se pretendia visitar a Amé-rica Latina, Nixon respondeu: "no momen-to não tenho planos para nenhuma outraviagem ao exterior." Acrescentou que aviagem exploratória do Governador NelsonRockefeller tem por objetivo estudar a fun-do os problemas da Aliança Para o Pro-gresso e sugerir reíoranulações.

Como um jornalista insistiu neste te-ma, Nixon sorriu e disse ter ouvido que "ou-tros viajantes me comprometeram a fazeruma viagem em data próxima à AméricaLatina." Esta resposta parece uma referên-cia a uma declaração do Embaixador SolLinowitz, que afirmou em Bogotá, na sema-na passada, ser possível uma visita de Ni-xon antes do fim do ano.

Leste-Oesle

O Presidente americano afirmou quesua viagem à Europa ajudou a fortalecera confiança entre os Estados Unidos e osaliados da Organização do Tratado doAtlântico Norte (OTAN) e serviu para pre-parar uma reunião de cúpula EUA-URSS,a ser realizade em futuro próximo.

Nixon indicou que debateu as relaçõesLeste-Oeste em todas as capitais onde es-teve, e que manterá novas consultas comos paises da Europa Ocidental. "É nece.s-sária uma clara compreensão entre aliadose amigos" — disse Nixon — antes de ne-gociar com a União Soviética. "Os EUA nãofarão qualquer compromisso sobre o futu-ro da Europa Ocidental sem ante.s cônsul-tar as nações afetadas", enfatizou o Presi-dente.

Vietnã me

O chefe do Governo dos EUA advertiuque se os ataques vietcongs contra as ci-dades do Vietname do Sul continuarem, osnorte-amerkanos darão uma resposta apro-priada, e indicou que estão sendo realiza-dos estudos sobre a situação, 'mas que os"comunistas não alcançaram seus objeti-vos com a atual ofensiva."

Informou ainda que o Secretário daDefesa, Melvin Laird, viajará na próximaquarta-feira para Saigon a fim de estudar

in loco a atual situação da guerra. Inter-rogado sobre se a URSS aceitaria suspen-der o envio de armas aó Vietname, Nixondisse: "Moscou compreende perfeitamenteque nos satisfaria muito o que pudesse fa-zer para retirar seu apoio ao Vietname doNorte." O Presidente evitou fornecer deta-lhes sobre sua conversação com o Embai-xador da URSS e .disse que tratou em Pa-ris, com o Vice-Presidente Cao Ky, de"questões diplomáticas."

Oriente-Médio

Nixon afirmou não acreditar que asquatro grandes potências pudessem imporuma solução às partes diretamente inte-ressadas no conflito do Oriente-Médio, mascrê possível uma intervenção para garan-tir uni acordo de paz.

Afirmou ainda que as conversações bi-laterais com dirigentes da Grã-Bretanha,França e União Soviética haviam abertoperspectivas de progressos para uma solu-ção pacífica no Oriente-Médio.

Caso JPCInterrogado sobre as relações Wash-

ington e Lima, depois da expropriação daInternatioal Petroleum Company (IPC) pe-Io Governo peruano, Nixon afirmou queestá havendo progressos para solução dosprovenientes da expropriação.

"Os Estados Unidos não protestam odireito do Peru em expropriar a empresa,subsidiária da Standard Oil of New Jér-sey. Mas, pelo direito internacional, o Go-vêrno peruano tem a obrigação de pagaruma compensação justa pelos bens expro-priadev", afirmou o mandatário. E acres-centou: "se não for paga a compensação,os Estados Unidos terão de tomar uma me-dida adequada, cancelando a ajuda eco-nômica e a quota para a venda do açúcarperuano."

De Gaulle

Nixon se deteve na análise de seuscontatos com o General Charles De Gaulle,a quem achou muito compreensivo e per-cebeu "sinais muito animadores de que aFrança gostaria de cooperar em assuntosque nós julguemos úteis."

Afirmou que De Gaulle continua apoi-ando "vigorosamente a OTAN", emboranão seja esperada a volta da França à par-te militar da Aliança em futuro próximo.

Não Proliferação

Um repórter perguntou sobre a opiniãodo Presidente acerca da assinatura do Tra-tado de Não Proliferação Nuclear pelaAlemanha Ocidental, e Nixon respondeuque acredita na adesão do Governo deBonn ao tratado.

Sobre Berlim, Nixon afirmou que a cri-se não interessa à União Soviética e mos-trou-se confiante numa ação moderadorado Kremlin junto ao Governo de Pankow.

Missão Rockefeller, na página 9

Nações Unidas, Madri (AFP-UPI-JB) — A Espanha acusouontem a Guiné Equatorial deimpedir o repatriamento decerca de 400 espanhóis e mani-festou a disposição de retirartodas as suas tropas da ex-colônia, tão logo seja transpor-tado para a Espanha seu últi-mo cidadão.

O Secretário-Geral das Na-ções Unidas. U Thant, enviaráum representante pessoal, a ti-tulo humanitário, à GuinéEquatorial, desde que o Presi-dente Macias não se oponha.O enviado dc U Thant poderácontribuir para o repatriamen-to dos espanhóis.EXPULSÕES

Em carta enviada ao Conse-lho de Segurança das NaçõesUnidas, o representante espa-nhol na ONU, Jaime de Pines,afirmou que grupos espanhóis,entre os quais alguns médicos,foram expulsos de Bata, naP.-cviiicia continental do RioMuni.

A Espanha demonstra-se dis-posta a retirar de sua antigacolônia africana o pequeno des-tacamento, quando tiver sidotransportado para seu territó-rio o último espanhol.

O representante espanholafirmou no documento que asautoridades da Guiné se nega-ram a permitir o repatriamentode 200 técnicos espanhóis e seopuseram a que outro grupode 200 que residem no interiordo Rio Muni se dirigissem aBata para serem depois rena-triados.ORIGENS

Cerca de 2G0 brancos, espa-nhóis em sua maioria, chega-ram na madrugada de ontema Madri, procedentes da GuinéEquatorial, e informaram que asituação continua tensa na no-va república africana.

O estudo de mergência Im-posto pelo Presidente Francis-co Macias no dia 12 passadosuscitou um verdadeiro êxodode brancos. A Guiné Equato--rial obtóve há cinco meses in-dependência da Espanha.

Os conflitos entre as autori-dades locais e espanholas sur-giram por motivo de uma con-i.rovér.sia sobre o direito quatem a Espanha de iça-r mais deuma bandeira em seus edifíciosoii"iais.

As autoridades guineanasexigiram que a Espanha atuas-se como qualquer outro pais.apesar de haver colonizado aGuiné Equatorial durante doisséculos.

O Governo da Guiné argu-menta que a situação se tor-nou insustentável depois queJuan Durn-n, ex-Embaixador daEspanha em Santa Isabel, or-rienou á pequena milícia espa-nhola que ocupasse o aeroportoe os edifícios de comunicaçõescie Santa Isabel.

O Presidente Macias pediu áaNações Unidas o envio de umaforça internacional de 150 lio-mens para assegurar a ordeme comprovar a "agressão es-panhola.

rrw%FICRBI Financiamento, Crédito e Investimento - FE CIEI S/l.

Av. Borgtt d* Mtdelrn, 328 — 1." andar — Parto AltgrtRio Grandt do Sul

AGENTE FINANCEIRO DO FINAME

AGENCIAS:

SANTA MARIA - Rua Dr. Bozzano, 1 302 - Caixa Postal 351 - Fone 903SÃO PAULO - Rua Conselheiro Crispiniano, 86 - Fone 33-2923

CORRESPONDENTE PARTICULAR:RIO DE JANEIRO - Rua da Quitanda, 31 - Fones: 42-1281, 42-7650 e 52-7373

Carla de Autorização n.° 164 de 16 de Dezembro de 1963 - CGCMF n.° 95.592.887

BALANCETE REALIZADO EM 05 DE FEVEREIRO DE 1969

ATIVO PASSIVO

A - DISPONÍVEL

Caixa t Bancos 1.058.972,00

8 - REALIZÁVEL

Financiamento Direfo Consumidor 28.589.566,68Devedores p/ Respons. Cambiais 5.234.773,62Devedores p/ Rcfinanc. "FINAME" 4.521.383,35

Tílulot e Valores Mobiliários 3.723.028,16Outros Créditos 3.825.142,67Refinanciamento de Vendas a Presi. 1.954.548,40Capital a Subscrever 1.891.799,00Investidores Decreto lei 157 1.609.125,23Títulos Descontados e Negociados 831.066,14 52.180.433.27

VINCULADO

Créditos em Liquidação 500.884,21Devedores c/ Vinculada 95.556,40Banco do Brasil S. 81.055,03 677.495,64

C - IMOBILIZADO

Imóveis de Uso da Cia 3.055.135,27Outras (mobilizações 522.002,26 3.577.137.53

D - RESULTADO PENDENTE

Contas de Resultado 473.502,8:

l - CONTAS DE COMPENSAÇÃO

Contas Diversas 130.760.245,52

188.727.787,37

F -

H -

NAO EXIGIVEL

Capital 4.000.000,00Aumento de Capital 2.000.000,00Reservas 1.769.139,97 7.769.139,97

EXIGIVEL

Aceites Cambiais 37.150.265,88Refinanciamento "FINAME" 4.468.281,19

Impostos a Pagar, Credores, Con-tratuais e Credores Diversos .. 3.626.703,27

Investidores Decreto Lei 157 1.494.198,18Outras Contas 612.730,65 47.352.179,17

VINCULADO

Depósitos Vinculados 1.772.758,21Contas Correntes 374.168,87 2.146.927.0B

RESULTADO PENDENTE

Contas de Resultado 699.295,63

CONTAS DE COMPENSAÇÃO

Diversas Contas 130.760.245,52

188.727.787,37

Porto Alegre, 05 de fevereiro de 1969

Dr. José Francisco Pinto de MoraesDiretor Presidente

Dr. Arnaldo RéquiaDiretor

Dr. Herculano Moreira de SouzaDiretor

Erly Lopes do NascimentoTecn Cont. reg. CRC-RS 8 470

Dr. João Amado RéquiaDiretor Vice-Presidente

Dr. Ernani Affonso TreinDiretor

Cyrineu José da RochaDiretor

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12 — 1.° Cad., Jornal do Brasil, quarta-feira, 5-3-69

Voltaàs

aulas

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Sem alimentos, que a Cocea ainda não forneceu, as escolas oficiaisdo Estado ofereceram, nos dois primeiros dias de aulas, apenasleite. Nas papelarias, a procura de material escolar continuagrande, mas os preços deixam os compradoresdesanimados. Nas escolas superiores, a freqüênciacontinua pequena e é esperado o comparecimento maciçode alunos só a partir do dia 10.

Medicina daUFF aboleo sexto ano

Niterói (Sucursal) — A Fa-culdade de Medicina da Uni-versidade Federal Fluminensereduziu de seis para cinco onúmero de anos para a forma-ção de profissionais.

Sem prejuízo de nenhumamatéria e sem aumento da cai'-ga i horária de aulas para osalunos, a UFF é a primeirauniversidade brasileira a for-mar médicos em menos anos,aumentando sua produtividadecm' 20 % e diminuindo o custodo aluno para o Estado — NCrS12 mil cada — também em 20%.

COINCIDÊNCIA I

_ste programa será possíveldevido ao aumento dos dias deaula, que de 180 passaram para210, por decreto presidencial, eas obras que estão sendo feitasno Hospital Antônio Pedro, quepoderá comportar maior nume-ro de estagiários. Cem a modi-íicação do currículo tradicionalda Faculdade já tinha sido pos-sivel aumentar de 120 para 200o número de vagas no primei-ro ano.

Os alunos da Faculdade quecursam até o terceiro ano se-rão atingidos por esta medida,mas os dos quarto e quintoanos terão de ir até o sexto.

CONCURSO

Q concurso de ingresso noColégio Universitário desta ca-pitai íoi iniciado ontem com ainterpretação de uma crônicade "Fernando Sabino intituladaDez Minutos de Idade.

Na prova de Português, oscandidatos tiveram, ainda, dedesenvolver o tema A Vida TemMúltiplos Caminhos para osPés, em 20 linhas, no máximo,

e de responder várias questõesgramaticais. Hoje, às 8 horas,farão prova de Língua Estran-geira e amanhã de Conheci-mentos Científicos. O resutaldoserá conhecido no sábado.

Brasília dáassistênciaàs crianças

Brasília iSucursal) — A.scrianças matriculadas nos jar-<1 ins de infância e escolas pri-márias da rede oficial de Bra-sllia terão durante este semes-¦tre letivo a assistência de pe-dintras, sanitaristas, enfermei-ras'e vactnadores da Secretariade-Saúde nas próprios prédiosescolares.

Tendo sido abolida a apre-scátação de atestado de vacl-na. na matricula, medida con-

• sicfrrada obsoleta e ineficaz, as vcrianças serão visitadas nas es-cola.s por equipes que as vacl-n.icâo contra varíola, tétano,cliíteria e coqueluche, e a.s su'b-meterão ao exame de tuber-oukse.

UFMG instalalicentro em

Quro PretoBelo Horizonte (Sucursal) —

Em casa doada pelo Vice-Pre-sidente da República será ins-talada sábado, em Ouro Preto,a sede do Centro de EstudosMineiros da UFMG.

O professor Pedro Alei-xo, que comparecerá à inaugu-ração, lançará o Concurso Ou-ro Preto de Monografias e abri-rá- a exposição de fotografiaspremiadas e selecionadas no ICongresso de Fotografias deOuro Preto.

NÚCLEO

Como prolongamento do cam-pus da UFMG, o Centro servi-rá como posto avançado de en-sino da cultura mineira, atra-vés de sua biblioteca, íichários,documentos, informações e mu-seus. Promoverá também dc-ba-tes, cursos, exposições, galeriade arte e seminários.

O Centro de Estudos Minei-ros estará aberto de 9 ss 11 ede'13 às 17 horas, exceto as se-gimdas-feiras, na Rua AntônioDias. 80, na casa que foi doVice-Presidente Pedro Aleixo eonde morou o pintor Albertoda Veiga Guígnard.

Escolas oferecem leite àscrianças por faltar merenda

Nos dois primeiros dias de aula, quase todas asescolas oficiais da Guanabara só deram leite às cri-ancas, porçue a Companhia Central de Abastecimen-to (Cocea) ainda não providenciou a remessa de ali-mentes, para que possa ser preparada a merendaescolar.

Segundo as professoras, as crianças perguntam acada instante qual o dia em que vai ser servida a me-renda—que nada mais é do que um pequeno almoço —cuja distribuição nas escolas serve de estímulo aocomparecimento assíduo dos alunos, principalmentedos que moram nas zonas mais pobres da cidade.

PJSQÜISIÇAOEmbora o Instituto de Nutrição do Estado da Guá-

nàbâra já tenha feito o levantamento das necessida-des de cada escola, para supri-la de alimentos, e feitoa requisição à Cocea, até ontem nenhum estabeleci-mento tinha recebido o material pedido.

Somente as escolas que conseguiram guardar emsuas dispensas os alimentos do ano passado estãopodendo servir merendas. Mas isso só acontece em ai-gumas, pois a maioria está com os depósitos totalmentevazios, ã espera da primeira remessa de alimentos,das quatro que a Cocea faz por ano.

Conforme revelaram algumas professoras, sòmen-te a partir da segunda quinzena deste mês começarãoa chegar os alimentos. Enquanto isso, o jeito é darleite às crianças na hora do recreio. Disseram que ascrianças que mais sentem á falta da merenda sãoas que moram em favelas, muito embora os meninosde outras classes sociais não a rejeitem, mesmo quan-do trazem alguma coisa descasa para comer.

VÁRIOS CARDÁPIOSO atendimento diário de merenda nas escolas do

Rio no ano passado variou de cardápio, conformeo tipo de estabelecimento e de alunos. Para os alu-nos considerados especiais a alimentação é maisrica, porque são quase todos subnutridos e sua con-dição física dificulta o aprendizado de acordo coma sua idade mental. São os únicos que no fim de cadaano apresentam-se mais bem dispostos e saudáveis, gra-ças à merenda escolar, segundo comentou a profes-sôra Teresinha Maria do Espirito Santo, da EscolaMéxico, em Botafogo.

Papelarias ainda têmum grande movimento

As papelarias da cidade continuaram ontem apre-sentando um movimento tão grande quanto o doprimeiro dia de aulas e quase todos os que faziamcompras mostravam-se desanimados, em parte pelospreços elavados dos artigos escolares, mas tambémpor causa do calor.

A variedade de cartilhas continua aumentando deano para ano, algumas lançadas por editoras impor-tantes, como a Conquista, Jornal das Moças, Minervae a série Cadernos Didáticos da Livros Cadernos Ltda.,e os preços também. A mais cara é a cartilha SigaAprendendo, da Civilização Brasileira, que tem umaapresentação muito cuidada e aquarelas em todas aspáginas, custando NCrS 5,00.

OUTRAS CARTILHASMuitas das cartilhas, como a Mágica do Saber e

Meu Companheiro, que são as mais procuradas, con-tinuam adotando ilustrações em prêto-e-branco. Ospreços variam entr* NCrS 3,00 e NCrS 4,00. Para ficardentro deste limite, a Editora Minerva usou desenhosde uma só còr, mas com duas gradações, em suacartilha Vou Ler.

Nas bancas de jornais, começou a procura dascartilhas Alegria de Ler. lançadas pela Abril Cultu-ral, que custam NCrs 1,30 e vêm acompanhadas deum livro de exercícios. Segundo os jornaleiros, a pro-cura crescerá dentro de alguns dias, quando as pro-fessôrus receberem vales de desconto de 50% da edi-tora.

Já está esgotado nas papelarias o Compêndio Di-dático de Português, para as quatro séries ginasiais,da Editora Zernasa, que só voltará a ser encontradosexta-feira.

MATERIAL ESCOLARA partir deste ano, a distribuição de material cs-

colar gratuito não será mais feita pelo Ministério daEducação, mas pelas escolas públicas do país, atra-vés das Secretarias de Educação estaduais. O Governoacha que ninguém conhece melhor a situação finan-ceira dos alunos que seus próprios professores, dai anova medida, que visa a impedir as inevitáveis injus-tiças que se verificaram em anos passados, durante aavaliação de quem podia e quem não podia ser be-neficiado com o material escolar gratuito.

Haverá ainda outra modificação. O Governo fe-deral decidiu dividir a verba de NCrS 200 mil —até agora revertida integralmente para a Guanaba-ra — com os demais Estados, o que irá reduzir de4 mil para 800 o número de famílias beneficiadasno Rio.

Essas 800 famílias serão escolhidas aproveitando-se o cadastro já organizado na Caixa Ecoiar. atravésda qual os alunos pobres recebem ajuda de custo. Aprimeira chamada para preencher os formulários ain-da não foi marcada, mas será nas próprias escolas,com horário e dia especifico para cada turma.

O critério para a obtenção do material escolargratuito será, em principio, o mesmo utilizado peloMEC: média de cinco filhes e não ganhar mais doque o salário mínimo. Quem não comparecer no diadeterminado, perderá a vez e será substituído poroutro, sem que tenha direito a reclamações. Os avi-sos serão remetidos, pelo correio, à residência dos pró-prios candidatos.

PERGUNTA CONSTANTE

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.A preocupação dos alunos é saber quando volta amerenda

São Paulo achafaltas n o r in a i s

São Paulo (Sucursal) — Ogrande número de faltas re=gistrado no primeiro dia deaulas nos cursos elementar emédio — cerca de 40% — foiexplicado ontem por funciona-rios da Secretaria de Educa-ção como "natural neste pe-riodo de transição."

Pais e alunos se queixaramontem de, que terão grandesdespesas com os novos unifer-mes, que diferem dos usad:sno ano passado. Várias demin-cias contra a cobrança de ta-xas consideradas ilegais, in-clu.sive por escolas do Estado.foram feitas à Secretaria deEducação, que vai investigar.

SEM AULAS

Belo Horiionte (SUCUláalj —Cerca de três mil estudantesprimárias ainda estão semaulas nesta capital, porque

P

seus grupes escolares não efe-rejein condições para recebe-los-

Na porta do Grupo OdilonBehren.s, uma placa avisa:"Não entre, pode desabar." NoGrupo Artur Jovino faltamcarteiras escolares. O Henri-que Dinis e o Afrâ.nio MeloFranco estão sem teto. O Ma-ria Domiiigues não tem águanem instalações sanitárias e ode Venda Nova está cem a.sfossas estouradas.

MAIS TURNOS

Cuiabá (Correspondente) --_Todos os estabelecimentos deensino desta capital inciaramontem o ano letivo. Os cole-gios de ensino médio estão lo-tados e a Secretaria de E:lu-cação foi Obrigada a aumentar,es turnos cie aulas.

ais pro c ii r a invagas em Niterói

Niterói (Sucursal) — A es-perança de que alguns alunosdesistam das matrículas, feitasno final do ano passado, con-tinua levando centenas de paisaos grupos escolares fluminen-ses, na tentativa de obteremvagas para seus filhos em co-légios gratuitos.

A maioria das escolas da rê-de oficial já esgotou suas va-gas, mas os pais não cessam aprocura, porque a maior partedeles não poderá dispor de re-cursos para custear o ensinonos estabelecimentos partícula-res, única opção que se apre-senta, agora que as aulas já .estão quase, normalizadas emtodo o ensino primário do Es-tado do Rio.

PREFERENCIA

Anteontem e ontem extensasfilas se formaram diante dos

prédios dos grupos escolares,principalmente de mães à pro-cura de vagas abertas pelatransferência de alguns alunos.

Os grupos escolares JoaquimTávora e Getúlio Vargas, cujoensino é considerado padrãonesta capital, foram os maisprocurados. O grupo escolarGetúlio Vargas, que já matri-ciilou cerca de duas mil crian-ças. abriu mais 305 vagas nasegunda-feira e na manhã deontem mais 30 lugares foramcolocados à disposição dos paisdevido a transferências solici-tadas.

Em ambos os grupos, a gran-de procura é justificada pelosaltos níveis adquiridos por seusalunos e os resultados por elesobtidos nos exames de admis-são, acreditando as mães queo corpo de professoras destesgrupos é mais especializadoque das demais.

Na volta à escola,comece BEMo ano escolar,comece

t____?__í___f£S_P/_____fPPV^_r__L_________i *

4SUPER-_SFEROGRfiFICflS£ESCRITA FINA

2,00DE NCR$ -LiUU POR APENAS NCR$VOCÊ ECONOMIZA 500 CRUZEIROS VELHOSNÍ0 PERCA ESTA 17717} OPORTUNIDADE

1,50

Santa Ürsula abre inscriçõespara o exame de Arquitetura

A Faculdade de Arquitetura e UrbanismoSanta Ürsula, a segunda do ramo criada naGuanabara, aceitará de hoje até o dia 15 ins-crições para o vestibular, que será realizadode 19 a 24 de março.

Estão abertas também as inscrições parao segundo vestibular de Matemática, Portu-guès, Inglês, Francês e Biblioteconomia, quetêm a maioria das vagas no turno da noite.O.s candidatos poderão se registrar até o finaldesta semana.PROVAS

Serão exigidas no vestibular da Faculdadede Arquitetura e Urbanismo Santa Ürsula «s

seguintes matérias: Geometria Descritiva eDesenho Geométrico (peso dois), Desenho Na-tural (peso quatro), Matemática (peso dois) eFísica (peso um).

Os estudantes podem se inscrever na se-cretaria da Faculdade, na Rua Farani, 75, Bo-tafogo, no horário de 9 às 12h30m e de 14 às17 horas, levando carteira de identidade, trêsretratos 3 x 4 e NCr$ 50,00 da taxa de ins-crição.

O curso oferece 40 vagas para o turno datarde. As aulas práticas serão dadas no Ins-tituto Militar de Engenharia, na Praia Ver-molha, até que a Faculdade instale seus pró-prios laboratórios.

Minas aprova Faculdade de Medicina ni

i_Belo Horizonte (Sucursal) — A Faculda-

de de Medicina do Norte de Minas, que fun-cionará em convênio com as prefeituras ,dointerior e levará médicos às regiões desassis-tidas, foi oficializada ontem pelo ConselhoEstadual de Educação de Minas Gerais.

Estão abertas até o dia 10, pelo telefone:26-40, as inscrições para os exames vestibula-res, que serão realizados nos dia 17, 18 e 19,em Montes Claros. O Ministro da Educação,Sr. Tarso Dutra dará a aula inaugural nodia 28.

A Faculdade de Medicina do Norte deMinas, segundo seu diretor e idealizador, pre-fessor Mário Ribeiro da Silveira, só terá alu-nos bolsistas que se comprometam a estagiar

, dois anos, depois de formados, no Municípiodo Norte de Minas que tenha financiado osseus estudos.

Também a Universidade de Itaúna abriuas inscrições para as provas do segundo ves-tibular dos cursos de Direito, Odontologia,Economia, Pedagogia, Letras e Engenharia, quepodem ser feitas na Rua Silva Jardim, 242.até o dia 10.

Comparecimento às aulas dasfaculdades continua pequeno

O comparecimento às aulas nas diversasescolas superiores continuou pequeno ontem,notadamente na Universidade Federal do Riode Janeiro. Os professores ressaltaram, noentanto, que isso é normal, sendo esperada afreqüência maciça a partir do dia 10.

Ontem, com a maioria das carteiras va-zias, a quase totalidade das faculdades daUFRJ realizou suas aulas inaugurais. A ex-plicação, dada inclusive por alguns dos estu-dantes presentes, é a de que muitos de seuscolegas viajaram em férias e não puderam re-gressar a tempo. Quase todos os que compa-receram já estavam na Guanabara.

Os alunos disseram também que o fato deperder algumas aulas no inicio do ano letivonão preocupa, porque elas poderão ser reoupe-radas, sem prejuízo das provas e exames. En-tre os estudantes que ainda não comparece-ram às aulas, uma grande parte é de alunosque estão ingressando no (primeiro ano.

Hoje já deverá haver aumento do númerode estudantes — é tradicional também a íal-ta às aulas inaugurais, que não contam pontospara os exames e nem para a freqüência. Al-gumas faculdades reabrem, hoje, efetivamen-te, o ano letivo, enquanto outras, como a deEngenharia, só o farão a partir de amanhã.

Arquitetura lembra barroco mineiroDois Mestres da Pintura Barroca Mineira

foi o tema da aula inaugural da Faculdadede Arquitetura c Urbanismo da UFRJ, realiza-da ontem pela manhã. As aulas normais co-meçarão hoje.

O professor Carlos dei Negro, catedráticode Modelagem e Pintura, foi quem deu a au-Ia, projetando ao mesmo tempo slides com ascbras de José Soares de Araújo e Manuelda Costa Ataíde, pintores do século 18, que fl-curam célebres por suas obras religiosas.

AULA MESMO

Ao contrário do que normalmente acon-tece. nas aulas inaugurais, quando apenas sãofeitas discursos e citações a vultos bem su-cedidos profissionalmente, o professor Del Ne-gro aproveitou a ocasião .para dar uma aulaverdadeira.

Fazendo uma retrospectiva dos dois ar-tistas barrocos, o professor explicou suas obras

detalhadamente, a medida em que os dispo-sitivos eram projetados numa das paredes doauditório da Faculdade.

A aula assistiram alunos das d i v e r-sas turmas e, no final, os 15 formandos de1908 que haviam ficado cm segunda época, co-laram grau.

EM MINAS

Belo Horiwnte (Sucursal) — O presiden-te da Usiminas, engenheiro Amaro LanariJtíniQt. dará a aula inaugural para os alu-nos da Universidade Federal de Minas Gerais,falando sobre Responsabilidade da Universi-dade e da Empresa no Brasil de Hoje.

A aula inaugural da UFMG será na sex-ta-feira, após a reunião solene da assembléiade alunos c professores convocada pelo ReitorGérson Boson para apresentação do relato-rio das principais ocorrências da vida univer-siiária no ano passado.

Medicina recebe calouros com troteOs alunos do segundo ano da Faculdadi

Nacional de Medicina promoveram ontem otradicional trote nos calouros, cortando seuscabelos, pintando seus rostos, fazendo-os re-bolar, sem qualquer interferência da admi-lustrarão da escola.

Alguns calouros, prevendo o que iriaacontecer, foram com os cabelos cortados, masmesmo assim, tiveram de suportar uma sériede brincadeiras. As moças tiveram seus rostospintados com pincel atômico. A maioria nãoreclamava, pois sabia que muitos que só es-tavam olhando iam se aproveitar da ocasiãose houvesse queixas.

O TROTE

Os alunos ficaram nas escadarias da en-trada da Faculdade Nacional de Medicina du-rante todo o dia, à espera dos calouros queiam assistir às primeiras aulas. Os que iamchegando eram logo cercados pela comissãode trote, que se encarregava "dos bichos", co-mo eles os chamavam.

Enquanto uns, munidos de tesouras, iamcortando o cabelo dos calouros, outros, comuma bola de plástico cheia de água. iam mo-lhando toda a sua roupa. Depois mandavamtirar a camisa e escreviam frases nas suascostas. O calouro recebia então ordem parasubir as escadas imitando um cachorro, o queera feito sob gritaria, de todos, deixando onovo aluno bastante sem graça. Alguns aindaeram obrigados a cantar uma música lê-iê-ièou a fazer discursos.

TRADIÇÃO

A maioria dos alunos que participavam dotrote achou que a cada ano que passa as brln-cadeiras se tomam menos intensas c inofen-

sivas, principalmente com as mulheres, poissó algumas é que têm seus rostos pintados atinta, e mesmo assim aquelas que não conse-guem ludibriar a comissão.

Contaram que na Faculdade Nacional deMedicina isso pode ser visto todos os anos, jáque no ano passado havia inclusive agressõesfísicas, nas quais os calouros às vezes saíammachucados. Uma das brincadeiras mais fa-mosas foi quando amarraram os cadarços detodos os sapatos dos calouros e os jogaram naquadra de basquete. A confusão que deu, naopinião de alguns, "foi a coisa mais sensacio-nal que se podia imaginar."

O grande trote da Faculdade deverá serrealizado ainda esta semana, quando "a maio-ria dos calouros já se apresentou para as au-Ias." Consiste em amarrá-los todos pela cln-tura com uma corda e levá-los para a praiada Urca, onde são jogados na areia. Ali so-fiem uma série de brincadeiras, que terminainevitavelmente na água. A Faculdade Naclo-nal de Medicina foi a única que promoveutrotes ontem à tarde.

TROTE DIFERENTE

Belo Horizonte (Sucursal) — Os trotesnas escolas superiores mineiras, este ano, ti-verani cunho de assistência social, pois os ca-louros foram obrigados a dar ns roupas docorpo e todo o dinheiro que tinham nos bolsospara os pobres.

Isso aconteceu nas Escolas de Engenhariae Veterinária e nas Faculdades de Direito eMedicina da UFMG. Na Faculdade de Direito,onde o número de moças aprovadas aumentaa cada ano, o trote feminino foi cortar cercade um palmo das barras das mini-saias. quese transformaram em minimini-salas.

Deputado cursará Direito em MinasBelo Horizonte (Sucursal) — O novo pre-

sidente da Assembléia Legislativa mineira,Deputado Orlando Andrade, eleito anteontem,que é formado em Agronomia, começa esteano a cursar a Faculdade de Direito de Divl-nópolis. onde fêz vestibular classificando-seem 9." lugar entre os 253 candidatos aprova-dos dos 426 que fizeram o concurso.

Uma das grandes satisfações do Sr. Orlas-do Andrade, além da de ter sido aprovadocom boa classificação, foi a de ter tiradonota dez na prova de História do Brasil, ma-teria que julga importantíssima para todos,"principalmente para quem exerce um cargopúblico."

As aulas na Faculdade de Direito de DI-vinópolis, distante 114 quilômetros de BeloHorizonte, são ã noite e o presidente da As-sembléia pretende freqüentar todas elas.

Os veteranos da escola, em atenção aocargo que agora ocupa o novo calouro, vãodLspensa-lo do trote a que os novatos são sub-metidos, mas não querem deixar que o alunoOrlando Andrade passe inteiramente incó-lume: vão exigir délc uma compensação, tal-vez um jantar, que deverá ser oferecido aosveteranos, "mas um jantar digno de um pre-sidente de Assembléia." _r-

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12 — 1." Cad., Jornal do Brasil, quarta-feira, 5-3-69

Voltaàs

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Sem alimentos, que a Cocea ainda não forneceu, as escolas oficiaisdo Estado ofereceram, nos dois primeiros dias de aulas, apenasleite. Nas papelarias, a procura de material escolar continuagrande, mas os preços deixam os compradoresdesanimados. Nas escolas superiores, a freqüênciacontinua pequena e é esperado o comparecimento maciçode alunos só a partir do dia 10.

Medicina daUFF aboleo sexto ano

Niterói (Sucursal) — A Fa-culdade do Medicina da Uni-versidade Federal Fluminensereduziu de seis para cinco onúmero de anos para a forma-ção de profissionais.

Sem prejuízo de nenhumamatéria e sem aumento da cai'-ga t hcrãria de aulas para osalunos, a UFF é a primeirauniversidade brasileira a for-mar médicos em menos anos,aumentando sua produtividadecm' 20 % e diminuindo o custodo aluno para o Estado — NCrS12 mil cada — também em 20%.

COINCIDÊNCIA r

Tàste programa será possíveldevjdo ao aumento dos dias deaula, que de 180 passaram para210,' por decreto presidencial, eás obras que estão sendo feitasno Hospital Antônio Pedro, quepoderá comportar maior nume-ro de estagiários. Cem a modi-íicação do currículo tradicionalda Faculdade já tinha sido pos-sivel aumentar de 120 para 200o número de vagas no primei-ro ano.

Os alunos da Faculdade quecursam até o terceiro ano se-ráo atingidos por esta medida,mas os dos quarto e quintoanos terão de ir ate o sexto.

CONCURSO

Q concurso de ingresso noColégio Universitário desta ca-pitai foi iniciado ontem com ainterpretação de uma crônicade "Fernando Sabino intituladaDez Minutos de Idade.

Na prova de Português, oscandidatos tiveram, ainda, dedesenvolver o tema A Vida TemMúltiplos Caminhos para osPés, em 20 linhas, no máximo,

e de responder várias questõesgramaticais. Hoje, às 8 horas,farão prova de Língua Estran-geira e amanhã de Conheci-mentos Científicos. O resutaldoserá conhecido no sábado.

Brasília dáassistênciaàs crianças

Brasília (Suctirsal) — Ascrianças matriculadas nos Jar-dins de infância e escolas pri-má ri as da rede oficial de Bra-silia terão durante este semes-tre letivo a assistência de pe-diatras, sanitaristas, enfermei-ras e vacinadores da Sscretariade-Saúde nos próprios prédiosescolares.

Tendo sido abolida a apre-scõtaçâo de atestado de vacl-na na matricula, medida con-

• sicrrrada obsoleta e ineficaz, as >crianças serão visitadas nas es-colas por equipes que as vacl-n.icAo contra varíola, tétano,cliíteria e ccaueluche, e a.s sufb-meterão ao exame de tuber-oúJese. "

UFMG instalacentro emQuro Preto

Belo Horizonte (Sucursal) —Em casa doada pelo Vice-Pre-sidente da República será ins-talada sábado, em Ouro Preto,a sede do Centro de EstudosMineiros da UFMG.

O professor Pedro Alei-xo, que comparecerá à inaugu-ração, lançará o Concurso Ou-ro Preto <le Monografias e abri-rá- a exposição de fotografiaspremiadas c selecionadas no ICongresso de Fotografias deOuro Preto.

NÜCLEO

Como prolongamento do cam-pus da UFMG, o Centro servi-rá como posto avançado de en-sino da cultura mineira, atra-ves de sua biblioteca, íichários,documentos, informações e mu-seus. Promoverá também deba-tes, cursos, exposições, galeriade arte e seminários.

O Centro de Estudos Minei-ros estará aberto de 9 ss 11 ede'13 às 17 horas, exceto às se-gundas-feiras, na Rua AntônioDias. 80, na casa que foi doVice-Presidente Pedro Aleixo eonde morou o pintor Albertoda Veiga Guígnard.

Escolas oferecem leite àscrianças por faltar merenda

Nos dois primeiros dias de aula, quase todas asescolas oficiais da Guanabara só deram leite às cri-ancas, porçue a Companhia Central de Abastecimen-to (Cocea) ainda não providenciou a remessa de ali-mentes, para que possa ser preparada a merendaescolar.

Segundo as professoras, as crianças perguntam acada instante qual o dia em que vai ser servida a me-renda—que nada mais é do que um pequeno almoço —cuja distribuição nas escolas serve de estímulo aocomparecimento assíduo dos alunos, principalmentedos que moram nas zonas mais pobres da cidade.

PJSQÜISIÇÃOEmbora o Instituto de Nutrição do Estado da Guá-

nabara já tenha feito o levantamento das necessida-des de cada escola, para supri-la de alimentos, e feitoa requisição à Cocea, até ontem nenhum estabeleci-mento tinha recebido o material pedido.

Somente as escolas que conseguiram guardar emsuas dispensas os alimentos do ano passado estãopodendo servir merendas. Mas isso só acontece em ai-gumas, pois a maioria está com os depósitos totalmentevazios, ã espera da iprimeira remessa de alimentos,das quatro que a Cocea faz por ano.

Conforme revelaram algumas professoras, sòmen-te a partir da segunda quinzena deste mês começarãoa chegar os alimentos. Enquanto isso, o jeito é darleite às crianças na hora do recreio. Disseram que ascrianças que mais sentem á falta da merenda sãoas que moram em favelas, muito embora os meninosde outras classes sociais não a rejeitem, mesmo quan-do trazem alguma coisa de_casa para comer.

VÁRIOS CARDÁPIOSO atendimento diário de merenda nas escolas do

Rio no ano passado variou de cardápio, conformeo tipo de estabelecimento e de alunos. Para os alu-nos considerados especiais a alimentação é maisrica, porque são quase todos subnutridos e sua con-dição física dificulta o aprendizado de acordo coma sua idade mental. São os únicos que no fim de cadaano apresentam-se mais bem dispostos e saudáveis, gra-ças à merenda escolar, segundo comentou a profes-sóra Teresinha Maria do Espirito Santo, da EscolaMéxico, em Botafogo.

Papelarias ainda têmum grande movimento

As papelarias da cidade continuaram ontem apre-sentando um movimento tão grande quanto o doprimeiro dia de aulas e quase todos os que faziamcompras mostravam-se desanimados, em parte pelospreços elavados dos artigos escolares, mas tambémpor causa do calor.

A variedade de cartilhas continua aumentando deano para ano, algumas lançadas por editoras impor-tantes, como a Conquista, Jornal das Moças, Minervae a série Cadernos Didáticos da Livros Cadernos Ltda.,e os preços também. A mais cara é a cartilha SigaAprendendo, da Civilização Brasileira, que tem umaapresentação muito cuidada e aquarelas em todas aspáginas, custando NCrS 5,00.

OUTRAS CARTILHASMuitas das cartilhas, como a Mágica do Saber e

Meu Companheiro, que são as mais procuradas, con-tinuam adotando ilustrações em prêto-e-branco. Ospreços variam entr* NCrS 3,00 e NCrS 4,00. Para licardentro deste limite, a Editora Minerva usou desenhosde uma só còr, mas com duas gradações, em suacartilha Voit Ler.

Nas bancas de jornais, começou a procura dascartilhas Alegria de Ler. lançadas pela Abril Cultu-ral, que custam NCrs 1,30 e vêm acompanhadas deum livro de exercícios. Segundo os jornaleiros, a pro-cura crescerá dentro de alguns dias, quando as pro-fessòras receberem vales de desconto de 50% da edi-tora.

Já está esgotado nas papelarias o Compêndio Di-dático de Português, para as quatro séries glnasiais,da Editora Zernasa, que só voltará a ser encontradosexta-feira.

MATERIAL ESCOLARA partir deste ano, a distribuição de material cs-

colar gratuito não será mais feita pelo Ministério daEducação, mas pelas escolas públicas do país, atra-vés das Secretarias de Educação estaduais. O Governoacha que ninguém conhece melhor a situação finan-ceira dos alunos que seus próprios professores, dai anova medida, que visa a impedir as inevitáveis injus-tiças que se verificaram em anos passados, durante aavaliação de quem podia e quem não podia ser be-neficiado com o material escolar gratuito.

Haverá ainda outra modificação. O Governo fe-deral decidiu dividir a verba de NCrS 200 mil —até agora revertida integralmente para a Guanaba-ra — com os demais Estados, o que irá reduzir de4 mil para 800 o número de famílias beneficiadasno Rio.

Essas 800 famílias serão escolhidas aproveitando-se o cadastro já organizado na Caixa Ecoiar. atravésda qual os alunos pobres recebem ajuda de custo. Aprimeira chamada para preencher os formulários ain-da não foi marcada, mas será nas próprias escolas,com horário e dia especifico para cada turma.

O critério para a obtenção do material escolargratuito será, em principio, o mesmo utilizado peloMEC: média de cinco filhes e não ganhar mais doque o salário mínimo. Quem não comparecer no diadeterminado, perderá a vez e será substituído poroutro, sem que tenha direito a reclamações. Os avi-sos serão remetidos, pelo correio, à residência dos pró-prios candidatos.

PERGUNTA CONSTANTE

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.A preocupação dos alunos é saber quando volta amerenda

São Paulo achafaltas íi o r m a i s

São Paulo (Sucursal) — Ogrande número de faltas re=gislrado no primeiro dia deaulas nos cursos elementar emédio — cerca de 40% — foiexplicado ontem por funciona-rios da Secretaria de Educa-ção como "natural neste pe-riodo de transição."

Pais e alunos se queixaramontem de, que terão grandesdespesas com os novos unifer-mes, que diferem dos usad:sno ano passado. Várias denún-cias contra a cobrança de ta-xas consideradas ilegais, in-clusive por escolas do Estado,feram feitas à Secretaria deEducação, que vai investigar.

SEM AULAS

üc/o Horiionte (Sucursal) —Cerca de três mil estudantesprimárias ainda estão semaulas nesta capital, perque

seus grupes escolares não efe-lejem condições para recebe-los-

Na porta do Grupo OdilonBéhréns, uma placa avisa:"Não entre, pode desabar." NoGrupo Artur Jovino faltamcarteiras escolares. O Henri-que Dinis e o Afrâ.nio MeloFranco estão sem teto. O Ma-ria Dcmingues não tem águanem instalações sanitárias e ode Venda Nova está cem asfossas estouradas.

MAIS TURNOS

CtíirilHt (Correspondente) -~—Todos os estabelecimentos deensino desta capital inciaramontem o ano letivo. Os cole-gios de ensino médio estão lo-tados c a Secretaria de Edu-cação foi obrigada a aumentar,cs turnos cie aulas.

P ais pro c u r a invagas em Niterói

Niterói (Sucursal) — A es-perança de que alguns alunosdesistam das matrículas, feitasno final do ano passado, con-tinua levando centenas de paisaos grupos escolares fluminen-ses, na tentativa de oBleremvagas para seus filhos em co-légios gratuitos.

A maioria das escolas da ré-de oficial já esgotou suas va-gas, mas os pais não cessam aprocura, porque a maior partedeles não poderá dispor de re-cursos para custear o ensinonos estabelecimentos partícula-res, única opção que se apre-senta, agora que as aulas já .estão quase, normalizadas emtodo o ensino primário do Es-tado do Rio.

PREFERENCIA

Anteontem e ontem extensasfilas se formaram diante dos

prédios dos grupos escolares,principalmente de mães à pro-cura de vagas abertas pelatransferência de alguns alunos.

Os grupos escolares JoaquimTávora e Getúlio Vargas, cujoensino é considerado padrãonesta capital, foram os maisprocurados. O grupo escolarGetúlio Vargas, que já matri-culou cerca de duas mil crian-ças. abriu mais 305 vagas nasegunda-feira e na manhã deontem mais 30 lugares foramcolocados à disposição dos paisdevido a transferencias solici-tadas.

Em ambos os grupos, a gran-de procura é justificada pelosaltos níveis adquiridos por seusalunos e os resultados por elesobtidos nos exames de admis-são, acreditando as mães queo corpo de professoras destesgrupos é mais especializadoque das demais.

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Santa Ürsula abre inscriçõespara o exame de Arquitetura

A Faculdade de Arquitetura e UrbanismoSanta Ürsula, a segunda do ramo criada naGuanabara, aceitará de hoje até o dia 15 ins-crições para o vestibular, que será realizadode 19 a 24 de março.

Estão abertas também as inscrições parao segundo vestibular de Matemática, Portu-guès, Inglês, Francês e Biblioteconomia, quetem a maioria das vagas no turno da noite.Os candidatos poderão se registrar até o finaldesta semana.PROVAS

Serão exigidas no vestibular da Faculdadede Arquitetura e Urbanismo Santa Ürsula as

seguintes matérias: Geometria Descritiva eDesenho Geométrico (peso dois), Desenho Na-tural (peso quatro), Matemática (peso dois) eFísica (peso um).

Os estudantes podem se Inscrever na se-cretaria da Faculdade, na Rua Farani, 75, Bo-tafogo, no horário de 9 às 12h30m e de 14 as17 horas, levando carteira de identidade, trêsretratos 3 x 4 e NCr$ 50,00 da taxa de ins-crição.

O curso oferece 40 vagas para o turno datarde. As aulas práticas serão dadas no Ins-tituto Militar de Engenharia, na Praia Ver-molha, até que a Faculdade instale seus pró-prios laboratórios.

Minas aprova Faculdade de Medicina hi

Belo Horizonte (Sucursal) — A Faculda-de de Medicina do Norte de Minas, que fun-cionará em convênio com as prefeituras ,dointerior e levará médicos às regiões desassis-tidas, foi oficializada ontem pelo ConselhoEstadual de Educação de Minas Gerais.

Estão abertas até o dia 10, pelo telefone:26-40, as inscrições para os exames vestibula-res, que serão realizados nos dia 17, 18 e 19,em Montes Claros. O Ministro da Educação,Sr. Tarso Dutra dará a aula inaugural nodia 28.

A Faculdade de Medicina do Norte deMinas, segundo seu diretor e idealizador, pre-fessor Mário Ribeiro da Silveira, só terá alu-nos bolsistas que se comprometam a estagiar

, dois anos, depois de formados, no Municípiodo Norte de Minas que tenha financiado osseus estudos.

Também a Universidade de Itaúna abriuas inscrições para as provas do segundo ves-tibular dos cursos de Direito, Odontologia,Economia, Pedagogia, Letras e Engenharia, quepodem ser feitas na Rua Silva Jardim, 242.até o dia 10.

Comparecimento às aulas dasfaculdades continua pequeno

O comparecimento ás aulas nas diversasescolas superiores continuou pequeno ontem,notadamente na Universidade Federal do Riode Janeiro. Os professores ressaltaram, noentanto, que isso é normal, sendo esperada afreqüência maciça a partir do dia 10.

Ontem, com a maioria das carteiras va-zias, a quase totalidade das faculdades daUFRJ realizou suas aulas inaugurais. A ex-plicação, dada inclusive por alguns dos estu-dantes presentes, é a de que muitos de seuscolegas viajaram em férias e não puderam re-gressar a tempo. Quase todos os que compa-receram já estavam na Guanabara.

Os alunos disseram também que o fato deperder algumas aulas no inicio do ano letivonão preocupa, porque elas poderão ser reoupe-radas, sem prejuízo das provas e exames. En-tre os estudantes que ainda não comparece-ram às aulas, uma grande parte é de alunosque estão ingressando no (primeiro ano.

Hoje já deverá haver aumento do númerode estudantes — é tradicional também a íal-ta às aulas inaugurais, que não contam pontospara os exames e nem para a freqüência. Al-gumas faculdades reabrem hoje, efetivamen-te, o ano letivo, enquanto outras, como a deEngenharia, só o farão a partir de amanhã.

Arquitetura lembra barroco mineiroDois Mestres da Pintura Barroca Mineira

foi o tema da aula inaugural da Faculdadede Arquitetura c Urbanismo da UFRJ, realiza-da ontem pela manhã. As aulas normais co-meçarão hoje.

O professor Carlos dei Negro, catedráticode Modelagem e Pintura, foi quem deu a au-Ia, projetando ao mesmo tempo slides com ascbras de José Soares de Araújo e Manuelda Costa Ataíde, pintores do século 18, que fl-curam célebres por suas obras religiosas.

AULA MESMO

Ao contrário do que normalmente acon-tece. nas aulas inaugurais, quando apenas sãofeitos discursos e citações a vultos bem su-cedidos profissionalmente, o professor Del Ne-gro aproveitou a ocasião para dar uma aulaverdadeira.

Fazendo uma retrospectiva dos dois ar-tistas barrocos, o professor explicou suas obras

detalhadamente, a medida em que os dispo-sitivos eram projetados numa das paredes doauditório da Faculdade.

A aula assistiram alunos das d i v e r-sas turmas e, no final, os 15 formandos de1908 que haviam ficado cm segunda época, co-laram grau.

EM MINAS

Belo Horiwnte (Sucursal) — O presiden-te da Usiminas, engenheiro Amaro LanáriJúnior, dará a aula inaugural para os alu-nos da Universidade Federal de Minas Gerais,falando sóbre Responsabilidade da Universi-dade e da Empresa no Brasil de Hoje.

A aula inaugural da UFMG será na sex-ta-feira, após a reunião solene da assembléiade alunos c professores convocada pelo ReitorGérson Boson para apresentação do relato-rio das principais ocorrências da vida univer-siiária no ano passado.

Medicina recebe calouros com troteOs alunos do segundo ano da Faculdadi

Nacional de Medicina promoveram ontem otradicional trote nos calouros, cortando seuscabelos, pintando seus rostos, fazendo-os re-bolar, sem qualquer interferência da admi-lustrarão da escola.

Alguns calouros, prevendo o que iriaacontecer, foram com os cabelos cortados, masmesmo assim, tiveram de suportar uma sériede brincadeiras. As moças tiveram seus rostospintados com pincel atômico. A maioria nãoreclamava, pois sabia que muitos que só es-tavam olhando iam se aproveitar da ocasiãose houvesse queixas.

O TROTE

Os alunos ficaram nas escadarias da en-trada da Faculdade Nacional de Medicina du-rante todo o dia, à espera dos calouros queiam assistir às primeiras aulas. Os que iamchegando eram logo cercados pela comissãode trote, que se encarregava "dos bichos", co-mo eles os chamavam.

Enquanto uns, munidos de tesouras, iamcortando o cabelo dos calouros, outros, comuma bola de plástico cheia de água. iam mo-lhando toda a sua roupa. Depois mandavamtirar a camisa e escreviam frases nas suascostas. O calouro recebia então ordem parasubir as escadas Imitando um cachorro, o queera (eito sob gritaria, de todos, deixando onovo aluno bastante sem graça. Alguns aindaeram obrigados a cantar uma música ié-iê-ièou a fazer discursos.

TRADIÇÃO

A maioria dos alunos que participavam dotrote achou que a cada ano que passa as brln-cadeiras se tomam menos intensas c inofen-

sivas, principalmente coin as mulheres, poissó algumas é que têm seus rostos pintados atinta, e mesmo assim aquelas que não conse-guem ludibriar a comissão.

Contaram que na Faculdade Nacional deMedicina Isso pode ser visto todos os anos, jáque no ano passado havia inclusive agressõesfísicas, nas quais os calouros às vezes saíammachucados. Uma das brincadeiras mais fa-mosas foi quando amarraram os cadarços detodos os sapatos dos calouros e os jogaram naquadra de basquete. A confusão que deu, naopinião de alguns, "foi a coisa mais sensacio-nal que se podia imaginar."

O grande trote da Faculdade deverá serrealizado ainda esta semana, quando "a maio-ria dos calouros já se apresentou para as au-Ias." Consiste em amarrá-los todos pela cln-tura com uma corda e levá-los para a praiada Urca, onde são jogados na areia. Ali so-fiem uma série de brincadeiras, que terminainevitavelmente na água. A Faculdade Nacio-nal de Medicina foi a única que promoveutrotes ontem à tarde.

TROTE DIFERENTE

Belo Horizonte (Sucursal) — Os trotesnas escolas superiores mineiras, este ano, ti-veram cunho de assistência social, pois os ca-louros foram obrigados a dar as roupas docorpo e todo o dinheiro que tinham nos bolsospara os pobres.

Isso aconteceu nas Escolas de Engenhariae Veterinária c nas Faculdades de Direito eMedicina da UFMG. Na Faculdade de Direito,onde o número de moças aprovadas aumentaa cada ano, o trote feminino foi cortar cercade um palmo das barras das mini-saias. quese transformaram em minimini-salas.

Deputado cursará Direito em MinasBelo Horizonte (Sucursal) — O novo pre-

sidente da Assembléia Legislativa mineira,Deputado Orlando Andrade, eleito anteontem,que é formado em Agronomia, começa esteano a cursar a Faculdade de Direito de Divi-nópolis. onde fêz vestibular classificando-seem 9." lugar entre os 253 candidatos aprova-dos dos 426 que fizeram o concurso.

Uma das grandes satisfações do Sr. Orlan-do Andrade, além da de ter sido aprovadocom boa classificação, foi a de ter tiradonota dez na prova de História do Brasil, ma-teria que julga importantíssima para todos,"principalmente para quem exerce um cargopúblico."

As aulas na Faculdade de Direito de Dl-vinópolis, distante 114 quilômetros de BeloHorizonte, são ã noite e o presidente da As-sembléia pretende freqüentar todas elas.

Os veteranos da escola, em atenção aocargo que agora ocupa o novo calouro, vãodispensá-lo do trote a que os novatos são sub-metidos, mas não querem deixar que o alunoOrlando Andrade passe inteiramente Incó-lume: vão exigir délc uma compensação, tal-vez um jantar, que deverá ser oferecido aosveteranos, "mas um jantar digno de um pre-sidente de Assembléia."

Jornal do Brasil, quarta-feira, 5-3-69, 1.° Cad. — 13

O Governador Negrão cie Lima inaugurou ontem, na CidadeNova, o Colégio Estadual Martin Luther King. Excedentes da

Faculdade cie Medicina e Cirurgia lançaram uma campanha paraconseguir fundos e criar nova Escola de Medicina. A

partir de segunda-feira, os antigos usuários do extintoCalabouço poderão receber as bôlsas-de-alimentação já

reajustadas de NCrí 60,00 para NCr$ 90,00.

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Excedentes de Medicinalançam campanha paraa criação cie faculdade

Com a campanha Do Nada à Universidade, 648excedentes da Faculdade de Medicina e Cirurgia pre-tendem obter fundos para a criação de uma escolaa ser orientada pela Sociedade Educacional Paulo VI,apesar de saberem que a faculdade, se aprovada, sópoderá matricular 150 alunos.

Segundo os estudantes, a campanha, que visa"auxiliar o Governo", pretende ainda financiar ainstalação de mais duas faculdades: uma de Enge-nharia Eletrotécnica e outra de Filosofia. Para issoé necessário um patrimônio mínimo de NCrS 150mil, que será obtido com a doação de contas de luz

já pagas — e de dinheiro.

HOMENAGEM A UM LÍDER

antigasAPELO

O diretor da Faculdade deMedicina e Cirurgia, professorCarlos Alberto Meireles, consi-dera boa a medida e apoia in-tegralmente a Iniciativa dogrupo de alunos, lamentandoapenas não poder matriculá-losnn sua escola.

A campanha foi lançada nanoite de anteontem, no progra-ma J. Silvestre, e com ela. osexcedentes esperam obter ver-ba para, além de formai- o pa-trimônlo mínimo exigido porlei — NCrS 150 mil — aprimo-rar a sua biblioteca e montarum laboratório experimental.Já receberam doações em di-nhelro de firmas particulares eesperam, em pouco tempo, reu-nir capital com a idéia das con-tas de luz. que serão trocadaspor ações da Eletrobrás.

Os donativos devem ser depo-sitados na conta número 3 955da agência Campo Grande doBanco de Crédito Real de_Ml-nas Gerais, ou em nome da So-ciedade Educacional Paulo VI.

OFERECIMENTO

O diretor do Colégio Belisá-rio dos Santos ofereceu aos alu-nos as instalações de seu cole-

gio, na parte da tarde, a fimde que funcionasse como sededa Faculdade. A oferta foi es-tudada, mas, apesar da boavontade do diretor, e de já con-tar o colégio com um labora-tório em condições de funcio-namento, não foi aceita.

A direção da Sociedade Edu-cacional Paulo VI é formadapelos professores Rogério Ro-ca — presidente — AlquíadesSoares Filho, indicado para di-retor da nova escola; Arioval-do Vulcano, catedrático deHistologia da Escola de Medi-cina e Cirurgia do Rio de Ja-neiro; José Lisboa Miranda, co-ordenador do Ciclo Clínico daEscola de Medicina da Univer-sidade Gama Filho, e FlávioCameleira, vice-presidente daSociedade Educacional PauloVI.

A diretoria estudará um meiode colocação dos excedentesque nâo forem aproveitadospela nova escola de Medicina— no máx4m-a ICO — ^uju vco-—tlbular deverá ser realizado emJunho ou julho. Independente-mente de qualquer resultado dacampanha financeira, os 684excedentes continuam a espe-rar unia solução para o proble-ma surgido com a sua aprova-ção, mas sem classificação.

1. mr > -- ^^mm

mÈÊm%WÈmWÊ&m

Negrão ãescerrou a foto de Luther King, logo à entrada do novo colégio

Conselho debate aumentode matrículas alé 197 5

Fundação do Menor ampliarárede de escolas para pobres

O Conselho Federal de Edu-cação aprovou, em sua sessãode ontem, o relatório final dogrupo de trabalho que estudouo incremento de matrículas noensino superior, no período1969/75.

Acentuou que "a eficácia dequalquer trabalho a longo pra-7.0, sobre a expansão do ensino.superior no país depende, aci-ma de tudo. do aprimoramentodo acervo do informações queserviriam para fundamentar oesforço de planejamento."

DIFICULDADES

O grupo de trabalho foicriado por decreto presidencialpara estudar a expansão dematrículas, nas áreas priorltá-rias do ensino superior, deter-minada pela reforma universl-tarla. Indicou as áreas de re-cursos e os cursos a serem ex-pandidos. Atualmente, outrogrupo de trabalho examinaas medidas sugeridas.

O parecer do CFE conside-rou importantes para o seutrabalho diversos comentáriosc sugestões do relatório dogrupo de trabalho, entre asquais a de que o CFE receba"constante informação do an-da mento dos trabalhos do Ins-títuto de Recursos Humanos,

arso veo que faráem Curitiba

O Ministro da Educação cs-tara dia 24 no Paraná, ondepermanecerá até o dia 30, paratomar providências em suaárea, relacionadas com a ins-talação do Governo federal na-quele Estado, por seis dias.Nesse período será Inauguradoo Centro de Treinamento doMagistério, em Curitiba.

Antes, no dia 22, estarão nacapital paranaense os assessô-res ministeriais, para preparara chegada do Sr. Tarso Dutra,que vai visitar também as ei-dades de Ponta Grossa e Lon-drina, para inaugurar ginásiosorientados para o trabalho.

MATERIAL

Para a inauguração do Cen-lio de Treinamento do Magis-térlo de Curitiba, o InstitutoNacional de Estudos Educacio-liais já encaminhou à Funda-ção Educacional do Estado doParaná — Fundepar — o equi-pamento recebido da Uniccf,através do convênio MEC-INEP-Unícef-UNESCO. Alémdoi equipamentos, a Fundeparrecebeu também material dealojamento e didático.

recentemente instalado no Mi-nistério do Planejamento, eque o Conselho se empenhejunto aos órgãos competentesno sentido de que sejam apri-morados os serviços de esta-tística educacional de âmbitonacional — reconhecidamentemal equipados e. por Isto mes-mo, tardos e pouco precisos."

Ressaltou ainda o parecerque "o leitor do relatório dogrupo de trabalho fica em dl-íiculdades para entender porque íoi indicado o aumento de14,5% no número de vagas ofe-recidas no ensino superior, em1970, e porque esta taxa de au-mento deve-se reduzir, em1971, para 7,9',;., e subir para15,4',1 em 1975."

Boas razões deve m terorientado o grupo de trabalhoa oferecer essas sugestões. Elas,no entanto, não vêm expressasno texto, de modo convincente— diz o parecer. E finaliza:

O trabalho conjunto e a.longo prazo da Câmara dePlanejamento deste Conselhocom o Instituto de RecursosHumanos do Ministério doPlanejamento seguramente háde contribuir para melhor ade-quação desses cálculos às pos-sibilidades do sistema educa-cional e às necessidades domercado de trabalho.

Bgio pedeaumento noEst. do Rio

Niterói (Sucursal) — A De-legada da Sunab do Estado doRio já recebeu 30 pedidos deaumentos de anuidades dos co-lécios fluminenses, cies quaisapenas cinco estão de acordocom o Artigo 8." da Portaria14, de 7 de fevereiro último.

A Sunab vem enviando te-lezrama aos estabelecimentosc'.e ensino. Advertindo-os sobreo aumento ilegal das anuidadese também sobre a cobrança detaxas de matrículas, jóias, etc.,e esclarecendo aos pais de alu-nos, que no caso de aceitarempagar essas taxas, devem guar-dar os recibos para descontarna primeira mensalidade ven-cida.

PRAZO DE PARECER

Desde que o pedido de au-mento de anuidade e taxas es-teja dentro de um dos itensdo Artigo 8.°. o superintendei-te da Sunab terá, de acordocom o parágrafo único do Ar-tlgo 11, um prazo de 45 diaspara dar o seu parecer. Se nâoo fizer neste prazo, o reajusta-mento pleiteado será conside-rodo aprovado.

A rede de 50 escolas que atende, em re-gime de internato e .semi-internato, 7 milcrianças pobres mantidas pela Fundação Es-Uulual do Bem-Estar do Menor deverá serampliada este ano, através de concorrênciapública, ã qual serão submetidos inclusive cscolégios já contratadas.

Os 7 mil alunos matriculados desde o anopassado retomaram normalmente às aulasanteontem e deverão continuar freqüentan-do os mesmos colégios até a realização daconcorrência, marcada para as 14 horas dodia 10. os colégios que não satisfizerem asexigências terão os contratos cancelados, eos alunos serão transferidas para outros.

ESCOLHA RIGOROSA

A concorrência aberta pela Fundação —que é renovada anualmente — se destina àassistência de menores, por intermédio deestabelecimentos de ensino, sob o regime deinternato e semi-inlernato, em jardim-de-infância para as alunos de três e meio atecinco anos de idade, c em curso primárioíundamental para os de seis a 14 anos.

A entidade concorrente deverá declarai;em sua proposta o número de menores quese propõe a assistir, e de que sexo: a diáriaper capita pretendida; o regime (lnternatoou scmi-internatoi ; o curso a ser ministra-do (jardim-de-infâncla, primário fundamen-tal), e se dispõe de condições para a ussis-téneia de alunos especiais'.

A Fundação exige ainda planta c condi-çóes do imóvel, relação das professores e ascondições cio estabelecimento para prestaçãode serviços médicos aos internadas, olimen-taçáo, recreação, alojamentos e enxoval.

Além disso, os educandários ficarão su-jeitos a uma permanente fiscalização da en-tidacie, que mantém uma comissão especial-

mente parei visitá-los e fazer relatórios sô-bre as condições de funcionamento.REFORMULAÇÃO

A Fundação Estadual do Bem-Estar duMenor, fundada há seis meses para sivbsti-tuir o antigo Departamento de Assistênciaaos Menores da Secretaria de Serviços So-ciais, é presidida pelo Sr. Fernando Abe-lheira.

Em atividade há pouco tempo, a Fun-dação vem procurando colocar em práticauma orientação nova em relação á assis-tència aos menores, começando por fazerum cadastro geral dos entidades que recc-bem subvenção estadual para o atendimentode crianças pobres.

Essas entidades ficarão também sob umafiscalização rigorosa, e somente continuorãoa receber o auxilio governamental aquelasque se enquadrarem nas disposições firma-das pela Fundação.

Na parte educacional, a Fundação assis-tiu durante o ano passado, 7 mil menores,distribuídos em 50 estabelecimentos escola-rc.s. O critério para seleção das crianças étambém rigoroso, começando com Uma entre-vista com uma assistente social, na presen-ça dos pais do menor, passando pelo examemédico e um teste com um orientador pe-dagógico.

Somente então a criança é matriculadae a partir dai é mantida pela Fundação atéa conclusão do primário fundamental. Onúmero de menores ê.ste ano deverá ser am-pilado, uma vez que a procura aumentoubastante.

A orientação da Fundação tem sido evi-tar ao máximo colocar a criança em regimede lnternato, pois entendem as seus técnicosque ela deve passar pelo menos uma partedo dia em convívio com os pais. Apenas noscasos cm que a família não possui condi-çóes de manter o menor é que êle é inter-nado.

Repórteres mirins voltam àsaulas e a editar seu jornal

Niterói (Sucursal) — Após quatro me-ses de inativldadc, provocada pelas fériasescolares, cerca de 300 repórteres e redato-res do jornal-tablóide A Conquista retornamàs suas atividades no Grupo Escolar Getú-lio Vargas, nesta capital.

Com Idade média de 10 anos, eles inte-gram o corpo redatorlal do jornal, funda-do e editado pelo centro cívico do grupo.O editorial do segundo número diz que oobjetivo do jornal é "desenvolver o hábitoda leitura, o trabalho em equipe e, princi-palmente. a pesquisa de assuntos que inte-ressam ás crianças."

SURPRESA

Em agosto do ano passado, numa tardeem que despachava normalmente em seugabinete, o Governador Jeremias Fontes foiavisado que alguns repórteres queriam en-trevistá-lo. Pela abertura da porta, reparouque crianças, na ponta dos pês, tentavamvê-lo.

Três garotos uniformizados, cabelos cui-dadosamente penteados, lápis e papel nasmãos. entraram sala a dentro, crivando deperguntas o Governador. Cada qual queriafazer a sua. pedindo para responder maícdevagar, para que pudessem anotar.

Foi assim a entrevista dos repórteres deA Conquista, primeira de uma série compessoas importantes e famosas no Estado,que a cada número preenchia as páginas

do jornal. A linguagem era infantil, redi-gida por criança e para criança.

As perguntas são preparadas em todasas classes, por todos alunos, realizando-sedepois a escolha das mais inteligentes, pró-prias para a pessoa a ser entrevistada. Nuncasurgiram tantas perguntas como no dia emque o entrevistado íoi Gérson, "o melhore o mais bacana jogador de futebol domundo."

APERTO

Aos entrevistados são feitas perguntasrepentinas e algumas vezes maliciosas: "Go-vernador, é verdade que V. Exa. mora numpalacete? Por que V. Exa. tem sobrevoadoNiterói de helicóptero?"

Ou em outro número: "Gérson, qual oesporte que você pratica além do futebol?Já marcou algum gol contra? Você torcepelo Fluminense mesmo?"

As reportagens se sucedem num jornalbem feito, cheio de curiosidades, humoris-mo e coisas sérias. Numa coluna intituladaComo a gente miúda vê Caxias, lê-se:

"Era um moço que sabia lutar" ou "Ca-xlas foi um soldado que usava barba gran-de, era valente e muito bonito."

Em outra parte, os repórteres-mirinstranscrevem a conversa de duas pulgas, umapassando pela outra, num cachorro: "Queruma carona? perguntou a primeira; "Não.'.brigada. Meu cachorro vem aí."

Colégio Luther King é oprimeiro da Cidade Nova

O Colégio Estadual Revê-rendo Martin Luther King,inaugurado ontem pelo Go-vernador Negrão de Lima, éa primeira obra concluídada Cidade Nova e a oitavaunidade integrada de ensl-no da Guanabara.

A unidade integrada, naRua Joaquim Palhares, fun-cionará num prédio de trêsandares, com 31 salas de au-Ia, laboratório de Física eQuímica, auditório, cantina,gabinete médico e dentário,e tem capacidade para 2 500alunos em dois turnos.

HOMENAGEM

Depois que o GovernadorNegrão de Lima descerrou oretrato de Martin LutherKing, na entrada do prédio,a menina Leda Maria Lou-reiro Martins, aluna do ni-vel 6, falou em nome dosalunos, sobre o exemplo deamor, trabalho e dedicaçãodo líder negro. Leda termi-nou o discurso chorando efoi abraçada pelo Governa-dor Negrão de Lima e peloSecretário de Educação, Sr.Gonzaga da Gama Filho.

Todos os outros oradorestambém se referiram à viciade Luther King e ao seuexemplo de luta por umideal. O diretor-geral daunidade Integrada, profes-sor Roberto Francisco Mar-chesinl, falou ainda da ati-Vldade do Governo estadual

no setor da educação, lem-brando a importância dacriação das unidades inte-gradas, dos ginásios orien-tados para o trabalho e daexperiência de integraçãoescola-comunidade.

Falou em seguida o depu-tado Sousa Marques, dizen-do que foi convidado a dis-cursar, e aceitou, porque"também sou um pastor ba-tlsta, irmão de raça deLuther King, e pelo respei-to que tenho à sua memó-ria". O deputado Sousa Mar-quês falou sobre a vida deLuther King, sua luta pelosdireitos dos negros e suamorte.

O Secretário Gonzaga daGama Filho lembrou que asobras da nova escola foramIniciadas na administraçãodo ex-secretário de Educa-ção, Benjamim de Moraisque também estava presen-te — e falou da importân-cia da educação para o de-senvolvimento do país.

— A dificuldade para odesenvolvimento está na di-mensão do Brasil, na ina-dequação das estruturaspara o esforço pelo progres-.so, e a concorrência comtantas nações já desenvol-vidas, além de ter que sedesenvolver com gente sub-desenvolvida. A solução éum esforço no campo daeducação, para criar umaconsciência nacional — di.s-se o Secretário de Educação.

Trezentos querem bôlsas-de-estudo no exterior maspor ora só existem 35 vagas professores

O Sr. Gama Filho termi-''nou o discurso citando uni'trecho de Luther King, em.que êle diz que "não somosaquilo que queremos ser;"não somos aquilo que dese-%j arámos ser; não somesaquilo que seremos, mas oque eu sei é que somos o quenão éramos."

O Governador Negrão de'Lima foi o último a falar,e também referiu-se aoexemplo de Martin LutherKing, "ao valor da sua vidae ao significado de sua.morte."

A unidade integrada dé'1ensino é formada peloscursos primário, ginasial,clássico e científico e tema vantagem de garantir aoaluno uma vaga permanen-te na escola, em todos os ei-cios. Além disso, os alunostêm um tratamento cons-'tante em todos os estágios,e não há uma modificaçãobrusca nos métodos de en- 'sino, o que ocorre quando a'criança muda de uma esco-Ia para outra.

Estiveram presentes ain-da à inauguração do Cole-gio Martin Luther King oSecretário de Governo, Sr.Humberto Braga, o repre-sentante do Embaixadornorte-americano, Sr. Denys 'Allred, e a Sra. Elinor Hal-le, adido cultural da Embai- .xada norte-americana, alémde dezenas de professoras •estaduais e alunos de outrasescolas próximas.

São Pauloreexaminará

n sCerca de 300 universitários já solicitaram bôl-

sas-de-estudo no exterior, sendo que este ano a CA-PES concederá 35 bolsas, mas o Conselho Nacionalde Pesquisa ainda não sabe quantas poderá oferecer,pois depende de dotações orçamentárias.

Os bolsistas, em sua maioria, preferem a Ame-rica do Norte e recebem do Governo brasileiro, alémda passagem de ida e volta e da matrícula, uma aju-da de 225 dólares para os solteiros e de 375 dólarespara os casados.BOLSAS

Este ano, na CAPES, houveaumento de 26 bolsas em re-laçáo ao último ano, que foiprejudicado com ti contençãode verbas pelo Ministério doPlanejamento. Já o CNPq nãotem dados exaitos sobre o nú-mero de bòtsns, que varia con-forme a dotação de cada setor.Mas mantém 110 bolsistas noexterior.

Foi criado, recentemente, umsetor de Ciências Sociais, queabrange Psicologia e Comunica-

ção. porém um diretor doCNPq, Sr. Ivâ Gonçalves deFreitas, declarou que CiênciasMédicas e Biologia são as maisprocuradas^

Atualmente existem 260 es-ludantes de curso superior forado pais, e o exame de docuriien-taçáo. considerado muito rigo-roso pelo Conselho, deixa pou-ca chance para muitos candi-dates qualificados.

A CAPES ainda possui con-vênio com as embaixadas es-trangoiras e além das 35 bôl-sas completas fornece 60 bolsasparciais. No próximo dia 11 ha-verá. no oitavo andar da RuaMarechal Câmara, o exame deseleção da CAPES, para candi-da tos a 20 bolsas de Psicologiapara a Bélgica.

CRÍTICA

Carlos Alberto da Silva, queíoi bolsista pelo CNPq. obteveO título de PHD em Geofísicana Universidade Berkeley, naCalifórnia, e trouxe como no-vidade um método novo deprospecção de metais, inventa-do por éle durante estágio na-queía universidade.

O estudante considera a bòl-sa de manutenção razoável, cri-tlcando apenas o atraso no pa-gamento, o que deixa o estu-dante sem dinheiro por perio-dos superiores a três meses,obriga ndo-o a recorrer aos co-legas e- à própria Universidade,

Além disso, informou que deum a cinco estudantes que re-cebem bolsa ficam no exterior,pois é muito fácil se despre-ocupar com a realidade brasi-leira, devido á falta de conta-to que têm com o país.

REQUISITOS

Para candidatar-se o interes-sado deve preencher formulárioda Comissão do Aperfeiçoa-mento e Pessoal do Ensino Su-perlor, ou do Conselho Nacio-nal de Pesquisa. A CAPES fun-ciona na Rua Marechal Cama-ra. 210, oitavo andar, c oCNPq na mesma rua, no nú-mero 250, quinto andar.

O candidato deverá apresen-tar um histórico do seu cursosuperior, a autorização do seulocal de trabalho para afasta-mento provisório, que deve serapresentada em carta ou oficio,c ainda um atestado de co-nliecimentó do idioma do paisque escolheu.

Segue a indicação de um pro-fessor ou profissional do mes-mo ramo, que serve como refe-rência. Só os candidatos quetenham esgotado suas possibili-dades de aperfeiçoamento noBrasil é que poderão se insere-ver.

As inscrições da CAPES estãoabertas até o dia 31 de agostoe o CNPq recebe pedidos sóaté maio.

São Paulo (Sucursal) — Estáprevista para a segunda quin.-,zena deste mês a realização dosegundo concurso para o in-^gresso no magistério municipal,,mantidas as 13 mil inscriçõesfeitas por ocasião do primeiro,exame, que foi anulado peloprefeito Faria Lima sob suspei-ta de quebra de sigilo e irregu-laridades na apuração eletrõ-nica.

No primeiro exame, realizadono dia 15 de janeiro, último,foram aprovados 20^i dos can--didatos, quando só havia 750vagas. No despacho que deter-mina a anulação das provas, oprefeito Fnrin Lima manda quese abra inquérito administrati-vo para apurar os responsáveispelas irregularidades.

O diretor do Departamentode Administração do Município,Sr. Paulo Vilaça, afirmou quena apuração eletrônica das pro-.vas houve falhas mecânicas.Adiantou que muitos cartõesforam marcados pelos cândida- "tos de maneira imprecisa e, porisso. foram rejeitados pelocomputador, mas "consta queeles foram corrigidos manual-mente c, novamente compu-tados."

Bolsa para alimentarão sv.ruentregue na segunda-feira

Os estudantes bolsistas daDivisão de Educação Extra-Escolar do MEC — antigosusuárias do extinto Restauran-te do Calabouço — poderão re-c?bcr o auxilio, reajustado deNCrS 60,00 para NCrS 90,00, apartir de segunda-feira.

O número de bolsistas, noentanto, será menor que o doa.no passado, pois alguns seformaram, outros abandona-ram os estudos. A informaçãoc de que o número original de

1680 deverá oscilar em tornode 1500 este ano.

NOVAS INSCRIÇÕES

Informações não oficiais re-gistram também que está sen-do estudada a extensão doau-xílio a outros estudantes, cesna abertura de novas inscrições.O auxilio de NCrS 90,00, aexemplo do que ocorreu em1968, será pago antecipada-mente.

Curso estudaproblemasde habitação

O Centro de Pesquisas Ha-bitncionai.s promove, pela pri-meira vez na América Latina,curso sobre arquitetura e meioambiente, para encontrar so-lução dos problemas habita-cionais do pais através do es- "tudo da compatlbilizaçáo entrecondições climáticas locais esócio-económicos das famílias,

O curso, que teve início an-teontem e se estenderá até odia 28, com aulas diárias, das18 ás 20h 30m, no auditório doIPEG (Av. Presidente Var-gas n.° 670, 19.° andar). Des-tína-se a arquitetos e enge-nheiros.

O curso abordará problemasde conforto térmico em paísesde clima quente c temperado;analisará, em particular, ascaracterísticas que devem teros edifícios no Rio e em outrasde clima similar, para melho-ria das condições térmicas semo auxilio de equipamentos me-cànicos; serão examinados oproblema do ruído em centrosurbanos e os aspectos da ilu-mir.ação natural em escolas,hospitais e f abri ws.

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1 14 —• 1.° Cad., Jornal do Braiül, qüafita-feirà" 5-3-tT:»

Prefeito procura um médico ESTlL0 modernopara Casimiro de Abreu pormeio de anúncio em jornais

Niterói (Sucursal) — "Precisa-se de um médicoque esteja disposto a dirigir um moderno hospital,bem montado, em Casimiro de Abreu, podendo o can-didato formar ainda, em pouco tempo, uma grandeClientela particular e tomar-se milionário."

Este é um anúncio que o prefeito de Casimirode Abreu, Sr. José Bicudo Jardim, publicou ontemem jornais fluminenses. Êle está na expectativa deachar um médico que dirija o Hospital Nogueira deSousa, cuja construção, iniciada há 20 anos, termi-nou em fins de 1968.

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O DRAMA

O prefeito explicou que•foi obrigado a apelar para oanúncio classificado depoisde constatar as dificuldadesdo Estado para, através daSecretaria de Saúde, desig-nar um médico que atendasua população, estimada em25 mil habitantes e que seespalha por uma área poéti-ca de 800 quilômetros, qua-tirados onde serra e mar semisturam.

O Sr. José Bicudo Jardimdisse que, para atender aiodas as necessidades doMunicipio precisaria de cin-co a seis médicos. Êle ficarasatisfeito se o apelo fôratendido pelo

'menos por

um. O anúncio afirma aindaque "a coletividade se dis-põe, inclusive, a se cotizarpara pagar os honorários devm médico." O prefeito sali-enta que Casimiro de Abreunão fica tão longe assim:apenas três horas de Niteróie quatro do Rio, contando-sea travessia por lancha-

MACUMBA

Por falta de médico, a po-pulação de Casimiro deAbreu se vale do baixo espi-ritismo para resolver seusproblemas de saúde, prolife-rando ali os terreiros, deonde o paciente sai, geral-mente, munido de uma be-beragem. Na falta de umremédio eficaz, a bebera-gem "acalenta o sonho dacura", segundo o prefeito.

O Sr. José Bicudo jardimtentou ontem, em Niterói,uma entrevista com o Reitorda Universidade FederalFluminense, professor Bar-

reto Neto, a quem preten-dia oferecer o Hospital No-gueira de Sousa para sertransformado em hospital-escola, com o aproveltamen-to de alguns excedentes doúltimo vestibular de Medi-cina.

— Estou desesperado. Seo reitor quiser, eu dou ohospital e ainda pago aju-da de custo e taxas de hos-pedagem para professorese alunos. Quero apenas vê-Io funcionando, pois os me-dicamentos que comprei comsacrifício correm o risco dese estragarem por falta deuso.

COM JEREMIAS

A entrevista do prefeitocom o reitor não foi pos-sivel ontem porqiíe o Sr.Barreto Neto está em férias.O Sr. José Bicudo Jardimpediu um encontro com oGovernador Jeremias Fon-tes, através do GabineteCivil do Palácio Nilo Peça-nha, para ver se consegueo médico.

O problema de Casimirode Abreu reflete o de ou-tros municípios de peque-nas dimensões, onde a faltade médicos é uma constan-te. Em Silva Jardim, Cam-buci, Laje de Muriaé e nu-ma grande região de serrasde Macaé, o drama é igual.Em Campos, o Município demaior área territorial doEstado — três vezes e meiaa da Guanabara — existe'apenas um médico para ca-da grupo de 20 mil pessoase a população é superior a350 mil habitantes.

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CENTRAIS ELÉTRICAS DE SÃO PAULO S.fl.-CESP

GOVERNO ABREU SODRÉEDITAL DE CONCORRÊNCIA

Concorrência Pública n.° 8/69Acha-se aberta nesta Companhia, Concorrência Pública

n.° 8/69, para execução do levantamento topográfico-cadas-trai da bacia de acumulação da usina de Promissão.

As firmas concorrentes deverão apresentar suas propôs-ias nesta capital, à Avenida Paulista, 2086 — PC — Sala deConcorrências, no dia 27 de março de 1969, às 15 horas,em 2 (dois) invólucros fechados e lacrados, contendo todosos documentos referentes à idoneidade técnica e financeira.

As normas gerais e especificações técnicas deverão serretiradas por pessoa devidamente credenciada, no setor deconcorrências no local supra mencionado, mediante o paga-mento de NCr$ 300,00 (trezentos cruzeiros novos) por 3exemplares.

A CESP reserva-se o direito de aceitar a proposta quelhe parecer mais vantajosa, independentemente de preço ouqualquer outra condição oferecida, podendo desistir ouanular a presente concorrência sem que caiba aos interessa-dos direito a qualquer indenização, reembolso ou compen-sação pela exclusão ou rejeição de suas propostas.

São Paulo, 4 de marco de 1969.PROF. LUCAS NOGUEIRA GARCEZ

Diretor Presidente (P

BANCO DO BRASIL S.A.CARTEIRA DE COMÉRCIO EXTERIOR

COMUNICADO N.° 261A CARTEIRA DE COMÉRCIO EXTERIOR DO

BANCO DO BRASIL S.A., com base nos itensII e IV da Resolução n.° 12, de 10-3-67, doCONCEX, e consoante recomendação do Co-mitê de Ordenamento da Oferta do Óleo deAAamona, torna público que, nas exportaçõesdo produto para os países membros do Mer-cado Comum Europeu, destinadas ao consu-mo previsto na posição tarifária comum daCEE, capitulada sob o item 15.07.Cl a) 2, de-verão .ser observadas, a. partir desta data, asseguintes bases mínimas de preço, em dóia-res americanos, ou seu equivalente em outrasmoedas:

tipo US$ 265,00 p/t- F.O.EV.tipo USS 260,00 p/t- F.O.B.tipo US$ 260,00 p/t - F.O.B.

Fica cancelado o Comunicado n.° 256, de14-1-69, desta Carteira.

Rio de Janeiro (GB), 4 de março de 1969

a) Benediclo Fonseca Moreira — Diretora) Fernando de Souza Oliveira — Gerente de

Exportação.

Informal e paciente, o carioca foi à liquidação querendo vestir-se bem

Turismo faz Retração de fim de estaçãocongresso em é a origem das liquidaçõesG. do Jordão de verão nas casas de moda

São Paulo (Sucursal) —Jornalistas e escritores deturismo realizarão entre 26e 28 deste mês em Camposdo Jordão o primeiro con-gresso brasileiro da classe.Na ocasião será tentada aaprovação de um código deética.

A Secretaria de Cultura,de Esportes e de Turismo doEstado colaborará com a ini-clativa, que é promoção daAssociação Brasileira cieJornalistas o Escritores deTurismo.

AGENDA

Representantes de todasos Estados deverão compa-recer ao encontro, que tra-tara dos preparativos parao primeiro congresso latino-americano da especialidade,a realizar-se em Montevi-deu, no próximo mês.

Faz parte da agencia dareunião de Campos do Jor-dão a criação e instalaçãode seções estaduais da As-sociação e a preparação deuma conferência interpar-lamentar de turismo, comsede em Belo Horizonte ecom data a ser marcada.

Casamentoem Minas sóapós eniso

Belo Horizonte (Sucursal) —-Três meses antes de casar, oscatólicos desta capital estãoobrigados a se inscrever no cur-so para noivos que já está sen-do ministrado em 70 das 113paróquias ria Arquidiocese.

Sem o diploma do curso aArquidiocese não concederá li-cença para o casamento, poisfoi constatado que "cs noivesestão incipientes para o rela-cionamento humano, n vidaconjugai e a espiritualidade ciomatrimônio."

A retração do mercado consumidor ao final daestação é — segundo os gerentes — a razão das li-quidações de verão, adotadas até mesmo por estabe-lecimentos tradicionais, nas principais lojas de modaadulta na zona sul.

O movimento diminuiu um pouco ontem nascasas em liquidação em Copacabana e Ipanema, coma formação de filas, sempre pequenas. As mulheres,principalmente, reclamam da qualidade dos artigoscolocados à venda com preços remarcados.

O PROBLEMA

O único problema que a Ar-quicliocese de Belo Horizonteestá enfremanclo para insta-lar cursos obrigatórios em tõ-das as 113 paróquias é o deprofessores .suficientes e emcondições. Cada curso consta ciedez aulas, dadas à noite por umcasal, um psicólogo, um médicoe um padre.

Duranle o curso cada casalé estudado separadamente epreparado para a vida matrl-monial. Os noivos devem seapresentar na paróquia com obatistério três meses antes ciocasamento.

A campanha será levada emseguida às cidades vizinhas deBelo Horizonte.

FIM DE ESTAÇÃO

A liquidação de fim de es-tação está sendo promovidaeste ano por inúmeras casasde moda masculina e femi-nina. sob o argumento deque "o verão chega ao fime precisamos renovar os es-toques." Para o gerente daWindsor Copocabana, Sr.Hélio Aires, porém, o mo-tivo é outro:

Na verdade, falta mesmo édinheiro. Nossa casa jamaisrealizou uma liquidação,mas agora não há solução.Este ano tivemos um nume-ro bem maior de artigos compouca saída e nos vimosforçados a liquidá-los paraque não encalhassem. Mui-tos estão sendo vendidos apreço de custo ou mesmo li-geiramente inferior.¦ A loja Windsor está ven-dendo alguns ternos de ter-gal a NCrS 33.00 e os balco-nistas garantem que não hádefeito. Camisas de malha,imitando rodiela, que háalguns dias custavam NCrS72,00, são vendidas agora aNCrS 32.00, havendo cami-sas de malha a NCr$ 9,00 ecalças de corte moderno aNCrS 10,00.

As liquidações devem du-rar 15 dias, mas algumascasas, como a Windsor, pre-tendem encerrá-las hoje.As casas mais procuradas— Dijon, Temper, PulmanDominatti — não trocammercadoria de liquidação esó vendem à vista.

QUEIXAS

Os que compravam arti-gos masculinos ontem naslojas de Copacabana sequeixavam dos preços, "que

continuam alto.s." A Sra.Matilde Lopes Fontes, fun-cioniiria do INPS, mostra-va-se contrariada.

— Os preços normais sãotão altos que, mesmo quan-

do se anunciam "grandes re-marcações", eles são aindacaros. Mas o problema prin-cipal continua a ser a qua-lidade dos artigos expostos:há pouca coisa bonita paraescolha, porque o melhornunca é liquidado. Até ago-ra não encontrei uma cami-sa decente para dar ao meuirmão-

PARA MULHERES

As lojas de roupas prontaspara mulheres registraramontem também um movi-mento menor. As mais pro-curadas — Agacê, Zacha-rias, Mademoiselle, Etoile —colocaram em liquidaçãovestidos de malha sintética,jérsei, jk e de algodão, masas mulheres classificaram-nos de horrorosos.

São tão feios que é pre-ciso muita coragem paracomprar algum.

Os vestidos prontos estãosendo vendidos a preços en-tre NCrS 20,00 e NCrS 100,00,jnas alguns, de malha slnté-tica, custam na liquidação,até NCrS 160,00. A gerenteda loja Mademoiselle, naAvenida N. Sra. de Copaca-bana, confirmou que as ven-cias no verão foram as maisfracas dos últimos tempos.

Se até o carnaval a coi-sa não estava muito boa,depois piorou muito. Agora,na liquidação, também nãose está vendendo muito por-que o pessoal está sobrecar-regado com a compra domaterial escolar.

As lojas que vendem teci-dos também liquidam. Omovimento maior ontem foina Barbosa Freitas da es-quina de Avenida N. Sra. deCopacabana com Santa Cia-ra. Os tecidos mais vendi-dos são o zibeline, a NCrS20.00 o metro, a seda pura, aNCrS 15,00 o metro, e odiagonne, a NCrS 14,00 ometro.

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liço cie

A Sociedade Assistencial de Oficiais do Exército - SAOExinforma que as 22a. reunião do FAECO-GB, 16a. reunião da Fl-NABRA e 10a. reunião do FAECO-GB, setor AMAL serão realiza-das obedecendo o seguinte programa

dia: 8 de março (sábado)hora: das 13h30m às 16 horaslocal: CÍRCULO MILITAR DA PRAIA VERMELHA

Praça General Tibúrcio — Praia Vermelha

A GERÊNCIA

Prefeiturapaulistaganha no STF

Brasília (Suounsal) — O Su-ipremo Tribunal Federal encer-nau antiem antiga demanda en-tre uma imobiliária e a Prefei-tura de São Paulo, iniciadaporque eaia revogou decretotomanlab inexeqüivel a cons-traição do Tropical Piaüace Ho-tel de São Paulo, com 1500apartamentos, que . seria omaior da Aimérica do Sul.

A djecisão foi unânime, pro-ferida pela segunda turma doSupremo Tribunal Federal. OMinistro Amaral Santos, ale-gundo sua condição de paulis-ta e conhecedor do assunto,declarou que "essa foi uma dasmaiores patifarias praticadasno Estado." O relator do pro-cesso foi o Ministro AliomarBaleeiro.xsurmo ato •

Na véspera de deixar a Pre-leitora de São Paulo, no dia 5de abril de 1961, o Sr. Ade-mar de Barros baixou o decre-to 5130/61, que, à guisa de re-giulameiwar uma lei, alterou ogabarito, na Avenida Consola-ção, para as obras de constru-ção de hotéis e hospitais.

No dia seguinte, a Imobi-liaria Deville entrou com umpediildo para a construção deum hotel — o Tropical PalaceHotel de São Paulo — comárea de 71 500 metiros quadra-dos e 1500 apartamentos. Aconstrução custaria na épocaquase NCr$ 2 milhões.

O pedido foi processado enipoucas horas. No mesmo diapercorreu nada menos que 22repartições, recebendo a.prova-ção geral. No dia 7 foi ex-pedido o Alvará, que tomou onúmero 169 965/61.

Bm seguida, o Sr. PrestesMaia assumiu a Prefeitura esoube do escândalo. Baixou,imediatamente o Decreto ...õ 155/61, anulando o primeiro,.pana restabelecei- a lei. Comisso, a área do hotel teria queser reduzida para 51 741 metrosquadrados.

A imobiliária, alegando umprejuízo superior a NO'$ 900mil. pediu indenização contraa Prefeitura, exigindo aindacorreção monetária. Ganhouem primeira instância, perdeuno Tribunal de Justiça, e vol-tou a perder ontem, na pri-meirá turma. O relator foi oMinistro Aliomar Baleeiro.

S. Paulo temmais verbapara água

São Paulo (Sucursal) — Pa-ra que mais 173 milhões de li-tros de água sejam distribuídasdiariamente nesta capital emais 75 milhões na região doABC, a Companhia Metropoli-tana de Água e o Departamen-Io de Águas e Esgotos tem au-torização para contratar obrasno valor de cerca de NCrS 5milhões.

Como parte do programa deaproveitamento integral dosrecursos da Represa de Guará-piranga, o Departamento deÁguas c Esgotos vai instalar31 750 metros de canalizaçãopara a distribuição cie água.Para aumentar a retirada deá g u a da Represa Billings, aCompanhia Metropolitana deÁgua vai aplicar cerca de NCrS4 milhões.

Norte-Sulterá inícioem abril

A primeira parte da Aveni-da Norte—Sul que ligará as Ar-cos da Lapa á Rua da Cario-ca, será iniciada em abril, se-guildo informou ontem a Sur-san. Do centro da cidade, aNorte—Sul prosseguirá até oGaleão e este trecho fioarásobresponsabilidade do DNER queestá programando o seu traça-do d3 modo a torná-la tet ai-mente bloqueada ao tráfegourbano, a travos de pistas ele-vadas,PRIMEIRA ETAPA

Do Largo da Carioca ã La-pa. a Avenida Norte—Sul terá640m de extensão. 10.50m delargura e 4,50m de altura. O De-parlamento de Urbanização daSürsan está encarregado deconstruir esta etapa. Um via-diKo da Norte—Sul atravessaráperpendicularmente a AvenidaChile, file será iniciado no pró-ximo mês e vai ser construi-do em concreto protendido.Terá 53m de comprimento —sc.irio 32m de vão livre — e34m de largura. Além de pis-tas para o tráfego, o viadutocontará com duas passagenslaterais para pedestres, em ni-vel inferior ao das pistas derolamento.

Agricultoresse unem poreletricidade

Brasiliu (Sucursal) — À pri-meira Cooperativa Central deEletrificação Rural do pais íoiconstituída em Brasília, paraunir agricultores c criadoresnuma maior utilização da ele-tricidade em seus trabalhos. ACooperativa Central contratarácom empresas concessionáriasa compra de quotas de- energiaelétrica em baixa ou nlta ten-são: transmissão, distribuição evenda da energia a tarifas aces-síveis: construção, manutençãoe exploração de linhas detransmissão c redes de distrl-buição: além de empréstimospara atingir suas finalidades oupara suas filiadas compraremaparelhos de baixa tensão.

Cantagalo ganha litígio e ,fica com o rico calcárioque Cordeiro também queria

Niterói — O Departamento Geográfico da Secre*-taria de Obras do Estado do Rio considerou Canta-galo como o verdadeiro dono das reservas de calca-rio que farão, a partir de 1970, a riqueza do centro-norte fluminense. Esta decisão fulminou a preten-são de Cordeiro, que lutava pela mesma coisa.

Cantagalo e Cordeiro sempre divergiram sóbreseus limites. A briga se acentuou a partir de 1964,quando fortes, grupos da indústria de cimento deci-diram se instalar na região de Vai de Palmas, ondeo calcário é da melhor qualidade, formado de purocloreto de sódio.A BRIGA

Em 1965, as fábricas Mauáe Alvorada, duas das mais po-derosas do país, compraram asprimeiras reservas de calcáriona região contestada e come-çaram a montar novas Indús-trlas no Centro-Norte. A disputapelos limites entre Cordeiro eCantagalo recrudesceu porqueas duas fábricas, a partir de1970, pagarão NCrS 1 milhãoe 400 mil de impostos mensaisà Prefeitura.

Coube a Cantagalo, por in-termédio de seu prefeito, Sr.João Carlos de Abreu, provocaro Departamento Geográfico dolistado, que realizou pesquisaspara corrigir os limites entreos dois municípios. Cordeiroalegava ter o seu território cor-tado pelo córrego Vai de Pai-mas, para garantir o direitoàs reservas de calcário.

OS LIMITES

Segundo um mapa que o De-partamento Geográfico come-çou a elaborar, a situação doslimites entre os dois municl-pios fica assim delineada: ocórrego Vai de Palmas, quenasee na fazenda do mesmo no-me. em Cantagalo, vai marge-ando o antigo leito da estradade ferro, a qual atravessa duasvezes (até desembocar no rioMacuco.

Cordeiro desejava que o li-mite fosse feito através do cór-rego Bom Vale, que nasce nafazenda do mesmo nome. Istodeixaria dentro de seu terri-tório o córrego Vai de Palmase todas as reservas de calca-rio, bem como as duas fábri-cas de cimento em montagem.

Segundo as pesquisas do De-partamento Geográfico, o cór-

rego Bom Vale não aparece co-mo fator determinante, emqualquer época, dos limites autre Cordeiro e Cantagalo.A RIQUEZA

De economia incipiente —baseada desde suas origens noBrasil colonial na agropecuá-ria hoje em decadência — òCentro-Norte viu de repente a,riqueza chegar, com a utiliza-ção em larga escala das reser-vas de calcário, que poderãoser exploradas sem se esgota,-rem até o ano 2000.^As fábricas Mauá e Alvora-da, que começarão a operarcomercialmente em janeiro de1970, produzirão diariamente,cada uma, 25 mil sacas de ei-mento. Elas irão explorar aáreservas de calcário, compraidas de particulares e que po-dem ser comparadas, em ex1tensão, ao morro do Corcova-rio, no Rio.

O prefeito de Cantagalo. Sr.João Carlos de Abreu, disseque mais dois grupos de impor?táncia, no ramo do cimentq,começaram a fazer sondagensno município para instalar ou1trás fábricas também na regiàçde Vai de Palmas, onde come-ça a nascer a "cidade brasilei*ra do calcário". Esses gruposrepresentam os interesses dáVotcrantim e da Cápua e Cárpua, Um grupo português emais outro, originário da Suíjça também pesquisam as conj-riições de mercado para se ins-talarem em Vai de Palmas, i

Em Cantagalo, que proclamaagora a posse plena sóbre akcobiçadas reservas de calcário.o prefeito disse que há umgrande orgulho entre a popu*lação: o de que as sólidas es-truturas do Maracanã têm suasorigens na principal matéria-prima de seu município.

Justiça do Estado do Riodirá hoje se Saquaremapertence aos carmelitas

*Niterói (Sucursal) — Será julgada hoje a ação

rescisória que o Departamento do Estado do Rio morve contra a Ordem Carmelitana de Santo Elias, queconseguiu registrar uma Carta de Sesmaria, de qua:tro séculos, para se proclamar dona de grande partedo Território de Saquarema.

O Estado tenta, com a ação, representando osseus interesses e o da própria população de Saqua-rema, anular uma decisão da 2.a Vara Cível, do Mu-nicípio, que considerou legal o registro dos documen-tos pela Ordem de Santo Elias.A HISTÓRIA

Segundo o Departamentode Patrimônio, a Carta deSesmaria com a qual os Car-melitas se proclamam donosdas terras contestadas, per-deu o seu valor no próprioséculo em que foi concedidaa uma Ordem antecessora, ade Santo Elias, porque teriade ser renovada, desde a suaexpedição, de 20 em 20 anos,o que não aconteceu.

Para robustecer a açãorescisória de argumentos vá-lidos, os advogados do De-partamento de Patrimôniodo Estado mergulharam, du-rante três meses, nos volu-mes do Arquivo Nacional epesquisaram, em compén-dios diversos toda a Histó-ria do Brasil Colonial.

A Secretaria de Adminis-tração-Geral acredita que odesembargador Paulo de

Castilhos. relator da ação,que já requereu a sua apo-sentadoria, acabará compa-recendo, hoje, ao Tribunal,pois o ato que o colocará nainatividade ainda não íoipublicado e êle continua, pai-ra todos os efeitos, integrardo ao Judiciário.

Para o Secretário, a vitó-ria do Estado, no caso de Sa-quarema, deverá ser pacifi-ca, argumentando que "a

prevalecer o argumento usá-do pela Ordem de SantoElias, os descendentes em li-nha direta dos antigos ca-pitães de capitanias heredir 'tárias, acabarão, também,por reivindicar, de direito,todo o território brasileiro,como bem de herança natu-ral." >

BANCO DO BRASIL S.AAVISO

Levamos ao conhecimento dos Senhores Acionis-las que a Assembléia Geral Extraordinária, realizadaem 25-2-69, deliberou elevar o capital social destebanco, de NCr$ 60 000 000,00 para NCrS 240 000 000,00, da seguinte maneira:

a) distribuição aos atuais acionistas de120 000 000 de ações novas, de NCrS 1,00cada uma, na proporção de duas ações no-vas por uma antiga; e

b) chamada complementar de recursos do valorde NCrS 60 000 000,00, mediante emissão de60 000 000 de ações novas, de NCrS 1,00cada uma, reservado o direilo de preferèn-cia aos Acionistas na subscrição de uma açãonova por uma que possuam na composiçãodo antigo capital de NCrS 60 000 000,00,op^rando-se a integralização, pelo valor no-minai, no ato da subscrição.

Deliberou ainda a referida Assembléia estabele-cer o prazo de 60 dias, a partir da publicação da Alarespectiva, para o exercício desse direito.

Tão logo publicada a Ata da Assembléia GeralExtraordinária no Diário Oficial, divulgaremos, pnoimprensa, instruções visando a facilitar o exercício,pelos Senhores Acionistas, do direito de preferência'à subscrição.

Informamos, finalmente, que ficarão suspensaspor 15 dias, a partir de 10-3-69, a transferência dóações.

Brasília (DF), 4 de março de 1969.

Oswaldo Roberto ColinDiretor-Adminislrativo(r

Jornal do Brasil, quarta-feira, 5-3-OS), l.o Cad. — ig

rtaçaotem novosincentivos

Brasília (Sucursal) — o Pre-sedente Costa e Silva assinouontem decreto-lei que concedeestímulos fiscais à exportaçãode produtos manufaturados, co-mo incentivo à indústria na-cional.

.As fábricas e exportadorasterão crédito tributários sobresuas vendas para o exterior,como ressarcimento de tributospagos internamente.

¦ O longo decreto-lei estabele-ce competência ao Ministro daFazenda para conceder bene-fícios — isenção ou reduçãodo imposto de importação e doimposto de produtos industria-lizadcs — para a importação debens de capital para a implan-tação, ampliação e reequipa-monto de empresas exportado-ras.

A isenção é estendida paraos aparelhos, para os carros deparaplégicos e ao material semsimilar nacional importado di-retamente pelo interessado oupelas empresas de automóveisiiacionais.

Fica assegurado a manuten-ção e utilização do crédito doIPI relativo às matérias-pri-mas, produtos intermediários ematerial de embalagem usadosna industrialização de produtosexportados.

Governo aumenta redescontoa bancos em NCr$ 100milhões

A criação de uma faixa especial de redescontopara o sistema bancário nacional, que corres-ponde a 20 por cento dos limites normais dosbancos e significava novo aíluxo de dinheiro emaproximadamente NCrS 100 milhões, foi a prin-cipal medida tomada ontem pelo Ministro Del-fim Neto.

Em reunião com representantes da redebancária de todo o país, o Ministro da Fazen-da pediu aos banqueiros que dessem imediatautilização a estes recursos extraordinários con-cedidos pelo Governo, a juros especiais de 12 porcento ao ano.FUNÇÃO DO CRÉDITO

Segundo comunicado do Ministério da Fa-zenda, a faixa especial de redesconto deverá• ser utilizada até 15 de abril próximo e se apli-cará exclusivamente no financiamento de du-plicatas e outros títulos representativos dastransações efetuadas pelo comércio e indústriacom vencimentos até 120 dias.

O. dispositivo se aplica às duplicatas e titu-los acolhidos a partir de 1.9. de março último.Disse o Ministro Delfim Neto que tais medidaseram aprovadas como forma de "dinamizar asoperações de crédito, permitindo o atendimen-to imediato das necessidades legítimas do co-mércio e indústria."SIGILO BANCÁRIO

Nessa ocasião, o Ministro Delfim Neto as-segurou aos banqueiros que "ninguém deve pôrem dúvida a garantia do Governo de que o si-gilo bancário e o sigilo que cerca as declarações

do imposto de renda serão mantidos, excoluan-do-so unicamente os casos expressamente pre-vistos na lei."

—- Há instruções muito claras do PresidenteCosta e Silva a este respeito — enfatizou oMinistro da Fazenda.

CAPITAL DE GIROComunicou ainda o Ministro que as auto-

ridades monetárias, em conjunto decidiram tam- 'bém permitir às sociedades financeiras renovarsuas operações de capital de giro, desde que comos mesmos clientes e até o montante já devi-do para cada operação.

Entende o Sr. Delfim Neto que esta medi-da contribuirá para diminuir a pressão sobreo sistema bancário e desafogar a situação nestaárea, sem prejuízo da continuidade da políticanntiinflacionária.

A REUNIÃOParticiparam da reunião com 0 Ministro da

Fazenda e o presidente do Banco Central, Sr.Emane Galvêas, os seguintes banqueiros: Srs.Teófilo de Azeredo Santos, presidente do Sindi--cato dos Bancos da Guanabara; Rui de CastroMagalhães e Antônio Noronha Guarani e Fran-cisco de Assis Castro, do Sindicato de Minas;João Nantes, Justo Pinheiro e Geraldo Vidigal'de São Paulo e representantes da FederaçãoBrasileira das Associações de Bancos.

Compareceram ainda os Srs. Júlio Avelar,da União de Bancos do Brasil; Jorge Oscar deMelo Flores; Hamilton Prisco Paraíso, presi-

dento do sindicato dos Bancos da Bahia, eLuis Biolchini, presidente da Federação Nacio-nal dos BancosREPERCUSSÃO

O presidente da Confederação das Associa-ções Comerciais do Brasil, Sr. Antônio Carlosdo Amaral Osório, afirmou que a criação deunia faixa especial de redesconto para todo osistema bancário correspondendo a 20% doslimites normais dos bancos, demonstrou maisuma vez que as autoridades monetárias napessoa do Ministro Delfim Neto, estão atentaspara agir diante do aparecimento de anorma-lidades, atuando no momento justo e atenden-do às necessidades realmente existentes. Asmedidas terão como conseqüência o alivioimediato da situação creditícia, não deixandomargem para que subsista qualquer apreensão.As providências são oportunas, inteligentes ehábeis.

çy presidente da Associação Comercial deSão Paulo, Sr. Daniel Machado de Campos,

. disse ontem na capital paulista, após um con-tato telefônico com o Ministro Delfim Natoque "S. Excia. está sempre sensível e atentoà conjuntura econômica nacional" e aplaudiuas medidas anunciadas, pois "elas virão cor-rigir a situação creditícia vigente, fazendo comque as atividades produtoras retomem seuritmo normal de desenvolvimento."O QUE REPRESENTAM AS MEDIDAS

1. NCr$ 100 MILnOES - A faixa espe-ciai agora criada representa 20% dos tetos

BANCO DO BRASIL S.A.

Carteira de Comércio Exterior

COMUNICADO N.° 260A Carteira de Comércio Exterior, com upoio nas Instruções que

regem especificamente as modalidades da assistência creditícia oraeo alcance dos exportadores, objeto das Resoluções n.°s 3 • 43 doConselho Nacional do Comércio Exterior, • considerando a conve-nièncía de consolidar, em um só instrumento de consulta, os respec-livos mecanismos de financiamento, torna público o seguinte:

I — O sistema de financiamento à exportação, excetuado o daprodução para a exportação, abrange os seguintes tipos deoperação;

1) financiamento a exportação propriamente dila;i) a curto prazo: até 180 dias;

ii) a médio o longo prazos: acima d* 180 dias;

2) financiamento â exportação em consignação.

3) financiamento à venda do serviços no exterior.

II — As diversas modalidades de financiamento são praticadas den-tro das seguintes normas:

1) FINANCIAMENTO Ã EXPORTAÇÃO PROPRIAMENTE DITA

i) financiamento à exportação a curto praia:Abrange es exportações de mercadorias vendi-

das a prazo de até 180 dias e sao realizadas pelosbancos autorizados a operar em cambio;

ii) financiamento às exporlajões a médio * longo pra-xot pela CACEX:

a) compreende a exportação de bens de capital • efeconsumo durável, para pagamento a médio • longoprazos, podendo o financiamento cm moeda estran-geira atingir 80% (oitenta por cento) do valor fatu-rado, cabendo ao importador efetuar o pagamento,até o embarque, de pelo menos 20% (vinte porcento) desse valor;

b) as exporlaçõas para pagamento a prazo superior a180 dias, previstas nestas normas, poderão ser auto-rizadas independentemente da venda antecipada decâmbio, quando o exportador não solicitar o refí-nanciamento ou este fór recusado pelos órgãos fi-nanciadores; nesse caso, os títulos representativos fi-carSo depositados na Carteira de Câmbio do Bancodo Brasil S.A. para fechamento de câmbio por oca-síáo de sua liquidação;

c) as operações de refinanciamento poderão abrangero valor do seguro o do frete, desde que o Irans-porte se verifique em navios de bandeira brasileira,ou em bandeira estrangeira, caso comprovada • im-poibibüiddde de transporte regulôr sob bandeira na-cional, nos prazos estabelecidos para embarque áamercadoria;

d) o refinanciamento poderá ser estendido às opera-çoes em moeda convênio ou inconversfveis. ouvidopreviamente o Banco Central do Brasil sobre o as-pecto cambial da transação;

e) para os fins de refinanciamento os títulos serão en-freguês à entidade refinanciadora pelo valor total daexportação, edmitindo-sa o fechamento de câmbiopor ocasião do pagamento dos cruzeiros ao expor-tador;

2) FINANCIAMENTO À EXPORTAÇÃO EM CONSIGNAÇÃO,PELA CACEX:

a) abrange a exportação cm consignação de bens decapital e de consumo durável, bem assim produtosoutros que, a critério da CACEX, possam mereceridêntico tratamento pelas peculiaridades de seu co-mércio ou pela conveniência de um esforço maiorpara sua colocação o cuja penetração no mercadointernacional convenha ser promovida;

b) o financiamento poderá ser concedido até 80% (oi-tenta por cento) do valor C.I.F. da mercadoria, Avisla das características de cada operação, calculadoo contravalor em cruzeiros em função da taxa decompra do dólar na date do financiamento;

c) as operações da espécie serão contratadas por prazoaté 180 dias, prorrogáveis por idêntico período, emcasos devidamente justificado .,

d) a autorização para exportação da mercadoria ficacondicionada à observância do que dispõem as nor-mas em vigor, que regulamentam a exportação con-duzida em regime de consignação;

3) FINANCIAMENTO Ã VENDA DE SERVIÇOS NO EXTERIORPELA CACEX:

a) abrange a venda de estudos e projetos técnico-eco-nómicos e de engenharia destinados a empreendi-mentos no exterior, os quais compreendem, cm parteou no todo:

i) estudo de planejamento;Ü) estudos de viabilidade técnica e econômica;

üí) elaboração de projete:: anteprojeto, proieto bá-sico e projeto executivo;

iv) a fiscalização de execução de obras especializa-das, inclusive serviços de montagem;

b) à vista das características de cada operação, serãoestabelecidas as respectivas condições de financia-mento, aplicáveis, na parte cambial, as normas cons-tantes da modalidade de operação a que se refereo inciso II, itom 1, subitem "ii", do presente Co-mun Içado;

;. -?T??zzzÍ2 ^T&fJdtMÍe para financiamento as opera-

çces que possam propiciar fornecimento de produ-los brasileiros para execução dos empreendimentosprojetados. (

HI — Os Bancos autorizados a operar em cambio podem financiar,com recursos próprios, as operações de que trata este Comu-nicado, observadas as normas aqui referidas e as disposiçõesque o Banco Central do Brasil estabelecer.

Rio de Janeiro (GB), 4 de março de 1969

(a.) Benedicto Fonseca Moreira, Diretor

(a.) Fernando d* Sousa Oliveira, Gerente de Exportação. (P

normais de redescontos. Como estes correspon-dem a 5% dos depósitos bancários apuradosem 5-1-69, temos que a nova disponibilidadepara o crédito é de 1% sobre esses depósitosou seja, quase NCr$ 100 milhões.

2. TAXAS BAIXAS — A maioria dosbancos, dadas as dificuldades atuais do cré-dito, está-se utilizando do redesconto, sistemaque lhes permite atender seus clientes, embo-ra a taxa de 22% ao ano. Esta taxa encareceos custos dos bancos. A" faixa especial agoracriada terá juros de 12%, o que favorece a po-litica de taxas reduzidas.

3. APLICAÇÃO SELETIVA — A nova íai-xa terá de ser utilizada pelos bancos no re-desconto de títulos representativos de transa-ções efetuadas pelo comércio e indústria. (Porexemplo: Promissórias, desde que vinculadas aoperações de compra e venda). Não beneficia,portanto, empréstimos com base em promis-sórias. As operações terão de ter prazo máxi-mo de 120 dias.

4. CAPITAL DE GIRO — A autorizaçãopara que as financeiras renovem as operaçõesde financiamento ao capital de giro significaque tais operações — que totalizam cerca deNCr$ 2 bilhões — poderão ser mantidas nafaixa das instituições financeiras não banca-rias. Os clientes destas operações não terão,por isso, necessidade' de bater às portas dosbancos para liquidá-las.

Herrera vemtratar demais crédito

A Comissão Coordenadora daAliança para o Progresso —Cocnp informou, ontem, que upresidente do Banco Interna-cional de Desenvolvimento, Sr.• Felipe Herrera, chegará a'uBrasil no próximo dia 9, .afim de aprovar novos projetosde financiamento, avaliados cmmais de USS 46 milhões.

Durante sua permanência no-Brasil, o presidente do BID se-rá recebido pelos Ministros doPlanejamento, da Fazenda, dasRelações Exteriores e da Edu-cação, além dos presidentes cioBanco Central e da Confedera-cão Nacional da Indústria, e oGovernador da Guanabara, Sr.Negrão de Lima.AGENDA •

No dia 14 estará em Brasília,onde receberá a condecoraçãodo Mérito Educacional, pelosrelevantes serviços prestadasao Brasil no campo da Educa-ção, principalmente pelo em-préstimo feito no ano passado,no valor de USS 25 milhões,para a dinamização do ensinosuperior no pais. No mesmodia o Sr. Felipe Herrera irá aMinas Gerais, a fim de visitaras obras que estão sendo fi-nanciadas pelo BID naqueleEstado, regressando a Wasli-ington.

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reais do mercado. Supervisionamos diretamente a execuçãode cada transação e o processo de administração devalores, para assegurar os interesses do investidor. J

Recruíamos os melhores executivos:O convite ao lado apareceu neste jornal, em março de 1968.De mais de 100 candidatos, selecionamos dois. Estes homêSi

'têm sólida experiência executiva e "bacKground" no mercado 'financeiro, bem como estudos em universidades dosEstados Unidos e Inglaterra (35% de nossa equipe tem grauuniversitário, totalizando quase 70 anos de estudos superiores,dos quais 30 são no exterior).

Damos intensivo treinamento especializado:Esses dois executivos passaram por rigoroso treinamento: doismeses de estudos sobre métodos operacionais, dois depesquisa dos principais investimentos e quatro emassessoramento de investidores. Ministramos um curso degerência, de dois meses, com filmes e instrução programada,da American Management Association e, finalmente, nossosexecutivos se qualificaram nos exames ditados pela Resolução39 do Banco Central.

Delegamos autoridade:atnbuimos responsabilidades:Os dois homens selecionados ocupam hoje posições dedestaque em nossa sociedade. Em 1968, nosso movimento foide NCr$ 287.000.000, mais de um milhão de cruzeirosnovos por dial Nossos executivos são diretamente responsáveispor este movimento, o que explica o rigor empregado emrecrutamento e treinamento. O executivo começa em nivel deassessor e, â medida que se comprova sua capacidade,é promovido rapidamente a sub-gerente e gerente. Temoscargos de diretor vagos, que serão preenchidos por homensque seguem este caminho.

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Oportunidade!Seleção para executivos novamente aberta:A partir desta semana, convidamos de novo, homens de gabaritopara selecionar 3 executivos. Os requisitos básicos são:(1) universidade completa, (2) idade de 25 a 35 anos, (3) talentoe experiência em vendas ou relações públicas, (4) conhecimentodo mercado íinanceiro. Candidatos devem-se apresentar emnossa loja, na Rua do Mercado, 7, em frente à Bolsa de Valores,na Praça XV, para entrevista preliminar, a partir das 9:30 horas,de segunda a sexta-feira, ou poderão marcar hora para entrevistasigilosa através do telefone 31-4155 (Sr. Bittencourt).

í!.e-V?i.Cê tem"m amigo com êsles requisitos, êíe poderá ficar agradecido sevocê lhe mostrar este convite).

S-N INVESTIMENTOS S.A.Rua do Mercado, 7

J SUBSIDIÁRIA DO BANCO CREFISUL DE INVESTIMENTO S.A.

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i16 rr i-° Cad., Jornal do Brasil, quarta-feira, Õ-3-6U

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Reabertura do debate entreBrasil e EUA sobre solúveltraz melhores perspectivas

A reabertura do debate bilateral entre os Gover-nos do Brasil e dos Estados Unidos, sóbre as exporta-ções de café solúvel brasileiro para o mercado inter-no norte-americano, proporcionada pela solução poglítica a que chegaram os árbitros da Organização In-ternacional do Café. dão novas perspectivas à posi-ção brasileira de repúdio à denúncia de tratamentodiscriminatório na negociação do produto.

A informação foi prestada ontem por uma altafonte do Ministério da Indústria e do Comércio, ex-plicando que apesar das contradições aparentes sô-bre a interpretação do voto do presidente da Juntade Arbitragem, o sueco Odevall, o que parece, real-mente, é «que êle quis se manter isento, deixandotransparecer, entretanto, que o problema existe e queo Brasil tem a obrigação de procurar saná-lo da me-¦lhor maneira possível.ALÍVIO E SATISFAÇÃO

Legislação do imposto derenda sofre alteração quepermite redução de multas

Brasília (Sucursal) — A legislação do impostode renda foi alterada ontem, em decreto-lei do Pre-sidente Costa, e Silva, que determina, inclusive, 50por cento de redução da multa devida ao Fisco nosprocessos com reclamação ou recurso não julgadosem definitivo na esfera'administrativa.

A redução, no entanto, só será feita se os in-teressados requererem o pagamento até 4 deabril próximo e efetuarem o pagamento do débitoaté 30 do mesmo mês. O ato isenta ainda do impôs-to de renda as remessas de juros ao exterior, devidoàs agências de Governos estrangeiros, quando hou-ver reciprocidade de tratamento.

São Paulo (Sucursal) — Overedito da Junta Arbitrai daOrganização Internacional doCafé foi recebido pelos indus-triais brasileiros como a vitó-ria do Brasil no caso do cafésolúvel, que veio trazer umasensação de alivio à classe,além de imensa satisfação.

Os industriais não acreditam

que o Governo do PresidenteRichard Nixon venha a adotaralguma taxação unilateral ago-ra contra o solúvel brasileiro,pois isso. além de prejudicaros próprios norte-americanos,não seria uma boa política pa-xa quem está em vias de enviar.missão aos paises da AméricaLatina.

A VITÓRIA

Após esclarecer que é impro-vável a taxação unilateral donosso solúvel — porque o para-grafo quarto do Artigo 44 doAcordo Internacional do Café

obrigaria os Estados Unidos a

efetuarem a mesma taxação

imposta ao Brasil ao solúvel

procedente de todos os demais

paises, entre eles o México e

uma série de outros na Amé-

rica Central, cujos fabricantes

são companhias norte-america-

nas — os industriais paulistasinformaram sóbre um fator

decisivo na vitória do Brasil.

Trata-se de um parecer de

cerca de cem laudas feilo pelo

Professor Rubens Gomes deSousa, considerado uma. dasmaiores autoridades brasileirasem assuntos de tributação, quefoi entregue, a pedido do Go-vêrno Brasileiro, ao ex-Minis-tro Paulo Egídio Martins, re-presentante do Brasil na juntada OIC. O parecer, segundo osindustriais, permitiu ao Sr.Paulo Egídio fulminar a argu-mentação do representantenorte-americano, David Her-witz, que, aliás, já foi assisten-te de um trabalho sóbre tributa-ção publicado pela Universida-(te de Harvard, em que o Pro-fessor Rubens Gomes de Sousafoi co-autor.

Entre outras coisas, o parecer— que será divulgado á im-prensa brevemente — arrasacom o Artigo 44 do Acordo In-ternacional do Café, impostopelos norte-americanos e dizque o Brasil jamais poderiaaceitar uma taxação dos Esta-dos Unidos por ser isso contraa própria Constituição do país.

Outro fator que contribuiu,segundo os industriais paulis-tas, para que o Brasil saíssevitorioso, foi a mudança de Go-vêrno norte-americano — "Ni-

xon não é intransigente comoJohnson" — compreerídendo-setambém a saída do Departa-

mento de Estado do Sr. Antony

Solomon, membro da GeneralFoods. A esse respeito, lamen-tou-se que não tivesse também

deixado o Governo brasileiro"um amigo do Sr. Solomon."

SOCIEDADE ANÔNIMA

Pica suspensa, pelo decreto-lei, até 30 de junho, a cobran-ça do imposto sóbre o aumen-to do fundo de reserva das so-ciedades anônimas que, atéaquela data, tenham aumenta-do o capital com rçcursos dereservas ou lucros em sus-penso.

Exclui do pagamento na íon-te. à razão de três por cento,as importâncias aplicadas nopagamento de fretes de trans-porte ferroviário, aéreo, marí-timo. fluvial ou lacustre. Da-termina que o saldo dos divi-dòiídõs e bonificações não re-clamado pelos acionistas dén-tro de CO dias, contados dadata da publicação da assem-bléia-geral da empresa, deve-rn ser depositado no Banco doBrasil, em conta vinculada. Odepósito deve ser efetuado noprazo de 15 dias, sob pena deincidência do imposto de ren-da na fonte, como rendimentode beneficiário não identifi-«ido.

MENOR POBRE

O ato estabelece abatimon-to no imposto para contribuiu-te que eduque menor pebre.O abatimento será igual àsdespesas com o menor, "até olimite anual para dependente."

Não se aplica o imposto derenda sóbre bonificações emdinheiro e dividendos de açõesao portador, quando este nãose identificar, e nos seguintescases:

Os dividendos de açõesnominativas e quaisquer boni-ficações, exceto ações novas, aelas atribuídas, quando per-teneentes a pessoas jurídicas.

Os interesses e quaisquerrendimentos de títulos nomina-tives denominados "partes be-neficiáriás" ou "partes de fun-

dador", quando pertencentes apessoa jurídica.

Os iucros e interesses dis-tribuídos por outras socieda-des, mesmo das anônimas, aquaisquer pessoas jurídicas.

O valor das ações novase os interesses além dos divi-detidos atribuídos às pessoasjurídicas titulares de ações no-minativas, nos casos de utili-zação de quaisquer fundos, in-clusive os de amortização, dedepreciação e de reavaliaçãodo ativo, ou de valorização doativo ou de venda de partesem redução do capital.

PEDIDO DE ISENÇÃO

Niterói (Sucursal) — A Pe-coração das Associações Rurais¦rio Estado pediu ao Secretáriode Finanças, Sr. Renato Ti-moco de Faria, a isenção do im-posto sóbre circulação de mer-caclorias na primeira operação.

O pedido foi feito em ofícioenviado ã Secretaria de Fi-nanças, no qual o presidente daFederação das Associações Ru-rais do Estado, Sr. FrancelinoBastos França, cita o Estadode São Paulo como exemplo,pois concedeu a isenção com!base no convênio de Porto Ale-gre, firmado em fevereiro de1968 e que deixa a critério dossignatários a concessão ou nãotia isenção.

SÓ NO ESTADO

A isenção é para as transa-ções que se efetuem dentro dopróprio Estado, com o produtoin natura. No oficio o Sr.Francelino França lembra quea cobrança do ICM ao produtorcria' pa.ra ólc uma série de di-ificuldades, pois fica obrigado amanter "escrituração fiscal, apreencher notas e a estar emconstantes relações com o me-canismó de arrecadação e lis-calizacáo do Estado."

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BOLSAS E MERCADOSMOEDAS

DÓLARCompra 3,905Venda 3,930

O Banco do Brasil afixou, on-tem, na, abertura, as seguintescotações por unidade.

Compra Vcní»Moedas NCrí, NCrí

Dólar J.905 3,930Dólar Oan. ... 3,6257» 3,65865

Libra Ester, 0,33412 9,41352. Fraaiteo Suíço 0,90035' 0,9KM Xellm Austr. 0,150537 0,153469

Marco Alem. 0,96961 0,97778 Lira 0,006210 0,006276 Escudo Port. 0,135503 0,138338

Florim 1,07582 1,08468 Coroa Diu. ... 0,31870 0,52398 Pesei* Nominal Nominal

Franco Belga 0,077709 0,078403 Coroa Nor. .. 0,54545 0,55090 Píeo Arg. .. .. 0,010153 0,012300

Franco Fraue. 0,73763 0,79464 Coroa Sueca 0,75323 0,76003 Peso TIrug. ... Nominal Nominal

1UO DE JANEIRO — O mercado de açõescontinuou em alta ontem. Ao fixar-seom 362,2, o tolice BV subiu mais 6,3pontos om relação ao nível de segunda-feira. ExcMmíto-so algumas operações dl-retas, foram negociadas 1 836 mil ações,no montante de NCrS 3 352 mil. As opc-rações a termo, que corresponderam a

BOLSAS DE VALORES5,4% doa operações a visUi, assumiram aimportância de NCr$ 1S5 910, correspon-dente a 154 mil ações negociadas. Dasações que compõem o IBV, 11 estiveramem alta; três em baixa o quatro perma-necnram estáveis. As m/ais negociadas ío-ram as da Pctrobrós, América Fabril.Brahma, Belgo-Mineira a Brasileira de

Energia Elétrica. Registraram as maiores•altas: Scmia Cruz (4- 9,5), Mesbla-prefc-renoiaÍ3 (-}- 4,9), Bralima-ordinárias (-i-3,4), Alpargatas (+3,2) o Vale do Rio Doce-portador (-j- 3,2). As que mais caíram:Brasileira de Energia Elétrica (-v !,'«).Banco do Brasil (— 1,0) o Fetrobrao-prc-rcrcn.ciR.is (— 0,7).

MÍDIA 8. X. DO» TlTULOS PARTICULARES NA DÔLSA DO RIO DE JANEIRO

04-03-691(1407

03-03-6911057

25-02-6940637

14-02-6940853

ELABORADA PELA ORGANIZAÇÃO S. N. LTDA.FUNDOS MÜTUOS DK INVESTIMENTOS

Data

ORB3CTNCO ATLÂNTICO- TAMOIO SB SABBA VERA CRUZ SUL BRASIL NORTEC AIMORÍ IPIRANGA (157) ...FF CRESCINCC BGI (157) CARAVELLO FIC . .BOZANO SIMGNSENBAHIA (157) FEDERAL BANKIVEST (157) ...CREP1NAN (157) BRAFISA (157) INVESTBANCO (157)INVESTBANCO . . .HALLES HALLES f 157) BIB (157) COND. DELTEC

30-

042821

02-6901-09¦02-09¦02-6902-6912-63

¦02-6902-69¦02-6902 -69¦02-6902-69¦02-69¦02-6902-6902-6902-69¦02-69

-02-69-02-69-02-69-02-09-03-69-03-69

Valor da Cota

i,3ia4,021.C30.808.1(11,910,201,3031,87'.541.8-14,511.1091,872,9412.35G

15.1751.03¦1,531,350.7S31,4941.920.605

Março de 1968572G

i.

úlf„ Distribuição Valor do Fundt

28-11-68 (0,058) 109 396 684,6331-12-68 (0,020) 3 783 082,4031-01-69 (0,40> 1 542 700,7031-12-68 (0.005) :; 59(1 237,2931-12-68 (0,33) 3 25-1 293,2431-12-98 (0,20) 41 750,29novembro (0,02) 143 03,1,4931-03-68 (0,08) 2 499 585,93

:; 34(1 009,1414 074 037,71

2 242 191,24 1 490 801,03

SI-12-63 (0,609) 5 112 684,3530-09-83 (0,08) 3 533 059,39dez.—03 i(0,080) 25 039 787,00Jun.—68 (0,120) 21 689 557,0021-01-89 (0,90) 3 320 553,69

l 901 428.9423 795 570,82

320 024,90

31-12-88 (0,05) 2 130 973.6830-08-03 (0,09) 3 188 752,6115-04-68 (0,08) 20 721 769,9313-02-63 (0,044) 20 4-18 689,20

AçõesCot. Qmn-

Média tid.ule 'Cot. Quan-

Média tidade

ACÔF.S DF, CIAS.DIVERSAS

A. VILLARES, Prcf.,Classe A 1,34 37 800

A. VILLARES, Pref.,Classe B 1,30 9 000

ALPARGATAS .... 2,89 16 000AMÉRICA FABRIL 0.24 148 000A N T. PAULISTA,C/Bon 1.12 16 900

ARNO. C/42 1,45 14100B. DO BRASIL. Dir.Subsc 6,00 67 771

B. DO BRASIL, Ex/Subsc 6,30 24 440

B. DO BRASIL, C/gllbcc. 10.98 10 117

BANCO DO ESTA-DO DA GUANA-BARA 6,00 12 396

BELGO-MINEIRA . 0,65 143 200BRÁS. DE E. ELE-

TRICA ..' 0,77 104 600BRÁS. DE ROUPAS 0,51 1 700BRASMOTOR, Pref.,

Ex/Bon. C/10 .. 1,72 li 000BRASMOTOR, Ord.,

Ex/Bon., C/41 .. 1.70 3 000BRAHMA, Pref. ... 2,60 145 000BRAHMA, Ord. ... 2.46 31300CBUM 0,20 4 000

CASA M A S S O N,Ord 1.25 500

CIMENTO ARATU,Ex/Bon 3,82 300

CIMENTO ITAÜ,Pref., Ex/Dl v.,Ant 6.50 SO00

D. F. VASCONCE-LOS 0,90 942

D. DE SANTOS .. 1,39 57 900D, ISABEL, Pref. 1,20 21700D. ISABEL, Ord. 0,99 2 000DUCAL ROUPAS . 0,90 2 500DURATEX, Ord.

C/19 3,30 2 500EDITORA JOSÉ

OLÍMPIO, Pref.,Ant 1.25 1 000

ESTRELA, Frei. .. HW- inSTO"ESTRELA, Ord. .. 1.50 200F. BRASILEIRO . . 2,72 20 200FERRO BRASILEI-

RO, Rec 2,60 700FIAÇÃO E TECE-

LAGEM D. ROSA.Ord., Port 1,11 600

F. E LUZ DE MiGERAIS 0,72 13 200

F. E LUZ DO PA-RANA 0.61 11000

GLOBEX 0,80 100 000HIME. Pref 0,34 23 200

Ações Cot. Quan-Média tidade

KD30N 4,17 4 600LETRAS HD70TE-

CARIAS DO BEG 0,84 750LISTAS TELE-

FÔNICAS, C/28 . 0,65 500L. AMERICANAS . 6,15 5 800SIDER. MANNES-

MANN Pref., Ex/Bon. .' 0,75 56 600

SIDER. MANNES-MANN. Ord 0,78 4 000

MESBLA. Pref.,Novas 1,44 20 400

M E S B L A, Pref.,Ant 1,50 24 000

MESBLA. Ord.,Ant 1,41 17 600

MESBLA, Ord.,—Novas .."77

"1,39 4800

M. FLUMINENSE . 1,24 23 000N. AMÉRICA, Ord.,Port 1,80 48 500

P. DE F. E LUZ 0,78 86 100PETROBRÁS, Pref. 1,34 63 017PETROBRÁS, Ord. 1,00 194 700PETR. IPIRANGA,

Pref., Ex/Dir. .. 1,91 38 000PETR. IPIRANGA,

Ord., Ex Dir. .. 1,83 15 000PETR. IPIRANGA,

Ord.. Rec 1,90 600

Cot. Quan-AçOei Media tidade

REF. UNIÃO, Pref..EX/DlV 1,60 7 600

REF. UNIÃO, Orri.,Ex/Div 1,65 1 000

S B SABBA, Prcf.Nom 1,00 5 000

SIDER. NACIONAL,Port 0,83 22 800

SAMITRI 1.07 12 000S. CRUZ Ex/Bon. 6,12 67 700S. CRUZ| Rec. .. 5,90 80S. AMÉRICA CAP. 1.00 9 750SUPERGAS BRÁS 0,80 5 000V. RIO DOCE, Port. 4,18 51500V. RIO DOCE, Nom. 4,18 375W1LLYS, Prcf 0.5G 7 50ÜWILLYS, Ord. ... 6.04 Ha 7nr>WHITE MARTINS 6,33 11 200

MERCADOA TERMOAMÉRICA FABRIL

(60 dias) 100 000 0,26B E L G O-MINEIRA

(00 dias) 3 000 0,71BRÁS. DE E. ELE-

TRICA (60 dias) 5 000 0,83FERRO BRASILEI-

RO (60 dias) ... 25 000 2,91FERRO BRASILEI-

RO (90 dias) .. 8 000 1,50

Sao Paulo (Sucursal) — A sessão rea-ílzada no dia de ontem, como a da vés-pera, continuou animada e com grandeagitação, tendo sido efetuados elevadonúmero de negócios. As cotações manti-reram-se em alta, e o Índice Bòvespa re-nlstrou um novo recorde, acusando umaumento de 8.1 pontos (-f- 2,7%) flxan-do-sc em 307,9 pontos. Das companhiasque o compõem, 21 subiram, 8 baixaram epermaneceram estáveis. O total negociadofoi de NCrs 2 267 604, com os papéis acio-nários participando com NCrS 1756 486, em

Nova Iorque (UPI-JB) — A Bolsa deValores de Nova Iorque funcionou ontemem alta, com o Indico da UPI subindo0.82 por cento. Das 1575 ações negocia-das, 950 estiveram em alta e 382 cm bal-

«ií>0 operaróes. O volume de negócios atin-glu a cifra de NCrS 2 267 604, a quantkla-de de 897 515 títulos e a realização de537 operações. As ações que mrds subi-ram: Bco. Com. e Indústria — Pref. ( +3,3',7,), Bco. do Estado de São Paulo ( +

4,4<;), Aços Vilares — Pref. cupão A (-f-5,3rt), Aços Vilares — Pref. Cl.B (4-

G,4r;,), Alpargatas — Cupão (+ 1.8';,),Arno Cúpâo 42 (+ 1,5%), Casa Anglo Bra-Rllelra í-f 2,5%), Cimento Itaú — Ord.Nom. Ex-bon. (+ 10,3%), Cimento Itaú— Pref. Port. c/bon. at. (+ 3,7%), OI-

NOVA IORQUExa. A média industrial Dow Joues subiu10,83 pontos, fechando cm 919,51. O tridt-ce da Bolsa registrou uma alta de 47 cen-tavos no preço médio das ações. Os obser-vadores atribuíram a alta ao aumento mis

mento Itaú — Pref. Port. novas ex-bon,(-f 1.5%), Duratex — Ord. cupão 21 ( +11,4%), Duratex — Prcf. cupão 21 (-!-2,2%), Ferro Brasileiro i-\- 8,7%), Kibon

(+ Mír,). Moinho Santista cupão 26 í-i-2,5%), Sousa Cruz ex-bon. (-(- 12,1%), Valedo Rio Doce (+ 4,6',',.). As que mais bal-xnram: Bco. Com. o Indústria ord. (—2,1%), Docas de Santos — Ex-cllv. < —

1,4%), Petrobrás — ord. nom. (— 5,7%),Willys — ord. port. (— 1,6%).

vendas de automóveis no fim de feve-íclro: uma alta de seis por cento nasconstruções cm Janeiro, com relação adezembro de 1968; e o continuo aumentoda produção de aço.

NoTa Iorque (UPI-JB) — Modta d» Dow-Jones na Bolsa d* Nova Iorque ontem:

AÇÕES

30 INDUSTRIAIS20 FERROVIAS

Abcrt. Máx. Mio. Fin.

910,62 022,55 903,50 919.511 4258,02 254,04 250,88 (252,63 -{

Varia.

10,880,68

AÇÕES

15 CON"CESSIONARUS05 AÇÕES

Abcrt. Máx. Min. Fin. Varia.

132,41 133,56 132,00 132,89 -j- 0,54324,60 328,07 823,58 328,66 + 2,47

Vendas naa ações utilizadas no Índice: IndustriaiB «ta 600. Ferrovias 83 300; Concessionárias Scrvicra Públicos 9íi 000.

índice Dow-Jon« ú» futuros do mercadorias (média 1924-26) (representa 100). Final 139,54 (-j- 0,46).

PREÇOS FINAIS:

Nora lorquo (UPI-JB) — Preços ílnali na Bólaa de Valorei d» ÍTova Iorque ontem:

A J IritJ ..:Allied Chom .Allis Chal ..Am Can ...Am Met Cl .Amer Std ...Amer Smel .Am T & T .Amer Tob ..Anaconda ...Armour Atlan Rlcll .Atlas Cor]) ..Bendix Beth SU ....BGH Can Pnc ....Cuí»e J I .. ¦ •Cerro Ches & Oh .

1532—1/227—5/854—1/245—5,841—5/37152—1/238—1/45457—1/2105

643—11\33—5 8229—1/482—1/217—7/83668—3/8

Chrysler Col Gas Con Ed Coni Can ...Cont Stl Cord Pd Curtira W ...Du Pon t East Air L .Eastman Electron SpcFord Gen Ele Gen Foods ..Gen Motors .Gillette Goodyear Grace w R .IBM Int Harv ...

5229—3/433—3 465—1/843—1/438—1/224—3/8

157—1,226—7/872—1/222-50-87

-1/2¦3/4

-1/8/878-

5157—3 840—7/8

34—1.4

lllt Nict Int Tel & TelJohns MauvllleKennecott ....Kroger Lehman Lockheed Loews TheiLLonestar CemMobil Oll Nat Cash R ..Nat Dlst Nat Lead —Otis Elev Pac G El Pan Am Penn N YPhillips PPUb S E GRCA

Cen

36—1/250—1,878—1847—1/23021—7,84447—1/422—7/854

111—1/24166—7,84736—1/823—7 '8

59—5 868—3/434—1/443—3,4

Rcp Stl Rey Tob Sears Sinclair Southern R ..Std O Cat ...Std O Ind ..Std O N J ..std Brands ..Stml Worth ..Swlít Tech Mat ....Texaco Texas Gulf ..Textron Timken XIn Carbide ..Union PacificUtd Aircr ...Utd Fruit ...

46—1/442—1/264—3, 8

12758—1/267—1-257—1.479—1/443—1/25330—1/210—1/481—7/831—3-837—1/237—1/44352—1/476—3/854

U S StOCl ... 45u s Gypsum 82U S Smelting 47—3/8Union Royal 26—3 I!Warner Bro3 53—3/8Woohvtii 30Weatg El 66—5 8Alllen Inc ... 70—3'4Ark La Gns .. 34—3/8Creole P 38—3/8Espcy Mfg ... 27—l,aGlant Ycil ... 14—1/2Home Oll A .. 41Husky Oil ... 21—l/BNorf So Ity .. 34—3/4Seeman 12Syntcx 57—3/8

LONDRESLondres (UPI-JB) — A Bolsa de Va-

lóres trabalhou ontem Irregular, com uma

grande alta nas ações da British Petro-leum sendo a principal noticia. As açõesda BP tiveram alta de oito xelins, sendocoladas agora a 149 xelins c seis pence,cm conseqüência da entrada da cmpré.ia

Cafá-Rlo — O mercado de cate dispo-nível continuou ontem sustentado, man-tendo-se o tipo 7. saíra 1968-69, ao preçode NCr$ 8.00 por 10 quilos. Não houvevendas e fechou calmo.

Açúcar-Rio — Mercado firme e lnnl-terado, tendo chegado 6 800 sucos proce-dentes de São Paulo e saído 5 000, ílcan-do em estoque 25 068 sacos.

Algodão-Rio — O mercado d» ivlgo-dão em rama funcionou calmo e está-vel. Vieram 128 fardos de São Paulo • 76

no mercado de postos de serviço dos Es-tados Unidos. Os títulos do Governo co-meçaram cm baixa, se estabilizaram nomelo da sessão e fecharam em altas [ra-cionárias. Entre as indústrias, subiram aImperial Chemical, Rank. Hudíon Bay eBcechnm. caindo Unilcvcr. Glaxo e DUnlop.

MERCADORIASde Minas Gerais. Foram embarcados 200e a existência é de I 026 fardos.

Açúcar-Nova Iorque — O açúcar paraentrega futura do contrato mundial nume-ro 8 fechou ontem com alta de um aseis pontos. Foram vendidos 2 931 con-tratos. O contrato nacional número 10fechou com alta de um a dois pontos.Não houve vendas.

Cacau-.Vova Iorque — O cacau paraentrega futura fechou ontem com alta de36 a 45 pontos. Foram vendidos 2 124 con-tratos.

Bancos e empresas de seguros em alta;nçóes norte-americanas cm baixa; entre a*minas, alta na Anglo American e na daBccrs; plantações de borracha, estáveis.

O ouro foi vendido a 42.75 dólaresnorte-americanos a onça na sessão de on-tem do mercado livre de Londres.

Café-Kova Iorque — O café para en-trega futura fechou ontem Inalterado esem vendas na Bolsa de Nova Iorque. Oamercados para entrega imediata estive-ram calmos. As cotações médias, cm cen-tavos de dólar a libra-péso, foram as se-

guintes: Santos Bourbon 3: 38,25. Santo»Bourbon 4: 38,00. Angolano Ambria nú-mero 2 BB: 32,00. Mexicanos Lavrado*Coatepec: 38.50. Colombianos Manlzalea,Medcllin. Armênia • Giradot: 42.00.

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Por dentro tio negócio

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O PESO NOVO: — A "BOSSA" PEGOU — O peso novo,valendo 100 pesos atuais, será instituído dentro de algunsdias pelo Governo da Argentina, devendo estar cm circulaçãojã no final deste ano, segundo, revelou o Ministério da Eco-nomia. O Ministro da Economia Adalberto Kriegcr Vasenahavia anunciado a nova moeda para quando fõssc obtida aestabilidade monetária, o que de certa forma vem-se verifi-cando. Informa o Ministério da Economia que jã está redi-gida uma lei, neste sentido, dependendo apenas da aprovaçãofinal do Presidente Ongania. Um de seus artigos autoriza a,abertura de uma concorrência internacional para a fabrica-<.'ão das novas moedas. Quanto ás cédulas, antecipa-se que seassemelharão muito cm aspecto ao papcl-moeda norte-ame-íieano, devendo a cédula de um peso novo conter a vista dolago Nahucl Huapi.

A INFLAÇÃO E O CRÉDITO — O problema argentino, aliás,vem sendo amplamente comentado nos círculos financeirosbrasileiros Os banqueiros apresentam o exemplo deste paispara fundamentar a tese de que a expansão do crédito nãorepercute necessariamente na taxa inflacionária Eis algu-mas informações que transitam como certas nesta área: ocusto de vida, de janeiro a novembro, subiu na Argentina ãtaxa de 8',f, enquanto o crédito se expandiu em mais de 10tKÍ>no mesmo período, o PNB teve uma expansão de cerca de 4<,óc os investimentos cresceram 7v~t.

SOLÚVEL BATE RECORDE — Apesar da paralisação da Do-minium durante quatro meses, a produção cie café solúvel noano passado superou a de 1967. tendo atingido 12 514 tonela-das- No ano anterior a produção havia sido de 11 831 tonela-das. A paralisação da Dominium afetou, no entanto, as me-ias ambiciosas que tínhamos para 19G8. As perspectivas para1969, inclusive cm vista da retomada das atividades da Do-minium c da decisão da Junta Arbitrai da OIC são no senti-do de resultados ainda mais positivos.

CAPITAL MÍNIMO — Um estudo do departamento econõmi-co do Sindicato dos Bancos da Guanabara indica que, em 90bancos pesquisados, 51 têm capital inferior a NCrS 10 mi-Ihões. Sc prevalecer o projeto do Banco Central que impõeeste nível de capital mínimo, tais bancos teriam de efetuaraumentos de capital que totalizariam NCrS 342 milhões, o que,pelo menos a prazo curto, é incompatível com as dimensõesdo nosso mercado de ações.

REVELAÇÕES — Na última sexta-feira, o presidente da As-sociação Brasileira dos Empreiteiros de Obras Públicas, SrFernando Petrucci Conceição, reuniu uni grupo de jornalistaspara fazer revelações violentas sõbrc o tratamento discrimi-natório que estava sendo dispensado á classe por parle doMinistério da Fazenda. No entanto, amigos particulares oconvenceram a adiar a entrevista para momento mais opor-tuno. Porém — diz êle — ninguém mais vai me segurar, "poisvou denunciar toda a jogada armada par» aniquilar o cm-preiteiro brasileiro."

OURO: NOVA CRISE À VISTA — A cotação do ouro, em Pa-ris, voltou ontem a assustar os observadores financeiros, ten-do atingido o nível recorde de 7 415 francos por quilo, o queeqüivale a 46,52 dólares por onça. O recorde precedente erade 7 380 francos (em 17-2-691. Apesar da cotação elevada, ovolume de transações em Paris foi elevado: negociou-se umtotal de 9,8 milhões de francos.

NA ÁREA BANCARIA — O novo sistema de compensação docheques funcionou, no primeiro dia, sem qualquer perturba-cão: as diversas etapas operacionais foram realizadas noshorários previstos e o novo sistema desafogou o expedientediurno dos bancos. Calcula-se que quase mil bancários forammobilizados para o trabalho noturno da compensação, mas oMinistério do Trabalho ainda não se pronunciou sobre o rc-

gime de trabalho que deve vigorar. • Será debatida peloConselho Monetário Nacional esta semana (hoje, talvez) aregulamentação do sistema de depósitos e empréstimos ban-cários a prazo superior a 6 meses e da emissão de certifica-dos de depósito. Sem esta medida não poderá ocorrer a assi-milação pelo sistema bancário das operações de capital de gi-ro das financeiras a prazo médio. # A Associação dos Ban-cos da Guanabara promoverá, a partir do próximo dia 10 demarço o III Curso de Gerência Bancária, em convênio como Instituto de Administração e Gerência da PUC. Matériasdo curso: Mercado de Capitais, Direito Bancário, Relações Hu-manas, Câmbio, Teoria c Política Monetária, Análise Contábile Financeira, Fundamentos de Administração e Comunica-ções e Elementos de Computação Eletrônica.

NA ÁREA DO AÇÜCAR — A Usina Central Barreiros foi a

que apresentou a melhor média diária de fabrico em Peruam-buco (45531, no mês de janeirO|69, segundo o IAA. Catendevem logo em seguida, com 4 218 e Santa Teresinha, com 4 207sacosjdia.

EXPANSÃO DA PESCA — A Compesca — Companhia Bra-silclra de Pesca — vai adquirir mais 116 veículos de fabrica-cão nacional, entre caminhões pesados, caminhões médios -utilitários, todos com containers ou carroçarias frigoríficas,

para formar completa cadeia de frio, desde o desembarqueaté o consumidor.

EXPRESSAS — Federação Nacional dos Bancos se reúne dia24, sob a presidência do Sr. Luis Biolchini. • A Defesa —

Distribuidora de Titulo c Valores Mobiliários inaugura dia 10agência em Copacabana (Av. N. S. Copacabana, 728 — so-breloja). • Dínnmo de Propaganda inaugura dia 10 sua se-de na Rua Gonçalves Dias, 7G.

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Cavalcanti afirma que Brasil

precisará de 18 milhões de kWO Ministro Costa Cavalcanti afirmou

que o Brasil, em lugar dos atuais 9 mi-Ihões de kW de energia, precisará de18 milhões de kW dentro de sete anos,do contrário não seguirá seu progresso ec desenvolvimento por falta de eletrici-dade.

Ao fazer essa revelação durante o IICongresso Brasileiro de Propaganda hápouco realizado em São Paulo, o Ministrodo Interior destacou a importância dapropaganda como técnica de comunica-cão de massa, salientando que o Governoprecisa muito dela.

DEVER DE.INFORMAR

Disse o Sr, Costa Cavalcanti que osetor do Governo durante muito temposempre tinha como que uma espécie deojeriza; "não se cuidava de uma publi-cidade e propaganda em termos racio-nais."

Talvez, até, se tivesse despendidocm algumas oportunidades, em algumassituações, importâncias em dinheiro àsvezes bem .maiores do que se o fizesse-mos através dos órgãos próprios, quesão as empresas de publicidade e propa-ganda. Então, considero que o Governotem a obrigação de transmitir à popula-ção, ao povo, ao público os seus planos,o que está sendo feito, o que se desejafazer e o que foi feito. Os principais veí-culos dessa transmissão são justamenteos homens de publicidade e da propa-ganda. que estão aqui reunidos: homensde jornais, de televisão, de rádio, da im-prensa de uma maneira geral, dos car-tazes.

ENERGIA NUCLEAR

Depois de salientar a existência aindano Brasil de muitos potenciais hidrelétri-cos, adiantou o Ministro do Interior queapesar disso, dentro de dez anos maisou menos, o Brasil vai necessitar da ener-gia nuclear.

Não que agora iremos precisar daenergia nuclear, mas precisamos agoranos preparar para quando dela tivermosnecessidade. E um programa de emprê-go da energia nuclear não se pode pre-parar da noite para o dia. Ele requerestudos, requer pessoal especializado, re-nuer o combustível, requer o preparo danossa indústria. Dai já termos decididoa implantação, na região Centro-Sul doBrasil, da nossa primeira Central Nuclear,que deverá estar cm operação em 1975,e o preparo dos editais de concorrência;á está sendo elaborado e o estudo mi-micioso da localização da região Centro-Sul já está sendo feito.

PETROQUÍMICAOutro aspecto ainda: em relação

ao Ministério de que acabo de sair, este

ENCONTRO NO BEG

teve alguma publicidade cont relação ãindústria petroquímica. Eu digo sempreque a década de 40, no Brasil, foi aquelada implantação da indústria siderúrgica; adécada de 50 foi a da implantação daindústria automobilística e, agora, estadécada de 60 nós podemos dizer — e ofuturo confirmará isto — é da implantaçãoda indústria petroquímica no Brasil. Co-mo isto foi conseguido? Num processo deimaginação, criando na Petrobrás umasubsidiária chamada Petroquisa, e temospermitido a esta subsidiária associar-sea empresas privadas, em caráter mi-noritário. Isso dá segurança aos gru-pos privados de investirem os recur-sos necessários, a fim de implantarem,em grande escala, a petroquímica. Dá-sesegurança porque isto propicia a utili-zação da matéria-prima que é a nafta.Nós ainda temos no Brasil grandes camposde gases naturais. Então, a nossa petro-química tem que se basear na nafta.

Acentuou o Sr. Costa Cavalcanti quepode haver, mais adiante, nova descobertade gás natural, "que é mais' econõmi-co. Mas, mesmo assim, com isto. jávárias empresas privadas têm procuradoa Petroquisa propondo associações."

Numa dessas associações, em SãoPaulo, já nasceu a Petroquímica União quejá está iniciando a construção. Será umempreendimento, em sua primeira faseda ordem de 70 milhões. Quando es-tiver pronto, na sua parte final, por-que a petroquímica é um conjunto gera-dor de outros, representará cerca de 400milhões de dólares, milhares de empregos,isto é, um bom futuro para o Brasil.NOVO MINISTÉRIO

Disse em seguida o Sr. Costa CaVai-cãnti que o Ministério do Interior é umMinistério novo. "Êle nem está bem or-ganizado, pois foi criado pelo Decreto 200com a reforma administrativa, em 15de março de 1967."

Anteriormente, havia um Minis-tro extraordinário na coordenação dosorganismos regionais. Mas, o Ministériodo Interior, cuidando dos organismos re-gionais, cuidando do desenvolvimento doBrasil, tratando destas coisas formidá-veis. que estamos fazendo neste últimosanos. que é o Plano de Habitação/ tra-tando do problema da calamidade públi-ca. da Fundação Nacional do Índio, nos-so cabra-índio. são tantas as atribuiçõesdo Ministério do Interior que não voucitá-las todas, disse as principais.

Realçou ser um ministério novo, "queprecisa atuar no Brasil inteiro, e o Bra-sil do Sul precisa saber o que é Amazõ-nia? Com a criação da Zona Franca deManaus muitos brasileiros da região Sultêm ido à Amazônia, e isto foi um traba-lho dos senhores de propaganda, de pu-blicidade."

Hoje já se sabe no Brasil o querepresentam estes incentivos fiscais, isto

quer dizer que o empresariado particularestá dando para o desenvolvimento parao Norte e Nordeste. É bem verdade queo Brasil com estes incentivos tira da suarenda uma parte ponderável, mas essarenda aplicada em regiões menos favo-reciclas vai possibilitar maiores mercadospara essas próprias indústrias e emprê-sas que estão aqui na região Centro-Sul.Porque nós pensamos em exportar, Inas,a principal finalidade nossa, a meu ver,antes e sem desprezar a exportação écriarmos o nosso próprio e grande mer-cado interno, porque assim ficamos maisseguros, dentro do nosso próprio merca-do. Mas, só podemos ter _se mercado seconseguirmos aumentar a renda per ca-pila das nossas populações do Nordestee do Norte.

— Essa política de incentivos — játive oportunidade de dizer — será man-tida pelo Governo. Não pretendemos es-tendê-los a outras áreas, mas a essasáreas Norte e Nordeste. Achamos nós queé de são patriotismo se cooperar o em-presariado, aplicando parte do que deve-ria pagar de imposto e de renda naque-Ias áreas. E com isto mais adiante. Serefizerem as estatísticas já agora os re-sultados da política são favoráveis mes-mo para as grandes empresas.

INFLAÇÃO

Lembrou o Ministro do Interior quese falou bastante, no último mês, emrelação ao fundo de participação. "O

Brasil precisa, de fato, colocar a infla-ção em níveis compatíveis com seu de-volvimento, sem prejudicar o progressoe o desenvolvimento. Mas, há necessida-de de se controlar a inflação em nívelbem mais baixo do que ainda está atual-mente. Se compararmos com cinco anosatrás, realmente já progredimos muito.Mas, precisamos ainda andar. Ainda nãoé hora de parar. E o que vinha aconte-cendo? O fundo de participação na per-centagem de 20% em que estava sendodistribuído aos Municípios e aos Esta-,dos mostrou ser exagerado. O que fize-mos? O que fêz o Governo? Reduziu-o a10%. Criou o fundo especial, fundo esseque será aplicado- em regiões mais ne-cessitadas, principalmente. E aqui o Es-tado de São Paulo e o Estado da Gua-nabara desejosos de cooperar com estetrabalho do Governo, esses Estados abri-ram mão, numa compreensão, dando suaparte nesse fundo especial, que são ape-nas 1\'o do fundo, do total, em benefíciodessas outras regiões.

Feira Britânica abre commensagem de Harold Wilson gelogiando nossa indústria

i iSão Paulo (Sucursal) — Na mensagem dirigida

ao Brasil e lida pelo Ministro do Comércio da Grã-Bretanha, Sr. Anthony Crossland, numa conferên- ,cia realizada na tarde de ontem, antes da inaugu-ração oficial da Feira Britânica, o Ministro HaroldWilson disse que "o Brasil é hoje uma grande po- .tência industrial. Sua produção cresce rapidamente !e os planos de seu Governo prevêem a duplicação da «¦*produção industrial muito antes do término da pró- ;-xima década." ,,_,

O Ministro da Indústria e do Comércio do Bra-sil, General Macedo Soares disse na inauguração daFeira Britânica que "lançamo-nos decididamente no ¦-"caminho da industrialização, pois como reconhece o íyprofessor Galbraith, um pais dedicado exclusivamen-te à agricultura está fadado a não progredir, atémesmo no'próprio setor."

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PRODUÇÃO

Inicialmente, produzimos qüa-se toda a gama de bens deconsumo duráveis e não dura-veis, com base na auto-suficièn-cia da produção do aço, cimen-to e outros insumos industriaisbásicos. Em seguida o país en-veredou para a produção debens de capital, de forma asuprir a demanda nos setoresda mecânica pesada, indústriaelétrica, eletrônica e químicae outras.MENSAGEM

A mensagem do Primeiro-Ministro Harold Wilson é aseguinte:"A Grã-Bretanha foi o pri-meiro pais a comerciar emgrande escala com o Brasilapós háverdes conquistado aindependência há cento e cin-qüenta anos. Mais tarde, co-mo líderes da Grande Revolu-ção Industrial, investimos gran-des recursos no desenvolvimen-to industrial de vosso país.

O Brasil é hoje uma grandepotência industrial. A vossaprodução cresce rapidamente eos planos de vosso Governoprevêem a duplicação da pro-dução industrial, muito antesdo término da próxima dé-cada.

A fim de atingir esse desi-derato, deveis usar as tecnolo-gias mais modernas. Nós, naGrã-Bretanha, com metade devossa população em apenas135 de vosso território, depen-demos também fortemente damaquinaria e dos métodos maismodernos para custear os nos-sos empreendimentos.

A moderna tecnologia, a con-fiança que merecem os nos-sos produtos, e dois séculos deexperiência industrial consti-tuèrri a nossa marca registra-da. Foi com a maior satisfaçãoque soube da iniciativa doConselho Nacional de Exporta-ções de mostrar-vos o que po-demos fazer ao patrocinar aexposição de bens de capitalbritânicos cm São Paulo nocorrente mês de março. Trata-se de uma das maiores expo-sições industriais jamais ápre-sentadas pela Grã-Bretanhaem qualquer parte do mundo.O Ministro do Comércio, oprincipal responsável pelo in-tercámbio comercial na Grã-Bretanha irá a São Pauloinaugurá-la.

Na feira, os vossos industriaispoderão conhecer e, se quize-rem, adquirir, as mais moder-nas e aperfeiçoadas máquinase instalações produzidas pelaGrã-Bretanha. Ainda mais im-portante, ireis conhecer os ho-mens, que as produzem. Acha-reis os nossos banqueiros, se-guradores e especialistas emtransporte tão progressistascomo os nossos industriais.

Recentemente, os bancos bri-tànicos proporcionaram recur-sos para dois interessantes pio-jctos — a ponte Rio—Niteróic o instrumental especializadode uma grande frota de naviosmercantes brasileiros. As con-dições de crédito para a com-pra de mercadorias britânicas

comparam-se às melhores ofe- ... treciclas por qualquer outropais.

O comércio entre os nossos r(i¦paises já se desenvolve em ril-mo impressionantemente rápi-do. Queremos que a tendênciapersista e auguramos um bri-Diante futuro para a coopera- - •ção industrial entre os nossosdois paises."DIFICULDADE

O Ministro da Indústria e do-Comércio, General Macedo • ¦¦Soares, disse que "a atual fasebrasileira caracteriza-se pela idificuldade de aumentar-se a..-,produção simplesmente substi-tuindo bens anteriormente im- pfnportados. A manutenção de um ..ritmo de crescimento indispen-sável à economia nacional de- ?,[-.penderá, agora, de esforços..,,,,ainda mais árduos de expan-são do mercado interno e de_f_jmaior participação no comer-Cio internacional."

As medidas promocionais .,de maiores exportações vêmapresentando resultados satis-íatórios tanto que nossas ven-, „,das ao exterior passaram donivel de USS 1 430 milhões em1964 para USS 1 890 milhões .em 1968, Pode, assim, o Brasilampliar reciprocramente suas1'Importações hoje concentradas,basicamente, nas matérias-pri-mas de que carecemos e nosequipamentos indispensáveis aodesenvolvimento . industrial.

A Inglaterra certamentecoloca-se entre os paises que,,,mais possibilidades oferecemnessa fase expansionista de"nosso comércio exterior, nãomais na forma tradicional de''nos vender seus bens de con-,,,,,sumo, como os tecidos, quemarcaram época, mas atravésde seus equipamentos de ávari-cada tecnologia. Pois a VelhaÁlbion, graças ao gênio de seusfilhos, continua sendo a ma-triz de avançados processos in-dustriais em particular nos se-tores estratégicos da eletrônica,da física nuclear, da aeronáu-tica e outros.

ENTREVISTA CANCELADAO Ministro do Comércio da

Grã-Bretanha teve ontem suaentrevista coletiva na FeiraBritânica cancelada devido aforte chuva, provocando fortebarulho na sala ao bater con-tra as telhas de zinco do Pa-vilhão Internacional cio Ibira-púera. O Sr. Anthony Cros-land disse ao JORNAL DOBRASIL que as relações ciaFrança c Inglaterra no que serefere ao Mercado Comum Eu-ropeu vão bem. embora exis-tam algumas dificuldades.

A Grã-Bretanha vai au-mentar o comércio com os pai-ses da Europa Ocidental que es-tão fora do Mercado ComumEuropeu, para depois tentar en-trav nele. Informou que a Grã-Bretanha não pretende montaroutra feira igual a esta queestá exibindo no Parque do -Ibirapuera, pois esta é a maiorrealização da Inglaterra forado pais c é muito grande pararepetir-se de imediato.

Almoço de confraternização reuniu ontem no salão nobre do Banco do Estadoda Guanabara o Ministro da Fazenda, os presidentes do Banco Central e doBanco do Brasil, além de representantes de bancos estrangeiros, que atende-ram ao convite do presidente do BEG, Sr. Carlos Alberto Vieira, que na foto

aparece à esquerda do Ministro Delfim Neto

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18 l.° Cad., Jornal do Bnuil, quarta-feira, 5-3-69

Pecuaristas procuram obter Comerciantecrédito para engorda de boi raptado eque abaterão na enlressafra massacrado

ALEGRIA POR TERRA

Os pecuaristas não se interessaram ainda pelo.plano de abastecimento de carne da Sunab para esteano, mas pretendem obter créditos visando à engor-da de boi vivo para abate na entressafra.De acordo com o plano da Sunab, oito mil dos

,35 mil toneladas que constituem a reserva de carne.seriam frigorificadas e as restantes 27 mil (77 porcento) representariam bois .confinados — no totalde 120 mil cabeças — para abate segundo a deman-da do mercado. Em nota divulgada ontem, a Su-nab alertou os pecuaristas para o prazo de financia-mento de novilhos, que expira a 31 de marco.INTERESSE

Os pecuaristas da Associação' -dos Abatedores do Brasil Ccn-•toai íoram os primeiros a ma-nifestar interesse sobre créditosílo Governo para financiamen-to da engorda de boi no pasto,òu engorda de boi em pé, comoé mais corrente entre a pecuá-ria de corte.

Para a abertura de financia-

mentos aos pecuaristas, a Su-nab fixou os seguintes prazos:engcrda no pasto, até 31 demarço; engorda em confina-mento, até 31 de julho; finan-ciamento de carne congelada,até 30 de junho de 1969.

De 15 em 15 dias. o Bancodo Brasil fornecerá à Sunab arelação dos pecuaristas benefi-ciados com os créditos, para se-rem fiscalizados.

'hJH

'¦'_ AVISOS REL I G I O S O S

SR. LEVI ESHKOLA EMBAIXADA DE ISRAEL NO RIO DE JA-

NEIRO comunica que a CERIMÔNIA RELIGIO-SA em homenagem ao extinto Primeiro Minis-tro de Israel, SR. LEVI ESHKOL, terá lugar ama-nhã, 5a.-feira, 6 de março, às 19h., no grandeTemplo à Rua Tenente Possolo.

' ANTÔNIO AUGUSTODE CARVALHO

(MISSA DE 7° DIA)

+

A DIRETORIA DA VEPLAN IMOBILIÁ-RIA convida parentes e amigos para amissa de 7.° dia, que se realizará 4a.-

feira, dia 5, às 9,30 horas, na Igreja de SãoPaulo Apóstolo, na Rua Barão de Ipanema, es-

; quina da Rua Leopoldo Miguez.

ATAHUALPA BRAGA DEALENCAR LIMA

+nanhã

garida {na Lagoíi).

(MISSA DE 7.° DIA)A família de - ATAHUALPA BRAGA DE ALENCAR LIMA— agradece as manifestações de pesar recebidas porocasião do seu falecimento e convida os demais paren-!es e amigos para assistirem à missa de 7.° dia quemanda celebrar em intenção de sua boníssima alma,

quinta-feira, dia 6, às 9 horas, na Igreja Santa Maria Mar-(P

JOSÉ CORRÊA E CASTRO(FALECIDO EM CAMPINAS)

+

Olga Carvalho Corrêa e Castro, Dr. JoséLuiz Corrêa e Castro e família, Emerson Har-ris e família (ausentes), ítalo Pasqualoni e

família, Dr. Júlio E-elmiro Rodrigues de Araújo efamília agradecem as manifestações de pesar pelofalecimento de seu inesquecível esposo, pai e so-gro e convidam aos demais parentes e amigos paraa missa de 7.° dia que será celebrada na Matriz deSanto Afonso, à Rua Major Ávila, Tijuca, às 8,30 hs.,da próxima 5a.-feira, dia 6 do corrente.

Seqüestrado segunda-feira ànoite na porta de sua padaria,na localidade de Vila Nova, emCampo Grande, o comercianteJoão Bento de Oliveira, de 46anos, foi encontrado ontem se-mi-inconsciente por seu pai emum valão da Rua Magnólia,em Bangu.

O Sr. Isaías Fernandes, páido comerciante, recebeu umtelefonema anônimo indicandoo local onde ainda poderia en-contrar seu filho com vida. De-'pois de socorrer João Bento, oSr. Isaias compareceu à poli-cia.

(FRATURAS GERAIS

João Bento foi seqüestradona porta da padaria por trêshomens que se encontravamem um taxi Volkswagen. Aoser encontrado, seu corpo esta-va irreconhecível, tal a violên-cia com que o massacraram.

Em estado grave, com váriasfraturas na cabeça, braços epernas, êle está internado noHospital Rocha Faria, onde apolicia aguarda que recupereos sentidos para ouvi-lo. O pri-meiro suspeito é um enfermeirodo posto do antigo SAMDU deCampo Grande, cujo nome vemsendo mantido em sigilo.

Cobradormata patrãopor vale

O cobrador Francisco Pereiradc Lima, de 30 anos, matou on-tem a golpes de barra de ferroum dos sócios da AutoviaçãoColúmbia. Sr. Silvino Macedo,de 48 anos. porque este se re-cusara a adiantar-lhe um valede NCrS 10.00.

O assassino foi preso por umguarda noturno pouco depoisda agressão, ocorrida na gara-gem da empresa, ã Rua CestaRica, 235, Penha, e disse queo patrão ofendera-o chamando-o de ladrão. Os sócios da vitimaacusaram ainda o cobrador dcsaquear os bolsos do Sr. SilvinoMacedo.

Corretorvigaristafoi preso

O corretor de titulos NélioAlves Marreiros, casado, de 33anos, foi preso ontem por le-sar a praça em NCrS 40 mil.O vigarista vendia titulos doMotel Clube de Minas Geraise não prestava contas à firmaem dezembro.

Nélio Alves, que reside naEstrada Vicente de Carvalho,130, casa 3, apto. 101, confes-sou os golpes e foi reconhecidopor várias testemunhas. Antes,êle fora processado por este-llonato.

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Caixa desmaia emmais um assalto ábanco de S. Paulo

Poste que sustentava a decoração na Presidente Vargas danificou um carro

PASSAGEM OBSTRUÍDA

ANTÔNIO CARLOSPEIXOTO DA

SILVA JÚNIOR

+

Sua família, profunda-mente consternada,comunica seu faleci-

mento e convida para seu;| sepultamento hoje às 10 ho-!ras, saindo o féretro da Ca-1

| pela Real Grandeza para o1 Cemitério de São João Ba-!jtista. (0039 i

Na Rua Barão de Tefé, um automóvel ficou sob árvore que o vento derrubou.

Chuva paralisa os telefones eprovoca desabamento com morte

José Faustino Costa(1.° ANIVERSÁRIO)

JL Viúva, filhos, irmãos, netos, enteados, gen-ros, noras e sobrinhos convidam parentes

e amigos para assistirem à missa que mandamcelebrar por alma do querido e inesquecível "Cos-

tinha", amanhã, 6 de março, às 9,30 horas, naCapela de Sta. Terezinha, no Palácio Guanabara.

JOSÉ FAUSTINO COSTA(1.° ANIVERSÁRIO DE FALECIMENTO)

+

Cosave - Organização Costa S A — Veículos, Organização Tu-dauto S A, lamsa — Importadora de Automóveis e Máquinas5, A, Cia. Autocarroceria Cermava e Usina Passagem S A con-

vidam seus clientes e amigos para assistirem à Missa que mandamcelebrar em intenção da alma do seu saudoso Diretor-Presidente, JOSÉFAUSTINO COSTA, que terá lugar amanhã, quinta-feira, dia 6, às 9,30horas, na Capela de Santa Teresinha no Palária da Guanabara. Desdejá agradecem o comparecimento.

Precedida de venlos de aLéCO km h. a chuva de ontemá noite interrompeu o tráfegoferroviário, interditou aeropor-tos, paralisou os telefones doFlamengo, Laranjeiras e Bo-tafogo e provocou o desaba-mento parcial de um prédio emPiedade, onde uma pessoa mor-reu e ou Ira ficou ferida.

O prédio estava em constru-ção à Rua Francisco Fragoso.51, e n infiltração das chuvasprovocou a queda de uma pa-rede do quarto andar sobreuma casa vizinha, onde morreuo Sr. Carlos Gustavo de Sousa,de 6G anos. O operário JoséRodrigues de Faria ficou feri-rio e foi Internado no Hospl-tal Sajgado Filho.CONFUSÃO

A chuva durou 43 minutos eao final da noite a cidade nãose havia recuperado ainda dostranstornos por ela causados.Os trens suburbanos só volta-ram a funcionar depois das 21horas, enquanto os aeroportospermaneceram fechados 40 mi-nu tos para pouso, decolagem emanobras.

Anunciada por ventos desdeas 17 horas, a chuva chegou às18h30m e logo interditou os Ac-roportos rio Galeão. SantosDumont e Santa Cruz. Nãohouve acidentes nas pistas enenhum avião foi obrigado asobrevoar a cidade á espera dccondições para pouso.ARVORES CAEM

A intensidade da chuva der-rubou diversas árvores, unia de-

Ias um eucalipto na estação deSantíssimo, que caiu sobre arede aérea da Central do Bra-sll, interrompendo a circula-ção dos trens suburbanos.

Houve queda de árvores ato-da no Largo do Russell e naPraça Paris, além de quebra degalhos na Avenida 'OsvaldoCruz e nas Ruas das Laranjci-ras e Voluntários da Pátria. Aqueda dc um cipreste, de 10metros de altura sobre a redetelefônica diante da embaixadada Argentina, nas Laranjeiras,deixou este bairro e ainda Fia-mengo o Botafogo sem telefo-nes

No Campo rie Santana, ummata-pau de quase sete metrosde altura e aproximadamenteum metro de diâmetro caiu sõ-bre um automóvel e uma ca-mióneta, depois rie romper osaraclis Os ocupantes rio Ford39 chapa GB 1-7(1-27 e da ca-níiònetá Ford chapa MG 1-92-83-311 não se machucaram. Osbombeiros que examinaram aárvore observaram que o ven-to jamais a derrubaria" e que.ró houve a queda porque suabase estava enfraquecida pelofogo das velas postas a acenderpelos fiéis em pagamento depromessas quando o Campo rieSantana não estava cercadoaindaDECORAÇÃO

O vento lançou ao chão tam-bem um rios postes de madeiraque sustentavam a decoraçãodc carnaval na Avenida Presi-dente Vargas A madeira ati-rada longe atingiu um automó-

vel. que ficou bastante danifl-cado Os responsáveis pelo pro-jeto Passarada, Davi Ribeiro eFernando Santoro, percorreramas áreas de retiraria da risco-ração para saber dos operários.

A queda do poste e tamibémde um tapume em um das es-tarionamentos da Fundação dosTerminais Rodoviários pvejudi-ccii o trânsito na Avenida Pre-sldénté Vargas, dando origem aum congestionamento que seestendeu nas Avenidas RioBranco e Passos. Rua Sete Se-tembro e Praça Tiradentes.

PREVISÃO

O Escritório dc Meteorologiaprevê para hoje, tempo nubla-do, com chuvas ocasionais du-ranle o período, temperaturaestável. Haverá ventos de fia-cos a moderados. A máximade ontem foi registrada na Pe-nha: 37 graus, a mínima —22.7 — foi registrada em SantaTeresa.

Em relação aos ventos doanoitecer do ontem, o Escrito-rio de Meteorologia explicouque élcs são normais nos me-ses dc fevereiro março e resul-tam da formação de uma linhade instabilidade quente, aolongo de uma formação decúmulos-numbos bastante pesa-das, que, devido a uma rápidao contínua evaporação, aumen-tam de volume e se precipitamviolentamente, em pouco tem-po.

Os ventos dc ontem chega-ram a atingir a velocidade deU0 quilômetros horários.

Ceará esvéra um bom invernospFortalc:» (Correspondente)

— Choveu ontem em quasetodo o Ceará; afastando tem-poráriamenie o temer da re-edição das grandes secas na-quela região c renovando a cs-perança de um bom inverno.

Na região do Cariri, ondenáo havia chovido ainda esteano. choveu durante toda amadrugada "uma chuva mui-to boa." Porém, uma pequenaparcela de cearenses torce pe-Ia seca: são os salineíros, quechegaram até a protestar ccn-tra as chuvas artificiais, pro-vocadas pela Secretaria deViação.DESMENTIDO

Foram consideradas semqualquer fundamento Informa-ções divulgadas por um matu-

tino dc Fortaleza, segundo ásquais flagelados de Jaguaribehaviam invadido cidades, ten-tando saquear alimentes e con-seguir trabalho. Até agora oGoverno do E.-tido não cogi-ta pedir à Sudcne a decreta-ção do estado de emergência,pois "os indicias de um bominverno são favoráveis."

Apenas a irregularidade dasprecipitações preocupa osagricultores e somente os pro-dutores rie sal estão contracias. pois a água derreteriato:io o trabalho das salinas.Eles protestaram contra aschuvas artificiais provocadascem êxito pela Secretaria deViação. que utiliza para talfim um DC-3 fretado da Cru-zeiro do Sul. a NCr$ 500,00por hora de vôo.

Ontem choveu na capitaldurante toda a madrugada eparte da manhã, amenizandoum pouco a temperatura de32 graus, que tem sido coni-tante na cidade. Uma médiacie 200 casas de desidrataçãoinfantil era assinalada dia-ria mente, até ontem.

Se por acaso até o próximodia 19 não chegar realmente oinverno, uma tradição cente-nárla diz que a seca será inc-vitável- Isto obrigaria o Go-vêrno a pedir medidas deemergência à Sudene, que tanum plano estratégico especialpara prevenir os efeitos da es-tiagem. O Ministro Costa Ca-valcànti, do Interior, deveráestar no Ceará dia 10. paraexaminar pessoalmente a sl-tuação.

São Paulo (Sucursal) —Quando cinco homens armadosde facas e revólveres entraramontem na Agência Jabaquarado Banco Brasileiro de Descon-tos (Bradesco) — de onde leva-ram NCrS 81 mil — a caixaAntônia Aparecida de Amorimnão pôde usar seu revólver por-que desmaiou.

As caixas do Bradesco fize-ram um curso de tiro numaunidade militar de Quitaúna,no interior de São Paulo, masnão conseguiram evitar o as-salto de ontem, que foi o ter-ceiro a bancos paulistas em' menos de duas semanas.

MESMO GRUPO

Desta feita os ladrões pren-deram os funcionários no co-fre-forte, em lugar do banheiro,e levaram também três revól-veres. A polícia recolheu di-versas impressões digitais eacredita que o grupo de assai-tantes é o mesmo que roubouna semana passada o BancoAuxiliar de São Paulo, AgênciaTamandaré, em NCrS 110 mil.

A agência do Banco Brasilei-

ro de Descontos assaltada on-tem está localizada num dosbairros mais distantes do ceii-tro da cidade, próxima ao Ac-roporto de Congonhas. O grupoera composto de cinco homens,dois. dos quais louros.

Armados de revólveres c fa-cas, eles desceram na porta dobanco de um Aero Willys preto,cuja placa náo foi sequer ano-tada. Os assaltantes eram lide-rados por um homem alto clouro, de boa aparência.GRITO E DESMAIO

Ao entrar no banco, os ia-drôes gritaram que era um as-salto e queriam ver todo mun-do calmo. Nesse instante, acaixa Antônia Aparecida deAmorim desmaiou. O gerenteMarcos Aurélio recebeu ordenspara . abrir o cofre-forte, ondeforam colocados os 11 funcio-nários e três clientes.

Um dos assaltantes deixousuas impressões digitais naporta do cofre-forte, que ficouapenas encostada a pedido deuma funcionária, sob a promes-sa de que todos iriam ficarquietinhos.

Abreu Sodré e seu clief e dePolícia serão processadospelos crimes do Esquadrão

São Paulo (Sucursal) — O Governador AbreuSodré e o Secretário de Segurança Pública, Sr. HeliLopes Meireles, deverão ser processados por crimede responsabilidade nas atividades do Esquadrão daMorte, segundo decisão unânime do Conselho da Pro-curadoria-Geral da Justiça.

O Conselho tomou esta decisão por sugestão doprocurador Hélio Bicudo. Na reunião, decidiu-se tam-bém processar os responsáveis e coniventes com asatividades do Esquadrão, desde os integrantes dogrupo até o Secretário de Segurança, pois a pena demorte não é legal no Brasil.OUTRA VINGANÇA

Policiais experientes da poli-cia paulista comentaram comironia, ontem, a anunciada pro-messa feita pelo traficante Jo-sé Carlos Fidalgo, o Fidalgui-nho, de que irá organizar umPelotão da Vingança para exe-cutar sumariamente todos osmembros do Esquadrão da Mor-te.

— Quer dizer que o meninonão perdoou o Esquadrão porter eliminado Horácio Fidalgo,seu pai? Ora, esse neném pre-cisa tomar juízo e não ficar

dizendo besteiras por aí — afir-maram os policiais. Outros, po-rém. não esconderam o receiode que Fidalguinho faça usodo poderio herdado de seu pai,que foi executado com 50 ti-ros.

Os requintes de crueldadeaplicados em Horácio Fidalgomotivaram a revolta de Fidal-gtiinho, que herdou todo o pa-trimónio do pai: a fazenda, 92casas, os carros e a quadrilha,ainda não desbaratada. A for-tuna do traficante é calculadaem alguns bilhões de cruzeirosantigos.

Operário morre intoxicadocom mulher e os 3 filhosao inaugurar sua nova casa

Após passar dois anos construindo um quartopara sua família, em Queimados, para onde mudou-se anteontem, o operário Antônio José da Silva, de40 anos, morreu ontem juntamente com sua mulhere seus três filhos por inalação de gás.Até anteontem, a família ocupava um barracãode madeira na Estrada de Campo Alegre, 21, Quei-mados, mesmo endereço da neva residência. Na no-va casa, Antônio José da Silva instalou também umsistema de iluminação a gás, que terminou matan-do-o e à sua família.EMOÇÃO

Diversos vizinhos do opera-rio choraram ontem, quandoos cadáveres foram retiradosda casinha. Explicaram à po-lícia que foram testemunhasda alegria da família pela no-va casa. Ainda na noite de an-teontem, Antônio José, a mu-lher, Elsa Correia da Silva, de29 anos, e as filhos do casal —Léa, de cinco anos, José, dc

três, e Roberto, de dois — fes-tejaram o acontecimento comum jantar melhorado.

A policia confirmou que ocasal não bebeu durante o jan-tar. É!es foram dormir porvol-ta das 21 horas e o defeito nacanalização de gás ocorreuquando as luzes foram apaga-das. Foi o irmão de AntônioJosé. o comerciado ManuelJoão da Silva, que achou oscorpos pela manhã.

Paulistas acham um filhotede elefante um dia depoisdo jacaré surgido na Lapa

São Paido (Sucursal) — Depois do filhote dejacaré que surgiu anteontem na Lapa, cujos morado-res ainda estão preocupados, apareceu ontem emSão Miguel um filhote de elefante. Algumas pessoas,entretanto, acham que o animal é um porquinho de-feituoso.

A discussão estabeleceu-se em Vila Ramos, localda aparição, mas o pior é a dúvida surgida: botaro bicho no chiqueiro, doá-lo ao Jardim Zoológico ouentregá-lo a um instituto de pesquisas? O mais curió-so é que a Lapa, bem no centro, e São Miguel, sãobairros situados no perímetro urbano.PORCO OU ELEFANTE

Para o Sr. Moisés Bispo Pe-reira. morador em Vila Ramos,o animal é realmente um por-co. — Elefante é procedenteda África e não nasce poraqui. Um jacaré, ainda vá lã— comentou, baseando-se nofato de que no local existemmuitos porcos.

O animal, no entanto, nãotem nada de porco: pojsuiuma pequenina tromba, olhoscomprimidos no meio da tes-ta, cascos de elefante e »rc-lhas compridas como a do pa-quiderme. Além do mais, di-

• feren tem ente dos porcos, e'bi-cho nasceu sem pelos. i

CLUBE NAVAL ;O CLUBE NAVAL convida os familiares, descen-

dentes do ilustre e saudoso Almirante JOAQUIM JOSÉIGNÁCIO, Visconde de Inhaúma, e os seus associa-dos e famílias, para assistirem à Sessão Solene, emhomenagem à memória daquele ínclito brasileiro, queserá realizada na sua Sede Social, no próximo dia 1de março, às 17,30 horas, quando transcorrerá o pri-meiro centenário do seu falecimento.

(a) BIANOR DE MEDEIROS ARCOVERDE1.° Secretário do Clube Naval

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M

I

Jornal clu Brasil, quarta-feira, ô-3-6í>, ..» CaA. — 19

1

«a.

Oncli recebeu como favorito F!QURADASEMANlo número um e largará nabaliza seis no GP Remonta

A exemplo de sua companheira de blusa Oflage,o potro Onch foi colocado como o número um do GPRemonta do Exército, carreira central desta semanana Gávea, oportunidade em que defenderá a inven-cibilidade, conquistada através de duas expressivasvitórias.

Na reunião de sábado, coube também o numeroum ao cavalo gaúcho Astro Grande, que estreará naProva Especial, no 5.° páreo dos 2 200 metros. O des-cendente de Quasi terá como adversários nove ani-mais de boa categoria, entre os quais outro sulino,Light Romu, já corredor no Rio e em São Paulo.

SÁBADO1.» PÁREO — As 14 horas — 1 100

metros — NCr$ 2 300,00

1—1 Il-.-tat.oll 582—2 Estroinice 543—3 U rus-aba, 54

4 PHls 544—5 Amsville 54

6 Qucdulcc, 54

2.» PAREÔ — As 14h30ni — 1 400metros — NCr$ 2 000,00

kg:

1—1 Aücondom S 53

5.» PÁREO — As 161105111 — 2 200metros — NCr$ 3 500,00 — (ProvaEspecial)

kg:1—1 Astro Grande l 50

2 Buiiesque * 522—3 Light Romu 10 60

4 Dou Kebtmba, 3 553—5 Jeu D'Or 11 6i»

6 Patorlnl 2 58" El Matai- 8 49

4—7 Mookltn 5 55Maf-arl 9 59Savi 1 54

fi.» PÁREO — As 161140111 — 1 400ni. tios - NCrJ :; 500,00 - (Betting)

2 Seu Nené 5 512—3 Cfood Loocking 1 56

4 E! Zlg 23—5 Goiás

« Royal Pox4—7 Rastro,

PatchoulyMinha Gatinha,

kg:

5653

3 536 55

_•— 1 Allumeur 62 Lole 1

2—3 Uganah 74 Obstine 2

3." PAREÔ — As 15 horas — I 400m.lros — NCrJ II ..00,0(1 — (Gra-ma)

3—5 Monterrey,6 Urbanejn.

4—7 Taisào. ..8 Almabluc,fl Rlpper, ..

kt_:

\— 1 Jacquin, 2—2 Júbilo

3 Chambe. tlu3—4 Endyclod

5 Medel4—G Juson S

7 Ba™-11, 4

56565656

li 565656

t.» PAREÔ — -s 151l30m — 1 000metros — NCrJ 1 000,00 — (Ora-ma)

l—l Ia-sy 102 Quille 4'2—_ Coarallnda 7

Canoelra 8Cascatlnha 9

3—6 Xacy 17 Jaiba 5" Jovem 2

<t—S -Xanucii-ie, 11Happy ExoeUent 6

10 Tarclsa, 3

5553

.." PÁREO — As l.lllõm — 1400metros - NCrJ 2 500,00 - (Oeltiug)

kg:

1—1 Farjo 582 Itíillo 54

2—3 Irajá 544 Mônaco, 54

3—5 Iron Horse 586 Sue? 58

4—7 Itoblrito 54Afoito 54Cupidon 54

8." PAREÔ — As l.llSOm — 1 300metros - NCrJ :: soo.oo - (Belting)

1—1 Ins-iacê 112 Manlnl 10

2—3 Cacau 9Pop 2

Aranclta, 43—6 J.une Ptlle 8

Iolò 5Ke-Sá 6

4—9 Excelsior 310 Alba-Iúlia 7li Ohananéu, 1

DOMINGO1.» PAREÔ — As l.li

metros — NCrJ '.' 000,00

1—1 G ..mi fina ....2 Pr ec'.o_o

2—3 Violento 4 Erei-nita. 5X9

3—6 Allegratto ....Tulínhi Maanbntm —

4—I) Maxim'- 10 Flora. Bonecaíl El Clamor

kg

5251_

1016249

3—4 Amor Mio .Xorovo ..Beabil

3—7 Cumberiand" Omito —

8 Lelí 4—9 Apagado.

10 Ju?o 11 Jucá

5654

..• PAREÔ - As 14h liOlll - 1 100metros — NCrJ 3 5011.00

kg

. 1—1 JU-iiiMia 6" Jaldessa 4

2—2 Tlnaoiiv 13 Let's Kl__ 7

J—4 Dabohemi.i 55 Fair Suprema 2

*—6 ierave :t,, 7 Happy W.fk Eud 8

3.» PAllEO — As 1511 — 1 100menos — 2 .VOO.OO

G.o PAllEO - As l.lilOin - 1 000menos — NCrS I 000,00 — (Bcl-tin;;)

kg

-I JlngOl 54" Jucu. .. 542 Happy R_.e . .7 54

Bonfi _ 58Caboclo 10 54Ev.nfali 12 54Xodó Aiaby 54Crillon 11 54Bluc 34Bisão 54El Culta. rei. 54OJIro 54

2—336 450 556 3—65656 756 4—556 fl50 10

Gauehinha Linda 602—2 Hahmo • 54

" Hajll 52!—II Torno, o 58

4 Impo-ior 541—5 Oceanique 54

6 Fcrcigner 54

¦I.» PAREÔ - As 1511 30111 - 400mrtros — NCrJ 3 500.no

k?

I—1 Jaltlata 562 In.u..t 56

!—3 Manl tilla 564 BuUcetna 50

1—5 Ccuragc -0 50Beavcidaan 56Mlss Nazaré 56

1—8 Mlss Cadir ., 56i !) B-toer-Hair 56

10 Adrao-ie 56

7.o PAREÔ - As lili l.">mmetros — NCrJ 3 500.00 -tini;)

1—1 AcoiílllS .." Estr.-l-iuc2 Calígula .

2—5 Cadtrbun4 índio " Iair.ém ...

3—5 Olaubci. ..GoianoBa.ngn_-.a-

4—8 Peixe Klnnarayn

10 Ansahy

¦ 1 4(111tlRt-

kc

4 36

5 5610 56

11 362 36

S.o PAllEO - As 17-1 ._.IIIImutn s — NCrJ 2 500,00 —tlng) — (Areia)

5,o PAREÔ - As I6hn.ni - 1000nelros — (Grande Prêmio Remou-a do Exército) — (Clássico) —<Crf 12 OOO.on

—1 Onch 8 55Happy MagnUlc 1 55Executor * 55

1—1 Lord ZumboF-itr DlvlkoAulk

2—. Nlmbus Mebito Hei .ia

3—7 aándaio " A-gníOba ...S Hai-Greimto

4—9 Souvlcns-Toi10 Usco 11 Haca

I 3011(liei-

1 57

745

125535757

11 5710 55

OBRIGAÇÕES DA PETROBRÁSPETRÓLEO BRASILEIRO S.A. PETRO-

BRÁS comunica que, de acordo com o disposto

no Artigo 6.° do Decreto-Lei ri.0 403, de

30-12-68, não estarão sujeitos a retenção do

imposto de renda na fonte os juros relativos

ao cupão de n.° 28 das Obrigações ao Porta-

dor de sua emissão, pertencentes a pessoas

jurídicas, desde que o respectivo pagamentoseja levado a efeito no período de 3 a 31 de

março próximo.Para o recebimento desses rendimentos,

na forma prevista pela norma legal citada, os

obrigacionistas interessados deverão compare-

;er nesta C .pitai ao Escritório da Empresa, si-

tuado na Av. Presidente Vargas-, 583 - 3.°

andar no período acima mencionado, imprete-

rivelmente, a fim de preencherem a necessária"Declaração de Propriedade de Obrigações ao

Portador".

-___M_n_____i -ffw_-.-3lfcf afw«'Jtf4v"____! _______ 1DPSB _____r _____ ^^^^* *3SLá**.<\2*i jjg»

¦ .¦¦;.;'.¦

'•¦''¦¦•'•'

Invicto Onch é o nome que circula em todos os comentários de turfe

Cavalariços protestam contra

preço de refeições com greveOs cá-valoriços tia Gávea, chio pagavam meu-

salmente a quantia cie NCrS 27,ti0 pelas reíei-

ções distribuídas através do Jóquei Clube Bra-sileiro, recusam o novo preço de NCrS 60,00.alegando impossibilidade financeira, a má qua-Udade da comida e ameaçando com erev» d*fome.

o superintendi .ne do Hipôdrprtio, Sr. IA-cinio Salgado, a quem está. entregue o proble-ma das refeições, explicou o motivo do novoaumento, frisando que, mesmo com os novospreços, o Jóquei Clube terá sérios prejuízos,ressaltando ainda que não procedem as queixasdos cavalariços em qualquer sentido.

DEFESA

Os cavalariçcs defendem a sua pesiçãu,atiniiiUKlo que o Jóquei Clube não pode ale-gar despesa para complementar o preço dasrefeições, pois o fato sempre ocorreu e repre-sentava uma obra social importante e merece-tlora de elogios.

Admitem os cavalariços que não é possívelque a entidade de corridas diminua os gas-tos e os destinem logo aos trabalhadores desalário mínimo, que sofrem com a elevação de

qualquer gênero.

_n.I_H01.IA

Licimo f|»]g_.lo admite que essa elevação

para os cavaltriços seria compensada pela me-Ihor qualidad- das refeições, e ainda que NCr.60,00 mensaii representam uma insignificáncia.sem poder ser comparada nem mesmo com o

preço cia pensão mais modesta.¦- Mas os cavalariços Insistem no seu ponto-dc-vista no sentido de que o Jóquei Clube Bra-sileiro tem condições em melhorai' a alimen-tação e arcar com a responsabilidade finan-ceira, e vão resistir com greve de fome. únicafó.mula que estão encontrando para demons-trar a irritação contra uma elevação de pre-,ços em período em que os aumentos estão to-tàlmente impedidos.

BinóculoAntes mesmo de ser levantada a bandeira

tcrme.hu, no estacionamento de automóveis, de

onde assiítiu o sétimo páreo, a proprietária do

cst__eunte Pue_, Tere.nnha Amorim, já protes-uva pela ausência de seu nome no programaoficial íubstituido pelo de Antônio Carlos Amo-

rim, seu marido. Logo dopois da partida, peloarraso inicial do potro, ela nem hesitou em to-

mar seu Volks e retornar rápido ã sua residéu-

cia.

ALC-DES DE VOLTA

Na próxima semana, a Gávea tão acostai-

nvida á conversa matinal do gordo Alcides Mo-

rales, vai tê-lo cie volta na próximo semana,

poi.-. o preparador inscreverá sua pupila Her-

cieira, no quilômetro do Grande Prêmio Costa

Ferraz. Em Cidade Jardim, Alcides já está pre-

parando roupa esporte, leve e elegante, __aia o

dcafUe das madrugadas na Gávea.

DANIEL RIBAPARECE

Depois do acidente em que contundiu uni

b-.-aço, Daniel Neto. que retomou ao trabalho

desde a maniiã de sábado, espera reapar.cer

no fim desta semana. Tem uma promessa no

_emido de assinai' o compromisso cie montaria

cia égua HaJf.

NòVO RUMO

O ligeiro lota, que corria sob a responsa-

biliciüde de Artur Araújo, tendo mesmo conse-

-ruido uma fácil vitória sob o treinamento deste

profissional, passou à cocheira de H. Guede-.

oncie pela sua rapidez não deve demorar em

conseguir seu segundo triunfo.

M.OIRA VEM

O treinador Sílvio Morales espera sua pu-

pila Moira, inscrita no último páreo de ama-

nhã, ainda hoje. de Cidade Jardim. Moira, de

acordo com as explicações do treinador, já vem

preparada de São Paulo e. tem chance de

grande atuação, pois corria com adversárias queregulam com as melhores con.orrentes que irá

enfrentar na Gávea. Chegarão, ainda, de Ci-

dade Jardim para Silvio Morales, os animai.

Surdos c Kalidoa.

OUTRO RICARDO

Milton Lodi, espécie de agencia de infor-

maçõe-s de tudo quanto ocorre no turfe de Sáo

Paulo, afirma que a maior surpresa da atual

temporada tem sido a apresentação de An;ó-

nio Ricardo. Explicou, o proprietário e criador.

qüe an vez de barba costumeira e de algumas

-omixinhias nem sempre recomendáveis, em

Cidade Jardim, Ricardo é um homem feliz, de

bom aparência e que aparece na Vila Hípica du-

rante à tarde sempre tendo a seu lado, o filho

Jorge, de sete anos. Amigo doa treinadore-.

Rangel caide potro echora muito

preterüdendo qualquer colocação e sobretudo,

montando com facilidade ate animais com ãõ

quilos, o piloto é, segundo Milton Lodi, motivo

<lc orgulho .para todo o turfe paulista.

LüTY E JAMAJDAR

O proprietário Antônio Carlos Amorim fêz

enviar para Cidade Jardim desde ontem ssus

potros, Luty e Jamadar, enquanto a tordilha

Crasa seguirá dentro de quinze dias. ficando to-

dos entregues ao treinador Valdemiro Xavier.

O.s dois primeiros suam pouco e somente porisso irão para São Paulo, pois Antônio Cario--

Amorim nunca pensou em acabar com seu stucl

lia Gávea e nem em retirar a confiança qu.coloca no treinador Manuel de Sousa, a quemconsidera como um grande profissional.

ASTRO GRANDE

O trabalho de Astro Grande, passando a

volta fechada em 2mi_s, com excelente deí_n-

voltura e terminando com açSo das mais expres-

sivas. Como se trata de um cavalo possuidor cie

excelente retrospecto nas pistas cio Sul, peloótimo estado que atravessa, deve realizar uma

grande apresentação e oferecer resistência ao

favorito Light Romu. Astro Grande conseguiu

nove vitórias em Porto Alegre, sendo seis clás-

sicas, totalizando NCr$ 12 600.00 em prêmio-de primeiro lugar.

.MiriTO MOVIMENTO

Os últimos dias da Gávea, cem relação à-

idas e vindas dos animais, foram muito movi-

mentados. Charolês saiu das cooheiras de João

Aiianesi seguindo para as de João Araújo, en-

quanto Bacharel que estava aos cuidados de

Thiers Gomes ficará sob a responsabilidade de

Wilson Teixeira de Sousa. Foram enviados liara

Campes os animais Hariolo. Guico e The Qua-

ker. que estavam sendo cuidados, respectiva-

mente, pelos treinadores Felipe Lavor. Osmar

Reis e Álvaro Ro.-a ao mesmo tempo em que do

mesmo hipótiromo. para a Gávea, vinham Cnusy

Cai e Miss Corintians para o preparador Vál-

ter Pedersen. Continuam n chegar potros para

Ernãni de Freitas. Os últimas foram Laat-Shot,

i-Mdlord, Jour Et Nuit • 1—-.

BURACO NA PISTA

O.-, treinadores continuam reclamando da

.alta de conset .-ação da pista pequena de tra-

talho, situada na Vila Lagoa. Por ocasião das

chuvas os buracos que já são muitos, ficam

amda mais profundos e a drenagem se torna

impossível, devido à presença de detritos no.-,

locais por onde a água deveria ser escoada. O

.vuperintendente do Jóquei Clube Brasileiro, Li-

cinio Salgado, disse que vai tomar urgentes

providência».

Rangel Carmo ainda na am-uuláncia que o trazia da pista,após o acidente ocorrido quan-do montava a potranca iriédi-ta Nigra, chorava mais demedo cio seu afastamento daprofissão do que mesmo pe-Ias dores que sentiu, motivadaspor contusões e escoriações.

A principio, quando Nigrasaiu do boxe corcoveando, cor-rendo da cerca interna e seatirando para a cerca externa,em alguns segundos, todos jul-gavam que Rangel Carmo ti-nha sofrido alguma fratura,opinião que se ampliou pelochoro do jóquei, mesmo comseu colega Jorge Ramos, queo acompanhou sempre, o ani-'mando e dizendo que

"tudo

era. somente susto e emoção."

SEM PROBLEMA

O jóquei foi examinado de-tidaanente pelo médico deplantão, Dr. Pindaro, que ex-plicou não haver perigo dequalquer

'fratura, mas verifi-cou que Rangel sofrerá contu-são no tórax direito com esco-riações e contusão com esco-riações no pavilhão auriculardireito e na região mastóideadireita, mas sem que repre-sentassem perigo para o. pre-sença do piloto, ria corrida, no-.urna de amanhã, montandoLoyal.

MUITOS PROBLEMAS

Medicado e já praticamentesem dores, uma hora depois doacidente que ocorreu às 8 ho-ras, Rangel Carmo declaravaque nunca teve tanto medo cieficar afastado das pistas, comona manhã de ontem, pois, em-bora montando pouco, está tra-balhando para vários treinado-res e sabe que a qualquer mo-mento a situação vai melhorai',embora não ache tão ruim asua colocação com cinco vitó-rias na atual temporada. Disseo piloto que luta com muitosproblemas para conseguir mon-tarias. fazendo um esforço aci-ma do comum para obter asoportunidades que podem ser.ainda, em pequena quantidade,mas pelo seu esforço, devemse elevar em futuro muito pró-ximo.

TUDO DE SURPRESA

Comentou. Rangel, que esta-va junto à cerca montando Ni-gra, com J. Pedro pelo meiopilotando Nixon. enquanto porfora estava J. Lafra no dorsocie Nocla. quando de repentesua conduzida sempre corcove-ando se atirou para fora, quan-cio causando o primeiro aci-ciente ao cruzar ã frente deNixon, que também corcoveava.

K. Carmo disse que vi ni-piciamente Nigra seguir de en-contro ã cerca externa, sematendei- a seus esforços, nosentido de pará-la ou torneá-Ia. Na ocasião do choque, veioa queda, sentiu dores no ouvi-do direito e nas costas, depoistudo escureceu e ao longe ou-via vozes de timbres diferentes.Quando acordou o médico dizia

que não havia sido nada e kmelhor remédio seria engraxaras betas para montar amanhãá noite.

Aliano esperaver Amor Miona grama seca

O treinador Válter Aliano in-formou que o estado da pistadirá qual a sua melhor inseri-ção desta semana, pois na gra-ma — com tempo bom — AmorMio será o seu maicr trunfo, ena areia — com a chegada daschuvas — Gauehinha Linda

passará a contar cem uma do.semais evidente de chance do

que o potro.Esclareceu ainda o prepara-

dor que Zanoquinha possível-mente venha a ser anotada emuma prova no dia 2li do cor-rente, na distância de 1 800metros e na pt.ta de grama,quando terá pela frente éguasda mesma idade e fará a suaúltima corrida antes de parti-cipar do Grande Prêmio Dia-na, marcado para o dia 6 deabril, com a elevada dotaçãode NCrS 30 000.00 c que serálevado a efeito na distância de2 000 metros.

O TEMPO DIRÁ

Frizando que Florzinha — nsua única inscrição para a reu-nião de amanhã — está emcarreira das mais equilibradas,"podendo, entretanto, surpre-ender, embora Estratégia sejaa força indiscutível". Alianofêz questão de ressaltar quenáo poderiam ser melhores ascondições de treinamento áeGauehinha Linda e Amor Mio.ê.ste anotado na carreira prin-clpal e a égua no terceiro pá-reo, ambos no domingo, dei-xaudo claro o preparador, to-davia, que as condições da pis-ta atuarão de modo decisivo nacorrida dos dois. Na grania —

e è ainda Aliano quem afirma- Amor Mio conta com mais

chance de vitória, não se afãs-tando a possibilidade de umaatuação destacada da égua,

que. inclusive, trabalhou comZanoquinha, as quais arrema-taram juntas e com vistosaação.

— Na areia pesada as coisasmelhorarão para GauehinhaLinda, ficando também o potrocomo uma das Brandes lisuruiao cias.leo.

ZANOQUINHA

Quanto à Zanoquinha. o trei-nador pretende inscrevê-la nodia 23 deste mês. em prova na

grama e na distancia de 1 800metros, visando o Grande Pré-mio Diana, programado para odia 6 de abril e quando a sua

pensionista medirá força» comas melhores éguas de três anosem atividade no turfe brasi-leiro.

Rei David segue melhorandoe mostra no apronto de 36sque é de novo inimigo certo

Rei David mostrou que após sua última e vito-riosa atuação, somente conseguiu melhoras, já queaprontou os 600 em 36s com seu piloto, J. Borja, ter-minando sereno e sem preocupar-se em melhorar amarca.

Velvetta, que trabalhou espetacularmente menosde lm24s para os 1 300, aprontou suave na madru-gada de ontem, em partida de 360 em 25s, só paramanter seu bom estado. Catatau, inscrito na mesmaprova em que Velvetta, está alistado, levado para acerca externa, ainda assim percorreu os 600 em 3õs315, com muitas reservas.MISS CORÍNTIANS

Miss Corintians (A. Hode-cken desceu a reta em 39s,sem ser obrigada em parte ai-

guma e Anzio (M. Niclevisk)os 300 em 24s Vã, desta feitacorrendo um pouco mais.

D. ERNANI

Vestal Boy (J. Pintoi subin-do até pouco mais dos oito-centos virou e registrou 52s15, muito à vontade e algoafastado da cerca. Quala iM.Niclevisk) os 700 em 40s, comsobras e colada na cerca ex-tenta. D. Ernani (C. R. Car-valho) os 800 em ãls, com ai-guma facilidade e Dragão (D.F. Graça) os 700 em 44s 2,5,muito ajustado apesar de vira mais do centro da pista .

KOPENICK

Kopenick (C. R. Carvalho)os 800 em 51 s 2 5. agradandomuito e quase junto à cercaexterna. Vanga (M. Hévia) au-montou para 52s, demonstran-do alguns progressos e a pou-co mais do centro da pista.Molicho (M. Alves) os 700 em50s 2'5, suavemente e LadyFronteira (O. F. Silvai che-gou correndo muito nesta par-tida de 44s 25 os 700.

TOPLITZ

Doutor Ti to iJ. Barbosa)desceu a reta em 41s, de ga-lope largo. Gê (J. Paülíelo)melhorou para 38s, sem serobrigado em parte alguma eToplitz IO. F. Silva), com ra-ra facilidade, assinalou 44s 2 5os 700 sempre pelo caminhomais longo.

CATATAU

Faulkner (O. Cardosoi vindode, mais distância, completou

os 300 em 22s2.5. com algumasreservas. Fluminense (D. F.Graça) a reta em 38s, com eo-bras. Rei David (J. Borja)melhorou para 36s, com seu gi-nete muito sereno. Bad. Girl(P. Pinto) os 800 em 52s, decarrelrão. Fronton (O. Cardo-so) os 700 em 46s, com muitafirmeza. Catatau (F. PereiraF.) entrando a reta colado nacerca externa assinalou noscronômetros a excelente marcade 35-3,5, corria muito e seu

piloto vinha somente contro-lando a sua pilotada. HappyJack (F. Conceição) para igualdistância aumentou para 41s2 5de galope largo.

ROCKMOY

Velvetta <L. Acima) vindode mais distância completouos 360 em 25s, de galope lar-

go. Danield (A. Santos) os

700 em 48s2|5, a vontade. Ro-

ckmoy CM. Alves) subiu ate

mais ou menos os oitocentosmetros virou e registrou 45s os

700. com muita facilidade.Meia Noite CA. Ramos) a re-

ta em 39s, demonstrando alguns

progressos. Repoty (A. Alei-xoi os 700 em 47s, suavemente.Beaurevers <J. Machado) me-lhorcu para 4Gs, sem fazer mui-to esforço e Legina tJ. Moita)a reta em 38s2 5, agraciando

qualquer coisa.

JASAMA

Blue Signal iJ. Machado) areta em 38s. com sobras. La-dy Flicka ÍJ. Barbosa) dá um

pique de 300 em 2_52I5, suave-mente e Jasama (J, Borja)com facilidade e afastada um

pouco da cerca, trouxe 46s os700.

Indócil Desatino reaparececom o jóquei M. Silva nareunião noturna de amanhã

O cavalo Desatino, reconhecido pela sua indoci-lidade, reaparecerá na noturna de amanhã, comouma das forcas do penúltimo páreo do programa, nadistância dei 300 metros e contará com a direçÊjodo jóquei pernambucano Manoel Silva, atualmenteem fase de poucas vitórias.

O aprendi/. Domingos Ferreira Graça, que vemse revelando um dos melhores pilotos da presentetemporada, estará em franca atividade, pois monta-rá quatro animais com evidente chance de triunfo.O jovem profissional pilotará Dragão, no segundo pá-reo; Depex, no terceiro; Hanovcr, no quarto; e Flu-minense, no quinto.PROGRAMA

i.» PAREÔ — As -iiliiiriiii — 1 ooi)metros — NT.V 8 000,00

Kl!

1—1

43—3

Aió. S. Silva 6Mlss Corltitia-ns, S. Cruz GTafouiun. B. S-tinas 7Miiscoani. M. Alves 5Hon.-t Man. C. R. Car-valho 2Kln_'s Sllip, C. Sousa .. 8Anzio. M. Nlclevisck ... -Mola Lua, J. Tinoco 1Angnna, excluída .

4—íl Ht-aover, D. P. Graça . 7 53. Grava'!!., n. correrá 10 58

10 Ponteiro, J. Pedro F.° . 5.56

...» !• Altr.O — A_ 22h25ni — 1 300mctroí — NL'r> I -loo.oo (Betting)

;." PAllEO — As -0h-0m — I 600iiii-iros — NC.V 1 -1(10,110

Kg

1—1 V-_ta, Boy. J. Pinto — 6 53Qun!_. M. Ntol-Vt-_k " 56

2—11 Sainovar, F. Pra. F.° ... 1 564 D. Ernani, c. R. Oiurvn-

valho 5 54I!—3 DragSo, D. P. Graça ... 4 53

e E-;.atolota. J. Marinho .. 3 554—7 Vrwiloo, J. Machado 2 57

8 Feitiço da Vila, J. Quei-rós 8 ao

_.» PAREÔ — Às I.MirlOIll — 1 600metros - SCrv I loo.oo

Ki!

l—i Maoipassai-t, J. Portllho 1 572' Raíle-, E. Marinho — 9 53

2—11 Kop.nlck. c. R. <_a_v_-valho 7 53

4 VluiRa, M. He via 6 613—3 MulraqultS, H. Vnscon-

ceies 4 ã"0 Moll.ho. M. Alves ã 40

4—7 A'Nord'1-c, n. coriari. ., 3 58" Lady Frontelr... O. F.Silva 3 55

B Depex, D. F. Graça .... 8 57

4." 1'AltKO — As 211150111 — 1 300nii-trns — NCrJ 2 11011,00

Ka

1—1 Dedal. M. Alves 8 55Dr. Tito, J. Barbosa .. 2 53

2—11 Tan;,.iary. G. F.-anco .. 8 5.Crazy Cat, S. Cruz 9 55

3—5 Gê. J. Paullclo 1 586 Sen Ary. M. Silva 4 55

7 Toplitz, O. F. Silva 3 53

1—1o

2—il4

3—3fi7

4—89

10

li."

F.uirkii.r, J. Mcit.iFluminense, D, F, G.s<;aliei David, J. Borja ..Bacl-Glii. J. Queirós ..Frcnton, O. Cn: _o_o ..Jíniry Jack, n. correrá. .Catatau. F. Per. F." ..Mister Mu-;, n. correráLoyal. R. Carmo Happy Jack. G. Meneses

PAKEO — As 2.1lil0m —os — NCrt 1 tiio.iio (llet

1—1J:i

2—4

:;—u

74—8

910

Velvetta, L. ______ Mantel-d, A. Santos ...Jaccbela, H, Ferreira ..Rowdy, c. R. Carvii-Iho Sebênlco, O. F. Silva .Scléi-o, E. Lima Desatino. M. Silva ....-tc-knr.y, M. Alve», ..Mela Noite, A. Ramos .Repoty. A. Alel_o Beauiwers, J. MachadoL-„!ua, J. Moita

Kg

3 5310 53

567 4!)8-551 57

539 52« 51

56I300

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7 -566,36

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1 544 _4« 53

10*5712 528»Õ2

11.3754

9 53

7» paiieo — As nitiinoni — i joemrirus — NCri 2 000,00 (Heltini;)

Kgj

7 5412,54

II2—1

3—7

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4—;u1112

Estrait-gt», O. Ca.di_oFior-íuí-a. M. Alves ..Luiuu, M. Hevln 6

"51

Ave. Vou-, A. Aleixo 2 _7Moira, M. Honricruo .. õ 56Ajeitaria. C. R. Carva- 'lho 1 33Blue Signal, J. Macha-do »-ô _Sé-t-ia. J. Pinto 3 _8Lady FUcka, J.Ba.bi*a 11 p-lJasama, J. Borja 4 58Quartinha, J. Mona 10.53Doce Iracema, A. MCaminha 8 53

PREFEITURA DO DISTRITO FEDERALSECRETARIA DE VIAÇAO E OBRAS

COMPANHIA URBANIZADORA DA NOVA ,CAPITAL DO BRASIL

AVISO 1AVISO AOS PROP.!!-.Ai.iOS DE TERRENOS

EM DEBITO COM A NOVACAP

O Departamento Econômico, através da Divisão de Opfc-rações Imobiliárias, avisa aos promitentes compradores deterrenos em débito com a Novacap que está remetendo paraa Procuradoria Jurídica, para as providências legais, os prp-cessos dos promitentes compradores em atraso com suas

prestações.DOMINGOS MARTINS VERSIANI

Divisão de Operações ImobiliáriasChefe .P

FOLIO

1S CLICHÊ

_2f__Z__J__iz_[_rnal d0 Bras'l. quarta-feira, 5-3-69

INDECISÃOSEGUNDO CLICHÊ

DO) IDA SOLUÇÃO FRANQUEZA ¦

rm^a começou nervoso sua preleção aos jogadores Com consciência, perguntou se queriam sua demissão Preocupado, pediu para esquecerem o passado E não culpou ninguém pelas derrotas do Vasco

mga conversa com jogadores e é apoiado por todosAngus Hi 1 lz ganhaD Caíca submarina ÇlíQva atraPa^ Torneiono golfe cia serraa Taça do Capitão

Anotando um cartão de71 laçadas nei nos últimos18 buracos, o golfista AngusHiltz conquistou domingo.no campo do Teresópolis, otitulo de campeão da Taçado Capitão — oferecida pelocapitão de golfe RobertoPust — pois somou 146 netao final dos 36 buracos pro-gramados, o que lhe deu avantagem de cinco strolcessobre James Walkcr. o se-gundo colocado.

Nas demais posições fica-ram Ronaldo Pontes (154net), Jorge Daniel, Ivo Zau-li e Hubertiis von Kap-herr

' i551 e João Madeira deFreitas (156). No próximofim de semana, ainda no Te-resópolis Golfe Clube, serãodisputadas as rodadas finaisdo Campeonato Interno de1869, ficando para os dias15 e 16 as taças Polar c Ro-berto Fust. respectivamente.

EM PETRÓPOLIS

Valendo-se de um exce-!"nte resultado na primeirarodada e de uma firme pas-sagem na volta decisiva, ogolfista Romi Carvalho ven-ceu domingo, nos links doPetrópolis Country Clube, aTaça Centro de Turismo dePortugal, com o resultadonet de 131 tacadas para os36 buracos, resultado esteque lhe garantiu a vanta-gem de cinco strokcs sobre osegundo colocado.

Os resultados completosdos torneios de fim de se-mana em Petrópolis foramos seguintes, segundo os da-dos oficiais do livro do clu-bc, organizado por AbílioCordeiro Pereira, o profis-sional:

Medalha Mensal (l.a cate-gôria i — 1." Romi Carvalho(handica Si, 63 tacadasnet; 2.° Caio Sila (II); 68;3.*' Burke Thrasher (8), 6!):41" empatados, Luís AlcivarUOi e Douglas Macfarlane(êi, 70: 6." Mário GonzálezFilho (4), 71 e 7.u Fritz Bos-sçljon »9i, 72. Medalha Men-sal 12." categoria)— 1.9 Adal-bbrto Costa (handicap 131;66 tacadas net; 2.° O. RamosiJ9i, 67: 3.° Giani Pareto(22), 71; 4.° Alexandre Pe-rèira de Sousa <16», 72; 5.°empatados. Stan Brooks(J3i, Carlos Alberto Schu-

Gomes debàclc '131-s NiloLemos '16». 73. Taça Centrodê Turismo de Portugal —íf Romi Carvalho 163-68i,131 tacadas net; 2.° Adalber-to Costa (66-701. 136; 3."Olavo Ramos 167-70), 137:4.° Alexandre Pereira deSousa (72-68), 138; 5.° em-patados, Burke Th.-asher(69-711 e Caio Sila •68-721,1*Í0: 7.° Douglas Macfarlane170-72) e 8.° Lars Norgren74-70'. 144 tacadas net.

' Os vencedores dc: torneiosInternos infantis foram osseguintes: Taça PetrópolisCountry Clube Paulop-,";., fip \]rg«f,y^fu»l.fi«j Fi'hr>-

Taça Romi Carvalho — Ro-naldo Varela Gomes; TaçaPaulo Mota — Bertil Nor-gren e Izis Monteiro Pereira:Taça P. S. Vasconcelos —Carlos Smltb de Vasconce-los. O profissional Abílioprometeu, para a próximatemporada, dedica.' uma es-pecial atenção a estes tor-neios infantis que, já noatual verão. tiveram umbom destaque.

NOS EUA

Miami. Estados Unidos —'UPI-JBi — Mesmo depoisde tomar um fcriplo-bofirey eum double-bogey nos últi-mos 18 buracos, o golfistaprofissional Tom Shaw con-quistou domingo, nesta ci-dade. o titulo de ca npeão doDoral Opcn de 1969, com oescore de 276 tacadas — 12ab ixo do par do campo —o que lhe valeu um prêmiode 30 mil dólares, cerca deNCrS 120 mil.

Tom Shaw, que tem 26anos, ainda não havia con-seguido nada melhor do queuma sexta colocação nostorneios oficiais da PGA e,em janeiro de 196C. esteveameaçado de não jogar maisgolfe em virtude dc um sé-

.rio acidente de automóvel.Agora, porém, inteiramenterecuperado, pretende dispu-tar mais freqüentemente ascompetições do circuito nor-te-americano.

NERVOSO

Quando Tom Shaw per-ceoeu que poderia vencer,•seu jogo inexplicavelmentepiorou. Assim, tomou umtriplo-bogey no 10.° buracoe um doíiblc-bogey justa-mente no 18.°. diante decentenas de espectadores.Por isso, sua diferença paraTommy Aaron foi de apenasuma tacada —- 276 a 277 —quando poderia ser de mui-to mais.

Dan Sikes, com 278 taça-das. foi o terceiro colocado,ganhando um prêmio decerca de NCrS 40 mil, ca-bendo a Homero Blancas eJack Nicklaus finalizaremempatados na quarta posi-ção, com 279. TommyBoldt cumpriu os 72 buracoscom 280 tacadas e Gay Bre-wer com 281.

NAS FILIPINAS

Manilba, Filipinas <UPI-JBi — O japonês HaruoYasuda sagrou-se domingoo novo campeão do Abertodas Filipinas, ao derrotar,num suilden-dcatli-playoff

o profissional local Eleute-rio Nival. depois de um em-pate em 283 tacadas nos 72buracos regulamentares. Ya-suda ganhou 10 mil dólares,aproximadamente NCrS 40mil. pela primeira coloca-

5 o m ;i I i a nvenceram no

Com us águas cias ilhasTijucos muito duras c tem-peratura ideal, mais de 20mergulhadores iniciaram nosábado a primeira etapa doCampeonato Carioca de Ca-ca Submarina. Durante seishoras os caçadores tiveramque procurar o peixe entreprojundidaes que variaramem média dc 20 a 30 metros.A contagem de pontos colo-vou em primeiro lugar Ali-lio Somaltgno com 54 5110pontos. Mas Atílio, na ver-dado. foi superado pelo jo-rem Sérgio Aguiar, que. porler menos de 21 anos. per-(leu o primeiro posto c todoseu esforço, já que pelo re-gulaihento não poderia ternem m e s m o concorrido.Aguiar marcou 57 5G0 pon-tos.

No domingo, a FederaçãoCarioca fêz pela primeiravez no Rio uma prova só pa-ra moças com cinco concor-rentes. A jovem Britta Pol-bom foi a vencedora. Adria-na Perez Serra, da Argenti-na. da passagem pelo Rio,chegou a tempo de partici-par. mas ficou com a quin-ta colocação.

A etapa inicial para o li-tido dc campeão carioca foimuito bem organizada, ape-sar dc ligeiros contratemposcom alguns caçadores queiniciaram a prova antes dahora prevista. Além destes,que perderam pontos comopenalidade, houve o caso deSérgio Aguiar, um jovemque já mergulha há oitoanos e tinha autorização dopai para competir.' Mas.mesmo com estas pequenasdificuldades, a FCCS andoumuito bem tanto na conta-gem de pontos como naatenção que deu aos mergu-lhadores dentro da água.Houve cobertura médica,feita pelo Serviço de Salva-mento. sendo que o técnicoda CBD. Edson Pcrri, dirigiua prova no pesqueiro.

Çristicnie eEduardo sãorecordistas

Cali. Colômbia-1UPI -JBi— Os brasileiros Eduardo Tolen-tino e Cristiane Paquelet. ga-nhar-.im medalhas de ouro nos100 incrtos nado de costa c 100metros nado livre juvenis comnovos recordes sul-americanas,respectivamente com as marrasde 1 minuto, 8 segundos e 1 mi-nu to, 7 segundos e 6 décimos.

Susana Pena Franca, nos 100Metros borboleta, e Moema Ma-ceclo Abtiboi Neto. nos 100 me-tros livres, foram outros des-ta-|ues do Brasil ontem, na pri-meira rodada do CampeonatoSul-Americano de Natação In-fanto-Juvenil, que se realizanesta cidade.

Embora o Brasil tenha con-seguido classificar 12 nadado-res para as finais, mesmonumero alcançado pela Vene-zuela. esta mostrou-se melhorpreparada, pois obteve seis pri-

) llcn Kerr

o i- 15 r i I 1 iiI u in Io do mar

.'l (ir/ua muito clara en-sejeu mergulhos de boa pro-fundiclade. já que o peixeprocurava fugir dos mergu-lhadores descendo cada vezmais fundo. A pequena di-jerença de pontos entre oscinco primeiros colocados dáuma boa noção da esforço e(Io equilíbrio, que só teveuma certa nota de destaquecom o mergulhador SérqioAguiar. Não jósse a sua des-classificação c Sérgio já po-deria estar sendo apontadocomo um sério concorrenteao titulo.

As enxadas foram os pei-xes que mais apareceramnas Tijucos, enquanto umagaroupa foi a maior peça dacompetição. Rubem Torres,um dos raros veteranos ain-da em plena ação, arpooua garoupa que pesou 22quilos.

Atílio Sovialigno, o ven-cedor, fèz parte da equipebrasileira que recentementelevantou mais um Campco-nato Sul-Americano no Chi-Ir. Já bastante conhecidopor sua técnica e fibra, So-maligno c não só candidatoa campeão carioca, comoum dos homens para a equi-pc. (/ne em maio inicia ostreinos paru. o Mundial noJapão. Somaligno represen-ta a lute Clube do Rio deJaneiro, apesar de o cam-peonuto só valer como títu-lo individual.

O segundo posto da pro-va ficou com Armando Ser-ra, que c um dos novos dacuca submarina carioca.Jcão Maia foi o terceiro, se-guido do internacional Lu-cio Lenz.

Na parte feminina a FCCSsó pode se orgulhar destasua primeira experiência.Além da vencedora Britta,concorreram ainda Teresi-nha Cito. segunda coloca-ção, Tânia Luisa Carvalho,terceira. Adriana Perez,quarta, e Ana Maria Millcs.

Esporte jogaesta noitecom América

Recife (Sucursal) — O Cam-peonato Pernambucano prosse-guirá esta noite, nu ilha doRetiro, com a parlida Esportex América, que havia sidotransíerida da segundíi rodada.

A quarta rociada do turno se-rá disputada domingo, com osseguintes jogos: Em Recife,Náutico x América, Esporte xíbis e Santa Cmz x> SnntoAmaro, enquanto Central eFerroviário jogarão em Ci-ruaru.

Após a terceira rodada, do-mingo úl.lmo. as colccações fi-caram assim: li Esporte, Ná i-tico e Santa, sem pontos per-didO",: 4i Central, com um; 5)America, com tres; 6» Ferro-viário, com quatro, c 7) Santos~"-o r JV=. r-o-n. <!P''s.

orge sHiias (Se tems masnão adia o Campeonato JB

Apesar dc as chuvas provocarem o retardamentodo Torneio Jorge Frias de Paula, o Campeonato deTênis JORNAL DO BRASIL começa mesmo a ser jo-gado amanhã, nas quadras do Country Clube, coma participação dos melhores tenistas cariocas, in-clusive Ronald Barnes.

O árbitro geral da competição será o Sr. SadyGontan. que poderá autorizar a substituição de umjogador apenas nas duplas, e, sempre por um te-nista de categoria igual ou interior. As despesas debolas ficarão a cargo dos perdedores, dividindo-se osgastos com boleiros, enquanto a luz não será co-biada assim como qualquer despesa em jogos in-fantis.

O técnico Pinga, numapreleção ontem acs jogado-res, indagou-lhes se queriamque èle pedisse demissão,mas todos foram unanimesem racenhecer que o treina-dor não tem qualquer culpanos últimos resultados nega-tives do Vasco.

—- O que nós temos quefazer é tacar peito — di»se

Brito aparteando o técnico.Não poderíamos nunca per-der para um time como oUberlândia.

— O que nos faltou —explicou Bougleux — foi ver-gonha, pois não corremosnada e se tem algum culpa'-do. só nós é que somos res-ponsaveis.

UNIÃO

VITORIA CARIOCA

Uma equipe de tênis ca-rioca, formada por AfonsoAlves Pereira. Hugo Pucheu.Nelson Roberto Vaz Morei-ra, Luis Alfredo Lobão San-tos, Edgar Lobão Santos.Eduardo Melo e Plauto Fa-cin. derrotou por 4 a 1 aequipe do Estado cio Rio.

Os pontos do time cario-ca foram conseguidos porAfomo Alves Pereira, quesubstitui' Jorge Paulo Le-mann c venceu cem catego-ria Álvaro Estêves por 6-0 e6-4. Hugo Puehcu-NélsonRoberto ganharam de Alva-ro Estcves-Hugo Cross, porfi-4, 2-6 e 7-5; Luís AlfredoLobão ganhou cie HugoCros.s por 6-4. 5-7 e 8-6 eEdgar Lobão dc José Bruck-

ner por 7-5 e 7-5. O ponto doEstado do Rio foi alcança-do por Denis Cross-FrankíinFerri que venceram Eduar-do Melo-Plauto Facin por6-3 c 6-1.

A equipe carioca ficou as-sim de posse transitória doTroféu Murilo Portugal. Se-rá realizada outra série en-tre as duas equipes, aindano primeiro semestre e emquadras dc algum clube ca-rioca, pois os jogos do pri-meiro encontro se realiza-ram nas quadras do Petro-politano, no Valparaísò. OTroféu Murilo Portugal foiInstituído pela FederaçãoCarioca de Tênis, em home-nagem ao presidente da Fe-deração Fluminense de Des-portos.

Diante dessas respostas,Pinga pediu a todos "parapassar uma borracha nopassado" e incentivou os jo-gadores para melheres resul-tados no inicio do Campeo-nato Carioca.

— Se algum de vocês nãoassimilar minhas instru-ções, peço que me pergun-te quantas vezes fôr neces-sárlo para não existir dúvi-das. Temos que nos unir esó assim alcançaremos o ob-jetivo do Vasco, que são asvitórias c os tituios — ar-gumentou.

Km seguida, Pinga contouaos jogadores sobre a reu-nião que teve no dia ante-rior com o presidente Rei-naldo Reis e fèz questão de

afirmar que não culpou nin-guém pelas derrotas contraa seleção soviética e o Uber-lândia.

— O que aconteceu — de-claròu — foi que viajamosdurante quatro horas numDC-3, almoçamos a menosde duas horas antes da par-tida e todos nós estávamosindispostos cem a viagem.

Pinga criticou tambémque o médico Luís Leãoaconselhou os jogadores a .tomar sopa e comer pão an-tes do jogo e disse ontemao Dr. Otávio Martins que"

'.

vai interferir no Departa-mento Médico toda vez queachar que alguma coisa e.sláerrada.

FAVORÁA EL \() SUPEm LSOB

Faustino enfrenta Bonavenaem Mar Del Pia La mas não

Sobre a idéia da contra-tação de um supervisor,cujo nome mais cotadoainda é o de Orlando Fan-toni, Pinga achou excelente.

— Se já houvesse um su-pervisor — disse — duvide,por exemplo, que éle deixa-ria a delegação viajar numDC-:i para Uberlândia ouentão, que deixaria faltar,como aconteceu, água no in-tervalo do jogo e cs joga-dores foram obrigados a to-mar refrigerantes sem gelo.

O preparador físico Car-los Alberto também falouaos jogadores e lhes expli-cou que o time está em boas

condições físicas, indagandoa vários deles se não se sen-tiam bem em campo.

Ês.sc jogo em Uberlán-ciia foi inteiramente anor-mal e aí, ninguém é mila-groso para fazer nada —frisou.

O Sr. Adriano Lamosa ter-minou a preleção pedindo atodos a integração da equi-pe ao Departamento de Pu-tebol e também incentivou-os "para começarem com cpé direito o campeonato."

Ainda bem que o qu<tinha de acontecer já acorí-'teceu — concluiu.

col oca seu títulol.'\ VRISTO \ ETADO

em |OgOMar dei Plata, Argentina (UPI-JB) — O brasi-

leiro Luís Fauslino Pires, campeão sul-americano dospesos pesados, terá hoje a sua revanche contra oaigenüno Oscar Ringo Bonavena, em luta de dezassaltos, e que se realizará no Estádio Bristol destacidade.

Ontem. Luís Faustino. que não coloca seu títuloem jogo, encerrou os seus treinamentos, no GinásioFélix Daniel, onde realizou exercícios com saco e-sombia, antes de fazer alguns rounds contra um pu-gilisla local. Faustino demonstrou que está em ex-celente forma e disse não ter dúvidas de que hojese vingará de Bonavena. que já o derrotou no anopassado por nocaute técnico no sétimo assalto.

De tarde, na sede do Ci-neac, o Sr. Adriano Lamo-sa reuniu-se com o pre.s:-dente Rcinaldo Reis e am-bos traçaram planos para aintegração do Departamcn-to de Futebol.

Em principio, o presidentedo Vasco está disposto aaceitar o pedido de demis-são do Dr. Luís Leão e doDr. Luis Saraiva, que estásolidário ac chefe do Depar-tamento Médico. O cargo desupervisor, ainda mais ago-ra que Pinga acha necessá-rio. será preenchido e o Sr.Reinaldo Reis espera ter umencontro ainda esta sema-

na com Orlando Fontanipara tratar deste assunto.

Aliás. Evaristo também es-tava cotado nara o carso,mas o presidente do cluberecebeu péssimas informa-ções a seu respeito e aban-donou a idéia.

Logo após a reunião como Sr. Adriano Lamosa. o pre-sldente Reinaldo Reis rece-beu a visita do Sr. José Car-los Vilela. O dirigente doFluminense manifestou seudesejo de contratar o ata-cante Nei, mas o presidentedo Vasco logo informou queseu jogador é inegociável.

\KI NAO RENOVOUMUITA VONTADE

Os cronislas especializadosargentinos que assistiram autreinamento do pugilista bra-íileiro ficaram impressionadoscom sua forma técnica e física¦c, sobretudo, vontade de ga-jihar a luta de hoje.

Luis Faustino apareceu noGinásio Félix Daniel para trei-¦nar depois que Bonavena ha-via encerrado seus exercíciosc se retirado. Após o treino, obrasileiro deu uma volta peloparque Camet. que fica umpouco distanie desla cidade.

, — Fui tomar um pouco dear puro e meditar sobre a lu-ia de amanhã, disse Fauslinoquando o interrogaram, porqueJiavia deixado a cidade. £leestã tranqüilo mas não gosiadv* lembrar sita luta do ano

passado contra Bonavena noLima Park em Buenos Aires.

Luís Faustino. com trintaanos dc idade, c um pugilistaque tem um cartel relativamen-te pequeno de lutas interna-cionais, mas entre elas se des-taça a vitória sobre o peruanoRoberto Davila. do qual o pu-Kilista brasileiro arrebatou otitulo sul-americano.

Há grande expectativa paraa luta de hoje. pois espera-seum bom combate, levando-seem conta o excelente físico deFaustino — 1,88 metro de ai-tura — e a boa qualidade téc-nica de Bonavena. o númeroum de seu pais, que rcapare-cera lutando na Argentina de-pois dc ter perdido o titulo•mundial para o norte-ameri-cano Joc Frazíer. em Filadél-f'0. no pno passado.

Nei não aceitou a propôs-ta do Vasco para renovarseu contrato por mais doisanos. O clube ofereceu NCrS40 mil de luvas e ordenadosde NCrS 1 200,00 e o jogadorrecusou. O Sr. Reinaldo Reisterá novo encontro hoje comNei para tratar deste as-sunto.

Ferreira, ainda entregueao Departamento Médicocom contusões no dorso dopé direito c no joelho di-reito. foi o único ausentedo individual de ontem doVasco.

O Vasco realizará hoie umtreino de conjunto no cam-

po do Manufatura e ama-nhã. no mesmo lccal faráum invidual e um treino tá-tico. A concentração, no Ho-tel das Paineiras. está mar-cada para começar na sex-ta-feira à tarde.

Pinga declarou o.ue faráhoje alguns testes no timepara definir a escalação dcVasco para a partida do pro-ximo sábado contra o SãoCristóvão. O certo, porém,é que Silvinho jogará naponta esquerda e Luis Carlosserá o ponta-de-lança ao la-do de Nei, se renovar, ou deValfrido.

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Botafogo treinousem Gérson queainda sente coxa

«luinai uu oiq.-ii. quanu-miru, u-j-uy, j ,u Ulü_ ojCONFIDENCIAL

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O Botafogo treinou indi-vidual. ontem, em GeneralSeve riano. preparando-separa estrear, domingo, noCampeonato Carioca contrao Bonsucesso, sendo queGérson foi o único ausentepor estar sentindo ainda acoxa esquerda.

Gérson sentiu uma pon-tada na coxa, durante umdos treinos que a equipe rèz

UBIRAJ.ARAO treino de ontem constou

de ginástica, corridas e ba-te-bola, com os jogadoresempenhados durante umahora e demonstrando gran-de disposição. Gérson foi oúnico que não tomou parte,ficando no DepartamentoMédico fazendo aplicaçõesde ,.ultra-som porque aindasente dores na coxa esquer-da. Explicou o jogador queem Friburgo, quando joga-va uma partida de voleibol,sentiu uma fisgada na coxae, desde então, vem guar-ciando repouso. Gérson acre-dita, no entanto, que possa

em Friburgo, e apesar de oDepartamento Médico ain-da não o ter liberado, o Dr.Lidio Toledo acredita que ojogador já possa participardo coletivo de sexta-feira. Adiretoria do Botafogo acer-tou para o próximo dia 12,em Florianópolis, a partida-desempate contra o Metro-pol, pela Taça Brasil.

IMPRESSIONAjogar domingo contra oBonsucesso.

Ubirajara, que fazia a sua(primeira apresentação di-ante da torcida, agradoubastante no bate-bola, im-pressionando, sobretudo, pe-Ia colocação e pela calmanas defesas.

Para a tarde de hoje, cominício às 16h, Zagalo mar-con um treino de conjunto,com Lula no lugar de Gér-son, que somente voltaráaos treinos na'sexta-feira.

WÈÈÊMÊIÊÊm '^f^T** WÊÍÊÈÈz *V* * * **v ** •

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Antes do tremo, tequaí^^'X^i^b^^?^^^^^^^^^^ ^ «J

BOTAFOGO NÃO VENDE NINGUÉMÚLTIMOS RETOQUES

O diretor de futebol Djal-mi Nogueira confirmou quefoi procurado por emissáriosde -outros clubes interessa-doè na compra de Aíonsi-nhò, mas que a resposta doBotafogo será sempre nega-tiva porque não pretendevender ninguém. Afonsinho,no entanto, ainda não che-gou a um acordo para reno-vação de seu contrato es-tando esperando pela che-gada de seu pai quando dis-cutirá as bases que desejapara continuar no Botafo-go.

Djalma Nogueira, que atéagora conseguiu renovar to-dos os contratos, inclusivecom Afonsinho no ano pas-sado. está confiante e disseque acredita fazer um acôr-do antes do jogo com oBonsucesso. O dirigenteafirmou que seu clube deforma a lg u m a venderáAfonsinho, não aceitandonem mesmo cedê-lo por em-préstimo.

Sobre a compra de Ubi-

rajara, explicou Djalma No-gueira que seu acordo como presidente Eusébio de An-drade foi na base de NCrS100 mil, não entrando natransação o jogador Parada,mas que este poderá ser ce-dido ao Bangu ou por em-préstimo ou por NCrS 50mil. Ontem Djalma Noguei-ra andou à procura do pre-sidente do Bangu para fa-zer o pagamento do passede Ubirajara e como não oencontrou, quis pagar aopresidente em exercício EliasGaze, mas este não aceitoualegando não conhecer exa-tamente os termos do acôr-do feito pelos dois clubes.

— Compramos Ubirajara— disse Djalma Nogueira —e agora não estamos inte-ressados em nenhum outrojogador e somente em casode extrema necessidade po-deremos tentar novos refor-ços. O mais provável, porém,é disputarmos o tricampeo-nato com os jogadores quejá contamos.

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Na grande área•?.. Armando Nogueira

Escrevi, ontem, que dificilmente pais demoeda fraca e futebol forte teria chance dever sua seleção pela TV, ao vivo, na Taça doMundo de 70, no México. Parece até que euestava adivinhando: hoje, me caem nas mãosrecortes de um jornal inglês e outro francêsnoticiando, já, a feroz disputa financeira evitorno dos direitos de transmissão dos iooosno México. J yA Eurovisão, que é um poderoso condo-mimo de canais europeus, está brigando como Telesistema Mexicano, que enfeixa o conjun-to de emissoras do México.

As g-estoes de compra dos direitos de rá-dio e TV começaram em dezembro de 68A Eurovisão não queria pagar o preco quecobrava a FIFA, quando apareceu o mexicanoDon Emílio Azcarraga, vice-presidente do Te-lesistema Mexicano, e aceitou as condições daFIFA, condições que ainda não foram" divul-gadas. O presidente da FIFA, Sir StanleyRous, chegou a estranhar que a Eurovisão ti-vesse perdido a parada para o milionário me-xícano.

Mal sabia o mister que tinha ficado com-binado que o Telesistema autorizaria a Euro-visão a usar as imagens dos jogos, mediantepagamento razoável.

Isso é o que diz a Eurovisão mas não foio que fez o Telesistema. pois, segundo acabade noticiar a imprensa inglesa, o mexicano jávendeu, a peso de ouro, os direitos de trans-missão para a Europa, com exclusividade aum organismo britânico de televisão, ITVpor alguns milhões de dólares. A ITV terá di-reito de transmitir, também, rádio e TV varaa África.

A Eurovisão, agora, não podendo proces-sar o dono do Telesistema por falta de pro-vas, está anunciando que todos os países a ela.filiados poderão boicotar a Copa do Mundo.D. Emílio Azcarraga, por sua vez, diz quese desinteressou da Eurovisão porque as exi-gências que lhe faziam eram simplesmenteinaceitáveis:

— A Eurovisão queria arrancar todos oscartazes comerciais dos estádios mexicanosdurante a Taça do Mundo e queria, ainda,outro absurdo que era cobrir os jogos com cã-viaras e técnicos europeus. Como se a televi-são européia fosse tecnicamente superior àmexicana!

Pelo primeiro rounã, vê-se logo que a In-Rlaterra já garantiu praticamente a seu pú-blico as imagens do English Tea-m na Taça doMundo.

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Três Estados solicitaram opatrocínio da Taça Brasilpara clubes de basquetebol

São Paulo, Ceará e Estado do Rio foram os trêsEstados que solicitaram o patrocínio da Taça Brasilde Basquetebol, a ser disputada em abril e cujas ins-crições se encerraram dia 28 último.

Dos três, apenas o Estado do Rio cumpriu aexigência regimental, ou seja, solicitou o patrocíniopara um dos seus filiados, o Clube dos Funcionáriosde Volta Redonda. As inscrições para participaçãocontinuam abertas na sede da CBB, até o dia 31 docorrente.

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Roberto e Jairzinho foram dos mais empenhados e são presença] certas contra o Bonsucesso

i reino de M. Tito no Cruzeiro Soviéticosfoi bom apenas entre os reservas ^'Xa"1

QUER ADIAMENTO

A Federação Paulista foi aprimeira a demonstrar inte-résse na Taça Brasil de 69. masfez o pedido diretamente àConfederação, sem indicar oehibe respectivo que desejavao patrocínio. Durante as rc-centes eleições presidenciais naCBB, o diligente José CláudioReis explicou que São Pauloquer fazer a competição. En-tretanto. não poderá cumprir adata prevista pelo setor técnicoda Confederação, porque emabril recepcionará a delegaçãorio Good Year. dos EstadosUnidos, tricampeão mundial declubes.

Em conseqüência, pretendiao adiamento da Taça Brasilpara o mês de junho e, neste.sentido, sua Federação iria ofi-ciar ã CBB. Na mesma reu-niâo, o representante do Cearámostrou interesse no patrocínioaa Taça, ressaltando que cria-ria as maiores facilidades paraa deslocação dos clubes paulis-tas, para Fortaleza.

São Paulo fêz o pedido depatrocínio sem citar o clubeque arcaria com a responsablli-dade do torneio e o Ceará opediu verbalmente, por lnter-médio de seu representante.Enquanto isto. o Estado do Riofoi o único a cumprir integral-mente o Regulamento, fazendo pedido por escrito e citandoo filiado interessado — o Clubedes Funcionários de Volta Rc-don ri a.

QUATORZE ESCOLHIDOS

O técnico Tilde Sobrinhoapresentou ontem à CBB a re-lação de 14 jogadores para for-mar o elenco de 12 que repre-«eritará o Brasil no Campeona-to Sul-Americano do Uruguai:Sérgio. César. Lulsinho, Peixo-ttnho e Felipão — da Guana-bara: Zé Olaio. Jói. Dódi. ZéGeraldo, Nasr, Emílio. HélioRúbeas c Fransérgio — de SãoPaulo: e Ranieri — de MinasGerais.

Dez jogadores já possuem lu-gares definidos, estando as duasvagas restantes entre Emílio eFelipão. no pivô, e Hélio Ru-bens e Fransérgio, na armação.Felinto. Marquinho. Zé Milton.Jairo e Cláudio foram dispen-sados mas continuarão concen-tra rios, para formar a seleçãoque irá ao Norte e Nordeste, nasegunda quinzena deste mês.Aos cinco citados se juntarãoos dois futuros dispensados.dentre cs 14 que se preparampara o Sul-Americano.

Gabriel solicitou dispensa,alegando problemas de estudo,enquanto Ubiratã. Edvard eMosquito não se apresentaramdia 1.". como estava determi-nado, nem deram qualquer sa-iisfaçáo ao setor técnico daCBB. O vice-presidente técnico,Sr. Gérson Silva, informou quepretende reunir-se com o vice-presidente de interiores, Sr. Al-berto Cúri, para estudar a pos-sibllidade de aplicar puniçõesaos três jogadores faltosos.

TABELA DO CAMPEONATO

Montevidéu (FP-JBi — Ar-gentna. Brasil, Colômbia, Chi-lc, Paraguai, Peru e Uruguaiconfirmaram a- participação doXXIII Campeonato Sul-Ameri-cano de Besquetebol Masculino,marcado para esta capital, noperíodo dc 16 a 2G do corrente.A tabela já foi aprovada pelaComissão de Zona da FIBA eé a seguinte:

Dia 16 — Desfile inaugurale Chile x Paraguai; dia 17 —Peru x Paraguai e Uruguai xColômbia; dia 18 — Argentinax Colômbia e Brasil x Chile:dia 19 — Argentina x Peru eUruguai x Paraguai; dia 20 —Brasil x Colômbia e Uruguai xChile: dia 21 — Peru x Colóm-bia e Brasil x Argentina; dia22 — Argentina x Paraguai eUruguai x Peru; dia 23 — Chi-le x Colômbia e Brasil x Pa-raguai; dia 24 Brasil x Peru cUruguai x Argentina; dia 25 —Paraguai x Colômbia e Peru xChile; dia 26 — Argent na xChile e Uruguai x Brasil.

Belo Horizonte (Sucursal— Mário Tito não foi felizao fazer o primeiro coletivoentre os titulares do Cruzei-ro, apresentando um fute-boi apenas regular, bem dl-f crente do que teve na pri-meira fase do treino nu ti-me reserva.

Gérson dos Santos ícv.unia preleçao antes do In-divldual, orientado porPaulo Benigno, pedindo aosjogadores humildade napartida do próximo domin-go contra o Sete de Setem-bro. que vem sofrendo go-leadas sucessivas no cam-peonato, pois entende que"o jogo não está ganho porantecipação e pode se tor-

nar difícil como a partidadiante do Formiga."

A ESTRÉIA

Mário Tito entusiasmou otécnico Gérson dos Santose a torcida que foi vé-lo naprimeira vez treinando noCruzeiro, durante o tempoem que jogou entre os re-servas. Muito seguro e efi-ciente na cobertura c des-fruição de jogadas dava atodos a certeza de que .seriatitular logo na estréia.

Na segunda fase do trei-namento, entre os titularesao lado de Fontana e subs-tituindo a Raul Fernandes,Mário Tito caiu assustado-ramcnle de produção fa-

lharido em muito lances.Gérson dos Santos e o pró-prio jogador acreditara queaconteceu uma estranhezanatural que desaparecerános próximos coletivos.O DESTAQUE

Natal foi a melhor figurado coletivo, marcando doi.sgols e deixando, à defesa dotime. reserva desnorteadavárias vezes, através desuas incursões perigosas pe-Ia ponta mostrando que es-tá em franca reabilitação.Também Tostão esteve bem,marcando um belo g.ol en-quanto Dirceü Lopes ligei-ramente contundido ficousob cuidados no departa-mento médico.

Yustricli falta e assusta AtléticoBelo Horizonte — Yustrich

surpreendeu ontem os joga-dores e a torcida do Atleti-co não comparecendo ao co-letivo que marcou comopreparativo para o jogo dcdomingo, em Barbacena,contra o Vila do Carmo, porcausa de uma gripe forte.

O auxlllar-técnico Zezi-nho Miguel assumiu a res-ponsabilidade do treino, en-quanto alguns torcedores,bastante preocupados, co-mentavam que o técnico,novamente em evidência,com a vitória sobre a sele-ção russa, poderia estar as-sinando contrato com ai-gum time do Rio ou SãoPnuio

Os jogadores estavamuniformizados esperando otreino começar, Yustrichnão aparecia c o seu auxi-liar, Zezinho Miguel, come-çouase preocupar: "O carrodele pode ter quebrado oualgum acidente sério, quemsabe?" Todos ficaram sériosquando Zezinho Miguel deuinicio ao treino dizendo que"hoje eu dirigirei tudo."

O diretor Valmir Pereirafoi ao sitio de Yustrich per-to de Pedro Leopoldo, massomente foi encontrá-lo emcasa, de cama e muito gri-pado. Á tarde os jogadorese a torcida ficaram sabendoque tudo estava bem comYustrich e principalmente

que ele continua como téc-nico do Atlético.

No domingo, o Atléticoirá ao interior pela segundavez èste ano cumprir com-promlssos pelo campeonato.O jogo será em Barbacena,contra o Vila do Carmo quenão conseguiu uma vitóriasequer em cinco rodadas.

O ambiente em Barbace-na é de festa e o estádiolocal recebe melhoramentos.Está sendo aguardada umarenda recorde e os diretorese a torcida do Vila do Car-mo anunciam uma série dehomenagens ao Atlético pe-Ias glórias que vem dandoao futebol brasileiro ultima-mente.

Moscou lAFP-JBi — O Bo-Ietlm Oficial Soviético, em seuúltimo número, publicou a lis-ta de esportistas e treinadoresrussos condecorados por suasfaçanhas nos Jogos Olímpicosdo México e também pelos seusimportantes resultados despor-tivos.

Na lista rieuram os atletasYanis Lusis, Vivr Sanecv,Eduard Coutchtichin, AntoninOkorokova, os ginastas Mík-hail Vorinln c sua esposa, Zi-nalada e Larissa Petrik, os pu-gllistas Boris Lagoutln e DanPozdniak e o nadador LeonidIlytchev.

Computador ajudaOlimpíada de 72Munique iAFP-JB' — Um

computador eletrônico irá de-signar, dentro de pouco tempo,o melhor orçamento para aconstrução do Estádio Olímpicode Munique para as Olímpia-das que se realizarão nesta ei-dade em 1972. A Comissão dcOrganização rios Jogos Olimpi-cos conta, atualmente, com umeletivo dc 43 pessoas.

BOLAS DE PRIMEIRA — Um rubro-ne-gro muito bem informado me garante que oFlamengo está tentando comprar o passe doatacante Aladim, do Bangu. # Por falar emBangu, levanta-se uma oposição violenta con-tra a administração Eusébio de Andrade. Nãoentendo nada de política interna de clube,mas de uma coisa não tenho dúvida: com oiísem pecados, o velho Eusébio de Andrade e

seu filho Castor deram ao Bangu, nos últimosanos, uma posição deslocada no futebol cario-va. Não me parece justo fazer desabar sobreeles a ira dos céus justamente na hora adver-sa. • Um gesto de admirável equilíbrio as-sumiu o treinador Evaristo. demitindo-se doFluminense antes de terminar sen contrato.• Se dependesse dc Almeida Braga, figura in-

fluente do Fluminense, o sucessor de Evaris-to seria Aimoré Moreira: "Entre os disponí-veis, o Aimoré é. longe, o melhor." % Hoje,uma pelada no minicampo do Flamengo, en-Ire as equipes do cinema novo e da arquite-tura. Luis Carlos Barreto. Caca Diegues. Bres-sani, Sarraceni e Rui Solberg jogam no timecio cinema que adota um sistema, de jogo pelopróprio Barreto já definido como '-Sistema Fo-co Absoluto", porque, diz êle, todo mundo jogaem todos os quadranies do campo, com totallucidez, e Vá gostar de escola de samba as-sim no inferno: o jogador Silva estava emBuenos Aires discutindo bases de contrato como pessoal do Racing. De repente, olhou o re-lógio e pediu licença: "Os senhores me descia-pem, mas tenho um compromisso no Rio eestou indo agora paru o aeroporto." O com-promisso era um ensaio da Mangueira, nasvésperas do carnaval. • O goleiro Ubirajaraestá freqüentando uma academia de judô.Aprende rolamento para cair melhor. O Caoque trate de arranjar um curso intensivo dejudô combinado com caratê e jiu-jitsu.

Mineiros querem redução das taxasAtlético, Cruzeiro e Amé-

rica anunciam que iniciarãocampanha visando a reduziras taxas cobradas pelos jo-gos realizados no EstádioMinas Gerais, enquanto odiretor da Ademg. Gil Cê-sar Moreira de Abreu, semcontestar a justeza das re-ciamações, sugere um en-contro com o GovernadorIsrael Pinheiro para um es-tudo conjunto da situação.

O América é o clube maisrevoltado, dizendo que astaxas da Ademg. Incluindoo aluguel do estádio, iluir.i-

nação mesmo nos jogos dlá-rios. e limpeza geral, atin-gem a 40'; das arrecadaçõestomando as suas partidasaltamente deficitárias. Opresidente Amador dc Bar-ros ameaça, inclusive, trans-ferir os compromissos doAmérica pelo campeonatopara o estádio da alameda.

A BRIGA

Os três grandes clubes dofutebol mineiro deverão du-rante a reunião que aindanão tem data definida —

possivelmente esta semana- pedir aos demais 13 clu-

bes que disputam a divisãoextra um apoio maciço ácampanha, entendendo que"a causa é de todos c impli-ca na sobrevivência do nos-so futebol."

O presidente do Atlético.Sr. Carlos Alberto Naves,lembra que da arrecadaçãode NCrS 104 mil na partidaante a seleção russa, o clu-be recebeu apenas NCrS 30mil deduzidos todos os gas-tos com a promoção.

"É dos carecas queelas gostam mais..."

Pois é. Mas esse tempo,

j assim como a música, vai: longe, longe. Tempo que' nâo havia escolha entre ser

ou não calvo.Hoje, as coisas mudaram.

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OBS.: O ICM ficará por conta do com-prador.

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.. .

Telê assume e Denílson fratura tornozelo no treinoSaldanha chegou cansadocm Porto Alegre epediupara não dar entrevistas

Porto Alegre (Sucursal) — O técnico João Sal-clanha chegou ontem à noite nesta cidade e, pelaprimeira vez desde que assumiu a direção da seleçãobrasileira, pediu para não ser entrevistado, alegandoestar muito cansado.João chegou acompanhado do supervisor Russoe do assessor José Bonetti e iniciará hoje a procurade um local para concentrar a seleção brasileira paraa partida do próximo dia 7 de abril contra a seleção

peruana, na inauguração do novo estádio do Inter-nacional.

FIO DE ESBEMjyCA SEGUNDO CLICHÊ

CONCENTRAÇÃO

Mesmo diante des pedidos dotreinador, os repórteres fizeramvárias perguntas a João Salda-nha e êle respondeu a algumas,O técnico explicou que nãoaceitou o oferecimento de umhotel de luxo da cidade de Ca-xias do Sul para concentrar a.seleção e também recusou ou-tro convite da Prefeitura locai,que queria arcar com esta res-

ponsábilidádè e indicou um ho-tel de Porto Alegre.

João Saldanha afirmou quedeseja um local que fique dis-tante da cidade uns 20 quilo-metros e hoje vai procurá-lodepois de visitar o estádio Bei-rã Rio. o técnico, Russo e Bo-netti tiveram calcrosa recepçãono aeroporto Salgado Filho etodos os dirigentes da Federa-cão Gaúcha de Futebol foramdar-lhes as boas vindas.

Sáldaiilra ganlia simpatia do!' ;i v a 11 a sem o c o u v o c a r

Curitiba (do Correspondente)— Uma pergunta atrás da ou-tra, todas sobre a seleção, du-rante duas horas e meia deprograma de televisão, permiti-ram a João Saldanha conquis-tar também o torcedor para-naense, mesmo quando, a certaaltura, êle usou a franqueza dedizer que "dos 108 jogadoresconvocáveis para uma seleção,os dois únicos que poderiamser do Paraná já estão saindodaqui. "

O técnico referia-se a Zé Ro-berto, já do São Paulo, e a umjogador cujo nome não reveloupor estar em vias de ser con-tratado por uni clube de outroEstado. Durante a entrevista.Saldanha falou sobre os cario-Ins. os problemas de concentra-cão. o jogador do futuro, a len-tidão do futebol brasileiro e o.seu critério de convocação epreparo da seleção.O CRÍTICO

Você sempre foi um criti-co severo em relação aos car-tolas. Como está se saindo no

meio deles?Sempre fui um crítico se-

vero em relação ao futebol,desde que trabalho na crônicaesportiva. Sempre vivi no meiorio cartolas. Eles são partedo futebol. Como todos nós,jogador, torcida, treinador ecronista, fazem parte do íute-boi, Como sempre vivi no meio

deles, eu nado como um peixena água.

A atual geração de joga-dores brasileiros, convocadospor você, equipara-se àquelade 58?

Ainda não se pode equi-parar. A geração de 58 se ca-racterizou e se tornou notávelpor ter conquistado a Copa doMundo daquele ano. Se estaconquistar a Copa do Mundode 1970, claro que vai-se equi-parar. O que tornou aquela fa-mosa foi o titulo conquistado.

Consta que a FederaçãoParanaense de Futebol teriaindicado alguns jogadores paraa seleção. É verdade? E o queveio você fazer no Paraná?

A Federação Paranaensede Futebol não indicou nin-guém. nem insinuou nada aesse respeito. A Comissão Téc-nica veio ao Paraná por doismotivos. Primeiro, para a au-Ia inaugural da Escola de Edu-cação Física do Paraná, aten-dendo ao convite do professorAlm ir de Almeida. Depois, es-tãmos de passagem para o RioGrande do Sul, onde vamostratar de problemas de concen-tração, já que lá serão realiza-dos os jogos inaugurais no Es-tadio Beira Rio, e lá estarãoseis ou sete equipes ao mesmotempo. Dai termos que arran-jar um lugar para a concentra-ção, pois ficaremos cinco diasem Porto Alegre.

Opção

se o Bra— Falam que vocêsil se classificar para as finais,vai levar, além dos jogadores,suas familias? Há, evidente-mente, muitos ponLos positivosnessa iniciativa, mas não ha-verá outros, negativos?

— Há um mal-entendido nis-so. O Dr. Lídio Toledo e euestávamos falando sobre o Bo-tafogo, que se concentrou emFriburgo, a duas horas do Rio,onde alguns jogadores têm re-sidência. Do ponto-de-vista de.seleção, o calendário que sere-mos obrigados a cumprir impe-de totalmente isso.

Explico: na fase eliminató-ria e na fase dos amistosos,nós vamos fazer um pinga-pin-ga em diversos países e em di-versas cidades. Mesmo na fa-te final, no México, teríamos

que ir para uma cidade nas oi-

tavas de final, outra nas quar-tas e aquele negócio que todosconhecem, posso dizer, entre-tanto, que se nós tivéssemos deficar no México mais de doismeses ou dois meses e meio, oque daria então uma concen-tração estável, então, seríamostotalmente favoráveis aos jo-gariores que quisessem levarpessoas de sua família.

Você tem falado em joga-dor universal. É esse o futurodo futebol ou os especialistascontinuarão sendo os preferi-dos?

Eu prefiro chama-los deversáteis. O jogador que nãosouber jogar em mais de umaposição, não tem futuro claro,excluindo o goleiro. Assim mes-mo éle precisa compreender asoutras posições.

RealidadeTodo mundo sabe que o

sonho do Sr. João Havelangeé realizar o Campeonato Na-cíonal de Clubes. Ê possível ounão passa de sonho?

— Isto já é uma realidade,em termos de Roberto GomesPedrosà, que é indubitàvelmen-te o torneio que reúne maisequipes fortes no mundo intei-ro. Esse torneio nacional doclubes já é uma realidade. Tra-ta-se agora de dar condiçõesmais favoráveis ao Gomes Pc-drosa. Mais tempo de dura-ção, mais espaço entre os jo-gcs. As equipes de primeira dl-visão do futebol brasileiro, maisou menos assim como está. tal-vez cem a entrada de mais umpara fazer par, o que facilita-ria enormemente a organiza-ção de tabelas. O sonho do Sr.João Havelange. so era sonho,já se realizou. Agora, trata-sede completá-lo, A idéia foimagnífica.

— Voe. convocou 22. diz que3 time titular é um e afirma:nais tarde que podem entrari do Santos, com 3 para refor-

çá-lo, se fór preciso. Você jáestá entrando no jogo ou issoé bom senso?

— Não. O jogo ainda nãocomeçou. Nosso primeiro jogoserá dia 7 de abril, em PortoAlegre. Mas, por exemplo, senuma equipe titular que jáesta sendo treinada c se en-grenando, acontece um aciden-te, três ou quatro se machu-cam e um outro fica doente, oque é comum, o bom senso in-dica que. para um jogo dentrode dois dias, não da tempo defazer um treino de meia hora.Assim, deve-se armar a equipemais treinada, que já tenhaalgum conjunto, que já tenhaalguma base. Então, já quedentro dessa seleção há várioselementos do Santos, êle seriauma base, mas pode ser tam-bem que os três ou quatro quese machuquem sejam do San-tos. Isto é uma alternativa quefica visível dentro da convo-cação. Não estou entrando emjogo nenhum. Eu disse, clara-mente, times A-B, os que de-vem jogar c como.

0= convocáveisVocê disse que existem

i08 jogadores brasileiros con-vocáveis. Existem, nesses 108,quantos do Paraná?

Existem dois jogadores doParaná que poderiam fazerparte, dentro assim de um es-quema todo favorável à sele-ção. Uma seleção que disputas-se partidas favoráveis. Do con-trario, não. Ainda mais que ai-guns deles já estão até saindodaqui.

Quem são esses jogadorese por que você diz que estãosaindo daqui?

Zé Roberlo jogou domin-gu lá em Sâo Paulo. O oulrodeixa pra lá. Deixa o rapaz sos-segado. Não quero encarecer,nem baratear, nem prejudicara vida de ninguém.

Qual o grande defeito do.utebol brasileiro que você vai

como treina-procurar corrigirdor?

O maior defeito do íute-boi brasileiro é nosso, meu, teu,imprensa, torcida, jogador, car-tola, todo mundo. Nós não te-mos nenhuma modéstia em re-Ia cão ao nosso adversário. To-dos são barbadas. Ê o defeitomais sério do nosso futebol, queeu chamaria de rebolado.

E na prática?Na prática, tentar colo-

car o jogador dentro da reali-dade. Mas eu creio que issovai ser mais fácil. Nós temosjogos amistosos, contra o Pe-ru, em condições não muiioboas para nós. Contra a In-gla terra e contra a Argentina,pela Copa Rocca. em BuenosAires. Creio que isso os coloca-rá dentro da realidade.

H-L **_L'*Í____! i_-i__*^__i s-s-s-H-tT-X ¦ Eaí"-* *y!Ww ., '^ySivy'^ ^í1 V^ '' t," °?^í' ''>''_['"'% '¦'"' _. ^t _______ L___sV': _i_s_E_l__>*_&£%"'" ¦ *<És_-f ^ftj_a_s_t__w

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Telê voltou a dirigir o time do Fluminense no treino em Petrópolis exigindo dos jogadores um futebol veloz e com passes de primeira

Pele. C. Alberto., Edu eFia, em Teresópolis, tentaafastar o time da política i°§amàrh

JL São Paulo (S

Toninho foram poupados masnoite com Guarani

O dirigente Vivaldo Mi-dlej levou ontem o.s jogado-res do Flamengo para re-pousarem num sítio de pro-priedade do Sr. AugustinValido, em Teresópolis, afim de afastar a equipe doambiente tumultuado que seforma na Gávea há poucosdia.s da eleição do novo pre-sidente do clube, e prepa-rá-la para o jogo de domin-go contra o América.

O.s jogadores, que no íni-cio se mostravam de.scon-tentes cem a medida toma-da. porque ficarão váriosdias longe de seus família-res, ao verem a.s ótimas ins-talações do sítio mudaramde opinião e ficaram entu-.siasmados. Dionisio, que es-tava ameaçando não seconcentrar porque está semcontrato, ficou contente aosaber que o Sr. George He-lal acertará tudo com seuprocurador até amanhã.O SÍTIO

Apus o treino de ontem,os jogadores almoçaram naGávea c às 14h30m forampara o sítio do Sr. Augus-tin Valido, cerca de 12 qui-lómetros de Teresópolis.

Antes de embarcarem, o.sjogadores so mostravamdescontentes com a decisãodo dirigente VivaldoMidlcj em levá-los para umlocal afastado do Rio e deseus familiares.

Os mais preocupados eramMarco Aurélio, que deixasua loja entregue apenasa .sua .secretária, e PauloHenrique e Cadinhos, queestão com .suas mulheresgrávidas.

Explicando que o localescolhido para a concentra-ção era dos melhores, o di-rigente pediu a compreen-são de todos e prometeu queestudará uma fórmula parasolucionar os problemasparticulares dos jogadores.

PREPARAÇÃO

Quando chegaram ao si-lio. às 17h45m, o.s jogado-res ficaram .satisfeitos coma.s acomodações c logo de-pois de deixarem .suas ma-Ias numa das casas, íoramconhecer as redondezas.

Murilo, que levou uma es-plngarda, queria saber "on-de e que estão as feras des-ta .selva, pois quero come-car a matá-las."

Garrincha examinou a ar-ma do zagueiro e diise que•'com isso ai você não matanada."

Os jogadores levaram mui-tas revistas porque o sitioestá afastado do centro deTeresópolis e eles não terãonada para fazer após os trei-nos.

A primeira preocupaçãode Tini, logo que chegou aositio, foi com a cozinha e,depois de conversar com oauxiliar Jarbas, disse que"vou preparar uma comidadigna de uma concentraçãodestas."

O TREINO

Ontem houve treino cole-tive pela manhã na Gávea,e u time titular voltou atreinar muito mal. O fortecalor que fazia na hora dotreino, íèz com que os jo-gádores se poupassem bas-tante c Tim resolveu deixa-los à vontade.

— Com esse calor — disseTim — não se pode treinarnormalmente. Tenho quedeixá-los à vontade porquenem eu estou agüentandoesta lua aqui na Gávea.

Na primeira parte do co-letivo, o.s reservas venceramos titulares por 1 a 0. gol deCardosinho c, na segunda, ojuvenil também derrotou otime principal por 1 a 0, golde Chiquinho.

Os titulares formaramcom Domingues: Murilo, On-ça, Maniccra c Paulo Hen-

rique; Cadinhos e Liminha;Garrincha, Dionisio, JoãoDaniel e Arilson.

Rodrigues Neto não trei-nou porque estava de servi-ço no quartel.

A SOLUÇÃO

Depois de conversar como Sr. George Helal, Dionisioresolveu aceitar a propostado Flamengo para assinarcontrato por dois anos. Oatacante receberá NCrS 48mil de luvas e ordenados deNCrS 500,00. Amanhã, seuprocurador irá ao clube paraacertar os últimos detalhes.

Ao saber que Dionisio es-tara em condições de en-frentar o América, Tim disseque ficou muito satisfeito,poi.s o atacante é figuraprincipal em seu esquema.

Mas a grande preocupaçãodn treinador agora é quan-to à recuperação de Fio, quenão foi para a concentração,e Reyes, que vem tendo óti-mas atuações nos últimostreinos, não pode jogarporque é o terceiro estran-geiro do time.

Tim deverá colocar MarcoAurélio novamente no timee ai, então, poderá escalarReyes no meio de campo nolugar de Cadinhos, que ain-da não está curado da gripe.

Além de Tim, Luís Luz,Aniceto e do médico CélioCotécchia, estão concentra-dos os seguintes jogadores:Marco Aurélio, Domingues,Murilo. Marcos. Jaime, On-ca, Manicera, Paulo Henri-que, Cardosinho, Liminha,Cadinhos, Reyes, Garrincha,Dionisio, João Daniel, Zezi-nho e Arilson.

Hoje haverá um leve trei-no individual pela manhã ebate-bola á tarde. Amanhã,o Flamengo fará um jogo-treino contra o TeresópolisF. C. no campo deste,

Sucursal) — O Santos realizou on-tem pela manhã 50 minutos de individual, seguidode dois-toques, sem Pele, Toninho, Edu e Carlos Al-berto, poupados, mas o técnico Antoninho manteráo mesmo time das últimas partidas para jogar con-tra o Guarani, hoie à noite em Campinas.

Pele, Edu e Toninho fizeram apenas exercíciosleves, enquanto Carlos Alberto não treinou por sen-tir dores musculares, apenas fazendo tratamento mé-dico. Ontem à noite, os jogadores do Santos entra-ram em regime de concentração na chácara NicolauMoran.MESMO TIME

O técnico Antoninho afir-meu ontem não ter problemaspara formar a equipe, que se-rá a seguinte: Cláudio. CarlosAlberto, Ramos Delgado, Joele Rildo; Clcdoaldo c Lima;Manuel Maria, Tcninho, Pelee Edu.

Depois de 50 minutos de in-vidual puxado, sob o coman-do do preparador físico JúlioMazzei, dirigiu um dois-toquesrecreativo, que acabou tornan-do-.se em uma autêntica pelada.

Embora Negrelrc.s tenhajogado bem contra o Paulista,após a .saída de Lima, este úl-timo continuará no lime, por-que é o titular. Tirei Limacontra o Paulista devido àscondições do campo, muito pe-sado para o seu futebol — ex-pllcou o técnico.

FALA DE ORLANDO

As declarações de Orlandono Rio, depois de ingressar noVasco, não causaram boa rc-percussão entre jogadores odirigentes santistas, principal-mente em relação ao técnicoAntoninho e ao supervisorZito.

Orlando foi muito ingra-to — disse Antoninho. Depcisde tudo que fizemos por êle,conseguindo inclusive passe li-vre, deu aquela entrevista ne-'gatlva,

quando devia ficar ca-lado. Orlando precisa reconhe-cer que não tem mais idadepara o futebol. Suas pernasestão cheias de varizes c suascondições físicas não se adap-tam ao futebol moderno.

O supervisor Zito nada quisdeclarar, mas lamentou a en-(revista do ex-companheiro de

equipe, sem acrescentar nadaàs declarações de Antoninho.

Válter Miragliá, técnico doFluminense da Bahia, esteve as-sistindo ao treino do Santosontem e acertando datas paraum amistoso contra o time san-tista. A resposta do Santos foinegativa, porque não há datasdisponíveis.

OUTROS JOGOS

Além de Santos e Guarani,jogam hoje à noite, pelo Cam-peonato Paulista de Futebol:Corintians e XV de Novembro,em Piracicaba: São Paulo ePortuguesa santista, em Santos;e Portuguesa de Desportos eFerroviária, no Parque SãoJorge. Todas essas partidas es-tão previstas para as 20hlômde hoje.

No São Paulo, segundo o téc-nlco Diede Làmeiro, deverá es-,trear o lateral esquerdo Edson,recentemente contratado ao Co-riniians, mas a idéia do técni-co é colocá-lo no meio de cam-po ao lado de Carlos Alberto,saindo Ncnâ do miolo. O quar-to zagueiro Dias, afastado porcontusão, sugeriu a Diede La-niciro que deslocasse Nené paraa quarta-zaga, mas o técnicodo São Paulo ainda não che-gOU a uma conclusão. Coríntianse Portuguesa de Desportes nãotêm problemas liara suas par-tidas, conservando a.s mesmasequipes das partidas anterio-res: Coríntians; Alexandre, Li-du. Ditáo. Luís Carlos e PedroPercz; Dirceti Alves e Riveli-no; Paulo Borges. Tales, Benèe Eduardo. Portuguesa de Des-portes: Orlando. Zé Maria,Ulisses. Marinho, e Geraldino;Lorico e Paes; Edu, Leivlnha,Coutinho c Ivair.

LentidãoVocê acha que o futebol

brasileiro está muito lento?Em termos de seleção.

Nos clubes, não. A lentidãoocorre em virtude do fato deque nós não conseguimos for-mar nessa seleção, ainda. Isso

eu estou tentando agora. Sevocê tem um escritório, comum contínuo que trabalhe bemcom você há dez anos, e vocêpega um papel e diz para cielevar lá pro Antônio, éle já sa-be quem é o Antônio.

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Antes de seguir à tarde para a concentração em Teresópolis. Dionisio foi submetido a tratamento no Departamento Médico na Gávea

Telè assumiu ontem a di-reção do Fluminense, arma-do o meio-de-campo comDenílson e Lulinha, que vi-nham jogando bem e seriaa nova dupla titular daequipe. Quase no fim dotreino Denílson fraturou otronozelo direito ao dispu-tar uma bola c saiu de cam-po para ficar 30 dias inati-vo.

O time fez um jôgo-trei-no perfeito, goleando o Es-porte Clube Dona Isabel por13 a 0 graças à decisão donovo técnico, escalando omeio-campo com Denílsone Lulinha. Com a contusãode Denílson, Telé se preo-cupa agora com a renova-ção do contrato de Cláudio,para que êle possa jogar aolado de Lulinha. Telè nãoquer no momento Suinguecomo titular.

PRIMEIRO PEDIDO

Telê viajou para Pctrópo-lis ontem pela manhã, sen-do recebido muito bem pc-los jogadores, que já haviamtomado conhecimento desua volta à direção do ti-me. Os jogadores juvenis,principalmente, forem o.sque ficaram mais satisfeitoscom a escolha de Telè, poisjogaram sob sua orientaçãono campeonato de juvenisdo ano passado.

A primeira conversa deTelê como técnico foi pedircamaradagem entre os jo-gadores e exigir que joguemde primeira, utilizando sem-pre os deslocamentos à ba-se de velocidade. Todos pro-curaram cumprir à risca asorientações do novo treina-dor, chegando mesmo a dei-xá-!o muito otimista quantoàs atuações no próximocampeonato. Jogando umfutebol moderno, corrido, àequipe chegou com muitafacilidade aos 13 a 0. comgols de Samaronc (4); Lu-Ia C4), Celso (-2), Reinaldo2) e um de Lulinha.

PRIMEIRA PROVIDÊNCIA

A primeira providencia deTelê como técnico foi tirarSuingue d'o time, escalan-do Lulinha em seu lugar.Para isso o treinador cha-mou o titular e lhe explicoua necessidade dessa medida,tendo em vista a má faseque atravessa, e seu desejode colocar o maior mime-ro de jovens jogando entreus titulares.

— Estamos com poucotempo para formar o time— explicou Telê — e o quetemos de fazer é colocar-mos os jogadores que se en-trusem rapidamente. ComoMarco Antônio e Celso es-tão jogando na lateral es-querda e ponta-de-Iança, omais lógico é lançar logomais um ou dois juvenis jun-tos no time.

Suingue aceitou bem asexplicações do técnico, queno entanto, foi obrigado achamá-lo para entrar emcampo no intervalo do pri-meiro para o segundo tem-po, pois Lulinha sentiu umapancada no tornozelo direi-to e foi poupado no restan-te do jogo.

PRIMEIRA VITÓRIA

Telè escalou o time da se-guinte maneira: Peri, Olivei-ra. Galhardo iSilveira), As-.sis (Altairi e Marco Antò-nio; Denílson e LulinhaiSuingue); Wilton, Celso.Samaronc (Reinaldo) e Lu-Ia, No intervalo, já preo-cupado com a disposiçãocom que tedos iam nas jo-gadas, Telè pediu aos joga-dores para só tocarem nabola c evitarem a todo custelances divididos. O time, en-tretanto, entusiasmado cono futebol que jogava, conti-niioii empenhando-se embusca de gols, até que De-nilson, disputando um lan-ce, fraturou o tornozelo, tra-zendo cie imediato nov,preocupação à equipe. On-tem mesmo Denílson eriges-sou o tornozelo com o mé-dico Durval Valente e sutvolta ao Rio está marcad;.para a manhã de hoje, devendo seguir direto para ienfermaria do clube. Félixtambém contundido, regres-sou ontem pela manhã acRio.

PRIMEIRO PROBLEMA

Telé agora vai aguardar ;decisão da diretoria quantea renovação do contrato eleCláudio, e se isso não fôipossível ele estudará um:nova fórmula para o meiocampo, que inclui SuingueSèrginho e o próprio Dicüque formou dupla cc í Luli-nha no campeonato juvenido ano passado.

Hoje à tarde o técnico d!riglrá um treinamento levino campo do Petropolitanovoltando ao Rio amanhã pe-Ia manhã, quando dará foi-ga só até à tarde. Nesse mes-mo dia éle dirigirá o apron-to para o jogo de sábadecom a Portuguesa.

O Fluminense não conse-guiu ontem a contrataçãcde Nei e foi em vão a len-tativa do diretor NiltorGraíma n conseguir falaicom a Portuguesa de Des-portos sobre a compra dtBasilio. assunto que íicoipara ser resolvido hoje.

CADERNO

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BOM CAMINHO BA ESCOLA.

_te»:":'' ;-.:v. ¦'¦'

Quase lôdas a> caras es-lão alegres, no caminho daescola. Alguns vão levados

pela mãe, outros andam sò-zinhos, ansiosos para reen-coiilrar os companheiros doano passado e com eles tro*car informações acerca dasférias.

Na porta da escola háninho barulho, as mães fa-zem algumas recomendaçõesfinais e apenas uns poucosalunos manifestam algumlemor ou hesitação diantedo desconhecido que vão en-frenlar: são os marinheirosde primeira viagem em ma-teria de colégio. Alas a ani-ínaçfio é tônica, entre alunose professores.

Nas casas que vendem ar-tigos escolares, o movimen-Io não é menor. Amontoam-áe, ensurdecedores, os pedi-dos de pastas, cadernos, lá-

pis. merendeiras. borrachas,livros, uniformes. \i no trán-silo, os guardas passam aler um cuidado a mais. paraproteger as crianças (pie pas-saiu indo ou vindo das aulasdo dia.

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5'DE MARÇO DE 1969

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PÁGINA 2 U JORNAL DO BRASIL _j RiO DE JANEIRO ü QUARTA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 1969 ? CADERNO |f

PEQUENO DRAMA ALMOÇOÉ esta a carta que o rapaz mandou o garçom, me

entregar:"Hoje, primeiro „e viarço, eu e minha namora-

da completávamos um ano de namoro; e, para co-memorar, resolvemos vir jantar aqui no Antônio's.coisa que só havíamos feito antes uma vez, por oca-sião do meu aniversário. Desde essa primeira vez,minha namorada estava interessada em comer es-cargots. Pois desta vez, assim que chegou aqui, re-solveu pedir o prato. E imagine a sua decepção aochegar, dentro de uma frigideíra, uma meia dúzia deescargot.., ainda por cima com os talheres mais es-tranhos do mundo. Resultado: os escargots ocupa-ram só uma beirinha do prato, e, à vista da situa-ção, as lágri7nas vieram e me obrigaram a pedir

mais um prato, na liquidação do qual ainda tive decolaborar.

E isso tudo se passou na mesa a seu lado, comlágrimas e tudo.

Vejam só: primeiro aniversário de namoro, co-memoração em grande estilo, e lá vem uma frigi-deira de escargots para estragar tudo...

O Eure, contador do Antônio's, leu o bilhete docasalzinho e resumiu o drama nesta frase: "Ignc-ráncia total do que seja escargot, sim origem e 7na-neira do preparo."

Êle tem razão, garotos. Aqueles caramujos agente come assim mesmo, servidos em pequena quan-tidade naquela espécie de frigideíra. Ê um prato caroe sofisticado. E os talheres que vocês acharam os mais

estra7ihos do mundo são precisa7nente feitos para osapreciadores de escargots. Eu, que sou canhoto e de-sujeitado, tive que \treinar bastante até conseguirmanejar aquela espécie de inanopla (não sei co7iwse chama) na qual se ajeita o cara7iiujo.

Agora, uma pergunta: por que vocês -não meconsultaram? Eu ergueria um brinde ao aniversáriode namoro de vocês e consolaria a menininha, pe-dindo-lhe que hão chorasse, que a vida é assim mes-mo, que níüguém. nasce sabendo comer escargot...

Outra coisa: depois de um rmo de na7nòro já nãoê tempo de pensar cm noivado? Você, meu rapaz,acha que a moça deve ficar indefinidamente reduzi-du à situação de namorada, sem nenhum compmnis-so certo? Em vez de lhe servir comidas exóticas, você

devia era comprar um par de alianças, de preferén-cia feitas pelo Caio Mourão.

Está bem, você ainda não tem coiidições paradar esse passo tão grave. O dinheiro que você ganha(ou a mesada paterna?) só dá para meia dúzia deescargots, e olhe lá.

Agora, falando sério: simpatizei com vocês. Acheiousado o seu comportamento, enviando \un bilhetetão patético a uma jmssoa desconhecida. Você se cha-7)i'a Fernando, c ela Áurea: são, verdadeiramente, no-mes de namoradinhos. Razão pela qual estão convi-dados a voltar ao Anlònio's, do7>iingo que ve7n, àmes7iia hora. Comeremos juntos, sem lágrimas, umcassoulet, que também é francês.

JOSÉ CARLOS OLIVEIRA

MÚSICA RFNZO MASSARANI

TEATRO MUNICIPAL 1969Eis a programação dos espetáculos e

dos concertos a serem realizados no Mu-. nicipal, durante o ano em curso:

ABRIL — 11 às 21h., MÍSSCI Solene,de Beethoven, reg. Wilhelm Brueckner, so-listas Myrtha Garbarini, M. L. Gilles, Wer-ner Holhveg, Marius Bintzler, coro e or-

. questra do Teatro. — 13 às 16h.. réplica daMissa. — 15 às 21h„ Orquestra de Câmarado Chile (1) — 16 à.s 21h., Witold Mal-cuzy7iski em Chopin e Liszt (2) — 20 às10h., Orquestra Juvenil (3). — 21 a 1.° de• maio, às 21h., e 27 às 16h., Conjunto Mal-

. daviano JOK (4) — 26 às 16h., ConcertoSinfônico, reg. Karabtehewsky, solistas Jo-seph Chttchro e Karabtehewsky, em Haen-

. dei, Sains-Saens, Vila-Lòbos e Bartók (5)— 27 às 21h., Federação Israelita. ,

MAIO — 1.° às 21h., pianista Philippe' Entrement (1) — 17 às 16h30m. Concerto

Sinfò7iico, reg. Simon Bleck, solista Entre-ment (5) — 27, 29 e 31 às 21h., Festival deMúsica da Guanabara (6) — 31 à.s 16h..Concerto Sinfônico, reg. Simon Bleck, so-lista Irzhak Perlman (5) .

JUNHO — 5 às 211i., violinista Kon.s-fcanty Kulka (7) — 6 às 21^., OrquestraTeatro Municipal, reg. Rios Reyna — 10a 20, Concurso Internacional de Cantoi'8) — 19 às 21h„ pianista Firkusny (1) —21 às 161.., Co7icêrio Sinfônico, reg. Char-les Dutoit, solista Firkusny (5) — 23 às21h., pianista Zorind Szue — 29 às 21h„Missa, àe Stravinsky, reg. De Carvalho!orquestra do Teatro (3).

JULHO — 4 às 21h„ Coral de Concer-tos do Rio, reg. N. N. Hack. — 9 às 21h.,pianista Frederico Gulda. —- 14 e 26 às 21h]e 20 às 16h.. LulWàel Alban Berg; Pierantie quatro cantores de fora, reg. Morelen-

baum. — 17 e 18 às 21h., Piccola Opera diMilano (1-3) — 26 às 16h., Concerto Shi-tônico, reg. Dean Dikon, solista AlexandreUuinsky (5) — 27 às 21h., Oratório deSão Cristóvão, de Francisco Mignone (9)

29 às 21h., Concerto Comemorativo (10130 a 3 de agosto, à.s 21h.. Coro Infantilda Bulgária (11).

AGOSTO — 8 às 21h„ Orquestra doTeatro, reg. De Carvalho, soljsta Bernette.

9 às 16h., Concerto SiiifÔ7iico, reg. Ka-rabtchewsky, solista Antônio Ianigro (5)15 às 21b., Les Choefores, cie Darius Mi-lhaud; Associação de Canto Coral, regen-te e solistas franceses (3) — 16 às 16h.Concerto Sinf07iico, reg. V. Tevah, solistaBernette (5) — 29 às 21h., e 31 às 16h..Le Fou, de Landowsky (3).

SETEMBRO — 4 às 21h., Orquestra doTeatro, reg. Heinz Finger. solista Maria

da Penha. — 9 às 21h.. Orquestra do Tea-tro, reg. Finger. — 15 às 21h., Coral deConcertos do Rio, reg. N. N. Hack. — 18às 21h., Coro de Concepção (1) — 26 às21h. e 28 às 16h., óperas organizadas peloSáo Carlos de Nápoles que atuaria com suaorquestra e seu coro completos (7) — 27às 16h., Concerto Sinfônico, reg. Stranis-law, Wilonsky, solista Guiomar Novaes (5).

OUTUBRO — 3 a 10, às -211.., e 5 e 12às 16h.. óperas organizadas pelo Sr. Car-los de Nápoles (7). — 13 a 26, ConjuntoPolonês Mazowsze —- 16 às 21h., Orquestrade Câmara da Alemanha (1) — 18 às16h„ Concerto Sinfônico, reg. De Carva-iho, solista Klein (5) — 19 a 31, Ballet doMunicipal, com Adele Orosz, Viktor Rónae. possivelmente, Márcia Haidê (3).

NOVEMBRO — 14 às 21h e 16 às 16h„Ópera de Autor Brasileiro (3) — 17, 21, 22

e 28 às 21..., Composições de Heitor Vila-Lobos (com a possível repetição do baila-tio Descobrimento do Brasil, na edição de1960i — 29 às 10h., Réquiem, de Verdi, reg.Karabtehewsky, Associação de Canto Co-ral (5).

Ao que parece, está em estudo a pos-sibilidade de uma temporada lírica nacio-nal. Os números abaixo indicam os em-presários dos programas citados: (1) ProArte — (2) Empr. Viggiani — (3) faltamainda dados mais completos — (4) Empr.Taizlíné — (5) Orquestra Sinfônica Bra-sileira — (6) Secretaria de Educação eCultura e Museu da Imagem e do Som —17) ainda sem confirmação — (8) SBRAC— (9) Ministério dos Transportes — (10)O Globo — 11) Empr. Bíloro.

ARTES PLÁSTICAS WALMIR AYALA

PRECARIEDADE E PARTICIPAÇÃO._-________„

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Ligia Clark

Nenhum outro artista brasileiro desen-cadeou em nosso recente processo criador,uma soma de impactos e reações, como Li-gia Clark. Na oportunidade em que inte-gra. a exposição Resumo, uma promoção do

JORNAL DO BRASIL/MAM. com prêmio da'Sul América, voitamos a reflexionar emtorno do laboratório conseqüente e corajo-so de L. C. O que lhe garante uma sobre-vivência em nosso tempo é esta. incessantetransformação de agente perante o que seconvencionaria chamar de obra de arte,até a total negação do objeto estático queo conceito enquadra, em favor de uma açãoprecária e sequiosa de participação. "Pro-pomos — diz Lígia Clark — o precário comonovo conceito de existência contra todacristalização estática na duração."

A consciência do precário está mani-festada na obra de criação de todos ostempos, desde que o homem se deu contado absurdo da precariedade da vida dianteda indecifrável significação de permanèn-cia da morte. Temos o breve deslumbra-mento de uma vida meteórica contra a cer-teza de um descanso eterno irremediável(salvo outros caminhos da fé e da crençaque não discutirei aqui). Quero apenas re-petir que o conceito da precariedade não énovo. Ao lado disso Ligia Clark propõe umesquema de participação agente, de espec-tador que atua com a obra, e faz do gestoa obra de arte.

Resta saber se este espectador saciarácom este exercício sua sede de beleza etranscendência, e se ê.ste mergulho na sa-tisfação (ilusória ou convicta) de criar,não lhe acarretará uma fatal angústia

quando tiver que saltar disso para a noçãode precariedade. Acho que esta precarieda-de, ligada à satisfação presente e precáriade uma sensualidade criadora, desarmandoo homem de qualquer meta ou plano (den-tro sempre de um esquema humano e tem-poral) poderia degringolar numa ação sui-cida, desesperada e fugidia. Porque não so-mos tão precários que não sobrevivamosum dia após o outro, e não podemos saciar-nos com esta criação que vem de fora (deLígia Clark) e que não pede preenchernossas necessidades espirituais. Eu digo.poderia porque não creio numa enorme au-diéncia para Lígia Clark e sua obra. Pormais que sua vitalidade tente demonstraro contrário. A fruição de prazer que suateoria traz, o luxo de pensamento que cadaum de seus conceitos desperta, a surpresado dia-a-dia de sua usina interior, é tãointenso quanto a certeza de que eu fica-ria leuco se tivesse que viver neste clima,não sendo como ela, o criador incessantede suas etapas e relações.

Com a mesma sinceridade com queLigia Clark diz ter enterrado a arte queela chama de estática, quero confessar-meaqui um ser duplo diante de suas experién-cias: o que se multiplica em interessecriador diante da teoria esplêndida e gene-rosa de sua metamorfose e o que estupe-fato se reconhece o mais distanciado dequalquer participação efetiva com seu re-

sultado. Sou exatamente parte daquelepovo que aparece na foto na revista Robô,publicada recentemente em Paris, com oitopáginas dedicadas a Lígia Clark: a foto éde uma demonstração do casal sensorial.cm que duas criaturas, de macacão, rolamno chão, ligadas e indissolúveis na pesquisade sensações em comum — esta gente es-pautada, perplexa, e certamente sem ne-nhuina idéia profunda ou superficial a res-peito do que via, encontrava-se diante exa-tamente de um enigma.

Para mim a obra de Lígia Clark aindaé um enigma. Desconfio que, neste sentido,Lígia Clark continuará sendo "uma artistapara os artistas", como disse o crítico Da-vid Mcdalla, entusiasta de sua obra. O quenão continua sendo enigma é o recurso desalvação que Ligia Clark carrega implícitoem seu trabalho. A necessidade de envere-dar por um caminho diferente e mais ex-tenso, a pesquisa deste "cinetismo do cor-po" como disse o crítico Guy Brett, a auto-realização febril c pertinaz, a proposição doagora, a antidomesticação, a ânsia de par-ticipação com o público geralmente atônitoe vagamente envolvido em suas propostas,tudo isto é uma realidade que coloca estaartista num lugar privilegiado em nossopanorama.

Nós, que ainda não fomos contamina-dos pela consciência da precariedade, namedida em que esta precariedade nos obrl-

ga a um descompromisso com o futuro ecom a duração; nós, que só entendemos oprazer como um passo após o outro, complanos e superfícies onde instalar nossoequilíbrio ou desequilíbrio; nós, que neces-sitamos de todas as ordens da beleza pararealizar um horizonte de ação vital cm di-reção à morte combatida, nós, assim ex-pressas, aplaudimos Ligia Clark sem entrarem seu labirinto.

Amanhã voltaremos ao assunto, dialo-gando cem Ligia Clark a respeito de suaestação européia. Encerramos a parte dehoje com a palavra da artista: "O que sepassa ao redor de mim? Todo um grupode homens vê claramente que a arte mo-denta não comunica mais e torna-se diaa dia o problema de uma elite. Então, elesse voltam para a arte popular, esperandoencher o espaço que os separa da maioria.Conseqüência: cortam os fios que os liga-vam ao desenvolvimento da arte universale .se fixam numa expressão de caráter local.Vejo um outro grupo que sente lücidamen-te a grande crise de expressão moderna. Osque temam partido procurando negar aarte — mas esta-negação, eles não encon-tram outra coisa para exprimi-la do queatravés de obras de arte. De minha parte,eu pertenço a um terceiro grupo, que pro-cura provocar a participação do público.Esta participação muda totalmente o sen-tido da arte, como se entendia até agora."

FILATELIA ROBERTO QUINTAES

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GAGO COUTINHO - UM VÔO NO ATLÂNTICO SUL

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O Ministério do Ultramar de Portugalcolocou em circulação no dia 17 de feverei-ro uma série de sete selos para comemoraro centenário de nascimento de Gago Cou-tinho. o navegador e aeronauta que, emcompanhia de Sacadura Cabral, realizouem 1922 a primeira travessia aérea doAtlântico Sul.

Planejada como homenagem ao cente-nário da independência do»Brasil, a via-gem Lisboa—Rio durou três meses e pre-'cisou de três pequenos hidroaviões para serconcluída. O vôo entrou para a história daaviação por haver sido o primeiro orienla-do pelo sextante de Gago Coutinho. ins-trumento de precisão que libertou os pilo-tos da dependência da vista da Terra, co-locando à sua disposição processos prãti-cos e rigorosos de navegação aérea.

Os 15 milhões de selos da série GagoCoutinho, desenhados por José de Mourae com as dimensões de 25 x 35mm foramdistribuídas por Angola (África Ocidental,a maior fonte de escravos para o. Brasil).Moçambique (África Oriental), Guiné(África Ocidental), Macau (costa meridio-nal da China), Cabo Verde (10 ilhas e cin-co ilhotas no Atlântico). Timor (parte deuma das ilhas do arquipélago de Sonda,malaio) e São Tome e Príncipe (ilhas -dogolfo da Guiné).

UM REIDE DE 90 DIAS

Quando os americanos bateram o re-corde da travessia do Atlântico Norte, olisboeta Carlos Viegas Gago Coutinho foiprocurado por Artur Freire Sacadura Ca-bral, que também estudara na Escola Po-litécnica e na Escola Naval, para uma tro-

ca de idéias sóbre proeza semelhante noSul.

Com o apoio do Governo português,que exigira apenas associação do reide àsfestas do centenário da independência doBrasil, Gago Coutinho e Sacadura Cabraldecolaram das águas do Tejo. a bordo doLusitânia, na manhã de 30 de março. Opequeno hidroavião era pilotado por Saca-dura Cabral; Gago Coutinho. que pretendiaser apenas engenheiro-navegador, acaboulambem como mecânico, ocupado a maiorparte do tempo com as bomfcps de gasoli-na para alimentar o motor.

Em oito horas a dupla chegou a LasPalmas, nas ilhas Canárias, e no dia 3 deabril partiu para São Vicente, uma dasilhas do arquipélago de Cabo Verde, etapaalcançada em 10 horas c 20 minutos. A ter-ceira etapa foi cumprida no dia 17, c 24 ho-nus depois o Lusitânia deixa Porto Praia,ainda em Cabo Verde, para a travessia doAtlântico Sul.

Gago Coutinho e Sacadura Cabral voa-ram 14 horas para atingir os rochedos SãoPedro e São Paulo, próximos a Fernandode Noronha, mas ao descer um dos flutua-dores é avariado e o avião se perde. Essaescala teve a vantagem de demonstrar aeficiência do sistema aéreo criado pr>r GagoCoutinho, com base na adaptação do anti-go sextante usado na navegação marítima.

No dia 11 de maio a dupla saiu de Fer-nando de Noronha, em outro hidroavião,que, 280 quilômetros adiante, caiu no marapós novo acidente. Um navio inglês so-correu Gago Coutinho e Sacadura Cabral eno dia 5 de junho, em um terceiro avião,eles decolaram para Recife, onde chegamdepois de três horas e 40 minutas de vôo.

Até o Rio — foi triunfal a chegada à baia SÉRIE GAGO COUTINHOda Guanabara — o Santa Cruz escalou ain-da em Salvador, Porto Seguro e Vitória.

UM ELOGIO

Com a- viagem ao Brasil, Gago Couti-nho fica conhecido em todo o mundo, di-versas Governos oferecem-lhe condecora-ções. No VEchp, de Paris, escreve SantosDiunont: "O reide de Sacadura Cabral eGago Coutinho foi matematicamente rea-lizado. Não havia nada de comum com astentativas até então realizadas. Não se tra-lava de tuna aventura ao léu da sorte, masde uma travessia como o faria um correio,com escalas e reabastecimentos. Os portu-guêses executaram maravilhosamente oplano preestabelecido, não se desviaramum só momento da sua rota. Eles realiza-ram uma travessia única, a primeira via-gem aérea sobre as ondas."

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O FIM

Sacadura Cabral morreu no mar doNorte, dois anos depois da viagem que lhedeu fama internacional, em vôo para a Ho-landa, onde receberia um avião adquiridopelo Governo português.

Gago Coutinho muitas véze.s visitou oBrasil após a viagem com Sacadura Cabrale em uma delas acabou atropelado no Rio.Aconselhou então às mães a não dizer maisàs crianças "cuidado com o papão", mas,sim, "cuidado com o automóvel, que é o bi-cho-papão dos tempos modernos." Suamorte ocorreu um dia após completar 90anos, em Lisboa.

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Cabo Verde — itinerário do vôo e dese-nho do avião do reide; Guiné — astrolábiode precisão de Gago Coutinho; Angola —lancha-canhoneira Loge. a primeira uni-dade comandada pelo almirante português;São Tome e Príncipe — ilhéu de Gago Cou-tinho e seu monumento: Moçambique —aeroporto Almirante Gago Coutinho; Ma-cau — sextante sistema Gago Coutinho: eTimor — fragata Al7/iirante Cago Coutinho.

CADERNO f} D JORNAL DO BRASIL D RIO DE JANEIRO D QUARTA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 1969 U PÁGINA 3

PROTOCOLO• Tenho observado que mui-tas autoridades se fazem re-presentar em solenidades ofi-ciais às quais comparece oPresidente da República. Que-ro dizer-lhes que isto constituiuma grave infração ao proto-colo, pois o parágrafo único doartigo 16 das Normas Geraisdo Cerimonial Público (baixa-

'dos por decreto-lei do Presiden-te Dutra) declara expressa-mente: "nas cerimônias oficiais

Niemeyer vai emboraO arquiteto Oscar Niemeyer es-

tá-se despedindo dos amigos, poispretende viver tuna boa têmpora-da em Verona. Itália. Niemeyer,que, como jã noticiei, é o autor doprojeto das novas e imensas insta-lações da Mondadori (uma dasmais importantes casas editoriaisda Itália), vai acompanhar de per-to a construção do moderno con-junto, a pedido do próprio Sr. Ar-noldo Mondadori, que vai pagar-lheum bom dinheiro por isso.

Aliás, Niemeyer já recebeuum polpudo adiantamento, o quepermitiu ao arquiteto brasileiro sal-dar todas as suas dividas em 7iossopais. De agora em diante tudo serálucro.

Os americanos investemMais uma dor de cabeça parao General De Gatille. que tudo fêz

no ano passado para impedir acompra pelos americanos (GE) damaior empresa eletrônica (compu-tadores) da França, a Buli, afinalnegociada depois de grande ce-leuma.

Agora é Westingliouse. queestá negociando a compra da Geu-

Xósimaa que comparecer o Presiden-te da República, nenhum con-vidado poderá fazer-se repre-sentar."

• Também é erro dos maio-res mandar representante ajantares. Pois as mesmas Nor-mas Gerais, no artigo 15, decla-ram: "em

jantares e almocosnenhum convidado poderá fa-zer-se representar." Isto, entre-

mont-Sckneider, a segunda maiorempresa eletrônica e de eletrodo-mestiços francesa. Através dessacompra, a Westinghoúse assume,também, o controle da Charleroi, amaior empresa do gênero da Bél-gica.

ModaEm grande mocVa no inverno

nova-iorquino os casacos de mu-iheres feitos com peles cie onçasbrasileiras. As nossas jaguatiricasestão sendo usadas também comoelemento de decoração, inclusivecomo tapetes.

Aeroporto supersônicoPosso informar que, parale-

lamente às obras do aeroporto su-persôriíco; está prevista, pelo Go-vêmo desse Estado, a construçãods uni moderno heliporto, na La-goa. ao lado do Drive-In. Servirápara o transporte entre o Galeãoe a zona sul dos passageiros quedesembarcarem no Rio trazidos pe-los Concordes e outros aparelhos ciomesmo porte.— A propósito: é perfeito atéagora o entrosamento entre as au-tóridades estaduais e o Ministério

tanto, está ocorrendo commuita freqüência aqui no Rio.

• Tudo quanto está dito aci-ma também se aplica, por ana-logia, no âmbito estadual, es-tando presente o Governador,em cerimônias oficiais. Em taiscircunstâncias, é erradíssimoqualquer outra autoridade es-tadual, não podendo estar pre-sente, enviar representante.

da Aeronáutica com vistas à cons-tração do aeroporto supersônico.Só o elevado ligando o Galeão aocentro da cidade já é uma obra tio-tável.

Olho grandeOs colecionadores de automó-

veis antigos estão de olho grandeno fordeco bigode, -com placa deMinas, abandonado há mais de dezdias na esquina da Rua Igarapavacom Visconde de Albuquerque, no_eulon. O carro está conserva-clíssimo e se o dono não aparecerlogo, acaba na garagem do Sr.Maurício Memória.

O Ministro AugustoAugusto, no caso, não é adjeti-

vo. Refiro-me ao Ministro Augustodo Amaral Peixoto Júnior, que to-niou posse anteontem no Tribunalde Contas. Não foi surpresa a no-meação, pois todos sabiam do com-promisso do Governador, mas nempor isto foi menor a alegria dosinúmeros amigos do novo Ministro,homem de bem a toda prova, de-mocrata autêntico e carioca dosmelhores.

¦"¦'¦;-. '¦¦^'¦'¦yiW^^Msmk- ..'¦rv ¦¦•-..:.:'

Esta coluna divulga com exclusividade naimprensa brasileira a primeira fotografia deGuide Vasconcelos e Mel Ferrer juntos, passéan-do pela Via Veneto, em Roma. A imprensa ita-liüna tem explorado fartamente o namoro doator com a joveni brasileira, por ela chamada deJiody de Vasconzellos. Quando algum repórtertelefona a Guide perguntando pelo alfaire, estanão desmente nem confirma. Mas a verdade èque os dois têm sido vistos sempre juntos. Guide,esclarecem ainda os jornais italianos, "è figlia diun diplomático che rappresenta il suo paese aiCairo." Trata-se, como todos sabem, do Embai-xador Arnaldo Vasconcelos.

Ponto finalA VARIG, cumprindo o decreto n.° 29 e os regula-

mentos da IATA, está impossibilitada de colaborarcom o Festival do Cinema, dando descontos nas pas-sagens (aliás nenhuma empresa filiada a IATA podeoferecer tal vantagem) entretanto a VARIG coloca es-critórios, lojas e seu esquema publicitário, à dispo-sição dos organizadores do Festival.

Movimenta-se a França para as comemoraçõesdo centenário da morte de Hector Berlioz, que teráseu ápice a 1.° de julho com o grande concerto queserá dado pela Orquestra de Paris.

Será comemorado hoje o aniversário do pro-curador-geral da Justiça, o jurista e poeta LeopoldoBraga.

Viajou para Natal, de onde voltará domingo, tra-zendo sua mãe, a Sra. Murilo Melo Filho.

Estreou em Paris, no Théâtre de Ia Ville. a peçade Sartre UEngrenage, com ?/n'se C7t scène de JeanMercure e Serge Peyrat.

O secretário Arnaldo Niskier deu ontem a aulainaugural do ano letivo do Colégio Hebreu Brasileiro.Tema: A Importância das Ciências no Mundo Mo-demo.

O Embaixador da França e a Sra. De Laboulayeoferecerão no dia 12 um jantar em homenagem aoChanceler e Sra. Magalhães Pinto.

Mais um nome indicado para a Comissão doAno 2000: professor Leônidas Sobrino Porto, ex-di-retor do Departamento Nacional de Educação e umestudioso da matéria.

O festival de despedidas do Embaixador Gimé-nez-Arnau terá mais um capítulo amanhã. Recebepara um almoço só para homens o Embaixador daArgentina, Sr. Mario Amadeo.

Novamente no Rio, após alguns dias descansan-do em sua fazenda no interior de São Paulo, MariaElisa Ortemblad.

Ô Embaixador e'a Sra. Geraldo Eulálio do Nas-cimento Silva estão convidando para o jantar queoferecem no dia 13 em honra do Embaixador e Sra.Giménez-Arnati.

Helena de Lima estréia seu show na boate Drink,amanhã.

_ O Palais de Beatix Arts de Charleroi, na Bélgica,reuniu, sob ó titulo Utrillo e os Pintores de Mont-marfcre — uma coleção de mais de 100 telas de ar-tistas como Bottini, Max Jacob, Picasso, Kars, Leprin,além de 10 trabalhos de Utrillo. O sucesso é enorme.

A Sra. leda Fontes está comemorando os 20 anosde fundação da Escola de Arte do Rio de Janeiro,inaugurada com discurso do acadêmico RodrigoOtávio.

Sutileza índiaO agrément concedido pelo Governo

mexicano ao Embaixador João Batista Pi-nheiro bateu todos os recordes cie rapidez.Uma operação que algumas vezes tarda atétrês meses foi completada em menos de 24horas.

— Além do mérito do Embaixador JoãoBatista, alguns diplomatas interpretaramna rapidez do agrément uma sutileza índiamuito a gosto dos mexicanos, uma vez queoutra operação diplomática, a concessão desalvo-condutos para hóspedes do Embaixa-dor Sanchez Gaviio. já está com 7nais deum més.

Na Embaixada da EspanhaDes;lc as 19 horas de ontem, foi um

entrar e sair incessante de personalidadese figuras da sociedade na Embaixada da

Espanha, à Avenida Vieira Souto. Recebiam, o Embaixador e a Sra. de Giménez-Arnau

para despedir-se, pois viajam dia 15 paraseu novo posto em Lisboa.

— impossível citar os presentes, entreos quais vários Ministros de Estado, todo oItamárati, todo o Corpo Diplomático, tendoà frente o Núncio Apostólico e inúmerasautoridades federais e estaduais. O simpá-tico casal e sua filha Mônica viam maisuma vez o quanto são estimados e respei-lados pelo que há de mais importante noRio de Janeiro.

—• A festa foi marcada por uma nota.sentimental e simpática: o Sr. Giménez-Arnau, antes de viajar, e em seu último atooficial na Embaixada, fèz questão de en-i regar ac Secretário Álvaro Americano, dequem se tornou grande amigo, as insígniasde Grande Oficial de Isabel, a Católica.Assistiam ao ato alguns colegas, auxiliarese amigos do agraciado, que tiveram opor-

Umidade de ouvir dois curtos e sabarososspeechs.

Tribunal de JustiçaNa abertura do ano judiciário, o Gover-.

nador Negrão de Lima cabalou discreta-mente dois ou três Desembargadores paraque votem no Sr. José Bonifácio, cândida-to à vaga de advogado, aberta no Tribunalde Justiça.

Segundo os experts no assunto, a lis-ta tríplice a ser formada pelos Desembar-gadores ,? da qual sairá o nomeado conteráos nomes dos Srs: Rubem Ferraz, advoga-do da Light e dos mais brilhantes, lldefonso•Mascarenhas (que já entrou em listas ati-teriores) e José Bonifácio.

Mas enquanto existe apenas umavaga de advogado, as de juizes são duas.Para estas, a escolha recairá fatalmente emdois dos seguintes nomes: Júlio Alberto Al-vares, Olavo Tostes e Eduardo Jara.

Quebrada a tradiçãoO Presidente Costa e Silva vai quebrar

uma praxe de vários anos. deixando, nopróximo dia 11. de dar a aula inaugura!-do curso d:t Escola Superior de Guerra. OChefe da Nação designou para seu substi-tu to o Ministro Hélio Beltrão, que falará£óbre A Revolução e o DesenvolvimentoResultante de OS e Perspectivas para 69.

E agora?Francamente não entendi a notícia de

que o Pavilhão de São Cristóvão seria trans-fcrmádo em mercado. O Governo do Esta-do já tem diversos compromissos de utili-zação do mesmo. Só para citar alguns: alesta luso-brasiléira (em abril), o I SalãoNacional do Turismo (maio e junho» c aFeira Nacional de Ciências (em setembrol,esta promovida cm colaboração com o Mi-Mistério da Educação e Cultura. E agora?

O maioralChega no dia 14 a São Paulo, para a

Feira Industrial Britânica, um dos maioraisdo Foreign Office, Sr. Frederich Mulley,que visitará, também, rapidamente, o Rio eBrasília.

Miguel cada vez maismagnífico

O corclon bleu Miguel de Carvalho réu-niti anteontem um grupo de amigos paralim delicioso e movimentado jantar na co-zinha experimental da Jóia, na residênciado casal Otávio Marques Lisboa.

— Aliás, na próxima segunda-feira.150 felizardos, escolhidos a dedo por Miguel,participarão do jantar black tie, no Vivará,durante o qual será lançado o livro Miguele Suas Magníficas Receitas, o primeiro tra-lado brasileiro de gastronomia, em EdiçõesBloch:

Zózimo Barrozo do Amarali

J

Panorama

da musicaINTERNACIONAL DE PIANO —

Vários países europeus estão escolhen-do o.s candidatos que participarão doII Concurso do Rio, cujas provas seiniicarão em 8 de outubro, na SalaCecília Meireles. Entre os inscritos, ainglesa Hilary oCates, o espanholJesus Alonso e o coreano Chung Lee.

OSN — Domingo, às lOh, na TVGiobo-Rádio MEC, segundo concertocia Juventude. Regente: Ernst Huber-Contwig e solista Maria da Penha.

JOHN NESCHLING — O jovembrasileiro regeu cm Viena um concôr-to daquela Academia de Música daqual é aluno. O criteo do Express es-creveu que: "este moço, de personali-dade acentuada, em breve se fará no-lar."

GUIOMAR — A pianista GuiomarNovais inaugurará, nos Estados Uni-dos, o Festival Novo Mundo da Pan-American Association, tocando obrasde L. M. Gottschalk, entre as quaisFantasia, sobre o Hino Nacional Bra-siieiro.

ACC — Na Associação, tiveraminício as aulas de técnica vocal a car-jro de Lilicrala Navarro c Maria SílviaPinto. Quinta-feira, inicio dos ensaiosdo Messias, de allemlcl, que inauirura-rá a temporada da Cecília Meireles dia18 de abril, com o maestro Itukcnbcrg.

ESCOLINHA SÔCIO-CULTURAL— Entre os cursos que terão inicio dia10, há os de violão (Jeanne D'ArcSampaio), piano (Daisi de Luca) eoboé (Paulo Nardii. Tel. 37-2087.

R.M.

© do cinema"BEST SELLER" — A Fox pagou

seiscentos mil dólares (cerca de doisbilhões e quatrocentos milhões de cru-zeiros antigos) pelos direitos autoraisde As Confissões de Nat Turncr, bestscller de William Styron, que vai seradaptado para o cinema.

Silvia Pinai filma

SILVIA — A atriz Silvia Pinai (OAnjo Exterminador, Viridiana), termi-na na Europa o filme Los Amores deMaria Isabel, de Roberto Rodriguez.Depois, aparecerá em Una Mujer deOro, dirigido por'Alfredo Zacarias.

NORMAN — O livro As Confissõesde Nat Turner é baseado na figura deNat Turner, pastor negro que lideroua única revolta de escravos, em 1831, oque o levou à forca. A direção do fil-me será de Nprman Jewison (No Calorda Noite).

CURSO — O Departamento deCultura vem promovendo cursos decinema nos auditórios estaduais, porintermédio do Serviço de Cinema. To-dos os sábados, às 16 horas, está sendorealizado um curso experimental decinema no Teatro Armando Gonzaga,em Marechal Hermes.

AS AULAS — As aulas do cursodo Teatro Armando Gonzaga abran-gem dois aspectos: teórico: (história elinguagem cinematográfica) e técnico:(elaboração de roteiro, iluminação cfotografia, direção, produção, monta-gem e edição de um filmei. No finaldo curso, os alunos realizarão um fil-me com o que aprenderam.

TEATRO FILMADO — Luís OtávioPimcntel, ex-assistente de direção, ini-ciou a filmagem de A Kevisla no Tea-tro, documentário que analisará os

Atriz de Buiiuel, Silvia Pinai filma na Europa. ® John Neschlin,jovem artista brasileiro, é elogiado pelo "Express". • Chico Anísiovai levar seu "show"pelo Brasil em excursão.'• Antônio Olinto co-

memora cinqüentenário lançando romance.problemas do teatro musicado no Bra-sil, suas relações com o musical nocinema e sua transposição para a TV.

M.A.

das artesEM PRIMEIRA MAO — O Embai-

xador Vladimir Murtinho foi convida-do para comissário do Brasil'na Bie-nal dos Jovens em Paris. Ainda nãodeu resposta definitiva.

. OURO PRETO — A UNESCO en-carregou o arquiteto português Alfre-do Viana de Lima, de elaborar umplano-pilôto a fim de preservar OuroPreto em sua integridade de maiorconjunto barroco do mundo. O arqui-teto em questão pedirá um financia-mento para construir um bairro saté-lite, possibilitando a expansão da ci-dade, sem desfigurá-la.

CLUBE DA ESTAMPA — Foi fun-dado em São Paulo o Clube da Es-tampa, filiado ao Núcleo dos Grava-dores de São Paulo, entidade dirigidapor Izar do Amaral Bçrlinck. O clubeeditará em cada mês uma gravuraoriginal de um dos seus associados,com tiragem limitada e assinada peloautor. Já foram escolhidos os 12 artis-tas que terào suas gravuras editadasno corrente ano: Marcelo Grassmann,Odetto Guersoni, Maria dei CarmemPeroz Sola, Izar do Amaral Berlinck,Mário Grtiber, Carlos Lacerda, ClóvisGraciano, Paulo Menten, Pedro Se-man. Hans Suliman Grudzinski, Han-nah Brandt e Aldemir Martins.

GALERIA GUÍGNARD — Inaugu-íoti-se na Galeria Guignard, em BeloHorizonte, uma exposição de Sérgio dePaula, um dos valores entre os jovensdesenhistas mineiros, em benefício docoral Ars Nova da Univerdidade Fede-ra! de Minas Gerais. O Ars Nova estáempenhado numa campanha para le-vantamento de fundos de viagem deida e volta a Nova Iorque, cujas des-pesas deverão correr por sua conta.Houve aindr. um leilão de obras de 32artistas em favor da mesma campa-nha.

PRÊMIO DE GRAVURA — O gra-vador e pintor polonês R. Opalka con-quistou o principal prêmio da I Bienal

de Gravura em Bradfcrd. A obra pre-miada intitula-se Adão e Eva e foioutorgado pelo Conselho Artístico daGrã-Bretanha.

W.A

do teatroJANELA ABRIRA MAIS TARDE

— A estréia cie Abre a Janela c DeixaEntrar o Ar Puro c o Sol da Manhã,de Antônio Bivar, que estava sondoanunciada, no Teatro Gláucio Gil.para quinta-feira, só .será realizadano sábado, dia 8. A montagem do ce-nário não pôde ser feita dentro doprazo previsto. Há também uma mo-dificáção no elenco. Roberto Bonfimassumiu o pequeno papel que seria,originalmente, feito por Carlos Edu-ardo Dolabela.

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11 \' jí * M vÈ

WmMi • § I I I ¦Chico Anísio... Sô

CHICO VIAJARÁ — Chico Anísio,que continua atraindo impre.ssionan-te quantidade de espectadores para bseu onc-man-show, já tem datasmarcadas para apresentações em SâoLuís do Maranhão, Goiânia e Bra-silia. A excursão de Chico Anísio... Sócomeçará logo após o encerramentoda atual temporada no Teatro da La-goa.

Y.M.

das letrasSUCESSOS — De Nikos Kazant-

zaki.s, autor de Zorba, o Grego, a Edi-tora Nova Fronteira vem obtendo boaaceitação para os romances O CristoItecrucificado, na tradução de Gui-lhermina Sete, e Os Irmãos- Inimi-gos, traduzido por Milton Persson.Duas obras admiráveis — sobretudoa primeira — que merecem ser lidas.A mesma editora nos dá A Muralha,romance comemorativo do IV Cente-nário da Fundação de São Paulo, "aepopéia de homens heróicos, mulhe-res abnegadas que fizeram a Histó-ria." A autora é Diná Silveira deQueirós.

OLINTO CINQÜENTÃO — Dia 10de maio será lançado no Rio o ro-mance de estréia de Antônio Olinto.que até o momento só tem publicadolivros de poesias e de crítica. As Edi-ções Bloch escolheram esse dia por-que aí Olinto estará completando 50anos, devendo vir ao Brasil (êle éAdido Cultural do Brasil, atualmente.cm Londres) especialmente para olançamento. Titulo do romance: ACasa da Água. Tema: a história deuma família africana que, com a abo-lição da escravatura, retorna à Afri-ca, onde se desenvolve a ponto dedominar politicamente as novas na-ções em surgimento no continente.

UM ÁLBUM — Com magníficaapresentação gráfica, o Instituto Na-cional do Livro lança, em comemora-ção ao V Centenário de Nascimentode Pedro Álvares Cabral, o Livro queDá Razão do Estado do Brasil, ediçãofac-similar com reproduções de ma-pas da época. É um volume que enri-quece qualquer biblioteca. Louváveliniciativa de Umberto Peregrino, di-retor do INL.

NOVA EDIÇÃO — Em segundaedição revista, a Livraria José Olim-pio Editora comparece com o Jerc-mias sem Chorar, de Cassiano Ri-ca ido.

DIVERSOS — A Editora Brasil-América vem de lançar mais dois ál-buns de figurinhas — Ciências e In-venções e O Homem no Espaço, além

cie reproduções de quadros esparsosda História cio Brasil. A mesma edi-tora está apresentando em nova edi-ção o primeiro e segundo volumes daHistória do Brasil em Quadrinhos,com legendas de Gustavo Barroso,desenhos de Ivã Wasth Rodrigues erevisão de Manuel Maurício de Al-buquerque e do Coronel José Hermó-genes de Andrade.

*:Da Editora Expressão e Cultura

recebemos novos volumes da série OGrande Desafio (USA X URSS): n.°13 (Esporte c Turismo), 17 (O Tapeidos Partidos) e 18 (As Eleições e,aOpinião Pública): na série Enciclo-pedia da Beleza Feminina temos òsns. 10 (O Equilíbrio), 11 (Bem Vestir:Arte e Técnica i e 12 (A Mulher c aCasa I.

Le Figaro Littérairc apresenta non.° 1 176 Baudelaire jornalista, no n,.01 178 (A França sob o Comunismo).1180 (Uma novela inédita de Tul-guencv), 1 182 (Homenagem a Stcin-beck), ns. 1184, 1185, 1186 e 1186(homenagem a Napoleao) e 1 187(Enfoque sobre a Igreja atual).

O Jornal de Ipanema, hebdoma-dário autônomo, completou o seu ter-ceiro aniversário com o n.° 37, aindano carnaval. Novidade: paginação ematérias mais atraentes.

Polônia, ns. 171 e 172, revistaeditada em Varsóvia em alemão, es-panhol. francês, inglês, polaco e suè-co. Uma das mais bem feitas publí-cações não só pelo conteúdo, mas, sç-bretudo. pela apresentação gráfica.

Experimental, revista de poesiaeditada em Salvador pela Era Novaapresentando no n.° 1 poemas de IyãDorea Soares, Luís Fernando D. Huu-sei, Sérgio Matos e Tadeu J. Cruz eno n.° 2, Gilza Borges. Ivã Dorea Soá-res, Sérgio Matos, Alcir N. Santds.Amarilio Matos, Emerson Palmeira'£Tadeu J. Cruz. ,

• Vozes, revista católica de cultura.n.° 2 (Ano 63), referente a fevereiro,tratando em especial de A Rcliciãodo Povo no Brasil.

L.B.

PÁGINA 4 D JORNAL DO BRASIL D RIO DE JANEIRO ? QUARTA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 1969 D CADERNO ff

John Lennon, casado, separado, agora de novo casado.

George Jlarrison, casado. Ringo Starr, casado. Paul NlcCartney teve por

muito tempo um aengagemenf com Jane Asher Mas oficialmente¦'¦:¦¦:¦:'¦:¦ *.

é o único que permanece solteiro. Ao que tudoi indica, não por muito tempo.

OS BEATLES, ESTES MOÇOILOS CASABOIROSLinda Eastman, de 27 anos, dei-

xa o quartel-general dos Beatles em

?! Londres com Paul McCartney, o último

e cobiçado solteiro do grupo. EmboraPaul estivesse todo sorrisos, permane-ceu calado sobre os rumores de seu

casamento com Linda. Sua única res-

posta às perguntas foi: "Sem comen-

tários." Depois, driblando um grupode fãs, êle foi embora levando Linda.

Linda faz parte da sociedade

americana, como membro da família

dás câmares Kodak-Eastman. Ela mes-

ma é uma boa fotógrafa (conheceuPaul quando o fotografava em Nova

Iorque). Em 68, chegou à Inglaterra

para passar um fim de semana na fa-

zencla dele, na Escócia, e desde então

os dois têm sido vistos constantemen-

te. Ela é divorciada e tem um filho

de seis anos. O irmão de Linda, úm

advogado, será representante da

Apple em Nova Iorque.

Paul, o solteirão

Embora nunca tivesse se casado,

Paul foi durante muitos anos a com-

panhia constante de Jane Asher, atriz

e filha de um médico. A mãe de Paul

era uma enfermeira, e êle foi o único

do grupo que teve uma infância mais

ou menos normal.

Depois de seu rompimento com

Jane Asher, a única presença femini-

na em sua vida foi a de Martha, uma

enorme cadela de raça inglesa. Mas

agora apareceu Linda.

Apesar da mitificação em torno

de seus nomes, os Beatles sempre ti-

veram uma vida sentimental bastan-

te estável e doméstica. Os quatro eram

muito unidos, moravam perto uns dos

outros e mantinham-se constantemen-

te em contato.

Agora, entretanto, parecem estar

_ em crise, não apenas financeira, mas

também em suas relações mútuas.

Suas mulheres permaneciam como

ponto de equilíbrio, mas isso deixou

de acontecer com a separação de John

Lennon.

John, a nota dissonante

John foi o primeiro a casar.

Quando o grupo ainda era desconheci-

do e apenas começava a ter uma certa

projeção local, John já tinha uma na-

morada, Cynthia. Como ela estava es-

perando um filho, o casamento foi fei-

to, em 62. John achou divertidíssimo

tornar-se marido, e a festa foi muito

íntima, terminando com um jantar de

cozinha. Em 63, nascia um menino,

Julien.

Dos quatro, talvez tenha sido

John o que teve maiores traumas com

a separação de seus pais. O pai era

um alcoólatra inveterado, e deixou

sua mãe logo depois de John nascer.

Quem criou o menino foi uma tia,

Mimi, que até muito pouco tempo ain-

da se mantinha completamente des-

*«",y..t

crente do sucesso do sobrinho. Mas o

líder intelectual do grupo teve com

Cynthia uma vida familiar bastante

tranqüila.

No entanto, parece que ela nun-'

ca se acostumou com os ataques dasfãs e a vida agitada de seu marido.

Acabaram se separando, e John foi

viver com uma atriz japonesa, Yoko

Ono. Esta é um pomo de discórdias

entre o grupo, devido à sua exagera-

da extravagância. Desde esta união,

John tem sido manchete de jornais,devido a problemas com a polícia porcausa da marijuana e também por terilustrado a capa de um disco com um

nu de sua nova mulher.

O guitarrista e o modelo

George Harrison é quem mais se

manifesta contra as divergências do

grupo, e nisto é auxiliado por sua mu-

lher, Pattie Boycl. Ela é uma moça so-

fisticada, trabalha como modelo, e seu

rosto ingênuo e meigo é bastante

disputado pelos fotógrafos. Pattie co-

nheceu George durante a filmagem

de Hard Day's Night, no qual ela fa-

zia um pequeno papel. Ela achou que

era agradável e fácil estar com Ringo

e Paul, mas ficou terrificada com John

Lennon. Morou com George durante

um ano antes de se casarem; seus paissabiam mas nunca tocaram no assunto.

Pattie no início assustou-se bas-

tante com as fãs, que são violentas, a

ponto de tentar agredir Cynthia e ela

na rua. Num de seus primeiros fins

de semana com George, foram paraum hotel junto com John e Cyn, e as

duas tiveram que ser retiradas de lá

em cestos de lavanderia e transporta-

das ao aeroporto num carro de tintu-

faria. Mas Pattie foi-se acostumando,

e o casal continua mais unido do quenunca.

Ringo e Maureen

Ringo Starr é o mais simpático e

aberto do grupo, mas também o mais

dissidente. Foi êle que propôs uma

separação temporária dos quatro,

quando John foi fazer um filme, Paul

foi estudar música hindu e George

veio à América do Sul. Sobre o casa-

mento, tem idéias inesperadamente

conservadoras, e mantém sua vida fa-

miliar o mais distante possível de tô-

das as confusões. Sua mulher, Mau-

reen Cox, faz questão de cozinhar, e

ela mesmo decorou a maravilhosa casa

em que viviam. Nas noites em queRingo não trabalha, assistem à televi-

são e ouvem música. Ela só reclama

quando Ringo levanta de cinco em

cinco minutos durante o jantar paratrocar os

"discos na vitrola.

Maureen foi uma das fãs do gru-

po na época em que eles tocavam no

Zavern. Embora assídua, jamais gostoudos gritos e manifestações de histe-

ria coletiva. Ringo convidou-a uma vez

para dançar, e diz ter ficado apaixona-

díssimo. Ela era cabeleireira, criada

iambém em Liverpool, cidade de ori-

gem do conjunto. Durante sua fase de

namoro, era constantemente ameaça-

da no salão onde trabalhava, e tam-

bém por telefonemas, pelos quais vo-

zes alteradas prometiam que iriam

mandar alguém matá-la. Casaram em

fevereiro de 65.

Os Beatles em mudança

Parece ser mais um sintoma da

fase de atribulação do grupo o fato

de que duas famílias beatle se tenham

mudado. John deixou sua casa no

morro de St.-George, a 20 milhas de

Londres, depois da separação com

Cynthia. Agora mora num apartamen-

to com Yoko. Ringo também deixou

sua casa, situada no mesmo morro cer-

cado de matas, para uma mansão do

século XVI, a 40 milhas de Londres.

A casa pertenceu a Peter Sellers, quea deixou depois de sua separação com

a atriz sueca Bnitt Eklund.

Ambas as casas estão sendo

anunciadas, sem' referência ao antigo

proprietário, nos jornais londrinos. Seu

valor é imenso, principalmente depois

das inovações que os jovens fizeram

nelas. A casa de Ringo tem um fabu-

loso quarto de diversões, com todos

os tipos de engenhos, inclusive caça-

níqueis. E tem uma porção de banhei-

ros, coisa que Ringo não conheceu du-

rante toda a sua infância.

George continuará a morar em

sua mansão psicodélica, pintada de cô-

res estranhas e com uma enorme pisei-na. E Paul também fica em casa, nafloresta de St.-John, com sua cadela

Martha. O que todos indagam agora

é se Linda também irá morar lá.

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CADERNO

A LIBERDADE COMEÇANO PRÉ-PRIMÁRIO

O Colégio Sion começa amanhã,com o início das aulas, um novocurso: pré-primário. Numa épocaem que tanto se fala a respeito daatualização dos colégios religiosos (equando a sua extinção gradual é atéuma hipótese levantada) o aumen-to de classes num colégio de freirascausaria espanto. A explicação élógica: as crianças devem seguir ométodo Montessóri-Lubienska desdea alfabetização.

Irmã AÍda, superiora da congre-gação no Rio, é também a coordena-dora do curso primário. Ela nãousa mais hábito; substituiu-o porvestido cinza-claro, mangas curtas esaia não excessivamente comprida.Sóbre suas meninas, irmã Alda falacom entusiasmo: "Lançamos desdeo ano passado uma experiência no-va, que deu resultados excepcionais",diz ela; "criamos dentro do currí-culo do primário uma escolinha dearte. As meninas aprendem cerâmi-

ca, colagem e várias técnicas de pin-tura."As aulas de religião não são au-

las propriamente; são palestras emque vários assuntos são abordados,ciando às alunas, mesmo às menores,uma visão em conjunto de proble-mas da vida. Naturalmente a lüi-gúâgem usada e os assuntos trata-dos diferem segundo as idades.Como a aula de artes é logo depoisda palestra de religião, coisas inte-ressantès acontecem. Irmã Aldamostra trabalhos das pequenas alu-nas: um deles representa criançaschinesas, índias, espanholas, todasde mãos dadas, formando uma ro-da. O desenho, de uma menina do2.° ano primário, foi feito logo apósa palestra sobre o tema Somios TodosIrmãos.

Em todas as matérias dadasuma constante: a liberdade indivi-dual deve ser mantida, ao mesmotempo que o espírito de equipe de-senvolvido.

NA FRANCA OSPARTEIROS SÃO POUCOS

Paris (Correspondente) — Os par-teiros franceses estão inquietos:"Nós não somos bastante — um gi-necologista-parteiro para 40 mil ha-bitantes não é relação suficiente",disseram na semana passada em no-ta distribuída à imprensa.

Na Alemanha existe um para20 mil e na Itália, um para 15 milhabitantes, enquanto que aqui a pe-núria de especialistas indica a exis-tência de apenas 1 700 formados emginecologia-obstétrica, dos quais 1 300são igualmente parteiros e 450 obti-veram formação completa de gine-cologista-cirurgião-parteiro.

PLANOS

Por que esta situação? Primeiropor serem necessários - dez anos deestudo para atingir a categoria deginecologista-parteiro e 11 a 12 anospara obter a qualificação de gineco-logista-cirurgiâo-parteíro. Além dis-to, as dificuldades que implicam aimpossibilidade de fazer o estágio noshospitais — motivo pelo qual os fú-turos ginecologistas-parteiros atual-mente em formação se alarmam eexigem o aumento do número de es-tágios nos hospitais.

Felizmente para os franceses,9 mil sage-femmes (parteiras, - pu- .

ra e simples) funcionam sóbre a fal-ta de especialistas, praticando sòzi-nhas cerca de 80 por cento dos par-tos, isto é, 700 mil dos 875 mil bebêsfranceses vêm à luz graças a elas.

Seus estudos duram' três anospara que venham a obter um diplo-ma estatal cuja possessão implica asmesmas responsabilidades de ummédico, caso a sage-femme pratiquesua atividade sozinha. Mas ela nãotem o direito de praticar qualquer ti-po de intervenção cirúrgica por maisbenigna que seja: mesmo a. extra-ção de uma criança por fórceps lhe éproibida. ^

O que os parteiros na realidadequerem é que pediatras, ginecologis-tas-obstetras, cirurgãos e sages-fem-mes trabalhem em equipe e não maiscomo franco-atiradores a fim de de-belar o mais rápido os partos deli-cados que possam criar condiçõespara acidentes graves. Para isto,uma fórmula acaba de ser encami-nhada ao Governo no sentido de fa-cilitar a transformação das s a g e s-femmes em médicas através de umsistema mais simples que o atual, vi-sando reduzir as 240 horas mensaisde serviço tanto de uns como de ou-tros. Caso contrário, o plano deevolução dos índices de natalidadepreconizado por De Gaulle estará sè-•riamente ameaçado.

mulher LÉA MARIA

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DESSANGE ATACA DE CEBOLAJá se vê cebolas (o penteado de-

calcado das mulheres de Toulouse-Lautrec) pelas ruas do Rio. Cabelospresos no cocuruto da cabeça, coquepequeno (a cebola propriamentedita), cabelos fofos de leve, tantoatrás (na nuca) e na frente (cabelospuxados para trás).

Jacques Dessange, em Paris, está

sendo um dos lançadores da cebola.E uma das mais novas versões quecriou é esta, 'da

foto: além da do mi-nicoque. na frente, o cabelo é exage-radamente afofado, caindo de levesóbre a testa e ainda deixando, de so-bra, fiapos caídos dos lados.

Com mais esta versão, ai fica ainformação.

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M

MAIS UM DA LINHA LONGATed Lapidus: outro costureiro de Pa-

ris que lançou uma moda boutique com orótulo de alta costura. De qualquer modo,moda boa. Seus tailleurs, para este ano.seguiram a tendência geral: os paletós re-tos e longos vão até pouco acima dos joe-lhos. As suas saias são pregueadas, compregas batidas e por vezes costuradas atéos quadris. Os bolsos, segundo Lapidus —que é jovem e se preocupa em fazer moda

jovem — são vários e podem ter o fcitiosafari, com macho no meio. Os botões sãoclássicos, tipo botão de alfaiate. ' E paracombinar com esses tailleurs, Lapidus usacamisas que virão a confirmar o uso deduas etiquetas já vendidas aqui, no Rio, eque a cada semana que passa se tornamais divulgada: é que o gênero das cami-sas de Lapidus é o mesmo das de FranlcOlivier e Cacharei.

D JORNAL DO BRASIL D RIO DE JANEIRO D QUARTA-FEIRA, 5 DE- MARÇO DE 1969 D PÁGINA 5

oservteoCLUBINHO: Estão

abertas as inscrições paraadolescentes, crianças eadultos na sede do Clubi-nho, à Rua Humberto deCampos, 635, ap. 402, pa-ra cursos de trabalhosmanuais, música, pinturae diversos outros. As ma-trículas poderão ser feitasa partir de hoje, das 15 às18 horas.

CASACOS DE PELE: Asgrandes confecções já seagitam febrilmente, pro-curando lançar novidadescada vez mais sensacionaispara o inverno que seaproxima. A Le Mazzeleestá lançando casacos depele sintética, francesa,imitando vison e astracã.

REFLEXOLOGIA: Apartir de amanhã será mi-nistrado para o 4.° ano dePsicologia da PUC umcurso de Reflexologia, quevem alcançando importán-cia cada vez maior em to-dos os domínios do conhe-cimento humano.

TOI ET MOI: é umadas raras boutiques queainda não entraram em li-quidação mas já está rece-bendo novidades para ameia estação e para o in-verno. Vestidos tipo Laços-te (sem o jacaré), com de-bruns contrastantes, saia eblusa com manga curta ousem manga, existem em di-versas cores e custam emmédia NCrS 120,00. Paraa próxima estação recebe-rão roupas de couro, es-pecialmente a nova bossade franjas nos coletes,saias e túnicas.

UM SÉCULO DE DIFERENÇAVanda Lacerda, que no ano passado

foi cartaz de teatro, no Rio, com a peçaLuz de Gás, volta ao palco, a partir de 12de março, em nova temporada, com a peçapolicial Chantagem. Um século de diferch-ça separa suas duas interpretações: na

primeira fazia uma dama do ano de 1812;agora fará uma mulher de 1969. As duasperucas que Vanda usou e usará são deRenault, um cabeleireiro também cspecia-lista em penteados de época.

A FICHA DO FEIJÃOHá feijão de várias cores: branco,

preto, roxinho (conhecido também pelonome de mulatinho), feijão manteiga,etc.

Compre o feijão de sua preferência efaça o seguinte: Na véspera de cozinhardeixe o feijão que você escolheu de mô-lho para que no dia seguinte êle cozinhemais depressa.

Use 1 2 quilo de feijão, uma colherdas de sopa bem cheia de banha, uma ce-bola, um dente de alho, louro, sal e umapitada de pimenta-do-reino se gostar.No dia seguinte troque a água, leve aofogo e deixe ferver até que os grãos do fei-jão fiquem bem cozidos.

Em outra panela, doure na banha, acebola e todos os outros temperos e junte

uma concha de grãos de feijão. Esmagueos giãos com um garfo e tempere o sal e apimenta. Apure bem.

/Junte esta mistura ao caldeirão defeijão que deverá ferver em .fogo brandoaté engrossar o caldo e ficar saboroso.

Se a leitora preferir um feijão maistemperado, na hora de levar ao fogo o cal-deirão de feijão, junte pedaços de carne-seca, lombo, lingüiça ou toucinho. Estascarnes deverão ser lavadas e escaldadas.

Deixe as carnes ficarem de molho embastante água de um dia para o outro. Te-nha cuidado quando acrescentar as carnescom o sal, pois muitas vezes o feijão ficasalgado por causa das carnes que geral-mente custam para largar o sal.

MÚSICA GREGA: NdBierklause, todas, as noites,uma nova distração paraos freqüentadores: Skou-lis Botellis canta e dançamúsicas do cancioneirogrego.

LEITURA DINÂMICA:O ITAD, I n s t i tuto deTreinamento c Aperfeiçoa-mento de Dirigentes,aproveitando o período quese inicia, realizará umcurso de leitura dinâmica,que será ministrado atra-vés do método EvelinWood, no horário de lSh15m ás 20hl5m.

ABASTECIMENTO DASEMANA: Dois produtosbásicos da alimentação, oarroz e o feijão preto, tive-ram preços alterados nasemana passada. Nas fei-ras livres desta semana ospreços são os seguintes:

arroz amarelão (vá-rios tipos): NCrS 0,90 a1,25 o quilo

arroz agulha: NCrS0,95

arroz bleu-rose: NCrS0,80 a 0,90

arroz japonês: NCrS0,85 a 0,88

\arroz maranhão:

NCrS 0,60 a 0,65

feijão preto comum:NCrS 0,65

.«»'¦¦

•¦•¦

feijão uberabinha: ..NCrS 0,95.

-.-"* : T. yz$ ~

PÁGINA 6 G JORNAL DO BRASIL tj RIO DE JANEIRO D QUARTA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 1969 Ü CADERNO $0

O QUE HÁ PARA VERHoje às ISMOiH na Maison de France, "A Feitiçaria Através dos Tem-

pos*', de Beiijaniim Cliiistenseii, com Teia Teje e Cliristensen.• Estréia amanhã no Teatro Gláucio Gil, "Abre

a Janela e Deixa Entrar o Ar Puro da Manhã", comédia de AntônioBi var, com Célia Biar e Rosita Tomás Lopes.

Cinema

ESTRÉIASOS BANDIDOS DE MILÃO (Ban-dili » Milano), do Cario Lizzani.A malaviia milanesa vista em ágilnarrativa «midocumentáría - áamericana — pelo cx-neo-realistaLizzani. Com Gian Maria Volonfè,Thomas Mllllan, Mergaret Lee.Prcduçáo italiana. Tecnicolor. Bru-nt-Fia mango. Rio. (18 anos).AMANHA NAO ESTAREMOS AQUI(Domani Non Siamo Piú Guj) _qBrunelio Rondi. Drama italiano..Com Ingrid Thulin, Robert Hoff-man, Maa Grazi» Bucella. Scala.ÍIB anoi).melhõFvTova Q"íTÊT7r(B»tr«7TWidow), ds Duccio Tessaria. Co-média. Com Vtlma Lisi, Peter Mc-Enery, Gabriele Forzelti. Produ-çrlo italiana com participaçãoamericana. Tecnicolcr. São Luís(deste l-!h!, Madri: loh, 18h, 20h,22h Santa Alie: 15h, 17h, I9h.'14 anos).

UM TREM PARA DURANGO (UnTrenó pir Durango), dc WllllamI wklns', Westarn à italiana. Com ¦Anflicny Sleffen, Enrico MariaSalerno, Dominique Boschero. Tec-nicoior/Tecnlscopo. Rivoli, Aste-ca, flórida, Rio, Bruni-Bolafogo,Alfa, São Pedro, Brasil (Caxias),Ari» (Meriti), Mir»g»m (Petrópo-lis). (13 anos).o saTãrTó~~dõ crimlmtIi» co"untorfeil Kill.r), de Joscph Lsy-tes. Chega «o cinema- a série deTV Tfi» Facelasi Man: policial.Com Jack lord, Shirlcy Knight,Joseph Wiseman, Jack Weston,Charles Drske. Produção america-na. Rex: 15h, 17b, 19h, 2lh.(18 ano;).

CHEGOU A HORA, CAMARADA!(Brasileiro), de Paulo R. MacRado.Comédia. Com André Vlllon, Má-rio Brasinl, Adelaide Siqueira, Ra-fael dc Carvalho, Scraio do Oli-veira, Wilson Grey, Labanca, Elie-rer Gomes. Venen: 16h, I8h,10h, 22lí. (M anos).UM HOMEM, UM CAVALO, UMAPISTOLA (Produção ilaliana) -Western, com Tcny Anthony, DanVadis — todo uni elenco seb pseu-dôntmos. Eastmancolor. Plaia[desde lOh, 12h), Olinda, Mascote,Rrcamar, Hermida, Caxias, Gua-dalupe, Esperanto (Petrópolis):Uh, 16h, I8h, 20h, 22h. (18anos).

CONTINUAÇÕESA NOITE DO MEU BEM (Brnsilci-ro) — Filme sobre a vida de Dolo-res Duran, produzido e dirigido porJece Valadao, Com Joana Foinrn.Carlos Eduardo Dolabella, IrmãAlvarez e Edson Silva. No Pathí,Scala, Metro-Copacabana, Metro-Tijuca, Pax, Bruni-Botafogo, Bru.ni-P traja, PresidanU, Rio Branco,Matilda, Alfi, Barontsa, São Pe-dro, Paratodos, Bruni-Grajaú, Maui,Uh, 16b, 18h, 20h e 22h lago.Driv.-ln: 20h30m e 22h30m. (14ano:).

ESCALATION - Sátira. Direção deRoberto Faenza, Com Claudine Au-ger, Lino Capolicchio, Gabrit-leferzelt. No l.blon: Uh, !6h,)8h, 20b e 22h. (1B anos)_

A VIDA PROVISÓRIA (Brasileiro]- O primeiro filme de longa-metragem do crítico Maurício Go-mes Leite, com Paulo José, DinaSfat, José lewgoy, Joana Fomm,Mário Lago e Márcia Rodrigues.No Paiisandu, ópera. Capitólio.Tijuca.Palac»: Uri, 16h, 18h, 20he 22h. (18 anos).

O OENTLEMAN (Fumo dl Londr»)-- de Alberto Sordi. Comédia di-rinida t interpretada pelo exes-lente cômico italiano. Com Fio-na Lev/is. Condor-Copacabana:UIL' -16h' 18b e 22b. (18 anos).OS" PARSANTES (Th* Comtdiana),dt Peter Gíenville. No Haitiaterrorizado pelos tontonj maçou-!•» de Duvalier. 'Richard Bur.fen corteja a mulher de um em-bai xador sul-americano (EüzabefhTa/ler), enquanto Alec Guineissa envolve tm um plano químé*rica de guerrilhai. O próprioGranam Greent adaptou seu ro-mence, assinando um roteiro noqual a? boas chances it limitama Guineis, os velhos PaulFord • Lilian Gish. O mestrtHenri Pecai fotografou: Panavi-sion-Metrocolcr. Produtores dosEUA, Bermudas, França patrocine-ram esse fllmi ds quõst duashoras a mtia dt projeção. 70 mm.Roxy: 13h40m - I6h20m - lÇh- 21M0rr. (18 anos).

REVANCHE SELVAGEM (Th» Sol-phunUri), dt Sidnty PoüaCrí. Ocsçador de pties Bjrt Lancaster,roubado por seus amigos índios.

persegue cs caçadores prefissio-r, .!s de ercalpos que se apropria-rem da preciosa carga. Ns aven-fura tratada com bom ¦ humor,dert'C3m se ta.vbém o negro Os**!t Davis (um esiravo letrado),SheKey Wínters (prof'«sicnal doamor), Teíly Savalas e ArmandoSyívestfe. De Luxe Color-Pana-visien. Prod. americana. Odton:14h - lób - IBh - 20h - 22h.(Livre).SERVIÇO. SECRETO A ;ITALIANA(Produção italiana), de Luígi Co-mencini. Comédia: italianos semvocação para o serviço secreto, àsvoltas com a missão de liquidarum remanescente do nazismo.Com Nino Manfredi, FrançoisePrevost, Clive Revill, Gioroia Moll,Gastcne Moschtri. Eastmancolor.Condor-Largo do Machado, Uh,lóh, 18h, 20h, 22h. (10 anos).COMO MATAR.': UMA * BELA JO-VEM {Tiro a Stgno ptr Uccidtrt),de Manfred R. Koehler. Aventuracom Stewart Granger, Karin Dor,Curd Juergens, Adolfo Cellt. E.is-trnancoiorj Cinemascope. Produ*Crio ftalo-aiemã. Art-Palácto-Tijuca,Art-Palício-Méier, São José, Art-Palácio.Madureira: Uh, lóh, 18h,20b. 22h. (14 anos).O PARAÍSO' DAS . SOLTEIRONAS(Brasileiro) — Comédia produzidae interoretada oor Mazzaropi, emcores. Com Geny Prado, Átila ló-rio. Bruni-Flamengo, Caruso, Kel-ly, Bruni-Méier, Bruní-Tijuca, Re-çjência, Rosário, Presidente, Ftstl-vai, Penha. (Lívre).Ãl SANDÁLIAS DO PESCADOR(Ths Shots of tht Fiihnrman), deMichal Andersnn. Versão dabtst stlltr de Morris Wéit, só-bre a nceniío da um Papa nãjitaliano e seu papel na po!íti:ainternacional. Panaviílon-Metrc*color. Com Anthcny Quinn, Lau-renca Olivíer, Oskar Wernei, JohnGielgud, Vlltorío de Sica, Barba*ra Jefford, Rcsemary Dexter. Pro<grama inaugura! do Mttro«Boa-vist» (Cinelándia): 12h30m - 15h30m - 18h30m - 21h30m. (Li-vre).

O HOMEM QUE ODIAVA ASMULHERES (Th. Boiton StrangUr),de Richard Fleíscher. Bom filme.Excelente atuação de Tony Curtis,candidato ao Oscar. Onza mulhe-res abriram a porta ao estrangula-dor de Boston — onze casos queo promotor Henry Fonda dtve in-vestinar à frente do burtau tspe-cialmenta conitituído para a cap-tura do criminoso sexual (TonyCurtis). Com Georgt Kennedy, Mi-ke Kellin, A^urray Hamilton, HurdHatfield, Leora Dana. PanavisionJDe Luxt Color. Produção ameri-cana. Palácio, Miramar (I3h20m),América: 13h30m, 17b-10m, 19h50_n, 22h, (18 anos).O PRÍNCIPE E d~MENrTlGO (ThíPrincf» and tht Pauptr) — de DonChaffey. Refilmagem de um iu-cesso de Erroll Flynn. Com GuyWilliams, Laurence Naismith. Co-rai, Paris-Palace, Bruni-Copacabana,Rio-Palace, Bruni-Piedada, Bruni-Saens Pena, São Bento (Niterói).(Livre).MEU NOME f COOGAN (Coogin'»Bluft) de Don Siegel. Bom policialde ambienta ção nova-iorquina. Pri-meiro filme americano de ClintEastwood, que ficou famoso comoherói de wosterns italianos. Aindano elenco, Lee J. Coob e SusanClark. Cores. Capri e Comodoro:Uh. lóh, IBh, 20h, 22h. (18anes).

INTERLÚDIO (Inlerlude),' de K»"vTnBÜlington. A velha história — êle,ela e a oulra — contada por umdiretor novo do cinema inglês.Com Oskar Wemer, Barbara Fer-ri», Virgínia Maskel. Columbiaco-'or. Império, Copacabana, Cario-ca: 13h20m, I5h30m, 17h40m, I9h50m, 22h. (18 anos),OS SEUS, OS MEUS,. OS NOSSOS(Yours, Mine and Ours), de Mel-vills Shavelson. Comédia ameri-cana. Com Lucille Bali, HenryFonda, Van Johnson. DeLuxc Co-lor. Rian: 13h20m, 15h30m, 17h/tOm, 19h£0m, 22h. (Livre).

REAPRESENTAÇÒESO INCRÍVEL EXÉRCITO BRANCA-LEONE (L'Armat» BrancaUon.) -de Mario Monicelli. Divertidíssi-ma comédia italiana. Com VittorioGasmann, Catherine Spaak, FoiçoLiXi. Tecnicolor. Alasca: Mh lóh,IBK 20h, 22h, ()S anos).

OS SETE SAMURAIS (Sichinin noSamurai), de Akira Kurosawa. Urndos melhores filmes de Kurosawa.Com Toshiro Mifune, Takashi Shi-mura, Minoru Chiaki. Art-Palácio-Copacabana: !3h30m, 15h45mI8h, 20hl5m, 22h30m. (14 anos)!

__m\f AmMmf—WmwÊL. v---. '^TaflHHei mmF-^» w8*.- ttmmem im 4eww/*emeiem' x?< ^¦.wevsvmwmmm—mm—e\\mmt\w—m\m\mmm\w^-^ ¦

EXTRAARABESQUE - de Stanley Donen.Suiptns» em cores, com GregoryPeck e Sophía Loren. No Cine-Ar-U da Univtrsídad* Ftdtral Flu-minentt. Até sexta-feira. 20h a22h. Sábado e domingo: lóh,18h, 20h, 22h.

Toshiro Mifune em Os SeteSamurais, de Akira Kurosaioa

A FEITICEIRA ATRAVÉS DOSTEMPOS (H»«an) - de BenjamimChristenien, com Terá Teie eChristensen. Produção dinamar-

quesa ,de 1922. Legendas em

francês e alemão. Hoje, às 18h

30m, na Maison dt Franca.

TeatroCRIME PERFEITO - Drame poli-c:al d» Fredarick Knolt ( o sutorc* BlacV-ou») qu« ií foi víito numafamosa versão cínematooráfies»cb o titulo d» Diiqu» M par»Mal»r. Direçío d« Antônio deCabo. Com Teresa Raquel. Ru.

bens de Falto. Cécit Thiré, Al-berto Pereí e Ari Fontoura. Tea*tro Stnta Rosa, Visconde de Pi-

ra;», 22 (47-8641); 21hl5m; »ib..

iOh ,

dom.,

22h30m;18h.

S». 17h

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Viúva, Porém Honesta, de Nelson Rodrigues,agora numa nova montagem dirigida porÁlvaro Guimarães. No Teatro Sérgio Porto

VIÚVA, PORÉM HONESTA - umapeça antiga de Nelson Rodrigues— um frenético desabafo contraa crítica teatral — remontada poruma jovem companhia. Dir. deAi varo Guimarães. Com BrigiteBlair, Henrlqueta Brieba, MariaTeresa Barroso, Carlos PrietoFernando Resky t outros. SérgioPorto, Rua Miguel Lem^s, 51(36-0343); 21h30m; láb. 20hl5me 22hl5m; vesp, 5n., ]7h e dom.)8h_. Curtatemnorada.SARAVA MY OARIING-^^^^-dia musica; de Luís Peixoto e Jo*se Vanderfei, com música de Ro-berto Veiga. Com Silva FÍ'ho,Elsa Gomes, Nilsa Magalhães eoutres. Carlos Gomes, Praça Ti-rndciucs (22-7581); 21h; sáb.. 20he 22h; vasp., 5a., lóh e dom.,17h.

LINHAS CRUZADAS — Comédia'de quiproquós sentimentais, do[ovem autor inglês Alan Ayck-boum. Succüo àe bilheteria emLcndres. Dir. de João Bethen-court. Com Glória Meneses, Tar-císio Meíra, Paulo Gracindo, IaraCortes. Copacabana, Av. Ccpaca-bana. 327 (57-1818, r. teatro);21h30m; i»b., 20h » 22hl5m;vesp. 5a., lóh t

"dom. 17h.

OALILEU GALILEI - Uma. d»»obras-primas de Berto tt Brecht.

As descobertas do genial sábioentram em choque com o sistemaoficial do pensamento d» época.Fascinante o complexo estudo daiopções que st oferecem ao ho*mem para delínir seu comporta-monto moral, político e intelec-tual diante de pressões. Curtatemporada carioca do Teatro OfI-cina, de São Paulo, Dir. de JoséCelso Martínez Correia. ComCláudio Correia a Castro, ítalaNandi, Renato Borghi, Renato Ma-chade, Ot cn Bastos, FernandoPeixe to, Antônio Pedro t grandeelenco, Maison dt Franca, Av.Pres. Antônio Carlos, 58 (52-3456);21h; sábs. 19h30m • 22h00m;vesp. 3a. e dom. 17n.

Ò' AVAR ENTO-^"ÜmirdãT^wísfamosas obras de Molicre, quecrítica impiedosamente o pecadoda avareza, numa trama inspir<idaem Plíiíito.' Dir. de Henri Dou-büer. Cem Procópio Ferreira (quevolta d interpretar um papel quejá desempenhara com sucesso há30 anos), Paulo Padilha, Alvimfi.irbosa, Jorge Chaia, , Érico deFreitas, Taís Monir Portinho, Ms-ria Lúcia Dahl e outros. PrinctsaIsabel, Av. Princesa Isabel, 186(3Ó-3724I; 21h30m; sáb., 20h e22hI5m; vesp., 5ò., I7h e dom,,I8h.

"Show"

I ¦'§ ^m~__________: ¦' ' . ¦*'^_^S

Ataulfo Alves em O Papo É Samba.uni show informa!, no Sara u

ÍACOBUfO NO CATEREFOFO -com Cinara e Cibele e o MPB-4.Direção de João das Neves. NoTeatro Opinião, Rua Siqueira Cam-p:s.

GRANDE MÁGICO DE TÓQUIO -MUSICAL — direção de fomoíchiIwane, Temporada de dez dias noT»atro J-íão Caetano. Hoje, às21h. Reservas e informaçõest ..43-4276.

FADEN POWEll . MÁRCIA -De domingo a quinta-feira ãs 22h.Sexta e sábaclc. ás 2lh30m e 24h.Veaperalt -domingL, âs I7h30m.No Ttalro Ca;a Grandt, Av.Afránio Melo Franco, 300.

NOITE DO CHORO - c;m índiodo Cavaquinho e seus convidadas.No Caia Grande. Av. AfránioMe!o Franco, 300. As segundas-íeiras, ás 21h30m.

A FINA FLOR DO SAMBA -Show ergani/ado por Teresa Ara-ção, todas as sen.-feiras, as 21h30m. Opinião - (36 3497).SILVIO ÀLEIXOE ROBERTO RO-MY no Katakombt. Galtria Alas-«a^

CHICO ANÍSIO... SÓI - On»man show do popular ator comi-co Chico Anísio, qut vem dt umatriunfal temporada em São Pau-Io. Textos de Chico Anísio, Mar-cos César, Aldemar Paiva, Ziral-do a Arnaud Rodrigues. Dir. deOsv.ild-. Loureiro. Toatro da laq-j»,Av. Bcrges de Medeiros (ao lado doC.nema Drive-lni; (27-3J89); 3a.4a., 5a., ?lh30m; 6a. • láb. 20h• 22h30m; dcm. 19h e 21h30m;vesp. 5a. 17h • dcm. I8h.

SUA EXCELÊNCIA, O SAMBA -produção d* Haroldo Costa. U.nnumeroso elenco liderado porPaulo A^arnjuéi t Nelde Mariar-rosa. No Goldtn-Room do Copa*cabana Pa'ace, ás 2*th30m. Reítr-uas: 57-1818.

DE CABRAL A SIMONAl - comtexto de Oduvtldo Viana Fi'ho aArnaud Rodrigues. Direção de Os-valdo Loureiro. Com Wilson Simo-nal « o Scm-3 . No Teatro Gínás*tico, at 2!h.

O PAPO t SAMBA - com AtaulfoAlves, Trio Nagô, cantores t can-toras. Valdir Calir.on toca paradançar. No Sarau.

EU SOU GOSTOSO - com Grand»Otc'o, Vanda Moreno e Ai Ga-tas. No Drínlí. Av. Princesa Isa-bel, 82-A- Tel. 57-7068.UMA NOITE nVTFOSSÂT^WÍieska c Jcsemir. No Pub, RuaAntônio Vieira, 17 - Leme.MINHA GENTE

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OUAl É O TOM, MR. JOBIM -show com músicas de AntônioCarlos Jobim e a participação dacantora Cláudia e do conjuntoSamba 2 000. No Novo 'tatro dtBolso do Ltblon. Av. /'aulfo dePaiva, 269. Hoje, às 2íh.

Radia Jornal do Brasil

INFORMATIVODe hora em hora, ãs me'as

horas, -de 6H30-.T. de manhã ámeia-rt-ite t meia, a exceção d*13h30m, I9h30m. 22h30-n e 23h30ti. Act d^mínges, informs-tvo» á» 6h30-n. 8H30m, Vrõo-n.I0h30n, 11h30m, 12h30m, 13b30m. 18h30m, 20h30m, 21h30m •24K30-T1. Às quintas, sábados a

domingos, fans-r/ssão dos páreosdo Jóquei, diretamente do Hipó-drsmo da Gávea._VOCi f oilEÃT SABE - 9h~17h_.r_21KMÚSICA TAMBÉM I NOTICIA -lOh - llh-- 12h - I3h - 14h- 15h - 2lh.PERGUNTE AO JOÁOãi 12h.

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CULTURA VISUAL CONTEMPORA-NEA — com a duração de umano, será uma aproximação teó-rico-prática aos principais aspec-tes do maio formal urbano doséculo XX. No Mustu da Artt-Moderna.

DÍPÃRTAMENTO de artes pTás".TICAS — responsável: FredericoMorais. De março a junho. Hora-rio: 2as„ das 17h ás 19h, 4as„das 17h ás 18h, 4as., das 18 ás19h. Visitas Guiadas: óas., das17h ás 19h. No Musau d» Art»Modtrna.

DEPARTAMENTO DE CINEMA -responsável: Cinemateca do MAM.Harário: 4as. a 5as., das 18h às20h; sáb., das 15b ás 17h. NpMusau da Arta Moderna.

OBOÉ E CLARINETA - com oprofessor Poolo Nerdi. Matrículasna Escolinha de Recreação Sócio-Cultural de Copacabana, Av. Co-pacabana, 435, grupo 1207.

ALAÍDE BRITO — curso da pia-no. Rua Barão de Ipanema, U3/105.

Artes plásticasPAINÉIS ESTAMPADOS - n» An-liga Toei, exposição permanentedos painéis estampados baseadosem quadros de pintores brasi-leiros; Di Cavalcanti, Portinari,Grauben, Sciiar, Meireles, JoséMaria, Bianco, Dianira, FernandaLima, Potcckí, Glauco Rodrigues,Hei tsr des Prazeres, Iracema,José Paulo Moreira da Fonseca,João Henrique, Luciano Maurício,Romeu de PaoÜ a Maria LuísaLeão litsek. Locai: Av Copaca-bana, 435 — Loja I.

CARTAZES JAPONêSES - çartaze»de cinema do Japão. Apresenta-cia com a colabofíção da Embfi-xada do Japão, fazendo parte da

série de mostras gráficas organi*rídas periodicamente pela Cine-nia teca; No terceiro andar do blo-co do Musau da Arta Modtrna.

HFNRI CARRIERES - pintura. NaGalaria da Artt da ChurrascariaTiju_cana, Marquês da Va lença, 74.

COLETIVA - pintura de Nei Te-cídio, Hiran Noy- Finatti e Wan-derlen. Na Galtria Corrtdor, Ruadas Laranjeiras, 114.

NANÁ VIEGO - pintura. Na RuaMéxico, 98-B, Livraria Agir.

TERESA RAGEK - pintura. NaChurrascaria Gaúcha, Rua des La-ranjeiras, 114.

MuseusMUSEU DOS TEATROS - Expeli-ção permanente. Documentáriosobre artistas e atividades tea-trais, incluindo indumentária usa-da em óperas t peças. SalãoAüírio, no Teatro Municipal. En-Irada pela Av. Rio Branco. Dasegunda a sexta-feira, dai 13 ãs17 horas. Entrada franca.

MÍJSÊÜ~DÀ~ C IDADE — Relíquiashiítóricei a curiosidades referen-tes à fundação da Cidade do Riod* Janeiro. — Parque da Cidadã(lelefcne 47-0357). - Horário d«I0h30rn às 17h, exceto li »•-gundas. Entrada franca.

MUSEU DA REPÚBLICA - AntigoPalácio do Governo, até a mu-dança da Capital para Brasília.Recordações d* mais dt 70 anesdt vida republicana. Rua do Ca-lete »|n. (tel. 2S-4302). Horários:de terça a sexta, das 12 às 18h,sábados t domingos, das 15h às18h. Fechado às segundas-feiras,-

14 às I9h, aos dom. t feriados.Entrada franca.

M Ü S E U D E CACA E PES CA -Reúne animais tíoÍcos"dfl faunabrasileira — Praça 15 de Novem-bro. Edifício Pesca, 4.° andar —

(tel. 31-2645). - Hor.: d» llh áiÍ7h30m, exceto aos sáb. t dcm.

Entrada franca.

MUSEU DE GEOGR~ÃFÍÀ""Tx"pô»"as paisogens físicas t humanasdns grandes regiões aeogr-ficai doBrasi I — Avenida Calógerai n.Í-B (tel. 52-4935). Hor.: de llhàs 17h30m, exceto aos sáb. tdom. Entrada franca.

MUSEU DE GEOGRAFlTT MINE-KALOGIA ~ Compreendi leçõeidê Minera logia. Geologia t Pa-leonfotoqia. Avenida Pasteur 404(lei, 26-0309). Hor.: d» 12 aiI7h30m, exceto aos sáb. t dom.

Entrada franca.

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LAVOURA DESUBSISTÊNCIA

Sou iniciante no estudo daGeografia Econômica e dese-java saber o que é lavoura tlesubsistência.

Bem, trata-se de uma, la-voura cultivada com fins ex-clusivamente de sobrevivência,sem interesses comerciais ecom técnica primitiva, geral-mente. As inatas são derruba-das e queimadas e as sêmen-tes lançadas ao solo puro, sempreparo químico e qualquerplanejamento. Depois de cul-tivada, durante dois ou trêsanos, a terra se enfraquece,perde sua capacidade prodttti-va. fi uma agricultura exten-slva e itinerante, bastante co-muni na Amazônia e diversasregiões do Brasil. Este assuntoé longo e exigiria outras consi-derações e interpretações. Su-giro a leitura do livro Gcogra-fia Econômica de Pierre Geor-ge, já que seu interesse peloassunto é grande.

TEATRO/IDADE MÉDIA

Como era o teatro na "lüãüc

Média?

MAGNIPICAT-AUELUIA/VILA-LOBOS

É verdade que Magmificat-Alleluia, de Vila-Lóbos, joicomposta u pedido de um Papal

É sim. Vila-Lôbos recebeu, em 1958. um pedido de PioXII para compor Magnificat-Alleluia e, para isso, inspirou-se no Evangelho cie São Lucas. Intercalou, entre os versi-culos, entoados pela voz do solista, as exclamações de Alie-lula, pelo coro.

Macjnijicat-Alleluia foi executada, nesta primeiraapresentação, pela Orquestra Sinfônica Brasileira e CoroMisto da Associação de Canto Coral, tendo, como solista,o Coro Canarinhos de Petrópolis. Foi regente, o maestroEduardo Guarnieri. A peça foi escrita para orquestra,, coromisto e solo de contraltino e se inicia com breve e soleneintrodução orquestral precedendo a entrada do coro, com

o primeiro episódio da Alleluia.

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O teatro da Idade Média íoiessencialmente religioso. Ini-ciado pela liturgia católica,dentro da Igreja, e saindo cie-pois para o ar livre, o teatromedieval tem três formas dra-máticas religiosas, além de umaprofana. As religiosas são osmilagres, as moralidades e osmistérios, sempre com sentidomoralizante. A forma profanaé a farsa, quando se procuravacriticar fatos do cotidiano, ge-rabnente o amor pelo dinheiroc pelas mulheres casadas. Osautores da Idade Média per-maneceram anônimos, em suamaioria.

ZOOTECNIA

Ouvi falar que a palavrazootecnia foi empregada pelaprimeira vez por uni vèteririá-rio... Quem foi êle?

O termo zootecnia foi real-mente empregado primeira-mente pelo veterinário fran-cês Bourgelat, em 1768, quandopublicou os seus Princípios deZootecnia. Mas foi somente em1843 que esse termo entrou de-íinitivameme no vocabuláriocientifico, graças ao CondeGaspaiin. A Zootecnia estudaas leis naturais sob cuja in-fluêiícia se originam os animaisdomésticos e. ainda, as rela-ções entre aquelas leis e a for-

ma cmais.

o rendimento dos ani-

LETRAS DE CÂMBIO

Conto surgiram as letras decâmbio?

As letras de câmbio, papéisrepresentativos da moeda, sur-giram entre os negociantes ju-deus da Lombardia. no norteda Itália, em meados do sé-culo XIV. Do século X ao sé-culo XVI desenvolveram-se, naEuropa, importantes indiis-trias e, cm consequên-cia. houve incremento no co-márcio, aparecendo assim a'necesiüade de fazer circular di-nheiro sem os perigos de trans-porte inseguro. Foi por causadisso tudo que surgiram, nessa

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CARLOTA PATTI

Quem íoi Carlotà Patti?

na de renome, esteve no Bra-na de renome, esteve no Bra-sil em 1870, quando se festeja-va o fim da guerra do Para-gtiai. Carlota fèz muito suces-so no Rio de Janeiro, tornan-do-se assunto obrigatório dodia. Sua estréia deu-se a 4 dejulho de 1870, no teatro SãoPedro, transformado pelo em-*presárld num conto das Mil eUma Noites. Do repertório dacantora lírica, fèz muito suces-so o Éclnl de Rire, além daTaranteia, de Bevignani e OPerdão, de Ploermel.

LEGIÃO ESTRANGEIRA

Fale-me súbre a Legião Es-trangeira..,1 Ainda existe? *

Não. A Legião Estrangeira,que servia na África, deixou dèexistir, após a independência* '

da Argélia. Corpo militar mer-cenário, a Legião Estrangeira.foi criada em 1831, pelo Rei-Luís Felipe, para controlar aspossessões coloniais francesas,na África. A Legião era for-mada de voluntários estrangei-ros, que serviam durante citijco anos sob o lema: A LegiãoÈ Nossa Pátria.

ÓPIO/MEDICINA

O ópio é usado cm Medicina?

Sim, mas nâo diretamente^Do ópio extrai-se a papaveri-na, que é um alcalóide crista-lino também obtido sintética-mente. A pápaveririà é usada,terapéuticamente como narccKtico. Há medicamentos em cujacomposição entra o ópio, e sãodenominados opiatos.

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TEATRO MUNICIPAL

Quem (eve a idéia tlc cons-Jtuir o Teatro Municipal doBin ilc Janeiro?

A primeira tentativa para »¦construção do Municipal foi deArtur Azevedo, um dos nossos,mais importantes comediógra-íos. Em maio de 1895, Artur'Azevedo lançou uma .subscrição'pública, de quotas de dez con-tos de réis, destinada à cons-,-trução do Teatro. Embora nãoobtivesse êxito, despertou, noentanto, o interesse do poderpúblico para o assunto e em1909 era montado o primeiro"espetáculo do Teatro Municipaldo Rio de Janeiro.

COMISSÃOCONSTITUCIONAL

Qual foi a comissão que ela-borou anteprojeto de Consli-tuição enviado pelo Governo àConstituinte de 1934?

Era formada por Afrânio deMelo Franco, Tèmistocles Ca-valcántl, Francisco AntunesMaciel, Osvaldo Aranha, Pe-dro Aurélio de Góis Monteiro,Francisco Solano Carneiro daCunha, João Màngabeira, eJosé de Castro Nunes. Mas aComissão Constitucional da As-

í sexribléia Constituinte, que elaíborou o projeto final, era pressidida por Carlos Maximiano etinha Lcvi Carneiro como vice-presidente. O relator-fgeral erao também jurista Raul Fernan-des,

nHOMEOPATIA/BENTOMURE

Sou adepta d.i homeopalia jsquero saber quando ela foi trajzida para o lírasil e por quem,

Nosso primeiro médico ho-meopata foi o Doutor BenoüJttles Mure, natural de Lyon-,Franca, aqui chegado em 21 denovembro de 1840. Êle foi o in-trodutor da homeopatia noBrasil e tornou-se conhecidoentre nós como Doutor BentoMure, forma aportuguesada deseu nome francês.

Estas pertriiniiis foram feitaspor ourinle.s da RADIO JOK-XAI. DO BRASIL ao programaPergunte ao João. os leitoresque desejarem alguma infor-inação sobre assunto de inte-risse jeral devem mandar nuacarta para a RÁDIO JORNALDO ¦ BRASIL, programa Per-rjnte ao João, Dept.» de Ra-diojornalismo, Av Rio Branco

110, 3." andar.

O JOGO DO DIA-A-DIAVocê se considera um leitor bem

informado? Está em dia com as no-tidas? Procure então resolver ostestes abaixo, preparados a partirdas maiorias que o JORNAt DOBRASIL publicou na semana passada.

O PAIS

1) Dois caminhões, levando 104 pes-soas para o interior de Mato Grosso, fo-rani apreendidos, nas proximidades dacidade mineira da Itaúma, por agentesdo Departamento de Policia Federal,que prenderam seis implicados no caso.O objetivo da.caravana era:

a) transportar homens para formarum foco rebelde;

b) transportar contrabandistas;c) fazer o tráfico de retirantes.

2) O Vasco da Gama já acertou osponteiros com um zagueiro famoso, evai alugar seu passe, já que êle está li-vre no Santos. O jogador, atualmentecom 33 anos. declarou que queria ter-minar sua carreira no clube onde co-meçou e o projetou. Êle foi 'campeãomundial de futebol em 58 e seu nome é:

a) Belini;

b) Zito;

c) Orlando

3) Casais Trocados foi o nome querecebeu no Brasil o romance Couples,de um escritor norte-americano que es-teve várias semanas entre os mais ven-didos nos Estados Unidos. Este é o seuprimeiro livro editado entre nós:

a) William Saroyan;

b) John Updikc;

c) Lúcian Goldman

4) Santa Rosa de Lima, distrito deMontes Claros, no norte de Minas, é

uma vilazinha de apenas 1 500 habitan-tes. Tudo corria bem por lá até a se-mana passada, quando a população co-meçou a brigar entre si. O clima detensão existente em Santa Rosa de Limaé devido a:

a) questões de terras entre latiíun-diários locais;

b) rivalidade entre candidatos aeleições municipais;

c) problemas religiosos entre cato-licos e protestantes

5) O Brasil entrou oficialmente norol dos países que se utilizam de telcc.o-municaçõe.s via satélite com a inatigu-ração da estação de Itaborai. Agora, nósestamos ligados diretamente a novepaíses, sendo três da Europa. Quais sãoesses países europeus?

a) Espanha, Itália c Alemanha;

b) Espanha, França e Alemanha;

c) Inglaterra, França e Itália

6) Estreando esta semana no Rio, OAvarento, de Molière, traz de volta aospalcos uni dos atores mais populares doteatro brasileiro. Êle fêz esta mesmapeça há 29 anos e agora tem que adap-tar seu personagem às exigências doteatro contemporâneo. Qual é o seunome?

a) Dçlorges Caminha;li) Procópio Ferreira;

c) Ziènibiiislvi

O MUNDO

11 A tensão em Berlim agravou-secom o bloqueio comunista às principaisrodovias que levam ao setor ocidentale o deslocamento de suas tropas e veí-culos blindados, enquanto os aliados, emdeclaração conjunta, asseguravam a fir-me determinação de manter o direitode livre acesso à cidade dividida. Comessa atitude, os soviéticos estão tentan-do tumultuar:

a) a.s eleições presidenciais na Re-pública Federal da Alemanha;

b) a visita de Richard Nixon a Ber-lim:

c) um congresso dos países aliadospara discutir a questão do murode Berlim

2) Uma série de incidentes e acusa-ções mútuas dos candidatos agitou acampanha eleitoral de um pais da Amé-rica do Sul. A.s eleições, realizadas nodomingo passado, foram de grande im-portáncia para o fuEíiro político do país,pois o resultado deverá influir na su-cessão presidencial do ano que vem: Opais c:

a) Uruguai;

b) Chile;

c) Peru

3) Um novo avião supersônico, oConcorde, fará quatro mil horas de vôosobre controle de computadores eletró-nicos, antes de ser colocado em tráfegoregular. Dois paises participaram de seuprojeto: um, especialista cm motores eo outro, com técnicos em matéria de •células. O nome desses paises:

a) Inclaterra c França;

li) França e Itália;

c) Itália c Inglaterra.

4i Os antigos estúdios de um dosmaiores atores e diretores de cinema detedos os tempos foram declarados mo-numentos históricos pelo Departamentode Assuntos Culturais da cidade de LosAngeles, ultimamente, os estúdios per-tenciam ao pistonista Herb Alpert, líderda Tijnana Brass. Vários clássicos docinema norte-americano foram realiza-dos nos estúdios de:

a) iUack Scnnctt;

li) Harold Lloyd;

c) Charles Cliaplin.

5i No momento cm que a guerracom Israel c o centro das atenções dospaises árabes, um golpe interno vempreocupar ainda mais um dos compo-nentes da República Árabe Unida. OPresidente Nourcddin Al-Átassi, depostona noite de sexta-feira, era lícier do:

a) Iraque;

b) Síria:

cj Líbano.

6) Um médico eslovaco, preocupadocom o número de abortos nos paises so-cialistas, descobriu um novo método paraa limitação dos filhos. Em lugar dapílula, condenada pela enciclica Huma.nae Vitac, o médico católico Eugen Jo-nas recomenda:

a) um calendário de fertilidade ba-scado nos signos do zodíaco;

li) uma tabela das épocas de esteri-lidade da mulher:

ci o uso de um aparelho que emiteondas radioativas.

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7) Ex-Ministra das Relações Exte-riores de Israel, a senhora da foto ao la-do, com 70 anos de idade, poderá serescolhida para presidir o Conselho deMinistros de Israel. Seu nome foi indi-cado pela quase totalidade do Gabinete,em oposição ao do Ministro da DefesaMoshé Dayan. Quem é ela?

RESPOSTAS

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ESCOLA DA NOTICIAEditada pelo Departamento Educacional do JB

Uni pequeno pedaço de ter-ra habitado por judeus, eerca-do de árabes por todos os lados.Assim é o Oriente Médio, essaregião circunscrita pelo Medi-lerrârieo, a Turquia, o Irã, o

golfo Pérsico « o mar da Ará-bia, e que compreende seis pai-ses árabes, Líbano, Síria, Jor-dânia, Iraque, Arábia Saudita eRepública Árabe Unida, e uniúnico Estado judeu, o Estadode Israel.

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UMA LONGA LUTAToda região foi, até a Primeira

Guerra Mundial, uma parte do vastís-simo Império Otomano, que se esten-dia até os Bálcãs e já mal agüentavacom seu próprio tamanho. Esse pode-rio dos turcos, que antes mesmo daguerra entrara em franca decadênciae era conhecido como o velho doente,liquidou-se por volta de 1917, quandoíoi derrotado juntamente com a Aus-trália e Alemanha, pelas potênciasaliadas — Estados Unidos, França eInglaterra. Porém, mais do que pelosaliados, os turcos foram derrotadospelas tribos árabes que dominavam eque contra eles se insurgiram, impul-.siòhadas pelos ingleses. A Inglaterravira nessas tribos árabes uma excelen-te tropa de choque contra os turcos emotivava-as acenando-lhes com a in-dependência e posterior afirmação danação árabe.

Essa nação viveu, alias, no sonhodos árabes e de um certo Lawrence,oficial inglês que chegou àquela re-gião como conselheiro junto às tribos,e apaixonou-se pela causa da indepen-ciência, a ponto de assumir a lideran-ca das tribos, tentando unificá-las.Este sonho foi soterrado pela Confe-rência de Paz de Versalhes, que divi-tiiu a região em territórios sob manda-tos da França e da Inglaterra. A Fran-ca coube a Síria c o Líbano. À Ingla-terra, a Transjordània, o Iraque e aPalestina.

A Palestina, região habitada porjudeus, muçulmanos e cristãos, tor-nou-se potencialmente explosiva des-de que para lá começaram a imigrarmaciçamente os judeus de várias par-tes do mundo, confiantes na declara-ção de Balfour, Secretário das Rela-ções Exteriores da Inglaterra, queprometia um lar nacional.

Datam daí as primeiras hostilidadesentre árabes e judeus, com os árabesconsiderando que seu território esta-va sendo invadido. Entretanto, a cri-.se só explodiria ao fim da SegundaGuerra Mundial, quando os países ára-bes e o Estado de Israel tornaram-seindependentes.

OS ÁRABES

No fim da Segunda Guerra Mim-dial, a liderança do mundo pendia pa-ra duas potências sem colônias, os Es-tados Unidos e a União Soviética. Osimpérios coloniais da França e da In-

glaterra, que saíam da guerra enfra-quecidas, foram aos poucos desmoro-nando. Como resultado, surge a inde-pendência de vários países e o com-promisso da Inglaterra de, em 1948,abandonar a Palestina.

OS JUDEUS

Os judeus lutavam pela indepen-dência em dois fronts. Internamente,através de uma Organização de Liber-taçâo da Palestina, a Hagana, quemantinha ürri braço militar incumbi-do de proteger os judeus e dar com-bate aos ingleses e às hostilidades dosárabes. Externamente, lutando paraque a Assembléia-Geral da ONU apro-vasse, como aconteceu, a criação doEstado de Israel. Essa votação contoucom a oposição da unanimidade dospaíses da Liga Árabe, fundada logoapós a Independência dos árabes, eque representava um ideal embrioná-rio da pan-arabismo.

Em 1943, quando a Inglaterramanifestou sua decisão de deixar aPalestina, Israel declarou-se indepen-dente, assumindo a presidência ChajmWeissamn. A decisão da ONU dividiaa Palestina entre o Estado de Israele um novo Estado árabe, Palestino.Mas a decisão não chegou a ser cürn-prida porque a Liga Árabe declarouguerra ao recem-independente Estadocie Israel e nessa guerra em que os ju-deus saíram vitoriosos, Israel afirmou-se por si mesmo e o que seria o Esta-do árabe Palestino foi partilhado en-tre os paises árabes já existentes.

A GUERRA

A guerra deixou como saldo doisproblemas que gerariam outras crises.Os árabes fugiram da área ocupadapelos judeus e. recusando-se a voltar,sob alegação de que não viverão emIsrael como "cidadãos de segundaclasse", pediam indenização dos bensque lá haviam deixado. Além disso,restava aos árabes o problema de re-conquistar o território ocupado porIsrael, que consideravam usurpado.Insistiam ainda em não reconhecer aexistência de iure do Estado de Israel.

Durante essa guerra, Igal Allon,atual Primeiro-Ministro de Israel, te-

ve como prisioneiro o capitão egípi-cio Gamai Abdel Nasser. O segundociclo da guerra estaria intimamenteligado á pessoa de Nasser.

Nasser subiu ao Poder no Egito,dois anos depois da proclamação darepública e queda do Rei Farolik. NoGoverno reacendeu a chama do pan-arabismo e bebeu suas teses em slo-gans socialistas. Em 56 lançou seuprimeiro grande desafio, nacionalizai!-do o canal de Suez, até então dividi-do por uma companhia internacionalde capital predominantemente fran-cês e inglês. A medida gerou um pro-testo violento do Ocidente e, em meioà crise criada, Israel invadiu a Penín-sula do Sinai.

A pretexto de defender o canal,tropas francesas e inglesas o ocupa-ram e a guerra só não se alastrou gra-ças a intervenção da ONU e a pressãodecisiva dos Estados Unidos e da Rús-sia. Conseguido o cessar-fogo, Nasserobteve o domínio do canal, e a ONUcriou uma tropa internacional penha-nente, estacionaria na faixa de Gaza,em território egípcio.

Em maio de 67 Nasser voltou aofensiva. A propaganda interna prome-tia o esmagamento do Estado de Israele a política externa acelerava a crise.O estreito de Tira foi bloqueado pelosárabes, fechando assim a passagempelo golfo de Acaba, única saída dosjudeus para a Ásia, desde o fechamen-to do canal de Suez; Nasser exigiu ain-da a saída da tropa da ONU de seuterritório.

Os israelenses, comandados peloGeneral Moshé Dayan. novamente der-rolaram os árabes numa guerra re-lãmpago que durou os seis primeirosdias de junho.

A península do Sinai foi ocupa-da, assim como a parte da Jordânia aoeste do rio Jordão e a parte da cida-de de Jerusalém, até então ocupadapela Jordânia. Inutilmente a ONUreuniu-se em Assembléia-Geral Extra-ordinária e vários países intervieramcom soluções conciliatórias. A decisãoda Assembléia mandando Israel re-troceder às fronteiras anteriores àGuerra dos Seis Dias não foi acatadapor Israel, que só se dispõe a nego-ciar mediante o reconhecimento desua existência jurídica por cada paísárabe em particular. •

Os árabes, por sua vez, só aceitamnegociações a partir da retirada de Is-fael dos territórios ocupados.

A MENSAGEM CIFRADAA falta de espaço que pesa sobre o

redator do .jornal e a necessidade de co-numicação rápida obrigam-mo a utilizarcertos recursos de simplificação. O uso dassiglas, grupos de letras iniciais que resu-mem realidades maiores, é um desses re-cursos. Entretanto, essas siglas nem sem-pre são decifráveis pelo leitor comum, o queimplica em má compreensão da matéria.

Um retrospecto do noticiário dos últi-mos dias assinalada presença de várias si-glas consagradas.

OTAN

(Organização do Tratado do AtlânticoNorte). — O Tratado do Atlântico Nortefoi assinado no dia 4 de abril de 1949, emWashington, pelos Estados Unidos, o Cana-dá e dez países da Europa, visando defendero continente da política expansionista so-viética que já atingira sete paises do ladooriental. A OTAN é o braço militar da Ali-ajiça Atlântica, e inclui hoje os seguintespaíses: Estados Unidos, Canadá. Turquia.Dinamarca. Islândia, Itália, Portugal, No-ruega, Alemanha Ocidental. Grécia, Grã-Bretanha, Bélgica, Luxemburgo e Holanda.A França, que foi membro fundador daOTAN, retirou-se recentemente.

(Coordenação de Habitação de Interés-se Social da Área Metropolitana do GrandeRioi — É um órgão do Ministério do Inte-rlor, ligado ao Banco Nacional da Habita-ção, que vem trabalhando para erradicar,até 1970. pelo menos um terço das favelasexistentes no Estado da Guanabara. ACHISAM te.n concentrado seu trabalho es-pecialmentc sobre as favelas localizadas cmáreas Indispensáveis â realização de obraspúblicas.

INTEISAT

(Internacional Telecomunicaüons Sate-lit Consortium) — Trata-se de uma com-panhia internacional, cujo objetivo é olançamento de satélites artificiais. O Bra-sil é acionista da Intelsat, detendo l,8ccdas ações, ou seja, o mínimo necessário aodireito de voto nas assembléias da compa-nhia. A estação de Itaborai, íjue acaba deser inaugurada, está captando as imagensatravés do satélite Intelsat-3.

ANAE

i Admhiistraçâo Nacional de AtividadesE-paciaisi — Um dos maiores empreendi-.

mentos do Governo americano, em 1965 aANAE ou NASA recebia uma verba equiva-lente a um centésimo do dinheiro circulan-te nos Estados Unidos. A ANAE é a res-ponsável pelo projeto Apoio, que levará ohomem â Lua, assim como foi responsávelpor todos os passos cios Estados Unidos nacorrida espacial.

MCE

O Mercado Comum Europeu é integrado por seis paises que representam umapopulação de 180 milhões, de habitantes euma renda bruta anual de .00 bilhões dedólares. Essa comunidade econômica nas-eeu do Tratado de Roma, de 25 de marçode 1957, "->m o objetivo de eliminar os di-reitos alfandegários, estabelecer tarifascomuns e suprimir obstáculos à livre mo-vimentação de pessoas e capitais. Congre-ga a França, a Alemanha, a Itália. Bélgi-ca. Holanda e Luxemburgo. A Inglaterratem feito gestões para ser admitida noMCE. mas tem esbarrado no veto da Fran-ça. A França considera que a entrada daInglaterra abriria uma brecha para, atra-vés dela, os Estados Unidos penetrarem noMercado Comum Europeu.

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Provável fusãoVolkswagen-NSU

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O 22O-S0 co??i moíor rotativo Wankel é o mais famoso produto ãa Nbu

Paris pe Armando Strozenberg, corres-pondente do JB, via Varig) — Na medida eraque para os meios financeiros alemães, é pràti-camente certa a fusão Volkswagen-NSU, anun-ciada há alguns dias, especialistas francesesprevêem para os próximos anos a criação ine-vitável de uma verdadeira concentração auto-mobilística européia, composta da Fiat, Citroen,Volkswagen e NSU, tendo como associados di-retos a Maseratti, Porsche, Lancia e a Ferrari.

Reuniões extraordinárias realizadas nosdias 3 e 5 deste mês acertaram definiu-vãmente os detalhes da próxima fusão alemã.Segundo um diretor da VW-France, conversa-ções atualmente se processam tendo em vistamaior cooperação entre as duas empresas. Maio-res detalhes só poderão ser divulgados após o,projeto.de fusão.ter sido examinado pelo conse-lho de administração dos dois construtores.

O GRANDE E O PEQUENO

Os negócios da Volkswagen, número um doautomóvel europeu, são atualmente prósperos.Sua produção para 1968 constituiu-se em novorecorde: 1800 000 veículos, isto é, 32 por cen-to a mais que em 1967; mais de 1100 000 veí-culos foram exportados e o faturamento (11,-6bilhões de marcos) aumentou de 25 por cento.

Em todas as usinas Volkswagen, equipessuplementares foram convocadas a fim de fa-zer face à demanda crescente de todos os mer-cados, fazendo com que os efetivos da compa-nhia atingissem o número de 150 mil pessoas.O ano 1968 viu também o lançamento de novosmodelos — Audi-60 e 100, a aparição do VW-411entoe os carros da linha superior e a fabricaçãodo 15 000 000.° Sedan tradicional.

Mas na NSU as coisas não se apresentamtão bem: desde 1958 a pequena firma de Ne-ckarsulm fabricou apenas 750 mil automóveis;130 mil unidades em 1958. Proprietária das pa-tentes Wankel (motor a pistão rotativo), a NSUcriou, em conjunto com a Citroen, em 1965, aComobil, e em 1967, a Comotor, tendo em vistaproduzir eventualmente em comum um veículoequipado com o motor Wankel.

Acontece que a companhia tem poucos re-cursos e grandes necessidades de dinheiro afim de poder vir a desenvolver sua produção.O RO-80, com motor rotativo, é um sucesso téc-nico mas deixa muito a desejar sob o ponto-de-vista comercial, na medida em que o público

parece ignorar aquela fabricação onertísa ? »*-tremamente delicada.

QUESTÃO DE DINHEIRO

A Citroen francesa pretendia participar docapital da NSU no início do ano passado, mas aoperação fracassaria quando da sua associa-cão com a Fiat italiana. À NSU restou a alter-nativa de se virar no sentido da Volkswagen, pelofato muito simples de precisar, urgentemente,de dinheiro para reforçar seu potencial indus-trial e seu programa de fabricação. Por outrolado, a VW nunca negligenciou o excelente de-partamento técnico da NSU, especialmente porter consciência do fato de seus veículos não es-tarem sempre tecnicamente à altura de seus po-derosos meios.

O representante da NSU na França, acredita,inclusive, que a fusão, caso se efetive, se in-cluirá no conjunto da reestruturação da indus-tria automobilística européia, reforçando a po-sicão da NSU e permitindo um desenvolvimen-toJ maior do motor rotativo. Sobre este ponto épreciso assinalar que a Fiat ainda não acreditano futuro de tal motor que, inclusive, voltaráa ser o convencional no próximo NSU K-70, cujolançamento no Salão de Genebra poderá seradiado.

O FUTURO"A fusão Volkswagen-NSU não implicará

qualquer cancelamento de nossos acordos coma empresa alemã", disse ao JB um diretor daCitroen, acrescentando que tudo aquilo que pos-sa vir a contribuir para a construção do auto-móvel europeu recebe seu inteiro apoio.

De fato, a nova fusão é mais um início dacriação de uma verdadeira General Motors eu-ropéia, composta das marcas já citadas, e cujapoderosa coalizão possuiria as armas neces-sárias para combater as não menos poderosasfiliais norte-americanas implantadas na Eu-ropa.

E como última vantagem para os defenso-res da fusão VW-NSU é assinalada a primeiragrande ocasião de diálogo entre os dois super-grandes europeus — VW e Fiat — isto visandouma aproximação através de companhias inter-postas, cujas

"iniciativas não implicariam ne-cessaria mente fraqueza de seus acionistas ma-joritários.

caderno deAutomóveis

e turismoJORNAL DO BRASIL D RIO DE JANEIRO

[-J QUARTA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 1969

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Praga e aprenderá a conhecer osnorte-americanos em suas próprias casas

Além de tudo isso, ainda terá notícias de

interesse e informações úteis nas seções"Passaporte" e "Guia JB". Vá até as

páginas 5 e 6

•^J^^k ^__fc___J^_^' _^^^^___ ^^^^^ ^^^____.

Rio: 52-8070; B. Hofizonte: 24-6348.

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— TRÂNSITO CELSO FRANCO

Deus ajuda a quem trabalha

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O carnaval passou, mas as revistas e os eme-mas ainda nos mostram as cenas dos quatro diasdo reinado de Momo.O que ninguém mostra ou mostrará, é o quevou contar aqui:Durante meses que antecederam o carnaval,

preocupava-nos o fato de que este ano teríamosdificuldades novas em relação às de 1968, levando-se em conta, porém, que já possuíamos a experiên-cia e a errata do ano anterior. Nada melhor paraa administração pública do que a continuidade.Calcados no planejamento do ano anterior,ralizamos minucioso plano de circulação. Nãocontávamos este ano com a Avenida Chile, fecha-da para obras logo após o carnaval passado e pro-metida para novembro: portanto, com um atrasode três meses. Pelo mesmo motivo da urbanizaçãodesta artéria, perdemos também o acesso diretoa Rua Senador Dantas, obrigando à corrente detrafego oriunda da Rua da Carioca, a executarduas curvas de 90.° em um espaço inferior a 400metros, o que poderia acarretar uma grande re-tençao.

Procurou-se prever uma solução para este mal,criando-se, com a utilização de pré-moldados, umavia de escoamento de emergência na Rua 13 deMaio, até Evaristo da Veiga.Utilizou-se o extraordinário recurso técnicode inversão da mão de direção da Rua Uruguaia-na, criando-se um retorno capaz de diminuir tam-bem o fluxo de tráfego rumo à garganta de Sena-dor Dantas.Os turistas, ou melhor dizendo, os veículos

para os turistas, tiveram percurso e estaciona-mentos especiais.Os bailes mais importantes tiveram tambémespecial e carinhoso tratamento.O cérebro do trânsito, a sua Divisão de Enge-nharia, havia previsto tudo. Agora era precisotransmitir ao público o que nós desejávamos.

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Alcomille — herói anônimo — suautilização funcionou como um freio, evi-tando que neste carnaval se repetissemos desastres motivados pelo alcoolismo

A incansável e heróica divisão de sinalizaçãoiniciaria a sua gigantesca tarefa de colocação "deplacas (cerca de mil), blocos de pré-moldados paracanalizar o tráfego, retirar alguns pré-moldadose desligar alguns sinais luminosos. Trabalharamcomo só eles sabem e podem trabalhar, e cumpri-ram sua missão.

A direção do Departamento de Trânsito usouum artifício psicológico engenhoso, mandandopagar as gratificações atrasadas, na sexta-feira,véspera de carnaval.

O moral da equipe, já elevado, subiu aindamais.Era preciso que se policiasse o cumprimento

do plano de circulação, já agora bem sinalizado,para que os motoristas o obedecessem fielmente.

Foi aí que a divisão de policiamento brilhou.Juntos, oficiais da Polícia Militar, soldados da Po-lícia Militar, chefes da Guarda Civil, guardas detrânsito da Guarda Civil, todos eles com o únicoespírito, o de cumprir o dever, dedicaram-se decorpo e alma ao trabalho.O benjamim do trânsito, o Centro de Contrô-le de Trânsito, com as suas informações via rá-dio, telefone e telex, não cessou de fornecer, a tem-

po e a hora, o necessário auxílio onde fosse pre-ciso.Cerca de dois mil homens garantiram o es-

quema de trânsito do carnaval.Sempre pronta a intervir, foram também man-tidas dez viaturas equipadas com rádio, transpor-

tando pequenos grupos de guardas ou policiais detrânsito, num perfeito serviço de cobertura às pos-síveis falhas.Os motociclistas percorreram incessantemen-

te as principais vias de circulação, num serviço deronda e patrulha, de inestimável valor.Manteve-se também em plantão permanenteuma equipe da Seção de Sinalização, que prestouinestimável serviço,-principalmente nos primeirosmomentos da implantação da operação-carnaval.O serviço de divulgação, através dos jornais,nos dias que antecederam e durante o carnaval,

auxiliaram de muito o bom andamento do tráfe-go nestes quatro dias de loucura coletiva.

A guerra psicológica, tão impoitante, emqualquer guerra, foi muito bem utilizada por nós,se nos permitem o.elogio em causa própria.

Anunciamos, aos quatro ventos, que os infra-tores ao estacionamento, na área do centro da ei-dade, teriam os quatro pneus esvaziados. Felizmen-te, no sábado, logo no início, nossas equipes per-

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¦ Tão dura que, às vezes, se torna agradávelquando se trabalhou pesado e se escuta, em plenaAvenida Presidente Vargas, já alta madrugada,durante o desfile das escolas de samba, de um fo-tógrafo irritado, o seguinte desabafo: Parabéns, oseu trânsito lá fora está muito mais desimpedidoque o daqui, dentro da pista de desfile.

—- —

correram toda a área crítica e somente esvazia-ram pneus de uns oito veículos. A medida preven-tiva mostrara a sua eficiência. Nos dias seguintesninguém foi punido.Divulgamos também o perigo que dirigir bê-bado representava: as estatísticas nos informavamos dados dos anos anteriores. Adquirimos às pres-sas e com sacrifício, o Alcomille, de sucesso consa-

grado na Europa inteira.O resultado não poderia ter sido melhor. Ne-nhum acidente grave por motivo de alcoolismo.O nosso serviço secreto de espionagem e informa-

ções (êle existe) testemunhou, para orgulho nos-so, o fato de cinco rapazes estarem bebendo, emum certo local da zona sul, e ficaram irritados pelademora epi chegar do sexto companheiro que, sen-do abstêmio, seria o motorista.Graças ainda ao Alcomille, conseguiu-se eli-minar, expulsando da corporação, um guarda quese encontrava alcoolizado, do'serviço efetivo.Trabalhou-se sem parar os quatro dias de car-naval, sempre num ambiente de cooperação e har-monia.Graças à cooperação das Rádios Mauá e El-dorado, tivemos continuamente^ no gabinete dodiretor de Trânsito, transmissores dessas duasemissoras, que informavam periodicamente ao pú-blico as modificações e os avisos necessários.

_ Antes do carnaval, distribuímos os passes detransito livre para o período momesco, nao nos es-quecendo de avisar aos guardas que punissem oestacionamento abusivo, mesmo com o cartão.

A licença é para transitar, não para esta-cionar.

> Houve quem fosse multado, quem se irritasseate, com este fato, mas se não se coibisse o estácio-namento de 500 portadores de cartões, onde iria-mos parar?Os multados podem recorrer anexando a pro-va de que possuíam o trânsito livre, e se compro-vado estarem estacionados no exercício de ativi-dade profissional, terão a absolvição.Copiou-se o que se faz na Alemanha com osmédios cardiologistas. Todos têm o direito de

possuir sirena no carro. Todas as vezes que a uti-lizam, são multados e comprovam depois que esta-vam, de fato, em serviço. Dura lex sed lex.. Nossas equipes de contadores de tráfego me-diram meticulosamente o êxodo de automóveis

para fora do Rio. Chegou-se a ter, em determina-dos dias, a quantidade correspondente ao volu-me de tráfego em hora de rush, na Avenida Presi-dente Vargas.Preocupou-nos a possibilidade de voltarem to-dos ao mesmo tempo, na manhã de quarta-feiracongestionando a já congestionada Avenida Bra-

sil.

Mais uma vez lançamos mão da guerra denervos, e avisamos, através do rádio, jornal e te-levisão de que, se voltassem todos à hora do rushteríamos o maior congestionamento da história.O resultado foi o desejado; todos, receososcom o aviso, se distribuíram no tempo e nas es-tradas, evitando a anunciada catástrofe.Houve conhecidos meus que regressaram demadrugada.Como a grande parte dos repórteres que co-brem o setor trânsito nada conhece do assunto,houve jornais que noticiaram em tom de crítica

que o engarrafamento previsto pelo Detram nãohouve. São de um primarismo monumental.Imaginem os senhores se os médicos anun-ciassem que era preciso que todos se vacinassem

porque estava para chegar uma epidemia. Todos sevacinariam e, evidentemente, seria frustrada aepidemia.Não seria até cômico se os jornais noticias-sem em tom de crítica: Não houve a anunciadaepidemia.Trata-se do mesmo caso; não houve o anun-ciado engarrafamento.Se tivessem um pouco mais de vivência, ouconhecimento, o certo seria noticiar: Felizmente,não houve o engarrafamento anunciado, graçasao escalonamento de regressos, motivado pelos avi-sos emitidos pelo Detram.Estes foram, em linhas gerais, os fatos de bas-üdores, que fizeram a historia do trânsito maiscalmo dos carnavais dos últimos tempos.Teríamos ainda que mencionar os casos da-

queles que, por terem estacionado em local proibi-do, ou por outros motivos, tiveram os seus carrosapreendidos.O expediente na quarta-feira foi apenas in-'terno para arrumar a casa. O público só teve aten-dimento na quinta-feira.Só os senhores vendo a banca dos infratores

em querer retirar os carros na quarta-feira, "em

expediente especial só para eles. Afinal de con-tas, pagam impostos e querem conforto: que sedane o repouso dos outros que deram duro os qua-tro dias, enquanto eles se divertiam e estaciona-vam onde queriam.

É fora de dúvida que ninguém tirou o carro naquarta-feira e, se estivermos vivos o ano que vem,terão mais cuidado em dirigir e em estacionar nocarnaval.

Agora que tudo passou, o pessoal da engenha-ria está calculando o custo em divisas, da gaso-lina gasta em excesso, durante a fase pré-carnava-lesca, motivada pelo congestionamento de tráfegocausado pela decoração e as arquibancadas daAvenida Presidente Vargas.

Daremos a conhecer os dados e o custo, fican-do para as autoridades superiores a decisão e ojulgamento. A nossa missão é assessorar correta-mente, e o mais difícil da assessoria é se dizer leal-mente a dura verdade.

Oficinafunciona em Recifenum calhambeque

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O calhambeque-oficina já che-gou a abrigar vinte, mecânicos

Recife (Sucursal) — Osurrado calhambeque modê-Io 41, estacionado na calça-da da Rua do Hospício —centro do Recife — semprerodeado de carros amassa-dos, com o capot aberto, oupneus furados, é realmenteuma oficina. Apesar de nãoter nome, número, nem pro-prietário, funciona há 42anos_ e dela vivem os oitomecânicos e seiís 51 depen-dentes.

No decorrer das quatrodécadas, prefeitos c delega-dos de trânsito a despeja-ram por diversas vezes. Onúmero de mecânicos che-frou a vinte e pelo menos osfundadores estão hoje nosquadros da Sudene, Dnertie no próprio Departamentode Trânsito.

gue. O novo prefeito da ei-dade, Sr. Geraldo Maga-Ihães Melo é temido pelosmecânicos: mas eles termi-nam sempre levando a me-lhor. O líder da Câmara,Vereador Zezito Magalhães.irmão do Prefeito, utiliza osserviços da oficina.

LIDERANÇA

O INCONVENIENTE

Os carros estacionados nacalçada da oficina são mui-tados, mas os proprietáriosestão habituados às penas epreferem o serviço por serrápida e localizado em lugarprivilegiado. Há ainda ossocorros mecânicos que osmotoristas solicitam diária-mente, dos diversos recantosda cidade ou de suas proxi-midades.

Lanternagem, pintura,conserto de pneu, desentu-pimento de carburador —qualquer galho que houver,nós estamos prontas paraquebrar. Se fõr negócio demotor, a gente desarma demanhã — digamos — e detarde o bicho está andán-do." Assim falam os rapazesque respondem pela oficina,estabelecida em diversos lu-gares antes de chegar ali.Eles são conhecidos como osmenitios do 13 de Maio.

Iniciaram no Parque 13 deMaio e ainda eram meninosquando começaram a fazerserviços simples. Hoje, dis-põem de todas as ferramen-tas necessárias a um ser-viço simples ou complicado.Quando as perseguições seintensificam, correm de umlugar para outro ou se dis-persam até a maré aman-sar.

Na Assembléia Legislativae na Câmara Municipal háfregueses da oficina; nasredações de jornais também.Os que têm automóveis ze-Iam pela paz e tranquilida-de dos mecânicos e assim.

o empreendimento prosse-

Os mecânicos são chefia-dos por Rafael José da, Sil-va — o Baiano, que sorrimuito, fala correto e é ape-nas o líder natural do gru-po. Nada de chefe ou pa-trão, que aqueles, práticos,condenam sem demonstrarrevolta:

— Em oficina de patrão,há sempre um chefe, que emgeral sabe menos do quenós, e o resto é ajudante.Todos aqui são pais de fa-milia e, não podem mantertrês, quatro, cinco, ou seisfilhos, sendo artistas, deso-cupados ou com salário mi-ninro.

A luta pala sobrevivênciaem regime comunitário ge-rou e ainda mantém a ofici-na. Cada um dos integran-tes tem os seus clientes pre-feridos, mas nunca um ga-nha mais do que os outros.Nem ninguém volta^paracasa a pé, se um dos colegasconseguiu descolar.

— Aqui é por maré: temdia que chega carro paratodos, às vezes chega paraum, e tem dia que ninguémdescola. Quem fica de cimaquebra o galho dos outros eassim ninguém dorme notrabalho por falta de di-nheiro para pagar trans-porte — a fala é do Baiano.

—Do noite, a oficina fun-ciona?

—Nas vinte c quatrohoras. Pode passar aquino inverno ou no verão,e se não tiver automó-vol para consertar, tem umou dois de plantão, sentadodentro do Aventureiro (é ocalhambeque e o nome estáriscado na porta dianteira)— explica Manguito, o me-cánico mais gordo que tem

outro trabalho fora da ofici-na, temporariamente.A RENDA

Quando se fala em renda,em média de atendimentos,os mecânicos desinformam.Sorriem embaraçados e nãodeixam perceber porque te-mem dar os dados. Umamédia de dez automóveis re-corre diariamente aos servi-ços da oficina. Porém a re-compensa quase sempre vemcomo gorjeta. Os vieninosdo 13 de Maio temem a ta-bela, que pode oficializar, eevitam gerar contrariedades.

Para alguém ingressar nogrupo basta se tornar co-nhecldo de um dos vetera-nos. Qualquer um deles podeQueimar expediente ou pro-curar empregos, o que accn-tece constantemente. Algunsviajam para outras regiões,mas o regresso está sempreprevisto e ao chegarem sãorecebidos com hospitalidade.

Dos oito mecânicos quetrabalham na oficina Ra-fael — o Baiano, Júlio, Man-guito e Didácio parecem seros de melhoras condições, oupor terem mais tempo no 'o-cal ou por criarem meno?filhos.

Didácio Oliveira, grisalho,com 50 anos, é o mais rico:tem oi.o filhos e um mo-cambo, onde mora. Mas omocambo foi ganho em ou-tra jogada: no próprio jogodo bicho. Isso há cinco anos,quando sonhou com um mi-lhar, jogou e pegou NCrS80,00 quantia que dividiu as-sim: NCrS 60,00 para com-prar uma porca e NCr$ 20,00na aquisição do terreno ondedesejava construir sua resi-dência.

A porca teve vários filhosque, crescidos, deram rendasuficiente para a compra domaterial de construção. Acasa está feita há dois anese a exemplo de Didácio, osoutros sete pensam na casaprópria, enquanto pagamNCrS 50,00 em aluguel democambos. O jogo do bicho

foi abolido e agora, a espe-rança é o emprego de mecá-nicos profissionais.SONHO COMUM

A posse do novo prefeitogerou mais insegurança nosmecânicos e eles se lembra-ram novamente de estabele-cerem-se numa sociedade. Oterreno na entrada do Reci-fe — de quem vem da Pa-raíba — custava NCrS 30 mile o jeito foi desistir, paranão sofrer mais.

E a freguesia?O freguês acompanha

a gente, para qualquer can-to da cidade: nosso serviçotem garantia, é rápido e to-do mundo que vem uma Vez,volta sempre que aparecemgalhos. O nosso negócioaqui — é como já lhe disse

na base da camaradagemesclarece Didácio.

O CALHAMBEQUE

O calhambeque Ford. mo-dêlo 41. que apareceu hápcuco tempo, funciona maiscemo ponto de referência edepósito de pequenas ferra-mentas. Pertence a DidácioOlivey-... que o comprou demaneir.'. s;r.p"ul.a.-.. ? preten-de fazê-lo movimentar-sequando houver tempo e^di-nheiro.

O proprietário antigoacumulou multas a ponto denem com o carro poder co-brir. O automóvel foi reco-ihido ao depósito do Depar-bamento do Trânsito e delá retirado por Didácio que,sendo amigo do motorista,comprometeu-se a pagar odébito.

Foi aí que o calhambequecompletou o cenário da ofi-cina, situada sob árvoresfrondosas, frente a um muroalto, ladeado pelo Suíça Ho-tel c o Grupo Escolar JoãoBarbalho. Lá estão os me-cànicos. agora protegidospor uma cadela manca, quese chama Três Quartos, porter sido atropelada junto àoficina e no acidente que-brado um quarto.

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Cd. de Automóveis — Jornal do irjsil, 4.°-feir«, j-3-69 -> 3

AMACIANDO Wàlãyi FigueiredoEditor do Caderno de Automóveis t Turismo do JB

Loteamento do autõdromodeve sair mesmo

Semana passada falei aqui numgolpe de morte que está para ser des-fechado em cima do automobilismo ca-rioca.

Hoje, volto ao assunto, ainda muitomais descrente da possibilidade de sepoder chegar a uma solução que salveo nosso automobilismo.

Sábado, pude conversar calma e de-moraãamente com um dos homensmais capacitados a dar informações arespeito do problema.

Um dos homens que me pareceu —à época em que o Autõdromo Interna-cional do Rio era apenas projeto, e oterreno não passava de um matagalalagadiço — o mais entusiasmado coma idéia de o Rio poder uni dia contarcom um autõdromo de verdade, quepermitisse reviver o tempo do automo-bilismo de Irineu Correia, Manuel deTefé, Osmar Laje, Benedito Lopes, Chi-co Landi e taittos outros grandes ases.

E foi, como finalização dessa con-versa, que fiquei sabendo que se nãohouver uma solução para a compra doAutõdromo pela Federação Carioca de

Automobilismo, ou lá por quem querque seja até o dia 31 deste mês, a Ca-ledónia convocará, todos os comprado-res de cadeiras do Autõdromo para in-formar que, vai devolver o dinheiro acada um, com a devida correção mone-tária, e fazer naquela área de quase 1milhão de metros quadrados um gran-de loteamento.

Parece mentira, parece que nadadisso existe, mas, infelizmente, tudo épura verdade. Enquanto o Governo deSão Pauto resolveu empregar milharesde cruzeiros novos para remodelar In-terlagos, enquanto surgem novos auto-dromos no Rio Grande do Sul, Paranáe até mesmo no longínquo Ceará, aquino Rio de Janeiro se pensa em colocaruma pá de cal sobre a única coisa queainda ajuda a manter vivo o nosso au-tomobilismo de competição.

Ficarei, daqui, torcendo para que apasseata que os pilotos vão fazer do-mingo surta o efeito desejado, embora,sinceramente, eu não acredite em maisnada.

MATCHBOX TEM GRANDES INOVAÇÕESA Matchbox acaba de introduzir inovações realmente notáveis em seus

novos modelinhos. Recentemente foram colocados à venda no mercado euro-peu, o Mercury Cougar (acima) e o Mercury Commuter (abaixo). Os novos lan-çamentos, além de todas as características que projetaram as miniaturas da Les-ney no mundo inteiro, trazem agora suspensão independente e direçãoverdadeira que move as rodas quando acionada. O modelo Commuter trazainda duas miniaturas de cães colocadas junto à janela traseira da camionetano compartimento destinado à bagagem. O novo Mercury Cougar é o primeirocarro da série King Size; tem 10,5mm de comprimento e foi todo êle projeta-do e construído na escala 40.1.

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I^eira Britânica é inauguradade 300 expositores

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e temSão Paulo (Sucursal) — A Feira da Indústria

Britânica, cu.io patrono, é o Príncipe Philip deEdimburgo, foi inaugurada oficialmente ontem,mas só a partir de hoje poderá ser visitada pelopublico. A mostra britânica — representada pormais de 300 grandes fabricantes de máquinas eequipamentos, e ocupando uma área de 15 000m2,¦-— ficará aberta de hoje até o dia 16, das 15 às23 horas, ã exceção de segunda-feira, 10 <ie março.

Na inauguração oficial pelo presidente da Câ-mara de Comércio Britânica, Anthony Crosland,com as presenças do cônsul-geral britânico, Nor-mnn Statham, o Governador Abreu Sodré e o Pre-feito Paria Lima, ficou patente ser o objetivo daFeira mostrar a compradores e engenheiros indus-criais brasileiros as ferramentas altamente espe-cializadas e o moderno equipamento industrialque a Grã-Bretanha pode oferecer a crescenteIndustrialização do Brasil.

A MENSAGEM

O Príncipe Philip, cm sua mensagem aos bra-slleiros e aos expositores, lembra que "tanto o mer-cado brasileiro como a indústria britânica têmpassado por modificações irreconhecíveis nos úl-timos 20 anos, e é mais do que chegada a horade olharem, de novo, de perto e criticamente, umpara o outro. Não se trata de uma exposição arevelar a vida e os hábitos dos britânicos, massim de uma exposição comercial com o fim defomentar o comércio entre o Brasil e a Grã-Bretanha.""Os fabricantes britânicos — continua oPríncipe Philip — têm feito o melhor uso de to-dos os avanços científicos e tecnológicos, e a ex-posição vai mostrar o que de melhor a indústriamundial tem para oferecer. Estou certo de queesta iniciativa levará a um crescimento substan-ciai do comércio e relações amigáveis entre osnossos dois países, e desejo a todos os relacio-nados, de qualquer modo, com esta Feira, o maiore mais proveitoso êxito",

A MAIOR EXPOSIÇÃO

O presidente da Feira e diretor do ConselhoBritânico de Exportação para a América Latina,Mr. Peter Ford, afirma em sua mensagem que"a exposição é uma das maiores jamais apre-sentadas em qualquer parte do mundo"."Estão aqui representadas mais de 300 com-panhlas, e os produtos que exibem vão de ma-quinaria para a produção de processamento ainstrumentos científicos. Negociamos com o Bra-sil há muitos anos. Todos os dias compramos250 mil dólares de produtos brasileiros, • cifra queé 50'5 superior à de um ano atrás. O Brasil estácomprando também, todos os dias, 250 mil dó-lares de maquinaria e outros produtos britânicos

um aumento também muito considerável, aoser comparado com a posição de há um ano

acrescentou.

TRANSPORTE

Os visitantes poderão admirar uma variada ebem selecionada linha, onde se incluem modelose fotografias de aviões, mísseis, teleguiados, equi-pamentos de aviões, automóveis e equipamentos,motores diesel para marinha, turbo motores e ohovercraft que desliza suavemente sobre a terr»e a água, num colchão de ar.

No stand da British Aircraft Corporationpode-se admirar modelos e fotos do Jaguar, caçasupersônico de treinamento avançado, e o BACOne-Eleven, um dos mais completos jatos comer-ciais para vôos médios, muito conhecido do pú-blico brasileiro, pois já está cm uso no Brasil,pela VASP. Outros modelos apresentados são oLightning, o BAC-167, o VC-10, o Three-Elevena mísseis teleguiados.

Três empresas britânicas — a Westland Heli-copters Ltd., a Normalair Garret Ltd. e a BritishHovercraft Corporation Ltd. — exibirão, em con-junto, alguns modelos como o Westland WG-13,helicóptero bimotor de finalidades gerais, e oWestland Sea King, para patrulha anti-subma-rina, resgates e caça-minas. Além disso, analisa-dores de leitura de instrumentos, coletores de in-formações, uma estação climatológica, uma câ-mara hiperbárlca portátil, equipamentos hidráu-licos e de oxigênio serão mostrados pela Norma-lair-Garret Ltd., enquanto a British HovercraftCorporation Ltd. exibirá vários modelos de hover-craft os SR.N-6, SR.N-4 e o BH-7.

A Hovermarine Ltd. apresenta na exposiçãoo HM-2 de 35 nós de velocidade, o hovercraft an-íibio, com seu anel periférico de 4/5 e o hover-marine HM de quatro amplos amortecedores.

A Joseph Lucas Ltd. exibe equipamentos deinjeção de combustível em motores diesel, bom-bas para funcionamento externo, injetores, equi-pamentos gerais de baixa voltagem, lâmpadas cbombas hidráulicas, discos e tambores de freiose um sistema geofísico de telemetria.

A linha de produtos da Divisão de Motoresde Aviões da Rolls Royce Ltd. expõe motoresturbo-fan, turbo-prop., turbo-jet e turbo-shaft,além de acessórios para esses tipos de motor,como também motores diesel para a marinha eturbinas a gás, destinadas a embarcações marí-timas.

Um grande mostruário da Hawker SiddcleyGroup Ltd., composto de modelos de aviões efotografias do Jato comercial de três turbinasTridcnt, do Avro-748, turboéllce médio, o jatoexecutivo 125, o Harrier V/Stol, avião de apoio,o DHC Twin-Otter e o DHC de transporte, de-monstra a qualidade da Indústria aeronáuticabritânica.

MAQUINAS TÊXTEIS

Os fabricantes de máquinas têxteis — queesperam vender bastante em São Paulo, onde éfabricada mais da metade de todos os tecidosbrasileiros — expõem seus últimos modelos paraa produção de todo o tipo de tecido e roupa.A grande atração, sem dúvida, será um novo tipo— a Mini-Jac — máquina de tricotar de altavelocidade, que pode mudar rapidamente de umpadrão para outro. Na demonstração da Mini-Jac, pode-se ver a máquina convertendo metrosde fios de bobinas e cones cm tecidos tricotados,usando' nylon brasileiro ou polyester inglês. Outramáquina pode ser vista produzindo tecidos re-forçados de jérsei, para a fabricação de maios,vestidos e roupas de homem. A firma responsa-vel pela Mini-Jac é a G. Stibbe & Co. Ltd. e,seus responsáveis explicam que a máquina tem48 alimentadores de fios de malha, montada sô-bre um tripé resistente.

Os produtos da Ernest Scragg & Sons Ltd.incluem sua máquina CS 12-600 de plissagem aretrós falso, a trançadeira circular HD, tecidose roupas feitas com crlmplene, astralon e astra-Iene. Esta firma mantém há muitos anos consi-derável comércio com o Brasil e América Latina.

MAQUINAS AGRÍCOLAS

Tratores pesados, médios, combinadas, equi-pamentos automáticos para a indústria de lati-clnios, produtos veterinários, chapas plásticas eoutros materiais para aplicações variadas na agri-cultura figuram na Feira Industrial Britânica.

A combinada que a Massey-Ferguson apre-senta, tem uma produção de 6-100 a 11.200 quilospor hora, descarregando os produtos à razão de36.4 litros por segundo. Essa máquina ofereceuma grande vantagem: a de um homem apenaspoder, cm minutos e sem ferramentas, reduzirsua largura, além de encher seu tanque sem per-da da estabilidade. Destina-se ao campo dos ce-reais, notadamente o trigo, mas pode ser em-pregada nos terrenos pantanosos de cultura do

A suspensão dianteira do Jaguar XJ-6 está em exibição no stand da Dunlop

arroz. A Massey-Ferguson mostra também umtrator agrícola empregado em condições difíceis.Seu motor a diesel, de quatro cilindros, desen-volve 72,5 H.P., tem seis marchas para frente eduas para trás.

A General Motors Scotland Ltd. apresentadois tratores de esteiras possantes, empregadosem construção e na recuperação de terras, nolevantamento de diques e barreiras e outros ser-viços em terrenos difíceis. São movidos por mo-tores diesel; um de 239 H.P. e outro de 290 H.P.A companhia escocesa exibe ainda carregadoresde quatro rodas, com motores de 145 ou 202 H.P.

LATICÍNIOS

Companhia que vem realizando um trabalhopioneiro na introdução da automação na indústriade laticínios — a APV Company Ltd. mostradois tipos principais de suas válvulas de ar com-primido. Essas válvulas têm dois usos principais:controlar o alimento liquido, como o leite, quan-do passa por um sistema de produção de laticí-nios, e assegurar que um fluido de limpeza, pas-sado por um sistema desses, não represente qual-quer perigo de contaminação para o produto. Duasválvulas — a Zephyr e a Flosplitter — usadasnas indústrias de laticínios, de cerveja, de sucosde frutas e de vinho, são exibidas no stand dacompanhia.

ELETRÔNICA

Várias novidades em equipamentos elétricos.eeletrônicos serão apresentados pela primeira vezna América do Sul na Feira Industrial Brita-nica. No setor da eletrônica, o melhor exemploé da Plessey International, que apresenta o sis-tema de central telefônica Crossbar 5 005. Estesistema foi aceito pelo Brasil, que firmou umcontrato com a firma inglesa, no valor de 4 mi-Ihões de libras esterlinas, para sua instalação em19 cidades do Estado de São Paulo. Outra dasnovidades da empresa britânica é o Supervisorpara instruções audiovisuais. O objetivo é fazercom que um operário receba instruções técnicasno menor tempo possível e sobre tarefas varia-veis, bastando ao aprendiz apertar um botão decontrole remoto para ter na tela a explicaçãonecessária. A imagem e o som provêm de umúnico cartucho, contendo o filme e a fita sonora,que permanecem sempre sincronizados, sejam mo-vidos para frente ou para trás.

MICROSCÓPIOS

Entre as variedades de instrumentos de pre-cisão, a Cambridge Instruments e suas associadasapresentam o Stereoscan, microscópio eletrônico,originalmente projetado para trabalhos de pesqul-sas básicas, mas que agora encontrou largo em-prego na indústria. O Stereoscan utiliza-se deum feixe finíssimo ou sonda de eléctrons, para ex.piorar a superfície de um objeto de forma tal que,uma imagem aumentada pode ser apresentadanum tubo de raios catódicos. Essa imagem podeser examinada diretamente ou fotografada, demodo a constituir-se num registro permanente oumlcrofotografia. O Stereoscan completa outrostipos de microscópios, amplia a capacidade de mi-croscóplos eletrônicos, permitindo exame direto defenômenos â superfície, com um mínimo de pre-paraçáo, além de proporcionar maior taxa de au-mento e muito mais profundidade de focalizaçãodo que os microscópios óticos de luz refletida.

Além do esu supermícroscópio, a CambridgeInstruments fará exposição de outros equipamen-tos, como monitores c registradores fisiológicos ecardiológicos, indicadores e controladores de ph(potencial hidrogeniônico), instrumentos para me-dição de temperatura, umidade e pressão, alémde instrumentos analíticos para usinas de força.

A MAIOR LOCOMOTIVA

As atividades do grupo britânico Hawker Sla-deley, no setor elétrico, estão sendo representadaspelaBrush Eletrical Engineering, que apresentaequipamentos de tração, além de três companhiasde motores dlesel-Peters, Lister e Mirrlees Natio--nal — cujos motores são adequados para o acio-namento de geradores. A Brush apresenta demaior sua locomotiva Kcstrel de 4 000 H. P., amais possante diesel elétrica do mundo com ape-nas um motor.

Os interessados no setor de manutenção deequipamentos elétricos poderão visitar o standda Câmara de Comércio de Londres, onde estãoexpostos produtos da Electrolube. Esta firma éespecializada em lubrificantes para contatos elé-tricôs de propriedades singulares. Seu produtomais importante apresentado na feira é uma gra-xa cm forma de aerosol — 2GA-X — um lubrlfi-cante especial pára aplicação em contatos elé-tricôs sujeitos a grandes cargas e sob as maisseveras condições atmosféricas e de temperatura.Com o uso dessa graxa, o equipamento elétricofica livre da corrosão e condensação, além de lia-ver uma redução na oxidação. A graxa tem açãoeficiente em temperaturas desde 40 graus centi-grados abaixo de zero, até 200 graus acima de zero.Outro produto da Electrolube é um congelante.'Trata-se de uma solução acondicionada cm la-tas de aerosol, que permite descarregar um jatode vapor congelante sobre qualquer local que sedeseja esfriar.

INDÚSTRIA DE ALIMENTAÇÃO

Fabricantes de grande- variedade de maqul.naria e equipamento relacionado com a indús-tria de alimentação estão presentes à Feira daIndústria Britânica. O equipamento exposto in-clui partes de uma fábrica automática de bis-coitos, máquinas de embalar de vários tipos, ins-talações frigoríficas e unidades para a destruiçãode detritos para uso doméstico, escritórios, hospi-tais e canos de esgoto.

Entre as máquinas de embalar, a Rose For-grove Flowpak-84 Super G é a mais versátil. Demovimento contínuo horizontal, serve para emba-lar produtos de panificação, biscoitos, confeitaria,fumo, artigos de papel, camisaria e outros pro-dutos, em tipo de embalagem conhecido como ai-mofada. A capacidade dessa máquina chega a150 embalagens por minuto, dependendo do pro-duto e do material empregado.

Um produto que causará impacto nas donas-de-casa é o Tweeny. uma pequena unidade domes-tica para destruição de detritos e montada nolava-louças. Sua finalidade é eliminar restos decomida antes que possam atrair moscas c outrosinsetos.

Com um motor mais possante, o Disposamatic-150-23 é uma unidade típica para destruição derestos de comida em cantinas. Seu motor tem1,5 c. v. e capacidade de 100kg7h na destruição deresíduos. Outro destruidor é o Dlsposamatic-500-55 B, projetado para uso em laboratórios de pa-tologia e hospitais, onde há necessidade de des-truir carcaças de animais. Com um motor de5 c. v., destrói uma carcaça de 15kg em poucos mi-nutos, descarregando os detritos para o esgoto,além desse, há o Sanimatic, máquina para des-truição de panos higiênicos em casas de banho eescritórios. Com motor de 3 c. v., desintegra até ummáximo de seis panos de cada vez, descarregandoos resíduos no sistema de esgoto. Já o macera-dor apresentado na feira deve ser inserido nas tu-bagens de esgoto com 150 a 250mm de diâmetroOferece alto grau de pulverização.

DUZENTOS ANOS DE "KNOW-HOW"

Durante os últimos 200 anos, o ReinoUnido vem desempenhando importante papel nodesenvolvimento de maquinaria para a indústriatêxtil. Depois de equipar a indústria britânica nosetor, vem fornecendo também máquinas têxteispara diversas partes do mundo. Essas máquinastem representado importante parcela do comérciode exportação. Este fato pode ser comprovadopelo grande número de países interessados em fa-zer comércio com a Grã-Bretanha, não só os sub-desenvolvidos, como a índia e o Paquistão, mastambém os desenvolvidos, como os Estados Unidose a Alemanha- Ocidental.

Os Estados Unidos representaram, em 1967, osegundo grande mercado externo em tamanho para• os equipamentos têxteis britânicos. Fato este quese repetiu no ano passado. O valor total das ex-portações de maquinaria têxtil, em 1968, foi daordem de 100 milhões de libras esterlinas, aproxi-mádamente, representando um recorde nunca an-tes atingido pelo Reino Unido.

Nos últimos anos, as exposições de caráterinternacional — como desta feira — têm rejwe-sentado papel cada vez mais importante no co-mércio mundial, sendo esta a grande razão pelaqual os fabricantes demonstram interesse inco-mum em acontecimentos como este. Entre os ex-positores, estão incluídos sete dos mais importan-tes fabricantes da Grã-Bretanha de maquinariatêxtil — desde máquinas de fiar até equipamentosde acabamento para artigos de malha.FIAÇÃO

A maquinaria de fiação vem sendo usada noBrasil há mais de um século e, muitos dos últi-mos modelos nesse setor serão apresentados pelascompanhias do grupo Stone-Platt Industries. En-tre os modelos de alta produção de cardar, a PlatfcBros Ltd. mostra-nos o modelo 600. A máquina decardar 600 tem a largura do padrão de um metroe é capaz de produzir até 36,3 quilos por hora defibras naturais ou sintéticas de até 76,20mm, decomprimento. Bobinadoras podem ser instaladaspara acomodar tambores de até 914,4mm de diâ-metro e l,219m de altura com capacidade de cercade 45,4 quilos de banda.

Outro tipo moderno de máquina de fiar comanéis é o modelo HD do grupo Scragg, que in-corpora várias características avançadas e é pro-duzido em nada menos que dez versões diferentes,atendendo a diversas exigências. Os anéis sãoobtidos em diâmetros de 101,6 a 177,8mm. A ca-racterística de maior interesse do calxilho de tearó um movimento hidráulico inteiramente novo,permitindo praticamente qualquer formato de far-do, bastando para isso, referir-se a um diagramadesenhado no cartão-mestre.

O processo de branqueamento e remoção deóleo dos tecidos, preparando-o para ser tingido,[iode ser acelerado mediante temperaturas supe-riores a 100 graus centígrados cm máquinas depressurlzação, como a Vaporloc, da Mather & PlattLtd., cujo modelo está sendo demonstrado emSão Paulo.

OS GIGANTES

Na Feira da Indústria Britânica estarão pre-sentes mais de 300 firmas britânicas, algumas con-sideradas gigantes industriais, tais como a BritishAircraft Corporation; a British Steel Corporation,Davy-Aslimore, Dunlop Rubber, English Elcc-trio Company, General Electric Company, GKNInternational, Hawker Siddcley International,Imperial Chemical Industries, Joseph Lucas, Mas-sey Ferguson, Monotype Corporation, PlesseyCompany; Rolls-Royce, Standard Telephones andCables; Stone-Platt Industries e a Comissão deEnergia Atômica do Reino Unido. Além das fir-mas, muitos bancos se farão representar.

PRIMEIRA VISITA

A exposição que será inaugurada hoje, pelopresidente da Câmara do Comércio Britânica,Anthony Crosland, em sua primeira visita ao Bra-sil mostra a mudança de atitude do Reino Unidocom relação ao Brasil em relações comerciais.Será a primeira vez que a América do Sul é visi-tada por um ocupante de tão alto posto comercial.A explicação é simples: do ponto-de-vista brita-nico. efetuou-se uma grande mudança de atitudeem relação há alguns anos passados, quando oshomens de negócio da Grá-Bretanha evitavam omercado brasileiro devido à instabilidade econô-mica c política anterior a 1964.

A crescente consciência das oportunidades co-merciais entre o Brasil e a Grã-Bretanha reflete-se nas cifras relativas aos 11 primeiros mesesde comércio em 1968, quando houve um aumentode 147 por cento sobre o mesmo período do anoanterior. As importações britânicas do Brasil au-montaram nos primeiros 11 meses de 1968 em47,2 por cento, ou seja, de 24 606 000 para 36 212000libras esterlinas. Desse total, as importações decafé representam 3 milhões de libras esterlinascontra 1,4 milhão para o mesmo período de 1967.

O Brasil importa cerca de 620 milhões de li-bras esterlinas, anualmente. Em 1967, a participa-cáo britânica nesse total foi, aproximadamente,de 20 milhões de libras, ou seja, cerca de 3% —apenas metade das exportações britânicas a Por-tugal, que tem um décimo da população doBrasil. As exportações dobraram nos primeiros11 meses do ano passado.

Segundo pesquisa feita pela Comissão de Ex-portações para a América Latina, os produtos bri-tânicos de maior interesse para o Brasil são osseguintes: telecomunicações, processamento e cm-pacotamento de alimentos (especiahnente alimen-tos congelados), fabricação de papel, instrumentoscientíficos (especialmente os de controle de qua-lidadei, plásticos e fibras artificiais, petroquimi-ca. equipamento de televisão (especialmente paraa TV Educativa) máquinas-íerramentas de altacomplexidade e precisão.

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Cad. dt Automóveis — Jornal do Brasil, 4."-foir», 5-3-69

Stewart venceu na Áfricaprova inaugural de Vórmulaml

Joanesburgo (UPI-JB) — O Grande Prêmio daÁfrica do Sul, primeira prova válida para o Cam-peonato Mundial de Pilotos de Fórmula-1 de 1969,foi vencido por Jackie Stewart pilotando um Matra-Ford da Tyrel Racing Organization.

Os quatro primeiros colocados — Jackie Ste-wart, Graham Hill, Dennis Hulme e Jo Siffert —utilizaram em seus carros os motores Ford-Cosworthe superaram recorde estabelecido no ano passado porJim Clark.

QUEM É

Escocês, como Jim Clark, Stewart nasceu emDumbarton em 1939 e começou a correr em Fórmula-1 para a BRM em 65, tendo deixado a fábrica inglesaem fins de 67 para correr na escuderia de Ken Tyr-rei. Em 68 foi o segundo colocado no campeonato,tendo conquistado três primeiros, um terceiro, umquarto e dois sextos lugares, só perdendo para Gra-ham Hill na última prova quando este venceu oGrande Prêmio do México e Jackie ficou em sétimolugar.

Stewart percorreu os 4 070 metros do circuitode Kyalami, onde é corrido o G P da África do Sul,fazendo a média horária de 178,094km para as 80voltas. Bateu, também, o recorde da volta comIm21s6;10 e a velocidade média de 181,012km.

A CORRIDA

O atual campeão mundial Graham Hill, pilo-tando um Lotus-Ford, ficou em segundo lugar, coma diferença de apenas 20 segundos para Jackie Ste-wart. Dennis Hulme foi terceiro colocado com umMcLaren-Ford e quase roubou de Hill a segundacolocação, já no fim da corrida.

Jack Brabham, com Brabham-Ford, que vinhacumprindo grande atuação, com a quebra de um dosaerofólios do seu carro atrasou-se bastante, mas am-da assim, deu muito trabalho a Stewart.

Brabham, um dos corredores mais experientes,tanto por seus conhecimentos de mecânica quantopor sua-longa atividade nas pistas, disse, posterior-mente, aos repórteres que Stewart o apanhara des-

prevenido. Colocado na primeira fila por ter conse-

guido o melhor tempo nas provas de classificação,Brabham disse que: "êle surgiu de repente numafaixa da pista em que eu pretendia utilizar. Vi obico azulado de seu carro passar voando à minhafrente e nada pude fazer."

Sem se perturbar, Stewart que havia ficadona segunda fileira de carros, conseguiu logo na pri-meira volta passar à frente de Jackie Brabham,Jochen Rindt e Dennis Hulme, que compunham o

primeiro pelotão, para não mais abandonar a dian-teira durante as 80 voltas do percurso.

AEROFÓLIOS

Uma coisa, entretanto, ficou clara: apesar de ocarro vencedor utilizá-los, os aerofólios ainda apre-sentam muitos problemas e os carros tradicionais,isto é, os que correm sem eles, parecem levar vanta-

gem, pois é menos um componente mecânico a apre-sentar defeitos, diminuindo as paradas nos boxes.Dez dos 18 participantes tiveram de abandonara corrida por causa cie problemas com os aerofólios.

PRÓXIMA CORRIDAO Grande Prêmio da Espanha, a ser corrido no

dia 4 de maio, será a segunda prova do CampeonatoMundial de Pilotos de Fórmula-1 de 1969.

Este ano o circuito de Jarama não será mais ocenário desse grande prêmio já que o de Montjuich,em Barcelona, se presta a maiores velocidades. Em1968 o vencedor foi Graham Hill que, com a mortede Jim Clark, havia assumido o posto de primeiropiloto do Gold Leaf Lotus Team, vencendo DennisHulme com McLaren-Ford com uma diferença desete voltas, numa corrida muito cheia de acidentes

quando largaram 13 e apenas cinco conseguiramcompletar a prova.

AVIAÇÃO

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Jackie Steiuart cruza a linha de chegada com o seu Matru-Ford, com 20 se-

gunãos ãe diferença sobre Graham Hill (Radiofoto UPI exclusiva para o JB)

I Rallye tia MantiqueiraInaugurando o Campeonato Paulista de Rallye,

será disputado no próximo dia 22, no percurso entreSão Paulo e São Lourenço, o I Rallye da Mantiqueira.

A largada será às 7h de sábado em frenteao Estádio do Pacaembu e a prova terá a duraçãoaproximada de nove horas.

Em São Lourenço, a prefeitura local oferecerá,à noite, um coquetel a todos os participantes, impren-sa e convidados.

A prova será promovida pela Federação Paulistade Automobilismo e patrocinada pela Pirelli que ofe-recerá à dupla vencedora um prêmio de NCrS ....

1 500,00- Os segundo e terceiro colocados receberão,respectivamente, prêmios de NCrS 1 000,00 e NCr$500,00. Serão ainda distribuídos troféus do primeiroao quinto classificados. Haverá, também, prêmiospara os participantes novatos.

Está sendo cobrada uma taxa de inscrição deNCrS 50,00 por dupla. Os que desejarem pernoitar nacidade poderão fazê-lo mediante o pagamento de umadicional de NCrS 60,00.

As inscrições já estão abertas e qualquer informa-

çáo poderá ser conseguida com o Sr. Schupp pelotelefone 30-7038.

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-_hP^___I ____r ___________l^^*^t!^ ______(P^___ií'l__l _k__l_ff^^^ __________________________e__-<^m* __r

_-. a r. ___-_ t--t-> íADüinA . A VAPOR - Este é o desenho de um cano de corridas a vaporCARRO DE CORKJ.UAÍ5 A > Al UW -

que deverá parUcipar das 50o milhas de índia-k,_«r.i.c r.e<.tP _nn O industrial William Lear. com a ajuda da Firestone Tire & Rubber e de Parnelli Jones —

SS Vencedores 4pS- está dando todo o seu apoio ao projeto. O motor a vapor, de 18 polegadas de

SSSS traseira do carro e a caldeira ao lado do piloto deverá desenvolver 450HP. quei-diâmetro, ncaid u« y* mando querosene branco. «Foto UPI-JB)

INAUGURADA A ERA DOSSUPERJATOS - O Bo-ing modelo

747, e maior ialo comercialdo mundo, sobrevoa a

área oeste de Washington emseu vôo inaugural, realitado em

. de mês findo. Esse i o primeirovôo de um extenso programa

de testes, a que serásubmetido • superjato de

35S toneladas. O piloto deprovas de Boeing, Jack

W-ddell, comentou o vôo dizendoque tanto do ponto-de-vista

des passageiros como dospilotos, o "avião i um sonho".

Um F-B4 de 11 metros decomprimento, que acompanhou o

vôe do 747, parece minúsculovisto na foto ao lado dogigantesco jato de 70 metros

d* comprimento.

«¦i^iaiiiiiiM•v^SiJ_^__________!__^____^_? ¦>"r^iâ"- **^aHS_fé:_f^^*™B_iSww_Shw-8-_-M-----_______-^^

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PAN AM VAI INAUGURAR TERMINAL DE CARGA

A pan American World Airways inaugurará suamaior terminal de cargas no exterior no aeroporto ,deHeath-ow, em Londres, ainda este mês, ao que anunciouo Sr. Harold L. Graham, vice-presidente de Vendas deCarga da Pan Am.

Uma das primeiras terminais a serem concluídos emHeathrow, as instalações automatizadas, que custaram 3milhões de dólares, terão capacidade para lidar com ..12 500 mil quilos de carga, mensalmente. A nova termi-nal foi planejada para carregar e descarregar os Super-

jatos-747, sendo três vezes maior que a velha terminalde carga da Pan Am em Londres. Somente a., terminaisde Miami e Nova Iorque são maiores do que a da capitalbritânica.

LOCKHEED 100-20 EXIBIU-SE NO RIO E S. PAULO

O Lockheed 100-20, a mais recente versão comercialdo já conhecido cargueiro Hércules, realizou no mês findovôo de demonstração para companhias de aviação na-cionais e imprensa, ncs aeroportos Santos Dumont, noRio, e Congonhas, em São Paulo. Estes vôos foram parteda viagem de 50 000 quilômetros que o L-100-20 está fa-zendo pela América do Sul s África, voltando depois a suabase, a Lockheed-Georgia Company, em Marietta, (EUA),de onde partiu a 26 de janeiro.

Apesar da capacidade de carga de 23 tonelada... oL-100-20 decola e aterrissa em menos de 500 metros de

pista, em terra e até mesmo no gelo, aumentando suautilização nos países sul-americanos e africanos, sendo,com sua capacidade de carga e versatilidade, o trans-

ponte ideal para o desenvolvimento das regiões- interio-res dos paises desses continentes, onde as pistas são pre-cárias e até mesmo inexistentes.

As principais diferenças entre o conhecido Hérculesversão militar e o L-100-20, versão comercial, são o com-

primento da fuselagem, dois metros c meio maior, pos-sibilltando um aumento de 20% em sua capacidade devolume de carga, e as turbinas, com potência máximade 5 408H.P., enquanto que as dos Hércules militar têm4 050H.P. Sem qualquer tipo de tanques auxiliarcs oL-100-20 tem autonomia de vôo de pouco mais de 10 ho-ras, sem escalas, autonomia esta que pode ser aumentada,

pois a versão militar do turboélice já voou 25 horassem escalas.

PÁRA-QUEDAS PARA ABASTECIMENTO NO AR

Tipo Inteiramente novo de pára-quedas, de baixo

custo, que acaba de ser demonstrado na Grã-Bretanha,

promete reduzir substancialmente o custo das operaçõesde abastecimento no ar. O pára-quedas é feito de v°U-propilene com reforços de terylene, e construído numa

série de seções quadricularcs costuradas à mão.Para cargas maiores, painéis extras podem ser acres-

centados segundo as necessidades de modo a aumentaro tamanho do pára-quedas, operação essa realizada com

facilidade de armazenagem e manuseio. O sistema pres-ta-se também à realização de reparos rápidos como a

substituição dos painéis. O custo de cada pára-quedasé de 50 por cento inferior a qualquer outro de taana-

nho o desempenho equivalentes. Quatro diferentes mo-

delos, com variação de capacidade de 136 a 907 quilosforam demonstrados, lançando-se ao solo uma varieda-de de cargas.

A companhia visa, eventualmente, fabricar um n_vo

tipo de pára-quedas de baixo custo, para íins exclusiva-mente esportivos.

AVIÃO A JATO NA EXPOSIÇÃO DE SÃO PAULO

Como parte das comemorações por ocasião da pró-xima Feira da Indústria Britânica a realizar-se no Ibi-

rapuera, São Paulo, na primeira quinzena deste mês, uma

das firmas exposltoras, a Hawker Siddeley Aviation, pro-moverá a vinda de um avião executivo a jato do tipo

HS-125.Este aparelho, idêntico aos recentemente adquiridos

pela Força Aérea Brasileira para o transporte de altas

autoridades e Ministros de Estado, será utilizado como

transporte de convidados especiais à Exposição, em ver-dadeira ponte aérea entre o Rio e São Paulo. Serão, rea-

llzadas também demonstrações de vôo as autoridadesindustriais c homens de negócios interessados no queexista de mais moderno em conceito de transportes rá-

pidos e eficientes atualmente produzido com sucesso

mundial pela Grã-Bretanha.É um aparelho propulsionado por duas turbinas

Rolls-Royce, capaz de transportar até dez passageiros a

velocidades superiores a 800 quilômetros horários e a

distância de até 2 500 quilômetros. Sua grande caracte-ristlca reside no fato de poder operar normalmente de

campos não preparados e de reduzidas dimensões.

AVIÕES DA VENEZUELA REFORMADOSNA INGLATERRA

O emblema nacional da Venezuela tornou-se uma vi-

sáo familiar nas oficinas da British Aircraft Corporation.

em Salmesbury, Noroeste da Inglaterra, onde estão sendo

reformados bombardeiros Canberra da Força Aérea Vene-

zuelana. E técnicos de fala espanhola são vistos traba-

lhando nos aviões.A equipe de técnicos venezuelanos, chefiada pelo co-

mandante Juan Enrique Laurentin Rojas, trabalha na

BAC desde que chegaram os primeiros Canberras, em

abril do ano passado, e ali ficará até a conclusão do ser-

viço, este ano.

CORONEL-A-VIADOR ANTÔNIO GERALDO PEIXOTO

Justa e oportuna promoção acaba de receber o co-

rònei-aviador Antônio Geraldo, figura largamente con-

ceituada nos círculos aeronáuticos, turísticos c da avia-

ção comercial no Brasil e que acaba de ascender ao postode Brigadeiro-do-Ar.

Natural de Alagoas, iniciou êle sua carreira na Es-

cola Militar do Realengo em 1937, fêz inúmeros cursos no

Brasil e no exterior, entre os quais o da Escola Superior. de Guerra e do Estado-Maior e Superior de Comando da

Eccmar. Participou de várias comissões no Brasil e nos

Estados Unidos, ocupou vários cargos e, é, atualmente, de-

legado do Ministério da Aeronáutica, integrante do Con-

selho Nacional de Turismo (Cntur). membro da comis-são para reformulação dos fundamentos jurídicos, eco-

nômicòs e operacionais da exploração de transporteaéreo. Suplente do representante do Ministério da Ac-

ronáutica no Conselho Nacional de Transportes Aéreos.

Presidente do grupo de trabalho para importação e rc-

exportação de aeronaves. È redator-chefe da Revista

Aeronáutica, diretor do Departamento Técnico Cultural

do Clube de Aeronáutica. Chefe de Gabinete da Diretoriade Aeronáutica CI.il (DAC), Brigadeiro Martinho Cân-dido dos Santos, ali tem o novo Brigadeiro-do-Ar se evi-

denciaclo pela sua capacidade funcional, experiência téc-

nica c, sobretudo, espirito de iniciativa. O Brigadeiro-do-Ar Antônio Geraldo Peixoto é, também, um dos baluar-tes na construção do novo aeroporto internacional do

Galeão.

NO AR

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Tem havido sucessivos adiamentos no lançamento do

protótipo 001 do supersônico Concorde. A última vez em

uue foi anunciado o primeiro vôo. foi a 2S de .fevereiro úl-timo, adiado novamente. _ possível, portanto, que, ao cir-

cular esta coluna, esteja se efetuando o lançamento do

primeiro protótipo, o que não é nada garantido, pois os

fatos nisto fazem crer. •""' Os aviões internacionais, quepousam no aeroporto do Galeão, não mais irão paraSanta Crus, durante as obras que ali se processam. Em-bora tecnicamente Santa Cruz esteja aparelhada, faltam-lhe, contudo, instalações adequadas para as empresasaéreas. *"" Luís Eduardo Espíndola Filho, antigo chefedo Senafra nacional, será o braço-díreito do Sr. PintoAmando na 5." Inspetoria. sediada no Galeão, A éle ca-berá a supervisão de toda a fiscalização na ilha do Go-vemador. <"•'« Trata-se, não é demais dizè-lo. de um dos,elementos mais capacitados, no quadro funcional do Mi-nistério da Fazenda.

/;/;-// DA IlÒLlSnOYCE FM BÂNCÒ DE PROVAS - Em

primeiro plano (joio) vemos o Rll-211 th Ilolh-Royce,um motor a jato Tvrbojnn th trís eixos. Instalado

num tiunco de provas ao ar livre no estabelecimento ile vôo ctestes da divisão de motores de aviarão da fábrica

inglesa. I m equipamento especial, instalado, permitemedições de ruído. Ao fundo um silencioso para uso quando

testando o funcionamento do motor e duranteos testes de. ruído do compressor.

" *¦ mwm.Ériwf^rrv

Cad. do Automóveis — Jornal do Brasil, 4.°-feira, 5-3-Ó9 — 5

Jodrell Banh,uma visitaao universo

Turismo

i:<;

;¦¦;¦;¦¦'¦:¦,'.

Jodrell Bank é um nomeque nos úlihiios anos setornou famoso entre os'as-trônomos de todo o inundo.pois

"foi esse o local escolhi-do pela Universidade deManchester — Departamen-to de Radioastronomia para a construção do maiore mais completo radioteles-copio dirigivel de todos oscontinentes.

Os enormes discos parabó-licos dominam a paisagempor quilômetros ao redor,mas ali, nas viçosas planí-cies do Cheshire, o tempoainda é relativo: os habi-tan tes locais ainda pensamem termos de hora do almô-ço e hora do chá, de hoje ede amanhã; não lhes fazdiferença alguma que tra-balhando em seu meio este-jam os homens que cal-culam o tempo em termosde milhões de anos-luz.

UM NOME FAMOSO

Os discos parabólicos, na-turalmente, são radioteles-cópicos e indicam que aliestá Jodrell Bank, sede dosíamosos laboratórios de ra-dioastronomia de Nuffield,cujo nome em inúmerasocasiões se fêz notar nomundo inteiro por suas rea-lizações em seguir satélitese acompanhar experiênciasespaciais.

Se você conversar com SirBernard Lovcll; o professorda universidade encarrega-do do projeto de JodrellBank. verá que êle se orgu-lha, com justiça, do traba-lho que sua equipe realizouem relaçáo aos programasdo Sputnik, do Lunar, doPioneiro e da Gemini.

No entanto, Sir BernardLovell não perde tempo emfazer notar que apenas 3% ¦do tempo de pesquisa de seudepartamento são gastosnesse tipo de trabalho. Se vo-cê pedir alguns detalhes sõ-bre o que efeito durante osoutros 97Tb do tempo, comcerteza ficará surpreso comas descrições de pesquisasnos campos mais avançadosda astronomia moderna. Ex-piorar o universo, na escalacosmológica mais vasta, é afinalidade principal .de Jo-drell Bank.

A NOVA CIÊNCIA

Foi o intenso desenvolvi-mento, durante a guerra,das técnicas de rádio e ra-dar que estimularam o de-senvolvimento da radioas-trqhomia, ganhando suaaceitação científica e. dan-do à astronomia um ins-trumento novo e poderosopara a exploração do capa-

ço. Nascida há apenas umquarto de século., a. ciênciada radioastronomia tor-nou-se desde então o maispenetrante de todos os me-todos de examinar o univer-so físico. A idéia de umgrande e completamente di-rigível radiotelescópio foiconcebida pela primeira vezpor Sir Bernard. Lovell, eem 1957 êle viu a realizaçãode seus sonhos na cons-trueão do radiotelescópioMark-I — um instrumentotão sensível que podia rece-ber ondas de rádio de dis-tãncias de milhares de mi-lhões de anos luz.

Em seu tamanho, na ha-bilidade e refinamento doseu projeto e construção, emseu alcance, sensitividade eflexibilidade, o telescópioMark-I provou ser uma rea-lização única rio gênero. Le-vou três anos e meio paraser construído, custou 700 000libras esterlinas e pesa 2 000toneladas. O diâmetro durefletor é tão grande, que10 000 pessoas poderiamsentar-se confortàvelmentedentro dele.

As principais creniâlheirásde suspensão usadas quando•o refletor é girado foramtiradas das torres de canhãodo navio de guerra RoyalSpverèign ¦ Uma completarotação em elevação leva15 minutos, enquantoque a estrutura de suporteque carrega o refletor podefazer uma completa rotação(livremente nos planos ver-tical e horizontal) em 13

.minutos. Com esse tempo,as ròldariás externas mo-vem-se a uma velocidade decerca de % de milha porhora.

Após a construção do mo-dêlo do Mark-I, foi introdu-zido um telescópio menor e' mais acurado, com um pre-ciso sistema de controle.Trata-se do Mark-II. quecomeçou a .ser usado cm1964. Dirigido por umcomputador digital, o Mark-II permite que as pesquisasradioastronômicas em Jo-drcll Bank sejam estendidasa comprimentos de onda deapenas alguns centímetros.

Os telescópios de JodrellBank são destinados à purapesquisa astronômica, e poralguns anes a sua penetra-cão, rendimento de força, ediscriminação serão apiica-dos a um estudo em grandeescala dos comprimentos deonda. da posição, distânciae distribuição das fontes derádio — envolvendo o siste-ma da via-láctea, fontes lo-calizadas dentro do sistemae fontes do espaço extraga-lático. Como resultado dês-te programa de pesquisa,tem-se em vista nada me-

mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmm^mmK^^mr^^^r^Fr^^^r^ ^^Pi'"¦^^ fi PB»'"'"'--;:¦:':"**•

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L^SiCTBalB ________JÍjS^|a5àM^^£^^^^^B JE^aEJ^^^^^^iam^^^È^^iÊLi^B _______fcí_XjL^B^A V. ¦ ík^LmmmW

PASSAPORTE

nos do que um mapa douniverso.COMO FAZER VISITAS

Tão grande tem sido o in-terèsse demonstrado pelopúblico em geral em relaçãoao trabalho de Jodrell Bank,que no ano passado a uni-versidade abriu um edifícioespecial, o Concourse Buil-ding, para benefício dos vi-sitantes durante os meses deverão. O hall principal exi-

be material cuja finalidadeé fornecer, em termos ra-zoàvelmente simples, umaintrodução à radioastrono-mia. Há também vários mo-delos, inclusive uma mesade controle, de onde os vi-sitantes podem operar umradiotelescópio de* 23 pés.Conduzindo ao hall princi-pai acha-se uma galeriamenor de exposição, ondese oferecem detalhes dasprincipais experiências em

curso nos laboratórios depesquisa. Desta galeria,abrem-se portas para uniterraço que permite aos vi-sitantes chegar até poucosmetros do telescópio Mark-I.

Jodrell Bank fica cerca de17 milhas ao sul de Man-ctiéster e 10 milhas a oestede Macclesfield. A entrada(com direito a estaciona-mento) é de 3 xelins e6 pence para adultos e 2xelins para crianças.

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EM LUA-DE-MEL

Um brinde especial que dá direito aduas noites gratuitas no Leme Palace Ho-tel é o oferecimento da Agência de Via-gens Camilo Kahn aos recém-casados- dis-postos a participar da sua excursão Lua-de-Mel na Europa, com saída do Rio a 2de junho no jato da British United Air-ways (BUA). Os casais que tomarem par-te na excursão terão direito a hotéis deprimeira categoria, refeições à Ia carte etratamento individual durante o seu ro-teiro na Europa. Inscrições e planos definanciamento podem ser obtidos na Av.Rio Branco, 120, sobreloja.

AUTOMÓVEIS NO SALÃO

A partir do próximo dia 13 o SalãoInternacional do Automóvel, em Genebra,abrirá suas portas pela 39.a vez consecuti-va e apresentará 1220 produtos diferen-tes, oriundos de 21 países, inclusive moto-cicletas, bicicletas, barcos, casas-reboque,artigos de camping e acessórios para vei-culos. O Salão Internacional do Automó-vel de Genebra será realizado ao ar livree o número de paises participantes — aURSS, inclusive. — superará todas as ci-fras anteriores.

ABREU MOVIMENTA

Três excursões da Agência Abreu es-tão obtendo excelente receptividade dopúblico: Europa Maravilhosa, Grande Cir-cuito Europeu e Saga Escandinava. A pri-meira é de 34 dias, através de nove países,ao preço de USS 640; a segunda, de 55 diaspercorrendo 10 países, a USS 1030, comsaídas todas as sextas-feiras, de abril asetembro; Saga Escandinava dura 37 dias,percorre 12 paises e seu preço é de USS716. A Agência Abreu, através da sua re-presentante no Brasil, a Realtur, ofereceplanos de pagamentos em até 24 meses,sem correção monetária. Informações de-talhadas podem ser obtidas na Rua SantaLuzia, 799 — 13.° andar ou pelo telefone32-2300.

MAIS UM EXCELSIOR

Convidados especiais de todo o Brasilassistiram ontem, em Belo Horizonte, àinauguração de mais uni Hotel Excelsior,da rede da HORSA com 250 apartamen-tos de luxo, churrascaria no 25.° andar,boate-discoteca, bar americano e os mais

HÉLIO KALTMANEditor d* Turismo do JB

modernos requisitos de conforto para oshóspedes. Todos os apartamentos do HotelExcelsior de Belo Horizonte dispõem debanheiro privativo, rádio e telefone. O ho-tel fica localizado na Rua Caetés, 753, de-fronte à futura Estação Rodoviária e setransforma no oitavo estabelecimento dacadeia de José Tjurs a operar no Brasil.

ARGENTINA PROMOVE

Sob o patrocínio da Direção Nacionalde Turismo da Argentina, o navio 33Orientales está realizando viagens regula-res entre Buenos Aires e Porto Alegre, du- .rante as quais efetua escalas de três diasem Montevidéu e quatro dias em BuenosAires. O navio está dotado'de piscina, sa-lão de jogos, salão de festas, cinema, bou-tique, boate, ar condicionado e cozinhade primeira ordem. Quem desejar infor-mações mais completas pode escreverpara: Rua dos Andradas, 1234 — EdifícioSanta Cruz, conjunto 1 611 — Porto Ale-gre. As próximas saídas de Porto Alegreestão previstas para 21 de março, 2, 16 e29 de abril.

PARA GASTRÔNOMOS

Quarenta expositores tcheco-eslovacose 35 de outros paises já confirmaram suaparticipação na Exposição GastronômicaInternacional de 1969, em Pilsen, divididaem quatro temas: Dons da Terra, que con-frontará os produtos alimentícios dos pai-ses socialistas e capitalistas; A Face daTerra, orientada para a gastronomia e ho-telaria; O Conhecimento da Terra, ondeos principais assuntos serão o turismo etudo que se relaciona com êle e Sorrisos,Alegria e Beleza da Terra, que apresentaráaos espectadores as possibilidades de ummelhor aproveitamento do seu tempo livre.

ZURIQUE CRESCE

A administração do aeroporto de Zu-rique, após computar os dados referentesa 1963, verificou que aumentou em 6,1%o número de aterrissagens c decolagens deaviões, enquanto o tráfego de passageiroscresceu de 11,6% em relação ao ano ante-rior, Cerca de 84% do tráfego foram efe-' tuados em aviões a jato, contra 74% regis-Irados em 1967. Embarcaram ou desembar-caram no aeroporto de Zurique 2 220 600passageiros e o dia de maior movimentofoi 25 de julho, com 15 675 passageiros.

ESCALARegressaram uo Rio 90 funcionários brasileiros dc diversas companhias lie uviu<;ãu que a TAP levou, a1 ortligal, afim de assistirem aos festejas.do carnaval no Estaiil. — A AlltoUr — Av. Ria Branco, IX'..grupo 1 205 ~ é a nova representante tia Panèiirepa para ,, llrasil. — A programação da Pólvani paraJMU suma a 102 excursões diferentes, para todas as parles do mando. — O Deputado federai Edgar den ufo r • Te',c"° Presidentc da Féderiição de Turismo e Hospitalidade do Estado da Guanabara. —U 1). t estivai- do Filme de fícrlim foi adiado para o perioda de 25 de. junho a 0 de julho, n fim deficar cm harmonia com promoções semelhantes que outros paises vão realizar. — Com o fim das fé-nus escolares, os agentes de viagens e hoteleiros chegaram a uma constatação: o mercado dc turismobrasileiro aceitou integralmente o sistema de farias financiadas que serão a grande solução para agea-Ics. Hoteleiros e viajantes, no próximo ano. — E o Calção continua a ser o único aeroporto internado-nal do mundo sem uma linha de ônibus regular para o centro da cidade

JGUJ* ÜB . _^

SAÍDA DE NAVIOS

A fim de obter informações completas só-bre datas de chegadas c saídas de navios, tele-fone diretamente para as companhias de nave-gação marítima ou seus agentes: Blue Star Une(42-415G), Compagnie des Messagcrics Mariti-mes e Delta Linc (43-4501), ELMA (23-2234).IlamlniiR Sudamerikanische (23-1865), Linea C(43-7961), Itália SPAN Gênova (43-8860). UlitsuiOSK Lines, Royal Mail, Moore McComack(31-2000) e, Royal Interoccan Linc (43-3553). APolicia Marítima Informa pelo telefone: 43-0181.

CORCOVADO & l'AO DE AÇÜCARSão os seguintes os preços das passagens

do bondinho do Corcovado:Alto do Corcovado * — NCr$ 2,50Painelras * — NCr$ 2,00Silvestre — NCr$ 0,60Terceira parada — NCrS 0,16Segunda parada — NCr$ 0,10

* Para o Alto do Corcovado e Painelrasas crianças de 3 a 8 anos pagam metade dapassagem.

Para as visitas ao Pão de Açúcar, os bon-dlnhos sobem ou descem a cada 30 minutos,entre 81i e 22h30m, ao preço de NCrS 4,00 parapassagem de ida e volta até o Morro do Pãode Açúcar e NCrS 3,00 somente até a Urca. '

PAQUETA

as passagens nas barcas entre Rio e Pa-quota ou vice-versa custam NCrS 0,25 nos diasÚteis e NCr$ 0.50 aos domingos e feriados. Oshorários são os sep"intes:Saídas do Itio:

Dias úteis Doms. c feriados:5h30m 7hl0m7hl0m íohlOh _13h I3h15h láh17h30m 17h30m19h íoh22h30m 23h

Saídas de 1'aquctá:Dias úteis Doms. c feria;'5h30m 5),30m7h _9h 9h12h I2h15h I5h17h nh19h igh20h30m 20h30i.31b 24hA viagem demora cerca de lhlSm e u

embarque na Guanabara é feito na Praça XVde Novembro. Informações pelo tel.: 31-0396.

MUSEUS DA CIDADEARTE MODERNA — Av. Beira-Mar - Aterro

Tel.: 31-1871, 2." a sáb.: 12 ás 19h.BANCO DO BRASIL — Av. Rio Branco, 65/67

Tel.: 43-5372; 2.a a 6.»-feira, 12 às 16 horas;sãb. e dom.: fechado.BELAS-AKTES — Av. Rio Branco, 199 — Te-lefone 42-4354, terça e sexta: 13 às 21h; sáb,e dom.: 15 às 18h. Segunda: fechado.CAÇA — Quinta da Boa Vista (lado direito,portão princ. Zoo), terça a sexta: 12 às 17h;sáb. c dom.: 9 às 17h. Segunda: fechado.CASA DE RUI BARBOSA — Rua São Cie-mente, 134 — Botafogo. Tel.: 26-2548, terça adom.: 12 às 16h30m. Segunda: fechado.CIDADE DO KIO DE JANEIRO — EstradaSanta Marinha — Tcl.: 47-03U8. Fim do BairroGávea, terça a dom.: Ilh30m às 17h; segunda:fechado.GEOGRAFIA — Av. Calógeras. 6-B, sobreloja— Centro da Cidade — Tel.: 52-4985, segundaa sexta: 11 às 17h30m; sáb. e dom.: fechado.HISTÓRICO NACIONAL — Praça MarechalAncora — Tel.: 42-0713 — Centro da Cidade.Turca a sexta: 12 às 17h; sáb. c dom.: 14h30roàs 17h45m. Segunda: fechado,IMAGEM E DO SOAI — Praça Mal. Ancora,1 — Centro da Cidade, terça a sáb.: 12 às 20h.Dom. e feriados: 14 às 18h. Segundar fechado.MONUMENTO NACIONAL AOS MORTOS DASEGUNDA GUERRA — Parque do Flamengo,segunda a domingo, 8 às 20h.NACIONAL (M. EDUCAÇÃO) — Quinta daBoa Vista — Tel.: 23-7010. Palácio Imperial —São Cristóvão, terça a dom.: 12 às lfih30m; se-gundas e feriados nacionais: fechado.REPUBLICA — Palácio do Catete. Rua doCatete — Tel.: 25-4302, terça a dom.: 13 às 18h.Segunda: fechado.TEATROS — Teatro Municipal — pav. térreo.Av. Rio Branco — Tel.: 22-5000 (Geral), se-gunda a sexta: 13 às 17h. Sáb. e dom.: íe-chado.

IMPERIAL ti. S. DA GLÓRIA DO OUTEIRO— Praça Nossa Senhora da Glória, 135 — Gló-ria. Tel.: 25-2809. segunda a sáb.: 8 ás 12;14 às 17h. Dom. c dias santos: 8 às 12h.ÍNDIO — Rua Mata Machado — Tel.: 28-5808(em frente ao Estádio Maracanã). Segunda asexta: 11 às 17h. Sáb. e dom.: fechado.JARDIM BOTÂNICO — Rua Jardim Botânico1008 — Bairro Jardim Botânico. Tel.: 27-3855'Segunda a dom.: 9 às 17h30m.

COTAÇÃO DAS MOEDAS

Dólar (Estados Unidos) 393Libra (Inglaterra) 9,39Franco (França rj.79Franco (Suíça 1 o.90Escudo (Portugal) o.HPeso (Argentina) 0.0114Marco (Alemanha) rj.98Dólar (Canadá) 3 63Lira (Itália) 0.OO6Franco (Bélgica) 0.078Coroa (Suécia) o.75Coroa (Dinamarca) 0.52Fiorim (Holanda) jgg

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6 — Cod. de Aulomóvois — Jornal do Brasil, 4.°-foir.i, 5-3-69

TurismossSSPssw .

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A feira deu grande movimentação ao Parque Castelo Branco

Paraná espera 1 milhão de risitatêtespara sua exposição agropecuária

Quando for EUA

Curitiba (Correspondente) — No calendáriode atrações oferecidas pelo Paraná a Exposição-Feira de Animais e Produtos Derivados do Par-que Castelo Branco é um programa que merecea atenção de todos os turistas e poderá se con-verter em ponto obrigatório de visitas. Previstapara o período de 22 a 30 de março, a mostra jácomeça; antecipar seu pleno sucesso em face dospreparativos e da influência exercida sobre oscriadores de tcdo o país.

Só as 1 700 inscrições registradas de animaisde várias espécies e raças confirmam o fato deque a exposição de Curitiba consolidou-se nacio-na.lmenté, representando, atualmente, um dosmelhores parques para promoções desta natureza.

SELEÇÃO

Este ano aconteceu um fato inesperado: tó-das as instalações do Parque Castelo Branco (nmargem dn. BR-116, entre^Güritiba e São Paulo)•foram ampliadas, com a finalidade de abrigarlogicamente maior número de expositores e seusplanteis vindos de numerosos Estados brasileiros.Pavilhões novos foram edificados para animais,como alojamento e refeitório para peões, visan-do- elevar numericamente o movimento da ex-posição bem como o padrão de atendimento atodos os visitantes. Fixou-se. então, em 1700 ins-crições de animais a capacidade máxima para aV Éxposição-Feira Governador Paulo Pimentel.

Surpreendentemente, no dia 31 de janeiro,quando se esgotou o período de inscrições, haviaexcesso de pedidos de criadores interessados emapresentar

"seus planteis. Para não prorrogar o

prazo nem receber animais além de 1 700 unida-des, a Comissão Organizadora decidiu adotar umcritério mais rigoroso na seleção, só admitindo

exemplares de comprovado valor zootécnico. Issogarante que, em matéria de qualidade, a Feirareunirá os melhores planteis do pais, possibili-tando um cotejo de grandes proporções sobre aevolução da pecuária nacional.

RAPIDEZ

O sucesso das exposições paranaenses de ani-mais é recente, porquanto o Paraná não é tradi-cíonalménte um Estado de estâncias. A históriacia sua pecuária pode ser resumida em duas épo-cas: antes e depois de 1061. Antes, o que haviaeram criações desordenadas, irracionais, mais atitulo de auto-abastecimento das propriedadesrurais do que de atividades pecuárias própria-mente ditas.

A partir de 1961 é que se pôde atribuir á bo-vinocultura estadual um valor zootécnico sem-pre crescente, que está permitindo confrontarseus planteis com outros centros mais desenvol-vicies do oais. Em números, o Paraná tem poucomais de 4* 100 000 cabeças de gado bovino, segun-do estimativas dos técnicos ligados à pecuária.A preocupação, no entanto, é melhorar a quali-dade dos rebanhos.

Cem esse objetivo, o Governo do Estado,através da Secretaria de Agricultura, já intro-diiziú, nas fazendas e demais propriedades ru-rais cerca de 8 mil reprodutores bovinos das ra-ças Gyr, Guzera e Nelore, de 1061 para ca. me-diante o sistema de troca por reprodutores co-muns, que são retirados de circulação.

Mas foi devido as exposições-feiras, iniciadasem 1965, que começaram a ser demonstrados osresultados de melhoria. Os criadores, natural-mente estimulados pela competição, afluemanualmente ás mostras agropecuárias traaicio-

nais do Estado — Curitiba e Londrina — pro-curando revelar o que possuem e assimilar deoutros criadores o que -ainda não alcançaram.Dai. o sucesso cada vez maior da promoção doGoverno paranaense.PARQUE

O recinto oficial das exposições-feiras deCuritiba é o Parque Castelo Branco, situado amenos de 20 quilômetros do centro de Curiti-ba, ria BR-116 rumo a São Paulo. Sua importán-cia nacional como centro expositor vem desde1985; quando foi inaugurado pelo Presidente Cas-telo Branco, que lhe emprestou o nome. Depois,o Presidente Costa e Silva também visitou o re-cinto e, agora, deverá visitar novamente a ex-posição, aproveitando sua permanência para des-pachos administrativos em Curitiba.

Completamente remodelado e ampliado emsuas instalações, o Parque Castelo Brancoé in-teiramente calçado e tem acesso asfaltado à BR-110. Possui arquibancada para o público, chur-rasqueiras. parque de estacionamento, restauran-te especializado em carnes, playground, ringuede patinação e outras atrações.

Além do cotejo zootécnico que interessa aoscriadores e técnicos, a Exposição não se resumeapenas a mostrar animais, porque em diversospavilhões e slands existem ainda mostras deprodutos agropecuários e industriais, revelandoresultados de experiências ou equipamentos maisavançados para diversas finalidades. -

Na parte de atrações populares propnamen-te ditas há ahows artísticos, dornas, rodeios eoutros atos que contêm a afluência de visitan-tes em todos os dias da mostra. Para este ano.calcula-se em mais de 1 milhão o numero de

pessoas que visitará a Exposição.

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ITÁLIA'NAVICAZIONE

"AUGUSTUS"

Sairá cm 9 de março ao meio-dia para:Lisboa, Barcelona, Cannet, Gênova • Nipole!

"GIU-TcTcESARE''

Sairá cm 29 de março ao meio-dia para:lisboi, Barcelona, Cannes, Gênova e Nápoles

OUTRAS SAÍDAS

Para Buenos20 de março10 de abril1.° de maio22 de maio12 de iunho

3 de iulho28 de iulho

Aires Para a Europa

GIUUO CESARE 29 de marco (")AUGUSTUS '9 de abril (*)GIUUO CESARE 10 de maio (*)AUGUSTUS 31 de maio C)GIUUO CESARE 21 de iunho (')AUGUSTUS 12 de iulho (*).GIUUO CESARE 6 de agosto (*)

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Praga (Via SAS) — £ possí-vel que, vindo à Europa, vocêqueira conhecer Praga: afinal,durante o ano passado, a capi-tal da Tcheco-Eslováquia íoiíoi a cidade mais comentadano mundo inteiro. Se você vierainda este verão (o verão eu-ropeu começa a 23 de junho) épossível que seus olhos avisadospercebam as marcas de agôs-to de 19G8. Os tchecos não es-tão multo interessados cm apa-gá-las. As paredes do MuseuNacional ainda guardam asmarcas dos tiros e se podemperceber, sob uma débil cama-da de cal, algumas inscriçõesanti-soviéticas nos muros dacidade.

Mas Praga tem atrações per-manentes. Agora, por exemplo,tem até strip lease: três caba-rés oferecem o espetáculo e,em dois deles, a coisa é lota-lissima. E há uma vantagemadicional: Praga é a. cidade deturismo mais barato na Euro-pa. Os tchecos, necessitandodivisas, oferecem um câmbiofavorecido aos turistas, sem fa-lar no câmbio negro, que é se-dutor, mas perigoso: pode darexpulsão imediata, se não dercadela.

QUESTÃO DE GOSTO

Mas nem todos vém à Eu-ropa atrás de strlp tease. Paraaqueles que desejam ver barro-co, há barroco disponível. Mashá também gótico, românico.rococó. Se você é daqueles loudaquelas) que suspiram ao evo-car amores antigos e alheios,pode fazer uma visita ao Mu-

seu de Mozart. que se situa namesmíssima casa, onde, deacordo com informações histõ-ricas, o compositor genialamou desbragadamente a mu-lher de seu anfitrião; um me-cenas de Praga, que babavade orgulho ao ver sua cara-metade sair de braços com oautor de D. Glovanni, que nãopor acaso foi estreada em Pra-ga naquele tempo.

Agora, se você ama uma cer-veja eslfipltlamentc gelada evem a Praga atrás de sua ex-celente pllscn, vai ter umadecepçãozinha: a cerveja nãoé servida estiipidamcnte gela-da. Gelada é, mas não daque-le jeito preferido no Rio (pre-judica o sabor). E por falarem cerveja, ha um ponto in-dispensável ao roteiro do tu-rista: a cervejaria U Flekufundada exatamente um ano

'antes que Cabral, fugindo ás

calmarlas, desse com as terrasdo Brasil. Ali, a cerveja, fabri-

v cada no mesmo local desde en-tão, é preta e carregada: 14graus.O CAMINHO DE KAFKA

Se você gosta de literatuia,pc :.e refazer os passes de Kaf ka,conhecendo as casas onde vi-veu ie o local onde nasceu),visitando os inúmeros labirin-tos de Praga (transferidos de-pois á sua obra) e dando umaolhadinha nos edifícios onde.securitárlo, trabalhava. Maspode conhecer também os lu-gares que evocam Capek e Ha-sek (o do Bom SoldadoSch«eiki. inclusive a cerveja-ria onde o escritor vagabundo

escreveu as aventuras do mi-litar bonachão.

E para aqueles que são pie-ciosos, faz falta passar umamanhã pela Rua Karmelitska,em Mala Strana, onde, naigreja de Santa Maria da Vi-tórla se encontra a imagemmilagrosa do Menino Jesus dePraga. Ainda em Mala Strana(que lembra muito Ouro Pré-to) há outras igrejas e velhosconventos. E há, na opinião' demuita gente viajada, a ruamais bonita do mundo: a Ne-nidová (cm homenagem a JanNeruda, poeta do século pas-sado que nela viveu) que sobeem direção ao Castelo de Pra-ga.

E há torres e pontes, parquesfloridos tavernas antigas, mui-tos teatros, concertos musicaisao ar livre e dentro das igre-jas. bondes coloridos, baicossobre o rio Vltava.

A língua é o tcheco 'queninguém aprende sem fazermuita força), mas o homemmédio arranha (quando nãofala bem) sempre uma línguainternacional, como o francos, oinglês ou o alemão. Agora, emmataria de idioma, uma adver-tenda: cuidado quando falarportuguês em público. Há pa-lavrinhas inocentes e de mui-to uso no português que sãopalavráozões em tcheco. Con-vém. portanto, consultar umentendido, ou comprar um di-cionário tcheco-portuguê.. (en-contrado em qualquer livrariadt Praga) que custa menos deum dólar. E aproveitar a via-Sim.

conheça os norte"

americanos em casaUma das vantagens de se visi-

tar outros países é a oportunidadeque se tem de conhecer o seu povo.Através do intercâmbio de idéias,estabelecem-se não apenas laços deamizade, como também visitantes eresidentes chegam a se conhecei- e acompreender-se mutuamente.

Há' muito tempo, as famíliasamericanas costumam convidar vi-sitantes estrangeiros para tomar umcafezinho amigo em suas casas, afim de que possam conhecer-se me-lhor.

Como parte do programa Visi-te os Estados Unidos várias comu-nidades dispõem de organizaçõesque oferecem aos visitantes estran-geiros a possibilidade de visitar fa-mílias americanas em suas própriascasas. Tais visitas não fazem par-te do itinerário programado: sãoapenas um gesto amigo de america-nos desejosos de recebê-las em suascasas para um bate-papo de algu-mas horas.

Não é necessário que você se-ja um visitante oficial ou que es-teja nos Estados Unidos sob algumpatrocínio, para que participe doprograma Americanos em Casa. Oprograma foi idealizado precisamen-te para dar aos visitantes, sem pa-trocínio oficial, uma oportunidadede ficarem conhecendo alguma ia-mília americana.

COMO FUNCIONA O PROGRAMA

Se você, durante sua estadanos Estados Unidos, quiser fazeruma visita informal de algumas ho-ras a uma família americana, issopoderá ser providenciado sem difi-culdade alguma, em qualquer daslocalidades enumeradas na lista.Basta telefonar para o número in-dicado na localidade de sua escolha.

O telefonema deve ser feito lo-go após sua chegada à localidade,pois, em geral, são necessárias de 24a 40 horas para se planejar tal vi-sita.

Em se tratando de grupos, éimprescindível concretizar antecipa-damente os itinerários e pormeno-rizar os mesmos através do escrito-rio do Serviço Norte-Americano dePromoção de Turismo, que atendeaos seus pedidos através da matrizem Washington, D.C.

É sempre melhor telefonar en-tre as 9 horas da manhã e as 5 datarde, de segunda a sexta-feira, vis-to que muitos dos números indica-dos são de telefones comerciais; e,isto, mesmo que a visita seja pie-vista para o fim de semana.

Este é um programa de co-munidade. Sua direção é local. Osanfitriões são cidadãos responsa-veis, os quais se ofereceram paratornar sua viagem agradável, sen-do que, às vezes, estão em condi-ções de falar sua própria língua.

É provável que lhe sejam feitasalgumas perguntas a respeito do seupaís de origem, do seu trabalho, deseus passatempos ou de seus inte-rêsses especiais, para que se possaarranjar uma visita que seja agra-dável e interessante, tanto paravocê como para seu anfitrião.

INFORMAÇÕES E SUGESTÕES

As cidades que aparecem na lis-ta estão agrupadas segundo as di-fcrentes regiões dos Estados Unidos.

Tenha certeza üe que entendeubem o nome da pessoa que o estáconvidando para visitá-la e anote,certos, o endereço e o número dotelefone.

Verifique bem qual é a horamarcada para a visita. Se, por ummotivo qualquer, você verificar quenão poderá ir, depois de já ter acei-tado o convite, telefone imediata-mente para a pessoa que o convidou,

para evitar aborrecimentos e de-cepções.

Geralmente, a visita é planeja-da para depois do jantar e se pro-longa por umas duas horas. Cabeao convidado a iniciativa de se le-vantar para ir embora. Se insisti-rem para que fique mais um pouco,aceite sem acanhamento.

Americanos em Casa é um pro-grama feito por voluntários nas co-munidades locais — não é um pro-grama oficial do Governo dos Esta-dos Unidos. As condições para a, re-cepção de hóspedes são estipuladaspelos grupos participantes. Comen-tários feitos pelos visitantes serãosempre apreciados.

Lista cios telefones:

. NORDESTE

Bridgeport, Connecticut 336-1785Hartford, Connecticut 527-5129,Wilmington, Delaware . 658-6641 Ext. 476Washington, D. 347-4554Balthnore, Maryland 727-1749Boston, Massachusetts 536-1081Niagara Falls, Nova Iorque .. 285-9141Syracuse, Nova Iorque 471-0252Filadélfia, Pensilvània 686-9700

Ext. 2161Pittsburgo, Pensilvània 682-6151Iorque, Pensilvània 845-2631

SUDESTE

Huntsville, Alabama 536-4061Mobile, Alabana ... 433-6951, Dept. U.Clearwater, Flórida 446-4081Hollywood, Flórida 923-8211Miami, Bcach, Flórida 538-4426S. Petersburgo, Flórida 362-7701Atlanta, G_órgia 524-7260Ohaí-otte, North Carolina ... 377-6911Raleigh, North Carolina 828-3205Shelby, North Carolina 487-8521Southern Pines, North Carolina 692-8932Winston-Salem, North Carolina 725-2361Knoxcille, Tennessee- 523-2316Richmond, Virgínia 643-6761

CENTRO-NORTE

Chicago, Illinois .... 372-7700, Ext. 275Bloomington, Indiana 337-4961Huntington, Indiana . 356-4300, Ext. 33Ames, Iowa 232-2310Sioux City, Iowa 276-3661

Ann Arbor, Michigan 865-6297Bay City, Michigan 893-0007Detroit, Michigan ... 965-4200, Ext. 7209Flint, Michigan 234-8629Grand Rapids, Michigan 458-9535Kalamazoo, Michigan 349-2208Muskegon, Michigan 722-3751Mineãpolis, Minnesota 338-3708Omaha, Ncmraska 341-1234Bii-marck, North Dakcta 223-8000

Ext. 525Cincinati, Ohio 241-7384Rocky Rfver (Cleveland), Ohio 331-0600Toledo, Ohio 241-9178Madison, Wisconsin 266-2161Milwaukec, Wisconsin 273-3000

CENTRO-SUL

El Dcrado, Kansas 321-3040Joplin, Missouri 624-4150Kansas City, Missouri 444-1124St. Louis, Missouri 361-7333Dallas, Texas 521-2171Fort Wortli, Texas 336-2491Hou-ton, Texas 228-7495McAllen. Texas 686-2871

NOROESTE

Portland. Oregon 228-9411

Spokane. Washington 327-5871

SUDOESTE

Phccnix, Arizona 252-9064

Fresno, Califórnia 264-2919

Los Angeles, Califórnia 629-3194San Diego, Califórnia 233-3457Denver, Colorado 222-0671

Las Vegas, Nevada 737-2201

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Á MENOR — A Kedak acaba d» lançar à venda no Brasil a sua minifilmadora deequipada com o cartucho super 8, onde o filme já vem pronto para serNa foto, o novo equipamento posto a disposição dos brasileiros pela

Filmadora é como estôjo demaquilagem: cabe tia bolsa

8mm,usado.Kodak

Hoje em dia, filmar não é maisproblema pSra a mulher. Já exis-tem as filmadoras de modelo Ins-tamatic que cabem numa bolsa, esão de manejo bastante simples nãoexigindo trabalho nem para colo-cação do filme: êle já vem numcartucho, pronto para ser rodado.Até na côr, as filmadoras apresen-tam opção tle escolha; além da côrpreta, tradicional, já são encontra-das em cinza mais suave.

Quatro moüelos dessas filmado-ros estão à venda no Brasil, comtodas essas fa:illdades. E mais: re-centeme-nte foi introduzido no mer-cado brasileiro lan novo filme a cô-res para cinema em 8 mm., o Ko-dak Ektachroine II e um laborató-rio dos mais modernos foi instala-cio pela Kodak em São Paulo pa-ra poder fazer a revelação num es-paço de tempo bastante curto.

Há uma característica comum aCsías quatro filmadoras: o cartu-cho Supcr-8 da Kodak, onde ofilme já vem pronto para ser usa-do. É só encaixar o cartucho namaquina. Dizem os técnicos que es-ta inovação apresenta grande mar-gem de segurança para o operador,e que esta segurança não foi obtl-da ao acaso: custou anos de estu-dos o pesquisas, durante os quais

rhÜhares de cartuchos serviram decobaia.

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Os quatro modelos de filmadora,todos da chamada linha Instama-tic, produzidos pela Kodak, são mi-acionados por pilhas e exigem umnimo de ajustes. Possuem alça paratransporte e cada câmara indica au-tomàticamente a metragem de filmeainda disponível no cartucho. Todaspossuem um soquete para colocaçí.ode tripé, que é sempre uma peça op-cional.

Três cios quatro modelos — aM12, M14 e M16 — têm 12 cm decomprimento (excluindo-se as lentes.do cerca de 2cm), 5,5cm de lar-gura e 8cm de altura. O quartomodelo — a M18 — é ligeiramentemaior no comprimento: 14cm. Tò-das utilizam pilhas comuns de lan-terna, que são suficientes para fil-magem de 25 cartuchos de 50 pés.

O que ressalta cm todos esses mo-iri'olos é a grande simplicidade deoperação, pois os quatro tipos con-sêrvam a mesma estrutura funda-mental, não obstante variem nosacessórios que visam fixar detalhesda imagem filmada.

Eletrodos: varetas quesustentam o progresso

Navios de todos os tipos e de to-nelagem variada cruzam os marescm todas as direções. De carga, depassageiros, grai.eleiros ou petrolei-ros, são esses barcos, sob múltiplasbandeiras, a garantia das comuni-cações marítimas.

Pesados trens atravessam abismoe rios sobre pontes metálicas queIham d encurtam caminhos. Cal-deiras de todos as formatos forne-cem o calor necessário a inúmerasfábrica e altas torres de era-cking beneficiam o petróleo na ai-liuimia da petroquímica. Isto semfalar em tubulações cujas juntasdevam ser rigorosamente ligadas.

PARTICIPAÇÃO

sólidas estruturas metálicas tor-nam possível a construção em cur-to espaço de tempo de edifícios egalpões para todos os fins.

Nas linhas de montagem da In-dústria automobilística, selam-semotores, completam-se corroçariase constroem-se chassis.

Todo o processo industrial de umpais é. na realidade, um gigantes-co mecano, um complicado brin-quedo de armar onde tudo é feitopor meio de junção de chapas e par-íls metálicos.

É quando a engenharia de soldaentra em campo para tornar possi-vel a realização dos mais audicio-sos projetos.

.Na engenharia de solda, o ele-mento básico é o eletrodo. Sem essaproduto nenhum navio flutuarianem so ergueriam pontes e edifíciosou se construiriam destálnrizis, re-íinarias, oleodutos ou se montariammilhares de máquinas e equipa-mentos de que a solda é a colaindispensável.

Que é, afinal, um eletrodo..Materialmente o eletrodo é uma

varata' metálica revestida de varia-das misturas de ingredientes orga-nicos. cerâmicos e minerais. A va-reta tem o nome poético de "alma"e os revestimentos são vulgarmen-te conhecidos como fluxos.

No Brasil funcionam oito fábri-cas de eletrodos e entre elas aEbras — Engenharia Brasileira deSolda situada no km 5 da rodoviaRio—Petrópolis..

São essas fábricas as responsa-veis pelo mercado cuja expansão sedeve ao desenvolvimento rápido dopr.rque industrial brasileiro, princl-palmente no Nordeste por íòrça dosincentivos fiscais.

A Ebras é o mais recente prod.u-tor de eletrodos do país. Funcionahá cerca de três meses numa fá-brica moderna ocupando uma áreaconstruída de 3 000 m2 num terre-no de 10 000 m2,

MANUTENÇÃO

Quando a General Electric encer-nou a produção de eletrodos noBrasil para atender a outros seto-res das suas múltiplas atividadci;,coube â Ebras manter a continui-dacle da fabricação e a qualidadecia um produto Internacionalmentereputado, dentro dos padrões e nor-mas estabelecidos pela Airco Wel-ü'ns. Produsts, de Nova Iorque, semdúvida uma das maiores fábricas desoldas do mundo.

Engenheiros, técnicos e operáriosbrasileiro provaram assim sua ca-pacidade para a fabricação de umproduto de tão rigorosas normascomo e é eletrodo.

A Ebras, nesta fase inicial estáenterrando cêvoa da 150 toneladasde eletrodos por mês á indústria na-cional.

Brevemente estará produzindo de300 a 400 toneladas mensais, poisestá equipada para atender às exi-gências cada vez maiores do mer-cado. ,

Leva a vantagem de beneficiar amatéria-prima que recebe de vá-rios pontos do pais para ser aplt-cada na massa que reveste os elé-tro.los. Dispõe para ls.o de labora-tórlo para análise e controle de ca-da peça produzida.

No momento está fabricando oseletrodos convencionais exigidos pe-Ia indústria destacando-se os conhe-cidos pelos códigos W-25 e W-26.

Tais eletrodos são de fácil adap-tação e soldas de difícil posiçãoc a.":esentam um elevado índice ciesegurança.

Esses dois tipos atendem, semcompetição, a 85 das necessidades domercado.

Mas a Ebras fabrica também tiposde eletrodos da acordo com as epe-cifícações do setor industrial em quedevam ser aplicados.

Equipara-se o Brasil, no campo ciaengenharia de soldas aos países maisadiantados do mundo, revelandomais uma vez. seus técnicas e ope»rários, na fabricação de um prod.i-to de tal responsabilidade, e perfei-ta assimilação da mais avançadatecnologia.

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r JORNALDOBRASIL

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*k "«_ivs,_yCLASSIFICADOS

Rio de Janeiro — Quarta-Feira, 5-3-69 Parte inseparável do Jornal

AVISO — A Central dó Brasil informa que ama-nhã, das 9 às 16 horas, os trens paradores, com des-tino a Deodoro, não farão paradas em Lauro Müller,São Cristóvão e Encantado.

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MONTE LÍBANO — O clube patrocinará aavant-prcmièrc da peça de Molière O Avavcnto,dia 4, terça-feira, às 21 horas, no Teatro PrincesaIsabel. Além de Procópio Ferreira, estão no elen-co: Isolda Cresta, Paulo Padilha, Jorge Chaia,Nelson Mariani. A direção do espetáculo está acargo de Henri Doublier. Os convites para o espe-táctilo podem ser procurados desde já na sededo Monte Líbano. — O Grupo de Teatro Inían-til apresenta a peça de autoria de CarvalhinhoKeinaldo da Alegria, com sete personagens, desta-cando-se vários artistas da TV Glcbo.

FLORESTA — No encerramento das festividadesdo 8.° aniversário do clube e 1.° de gestão daamai diretoria, o Floresta realizará dia 8 de mar-ço a festa de comemoração. Começará com umdrink às 20 horas, «guindo-se o jantar dirigidope!o cozinheiro internacional Chico Wivth. Du-rarite o jantar serão projetadas vistas sobre a lv.s-tóriá do clube, ao som da música paraguaia, exe-cutada pelo Trio Paraguaio. Depois. CarminhaMáscarenhas e Gasolina, nos show No Floresta seImprovisa, • estarão em contato direto com o pu-biico num duelo de memória e conhecimento mu-sical. O conjunto de Moacir Max estará presen-te na esticada até ás 4 horas.

CLUBE DOS SUBOFIdAIS _ SARGENTOS DAAERONÁUTICA — Av. Ernâni Cardoso, 183) —Serestas — Todas as sextas-feiras. Restaurante —Horário (provisório): das 18 às 22 horas, nos diasúteis. Domingos desde 12 horas.

VASCO — Dia 8 de março, CremaçSo do Cama-vai, na Sede Náutica, a partir das 23 horas, como Biriba Boys.

BANDA TORTUGAL — Está em pleno funciona-mento a Cervejaria da Banda Portugal, na Ruado Riachuelo, 242.

JACAREPAGUA TÜNIS CLUBE — No dia 29 dede março, desfile de fantasias premiadas do car-naval. Comparecerão as vencedoras dos bailes doMunicipal, Hotel Quitandinba e Monte Líbano.

AERONÁUTICA — Dia 8 de março, desfile dasfantasias vencedoras do carnaval.

CASA-DE-TRAS-OS-MONTES — Hoje, às 23horas. Grande Eaile da Vitória. Conjunto Gilber-to e seu RCG 7. Os sócios das Casas Co-Irmásterão entrada franca. O Reino Encantado da Fo-Jia, sua decoração, obteve o 2.° lugar entre osclubes da Tijuca.

ASSOCIAÇÃO MACROBIÓTICA — (Rua do Re-tende n.° 21, apto. 2091 — Almoço (llhSOm àsI4h30mj e jantar (I7h30m às 19h3pm) diàriamcn-te.

TIJUCA TÊNIS — Hoje, às 21 horas, desfile dasfantasias vencedoras no carnaval.

O boletim mensal de seu clube deve ser en-viado á Seção Clubes do Departamento deClassificados do JORNAL DO BRASIL, naAvenida Rio Branco, 111), sobreloja.

Falecimentos/MissasPRLMEIRO-MJJÍISTRO LEV1 ES11KOL — AEmbaixada de Israel cemunica a cerimônia re-feiosa em sua homenagem, amanhã, dia 6, às19h. no t_nplo da Rua Tenente Pc_s)l-o.

JOSÉ CORRÊA E CASTRO — (Falecido emCampinas) — Sua eipôfa, Olga Carvalho Cor-reia participa a mi:sa de 7.° dia, amanhã, dia 6,às 8h30m, na matriz de Santo Afonso. (RuaMajor Ávila — Tijuca).

PEDRO CORREIA DA SILVA FILHO — MÍSSade 7.° dia, hoje, às 9 horas, na igreja de San-ta Margarida Maria. (Lagoa).

ANTÔNIO AUGUSTO DE CAPVALftO — Missad-- 7.° dia, hoje, às 9h30in. lio nltar-mor daIgreja de São Paulo Aposto':!;. tRua Barão deIpanema, esquina de Leopoldo Miguez — Co-pacabana).

ANTÔNIO TAVARES DE LIMA — (Cordcirinho)— (General-Intendente R. F.) — Missa de 7.»dia, heje, às 10h30m, na igreja de São Jorge (Cam-po de Santana).

ANTÔNIO JOSÉ DE SCHUELER — Missa de 7.*dia, hoje, às llh.. na Igreja de São João Batista(Catedral de Niterói).

GALILEU BORBA — Missa de mês, hoje, às10h30m. no altar-mor da Candelária. O Sr. Ga-lileu Borba era casado com a Sra. Judite F.Borba.

MARGARIDA DUARTE BADEJO — Missa de7.° dia, hoje, às lOh, no altar-mor da Igreja daCandelária.

HÉLIO FRANCISCO DO AMARAL JR. — Mis-sa de 7.° dia, hoje, às llh, na Igreja de N. S.do Terço. (Rua Senhor des Passes, 1401.

JSABEL PEREIRA DE SOUSA — Missa de 10anos, hoje, às 9h, no altar-mor da Igreja daVirgem Mártir Santa Luzia. (Rua Santa Luzia,490>.

CORONEL DAICI AVELAR DE ALMEIDA —Mirsa de ano, hoje, às 10h, na J^reja de São Jo-sá.(Rua São José — Castelo).

VIRGÍNIA ROCHA CHAVES — (Gina) — Musade més, hoje, àfi 10h30m, na Cntctiral Meircpo-litana. (Rua Primeiro de Março),

ÍMJÍSA BRAGA CRUZEIRO — (Nenézinha) —M:;sa de 7." dia, às 10h30m, na Igreja de SãoJosé. (Rua São Jcsé).

CELESTE GOMES DA COSTA — Missa de 7."dia hoje às 10h30m, na Igreja de N. S. daConceição e B:a Morte (Rua do Rosário, esq,de Av. Rio Brancoi.

ATAUALPA BRAGA DE ALENCAR LEMA —Missa de 7.° dia, hoje, às flh, na Igreja de San-ta Margarida Maria. iLagoa). O Sr. Ataualpaera funcionário da Geofoto S.A.

OSVALDO GONÇALVES RAMOS LEMA - Mis-ta de 7.° dia, hoje. ás llh.. na Igreja de N. S.da Conceição e Boa Morte. (Rua do Rosário,esq. da Av' .Rio Branco).

ISAURA ALVES IMBASSAI — Sua famíl'aagradece a todo: que compare::r.->m a seu se-puKamento. ontem. A Sra. I=rura Iitibassai eraviúva da General Augusto Imbassai.

LEONC TORRENTES GOMES '— "(Filliinlul

Sua íanuEa a_rr."._cee a t?dos que comparecerama seu sepultam:nto, ontem.

JOSÉ FERREIRA - Sja família comunica oseu falecimento e agradece a todos que ::ompa-receram a seu sepultamcn-.o, ontem

ELZ-RA BARBOSA BELLI/.ZI - (Dindinhal •-Sm famiiia agrr-iece a tedos que compareceram aseu sepultamento. ontem.

MARLI GUIMARÃES FRÔIS FF.1XOTO - Sua

família comunica seu falecimento e agradece a

wdes que compareceram a seu sepultamento,ontem.

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Tem st enviadas para o Departamento de Cias-lifiçados do JORNAL DO BRASIL, Av. Rio

Branco, 110 — sobreloja.

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rAGAMENTOS — O Banco do Estado da Guana-bara creditara em conta hoje, os vencimentos diMinistério da Saúde, lote 1, Ministério da Educa-ção e Cultura, lote 4, Departamento de Polícia Fe-deral, Secretaria Geral de Finanças, Rateio. Mi-Histeria dos Transportes, lote 5 (disponibilidade),Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras e grupo13 dos seguintes: servidores do Estado. Tribunalde Justiça, Tribunal de Contas, Assembléia Legis-lativa, DER, Fundação Leão XIII e Sursan.

PRÊMIOS — Os engenheiros João FredericoPi-unzel, Antônio Eulalio Pedrosa e Neli Lopes Ro-drigues recebem hoje c-s prêmios da AssociaçãoBrasileira de Cimento Portland. A entrega será,durante a aula magna proferida pelo professorAntônio Dias Leite, ãs llh, na Cidade Universltá-ria, na ilha do Fundão.

MEDICINA — Está no Rio o diretor latino-ameri-cano de Investigações Clínicas da Schering Cor-poration, Dr. Manuel Valdés Júnior que veio ul-«mar detalhes para a realização do Simpósio La-tino-Americano sobre Infecções e Gentamlcina. Oconclave contará com a presença de 21 médico»latino-americanos, 6 norte-americanos e 10 brasi-leiros. Serão discutidos problemas ligados às in-íecções n sua terapêutica com o novo antibiótico,sulfato de gentamlcina, descoberto pela ScheringCorporation. **« Estáo abertas as inscrições parao curso de pós-graduação de Neurologia Pediátri-ca da PUC, a cargo do professor Olavo Néri, noInstituto Fernandes Figueira. Informações pelotelefone 37-3516.

CONFERÊNCIA — No auditório do GinásticoPortuguês e sob o patrocínio do Rotary Clube doBrasil, hoje, às 12h, o escritor Emil Faraht pro-nunciará uma conferência sobre Mais noticiasboas sobre o Brasil. *** O Centro de Treinamen-to de Pessoal do SENAI-GB vai iniciar dia 13, ãs9h, um ciclo de conferências sobre Técnicas deTreinamento, com a palestra Políticas c Progra-mas de Desenvolvimento de Pessoal da Empresa,pelo Sr. Carlos José Ranã. Local: Rua Morais •Silva, 53, 4.° andar.

IMPLANTODONTJA — A Secretaria de Ciênciase Tecnologia do Estado da Guanabara, o Instltu-to Brasileiro de Implantodontia e a Societé Odon-tologique dos Implantes Aiguilles — Seção Brasi-leira, abriram inscrição para o Segundo Curso d«Especialização em Implantes, que terá início a 17de março. Informações na sede da Associação Bra-slleira de Odontologia, telefone 22-1645.

GASTHONOMOS — A primeira reunião do cor-rente ano da Confraria dos Gastrônomos, será dia10, no Vivará, quando também será lançado o 1.*Tratado Brasileiro de Gastronomia (EdiçõesBlcch), dte autoria de Miguel de Carvalho.

SINFÔNICA — O maestro alemão Ernst Huber-Contwig regerá a Orquestra Sinfônica Nacional,domingo, às lOh, no programa Concertos para tiJuventude que a Rádio MEC apresenta no Canal4. Executará a Abertura Rosamundc, op. 26, deSchubcrt; o Concerto n.° 20 em ré menor parapiano c orquestra, K. 4CC, de Mozart, tendo comosolista Maria da Penha; e a Sinfonia n." 7 cm lámaior, opus 92, de Eeethoven.

CRliMINOLOGIA — O Curso Superior de Criml-nologia, do Instituto de Criminologia da Univer-sidade do Estado da Guanabara, funcionará daabril a novembro, sob a direção do prof. RobertoLira e será ministrado por èle e sua equipe detécnicos especializados e atualizados. Inscriçõesabertas durante o mês de março na sede do Ins-tituto, na Rua do Catete, 243, 2,° andar, telefona25-9263.

LANCHA — Com capacidade para 2 000 passagel-ros. será lançada ao mar hoje, às 15h 30m, nosestaleiros dé Niterói, a lancha Ipanema, que viráreforçar a frota em tráfego na baia de Guana-bara.

ARTE — O Museu dc Arte Moderna do Rio cieJaneiro vai promover, no auditório do Cinemate-ca, um curso popular de arte gratuito que terá a,duração de três meses. As aulas do enrso serãodadas pelos professores Aluísio Carvão, Ana Le-tícla, Carl Heinz Bergmiller, Faiga Ostrower, IvanSerpa, Luis Costa Lima, Roberto Maalhães, Ren-nai Katz e outros. Maiores informações poderãoser obtidas no MAM.

LUZ — Para serviços de manutenção e ampliaçãona rede de distribuição de energia elétrica e se-gurança do pessoal que realiza esse serviço, torna-se indispensável interromper, hoje, quarta-feira, ofornecimento de eletricidade nos seguintes logra-douros: Zona Sul — Na Gávea, entre 6h 30 e 17h,Rua Capuri; Estrada da Gávea. Sumará — entre7h e 16h, Estrada do Sumaré. Subúrbios da Cen-Irai — Em Vicente dc Carvalho, entre llh e 17h,Ruas Embafba, César Múzlo, Cambuci do Vale,Juliano de Miranda, Tajuri, Aiuroca, Coruira •Lopo Diniz. Em Coelho Neto, entre 7h e 15h,Ruas Accguá, Guassupé, Cajurana, Italgara, Curi-pe. Catanduva, Bagé, Guaiauna, "13", Tlaçu,çimbrês, Orlandia e Araçatuba; Avenidas Auto-móvel Clube e dos Italianos; Travessa Orlandia;Praça Professora Virgínia Cidade. Estado do Rio— Em Nova Iguaçu, entre 6h e 17h. Ruas Déboft,Dona Chama, Dr. José Mizarai. Eli Danni e EliasPerslano; Estrada Rio são—Paulo.

LANÇAMENTO — A direção do Museu Vila-Lõ-bos realiza hoje, às 17h. em sua sede, o lança-mento do terceiro volume da obra Presença deVila-Lobos, que reúne um conjunto de artigose depoimentos sobre o músico brasileiro.

EXCEDENTES — Os candidatos consideradosaptos para a matrícula na Academia Militar dasAgulhas Negras e que excederam o número devagas fixado, poderão matricular-se no 3.° anoda Escola Preparatória de Cadetes do Exército.Para isto, deverão comparecer à Diretoria de En-sino de Formação, até o próximo dia 6.

BOLSAS — A Coordenação do Aperfeiçoamentode Pessoal de Nível Superior, informa que o Con-selho Nacional de Pesquisas (CNR) da Ituíia estáoferecendo 15 bolsas para a realização de pesqut-sas em instituições italianas ligadas ao CNR. Aduração dessas bolsas será fixada de acordo corao plano de trabalho de cada bolsista, não podeo-do. entretanto ultrapassar 12 meses. Os bolsistas,além das facilidades de estudos, receberão mensa-lídades de 180 000 liras para despesas de manu-tenção. Pedidos de inscrições, bem como de infor-mações complementares, deverão ser dirigidos porcarta ao Consiglio Nazlonale delle Richerche. Ser-vizio Affari Scientificl e Tecnologici. Ufficio At-tlvitã di Ricerca, Sezione Borse di Studio, Piazza-le delle Scienze 7, 00100 Roma — Itália.

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CLASSIFICADOS - Jornal ds Brasil, 4.a-Ftir_, 5-3.6? v itooVfciS - ALüGUcL

Jornal astrológicoAL RAIIMAN

SIGNO VIGENTE: Pisces (Peixes)de fevereiro a 20 de março.

de 20

Piscianos são o ator Rex Harrison, _ atriz

Elizabeth Taylor e o escritor norte-americano(Pr.mio Nobsl) John Stcir.beck, r_ie__mer_te fa-

lecido.

PISOES dá aos seus natos um temperamento

metódico e paciente, uma capacidade latente de

dEsparto simpatia nes outros, além de uma fértil

Imaginação sempre em bu..a do uma aplbação

útil à humanidade. Auxiliar o próximo é uma das

suas motivações mais fortes, pois a espiritual-

dade e o misticismo característicos dos piscianos

exigem esta forma ativa e concreta de demens-

trar seu amor a toda a criação. A versatilidade

está entre as demais qualidades, os mais diver-

sos tipos de trabalho. Entre as tendências nega-

tivas está a propensão para subestimar-se. O pis-

ciano é quase sempre uma boa companhia.

Planeta: Netuno

Dia favorável: Sexta-feirap.ara mística: Hsliotrcpio (variedade de ágata

verde)

Cores: Matizes do azulNumeres benéficos: Cinco c oito

Signos mais compatíveis: Taurus, Câncer,

Capricórnio, Pisces, AquarlusV

Os nascidos hoje. piscianos, tèm, como qua-

lidades específicas fornecidas aos do segundo de-

canato (1 a 10 de março); as seguintes: índole

afável. generosa. Impulso desmedido de ajudar o

próximo, com riscos das próprias necessidades.

En -e as fraquezas, há um gosto exagerado em

receber elosios que poderá levá-lo a falsas ava-

liações de amizades. Deve evitar também uma

propensão á megalomania.

HORÓSCOPO DE HOJE, 5 DE MARÇO DE 1969

ARIES (21 de março a 20 de abril) - Me-

lhore seu humor e seja, mais compreensivo com

os interesses alheios para evitar desentendimentos

possíveis. Procure fugir a uma atitude radical

ante seu» superiores usando de diplomacia em vez

de agressividades para defender seus pontos-de-

vista. Possibilidade de solução para vários proble-

mas que o preocupam presentemente.

TAURUS (21 de abril a 20 de maio) - As-

pecio indeciso para negócios poaerá causar •¦ova,

(.criada de pesição em se-us projetos. Seu e-,orço

pessoal lhe dará grandes compensações no setor fi-

nanceiro. As _i__tir..íáncJas irão favorecer a v.cla

prcfinicnal c a sr-.úde entrará em boa fase.

GEMINI (21 de maio a 20 de junho) — A

criatividade está s.b bons influxos neste período,

mas evite deixar-se dominar por emoções excessi-¦ vas Seja mais diplomático com os parentes e use

de cautela especial quando fôr lidar com dinheiro

no dia de hoje. Poderá receber ajuda poderosa de

pessoas chegadas.

CÂNCER (21 de junho a 21 de julho) - Os

assuntos domésticos vão exigir uma atenção re-

dobrada de sua parte, mas é um dia positivo para

resolver questões relativas à família. A fortuna

estará a seu favor, podendo trazer-lhe boas sur-

presas no decorrer do período. Os assuntos de

ordem profissional também sob bom aspecto.

LEO (22 de julho a 22 de agosto) — Evite

as precipitações que muitas vezes a impetuosidadedo seu signo provocam. Seu habitual entusiasmo

deverá prevalecer, porém, e o ajudarão a superar

possíveis empecilhos. Use maior tacto com os pa-"rentes que de. hábito c dè asas á sua criativida-

de, hoje num poriodo favorável.

VIRGO (23 de agosto a 22 de setembro) —

Dia com altos e baixos. Seus parentes estarão mais

aptos a aceitar seus pontos-de-vista, para questõesmomentosas. Não tome decisões precipitadas antes

de ter analisado todos os ângulos da questão. Pre-

núncios de lucros com oens imóveis.

LIBRA (23 de setembro a 22 de outubro) —

O dia apresenta-se favorável sob todos os aspec-

tos, mas não deixe de agir moderadamente, evi-

taiido os atos ou palavras impensadas. Vida profis-íional promissora, havendo possibilidades de pro-

gr_.i-_ e v.intagem nss seterís pessoais e nas tiram-sações que fizer.

SCORPIO (23 de outubro a 21 de novembro)Dia bom para resolver questões há muito es-

tacionadas. Sua prudência deverá ser maior nas

suas relações sociais, pois há indícios de que o

fator sorte surgirá dentre seus conhecimentosatravés de circunstâncias inesperadas. Evite apre-

goar aos quatro ventos os seus novos planos.

SAGITTARIUS (22 de novembro a 21 de de-

z.mbro) — Não conte demais com os amigos neste

período, embora procurem ajudá-lo. Sua boa sor-

te virá de forma inesperada, c a concretização de

um velho sonho poderá acontecer, pois os influ-

jeos são bons. Novas amizades Irão ajudá-lo a re-

novar alguns preconceitos que possui.

CAPRICÓRNIO (22 de dezembro a 20 de ja-

neiro» — Instabilidade na vida profissional e nos

negócios não devem atemorizá-lo: são npmas in-

crhics de que há modificações para melhor. Aías-

te-se um pouco de sua tendê-tcla à retina e alar-

gue mais sua mente a novos métclos e idéias. A

boa fev-tuna estará presente neste psrícdo.

AQUARIUS «21 de janeiro a 19 de fevereiro)

Não tema as aparências opressivas de suas no-

vas circunstâncias, pois o dia está sob bom aspecto

t lhe será útil para novas relações. É bom período

para renovar seus conhecimentos e repensar as

questões mais profundas qeu o preocupam. Seu cs-

pírito avançado vai atrair novos amigos.

PISCES (20 de fevereiro » 20 de março) —

Continue os seus gestos desinteressados, pois hl

quem sabe apreciar o devido valor do que você

laz. A sorte quar ajudá-lo: seja menos impulsivo

t seus negócios irão de vento em popa. Busque

métodos mais modernos no trabalho para que êle

«eja mais rendoso e eficaz.

PENSAMENTO DE HOJE: Muitos dos proble-

tnas da atualidade são devidos a trabalhadores

que não pensam e a pensadores que não traba-

Eaam.(Anônimo)

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• A Granja Ouro Branco, uma das maioresorganização avícolas da Guanabara, está remo-delando inteiramente suas instalações. Vários ga-linheiros — que distavam apenas 3 metros cn-Ire si — estão sendo desmontados e transportados para a granja que a firma opera no mu-nicípio de Conraríem, perto de Belo Horizonte.O preço mais baixo do milho, o clima seco eameno e a possibilidade de instalar os galinliei-ros a mais de 100 metros uns dos outros são asprincipais vantagens a favor da mudança.

O engenheiro-agrónomo Manoel Andreiollodemitiu-se do cargo de tesoureiro da Cooperati-va dos Avicultorcs de Jacarepaguá. O cargo estávago.

Secretaria de Turismo ainda não respon-deu cftòò da União Brasileira dê Avfcultea —entregue há cerca do 30 dias — infornvnndo seconcorda em ceder o Pavilhão do Súo Cristóvãopara a realização da expo-icâo .avícola, previstapara julho próximo, juntamente com o I Con-gresso Brasileiro de Avicultura.

Apesar da contra-indicação oficial ainda háavicultores qus fazem a vacinação contra a do-ença de Newcastle através da ágrja de bebida. Ocerto c vacinar por via intranasal ou intra-ocular,como recomendam as autoridades do Ministérioda Agricultura.

Continua havendo falta de pintos de corteem todo o pais. Sugerimos aos avicultores quepretendem aumentar sua produção que, antes,consultem os incubatórios. pois em caso contra-no correrão o risco de ficar com as instalaçõesvazias.

A Kinutre parece que está mesmo desididaa implantar a indústria de alimentos baseadoscm cariies de aves, no Brasil. Enquanto de.«en-volve seu projeto, em Barão do Amparo, já estátestando alguns produtos nas suas instalaçõesdo Catete.

O' pré-resfriamento das carcaças, em águlgelada, é técnica recomendada, e que deve sertirada por todos os abaterlouros, grandes ou pe-qr.cnos. Ele têm as seguintes finalidades: (e) re-moção do calor interno adquirido durante o es-caldamento. (b) quebra da rigidez cadavérica t(O reidratação das carcaças,

A Granja Marandino, em Jacarepaguá, con-linua executando o seu plano de expansão, ten-do, inclusive, adquirido um novo terreno, na re-ct-ntemente aberta Via. 9. A próxima obra im-pertante da organização será a instalação de umcrbatório, inteiramente automático.

Recentes informações que nos chegaram do«Es tados Unidos falam da possibilidade da colo-cação no mercado, este ano, de uma vacina con-tra a leucose. Se isto realmente acontecer, os avi-cultores terão nas mãos uma arma valiosa parao combate ã doença aviaria que maiores prejuí-zos causa, em toclo o mundo.

e Os avicultores norte-americanos usam quatrotipos diferentes de rações para frangos de corte:pré-inicinl, inicial, crescimento e acabamento.Aqui a maior parte dos fabricantesduz três tipes: inicial e engorda. Háindustrias que fabricam só dois tipos: inicial tei: gorda.• Estão abertas as inscrições para o Curso de

Atualização Avícola que será realizado, duranteos dias 23 e 24 de abril, na sede da Associação Ru-ra! de Nova Iguaçu. As inscrições são gratuitase podem ser feitas no Laboratório de PesquisasAvioolas, à Rua Pilomena Nunes, 232 — umatransversal da Avenida Brasil, em Olaria.

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PEIXES — Vem crescendo, nos íiltimos anos, áexpoi-taçâp braslleü-a cie peixes ornamentais. Suavariedade e bsleza constituem atrativos para osatnerlsanos e europeus. Em 1967. o valor de taisexportações atingiu a 394 mil dólares. Alem do3ornamentais, foi tentada uma exportação de pi-ratihas, mas não teve maior êxito. Acontece queéises peixes devoram-se uns ao3 outros, na via-gem. Além disso, espalhados nai rios dos Esta-dos Unidos, passaram a bnnquetear-se com ospeixes locais, até que foi proibida a sua entradano país...

LABORATÓRIOS — Já eslâo funcionando osdois Laboratórios do Centro Agropecuário ciaFundação Rural de Campos, que se dedicam aspeJ/qiüsas e diagnósticos de patologia animal euimica do solo.

A Fundarão Rural de Campos construiu oCemro Agropecuário reunindo técnicos e acesso-res do Ministério da Agricultura, da Secretaria deAgricultura do Estado do Rio da ACAR-RJ ePlanam, em acordo com o Governo do Estado eco.n o Banco Coopsrativo dos Plantadores deCana do Norte Fluminense.

LUZ NEGRA — Em algumas plantações dos Es-tados Unidos e da América Central ,à noite sãoacesos focos de luz. Trata-se de um novo reour-sò de combate aos insetos — a luz negra. Nasáreas cultivadas são distribuídas focos de luafluorescente que atraem os insetos; junto, vea-tiladores. chupam todos óles para uma armadi-lha, onde são destruídos.

A prática tem funcionado muito bem, prin-cpalme.nte i>ara atrair mariposas — pequenasboi-boletlnhas noturnas — que iriam botai- ovos,dos quais lagartas sairiam para comer a folha-gem das plantas.

SEMENTES — Para incentivar o uso de melho-res sementes no plantio, acaba de ser criada noE-pirito Santo a Cooperativa Espirito-santenseda Sementes e Mudas, com sede na capital ca-pixaba. Seu primeiro trabalho será o de distri-buir aos associados lotes de sementes básicas, pa-ra que eles as multipliquem e, depois, forneçamaos agricultores, com a garantia de tratar-se dematerial de qualidade.

A Cooperativa também pronoverá campanhade esclarecimento sóbre as vantagens do empré-go de melhores tementes no plantio.CARNE — O Sr. Edilson Lamartine Mendes, vi-w-presidente da Associação Brasileira de Cria-dures de Zebu. e«tá otimista com relação à par-ticipação do Brasil no mercado internacionalcom tu carnes rebuinas.

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b) eleição dos membros do Conselho Fiscal para o exer-cicio de 1969;

c) interesses gerais.Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 1969.

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NCRSAlzira Oliveira Pilolto 50 000,00324.» EXTRAÇÃO - PLANO "FM" - 19 de dezembro de 1968

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V MÊS DE JANEIRO DE 1969

326.a EXTRAÇÃO - PIANO "EG" - 2 de janeiro d. 19691.» PRÊMIO - BILHETE N." 12 389

NOME PRÊMIO PAGONCRS

V_tlerii.no Cirnairo Joaquim Gustavo de Andrade Filho ....Sebastião de Frcifai Castro Greco Luigi Júlio Mfllhtíiros Cunha

5 000,005 000,00

25 000.005 000,005 000,00

1969327.» EXTRAÇÃO - PIANO "EG" - 9 da janeiro dI." PRÊMIO - BILHETE N." 5026

NOME PRÊMIO PAGONCRÍ

Pedro Corrêa Lima J0 000,00Gcrcmda da Silva Moniimor -5 000,00Azi:l Laebcr 5 000,p0Antônio Jcsuí Pimenta 5 000,00Damião Francisco des Santos 5 000,00Theodalino Marques da Silva 5 OCO.C0Cícero Fernandas ria Rocha 10 000,00Anlônld <ia Silva Rodrigues Lopes 5 000,CO

328.» EXTRAÇÃO - PLíNO "EG" - 16 de janeiro de 19691." PRÊMIO - BILHETE U.« 7704

EMPREGADA çl casal cozinhandotrivial fino, Não lava roupa gran*de. Dorme no emprego, Referên-cias o carteira, 130,00 p| come-car. R. Barão de PirassEnunqa,69 ap. 305. Praça Saens Pena. Das14 horas em diante.EMPREGADA - Preciso comne-

(tentei pago bem, das 7 às 16 hs,todo serviço pequeno apartamen-to senhor estrangeiro, sem cozi*nha, sem dormida. Tratar te'cfons.13-1880 com Relnaldo.EMPRFGADA — Prícisa-se em ca-sa de familia, três adultos, pa-ra tido serviço, menos lavar epassar roupa, Dormir no emprê-go. Exigem-áe refirências. RuaCruz lima, 33, ap. 303 -f:no 25-2030.EMPREGADA-'- Precisa-» _ledo serviço. Trarar Av. Tre2e|302. Tijuca.de Maio, 47, sala 1 508 _

COZINHEIRA - Precisa-se de emgregada que saiba cozinhar tri*víaI variado, que durmn no em*prego e dê referências. Paga-:ebem. Tratar à Rua Pedro Guedes,59. Praça da Bandeira. Entre asRuas Ibiturunn e Senador Fur-t,3do.___COZINHEIRA - Precisa-se de mô~.ça prática e osseada para o tri-vinl variado. Referências e do-cumenioj. Ordenado NCr$ 180,00.Rua Prof. Azevedo Marques, 36.Começa na Dias Ferreira, 105 —Leblon.COZINHEIRA - Precisa-s. paraapartamento de familia pequena.Paga-se bem, mas exige-se refe*retidas, Av. Paulo de Frcntin, 671ap. 301. Rio Comprido. Telefona

COZÍNHEÍRA"-' NCr$ 150,00. -

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PASSADEIRA';- Precisa-se. Av."Passos s. 67, 1.° andar.

COZINHEIRA - Precisa-fcr.e_22-8476._empregada - Preoisa-se de umase para trivial fino. Exi.c referenciai, para íedo o ssr-J nviço, na res. de familia pstiue-ge-se referencias. Haga-

i' ,a-se bem. Rua Grajaú, 153|se bem^ Tra)ar San|a Cia-

para todo serviçojfâ/ JVop._201

empregada

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EMPREGADA - NCrS 120,00 -Prcci*3-se para 3 pessoas que co-_rinhe o trivial variado; Exige-sereferência. R. Prudente Morais,

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dem.iis serviços, com referên*cias. R. Desembargador Izidro, óap. 503. Tijuca.EMPREGADA

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PRÊMIO PAGONCRS5 000,00

10 000,005 000,005 000,005 000,005 000,00

10 000,005 000,00

329." EXTRAÇÃO - PIANO "EG" - 23 d. janeiro d. 19691." PRÍMIO - BILHETE N." 125Í.

NOME PRtMIO PAGONCRS

Waldcmiro Rodiioues Malhias 15 000,00Pedro Eniiliano ria Silva 25 000,00Andres Luis'P. Santamaria 10 000,00

330." EXTRAÇÃO - PLANO "EG" - 30 d. janeiro d. 1969!¦ PRÊMIO - BILHETE N.« 7501

NOME PRÊMIO- PAGONCRS50 000,00

pr-jgo.——-- |30-, Ipsrvama, _Bar 20. !rumar, dormindo em casa,

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?^*,!?VSKl'-W*-:0í*,';íífrí referendai, para corinha, e i»« - Tel. 3S.59Ó3. E00 a 1 OCO. ln:.r,coas 5'alu as.; Ordenado: NCrí lB0,00.'_-T.Vr.T: "Au ar particulares ae inglês. Uni. K c„jj.r p.rfr_ v.lhn ?¦;<; _,EWPRcGADA - Precisa-se da niô-,, ,versai Service. Aflency. Av. Co- £• í„í"v5L-- ¦ Ç" nue saiba cozinhar e fazer balhar _

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Estudou noColégio Pedro II, em 1953. Casado cem a Sra. Ma-rília de Araújo Vento. £ pai de Marco Antcnio eMarta.PROFESSOR ANDRÉ KENEDY — Atualmente éprofessor de {Belãs-Àiftes cem atelier próprio. Foiprimeiro prêmio em Paris e Budapest, em pintura.Participou de vários salões de nrtes em Paris, Mu-nique, Amsterdã, Berna, Roma, Budapest, e Vie-na. Casado com a Sra. Eda Kenedy. E pai de Ro-nald. O professor André Kenedy retratou: PioXII, Presidente Kennedy. Presidente Dutra, Cas-teio Branco, Jânio Quadros; ex-Govemadores:Magalhães Pinto, Carlos Lacerda, Nei Braga, Pau-Io Pimentel e Ministro Ivo Arzua.OUTROS ANIVERSARIANTES — AlexandreWulfes; Alberto Botino; Epaminondas Martins;Mário Rodrigues; Váltcr Ramos de Sousa; Ma-nuel Aristacho Bezerra; Dulce Barbeiro; RosinaCantelmo Fernandes; Carlos Tavares.• ANIVERSARIARAM ONTEM:DEPUTADO CHAGAS FREITAS — Advogado,membro do Ministério Público íCurador de Famí-lia», dirige dois jornais no Rio: A Noticia e oDia. Ingressou na Câmara em 1955. Na eleiçãode 1958, obteve quase 100 000 votos, tendo sido ocegundo colocado, depois de Carlos Lacerda. Em1962 entrou para o PSD, pouco antes da eleição,e, apesar da luta ter-se extremado entre o "bri-r/)li.smo" e o "lacerdismo", ainda ultrapassou oquociente eleitoral, tendo sido o mais votado de suaagremiação. Isso levou a publicação editada nosEstados Unidos, pelo instituto fer the Compara-tive Si-udy of Pclitioal Systems, intitulada Bra-lil Election Factbook, a considerá-lo um das de-tentores de maior eleitorado pessoal. Em 1961,quando se implantou o parlamentarismo, foi con-vidado para Ministro da Justiça e não aceitou. Édetentor de várias condecorações, entre as quaisdestacam-se: Ordem do Mérito Militar, a meda-lha de Tamandaré e medalha do Atlântico Sul.DEPUTADO TANCREDO DE ALMEIDA NE-VES — Bacharel de Direito, foi diretor de O Cor-reio, jornal que era editado em São João-Del-Rei.Foi Ministro da Justiça no segundo Governo deGetúlio Vargas e, posteriormente, exerceu as íun-ções de Primeiro-Ministro do primeiro gabineteparlamentarista da República. Nasceu em SãoJoão-Del-Rei, Minas.CORONEL BASÍLIO GUILHERME RAPOSO —Nasceu em São João del-Rei, MG, onde se tornoucolaborador do Diário do Comércio e de O Correio.Pertence á Reserva do Serviço de Intendência. Foimembro da Comissão de Orçamento do Ministérioda Guerra e da Comissão Superior de Economia eFinanças. Exerceu o cargo de Instrutor da Escolade Aperfeiçoamento de Oficieis e do CPOR de Re-clfc. Comandou a 1." Companhia-Escola de In-tendência. Possuí os cursos de Gerencia Geral ede Administração de Salários da Universidade Ca-tólica do Rio de Janeiro e o curso de Técnicas deEntrevistas do Instituto de Seleção e OrientaçãoProfissional.OUTROS ANIVERSARIANTES — EngenheiroAntônio José Alves de Sousa; Brigadeiro Dario deAzambuja; Edmundo da Silveira Calado; ClóvisLevi da Silva; Jorge Duarte da Silva; VanderlelGonçalves, Maria Helena Monteiro; Milton dosBantos Oliveira.• NOTAS:NASCIMENTOS — O advogado João TeixeiraPosses e sua esposa Nazaré Alencar Moreira Pos-ses, comunicam o nascimento de mais uma filha,que recebeu o nome de Mariana. O casal VálterOliveira e Sra. Sônia Freitas de Almeida, parti-cipam o nascimento de sua filha Ana Paula.Adriano Ferreirr Halfeld, filha de Roberto AugU3-to Ferreira e Hernestlna Halfeld Ferreira, nasceuno dia 22 de fevereiro.COMEMORAÇÕES — A Associação de Cronis-t<ts Esportivos do Estado da Guanabara — ACEG— comemora dia 6, o 51." aniversário de sua cri-•ção. — Comemorou-se, dia 1.° de março o 78.*aniversário de fundação do Supremo TribunalFederal.NOIVADO — Ficaram noivos no dia 24 de fe-vereiro próximo passado, os jovens Mozart FariaHontzy e Marli Castro Távora. filhes do Sr. Jo-sé Hentzy e Sra. Margarida Hentzy e Sr. Ale-xandre Távara e Sra. Silvia Meneses Castro Ta-vara.CASAMENTO — Na igreja de São Francisco dePaula realiza-se no dia 19 do corrente, o enlacematrimonial da Srta. Sílvia Pcrlingeiro, filha doBr. Hugo Otati Perlingeiro e Sra. Violeta Buar-que Perlingeiro, com o Sr. Guilherme Paixão, fi-lho do Sr. Eugênio Barbosa Paixão e Sra. Déa deCastro Barbcsa Paixão

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