Diário da Câmara dos Deputados de 20/02/2020

ANO LXXV Nº 17, QUINTA-FEIRA, 20 DE FEVEREIRO DE 2020

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

BRASÍLIA - DF

,

DIARIO A

DA CAMARA DOS DEPUTADOS

MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

(Biênio 2019/2021)

PRESIDENTE RODRIGO MAIA (DEM-RJ)

1º VICE-PRESIDENTE MARCOS PEREIRA

(REPUBLICANOS-SP)

2º VICE-PRESIDENTE LUCIANO BIVAR (PSL-PE)

1º SECRETÁRIO SORAYA SANTOS (PL-RJ)

2º SECRETÁRIO MÁRIO HERINGER (PDT-MG)

3º SECRETÁRIO FÁBIO FARIA (PSD-RN)

4º SECRETÁRIO ANDRÉ FUFUCA (PP-MA)

1º SUPLENTE DE SECRETÁRIO RAFAEL MOTTA (PSB-RN)

2º SUPLENTE DE SECRETÁRIO GEOVANIA DE SÁ (PSDB-SC)

3º SUPLENTE DE SECRETÁRIO ISNALDO BULHÕES JR. (MDB-AL)

4º SUPLENTE DE SECRETÁRIO ASSIS CARVALHO (PT-PI)

CÂMARA DOS DEPUTADOS

SUMÁRIO

SEÇÃO I

Plenário

1. SÚMULA DA 018ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, DELIBERATIVA EXTRAORDINÁRIA, DA 2ª

SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 56ª LEGISLATURA, EM 19 DE FEVEREIRO DE 2020 . . . . . . 5

Ata da Sessão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Ordem do Dia Convocada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 150

2. SÚMULA DA 019ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, NÃO DELIBERATIVA DE DEBATES, DA 2ª

SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 56ª LEGISLATURA, EM 19 DE FEVEREIRO DE 2020 . . . . . . 151

Ata da Sessão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159

Ordem do Dia Convocada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 255

Expediente Despachado

3. DESPACHOS DO PRESIDENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 258

Proposições

4. PROPOSIÇÕES APRESENTADAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 273

5. PROPOSIÇÕES DESPACHADAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 282

6. DESPACHOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 440

Comissões

7. PARECERES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 442

8. ATAS

Comissão de Seguridade Social e Família, 92ª Reunião em 17/12/2019 . . . . . . . . . . . . . . . . 472

9. ORDEM DO DIA DAS COMISSÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 474

SEÇÃO II

Fundo Rotativo da Câmara dos Deputados

10. FUNDO ROTATIVO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 476

4 Quinta-feira 20 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Fevereiro de 2020

Composição da Câmara dos Deputados

11. COMPOSIÇÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 480

Fevereiro de 2020 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quinta-feira 20 5

1. SÚMULA DA 018ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, DELIBERATIVA

EXTRAORDINÁRIA, DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 56ª

LEGISLATURA, EM 19 DE FEVEREIRO DE 2020

SESSÃO DELIBERATIVA EXTRAORDINÁRIA DE 19/02/2020

BREVES COMUNICAÇÕES

DRA. SORAYA MANATO (PSL - ES) - Informação às populações do Estado do Espírito Santo e do País

sobre o monitoramento do coronavírus pelo Governo brasileiro, especialmente pelo Ministério da Saúde.

VALMIR ASSUNÇÃO (PT - BA) - Realização do carnaval 2020 no Estado da Bahia. Apoio do Governo

Estadual ao evento. Transcurso do 71º aniversário de fundação do bloco Afoxé Filhos de Gandhy, na Capital

Salvador.

CELSO MALDANER (MDB - SC) - Anúncio de votação do Projeto de Lei Complementar nº 112, de 2019,

sobre a autonomia técnica, operacional, administrativa e financeira do Banco Central do Brasil.

LEONARDO MONTEIRO (PT - MG) - Realização de movimento grevista por petroleiros, em defesa de

melhores condições de trabalho e do cumprimento de acordo salarial pela empresa Petróleo Brasileiro S/A —

PETROBRAS.

CHARLES FERNANDES (PSD - BA) - Desempenho insatisfatório do Presidente Jair Bolsonaro.

MILTON VIEIRA (REPUBLICANOS - SP) - Pedido ao Presidente da República e ao Ministro da Saúde, Luiz

Henrique Mandetta, de aquisição de acelerador linear para o Hospital de Base de São José do Rio Preto,

aparelho de radioterapia necessário para o tratamento de câncer.

MARCON (PT - RS) - Necessidade de apoio do Governo Federal aos agricultores atingidos pela estiagem

prolongada, no Estado do Rio Grande do Sul.

DANIEL ALMEIDA (PCDOB - BA) - Transcurso do 71º aniversário de fundação do bloco Afoxé Filhos de

Gandhy, em Salvador, Estado da Bahia. Congratulações ao Governador Rui Costa pelos investimentos

realizados no carnaval de 2020.

FÁBIO TRAD (PSD - MS) - Indagação do cidadão campo-grandense Oelton França, conhecido por Curió,

sobre as causas e responsabilidades pelos elevados preços de combustíveis praticados no País. Exortação ao

Presidente da República para realização de reunião com os Governadores Estaduais e representantes de

associações e entidades ligadas ao setor para debate do tema.

JORGE SOLLA (PT - BA) - Defesa de rejeição das Medidas Provisórias de nºs 905 e 899, de 2019,

respectivamente, sobre a instituição do Contrato de Trabalho Verde e Amarelo e a alteração da legislação

trabalhista brasileira, e sobre o estabelecimento de requisitos e condições para a regularização de débitos dos

contribuintes junto à União.

RICARDO SILVA (PSB - SP) - Saudações à população do Município de Serrana, no Estado de São Paulo.

Compromisso de atuação parlamentar em defesa dos interesses da municipalidade.

BOCA ABERTA (PROS - PR) - Desafio ao Governador do Estado do Paraná, Ratinho Júnior, de retirada do

ICMS incidente sobre combustíveis.


PAULÃO (PT - AL) - Baixa qualidade dos serviços prestados à população alagoana pela empresa

Equatorial Energia.

HEITOR FREIRE (PSL - CE) - Apelo ao Secretário de Segurança Pública e Defesa Social e ao Governador do

Estado do Ceará, Camilo Santana, de abertura de negociações com policiais militares.

JOÃO DANIEL (PT - SE) - Reafirmação do apoio do orador ao movimento grevista dos petroleiros,

realizado em defesa da revisão de demissões e do cumprimento, pela empresa Petróleo Brasileiro S/A -

PETROBRAS, do Acordo Coletivo de Trabalho celebrado perante o Tribunal Superior do Trabalho.

JOSÉ RICARDO (PT - AM) - Participação do orador em reunião da Frente Parlamentar Mista em Defesa

dos Direitos dos Povos Indígenas. Pedido à Presidência de devolução, ao Poder Executivo, do Projeto de Lei nº

191, de 2020, sobre a exploração de recursos minerais, hídricos e orgânicos em reservas indígenas.

Divulgação, pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil — CNBB, Regional Norte I, e pelo Conselho

Indigenista Missionário — CIMI, Regional Norte 1, de notas em solidariedade e defesa das comunidades

indígenas brasileiras.

DRA. SORAYA MANATO (PSL - ES) - Isenção da Direita e do Presidente Jair Bolsonaro com relação ao

assassinato da Vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Pedro Gomes. Caracterização do

homicídio do ex-Capitão da Polícia Militar, Adriano Magalhães da Nóbrega, como crime de queima de arquivo,

apontado como chefe da milícia citada nas investigações do Caso Marielle Franco. Responsabilidade da

Esquerda pela Operação BR-101, resultante no assassinato ex-Capitão da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

MAURO BENEVIDES FILHO (PDT - CE) - Valorização da Polícia Militar pelo Governador do Estado do

Ceará, Camilo Santana.

VALMIR ASSUNÇÃO (PT - BA) - Elevação dos índices de desemprego e de pobreza no País. Redução do

número de famílias cadastradas junto ao Programa Bolsa Família. Urgente necessidade de implantação, pelo

Governo Jair Bolsonaro, de política emergencial destinada à redução das desigualdades sociais e à geração de

novos empregos. Defesa de aprovação, pela Casa, de proposições em prol das camadas menos favorecidas.

JOSÉ MEDEIROS (PODE - MT) - Contrariedade à pretendida cassação do mandato do Vereador Abílio

Junior, do Município de Cuiabá, Estado do Mato Grosso.

SILVIO COSTA FILHO (REPUBLICANOS - PE) - Apelo ao Governo Jair Bolsonaro de encaminhamento à

Casa, em caráter emergencial, das propostas de reforma tributária e administrativa.

LEONARDO MONTEIRO (PT - MG) - Convocação dos membros da Frente Parlamentar pelo

Desenvolvimento da Agroecologia e Produção Orgânica para participação em reunião do colegiado, destinada

ao debate de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento da produção orgânica e da base agroecológica.

CHARLES FERNANDES (PSD - BA) - Transcurso do 195º aniversário de criação da Polícia Militar do Estado

da Bahia. Excelência dos trabalhos realizados pelo 17º Batalhão da Polícia Militar no Município de Guanambi.

PASTOR SARGENTO ISIDÓRIO (AVANTE - BA) - Homenagem à Polícia Militar do Estado da Bahia.


JOSEILDO RAMOS (PT - BA) - Abertura de canal negociações sobre a greve dos petroleiros, no âmbito do

Tribunal Superior do Trabalho.

EDUARDO COSTA (PTB - PA) - Apresentação, ao Diretor-Geral do Departamento Nacional de

Infraestrutura de Transportes — DNIT, de requerimento de informações sobre a recuperação da BR-316,

trecho Belém- Castanhal, no Estado do Pará.

OTONI DE PAULA (PSC - RJ) - Congratulações ao Juiz Federal Marcelo Bretas pelo rompimento de

relações com o Governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel.

BENEDITA DA SILVA (PT - RJ) - Indignação da oradora com as críticas de Parlamentares a Deputadas da

Esquerda, por manifestações de repúdio à declaração desrespeitosa do Presidente Jair Bolsonaro contra a

jornalista Patrícia Campos Mello.

VALMIR ASSUNÇÃO (PT - BA) - Congratulações ao Governador do Estado da Bahia, Rui Costa, pelo apoio

financeiro ao carnaval de 2020.

LEÔNIDAS CRISTINO (PDT - CE) - Pedido à Casa de aprovação da Proposta de Emenda à Constituição nº

150, de 2019, sobre a exigência de lei específica para a criação de empresa pública; de sociedade de economia

mista e de subsidiária e a participação de qualquer delas em empresa privada.

MILTON VIEIRA (REPUBLICANOS - SP) - Desconexão entre os elevados gastos governamentais com o

carnaval e a falta, nos hospitais públicos brasileiros, de aceleradores lineares para tratamento de câncer.

Apelo ao Presidente da República, ao Ministro da Saúde e ao Governador do Estado de São Paulo de aquisição

de aparelho de radioterapia para o Hospital de Base de São José do Rio Preto.

ENÉIAS REIS (PSL - MG) - Indignação do orador com a anunciada realização da Marcha para Satanás, em

Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais.

JOSÉ ROCHA (PL - BA) - Regozijo com a liberação, pela Agência Nacional de Aviação Civil — ANAC, do

Certificado Operacional Provisório ao Aeroporto Isaac Moura Rocha, no Município de Guanambi, Estado da

Bahia.

RICARDO SILVA (PSB - SP) - Necessidade da revisão da Lei de Execução Penal, no tocante à concessão de

saídas temporárias a detentos acusados pela prática de crimes hediondos.

MARCON (PT - RS) - Natureza vexaminosa das insinuações sexuais do Presidente Jair Bolsonaro contra a

jornalista Patrícia Campos Mello. Indignação com o desrespeito do Presidente da República com as mulheres.

JOSÉ MEDEIROS (PODE - MT) - Incoerência de manifestações de Parlamentares da Esquerda sobre a

declaração do Presidente Jair Bolsonaro a respeito da jornalista Patrícia Campos Mello.

BOCA ABERTA (PROS - PR) - Descaso do Prefeito Marcelo Belinati, do Município de Londrina, Estado do

Paraná, com a área de saúde pública.


HILDO ROCHA (MDB - MA) - Matéria Um Balanço Vermelho , a respeito dos índices de pobreza no Estado

do Maranhão, publicada pela revista Veja. Lançamento da Frente Parlamentar Mista para o Programa Espacial

Brasileiro.

PEDRO UCZAI (PT - SC) - Solidariedade ao movimento grevista dos petroleiros. Desestruturação do

patrimônio público pelo Governo Jair Bolsonaro.

EDMILSON RODRIGUES (PSOL - PA) - Encaminhamento, pelas bancadas do PSOL, do PT e da Rede

Sustentabilidade, de Representação ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar contra o Senador Flávio

Bolsonaro em face de denúncias do seu envolvimento com milícias.

PAULÃO (PT - AL) - Apoio ao movimento grevista dos petroleiros.

EVAIR VIEIRA DE MELO (PP - ES) - Posse do Reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia

do Estado do Espírito Santo, Jadir José Pela, no Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de

Educação Profissional, Científica e Tecnológica — CONIF.

HEITOR FREIRE (PSL - CE) - Denúncia de irregularidades praticadas pelo Prefeito Carlomano Marques, do

Município de Pacatuba, Estado do Ceará.

FÁBIO HENRIQUE (PDT - SE) - Solidariedade à greve dos petroleiros. Apelo à direção da empresa

Petróleo Brasileiro S/A - PETROBRAS de abertura de negociações com a categoria.

JOÃO DANIEL (PT - SE) - Congratulações à bancada feminina da Casa pela realização de ato de desagravo

à jornalista Patrícia Campos Mello, diante de ofensa verbal do Presidente Jair Bolsonaro. Participação do

orador na Festa da Colheita do Arroz Agroecológico, organizada pelo Movimento dos Pequenos Agricultores -

MPA, no Município de Ilha das Flores, Estado de Sergipe. Expectativa de acatamento, pelo Supremo Tribunal

Federal, da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 5.553, de 2016, da isenção fiscal sobre os agrotóxicos,

referente às Cláusulas de nºs 1ª e 3ª, do Convênio nº 100, de 1997, do Conselho Nacional de Política

Fazendária — CONFAZ.

IVAN VALENTE (PSOL - SP) - Repúdio ao tratamento dispensado pelo Governo Jair Bolsonaro aos

beneficiários do Programa Bolsa Família. Pretensão da equipe econômica de alteração do benefício do seguro-

desemprego concedido aos pescadores artesanais. Recusa, pelo Governo Federal, de taxação de lucros,

dividendos e de grandes fortunas.

JOSÉ NELTO (PODE - GO) - Competência de articulação política do Ministro-Chefe da Secretaria de

Governo da Presidência da República, general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira. Acerto da nomeação do

general Walter Souza Braga Netto para Ministro-Chefe da Casa Civil da Presidência da República. Expectativa

quanto à interlocução entre o novo Ministro-Chefe da Casa Civil e o Congresso Nacional com relação às

reformas tributária e administrativa.


OTONI DE PAULA (PSC - RJ) - Desrespeito do apresentador Luciano Huck para com as mulheres

fluminenses. Solidariedade ao líder operacional da Guarda Municipal do Rio de Janeiro, Orlando Toledo,

vítima de atropelamento. Defesa da concessão de porte de arma às guardas municipais do Rio de Janeiro.

LINCOLN PORTELA (PL - MG) - Defesa da concessão do porte de armas às guardas municipais.

JULIAN LEMOS (PSL - PB) - Realização, por policiais militares, de assembleia destinada à deliberação

sobre a possível paralisação da categoria, no Estado da Paraíba. Solidariedade aos participantes no evento.

HENRIQUE FONTANA (PT - RS) - Apoio à greve dos petroleiros. Protesto contra a proposta de

fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados — FAFEN, no Estado do Paraná. Defesa da aplicação da

tabela de preços mínimos de frete para caminhoneiros. Declínio da economia brasileira em face da política

ultraliberal encampada pelo Presidente Jair Bolsonaro e pelo Ministro da Economia, Paulo Guedes. Recorde

nos empregos precários no País. Prejuízos para a economia brasileira decorrentes da valorização do dólar

norte-americano. Necessidade de investigação minuciosa do assassinato do miliciano Adriano Magalhães da

Nóbrega.

RUBENS BUENO (CIDADANIA - PR) - Defesa de votação pela Casa do Projeto de Lei nº 550, de 2019, a

respeito do controle e segurança de barragens e do agravamento de penas para crimes ambientais.

EDIO LOPES (PL - RR) - Aplausos à Guarda Civil de Mucajaí pela apreensão de drogas e prisão de

traficantes, no Estado de Roraima. Defesa de aprovação da Medida Provisória nº 901, de 2019, sobre a

transferência de terras da União para o domínio dos Estados do Amapá e de Roraima.

EVAIR VIEIRA DE MELO (PP - ES) - Transcurso do Dia Nacional do Imigrante Italiano. Relevância da Lei nº

13.680, de 2018, sobre a criação do Selo Arte.

BIBO NUNES (PSL - RS) - Desvirtuamento, por opositores, de declaração do Presidente Jair Bolsonaro a

respeito da jornalista Patrícia Campos Mello.

DARCI DE MATOS (PSD - SC) - Defesa de realização da reforma administrativa.

GONZAGA PATRIOTA (PSB - PE) - Aumento do número de feiras orgânicas/agroecológicas no Estado de

Pernambuco, após a criação do Programa Circuito Pernambuco Orgânico. Incentivos à produção de alimentos

orgânicos no Estado. Realização, ao ensejo do carnaval, da Operação Prevenção Segundos que Salvam Vidas

pelo Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco. Visita do Governador Paulo Câmara ao Município de

Petrolina.

EDMILSON RODRIGUES (PSOL - PA) - Solicitação ao Governador Helder Barbalho de providências a

respeito da situação de professores convocados pelo Sistema de Organização Modular de Ensino do Pará.

DRA. SORAYA MANATO (PSL - ES) - Aprovação, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária — ANVISA,

de texto normativo sobre o registro das chamadas terapias avançadas no País.

ROGÉRIO CORREIA (PT - MG) - Apelo à Casa de votação do Projeto de Lei nº 550, de 2019, a respeito do

controle e segurança de barragens e do agravamento de penas para crimes ambientais.


CORONEL TADEU (PSL - SP) - Incoerência da declaração do Governador do Estado de São Paulo, João

Doria, sobre a necessidade do estabelecimento, pelo Presidente Jair Bolsonaro, de diálogos presenciais com

Governadores tendo em vista à utilização, pelo gestor estadual, das redes sociais para a governança da

unidade federativa.

CARLOS VERAS (PT - PE) - Transcurso do 30º aniversário da instalação do Movimento dos Trabalhadores

Rurais Sem Terra — MST no Estado de Pernambuco.

TITO (AVANTE - BA) - Destinação pelo orador de recursos de emendas orçamentários para a região oeste

do Estado da Bahia.

WOLNEY QUEIROZ (PDT - PE) - Apoio do Parlamento brasileiro, dos partidos oposicionistas e de centrais

sindicais ao movimento grevista dos petroleiros.

LUIZ LIMA (PSL - RJ) - Equívoco do posicionamento do PT e da Esquerda favorável ao movimento grevista

dos petroleiros.

CAMILO CAPIBERIBE (PSB - AP) - Transcursos do 76º aniversário de criação da Polícia Militar do Estado

do Amapá. Apresentação pelo orador da Emenda nº 4 ao Projeto de Lei do Congresso Nacional nº 1, de 2020,

para garantia da recomposição salarial paritária dos policiais militares e bombeiros militares dos ex-Territórios

Federais com os policiais do Distrito Federal.

DAMIÃO FELICIANO (PDT - PB) - Apelo à Presidência de engajamento na luta contra as elevadas tarifas

áreas praticadas no País.

SÂMIA BOMFIM (PSOL - SP) - Congratulações à bancada feminina da Casa pela mobilização contra as

declarações do Presidente Jair Bolsonaro ofensivas à jornalista Patrícia Campos Mello e às mulheres

brasileiras. Elevado índice de violência contra a mulher brasileira. Repúdio à reforma previdenciária

encampada pelo Governador do Estado de São Paulo, João Doria.

FRANCO CARTAFINA (PP - MG) - Maior atenção do Governo Jair Bolsonaro e do Ministério da

Infraestrutura para com a situação da malha rodoviária brasileira, especialmente na região do Triângulo

Mineiro.

FÁBIO HENRIQUE (PDT - SE) - Transcurso do 185º aniversário de emancipação político-administrativa do

Município de Porto da Folha, Estado de Sergipe.

ALESSANDRO MOLON (PSB - RJ) - Presença, na Casa, do Vereador Eliseu Gabriel e da Profa. Sueli

Mondini para encaminhamento aos Parlamentares da Carta de São Paulo em Defesa do Fundo de

Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação —

FUNDEB.

CARLOS GOMES (REPUBLICANOS - RS) - Realização de maiores investimentos governamentais no setor

de reciclagem de resíduos no Brasil. Defesa da aprovação do Projeto de Lei nº 6.545, de 2019, do Senado

Federal, sobre a concessão de incentivos à indústria da reciclagem e a criação do Fundo de Apoio para Ações


Voltadas à Reciclagem — Favorecicle e dos Fundos de Investimentos para Projetos de Reciclagem —

ProRecicle.

ORDEM DO DIA

ROGÉRIO CORREIA (PT - MG) - Pedido à Presidência de inclusão na pauta do Projeto de Lei nº 550, de

2019, a respeito do controle e segurança de barragens e do agravamento de penas para crimes ambientais.

ERIKA KOKAY (PT - DF) - Apelo à Casa de votação do Projeto de Lei nº 550, de 2019, a respeito do

controle e segurança de barragens e do agravamento de penas para os crimes ambientais.

ERIKA KOKAY (PT - DF) - Apresentação do requerimento de retirada de pauta do Projeto de Lei nº 3.047,

de 2019, em protesto contra a não votação do Projeto de Lei nº 550, de 2019, a respeito do controle e

segurança de barragens e do agravamento de penas para os crimes ambientais. Retirada do requerimento

pela oradora.

JOSÉ NELTO (PODE - GO) - Reiteração do pedido ao Presidente Rodrigo Maia de votação do Projeto de

Lei Complementar nº 149, de 2019, sobre a criação do Programa de Acompanhamento e Transparência Fiscal

- Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal.

LAFAYETTE DE ANDRADA (REPUBLICANOS - MG) - Apelo à Liderança do Governo na Casa de votação do

Projeto de Lei nº 550, de 2019, a respeito do controle e segurança de barragens e do agravamento de penas

para os crimes ambientais.

DANIELA DO WAGUINHO (MDB - RJ) - Emissão de parecer ao Projeto de Lei 3.047, de 2019, sobre a

designação de 13 de março como o Dia Nacional de Luta contra a Endometriose e a promoção da Semana

Nacional de Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose.

JOÃO CAMPOS (REPUBLICANOS - GO) - Contribuições do Presidente do Conselho Nacional de Justiça,

Ministro Dias Toffoli, para a elaboração do novo Código de Processo Penal.

PERPÉTUA ALMEIDA (PCDOB - AC) - Congratulações à Casa pela votação do Projeto de Lei 7.354-B, de

2017, sobre a alteração da Lei nº 11.664, de 2008, acerca da efetivação de ações de saúde destinadas à

prevenção, à detecção, o tratamento e o seguimento dos cânceres do colo uterino e de mama, no âmbito do

Sistema Único de Saúde — SUS. Agradecimento à bancada do PCdoB pela escolha da oradora para Líder do

partido na Casa. Desrespeito do Presidente Jair Bolsonaro e do Ministro da Economia, Paulo Guedes, para

com as mulheres e as camadas menos favorecidas. Alerta sobre as consequências negativas da reforma

administrativa.

CAPITÃO ALBERTO NETO (REPUBLICANOS - AM) - Conveniência de solicitação à Presidência, pelos

Líderes partidários, de transformação de sessão plenária da Casa em Comissão Geral para debate dos reflexos

do surto de coronavírus sobre a indústria nacional.

ERIKA KOKAY (PT - DF) - Discussão do Projeto de Lei 7.354-B, de 2017, sobre a alteração da Lei nº

11.664, de 2008, acerca da efetivação de ações de saúde destinadas à prevenção, à detecção, o tratamento e


o seguimento dos cânceres do colo uterino e de mama, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS.

Consequências negativas da Emenda Constitucional nº 95, de 2016, acerca do congelamento, por 20 anos, dos

investimentos governamentais na área social. Elevado contingente de trabalhadores brasileiros

desempregados e na informalidade. Razões do movimento grevista dos petroleiros.

CÉLIO MOURA (PT - TO) - Protesto contra o despejo de famílias da Gleba São José, no Município de Barra

do Ouro, Estado de Tocantins.

FERNANDA MELCHIONNA (PSOL - RS) - Discussão do Projeto de Lei 3.047, de 2019, sobre a designação

de 13 de março como o Dia Nacional de Luta contra a Endometriose e a promoção da Semana Nacional de

Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose. Repúdio à decisão da Liderança do Governo na

Casa de não votação do Projeto de Decreto Legislativo nº 242, de 2019, sobre a aprovação do texto do Acordo

entre a República Federativa do Brasil e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados — ACNUR,

com vista ao estabelecimento e funcionamento de escritório do órgão no Brasil, assinado em Brasília, em 19

de fevereiro de 2018; e do Projeto de Lei nº 550, de 2019, a respeito do controle e segurança de barragens e

do agravamento de penas para crimes ambientais. Existência de acordo para a votação do Projeto de Lei

7.354-B, de 2017, sobre a alteração da Lei nº 11.664, de 2008, acerca da efetivação de ações de saúde

destinadas à prevenção, à detecção, o tratamento e o seguimento dos cânceres do colo uterino e de mama,

no âmbito do Sistema Único de Saúde — SUS. Escalada do crime de feminicídio no Brasil. Apologia da

violência contra a mulher pelo Presidente da República.

PASTOR SARGENTO ISIDÓRIO (AVANTE - BA) - Importância do carnaval como instrumento de geração de

emprego e renda no Estado da Bahia. Congratulações à Casa pela aprovação de proposições de interesse do

povo brasileiro.

CARMEN ZANOTTO (CIDADANIA - SC) - Discussão do Projeto de Lei 7.354-B, de 2017, sobre a alteração

da Lei nº 11.664, de 2008, acerca da efetivação de ações de saúde destinadas à prevenção, à detecção, o

tratamento e o seguimento dos cânceres do colo uterino e de mama, no âmbito do Sistema Único de Saúde —

SUS.

ELI BORGES (SOLIDARIEDADE - TO) - Recomendação aos brasileiros de prudência na participação dos

festejos carnavalescos. Encaminhamento da votação do Projeto de Lei 7.354-B, de 2017, sobre a alteração da

Lei nº 11.664, de 2008, acerca da efetivação de ações de saúde destinadas à prevenção, à detecção, o

tratamento e o seguimento dos cânceres do colo uterino e de mama, no âmbito do Sistema Único de Saúde —

SUS.

ERIKA KOKAY (PT - DF) - Manifestações de Deputados e do Presidente Jair Bolsonaro ofensivas às

mulheres. Encaminhamento da votação do Projeto de Lei 7.354-B, de 2017, sobre a alteração da Lei nº

11.664, de 2008, acerca da efetivação de ações de saúde destinadas à prevenção, à detecção, o tratamento e

o seguimento dos cânceres do colo uterino e de mama, no âmbito do Sistema Único de Saúde — SUS.


ERIKA KOKAY (PT - DF) - Descumprimento pela Presidência do Regimento Interno da Casa na elisão das

orientações de bancada na votação do Projeto de Lei 7.354-B, de 2017, sobre a alteração da Lei nº 11.664, de

2008, acerca da efetivação de ações de saúde destinadas à prevenção, à detecção, o tratamento e o

seguimento dos cânceres do colo uterino e de mama, no âmbito do Sistema Único de Saúde — SUS.

FERNANDA MELCHIONNA (PSOL - RS) - Sugestão à Presidência para a composição numérica da Comissão

Especial destinada à verificação de denúncias de violência obstétrica e do elevado índice de mortalidade

materna no País.

FÁBIO HENRIQUE (PDT - SE) - Reportagem sob o título Fila do Bolsa Família já tem 3,5 milhões de

pessoas e pressiona Prefeitos, publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

LIZIANE BAYER (PSB - RS) - Importância de criação da Comissão Especial destinada à verificação de

denúncias de violência obstétrica e do elevado índice de mortalidade materna no País.

JANDIRA FEGHALI (PCDOB - RJ) - Regozijo com a apreciação pela Casa dos Projetos de Lei de nºs 7.354-B,

de 2017, e 3.047, de 2019, respetivamente, sobre a alteração da Lei nº 11.664, de 2008, acerca da efetivação

de ações de saúde destinadas à prevenção, à detecção, o tratamento e o seguimento dos cânceres do colo

uterino e de mama, no âmbito do Sistema Único de Saúde — SUS, e sobre a designação de 13 de março como

o Dia Nacional de Luta contra a Endometriose e a promoção da Semana Nacional de Educação Preventiva e de

Enfrentamento à Endometriose. Importância de criação da Comissão Especial destinada à verificação de


DRA. SORAYA MANATO (PSL - ES) - Desrespeito de Deputadas da Esquerda para com as Parlamentares

situacionistas.

FLORDELIS (PSD - RJ) - Importância da criação, pela Casa, de Comissão Especial destinada à verificação de


ALIEL MACHADO (PSB - PR) - Aprovação, pela Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, de projeto de

lei a respeito da garantia à gestante de escolha da modalidade do parto.

BENEDITA DA SILVA (PT - RJ) - Importância de criação pela Casa da Comissão Especial destinada à

verificação de denúncias de violência obstétrica e do elevado índice de mortalidade materna no País.

ELI BORGES (SOLIDARIEDADE - TO) - Necessidade de alteração de dispositivos do Regimento Interno da

Casa para agilidade das votações.

ERIKA KOKAY (PT - DF) - Questão de ordem sobre o descumprimento de acordo para a votação do

Projeto de Lei 3.047, de 2019, a respeito da designação de 13 de março como o Dia Nacional de Luta contra a

Endometriose e da promoção da Semana Nacional de Educação Preventiva e de Enfrentamento à

Endometriose.


MARINA SANTOS (SOLIDARIEDADE - PI) - Emissão de parecer ao Projeto de Lei nº 6.215, de 2013, sobre

a designação de 13 de março como o Dia Nacional de Luta contra a Endometriose e a promoção da Semana


ALINE GURGEL (REPUBLICANOS - AP) - Empenho da Deputada Daniela do Waguinho na aprovação do

Projeto de Lei nº 6.215, de 2013, sobre a designação de 13 de março como o Dia Nacional de Luta contra a

Endometriose e a promoção da Semana Nacional de Educação Preventiva e de Enfrentamento à

Endometriose.

FLORDELIS (PSD - RJ) - Congratulações aos Deputados Roberto de Lucena e Daniela do Waguinho pela

votação do Projeto de Lei nº 6.215, de 2013, sobre a designação de 13 de março como o Dia Nacional de Luta

contra a Endometriose e a promoção da Semana Nacional de Educação Preventiva e de Enfrentamento à

Endometriose.

DRA. SORAYA MANATO (PSL - ES) - Discussão do Projeto de Lei nº 6.215, de 2013, sobre a designação de

13 de março como o Dia Nacional de Luta contra a Endometriose e a promoção da Semana Nacional de

Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose.

ERIKA KOKAY (PT - DF) - Discussão do Projeto de Lei nº 6.215, de 2013, sobre a designação de 13 de

março como o Dia Nacional de Luta contra a Endometriose e a promoção da Semana Nacional de Educação

Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose. Retorno da censura no Governo Jair Bolsonaro. Repúdio à

declaração da Secretaria Nacional da Cultura sobre a necessidade de extinção da guerra racial e de gênero.

Elevado índice de violência e de homicídios contra a comunidade LGBT. Questionamento da oradora sobre o

envolvimento do Presidente da República e seu filho com miliciano assassinado.

ALESSANDRO MOLON (PSB - RJ) - Saudação à autora do Projeto de Lei nº 6.215, de 2013, sobre a

designação de 13 de março como o Dia Nacional de Luta contra a Endometriose e a promoção da Semana

Nacional de Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose. Presença no plenário de moradores do

Município de Brumadinho, Estado de Minas, para apresentação de graves denúncias sobre a situação da

municipalidade. Apelo ao Congresso Nacional por não descaracterização do projeto de lei sobre o

estabelecimento de regras para a concessão de licenciamento ambiental a empreendimentos minerários.

Repúdio à declaração do Ministro-Chefe do Gabinete da Segurança Institucional da Presidência da República,

general Augusto Heleno, acerca de chantagem do Congresso Nacional contra o Poder Executivo.

LÉO MORAES (PODE - RO) - Apoio à aprovação do Projeto de Lei nº 6.215, de 2013, sobre a designação

de 13 de março como o Dia Nacional de Luta contra a Endometriose e a promoção da Semana Nacional de

Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose. Apresentação da plataforma de trabalho do orador

na Liderança do Podemos na Casa. Necessidade de realização da reforma tributária para redução das

desigualdades sociais brasileiras.


POMPEO DE MATTOS (PDT - RS) - Impropriedade das declarações do Ministro-Chefe do Gabinete de

Segurança Institucional da Presidência da República, general Augusto Heleno, acerca de chantagem do

Congresso Nacional contra o Poder Executivo. Importância da harmonia entre os Poderes da República.

Participação do orador em reunião com o Presidente da Casa, Deputado Rodrigo Maia, e o Presidente do

Supremo Tribunal Federal, Ministro Dias Toffoli, para debate da reforma do Código de Processo Penal.

ROBERTO DE LUCENA (PODE - SP) - Importância da aprovação pela Casa do Projeto de Lei nº 6.215, de

2013, sobre a designação de 13 de março como o Dia Nacional de Luta contra a Endometriose e a promoção

da Semana Nacional de Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose. Elogio à Deputada Daniela

do Waguinho, autora do Projeto de Lei nº 3.047, de 2019, apensado à proposição.

DANIELA DO WAGUINHO (MDB - RJ) - Importância da aprovação pela Casa do Projeto de Lei nº 3.047, de

2019, apensado ao Projeto de Lei nº 6.215, de 2013, sobre a designação de 13 de março como o Dia Nacional

de Luta contra a Endometriose e promoção da Semana Nacional de Educação Preventiva e de Enfrentamento

à Endometriose.

GONZAGA PATRIOTA (PSB - PE) - Repúdio aos ataques do Presidente Jair Bolsonaro e do Sr. Hans River

do Rio Nascimento à jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo. Notas de associações de

advogados e jornalistas em repúdio ao comportamento machista do Presidente da República.

DISCURSOS ENCAMINHADOS À MESA PARA PUBLICAÇÃO

PROFESSORA ROSA NEIDE (PT - MT) - Apoio à Proposta de Emenda à Constituição nº 15, de 2015, sobre

a transformação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos

Profissionais da Educação — FUNDEB em instrumento permanente de financiamento da educação básica.

Recomposição dos recursos orçamentários destinados ao FUNDEB. Valorização dos profissionais do setor

educacional.

VINICIUS CARVALHO (REPUBLICANOS - SP) - Tramitação na Casa do Projeto de Lei nº 4.922, de 2016, de

autoria do orador, sobre a obrigatoriedade da fabricação de medicamentos sem corantes, como opção para o

consumidor.

IRACEMA PORTELLA (PP - PI) - Participação da oradora no ato de lançamento do projeto Conectando

Mulheres, Defendendo Direitos, de iniciativa da ONU Mulheres em parceria com a União Europeia.

WELITON PRADO (PROS - MG) - Pedido ao Governo do Estado de Minas Gerais de pagamento do piso

nacional do magistério público aos professores e do 13º salário aos servidores públicos estaduais.

VALDEVAN NOVENTA (PSC - SE) - Crise reinante no âmbito do Instituto Nacional do Seguro Social — INSS

por falta de servidores.


MARCIO ALVINO (PL - SP) - Participação do orador no ato comemorativo da filiação do Prefeito

Guilherme Gazzola ao PL, do Município de Itu, Estado de São Paulo.

JOSÉ NELTO (PODE - GO) - Desdobramento da proposta apresentada pelo Presidente Jair Bolsonaro aos

Governadores Estaduais de extinção da cobrança do ICMS incidente sobre combustíveis. Anúncio de

apresentação de requerimentos de realização, pelas Comissões de Minas e Energia e de Defesa do

Consumidor, de audiências públicas destinadas ao debate dos preços de combustíveis.

ENCERRAMENTO


Ata da 018ª Sessão da Câmara dos Deputados, Deliberativa Extraordinária, Matutina, da 2ª Sessão Legislativa

Ordinária, da 56ª legislatura, em 19 de fevereiro de 2020.

Presidência dos Srs.:

Rodrigo Maia , Presidente.

Soraya Santos, 1ª Secretária.

Isnaldo Bulhões Jr., 3º Suplente de Secretário.

Benedita da Silva, Charles Fernandes, nos termos do § 2º do artigo 18

do Regimento Interno.

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Não havendo quórum regimental para a abertura da

sessão, nos termos do § 3º do art. 79 do Regimento Interno, aguardaremos até meia hora para que ele se

complete.

ABERTURA DA SESSÃO

(Às 9 horas e 5 minutos)

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - A lista de presença registra na Casa o comparecimento de

51 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados.

Está aberta a sessão.

Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos.

PRESENTES OS SEGUINTES SRS. DEPUTADOS:

Partido Bloco

RORAIMA

Hiran Gonçalves PP PpMdbPtb

Total de RORAIMA 1

RONDONIA

Coronel Chrisóstomo PSL

Total de RONDONIA 1

TOCANTINS

Eli Borges Solidaried

Osires Damaso PSC

Total de TOCANTINS 2

MARANHÃO

Eduardo Braide Podemos

Total de MARANHÃO 1

CEARÁ

Denis Bezerra PSB

José Airton Félix Cirilo PT


José Guimarães PT

Total de CEARÁ 3

PIAUÍ

Assis Carvalho PT

Total de PIAUÍ 1

RIO GRANDE DO NORTE

Beto Rosado PP PpMdbPtb

Total de RIO GRANDE DO NORTE 1

PARAÍBA

Frei Anastacio Ribeiro PT

Total de PARAÍBA 1

PERNAMBUCO

Augusto Coutinho Solidaried

Ossesio Silva Republican

Wolney Queiroz PDT

Total de PERNAMBUCO 3

SERGIPE

Fábio Mitidieri PSD

Fabio Reis MDB PpMdbPtb

Total de SERGIPE 2

BAHIA

Charles Fernandes PSD

Daniel Almeida PCdoB

Joseildo Ramos PT

Leur Lomanto Júnior DEM

Pastor Sargento Isidório Avante

Paulo Magalhães PSD

Valmir Assunção PT

Waldenor Pereira PT

Total de BAHIA 8

MINAS GERAIS

Charlles Evangelista PSL

Dr. Frederico Patriota

Emidinho Madeira PSB

Fábio Ramalho MDB PpMdbPtb

Leonardo Monteiro PT

Misael Varella PSD

Rodrigo de Castro PSDB

Vilson da Fetaemg PSB

Total de MINAS GERAIS 8

ESPÍRITO SANTO

Dra. Soraya Manato PSL

Total de ESPÍRITO SANTO 1

RIO DE JANEIRO

Benedita da Silva PT

Jandira Feghali PCdoB

Lourival Gomes PSL

Total de RIO DE JANEIRO 3


SÃO PAULO

Arlindo Chinaglia PT

Capitão Augusto PL

Milton Vieira Republican

Ricardo Silva PSB

Total de SÃO PAULO 4

MATO GROSSO

Carlos Bezerra MDB PpMdbPtb

José Medeiros Podemos

Total de MATO GROSSO 2

GOIÁS

Delegado Waldir PSL

Dr. Zacharias Calil DEM

Total de GOIÁS 2

PARANÁ

Boca Aberta PROS

Enio Verri PT

Total de PARANÁ 2

SANTA CATARINA

Celso Maldaner MDB PpMdbPtb

Coronel Armando PSL

Total de SANTA CATARINA 2

RIO GRANDE DO SUL

Liziane Bayer PSB

Marcon PT

Marlon Santos PDT

Total de RIO GRANDE DO SUL 3

LEITURA DA ATA

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Fica dispensada a leitura da ata da sessão anterior.

EXPEDIENTE

(Não há expediente a ser lido.)

BREVES COMUNICAÇÕES

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Passa-se às Breves Comunicações.

Concedo a palavra à Sra. Deputada Dra. Soraya Manato.

A SRA. DRA. SORAYA MANATO (PSL - ES. Sem revisão da oradora.) - Sra. Presidente, Srs. Parlamentares, é

fato que estamos preocupados com a possibilidade da chegada ao Brasil do coronavírus. Embora não tenha sido


confirmado nenhum caso, sabemos que o Governo brasileiro já está se preparando para tratar o doente, caso

alguma pessoa seja identificada com o vírus.

No Espírito Santo, a Secretaria de Saúde segue o protocolo orientado pelo Ministério da Saúde e tem uma

preocupação especial com portos e aeroportos. O cuidado é para que passageiros ou tripulantes que tenham tido

contato com o vírus não cheguem ao Estado.

O Ministro Mandetta já informou que equipes do Ministério da Saúde estão monitorando os aeroportos e

portos brasileiros. Segundo ele, na hipótese de algum passageiro ou tripulante de algum navio que venha da

região onde estão ocorrendo os casos, que é na China, tiver algum sintoma, o sistema é comunicado e

rapidamente o tripulante desembarca e é atendido.

A Companhia Docas do Espírito Santo — CODESA informou que o Porto de Vitória acompanha todos os

boletins da ANVISA e está em contato diário com os profissionais da agência. Está sendo exigido e respeitado

rigorosamente também o uso de equipamento de proteção individual para trabalhadores que atuam nas áreas de

fronteira, portos e aeroportos.

Então, quero tranquilizar a população capixaba, pois todas as medidas necessárias já estão sendo tomadas

pelas autoridades. As pessoas que foram trazidas da China para o Brasil, que estão em Anápolis, e os casos

suspeitos pelo Brasil estão sendo monitorados a todo tempo pelo Ministério da Saúde. Vamos ter mais

tranquilidade quanto a isso!

Presidente, peço que o meu discurso seja divulgado no programa A Voz do Brasil.

Muito obrigada.

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Deferido o seu pedido.

Com a palavra o Deputado Valmir Assunção.

O SR. VALMIR ASSUNÇÃO (PT - BA. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero

aqui prestar minhas homenagens ao bloco Afoxé Filhos de Gandhy, que foi fundado precisamente no dia 18 de

fevereiro de 1949, completando ontem, portanto, 71 anos. É um afoxé tradicional em Salvador e que este ano,

sem dúvida alguma, vai percorrer as ruas da cidade no carnaval. O bloco já está se preparando para essa festa: é

um tapete branco na avenida, com muita paz e tranquilidade.

Quero saudar todos os diretores do Afoxé Filhos de Gandhy pelo aniversário, pela construção e pela

afirmação da nossa cultura, que é fundamental para dar visibilidade ao nosso Estado, sobretudo à nossa capital.

DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELO SR. DEPUTADO VALMIR ASSUNÇÃO.

Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, com todo respeito a todas as festas no Brasil, quero falar da minha

Bahia, que desde janeiro já está em festa, celebrando o verão e o carnaval. E como não poderia deixar de ser, as


ações do Governo da Bahia a cada ano nos surpreendem diante do alto grau de profissionalismo e organização

para que baianos e turistas aproveitem o máximo possível.

É tempo de celebrar o Ilê Ayê, o Olodum, o Cortejo Afro e as dezenas de blocos afros que cada vez mais

ganham força no carnaval de Salvador. É hora de se divertir com o Bayana Sistem, Daniela Mercury, Margareth

Menezes e o tradicional Gerônimo. Como não considerar o carnaval da Bahia o melhor carnaval do mundo?

Com o tema 70 anos do trio elétrico, o carnaval da Bahia traz uma justa homenagem à revolução que

fizeram Dodô e Osmar! No caso do Pelourinho, nosso patrimônio negro, trará não só dezenas de apresentações e

blocos que trazem a ancestralidade como fundamento, mas também apresentações que trazem outras tradições

do nosso País, vindas de outros Estados.

Sem dúvidas, é o maior evento de nosso Estado, que envolve uma ação coordenada entre diversas

Secretarias de Estado. Por isso, desde já cumprimento o Governador Rui Costa, assim como as suas diversas

secretarias, em especial a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, na pessoa da Secretária Fabya Reis. É na

Bahia que temos que dar o exemplo do carnaval antirracista! E o trabalho da SEPROMI é fundamental!

Também é louvável o trabalho da Secretaria de Cultura. A Secretária Arany Santana é uma referência, e sua

gestão demonstra a valorização da cultura baiana, principalmente a negra.

Neste ano, o Carnaval Ouro Negro comemora 13 anos, estimulando a participação de agremiações oriundas

das diversas comunidades de Salvador, que têm na folia o ápice para as diversas atividades sociais que são

desenvolvidas ao longo do ano. Indumentárias, toques percussivos, danças, performances e cantos fazem parte

dos espetáculos, que trazem em si a força da ancestralidade e da tradição. São 49 blocos, das categorias afro,

afoxé, samba e reggae, que desfilam este ano com o seu apoio.

Não menos importante são os investimentos em segurança. As novidades deste ano são as patrulhas

integradas, com policiais do Bope e da Ronda Maria da Penha, treinados para prevenir a violência contra a

mulher. Estão sendo investidos cerca de R$45 milhões na segurança. Na área da saúde, os foliões terão à

disposição um reforço significativo nos serviços de saúde ofertados à população no período da festa. Estão sendo

investidos R$2 milhões pelo Governo do Estado para suprir a demanda extra na área de saúde. Os testes rápidos

no circuito do carnaval de Salvador e de Porto Seguro irão oferecer ao público a possibilidade de detecção de

doenças sexualmente transmissíveis, como HIV, sífilis e hepatites virais.

O Governo do Estado, através da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (SEPROMI), atuará no

carnaval de Salvador, mais uma vez, com o serviço da equipe do Centro de Referência de Combate ao Racismo e à

Intolerância Religiosa Nelson Mandela, na sede do Procon (Rua Carlos Gomes, 746, Centro), integrada às demais

políticas sociais oferecidas para a festa.


O atendimento no posto fixo do Procon acontecerá todos os dias da folia, sempre das 10 às 22 horas. No

local haverá recepção de denúncias e orientação jurídica aos foliões. A ação, intitulada “Carnaval sem Racismo”,

também inclui campanha de sensibilização nos principais circuitos da folia e carnavais de bairro, com técnicos

qualificados para o monitoramento das situações de violação de direito contra a população negra.

Com os trabalhos coordenados pela SEPROMI, o Governo do Estado pretende sistematizar dados sobre a

ocorrência dos crimes de discriminação racial e acompanhar a resolutividade dos casos junto à Rede Estadual de

Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa.

No circuito Dodô (Barra-Ondina) estará em funcionamento a Unidade Móvel do Centro de Referência

Nelson Mandela. Serão oferecidas informações, atendimento preventivo e acolhimento de denúncias de racismo.

O equipamento será instalado na Avenida Ademar de Barros, nas imediações do Monumento das Gordinhas, no

bairro de Ondina.

Outra novidade é a Casa Respeita as Mina Verão, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), que

ficará localizada no antigo prédio do Serviço de Atendimento ao Turista (SAT), na Rua das Laranjeiras, 31, no

Terreiro de Jesus. O espaço abrirá no dia 19, às 17 horas, e vai funcionar até o fim das comemorações do Março

Mulher. Serão realizadas no local conferências e debates, pocket shows e performances, oficinas para o público

feminino, lançamento de livros, gravação de programas, entre outras atrações.

A ação EcoFolia Solidára - O trabalho decente preserva o meio ambiente investirá R$ 650 mil para apoiar

900 trabalhadores, que serão atendidos em cinco pontos estratégicos: no Politeama, Pelourinho, Ladeira da

Montanha, Barra e Ondina, e mais um no bairro do Nordeste de Amaralina.

Além da estrutura física dos pontos de apoio, serão distribuídos fardamento e equipamentos de proteção

individual, como botas, luvas e protetores auriculares, além de refeições e água para os catadores.

E a festa será televisionada! A TVE vai fazer a transmissão ao vivo da festa. Serão mais de 70 horas de

exibição entre quinta (20) e terça-feira (25). A novidade este ano é a transmissão, na íntegra, de todos os shows

do Pelourinho no Youtube da TVE.

Mas não só em Salvador se concentram os investimentos. No interior, o Governo está apoiando o carnaval

em 32 cidades de diferentes regiões.

Está tudo preparado! A Bahia espera vocês! Que seja um carnaval memorável!

Sra. Presidenta, solicito a V.Exa. que divulgue este pronunciamento no programa A Voz do Brasil e pelos

demais meios da Casa.

Muito obrigado.

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Com a palavra o Deputado Celso Maldaner, por 1 minuto.


O SR. CELSO MALDANER (Bloco/MDB - SC. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidente, demais colegas

Parlamentares, apesar de poucas matérias aprovadas nesta semana, como a Medida Provisória nº 897, que vai

favorecer muito o agronegócio brasileiro, quero dizer que também tivemos reuniões importantes que contaram

com a presença do nosso Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, junto à Frente Parlamentar da

Agropecuária, para tirar todas as dúvidas dos Parlamentares sobre a autonomia do Banco Central. Ontem tivemos

uma reunião com a bancada do Democratas e uma reunião com a bancada do PSD.

E quero, por fim, como Relator, colocar-me colocar à disposição das bancadas que tiverem alguma dúvida,

porque nós pretendemos, ainda no mês de março, votar aqui a autonomia do Banco Central, para cada vez mais

dar estabilidade ao desenvolvimento, ao crescimento e ao controle da inflação no nosso País.

Muito obrigado, Sra. Presidente.

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Com a palavra o Deputado Leonardo Monteiro.

O SR. LEONARDO MONTEIRO (PT - MG. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,

ontem nós tivemos a oportunidade de receber aqui na Câmara dos Deputados vários representantes da categoria

dos petroleiros que estão em greve há vários dias em defesa da soberania nacional, em defesa de melhores

condições de trabalho, pelo cumprimento do acordo salarial com a PETROBRAS, que não está sendo cumprido, e

em defesa dos colegas e dos companheiros que estão sendo ameaçados e demitidos.

Além de recebê-los e de acompanhá-los ontem, aqui em Brasília, junto com vários Deputados e Deputadas,

também tivemos uma audiência com o Ministro Ives Gandra, reivindicando dele a intermediação no processo de

negociação.

Nós conseguimos um avanço importante, esperando que, com a pressão dos trabalhadores, das entidades

representativas da categoria e com o bom senso do Tribunal Superior do Trabalho, nós possamos fazer um

acordo com a PETROBRAS no sentido de garantir a dignidade dos trabalhadores, das trabalhadoras e dos

petroleiros.

Deixamos aqui o nosso apoio à categoria, que luta também pela soberania nacional do nosso País e por

uma empresa pública prestadora de serviços à população brasileira.


A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Com a palavra agora o Deputado Charles Fernandes.

O SR. CHARLES FERNANDES (PSD - BA. Sem revisão do orador.) - Nobre Presidenta Deputada Benedita da

Silva, eu confesso que, depois do dia de ontem, e iniciando os nossos trabalhos em 2020, no segundo ano

legislativo — V.Exa. tem muita experiência aqui, e estão presentes os Deputados Mauro Benevides, Daniel

Almeida, Leonardo Monteiro, Valmir Assunção, além de diversos outros Deputados que estão há muito tempo


nesta Casa —, eu esperava que as coisas fossem mais organizadas por parte deste Governo. Mas me

surpreenderam muitas coisas que aconteceram nesta Casa ontem.

O Presidente da República poderia estar dando exemplo de governabilidade, estar pensando mais no País,

aproveitando a oportunidade para este País crescer. A Casa está disposta a fazer isso. A Presidência, todos os

Deputados, de qualquer que seja o partido, estão querendo que o País cresça, desenvolva-se, que a economia

saia do atoleiro, que gere emprego, renda para este País. Mas, infelizmente, o próprio Presidente, Deputados

Joseildo Ramos e Marcon, não está ajudando.

Trata-se de um Presidente que sai todos os dias do Palácio, encontra com a imprensa, e surgem problemas.

E é "banana" para cá, "banana" para lá. Infelizmente, o País entra em 2020 com uma perspectiva extremamente

negativa na nossa avaliação. É lamentável o que nós estamos vendo no nosso País este ano.

Quero aqui agradecer esta oportunidade a V.Exa. e pedir que seja divulgado este meu pronunciamento no

programa A Voz do Brasil.

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Com a palavra o Deputado Milton Vieira, por 1 minuto.

O SR. MILTON VIEIRA (REPUBLICANOS - SP. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidente, Deputada Benedita

da Silva, Sras. e Srs. Deputados, na última sexta-feira, eu estive visitando o Hospital de Base de São José do Rio

Preto, onde há 64 especialidades. Trata-se de um hospital muito preparado. E eu fui verificar de perto qual é a

necessidade que tem esse hospital para o tratamento do combate ao câncer, que já faz um trabalho muito

amplo.

Constatei que, para termos uma fila zero no tratamento do câncer nesse hospital, nós precisamos de um

acelerador linear que custa em torno de 8 milhões de reais.

Eu queria fazer um apelo aqui ao Sr. Ministro Mandetta, ao Presidente da República, para conseguirmos

esse equipamento, a fim de zerarmos a fila do câncer nesse hospital que atende o Brasil inteiro, não somente o

Estado de São Paulo e o Município de São José do Rio Preto.

Para concluir, Sra. Presidente, eu faço uma comparação. Eu estava vendo, esses dias, quando surgiu o

coronavírus na China, que lá, em apenas 10 dias, eles construíram um hospital, o equiparam e já começaram a

tratar ali os pacientes com o novo coronavírus. Eu não consigo entender por que o nosso País, o Brasil, que é um

país avançado, com todos os problemas que tem, não tem um aparelho para equipar o hospital e, assim, zerar a

fila do tratamento do câncer, daqueles que sofrem muito. A partir do momento em que se detecta que a pessoa

tem um câncer ou um tumor, é preciso iniciar esse tratamento e começar a fazer a radioterapia, a quimioterapia.

Enfim, isso é fundamental.


Então, faço aqui este apelo ao Ministro da Saúde, o Sr. Mandetta, para que consigamos esse acelerador

linear para o Hospital de Base de São José do Rio Preto, tendo em vista que é um hospital que atende a todo o

nosso País no que diz respeito ao tratamento do câncer.

Sr. Presidente, eu gostaria que este meu pronunciamento fosse divulgado no programa A Voz do Brasil.

Obrigado, Sra. Presidente.

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Com a palavra o Deputado Marcon.

O SR. MARCON (PT - RS. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidente, a minha preocupação lá no Rio Grande

do Sul é com a seca. Mesmo que em algumas regiões chova, a região sul, em especial o restante do Estado, ainda

é muito manchada devido à seca. Há uma seca que preocupa todos os agricultores, porque atinge principalmente

a colheita do milho, que já se foi, o feijão e agora a soja. E não se vê nada do Governo Federal, nenhuma proposta

para ajudar os nossos agricultores.

Na semana passada, tivemos uma audiência aqui com a Ministra Tereza Cristina. O único sinal verde é

aquilo que os agricultores já têm no seu contrato, que é prolongar a parcela de investimento para o último ano

de contrato, 1 ano a mais, e o custeio também. Temos que nos preocupar com o agricultor, porque eles têm que

plantar agora outras variedades para conseguirem estar na sua atividade.

Outra questão diz respeito à CONAB. O Governo Federal esconde os dados da perda da safra. A CONAB diz

que a perda da safra foi de 1,8% e a EMATER, por outro lado, já diz que a perda dos nossos agricultores é de 30%

ou 40%. Pelo menos o Governo Federal não mente para a sociedade sobre aquilo que os nossos agricultores

estão passando no Rio Grande do Sul.

Precisamos olhar com carinho, precisamos ajudar, precisamos de atitudes concretas tanto da parte do

Governo Federal como do Governo do Estado Rio Grande do Sul para a nossa agricultura lá no Estado gaúcho.

Gostaria que meu pronunciamento fosse divulgado no programa A Voz do Brasil.

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Está registrado o seu discurso, Deputado.

DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELO SR. DEPUTADO MARCON.

Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no Estado do Rio Grande do Sul, a agricultura familiar está sofrendo

com a forte estiagem que atinge o Estado desde o final de 2019. A situação de emergência devido à seca já foi

decretada em mais de 90 Municípios. Por região, as mais afetadas até o momento foram Vale do Rio Pardo, Centro-Serra,

Central e Costa Doce.

Essa situação crítica gerada pela escassez de chuva no Estado tem afetado diretamente o setor primário

gaúcho, principalmente os pequenos agricultores e agricultoras, que encontram severas dificuldades para manter

a subsistência. Uma cultura em especial está sofrendo muito com a seca no Rio Grande do Sul: o feijão. Alimento

tradicional na mesa do brasileiro, já está sendo notado um viés de alta nos preços pela anunciada queda na


produção devido aos efeitos da estiagem. Produtores ligados ao MPA relatam que há 2 semanas a saca era

vendida ao valor de R$120,00 e agora já há relatos de ofertas de R$200,00 a saca.

Se confirmadas as previsões que apontam para manutenção da estiagem, mesmo os cultivos irrigados vão

ser atingidos. Até mesmo água para beber já está faltando para muita gente, e isso vai se agravando diariamente.

Não tardará a faltar água também para manter o ritmo de irrigação necessário aos cultivos, uma vez que os

reservatórios estão ficando com volume muito baixo. Também verduras, legumes e frutas vão escassear nas

bancas, feiras e mercados.

A falta de chuva também já impacta a produção de leite. Levantamento feito pelo Sindicato das Indústrias de

Laticínios do Estado (SINDILAT-RS) mostra que, nos primeiros dias de janeiro, houve recuo de cerca de 8% na média do

volume captado nas propriedades rurais. Isso significa 1 milhão de litros de leite a menos chegando às unidades de

processamento, onde a matéria-prima é transformada em uma série de itens.

Para concluir, quero ressaltar que os efeitos da seca seguem massacrando a população e a agricultura

familiar de grande parte do Rio Grande Sul, assim como segue o silêncio dos Governos de Eduardo Leite e de Jair

Bolsonaro, que deveriam estar agindo junto aos pequenos para evitar danos maiores.

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Com a palavra o Deputado Daniel Almeida.

O SR. DANIEL ALMEIDA (PCdoB - BA. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidenta, Sras. Deputadas e Srs.

Deputados, trago aqui a minha homenagem ao Bloco Afoxé Filhos de Gandhy, que comemora 71 anos de

carnaval e é a mais forte expressão da paz, do branco que toma conta das ruas de Salvador neste período de

carnaval. No ano passado, nós tivemos a oportunidade de, neste plenário, fazer uma sessão solene para

homenagear os Filhos de Gandhy, pelo transcurso dos seus 70 anos de existência.

Neste carnaval, serão comemorados os 70 anos do trio elétrico, meu querido Deputado Joseildo. Nada mais

forte do que homenagear o trio elétrico, que tomou conta do Brasil e do mundo e que é a força do carnaval,

Brasil afora. Em Salvador, as ruas estarão tomadas dessa vibrante atividade cultural que é a expressão do trio

elétrico e de todas as outras manifestações que o carnaval propicia.

Eu quero também saudar o Governador Rui Costa, que faz um investimento à altura do carnaval da Bahia.

São mais de 200 as atrações do carnaval de Salvador, não só os Circuitos Osmar, Dodô e Batatinha. Haverá outras,

em várias localidades do Município. Mais de 30 Municípios do interior da Bahia também terão o apoio do

Governador para a realização do carnaval. Contarão com a presença de 27 mil policiais, para a garantia da

segurança, e com investimentos na área da saúde.

Portanto, eu quero cumprimentar o Governador Rui Costa e a todos os que fazem o trio elétrico e aproveito

a oportunidade para dizer que, no dia 25 de março, nós homenagearemos neste plenário o trio elétrico, pelos

seus 70 anos.


A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Tem a palavra o Deputado Fábio Trad.

O SR. FÁBIO TRAD (PSD - MS. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, o

cidadão campo-grandense Oelton França, o Curió, indignado, expressa um desabafo pelas redes sociais e

pergunta: "De quem é a responsabilidade pelo aumento abusivo da gasolina e do diesel? Das distribuidoras? Das

revendedoras? Do Governo Federal, que não enfrenta a questão relacionada aos tributos? Dos governos

estaduais? Dos postos de gasolina?".

Então, Sra. Presidente, eu faço uma exortação ao Presidente da República: chame os Governadores para

uma reunião, chame as associações e as entidades que estão direta ou indiretamente relacionadas a esse tema.

Vamos fazer Política com "P" maiúsculo. Não adianta lançar repto, desafio. Isso é encenação, isso é jogo para a

galera. O Brasil precisa de política olho no olho, precisa na realidade de política republicana.

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Deputado Jorge Solla, V.Exa. tem a palavra por 1 minuto.

O SR. JORGE SOLLA (PT - BA. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sra. Presidente.

Eu queria registrar a preocupação com a destruição por que está passando o Brasil. Existe a possibilidade de

duas medidas provisórias serem aprovadas hoje em Comissões Mistas do Congresso Nacional. Uma delas trata da

chamada "Carteira Verde-Amarela", que é um ataque frontal aos direitos trabalhistas. Eles querem fazer algo pior

do que Temer fez. Se Temer já tirou direito a férias, a 13º salário, a licença-maternidade, a licença para

tratamento da saúde, eles agora querem aprovar também o que já foi negado pelo Congresso, ou seja, o trabalho

aos domingos sem remuneração extra. Querem baratear ainda mais a força de trabalho.

Pasme V.Exa., Sra. Presidente, Deputada Benedita: uma medida provisória autoriza o Governo a renegociar

dívidas, a fazer REFIS — Programa de Recuperação Fiscal sem autorização do Congresso Nacional. Eles podem

chamar os amigos que financiaram a campanha deles, se for aprovada essa medida provisória — o "Véio da

Havan" e aquela turma, Deputado Célio, que financiou o caixa dois de Bolsonaro, que financiou os disparos de

mentiras, de fake news —, levá-los ao Ministério da Economia, à sala de Paulo Guedes, e renegociar com

vantagens as dívidas, porque são caloteiros, são sonegadores contumazes, sem precisar da aprovação do

Congresso Nacional.

Nós não podemos continuar aprovando nesta Casa somente medidas que destroem direitos dos

trabalhadores, que destroem direitos trabalhistas e direitos previdenciários, que beneficiam a grande elite

econômica deste País, que beneficiam os financiadores do caixa dois da campanha de Bolsonaro, que beneficiam

aqueles que lesam a Pátria, que lesam os direitos dos trabalhadores. Temos que garantir as políticas públicas, o

emprego, a geração de renda, a distribuição da riqueza desta Nação, coisas que eles estão destruindo.

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Tem a palavra, por 1 minuto, o Deputado Ricardo Silva.


O SR. RICARDO SILVA (PSB - SP. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidente, nobres colegas Deputados, eu

quero mandar um abraço a toda a população de Serrana, na figura do amigo Denis Bomba, que agora nos

acompanha. Serrana é uma cidade bem próxima de Ribeirão Preto.

Eu falava com o meu pai, o Deputado Estadual Rafael Silva, que aliás está no sétimo mandato de Deputado

Estadual, numa luta de seriedade, de defesa do povo paulista, da necessidade de investimentos cada vez maiores

no Município de Serrana.

Eu falava ontem com Denis Bomba, que já me pediu recursos, que vamos lutar para que Serrana tenha

sempre reconhecimento, agora, é claro, com representatividade nesta Câmara Federal.

Então, nesta manhã, eu faço questão de ressaltar o trabalho do Denis e da população de Serrana e de dizer

que podem contar com o trabalho deste Deputado.


O SR. FÁBIO TRAD (PSD - MS) - Sra. Presidente, requeiro que o meu pronunciamento seja repercutido no

programa A Voz do Brasil, se V.Exa. assim autorizar.

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Está autorizado. Quando V.Exas. pedem ao microfone, a

Taquigrafia registra, e já está autorizado.

O SR. FÁBIO TRAD (PSD - MS) - Muito obrigado.

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Concedo a palavra ao Deputado Boca Aberta.

O SR. BOCA ABERTA (PROS - PR. Sem revisão do orador.) - Obrigado.

Vamos lá!

Governador de Estado Ratinho Júnior, e agora? Um desafio foi lançado pelo Presidente Jair Bolsonaro. O

seu pai, o rato-mor, a ratazana maior, lá do SBT, e você, Governador Ratinho Júnior, comedor de queijo suíço,

quando fizeram campanha, falaram que amam o povo paranaense, que amam os caminhoneiros, que amam o

povo abençoado do Paraná. Agora, Ratinho Júnior, é hora de mostrar que vocês estão de fato com o povo

abençoado paranaense. Tire o ICMS dos combustíveis! Vamos ver ser vocês são machos, se vocês têm o saco

roxo, como seu pai disse aí, o ratão-mor.

Aqui tem café no bule. Agora eu quero ver.

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Tem a palavra o Deputado Paulão, por 1 minuto.

O SR. PAULÃO (PT - AL. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidente, a população do Estado de Alagoas está

totalmente estarrecida desde que a empresa Equatorial Energia comprou a antiga Companhia Energética de

Alagoas — CEAL, que depois passou a ser chamada de ELETROBRAS Distribuidora. A partir do momento em que

foi privatizada, os serviços que presta passaram a ser campeões de reclamações no PROCON. A empresa está


fazendo cortes de energia elétrica sem obedecer à lei. Contra disso, a Defensoria Pública, através da Dra. Norma,

já abriu procedimento.

Há uma discussão na Assembleia Legislativa, que poderá instalar uma CPI.

Quem comprou a Equatorial foi um dos homens mais ricos do Brasil, o Paulo Lemann, por 50 mil reais. A

empresa tinha 1.200 funcionários e hoje tem 500.

O fato mais grave é que alguns Deputados que criticam hoje a Equatorial foram favoráveis à sua

privatização. Isso é lamentável.

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Tem a palavra o Deputado Heitor Freire.

O SR. HEITOR FREIRE (PSL - CE. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidente, eu subo a esta tribuna para fazer

um apelo ao Governador e ao Secretário da Segurança Pública e Defesa Social do meu Estado, neste momento

em que muitos policiais estão insatisfeitos com a falta de valorização e com a proposta feita pelo Governo. Estão

prestes a iniciar uma greve os servidores da segurança pública, os policiais militares do Ceará.

Faço desta Casa um apelo ao Governador e aos Secretários do Estado do Ceará, para que abram diálogo,

não punam diretamente os policiais, não os prendam, escutem a categoria. Não estou falando em conversa com

as associações, estou falando em conversa com os policias, com soldados, cabos, sargentos, estou falando na

abertura de uma ponte de diálogo com eles, para que a greve não aconteça. A população clama por segurança.

Sabemos que Fortaleza é uma das cidades mais perigosas do País. Então, vamos abrir esse diálogo.

Este é o meu apelo ao Governador Camilo Santana.

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Tem a palavra o Deputado João Daniel, por 1 minuto.

O SR. JOÃO DANIEL (PT - SE. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado, Sra. Presidenta.

Eu quero pedir a V.Exa. que considere como lido o meu discurso sobre o nosso total apoio aos petroleiros

há 19 dias em greve e autorize a sua divulgação nos meios de comunicação da Casa, em especial no programa A

Voz do Brasil. Em nome da Federação Única dos Petroleiros, registro o nosso total apoio à greve.

O povo brasileiro precisa apoiar a greve dos petroleiros. Lamentamos e repudiamos qualquer decisão no

sentido de multar ou criminalizar o direito legal à greve dos petroleiros. Esta greve interessa ao Brasil, à soberania

nacional. Registro o nosso repúdio a qualquer tentativa do Governo e de setores conservadores de criminalizar e

impedir que esta greve justa continue exitosa. Reafirmo o nosso total apoio a ela.

Continuaremos na luta!

Obrigado.

DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELO SR. DEPUTADO JOÃO DANIEL.

Sra. Presidenta, Sras. e Srs. Parlamentares, ocupo esta tribuna para me solidarizar com os petroleiros em

greve e também para parabenizá-los.


Infelizmente, em despacho publicado na última segunda-feira, dia 17, em decisão monocrática, o Ministro

Ives Gandra, do Tribunal Superior do Trabalho — TST, classificou a greve dos petroleiros como ilegal. De acordo

com o Ministro, a paralisação, que chegou ao seu 18º dia na terça-feira, dia 18, faz “exercício abusivo e ilegal do

direito de greve” e possui “motivação política”. Além disso, autorizou a PETROBRAS a adotar as “medidas

administrativas cabíveis” para o cumprimento da decisão, “inclusive com a convocação dos empregados que não

atenderem ao comando judicial, com a aplicação de eventuais sanções disciplinares”.

No entanto, num ato heroico de resistência, os grevistas continuarão a paralisação. A Federação Única dos

Petroleiros — FUP afirmou que irá recorrer da decisão e que a orientação é de que os petroleiros mantenham a

greve. A articulação conta com a participação de 21 mil trabalhadores, e 120 unidades do Sistema PETROBRAS

estão paralisadas.

Sra. Presidenta, diversos juristas e organizações do País, dentre os quais a Associação Brasileira de Juristas

pela Democracia — ABJD, são categóricos em afirmar que a decisão é temerária e viola o direito de greve

estabelecido pela Constituição Federal, a partir da Lei nº 7.783, de 1989. Infelizmente, o TST tem sido, na maioria

das vezes, bastante conservador, tem tentado limitar o exercício de greve. A decisão do Ministro Ives é

antidemocrática, porque a greve é um direito de manifestação.

No despacho, Gandra fixou o percentual mínimo de 90% de trabalhadores em atividade durante a

paralisação. A lei determina que, em casos de serviços essenciais, deve-se manter o efetivo de 30% em atividade,

o que não é o caso dos petroleiros, pois o serviço que prestam não é considerado essencial. O percentual

determinado, de 90%, demonstra um viés ideológico e autoritário do Ministro. Além disso, o Ministro manteve a

decisão de cobrança de multas diárias, no valor de 250 mil a 500 mil reais, a depender do porte do sindicato em

questão, além do bloqueio de contas e da retenção de repasse de mensalidades associativas.

Em nota, a ABJD manifestou seu “profundo desacordo” com o que considera uma “guinada antidemocrática

de setores do Poder Judiciário”, espelhada nas posições do Ministro do TST e do Ministro Dias Toffoli, do Supremo

Tribunal Federal — STF. Na semana passada, o Ministro do Supremo confirmou a determinação do TST, para que

90% dos petroleiros trabalhem durante a greve.

A falta de compreensão acerca dos valores democráticos e o desrespeito às garantias e aos direitos

fundamentais, reiteradamente consagrados pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) e pela

Constituição Federal de 1988, assentados nos entendimentos isolados de dois ministros integrantes de

Cortes que deveriam primar pelas suas preservações e defesas, apenas corroboram com a fragilização

institucional do sistema de justiça, diz o texto.

A paralisação da categoria acontece em resposta ao fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados

do Paraná — FAFEN-PR e à consequente demissão de mil trabalhadores. O movimento exige a revisão das


demissões e denuncia que a PETROBRAS não cumpriu o Acordo Coletivo de Trabalho — ACT que foi celebrado

perante o próprio TST.

Entendemos como absurda essa decisão monocrática que fere um direito constitucional de greve. Estamos

numa conjuntura difícil para as organizações dos movimentos sociais. Querem nos criminalizar e desestruturar

com leis absurdas que tratam as organizações como terroristas, que retiram as contribuições sindicais e que

precarizam as relações de trabalho, deixando os trabalhadores mais vulneráveis. Não podemos aceitar este

retrocesso tão absurdo! Estamos atentos e do lado certo da história, do lado dos trabalhadores!

Que este pronunciamento seja divulgado nos meios de comunicação desta Casa, em especial no programa

A Voz do Brasil.

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Tem a palavra o Deputado José Ricardo, por 1 minuto.

O SR. JOSÉ RICARDO (PT - AM. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidenta, bom dia. Bom dia, Srs.

Parlamentares.

Queria dizer que ontem participei de reunião da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos dos

Povos Indígenas, coordenada pela Deputada Joenia Wapichana. Faço parte da sua equipe de coordenação. Ali nós

debatemos o planejamento das atividades deste ano e ouvimos segmentos da sociedade, principalmente

lideranças indígenas de vários Estados, de várias regiões do nosso País.

No geral, o ponto principal de combate é o projeto que está em tramitação nesta Casa que prevê a

mineração em terras indígenas. Todas as instituições repudiaram a proposta, o Projeto de Lei nº 191, de 2020,

porque entendem que a mineração em terras indígenas, Sra. Presidente, vai criar grandes impactos para as

populações indígenas, impactos negativos, e que essa atividade econômica também gera impactos ambientais.

Por todas as razões já colocadas, não só na reunião de ontem, e pelos argumentos levados para o

Presidente desta Casa, o Deputado Rodrigo Maia, a solicitação é a de que esse projeto seja devolvido, por se

entender que existem inconstitucionalidades quanto às prerrogativas e os direitos dos povos indígenas,

prerrogativas e direitos que estão na Constituição. Somente eles teriam o direito de usufruto daquilo que existe

em suas terras. Portanto, a exploração de algumas atividades já estabelecidas pela Constituição os indígenas

podem executar, mas não os não indígenas.

Eu manifesto o nosso apoio a esse movimento e aos povos indígenas e a nossa contrariedade a esse projeto

de morte, que, com certeza, vai prejudicar os povos indígenas.

Gostaria que meu pronunciamento fosse divulgado no programa A Voz do Brasil, Sra. Presidenta.

DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELO SR. DEPUTADO JOSÉ RICARDO.


Sra. Presidenta, Sras. e Srs. Deputados, as constantes ameaças aos povos indígenas e populações da

Amazônia por parte do Governo Bolsonaro vêm preocupando os povos tradicionais e várias instituições que

trabalham com as questões indígenas.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil Regional Norte I (CNBB/N1), que congrega os Estados do

Amazonas e de Roraima, esteve reunida esta semana e emitiu comunicado de solidariedade e compromisso com

os povos indígenas.

Na nota, a CNBB manifesta repúdio ao projeto de lei que visa estabelecer “condições específicas para a

pesquisa e lavra de recursos minerais, inclusive a lavra garimpeira, petróleo e gás, geração de energia elétrica em

terras indígenas”, proposto pelo Poder Executivo Federal.

Os bispos da Amazônia repudiam também as iniciativas do Executivo Federal que atingem os povos

indígenas isolados de recente contato no Brasil, porque ameaçam o direito de existência livre desses povos, com

seus usos, costumes, crenças e tradições, em seus territórios, devidamente reconhecidos e protegidos pela

Constituição Federal.

Quem também emitiu nota em defesa dos povos indígenas e contra os retrocessos do Governo Bolsonaro

foi o Conselho Indigenista Missionário — CIMI Regional Norte 1. Eles relatam que está cada vez mais perigosa,

ameaçadora e conflitiva a vida das populações tradicionais da Amazônia. Indagam ainda se os tempos sombrios

vividos anteriormente na ditadura militar estão voltando.

Ontem, entidades e movimentos indígenas, juntamente com Parlamentares da Frente Parlamentar Mista

em Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas, estiveram com o Presidente Rodrigo Maia para pedir a devolução do

projeto que quer regulamentar a mineração em terras indígenas.

Os povos indígenas têm o direito de viver!

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Tem a palavra a Deputada Dra. Soraya Manato.

A SRA. DRA. SORAYA MANATO (PSL - ES. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Sra. Presidente, Srs.

Parlamentares, quero destacar que vou aguardar mais esta semana por alguns discursos da Oposição sobre o

caso Marielle Franco.

O cerco está se fechando, e fica cada vez mais claro que a Direita não tem nada a ver com a morte da

Vereadora. Recentes revelações sobre a morte de Adriano da Nóbrega apontam como queima de arquivo o

assassinato do ex-Capitão do BOPE do Rio de Janeiro, no dia 9 de fevereiro, que foi acusado de chefiar milícia

citada em investigações sobre a morte da Vereadora Marielle.

E agora? Quem matou o Capitão Adriano da Nóbrega?

O interessante nessa história é que um governador do PT admitiu e aplaudiu a execução, feita na Bahia, de

uma peça importante que ajudaria a desvendar o caso Marielle. Porque foi isso o que aconteceu.


Não faz sentido algum a Polícia Militar baiana divulgar que houve troca de tiros, se Adriano estava sozinho,

entocado e cercado por mais de 70 policiais. Seria um contrassenso trocar tiros sozinho, em extrema

desvantagem numérica. V.Exas. não acham? Aliás, essa mentira caiu por terra, pois a revista Veja publicou fotos

do cadáver de Adriano que revelam que alguns disparos foram feitos a 40 centímetros de distância. Ninguém

troca tiros com tal proximidade. Que versão é essa?

Outra coisa: a ordem era prendê-lo com vida. Por que, então, ele foi executado?

Quero destacar também que a operação da PM da Bahia está sendo feita em conjunto com a PM do Rio de

Janeiro. Os Governadores da Bahia e do Rio de Janeiro trabalham alinhados. Aliás, os dois estão literalmente

mudos em relação a esse caso, não querem se pronunciar. Será por quê?

Para quem insiste em dizer que o Presidente da República, Jair Bolsonaro, tem algo a ver com o caso

Marielle Franco, essa foi uma evidência clara de que ele está fora da situação, pois o comando dessa operação,

intitulada "BR-101", foi totalmente arbitrado pela Esquerda. Ou seja, os mesmos que atacam incansavelmente o

Presidente Bolsonaro estão ocultando provas sobre o caso Marielle. O que não entendo é o seguinte: o PT não

tinha interesse em esclarecer o caso Marielle? Por que fez isso?

A população já está cobrando explicações de vocês. Abra os olhos, gente!

Assim como o Presidente, espero que a investigação chegue a bom termo, para descobrirmos os

responsáveis pelo assassinato da Vereadora e de seu motorista, Anderson Gomes.

Sra. Presidente, peço que o meu discurso seja divulgado pelo programa A Voz do Brasil.

Muito obrigada.

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Tem a palavra o Deputado Mauro Benevides Filho, por 1

minuto.

O SR. MAURO BENEVIDES FILHO (PDT - CE. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidente, Srs. Deputados, nas

últimas 2 semanas, no Estado do Ceará, o Governador Camilo Santana recebeu por diversas vezes as associações

representativas dos policiais militares e fez um primeiro acordo, que não foi suficiente na visão de algumas

categorias, apesar de ter alocado praticamente 350 milhões de reais para a alteração da tabela de vencimentos.

Posteriormente, foi pedido um segundo encontro, após o qual foi ampliada em 160 milhões a alocação de

recursos. Somados, os 330 milhões de reais e os 160 milhões de reais perfazem 490 milhões de reais. Esse foi o

valor destinado para essa redefinição salarial, o maior aumento de folha de pagamento de polícia do Brasil.

Portanto, o Governo do Ceará é um governo do diálogo e que prestigia a Polícia Militar do Estado.

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Tem a palavra o Deputado Valmir Assunção, por 3 minutos.


O SR. VALMIR ASSUNÇÃO (PT - BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidente, Sras. Deputadas

e Srs. Deputados, eu venho aqui trazer um assunto que está me preocupando muito, que é o desemprego e a

pobreza no Brasil. É nítido para qualquer cidadão ou cidadã que anda pelas ruas do Brasil o aumento da pobreza.

Agora os Prefeitos estão dando cestas básicas. Isso era feito no passado, mas agora está na ordem do dia.

No Orçamento deste ano não há previsão de aumento do número de famílias beneficiadas pelo Programa Bolsa

Família. Ao contrário. A previsão é de redução da quantidade de famílias cadastradas no programa.

Em janeiro, algo em torno de 1 milhão de famílias pediram acesso ao Bolsa Família, mas não há recursos. O

Governo trabalha cada vez mais para desativar o programa. Essa é a minha preocupação.

Aumentam o desemprego e a pobreza no Brasil. Mais de 13 milhões de pessoas estão na extrema pobreza.

Por outro lado, está reduzida a produção de alimentos no Brasil. Se a produção de alimentos é reduzida, as

famílias mais pobres tem mais dificuldade de acessar o alimento.

Eu estou trazendo este assunto porque é responsabilidade do Governo Federal, do Governo Bolsonaro. Ele

tem que implantar uma política, de forma emergencial, para acabar com a desigualdade social e para gerar

emprego, desenvolvimento, crédito, perspectiva de vida para as pessoas.

O Congresso Nacional também tem essa responsabilidade. Nós não podemos de forma alguma ignorar a

crise econômica, política e social do Brasil. Muitas vezes, os Deputados aprovam projetos e acham que isso vai

resolver a vida das pessoas. Muita gente no Brasil está passando fome, muita gente no Brasil não tem casa para

morar, muita gente no Brasil não tem emprego, muita gente no Brasil está perdendo a capacidade de sonhar.

Enquanto Deputados Federais, não podemos de forma alguma ignorar essa realidade do Brasil. Esta Casa, muitas

vezes, só faz leis para beneficiar os ricos do Brasil, basta analisar o lucro do banco Itaú no ano passado, de 26

bilhões, basta analisar a concentração de riqueza e de renda no Brasil.

Temos que ter preocupação com a população brasileira. Este País não é só de um terço da população, em

detrimento dos outros. Sras. e Srs. Deputados, se o Governo não se preocupa com os pobres do Brasil, nós temos

que nos preocupar, nós temos que legislar para ajudar as pessoas que mais precisam do Estado, que mais

precisam de políticas públicas e sociais, que são as pessoas mais simples e humildes deste País.

Era isso, Sra. Presidente.

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Tem a palavra o Deputado José Medeiros, por 3 minutos.

O SR. JOSÉ MEDEIROS (PODE - MT. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado, Sra. Presidente.

Fiquei 15 dias afastado, pois fiz uma cirurgia, mas graças a Deus já estou enxergando bem.

Sra. Presidente, hoje vou falar de uma questão mais paroquiana, do meu Estado. Em Cuiabá, Capital de

Mato Grosso, hoje se desenrola o processo de cassação do mandato do Vereador Abílio Junior. Do ponto de vista


jurídico, é um procedimento normal. Agora, do ponto de vista político, esse processo contra o Vereador Abílio é

uma imoralidade.

E digo por quê. O Vereador Abílio tem um estilo combativo, faz o trabalho que um Vereador deve fazer, mas, por

incomodar o Prefeito, está sendo vítima de processo de cassação. A sociedade cuiabana elegeu o Vereador para

ele tomar posição.

Eu quero fazer um pedido diretamente ao Relator do processo, o Vereador Wilson Kero, que respeito

muito, e ao Prefeito Emanuel Pinheiro, que é um democrata e fez parte do antigo MDB: que entendam que

existem ponto e contraponto no Parlamento e que o trabalho de um Vereador não pode ser cerceado com um

processo de cassação. A população cuiabana colocou o Vereador Abílio lá para representá-la, e ele tem feito isso

bem, assim como Felipe Wellaton e outros Vereadores, assim como o próprio Wilson Kero e o Dilemário Alencar.

Eu faço esse destaque sobre a Câmara de Vereadores de Cuiabá porque se aproximam as eleições

municipais, e não tenho dúvida de que essa fatura será cobrada, caso tirem o Vereador Abílio do Parlamento

Municipal. Estou numa tribuna nacional, mas o que eu falo aqui serve de alerta para todas as Câmaras de

Vereadores do País. Se virar moda a cassação do mandato, pelos pares, de Vereador que se contrapõe ao Chefe

do Município, isso ficará muito ruim para a política brasileira. A eleição para Vereador talvez seja a mais difícil que

há, e o Vereador é o que está mais próximo do povo. Peço à população cuiabana que fique atenta e, em peso,

apoie o Vereador Abílio.


A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Tem a palavra o Deputado Silvio Costa Filho, por 1 minuto.

O SR. SILVIO COSTA FILHO (REPUBLICANOS - PE. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidente, eu serei muito

breve. Quero agradecer-lhe a compreensão.

Em nome dos Republicanos aqui na Câmara Federal, quero fazer um apelo ao Governo do Presidente Jair

Bolsonaro: para que ele encaminhe a esta Casa, em caráter emergencial, as propostas de reforma tributária e de

reforma administrativa. Sabemos que o Ministro Paulo Guedes, da Economia, cobra responsabilidades do

Congresso Nacional. O Congresso Nacional já deu demonstrações de sua responsabilidade, ao longo do ano de

2019, ao aprovar a reforma da Previdência Social, a Medida Provisória da Liberdade Econômica. Um conjunto de

matérias foram votadas para estimular o crescimento econômico e a geração de emprego e renda no País. O

Congresso quer avançar na agenda das reformas, mas é importante que o Governo se acerte e o quanto antes

encaminhe as propostas de reforma administrativa e de reforma tributária para esta Casa.

Infelizmente, nós perdemos o mês de fevereiro. Essa discussão só acontecerá no mês de março, e este é

ano de eleições. Então, é fundamental que o Governo possa encaminhar as propostas, para o Congresso avançar

nas reformas de que o Brasil precisa.


Faço este apelo na manhã de hoje ao Governo Federal, ao Ministério da Economia, ao Presidente da

República, no sentido de que encaminhem essas reformas. Todos nós estamos na expectativa, e as Comissões já

estão formadas para podermos avançar nessa pauta.

Obrigado, Presidente.

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Com a palavra o Deputado Leonardo Monteiro.

O SR. LEONARDO MONTEIRO (PT - MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidenta Benedita da

Silva, Deputados e Deputadas, quero convidar todos os Deputados que compõem a Frente Parlamentar pelo

Desenvolvimento da Agroecologia e Produção Orgânica para participarem, daqui a pouco, às 10 horas, de uma

reunião no sentido de buscarmos objetivos e estratégias a serem realizados em conjunto ao longo dos próximos

anos.

A agroecologia e a produção orgânica não utilizam agrotóxicos, insumos e produtos que matam organismos

vivos do solo ou que contaminam a água, prejudicando também seres vivos que compõem esse ecossistema. Pelo

contrário, a agroecologia aprende com a própria natureza seus segredos e como sobreviver mesmo em condições

cada vez menos favoráveis. Embora com dificuldades advindas principalmente da prioridade dada atualmente ao

agronegócio e aos agrotóxicos, esse grande movimento da cidadania nacional não só produz alimentos saudáveis,

como tem propostas concretas de desenvolvimento de políticas públicas para um Brasil mais nutrido, mais forte e

mais saudável.

O Instituto Brasil Orgânico, por sua vez, é uma organização nacional que abrange toda a rede de integrantes

do movimento orgânico brasileiro, desde a produção até o consumo. Criado no final de 2019, tem como intuito

fomentar e apoiar a criação e implementação de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento da produção

orgânica e da base agroecológica.

Com esse objetivo, Sra. Presidenta, nós estamos convocando todos para a reunião que realizaremos, às 10

horas, com a Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento da Agroecologia e Produção Orgânica. Quero aqui

convidar todos os Deputados e Deputadas para participarem conosco.

Muito obrigado.

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Com a palavra o Deputado Charles Fernandes.

O SR. CHARLES FERNANDES (PSD - BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidente Benedita da

Silva, quero aqui parabenizar a Polícia Militar do Estado da Bahia, que na última segunda-feira completou 195

anos de existência. Foi o Imperador D. Pedro I que publicou o decreto de criação da Polícia Militar da Bahia, uma

das primeiras do Brasil.

Parabenizo todos os policiais militares do Estado da Bahia, em especial, o Comandante-Geral da Polícia

Militar, Coronel Anselmo Brandão, e aqueles que comandam batalhões da Polícia Militar no Estado.


Eu quero aqui parabenizar o 17º Batalhão da Polícia Militar pelo excelente trabalho que vem sendo feito na

cidade de Guanambi. Saúdo o Coronel Arthur Mascarenhas, o Subcomandante Major Suarez, todos os oficiais e

policiais desse batalhão, que comanda 21 cidades da região sudoeste da Bahia, onde se localiza Guanambi.

Sob o comando do Coronel Mascarenhas e do Subcomandante Major Suarez, a Polícia Militar vem fazendo

um excelente trabalho na nossa região, diminuindo o índice de roubos e de criminalidade. Faz, acima de tudo, um

trabalho social importantíssimo, a exemplo da criação do PROERD e do Colégio Militar, que hoje funciona na

Escola Josefina Teixeira de Azevedo, no Bairro Brasília. Esse trabalho tem sido importantíssimo para a juventude

que ali estuda. A procura por matrícula nessa escola é muito grande. E a cidade já está em busca de outros

colégios com a rigidez do Colégio Militar.

Quero deixar meus parabéns a todos os policiais da Bahia pelo excelente trabalho que vêm fazendo no

Estado. E, no interior, mesmo com muita dificuldade, vemos a polícia trabalhando e desempenhando a sua

função, que é proteger e guardar a nossa população.

Portanto, aqui fica a minha saudação ao Coronel Anselmo Brandão e a todos os policiais pelo trabalho que

fazem na nossa Bahia.

Sra. Presidente, peço a V.Exa. que registre meu discurso nos meios de comunicação desta Casa e no


Muito obrigado.

A SRA. PRESIDENTE (Benedita da Silva. PT - RJ) - Tem a palavra o Deputado Joseildo Ramos, do PT da Bahia.

Antes, porém, concedo a palavra, por 1 minuto, ao Deputado Pastor Sargento Isidório.

O SR. PASTOR SARGENTO ISIDÓRIO (AVANTE - BA. Sem revisão do orador.) - A Bíblia diz que os que

confiam no Senhor serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.

Quero aqui, como policial militar da Bahia, parabenizar a nossa querida Polícia Militar do Estado, na pessoa

do Comandante Coronel Anselmo, as praças e os oficiais, enfim, todos os homens e mulheres que honram aquela

querida corporação, a qual tenho a honra de fazer parte.

Centenária milícia de bravos

Altaneira na fé e no ideal

Atravessaram da Pátria as fronteiras

Tuas armas, tua glória, teu fanal

Força invicta da terra brasileira

Na Bahia irrompeu varonil

Desfraldando do Império, a Bandeira

Das primeiras a surgir no Brasil.


Deus abençoe os policiais militares e suas famílias, assim como a sociedade baiana e de Salvador!

Sr. Presidente, peço que meu discurso conste no programa A Voz do Brasil.

(Durante o discurso do Sr. Pastor Sargento Isidório, a Sra. Benedita da Silva, nos termos do § 2º do art. 18 do

Regimento Interno, deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. Charles Fernandes, nos termos do § 2º

do art. 18 do Regimento Interno.)

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Tem a palavra o Deputado Joseildo Ramos, do PT do

Estado da Bahia.

O SR. JOSEILDO RAMOS (PT - BA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a greve

da PETROBRAS deixou de ser invisibilizada por parte da grande imprensa, que não deu as informações que eram

importantes para todo o povo brasileiro. A greve, a partir de uma decisão do TST, foi considerada abusiva em um

dos primeiros quesitos. E, por incrível que pareça, nesse quesito, havia o compromisso da PETROBRAS de que não

haveria demissão em massa. Esse era um ponto, em específico, da negociação da greve, repito, que teve como

patrocinador, fiador da negociação o TST. Esse ponto, o principal, foi quebrado com a demissão em massa dos

trabalhadores da FAFEN, em Araucária, no Paraná.

Ontem, um conjunto de Deputados e Senadores do PT, do PSOL e do PCdoB esteve com o Ministro Ives

Gandra, quando se estabeleceu um canal de negociação, mesmo porque em tudo aquilo que poderia fazer falta

ao consumidor brasileiro, em hipótese nenhuma, não houve problema. Havia problema, sim, de truculência, a

ponto de um gerente geral, na região de produção da Bacia de Campos, receber a visita de um oficial de justiça,

porque estava mantendo trabalhadores, petroleiros, companheiros em regime de cárcere privado. O rendimento

do turno aconteceu sucessivamente e a manutenção desses companheiros ali, contra a própria vontade, estava

acontecendo. Assim, foi preciso que uma medida judicial acontecesse quando ele estava exercendo ou na

perspectiva de exercer o direito de greve, fundamental aos trabalhadores. Como constatar que a greve estava

sendo abusiva, se o objetivo principal era pedir o cumprimento do acordo que teve como fiador o próprio TST?

Então, fica claro que a inviabilização do movimento da greve ficou na conta e no colo da própria

PETROBRAS, mesmo porque a ANSA, que é a "subsidiária" — entre aspas —, não tem nenhum outro sócio, e toda

negociação estava sendo feita pela própria PETROBRAS.


O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, nobre Deputado Joseildo Ramos, do PT do

Estado da Bahia.

Enquanto a Deputada Benedita da Silva se dirige à tribuna, concedo a palavra, por 1 minuto, ao Deputado

Eduardo Costa.


O SR. EDUARDO COSTA (Bloco/PTB - PA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, quero comunicar que

enviamos um ofício ao Diretor-Geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes — DNIT para

solicitar informações sobre a BR-316, no trecho que vai do Município de Belém ao Município de Castanhal,

totalizando 78 quilômetros. Há menos de 1 ano e meio, foram feitos reparos nesse trecho, entre eles uma

pavimentação nova.

Hoje, essa rodovia encontra-se em estado quase intrafegável. Quem está sofrendo com isso? São os

veículos de menor porte, pequenos, cujos condutores muitas vezes têm que parar na estrada porque um pneu

estourou ou a suspensão foi danificada.

Então, peço esclarecimentos ao DNIT, para que possa dar informações a essas pessoas, os consumidores, e

eles não tenham prejuízo diariamente, como está havendo no Estado do Pará.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, nobre Deputado.

Tem a palavra, por 1 minuto, o Deputado Otoni de Paula.

O SR. OTONI DE PAULA (PSC - RJ. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, as más companhias corrompem

os bons costumes. Deve ter sido por isso que o Juiz Marcelo Bretas resolveu apagar de suas redes sociais

qualquer foto que o associe ao Governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. Aliás, eu quero parabenizar o Dr.

Marcelo Bretas por essa postura.

O Governador do Rio de Janeiro vem se desmoralizando a cada dia, e hoje até uma simples foto ao lado de

Wilson Witzel pode trazer problemas seríssimos. Por quê? Porque a pessoa poderá associar quem tirou a foto

com o Governador Wilson Witzel com o mesmo caráter dele.

Parabéns, Dr. Marcelo Bretas! Antes tarde do que nunca para rever as amizades.


Com a palavra a Deputada Benedita da Silva.

A SRA. BENEDITA DA SILVA (PT - RJ. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero

manifestar-me hoje sobre uma discussão feita ontem.

Ontem, nós vimos uma truculência verbal nesta Casa pelo simples fato de a bancada feminina, não toda,

parte dela, ter se manifestado numa ação de repúdio ao Presidente da República do Brasil. Se nós não falarmos,

as pedras calarão, porque elas não falam, e é por isso que nós estávamos aqui. O que vimos foi um desrespeito

muito grande, que eu quero chamar a atenção dos Srs. Deputados, porque todos têm uma mulher em casa. Se

não podem respeitar as Deputadas nesta Casa, respeitem suas filhas, respeitem suas mulheres, respeitem suas

irmãs, respeitem as mulheres.


É um absurdo o que fez o Presidente e esse fake news do Hans River. Dizer que a jornalista Patrícia Campos

faria qualquer coisa, até se prostituir, para conseguir uma matéria é desclassificar o trabalho sério de uma mulher

reconhecida, que poderia estar nesta Casa, como já esteve em outros lugares, trabalhando.

É assim que nós vamos tratar as nossas jornalistas quando elas investigarem qualquer ação contrária à

nossa ou qualquer ato que tenhamos cometido? É dessa forma que nós iremos tratá-las?

Por isso nós aqui estávamos, e exigimos desta Casa respeito, porque, quando os senhores vêm à tribuna,

são enfáticos; quando abrem a boca, ofendem as mulheres, às vezes com palavras duras, racistas, machistas e

chulas, os senhores são enfáticos! Mas quando nós mulheres viemos para cá para defender causas nas quais nós

acreditamos serem interessantes e importantes, nós somos tratadas como "raivosas", "essas mulheres da

Esquerda", como se ser da Esquerda fosse muito ruim, e não é! "Oxalá fosses frio ou quente! Porque és morno,

vomitar-te-ei da minha boca". Então, nós temos posição nesta Casa.

Nós queríamos chamar a atenção dos Srs. Parlamentares que nós queremos tratamento de Parlamentar.

Nós não estamos aqui para sermos vitimizadas. Nós respondemos, nós temos postura, nós temos ideologia e nós

temos projeto político. Sabemos, como os demais, fazer um debate de qualidade sobre o que significa a violência

contra mulher. A violência no trabalho é uma discussão que nós estamos fazendo principalmente em relação às

mulheres negras, como tem havido no Brasil inteiro.

Portanto, respeitem-nos! Ajam como um Parlamentar conosco, as Parlamentares mulheres nesta Casa.

Tenho dito, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, Deputada Benedita da Silva.

Enquanto o Deputado Milton Vieira, do Republicanos de São Paulo, se dirige à tribuna, eu vou dar a palavra

ao Deputado Valmir Assunção e ao Deputado Leônidas Cristino.

Deputado Valmir Assunção, V.Exa. dispõe de 1 minuto.

O SR. VALMIR ASSUNÇÃO (PT - BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs.

Deputados, eu quero cumprimentar e parabenizar o Governador da Bahia pelo anúncio de 73 milhões de reais de

investimento no carnaval de Salvador.

É um investimento na organização, na saúde, na segurança pública, nas atrações independentes que há

nessa festa. Isso mostra o comprometimento do Governador com o carnaval de Salvador e da Bahia.

Quero saudar os Secretários do Governo envolvidos, sobretudo a Secretária da Cultura, Arany Santana, e a

Secretária de Promoção da Igualdade Racial, Dra. Fabya dos Reis. Ao mesmo tempo, quero saudar o Secretário de

Segurança Pública, Maurício Barbosa, e o Delegado-Chefe Bernardino, que são os responsáveis em conduzir esse

carnaval.


Eu tenho certeza de que vai ser um carnaval de muita paz, de muita alegria, como é característico dos

baianos e dos turistas que vão a Salvador e à Bahia.

Parabéns, Governador Rui Costa.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, nobre Deputado Valmir Assunção.

Com a palavra o Deputado Leônidas Cristino, por 1 minuto.

O SR. LEÔNIDAS CRISTINO (PDT - CE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o Governo Federal pretende

afastar a participação do Congresso Nacional no processo de autorização de venda de estatais. Quer resolver o

problema por decreto, o chamado "fast track".

Todos os ativos públicos têm que ser vendidos, e rapidamente, sem debates e sem a participação da

sociedade.

Essa estratégia do Governo, se confirmada, configura-se em um desrespeito flagrante ao Congresso

Nacional e à legislação brasileira. Esta Casa não pode aceitar tamanha afronta como fato natural. Temos que

reagir! Foi com essa preocupação que apresentei, em 2019, a Proposta de Emenda à Constituição nº 150, para a

qual reitero o apoio de todos os colegas Parlamentares.

Com a alteração que propusemos, torna-se obrigatória a prévia aprovação de lei específica autorizativa

para que empresa estatal possa criar, e consequentemente vender, subsidiárias e participar de empresa privada.

É muito importante esta Casa aprovar a PEC 150, para que o Governo não possa autorizar a venda do

patrimônio brasileiro por intermédio de decreto. Estejamos atentos!

Sr. Presidente, queria que V.Exa. registrasse o meu discurso nos meios de comunicação da Casa,

principalmente no programa A Voz do Brasil.

Muito obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Será atendido o pedido de V.Exa.

DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELO SR. DEPUTADO LEÔNIDAS CRISTINO.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, as atitudes e condutas diárias do atual Governo sintetizam práticas

de uma concepção em que se sobressaem a repulsa pela democracia e o desprezo às instituições, determinados

pelos mesmos métodos autoritários.

Para seus propósitos e percepção de poder, o Governo enxerga no Congresso Nacional uma barreira

insuportável às suas iniciativas; no Supremo Tribunal Federal, um entrave burocrático inconveniente; na

imprensa, um obstáculo intolerável a sua sede autocrática; na Constituição Federal, um empecilho formal

inaceitável para a implantação dos seus projetos.

Nessa direção, o chamado “fast track” (caminho rápido) para privatizações é apenas mais uma iniciativa

que se coaduna com esta metodologia: afastar do Poder Legislativo — representação do povo brasileiro — o


legítimo e constitucional dever de debater e decidir sobre a formação e a venda do patrimônio público e das

riquezas nacionais.

Como escárnio, emprega-se ainda um anglicismo raso, símbolo do servilismo colonial tão presente nas

exaltações vassalas do Presidente Bolsonaro aos Estados Unidos e Donald Trump, e impregnado nas políticas

ultraliberalizantes e entreguistas do Ministro da Economia.

Até o ano passado, considerava-se o envio ao Congresso Nacional de uma proposta nesses termos: um

projeto de lei destinado a queimar etapas e acelerar a privatização de empresas estatais.

Agora, de acordo com o que se divulga na imprensa, o Governo pretende afastar a participação do

Congresso do processo de autorização para venda de estatais. Quer resolver tudo por decreto.

Todos os ativos públicos têm que ser vendidos, e rapidamente, sem debates, sem a participação da

sociedade. Nesse contexto, como espaço essencialmente democrático, o Poder Legislativo é entendido como um

obstáculo a essa agilização e um redutor indesejável da tão almejada velocidade dos sonhos absolutistas.

Essa estratégia do Governo, se confirmada, configura-se em um desrespeito flagrante ao Congresso

Nacional e à legislação brasileira. Esta Casa não pode aceitar tamanha afronta como um fato natural. Temos que

reagir!

Foi com essa preocupação que apresentei em 2019 a Proposta de Emenda à Constituição nº 150, para a

qual reitero o apoio de todos os colegas Parlamentares.

Com a alteração que propusemos, torna-se obrigatória a prévia aprovação de lei específica autorizativa

para que empresa estatal possa criar, e consequentemente vender, subsidiárias e participar de empresa privada.

Estejamos atentos. Esta Casa não pode ser caudatária de um projeto anti-País, excludente, refém de

ideologias autoritárias e políticas econômicas superadas, cujos exemplos históricos demonstraram ser deletérias

aos interesses nacionais.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Concedo a palavra ao Deputado Milton Vieira, do

Republicanos de São Paulo, por 3 minutos.

O SR. MILTON VIEIRA (REPUBLICANOS - SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e

Srs. Deputados, mais uma vez ocupo esta tribuna — já o fiz hoje pela manhã — para falar da necessidade que há

nos hospitais públicos do País. Eu já me referi aqui ao Hospital de Base de São José do Rio Preto, que para zerar a

fila do câncer necessita de um único aparelho, um acelerador linear, que custa 8 milhões de reais.

Ouvi alguns colegas aqui falarem sobre o carnaval, e não sei se estou na contramão. Essa é uma festa

tradicional no País, mas estava vendo os gastos com dinheiro público em banheiros químicos e outros, fora Corpo


de Bombeiros, viaturas, além do gasto que vai haver nos hospitais, nas UBS, para tratar daqueles que vão se ferir

nesse carnaval. É histórico, são muitos acidentes, doenças, etc.

São estes os números: Olinda, 7 milhões de reais, só para os blocos de rua; Recife, 25 milhões de reais; Belo

Horizonte, 14 milhões de reais; São Paulo, meu Estado, 36 milhões de reais — e não temos um acelerador linear

para tratar do câncer em um hospital do nosso Estado —; Salvador não informou; Rio de Janeiro, 36 milhões de

reais.

Ficamos assustados com esses números, e são apenas para os blocos de rua. Não estou falando da

organização maior, como o colega da Bahia mencionou há pouco. Isso é um absurdo! Nós não podemos aceitar

esse tipo de gasto com o dinheiro dos impostos. Passamos aqui o dia inteiro questionando a situação do País, um

país em recessão, um país que se encontra falido por conta de tantos desmandos, e ficamos aqui calados.

Não é possível! Estamos apelando aqui ao Ministro, ao Presidente da República, ao Governador por um

aparelho para tratar o câncer de pessoas que estão morrendo, sofrendo. Diga-se de passagem, você, folião, que

vai para as ruas, não pode chorar depois e dizer: "Não tem remédio no hospital, as ruas estão cheias de buracos,

não tem transporte público digno, não tem segurança pública". Claro, o dinheiro público está sendo gasto com a

bagunça, com a farra que vai acontecer esse dias, fora as doenças que vão ser adquiridas, as gravidezes

indesejadas, os estupros, as bebidas que vão matar dezenas de jovens no trânsito. Mesmo assim, ficamos aqui

calados.

Enquanto isso, na China, constrói-se um hospital em 10 dias para curar o coronavírus. É uma vergonha o

que vivemos neste País!

Presidente, gostaria que o meu pronunciamento fosse registrado no programa A Voz do Brasil.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, nobre Deputado. O pedido de V.Exa. será

atendido.

Concedo a palavra ao Deputado Enéias Reis, por 1 minuto.

O SR. ENÉIAS REIS (PSL - MG. Sem revisão do orador.) - Nobre Presidente, Sras. e Srs. Deputados, bom dia.

Nação brasileira, hoje faço uso da tribuna para manifestar a minha indignação com o que vem acontecendo

em Minas Gerais, o meu Estado, especificamente em Belo Horizonte, onde está prevista para o dia 29 de março a

Marcha para Satanás.

Nós sabemos que, recentemente, o Estado sofreu uma onda gigantesca de chuvas que deterioraram

praticamente toda a cidade de Belo Horizonte. Recentemente, tivemos um show gratuito de Pabllo Vittar naquela

cidade, onde tantas coisas foram exaltadas, onde vai ocorrer essa marcha para esse ser das trevas, que é Satanás.

A ideia primordial desse evento é dizer que o cristianismo não é soberano. Ora, se querem adorar aquele que

destrói, aquele que é o causador de todos os males, que o façam sem vilipendiar os símbolos cristãos como


fizeram em São Paulo, no último evento, quando levantaram placas dizendo que "o seu Deus é uma puta", "o seu

Deus é o meu órgão genital" e coisas tais que fazem com que os cristãos se sintam achacados.

Eu quero dizer que isso, de fato, não reflete a realidade, porque nós entendemos que estamos lutando

contra toda a potestade maligna e que o nosso Deus soberano está acima de todas as coisas.

Fica registrado aqui o meu protesto.


Com a palavra, por 1 minuto, o Deputado José Rocha.

O SR. JOSÉ ROCHA (PL - BA. Sem revisão do orador.) - Ilustre Presidente desta sessão, Deputado Charles

Fernandes, quero compartilhar com V.Exa. a alegria de ter recebido uma comunicação do Diretor da ANAC a

respeito da liberação do Aeroporto de Guanambi, sua querida cidade, da qual V.Exa. foi Prefeito e que hoje

representa nesta Casa.

A ANAC concedeu Certificado Operacional Provisório de Aeroporto à Prefeitura Municipal de Guanambi,

operador do Aeroporto Municipal Isaac Moura Rocha. Agora, Deputado Charles Fernandes, resta-nos lutar para

que tenhamos uma linha aérea regular nos trechos Guanambi/Salvador e Salvador/Guanambi e de Guanambi

para outros aeroportos.

Esse aeroporto é muito importante para aquela região que nós representamos. Tenho certeza de que essa

linha aérea vai nos dar maior mobilidade e vai desenvolver ainda mais a nossa região. Afinal, nós lutamos muito

para que a nossa região possa se desenvolver cada vez mais.

É uma alegria compartilhar com V.Exa. essa informação a respeito da homologação desse aeroporto. Agora

vamos lutar para que nós tenhamos uma linha aérea regular no trecho Salvador/Guanambi.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, nobre Deputado José Rocha.

Eu sei que isso é fruto também da luta de V.Exa., que tem vários mandatos nesta Casa e muito bem

representa aquela região.

Certamente, o Aeroporto de Guanambi vai atender uma vasta região no sudoeste da Bahia. Quem sabe, nos

próximos meses, eu poderei ter a oportunidade de chegar a Brasília de avião, o que ainda não faço.

Eu sei da luta de V.Exa. Muito obrigado, Deputado José Rocha.

Com a palavra o Deputado Ricardo Silva.

V.Exa. dispõe de até 3 minutos.

O SR. RICARDO SILVA (PSB - SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, colegas Deputados

Federais, eu subo a esta tribuna, primeiro, para fazer um apelo aos senhores: precisamos nos debruçar sobre o

tema nas Comissões Temáticas pertinentes e não deixar cair no esquecimento a necessidade de mudanças na Lei

de Execução Penal.


Eu sei que o assunto é polêmico e faço questão de relembrar alguns casos. Em Ribeirão Preto, tivemos um

caso gravíssimo: uma criança, o garotinho Joaquim, foi brutalmente assassinada pelo padrasto, possivelmente

com o consentimento da mãe. O corpinho do menino foi jogado no rio. Esse e outros casos aconteceram em

Ribeirão Preto. Também podemos nos lembrar de um caso de repercussão nacional: Suzane Von Richthofen — se

não me engano, ela já está solta — matou o pai e a mãe. No Dia das Mães, Sr. Presidente, essa mulher saiu da

cadeia em uma das famosas saidinhas. É dessas saidinhas que eu quero falar com os nobres colegas Deputados

Federais. É preciso que esta Casa dê uma resposta.

Nós sabemos que o preso tem que se reinserir socialmente. Nós sabemos que é princípio da República

brasileira a reinserção social daquele que está cumprindo pena. Mas eu pergunto a todos os Deputados e a todas

as Deputadas: será que faz parte do bom senso nós entendermos que uma pessoa que mata o filho ou um filho

que mata o pai e a mãe tem direito a essa saidinha? Por óbvio, Sr. Presidente, nós não podemos compactuar com

a impunidade neste País.

Em relação àquele preso que roubou uma galinha, que cometeu um crime para poder se alimentar, desde

que não seja um crime cometido com violência, com grave ameaça, é claro que eu concordo que a lei brasileira

deve promover essa reinserção social. Mas, quando se trata de crimes violentos, não! Nós temos que dar um

basta nisso.

Eu estou apresentando alguns projetos neste começo de mandato, para debatermos sobre o tema nas

Comissões. Sei que já existem projetos sobre isso tramitando. Sei também que o Ministro Moro já trouxe essa

questão para discussão. Nós temos que discutir isso com toda convicção. Nós temos que abordar esse tema. Nós

temos que mandar um recado à sociedade brasileira, que não aguenta mais impunidade, Sr. Presidente.

Obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, nobre Deputado Ricardo Silva.

Com a palavra o Deputado Marcon, do PT do Estado do Rio Grande do Sul.


O SR. MARCON (PT - RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras.

Deputadas, o que nós temos visto o Presidente da República, Jair Bolsonaro, fazer ultimamente é uma falta de

respeito com o povo brasileiro.

Ontem, em uma fala com a imprensa, ele fez insinuações sexuais absurdas e vergonhosas. O que estão

fazendo com a jornalista Patrícia Campos Mello é vergonhoso. Aqueles que defendem a família, aqueles que

defendem o moralismo, a Direita ultrapassada e fascista, ao que parece, gostam disso. A "Direitona" gosta disso

porque tem que desmoralizar aquele que não pensa como eles. Atacar a Patrícia é atacar a democracia. A

Constituição diz que a imprensa tem que relatar os fatos. Isso sempre foi discutido.


Não é a primeira vez que esse cidadão brasileiro repudiado por uma parte da sociedade ataca as mulheres.

Quando ele era Deputado, atacou uma Deputada Federal e foi condenado pelos seus atos. Também já atacou a

Primeira-Dama da França e, da mesma forma, foi rechaçado no cenário internacional.

Não se vê ninguém da Direita fascista dizer: "Calma! Vamos respeitar! Vamos respeitar!" Todos nós somos

filhos de uma mulher. Eu tenho esposa em casa, tenho irmãs, tenho mãe. Tenho que respeitar a família, não por

obrigação, mas por sermos cidadãos.

Na semana passada, foi a vez do Ministro da Fazenda, Paulo Guedes, atacar as empregadas domésticas. Eu

quero dizer aqui que sou casado com uma empregada doméstica. A minha esposa, a minha companheira, Lurdes,

saiu de Frederico Westphalen e foi trabalhar em Porto Alegre, com 16 anos, para ganhar dinheiro e mandar para

a família. Minha esposa e companheira é empregada doméstica e não é menos nem mais do que qualquer outra

mulher neste País.

Respeite as mulheres, Governo fascista! Respeite as mulheres, Bolsonaro! Cadê os moralistas desta

Câmara? Cadê os defensores da família desta Câmara? Respeitem! Nem o Presidente da República nem qualquer

outro cidadão pode atacar as mulheres. Quem deveria dar o exemplo não tem moral para falar com o povo

brasileiro.

Sr. Presidente, peço a V.Exa. que divulgue este pronunciamento no programa A Voz do Brasil.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, Deputado Marcon.

Será atendido o pedido de V.Exa.

DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELO SR. DEPUTADO MARCON.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ontem, em uma fala com a imprensa, o Presidente da República, Jair

Bolsonaro, fez insinuações sexuais absurdas e vergonhosas, na tentativa de difamar a jornalista Patricia Campos

Mello.

Não estamos mais no campo da ofensa. Isso foi difamação! Bolsonaro precisa ser responsabilizado. Não

podemos admitir esse tipo de postura do Presidente da República.

Infelizmente, essa conduta de Bolsonaro não é surpresa, pois ele sempre foi grosseiro, machista, misógino e

homofóbico. O Presidente nunca demonstrou nenhum tipo de respeito às mulheres. Bolsonaro já foi condenado

por uma fala misógina contra a companheira Maria do Rosário. Bolsonaro já foi desrespeitoso com a Primeira-

Dama da França, Brigitte Macron. Esses são só alguns exemplos do ser indigno que está ocupando hoje a

Presidência da República.

Essa foi, sim, uma fala inadmissível, mas não podemos deixar que isso sirva de cortina de fumaça para a

morte do miliciano Adriano da Nóbrega. Esse comentário chulo é uma tentativa óbvia de desviar a atenção do


envolvimento do Presidente e da sua família com as milícias do Rio de Janeiro, que tinham até mesmo cargos no

gabinete do então Deputado Estadual Flávio Bolsonaro.

Essa tática, além de baixa, é suja, é nojenta! Exigimos que Bolsonaro se porte como um Presidente deve se

portar.

Por isso, solidarizo-me com todas as mulheres deste País e apoio a indignação pelo comportamento

absurdo e sem cabimento vindo do Presidente da República.

Estamos juntos nessa luta! Ninguém solta a mão de ninguém!

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Concedo a palavra, por 1 minuto, ao Deputado José

Medeiros.

O SR. JOSÉ MEDEIROS (PODE - MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado, Sr. Presidente.

Eu estou vendo as indignações sobre esse tema da Patrícia. Mas como são seletivos! O ex-Presidente Lula

falou impropérios impublicáveis sobre as mulheres, atacou cidadãos de Pelotas — não vou repetir o que ele

disso, por causa do decoro —, mas para eles estava tudo bem, ficavam quietinhos, achavam bonito. Estão falando

de moralidade, mas uma militante deles colocou crianças para apalparem um homem nu numa exposição.

Levaram crianças para uma exposição de conteúdo adulto lá no Rio Grande do Sul. Estão dizendo que a Deputada

foi atacada, mas, à época, essa Deputada chamou o atual Presidente de estuprador. Houve a resposta.

A indignação aqui é seletiva.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Com a palavra o Deputado Boca Aberta, do PROS do

Estado do Paraná.

O SR. BOCA ABERTA (PROS - PR) - Bom dia a todos e a todas! Voltei!

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Calma, Deputado. Calma!

O SR. BOCA ABERTA (PROS - PR) - Estou calmo.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Com a palavra o Deputado Boca Aberta, do PROS do

Estado do Paraná.


O SR. BOCA ABERTA (PROS - PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Bom dia a todos e a todas! Voltei!

Sr. Presidente, terei 3 minutos secos do primeiro ao quinto ou tem água benta, abençoada?

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Água benta é só na Igreja do Bonfim, em Salvador.

O SR. BOCA ABERTA (PROS - PR) - Amém!

Então, está bom. Vamos lá!


E o Prefeito de Londrina? Pasmem, Srs. Deputados, Deputado Otoni de Paula: agora, no período eleitoral,

parece que o Prefeito acordou! Estava anestesiado, dormente, parecendo um urso. Manjam? O urso-polar fica 6

meses hibernado e depois sai para pegar gordura, para ficar mais "4 anos" hibernando.

Agora, o Prefeito de Londrina — pasmem, senhores! — está cavucando com o trator até asfalto que não

tem buraco. Você acredita? É verdade. Está passando a máquina, colocando massa asfáltica, para dizer que está

trabalhando.

Londrina é campeã, meus senhores, no ranking da dengue no Brasil! Prefeito de Londrina, lave a sua cara!

Tire essa máscara, Prefeitinho pé de rato, mequetrefe, marmota! Londrina alcançou 700 casos de dengue!

Pasmem, senhores: três funcionários e colaboradores do gabinete do povo, o gabinete do Deputado Boca Aberta

e do Boca Aberta Junior, estão internados com dengue! Estão acontecendo mortes por dengue hemorrágica. O

senhor é médico, Prefeito "Belinóquio"! Mudei o nome dele: não é mais Belinati; do cruzamento de Pinóquio com

Belinati, nasceu o filhotinho de cruz-credo, o "Belinóquio".

O senhor é médico. O senhor disse, na campanha — eu tenho isso gravado —, que sabia o caminho das

pedras. O senhor disse que ia resolver o problema da saúde. Agora o senhor dá uma entrevista, seu

desavergonhado, sua marmota, dizendo na imprensa que paga 3 milhões e 200 mil reais do dinheiro do povo. O

senhor disse que Londrina está preparada para o "corona" ou o raio que o parta! Como Londrina está preparada

para o coronavírus se o senhor não a preparou nem para a dengue. Cadê o fumacê? Cadê aquele caminhão do

fumacê? Cadê?

O senhor representa somente a vergonha do povo abençoado londrinense, que não te quer mais! O senhor

está em terceiro lugar nas pesquisas, caindo para quarto lugar, devido à sua má administração. As UPAs estão

lotadas, cheias de gente, um depósito de rejeitados. Vergonha, Prefeito de Londrina!

Não tenho tempo para mais nada.

Beijo no coração e a paz de Deus!

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Com a palavra o Deputado Hildo Rocha.


O SR. HILDO ROCHA (Bloco/MDB - MA. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Deputado Charles Fernandes,

que preside a sessão neste momento.

Sras. e Srs. Deputados, a revista Veja desta semana traz uma matéria a respeito do Maranhão. O título da

matéria é Um Balanço Vermelho. A revista afirma que o Governador Flávio Dino é a nova estrela da Esquerda

brasileira. Mas, no Maranhão, é uma estrela que não brilha.


A matéria, de quatro páginas, mostra a realidade do Maranhão, realidade que agora, depois de 5 anos, a

revista Veja achou. Eu, que moro no Maranhão e sou representante do povo do Maranhão, sei que isso é verdade

e é até muito pior do que está sendo dito.

Os números são incontestáveis. A pobreza no Maranhão, Sras. e Srs. Deputados, é realidade. Está dito aqui.

O Governador assumiu em 2015. No fim de 2014, os índices de pobreza eram de 14,5%. Era enorme o número de

pobres. Ele se elegeu dizendo que ia diminuir a pobreza e que a meta dele era zerar a pobreza no Maranhão.

Entretanto, ela aumentou de 14,5% para 19,9%. É o que está dito na revista Veja, com base em dados do IBGE.

Mais 385 mil maranhenses foram para a miséria extrema, graças ao Governo dessa nova estrela da Esquerda, o

Flávio Dino.

Sabem por que piorou? A economia está muito ruim. O desemprego aumentou no Maranhão. O número de

desempregados equivalia a 7,4% da população e foi para 14,4% — mais do que dobrou. Nesses últimos 5 anos,

412 mil maranhenses perderam o emprego, em função do Governo desastrado de Flávio Dino, que aumentou os

impostos, afugentou os investimentos e começou a perseguir os produtores rurais do Maranhão. Os pequenos

produtores rurais, aqueles que criam e vendem mil galinhas, hoje têm que pagar impostos altíssimos, que não

pagavam antigamente, porque eram tratados de forma diferente pelo Governo anterior.

Ele veio para resolver o problema? Assim disse ele na campanha de 2014 e repetiu em 2018. Ele é um bom

marqueteiro — isso tem que ser dito —, trabalha bem o marketing, sabe trabalhar bem a comunicação. Enganou

o povo do Maranhão, infelizmente, e quer enganar também todo o povo brasileiro.

Para concluir, Sr. Presidente, eu queria dizer que hoje nós lançamos a Frente Parlamentar Mista para o

Programa Espacial Brasileiro, cujo Presidente é o Deputado Daniel Freitas, que se destaca aqui na Câmara dos

Deputados e correu atrás das assinaturas dos Parlamentares — 30 Senadores e mais de 200 Deputados Federais.

Eu entendo que essa Frente realmente tem que ter um apoio grande, para funcionar bem, no sentido de

buscar recursos da União para que possamos alocar verbas federais para desenvolver, cada vez mais, esse

segmento. Isso é importante. Hoje nós não conseguimos viver sem a tecnologia aeroespacial, que está presente

nos celulares, na comunicação, na mobilidade, naquelas maquininhas utilizadas para fazer compra na maior parte

das empresas. Tudo isso utiliza tecnologia via satélite.

Sr. Presidente, peço a V.Exa. que este meu pronunciamento seja divulgado no programa A Voz do Brasil.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, nobre Deputado Hildo Rocha. O pedido de

V.Exa. será atendido.

Com a palavra, por 1 minuto, o Deputado Pedro Uczai.


O SR. PEDRO UCZAI (PT - SC. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, quero manifestar

publicamente a minha profunda solidariedade e o meu apoio aos petroleiros do nosso País.

Eles não estão só lutando pelos direitos do acordo coletivo, que o Governo descumpre; estão também

defendendo essa empresa, que é um orgulho de todos os brasileiros.

O Governo Bolsonaro está desmontando o patrimônio público, privatizando as nossas empresas públicas,

entregando o capital dos brasileiros para os estrangeiros, para as petroleiras estrangeiras terem lucros de bilhões

de reais. O Governo faz isso sem respeitar, sem ouvir, sem consultar o povo brasileiro, que é o verdadeiro dono

da PETROBRAS, da ELETROBRAS e das demais estatais deste País.

Tirem a mão do patrimônio do povo brasileiro!

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, Deputado Pedro Uczai.

Com a palavra o Deputado Edmilson Rodrigues, por 1 minuto.

O SR. EDMILSON RODRIGUES (PSOL - PA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, as bancadas do PSOL, da

Rede Sustentabilidade e do PT acabam de vir do Senado Federal.

Fomos recebidos pelo Presidente do Conselho de Ética, o Senador e ex-Governador Jayme Campos.

Apresentamos uma representação contra o Senador Flávio Bolsonaro, que terá o direito democrático de se

explicar, de se defender.

Num país com 750 mil presidiários — reconhecidamente, mais de 300 mil nem sequer foram condenados e,

às vezes, cometeram crimes leves, mas continuam presos, sem assistência jurídica —, não é admissível termos

um Senador da República envolvido com milicianos, com uma história de pelo menos 13 anos de ligação com o

Adriano, que foi executado, com o Queiroz, com o emprego que foi dado à mãe e à esposa do Adriano. Enfim, é

necessário investigar tudo isso.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, nobre Deputado Edmilson Rodrigues.

Na tribuna está o Deputado Paulão, do PT do Estado de Alagoas.


O SR. PAULÃO (PT - AL. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, hoje eu queria usar a tribuna

para fazer a defesa da PETROBRAS.

Essa empresa é estratégica. A população brasileira compreendeu isso e fez uma defesa memorável da frase

"o petróleo é nosso". Houve compreensão, sensibilidade e compromisso na época do Presidente Getúlio Vargas.

Eu queria externar também a minha solidariedade à greve dos petroleiros. A PETROBRAS é uma empresa

que está sendo desmontada de forma rápida. Isso começou no Governo golpista do Temer e está sendo

acelerado agora no Governo Bolsonaro.


Há toda uma articulação que envolve o Poder Executivo, setores do Poder Judiciário, principalmente o MPF

de Curitiba, e a grande imprensa, no sentido de privatizar uma empresa estratégica, que tem papel fundamental

na economia. Destaco, inclusive, a importância do pré-sal e sua consequência direta em políticas públicas como

educação, saúde, ciência e tecnologia.

O Presidente do TST, Ives Gandra Filho, historicamente de extrema-direita, da Opus Dei, sem querer

dialogar com as partes, impõe uma multa de 500 mil reais por dia aos trabalhadores. É necessário um número

considerável de Parlamentares desta Casa, do bloco da Situação e Oposição, para abrir de novo a negociação.

O TST, no passado, quando foi criado pelo Governo Getúlio Vargas, tinha o papel de proteger

principalmente os mais pobres; hoje, defende de forma direta o capital, o rentismo, em detrimento do equilíbrio

do conflito capital-trabalho.

Então, eu queria prestar solidariedade a esses trabalhadores de uma empresa estratégica, fundamental,

que serve o Brasil e disputa o mercado internacional. Infelizmente, são muitos interesses, a exemplo da mulher

do Ministro da Justiça, cujo escritório jurídico fazia parte de petrolífera do Vice-Presidente, na época, do Bush. E,

hoje, esta empresa privada é uma das que estão de olho na privatização da PETROBRAS.

Manifesto minha solidariedade, Presidente.

Gostaria que meu pronunciamento fosse divulgado em todos os meios de comunicação desta Casa e no


Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, nobre Deputado Paulão. Será atendido o

pedido de V.Exa.

Enquanto o Deputado Heitor Freire se dirige à tribuna, concedo a palavra, por 1 minuto, ao Deputado Evair

Vieira de Melo.

O SR. EVAIR VIEIRA DE MELO (Bloco/PP - ES. Sem revisão do orador.) - Hoje a minha saudação é ao

Magnífico Reitor do Instituto Federal do Espírito Santo — IFES, Jadir José Pela. No dia 18 de fevereiro, ele assumiu

o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica — CONIF.

Jadir Pela é o Magnífico Reitor do Instituto Federal do nosso Espírito Santo. Uma liderança inquestionável

para o setor. Inclusive, em alguns momentos, sob a gestão dele, o Instituto Federal do Espírito Santo teve um

avanço extraordinário e presta um serviço de qualidade, de ensino espetacular a todo o Estado e, por

consequência, ao Brasil.

Portanto, minha saudação a este capixaba, que nos orgulha e lidera uma instituição da qual eu sou egresso,

o Instituto Federal do campus de Alegre, da nossa Diretora Valdete.


Tenho muito orgulho de fazer aqui no plenário da Câmara dos Deputados a defesa do Instituto Federal,

agora sob a liderança do Conselho Nacional do nosso Magnífico Jadir Pela.

Parabéns e conte conosco!

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, nobre Deputado Evair Vieira de Melo.

Com a palavra o Deputado Heitor Freire, do PSL do Estado do Ceará.


O SR. HEITOR FREIRE (PSL - CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, nobres colegas

Deputados e Deputadas, eu subo a esta tribuna para trazer denúncias contra a Prefeitura de Pacatuba.

Já tinha recebido várias denúncias nos últimos dias, nas últimas semanas, sobre a má gestão de Pacatuba. E

hoje, pela manhã, eu vi um vídeo em que o Prefeito de Pacatuba, ao anunciar recursos que estão vindo do

Governo Federal, mais de 3 milhões de reais para a saúde, foi vaiado. Naquela ocasião, jogaram até lixo no palco

onde ele estava, mostrando a insatisfação do povo quanto a essa má gestão.

Deixo aqui bem claro, Sr. Presidente, que a minha denúncia não é no âmbito pessoal. O Sr. Carlomano já

teve o mandato cassado por compra de votos, e há muita fofoquinha de que a esposa o trai. Eu não estou falando

aqui se ele é corno ou não. Eu não estou me referindo aqui a práticas feias que falam dele. Não estou aqui

falando de questões pessoais do Prefeito, mas da má gestão do Sr. Carlomano e de denúncias que eu já fiz ao

Ministério Público Federal e à Polícia Federal e que também estou levando à Comissão de Fiscalização Financeira

e Controle desta Casa. São denúncias de compra de livros didáticos com preços superfaturados, praticamente o

triplo do preço cobrado no mercado.

O que me causa estranheza é que a empresa é do esposo da sobrinha dele, que está lotada em cargo

comissionado dentro da Prefeitura, que mais parece uma lotação de cargos de familiares do que, de fato, de

pessoas técnicas que querem trabalhar.

Esses livros foram comprados com recursos do FUNDEB. Então, cabe a mim, sim, fazer a denúncia a esta

Casa, ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal, porque a Prefeitura de Pacatuba merece desde já uma

investigação profunda.

Também tenho várias outras denúncias, como a de Vereadores que foram visitar escolas onde os alunos,

crianças, estão tendo uma refeição por dia. Estão comendo um biscoito, uma bolacha, e um copo de suco. Então,

alguma coisa está acontecendo. Já foram feitas visitas a essas escolas. São crianças que estão passando

necessidade, que vão à escola para aprender e também comer, e não há nada. Ali, supostamente, pode haver

desvio de recursos. E essas salas de aula, Sr. Presidente, estão ao lado de um lixão, onde jogam lixo sanitário, ao

lado de um posto de saúde.

Portanto, aqui fica a minha denúncia.


Parabenizo pessoas como André Holanda e várias outras que têm feito um trabalho sério e comprometido,

denunciando essa má gestão, denunciando esse canalha desse Prefeito de Pacatuba.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, nobre Deputado Heitor Freire.

Enquanto o Deputado João Daniel se dirige à tribuna para falar por 3 minutos, concedo a palavra, por 1

minuto, ao Deputado Fábio Henrique.

O SR. FÁBIO HENRIQUE (PDT - SE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu também gostaria de externar

aqui a minha solidariedade aos trabalhadores da PETROBRAS, importante empresa brasileira, pela greve que

estão realizando. Faço um apelo ao Governo para que seja aberto o canal de diálogo, de negociação com os

trabalhadores.

O meu Estado, Sergipe, deve muito à PETROBRAS. Há uma história na economia do nosso Estado antes e

uma história depois da PETROBRAS.

Além de todos os fatos que estão ocorrendo, ainda se anuncia agora, para o mês de março, o fechamento

da sede administrativa da PETROBRAS na cidade de Aracaju. Portanto, além de todos os fatos negativos, tudo

aquilo que os trabalhadores da PETROBRAS têm sofrido, o nosso Estado ainda vai perder a sede administrativa.

Fica aqui a nossa solidariedade.

Peço que a nossa fala seja divulgada no programa A Voz do Brasil.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - O pedido de V.Exa. será atendido, Deputado Fábio

Henrique.

Concedo a palavra ao Deputado João Daniel, do PT do Estado de Sergipe.


O SR. JOÃO DANIEL (PT - SE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu quero deixar

registrados dois pronunciamentos.

Primeiro, parabenizo todas as mulheres do nosso Parlamento que, ontem, fizeram um ato aqui nesta

tribuna de desagravo em solidariedade à jornalista Patrícia Campos Mello e de repúdio ao Presidente, que

envergonha o Brasil, o povo brasileiro ou, pelo menos, aqueles que têm respeito com as mulheres, com os

homens e com uma sociedade democrática que considera as pessoas. Foi vergonhosa a forma autoritária,

discriminatória e antissocial com que se dirigiu o Presidente Bolsonaro à jornalista. Fica o nosso repúdio.

Segundo, Sr. Presidente, eu gostaria de registrar que, na última sexta-feira, tivemos o prazer de participar,

junto com a equipe do Governo do Estado, sob a liderança do Secretário de Agricultura, André Bomfim, e todos

os movimentos sociais, a convite do Movimento dos Pequenos Agricultores, na cidade de Ilha das Flores, na

Comunidade Betume II, de um ato realizado pelo Movimento dos Pequenos Agricultores, que colheu arroz

agroecológico produzido pelos trabalhadores, pelos pequenos agricultores. Parabenizo todos os agricultores, na


pessoa do Seu Jackson, proprietário do local onde se realizou o ato, com movimentos de toda a região, na defesa

da agroecologia, na defesa da produção de alimentos saudáveis. Também houve uma celebração com dois

grandes padres lutadores daquela região, o Padre Isaías e o Padre Mário, junto com todas as pastorais, fazendo

um ato belíssimo. Parabenizo o Movimento dos Pequenos Agricultores por esse ato maravilhoso, que engrandece

a Região do Baixo São Francisco e o Estado de Sergipe.

E, hoje, às 14 horas, o Supremo Tribunal Federal vai apreciar a Ação Direta de Inconstitucionalidade nº

5.553, do PSOL, à qual nós esperamos que haja, por parte do Supremo, a decisão favorável de que seja cobrado...

(Desligamento automático do microfone.)

O SR. JOÃO DANIEL (PT - SE) - Peço um tempinho para encerrar, Sr. Presidente.


O SR. JOÃO DANIEL (PT - SE) - Sr. Presidente, é para encerrar.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Eu havia dito aqui, pedindo a compreensão de todos os

Deputados, que há uma lista grande de oradores que querem falar e, para que todos possam fazê-lo, não vamos

realizar a prorrogação do tempo de 1 minuto nem do tempo das breves comunicações. Peço a compreensão,

mais uma vez, dos Srs. Deputados.

DISCURSOS NA ÍNTEGRA ENCAMINHADOS PELO SR. DEPUTADO JOÃO DANIEL.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, faço nesta tribuna um desagravo em solidariedade à jornalista

Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo, pela dupla agressão sofrida.

Uma por parte de ex-funcionário de uma empresa, que disparou, criminosamente, mensagens falsas na

campanha eleitoral de 2018 e que, em depoimento à CPI das Fake News, tentou desacreditar a reportagem

dizendo que sua autora, a jornalista Patrícia de Campos Mello, se insinuou sexualmente para ele a fim de

conseguir informações.

Após a insinuação contra a jornalista, Parlamentares bolsonaristas passaram a explorar o caso nas redes

sociais. O mote comum era: uma jornalista esquerdista que ofereceu seu corpo a um homem em troca de

informações que prejudicassem Bolsonaro.

Outra na terça-feira, dia 18, quando o Presidente Bolsonaro a insultou também, com insinuação sexual,

dizendo que ela, a repórter, queria um furo. “Ela queria dar o furo”, disse ele, para os risos da plateia que

acompanha seus pronunciamentos em frente ao Palácio da Alvorada.

Chegamos ao mais baixo nível que pode chegar um presidente da República com suas declarações

machistas e desrespeitosas. Com isso ele não agrediu somente a repórter e as mulheres em geral, mas fez

também um desserviço a todo um processo educacional que vem sendo construído pela sociedade brasileira em

respeito às mulheres e a todos os segmentos sociais discriminados na sociedade.


Pena que haja plateia para essas atitudes de um presidente que não se dá ao respeito e vive falando

impropérios, com o intuito de popularizar uma imagem vulgar que não cabe a um Chefe de Estado.

É triste que as fake news bolsonaristas fiquem a explorar o caráter machista da população nas redes sociais,

buscando traçar um papel de vítima de uma imprensa que o persegue e que divulga falsidades.

É muito ruim para um país ter um governo fascista e neoliberal que, enquanto entrega as nossas riquezas

para a inciativa privada, agride o meio ambiente, retira direitos do povo, ataca os povos indígenas, destrói a

economia e vive a querer criar uma cortina de fumaça com as besteiras que vive dizendo, escondendo também a

apuração de responsabilidades de sua família e de seus apadrinhados em casos graves que vêm sendo

divulgados.

O Brasil não pode ficar parado, vendo esse quadro de desmandos, de desrespeito e de agressões à nossa

soberania. Não podemos ficar olhando passar um governo que envergonha o Brasil.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, ocupo esta tribuna para registrar que, na última sexta-feira, dia

14, participamos da Festa da Colheita do Arroz Agroecológico, organizada pelo Movimento dos Pequenos

Agricultores (MPA), no Município sergipano de Ilha das Flores.

Foi um belo ato que aconteceu na propriedade de Seu Jackson, um pequeno agricultor, quando também

houve uma celebração e bênção dos alimentos com o Padre Isaías e o Padre Mário.

Na Festa da Colheita também estavam presentes o Secretário estadual de Agricultura, André Bomfim; a

Vice-Governadora, Eliane Aquino; o Prefeito e Vice-Prefeita de Ilha das Flores, Christiano Cavalcante e Eleni

Lisboa; o Coordenador do Projeto Dom Távora, Gismario Nobre; o Deputado Estadual Iran Barbosa (PT),

integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), da FETASE e quilombolas.

Algo em torno de 15 famílias do MPA, em Sergipe, desenvolvem há 4 anos o plantio de arroz com práticas

agroecológicas, ou seja, livre de transgênicos e agrotóxicos e respeitando a agrobiodiversidade da região. Os

agricultores são das comunidades de Soldeiro, em Neópolis; Ponta de Areia, em Pacatuba; e Serrão e Bongue, em

Ilha das Flores; todas na região do Baixo São Francisco. As experiências de cultivo começaram em 2016 com a

parceria entre o MPA, a Cáritas Diocesana de Propriá e o Projeto Dom Távora/SEAGRI/FIDA, que financiaram

parte da produção.

O resultado desse belo trabalho culminou na primeira edição da Festa da Colheita do Arroz: Construindo

Transição Agroecológica. A comemoração foi na Comunidade Betume II, em Ilha das Flores, com a participação de

grupos culturais, ida a campo para ver e participar da colheita do arroz, um ato religioso e uma mesa de debate

com movimentos e organizações parceiras e bandas de forró pé de serra.


Após 4 anos, o saldo é positivo. As famílias, com apenas 17 hectares de terra, conseguiram produzir cerca

de 150 toneladas de arroz agroecológico entre 2019 e 2020, fazendo um contraponto à forma como os

produtores convencionais produzem e distribuem o arroz.

A comemoração da colheita é uma prova de que é possível produzir na região de maneira ambiental e

socialmente sustentável, mas também precisa de investimento público para crescer.

Peço que este pronunciamento seja divulgado nos meios de comunicação desta Casa, bem como no


Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, hoje será julgada no Supremo Tribunal Federal a Ação Direta de

Inconstitucionalidade (ADI) nº. 5.553, que questiona o fim da isenção fiscal sobre os agrotóxicos, referente às

Cláusulas 1ª e 3ª do Convênio nº 100, de 1997, do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ).

A manutenção dessa isenção mantém a redução de 60% da base de cálculo do Imposto sobre Circulação de

Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) sobre os agrotóxicos e autoriza a ampliação de isenções de alíquotas

em até 100% pelos Estados. Questiona ainda o Decreto nº 7.660, de 2011, que concede isenção total do Imposto

sobre Produtos Industrializados (IPI) aos agrotóxicos constantes na tabela que lista vários produtos.

O pagamento parcial do tributo ocorre porque o Estado brasileiro aplicou o princípio da seletividade e

essencialidade tributárias, pelo qual se determinam benefícios a produtos por sua importância social, ou seja,

“por ser essencial para a coletividade pode ter isenções ou reduções tributárias”.

Como se sabe, os agrotóxicos não atendem a esses princípios, por representar um alto impacto à saúde

humana e ao meio ambiente

Com faturamento estimado em 2017 de US$ 8,9 bilhões (Associação Brasileira de Defensivos Genéricos,

2018) — correspondentes a atuais R$ 37 bilhões —, o setor deixa de destinar significativas quantias ao poder

público brasileiro e eleva, ao máximo, a possibilidade de lucro.

A não arrecadação de tributos pela produção, venda e consumo dos agrotóxicos também traz outros

prejuízos aos cofres públicos, pois estudo publicado na Revista de Saúde Pública revela que, para cada dólar gasto

com a compra de agrotóxicos no Paraná, por exemplo, é gasto US$ 1,28 no tratamento de intoxicações e outros

tantos, considerados os gastos com saúde pública em decorrência da exposição constante aos venenos agrícolas,

como com o tratamento do câncer.

Mais ainda: com a liberação recorde de 503 registros de agrotóxicos no primeiro ano de mandato de Jair

Bolsonaro (sem partido), por meio da Pasta da Agricultura, sob o comando da Ministra com estreita ligação com o

agronegócio Tereza Cristina (PSL), o valor que o Estado brasileiro deixa de arrecadar no próximo período aumenta

exponencialmente.


Assim, acompanharemos com muita atenção o julgamento dessa ação e esperamos que o Ministro Edson

Fachin, a partir dos argumentos da sociedade civil e do PSOL, que apresentou a ação, entendendo a gravidade

dessa isenção, conceda provimento à ação de inconstitucionalidade apresentada.

Apoiamos, assim, a luta da campanha contra os agrotóxicos e pela vida.

O SR. JOSÉ NELTO (PODE - GO) - Sr. Presidente, com todo o respeito, já abriu jurisprudência no Parlamento

de cada um usar 1 minuto. Eu gostaria que V.Exa., que é um democrata compreensivo, me concedesse 1 minuto.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - V.Exa. está inscrito, e eu vou chamá-lo para falar, pode

ter certeza.

Enquanto o Deputado Otoni de Paula se dirige à tribuna para falar pela Liderança, tem a palavra os

Deputados Ivan Valente e José Nelto, por 1 minuto cada.

Tem a palavra o Deputado Ivan Valente, por 1 minuto.

O SR. IVAN VALENTE (PSOL - SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, quero dar como lido

pronunciamento que faço sob o título: "Bolsonaro e Guedes agem de forma criminosa contra o Bolsa Família".

Já há mais de 1 milhão de famílias na fila, e eles estão simplesmente protelando a MP do 13º salário do

Bolsa Família, estão boicotando. Mais do que isso, Guedes e Bolsonaro omitem informações a requerimento de

informações, o que é crime de responsabilidade, e no Orçamento cortaram de 32,5 bilhões para 29,5 bilhões.

Nós estamos tomando medidas para convocar o Ministro para depor aqui na Câmara dos Deputados.

Representamos no TCU, e, atendendo a nosso pedido, o Ministério Público Federal pediu na quarta-feira ao

Ministério da Cidadania informações sobre as medidas a serem adotadas para garantir o atendimento de todas as

pessoas que têm direito ao benefício.

Eles estão boicotando o Bolsa Família, enquanto querem que os pobres paguem a conta da crise seja no

13º, seja nas filas do INSS, e estão retirando o seguro-defeso também.

É uma vergonha!

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, nobre Deputado Ivan Valente.

DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELO SR. DEPUTADO IVAN VALENTE.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o tratamento dado pelo Governo Bolsonaro ao Programa Bolsa

Família não deixa a menor dúvida, ele governa para os ricos e massacra os mais pobres. O Governo promove o

travamento do programa em cidades pobres, e a fila chega a 1 milhão de famílias. Não bastasse isso, o Ministério

da Cidadania se recusa a dar informações sobre a real situação do programa, e o Governo trabalha no Congresso

para que a MP do 13º do Bolsa Família não seja aprovado.

O Governo, via o Ministério da Cidadania, vem se recusando há meses a prestar informações, mas nosso

mandato obteve, via a Lei de Acesso à Informação (LAI), documentos do Ministério da Economia de que o


Ministério da Cidadania tinha os dados e simplesmente os escondeu da população. O documento também

comprova que o Ministro Paulo Guedes negou os recursos que o programa precisava para continuar atendendo

aos mais pobres. Tudo isso é gravíssimo, tanto a omissão de informação por parte do Governo como o papel

criminoso do Guedes, o mesmo que chama de parasitas o funcionalismo público e que ofende as empregadas

domésticas. Ele deixa claro que seu ódio aos mais pobres é parte de uma política sistemática de governo.

O Governo adotou um novo método de gestão de recursos, o método cara de pau, ele economiza, mas com

o dinheiro dos outros. Faz fila no INSS, represando o atendimento de concessão de benefícios e aposentadorias e

faz fila no Programa Bolsa Família. Assim, fica fácil diminuir o orçamento do programa, que, em 2020, tem uma

verba prevista em R$ 29,5 bilhões e, em 2019, foram R$ 32,5 bilhões.

Para não ficar evidente essa política criminosa, o Governo adota uma outra tática, simplesmente se recusa

a falar do assunto, não responde aos requerimentos de informações e omite dados. Apresentamos um

requerimento de informações, ainda no início de outubro, e outro, no fim de novembro. Ambos venceram o

prazo de resposta. Entramos com um ofício junto à Presidência da Câmara pedindo a responsabilização do

Ministro. É uma conduta extremamente grave e atentatória às competências da Câmara dos Deputados, inclusive

configurando crime de responsabilidade. Mais grave ainda com a comprovação que obtivemos agora, via LAI, de

que o Ministério da Cidadania tinha todos os dados, ou seja, agiu de forma deliberada para ocultar informações.

Outra medidas que tomamos foi apresentar um requerimento de convocação para que o Ministro da

Cidadania vá à Câmara dos Deputados dar explicações sobre a real situação do programa. Outra foi uma

representação no Tribunal de Contas da União (TCU) para que o órgão investigue os problemas no orçamento do

Bolsa Família e a omissão de dados.

Atendendo ao nosso pedido, o Ministério Público Federal (MPF) pediu, na quarta-feira da semana passada,

dia 12, ao Ministério da Cidadania informações das medidas a serem adotadas para garantir o atendimento de

todas as pessoas que têm direito ao benefício. O prazo da resposta termina nesta semana.

A fila absurda no Bolsa Família também motivou a Procuradoria do TCU a agir: houve um pedido para que o

TCU instale uma auditória sobre a questão, que ainda será deliberada pelos Ministros do órgão.

A verdade é que o Governo Bolsonaro desde do início lida mal com o Programa Bolsa Família. Para eles é

mais uma despesa do que um programa de garantias de direitos para a população mais pobre. Apesar de ser

reconhecido internacionalmente, o programa sempre recebeu críticas da extrema-direita. No entanto, tem um

escopo rigoroso e de fato atende as famílias em situação de extrema pobreza e pobreza. O programa atende

famílias com filhos de 0 a 17 anos, com renda per capita de até R$ 89 mensais, e pobreza, com renda entre R$

89,01 e R$ 178 por mês. O benefício médio é de R$ 191.


No Governo Bolsonaro, o programa enfrenta o período mais longo de baixo índice de entrada de novos

beneficiários. Segundo matéria publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, de 10 de fevereiro de 2020: “Entre janeiro

de 2018 e maio do ano passado, 26 famílias passavam a ser atendidas por mês no grupo de 200 cidades

brasileiras com menor renda per capita. Os dados mais recentes apontam que a média mensal recuou para cinco

famílias”.

Além disso, a equipe econômica estuda medidas que, na prática, significam tirar dos mais pobres para

manter o Bolsa Família, ou seja, uma espécie de socialização da miséria. A última é mudar as regras do seguro-

defeso, auxílio pago ao pescador artesanal durante o período em que ele fica impedindo de exercer a atividade

por causa da preservação das espécies. A proposta é vincular esse seguro também à condição de renda, igual se

faz no Bolsa Família. O que o Governo passa por cima é que esse seguro visa garantir a preservação ambiental, a

preservação das espécies, cumpre um outro papel, absolutamente necessário, de dar condições de vida mínima

ao pequeno pescador quando ele não puder trabalhar, não tem nada a ver com situação de extrema pobreza.

Tanto que o benefício se dá em um salário mínimo, justamente por se tratar de uma compensação ao

trabalhador.

Outra ataque estudado pelo Governo é cortar subsídios da cesta básica, a desculpa apresentada pelo

Governo é extremamente perversa, a ideia de que os mais ricos também se beneficiam desses subsídios. O que o

Governo não explica é que o consumo com alimentos básicos consome uma parcela muito mais significativa do

orçamento dos mais pobres e é ínfima em relação aos mais ricos, ou seja, o corte de subsídios recairá sobre os

mais pobres não sobre os mais ricos.

O fato é que o Governo se recusa a taxar os mais ricos, se recusa a taxar lucros e dividendos, grandes

heranças e grandes fortunas. A solução sempre recaí por tirar os direitos dos mais pobres. Agora, com uma ação

mais perversa ainda, quer usar as filas para conter gastos.

Exigimos que o Governo Bolsonaro dê respostas imediatas. É inadmissível esse tipo de tratamento. Mais

inadmissível é promover cortes sem explicações e represar de forma proposital as novas entradas. São famílias,

são pessoas que estão passando fome, que estão na miséria, que estão completamente abandonadas por esse

Governo. Bolsonaro e seus Ministros devem explicações e serão cobrados por isso, inclusive por incorrerem em

crime de responsabilidade.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Concedo a palavra ao Deputado José Nelto, por 1

minuto.

O SR. JOSÉ NELTO (PODE - GO. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu quero elogiar o Ministro General

Ramos, que reconheceu que não conversou com os partidos. Eu tenho um bom relacionamento com ele, uma


boa conversa com o Ministro General Ramos. Acho que, se ele errou, agora está agindo corretamente. Eu confio

no trabalho e na articulação política do General Ramos.

Quero também elogiar a posse do General Braga Netto na Casa Civil. Que ele possa abrir um novo diálogo

com o Congresso Nacional, porque nós queremos votar a reforma tributária, a reforma administrativa, todas as

reformas para melhorar o Brasil. Sinto que a presença do General Braga Netto é importante para o Brasil.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, nobre Deputado José Nelto.

Pelo tempo de Liderança do PSC, agregado ao tempo das Breves Comunicações, tem a palavra o Deputado

Otoni de Paula, por 6 minutos.

Em seguida, terá a palavra o Deputado Henrique Fontana.

O SR. OTONI DE PAULA (PSC - RJ. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, se há uma

instituição que me é cara ela é a Guarda Municipal da cidade do Rio de Janeiro, pela qual eu tenho um profundo

respeito.

Quero da tribuna desta Casa prestar a minha solidariedade ao líder operacional da Guarda Municipal do Rio

Orlando Toledo, que foi atropelado duas vezes no Bairro da Tijuca quando solicitou que um cidadão embriagado

e violento — já há denúncia de outros casos de violência contra esse cidadão — saísse da vaga reservada a

taxistas. Ele foi agredido com esse atropelamento duplo.

Eu quero dizer algo sobre a Guarda Municipal do Rio de Janeiro. Primeiro, nós temos uma das melhores

Guardas Municipais do Brasil, preparada, bem treinada, bem adestrada, organizada, mas infelizmente esse

quadro de desrespeito é comum. Se aquele guarda municipal, se o Orlando estivesse armado, com uma arma na

cintura, dificilmente esse louco iria agredir dessa forma covarde o Orlando, da Guarda Municipal do Rio de

Janeiro. É lamentável. Nós sabermos que a Guarda Municipal existe para guardar o patrimônio público. E eu

pergunto: que patrimônio é maior na sociedade brasileira do que o cidadão? Portanto, essa desculpa de não

armar a Guarda Municipal do Rio de Janeiro é uma covardia do poder público para colocar os guardas municipais,

que estão preparados e treinados, para tomarem conta de estátua, para tomarem conta de patrimônios

materiais, enquanto o povo carioca está sofrendo com a falta de policiamento no Estado. É lamentável isso.

O vagabundo respeita três coisas na área de segurança, que o Município tem que fazer, que o Prefeito tem

que ter coragem de fazer: uma rua bem iluminada, uma câmera ligada e um guarda municipal armado. Portanto,

que haja coragem da parte da Prefeitura em dar ao guarda municipal o armamento para a sua própria defesa e

para a defesa do cidadão carioca.

Aos guardas municipais o meu carinho e o meu respeito, em especial a Orlando Toledo por esse crime

cometido contra ele.


Sr. Presidente, outro assunto me traz a esta tribuna. Eu quero manifestar a minha revolta com o

apresentador Luciano Huck, que resolveu agora oferecer as mulheres brasileiras para os gringos. Ele postou o

seguinte na sua rede social, e covardemente já apagou: "Tá no Rio? Solteira? Quer um príncipe encantado entre

os gringos que estão na cidade? Mande fotos para [email protected]".

O Luciano Huck tem que definir se quer ser candidato a Presidente da República ou gigolô barato, porque

oferecer as cariocas, oferecer as brasileiras para namorar com gringo, Luciano, é coisa de gigolô. Que coisa feia!

Respeite a mulher brasileira! Ela já foi vendida aí para fora como uma mulher fácil pela mídia, pelos meios de

comunicação, e agora que os valores dessa mulher estão sendo resgatados justamente neste Governo de

moralidade de Jair Messias Bolsonaro, vem você, Luciano, oferecer gringo para as brasileiras. Que coisa feia! Que

coisa ridícula! Mas nesse mundinho em que você vive, nesse mundinho global que você habita eu sei que a

prostituição é algo normal. Isso é normal nesse meio global, mas, por favor, não transforme, não ache que o meio

em que você vive é o meio em que todas as brasileiras querem viver.

Meu repúdio ao Sr. Luciano Huck.



Tem a palavra, por 1 minuto, o Deputado Lincoln Portela.

O SR. LINCOLN PORTELA (PL - MG. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, agradeço a V.Exa. e ao

Deputado Henrique Fontana também.

Aproveito a primeira parte do pronunciamento do Deputado Otoni de Paula sobre as Guardas Municipais:

elas precisam ser inseridas no art. 144 da Constituição brasileira.

Eu queria ver esses teóricos que dizem que sabem de muita coisa colocarem um uniforme azul marinho e

saírem desarmados. A Lei nº 13.022 dá armamento para a polícia municipal, essa é a verdade, para a polícia

municipal das cidades com mais de 50 mil habitantes.

É um absurdo as polícias municipais serem tratadas da maneira que ainda o são no Brasil!

Obrigado.


Tem a palavra o Deputado Julian Lemos por 1 minuto.

O SR. JULIAN LEMOS (PSL - PB. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, caros colegas, eu queria mandar

um recado para a sociedade paraibana.

Hoje infelizmente as forças policiais do nosso Estado farão — quando digo infelizmente é porque não

precisava chegar a um nível desse — uma assembleia agora ao meio-dia para deliberar sobre a paralisação.


A Paraíba tem uma das melhores polícias do País, está na frente como a polícia que menos mata ou, eu

poderia dizer, a que mais trabalha para que não haja assassinatos nem de bandidos, o que seria o mais ideal, nem

da sociedade paraibana.

Só que começa a haver um desprestígio cada vez mais acentuado. As polícias do meu Estado são as que

menos recebem no País. Por exemplo, já houve várias conversações, e as propostas dadas pelo Governo na

realidade não são propostas, simplesmente não há o que dizer.

O Secretário Marivaldo parece que age muito pelo fígado. Nem tudo é algo técnico, nem tudo são números.

É preciso agir com política. Eu peço aqui ao Governador João Azevêdo, o qual sabe da minha postura, da minha

responsabilidade com minhas palavras, que não permita que haja essa greve.

Eu vejo algumas pessoas, até mal-intencionados, querendo atribuir...



Eu falei que não iria mais prorrogar o tempo devido ao número grande de oradores inscritos para falar.

O SR. JULIAN LEMOS (PSL - PB) - Finalizo: algumas pessoas mal-intencionadas querem colocar sobre os

ombros da Polícia Militar e sobre as forças de segurança o caso da greve. Mas eu quero dizer que, se algo

acontecer, esse sangue estará nas mãos daqueles que estão sendo instrumento de dificuldade para fazer uma

negociação justa com esses policiais.

Minha solidariedade a todos e ao movimento!


Na tribuna agora, usando o tempo das Breves Comunicações e o da Liderança da Oposição, tem a palavra o

Deputado Henrique Fontana, do PT do Estado do Rio Grande do Sul.


O SR. HENRIQUE FONTANA (PT - RS. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Deputado

Charles Fernandes, Srs. Deputados e Sras. Deputadas, primeiro eu pergunto pelo meu tempo porque eu vou

somar o tempo das Breves Comunicações com o da Liderança da Oposição. Peço a V.Exa. que verifique enquanto

eu inicio a minha fala, por favor.

A primeira coisa que eu quero colocar, em nome da Oposição, nesta tribuna, Sr. Presidente, é a importância

de dois movimentos, além de tantos outros que estão ocorrendo neste País, em busca da defesa de interesses

legítimos da população brasileira e de categorias importantes que defendem o interesse nacional.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Eu só queria esclarecer que o Deputado Henrique

Fontana está falando pela Liderança da Oposição.

Muito obrigado, Deputado.


O SR. HENRIQUE FONTANA (PT - RS) - Obrigado, Presidente.

Refiro-me ao movimento de greve dos petroleiros, que já é, neste momento, um movimento vitorioso,

porque foi capaz de, dentre outras coisas, frear o absurdo da decisão tomada pelo Governo Bolsonaro e pela

atual direção da PETROBRAS, que querem fechar a maior fábrica de fertilizantes de produção pública da

PETROBRAS no Paraná, demitindo mil pessoas sumariamente num período de alto desemprego no País. Vejam o

tamanho da insensatez.

A segunda questão que a greve dos petroleiros coloca na pauta nacional é que a política de preços que a

PETROBRAS está adotando, com o preço dos combustíveis dolarizados, está retirando da economia brasileira uma

possibilidade real, que um País autossuficiente em petróleo tem, que é de fazer um colchão de compensações e

garantir preços razoáveis para o óleo diesel, para os combustíveis. Em que isso impactou na vida dos

caminhoneiros que estão neste momento no movimento também cívico, patriótico, num movimento ordeiro, em

diversos postos de gasolina em beira de estrada mobilizados? Os caminhoneiros estão reivindicando algo muito

simples: que o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, determine imediatamente uma decisão sobre a

constitucionalidade da Lei nº 13.703, que foi votada, Deputado Carlos Gomes, aqui e no Senado Federal,

Deputado Rubens Bueno, uma lei debatida em Comissão Especial, em que foram ouvidas as partes, a sociedade.

O Parlamento decidiu, praticamente por unanimidade: sim, o Brasil tem uma tabela de valores mínimos de frete.

Isso é uma tabela de valor mínimo, não é tabelamento de fretes, porque, a começar pelos caminhoneiros, eles

querem, por óbvio, poder produzir o frete ganhando mais do que a tabela mínima. A tabela mínima é para cobrir

os custos, para que a pressão econômica daqueles que concentram o poder econômico não avilte a atividade do

caminhoneiro, obrigando o caminhoneiro, especialmente o autônomo, que é responsável por quase 80% das

cargas rodoviárias deste País, a trabalhar com preço abaixo do custo, levando-os a riscos, pela falta de

manutenção dos caminhões, bem como a toda a sociedade, levando à quebradeira desta atividade e a uma

situação de indignidade para esses profissionais tão importantes para o nosso País.

Eu defendo a tabela mínima de fretes. É, sim, possível, necessário e absolutamente tranquilo tecnicamente

que a ANTT faça essa tabela. A tabela deve levar em conta diferentes cargas, diferentes distâncias, diferentes

tipos de estrada. Dizer que não haverá tabela é voltar para a hiperexploração do caminhoneiro autônomo,

fazendo com que ele trabalhe abaixo do custo, levando ao impasse que o Brasil já viveu há 2 anos.

Parabéns aos caminhoneiros, que ordeiramente organizam o movimento para mostrar ao País, ao Supremo

e ao Governo Bolsonaro que a tabela foi uma vitória, a partir de um movimento, e que agora não se pode mudar

de discurso, porque o próprio Presidente Bolsonaro dizia que a tabela era correta, e agora o Governo Bolsonaro

trabalha para desestabilizar a tabela mínima de frete.


Sr. Presidente, um outro tema que salta aos olhos é o impasse e o declínio da economia brasileira. Esta

política econômica de corte ultraliberal, que Paulo Guedes e Bolsonaro conduzem no País, já tem agora 4 anos de

implantação no Brasil: 3 anos com Temer e 1 ano com Bolsonaro. E qual é o resultado final de 4 anos dessa

política do fundamentalismo liberal? Um dos piores crescimentos da história do Brasil: no ano passado, 0,89.

Eu peço, Presidente, porque eu recebi 7 minutos e eu acho que esse é o tempo da Liderança, para juntar o

tempo da minha inscrição no Pequeno Expediente.

Agora, outro resultado. Foram batidos os recordes dos níveis de ocupações precárias do País, ou seja, como

nós intuíamos, os empregos com carteira assinada e com estabilidade estão sendo substituídos por empregos

precários, de salários mais baixos, aumentando, portanto, a desigualdade social em nosso País.

Se essa política econômica não for mudada, se o Ministro Paulo Guedes continuar incentivando o dólar a

subir, o que acontecerá com o bolso do consumidor brasileiro? Aumentam os preços. Eu não sei qual é a teoria

econômica em que se baseou o Ministro Paulo Guedes para dizer que é bom o preço do dólar subir. Dólar mais

alto, Srs. Deputados e Deputadas, significa gasolina mais alta, significa custo de vida maior, significa que a

desnacionalização da economia brasileira se dará de forma ainda mais acelerada, porque as empresas, os capitais

que querem comprar as empresas brasileiras, sejam públicas ou privadas, compram essas empresas mais barato.

Se o dólar sobe 20%, para quem tem 1 bilhão de dólares para comprar as nossas empresas, a nossa empresa fica

20% mais barata. Isso é um dado elementar da política de câmbio. É uma irresponsabilidade o que o Ministro

Paulo Guedes está fazendo, ao incentivar o dólar a subir, e ainda lançando bravatas preconceituosas, dizendo que

seria bom, porque aí a empregada doméstica não pode ir a Disney. Primeiro, todos podem e devem ter o direito

de fazer suas viagens, tirar suas férias, mas não é esse o jogo do dólar alto. O jogo do dólar alto é para facilitar o

processo de venda do patrimônio estratégico deste País, do nosso setor elétrico, das refinarias da PETROBRAS, de

todo o processo de privatização selvagem que este Governo quer implementar.

Por fim, quero dizer ao Presidente Bolsonaro que ele está acentuando o caráter fascista de um Governo que

vive de conflitos.

Ontem mesmo o filho do Presidente subiu à tribuna para alimentar as pós-verdades. Este é o jogo,

Deputado Edmilson: eles lançam uma versão. Apagaram um arquivo importantíssimo que o Brasil queria ouvir.

Foi queima de arquivo a morte de Adriano. Agora querem partidarizar esse debate.

Nós queremos uma investigação detalhada sobre a morte de Adriano. Agora não precisa investigar mais

nada para saber que o maior interessado na morte de Adriano é o Presidente Bolsonaro e a sua família, porque a

sua família tem relações históricas com esse miliciano. A mãe e a esposa de Adriano trabalharam no gabinete de

Flávio Bolsonaro.

É isso que o Brasil está discutindo e debatendo.


O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, nobre Deputado Henrique Fontana.

Enquanto se dirige à tribuna o Deputado Edio Lopes, que vai falar pela Liderança do PL, eu vou dar 1 minuto

para o Deputado Rubens Bueno.

O SR. RUBENS BUENO (CIDADANIA - PR. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, agradeço ao Deputado

Edio Lopes.

Quero apenas citar um projeto que deve entrar em pauta hoje aqui na Câmara, o Projeto nº 550, de 2019,

da Senadora Leila Barros, que trata da questão das barragens no Brasil. Temos tantos exemplos como o último de

Brumadinho.

Esse projeto institui rigidez das obrigações dos empreendedores, institui obrigação de contratar seguro ou

apresentar garantia financeira e institui sanção penal de indivíduos nos casos em que ficar comprovado que as

suas ações contribuíram para o desastre.

Por isso estamos aqui não só apoiando, mas falando também que nesse projeto foi absorvido o projeto da

Senadora Eliziane Gama e do Deputado Arnaldo Jordy, de 2015. Então, a Senadora Leila Barros, do Distrito

Federal, está encampando-os, e hoje vamos votar esse projeto neste plenário.

Muito obrigado.


Para uma Comunicação de Liderança, pelo PL, concedo a palavra ao Deputado Edio Lopes.


O SR. EDIO LOPES (PL - RR. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,

antes de abordar o tema que me traz a esta tribuna, aproveitando a fala dos oradores que me antecederam, eu

quero também prestar uma homenagem, por uma questão de justiça, à Guarda Civil de Mucajaí, minha cidade no

interior de Roraima. É um efetivo, Sr. Presidente, de apenas 18 integrantes.

No fim de semana passado, a Guarda Civil de Mucajaí, sob o comando da Guarda Municipal Elielma,

efetuou uma das maiores apreensões de drogas do interior do meu Estado, com 18 integrantes, homens e

mulheres, desarmados, Sr. Presidente.

A minha Guarda Municipal ainda não adquiriu o direito de portar armas. Portanto, homens e mulheres

arriscaram a sua vida na apreensão de um quantitativo significativo de maconha, de crack e sobretudo de

cocaína, com apreensão de armas e prisão de traficantes.

São a esses homens e essas mulheres, Sr. Presidente, que arriscam a vida, que esta Casa tem que prestar a

justa homenagem.


Eu quero falar da nossa Roraima, Sr. Presidente. A MP 901, que V.Exa. relatou, e o nosso relatório, de

repente, atraíram a atenção da grande mídia nacional e internacional e muitas lideranças de plantão por este

País.

O Estado de Roraima foi criado em 1988 por força da Constituição que esta Casa promulgou. Daí, Sr.

Presidente, só em 1992, 4 anos depois, esta Casa aprovou uma lei transferindo as terras da União para o meu

Estado. O que parecia óbvio, o que parecia uma conquista transformou-se num pesadelo que já remonta mais de

30 anos. As terras nunca foram transferidas, porque criou-se no decorrer do tempo um emaranhado de decretos

e de leis que foram tornando impossível a arrecadação das terras da União para o meu Estado.

Na nossa proposta, nós colocamos a retirada da exigência para a arrecadação das terras e a exploração de

até 50% das área rural. Retiramos o pressuposto que obriga o Estado a fazer o zoneamento econômico e

ecológico. E por que o Estado não cumpre essa exigência? Porque nós não temos condições, não temos a

prerrogativa de fazer o zoneamento econômico e ecológico nas terras indígenas. Então é mais ou menos assim:

uma lei entrega as terras da União para o meu Estado e vem outra regra e diz: "Olha, está aqui a terra, mas existe

uma regra impossível de o Estado cumprir".

Daí nós continuamos — 30 anos depois da promulgação da Constituição — sendo um Estado virtual. O

mundo parece que acabou. Quando nós falamos, Sr. Presidente, no direito que já está instituído no Código

Ambiental Nacional de que a propriedade rural em Roraima pode explorar até 50% da sua superfície, parece que

nós estamos falando de um apocalipse na Amazônia.

Entretanto, precisamos dizer aqui que, da área do meu Estado, apenas 8% — repito —, apenas 8% de toda

a área geográfica do meu Estado nós podemos explorar. Dos 8%, pela regra atual, só podemos explorar 20%.

Logo, um Estado do tamanho do Estado de São Paulo, com 22 milhões de hectares, Roraima não pode explorar

pelas regras vigentes mais do que 1,6 milhão de hectares. É disso que estamos falando.

Então, é necessário que o País entenda que Roraima não pode pagar o preço do despreparo, do

desmatamento que São Paulo fez, que Minas fez, que Rio de Janeiro fez, que o Rio Grande do Sul fez, que o

Paraná fez. Nós não podemos pagar essa conta sozinhos, Sr. Presidente. O que nós estamos reivindicando é o

direito de explorar 3 milhões de hectares de terras em um universo de mais de 22 milhões de hectares de terras.

É isso, Sr. Presidente.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, nobre Deputado Edio Lopes, pelo seu

pronunciamento.

Pela Liderança do PSD, concedo a palavra ao Deputado Darci de Matos.


Enquanto o Deputado se dirige à tribuna, concedo a palavra, por 1 minuto, ao Deputado Evair Vieira de

Melo e, depois, ao Deputado Bibo Nunes.

O SR. EVAIR VIEIRA DE MELO (Bloco/PP - ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e

Srs. Deputados, no dia 21 de fevereiro vamos comemorar o Dia Nacional do Imigrante Italiano, data criada por

meio de proposição do nosso então Senador Gerson Camata, saudoso capixaba que foi importante na história do

Espírito Santo e também da colônia italiana. O dia é em homenagem à chegada dos imigrantes ao litoral capixaba,

em 1874. O Espírito Santo é o berço da colonização italiana no País.

Nesta oportunidade, aproveito para fazer uma saudação ao Sr. Francesco Azzarello, que assumiu

recentemente a Embaixada Italiana no Brasil, e dizer que espero, com essas relações, poder dar prosseguimento

ao Escritório Consular no Estado do Espírito Santo, para facilitar nossas relações diplomáticas e também

comerciais. O Espírito Santo e a Itália têm relações comerciais no setor da agricultura e também no setor de

mineração.

Seja bem-vindo, Sr. Francesco! E parabéns à colônia italiana do Brasil!

DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELO SR. DEPUTADO EVAIR VIEIRA DE MELO.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no dia 21 de fevereiro é comemorado o Dia Nacional do Imigrante

Italiano. A data foi criada em 2008, por meio de uma proposição do então Senador Gerson Camata, falecido

recentemente.

O dia escolhido não foi por acaso: refere-se à data em que chegaram ao litoral capixaba os primeiros

italianos, oriundos do norte da Itália, em 1874. O episódio é o marco inicial da imigração italiana para o Brasil e

coloca o Espírito Santo como pioneiro na colonização italiana no País.

Atualmente, no projeto Imigrantes Espírito Santo, são 56.106 nomes catalogados, sendo 38.514 italianos,

permitindo aos descendentes conhecerem um pouco mais sobre a história dos seus antepassados.

Tendo esta comunidade tão numerosa em vista, atuamos para que houvesse uma representação

diplomática da Itália no Estado do Espírito Santo, a fim de atender a população capixaba que aguardava por

processos consulares.

Participamos ainda dos diversos eventos da comunidade italiana: Carretela Del Vin, em Santa Tereza; Festa

da Polenta, em Venda Nova do Imigrante e seus eventos como, plantio do milho, serenata italiana e colheita do

milho.

Por fim, queremos destacar a Lei nº 13.680, de 2018, que institui o Selo ARTE. De nossa autoria, a lei veio

para dar segurança à produção artesanal de embutidos, tão presentes na cultura italiana.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Com a palavra o Deputado Bibo Nunes, por 1 minuto.

O SR. BIBO NUNES (PSL - RS. Sem revisão do orador.) - Grato, nobre Presidente Charles Fernandes.


Eu quero fazer um protesto veemente contra a maldade com o Presidente Bolsonaro. No caso do "furo",

não existe semântica na língua portuguesa que explique. Olhem vocês o que falou o Presidente Bolsonaro.

Ouçam o que falou o Presidente Bolsonaro e a maldade explícita. Disse Bolsonaro o seguinte — eu não sou de ler,

mas vou ler: "Ela queria um furo. Ela queria dar um furo a qualquer preço contra mim". Sabem o que quer dizer

isso? Um furo jornalístico contra mim.

Que maldade! Como é que têm a cara deslavada de desvirtuar a todo preço o que disse o Presidente? Furo

jornalístico é dar uma notícia em primeira mão. "Ela queria dar um furo jornalístico contra mim." É muita

maldade! Querem o quê? Fazer o quê com o Brasil?

Inspirados...



Estou cumprindo a promessa de não prorrogar o tempo de ninguém.

Com a palavra o Deputado Darci de Matos, pela Liderança do PSD.


O SR. DARCI DE MATOS (PSD - SC. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, desejo, neste

momento, fazer menção às grandes reformas necessárias que estamos promovendo neste Parlamento em

conjunto com o Presidente Bolsonaro: a reforma da Previdência, que finalizamos; a reforma tributária, tão

necessária e tão importante para a retomada da economia do País; e fundamentalmente, Sr. Presidente, a

reforma administrativa, necessária para que possamos enxugar o poder público no Brasil.

Se nós verificarmos os dados, Sr. Presidente, veremos que o Brasil cresceu aproximadamente 1% no ano

passado, e a projeção para o crescimento deste ano é de 2,5%. Ninguém segura o Brasil! Nós estamos

destravando a economia. Nós estamos dando um rumo de crescimento, de geração de emprego e renda e de

aquecimento da economia ao nosso País. Pegamos um Governo, em 2019, com quase 14 milhões de

desempregados, e hoje, embora estejamos ainda, vergonhosamente, com 11 milhões de desempregados,

avançamos muito no quesito geração de emprego e renda.

Sr. Presidente, a reforma administrativa será fundamental para o Brasil, porque o poder público, Deputado

Sidney, independentemente de partido ou ideologia política, é inchado, lento, oneroso e vergonhosamente

corrupto. A reforma administrativa vai poder dar outro norte para o poder público do nosso País.

Vejam os dados, Sr. Presidente. De 2003 a 2018, os servidores públicos federais aumentaram de 532 mil

para 712 mil servidores. Ora, o custo disso passou de 44 bilhões de reais para 108 bilhões de reais. Ou seja,

grande parte do nosso Orçamento está sendo gasto com o serviço público — isso, sem considerarmos os gastos

com os serviços públicos estadual e municipal. Nós utilizamos 15 mil servidores públicos, com um custo de 1,6


bilhão de reais, somente para fazer a gestão da folha dos servidores públicos federais. Isso, Sr. Presidente, é um

absurdo! O País não aguenta mais.

Esperamos que a PEC que venha do Governo possa tratar da mudança dos serviços públicos federal,

estadual e municipal.

Nós intencionamos criar, Sr. Presidente, um novo modelo de contratação para os novos servidores públicos.

Vamos manter o direito adquirido dos antigos servidores, mas, para os novos, queremos criar um modelo

celetista, moderno, adequado, acabando com os privilégios que foram criados ao longo dos anos. Ninguém tem

sangue azul, Sr. Presidente. O novo modelo tem que ser similar ao da iniciativa privada. A jornada tem que ser de

44 horas. Não tem que ter licença-prêmio; não tem que ter triênios. As gratificações e promoções automáticas

têm que acabar. Nós precisamos criar um modelo novo para os novos servidores que possa ser parecido, similar

ao do servidor da indústria, da iniciativa privada.

Quero também afirmar, Sr. Presidente, que, para os novos servidores públicos, com certeza absoluta nós

vamos quebrar a estabilidade, que tem que ser mantida para as carreiras típicas de Estado: diplomata, juiz,

promotor, auditor. Não há razão de se fazer concurso para motorista, secretária, recepcionista, atividade-meio.

Nós temos que fazer concurso para as carreiras típicas de Estado.

Também queremos — e vamos criar —, Sr. Presidente, a realocação de servidor, porque hoje nós temos

milhares de servidores operadores de videocassete e telex, datilógrafos, que não podem ser utilizados em outras

áreas. Isso é um absurdo! Com a realocação, nós vamos poder utilizar bem os servidores, dar-lhes novos desafios

e acabar com essa estória do desvio de função. Portanto, Sr. Presidente, nós também queremos diminuir a

quantidade de carreiras, porque esse número excessivo cria dificuldades para o serviço público do Brasil.

Eu acredito na reforma administrativa. Vamos enxugar o poder público, para que possamos ter mais

recursos para investir nas atividades essenciais, que são saúde, segurança e educação.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, nobre Deputado Darci de Matos.

Enquanto, pela Liderança do PT, o Deputado Rogério Correia se dirige à tribuna, eu vou conceder a palavra

aos Deputados Gonzaga Patriota e Edmilson Rodrigues e à Deputada Dra. Soraya Manato.

Deputado Gonzaga Patriota, V.Exa. tem 1 minuto.

O SR. GONZAGA PATRIOTA (PSB - PE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs.

Deputados, gostaria de dar como lidos dois pronunciamentos, cuja divulgação peço que V.Exa. autorize.

No primeiro informo que Pernambuco, com mais de cem feiras, consegue a maior rede de comercialização

de produtos orgânicos.

No segundo, mostro que, como preparação para o carnaval não apenas em Recife e Olinda, mas em todo o

Estado, realiza-se a Operação Prevenção Segundos que Salvam Vidas, recorrendo às polícias.


Por fim, Sr. Presidente, quero comunicar que o Governador Paulo Câmara esteve em Petrolina na semana

passada. Filiaram-se ao partido o Prefeito Rafael, de Afrânio; a Prefeita Josimara, de Dormentes; o Prefeito

Cleomatson, de Santa Filomena; o Prefeito Humberto, de Santa Maria da Boa Vista, e o Prefeito Marcílio, de

Cabrobó. Estamos crescendo ainda mais naquela região. Tivemos várias ações do Governo em Petrolina, com o

Governador Paulo Câmara presente.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, nobre Deputado. Será atendido o pedido de

V.Exa.

DISCURSOS NA ÍNTEGRA ENCAMINHADOS PELO SR. DEPUTADO GONZAGA PATRIOTA.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Pernambuco já conta hoje com 103 feiras orgânicas cadastradas em

todo o Estado, segundo levantamento realizado pela Secretaria de Desenvolvimento Agrário (SDA), o que

representa a maior rede de espaços orgânicos do Norte e Nordeste e a segunda maior do País.

Desde a criação do Programa Circuito Pernambuco Orgânico, em 2019, o número de feiras orgânicas ou

agroecológicas no Estado cresceu 24%, saindo de um total de 83 feiras, no início do cadastramento, para 103

feiras, no final do ano passado.

De acordo com o Secretário Dilson Peixoto, ao contrário do Governo Federal, que vem liberando de forma

acelerada novas fórmulas de agrotóxicos, o Governo de Pernambuco vem atuando para ampliar a rede de feiras

orgânicas em todo o Estado e trabalhando para formalizar mais agricultores e agricultoras como produtores

orgânicos. Destaca ele:

Enquanto em Brasília o Ministério da Agricultura liberou a utilização de 439 agrotóxicos apenas em

2019, em Pernambuco a prioridade é oferecer alimentos saudáveis e livres de produtos químicos para a

população. Estamos trabalhando para fortalecer a produção orgânica, tanto ampliando os espaços de

comercialização como incentivado os agricultores a se formalizarem como produtores orgânicos.

Muitos produtores rurais já adotam práticas orgânicas, mas não têm conhecimento desse diferencial e

terminam comercializando seus produtos como produtos convencionais.

Hoje, segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o número de

produtores orgânicos cadastrados em Pernambuco também cresceu, saltando de 849 para 1.044 ao longo de

2019. “Isso reflete o crescimento também da quantidade de OCSs (Organizações de Controle Social) em

Pernambuco. Hoje temos 52 OCSs em Pernambuco, seis a mais que no início dos trabalhos do Circuito

Pernambuco Orgânico”, detalha o gerente de Processos Agroecológicos da SDA, Maílson Pedro Rodrigues,

acrescentando que é a vinculação a uma OCS que permite aos agricultores e agricultoras serem reconhecidos

como produtores orgânicos.


Para o Secretário Dilson Peixoto, um dos desafios do programa hoje é ampliar o número de espaços no

interior do Estado, já que, hoje, um terço desses espaços está concentrado na Capital. “Quando interiorizamos as

feiras estamos incentivando os chamados circuitos curtos, aproximando o produtor do consumidor. Isso

representa menos custos para quem produz, que passa a gastar menos com combustível e transporte, por

exemplo, e, para quem consome, o acesso a um alimento saudável, muitas vezes mais barato do que encontramos

nos supermercados”, explica.

Entre as ações realizadas em 2019, Mailson Rodrigues destaca, além do levantamento e cadastramento das

feiras, 128 visitas técnicas; o apoio direto à implantação de 11 novas feiras; a implantação da sinalização de

trânsito dos espaços orgânicos na Região Metropolitana; a distribuição de equipamentos para as feiras. “Uma de

nossas metas para 2020 é contribuir para a formação de uma Organização Participativa de Avaliação da

Conformidade (OPAC), que permitirá ao produtor certificado a utilização do selo de produtos orgânicos, através

do Sistema Participativo de Garantia (SPG), e sua comercialização por terceiros”, adianta.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a Operação Prevenção Segundos que Salvam Vidas, desenvolvida

pelo Departamento Estadual de Trânsito de Pernambuco — DETRAN-PE, esteve no último final de semana em

Recife (Marco Zero) e Olinda (Praça do Carmo).

A Operação tem como objetivo coibir a condução de veículos por pessoas que fizeram uso de bebidas

alcoólicas, disponibilizando o etilômetro, caso o folião esteja em dúvidas se pode conduzir o veículo ou não.

Este ano, o Governo do Estado está disponibilizando para o folião o DETRAN Itinerante, ação coordenada

pela Diretorias de Operações e Atendimento. O veículo disponibiliza serviços e conta com três guichês de

atendimento, gerador próprio e computadores com acesso à Internet para fazer o atendimento interligado com a

base de dados do DETRAN-PE, que oferece serviços de emissão da Nada Consta, 2ª via da CNH, emissão de taxas,

multas e agendamento de serviços. Além disso, os usuários podem consultar a pontuação da Carteira Nacional de

Habilitação — CNH.

Mais de 300 pessoas passaram pelo Itinerante, onde solicitaram a emissão de taxas e consultaram o

número de pontos da CNH.

Conforme informou o Diretor-Presidente do DETRAN-PE, Roberto Fontelles, que foi ver de perto a ação do

órgão, foram designados 180 agentes de trânsito, 38 viaturas, 12 reboques, 38 motocicletas e 2 PK’s (doblòs

móveis para fiscalização eletrônica) das Operações Prevenção Segundos que Salvam Vidas, Rota de Fuga e

Trânsito Seguro, coordenadas pela Diretoria de Fiscalização.

Fontelles disse ainda que, para garantir maior fluidez no trânsito, serão realizadas operações nos

Municípios de Vitória, Bezerros, Pesqueira, Ipojuca (Porto de Galinhas), Paulista (Janga e Maria Farinha), Ilha de

Itamaracá e Nazaré da Mata. Para tanto, os agentes de trânsito e técnicos da Coordenadoria de Educação para o


Trânsito distribuirão materiais com dicas de boas práticas no trânsito, alertando sempre sobre não falar ao

telefone quando estiver dirigindo; usar o cinto de segurança, inclusive no banco de trás; e o perigo de misturar

volante e álcool, sempre apontando alternativas de transporte, com o objetivo de minimizar acidentes.

O DETRAN-PE conta com a parceria da Autarquia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife — CTTU; da

Secretaria de Transporte e Trânsito de Olinda; da Secretaria Estadual da Saúde, por meio da Operação Lei Seca;

do Batalhão de Polícia de Trânsito — BPTRAN; do Batalhão da Polícia Rodoviária — BPRV e do Departamento de

Estrada de Rodagem — DER para atuar em pontos estratégicos do Recife e da Região Metropolitana, além das

principais praias do litoral norte e sul e demais regiões do Estado. Durante as prévias e nos dias de momo, a

Diretoria de Fiscalização realizará 250 operações.

Em Olinda, o Prefeito Professor Lupércio visitou a Operação Prevenção e conheceu os serviços

disponibilizados pelo DETRAN Itinerante.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Concedo a palavra ao Deputado Edmilson Rodrigues, por

1 minuto.

O SR. EDMILSON RODRIGUES (PSOL - PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, recebi da

Profa. Ana Ruth Campos Lopes uma denúncia e um apelo.

Ela morava em Porto de Moz, no Pará, uma cidade muito distante da cidade de Parauapebas. No entanto,

ela pegou suas malas e foi residir em Parauapebas, porque havia participado de uma seleção pública e fora

convocada para assinar um contrato como professora do Sistema de Organização Modular de Ensino do Pará. Ao

chegar lá, soube que as cargas horárias estão ocupadas por outra pessoa e, simplesmente, ela e muitas outras

pessoas podem até assinar o contrato, mas não têm como trabalhar.

Isso cria um problema enorme! E o mesmo pode estar ocorrendo em vários Municípios do Pará, que é um

Estado continental.

Eu apelo ao Governador para que resolva essa questão.


Concedo a palavra à Deputada Dra. Soraya Manato, por 1 minuto.

A SRA. DRA. SORAYA MANATO (PSL - ES. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, tenho uma

notícia importante para nós, brasileiros. E eu gostaria que este pronunciamento fosse divulgado no programa A

Voz do Brasil.

A ANVISA aprovou ontem o texto normativo para o registro no País de terapias genéticas e celulares na

medicina, como tratamentos e medidas preventivas com modificação do DNA, as chamadas terapias avançadas.

Com isso, podemos ter a cura, por exemplo, do câncer, da distrofia muscular espinhal, da distrofia de retina e de

muitas outras doenças.


É uma grande vitória, principalmente para os pacientes de doenças raras.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, nobre Deputada.

Tem a palavra, pela Liderança do PT, o Deputado Rogério Correia.


O SR. ROGÉRIO CORREIA (PT - MG) - Sr. Presidente, eu solicito que seja acrescido a esse tempo o das

Breves Comunicações.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Será agregado o tempo das Breves Comunicações ao seu

tempo de Comunicação de Liderança, de modo que V.Exa. dispõe do total de 10 minutos.

O SR. ROGÉRIO CORREIA (PT - MG. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Presidente.

Agradeço também ao meu partido, em especial ao Deputado Enio Verri, nosso Líder, por permitir que eu

use hoje o tempo da Liderança para tratar de um projeto de lei que está na pauta, o Projeto de Lei nº 550, de

2019, da Senadora Leila, que dispõe sobre a segurança de barragens.

O projeto foi apresentado após o rompimento da barragem do Fundão, em Brumadinho, onde 270 pessoas

morreram — aliás, 272, porque havia duas mulheres grávidas; o Rio Paraopeba está praticamente morto; e a

lama de minério foi levada até o Rio São Francisco, através da barragem de Três Marias.

Aquele foi um acidente de trabalho, porque as pessoas que lá morreram eram trabalhadores da Vale. Na

verdade, foi o maior acidente de trabalho já ocorrido no Brasil. Isso, posteriormente ao que ocorreu em Mariana

há 4 anos, onde 20 pessoas morreram e vimos a lama adentrar o Rio Doce e chegar ao mar, passando pelo

Espírito Santo, no maior desastre ecológico que vimos no Brasil referente à mineração.

Essas duas graves tragédias foram consideradas pela Câmara dos Deputados, através de CPI e de outras

Comissões, como crimes. E o Ministério Público mineiro, também considerando como crime, entrou na Justiça,

que, em Brumadinho já considerou a Vale e a TÜV SÜD como rés. Portanto, elas respondem na Justiça pelo crime

cometido, e 16 pessoas foram indiciadas.

Pois bem, Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é muito sério o que eu vou dizer aqui — chamo a atenção.

Esse projeto já foi pautado por diversas vezes aqui na Câmara dos Deputados. Aprovamos aqui quatro projetos,

que foram ao Senado, mas nenhum deles foi aprovado no Senado. Acerca do projeto que veio do Senado, este

que está aqui hoje, o PL 550/19, da Senadora Leila, nós fizemos um amplo acordo entre os partidos, e o Deputado

Joaquim Passarinho, nomeado Relator, apresentou a todos um parecer e um substitutivo que unifica as diversas

contribuições dos partidos políticos aqui na Câmara.

Portanto, quando o Presidente Rodrigo Maia, hoje, nesta quarta-feira, chamou uma sessão, muitos

cancelaram suas viagens, por ser o principal projeto que está na pauta exatamente esse de Brumadinho. Mas,


Sras. e Srs. Deputados, vejam o que chega à Mesa, Deputada Erundina, vindo do Governo: "Requeiro a V.Exa., nos

termos do art. 83 do Regimento Interno, parágrafo único, a retirada de pauta do PL 550, de 2019". O

requerimento é assinado pela Deputada Dra. Soraya Manato, Vice-Líder do Governo.

Ou seja, há um acordo, do qual o próprio Governo participou, e, de repente, vem um pedido do Governo

para retirar de pauta o único projeto que justifica a nossa presença aqui hoje pela manhã — ou, pelo menos, o

principal deles.

Por que o Governo quer retirar esse projeto de repente? Há algum lobby das mineradoras por aí ou serão

forças ocultas? Será que a Vale ainda mantém tanto poder para travar o Congresso Nacional, o Senado e a

Câmara, e não permitir a aprovação dessa matéria, depois de duas tragédias criminosas, Deputada Erika? Foram

270 mortos em Brumadinho, 20 mortos em Mariana, mães de família perderam filhos únicos! Na CPI, nós

recebemos pessoas que vieram chorando nos pedir que, pelo amor de Deus, se fizesse justiça. Colocaram na sala

os retratos de todos os 270 que morreram debaixo da lama.

Nós aprovamos um relatório consensual na CPI, e agora o Governo vem solicitar a retirada de pauta do

projeto, sem a menor explicação. É lobby da Vale? O que está ocorrendo? O Congresso vai se submeter a isso?

O projeto é muito importante, porque estabelece punição, coisa que o Ministério Público já pediu. A Justiça

está agora julgando, com amplo direito de defesa, e, repito, já tornou réus 16 dirigentes da Vale e da TÜV SÜD,

assim como as empresas Vale e TÜV SÜD.

Aliás, a Vale já proclamou agora que vai distribuir 7,2 bilhões em dividendos para os seus acionistas. O

Bradesco está morrendo de rir.

A Vale não se faz valer por aquilo que devia, que é a proteção dos seus próprios trabalhadores. Nada! É só

distribuição de lucro. E essa dinheirama paira sobre o Congresso Nacional, essa dúvida pode pairar sobre nós,

Sras. e Srs. Deputados?

Eu espero que nós derrotemos o requerimento do Governo para cancelar essa votação hoje. Nós do Partido

dos Trabalhadores estamos apresentando agora, já está aí sobre a mesa, o pedido para que esse seja o primeiro

projeto a ser votado, para darmos ao Brasil a condição de dizer que o Congresso Nacional não se enverga diante

das ações da Vale.

O que diz esse projeto? Ele diz que as barragens devem ter mais segurança e que, se a empresa não cuidar

disso, ela será punida. É isso que diz o projeto de lei. O Deputado Joaquim Passarinho fez um belíssimo trabalho

arregimentando aquilo que nós já tínhamos feito na Comissão Externa, com o Deputado Júlio Delgado e com o

Deputado Zé Silva. Vejam que somos de partidos completamente diferentes. O Deputado Zé Silva é do

Solidariedade; o Deputado Júlio é do PSB; o Deputado Passarinho é do PSD; eu sou do PT. Somos de vários os

partidos.


Ontem à noite, nós conversamos com o Partido Novo e, agora de manhã, o Deputado Paulo Ganime acabou

de me dizer que o Partido Novo está de acordo em votar o projeto sem apresentar destaques, para que o projeto

seja aprovado com base no acordo feito entre todos os partidos. O Partido Novo tinha um destaque também. Há

consenso, portanto, entre todos os partidos: o PSOL, o PCdoB... Que forças estranhas essas que atuam de

repente!

Sras. e Srs. Deputados, olhem a mensagem enviada pelo Governo Bolsonaro e trazida aqui pelo Onyx

Lorenzoni. Ele veio até aqui entregar a mensagem com pedido para os projetos prioritários do Governo. Sabem

qual projeto estava lá, entre os 15 ou 25 projetos que o Governo elencou, Deputado Veras e Deputada Erika? O

Projeto de Lei nº 550, de 2019, da Senadora Leila. Ele está entre os projetos prioritários do próprio Governo.

De lá para cá, o que se fez foi melhorar o projeto. Não há nenhuma mudança que faça, inclusive, alguma

radicalização contra o chamado setor minerário. Pelo contrário, o que nós fizemos foi uma varredura nas

emendas, foi um acordo global. O projeto está redondinho, repito, com a relatoria responsável do Deputado

Joaquim Passarinho, que discutiu com todos. Nós conversamos ontem com a bancada mineira, que estava com

algumas dúvidas. Também conversamos com os Deputados que já tinham apresentado anteriormente projetos

sobre o tema, como foi falado agora pelo Líder de um desses partidos agora aqui na Câmara Federal.

Existe um consenso. O que nós queremos é melhorar as condições. Não é possível que se continue

permitindo a construção de barragens a montante, dessas que caem sobre a cabeça das pessoas. O projeto

proíbe esse tipo de barragem e coloca prioridade em tecnologias mais modernas. Esse é um projeto que está

mais do que maduro para ser votado, Deputada Soraya. Peço encarecidamente que se reveja essa posição e se

retire esse requerimento, para que nós possamos votar a matéria. Não faço isso em meu nome, mas em nome de

toda a CPI de Brumadinho, em nome de toda a Comissão Externa, em nome do povo mineiro, em nome das mães

que tiveram seus filhos soterrados naquela lama. Eu peço encarecidamente que votemos esse projeto hoje.

E, Sr. Presidente, eu pediria a V.Exa. mais 1 minuto para dizer também que há outros três projetos no

Senado. Se votarmos esse aqui, serão votados lá os projetos que tratam do ecocídio, da proteção às vítimas e dos

atingidos por barragem. É esse o apelo que faço aos Srs. Deputados e às Sras. Deputadas.

Sr. Presidente, coloque em votação o requerimento que apresentei para que seja apreciado, em primeiro

lugar, o projeto de Brumadinho. Quero ver aqui quais são os Deputados, as Deputadas e os partidos que estão a

favor desse lobby que está sendo feito pela Vale e a que nós temos assistido de forma passiva aqui. Tenho certeza

de que a maioria dos Deputados vai aprovar esse projeto hoje.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, nobre Deputado Rogério Correia.

Concedo a palavra ao Deputado Coronel Tadeu.


V.Exa. tem 1 minuto.

O SR. CORONEL TADEU (PSL - SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, prezados colegas, nesse período

que antecede o carnaval, hoje vejo um post do Governador João Doria dizendo que o Presidente Jair Bolsonaro

precisa dialogar mais com os Governadores, com os Chefes do Executivo, e parar com a conversa pelas redes

sociais, ou seja, pelo WhatsApp.

Esse mesmo Governador, na semana passada, fez clonagem de policiais ao dizer que colocaria 150 mil

policiais à disposição para a segurança do carnaval, enquanto o Estado de São Paulo não tem nem 100 mil

policiais. Então, ele é que tem que abandonar as redes sociais, parar de governar pelas redes sociais e fazer mais

pelo Estado de São Paulo, porque de mentiras, de fake news pelas redes sociais, o povo já está realmente pelas

tampas, Sr. Presidente.

Obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, Deputado.

Concedo a palavra ao Deputado Carlos Veras, por 1 minuto.

O SR. CARLOS VERAS (PT - PE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, quero prestar uma grande

homenagem ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra — MST, que completou 30 anos de movimento

de luta e resistência pela terra no Estado de Pernambuco, em evento realizado no nosso grande Centro de

Formação Paulo Freire, no Assentamento Normandia. É um momento importante da história do Movimento dos

Trabalhadores Sem Terra, no Estado de Pernambuco.

Por que lutamos pela terra? E por que fazemos o processo de ocupação? Para lembrar aos Governos que é

preciso cumprir a Constituição, especialmente o seu art. 184, que dispõe:

Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural

que não esteja cumprindo sua função social (...).

Esta é nossa luta! Viva o MST! Viva a resistência dos trabalhadores!


Tem a palavra o Deputado Tito, para uma Comunicação de Liderança, pelo Avante.

Agregado o tempo do período de Breves Comunicações, V.Exa. dispõe de 6 minutos.

O SR. TITO (AVANTE - BA. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu quero fazer este

pronunciamento, primando pela transparência e pela publicidade das conquistas do mandato que exerço em

nome da população baiana, especialmente a população do oeste da Bahia.

Quero destacar a todos que, neste primeiro ano de mandato, tive a oportunidade de trabalhar muito pelo

fortalecimento das ações governamentais em favor da população baiana. Trabalhei para que tanto o Governo do


Estado quanto o Governo Federal pudessem, cada vez mais, ter um olhar especial para os 35 Municípios do oeste

do Estado, levando mais investimento e ações concretas para melhorar a qualidade de vida da nossa população.

Para este primeiro orçamento, Presidente, fiz a indicação de 100% das minhas emendas impositivas para o

oeste do Estado da Bahia. Foram destinados 8 milhões de reais para o Governo da Bahia, via Secretaria de Saúde

do Estado, para fortalecer as ações do Hospital do Oeste, da Policlínica Regional, do Hemocentro e para realizar

este ano dezenas de mutirões de saúde nos Municípios do Estado. Parte desse valor será utilizado para aquisição

de unidade móvel tipo carreta, que percorrerá todos os Municípios do oeste da Bahia, para a realização de

exames de média e alta complexidade, em prol da proteção da saúde das mulheres.

Foram destinados 3 milhões de reais ao DNOCS — Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, para

combater a seca no oeste baiano, principalmente nos Municípios do Vale de São Francisco que estão localizados

nesta região, com a perfuração e a instalação de poços artesianos, com a reforma e a construção de pequenas

barragens, além da abertura de tanques para a piscicultura.

Mais 2,7 milhões de reais foram destinados à Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e

do Parnaíba — CODEVASF, para aquisição de tratores, máquinas e dezenas de implementos agrícolas, para

fortalecer a agricultura familiar em todo o oeste.

Fiz uma importante emenda também para a educação superior, creditando 893 mil reais para aquisição e

instalação de laboratório e centro cirúrgico para o curso de medicina veterinária, além da aquisição de veículo

utilitário para a Universidade do Estado da Bahia — UNEB, no campus de Barreiras.

Destinei ainda 865 mil reais para o Exército Brasileiro, para o 4º BEC — Batalhão de Engenharia e

Construção, também no Município de Barreiras, que construirá um centro cultural e irá adquirir vários

equipamentos médicos para atender aos militares da reserva e da ativa, além de seus familiares. Isso

representará mais saúde para nossa população.

Por fim, foram destinados mais 500 mil reais para fortalecer ações de esporte em todos os Municípios do

oeste, através da Secretaria de Esporte do Governo da Bahia. No total, foram praticamente 16 milhões de reais

em emendas impositivas para nossa região, apenas neste primeiro ano de mandato.

Sr. Presidente, agradeço a Deus a oportunidade de poder trabalhar efetivamente pelo bem-estar de toda a

nossa população. Agradeço também ao Presidente do Avante, o Deputado Luis Tibé, a toda nossa equipe, aos

assessores, aos meus colegas Deputados e Deputadas e, principalmente, a toda a população, que me incentiva e

me apoia a cada momento deste mandato.

A política é um espaço nobre que precisa ser ocupado por pessoas de bem para que militem politicamente

para servir à população.

Era o que eu tinha dizer.


Sr. Presidente, peço que este meu pronunciamento seja divulgado em todos os meios de comunicação

oficiais da Câmara e, especialmente, no programa A Voz do Brasil.

Muito obrigado a todos.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, nobre Deputado Tito. O pedido de V.Exa. será

atendido.

Concedo a palavra ao Deputado Wolney Queiroz, por 1 minuto.

O SR. WOLNEY QUEIROZ (PDT - PE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, hoje

pela manhã, nós estivemos representando a Liderança do PDT, numa reunião importante, na Liderança da

Minoria, com representantes dos caminhoneiros, dos bancários, dos trabalhadores do setor elétrico e dos

Correios, para fortalecer a greve dos petroleiros. Os petroleiros estão numa luta, e nós do PDT somos parceiros

nessa trincheira. A reunião de hoje foi para unificar esses movimentos, para despertar a sociedade brasileira

sobre a importância do que estamos vivendo neste momento.

Então, nesta semana que antecede o carnaval, é importante mandarmos este recado: o movimento grevista

dos petroleiros conta com o apoio do Parlamento, dos partidos de oposição, das centrais sindicais. A greve está

mantida. Ela teve origem por um descumprimento do acordo que foi patrocinado e mediado pelo Tribunal

Superior do Trabalho, e nós estamos aqui, em nome do PDT, para reforçar esse compromisso com os grevistas

petroleiros, nossos companheiros.

Muito obrigado, Presidente.


Concedo a palavra ao Deputado Luiz Lima, por 1 minuto.

O SR. LUIZ LIMA (PSL - RJ. Sem revisão do orador.) - Presidente Charles, eu estou ouvindo manifestações

sobre a greve dos petroleiros desde ontem, e o PT, a Esquerda, fazendo a defesa de 20 mil funcionários. A

PETROBRAS não pertence a 20 mil funcionários; a PETROBRAS pertence a 220 milhões de brasileiros.

A Esquerda prefere dar lucro a 20 mil funcionários e dar prejuízo a 220 milhões de brasileiros. Por que os

petroleiros não fizeram greve quando o Sr. Pedro Barusco desviou 200 milhões da PETROBRAS e teve de devolvê-

los depois da Operação Lava-Jato? Renato Duque tem mais obras de arte em casa do que o Museu Nacional.

Pedro Barusco é ladrão, é muito ladrão.

V.Exas. são irresponsáveis, preferem uma empresa inchada de funcionários que dê prejuízo a uma empresa

eficiente que dê lucro para 220 milhões de habitantes.

Eu sou professor de Educação Física, sou autônomo, nunca tive carteira assinada. Quando eu estou

insatisfeito com o meu emprego, eu peço demissão.

Obrigado, Presidente Charles.


Viva o Brasil!

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, nobre Deputado Luiz Lima.

Concedo a palavra ao Deputado Camilo Capiberibe.

O SR. CAMILO CAPIBERIBE (PSB - AP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu quero parabenizar a

Polícia Militar do Amapá, que completou 76 anos de criação, no dia 17.

Informo aos policiais e bombeiros militares ativos e inativos dos ex-Territórios, especialmente os do Amapá,

que apresentei a Emenda nº 4 ao Projeto de Lei do Congresso Nacional nº 1, de 2020, para alterar a Lei de

Diretrizes Orçamentárias de 2020, com o objetivo de garantir a recomposição salarial em paridade com os

policiais do Distrito Federal. Resgatamos, assim, um princípio histórico e fazemos justiça às polícias e bombeiros

dos ex-Territórios, servidores da União.

Registro o nosso compromisso com a Polícia Militar do Amapá, que tem importantes programas sociais, e

listo ações que realizamos como a carreira única e o reajuste de 36%, nos 4 anos do nosso Governo, além de

muitas outras.

Parabéns à Polícia Militar do Amapá!

E vamos lutar pela equiparação com os policiais aqui do Distrito Federal!

Muito obrigado.


Tem a palavra o Deputado Damião Feliciano.

O SR. DAMIÃO FELICIANO (PDT - PB. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, uso da palavra somente para

registrar que agora o povo do Nordeste está voltando a viajar de ônibus. Um ônibus que sai da Paraíba leva 2 dias

para chegar a São Paulo. Viaja-se 1 dia inteiro e, quando se pensa que está chegando, ainda tem mais 24 horas de

viagem.

Há uns 6 meses, 1 ano, dava para viajar de avião. Acontece que começou a subir tanto o preço das

passagens que o pessoal está voltando a viajar de ônibus, porque ninguém consegue limitar o preço das

passagens aéreas. Há 2 meses, uma passagem para Paraíba custava 700 reais, hoje custa 1.700 reais. E já vi

passagem de 2.500 reais para o Recife. Um Deputado me mostrou que pagou 10 mil reais por uma viagem a

Sergipe.

Sr. Presidente, eu faço um apelo a V.Exa., enquanto estiver na Presidência, nesses próximos 30 minutos,

para que nos ajude a resolver esse problema.


A passagem de Salvador a Brasília, na semana passada, estava 1.042 reais. Para o dia 2 de março, já está

1.931 reais.


Tem a palavra a Deputada Sâmia Bomfim, para uma Comunicação de Liderança, pelo PSOL.

V.Exa. tem 4 minutos mais o tempo das Breves Comunicações, em um total de 7 minutos.

A SRA. SÂMIA BOMFIM (PSOL - SP. Como Líder. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, eu quero

cumprimentar todas as Deputadas que no dia de ontem se somaram à articulação da bancada feminina para dar

uma resposta muito contundente ao Governo Jair Bolsonaro e, em especial, à figura do Presidente, devido às suas

manifestações desrespeitosas, nojentas, indecorosas e inaceitáveis com todas as mulheres brasileiras.

Ele direcionou o seu comentário absurdo à jornalista Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo, que

cumpriu com o papel muito importante, assim como vários outros jornalistas brasileiros, de revelar esse esquema

nojento de disparo em massa de fake news para tentar influenciar politicamente o povo brasileiro. E o Bolsonaro,

incomodado com a ação da jornalista, em vez de somente fazer uma crítica — crítica por si só absurda por causa

do tom, uma vez que se trata, mais uma vez, de tentar interferir na liberdade do exercício do jornalismo no Brasil

—, preferiu optar por uma lógica de que ele se utiliza desde o momento em que se elegeu como Deputado

Estadual no Rio de Janeiro, também como Deputado Federal e, hoje, como Presidente da República, que é a de

atacar as mulheres. Não é à toa que a sua crítica, mesmo entre os jornalistas, é direcionada especialmente às

mulheres. É por isso também que incomoda tanto quando mulheres vêm a esta tribuna dizer a verdade.

Agora, infelizmente, um colega Deputado quis desmentir, contar uma nova versão dos fatos, como se nós

fôssemos burras, como se o povo brasileiro, em especial as mulheres brasileiras, não soubessem entender o que

significa "dar um furo". Isso é de um grau de desrespeito, de machismo e de sexualização de uma tarefa muito

difícil de ser feita que é o jornalismo político, a cobertura daquilo que se passa nos bastidores do poder.

Por isso, nós viemos aqui. Eu queria cumprimentar a Deputada Tabata e a Deputada Natália, porque,

através da articulação que fizemos com elas, foi possível construir essa nota em conjunto.

E quero anunciar que nós não vamos parar por aí. Claro, é necessário fazer esses pronunciamentos e dar

respostas contundentes, mas nós vamos até as últimas consequências pela punição exemplar não só do Sr. Jair

Bolsonaro, como também do seu filho, que ontem subiu à tribuna e, enquanto nós falávamos aqui, mostrou um

sinal de banana para cerca de 20 Deputadas que estavam se manifestando, principalmente enquanto a nossa

Líder do PSOL falava em nome de todas nós contra o Presidente Bolsonaro. Havia ainda uma série de Deputados

da base do Governo gritando como hienas enquanto nós colocávamos os nossos argumentos e demonstrávamos

a nossa indignação em nome de todas as mulheres brasileiras que acompanham esse absurdo que acontece na

política.

É sempre grave quando um homem comete uma atitude machista, indecorosa e de sexualização das

mulheres, mas é ainda mais grave quando se trata do Presidente da República, porque ele é a autoridade máxima

do nosso País. Essa ação do Presidente legitima, naturaliza e autoriza que outros homens cometam atitudes


machistas como essa. Depois, não adianta subir à tribuna ou formular uma série de projetos de lei para

supostamente tentar combater a violência contra as mulheres no País, porque é esse argumento

institucionalizado que perpetua as diferentes formas de violência contra as mulheres. Não é à toa que nós somos

o quinto país que mais mata mulheres no mundo. Não é à toa que uma pesquisa feita recentemente mostre que

as mulheres são assediadas pela primeira vez na vida aos 10 anos de idade em média. Não é à toa que nós somos

um dos países que mais tem violência sexual — e 70% dos índices de violência sexual acometem menores de

idade. Essa postura institucionalizada infelizmente estimula outros homens a perpetuarem a violência, e isso

influencia que as instituições brasileiras não atuem exemplarmente de fato no combate e no enfrentamento à

violência contra as mulheres.

Nas redes sociais e na sociedade, as mulheres já se organizam. Nós sabemos que vai acontecer no dia 8 de

março, como tradicionalmente acontece, um movimento de mulheres, e este ano ele vai ter um novo significado,

porque, além da agenda tradicional do nosso movimento, nós temos mais um inimigo para enfrentar. Nós temos

a violência de gênero, nós temos a luta pelo direito de que mais mulheres participem da política, mas nós, todas

as mulheres brasileiras, temos um inimigo em comum que se chama Jair Bolsonaro.

Nós não vamos descansar enquanto não dermos uma resposta exemplar de punição a esse sujeito que

nunca deveria ocupar o espaço da Presidência da República, mas, se ocupa, deveria atuar de maneira decorosa e

respeitosa com as mulheres brasileiras e, em especial, com as jornalistas e demais representantes das instituições

que cumprem com o seu papel. Eu e todas as outras mulheres nos sentimos muito ofendidas por Jair Bolsonaro,

mas nós não vamos engolir a ofensa. Nós vamos transformar essa indignação em mais luta e mais ação.

Quero aproveitar o tempo que ainda me resta para dizer que me solidarizo muito com as servidoras e

servidores do Estado de São Paulo, que, neste momento, se encontram em luta contra uma reforma da

Previdência ainda mais nefasta e cruel do que aquela que foi aprovada aqui por este Congresso. Ela é mais injusta

para as mulheres, porque aumenta em 7 anos a idade mínima para contribuição, ao passo que para os homens

aumenta em somente 5 anos.

Nesta Câmara, já conseguimos mostrar que as mulheres precisam se aposentar mais cedo, precisam

contribuir por menos tempo justamente pela dupla e pela tripla jornada de trabalho, mas o Governo João Doria,

juntamente com sua base de apoio, foi na risca e por 57 votos aprovou em primeira votação a PEC no dia de

ontem — e são justamente esses 57 votos os necessários para conseguir aprovar hoje em segundo turno. Então,

mesmo assim, o Governador João Doria, com a sua base de apoio, leva adiante esse projeto de reforma da

Previdência, que, além de retirar os direitos dos beneficiários, também muda a estrutura da carreira dos

servidores, unificando a reforma administrativa com a reforma previdenciária e utilizando aquele argumento

demagógico de que é para combater privilégios. Nós estamos falando de professores, de policiais civis e militares,


que, inclusive, são base significativa de apoio ao Governo João Doria. E não estamos falando de um sistema

previdenciário deficitário, ao contrário do sistema de tantos outros Estados. Por isso, o meu repúdio ao que faz o

Governo de João Doria.

Registro meu apoio aos servidores e servidoras, que, desde o ano passado, estão em luta para garantir os

seus direitos e que, apesar do enxugamento orçamentário, com muita maestria e profissionalismo, garantem o

atendimento da população, seja na saúde, seja na educação, seja na segurança pública.

Hoje, ao final do dia, eu estarei presente na ALESP para acompanhar essa luta também.

Obrigada, Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, nobre Deputada Sâmia Bomfim.

Antes de o Deputado Carlos Gomes falar pela Liderança do Republicanos, concederei a palavra, por 1

minuto, ao Deputado Franco Cartafina e, depois, aos Deputados Fábio Henrique e Alessandro Molon.

Tem a palavra o Deputado Franco Cartafina.

O SR. FRANCO CARTAFINA (Bloco/PP - MG. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr. Presidente.

Eu tenho dedicado bastante tempo do mandato a entender as reais condições da nossa malha viária, das

nossas BRs. Infelizmente, temos visto que inclusive rodovias concedidas, com contratos firmados com o Governo

Federal, não estão atingindo os objetivos esperados. Não estão sendo feitas as duplicações e as manutenções,

mas as concessionárias estão lá instaladas, cobrando pedágio da população e, no meu ponto de vista,

bitributando os cidadãos, que já pagam o IPVA e não têm em retorno a devida adequação da rodovia.

No Triângulo Mineiro, na BR-364, entre Campina Verde e Santa Vitória, próximo a Chaveslândia, há 12

quilômetros de estrada na terra, sem asfalto. Então, nós estamos pedindo aqui o compromisso do Governo

Federal, do Ministério da Infraestrutura, que tanto tem se empenhado no seu trabalho e tem sido elogiado, no

sentido de que olhe com muito carinho para a região do Triângulo Mineiro, que precisa muito do Ministério lá

para adequação das rodovias.


Tem a palavra o Deputado Fábio Henrique, por 1 minuto.

O SR. FÁBIO HENRIQUE (PDT - SE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, quero registrar que

hoje é o aniversário de uma das mais importantes cidades do meu Estado, Sergipe, a cidade de Porto da Folha,

que comemora 185 anos.

Porto da Folha é a terra do vaqueiro, a cidade que promove a maior festa de vaqueiros do Nordeste

brasileiro. É também terra de uma importante bacia leiteira do nosso Estado e importante também no turismo,

localizada às margens do Rio São Francisco, onde está a Ilha de São Pedro, dos índios xokós.


Em nome da rádio Rio FM, do empresário Geraldo Teixeira, proprietário da Teixeira Caminhões, nós

queremos cumprimentar todos os buraqueiros, como são carinhosamente chamados os moradores e os nascidos

na querida cidade de Porto da Folha, no Sertão sergipano, uma das mais importantes cidades do nosso Estado e

que completa hoje 185 anos.

Eu gostaria, Presidente, que meu discurso fosse registrado no programa A Voz do Brasil.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, nobre Deputado. Será registrado.

O SR. FRANCO CARTAFINA (Bloco/PP - MG) - Presidente, também solicito que minha fala seja incluída no


O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Será atendido o pedido de V.Exa.

Tem a palavra o Deputado Alessandro Molon, por 1 minuto.

O SR. ALESSANDRO MOLON (PSB - RJ. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado, Presidente. Cumprimento

V.Exa. e agradeço ao orador que me cede este 1 minuto.

Eu quero registrar a presença do Vereador Eliseu Gabriel, Presidente da Comissão de Educação da Câmara

de Vereadores de São Paulo, e da Profa. Sueli Mondini, Presidente do Conselho Municipal de Educação da Capital

do Estado de São Paulo. Eles estão entregando para vários Parlamenteares a Carta de São Paulo em defesa do

FUNDEB.

Esse é um apelo que a cidade de São Paulo, Capital do Estado de São Paulo, faz ao Parlamento brasileiro

pela manutenção do FUNDEB, pela elevação da contribuição da União para o FUNDEB e pela manutenção da

vinculação constitucional de recursos para a educação, a fim de enfrentarmos o grande desafio que é oferecer

educação de qualidade para todos, para fazermos do Brasil o país que ele pode e deve ser.

Obrigado, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Obrigado, nobre Deputado Molon.

Pela Liderança do Republicanos, tem a palavra o Deputado Carlos Gomes.


O SR. CARLOS GOMES (REPUBLICANOS - RS) - Sr. Presidente, eu gostaria que V.Exa. somasse o tempo da

minha inscrição nas Breves Comunicações com o tempo da Liderança.

O SR. PRESIDENTE (Charles Fernandes. PSD - BA) - Será acrescentado o tempo de V.Exa. nas Breves

Comunicações.

Tem V.Exa. a palavra por até 8 minutos.

O SR. CARLOS GOMES (REPUBLICANOS - RS. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e

Srs. Deputados, primeiramente quero agradecer ao Republicanos, o meu partido, a possibilidade de uso do

tempo da Liderança.


Este tema de que vou tratar aqui converge com aquilo que o Republicanos defende: desenvolvimento

econômico, geração de empregos, distribuição de renda e sustentabilidade. Eu venho falar sobre a reciclagem no

nosso País.

Nós temos o grande desafio de reciclar os resíduos que geramos. Todos os anos, cerca de 80 milhões de

toneladas de resíduos urbanos são gerados no Brasil, dos quais 97% estão indo para os aterros sanitários, para os

lixões, para os aterros controlados, que pouco diferem de lixões.

Esse material que está indo para os lixões está fazendo falta nos galpões de reciclagem para ser triado,

picado, lavado, passar pelo processo de extrusão, ser transformado em flake e, assim, aumentar a renda dos

abnegados trabalhadores que todos os dias saem das suas casas e se dirigem a um galpão de triagem para dali

extrair 600 reais, 800 reais, 1.200 reais para sustentar sua família. Essas pessoas contribuem para um meio

ambiente equilibrado e para o incremento da nossa economia, uma vez que injetam por ano 12 bilhões de reais

na economia brasileira. Porém, Sr. Presidente, isso está muito aquém do que nós podemos gerar.

Se nós aumentarmos o percentual de reciclagem de resíduos no Brasil dos 3% que o País recicla hoje para

30%, nós poderemos aumentar de 12 bilhões de reais para 120 bilhões de reais o montante de recursos injetados

na nossa economia só pelo setor da reciclagem. Porém, faltam recursos para investir no setor.

Em muitos Municípios não há galpões para os trabalhadores fazerem a triagem. Quando há galpão, não há

esteira para que eles possam fazer esse trabalho. Quando há esteira, faltam caminhões para auxiliar na coleta

seletiva dos materiais. Faltam prensas. Faltam maquinários para lavar, picar e fazer o processo de extrusão do

material. Faltam injetores para transformar essa matéria-prima em novos produtos, para que, desses galpões,

saiam produtos acabados diretamente para as lojas.

Hoje, esses abnegados trabalhadores que estão nos galpões de reciclagem estão limitados apenas a

receber, quando recebem, o material das Prefeituras e a triar, prensar e vender esse material. Mas esse trabalho

inicial da cadeia produtiva rende pouco para esses trabalhadores. Assim, é necessário que eles possam ter acesso

a recursos para investir em mais equipamentos, em mais tecnologia. Para isso, nós apresentamos à Casa um

projeto de lei de incentivo à reciclagem no Brasil. Ele hoje está na Comissão de Meio Ambiente no Senado

Federal.

Ontem, nós nos reunimos com o Senador Luis Carlos Heinze, Relator dessa matéria na Comissão de Meio

Ambiente, a fim de que ele possa elaborar rapidamente o parecer, que deverá ser aprovado o quanto antes,

porque esse projeto irá possibilitar a captação de recursos pelos galpões de reciclagem, pelas cooperativas e pela

indústria, para investimento em treinamento de mão de obra e aquisição de tecnologias para a transformação da

matéria-prima em produtos que serão comercializados diretamente com as lojas de todo o País. Assim, nós

poderemos aumentar, e muito, o potencial da reciclagem do nosso País, aumentar a renda dos trabalhadores que


vivem, há 20 anos, 30 anos, 40 anos da reciclagem, contribuindo com o nosso meio ambiente, com a nossa

economia e com a geração de empregos.

Eu quero aqui agradecer ao Senador Luis Carlos Heinze, que se prontificou a elaborar o relatório e devolvê-

lo à Comissão para que possa ser aprovado. Nós aguardamos ansiosamente a aprovação dessa matéria, que

passou por todas as Comissões da Câmara dos Deputados. Eu não encontrei até hoje — talvez eu encontre, até o

fim do meu mandato — um Parlamentar que dissesse ser contra a reciclagem; pelo contrário, todos apoiam esse

setor. Se todos o apoiam, não justifica protelar, atrasar a aprovação de um projeto tão importante como o

projeto de incentivo à cadeia produtiva da reciclagem no Brasil.

Esse projeto conta com o apoio de todos os catadores, conta com o apoio das cooperativas e conta com o

apoio da indústria. Inclusive, a própria CNI o colocou na sua agenda legislativa como pauta importante e principal

para o desenvolvimento econômico.

Por isso, eu peço a atenção e o apoio de todos os Senadores para que possamos aprovar o Projeto de Lei nº

6.545, de 2019, que irá mudar a realidade da reciclagem no Brasil.

Sr. Presidente, solicito que esta minha fala seja divulgada no programa A Voz do Brasil.

Muito obrigado.

(Durante o discurso do Sr. Carlos Gomes, o Sr. Charles Fernandes, nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento

Interno, deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. Rodrigo Maia, Presidente.)

ORDEM DO DIA

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - A lista de presença registra o comparecimento de 371

Senhoras Deputadas e Senhores Deputados.

PRESENTES OS SEGUINTES SRS. DEPUTADOS:

Partido Bloco

RORAIMA

Edio Lopes PL

Joenia Wapichana Rede

Nicoletti PSL

Ottaci Nascimento Solidaried

Shéridan PSDB

Total de RORAIMA 5

AMAPÁ

Camilo Capiberibe PSB

Leda Sadala Avante

Patricia Ferraz PL

Professora Marcivania PCdoB

Total de AMAPÁ 4

PARÁ

Airton Faleiro PT


Beto Faro PT

Cássio Andrade PSB

Celso Sabino PSDB

Cristiano Vale PL

Delegado Éder Mauro PSD

Edmilson Rodrigues PSOL

Eduardo Costa PTB PpMdbPtb

Hélio Leite DEM

Joaquim Passarinho PSD

José Priante MDB PpMdbPtb

Júnior Ferrari PSD

Olival Marques DEM

Paulo Bengtson PTB PpMdbPtb

Total de PARÁ 14

AMAZONAS

Bosco Saraiva Solidaried

José Ricardo PT

Marcelo Ramos PL

Sidney Leite PSD

Silas Câmara Republican

Total de AMAZONAS 5

RONDONIA

Coronel Chrisóstomo PSL

Expedito Netto PSD

Jaqueline Cassol PP PpMdbPtb

Lucio Mosquini MDB PpMdbPtb

Mauro Nazif PSB

Silvia Cristina PDT

Total de RONDONIA 6

ACRE

Alan Rick DEM

Dra. Vanda Milani Solidaried

Flaviano Melo MDB PpMdbPtb

Jéssica Sales MDB PpMdbPtb

Manuel Marcos Republican

Perpétua Almeida PCdoB

Total de ACRE 6

TOCANTINS

Carlos Henrique Gaguim DEM

Célio Moura PT

Dulce Miranda MDB PpMdbPtb

Eli Borges Solidaried

Osires Damaso PSC

Professora Dorinha Seabra Rezende DEM

Vicentinho Júnior PL


MARANHÃO

Aluisio Mendes PSC

Bira do Pindaré PSB

Dr. Gonçalo Republican

Edilázio Júnior PSD

Eduardo Braide Podemos


Gil Cutrim PDT

Hildo Rocha MDB PpMdbPtb

João Marcelo Souza MDB PpMdbPtb

Juscelino Filho DEM

Márcio Jerry PCdoB

Marreca Filho Patriota

Zé Carlos PT


CEARÁ

AJ Albuquerque PP PpMdbPtb

André Figueiredo PDT

Capitão Wagner PROS

Célio Studart PV

Denis Bezerra PSB

Dr. Jaziel PL

Eduardo Bismarck PDT

Genecias Noronha Solidaried

Heitor Freire PSL

Idilvan Alencar PDT

José Airton Félix Cirilo PT

José Guimarães PT

Leônidas Cristino PDT

Mauro Benevides Filho PDT

Moses Rodrigues MDB PpMdbPtb

Vaidon Oliveira PROS

Total de CEARÁ 16

PIAUÍ

Átila Lira PP PpMdbPtb

Flávio Nogueira PDT

Iracema Portella PP PpMdbPtb

Júlio Cesar PSD

Marcos Aurélio Sampaio MDB PpMdbPtb

Margarete Coelho PP PpMdbPtb

Marina Santos Solidaried

Rejane Dias PT

Total de PIAUÍ 8

RIO GRANDE DO NORTE

Beto Rosado PP PpMdbPtb

General Girão PSL

João Maia PL

Natália Bonavides PT

Rafael Motta PSB

Walter Alves MDB PpMdbPtb


PARAÍBA

Damião Feliciano PDT

Edna Henrique PSDB

Efraim Filho DEM

Gervásio Maia PSB

Julian Lemos PSL

Total de PARAÍBA 5

PERNAMBUCO


André de Paula PSD

André Ferreira PSC

Augusto Coutinho Solidaried

Carlos Veras PT

Daniel Coelho Cidadania

Danilo Cabral PSB

Felipe Carreras PSB

Fernando Monteiro PP PpMdbPtb

Gonzaga Patriota PSB

João H. Campos PSB

Ossesio Silva Republican

Pastor Eurico Patriota

Raul Henry MDB PpMdbPtb

Silvio Costa Filho Republican

Túlio Gadêlha PDT

Wolney Queiroz PDT


ALAGOAS

Paulão PT

Sergio Toledo PL

Severino Pessoa Republican

Total de ALAGOAS 3

SERGIPE

Bosco Costa PL

Fábio Henrique PDT

João Daniel PT

Valdevan Noventa PSC

Total de SERGIPE 4

BAHIA

Abílio Santana PL

Alex Santana PDT

Alice Portugal PCdoB

Antonio Brito PSD

Arthur Oliveira Maia DEM

Bacelar Podemos

Cacá Leão PP PpMdbPtb

Charles Fernandes PSD

Claudio Cajado PP PpMdbPtb

Daniel Almeida PCdoB

Félix Mendonça Júnior PDT

João Carlos Bacelar PL

João Roma Republican

Jorge Solla PT

José Rocha PL

Joseildo Ramos PT

Leur Lomanto Júnior DEM

Lídice da Mata PSB

Marcelo Nilo PSB

Márcio Marinho Republican

Mário Negromonte Jr. PP PpMdbPtb

Otto Alencar Filho PSD

Pastor Sargento Isidório Avante

Paulo Azi DEM

Paulo Magalhães PSD


Professora Dayane Pimentel PSL

Raimundo Costa PL

Sérgio Brito PSD

Tito Avante

Valmir Assunção PT

Waldenor Pereira PT

Total de BAHIA 31

MINAS GERAIS

Aécio Neves PSDB

Charlles Evangelista PSL

Delegado Marcelo Freitas PSL

Diego Andrade PSD

Domingos Sávio PSDB

Eduardo Barbosa PSDB

Emidinho Madeira PSB

Enéias Reis PSL

Eros Biondini PROS

Fabiano Tolentino Cidadania

Fábio Ramalho MDB PpMdbPtb

Fernando Borja Avante

Franco Cartafina PP PpMdbPtb

Fred Costa Patriota

Gilberto Abramo Republican

Igor Timo Podemos

Júlio Delgado PSB

Junio Amaral PSL

Lafayette de Andrada Republican

Léo Motta PSL

Leonardo Monteiro PT

Lincoln Portela PL

Lucas Gonzalez Novo

Marcelo Aro PP PpMdbPtb

Margarida Salomão PT

Mauro Lopes MDB PpMdbPtb

Newton Cardoso Jr MDB PpMdbPtb

Odair Cunha PT

Padre João PT

Patrus Ananias PT

Paulo Guedes PT

Pinheirinho PP PpMdbPtb

Rodrigo de Castro PSDB

Rogério Correia PT

Vilson da Fetaemg PSB

Weliton Prado PROS

Zé Silva Solidaried

Zé Vitor PL


ESPÍRITO SANTO

Amaro Neto Republican

Dra. Soraya Manato PSL

Evair Vieira de Melo PP PpMdbPtb

Felipe Rigoni PSB

Helder Salomão PT

Lauriete PL

Norma Ayub DEM


Sergio Vidigal PDT

Ted Conti PSB


RIO DE JANEIRO

Alessandro Molon PSB

Benedita da Silva PT

Carlos Jordy PSL

Chico D`Angelo PDT

Chris Tonietto PSL

Christino Aureo PP PpMdbPtb

Daniel Silveira PSL

Daniela do Waguinho MDB PpMdbPtb

David Miranda PSOL

Delegado Antônio Furtado PSL

Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. PP PpMdbPtb

Felício Laterça PSL

Glauber Braga PSOL

Gurgel PSL

Gutemberg Reis MDB PpMdbPtb

Helio Lopes PSL

Jandira Feghali PCdoB

Jorge Braz Republican

Juninho do Pneu DEM

Lourival Gomes PSL

Luiz Lima PSL

Major Fabiana PSL

Marcão Gomes PL

Marcelo Calero Cidadania

Marcelo Freixo PSOL

Márcio Labre PSL

Otoni de Paula PSC

Paulo Ganime Novo

Pedro Paulo DEM

Professor Joziel PSL

Rodrigo Maia DEM

Rosangela Gomes Republican

Soraya Santos PL

Sóstenes Cavalcante DEM

Talíria Petrone PSOL

Vinicius Farah MDB PpMdbPtb

Wladimir Garotinho PSD


SÃO PAULO

Abou Anni PSL

Adriana Ventura Novo

Alencar Santana Braga PT

Alex Manente Cidadania

Alexandre Frota PSDB

Alexandre Leite DEM

Alexandre Padilha PT

Alexis Fonteyne Novo

Arnaldo Jardim Cidadania

Bruna Furlan PSDB

Capitão Augusto PL

Carlos Zarattini PT


Celso Russomanno Republican

Cezinha de Madureira PSD

Coronel Tadeu PSL

David Soares DEM

Eduardo Bolsonaro PSL

Eduardo Cury PSDB

Fausto Pinato PP PpMdbPtb

General Peternelli PSL

Gilberto Nascimento PSC

Guilherme Derrite PP PpMdbPtb

Herculano Passos MDB PpMdbPtb

Ivan Valente PSOL

Kim Kataguiri DEM

Luiz Carlos Motta PL

Luiz Lauro Filho PSDB

Luiz Philippe de Orleans e Bragança PSL

Luiza Erundina PSOL

Marcio Alvino PL

Maria Rosas Republican

Miguel Haddad PSDB

Miguel Lombardi PL

Milton Vieira Republican

Paulo Freire Costa PL

Policial Katia Sastre PL

Ricardo Silva PSB

Roberto Alves Republican

Roberto de Lucena Podemos

Rodrigo Agostinho PSB

Rosana Valle PSB

Rui Falcão PT

Sâmia Bomfim PSOL

Samuel Moreira PSDB

Tabata Amaral PDT

Tiririca PL

Vanderlei Macris PSDB

Vicentinho PT

Vinicius Carvalho Republican

Vinicius Poit Novo

Vitor Lippi PSDB


MATO GROSSO

Dr. Leonardo Solidaried

José Medeiros Podemos

Nelson Barbudo PSL

Neri Geller PP PpMdbPtb

Professora Rosa Neide PT


DISTRITO FEDERAL

Bia Kicis PSL

Celina Leão PP PpMdbPtb

Erika Kokay PT

Julio Cesar Ribeiro Republican

Luis Miranda DEM

Paula Belmonte Cidadania

Professor Israel Batista PV


Total de DISTRITO FEDERAL 7

GOIÁS

Adriano do Baldy PP PpMdbPtb

Alcides Rodrigues Patriota

Célio Silveira PSDB

Delegado Waldir PSL

Dr. Zacharias Calil DEM

Elias Vaz PSB

Flávia Morais PDT

Francisco Jr. PSD

João Campos Republican

Jose Mario Schreiner DEM

José Nelto Podemos

Lucas Vergilio Solidaried

Magda Mofatto PL

Professor Alcides PP PpMdbPtb

Rubens Otoni PT

Total de GOIÁS 15

MATO GROSSO DO SUL

Beto Pereira PSDB

Bia Cavassa PSDB

Dr. Luiz Ovando PSL

Fábio Trad PSD

Rose Modesto PSDB

Vander Loubet PT

Total de MATO GROSSO DO SUL 6

PARANÁ

Aliel Machado PSB

Aline Sleutjes PSL

Aroldo Martins Republican

Boca Aberta PROS

Christiane de Souza Yared PL

Diego Garcia Podemos

Enio Verri PT

Filipe Barros PSL

Gustavo Fruet PDT

Hermes Parcianello MDB PpMdbPtb

Luciano Ducci PSB

Luiz Nishimori PL

Luizão Goulart Republican

Pedro Lupion DEM

Reinhold Stephanes Junior PSD

Rubens Bueno Cidadania

Sargento Fahur PSD

Schiavinato PP PpMdbPtb

Sergio Souza MDB PpMdbPtb

Zeca Dirceu PT

Total de PARANÁ 20

SANTA CATARINA

Angela Amin PP PpMdbPtb

Carmen Zanotto Cidadania

Caroline de Toni PSL

Celso Maldaner MDB PpMdbPtb


Coronel Armando PSL

Daniel Freitas PSL

Darci de Matos PSD

Geovania de Sá PSDB

Gilson Marques Novo

Pedro Uczai PT

Ricardo Guidi PSD

Rogério Peninha Mendonça MDB PpMdbPtb


RIO GRANDE DO SUL

Afonso Hamm PP PpMdbPtb

Afonso Motta PDT

Bibo Nunes PSL

Bohn Gass PT

Carlos Gomes Republican

Daniel Trzeciak PSDB

Fernanda Melchionna PSOL

Giovani Feltes MDB PpMdbPtb

Heitor Schuch PSB

Henrique Fontana PT

Liziane Bayer PSB

Lucas Redecker PSDB

Marcel van Hattem Novo

Marcelo Moraes PTB PpMdbPtb

Márcio Biolchi MDB PpMdbPtb

Marcon PT

Maria do Rosário PT

Marlon Santos PDT

Maurício Dziedricki PTB PpMdbPtb

Nereu Crispim PSL

Paulo Pimenta PT

Pedro Westphalen PP PpMdbPtb

Sanderson PSL


O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Passa-se à apreciação da matéria sobre a mesa e da constante

da Ordem do Dia.

Informo que, pelo que eu ouvi aqui da assessoria, nós temos problemas para as primeiras votações.

Informo que, se a sessão cair, eu vou abrir uma nova sessão com efeito administrativo, correto, para que nós

possamos votar os projetos de acordo, sabendo que hoje matérias mais polêmicas, como securitização ou

barragens, não são matérias para serem votadas, em razão do quórum menor que a média do quórum durante as

semanas.

Como nós ainda estamos na quarta-feira, acho que devemos dar um bom exemplo para a sociedade

brasileira. Se por acaso nós não conseguirmos acordo, eu abro outra sessão e tento novamente chegar ao

quórum de 257 para votar alguma matéria que seja mais simples para construção de acordo.


Então, eu vou retirar de ofício os dois primeiros itens da pauta.

O SR. ROGÉRIO CORREIA (PT - MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Presidente, pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Pois não, Deputado.

O SR. ROGÉRIO CORREIA (PT - MG) - Eu gostaria de me manifestar em relação à decisão de V.Exa. e de fazer

um recurso ou uma solicitação.

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Não há recurso, Deputado. Isso é uma decisão do Presidente.

O SR. ROGÉRIO CORREIA (PT - MG) - O projeto referente a Brumadinho...

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Deputado, não há condição de se votar hoje. V.Exa. sabe

disso.

O SR. ROGÉRIO CORREIA (PT - MG) - Eu pediria a V.Exa. que me deixasse pelo menos argumentar.

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Nós votaremos na terça-feira, depois do carnaval.

O SR. ROGÉRIO CORREIA (PT - MG) - É que realmente este projeto já está há muito tempo...

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Eu sei, Deputado.

O SR. ROGÉRIO CORREIA (PT - MG) - V.Exa., eu sou testemunha, tem feito um esforço para a aprovação

dele, colocou-o na pauta várias vezes. Mas ontem, Presidente, só para V.Exa. saber — em 1 minuto eu argumento

—, nós fizemos um esforço enorme de acordo. O Partido Novo tinha destaque, e não o fará mais; com a bancada

mineira, eu acertei o acordo. O que me chegou agora é que o Governo é que está reticente com o projeto, que

ele próprio solicitou a V.Exa. que fosse um projeto prioritário, através do Ministro Onyx Lorenzoni, que veio aqui

e incluiu, entre os 25 projetos prioritários, o PL 550, da Senadora Leila. Então, nós não estamos entendendo o que

está acontecendo com o projeto. O Governo não abre um diálogo para sabermos quais os problemas do projeto.

Eu pergunto a V.Exa. se há garantia, caso o projeto não seja votado hoje, de que ele voltará a entrar na

pauta para votação.

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Há garantia. No dia 3 nós vamos votá-lo.

O SR. ROGÉRIO CORREIA (PT - MG) - No dia 3 nós votamos o projeto?

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Às 4 horas da tarde.

O SR. ROGÉRIO CORREIA (PT - MG) - No dia 3, ele entra em votação como primeiro projeto, e aí se

explicitam-se as votações...

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Isso. Aí cada um vota como achar melhor.

O que nós não podemos é, com o quórum reduzido, enfrentar um dos temas mais polêmicos da tarde de

hoje.

O SR. ROGÉRIO CORREIA (PT - MG) - Vamos ter mais um pouco de paciência...



A SRA. PERPÉTUA ALMEIDA (PCdoB - AC) - Presidente, há um requerimento do PCdoB...

O SR. ROGÉRIO CORREIA (PT - MG) - Embora, Presidente, a paciência do povo mineiro em relação a isso

seja curta.

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - E com toda a razão.

O SR. ROGÉRIO CORREIA (PT - MG) - Foram 270 mortos, só no caso de Brumadinho.

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - V.Exa. sabe que eu tenho trabalhado para avançar na

votação.

O SR. ROGÉRIO CORREIA (PT - MG) - É verdade.

A SRA. PERPÉTUA ALMEIDA (PCdoB - AC. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Presidente, há um

requerimento do PCdoB na mesa, que pede a inversão da pauta, para dar preferência a um projeto, inclusive, do

Governo, o que trata da criação do escritório da ONU para refugiados no Brasil.

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Isso está retirado de pauta.

A SRA. PERPÉTUA ALMEIDA (PCdoB - AC) - Se a pauta é do Governo...

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Deputada, quem faz a pauta somos nós.

A SRA. PERPÉTUA ALMEIDA (PCdoB - AC) - Mas inversão de pauta não pode ser retirada.

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Eu posso retirar, de ofício.

O SR. JOSÉ NELTO (PODE - GO) - Sr. Presidente, peço 1 minuto.

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Eu vou tentar votar as matérias que eu compreendo, pelo que

eu ouvi...

A SRA. PERPÉTUA ALMEIDA (PCdoB - AC) - Desde quando, Presidente?

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Desde sempre.

A SRA. PERPÉTUA ALMEIDA (PCdoB - AC) - Não. Um requerimento de inversão de pauta...

O SR. JOSÉ NELTO (PODE - GO) - Sr. Presidente, peço 1 minuto.

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Só um minutinho, Deputado.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Presidente, eu acho que este

Parlamento teria que se imbuir de alguma responsabilidade pelas centenas de mortos em Brumadinho e dezenas

de mortos em Mariana. O caso de Brumadinho já faz mais de 1 ano, e este Parlamento não consegue dar

respostas a isso.

Penso que nós não temos que nos curvar, neste Parlamento, aos interesses das mineradoras, mas aos

interesses que dizem respeito à própria vida.


A votação do projeto sobre barragens foi acordada no dia de ontem. Havia, inclusive, um destaque do

NOVO, e o NOVO retirou o destaque, para que nós pudéssemos ter o projeto aprovado e darmos uma resposta a

essa situação.

As mães olham seus filhos e sabem que, a qualquer momento, eles vão ser diagnosticados com câncer,

porque há um nível imenso de metal pesado no organismo.

Esse projeto é para aumentar a segurança das barragens, para que o que aconteceu em Brumadinho não

aconteça nunca mais, para que as pessoas não sejam enterradas na lama, como o foram em Brumadinho.

Por isso faço um apelo ao Governo para que votemos este projeto.

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Item da pauta.

PROJETO DE LEI Nº 3.047-A, DE 2019

(DA SRA. DANIELA WAGUINHO)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 3.047-A, de 2019, que institui

o dia 13 de março como Dia Nacional de Luta contra a Endometriose e a Semana

Nacional de Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose, a ser

realizada anualmente na semana que inclui o dia 13 de março; tendo parecer da

Comissão de Seguridade Social e Família, pela aprovação (Relator: Dep. Luiz Lima).

Pendente parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Há requerimento sobre a mesa.

O SR. JOSÉ NELTO (PODE - GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, em nome do Podemos,

informo que nós não temos acordo para votar este projeto. Portanto, entramos em obstrução.

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Ótimo. É um projeto que marca uma data, um dia nacional,

Deputado.

Requeiro, nos termos...

O SR. JOSÉ NELTO (PODE - GO) - Sr. Presidente, é porque há um projeto do Deputado Roberto de Lucena,

do nosso partido, para a mesma data.

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - A data é diferente.

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) - Requerimento:

Senhor Presidente:

Requeiro, nos termos do parágrafo único, II, "c", do Artigo 83 do Regimento

Interno, a retirada do PL nº 3.047/19 da pauta da presente sessão.

Erika Kokay, Vice-Líder do PT.


O SR. JOSÉ NELTO (PODE - GO) - Sr. Presidente, não querendo ser chato, mas o sendo, reconheço, o projeto

do Deputado Roberto de Lucena foi apresentado antes. O apelo que eu faço a V.Exa., confiando no espírito

democrático de V.Exa...

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Foi votado o pedido de urgência para este.

Não houve requerimento para apensar, não houve pedido de urgência. Houve pedido de urgência para

este. Eu estou votando o que eu posso votar, não estou votando o que eu quero votar apenas.

Tem a palavra a Deputada Erika Kokay, para encaminhar o requerimento de retirada de pauta.

O SR. JOSÉ NELTO (PODE - GO) - Sr. Presidente, peço mais 1 minuto, antes de a Deputada falar.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF. Sem revisão da oradora.) - Presidente, nós apresentamos este requerimento

porque, a nosso ver, o Governo retira a alma desta sessão ao não votar o projeto sobre o ocorrido em

Brumadinho, que visa aumentar a segurança nas barragens e priorizar as vítimas, priorizar as vidas.

Quando nós falamos das vítimas de Brumadinho ou de vítimas de rompimentos de barragens, que ocorrem

por irresponsabilidade e ânsia pelo lucro, que pisoteia as próprias pessoas, nós estamos falando que essas crises

e esses crimes atingem muito mais as mulheres. As mulheres são as maiores vítimas.

A lama muitas vezes é varrida do centro da cidade e é jogada nas periferias, e as mulheres vão viver a

angústia de não saberem se vão ter os seus filhos saudáveis.

Nós apresentamos este requerimento de retirada de pauta para que nós pudéssemos estar aqui fazendo o

nosso protesto, no que diz respeito à retirada do projeto sobre Brumadinho da pauta. O Governo se curvou para

as mineradoras. O Governo se curvou, porque houve uma construção coletiva aqui quanto a essa proposição.

E o Governo também se curvou para a xenofobia. Não é apenas a misoginia, o sexismo, o machismo e o

racismo que estão com a faixa presidencial no peito. A xenofobia também está, porque o Governo não quer a

agência da ONU aqui para que nós possamos acolher os refugiados.

É óbvio que, quanto a essas duas proposições que aqui estão, tanto a que institui o Dia Nacional de Luta

contra a Endometriose e a Semana Nacional de Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose como o

das ações relativas aos cânceres que atingem as mulheres, nós somos favoráveis no mérito. Esse pedido de

retirada de pauta desta proposição é apenas para que nós mostremos que não há normalidade neste

Parlamento.

Ontem, nós tivemos um Parlamentar aqui que deu uma banana para as Parlamentares e que quer dominar

os nossos corpos. Ele quer dominar os nossos corpos! Os nossos corpos são nossos corpos. Não é qualquer

Parlamentar que diz o que temos que fazer com parte dos nossos corpos ou com os nossos próprios corpos. E


falam de cheiro. As Parlamentares que subiram aqui têm cheiro de liberdade, têm cheiro! Aí me lembra o filme

Parasita, no qual o senhor todo-poderoso da classe abastada tem ojeriza do cheiro de pobre.

Ele estava ali, com as mulheres atrás e ele na frente. As mulheres estavam atrás dele. Nós queremos as

mulheres ombreadas com os homens.

Nós retiramos o requerimento de retirada de pauta, mas aqui fazemos o nosso protesto com relação ao

que aconteceu.

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Deixem-me fazer uma proposta aqui, para buscar acordo,

claro. Enquanto tentamos resolver a situação do projeto que está em pauta — se, de fato, o Podemos pedir

verificação, a sessão vai cair de qualquer jeito —, e se suspendêssemos esta votação e votássemos antes — só

posso fazer isso por acordo de todos — o Projeto de Lei 7.354-B, do Senado Federal, que dispõe sobre a

efetivação de ações de saúde que assegurem a prevenção, a detecção, o tratamento e o seguimento dos

cânceres do colo de útero e de mama, no âmbito do SUS — eu acho que esse tem acordo —, para garantir a

realização de ultrassonografia mamária?

Eu acho que esse tem acordo. Não vejo problema. Suspendemos o outro. Terminado esse, voltamos e

tentamos votar o outro. Se cair a sessão, pelo menos votamos um.

Discussão, em turno único, do projeto de lei...

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Apenas para ficar claro, Presidente, o

Podemos iria pedir verificação neste projeto da endometriose? É isso?

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - É, porque há um projeto de um Deputado do Podemos com a

mesma finalidade, com o mérito convergente.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF) - Nós temos acordo para votar o do câncer?

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Isso.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF) - O do câncer de mama e do câncer de útero.

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Isso.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF) - Apenas isso.

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Vamos voltar para o outro. Se houver acordo no outro, vota-

se. Se não houver, encerramos a sessão. Pelos menos teremos votado uma matéria relevante.

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia) - Item da pauta.

PROJETO DE LEI Nº 7.354-B, DE 2017

(DO SENADO FEDERAL)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 7.354-B, de 2017, que altera a

Lei nº 11.664, de 29 de abril de 2008, que "dispõe sobre a efetivação de ações de


saúde que assegurem a prevenção, a detecção, o tratamento e o seguimento dos

cânceres do colo uterino e de mama, no âmbito do Sistema Único de Saúde — SUS",

para garantir a realização de ultrassonografia mamária; tendo parecer da Comissão

de Defesa dos Direitos da Mulher, pela aprovação (Relatora: Dep. Dâmina Pereira); e

da Comissão de Seguridade Social e Família, pela aprovação (Relatora: Dep. Laura

Carneiro). Pendente de parecer das Comissões: de Finanças e Tributação; e de

Constituição e Justiça e de Cidadania.

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - O PT retira o requerimento de retirada de pauta?

O SR. BOHN GASS (PT - RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sim, o PT retira, mas eu preciso fazer um

registro pelo PT.

Nós vamos concordar com esta votação do projeto em relação ao câncer de colo de útero, mas a bancada

do PT precisa registrar que o que houve aqui é uma desfeita, é um desrespeito do Governo. Uma Comissão

trabalhou o projeto de lei sobre o ocorrido em Brumadinho...

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Nós vamos votá-lo dia 3, Deputado.

O SR. BOHN GASS (PT - RS) - Assim como V.Exa. está fazendo um apelo para que nós concordemos com

uma votação, eu quero que o mesmo esforço seja feito com o Governo, que de forma irresponsável não quer

votar. É um problema do Governo.

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - No dia 3 será votado.

O SR. BOHN GASS (PT - RS) - Então, nós queremos registrar isso. Nós não podemos deixar de fazer esse

registro.

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - No dia 3 será votado, Deputado.

O SR. BOHN GASS (PT - RS) - Temos acordo, mas a irresponsabilidade do Governo, Deputado Rogério, tem

que ser aqui bem marcada.

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Para oferecer parecer...

O SR. JOSÉ NELTO (PODE - GO) - Sr. Presidente...

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Espere só um minutinho.

Para oferecer parecer pelas Comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça, concedo a

palavra à Deputada Daniela do Waguinho. (Pausa.)

O SR. JOSÉ NELTO (PODE - GO. Pela ordem.) - Sr. Presidente...

O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Não sei se o outro será votado, mas relatando-se este...

O SR. JOSÉ NELTO (PODE - GO) - Sr. Presidente, posso falar por 1 minuto?


O SR. PRESIDENTE (Rodrigo Maia. DEM - RJ) - Pode, Deputado.

O SR. JOSÉ NELTO (PODE - GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu volto a cobrar de

V.Exa. a votação do projeto de lei do Plano Mansueto neste Parlamento, porque sei o quanto ele é importante.

Diante da crise fiscal que enfrenta o Estado de Goiás, que é gravíssima, a crise que enfrenta o Estado de

V.Exa., o Rio de Janeiro, e a crise que enfrenta o Estado de Minas Gerais, faço um apelo para que tenhamos uma

reunião com o Relator do projeto do Plano Mansueto, o Deputado Pedro Paulo, e possamos votar esta matéria,

de modo que todos os Estados da Federação possam ter acesso a empréstimos para o seu crescimento e a

geração de empregos.

Portanto, deixo aqui o meu pedido e o meu apelo ao Presidente da Casa, o Deputado Rodrigo Maia.

Solicito a divulgação deste pedido no programa A Voz do Brasil.

(Durante o discurso do Sr. José Nelto, o Sr. Rodrigo Maia, Presidente, deixa a cadeira da Presidência, que é

ocupada pelo Sr. Isnaldo Bulhões Jr., 3º Suplente de Secretário.)

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF) - Sr. Presidente, apenas a título de esclarecimento, se V.Exa. me permite...

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Pois não.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Apenas quero deixar as coisas

bastante claras, porque elas são muito obscuras. Já que temos representantes do Governo que dizem que a Terra

é plana e que há que se defender e discutir nas escolas o criacionismo, nós temos tempos obscuros.

Apenas para que possamos deixar claro, pergunto: há o compromisso da Presidência desta Casa, através do

Deputado Rodrigo Maia, de apreciarmos o projeto de Brumadinho no dia 3 de março?

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Sim, no dia 3.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF) - Às 16 horas do dia 3 de março.

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Não há obscuridade. Exatamente.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF) - É isso?

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Exatamente. Às 15 horas.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF) - Então, há o compromisso do Presidente da Casa de, no dia 3 de março...

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Acabamos de ouvi-lo falar isso há pouco.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF) - É isso?

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Estou confirmando, porque eu estava ao lado dele

quando ele assumiu esse compromisso.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF) - Só para deixar claro, pergunto mais uma vez: dia 3 de março, às 16 horas,

iremos apreciar o projeto de Brumadinho?

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - No dia 3.


O SR. LAFAYETTE DE ANDRADA (REPUBLICANOS - MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Vocês estão

falando de segurança de barragem?

Sr. Presidente, esse projeto sobre segurança de barragens, o PL 550, foi construído ao longo de 6 meses ou

1 ano. Uma Comissão Especial trabalhou profundamente nele. Conseguimos um texto de consenso — eu sou de

Minas Gerais —, mas parece que chegou uma nota técnica agora do Governo no sentido de que o projeto não

deva legislar sobre as barragens já existentes, somente sobre as novas.

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Não é essa a discussão que está sendo feita aqui.

Estamos discutindo a tentativa de construção de um acordo e o compromisso do Presidente de votarmos no dia

3.

O SR. LAFAYETTE DE ANDRADA (REPUBLICANOS - MG) - Eu só estou fazendo uma ponderação, no sentido

de que a nota técnica que chegou do Governo, que nos impediu de fazer a votação agora, está indicando que este

projeto de lei deve legislar somente sobre as novas barragens. Minas Gerais tem cerca de 500 barragens que,

segundo os órgãos especializados, estão em situação de perigo. Nós precisamos legislar sobre elas também.

Então, o que eu quero é que o Governo se sensibilize no sentido de provermos esse consenso, porque este

projeto é importantíssimo para Minas Gerais e, decerto, para todo o Brasil.


O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Tem a palavra a Deputada Daniela do Waguinho,

para relatar o Projeto de Lei nº 7.354, de 2017, do Senado Federal.

A SRA. DANIELA DO WAGUINHO (Bloco/MDB - RJ. Para proferir parecer. Sem revisão da oradora.) - Boa

tarde, Sras. e Srs. Parlamentares, é com muita alegria que iniciamos o ano legislativo de 2020. Dou a todos as

boas-vindas.

Subo a esta tribuna para falar sobre um assunto muito relevante para a saúde das mulheres do nosso País.

O Projeto de Lei nº 3.047, de 2019, de minha autoria, institui o dia 13 de março como o Dia Nacional de Luta

contra a Endometriose e cria a Semana Nacional de Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose, a

ser realizada anualmente em todo o País.

Agradeço a todos que apoiam essa causa, que eu decidi abraçar. Falar de endometriose é cuidar de mais de

10 milhões de mulheres. Este é apenas o primeiro passo que damos na luta contra a endometriose. Teremos uma

data nacional e uma semana de conscientização para falar do tema nos diversos Municípios e Estados do Brasil.

Isso já existe em mais de 20 países. Essa data, 13 de março, foi escolhida por conta da EndoMarcha — Marcha

Mundial pela Conscientização da Endometriose, que já acontece há anos no Brasil.


Portanto, a data não é meramente simbólica. Ela tem o objetivo de incluir toda a sociedade no esforço de

conscientização sobre a doença e permitir que mulheres tenham acesso a um diagnóstico precoce. A doença leva

hoje, em média, de 7 a 12 anos para ser diagnosticada.

Neste momento, quero agradecer à grande militante Caroline Salazar, capitã da EndoMarcha no Brasil, que

luta, há anos, pela causa. Ela, que foi portadora de endometriose, hoje é mãe e ajuda milhares de mulheres

através do blog A Endometriose e Eu. Agradeço a ela e a todas que lutam pela causa. Precisamos falar mais dessa

doença; precisamos alertar, prevenir, conscientizar e também oferecer o tratamento adequado.

A endometriose é oculta, silenciosa, com sintomas que vão desde fortes cólicas abdominais ao cansaço, à

fadiga, entre outros. Há relatos de mulheres que tiveram que repetir o tratamento e até mesmo de algumas que

tiveram órgãos afetados como consequência da endometriose, sem contar aquelas que se tornaram inférteis.

Com o reconhecimento da doença, a partir da aprovação desse projeto de lei, poderemos apresentar os

caminhos para um tratamento efetivo e oferecer um atendimento digno e de qualidade para essas mulheres,

principalmente no SUS. É por isso que apresentei esse projeto e é por isso que estamos aqui hoje. É muito

importante que toda a sociedade se envolva nessa força-tarefa. Espero que esse projeto seja o pontapé inicial no

Legislativo e que os Estados e os Municípios também tenham suas leis estaduais e municipais.

Quero dizer a todas as mulheres portadoras da endometriose que podem contar sempre comigo.

Um forte abraço! Fiquem com Deus.

O SR. JOÃO CAMPOS (REPUBLICANOS - GO) - Presidente Isnaldo, o Presidente Rodrigo Maia recebeu há

instantes, junto conosco, o Presidente Dias Toffoli, do Conselho Nacional...

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Deputada Daniela, eu gostaria que, após essa fala

de V.Exa., fosse relatado o Projeto nº 7.354, de 2017, do Senado Federal, pela CCJ. (Pausa.)

Tem a palavra o Deputado João Campos.

O SR. JOÃO CAMPOS (REPUBLICANOS - GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Presidente, apenas

quero dizer que, há instantes, o Presidente Rodrigo Maia e nós da Comissão Especial da Reforma do Código de

Processo Penal recebemos aqui o Presidente Dias Toffoli, do Conselho Nacional de Justiça, que nos apresentou

diversas sugestões para o novo Código de Processo Penal na área do Tribunal do Júri, dos crimes contra a vida —

crimes de homicídio, crimes de aborto, crimes de incitação ao suicídio. Essas contribuições certamente serão

acolhidas pela Comissão e haverão de dar efetividade ao Tribunal do Júri, ao julgamento daqueles que praticam

homicídios no País.

Nós queremos publicamente agradecer ao Presidente Dias Toffoli e ao grupo de trabalho do CNJ, que

trazem essas contribuições qualificadas à Câmara Federal. Registro o agradecimento nosso, do Presidente


Rodrigo Maia, do Presidente Fábio Trad, do Deputado Santini e de tantos outros que compõem a Comissão

Especial.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Tem a palavra a Deputada Daniela do Waguinho.

A SRA. DANIELA DO WAGUINHO (Bloco/MDB - RJ. Para proferir parecer. Sem revisão da oradora.) - Pela

Comissão de Finanças e Tributação, manifesto parecer pela adequação financeira e orçamentária do projeto.

Pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, manifesto parecer pela constitucionalidade,

juridicidade e boa técnica legislativa do projeto.

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Passamos à discussão.

Para falar contra a matéria, tem a palavra a Deputada Fernanda Melchionna.

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA (PSOL - RS. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Na verdade,

Presidente, eu quero fazer uma correção: eu...

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Deputada Fernanda Melchionna, apenas quero

fazer um esclarecimento: em respeito aos oradores, temos uma lista...

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA (PSOL - RS) - Só quero registrar que sou favorável ao projeto. Eu acho que

ele é um avanço.

E espero que depois o projeto sobre o câncer do colo do útero, que estende o prazo para que mulheres

jovens tenham garantido o acesso à ecografia...

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Tem a palavra o Deputado Hildo Rocha. (Pausa.)

Tem a palavra o Deputado Glauber. (Pausa.)

Tem a palavra o Deputado Pompeo de Mattos. (Pausa.)

Tem a palavra o Deputado Daniel Coelho. (Pausa.)

O SR. PASTOR EURICO (PATRIOTA - PE) - Há consenso, Presidente. Vamos votar esse projeto logo.

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Tem a palavra o Deputado Domingos Sávio.

(Pausa.)

Tem a palavra a Deputada Dra. Soraya Manato. (Pausa.)

Tem a palavra a Deputada Sâmia Bomfim. (Pausa.)

Tem a palavra a Deputada Perpétua Almeida. (Pausa.)

O SR. PASTOR EURICO (PATRIOTA - PE) - Vamos votar, Presidente!

A SRA. PERPÉTUA ALMEIDA (PCdoB - AC. Como Líder. Sem revisão da oradora.) - Presidente, eu peço que

acrescente o tempo da Liderança do PCdoB.


Eu considero que um projeto como esse tem uma importância muito grande para o Brasil e para as

mulheres. Eu mesma tomei uma decisão este ano: 100% das minhas emendas parlamentares na área da saúde

serão destinadas à saúde da mulher.

Tem uma importância muito grande estarmos votando aqui, neste momento, o projeto de lei que incentiva

os exames contra o câncer de mama e de útero. Por isso, quero parabenizar o plenário por essa decisão.

Sr. Presidente, queria aproveitar para agradecer ao meu partido, o PCdoB, pela oportunidade de dirigir a

nossa bancada, como Líder, neste ano de 2020. Eu tenho muito orgulho de ser do PCdoB, o único partido ao qual

me filiei, tão jovem ainda, quando saí do convento de um colégio de freiras. E também tenho muito orgulho de

dizer que passei 5 anos no convento das irmãs religiosas dominicanas. Quando eu cheguei ao PCdoB, a minha

grande alegria foi saber que o coordenador da bancada comunista, em 1945, o Jorge Amado, em nome da nossa

bancada, foi o autor do projeto de lei que garantiu na Constituição a liberdade de credo, a liberdade religiosa,

para todos os brasileiros.

Portanto, eu tenho muito orgulho de estar nesta tribuna dizendo ao Plenário desta Casa que serei Líder, a

partir de 2020, da bancada de um partido que teve como um de seus dirigentes, em 1945, Jorge Amado, autor da

lei da liberdade religiosa e da liberdade de credo. Nós acreditamos na liberdade que cada ser humano, cada

cidadão, tem de proferir o seu credo. Aqui nesta Casa a bancada do PCdoB vai continuar defendendo a

Constituição, defendendo as liberdades individuais, defendendo a democracia no nosso País e defendendo a

liberdade de credo.

Queria aproveitar também, Sr. Presidente, para dizer que hoje, quando abrimos os jornais do País, vimos

nas manchetes que o Presidente Bolsonaro está apagando o incêndio lá no Posto Ipiranga. O Posto Ipiranga é

coordenado pelo Ministro Guedes, que teria ameaçado ontem, numa reunião a portas fechadas, largar o

Governo, não sei se por conta dos impropérios da própria língua ou se por conta daqueles da língua do

Presidente da República, porque tanto o Ministro da Economia quanto o Presidente da República hoje disputam

quem é mais desrespeitoso, ora com os pobres, ora com as mulheres.

Para acalmar o Guedes e segurá-lo no Governo, o Presidente Bolsonaro mais uma vez usa o recurso de

meter o chicote nas costas do povo, dos trabalhadores, dos servidores públicos. Sabem o que o Presidente

Bolsonaro prometeu ao Guedes ontem à noite, naquela sala fechada, para ele não largar o Governo? Prometeu

que mandará para esta Casa a reforma administrativa.

Aí, o cidadão comum pode dizer: "Mas o que que eu tenho a ver com reforma administrativa, se nem

servidor público eu sou?" A reforma administrativa, que vai reduzir o número de servidores públicos do País, tem

a ver, sim, com o cidadão, porque, quando ele precisa ir ao posto do INSS, não há ninguém para atendê-lo. Aí, ele

fica dias, dias e dias enfrentando aquela fila. A reforma administrativa vai atingir os serviços, e, quando o cidadão


chegar a um posto de saúde, a um hospital, não vai haver médico. Ele vai ficar 6 meses, 1 ano, 2 anos ou 3 anos

esperando uma cirurgia. Isso é a reforma administrativa. Suas consequências chegam ao cidadão comum, lá na

ponta.

É claro que, ao se reduzir a quantidade de servidores, ao se proibir o reajuste dos servidores, ao se proibir a

realização de horas extras, ao se proibir o pagamento de diárias, o servidor público, que já ganha pouco, não vai,

para atender uma comunidade mais distante, tirar dinheiro do bolso para comprar passagem. Se o Governo não

faz isso, o cidadão que mora nos lugares mais distantes, quando precisar ir a um posto de saúde, não vai ter como

ser atendido, porque não vai haver servidor público para atendê-lo.

Então, colegas Parlamentares, povo que nos escuta, para segurar o Guedes no Governo, o Bolsonaro mete

mais uma vez o chicote no lombo do trabalhador, no lombo do servidor público, no lombo da população, porque

os serviços vão ficar cada vez mais precários com a reforma administrativa que o Governo manda para esta Casa.

Bolsonaro está destruindo o Estado brasileiro, e fará isso agora com a reforma administrativa.


O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Antes de passar a palavra a Deputada Erika Kokay,

concedo 1 minuto ao Deputado Silvio Costa Filho.

O SR. SILVIO COSTA FILHO (REPUBLICANOS - PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Presidente, só quero

fazer uma indagação a V.Exa., a título de esclarecimento. Nós temos ainda, possivelmente, duas matérias a ser

apreciadas. Está-se tentando construir um acordo. Eu pergunto a V.Exa. se a votação vai ser simbólica ou se existe

a possibilidade de votação nominal ainda.

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Será simbólica.

O SR. SILVIO COSTA FILHO (REPUBLICANOS - PE) - Obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Havendo acordo, será simbólica.

Tem a palavra a Deputada Erika Kokay, para discutir a matéria. (Pausa.)

O SR. CAPITÃO ALBERTO NETO (REPUBLICANOS - AM) - Presidente, enquanto a Deputada sobe à tribuna,

eu poderia fazer um registro e dar como lido um discurso?


O SR. CAPITÃO ALBERTO NETO (REPUBLICANOS - AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Quero alertar

sobre o fato de que a indústria nacional sofre um grande perigo, devido à tragédia do coronavírus. Segundo a

revista The Economist, o prejuízo neste primeiro trimestre é de 1,2 trilhões de reais. A indústria nacional depende

dos insumos do mercado chinês para continuar a sua produção. Algumas indústrias já estão dando férias

coletivas, e isso pode causar um prejuízo enorme.


Eu solicito aos Líderes que providenciem a realização de uma grande Comissão Geral aqui na Casa, para

discutirmos esse assunto e salvarmos a economia brasileira de um possível desastre neste primeiro semestre.

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Tem a palavra a Deputada Erika Kokay.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF. Sem revisão da oradora.) - Na verdade, o projeto trata da inclusão no SUS da

ultrassonografia mamária em mulheres jovens com risco elevado de câncer de mama que tenham problemas

com a exposição à radiação.

Portanto, é um projeto com o qual estamos de acordo, até porque faz um recorte de gênero no que diz

respeito à política de saúde. Diga-se que a política de saúde está absolutamente precarizada neste Governo. Nós

estamos vivenciando e nos deparando todos os dias com os efeitos da Emenda Constitucional nº 95, que

congelou os gastos públicos, o que, segundo o Governo da época, iria resolver o problema do desemprego e do

desajuste fiscal.

Mas o desajuste fiscal permanece, e o desemprego permanece. Se nós somarmos o número de

desempregados de quando começou a discussão do golpe, do impeachment, com o número de desalentados, de

subempregados, nós vamos ter por volta de 50 milhões de brasileiros e brasileiras.

Além disso, 41% das pessoas que estão trabalhando estão na informalidade. E o Governo não pode criar o

eufemismo de que são empreendedores, não. São pessoas que estão se virando para sobreviver num país cujo

governo está contendo mais de 3 milhões de solicitações de ingresso no Programa Bolsa Família e mais de 2

milhões de requerimentos para benefícios do INSS.

Mesmo assim, o déficit fiscal foi de 95 milhões. Este Governo diminuiu em 100 milhões ou mais as reservas

cambiais que foram construídas durante o Governo Lula, além de, por meio da cessão onerosa, ter entregue as

nossas empresas e o nosso pré-sal. E ele me vem falar de trabalhadores e trabalhadoras?

Os trabalhadores da PETROBRAS são honestos; os trabalhadores da PETROBRAS levam a empresa nas

costas, apesar de todo o processo que nós estamos vivenciando de entrega das distribuidoras, de demissão em

massa, desrespeitando-se acordo coletivo. Há um acordo coletivo que impede a demissão em massa, mas eles

estão demitindo em massa — estão demitindo em massa! Por isso, os trabalhadores entram em greve, em defesa

do Brasil.

Então, o Governo deveria fazer uma autocrítica. Ele aprofundou as reformas, mas as reformas não geraram

emprego, não eliminaram o déficit fiscal. O BNDES devolveu antecipadamente, numa pedalada, por volta de 100

bilhões de reais, e mesmo assim houve esse imenso déficit fiscal.

Nós somos favoráveis à proposição com recorte de gênero e somos contrários a todos aqueles que atacam

o gênero feminino.


O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Tem a palavra a Deputada Fernanda Melchionna,

para discutir a matéria. (Pausa.)

O SR. CÉLIO MOURA (PT - TO) - Sr. Presidente...


O SR. CÉLIO MOURA (PT - TO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, só quero dar como lido

o discurso que eu faria para denunciar aqui o despejo ocorrido na cidade de Barra do Ouro: 34 famílias foram

despejadas, no dia 10 de fevereiro passado, a pedido da Eco Brasil, uma empresa que planta eucalipto na região

norte do Estado do Tocantins.

Sr. Presidente, é useiro e vezeiro naquela região despejar trabalhadores rurais que moram naquelas terras

há mais de 20 anos. Para plantar uma monocultura, a do eucalipto, essa empresa despejou 34 famílias no

Município de Barra do Ouro.

Quero aqui render minhas homenagens ao companheiro Itamar, Vice-Presidente da associação dos

trabalhadores rurais daquela cidade.

Eu gostaria que este nosso discurso fosse divulgado no programa A Voz do Brasil, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Seu pedido está deferido.

DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELO SR. DEPUTADO CÉLIO MOURA.

Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, todos e todas que nos acompanham pelos veículos de

comunicação da Casa, venho à tribuna prestar solidariedade aos trabalhadores injustamente despejados da Gleba

São José, no Município de Barra do Ouro, no meu Estado, o Tocantins.

Senhoras e senhores, é desumano que tenham retirado, por meio de despejo, 34 famílias no dia 10 de

fevereiro. A empresa Eco Brasil, que é dona da área, entrou com o processo de despejo, alegando se tratar de

área produtiva. Entretanto, a fazenda estava abandonada há mais de 20 anos. A realidade dos fatos revela que

foram as trabalhadoras e trabalhadores que ocuparam a terra que a tornaram produtiva.

Sr. Presidente, dou uma ideia do que ocorreu no despejo: a empresa derrubou casas, cortou árvores

plantadas pelos trabalhadores (pé de coco; plantação de cana; mandioca). Uma área abandonada há décadas

passa a produzir por força dos trabalhadores, esses trabalhadores são despejados, e a área volta a

improdutividade.

Ressalto que essa empresa é de monocultura de eucalipto, e sabemos o quanto é prejudicial, para o meio

ambiente e para a população, a prática da monocultura. E o eucalipto causa ainda mais prejuízos, pois resseca o

solo e acaba com a diversidade ecológica.


Além disso, neste caso específico, se a empresa for plantar mesmo eucalipto, ainda terá que desmatar a

área. Vale ressaltar que esse tipo de destruição do nosso Cerrado tem acontecido porque a lei estadual permite o

desmatamento desse bioma para a plantação de eucalipto. Isso requer mudança!

Finalizo reafirmando meu apoio às trabalhadoras e trabalhadores da Gleba São José, em Barra do Ouro. E

remeto um forte abraço ao bravo companheiro Itamar, Vice-Presidente da Associação dos Pequenos Agricultores

da Gleba.

No Tocantins e em todo o Brasil, a terra é concentrada nas mãos de poucos. É preciso defender e fazer

cumprir a função social da terra!

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Tem a palavra a Deputada Fernanda Melchionna.

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA (PSOL - RS. Sem revisão da oradora.) - Obrigada, Presidente.

Eu, obviamente, encaminho a favor da criação do Dia Nacional de Luta contra a Endometriose. Uma a cada

dez mulheres brasileiras sofre dessa doença, que nós sabemos causar uma dor extremamente forte, muitas vezes

até incapacitante. Um dos problemas é justamente a dificuldade no seu diagnóstico. Então, as campanhas de

conscientização e a busca pela ampliação do atendimento a essas mulheres no âmbito do Sistema Único de

Saúde têm que ser permanentes.

Nós também temos acordo para que seja votado hoje outro projeto, embora o Governo não tenha

cumprido a sua palavra, não tenha incluído o acordo com a Alto Comissariado das Nações Unidas para os

Refugiados — ACNUR, que tem a ver com uma parceria e com um escritório para atender os refugiados no Brasil.

Ele tampouco incluiu o projeto de lei para a proteção das barragens, embora o País tenha vivido crimes

como os de Mariana e Brumadinho, que ainda não tiveram solução. Também não há houve a responsabilização

civil ou criminal dos dirigentes da Vale, inclusive no que diz respeito à indenização dessas famílias. Isso é um

escândalo! O Parlamento brasileiro precisa responder a isso. Nós sabemos que o Governo não deixou entrar em

votação hoje o tema da segurança nas barragens.

Contudo, nós temos um acordo para o próximo projeto, que trata da ampliação da rede de assistência e de

prevenção ao câncer do colo de útero. Este será o próximo projeto a ser votado — eu terei tempo para discuti-lo.

Mas acho que estes projetos visam justamente ao atendimento à saúde das mulheres num país como o nosso,

que ainda sofre o machismo, um país que, em 2019, viu o aumento de 4% nos feminicídios, crimes em que

mulheres são assassinadas somente por serem mulheres. A cada 4 horas, uma de nós é assassinada por causa do

gênero, num país em que persiste a cultura do estupro.

Recentemente, nós tivemos um caso gravíssimo no Rio Grande do Sul em que uma adolescente de 17 anos

foi assediada por um motorista de aplicativo, que, não bastasse, tentou responsabilizá-la dizendo que ela usava


um pequeno short como o da Anitta. Manifesto minha solidariedade a esta jovem e à Anitta. Não importa a roupa

que a mulher use, seja short seja burca, ela precisa ser respeitada. A culpa é de quem é machista, assediador.

Infelizmente, o Presidente da República, que tem mais responsabilidade que os outros, faz apologia à

violência contra as mulheres e à sexualização, além do ataque a todas as mulheres brasileiras, como quando

atacou a jornalista Patrícia Campos Mello. Nós sabemos como é difícil ser mulher, líder e Parlamentar. Sabemos

quão difícil é ser jornalista e, muitas vezes, interrompida pelos homens. Patrícia não só enfrenta uma posição

como jornalista investigativo, mas também é atacada pelo Presidente da República. É lamentável!

Registro nosso repúdio pelo Presidente da República.

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Tem a palavra o Deputado Pastor Sargento

Isidório. Em seguida, falará a Deputada Carmen Zanotto, para discutir.

O SR. PASTOR SARGENTO ISIDÓRIO (AVANTE - BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, a

Bíblia diz: "Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor todos os moradores da terra. Cantai ao Senhor,

bendizei seu nome; anunciai sua salvação de dia em dia".

Quero parabenizar a todos os funcionários públicos que, durante o carnaval, serão empregados. O carnaval,

principalmente na Bahia, em Salvador, é uma indústria de emprego e de renda, pois recebe turistas não só

brasileiros, mas também estrangeiros. Quero, portanto, manifestar nossa gratidão.

Quero parabenizar os funcionários da Polícia Militar, da Polícia Civil e das Guardas Municipais, da saúde, os

vendedores ambulantes, todos os trabalhadores e todas as trabalhadoras que estarão se esforçando no circuito

do carnaval, na Barra, em Ondina, nos bairros populares.

Quero parabenizar V.Exa., Sr. Presidente, que dirige muito bem e com maestria esta Casa. Parabenizo todos

os Deputados e todas as Deputadas aqui presentes. Nós aprovamos projetos benéficos para o povo brasileiro.

Aproveito para dizer que é importante que todos aqueles que participarão do carnaval tomem cuidado com

a violência. Brinquem em paz! O melhor da festa é voltar saudável para casa. Eu ficarei pouco tempo na avenida,

pois, como todos sabem, sou pastor evangélico. Estarei trabalhando com 3 mil pessoas na Fundação Dr. Jesus:

familiares e pessoas que estão deixando as drogas. Estaremos no Espiritoval, a Festa do Espírito, e na construção

da Escola Profissionalizante. Vou tirar um tempo para ir ao circuito abençoar e pedir a benção de Deus pela vida

de todos os que participarão do circuito.

Sr. Presidente, solicito a V.Exa. que meu discurso seja divulgado pelo programa A Voz do Brasil.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Tem a palavra a Deputada Carmen Zanotto.

A SRA. CARMEN ZANOTTO (CIDADANIA - SC. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs.

Parlamentares, quero agradecer a todos os Líderes o acordo em deliberar o Projeto de Lei nº 2.752, de 2019, da


nobre Senadora Lúcia Vânia, que veio para nossa Casa. O requerimento foi aprovado pelos Líderes. Peço,

especialmente, que aprovemos o texto original, que veio do Senado. Com isso, em breve, poderemos ter a sanção

presidencial.

O texto assegura a ultrassonografia de mama para todas as mulheres jovens e para as mulheres com idade

entre 40 e 49 anos que precisam de complementação diagnóstica. Nós precisamos, cada vez mais, avançar na

prevenção, no diagnóstico e no tratamento rápido de todos os tipos de cânceres.

Portanto, parabenizo a todos, porque esta matéria que estamos votando na manhã de hoje é muito

importante, principalmente a partir do grande acordo que construímos. É muito grande a dificuldade de acesso à

mamografia em muitos Municípios brasileiros.

Este projeto vem complementar os exames de que precisamos para fazer o diagnóstico precoce e ter rápido

acesso às cirurgias, especial a cirurgia de mama, e aos procedimentos necessários para a complementação,

repito, para mulheres jovens que não podem realizar o exame de mamografia e para mulheres que precisam de

complementação diagnóstica, entre os 40 e 49 anos.

Portanto, peço que todos os Parlamentares apoiem este projeto, para votarmos, na sequência, esta que é

uma matéria importantíssima para todos os que acreditam na defesa das pessoas com câncer.

Muito obrigada.

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Encerrada a discussão.

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Passa-se à votação.

Para encaminhar, tem a palavra o Deputado Hildo Rocha. (Pausa.)

O SR. MAURO BENEVIDES FILHO (PDT - CE) - Enquanto isso, Sr. Presidente, V.Exa. me concederia 1 minuto?

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Tem a palavra o Deputado Glauber Braga. (Pausa.)

Tem a palavra o Deputado Daniel Coelho. (Pausa.)

Tem a palavra o Deputado Eli Borges. S.Exa. dispõe de 3 minutos. (Pausa.)

O SR. MAURO BENEVIDES FILHO (PDT - CE) - Antes, posso falar 1 minuto, Sr. Presidente?

O SR. BIBO NUNES (PSL - RS) - Sr. Presidente, eu queria cumprimentar a Polícia Federal...

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Eu vou conceder a palavra em seguida. No

entanto, estou seguindo a ordem, para encerrar a discussão. Nós vamos votar, já que há acordo, estamos indo

bem. Já são 13 horas. Todos terão direito à palavra. Eu acredito que quem está aqui só viaja para seus Estados à

noite.

O SR. ELI BORGES (SOLIDARIEDADE - TO. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, agradeço a Deus pelo

consenso que vai se estabelecendo nesta quarta-feira que antecede o carnaval.


Eu faço um pedido aos brasileiros: tratem bem dos resultados desta festa, analisem o espírito de prudência

e de postura. A doutora matemática me dá conta de que se trata de uma festa da cultura brasileira, mas os

resultados não têm sido interessantes: gravidez, pedofilia etc. Fica o recado deste Parlamentar.

Encaminhando a votação deste projeto, que dispõe, no âmbito do Sistema Único de Saúde, sobre a

efetivação de ações de saúde que assegurem a prevenção, a detecção e o tratamento dos cânceres de colo

uterino e de mama, quero compreender que esta medida já vem tarde, porque eu ouvia com frequência, ainda

jovem, do meu velho pai, de saudosa memória: "Mais vale um grama de preventivo do que uma tonelada de

curativo".

Nós compreendemos que muitas mulheres têm morrido no Brasil por falta de uma política mais forte no

quesito proposta de prevenção, tratamento e cuidados do SUS com as mulheres do nosso País, aspectos que se

revestem, embora não seja alvo do meu debate, da questão da endometriose, outra doença cuja prevenção pode

resolver problemas de pelo menos uma em cada dez mulheres brasileiras.

Desta forma, em nome do Solidariedade, meu partido, em nome da importância, do tratamento e da

prevenção, quero encaminhar favoravelmente à matéria, para não perdemos tempo com debates que não levam

a nada e apressarmos logo esta votação, para o bem de milhões de mulheres brasileiras que esperam a

manifestação deste Parlamento, para efetivamente termos encaminhamentos mais propositivos, mais efetivos e

preventivos, no sentido de cuidarmos deste mal.

Eu não vou usar todo o tempo de que disponho, para cooperar com a votação imediata desta matéria.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Isnaldo Bulhões Jr. Bloco/MDB - AL) - Tem a palavra a Deputada Erika Kokay.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF. Sem revisão da oradora.) - Penso que vivemos em um país que não fez o luto

do colonialismo, um país em que os donos da terra se sentiam donos das mulheres. Nós vimos a expressão disso

ontem, na fala do Deputado que transformou as mãos numa banana, o que está virando norma deste Governo,

que se relaciona com a população desta forma. Aliás, o Presidente da República também já utilizou dos seus

braços para transformá-los em armas. Coitado do país que constrói mitos em cima de alguém que transforma

mãos em armas ou faz das mãos e dos membros superiores uma banana para a liberdade de manifestação da

imprensa!

Para além deste ataque às mulheres parlamentares, é preciso que se tenha clareza de que as mulheres que

estão neste Parlamento enfrentaram o sexismo, o machismo, a dupla ou tripla jornada, a construção de gêneros,

a ideia de que seu lugar é a casa e não os espaços públicos. No entanto, estamos aqui para mostrar que este

Parlamento não pode ser um pacto de cartolas, de casacas e de bengalas. As mulheres estamos aqui para dizer

que lugar de mulher é onde ela quiser.


Estas mulheres foram agredidas aqui no dia de ontem. O Deputado Bolsonaro começa sua fala dizendo:

"Também há mulheres atrás de mim". Só isto, Deputada Benedita, atrás! Nós não queremos estar atrás de

homem algum. Nós queremos, nós mesmas, ter condições de pegar nossas vidas e transformá-las, como cabe aos

seres humanos. Nós queremos romper uma desumanização simbólica que se transforma em uma desumanização

literal, porque os discursos não são inocentes: são pontes entre pensamentos e ações.

Com relação ao discurso de menosprezar as mulheres, dizendo que temos que cuidar das nossas axilas,

quero dizer, Deputado, que nosso corpo é nosso. Não é o senhor que determina como devemos utilizá-lo ou o

que devemos fazer com ele. Nosso corpo não é propriedade do homem, da mesma forma que nosso não também

é o nosso não. Mas não é só isso. Além disso, nós vimos este Parlamentar falar do nosso odor. Eu já disse que

nosso cheiro é o cheiro da liberdade; nosso cheiro é o cheiro de quem tem consciência da coragem que as

mulheres carregam no seu dia a dia; nosso cheiro é o cheiro de um país mais justo. Não sejamos o quinto país em

feminicídio, não tenhamos as marcas da violência doméstica na pele e na alma das mulheres. Esse cheiro

incomoda, como incomodou, no filme Parasita, o cheiro da classe pobre àqueles que se consideram ricos e donos

do mundo.

Por isso, nós somos favoráveis ao projeto.

(Durante o discurso da Sra. Erika Kokay, o Sr. Isnaldo Bulhões Jr., 3º Suplente de Secretário, deixa a cadeira da

Presidência, que é ocupada pela Sra. Soraya Santos, 1ª Secretária.)

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Em votação o Projeto de Lei nº 7.354, de 2017, ressalvados os

destaques.

O Congresso Nacional decreta:

Art. 1º O art. 2º da Lei nº 11.664, de 29 de abril de 2008, passa a vigorar

acrescido do seguinte inciso VI:

“Art. 2º ....................................................................................................

.................................................................................................................

VI – a realização, segundo avaliação do médico assistente, de

ultrassonografia mamária a mulheres jovens com elevado risco de câncer de mama

ou que não possam ser expostas a radiação e, de forma complementar ao exame

previsto no inciso III do caput, a mulheres na faixa etária de 40 a 49 anos de idade ou

com alta densidade mamária.

......................................................................................................” (NR)

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.


A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Como não há destaques, passamos à votação.

Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADO.

A SRA. DRA. SORAYA MANATO (PSL - ES) - Sra. Presidente...

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Trata-se de matéria vencida. Senão, não vai haver sessão de

debates.

Fica dispensada a Redação Final da matéria, nos termos do art. 195, § 2º, inciso III, do Regimento Interno da

Câmara dos Deputados.

A matéria vai à sanção, Deputado Cacá Leão.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF) - Sra. Presidenta, V.Exa. me permite?

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Pois não, Deputada Erika Kokay.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Não se trata de matéria vencida. Não

é assim! Nós não podemos simplesmente desrespeitar o Regimento Interno.

Nós somos favoráveis à matéria, queremos acelerar o processo. Nós até poderíamos ter aberto mão do

tempo de orientação. Mas não é assim! Não se pode deixar de abrir o período para orientação partidária, como

prevê o Regimento, e dizer que se rompa o Regimento ou que a matéria está vencida, rompendo o Regimento

desta forma!

Portanto, é preciso ter muito cuidado com o Regimento. Nós construímos pactos. Desrespeitar o Regimento

hoje atinge determinadas pessoas e poderá atingir outras pessoas depois, o que desrespeita o Parlamento e a

própria democracia.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Deputada Erika, a título de esclarecimento, eu acabo de

assumir a Presidência. Eu tive a informação do acordo feito pela Liderança, e este Plenário sempre foi soberano

quando há acordo. Foi por isso que eu encaminhei desta forma. Mas, se V.Exa. quer encaminhar, podemos

repetir o procedimento. Não há problema.

Este foi o acordo que me chegou, e esta Presidência tem como lema o respeito ao acordo de Líderes. Na

próxima, podemos fazer o encaminhamento, ou, naturalmente, eu reabro a palavra para V.Exa. encaminhar.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF) - Presidenta, não houve acordo para abrir mão da orientação. É preciso dizer

isso.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Não há problema algum. Eu reabro, Deputada Erika, para

deixar claro...

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF) - Nós somos favoráveis à matéria, nós lutamos para que ela fosse aprovada.


A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Deputada Erika, é para deixar claro e transparente que nós

temos...

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF) - Da mesma forma, existe uma discussão para votarmos o projeto acerca da

endometriose. Existe esta discussão. Nós não somos contrários, nós somos favoráveis ao mérito, até porque é

preciso que haja uma campanha de conscientização, de sensibilização e de envolvimento do poder público, que,

aliás, está garfado pela Emenda nº 95.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Vamos resolver, Deputada Erika. Eu indago a V.Exa. se quer

fazer o encaminhamento da matéria. Assim, eu já deixo em aberto para cada Líder se manifestar.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF) - Não, Presidenta. Eu só quero que não se repita o fato de não se consultar

este Plenário se abre mão ou não da orientação. Trata-se de respeitar o Regimento. Apenas isso.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Este é sempre o nosso lema. O Regimento é o nosso guia.

Indago a V.Exa., Deputada Erika, se quer encaminhar, ou se podemos prosseguir.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF) - Podemos seguir. Mas não vamos admitir que se considere matéria vencida

romper o Regimento Interno.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Com certeza, Deputada.

Antes de dar prosseguimento à sessão, esta Mesa dá conhecimento ao Plenário do seguinte

Ato da Presidência

Nos termos da alínea "m" do inciso I do art. 17, combinado com o inciso II do art. 22, todos do

Regimento Interno, esta Presidência decide criar Comissão Especial para estudo das razões do aumento

de denúncias de violência obstétrica e da alta taxa de morte materna no Brasil. A Comissão será

composta por 34 (trinta e quatro) membros titulares e igual número de suplentes designados de acordo

com os §§ 1º e 2º do art. 33 do Regimento Interno.

Brasília, 19 de fevereiro de 2020.

Deputado Rodrigo Maia

Presidente da Câmara dos Deputados.

Faço um agradecimento especial não só ao Presidente Rodrigo Maia, que acolheu este pedido, que é uma

ansiedade de todos nós Parlamentares, especialmente da bancada feminina, como também aos nossos pares, aos

quais particularmente encaminhei requerimento para que assinassem a constituição da CPI, que era a ideia

inicial, para acompanharmos os casos de violência obstétrica no Brasil, que tem índices alarmantes. Obtivemos

200 assinaturas. No entanto, entendemos que deveríamos substituir a CPI — eu faço este esclarecimento — por

uma Comissão Especial, porque temos necessidade neste Parlamento de trazer indicadores do que está

acontecendo em termos de violência obstétrica neste País.


Tão logo levei o pedido ao Presidente Rodrigo Maia, ele o autorizou. Estou, neste momento, presidindo a

sessão, mas não poderia deixar de registrar meu agradecimento a todos os Deputados desta Casa que assinaram

o requerimento naquele primeiro momento e ao Presidente, que, de imediato, decidiu pela instalação da

Comissão.

Espero que esta Casa, que nunca fugiu às suas responsabilidades, traga sugestões legislativas e proposições

para dar mais um passo, como os que vem dando este Parlamento, para protegermos não só as crianças, como

também as mães.

Eu não poderia deixar de, publicamente, agradecer ao Presidente Rodrigo Maia.

O SR. FERNANDA MELCHIONNA (PSOL - RS) - Sra. Presidente Soraya Santos, eu queria falar sobre este

assunto. Por isso, peço um minutinho.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Eu vou lhe conceder a palavra, Deputada.

Antes, declaro prorrogada a sessão.

Tem a palavra a Deputada Fernanda Melchionna.

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA (PSOL - RS. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Sra. Presidente, eu

acho que este tema da violência obstétrica é, de fato, muito grave. Por isso, é muito importante este movimento

em torno da criação de CPI, que era de autoria de V.Exa., e depois foi transformada em uma Comissão Externa,

que obviamente tem a prerrogativa de investigar os casos, já que nosso País é o quinto com mais causas de

mortalidade materna. Há outros temas relativos à violência obstétrica que vitimam muitas mulheres Brasil afora.

Eu queria lhe fazer uma sugestão, Sra. Presidente. É claro que a CPI tem mais poder, até mesmo o de

requerer documentos, mas uma Comissão Externa plural, com todo mundo engajado, todas nós mulheres, tem

muito peso e muita força. Portanto, eu sugiro a V.Exa. que a Comissão tenha 34 integrantes, para que tenhamos

representantes de todos os partidos políticos e, assim, possamos arregaçar as mangas e defender as mulheres

brasileiras.

Muito obrigada.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Deputada Fernanda, já está acolhida. A Comissão já tem 34

membros, vai ter possibilidades, os mesmos recursos e pluralidade partidária, o que, na verdade, é a necessidade

que nós temos. Por isso, o agradecimento que fiz ao Presidente, que atendeu amplamente a todo o escopo de

que precisávamos para tratar de uma matéria tão cara como esta.

Concedo a palavra ao Deputado Fábio Henrique.

O SR. FÁBIO HENRIQUE (PDT - SE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Presidente, eu queria fazer o

registro de reportagem publicada hoje no jornal O Estado de S.Paulo intitulada Fila do Bolsa Família já tem 3,5

milhões de pessoas e pressiona Prefeitos.


Chamo a atenção, Presidente, para o fato de que 3,5 milhões de brasileiros e brasileiras representam 1,5

milhão de famílias, 40% das quais, de acordo com a reportagem, estão no Nordeste do Brasil. Ainda segundo O

Estado de S.Paulo, isso pode estar ocorrendo de propósito, para fazerem caixa para pagar o 13º do Bolsa Família.

Sendo ou não sendo verdade, é uma maldade muito grande.

Eu gostaria, Presidente, de fazer um apelo aos Ministros, aos nossos colegas Deputados, sobretudo aos da

base do Governo, que vão passar agora o carnaval em suas casas de praia, fruto do seu trabalho, para que nos

ajudem a resolver isso. Milhões de brasileiros vão passar o carnaval sem ter uma cesta básica para comer.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Quero esclarecer ao Plenário que ainda vou conceder a

palavra à Deputada Liziane porque eu já tinha me comprometido com ela, mas nós estamos na Ordem do Dia e

precisamos avançar com a votação. Depois teremos sessão de debates.

Com a palavra a Deputada Liziane Bayer.

O SR. LIZIANE BAYER (PSB - RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Presidente Soraya, serei rápida.

Quero apenas me somar às falas das Deputadas que se manifestaram sobre a formação da Comissão que vai

tratar da violência obstétrica, assunto muito importante. Eu vi a luta de V.Exa. neste plenário, nos últimos dias, na

coleta de assinaturas.

Eu acho de fundamental importância que estejamos juntas nessa causa ouvindo todos os lados: ouvindo a

mãe que sofre a violência, ouvindo também as dificuldades do médico, as dificuldades que há na atenção básica e

que explicam por que muitas vezes o pré-natal não acontece como deveria. Creio que a Comissão tem a

finalidade de ouvir amplamente todos os lados em benefício do principal: a mãe em trabalho de parto.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Vamos ouvir a Deputada Jandira, porque S.Exa. vai falar

também sobre a Comissão que vai tratar da violência obstétrica.

A SRA. JANDIRA FEGHALI (PCdoB - RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Presidente Soraya, eu

considero muito importante que o dia de hoje tenha se concentrado novamente na pauta das mulheres.

Principalmente depois da agressão e do protesto que vivemos ontem, este é um momento importante para o

Parlamento reafirmar a questão da mulher e da violência, coisa que as mulheres têm sofrido, inclusive, por parte

do Presidente da República.

Nós estamos tratando aqui do câncer de colo de útero e de mama, estamos tratando de endometriose, mas

essa Comissão vai abordar um tema muito sensível, porque é mesmo sensível o momento do parto e da

assistência materno-infantil. A violência obstétrica é algo que está espalhado pelo País, e, ao mesmo tempo, é um

conceito que às vezes parece não existir até para as autoridades sanitárias. Então, essa Comissão vai provar que

existe violência obstétrica, vai levantar dados e traçar metas, para que superemos o absurdo que é agredir,

violentar uma mulher no momento do parto.


Nós que defendemos a vida, que defendemos a vida das mulheres e que defendemos a qualidade de vida

também da chamada primeira infância, que se inicia no momento em que nascemos, achamos fundamental essa

Comissão cumpra um papel rico, poderoso, e nos dê metas e ações bem concretas para trabalharmos.

Obrigada, Presidente.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Eu indago à Deputada Flordelis e à Deputada Dra. Soraya

Manato se falarão sobre o tema da violência obstétrica, caso contrário, seguirei com a pauta da sessão

deliberativa. (Pausa.)

Tem a palavra a Deputada Dra. Soraya Manato.

A SRA. DRA. SORAYA MANATO (PSL - ES. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Na realidade, Presidente

Soraya Santos, eu quero falar sobre a violência que nós mulheres sofremos aqui dentro por parte de nossas

digníssimas colegas de esquerda. Nós somos de direita, mas nós também temos que ser respeitadas.

O tempo todo elas pegam o microfone e ficam falando das laranjas, as laranjas, as laranjas. Eu não sou

laranja e nenhuma das minhas colegas aqui é laranja. Ser respeitada é bom, mas a pessoa também tem que se

dar ao respeito.

Em relação ao Presidente da República, aos filhos do Presidente...

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Deputada Dra. Soraya, eu indaguei a V.Exa. se havia pedido a

palavra para falar sobre violência obstétrica, porque, se não fosse o caso, V.Exa. teria a palavra em momento

oportuno.

Deputada Flordelis, nós estamos em sessão deliberativa. V.Exa. tem a palavra se o tema for violência

obstétrica.

A SRA. FLORDELIS (PSD - RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Sra. Presidente, quero reforçar a fala

das minhas companheiras que já se manifestaram aqui sobre a importância dessa Comissão, sobre a importância

dessa luta.

Quero dar os parabéns à Presidente por essa ação tão importante, porque as mães precisam de carinho e

de proteção, assim como seus bebês. A Câmara tratar do tema e criar essa Comissão Especial é de importante

valia para nós mulheres de todo o Brasil.

Eu tenho certeza de que a Presidente vai ter o apoio não só das Parlamentares, mas também de todas as

brasileiras, porque esse é um assunto que precisa ser discutido nesta Casa. Espero, de verdade, que os obstetras

venham a esta Casa falar sobre o assunto.

Então, quero reforçar o meu apoio à Presidente por um assunto tão importante para todas as mulheres do

País. Parabéns a V.Exa. pelo carinho com as mulheres!

Obrigada.


A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Para ainda falar sobre o tema, ouviremos, para encerrar, o

Deputado Aliel Machado e Deputada Benedita da Silva.

Deputado Aliel Machado, V.Exa. tem a palavra.

O SR. ALIEL MACHADO (PSB - PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidente, esta Casa se ocupa

de fazer um debate sobre um tema fundamental. Infelizmente, nos lugares mais longes, nos rincões de pobreza,

o ataque às mulheres é muito grave.

O Estado do Paraná dá um exemplo: a Deputada Estadual Mabel Canto conseguiu aprovar uma lei estadual

que garante à mulher o direito de escolher o tipo de parto que quer ter, o que é fundamental importância.

Eu destaco que nosso mandato também se preocupa com isso. Somos autores da maior emenda individual

para o Município de Ponta Grossa, que está construindo a nova Maternidade Pública dos Campos Gerais, junto ao

Hospital Universitário, com o Reitor, o Prof. Miguel Sanches Neto, e com o Vice-Reitor e Diretor do Hospital, o

Prof. Everson Krum.

Ficam aqui os nossos parabéns por esse trabalho. Nós vamos continuar investigando em favor da mulher.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Tem a palavra a Deputada Benedita da Silva.

A SRA. BENEDITA DA SILVA (PT - RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Sra. Presidente, antes de mais

nada, quero parabenizá-la por sua preocupação. Vi quando V.Exa. andava de um lado para outro, neste plenário,

e fora dele.

Nós colocamos as nossas digitais, porque compreendemos sua iniciativa com muita seriedade, ainda mais

agora que, havendo a necessidade de transferência para uma Comissão Especial, V.Exa. não abriu mão de

imediato. Eu, particularmente, quero dizer que esse assunto é de tal gravidade, que, se não tivermos

compreensão para chegarmos a uma conciliação e fazer o melhor, recebendo as estruturas necessárias para que

tenhamos as informações para ajudarmos, não teremos como fazê-lo. E V.Exa. pôde, com muita propriedade,

conversar com a Casa, com o Presidente Rodrigo. Nós estamos aguardando, então, a instalação da Comissão. Nós

sabemos o número de mulheres que tem sofrido não só na gravidez, mas também no parto e no pós-parto. É

importante entenderem que nós mulheres precisamos ter o direito de escolher que tipo de parto nós queremos

fazer.

Parabéns para V.Exa.!

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - A título de esclarecimento, Deputada Benedita, a Comissão já

está instalada a partir dessa leitura. Então, o que peço a V.Exas. é que cada partido possa fazer suas indicações.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos) - Item da pauta.

PROJETO DE LEI Nº 6.215, DE 2013

(DO SR. ROBERTO DE LUCENA)


Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 6.215, de 2013, que institui o

dia 8 de maio como o “Dia Nacional da Luta contra a Endometriose”; tendo parecer

da Comissão de Seguridade Social e Família, pela aprovação (Relator: Deputado

Geraldo Resende); pendente de parecer da Comissão de Constituição e Justiça e

Cidadania. Tendo apensado o PL 3.047/2019.

Não há requerimento sobre a mesa.

Para oferecer parecer ao projeto pela Comissão de Constituição Justiça e Cidadania, concedo a palavra à

Deputada Marina Santos.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF) - Presidente, tenho uma questão de ordem.

O SR. ELI BORGES (SOLIDARIEDADE - TO) - Presidente, também tenho uma questão de ordem.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - A Deputada Erika Kokay tem a palavra para uma questão de

ordem. Em seguida, terá a palavra o Deputado Eli.

O SR. ELI BORGES (SOLIDARIEDADE - TO) - Mas eu estou antes dela. Eu venho insistindo, mas parece que o

microfone só está funcionando no lado esquerdo.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Então, vamos ouvi-lo, Deputado.

O SR. ELI BORGES (SOLIDARIEDADE - TO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Eu quero perguntar a

V.Exa., com muito respeito, até pela vontade de aprovar essas matérias, se cabe encaminhamento em matérias

tão urgentes.

Nós estamos aqui desde às 9 horas tentando votar e praticamente ainda não votamos nada. Por isso, luto

pela mudança do Regimento: V.Exa. não abre questão de ordem, o Deputado vai ao microfone e faz registro que

não tem nada a ver com a pauta, já são quase 14 horas, e a coisa não evolui.

Acredito que nós não precisamos buscar coerência, bom senso, tratar especificamente do tema e agilizar

esta votação tão importante para milhões de mulheres do Brasil. Se V.Exa. pode não concordar, mas esta Casa

precisa rever seu Regimento, porque a coisa não está boa do jeito como está indo.

Obrigado.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - V.Exa. pediu questão de ordem. Indago a V.Exa. qual é a

questão de ordem.

O SR. ELI BORGES (SOLIDARIEDADE - TO) - A questão de ordem é se nós estamos em encaminhamento de

matéria. Se estivermos, vou começar a usar o microfone em todas as matérias, porque as pessoas estão usando o

microfone sendo que não estão inscritas para falar.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Não estamos em encaminhamento.

Para fazer uma questão de ordem, Deputado, V.Exa. tem que citar o artigo em que ela se baseia.


Nós aprovamos a criação de uma Comissão Especial, e os Parlamentares falaram sobre isso.

Por fim, qualquer Deputado da Casa, a qualquer tempo, pode suscitar questão de ordem sobre a matéria.

Como acabei de anunciar um projeto de lei, V.Exa. pode suscitar questão de ordem sobre ele.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF) - Presidenta, questão de ordem com base no art. 17.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Pois não, Deputada Erika.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF. Para uma questão de ordem. Sem revisão da oradora.) - Nós estamos

favoráveis ao mérito dessa matéria relativa à endometriose, fundamental como mecanismo de prevenção. A

endometriose pode provocar até infertilidade, e é importante haver um dia de conscientização e, além disso, os

métodos necessários para o diagnóstico precoce. Portanto, nós estamos de acordo quanto ao mérito da matéria.

Entretanto, não há previsão regimental para chamar uma matéria, suspender sua discussão, colocar outra

matéria em votação e, depois, retornar à discussão da primeira matéria.

Nós sabemos que este Parlamento é um centro de construção de acordos. Por isso, nós ficamos

extremamente impactados com o fato de termos feito um acordo sobre Brumadinho, e esse acordo de repente

se dilui, não se sabe direito por quê, talvez pelas pressões não mais tão ocultas aqui nesta Casa das mineradoras,

que não querem prevenir para que não tenhamos mais brumadinhos na nossa história.

Então, vejam, que os acordos pautam a vida parlamentar. Nós fizemos outros acordos que também não

foram cumpridos. Nós tínhamos um acordo, duas semanas atrás, de votar a ACNUR, que também não foi

cumprido. Ocorre que nós valorizamos muito os acordos, e nós sabemos que é possível construir um acordo para

que driblar o Regimento e voltar a apreciar uma matéria.

No entanto, quero deixar claro que esse comportamento não deve representar um precedente, que não

deve vir a ser utilizado para que, sem acordo que envolva o conjunto do Parlamento, façamos esse tipo de

procedimento. Quero deixar absolutamente claro que houve um acordo unânime para apreciarmos esta matéria,

mesmo depois de ela ter sido anunciada, ter tido a discussão suspensa, e de ter sido votada outra matéria, mas

que isso não crie precedentes para que esse comportamento se transforme em norma.

Nós respeitamos o Regimento, tanto é que nós enfrentamos, quando éramos Governo, obstruções de

quase 24 horas, como na Lei dos Portos — V.Exa. se lembra disso —, e nunca pensamos em calar a Oposição.

Quem pensa em calar a Oposição tem pacto com a ditadura.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Deputada Erika, a partir do momento em que V.Exa. suscita

essa preocupação, através do art. 17, esclareço que, quando assumi a Presidência e recebi os acordos que haviam

sido feitos, tive o cuidado de pedir as notas taquigráficas do que aconteceu antes de eu estar nesta mesa, e pude

constatar que isso já estava muito claro enquanto ainda estava aqui o Presidente Rodrigo Maia, que fez a

proposta de acordo:


Enquanto tentamos resolver o projeto que está em pauta, se, de fato, o Podemos pedir verificação, a

sessão vai cair de qualquer jeito, que suspendêssemos essa votação e votássemos antes — só posso

fazer isso por acordo de todos — o Projeto de Lei 7.354-B, do Senado Federal, que dispõe sobre a

efetivação de ações de saúde que assegurem a prevenção, a detecção...

O SR. POMPEO DE MATTOS (PDT - RS) - Presidente, vamos votar.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Deputado, é importante esclarecer que não houve mudança

do que foi pactuado há pouco. Há o registro do acordo. O projeto de lei agora em votação teve a discussão

suspensa pelo Presidente, por um acordo de Líderes, para que pudesse sair o resultado. Após isso, ele voltou

novamente para a pauta. Está aqui nas notas taquigráficas.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF) - Eu tenho consciência disso, Presidente. Talvez V.Exa. não tenha percebido,

mas eu falei que houve um acordo e que este acordo tem que ser valorizado.

A minha preocupação é apenas com que isso não abra precedentes para que essa postura seja efetivada,

sem que haja acordos unânimes da Casa, apenas para que não se transforme em precedente.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Entendo, para que não se transforme em procedimento de

rotina.

Deputada Marina Santos, V.Exa. tem a palavra para proferir parecer.

A SRA. MARINA SANTOS (SOLIDARIEDADE - PI. Para proferir parecer. Sem revisão da oradora.) - Sr.

Presidente, Sras. e Srs. Deputados, inicialmente quero parabenizar os autores do projeto, a Deputada Daniela do

Waguinho e o Deputado Roberto de Lucena, por acolherem a causa da endometriose e promoverem sua ampla

divulgação e conscientização, instituindo o dia 13 de março como o Dia Nacional da Luta contra a Endometriose e

criando a Semana Nacional de Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose.

Passo à leitura do voto.

"A endometriose é uma doença que pode provocar dores intensas, infertilidade e tem se tornado cada vez

mais comum.

É uma enfermidade inflamatória crônica caracterizada pelo crescimento inapropriado do endométrio, que é

um tecido que envolve a parte interna do útero e se desenvolve todos os meses para possibilitar a gravidez.

Afeta cerca de 10% das mulheres em idade fértil. No Brasil, mais de 6 milhões de mulheres têm a doença,

cujo diagnóstico pode demorar muitos anos para acontecer.

Estudos da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva constatam que se

demoram aproximadamente 12 anos para a doença ser diagnosticada.

O mérito desse projeto já foi analisado na Comissão antecedente. Sobre a competência da Comissão de

Constituição e Justiça e de Cidadania, a matéria se insere no âmbito da competência concorrente, cabendo à


União estabelecer normas gerais, por meio do Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República.

Não havendo reserva de iniciativa, a proposição admite a deflagração do seu processo legislativo por qualquer

membro ou Comissão da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal.

Nada vejo no projeto que agrida as normas constitucionais de cunho material. De modo idêntico, nada há

que mereça crítica negativa no que concerne à juridicidade. Assim, a proposição está em conformidade com o

ordenamento constitucional e infraconstitucional em vigor, pelo que poderá vir a ser transformada em norma

jurídica.

Bem escrita, a proposição atende ao disposto na legislação complementar sobre elaboração, redação,

alteração e consolidação de normas legais, não merecendo reparos.

Pelas precedentes razões, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania dá parecer pela

constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei nº 6.015, de 2013, e do PL 3.047, de

2019, apensado, e, no mérito, pela aprovação do PL 6.015, de 2013, e do PL 3.047, de 2019, na forma de

substitutivo."

Era isso, Presidente.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Obrigada, Deputada.

A SRA. MARINA SANTOS (SOLIDARIEDADE - PI) - Apenas um complemento, Presidente: a Comissão de

Seguridade Social e Família, no mérito, aprova o PL 6.015, de 2013.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Passa-se à discussão.

A SRA. ALINE GURGEL (REPUBLICANOS - AP) - Presidente, peço a palavra.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Pois não, Deputada. V.Exa. tem a palavra para falar sobre a

matéria.

A SRA. ALINE GURGEL (REPUBLICANOS - AP. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Eu gostaria de

parabenizar os autores dessa matéria, em especial a Deputada Daniela do Waguinho, que muito nos honra com

esse projeto que visa prevenir a endometriose, uma doença pouco conhecida e de diagnóstico muito difícil. Daí a

importância de nós votarmos hoje a matéria e dizermos "sim" ao mérito do projeto.

A Deputada Daniela do Waguinho lutou muito este ano para que nós conseguíssemos aprovar essa matéria.

Esse projeto vai salvar vidas, porque milhares de mulheres sofrem com essa doença, que ceifa o sonho de ter

filhos.

A boa informação salva vidas. Eu parabenizo desde já a Deputada Daniela do Waguinho por essa iniciativa.

A SRA. FLORDELIS (PSD - RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Presidente, eu também quero dar os

parabéns à Deputada Daniela do Waguinho e ao Deputado Roberto de Lucena. Há mais de 20 anos há um

movimento de conscientização da endometriose. É muito importante na vida da mulher essa data, que já é


referência nos Estados Unidos e na Europa. Nós precisamos unir forças com esses países, com essas mulheres,

com os Parlamentares desta Casa, para que esse dia de março seja a data de conscientização da endometriose.

Por que não no mês de maio? Porque em maio toda população já está voltada para homenagear e abraçar

as mães de todo o País.

Obrigada.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Passa-se à discussão.

Eu vou fazer sua inscrição, Deputado Léo Moraes, e lhe asseguro seu tempo de Líder antes do

encaminhamento.

Por falar em encaminhamento, quero propor ao Plenário que os partidos abram mão da orientação de

bancada.

O SR. BIBO NUNES (PSL - RS) - O PSL concorda.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - O primeiro inscrito é o Deputado Glauber. (Pausa.)

A segunda inscrita é a Deputada Dra. Soraya Manato.

A SRA. DRA. SORAYA MANATO (PSL - ES. Sem revisão da oradora.) - Sra. Presidente, eu quero parabenizar a

Deputada Daniela do Waguinho e o Deputado Roberto de Lucena. Eu sou médica ginecologista e obstetra e sei

que esse tema é muito importante. A endometriose é a principal causa de infertilidade nas mulheres. Cinquenta

por cento dos casos de infertilidade nas mulheres são causados pela endometriose.

Essa doença causa uma alteração incrível na qualidade de vida delas, por causar a dor, por causar

sofrimento. O diagnóstico pode ser precoce, sim: logo após a primeira menstruação. Então, quanto mais precoce

for o diagnóstico, mais rápido será o tratamento e a melhoria na qualidade de vida dessas mulheres.

Portanto, parabéns. Que esse projeto sirva para que os Municípios, os Estados e a União promovam

campanhas de conscientização, a fim de que esses diagnósticos sejam cada vez mais precoces.

Parabéns, Deputado.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Com a palavra o Deputado Hildo Rocha. (Pausa.)

Com a palavra a Deputada Erika Kokay.

O SR. POMPEO DE MATTOS (PDT - RS) - Sra. Presidente, eu gostaria de garantir o tempo de Liderança do

PDT. Estou inscrito há algum tempo.

Obrigado.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF. Sem revisão da oradora.) - Nós somos absolutamente favoráveis ao projeto.

Fechamos um acordo no sentido de que ele pudesse ser apreciado hoje, ainda que sua discussão tenha sido

suspensa e tenhamos apreciado outra proposição. Temos uma preocupação imensa de que isso não crie


precedentes, até porque estamos vivenciando tempos muito duros, tempos em que temos centenas de ações de

censura neste País.

A censura voltou a este País. Voltou, primeiro, esgueirando-se nas dobras, com os dedos em riste, e agora

se assume, se assume. A discussão misógina e LGBTfóbica também perde a modéstia e assume todos os espaços.

De forma muito muito estupefata, vi a replicação de uma postagem feita pela Secretária Nacional de Cultura, que

diz que é preciso acabar com a guerra entre brancos e pretos, mulheres e homens, tal e tal, que tem que se

acabar com a vitimização, porque isso ataca os brancos, ataca os homens, ataca as pessoas "x", ataca as pessoas

héteros.

É um absurdo que alguém fale isso no País onde mais se mata a população LGBTI em todo o mundo, num

País onde ainda se luta muito para que se tenha direito ao nome e ao corpo, num País onde o Presidente da

República não apenas dá uma banana para a liberdade de imprensa, como também assume uma postura

misógina, atacando a liberdade de imprensa inclusive com recorte de gênero. Aliás, em todos os momentos de

violência sempre há um ataque de gênero.

Na ditadura sempre se sofreu com os instrumentos de tortura na salas escuras e sempre houve

instrumentos de ataque de gênero. Nós estamos vivenciando isso neste País com uma naturalização que assusta,

que assusta os democratas, que assusta aqueles cujo coração bate a partir dos ritmos que são emanados de um

País diverso, de um País plural e da própria democracia, da liberdade de divergir, porque isso é uma liberdade.

Nesse sentido, parece que a Presidência, envolvida da forma que é com milícia... Surpreende-me muito que

o Presidente da República tenha dito que a morte do miliciano Adriano foi queima de arquivo. É réu confesso.

Realmente, tudo indica que foi queima de arquivo. O Presidente fala isso. Mas que arquivos ele carregava? Quais

são as relações das famílias que trabalharam com o hoje Senador, à época Deputado? Enfim, quais são os

arquivos?

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Eu queria fazer um esclarecimento ao Plenário e tenho

insistido nisto, porque nós temos que respeitar regimentalmente a ordem de inscrição.

O problema é que temos 35 minutos. Se não votarmos esta matéria, vamos perdê-la.

Então, eu queria contar com a colaboração de todos no sentido de votarmos a matéria. Depois, eu faria a

abertura do tempo de Líder. Há três Líderes — registre-se — que estão esperando e que, regimentalmente, já

poderiam estar fazendo uso da palavra. Mas assim nós não avançaremos nos outros temas e vamos perder a

sessão, o que é o pior de tudo.

Então, eu queria contar com o apoio do Plenário, muito embora nós tenhamos uma listagem de inscritos

para falar sobre o tema.


Gostaria de saber se V.Exas. concordam em votarmos esta matéria para não perdermos a sessão e em

abrirmos depois o tempo de fala dos Líderes. Aí voltaríamos para a próxima matéria.

Tem a palavra o Deputado Alessandro Molon, que é um dos inscritos.

O SR. ALESSANDRO MOLON (PSB - RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Presidente, eu aceitaria isso

com todo o prazer. O único problema é que, como eu estou inscrito para discutir a matéria e não como Líder,

porque o tempo da Liderança da Oposição já foi usado nesta sessão, eu não poderia falar depois.

Se V.Exa. me der os 3 minutos para eu falar imediatamente após a aprovação do projeto, não haverá

nenhum problema.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Não há problema com relação a isso. Mas eu preciso respeitar

a ordem de inscrição dos Líderes que estão esperando até agora. Há três Líderes inscritos. Acabando de falar os

Líderes, eu restituirei a palavra a V.Exa.

O SR. ALESSANDRO MOLON (PSB - RJ) - Não haverá tempo, Presidente. Não haverá tempo.

Então, eu vou pedir a V.Exa. 1 minuto.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Concedido 1 minuto a V.Exa.

O SR. ALESSANDRO MOLON (PSB - RJ) - Em primeiro lugar, eu quero cumprimentar a autora do projeto por

essa iniciativa.

Em segundo lugar, Presidente, quero registrar a presença de Carolina e Danilo, que vieram de Minas Gerais,

trazendo graves denúncias sobre a situação de Brumadinho. Gostaria de fazer um apelo para que o Congresso

Nacional não desmonte o licenciamento ambiental. Aliás, o Relator da matéria está atrás de V.Exa. Trata-se de

um apelo que eu faço questão de entregar a V.Exa.

Por fim, Presidente, peço mais alguns segundos, porque eu faço questão de repudiar a manifestação do

Ministro Augusto Heleno, que disse que o Congresso Nacional está chantageando o Poder Executivo.

O Orçamento, no mundo inteiro, é uma decisão do Parlamento. É inaceitável que o Ministro diga que se

trata de uma chantagem e, mais do que isso, sugira ao Presidente colocar o povo nas ruas para pressionar o

Congresso! Esse caminho em direção ao regime autoritário que alguns do Governo querem trilhar nós do

Parlamento não permitimos, nem aceitamos esse tratamento. Não aceitamos ser chamados de chantagistas por

quem quer que seja, muito menos por um Ministro.

Merece o mais forte repúdio do Parlamento essa manifestação do Ministro Augusto Heleno. Nós não

aceitamos esse tratamento, em defesa da democracia!

Obrigado.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Está encerrada a discussão.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Orientação de bancada.


Passa-se à votação.

Em votação o substitutivo oferecido pela Relatora da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, a

Deputada Mariana.

“Art. 1º Fica instituído o dia 13 de março como Dia Nacional de Luta contra a

Endometriose.

Art. 2º Fica instituída a Semana Nacional de Educação Preventiva e de

Enfrentamento à Endometriose, a ser realizada anualmente na semana que inclui o

dia 13 de março.

Art. 3º Os objetivos da Semana Nacional de Educação Preventiva e de

Enfrentamento à Endometriose são:

I - chamar a atenção para o problema da endometriose;

II - divulgar ações preventivas, terapêuticas, reabilitadoras e legais

relacionadas à endometriose;

III - orientar as portadoras de endometriose a buscar diagnóstico precoce e

tratamento integral e oportuno;

IV - contribuir para a implementação de propostas que possibilitem o acesso

universal e equitativo aos serviços públicos para portadoras de endometriose;

V- democratizar informações e acesso sobre as técnicas de diagnóstico e

tratamento da endometriose;

VI - sensibilizar todos os setores da sociedade para o problema da

endometriose; e

VII - divulgar, prestar informações e orientar mulheres que busquem

alternativas para a infertilidade.

Art. 4º Esta lei entra em vigor cento e oitenta dias após a data de sua

publicação oficial.”

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Indago às Lideranças se V.Exas. abrem mão de fazer o

encaminhamento de bancada.

A SRA. CARMEN ZANOTTO (CIDADANIA - SC. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Sim, Presidente.

O SR. POMPEO DE MATTOS (PDT - RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Abrimos mão, Presidente.


A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Abrimos mão para acelerar e

votarmos a proposição.

O SR. CACÁ LEÃO (Bloco/PP - BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - O PP abre mão também.

A SRA. CARMEN ZANOTTO (CIDADANIA - SC. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Vamos garantir a

votação, Presidente.

O SR. ELI BORGES (SOLIDARIEDADE - TO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - O Solidariedade concorda

com isso.

Presidente, V.Exa. citou o Regimento e eu trago aqui o artigo. Trata-se do art. 175, que diz que, em debate,

não se desvia da matéria. Devido ao que está ocorrendo aqui, eu trouxe agora o número do artigo.

Em nome do bom senso e em nome da colega do Solidariedade, concordamos, Sra. Presidente.

O SR. LÉO MORAES (PODE - RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Abrimos mão, Sra. Presidente.

O SR. POMPEO DE MATTOS (PDT - RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - O PDT abre mão também,

Presidente.

O SR. BIBO NUNES (PSL - RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Presidente, o PSL abre mão também.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se

acham. (Pausa.)

APROVADO.

Estão prejudicadas a proposição inicial e a apensada.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte

REDAÇÃO FINAL:

PROJETO DE LEI Nº 6.215-B DE 2013

Institui o dia 13 de março como Dia Nacional de Luta contra a Endometriose e a Semana Nacional de Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 1º Fica instituído o dia 13 de março como Dia Nacional de Luta contra a Endometriose.

Art. 2º Fica instituída a Semana Nacional de Educação Preventiva e de Enfrentamento à

Endometriose, a ser realizada anualmente na semana que inclui o dia 13 de março.

Art. 3º Os objetivos da Semana Nacional de Educação Preventiva e de Enfrentamento à

Endometriose são:


I – chamar a atenção para o problema da endometriose;

II – divulgar ações preventivas, terapêuticas, reabilitadoras e legais relacionadas à endometriose;

III – orientar as portadoras de endometriose a buscar diagnóstico precoce e tratamento integral e

oportuno;

IV – contribuir para a implementação de propostas que possibilitem o acesso universal e equitativo

aos serviços públicos para portadoras de endometriose;

V – democratizar informações sobre as técnicas de diagnóstico e tratamento da endometriose, bem

como o acesso a essas técnicas;

VI - sensibilizar todos os setores da sociedade para o problema da endometriose; e

VII – divulgar, prestar informações e orientar mulheres que busquem alternativas para a

infertilidade.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor após decorridos 180 (cento e oitenta) dias de sua publicação oficial.

Sala das Sessões, em 19 de fevereiro de 2020.

Deputada MARINA SANTOS Relatora

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se

acham. (Pausa.)

APROVADA.

A matéria vai ao Senado Federal.

Eu restituo a palavra ao primeiro inscrito, o Deputado Léo Moraes, pela Liderança do Podemos.

O SR. POMPEO DE MATTOS (PDT - RS) - E depois, Sra. Presidente?

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Depois falará V.Exa., Deputado Pompeo de Mattos.

O SR. POMPEO DE MATTOS (PDT - RS) - Obrigado.

O SR. LÉO MORAES (PODE - RO. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidente, demais colegas

Deputados Federais, primeiramente eu gostaria de agradecer a oportunidade e parabenizar pelo bom senso e

pela responsabilidade todos os envolvidos no projeto de lei que visa conscientizar sobre a endometriose e

prevenir a doença.

Quero parabenizar também a Secretaria-Geral da Mesa, em nome do Dr. Leonardo Barbosa; o Presidente

da Casa, o Deputado Rodrigo Maia; e a Deputada Daniela do Waguinho.


Também parabenizo o Deputado proponente da matéria, que tem o nosso total e irrestrito apoio, pela

sensibilidade que costuma ter nessas pautas, o Deputado Roberto de Lucena, e pelo bom entendimento, que fez

com que pudéssemos avançar nesse projeto, que vai contemplar o que mais importa, que é a conscientização em

torno da endometriose e a prevenção dessa doença, que gera infertilidade, que gera tantos prejuízos, dores e

cirurgias, o que inclusive ocorreu com assessoras do nosso gabinete.

Gostaríamos também de registrar que estamos na Liderança do Podemos no ano de 2020. Fico muito

lisonjeado por isso.

Parabenizo pela condução o Deputado José Nelto, pessoa audaciosa e corajosa, que demonstrou que o

partido é independente. Nós vamos seguir, sim, nessa toada, com respeito aos colegas, mas sem abrir mão de

princípios e matérias que são indissociáveis das causas do nosso partido, como é o caso da prisão em segunda

instância e do fim do foro privilegiado.

No ano de 2020, vamos continuar votando o que é importante para o nosso País de forma independente,

não entrando nessa polarização doentia entre esquerda e direita, não entrando nesse debate pueril que faz o

nosso Congresso se apequenar diariamente e que, sem sombra de dúvidas, gera a indignação e a indiferença das

pessoas, que deveriam ser representadas por todos nós.

Votamos matérias muitas vezes impopulares no ano de 2019, como a reforma da Previdência. Temos pela

frente a reforma administrativa e, talvez a mais importante de todas, a reforma tributária. Mais uma vez vamos

endossar a nossa mensagem: só faz sentido votarmos reformas, o que de alguma maneira é impopular, gera

sacrifícios e maior transpiração da população, se nós as alinharmos efetivamente ao projeto de recuperação

social, para diminuir as desigualdades. Ou seja, vamos trabalhar, sim, pelo Bolsa Família e pelo décimo terceiro,

vamos nos aproximar da população que tanto precisa.

Não é à toa que em países que são referências do capitalismo, do neoliberalismo, os maiores bilionários

estão reposicionando o seu discurso e a sua atuação com maior atividade filantrópica. Fica claro que se não

taxarmos as grandes fortunas, se não taxarmos lucros e dividendos, se não taxarmos as heranças, nós não vamos

conseguir repactuar o nosso Brasil continental. Os maiores bilionários já enxergam que este atual modelo do

capitalismo se empobreceu, está antiquado, defasado.

Agora, nós queremos cobrar do Ministério da Economia também essa repactuação. Não é tirar de quem

menos tem para entregar a quem já tem muito, porque isso, inclusive, afeta até esses bilionários, que, afinal, não

vão conseguir obter divisas num futuro não tão distante. Este é o momento de o Brasil pensar grande, deixar esse

clima odioso de lado e realmente trabalhar a distribuição de renda e políticas para diminuir a desigualdade social.

Se de alguma maneira fazemos todos transpirarem, suarem e se indignarem com o Parlamento, este é o

momento de entregarmos para quem precisa, inclusive com o pacto federativo bem distribuído.


Esse é o nosso caminho. Esse é o Podemos.

Muito obrigado.

O SR. JOSÉ MEDEIROS (PODE - MT) - Seja bem-vindo, Deputado Léo Moraes.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - A título de esclarecimento — e o Deputado Pompeo de Mattos

já pode ir se dirigindo à tribuna para falar pelo tempo da Liderança —, deixem-me explicar a V.Exas. o seguinte.

Às 13h59min nós teremos que encerrar esta sessão. Então, nós vamos abrir uma nova sessão de debates, e todo

mundo que está pedindo para falar agora vai poder falar na próxima sessão.

Neste momento, nós temos que preservar o que foi votado, para encerrar a Ordem do Dia. Então, conto

com a compreensão de V.Exas.

Vou ouvir o Deputado Pompeo de Mattos e os autores, encerro a Ordem do Dia e abro sessão de debates.

Aí chamamos os Deputados para fazerem uso da palavra.

Tem a palavra o Deputado Pompeo de Mattos.

O SR. POMPEO DE MATTOS (PDT - RS) - É o tempo da Liderança do PDT, não é isso, Excelência?

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Exatamente, Deputado.

O SR. POMPEO DE MATTOS (PDT - RS. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidente, Deputada

Soraya Santos, e Sras. e Srs. Deputados, eu quero aqui primeiro dizer que sou do PDT do Getúlio, do Jango e do

Brizola. Enfrentamos a ditadura e, na dureza do embate, sofremos na carne com exílios, alguns torturados, outros

mortos. Nós nos reconciliamos todos e respeitamos a democracia na sua essência. Somos contra Governo militar

— deixamos isso muito claro —, mas não somos contra militar no Governo, porque entendemos a importância

dos militares no nosso País e em qualquer o governo do mundo. Não seria diferente aqui no Brasil, mas cada um

no seu quadrado, cada um no seu lugar, na sua caixinha.

Nós estamos vendo que o Governo Bolsonaro tem vários militares no Governo. Isso é da sua predileção, é

da sua decisão. Ele é Presidente, tem legitimidade para isso. Mas nós não abrimos mão do respeito com o

Parlamento. Jamais vamos aceitar que alguém, a mando do Governo, com a patente de militar, por mais

importante que seja, como é o Ministro General Augusto Heleno, por quem tenho respeito e conheço

pessoalmente, venha dizer que o Parlamento está chantageando ou constrangendo o Governo. Absolutamente

isso não é verdade, não é aceitável de forma nenhuma, até porque o Parlamento faz o Orçamento. E o

Parlamento, ao fazer o Orçamento, tem também a parte orçamentária que ele define e decide sobre a sua

aplicação.

Nós temos que viver em harmonia: Executivo, Legislativo e Judiciário. O Judiciário tem o seu orçamento, o

Legislativo tem o seu orçamento e o Executivo tem a maior parte do orçamento. Enfim, cada um tem o seu


espaço. Ninguém aqui está constrangendo, ninguém aqui está chantageando ninguém, muito menos o

Parlamento. Nós precisamos de uma relação de respeito mútuo, de respeito recíproco.

Quero dizer isso com clareza para que o Parlamento ocupe o seu espaço com altivez e para que sejamos

respeitados.

Não importa se o Ministro é militar ou se Ministro é civil. O Ministro é do Governo, o Governo tem o Parlamento,

o Parlamento se relaciona com o Governo e o Governo tem que se relacionar com o Parlamento. Acima de tudo,

respeito!

Para encerrar, Sra. Presidente, quero dizer que hoje nós tivemos na Casa a presença do Ministro Dias

Toffoli. Nós nos reunimos com o Presidente Rodrigo Maia, juntamente com o nosso querido Deputado Fábio Trad

e com o Deputado João Campos, para tratar sobre a Comissão Especial que analisa o projeto de reforma do

Código de Processo Penal.

Eu sou Sub-Relator da parte do Júri e estive presente à reunião. Recebemos contribuições do CNJ, do

Ministro Toffoli, de uma equipe de juízes e de juristas, que trouxeram o olhar, a versão, enfim, a impressão, o

conhecimento, a expertise e a experiência daqueles que integram o Judiciário.

Nós já ouvimos e eu ouvi, como Sub-Relator para a parte do Júri, advogados, a nossa honrada OAB e o

Ministério Público. Já apresentamos inclusive o relatório, recebermos este subsídio. Está nas mãos do nosso

Relator-Geral, o Deputado João Campos. Vamos dialogar com profundidade.

Nós queremos o Tribunal do Júri organizado, simplificado, ágil. Não dá para prescrever o crime. No Brasil,

30% dos crimes de júri estão sendo prescritos por falta de julgamento. Temos que agilizar a questão do júri? Sim.

Temos que melhorar a persecução penal? Sim. Temos que melhorar o processo penal? É claro. É isso que nós

pretendemos, é isso que nós estamos fazendo. Vamos melhorar o júri.

Eu sou advogado de júri com mais de 500 júris feitos no Brasil e quero dar a minha contribuição para

melhorar não só o júri, mas o processo penal.

Obrigado.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Deputado Roberto de Lucena, V.Exa. tem 3 minutos para falar

como autor do projeto. A Deputada Daniela do Waguinho, a seguir, terá 3 minutos.

Serão 3 minutos para cada um, como autores do projeto.

O SR. ROBERTO DE LUCENA (PODE - SP. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,

com muita satisfação eu assomo a esta tribuna junto com a minha colega e amiga Deputada Daniela do

Waguinho, para comemorar a vitória deste Parlamento e sobretudo a vitória da sociedade com a aprovação do

Projeto de Lei nº 6.215, que o Plenário decidiu há pouco.


Os nossos Projetos de Lei nº 6.215, de 2013, e nº 3.047, de 2019, somaram-se nesta importante proposta e

mereceram o parecer favorável ao substitutivo apresentado pela ilustre Deputada Marina Santos, do

Solidariedade do Piauí, sendo submetidos ao Plenário e aprovados. A matéria seguiu para o Senado, e, após

aprovação no Senado, será incluso no calendário nacional o dia 13 de Março como o Dia Nacional de

Conscientização e Combate à Endometriose. Também a semana em que está o dia 13 de março será a Semana


Eu quero, com muito orgulho, com muita satisfação, cumprimentar a Deputada Daniela do Waguinho, que

muito orgulha a bancada do Rio de Janeiro, muito orgulha o seu Estado, muito orgulha a bancada feminina, muito

orgulha todos nós pela sua luta, pelo seu trabalho, pela sua competência e pela sua efetividade. S.Exa. assumiu a

liderança desse debate aqui na Câmara dos Deputados, dedicou-se de maneira competente por respeito a

milhões de mulheres que sofrem com endometriose, com a falta de informações e com a necessidade de políticas

públicas efetivas.

Quero cumprimentar o Colégio de Líderes, que trouxe a matéria ao Plenário. Quero agradecer o apoio à

bancada do Podemos, através do seu Líder, o nosso Deputado Léo Moraes. Quero também agradecer à minha

equipe e à assessoria de Plenário do Podemos.

Dedico a aprovação desse projeto, dessa matéria, à bancada feminina da Câmara dos Deputados, sempre

combativa, eficiente, competente, e a milhões de mulheres que sofrem com a endometriose no Brasil. Esse tema

será superado. Nós venceremos os preconceitos e a dificuldade de informação.

Vamos trabalhar juntos, Deputada Daniela do Waguinho, para aprovar no Senado Federal e trabalhar para

que as políticas públicas alcancem as mulheres que sofrem com a endometriose em todo o Brasil.


A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Obrigada.

Parabéns, Deputado Roberto de Lucena. V.Exa. tem sido uma referência e um grande aliado dessas causas

da família brasileira e das mulheres.

Deputada Daniela do Waguinho, estou correndo, por causa do horário. V.Exa. tem a palavra.

A SRA. DANIELA DO WAGUINHO (Bloco/MDB - RJ. Sem revisão da oradora.) - Boa tarde novamente,

queridos colegas Parlamentares.

Estou muito feliz e emocionada. Não vou ler novamente o discurso, que já foi lido, até por conta do tempo.

Quero, primeiramente, agradecer a Deus a oportunidade de estar aqui. Quero agradecer a Deputada Marina

Santos pela relatoria, pela parceria, pela preocupação nesse período que nós estamos vivendo, desde o ano

passado, envolvidas nesse tema tão caro, tão difícil, tão doloroso para as nossas mulheres.


Claro, quero agradecer também ao meu querido parceiro aqui, o Deputado Roberto de Lucena, cuja

amizade vamos estreitar. Nada acontece por acaso. Tenho certeza de que, independentemente do credo

religioso, Deus está no controle de tudo. No início, deu aquele burburinho, deu aquela agitação toda. Fiquei

preocupada. Enfim, para mim é tudo muito novo, porque este é meu primeiro mandato. No final, deu tudo certo.

Vai dar muito certo. Estaremos juntos em prol da saúde das nossas mulheres.

Quero agradecer também à minha equipe, que é uma equipe maravilhosa, que me apoia muito, que me

ajuda muito. Quero agradecer a todos os Parlamentares que, na tarde de hoje, aprovaram a matéria e deram o

seu depoimento de apoio a essa causa, que institui o dia 3 de Março como Dia Nacional de Luta contra

Endometriose e cria também a Semana Nacional de Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose.

Estamos falando de quase 10 milhões de mulheres que sofrem com essa doença. Queremos conscientizar a

população e que o diagnóstico seja rápido também, bem como que as políticas públicas sejam de qualidade.

Precisamos lutar para que essas mulheres tenham de fato esse tratamento.

Mulheres, quero dizer que vocês não serão mais invisíveis. A partir da aprovação e da sanção pelo nosso

Presidente Jair Bolsonaro, vai ser instituído o dia nacional para tratar dessa doença. Nós vamos fazer debates e

audiências aqui na Câmara. Em nossos Municípios e Estados, também estaremos falando sobre a doença.

Queremos que essa doença venha a ser mais discutida até pelos próprios médicos.

Agradeço à nossa querida Deputada Soraya Santos, que é do meu Estado do Rio de Janeiro. Tenho muito

orgulho de V.Exa.

Muito obrigada a todos.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Tem a palavra o Deputado Gonzaga Patriota, por 3 minutos,

como nós acordamos.

O SR. GONZAGA PATRIOTA (PSB - PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Eminente Presidente Soraya

Santos, quero cumprimentar as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados.

Quero cumprimentar as mulheres brasileiras.

Quero cumprimentar os comunicadores brasileiros, até porque fiz Ciências Contábeis, Direito e

Administração, mas, quando cheguei à Assembleia Nacional Constituinte, admirando tanto os comunicadores,

resolvi fazer também Comunicação. Eu sou também jornalista.

Como decano nesta Casa, procuro falar pouco. Procuro ouvir e procuro aprender, principalmente em

relação à diferença que há entre a Assembleia Nacional Constituinte, da qual eu tive a honra de participar, e o

Parlamento de hoje. A sociedade hoje olha com muito cuidado não apenas o Parlamento, mas este Brasil, que

saiu de um buraco e foi aonde foi, mas agora passou por dificuldades.


Faço este nosso pronunciamento, querida Deputada Soraya Santos — e peço a V.Exa. que lhe dê divulgação

—, para dizer que, como comunicador, como advogado inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil até hoje,

como cidadão, não posso ver, numa CPI formada por Deputados e Senadores, uma pessoa como Hans River, que

disparou através das redes sociais mensagens de coisas que não existiram, fazer um ataque sem limites à

repórter Patrícia Campos Mello, da Folha de S.Paulo. E não foi apenas Hans River, mas também o Sr. Presidente

da República, Jair Bolsonaro, que tem tanto o que fazer! Não dá para ouvir, ver e registrar o apoio que o

Presidente deu a esse Hans River, também falando mal da repórter Patrícia Campos!

Portanto, Sra. Presidente, já que estou tirando a metade do meu tempo de Líder — do Líder Tadeu Alencar

e do Líder que assumirá agora —, peço a V.Exa. a divulgação do meu pronunciamento, com apoio a todas as

entidades que repudiaram o ato do Hans e o ato do Presidente Jair Bolsonaro, e em apoio, obviamente, à nossa

querida repórter Patrícia Campos. Respeitemos os comunicadores, as mulheres e a sociedade brasileira!

Eu deixo 10 segundos para o próximo orador.

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Obrigada, Deputado, por sua generosidade.

DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELO SR. DEPUTADO GONZAGA PATRIOTA.

Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Presidente da República, Jair Bolsonaro, ofendeu a repórter da

Folha de São Paulo Patrícia Campos Mello nesta terça-feira, dia 18 de fevereiro. Com insinuações sexuais, o

Presidente questionou a atuação da jornalista em apurações sobre o disparo em massa de mensagens.

A declaração foi feita na saída do Palácio da Alvorada e cita Hans River do Nascimento, ex-funcionário da

empresa de marketing digital Yacows. Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, a empresa teria

participado de esquema de disparo de mensagens por meio da rede social durante as eleições.

Na semana passada, Hans River prestou esclarecimentos à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do

Congresso Nacional que apura a disseminação de conteúdo falso na Internet, a CPMI das Fake News.

Vejamos a declaração de Bolsonaro:

Olha, a jornalista da Folha, tem mais um vídeo dela aí. Eu não vou falar aqui porque tem senhora do

meu lado. Ela falando: “Eu sou a ‘tatata’ do PT”, tá certo? E o depoimento do Hans River foi no final de

2018 para o Ministério Público, ele diz do assédio da jornalista em cima dele. Ela queria um furo. Ela

queria dar um furo [pausa, pessoas riem] a qualquer preço contra mim. Lá em 2018, ele já dizia que eles

chegavam perguntando: “O Bolsonaro pagou para você divulgar informações por WhatsApp?”

Sobre as ofensas proferidas, Sra. Presidente, a Folha de S.Paulo divulgou a seguinte nota: “O presidente da

República agride a repórter Patrícia Campos Mello e todo o jornalismo profissional com a sua atitude. Vilipendia

também a dignidade, a honra e o decoro que a lei exige do exercício da Presidência".


No início da tarde, ao deixar o Palácio da Alvorada após uma reunião com Ministros, Bolsonaro voltou a

tocar no assunto, mas ressalvou que não queria "conversa": "Alguém da Folha de S.Paulo aí? Eu agredi

sexualmente uma repórter hoje? Parabéns à mídia aí! Não quero conversa. Parabéns à mídia! Eu agredi, cometi

uma violência sexual contra uma repórter hoje?"

Há uma semana, no dia 11 de fevereiro, a mesma repórter da Folha já tinha sido alvo de ataques. Durante

a sessão da CPI, Hans River disse que Patrícia Campos Mello "se insinuou" para ele, para tentar obter informações

sobre disparos de mensagens.

Na semana passada, entidades também divulgaram notas de repúdio e disseram que os ataques à

jornalista na CPI têm caráter "misógino, violento e sexista" e contribuem para a "perseguição a jornalistas e

descredibilização da profissão".

Após o episódio, a Relatora da Comissão, Deputada Lídice da Mata, protocolou uma representação na

Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Hans River. No pedido, ela afirma que o depoente apresentou

"diversas informações que, posteriormente, viriam a se mostrar inconsistentes ou inverídicas". Para a CPI, o

depoente não esclareceu.

Para integrantes da CPI, Hans River do Nascimento não deu esclarecimentos sobre o disparo ilegal de

mensagens durante as eleições. Ele foi convocado para prestar esclarecimentos a partir de um requerimento

apresentado pelo Deputado Federal Rui Falcão.

Durante a sua fala, o ex-funcionário da empresa Yacows usou uma apresentação de eslaides para divulgar

trechos de conversa que teve pelo WhatsApp com a repórter da Folha de S.Paulo e fotos de caixas com chips e

aparelhos celulares que supostamente seriam utilizados no esquema de disparo em massa de mensagens.

Hans River deve ser novamente convocado para depor na CPI das Fake News. Nesta terça-feira, a sessão

da CPI foi encerrada por falta de quórum. Os requerimentos pendentes devem ser votados na sessão desta

quarta-feira, dia 19 de fevereiro.

O Senador Alessandro Vieira pediu à CPI a quebra do sigilo bancário, fiscal, telefônico e telemático de

Hans River e da empresa dele. No pedido, o Senador argumentou: "O acesso a dados sigilosos da testemunha

constitui o principal meio para esclarecimento das reais condições e circunstâncias em que se deram as tratativas

com a jornalista da 'Folha de S.Paulo”.

A Associação Brasileira de Imprensa disse em nota que o Presidente adota um "comportamento misógino"

e afirmou que ele necessita de "tratamento terapêutico":

Este comportamento misógino desmerece o cargo de Presidente da República e afronta a Constituição

Federal. O que temos visto e ouvido, quase cotidianamente, não se trata de uma questão política ou


ideológica. Cada dia mais fica patente que o presidente precisa, urgentemente, de buscar um

tratamento terapêutico.

A Associação Nacional de Jornais (ANJ) e Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) divulgaram

nota conjunta em repúdio aos ataques:

A Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ)

protestam contra as lamentáveis declarações do presidente Jair Bolsonaro ao ecoar ofensas contra a

repórter Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de São Paulo. As insinuações do presidente buscam

desqualificar o livre exercício do jornalismo e confundir a opinião pública. Como infelizmente tem

acontecido reiteradas vezes, o presidente se aproveita da presença de uma claque para atacar

jornalistas, cujo trabalho é essencial para a sociedade e a preservação da democracia.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (ABRAJI) e o Observatório a Liberdade de Imprensa da

OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) repudiaram os ataques e prestaram solidariedade à jornalista Patrícia

Campos Mello. Diz um trecho da nota:

Os ataques aos jornalistas empreendidos pelo presidente são incompatíveis com os princípios da

democracia, cuja saúde depende da livre circulação de informações e da fiscalização das autoridades

pelos cidadãos. As agressões cotidianas aos repórteres que buscam esclarecer os fatos em nome da

sociedade são incompatíveis com o equilíbrio esperado de um presidente.

Íntegra das notas:

Associação Brasileira de Imprensa (ABI)

Nesta terça-feira, mais uma vez, para vergonha dos brasileiros, que têm o mínimo de educação e

civilidade, o presidente da República, Jair Bolsonaro, é ofensivo e agride, de forma covarde, a jornalista

Patrícia Campos Mello, da Folha de S. Paulo.

Este comportamento misógino desmerece o cargo de Presidente da República e afronta a Constituição

Federal.

O que temos visto e ouvido, quase cotidianamente, não se trata de uma questão política ou ideológica.

Cada dia mais, fica patente que o presidente precisa, urgentemente, de buscar um tratamento

terapêutico.

A ABI conclama a sociedade brasileira a reagir às demonstrações do “Cavalão”, como era conhecido

Bolsonaro na caserna, e requer à Procuradoria Geral da República que cumpra o seu papel

constitucional, denunciando a quebra de decoro pelo ex-capitão Jair Bolsonaro.


Paulo Jeronimo de Sousa.

Presidente da Associação Brasileira de Imprensa.

Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)

Abraji e Observatório da Liberdade de Imprensa da OAB repudiam ataque machista de Bolsonaro a

repórter da Folha de S. Paulo.

A Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) e o Observatório a Liberdade de Imprensa

da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) prestam solidariedade à repórter Patrícia Campos Mello, da

Folha de S. Paulo, que nesta terça-feira (18 fev.2020) foi novamente atacada pela família Bolsonaro,

dessa vez pelo próprio presidente da República.

A Abraji e a OAB repudiam veementemente a fala do presidente. O desrespeito pela imprensa se revela

no ataque a jornalistas no exercício de sua profissão.

Na manhã desta terça, durante conversas com jornalistas em frente ao Palácio da Alvorada, o

presidente deu a entender que a jornalista Patrícia Campos Mello teria se insinuado sexualmente para

conseguir informações sobre o disparo de mensagens em massa durante a campanha eleitoral de 2018.

A ofensa propagada por Jair Bolsonaro faz referência ao depoimento de um ex-funcionário de uma

empresa de marketing digital dado à CPMI das Fake News, no Congresso. Ao ser ouvido por

congressistas, Hans River do Rio Nascimento afirmou que a repórter especial da Folha de S. Paulo

ofereceu-se sexualmente em troca de informação.

Naquele mesmo dia (11 fev. 2020), o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, replicou

o absurdo em falas públicas e nas redes sociais. A Abraji se manifestou sobre a tentativa de abalar a

honra de uma das mais respeitadas profissionais do país. Outras mobilizações espontâneas da

sociedade, incluindo a OAB, também condenaram a ação de um agente público contra profissionais de

imprensa.

Com sua mais recente declaração, Bolsonaro repete as alegações que a Folha já demonstrou serem

falsas. Na mesma entrevista, Bolsonaro chegou a dizer aos repórteres que deveriam aprender a

interpretar textos, assim ofendendo todos os profissionais brasileiros, não apenas a repórter da Folha.

As declarações foram transmitidas ao vivo na página de Bolsonaro no Facebook.

Os ataques aos jornalistas empreendidos pelo presidente são incompatíveis com os princípios da

democracia, cuja saúde depende da livre circulação de informações e da fiscalização das autoridades

pelos cidadãos. As agressões cotidianas aos repórteres que buscam esclarecer os fatos em nome da

sociedade são incompatíveis com o equilíbrio esperado de um presidente.

Associação Nacional de Jornais (ANJ) e Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner).


A Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ)

protestam contra as lamentáveis declarações do presidente Jair Bolsonaro ao ecoar ofensas contra a

repórter Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de S.Paulo.

As insinuações do presidente buscam desqualificar o livre exercício do jornalismo e confundir a opinião

pública.

Como infelizmente tem acontecido reiteradas vezes, o presidente se aproveita da presença de uma

claque para atacar jornalistas, cujo trabalho é essencial para a sociedade e a preservação da

democracia.

É absolutamente incabível o comportamento desse senhor que ocupa a Presidência da República. A

sociedade brasileira não tolera mais esse comportamento que beira a irresponsabilidade.

O povo brasileiro sente vergonha do seu presidente.

ENCERRAMENTO

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Nada mais havendo a tratar, vou encerrar os trabalhos, antes

convocando Sessão Não Deliberativa de Debates para hoje, quarta-feira, dia 19 de fevereiro, às 14 horas.

Está encerrada a sessão.

(Encerra-se a sessão às 13 horas e 55 minutos.)

DISCURSOS ENCAMINHADOS À MESA PARA PUBLICAÇÃO.

DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELA SRA. DEPUTADA PROFESSORA ROSA NEIDE.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, educação de qualidade: por um FUNDEB robusto e permanente, com

profissionais da educação valorizados e mais qualidade e equidade em nossas escolas!

O Congresso, mais uma vez, lidera um debate central para a educação brasileira: o novo FUNDEB, pena que

sem o cuidado e o compromisso necessários da parte do Governo Federal.

A proposição em debate torna o FUNDEB instrumento permanente de financiamento da educação básica

pública, retirando seu caráter transitório no corpo constitucional. Com uma aprovação nestes termos,

produzimos um grande avanço no sentido da garantia de um financiamento mais estável para a educação,

propiciando segurança para um alicerçado planejamento de Estado para a educação.

O aumento de recursos colocado no fundo é uma necessidade óbvia, quando observamos, por exemplo, as

precárias condições de milhares de escolas brasileiras. Inúmeras escolas não dispõem de banheiros, de

tratamento de esgoto e de disponibilidade de boa infraestrutura e recursos tecnológicos para seus estudantes.


Milhões de pessoas estão fora do sistema educacional. Melhorar a educação, considerada a realidade concreta

de nosso País, exige, inegavelmente, o aporte de mais recursos.

Apesar dos esforços dos Governos petistas, em entendimento com o Congresso Nacional, que ampliaram os

investimentos em educação, a complementação da União ao FUNDEB não chega a 0,5% do PIB brasileiro.

Estamos distantes, também, dos 10% totais de investimentos públicos em educação pública, meta fixada no

Plano Nacional de Educação (PNE), após amplo debate e pactuação com a sociedade, que deve ser alcançada em

2024. O PNE foi aprovado, por unanimidade, pelo Congresso Nacional.

O dado concreto, que deve ser fortemente considerado, é que o gasto público brasileiro por aluno de

instituições públicas, do ensino fundamental ao superior, considerando-se todas as etapas de ensino, é

aproximadamente de 4.500,00 dólares anuais (PPP), muito abaixo da média dos países da OCDE (10.400,00

dólares).

Bem realçados no relatório da Professora Dorinha à PEC 15 do ano de 2015, os dados da OCDE, Education at

a Glance 2019 (EAG 2019): a despesa por estudante, no Brasil, é menos da metade da OCDE: em 2016, foi de

3.800,00 dólares por aluno para o “primário” (média OCDE 8.600 dólares/ano), 3.700 dólares para o lower

secondary (anos finais, cuja média da OCDE é de 10.200 dólares/ano) e 4.100 dólares para o upper secondary

(ensino médio, cuja média da OCDE corresponde a 10.000 dólares).

O Brasil, portanto, ainda está bem atrás destes países, quando observamos o gasto por aluno nas

instituições públicas de ensino.

A Argentina investe mais (5.680 dólares), o Chile investe mais (7.604 dólares)! “Gastamos” mais que a

Colômbia (3.594 dólares) e o México (3.550 dólares), por exemplo. Estes países, lembremos, são bem menos

competitivos que o Brasil nos aspectos econômicos.

Ao nos debruçarmos sobre outros destaques do EAG 2019 e sobre os estudos da Consultoria Legislativa da

Câmara dos Deputados, há mais sinalizações sobre os desafios do financiamento para garantir direitos: os países

latino-americanos presentes no EAG 2019 (México, Costa Rica, Chile, Colômbia e Brasil) apresentam salários

iniciais para seus docentes abaixo da média OCDE (34.540 dólares); no Brasil, os professores desta etapa (e na

educação básica pública como um todo) contam com um piso salarial nacional anual equivalente a 14.775

dólares, portanto menor que o salário inicial apresentado pelos cinco países mencionados.

Com este cenário, podemos afirmar, sim, que ainda temos que ampliar em muito o financiamento,

assegurando mais dignidade aos nossos professores e estudantes. Precisamos transformar dinheiro em direitos e

em melhores condições de ensino/aprendizagem. Assim, almejaremos cada vez melhores resultados.

Não podemos fomentar uma tacanha disputa de fundos, colocando em lados opostos e antagônicos

políticas setoriais e direitos sociais básicos, igualmente importantes, propondo, por exemplo, uma “escolha”


entre o urgente atendimento de milhões de pessoas na saúde ou na educação. De acordo com a Campanha

Nacional pelo Direito à Educação, precisamos expandir 3,4 milhões de matrículas na educação infantil, 0,5 milhão

no ensino fundamental, 1,6 milhão no ensino médio e milhões no ensino superior, sem falar nos enormes

desafios de oferta gratuita da educação de jovens e de adultos a todos os que não tiveram acesso à educação

básica na idade própria. Falamos de um compromisso ético, por exemplo, com mais de 11 milhões de

analfabetos. Falamos de apenas um terço de crianças de 0 a 3 anos em creches pelo Brasil. Cerca de 6 milhões

estão fora delas!

Os esforços de um grupo majoritário que discute o FUNDEB nos últimos anos se dão na direção de buscar

qualidade e equidade para o que mais recursos vinculados à instituição do Sistema Nacional de Educação e do

Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica são respostas mais do que ajustadas e compatíveis aos nossos

anseios.

Um modelo de financiamento mais estável e robusto a sustentar pactos vinculantes no SNE encontra fontes

importantes, entre elas os recursos decorrentes da exploração de petróleo e de gás natural e da desoneração de

impostos. A questão é se faremos a escolha por continuarmos a afagar “os grandes”, em lugar de direcionarmos

recursos para garantir os direitos dos “mais frágeis”, que precisam de educação pública, universal, gratuita e

qualidade social. Investir mais depende da opção do gestor.

Outro aspecto importante é a batalha, permanente, em favor do incremento real anual do piso salarial do

magistério, avanço do Governo do Presidente Lula devidamente reconhecido pelo STF. Há, ainda, um desafio

aberto: a instituição do piso salarial para as demais categorias de profissionais da educação, de acordo com o

inciso VIII do art. 206, cuja luta não pode ser abandonada, assim como a destinação dos recursos do FUNDEB para

as escolas públicas.

Não é possível admitir, ademais, que uma remuneração mínima de 2.886,15 reais, com uma jornada de

trabalho de 40 horas semanais, fixada como piso, seja uma regalia e mereça de pessoas distantes da realidade de

escolas e dos sistemas de ensino críticas e ataques injustos e descolados da difícil tarefa de ser professor no País.

Mesmo considerando uma remuneração de pouco mais de dois salários mínimos, não são poucos os Estados e

Municípios que não cumprem com esta referência elementar para o exercício da docência em nosso País. Por

isso, na nossa avaliação, todo o mais que for colocado no FUNDEB, com planejamento e boa gestão, redundará

em melhorias de qualidade, em um ciclo virtuoso para a educação no Brasil, que tem como principal instrumento

as professoras e os professores.

Além dos salários — importante impulsionador da qualidade —, há muito esforço a ser empreendido para

que o investimento corresponda à garantia de qualidade, ou seja, há uma enorme caminhada para que tenhamos


de um financiamento para garantir, ao menos, um padrão mínimo de qualidade do ensino, que seja válido para

todas e todos, independentemente do lugar de nascimento ou de residência.

Todo campo educacional apoia o Plano Nacional de Educação, forte instrumento para orientar a gestão e a

mobilização da sociedade, que, de forma correta e tardia, ratificou, no Congresso Nacional, uma agenda

expansionista em termos de direitos educacionais, o que representa um grande avanço. Colocou a educação na

agenda nacional e indicou os avanços que o Brasil precisa perseguir.

Seguiremos defendendo uma crescente e responsável ampliação da participação da União na

complementação. Seguiremos defendendo a destinação dos recursos do FUNDEB para as escolas públicas.

Enfrentaremos as tentativas de viabilizar os vouchers ou outras formas de privatização com recursos do FUNDEB

e batalharemos pela manutenção, por parte da União, dos programas suplementares de material didático,

escolar, transporte e alimentação. Estas batalhas ainda serão travadas!

Ainda que considerados os progressos dos últimos 15 anos, especialmente com a implementação do

FUNDEF e, depois, do FUNDEB, não vencemos o desafio da inclusão de milhões e milhões de crianças,

especialmente em creches e pré-escolas, adolescentes, jovens e adultos no sistema de educação. Não vencemos

o desafio da valorização do docente e da atratividade da carreira e, tampouco, asseguramos condições dignas de

funcionamento de nossas escolas, acessíveis para todos e todas. Estes desafios, não há como negar, exigem mais

recursos e cada vez melhor gestão, dimensões absolutamente conciliáveis.

Por tudo isso, é necessário um FUNDEB permanente, com mais recursos da União, um FUNDEB que

preserve, com centralidade, a melhoria das escolas e a valorização dos nossos profissionais da educação.

É necessário, portanto, um olhar para o direito e para o futuro das nossas crianças, jovens e adultos. Para

tanto, a aprovação de um novo FUNDEB é estratégica.

Muito obrigada.

DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELO SR. DEPUTADO VINICIUS CARVALHO.

Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, demais presentes, caros telespectadores da TV Câmara e ouvintes

da Rádio Câmara, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor — IDEC pesquisou 51 medicamentos pediátricos

e descobriu que 70% deles têm corantes na fórmula. De acordo com a pesquisa, são oito os tipos mais usados:

quatro vermelhos, três amarelos e um azul. As substâncias podem provocar, além de hiperatividade, crises de

asma e rinite, dores de cabeça, náuseas e alergias na pele das crianças.

Diante dos riscos à saúde, elaborei o Projeto de Lei nº 4.922, de 2016, que torna obrigatória a fabricação de

medicamentos sem corantes. A proposta dá prazo de 1 ano para que as indústrias se adaptem à obrigação. O

projeto já foi aprovado na Comissão de Seguridade Social e Família, mas ainda aguarda outros trâmites.


É importante ressaltar que corantes não possuem nenhum valor terapêutico, sendo utilizados apenas

para tornar os remédios mais atraentes para as crianças. O IDEC encaminhou a pesquisa à Agência Nacional de

Vigilância Sanitária, com a sugestão de que toda a embalagem externa do medicamento trouxesse a informação

de que aquele produto contém corante, já que atualmente o consumidor só fica sabendo depois de comprar o

remédio e ler a bula, que está dentro da embalagem. São poucos os produtos que dão essa indicação na caixa.

Atualmente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária — ANVISA determina que apenas os produtos que têm um

dos corantes amarelos apresentem um alerta na embalagem.

O projeto de minha autoria vai além, determinando o fim do uso de corantes na fabricação de

medicamentos. Se não têm finalidade terapêutica, não têm que ser utilizados. A proposta está pronta para pauta

na Comissão de Constituição e Justiça. Estamos trabalhando para que o projeto se transforme em lei o mais

rapidamente possível, porque se trata de uma questão maior, questão de saúde.

Muito obrigado.

DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELA SRA. DEPUTADA IRACEMA PORTELLA.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, participei, no último dia 5 de fevereiro, do lançamento do projeto

Conectando Mulheres, Defendendo Direitos.

Trata-se de uma importante iniciativa da ONU Mulheres em parceria com a União Europeia.

O objetivo dessa ação é fortalecer a cooperação em apoio às defensoras de direitos humanos e pelo fim da

violência contra as mulheres.

Existe, em todo o mundo, uma onda crescente de ameaças, perseguições e diferentes tipos de violência

cometidos contra as mulheres que militam na área da defesa dos direitos humanos.

De acordo com o Relatório das Nações Unidas sobre a Situação das Mulheres Defensoras de Direitos

Humanos de 2019, as defensoras de direitos humanos são “mulheres atacadas por promover e proteger os

direitos humanos por causa de sua identidade e por causa do que elas fazem”.

A maior parte delas, diz o documento da ONU, está “envolvida na defesa dos direitos humanos

voluntariamente, fora das funções profissionais ou relacionadas ao emprego”.

Ainda conforme o relatório, “as mulheres defensoras de direitos humanos são, muitas vezes, percebidas

como aquelas que desafiam as noções tradicionais de família e os papéis de gênero na sociedade, uma percepção

que pode gerar hostilidade por parte dos agentes estatais e do público, da mídia e de outros agentes não estatais.

Elas podem ser estigmatizadas e colocadas no ostracismo por lideranças comunitárias, grupos religiosos,

vizinhança e comunidades que acreditem que elas e suas ações ameaçam à religião, honra, cultura ou modo de

vida”.


A representante da ONU Mulheres Brasil, Anastasia Divinskaya, disse que as mulheres estão à frente de

movimentações importantes no mundo para promover a igualdade.

“As mulheres querem fazer parte da política, ser candidatas, eleitas e exercer o poder nos espaços de

tomada de decisão. As mulheres querem construir e fortalecer as democracias. Querem salário igual, trabalho

decente e ser beneficiadas pelas riquezas econômicas que geram. Querem decidir sobre os próprios corpos e ser

donas das próprias vidas. Elas defendem territórios e povos tradicionais. Num mundo de desigualdades, as

mulheres desafiam poderes, e isso lhes coloca em situação de vulnerabilidade a diversas formas de violência e

risco de morte. Elas defendem os direitos de cada uma e cada um de nós. E é nosso dever defendê-las e proteger

os direitos das defensoras de direitos humanos”, destacou Divinskaya.

O embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez, falou sobre a importância da parceria da União

Europeia com ONU Mulheres.

“A nossa presença aqui, a nossa parceria com as Nações Unidas e com ONU Mulheres na ação conjunta

lançada hoje é, mais uma vez, a expressão do firme compromisso da União Europeia na promoção, proteção e

defesa dos direitos humanos e do nosso empenho para alcançar a igualdade de gênero na Europa e no mundo”,

afirmou.

No lançamento do projeto, a União Europeia e a ONU Mulheres reforçaram o apelo para que o Brasil e a

comunidade internacional se somem à agenda de proteção às defensoras dos direitos humanos no País.

De acordo com dados do relatório Front Line Defenders (defensoras e defensores na linha de frente —

tradução livre), de 2019, o Brasil é o quarto país mais violento para defensoras e defensores de direitos humanos

— atrás de Colômbia, Filipinas e Honduras.

A maior parte dos casos está relacionada a conflitos agrários e ambientais. Segundo o Relatório da

Comissão Pastoral da Terra, de 2018, a violência contra as mulheres no campo cresceu 377% em relação ao ano

de 2017.

Eu gostaria de parabenizar a ONU Mulheres e a União Europeia por essa iniciativa tão importante.

Precisamos unir esforços na batalha contra a violência em todas as suas dimensões, empoderando e

protegendo as mulheres que estão nas trincheiras da defesa dos direitos humanos.

Elas fazem um trabalho extraordinário e de grande alcance na sociedade.

Salvam vidas, defendem as minorias e lutam contra as injustiças sociais, ficando, muitas vezes, em situação

vulnerável, expostas à violência, ao preconceito e à discriminação.

Merecem, portanto, a nossa admiração e o nosso apoio incondicional.

Era o que tinha a dizer. Muito obrigada.

DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELO SR. DEPUTADO WELITON PRADO.


Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é preciso que o Governo de Minas cumpra urgentemente a lei e

pague o Piso Nacional da Educação para os professores de Minas. É urgente também que o Governo trate os

servidores com isonomia e pague o 13º salário.

O Governador diz que não tem condições de pagar, mas o valor total da renúncia fiscal seria suficiente para

pagar integralmente o 13º dos servidores e colocar os salários do funcionalismo em dia.

Nós temos denunciado isso há anos, e um levantamento da Federação Brasileira de Associações de Fiscais

de Tributos Estaduais (FEBRAFITE), divulgado em matéria do site Estado de Minas, publicada no dia 12 de

fevereiro de 2020, só confirmou o que temos defendido.

Acionamos inclusive o Ministério Público, por intermédio do Deputado Estadual Elismar Prado, para

investigar os incentivos fiscais em Minas Gerais. Para piorar, as renúncias cresceram 27% no primeiro ano do

Governo Zema.

O Governo continua a tratar a população, os professores, os servidores da saúde e outras carreiras com

mão de ferro, cobrando alta carga de impostos em produtos essenciais, como luz, água, Internet e telefonia,

pagando salários atrasados, deixando de pagar o 13º salário. Contudo, não tem dificuldade alguma para decidir

beneficiar empresas com regimes especiais de tributação, abrindo mão de receitas. E esses processos não têm

transparência. Não sabemos quem e nem se há benefícios para a sociedade.

Considerando apenas o ICMS, Minas abriu mão de R$ 5,5 bilhões, o que representa 10,6% do total

arrecadado com o imposto em 2019, que foi de R$ 51,9 bilhões. Esse valor é maior do que o Estado espera

receber com o leilão do nióbio! Ao mesmo tempo em que diz que precisa aumentar a arrecadação para honrar os

compromissos e entrega nosso nióbio, o Governador promove uma política tributária injusta.

Governo de Minas Gerais, cumpra a lei e pague o Piso Nacional da Educação, para a carreira educacional!

Todos os servidores estaduais, ativos e inativos, devem ser respeitados, valorizados e receber seus salários em

dia. Trata-se de direito constitucional e fundamental! Estamos lutando com toda a categoria, que vem sofrendo

há décadas o descaso com os seus salários e as condições de trabalho, o fechamento e a fusão de turmas, a

infraestrutura precária dos prédios, a redução das vagas do ensino integral e problemas com os afastamentos

para tratamento de saúde.

Valorizar professores é valorizar a educação pública de qualidade e acessível para todos.

Eu gostaria que o meu pronunciamento tivesse ampla divulgação nos meios de comunicação da Casa,

especialmente no programa A Voz do Brasil, para que a população de Minas Gerais possa participar desse

processo de fiscalização e cobrança do cumprimento da lei.

DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELO SR. DEPUTADO VALDEVAN NOVENTA.


Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, aproveito a oportunidade deste Pequeno Expediente para tratar da

atual crise no atendimento do INSS. O problema não é novo, mas se agravou bastante a partir da entrada em

vigor da reforma da Previdência, em novembro do ano passado. Aliás, mesmo antes dessa data, enquanto ainda

se discutiam os pontos a serem alterados pelo Congresso, a mera expectativa de mudança de regras e de perda

de direitos levou a uma corrida aos pedidos de aposentadoria. Em consequência, os segurados vêm sendo

obrigados a esperar cada vez mais pela prestação de qualquer dos serviços sob responsabilidade do INSS.

Não poderia ser diferente. A Emenda Constitucional 103 introduziu significativas mudanças no sistema

previdenciário nacional, alterando várias de suas características, como: critérios de acesso; idade e tempo de

contribuição mínimos para recebimento de benefícios, bem como seus métodos de cálculo; além de regras de

transição para quem estava perto de completar os requisitos até então vigentes para a aposentadoria.

Todas essas mudanças têm obrigado o INSS a ajustar seus sistemas de concessão de benefícios e tornam a

análise dos pedidos ainda mais complexa e demorada. Para complicar a situação, o quadro de servidores do

Instituto se reduz a cada ano, e as restrições orçamentárias impedem a realização de novos concursos.

Somando a quantidade enorme de pedidos dos segurados, o processo de análise dificultado pelas novas

regras da Emenda Constitucional 103 e a diminuição do número de servidores para atender a toda essa demanda,

o resultado só poderia ser mesmo a crise que se observa agora.

As estimativas dão conta de que, em todo o País, existam cerca de 2 milhões de solicitações de segurados à

espera de alguma resposta do INSS. Em torno de 1,5 milhão dessas solicitações estão paradas por falhas no

sistema. E, infelizmente, tais falhas retardam não apenas o andamento dos pedidos de aposentadoria, mas

também o de pedidos simples, como os de licença-saúde e licença-maternidade, causando grandes prejuízos ao

segmento mais pobre de nossa população.

Em Sergipe, por exemplo, no início deste ano, o INSS acumulava 14.400 solicitações de benefícios

pendentes há mais de 45 dias. A maior parte se refere ao Benefício de Prestação Continuada, que deve ser

concedido a pessoas com deficiência e a idosos sem condições de subsistência. São mais de 5.500 pessoas nessa

fila de espera sem saber quando terão a sua situação resolvida. É até difícil imaginar o sofrimento dessas pessoas,

que, muitas vezes, só podem contar com essa fonte de recursos para sobreviver.

É muito importante ressaltar que, de acordo com a Lei 8.213/91, conhecida como Lei de Benefícios da

Previdência Social, o primeiro pagamento do benefício deve ser efetuado em até 45 dias após a data da

apresentação, pelo segurado, da documentação necessária à sua concessão. Esse prazo não vem sendo

respeitado, nem em Sergipe nem nos demais Estados brasileiros. E, ao que tudo indica, o INSS ainda está longe de

conseguir normalizar o seu atendimento e de poder oferecer um serviço mais eficaz aos brasileiros.


Apenas no ano passado, em torno de 6 mil de seus servidores se aposentaram, aumentando para 19 mil o

número de cargos vagos em seus quadros. Como a realização de novo concurso vem sendo descartada pela

equipe econômica, o Governo anunciou a intenção de contratar militares e aposentados para contornar o

problema, em caráter emergencial e provisório.

Entretanto, qualquer resultado dessa iniciativa só poderá ser avaliado a partir do segundo semestre.

Enquanto isso, a população, especialmente a mais carente, continuará sofrendo, devido às falhas na prestação de

um serviço público de máxima importância, o que é injusto e lamentável.

Muito obrigado.

DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELO SR. DEPUTADO MARCIO ALVINO.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a noite da última sexta-feira, dia 14, foi de celebração para o Partido

Liberal: o Prefeito de Itu, Guilherme Gazzola, é o mais novo filiado. A convite do Presidente do PL municipal e

Secretário de Serviços Rurais, Adauto Gonçales, e do Vereador Thiago Gonçales, o Adautinho, eu e o Deputado

Estadual André do Prado (PL-SP) prestigiamos o evento, que contou com a presença da Primeira-Dama, Patrícia, e

de sua filha, Milena; do Secretário-Geral do PL estadual, Simei Baldani, representando o Presidente Nacional e

Estadual do PL, Dr. Tadeu Candelária; de vereadores; autoridades e lideranças do Município e região. É uma

grande satisfação recebê-lo na família PL, Prefeito Guilherme Gazzola.

Aproveito para parabenizar de forma muito especial o Presidente do PL municipal, Adauto Gonçales, que

está no partido há mais de 20 anos, e o Vereador Thiago Gonçales, pelo trabalho político e pelo esforço para

trazer o Prefeito Guilherme Gazzola para o PL de Itu. Esse é o resultado de muita dedicação e liderança frente aos

interesses do partido na cidade.

No encontro, que contou com a presença de aproximadamente 600 pessoas, também aproveitamos para

avaliar formas de fortalecer nosso grupo e criar estratégias de atuação para ampliarmos a participação política e

eleitoral nos Municípios locais. Como Deputado Federal, continuarei trabalhando por Itu e pela região. Podem

contar comigo.

Também participaram do evento o Deputado Federal Luiz Carlos Motta; o Presidente da Câmara Municipal

de Itu, Dr. Ricardo Giordani; os Vereadores Dito Roque, Henrique de Paula, Rodrigo Macruz, Mané da Saúde,

Normino da Rádio e Sérgio Castanheiro; o Prefeito de Araçariguama, João Batista Jr., o Joca; os Vereadores de

Araçariguama Nadivan Maia "Alemão", Costa do Gás e Tilápia; o Vereador e pré-candidato a Prefeito de Tietê,

Dau Fabri; o Vereador de São Roque, José Luiz da Silva; os Vereadores de Jundiaí Adriano Santana, Romildo

Antonio e Antonio Carlos Albino; os Vereadores de Elias Fausto Adriano Luko e César Augusto; o Vereador de

Capivari Nelson Soares; o ex-Prefeito de Biritiba Mirim Inho Taino; o ex-Vereador e Presidente do PL de Sorocaba,

Cláudio Sorocaba; os ex-Vereadores de Araçariguama Leandro, Rodrigo Veterinário, Claudio Andriani e Mauro


Bonifácio; o Presidente do PL de Salto, Laerte Sonsin, o Tonhão de Salto; o Presidente do PL e Secretário

Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos de Jundiaí; o pré-candidato a Prefeito de Capivari, Dr. Pedro

Boaretto; os demais membros da executiva municipal do PL; a secretária Michele da Silva; a tesoureira Glaucia do

Prado; o vogal Luciano Chaves e o vogal Jair de Lima.

Muito obrigado.

DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELO SR. DEPUTADO JOSÉ NELTO.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados aqui presentes, venho a esta tribuna falar sobre a situação criada pelo

Presidente da República, Jair Bolsonaro, que propôs aos Governadores dos Estados brasileiros zerarem o ICMS —

Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, que ele zeraria os impostos federais.

A arrecadação do Governo Federal com PIS/COFINS e CIDE sobre combustíveis chegou a R$ 27,402 bilhões

em 2019, fonte de receita que a União abriria mão caso zerasse esses impostos. A investida foi aventada nesta

quarta-feira dia 5 pelo presidente Jair Bolsonaro, em meio à queda de braço com Governadores sobre o preço

final dos produtos.

Segundo a Receita Federal, foram R$ 24,604 bilhões somente com PIS/COFINS sobre combustíveis no ano

passado. Já com a CIDE foram outros R$ 2,798 bilhões, em dado corrigido pela inflação.

Somados, os tributos federais sobre combustíveis representaram mais para a União que o megaleilão de

petróleo da cessão onerosa, que rendeu R$ 23,7 bilhões aos cofres federais, após descontados o pagamento à

PETROBRAS e a repartição de recursos com Estados e Municípios.

Mesmo com a redução em 3% nos preços do diesel e da gasolina em suas refinarias, o consumidor não

sentiu o reflexo no bolso. Em média, 44% do valor dos combustíveis são compostos pela taxação de impostos

federais e estaduais.

Atualmente, o ICMS é cobrado como uma porcentagem sobre o preço final do combustível na bomba, o

que faz com que sua arrecadação por litro fique maior ou menor conforme o preço da gasolina ou do diesel

subam ou desçam.

O Presidente da República deveria agir com uma proposta concreta. O ideal seria chamar os Governadores

e o Congresso Nacional para debater a questão do preço dos combustíveis e descobrir quem realmente é o vilão.

Temos ainda os donos de postos de combustíveis e as distribuidoras, que também têm responsabilidade pelo

preço final que chega ao consumidor.

O IMCS é definido pelos Governos estaduais. Dessa forma, o percentual varia de Estado para Estado. Hoje,

ele varia de 25% a 34%, o que faz do ICMS um dos principais componentes do preço total que o consumidor paga

por litro de combustível.


Se cortarem os impostos dos combustíveis, se eles forem zerados, como os Governos estaduais, que têm

hoje 30% dessa receita, arcarão com as folhas de pagamento, como pagarão os servidores, os serviços de saúde,

educação e de manutenção das rodovias? Apoio a redução gradual, mas zerar os impostos tanto federais quanto

estaduais é demagogia. Os Governos terão que buscar novas fontes arrecadatória, alguém vai pagar a conta. Sem

contar que a proposta do Presidente também atingirá as Prefeituras, que recebem, também, repasse do ICMS. É

hora de parar de jogar a responsabilidade para a plateia e governar com seriedade e honestidade.

Vou solicitar duas audiências públicas, uma na Comissão de Minas e Energia e outra na Comissão de Defesa

do Consumidor, para que a real causa de a baixa no preço dos combustíveis não chegar aos consumidores seja

elucidada.

Sr. Presidente, solicito a V.Exa. que autorize a divulgação deste pronunciamento pelos órgãos de

comunicação da Casa e também no programa A Voz do Brasil.

Era o que eu tinha a dizer.


CÂMARA DOS DEPUTADOS Em 19 de fevereiro de 2020

(Quarta-feira)

SESSÃO DE DEBATES (NÃO DELIBERATIVA)

(Às 14 horas)

PEQUENO EXPEDIENTE (Das 14 às 15 horas)

GRANDE EXPEDIENTE (Às 15 horas)

Oradores:

15:00 Leônidas Cristino (PDT - CE)

15:25 Luiz Carlos Motta (PL - SP)

COMUNICAÇÕES PARLAMENTARES



2. SÚMULA DA 019ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, NÃO

DELIBERATIVA DE DEBATES, DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 56ª

LEGISLATURA, EM 19 DE FEVEREIRO DE 2020

SESSÃO NÃO DELIBERATIVA ORDINÁRIA DE 19/02/2020

PEQUENO EXPEDIENTE

KIM KATAGUIRI (DEM - SP) - Contestação ao artigo contrário ao parecer oferecido pelo orador ao

projeto relativo à Lei Geral do Licenciamento Ambiental, de autoria de ex-Ministros do Meio Ambiente,

publicado pelo jornal Folha de S. Paulo.

VILSON DA FETAEMG (PSB - MG) - Concessão de audiência ao orador pelo Presidente do Instituto

Nacional do Seguro Social — INSS, Leonardo Rolim, destinado à manifestação de preocupação quanto às

longas filas formadas nas agências do órgão, especialmente pela população rural. Apoio à greve dos

petroleiros.

JOÃO DANIEL (PT - SE) - Realização Dia Nacional de Mobilização contra o Desmonte do INSS, em Aracaju,

Estado de Sergipe. Descaso do Governo Jair Bolsonaro com a população de baixa renda do País. Participação

do orador na luta contra a reforma administrativa proposta pelo Governo Federal.

BENEDITA DA SILVA (PT - RJ) - Defesa de rejeição da Medida Provisória nº 902, de 2019, sobre o

estabelecimento da data final para a exclusividade da Casa da Moeda para a fabricação de papel moeda, de

moeda metálica e de cadernetas de passaporte, de impressão de selos postais e fiscais federais e de controle

fiscal sobre a fabricação de cigarros.

PATRICIA FERRAZ (PL - AP) - Inconstitucionalidade do Decreto nº 159, de 2020, sobre a regulamentação

do uso do serviço de transporte remunerado privado individual de passageiros, realizados por meio de

plataformas tecnológicas, expedido pela Prefeitura Municipal de Macapá, Estado do Amapá. Ajuizamento de

ação popular para a revogação do decreto municipal. Recebimento de ameaças contra a vida da oradora, em

face de sua atuação parlamentar.

PADRE JOÃO (PT - MG) - Apoio à greve dos trabalhadores da área da educação do Estado de Minas

Gerais e dos petroleiros. Congratulações à Deputada Estadual Beatriz Cerqueira, de Minas Gerais, pela

aprovação de emenda destinada à extensão de reajuste salarial concedido aos trabalhadores da segurança

pública para todas as categorias de servidores púbicos mineiros.

ROGÉRIO CORREIA (PT - MG) - Dados oficiais comprobatórios do descaso do Governo Jair Bolsonaro com

a população de baixa renda do Brasil.

EVAIR VIEIRA DE MELO (PP - ES) - Imediata votação do Projeto de Decreto Legislativo nº 667-B, de 2019,

sobre a aprovação do texto da Convenção entre a República Federativa do Brasil e os Emirados Árabes Unidos

para Eliminar a Dupla Tributação em Relação aos Tributos sobre a Renda e Prevenir a Evasão e a Elisão Fiscais,

e seu Protocolo, assinados em Brasília, em 12 de novembro de 2018.

CÉLIO MOURA (PT - TO) - Apelo ao Prefeito Municipal de Araguaína, Estado de Tocantins, por

funcionamento da Unidade de Pronto Atendimento — UPA da Vila Norte.


RICARDO SILVA (PSB - SP) - Preocupação com a desativação de leitos do Hospital das Clínicas da

Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo. Exigência ao Prefeito Municipal Duarte

Nogueira de posicionamento sobre a questão.

BIBO NUNES (PSL - RS) - Leviandade de discursos de Deputados sobre comportamento misógino do

Presidente Jair Bolsonaro. Contestação a críticas da Oposição ao Governo Federal.

CARMEN ZANOTTO (CIDADANIA - SC) - Importância de votações pela Casa de projetos de lei sobre a

garantia às mulheres da realização de exame de ultrassonografia de mama e sobre o diagnóstico de

endometriose. Alerta aos pais, gestores escolares e professores sobre a circulação na Internet de desafios

infantojuvenis perigosos. Congratulações ao Colégio Objetivo e ao Corpo de Bombeiros Militar de Santa

Catarina pela divulgação de vídeos e fotografias sobre os riscos dos desafios e ao Centro Educacional Lima

Nascimento, do Estado do Rio de Janeiro, pela realização da campanha Amigos não te fazem cair, Amigos te

ajudam a se levantar.

MÁRCIO JERRY (PCDOB - MA) - Repúdio à declaração ofensiva ao Congresso Nacional proferida pelo

Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Augusto Heleno.

GUIGA PEIXOTO (PSL - SP) - Crítica à gestão, pela Prefeitura Municipal, da Santa Casa de Misericórdia de

Tatuí, Estado de São Paulo.

FRANCO CARTAFINA (PP - MG) - Apelo ao Governo Federal por reposição do quadro funcional do

Instituto Nacional do Seguro Social — INSS, com vista à humanização do atendimento aos seus usuários.

Inconformismo com a baixa produtividade legislativa da Câmara dos Deputados.

DRA. VANDA MILANI (SOLIDARIEDADE - AC) - Cumprimento da legislação ambiental e promoção do

desenvolvimento sustentável pelo Governo do Estado do Acre.

GENERAL GIRÃO (PSL - RN) - Transcurso do 75º aniversário da tomada de Monte Castelo, na Itália,

durante a Segunda Guerra Mundial, com a participação dos pracinhas da Força Expedicionária Brasileira.

Crítica à visita do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Papa Francisco, na Itália. Subversão do conceito de

democracia no Brasil. Apoio às declarações do Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da

Presidência da República, General Augusto Heleno, diante do impasse com o Congresso Nacional sobre a

divisão dos recursos do orçamento impositivo.

CHRIS TONIETTO (PSL - RJ) - Convite ao público em geral para participação de sessão solene em

homenagem ao Dia do Imigrante Italiano no Brasil.

MÁRCIO JERRY (PCDOB - MA) - Carta aberta assinada por 22 Governadores Estaduais em resposta às

declarações do Presidente Jair Bolsonaro acerca da possibilidade de extinção da cobrança do ICMS sobre

combustíveis. Pronunciamento do Governador Flávio Dino na Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão

sobre os legados sociais do Governo durante o ano de 2019 e as metas de realizações para 2020.


ZECA DIRCEU (PT - PR) - Aumento da arrecadação tributária do Governo Federal durante o ano de 2019.

Protesto contra a redução de investimentos governamentais, especialmente para a construção de creches.

Preocupação do orador com as longas filas de espera formadas no Instituto Nacional do Seguro Social — INSS

e no Programa Bolsa Família. Aumento dos empregos informais no Brasil. Crítica à política econômica do

Ministro Paulo Guedes.

EDUARDO BOLSONARO (PSL - SP) - Vigoroso crescimento econômico do Brasil durante o regime militar.

Anúncio da participação do orador na Conferência de Ação Política Conservadora — CPAC, nos Estados Unidos

da América.

CÉLIO MOURA (PT - TO) - Consternação do orador com o fechamento de restaurante comunitário no

Município de Araguaína, Estado do Tocantins.

EVAIR VIEIRA DE MELO (PP - ES) - Agradecimentos ao Centro de Comércio de Café de Vitória pelo auxílio

às vítimas das chuvas ocorridas no Estado do Espírito Santo.

DR. LUIZ OVANDO (PSL - MS) - Redução da criminalidade e da violência no País. Importância da atuação

dos médicos residentes para a melhoria da saúde básica no País. Defesa do reajuste dos salários da categoria.

DELEGADO ANTÔNIO FURTADO (PSL - RJ) - Defesa do Projeto de Lei nº 323, de 2020, sobre a alteração

do Estatuto do Desarmamento, com vista à vinculação do porte de arma de fogo de uso permitido para os

integrantes das entidades de desporto legalmente constituídas.

HILDO ROCHA (MDB - MA) - Presença do Secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, em

reunião da Comissão de Finanças e Tributação para apresentação do resultado fiscal de 2019. Redução do

déficit nas contas públicas brasileiras. Aplausos ao Presidente Rodrigo Maia e à Primeira-Secretária, Deputada

Soraya Santos, pela redução dos gastos da Câmara dos Deputados. Reunião com o Ministro do

Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, pare debate sobre o lançamento de programas habitacionais.

Instalação de Comissão Mista destinada ao exame da proposta de reforma tributária.

EDILÁZIO JÚNIOR (PSD - MA) - Fracasso da gestão do Governador do Estado do Maranhão, Flávio Dino.

Apelo ao Governador para a realização de investimentos em obras de recuperação das rodovias maranhenses.

BOSCO COSTA (PL - SE) - Homenagem ao aluno Leonardo de Oliveira, morador do Povoado de Aningas,

no Município de Nossa Senhora da Glória, Estado de Sergipe, pela aprovação em primeiro lugar no curso de

Medicina da Universidade Federal de Sergipe. Instalação do modelo de ensino em tempo integral nas escolas

sergipanas.

MÁRCIO JERRY (PCDOB - MA) - Contestação ao pronunciamento do Deputado Edilázio Júnior sobre

críticas à atuação do Governador do Estado do Maranhão, Flávio Dino.

FELÍCIO LATERÇA (PSL - RJ) - Consternação do orador com o assassinato de policial federal durante ação

no Estado do Rio de Janeiro. Necessidade de investimentos para a aquisição de viaturas blindadas para a

Polícia Federal.


ODAIR CUNHA (PT - MG) - Apreensão do orador com danos econômicos à população causados pela

variação do nível da Usina Hidrelétrica de Furnas, no Estado de Minas Gerais, resultante da falta de

planejamento do Operador Nacional do Sistema. Anúncio de apresentação de proposta de criação de comitê

gestor dos reservatórios, destinada à busca de solução para a baixa dos reservatórios do País.

RICARDO SILVA (PSB - SP) - Preocupação do orador com a desativação de 130 leitos, por falta de

funcionários, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Estado de São Paulo.

GRANDE EXPEDIENTE

LUIZ CARLOS MOTTA (PL - SP) - Balanço das atividades realizadas pelo orador durante o primeiro ano do

mandato parlamentar. Defesa da garantia de recursos e de emendas parlamentares para as causas da saúde e

da educação, especialmente aos Municípios do Estado de São Paulo. Posicionamento do orador a respeito do

pacto federativo e da reforma do sistema tributário. Satisfação pela participação nos quadros do Partido

Liberal. Regozijo com o crescimento da agremiação partidária.

PAES LANDIM (PTB - PI) - PRONUNCIAMENTO RETIRADO PELO ORADOR PARA REVISÃO

BIBO NUNES (PSL - RS) - Congratulações à Polícia Federal pela prisão de pedófilos no Estado do Rio

Grande do Sul.

POMPEO DE MATTOS (PDT - RS) - Presença no plenário do Prefeito Eduardo Abrahão, do Município de

Osório, Estado do Rio Grande do Sul. Necessidade de retomada do pagamento de royalties ao Município pelo

Terminal Marítimo Almirante Soares Dutra — TEDUT.

REGINALDO LOPES (PT - MG) - Realização de reunião da Frente Parlamentar em Defesa dos Institutos

Federais de Educação, Ciência e Tecnologia destinada à luta pela recomposição do orçamento das

universidades para pagamento da folha de salários. Defesa de devolução, ao Poder Executivo, da Medida

Provisória nº 914, de 2019, sobre o processo de escolha dos dirigentes das universidades federais, dos

institutos federais e do Colégio Pedro II. Instalação da Comissão Mista destinada à análise de proposta de

reforma tributária.

VICENTINHO (PT - SP) - Participação do orador em depoimento do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

em audiência na 10ª Vara Federal do Distrito Federal. Reconhecimento, por parte da Justiça Federal, da

inocência do correligionário e ex-Prefeito Luiz Marinho, do Município de São Bernardo do Campo, Estado de

São Paulo. Matéria publicada pelo portal O Globo, a respeito do aumento do da pobreza no País e do número

de moradores de rua em São Paulo. Participação em reunião com várias entidades no Município de Osasco,

Estado de São Paulo, para a assinatura da Carta aberta do grupo ColetivAção - Coletivo para defesa da Lei das

Cotas e em repúdio ao Projeto de Lei 6.159, de 2019, sobre alteração das políticas de habilitação e

reabilitação profissional e das medidas de inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho

SANTINI (PTB - RS) - Regozijo com a indicação do orador para composição da Comissão Mista destinada à

unificação das propostas de reforma tributária.



ERIKA KOKAY (PT - DF) - Perseguição política sofrida pelos ex-Presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma

Rousseff. Ligações escusas do Presidente da República com o miliciano assassinado Adriano Magalhães da

Nóbrega. Retrocessos na liberdade de imprensa e na área de educação no atual Governo. Piora nos

indicadores econômicos e sociais brasileiros. Saída de investimentos do País. Déficit da balança comercial

verificado no mês de janeiro de 2020.

ALAN RICK (DEM - AC) - Defesa de derrubada do veto presidencial aposto à Lei nº 13.959, de 2019, sobre

o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior

Estrangeira — REVALIDA. Participação do orador em reunião com o Diretor-Geral da Polícia Federal, Maurício

Valeixo, destinada ao combate à guerra de facções no Estado do Acre. Realização de seminário a respeito das

doenças raras nas dependências da Casa. Reinstalação do Conselho Nacional da Amazônia Legal, sob a

coordenação do Vice-Presidente da República, Hamilton Mourão. Apresentação do Projeto de Lei nº 10.629,

de 2018, sobre alteração do Decreto-Lei nº 2.848, de 1940, para alteração do limite de cumprimento de penas

privativas de liberdade de 30 para 35 anos. Destinação de verbas orçamentárias oriundas de emendas

individuais do Parlamentar para as áreas de segurança, educação e saúde no Estado do Acre. Visita a diversos

Municípios do Estado do Acre durante o recesso parlamentar. Transcurso do Dia Mundial das Doenças Raras.

SORAYA SANTOS (PL - RJ) - Agradecimento ao Presidente Rodrigo Maia pela criação da Comissão

Especial destinada à avaliação do aumento de denúncias de violência obstétrica e a alta taxa de morte

materna no Brasil. Apreensão com o elevado nível de violência doméstica no País.

VICENTINHO (PT - SP) - Participação do orador em manifestação de centrais sindicais na defesa do

Instituto Nacional do Seguro Social, ocorrida no Município de São Bernardo do Campo, Estado de São Paulo.

Solidariedade aos aposentados e pensionistas do INSS em face da precariedade do atendimento.

POMPEO DE MATTOS (PDT - RS) - Incapacidade do Governo Federal na geração de empregos.

Precariedade do atendimento ao trabalhador pelas agências do Instituto Nacional do Seguro Social — INSS.

Solidariedade aos petroleiros em greve. Luta dos caminhoneiros pela constitucionalidade da lei relativa à

garantia do piso mínimo para o frete.

BIRA DO PINDARÉ (PSB - MA) - Necessidade de consideração do princípio da primazia do interesse

público acima do interesse monetário na composição dos valores das tarifas do sistema de transporte público

em São Luís, Estado do Maranhão. Defesa da modernização do sistema de transporte da cidade. Apresentação

do Projeto de Lei nº 4.877, de 2019, sobre a obrigatoriedade de implantação de ciclovias/ciclofaixas pelo

Poder Público ou empresas concessionárias/privadas em obras e serviços de engenharia, nas intervenções

viárias metropolitanas, e de paraciclos e bicicletários em terminais rodoviários, estações metroferroviárias,

instalações portuárias, espaços públicos e privados de trabalho, ensino, comércio e lazer; acerca de nova

redação das Leis de nºs: 8.666 de 1993, sobre normas para licitações e contratos da Administração Pública;


9.503, de 1997, sobre o Código de Trânsito Brasileiro; 12.587, de 2012 sobre as diretrizes da Política Nacional

do Mobilidade Urbana; 10.257, de 2001, sobre diretrizes gerais da política urbana — Estatuto das Cidades e

11.977 de 2009, sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida — PMCMV e a regularização fundiária de

assentamentos localizados em áreas urbanas.

BENEDITA DA SILVA (PT - RJ) - Relato de atividades da Comissão Mista destinada ao exame da Medida

Provisória nº 902, de 2019, sobre o estabelecimento da data final para a exclusividade da Casa da Moeda para

a fabricação de papel moeda, de moeda metálica e de cadernetas de passaporte, de impressão de selos

postais e fiscais federais e de controle fiscal sobre a fabricação de cigarros. Contrariedade ao fim do

monopólio da Casa da Moeda.

MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS) - Presença, na Casa, do ex-presidente do Instituto de Estudos

Empresariais — IEE, Carlos Fernando Souto. Existência de maioria na Câmara dos Deputados e no Senado

Federal para aprovação da proposta de prisão após condenação judicial em segunda instância.

PAULO GUEDES (PT - MG) - Elogio à altivez do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no exercício de sua

defesa perante o Poder Judiciário. Objetivos políticos da perseguição contra o líder petista. Avanços

socioeconômicos do Brasil durante o Governo petista. Caos reinante no País durante a gestão do Presidente

Jair Bolsonaro.

OTONI DE PAULA (PSC - RJ) - Solidariedade ao Ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da

Presidência da República, General Augusto Heleno, diante da repercussão negativa de críticas ao Poder

Legislativo. Crise da saúde pública do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro. Indignação diante da tentativa,

pelos partidos esquerdistas e por setores da mídia, de vinculação de membros da família Bolsonaro aos

assassinatos do miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega e da Vereadora Marielle Franco.

FERNANDA MELCHIONNA (PSOL - RS) - Esclarecimentos sobre o teor de entrevista concedida pelo

Presidente do PSOL sobre o vínculo da família Bolsonaro com as milícias e as suspeitas acerca do assassinato

da Vereadora Marielle Franco. Gravidade dos ataques do Presidente Jair Bolsonaro às mulheres, à liberdade

de imprensa e ao regime democrático. Necessidade de esclarecimento de denúncias acerca do envolvimento

do então Deputado Estadual Flávio Bolsonaro com o crime organizado no Estado do Rio de Janeiro.

Conclamação às mulheres brasileiras para participação em ato público contra o autoritarismo e contra o

Governo Jair Bolsonaro.

EMANUEL PINHEIRO NETO (PTB - MT) - Apoio à proposta do Governo Federal para redução da carga

tributária incidente sobre os combustíveis no Brasil. Natureza abusiva da política de impostos do Governo do

Estado de Mato Grosso. Apresentação de projeto de lei complementar sobre alteração da base de cálculo do

ICMS incidente sobre o preço dos combustíveis.


GUTEMBERG REIS (MDB - RJ) - Agradecimentos pelo apoio ao mandato parlamentar do orador em 2019.

Elogios à gestão do Prefeito Washington Reis, do Município de Duque de Caxias, Estado do Rio de Janeiro.

Resultados positivos da alocação de recursos públicos na área da saúde da municipalidade.

DR. JAZIEL (PL - CE) - Elogios à atuação do Ministro da Educação, Abraham Weintraub, no exercício do

cargo.

SANDERSON (PSL - RS) - Congratulações ao Presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, e

aos seus servidores pelos resultados obtidos pela instituição em 2019.

JOÃO DANIEL (PT - SE) - Elogio à postura do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante depoimento à

Justiça Federal. Importância da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas.

Repúdio ao Projeto de Lei nº 191, de 2020, do Poder Executivo, sobre a exploração de recursos minerais,

hídricos e orgânicos em reservas indígenas. Participação do orador na cerimônia de entrega das obras do

Colégio Indígena Estadual Dom José Brandão de Castro, na Ilha de São Pedro, na Comunidade Xokó, no

Município de Porto da Folha, Estado de Sergipe. Retrocesso da política indigenista do Governo Jair Bolsonaro.

DELEGADO ÉDER MAURO (PSD - PA) - Divulgação de notícia sobre a ocorrência de atentado contra a

vida do Senador Cid Gomes durante manifestação no Estado do Ceará.

BIBO NUNES (PSL - RS) - Compromisso de atuação parlamentar em prol da construção de porto no

Município de Arroio do Sal, Estado do Rio Grande do Sul. Presença, na Casa, dos empresários Anderson Cezar

e Iny Maria Santos.

JOÃO DANIEL (PT - SE) - Apresentação de requerimento de inclusão na pauta de votações da Proposta de

Emenda à Constituição nº 15, de 2015, sobre a concessão de caráter permanente ao Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais em Educação — FUNDEB.

DISCURSOS ENCAMINHADOS À MESA PARA PUBLICAÇÃO

CAPITÃO ALBERTO NETO (REPUBLICANOS - AM) - Preocupação com os impactos econômicos

decorrentes da epidemia de coronavírus na República Popular da China. Solicitação ao Governo Federal de

adoção de medidas para agilização dos trâmites para liberação da entrada de insumos industriais nos portos e

aeroportos do País.

MARCIO ALVINO (PL - SP) - Participação do orador na cerimônia de inauguração do Quiosque Praia

Acessível da Associação de Apoio à Pessoa com Deficiência de Peruíbe — AAPDP, no Estado de São Paulo.

PAES LANDIM (PTB - PI) - Homenagem póstuma à Sra. Maria da Conceição Noronha Nunes, moradora do

Município de Valença, Estado do Piauí.

ENCERRAMENTO


Ata da 019ª Sessão da Câmara dos Deputados, Não Deliberativa de Debates, Vespertina, da 2ª Sessão

Legislativa Ordinária, da 56ª legislatura, em 19 de fevereiro de 2020.

Presidência dos Srs.:

Soraya Santos , 1ª Secretária.

Zeca Dirceu, Rogério Correia, Erika Kokay, Emanuel Pinheiro Neto, Tito,

nos termos do §2º do artigo 18 do Regimento Interno.

ABERTURA DA SESSÃO

(Às 14 horas)

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - A lista de presença registra na Casa o comparecimento de 430

Senhoras Deputadas e Senhores Deputados.

Está aberta a sessão.

Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos.

LEITURA DA ATA

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Fica dispensada a leitura da ata da sessão anterior.

EXPEDIENTE

(Não há expediente a ser lido.)

PEQUENO EXPEDIENTE

A SRA. PRESIDENTE (Soraya Santos. PL - RJ) - Quero esclarecer ao Plenário, já agradecendo ao Deputado

Kim Kataguiri, que por acordo, para que pudéssemos encerrar a sessão anterior com segurança no tempo, nós

pedimos a S.Exa. que não fizesse o uso da palavra pelo tempo de Liderança.

Portanto, iniciamos, neste momento, já concedendo a palavra, pelo tempo de Liderança do Democratas, ao

Sr. Deputado Kim Kataguiri.

Depois, passarei a palavra para V.Exas.

O SR. KIM KATAGUIRI (DEM - SP. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sra. Presidente. Quero

aqui rebater críticas que a ex-Ministra Marina Silva, o ex-Ministro Sarney Filho e outros fizeram ao assinar

anteontem artigo na Folha de S.Paulo, dizendo, primeiro, que o meu relatório sobre a Lei Geral do Licenciamento

Ambiental destruiria o arcabouço jurídico criado por esses ex-Ministros e que defenderia o meio ambiente.


Isso não só é falso, como é descaradamente mentiroso, porque esses Ministros que assinaram o artigo da

Folha de S.Paulo tiveram mais de 15 anos para aprovar uma Lei Geral de Licenciamento Ambiental, e até hoje nós

não temos lei federal. Esse é um debate que se faz nesta Casa há mais de 30 anos. Desde 1988, pelo menos,

debate-se aqui nesta Casa a Lei Geral de Licenciamento Ambiental. E todos esses ex-Ministros que criticaram o

meu trabalho no relatório jamais tiveram a preocupação ou a capacidade de aprovar em plenário, na Câmara dos

Deputados, uma Lei Geral do Licenciamento; de conduzir o Governo para a aprovação de uma Lei Geral do

Licenciamento.

E mais, infelizmente, causa tristeza e indignação que ex-Ministros do Meio Ambiente, que ocuparam o

maior cargo de gestão ambiental da República Federativa do Brasil, tenham criticado uma legislação tão

importante sem nem ao menos ler a quarta e última versão do relatório, dizendo que eu estava desconsiderando

impactos indiretos, dizendo que eu estava desconsiderando Licenciamento por Adesão e Compromisso, quando,

na verdade, apesar de todas as críticas feitas por esses Ministros, o Licenciamento por Adesão e Compromisso já

existe e já é aplicado em Estados governados tanto pelo PSL como pelo PT, desde Santa Catarina até a Bahia —

aliás, governada pelo Governador Rui Costa.

O Licenciamento por Adesão e Compromisso, que é simplificado, que parte da premissa de que o

empresário empreendedor está agindo de boa-fé e não vai destruir o meio ambiente, já é aplicado na Bahia

desde 2011, mas parece que o licenciamento simplificado só pode servir para Estados governados por partidos da

oposição.

Esses mesmos partidos de oposição, agora, estão obstruindo e impedindo que seja pautada a Lei Geral do

Licenciamento Ambiental, sob o argumento de que eu flexibilizo demais, sendo que foram os próprios

Governadores da oposição que inauguraram e implementaram esses procedimentos simplificados de

licenciamento.

Então, há uma hipocrisia gigantesca.

Nos Governos que eles comandam, eles mandam legislações estaduais para fazer o licenciamento

simplificado; agora, no Governo Federal, nós não podemos ter uma lei para padronizar e para permitir que todos

os Estados sigam legislações e conceitos determinados em legislação federal.

Outro ponto absolutamente mentiroso é de que eu estaria ignorando completamente ou destruindo tribos

indígenas ou povos quilombolas.

A primeira coisa que precisa ser esclarecida é que eu sou absolutamente favorável a que se escute qualquer

comunidade indígena ou quilombola que vai ser afetada por um empreendimento como uma hidrelétrica ou uma

rodovia. O que eu sou contra é abuso, e abuso é o que nós vemos na legislação atual.


Para os senhores terem uma ideia, no licenciamento de Belo Monte, por exemplo, as tribos indígenas

exigiram como condicionante ambiental para diminuir o impacto social e para diminuir o impacto ambiental mais

de 700 cabeças de gado nelore; 500 cabeças de gado leiteiro; 40 picapes com trava elétrica, 4 portas, ar-

condicionado, freio ABS e direção hidráulica; 12 micro-ônibus; 8 tratores; mais de 10 tanques para piscicultura; 3

a 5 milhões de reais, com abertura de conta corrente para cada tribo indígena; 3 a 5 salários mínimos para cada

família dessas tribos indígenas. Isso não é compensação ambiental, isso não é compensação social. Isso é

transformarmos meia dúzia de líderes indígenas em latifundiários com dinheiro público ou com dinheiro do

empreendedor, e que deveria ser utilizado para o desenvolvimento da infraestrutura, para o desenvolvimento da

nossa matriz energética, mas infelizmente, hoje, está sendo desviado da sua função para abusos cometidos por

esses entes. É isso que eu combato.

E mais, o conceito, hoje, Sra. Presidente, de quilombola é basicamente um grupo étnico, Deputado

Zacharias. Qualquer grupo étnico que se reúna em determinado território com fins políticos já é considerado

quilombola para fim de licenciamento ambiental.

Então, se eu resolver juntar um grupo de descendentes de japoneses como eu, que não aceitaram o fim da

Guerra Mundial, e me instalar ao lado de uma hidrelétrica, eu vou ter direito a compensação ambiental, a pedir

picape, a pedir fazenda, a pedir boi, a pedir gado para o empreendedor que está fazendo a hidrelétrica, porque

eu vou ser um povo quilombola. Isso é absolutamente absurdo e irracional! E é essa irracionalidade que eu estou

combatendo no meu relatório.

É infeliz que esses ex-Ministros se façam de reféns de interesses corporativos e de interesses escusos para

criticar um trabalho sério e transparente. Aliás, fui o Relator mais transparente da Lei Geral do Licenciamento

Ambiental. Todos os quatro relatórios eu divulguei, para que a sociedade tivesse acesso e acompanhasse pari

passu a evolução do debate, como nenhum outro Relator, nesses mais de 30 anos de debate do licenciamento

ambiental, havia feito. Portanto, não há que me acusar de descumprir negociação ou de não ser transparente no

processo de licenciamento ambiental.

Foram mais de 8 meses de trabalho no ano passado nesta Casa, e que continua neste ano. Votaremos em

plenário. Vamos trabalhar para pautá-lo. Hoje, vai ser feita a entrega de uma carta, com o apoio de todas as

Secretarias de Meio Ambiente de todos os Estados ao meu Relatório da Lei Geral do Licenciamento Ambiental,

para o Presidente Rodrigo Maia, na residência oficial.

Nós vamos trabalhar para que o Brasil deixe de ser a vanguarda do retrocesso, da degradação ambiental e

da insegurança jurídica.



(Durante o discurso do Sr. Kim Kataguiri, a Sra. Soraya Santos, 1ª Secretária, deixa a cadeira da Presidência, que é

ocupada pelo Sr. Zeca Dirceu, nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento Interno.)

O SR. PRESIDENTE (Zeca Dirceu. PT - PR) - Convido para subir à tribuna o Deputado Vilson da Fetaemg.

O SR. VILSON DA FETAEMG (PSB - MG. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, nosso povo

brasileiro querido, primeiro, quero registrar uma audiência que tive com o Presidente do INSS, o Sr. Leonardo

Rolim, para falar da minha preocupação com a fila quilométrica de pedidos de benefício, principalmente na nossa

área rural. Salário-maternidade, auxílio-doença, aposentadoria, entram numa fila única, e benefícios de um

Estado são julgados em outro Estado. Então quero colocar que o nosso mandato tem essa preocupação, para que

as pessoas, chegando à idade, tenham o seu direito, tenham o seu benefício.

Segundo, quero deixar registrada nos Anais desta Casa — enquanto agricultor, trabalhador, neste momento

ocupando um cargo tão importante na Câmara dos Deputados — a minha solidariedade à greve dos petroleiros.

Sou agricultor, e nós precisamos dos petroleiros, precisamos da PETROBRAS, como eles precisam da agricultura

familiar, precisam dos alimentos que nós produzimos no nosso roçado. Então quero deixar aqui registrado que

nós não podemos cortar esse direito, o direito à greve, que é a única arma que a classe trabalhadora tem.

Sr. Presidente, deixo esse documento registrado nos Anais da Casa e agradeço a oportunidade. Peço a

V.Exa. que nossa fala e nosso registro sejam divulgados no programa A Voz do Brasil.

Obrigado.

DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELO SR. DEPUTADO VILSON DA FETAEMG.

Sr. Presidente, na Constituição Cidadã, o art. 9º diz que greve é direito dos trabalhadores, competindo-lhes

decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devem por meio dele defender. No entanto,

o Ministro Presidente do STF, Dias Toffoli, disse que não na Medida Cautelar nº 1.298 Distrito Federal.

Nessa medida, o Presidente do STF restaurou decisão do Ministro do TST Ives Gandra Martins, que

determinou que 90% dos petroleiros estão proibidos de aderir à greve. Ou seja, somente 10% da categoria dos

petroleiros está autorizada a aderir à greve. Que direito é esse que só pode ser exercido por 10% da categoria?

É fato que a atividade dos petroleiros é essencial para o Brasil, mas impedi-los de fazer greve vai a uma

distância muito grande. O Ministro Ives Gandra, amparado pela referida decisão do Presidente do STF, não

satisfeito em proibir 90% dos petroleiros de aderir à greve, autorizou a PETROBRAS a demitir todos os grevistas.

Cabe perguntar qual punição foi aplicada à PETROBRAS pela recusa em atender à justa reivindicação dos

trabalhadores. A resposta é: nenhuma.

É preciso salientar que a principal reinvindicação dos trabalhadores não é corporativa, é em defesa da

própria PETROBRAS e, por conseguinte, da soberania nacional.

Deixo aqui todo o meu apoio e solidariedade a os petroleiros.


O SR. PRESIDENTE (Zeca Dirceu. PT - PR) - Convido o Deputado João Daniel, do PT de Sergipe, para fazer o

seu pronunciamento.

Na sequência, falarão a Deputada Benedita da Silva e o Deputado Padre João.

O SR. JOÃO DANIEL (PT - SE. Sem revisão do orador.) - Presidente, queria dar como lido e pedir que seja

divulgado no programa A Voz do Brasil e nos demais meios de comunicação da Casa que, na última sexta-feira, eu

estive na sede do INSS do Estado de Sergipe em um ato com os servidores e com a sociedade civil.

Lamento dizer que estamos vendo as agências abandonadas. Uma delas foi assaltada e levaram todos os

computadores do INSS, porque não tem vigilante. Isso aconteceu na madrugada de sexta-feira, na Capital

Aracaju, onde fica a Superintendência. Voltaram as filas para aposentadoria.

É uma vergonha o Governo Bolsonaro! O Governo Bolsonaro trata os trabalhadores, os pobres, os

aposentados e os servidores com desprezo. É um Governo de desprezo aos pobres, aos servidores.

Peço que seja divulgado no programa A Voz do Brasil e nos demais meios de comunicação da Casa, Sr.

Presidente.

Muito obrigado.

DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELO SR. DEPUTADO JOÃO DANIEL.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, ocupo esta tribuna para registrar que na última sexta-feira (14)

participamos do Ato do Dia Nacional de Mobilização contra o Desmonte do INSS, realizado na agência central em

Aracaju.

A cada dia que passa, a situação é de mais caos para os servidores segurados. Para piorar ainda mais a

situação, os servidores da agência do INSS foram surpreendidos com o roubo dos computadores da unidade, o

que precariza condições de atendimento.

As centrais sindicais protestaram nas sedes do INSS em diversos Estados contra as filas na concessão de

benefícios, que atingem quase 2 milhões de pedidos. O Dia Nacional contra o Desmonte da Previdência foi para

alertar a população para as consequências da política de sucateamento adotada pelo Governo.

Sem repor funcionários que se aposentam, o instituto vem perdendo a capacidade de analisar e atender

pedidos de aposentadoria, auxílio-doença e salário-maternidade, dentre outros. O salário-maternidade, por

exemplo, antes concedido em 20 minutos, atualmente tem levado um mês. O prazo legal é de até 45 dias.

Entre 2016 e 2019, o quadro de servidores caiu de 33 mil para 23 mil. Os funcionários que antes faziam o

atendimento direto à população foram deslocados para funções internas.

A intenção do Governo é “digitalizar” o atendimento. Assim, as filas para a concessão de benefícios não se

tornam visíveis. Anteriormente, o trabalhador conseguia marcar atendimento até mesmo para o mesmo dia.

Hoje, o agendamento do primeiro atendimento também pode levar meses.


O Governo colocou o pessoal que atendia nos balcões das agências para fazer trabalhos de retaguarda,

como se todos os brasileiros tivessem computador em casa e facilidade para usar canais remotos.

Nosso total apoio aos companheiros e companheiras do SINDIPREV e DATAPREV, e saibam que estaremos

na luta contra esta proposta de reforma administrativa que o Governo Federal quer implantar.

Que este pronunciamento seja divulgado nos meios de comunicação desta Casa, bem como no programa A

Voz do Brasil.

O SR. PRESIDENTE (Zeca Dirceu. PT - PR) - A Deputada Benedita da Silva, do Partido dos Trabalhadores do

Rio de Janeiro, tem a palavra.

A SRA. BENEDITA DA SILVA (PT - RJ. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, daqui a pouco, estarei

presidindo a Comissão Mista sobre a Casa da Moeda. Eu não sei por que o Governo insiste em desvalorizar as

nossas instituições como está querendo fazer com a Casa da Moeda. É de um açodamento, é de uma pressa que

nos impressiona! A Casa da Moeda tem a soberania nacional representada na sua produção, seja em relação a

passaportes, seja em relação à nossa moeda, às nossas cédulas. E é incrível como o Governo quer que a Casa da

Moeda, que não foi feita para essa atividade econômica, passe a disputar com empresas, para que nós possamos

ter a garantia de melhor qualidade.

Nós sabemos que a Casa da Moeda foi criada para transformar, foi criada para melhorar.

Na medida em que a Casa da Moeda melhora seus equipamentos e gera uma produção de maior qualidade,

o Governo, além de desempregar os moedeiros e moedeiras, ainda vai dar de presente a nossa querida Casa da

Moeda para uma disputa!

Por isso, nós estamos examinando a MP do Governo e apelando, porque não aceitamos mais uma vez essa

entrega. Praticamente estamos entregando outros patrimônios. Não é possível que ela entre em greve e que a

Casa da Moeda, que representa nacionalmente o País, seja privatizada.

Obrigada.

O SR. PRESIDENTE (Zeca Dirceu. PT - PR) - Concedo a palavra à Deputada Patricia Ferraz, que vai usar o

tempo da Liderança, pelo PL.

A SRA. PATRICIA FERRAZ (PL - AP. Como Líder. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, boa tarde.

No dia 3 de fevereiro, no meu Estado, a Prefeitura Municipal de Macapá publicou o Decreto nº 159, que

institui novas regras para os aplicativos de transporte, criando mais impostos. Isso é inadmissível! A Prefeitura

quer taxar os aplicativos e os motoristas em 1% sobre todas as viagens realizadas; mais um seguro. A própria

Uber já tem um seguro, mas a Prefeitura quer que os motoristas contratem o seguro indicado por ela. Isso é um

absurdo!


Eles querem que não apareça para o motorista o destino final. Isso é contra a proteção dos motoristas.

Querem também que os carros só sejam usados por 8 anos. Isso prejudica o mercado. E a Uber já informou que

esses impostos são inconstitucionais, porque na nossa Constituição, no art. 150, está bem claro que tem que ser

por projeto de lei, e não por decreto.

Nós entramos na Justiça com uma ação popular para derrubar este decreto inconstitucional, que quer

penalizar todos os usuários. Nós esperamos que se faça justiça, porque isso vai sobrar para quem anda de Uber,

para quem usa o 99. Essas pessoas que fizeram esse decreto simplesmente usam carro oficial e não estão

preocupadas com a população. No meu Estado, temos hoje 17,4% da população desempregada. É o maior índice

do Brasil! E querem acabar com o transporte via aplicativo! Querem proibir as pessoas de ter renda, de ter

emprego. Querem fazer com que o transporte fique cada vez mais caro.

Se fôssemos pagar 1% para ter vias adequadas, vias sinalizadas, eu até entenderia. Mas as ruas de Macapá

estão cada vez com mais buracos, estão cada vez mais sujas, sem sinalização, e é a população que paga tudo isso.

Esse decreto fere a livre iniciativa, a liberdade econômica, a liberdade da concorrência do mercado. Nós

vamos sofrer, nós vamos pagar a conta. Isso é inadmissível, inadmissível para um Estado que tem um percentual

de desemprego tão grande! Nós precisamos abrir o comércio, nós precisamos trazer novas empresas.

Eu tenho recebido nas minhas redes sociais mensagens de taxistas dizendo que queremos deixar o Uber

sem imposto, o aplicativo 99 sem imposto e os taxistas e mototaxistas pagando cada vez mais. Pelo contrário, nós

somos contra imposto abusivo para qualquer categoria. E esse decreto não merece prosperar.

Eu conto com a sensibilidade dos nossos juízes e dos nossos desembargadores para que esse decreto seja

derrubado. A população do Amapá merece respeito, a população do Amapá merece dignidade, e o que nós

temos visto é o caos.

E depois que eu comecei a denunciar, Presidente — nós temos feito um mandato voltado para a população,

nós temos sido a voz do povo nesta Casa de Leis, nas redes sociais —, eu tenho sofrido inúmeros ataques,

memes, fake news, ameaças de morte, e isso realmente é inadmissível! O Parlamentar tem prerrogativa para

andar por qualquer obra abandonada, entrar nos hospitais e denunciar o caos da saúde.

No meu Estado, não há luva, gaze, os pacientes estão morrendo, não se faz um exame de hemograma nos

hospitais públicos. E, quando vamos denunciar, nós somos ameaçados?

Então, quero dizer aqui que, como representante do povo, pela história de vida que eu tenho, não vão me

calar. Não conhecem a Patricia Ferraz. Não sou marionete de ninguém, sou representante das pessoas que me

concederam 12.950 votos, fui a sétima Deputada mais votada e uso a minha voz para mostrar o descaso com a

saúde, com a educação e com o dinheiro que nós pagamos para o Governo.



O SR. PRESIDENTE (Zeca Dirceu. PT - PR) - Convido para usar a palavra agora o Deputado Padre João, do PT

de Minas Gerais.

O SR. PADRE JOÃO (PT - MG. Sem revisão do orador.) - Eu venho a esta tribuna saudar as trabalhadoras e

os trabalhadores da educação de Minas Gerais, que estão em greve e terão nova assembleia. E já os parabenizo

pela conquista, porque, através da Deputada Beatriz Cerqueira, com o apoio da nossa bancada do PT, da

Assembleia de Minas Gerais, garantiram a aprovação de uma emenda que estende o reajuste que foi dado aos

trabalhadores da segurança pública para todos os outros trabalhadores e trabalhadoras. São todos servidores

públicos.

É lamentável quando um Deputado, que vem também do poder público, joga servidores contra os

Deputados, que têm a prerrogativa de apresentar a emenda, sim; de estender, pelo princípio de equidade, esse

reajuste a todos os outros servidores, e tenta criminalizar a iniciativa, no caso, da Deputada Beatriz Cerqueira.

Então, a Deputada Beatriz Cerqueira tem todo o nosso apoio e, mais do que a nossa solidariedade, nosso

compromisso de estar juntos, antes e sobretudo depois, e esse Deputado que está deturpando a sua iniciativa

será responsável por qualquer ato contra a sua integridade física.

Portanto, a Deputada tem o nosso apoio, a nossa solidariedade. Parabéns aos trabalhadores e

trabalhadoras, porque estão lutando por um direito, pelo princípio, também, da equidade! Então, é justa essa

luta.

A nossa saudação se estende aos petroleiros, que também estão numa greve justa. Muito mais do que

defender a carreira, embora seja legítimo, eles defendem a soberania do nosso País, defendem uma empresa que

é estratégica para o nosso País e que, infelizmente, está sendo sucateada e dada de graça para a iniciativa

privada, para o capital financeiro internacional.

Então, deixamos a eles nossa saudação e o nosso apoio, que se estendem aos trabalhadores e às

trabalhadoras da educação da rede federal, que, infelizmente, também são sempre prejudicados.

O SR. PRESIDENTE (Zeca Dirceu. PT - PR) - Convido o Deputado Rogério Correia, do PT de Minas Gerais, para

usar da palavra.

O SR. ROGÉRIO CORREIA (PT - MG. Sem revisão do orador.) - Presidente, o Governo Bolsonaro agora tem

carimbado na testa que é o governo da miséria, dos muito ricos, dos banqueiros, um governo contra os

trabalhadores, contra o povo e contra os pobres.

Trago hoje dados impressionantes publicados pela Fundação Getulio Vargas. A renda dos 5% mais pobres

caiu 39% de 2014 até 2019. Essa queda começou com o golpe e continua neste maldito Governo Bolsonaro. No

mesmo período, a quantidade de famílias na extrema pobreza aumentou 67%. Em 2019, só no Governo

Bolsonaro, 900 mil pessoas foram desligadas do Programa Bolsa Família. Em 2020, o orçamento para o programa


diminui 3 bilhões de reais, caindo de 32,5 bilhões de reais para 29,5 bilhões de reais. Realmente, o Governo

Bolsonaro é contra os pobres. A fila de processos reivindicando benefícios como a aposentadoria e o Benefício de

Prestação Continuada já acumula 1,3 milhão de pedidos, e a quantidade de servidores do INSS diminuiu de 32,3

mil, em 2017, para 23 mil, em 2019.

Deputado Zeca Dirceu, esses são dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, publicados

há poucos dias. Então, não há que se dizer que são dados da Oposição; são dados oficiais. E o Governo do

Presidente Bolsonaro fica desviando de assunto, botando as milícias na frente, falando mal das mulheres,

atingindo o povo, falando de coisas que não são relevantes, que são meras idiotices.

O Governo Bolsonaro é um desastre para os pobres. Está carimbado na testa dele que é o governo dos

banqueiros.

O SR. PRESIDENTE (Zeca Dirceu. PT - PR) - Tem a palavra o Deputado Evair Vieira de Melo, por 1 minuto.

O SR. EVAIR VIEIRA DE MELO (Bloco/PP - ES. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu faço um apelo a

esta Casa. Temos atitudes importantes a tomar para o País, como a de votar urgentemente o fim da bitributação

entre Brasil e Emirados Árabes.

O PDL 667-B, de 2019, é emergencial para o País. É uma pauta que tem que ser considerada prioritária. Eu

quero fazer um apelo à Presidência desta Casa e a todos os Parlamentares: que esse projeto seja a nossa primeira

pauta após o carnaval. Essa votação vai evitar a bitributação entre Brasil e Emirados Árabes e gerar milhares de

empregos. Muitas companhias brasileiras dependem da assinatura desse acordo para consolidar os seus

negócios. É uma maldade e uma covardia que Parlamentares desta Casa estejam cancelando a sessão,

boicotando a sessão, para que não se vote esse acordo, em troca de outras coisas mais.

Então, é emergencial votarmos o acordo entre Brasil e Emirados Árabes, pelo bem do Brasil, pelo bem dos

empregos e pelo bem da nossa renda.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Zeca Dirceu. PT - PR) - Concedo a palavra ao Deputado Célio Moura.

O SR. CÉLIO MOURA (PT - TO. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho à

tribuna desta Casa para lamentar o descaso do Prefeito da minha cidade, Araguaína, no norte do Tocantins, que

até hoje não colocou em funcionamento a UPA da Vila Norte, inaugurada em 2010, no Governo do Presidente

Lula. O Prefeito alega que não tem dinheiro para colocar em funcionamento aquela UPA, que ficam numa cidade

que é a maior do Tocantins, com a maior renda, com a maior população do interior. O Prefeito gaba-se de ser um

Prefeito que vem a Brasília buscar dinheiro, mas, infelizmente, deixa a UPA da Vila Norte, na cidade de Araguaína,

sem atendimento.


Em Araguaína existem duas UPAs: uma, por causa da superlotação de pacientes, presta um péssimo

atendimento; a outra, da Vila Norte, está totalmente equipada, e os aparelhos agora estão sendo desviados. Ela

está abandonada. No local, há matagal, pichação, e o Prefeito não faz nada para colocar em funcionamento a

UPA da Vila Norte.

Araguaína tem duas faculdades de medicina, e essa UPA seria, sem sombra de dúvida, uma oportunidade

de resolver um problema crônico da saúde da nossa cidade. Como se não bastasse isso, o Hospital Regional de

Araguaína está totalmente sem condições de atender a população.

Portanto, eu conclamo o Prefeito de Araguaína para que coloque em funcionamento rapidamente a UPA da

Vila Norte.

Sr. Presidente, gostaria que V.Exa. autorizasse a divulgação de nossa fala no programa A Voz do Brasil.

O SR. PRESIDENTE (Zeca Dirceu. PT - PR) - Concedo a palavra ao Deputado Ricardo Silva, do PSB de São

Paulo.

O SR. RICARDO SILVA (PSB - SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, nobres colegas Deputados, estava

há pouco conversando ao telefone com o Deputado Estadual Rafael Silva, de São Paulo, sobre uma preocupação

que está surgindo com relação ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Nós tivemos a informação, que já está

sendo confirmada pelo próprio HC, do fechamento de 130 leitos. O Hospital das Clínicas não é só de Ribeirão, é

do Estado de São Paulo e do Brasil.

Sr. Presidente, já peço que o meu discurso seja divulgado no programa A Voz do Brasil e nos meios de

comunicação da Casa, porque o Brasil tem que saber o que está acontecendo com o Hospital das Clínicas de

Ribeirão Preto. Chama muito a atenção o fechamento de leitos. O nosso HC tem quase 6 mil funcionários. Eu

externo aqui a minha preocupação.

Estive ontem com o Ministro Luiz Henrique Mandetta. O Deputado Estadual Rafael Silva está exigindo do

Governo do Estado de São Paulo respostas e já enviou um ofício. Nós temos o apoio da Câmara Municipal de

Ribeirão Preto, que está preocupada também.

Eu queria saber a posição do Sr. Prefeito do Município de Ribeirão Preto, o Sr. Duarte Nogueira, que é do

mesmo partido do Governador João Doria, com o devido respeito a eles. Não se trata de ataque, mas de busca

por solução, porque Ribeirão não quer conversa fiada: "Ah, eu vou mandar uma emenda para o HC". Não se trata

disso. A questão é estrutural: o Hospital das Clínicas precisa de leitos.

Recentemente, o Rafael lutou para que o HC voltasse a realizar transplantes, e isso aconteceu. É com luta e

com batalha que se consegue ser ouvido.

Obrigado.


O SR. PRESIDENTE (Zeca Dirceu. PT - PR) - Tem a palavra agora o Deputado Bibo Nunes, do PSL do Rio

Grande do Sul.

O SR. BIBO NUNES (PSL - RS. Sem revisão do orador.) - Digníssimo Presidente Zeca Dirceu, nobres colegas, é

uma satisfação estar aqui.

Uma coisa que não admito é injustiça, como jogar palavras ao vento sem o menor fundamento. Hoje, vários

Parlamentares aqui chamaram o Presidente Bolsonaro de misógino. Chamar Bolsonaro de misógino, eu garanto,

é um crime. Basta ver o comportamento que ele tem com as mulheres do Governo e, acima de tudo, com a sua

própria esposa, a quem ele valoriza e destaca em todos os momentos. Então, chamá-lo de misógino é não ter o

que falar.

Alguns vêm aqui argumentar também que o Governo Bolsonaro é contra os pobres. Os índices de

desemprego estão caindo. Tem que haver roubo e corrupção no Governo para seja que ele bom para os pobres?

Desde que Bolsonaro assumiu, não se ouviu falar de corrupção em nenhum dia. Para ser bom para os pobres tem

que haver insegurança? A segurança está crescendo em todo o País. A taxa SELIC atual é a mais baixa de todos os

tempos. O conceito do Brasil perante o mundo melhorou. Divisas estão entrando no País. Há respeito pela

família.

É muito fácil criticar, ser contra tudo e a favor de nada. Leva o que uma Oposição com esta magnitude,

sempre contra, sem fundamento? Vamos pensar mais no Brasil, fundamentar nossas posições. Como chamar de

misógino uma pessoa como Bolsonaro? Na minha bancada, o PSL, garanto que todos os colegas amam as

mulheres.

Então, é muito leviano esse tipo de acusação. Se não tem do que acusar, vá trabalhar, vá pensar em

progresso, em vez de ficar com acusações totalmente infundadas, que não levam a nada, como nada é a

Oposição.

Obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Zeca Dirceu. PT - PR) - Convido para usar a palavra a Deputada Carmen Zanotto, do

Cidadania de Santa Catarina.

A SRA. CARMEN ZANOTTO (CIDADANIA - SC. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs.

Deputados, primeiro, quero destacar as importantes votações que nós tivemos na manhã de hoje, com relação

ao exame de ultrassonografia de mama, assegurando sua realização às mulheres que dele precisam, e à falta de

diagnóstico e de informação para as mulheres com endometriose, que pode causar infertilidade.

Aproveito este tempo, Sr. Presidente, para destacar rapidamente uma preocupação que eu tenho com

relação a algumas brincadeiras que estão sendo divulgadas na Internet. Umas delas já ficou amplamente

conhecida: aquela em que três colegas se posicionam um ao lado do outro, um deles, o do meio, salta, e os


outros dois passam a perna. Nos últimos 2 dias, apareceu uma nova brincadeira, que leva à queda frontal: usam a

jaqueta da escola para puxar as pernas do jovem, menina ou menino, fazendo com que caia com o rosto no piso.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, há punição prevista em lei para isso. As escolas são responsáveis. Nós

precisamos chamar a atenção dos pais, dos professores e desses adolescentes. O adolescente que vai à óbito vai

embora, mas aqueles que se consideravam amigos dele e que causaram o óbito ou o traumatismo de crânio ou

de face, que deixa sequelas irreparáveis, carregam para o resto da vida o peso da brincadeira. Amigo que é amigo

não derruba, mas, sim, ergue o amigo. Algumas escolas estão trabalhando em prol dessa conscientização.

Eu quero parabenizar o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina, o Colégio Objetivo, o Centro Educacional

Lima Nascimento, do Rio de Janeiro, entre outras instituições, que estão promovendo a campanha Amigos não te

fazem cair, amigos te ajudam a se levantar.

Nós Parlamentares precisamos chamar a atenção para o fato de que as redes sociais podem ser danosas

para os nossos adolescentes e as nossas crianças. Um acidente assim é danoso para aqueles que perdem seu

familiar ou o têm com sequelas, mas é muito mais danoso para o colega que fez a brincadeira, que depois saberá

das consequências daquele ato que ele não deveria ter praticado.

Peço que meu pronunciamento seja dado como lido e divulgado nos veículos de comunicação da Casa


DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELA SRA. DEPUTADA CARMEN ZANOTTO.

Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, quero alertar a nossa população, principalmente as

nossas crianças e adolescentes, sobre os desafios circulando na Internet que estimulam que os nossos jovens

participem de crimes disfarçados de brincadeiras extremamente perigosas, que podem deixar sequelas e até

mesmo levar a morte.

Recentemente, foram divulgados mensagens e vídeos que mostram três adolescentes, um ao lado do

outro. Quando o adolescente do meio dá um salto, os dois das pontas lhe passam uma rasteira, fazendo com que

o do meio caia de costas ou de cabeça no chão.

Há cerca de 2 dias também começou a circular na rede um vídeo em que um dos adolescentes puxa as

pernas do colega com uma jaqueta, fazendo com que este caia de cabeça do chão.

Como já ocorreu com a "Momo" e com o chamado "desafio da baleia azul", os compartilhamentos sobre o

"desafio da rasteira" são extremamente perigosos.

Foi o caso da tragédia de Mossoró, que ocorreu em novembro de 2019. De acordo com a reportagem do

G1, o Diretor da Escola Municipal Antonio Fagundes, José Altemar da Silva, explicou que a adolescente Emanuela,

de 16 anos, estudante do 9º ano do ensino fundamental, participava de outro tipo de jogo ou desafio, que


consistia em ser girada como uma "roleta humana" nos braços entrelaçados de dois amigos e tentar cair de pé. A

jovem, porém, caiu de cabeça no chão e teve traumatismo craniano, vindo a falecer dias depois no hospital.

Segundo especialistas, disseminar vídeos sobre o desafio, sem conteúdo educativo, gera pânico e mais

disseminação, não havendo nenhum efeito de interrupção da prática. Pelo contrário, esses vídeos chegam

também aos adolescentes, que, por curiosidade, podem tentar o desafio.

Há punições para quem compartilha esse tipo de vídeo e também para a escola onde os desafios

acontecem. Pais, professores e gestores escolares precisam estar atentos ao que as nossas crianças e

adolescentes estão visualizando por meio da Internet.

Aproveito para parabenizar o Corpo de Bombeiros de Santa Catarina e o Colégio Objetivo, que estão

divulgando vídeos e fotos educativas sobre os perigos destes desafios, e também o Centro Educacional Lima

Nascimento, do Rio de Janeiro, que iniciou a campanha Amigos não te fazem cair, Amigos te ajudam a se

levantar.

Peço que o presente pronunciamento seja divulgado no programa A Voz do Brasil.

O SR. PRESIDENTE (Zeca Dirceu. PT - PR) - Convido agora o Deputado Márcio Jerry, do PCdoB do Maranhão,

para se dirigir à tribuna.

O SR. MÁRCIO JERRY (PCdoB - MA. Sem revisão do orador.) - Boa tarde, Presidente. Boa tarde, colegas. Boa

tarde, Brasil.

Eu gostaria de, com a veemência que merece o que vou falar agora, expressar aqui o meu repúdio, que

acho que é um repúdio da Câmara dos Deputados e do Senado — portanto, do Congresso Nacional —, à

declaração infeliz, injusta e grosseira feita pelo General Heleno, um dos Ministros palacianos mais próximos do

Presidente da República.

Esta aqui não é a Casa da chantagem; é a Casa do exercício pleno da democracia, democracia que, ao que

parece, o General Heleno não sabe respeitar. Mas é preciso que ele a respeite. Ele realmente perdeu uma grande

oportunidade de ficar calado. Quando a pessoa fala numa rodinha alguma coisa, ela expressa, com intimidade,

pensando que está acobertada pelo anonimato, aquilo que profundamente pensa.

Precisamos, pois, denunciar essa atitude com o vigor que isso merece, porque não é admissível que um

Ministro de Estado se refira ao Congresso Nacional como espaço de chantagem. Mais lamentável ainda,

Presidente, é que, em respeito aos cidadãos e cidadãs que nos acompanham e em respeito a este Parlamento, eu

não possa nem pronunciar a palavra utilizada pelo Ministro General Heleno quando se dirigiu a esta Casa, porque

é uma palavra impublicável. É lamentável. Isso mostra o nível a que está descendo o Governo Federal.

Muito obrigado, Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Zeca Dirceu. PT - PR) - Tem a palavra, por 1 minuto, o Deputado Guiga Peixoto.


O SR. GUIGA PEIXOTO (PSL - SP. Sem revisão do orador.) - Caro Presidente, nobres pares desta Casa, eu

queria comungar o meu sentimento com o do Deputado Ricardo Silva, da cidade de Ribeirão Preto, pois ele tem a

mesma preocupação que a minha com a Santa Casa, no caso dele, lá em Ribeirão Preto, e no meu, na minha

cidade de Tatuí.

Tatuí, hoje, tem uma Santa Casa que está sendo governada, está sendo dirigida pela Prefeitura Municipal

do Município, muito mal dirigida por sinal. Eu queria deixar claro que também sinto isso. Eu destinei a maior

emenda da história da minha cidade, da minha querida Tatuí, de 2,2 milhões para a Santa Casa de Misericórdia de

Tatuí, e o Presidente da Câmara simplesmente disse que essa emenda mal dava para pagar 3 meses de salário

dos médicos.

Alguma coisa está acontecendo. Não é possível nós termos um hospital, uma Santa Casa, o único na minha

cidade, que seja um saco sem fundo de colocar dinheiro. Ou nós convocamos a sociedade civil de Tatuí para

pressionar o Poder Executivo para que a Santa Casa de Misericórdia de Tatuí tenha uma gestão profissional, ou

então eu não sei aonde é que vamos parar.

Peço a todos os tatuianos que se preocupem muito com os recursos que esse Governo está mandando,

sendo eu a ponte para a cidade de Tatuí, para o bom uso do dinheiro na minha querida Tatuí.

Peço aos tatuianos de bem que participem dessa fiscalização da transparência do dinheiro público.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Zeca Dirceu. PT - PR) - Com a palavra o Deputado Franco Cartafina.

O SR. FRANCO CARTAFINA (Bloco/PP - MG. Sem revisão do orador.) - Caros colegas Deputados e

Deputadas, venho a esta tribuna dividir uma angústia que talvez não seja só minha, mas que deve bater à porta

dos gabinetes, aparecer durante as caminhadas dos senhores e das senhoras e, sobretudo, nas bases, quando os

senhores e as senhoras estão por lá.

Nosso Estado é considerado muito eficaz, muito competente quando se fala em arrecadar. O Estado tem os

melhores equipamentos, tem as melhores tecnologias para exigir do contribuinte a sua contribuição, mas

infelizmente nós temos experimentado — eu me atenho ao nosso INSS — que a recíproca não está sendo

verdadeira. O INSS, nos últimos anos, teve mais de 4 mil funcionários aposentados; são cerca de 19 mil vagas em

aberto. Hoje, está se querendo adotar uma tecnologia para fazer com que as pessoas se aposentem, que peçam

seus benefícios. Mas nós estamos falando de uma maioria da população carente, muitas vezes semianalfabeta,

que não tem nem acesso a essas tecnologias.

Hoje são mais de 2 milhões de solicitações no INSS. Desses 2 milhões, quase 1,5 milhão já passa dos 45 dias

do pedido, como é previsto por lei. Nós estamos falando em 65% dos pedidos em atraso.


Senhores, senhoras, caros colegas, nós estamos falando das pessoas mais pobres, das pessoas mais simples.

São idosos que querem as suas aposentadorias, são aquelas pessoas que precisam dos seus benefícios, como os

portadores de necessidade especial. Podemos colocar aqui o BPC como um dos grandes casos em discussão. Esse

ponto é convergente nesta Casa.

Entretanto, nós ficamos cansados de ver digladiarem-se da tribuna daqui e da tribuna de lá por coisas que

nos levam a lugar nenhum. E quanto a um ponto que é convergente nesta Casa, que entendemos que é

necessário, que é bom para a população, que faz bem, que faz valer o nosso mandato, às vezes nos pegamos

perdidos, sem poder nos unir em pautas que são convergentes, e deixamos de fazer aquilo que é princípio básico

nosso: achar pontos de consenso.

Eu peço que o Governo tenha sensibilidade e que todos nós possamos ajudar o Governo a buscar uma

alternativa de fato eficaz, enérgica. Nós já ouvimos algumas possíveis tentativas, mas que não foram para a

frente.

Nós estamos falando de benefícios, de aposentadorias de pessoas que precisam daquele recurso para

comer, precisam daquele recurso para dar conta das suas necessidades, inclusive para pagar remédio, por terem

problemas de saúde.

Seria muito cômodo da nossa parte simplesmente ficar aqui batendo boca, "eu não gosto disso", ser contra

o Presidente, a favor do Presidente, contra o ex-Presidente, a favor do ex-Presidente. Nós todos aqui somos a

favor das pessoas de bem deste País. São eles que precisamos ajudar. Para esse ponto de convergência é que eu

venho acreditando que esta Casa, com mais de 1 ano de trabalho, possa ter sensibilidade daqui para frente.

Esta foi uma semana que eu acredito ter sido pouco produtiva, porque aqui ainda existe um Regimento

muito pesado, em que há até nome para atrapalhar as votações, o tal kit obstrução, que muitas vezes, meus

caros colegas — e me permitam aqui, com todo o respeito aos partidos de oposição, dizer isto —, é usado de

forma desenfreada, descabida, desmedida, simplesmente para que as pautas não avancem.

Então, eu chamo a atenção dos colegas para que possamos achar nesta Casa os pontos que nos unem, que

convergem. É lógico que nós estamos dentro de uma democracia, e opiniões divergentes sempre teremos, mas

nós precisamos produzir mais. As pessoas nos falam isso nas ruas. E esta Casa custa muito caro à população, para

ficarmos, muitas vezes, semanas sem produzir coisas relevantes para atender a população de bem, que tanto

espera de nós.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Zeca Dirceu. PT - PR) - Para falar pela Liderança do Solidariedade, por 4 minutos,

convido a Deputada Dra. Vanda Milani.


A SRA. DRA. VANDA MILANI (SOLIDARIEDADE - AC. Como Líder. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente,

Srs. Deputados, eu venho aqui registrar que o nosso Estado faz valer as leis ambientais, o respeito ao ser humano

e o ambiente sustentável.

Se é verdade que homem e meio ambiente têm uma relação de interdependência, e, portanto, preservação

da natureza é imperativo de sobrevivência, convém lembrar que a natureza sempre estará, no final, a serviço do

homem e de suas necessidades, ou seja, o homem sempre será a figura central nessa associação.

Por isto mesmo, é preciso estar atento a fim de evitar o ambientalismo emocional, extremista, carregado de

falsos atrativos e conceitos, que tanto prejuízo já causou à discussão sensata e consequente sobre meio

ambiente. Os recursos naturais podem e devem ser utilizados sempre de forma equilibrada e responsável, a fim

de garantir continuidade em seu uso e assegurar as fontes e reservas para as gerações futuras.

Na própria Declaração de Estocolmo, de 1972, ficou realçado que os seres humanos constituem o centro

das preocupações relacionadas com o desenvolvimento sustentável e têm direito a uma vida saudável e

produtiva em harmonia com o meio ambiente. Neste sentido, os recursos naturais se rendem ao uso do homem

de forma saudável e construtiva, sem nunca assumirem forma ou símbolo de algo intocável, inatingível ou

proibido.

É importante, sem dúvida, existir um processo participativo e sustentável, levando-se em conta a urgência

da preservação e a utilização equilibrada da natureza. Vale lembrar ainda que o meio ambiente e o

desenvolvimento são sujeitos que podem e devem coexistir de forma afirmativa e complementar, colaborando

para o progresso humano e o atendimento de suas demandas.

É neste sentido que vale a pena ressaltar algumas iniciativas verificadas em meu próprio Estado, o Acre.

Tive a chance de participar, no último final de semana, da abertura da colheita de soja da safra de 2020, que teve

lugar na Fazenda Campo Esperança, de propriedade do empresário Sr. Jorge Moura, localizada no Município de

Capixaba.

Exemplo de empreendedor consciente que utiliza o meio ambiente para geração de riqueza e renda através

de uma agricultura sustentável, Jorge Moura demonstrou, ao plantar e colher 1.350 hectares de soja e mais de

250 hectares de milho, muito para o nosso Estado, como usar a terra de forma equilibrada, reaproveitando o que

já estava aberto e servindo de paradigma, equilíbrio ambiental e sustentabilidade para o Estado.

Com uma inegável vocação agrícola, o Estado do Acre vem trabalhando junto a agricultores e pecuaristas a

fim de consolidar o agronegócio. Para tanto, a Secretaria do Meio Ambiente e o Instituto de Meio Ambiente do

Acre — IMAC já demonstram resultados indiscutíveis. Não há uma única licença ambiental pendente, e a

orientação é a de que todos tenham o mesmo tratamento.


Estão sendo realizados mutirões ambientais em todo o Estado, a exemplo do já realizado na região do Alto

Acre, abrangendo os Municípios de Brasiléia, Epitaciolândia, Xapuri e Assis Brasil, e em Cruzeiro do Sul, previsto

para durar de 23 a 27 de março, esforço que deverá abranger todo o Vale do Juruá para depois ser empreendido

nas demais regiões.

Tudo isto demonstra a seriedade do trabalho que está sendo realizado no Estado, cuja pujança do setor

rural só tende a crescer, criando prosperidade econômica e trazendo progresso social para toda nossa gente. É o

Governo do Estado, através da Secretaria do Meio Ambiente, IMAC e órgãos afins, fazendo cumprir a legislação

ambiental e mostrando que desenvolvimento e sustentabilidade podem perfeitamente caminhar juntos.

Peço, Excelência, que registre o meu pronunciamento no programa A Voz do Brasil.

Muito obrigada.

O SR. PRESIDENTE (Zeca Dirceu. PT - PR) - Obrigado, Deputada.

Concedo a palavra ao Deputado General Girão, do PSL do Rio Grande do Norte.

Os próximos oradores serão os Deputados Paulo Guedes, Pedro Uczai, João Roma e Heitor Freire.

O SR. GENERAL GIRÃO (PSL - RN. Sem revisão do orador.) - Boa tarde, Sr. Presidente, minhas senhoras e

meus senhores, colegas Deputados presentes e todos que nos assistem!

Sr. Presidente, eu gostaria de pedir que o nosso pronunciamento fizesse parte dos Anais desta Casa e fosse

divulgado nos órgãos de comunicação, especialmente no programa A Voz do Brasil.

Hoje, dirijo-me especialmente a dois assuntos básicos. O primeiro deles refere-se à Força Expedicionária

Brasileira — FEB. Daqui a 2 dias, no dia 21 de fevereiro, comemoramos um grande feito nacional, cumprido pela

FEB na Itália, a conquista do Monte Castelo, que foi um dos maiores atos de bravura da Força Expedicionária

Brasileira, em 21 de fevereiro de 1945.

Em relação à conquista de Monte Castelo, eu gostaria de destacar que foram necessárias três tentativas

para que a FEB pudesse conquistar aquele objetivo. A força e a garra dos nossos pracinhas possibilitou a

conquista do objetivo, e o preço da vitória em Monte Castelo foram mais de 400 pracinhas brasileiros que

tombaram, que perderam as suas vidas e hoje repousam na Itália. Todos os anos, os italianos comemoram essa

data, de maneira muito forte.

Neste ano, fará 75 anos o final da Segunda Guerra Mundial. Esperamos que o Brasil possa se fazer presente

no evento, com a participação do Presidente Jair Bolsonaro.

Gostaria de destacar também que, em função da tomada de Monte Castelo, alguns ensinamentos ficaram.

O maior deles se refere àqueles que pagaram com suas vidas o alto preço em defesa da democracia — sim, da

democracia e da liberdade dos povos! — nos campos de batalha da Itália, conforme esta citação de um General

grego: "Imolando-se pela Pátria, adquiriram uma glória imortal e tiveram soberbo mausoléu, não na sepultura em


que repousam, mas na lembrança sempre viva de seus feitos. Os homens ilustres têm como túmulo a terra

inteira".

Sr. Presidente, colegas Deputados, com estas palavras, eu gostaria que ficasse bastante marcada essa

homenagem às Forças Armadas brasileiras, especialmente à Força Expedicionária Brasileira, por conta da

Segunda Guerra Mundial.

Gostaria de fazer também um comentário — e este é o segundo assunto que trago: não está sendo fácil

governar o Brasil, com toda a oposição que está sendo oferecida, principalmente com a raiva ensandecida da

imprensa brasileira contra as ações do Presidente Bolsonaro. E eu fico impressionado, quando alguns colegas da

tribuna clamam pela democracia. A palavra democracia talvez tenha sido uma das mais prostituídas nos últimos

anos no Brasil, porque usaram e abusaram da palavra democracia para cometer crimes dos mais absurdos

possíveis contra o nosso País. Que regime democrático consegue esse feito, no qual aqueles que foram

considerados culpados, que foram indiciados, condenados e presos, foram libertados? Foram libertados

exatamente em função de vírgulas nessa nossa democracia!

Essas vírgulas não deveriam permitir que aqueles que se envolveram em diversos crimes pudessem se

passar hoje por conferencistas, que pudessem se passar por autoridades, como ocorreu recentemente: uma

ex-autoridade brasileira, que foi julgada e condenada, inclusive em segunda instância, que foi presa e solta pelas

benesses das vírgulas das leis, estava na Itália e foi cumprimentada pelo Papa João Paulo II.

Fiz um comentário nas redes sociais, lamentando muito esse ato. Reitero-o aqui: lamento muito que o

nosso Papa Francisco esteja recebendo pessoas do Brasil como se fossem personalidades brasileiras. Essas

pessoas podem ter ocupado cargos aqui no Brasil, mas não fizeram por merecer serem chamados, pela liturgia do

cargo, porque não obedeceram a essa liturgia, que deveria ser tão exigida.

Portanto, mais uma vez, Sr. Presidente, repito: aquela frase nunca foi tão oportuna, e com aquela frase eu

gostaria de reforçar também o meu apoio ao desabafo feito, em um ambiente interno, pelo nosso amigo General

Heleno, quando reagiu a esta situação da legislação brasileira que está tirando das mãos do Presidente da

República mais de 30 bilhões de reais em recursos, quase inviabilizando a execução orçamentária dos Ministérios.

Este é um problema que esta Casa vai ter que tratar, sim, porque somos Legislativo e a nossa missão é legislar e

fiscalizar, e não fazer ações de execução.

Sr. Presidente, peço permissão para complementar rapidamente o meu pronunciamento.

Estas palavras servem para corroborar tudo aquilo que temos falado. Quem age com espírito, quem age

com o coração, quem age com lealdade, quem age com justiça e, acima de tudo, com respeito às leis, acaba

chegando a isto: “Imolando-se pela Pátria, adquiriram uma glória imortal e tiveram soberbo mausoléu, não na

sepultura em que repousam, mas na lembrança sempre viva de seus feitos. Os homens ilustres têm como túmulo


a terra inteira” — e não palavras simples, jogadas ao vento, de um grupo de pessoas ou até mesmo de alguns que

ocuparam Governos de plantão no passado.

Sr. Presidente, peço que o meu pronunciamento seja divulgado nos meios de comunicação da Casa, em

especial no programa A Voz do Brasil.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Zeca Dirceu. PT - PR) - Acho que cabe um registro histórico: é impossível que o Papa

João Paulo II tenha recebido alguém no Vaticano, porque Sua Santidade faleceu no dia 2 de abril de 2005.

DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELO SR. DEPUTADO GENERAL GIRÃO.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na próxima sexta-feira, dia 21 de fevereiro, comemora-se um grande

feito nacional, quando os bravos pracinhas integrantes da Força Expedicionária Brasileira derrotaram as forças

nazistas na Itália, durante a Segunda Grande Guerra.

A conquista de Monte Castelo constituíra-se num objetivo decisivo, após três infrutíferas tentativas, ao

longo de 3 meses. Os nossos bravos expedicionários, estimulados pelos sentimentos de honra e dignidade,

encararam, com firmeza e coragem, a crua realidade da guerra, escrevendo o capítulo mais emocionante da

história da Força Expedicionária Brasileira.

O preço da vitória em Monte Castelo foi o sangue de mais de 400 pracinhas brasileiros, que perderam suas

vidas ao longo das quatro investidas, um alto preço que jamais será esquecido e que não foi em vão. As Forças

Armadas brasileiras gravaram seus nomes na história da Grande Guerra e contribuíram para que o mundo

pudesse viver um período de paz e liberdade, após a amargura da guerra.

Evocar o feito histórico de Monte Castelo é motivo de muita honra para todos nós brasileiros e um

acontecimento que deveria ser enaltecido por professores do todo o País, exaltando nossa luta pela democracia e

contra a tirania nazifascista que ameaçava a liberdade dos povos. As novas gerações não podem jamais esquecer

páginas como essa da história da nossa Pátria.

Depois disso, a Nação brasileira uniu-se e reagiu, em diversas ocasiões, a agressões totalitárias,

especialmente aquelas impetradas pelo Comunismo Internacional. Mas o exemplo de nossos pracinhas serviu de

significativa motivação, e nosso povo continua, firme e forte, repudiando ideologias espúrias, como as defendidas

e praticadas pelos partidos de Esquerda, lamentavelmente representados aqui nesta Casa de Leis.

Aos nossos pracinhas que pagaram com suas vidas o alto preço na defesa da democracia e da liberdade dos

povos, nos campos de batalha da Itália, sirvo-me do que nos deixou escrito um grande General grego, o General

Péricles: “Imolando-se pela Pátria, adquiriram uma glória imortal e tiveram soberbo mausoléu, não na sepultura

em que repousam, mas na lembrança sempre viva de seus feitos. Os homens ilustres têm como túmulo a terra

inteira”.


A Pátria, agradecida, não os esquecerá. Os seus nomes permanecerão indelevelmente gravados em nossa

história como exemplos de patriotismo, abnegação, idealismo, fé no primado da justiça e da democracia, e

repúdio às ideologias totalitárias, quaisquer que sejam as suas cores.

O SR. PRESIDENTE (Zeca Dirceu. PT - PR) - Convido para fazer uso da palavra o Sr. Deputado Paulo Guedes,

do PT de Minas Gerais. (Pausa.)

O SR. MÁRCIO JERRY (PCdoB - MA) - Sr. Presidente, peço a palavra, enquanto o Deputado se dirige à

tribuna.

O SR. PRESIDENTE (Zeca Dirceu. PT - PR) - Antes de conceder a palavra a V.Exa., convido para fazer uso da

palavra a Sra. Deputada Chris Tonietto, do PSL do Rio de Janeiro, que disporá de 1 minuto. S.Exa. já havia

solicitado a palavra.

Em seguida, revezaremos a concessão de palavra aos demais Deputados.

A SRA. CHRIS TONIETTO (PSL - RJ. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, eu gostaria apenas de reforçar

um convite. Amanhã, às 9 horas, neste plenário, realizaremos Sessão Solene em Homenagem ao Dia do Imigrante

Italiano no Brasil. Gostaria de reforçar o convite a todos os descendentes italianos e a todos aqueles que

quiserem vir, aos que estiverem nas redondezas, aos que estiverem nos assistindo pela TV Câmara.

Muito obrigada.

O SR. PRESIDENTE (Zeca Dirceu. PT - PR) - Com a palavra o Sr. Deputado Márcio Jerry.

O SR. MÁRCIO JERRY (PCdoB - MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, quero registrar a

realização nesta Casa, hoje, de importante reunião da Frente Parlamentar em Defesa dos Institutos Federais de

Educação. Reitores de Institutos Federais do Brasil inteiro estiveram em Brasília — e ainda estão na cidade —

para tratar dessas instituições de ensino que são tão essenciais, tão fundamentais, tão estratégicas para o Brasil.

No Maranhão, nós temos 29 unidades de Institutos Federais, os IFMAs, que têm papel fundamental no

Estado. Cobrem todas as regiões do Estado do Maranhão e são espaço fundamental de geração de oportunidades

para a nossa juventude.

Quero também, Sr. Presidente, deixar registrados dois discursos, os quais gostaria que fossem dados como

lidos. Em um dos pronunciamentos, trago para os Anais desta Casa a carta de 22 Governadores do Brasil que

responde à bravata presidencial sobre o ICMS. Em outro, abordo a mensagem que o Governador Flávio Dino, do

Maranhão, enviou à Assembleia Legislativa com o balanço do Governo e com o anúncio das realizações que serão

feitas agora em 2020.


O SR. PRESIDENTE (Rogério Correia. PT - MG) - Obrigado, Sr. Deputado.

DISCURSOS NA ÍNTEGRA ENCAMINHADOS PELO SR. DEPUTADO MÁRCIO JERRY.


Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, trago ao conhecimento dos nobres Parlamentares e do povo

brasileiro, que nos acompanha pelos meios de comunicação da Câmara dos Deputados, o posicionamento de 22

Governadores em relação ao ICMS sobre combustíveis e sua possível redução, conforme proposto pelo

Presidente Jair Bolsonaro, no último dia 3 de fevereiro deste ano.

Na nota pública, detalhada em seis pontos, os representantes estaduais afirmam ter enorme interesse na

redução do imposto e direto beneficiamento dos consumidores, mas pedem que a discussão entre os entes

aconteça nos fóruns institucionais adequados, subsidiados por estudos técnicos que possam confirmar que tal

redução não trará impactos à vida da população.

Da mesma maneira, esclarecem que, tendo sido sugerida apenas pelas redes sociais do Presidente, não foi

possível um diálogo a respeito de inúmeros pontos relacionados à proposta ou das consequências diretas sobre a

diminuição da alíquota sobre os combustíveis.

Na Carta, os Governadores esclarecem que, constitucionalmente, o ICMS foi previsto para ser a principal

receita para garantir atendimentos básicos à população, a exemplo da segurança, saúde e educação. Lembram,

ainda, que 20% do imposto atual é destinado à União, ficando os Estados com uma média de outros 20% do

valor.

Os Governadores recordam que não cabe à Federação estabelecer o percentual destinado aos entes

federados e, diante do impacto da proposta, pedem que o Governo Federal abra mão dos valores arrecadados a

partir da cobrança do PIS, do COFINS e da CIDE, também cobrados sobre os combustíveis.

Juntos, eles apontam que parte desta tributação pode ser corrigida a partir da revisão da política de preços

praticada pela PETROBRAS e defendem a realização de uma reforma tributária que beneficie a sociedade e

respeite o pacto federativo.

Por fim, indicam que a União vem ampliando sua participação frente aos Estados no total da arrecadação

nacional de impostos e impondo novas despesas, reduzindo a capacidade fiscal dos estados.

Detalho acima, ponto a ponto, para esclarecer que a proposta do Presidente não passa de mais uma

bravata, que expõe o seu desconhecimento sobre a legislação e que se aproveita do canal direto criado via

Internet para distorcer o discurso e imputar a Governadores e Estados a responsabilidade sobre uma política

econômica sem controle e sem comando, flutuando conforme as intempéries de seu Governo.

Acredito ser de grande valia dar amplo conhecimento à análise feita por 22 dos 27 Chefes dos Executivos

estaduais, que mais uma vez clamam por um espaço de diálogo sério, sem apelos populistas, com avaliações

realísticas de como conduzir a política econômica de forma responsável.

Cito, por fim, um pequeno trecho do editorial do jornal O Estado de S. Paulo, do último dia 7 de fevereiro,

no qual o veículo afirma:


Há tantas impropriedades nesse “debate” [estabelecido por Jair Bolsonaro nas redes] que seria mais

exato qualificá-lo de briga de rua. Está claro que para Bolsonaro não interessam nem a situação

precária das contas estaduais, nem a autonomia tributária dos entes subnacionais, nem o fato de que o

preço dos combustíveis é livre. O que interessa é apresentar-se como um líder preocupado com o

“povo”, enquanto os governadores só querem saber de cobrar impostos.

É o seguinte o teor da nota pública:

Posicionamento de Governadores em relação ao ICMS sobre combustíveis

Os Governadores dos Estados têm enorme interesse em viabilizar a diminuição do preço dos

combustíveis. No entanto, o debate acerca de medidas possíveis para o atingimento deste objetivo deve

ser feito nos fóruns institucionais adequados e com os estudos técnicos apropriados.

Diante da forma como o tema foi lançado pelo Presidente da República, exclusivamente por intermédio

de redes sociais, cumpre aos Governadores esclarecer que:

1 - O ICMS está previsto na Constituição Federal como a principal receita dos Estados para a

manutenção de serviços essenciais à população, a exemplo de segurança, saúde e educação.

2 - O ICMS sobre combustíveis deriva da autonomia dos Estados na definição de alíquotas e responde

por, em média, 20% do total da arrecadação deste imposto nas unidades da Federação. Lembramos

que 25% do ICMS é repassado aos municípios.

3 - Segundo o pacto federativo constante da Constituição Federal, não cabe à esfera federal estabelecer

tributação sobre consumo. Diante do impacto de cerca de 15% no preço final do combustível ao

consumidor, consideramos que o governo federal pode e deve imediatamente abrir mão das receitas de

PIS, COFINS e CIDE, advindas de operações com combustíveis.

4 – O governo federal controla os preços nas refinarias e obtém dividendos com sua participação

indireta no mercado de petróleo – motivo pelo qual se faz necessário que o governo federal explique e

reveja a política de preços praticada pela Petrobras.

5 - Os Estados defendem a realização de uma reforma tributária que beneficie a sociedade e respeite o

pacto federativo. No âmbito da reforma tributária, o ICMS pode e deve ser debatido, a exemplo dos

demais tributos.

6 - Nos últimos anos, a União vem ampliando sua participação frente aos Estados no total da

arrecadação nacional de impostos e impondo novas despesas, comprimindo qualquer margem fiscal

nos entes federativos.

Os Governadores dos Estados clamam por um debate responsável acerca do tema e reiteram a

disponibilidade para, nos fóruns apropriados, debater e construir soluções.



Assim, a nota dos Governadores dos Estados de: São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão, Amapá, Piauí,

Sergipe, Espírito Santo, Bahia, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Pará, Santa Catarina, Paraná, Alagoas,

Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Pernambuco, Roraima, Ceará, Amazonas e

Paraíba.

Era o que tinha a dizer.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, povo brasileiro, registo nos Anais desta Casa minha homenagem às

conquistas do Governo do Maranhão ao longo de 2019 e as metas estabelecidas para o ano de 2020, como um

exemplo que pode ser de grande valia para o País. Sob a gestão do Governador Flávio Dino, meu Estado natal

vem testemunhando as conquistas resultantes de muito trabalho, na nobre missão de construir um Maranhão

mais justo e próspero para todos.

Contornando o contexto de grave recessão econômica nacional e crise fiscal que tem assolado o País, o

Governo do Maranhão se tornou um case de boa gestão e exemplo inequívoco do poder transformador do

esforço conjunto, o que o permitiu alcançar resultados e o reconhecimento nacional por estas ações. Buscando

construir uma sociedade de direitos para todos, o Governo do Maranhão investiu nos últimos anos na

estruturação de um trabalho forte, dedicado e ousado, atributos que não faltam à atual gestão.

Exemplo disso são os três legados sociais que marcaram a presença no Governo do Maranhao em 2019,

divulgados pelo Governador Flávio Dino no pronunciamento que fez na abertura do ano legislativo da Assembleia

Legislativa do Estado, em janeiro deste ano.

O primeiro deles é a conquista do maior Indice de Desenvolvimento da Educacao Basica (IDEB) da historia,

que fez a nota da rede publica estadual de ensino medio passar de 2,8 para 3,4, e do 22º lugar para o 13º lugar no

ranking nacional da avaliação. Trata-se de imensa conquista educacional, que gera novas oportunidades para os

jovens maranhenses e projeta o Estado para novas e boas conquistas na área educacional, a despeito da inépcia

do atual Ministério da Educação.

O segundo refere-se à área da segurança, setor que vem consolidando, ano após ano, a projeção do

Maranhão como Estado responsável e condutor de boas políticas. Com a missão de construir um novo Maranhao,

o Governador Flávio Dino conduziu ações que permitiram retirar o Estado da lista dos mais violentos do Brasil e

retirar a Capital Sao Luis do ranking das 50 cidades mais violentas do mundo. A partir de investimentos sólidos

em pessoal e equipamentos, o Governo Estadual garantiu a reducao de 72% na taxa de homicidios na Grande Sao

Luis. Com o maior efetivo policial da historia do Maranhao e a maior frota ativa, o investimento permitiu a


construção de novos predios e a obtenção de tecnologias, já em funcionamento no Laboratorio de Genetica

Forense.

O terceiro legado social aponta que o Governo de Flávio Dino conseguiu implantar a maior rede publica de

saude que o Estado ja teve. Entregou uma dezena de grandes hospitais, implantou servicos especializados, como

a Clinica Sorrir e o Hospital de Traumatologia e Ortopedia, e realizou 840 mil atendimentos, por meio da Forca

Estadual de Saude, em lugares onde cuidados medicos nunca haviam chegado. Outra importante conquista a ser

comemorada foi a reducao da mortalidade materna pelo quinto ano consecutivo, fruto de politicas publicas

voltadas ao cuidado das gestantes.

Ainda em seu discurso aos Parlamentares estaduais, o Governador Flávio Dino se comprometeu com a

ampliacao de direitos e de justica social, em curso no Maranhão. Ainda estamos iniciando 2020, mas alguns

investimentos ja se materializam, a exemplo das 25 novas escolas em tempo integral, que contemplam as redes

Educa Mais, o Instituto Estadual de Educacao, Ciencia e Tecnologia do Maranhao (IEMA) e a nova experiencia que

vem sendo implantada no Estado: um centro bilingue em tempo integral para o ensino fundamental. Ao todo, sao

5 mil novas vagas, que ajudarão a ampliar o acesso a uma educacao transformadora, de qualidade, que abre

imensas oportunidades a alunos e suas famílias.

Na saude, o Governador estabeleceu a ousada meta de realizar 200 cirurgias por dia na rede estadual de

saude este ano. Serao 70 mil procedimentos eletivos no Programa Mais Cirurgias, o que representa uma

perspectiva de crescimento de 12% em relacao ao ano passado e 180% em relacao a 2014. No primeiro semestre

de 2020, para complementar a regionalizacao da rede, o Governo também pretende inaugurar tres novos

hospitais nos Municipios de Lago da Pedra, Santa Luzia do Parua e Viana, este ultimo voltado para traumatologia

e ortopedia. As Policlinicas tambem serao expandidas, e sete novas unidades devem agilizar as consultas

ambulatoriais e a realizacao de exames diversos, além de prever a abertura de novas unidades de saúde.

Seguindo a missao de interligar os 217 Municípios maranhenses, o Governo do Estado deverá inaugurar 10

novas pontes e rodovias estaduais, a exemplo das estradas de Altamira-Santa Luzia, Triangulo-Dezessete (entre

Dom Pedro e Codo), Santo Amaro-Primeira Cruz, Lagoa Grande do Maranhao-Lago da Pedra, entre outros. Serao

287 quilometros de novas rodovias, voltados a promover o deslocamento e a geracao de renda, uma vez que

estas estradas tambem facilitam o escoamento da producao local. Outras novas e importantes obras em 2020

também devem ser iniciadas, a exemplo da Ponte de Sao Felix de Balsas; a estrada entre Trizidela e Sao Luis

Gonzaga, e a pavimentacao da MA-006 entre Balsas e Alto Parnaiba.

Em relação a seguranca publica, cem novas viaturas serao entregues, o que aumentará a capacidade de

patrulhamento no Estado. Com a policia nas ruas, e possivel estreitar o relacionamento com a comunidade e

atender de forma mais direta as demandas nas areas de ocorrencia, ganhando agilidade nas acoes de prevencao


e repressao ao crime. O Governador prometeu mais avancos no sistema prisional, uma das areas mais criticas no

início da sua gestão. Para 2020, estao previstas mais de 1.900 novas vagas, diminuindo o deficit historico do

Estado.

Para garantir as condições de segurança e atendimento da populacao indigena, o Governo do Estado

anunciou novos investimentos para o Programa Maranhao Verde, na ordem dos R$ 5 milhoes, a serem utilizados

na capacitacao de tecnicos indigenas, implantacao de praticas agroecologicas em aldeias, alem da conservacao e

recuperacao das areas degradadas de territorios indigenas, muito embora a responsabilidade com os povos

indígenas seja de competência federal.

Buscando o desenvolvimento socioeconomico sustentavel do Maranhao, a gestão estadual também se

responsabilizará pela primeira etapa do Zoneamento Ecologico Economico (ZEE), que se mostra um instrumento

de planejamento estrategico indispensavel para o aperfeicoamento das politicas publicas do Estado. Na primeira

fase, o ZEE estará focado no Bioma Amazonico, que abrange 108 dos nossos 217 Municipios. Após esta fase, o

Governo iniciará os ZEEs dos Biomas Cerrado e Costeiro, para diversificar a matriz produtiva, promover inclusao

socioeconomica e estimular a conservacao dos territorios.

Cinco novos parques ambientais, areas de conservacao importantes para o Estado, também serao

construidos em 2020: Morros, Anapurus, Carolina, Timon e Bacanga, em Sao Luis. Sao R$ 15 milhoes de

investimento em espacos que promovem lazer, esporte e contato com a natureza para a nossa populacao. Com

as Pracas da Familia, que serao executadas em 40 Municipios maranhenses, o Governo Estadual deverá ampliar

ainda mais os equipamentos de convivencia e atividades fisicas, a exemplo do Parque do Rangedor, em Sao Luis,

cuja ampliação também já está planejada.

Essas sao apenas algumas prioridades de 2020 que o Governador buscou destacar e que trago ao

conhecimento da Câmara dos Deputados e ao povo brasileiro, entre centenas de obras e servicos publicos de alta

relevancia, que mostram o rumo transformador que estamos trilhando no Maranhão. Com senso democratico e

de justiça, o Governo do Maranhão iniciou 2020 aumentando a lista de conquistas que já se acumulam nestes 5

anos de governo.

Espero que o exemplo de boa governança possa inspirar e mostrar ao Brasil que é possível construir um

projeto nacional de desenvolvimento, assegurando bem-estar e justiça social. No meu Estado, seguimos

construindo o Maranhão de todos nós.

Era o que tinha a dizer.

Muito obrigado.


(Durante o discurso do Sr. Márcio Jerry, o Sr. Zeca Dirceu, nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento Interno,

deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. Rogério Correia, nos termos do § 2º do art. 18 do

Regimento Interno.)

O SR. PRESIDENTE (Rogério Correia. PT - MG) - Seguindo a lista do Pequeno Expediente, concedo a palavra

ao Deputado Zeca Dirceu, por 5 minutos.

O SR. ZECA DIRCEU (PT - PR. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, todos que nos acompanham pela

Rádio Câmara e pela TV Câmara, quem acessar o site da Agência Brasil, órgão oficial do Governo Federal, vai

atestar que a arrecadação de impostos do ano de 2019, conforme balanço feito recentemente, foi maior do que a

de 2018. A população brasileira, os nossos empresários, comerciantes e agricultores pagaram em impostos 1

trilhão 537 bilhões de reais, uma arrecadação, como eu disse, reconhecida pelo Governo Federal como maior do

que a de 2018. Portanto, trago um questionamento, já que está havendo cortes e houve redução de

investimentos em áreas importantes, como saúde e geração de empregos, e em áreas sensíveis, até mesmo em

educação. Como pode esta conta fechar? O Governo está arrecadando mais e investindo menos em áreas

essenciais!

Eu tenho também dados, que não são meus, são do próprio Governo Federal, mas estão à disposição de

todos, dados que mostram que de 2018 para 2019 — e olhem que 2018 já era o Governo do Temer, já foi um ano

muito ruim! — o Governo Federal reduziu em 33% os investimentos na área da educação e investimentos em

construção de creches. É um tipo de investimento indiscutível!

Eu rodo o meu Estado do Paraná o tempo todo. Estive agora, em dois finais de semana, visitando

Municípios. Faltam vagas, inclusive no Sul do País, inclusive nos Estados ditos mais ricos. O País precisa abrir

novas vagas em creches, precisa construir novas creches, e há obras paradas, que foram contratadas ainda na

época do Governo da Presidenta Dilma! Se o País está arrecadando mais, como o próprio Governo atesta, como

se explica a diminuição em 33% do investimento do Governo Federal para ajudar os Municípios a construírem

creches?

O momento é muito ruim, e os fatos comprovam isso. Nós não estamos aqui torcendo contra, não estamos

aqui trazendo teses fantasiosas. Trata-se de dados do próprio Governo Federal.

Vamos pegar um dado que o INSS está divulgando: há uma fila que já passa de 1 milhão de pessoas. São

pessoas que têm direito à aposentadoria, que têm direito a benefícios. Não estão atendendo nem ao auxílio-

doença. Não estão atendendo ao benefício nem de quem está incapacitado para o trabalho. O que explica uma

fila que já passa de 1 milhão e 500 mil famílias do Bolsa Família? Isso atinge — é importante que a população

saiba — 3,5 milhões de brasileiros e brasileiras que são dependentes, que precisam do Bolsa Família. São crianças

que estão deixando de ter o mínimo para sobreviver. São idosos que estão deixando de ter o mínimo para


sobreviver num momento em que o próprio Governo divulga — está na Agência Brasil — que 2019 arrecadou

mais do que em 2018.

Isso é uma crueldade do ponto de vista social, porque agora as famílias estão cada vez mais indo para um

estado de extrema pobreza, mas é também um equívoco do ponto de vista econômico, porque é esse dinheiro

que não chega nas pequenas cidades que está fazendo cada vez mais as portas dos comércios se fecharem; é esse

dinheiro que não chega do INSS, do Bolsa Família que está fazendo a indústria regredir cada vez mais, como

reagiu no ano passado; é esse dinheiro que não chega por incompetência, por falta de sensibilidade, que está

fazendo muitas vezes o País caminhar de lado.

Comemora-se o número de empregos: 100 mil empregos, 200 mil empregos, 500 mil empregos. Que

emprego é esse? É o emprego da indignidade que está sendo gerado: 29 milhões de brasileiros estão vivendo na

informalidade. Gente que ganhava 2 mil reais, 3 mil reais hoje tem que trabalhar muito mais, tendo em vista o

equívoco da reforma trabalhista, para ganhar metade do que ganhava há 2 anos, há 3 anos.

Não é esse tipo de crescimento econômico que o Brasil merece, com índice de inflação e juros lá embaixo,

que são fruto da falta de atividade econômica, até mesmo porque o Governo está arrecadando muito e não está

investindo no que é necessário. O investimento necessário é na saúde, é na educação, é nas obras públicas, como

as creches, que eu aqui trouxe e citei. Isso é fundamental para o nosso País voltar a ser um país em que o povo

tem um mínimo de dignidade, em que o povo tem um mínimo de condição de vida.

Eu pergunto ao Ministro Paulo Guedes: até quando a política econômica vai olhar prioritariamente o

interesse dos banqueiros? Até quando, Ministro Paulo Guedes, o País vai arrecadar mais e mais impostos e vai

direcionar esses impostos para o andar de cima? Até quando, Ministro Paulo Guedes, o País vai bater recordes de

arrecadação e vai direcionar esses recursos, que são do povo brasileiro, que são proveniente dos impostos, para

os banqueiros, para os rentistas e para quem vive da especulação financeira?

Os números não são meus. Os números são do próprio Governo Federal e mostram que o País não vai bem.

E nos cabe, sim, reagir cada vez mais.

O SR. PRESIDENTE (Rogério Correia. PT - MG) - Muito obrigado.

Eu vou passar a palavra, por 1 minuto, ao Deputado Eduardo Bolsonaro e ao Deputado Célio Moura.

Depois, nós temos dois Líderes inscritos. Posteriormente, vamos para o Grande Expediente, porque já

passamos do horário.

Então, tem a palavra o Deputado Eduardo Bolsonaro, do PSL de São Paulo, por 1 minuto.

O SR. EDUARDO BOLSONARO (PSL - SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, muito obrigado pela

gentileza.

Cabe aqui ressaltar que, de 1964 a 1985, o Brasil viveu sob o regime militar.


Em que pese termos saído da quadragésima oitava posição de economia mundial e saltado para a oitava,

isso não foi suficiente para que o País seguisse no trilho da prosperidade por mais tempo, porque a esquerda, de

maneira astuta, conseguiu dominar as universidades, que é o que pregava o filósofo italiano Antonio Gramsci.

Uma vez dominadas as universidades, eles conseguiram depois dominar editoriais de imprensa, sindicatos e até

setores da Justiça. Então, a guerra cultural não pode ser deixada de lado.

É por isso que eu venho lhes informar, ao lado da Deputada Chris Tonietto, que estarei no CPAC, o maior

evento conservador do mundo, para tratar dessas pautas. No ano passado, eu tive uma boa relação e consegui

fazer uma boa rede de contato: com Salvini, Viktor Orbán, Trump, enfim, com diversas pessoas.

Espero bem representar o Brasil conservador nesse evento norte-americano.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Rogério Correia. PT - MG) - Tem a palavra o Deputado Célio Moura, pelo tempo de 1

minuto.

O SR. CÉLIO MOURA (PT - TO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,

gostaria de lamentar o fato de o restaurante comunitário no Município de Araguaína ter sido fechado.

Lamentavelmente, o Prefeito da cidade fechou o restaurante comunitário localizado próximo à Praça das

Bandeiras, em uma cidade com quase 200 mil habitantes. Isso é inadmissível para uma cidade que passa por

dificuldades.

Os estudantes das várias universidades da cidade utilizavam esse restaurante comunitário, totalmente

mobiliado e que agora está abandonado, inclusive com seus móveis sendo desviados, sendo roubados. O Prefeito

da cidade, de forma abusiva, fechou o restaurante sem comunicar à população.

Muitas pessoas que vêm a Araguaína para fazer compras ou exames médicos procuravam esse restaurante

comunitário, que tinha um preço camarada para que a população tivesse condições de se alimentar.

Portanto, lamento profundamente o fechamento do restaurante comunitário de Araguaína, uma cidade

com um potencial enorme de crescimento. Muitas pessoas que moram nas cidades circunvizinhas usavam o

restaurante comunitário para se alimentar.

O Prefeito da cidade, que não tem um viés social, que não gosta de pobre, que só atende aos ricos,

simplesmente fechou esse restaurante comunitário em Araguaína sem um debate, sem discutir com a população.

Hoje, o restaurante comunitário de Araguaína está entregue às moscas.

Por isso, lamentamos profundamente o que está acontecendo na nossa querida cidade de Araguaína.

Gostaria que nosso pronunciamento fosse registrado no programa A Voz do Brasil, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Rogério Correia. PT - MG) - Muito obrigado.

Tem a palavra o Deputado Dr. Luiz Ovando, para falar pela Liderança do PSL.


Enquanto o Deputado se dirige à tribuna, concedo a palavra ao Deputado Evair Vieira de Melo.

O SR. EVAIR VIEIRA DE MELO (Bloco/PP - ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e

Srs. Deputados, o Espírito Santo sofreu, nos últimos dias, uma das piores chuvas da sua história. Encontram-se em

estado de calamidade 6 Municípios e em estado de emergência mais de 17 Municípios. A solidariedade que os

capixabas prestaram foi algo impressionante. As pessoas com o tempo costumam se esquecer da tragédia.

Quero agradecer ao Centro de Comércio de Café de Vitória, que mobilizou todo o Brasil e está fazendo a

entrega de 1.304 cestas básicas a famílias atingidas por essas chuvas nos Municípios de Castelo, Jerônimo

Monteiro, Mimoso do Sul, Bom Jesus do Norte, Iúna, Muniz Freire, Conceição do Castelo e Cachoeiro de

Itapemirim.

Muito obrigado ao Centro de Comércio de Café.

O Brasil inteiro se mobilizou e presta solidariedade a essas famílias, dando-lhes dignidade, na esperança e

na certeza de que esse Estado será reconstruído, naturalmente com o apoio do Governo do Estado, do Governo

Federal e da sociedade civil organizada, que muito nos tem apoiado.

Obrigado ao Centro de Comércio de Café por atender a mais de 1.300 famílias vítimas das chuvas no

Espírito Santo.

(Durante o discurso do Sr. Evair Vieira de Melo, o Sr. Rogério Correia, nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento

Interno, deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pela Sra. Erika Kokay, nos termos do § 2º do art. 18 do

Regimento Interno.)

A SRA. PRESIDENTE (Erika Kokay. PT - DF) - Tem a palavra o Deputado Dr. Luiz Ovando, que usará o tempo

regimental do seu partido, o PSL.

O SR. DR. LUIZ OVANDO (PSL - MS. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidente, Sras. e Srs.

Deputados, nesta oportunidade quero conversar um pouco sobre uma questão basicamente voltada para a área

de saúde.

Esta Casa se constitui exatamente num farol orientador dos destinos desta Nação e ao mesmo tempo se

caracteriza como um vigilante, atentando-se para que aquilo que é proposto e orientado seja verdadeiramente

seguido e cumprido. De uma maneira geral, nós todos aqui nesta Casa primamos pelo bem-estar da Nação

brasileira, principalmente no que diz respeito à segurança, ao ensino e à saúde.

Na segurança, de maneira geral, nós temos visto grande benefício, com redução da criminalidade e dos

ilícitos que lamentavelmente eram frequentes neste País, com redução de 38% em roubos a banco e de 22% em

homicídios. Dentro de 1 ano de mudanças, através de atitudes efetivas, conseguiu-se chegar a este ponto.

No ensino, lamentavelmente, tivemos o resultado do País numa das piores posições no cenário mundial,

estando atrás, na América do Sul, apenas a Argentina.


Em relação à saúde, o que nós temos é uma avaliação negativa, publicada apenas pela Folha de S.Paulo.

Então, não temos condição de levar muito a sério esse resultado. Dizem que a piora se deve exatamente ao

desaparecimento do Programa Mais Médicos. Nós não vamos entrar aqui na questão do Mais Médicos, até

porque esse é um estudo estatístico extremamente instável, não havendo números adequados para que nós

possamos dizer que o atendimento primário em saúde teve um comprometimento. Mas o que nós precisamos no

momento é atentar para a residência médica, a verdadeira necessidade dos residentes.

Nós tivemos oportunidade de conversar com alguns componentes da Associação Nacional dos Médicos

Residentes, e o que eles pedem é exatamente um reajuste justo e adequado para as suas necessidades básicas. O

residente é aquele instrumento fundamental para a manutenção da saúde adequada neste País.

Nós temos em torno de 50 mil médicos residentes, grande parte deles é ligada às filantrópicas. E nós

sabemos que as filantrópicas estão com a corda no pescoço há algum tempo, com uma grande dificuldade de

administrar as suas dívidas e de investir na medicina. Infelizmente ou felizmente — é importante que se diga isto

—, a inflação médica é muito além da inflação normalmente medida.

Eu quero aqui destacar a importância do residente. O residente é aquele que se dispõe a trabalhar, que se

dispõe a treinar. Então, ele tem uma bolsa. Agora, por ocasião dos tributos colocados pelo INSS, esse tributo de

11% passará para 14% e vai comprometer significativamente a sua bolsa. É importante que os órgãos

responsáveis, principalmente o Ministério da Saúde, estejam atentos e sejam sensíveis a essa demanda do

residente. Porque o residente é aquele indivíduo que, treinando-se, levará à frente a evolução científica

necessária à Medicina, e isso repercutirá naturalmente na saúde deste País.

Nós temos algumas proposições, inclusive um tanto quanto sonhadoras, propondo que o salário do

residente seja de 11.800 reais. Isso é impraticável. Nós temos que ter o pé no chão. O residente solicita, de um

salário de 3.300 reais e 43 centavos, que se reajuste para chegar ao nível de no máximo 5 mil reais, para que ele

possa fazer frente à sua necessidade.

Deixo aqui o meu apoio a todos aqueles que diuturnamente lutam buscando um aprimoramento, ajudando

a saúde brasileira, para que eles possam, adquirindo o treinamento adequado, contribuir para o progresso da

ciência médica e, assim, reduzir o grande problema de saúde que este País ainda enfrenta.

Esse é o meu apelo aos órgãos responsáveis, e que nós não nos iludamos com grandes salários, porque, na

verdade, o que o residente precisa é do reconhecimento desses órgãos, principalmente do Ministério da Saúde, e

da comunidade brasileira, para que eles tenham condição de crescer na ciência médica e de legar a este País o

seu serviço, o seu amor e a sua dedicação, para que a saúde verdadeiramente possa alcançar o lugar que merece

para toda a população brasileira.



A SRA. PRESIDENTE (Erika Kokay. PT - DF) - Antes de passar a palavra ao Deputado Hildo Rocha, que

utilizará o tempo de Liderança de seu partido, vou conceder 1 minuto ao Deputado Delegado Antônio Furtado, do

PSL do Rio de Janeiro.

O SR. DELEGADO ANTÔNIO FURTADO (PSL - RJ. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sra. Presidente.

Eu quero deixar claro que, como Delegado de Polícia que sou, sempre defenderei a segurança pública e o

direito do cidadão de bem ter a sua arma de fogo, se assim o desejar.

Justamente por isso eu propus o Projeto de Lei nº 323, de 2020, que visa permitir que haja maior facilidade

da concessão do porte de arma de fogo para o atirador desportista.

O que percebemos hoje no Brasil é que, mesmo quando esse atirador consegue preencher todos os

requisitos da lei, ele muitas vezes tem o porte de arma de fogo negado pela Polícia Federal e acaba sendo

submetido a humilhações, acaba sendo submetido a uma série de situações esdrúxulas, como ser obrigado a ter

uma guia de trânsito para levar a arma da sua casa até o estande de tiro, ou vice-versa, ou ele é parado na rua e

levado até a delegacia, como se bandido fosse. Não! Eu sou contra isso.

Eu quero que os CACs sejam respeitados no Brasil, porque entendo que eles também podem contribuir

para a segurança pública. E vão contribuir como? Fazendo o uso correto da sua arma de fogo.

É muito importante nós entendermos que os policiais não são garantidores universais. Não há como o

policial estar em todos os lugares ao mesmo tempo. Logo, todo cidadão que preencher as características

necessárias para ter arma de fogo tem que ter essa arma. Essa arma é um direito dele para poder exercer a sua

autodefesa. Assim, o projeto de lei fará do ato discricionário da Polícia Federal, de conceder ou não a arma, um

ato administrativo vinculado.

Que fique muito claro: estou do lado da lei, estou do lado da segurança, estou do lado dos atiradores

desportivos, porque eles certamente vão contribuir para que se aumente a sensação de segurança. Dessa forma,

eu quero que eles saibam que têm em mim um aliado, um aliado para fazer o que é certo e para defender a

segurança pública no nosso Brasil.


A SRA. PRESIDENTE (Erika Kokay. PT - DF) - Passo a palavra ao Deputado Hildo Rocha, pela Liderança do

Bloco PP/MDB/PTB.

Logo em seguida, passaremos a palavra para o Deputado Edilázio Júnior.

O SR. HILDO ROCHA (Bloco/MDB - MA. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Deputada Erika

Kokay, que preside a sessão neste momento, Sras. e Srs. Deputados, aconteceu hoje uma reunião na Comissão de

Finanças e Tributação — CFT, presidida pelo Deputado Sérgio Souza, ocasião em que tivemos presente o

Secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, grande servidor público, que foi apresentar o resultado fiscal de 2019.


O resultado fiscal de 2019 nos traz muita esperança, esperança de um Brasil melhor, tendo em vista que o

déficit diminuiu em relação a 2018. Em 2018, tivemos um déficit de 120 bilhões de reais. Na apuração do ano

2019, depois realizada, baixou para 95 bilhões de reais. Estava-se estimando para o ano 2019 um déficit de 110

bilhões. Ou seja, houve uma economia de 5 bilhões de reais, o que permitiu a diminuição dos juros, o

reinvestimento de recursos que estavam saindo do Brasil e que voltaram a ser aplicados em nosso País. Os

dividendos, em função disso, aumentaram. No ano de 2019, houve um aumento de 160% dos dividendos, o que

fez com que esse resultado fosse muito satisfatório. Isso significa dizer que as estatais no Brasil começaram a dar

lucro. Elas, estranhamente, durante um bom tempo, deram prejuízo, mas voltaram a dar lucro, o que faz com que

o déficit do nosso País comece a diminuir.

Com essa arrecadação, com esse resultado, aumentou também consideravelmente a transferência

constitucional para Estados e Municípios. Então, alguns prefeitos e governadores não podem reclamar de

dificuldade para pagamento de serviços e pagamento de folha de pagamento, porque houve um aumento de 10

bilhões de reais de 2018 para 2019. O FPE — Fundo de Participação dos Estados e distrito Federal, por exemplo,

teve um aumento de 4,7% em 2019.

Outra boa notícia é que houve uma diminuição de 4,7 bilhões de reais nos Restos a Pagar — RAP de 2018

para 2019. O Governo chegou a registrar 180 bilhões em Restos a Pagar de 2019 para 2020. Para que tenhamos

uma ideia, no ano de 2016 foram registrados quase 300 bilhões de reais em Restos a Pagar, durante o Governo

passado. Portanto, nós podemos comemorar o resultado fiscal e econômico do Governo Jair Bolsonaro.

Aliás, dos Três Poderes, Sra. Presidente Erika Kokay, o que fez a maior economia foi justamente o Poder

Legislativo. No Poder Legislativo, que é composto pela Câmara e pelo Senado, a Câmara foi campeã em redução

de despesas, de gastos, e é campeã em eficiência da máquina pública. Assim, temos que parabenizar o Presidente

Rodrigo Maia, a Deputada Soraya Santos, que é a Secretária-Geral da Mesa, toda a Diretoria da Câmara, por

terem conseguido esta grande façanha e não terem usado todo o orçamento — recursos orçamentários foram

devolvidos!

Nós sabemos que a Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão usou, para a compra de ambulância, o

que não gastou no orçamento. Assim, seria bom fazermos aqui algo parecido, porque sobrou um volume muito

grande do orçamento do Legislativo, que, tenho certeza, será usado em benefício da população.

Sra. Presidente, hoje nós estivemos numa reunião no Ministério do Desenvolvimento Regional, com o

Ministro Rogério Marinho. Eu sou o atual Presidente da Frente Parlamentar em Apoio à Habitação Popular. Estive

com vários Deputados que compõem a Diretoria da Frente. Fomos tratar da habitação popular. O Ministro

Rogério Marinho, que já foi nosso colega nesta Casa, um Deputado Federal muito competente, muito inteligente,

muito dedicado às causas da população, entende que temos a necessidade de recursos e de um programa


adequado para a habitação popular. Alguns projetos foram executados e até mesmo planejados, mas de forma

errada.

Há, no Estado do Maranhão, uma cidade pequena, com menos de 20 mil habitantes, onde construíram

conjuntos habitacionais urbanos com 500 casas, mas sem nenhuma preocupação com o meio ambiente, sem

preocupação com a sustentabilidade, sem preocupação com a educação, sem preocupação com a saúde. Agora o

Município está o caos. Além disso, outros empreendimentos construídos no Maranhão foram mal planejados e

mal executados.

Eu trouxe esta preocupação ao Ministro Rogério Marinho e ao novo Secretário Nacional de Habitação,

Eduardo dos Santos. Eles garantiram — foi a palavra do Ministro Rogério Marinho — que até o fim de março vão

apresentar à Frente Parlamentar de Apoio à Habitação Popular o programa habitacional para 2020, 2021 e 2022.

Eu saí da reunião muito feliz com a notícia e com a receptividade do Ministro Rogério Marinho com a Frente

Parlamentar.

Eu sei que vamos avançar. Nós temos um déficit muito grande, ele está consciente disso. As informações

que foram passadas para nós do que eles estão planejando, da formatação deste programa, são muito boas.

Esperamos que o programa realmente seja da forma como eles estão pensando, como estão desenhando para

todo o Brasil. No Maranhão, nós temos o maior déficit habitacional rural. Nossa esperança é que este programa

venha justamente atender às necessidades do nosso Estado.

Sra. Presidente, agora vamos participar da instalação da Comissão Mista que vai tratar da reforma

tributária. A reunião ocorrerá na sala do Presidente do Congresso Nacional, o Senador Davi Alcolumbre. O

Presidente da Comissão será o Senador Roberto Rocha, um Senador do Maranhão, a quem quero parabenizar; o

Relator será o Deputado Aguinaldo Ribeiro. Coube a mim, Deputado Hildo Rocha, a Vice-Presidência. Vou fazer de

tudo para avançarmos.

É necessário que tenhamos realmente um texto único, que seja trabalhado e defendido. Nós temos um

aqui, a PEC 45, do Deputado Baleia Rossi, um texto muito mais simples do que o da PEC 110, embora seja de

autoria do Presidente do Senado, o Senador Davi Alcolumbre, saiu desta Casa, da Câmara dos Deputados, fruto

de uma comissão de estudos que eu presidi. Em seguida, foi criada outra comissão, que eu também presidi, e

designei, na ocasião, o Deputado Luiz Carlos Hauly, grande conhecedor do sistema tributário não só do Brasil,

mas do mundo inteiro, e ele confeccionou, com a ajuda das mãos de mais de 40 Parlamentares, aquela proposta

que está na PEC.

Portanto, nós precisamos fazer um texto do acordo. Eu tenho certeza de que a construção deste texto do

acordo será feita, espero, ainda neste semestre. A intenção do Deputado Rodrigo Maia, Presidente desta Casa, é


trazê-lo ao Plenário ainda neste primeiro semestre, antes das eleições municipais, para que tenhamos,

definitivamente, um sistema tributário moderno, parecido com o dos países mais desenvolvidos.

Nós sabemos que o atual sistema tributário brasileiro atrapalha o desenvolvimento do nosso País, atrapalha

a criação de mais empregos, atrapalha a geração de oportunidades para a juventude brasileira. Assim, realmente

temos que construir um novo sistema tributário brasileiro.

Sra. Presidente, solicito a V.Exa. que este pronunciamento seja divulgado pelo programa A Voz do Brasil.

Muito obrigado.

A SRA. PRESIDENTE (Erika Kokay. PT - DF) - Obrigada, Deputado Hildo Rocha.

Passo a palavra ao Deputado Edilázio Júnior. Em seguida, falará o Deputado Odair Cunha.

O SR. EDILÁZIO JÚNIOR (PSD - MA. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sra. Presidente. Boa tarde a todos.

Na última semana, o jornal Valor Econômico começou a trazer manchetes sobre a balela que é essa pré-

candidatura à Presidência do Governador comunista do Maranhão, mostrando a precariedade da administração

desse Governo comunista. Esta semana, a Veja também acompanhou os acontecimentos, apagando o brilho da

estrela da Esquerda do Brasil. Até o site The Intercept, que é ligado à Esquerda extrema, ao PSOL, também veio

mostrar a verdadeira face do Governador do Maranhão. Vejam só!

Em poucas palavras, segundo a revista Veja, nesses 5 anos de governo comunista, o aumento do

desemprego tomou conta do nosso Estado. A Veja até brinca dizendo que o Governador conseguiu fazer aquilo

que era praticamente impossível: ele conseguiu, no Estado mais miserável do País, aumentar o número de

miseráveis, as desigualdades e a concentração de riqueza nos 5 anos de mandato. Além disso, conseguiu

endividar nosso Estado e quebrar a nossa Presidência. Aliás, o Maranhão hoje caiu no quesito bons pagadores à

União. Hoje ele é impedido de assumir novos empréstimos, por conta do déficit e do inchaço da folha de

pagamento dos apaziguados do PCdoB.

Nós somos maranhenses e sabemos a verdade de como ele administra nosso Estado. Não bastasse tudo

isso, ainda ontem ele grava um vídeo querendo dar dinheiro ao Governo Federal para recuperar nossas BRs, que

realmente se encontram num estado de calamidade. Aqui temos o Deputado Márcio Jerry, que ontem

acompanhou uma comitiva de Deputados e Senadores ao DNIT, ocasião em que nos foi garantida a recuperação

das nossas BRs.

Eu faço um apelo ao Governador do Estado do Maranhão, diante do cinismo dele: que ele pegue o dinheiro

que ia doar ao Governo Federal e recupere a MA-006, Deputado Márcio Jerry. V.Exa. conhece a região, que é o

berço do nosso agronegócio. De lá, escoam grãos para o Porto de Itaqui. No entanto, a MA-006 encontra-se

intrafegável.


Portanto, Governador, recupere as estradas estaduais, que são de sua responsabilidade! Recupere a MA-

014, onde foi feito um serviço porco, e todo o asfalto já foi embora, de Vitória do Mearim a Pinheiro. Recupere a

MA-322. Faça seu dever de casa, Governador, para que você possa sair da sua casinha e pensar em algo maior.

Primeiro, mostre que você consegue fazer uma boa administração em nosso Estado. A mídia nacional está

mostrando a sua falência como gestor público.


O SR. MÁRCIO JERRY (PCdoB - MA) - Sra. Presidente, queria a oportunidade de fazer um esclarecimento, já

que meu nome foi citado duas vezes. Peço apenas 1 minuto.

A SRA. PRESIDENTE (Erika Kokay. PT - DF) - Primeiro, vou passar a palavra ao Deputado Bosco Costa. Em

seguida, V.Exa. poderá falar. Na sequência, terão a palavra os Deputados Odair Cunha e Felício Laterça.

Tem a palavra o Deputado Bosco Costa.

O SR. BOSCO COSTA (PL - SE. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidente, inicio pedindo a V.Exa. que aceite

como lido pronunciamento em que homenageio um aluno de uma escola pública do pequeno povoado Aningas,

no Semiárido sergipano. O aluno Leonardo Oliveira foi o primeiro colocado no curso de Medicina do Estado de

Sergipe. Portanto, merece ser homenageado. Eu conheço o povoado de Aningas, um povoado pobre. Trata-se de

uma região sofrida no Estado de Sergipe, situada entre a divisa de Nossa Senhora da Glória e Carira.

Leonardo, parabéns por este primeiro lugar! Nós sabemos que, quando as pessoas querem e buscam,

conseguem alcançar seus objetivos.

Sra. Presidente, solicito a V.Exa. que a homenagem que eu faço ao aluno Leonardo Oliveira, do Município

de Nossa Senhora da Glória, em Sergipe, seja divulgada pelos meios de comunicação da Casa, especialmente pelo


Muito obrigado.

A SRA. PRESIDENTE (Erika Kokay. PT - DF) - Esta Presidência acata a solicitação de V.Exa., Deputado Bosco

Costa, para que seja divulgado o seu pronunciamento.

DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELO SR. DEPUTADO BOSCO COSTA.

Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, aproveito esta oportunidade para homenagear o aluno Leonardo de

Oliveira, morador no povoado Aningas, no Município de Nossa Senhora da Glória, em Sergipe, por sua aprovação

em primeiro lugar no curso de Medicina da Universidade Federal de Sergipe.

Leonardo estudou a vida inteira na rede pública e terminou o ensino médio no Centro de Excelência Manoel

Messias Feitosa, escola estadual que oferta ensino em tempo integral. Ele atribui seu sucesso à intensa dedicação

aos estudos e ao acesso à escola em tempo integral. Foi esse acesso que permitiu a ele que se concentrasse nas


disciplinas exigidas pelo Exame Nacional do Ensino Médio e tornou possível sua posterior classificação no Sistema

de Seleção Unificada para o curso de Medicina.

Experiências como a de Leonardo ilustram as vantagens do recém-instalado modelo de ensino em tempo

integral. A escola em tempo integral procura trabalhar e desenvolver todos os tipos de inteligência do aluno. Os

estudantes recebem orientação de horário de estudos, preparação para o ingresso no mercado de trabalho e

auxílio na preparação dos seus projetos de vida.

No Estado de Sergipe, as escolas que oferecem tempo integral focam todas as disciplinas que preparam

para o ENEM. As aulas começam no turno matutino e seguem até o vespertino, com três refeições oferecidas.

Desta forma, de acordo com a Secretaria de Educação do Estado, os alunos dispõem de tempo para definir

metas e planejar seu futuro, nas aulas do Projeto de Vida; articulam teoria e prática nas aulas de Práticas

Experimentais; são capazes de escolher matérias de interesse próprio, de acordo com seus interesses e projetos

de vida, entre as disciplinas eletivas. Por fim, promovem atividades científicas, culturais e esportivas nos Clubes

de Protagonismo. Assim, o aluno pode desenvolver novos talentos e aperfeiçoar suas habilidades.

Estas escolas se tornaram possíveis a partir da reforma do ensino médio, aprovada pelo Congresso em

2017, que alterou as Diretrizes e Bases da Educação Nacional e estabeleceu mudanças na estrutura do ensino.

Entre estas mudanças, está a adoção de uma Base Nacional Comum Curricular, que estabelece um currículo

comum obrigatório para todos os alunos. Outra mudança importante foi exatamente a ampliação da carga

horária dos alunos, com uma parte das horas dedicada às disciplinas obrigatórias da base comum e a outra parte

dedicada à formação do aluno de acordo com seus interesses e projetos particulares.

A partir da obrigatoriedade de uma grade curricular comum, ficam garantidos aos jovens brasileiros a

preparação para o trabalho e o exercício pleno da cidadania. Os estudantes têm, agora, o direito de escolher seu

percurso de aprendizado, possibilitando o aprofundamento na área de estudo que corresponda a seus sonhos e

vocações.

Os estudantes não estão sozinhos neste projeto. As escolas estão obrigadas a dialogar com os alunos,

criando espaços psicopedagógicos, para que eles possam avaliar seus interesses e desenvolver seus projetos de

vida e suas habilidades.

Temos aqui, no estudante Leonardo, um exemplo do sucesso deste modelo, que é implantado em países

desenvolvidos e, com certeza, impulsionará o crescimento dos nossos jovens e o desenvolvimento do nosso País.

Muito obrigado.

A SRA. PRESIDENTE (Erika Kokay. PT - DF) - Concedo a palavra ao Deputado Márcio Jerry.

Em seguida, falarão os Deputados Felício Laterça e Odair Cunha. Na sequência, iniciaremos o Grande

Expediente, que já está atrasado.


O SR. MÁRCIO JERRY (PCdoB - MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado, Presidente Erika

Kokay.

Eu compreendo as motivações do Deputado que falou há pouco sobre o Maranhão. Ele é, na Casa, o

solitário representante de um esquema de poder que dominou e infelicitou o Maranhão por 50 anos. Aí, ele vem

querer que o Governador Flávio Dino, em 5 anos, consiga fazer tudo aquilo que eles não conseguiram fazer em 50

anos. Eis a razão objetiva, concreta e real da insatisfação dele. Se lesse, além dos títulos, as matérias a que ele fez

referência aqui, teria visto os grandes avanços que as próprias matérias reconhecem estarem acontecendo no

Maranhão em educação, saúde, infraestrutura, segurança pública, enfim, há um conjunto de realizações muito

importantes em curso no Maranhão, sob a liderança do Governador Flávio Dino.

Quem melhor pode atestar isso é o povo do Maranhão, que reelegeu o Governador Flávio Dino e continua

aprovando, em mais de 60%, seu mandato, por estar fazendo com que o Maranhão caminhe no rumo certo.

Muito obrigado.

A SRA. PRESIDENTE (Erika Kokay. PT - DF) - Concedo a palavra ao Deputado Felício Laterça.

Em seguida, falará o Deputado Odair Cunha. Assim, darei início ao Grande Expediente. Farei isso pelo

Deputado Luiz Carlos Motta.

O SR. FELÍCIO LATERÇA (PSL - RJ. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidente, quero falar sobre o assassinato

de um agente de Polícia Federal e o ferimento de outro colega na semana passada, no nosso Estado do Rio de

Janeiro. É com grande pesar que recebemos esta notícia.

Preciso registrar como se deu o evento e até mesmo como a mídia tratou o assunto, aliás, não tratou. Uma

equipe policial estava em serviço e foi atacada ao entrar em uma comunidade do nosso Rio de Janeiro. Nós não

ouvimos ninguém falar contra o assassinato do policial. Lamentavelmente, trata-se de um caso recorrente no

nosso País, inclusive aqui na Câmara dos Deputados.

Mas é importante também ressaltar que estivemos, no sábado, no sepultamento de um colega junto com o

Diretor-Geral da Polícia Federal, Dr. Valeixo, a quem pessoalmente fiz questão de falar da importância de investir

na nossa Polícia Federal — e estendo essa fala ao nosso Ministro Moro, da Justiça e Segurança Pública —, investir

em viaturas blindadas. Já passou da hora! Já bastam as condições de trabalho dos nossos policiais, que não são

adequadas! Viatura blindada na cidade do Rio de Janeiro é mais do que necessário.

Então, é preciso investir na Polícia Federal; fazer sedes da Polícia Federal, para diminuir a dependência de

Municípios; e fazer com que a Polícia Federal tenha a importância equivalente ao reconhecimento que o País

todo lhe confere.

Muito obrigado.

Solicito que o meu pronunciamento seja divulgado no programa A Voz do Brasil.


A SRA. PRESIDENTE (Erika Kokay. PT - DF) - Obrigada. Encaminhamos para que seja acatado o pedido de

V.Exa.

Os próximos inscritos seriam os Deputados Henrique e Guiga Peixoto e a Deputada Chris Tonietto, que

também solicitaram 1 minuto, mas não estão presentes.

Passo, então, a palavra ao Deputado Odair Cunha, que falará pela Liderança da Oposição desta Casa. S.Exa.

tem o tempo regimental.

Em seguida começaremos o Grande Expediente.

O SR. ODAIR CUNHA (PT - MG. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidente, Sras. e Srs.

Parlamentares, trago a esta tribuna um tema que tem feito da vida de muitas pessoas um drama recorrente.

Desde 1958, quando se começou a construção da usina hidrelétrica de Furnas, a população sul-mineira convive

com a realidade do reservatório de Furnas. Nesses mais de 60 anos, o reservatório de Furnas se incorporou à

paisagem da nossa região. A nossa economia regional se adaptou ao "mar de Minas", o lago de Furnas — são 34

Municípios lindeiros; 3.500 quilômetros de margem, um vasto território de 1.440 quilômetros quadrados.

Ora, Sras. e Srs. Parlamentares, o que estamos a questionar neste momento é se é justo impor de maneira

cíclica um sofrimento psicológico e um dano econômico a uma população que durante esses 60 anos se vê

atingida pela variação do nível do lago. Parece-nos que não. Não é justo que a população dessa região sempre

arque com os custos da falta de investimentos na diversificação da matriz energética do nosso País.

Não podemos admitir que o planejamento do uso do reservatório se dê sem levar em conta a população

lindeira. Não podemos admitir a falta de previsibilidade de longo prazo no despacho de geração de energia

elétrica por parte do Operador Nacional do Sistema.

Neste momento, apelamos para sensibilizar o Governo Federal, a Agência Nacional de Energia Elétrica e o

Operador Nacional do Sistema para que revejam o seu planejamento de geração de energia elétrica a partir desse

reservatório. Isso é fundamental para frearmos a baixa no nível do reservatório a que estamos assistindo nesse

período chuvoso. Mas precisamos, Sra. Presidente, de um mecanismo que seja duradouro e garanta

previsibilidade no uso múltiplo das águas.

É verdade que a baixa a que estamos a assistir em nosso Lago de Furnas não é um fato exclusivo deste

Governo. Ela já ocorreu em outros momentos da história. E é exatamente por este fato que defendo a criação de

um mecanismo que garanta o controle social do nível do reservatório, garantindo o uso das águas para o

consumo humano, para a geração de energia elétrica, para a agropecuária, para o turismo e para a aquicultura.

O que submeto aos nobres pares, pedindo o apoio, em especial, dos meus colegas da bancada de Minas

Gerais, é a proposta de criação de um comitê gestor dos reservatórios.


Ora, Sra. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, este colegiado seria paritário, com representantes da

sociedade civil do entorno do reservatório e com representantes dos Governos dos Municípios, do Estado e da

União. Esse comitê seria responsável por elaborar e aprovar um plano de manejo para o uso do reservatório que:

garanta o uso múltiplo das águas; tenha duração correspondente ao período de concessão do empreendimento

hidrelétrico; estabeleça uma cota mínima necessária naquele reservatório; o Operador Nacional do Sistema seja

obrigado a atender.

Com esta proposta, estaremos a encontrar uma solução definitiva para o sofrimento cíclico que a região

passa todas as vezes que nós temos uma demanda de energia elétrica sem a consequente geração de uma

energia que seja barata a todos os brasileiros e brasileiras.

Esta é a contribuição que nós estamos trazendo para o debate desta Casa, Sra. Presidente, para todos os

Parlamentares, de forma a encontrarmos uma solução duradoura para a baixa do reservatório do Lago de Furnas

e de todos os reservatórios de geração de energia elétrica que existem neste País.

Muito obrigado.

A SRA. PRESIDENTE (Erika Kokay. PT - DF) - Obrigada, Deputado Odair Cunha, pela lucidez e sabedoria do

seu pronunciamento.

Eu vou passar a palavra, no Grande Expediente, para o Deputado Luiz Carlos Motta.

Antes, porém, concedo 1 minuto para o Deputado Ricardo Silva.

O SR. RICARDO SILVA (PSB - SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidente, obrigado pela

concessão.

Eu quero dizer que fiz um pronunciamento agora há pouco sobre o HC de Ribeirão Preto e sobre nossa

preocupação com o anúncio do fechamento, pelo Governo estadual, de 130 leitos do hospital. Esta informação já

é praticamente oficial.

Eu conversava agora há pouco, Sra. Presidente, com o Presidente da Câmara de Ribeirão Preto, Vereador

Lincoln Fernandes, que já me falava da preocupação de toda a Câmara, que está unida em torno disso.

Conversava também com o Deputado Estadual Rafael Silva, que, junto com a Câmara Municipal, irá promover até

mesmo uma audiência pública para tratar do assunto do HC de Ribeirão.

Nós conclamamos as autoridades de Ribeirão Preto para que se unam. Nós temos o apoio também — eu

tenho convicção — do Deputado Estadual Léo Oliveira e do Deputado Federal Baleia Rossi, que também é de

Ribeirão Preto. Tive informações de que o Vereador Bertinho Scandiuzzi também está empenhado nesta causa,

assim como os Vereadores Igor Oliveira, Orlando Pesoti, Luiz Antônio França, Jean Corauci — enfim, todos os

Vereadores da Câmara. Não vou citar mais nomes para não ser injusto, mas a união de Ribeirão Preto é geral.


Esperamos que o Prefeito de Ribeirão Preto, Duarte Nogueira, que é do partido do Governador, se mova

também, porque são leitos para a saúde pública de Ribeirão Preto.

Esperamos que essa união gere frutos, para que não aconteça de jeito nenhum o fechamento de leitos no

HC. Ao contrário, que nós tenhamos investimentos em nosso hospital público.

Muito obrigado.

A SRA. PRESIDENTE (Erika Kokay. PT - DF) - Obrigada, Deputado Ricardo Silva, que traz preocupações da sua

cidade, do seu Estado, que são absolutamente relevantes. O direito à saúde é o direito à vida.

Declaro encerrado o Pequeno Expediente.

GRANDE EXPEDIENTE

A SRA. PRESIDENTE (Erika Kokay. PT - DF) - Passamos ao Grande Expediente.

Concedo a palavra ao Deputado Luiz Carlos Motta, do PL de São Paulo.


O SR. LUIZ CARLOS MOTTA (PL - SP. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sra. Presidente, Deputada Erika

Kokay.

Sras. e Srs. Parlamentares, brasileiros e brasileiras que nos acompanham por meio dos veículos de

comunicação desta Casa, respaldado pelos votos de mais de 75 mil eleitores paulistanos e com a missão de

conduzir um mandato transparente, ético e realizador, atuando pela geração de empregos, distribuição de renda

e preservação dos direitos dos trabalhadores, cumpro o meu mandato nesta Casa de Leis.

Com a participação efetiva do povo paulista na construção de um mandato democrático, posso garantir que

muito fizemos num curto espaço de tempo.

Neste meu breve balanço, constam realizações relacionadas ao meu primeiro ano de mandato.

São atuações como: participações em seis Comissões e um Conselho desta Casa; apresentação de várias

emendas a medidas provisórias; atendimento a centenas de demandas dos Municípios paulistas.

Com o apoio integral do meu partido, integro a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público e

fui eleito Presidente da Subcomissão Permanente para debater prevenção de acidentes e doenças no trabalho,

instalada no dia 23 de outubro.

Fui designado Presidente da Comissão Especial que analisou a proposta do Executivo para modificar o

Código de Trânsito Brasileiro, o CTB. O PL 3.267/19, entregue à Câmara dos Deputados pelo Presidente Jair

Bolsonaro, fez diversas alterações na Lei 9.503/97, que criou o Código de Trânsito Brasileiro.

A proposta do Governo atacou itens polêmicos, como o aumento do número de pontos para a suspensão

da Carteira Nacional de Habilitação, elevando o limite de 20 para 40 pontos. Propôs o fim das multas para quem


transporta crianças de até 7 anos sem cadeirinha, além da exclusão da exigência de exame toxicológico para

motoristas profissionais. Estamos com uma grande responsabilidade pela frente, pois estamos tratando do nosso

bem maior: a proteção da vida.

Mais de 300 emendas foram apresentadas ao projeto de lei; seis audiências públicas temáticas foram

realizadas, com a participação de especialistas de trânsito dos setores público e privado e de representantes da

sociedade civil; e intensos debates foram feitos na Comissão, para colhermos subsídios, informações e dados

importantes que contribuíram sobremaneira para a elaboração do parecer, apresentado ontem pelo Relator, o

Deputado Juscelino Filho. Após a leitura do parecer, foi feito um pedido de vista coletivo. Com isso, o debate

sobre o relatório fica suspenso por duas sessões no plenário desta Câmara.

Com o apoio dos nobres Parlamentares que integram o nosso colegiado, busquei sempre conduzir os

trabalhos com responsabilidade, visando ao aperfeiçoamento do Código de Trânsito Brasileiro, que já tem mais

de 20 anos de vigência. Em caráter conclusivo na Comissão, o texto, após aprovado, seguirá para o Senado

Federal.

Também fui eleito 3º Vice-Presidente da Comissão Especial do Projeto de Lei nº 1.646, de 2019, que

estabelece medidas para o combate ao devedor contumaz e de fortalecimento da cobrança da dívida ativa; sou

membro titular da Comissão Especial do Projeto de Lei nº 10.887, de 2018, que dispõe sobre improbidade

administrativa; e integro o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, órgão encarregado de zelar pela observância

dos preceitos éticos, atuando na preservação da dignidade parlamentar. Além disso, fui designado pelo

Presidente da Câmara para fazer parte da Comissão Especial de Documentos Sigilosos.

Nesse primeiro ano de mandato, apresentei diversas emendas a medidas provisórias, mantendo-me fiel ao

compromisso de defender os interesses dos trabalhadores e da população brasileira.

Quanto à MP 889/19, que estabelece novas regras para liberação do Fundo de Garantia do Tempo de

Serviço — FGTS, apresentei emenda prevendo uma nova modalidade de saque do FGTS, para permitir que o

recém-formado quite ou amortize o financiamento do FIES — Fundo de Financiamento Estudantil, empréstimo

que é contraído para custear os estudos do titular da conta ou de seus dependentes.

Minhas preocupações com as ameaças de novas perdas de direitos, iniciadas com a reforma trabalhista,

fizeram-me apresentar duas emendas modificativas à MP 881/19, a MP da Liberdade Econômica. Apresentei

essas duas emendas com o objetivo de salvaguardar os direitos trabalhistas, ao não concordar, por exemplo, com

a liberação do trabalho aos domingos e feriados sem negociações prévias, além de zelar por normas reguladoras

e de prevenção à saúde e à segurança no trabalho.

Sim, todos nós concordamos com a geração de incentivos às micro e pequenas empresas, mas não a custo

de mais retirada de direitos, como já fez a Lei nº 13.467, de 2017, que ensejou a Reforma Trabalhista.


Quanto às emendas de inclusão de metas na LDO, apresentei três. Essas minhas três emendas preveem o

acréscimo de metas para fortalecer o trabalho de instituições de segurança pública, incrementar a construção de

habitações ou aquisição de lotes urbanizados e promover a inclusão social por meio do esporte.

No início deste ano, apresentei duas emendas à MP 919/20, que fixa o valor do salário mínimo em 1.045

reais. A minha proposta tem como objetivo recuperar a política de valorização do salário mínimo, que permite

ganhos reais ao trabalhador. A valorização do salário mínimo é fundamental para que haja melhoria da condição

de vida dos trabalhadores, com a recuperação do poder de compra do piso nacional, beneficiando trabalhadores

da ativa, aposentados e pensionistas.

Sendo eu um Deputado de forte caráter municipalista, por meio de emendas impositivas da bancada

paulista e focado na melhoria da segurança pública contemplamos 17 corporações da Polícia Militar do Estado de

São Paulo. Foram destinadas verbas ao reaparelhamento, à reestruturação e à modernização dessas corporações.

A bancada paulista tem atuado fortemente para buscar medidas mitigadoras e de apoio do Governo

Federal, a fim de reparar os danos causados pela intensa chuva que atingiu a cidade de São Paulo e algumas

cidades do interior paulista nos últimos dias, provocando alagamentos, desabamentos e caos no trânsito da

cidade e entorno. Em caráter extraordinário, o Coordenador da nossa bancada, Deputado Herculano Passos,

convocou uma reunião na semana passada para juntos elegermos ações para evitar novas tragédias. Solidários às

vítimas das chuvas, solicitamos audiência com os Ministros da Secretaria Geral de Governo e do Desenvolvimento

Regional com o objetivo de demonstrar a gravidade dos desastres e dos prejuízos sofridos por cada região do

nosso Estado de São Paulo.

Temos atuado fortemente também para garantir recursos e emendas contemplando diversas unidades de

saúde, Santas Casas e hospitais. Apoiamos a destinação de recursos para o Hospital de Base de São José do Rio

Preto, o maior complexo de saúde do interior de São Paulo, cujos Diretores, a Dra. Amália e o Dr. Robson,

encontram-se aqui no plenário desta Casa nos prestigiando; o Hospital do Amor de Barretos; o Hospital de

Clínicas de Campinas; o Hospital de Clínicas de Ribeirão Preto; e hospitais especializados, como o Hospital do Rim,

o Hospital GRAACC, o Hospital de Reabilitação de Anomalias de Bauru, o Hospital de Oftalmologia de Sorocaba, a

Santa Casa de Votuporanga e a Santa Casa de Tupã.

Defendi também a destinação de verba para impulsionar o ensino no campus da Unesp. Por meio de uma

emenda impositiva da bancada paulista, o campus da Unesp em Tupã deverá receber mais de 1 milhão de reais,

investimento que terá impacto direto no desenvolvimento dos estudantes, com reflexos também na economia

regional, possibilitando que empresas desenvolvam pesquisas junto com os docentes e alunos.

Além de contemplar as áreas de saúde e educação, a bancada paulista destinou recursos para a segurança

pública e, ainda, para a agricultura. Essa área receberá 22 milhões de reais por meio de investimentos na


Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária — EMBRAPA, que desenvolve tecnologias, conhecimentos e

informações técnico-científicas voltadas para a agricultura e a pecuária brasileiras.

Contemplei também 115 Municípios paulistas, destinando-lhes recursos para serem investidos nas áreas de

saúde, infraestrutura urbana, assistência social, cultura e agricultura, além de atender outros pleitos municipais

ligados ao esporte e à manutenção do atendimento das perícias médicas no INSS.

Destinei 3 milhões de reais provenientes do Governo do Estado para atender mais de 20 Municípios na

manutenção das unidades de saúde básica que integram o SUS, para a aquisição de materiais e a compra de

medicamentos, e, também, para as áreas de infraestrutura urbana e esportes.

É com atenção redobrada à questão dos Municípios que agora faço uso da palavra para discutir um tema

ainda desconhecido pelo povo brasileiro, mas fundamental para o futuro do Brasil: a urgente necessidade de

revisão do nosso pacto federativo.

O Brasil está vivendo um momento de forte transformação social e política, com a reforma da Previdência,

promulgada pelo Congresso no dia 12 de novembro. Contudo, de nada adiantará reformar a Previdência e

continuar negando aos Estados e aos Municípios os meios necessários para estes cumprirem as funções que a

Constituição Federal lhes delegou.

O pacto federativo é o arcabouço legal que estabelece as obrigações financeiras, a arrecadação de recursos

e os campos de atuação dos entes federados. Em outras palavras, é o conjunto de dispositivos constitucionais

que determina o que cada ente federativo pode arrecadar e quais serviços tem competência para custear.

Nesse contexto, a Constituição de 1988 representou um avanço sem precedentes em nossa História.

Lembro-me das sábias palavras de um dos maiores estadistas que o Brasil já teve e que batizou este Plenário, o

saudoso e inesquecível Deputado Ulysses Guimarães. No início do segundo turno das votações do projeto que

viria a se tornar a Constituição de 1988, Dr. Ulysses disse: “As urnas dão votos para os Governadores e Prefeitos

administrarem”. Mas só a autêntica Federação que estamos organizando dá o dinheiro para que tais Governos

respondam as necessidades localizadas.

“Federação é governo junto com o homem. Não homem correndo atrás do Governo Estadual ou de Brasília,

frequentemente longínquo e indiferente.”

Desde a Constituinte, os tributos federais e a arrecadação do Governo central cresceram.

Por outro lado, enquanto as arrecadações dos Estados e dos Municípios mantiveram-se estagnadas, as

obrigações daqueles entes federativos para com áreas essenciais, como saúde, segurança e educação, só

aumentaram, sem qualquer compensação fiscal. É simplesmente insustentável, senhoras e senhores.

Verdadeiramente, o pacto federativo poderá estimular o crescimento dos Estados e dos Municípios. A tão

sonhada geração de emprego e renda depende diretamente dessa importante medida.


Temos, também, de repensar o atual sistema tributário, a redução dos impostos sobre o consumo.

Considero a reforma tributária a mais importante das reformas. É preciso ampliar a base de arrecadação

tributária para desonerar as atividades que promovem o crescimento econômico.

O sistema tributário não deve ser apenas simplificado, mas também racionalizado e modernizado. Por isso,

defendo a reforma tributária solidária. Entendo que, com essa proposta, teremos um sistema com mais justiça

fiscal, visando a reduzir a desigualdade social.

Como Deputado Federal, tenho redobrado minha atenção à criação de incentivos aos Municípios e à

formulação de parcerias. Foco o exercício do meu mandato na promoção de iniciativas que, infelizmente, não são

cumpridas pelo Estado. Fiel ao que anunciei em minha campanha eleitoral considero fundamental manter

proximidade com as lideranças políticas e sociais, e aliado ao bom relacionamento que mantenho com os meus

pares nesta Casa.

O resultado positivo, obtido por meio desse contato direto mantido com as autoridades e instituições, pode

ser exemplificado em duas atividades cidadãs muito expressivas, por mim praticada: primeira, a construção de

casas atendendo mais de 14 mil famílias por meio de parcerias, entre elas, a Caixa Econômica Federal e as

Prefeituras; segunda, a conquista de terrenos para a construção de casas por meio do Construindo Cidadania, um

idôneo programa de loteamento popular.

O exercício de um mandato democrático que conta, a cada dia, com as participações de Prefeitos,

Vereadores, Secretários e Deputados Estaduais, faz com que sigamos contribuindo para tirar milhares de famílias

do aluguel.

Enfim, parceria para mim significa compromisso com a promoção do bem-estar do próximo. Parceria é

compromisso com o cumprimento de um mandato que contribua com ações que melhore a vida das pessoas.

Por fim, quero aqui registrar o orgulho e satisfação com o Partido Liberal — PL, que, sob a liderança do

Deputado Wellington Roberto, tem crescido muito e é cada vez mais respeitado, um partido que tem

compromisso e comprometimento com nosso Brasil. Hoje, o partido conta com 43 Deputados Federais, sendo 7

Deputados Federais do Estado de São Paulo, e 6 Deputados Estaduais do Estado de São Paulo. O PL está

organizado em quase 500 cidades do Estado de São Paulo. É um partido que está cada vez mais forte e que zela

pela unidade partidária. Não tenho dúvida de que tem muito ainda a contribuir para um Brasil melhor,

trabalhando na construção de políticas públicas e com uma agenda que estimule a geração de emprego e renda e

coloque o Brasil rumo ao crescimento econômico.

É com esta colocação que encerro meu pronunciamento, acreditando ser possível e necessário exercer um

mandato a serviço do povo brasileiro, com geração de emprego, renda e promoção de uma vida digna.


Sra. Presidente, solicito a V.Exa. que autorize a reprodução das minhas palavras nos veículos de

comunicação desta Casa e no programa A Voz do Brasil.

Muito obrigado.

A SRA. PRESIDENTE (Erika Kokay. PT - DF) - Deputado Luiz Carlos Motta, sua solicitação será atendida.

Autorizo a ampla divulgação do seu pronunciamento nos meios de comunicação desta Casa.

Concedo a palavra ao Sr. Deputado Paes Landim, do PTB do Piauí, que adicionará ao seu tempo do Grande

Expediente o tempo de que dispõe para o exercício das breves comunicações.

V.Exa. disporá de 28 minutos.

O SR. PAES LANDIM (Bloco/PTB - PI. Sem revisão do orador.) -

DISCURSO DO SR. DEPUTADO PAES LANDIM QUE, ENTREGUE AO ORADOR PARA REVISÃO, SERÁ

POSTERIORMENTE PUBLICADO.

A SRA. PRESIDENTE (Erika Kokay. PT - DF) - Vou conceder a palavra, por 1 minuto, aos Deputados Bibo

Nunes e Pompeo de Mattos. Depois, o Deputado Vicentinho falará pela Liderança do PT. Em seguida, passarei a

Presidência para o Deputado Emanuel Pinheiro Neto.

Tem a palavra o Deputado Bibo Nunes.

O SR. BIBO NUNES (PSL - RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Grato, nobre Presidente Erika Kokay.

Eu quero cumprimentar a Polícia Federal pelo belo trabalho feito ontem em dois Estados, onde prenderam

muitos pedófilos, inclusive no Rio Grande do Sul, na cidade de Nova Petrópolis.

Pedófilo tem que ter punição máxima: prisão perpétua ou até pena capital, porque não admito que alguém

pegue uma criança de 5 ou 6 anos para seviciar.

Aproveito para fazer um apelo à Esquerda no sentido de que não confunda pedofilia com cultura. Pedofilia

não é cultura. Isso aconteceu em muitos museus, como no Queermuseu, em Porto Alegre, e em outras

exposições, nas quais há cenas pré-sexo com crianças assistindo. Por favor, vamos preservar as crianças, vamos

preservar a família! Isso é o que eu peço. Não há nada de político nesse pedido. Apenas penso na família e no

bem do Brasil.

Muito obrigado, nobre Presidente.

A SRA. PRESIDENTE (Erika Kokay. PT - DF) - Obrigada, Deputado Bibo Nunes.

Tem a palavra o Deputado Pompeo de Mattos.

O SR. POMPEO DE MATTOS (PDT - RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Deputada Erika Kokay, está

aqui comigo o Prefeito Eduardo Abrahão, da centenária cidade de Osório, terra dos bons ventos. Ele veio a

Brasília lutar pelos royalties do petróleo e esteve em uma audiência na ANP, juntamente com o Deputado Alceu

Moreira e os Senadores Luis Carlos Heinze e Lasier Martins, parceiros nessa luta.


Deputada Erika Kokay, na região de Tramandaí, Osório e Imbé, nós temos o TEDUT, um terminal de

distribuição de petróleo. Imbé recebe royalties porque é um atracadouro dos barcos. Tramandaí tem a

monoboia, além do duto que leva a Osório, para os 9 tanques enormes de petróleo e os 12 tanques de derivados

de petróleo. Há ali 781 mil metros cúbicos de petróleo e derivados. Apesar de tudo isso, foram negados os

royalties a Osório. Ora, isso é grave, porque ali há perigo. Se esses dutos vazarem, se esses dutos sofrerem uma

sabotagem, várias lagoas serão inundadas. O perigo é enorme, o risco é grande! Osório merece, necessita e tem

direito a esses royalties.

Isso está sendo julgado no STF. A honrada Ministra Rosa Weber, gaúcha, com muito orgulho, tem sob sua

batuta e sob sua responsabilidade a liminar que já foi concedida em 2002 — desde então Osório recebe royalties

—, mas agora foi suspensa. Esperamos que essa liminar seja retomada para que Osório volte a receber esses

recursos, porque tem direito a esses royalties, assim como Tramandaí e Imbé.

Osório terá esses royalties de volta, se Deus quiser, Prefeito Abrahão.

A SRA. PRESIDENTE (Erika Kokay. PT - DF) - Obrigada, Deputado Pompeo de Mattos.

Quero saudar o Prefeito da cidade de Osório, tão bem anunciado pelo Deputado Pompeo de Mattos.

Vou conceder 1 minuto ao Deputado Reginaldo Lopes. Em seguida, o Deputado Vicentinho falará por 10

minutos, e eu passarei a Presidência para o Deputado Emanuel Pinheiro Neto, para que eu também possa fazer

uso da palavra.

O SR. REGINALDO LOPES (PT - MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sra. Presidenta, farei dois

registros rápidos.

Primeiro, quero falar sobre a reunião da Frente Parlamentar em Defesa dos Institutos Federais com todos

os reitores e reitoras dessas instituições. Estabelecemos um calendário de lutas para 2020, colocando como

prioridade a recomposição imediata do orçamento das universidades para pagamento a folha de salários. É a

primeira vez na história que há corte orçamentário nas despesas com folha de salários de professores

universitários e técnicos administrativos. Isso é um absurdo! O orçamento foi aprovado por esta Casa com

previsão de apenas 60% dos recursos necessários. Então, nós fazemos um apelo para que, de fato, o Governo

envie ao Congresso imediatamente um projeto para suplementar as verbas da educação para fazer frente às

despesas com educação superior e tecnológica no Brasil.

Queremos também a devolução ao Poder Executivo da Medida Provisória nº 914, esse presente editado na

véspera do Natal e que, de fato, rompe com a democracia e a autonomia universitária. É uma vergonha essa

medida provisória, que quer promover um verdadeiro trem da alegria para que sejam nomeados os amigos para

serem diretores dos campi dos institutos federais. Portanto, temos também como bandeira a devolução da

Medida Provisória nº 914.


Por último, quero registrar que Câmara e Senado acabam de instalar a Comissão Mista da Reforma

Tributária. Essa pauta é extremamente importante. Nós temos uma oportunidade ímpar de fazer justiça social

neste País, o que passa por um novo sistema tributário. É inaceitável cobrar impostos dos mais pobres e dos

trabalhadores, na tributação do consumo. Nós temos que deslocar essa cobrança, que hoje representa 50% da

arrecadação, para um patamar civilizado, equivalente ao do mundo mais desenvolvido, o dos países da OCDE,

que é de aproximadamente 15%, e cobrar mais dos super-ricos, tributando a renda e o patrimônio. Portanto, nós

estaremos presentes nessa Comissão Mista, avaliando a reforma tributária.

Obrigado, Sra. Presidenta.

A SRA. PRESIDENTE (Erika Kokay. PT - DF) - Obrigada, Deputado Reginaldo Lopes, por trazer temas tão

relevantes.

Passo a palavra ao Deputado Vicentinho, que agregará ao tempo da Liderança do PT também o tempo de

breves comunicações, dispondo de um total de 10 minutos.

Convido o Deputado Emanuel Pinheiro Neto para assumir a Presidência.

O SR. VICENTINHO (PT - SP. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Obrigado, estimada Presidenta e

estimado Presidente que agora assume a Presidência.

Eu gostaria de informar às Sras. Deputadas e aos Srs. Deputados que acabo de chegar da audiência na 10ª

Vara Federal aqui em Brasília, onde o nosso companheiro Lula foi submetido a mais um depoimento. Lá estavam,

entre tantos outros companheiros, o querido Deputado Enio Verri, nosso Líder; a querida Deputada Professora

Rosa Neide; a querida Deputada Gleisi Hoffmann, nossa Presidenta; o querido Deputado Paulo Pimenta; o

querido Deputado Paulo Teixeira; o querido Paulo Guedes; e o querido Deputado João Daniel.

Senhoras e senhores, quero informar que o Lula, diante daquelas autoridades, fez um desafio veemente

que já tinha feito em Brasília em vários momentos. Ele pediu, ele exigiu, ele disse: "Mostrem-me uma prova! Peço

à Polícia Federal, peço ao Poder Judiciário, peço aos acusadores que me mostrem uma prova contra mim em

qualquer momento na minha história de vida". Alguém dizer aquilo com a ira santa, como ele disse, mostra que o

caso é realmente de perseguição.

Por tudo o que o nosso companheiro Lula representa para a história do Brasil, ele é um perseguido político.

Por esse motivo, ele tem a nossa mais profunda solidariedade. Eu tenho certeza de que a verdade um dia virá à

tona. A verdade será plena.

Por falar em verdade vir à tona, ontem recebi com muita alegria a notícia de que o nosso companheiro Luiz

Marinho, ex-Prefeito de São Bernardo, acusado de corrupção pela mídia, por Deputados desta Casa e por

jornalecos que fazem campanha negativa, por causa do Museu do Trabalhador em São Bernardo do Campo —

inclusive, prenderam preventivamente, de forma injusta, alguns secretários —, foi considerado completamente


inocente. A Justiça Federal decidiu que não existe nenhum crime. Só espero que os Srs. Deputados que fizeram as

acusações tenham agora dignidade de dizer que erraram. Só espero que a grande mídia e a televisão tenham a

dignidade de dizer que deram uma notícia errada, porque deram a notícia antes de o fato acontecer. Conheço o

Luiz Marinho — ex-Ministro do Trabalho, ex-Ministro da Previdência, meu colega de Diretoria no Sindicato dos

Metalúrgicos, meu companheiro de Volkswagen e um companheiro cuja história começou no campo — e sei que

nenhum cidadão, como foi o caso dele, pode ser maltratado apenas porque ouviram dizer. Agora está a palavra

com a Justiça.

Ao companheiro Luiz Marinho o meu fraterno abraço. Aos que foram presos injustamente, mesmo que

tenham sido prisões temporárias, o nosso mais fraterno abraço. Nós estamos juntos! Como Marinho é pré-

candidato a Prefeito de São Bernardo, certamente vão tentar de tudo para impedir a candidatura desse

companheiro, como impediram a candidatura do companheiro Lula para Presidente da República.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, também gostaria de abordar uma notícia que acaba de ser publicada

em O Globo, no site UOL e em todos os jornais do Brasil:

Cortes no Bolsa Família impulsionam aumento da extrema pobreza no nosso Brasil.

Entre 2014 e 2018, a renda dos 5% mais pobres caiu 39%, segundo estudo da FGV.

Neste período, o País registrou aumento de 67% na população que vive na extrema pobreza.

Para os pesquisadores, cortes no Bolsa Família impulsionaram o aumento da extrema pobreza.

É uma matéria longa que mostra dados do PIB e a situação de um Brasil que foi excluído do Mapa da Fome

da ONU. Agora, lamentavelmente, há risco grande de o Brasil voltar a figurar no novo Mapa da Fome.

Sr. Presidente, eu peço que esta matéria que se refere à extrema pobreza no Brasil seja publicada junto ao

meu pronunciamento.

Eu gostaria de dizer que nós percebemos que esse aumento da pobreza. Segundo dados oficiais da

Prefeitura, aumentou em 60% o número de moradores de rua na nossa belíssima capital do Estado de São Paulo.

Não se compra mais carro novo como se comprava. O nosso povo está pobre. Não se está mais viajando de avião

como se chegou a viajar. Ainda bem que os que conseguiram entrar na universidade pública, com políticas para o

povo pobre, ainda permanecem, o que é um legado. Mas a grande verdade é que, lamentavelmente, esses dados

comprovam que todas as medidas tomadas aqui dentro, propostas pelo Governo e aprovadas por esta Câmara,

como a reforma trabalhista, que precariza as condições de trabalho; como a reforma da Previdência Social, que

impedirá os jovens de se aposentarem, entre outras medidas, estão deixando o Brasil mais pobre. Política burra,

porque um país é bem de vida quando o seu povo está bem e tem poder de compra, porque quando se compra é

porque alguém vendeu, enfim, todo mundo produz.


Sr. Presidente, eu quero informar também que, no último dia 10, eu estive em Osasco para participar de

uma reunião com várias entidades que assinam documento que eu faço questão de ler. Esse encontro foi

promovido pelo companheiro Clemente, Diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco. Passo a ler o

documento:

Carta Aberta do grupo ColetivAção — Coletivo para defesa da Lei de Cotas — em repúdio ao PL 6159/19

Trabalho: um direito de todos.

A Lei Brasileira de Inclusão (13.146/15) e a chamada “Lei de Cotas” para Pessoas com Deficiência e

Reabilitados do INSS (8.213/91) são conquistas do povo brasileiro resultantes de décadas de militância

de pessoas com deficiência, seus familiares e apoiadores da causa da inclusão. São marcos

regulamentadores que contribuem para a construção de uma sociedade mais humana e inclusiva e para

o desenvolvimento social e econômico país. Soma-se a elas o Decreto Legislativo 186/2008, quando o

Brasil ratificou a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, definido pelas Organizações

das Nações Unidas, em 2006.

O Projeto de Lei 6.159/19, apresentado pelo Poder Executivo em 26 de novembro de 2019, retira direitos

das pessoas com deficiência e deve ser rejeitado na sua integralidade. Apresenta, entre outras

alterações prejudiciais, a possibilidade de as empresas substituírem a contratação obrigatória de

pessoas com deficiência pelo pagamento de uma mensalidade aos cofres públicos.

O PL 6.159 retira direitos que, ao longo do tempo, foram conquistados por meio de um amplo debate e

importante participação de representantes legítimos da sociedade brasileira, demonstrando seu

preconceito contra as pessoas com deficiência e apresentando falsas justificativas de ordem econômica.

Após a mobilização popular, o Presidente Jair Bolsonaro solicitou ao Congresso Nacional o cancelamento do

regime de urgência por meio da Mensagem nº 649, publicada no Diário Oficial da União em 9 de dezembro de

2019. Mas o PL continua tramitando, agora em regime de prioridade.

Além de contrariar preceitos constitucionais, o PL altera de forma profundamente negativa a Lei de

Cotas, principal ferramenta de que dispomos para a garantia do direito ao trabalho para as pessoas

com deficiência, diminuindo sobremaneira as chances de sua contratação no mercado formal.

Por fim, Sr. Presidente, está na carta:

Nós, do ColetivAção, formado por diversos representantes e atores do movimento de luta pela defesa

dos direitos da pessoa com deficiência, queremos aproveitar essa oportunidade para somar e fomentar

o debate a respeito da inclusão da pessoa com deficiência.


Reafirmamos nossa opinião contrária ao PL 6.159/19 e exigimos, como sociedade civil, participar de

toda e qualquer discussão que venha a interferir nos direitos já garantidos por lei. O lema do nosso

movimento é aquele mesmo abraçado pela ONU — Organização das Nações Unidas — e pela OIT —

Organização Internacional do Trabalho: "Nada sobre nós sem nós".

O que pode ser melhorado não deve ser destruído.

Sr. Presidente, várias entidades assinam a carta — passam de 100, mas vão ultrapassar 500, pelo que

estamos sabendo, porque o Brasil inteiro está assinando. E eu também quero que fique nos Anais desta Casa essa

manifestação e essa preocupação de um projeto que eu acrescento: é também inconstitucional.

Obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Emanuel Pinheiro Neto. Bloco/PTB - MT) - Obrigado, Deputado.

DOCUMENTO ENCAMINHADO PELO SR. DEPUTADO VICENTINHO.

Cortes no Bolsa Família impulsionam aumento da extrema pobreza no Brasil Alex Tajra Do UOL RESUMO DA NOTÍCIA Entre 2014 e 2018, renda dos 5% mais pobres caiu 39%, segundo estudo da FGV Neste período, país registrou aumento de 67% na população que vive na extrema pobreza Para os pesquisadores, cortes no Bolsa Família impulsionaram aumento da extrema pobreza Em cinco anos, o Bolsa Família —programa de transferência de renda criado em 2003 e que se consolidou

como importante ferramenta de combate à extrema pobreza e à desigualdade— sofreu com desajustes e excluiu milhares de beneficiários.

Os reflexos desses cortes foram constatados por um estudo da Fundação Getúlio Vargas, divulgado nesta semana, que aponta a queda na renda dos brasileiros mais pobres como principal consequência.

Entre 2014 e 2018, a renda dos 5% mais pobres no Brasil caiu 39%. Nesse mesmo período, o país registrou um aumento de 67% na população que vive na extrema pobreza. A FGV utilizou como base a linha mais baixa de pobreza das metas do milênio da ONU (Organização das Nações Unidas), que corresponde a U$S 1,25 (cerca de R$ 5,45) per capita por dia.

A pesquisa também utilizou microdados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) e da Pnad Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), para concluir que, desde 2014, quando o país atingiu o menor percentual de extrema pobreza nos últimos 15 anos, este valor passou a subir e não houve arrefecimento. Em 2018, por exemplo, o país retornou à mesma estaca de 2008.

"Vimos que existe um desajuste na base de distribuição do programa. De 2016 em diante, a gente vê que houve até uma melhora na focalização, mas houve uma redução no tamanho do programa quando a economia estava em recessão", diz ao UOL o diretor do centro de políticas sociais da FGV, Marcelo Neri.

No fundo, o governo fez um ajuste fiscal focado nos mais pobres, o que não faz muito sentido (...) se você está preocupado com ajuste, o Bolsa Família é o seu maior aliado, e não adversário Marcelo Neri, diretor do centro de políticas sociais da FGV O período analisado pela FGV converge ainda com o de menor número de beneficiários do Bolsa Família. Em julho de 2017, 12,7 milhões de famílias foram atendidas pelo programa, menor índice dos últimos oito anos.

O ano de 2019 não foi considerado pela pesquisa, mas registrou o segundo menor número de beneficiários neste mesmo período de 8 anos: 13,1 milhões de famílias em novembro, segundo dados do Ministério da


Cidadania. Em dezembro, o número foi o mesmo. Em janeiro, o índice subiu para 13,2 milhões de famílias atendidas, com benefício médio de R$ 191.

Criado em 2003, o programa atende famílias com filhos de até 17 anos em condições de pobreza (renda entre R$ 89,01 e R$ 178) e extrema pobreza (renda até R$ 89).

A ONU já afirmou, por meio do Relatório sobre Erradicação da Pobreza, que o programa é um "bom exemplo de política pública na área de assistência social". "Com cerca de 0,5% do seu PIB (Produto Interno Bruto), países podem adotar políticas similares ao Bolsa Família", diz o documento elaborado pelo então secretário-geral Ban Ki-moon para o para o Conselho Econômico Social (Ecosoc) em 2011.

Orçamento cai, fila volta Em 2017, sob Michel Temer (MDB), o governo federal afirmou que "zerou a fila" de espera do Bolsa Família

por seis vezes naquele ano. Em outubro passado, reportagem da Folha revelou que, após dois anos, o programa voltou a acumular fila

de espera. A informação foi repassada pelo então ministro Osmar Terra (Cidadania, pasta hoje ocupada por Onyx Lorenzoni). A fila se forma quando as respostas, por parte do programa, demoram mais de 45 dias.

A pasta já informou, em mais de uma oportunidade, que o acúmulo está ligado aos cortes no orçamento. A FGV aponta que, em 2019, foram desligadas 900 mil pessoas do programa, "acarretando no surgimento de uma fila média anual de 500 mil pessoas que deveriam estar sendo atendidas, mas ainda estão esperando para serem cobertas pelo Bolsa Família".

O orçamento do programa encolheu em 2020. São R$ 3 bilhões a menos. Neste ano, R$ 29,5 bilhões serão dedicados ao programa, enquanto no ano passado foram R$ 32,5 bilhões investidos. Segundo a FGV, "para cada R$ 1 gasto com o Bolsa Família são gerados R$ 1,78 para a economia brasileira".

"Até desconfio, não tenho certeza, de que essa fila esteja associada ao 13º salário concedido pelo governo [o benefício foi estipulado por Jair Bolsonaro em outubro passado, somente para o ano de 2019]. Então você fechou uma porta de entrada do programa e criou essa fila, e eu não vejo que seja uma troca razoável. Além de prejudicar os pobres, você também atrapalha a economia, porque o Bolsa Família tem um efeito multiplicador", explica Neri.

O Congresso debate agora a possibilidade de tornar permanente a medida adotada em 2019. A comissão mista da Medida Provisória 898, que estabelece o 13º salário para beneficiários do Bolsa Família e o estende para quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC), manteve suspensa a sessão de ontem e convocou nova reunião para hoje.

Depois de ser aprovada pela comissão, a MP ainda precisa passar pelos plenários da Câmara e do Senado até 24 de março, caso contrário perderá a validade. Oposição e governo tentam chegar a um acordo sobre o texto, que é relatado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede).

Como funciona o Bolsa Família? Quem pode receber? Famílias em situação de extrema pobreza (com renda per capita de até R$ 89

mensais) e de pobreza (com renda entre R$ 89,01 e R$ 178 mensais). Quanto paga? R$ 41 por criança, gestante, mãe que amamenta ou adolescente, com máximo de R$ 205 +

R$ 89 mensais de benefício básico; famílias com adolescentes podem receber R$ 48 por jovem, com limite de R$ 96

Quais as obrigações? As famílias precisam manter em dia o cartão de vacinação das crianças, manter frequência mínima de 85% às aulas para estudantes de 6 a 15 anos, entre outros.

(Durante o discurso do Sr. Vicentinho, a Sra. Erika Kokay, nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento Interno,

deixa a cadeira da Presidência, que é ocupada pelo Sr. Emanuel Pinheiro Neto, nos termos do § 2º do art. 18 do

Regimento Interno.)

O SR. PRESIDENTE (Emanuel Pinheiro Neto. Bloco/PTB - MT) - Agora, a Deputada Erika Kokay dividirá seu

tempo pela metade com o Deputado Paulo Guedes.


Enquanto isso, concedo 1 minuto ao Deputado Santini.

O SR. SANTINI (Bloco/PTB - RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado, Presidente,

Deputado Emanuel.

Eu quero aproveitar esse espaço para comunicar aos meus pares que tive o privilégio de ser um dos

indicados para compor a Comissão Especial que vai discutir a nova reforma tributária, que tem como missão

unificar as propostas que tramitam na Câmara e no Senado, missão essa que me foi dada pela Liderança do meu

partido, o PTB, e que me orgulha muito, pois, como tenho dito desde o início do mandato aqui nesta Casa, quero

acreditar que a mãe das reformas para este País seja a reforma tributária. E a expectativa gerada em todos os

brasileiros e brasileiras é muito grande.

Portanto, esses próximos 45 dias que teremos de trabalho conjunto entre Câmara e Senado serão árduos,

difíceis e de muita responsabilidade, para que possamos devolver a este País o crescimento, o desenvolvimento,

a partir da geração de emprego e renda e do aumento, especialmente, da capacidade de consumo das pessoas.

Essa é uma das missões que teremos nos próximos 45 dias. E mais uma vez registro a minha gratidão ao nosso

Líder partidário, o Deputado Pedro, e a toda a minha bancada do PTB, pela honra de ser um dos 25 membros

dessa seleta Comissão Parlamentar.

O SR. PRESIDENTE (Emanuel Pinheiro Neto. Bloco/PTB - MT) - Obrigado, Deputado Santini.


O SR. PRESIDENTE (Emanuel Pinheiro Neto. Bloco/PTB - MT) - Com a palavra a Deputada Erika Kokay.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF. Sem revisão da oradora.) - Hoje, o Presidente Lula mais uma vez teve que

responder por crimes que não cometeu.

O SR. PRESIDENTE (Emanuel Pinheiro Neto. Bloco/PTB - MT) - Deputada, desculpe-me interromper. V.Exa.

está falando por Comunicação Parlamentar?

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF) - Metade do tempo de Comunicação Parlamentar, agregada ao tempo de

breves comunicações, 8 minutos.

O SR. PRESIDENTE (Emanuel Pinheiro Neto. Bloco/PTB - MT) - Certo. Então, tempo de Comunicação

Parlamentar agregado ao tempo de breves comunicações para a Deputada Erika Kokay.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF) - E a outra metade fica com o Deputado Paulo Guedes, que também agregará

às breves comunicações.

O SR. PRESIDENTE (Emanuel Pinheiro Neto. Bloco/PTB - MT) - Pedido deferido.

A SRA. ERIKA KOKAY (PT - DF) - Estamos vivenciando uma perseguição a Luiz Inácio Lula da Silva porque

este Governo que aí está sabe que o palanque que o elegeu foi construído com uma série de mentiras — é uma


verdadeira mitomania, uma compulsão por mentir — e, ao mesmo tempo, foi construído com o discurso do ódio,

que é tecido a partir de uma cultura do medo. O País está submetido a uma cultura do medo, e a cultura do medo

sempre abre espaços para o ódio.

Nós temos aqui no Parlamento uma bancada que não tem propostas; apenas destila ódio. Há 4 anos o PT

foi cassado, foi cassado injustamente. Nós sofremos um golpe na nossa democracia, tirando-se Dilma Rousseff da

República, rasgando-se milhões de votos. Mas eles sobem à tribuna para dizer que a culpa sempre é do PT. Eles

se esquecem dos números, porque é um Governo que tem terraplanista nele. É um Governo em que alguns

defendem que o criacionismo tem que adentrar os bancos ou as salas de aula. É um Governo, portanto, que

despreza a verdade; é um adúltero da verdade. Trai a verdade todos os dias este Governo.

Lula teve que responder, sendo acusado de crime contra a segurança nacional, porque disse que este

Governo é dirigido por milicianos. Lula dançou com a verdade, abraçou-se à verdade, porque não há nenhuma

dúvida do envolvimento deste Governo com as milícias.

Adriano foi assassinado, e o próprio Presidente da República disse que foi queima de arquivo. O Presidente

da República se diz réu confesso, porque diz que foi queima de arquivo! Qual é o arquivo que Adriano carrega?

Aquele que teve seus parentes abrigados no gabinete de Flávio Bolsonaro! Aquele que foi homenageado por

Flávio Bolsonaro, que tinha relações profundas — e que não podem ser ditas, penso eu — com o Sr. Queiroz!

Aliás, é bom perguntar: onde está Queiroz?

E o Presidente da República diz: "Foi queima de arquivo". É óbvio que não há nenhum interesse do

Governador do Estado da Bahia em queimar qualquer tipo de arquivo, até porque não tem nenhum tipo de

envolvimento com o Sr. Adriano. Quem está simbioticamente ligado ao Sr. Adriano — ou estava — são os que

ocupam o Palácio do Planalto, como se fosse uma dinastia.

Eu nunca tinha entendido como é que o filho do Presidente da República adentra uma sessão solene

abraçado com a bandeira do Império. Hoje, eu entendo. É uma dinastia, que se sente um verdadeiro Luís XIV —

sem o brilho de Luís XIV, porque é um festival de grosserias, de misoginias, que são proferidas todos os dias pelo

Presidente da República.

Este é um Presidente da República que tenta agredir uma jornalista para tentar calar a liberdade de

imprensa, e que dá banana — aliás, virou uma moda este tipo de grosseria a ser proferida, para além de um

Ministro da Educação que arranca a história do próprio Ministério, arranca as fotos da história do Ministério, e

que dança na chuva, pisoteando a educação brasileira. Isto porque não aplicou os recursos que estavam

destinados para o próprio Ministério da Educação, e porque agride as universidades, que são centros de

formulação de pesquisas.

Pergunto se há algum país que tenha conseguido se desenvolver que não tenha investido na pesquisa.


Mas esse Governo é contra a pesquisa, é contra as evidências científicas. E tenta construir mitos em cima

de mitos, tenta construir um Governo que tem pés muito frágeis, pés de barro, porque é um Governo construído

e tecido com mentiras permanentes, e com seu vínculo com as milícias.

O Presidente Lula disse — e eu repito, eu repito — que este País está sendo governado por aqueles que

acobertam a milícia e que estão irmanados com a milícia, que é uma forma de romper o Estado Democrático de

Direito. São milicianos! Milicianos digitais, milicianos na forma como conduzem o Brasil, como se estivessem

jogando um videogame. É um País que está afundando! O próprio Ministro da Economia disse que o Brasil estava

moribundo.

Veja, eles falam que o Brasil está muito bem, mas em 2019 nós perdemos 44,5 bilhões de reais, que saíram

do País em investimento! Saíram do País recursos que eram investidos na bolsa! Neste ano, até 28 de janeiro,

foram 15 bilhões, 15 bilhões! É um Governo que tem um déficit na balança comercial, um déficit que, em

transações correntes, aumentou em 22% — é o pior resultado desde 2015 —, que não consegue debelar o

desemprego, porque as parcas carteiras que são assinadas se contrapõem ao fato de termos mais de 40% dos

trabalhadores na informalidade, sem qualquer tipo de direito. É um Governo que retirou o direito à

aposentadoria da maioria do povo brasileiro e que agora quer criar uma carteira onde há um subemprego; onde

há, em verdade, a taxação dos desempregados. É isso que nós estamos vivenciando!

Por isso, a fome volta. A fome volta e temos mais de 3 bilhões de pessoas precisando da Bolsa Família, e

não têm direito! Não têm direito ao salário-família. Não têm direitos, porque este Governo está retirando do

pobre para entregar para o mercado financeiro. Ontem, nós aprovamos aqui uma medida provisória que só

favorece, só favorece o mercado financeiro. É o mercado financeiro que lucra a cada dia que passa.

Veja, eles falam da diminuição da taxa de juros, mas a taxa de juros dos cartões foi por volta de 300%.

Como também a taxa de juros do crédito especial, mais de 300%. E este Governo, então, diz que está indo muito

bem a economia. Tem razão Lula, tem razão Lula quando diz que a soberania de um país se constrói com a

soberania do seu próprio povo. A soberania do Brasil se constrói apostando no povo brasileiro, esse que está

sendo arrancado do orçamento, esse que está sendo arrancado dos limites desta Nação, como se a Nação fosse

um grande curral e o povo brasileiro fosse gado que se tange, fere e que se mata. É isso que nós estamos

vivenciando.

Diga-me um único índice deste Governo que justifique a retirada... Ah, diziam que o PIB ia crescer 3%. O PIB

não vai crescer 1%! Não vai crescer 1%! Não se dão respostas, porque o Governo está na mão do sistema

financeiro, que leva a metade do orçamento brasileiro.

Por isso, venho aqui para dizer que eles buscam de toda sorte, de toda sorte, tentar, nos pequenos e nos

grandes golpes, calar Luiz Inácio Lula da Silva — calar Luiz Inácio Lula da Silva.


Querem agora processar Lula, porque dizem que ele influenciou numa medida provisória que não foi feita

no seu Governo — que não foi feita no seu Governo. Passou mais de 500 dias preso Luiz Inácio Lula da Silva por

um crime que não cometeu — que não cometeu! E durante esses 500 dias, ou mais de 500 dias, dizia: "Sofro eu,

mas sofre mais o povo brasileiro, que volta a conviver com a fome, volta a ter a esperança dilacerada e volta a ter

um Governo que está de costas para o próprio povo".

Disse Augusto dos Anjos, e com ele eu me calo, que a mão que afaga é a mão que apedreja. A mão que

afaga banqueiro, sistema financeiro e latifundiários neste País é a mão que apedreja o povo brasileiro, as

mulheres e a população LGBTI.

O SR. PRESIDENTE (Emanuel Pinheiro Neto. Bloco/PTB - MT) - Com a palavra, pela Liderança do DEM, o

Deputado Alan Rick.

O SR. ALAN RICK (DEM - AC. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, esta Casa aprovou, em

novembro do ano passado, e também o Senado da República, uma das leis mais importantes, a Lei do REVALIDA.

Eu gostaria, Sr. Presidente, que fosse agregado ao tempo de Liderança o tempo de breves comunicações,

que não foi agregado.

A Lei do REVALIDA, aprovada em novembro do ano passado, estabeleceu um parâmetro legal, com

segurança jurídica, estabeleceu a realização do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos

no Exterior, com descentralização, com a possibilidade de as melhores universidades brasileiras realizarem o

certame, aquelas com notas 4 e 5 no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior — SINAES, esse que é

um anseio da sociedade brasileira, dos mais de 80 mil brasileiros que hoje fazem medicina fora do Brasil porque

não conseguem pagar 10 mil reais num curso de medicina privado no nosso País.

Ora, essa matéria foi parcialmente vetada pelo Presidente Bolsonaro. E aqui eu quero dizer que o

Presidente foi levado ao erro por setores corporativistas, foi levado ao erro porque segmentos corporativistas do

setor da medicina não aceitam que médicos de famílias pobres possam atender nos lugares mais longínquos

deste Brasil, para onde eles não vão, Sr. Presidente.

Eu sou de um Estado pobre. Eu venho do Acre. E lá, quando visito as unidades de saúde do interior, eu vejo

a falta de médicos. Lá existe algo interessante, uma especificidade local: mais de 90% dos nossos médicos que

hoje trabalham, por exemplo, no pronto-socorro da capital são formados na Bolívia, porque até 2004 não havia

faculdade de medicina no Acre.

Impedir o direito desses brasileiros de revalidar o seu diploma e poder atender nos rincões deste País é

impedir a garantia da saúde a quem mais precisa, é evitar que médicos que tenham a sua qualificação garantida

através da prova do REVALIDA possam trabalhar no Brasil.

Esse veto precisa ser derrubado. Nós não podemos permitir isso, Sr. Presidente.


Então, venho conclamar os Deputados, os Senadores para que, na próxima votação de vetos presidenciais

— e já enviei um requerimento ao Presidente do Senado e do Congresso, o Senador Davi Alcolumbre —,

possamos nos unir e derrubar esse veto, o veto do corporativismo, o veto da maldade, o veto que implica na

ausência de médicos nos rincões deste País, Sr. Presidente. Venho fazer esse clamor e reiterar esse pedido.

Sr. Presidente, também quero falar de outro tema, da segurança pública. Acabamos de sair de uma reunião,

eu, Deputados e Senadores da bancada do Acre, com o Diretor-Geral da Polícia Federal Maurício Valeixo, que

ouviu o clamor do povo do Acre a respeito da guerra de facções que hoje mata dezenas de jovens em nosso

Estado. No mês de janeiro, Rio Branco apresentou um número recorde de assassinatos — 47 vidas foram

ceifadas. Isso é inadmissível. Nós nos reunimos com o Ministro Sergio Moro, com o vice-Presidente Mourão e

agora com o Diretor da Polícia Federal e requeremos a eles aumento do contingente federal, o trabalho do

exército, a integração das forças policiais do Estado com as forças da Polícia Federal e a Força Nacional, para que

nós possamos dar uma resposta, um basta a essa mazela social que hoje fere a população do Estado do Acre.

Certamente nós temos hoje uma das maiores matanças neste País de jovens que são cooptados pelo crime.

Então quero aqui conclamar o nosso Ministro da Justiça, que tão bem nos recebeu; o nosso Vice-Presidente

Hamilton Mourão e também o Diretor-Geral da Polícia Federal a que ouçam o clamor do povo do Acre e nos

ajudem com reforço policial e efetivo nas fronteiras para um trabalho integrado, para podermos reduzir o índice

da criminalidade, da violência e dos assassinatos em nosso Estado, Sr. Presidente.

Digo isso porque sou o Parlamentar que mais alocou recursos de emendas individuais para a segurança

pública — foram mais de 6 milhões de reais. Instalamos o cerco eletrônico, um moderno serviço de

videomonitoramento na Capital Rio Branco, e agora estamos trabalhando para expandir para os Municípios do

interior do Estado. Colocamos recursos para compra de viaturas, de coletes balísticos, de munição, de

armamento e também para programas específicos da segurança pública. Até mesmo o estande de tiro do

Batalhão de Operações Especiais recebeu emenda parlamentar de minha autoria para sua melhoria.

Sr. Presidente, temos que abraçar a segurança pública do Acre.

Também quero falar, Sr. Presidente, a respeito de um tema que aconteceu hoje. Eu sou membro da Frente

Parlamentar das Doenças Raras. Hoje foi realizado no auditório Nereu Ramos um seminário a respeito deste

tema. Quero falar da importância de nós trabalharmos para a efetivação dos protocolos clínicos, para o

fortalecimento das pesquisas de doenças raras do Brasil, pelo fim da judicialização, pelo abraço aos pacientes de

doenças raras que hoje morrem antes de ter o acesso ao diagnóstico de sua doença. Milhares morrem no Brasil

sem ter, Deputados, acesso ao diagnóstico final da sua doença. Precisamos abraçar esta causa. O Ministério da

Saúde, a ANVISA, o SUS, precisamos abraçar os pacientes de doenças raras.


Eu quero aqui deixar esta mensagem em nome inclusive da minha querida Ângela Durante, minha chefe de

gabinete, que é portadora de uma doença rara, a linfangioleiomiomatose, conhecida como LAM, uma doença

degenerativa dos pulmões. Mas existem várias outras, a fibromialgia, a esclerose múltipla, existem outras

doenças que não vou citar para não cometer injustiças. Quero abraçar também todas as associações que fazem o

atendimento, o amparo e também a comunicação às famílias e aos pacientes doenças raras, inclusive no acesso

aos protocolos clínicos.

Sr. Presidente, quero falar aqui também e dar como lido o discurso a respeito da recriação do Conselho

Nacional da Amazônia Legal na última semana, coordenada pelo Vice-Presidente Hamilton Mourão.

Eu creio que esta é uma medida importantíssima no combate à violência e em relação a outras questões

estratégicas na Amazônia, como a sua integração, o combate às queimadas, no período que começa em junho,

julho, agosto e vai até setembro.

Pode haver, com ações efetivas de prevenção, efeitos imediatos e uma resposta, inclusive, ao clamor

mundial de combate às queimadas e preservação das nossas florestas.

Sr. Presidente, o Brasil hoje olha para a Amazônia, mas temos que olhar não apenas como um local da

floresta imaculada, mas também como um local onde vivem 26 milhões de brasileiros. É preciso, sim, haver

políticas de desenvolvimento para a Amazônia, respeitando a floresta, sem inviabilizar o desenvolvimento da

nossa economia e do nosso povo.

Sr. Presidente, peço que autorize a divulgação dos meus pronunciamentos pelos meios de comunicação

desta Casa e no programa A Voz do Brasil.


DISCURSOS NA ÍNTEGRA ENCAMINHADOS PELO SR. DEPUTADO ALAN RICK.

Sr. Presidente, vivemos um tempo de profundas mudanças sociais, econômicas e políticas. Como

Parlamentar, faço aqui um breve relato das ações no nosso mandato no exercício. Um mandato que, mesmo

longe de ser o ideal, garantiu avanços significativos na construção de um Estado forte e de uma economia voltada

para a melhoria da qualidade de vida do querido povo do meu Estado do Acre.

O ano de 2019 foi ano de muito trabalho, de muitas batalhas, mas de importantes vitórias. Aqui mesmo,

nesta Casa, obtivemos uma das maiores e mais expressivas vitórias que um Parlamentar pode ter no

cumprimento de um mandato: a aprovação do REVALIDA.

A aprovação da Lei do REVALIDA, Sr. Presidente, estabelecendo o exame descentralizado e duas vezes por

ano, é uma das mais importantes vitórias do nosso mandato. Essa não é uma luta apenas em defesa dos acreanos

que estudam no exterior, mas de milhares de brasileiros que não têm condições financeiras para estudar nas


faculdades do nosso País. A lei sancionada em dezembro prevê a realização semestral do exame de revalidação

dos diplomas de médicos formados no exterior.

O texto aprovado estabelece que poderão participar do exame, que terá duas edições a cada ano,

faculdades públicas e privadas com cursos de Medicina que tenham avaliação 4 ou 5 no SINAES – Sistema

Nacional de Avaliação das Instituições de Ensino Superior.

Faço aqui questão de externar o meu agradecimento a todos os Parlamentares, Senadores e Deputados,

Lúcio Mosquini, Jaqueline Cassol, Léo Moraes, Eduardo Costa, Ricardo Barros, Átila Lira, Perpétua Almeida,

Alexandre Padilha, Confúcio Moura, Marcos Rogério e muitos outros que caminharam conosco nessa batalha. A

lei sancionada em dezembro prevê a realização semestral do exame de revalidação dos diplomas de médicos

formados no exterior.

Infelizmente, o Presidente Jair Bolsonaro, sob pressão do Conselho Federal de Medicina e do Ministro da

Saúde, Henrique Mandetta, vetou a participação das boas universidades privadas. O objetivo do corporativismo

médico é inviabilizar o certame, está claro. A decisão fere de morte o projeto aprovado na Câmara dos Deputados

e no Senado com amplo apoio parlamentar. Como Presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos

Médicos Brasileiros Formados no Exterior e da Revalidação (FMBR), não posso aceitar essa decisão.

Já informei ao próprio Presidente Bolsonaro, em solenidade no dia 18 de dezembro do ano, que irei

trabalhar para derrubar o veto nos próximos meses. Os Deputados e Senadores que integram a Frente

Parlamentar dos Médicos Brasileiros e da Revalidação (FMBR) já estão todos mobilizados nesta causa.

Não podemos admitir que o corporativismo do Conselho Federal de Medicina e do Ministro Mandetta

destruam um projeto construído e aprovado nas duas Casas por unanimidade. Por isso, não tenham dúvida:

iremos derrubar o veto, pois os mais de 80 mil estudantes brasileiros formados no exterior não podem continuar

sendo prejudicados.

Sr. Presidente, nobres Deputados, sou o Parlamentar que mais recursos destinou ao Sistema Integrado de

Segurança Pública do Acre nos últimos 5 anos, com mais de R$ 6 milhões, apenas de emendas individuais, para

compra de equipamentos, viaturas, coletes, stand de tiro do BOPE, execução de programas de segurança pública

e a instalação do cerco eletrônico que ajuda a identificar e solucionar crimes na Capital Rio Branco, com avanços

para o interior.

Meu Estado, o Acre, assim como diversos Estados da Federação, vive uma grave crise de segurança. Sou

consciente de que apenas recursos financeiros não resolvem os problemas da segurança pública e, por isso, no

âmbito legislativo, apresentei e votei em projetos que visam endurecer a legislação penal e processual penal.

Votei favoravelmente ao pacote anticrime, aprovado em dezembro passado no Congresso, que aumenta o

tempo máximo de cumprimento de pena de prisão no Brasil, que passa de 30 para 40 anos. Também avançou na


rapidez do cumprimento da pena. Réus condenados pelo tribunal do júri, com penas iguais ou superiores a 15

anos, já começam a cumprir pena, mesmo se apresentarem recursos.

Antes, eu já tinha apresentado o Projeto de Lei nº 10.629/2018, que elevava de 30 para 45 anos o tempo

de cumprimento de pena em regime de reclusão. A matéria está em tramitação na Câmara. Também sou autor

do PL nº 10.628/2018, que estabelece a obrigação de reparação dos danos do crime à vítima ou família da vítima

como pré-requisito para a progressão de regime, pois entendo que o Estado precisa fortalecer as políticas de

combate ao crime, porém, segurança pública se faz com educação, emprego e cidadania.

Ainda na área de segurança, já estão garantidos para 2020, de minhas emendas individuais, R$

1.000.000,00 para ampliarmos o cerco eletrônico e mais R$ 600 mil para as delegacias de Polícia, além de garantir

o recurso do cerco eletrônico para os próximos 3 anos. Nestas primeiras semanas de 2020, mantivemos reuniões

com o Vice-Presidente Mourão, com a Ministra Damares Alves e com o Ministro da Justiça, Sérgio Moro, para

tratar do apoio do Governo Federal às forças de segurança pública do Estado do Acre.

Nobres Deputados, nossa ação parlamentar garantiu R$ 40.310.564,00 para a área de saúde, beneficiando

hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) na capital e no interior, além de Unidades Básicas de Saúde

nos 22 Municípios acreanos. Do total, R$ 32.147.168,31 foram empenhados e, desse valor, R$ 19.648.454,49

foram pagos até o fechamento desta prestação de contas.

A construção do novo Hospital João Câncio Fernandes, em Sena Madureira, é um bom exemplo. Sonho

antigo da comunidade, a obra no valor de R$ 12,5 milhões, é uma das grandes bandeiras do nosso mandato. O

hospital será todo reconstruído. Os leitos serão ampliados, o hospital terá novo centro obstétrico, emergência

dentro dos padrões do SUS, equipamentos de primeira e aumento de sua capacidade de atendimento.

Na educação foram mais de R$ 44 milhões investidos na construção de creches, quadras e escolas,

aquisição de ônibus escolares e equipamentos para o ensino fundamental, médio e profissionalizante.

Em unidades já entregues destacam-se as escolas Edmundo Pinto, para 800 crianças e P.A. Antônio de

Holanda, para 400 crianças, no Bujari, e uma quadra coberta em Cruzeiro do Sul. Das obras em andamento estão

a escola de educação infantil do bairro Antônio Ramiro, em Plácido de Castro, a creche Dona Bela, em Bujari e a

escola modelo Prof. Hermano Filho, em Sena Madureira, para mais de mil alunos.

Além disso, entregamos sete ônibus escolares nos Municípios de Cruzeiro do Sul (quatro), Plácido de

Castro (um), Brasiléia (um) e Porto Acre (um). Para 2020 iremos entregar mais de 50 ônibus nos 22 Municípios do

Acre. Garantimos, via emendas extra orçamentárias, R$ 5 milhões para obras de reforma das escolas técnicas da

capital e interior, aquisição de novos equipamentos e ônibus escolares para as escolas estaduais e Instituto

Estadual de Educação Profissional e Tecnológica do Acre – IEPTEC. Os recursos estão empenhados para

pagamento ainda este ano.


Nobres Parlamentares, em janeiro, aproveitei o recesso parlamentar para visitar os Municípios de Santa

Rosa do Purus, Manoel Urbano, Feijó, Tarauacá, Porto Walter, Marechal Thaumaturgo, Rodrigues Alves e Cruzeiro

do Sul. Santa Rosa do Purus, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo estão entre os Municípios mais isolados do

nosso Estado. Cruzeiro do Sul, por sua vez, é a segunda cidade do Acre.

Nestes Municípios me reuni com Prefeitos para tratar das nossas emendas parlamentares de 2020 e para

participar de entregas de equipamentos, oriundos de emendas individuais dos anos anteriores, e que estão sendo

usados na melhoria da agricultura familiar, educação, saúde e infraestrutura.

Em Santa Rosa, juntamente com o Prefeito Assis Moura e o Vice-Prefeito Nêgo Kaxinawá, pude participar

da entrega de uma ambulância, no valor de R$ 100 mil, para servir à saúde municipal, um trator com

implementos agrícolas no valor de R$ 200 mil e um caminhão trucado, no valor de R$ 300 mil, adquiridos através

de suas emendas individuais para o fortalecimento da agricultura na região. Foi uma festa bonita. Uma alegria

conversar com nossos irmãos índios e com as lideranças locais.

Em Manoel Urbano visitei o Vice-Prefeito Raimundo Toscano, tratei de emendas já empenhadas, entre

elas a que vai garantir a construção do novo centro administrativo do Município, no valor de R$ 500 mil.

Em Feijó estive com o Prefeito Kiefer Cavalcante na entrega de implementos agrícolas e um trator de

esteira D6-K, adquirido com emenda individual de R$ 300 mil. Também visitei a usina de asfalto da cidade. Nos

últimos 5 anos, garanti R$ 3.350.000,00 em emendas individuais para Feijó, além de recursos extras como o

sistema de abastecimento de água e o plano municipal de saneamento, orçados em R$ 3,3 milhões, reforma de

escolas via FNDE e ônibus escolares que serão entregues este ano. Ao todo, são mais de R$ 6,6 milhões em

investimentos no Município.

Em Tarauacá pude visitar mais uma vez o Hospital Sansão Gomes. Como já disse aqui, a saúde tem sido

uma das prioridades do meu mandato. E ali no Hospital Sansão Gomes conversei com pacientes e com a Diretora-

Geral, Laura Pontes, sobre suas principais dificuldades. No ano passado aloquei R$ 500 mil para o hospital e,

depois desta visita, compreendo a necessidade de seguirmos trabalhando por mais recursos para essas unidades,

estou garantindo mais recursos para melhorar o sistema. Não resolverá todos os problemas, mas com certeza vai

dar mais qualidade no atendimento ao cidadão.

No Alto Juruá, já perto da fronteira com o Peru, acompanhado do Prefeito de Porto Walter, Zezinho

Barbary, visitei as obras do sistema de abastecimento de água da comunidade Lindalvos. Essa comunidade fica a

uma hora de voadeira subindo o Rio Juruá. Quem conhece a Amazônia sabe que não é fácil chegar com obras

nesta comunidade. Mas lá, nosso mandato, através de emenda individual, destinou R$ 250 mil para obra e agora

seus moradores têm água tratada em suas torneiras.


Em Marechal Thaumaturgo, ao lado do Prefeito Isaac Piyãko, do Vice-Prefeito Valdélio Furtado,

Secretários e Vereadores, participei da entrega de uma patrulha mecanizada agrícola, no valor de R$ 300 mil,

oriundos de minha emenda individual, e ainda pude dar uma grande notícia para a comunidade: a garantia dos

recursos, via FNDE, para a construção da escola Justiniano. Trata-se de uma escola modelo que tem previsão

orçamentária de R$ 4,4 milhões e, quando pronta, poderá receber até 800 alunos.

De volta a Cruzeiro do Sul, tive a oportunidade de conversar com os moradores da comunidade Estirão do

Olivença, que reúne mais de 100 famílias e fica às margens do rio Juruá. O Vereador Elenildo Nascimento e o

Prefeito Ilderlei Cordeiro nos pediram ajuda para atender as demandas dos produtores da localidade. Lá, seu

Antônio Monteiro, líder comunitário, e os moradores reiteraram a solicitação de duas casas de farinha e a

construção de açudes. Já temos uma emenda individual empenhada que contempla aquisição de casas de farinha

e outra para a compra de uma escavadeira hidráulica para melhorar a piscicultura local e desta forma pude

atender à solicitação prontamente.

Já em Rodrigues Alves tive a alegria de participar da entrega de um caminhão prancha no valor de R$ 400

mil, ao lado do Prefeito Sebastião Correia. Nosso mandato, Sr. Presidente, tem ajudado muito os Prefeitos do

interior e, principalmente, de regiões de difícil acesso do Acre. Parte de nossas emendas são via SUDAM e aqui

preciso fazer um reconhecimento do apoio do superintendente Paulo Roberto Correia, que tem atendido com

celeridade nossos pleitos e, assim, permitido a entrega dos equipamentos às comunidades.

Isso nos possibilita trabalhar de maneira incessante para garantir recursos para a melhoria dos sistemas

de segurança, saúde, educação, infraestrutura e agricultura do Estado.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, inicio minha fala para dizer que no dia 29 de fevereiro comemora-se

o Dia Mundial das Doenças Raras.

Raras não significam que são poucas doenças. Na realidade são muitas. O significado de raras está na

amplitude que se manifestam.

Essas doenças não são desconhecidas, porque já estão catalogadas mais de 8.000 variedades patológicas

que se enquadram no conceito. A União Europeia registra cerca de 30 milhões de pessoas afetadas por uma

dessas enfermidades.

Como não são males que acometem muitas pessoas, a população em geral sequer identifica um sintoma da

doença, para procurar logo o serviço de saúde. Muitas pessoas permanecem com o desconforto e sequer chegam

a saber que estão doentes.

São doenças de difícil identificação, porque ainda não foram criteriosamente pesquisadas. A tentativa de

diagnóstico traz sempre um parágrafo de incerteza, porque muitas delas apresentam sintomas semelhantes. Fica


ainda mais insegura a convicção do médico, porque ainda existe a variação de sintomas de paciente para

paciente de uma mesma doença.

Por manifestar-se fora dos parâmetros mais lógicos dos protocolos conhecidos, é muito mais difícil

reconhecer alguém doente do que ele estar acometido por uma dessas moléstias. Isso pode trazer consequências

graves ao enfermo, como receber o tratamento inadequado, porque o diagnóstico não foi o correto. Em casos

significativos, o problema com a precisão do diagnóstico pode levar à morte.

No Brasil, estima-se que existam até 13 milhões de pessoas acometidas com algum tipo dentre as mais de 8

mil dessas doenças conhecidas. Infelizmente, quase 30% dos infectados morrem antes dos 5 anos de idade.

O que dificulta ainda mais o diagnóstico é que mais 80% delas têm origem genética. A esperança que temos

com o desenvolvimento das pesquisas é porque o Brasil faz parte de grupo de países que lideram os estudos

sobre os genes humanos.

Ter cuidado com a higiene pessoal, mas, principalmente, desenvolvermos políticas públicas de saneamento

básico e de distribuição de água tratada é fundamental para a prevenção. Isso porque também existem aquelas

que se desenvolvem a partir de infecções bacterianas e viróticas.

Como existe o componente infeccioso das doenças, podemos tentar inferir o espalhamento delas pelo

Brasil, quando ouvimos de mães o diagnóstico recebido: “É uma virose a tosse do seu filho”. Se cientificamente os

sintomas não são conhecidos claramente, é esperado que o médico também não os defina.

Como a origem genética da doença é de difícil prevenção, o mesmo não ocorre com as surgidas das

infecções. Para as infecciosas, o Parlamento pode agir para implementar políticas de saúde que diminuam o

drama desses milhões de brasileiros.

Como membro do grupo de Parlamentares atentos às doenças raras que acometem os brasileiros, pretendo

trabalhar com os meus colegas para que os centros de referência sobre essas doenças sejam credenciados.

Também procurar estabelecer um diálogo como o Ministério da Saúde, para assegurar às pessoas acometidas

com essas doenças um atendimento individualizado em função da doença, a partir de protocolos organizados

para uma terapia controlada. E o muito importante para o paciente de pouco poder aquisitivo: tentar incorporar

ao Serviço Único de Saúde os tratamentos já disponíveis.

Desenvolver pesquisas no Brasil a respeito de medicamentos e de tratamentos para essas doenças, como

incorporar ao SUS os métodos que já existem, pode impactar o orçamento nesta época da maior crise já vista no

Brasil. É uma realidade que não se pode esconder. Entretanto, essa política pode trazer uma economia não

pensada. A redução de demandas judiciais que determinarão ao Brasil o pagamento de tratamento, inclusive no

exterior.


Nós não temos só as preocupações com o déficit fiscal da Nação. Nós temos que atentar com os problemas,

inclusive, os individuais de cada um do povo.

Finalizo, então, este meu pronunciamento para confirmar aos portadores de doenças raras e seus familiares

que, podem contar com o nosso esforço e talento nesta Casa Legislativa, porque compreendemos que só aqueles

acometidos por todos esses males raros têm a verdadeira dimensão do sofrimento.

Muito obrigado.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho à tribuna no dia de hoje parabenizar o Governo Federal pela

assinatura, no último dia 11 de fevereiro, do Decreto que reinstalou o Conselho Nacional da Amazônia Legal e o

colocou sob a coordenação do Vice-Presidente da República, Hamilton Mourão.

Sras. e Srs. Deputados, no ano passado, durante a temporada de seca na Amazônia, o mundo inteiro

acompanhou com apreensão e tristeza o avançar das queimadas sobre a maior floresta tropical do planeta, a

nossa Floresta Amazônica.

Naqueles momentos de calamidade ambiental para o nosso País, alguns líderes políticos, tanto nacionais

quanto internacionais, aproveitaram-se das circunstâncias para forçar suas agendas ideológicas sobre a opinião

pública.

Pasmem, Sras. e Srs. Parlamentares! Enquanto esforços eram organizados e um gabinete de crise era

montado para coordenar o combate ao fogo, houve mesmo quem clamasse por uma intervenção estrangeira na

Amazônia ou advogasse em favor de sua internacionalização.

Segundo o casuísmo desses verdadeiros inimigos do Brasil, o princípio constitucional e inalienável da

soberania nacional é perfeitamente descartável. Para alcançar o objetivo mesquinho e egoísta de atacar o

Governo, há quem esteja disposto a passar por cima do povo, rasgar a Constituição e entregar a Amazônia.

Sr. Presidente, sempre defendi – e sempre defenderei – a Floresta Amazônica, a Constituição e a soberania

brasileira!

Nasci e fui criado no Acre, senhoras e senhores. Fui eleito Deputado Federal pelo povo acreano para poder

vir a este plenário trabalhar em prol de todos brasileiros e honrar a nossa Carta Magna. Assim, foi com grande

alegria e esperança que acompanhei a assinatura do Decreto Presidencial que reinstalou o Conselho Nacional da

Amazônia Legal, na última semana.

Antecipando-se às próximas temporadas de seca na Região Norte, o Conselho será o responsável por

coordenar as ações federais naquela área. As antigas políticas públicas, pulverizadas pelo território, desconexas

entre si e oriundas de diversas pastas ao mesmo tempo, eram pouco efetivas e acarretavam enormes

desperdícios de recursos.


Com a nova configuração decretada, as ações de proteção à floresta e combate às queimadas ganham em

racionalidade e agilidade. Os recursos humanos e econômicos disponíveis serão mais bem empregados e os

eventuais impactos de futuras queimadas serão minimizados.

Portanto, Sras. e Srs. Deputados, a Presidência da República agiu com responsabilidade e objetividade na

defesa da Floresta Amazônica e mais uma vez demonstrou seu espírito patriótico. Por conhecer de perto a

realidade daquela região e a necessidade de políticas públicas coordenadas e específicas para a Amazônia, achei

por bem vir a este Plenário parabenizar o Governo por mais essa ação em defesa da nossa maior floresta.

Sr. Presidente, de minha parte, reitero desta tribuna o meu compromisso inafastável para com a proteção

da Amazônia. A despeito da falta de escrúpulos daqueles que entregariam de mão beijada grandes extensões do

nosso território, continuarei trabalhando nesta Casa para que a Floresta Amazônica continue sempre protegida,

sempre verde e sempre nossa.

Solicito que este meu discurso seja divulgado pelos meio de comunicação da Casa e no programa A Voz do

Brasil.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Emanuel Pinheiro Neto. Bloco/PTB - MT) - Antes de conceder a palavra ao Deputado

Pompeo de Mattos, passo a palavra à Deputada Soraya Santos, por 1 minuto. Depois, falará o Deputado

Vicentinho.

A SRA. SORAYA SANTOS (PL - RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, agradeço a meus

pares por terem me permitido, neste momento, fazer uso da palavra.

Sr. Presidente, não poderia sair daqui sem fazer um registro de agradecimento ao Presidente Rodrigo Maia,

que hoje instaurou uma Comissão Especial para apurar violência obstétrica. Os indicadores nos causam

preocupação, pois, muitas crianças estão nascendo com achatamento no crânio.

Nós queremos buscar, nesta Comissão Especial, os melhores modelos, como houve na cidade do Ceará,

onde a redução de violência obstétrica foi enorme. Essa Comissão visa tratar de proposituras legislativas. Ao

mesmo tempo, quero agradecer aos meus pares, pois inicialmente a nossa ideia era de instalar uma CPI. Nós

colhemos, no mesmo dia, mais de 200 assinaturas, o que mostra que esse é o interesse de todos os homens e de

todas as mulheres que compõem este Parlamento.

Aqui fica o registro de agradecimento a essa ação que eu tenho certeza de que vai viabilizar o melhor

atendimento ao sistema que visa acolher essas crianças cidadãs, na hora do seu nascimento.

Agradeço aos oradores que me antecederam.

Quero também fazer um alerta: mês de março está chegando e teremos oportunidade de falar sobre a

violência doméstica, que atinge níveis epidêmicos.


Deputado Pompeo de Mattos, há um registro absurdo: as mulheres apanham mais às quartas-feiras e aos

domingos. É preciso que a população se apodere desses dados porque isso está associado à bebida. Quero fazer

esse registro e conclamar os clubes de futebol para neste mês de março todos juntos entrarem na campanha de

combate à violência contra mulher. Temos que ir juntos. Vamos juntos.

Não é fácil nem é possível mais, Deputada Benedita da Silva, o Brasil ter indicadores tão altos de

feminicídio. O Brasil ocupa o quinto lugar no ranking de violência doméstica. Sabendo que o esporte é uma

grande ferramenta de inclusão, que os dados de violência estão alinhados, registrados muito mais nas quartas-

feiras e domingos, queremos conclamar as torcidas, brasileiros e brasileiras, times de futebol, para que possamos

nos unir, numa campanha, e diminuir a violência.

Sr. Presidente, muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Emanuel Pinheiro Neto. Bloco/PTB - MT) - Obrigado, Deputada.

Com a palavra, por 1 minuto, o Deputado Vicentinho.

O SR. VICENTINHO (PT - SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no

último dia 14, juntamente com as centrais sindicais do Brasil, em São Bernardo, com a liderança da CUT,

participei de uma manifestação na frente do INSS.

Como os senhores sabem, na época do Lula, não havia fila. Agora, 108.300 mulheres estão esperando a

licença-maternidade, e precisam esperar até 45 dias. No total, mais de 2 milhões de pessoas estão esperando

atendimento para obter a aposentadoria — deram até uma disfarçada e colocaram atendimento digital.

A grande verdade é que a nossa Previdência precisa de uma correção urgente. Quem paga a Previdência

durante a vida inteira não atrasa 1 dia para fazer o pagamento. Quem paga luz, água, aluguel ou qualquer coisa

também não atrasa. Quem paga a Previdência Social não pode ser vítima do atraso. Isso é uma

irresponsabilidade, um desrespeito.

Por essa razão, manifesto minha solidariedade aos aposentados, aos pensionistas e a todos aqueles que

lutam para serem bem atendidos num instituto que é deles, que é nosso, que é do povo trabalhador.

Parabéns aos envolvidos nesse movimento, que ocorreu no País inteiro! Em São Bernardo, participaram

várias lideranças, aposentados que estavam nas filas, pessoas que vieram das casas, do comércio, das fábricas.

Foi um grande movimento. Será sempre assim. A luta popular é fundamental para impedir esses abusos e essas

irresponsabilidades.


O SR. PRESIDENTE (Emanuel Pinheiro Neto. Bloco/PTB - MT) - Obrigado, Sr. Deputado.

Pelo tempo da Liderança do PDT, tem a palavra o Deputado Pompeo de Mattos.


O SR. POMPEO DE MATTOS (PDT - RS. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs.

Deputados, eu quero deixar registrado aqui o meu protesto, o meu grito em favor dos nossos trabalhadores

brasileiros.

Veja o drama, Presidente! Dentre aqueles em período de atividade laboral em 11 Estados, a metade está

desempregada ou subempregada. O que isso quer dizer? Ou eles não têm emprego, ou estão na informalidade.

Vejam bem os números: 38,4 milhões de pessoas — 1 milhão só do ano passado — estão na informalidade.

Desse total, quase 13 milhões de trabalhadores não têm emprego. Essas pessoas saem de manhã não para

trabalhar, mas para procurar emprego, não acham emprego e voltam para casa desempregadas. É assim todos os

dias. Não existe drama maior para um pai de família, para uma mãe de família, para um jovem, para uma pessoa

de meia idade, para uma pessoa na melhor idade. O trabalho dignifica o homem, a mulher, a pessoa. Estamos

vendo o povo perder a sua dignidade por conta da falta de oportunidade, da falta de emprego. E o Governo não

tem tomado atitude. Quem movimenta o motor da economia para gerar emprego é, sim, o Governo, com obras,

ações, investimentos, habitação. Vamos investir em habitação! É o auxiliar de pedreiro, o auxiliar de carpinteiro,

o auxiliar de eletricista, o eletricista, o carpinteiro, o engenheiro, o comerciante, ou seja, há toda uma cadeia que

pode ser movimentada, gerando emprego, gerando renda, melhorando a qualidade de vida do nosso povo.

Falo tudo isso sem contar aqueles que já trabalharam, contribuíram e têm o direito de se aposentar — 2

milhões de pessoas estão na fila do INSS —, mas não conseguem se aposentar.

Então, nós estamos numa fase assim: se correr, o bicho pega; se parar, o bicho come. Se você está em

atividade de trabalho, não tem trabalho para trabalhar, não tem emprego. Se você já cumpriu a sua tarefa, pagou

o INSS, a Previdência Social, encheu a carteira com anos de trabalho, você não pode se aposentar, porque o

Governo, incompetente também, não tem como atendê-lo nas agências do INSS.

É difícil acreditar, mas é isto o que está acontecendo com o trabalhador brasileiro: falta de respeito, falta de

vergonha. Aliás, isso é a vergonha da vergonha de quem tinha vergonha, perdeu a vergonha e virou sem-

vergonha!

O trabalhador não merece ser tratado da forma como está sendo tratado, nem o aposentado, nem aquele

que está doente, nem a mulher que tem um neném novo e precisa da licença-maternidade. Até isso?! Quando,

em sã consciência, nós imaginávamos que iríamos chegar a tanto?

Então, deixo aqui o meu protesto veemente para que o INSS atenda o nosso povo, para que o Governo

reaja e volte a investir em políticas de geração de emprego e renda, para melhorar a vida, a qualidade de vida.

Encerrando, Presidente, quero prestar a minha solidariedade aos petroleiros, aos funcionários da nossa

querida PETROBRAS, que estão em greve, não sem razão. A greve dos petroleiros, que já chega a 20 dias, sem


uma resposta, é contra exatamente a exploração dos trabalhadores na área do petróleo, é contra a venda de

ativos da PETROBRAS, é contra o desmonte e o esquartejamento da PETROBRAS. Estão entregando a PETROBRAS.

Aliás, até 2015, 80% do petróleo consumido no Brasil era refinado aqui no Brasil; 20% vinham de fora.

Agora, 80% do petróleo consumido no Brasil é refinado nos Estados Unidos. Nós somos autossuficientes em

petróleo, mas não em combustível. Nós produzimos petróleo e o vendemos a preço de banana, em reais, para os

americanos. Os americanos o processam, refinam e o mandam de lá para cá a preço de ouro, em dólar. E o Brasil

tem que pagar. Quem paga essa conta? O trabalhador. Quem paga essa conta? O empresário. Quem paga essa

conta? Somos eu, tu, ele, nós, vós, eles. E os petroleiros sabem disso.

Aliás, os caminhoneiros sabem mais, porque entraram na greve juntamente com os petroleiros. Os

caminhoneiros estão pagando uma dívida que não é deles. Acreditaram num projeto...


O SR. PRESIDENTE (Emanuel Pinheiro Neto. Bloco/PTB - MT) - Conclua, Deputado.

O SR. POMPEO DE MATTOS (PDT - RS) - Concluo, Presidente.

Agora o preço do petróleo, o preço da gasolina, o preço do diesel, o preço do álcool, o preço do botijão de

gás para a dona de casa, tudo foi lá para cima.

Então, recebam minha solidariedade! O PDT se solidariza com os petroleiros, com a nossa PETROBRAS, a

PETROBRAS do Getúlio, que pagou com sangue a criação dela, do Jango, do Pasqualini, do Brizola, do

nacionalismo, do trabalhismo, que defendeu que o petróleo é nosso.

O petróleo é do Brasil. O petróleo é dos brasileiros. Mas o combustível também tem que ser nosso. O

refino, o trabalho técnico qualificado que a PETROBRAS tem e que os petroleiros sabem fazer, tem que ser

valorizado, respeitado.

Por isso, manifesto a nossa solidariedade, o nosso apoio incondicional, o apoio do PDT gaúcho e brasileiro

aos nossos petroleiros, à nossa PETROBRAS, em defesa do petróleo brasileiro.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Emanuel Pinheiro Neto. Bloco/PTB - MT) - Obrigado, Sr. Deputado Pompeo de Mattos,

que falou pela Liderança do PDT.

DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELO SR. DEPUTADO POMPEO DE MATTOS.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, os petroleiros estão parados há mais de 15 dias, porque o Governo

Bolsonaro está fatiando e vendendo a PETROBRAS, entregando-a na mão do capital estrangeiro.

Como a PETROBRAS está subordinada à variação do dólar e a esse capital estrangeiro, o preço do petróleo

aqui nunca foi tão caro — tanto o diesel quanto a gasolina. Hoje o litro da gasolina custa quase 5 reais; e o do

diesel também.


A greve dos petroleiros, que entrou no 17º dia, e a paralisação dos caminhoneiros mostram a falta de

compromisso do Governo Bolsonaro com a soberania e o crescimento do País.

Além da subordinação da política de preços da PETROBRAS à variação do dólar, a crise econômica que

paralisa o País também tem prejudicado os caminhoneiros.

Desde meia-noite, o Porto de Santos está parado, em função da greve dos caminhoneiros, que pretende se

estender por todo o País. Eles lutam para que passe a vigorar uma lei já existente, que garante o piso mínimo. A

pressão é contra o Governo e os grandes grupos econômicos.

Dessa greve, a mídia não quer falar. É essa a luta que eles não querem que a população saiba. Agora, com a

adesão dos caminhoneiros, o poder dos grevistas cresce e a repressão aumenta. Há quem defenda o Brasil! Há

quem lute! Espalhem isso! O PDT e eu estamos do lado dos trabalhadores petroleiros e caminhoneiros.

A informalidade supera 50% em 11 Estados do País, segundo o IBGE. O trabalho informal é a principal

ocupação da população em 11 Estados brasileiros.

O trabalho informal atinge 38,4 milhões de pessoas. Houve o aumento de 1 milhão de pessoas nesse

número, em comparação a 2018, segundo o IBGE. São mais de 12,6 milhões de pessoas sem emprego!

A metade mais pobre da população, quase 104 milhões de brasileiros, vive com apenas R$413,00 mensais,

considerando todas as fontes de renda.

Informalidade é sinônimo de precarização e perda de direitos. Significa trabalhadores sem carteira assinada

e sem o mínimo de garantias.

Queremos um país com trabalhadores apenas ocupados ou dignamente empregados? É urgente gerar

empregos de qualidade!

Bolsonaro não criou a crise — é bem verdade que há uma responsabilidade evidente do PT —, mas

BoIsonaro também não a está resolvendo. Pior do que isso: está agravando a crise.

O SR. PRESIDENTE (Emanuel Pinheiro Neto. Bloco/PTB - MT) - Tem a palavra o Deputado Bira do Pindaré,

para uma Comunicação de Liderança, pelo PSB.

O SR. BIRA DO PINDARÉ (PSB - MA. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu queria trazer a

esta Casa um assunto de extrema importância. Trata-se da mobilidade urbana.

Este tema causa preocupação e é um problema não só no Brasil, mas no mundo inteiro.

Eu quero me reportar a esse assunto, porque, nesta semana, tem acontecido um debate muito intenso na

minha cidade, em São Luís do Maranhão, por conta do aumento das passagens de ônibus. Acho fundamental que

nós façamos essa reflexão e busquemos caminhos para enfrentar essa realidade.

Vejam bem: eu considero que a licitação acontecida em 2016 foi um avanço para a cidade, mas já se

passaram 4 anos. É preciso levar em consideração, neste momento, a realidade que o povo está vivendo.


Infelizmente, nós atravessamos uma crise profunda, que não existia na mesma dimensão em 2016 e que tem

afetado a vida das famílias, sobretudo no que diz respeito à renda. São Luís é uma cidade cuja renda per capita é

inferior a um salário mínimo.

Eu compreendo perfeitamente que se respeitem os contratos e que se siga rigorosamente o que determina

a lei, mas existe um princípio fundamental na gestão pública: o princípio da primazia do interesse público.

Portanto, em primeiro lugar, está o interesse da população, ou seja, o que deve predominar na questão do

transporte público não é a lógica do lucro, que predomina em relação às empresas. O que deve predominar é o

interesse da população. Nós temos que proteger o povo em relação a essas situações, sobretudo para que a

população possa ter garantido o mínimo de segurança em relação ao seu direito de ir e vir.

Por isso, eu trago esse tema aqui, Sr. Presidente. E quero propor concretamente que haja uma revisão

contratual em relação ao que hoje é praticado em nossa cidade de São Luís do Maranhão. Isso já é perfeitamente

possível. Nós já temos 4 anos de implementação do modelo atual com base na licitação. Esse contrato pode ser

revisto. Nós temos que fazer a composição, o equilíbrio econômico. Eu sei que as empresas precisam manter a

rentabilidade, mas é preciso, sobretudo, manter um equilíbrio em relação à renda das famílias. É preciso levar

isso em consideração, sobretudo porque o reajuste do salário mínimo agora foi de apenas 4% e o aumento das

passagens foi muito superior a isso. É preciso que haja um equilíbrio em relação à renda das famílias.

Além disso, muito além da questão tarifária, é preciso pensar na qualidade do sistema de transporte que

existe hoje em São Luís do Maranhão.

É preciso modernizá-lo. É preciso usar a tecnologia e garantir acessibilidade. É preciso que haja muito mais

conforto para atender a nossa população em todo o sistema de transporte, que hoje já é usado por quase 600 mil

pessoas. Talvez muitas outras pessoas deixassem em casa seus carros ou outros meios de transporte, como a

motocicleta, se o sistema de transporte funcionasse.

Além disso, nós temos de pensar num sistema multimodal. É preciso incentivar outras formas de

transporte, criando ciclofaixas e ciclovias, valorizando o transporte por meio da bicicleta, o que é bom para o

trânsito e é bom para a saúde.

Nós temos inclusive um projeto de nossa autoria incentivando a implantação obrigatória de ciclovias e

ciclofaixas em novas avenidas. Não há nada mais moderno do que isso.

É por essa razão que eu trago esse tema a esta Casa. Acho que chegou a hora de o Brasil pensar em

encontrar um caminho para resolver a questão da mobilidade urbana.

Eu convido a população de São Luís a participar do Movimento Pense São Luís, um movimento do PSB, a fim

de que, juntos, todos pensem na solução para os problemas da nossa cidade.


Este é o caminho: a participação popular, a transparência. Isso é o que realmente pode transformar a

realidade da nossa cidade.



Com a palavra a Deputada Benedita da Silva.

A SRA. BENEDITA DA SILVA (PT - RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, primeiro, eu

quero agradecer ao Deputado Otoni de Paula, que revezou comigo.

Sr. Presidente, tenho uma pergunta a ser feita: a quem interessa a privatização da Caixa Econômica

Federal?

Eu acho que o Congresso inteiro deveria estar presente na audiência que eu estava presidindo há pouco, na

Comissão que trata da quebra do monopólio da Casa da Moeda.

Vários documentos foram apresentados. Foi dito e comprovado que o passaporte mais seguro é o

passaporte brasileiro, feito pela Casa da Moeda. É o mais seguro do mundo! Também foram colocadas

preocupações em relação à flexibilização para que a moeda seja produzida em outro país. Já existe uma

dificuldade para analisar se a nota de 2 reais — eles pediram que analisássemos isso — é falsa ou não, porque ela

está vindo com um papel diferente, com uma cor diferente. Isso confunde. A Casa da Moeda assegura que a

fiscalização seja feita.

O próprio Presidente Bolsonaro garantiu que não iria privatizar a Casa da Moeda. Ele disse que é uma

empresa lucrativa, um patrimônio do País. Então, como o Paulo Guedes manda essa mensagem de privatização?

Como o Governo faz isso? Nós não estamos entendendo este Governo.

Além disso, não dá para a indústria escolher o seu próprio fiscal. Essas empresas vão escolher o seu próprio

fiscal, que vai dizer se elas são ou não idôneas, se aquele selo é ou não verdadeiro?

Isso é um grande absurdo!

Quero deixar aqui a minha manifestação, dizendo que nem nos Estados Unidos, nem na Alemanha, nem no

Reino Unido, nem no Japão, nem na França — são estatais; não são comunistas nem socialistas — permite-se que

as moedas sejam fabricadas por outros países.

Portanto, Sr. Presidente, aqui ficam a minha fala e a minha responsabilidade como Presidente daquela

Comissão Especial.

Eu peço a divulgação do meu discurso nos meios comunicação e no programa A Voz do Brasil.

O SR. PRESIDENTE (Emanuel Pinheiro Neto. Bloco/PTB - MT) - Pedido deferido à Sra. Deputada.

Convido para fazer uso da palavra o Deputado Paulo Guedes, na divisão do tempo de Liderança com a Sra.

Deputada Erika Kokay, incorporado ao tempo de breves comunicações. (Pausa.)


Enquanto isso, concedo 1 minuto ao Deputado Marcel Van Hattem.

O SR. MARCEL VAN HATTEM (NOVO - RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Muito obrigado, Sr.

Presidente.

Gostaria de saudar a presença aqui do Dr. Carlos Souto, do Rio Grande do Sul, que foi Presidente do

Instituto de Estudos Empresariais. Esse instituto foi e continua sendo muito importante para todos os brasileiros

que buscam mais informações sobre as ideias de liberdade, inclusive realizando anualmente o Fórum da

Liberdade.

Portanto, eu gostaria de saudar a presença do Dr. Carlos Souto aqui no plenário da Câmara e também em

visita a outros recintos.

Sr. Presidente, gostaria ainda de dizer que estivemos há pouco na Presidência do Senado Federal, junto

com o Presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Prisão em Segunda Instância e outros

Parlamentares federais, Deputados e Senadores, levando ao conhecimento do Presidente daquela Casa — e

também, obviamente, de toda a sociedade brasileira — o fato de que há 43 assinaturas de Senadores para a

aprovação em plenário da prisão após condenação em segunda instância.

Portanto, com a tolerância de V.Exa. e do Deputado Paulo Guedes, a quem gentilmente também agradeço,

digo que, tanto no Senado, quanto na Câmara dos Deputados, há maioria de Parlamentares favoráveis à prisão

em segunda instância. Muitos bandidos, hoje, estão soltos, em virtude de uma decisão do Supremo Tribunal

Federal, por maioria absoluta, mas muito estreita, que entendeu que a prisão não deve ocorrer após a segunda

instância.

Temos aqui, portanto, uma maioria conflagrada de Deputados e Senadores, exigindo que seja pautado esse

projeto. Além da PEC que está sendo discutida em Comissão Especial aqui na Câmara dos Deputados, há uma

série de alternativas sendo estudadas e propostas.

Por esse motivo, gostaria de saudar todos os Deputados e Senadores que estiveram diante da Presidência

do Senado, apresentando esse requerimento assinado por 43 Sras. e Srs. Senadores da República.



Tem a palavra o Deputado Paulo Guedes.

O SR. PAULO GUEDES (PT - MG. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu tive a

oportunidade de acompanhar agora há pouco o depoimento do Presidente Lula à Justiça Federal, em Brasília.

Pude ver de perto como ele, com sua coragem, com a firmeza de um homem inocente que está sendo

perseguido, portou-se com clareza perante o juiz e o Ministério Público.


Eu queria aqui parabenizá-lo e dizer que esses que tentam condená-lo fazem parte de uma elite. Como Lula

colocou de forma muito clara, parte da Polícia Federal e parte do Ministério Público aliaram-se a uma elite que

não aceitou as transformações sociais que o Governo do Presidente Lula fez para este País.

É por isso que eles vão tentar, a todo tempo, trazer de volta denúncias e mais denúncias, para iludir a

população brasileira e esconder o que foi o Governo do Presidente Lula. E eles fazem isso porque não admitem a

transformação social que aconteceu, pois já se completaram mais de 4 anos da parceria Temer, Bolsonaro, Moro

e companhia limitada.

Faz 4 anos do golpe. Faz 4 anos que estão surrando a população brasileira. São 4 anos de retrocesso total

neste País — retrocesso, inclusive, nas medidas aprovadas por este Congresso, como a reforma da Previdência.

Hoje, o INSS está parado. Mais de 2 milhões de brasileiros tentam se aposentar e não conseguem; 3

milhões de famílias esperam entrar no Bolsa Família, porque a fome e a miséria voltaram a prosperar neste País.

A elite não aceita que nos Governos do Lula e da Dilma este País crescia a 7% ao ano e que nós tínhamos

plena geração de emprego. Enquanto a Europa estava em crise, o Brasil gerava 20 milhões de empregos com

carteira assinada. O País era homenageado, o Presidente Lula era referência e o Governo dele agia no combate à

fome, no combate à miséria e na geração de oportunidades.

Eles te perseguem, Presidente Lula, porque não aceitam essa transformação; porque não aceitam que foi

no Governo do senhor que nós levamos 12 milhões de pessoas a saírem da escuridão do candieiro por meio do

Luz para Todos. Foi no Governo do Presidente Lula que nós construímos mais de 5 milhões de moradias através

do Programa Minha Casa, Minha Vida. Foi no programa do Governo do Presidente Lula que nós colocamos os

pobres, os negros, os índios e todos aqueles que não tinham oportunidades nas universidades. Nós

transformamos este País. Este País era respeitado. Até o Presidente dos Estados Unidos batia continência e dizia:

"Lula é o cara!".

Hoje nós temos um Presidente lambe-botas do Presidente americano, que não o respeita nem o recebe. O

País virou chacota internacional. Nós não podemos admitir isso. Nós não podemos admitir que as instituições não

funcionem. As instituições estão sendo apedrejadas por robôs do Bolsonaro, por milicianos, por pessoas que não

têm compromisso com este País, que não têm compromisso com o povo brasileiro.

Nós temos um Presidente que, todo dia, solta um factoide, uma verborreia, para alimentar seus robôs nas

redes sociais. Enquanto isso, o "capitão do mato", meu xará, o Ministro da Fazenda, Paulo Guedes, faz o serviço

sujo de entregar as nossas empresas. Eles estão vendendo a PETROBRAS, estão vendendo a ELETROBRAS, estão

entregando nosso patrimônio, estão empurrando as reformas goela abaixo do povo, retirando direitos sagrados

dos trabalhadores. A marca dessa parceria Temer, Bolsonaro, Moro e Paulo Guedes, Ministro da Fazenda, é o que

nós estamos assistindo a cada dia: o caos, pois estão entregando as nossas reservas cambiais, estão acabando


com as oportunidades. E todo dia há uma notícia ruim, sob os aplausos da elite, que nunca aceitou ver

empregada doméstica andar de avião, trabalhador rural ter o filho na universidade. É isso o que eles não aceitam.

Eles querem muito bem a vida boa e ir à Europa, mas não querem que o Brasil se transforme em um país

europeu. O que eles querem aqui é massacrar o povo brasileiro.

É por isso que parte dessa elite ainda apoia esse Governo desastroso do Bolsonaro, dos seus filhos

falastrões, milicianos, aprontando todo dia. E muita gente ainda aceita que eles falem o que querem falar,

desrespeitem este Congresso.

E ainda vem um general, Ministro do Bolsonaro, falar contra os Parlamentares e contra o Congresso

Nacional. Ora, general, respeite a democracia. Nós não vamos admitir que a ditadura volte. O povo brasileiro é

soberano. Este País não vai dar um passo para trás. Nós vamos andar para frente, porque nós temos um legado a

defender.

É por isso que nós estamos solidários ao Presidente Lula, pela sua coragem, pela sua firmeza, pela sua

lucidez de enfrentar cada denúncia leviana que se levanta contra ele. Mas ele é forte. Ele é forte, porque está

presente nos quatro cantos deste País, em qualquer lugar; o lugar mais pobre tem a presença do Governo dele,

seja com cisternas, seja com o Luz para Todos, seja com energia, seja com oportunidades de emprego, seja com o

PRONAF. Ou seja, o Governo Lula existiu para todas as classes; gerou emprego, renda e oportunidades.

Isso a elite não sabe fazer. A elite do Paulo Guedes, do Bolsonaro e do Moro só consegue olhar para o

próprio nariz. Para eles, o Brasil é só de uma minoria.

Por isso, viva Lula e sua coragem!


Agora, nas Comunicações Parlamentares, passo a palavra ao Deputado Otoni de Paula.

O SR. OTONI DE PAULA (PSC - RJ) - Sr. Presidente, peço a V.Exa. que agregue o tempo da Liderança do

partido e o de breves comunicações.

O SR. PRESIDENTE (Emanuel Pinheiro Neto. Bloco/PTB - MT) - Está deferido, Deputado.

O SR. OTONI DE PAULA (PSC - RJ. Como Líder. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, somos todos

General Heleno. Todos! E por quê? Porque o General Heleno expressa o que está no âmago do povo brasileiro em

relação às práticas que muitas vezes ocupam esta Casa, às práticas que não celebram a vida do País nem o novo

Brasil, mas que celebram a antiga e velha prática que levou o Brasil à bancarrota.

Quando o Presidente da Casa, Deputado Rodrigo Maia, diz que é preocupante ver tantos generais no poder,

eu fico pensando o que o Presidente quis dizer com isso. Será que o Presidente desta Casa pensa que os generais

que estão ajudando o Presidente Bolsonaro estão ali para fazer um golpe militar nesta Nação? Não precisa. Um

militar já foi eleito democraticamente. Na verdade, o General Heleno reclama de pressões que o Governo sofre


apenas por querer consertar o Brasil. Nós vamos aqui nos enganar, ou tentar enganar o povo brasileiro, de que

boa parte dos Deputados e Senadores deste Congresso que votam algo pelo Brasil esperam receber algum tipo

de benesse? Porque, se não derem, também não votam. É disso que o General Heleno estava reclamando, desse

parlamentarismo branco que nós temos no País, em que o Presidente da República fica de mãos atadas, porque

se torna refém do pragmatismo de alguns Deputados, de alguns blocos partidários desta Casa.

O General Heleno tem todo o nosso apoio. O Brasil apoia o General Heleno e sua fala por um simples fato:

ele expressa o que está no âmago do povo brasileiro. Se nós não tomarmos cuidado... A última palavra do

General Heleno, ele não disse em uma entrevista, mas em uma conversa particular. Mas vazamento pela

imprensa hoje se tornou comum. A última palavra dele eu não posso mencionar aqui pra não quebrar o decoro.

Cuidado, Deputados, para que não seja essa a palavra que o povo diga aos senhores daqui a 2 anos e alguns

meses quando tentarem voltar para esta Casa.

Sr. Presidente, o segundo assunto que me traz a esta tribuna é a situação calamitosa na área da saúde que a

cidade do Rio de Janeiro está vivendo. Muitos pensam que as críticas que eu possa fazer à gestão do Prefeito

Marcelo Crivella são pessoais. Não! Longe de mim fazer algum tipo de crítica pessoal ao Prefeito, a quem eu

respeito! As minhas críticas são realistas, e podem ser comprovadas nas ruas do Rio de Janeiro.

Esta semana alguns funcionários da Prefeitura e de OSs até então ligadas à Prefeitura ligaram-me

desesperados. Alguns deles ligaram para o meu gabinete e para o meu WhatsApp, falando sobre um problema

que está ocorrendo no Centro Municipal de Saúde Américo Veloso, em Ramos. Só para os senhores terem uma

ideia, todos os funcionários foram demitidos. Alguns estão em processo de readmissão, mas, se forem

readmitidos, sabem o que a Prefeitura disse a esses funcionários, a esses chefes de família? Que vão ganhar

metade do que ganhavam. E, se quiserem, ficam; se não quiserem, saem.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, isso é um absurdo. A equipe da farmácia, por exemplo, os

administrativos, os técnicos de enfermagem, a equipe de saúde bucal não serão recontratados. E o Centro

Municipal de Saúde Américo Veloso, que atende milhares de pessoas na Praia de Ramos, vai ficar ao léu. Está

havendo uma verdadeira quebradeira na saúde do Rio. E o que a Prefeitura alega? Alega que não tem dinheiro.

Senhores, a Prefeitura alega que não tem dinheiro, mas isso é mentira. A Prefeitura alega que não tem

dinheiro e que a arrecadação está caindo, mas isso é mentira. E por quê? Porque os demonstrativos da receita

corrente líquida, ou seja, do total arrecadado pelo Município do Rio de Janeiro, foram, em 2017, da ordem de 19

bilhões de reais. Em 2018, houve um aumento da arrecadação, até porque o Prefeito aumentou o valor do IPTU e

da taxa de iluminação pública. Eu, quando eu era Vereador, votei contrariamente a isso. Sabem de quanto foi o

aumento? Foi de 21,2 bilhões de reais. Em 2019, houve mais um aumento de arrecadação, de 22,6 bilhões de

reais.


Ora, então o que aconteceu com a Prefeitura? Podem dizer: "Ah, mas foi a dívida que o ex-Prefeito Eduardo

Paes deixou". Realmente, deixou, mas era para essa dívida ter sido administrada ao longo desses 3 anos, quase 4

anos. Ora, se ele deixa uma dívida de 3 bilhões de reais, o.k., há, em um primeiro momento, um aperto, mas logo

depois, não. Daí já se consegue, com uma boa gestão, equilibrar as contas públicas.

Só para que tenham uma ideia, vejam o que disse o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta: "As

autoridades fluminenses 'relaxaram' no combate ao sarampo". E disse ainda mais: “Diziam que seria impossível

controlar São Paulo. Eu" — diz Mandetta — "alertei: 'Rio de Janeiro, olhe seus números de vacinação, vacine'."

Mas o Rio está desorganizado na saúde pública.

Quem disse isso foi o Ministro Mandetta. E o povo carioca está sofrendo na pele. E qual é a desculpa? Foi o

outro Governo. Qual é a desculpa? É a dívida do outro Governo. Qual é a desculpa? É a Globo que está

perseguindo. Qual é a desculpa? Que caiu a receita corrente líquida. É mentira. Falem a verdade para o povo

carioca. O que faltou foi gestão. Então, pelo que nós estamos lutando, o que os funcionários do Américo Veloso

estão querendo é que não haja sucateamento da saúde, para que esses funcionários não sejam demitidos. Afinal

de contas, se se demitir 5 mil e só se recontratar a metade, imaginem como ficará a saúde com a metade

ganhando a metade do que ganhava? Isso é lamentável.

Sr. Presidente, quero tratar de mais um assunto. Olavo de Carvalho disse: "Quando um comunista acusa

seus inimigos de algum crime, investigue e acabará descobrindo, em 99% dos casos, que quem cometeu o crime

foi ele mesmo". Sr. Presidente, a cara de pau, o teatro montado pela Esquerda, Deputado Gutemberg Reis, no

caso do ex-Capitão Adriano da Nóbrega é surreal; é como se a família Bolsonaro tivesse ido à Bahia e atirado no

cara. Só que quem matou o Adriano foi a polícia do PT, foi a polícia de Rui Costa. Eles é que mataram o homem.

Aliás, sabem o que o Governo da Bahia disse? Disse que não é possível afirmar se Adriano foi torturado. Atenção!

Foram quebradas sete costelas. Ele recebeu coronhada na cabeça, queimadura com ferro quente no peito e dois

tiros à queima roupa, um na garganta, de baixo para cima, e outro no tórax, que perfurou o coração e os

pulmões. As costas dele ficaram em carne viva. E o Governo da Bahia disse que não tem como afirmar se ele foi

torturado. Isso é brincadeira.

Portanto, a Esquerda manipula as informações de tal forma que a imprensa progressista e esquerdista

abraça essa informação. Por que a imprensa faz isso? Porque acabou a mamata, acabou a tetinha, acabou o

dinheiro fácil. Então, eles sabem que ou eles derrubam o Governo Bolsonaro ou o Governo Bolsonaro vai acabar

com eles. É esse o jogo.

É vergonhosa essa postura da Esquerda de tentar atrelar à família Bolsonaro esse caso de Adriano da

Nóbrega. Repito o que disse Olavo de Carvalho: "Quando um comunista acusa seus inimigos de algum crime,

investigue e acabará descobrindo, em 99% dos casos, que quem cometeu o crime foi ele mesmo".


Sr. Presidente, tenho mais um assunto a tratar dentro do meu tempo. Sobre esse assunto a imprensa não

está falando nada, todo mundo está quietinho. Está dando para ouvir o som de grilos. Atenção! Eis o que disse o

Presidente do PSOL, Juliano Medeiros, em entrevista ao programa Faixa Livre, da Rádio Bandeirantes, por ocasião

da morte do ex-Capitão Adriano da Nóbrega: "É um factoide a vinculação automática do clã Bolsonaro ao

assassinato da Vereadora Marielle Franco".

Presidente, a verdade triunfa! E a verdade é tão boa que, às vezes, ela escapa da boca, tem vida própria. E,

mesmo na boca de mentirosos, eles podem não controlar a verdade e falar. O Presidente do PSOL, Juliano

Medeiros — e a imprensa está calada —, disse que fazer uma ilação, ou seja, tentar associar em vinculação

automática a família Bolsonaro à morte de Marielle, "é um factoide".

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados e povo brasileiro, a cada dia a Esquerda se desmoraliza, porque nos

acusa daquilo que são, mente de cara lavada. Parece que não ficou 16 anos governando este País. Fala que

Bolsonaro está dando dinheiro para banqueiro, quando foi no tempo dela que os banqueiros mais ganharam

dinheiro neste País. Mas esse é o show da Esquerda.

Ainda bem, Sr. Presidente, que a verdade é mais poderosa. Ainda bem, Sr. Presidente, que verdade não se

pode esconder por muito tempo, ela aparece. Agora saiu da boca do Presidente do PSOL que é factoide, é ilação,

é mentira envolver a família Bolsonaro com a morte de Marielle.


Pelo tempo de Liderança, concedo a palavra à Deputada Fernanda Melchionna, pelo PSOL.

Em seguida falarão os Deputados Emanuel Pinheiro Neto, Gutemberg Reis, João Daniel e Sanderson.

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA (PSOL - RS. Como Líder. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, é

escandalosa a capacidade de mentir dos Deputados. Deveriam honrar o decoro parlamentar e, no mínimo,

honrar o microfone e as palavras que verbalizam.

Infelizmente, o Deputado saiu, mas mentiu sobre o nosso Presidente do PSOL, que disse: "(...) é muito

evidente que o Adriano tinha relações com a família Bolsonaro, o que significa que a família Bolsonaro tem

relações com as milícias. Evidentemente já sabemos que o assassinato da Marielle também tem o dedo das

milícias, agora daí a fazer uma vinculação automática (...)". E segue a entrevista do nosso Presidente.

É, no mínimo, escandaloso que o Deputado conte essas mentiras aqui da tribuna, ainda mais diante da

circunstância que nós estamos vivendo no País: a circunstância gravíssima de um Presidente que

sistematicamente ataca as mulheres brasileiras, que tenta a todo momento romper as liberdades democráticas.

Já foi o "Zero 3" falando do AI-5. A Comissão de Ética da Câmara tem que tomar uma posição! Não é possível que,

em pleno ano de 2020, um Deputado rasgue a Constituição e quebre o decoro ao defender o tempo mais

sombrio da ditadura civil-militar, e não seja punido por isso, não honre o seu cargo de Deputado Federal e faça


apologia da violência, da tortura, da morte, do assassinato. Hoje, o General Heleno, que é outro ideólogo e

defensor da ditadura civil-militar, fez uma declaração clara nesse sentido.

Bolsonaro censura a imprensa. O ataque a Patrícia Campos Mello não é só um ataque machista, misógino,

que sexualiza a profissão das jornalistas e das mulheres, mas é também um ataque à liberdade de imprensa, a

todas as imprensas, inclusive ao jornal Folha de S.Paulo, que, num editorial hoje, falou dos riscos no transcurso

dos seus 99 anos de existência. É um ataque a vários veículos e a Glenn Greenwald, que trouxe à tona o caso da

"Vaza-Jato", que fez o seu papel jornalístico e que é sempre ameaçado por este Governo.

O que nós vemos é a banalização do autoritarismo, da violência, da restrição das liberdades democráticas e

uma apatia de muitos setores, inclusive aqui no Congresso — eu tenho feito muitas vezes esta fala —, diante do

risco que o País está correndo. Mas eu tenho convicção de que o povo brasileiro, sobretudo as mulheres terão a

capacidade de reagir aos riscos do nosso tempo.

Ontem, enquanto eu falava, o "Zero 3" fazia o gesto de dar uma banana ali, naquela outra tribuna. Foi o que

fez Bolsonaro quando reagiu aos jornalistas, lá na frente do Palácio do Planalto, desrespeitando a todos

sistematicamente. Hoje ou ontem, não sei, ele postou uma hashtag no seu Twitter, desrespeitosa como sempre.

Eu queria responder ao "Zero 3" da família Bolsonaro que, na verdade, o que cheira muito mal é a relação do

Flávio Bolsonaro, de toda a família deles, com o crime organizado no Rio de Janeiro, é a relação orgânica que eles

têm com a milícia, é a relação de mais de 1 década com um miliciano bandido que ele chamou de "herói" desta

tribuna quando já era culpado por homicídio e que foi assassinado no domingo, dia 9 de fevereiro. Era um

foragido, excluído da lista do Moro e que tinha muito a explicar. O que cheira mal são os 200 mil que saíram do

esquema do Queiroz no gabinete do então Deputado Estadual Flávio Bolsonaro para a ex-mulher de Adriano da

Nóbrega. O Ministério Público descobriu, pelas gravações, que eram destinados para Adriano. Portanto, era

financiamento material das milícias. O que cheira mal é a relação orgânica que eles têm com o Queiroz, que

inclusive indicava cargos no Governo Federal. O que cheira mal é a restrição permanente e a tentativa de

ameaça, são as fake news, é a pós-verdade que eles tentam implementar nas redes.

Podem ameaçar muitos, mas não nos intimidam. Não nos intimidam. Porque nós sabemos que o Brasil é

maior que o autoritarismo. Mas o Brasil tem que se expressar. O carnaval tem que ser um grito de resistências. As

mulheres, no 8 de Março, têm que ocupar as ruas, como fizeram na manifestação #EleNão, a maior manifestação

feminista da nossa história, contra o Governo Bolsonaro e a favor da vida das mulheres.

O SR. PRESIDENTE (Emanuel Pinheiro Neto. Bloco/PTB - MT) - Obrigado, Sra. Deputada.

Peço ao Deputado Tito que assuma a Presidência da sessão.

(O Sr. Emanuel Pinheiro Neto, nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da Presidência,

que é ocupada pelo Sr. Tito, nos termos do § 2º do art. 18 do Regimento Interno.)


O SR. PRESIDENTE (Tito. AVANTE - BA) - Obrigado, Deputado.

Imediatamente, passo a palavra a V.Exa., Deputado Emanuel Pinheiro Neto, pelo PTB.

O SR. EMANUEL PINHEIRO NETO (Bloco/PTB - MT. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr. Presidente.

Venho a esta tribuna mais uma vez, como Deputado representante do meu Estado de Mato Grosso, apoiar

a proposta do Governo Federal de reduzir a carga tributária que incide sobre o preço dos combustíveis no Brasil,

que hoje chega a 40% a 45% — pasmem! — do valor final. Esse percentual corresponde somente a tributos, à

carga tributária.

Acontece que o Governo do Estado de Mato Grosso, o Governo do meu Estado, tem dado o braço a torcer,

tem criado uma situação, tem dado a impressão, sempre que a população se manifesta — e se manifestou

intensamente para pedir a redução da alíquota do ICMS, a redução da carga tributária sobre os combustíveis —,

todas as vezes que a população põe a voz para fora, de que a população está errada, e o Governo está certo. Faz

parecer que a população está reclamando de barriga cheia e que o Governo está sempre certo e cheio das

soluções.

Darei aqui alguns exemplos recentes. Durante a luta que os professores do Estado de Mato Grosso

travaram pelo direito constitucional à RGA — Revisão Geral Anual e ao pagamento em dia do seu salário, o

Governo do Estado os comparou a crianças que pedem dinheiro ao pai para ir para a Disney ou para fazer

compras supérfluas. Recentemente, quando o setor do comércio do Estado de Mato Grosso, via CDL — Câmara

de Dirigentes Lojistas e FECOMERCIO — Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, manifestou-se

contra o aumento da carga tributária, o Governo do Estado disse que eles estavam perdendo a "boquinha" e por

isso estavam reclamando. Quando o Governo Federal fez a proposta de redução da alíquota do ICMS, o

Presidente da República, Jair Bolsonaro, foi ironizado pelo Governo do Estado de Mato Grosso.

Isso mostra, Sr. Presidente, que o Governo do nosso Estado cortou o cordão umbilical com a sociedade.

Acabou a conexão. Ele não representa mais a sociedade, ele representa somente a si mesmo.

O Governo fala de gestão fiscal, mas a gestão fiscal tem significado somente uma coisa em Mato Grosso:

aumento de tributo. Existe crise? Aumenta impostos. Está com dificuldade? Põe sobre o lombo do cidadão. Dou

aqui alguns exemplos. O SINCOFARMA, o Sindicato do Comércio Varejista de Produtos Farmacêuticos, disse-nos,

durante a minirreforma tributária, que incidem sobre os remédios de 18% a 37% de tributos. Para aonde vai esse

valor? Para a população. Para os supermercados e o comércio varejista, houve aumento entre 8% e 10%. O preço

dos combustíveis em Mato Grosso é calculado com base em alíquota que varia de 25% a 34%.

A população se manifesta, e o Governo, a meu ver, não a leva a sério. É por isso, por causa desse contexto,

Sr. Presidente, que, junto com a minha equipe e com os técnicos desta Casa, elaboramos um projeto que visa


conter o aumento abusivo dos preços, que busca garantir a estabilidade dos valores. É uma questão técnica, e eu

gostaria de explicá-la.

O ICMS, como estabelece a lei, não é cobrado no preço final, já definido e cobrado na bomba de

combustíveis. No início da produção, ou na importação, ou na distribuição, o Governo do Estado cobra uma

alíquota, que varia entre 25% e 34%, sobre uma base de cálculo, ou seja, sobre um valor estimado do

combustível. Muitas vezes, esse valor estimado está acima da média do preço cobrado nas bombas em geral, em

todo o Estado. Naturalmente, se incide uma alíquota, uma taxa de 25%, sobre uma base de cálculo que está

acima da realidade, o valor do tributo a ser cobrado é maior, e o preço vai ser mais alto nas bombas de

combustíveis. Então, não adianta baixar o preço na refinaria, se, com esse mecanismo, o valor chega mais alto à

bomba de combustíveis.

O Supremo Tribunal Federal já afirmou, em alguns julgados, que mecanismos como esse, em que a alíquota

de ICMS incide sobre base de cálculo acima da realidade, constitui enriquecimento indevido do Estado. Repito: é

um julgado do STF.

Por isso a nossa proposta de lei. Nós queremos definir que essa base de cálculo seja feita a partir da média

do valor do ano anterior, ratificado e aprovado pela Assembleia Legislativa. E quando houver cobrança abusiva e

acima da média, acima da realidade, então que se faça a devolução imediata desse valor, para que isso resulte

em baixa no preço nas bombas de combustíveis.

Nós vemos que, no Estado de Mato Grosso, entre caminhoneiros, motoristas de aplicativos e cidadãos civis,

entre todo mundo que vive e depende do meio de transporte para ir ao médico, para levar o filho para a escola,

entre todos, na região da Baixada Cuiabana, no Araguaia, nas regiões oeste, médio norte e norte, o Nortão, é

unanimidade o apelo para que trabalhemos para reduzir os preços do etanol, do diesel e da gasolina.

Se houver sensibilidade, se houver boa vontade, se levarmos a sério os projetos no Brasil e reatarmos o

cordão umbilical com a sociedade, aí sim, poderemos prover e atender aos anseios da população. Caso contrário,

vai continuar deste jeito: a população trabalha para sustentar a máquina estatal, a população trabalha e se

sacrifica para servir ao Governo, e não o contrário.

Peço que meu discurso seja divulgado no programa A Voz do Brasil.


O SR. PRESIDENTE (Tito. AVANTE - BA) - Deferido o pedido de V.Exa., Deputado Emanuel Pinheiro Neto.

Parabéns pelo pronunciamento de V.Exa.!

Tem a palavra o Deputado Gutemberg Reis.

O SR. GUTEMBERG REIS (Bloco/MDB - RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, venho a

esta tribuna hoje para dizer algumas palavras de agradecimento.


Eu quero, primeiramente, agradecer ao nosso Deus pelo belíssimo ano que passou, o de 2019. Foi um ano

em que o nosso mandato foi muito produtivo.

Eu quero agradecer ao Presidente desta Casa, ao nosso Líder, o Deputado Baleia Rossi, e a todos os

funcionários, em especial a todos os colegas Deputados e Deputadas que ajudaram, com suas emendas

individuais, com emendas extras, a nossa cidade de Duque de Caxias, assim como aos Senadores que ajudaram

muito também a nossa cidade.

O Prefeito da cidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, o Prefeito Washington Reis, tem feito um

belíssimo trabalho, principalmente na área da saúde. Duque de Caxias foi a cidade que mais captou recursos do

Governo Federal e do Estado para a saúde. A cidade não só atende à sua população, mas também a da Baixada

Fluminense e a do Estado do Rio de Janeiro. O Prefeito teve a sensibilidade de abrir as portas, fazendo justiça

social, para atender àqueles que mais precisam. No Estado do Rio de Janeiro, o que sê vê é crise, principalmente

na saúde, em todo o Estado, mas o Prefeito de Duque de Caxias abriu as portas da saúde para a população de

todo o Estado.

Eu quero parabenizar o Secretário Municipal de Saúde, o Dr. José Carlos de Oliveira, pelo belíssimo

trabalho, assim como o Deputado Estadual Rosenverg Reis, que tem destinado recursos do Estado ao Município.

Quero agradecer também ao Governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, que tem ajudado a cidade.

Para a nossa cidade, em 2019, com os projetos sociais do Governo Federal e com a ajuda do nosso

Presidente da República, Jair Bolsonaro, do nosso Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e da nossa

bancada de Deputados, foram destinados mais de 170 milhões de reais em recursos para a área da saúde.

Mudando a história, Duque de Caxias hoje é a quinta cidade que mais investe em saúde.

Saúde é uma coisa muito séria. Não podemos esperar. O investimento não para. Todas as minhas emendas

foram destinadas para lá. Só em emendas de bancada, os Deputados e Senadores do Rio de Janeiro destinaram

42 milhões de reais para a construção do Hospital Jerusalém. O Prefeito Washington Reis doou um terreno na BR-

040 que custa, aproximadamente, 100 milhões de reais. O Deputado Estadual Rosenverg captou do Estado mais

de 100 milhões de reais. O hospital, de alta complexidade, vai atender a população de toda a Baixada Fluminense.

Cito também o Hospital do Olho, que é um sucesso, que é referência no Brasil. O Prefeito vai construir o

Hospital do Olho 2. Além dele, temos o Centro Especializado em Reabilitação — CER IV, e vai ser inaugurada no

Dia da Mães a Maternidade de Santa Cruz da Serra, que vai ser referência, que vai ser uma das melhores do

Brasil. O nosso centro de tratamento de dependentes químicos, com mais de 20 cursos técnicos, resgata o

usuário da rua, forma-o, prepara-o, capacita-o, cuida dele e o faz voltar à sociedade como cidadão de bem.

Temos também o Hospital Dr. Moacyr Rodrigues do Carmo, que o Prefeito construiu no seu primeiro mandato, o

Instituto de Audiologia, que é referência no Brasil hoje. E o Prefeito está reformando o nosso antigo Hospital


Duque de Caxias, que hoje é policlínica, está construindo o maior centro de fisioterapia e o melhor hospital de

imagens do Estado do Rio de Janeiro. Isso é respeito ao cidadão, isso é cuidar de gente, isso é fazer justiça social.

Eu quero agradecer ao nosso Presidente Jair Bolsonaro, a todos os Deputados e Senadores, ao nosso

Ministro Henrique Mandetta, ao nosso querido Prefeito Washington Reis, ao nosso Deputado Estadual Rosenverg

Reis e ao meu Chefe de Gabinete, o Mazinho Neto, que tem feito um belíssimo trabalho ajudando a captar

recursos para Duque de Caxias. Quero parabenizá-los.

Obrigado, Sr. Presidente. Fique com Deus.

O SR. PRESIDENTE (Tito. AVANTE - BA) - Obrigado, Deputado Gutemberg Reis.

Passo a palavra ao Deputado Dr. Jaziel, para uma breve comunicação.

O SR. DR. JAZIEL (PL - CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Deputado Tito, imprensa,

nós estamos aqui para fazer uma breve comunicação, como já foi anunciado.

Nós tivemos aqui, em 2 dias de trabalho, um resultado muito importante, meu Presidente. Procuramos

fazer justiça, tanto no que se refere ao Governo Jair Bolsonaro quanto no que se refere ao nosso Ministro

Abraham Weintraub, um homem cristão, um homem patriota que tem sofrido, há vários dias, até meses, uma

acirrada perseguição.

Nós entendemos que seria importante fazer algo para um segmento da sociedade que aprova este novo

modelo de comportamento do Brasil e do brasileiro, modelo que contraria o que acontecia num passado bem

recente. Quando falo "passado bem recente", eu me refiro a Governos anteriores, ao Governo que se dizia de

esquerda ou cuja ideologia era marxista.

Foi dito que o nosso Ministro da Educação não tem competência, que escreve errado, isso e aquilo. Na

verdade, os erros de ortografia que ele cometeu tiveram o objetivo exatamente de chamar a atenção da

imprensa, que não divulga o que é bom. Quando pensa que é algo ruim, a imprensa divulga. E divulgou que ele

escreveu errado. Foi ótimo, porque era exatamente isto o que ele queria, que a imprensa escrevesse alguma

coisa sobre aquele assunto.

O nosso Ministro é competente, é conhecedor do que faz, é um homem que tem compromisso. Nós

fizemos uma carta de apoio ao Ministro, meu Presidente. Foi um grande sucesso, foi uma grande vitória. Já temos

mais de 120 assinaturas nessa carta de apoio — e mais Deputados vão assinar. De maneira que o nosso Ministro

vai ficar. Ele vai ficar porque tem compromisso com o Brasil, porque é um Ministro honesto que tem

compromisso com o Governo Jair Bolsonaro. O Presidente Jair Bolsonaro, com certeza, porque é um homem

inteligente, porque é um homem firme em suas ações, vai atender ao que está sendo pedido.

O Ministro tem muita coisa a fazer. O Ministro tem a coragem de dizer que no Ministério da Educação não

vai incentivar a distribuição de kits gay, mas vai incentivar, isto sim, a leitura familiar, a leitura em casa. Isso é


bem diferente de distribuir kit gay. Talvez essas coisas contrariem muita gente, mas o Ministro veio para ficar,

veio na hora certa, na hora em que a sociedade, em que as famílias estavam precisando. Então, aprouve a Deus

dar oportunidade ao homem que tem esse afinamento, que tem o entendimento de que família é algo escrito por

Deus, é um princípio. Fica aqui registrada a nossa alegria de poder contribuir dessa forma, neste momento

histórico da nossa Nação.

Este Governo veio para mostrar como se governa, como fazer as coisas de forma coerente, sem ideologias,

sem distorções, sem roubalheiras, sem muitas coisas que aconteciam no passado. Já faz mais de 1 ano o Governo

Jair Bolsonaro, e ninguém viu um escândalo envolvendo administradores ligados a ele diretamente.

É com alegria, Sr. Presidente, que registro a minha gratidão por, nesta oportunidade, dizer ao Ceará e ao

Brasil que este Governo vai dar certo, que o Ministro da Educação já deu certo, assim como toda a estrutura

governamental.

Meu muito obrigado. Um abraço.

Que Deus nos abençoe.

O SR. PRESIDENTE (Tito. AVANTE - BA) - Obrigado, Deputado.

Eu quero convidar à tribuna o Deputado Sanderson, para uma breve comunicação.

O SR. SANDERSON (PSL - RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr. Presidente.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, venho aqui hoje para, muito mais do que cumprimentar os 84 mil

servidores, cumprimentar de modo efusivo o Presidente da Caixa Econômica Federal, o Sr. Pedro Guimarães, que,

com arrojo, competência, profissionalismo e comprometimento com o seu País, tem prestado brilhantes serviços

a essa instituição nacional, pertencente ao Estado brasileiro. A Caixa Econômica Federal, com mais de 150 anos

de serviços prestados à população de modo geral, a todas as classes, administra, efetiva e opera o Fundo de

Garantia do Tempo de Serviço, o financiamento imobiliário e tantos outros serviços belíssimos no Brasil.

Nós vimos o balanço apresentado pela Caixa Econômica Federal, Sr. Presidente. Essa instituição do povo

brasileiro, hoje sob o comando do Dr. Pedro Guimarães, obteve 103% de melhora nos seus números, se

comparados com os números de 2018. Isso é um orgulho para todos nós brasileiros. Ela obteve lucro de 21

bilhões de reais, produto do trabalho honesto e decente dos seus mais de 80 mil servidores, capitaneados por um

grupo de técnicos, de pessoas voltadas a entregar um serviço público de qualidade cada vez maior para os

brasileiros de todos os cantões do País. Se compararmos com os números, por exemplo, de 2014, veremos que o

crescimento obtido pela Caixa Econômica Federal em 2019 foi de 300%.

Parabéns ao Presidente da Caixa Econômica Federal, pela sua liderança, pelo seu arrojo!

Parabéns aos mais de 80 mil servidores, a vice-presidentes, diretores, superintendentes, a todos os

servidores de carreira da Caixa Econômica Federal! Eles têm o nosso apoio no Congresso Nacional. Esses


servidores têm feito da Caixa Econômica Federal um banco que presta cada vez mais serviços a todos, em todas

as regiões do País.

Por exemplo, a gestão do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço — e o Presidente da República, Jair

Bolsonaro, empenhou-se em facilitar a vida dos brasileiros — tem sido conduzida brilhantemente pela Caixa

Econômica Federal.

Parabéns, Presidente Pedro Guimarães!

Parabéns, mais de 80 mil servidores da Caixa Econômica Federal!

Viva o Brasil!

O SR. PRESIDENTE (Tito. AVANTE - BA) - Parabéns, Deputado Sanderson, pelo seu pronunciamento!

Tem a palavra o Deputado João Daniel, pelo tempo regimental de 3 minutos.

Depois fará uso da palavra o Deputado Delegado Éder Mauro.

O SR. JOÃO DANIEL (PT - SE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu gostaria de dizer que

hoje acompanhei o Presidente Lula numa audiência na Justiça Federal sobre um processo de 2011. Tive a

oportunidade de ver o quanto há de perseguição contra o Nordeste, contra as regiões mais pobres do País.

Uma medida provisória que foi aprovada por unanimidade no Congresso Nacional, que teve Relator, que

teve Comissão com Presidente, agora, passa a ser utilizada numa invenção, numa tentativa de jogar para a

opinião pública, por meio de um processo, a ideia de que houve interesses envolvidos. Entretanto, o Presidente

Lula, que foi o maior estadista da história da República brasileira, deu uma aula ao procurador e ao juiz,

mostrando o que representa um estadista na Presidência da República, com um Ministro-Chefe da

Secretaria-Geral da Presidência como Gilberto Carvalho, que é um exemplo de homem.

Lamento que o depoimento do Presidente Lula não tenha sido exibido ao vivo para o público, pois

mostraria ao Brasil a altura de um homem que tem dignidade, que tem justeza, que tem ética, que tem moral e

que deixa cada vez mais preocupados aqueles que não querem uma Justiça justa, que cumpra verdadeiramente

aquilo que está escrito na nossa Constituição.

Fico feliz em ver tudo o que houve. Tenho certeza absoluta de que a verdade e a justiça vencerão.

Além disso, Sr. Presidente, quero deixar registrado nesta Casa, no dia de hoje, um pronunciamento sobre a

importância da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas. Manifesto o nosso repúdio

ao projeto de lei do Governo Bolsonaro que quer autorizar as mineradoras e o grande agronegócio a entrarem

em terras indígenas, nas riquezas naturais.

O Bolsonaro quer ver a violência no campo. O Bolsonaro não gosta dos povos indígenas. Por isso,

precisamos que a sociedade brasileira se mobilize e defenda aquilo que é o mais importante e o mais puro da


história deste País, que são os verdadeiros donos das riquezas naturais: os povos indígenas. As riquezas naturais a

eles pertencem em suas áreas. É preciso respeito à cultura e à religiosidade.

Por fim, ressalto o nosso pronunciamento sobre a importância do Presidente Lula para o Brasil, como um

grande estadista reconhecido no mundo, para Justiça e para nossa Constituição.

Sr. Presidente, peço que o meu pronunciamento seja divulgado no programa A Voz do Brasil e nos demais

meios de comunicação da Casa.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Tito. AVANTE - BA) - Obrigado, Deputado João Daniel.

DISCURSOS NA ÍNTEGRA ENCAMINHADOS PELO SR. DEPUTADO JOÃO DANIEL.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, participamos hoje da reunião de planejamento da Frente

Parlamentar em Defesa dos Povos Indígenas, na qual saudamos a primeira mulher indígena a ter um mandato

nesta Casa, a companheira Joenia Wapichana, bem como as companheiras e os companheiros presentes no

evento.

Reafirmamos o nosso compromisso, assim como o compromisso de todo o núcleo agrário da bancada do

PT, em defesa dos povos indígenas, das comunidades quilombolas e de todos aqueles e aquelas que estão vendo

seus direitos irem pelo ralo.

O Projeto de Lei nº 191, de 2020, do Governo Bolsonaro, autoriza a abertura de terras indígenas para

mineração, garimpo, instalação de hidrelétricas, agronegócio e exploração de petróleo e gás natural. Temos

nesse projeto um exemplo do desrespeito deste Governo às regras constitucionais, um exemplo de ataque aos

direitos dos povos indígenas.

As comunidades propõem que este projeto seja devolvido ao Governo, por promover uma ampla

devastação nos territórios protegidos pela Constituição, e se reportam a um compromisso do Presidente Rodrigo

Maia de não pautar esta matéria.

Estamos juntos em busca de alternativas de luta, inclusive com exemplos positivos que podem ser dados

pelos governos estaduais. Com muita alegria, participamos, na semana passada, da entrega da obra de ampliação

e reforma do Colégio Indígena Estadual Dom José Brandão de Castro, na Ilha de São Pedro, na Comunidade Xokó,

em Porto da Folha. Trata-se de uma obra do Governo do Estado, que presenteou essa comunidade com uma

escola totalmente estruturada. Este é o único colégio indígena de Sergipe.

A cerimônia teve a participação do Governador Belivaldo Chagas, da Vice-Governadora Eliane Aquino, do

Senador Rogério Carvalho, de Secretários de Estado e de lideranças indígenas, como o Vereador Lindomar Xokó,

do PT, primeiro indígena eleito Vereador no Estado de Sergipe, e do cacique Bá, que fez uma importante fala


sobre o compromisso com a educação e o resgate da história indígena na região. Haverá a construção de uma

quadra esportiva na comunidade, com o apoio do nosso mandato e com o apoio do Senador Rogério Carvalho.

Vamos continuar juntos! Proponho que a nossa luta seja ampliada com a participação de todos os

trabalhadores, a exemplo dos trabalhadores da PETROBRAS, da ELETROBRAS e dos Correios, que lutam pelos seus

direitos e também pela soberania nacional e pela defesa do patrimônio natural brasileiro.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, ocupo esta tribuna para repudiar a política de ataques aos povos

indígenas do Governo Bolsonaro.

Um ex-missionário evangélico deverá assumir uma das áreas mais sensíveis da Fundação Nacional do Índio

— FUNAI: a Coordenadoria de Índios Isolados e de Recente Contato. Quando efetivado, o pastor Ricardo Lopes

Dias poderá tomar decisões que impactam a vida de ao menos 114 povos indígenas isolados que vivem no País. A

sua indicação já provocou críticas das entidades indigenistas.

O Presidente da FUNAI, o Delegado de Polícia Federal Marcelo Xavier, também não é bem visto por

indígenas e entidades indigenistas. Ele foi indicado à Presidência da FUNAI por membros da bancada ruralista do

Congresso Nacional.

Bolsonaro está colocando em prática o seu ódio contra os povos indígenas, a começar pela Medida

Provisória nº 870, do dia 1º de janeiro de 2019, que representa um retrocesso de mais de 40 anos e que retoma a

política integracionista indígena que levou à tragédia do extermínio em massa dos povos originais do Brasil e à

impunidade de seus autores.

O Governo Bolsonaro completa 1 ano de retrocessos na política indigenista. O ano começou com a

transferência da FUNAI para o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Depois houve a entrega

da demarcação e do licenciamento ambiental para ruralistas do MAPA — Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento.

Dados comprovaram que, neste ano, houve significativo aumento dos conflitos territoriais, em

consequência do discurso defendido por Bolsonaro, que afirmou: “Não haverá 1 centímetro de terra demarcada”.

Também em 2019, iniciou-se a negociação e a entrega da Amazônia a interesses e corporações nacionais e

internacionais. Em entrevista à Jovem Pan, Bolsonaro prometeu rever demarcações indígenas. Além disso,

denunciou o que chamou de “indústria das demarcações” e avisou que quer “explorar a Região Amazônica com

os Estados Unidos”.

Também foi bandeira de Bolsonaro a facilitação da posse de arma, incentivando o seu uso no campo. O

decreto que facilita a posse de arma e o incentivo à manutenção de armas em propriedades rurais afeta

diretamente os povos indígenas, que são constantemente ameaçados e sofrem invasão de suas terras por

ruralistas.


O Governo Bolsonaro também tentou municipalizar a saúde indígena, acabando com a Secretaria Especial

de Saúde Indígena — SESAI. Após voltar momentaneamente atrás na decisão de extinguir a SESAI, o Ministro da

Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ainda estuda o fim do serviço, que administra os 34 Distritos Sanitários Especiais

Indígenas — DSEIs que existem no País e que cuidam de serviços de saúde a essa população.

Bolsonaro tenta estabelecer um novo marco legal através de medidas administrativas, jurídicas e

legislativas que afrontam ou suprimem o direito originário dos povos indígenas, o direito de ocupação tradicional,

de posse e usufruto exclusivo das nossas terras, territórios e bens naturais.

Recentemente, Bolsonaro chegou a dizer que “o índio está evoluindo e, cada vez mais, é um ser humano

igual a nós". Desde que assumiu o poder, ele tem tomado uma série de decisões que vão de encontro aos direitos

dos povos indígenas. Há pouco mais de 10 dias, 47 povos indígenas se reuniram no Pará e assinaram um

manifesto antigenocídio, no qual acusam o Governo de colocá-los em risco. O ano passado foi marcado pelo

maior número de assassinatos de lideranças indígenas, com sete execuções por fazendeiros e madeireiros ilegais

A política indigenista de Bolsonaro é inconstitucional, afronta o Estatuto do Índio e viola o direito dos povos

originários à consulta prévia, previsto na Convenção nº 169, da Organização Internacional do Trabalho — OIT.

O Governo adota uma orientação neocolonialista e etnocida, com o uso do fundamentalismo religioso para

liberar os territórios desses povos à exploração por grandes fazendeiros e mineradores.

Solicito que este pronunciamento seja divulgado nos meios de comunicação da Casa, bem como no


O SR. PRESIDENTE (Tito. AVANTE - BA) - Com a palavra o Sr. Deputado Delegado Éder Mauro, por gentileza.

O SR. DELEGADO ÉDER MAURO (PSD - PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Obrigado, Sr. Presidente.

Eu estava saindo deste plenário quando recebi uma notícia, por vídeo, que tenho esperança de que seja

mentirosa, porque o que me mostraram é o absurdo dos absurdos. Ouvimos neste plenário o pessoal da

Esquerda criticar Bolsonaro, falar que Bolsonaro é mau, que Bolsonaro é isso e aquilo, mas eu recebi agora a

notícia, Deputado Bibo Nunes, de que o Senador Cid Gomes, numa manifestação no Ceará, usou um trator para

tentar invadir o quartel onde estavam alguns militares. Parece-me que os militares, para se defenderem, atiraram

e atingiram o Senador.

Eu quero deixar clara a situação, que espero até que seja mentira, que seja fake news. Se for verdade, aí

sim, mostrará quem são os ditadores de esquerda e o que eles fazem para conseguir o que querem.

Parabéns à polícia!

O SR. PRESIDENTE (Tito. AVANTE - BA) - O.k., Deputado Delegado Éder Mauro.

Tem a palavra o Deputado Bibo Nunes.


O SR. BIBO NUNES (PSL - RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Grato, Exmo. Presidente, Deputado Tito.

Eu venho a este plenário para dar uma notícia muito boa para o povo gaúcho. Nós estamos na iminência de

ter um porto moderníssimo no Rio Grande do Sul, na Praia de Arroio do Sal. Estão aqui comigo os

empreendedores desse projeto, o Sr. Anderson Cezar, do Grupo Doha Investimentos e Participações S.A., e a Sra.

Iny Maria Santos, CEO da empresa G3 Business. Eles vieram trazer essa bela notícia, da grande possibilidade de

termos um superporto lá em Arroio do Sal.

A previsão é de que serão gerados 3 mil empregos diretos e 25 mil empregos indiretos. Essa é uma notícia

excelente, que vamos lutar para confirmar com o Presidente da República, Jair Bolsonaro, e com o Vice-

Presidente da República, Hamilton Mourão. O Rio Grande do Sul, que perdeu a fábrica da Ford, que era um

investimento muito inferior, agora poderá recuperar o seu orgulho, a sua pujança, com esse porto. É uma grande

obra, que vai resgatar a honra e a dignidade do povo gaúcho.

No final do empreendimento, chegarão ao total de 28 bilhões de reais os investimentos no Rio Grande do

Sul. São muitos investimentos: em ferrovia, em rodovia, em outros portos, até numa smart city — uma cidade

inteligente será montada. Haverá inclusive um porto para turismo, para receber transatlânticos. Isso vai mudar a

cara do nosso Rio Grande do Sul.

Agradeço a vocês pela presença aqui no plenário. Eu, como Parlamentar, vou colaborar para que esse porto

seja viabilizado. Estou aqui por amor ao Brasil, por amor ao Rio Grande do Sul. Estou muito feliz em dar esta

notícia, que vai ser concretizada com certeza. Estaremos aqui lutando, dia e noite, noite e dia e de madrugada.

Subiremos escadas, engatinharemos, faremos o que for possível, porque o Rio Grande do Sul não pode perder

esse grande investimento. Infelizmente, no primeiro momento, pessoas não acreditaram e não lutaram por esse

porto de Arroio do Sal.

Eu fico muito feliz por isso. Quero dividir o meu coração, que está batendo muito forte aqui, com toda a

população gaúcha.

Muito obrigado, D. Iny. Muito obrigado, Sr. Anderson. Muito obrigado, Jorge Ramos, o meu Chefe de

Gabinete. Vocês estão lutando de maneira incansável por esse projeto.

Grato, nobre Presidente Tito, pela deferência em ceder este espaço.

Estou muito feliz! Viva o Rio Grande do Sul!

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Tito. AVANTE - BA) - Parabéns, Deputado Bibo Nunes!

Tem a palavra o Deputado João Daniel.

O SR. JOÃO DANIEL (PT - SE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, eu queria deixar

registrada a importância do debate que está havendo sobre o FUNDEB.


Esta semana, o partido do Presidente da República retirou de pauta matéria referente ao FUNDEB na

Comissão Especial, para que não venha para o plenário. Fez isso porque não tem compromisso nenhum com a

educação brasileira. Aliás, é o maior desastrado da história do Brasil o atual Ministro da Educação — isso foi dito

por todos os educadores deste País. Ele envergonha o Brasil no mundo.

Eu protocolo hoje um pedido ao Presidente da Câmara dos Deputados, para que coloque em pauta neste

plenário a Proposta de Emenda à Constituição nº 15, de 2015, que trata do Fundo de Manutenção e

Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação. Na defesa de um grande

projeto para o Brasil, nós não podemos deixar que vença o seu prazo de vigência, em 2020, sem a aprovação da

PEC por este Plenário e pelo Congresso Nacional. Precisamos garantir os recursos, que haja compromisso. O

Congresso Nacional precisa assumir firmemente a defesa da educação. Por isso, nós pedimos a inclusão na pauta

da PEC 15/15.

Sr. Presidente, eu peço que o meu discurso seja divulgado nos meios de comunicação da Casa, em especial

no programa A Voz do Brasil.

Muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Tito. AVANTE - BA) - Deferido o pedido de V.Exa., Deputado João Daniel.

Não havendo mais nenhum Deputado inscrito para se pronunciar, eu quero agradecer, em nome do

Presidente da Casa, o Deputado Rodrigo Maia, a colaboração e o apoio de todos os servidores desta Casa,

especialmente dos colaboradores da Rádio Câmara e da TV Câmara.

ENCERRAMENTO

O SR. PRESIDENTE (Tito. AVANTE - BA) - Nada mais havendo a tratar, vou encerrar os trabalhos.

COMPARECEM MAIS OS SRS.:

Total de Parlamentares: 66

Partido Bloco

AMAPÁ

Aline Gurgel Republican

André Abdon PP PpMdbPtb

Luiz Carlos PSDB

Total de AMAPÁ 3

PARÁ

Vavá Martins Republican

Total de PARÁ 1

AMAZONAS

Capitão Alberto Neto Republican

Delegado Pablo PSL

Total de AMAZONAS 2

RONDONIA


Léo Moraes Podemos

Total de RONDONIA 1

ACRE

Mara Rocha PSDB

Total de ACRE 1

TOCANTINS

Tiago Dimas Solidaried


CEARÁ

Luizianne Lins PT

Pedro Augusto Bezerra PTB PpMdbPtb

Total de CEARÁ 2

PIAUÍ

Paes Landim PTB PpMdbPtb

Total de PIAUÍ 1

RIO GRANDE DO NORTE

Benes Leocádio Republican


PARAÍBA

Aguinaldo Ribeiro PP PpMdbPtb

Pedro Cunha Lima PSDB

Wilson Santiago PTB PpMdbPtb

Total de PARAÍBA 3

PERNAMBUCO

Fernando Coelho Filho DEM

Fernando Rodolfo PL

Renildo Calheiros PCdoB

Tadeu Alencar PSB


ALAGOAS

Isnaldo Bulhões Jr. MDB PpMdbPtb

Jhc PSB

Total de ALAGOAS 2

SERGIPE

Laercio Oliveira PP PpMdbPtb

Total de SERGIPE 1

BAHIA

José Nunes PSD

Total de BAHIA 1

MINAS GERAIS

Alê Silva PSL

André Janones Avante

Dimas Fabiano PP PpMdbPtb

Paulo Abi-Ackel PSDB

Reginaldo Lopes PT

Stefano Aguiar PSD



RIO DE JANEIRO

Alexandre Serfiotis PSD

Aureo Ribeiro Solidaried

Clarissa Garotinho PROS

Flordelis PSD

Luiz Antônio Corrêa PL


SÃO PAULO

Arlindo Chinaglia PT

Baleia Rossi MDB PpMdbPtb

Carla Zambelli PSL

Carlos Sampaio PSDB

Geninho Zuliani DEM

Guiga Peixoto PSL

Joice Hasselmann PSL

Marco Bertaiolli PSD

Marcos Pereira Republican

Nilto Tatto PT

Orlando Silva PCdoB

Paulo Pereira da Silva Solidaried

Paulo Teixeira PT

Pr. Marco Feliciano Podemos

Renata Abreu Podemos


MATO GROSSO

Emanuel Pinheiro Neto PTB PpMdbPtb


DISTRITO FEDERAL

Flávia Arruda PL

Total de DISTRITO FEDERAL 1

MATO GROSSO DO SUL

Loester Trutis PSL


PARANÁ

Felipe Francischini PSL

Giacobo PL

Gleisi Hoffmann PT

Luisa Canziani PTB PpMdbPtb

Paulo Eduardo Martins PSC

Vermelho PSD

Total de PARANÁ 6

SANTA CATARINA

Carlos Chiodini MDB PpMdbPtb

Hélio Costa Republican

Rodrigo Coelho PSB


RIO GRANDE DO SUL

Alceu Moreira MDB PpMdbPtb


Osmar Terra MDB PpMdbPtb

Pompeo de Mattos PDT

Santini PTB PpMdbPtb


DEIXAM DE COMPARECER OS SRS.:

Total de Parlamentares: 76

Partido Bloco

RORAIMA

Haroldo Cathedral PSD

Hiran Gonçalves PP PpMdbPtb

Jhonatan de Jesus Republican

Total de RORAIMA 3

AMAPÁ

Acácio Favacho PROS

Total de AMAPÁ 1

PARÁ

Elcione Barbalho MDB PpMdbPtb

Nilson Pinto PSDB

Total de PARÁ 2

AMAZONAS

Átila Lins PP PpMdbPtb

Total de AMAZONAS 1

RONDONIA

Mariana Carvalho PSDB

Total de RONDONIA 1

ACRE

Jesus Sérgio PDT

Total de ACRE 1

MARANHÃO

André Fufuca PP PpMdbPtb

Gastão Vieira PROS

Gildenemyr PL

Junior Lourenço PL

Paulo Marinho Jr PL

Pedro Lucas Fernandes PTB PpMdbPtb


CEARÁ

Domingos Neto PSD

Júnior Mano PL

Robério Monteiro PDT

Roberto Pessoa PSDB

Total de CEARÁ 4

PIAUÍ

Assis Carvalho PT

Total de PIAUÍ 1


RIO GRANDE DO NORTE

Fábio Faria PSD


PARAÍBA

Frei Anastacio Ribeiro PT

Hugo Motta Republican

Ruy Carneiro PSDB

Wellington Roberto PL

Total de PARAÍBA 4

PERNAMBUCO

Eduardo da Fonte PP PpMdbPtb

Luciano Bivar PSL

Marília Arraes PT

Ricardo Teobaldo Podemos

Sebastião Oliveira PL


ALAGOAS

Arthur Lira PP PpMdbPtb

Marx Beltrão PSD

Nivaldo Albuquerque PTB PpMdbPtb

Tereza Nelma PSDB

Total de ALAGOAS 4

SERGIPE

Fábio Mitidieri PSD

Fabio Reis MDB PpMdbPtb

Gustinho Ribeiro Solidaried

Total de SERGIPE 3

BAHIA

Adolfo Viana PSDB

Afonso Florence PT

Elmar Nascimento DEM

Igor Kannário DEM

Ronaldo Carletto PP PpMdbPtb

Uldurico Junior PROS

Zé Neto PT

Total de BAHIA 7

MINAS GERAIS

Áurea Carolina PSOL

Dr. Frederico Patriota

Euclydes Pettersen PSC

Hercílio Coelho Diniz MDB PpMdbPtb

Luis Tibé Avante

Mário Heringer PDT

Misael Varella PSD

Subtenente Gonzaga PDT

Tiago Mitraud Novo


ESPÍRITO SANTO

Da Vitória Cidadania



RIO DE JANEIRO

Chiquinho Brazão Avante

Gelson Azevedo PL

Hugo Leal PSD

Paulo Ramos PDT


SÃO PAULO

Enrico Misasi PV

Guilherme Mussi PP PpMdbPtb

Júnior Bozzella PSL

Ricardo Izar PP PpMdbPtb


MATO GROSSO

Carlos Bezerra MDB PpMdbPtb

Juarez Costa MDB PpMdbPtb


GOIÁS

Glaustin Fokus PSC

Vitor Hugo PSL

Total de GOIÁS 2

MATO GROSSO DO SUL

Dagoberto Nogueira PDT


PARANÁ

Leandre PV

Ricardo Barros PP PpMdbPtb

Roman PSD

Toninho Wandscheer PROS

Total de PARANÁ 4

SANTA CATARINA

Fabio Schiochet PSL


RIO GRANDE DO SUL

Danrlei de Deus Hinterholz PSD

Giovani Cherini PL

Jerônimo Goergen PP PpMdbPtb

Marcelo Brum PSL


O SR. PRESIDENTE (Tito. AVANTE - BA) - Encerro a sessão, antes convocando Sessão Não Deliberativa de

Debates para amanhã, quinta-feira, dia 20 de fevereiro, às 14 horas.

Lembro que haverá Sessão Não Deliberativa Solene amanhã, quinta-feira, dia 20 de fevereiro, às 9 horas,

em homenagem ao Dia Nacional do Imigrante Italiano no Brasil.


(Encerra-se a sessão às 18 horas e 26 minutos.)

DISCURSOS ENCAMINHADOS À MESA PARA PUBLICAÇÃO.

DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELO SR. DEPUTADO CAPITÃO ALBERTO NETO.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, amigos da galeria e todos que nos acompanham pelos canais de

comunicação da Câmara dos Deputados, hoje venho tratar de um tema de saúde pública, mas que afeta também

a economia mundial, por conseguinte impactando também a economia brasileira, principalmente o setor

industrial.

A China sofre com a epidemia do coronavírus, vírus que tem causado uma doença que afeta o sistema

respiratório e que já levou milhares de pessoas em todo mundo a óbito.

Ocorre que o governo chinês, buscando evitar a propagação ainda maior do vírus entre sua população,

orientou que as pessoas não saíssem de suas casas, fazendo com que a economia no país praticamente parasse.

Indústria, comércio e serviços tiveram suas atividades suspensas em alguns locais do país. Logo, esse surto do

vírus inevitavelmente acarreta consequências econômicas na China.

Segundo a Capital Economics, a epidemia custará 280 bilhões de dólares, cerca de 1,2 trilhão de reais, à

economia mundial nos três primeiros meses de 2020. Isso vai interromper uma série de 43 trimestres de

expansão global, desde 2009. Fábricas de carros coreanas paralisaram suas atividades logo na primeira semana

do anúncio das medidas chinesas por falta de insumos.

No caso do Brasil, algumas empresas e entidades de classe já anunciaram a possibilidade de um “apagão”

industrial decorrente da possibilidade iminente da falta de insumos oriundos da China. Não por outro motivo,

mas em um mundo globalizado onde a China é o grande produtor de bens finais e de insumos para todo o

mundo, o Brasil também sofrerá com essa paralisação fabril no continente asiático.

E o que fazer? Como minimizar esses impactos na nossa economia? Esses questionamentos me vieram à

mente principalmente por conta a Zona Franca de Manaus, que é responsável por 85% da base econômica do

meu Estado, o Amazonas, e que está vulnerável a essa falta de recepção de insumos chineses.

De forma pragmática, como tenho sempre atuado neste Parlamento, peço que o poder público brasileiro,

neste momento delicado, quando da chegada dos insumos industriais tenha uma ação visando agilizar a liberação

das mercadorias nos portos e aeroportos. É sabido que se a empresa importadora não estiver em canal verde no

sistema de entrada de mercadorias nas zonas primárias, os produtos podem ficar dias e até semanas nos portos e

aeroportos. Logo, para minimizar a situação complicada, peço esta ação de celeridade.


Isso não quer dizer que não devemos ter nossas atividades de controle e fiscalização por parte da Receita

Federal, do Ministério da Agricultura e dos demais órgãos. Mas precisamos de alguma forma minimizar os

possíveis impactos negativos, neste momento, causado por essa crise mundial.

Faço esse pedido em nome do setor produtivo brasileiro, em especial do meu Estado do Amazonas, da

nossa Zona Franca de Manaus.


Solicito a divulgação deste discurso pelos meios de comunicação da Câmara dos Deputados e no programa

A Voz do Brasil.

DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELO SR. DEPUTADO MARCIO ALVINO.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu e o Deputado Estadual André do Prado, do PL de São Paulo,

estivemos na manhã do último sábado, dia 15, na inauguração do Quiosque Praia Acessível da AAPDP –

Associação de Apoio à Pessoa com Deficiência de Peruíbe.

Cumprimento em especial a Vereadora Socorro, grande amiga, e o idealizador do Projeto Praia Acessível e

Presidente da AAPDP Maurício Nery. Cumprimento também o companheiro partidário e ex-Vice-Prefeito Nelson

do Posto.

Parabéns a todos que trabalharam para tornar esse projeto possível, em especial à AAPDP, pela iniciativa. É

muito gratificante ver que existem pessoas comprometidas em criar projetos com o objetivo de incluir e tornar a

vida das pessoas com deficiência intelectual e múltipla mais digna.

Como Presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa das APAEs, das Pestalozzis e de Entidades

Coirmãs, juntamente com a Dra. Cristiany de Castro, Secretária-Executiva da Frente e Presidente da FEAPAES de

São Paulo, apoio todas as ações voltadas à melhoria da qualidade de vida das pessoas com deficiência intelectual

e múltipla. Podem contar conosco.

Estiveram presentes o Prefeito e o Vice-Prefeito de Peruíbe, Luís Maurício e André de Paula,

respectivamente; os Vereadores Sussumo, Tamer, Dr. Abude, Paulinho da TV e Luciana; o Coordenador Regional

Azarias Sanches, acompanhado da esposa Meire, do filho Matheus e da nora Karine; o Sr. Norio da APAE; o

Prefeito Dinamerico e o Vereador Rafael, de Itariri; o ex-Prefeito de Biritiba Mirim Inho Taino; o Vereador de

Pedro de Toledo Sérgio Dindin; Tininho, Maria Cristina e Luizão, de Pedro de Toledo; o Vereador e pré-candidato

a Prefeito de Registro Marcelo Comeron, acompanhado da esposa Adriana; o suplente de Vereador de Mongaguá

Paulinho da Farmácia; a liderança de Cananéia Robson Leonel; e o Presidente da CAP, Fabio da CAP.

Muito obrigado.

DISCURSO NA ÍNTEGRA ENCAMINHADO PELO SR. DEPUTADO PAES LANDIM.


Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, faleceu no dia 14 do corrente mês, em Teresina, aos 88 anos de

idade, a querida amiga, Maria da Conceição Noronha Nunes, conhecida por Mariah, e sepultada em Valença,

onde vivia. Filha do vizinho Ceará, nasceu em Parambu, pertencente às bravas famílias Noronha e Freitas, mercê

do caráter e espírito de luta que sempre as caracterizaram.

Foi casada com o saudoso ex-Deputado Estadual Abdias Martins Nunes, filho de Abdon Portella Nunes,

grande líder político da região de Valença, irmão de Eustáquio Portella, pai do saudoso homem público, Petrônio

Portella Nunes. Mariah deixa quatro filhos, Francy Noronha Nunes Gomide, Abdon Portella Nunes Neto, Francisco

Noronha Martins Nunes e Maria da Conceição Noronha Nunes Martins.

Pessoa muito querida em toda a região de Valença e Teresina, enfim, por todos que conheciam essa

senhora de forte personalidade, esposa exemplar e mãe dedicada a filhos e netos.

Foi uma combatente das boas causas de Valença, e os familiares de seu marido, tanto os líderes Petrônio

Portella e Lucidio Portela, ambos ex-Governadores de Estado, filhos de Valença, tinham uma afeição especial por

ela.

Envio a todos os seus familiares as minha condolências pelo falecimento de D. Mariah e presto desta

tribuna minhas modestas homenagens a essa senhora que aprendi a admirar pelos exemplo de vida e de

dedicação ao trabalho, admirada por toda Valença e por todos que a conheciam.


CÂMARA DOS DEPUTADOS Em 20 de fevereiro de 2020

(Quinta-feira)

SESSÃO DE DEBATES (NÃO DELIBERATIVA)

(Às 14 horas)

PEQUENO EXPEDIENTE (Das 14 às 15 horas)

GRANDE EXPEDIENTE (Às 15 horas)

Oradores:

15:00 Bacelar (PODE - BA)

15:25 Fernando Monteiro (PP - PE)


AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS OU RECURSOS

I - EMENDAS 2. PROJETO DE RESOLUÇÃO QUE ALTERA O RICD Prazo para apresentação de emendas: 5 Sessões (Art. 216, § 1º, do RICD). Nº 1/2020 (Bibo Nunes) - Altera o § 4º do art. 102 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, aprovado pela Resolução nº 17, de 21 de setembro de 1989, para facultar, nas proposições de autoria coletiva e nos apoiamentos, o acréscimo de assinaturas antes da publicação. PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 20/02/2020

II - RECURSOS 1. CONTRA APRECIAÇÃO CONCLUSIVA DE COMISSÃO - ART. 24, II, DO RICD INTERPOSIÇÃO DE RECURSO: art. 58, § 3º, c/c art. 132, § 2º (PARECERES FAVORÁVEIS), ou com o art. 133 (PARECERES CONTRÁRIOS), todos do RICD. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: 5 sessões (art. 58, § 1°, do RICD).


1.2 COM PARECERES CONTRÁRIOS PROJETO DE LEI Nº 9578/2018 (Lobbe Neto) - Dispõe sobre a utilização de plantas aromáticas reconhecidamente repelentes de insetos em estabelecimentos públicos de ensino, de saúde ou aqueles com atendimento ao público. Apensados: PL 11044/2018 (Carlos Henrique Gaguim) PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 20/02/2020 1.3 PROPOSIÇÕES COM TRAMITAÇÃO CONJUNTA QUE RECEBERAM PARECERES FAVORÁVEIS A UMAS E/OU CONTRÁRIOS A OUTRAS, NÃO DIVERGENTES; E/OU PELA INCONSTITUCIONALIDADE; E/OU INJURIDICIDADE PROJETO DE LEI Nº 76/2019 (Rodrigo Agostinho) - Altera a Lei de Ação Popular, para instituir novas hipóteses de cabimento, regulamentar aspectos de tramitação e dá outras providências. Apensados: PL 4790/2019 (Professor Israel Batista) COM PARECER FAVORÁVEL: PL 76/2019, principal. COM PARECER CONTRÁRIO: PL 4790/2019, apensado. PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 20/02/2020

2. CONTRA PARECER TERMINATIVO DE COMISSÃO - ART. 54 DO RICD C/C ART. 132, § 2º DO RICD (MATÉRIAS SUJEITAS A DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO EM APRECIAÇÃO PRELIMINAR, NOS TERMOS DO ART.144 DO RICD) INTERPOSIÇÃO DE RECURSO - Art. 58, § 3º, c/c o art. 132, §2º, do RICD. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: 5 sessões (art. 58, § 1° do RICD) 2.1 PELA INADEQUAÇÃO FINANCEIRA E/OU ORÇAMENTÁRIA PROJETO DE LEI Nº 8644/2017 (Jerônimo Goergen) - Dispõe sobre a exclusão da multa relativa a não declaração de informações sobre capitais brasileiros no exterior, na forma definida pela Resolução nº 3.854 do Banco Central do Brasil. PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 20/02/2020

3. CONTRA DECLARAÇÃO DE PREJUDICIALIDADE – ART. 164, § 2º, DO RICD (Sujeitos a deliberação do Plenário, após ouvida a CCJC, nos termos do art. 164, §§ 2º e 3º do RICD) PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: 5 sessões (art. 164, § 2º, do RICD). PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO DE SUSTAÇÃO DE ATOS NORMATIVOS DO PODER EXECUTIVO Nº 215/2019 (Áurea Carolina) - Susta os efeitos do Decreto nº 9.741, de 29 de março de 2019, que, entre outras medidas, estabelece corte de recursos nas Universidades Públicas Federais. DECURSO: 1ª SESSÃO PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 28/02/2020


Nº 223/2019 (Luizianne Lins) - Susta o Decreto Nº 9.741 publicado do Diário Oficial Edição Extra de 29/04/2019, do Poder Executivo que contingencia, em média, 30% dos orçamentos das Instituições de Ensino Superior (IES) DECURSO: 2ª SESSÃO PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 27/02/2020 Nº 352/2019 (Alice Portugal) - Susta os efeitos, relativamente às Universidades Federais, do Decreto no 9.741, de 29 de março de 2019, que "Dispõe sobre a programação orçamentária e financeira, estabelece o cronograma mensal de desembolso do Poder Executivo federal para o exercício de 2019 e dá outras providências". DECURSO: 1ª SESSÃO PREVISÃO DE ÚLTIMA SESSÃO: 28/02/2020

III - DIVERSOS 1. PRAZO PARA RECEBIMENTO DE SUGESTÕES A PROJETO DE CONSOLIDAÇÃO: art. 212, § 2º, do RICD (30 dias) PROJETO DE LEI Nº 4158/2019 (Poder Executivo) - Declara a revogação de leis e decretos-leis, para fins do disposto no art. 14, § 3º, I da Lei Complementar nº 95, de 26 de fevereiro de 1998. DECURSO: 14º DIA PREVISÃO DE ÚLTIMO DIA: 07/03/2020

Relação dos Deputados para o Grande Expediente FEVEREIRO DE 2020

21 6ª-feira 10:00 Miguel Lombardi (PL - SP)

10:25 Aguinaldo Ribeiro (PP - PB)

10:50 Diego Garcia (PODE - PR)

11:15 Beto Faro (PT - PA)

11:40 Vinicius Poit (NOVO - SP)

––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

27 5ª-feira 15:00 Vinicius Carvalho (REPUBLICANOS - SP)

15:25 Alessandro Molon (PSB - RJ)

––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––

28 6ª-feira 10:00 Maurício Dziedricki (PTB - RS)

10:25 Júlio Cesar (PSD - PI)

10:50 Pr. Marco Feliciano (PODE - SP)

11:15 Celso Maldaner (MDB - SC)

11:40 Adolfo Viana (PSDB - BA)

––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––



3. DESPACHOS DO PRESIDENTE

DESPACHOS DO PRESIDENTE

EXPEDIENTE

PRESIDÊNCIA/SGM

Ofício SRI/PGR/N. 236/2019, do Senhor Carlos Alberto Vilhena, Secretário de Relações Institucionais do

Gabinete do Procurador-Geral da República. Encaminhamento do Ofício n. 9366/2019-AC, da Senhora Anna

Carolina Resende Maia Garcia, Procuradora da República. Comunicação de arquivamento da Notícia de Fato n.

1.16.000.002140/2019-15, instaurada para apurar possível ausência em Plenário do Senhor Deputado Alex

Manente (Promoção de Arquivamento n. 2122/2019-AC).

Em 19/02/2020.

Oficie-se ao Senhor Deputado Alex Manente, para ciência do arquivamento da Notícia de Fato referida em

epígrafe. Publique-se. Arquive-se.

RODRIGO MAIA

Presidente da Câmara dos Deputados

PRESIDÊNCIA/SGM

Of. eletrônico nº 17885/2019, do Senhor Ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. Comunica decisão

proferida, em Plenário, na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 5450.

Em 19/02/2020.

Publique-se. Arquive-se.

RODRIGO MAIA


PRESIDÊNCIA/SGM

Documento protocolizado em 5 de fevereiro de 2020, às 21h08, subscrito pelo Dep. JOSÉ RICARDO. Encaminha

estudo solicitado pela Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) referente à Medida Provisória n. 905/2019.

Em 19/02/2020.

Encaminhe-se, por cópia, à Comissão Mista incumbida de emitir parecer à Medida Provisória n. 905/2019.


RODRIGO MAIA



PRESIDÊNCIA/SGM

Processo e-Doc n. 236.333/2020. Petição de autoria do Senhor Ivan Soares Pereira, Presidente Regional da

Associação Nacional dos Bacharéis em Direito - ANB, de 3 de fevereiro de 2020. Solicitação de expedição de

Certidão de Objeto e Pé do Projeto de Lei n. 2.938/1992.

Em 19/02/2020

Primeiramente, registre-se que a requisição de expedição de certidão para a defesa de direitos e

esclarecimentos de situações, dirigida aos órgãos da administração pública, deve ser feita nos termos da Lei n.

9.051, de 18 de maio de 1995, não se confundido com o tratamento dado a pedido de acesso à informação nos

termos da Lei n. 12.527/2011 e do Ato da Mesa n. 45/2012.

Portanto, conforme o art. 2º da Lei n. 9.051/1995, exige-se que o requerente apresente os “esclarecimentos

relativos aos fins e razões do pedido”, o que não foi feito no caso presente, impossibilitando, assim, a emissão

do documento solicitado.


RODRIGO MAIA


PRESIDÊNCIA / SGM

Of. s/n/2020, da Liderança do PODEMOS - Indica o Deputado Bacelar como vice-líder do PODEMOS, em

substituição ao Deputado José Nelto.

Em 19/02/2020.

Registre-se. Publique-se.

Ao Senhor Diretor-Geral.

RODRIGO MAIA


PRESIDÊNCIA / SGM

Of. nº 209/2020, da Liderança do PSC - Indica o Deputado Otoni de Paula como vice-líder do PSC, em

substituição ao Deputado Euclydes Pettersen.

Em 19/02/2020.



RODRIGO MAIA



PRESIDÊNCIA / SGM

Of. nº 10/2020, da Liderança do PSD - Indica o Deputado Darci de Matos como vice-líder do PSD, em substituição

ao Deputado Francisco Jr.

Em 19/02/2020.



RODRIGO MAIA


PRESIDÊNCIA / SGM

Of. s/n/2020, da Liderança do AVANTE - Indica o Deputado Tito como vice-líder do AVANTE, em substituição ao

Deputado Chiquinho Brazão.

Em 19/02/2020.



RODRIGO MAIA


PRESIDÊNCIA / SGM

Of. nº 3/2020, da Liderança do Republicanos - Indica o Deputado Carlos Gomes como vice-líder do

REPUBLICANOS, em substituição ao Deputado Hugo Motta.

Em 19/02/2020.



RODRIGO MAIA


PRESIDÊNCIA / SGM

Memo nº 10/2020, da Liderança do PSOL - Indica o Deputado Edmilson Rodrigues como vice-líder do PSOL, em

substituição ao Deputado Ivan Valente.


Em 19/02/2020.



RODRIGO MAIA


PRESIDÊNCIA / SGM

Memo nº 11/2020, da Liderança do PSOL - Indica o Deputado David Miranda como vice-líder do PSOL, em

substituição à Deputada Aurea Carolina.

Em 19/02/2020.



RODRIGO MAIA


PRESIDÊNCIA / SGM

Of. nº 14/2020, da Liderança do PSD - Indica o Deputado Francisco Jr. como vice-líder do PSD, em substituição

ao Deputado Darci de Matos.

Em 19/02/2020.



RODRIGO MAIA


PRESIDÊNCIA / SGM

Memo nº 12/2020, da Liderança do PSOL - Indica a Deputada Sâmia Bomfim como vice-líder do PSOL, em

substituição ao Deputado Marcelo Freixo.

Em 19/02/2020.



RODRIGO MAIA



PRESIDÊNCIA / SGM

Ofício nº 435/2020, da Liderança do PSB - Indica o Deputado Gonzaga Patriota como vice-líder do PSB, em

substituição ao Deputado Mauro Nazif.

Em 19/02/2020.



RODRIGO MAIA


PRESIDÊNCIA / SGM

Ofício nº 436/2020, da Liderança do PSB - Indica o Deputado Mauro Nazif como vice-líder do PSB, em

substituição ao Deputado Gonzaga Patriota.

Em 19/02/2020.



RODRIGO MAIA


PRESIDÊNCIA / SGM

Ofício 34/2020, da Liderança do PSDB - Indica o Deputado Samuel Moreira como 1º vice-líder do PSDB.

Em 19 /02/2020.



RODRIGO MAIA


PRESIDÊNCIA / SGM

Ofício nº 02/2020, da Liderança da Minoria - Indica o Deputado Fábio Henrique como vice-líder da Minoria, em

substituição ao Deputado Paulo Pimenta.

Em 19/02/2020.




RODRIGO MAIA


PRESIDÊNCIA / SGM

Of. nº 10/2020, da Liderança do PSC - Indica o Deputado Euclydes Pettersen como vice-líder do PSC, em

substituição ao Deputado Otoni de Paula.

Em 19/02/2020.



RODRIGO MAIA


PRESIDÊNCIA / SGM

Of. nº 3/2020, da Liderança do AVANTE - Indica o Deputado Chiquinho Brazão como vice-líder do AVANTE, em

substituição ao Deputado Tito.

Em 19/02/2020.



RODRIGO MAIA


PRESIDÊNCIA / SGM

Ofício s/n/2020, da Liderança da Minoria - Indica o Deputado Paulo Pimenta como vice-líder da Minoria, em

substituição ao Deputado Fábio Henrique.

Em 19/02/2020.



RODRIGO MAIA



PRESIDÊNCIA/SGM

Ofício n. 44/2020 (CN) - Senadora Leila Barros - Quarta-Suplente, no exercício da Primeira-Secretaria.

Encaminha autógrafo do PL nº. 22, de 2019-CN, aprovado pelo Congresso Nacional, sancionado pelo

Excelentíssimo Senhor Presidente da República e transformado na Lei nº. 13.978, de 17 de janeiro de 2020, que

“Estima a receita e fixa a despesa da União para o exercício financeiro de 2020.”

Em 19/2/2020.


RODRIGO MAIA


PRESIDÊNCIA/SGM

Apensação do Projeto de Lei n. 3.047/2019 ao Projeto de Lei n. 6.215/2013.

Em 19/02/2020

Apense-se, nos termos dos artigos 142 e 143 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei

n. 3.047/2019 ao Projeto de Lei n. 6.215/2013.

Revejo, ainda, o despacho inicial aposto ao Projeto de Lei n. 6.215/2013 para incluir o exame de

mérito pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e determinar sua apreciação pelo Plenário sob

regime de urgência (art. 155 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados).

Publique-se.

[ATUALIZAÇÃO DO DESPACHO DO PL N. 6.215/2013: CSSF e CCJC (mérito e art. 54 do RICD). Proposição sujeita

à apreciação do Plenário. Regime de tramitação: Urgência (art. 155 do RICD].

RODRIGO MAIA




FRENTE PARLAMENTAR DA

FPA AGROPECUÁRIA

Ofício FPA Nº 223/2019

As Vossas Excelências os Senhores

Membros da Frente Parlamentar da Agropecuária

Deputados Federais e Senadores da República

Brasília - DF

Brasília, 18 de fevereiro de 2020

Assunto: Protocolo da Chapa Diretoria 2020 da Frente parlamentar da Agropecuária -

FPA

Senhores,

Ao cumprimentá-los, venho por este, como Presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, realizar protocolo da Chapa da Diretoria do ano de 2020, conforme § 3° do art. 5° do Estatuto da FP A, para eleição que ocorrerá no dia 26 de novembro de 2019.

Segue em anexo:

• Chapa Diretoria FP A 2020.

Certo de poder contar com a atenção de Vossas Excelências, aproveito a oportunidade para renovar protestos da mais eleva estima e consideração.

Atenciosamente,

j •• • • •~ • • • •• •• . s >~~~•• .. .. • • • · • .. • .. •••• • '"- ......................... 1• ••••"'"' / •••• • ........ .. ......................... ~ ...... .... .. .. ..... . .. + • · '" " * • ~ • -• z •~ • • • • ••

+55 (61) 3248-4682 I + 5 613364-2894 [email protected]. br



FPA AGROPECUÁRIA

CARGO PARLAMENTAR

Vice-Presidente Região Sul Dep. Luiz Nishimori PR/PR

Coordenação - Político Senado Sen. Sergio Petecão PSD/AC

Coordenação - Jurídico Sen. Soraya Thronicke PSL/MS ..

Coordenação - Comissão de Defesa Agropecuária Dep. Domingos Sávio PSDB/MG

Coordenação - Comissão Trabalhista Sen. Acir Gurgacz PDT/RO

Coordenação - Comissão de Política de Abastecimento Sen. lrajá PSD/TO

Coordenação - Comissão de Tecnologia no Campo Dep. Vinícius Poit NOVO/SP

Coordenação - Comunicação Dep. Zé Silva SD/MG

VOGAIS Dep. Arthur Maia DEM/BA Sen. lzalci Lucas PSDB/DF Dep. Marcelo Aro PP/MG

Dep. Lucas Redecker PSDB/RS Sen. Zequinha Marinho PSC/PA Dep. Pinheirinho PP/MG

Dep. Dr. Leonardo SD/MT Sen. Marcos Rogério DEM/RO Dep. João Roma PRB/BA

Dep. Roberto Pessoa PSDB/CE Dep. Enrico Misasi PV /SP Dep. Vicentinho Júnior PL/TO

Dep. Vermelho PSD/PR Dep. Beto Pereira PSDB/MS Dep. Darci de Matos PSD/SP

Dep. Schiavinato PP/PR Sen. Marcelo Castro MDB/PI Dep. Bia Cavassa PSDB/MS

Dep. Emidinho Madeira PSB/MG Dep. Pedro Wesphalen PP /RS Dep. Giovani Cherini PL//RS

Sen. Jayme Campos DEM/MT Dep. Fabiano Tolentino CIDADANIA/MG Dep. José Rocha PR/BA

Dep. Reinhold Stephanes J. PSD/PR

+SS (61) 3248-4682 I +55 61 3364-2894 [email protected]



PRESIDÊNCIA/ SGM Ofício nº 223/2019, do Deputado Alceu Moreira - Encaminha protocolo da chapa diretoria 2020 da Frente Parlamentar da Agropecuária - FPA. Em 19/02/2020.

Publique-se.

L, RO •· .· AIA

Presidente da Cã . ara dos Deputados

l lllll l l llll lllll lllll lllll llllllllll llll l l llll lllll lllll lllll lllll lllll 111111111111111111 Documento : 84737 - 5


FPA

Ofício FPA Nº 229/2019

A Sua Excelência o Senhor

Deputado RODRIGO MAIA


Brasília- DF


AGROPECUÁRIA

Brasília, 18 de fevereiro de 2020

Assunto: Diretoria da Frente parlamentar da Agropecuária - FPA

Senhor Presidente,

Em nome da Frente Parlamentar da Agropecuária, comunico que ocorrida eleição no dia 26 de novembro de 2019, fui reeleito para permanecer por mais um (1) ano à frente da presidência da FP A.

Segue em anexo:

• Cópia da Ata da Assembleia Geral Ordinária;

• Cópia do Estatuto da Frente Parlamentar da Agropecuária- FP A;

• Documento com a composição da diretoria da FP A eleita.

Certo de poder contar com a atenção de Vossa Excelência, aproveito a oportunida<!J ~' para renovar protestos da mais eleva estima e consideração. ~r J

Atenciosamente,

. •·• .... .. .............................................. 1·· ··--·--··.............................. ' '" +55 (61) 48-468 \ +55 61 3364-2894

[email protected]

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FPA FRENTE PARLAMENTAR DA

AGROPECUÁRIA

ATA DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DA FRENTE PARLAMENTAR DA AGROPECUÁRIA-FPA.

Ao vigésimo sexto dia de novembro de dois mil e dezenove, na sede e foro da FP A, situado na cidade de Brasília, Distrito Federal, no endereço SHIS QL 10 Conjunto 08, Casa 19, Lago Sul, CEP 71-630.085, reuniram-se, em segunda convocação, às 12:30h, os membros da FP A. Iniciados os trabalhos, assumiu a presidência da Assembleia o Presidente da FP A, Deputado Alceu Moreira, sendo eleito o Deputado Sérgio Souza para secretariar a Assembleia. Composta a mesa, o Presidente da FP A agradeceu a presença de todos e passou a palavra ao Deputado Sérgio Souza, que, nos termos da convocação, anunciou a ordem do dia: Eleição da chapa única para Mesa Diretora da Frente Parlamentar da Agropecuária - FP A para ano de 2020. Durante os trabalhos, procedeu-se a leitura da chapa com os cargos e as indicações, debates e a votação da chapa. que fora aprovada de forma simbólica por unanimidade, nos seguintes termos: Presidente da FPA, Dep. Alceu Moreira MDB/RS; Vice-Presidente Senado, Sen. Luis Carlos Heinze PP/RS; Vice-Presidente Câmara, Dep. Sérgio Souza MDB/PR; 2° Vice-Presidente Câmara, Dep. Evair de Mello PP/ES; Vice-Presidente Região Sudeste, Dep. Arnaldo Jardim CIDADANIA/SP; VicePresidente Região Norte, Dep. Paulo Bengston PTB/P A; Vice-Presidente Região Nordeste, Dep. Júlio Cesar PSD/PI; Vice-Presidente Região Sul, Dep. Luiz Nishimori PR/PR; Vice-Presidente Centro-Oeste, Dep. Nelson Barbudo PSL/MT; Coordenação - Político Senado, Sen. Petecão PSD/AC; Coordenação -Político Câmara , Dep. Neri Geller PP/MT; Coordenação - Jurídico, Sen. Soraya Thronicke PSL/MS; Coordenação - Institucional, Dep. Pedro Lupion DEM/PR; Coordenação - Secretário, Dep. Aline Sleutjes PSL/PR; Coordenação - Comissão de Meio Ambiente, Dep. Zé Victor PL/MG; Coordenação - Comissão de Direito de Propriedade, Dep. Lúcio Mosquini MDB/RO; Coordenação -Comissão de Política Agrícola, Dep. Zé Mario DEM/GO; Coordenação - Comissão de Defesa Sanitária,

'Dep. Domingos Sávio PSDB/MG; Coordenação - Comissão de Infraestrutura e Logística, Dep. Christino Aureo PP/RJ; Coordenação - Comissão Trabalhista, Sen. Acir Gurgacz PDT/RO; Coordenação - Comissão de Relação Internacional, Dep. Hildo Rocha MDB/MA; Coordenação -Comissão de Agricultura Familiar, Dep. Celso Maldaner MDB/SC; Coordenação - Comissão de Segurança no Campo , Dep. Santini PTB/RS; Coordenação - Comissão de Política de Abastecimento, Sen. Irajá PSD/TO; Coordenação - Comissão de Endividamento Rural, Sen. Chico Rodrigues DEM/RR; Coordenação - Comissão de Tecnologia no Campo, Dep. Vinícius Poit NOVO/SP; Coordenação -Comunicação, Dep. Zé Silva SD/MG; Vogais: Dep. Arthur Maia DEM/BA; Dep. Lucas Redecker PSDB/RS; Dep. Dr. Leonardo SD/MT; Dep. Roberto Pessoa PSDB/CE; Dep. Vermelho PSD/PR; Dep. Schiavinato PP/PR; Dep. Emidinho Madeira PSB/MG; Sen. Jayme Campos DEM/MT; Sen. Izalci PSDB/DF; Sen. Zequinha Marinho PSC/PA; Sen. Marcos Rogério DEM/RO; Dep. Enrico Misasi PV/SP; Dep. Beto Pereira PSDB/MS; Sen. Marcelo Castro MDB/PI; Dep. Pedro Wesphalen PP/RS; Dep. Vicentinho Júnior PL/TO; Dep. Marcelo Aro PP/MG; Dep. Pinheirinho PP/MG; Dep. João Roma PRB/BA; Dep. Reinholds Stephanes Júnior PSD/PR; Dep. Darci de Matos PSD/SP; Dep. Bia Cavassa PSDB/MS; Dep. Giovani Cherini PL//RS; Dep. José Rocha PR/BA. Sem mais, eu, Deputado Sérgio Souza, lavrei a presente ata, que foi lida, achada conforme e firmada pelo presidente e pelo secretário ad hoc.

Brasília/DF, 26 de novembro de 2019.

cQf¾;et?i -----11,-,f-,. '"i.,tt;rr,;o/~-Deputaã.o Sérgio Souza Dep·_........ SECRETÁRIO AD HOC

+55 (61) 3248-4682 I +55 613364- 89 [email protected] lwww.fpagropecuaria.org.br


.r

FPA FRENTE PARLAMENTAR DA

AGROPECUÁRIA

COMPOSIÇÃO DIRETORIA FPA 2020

Vice-Presidente Câmara Dep. Sérgio Souza MDB/PR

Dep. Júlio Cesar PSD/PI

Vi.ce-Presidente Centro-Oeste Dep. Nelson Barbudo PSL/MT

Coordenação - Político Câmara

Coordenação - Institucional Dep. Pedro Lupion DEM/PR

Coordenação - Comissão de Meio Ambiente Dep. Zé Victor PL/MG

~~@rcle~àçfrQt~ ~fü~ãó:g~Wl@sê.;!>~mi~'.âQ'.&,~~frfrg~~idfü1fi~!iifJi~;S~~~i~~g~;Eitlfil§!fü~1ji1J~i1M~~i3Z~Qi~ Coordenação - Comissão de Política Agrícola Dep. Zé Maria DEM/GO

Coordenação - Comissão de Infraestrutura e Logística Dep. Christino Aureo PP/RJ

Coordenação - Comissão de Relação Internacional Dep. Hildo Rocha MDB/MA

::~1i21~~.~~~i~~~?cçmJiiqt~rfq~(~~fmMi~11JiB:I~t1~i;i:i1:1t»l~ii'.::l:1~~tf~:~tf~:ªi~i~~MilÍl?lm1iti?1I~t~i~~ Coordenação - Comissão de Segurança no Campo Dep. Santini PTB/RS

Coordenação - Comissão de Endividamento Rural Sen. Chico Rodrigues DEM/RR , -~ ~:,:;;_•:r~-~,~~~:~ ~,""'"'7_:··?.T•f'"'~~-,-:7;_::~:-?'~-;;:-.::""':";?":77?';r;"",at?S·"7"'~·:.;~ T:'T''}"°'.'i!:4,...•~;::~~-o/':'_;)i;l:7V·:;:-r;JTJ.1i1:;:,-;-,{;-y';;~~f4'2,\~1:.iz;::~"?'l~;l~T.'7"'r;7:r;-·.,~~?·'.~ ~-:r~~1-~~"'?"-;?'~ii-~--:·•.':~~r:~\ é' eoor a en.ara.o,./i< •@omrssa O'C;1ei1/eCJ:JObil'g:fthr:i~ a ff:J"IB;i ><ii.' ~'.""1" ,,, ,:."';,:,~ ;;if,p,; ; ;► 1, ~"'~1 :,·,''i:<'fí<'4' ''""'""' n:~r.1!ii'.%n:rei us;~í;j 1t ;,N !'aV.©.,tSR,;, . L':.~~~...,,..;;.,.;.,~.,:...-;.,.:·.:.1.tíf~.:.~~"""·::2.:.r:i':~~~ ;_~ v,_.~~;~ ~ .I;....::.,:.:....:.;;,,.i!'~',.:.::f:,'fu.'4.lG.:.'>~ ..:}ã~\~~L•.'t,_tIBWu.d:."/;...i.,.~~~.;:~~--~:i..;;;:,,-,:~~""'~:::.:.:,;...,.,.,,~wNo:•,/..

Coordenação - Comunicação Dep. Zé Silva SD/MG ·

VOGAIS Dep. Arthur Maia DEM/BA Sen. lzalci Lucas PSDB/DF Dep. Marcelo Aro PP/MG

Dep. Lucas Redecker PSDB/RS Sen. Zequinha Marinho PSC/PA Dep. Pinheirinho PP/MG

Dep. Dr. Leonardo SD/MT Sen. Marcos Rogério DEM/RO Dep. João Roma PRB/BA

Dep. Roberto Pessoa PSDB/CE Dep. Enrico Misasi PV /SP Dep. Vicentinho Júnior PL/TO

Dep. Vermelho PSD/PR Dep. Beta Pereira PSDB/MS Dep. Darci de Matos PSD/SP

Dep. Schiavinato PP/PR Sen. Marcelo Castro MDB/PI Dep. Bia Cavassa PSDB/MS

Dep. Emidinho Madeira PSB/MG Dep. Pedro Wesphalen PP/RS Dep. Giovani Cherini PL//RS

Sen. Jayme Campos DEM/MT Dep. Fabiano Tolentino CIDADANIA/MG Dep. José Rocha PR/BA

Dep. Reinhold Stephanes J. PSD/PR

MOREIRA

1

+55 (61) 3248-4682 I + 5 1 3364-2894 [email protected]



PRESIDÊNCIA/ SGM Ofício nº 229/2019, do Deputado Alceu Moreira - Comunica que ocorreu eleição da Diretoria da Frente Parlamentar da Agropecuária -FPA, para a qual foi reeleito Presidente. Em 19/02/2020.

Publique-se.

MAIA Presidente da Cã ara dos Deputados

l lllll l l llll lllll lllll lllll lllll lllll llll l l llll lllll lllll lllll lllll lllll llll l l·III IIIII IIII Documento : 84737 - 6


4. PROPOSIÇÕES APRESENTADAS

PROPOSIÇÕES APRESENTADAS NO DIA 19/02/2020

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

PLP 11/2020 - do Sr. Emanuel Pinheiro Neto - Prevê a apuração do ICMS-substituição relativo ao diesel, etanol

hidratado e à gasolina a partir de valores fixos por unidade de medida, definidos na lei estadual.

PLP 12/2020 - do Sr. Gilson Marques - Revoga o § 4º do art. 14 da Lei complementar 109, de 29 de maio de

2001, que dispõe sobre o Regime de Previdência Complementar e dá outras providências.

PROJETO DE LEI

PL 385/2020 - do Sr. Elias Vaz - Dispõe sobre a publicação, na internet, da lista de espera dos pacientes que

aguardam por consultas (discriminadas por especialidade), exames e intervenções cirúrgicas e outros

procedimentos nos estabelecimentos da rede pública de saúde

PL 386/2020 - do Sr. Capitão Alberto Neto - Acrescenta dispositivo à Lei nº Lei nº 10.741, de 1º de outubro de

2013.

PL 387/2020 - do Sr. Vaidon Oliveira - Altera a lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012, que dispõe sobre as

diretrizes da política Nacional de Mobilidade Urbana.

PL 388/2020 - do Sr. Baleia Rossi - Institui o dia 29 de outubro como o Dia Nacional do Hematologista e

Hemoterapeuta

PL 389/2020 - do Sr. Emanuel Pinheiro Neto - Padroniza e uniformiza as condutas policiais em atendimento a

local de crime e de sinistro, visando à preservação eficaz de vestígios e posterior produção de indícios;

regulamenta o artigo 6º, III, do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941.

PL 390/2020 - do Sr. Emanuel Pinheiro Neto - Modifica o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 -

Código Penal, objetivando punir de forma mais severa os crimes de homicídio e roubo contra aquele no

exercício das suas funções.

PL 394/2020 - do Sr. Celso Sabino - Cria a Rota Turística Histórica Belém-Bragança.


PL 395/2020 - da Srª. Celina Leão - Dispõe sobre a prioridade da mulher que sofre violência doméstica e familiar

à vaga para seus dependentes em creches e a manutenção definitiva de espaços específicos em delegacias de

polícia para atendimento de mulheres que sofrem violência doméstica e familiar.

PL 396/2020 - do Sr. Gutemberg Reis - Dispõe sobre a proibição do uso de pipas com linha cortante do tipo

chilena, com cerol ou qualquer outro produto assemelhado.

PL 397/2020 - do Sr. Gutemberg Reis - Altera a Lei nº 13.812, de 2019, para criar o banco de informações de

pessoas sem identificação atendidas em serviços de saúde e de assistência social no Cadastro Nacional de

Pessoas Desaparecidas e dá outras providências.

PL 399/2020 - do Sr. Paulo Bengtson - Altera a Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973 (Lei de Registros

Públicos), para disciplinar o conteúdo e os limites da anotação do novo casamento nos assentos dos casamentos

anteriores.

PL 400/2020 - da Srª. Edna Henrique - Dispõe sobre a obrigatoriedade do cancelamento da multa de fidelidade

inserida no contrato firmado com consumidor dos serviços de telefonia fixa e móvel, quando esse perder o

vínculo empregatício após a adesão ao respectivo contrato.

PL 401/2020 - do Sr. Gilson Marques - Altera a Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1997, que altera a legislação

tributária federal e dá outras providências, para dispor sobre os recintos alfandegados.

PL 402/2020 - do Sr. Gilson Marques - Altera o Decreto-Lei nº 5452, de 1 de maio de 1943, que aprova a

Consolidação das Leis do Trabalho, para dispor sobre a concessão de férias proporcionais.

PL 403/2020 - do Sr. José Nelto - Altera o Código Brasileiro de Aeronáutica para estabelecer critérios para a

cobrança de bagagem pelas empresas aéreas

PL 404/2020 - do Sr. Junio Amaral - Dispõe sobre a isenção do Imposto de Importação e do Imposto sobre

Produtos Industrializados na compra de uma única arma de fogo, para uso pessoal por policiais civis, policiais

militares, policiais federais, bombeiros militares, guardas municipais e policiais legislativos da Câmara dos

Deputados e do Senado Federal.

PL 405/2020 - do Sr. Vermelho - Denomina Aeroporto Internacional de Foz de Iguaçu / Cataratas - Frederico

Engel no município de Foz do Iguaçu, no Estado do Paraná.

PL 406/2020 - do Sr. Frei Anastacio Ribeiro - Institui Política Nacional de Prevenção ao Uso de Substâncias

Psicoativas Ilícitas nas Instituições de Ensino Superior.


PL 407/2020 - do Sr. Frei Anastacio Ribeiro - Dispõe sobre a obrigatoriedade de fornecimento de água filtrada

em bares, restaurantes, churrascarias, lanchonetes, cafés, hotéis, pousadas e casas de show e eventos e

similares aos seus clientes.

PL 408/2020 - do Sr. Márcio Labre - Estabelece a isenção das penalidades de infrações cometidas em estado de

necessidade ou de perigo.

PL 409/2020 - do Sr. Ricardo Silva - Altera a Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, que institui a Lei de Execução

Penal, para dispor sobre a proibição das saídas temporárias aos condenados por crimes contra ascendente e

descendente com resultado morte..

PL 410/2020 - do Sr. Domingos Sávio - Acrescenta o inciso VI ao § 1º do artigo 2º da Lei nº 13.260, de 16 de

março de 2016, para tornar crime de terrorismo a contaminação de forma premeditada de água, bebidas e

alimentos, colocando em risco a vida humana de forma coletiva.

PL 411/2020 - do Sr. Lucas Gonzalez - Altera os dispositivos art. 20 da LEI Nº 12.852, DE 5 DE AGOSTO DE 2013

- Estatuto da Juventude, inciso VIII para dispor sobre as diretrizes a serem observadas na formulação de políticas

públicas de atenção à saúde do jovem.

PROJETO DE RESOLUÇÃO

PRC 6/2020 - do Sr. Eli Borges - Altera a redação do art. 84 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.

INDICAÇÃO

INC 60/2020 - do Sr. Gilson Marques - Sugere alienar os imóveis funcionais utilizados para moradia de

parlamentares e servidores.

INC 61/2020 - do Sr. Gilson Marques - Sugere a isenção do Imposto de Importação (II), incidente sobre a

comercialização de dispositivos protéticos necessários à reabilitação de pessoas amputadas.

INC 62/2020 - do Sr. Junio Amaral - Sugere a urgente solicitação de liberação de recursos financeiros para

pagamento de despesas de emendas parlamentares individuais e de bancada, com vistas a possibilitar a

implementação de ações e obras de prevenção, resposta e minimização de impactos de enchentes,

alagamentos e deslizamentos de terra no Estado de Minas Gerais.


RECLAMAÇÃO

REM 1/2020 - do Sr. Ricardo Izar - Indaga a respeito de expediente enviado suscitando crime de

responsabilidade em razão da ausência de resposta à Requerimento de Informação enviado à Agência Nacional

de Mineração.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO

RIC 130/2020 - do Sr. Daniel Almeida - Solicita informações ao Sr. Ministro da Cidadania sobre o benefício do

Bolsa-Família

RIC 131/2020 - do Sr. Bacelar - Requer informações sobre as políticas públicas para o programa Universidade

Aberta do Brasil (UAB).

RIC 132/2020 - do Sr. Ivan Valente - Requer ao Advogado-Geral da União informações sobre a atuação em

defesa de Ministros de Estado e de outras autoridades do Governo Federal.

RIC 133/2020 - do Sr. Ivan Valente - Requer ao Ministro de Estado da Cidadania informações sobre o Programa

Bolsa Família e outros programas da área de assistência social.

RIC 134/2020 - do Sr. Pedro Augusto Bezerra - Requer informações ao Ministério da Mulher, da Família e dos

Direitos Humanos, sobre a regulamentação da Legislação Brasileira de Inclusão.

REQUERIMENTO

REQ 284/2020 - da Srª. Maria do Rosário - Requer a realização de Sessão Solene em alusão ao Dia Nacional de

Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes.

REQ 285/2020 - do Sr. Jose Mario Schreiner - Requer a retirada de assinatura do Projeto de Lei 153/2020.

REQ 286/2020 - do Sr. Capitão Alberto Neto - Requer Voto de Louvor ao Senhor Júlio Koga - Vice Presidente

Industrial da Moto Honda da Amazônia Ltda.


REQ 287/2020 - do Sr. Fausto Pinato - Requer a redistribuição do PL nº 2300/2019 para análise de mérito na

Comissão de Esporte (CESPO).

REQ 288/2020 - do Sr. Fausto Pinato - Requer a redistribuição dos PL nº 5055/2016, PL nº 5223/2013 e PL

11003/2018 para análise de mérito na Comissão de Finanças e Tributação (CFT).

REQ 289/2020 - do Sr. José Ricardo - Requer a concessão de Voto de Louvor em comemoração aos 53 anos de

criação da Zona Franca de Manaus, celebrado dia 28 de fevereiro.

REQ 290/2020 - do Sr. José Ricardo - Requer a concessão de Voto de Louvor em comemoração ao 65º

Aniversário de fundação do município amazonense de Atalaia do Norte

REQ 291/2020 - da Srª. Paula Belmonte - Requer a realização de Sessão Solene em homenagem ao Dia Nacional

da Educação Infantil, que acontece em 25 de agosto.

REQ 292/2020 - da Srª. Paula Belmonte - Requer a realização de Sessão Solene em homenagem ao Dia Mundial

do Empreendedorismo Feminino.

REQ 293/2020 - da Srª. Paula Belmonte - Requer a realização de Sessão Solene em homenagem ao 60º

aniversário de Brasília.


e Mundial do Escotismo, que acontece, anualmente, em 23 de abril.

REQ 295/2020 - da Srª. Paula Belmonte - Requer a realização de Sessão Solene em homenagem ao "Dia Nacional

do Arquiteto e Urbanista" e em comemoração ao nascimento de Oscar Niemeyer (in memorian), ambos

comemorado no dia 15 de dezembro.

REQ 296/2020 - da Srª. Paula Belmonte - Requer a realização de Sessão Solene em homenagem ao "Dia do

Conselheiro Tutelar", comemorado no dia 18 de novembro.


do Professor.

REQ 298/2020 - da Srª. Paula Belmonte - Requer a realização de Sessão Solene em homenagem à aplicação, os

avanços e as dificuldades existentes nesses 30 anos de atuação do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA.


REQ 299/2020 - do Sr. Coronel Armando - Requer a realização de Sessão Solene no Plenário da Câmara dos

Deputados em homenagem ao Soldado Brasileiro, por ocasião da data instituída como sendo seu dia.

REQ 300/2020 - da Srª. Aline Gurgel - Requer o registro da Frente Parlamentar em defesa da Mulher Advogada

FPDMA

REQ 301/2020 - do Sr. José Ricardo - Requer a concessão de Voto de Louvor em comemoração ao 38º

Aniversário de fundação do município amazonense de Boa Vista do Ramos.

REQ 302/2020 - do Sr. Dr. Gonçalo - Requer a retirada de tramitação e o arquivamento do Projeto de Lei nº

6598/2019.

REQ 303/2020 - do Sr. Nilto Tatto - Requer a realização de sessão solene no dia 09 de dezembro de 2020, no

Plenário desta Casa, em homenagem ao Dia Internacional dos Direitos Humanos.

REQ 304/2020 - do Sr. Nilto Tatto - Requer a convocação de Sessão Solene da Câmara dos Deputados em

homenagem ao Dia Mundial da Água, que será comemorado no dia 22 de março.

REQ 305/2020 - do Sr. Nilto Tatto - Requer convocação de Sessão Solene da Câmara dos Deputados em

homenagem a Campanha da Fraternidade 2020 - Tema: "Fraternidade e vida :don e compomisso" e o lema "Viu,

sentiu compaixão e cuidou dele" (Lc 10,33-34).

REQ 306/2020 - do Sr. Nilto Tatto - Requer a realização de Sessão Solene desta Casa, no próximo dia 13 de

agosto de 2020, em homenagem à Marcha das Margaridas.

REQ 307/2020 - do Sr. Nilto Tatto - Requer a convocação de sessão solene da Câmara dos Deputados para o

dia 05 de junho de 2020, em homenagem ao Dia Mundial do Meio Ambiente.

REQ 308/2020 - do Sr. Nilto Tatto - Com base no Artigo 68, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados,

requeiro a convocação de Sessão Solene no dia 17 de abril de 2020 para homenagear os dezenove trabalhadores

rurais vitimados pelo ''massacre de Eldorado dos Carajás'', ocorrido em 17 de abril de 1996 no Estado do Pará;

para homenagear as pessoas mutiladas e as centenas de famílias que sobreviveram ao massacre, resistiram nas

lutas e conquistaram suas terras; e para celebrar o ''Dia Mundial de Luta Camponesa''.

REQ 309/2020 - da Srª. Edna Henrique - Requer a desapensação do Projeto de Lei nº 6458/2019, que foi

apensado ao Projeto de Lei nº 9269/2017.


REQ 310/2020 - da Srª. Joenia Wapichana - Requer a desapensão do Projeto de Lei nº 274/2020 do Projeto de

Lei nº 1518/2011.

REQ 311/2020 - do Sr. Vinicius Carvalho - Requer a redistribuição do Projeto de Lei nº 104, de 2020, para análise

de mérito na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO).

REQ 312/2020 - do Sr. Bosco Costa - Requer a redistribuição, à Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação

e Informática - CCTCI, do Projeto de Lei nº 879, de 2003, que obriga as empresas de ônibus a terem GPS e

câmeras de vídeo.

REQ 313/2020 - do Sr. Bosco Costa - Requer a inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 4893/2012, que

"Altera os arts. 121, 122, 129 e 136 e revoga o § 1º do art. 121 e os arts. 123 e 134 do Decreto-Lei nº 2.848, de

7 de dezembro de 1940 - Código Penal", a fim de aumentar as penas e incluir formas qualificadas para os crimes

de homicídio simples, homicídio culposo, homicídio doloso, induzimento ao suicídio, lesão corporal, lesão

corporal culposa, maus tratos, e das seguintes proposições apensadas: PL 7749/2014, PL 864/2015, PL

1527/2015, PL 2276/2015, PL 8041/2017, PL 8118/2017, PL 9102/2017, PL 10078/2018, PL 10243/2018, PL

10581/2018, PL 11082/2018, PL 520/2019, PL 526/2019, PL 918/2019, PL 1454/2019, PL 1960/2019, PL

2407/2019, PL 4429/2019, PL 4786/2019, PL 5251/2019, PL 5489/2019 e PL 5933/2019.

REQ 314/2020 - do Sr. Bosco Costa - Requer a distribuição do Projeto de Lei nº 3.764, de 2004 à Comissão da

Mulher, tendo em vista a necessidade de pronunciamento sobre a proposição principal e apensadas.

REQ 315/2020 - do Sr. Marcos Pereira - Requer a realização de Sessão Solene em comemoração ao aniversário

da criação do Estado de Israel, a realizar-se no dia 11 de maio de 2022, quarta-feira, no Plenário Ulysses

Guimarães.

REQ 316/2020 - do Sr. Marcos Pereira - Requer a realização de Sessão Solene em comemoração ao aniversário

da criação do Estado de Israel, a realizar-se no dia 12 de maio de 2021, quarta-feira, no Plenário Ulysses

Guimarães.

REQ 317/2020 - do Sr. João Daniel - Requer a inclusão na Ordem do Dia da PEC 15/2015 que torna permanente

o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação

- FUNDEB.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

PDL 61/2020 - do Sr. José Guimarães - Susta o Decreto nº 10.239, de 2020, que "dispõe sobre o Conselho

Nacional da Amazônia Legal".


PDL 62/2020 - do Sr. Nilto Tatto - Susta os efeitos do Decreto nº 10.229, de 5 de fevereiro de 2020, que

regulamenta o direito de desenvolver, executar, operar ou comercializar produto ou serviço em desacordo com

a norma técnica desatualizada de que trata o inciso VI do caput do art. 3º da Lei nº 13.874, de 20 de setembro

de 2019.

PDL 63/2020 - do Sr. Danilo Cabral - Susta os efeitos da portaria nº 2.362, de 20 de dezembro de 2019, que

estabelece procedimentos a serem adotados no âmbito do Sistema Único de Assistência Social decorrentes do

monitoramento da execução financeira e orçamentária realizada pelo Fundo Nacional de Assistência Social para

promover a equalização do cofinanciamento federal do Sistema Único de Assistência Social à Lei de Diretrizes

Orçamentárias e à Lei Orçamentária Anual.



5. PROPOSIÇÕES DESPACHADAS

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N.º 3, DE 2020 (Do Sr. Zé Vitor)

Altera a Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, para vedar a liquidação de despesas para transferências de capital ao Distrito Federal e aos Municípios para realização de obras públicas ou para aquisição de equipamentos e instalações que não estejam em acordo com o plano diretor do ente recebedor, quando houver. DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE: TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO; FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (MÉRITO E ART. 54, RICD) E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD) APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário


Art. 1º Esta lei altera a Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, para vedar a liquidação de

despesas para transferências de capital ao Distrito Federal e aos Municípios para realização de obras públicas

ou para aquisição de equipamentos e instalações que não estejam em acordo com o plano diretor do ente

recebedor, quando houver.

Art. 2º O art. 63 da Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, passa a vigorar acrescido do § 3º

com a seguinte redação:

“Art. 63. ........................................................................................

......................................................................................................

§ 3º É vedada a liquidação de despesas para transferências de capital ao Distrito Federal

e aos Municípios para realização de obras públicas ou para aquisição de equipamentos

e instalações que não estejam em acordo com o plano diretor do ente recebedor,

quando houver.” (NR).

Art. 3º Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

O presente Projeto de Lei Complementar altera a Lei nº 4.320, de 1964, que estabelece regras

gerais de contabilidade pública e que foi recepcionada com status de lei complementar pela Constituição

Federal, para impedir a liquidação de despesas com transferências de capital ao Distrito Federal e aos

Municípios, quando os recursos se destinarem a despesas com obras públicas ou aquisição de equipamentos e

instalações, e não estiverem em acordo com o plano diretor do ente recebedor.

No Brasil, as bases para o planejamento das cidades estão estabelecidas no Estatuto da Cidade

(Lei nº 10.257/2001). O Estatuto da Cidade pode ser considerado o principal marco legal para o

desenvolvimento das cidades, junto à Constituição de 1988, de onde originam seus princípios e diretrizes


fundamentais. Ele estabelece as normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade

urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental.

Em seu artigo 2º, o Estatuto da Cidade dispõe que “a política urbana tem por objetivo ordenar o pleno

desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade urbana”.

No Brasil, assim como em outras regiões subdesenvolvidas do planeta, as cidades cresceram

de modo desordenado, criando problemas como a degradação do meio ambiente, os longos deslocamentos, a

falta de saneamento básico, entre outros. Cabe à política urbana induzir o desenvolvimento inclusivo,

sustentável e equilibrado, de modo a corrigir essas distorções históricas.

Assim, o planejamento urbano deve ir além dos aspectos físicos e territoriais, encarando o

ordenamento do território como um meio para cumprir objetivos maiores, a citar:

Garantia do direito à terra urbana, à moradia, ao saneamento ambiental, à

infraestrutura urbana, ao transporte e aos serviços públicos, ao trabalho e ao lazer,

para as presentes e futuras gerações;

Oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos

adequados aos interesses e necessidades da população e às características locais;

Evitar e corrigir as distorções do crescimento urbano e seus efeitos negativos sobre o

meio ambiente.

Nesse contexto, se introduz o plano diretor como ferramenta central do planejamento de

cidades no Brasil. Conforme os artigos 39º e 40º do Estatuto da Cidade, o plano diretor é “o instrumento básico

da política de desenvolvimento e expansão urbana”. É ele quem deve promover o diálogo entre os aspectos

físicos/territoriais e os objetivos sociais, econômicos e ambientais que temos para a cidade. O plano deve ter

como objetivo distribuir os riscos e benefícios da urbanização, induzindo um desenvolvimento mais inclusivo e

sustentável. O plano diretor é obrigatório para cidades com mais de vinte mil habitantes, de acordo com o art.

41 do Estatuto das Cidades.

Nesse sentido, o Poder Público deve zelar pela garantia do respeito ao plano diretor de modo

a promover o desenvolvimento inclusivo, sustentável e equilibrado, do Distrito Federal e dos Municípios,

sempre que esse plano estiver em vigor. Portanto, a presente proposição cria um mecanismo que impede que

a realização de transferências de capital destinadas a despesas com obras públicas ou aquisição de

equipamentos, sem que haja a devida comprovação de que essas despesas estão de acordo com o plano diretor

do ente federativo que receberá os recursos.

Dessa forma, conclamo aos nobres Parlamentares para que apoiem a presente proposição.


Deputado ZÉ VITOR


PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N.º 8, DE 2020 (Do Sr. Alexis Fonteyne)

Altera a o art. 33 da Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996 (Lei Kandir), para prorrogar prazos em relação à apropriação dos créditos do imposto estadual sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS). DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE: FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (MÉRITO E ART. 54, RICD) E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD) APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário


Art.1º O art. 33 da Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 1996 (Lei Kandir), passa a

vigorar com a seguinte redação:

“Art. 33 ................................................................................

I – somente darão direito de crédito as mercadorias destinadas ao uso ou consumo

do estabelecimento nele entradas a partir de 1º de janeiro de 2021 respeitada a

seguinte proporção;

a – 10% (dez pontos percentuais) a partir de 1º de janeiro de 2021, até 31 de

dezembro de 2022;

b – 25% (vinte e cinco pontos percentuais) de 1º de janeiro de 2023 até 31 de

dezembro de 2024;

c – 50% (cinquenta pontos percentuais) de 1º de janeiro de 2025 até 31 de

dezembro de 2026;

d – 75% (setenta e cinco pontos percentuais) de 1º de janeiro de 2027 até 31 de

dezembro de 2028;

e – 100% (cem pontos percentuais) a partir de 1º de janeiro de 2029.

II - dará direito a crédito a entrada de energia elétrica no estabelecimento partir

de 1º de janeiro de 2021 respeitada a seguinte proporção:

a – 10% (dez pontos percentuais) a partir de 1º de janeiro de 2021, até 31 de

dezembro de 2022;

b – 25% (vinte e cinco pontos percentuais) de 1º de janeiro de 2023 até 31 de

dezembro de 2024;

c – 50% (cinquenta pontos percentuais) de 1º de janeiro de 2025 até 31 de

dezembro de 2026;


d – 75% (setenta e cinco pontos percentuais) de 1º de janeiro de 2027 até 31 de

dezembro de 2028;

e – 100% (cem pontos percentuais) a partir de 1º de janeiro de 2029.

..........................................................................................

IV - ..................................................................................

c) a partir de 1º de janeiro de 2021, nas demais hipóteses, respeitada a seguinte

proporção:

1 – 10% (dez pontos percentuais) a partir de 1º de janeiro de 2021, até 31 de

dezembro de 2022;

2 – 25% (vinte e cinco pontos percentuais) de 1º de janeiro de 2023 até 31 de

dezembro de 2024;

3 – 50% (cinquenta pontos percentuais) de 1º de janeiro de 2025 até 31 de

dezembro de 2026;

4 – 75% (setenta e cinco pontos percentuais) de 1º de janeiro de 2027 até 31 de

dezembro de 2028;

5 – 100% (cem pontos percentuais) a partir de 1º de janeiro de 2029.

JUSTIFICAÇÃO

A Lei Kandir estabeleceu expressamente que o ICMS é não-cumulativo, compensando-se o que for

devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou por outro Estado. Seu art.

20 prevê que para compensação é assegurado ao sujeito passivo o direito de creditar-se do imposto

anteriormente cobrado em operações de que tenha resultado a entrada de mercadoria, real ou simbólica, no

estabelecimento, inclusive a destinada ao seu uso ou consumo ou ao ativo permanente, ou o recebimento de

serviços de transporte interestadual e intermunicipal ou de comunicação (“ crédito financeiro”).

Contudo, a redação original do art. 33 estabelece que, para essa compensação, somente darão

direito de crédito as mercadorias destinadas ao uso ou consumo do estabelecimento nele entradas a partir de

01.01.1998.

Ocorre que essa data foi reiteradamente prorrogada conforme edição das Leis Complementares

92/97, 99/99, 114/02, 122/06, 138/10 e, por fim, 171/19, que prorroga o prazo para 01.01.2033. Durante todos

esses anos não houve a programação para que os Estados se viabilizassem financeiramente para a concessão

desses créditos de ICMS.

Considerando-se o déficit do orçamento público, a implementação dessa medida somente seria

possível no bojo de um consistente plano fiscal prévio, de caráter nacional, envolvendo a União e os Estados,

de modo que todas assembleias alterem a legislação do ICMS de modo a aumentar a arrecadação pela diferença


ou que sejam cortados gastos em montante equivalente. Cabe relembrar que os Estados não possuem

competência tributária residual e, assim sendo, não têm como obter receitas extraordinárias, dependendo

basicamente da arrecadação ordinária própria, da qual o ICMS é a principal fonte.

O resultado dessa protelação sucessiva foi, pelo lado do Estado a criação de diversos mecanismos

legais e infra legais para garantir a manutenção da arrecadação, como a Substituição Tributária e o Bloco K, por

exemplo.

Já os contribuintes procuraram defender diversas teses jurídicas nos tribunais brasileiros, valendo-

se do princípio da seletividade para encontrarem situações mais vantajosas para seus negócios. Não é a toa que

atualmente processos tributários duram em média 20 anos, e o contencioso tributário da união já ultrapassa

metade do PIB brasileiro. É inaceitável vivermos num ambiente tão caótico.

Ouso a dizer que, se já tivéssemos implantado o crédito amplo do ICMS desde 1998, talvez não

tivéssemos a metade dos problemas e distorções que o nosso sistema tributário enfrenta hoje.

Por este motivo, apresento este Projeto de Lei Complementar, visando criar uma transição que

viabilize um sistema tributário mais simples, transparente e neutro.


ALEXIS FONTEYNE

(NOVO-SP)


PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR N.º 9, DE 2020 (Do Sr. Marco Bertaiolli)

Possibilita aos que estão enquadrados no regime do Simples Nacional a adesão à transação tributária a ser tratada por Lei Federal. DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE: DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇOS; FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (MÉRITO E ART. 54, RICD) E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD) APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário


Art. 1º. Esta lei autoriza que os débitos apurados na forma do Regime Especial Unificado de

Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - Simples

Nacional, instituído pela Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, em fase de contencioso

administrativo, judicial ou inscritos em dívida ativa, possam ser extintos mediante celebração de transação

resolutiva de litígio, nos termos do art. 171 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário

Nacional.

Parágrafo único. Aplica-se à transação resolutiva dos litígios relacionados aos débitos de que

trata o caput a lei própria editada pelo ente federativo responsável pela cobrança dos débitos, nos termos da

Lei Complementar nº 123, de 2006.

Art. 2º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

A presente proposição tem por objetivo possibilitar que os optantes do SIMPLES Nacional estejam

incluídos na modalidade de transação tributária veiculada pela Medida Provisória nº 899, de 2019.

Diante do exposto, solicito o apoio dos nobres colegas Parlamentares para a aprovação deste

Projeto de Lei Complementar.


DEP. MARCO BERTAIOLLI

PSD/SP


PROJETO DE LEI N.º 125, DE 2020 (Do Sr. Fausto Pinato)

Altera as Leis nº Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, e nº 12.512, de 14 de outubro de 2011, para estabelecer que o valor máximo anual por unidade familiar a ser destinado para aquisição de alimentos, no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE e do Programa de Aquisição de Alimentos - PAA, não poderá ser inferior ao limite de faturamento previsto pelo §1º do art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, para enquadramento como microempreendedor individual. DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-4902/2016. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário


Art. 1º O art. 14 da Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, passa a vigorar acrescido do seguinte §3º:

“Art. 14......................................................................................

..................................................................................................

§ 3º O valor máximo anual, por unidade familiar, para aquisição de alimentos de que trata este artigo não poderá ser inferior ao previsto pelo § 1º do art. 18-A da Lei Complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006, que trata do microempreendedor individual. ” (NR).

Art. 2º O art. 17 da Lei nº 12.512, de 14 de outubro de 2011, passa a vigorar acrescido do seguinte §5º:

“Art. 17.......................................................................................

..................................................................................................

§ 5º O valor máximo anual, por unidade familiar, referido no inciso II, não poderá ser inferior ao previsto pelo § 1º do art. 18-A da Lei Complementar nº 123 de 14 de dezembro de 2006, que trata do microempreendedor individual. ” (NR)

Art. 3º Esta Lei entra em vigor após decorridos 180 (cento e oitenta) dias de sua publicação.

Justificação

A presente proposta tem por objetivo aumentar os valores limites para aquisição de alimentos

diretamente da agricultura familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações no âmbito do

Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE e do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA, instituídos

pelas Leis nº 11.947, de 16 de junho de 2009, e nº 10.696, de 2 de julho de 2003, respectivamente. Ambos os

programas contribuem de forma decisiva para o desenvolvimento da agricultura familiar brasileira.

O art. 14 da Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, determina que, do total dos recursos financeiros

repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE, no âmbito do PNAE, “no mínimo

30% (trinta por cento) deverão ser utilizados na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura


familiar e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações, priorizando-se os assentamentos da reforma

agrária, as comunidades tradicionais indígenas e comunidades quilombolas”.O art. 32 da Resolução nº 26 de 17

de junho de 2013, do Conselho Deliberativo do FNDE, estabelece que o limite individual de venda do agricultor

familiar e do empreendedor familiar rural para a alimentação escolar, por entidade executora, deverá respeitar

o valor máximo anual de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) por unidade familiar. Esse limite foi atualizado pela última

vez no ano de 2015.

O art. 17 da Lei nº 12.512, de 14 de outubro de 2011, autoriza o Poder Executivo Federal, Estadual,

Municipal e do Distrito Federal a adquirir alimentos produzidos pelos agricultores familiares, dispensando-se o

procedimento licitatório, obedecidas, cumulativamente, algumas exigências, no âmbito do PAA. O Decreto nº

7.775, de julho de 2012, regulamenta as aquisições referidas na Lei do PAA.

O limite anual para aquisição da agricultura familiar na modalidade compra institucional, por órgão

comprador, é definido pela alínea “e”, inciso I, art. 19 do decreto citado. Esse limite é de apenas R$ 20.000,00

(vinte mil reais) anuais, por unidade familiar, e não é atualizado desde do ano de 2014.

Nossa proposta é de que o limite anual para aquisição de alimentos diretamente da agricultura familiar

seja estipulado com um valor mínimo não inferior ao teto de faturamento para enquadramento como

Microempreendedor Individual – MEI, previsto § 1º do art. 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de

dezembro de 2006. Atualmente esse teto é de R$ 81.000,00 (oitenta e um mil reais), por ano.

Dessa forma, buscamos evitar que, na falta de outros agricultores familiares interessados, os que se

apresentarem possam satisfazer a demanda dos órgãos públicos.

Ressaltamos que, ao regulamentar as aquisições pelo PNAE ou PAA, o governo poderá estipular

critérios que inibam a concentração de aquisições em apenas poucos agricultores familiares. A proposta busca

apenas evitar que, em caso de aumento de demanda e falta de fornecedores, um agricultor familiar seja

impedido de comercializar seus produtos, nas condições privilegiadas do PNAE e do PAA, por já ter atingido o

limite estipulado de vendas, atualmente de apenas R$ 20 mil, por ano.

De acordo com o Censo Agropecuário de 2017, 77% dos estabelecimentos agropecuários foram

classificados como agricultura familiar. A agricultura familiar ocupava, no período da pesquisa, cerca de 80,9

milhões de hectares, o que representa 23% da área total dos estabelecimentos agropecuários brasileiros.

Ademais, emprega mais de 10 milhões de pessoas, o que representa mais de 60% do total de pessoas ocupadas

na agropecuária.

Dessa forma, a presente proposta permitirá que a agricultura familiar continue fornecendo alimentos

de qualidade para o poder público, sem esbarrar em limites desatualizados. Considerando o enorme benefício

social que significará para esse grupo social tão importante, peço o apoio de meus nobres Colegas para a

aprovação do Projeto de Lei em análise.


Deputado FAUSTO PINATO


PROJETO DE LEI N.º 133, DE 2020

(Do Sr. Coronel Tadeu)

Altera o Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal, para dispor sobre o cumprimento provisório da pena no âmbito do Tribunal do Júri. DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-6313/2019. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário O Congresso Nacional Decreta:

Art. 1º Esta Lei altera o Decreto-Lei no 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal.

Art. 2º. O artigo 421 Decreto-Lei Nº 3.689, de 3 de Outubro De 1941 (Código de Processo Penal) passa a


"Art. 421. Proferida a decisão de pronúncia e de eventuais embargos de declaração, os autos serão

encaminhados ao juiz-presidente do Tribunal do Júri, independentemente da interposição de outros

recursos, que não obstarão o julgamento.

§ 1º Havendo circunstância superveniente que altere a classificação do crime, o juiz ordenará a remessa

dos autos ao Ministério Público.

......................................................................................................................................" (NR)

Art. 3º. O artigo 492 Decreto-Lei Nº 3.689, de 3 de Outubro De 1941 (Código de Processo Penal) passa a


"Art.492..................................................................................................................................

I -..............................................................................................................................................

e) determinará a execução provisória das penas privativas de liberdade, restritivas de direito e

pecuniárias, com expedição do mandado de prisão, se for o caso, sem prejuízo do conhecimento de

recursos que vierem a ser interpostos;

.............................................................................................................................................

§ 3º O presidente poderá, excepcionalmente, deixar de autorizar a execução provisória das penas se

houver uma questão substancial cuja resolução pelo Tribunal de Apelação possa plausivelmente levar à

revisão da condenação.

§ 4º A apelação interposta contra decisão condenatória do Tribunal do Júri não terá efeito suspensivo.

§ 5º Excepcionalmente, poderá o Tribunal de Apelação atribuir efeito suspensivo à apelação, quando

verificado cumulativamente que o recurso:

I - não tem propósito meramente protelatório;


II - levanta uma questão substancial e que pode resultar em absolvição, anulação da sentença, novo

julgamento, substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos ou alteração do regime

de cumprimento da pena para o aberto.

§ 6º O pedido de concessão de efeito suspensivo poderá ser feito incidentemente no recurso ou através

de petição em separado dirigida diretamente ao Relator da apelação no Tribunal, e deverá conter cópias

da sentença condenatória, do recurso e de suas razões, das contrarrazões da parte contrária, de prova

de sua tempestividade, e das demais peças necessárias à compreensão da controvérsia." (NR)

Art. 4º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificativa

A prisão de réu condenado por decisão do Tribunal do Júri, ainda que sujeita a recurso, não viola

o princípio constitucional da presunção de inocência ou não-culpabilidade.

A Constituição Federal prevê a competência do Tribunal do Júri para o julgamento de crimes

dolosos contra a vida (art. 5º, inciso XXXVIII, d). Prevê a soberania dos veredictos (art. 5º, inciso XXXVIII,

c), a significar que os tribunais não podem substituir a decisão proferida pelo júri popular. Diante disso,

não viola o princípio da presunção de inocência ou da não culpabilidade a execução da condenação pelo

Tribunal do Júri, independentemente do julgamento da apelação ou de qualquer outro recurso.

Esse entendimento está em consonância com a lógica de que no caso de decisão do Júri, o

Tribunal não poderá reapreciar os fatos e provas, na medida em que a responsabilidade penal do réu já

foi assentada soberanamente pelo Júri.

Caso haja fortes indícios de nulidade ou de condenação manifestamente contrária à prova dos

autos, hipóteses incomuns, o Tribunal poderá suspender a execução da decisão até o julgamento do

recurso.

Com isso, busca-se conferir real efetividade à soberania dos vereditos do Tribunal do Júri, tal

como previsto no art. 5º, inc. XXXVIII, alínea “c”, da Constituição Federal.

Por esses motivos, contamos com o apoio dos ilustres pares para a aprovação desta proposição.


Deputado CORONEL TADEU PSL-SP



(Da Sra. Chris Tonietto)

Altera e acrescenta dispositivos ao Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal. DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-9896/2018. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 1º Esta lei altera e acrescenta dispositivos ao Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal. Art. 2º O Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 33 .................................................................................. ................................................................................................ § 2º ......................................................................................... a) o condenado a pena igual ou superior a 4 (quatro) anos ou reincidente deverá começar a cumpri-la em regime fechado; b) o condenado não reincidente, cuja pena seja igual ou superior a 2 (dois) e inferior a 4 (quatro) anos, poderá, desde o princípio, cumpri-la em regime semiaberto; c) o condenado não reincidente, cuja pena seja inferior a 2 (dois) anos, poderá, desde o início, cumpri-la em regime aberto.” (NR) “Art. 83 .................................................................................... I - cumprida mais de 2/3 (dois terços) da pena se o condenado não for reincidente em crime doloso e tiver bons antecedentes; II - cumprida mais de 4/5 (quatro quintos) da pena se o condenado for reincidente em crime doloso ou tiver maus antecedentes, ou, ainda que primário e sem maus antecedentes, no caso de condenação por crime hediondo, prática de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e terrorismo, sendo vedado livramento se o apenado for reincidente em crimes dessa natureza; III - comprovado comportamento satisfatório durante a execução da pena, bom desempenho no trabalho que lhe foi atribuído e aptidão para prover à própria subsistência mediante trabalho honesto; IV - tenha reparado, salvo efetiva impossibilidade de fazê-lo, o dano causado pela infração; V - revogado ...............................................................................................” (NR)

Art. 3º O art. 59 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal passa a vigorar acrescido dos seguintes § 1º, § 2º e § 3º:

“Art. 59 ....................................................................................... ..................................................................................................... §1º Para efeito dos incisos I a IV, acima, o juiz deverá considerar todos os demais critérios do caput, individualmente. §2º. Toda condenação transitada em julgado que não configurar reincidência servirá para efeito de mau antecedente, mesmo no caso de condenação por crime ocorrido posteriormente àquele em relação ao qual se está a dosar a pena. §3º No interrogatório judicial do réu, a mentira, se usada como forma de inocentar um comparsa culpado ou de denegrir o trabalho da polícia, ou a honra da vítima ou de alguma testemunha, poderá ser considerada negativamente na análise da personalidade do agente.”

Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO Constitui objeto do presente Projeto de Lei a modificação das regras para execução das penas

privativas de liberdade, dos requisitos do livramento condicional e dos critérios para fixação de pena


previstos no Código Penal. A iniciativa em questão busca atender aos anseios de uma sociedade cujos componentes,

notadamente por conta dos expressivos índices de criminalidade e reincidência – resultado de leis penais brandas –, veem-se obstados de fruir de alguns de seus direitos mais básicos, a exemplo do direito de ir e vir, do direito de possuir determinados bens, do direito à sua incolumidade física.

Não obstante o apelo da população, há que se registrar que o recrudescimento da legislação penal efetivamente contribui para a diminuição do crime, tal como o Promotor de Justiça, Luciano Coutinho, atesta no artigo “Prender ou não prender, eis a questão”, no qual apresenta estudo no sentido de que dos dez estados brasileiros que menos prendem, apenas um não está entre os quinze com maior número de homicídios. Ou seja, em sua grande maioria, os estados que prendem menos sofrem com maior quantidade de assassinatos.

Por outro lado, dentre os cinco estados que mais prendem, nenhum está entre os quatorze primeiros no ranking de mortes violentas. Finalmente, dentre os seis estados brasileiros com o maior número de presos por 10 mil habitantes (Rondônia, Acre, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, São Paulo e Espírito Santo), apenas um teve aumento no número de homicídios nos últimos anos; os outros cinco tiveram redução no índice de mortes violentas.

Buscando acabar em essa triste ineficiência do sistema de justiça criminal, que é totalmente incompatível com um Estado que se declara democrático de direito e defensor da dignidade da pessoa humana, a presente proposta representa avanços importantes no Código Penal.

Frise-se que as alterações contidas no Projeto não visam relativizar garantias, mas apenas implementam medidas eficazes, já vigentes em diversos outros países, para adequar a legislação brasileira à realidade atual.

No que tange ao endurecimento no cumprimento das penas, as mudanças contribuem para uma concretização ainda maior do princípio constitucional da individualização da pena (CF, art. 5º, XLVI), permitindo que o juiz personalize a resposta punitiva do Estado diante das peculiaridades existentes nos diferentes crimes.

Quanto maior for a possibilidade de diferenciar a pena em cada caso concreto, maior também será a possibilidade de imposição de reprimendas mais justas e proporcionais.

Diante de todo o exposto, contamos com o apoio dos nobres pares para a aprovação do presente Projeto de Lei.

Sala das Sessões, 05 de fevereiro de 2020.

Deputada CHRIS TONIETTO

PSL/RJ



(Do Sr. Delegado Waldir)

Altera a Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, que institui a Lei de Execução Penal, para dispor sobre a vedação de construção de presídios e unidades penais em geral sem que seja realizado previamente um Estudo de Impacto de Vizinhança. DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-2681/2015. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário


Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a vedação de construção de presídiso e unidades penais em geral

sem a necessária e prévia realização de Estudo de Impacto de Vizinhança, nos termos do que dispõe o art. 37

da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001.

Art. 2º O art. 82 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, de 1991, que institui a Lei de Execução

Penal, passa a vigorar acrescido do parágrafo terceiro, com o seguinte texto:

“Art. 82 .........................................................................................

......................................................................................................

§3. A instalação de estabelecimentos penais em municípios está condicionada à

elaboração prévia de Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV), que deverá analisar, além

dos requisitos previstos no art. 37 da Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001, questões

socioeconômicas e de segurança, sem prejuízo dos estudos ambientais cabíveis.


JUSTIFICAÇÃO

Os presídios e unidades prisionais deveriam ser construídos no meio do mar, ou no local mais

distante possível, de forma a não interferir na sensação de segurança das pessoas que acabam sendo

prejudicadas em razão da construção de presídios e unidades penais em municípios sem que haja o mínimo de

estudo que leve em consideração a opinião dos munícipes.

Conforme brilhante trabalho realizado pelo Consultor Legislativo Eduardo Granzotto1 (2019,

p.6):

´´(...) não há estudos concretos e públicos feitos por órgãos governamentais a respeito dos

1 GRANZOTO, Eduardo. O Impactos da Instalação de Estabelecimentos Penais em Municípios. Brasília: Câmara dos Deputados, 2019.


impactos causados aos Municípios com a implantação de estabelecimentos penais. O

empenho em identificar esses impactos tem se concentrado mais no ambiente acadêmico.´´

Insta salientar que a proliferação de organizações criminosas acaba atraindo para os

municípios que sediam presídios uma sensação de insegurança que interfere no cotidiano dos munícipes, haja

vista o receito constante de fugas e de rebeliões

Assim, o simples fato de haver um presídio no Município já abala a sensação de segurança na

comunidade. Há receios de fugas e de rebeliões. Além disso, a população local passa a conviver com as famílias

e com os visitantes dos detentos, o que, muitas vezes por estigma, causa medo na população. Há ainda situações

em que os índices de criminalidade aumentam no município, indo além do aumento abstrato da sensação de

insegurança, havendo indicativos do aumento do índice de criminalidade naqueles municípios que sediam os

presídios.

Outro fator que deve ser levado em consideração é o social, uma vez que os familiares dos

presos acabam fixando domicílio naquele município em que está localizado o presídio, razão pela qual acabam

potencializando a informalidade e sobrecarregando os serviços públicos locais, tais como escolas e hospitais.

Conforme citado por Granzoto (2019, p. 9), em sua dissertação de mestrado “Contribuição ao

estudo dos dilemas e impactos das unidades prisionais do Pontal do Paranapanema: um estudo de caso do

município de Marabá Paulista/SP”, a acadêmica Silvia Aline da Silva fez pesquisa de campo e concluiu que há:

´´[...] impactos sociais gerados por um choque de cultura entre os munícipes, familiares

visitantes e também das famílias dos sentenciados que residem nos municípios.

[...] as unidades prisionais são territórios de vivências que apresentam dinâmicas próprias de

funcionamento, fechados em seu cotidiano, com regras e relações conflituosas entre os

sentenciados e entre os sentenciados e agentes administrativos e sociais da unidade. Esses

conflitos são revelados apenas em momentos de motim e rebeliões.

[...] Os entrevistados apontaram aumento das questões sociais, como pobreza, o aumento do

tráfico de drogas, a precariedade social com que as famílias se deslocam de seus municípios

de origem e migram para ficarem mais próximas dos sentenciados e facilitar as visitas. Frente

a essa realidade é fundamental o investimento em políticas públicas que atendam às

necessidades sociais apresentadas por essas famílias, como amparo material, orientações

acerca dos serviços mínimos de saúde, educação e moradia. A política de segurança pública é

afetada com o aumento do tráfico de drogas, além do sistema de garantia de direitos da

criança e do adolescente, como Conselho Tutelar Municipal.

[...] aos finais de semana, o patrulhamento da polícia militar é intensificado com soldados


advindos de outros municípios, visto que o número de soldados e carros disponíveis são

insuficientes para atender à demanda.2´´

Como exemplo, está prevista a construção de novo presídio no município de Aparecida de

Goiânia/GO, isso sem qualquer tipo de estudo prévio e sem que a população tenha sido ouvida previamente,

fato este que demonstra a lacuna legal existente e que acaba gerando efeitos para pessoas que não participam

de um processo decisório que acaba gerando consequências para todos os munícipes.

A legislação deve ser alterada para que a sociedade participe de forma ativa do processo

decisório de instalação de presídios e unidades penais nos municípios, haja vista o impacto, na maior parte

negativo, que a construção dos presídios causa para o município.

Tendo em vista a relevância da matéria, conto com o apoio dos ilustres pares para a aprovação

desta proposição.


Deputado DELEGADO WALDIR

2 Tese disponível em: <file:///C:/Users/P_8041/Desktop/Silvia%20Aline%20S.%20Ferreira.pdf>, acessado em 8.11.2019, p. 112-114.



(Do Sr. Delegado Waldir)

Altera a Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995, para prever penalidades ao detentor de cargo eletivo majoritário que se desfiliar do partido político pelo qual se elegeu, no curso de seu mandato. DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-6597/2019. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário


Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995, para prever penalidades ao

detentor de cargo eletivo majoritário que se desfiliar do partido político pelo qual se elegeu, no curso de seu

mandato.

Art. 2º Acrescente-se à Lei nº 9.096, de 19 de setembro de 1995, o seguinte art. 22-B:

“Art. 22-B. O detentor de cargo eletivo majoritário que se desfiliar, sem justa causa, do

partido pelo qual foi eleito fica obrigado a devolver ao partido os recursos dele recebidos

destinados ao financiamento de sua campanha eleitoral, acrescidos de multa de 20%

(vinte por cento) sobre esse valor.

§ 1º Considera-se justa causa para desfiliação partidária as hipóteses previstas no art.

22-A desta Lei.

§ 2º Os valores arrecadados pelo partido político, nos termos do caput deste artigo,

serão destinados à criação e à manutenção de programas de promoção e difusão da

participação política de mulheres, negros e pessoas com deficiência. ”


JUSTIFICAÇÃO

A disciplina da fidelidade partidária é tratada pelo art. 22-A da Lei nº 9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos), que determina a perda do mandato ao detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa, do partido pelo qual foi eleito. São consideradas hipóteses de justa causa a mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário; a grave discriminação política pessoal; bem como a mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei para concorrer à

eleição, majoritária ou proporcional, ao término do mandato vigente.

Essa regra tem o condão de fortalecer as instituições partidárias e de incentivar a vinculação de cunho ideológico dos filiados, além de preservar a escolha política do eleitor quando do exercício do voto. Não obstante, o rigor da normativa relativa à fidelidade partidária alcança somente os detentores de mandato eletivo oriundo de eleições pelo sistema proporcional.

Nesse sentido, o Supremo Tribunal Federal já assentou que a regra de perda do mandato não se aplica aos detentores de cargos eletivos majoritários (prefeito, governador, senador e presidente da República) que se desfiliarem, sem justa causa, do partido pelo qual tenham sido eleitos, tendo em vista o


princípio constitucional da soberania popular, que justificaria privilegiar, nesse caso, as escolhas feitas pelo eleitor.

Com efeito, entendemos que o princípio da soberania popular deve prevalecer sobre a regra geral de perda do cargo por desfiliação partidária quando se tratar de detentor de cargo majoritário, visto que, nesses casos, o eleitor, em geral, orienta seu voto muito mais em função da figura do candidato e em suas propostas, que pela ideologia do partido em si. Todavia, defendemos que a desfiliação, nessas hipóteses, deve ser penalizada, haja vista que o partido político empenha esforços e recursos financeiros durante todo o período de campanha eleitoral, para lograr a conquista do cargo por seu candidato.

Dessa forma, propomos alteração da Lei nº 9.096/95 a fim de incluir dispositivo prevendo que o detentor de cargo eletivo majoritário que se desfiliar, sem justa causa, do partido pelo qual foi eleito ficará obrigado a devolver à agremiação partidária os recursos dela recebidos para o financiamento de sua campanha, acrescidos de multa de 20% (vinte por cento) sobre esse valor. Consideramos justa causa para a desfiliação as mesmas hipóteses de justa causa previstas no art. 22-A para detentores de cargos eletivos proporcionais.

Adicionalmente, registramos que o projeto busca incentivar a participação das minorias na

política, determinando que os valores recebidos pelo partido, na hipótese ora tratada, deverão ser destinados à criação e à manutenção de programas de promoção e difusão da participação política de mulheres, negros e pessoas com deficiência.

Diante de todo o exposto, na certeza de que a alteração ora proposta contribuirá para aprimorar a disciplina legal da fidelidade partidária, solicito o apoio dos nobres Pares ao Projeto de Lei que ora submeto à apreciação, certo de que bem poderão aquilatar sua importância.


Deputado DELEGADO WALDIR



(Do Sr. Tiririca)

Altera a Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, para incluir incentivo à mobilidade por meio de veículos ou equipamentos compartilhados como prioridade do Poder Público. DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-3274/2019. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei altera as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, instituída pela

Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012, para incluir incentivo à mobilidade por meio de veículos ou equipamentos compartilhados como prioridade do poder público.

Art. 2º O art. 6º da Lei nº 12.587, de 2012, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo único:

“Art. 6º ..........................................................................................

.....................................................................................................

Parágrafo único. No cumprimento das diretrizes estabelecidas nos incisos II e V do caput, o Poder Público priorizará as soluções baseadas em compartilhamento de veículos e equipamentos, especialmente os destinados a deslocamentos curtos.” (NR)


JUSTIFICAÇÃO

A mobilidade urbana é um dos grandes desafios da sociedade moderna. Desde quando as primeiras cidades se organizaram, a mobilidade sempre foi tema relevante. O avanço da indústria automobilística, nesse cenário, culminou em esgotamento das soluções tradicionais, as quais envolvem expansão viária, reformulações do transporte coletivo ou restrições de circulação por critérios de horário ou localidade.

Contudo, as conquistas na área das comunicações e da engenharia oferecem, hoje, solução bastante eficiente para melhorar a mobilidade urbana. Os sistemas de compartilhamento de bicicletas e patinetes, elétricos ou não, têm sido adotados com sucesso em grandes cidades, como alternativa para o deslocamento dos cidadãos.

Eficientes, principalmente nos últimos trechos das viagens, esses equipamentos facilitam os deslocamentos curtos, justamente aqueles mais frequentes. Eles permitem não somente as viagens entre origem e destino final, mas também as chamadas “primeira milha” ou “última milha”, entre a origem ou destino e a estação de metrô, terminal rodoviário ou parada de linha alimentadora da região, por exemplo.

Esse projeto, assim, visa a incentivar a adoção desse tipo de solução nos Municípios. Propõe, como diretriz, que esse tipo de alternativa seja priorizada pelo Poder Público.

Pelo exposto, rogamos aos nobres Pares apoio para aprovação da matéria.


Deputado TIRIRICA


PROJETO DE LEI N.º 146, DE 2020 (Do Sr. Daniel Freitas)

Assegura o livre acesso aos egressos de instituições de acolhimento institucional de crianças e adolescentes à educação e à profissionalização. DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-4722/2016. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 1º Esta Lei estabelece medidas com o objetivo de assegurar o livre acesso aos egressos de instituições de

acolhimento institucional de crianças e adolescentes à educação e à profissionalização.

Art. 2° Será assegurado ao adolescente e ao jovem em acolhimento ou egresso de acolhimento institucional o

acesso à educação superior e cursos profissionalizantes nos termos desta Lei.

Art. 3° As instituições de ensino técnico profissionalizante e superior, públicas e privadas assegurarão a cada

nova turma ingressante uma vaga destinada aos adolescentes e jovens em acolhimento institucional ou

egressos deste, por meio de processo seletivo diferenciado.

Art. 4° O processo seletivo deverá respeitar os mesmos critérios e prazos para os demais alunos ingressantes,

contudo aqueles que comprovarem a condição prevista nesta lei disputarão a vaga destinada com

exclusividade.

Art. 5° É assegurada a isenção de tarifas e taxas para a inscrição e participação dos destinatários desta lei nos

respectivos certames.

Art. 6° As instituições privadas deverão suportar as despesas para a manutenção das vagas mencionadas nesta

lei, sendo garantido o ressarcimento do referido custo por meio de abatimento da Contribuição Social sobre o

Lucro Líquido mediante comprovação de referidas despesas.

Parágrafo único. Em se tratando de instituições de caráter filantrópico com imunidade tributária Federal, estas

deverão suportar os ônus decorrentes da aplicação desta lei.


Art. 7° Será assegurado ao jovem entre 18 e 23 anos de idade beneficiado pela presente lei acesso a moradia e

inserção em projetos sociais que viabilizem renda para a sua permanência na instituição de ensino, devendo

propiciar o custeio desta moradia por meio de projetos de incentivo fiscal formalizados entre os Municípios, o

Distrito Federal e setor privado.

Art. 8° Em havendo reprovação do beneficiário do presente projeto por mais de dois períodos letivos, estes

serão automaticamente excluídos do benefício, cedendo-se sua vaga para outro beneficiário que se enquadre

na mesma condição.

Art. 9º Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.

JUSTIFICATIVA

O Brasil possui em acolhimento institucional milhares de jovens com difícil inserção em famílias

por intermédio da adoção.

São adolescentes que permanecerão até a maioridade civil em sistema de acolhimento

institucional, sendo excluídos de referidos programas ao atingirem a maioridade, sendo colocados nas ruas sem

qualquer tipo de preparação para o mercado de trabalho.

A profissionalização destes jovens e o acesso ao ensino superior de forma integral mais do que

política de Estado visa assegurar a estes jovens, vitimas de famílias desestruturadas e de acolhimentos

institucionais prolongados, o direito de se tornarem cidadãos autossuficientes e provedores de seus lares,

quebrando o ciclo de miséria em que se encontram inseridos.

A colocação destes jovens, sem qualquer preparação para o mercado de trabalho marginaliza e,

algumas vezes, entrega estes jovens à vida de marginalidade, muitos destes já nos primeiros dias de

desacolhimento se perdem para o tráfico de drogas, para a prostituição e para a criminalidade diante da

ausência concreta de outras perspectivas.

Com a presente lei busca-se assegurar a estes jovens o acesso integral às condições de educação

e profissionalização necessárias para que estes jovens tenham acesso não apenas a subempregos, mas sim que

possam, mediante esforço próprio, com acesso às políticas eficazes, assumir a condição de protagonistas de

suas próprias vidas.

DANIEL FREITAS

Deputado Federal


PROJETO DE LEI N.º 154, DE 2020 (Do Sr. Paulão e outros)

Dispõe sobre a expropriação de imóveis onde houver milícias armadas e dá outras providências. DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE: SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO; E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (MÉRITO E ART. 54, RICD). APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II


Art. 1º. Os imóveis urbanos ou rurais de qualquer região do país onde, comprovadamente, houver

a utilização, por milícia armada, serão expropriadas pela União, sem qualquer indenização aos proprietários e

sem prejuízo de outras sanções previstas em lei.

Art. 2º. Os bens de valor econômico e os armamentos apreendidos serão confiscados e reverterão,

respectivamente, em benefício das políticas de segurança pública.

Art. 3º. Para os fins desta lei considera-se milícia definição contida no artigo 288-A, acrescido ao

Código Penal pela Lei nº 12.720, de 27 de setembro de 2012.

Art. 4º. A expropriação de que trata esta lei seguirá, no que couber, o disposto na lei nº 8.257, de 26

de novembro de 1991, que “Dispõe sobre a expropriação das glebas nas quais se localizem culturas ilegais de

plantas psicotrópicas e dá outras providências”.

Art. 5º. Ficam autorizados a União, os Estados, Distrito Federal e os Municípios a firmarem convênios

entre si para a consecução dos objetivos desta lei.

Art. 6º. O Poder Executivo regulamentará esta lei no prazo de 60 dias.

Art. 7º. Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.

JUSTIFICATIVA:

No Brasil de hoje, os grupos armados que tem por finalidade prestar serviços de segurança e explorar

outros serviços lucrativos, normalmente em comunidades carentes de grandes metrópoles, suspostamente

criando uma situação de pacificação, aproveitando-se da omissão do Estado, são conhecidos como milícias,

sendo caracterizadas por cinco elementos que devem acontecer simultaneamente:

1. controle de um território e dos moradores que nele habita por parte de um grupo armado

irregular;

2. o caráter coercitivo desse controle;

3. o ânimo de lucro como motivação fundamental;

4. um discurso de legitimação referido à proteção dos moradores e à instauração de uma ordem;


5. a participação ativa e reconhecida dos agentes do Estado.

As milícias detêm um grau de organização superior ao do tráfico. Cadastros, reuniões, recibos, cuidado

e valorização das armas em função do seu valor instrumental e não simbólico são detalhes que revelam um tipo

de dominação mais moderno, o que denota a sua motivação central: a busca pelo lucro.

Se as milícias quisessem tão somente restaurar a ordem e proteger a comunidade, como alardeado nos

discursos que buscam a sua legitimação, os agentes do Estado poderiam e deveriam fazer isso enquanto

funcionários públicos. Mas, se assim o fizessem, estariam perdendo uma fonte privada de renda. O objetivo das

milícias não é a proteção de ninguém, é a geração de renda individual.

Isso fica mais claro ainda no leque de atividades econômicas lucrativas explorados pelas milícias que

vão muito além da venda do serviço de proteção. As milícias, em muitas localidades, lucram com o controle

direto do transporte alternativo e a venda de gás, de água, de sinal de TV a cabo pirata ou até, num claro exemplo

do seu perfil modernizante em comparação com a dominação dos grupos tradicionais, a venda de serviços de

internet.

Inclusive há registros1 de casos de comunidades que foram tomadas e depois abandonadas pelo fato

de não ter uma produção dos lucros satisfatória. Como também existem registros de comunidades que foram

vendidas como uma propriedade com terreno, insumos e equipamentos.

Para obter lucros as milícias adotam o modus operandi variável para ocupação de uma comunidade,

levando em consideração as especificidades do local. Quando o tráfico está presente na área pretendida, o uso

da força é empregado, inclusive, utilizando-se ilegalmente da função pública e dos mecanismos oficiais de

segurança do Estado. Quando não existe tráfico e a população resiste, os milicianos passam a assaltar as casas

e o comércio. Os moradores e comerciantes intimidados e acuados pela situação passam a contribuir

financeiramente com valores mensais estipulados pelos milicianos.

A omissão do Estado ao não promover políticas públicas de inclusão social e econômica e a

conivência das autoridades encarregadas de garantira segurança pública são os fatores determinantes para o

crescimento das milícias tais como se apresentam hoje – representantes do Estado formal utilizando de maneira

ilegal os instrumentos do próprio Estado para extorquir, intimidar e subjugar milhares de cidadãos de

comunidades populares.

O parlamento brasileiro ainda que tardiamente, com o intuito de garantir a paz pública, ou seja, o

sentimento de segurança e tranquilidade acrescentou no Código Penal o artigo 288-A e os aumentos de pena

dos artigos 121, §6º e 129 § 7. Entretanto, existem críticas ao artigo 288-A do CP, que tipifica o crime em tela.

Silva (2013), por exemplo, alega que o dispositivo foi mal escrito, não estabelecendo suficientemente

o conceito de tais crimes, assim como, na parte em que define “com a finalidade de praticar qualquer crime

previsto no Código Penal”, ele generaliza os crimes em que pode ser aplicado o dispositivo. Ou seja, permite que

o operador de direito ao aplicar a norma fuja das ações típicas de milícia privada e grupo de extermínio.

Apesar das críticas a tipificação do crime de milícia privada e grupo de extermínio foi um avanço

inconteste, a incriminação do delito facilita a promoção da ação penal contra as ações criminosas, necessitando,

1 Relatório Final da Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar a ação de milícias no âmbito do

estado do Rio de Janeiro. Disponível em: http://www.nepp-dh.ufrj.br/relatorio_milicia.pdf. Acesso em 19 de julho de 2019.


apenas, que não ocorra a generalização do dispositivo penal a crimes que não possuam nexo com as atividades

características dos grupos.

Todavia, o importante passo dado com a tipificação, em 2012, do crime de formação de milícia,

precisa ser completado com outras iniciativas legislativas capazes de dotar o Poder Público de instrumentais

eficazes e efetivos para o enfrentamento das milícias no Brasil. A presente proposta de Projeto de Lei caminha

nessa direção ao dispor da expropriação dos imóveis urbanos ou rurais de qualquer região do país onde,

comprovadamente, houver a utilização, por milícia armada.

Como vimos um dos elementos centrais constitutivos das milícias é o seu animus pelo lucro fácil, a

proposta do PL ao estabelecer a expropriação dos imóveis, dos bens de valor econômico e os armamentos

apreendidos atingem o problema da proliferação das milícias pela raiz, ou seja, na sua intenção central de auferir

ganhos econômicos.

A ação de grupos armados organizados em milícias com suas nefastas práticas criminosas viola o

direito fundamental do ser humano à paz social, afronta o estado democrático de direito e submete a sociedade

a permanente coação dos grupos criminosos. Diante disso, é preciso robustecer a legislação sobre o tema,

objetivo nuclear do Projeto do Lei é o enfraquecimento do controle social e da capacidade das milícias de

geração de renda.

Ademais é forçoso reconhecer que o problema das milícias não é episódico, mas permanente, que

pode ser contido, mas não erradicado. Na verdade, as milícias são a evolução de práticas criminosas da polícia

ao longo dos anos e que eles resolveram simplesmente retirar os intermediários e assumir o negócio e que,

portanto, o inimigo agora é muito mais articulado e muito mais bem preparado do que o tráfico de drogas.

A milícia é a falsificação do tráfico armado de drogas ilícitas: controle territorial manu militari,

negócios ilícitos de todo tipo, e não apenas de entorpecentes, banimento ou eliminação dos que não se

submetem. Com o agravante explosivo da forte inserção no aparato de Estado, em especial o policial e o político,

Legislativo e Executivo, a tal ponto que mesmo a intervenção das Forças Armadas na segurança no Rio de Janeiro

não logrou avanços no combate a essas organizações criminosas paramilitares, que se ampliaram.

Outro aspecto relevante do Projeto de Lei diz respeito a sua incidência, ao expropriar os imóveis

urbanos ou rurais das milícias, sobre umas das bases fundamentais a territorialidade, entendida como a

tentativa de um indivíduo ou grupo de afetar, influenciar ou controlar pessoas, fenômenos e relações, pela

delimitação e defesa do controle sobre uma área geográfica determinada.

É inaceitável que toleremos a submissão das populações carentes à lei do mais forte, com o

agravante de que a dominação ilegítima é exercida pelos próprios funcionários encarregados de fazer cumprir a

lei, que se apropriam dos recursos materiais e simbólicos do estado para extrair lucros baseados na coação

daqueles que deveriam proteger.

Sala das sessões, 5 de fevereiro de 2020.

PAULÃO Deputado Federal – PT/AL

Deputada ERIKA KOKAY


Deputado NEWTON CARDOSO

Deputado JORGE SOLLA

Deputado CARLOS HENRIQUE GAGUIM

Deputado SERGIO VIDIGAL

Deputado POMPEO DE MATTOS

Deputado CÉLIO SILVEIRA

Deputado MARLON SANTOS

Deputado SUBTENENTE GONZAGA

Deputado MIGUEL HADDAD

Deputado REGINALDO LOPES

Deputado ANDRÉ FERREIRA

Deputado ANDRÉ FIGUEIREDO

Deputado EXPEDITO NETTO

Deputado ISNALDO BULHÕES JR.

Deputado CARLOS ZARATTINI

Deputada DRA. VANDA MILANI

Deputado VANDER LOUBET

Deputado ROMAN

Deputada MARÍLIA ARRAES

Deputado EDMILSON RODRIGUES

Deputado NILTO TATTO

Deputado PAULO RAMOS

Deputado PEDRO UCZAI

Deputado ÁTILA LIRA

Deputado JOSÉ NELTO

Deputado JOÃO ROMA

Deputado JOSÉ GUIMARÃES

Deputado DAMIÃO FELICIANO

Deputado ZECA DIRCEU

Deputada GLEISI HOFFMANN

Deputado JOSÉ RICARDO


Deputado AFONSO FLORENCE

Deputado ULDURICO JUNIOR

Deputado RODRIGO AGOSTINHO

Deputado CARLOS VERAS

Deputado ZÉ SILVA

Deputado WLADIMIR GAROTINHO

Deputado RUBENS OTONI

Deputado AIRTON FALEIRO

Deputado MÁRCIO JERRY

Deputada NATÁLIA BONAVIDES

Deputado ANDRÉ JANONES

Deputado ROGÉRIO CORREIA

Deputado MARCON

Deputado FÁBIO HENRIQUE

Deputado VALMIR ASSUNÇÃO

Deputado MARCELO NILO

Deputado CÉLIO MOURA

Deputado MÁRIO NEGROMONTE JR.

Deputado ORLANDO SILVA

Deputado JOÃO DANIEL

Deputado JOSÉ AIRTON FÉLIX CIRILO

Deputado MAURO LOPES

Deputado BACELAR


PROJETO DE LEI N.º 159, DE 2020 (Do Sr. Sergio Vidigal)

Altera o art. 94 da Lei n.º 4.737, de 15 de julho de 1965. DESPACHO: À COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (MÉRITO E ART. 54, RICD). APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário


Art. 1o O art. 94 da Lei n.º 4.737, de 15 de julho de 1965, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 94 ..........

§ 1º ..............

.........

VII – atestado de saúde física e laudo de sanidade mental.

......................

§ 3º Os documentos listados no § 1º devem ser públicos e divulgados em sítio de fácil acesso na rede mundial de computadores.” (NR)

Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

Acreditamos que os cargos eletivos, para os quais são selecionados os representantes do povo,

devem ser resguardados de toda forma de ameaça à representatividade que deveriam expressar. Nesse sentido,

precisamos gerar segurança em nossos cidadãos de que aqueles que pleiteiam representa-los possuem as

condições mentais necessárias para bem desempenhar sua tarefa.

A apresentação de um laudo de saúde mental faz-se necessário para, ao menos, garantirmos que

nossos representantes possuam a mínima estabilidade psíquica e cognitiva. Nossa proposição não difere das

cobranças existentes em diversas modalidades de concursos públicos, com a diferença de que possui caráter

informativo. A necessária publicidade dos laudos atende ao melhor interesse público, que deve ter o direito de

saber se os que buscam assumir cargos eletivos estão qualificados emocionalmente para cumprir a missão à

qual se propõem.

Imaginemos, em um exercício de criatividade, que uma pessoa instável emocionalmente, frágil

em seu equilíbrio mental, alcançasse algum posto eletivo de relevância nacional. O risco que nossa Nação

atravessaria seria tremendo. Nossa soberania poderia ser ameaçada. A paz secular com nossos países vizinhos

poderia ser maculada. Nossas instituições ficariam sob risco. Até mesmo o equilíbrio entre os Poderes poderia

ser desafiado, por alguém sem a capacidade de julgar racionalmente as consequências de suas ações.

Tenho certeza que os nobres pares terão a sensibilidade necessária para identificar a relevância

do tema e conto com seu apoio.


SÉRGIO VIDIGAL

Deputado Federal – PDT/ES



(Do Sr. Celso Sabino)

Tipifica a conduta de deixar a autoridade pública, sem justa causa, de prestar socorro a animal, ou retardá-lo, em caso de flagrante de crime previsto nesta lei, quando esta tem o dever legal de agir. DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-7199/2010. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário


Art. 1º Esta Lei tipifica a conduta de deixar a autoridade pública, sem justa causa, de prestar

socorro a animal, ou retardá-lo, em caso de flagrante de crime previsto nesta lei, quando esta tem o dever legal

de agir.

Art. 2º A Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, passa a vigorar acrescido do seguinte art.

32-A:

“Art. 32-A. Deixar a autoridade pública, sem justa causa, de prestar socorro a animal, ou

retardá-lo, em caso de flagrante de crime previsto nesta lei, quando esta tem o dever

legal de agir:

Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa.”

Art. 3º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

O presente expediente destina-se a tipificar a conduta de deixar a autoridade pública, sem

justa causa, de prestar socorro a animal, ou retardá-lo, em caso de flagrante de crime previsto nesta lei.

No que tange aos crimes ambientais, é necessário destacar que o grande marco divisor em

relação à matéria ocorreu com a Constituição Federal de 1988. As Cartas Constitucionais anteriores apenas

versavam sobre a competência da União para legislar sobre caça e pesca.

É imperioso consignar que a Constituição Federal preconiza, em seu art. 225, VII, que “todos

têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia

qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as

presentes e futuras gerações”.

Constata-se, portanto, que a visão do legislador é nitidamente antropocêntrica, ou seja, o foco

está no ser humano, e não no meio ambiente em si.

Dessa maneira, foi confeccionada a denominada “Lei dos Crimes Ambientais”, Lei nº 9.605, de

1998, que tem por incumbência constitucional realizar a tipificação dos delitos que maculam o meio ambiente,


relacionando as respectivas sanções penais e administrativas.

Nessa senda, frise-se que é de amplo conhecimento a existência de atos cruéis praticados

contra os animais, o que motivou a intervenção do legislador de forma mais severa.

Assim, entendemos ser fundamental a punição do agente que infringir o presente comando

normativo, haja vista que a omissão ou o retardo de socorro a animal vítima de crime, sem motivação idônea,

consiste em ato odioso que merece censura condizente com o seu grau de reprovabilidade social.

Registre-se que a conduta retro descrita não possui expressa previsão legal na norma penal,

o que pode levar à ausência de responsabilização do respectivo delinquente.

Certo de que a medida ora proposta é indispensável ao enfrentamento e adequada censura

criminal dos infratores da legislação criminal, conto com o apoio dos Ilustres Pares para a aprovação deste

Projeto de Lei.


Deputado CELSO SABINO PSDB/PA




Tipifica a conduta de promover, financiar, organizar ou participar de confronto entre animais de que possa resultar lesão, mutilação ou morte, bem como institui causas de aumento de pena DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-2100/2015. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário


Art. 1º Esta Lei tipifica a conduta de promover, financiar, organizar ou participar de confronto

entre animais de que possa resultar lesão, mutilação ou morte, bem como institui causas de aumento de pena.

Art. 2º A Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, passa a vigorar acrescido do seguinte art.

32-A:

“Art. 32-A. Promover, financiar, organizar ou participar de confronto entre animais de

que possa resultar lesão, mutilação ou morte:

Pena – reclusão, de dois a cinco anos, multa e proibição de guarda de animal.

Parágrafo único. A pena é aumentada de:

I – um sexto a um terço, se ocorre lesão grave ou gravíssima no animal;

II – metade, se ocorre morte do animal.”


JUSTIFICAÇÃO

O presente expediente destina-se a tipificar a conduta de promover, financiar, organizar ou

participar de confronto entre animais de que possa resultar lesão, mutilação ou morte, bem como institui

causas de aumento de pena.
















Ressalte-se que há uma grande polêmica em relação à ocorrência ou não de maus-tratos nas

manifestações populares e culturais, como a briga de galo (“rinhas”).

Alguns sustentam que, por estarem expressamente garantidas pelo art. 215, caput e §1°, da

CF/88, tais práticas são lícitas. No entanto, doutrina e jurisprudência amplamente majoritárias afirmam que tais

condutas configuram práticas criminosas contra os animais.

Em relação à briga de galo, existem diversas leis estaduais e municipais que a permitem e

regulamentam. Entretanto, o STF vem as considerando inconstitucionais, novamente sob o argumento de que

o art. 225, §1°, VII, da Constituição Federal proíbe a crueldade contra os animais e os costumes culturais não

podem suplantar essa determinação.

A propósito, cabe citar julgamento do pleno do STF que declarou inconstitucional a Lei

7.380/98, do Estado do Rio Grande do Norte, que autorizava a criação, a realização de exposições e as

competições entre aves de raças combatentes (fauna não silvestre)1.

Por tais razões, cremos ser imprescindível a punição do agente que promover, financiar,

organizar ou participar de confronto entre animais de que possa resultar lesão, mutilação ou morte, coibindo

assim situações como a que infelizmente foi constatada na cidade de Mairiporã/SP, envolvendo a briga entre

cachorros.

Registre-se que, os odiosos atos acima descritos não possuem expressa previsão legal, o que

pode levar à deturpação da norma existente, de forma a abrandar ou, até mesmo, a deixar de punir o respectivo

delinquente.

Certo de que as medidas ora propostas são indispensáveis ao enfrentamento e adequada

censura criminal dos infratores da legislação criminal, conto com o apoio dos Ilustres Pares para a aprovação

deste Projeto de Lei.

Sala das Sessões, em 05 de Fevereiro de 2020.


1 ADIn 3776/RN, rel. Min. Cezar Peluso, DJU. 29.06.2007, p.22.




Aumenta as penas cominadas ao crime previsto no art. 32 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, institui causas de aumento de pena e tipifica a conduta culposa. DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-7199/2010. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário


Art. 1º Esta Lei aumenta as penas cominadas ao crime previsto no art. 32 da Lei nº 9.605, de

12 de fevereiro de 1998, institui causas de aumento de pena e tipifica a sua modalidade culposa.

Art. 2º O art. 32 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, passa a vigorar com a seguinte

redação:

“Art. 32. ...........................................................................

Pena – reclusão, de dois a cinco anos, multa e proibição de guarda de animal.

§ 1º Incorre nas mesmas penas quem:

I - realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou

científicos, quando existirem recursos alternativos;

II - submete animal a treinamentos, eventos, ações publicitárias, filmagens ou

exposições que causem dor, sofrimento ou dano;

III – força animal a realizar movimentos contrários à sua natureza ou além da sua

capacidade física;

IV – transporta animal em veículo ou em condições inadequadas, ou que coloquem em

risco sua saúde ou integridade física ou em desacordo com determinação legal ou

regulamentar;

V – mantém animal em condições inadequadas, ou que coloquem em risco sua saúde

ou integridade física;

VI – deixa de prover água, alimentação e os cuidados necessários à saúde do animal,

inclusive assistência veterinária, quando necessária.

§ 2º A pena é aumentada de:

I – um sexto a um terço, se ocorre lesão grave ou gravíssima no animal;

II – metade, se ocorre morte do animal.

§ 3º Se o crime é culposo:


Pena - detenção, de seis meses a dois anos.“ (NR)


JUSTIFICAÇÃO

O presente expediente destina-se a aumentar as penas cominadas ao crime previsto no art.

32 da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, institui causas de aumento de pena e tipifica a sua modalidade

culposa.















Registre-se que, dentre os crimes previstos na retrocitada norma, encontra-se, no art. 32, a

conduta de praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou

domesticados, nativos ou exóticos, cuja pena consiste em detenção, de três meses a um ano, e multa.

O art. 32 e o §1° revogaram, tacitamente, o art. 64, caput e §§1° e 2°, da Lei das Contravenções

Penais. Cabe registrar que foi acertada a opção do legislador de tornar crime tais condutas, já que eram

consideradas apenas contravenções penais.

Cumpre salientar que são protegidos por este tipo penal os “animais silvestres, domésticos ou

domesticados, nativos ou exóticos”.

Pretende-se proteger os animais das seguintes condutas: praticar ato de abuso (ex.: submeter

o animal a trabalhos excessivos, exigir um esforço acima de suas forças), maus-tratos (causar sofrimento ao

animal, submetê-lo à privação de alimentos e cuidados ou tratar com violência, por ex.), ferir (lesionar, causar

ferimentos etc) ou mutilar (cortar membros ou partes do corpo do animal).

Desde esse momento, a sociedade passou por um processo de amadurecimento, o que a fez

conferir maior proteção ao ecossistema. É possível verificar, portanto, que tanto a modalidade de sanção


prevista ao delito em comento, quanto o seu montante, passaram a se tornar injustos, na medida em que não

punem adequadamente o infrator, já que foram insuficientes para frear tal ato criminoso, visto que, na

realidade, houve verdadeiro aumento da prática delitiva.

Nessa senda, indispensável também a inclusão de causas de aumento de pena, a fim de

sancionar com a elevação da pena na fração de um sexto a um terço, se ocorre lesão grave ou gravíssima no

animal; e de metade, se ocorre morte do animal.

Por oportuno, efetivamos também a criminalização da modalidade culposa da conduta,

possibilitando a punição do agente que der causa ao resultado nefasto por imprudência, negligência ou

imperícia.

Certo de que as medidas ora propostas são indispensáveis ao enfrentamento e adequada

censura criminal dos infratores da legislação criminal, conto com o apoio dos Ilustres Pares para a aprovação

deste Projeto de Lei.




PROJETO DE LEI N.º 167, DE 2020 (Do Sr. Capitão Alberto Neto)

Acrescenta artigo à Consolidação das Leis do Trabalho, para obrigar as empresas a proporcionar aos seus empregados a participação em curso sobre prevenção e combate ao assédio moral e ao assédio sexual no ambiente de trabalho. DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-2369/2003. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário


Art. 1º A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º

de maio de 1943, passa a vigorar com o acréscimo do seguinte art. 169-A:

“Art. 169-A. As empresas proporcionarão aos seus empregados a participação em curso

sobre prevenção e combate ao assédio moral e ao assédio sexual no ambiente de

trabalho, nos termos do regulamento.”

Art. 2º Esta lei entra em vigor após decorridos 180 (cento e oitenta) dias de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

O assédio moral e o assédio sexual são práticas que ofendem direitos fundamentais

consagrados na Constituição da República Federativa do Brasil, entre eles: a dignidade da pessoa humana, a

integridade, a imagem, a honra, a intimidade e a saúde.

Em razão dos prejuízos psicológicos que essas práticas causam, colocam em grave risco a

saúde de suas vítimas. E, nesse contexto, cabe destacar que o artigo 3, “e”, da Convenção nº 155 da Organização

Internacional do Trabalho (OIT), sobre Segurança e Saúde dos trabalhadores e o Meio Ambiente do Trabalho,

ratificada pelo Brasil, dispõe que “o termo ‘saúde’, com relação ao trabalho, abrange não só a ausência de

afecções ou de doenças, mas também os elementos físicos e mentais que afetam a saúde e estão diretamente

relacionados com a segurança e a higiene no trabalho”.

Por isso consideramos necessário inserir, entre as medidas preventivas de proteção à saúde

do trabalhador previstas na CLT, a obrigatoriedade de providências para prevenção ao assédio moral e ao

assédio sexual no ambiente de trabalho.

Nesse sentido, leis de diversos estados americanos, a exemplo de Illinois e Califórnia, já

obrigam os empregadores a proporcionar cursos de prevenção ao assédio sexual.

Ante o exposto, pedimos o apoio dos Parlamentares para a aprovação da matéria.


Deputado CAPITÃO ALBERTO NETO



(Do Sr. Junio Amaral)

Tipifica a criminalmente a organização, sem autorização da autoridade competente, de festas ao ar livre, como bailes funk, alterando a Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001. DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-876/2015. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário


Art. 1º Esta lei tipifica a criminalmente a organização, sem autorização da autoridade competente, de festas ao ar livre, como bailes funk, alterando a Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001.

Art. 2º A Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001, passa a vigorar acrescida do seguinte artigo:

“Art. 57-A. Organizar a realização de festas ao ar livre, como bailes funk, com o emprego de aparelho sonoro, sem autorização do Poder Público, causando perturbação dos moradores da área ou do trânsito.

Pena - reclusão, de dois a quatro anos, e multa.”


JUSTIFICAÇÃO

A Câmara dos Deputados funciona como a caixa de ressonância dos mais lídimos anseios da população brasileira.

Cumprindo meu papel constitucional, apresento esta proposta de reforma do Estatuto da Cidade, destinada a prever reprimenda criminal para aqueles que organizam festas ao ar livre, como os conhecidos bailes funk, que tanto prejudicam os moradores da respectiva área, e o trânsito, já caótico, em nossas cidades.

Dessa maneira, busca-se preservar o sagrado direito de tranquilidade, titulado pela população ordeira, sem prejuízo de se tutelar um dos aspectos mais caros da agenda política pátria: a mobilidade urbana.

É certo que não se vulnera o constitucionalmente assegurado direito à manifestação cultural (CRFB, art. 215), mas, antes, promove-se necessária atualização normativa, tendente à concordância prática de outros valores constitucionais, que, igualmente, merecem consideração e adequada proteção. A propósito, dispõe o art. 182 da Constituição que a política urbana deve assegurar as funções sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.

Para ilustrar a necessidade da presente proposta, confira-se:

Os moradores da Vila Real, em Várzea Paulista (SP), estão indignados com o barulho e o consumo de drogas e bebidas alcoólicas em festas conhecidas como "pancadões" no bairro.

Segundo um levantamento feito pela prefeitura, os bailes funk atraem até cinco mil pessoas por dia, sendo que 90% são menores de idade, e oito em cada 10 participantes moram em outras cidades.

Os vizinhos contam que os participantes já levam as bebidas para passarem o fim de semana. Os bailes são organizados pela internet e realizados na Avenida Pacaembu. (https://g1.globo.com/sp/sorocaba-jundiai/noticia/moradores-reclamam-de-barulho-e-consumo-de-drogas-em-bailes-funk-de-varzea-paulista.ghtml, consulta em 03/01/2020).

"Às vezes enche o saco. Já que é para fazer barulho, que a comunidade de Copacabana possa participar sem ter que ficar vendo gente armada", sugere a publicitária. "E podiam estipular um horário sensato, até as 2h, por exemplo", reclama.

Independentemente das leis que tratam do funk, ou de qualquer outro movimento cultural, há uma outra que as precede: a lei do silêncio. Qualquer reunião de pessoas


em que haja música ou outro tipo de som, deve seguir suas determinações.

Fim do baile mais cedo

Moradora da rua dos Araújos, na Tijuca, zona norte, a advogada Magda Santos Barison nem mora tão próximo do morro do Salgueiro, onde suas noites insones eram embaladas pelos batidões que vinham dos bailes na comunidade. Ela diz que, mesmo distante, seu apartamento recebe a potência das caixas de som.

"Dá para ouvir, atrapalha o sono. E nem moro tão perto. Sexta e sábado tem baile. Mas, na sexta, dia em que a gente quer dar uma descansada, é mais chato", critica Magda. "Começa depois das 23h e vai até 5h da madrugada. Volta e meia, meu filho de 3 anos acorda por causa do barulho e tenho que ir ao quarto dele. Acho que, já que não tem como fazer isolamento acústico, poderiam terminar mais cedo".

A nutricionista Emília Maria Paes lembra que chegou a conhecer boa parte do repertório dos bailes realizados no morro dos Prazeres, em Santa Teresa, no centro. Às sextas-feiras e sábados era dia de atravessar a noite em claro, tornando-se uma boêmia caseira. Foi um dos motivos de sua mudança para São Paulo, onde encontrou a tranquilidade pretendida ao mudar-se para Santa Teresa. Curiosamente, ela conta que pouco antes da mudança o barulho cessou.

"Eu, que durmo cedo, nesses dias ia deitar lá pelas 6h da manhã", conta a nutricionista. "Era um som muito alto. E, não sei por qual motivo, quando chegava as 2h da madrugada, botavam o funk ainda mais alto. Lembro que o som grave fazia as janelas do meu apartamento tremerem. Acabei casando e me mudei pra São Paulo. Mas, antes de sair de lá, os bailes acabaram. Disseram que aconteceu uma briga entre os organizadores".

A assessoria de imprensa do deputado Marcelo Freixo (PSOL) divulgou que um dos argumentos usados por ele, autor da lei que torna o funk movimento cultural e um dos responsáveis pela revogação da proibição dos bailes com a música, é a de que algumas determinações da agora já existiam anteriormente. A Lei do Silêncio, por exemplo, é de 1977.

Lei que o aposentado André Quaresma Lacerda, morador da rua Bom Pastor, na Tijuca, se diz desrespeitada todos os fins de semana. A casa onde vivem ele e sua mulher fica perto de uma das ruas que dão acesso ao baile promovido no morro do Salgueiro. Ele conta que já perdeu a conta do número de vezes que ligou para a polícia para reclamar do barulho e que não foi atendido.

"Já pensei em me mudar para outro lugar. Quando vim para cá, esse pedaço da Tijuca era muito tranquilo" conta Lacerca. "Agora é essa barulheira todo o fim de semana. Acho que até a minha pressão aumentou por causa desses bailes".

https://www.terra.com.br/noticias/brasil/cidades/rio-sem-restricoes-moradores-sofrem-com-raves-e-bailes-funk,ce8e68f40d94b310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html, consulta em 03/01/2020).

Portanto, pede-se o apoio dos nobres Pares, para a aprovação deste Projeto de Lei.


Deputado JUNIO AMARAL


PROJETO DE LEI N.º 202, DE 2020 (Do Sr. Junio Amaral)

Dispõe sobre isenção do Imposto sobre a Renda para as pessoas físicas que sejam proprietárias de imóvel residencial destruído por desastre natural. DESPACHO: APENSE-SE AO PL-3563/2019. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II


Art. 1º Fica isenta do Imposto sobre a Renda a pessoa física que for proprietária de imóvel

residencial destruído por desastre natural.

Art. 2º A isenção de que trata o art. 1º desta Lei alcança apenas:

I – os rendimentos:

a) recebidos no ano-calendário em que ocorrer o desastre natural; e

b) submetidos à incidência do imposto com base na tabela progressiva; e

II – o imóvel em que resida o proprietário.

Art. 3º O benefício de que trata o art. 1º desta Lei será solicitado diretamente na Declaração

de Ajuste Anual do exercício relativo ao ano-calendário em que ocorrer o desastre natural.


JUSTIFICAÇÃO

O objetivo do presente Projeto é isentar do Imposto sobre a Renda a pessoa física que for

proprietária de imóvel residencial destruído por desastre natural, alcançando apenas os rendimentos sujeitos

à tabela progressiva no ano-calendário em que ocorrer a catástrofe.

Há muito tempo, a população brasileira tem sido vítima de incontáveis desastres naturais.

Segundo o Relatório de danos materiais e prejuízos decorrentes de desastres naturais no Brasil: 1995 – 2014,

publicado, com o apoio do Banco Mundial, pelo Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres da

Universidade Federal de Santa Catarina, entre 1995 a 2014, aproximadamente 2 milhões de habitações

sofreram danos causados por desastres naturais no Brasil. Dentre eles, destacam-se os eventos de Santa

Catarina, em 2008; Pernambuco e Alagoas, em 2010; e Região Serrana do Rio de Janeiro, em 2011; que

marcaram pelo tamanho da tragédia e desespero das pessoas e provocaram prejuízos econômicos estimados

em cerca de R$ 15 bilhões 1.

1 Esses dados podem ser consultados no documento citado, que está disponível no seguinte endereço: < http://www.ceped.ufsc.br/wp-content/uploads/2017/01/111703-WP-CEPEDRelatoriosdeDanoslayout-PUBLIC-PORTUGUESE-ABSTRACT-SENT.pdf>. Acesso em: 4 fev. 2020.


A aprovação das medidas propostas contribuirá para aliviar o sofrimento e reduzir as perdas

materiais de pessoas afetadas por desastres naturais que, depois de uma vida inteira de trabalho e sacrifícios,

passam pelo trauma de verem suas casas destruídas.

Convicto da relevância da matéria, conto com o apoio dos ilustres Pares do Congresso

Nacional para o aperfeiçoamento e a aprovação deste Projeto.


Deputado JUNIO AMARAL



(Do Sr. Subtenente Gonzaga)

Revoga o artigo 468 e parágrafo único, do Decreto-Lei n. 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal. DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-7283/2010. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário


Art. 1º. Esta lei revoga o artigo 468 e parágrafo único, do Decreto-Lei n. 3.689, de 3 de outubro

de 1941 – Código de Processo Penal.

Art. 2º. Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

A atual redação do artigo 468 do Decreto-Lei n. 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal, alterada pela Lei n. 11.689, de 2008, dispõe que:

“Art. 468. À medida que as cédulas forem sendo retiradas da urna, o juiz presidente as lerá, e a defesa e, depois dela, o Ministério Público poderão recusar os jurados sorteados, até 3 (três) cada parte, sem motivar a recusa.

Parágrafo único. O jurado recusado imotivadamente por qualquer das partes será excluído daquela sessão de instrução e julgamento, prosseguindo-se o sorteio para a

composição do Conselho de Sentença com os jurados remanescentes.”

Verifica-se, pelo referido dispositivo legal, a permissão expressa de dispensa, na formação do Conselho de Sentença, de até 3 jurados por cada parte, sem a necessidade de qualquer justificação para tanto.

Como se sabe, a legislação atinente ao Tribunal do Júri permite que a dispensa dos jurados ocorra de duas maneiras.

A recusa motivada baseia-se em circunstâncias legais de impedimento ou suspeição, a teor dos artigos 448 e 449 do Código de Processo Penal. Nessa hipótese, o jurado não pode ser cônjuge ou companheiro, descendente ou ascendente, sogro, genro ou nora, irmão, cunhado, amigo ou inimigo do réu, por exemplo. Ou seja, está apoiada em uma condição legal de objeção.

A recusa imotivada, por sua vez, ainda chamada de peremptória, é entendida como apoiada em sentimentos de ordem pessoal do réu, de seu defensor e do órgão de acusação. Ou seja, sem critérios

específicos, é baseada unicamente na subjetividade das partes e sem qualquer clareza e compreensão a respeito do julgador.

A produção de questionamentos aos prováveis julgadores oportuniza aferir a sua potencial parcialidade, o que viabiliza um julgamento mais confiável, já que se tem conhecimento do perfil do jurado.

Roberto Delmanto Junior, Mestre e Doutor em Direito Processual Penal pela Universidade de São Paulo – USP, advogado criminalista e autor de várias obras, ao escrever o artigo “Jurados Imparciais e Impunidade” na edição do jornal Folha de São Paulo, em fevereiro de 2010, ponderou, de maneira irretocável, que a recusa desmotivada é uma verdadeira incongruência. Veja-se o excerto:


“(...) Deparamo-nos, assim, com o absurdo de as partes terem o direito de recusar até três candidatos a jurado sem explicar o porquê, bem como levantar incompatibilidade, suspeição ou impedimento e, ao mesmo tempo, a proibição de fazer-

lhes uma única indagação. As recusas dão-se às cegas, aleatoriamente, o que é uma contradição, uma insensatez. (...)”

O procedimento que adotamos no Brasil para seleção de jurados não é eficaz, pois a dispensa sem qualquer justificativa, conhecendo apenas o nome, sexo, idade e profissão dos possíveis julgadores, propiciam as partes o desprovimento de elementos que poderiam confirmar eventuais impedimentos, suspeições ou incompatibilidades.

Os jurados, mesmo se tratando de pessoas comuns e que por vezes não detém de preparo técnico-jurídico, escolhidos no seio social, tornam-se juízes de fato e de direito e prestam compromisso juramentado de decidirem o caso posto com imparcialidade e justiça, tendo as mesmas garantias e deveres dos juízes de fato (art. 472, CPP). Portanto, também a eles é aplicável o Princípio da Imparcialidade consagrado pela Constituição Federal, para que seja alcançada justiça em sua mais plena acepção.

Por sua vez, o Brasil é signatário de tratados internacionais que expressamente garantem a todo ser humano, de forma igualitária, julgamento por tribunal independente e imparcial, como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos e Convenção Americana Sobre Direitos Humanos, todos incorporados pela Constituição Federal e possuem equivalência às emendas constitucionais, nos termos do artigo 5º, §3º da CF.

Logo, a isenção e imparcialidade que devem ser inerentes a todo julgador ficam fragilizadas e a dispensa desmotivada dos jurados deixam as partes suscetíveis a prejuízos, o que ocasiona se não observados, a nulidade do processo. Não é crível se admitir um jurado que não foi submetido a uma prévia indagação e não se tem qualquer informação a respeito de sua vida e posição ideológica, por exemplo. Isso influi diretamente no resultado do julgamento e prejudica ambas as partes do processo.

Assim, pelos fundamentos acima, apresentamos este projeto de lei para alterar o Código de Processo Penal, para o qual solicitamos apoio de nossos pares.

Por fim, cumpre-nos ressaltar que essa proposta é oriunda de uma sugestão promovida pelo Sr. Antônio Vigilato, 2º Sargento QPR, do município de Papagaios, Minas Gerais.


SUBTENENTE GONZAGA Deputado Federal



(Do Sr. Bibo Nunes)

Acrescenta parágrafo ao artigo 6º do Decreto-lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942 - Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, e modifica a redação do caput do artigo 283 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal, para prever a possibilidade de execução da pena após a condenação confirmada ou proferida por órgão colegiado. DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-9280/2017. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário


Art. 1º Esta Lei acrescenta parágrafo ao artigo 6º do Decreto-lei nº 4.657, de 4 de setembro

de 1942 – Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, e modifica a redação do caput do artigo 283 do

Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal, para prever a possibilidade de

execução antecipada da pena após a confirmação da sentença penal condenatória por decisão proferida por

órgão judicial colegiado.

Art. 2º O art. 6º do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942 – Lei de Introdução às

normas do Direito Brasileiro, passa a vigorar acrescido do seguinte § 4º:

“Art. 6º ..........................................................................................

......................................................................................................

§ 4º Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e

fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de condenação

transitada em julgado ou confirmada ou proferida por órgão colegiado, bem como no

curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão

preventiva.” (NR)

Art. 3º O caput do artigo 283 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de

Processo Penal, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 283 Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e

fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de condenação

transitada em julgado ou confirmada ou proferida por órgão colegiado, bem como no

curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão

preventiva.

............................................................................................” (NR)



JUSTIFICAÇÃO

O Supremo Tribunal Federal concluiu, no último dia 6 de novembro, o julgamento das ações

declaratórias de constitucionalidade sobre a execução provisória da pena após a condenação em 2º grau.

Foram analisadas as ADCs 43, 44 e 54, do Partido Nacional Ecológico (PEN), do Conselho

Federal da Ordem dos Advogados do Brasil e do PCdoB, respectivamente. O foco da discussão foi a

constitucionalidade do artigo 283 do CPP, que estabelece:

“Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e

fundamentada da autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença

condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou do processo, em

virtude de prisão temporária ou prisão preventiva” (Caput do Art. 283 do Código de

Processo Penal – Decreto Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941).

As mencionadas ações pediam a declaração de constitucionalidade do artigo 283 do Código

de Processo Penal.

Em 2016, o Plenário do STF decidiu que, embora a Constituição Federal diga que “ninguém

será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”, um condenado já

poderá ser preso logo após o trânsito em julgado da decisão de segunda instância.

A jurisprudência fixada em 2016 teve como fundamento, entre outros, o fato de que cabe

apenas às instâncias ordinárias (Varas, Tribunais de Justiça ou Tribunais Regionais Federais) o exame dos fatos

e das provas e, portanto, a fixação da responsabilidade criminal do acusado.

Já em relação aos recursos especiais ao Superior Tribunal de Justiça e nos recursos

extraordinários ao Supremo, a discussão diz respeito apenas a questões legais ou constitucionais.

Assim, desde 2016 até a última decisão do STF de 6 de novembro, o Plenário adotava o

entendimento de que o início da execução da pena condenatória após decisão de segunda instância não viola

o princípio constitucional da presunção de inocência. Além disso, em nada prejudicava a apresentação de

recursos ao STJ e STF.

As consequências da mudança de entendimento recentemente proferida pelo STF serão

nefastas, principalmente para as ações voltadas ao combate da corrupção e demais crimes contra o sistema

financeiro e tributário. Elas terão impacto imediato no afrouxamento da pena para esses crimes.

O que na realidade ocorreu foi um retrocesso em relação todos os avanços alcançados por

meio de diversas operações da Polícia Federal, em parceria com o Ministério Público e Poder Judiciário,

implementadas desde o início da Operação Lava Jato, em março de 2014.

Além disso, pior momento para realizar tal mudança de entendimento não poderia existir:

tanto o Brasil como os demais países da América Latina vivem situações delicadas de suas democracias,

motivadas por uma guerra ideológica que divide opiniões. Ao proferir tal resultado neste momento,

independentemente do mérito técnico-jurídico da questão, o STF cometeu um ato de extrema


irresponsabilidade.

No Congresso Nacional, há em tramitação diversas Propostas de Emenda à Constituição (PEC)

com o objetivo de alterar o inciso LVII do Art. 5º da Constituição Federal, no sentido de permitir a execução

antecipada da pena a partir da condenação em 2º Grau.

No entanto, há entendimentos de que tal alteração poderá ser inconstitucional por se tratar

de cláusula pétrea, o que pode tornar inviável tais iniciativas. De qualquer modo, novos embates jurídicos serão

travados por meio de Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADINs), caso alguma emenda ao texto

constitucional seja promulgada nesse sentido. Se isso acontecer, passaremos a viver um novo período de

insegurança jurídica neste país.

Dessa forma, com o objetivo de solucionar esse impasse jurídico, que afeta a paz social dos

brasileiros, vimos propor, por meio deste projeto de lei, a alteração do artigo 6º do Decreto-lei nº 4.657, de 4

de setembro de 1942 (Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro), bem como do artigo 283 do Decreto-

Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 (Código de Processo Penal), a fim de que a execução da pena já possa

ocorrer a partir confirmação da sentença penal condenatória por meio de decisão proferida por órgão judicial

colegiado.

A execução antecipada da pena é questão fundamental para o combate à corrupção em nosso

país e isso não pode ser mais adiado. Corruptos e demais criminosos não podem mais se utilizar de recursos

infindáveis, com vistas a alcançarem a prescrição de suas ações, como forma de se livrarem do cumprimento

das penas as quais já estão condenados por tribunais de 2ª instância. O povo brasileiro não aguenta mais essa

situação.

Diante do exposto, solicitamos o apoio dos Pares desta Casa para a aprovação da matéria.


Deputado BIBO NUNES


PROJETO DE LEI N.º 206, DE 2020 (Do Sr. Domingos Sávio)

Dispõe sobre a instalação obrigatória de bebedouros em estabelecimentos públicos de grande fluxo de pessoas.

DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-613/2011.

APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário


Art. 1º Ficam obrigados os estabelecimentos públicos de grande fluxo de pessoas, como

aeroportos, rodoviárias e estádios, a instalarem bebedouros de água potável para o público em geral, vedada a

cobrança por seu uso.

Parágrafo único. Os estabelecimentos a que se refere o caput terão prazo de 120 dias após a

publicação desta Lei para instalarem os bebedouros em quantidade mínima de 1 bebedouro para cada grupo

de 100 pessoas, respeitada a lotação máxima do estabelecimento.

Art. 2º Será aplicada multa de 100 salários mínimos vigentes para cada mês de atraso na

entrega das instalações previstas no parágrafo único do Art. 1º desta lei.


JUSTIFICAÇÃO

Todos que frequentamos estabelecimentos como aeroportos, estádios e rodoviárias já enfrentamos a situação de nos surpreendemos ao consumir alimentos em praças de alimentação e verificar que

os preços lá praticados são consideravelmente superiores aos de qualquer outro lugar.

Apesar de estarmos cientes de que os altos valores praticados nesses estabelecimentos tem por justificativa uma ampla gama de fatores, a exemplo dos elevados aluguéis e custo de franquias, causa-nos preocupação a falta de disponibilidade de água potável para os consumidores em valores módicos ou acessíveis. A questão é tanto mais severa para usuários de transporte aéreo, dado que há mais de uma década que não é possível transportar líquidos com capacidade superior a 100ml, através da zona de segurança de aeroportos.

Com o objetivo de apresentar uma solução para esse problema, postulamos que os estabelecimentos públicos de grande fluxo de pessoas, como aeroportos, rodoviárias e estádios, devem ser obrigados a instalar bebedouros de água potável para o público em geral, vedada a cobrança por seu uso.

A instalação deverá ser feita no prazo de 120 dias após a publicação desta Lei e deverá ocorrer em quantidade mínima de 1 bebedouro para cada grupo de 100 pessoas, respeitada a lotação máxima do estabelecimento.

Acreditamos que essa é uma preocupação de saúde pública, e que merece ser endereçada pelo Congresso brasileiro. Cientes da relevância da proposição para o conforto e saúde daqueles que usam e dependem de aeroportos, rodoviárias e estádios, solicito o apoio de meus Pares para que a tramitação desse projeto de lei seja célere e bem sucedida.


Deputado DOMINGOS SÁVIO



(Do Sr. Diego Andrade)

Altera a Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973 (Lei de Registros Públicos), para simplificar o habite-se na averbação de construção residencial urbana finalizada há mais de 5 (cinco) anos em área em processo de regularização. DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE: DESENVOLVIMENTO URBANO; FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (MÉRITO E ART. 54, RICD); E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (MÉRITO E ART. 54, RICD). APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II


O Art. 1º A Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973 (Lei de Registros Públicos), passa a vigorar acrescida

do seguinte Art. 247-B:

“-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Art. 247-B. Será simplificado o processo de obtenção do habite-se no âmbito das prefeituras municipais e Distrito Federal para a averbação de construção residencial urbana unifamiliar com qualquer metragem e número de pavimentos, finalizada há mais de 5 (cinco) anos em área em processo de regularização;

§1º A simplificação do processo a que se refere o caput não dispensa a apresentação das plantas de arquitetura e de visita única de técnico da Prefeitura ao imóvel a ser regularizado;

§2º Será constituída taxa única de regularização contendo em seu cálculo todas as taxas e emolumentos que integram a regularização de imóveis para as construções residenciais urbanas unifamiliares citadas no Art. 247-B, vedada a taxação em função do tempo decorrido desde a construção. “

JUSTIFICATIVA

O habite-se é um documento fundamental para um imóvel que é emitido pelas Prefeituras e tem como

finalidade garantir que a construção cumpriu tudo o que estava previsto no projeto aprovado. Desta forma,

este documento é requerido assim que a obra está finalizada e irá corresponder à garantia de que o imóvel

atende às exigências da legislação municipal e das concessionárias de serviços públicos.

Quando a obra de construção de um imóvel é iniciada, é necessário ter uma licença emitida pela

prefeitura confirmando que o terreno e o projeto atendem todos os requisitos obrigatórios de segurança e

planejamento.

A partir da emissão do documento é possível ter a comprovação de que a construção ou

a reforma realizada obedeceu à legislação da cidade desde o seu licenciamento até o cumprimento das


obrigações discriminadas no seu alvará.

Apesar de exigente, o documento consegue assegurar o zelo à vida dos futuros habitantes de maneira

competente. São inúmeros laudos que levam em conta a engenharia, a arquitetura, o saneamento básico, a

energia elétrica, a água, a telefonia, dentre inúmeros outros critérios, para atestar que a construção está apta

a receber moradores sem nenhum risco.

O habite-se deve ser emitido tanto para imóveis recém-construídos como para aqueles que passaram

por grandes reformas. Isso porque, a sua função é atestar que o prédio está pronto para receber ocupantes. Ao

se mudar para um imóvel que não recebeu a devida autorização da Prefeitura, além de cometer erro, a pessoa

estará sujeita à multa em função do documento não ter sido liberado.

Como esse auto não possui uma padronização em nível nacional, as taxas cobradas à emissão do habite-

se poderão variar de acordo com a Prefeitura e localidade. Além disso, as tarifas podem considerar as

especificidades do solicitante, contabilizando tanto as dimensões e região do imóvel quanto a renda declarada

pelo seu proprietário.

É obrigatório estar munido do Habite-se para a solicitação e liberação de financiamentos imobiliários

bem como averbações de construções no Registro de Imóveis. Esse documento também é necessário para

conseguir a averbação do registro no cartório. Isso possibilita a atualização do imóvel e a sua aplicação

patrimonial de acordo com o valor da propriedade.

A não regularização de um imóvel pode gerar inúmeros problemas a curto e longo prazo tais como:

Frequentes vistorias de órgãos municipais;

Pagamento de multa pelas irregularidades;

Entraves nos processos de venda do imóvel;

Desvalorização do imóvel.

É comum encontrarmos imóveis que estão em desacordo com as normas de construção vigentes no

município ou que possuem algumas pendências em relação a sua situação cadastral principalmente quando

inseridas em áreas irregulares ou em processo de regularização.

Nesse sentido, o procedimento de regularização de imóveis atua com a finalidade de legalizar obras que

não se encontram de acordo com as normas estipuladas nas leis de zoneamento de códigos de obra ou com as

exigências solicitadas pelos órgãos competentes, tais como prefeituras, cartórios de registro de imóveis, dentre

outros.

Com o objetivo de diminuir a quantidade de imóveis em estado irregular nas cidades, e tornar a

regularização imobiliária mais acessível e menos burocratizada é frequente vermos atualizações legais

promovidas por esses órgãos.

Assim, muitas prefeituras têm diminuído a burocratização da regularização ao permitir que seus trâmites

iniciais sejam realizados no próprio site da prefeitura.


Destaca-se que cada município possui uma legislação específica referente a regularização do imóvel,

sendo provável a exigência de diversos documentos complementares ao longo do processo.

O processo de regularização de imóvel pode assim, se tornar mais rápido quando o imóvel possui o

respaldo de documentos como o habite-se ou Auto de Conclusão.

A presença dessa documentação agiliza a obtenção da regularização na prefeitura e em outros órgãos

como a Previdência Social e seu registro no Cartório de Registro de Imóveis.

Manter um imóvel regularizado perante as normas técnicas exigidas pelos órgãos públicos de

engenharia e construção civil torna-se de suma importância tanto para a segurança pessoal do seu proprietário

quanto para o crescimento das cidades. A regularização do imóvel adquire relevância para retirar a edificação

da clandestinidade e permitir que o proprietário possa usufruir dos benefícios que o imóvel pode proporcionar.

Alguns municípios brasileiros a exemplo de São Paulo e Cuiabá aprovaram leis de Regularização de

Imóveis por Anistia, ou seja, perdão concedido de forma oficial pela Prefeitura Municipal à imóveis residenciais

e/ou comerciais que estão em desacordo com as leis de uso e ocupação do solo de uma determinada cidade e

desejam fazer a regularização.

Este tipo de iniciativa é justamente para que se possa ter um cadastro mais organizado e uma cidade

mais justa.

Assim, é necessário possibilitar aos proprietários de imóveis que possuam características construtivas e

infra estruturais seguras e estejam inseridas em áreas em processo de regularização, a oportunidade de

legalização através da simplificação do rito de obtenção do habite-se.

Através dessa inciativa será possível a estes proprietários, ter acesso a financiamentos bancários para

sua reforma ou comercialização.

Espera-se, com isso, fomentar a regularização de milhares de imóveis que estão na ilegalidade e a

promover a geração de receita no âmbito municipal, estadual e federal.

Brasília, em 6 de fevereiro de 2020

Diego Andrade Deputado Federal


PROJETO DE LEI N.º 219, DE 2020 (Do Sr. Charles Fernandes)

CONCEDE ISENÇÃO NAS TARIFAS DO TRANSPORTE COLETIVO NOS DIAS DE ELEIÇÃO DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-1751/2011. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário

Art. 1º - Nos dias em que se realizarem eleições para cargos municipais, estaduais ou federais, assim como plebiscitos ou referendos, o Executivo concederá isenção de tarifa no transporte entre as 06 (seis) horas às 18 horas.

Art. 2º - O Executivo regulamentará esta Lei no prazo de 60 (sessenta) dias contados da data de sua publicação.

Art. 3º - As despesas com a execução desta Lei correrão por conta das dotações orçamentárias próprias, suplementadas, se necessário.

Art. 4º - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

JUSTIFICATIVA

Este projeto de lei vem de encontro com a própria lei eleitoral que já garante que o Poder Público deverá fornecer transporte para os eleitores que votem em colégios eleitorais distantes de suas residências.

A presente proposta abrange esse benefício a todos os eleitores. Além disso, a medida irá contribuirá para o fortalecimento democrático, uma vez que inibirá a nefasta influência do Poder Econômico de alguns candidatos, que costumeiramente fornecem transporte para os eleitores em troca de voto.

Pelo exposto, solicito o apoio dos nobres pares à aprovação da matéria.


Deputado CHARLES FERNANDES



(Do Sr. Roberto Pessoa)

"Dispõe sobre o Programa Empresa Educadora, permitindo a dedução do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica dos valores concedidos por empresas a seus empregados com ingresso, permanência e manutenção destes em instituições de ensino superior e dá outras providencias. " DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-8731/2017. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica instituído o programa Empresa Educadora, destinado a permitir a dedução do

Imposto de Renda da Pessoa Jurídica dos valores concedidos por empresas a seus empregados para ingresso,

permanência e manutenção em instituições de ensino superior.

Art. 2º As empresas participantes do programa Empresa Educadora destinarão recursos a

serem aplicados, em conjunto ou isoladamente, nas seguintes formas:

I – taxa de matrícula e rematrícula;

II – mensalidades;

III – auxílio manutenção de até dois salários mínimos por mês.

Art. 3º - A pessoa jurídica poderá deduzir do Imposto de Renda Pessoa Jurídica até 50%

(cinquenta por cento) do valor correspondente às despesas que comprovadamente realizar com os pagamentos

elencados nos incisos I, II e III do art. 2º desta lei, limitado a 20% (vinte por cento) do imposto devido.

Art. 4º - Em caso de rescisão do contrato de trabalho sem justa causa por qualquer uma das

partes a empresa poderá, sendo de interesse mútuo, manter o pagamento dos valores apontados, observados

todos os demais termos constantes desta lei, até a conclusão do curso frequentado pelo beneficiário.

Art. 5° - Sobre a concessão do benefício não incidirão encargos de qualquer natureza, inclusive

trabalhistas, tanto de parte do empregado quanto pelo empregador.

Art. 6° Em atenção ao disposto no inciso II do art. 14, da Lei Complementar 101, de 04 de maio

de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), fica elevada em um décimo de ponto percentual a alíquota do Imposto

sobre Renda incidente na fonte sobre rendimentos auferidos em aplicações em fundos de investimentos de

renda fixa, somente para as empresas que aderirem ao Programa Empresa Educadora.

Art. 7° A empresa não poderá cessar unilateralmente o pagamento das obrigações assumidas.

§1º - Na hipótese de cessação unilateral do pagamento, conforme dispõe o caput deste artigo,

a empresa aderente ao Programa Empresa Educadora perderá o benefício concedido, sem prejuízo de


restituições ao erário, se cabíveis, e de indenizações cíveis decorrentes dos prejuízos que o aluno beneficiário

vier a sofrer.

§2º - A concessão do benefício pela empresa nos termos desta lei, não será por prazo inferior

ao período base escolar, nem superior ao período máximo de conclusão do curso.

§ 3º Consideram-se responsáveis perante o Fisco, e pela veracidade das informações

prestadas, a pessoa jurídica que participar do programa Empresa Educadora, bem como a pessoa física

beneficiada.

Art. 8° Revoga-se as disposições em contrario.


J U S T I F I C A T I V A

O presente Projeto de Lei institui o “Programa Empresa Educadora”, com a finalidade de

possibilitar a empresas investirem na formação de seus empregados, possibilitando a esses acesso ao ensino

superior, dando efetividade ao preconizado pelo Plano Nacional de Educação e atendendo a demanda do

próprio mercado empresarial por mão-de-obra qualificada.

A proposição é resultante de uma minuta de projeto de lei formulada pela turma de Mestrado

em Administração Pública do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), no Distrito Federal, composta, além

do signatário, pelos alunos Fabíola Böhmer de Souza Ramos, Luciana Yuki Sorrentino, Lena Cavalcante Falcão,

Luiz Carlos A. C. Pereira, Felix Alberto Ciekolski, Getúlio Velasco Moreira Filho, Alexandre Dias de Carvalho, João

Batista de Camargo Júnior, Patrícia Parra e Mariana Carvalho.

Dados indicam que, atualmente, o acesso ao ensino superior alcança o patamar de 35%, não

obstante a existência de vagas ociosas e o potencial de crescimento de oferta de vagas na rede privada; o que

no entanto esbarra na dificuldade de acesso dos estudantes por fatores econômicos, mesmo ante a existência

de programas de financiamento educacional de parte do poder público, uma vez que o ingresso e,

principalmente, a permanência dos estudantes nas instituições de ensino superior não se restringem apenas ao

custeio de mensalidades, mas de outros fatores que lhes são decorrentes, como alimentação, transporte e

aquisição de material escolar, por exemplo.

Considerando tais dificuldades, a saída vislumbrada é o fomento da atuação das empresas na

formação dos empregados, mediante a concessão de incentivos fiscais que permitam a essas patrocinar não

apenas matrículas e mensalidades em instituições de ensino superior, mas também os demais custos inerentes

à formação, como já citado.

De acordo com dados do Censo da Educação Superior relativos ao ano de 2015, divulgados

pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), ente 2010 e 2014 as taxas de

desistências dos cursos superiores passaram de 11,4% para 49%. Ainda de acordo com esse estudo, das 6,1


milhões de novas vagas em instituições públicas e privadas de ensino superior, somente 42,1% estão

preenchidas e 13,5% das vagas remanescentes foram ocupadas.

Estes números revelam uma relação de causalidade entre a precária condição dos estudantes

e o abandono do ensino superior. Em suma, sobram vagas nas instituições de ensino superior e o mercado de

trabalho continua deficitário de profissionais qualificados.

A participação ativa das empresas no Programa Empresa Educadora trará benefícios sociais e

econômicos, uma vez que essas poderão deduzir do Imposto de Renda Pessoa Jurídica até 50% (cinquenta por

cento) do valor correspondente às despesas que comprovadamente realizar com os pagamentos de taxa de

matrícula e rematrícula, mensalidades e de manutenção de até dois salários mínimos por mês destinados a seus

funcionários; benefício sobre o qual não incidirão encargos de qualquer natureza, inclusive trabalhistas, tanto

de parte do empregado quanto pelo empregador.

Tendo em vista que o artigo 14 da Lei Complementar n° 101, de 04 de maio de 2000 (Lei de

Responsabilidade Fiscal), estabelece que a concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza

tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar acompanhada de medidas de compensação, por

meio do aumento de receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de cálculo, majoração

ou criação de tributo ou contribuição; fica estabelecido a elevação em um décimo de ponto percentual a

alíquota do Imposto sobre Renda incidente na fonte sobre rendimentos auferidos em aplicações em fundos de

investimentos de renda fixa, somente para as empresas que aderirem ao Programa Empresa Educadora.

A proposição também estabelece que a empresa não poderá cessar unilateralmente o

pagamento das obrigações assumidas, sob pena de perda do benefício fiscal, ou devolução do benefício já

auferido, bem como o pagamento de indenização ao funcionário; e que nenhum benefício concedido terá

validade inferior ao período base escolar, nem será superior ao período máximo de conclusão do curso.

Finalmente, a proposição também estabelece que são responsáveis perante o Fisco, e pela

veracidade das informações prestadas, a pessoa jurídica que participar do “Programa Empresa Educadora”,

bem como a pessoa física beneficiada.

Ante todo o exposto, e tendo em vista o relevante interesse público envolvido na questão, é

de suma importância a aprovação deste projeto, razão pela qual contamos com o apoio dos nobres pares.


Deputado Federal ROBERTO PESSOA



(Do Sr. Bira do Pindaré)

Altera a redação do art. 27 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências, para estabelecer o período de três contribuições mensais, a partir da nova filiação ao Regime Geral de Previdência Social - RGPS, para que sejam contadas as contribuições anteriores à perda da qualidade de segurado. DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE: TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO; SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA; FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (ART. 54 RICD); E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD). APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II


Art. 1º O parágrafo único do art.27 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar

com a seguinte redação:

“Art.27..................................................................................

.............................................................................................

Parágrafo único. Havendo perda da qualidade de segurado em razão de desemprego involuntário, desde que comprovada essa situação pelo registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho, as contribuições anteriores a essa data só serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir da nova filiação à Previdência Social, com, no mínimo, três contribuições mensais, para efeito da concessão dos benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez e de salário-maternidade.” (NR)


JUSTIFICAÇÃO

A proposição que apresentamos visa atenuar o rigor das modificações introduzidas pela

Medida Provisória nº 739, de 2016, no tocante ao requisito para a contagem de contribuições anteriores à perda

da qualidade de segurado.

Segundo a redação anterior à vigência da citada Medida Provisória, as contribuições

anteriores à perda da qualidade de segurado seriam contadas se, após a nova filiação ao RGPS, o número de

novas contribuições fosse equivalente a um terço do período de carência exigido para o benefício

previdenciário. Assim, tomando-se como exemplo o auxílio-doença, que requer, em algumas hipóteses,

carência de 12 contribuições mensais, eram necessárias 4 contribuições, após nova filiação, para que as

contribuições anteriores fossem contadas. A referida Medida Provisória estabeleceu regra mais prejudicial para


o segurado, pois, com seu advento, passou a ser necessário o cumprimento integral de novo período de carência

após a nova filiação. No exemplo citado do auxílio-doença, em vez de 4, seriam necessárias 12 novas

contribuições. A alteração abrange os benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez e de salário-

maternidade.

Entendemos que é desproporcional exigir que todo o período de carência seja exigido

novamente do segurado, desconsiderando-se as contribuições anteriores vertidas por ele ao fundo do RGPS.

Além disso, essa alteração resultará em diminuição da cobertura previdenciária de trabalhadores que estão

voltando ao mercado de trabalho, sendo esse o público que deve ser objeto de maior proteção por parte do

Estado.

Não desconhecemos a necessidade de aperfeiçoar as regras relativas ao auxílio-doença e à

aposentadoria por invalidez. Nosso posicionamento, no entanto, é que, como primeira medida, isto deve

ocorrer por meio do combate às fraudes e reforço da perícia médica do INSS. Além disso, a substituição de

cumprimento de todo o período de carência após nova filiação ao RGPS para apenas 3 contribuições limita-se

ao trabalhador que perdeu a condição de segurado em razão de desemprego involuntário.

Diante do exposto, contamos com o apoio dos nobres Pares para a aprovação deste Projeto

de Lei.


Deputado BIRA DO PINDARÉ PSB-MA


PROJETO DE LEI N.º 241, DE 2020 (Do Sr. André Fufuca)

Estipula o pagamento de 13º salário aos que recebem o Beneficio de Prestação Continuada - BPC. DESPACHO: APENSE-SE AO PL-6429/2019. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II


Art. 1º A lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, Lei Orgânica da Assistência Social, fica

acrescida do artigo 20-A, com a seguinte redação:

Art. 20-A O benefício de que trata o artigo 20 será pago em dobro no mês de dezembro de cada ano. (NR)

Art. 2º O artigo 3º da lei nº 7.689 de 15 de dezembro de 1998 fica acrescido do inciso I com a seguinte redação:

“Art. 3º ...

I – 20%(vinte por cento) no caso das pessoas jurídicas de seguros privados, das de capitalização e das referidas no inciso I a VII, IX e X do § 1º do art. 1º da Lei Complementar nº 105 de 10 de janeiro de 2001; (NR)”

Art. 3º A receita proveniente da majoração prevista no art. 2º desta Lei será destinada a

previdência social para compensar o pagamento em dobro da parcela de dezembro a que se refere o art. 1º

dessa lei.

Art. 4º. Esta lei entra em vigor no prazo de 90 (noventa) dias à contar da data de sua

publicação.

JUSTIFICAÇÃO

Sensível à dificuldade financeira enfrentada pelos segurados do Beneficio de Prestação

Continuada – BPC e ainda considerando que outros beneficiários de programa de auxilio, como o programa

“Bolsa Família”, já possuem 13º salário, propomos, em atenção ao principio da igualdade, o mesmo acesso ao

benefício.

Convém salientar que para custear essa concessão de gratificação natalina aos que

recebem Beneficio de Prestação Continuada – BPC, estamos sugerindo aumento da contribuição dos bancos

que são um dos setores mais lucrativos no Brasil.

Dessa forma, a fim de reduzir essa desigualdade e reestabelecer a dignidade dessa

população, conto com o apoio dos Nobres Pares para a aprovação desse projeto de Lei.

Eis porque se oferece a presente iniciativa.


Deputado ANDRÉ FUFUCA Progressista / MA



(Do Sr. Kim Kataguiri)

Modifica a Lei 3765 de 04 de maio de 1960 para determinar a transparência no pagamento de pensão militar. DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE: RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL; E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD). APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II


Art. 1º Inclui-se à Lei 3765 de 04 de maio de 1960 o art. 22, que vigerá com a seguinte redação:

Art. 22 – A. O ente pagador deverá promover a transparência plena dos valores pagos aos

beneficiários previstos no art. 7º desta Lei, informando:

I – Nome do Beneficiário

II – Nome do segurado principal

III – Valor pago

IV – Data do pagamento

Parágrafo Único – A obrigação de transparência plena abrange aos beneficiários de pensão

oriundas de direito adquirido em razão da vigência de normas outrora revogadas.


JUSTIFICAÇÃO

A essência da norma, como conceito legal, é apresentar respota celeres e eficazes à sociedade,

atuando em conjunto com os costumes e valores – como fonte do Direito – e observando os princípios

constitucionais.

Notadamente a transparência nos gastos públicos é um princípio/dever regente ao

administrador e à todos os entes públicos. Outrossim, a atualização das normas e sua modernização é medida

eficaz no controle de abusos e conscientização da sociedade.

Salta aos olhos o absurdo de determinadas normas obsoletas e completamente imorais que

infelizmente mantém-se vigentes por força do “direito adquirido” – neste ponto há um destaque especial para

as filhas solteiras e maiores de 21 anos dos beneficiarios, cuja norma garantidora inclusive está revogada, mas

que se perpetua no tempo em razão do citado instituto.

Notadamente o pagamento de valores de pensão à essas pessoas configura um privilégio


absurdo, seja pelos vultosos recebimentos, seja, pelo fato de jamais terem contribuído e ainda assim gozarem

do benefício, como se vê:

Ao menos 52 mil mulheres recebem, atualmente, valores mensais porque não se casaram “no

papel” e porque seus pais, todos civis, trabalharam no governo federal antes de 1990. Nos

dois últimos meses de 2019, essa quantia somou R$ 630 milhões.1

Ocorre que apesar dos absurdos notados, inexiste qualquer norma de transparência que

permita à população tomar conhecimento pleno dos valors pagos e do impacto ao erário oriundo destes

privilégios.

E justamente a ausência desta norma é o subterfúgio utilizado para omitir os gastos

empenhados com os referidos pensionistas, não sendo possível o acesso inclusive pelo Portal daTransparência.

Há que se destacar que apesar de imoral, o pagamento realizado por outros entes possui a

publicidade adequada, sendo que apenas o caso específico dos pensionistas militares busca eximir-se da

obrigação.

Conforme apontado, O Ministério da Defesa insiste que não há “determinação legal específica

que imponha (...) a prestação de informações a respeito dos proventos dos militares inativos e de seus

pensionistas”.2

Pois bem, ante a alegada ausência de norma que imponha a transparência, atrelada a

necessidade de publicidade dos gastos como forma de tutela dos princípios do Direito Administrativo, conclamo

os nobres pares pela aprovação da presente, por ser medida de célere, pura e cristalina, JUSTIÇA!


KIM KATAGUIRI Deputado Federal (DEM-SP)

1 https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,governo-omite-dados-de-pensao-a-filhas-de-militares,70003193061 ultimo acesso em 11/02/2020 2 https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,governo-omite-dados-de-pensao-a-filhas-de-militares,70003193061 último acesso em 11/02/2020 às 12:26.



(Do Sr. Kim Kataguiri)

Altera o rol de exceções à penhora previsto na Lei 8.009 de 29 de março de 1990. DESPACHO: APENSE-SE AO PL-987/2011. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II


Art. 1º Fica revogado o inciso IV, do artigo 3º da Lei 8.009 de 29 de maço de 1990.


JUSTIFICATIVA

A Lei n.º 8009/90 versa especificamente sobre a impenhorabilidade do bem de família, na

forma conceitual prevista em seu art. 1º, a saber:

Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade familiar, é impenhorável e não

responderá por qualquer tipo de dívida civil, comercial, fiscal, previdenciária ou de outra

natureza, contraída pelos cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele

residam, salvo nas hipóteses previstas nesta lei.

Parágrafo único. A impenhorabilidade compreende o imóvel sobre o qual se assentam a

construção, as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os equipamentos,

inclusive os de uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde que quitados.

A impenhorabilidade outorga garantia de manutenção da moradia oponível face à dívidas de

ordem cível contraídas face à terceiros, garantido ao cidadão a certeza de manutenção do bem famíliar.

O artigo 3º do referido Diploma Legal, por sua vez, elenca o rol de excessões à

impenhorabilidade, à saber:

Art. 3º A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução civil, fiscal, previdenciária,

trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido:

I – (Revogado)

II - pelo titular do crédito decorrente do financiamento destinado à construção ou à aquisição

do imóvel, no limite dos créditos e acréscimos constituídos em função do respectivo contrato;

III – pelo credor da pensão alimentícia, resguardados os direitos, sobre o bem, do seu

coproprietário que, com o devedor, integre união estável ou conjugal, observadas as

hipóteses em que ambos responderão pela dívida;


IV - para cobrança de impostos, predial ou territorial, taxas e contribuições devidas em função

do imóvel familiar;

V - para execução de hipoteca sobre o imóvel oferecido como garantia real pelo casal ou pela

entidade familiar;

VI - por ter sido adquirido com produto de crime ou para execução de sentença penal

condenatória a ressarcimento, indenização ou perdimento de bens.

VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação.

O projeto em apreço versa expecíficamente quanto ao texto previsto no artigo IV, que autoriza

a penhorabilidade do bem de família em razão de creditos oriundos de IPTU, taxas e contribuições oriundas do

bem.

Tal disposição por si denota o patente abuso do Estado face o indivíduo, haja vista que a

incoerência mostra-se patente ao considerarmos que dívidas de ordem cível não são passíveis de penhora do

bem de família, mas impostos sim.

Não fosse o bastante, a disposição mostra-se desconexa inclusive com a inteligência do art.

150, IV da Constituição Federal, que veda expressamente a utilização de tributos em forma de confisco.

Oportuno destacar que é completamente inadimissível que o Poder Público se utilize da

norma e do aparato estatal para expropriar através da penhora bem do indivíduo em razão de eventual

inadimplência tributária.

Em razão disto, conclamo os nobres pares pela aprovação da presente, por ser medida de

célere, pura e cristalina, JUSTIÇA!


KIM KATAGUIRI Deputado Federal (DEM-SP)


PROJETO DE LEI N.º 255, DE 2020 (Do Sr. Rubens Otoni)

Insere dispositivo na Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998, que institui normas gerais sobre desporto e dá outras providências, para assegurar a isonomia nas premiações concedidas a homens e mulheres nas competições esportivas em que haja emprego de recursos públicos DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE: DEFESA DOS DIREITOS DA MULHER; ESPORTE E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD). APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II


Art.1º O art. 18-A da Lei n.º 9.615, de 24 de março de 1998, passa a vigorar acrescido de inciso IX com a seguinte redação:

“Art. 18-A .................................................................................

IX – garantam isonomia nos valores pagos a atletas homens e atletas mulheres nas premiações concedidas nas competições que organizarem ou participarem. ........................................................................................(NR)“

Art.2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICATIVA

A Constituição Federal de 1988 estabelece a igualdade de direitos entre homens e mulheres. Em que pese a Carta Magna assegure esta igualdade as mulheres já são a maioria entre os estudantes universitários e estão presentes em todos os setores da sociedade.

Os impressionantes avanços acerca dos direitos das mulheres contrastam com uma trágica situação da severa distinção de sexos entre os praticantes dos mais variados esportes. Salários e premiações apresentam um abismo de diferença enquanto o rendimento, dedicação e produtividade possuem níveis semelhantes e/ou em aproximação.

A distinção é abominável e merece atenção deste parlamento para que atue naquilo que lhe cabe visando diminuir o fosso de diferença entre atletas homens e atletas mulheres. Este projeto de lei objetiva vedar a distinção de premiações em competições organizadas pelas entidades do Sistema Nacional do Desporto em que ocorra o emprego de dinheiro público.

Expõe-se a apreciação dos Nobres Pares a presente propositura legislativa em favor da qual se suplica apoio para aprovação.


Deputado Rubens Otoni

PT/GO



(Do Sr. Rubens Otoni)

Dispõe sobre a gratuidade para a utilização da rede de distribuição na microgeração domiciliar de energia elétrica. DESPACHO: APENSE-SE AO PL-5878/2019. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário


Art.1º. O consumidor que possua em seu domicílio sistema de microgeração de energia elétrica,

poderá aderir à sistema de compensação de energia elétrica.

§1º. O consumidor a que se refere o caput é isento de cobranças referentes à transmissão e

distribuição.

§2º. O sistema a que se refere o caput consiste em central geradora de energia elétrica, instalada

em ambiente domiciliar, com potência instalada menor ou igual a 100 kW e que utilize fontes com base em

energia hidráulica, solar, eólica, biomassa ou cogeração qualificada, conforme regulamentação da ANEEL,

conectada na rede de distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras;

Art. 2º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICATIVA

A busca por fontes de energia sustentáveis e ambientalmente corretas tem norteado a

formulação de políticas públicas relativas ao setor em todo o mundo. É certo que tenhamos um gasto energético

cada vez maior e do mesmo modo indiscutível que urge a substituição de fontes de energia altamente poluentes

e que geram mais danos ao meio ambiente por outras menos nocivas.

Nesta perspectiva o avanço tecnológico aponta que a utilização de fontes energéticas renováveis

(eólica, solar, biomassa, etc.) é o caminho mais adequado. Este raciocínio coloca o Brasil em condições

extremamente privilegiadas à geração de energia haja visto a quantidade abundante das matérias primas

essenciais das energias limpas.

Ainda, a geração das energias limpas que utilizem a força dos ventos, a incidência solar e

materiais orgânicos apresenta outra vantagem competitiva, podem ser feitas seja em larga escala seja em micro

usinas, acessíveis e passíveis de instalação mesmo em ambientes residenciais.

Atenta à esta perspectiva a Agência Nacional de Energia Elétrica, ANEEL, estabeleceu as

condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de

energia elétrica, o sistema de compensação de energia elétrica através a Resolução Normativa nº 482 de 17 de

abril de 2012. Posteriormente a Resolução 482 passou por duas revisões, em 2015 e 2017, que deram origens

às Resoluções 687 e 786.


Têm-se assim que o potencial da contribuição privada domiciliar à geração das energias limpas é

extremamente interessante seja para suprir o próprio consumo, seja para redistribuir o excedente gerado e não

utilizado. Utilizar esse potencial permite que a utilização da energia renovável esteja em constante expansão.

Todavia, a atual legislação é silente quanto a regulamentação da microgeração de energia nos

ambientes domiciliares, deixando a cargo de normatização infralegal a competente regulamentação. Urge

conferir maior segurança jurídica aos micro geradores de energia, conferindo base legal à regulamentação e

ofertando garantias à execução de seus projetos de geração elétrica.

Ademais a aprovação do presente texto legal, com eventuais contribuições que surjam do

legítimo debate e aperfeiçoamento próprios do debate parlamentar, garante a gratuidade na utilização do

sistema de distribuição de energia.

Expõe-se a apreciação dos Nobres Pares a presente propositura legislativa em favor da qual se

suplica apoio para aprovação.


Deputado Rubens Otoni PT/GO


PROJETO DE LEI N.º 264, DE 2020 (Do Sr. Beto Rosado)

Denomina "Viaduto Edmundo Fernandes" o viaduto situado na interseção da rodovia BR-304 com a Avenida Rio Branco, Bairro Santa Delmira, em Mossoró, Rio Grande do Norte - RN. DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE: VIAÇÃO E TRANSPORTES; CULTURA E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD). APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II


Art. 1º Fica denominado “Viaduto Edmundo Fernandes” o viaduto situado na interseção da

rodovia BR-304 com a Avenida Rio Branco, Bairro Santa Delmira, em Mossoró, Rio Grande do Norte.


JUSTIFICAÇÃO

Esta proposição visa homenagear um dos empreendedores que contribuiu para o

desenvolvimento econômico e social de Mossoró, o Sr. Edmundo Fernandes de Castro, nascido em 16 de

novembro de 1934, no Estado do Ceará. Em 1968, ele se mudou para aquela cidade, onde adquiriu inicialmente

um posto de combustíveis, conhecido na época por Posto São Miguel. Nesse município constituiu família e

educou seus quatro filhos.

A dedicação, coragem e abnegação de Edmundo de Castro renderam-lhe grandes amizades e

reconhecimento, que culminaram com o recebimento do título de cidadão mossoroense, outorgado pelo

Vereador Lupércio Luis de Azevedo. Seu trabalho promoveu a produção e o comércio de bens e serviços, com

geração de renda e oportunidades de trabalho, bem como ampliação da infraestrutura e capacidade do

município. Em 19 de setembro de 2000, faleceu em decorrência de grave doença.

Ressaltamos, ainda, que a homenagem ao Sr. Edmundo Fernandes de Castro, tal como

proposta neste projeto de lei, encontra-se apoiada pela Câmara Municipal de Mossoró. De acordo com o Ofício

n.º 293/2019-SL-CMM, de 12 de junho de 2019, enviado a este relator, assinado pela 1ª Secretária, Vereadora

Aline Couto e juntado à tramitação desta iniciativa, a Câmara Municipal aprovou, na 30ª reunião ordinária

daquele ano, o requerimento do Vereador Professor Francisco Carlos que recomendou esta homenagem.


O apoio do município de Mossoró, além de dar legitimidade a esta proposição, cumpre o

requisito da Súmula n.º 1/2013, da Comissão de Cultura, que recomenda aos Deputados Membros e, em

especial, aos Relatores da Comissão de Cultura, que, nos Projetos de Lei de denominação ou redenominação,

acatem apenas os que venham instruídos com uma prova clara de concordância por parte da Assembleia

Legislativa ou Câmara Municipal.

A presente iniciativa é amparada pelo art. 2º da Lei nº 6.682, de 27 de agosto de 1979, que

dispõe sobre a denominação de vias, obras-de-arte e estações terminais no Plano Nacional de Viação – PNV,

cuja disposição é a seguinte:

“Art. 2º Mediante lei especial, e observada a regra estabelecida no artigo anterior, uma

estação terminal, obra-de-arte ou trecho de via poderá ter, supletivamente, a designação de

um fato histórico ou de nome de pessoa falecida que haja prestado relevantes serviços à

Nação ou à Humanidade”. (Grifei)

Como a rodovia BR-304 é uma via federal, integrante da relação descritiva das vias do PNV,

mostra-se adequada a designação supletiva proposta.

Assim, certos da justeza da homenagem que sugerimos, contamos com o valoroso apoio dos

nobres pares no sentido de aprová-la.


BETO ROSADO

Deputado Federal – PP/RN



(Da Sra. Joenia Wapichana)

Altera o art. 28 da Lei 9.394/1996 e estabelece as modalidades de Educação Escolar Indígena, Educação Escolar Quilombola e Educação do Campo na Educação Básica. DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PL-1518/2011. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário


Art. 1º Esta Lei altera a Lei 9.394/1996 que estabelece diretrizes e bases da educação nacional.

Art. 2º A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, passa a vigorar acrescida do art. 28-A:

Art. 28-A A Educação Básica é composta pelas seguintes modalidades de educação, considerando as respectivas diversidades dos povos:

a) Educação Escolar Indígena, a ser ofertada para os estudantes indígenas residentes em territórios indígenas, mesmo que pendentes de regularização fundiária;

b) Educação Escolar Quilombola, a ser ofertada para os estudantes indígenas residentes em comunidades remanescentes de quilombos;

c) Educação do Campo a ser ofertada para os estudantes que vivem em áreas rurais. Art. 3º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

Conforme descrito no artigo 21 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), a educação brasileira é dividida em dois níveis: Educação Básica e Educação Superior e 3 etapas: Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. A organização da Educação Básica se completa com as modalidades que permeiam as etapas e níveis, atendendo as especificidades da idade, como ocorre na Educação de Jovens e Adultos (EJA), as necessidades dos alunos da educação especial, a forma de oferta na Educação à Distância (EAD), a natureza da oferta, que ocorre na educação profissional e a educação específica para as diversidades de públicos.

No entanto, a LDB quando se refere às modalidades não explicita quais seriam todas as modalidades da educação no “Título V Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino”, desta forma, a explicitação dessas modalidades, traz maior garantia em especial ao atendimento educacional dos povos indígenas, quilombolas e

demais povos e comunidades tradicionais que vivem em áreas rurais de todo o país.

Ressalto, contudo, que apesar destas modalidades não serem evidenciadas na LDB, a Lei nº 11.494, de 20 de junho de 2007, com vigência até 31 de dezembro de 2020, que cria o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), nos incisos VI, VIII, XI e XV do art. 10, prevê todas modalidades e etapas. Além disso, é importante destacar que o executivo criou resoluções que normatizam o atendimento destes públicos e disponibiliza recursos educacionais por Programas e Ações específicos.

Aa não clareza destas modalidades na LDB pode fragilizar a política educacional e não garante perenidade aos


direitos dos estudantes indígenas, quilombolas e do campo.

A Educação do Campo garante a oferta da educação respeitando as peculiaridades da vida no campo e de cada

região, com conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses dos estudantes da zona rural, incluindo adequação do calendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáticas e, ainda, adequação à natureza do trabalho na área rural.

A Educação Escolar Indígena ocorre em unidades educacionais localizadas em terras indígenas, mesmo que não finalizadas suas regularizações fundiárias. As escolas indígenas, interculturais, bilíngues, multilíngues possuem realidades singulares, para tanto, precisam funcionar com pedagogias próprias em respeito às especificidades étnico-culturais de cada povo ou comunidade, observados os princípios constitucionais, a base nacional comum e os princípios que orientam a Educação Básica brasileira.

A Educação Escolar Quilombola é desenvolvida em unidades educacionais localizadas em comunidades remanescentes de quilombos, requerendo da mesma forma uma pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada comunidade quilombola, observados os princípios constitucionais, a base nacional comum e os princípios que orientam a Educação Básica brasileira.


JOENIA WAPICHANA (REDE/RR)


INDICAÇÃO N.º 49, DE 2020

(Do Sr. José Ricardo)

Sugere ao Poder Executivo, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional, providências necessárias com o incremento orçamentário para abertura de uma vicinal no município de São Gabriel da Cachoeira- AM. DESPACHO: PUBLIQUE-SE. ENCAMINHE-SE.

Excelentíssimo Senhor Ministro do Desenvolvimento Regional,

A presente proposição legislativa atende a uma solicitação, do eminente Vereador St.

Feliciano Borges Neto, do município de São Gabriel da Cachoeira no estado do Amazonas.

A Indicação objetiva providências necessárias e apoio financeiro para abertura de uma vicinal

contornando as seguintes cachoeiras: Aracu-cachoeira, Jurupari Cachoeira Siuci-cachoeira, Suaçu Cachoeria

Buia-cachoeir, Araçari Cachoeira e Matapi- Cachoeira.

O atendimento a presente indicação em muito contribuirá para o desenvolvimento da

municipalidade de São Gabriel da Cachoeira, com a melhoria da qualidade da vida do povo no que tange,

principalmente, na prestação dos serviços públicos de Infraestrutura.

Cumpre reforçar que a acolhida a esta proposição impactará positivamente serviços públicos

como: Saúde (com o apoio médico, imunização e regaste), Educação (questões de merenda escolar, material

didático e magistério indígena), Economia (escoamento de produtos agrícolas), e Soberania Nacional (poder de

deslocamento fluvial com mais rapidez e proteção).

Ante o exposto é de singular importância, providências necessárias com o incremento

orçamentário para abertura de uma vicinal no município de São Gabriel da Cachoeira- AM, razão pela qual

sugerimos a Vossa Excelência, por importante e urgente, o provimento a presente medida.


José Ricardo Deputado Federal PT/AM



(Do Sr. Capitão Alberto Neto)

Sugere a criação de grupo de trabalho e discussão, envolvendo o setor público e privado, destinado a estudar os efeitos da epidemia de Coronavírus sobre a produção industrial e apresentar propostas factíveis sobre eventual desabastecimento de insumos no âmbito da Zona Franca de Manaus. DESPACHO: PUBLIQUE-SE. ENCAMINHE-SE.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Economia:

Como é de conhecimento público, o surto de Coronavírus, iniciado na China tem-se mostrado

uma epidemia de proporções transfronteiriças. Os efeitos da epidemia são sentidos em diversos aspectos, além

da área de saúde pública, como se observa nos impactos econômicos setoriais, particularmente na produção

industrial.

O mercado chinês é um dos grandes fornecedores de componentes e insumos para a Zona

Franca de Manaus. O Estado do Amazonas importou US$ 10,163 bilhões em 2019, sendo o quinto maior

importador no Brasil. Neste ano, foram US$ 3,791 bilhões de importações provenientes da China, o que

correspondeu a 37,3% do total. Essas importações compreendem diversos insumos industriais, que são

posteriormente elaborados na forma de produtos para serem vendidos no mercado interno ou exportados. Em

especial, o setor eletroeletrônico, no qual se destacam os bens de informática, é responsável por 50% do

faturamento do Polo Industrial de Manaus (PIM).

Em sondagem junto a empresas do PIM e associações de produtos eletroeletrônicos, tivemos

acesso a fortes evidências da ocorrência de desabastecimento de insumos que pode comprometer o mercado

da Zona Franca de Manaus (ZFM) e mesmo o mercado nacional. Há preocupação especialmente com bens

industrializados, como computadores, televisores, celulares, placas de circuitos, entre outros.

O fornecimento de matérias-primas para o setor industrial pode vir a ser comprometido, com

decorrências deletérias sobre a cadeia produtiva não somente da ZFM, mas também de todo o mercado

nacional. Os efeitos multiplicadores do desabastecimento podem vir a ser sentidos, em alguma medida, por

todos os produtos que dependem de bens da indústria eletroetrônica e de outros setores que contenham

insumos importados da China e de outros mercados asiáticos impactados negativamente pela epidemia. A falta

de produtos pode implicar também aumento do nível preços setorialmente e na economia nacional.

Ante o exposto, apresentamos a Indicação junto a este Ministério para que constitua grupo

de trabalho e discussão, envolvendo o setor público e privado, destinado a estudar os efeitos da epidemia de

Coronavírus sobre a produção industrial e apresentar propostas factíveis sobre eventual desabastecimento de

insumos no âmbito da ZFM.

Sala das Sessões, 17 de Fevereiro de 2020.

CAPITÃO ALBERTO NETO Deputado Federal Republicanos/AM


INDICAÇÃO N.º 51, DE 2020 (Do Sr. Capitão Alberto Neto)

Sugere a criação de grupo de trabalho e discussão, envolvendo o setor público e privado, destinado a estudar os efeitos da epidemia de Coronavírus sobre a produção industrial e apresentar propostas factíveis sobre eventual desabastecimento de insumos no âmbito da Zona Franca de Manaus. DESPACHO: PUBLIQUE-SE. ENCAMINHE-SE.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Relações Exteriores:

Como é de conhecimento público, o surto de Coronavírus, iniciado na China tem-se mostrado

uma epidemia de proporções transfronteiriças. Os efeitos da epidemia são sentidos em diversos aspectos, além

da área de saúde pública, como se observa nos impactos econômicos setoriais, particularmente na produção

industrial.

O mercado chinês é um dos grandes fornecedores de componentes e insumos para a Zona

Franca de Manaus. O Estado do Amazonas importou US$ 10,163 bilhões em 2019, sendo o quinto maior

importador no Brasil. Neste ano, foram US$ 3,791 bilhões de importações provenientes da China, o que

correspondeu a 37,3% do total. Essas importações compreendem diversos insumos industriais, que são

posteriormente elaborados na forma de produtos para serem vendidos no mercado interno ou exportados. Em

especial, o setor eletroeletrônico, no qual se destacam os bens de informática, é responsável por 50% do

faturamento do Polo Industrial de Manaus (PIM).

Em sondagem junto a empresas do PIM e associações de produtos eletroeletrônicos, tivemos

acesso a fortes evidências da ocorrência de desabastecimento de insumos que pode comprometer o mercado

da Zona Franca de Manaus (ZFM) e mesmo o mercado nacional. Há preocupação especialmente com bens

industrializados, como computadores, televisores, celulares, placas de circuitos, entre outros.

O fornecimento de matérias-primas para o setor industrial pode vir a ser comprometido, com

decorrências deletérias sobre a cadeia produtiva não somente da ZFM, mas também de todo o mercado

nacional. Os efeitos multiplicadores do desabastecimento podem vir a ser sentidos, em alguma medida, por

todos os produtos que dependem de bens da indústria eletroetrônica e de outros setores que contenham

insumos importados da China e de outros mercados asiáticos impactados negativamente pela epidemia. A falta

de produtos pode implicar também aumento do nível preços setorialmente e na economia nacional.

Ante o exposto, apresentamos a Indicação junto a este Ministério para que constitua grupo

de trabalho e discussão, envolvendo o setor público e privado, destinado a estudar os efeitos da epidemia de

Coronavírus sobre a produção industrial e apresentar propostas factíveis sobre eventual desabastecimento de

insumos no âmbito da ZFM.

Sala das Sessões, 17 de Fevereiro de 2020.

CAPITÃO ALBERTO NETO Deputado Federal Republicanos/AM


INDICAÇÃO N.º 52, DE 2020 (Do Sr. Paulo Eduardo Martins)

Sugere ao Ministério da Infraestrutura que proceda à inclusão de trecho da rodovia entre Campo Mourão e Guarapuava (BR-487) no pacto de concessões do Governo Federal. DESPACHO: PUBLIQUE-SE. ENCAMINHE-SE.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Infraestrutura,

Tendo em vista a importância para a economia do Estado do Paraná como um todo, há

extrema necessidade de ocorrer a inclusão, no pacto de concessões do Governo Federal, do percurso ligando

os municípios paranaenses de Campo Mourão e Guarapuava (BR-487). Trata-se de trecho de aproximadamente

206 quilômetros que beneficia diretamente o trânsito de veículos para as cidades de Campo Mourão, Iretama,

Pitanga, Guarapuava, dentre outras.

O trecho rodoviário em questão apresenta-se em estado lastimável, ocasionando grandes

perdas financeiras para os usuários e, mais grave ainda, acidentes que causam perdas de vidas e ferimentos

graves. Trata-se de uma estrada de pista única com deficiente manutenção o que pode ser vislumbrado pelos

buracos ao longo de todo o trecho. Portanto, diante da situação financeira precária que inviabiliza

investimentos estatais na rodovia, torna-se se suma importância a concretização de concessão para que haja

investimentos pela iniciativa privada.

A estrada em questão é rota utilizada para escoamento de uma grande produção agrícola para

o Porto de Paranaguá, portanto, com movimentação intensa de caminhões. O trânsito de veículos pesados

juntamente com a manutenção deficiente transformam essa rodovia em uma fonte constante de perdas

financeiras e humanas.

Conforme já está amplamente divulgado pela imprensa, o Governo do Estado do Paraná1 já

encaminhou pedido ao Ministério da Infraestrutura para concessão do trecho em questão. Nessa proposição,

explicitamos nosso apoio à iniciativa do Governo Paranaense, assim como levamos ao conhecimento do

Ministério de Infraestrutura os constantes apelos da população da região pela melhoria da BR-487.

Para tanto, afigura-se de grande valia que o Ministério da Infraestrutura proceda com a

máxima celeridade aos estudos necessários para realização da concessão tendo em vista os impactos positivos

que teria para a economia de toda a região abrangida por esse trecho rodoviário. A duplicação da rodovia trata-

se de uma infraestrutura fundamental que diminuirá os riscos de acidentes, além de aumentar eficiência no

transporte da produção agrícola e industrial.

Portanto, ora sugerimos a este Ministério da Infraestrutura que envide os esforços necessários

para que sejam, com brevidade, efetivados os estudos referidos e adotadas e/ou propostas as medidas em

questão.


Deputado PAULO EDUARDO MARTINS

1 https://i44.com.br/noticias/2019/02/20/governo-do-pr-inclui-trecho-de-campo-mourao-a-guarapuava-em-pedido-para-concessao-federal/



(Do Sr. Schiavinato)

Sugere o envio de expediente ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para realizar aporte financeiro e orçamentário para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar - PRONAF - Investimento, do Plano Safra 2019/2020. DESPACHO: PUBLIQUE-SE. ENCAMINHE-SE.

Excelentíssima Senhora Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

O Plano Safra 2019/2020 previu para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF, em todas as suas modalidades, investimentos superiores a 31 bilhões de reais.

Apesar do aumento na previsão de gastos no programa em relação, a safra anterior os recursos aportados foram insuficientes para atender a demanda do setor, que necessita de mais recursos para investimentos.

Ocorre que segundo informação do BNDES, através do AVISO SUP/ADIG Nº 03/2020-BNDES, de 03 de fevereiro de 2020, direcionado as Instituições Financeiras Credenciadas, foram suspensos os investimenos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF Investimento, para aquisição de tratores e implementos associados, colheitadeiras e suas plataformas de corte, assim como máquinas agrícolas autopropelidas para pulverização e adubação, em razão do comprometimento total dos respectivos recursos disponíveis para o Ano Agrícola 2019/2020.

O setor agropecuário nos últimos anos vem sustentando o Brasil em seus indicadores econômicos, razão de não podermos deixar de investir neste tão importante mercado para o desenvolvimento da nossa Nação.

Desse modo, temos a firme convicção de que contaremos com a prestimosa contribuição de Vossa Excelência na gestão para o encaminhamento de proposta de alteração orçamentária para aumentar o aporte financeiro ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF, investimento, junto ao Congresso Nacional.


Schiavinato Deputado Federal – PP/PR



(Do Sr. Vitor Hugo )

Sugere a criação de um Órgão Específico para as Guardas Municipais no âmbito do Ministério da Justiça e Segurança Pública. DESPACHO: PUBLIQUE-SE. ENCAMINHE-SE.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Justiça e Segurança Pública,

As Guardas Municipais, embora não constem no rol de órgãos de segurança pública previstos

nos incisos do caput do art. 144 da Constituição Federal, são integrantes operacionais do Sistema Único de

Segurança Pública (SUSP), de acordo com o disposto no art. 9º, § 2º, inciso VII, da Lei nº 13.675, de 2018.

A atuação desses profissionais em seus entes federativos tem ganhado grande destaque e

notoriedade no combate a violência e garantia da segurança pública local. A título de exemplo, apenas no

estado de Goiás, no ano de 2018, foram feitas 198.335 (cento e noventa e oito mil e trezentos e trinta cinco)

rondas preventivas, 14.335 (quatorze mil e trezentos e trinta e cinco) abordagens às pessoas, no que resultou

em 987 (novecentos e oitenta e sete) pessoas detidas, 69 (sessenta e nove) foragidos recapturados, 152 (cento

e cinquenta e dois) recuperação de veículos furtados, 109 (cento e nove) armas de fogo e 1.193 (mil cento e

noventa e três) kg de drogas ilícitas apreendidas.1

Em São Paulo, um estudo revelou um efeito estatisticamente significativo e expressivo de

redução de até 402 (quatrocentos e dois) roubos e furtos por 100 (cem) mil habitantes. Esse efeito é bastante

expressivo e representa cerca de 30% (trinta por cento) de redução se considerada a taxa média de 2009 de

123.880 (cento e vinte e três mil e oitocentos e oitenta) roubos por 100 (cem) mil habitantes.2

Nota-se, ainda, uma grande acessão dos municípios às guardas municipais. No Brasil, de acordo

com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 71,2% (setenta e um vírgula dois por cento) das

cidades com população entre 100 (cem mil) a 500.000 (quinhentos mil) habitantes, e 47,1% (quarenta e sete

vírgula um por cento) das cidades com população entre 50.000 (cinquenta mil) a 100.000 (cem mil) habitantes,

possuem Guardas Municipais, totalizando mais de 130.000 (cento e trinta mil) agentes em todo o território

nacional.3

1 Disponível em <https://www.goiania.go.gov.br/shtml/guarda/principal.shtml>. Acesso em 28 de janeiro de 2020. 2 Disponível em <http://ppe.ipea.gov.br/index.php/ppe/article/viewFile/1484/1228>. Acesso em 28 de janeiro de 2020. 3 Disponível em


Os impactos positivos resultantes das ações desenvolvidas por estes profissionais nas

localidades em que atuam refletem subsidiariamente na melhoria da segurança pública em âmbito nacional.

Ao reconhecermos a importância e a necessidade de uma maior representatividade dessa

classe no Poder Executivo Federal, bem como a possibilidade de uma aproximação entre os entes federados

com vistas a conferir tratamento à segurança pública em perspectiva nacional, sugerimos, por meio desta

Indicação, a criação de um Órgão Específico para as Guardas Municipais no âmbito do Ministério da Justiça

e Segurança Pública – MJSP.

Na atualidade, as Guardas Municipais possuem representatividade no MJSP por intermédio da

Coordenação-Geral de Políticas Para a Sociedade, órgão da Secretaria Nacional de Segurança Pública –

SENASP.

Nesse contexto, entendemos que a criação desse Órgão trará diversos benefícios para a

Administração Federal como um todo, uma vez que também aumentará o poder de controle e fiscalização

das ações desenvolvidas pelas Guardas Municipais de todo o País. Ademais, importante ressaltarmos que

esses profissionais são os únicos integrantes do SUSP que atuam diretamente na esfera municipal.

Para auxiliar o funcionamento deste Órgão, propomos, ainda, a adoção das seguintes

diretrizes:

a) Cessão de um servidor dos quadros de carreira única de guarda municipal por região brasileira de atuação ao Ministério da Justiça e Segurança Pública;

b) Formular diretrizes de controle e fiscalização para cumprimento da Política Nacional de Segurança Pública no que tange as Guardas Municipais; e

c) Proceder cadastro, controle e fiscalização de todas as Guardas Municipais do território nacional.

Ante o exposto, contamos com a vossa colaboração para que o objeto da presente Indicação

seja atendido e aproveitamos a oportunidade para cumprimentarmos Vossa Excelência pela segura condução

dos nobres destinos do Brasil.


Deputado VITOR HUGO



(Do Sr. Fabio Reis )

Sugere à Controladoria Geral da União a disponibilização e divulgação de uma linha telefônica nacional do tipo Disque Denúncia de combate à corrupção e abusos na utilização da estrutura administrativa das prefeituras no ano eleitoral de 2020. DESPACHO: PUBLIQUE-SE. ENCAMINHE-SE.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Controladoria Geral da República,

Ao cumprimentá-lo cordialmente, aproveitamos a oportunidade para sugerir a Vossa

Excelência a disponibilização e divulgação de uma linha telefônica do tipo Disque Denúncia, de alcance nacional,

para que o cidadão possa ajudar no combate à corrupção, assim como os abusos na utilização da estrutura

administrativa das prefeituras no ano eleitoral de 2020.

Um dos pilares mais importantes da democracia é a igualdade na competição eleitoral, onde

todos e qualquer um tenha o direito igualitário de concorrer a um pleito sob a tutela da lei que garante justiça

equânime quanto à vontade do eleitor na corrida das eleições. Para que isso ocorra, no entanto, há que sempre

se atentar para o desequilíbrio no cenário eleitoral, principalmente quando se trata de eleições municipais.

A necessidade desta atenção mais incisiva num ano eleitoral se deve justamente à presença

de um dos pontos mais questionáveis e temerosos da equanimidade nas eleições que vem do desequilíbrio a

favor dos que vão ao pleito eleitoral inseridos na máquina administrativa dos municípios.

Tem-se tentado ao longo dos anos a solução para tal problema com uma série de medidas

adotadas, principalmente pelo Tribunal Superior Eleitoral, medidas estas que embora tenham surtido algum

efeito positivo, ainda assim carecem muito de uma fiscalização mais estreita.

Embora se esteja consciente da importância e natural prevalência da atuação do Poder

Judiciário, notadamente da Justiça Eleitoral, nestes assuntos, a nossa modesta Indicação é para que a

Controladoria-Geral da União intensifique os mecanismos de combate à corrupção, como lhe é habitual, e

através de sua tão prestimosa Ouvidoria, sob a competente gestão do ministro Wagner Campos do Rosário,

tenha também uma atuação mais efetiva na fiscalização dos municípios, alinhando o já profícuo trabalho ao

processo eleitoral, o que resultará em mais um órgão de acompanhamento em ano de eleições para o vasto

universo de 5.570 municípios que compõem o Brasil.

Este ano, 147,3 milhões de brasileiros estão aptos a elegerem 5.570 prefeitos e 56.810

vereadores. Essas pessoas, em boa parte, serão responsáveis pela vida de mais de 210 milhões de cidadãos que

residem em seus municípios. Nada mais justo que um órgão cuja primeira missão é o combate à corrupção,

esteja mais fortemente inserido também, ainda que indiretamente, no processo eleitoral brasileiro.

Desnecessário dizer que a grande maioria de prefeitos e vereadores realiza um trabalho

árduo e de excelência em prol dos seus conterrâneos. Por isso mesmo surge a necessidade de intensificar os


cuidados na administração pública para que os que compõem a minoria não continuem impunes em seus atos.

Por acreditar que estamos todos em busca do melhor para os cidadãos e cidadãs que nos elegeram para representá-los, entendemos que esta pode ser uma importante medida no sentido de não permitirmos corrupção de qualquer natureza na administração pública, principalmente em ano eleitoral.


FÁBIO REIS

Deputado Federal – MDB/SE


INDICAÇÃO N.º 57, DE 2020 (Do Sr. Fabio Reis )

Sugere ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações a implantação do Programa dos Centros de Tecnologia e Inovação nas regiões Norte e Nordeste. DESPACHO: PUBLIQUE-SE. ENCAMINHE-SE.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações,

Ao cumprimentá-lo cordialmente, aproveitamos a oportunidade para sugerir a Vossa

Excelência a implantação do Programa dos Centros de Tecnologia e Inovação nas regiões Norte e Nordeste do

Brasil.

Um dos assuntos mais debatidos nas últimas décadas tem sido o avanço extraordinário da

tecnologia no planeta. Especialistas afirmam, inclusive, que após a primeira Revolução na indústria, com a

chegada da máquina a vapor, a segunda, com os motores à combustão e energia elétrica no processo industrial,

e a terceira, com a chegada de produtos com características digitais, estamos vivendo a quarta revolução

industrial que traz os avanços na produção comandada pela tecnologia da inteligência artificial.

O que se observa é que o mercado tem se adaptado de forma imediata aos novos tempos,

enquanto o setor público demonstra mais dificuldade na absorção das novas tecnologias e tendências, gerando

um déficit de conhecimento que se apresenta evidentemente no atendimento ainda mais ineficiente ao

cidadão.

Neste cenário já deficiente, o problema se agrava para as regiões Norte e Nordeste, uma vez

que os dados indicam novamente que estas regiões são as que mais necessitam de atenção nessa área.

Em sua edição online publicada em 17 de setembro de 2019, a Revista Exame divulgou o

Raking Connected Smart Cities (Cidades inteligentes e conectadas), que escolhe, entre outros pontos, as cidades

brasileiras com mais desenvolvimento tecnológico, em prol dos seus residentes.

A pesquisa informa que entre as 100 primeiras cidades, há apenas uma do Norte, que é

Palmas, capital do Tocantins, e uma do Nordeste, que é Recife, capital de Pernambuco e mesmo assim só

aparece na 23ª. colocação. O dado impressionante, mas esperado, é que das 100 cidades, 67 estão na região

Sudeste, sendo 47 apenas no estado de São Paulo. Campinas, por exemplo, é a primeira colocada no ranking.

Como parlamentar nordestino, devo salientar que tenho conhecimento da luta dos nossos

governadores com assuntos mais básicos em seus estados, tais como segurança pública, educação, saúde,

desemprego, funcionalismo, enfim, uma série de problemas que necessitam de soluções mais imediatas. Desta

forma, questões também importantes como tecnologia e inovações são relegadas a um segundo plano, o que

acarreta, como vimos, um distanciamento ainda maior dessas regiões em relação ao Sul e Sudeste do país.

A nossa sugestão ao caro ministro Marcos Cesar Pontes, ao qual apelo à sua sensibilidade de cientista, é para

que essa mais nova distorção regional possa ser, senão corrigida, ao menos amenizada com um Programa de


Implantação de Centros de Tecnologia e Inovação nas regiões Norte-Nordeste, que tenham a finalidade de

proporcionar não só aos governos, mas à população um caminho de acesso, ainda que básico, aos novos tempos

da chamada quarta revolução industrial. Ao nosso entender, seria um excelente projeto a ser implementado

pelo Ministério da Ciência, Tecnologia Inovações e Comunicações, que marcará com extrema eficácia a

participação desta nobre Pasta na atuação nessas regiões.

Por acreditar que estamos todos em busca do melhor para os cidadãos e cidadãs que nos

elegeram para representá-los, entendemos que esta pode ser uma importante medida no sentido de contribuir

para colocar as regiões Norte e Nordeste do Brasil no caminho dos avanços tecnológicos da nação.


FÁBIO REIS Deputado Federal – MDB/SE



(Da Sra. Renata Abreu )

Sugere a elevação do valor limite de veículo adquirido por pessoa com deficiência, para fins de isenção do ICMS. DESPACHO: PUBLIQUE-SE. ENCAMINHE-SE.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Economia:

Sugiro a Vossa Excelência que seja proposto perante o Conselho Nacional de Política

Fazendária – Confaz o aumento do valor limite de veículo adquirido por pessoa com deficiência, para fins de

isenção do ICMS, conforme previsto no Convênio ICMS nº 38/2012.

Esse referido convênio concede isenção do ICMS nas saídas de veículos destinados a pessoas

com deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou autistas. Desde 2007, quando foi instituído, o

benefício teve seu limite alterado apenas uma vez, em 2009, para R$ 70.000,00. Desde então, a inflação

acumulada no período, calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), já ultrapassa a

77%.

Ademais, as pessoas com deficiência precisam de veículos especiais, com adaptações

específicas, que facilitem sua locomoção, o que eleva significativamente seu preço de aquisição. Assim, é justo

e necessário que o limite do benefício seja atualizado, permitindo a aquisição de veículos adequados ao uso

pelas pessoas com deficiência, caso contrário a medida não terá seu objetivo atendido.


Deputada RENATA ABREU


INDICAÇÃO N.º 59, DE 2020 (Do Sr. Célio Studart )

Sugere ao Ministro da Economia a revogação da isenção tributária a agrotóxicos prevista no Convênio nº 100/1997 - CONFAZ. DESPACHO: PUBLIQUE-SE. ENCAMINHE-SE.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Economia,

Segundo estudo inédito da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), feito por pesquisadores

da Fiocruz e da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), as políticas de isenções de impostos em

agrotóxicos soma quase R$ 10 bilhões por ano, custo quatro vezes maior que o orçamento do Ministério do

Meio Ambiente em 2020, que foi de R$ 2,7 bilhões.

Previsto inicialmente no Convênio nº 100/97 do Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ e

renovado ao longo dos últimos vinte e dois anos, o incentivo é um desconto de 60% do ICMS para “inseticidas,

fungicidas, formicidas, herbicidas, parasiticidas, germicidas, acaricidas, nematicidas, raticidas, desfolhantes,

dessecantes, espalhantes, adesivos, estimuladores e inibidores de crescimento (reguladores), vacinas, soros e

medicamentos, produzidos para uso na agricultura e na pecuária”.

Tal política representa um incentivo ao uso indiscriminado de agrotóxicos e, em razão disso, de acordo

com dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO, o Brasil é o maior usuário

de pesticidas no mundo.

Em países de climas tropicais, a incidência de aplicação de agrotóxicos acaba sendo maior, em razão da

facilidade de proliferação de pragas nas plantações. E, desde janeiro de 2019 até a presente data, mais de 200

tipos de agrotóxicos foram liberados no Brasil, indo na contramão do que o resto do mundo tem tentado

implementar nas políticas de alimentação e produção de alimentos.

Essa grande quantidade de agrotóxicos agropecuária tem trazido uma série de prejuízos para o

ambiente, “seja pela contaminação das comunidades de seres vivos que o compõem, seja pela sua acumulação

nos segmentos bióticos e abióticos dos ecossistemas (biota, água, ar, solo, sedimentos etc.)”1.

Esses produtos também podem trazer uma série de problemas para as superfícies onde se depositam, sejam essas coberturas vegetais ou solos desnudos. Algumas superfícies podem ficar fragilizadas, marcadas, ou ainda terem a absorção de elementos minerais (principalmente metais) afetada pela ação desses produtos.

É imperioso que o artigo 225 da Carta Magna aduz que todos têm direito ao Meio Ambiente

ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao

Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo.

Um dos efeitos colaterais dos agrotóxicos é a contaminação de espécies que não interferem no processo

1 https://portal.fiocruz.br/sites/portal.fiocruz.br/files/documentos/cap_01_veneno_ou_remedio.pdf


de produção agropecuária, dentre as quais se incluem os seres humanos.

Os pesticidas produzem diversos efeitos nocivos à saúde, um estudo publicado na revista Saúde Pública

revela que para cada US$ 1 gasto com a compra de agrotóxicos no Paraná, são gastos U$$ 1,28 no SUS com

tratamento de intoxicações agudas, que decorrer diretamente e imediatamente da aplicação do veneno. No

entanto, ficaram de os gastos em doenças crônicas, que surgem com o passar do tempo devido à exposição

constante aos pesticidas, como o câncer.2

Pesquisas feitas nos EUA estimam custos com a saúde (problemas agudos e crônicos, incluindo cânceres)

de cerca de 1,3 bilhões de dólares por ano, a preços de 2013.

A literatura especializada aponta que o custo social com agrotóxicos nos EUA aproximou-se de 11,6

bilhões de dólares anuais. No Brasil, os números não devem ser diferentes, pois aqui são consumidos mais

pesticidas e fazemos o uso de substâncias mais perigosas, que são proibidas por lá.

Ou seja, tal medida diverge de toda a política de contenção de gastos e e falas do ministro da Economia,

que prometeu de passar um pente-fino nas renúncias fiscais como forma de reduzir o déficit nas contas do

governo e reduzir as isenções em até 20%.

Portanto, requer-se o apoio de Vossa Excelência, bem como de toda sua equipe, para análise e

implementação desta sugestão.


Dep. Célio Studart PV/CE

2 https://apublica.org/2020/02/bolsa-agrotoxico-empresas-recebem-isencoes-de-impostos-de-r-10-bilhoes-ao-ano/


PROPOSTA DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE N.º 54, DE 2019

(Do Sr. Aureo Ribeiro)

Requer que a Comissão de Defesa do Consumidor realize atos de fiscalização e controle no Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - Inmetro, frente as denúncias de sucateamento do Sistema Inmetro e aumento de gastos com passagens aéreas DESPACHO: À COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Interna nas Comissões

Senhor Presidente,

Nos termos do Art. 100, §1°, combinado com os artigos 60, incisos I a III, e 61 do Regimento

Interno da Câmara dos Deputados (RICD), proponho a Vossa Excelência, ouvido o Plenário desta Comissão,

adote as medidas necessárias para realizar ato de fiscalização e controle no Instituto Nacional de Metrologia,

Qualidade e Tecnologia – Inmetro, frente as denúncias de sucateamento do Sistema Inmetro e aumento de

gastos com passagens aéreas. Visto que o país passa por um momento de corte de gastos e pela importante

função do Inmetro para a boa qualidade dos produtos disponibilizados ao consumidor do Brasil.

JUSTIFICAÇÃO

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) é uma autarquia federal

vinculada à Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, do Ministério da Economia. O

Instituto tem como objetivo fortalecer as empresas nacionais, aumentando sua produtividade por meio da

adoção de mecanismos destinados à melhoria da qualidade e da segurança de produtos e serviços1.

A atuação do Inmetro é de fundamental importância para o consumidor, pois dá à sociedade

brasileira confiança nas medições e nos produtos, através da metrologia e da avaliação de conformidade,

promovendo, assim, a harmonização das relações de consumo e da competitividade do país2. No âmbito, sua

ação se dá por meio dos Institutos de Peso e Medidas estaduais (Ipem), que recebem repasses do União por

meio do Inmetro3.

Entretanto, os cortes orçamentários feitos pelo Governo Federal têm prejudicado a regular

atuação desses institutos, seja em âmbito federal ou estadual. A Portaria n° 424, de 20194, do Ministério da

1 INMETRO. Institucional. 27/06/2019 . Disponível em: <http://www4.inmetro.gov.br/acesso-a-informacao/institucional> Acesso em: 03/12/2019 2 Qual é o papel do INMETRO? Certificação br. Disponível em: <http://www.certificacaobr.com.br/index.php/artigos/5-qual-e-o-papel-do-inmetro>. Acesso em 03/12/2019. 3 INMETRO. Rede de atendimento por instituição. Disponível em: <http://www4.inmetro.gov.br/acesso-a-informacao/institucional/localizacao>. Acesso em 03/12/2019. 4 MINISTÉRIO DA EONOOMIA. Portaria n° 424, de 21 de agosto de 2019. Disponível em: <http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-424-de-21-de-agosto-de-2019-211914320>.


Economia, obriga o Inmetro a reduzir gastos e determina que o novo valor de empenho para determinadas

despesas será de R$ 299.717.603,00. O orçamento da União previa, inicialmente, um aporte de R$ 473

milhões5.

Em entrevista ao Estado de São Paulo, o presidente do Instituto de Peso e Medidas do Paraná –

Ipem/PR, órgão responsável pelas operações do Inmetro no estado, afirmou que teve de demitir 52

funcionários terceirizados em junho de 2019 e que as verbas programadas não garantem atividade até o fim

do ano. Sendo necessária a suspensão de inspeções básicas, como fiscalização de bombas de combustível,

balanças e radares.6

Já o senhor Alexandre Valle, presidente do Ipem/RJ, afirma que, apesar do Inmetro dever cerca

de R$ 6 milhões para o instituto, serão repassados apenas R$ 2 milhões. Com esse montante, seria inviável a

continuação das atividades de fiscalização e pesquisa, pois apenas a folha de pagamento atinge R$1,8

milhões7.

No Estado do Mato Grosso do Sul, a Agência Estadual de Metrologia (AEM/MS) recebeu menos

de 10% do que era previsto para os cinco primeiros meses do ano. Prejudicando a atuação fiscalizatória do

órgão e colocando em risco o trabalho de 20% de seus empregados que são terceirizados ou comissionados.8

Não bastasse a falta de recursos, em meio a este cenário de sucateamento do Sistema Inmetro

registrou-se o maior gasto em passagens aéreas da história do Inmetro. De R$ 56 mil gastos em 2015 para R$

562 mil em 2018. Os destinos são dos mais variados, sendo os mais frequentes Argentina e Paris9.

Questionada, a Sra. Angela Flores Furtado, presidente do Inmetro, respondeu que todas as viagens são

necessárias10.

No que se refere ao sucateamento dos institutos estaduais, o Inmetro declarou que compete a

cada um dos integrantes do Sistema Inmetro alocar os recursos disponíveis da melhor que possa dar

continuidade em suas atividades imperativas e lamentou as reduções de quadro de serviços.

Nesse sentido, percebe-se a relevância de realizar ato de fiscalização e controle no Inmetro, de

modo a evitar que a ingerência dos recursos traga consequências negativas para o consumidor brasileiro. 5 BORGES, André. Sem verba para serviços básicos, Inmetro amplia viagens internacionais. O Estado de S. Paulo, 30/07/2019. Disponível em: <https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,sem-verba-para-servicos-basicos-inmetro-amplia-viagens-internacionais,70002946389>. Acesso em 03/12/2019. 6 BORGES, André. Sem verba para serviços básicos, Inmetro amplia viagens internacionais. O Estado de S. Paulo, 30/07/2019. Disponível em: <https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,sem-verba-para-servicos-basicos-inmetro-amplia-viagens-internacionais,70002946389>. Acesso em 03/12/2019 7 MENDONÇA, Alba Valéria. Ioem-RJ diz que corte no orçamento pode inviabilizar operações e serviços. G1 Rio, 20/11/2019. Disponível em: <https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2019/11/20/ipem-rj-diz-que-corte-no-orcamento-pode-inviabilizar-operacoes-e-servicos.ghtml>. Acesso em 03/12/2019. 8 ROCJA, Leonardo. Verba federal cai a menos de 10% e Inmetro-MS pode parar fiscalizações. Campo Grande NEWS, 18/05/2019. Disponível em: <https://www.campograndenews.com.br/politica/verba-federal-cai-a-menos-de-10-e-inmetro-ms-pode-parar-fiscalizacoes>. Acesso em 03/12/2019. 9 BORGES, André. Sem verba para serviços básicos, Inmetro amplia viagens internacionais. O Estado de S. Paulo, 30/07/2019. Disponível em: <https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,sem-verba-para-servicos-basicos-inmetro-amplia-viagens-internacionais,70002946389>. Acesso em 03/12/2019 10 BORGES, André. Sem verba para serviços básicos, Inmetro amplia viagens internacionais. O Estado de S. Paulo, 30/07/2019. Disponível em: <https://politica.estadao.com.br/noticias/geral,sem-verba-para-servicos-basicos-inmetro-amplia-viagens-internacionais,70002946389>. Acesso em 03/12/2019


Diante do exposto, peço apoio aos integrantes desta comissão para a aprovação deste

Requerimento, a fim de que haja melhor fiscalização, no âmbito desse Colegiado, das irregularidades

ocorridas com os programas de fidelidade hoje existentes no país e seu impacto sobre o consumidor

brasileiro.

Sala da Comissão, 23 de dezembro de 2019.

Deputado AUREO RIBEIRO Solidariedade/RJ


RECURSO N.º 1, DE 2020 (Do Sr. Gilson Marques )

Recorre da decisão que indeferiu o pedido, contido no Requerimento nº 3.279/2019, de desapensação do Projeto de Lei nº 5.932/2019 (apensado ao Projeto de Lei nº 9.280/2017). DESPACHO: PUBLIQUE-SE. SUBMETA-SE AO PLENÁRIO. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário

Senhor Presidente:

Com base no artigo 142, inciso I, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, recorro ao Plenário

da decisão desta Presidência que indeferiu o pedido, contido no Requerimento nº 3.279/2019, de desapensação

do Projeto de Lei nº 5.932/2019 (apensado ao Projeto de Lei nº 9.280/2017).

Registro a tempestividade do recurso, uma vez que a decisão atacada foi tomada no dia 11/02/2020.

JUSTIFICAÇÃO

É notório o desejo da sociedade brasileira por uma Justiça mais célere e eficiente que consiga dar uma resposta, em tempo razoável, às vítimas de crimes. A demora na tramitação dos processos, em especial, pelo elevado número de recursos e demais artifícios utilizados por aqueles a quem interessa procrastinar a tramitação, impede o Estado de fazer Justiça.

A execução provisória da pena após confirmação da condenação do réu em 2ª instância é um anseio de toda a sociedade brasileira e de seus representantes. Digo isso porque a maioria dos parlamentares dessa Casa, mais precisamente, 280 deputados assinaram o apoiamento ao requerimento de tramitação em regime de urgência do PL 5.932/19.

É importante ressaltar que, após o julgamento pelo STF do HC do ex-presidente Lula (2019), que vetou à prisão em segunda instância, o presidente da Corte, Ministro Dias Toffoli, em coletiva e imprensa, deixou bem claro em seu voto que o Parlamento pode alterar o art. 283 do CPP. Nas palavras do Ministro, “o Parlamento tem autonomia de dizer, nesse momento, sobre eventual prisão em razão de condenação”.

Em que pese a louvável iniciativa dos parlamentares dessa Casa em apoiar a PEC 199/19, que dispõe sobre o trânsito em julgado após a 2ª instância, é importante lembrar que a tramitação das propostas de emenda à Constituição tem um prazo de duração mais longo que os Projetos de lei, em especial, em relação àqueles que tramitam em regime de urgência.

Sendo assim, segundo o art. 139, inciso I, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, “antes da distribuição, o Presidente mandará verificar se existe proposição em trâmite que trate de matéria análoga ou conexa; em caso afirmativo, fará a distribuição por dependência, determinando a sua apensação, após ser numerada, aplicando-se à hipótese o que prescreve o parágrafo único do art. 142”.

O art. 142, por sua vez, disciplina que “estando em curso duas ou mais proposições da mesma espécie, que regulem matéria idêntica ou correlata, é lícito promover sua tramitação conjunta, mediante requerimento de qualquer Comissão ou Deputado ao Presidente da Câmara”.

O Projeto de Lei nº 5.932/2019, apesar de ser da mesma espécie da proposição a que se encontra apensado, não trata de matéria idêntica.

Enquanto o Projeto de Lei nº 9.280/17 busca tão somete autorizar a prisão após decisão condenatória


proferida por órgão colegiado, o Projeto de Lei n° 5932/2019 vai além e dispõe sobre a execução provisória da pena, após confirmação da condenação do réu em julgamento por órgão judicial colegiado. Ou seja, dispõe sobre o início da aplicação da pena de prisão antes do trânsito em julgado de uma ação de natureza penal.

A ausência de identicidade ou correlação entre as proposições, portanto, demanda que as matérias sejam discutidas de forma separada.

É dever de Vossa Excelência atender a vontade da maioria dos parlamentares dessa Casa que já sinalizam para a aprovação do referido PL em Plenário considerando o quórum superior a 257 deputados.

Por estas razões, recorremos da decisão do Presidente que indeferiu a desapensação e contamos com o apoio dos nobres Pares para a aprovação deste recurso, a fim de que o PL nº 5.932/2019 seja desapensado do PL nº 9.280/2017.


_________________________________________ Deputado GILSON MARQUES (NOVO/SC)


PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.º 34, DE 2020

(Do Sr. Rodrigo Agostinho)

Susta os efeitos da Portaria nº 91, de 4 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre procedimentos para a realização da atividade de pesca esportiva em unidades de conservação federais administradas pelo ICMBio. DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE: MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL; E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (MÉRITO E ART. 54, RICD) APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário


Art. 1º Ficam sustados, nos termos do art. 49, inciso V, da Constituição Federal, todos os efeitos da Portaria nº 91, de 4 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre procedimentos para a realização da atividade de pesca esportiva em unidades de conservação federais administradas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - ICMBio.

Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

A Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, regulamentou o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, e instituiu o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), visa assegurar a efetividade do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, pois, possibilitou a criação de Unidades de Conservação (UC), que são áreas naturais passíveis de proteção por possuir características especiais. Essas áreas são espaços territoriais, possuidoras de seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, em regime especial de administração, aos quais se aplicam garantias adequadas de proteção da lei.

Neste sentido, destaco que o SNUC objetivamente agrupa as unidades de conservação em dois grupos, de acordo com seus objetivos de manejo e tipos de uso, como: Proteção Integral e Uso Sustentável. As Unidades de Proteção Integral têm como principal objetivo preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, ou seja, aquele que não envolve consumo, coleta ou dano aos recursos naturais: recreação em contato com a natureza, turismo ecológico, pesquisa científica, educação e interpretação ambiental, entre outras. As Unidades de Uso Sustentável, por sua vez, têm como objetivo compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável dos recursos, conciliando a presença humana nas áreas protegidas. Nesse grupo, atividades que envolvem coleta e uso dos recursos naturais são permitidas, desde que praticadas de uma forma a manter constantes os recursos ambientais renováveis e processos ecológicos.

Toda via, o Diário Oficial da União, de 05/02/2020, publicou a Portaria nº 91, de 4 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre procedimentos para a realização da atividade de pesca esportiva em


unidades de conservação federais administradas pelo ICMBio, inclusive, podendo contemplar a realização da pesca esportiva em unidades de conservação de proteção integral quando a atividade ocorrer em território de população tradicional, em área regulada por Termo de Compromisso ou sob dupla afetação.

Atualmente, existem cinco tipos de áreas de proteção integral no Brasil, que abrangem estações ecológicas, reservas biológicas, parques nacionais, monumentos naturais e refúgios de vida silvestre. Isso quer dizer que, os territórios como a Amazônia e o Patanal poderão ser utilizados para o exercício dessas atividades.

Outro aspecto bastante preocupante são os riscos inerentes por parte dos visitantes amadores ou daqueles sem nenhuma experiência ou habilidade com a atividade de pesca esportiva, o que poderá acarreta responsabilidades diversas sobre as respectivas Unidades de Conservação.

O Brasil precisa continuar preservando e protegendo as suas Unidades de Conservação e os seus diversos tipos de biomas existentes em todo o território nacional. Não podemos afrouxar as rédeas, pois, o poder público tem por obrigação defender e proteger o meio ambiente ecologicamente equilibrado, para as presentes e futuras gerações.

Por isso, peço o apoio dos ilustres Pares no acolhimento e aprovação deste projeto de decreto legislativo.


Deputado Rodrigo Agostinho

PSB/SP



(Da Sra. Carla Zambelli)

Susta os efeitos da Resolução n.º 2.265 de 20 de setembro de 2019 do Conselho Federal de Medicina, que dispõe sobre o cuidado específico à pessoa com incongruência de gênero ou transgênero e revoga a Resolução CFM n.º 1955 de 2010. DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PDL-19/2020. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário


Art. 1º Este Decreto susta os efeitos da Resolução nº 2.265 de 09 de janeiro de 2019 do Conselho Federal de Medicina, que dispõe sobre o cuidado específico à pessoa com incongruência de gênero ou transgênero e revoga a Resolução CFM n.º 1955 de 2010.

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data da sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

É competência do Congresso Nacional sustar os atos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da delegação legislativa, nos termos do inciso V do art. 49 da Constituição Federal. Com efeito, é dever desta Casa de Leis preservar sua competência legislativa, sob pena de grave violação ao princípio da separação e da autonomia dos poderes da República.

Percebe-se que conforme disposição da Resolução n.º 2.265 de 20 de setembro de 2019 menores de idade estão potencialmente expostos a um tratamento médico mui invasivo e desnecessário chamado hormonioterapia cruzada, a partir dos dezesseis anos. Nesse sentido diversos estudos demonstram aumentarem tais tratamentos o risco de se desenvolverem diversas doenças, tais como câncer, doenças cardíacas, diabetes, inflamação, danos no fígado, bem como desenvolvimento reduzido da densidade mineral óssea e até esterilidade.

É importante salientar a falta de estudos específicos que analisem os efeitos neurocognitivos destas drogas no desenvolvimento do cérebro de adolescentes. Em nome da cruel “ditadura do politicamente correto”, menores de idade estão a ingerir produtos químicos perigosos, por períodos prolongados.

Fato é que esta temerária Resolução do Conselho Federal de Medicina permite a menores de idade a realização de tratamento hormonal sem que se tenha alcançado capacidade para tanto. Trata-se pois de uma medida ilegal, uma vez que diametralmente contrária ao disposto no Código Civil vigente.

Por estes motivos, não pode continuar vigente uma medida que concomitantemente põe em risco a saúde de menores de idade, ignora a legislação pátria e exorbita do poder regulamentar.

Pedimos assim apoio aos nobres Pares para a aprovação desta matéria. Sala das Sessões, em 11 de fevereiro de 2020.

Deputada Carla Zambelli PSL SP


PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.º 42, DE 2020 (Do Sr. Célio Studart)

Susta a aplicação da Portaria nº 91, de 4 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre procedimentos para a realização da atividade de pesca esportiva em unidades de conservação federais administradas pelo ICMBio. DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PDL-34/2020. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário

Art. 1º Fica sustada a aplicação da Portaria nº 91, de 4 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre

procedimentos para a realização da atividade de pesca esportiva em unidades de conservação federais

administradas pelo ICMBio.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

A criação de Unidades de Conservação está prevista na Lei nº 9.985/00, que regulamenta o art.

225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação

da Natureza – SNUC. Seu art. 7º prevê que “as unidades de conservação integrantes do SNUC dividem-se em

dois grupos, com características específicas, (i) Unidades de Proteção Integral; e (ii) Unidades de Uso

Sustentável”.

As Unidades de Proteção Integral têm por objetivo básico preservar a natureza, sendo admitido

apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, e dentro deste gênero, estão incluídas as categorias estação

ecológica, reserva biológica, parque, monumento natural e refúgio de vida silvestre. Já as Unidades de Uso

Sustentável têm em vista, basicamente, compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de

parcela dos seus recursos naturais1, “as categorias de uso sustentável são: área de relevante interesse

ecológico, floresta nacional, reserva de fauna, reserva de desenvolvimento sustentável, reserva extrativista,

área de proteção ambiental (APA) e reserva particular do patrimônio natural (RPPN)”2.

Visando estimular a exploração comercial das Unidades de Conservação da Natureza, o ICMBio

redigiu a Portaria nº 91, de 04 de fevereiro de 2020, na qual estabelece “normas e procedimentos para a

realização da atividade de pesca esportiva em Unidades de Conservação Federais de Uso Sustentável”3.

1 Sirvinskas, Luís Paulo Manual de direito ambiental / Luís Paulo Sirvinskas. – 16. ed. – São Paulo : Saraiva Educação, 2018. 1. Direito ambiental – Brasil I. Tıtulo. 17-1146 CDU 34:502.7(81), p. 197 2 https://www.mma.gov.br/areas-protegidas/unidades-de-conservacao/o-que-sao.html 3 http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-91-de-4-de-fevereiro-de-2020-241574956


No entanto, logo no art. 1º, § 1º, já há a previsão de realização de pesca esportiva em unidades de

proteção integral, desde que ela ocorra em território de população tradicional.

É evidente que esse mandamento viola frontalmente o art. 7º, I, § 1º, c/c art. 2º, IX, da Lei 9985/00,

que determina que “o objetivo básico das Unidades de Proteção Integral é preservar a natureza, sendo

admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos nesta Lei”,

sendo que o art. 2º, IX, prevê que uso indireto “é aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição

dos recursos naturais”.

Restando demonstrado que, ao criar previsões de exploração de Unidades de Proteção integral, a

portaria vai de encontro ao disposto na Lei 9985/00, além de incentivar outros tipos de atividades não

compatíveis com os objetivos do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC). Assim, o Parlamento

brasileiro não pode ser conivente com este ato, e deve sustar as normas do Poder Executivo que extrapolem

seu poder regulamentar, conforme mandamento constitucional, à luz do disposto no inciso V, do art. 49, da

nossa Carta Magna.

Nesta esteira, respeitosamente, solicito o apoio dos nobres pares no sentido de se aprovar o projeto

de decreto legislativo em apreço.

Sala de sessões, 10 de fevereiro de 2020



PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.º 44, DE 2020 (Da Sra. Jandira Feghali)

Susta os efeitos do Decreto nº 10.235, de 2020, que altera o Decreto nº 4.703, de 21 de maio de 2003, que dispõe sobre o Programa Nacional da Diversidade Biológica - PRONABIO e a Comissão Nacional da Biodiversidade. DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE: MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL; E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (MÉRITO E ART. 54, RICD) APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário

O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1° Com fundamento no inciso V do art. 49 da Constituição Federal, ficam sustados os efeitos do

Decreto nº 10.235, de 2020, que altera o Decreto nº 4.703, de 21 de maio de 2003, que dispõe sobre o Programa Nacional da Diversidade Biológica - PRONABIO e a Comissão Nacional da Biodiversidade.


JUSTIFICAÇÃO

A publicação do Decreto nº 10.235, de 11 de fevereiro de 2020 no Diário Oficial da União (DOU), está inserida no contexto mais amplo de fechamento dos espaços deliberativos e colegiados do governo para a sociedade civil organizada, reduzindo os espaços democráticos de formação de decisão em várias instâncias do governo federal.

O mencionado ato do poder Executivo altera a composição da Comissão Nacional de Biodiversidade. Esta Comissão é órgão consultivo destinado a coordenar, acompanhar e avaliar as ações do Programa Nacional da Diversidade Biológica (PRONABIO).

O Decreto tem por finalidade esvaziar competências e enxugar a participação das comunidades indígenas, de Organizações Não Governamentais, da comunidade acadêmica e de movimentos sociais. Em contraponto, inclui o Ministério da Defesa em sua composição.

Foram removidos, por exemplo, “organizações não-governamentais ambientalistas, indicadas pelo Fórum de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e para o Desenvolvimento”, “movimentos sociais, indicado pelo Fórum de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e para o Desenvolvimento” e “povos indígenas, indicado pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia – COIAB”.

Percebe-se que o objetivo das mudanças implantadas no Decreto contraria os princípios democráticos mais básicos, quais sejam, a participação popular tanto na elaboração de políticas, como na fiscalização dos órgãos públicos.

Entendemos que o Decreto nº 10.235 é mais um cerceamento equivocado da participação da sociedade civil e dos cidadãos brasileiros em órgãos colegiados deliberativos importantes do governo federal. Por essa razão, considerando a importância da Comissão Nacional de Biodiversidade, não podemos tolerar a redução de mais um espaço de participação democrática.

Sala das Sessões, 12de fevereiro de 2020.

Deputada Jandira Feghali Líder da Minoria


PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.º 46, DE 2020 (Do Sr. Mário Heringer)

Susta os efeitos dos §§ 1º e 2º do art. 1º, do §4º do art. 6º, do art. 8º e do §1º do art. 9º da Portaria nº 91, de 4 de fevereiro de 2020, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, que "Dispõe sobre procedimentos para a realização da atividade de pesca esportiva em unidades de conservação federais administradas pelo ICMBio". DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PDL-34/2020. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário


Art. 1º. Este Decreto susta os efeitos dos §§ 1º e 2º do art. 1º, do §4º do art. 6º, do art. 8º e do §1º

do art. 9º da Portaria nº 91, de 4 de fevereiro de 2020, do Instituto Chico Mendes de Conservação da

Biodiversidade.

Art. 2º. Ficam sustados os efeitos dos §§ 1º e 2º do art. 1º, do §4º do art. 6º, do art. 8º e do §1º

do art. 9º da Portaria nº 91, de 4 de fevereiro de 2020, do Instituto Chico Mendes de Conservação da

Biodiversidade, que “Dispõe sobre procedimentos para a realização da atividade de pesca esportiva em

unidades de conservação federais administradas pelo ICMBio”, nos termos do art. 49, inciso V da Constituição

Federal e do art. 109, inciso II do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.

Art. 3º. Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICATIVA

Nos termos da Constituição Federal, art. 49, V:

“Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

...................................................................................................... V - sustar os atos

normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites

de delegação legislativa; .............................................................” (Constituição Federal)

Pronunciamo-nos em favor da revogação do §§ 1º e 2º do art. 1º, do §4º do art. 6º, do art. 8º e do

§1º do art. 9º da Portaria nº 91, de 4 de fevereiro de 2020, do Instituto Chico Mendes de Conservação da

Biodiversidade – ICMBio, por entendermos que os mesmos extrapolam ou contradizem o disposto na Lei nº

8.885, de 18 de julho de 2000, que “Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal,

institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras providências”, na

Constituição Federal e em outras leis federais, conforme demonstrado a seguir.

Dos §§ 1º e 2º do art. 1º


Determina o art. 1º, §§ 1º e 2º da Portaria nº 91, de 4 de fevereiro de 2020, do ICMBio:

“Art. 1º. Estabelecer normas e procedimentos para a realização da atividade de pesca

esportiva em Unidades de Conservação Federais de Uso Sustentável geridas pelo

ICMBio.

§ 1° Esta Portaria também pode contemplar a realização da pesca esportiva em

unidades de conservação de proteção integral quando a atividade ocorrer em

território de população tradicional, em área regulada por Termo de Compromisso ou

sob dupla afetação.

§ 2° Aplica-se às Áreas de Proteção Ambiental o previsto no caput deste artigo apenas

em casos explicitamente previstos em plano de manejo ou ato expedido pela

autoridade máxima do ICMBio (Portaria nº 91, de 2020, ICMBio – grifos nossos).

A Lei nº 9.885, de 18 de julho de 2000, que “Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da

Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá outras

providências”, divide as unidades de conservação integrantes do Sistema Nacional de Unidades de

Conservação da Natureza – SNUC em dois grupos, com características específicas: Unidades de Proteção

Integral e Unidades de Uso Sustentável. Cada grupo de unidade de conservação apresenta objetivos básicos

distintos:

“Art. 7o As unidades de conservação integrantes do SNUC dividem-se em dois grupos,

com características específicas:

I - Unidades de Proteção Integral;

II - Unidades de Uso Sustentável.

§ 1o O objetivo básico das Unidades de Proteção Integral é preservar a natureza,

sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos

casos previstos nesta Lei.

§ 2o O objetivo básico das Unidades de Uso Sustentável é compatibilizar a conservação

da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais” (Lei nº

9.885, de 2000).


Como visto, quis o legislador que, dentre as unidades de conservação do SNUC, houvesse aquelas

de proteção integral, com objetivo límpido de preservar a natureza, com uso indireto dos recursos naturais,

excepcionados, exclusivamente, os casos previstos na própria Lei nº 9.885, de 2000. Não se encontra previsão

legal para que uma Portaria infraministerial regulamente, no âmbito das unidades de proteção integral, uma

atividade esportiva que afeta diretamente o meio ambiente e faz uso direto de recursos naturais. Trata-se de

uma excepcionalidade exótica ao objetivo precípuo dessa classe de unidade de conservação, a qual, por

previsão legal, só poderia ocorrer no bojo da própria Lei. É flagrante, pois, a exorbitância legislativa do §1º do

art. 1º da Portaria nº 91, de 2020, do ICMBio, conforme demonstrado.

Ademais, é válido ressaltar que, ainda que haja normas a serem seguidas pelos visitantes

dedicados à pesca esportiva e seus acompanhantes, o risco ambiental sempre existe, uma vez que essas

normas podem ser desrespeitadas e os pescadores virem a fazer uso de iscas vivas com espécies alóctones ou

exóticas, ou mesmo consumir espécies ameaçadas de extinção.

No tocante ao §2º do mesmo artigo, ele cria a possibilidade de que a autorização para a pesca

esportiva em unidades de conservação da natureza seja feita à margem do plano de manejo de cada unidade

afetada, de forma casuística, por ato administrativo do Presidente do ICMBio. Em outros termos, permite que

casos não admitidos no plano de manejo de determinada unidade de conservação, por questões técnicas de

cunho ambiental, e não contemplados em normas e regulamentos do próprio ICMBio ou do órgão

responsável pela administração da unidade afetada sejam autorizados pelo ICMBio, à revelia, por decisão

meramente pessoal ou política de seu Presidente.

Ao pretender legalizar o casuísmo e o personalismo na Administração Pública, o supracitado

dispositivo afronta, a um só tempo, os princípios da legalidade e do interesse público expressos no caput do

art. 2º da Lei nº 9.784, de 29, de janeiro de 1999 e os princípios da legalidade e da impessoalidade

estabelecidos no caput do art. 37 da Constituição Federal.

Apresentamos in verbis os dispositivos legais e constitucionais diretamente ofendidos pelo §2º do

art. 1º da Portaria em epígrafe:

“Art. 2º. A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da

legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade,

ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.

................................................................” (Lei nº 9.784, de 1999)


“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,

dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de

legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao

seguinte:

...........................................................................” (Constituição Federal)

De outra parte, o dispositivo em epígrafe afronta o disposto na própria Lei nº 9.885, de 2000. Em

seu art. 8º, incisos III, IV e V, a referida Lei condiciona a visitação de parques nacionais, monumentos naturais

e refúgios de vida silvestre – únicas categorias de unidades de conservação integral nas quais são permitidas

visitas – a NORMAS estabelecidas no plano de manejo da respectiva unidade, ou àquelas estabelecidas pelo

órgão responsável pela administração da unidade e antevistas em regulamento. Não há hipótese prevista – e

não poderia haver, dada sua flagrante inconstitucionalidade – para decisões monocráticas e casuísticas da

Presidência do ICMBio, conforme pretende o §2º do art. 1º da Portaria nº 91, de 2020 do órgão.

Do §4º do art. 6º

Outro dispositivo constante da Portaria ora em análise que vimos questionar é o §4º do art. 6º,

que autoriza o consumo do pescado da pesca esportiva in loco, condicionado a previsão dos instrumentos de

planejamento da unidade de conservação ou edital, conforme disposto a seguir:

“Art. 6°. ........................................................................................

.....................................................................................................

§ 4° É permitida a realização da atividade de pesca esportiva com o consumo local do

pescado desde que previsto nos instrumentos de planejamento da unidade de

conservação e em edital, quando aplicável.” (Portaria nº 91, de 2020, ICMBio – grifos

nossos).

Entendemos que o consumo do pescado in loco não pode ser autorizado por Portaria

infraministerial, ainda que com as condicionantes apresentadas, por não haver qualquer sinalização legal para

essa condição, sobretudo nas unidades de proteção integral. Para essas unidades, a Lei é clara em determinar

que o objetivo principal é a preservação da natureza, o que pode ser comprometido pelo fogo utilizado para o

cozimento do pescado e pela própria extração definitiva do peixe.


Há que se apontar, ainda, contradição nos termos da própria Portaria nº 91, de 2020, que, de um

lado, permite o consumo local do pescado extraído por meio da pesca esportiva, e, por outro, define a pesca

esportiva como modalidade de pesque e solte:

“Art. 2º. .........................................................................................

......................................................................................................

IV - pesca esportiva: tipo de pesca amadora, praticada na modalidade pesque e solte,

na qual o pescado é devolvido vivo ao seu habitat;

...........................................................................” (Portaria nº 91, de 2020, ICMBio –

grifos nossos).

Se a Portaria nº 91, de 2020, define a pesca esportiva como aquela em que o pescado é devolvido

vivo ao seu habitat, como ela própria pode pretender autorizar o consumo local do pescado decorrente desse

tipo de pesca? É notória a ausência de fundamento legal para o tipo de autorização pretendido no §4º do art.

6º da Portaria em questão.

Do art. 8º

O art. 8º da Portaria nº 91, de 2020, estabelece:

“Art. 8°. Os serviços de apoio à pesca esportiva em unidade de conservação federal

poderão ser prestados pelos seguintes tipos de pessoas físicas ou jurídicas:

I - beneficiários ou comunitários individualmente ou em grupos não formalizados;

II - organizações legalmente constituída por beneficiários ou comunitários das

Unidades de Conservação ou abrangidos por Termo de Compromisso;

III - entidade privada com fins Lucrativos.” (Portaria nº 91, de 2020, ICMBio – grifos

nossos).

Olvidou-se o art. 8º da Portaria nº 91, de 2020, de considerar as entidades privadas sem fins

lucrativos como entidades aptas para a prestação do serviço de apoio à pesca esportiva em unidades de

conservação federais. Exceção a esse esquecimento são as entidades previstas nos incisos I e II, para as quais

são apresentadas exigências não impostas às entidades constantes do inciso III.


A nosso ver, o olvido de que tratamos representa um nítido favorecimento das entidades privadas

com fins lucrativos (empresas) sobre as organizações da sociedade civil sem fins lucrativos, tais como as

organizações não governamentais (ONGs), por exemplo.

Ainda que haja rusgas públicas entre o atual governo e as ONGs – as quais podem ser atestadas

em inúmeras declarações públicas do próprio Presidente da República –, não deve a administração pública

proceder à exclusão intencional e imotivada desse tipo de entidade privada por meio de instrumento

normativo infralegal e infraconstitucional. Se as entidades privadas com fins lucrativos são admitidas, o que

justifica a exclusão das entidades privadas sem fins lucrativos?

Como leciona Nascimento1:

“Já a legalidade, inserida no artigo 37, caput, do texto constitucional, é dirigida exclusivamente ao

agente público quando investido de poderes para administrar a res pública. Destarte, esta

legalidade é denominada pela doutrina de stricto sensu, ou legalidade restrita, pois a vontade da

Administração Pública é a que decorre da lei (DI PIETRO, 2012, p. 64). Desse modo, um decreto

regulamentar não poderá criar obrigações ou direitos aos administrados (não pode inovar na

ordem jurídica) se não estiverem previstos em lei. (...) Aliás, nem mesmo a lei é livre para criar

[certos] requisitos legais (...), pois sempre deverão ser respeitadas a isonomia, a razoabilidade e a

impessoalidade. (...) é vedado à própria lei o estabelecimento de exigências desnecessárias,

desarrazoadas, desproporcionalmente restritivas ou puramente discriminatórias” (grifos nossos).

Se a Portaria nº 91, de 2020, admite que empresas privadas prestem serviços de apoio à pesca

esportiva, sem que delas sejam exigidos quaisquer contrapartida ou pré-requisitos, tais como os apresentados

às entidades descritas nos incisos I e II do art. 8º, é mister, para que sejam respeitados os princípios

constitucionais da isonomia, da razoabilidade e da impessoalidade, que organizações não governamentais e

outras entidades privadas sem fins lucrativos sejam igualmente admitidas para o mesmo fim, sob pena de se

tratar de uma restrição desproporcional, injustificada e puramente discriminatória.

Do §1º do art. 9º

O art. 9º da Portaria nº 91, de 2020, estabelece:

“Art. 9°. Nas unidades de conservação federais de uso sustentável de domínio público

com populações tradicionais das categorias Reservas Extrativistas, Reservas de

1 NASCIMENTO, L. F. D. S. “Breves considerações acerca da isonomia em concursos públicos”. In: https://jus.com.br/artigos/57029/breves-consideracoes-acerca-da-isonomia-em-concursos-publicos, consultado em 09 de setembro de 2019.


Desenvolvimento Sustentável e Florestas Nacionais, os serviços de apoio à pesca

esportiva deverão ser prestados preferencialmente por organizações representativas

das comunidades locais ou por beneficiários da unidade de conservação.

§ 1° Se enquadram, ainda, no disposto no caput, as áreas abrangidas por termos de

compromisso e as sobrepostas com terras indígenas ou territórios quilombolas.

..............................................................................” (Portaria nº 91, de 2020, ICMBio –

grifos nossos).

O artigo supracitado, via norma infralegal e infraconstitucional, autoriza a exploração de recursos

naturais em unidades de conservação que abarcam territórios protegidos pela Constituição. Essa exploração

se dá inclusive com fins comerciais, pela presença de empresas de apoio à pesca esportiva.

Conforme demonstrado a seguir, a Constituição Federal é inequívoca em reservar exclusivamente

aos índios a exploração dos recursos naturais nas terras por eles tradicionalmente ocupadas e em conferir

nulidade e extinção imediata aos atos que tenham por objeto a exploração das riquezas naturais de rios e

lagos existentes em terras indígenas, salvo em caso de relevante interesse público da União e, ainda assim, na

forma de uma lei complementar, jamais de uma Portaria infraministerial:

“Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas,

crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente

ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus

bens.

§ 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em

caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à

preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a

sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.

§ 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse

permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos

lagos nelas existentes.

......................................................................................................

§ 6º São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por

objeto a ocupação, o domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a


exploração das riquezas naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes,

ressalvado relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei

complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a indenização ou a ações

contra a União, salvo, na forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação

de boa fé.

.........................................................” (Constituição Federal – grifos nossos).

De outra parte, o Estatuto do Índio determina que a União, assim como os Estados e Municípios,

reconheçam o direito ao usufruto exclusivo das riquezas naturais e de todas as utilidades existentes nas

terras indígenas:

“Art. 2° Cumpre à União, aos Estados e aos Municípios, bem como aos órgãos das

respectivas administrações indiretas, nos limites de sua competência, para a proteção

das comunidades indígenas e a preservação dos seus direitos:

IX - garantir aos índios e comunidades indígenas, nos termos da Constituição, a posse

permanente das terras que habitam, reconhecendo-lhes o direito ao usufruto

exclusivo das riquezas naturais e de todas as utilidades naquelas terras existentes;

.....................................................................” (Lei nº 6.001, de 19 de dezembro de

1973).

Ao autorizar a realização de pesca esportiva em terras indígenas, em flagrante contraposição às

determinações constitucionais e legais, o art. 9º, §1º da Portaria nº 91, de 2020, resulta nulo de efeitos

jurídicos, devendo, pois, ser imediatamente sustado.

Pelo exposto, por imputarmos inconstitucional e/ou injurídicos os §§ 1º e 2º do art. 1º, o §4º do

art. 6º, o art. 8º e o §1º do art. 9º da Portaria nº 91, de 4 de fevereiro de 2020, do Instituto Chico Mendes de

Conservação da Biodiversidade, e tendo por base o disposto no art. 49, inciso V da Constituição Federal, e no

art. 109, inciso II, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, apresentamos o presente projeto de

decreto legislativo, ao qual pedimos o apoio dos colegas para aprovação.


Deputado MÁRIO HERINGER PDT/MG



(Do Sr. Vitor Hugo)

Susta os efeitos da Resolução nº 2.265, de 20 de setembro de 2019, do Conselho Federal de Medicina, que dispõe sobre "o cuidado específico à pessoa com incongruência de gênero ou transgênero e revoga a Resolução CFM nº 1.955/2010". DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PDL-19/2020. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário


Art. 1º Este Decreto Legislativo revoga os efeitos da Resolução nº 2.265, de 20 de setembro de 2019, do Conselho Federal de Medicina, que dispõe sobre “o cuidado específico à pessoa com incongruência de gênero ou transgênero e revoga a Resolução CFM nº 1.955/2010”.

Art. 2º Fica sustada, em todos os seus efeitos e para todos os fins, a Resolução nº 2.265, de 20 de setembro de 2019, do Conselho Federal de Medicina, que dispõe sobre “o cuidado específico à pessoa com incongruência de gênero ou transgênero e revoga a Resolução CFM nº 1.955/2010”.


JUSTIFICAÇÃO

A Resolução nº 2.265, de 20 de setembro de 2019, do Conselho Federal de Medicina, dispõe sobre “o cuidado específico à pessoa com incongruência de gênero ou transgênero e revoga a Resolução CFM nº 1.955/2010”. No seu inteiro teor, podemos perceber que o principal objetivo traçado por esta normativa é a afirmação de gênero, “procedimento terapêutico multidisciplinar para a pessoa que necessita adequar seu corpo à sua identidade de gênero por meio de hormonioterapia e/ou cirurgias”.1

A Resolução determina que a assistência médica destinada a promover atenção integral e especializada ao transgênero deve incluir o acolhimento, o acompanhamento e os procedimentos clínicos, cirúrgicos e pós-cirúrgicos. Nesse sentido, destacamos alguns dos tratamentos previstos pela citada norma, quais sejam, o procedimento de bloqueio puberal e a hormonioterapia cruzada.

Conforme descrito na Resolução, o bloqueio puberal consiste na interrupção da produção de hormônios sexuais, impedindo o desenvolvimento de caracteres sexuais secundários do sexo biológico pelo uso de análogos de hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH).Já a hormonioterapia cruzada é a reposição hormonal na qual os hormônios sexuais e outras medicações são administradas ao transgênero para feminizar ou masculinizar, de acordo com sua identidade de gênero.

Nesse sentido, em relação à Resolução nº 1.955, de 2010, norma que anteriormente regulamentava o tema em análise, o texto atual trouxe inovações que chamam bastante a atenção. Conforme depreende de uma análise comparativa dos dois textos, podemos perceber que a atual norma alterações para a realização dos procedimentos acima citados. A exemplo disso, temos a possibilidade de intervenção cirúrgica em indivíduos de 18 (dezoito) anos de idade e a permissão para “tratamentos” hormonais por jovens de 16 (dezesseis) anos.

1 Disponível em <http://www.in.gov.br/web/dou/-/resolucao-n-2.265-de-20-de-setembro-de-2019-237203294>. Acesso em 12 de fevereiro de 2020.


A título de esclarecimento, a norma anterior previa que os procedimentos cirúrgicos apenas poderiam ser realizados em pacientes com 21 (vinte e um anos), desde que com acompanhamento prévio de, no mínimo, 2 (dois) anos. Quanto aos tratamentos hormonais, anteriormente era previsto apenas como procedimentos complementares, porém, também com a exigência da mesma idade mínima exigida para os casos cirúrgicos.

Podemos perceber, dessa forma, que a norma atual tornou os requisitos para essas intervenções médicas mais brandos. Somado a isto, temos uma clara evidência de uma afronta a nossa legislação cível. Em contraponto ao requisito da idade mínima para intervenção hormonal prevista na Resolução nº 2265, de 2019, a Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) estabelece que são incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer, os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. Vejamos:

“Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; II - os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido; III - os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) IV - os pródigos. Parágrafo único. A capacidade dos índios será regulada por legislação especial. Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.” 2

Tal previsão, dessa forma, provoca certos questionamentos. O que justifica um adolescente de 16 (dezesseis) anos não pode ser imputado criminalmente e ao mesmo tempo poder decidir passar por um tratamento de caráter irreversível?! Nesse sentido, chamamos a atenção para o fato de que o principal argumento dos críticos a redução da maioridade penal é justamente a falta de discernimento dos atos provocados por um adolescente dessa faixa etária.

Dessa forma, ainda que fosse superado o óbice relativo a idade exigida para determinado procedimento, causa estranheza, ainda, a ausência de estudos que afastem a possibilidade de riscos a saúde do adolescente. É reconhecido que a norma prevê um acompanhamento médico como requisito para a citada intervenção hormonal, porém, quais são os riscos que o adolescente se sujeitará ao aceitar passar por essa intervenção.

Diante do exposto, por acreditar que a Reconto com o apoio dos nobres Parlamentares desta Casa para a aprovação deste Projeto de Lei.


VITOR HUGO Deputado Federal

PSL/GO

2 Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm>. Acesso em 12 de fevereiro de 2020.


PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.º 48, DE 2020 (Do Sr. Célio Studart)

Susta a aplicação do artigo 4º do Decreto 10.239, de 12 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre o Conselho Nacional da Amazônia Legal. DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE: INTEGRAÇÃO NACIONAL, DESENVOLVIMENTO REGIONAL E DA AMAZÔNIA; MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL; E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (MÉRITO E ART. 54, RICD) APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário

Art. 1º Fica sustada a aplicação do artigo 4º do Decreto 10.239, de 12 de fevereiro de 2020, que dispõe

sobre o Conselho Nacional da Amazônia Legal.


JUSTIFICAÇÃO

Órgão integrante do Ministério do Meio Ambiente, o Conselho Nacional da Amazônia Legal foi,

inicialmente, regulamentado por meio do Decreto nº 964/93 e posteriormente modificado pelo Decreto

1541/95.

Em ambas as oportunidades, o respeito a participação dos diretamente envolvidos, ou seja, os

governos estaduais, foi devidamente respeitada, em função da importância do bioma amazônico, não

somente para todo o País, como para todo o Planeta, em função dos relevantes serviços ambientais prestados

pela Amazônia, na forma da garantia da disponibilidade dos recursos hídricos e como estratégia para o

enfrentamento ao aquecimento global.

Não é demais lembrar que, tanto o aumento recorde dos índices de desmatamento como dos índices

de queimadas na região, contribuíram, de forma significativa, para o aumento das emissões dos gases do

efeito estufa do Brasil, com repercussões negativas para todos nós.

Na edição do Diário Oficial do dia 12 de fevereiro de 2020, foi publicado o Decreto 10.239 que

transferiu o Conselho do Ministério do Meio Ambiente para a Vice-Presidência da República. Conforme

preveem os incisos do art. 3º do Decreto, o Conselho será responsável por “coordenar e integrar as ações

governamentais relacionadas à Amazônia Legal” e tem por finalidade fortalecer a presença do Estado na


região, através da proposição e aplicação de políticas públicas voltadas para a preservação do meio ambiente,

inclusão social e ordenamento territorial.

Outra alteração ganhou grande repercussão negativa, conforme consta no art. 4º do Decreto, os

governadores dos estados da região da Amazônia Legal não mais participarão do Conselho, que será formado

apenas por membros hierarquicamente subordinados à Presidência da República.

Ora, isto é uma negação do objetivo principal da proposição, qual seja, o fortalecimento da presença

do Estado na região. Como fortalecer, excluindo?

Tal medida pode ser entendida como uma retaliação aos governadores da região, que, quando da

ameaça de mudanças na governança e no comitê diretor e em função das inúmeras controvérsias referentes a

aplicação dos recursos do Fundo Amazônia, oriundos de doações, principalmente da Noruega e da Alemanha,

anunciaram, diante da importância dos recursos para a região e para a integridade socioambiental da mesma,

a sua disposição de negociar, diretamente, com os doadores.

A participação de outros entes federativos na formulação de políticas públicas de preservação e

conservação tem previsão constitucional. O art. 23, VII, da Constituição Federal prevê que preservar as

florestas, fauna e flora são de competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos

Municípios, e o art. 225 diz que incumbe ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-

lo.

Além disso, a competência para a gestão das florestas foi deslocada, também, para os estados, pela Lei

de Gestão de Florestas Públicas, (Lei 11.284/06), conforme disposto em seu art. 83. Esta competência, foi

reafirmada, de forma especial, no que tange, a concessão de autorizações da supressão de vegetação para

uso alternativo do solo, quando da edição da Lei nº 12.651/2012, o novo Código Florestal.

Como unidades da federação da Amazônia, com está importância em termos de competência

específica ou compartilhada para a gestão de florestas, uma das maiores riquezas da Amazônia, podem ser

tolhidas de participar de um Conselho criado, justamente, para preservação, proteger e buscar o

desenvolvimento sustentável da região!? Como garantir a eficácia das políticas públicas que o Conselho irá

formular? Como legitimar as ações de prevenção, fiscalização e repressão a ilícitos, hoje muitas vezes feitas de

forma conjunta com os Estados?

Se cabe ao Conselho Nacional da Amazônia Legal coordenar e integrar as ações estatais na região, não

é possível que os representantes de outros entes federativos não tenham representatividade dentro dele. A

União não pode retirar a participação dos estados no Conselho como uma forma de retaliação política aos


governadores, que muitas vezes discordam do governo federal para defender os interesses locais. O debate

de ideias antagônicas na democracia é natural e ajuda na formulação de políticas públicas mais eficazes.

Retirando os governadores da composição do Conselho, o art. 4º do Decreto desconsidera os ditames

emanados no âmbito da Lei 11.284/06, da Lei nº 12.651/12 e os arts .23, VII, e 225 da Constituição. Assim, o

Parlamento brasileiro não pode ser conivente com este ato, e deve sustar as normas do Poder Executivo que

extrapolem seu poder regulamentar, conforme mandamento constitucional, à luz do disposto no inciso V, do

art. 49, da nossa Carta Magna.

Nesta esteira, respeitosamente, solicito o apoio dos nobres pares no sentido de se aprovar o projeto

de decreto legislativo em apreço.

Sala de sessões, 12 de fevereiro de 2020




(Do Sr. Carlos Veras)

Susta os efeitos do Decreto nº 10.199, de 15 de janeiro de 2020, que "Dispõe sobre a qualificação da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República e sobre a sua inclusão no Programa Nacional de Desestatização". DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PDL-3/2020. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário


Art. 1º Ficam sustados, nos termos do inciso V do art. 49 da Constituição Federal, os efeitos do Decreto nº 10.199, de 15 de janeiro de 2020, que “Dispõe sobre a qualificação da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República e sobre a sua inclusão no Programa Nacional de Desestatização”.


JUSTIFICAÇÃO

O art. 3º da Lei nº 9.491, de 9 de setembro de 1997, foi redigido em termos que pode levar a equívocos na aplicação do diploma legal. Há a referência expressa a determinadas instituições públicas com o intuito de excluí-las do Programa Nacional de Desestatização, mas não se pode e não se deve interpretar a norma como de cunho taxativo, uma vez que a regra não importa na prévia e indiscriminada autorização para que se alienem outras entidades.

Alude-se ao fato de que a lei identifica, de forma bastante clara, os objetivos do Programa Nacional de Desestatização, e tanto quanto o disposto no art. 3º tais propósitos precisam ser levados em conta ao se levar a termo as operações por ela autorizadas. A delegação conferida pelo Poder Legislativo para que empresas públicas e sociedades de economia mista fossem transferidas para a iniciativa privada sem o endosso do Congresso Nacional visou os propósitos ali referidos, o que torna cada ato implementado em sentido contrário passível de avaliação por meio da prerrogativa constitucional ora invocada.

De fato, é preciso, para que uma empresa estatal seja alienada sem que o Poder Legislativo seja consultado, que a atividade por ela exercida esteja sendo explorada de forma indevida pelo setor público (inciso I do art. 1º da lei em questão). Também se revela indispensável que a privatização permita ao Estado concentrar esforços em prioridades que lhe são estabelecidas pela população (inciso V do referido dispositivo legal).

Presente a perspectiva de que a operação resulte em rompimento de ambos os requisitos, isto é, de que estejam sendo privatizadas atividades atribuídas com razoabilidade ao Poder Público ou de natureza estratégica, torna-se indispensável a prévia e específica autorização do Poder Legislativo, até para que se prevejam condições capazes de assegurar a preservação dos interesses da coletividade envolvidos em cada caso.

É justamente esse o cenário enfrentado pelo decreto cujos efeitos se pretende sejam sustados.


Para que se tenha uma ideia do quanto o problema é sensível, a DATAPREV compõe a infraestrutura crítica de tecnologia da informação do país, responsável pelo armazenamento de informações laborais de todos os cidadãos inscritos no INSS (vinculação, salários, impostos recolhidos, benefícios), do Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (informações sobre empresas que contratam no Brasil), do CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais), Carteira de Trabalho Digital (informações trabalhistas), além de informações completas sobre estrutura familiar (despesas, rendimentos médios e grau de escolaridade).

Destarte, tendo em vista a relevância e o caráter extremamente sensível de das atividades da DATAPREV, torna-se evidente que não podem ser aplicados os termos do Programa Nacional de Desestatização tal como se cogita no decreto confrontado. Trata-se de instituição que somente poderá ser extraída do patrimônio estatal mediante regras específicas, ainda a serem elaboradas e submetidas ao Poder Legislativo federal, que em momento algum autorizou a prática de atos temerários ou impensados.

Em razão do exposto, pede-se a célere aprovação da presente proposição, a qual se reveste de evidente urgência, à vista da possibilidade de que venham a se materializar em futuro próximo as consequências nefastas do instrumento administrativo aqui contemplado.


Deputado CARLOS VERAS


PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.º 51, DE 2020 (Dos Srs. José Ricardo e Airton Faleiro)

Susta, nos termos do art. 49, V, da Constituição Federal, o Decreto nº 10.239, de 11 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre o Conselho Nacional da Amazônia - CONAMAZ. DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PDL-48/2020. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário O Congresso Nacional decreta:

Art. 1º. Ficam sustados, nos termos do art. 49, V, da Constituição Federal, os efeitos do Decreto nº

10.239, de 11 de fevereiro de 2020, que dispõe sobre o Conselho Nacional da Amazônia - CONAMAZ.

Art. 2º. Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

J U S T I F I C A T I V A

O Presidente da República, no uso do poder que lhe é conferido pelo art. 84, caput, inciso VI, da

Constituição Federal, publicou Decreto nº 10.239, de 10 11 de fevereiro de 2020, em epígrafe, promovendo

alterações substanciais no Conselho Nacional da Amazônia Legal, quer no que tange a sua vinculação

ministerial quer nas suas atribuições e composição.

Insta ressaltar, que desde sua criação até a presente data o Conselho Nacional da Amazônia Legal

esteve vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, art. 40 da Lei 13.844, de 18 de junho de 2019, e a sua

composição e funcionamento estavam regidos pelo Decreto 1541, de 27 de junho de 1995.

A Lei nº 10.344, de 17 de junho de 2019, que organizou os órgãos da Presidência da República no atual

governo, no que tange ao Ministério do Meio Ambiente, dispõem:

“Art. 40. Integram a estrutura básica do Ministério do Mio Ambiente:

I – (…)

II – O Conselho Nacional da Amazônia Legal;

(…)”


Portanto, em decorrência da legislação acima citada, o Conselho da Amazônia Legal integra, para

todos os efeitos legais, o Ministério do Meio Ambiente.

A Constituição Federal, art. 84, incisos IV e VI, alínea “a”, dispõe:

“Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:

(…)

IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos

para sua fiel execução;

V – (…)

VI – dispor, mediante decreto, sobre:

a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de

despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;”

Infere-se, pela interpretação dos dispositivos acima que compete ao presidente publicar as leis e

expedir decretos ou regulamentos para regulamentar as referidas leis. No presente caso, não foi assim que

agiu o Presidente da República na edição do Decreto em pauta.

O governo federal editou o presente decreto alterando a vinculação do Conselho da Amazônia Legal

que deixou de integrar o Ministério do Meio Ambiente para integrar a Vice Presidência da República. Não

andou bem o governo federal, posto que não atentou que a vinculação ou integração desse Conselho ao

Ministério do Meio Ambiente obedece a dispositivo legal, a saber o art. 40, da Lei 10.344, de 17 de junho de

2019, não podendo atrelar-se a Vice-Presidência da República, a não ser que haja alteração na referida lei,

posto que um Decreto não pode contrariar dispositivos legais mas regulamentar sua fiel execução.

Depois, importa ressaltar, o Decreto nº 10.239, de 11 de fevereiro de 2020, representa mais um

retrocesso promovido pelo governo Bolsonaro em relação à proteção e ao desenvolvimento sustentável da

Amazônia legal. Além de ser um contrassenso reativar um Conselho voltado para a Amazônia sem a

participação dos estados amazônidas, ao reduzir a participação de ministérios e órgãos federais na

composição do CONAMAZ.

O Decreto enfraquece e desmobiliza o arranjo institucional montado pelos governos anteriores para

enfrentar o desafio de promover o desenvolvimento da Amazônia em bases sustentáveis.


O Conselho Nacional da Amazônia Legal (CONAMAZ) foi criado pela lei nº 8.746, de dezembro de 1993,

simultaneamente à criação do Ministério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal, e regulamentado pelo

Decreto nº 964, de 22 de outubro de 1993, posteriormente substituído pelo Decreto nº 1.541, de 27 de junho

de 1995.

Concebido como órgão de assessoramento superior do Presidente da República, a principal finalidade

do CONAMAZ sempre foi a de ser um espaço de formulação e acompanhamento da implementação de uma

política nacional integrada para a Amazônia Legal.

A acepção de política integrada incorpora as dimensões de articulação e coordenação dos diferentes

ministérios e órgãos federais e do planejamento entre os entes do Pacto Federativo, notadamente dos

estados que compõem a Amazônia Legal.

Por essa razão, desde sua criação, todos os governos que antecederam o atual tiveram clareza da

importância estratégica da participação dos estados da região na composição do CONAMAZ. Assim, os dois

decretos acima citados, assinados pelos Presidentes Itamar Franco e Fernando H. Cardoso, respectivamente,

foram explícitos ao assegurarem o protagonismo dos estados no contexto da busca de um projeto de

desenvolvimento integrado, garantindo a participação institucional dos estados amazônicos na composição do

Conselho Nacional da Amazônia.

Os governos subsequentes, de Lula, Dilma e Temer, mantiveram essa composição do CONAMAZ.

Agora, com o Decreto objeto do presente PDL, o governo Bolsonaro exclui de forma unilateral a participação

dos governos estaduais da composição do CONAMAZ, fragilizando o Pacto Federativo e a própria finalidade do

Conselho.

Em efeito, causa estranheza tal exclusão, na medida em que uma das competências atribuída ao

Conselho é a de fortalecer a presença do Estado na Amazônia.

Apenas um governo de caráter centralizador e autoritário, deslocado da realidade da Amazônia e da

importância do nível estadual para o enfrentamento dos desafios regionais pode conceber uma instância

como o CONAMAZ sem a presença dos governos estaduais. É na escala dos estados que as mediações e

sinergias, mas também os conflitos, entre as três esferas do poder público e a sociedade acontecem de forma

privilegiada, sendo completamente esdrúxulo e inconsequente excluir os governos estaduais de um Conselho

que pretende cumprir a missão de contribuir para o fortalecimento das políticas de Estado e assegurar a


ação transversal e coordenada da União, dos Estados, dos Municípios, da sociedade civil e do setor privado,

conforme disposto no próprio Decreto 10.239.

Porém, na prática, percebe-se claramente um processo de esvaziamento e enfraquecimento político e

institucional do COANAMAZ, com a consequente redução da capacidade de o poder público intervir na região

de forma articulada, integrada e coordenada.

Além disso, a decisão do governo Bolsonaro de excluir os estados da composição do CONAMAZ revela

que seu discurso em defesa da soberania do país sobre os destinos da Amazônia não passa de retórica

demagógica e vazia de conteúdo. A verdadeira soberania passa pelo fortalecimento da governabilidade do

Estado sobre o território, governabilidade essa que o decreto em tela fragiliza e compromete de forma

evidente.

Acrescente as razões já expostas, o fato de que o atual decreto retira da composição do Conselho

importantes ministérios cujas funções são se não imprescindíveis, importantes para a produção de políticas

para a região, tais como os Ministérios da Educação, da Saúde, da Mulher.

Pelas razões expostas, o Decreto 10.239/2020, além de ilegal, perde legitimidade e expõe a Amazônia

a um cenário de baixa governança, favorecendo as dinâmicas de ocupação predatória da região associadas ao

desmatamento e à violência praticada contra os amazônidas. Compromete, ainda, a imagem do país perante a

comunidade internacional na medida em que nega participação aos governos estaduais, justamente num

momento em que os governadores exercem forte protagonismo no âmbito da agenda global pela

sustentabilidade.

Ante o exposto, tendo em vista a ilegalidade e inconstitucionalidade do instrumento normativo

editado pelo Poder Executivo em forma de Decreto, apresentamos o presente Projeto de Decreto Legislativo

para o qual concitamos e esperamos o apoio de nossos pares para sustar a eficácia do referido dispositivo.


AIRTON FALEIRO

DEPUTADO FEDERAL - PT/PA

JOSÉ RICARDO

DEPUTADO FEDERAL - PT/AM


PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.º 58, DE 2020 (Do Sr. Nilto Tatto )

Susta a Portaria ICMBio nº 91, de 2020, que institui procedimentos para a realização de pesca esportiva em unidades de conservação federais administradas pelo órgão. DESPACHO: APENSE-SE À(AO) PDL-34/2020. APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário

O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Ficam sustados, nos termos do art. 49, V, da Constituição Federal, os efeitos da

Portaria do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) nº 91, de 04 de fevereiro de

2020, que institui procedimentos para a realização da atividade de pesca esportiva em unidades de

conservação federais administradas pelo órgão.


JUSTIFICAÇÃO

A Portaria ICMBio nº 91/2020 fere frontalmente as disposições da Lei nº 9.985, de 2000, que

institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (Lei do Snuc).

A Lei define unidade de conservação (UC) como ““espaço territorial e seus recursos

ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído

pelo Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração,

ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção”. Pela definição legal, as UCs são criadas pelo Poder

Público e devem ser por ele geridas, de modo a garantir o cumprimento de seu objetivo primordial, qual seja,

o de conservar a biodiversidade.

Para tanto, a própria Lei do Snuc define as categorias de UC e seus objetivos específicos, de

tal modo que a gestão de cada área não pode fugir desses objetivos. Assim, há as UCs de proteção integral e

aquelas de uso sustentável. As de proteção integral incluem cinco categorias destinadas à preservação dos

ecossistemas naturais. Nelas, são permitidas apenas atividades humanas contemplativas, que não causem

interferência direta nos ecossistemas. Essas UCs abrangem as Reservas Biológicas e Estações Ecológicas, onde

são permitidas apenas a pesquisa científica e educação ambiental. Incluem, ainda, os Parques Nacionais,

Monumentos Naturais e Refúgios de Vida Silvestre (RVS), nos quais também é permitida a visitação pública

com finalidade ecoturística. Nenhuma outra atividade pode ser realizada nessas UCs.

Nas UCs de proteção integral, a única exceção legal a essa regra diz respeito à permanência

de populações tradicionais que habitavam a área antes de a UC ser criada. Nesse caso, o art. 42 da Lei do Snuc


determina que, até que seja possível o reassentamento de tais populações, devem ser estabelecidas normas e

ações específicas destinadas a compatibilizar sua presença com os objetivos da UC, respeitando-se seus

modos de vida, fontes de subsistência e locais de moradia. Veja-se que a permanência dessas populações é

temporária e visa tão somente garantir a sua sobrevivência. A exceção legal não abre a possibilidade de

inserção, na UC, de outras atividades não relacionadas aos modos de vida tradicionais dessas comunidades.

Em relação às UCs de uso sustentável, são previstas sete categorias que admitem a presença

humana, com a realização de atividades diretas de graus variados de impacto. A Lei especifica as atividades

possíveis para cada categoria de UC. Todas as UCs de uso sustentável, à exceção das Áreas de Proteção

Ambiental (APAs), têm objetivos de manejo muito específicos. Assim, as Florestas Nacional visam o manejo

dos recursos florestais, admitida a permanência de populações tradicionais residentes no ato de criação da

UC. As Reservas Extrativistas e as Reservas de Desenvolvimento Sustentável são criadas nos territórios de

comunidades tradicionais, sendo vedada a realização de atividades alheias aos seus modos de vida. As Áreas

de Relevante Interesse Ecológico são UCs pequenas que admitem a permanência de propriedade privada e de

população residente, mas desde que garantida a conservação dos atributos naturais extraordinários e os

exemplares raros da biota regional que motivaram a sua criação. As Reservas Particulares do Patrimônio

Natural são criadas por iniciativa do proprietário particular, de gravar com perpetuidade suas terras, para

garantir a conservação dos ecossistemas e o uso exclusivo em atividades ecoturísticas.

Somente as APAs admitem atividades humanas diversificadas. De acordo com o art. 15 da

Lei do Snuc, elas são criadas sobre terras públicas e privadas tendo em vista “disciplinar o processo de

ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais”. As atividades possíveis e as proibidas

são definidas no Plano de Manejo de cada UC. Ressalte-se que a APA dispõe de um conselho presidido pelo

órgão ambiental e composto por representantes dos órgãos públicos, das organizações da sociedade civil e da

população residente. Portanto, atividades como a pesca esportiva e quaisquer outras em APA não estão

expressamente vedadas na Lei do Snuc, mas a norma garante o direito à sociedade em geral – e à população

residente em especial – de decidir quais atividades poderão ser realizadas na área. Portanto, nem mesmo na

APA o ICMBio pode liberar a priori a realização de qualquer atividade humana, pois a decisão sobre o que é

permitido e o que é vedado na área deve ser compartilhada com a sociedade e deve seguir as diretrizes do

Plano de Manejo.

Outro aspecto a ressaltar diz respeito ao conceito de visitação pública expresso na Lei do

Snuc. Ele abrange atividades contemplativas, de contato harmônico com a natureza. Excetuando-se as APAs,

não há qualquer abertura, na Lei, para a realização de atividades esportivas e muito menos para atividades

que impliquem a coleta de material vegetal ou a captura de animais silvestres.


Verifica-se que a Portaria ICMBio nº 91/2020 fere frontalmente a Lei do Snuc, ao vincular a

pesca esportiva à visitação pública e ao possibilitar a realização dessa atividade nas UCs. Reitera-se que essa

atividade é vedada em todas as UCs – exceto as APAs – e mesmo nestas, a sua realização depende de previsão

no Plano de Manejo e do consentimento prévio do conselho da UC específica.

Conclui-se que o ICMBio extrapolou o seu poder regulamentar ao editar a Portaria nº

91/2020, cabendo ao Congresso Nacional sustá-la, em cumprimento ao disposto no art. 49, V, da Constituição

Federal.


Deputado NILTO TATTO PT/SP


REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º 855, DE 2019

(da Comissão de Minas e Energia)

Solicita ao Sr. Ministro de Minas e Energia que requeira ao Diretor-Geral da Agência Nacional de Mineração

explicações sobre a motivação da publicação de Consulta Pública da Minuta de Resolução dos Procedimentos

de Disponibilidade de Áreas.

DESPACHO:

Senhor Presidente,

Com fundamento no § 2.º do art. 50 da Constituição Federal e nos arts. 115, inciso I, e 116, do

Regimento Interno desta Casa, em atendimento ao Requerimento nº 68, de 2019, de autoria do Deputado

Ricardo Izar, aprovado em Reunião Ordinária Deliberativa realizada nesta data, solicito a Vossa Excelência que

sejam requeridas informações ao Sr. Ministro de Minas e Energia no sentido de esclarecer a motivação que

levou a Agência Nacional de Mineração - ANM, a publicar no último dia 18 de junho do corrente ano, consulta

Pública sobre Minuta de Resolução da ANM de Procedimentos de Disponibilidade de Áreas, ou seja, áreas que

irão ser colocadas em Leilão Público.


JUSTIFICAÇÃO

No último dia 18 de junho do ano de 2019 o Setor Mineral Brasileiro foi surpreendido com uma

publicação feita pela Agência Nacional de Mineração a qual submetia para consulta pública uma Minuta de

Resolução ANM de Procedimentos de Disponibilidade de Áreas. Vale ressaltar que a Câmara dos Deputados

está, justamente, nesse período recebendo nomes de Parlamentares que irão compor a Comissão Especial

que discutirá os termos do novo Marco Regulatório da Mineração. Lembro ainda que no último dia 12 de

junho do corrente ano foi instalada a Frente Parlamentar Mista de Mineração com mais de duas centenas de

Parlamentares subscrevendo a mesma.

Causa estranheza que a Agência Nacional de Mineração tenha tanta pressa em disponibilizar áreas

justamente antes que seja discutida pela Comissão Especial e pela Frente Parlamentar Mista da Mineração as

novas regras para o setor mineral brasileiro.

Considerando ainda que, hoje aguardam soluções pela Agência Nacional de Mineração mais de 200

(duzentos) mil processos minerários e ainda, sem estudos de impacto econômico, o que significa que a

justificativa para Leilão de Áreas para promover o desenvolvimento da mineração nacional não se sustenta.

Um dos setores mais estratégicos para a economia brasileira é a mineração e deve ser tratada de

forma estratégica pelo Governo Brasileiro.

Afinal as jazidas minerais brasileiras são bens nacionais finitos e merecem a atenção de todos os

brasileiros.

Sala das Comissões, 03 de julho de 2019.

Deputado Silas Câmara

Presidente


PARECER:

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 855/2019

Autor: Comissão de MINAS E ENERGIA

Destinatário: Ministro de Estado de Minas e Energia

Ementa: Solicita ao Sr. Ministro de Minas e Energia que requeira ao Diretor-Geral da

Agência Nacional de Mineração explicações sobre a motivação da publicação de Consulta Pública da Minuta de Resolução dos Procedimentos de Disponibilidade de Áreas.

Despacho: O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição

Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.

Primeira Vice-Presidência, em 16 de julho de 2019.


(do Sr. Ricardo Izar )

Solicita ao Sr. Ministro de Minas e Energia que requeira ao Diretor Geral da Agência Nacional de Mineração

explicações e informações sobre o termo de cooperação técnica entre ANM/DNPM e CPRM e divulgação de

informações. A entrega das informações deve ser de forma impressa e digital.


DESPACHO:

Senhor Presidente

Requeiro a Vossa Excelência, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma

dos arts. 115 e 116 do Regimento Interno, sejam solicitadas ao Sr. Ministro de Minas e Energia, informações e

esclarecimentos sobre o termo de cooperação técnica entre a ANM/DNPM e CPRM, sendo necessárias as

seguintes informações.

Qual a finalidade do termo de cooperação técnica entre a ANM/DNPM e CPRM?

Os dados levantados a partir dessa cooperação foram divulgados para alguma

instituição, empresa, congressos, eventos, nacionais ou internacionais?

Se sim, as divulgações dos dados oriundos da cooperação, bem como, como canal

de divulgação foram efetuadas em qual período, quais dados foram divulgados, e

qual a acessibilidade dos dados aos interessados.

JUSTIFICATIVA

Sabe-se que no dia 18/06/2019 foi publicado o novo modelo para Disponibilidade para

consulta publica e para esta nova legislação precisa-se identificar possíveis irregularidades ou privilégios


referentes a publicações das informações que são decisivas para participação ou não do Edital de

Disponibilidade.

Sala das Sessões, em de julho de 2019.

Deputado RICARDO IZAR

PP/SP

Deputada GREYCE ELIAS Deputado JOSIAS MÁRIO DA VITORIA

AVANTE/MG CIDADANIA/ES

PARECER:


Autor: Deputado Ricardo Izar - PP/SP


Ementa: Solicita ao Sr. Ministro de Minas e Energia que requeira ao Diretor Geral da

Agência Nacional de Mineração explicações e informações sobre o termo de cooperação técnica entre ANM/DNPM e CPRM e divulgação de informações. A entrega das informações deve ser


Despacho: O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.





explicações e informações sobre o tamanho máximo das áreas permitidas, especialmente para substâncias

com aplicação na construção civil. A entrega das informações deve ser de forma impressa e digital.

DESPACHO:


Senhor Presidente:



esclarecimentos sobre a situação dos requerimentos de substâncias destinadas a construção civil, no período

compreendido entre janeiro de 2007 e junho de 2019, sendo necessárias as seguintes informações.

Relação de requerimentos novos, protocolados entre janeiro de 2007 e junho de

2019, para as seguintes substâncias: areia industrial, areia com aplicação direta na

construção civil, arenito industrial e arenito com aplicação direta na construção

civil e brita, devendo constar nessa relação as seguintes informações:

1- Regime de requerimento;

2- Área inicialmente requerida

3- Fase atual do processo

4- Estado e Município de localização do processo;

5- Substância mineral requerida;

6- Número do Processo minerário,


7- Área atualmente em vigência, ou outorgada pelo DNPM/ANM.

8- Em caso de redução de área, apresentar a motivação para redução (legal ou

técnica);

9- Em caso de redução de área, apresentar ainda: Destinação da área

remanescente (disponibilidade, área livre ou cessão de direitos minerários),

devendo conter o número dos processos originados, substância mineral,

tamanho da área, município e estado onde está localizado.

Apresentação de legislação referente ao tamanho de área máxima permitido para

requerimento das substâncias: areia industrial, areia com aplicação direta na

construção civil, arenito industrial e arenito com aplicação direta na construção

civil e brita, contendo a legislação e tamanho de área máxima atualmente

permitida, e alterações ocorridas no decorrer do tempo.

Que indicadores foram levados em conta para estas alterações legislativas?

Estimativa do tempo de análise para um processo de 1.000 hectares? (Citar o

minério e o tempo para cada minério individualmente)

Estimativa do tempo de análise de um requerimento de 50 hectares? (Citar o

minério e o tempo para cada minério individualmente)

Todas estas informações devem estar seguidas de Nome do requerente, Estado da

Federação, Município, Substancia Mineral, tamanho da área, ano da redução de área.

JUSTIFICATIVA

No decorrer do tempo ocorreram alterações de legislação referente ao tamanho

máximo de área permitida para algumas substâncias minerais, para as quais anteriormente era possível

requerer áreas de até 1.000 ha e atualmente apenas áreas de 50 ha.

Tendo em vista essas alterações na legislação vigente, o que se busca é o entendimento

dos benefícios trazidos por essa alteração, tendo em vista que para o empreendedor o custo processual foi

elevado, e principalmente, o volume processual em tramitação no DNPM/ANM aumentou significativamente,

tendo em vista que ao invés de se tramitar apenas uma área de 1.000 ha, se passou a tramitar 20 processos

de 50 ha.

Como o Novo Marco da Mineração será elaborado visando a desburocratização da

Agência Nacional da Mineração será necessário analisar todos os procedimentos da ANM, bem como, as


mudanças ocorridas ao longo dos anos, nas atividades do órgão regulador, e principalmente, identificar os

impactos positivos e negativos dessas alterações.



PP/SP



PARECER:





Agência Nacional de Mineração explicações e informações sobre o tamanho máximo das áreas permitidas, especialmente para substâncias com aplicação na construção civil. A entrega d








explicações e informações sobre áreas afetas à disponibilidade pela ANM, conforme minuta de Portaria

publicada no dia 18/06/2019. A entrega das informações deve ser de forma impressa e digital.

DESPACHO:


Senhor Presidente:


dos arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, sejam solicitadas ao Sr. Ministro de

Minas e Energia, informações e esclarecimentos sobre processos que tramitam na Agencia Nacional de

Mineração relacionados a disponibilidade de áreas.

Para tanto, solicitamos que sejam apresentadas as seguintes informações.

Do total de áreas colocadas em Disponibilidade que já foram publicadas e estão

pendentes de publicação de resultado:

o Data da publicação da disponibilidade;

o Número do Processo disponibilizado;

o Tamanho da área disponibilizada;

o Estado da Federação da área disponibilizada;

o Substância Mineral da área disponibilizada;

o Fase do Processo em que a área foi colocada em disponibilidade;


o Quantos proponentes teve cada uma destas áreas disponibilizadas;

o Total de disponibilidades com apenas um proponente;

o Total de disponibilidades com mais de um proponente.

o Do total dessas áreas com edital publicado, e com propostas já

apresentadas, quantas delas não tiveram nenhum proponente e foram

consideradas livres?

o Relação de processos com mais de um proponente com decisão publicada

e com pedidos de recurso pendentes de julgamento e decisão.

o Quando será feita a previsão de abertura dos envelopes e julgamento das

propostas já apresentadas, para esses processos cujos editais já foram

publicados.

Da relação de áreas que foram colocadas em disponibilidade de janeiro de 2016 a

dezembro de 2019:

o Número do processo de disponibilidade

o Data de publicação do edital.

o Data da publicação da decisão do ganhador da disponibilidade, quando

houver;

o Fase do Processo em que a área foi colocada em disponibilidade;

o Tamanho da área disponibilizada;

o Empresa ganhadora da Disponibilidade;

o Substância Mineral da área disponibilizada

o Município e Estado onde está situado o processo minerário;

o Quantos proponentes teve cada uma destas áreas disponibilizadas;

o Do total dessas áreas com edital publicado, e com propostas já

apresentadas, quantas delas não tiveram nenhum proponente e foram

consideradas livres?

o Relação de processos com mais de um proponente com decisão publicada

e com pedidos de recursos pendentes de julgamento e decisão.


o Relação de processos que já tiveram andamento após decisão da

disponibilidade, com informação do número novo do processo minerário,

pós-evento de disponibilidade.

o Todas as disponibilidades canceladas e o motivo do cancelamento.

Relação de áreas e número dos processos que foram colocadas em disponibilidade

e que tiveram o procedimento de disponibilidade cancelado pela portaria nº

05/2017.

JUSTIFICATIVA

Essas informações são indispensáveis para que se conheça de forma mais precisa a

situação dos processos que tramitam na ANM há anos. Sabe-se que existem acima de 200.000 (duzentos mil)

processos tramitando na ANM e que o tempo médio de espera por parte do minerador ultrapassa os 15 anos.

O referido requerimento tem por finalidade identificar todos os processos inclusive conhecer e interpretar a

motivação que levou a ANM a publicar consulta pública para adotar novos procedimentos de disponibilidade

de áreas. Se a ANM não consegue dar respostas previsíveis para estes milhares de processos não ha de se

falar em novas ofertas de áreas antes de respostas claras e evidentes para essa Casa Legislativa.



PP/SP

Deputada GREYCE ELIAS Deputado JOSIAS MÁRIO DA VITÓRIA



PARECER:





Agência Nacional de Mineração explicações e informações sobre áreas afetas à disponibilidade pela ANM, conforme minuta de Portaria publicada no dia 18/06/2019. A entrega das informações deve ser de forma impressa e digital.







explicações e informações sobre todos os pareces assinados pelo procurador Geral do DNPM/ANM. A entrega

das informações deve ser de forma impressa e digital.


DESPACHO:

Senhor Presidente:

Requeiro a Vossa Excelência, com base no art. 50 da Constituição Federal e na forma dos arts. 115 e 116 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, sejam solicitadas ao Sr. Ministro de Minas e Energia, informações e esclarecimentos sobre todos os pareceres assinados pelo Procurador Gerado do DNPM/ANM, no período compreendido entre janeiro de 2016 e junho de 2019, bem como sejam fornecidas cópias de cada um desses pareceres.

JUSTIFICATIVA

Tendo em vista que no dia 12 de junho de 2019, foi instalada a Frente Parlamentar Mista de Mineração, composta por mais de duas centenas de Parlamentares e ainda a Câmara dos Deputados está recebendo nomes de Parlamentares que irão compor a Comissão Especial que discutirá os termos do novo Marco Regulatório da Mineração, indispensável um conhecimento mais profundo da atual situação mineral brasileira, incluindo as questões legais referente a tramitação de procedimentos minerários, e que muitas vezes são definidos apenas após a última instancia recursal. Conhecer os pareceres elaborados pela procuradoria jurídica da ANM/DNPM auxiliará no entendimento de diversas situações que podem ocorrer na


tramitação de procedimentos, e principalmente a postura e interpretação jurídica dos procuradores da instituição.



PP/SP



PARECER:





Agência Nacional de Mineração explicações e informações sobre todos os pareces assinados pelo procurador Geral do DNPM/ANM. A entrega das informações deve ser de forma impressa e digital.


Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados,


artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.





explicações e informações sobre as áreas a serem colocadas em disponibilidade pela ANM, conforme minuta

de Portaria publicada no dia 18/06/2019. As informações deverão ser encaminhadas em via digital e em via

impressa.

DESPACHO:


Senhor Presidente:



esclarecimentos sobre o número de áreas a serem disponibilizadas nos termos da Minuta de Portaria de

Disponibilidade de Áreas, colocada em consulta, conforme publicação no D.O.U de 18/06/2019. Para tanto,

solicitamos que sejam apresentadas as seguintes informações.

Relação de áreas aptas ao procedimento de disponibilidade, excluindo aquelas que

tiveram seus editais já publicados, sendo que nessa relação deverá constar:

1 – Localização do processo minerário (Estado e Município).

2 - Fase processual.

3 - Substância mineral

4 – Reserva Mineral indicada no processo

5 - Tamanho das áreas.


6 - Número do Processo

Relação das áreas aptas a serem disponibilizadas em blocos, conforme

mencionado na referida minuta, contendo:

1 – Localização de cada processo minerário (Estado e Município).

2 - Fase processual de cada processo minerário.

3 - Substância mineral de cada processo minerário.

4 – Reserva mineral de cada processo minerário, e do bloco a ser disponibilizado

no leilão.

5 - Tamanho das áreas de cada processo minerário.

6 - Número do Processo

JUSTIFICATIVA

A ANM submeteu à consulta pública uma Minuta de Resolução ANM de Procedimentos

de Disponibilidade de Áreas e a Frente Parlamentar Mista de Mineração, que entre outros interesses,

pretende participar ativamente das discussões legais no âmbito dos procedimentos minerários e inclusive

participará ativamente deste procedimento e, portanto, deseja conhecer a real situação do problema de áreas

em disponibilidade. E só após a analise destas informações, verificar qual o melhor método de disponibilizar

áreas de mineração.



PP/SP




PARECER:





Agência Nacional de Mineração explicações e informações sobre as áreas a serem colocadas em disponibilidade pela ANM, conforme minuta de Portaria publicada no dia 18/06/2019. As informações deverão ser encaminhadas em via digital e em via impressa.




REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N.º 1.078, DE 2019



explicações e informações sobre as análises processuais realizadas pela nova Diretoria da ANM, da posse até o

presente momento. A entrega das informações deve ser de forma impressa e digital.


DESPACHO:

Senhor Presidente,


Regimento Interno desta Casa, em atendimento ao Requerimento nº 77, de 2019, de autoria dos Deputados

Ricardo Izar, Greyce Elias e Da Vitoria, aprovado em Reunião Ordinária Deliberativa realizada nesta data,

requeiro que sejam solicitadas ao Sr. Ministro de Minas e Energia, informações e esclarecimentos sobre

análises processuais realizadas pela nova Diretoria da ANM, da posse até o presente momento, sendo

necessárias as seguintes informações:

Relação de análises realizadas pela nova Diretoria da ANM, da posse até o presente momento,

separados por número de processo, nome do requerente, substância mineral, motivo da análise e

decisão, fase processual, Estado e Município.

Método utilizado para decisão dos processos analisados até o presente momento.

Relação de processos pendentes de análise pela Diretoria da ANM, contendo número de


processo, requerente, substancia mineral, motivo de análise, Estado e Município de localização do

processo, bem como, prazo previsão de conclusão de análise e método de análise.

JUSTIFICAÇÃO

Para verificar se a transformação do extinto DNPM em Agência Nacional da Mineração trouxe os

benefícios da agilidade propostas para a criação da ANM, e principalmente, identificar quais as melhorias

poderão ser propostas pela Frente Parlamentar Mista da Mineração com o intuito desburocratizar e agilizar as

análises processuais.

Sala das Comissões, 14 de agosto de 2019.


Presidente

PARECER:


Autoria: Comissão de Minas e Energia

Destinatário: Ministério de Minas e Energia

Ementa: Solicita ao Sr. Ministro de Minas e Energia que requeira ao Diretor Geral da Agência Nacional de Mineração explicações e informações sobre as análises processuais realizadas pela nova Diretoria da ANM, da posse até o presente momento. A entrega das informações deve ser de forma impressa e digital.


Despacho O presente requerimento de informação está de acordo com a Constituição Federal, artigo 50, § 2º, e com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados, artigos 115 e 116. Dispensado o relatório em conformidade com o § 1º do artigo 2º do Ato da Mesa nº 11/1991, o parecer é pelo encaminhamento.

Primeira-Secretaria, em 28 de agosto de 2019.

Deputada SORAYA SANTOS

Primeira-Secretária




explicações e informações sobre os pedidos de prorrogação de prazo para apresentação de licença ambiental

em tramitação na ANM. A entrega das informações deve ser de forma impressa e digital.

DESPACHO:


Senhor Presidente,




requeiro que sejam solicitadas ao Sr. Ministro de Minas e Energia, informações e esclarecimentos sobre os

pedidos de prorrogação de prazo para cumprimento de exigências, referente a apresentação de licença

ambiental, em tramitação no DNPM/ANM.

As informações solicitadas abaixo devem separadas por número do processo, nome do requerente,

data do protocolo do pedido de prorrogação de prazo, Estado da Federação, Município, substância mineral,

tamanho da área e por ano e conter as seguintes informações:

Relação de pedidos de prorrogação de prazo para cumprimento de exigência, referente a

apresentação da licença ambiental, em tramitação, atualmente na ANM/DNPM.

Relação de pedidos de prorrogação de prazo para apresentação de licença ambiental,

analisados e deferidos pela ANM/DNPM, no período de janeiro de 2016 a junho de 2019.

Relação de pedidos de prorrogação de prazo para apresentação de licença ambiental,


analisados e indeferidos pela ANM/DNPM, no período de janeiro de 2016 a junho de 2019

constando a motivação do indeferimento.

Número de processos com mais de um pedido de prorrogação de prazo para apresentação de

licença ambiental, em tramitação, atualmente na ANM/DNPM, seguido do número de pedidos de

prorrogação de prazo.

Número de pedidos de prorrogação de prazo para apresentação de licença ambiental,

analisados e indeferidos pela ANM/DNPM, com pedido de recursos protocolados no período de

janeiro de 2016 a junho de 2019, separados respectivamente por: recurso indeferido, sem decisão

do recurso e com recurso deferido.

JUSTIFICAÇÃO

A Comissão Especial que esta se formando nesta casa, discutirá os termos do novo Marco Regulatório

da Mineração e, portanto, para que o novo Marco Regulatório seja elaborado levando em consideração os

aspectos ambientais, atualmente ligados aos procedimentos minerários, as questões técnicas e as questões

operacionais da Agência Nacional da Mineração, é imprescindíveis que se conheça o volume de

procedimentos minerários tramitando na ANM pendentes de análise, dentre eles, os pedidos de prorrogação

de prazo para apresentação da licença ambiental e a situação desses requerimentos, e assim pensar em

alterações que possibilitem avanços e principalmente desburocratize e agilize as análises minerárias,.



Presidente

PARECER:





Ementa: Solicita ao Sr. Ministro de Minas e Energia que requeira ao Diretor Geral da Agência Nacional de Mineração explicações e informações sobre os pedidos de prorrogação de prazo para apresentação de licença ambiental em tramitação na ANM. A entrega das informações deve ser de forma impressa e digital.








explicações e informações sobre a atual situação dos processos minerários. A entrega das informações deve

ser de forma impressa e digital.

DESPACHO:


Senhor Presidente,




requeiro que sejam solicitadas ao Sr. Ministro de Minas e Energia, informações e esclarecimentos sobre a

atual situação de todos os processos e procedimentos minerários em tramitação na ANM/DNPM, em junho de

2019, sendo necessário a apresentação dos seguintes itens:

Total de processos minerários ativos na ANM atualmente.

Número de requerimentos novos protocolados de janeiro de 2016 a junho de 2019;

Alvarás de pesquisa emitidos de janeiro de 2016 a junho de 2019, constando: substância mineral,

data de emissão de alvará e prazo de validade do mesmo;

Relação de áreas que tiveram relatório final de pesquisa apresentado no prazo de vigência do

alvará de pesquisa;

Relação de processos que tiveram pedido de prorrogação de prazo do alvará de pesquisa dentro


do prazo vigente;

o Relação de requerimento de prorrogação de prazo analisadas, informando quais delas foram ou

não outorgadas.

o Relação de requerimento de prorrogação de prazo pendentes de análise.

Relação de Relatórios Finais de Pesquisa aprovados pela DNPM/ANM, no período de janeiro de

2016 a junho de 2019, constando substância mineral, tamanho da área aprovada , município e

estado de localização do processo.

Relação de Relatórios Finais de Pesquisa que tiveram a aprovação negada pela DNPM/ANM, no

período de janeiro de 2016 a junho de 2019, excluindo aqueles relatórios que foram apresentados

negativos.

Relação de Relatórios Finais de pesquisa apresentados como negativo, no período de janeiro de

2016 a junho de 2019.

Número de Requerimentos de Lavra protocolados no período de janeiro de 2016 a junho de 2019.

Número de Requerimentos de lavra pendentes de análise.

Relação de Portarias de Lavra outorgadas pela ANM/DNPM, no período de janeiro de 2016 a junho

de 2019, na qual deverá constar o número da Portaria de Lavra e a data de Publicação em Diário

Oficial.

Os itens acima devem estar embasados com a Fase do Processo, número do processo, nome do

requerente, Estado da Federação, Município, substancia mineral e o tamanho da área.

JUSTIFICAÇÃO

A diversidade de regimes processuais, de fases de processos que tramitam na ANM e da variedade de

procedimentos existentes dentro da Agência Nacional de Mineração faz com que sejam necessárias

informações mais minuciosas da tramitação processual para termos um índice correto para possíveis

adequações na Legislação do seguimento Mineral.



Presidente


PARECER:




Ementa: Solicita ao Sr. Ministro de Minas e Energia que requeira ao Diretor Geral da Agência Nacional de Mineração explicações e informações sobre a atual situação dos processos minerários. A entrega das informações deve ser de forma impressa e digital.





REQUERIMENTO N.º 3.255, DE 2019

(do Sr. Léo Moraes )

Requer propositura de Ação Direta de Inconstitucionalidade, pela Mesa da Câmara dos Deputados, perante o

Supremo Tribunal Federal, contra o art. 2° da Resolução 2.551 de 21 de maio de 2019, editada pela Agência

Nacional de Energia Elétrica - ANEEL.


DESPACHO:

Oficie-se ao solicitante esclarecendo-lhe sobre a inviabilidade jurídico-constitucional da ação referida em

epígrafe, tendo em vista o entendimento externado pelo Supremo Tribunal Federal na Ação Declaratória de

Constitucionalidade n. 60. Publique-se. Arquive-se.

Senhor Presidente,

Com fundamento no Art. 103, inciso III, da Constituição Federal, combinado com o Art. 15, inciso

IV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, bem como no exercício Constitucional fiscalizatório

atribuído ao Congresso Nacional perante os atos do Poder Executivo, vimos perante Vossa Excelência solicitar

a propositura de Ação Direta de Inconstitucionalidade, pela Mesa desta Câmara dos Deputados, perante o

Supremo Tribunal Federal, contra o art. 2° da Resolução n° 2.551 de 21 de maio de 2019, da Agência Nacional

de Energia Elétrica – ANEEL, relativo aos adicionais das bandeiras tarifárias, de que trata o submódulo 6.8 do

PRORET, com vigência a partir de junho de 2019.

JUSTIFICAÇÃO

Em 21 de maio de 2019, a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL aprovou por meio da

Resolução Homologatória n° 2.551, que estabeleceu as faixas de acionamento e os adicionais das bandeiras

tarifárias, de que trata o submódulo 6.8 do PRORET, com vigência a partir de junho de 2019.

Dentre os componentes que levaram ao aumento, salta aos olhos o espantoso aumento de 50%

(cinquenta por cento) da bandeira amarela, que passa de R$ 1,00 para R$ 1,50 a cada 100 (Kwh); de 33%

(trinta e três por cento) na bandeira vermelha patamar 1, que passa de R$ 3,00 para R$ 4,00 a cada 100 (Kwh);

e, de 20% (vinte por cento) na bandeira vermelha patamar 2, que passa de R$ 5,00 para R$ 6,00 a cada 100

(Kwh). A Agência justifica o aumento ao déficit hídrico do ano passado.

Percebe-se que mesmo com um sofrível serviço elétrico prestado aos consumidores brasileiros,

segundo indicadores de desempenho da própria Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, as companhias

distribuidoras seguem recebendo as benesses que somente uma Agência que trabalha contra o consumidor

pode oferecer.

Nos últimos anos as empresas dependeram de aumentos tarifários abusivos como esse, bem

acima dos índices inflacionários, para garantir-lhes lucros líquidos e dividendos excepcionais aos seus

acionistas, quando comparados com a realidade do país. Enquanto discutimos Reformas estruturantes que

visam combater privilégios, as Agências com o discurso de garantir o malfadado equilíbrio econômico-

financeiro penaliza o Consumidor, afinal, prestando um dos piores e mais caros serviços de energia elétrica do


mundo. Nesse condão o nosso Estado de Rondônia acaba por ser penalizado ainda mais, pois é um estado

produtor e gera 3 vezes mais energia do que consome, e ainda acaba por sua população arcar com um dos

maiores custo de energia do país.

O que se verifica na prática é que, mesmo com a qualidade dos serviços prestados se

deteriorando, os reajustes nas tarifas aumentam seus valores abusivos, beneficiando empresas ineficientes

que deveriam ser cobradas e punidas, e não premiadas.

Não obstante a implantação das bandeiras tarifárias em 2015 que gerou mais uma cobrança

adicional ao consumidor, temos agora um aumento entre 20% e 50% o que se mostra uma afronta ao Código

de Defesa do Consumidor, mais precisamente ao art. 39, X, combinado com o art. 51, IV, uma vez que

estabelece obrigações abusivas, que coloca o consumidor em desvantagem exagerada.

Veja que é o próprio Estado que ao invés de prestar um serviço de qualidade e defender o

contribuinte que lhe onera de forma demasiada.

Temos que o mecanismo das bandeiras tarifárias que deveriam estimular o consumo consciente

funciona na verdade para arrecadar e aumentar o caixa das distribuidoras, um aumento de 50% é

contraditório em um País que tem previsão de inflação de 4,1% conforme estimativa do Banco Central.

Portanto, sustar esse aumento desarrazoado e ilegal em nosso entendimento, é necessário para

que compreendam que o serviço público não pode beneficiar o setor privado, o público deve primar em

defender a razoabilidade e os pressupostos legais, e nesse caso prestar um serviço eficiente para a população

brasileira. A mesma Agência recentemente está a executar mudanças na Resolução n° 482 de 2012 que dava

segurança jurídica para a diversificação da matriz energética incentivando investimentos em energia solar,

uma matriz limpa e que possui muita viabilidade em um país tropical como o nosso, seguindo a contramão

mundial a ANEEL está taxando e retirando os incentivos para a energia solar, e por outro lado diz que possui

déficit de energia elétrica e sobretaxa as tarifas. Um verdadeiro disparate.

Restando assim, clara a ilegalidade e incapacidade de gestão do órgão regulador que dificulta o

desenvolvimento de matrizes energéticas, e se utiliza de simples planilhas de equilíbrio econômico-financeiro

para justificar aumentos sucessivos e abusivos, particularmente, tendo em conta o período de inflação e o

acúmulo histórico de sucessivos ajustes ordinários, em detrimento de uma política que evita a eficiência e a

eficácia por considerar como melhor caminho o reajuste tarifário.

Assim, nos termos do art. 103, inciso III, da Constituição Federal, combinado com o art. 15,

inciso IV, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, bem como no exercício Constitucional

fiscalizatório atribuído ao Congresso Nacional perante os atos do Poder Executivo (Art. 49, X, da CF), vimos

perante Vossa Excelência solicitar a propositura de Ação Direta de Inconstitucionalidade, pela Mesa da

Câmara dos Deputados, perante o Supremo Tribunal Federal, contra o art. 2° da Resolução n° 2.551 de 21 de

maio de 2019, da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL.


Pelo exposto, apresento esse Requerimento e solicito com urgência o deferimento e as

providências necessárias.

Sala das sessões,

LÉO MORAES

Deputado Federal

REQUERIMENTO N.º 3, DE 2020

(do Sr. Alessandro Molon )

Requer a convocação do Sr. Paulo Guedes, Ministro de Estado da Economia, para, em Comissão Geral, prestar

explicações sobre os problemas na concessão de benefícios do INSS.

DESPACHO:

Submeta-se ao Plenário, nos termos do artigo 117, inciso II, combinado com o artigo 219, § 1º, ambos do

RICD. Publique-se.

Senhor Presidente,

Requeremos a Vossa Excelência, com base no caput do art. 50 da Constituição Federal, e na forma do

art. 219, inciso I, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que, ouvido o Plenário, seja convocado o

Senhor Paulo Guedes, Ministro de Estado da Economia, para prestar informações sobre a longa fila de espera

para atendimento e concessão de benefícios no âmbito do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.

JUSTIFICATIVA

Diversos órgãos de imprensa têm noticiado nas últimas semanas as grandes dificuldades que os

cidadãos brasileiros têm encontrado para ter acesso aos benefícios concedidos pelo Instituto Nacional do

Seguro Social – INSS.


Segundo tais matérias, há uma fila de aproximadamente 2 milhões de pedidos em análise, dos quais, 1

milhão e 300 mil estão com atraso superior aos 45 dias de prazo para processamento dos casos, conforme

legislação vigente.

Tal situação atinge, principalmente, cidadãos que estão em situação de maior vulnerabilidade, ou seja,

aqueles que buscam seguro-desemprego, auxílio-doença, aposentadoria, auxílio-maternidade, entre outras

categorias de benefícios, e que na grande maioria das vezes dependem desse dinheiro para pagar contas

básicas como alimentação, água, luz e aluguel.

Todo o exposto demonstra a total falta de planejamento e organização do Governo, que propôs e

aprovou uma Reforma da Previdência sem prever seus impactos imediatos na vida das pessoas que

dependem desses recursos para sobreviver, trazendo o caos a milhões de brasileiros de forma direta ou

indireta, tendo em vista que muitas famílias só podem contar com esta única fonte de renda.

Dessa forma, é imprescindível que o Ministro, como responsável direto por aquele Instituto, venha ao

Parlamento explicar os motivos que levaram o INSS a este funcionamento precário e apresentar as medidas

urgentes que busquem solucionar os graves problemas que afligem grande parte da população brasileira.

Plenário Ulisses Guimarães, de fevereiro de 2020.

Alessandro Molon

PSB/RJ


(do Sr. Márcio Jerry )

Requer a convocação do senhor Abraham Bragança de Vasconcellos Weintraub, Ministro de Estado da

Educação, para prestar esclarecimentos sobre a gravidade dos fatos no ENEM e no SISU.

DESPACHO:


RICD. Publique-se.


Senhor Presidente,

Requeiro a V. Exa., com fundamento no art. 50 da Constituição Federal e no artigo 219, § 1º do

Regimento Interno, que sejam adotadas as providências necessárias à convocação do Ministro de Estado da

Educação, ABRAHAM WEINTRAUB, para comparecer ao Plenário desta Casa a fim de prestar esclarecimentos

sobre a gravidade dos fatos na realização e apuração das prova do Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM),

realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), autarquia

vinculada ao Ministério da Educação. Bem como no Sistema de Seleção Unificada (SISU), sistema do

Ministério da Educação, no qual instituições públicas de ensino superior oferecem vagas para candidatos

participantes do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem).

Justificativa

O país foi surpreendido com a informação de que havia ocorrido falhas na realização e correção

das provas do Exame Nacional de Ensino Médio (ENEM), prejudicando milhares de estudantes em todo o

Brasil, gerando desconfiança por parte dos alunos nas provas e nas notas divulgadas pelo MEC, o que já

motivou ao menos 17 ações para revisar notas - e já houve duas liminares favoráveis a estudantes.

Posteriormente, mais notícias sobre falhas, ilegalidades e vazamentos nos resultados Sistema de

Seleção Unificada (SISU), o sistema de seleção de candidatos para as instituições de ensino superior públicas

do país. A Justiça Federal havia decretado a suspensão do Sisu, após ser acionada pela Defensoria Pública da

União após o MEC ter admitido a divulgação do ENEM de 2019 com erros. Enquanto os fatos se sucediam, o

ministro da Educação, Abraham Weintraub, ficava fazendo proselitismo e debochando das críticas por meio

do Twitter, reiterando que o EMEM 2019 tinha sido “o melhor Enem de todos os tempo”, quando a verdade

era inteiramente o contrário.

Enquanto a crise permanece e as ocorrências de erros se sucedem, o ministro permanece nas

redes sociais com seu habitual comportamento de minimizar os erros e atacar de maneira sórdida a imprensa

e outros órgãos e entidades que apontam os erros. O nível de indignação chegou a tal nível, que o presidente

da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, declarou mais uma vez a sua preocupação com o processo. Para ele

“a cada ano se perde com a ineficiência, com o discurso ideológico, com a péssima qualidade na

administração, [isso] acaba prejudicando os anos seguintes da nossa sociedade”. E mais adiante, que com essa

condução ministerial e os reiterados problemas, “nosso país não tem futuro, né? Não tem futuro. Parece um

passado ruim”.

No mesmo sentido, o presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), Pedro

Gorki, declarou que a atitude do MEC é de quem “brinca com o futuro dos estudantes brasileiros”.

São situações graves para a Educação brasileira, porque o calendário educacional de 2020 já está

em plena atividade e o Ministério da Educação ainda não deu respostas para questões de grande relevância

para a área, como a definição de repasses para estados e municípios para viabilizar matrícula e merenda de

alunos em todo país.

Neste sentido, faz-se necessário a convocação do senhor Ministro da Educação para que esclareça

a esta casa em definitivo a verdade sobre estes episódios que maculam o processo de realização e apuração

das notas no Enem de 2019.


Deputado MÁRCIO JERRY

PCdoB-MA



(do Sr. Capitão Alberto Neto )

Requer Voto de Louvor ao Excelentíssimo Senhor Secretário de Segurança Pública do Estado do Amazonas, ao

Comandante Geral da Polícia Militar do Estado do Amazonas e ao Delegado-geral da Polícia Civil, pela

excepcional atuação frente à Operação "Domínio da Lei".

DESPACHO:


Senhor Presidente,

Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 117 do Regimento Interno desta Casa

Legislativa, ouvido o plenário, seja registrado nos anais desta casa, VOTO DE LOUVOR ao Excelentíssimo

Senhor Secretário de Segurança Pública do Estado do Amazonas, Coronel Louismar Bonates, ao Comandante

Geral da Polícia Militar do Estado do Amazonas, Coronel Ayrton Norte e ao Delegado-geral da Polícia Civil,

Lázaro Ramos pela excepcional atuação frente à Operação “Domínio da Lei”, focada no combate ao tráfico de

drogas, a ação mobilizou mais de 300 policiais civis e militares para o cumprindo mandados de busca e

apreensão na área, efetuando mandados de prisão de lideranças do tráfico no Estado.

Termos em que, pede deferimento.


CAPITÃO ALBERTO NETO DEPUTADO FEDERAL

Republicanos/AM


(do Sr. Rubens Bueno )

Requer Moção de Congratulações aos religiosos Cosme Teixeira Maciel, José Matias de Oliveira, José

Anunciação dos Santos e Israel Berbete, em homenagem à Jubilação de Pastorado.


DESPACHO:


Senhor Presidente,

Requeremos, nos termos do art. 117, inciso XIX, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados,

seja registrada nos Anais desta Casa Moção de Congratulações aos religiosos Cosme Teixeira Maciel, José

Matias de Oliveira, José Anunciação dos Santos e Israel Berbete, em homenagem à Jubilação de Pastorado.

JUSTIFICATIVA

A atuação dos religiosos Cosme Teixeira Maciel, José Matias de Oliveira, José Anunciação dos Santos

e Israel Berbete, pastores da Igreja Evangélica Assembleia de Deus, vem contribuindo de modo extremante

positivo para a população de Campo Mourão e região, no Estado do Paraná.

Os quatro pastores, além de pregar os ensinamentos religiosos, também contribuem com o apoio

espiritual e psicológico dos membros da comunidade. Além disso, graças à sua atuação, a igreja vem

crescendo nos bairros de Campo Mourão, que contam com mais de 2.500 fiéis.

O Pastor Cosme Teixeira Maciel tem 42 anos de ministério e atuou em diversas igrejas de Campo

Mourão. O Pastor Israel Berbete, além de atuar em Campo Mourão, também pastorou em Campina da Lagoa

e Juranda, desde 1980. Já o Pastor José Matias de Oliveira atuou em Luiziana, Iretama, Campo Mourão e

Campina da Lagoa. O Pastor José Anunciação dos Santos atuou em diversos bairros de Campo Mourão.

Cumpre destacar que o presente Requerimento é fruto das iniciativas do vereador Edilson Martins,

da Câmara Municipal de Campo Mourão, e do deputado Douglas Fabrício, da Assembleia Legislativa do Estado

do Paraná.


Deputado Rubens Bueno Cidadania/PR


(do Sr. Emanuel Pinheiro Neto )

Requer a retirada de tramitação e o arquivamento do Projeto de Lei nº 6378, de 2019 de minha autoria que

Inclui no Anexo da Lei nº 5.917, de 10 de setembro de 1973, que dispõe sobre o Plano Nacional de Viação, o

trecho rodoviário que especifica.


DESPACHO:

Defiro a retirada do Projeto de Lei n. 6.378/2019, nos termos dos arts. 104, caput, e 114, VII, do RICD.


Senhor Presidente,

Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do Art. 104, do Regimento Interno da Câmara dos

Deputados, a retirada de tramitação e o arquivamento do Projeto de Lei nº 6378, de 2019 de minha autoria

que Inclui no Anexo da Lei nº 5.917, de 10 de setembro de 1973, que dispõe sobre o Plano Nacional de Viação,

o trecho rodoviário que especifica.

Sala das sessões, em de de 2020

EMANUEL PINHEIRO NETO

Deputado Federal PTB/MT


(do Sr. Célio Studart )

Requer moção de aplauso à enfermeira Marília Cristina Silva Afonso, homenageada pelo Prêmio "Faz

Diferença", concedido pelo jornal "O Globo".

DESPACHO:


Senhor Presidente,

Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 117, inciso XIX, do Regimento Interno, ouvido o

Plenário, seja registrada nos anais desta Casa moção de aplauso à enfermeira Marília Cristina Silva Afonso,

homenageada pelo Prêmio “Faz Diferença”, concedido pelo jornal “O Globo”.


JUSTIFICATIVA

Na condição de Presidente da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Enfermagem, tenho a honra de

requerer esta homenagem para ressaltar a coragem, cuidado e respeito à vida que, representadas na pessoa

da sra. Marília Cristina Silva Afonso, são características da categoria da Enfermagem.

Em 12 de setembro de 2019 ocorreu um incêndio na CTI do Hospital Badim, situado na zona norte do

Rio de Janeiro, provocando a morte de 22 pessoas.

Durante o incêndio, mesmo sendo mãe de duas meninas e inalando muita fumaça, a homenageada

não pensou duas vezes antes de arriscar sua vida para salvar todos os internados no CTI cardíaco, situado no

terceiro andar do hospital, parando de socorrer pacientes apenas quando desmaiou de exaustão na calçada.

Após o episódio, Marília foi internada para tratar das sequelas do resgate e ficou afastada do trabalho

em razão do trauma. A homenageada tem 35 anos, é técnica de enfermagem há 16 e, no ano passado,

formou-se enfermeira.

Na edição de 1º de fevereiro de 2020, o jornal “O Globo” destacou os vencedores da 17ª edição do

Prêmio “Faz Diferença”. Em um reconhecimento ao heroísmo do ato que salvou vidas, a profissional de

Enfermagem foi uma das contempladas, sendo escolhida na categoria “Rio”.

O Prêmio é uma iniciativa do jornal em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de

Janeiro (Firjan), destacando o trabalho, a dedicação e o talento de brasileiros, que, nas mais diversas áreas de

atuação, serviram de inspiração para o país e o mundo em 2019.

Peço apoio aos nobres pares à aprovação desta moção de aplauso.

Sala das sessões, de de 2020.

Deputado CÉLIO STUDART

PV/CE


(da Srª. Fernanda Melchionna )

Requer a convocação do Ministro de Estado da Economia, Sr. Paulo Roberto Nunes Guedes, para comparecer

ao Plenário da Câmara dos Deputados a fim de prestar esclarecimentos acerca do crescimento exponencial da

fila do INSS


DESPACHO:


RICD. Publique-se.

Senhor Presidente.

Requeremos a Vossa Excelência, com base no art. 50 da Constituição Federal, e na forma dos arts. 117,

II; e 219, I; ambos do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a adoção das providências necessárias

para a convocação do Ministro de Estado da Economia, Sr. Paulo Roberto Nunes Guedes, para comparecer ao

Plenário da Câmara dos Deputados a fim de prestar esclarecimentos acerca do crescimento exponencial da

fila do INSS e da não resposta de questões solicitadas por requerimento de informação apresentado pela

bancada de Deputados Federais do PSOL.

JUSTIFICAÇÃO

Com efeito, há alguns dias um amplo conjunto de denúncias graves de natureza operacional,

referentes à atual gestão de análise de pedidos de benefícios ao INSS, veio à baila. O acúmulo de falhas e

irregularidades operacionais gerou uma grave crise, que se manifesta no atraso de concessões de novos

benefícios para milhões de pessoas.

Atualmente, há quase dois milhões de pessoas à espera de concessão de aposentadorias, salários-

maternidade e Benefícios de Prestação Continuada (BPC/Loas). O BPC é um benefício assistencial pago a

idosos e pessoas com deficiência em condições de miserabilidade.

Desses dois milhões de pedidos na fila, 1,3 milhão aguardam a liberação há mais de 45 dias — prazo

regulamentar do órgão para conceder ou negar um pedido. Depois disso, o INSS é obrigado a pagar correção

monetária sobre os valores devidos.

Contudo, apesar da morosidade na análise dos pedidos de novos benefícios, é contraditório notar a

grande produtividade do INSS na suspensão de benefícios com suspeitas de irregularidade: houve o

cancelamento de 261,3 mil benefícios em quatro meses. Exemplo sintomático é o da região de Campinas: o

número de benefícios suspensos pelo INSS cresceu 234% nas dez maiores cidades da região de Campinas em

relação a 2018.

A bancada de Deputados Federais do PSOL apresentou ao Ministério da Economia requerimento de

informação para compreender a situação das suspensões discriminadas por faixas de renda. No que tange a

pergunta sobre a composição detalhada do cancelamento do pagamento de 261,3 mil benéficos em quatro

meses, fulcro do Requerimento de Informações, o Ministério não respondeu o questionamento no prazo

regimental, pedindo prorrogação de quarenta e cinco dias (Requerimento de informação nº 1866/2019,

conforme resposta que segue em anexo).

Para substanciar a convocação, dentre as falhas de natureza operacional e irregularidades no que

tange ao princípio da publicidade, enumeramos:

1. Ainda em setembro de 2018, o Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP) alertou para a

redução do funcionalismo do INSS. Segundo o diretor do IBPD, o presidente do INSS à época,

Edilson Garcia, em reunião com diversas entidades em julho de 2018, afirmou que 55% dos

servidores do órgão se aposentariam em 20191.

1 Disponível em: https://www.ibdp.org.br/?p=709


2. No fim de 2018, a estimativa do próprio INSS era que mais da metade dos funcionários poderiam

se aposentar no ano passado. Na ocasião, o INSS chegou a pedir ao Ministério do Planejamento um

concurso para preencher 7.888 vagas, mas não foi atendido2. Exatamente o número de militares da

reserva que o governo pretende convocar para o apoio a novas análises.

3. Conforme pode-se constatar em matéria divulgada no site oficial do Ministério Público Federal

(MPF), o órgão, em agosto do ano passado, ajuizou ação civil pública contra a União e o INSS

determinando que fossem contratados de forma temporária funcionários em número suficiente

para atender às demandas acumuladas há mais de 60 dias no instituto e que fosse realizado

concurso para provimento de cargos efetivos vagos.3

4. Em 2019, as procuradoras da República Eliana Pires Rocha e Anna Paula Coutinho frisaram na ação

que: “Ainda que o teleatendimento 135 e o Meu INSS tenham, em tese, facilitado a formulação de

pedidos à autarquia, esta não consegue processar, em prazo minimamente razoável, os

requerimentos administrativos desencadeados por essas vias. É que as novidades tecnológicas não

dispensam a atuação dos servidores para a análise e a decisão sobre o que foi requerido”4.

5. Mais de dois meses após a aprovação da reforma, o sistema de simulação online ainda não foi

atualizado para calcular a concessão da aposentadoria pelas novas regras (Figura 01). Com isso, o

trabalhador não consegue descobrir, de forma automatizada e pelo canal oficial, quando poderá se

aposentar a partir das mudanças implementadas pela reforma da Previdência. Isso pode

desestimular potenciais beneficiários de concretizarem o pedido inicial. Trata-se de uma grave

afronta ao princípio da publicidade. O INSS ainda não deu prazo para regularizar a situação.

Figura 01 – Mensagem do sistema de simulação online do INSS

Fonte: site oficial do INSS; acesso em 05 de fevereiro de 2020

2 Disponível em https://folhadirigida.com.br/noticias/concurso/inss/pedido-de-concurso-inss-tem-cinco-movimentacoes-em-um-dia 3 http://www.mpf.mp.br/df/sala-de-imprensa/noticias-df/mpf-pede-que-inss-tenha-quadro-de-servidores-recomposto-imediatamente 4 Disponível em: http://www.mpf.mp.br/df/sala-de-imprensa/noticias-df/mpf-pede-que-inss-tenha-quadro-de-servidores-recomposto-imediatamente


6. Apesar da lentidão na análise dos pedidos de novos benefícios, é surpreendente e contraditório

notar a grande produtividade do INSS na suspensão de benefícios com suspeitas de irregularidade:

houve o cancelamento de 261,3 mil benefícios em quatro meses5. Exemplo sintomático é o da

região de Campinas: o número de benefícios suspensos pelo INSS cresceu 234% nas dez maiores

cidades da região de Campinas em relação a 20186.

Mais contraditória ainda é a resposta da assessoria do instituto ao site G1: segundo o site, a

assessoria alega que, dentre outros, o aumento da produtividade se deve ao aumento da

fiscalização. Ora, considerando que os benefícios envolvem o próprio Direito à vida e à dignidade,

não seria mais conveniente concentrar os esforços nas análises de benefícios novos, como o

Benefício de Prestação Continuada, destinado a idosos e deficientes físicos em situação de

miserabilidade?

7. A suspensão do funcionamento do sistema por meses e ausência de informações detalhadas solapa

o princípio da publicidade que obriga a administração pública a agir de forma transparente, de

forma a garantir à população e ao poder legislativo que a representa o acesso aos seus atos,

decisões e fundamentações.

Assim, consideramos fundamental e urgente que o Exmo. Sr. Ministro de Estado da Economia

compareça a este parlamento para debater tão importante tema, e com esse fito solicitamos aos nossos pares

a aprovação deste Requerimento.

Eis porque solicitamos o apoio dos pares ao presente Requerimento.


Fernanda Melchionna Líder do PSOL

Áurea Carolina PSOL/MG

David Miranda PSOL/RJ

5 Disponível em: https://veja.abril.com.br/economia/inss-pente-fino-cancela-261-mil-beneficios-em-quatro-meses/ 6 Disponível em: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2020/01/31/no-de-beneficios-suspensos-pelo-inss-cresce-234percent-nas-dez-maiores-cidades-da-regiao-de-campinas.ghtml


Glauber Braga

PSOL/RJ

Ivan Valente PSOL/SP

Luiza Erundina PSOL/SP

Marcelo Freixo PSOL/RJ

Sâmia Bomfim PSOL/SP

Edmílson Rodrigues PSOL/PA

Talíria Petrone

PSOL/RJ


(do Sr. Glaustin Fokus )

Requer a retirada de tramitação do PL 6466/2019, que acrescenta o § 15 ao art. 3º da Lei Complementar nº

63, de 11 de janeiro de 1990, para restringir a forma de cálculo do valor adicionado derivado da geração de

energia hidrelétrica estampada no § 14 aos Municípios sedes de usinas hidrelétricas sob o regime de cotas.

DESPACHO:

Defiro a retirada do Projeto de Lei n. 6.466/2019, nos termos dos arts. 104, caput, e 114, VII, do RICD.


Senhor Presidente,

Nos termos do Artigo 104 do Regimento Interno desta Casa, requeremos a retirada de tramitação da Proposta de Projeto de Lei nº 6466/2019, que acrescenta o § 15 ao art. 3º da Lei Complementar


nº 63, de 11 de janeiro de 1990, para restringir a forma de cálculo do valor adicionado derivado da geração de energia hidrelétrica estampada no § 14 aos Municípios sedes de usinas hidrelétricas sob o regime de cotas.

Sala das Sessões, em de de 2020.

GLAUSTIN FOKUS DEPUTADO Federal

PSC/GO


(da Srª. Magda Mofatto )

Requer a desapensação do PL nº 5.882/2019, apensado ao PL nº 4.607/2009

DESPACHO:

Indefiro o pedido de desapensação contido no Requerimento n. 193/2020, nos termos do artigo 142 do

Regimento Interno da Câmara dos Deputados, porquanto os Projetos de Lei n. 4.958/2019 e n. 4.607/2009

tratam de matérias correlatas. Publique-se. Oficie-se.

Senhor Presidente,

Requeremos a Vossa Excelência, nos termos dos arts. 142 e 143 do Regimento Interno da

Câmara dos Deputados, a desapensação do PL nº 4.958/2019 ora apensado ao PL nº 4.607/2009, do

Deputado PEDRO HENRY, por tratarem de temas diversos.

JUSTIFICATIVA

O PL nº 4.958/2019 visa estabelecer um novo processo de dispõe alteração do artigo 306 da

Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, objetivando o uso do

drogômetro.

Noutro rumo, porém, o PL nº 4.607/2009 dispõe exclusivamente sobre o aumento da

progressividade das penalidades nos casos em que o condutor de veículo automotor dirigir após ter

consumido bebida alcoólica.


São, portanto, matérias de conteúdo e intenções diversas, MATÉRIA NÃO IDÊNTICA OU

SEQUER CORRELATA não podendo tramitar conjuntamente. Diante do exposto, solicitamos a desapensação

dos referidos projetos, pelas razões de ordem técnica apresentadas e para assegurar o absoluto respeito ao

Regimento Interno desta Casa.

Salas das Sessões, em de fevereiro de 2020.

DEPUTADA FEDERAL MAGDA MOFATTO


(do Sr. Eduardo Bismarck )

Requer a inclusão da Comissão de Defesa do Consumidor no despacho inicial aposto ao Projeto de Lei nº 21,

de 2020.

DESPACHO:

Indefiro o Requerimento n. 212/2020, porque a matéria versada no Projeto de Lei n. 21/2020 não se

enquadra no campo temático da Comissão de Defesa do Consumidor, delimitado no inciso V do art. 32 do

RICD. Publique-se. Oficie-se.

Senhor Presidente,

Requeiro a Vossa Excelência, com base nos artigos 141; 139, II, alínea a; e 32, V do Regimento Interno

da Câmara dos Deputados, a inclusão da Comissão de Defesa do Consumidor (CDC) no despacho inicial aposto

ao Projeto de Lei nº 21, de 2020, que “estabelece princípios, direitos e deveres para o uso de inteligência

artificial no Brasil, e dá outras providências”.

JUSTIFICATIVA

O Projeto de Lei nº 21, de 2020 aguarda recebimento pela Comissão de Ciência e Tecnologia,

Comunicação e Informática (CCTCI).


O núcleo central do Projeto, de minha autoria, é estabelecer princípios, direitos e deveres para o uso

de inteligência artificial no Brasil.

Nesse intuito, o projeto logra êxito em incentivar que o desenvolvimento da Inteligência Artificial no

Brasil se dê com base no desenvolvimento tecnológico e inovação, na livre iniciativa e livre concorrência, na

igualdade e não discriminação e, muito importante, na privacidade e proteção de dados.

O despacho atual aposto ao projeto de lei em tela prevê a sua tramitação ordinária nas Comissões de

Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI), Trabalho, de Administração e Serviço Público

(CTASP) e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) (art. 54, RICD), em apreciação conclusiva.

Entretanto, análise técnica levada a cabo no projeto de lei constatou presentes elementos inseridos no

campo temático da Comissão de Defesa do Consumidor (CDC).

Cabe à CDC se manifestar sobre projetos que dispõem sobre economia popular e repressão ao abuso

do poder econômico, relações de consumo e medidas de defesa do consumidor e composição, qualidade,

apresentação, publicidade e distribuição de bens e serviços (art. 32, V).

O Projeto em questão abarca em seus artigos diversos temas relacionados às competências da CDC.

Primeiramente, os princípios, direitos e deveres estabelecidos no projeto são destinados a todos, inclusive

pessoas físicas e jurídicas de direito privado, o que engloba agentes de inteligência artificial e as partes

interessadas, que incluem os consumidores.

Para mais, a matéria estabelece princípios para o uso responsável de inteligência artificial no Brasil, o

que abarca a necessidade de transparência e explicabilidade dessas ações e a impossibilidade de uso dos

sistemas para fins discriminatórios, ilícitos ou abusivos.

Em vista desse fato e de outros aspectos da matéria, solicitamos o encaminhamento do presente

requerimento de redistribuição à Mesa, para que seja revisto o despacho inicial e incluída a Comissão de

Defesa do Consumidor (CDC) entre os órgãos com competência para se pronunciar sobre o mérito da matéria

em foco.

Sala das Sessões, de de 2020.

Deputado EDUARDO BISMARCK

PDT-CE



6. DESPACHOS

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 223, DE 2019

(Do Sr. Lucas Redecker )

"Altera o art. 101 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para estabelecer novo prazo para o pagamento de precatórios pelos Estados, Distrito Federal e Municípios e dá outras providências." (APENSE-SE À(AO) PEC-95/2019. PROPOSIÇÃO SUJEITA À APRECIAÇÃO DO PLENÁRIO. REGIME DE TRAMITAÇÃO: ESPECIAL (ART. 202 C/C 191, I, RICD))



7. PARECERES

PARECERES

DESPACHO DO PRESIDENTE

PUBLICAÇÃO DE PARECER DE COMISSÃO

Projeto de Lei N.º 0275-A, DE 2019 - CSSF Projeto de Lei N.º 1153-A, DE 2019 - CSSF Projeto de Lei N.º 1860-A, DE 2019 - CSSF Projeto de Lei N.º 1861-A, DE 2019 - CSSF Projeto de Lei N.º 2035-A, DE 2019 - CSSF Projeto de Lei N.º 2308-A, DE 2019 - CSSF Projeto de Lei N.º 2530-A, DE 2019 - CSSF Projeto de Lei N.º 3679-A, DE 2019 - CSSF Projeto de Lei N.º 4360-A, DE 2019 - CSSF

PRESIDÊNCIA/SGM Em 19/02/2020 Publique-se.

RODRIGO MAIA

Presidente


PROJETO DE LEI N.º 275-A, DE 2019 (Do Sr. Rubens Otoni)

Acrescenta dispositivos ao Decreto-Lei nº 667, de 1969, para tornar obrigatória a realização de exames psicológicos para ingresso e permanência nos quadros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiro Militar bem como nos cursos de reciclagem; tendo parecer da Comissão de Seguridade Social e Família, pela aprovação deste e dos de nºs 656/19 e 1041/19, apensados, com substitutivo (relatora: DEP. CARMEN ZANOTTO). DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE: SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA; TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO; SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO; E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD). APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II

PUBLICAÇÃO DO PARECER DA COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

I - RELATÓRIO

O presente projeto de lei propõe sejam obrigatórias avaliações periódicas, por meio de exames psicotécnicos, para ingresso e permanência na polícia e no corpo de bombeiros militares. Os exames deverão acontecer na admissão, sendo repetidos anualmente ou, em situações específicas, em menos tempo. Prevê ainda instruções operacionais semestrais que promovam a reciclagem dos integrantes da polícia militar.

Encontram-se apensadas a esta proposição as seguintes proposituras: • Projeto de Lei nº 656, de 2019, de autoria da Deputada Shéridan, que “Estabelece a

obrigatoriedade do Estado em oferecer assistência psicológica gratuita aos agentes de segurança pública ativos e inativos”. Assegura: assistência psicológica por meio de ações preventivas e de assistência integral em saúde mental aos agentes de segurança pública ativos e inativos; apoio material e psicológico para familiares; disponibilidade de psicólogos nas unidades de força de segurança estaduais e federais com mais de cem agentes ou, alternativamente, por meio de convênio com outros entes públicos.

• Projeto de Lei nº 1.041, de 2019, de autoria do Deputado Capitão Wagner, que “Dispõe sobre a criação de centros de atendimento biopsicossocial aos profissionais de segurança pública em todo território nacional”. Cria centros federal e estaduais de atendimento biopsicossocial aos profissionais de segurança pública, mantidos pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, por meio de convênios com universidades federais. O atendimento a ser oferecido, além das ações mencionadas no projeto de lei anterior, prevê acolhimento dos profissionais vítimas de processos de interdição ou aposentadoria por invalidez, terapia ocupacional e distribuição de material informativo em saúde.

No prazo regimental, não foram apresentadas emendas aos projetos. Além desta Comissão de Seguridade Social e Família, a proposição será também

encaminhada para análise de mérito à Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público e à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. Em seguida, será apreciada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, a respeito de sua constitucionalidade, regimentalidade, juridicidade e técnica legislativa. Por ter caráter conclusivo nas comissões, dispensa a apreciação do Plenário.

É o relatório.

II - VOTO DA RELATORA

Cabe a este Colegiado a análise da proposição do ponto de vista sanitário e quanto ao mérito. Eventuais ponderações acerca da redação ou da técnica legislativa deverão ser apontadas pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

As proposituras em tela mostram-se extremamente oportunas, especialmente em face da crise de segurança pública que atinge atualmente este país. Os meios de comunicação têm mostrado dados preocupantes sobre a violência.


Os profissionais de segurança convivem diuturnamente com o estresse ocupacional. Trata-se de uma característica de sua profissão e isso, por si só, já justifica que tenham acesso a apoio emocional rotineiro.

No entanto, vem sendo registrado aumento das agressões contra esses profissionais. Estão envolvidos em situações de grande risco, sendo eles próprios e seus familiares vítimas de grupos criminosos bem organizados. Mais uma razão para que o Estado lhes proporcione suporte profissional.

Diante disso, somos pela aprovação das proposições em análise, cujos autores merecem ser louvados pelas iniciativas. Elaboramos, então, um substitutivo que procura preservar a essência das proposituras, objetivando dar-lhes o maior alcance possível, bem como harmonizar o texto final com nosso regramento pátrio.

Evitamos incluir no substitutivo dispositivos que criem estruturas ou determinem a contração de pessoal, em face do possível vício de iniciativa a elas associado. E, para assegurar que todos os agentes públicos de segurança sejam alcançados pelas medidas ora propostas, optamos por elaborar lei autônoma, vez que não existe documento legal que trate conjuntamente de todas as categorias envolvidas.

Finalmente, alteramos o dispositivo que assegura instruções operacionais aos agentes de segurança, para somar também treinamentos para o controle do estresse. Os treinamentos deverão ocorrer semestralmente, com o objetivo de oferecer a esses profissionais mecanismos adequados para lidar de forma saudável com situações que geram tensão. Visam, portanto, à prevenção do adoecimento emocional desses profissionais.

Diante do exposto, o voto é pela aprovação dos Projetos de Lei nº 275, 656 e 1.041, todos de 2019, na forma do substitutivo anexo.

Sala da Comissão, em 3 de outubro de 2019.

Deputada CARMEN ZANOTTO Relatora

SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nº 275, DE 2019

Apensados: PL nº 1.041/2019 e PL nº 656/2019.

Assegura assistência psicossocial, instruções operacionais e treinamento sobre procedimentos e padrões de conduta policial aos agentes públicos de segurança.


Art. 1º Fica assegurada assistência psicossocial a todos os agentes públicos de segurança, a ser prestada por órgão próprio ou conveniado ao ente federado pagador.

Art. 2º O ingresso nos órgãos de segurança pública será precedido de avaliação psicológica para verificar a aptidão do candidato para o exercício das atividades do cargo.

Parágrafo único. A avaliação psicológica deverá ser repetida anualmente ou após participação em atividade que leve à morte de colega de trabalho, de opositor ou de vítima do sinistro.

Art. 3º Serão oferecidos aos agentes públicos de segurança instruções operacionais e treinamentos para o controle do estresse semestrais sobre procedimentos e padrões de conduta policial.



Deputada CARMEN ZANOTTO Relatora

III - PARECER DA COMISSÃO

A Comissão de Seguridade Social e Família, em reunião extraordinária realizada hoje, aprovou unanimemente o Projeto de Lei nº 275/2019, e os PLs nºs 656/2019 e 1.041/2019, apensados, com substitutivo, nos termos do Parecer da Relatora, Deputada Carmen Zanotto.


Estiveram presentes os Senhores Deputados:

Antonio Brito - Presidente, Adriana Ventura, Alexandre Padilha, André Janones, Assis Carvalho, Carmen Zanotto, Célio Silveira, Darcísio Perondi, Dr. Frederico, Dr. Jaziel, Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr., Dra. Soraya Manato, Eduardo Barbosa, Eduardo Braide, Eduardo Costa, Enéias Reis, Fernanda Melchionna , Flordelis, Geovania de Sá, Jorge Solla, Liziane Bayer, Marco Bertaiolli, Miguel Lombardi, Olival Marques, Ossesio Silva, Pastor Sargento Isidório, Pedro Westphalen, Pinheirinho, Roberto de Lucena, Rodrigo Coelho, Silvia Cristina, Afonso Hamm, Alan Rick, Alcides Rodrigues , Daniela do Waguinho, Diego Garcia, Flávia Morais, Lauriete, Mariana Carvalho, Otto Alencar Filho e Paula Belmonte.

Sala da Comissão, em 12 de novembro de 2019.

Deputado ANTONIO BRITO

Presidente

SUBSTITUTIVO ADOTADO AO PROJETO DE LEI Nº 275, DE 2019

(Apensados: PL nº 1.041/2019 e PL nº 656/2019)

Assegura assistência psicossocial, instruções operacionais e treinamento sobre procedimentos e padrões de conduta policial aos agentes públicos de segurança.


Art. 1º Fica assegurada assistência psicossocial a todos os agentes públicos de segurança, a ser prestada por órgão próprio ou conveniado ao ente federado pagador.

Art. 2º O ingresso nos órgãos de segurança pública será precedido de avaliação psicológica para verificar a aptidão do candidato para o exercício das atividades do cargo.

Parágrafo único. A avaliação psicológica deverá ser repetida anualmente ou após participação em atividade que leve à morte de colega de trabalho, de opositor ou de vítima do sinistro.

Art. 3º Serão oferecidos aos agentes públicos de segurança instruções operacionais e treinamentos para o controle do estresse semestrais sobre procedimentos e padrões de conduta policial.



Deputado Antonio Brito

Presidente


PROJETO DE LEI N.º 1.153-A, DE 2019

(Do Senado Federal)

OF.422/2019 (SF) Altera a Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998, que institui normas gerais sobre desporto e dá outras providências (Lei Pelé), para dividir em seções o Capítulo V – DA PRÁTICA DESPORTIVA PROFISSIONAL e para acrescentar dispositivo relativo aos atletas de base; tendo parecer da Comissão de Seguridade Social e Família, pela aprovação, com emenda (relator: DEP. LUIZ LIMA). DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE: SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA; ESPORTE; E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD). APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II

PUBLICAÇÃO DO PARECER DA

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

I - RELATÓRIO

Busca a presente proposição alterar a Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998 (Lei Pelé), de forma a dividir em seções o Capítulo V e para conferir direitos aos atletas de base.

Nos termos propostos no projeto, aos atletas em formação serão garantidos os seguintes direitos, além dos existentes na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), e na Lei nº 12.852, de 5 de agosto de 2013 (Estatuto da Juventude): I – participação em programas de treinamento nas categorias de base; II – treinamento com corpo de profissionais especializados em formação técnico-desportiva; III – segurança nos locais de treinamento; IV – assistência educacional, complementação educacional e auxílio com material didático-escolar; V – tempo, não superior a 4 (quatro) horas diárias, destinado à efetiva atividade de formação do atleta; VI – matrícula escolar; VII – assistência psicológica, médica, odontológica e farmacêutica; VIII – alimentação suficiente, saudável e adequada à faixa etária; IX – garantia de transporte adequado para o deslocamento de ida e volta entre sua residência e o local de treinamento.

A entidade de prática desportiva formadora proporcionará ao atleta em formação que morar em alojamento por ela mantido: I – instalações físicas certificadas pelos órgãos e autoridades competentes com relação à habitabilidade, à higiene, à salubridade e às medidas de prevenção e combate a incêndio e a desastres; II – assistência de monitor responsável durante todo o dia; III – convivência familiar; IV – participação em atividades culturais e de lazer, nos horários livres; e V – assistência religiosa àqueles que desejarem, de acordo com suas crenças.

O não cumprimento das garantias aos atletas em formação implicará a suspensão da entidade de prática desportiva formadora de participação em competições oficiais até que seja comprovada a correção dos problemas existentes, por meio de laudos técnicos expedidos pelos órgãos e autoridades competentes. A entidade de prática desportiva formadora e seus dirigentes respondem, independentemente da existência de culpa, pelos prejuízos causados a atleta em formação que decorram de falhas de segurança nos locais de treinamento e nos alojamentos.


Trata-se de proposição sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões.

Compete a esta Comissão de Seguridade Social e Família o exame do mérito do projeto.

No prazo regimental, não foram apresentadas emendas.

Para elaboração deste parecer, recebemos contribuições do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO, que foram posteriormente também discutidas com os assessores do Senador Veneziano Vital do Rêgo.

É o Relatório.

II - VOTO DO RELATOR

No tocante à competência dessa Comissão de Seguridade Social e Família, mais especificamente a proteção à criança e ao adolescente, é nosso entendimento que a matéria merece prosperar.

Nossa visão sobre o tema, nesse aspecto, comunga com as motivações do projeto, visto que é sempre é importante lembrar que, apesar de várias alterações sofridas pela Lei Pelé (Lei nº 9.615, de 24 de março de 1998), nada impediu a tragédia com os atletas de base do Clube de Regatas do Flamengo no dia 8 de fevereiro de 2019.

Isso porque as mudanças pelas quais a Lei passou foram, na maioria, efetuadas sob a visão apenas mercantil do esporte, sem observar, para os atletas da base das agremiações, as garantias especiais trazidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990) ou pelo Estatuto da Juventude (Lei no 12.852, de 5 de agosto de 2013), entre outros diplomas legais.

Por isso, louvamos a intenção da proposição de incorporar direitos e garantias diversas aos atletas de base, inclusive sobre segurança em alojamento, na Lei Pelé, fixando garantias a serem cumpridas pelos clubes formadores a todos os atletas de base, bem como sanções pelo não cumprimento das regras estabelecidas.

Somos, portanto, dentro da competência dessa Comissão de Seguridade Social e Família, a favor do mérito da proposição, que visa garantir a segurança e o bem-estar de crianças e adolescentes que buscam seus sonhos de serem atletas em nosso país.

Acrescentaremos, apenas, uma emenda ao inc. VII do art. 29-B, acrescido pelo art. 2º do projeto, de forma a incluir entre as obrigações constantes no dispositivo a assistência fisioterapêutica, que nos parece essencial para qualquer atleta.

Em face do exposto, apresentamos o voto pela aprovação do Projeto de Lei nº 1.153, de 2019, com a emenda em anexo.


Deputado Federal LUIZ LIMA Relator

EMENDA Nº

Dê-se ao inc. VII do art. 29-B acrescido pelo art. 2º do projeto a seguinte redação:

"VII - assistência psicológica, médica, odontológica, farmacêutica e fisioterapêutica".



Deputado Federal LUIZ LIMA Relator


A Comissão de Seguridade Social e Família, em reunião extraordinária realizada hoje, aprovou unanimemente o Projeto de Lei nº 1.153/2019, com emenda, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Luiz Lima.


Antonio Brito - Presidente, Marx Beltrão - Vice-Presidente, Adriana Ventura, Alexandre Padilha, André Janones, Benedita da Silva, Carmen Zanotto, Célio Silveira, Dr. Jaziel, Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr., Dr. Zacharias Calil, Dra. Soraya Manato, Eduardo Barbosa, Eduardo Braide, Eduardo Costa, Fernanda Melchionna , Flordelis, Geovania de Sá, Leandre, Luciano Ducci, Miguel Lombardi, Ossesio Silva, Rodrigo Coelho, Silvia Cristina, Alan Rick, Alcides Rodrigues , Chris Tonietto, Daniela do Waguinho, Denis Bezerra, Diego Garcia, Gildenemyr, Heitor Schuch, Jéssica Sales, João Roma, Luiz Lima, Mauro Nazif, Otto Alencar Filho, Paula Belmonte, Policial Katia Sastre, Pompeo de Mattos, Professora Dorinha Seabra Rezende, Santini e Sergio Vidigal.



Presidente

EMENDA ADOTADA

Dê-se ao inc. VII do art. 29-B acrescido pelo art. 2º do projeto a seguinte redação:

"VII - assistência psicológica, médica, odontológica, farmacêutica e fisioterapêutica".



Presidente



(Da Sra. Aline Sleutjes)

Altera a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, a fim de acrescentar parágrafo 14 ao artigo 25 no intuito de afastar o recolhimento em duplicidade da contribuição previdenciária nas ocasiões que específica; tendo parecer da Comissão de Seguridade Social e Família, pela aprovação, com substitutivo (relator: DEP. PINHEIRINHO). DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE: SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA; FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (MÉRITO E ART. 54, RICD); E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (MÉRITO E ART. 54, RICD) APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II



I - RELATÓRIO

O Projeto de Lei nº 1.860, de 2019, de autoria da nobre Deputada Aline Sleutjes, propõe

alterar o art. 25 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, para permitir que o valor da contribuição devida pelo

empregador rural pessoa física e pelo segurado especial sobre a receita bruta da comercialização de sua

produção possa sofrer compensação dos valores das contribuições incidentes sobre operações de devoluções

efetuadas pelas sociedades cooperativas.

De acordo com a justificação, é possível a ocorrência da operação de devolução de fixação

de preço após a remessa da produção do cooperado à cooperativa, como nas hipóteses em que a

comercialização pretendida não é consumada ou quando a nota fiscal de fixação é emitida em nome de

associado ou produto distintos, ocasionando, assim, uma retenção de contribuição previdenciária indevida.

Até recentemente, era possível corrigir esses incidentes por meio de declaração e registro na GFIP, não

impactando no valor final devido. Contudo, com a obrigação de utilização do e-Social, a partir de meados de

2018, tem sido mais prejudicada a realização desse “estorno direto”, uma vez que não é possível o

cancelamento da nota fiscal após 24 horas e que reiteradas retificações de obrigações acessórias são

impraticáveis. Consequentemente, os descontos indevidos realizados pelas cooperativas impactam no valor a

ser recebido pelos cooperados como pagamento de sua produção.

Por essas razões, entende-se que é preciso realizar uma adequação na legislação, para

afastar o recolhimento em duplicidade da contribuição previdenciária nessas ocasiões.


A proposição tramita em regime ordinário (art. 151, III, do Regimento Interno da Câmara dos

Deputados) e foi distribuída, para apreciação conclusiva, às Comissões de Seguridade Social e Família;

Finanças e Tributação (mérito e art. 54, RICD) e Constituição e Justiça e de Cidadania (mérito e art. 54, RICD).

No prazo regimental, não foram oferecidas emendas às proposições.

É o relatório.


O Projeto de Lei nº 1.860, de 2019, de autoria da nobre Deputada Aline Sleutjes, propõe

alterar a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, para permitir que o valor da contribuição do empregador rural

pessoa física e a do segurado especial possa ser compensado por ocasião do recolhimento das contribuições

destinadas à Seguridade Social ocorridas nas operações de devoluções devidas pelas sociedades cooperativas.

O empregador rural pessoa física e o segurado especial contribuem para a Seguridade Social,

via de regra, com 1,3% da receita bruta proveniente da comercialização da sua produção, sendo 0,1%

destinada ao financiamento das prestações por acidente de trabalho (art. 25, I e II, da Lei nº 8.212, de 1991).

Caso a produção seja enviada a uma cooperativa para comercialização posterior, esta fica

sub-rogada nas obrigações tributárias do empregador rural pessoa física ou segurado especial,

independentemente de as operações de venda ou consignação terem sido realizadas diretamente pelo

produtor ou com intermediário pessoa física (art. 30, IV, da Lei nº 8.212, de 1991).

Ressalta a justificação da proposta em análise a ocorrência da operação de devolução de

fixação de preço após a remessa da produção do cooperado à cooperativa, como nas hipóteses em que a

comercialização pretendida não é consumada ou quando a nota fiscal de fixação é emitida em nome de

associado ou produto distintos. Nesses casos, tem havido uma retenção indevida de contribuição

previdenciárias.

Informa a autora que o desfazimento dessas operações estava ocorrendo normalmente por

meio de declaração e registro na GFIP, não impactando no valor final devido. Ocorre que, com a obrigação de

utilização do e-Social, a partir de meados de 2018, a realização de reiteradas retificações de obrigações

acessórias não tem sido possível do ponto de vista operacional.

O tema em análise deve ser analisado à luz da competência regimental desta Comissão de

Seguridade Social e Família, notadamente daquela que diz respeito a assuntos relativos à Previdência e ao

Regime Geral de Previdência Social (art. 32, XVII, “a” e “p” do RICD).


A compensação é definida pelo art. 368 do Código Civil como a hipótese em que duas

pessoas são, ao mesmo tempo, credora e devedora uma da outra, devendo as obrigações extinguirem-se até

onde compensarem-se. Para que seja aplicada em obrigações tributárias, o art. 170 do Código Tributário

Nacional dispõe que é necessário que lei a autorize, podendo, ainda, dispor sobre as condições e as garantias

necessárias, e que os créditos sejam líquidos e certos, vencidos ou vincendos.

A autorização legal para a compensação de créditos de contribuições previdenciárias não

seria uma novidade, uma vez que o art. 66 da Lei nº 8.383, de 30 de dezembro de 1991, e o art. 74 da Lei nº

9.430, de 27 de dezembro de 1996, já a autorizam expressamente, sob certas condições. Apesar da existência

dessas autorizações legais, o Projeto de Lei nº 1.860, de 2019, informa sobre dificuldades práticas para que as

contribuições recolhidas indevidamente sejam desfeitas.

No mesmo sentido, cumpre citar a Solução de Consulta nº 650, de 2017, da Coordenação

Geral da Tributação da Receita Federal do Brasil (COSIT), que entendeu não ser possível “deduzir da receita

bruta proveniente da comercialização da produção dos produtores rurais os valores relativos às devoluções de

compras anteriores.”

Entendemos que compete a esta Comissão preservar ao máximo as fontes de financiamento

da Seguridade Social, o que não inclui a cobrança de contribuições em duplicidade, que acaba sendo o

resultado prático da impossibilidade de compensação de valores que foram lançados por equívoco ou que

precisam ser retificados.

O setor agrícola, no qual as cooperativas agrícolas exercem papel de alta relevância, é

fundamental para a economia brasileira. De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e

Abastecimento, o cooperativismo responde por 50% do PIB agrícola e envolve mais de 1 milhão de pessoas.1

Sem qualquer prejuízo para o financiamento da Seguridade Social, entendemos que o

projeto em análise prestigia esse importante setor, respondendo a uma demanda legítima de criação de um

meio indireto de devolução de valores de contribuições recolhidas indevidamente.

Assim, entendemos que a proposta merece ser aprovada, mas com alguns ajustes. Embora o

Projeto de Lei nº 1.860, de 2019, restrinja a compensação às operações de devoluções devidas pelas

sociedades cooperativas, entendemos que deve ser autorizada, de forma mais ampla, nos casos de

recolhimento indevido ou a maior da contribuição de que trata o art. 25 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de

1991, por parte de empresa adquirente, consumidora ou consignatária ou por cooperativa e, inclusive, em

operações de devoluções.

1 Fonte: http://www.agricultura.gov.br/assuntos/cooperativismo-associativismo/cooperativismo-brasil.


Ante o exposto, votamos pela aprovação do Projeto de Lei nº 1.860, de 2019, na forma do

Substitutivo em anexo.

Sala da Comissão, em 11 de julho de 2019.

Deputado PINHEIRINHO Relator

SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nº 1.860, DE 2019

Altera a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, a fim de acrescentar parágrafo 14 ao artigo 25 no intuito de afastar o recolhimento em duplicidade da contribuição previdenciária nas ocasiões que específica.


Art. 1º A Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar acrescida do seguinte

parágrafo:

“Art. 25..........................................................................................

......................................................................................................

§ 14 Nos casos de recolhimento indevido ou a maior da contribuição de que trata o caput deste artigo pela empresa adquirente, consumidora ou consignatária ou por cooperativa, inclusive em operações de devoluções, a empresa ou cooperativa responsável poderá efetuar a compensação desse valor no recolhimento de contribuição da mesma espécie.” (NR)



Deputado PINHEIRINHO Relator


A Comissão de Seguridade Social e Família, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou o Projeto de Lei nº 1.860/2019, com substitutivo, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Pinheirinho.



Antonio Brito - Presidente, Alexandre Serfiotis e Marx Beltrão - Vice-Presidentes, Adriana Ventura, Alexandre Padilha, Assis Carvalho, Benedita da Silva, Boca Aberta, Carmen Zanotto, Celina Leão, Célio Silveira, Darcísio Perondi, Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr., Dr. Luiz Ovando, Dr. Zacharias Calil, Dra. Soraya Manato, Eduardo Barbosa, Eduardo Braide, Eduardo Costa, Enéias Reis, Fernanda Melchionna , Jorge Solla, Leandre, Liziane Bayer, Luciano Ducci, Miguel Lombardi, Olival Marques, Ossesio Silva, Pastor Sargento Isidório, Patricia Ferraz, Pedro Westphalen, Roberto de Lucena, Rodrigo Coelho, Silvia Cristina, Alan Rick, Alcides Rodrigues , Arlindo Chinaglia, Chico D'Angelo, Chris Tonietto, Daniela do Waguinho, Diego Garcia, Dr. Leonardo, Fábio Mitidieri, João Roma, Júnior Ferrari, Marcio Alvino, Otto Alencar Filho, Pr. Marco Feliciano, Professor Alcides, Professora Dorinha Seabra Rezende, Santini e Sergio Vidigal.

Sala da Comissão, em 17 de dezembro de 2019.


Presidente

SUBSTITUTIVO ADOTADO AO PROJETO DE LEI Nº 1.860, DE 2019

Altera a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, a fim de acrescentar parágrafo 14 ao artigo 25 no intuito de afastar o recolhimento em duplicidade da contribuição previdenciária nas ocasiões que específica.


Art. 1º A Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, passa a vigorar acrescida do seguinte

parágrafo:

“Art. 25..........................................................................................

......................................................................................................

§ 14 Nos casos de recolhimento indevido ou a maior da contribuição de que trata o caput deste artigo pela empresa adquirente, consumidora ou consignatária ou por cooperativa, inclusive em operações de devoluções, a empresa ou cooperativa responsável poderá efetuar a compensação desse valor no recolhimento de contribuição da mesma espécie.” (NR)


Sala da Comissão, em 17 dezembro de 2019.

Deputado Antônio Brito Presidente



(Da Sra. Aline Sleutjes)

Dispõe sobre o tratamento fisioterápico por eletroestimulação de pacientes com mielomeningocele no Sistema Único de Saúde; tendo parecer da Comissão de Seguridade Social e Família, pela aprovação, com substitutivo (relatora: DEP. DRA. SORAYA MANATO). DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE: SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA; FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (ART. 54 RICD); E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD) APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II


I - RELATÓRIO

O Projeto de Lei nº 1.861, de 2019, incorpora ao Sistema Único de Saúde (SUS) o tratamento fisioterápico por eletroestimulação para os pacientes diagnosticados com mielomeningocele.

Na justificação, a autora esclarece que a mielomeningocele é uma malformação congênita que faz parte do grupo dos defeitos de fechamento de tubo neural. Acrescenta que, no caso da mielomeningocele, em razão do comprometimento neurológico, há uma disfunção no esvaziamento da bexiga, o que leva ao acúmulo de urina, o que pode causar lesões renais, além de incontinência urinária. Conclui que a eletroestimulação tem sido proposta como alternativa terapêutica, pois estímulos elétricos aplicados sobre a pele poderiam atuar nas fibras nervosas íntegras e auxiliar na disfunção do trato urinário.

O PL, que tramita em regime ordinário, foi distribuído à apreciação conclusiva das Comissões de Seguridade Social e Família (CSSF), para análise do seu mérito; de Finanças e Tributação (CFT), para exame da sua adequação financeira e orçamentária; e de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC), para apreciação da sua constitucionalidade, da sua juridicidade e da sua técnica legislativa. No prazo regimental, não foram apresentadas emendas ao PL na CSSF.

É o Relatório.


Cabe a esta Comissão de Seguridade Social e Família a apreciação do PL nº 1.861, de 2019, quanto ao mérito, no que tange a questões referentes ao seu campo temático e às suas áreas de atividade, nos termos regimentais.

O Projeto em análise visa a incorporar ao Sistema Único de Saúde o tratamento fisioterápico por eletroestimulação aos pacientes com mielomeningocele (MMC). A MMC é uma desordem caracterizada pelo fechamento parcial do tubo neural embrionário, decorrente da proliferação inadequada de células ectodérmicas durante o segundo trimestre de gestação, deixando uma abertura na coluna vertebral. Essa condição é considerada a segunda causa de deficiência motora infantil, e acomete entre uma e oito crianças a cada mil nascidas vivas1.

Entre as possíveis consequências da MMC estão paralisia ou deformidades dos membros inferiores e da coluna vertebral, distúrbios da sensibilidade cutânea, disfunção sexual, hidrocefalia, dificuldade de aprendizagem e descontrole urinário e fecal2.

No entanto, embora a mielomeningocele seja uma importante causa de incontinência urinária e fecal, não é a única condição que ocasiona esse tipo de sintoma. Pacientes com trauma craniano encefálico e lesão medular, por exemplo, também podem apresentar perdas involuntárias de urina e fezes.

1 http://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/mielomeningocele_nutricao_proposta_protocolo_atendimento.pdf 2 http://www.scielo.br/pdf/rpp/v26n4/a11v26n4.pdf


Com a aprovação deste PL nos termos propostos pela autora, certamente haverá impacto positivo na saúde pública, uma vez que diversos pacientes serão beneficiados por essa terapia, que tem se mostrado bem-sucedida na melhora dos sintomas a ela associados3.

No entanto, acreditamos que, se estendermos o alcance deste PL, poderemos favorecer ainda mais pacientes, uma vez que a eletroestimulação neuromuscular é um recurso fundamental na conduta fisioterapêutica para o processo de reabilitação da incontinência urinária e fecal que, como mencionamos, tem diversas causas.

Sabemos que, de acordo com a Constituição Federal de 1988, compete ao Estado oferecer todos os cuidados de saúde cabíveis aos cidadãos, dentro do estágio de avanço do conhecimento científico vigente e da necessidade do paciente. Todavia, no caso da saúde, em que as demandas são infinitas e os recursos são insuficientes, é necessário que se normatizem políticas públicas, mediante aprovação de instrumentos legais que sirvam de base para que os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) possam exigir o cumprimento da garantia constitucional da integralidade da saúde.

Com a aprovação deste PL, na forma do Substitutivo, que lhe conferiu um escopo mais ampliado, nós, Representantes do Povo, contribuiremos para a ampliação do número de procedimentos oferecidos ao usuário do SUS. Dessa forma, franquearemos ao cidadão brasileiro o acesso a novas possibilidades terapêuticas, que poderão contribuir para o alcance mais efetivo do seu bem-estar.

Em razão do exposto, o nosso voto é pela APROVAÇÃO do PL nº 1.861, de 2019, nos termos do SUBSTITUTIVO anexo.


Deputada DRA. SORAYA MANATO Relatora


Dispõe sobre o tratamento fisioterapêutico por eletroestimulação de pacientes com incontinência urinária e fecal no Sistema Único de Saúde.


Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a inclusão do tratamento fisioterapêutico por eletroestimulação dos pacientes diagnosticados com incontinência urinária e/ou fecal, no âmbito do Sistema Único de Saúde.

Art. 2º Fica incorporado ao Sistema Único de Saúde o tratamento fisioterapêutico por eletroestimulação aos pacientes com diagnóstico de incontinência urinária e/ou fecal.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor após decorridos cento e oitenta dias da sua publicação oficial.


Deputada DRA. SORAYA MANATO Relatora


A Comissão de Seguridade Social e Família, em reunião extraordinária realizada hoje, aprovou unanimemente o Projeto de Lei nº 1.861/2019 com substitutivo, nos termos do Parecer da Relatora, Deputada Dra. Soraya Manato.


3 https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00384-011-1328-z


Antonio Brito - Presidente, Marx Beltrão - Vice-Presidente, Adriana Ventura, Alexandre Padilha, André Janones, Benedita da Silva, Carmen Zanotto, Célio Silveira, Dr. Jaziel, Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr., Dr. Zacharias Calil, Dra. Soraya Manato, Eduardo Barbosa, Eduardo Braide, Eduardo Costa, Fernanda Melchionna , Flordelis, Geovania de Sá, Leandre, Luciano Ducci, Miguel Lombardi, Ossesio Silva, Rodrigo Coelho, Silvia Cristina, Alan Rick, Alcides Rodrigues , Chris Tonietto, Daniela do Waguinho, Denis Bezerra, Diego Garcia, Gildenemyr, Heitor Schuch, Jéssica Sales, João Roma, Luiz Lima, Mauro Nazif, Otto Alencar Filho, Paula Belmonte, Policial Katia Sastre, Pompeo de Mattos, Professora Dorinha Seabra Rezende, Santini e Sergio Vidigal.



Presidente

SUBSTITUTIVO ADOTADO AO PROJETO DE LEI Nº 1.861, DE 2019

Dispõe sobre o tratamento fisioterapêutico por eletroestimulação de pacientes com incontinência urinária e fecal no Sistema Único de Saúde.


Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a inclusão do tratamento fisioterapêutico por eletroestimulação dos pacientes diagnosticados com incontinência urinária e/ou fecal, no âmbito do Sistema Único de Saúde.

Art. 2º Fica incorporado ao Sistema Único de Saúde o tratamento fisioterapêutico por eletroestimulação aos pacientes com diagnóstico de incontinência urinária e/ou fecal.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor após decorridos cento e oitenta dias da sua publicação oficial.



Presidente


PROJETO DE LEI N.º 2.035-A, DE 2019 (Do Sr. Hiran Gonçalves)

Altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para incluir critérios de composição e ampliar a transparência da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec); tendo parecer da Comissão de Seguridade Social e Família, pela aprovação deste e do de nº 2647/19, apensado, com substitutivo (relator: DEP. DR. LUIZ ANTONIO TEIXEIRA JR.). DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE: SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA; E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD) APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II


I - RELATÓRIO

O Projeto de Lei em epígrafe, de autoria do nobre Deputado Hiran Gonçalves, pretende alterar a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para incluir critérios de composição e ampliar a transparência da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).

O autor do Projeto justifica sua iniciativa citando que houve avanços significativos no sistema de avaliação de novas tecnologias pelo SUS com a criação da Conitec, porém ainda há críticas em relação à transparência das reuniões, além da falta de qualificação adequada de parte dos seus membros. Apontou que o projeto pretende criar exigências curriculares mínimas, que permitam a estes membros uma avaliação crítica, baseada em evidências. Ademais, o autor defende o aumento da transparência nos procedimentos desta Comissão.

Apensado ao Projeto em epígrafe encontra-se o Projeto de Lei nº 2.647, de 2019, que se dispõe sobre a publicidade, participação e transparência das reuniões da Diretoria Colegiada da ANVISA e da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS.

Os Projetos, que tramitam sob o rito ordinário, estão sujeitos à apreciação conclusiva pelas Comissões. Foram distribuídos às Comissões de Seguridade Social e Família, para exame de mérito; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, para aferição da constitucionalidade, da juridicidade e da técnica legislativa.

No âmbito desta Comissão de Seguridade Social e Família, os Projetos não receberam emendas no decurso do prazo regimental.

É o Relatório.


Cabe a esta Comissão a apreciação da Proposição, quanto ao mérito, no que tange a questões referentes a seu campo temático e áreas de atividade, nos termos regimentais.

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) foi criada com a nobre função de assessorar o Ministério da Saúde na incorporação, alteração ou exclusão de novas tecnologias em saúde, bem como na constituição ou alteração de protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas.

Para isso, a Conitec segue um procedimento rigoroso, com prazos definidos, e participação de setores do governo e da sociedade envolvidos com a saúde pública. Apesar de ser um órgão consultivo, todas as decisões tomadas por este órgão foram acatadas pelo Ministério da Saúde, mostrando sua relevância.

O Projeto de Lei nº 2.035, de 2019, de autoria do nobre Deputado Hiran Gonçalves, pretende incluir critérios de composição e ampliar a transparência da Conitec. Originada na “Comissão Especial Destinada A Estudar O Processo De Inovação E Incorporação Tecnológica No Complexo Produtivo Da Saúde, No Brasil E No Mundo” (CETECSAU), essa proposta exige que os membros do órgão tenham formação científica, e determina a observação da transparência nos processos de avaliação.


O Projeto de Lei nº 2.647, de 2019, apensado, de autoria do ex-Ministro Alexandre Padilha, dispõe sobre um aumento na transparência das reuniões da Conitec.

A proposta é de mérito incontestável para a saúde pública. Em primeiro lugar, a publicidade é princípio constitucional da Administração Pública, e a transparência deveria ser a regra para a maioria das reuniões de órgãos públicos.

Além disso, a exigência de experiência profissional e formação acadêmica para os membros do plenário é mais do que adequada, já que a leitura de artigos científicos faz parte do processo de avaliação de tecnologias.

Incluimos também a Associação Médica do Brasil como membros na composição da Conitec, pois a AMB reúne as sociedades de especialidades médicas. Objetivamos com esta medida que o representante da AMB possa levar a cada reunião da Conitec o posicionamento das sociedades de especialidades médicas sobre cada item a ser deliberado nas reuniões.

Pelas razões expostas, na certeza do mérito e oportunidade da proposição, meu voto é pela APROVAÇÃO do Projeto de Lei nº 2.035, de 2019, e do apensado PL nº 2.647, de 2019, na forma do Substitutivo apresentado anexo.


Deputado DR. LUIZ ANTONIO TEIXEIRA JR. Relator


Apensados: PL nº 2.647, de 2019

Altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para alterar critérios de composição e ampliar a transparência da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), e altera a Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, para tornar públicas as reuniões da Diretoria Colegiada da Anvisa.


Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para alterar critérios de composição e ampliar a transparência da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), e altera a Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, para tornar públicas as reuniões da Diretoria Colegiada da Anvisa.

Art. 2º A Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 19-Q...................................................................................... § 1º A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, cuja composição e regimento são definidos em regulamento, contará com a participação de 1 (um) representante indicado pelo Conselho Nacional de Saúde, 1 (um) representante do Conselho Federal de Medicina e 1 (um) representante da Associação Médica do Brasil. ...................................................................................................... §3º Os representantes indicados para participarem da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS deverão ter experiência profissional e formação acadêmica compatíveis com o exercício da avaliação de tecnologias em saúde” (NR) “Art. 19-R...................................................................................... ......................................................................................................


§3º No decorrer do processo de que trata o caput deste artigo deverá ser observado o princípio da transparência.”(NR) §4º As reuniões que tratarem do processo administrativo previsto no caput serão públicas e transmitidas em tempo real por via eletrônica, garantindo assim a efetividade do Princípio da Transparencia.” (NR)

Art. 3º O art. 10 da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 10.......................................................................................... §1º................................................................................................ §2º As Reuniões da Diretoria Colegiada serão transmitidas em tempo real por via eletrônica, garantindo assim a efetividade do Princípio da Transparência .” (NR)

Art. 4º Esta Lei entra em vigor após decorridos cento e oitenta dias de sua publicação.


Deputado DR. LUIZ ANTONIO TEIXEIRA JR. Relator


A Comissão de Seguridade Social e Família, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou o Projeto de Lei nº 2.035/2019, e o PL nº 2.647/2019, apensado, com substitutivo, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr..





Presidente

SUBSTITUTIVO ADOTADO AO PROJETO DE LEI Nº 2.035, DE 2019 (Apensado: PL nº 2.647, de 2019)

Altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para alterar critérios de composição e ampliar a transparência da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), e altera a Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, para tornar públicas as reuniões da Diretoria Colegiada da Anvisa.



Art. 1º Esta Lei altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para alterar critérios de composição e ampliar a transparência da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), e altera a Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, para tornar públicas as reuniões da Diretoria Colegiada da Anvisa.

Art. 2º A Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 19-Q...................................................................................... § 1º A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS, cuja composição e regimento são definidos em regulamento, contará com a participação de 1 (um) representante indicado pelo Conselho Nacional de Saúde, 1 (um) representante do Conselho Federal de Medicina e 1 (um) representante da Associação Médica do Brasil. ...................................................................................................... §3º Os representantes indicados para participarem da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS deverão ter experiência profissional e formação acadêmica compatíveis com o exercício da avaliação de tecnologias em saúde” (NR) “Art. 19-R...................................................................................... ...................................................................................................... §3º No decorrer do processo de que trata o caput deste artigo deverá ser observado o princípio da transparência.”(NR) §4º As reuniões que tratarem do processo administrativo previsto no caput serão públicas e transmitidas em tempo real por via eletrônica, garantindo assim a efetividade do Princípio da Transparencia.” (NR)

Art. 3º O art. 10 da Lei nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 10.......................................................................................... §1º................................................................................................ §2º As Reuniões da Diretoria Colegiada serão transmitidas em tempo real por via eletrônica, garantindo assim a efetividade do Princípio da Transparência .” (NR)

Art. 4º Esta Lei entra em vigor após decorridos cento e oitenta dias de sua publicação.


Deputado Antônio Brito

Presidente


PROJETO DE LEI N.º 2.308-A, DE 2019 (Do Sr. Capitão Wagner)

Acrescenta dispositivo à Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, para dispor sobre o prazo de prescrição da pretensão de reparação civil de incapazes; tendo parecer da Comissão de Seguridade Social e Família, pela aprovação (relator: DEP. POMPEO DE MATTOS ). DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE: SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA; E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (MÉRITO E ART. 54, RICD). APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II


I - RELATÓRIO

Trata-se do Projeto de Lei nº 2.308, de 2019, de autoria do Senhor Deputado CAPITÃO

WAGNER, que amplia de três para cinco anos o prazo prescricional de ações de reparação civil, em se tratando

de jovens que tenham atingido a maioridade civil.

A inovação legislativa pretende garantir ao jovem adulto mais tempo para reivindicar perdas

e danos, tendo em consideração que a maturidade pode vir tardiamente, em alguns casos.

O PL 2308/2019 tramita em regime ordinário, pendente de apreciação conclusiva de

admissibilidade e mérito pelas Comissões de Seguridade Social e Família - CSSF, e de Constituição e Justiça e de

Cidadania - CCJC.

Transcorreu sem emendas o prazo regimental próprio.

É o Relatório.


Vem à apreciação de mérito da Comissão de Seguridade Social e Família - CSSF o PL

2308/2019, que amplia de três para cinco anos o prazo prescricional de ações de reparações de danos para os

jovens que recém atingiram a maioridade civil.

Trata-se de medida oportuna, pois é sabido que a maturidade pode tardar a chegar, para

alguns jovens adultos. Assim, é salutar que se garanta mais tempo para que o jovem conheça seus direitos e

reclame indenizações que lhe sejam devidas.

Nesse sentido, votamos pela aprovação da matéria.

Sala da Comissão, em 6 de agosto de 2019.

Deputado POMPEO DE MATTOS Relator



A Comissão de Seguridade Social e Família, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou o Projeto de Lei nº 2.308/2019, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Pompeo de Mattos.




Deputado ANTONIO BRITO Presidente


PROJETO DE LEI N.º 2.530-A, DE 2019 (Do Sr. Gutemberg Reis)

Dispõe sobre limpeza e inspeção de ar condicionado central, na forma que menciona; tendo parecer da Comissão de Seguridade Social e Família, pela rejeição deste e dos de nºs 4540/19 e 4763/19, apensados (relatora: DEP. ADRIANA VENTURA). DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE: SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA; FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO (ART. 54 RICD); E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD) APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II


I - RELATÓRIO O Projeto de Lei nº 2.530, de 2019, de autoria do nobre Deputado Gutemberg Reis,

pretende tornar obrigatória a realização anual de limpeza geral nos aparelhos de ar condicionado e nos dutos de sistemas de ar refrigerado central, de todos os prédios públicos e comerciais. Além disso, o projeto descreve os procedimentos e critérios para conservação destes sistemas, e determina a manutenção de responsável técnico habilitado em determinados casos.

O autor do Projeto justifica sua iniciativa citando a relação entre o ar que respiramos e a nossa saúde, além do risco de propagação de microrganismos em sistemas de condicionamento de ar. Descreve, ainda, a chamada “síndrome do edifício doente”, terminologia usada para descrever “situações em que os ocupantes dos edifícios se tornem portadores de manifestações agudas de saúde e desconforto que estão associadas ao tempo de permanência no interior de ambientes e à climatização artificial, má conservação de filtros de ar condicionado, umidade, temperatura, deterioração do ar interno e sua insuficiência para a quantidade de pessoas que circulam pelo edifício”.

As seguintes proposições encontram-se apensadas: • Projeto de Lei nº 4.540, de 2019. Autor: Capitão Alberto Neto. Dispõe sobre a

obrigação de higienizar ambientes fechados de acesso coletivo para reduzir o risco de transmissão de doenças infectocontagiosas e dá outras providências.

• Projeto de Lei nº 4.763, de 2019. Autor: Eros Biondini. Dispõe sobre a obrigatoriedade da sanitização de ambientes fechados de acesso coletivo.

Os Projetos, que tramitam sob o rito ordinário, estão sujeitos à apreciação conclusiva pelas Comissões. Foram distribuídos às Comissões de Seguridade Social e Família, para exame de mérito; de Finanças e Tributação, para apreciação da adequação financeira e orçamentária; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, para aferição da constitucionalidade, da juridicidade e da técnica legislativa.

No âmbito desta Comissão de Seguridade Social e Família, os Projetos não receberam emendas no decurso do prazo regimental.

É o Relatório.

II - VOTO DA RELATORA Cabe a esta Comissão a apreciação das Proposições, quanto ao mérito, no que tange a

questões referentes a seu campo temático e áreas de atividade, nos termos regimentais. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a chamada “síndrome do edifício doente” é uma

condição relacionada aos efeitos adversos à saúde que acometem pessoas que vivem ou trabalham em ambientes com clima controlado, sem manutenção adequada. Esta situação está presente em 30% dos edifícios mundialmente, e pode levar a dor de cabeça, irritações nasal e ocular, além de inflamações ou infecções respiratórias.

O Projeto de Lei nº 2.530, de 2019, pretende tornar obrigatória a realização anual de limpeza geral nos aparelhos de ar condicionado e nos dutos de sistemas de ar refrigerado central, de todos os prédios públicos e comerciais. A preocupação quanto à qualidade de ar nos edifícios é de grande importância, porém o Brasil já dispõe de normas que tratam especificamente desta questão.

A Portaria do Ministério da Saúde nº 3.523, de 28 de agosto de 1998, já previa “procedimentos de verificação visual do estado de limpeza, remoção de sujidades por métodos físicos e


manutenção do estado de integridade e eficiência de todos os componentes dos sistemas de climatização”. Na verdade, percebe-se que esta portaria foi a grande inspiração para o Projeto de Lei principal sob análise, mas a norma infralegal não estabelece periodicidade de limpeza anual, como este o faz.

Mais recentemente, a Lei nº 13.589, de 4 de janeiro de 2018, tornou obrigatória a criação e manutenção de Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) em estabelecimentos de uso público e coletivo que possuem ambientes de ar interior climatizado artificialmente. Esta Lei remete, para detalhes, a um regulamento de responsabilidade da Anvisa que já estava em aplicação, a Resolução nº 9, de 16 de janeiro de 2003. Este documento traz diversos pormenores sobre o gerenciamento dos sistemas de climatização, incluindo periodicidades de manutenção diferenciadas para cada caso.

Portanto, a aprovação deste Projeto de Lei não traria inovações ao ordenamento jurídico, pois já existe Lei, e regulamentos do Ministério da Saúde e da Anvisa, que tratam especificamente sobre este assunto.

Os projetos apensados têm propósito muito semelhante ao da proposição principal. O PL apensado nº 4.540, de 2019, pretende adicionar o termo “e veículos de transporte público coletivo” aos destinatários da Lei nº 13.589, de 4 de janeiro de 2018. Apesar desta Lei não especificar estes veículos, tanto a Portaria do Ministério da Saúde quanto a Resolução da Anvisa falam em “sistemas de climatização” e “ambientes climatizados”, sem especificar o local de instalação. Portanto, os aparelhos de ar condicionado de veículos de transporte já estariam cobertos pelas obrigações normativas de manutenção e controle.

O PL apensado nº 4.763, de 2019, também trata do mesmo assunto, porém expandindo a obrigatoriedade de sanitização para todo ambiente fechado de acesso coletivo. A proposta obriga todos estes estabelecimentos a aplicarem produtos saneantes em suas superfícies, uma medida pouco viável e que aumentaria demasiadamente o custo de manutenção de milhares de empresas e órgãos públicos. Ademais, ambientes que necessitam de controle rigoroso, como hospitais e fábricas de alimentos, já possuem extensas regulamentações sobre higiene.

Pelas razões expostas, embora reconhecendo a boa intenção de seus autores, meu voto é pela REJEIÇÃO do Projeto de Lei nº 2.530, de 2019, e dos apensados PL nº 4.540, de 2019, e PL nº 4.763, de 2019.


Deputada ADRIANA VENTURA Relatora


A Comissão de Seguridade Social e Família, em reunião ordinária realizada hoje, rejeitou o PL nº 2.530/2019, e os PLs nºs 4.540/2019, e 4.763/2019, apensados, nos termos do Parecer da Relatora, Deputada Adriana Ventura.





Presidente


PROJETO DE LEI N.º 3.679-A, DE 2019 (Do Sr. Schiavinato)

Institui a Semana Nacional de Prevenção à Saúde do Jovem; tendo parecer da Comissão de Seguridade Social e Família, pela aprovação (relatora: DEP. MARINA SANTOS). DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE: SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA; E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (ART. 54 RICD). APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II



I - RELATÓRIO

O projeto de lei em tela institui a Semana Nacional de Prevenção à Saúde do Jovem, a recair na segunda semana de abril, com os objetivos de estimular ações preventivas e campanhas educativas, promover debates e outros eventos sobre as políticas públicas de atenção integral à saúde dos jovens e riscos de doenças, apoiar as atividades organizadas e desenvolvidas pela sociedade civil em prol da prevenção à saúde do jovem e difundir as medidas de proteção em relação às principais doenças da faixa etária.

A proposição tramita em regime ordinário, sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões. Para apreciação do mérito, foi distribuída a esta Comissão de Seguridade Social e Família, seguindo-se a apreciação pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em consonância com o art. 54 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Não foram apresentadas emendas no prazo regimental.


Conforme o nobre autor explana em sua justificação, a população jovem está, em comparação com à população geral, mais exposta a uma série de enfermidades e condições, decorrentes dos hábitos de vida.

Algumas são decorrentes de vida social e sexual mais ativa: infecções por HIV, HPV, hepatites e coqueluche. Outras são resultado do intenso uso da tecnologia e das pressões da vida moderna, como a obesidade e a depressão.

Em comum, todas têm o fato de poderem ser evitadas pelas medidas adequadas de prevenção, que o projeto ora em tela propõe divulgar e estimular. No entanto, falhando a prevenção, é importantíssimo estar atento para os sinais e sintomas que permitirão realizar um diagnóstico precoce e iniciar o tratamento adequado, o que também está contemplado pelo projeto, que se refere textualmente a políticas públicas de atenção integral.

Do ponto de vista da saúde pública, o Projeto de Lei nº 3.679, de 2019, é sem dúvida meritório e, portanto, nosso voto é por sua aprovação.


Deputada MARINA SANTOS Relatora



A Comissão de Seguridade Social e Família, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou o Projeto de Lei nº 3.679/2019, nos termos do Parecer da Relatora, Deputada Marina Santos.





Presidente


PROJETO DE LEI N.º 4.360-A, DE 2019 (Da Sra. Marília Arraes)

Acrescenta o art. 1.584-A à Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que institui o Código Civil; tendo parecer da Comissão de Seguridade Social e Família, pela aprovação deste e da Emenda apresentada (relatora: DEP. BENEDITA DA SILVA). DESPACHO: ÀS COMISSÕES DE: SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA E CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA (MÉRITO E ART. 54, RICD) APRECIAÇÃO: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II


COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMILIA

EMENDA MODIFICATIVA Nº_____ AO PROJETO DE LEI Nº 4.360/2019

Acrescenta o art. 1.584-A à Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002,

que institui o Código Civil.

Altere-se os art. 1º do Projeto de Lei nº 4.360 de 2019, passando a ter a seguinte redação:

“Art. 1.584-A. Verificando que se trata de dissolução conflituosa da sociedade conjugal, capaz de causar dano emocional e psicológico aos filhos menores, o juiz, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, da Defensoria Pública ou do Conselho Tutelar, determinará o comparecimento do pai e da mãe à oficina de parentalidade existente no centro judiciário de solução consensual de conflitos da respectiva comarca, ou em outro local dotado de estrutura adequada.

.................................................................................................................

......................................................................................................” (NR)

JUSTIFICAÇÃO

A proteção à criança, preocupação conjunta da família, da sociedade e do Estado, foi positivada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Essa lei estabelece que a criança goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade1.

O referido estatuto inclui a Defensoria Pública entre os órgãos que atuam na prevenção de ocorrência de ameaças, na política do atendimento à infância e no auxílio de acesso à justiça. Como se vê, é patente a importância da Defensoria nas ações de proteção à criança e notória sua participação no processo da aplicação dos direitos instituídos pelo ECA.

Assim, submetemos a análise do Relator a referida emenda, para acrescer a previsão da Defensoria Pública como órgão competente para acionar o Poder Judiciário, nos casos de dissolução conflituosa da sociedade conjugal, de modo a proteger à criança de danos emocionais ou psicológicos e para a mudança de local do termo “conflituosa” para imediatamente após a palavra “dissolução”.

Salas das Comissões, em 22 de outubro de 2019

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1 Estatuto da Criança e do Adolescente. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm> Acesso em 15 de out. 2019.


Deputado Luiz Flávio Gomes PSB/SP

I - RELATÓRIO

Busca a presente proposição acrescentar art. 1.584-A à Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que institui o Código Civil, no capítulo relativo à proteção da pessoa dos filhos, dispondo sobre a obrigatoriedade do comparecimento do pai e da mãe à oficina de parentalidade na dissolução da sociedade conjugal conflituosa.

Pelo seu texto, em se verificando que se trata de dissolução da sociedade conjugal conflituosa, capaz de causar dano emocional e psicológico aos filhos menores, o juiz, de ofício ou a requerimento do Ministério Público ou do Conselho Tutelar, determinará o comparecimento do pai e da mãe à oficina de parentalidade existente no centro judiciário de solução consensual de conflitos da respectiva comarca ou em outro local dotado de estrutura adequada.

Dispõe, ainda, que, sempre que possível, os filhos também participarão de oficina especificamente dirigida à sua idade.

Trata-se de proposição sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões. No prazo regimental, foi oferecida uma emenda, que pretende incluir a Defensoria Pública

como órgão competente para o requerimento de comparecimento à oficina. É o Relatório.


No tocante ao mérito, é nosso entendimento que a matéria merece prosperar, visto que se mostra oportuna e conveniente a criação do dispositivo proposto, que dispõe sobre a obrigatoriedade da frequência no programa da Oficina de Parentalidade dos pais em processo de ruptura da relação.

Conforme as próprias justificações do projeto, a Oficina de Pais e Filhos, ou Oficina de Parentalidade, tem por objetivo ser um programa educacional interdisciplinar para casais em fase de ruptura do relacionamento e com filhos menores. O programa se apoia na literatura sobre os efeitos do divórcio e na importância de os pais e demais membros da família buscarem maneiras saudáveis de lidar com o término do casamento, bem como na experiência de outros países, como Canadá, Estados Unidos da América e Portugal, na execução de programas educacionais voltados às pessoas em fase de reorganização familiar.

Busca, então, o projeto, auxiliar os pais a protegerem seus filhos dos efeitos danosos da separação, reduzindo traumas decorrentes das mudanças das relações familiares, mediante a obrigatoriedade de frequência no programa.

Entendemos, portanto, que a adoção pelo nosso ordenamento jurídico da obrigatoriedade de frequência à Oficina de Parentalidade será benéfica para o desenvolvimento saudável dos filhos menores em uma separação parental, motivo pelo qual somos favoráveis à aprovação da presente proposição.

Também temos posição favorável ao proposto na emenda oferecida nesta Comissão, visto ser a Defensoria Pública órgão de grande relevância na política do atendimento à infância e no auxílio do acesso à justiça, devendo, pois, ter competência para o requerimento de comparecimento, assim como o Ministério Público e o Conselho Tutelar.

Em face do exposto, apresentamos o voto pela aprovação do Projeto de Lei nº 4.360, de 2019, bem como da Emenda apresentada nesta Comissão de Seguridade Social e Família.


Deputada BENEDITA DA SILVA Relatora


A Comissão de Seguridade Social e Família, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente o PL nº 4.360/2019 e a Emenda 1/2019, nos termos do Parecer da Relatora, Deputada Benedita da Silva.






Presidente

EMENDA ADOTADA

Acrescenta o art. 1.584-A à Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que institui o Código Civil.

Altere-se os art. 1º do Projeto de Lei nº 4.360 de 2019, passando a ter a seguinte redação:

“Art. 1.584-A. Verificando que se trata de dissolução conflituosa da sociedade conjugal,

capaz de causar dano emocional e psicológico aos filhos menores, o juiz, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, da Defensoria Pública ou do Conselho Tutelar, determinará o comparecimento do pai e da mãe à oficina de parentalidade existente no centro judiciário de solução consensual de conflitos da respectiva comarca, ou em outro local dotado de estrutura adequada.

.................................................................................................................

......................................................................................................” (NR) JUSTIFICAÇÃO

A proteção à criança, preocupação conjunta da família, da sociedade e do Estado, foi positivada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Essa lei estabelece que a criança goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvimento físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de liberdade e de dignidade2.

O referido estatuto inclui a Defensoria Pública entre os órgãos que atuam na prevenção de ocorrência de ameaças, na política do atendimento à infância e no auxílio de acesso à justiça. Como se vê, é patente a importância da Defensoria nas ações de proteção à criança e notória sua participação no processo da aplicação dos direitos instituídos pelo ECA.

Assim, submetemos a análise do Relator a referida emenda, para acrescer a previsão da Defensoria Pública como órgão competente para acionar o Poder Judiciário, nos casos de dissolução conflituosa da sociedade conjugal, de modo a proteger à criança de danos emocionais ou psicológicos e para a mudança de local do termo “conflituosa” para imediatamente após a palavra “dissolução”.


Deputado ANTÔNIO BRITO

Presidente

2 Estatuto da Criança e do Adolescente. <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm> Acesso em 15 de out. 2019.



8. ATAS

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA 56ª Legislatura - 1ª Sessão Legislativa Ordinária

ATA DA XXXª REUNIÃO ORDINÁRIA REALIZADA EM 17 DE DEZEMBRO DE 2019.

Às dez horas e vinte e três minutos do dia dezessete de dezembro de dois mil e dezenove, reuniu-se a Comissão de Seguridade Social e Família, no Anexo II, Plenário 07 da Câmara dos Deputados, com a PRESENÇA dos(as) Senhores(as) Deputados(as) Antonio Brito - Presidente; Alexandre Serfiotis e Marx Beltrão - Vice-Presidentes; Adriana Ventura, Alexandre Padilha, Assis Carvalho, Benedita da Silva, Boca Aberta, Carmen Zanotto, Celina Leão, Célio Silveira, Darcísio Perondi, Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr., Dr. Luiz Ovando, Dr. Zacharias Calil, Dra. Soraya Manato, Eduardo Barbosa, Eduardo Braide, Eduardo Costa, Enéias Reis, Fernanda Melchionna, Jorge Solla, Leandre, Liziane Bayer, Luciano Ducci, Miguel Lombardi, Olival Marques, Ossesio Silva, Pastor Sargento Isidório, Patricia Ferraz, Pedro Westphalen, Roberto de Lucena, Rodrigo Coelho e Silvia Cristina - Titulares; Afonso Hamm, Alan Rick, Alcides Rodrigues , Arlindo Chinaglia, Chico D'Angelo, Chris Tonietto, Daniel Trzeciak, Daniela do Waguinho, Denis Bezerra, Diego Garcia, Dr. Leonardo, Fábio Mitidieri, Heitor Schuch, Hiran Gonçalves, João Roma, Júnior Ferrari, Marcio Alvino, Mariana Carvalho, Mauro Nazif, Norma Ayub, Otoni de Paula, Otto Alencar Filho, Paula Belmonte, Pompeo de Mattos, Pr. Marco Feliciano, Professor Alcides, Professora Dorinha Seabra Rezende, Rejane Dias, Roman, Santini, Sergio Vidigal e Zé Vitor – Suplentes. Compareceram também os Deputados Carlos Henrique Gaguim, Charlles Evangelista, Evair Vieira de Melo, Fred Costa e Hercílio Coelho Diniz, como não-membros. Deixaram de comparecer os Deputados Dr. Frederico, Dr. Jaziel, Dulce Miranda, Fernando Borja, Flordelis, Geovania de Sá, Jandira Feghali, Juscelino Filho, Marco Bertaiolli, Marília Arraes, Marina Santos , Milton Vieira, Misael Varella, Pinheirinho, Rosangela Gomes e Tereza Nelma. JUSTIFICATIVA DE AUSÊNCIA: A Deputada Adriana Ventura justificou ausência nas Audiências Públicas dos dias 12, 20 e 26/11. O Deputado Boca Aberta justificou ausência na reunião Deliberativa do dia 11/12. A Deputada Dulce Miranda justificou ausência na reunião Deliberativa do dia 17/12. A Deputada Geovania de Sá justificou ausência na reunião Deliberativa do dia 17/12. A Deputada Marina Santos justificou ausência na reunião Deliberativa do dia 17/12. ABERTURA: Havendo número regimental, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e colocou à apreciação a Ata da 91ª reunião, realizada no dia 11 dezembro, de 2019. A Deputada Carmen Zanotto pediu dispensa da leitura da ata. Em votação, a Ata foi aprovada. EXPEDIENTE: O Presidente deu como lido o expediente com as correspondências recebidas até 16 de dezembro, cujo resumo já foi encaminhado aos gabinetes dos membros da Comissão. Informou que ao final dos trabalhos seria submetida à aprovação a ata da presente reunião. ORDEM DO DIA: A - Relatórios: 1 - RELATÓRIO Nº 2/2019 - da Subcomissão Especial da Seguridade da mulher. PROFERIDA A LEITURA DO RELATÓRIO DA SUBCOMISSÃO ESPECIAL DA SEGURIDADE DA MULHER PELA PRESIDENTE DA SUBCOMISSÃO, DEP. FERNANDA MELCHIONNA. DISCUTIRAM A MATÉRIA: DEP. JORGE SOLLA (PT-BA), DEP. BENEDITA DA SILVA (PT-RJ), DEP. CHRIS TONIETTO (PSL-RJ) E DEP. ALEXANDRE SERFIOTIS (PSD-RJ). APROVADO, COM APRESENTAÇÃO DE VOTO EM SEPARADO PELA DEPUTADA CHRIS TONIETTO. 2 - RELATÓRIO Nº 5/2019 - Subcomissão Especial para tratar de temas relativos à adoção, ao aprimoramento legislativo em prol do combate à pedofilia e demais políticas voltadas para a família. PROFERIDA A LEITURA DE ALTERAÇÕES DO RELATÓRIO DA SUBCOMISSÃO ESPECIAL PELO RELATOR-GERAL, DEP. DIEGO GARCIA. DISCUTIU A MATÉRIA A DEP. FERNANDA MELCHIONNA (PSOL-RS). APROVADO, COM AS SUGESTÕES DA DEP. FERNANDA MELCHIONNA E COM ALTERAÇÕES EFETUADAS PELO RELATOR, DEP. DIEGO GARCIA. 3 - RELATÓRIO Nº 7/2019 - da Subcomissão Permanente da Assistência Social. PROFERIDA A LEITURA DO RELATÓRIO DA SUBCOMISSÃO PERMANENTE DA ASSISTÊNCIA SOCIAL PELA RELATORA, DEP. DANIELA DO WAGUINHO. APROVADO. D - Proposições Sujeitas à Apreciação Conclusiva pelas Comissões: TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA. 27 - PROJETO DE LEI Nº 6.460/2016 - do Sr. Flavinho - que "altera a lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, com o fim de regulamentar a concessão do benefício de auxílio-doença para dependentes químicos". RELATOR: Deputado DIEGO GARCIA. PARECER: pela rejeição. Vista à Deputada Carmen Zanotto, em 12/11/2019. Proferido o parecer pelo relator, Dep. Diego Garcia, em 12/11/2019. DISPENSADA A LEITURA DO PARECER. APROVADO O PARECER. 36 - PROJETO DE LEI Nº 10.776/2018 - do Sr. Hildo Rocha - que "dá nova redação ao inciso I do art. 80 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, para determinar


que o Instituto Nacional do Seguro Social envie anualmente aos segurados e às empresas o extrato do recolhimento de contribuições previdenciárias". (Apensado: PL 3162/2019) RELATOR: Deputado OLIVAL MARQUES. PARECER: pela aprovação deste, e do PL 3.162/2019, apensado, com substitutivo. DISPENSADA A LEITURA DO PARECER. APROVADO O PARECER. 39 - PROJETO DE LEI Nº 119/2019 - da Sra. Renata Abreu - que "inclui a alínea "e" no inciso I no art. 6º da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para ampliar a atuação do Sistema Único de Saúde na saúde integral da Mulher". EXPLICAÇÃO DA EMENTA: Amplia a atuação do SUS na saúde integral da Mulher. RELATOR: Deputado LUIZ LIMA. PARECER: pela aprovação deste, nos termos do substitutivo adotado pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher. 9. DISPENSADA A LEITURA DO PARECER. APROVADO O PARECER. 44 - PROJETO DE LEI Nº 853/2019 - da Sra. Sâmia Bomfim - que "acrescenta ao calendário oficial a "Semana Nacional de Conscientização sobre Direitos das Gestantes", a ser celebrada anualmente em 15 de agosto, e dá outras providências". RELATORA: Deputada CARMEN ZANOTTO. PARECER: pela aprovação, com substitutivo. RETIRADO DE PAUTA, POR ACORDO. 49 - PROJETO DE LEI Nº 1.860/2019 - da Sra. Aline Sleutjes - que "altera a Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, a fim de acrescentar parágrafo 14 ao artigo 25 no intuito de afastar o recolhimento em duplicidade da contribuição previdenciária nas ocasiões que específica". RELATOR: Deputado PINHEIRINHO. PARECER: pela aprovação, com substitutivo. DISPENSADA A LEITURA DO PARECER. APROVADO O PARECER. 51 - PROJETO DE LEI Nº 2.035/2019 - do Sr. Hiran Gonçalves - que "altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, para incluir critérios de composição e ampliar a transparência da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec)". (Apensado: PL 2647/2019) RELATOR: Deputado DR. LUIZ ANTONIO TEIXEIRA JR.. PARECER: pela aprovação deste, e do PL 2647/2019, apensado, com substitutivo. DISPENSADA A LEITURA DO PARECER. APROVADO O PARECER. 54 - PROJETO DE LEI Nº 2.308/2019 - do Sr. Capitão Wagner - que "acrescenta dispositivo à Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 - Código Civil, para dispor sobre o prazo de prescrição da pretensão de reparação civil de incapazes". RELATOR: Deputado POMPEO DE MATTOS. PARECER: pela aprovação. DISPENSADA A LEITURA DO PARECER. APROVADO O PARECER. 56 - PROJETO DE LEI Nº 2.530/2019 - do Sr. Gutemberg Reis - que "dispõe sobre limpeza e inspeção de ar condicionado central, na forma que menciona". (Apensado: PL 4540/2019 (Apensado: PL 4763/2019)) RELATORA: Deputada ADRIANA VENTURA. PARECER: pela rejeição do PL 2530/2019, do PL 4540/2019, e do PL 4763/2019, apensados. DISPENSADA A LEITURA DO PARECER. APROVADO O PARECER. 63 - PROJETO DE LEI Nº 3.125/2019 - do Sr. Diego Garcia - que "cria o Programa Nacional de Cães-Guia". (Apensado: PL 5344/2019) RELATOR: Deputado LUIZ LIMA. PARECER: pela aprovação deste, e do PL nº 5.344/2019, apensado, com substitutivo. DISPENSADA A LEITURA DO PARECER. APROVADO O PARECER. 66 - PROJETO DE LEI Nº 3.679/2019 - do Sr. Schiavinato - que "institui a Semana Nacional de Prevenção à Saúde do Jovem." RELATORA: Deputada MARINA SANTOS. PARECER: pela aprovação. DISPENSADA A LEITURA DO PARECER. APROVADO O PARECER. 70 - PROJETO DE LEI Nº 4.360/2019 - da Sra. Marília Arraes - que "acrescenta o art. 1.584-A à Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que institui o Código Civil". EXPLICAÇÃO DA EMENTA: Trata da obrigatoriedade do comparecimento do pai e da mãe à oficina de parentalidade na dissolução da sociedade conjugal conflituosa. RELATORA: Deputada BENEDITA DA SILVA. PARECER: pela aprovação do PL 4360/2019 e da Emenda 1/2019. PROFERIDO O PARECER PELA RELATORA, DEP. BENEDITA DA SILVA. DISCUTIRAM A MATÉRIA: DEP. PASTOR SARGENTO ISIDÓRIO (AVANTE-BA) E DEP. ADRIANA VENTURA (NOVO-SP). APROVADO POR UNANIMIDADE O PARECER. 72 - PROJETO DE LEI Nº 5.151/2019 - do Sr. Darci de Matos - que "institui o Dia Nacional de Conscientização e Orientação sobre o Lúpus. " RELATORA: Deputada MARINA SANTOS. PARECER: pela aprovação. DISPENSADA A LEITURA DO PARECER. APROVADO O PARECER. 73 - PROJETO DE LEI Nº 5.177/2019 - do Sr. Otoni de Paula e outros - que "cria o Dia Nacional de Conscientização sobre as distrofias musculares e dá outras providências". RELATORA: Deputada DRA. SORAYA MANATO. PARECER: pela aprovação. DISPENSADA A LEITURA DO PARECER. APROVADO O PARECER. ENCERRAMENTO: Antes do encerramento da presente reunião, o Presidente, Deputado Antonio Brito, submeteu à votação a ata da presente reunião. Em votação, a ata foi aprovada. Nada mais havendo a tratar, o Presidente, Deputado Antonio Brito, encerrou os trabalhos às doze horas e quarenta e cinco minutos. E, para constar, eu ______________________, Rubens Gomes Carneiro Filho, lavrei a presente Ata, que por ter sido aprovada, será assinada pelo primeiro Vice-Presidente, Deputado Alexandre Serfiotis ______________________, e publicada no Diário da Câmara dos Deputados. O inteiro teor foi gravado, passando o arquivo de áudio correspondente a integrar o acervo documental desta reunião.



9. ORDEM DO DIA DAS COMISSÕES

Não houve.


56ª LEGISLATURA - 2ª SESSÃO LEGISLATIVA

Em 20 de fevereiro de 2020 quinta-feira



10. FUNDO ROTATIVO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

2019 2018 2019 2018

ATIVO CIRCULANTE 726.209.274,45 672.572.431,21 PASSIVO CIRCULANTE 449.553,40 54.085,09

Caixa e Equivalentes de Caixa 722.230.375,77 667.471.123,86 Fornecedores e Contas a Pagar a Curto Prazo 57.641,50 50.439,00

Créditos a Curto Prazo 16.146,16 - Demais Obrigações a Curto Prazo 391.911,90 3.646,09

Clientes 16.146,16 -

Demais Créditos e Valores a Curto Prazo 3.962.752,52 5.101.307,35

ATIVO NÃO CIRCULANTE 14.191.804,79 16.584.135,82 PASSIVO NÃO CIRCULANTE - -

Ativo Realizável a Longo Prazo 14.191.804,79 16.584.135,82 TOTAL DO PASSIVO EXIGÍVEL 449.553,40 54.085,09

Demais Créditos e Valores a Longo Prazo 14.191.804,79 16.584.135,82

Resultados Acumulados 739.951.525,84 689.102.481,94

Resultado do Exercício 50.849.043,90 55.058.635,09

Resultados de Exercícios Anteriores 689.102.481,94 634.043.846,85

TOTAL DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 739.951.525,84 689.102.481,94

TOTAL DO ATIVO 740.401.079,24 689.156.567,03 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 740.401.079,24 689.156.567,03

ATIVO 2019 2018 PASSIVO 2019 2018

ATIVO FINANCEIRO 722.230.375,77 667.471.123,86 PASSIVO FINANCEIRO 1.696.239,39 2.283.821,91

ATIVO PERMANENTE 18.170.703,47 21.685.443,17 PASSIVO PERMANENTE - -

TOTAL DO ATIVO 740.401.079,24 689.156.567,03 TOTAL DO PASSIVO 1.696.239,39 2.283.821,91

SALDO PATRIMONIAL 738.704.839,85 686.872.745,12

2019 2018 2019 2018

SALDO DOS ATOS POTENCIAIS ATIVOS 65.880.866,55 96.905.019,11 SALDO DOS ATOS POTENCIAIS PASSIVOS 474.142,60 -

Execução dos Atos Potenciais Ativos 65.880.866,55 96.905.019,11 Execução dos Atos Potenciais Passivos 474.142,60 -

Direitos Contratuais a Executar 65.880.866,55 96.905.019,11 Obrigações Contratuais a Executar 474.142,60 -

TOTAL 65.880.866,55 96.905.019,11 TOTAL 474.142,60 -

720.534.136,38

775.665,49

719.758.470,89

Período: Novembro/2019 Valores em R$

Valores em R$

QUADRO DOS ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS E PERMANENTES

TOTAL 720.534.136,38

ATIVO

ATIVO PASSIVO

Alienação de Bens e Direitos

DESTINAÇÃO DE RECURSOS

PASSIVO

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Recursos Ordinários -

CNPJ 26.994.574/0001-16

BALANÇO PATRIMONIAL

Período: Novembro/2019

Período: Novembro/2019 Valores em R$

QUADRO DAS CONTAS DE COMPENSAÇÃO

Outros Recursos Vinculados a Fundos, Órgãos e Programas

SUPERÁVIT/DÉFICIT FINANCEIRO

Recursos Vinculados

Valores em R$

QUADRO DO SUPERÁVIT/DÉFICIT FINANCEIRO



FUNDO ROTATIVO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

CNPJ 26.994.574/0001-16

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO: Cumprindo o disposto na Resolução nº 60, de 1994, apresentamos a Prestação de Contas Analítica do Fundo Rotativo da Câmara dos

Deputados relativa ao mês de novembro de 2019. A Administração do Fundo prestará os esclarecimentos que se fizerem necessários à perfeita compreensão das demonstrações.


Valores em R$

2019 2018 2019 2018

Receitas Orçamentárias 62.595.639,03 64.212.585,28 Despesas Orçamentárias 7.248.624,42 16.040.328,19

Vinculadas 98.630.131,92 92.514.144,26 Vinculadas 7.248.624,42 16.040.328,19

Alienação de Bens e Direitos 127.735,00 47.274,00 Outros Recursos Vinculados a Fundos, Órgãos e Programas 7.248.624,42 16.040.328,19

Outros Recursos Vinculados a Fundos, Órgãos e Programas 98.502.396,92 92.466.870,26

(-) Deduções da Receita Orçamentária -36.034.492,89 -28.301.558,98

Transferências Financeiras Recebidas 4.030,61 2.426,64 Transferências Financeiras Concedidas 32.966.900,49 27.786.876,41

Independentes da Execução Orçamentária 4.030,61 2.426,64 Independentes da Execução Orçamentária 32.966.900,49 27.786.876,41

Transferências Recebidas para Pagamento de RP 485,88 Movimento de Saldos Patrimoniais 32.966.900,49 27.786.876,41

Movimentação de Saldos Patrimoniais 4.030,61 1.940,76

Recebimentos Extraorçamentários 43.895.969,64 55.226.784,94 Pagamentos Extraorçamentários 11.520.862,46 25.806.277,19

Inscrição dos Restos a Pagar Processados 390.585,00 15.640,00 Pagamento dos Restos a Pagar Processados 2.744,27 2.691,92

Inscrição dos Restos a Pagar Não Processados 618.245,07 1.947.579,31 Pagamento dos Restos a Pagar Não Processados 1.594.093,40 324.955,29

Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados 9.924.269,69 25.478.591,98 Depósitos Restituíveis e Valores Vinculados 9.924.024,79 25.478.591,98

Outros Recebimentos Extraorçamentários 32.962.869,88 27.784.973,65 Outros Pagamentos Extraorçamentários - 38,00

Restituições a Pagar 180,18 - Pagamento de Restituições de Exercícios Anteriores - 38,00

Arrecadação de Outra Unidade 32.962.689,70 27.784.973,65

Saldo do Exercício Anterior 667.471.123,86 611.581.063,61 Saldo para o Exercício Seguinte 722.230.375,77 661.389.378,68

Caixa e Equivalentes de Caixa 667.471.123,86 611.581.063,61 Caixa e Equivalentes de Caixa 722.230.375,77 661.389.378,68

TOTAL 773.966.763,14 731.022.860,47 TOTAL 773.966.763,14 731.022.860,47

INGRESSOS DISPÊNDIOS


CNPJ 26.994.574/0001-16

BALANÇO FINANCEIRO



2019 2018

56.196.800,31 58.879.563,58

INGRESSOS 105.359.074,21 117.431.303,55

Receitas Derivadas e Originárias 62.467.904,03 64.165.311,28

Receita Patrimonial -763.684,72 1.697.526,66

Receita de Serviços 383.896,73 225.139,34

Remuneração das Disponibilidades 52.100.551,51 52.928.175,67

Outras Receitas Derivadas e Originárias 10.747.140,51 9.314.469,61

Outros Ingressos Operacionais 42.891.170,18 53.265.992,27

Ingressos Extraorçamentários 9.924.269,69 25.478.591,98

Restituições a Pagar 180,18

Transferências Financeiras Recebidas 4.030,61 2.426,64

Arrecadação de Outra Unidade 32.962.689,70 27.784.973,65

DESEMBOLSOS -49.162.273,90 -58.551.739,97

Pessoal e Demais Despesas -6.271.070,98 -5.284.673,58

Legislativo -6.271.070,98 -5.284.673,58

Transferências Concedidas -277,64 -1.560,00

Intragovernamentais -277,64 -1.560,00

Outros Desembolsos Operacionais -42.890.925,28 -53.265.506,39

Dispêndios Extraorçamentários -9.924.024,79 -25.478.591,98

Pagamento de Restituições de Exercícios Anteriores -38,00

Transferências Financeiras Concedidas -32.966.900,49 -27.786.876,41

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO -1.437.548,40 -9.071.248,51

INGRESSOS 127.735,00 47.274,00

Alienação de Bens 127.735,00 47.274,00

DESEMBOLSOS -1.565.283,40 -9.118.522,51

Aquisição de Ativo Não Circulante -1.292.283,40 -7.912.241,63

Outros Desembolsos de Investimentos -273.000,00 -1.206.280,88

GERAÇÃO LÍQUIDA DE CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 54.759.251,91 49.808.315,07

CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA INICIAL 667.471.123,86 611.581.063,61

CAIXA E EQUIVALENTE DE CAIXA FINAL 722.230.375,77 661.389.378,68


CNPJ 26.994.574/0001-16

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS



2019 2018

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS AUMENTATIVAS 106.184.143,74 116.413.151,85

Exploração e Venda de Bens, Serviços e Direitos 41.273.360,97 53.739.837,05

Venda de Mercadorias 357.174,23 209.775,50

Vendas de Produtos 16.146,16 -

Exploração de Bens, Direitos e Prestação de Serviços 40.900.040,58 53.530.061,55

Variações Patrimoniais Aumentativas Financeiras 52.600.301,98 52.951.648,10

Juros e Encargos de Mora 4.436,07 19.335,78

Variações Monetárias e Cambiais 495.314,40 4.136,65

Remuneração de Depósitos Bancários e Aplicações Financeiras 52.100.551,51 52.928.175,67

Transferências e Delegações Recebidas 4.030,61 2.426,64

Transferências Intragovernamentais 4.030,61 2.426,64

Valorização e Ganhos c/ Ativos e Desincorporação de Passivos 127.735,00 48.624,00

Ganhos com Alienação 127.735,00 47.274,00

Ganhos com Desincorporação de Passivos - 1.350,00

Outras Variações Patrimoniais Aumentativas 12.178.715,18 9.670.616,06

Reversão de Provisões e Ajustes para Perdas 545.739,41 218.914,25

Diversas Variações Patrimoniais Aumentativas 11.632.975,77 9.451.701,81

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS DIMINUTIVAS 55.335.099,84 68.372.890,14

Uso de Bens, Serviços e Consumo de Capital Fixo 539.131,38 878.483,76

Serviços 539.131,38 878.483,76

Transferências e Delegações Concedidas 34.539.996,71 36.905.398,92

Transferências Intragovernamentais 32.966.900,49 27.786.876,41

Transferências ao Exterior 7.812,82 -

Outras Transferências e Delegações Concedidas 1.565.283,40 9.118.522,51

Desvalorização e Perda de Ativos e Incorporação de Passivos 14.136.524,10 26.085.254,56

Reavaliação, Redução a Valor Recuperável e Ajustes p/ Perdas 486.659,71 111.806,92

Desincorporação de Ativos 13.649.864,39 25.973.447,64

Tributárias 277,64 1.560,00

Contribuições 277,64 1.560,00

Outras Variações Patrimoniais Diminutivas 6.119.170,01 4.502.192,90

Diversas Variações Patrimoniais Diminutivas 6.119.170,01 4.502.192,90

RESULTADO PATRIMONIAL DO PERÍODO 50.849.043,90 48.040.261,71


CNPJ 26.994.574/0001-16

DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS


EVANDRO LOPES COSTA

Diretor do Departamento de Finanças, Orçamento e Contabilidade

FRANCISCO GLAUBER LIMA MOTA

VARIAÇÕES PATRIMONIAIS QUANTITATIVAS

Contador - CRC/DF 7504/O-8

PUBLIQUE-SE

SÉRGIO SAMPAIO CONTREIRAS DE ALMEIDA

Diretor-Geral

SÉRGIO SAMPAIO CONTREIRAS DE ALMEIDA

Diretor-Geral

Diretor da Coordenação de Contabilidade

Contador - CRC/DF 9291/O-6

FRANCISCO DE ASSIS PINHEIRO MARQUES

Chefe do Serviço de Controle do FRCD

Contador - CRC/MT 9016/O-4 T-DF



11. COMPOSIÇÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

(Biênio 2019/2021)

PRESIDENTE RODRIGO MAIA (DEM-RJ)

1º VICE-PRESIDENTE MARCOS PEREIRA

(REPUBLICANOS-SP)

2º VICE-PRESIDENTE LUCIANO BIVAR (PSL-PE)

1º SECRETÁRIO SORAYA SANTOS (PL-RJ)

2º SECRETÁRIO MÁRIO HERINGER (PDT-MG)

3º SECRETÁRIO FÁBIO FARIA (PSD-RN)

4º SECRETÁRIO ANDRÉ FUFUCA (PP-MA)

1º SUPLENTE DE SECRETÁRIO RAFAEL MOTTA (PSB-RN)

2º SUPLENTE DE SECRETÁRIO GEOVANIA DE SÁ (PSDB-SC)

3º SUPLENTE DE SECRETÁRIO ISNALDO BULHÕES JR. (MDB-AL)

4º SUPLENTE DE SECRETÁRIO ASSIS CARVALHO (PT-PI)


LÍDERES E VICE-LÍDERES

Liderança do Governo

Líder: Vitor Hugo

Vice-Líderes:

Carlos Jordy , Coronel Armando , José Medeiros , Lucas

Vergilio , Carlos Henrique Gaguim , Guilherme Derrite ,

José Rocha , Herculano Passos , Eros Biondini , Daniel

Silveira , Aline Sleutjes , Caroline de Toni , Sanderson e

Major Fabiana .

Liderança da Oposição

Líder: Alessandro Molon

Vice-Líderes:

Gervásio Maia , Henrique Fontana , Paulo Teixeira ,

Patrus Ananias , João Daniel , Aliel Machado , Chico

D'angelo , Danilo Cabral e Talíria Petrone .

Liderança da Maioria

Líder: Aguinaldo Ribeiro

Vice-Líderes:

Cacá Leão .

Liderança da Minoria

Líder: Jandira Feghali

Vice-Líderes:

Túlio Gadêlha , José Guimarães , Bacelar , Lídice da Mata ,

Alice Portugal , Vilson da Fetaemg , Marcelo Freixo ,

Afonso Florence e Fábio Henrique .

Bloco PP, MDB, PTB

Líder: Arthur Lira

Vice-Líderes:

Baleia Rossi (1º Vice), Daniela do Waguinho , Fabio Reis ,

Lucio Mosquini , Márcio Biolchi , Aj Albuquerque , Fausto

Pinato , Laercio Oliveira , Pedro Westphalen , Hildo Rocha

, Hiran Gonçalves , Cacá Leão , Margarete Coelho , Fábio

Ramalho , Celina Leão , Eduardo Costa , Pedro Lucas

Fernandes , Hercílio Coelho Diniz , Pinheirinho , Jaqueline

Cassol e Emanuel Pinheiro Neto .

PT

Líder: Enio Verri

Vice-Líderes:

Rui Falcão , Nilto Tatto , Zé Neto , Reginaldo Lopes ,

Marília Arraes , Pedro Uczai , Alexandre Padilha , Airton

Faleiro , Rogério Correia , Marcon , Maria do Rosário ,

José Guimarães , Erika Kokay e Helder Salomão .

PSL

Líder: Eduardo Bolsonaro

Vice-Líderes:

Filipe Barros (1º Vice), Alê Silva , Bia Kicis , Bibo Nunes ,

Carla Zambelli , Daniel Silveira , General Girão , Junio

Amaral , Luiz Philippe de Orleans e Bragança, Márcio

Labre , Chris Tonietto , Caroline de Toni , Dr. Luiz Ovando

e Dra. Soraya Manato .

PL

Líder: Wellington Roberto

Vice-Líderes:

Marcelo Ramos (1º Vice), Giovani Cherini , Edio Lopes ,

Lincoln Portela , Fernando Rodolfo , Dr. Jaziel , Capitão

Augusto , Vicentinho Júnior , Flávia Arruda e Zé Vitor .

PSD

Líder: Diego Andrade

Vice-Líderes:

Antonio Brito (1º Vice), Fábio Trad , Flordelis , Marco

Bertaiolli , Hugo Leal , Otto Alencar Filho , Joaquim

Passarinho , Júlio Cesar e Francisco Jr. .

PSDB

Líder: Carlos Sampaio

Vice-Líderes:

Samuel Moreira (1º Vice), Adolfo Viana , Alexandre Frota

, Lucas Redecker , Rodrigo de Castro , Domingos Sávio ,

Nilson Pinto e Vanderlei Macris .

REPUBLICANOS

Líder: Jhonatan de Jesus

Vice-Líderes:

João Roma (1º Vice), João Campos , Silvio Costa Filho ,

Lafayette de Andrada , Vinicius Carvalho , Capitão Alberto

Neto , Silas Câmara e Carlos Gomes .

PSB

Líder: Tadeu Alencar

Vice-Líderes:

Elias Vaz (1º Vice), João H. Campos , Camilo Capiberibe ,

Marcelo Nilo , Bira do Pindaré , Denis Bezerra , Cássio

Andrade e Mauro Nazif .

PDT

Líder: André Figueiredo

Vice-Líderes:

Afonso Motta (1º Vice), Paulo Ramos , Gustavo Fruet ,

Leônidas Cristino , Dagoberto Nogueira , Pompeo de

Mattos e Mauro Benevides Filho .

DEM

Líder: Efraim Filho

Vice-Líderes:

Alexandre Leite , Pedro Lupion , Kim Kataguiri e Sóstenes

Cavalcante .

SOLIDARIEDADE

Líder: Zé Silva

Vice-Líderes:

Augusto Coutinho (1º Vice), Gustinho Ribeiro , Ottaci

Nascimento e Tiago Dimas .

PODE


Líder: Léo Moraes

Vice-Líderes:

Igor Timo , Renata Abreu e Bacelar .

PSOL

Líder: Fernanda Melchionna

Vice-Líderes:

Edmilson Rodrigues , David Miranda e Sâmia Bomfim .

PROS

Líder: Acácio Favacho

Vice-Líderes:

Capitão Wagner (1º Vice), Uldurico Junior e Weliton

Prado .

PSC

Líder: André Ferreira

Vice-Líderes:

Glaustin Fokus (1º Vice), Aluisio Mendes e Euclydes

Pettersen .

CIDADANIA

Líder: Arnaldo Jardim

Vice-Líderes:

Da Vitoria (1º Vice) e Paula Belmonte .

PCdoB

Líder: Perpétua Almeida

Vice-Líderes:

Renildo Calheiros (1º Vice) e Márcio Jerry .

NOVO

Líder: Paulo Ganime

Vice-Líderes:

Vinicius Poit e Marcel Van Hattem .

AVANTE

Líder: Luis Tibé

Vice-Líderes:

Pastor Sargento Isidório e Chiquinho Brazão .

PATRIOTA

Líder: Fred Costa

Vice-Líderes:

Pastor Eurico e Dr. Frederico .

Parágrafo 4º, Artigo 9º do RICD

PV

Líder: Leandre

Vice-Líderes:

Célio Studart .

REDE

Repr.: Joenia Wapichana

Líderes de Partidos que participam de Bloco Parlamentar

PP

Líder: Arthur Lira

MDB

Líder: Baleia Rossi

PTB

Líder: Pedro Lucas Fernandes


DEPUTADOS EM EXERCÍCIO

Roraima

Edio Lopes - PL

Haroldo Cathedral - PSD

Hiran Gonçalves - PP

Jhonatan de Jesus - REPUBLICANOS

Joenia Wapichana - REDE

Nicoletti - PSL

Ottaci Nascimento - SOLIDARIEDADE

Shéridan - PSDB

Amapá

Acácio Favacho - PROS

Aline Gurgel - REPUBLICANOS

André Abdon - PP

Camilo Capiberibe - PSB

Leda Sadala - AVANTE

Luiz Carlos - PSDB

Patricia Ferraz - PL

Professora Marcivania - PCdoB

Pará

Airton Faleiro - PT

Beto Faro - PT

Cássio Andrade - PSB

Celso Sabino - PSDB

Cristiano Vale - PL

Delegado Éder Mauro - PSD

Edmilson Rodrigues - PSOL

Eduardo Costa - PTB

Elcione Barbalho - MDB

Hélio Leite - DEM

Joaquim Passarinho - PSD

José Priante - MDB

Júnior Ferrari - PSD

Nilson Pinto - PSDB

Olival Marques - DEM

Paulo Bengtson - PTB

Vavá Martins - REPUBLICANOS

Amazonas

Átila Lins - PP

Bosco Saraiva - SOLIDARIEDADE

Capitão Alberto Neto - REPUBLICANOS

Delegado Pablo - PSL

José Ricardo - PT

Marcelo Ramos - PL

Sidney Leite - PSD

Silas Câmara - REPUBLICANOS

Rondônia

Coronel Chrisóstomo - PSL

Expedito Netto - PSD

Jaqueline Cassol - PP

Léo Moraes - PODE

Lucio Mosquini - MDB

Mariana Carvalho - PSDB

Mauro Nazif - PSB

Silvia Cristina - PDT

Acre

Alan Rick - DEM

Dra. Vanda Milani - SOLIDARIEDADE

Flaviano Melo - MDB

Jéssica Sales - MDB

Jesus Sérgio - PDT

Manuel Marcos - REPUBLICANOS

Mara Rocha - PSDB

Perpétua Almeida - PCdoB

Tocantins

Carlos Henrique Gaguim - DEM

Célio Moura - PT

Dulce Miranda - MDB

Eli Borges - SOLIDARIEDADE

Osires Damaso - PSC

Professora Dorinha Seabra Rezende - DEM

Tiago Dimas - SOLIDARIEDADE

Vicentinho Júnior - PL

Maranhão

Aluisio Mendes - PSC

André Fufuca - PP

Bira do Pindaré - PSB

Dr. Gonçalo - REPUBLICANOS

Edilázio Júnior - PSD

Eduardo Braide - PODE

Gastão Vieira - PROS

Gil Cutrim - PDT


Gildenemyr - PL

Hildo Rocha - MDB

João Marcelo Souza - MDB

Junior Lourenço - PL

Juscelino Filho - DEM

Márcio Jerry - PCdoB

Marreca Filho - PATRIOTA

Paulo Marinho Jr - PL

Pedro Lucas Fernandes - PTB

Zé Carlos - PT

Ceará

Aj Albuquerque - PP

André Figueiredo - PDT

Capitão Wagner - PROS

Célio Studart - PV

Denis Bezerra - PSB

Domingos Neto - PSD

Dr. Jaziel - PL

Eduardo Bismarck - PDT

Genecias Noronha - SOLIDARIEDADE

Heitor Freire - PSL

Idilvan Alencar - PDT

José Airton Félix Cirilo - PT

José Guimarães - PT

Júnior Mano - PL

Leônidas Cristino - PDT

Luizianne Lins - PT

Mauro Benevides Filho - PDT

Moses Rodrigues - MDB

Pedro Augusto Bezerra - PTB

Robério Monteiro - PDT

Roberto Pessoa - PSDB

Vaidon Oliveira - PROS

Piauí

Assis Carvalho - PT

Átila Lira - PP

Flávio Nogueira - PDT

Iracema Portella - PP

Júlio Cesar - PSD

Marcos Aurélio Sampaio - MDB

Margarete Coelho - PP

Marina Santos - SOLIDARIEDADE

Paes Landim - PTB

Rejane Dias - PT

Rio Grande do Norte

Benes Leocádio - REPUBLICANOS

Beto Rosado - PP

Fábio Faria - PSD

General Girão - PSL

João Maia - PL

Natália Bonavides - PT

Rafael Motta - PSB

Walter Alves - MDB

Paraíba

Aguinaldo Ribeiro - PP

Damião Feliciano - PDT

Edna Henrique - PSDB

Efraim Filho - DEM

Frei Anastacio Ribeiro - PT

Gervásio Maia - PSB

Hugo Motta - REPUBLICANOS

Julian Lemos - PSL

Pedro Cunha Lima - PSDB

Ruy Carneiro - PSDB

Wellington Roberto - PL

Wilson Santiago - PTB

Pernambuco

André de Paula - PSD

André Ferreira - PSC

Augusto Coutinho - SOLIDARIEDADE

Carlos Veras - PT

Daniel Coelho - CIDADANIA

Danilo Cabral - PSB

Eduardo da Fonte - PP

Felipe Carreras - PSB

Fernando Coelho Filho - DEM

Fernando Monteiro - PP

Fernando Rodolfo - PL

Gonzaga Patriota - PSB

João H. Campos - PSB

Luciano Bivar - PSL

Marília Arraes - PT

Ossesio Silva - REPUBLICANOS

Pastor Eurico - PATRIOTA

Raul Henry - MDB

Renildo Calheiros - PCdoB

Ricardo Teobaldo - PODE

Sebastião Oliveira - PL


Silvio Costa Filho - REPUBLICANOS

Tadeu Alencar - PSB

Túlio Gadêlha - PDT

Wolney Queiroz - PDT

Alagoas

Arthur Lira - PP

Isnaldo Bulhões Jr. - MDB

Jhc - PSB

Marx Beltrão - PSD

Nivaldo Albuquerque - PTB

Paulão - PT

Sergio Toledo - PL

Severino Pessoa - REPUBLICANOS

Tereza Nelma - PSDB

Sergipe

Bosco Costa - PL

Fábio Henrique - PDT

Fábio Mitidieri - PSD

Fabio Reis - MDB

Gustinho Ribeiro - SOLIDARIEDADE

João Daniel - PT

Laercio Oliveira - PP

Valdevan Noventa - PSC

Bahia

Abílio Santana - PL

Adolfo Viana - PSDB

Afonso Florence - PT

Alex Santana - PDT

Alice Portugal - PCdoB

Antonio Brito - PSD

Arthur Oliveira Maia - DEM

Bacelar - PODE

Cacá Leão - PP

Charles Fernandes - PSD

Claudio Cajado - PP

Daniel Almeida - PCdoB

Elmar Nascimento - DEM

Félix Mendonça Júnior - PDT

Igor Kannário - DEM

João Carlos Bacelar - PL

João Roma - REPUBLICANOS

Jorge Solla - PT

José Nunes - PSD

José Rocha - PL

Joseildo Ramos - PT

Leur Lomanto Júnior - DEM

Lídice da Mata - PSB

Marcelo Nilo - PSB

Márcio Marinho - REPUBLICANOS

Mário Negromonte Jr. - PP

Otto Alencar Filho - PSD

Pastor Sargento Isidório - AVANTE

Paulo Azi - DEM

Paulo Magalhães - PSD

Professora Dayane Pimentel - PSL

Raimundo Costa - PL

Ronaldo Carletto - PP

Sérgio Brito - PSD

Tito - AVANTE

Uldurico Junior - PROS

Valmir Assunção - PT

Waldenor Pereira - PT

Zé Neto - PT

Minas Gerais

Aécio Neves - PSDB

Alê Silva - PSL

André Janones - AVANTE

Áurea Carolina - PSOL

Charlles Evangelista - PSL

Delegado Marcelo Freitas - PSL

Diego Andrade - PSD

Dimas Fabiano - PP

Domingos Sávio - PSDB

Dr. Frederico - PATRIOTA

Eduardo Barbosa - PSDB

Emidinho Madeira - PSB

Enéias Reis - PSL

Eros Biondini - PROS

Euclydes Pettersen - PSC

Fabiano Tolentino - CIDADANIA

Fábio Ramalho - MDB

Fernando Borja - AVANTE

Franco Cartafina - PP

Fred Costa - PATRIOTA

Gilberto Abramo - REPUBLICANOS

Hercílio Coelho Diniz - MDB

Igor Timo - PODE

Júlio Delgado - PSB

Junio Amaral - PSL

Lafayette de Andrada - REPUBLICANOS


Léo Motta - PSL

Leonardo Monteiro - PT

Lincoln Portela - PL

Lucas Gonzalez - NOVO

Luis Tibé - AVANTE

Marcelo Aro - PP

Margarida Salomão - PT

Mário Heringer - PDT

Mauro Lopes - MDB

Misael Varella - PSD

Newton Cardoso Jr - MDB

Odair Cunha - PT

Padre João - PT

Patrus Ananias - PT

Paulo Abi-ackel - PSDB

Paulo Guedes - PT

Pinheirinho - PP

Reginaldo Lopes - PT

Rodrigo de Castro - PSDB

Rogério Correia - PT

Stefano Aguiar - PSD

Subtenente Gonzaga - PDT

Tiago Mitraud - NOVO

Vilson da Fetaemg - PSB

Weliton Prado - PROS

Zé Silva - SOLIDARIEDADE

Zé Vitor - PL

Espírito Santo

Amaro Neto - REPUBLICANOS

Da Vitoria - CIDADANIA

Dra. Soraya Manato - PSL

Evair Vieira de Melo - PP

Felipe Rigoni - PSB

Helder Salomão - PT

Lauriete - PL

Norma Ayub - DEM

Sergio Vidigal - PDT

Ted Conti - PSB

Rio de Janeiro

Alessandro Molon - PSB

Alexandre Serfiotis - PSD

Aureo Ribeiro - SOLIDARIEDADE

Benedita da Silva - PT

Carlos Jordy - PSL

Chico D'angelo - PDT

Chiquinho Brazão - AVANTE

Chris Tonietto - PSL

Christino Aureo - PP

Clarissa Garotinho - PROS

Daniel Silveira - PSL

Daniela do Waguinho - MDB

David Miranda - PSOL

Delegado Antônio Furtado - PSL

Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. - PP

Felício Laterça - PSL

Flordelis - PSD

Gelson Azevedo - PL

Glauber Braga - PSOL

Gurgel - PSL

Gutemberg Reis - MDB

Helio Lopes - PSL

Hugo Leal - PSD

Jandira Feghali - PCdoB

Jorge Braz - REPUBLICANOS

Juninho do Pneu - DEM

Lourival Gomes - PSL

Luiz Antônio Corrêa - PL

Luiz Lima - PSL

Major Fabiana - PSL

Marcão Gomes - PL

Marcelo Calero - CIDADANIA

Marcelo Freixo - PSOL

Márcio Labre - PSL

Otoni de Paula - PSC

Paulo Ganime - NOVO

Paulo Ramos - PDT

Pedro Paulo - DEM

Professor Joziel - PSL

Rodrigo Maia - DEM

Rosangela Gomes - REPUBLICANOS

Soraya Santos - PL

Sóstenes Cavalcante - DEM

Talíria Petrone - PSOL

Vinicius Farah - MDB

Wladimir Garotinho - PSD

São Paulo

Abou Anni - PSL

Adriana Ventura - NOVO

Alencar Santana Braga - PT

Alex Manente - CIDADANIA

Alexandre Frota - PSDB

Alexandre Leite - DEM


Alexandre Padilha - PT

Alexis Fonteyne - NOVO

Arlindo Chinaglia - PT

Arnaldo Jardim - CIDADANIA

Baleia Rossi - MDB

Bruna Furlan - PSDB

Capitão Augusto - PL

Carla Zambelli - PSL

Carlos Sampaio - PSDB

Carlos Zarattini - PT

Celso Russomanno - REPUBLICANOS

Cezinha de Madureira - PSD

Coronel Tadeu - PSL

David Soares - DEM

Eduardo Bolsonaro - PSL

Eduardo Cury - PSDB

Enrico Misasi - PV

Fausto Pinato - PP

General Peternelli - PSL

Geninho Zuliani - DEM

Gilberto Nascimento - PSC

Guiga Peixoto - PSL

Guilherme Derrite - PP

Guilherme Mussi - PP

Herculano Passos - MDB

Ivan Valente - PSOL

Joice Hasselmann - PSL

Júnior Bozzella - PSL

Kim Kataguiri - DEM

Luiz Carlos Motta - PL

Luiz Lauro Filho - PSDB

Luiz Philippe de Orleans e Bragança - PSL

Luiza Erundina - PSOL

Marcio Alvino - PL

Marco Bertaiolli - PSD

Marcos Pereira - REPUBLICANOS

Maria Rosas - REPUBLICANOS

Miguel Haddad - PSDB

Miguel Lombardi - PL

Milton Vieira - REPUBLICANOS

Nilto Tatto - PT

Orlando Silva - PCdoB

Paulo Freire Costa - PL

Paulo Pereira da Silva - SOLIDARIEDADE

Paulo Teixeira - PT

Policial Katia Sastre - PL

Pr. Marco Feliciano - PODE

Renata Abreu - PODE

Ricardo Izar - PP

Ricardo Silva - PSB

Roberto Alves - REPUBLICANOS

Roberto de Lucena - PODE

Rodrigo Agostinho - PSB

Rosana Valle - PSB

Rui Falcão - PT

Sâmia Bomfim - PSOL

Samuel Moreira - PSDB

Tabata Amaral - PDT

Tiririca - PL

Vanderlei Macris - PSDB

Vicentinho - PT

Vinicius Carvalho - REPUBLICANOS

Vinicius Poit - NOVO

Vitor Lippi - PSDB

Mato Grosso

Carlos Bezerra - MDB

Dr. Leonardo - SOLIDARIEDADE

Emanuel Pinheiro Neto - PTB

José Medeiros - PODE

Juarez Costa - MDB

Nelson Barbudo - PSL

Neri Geller - PP

Professora Rosa Neide - PT

Distrito Federal

Bia Kicis - PSL

Celina Leão - PP

Erika Kokay - PT

Flávia Arruda - PL

Julio Cesar Ribeiro - REPUBLICANOS

Luis Miranda - DEM

Paula Belmonte - CIDADANIA

Professor Israel Batista - PV

Goiás

Adriano do Baldy - PP

Alcides Rodrigues - PATRIOTA

Célio Silveira - PSDB

Delegado Waldir - PSL

Dr. Zacharias Calil - DEM

Elias Vaz - PSB

Flávia Morais - PDT

Francisco Jr. - PSD

Glaustin Fokus - PSC


João Campos - REPUBLICANOS

Jose Mario Schreiner - DEM

José Nelto - PODE

Lucas Vergilio - SOLIDARIEDADE

Magda Mofatto - PL

Professor Alcides - PP

Rubens Otoni - PT

Vitor Hugo - PSL

Mato Grosso do Sul

Beto Pereira - PSDB

Bia Cavassa - PSDB

Dagoberto Nogueira - PDT

Dr. Luiz Ovando - PSL

Fábio Trad - PSD

Loester Trutis - PSL

Rose Modesto - PSDB

Vander Loubet - PT

Paraná

Aliel Machado - PSB

Aline Sleutjes - PSL

Aroldo Martins - REPUBLICANOS

Boca Aberta - PROS

Christiane de Souza Yared - PL

Diego Garcia - PODE

Enio Verri - PT

Felipe Francischini - PSL

Filipe Barros - PSL

Giacobo - PL

Gleisi Hoffmann - PT

Gustavo Fruet - PDT

Hermes Parcianello - MDB

Leandre - PV

Luciano Ducci - PSB

Luisa Canziani - PTB

Luiz Nishimori - PL

Luizão Goulart - REPUBLICANOS

Paulo Eduardo Martins - PSC

Pedro Lupion - DEM

Reinhold Stephanes Junior - PSD

Ricardo Barros - PP

Roman - PSD

Rubens Bueno - CIDADANIA

Sargento Fahur - PSD

Schiavinato - PP

Sergio Souza - MDB

Toninho Wandscheer - PROS

Vermelho - PSD

Zeca Dirceu - PT

Santa Catarina

Angela Amin - PP

Carlos Chiodini - MDB

Carmen Zanotto - CIDADANIA

Caroline de Toni - PSL

Celso Maldaner - MDB

Coronel Armando - PSL

Daniel Freitas - PSL

Darci de Matos - PSD

Fabio Schiochet - PSL

Geovania de Sá - PSDB

Gilson Marques - NOVO

Hélio Costa - REPUBLICANOS

Pedro Uczai - PT

Ricardo Guidi - PSD

Rodrigo Coelho - PSB

Rogério Peninha Mendonça - MDB

Rio Grande do Sul

Afonso Hamm - PP

Afonso Motta - PDT

Alceu Moreira - MDB

Bibo Nunes - PSL

Bohn Gass - PT

Carlos Gomes - REPUBLICANOS

Daniel Trzeciak - PSDB

Danrlei de Deus Hinterholz - PSD

Fernanda Melchionna - PSOL

Giovani Cherini - PL

Giovani Feltes - MDB

Heitor Schuch - PSB

Henrique Fontana - PT

Jerônimo Goergen - PP

Liziane Bayer - PSB

Lucas Redecker - PSDB

Marcel Van Hattem - NOVO

Marcelo Brum - PSL

Marcelo Moraes - PTB

Márcio Biolchi - MDB

Marcon - PT

Maria do Rosário - PT

Marlon Santos - PDT

Maurício Dziedricki - PTB


Nereu Crispim - PSL

Osmar Terra - MDB

Paulo Pimenta - PT

Pedro Westphalen - PP

Pompeo de Mattos - PDT

Sanderson - PSL

Santini - PTB


COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA,

ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

Presidente: Fausto Pinato (PP)

1º Vice-Presidente: Neri Geller (PP)

2º Vice-Presidente: Luiz Nishimori (PL)

3º Vice-Presidente: Jose Mario Schreiner (DEM)

Titulares Suplentes

PSL/PP/PSD/MDB/PL/REPUBLICANOS/DEM/PSDB/PTB/

PSC/PMN

30 vagas 30 vagas

PDT/PODE/SOLIDARIEDADE/PCdoB/PATRIOTA/CIDADA

NIA/PROS/AVANTE/PV/DC

11 vagas 11 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

10 vagas 10 vagas

NOVO

1 vaga 1 vaga

Secretário(a): Alexandre Pierre Barreto Lima

Local: Anexo II, Térreo, Ala C, sala 34

Telefones: 3216-6403/6404/6406

FAX: 3216-6415

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO

E INFORMÁTICA

Presidente: Félix Mendonça Júnior (PDT)

1º Vice-Presidente: Márcio Jerry (PCdoB)

2º Vice-Presidente: Angela Amin (PP)

3º Vice-Presidente:

Titulares Suplentes


PSC/PMN

25 vagas 25 vagas



8 vagas 8 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

8 vagas 8 vagas

NOVO

1 vaga 1 vaga

Secretário(a): David Chaves Simões de Oliveira

Local: Anexo II, Térreo, Ala A, sala 51

Telefones: 3216-6452 A 6458

FAX: 3216-6465

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE

CIDADANIA

Presidente: Felipe Francischini (PSL)

1º Vice-Presidente: Bia Kicis (PSL)

2º Vice-Presidente: Lafayette de Andrada

(REPUBLICANOS)

3º Vice-Presidente: Caroline de Toni (PSL)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

39 vagas 39 vagas



14 vagas 14 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

12 vagas 12 vagas

NOVO

1 vaga 1 vaga

Secretário(a): Ruthier de Sousa Silva

Local: Anexo II,Térreo, Ala A, sala 17

Telefones: 3216-6494

FAX: 3216-6499

COMISSÃO DE CULTURA

Presidente: Benedita da Silva (PT)

1º Vice-Presidente: Maria do Rosário (PT)

2º Vice-Presidente: Áurea Carolina (PSOL)


Titulares Suplentes


PSC/PMN

12 vagas 12 vagas



4 vagas 4 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

4 vagas 4 vagas


Secretário(a): Maria Lúcia Rodrigues

Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, salas 168/169

Telefones: 3216-6942 a 6947

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Presidente: João Maia (PL)

1º Vice-Presidente: Acácio Favacho (PROS)

2º Vice-Presidente: Jorge Braz (REPUBLICANOS)

3º Vice-Presidente: Felipe Carreras (PSB)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

14 vagas 14 vagas



5 vagas 5 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

5 vagas 5 vagas

Secretário(a): Lilian de Cássia Albuquerque Santos

Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 152

Telefones: 3216-6920 A 6922

FAX: 3216-6925

COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DA PESSOA IDOSA

Presidente: Lídice da Mata (PSB)

1º Vice-Presidente: Denis Bezerra (PSB)

2º Vice-Presidente: Rosana Valle (PSB)

3º Vice-Presidente: Carmen Zanotto (CIDADANIA)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

13 vagas 13 vagas



5 vagas 5 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

4 vagas 4 vagas

Secretário(a): Rafaela Sousa Feitoza

Local: Anexo II, Pavimento Superior, Ala B, Sala 154

Telefones: 3216-6951/52

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO,

INDÚSTRIA, COMÉRCIO E SERVIÇOS

Presidente: Bosco Saraiva (SOLIDARIEDADE)

1º Vice-Presidente: Ottaci Nascimento (SOLIDARIEDADE)

2º Vice-Presidente: Tiago Dimas (SOLIDARIEDADE)

3º Vice-Presidente: Emanuel Pinheiro Neto (PTB)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

10 vagas 10 vagas



4 vagas 4 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

4 vagas 4 vagas

Secretário(a): Giovanna Francesca Mascarenhas Puricelli


Telefones: 3216-6601 A 6609

FAX: 3216-6610

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANO

Presidente: Pr. Marco Feliciano (PODE)

1º Vice-Presidente: José Medeiros (PODE)

2º Vice-Presidente: José Nelto (PODE)


Titulares Suplentes


PSC/PMN

10 vagas 10 vagas



4 vagas 4 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

4 vagas 4 vagas

Secretário(a): Gustavo Warzocha Fernandes Cruvinel


Telefones: 3216-6556/ 6551

FAX: 3216-6560

COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DA MULHER


Presidente: Luisa Canziani (PTB)

1º Vice-Presidente: Emanuel Pinheiro Neto (PTB)

2º Vice-Presidente: Alice Portugal (PCdoB)

3º Vice-Presidente: Norma Ayub (DEM)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

13 vagas 13 vagas



5 vagas 5 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

4 vagas 4 vagas

Secretário(a): Valéria Pessoa

Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala B, sala 150

Telefones: 3216-6961/67

COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DAS PESSOAS

COM DEFICIÊNCIA

Presidente: Gilberto Nascimento (PSC)

1º Vice-Presidente: Glaustin Fokus (PSC)

2º Vice-Presidente: Maria Rosas (REPUBLICANOS)

3º Vice-Presidente: Diego Garcia (PODE)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

12 vagas 12 vagas



4 vagas 4 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

4 vagas 4 vagas

Secretário(a): Raquel Ferreira de Carvalho Aldigueri


Telefones: 3216-6971 a 76

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS

Presidente: Helder Salomão (PT)

1º Vice-Presidente: Padre João (PT)

2º Vice-Presidente: Túlio Gadêlha (PDT)

3º Vice-Presidente: Camilo Capiberibe (PSB)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

11 vagas 11 vagas



4 vagas 4 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

3 vagas 3 vagas

Secretário(a): Marina Basso Lacerda

Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 185


FAX: 3216-6580

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO

Presidente: Pedro Cunha Lima (PSDB)

1º Vice-Presidente: Rose Modesto (PSDB)

2º Vice-Presidente: Alice Portugal (PCdoB)

3º Vice-Presidente: Mariana Carvalho (PSDB)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

25 vagas 25 vagas



8 vagas 8 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

8 vagas 8 vagas

NOVO

1 vaga 1 vaga

Secretário(a): Eugênia S. Pestana


Telefones: 3216-6621/6622/6628

FAX: 3216-6635

COMISSÃO DO ESPORTE

Presidente: Fábio Mitidieri (PSD)

1º Vice-Presidente: Danrlei de Deus Hinterholz (PSD)

2º Vice-Presidente: Fabio Reis (MDB)


3º Vice-Presidente: Afonso Hamm (PP)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

12 vagas 12 vagas



4 vagas 4 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

4 vagas 4 vagas

NOVO

1 vaga 1 vaga

Secretário(a): Lindberg Aziz Cury Júnior



COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

Presidente: Sergio Souza (MDB)

1º Vice-Presidente: Giovani Feltes (MDB)

2º Vice-Presidente: Júlio Cesar (PSD)

3º Vice-Presidente: Vinicius Farah (MDB)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

28 vagas 28 vagas



10 vagas 10 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

9 vagas 9 vagas

NOVO

1 vaga 1 vaga

Secretário(a): Nivaldo Adão Ferreira Júnior


Telefones: 3216-6652/6655/6657

FAX: 3216-6660

COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLE

Presidente: Léo Motta (PSL)

1º Vice-Presidente: Márcio Labre (PSL)



Titulares Suplentes


PSC/PMN

13 vagas 13 vagas



4 vagas 4 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

4 vagas 4 vagas

PTC

1 vaga 1 vaga

Secretário(a): Gabriel Matos de Souza Tenser

Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 161/163

Telefones: 3216-6671 A 6675

FAX: 3216-6676

COMISSÃO DE INTEGRAÇÃO NACIONAL,

DESENVOLVIMENTO REGIONAL E DA AMAZÔNIA

Presidente: Átila Lins (PP)

1º Vice-Presidente: Aj Albuquerque (PP)

2º Vice-Presidente: Jesus Sérgio (PDT)

3º Vice-Presidente: Sidney Leite (PSD)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

12 vagas 12 vagas



4 vagas 4 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

4 vagas 4 vagas

Secretário(a): Sandra Betânia de Albuquerque Neves



FAX: 3216-6440

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA

Presidente: Leonardo Monteiro (PT)

1º Vice-Presidente: Erika Kokay (PT)




Titulares Suplentes


PSC/PMN

11 vagas 11 vagas



4 vagas 4 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

3 vagas 3 vagas

Secretário(a): Luisa Paula Oliveira Campos


Telefones: 3216-6690 / 6693

FAX: 3216-6699

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO

SUSTENTÁVEL

Presidente: Rodrigo Agostinho (PSB)

1º Vice-Presidente: Camilo Capiberibe (PSB)

2º Vice-Presidente: Carlos Gomes (REPUBLICANOS)


Titulares Suplentes


PSC/PMN

11 vagas 11 vagas



4 vagas 4 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

3 vagas 3 vagas

Secretário(a): Wallace de Souza Oliveira


Telefones: 3216-6521 A 6526

FAX: 3216-6535

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA

Presidente: Silas Câmara (REPUBLICANOS)

1º Vice-Presidente: Benes Leocádio (REPUBLICANOS)

2º Vice-Presidente: Cássio Andrade (PSB)

3º Vice-Presidente: Edio Lopes (PL)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

28 vagas 28 vagas



10 vagas 10 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

9 vagas 9 vagas

NOVO

1 vaga 1 vaga

Secretário(a): Fábio Gomes Ferreira


Telefones: 3216-6711 / 6713

FAX: 3216-6720

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA

NACIONAL

Presidente: Eduardo Bolsonaro (PSL)

1º Vice-Presidente: Luiz Philippe de Orleans e Bragança

(PSL)

2º Vice-Presidente: Marcel Van Hattem (NOVO)

3º Vice-Presidente: José Rocha (PL)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

22 vagas 22 vagas



8 vagas 8 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

7 vagas 7 vagas

NOVO

1 vaga 1 vaga

Secretário(a): Edilson Holanda Silva


Telefones: 3216-6739 / 6738 / 6737

FAX: 3216-6745

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO

CRIME ORGANIZADO


Presidente: Capitão Augusto (PL)

1º Vice-Presidente: Fernando Rodolfo (PL)

2º Vice-Presidente: Guilherme Derrite (PP)


Titulares Suplentes


PSC/PMN

22 vagas 22 vagas



8 vagas 8 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

7 vagas 7 vagas

NOVO

1 vaga 1 vaga

Secretário(a): José Bemfica de Deus


Telefones: 3216-6761 / 6762

FAX: 3216-6770


Presidente: Antonio Brito (PSD)

1º Vice-Presidente: Alexandre Serfiotis (PSD)

2º Vice-Presidente: Marx Beltrão (PSD)

3º Vice-Presidente: Misael Varella (PSD)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

30 vagas 30 vagas



11 vagas 11 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

10 vagas 10 vagas

NOVO

1 vaga 1 vaga

Secretário(a): Rubens Gomes Carneiro Filho


Telefones: 3216-6787 / 6781 A 6786

FAX: 3216-6790

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E

SERVIÇO PÚBLICO

Presidente: Professora Marcivania (PCdoB)

1º Vice-Presidente: Flávia Morais (PDT)

2º Vice-Presidente: Maurício Dziedricki (PTB)

3º Vice-Presidente: Wolney Queiroz (PDT)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

15 vagas 15 vagas



5 vagas 5 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

5 vagas 5 vagas

PTC

1 vaga 1 vaga

Secretário(a): Fredo Ebling Júnior


Telefones: 3216-6805 / 6806 / 6807

FAX: 3216-6815

COMISSÃO DE TURISMO

Presidente: Newton Cardoso Jr (MDB)

1º Vice-Presidente: Leur Lomanto Júnior (DEM)

2º Vice-Presidente: Herculano Passos (MDB)

3º Vice-Presidente: João Marcelo Souza (MDB)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

12 vagas 12 vagas



4 vagas 4 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

4 vagas 4 vagas

Secretário(a): Calebe Nunes Silva

Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A , sala 151

Telefones: 3216-6837 / 6832 / 6833

FAX: 3216-6835


COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES

Presidente: Eli Corrêa Filho (DEM)

1º Vice-Presidente: Mauro Lopes (MDB)

2º Vice-Presidente: Jaqueline Cassol (PP)


Titulares Suplentes


PSC/PMN

28 vagas 28 vagas



10 vagas 10 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

9 vagas 9 vagas

NOVO

1 vaga 1 vaga

Secretário(a): Rita Fukuhara

Local: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, Sala 173

Telefones: 3216-6853 A 6856

FAX: 3216-6860

COMISSÕES TEMPORÁRIAS

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A DISCUTIR A

ADOÇÃO, PARA TODAS AS POLÍCIAS, DA COMPETÊNCIA LEGAL PARA INVESTIGAÇÃO.

Presidente: Subtenente Gonzaga (PDT)

1º Vice-Presidente: Delegado Marcelo Freitas (PSL)

2º Vice-Presidente: Kim Kataguiri (DEM)

3º Vice-Presidente: Nelson Pellegrino (PT)

Relator: Paulo Ganime (NOVO)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

Aluisio Mendes Celso Russomanno

Capitão Alberto Neto Daniel Silveira

Capitão Augusto Delegado Pablo

Coronel Tadeu vaga do PODE Fábio Trad

Delegado Éder Mauro Hélio Costa

Delegado Marcelo Freitas Magda Mofatto

Delegado Waldir Osires Damaso

Edna Henrique Sanderson

Guilherme Derrite 12 vagas

Hercílio Coelho Diniz

Hildo Rocha

Hugo Leal

João Campos

Kim Kataguiri

Luis Miranda

Mara Rocha

Margarete Coelho

Nicoletti

Paes Landim

Policial Katia Sastre

(Dep. do PODE ocupa a vaga)



Capitão Wagner José Medeiros

Eduardo Bismarck Mauro Benevides Filho

Fábio Henrique Orlando Silva

Léo Moraes vaga do PMN Paulo Ramos

Márcio Jerry 3 vagas

Subtenente Gonzaga

(Dep. do PSL ocupa a vaga)

1 vaga

PT/PSB/PSOL/REDE

Alessandro Molon João Daniel

Aliel Machado Joenia Wapichana

Marcelo Freixo 4 vagas

Nelson Pellegrino (Licenciado)

Paulo Teixeira

Reginaldo Lopes

NOVO

Paulo Ganime Marcel Van Hattem

Secretário(a): Raquel Andrade de Figueiredo

Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 165-B

Telefones: (61) 3216-6240

COMISSÃO ESPECIAL PARA PROPOR O CÓDIGO

BRASILEIRO DE ENERGIA ELÉTRICA

Presidente: Lucas Redecker (PSDB)

1º Vice-Presidente: Arnaldo Jardim (CIDADANIA)

2º Vice-Presidente: Luis Miranda (DEM)

3º Vice-Presidente: Joaquim Passarinho (PSD)

Relator: Lafayette de Andrada (REPUBLICANOS)

Titulares Suplentes



PSC/PMN

Angela Amin Aline Gurgel

Benes Leocádio Coronel Armando

Edilázio Júnior Edio Lopes

Eduardo da Fonte Eduardo Costa

Enéias Reis Francisco Jr.

Felício Laterça João Roma

Felipe Francischini Kim Kataguiri

Joaquim Passarinho Laercio Oliveira

Juarez Costa Neri Geller

Lafayette de Andrada Osires Damaso

Leur Lomanto Júnior Otto Alencar Filho

Lucas Redecker Roberto Pessoa

Lucio Mosquini Zé Vitor

Luis Miranda 7 vagas

Luiz Antônio Corrêa

Mariana Carvalho

Otoni de Paula

Paulo Bengtson

Wellington Roberto




Arnaldo Jardim Da Vitoria

Eduardo Braide vaga do PMN Igor Timo

Léo Moraes Jesus Sérgio

Leônidas Cristino Silvia Cristina

Luis Tibé 3 vagas

Perpétua Almeida

Tiago Dimas

1 vaga

PT/PSB/PSOL/REDE

Assis Carvalho Alencar Santana Braga

Edmilson Rodrigues Elias Vaz

Heitor Schuch João Daniel

Pedro Uczai Odair Cunha

Rubens Otoni 2 vagas

1 vaga

NOVO

Lucas Gonzalez Paulo Ganime

PTC

1 vaga 1 vaga

Secretário(a): Vivianne de Santa Clara Ramos


Telefones: (61) 3216-6212

COMISSÃO ESPECIAL CURADORA DESTINADA A

ELABORAR E VIABILIZAR A EXECUÇÃO DAS COMEMORAÇÕES EM TORNO DO TEMA "A CÂMARA DOS DEPUTADOS E OS 200 ANOS DA INDEPENDÊNCIA

DO BRASIL"

Presidente:




Coordenador: Enrico Misasi (PV)

Titulares Suplentes

PSL

Luiz Philippe de Orleans e Bragança

PL

Soraya Santos

PP

Jaqueline Cassol

REPUBLICANOS

João Roma

Lafayette de Andrada

PDT

Gustavo Fruet

CIDADANIA

Marcelo Calero

PV

Enrico Misasi

Secretário(a):

COMISSÃO DE JURISTAS DESTINADA A ELABORAR ANTEPROJETO DE LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA PARA O TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS NO ÂMBITO DE

SEGURANÇA PÚBLICA, INVESTIGAÇÕES PENAIS E REPRESSÃO DE INFRAÇÕES PENAIS, CONFORME O

DISPOSTO NO ARTIGO 4°, INCISO 111, ALÍNEAS "A" E "D" DA LEI N. 13.709, DE 14 DE AGOSTO DE 2018.

Presidente:




Titulares Suplentes

Secretário(a):


COMISSÃO EXECUTIVA ENCARREGADA DE

IMPLEMENTAR TODOS OS PROCEDIMENTOS NECESSÁRIOS À REALIZAÇÃO DA XVI SESSÃO DO

PARLAMENTO JOVEM BRASILEIRO

Presidente:




Titulares Suplentes

PT

Erika Kokay

PSL

Luiz Lima

PP

André Fufuca

PSDB

Mariana Carvalho

REPUBLICANOS

Hugo Motta

PSB

Jhc

PDT

Tabata Amaral

DEM

Luis Miranda

PTB

Luisa Canziani

PSOL

Sâmia Bomfim

PCdoB

Orlando Silva

Secretário(a): -

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 15-A, DE 2015, DA SRª RAQUEL MUNIZ E OUTROS, QUE "INSERE PARÁGRAFO ÚNICO NO ART. 193; INCISO IX, NO ART.

206 E ART. 212-A, TODOS NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, DE FORMA A TORNAR O FUNDO DE MANUTENÇÃO E

DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA E DE VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO -

FUNDEB INSTRUMENTO PERMANENTE DE FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA PÚBLICA, INCLUIR O PLANEJAMENTO NA ORDEM SOCIAL E

INSERIR NOVO PRINCÍPIO NO ROL DAQUELES COM BASE

NOS QUAIS A EDUCAÇÃO SERÁ MINISTRADA, E REVOGA O ART. 60 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS

TRANSITÓRIAS"

Presidente: Bacelar (PODE)

1º Vice-Presidente: Idilvan Alencar (PDT)

2º Vice-Presidente: Danilo Cabral (PSB)

3º Vice-Presidente: Professora Rosa Neide (PT)

Relator: Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

Angela Amin Benes Leocádio

Átila Lira Coronel Armando

Chris Tonietto Dra. Soraya Manato

Daniela do Waguinho Emanuel Pinheiro Neto

Dr. Jaziel Helio Lopes

Fernando Rodolfo Juarez Costa

General Peternelli Osires Damaso

Haroldo Cathedral Pedro Cunha Lima

Jéssica Sales Raul Henry

Luisa Canziani Tereza Nelma

Luizão Goulart Zé Vitor

Maria Rosas (Dep. do PROS ocupa a

vaga)

Mariana Carvalho 8 vagas

Otoni de Paula

Professor Alcides

Professora Dayane Pimentel

Professora Dorinha Seabra

Rezende

Rose Modesto

Sidney Leite




Alice Portugal Gastão Vieira vaga do NOVO

Bacelar Igor Timo

Eduardo Braide vaga do PMN Paula Belmonte

Idilvan Alencar Professor Israel Batista

Leda Sadala vaga do PTC Professora Marcivania

Marcelo Calero Túlio Gadêlha

Marreca Filho Weliton Prado vaga do DEM

Tabata Amaral (Dep. do PSB ocupa a

vaga)

Tiago Dimas 1 vaga

PT/PSB/PSOL/REDE

Danilo Cabral Edmilson Rodrigues


Pedro Uczai Felipe Rigoni vaga do PATRIOTA

Professora Rosa Neide João H. Campos

Rosana Valle Lídice da Mata

Sâmia Bomfim Natália Bonavides

Zeca Dirceu Rejane Dias Rogério Correia

NOVO

Adriana Ventura (Dep. do PROS ocupa a

vaga)

PTC

(Dep. do AVANTE ocupa a

vaga)

1 vaga

Secretário(a): Roberta de Aguiar Costa Mascarenhas


Telefones: (61) 3216-6209

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 17-A, DE

2019, DO SENADO FEDERAL, QUE "ALTERA A CONSTITUIÇÃO FEDERAL PARA INCLUIR A PROTEÇÃO DE

DADOS PESSOAIS ENTRE OS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS E PARA FIXAR A COMPETÊNCIA

PRIVATIVA DA UNIÃO PARA LEGISLAR SOBRE PROTEÇÃO E TRATAMENTO DE DADOS PESSOAIS"

Presidente: Bruna Furlan (PSDB)

1º Vice-Presidente: Lucas Vergilio (SOLIDARIEDADE)



Relator: Orlando Silva (PCdoB)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

Aguinaldo Ribeiro Carlos Sampaio

André de Paula João Roma

André Ferreira Rodrigo de Castro

Bruna Furlan 17 vagas

Celso Russomanno

Filipe Barros

General Peternelli

Hildo Rocha

Jorge Braz

Luis Miranda

Luiz Carlos Motta

Marcio Alvino

Mariana Carvalho

Otto Alencar Filho

Professora Dorinha Seabra Rezende

Walter Alves

(Dep. do PDT ocupa a vaga)

(Dep. do PCdoB ocupa a vaga)

2 vagas



André Figueiredo Tiago Dimas

Bacelar 6 vagas

Daniel Coelho

Gil Cutrim vaga do PMN

Lucas Vergilio

Márcio Jerry vaga do PTB

Orlando Silva

Perpétua Almeida

Subtenente Gonzaga

PT/PSB/PSOL/REDE

Alessandro Molon Jhc

Arlindo Chinaglia Natália Bonavides

Marcelo Freixo Rui Falcão

Margarida Salomão 3 vagas

Paulo Teixeira

1 vaga

NOVO

Vinicius Poit 1 vaga

Secretário(a): Sílvia Valéria Lima Mergulhão


Telefones: (61) 3216-6215

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 24, DE

2019, DA SRA. LUISA CANZIANI E OUTROS, QUE "ACRESCENTA INCISO V AO § 6º DO ART. 107 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS,

PARA EXCLUIR DESPESAS DE INSTITUIÇÕES FEDERAIS DE ENSINO, NOS TERMOS ESPECIFICADOS, DA BASE DE

CÁLCULO E DOS LIMITES INDIVIDUALIZADOS PARA AS DESPESAS PRIMÁRIAS."

Presidente: Margarete Coelho (PP)

1º Vice-Presidente: Professor Israel Batista (PV)

2º Vice-Presidente: Tiago Mitraud (NOVO)

3º Vice-Presidente: João Marcelo Souza (MDB)

Relator: Tabata Amaral (PDT)

Titulares Suplentes


PSC/PMN


Angela Amin Charlles Evangelista

Daniela do Waguinho Dr. Luiz Antonio Teixeira

Jr.

Dr. Luiz Ovando Dra. Soraya Manato

Haroldo Cathedral Felipe Francischini

João Carlos Bacelar Kim Kataguiri

João Marcelo Souza Luizão Goulart

Luisa Canziani Marcelo Aro

Luiz Lima Pedro Paulo

Margarete Coelho (Dep. do PDT ocupa a

vaga)

Maria Rosas 11 vagas

Pedro Cunha Lima


Rezende

8 vagas



Alice Portugal Dr. Frederico

Gastão Vieira Gustavo Fruet

Idilvan Alencar Leandre

Léo Moraes Márcio Jerry

Leônidas Cristino Tabata Amaral vaga do PTB

Professor Israel Batista Túlio Gadêlha

1 vaga 2 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

Danilo Cabral Alessandro Molon

Felipe Rigoni Bohn Gass

João H. Campos Erika Kokay

Margarida Salomão Joenia Wapichana

Professora Rosa Neide Paulo Teixeira

Waldenor Pereira 1 vaga

NOVO

Tiago Mitraud Lucas Gonzalez

Secretário(a): Marcelo Brandão Lapa


Telefones: (61) 3216-6260

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 34-A, DE 2019, DO SENADO FEDERAL, QUE "ALTERA OS ARTS. 165

E 166 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL PARA TORNAR OBRIGATÓRIA A EXECUÇÃO DA PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA PROVENIENTE DE EMENDAS DE

BANCADA DE PARLAMENTARES DE ESTADO OU DO DISTRITO FEDERAL"

Presidente: Hélio Leite (DEM)

1º Vice-Presidente: Aj Albuquerque (PP)


3º Vice-Presidente: Eduardo Bismarck (PDT)

Relator: Carlos Henrique Gaguim (DEM)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

Adolfo Viana Aline Gurgel

Aj Albuquerque Gildenemyr

Bosco Costa Jaqueline Cassol

Carlos Henrique Gaguim Júnior Mano

Gilberto Abramo Luis Miranda

Hélio Leite Marco Bertaiolli

Herculano Passos Marcos Aurélio

Sampaio

Jhonatan de Jesus Otto Alencar Filho

Júlio Cesar Policial Katia Sastre

Junior Lourenço Ricardo Barros

Lucio Mosquini Rosangela Gomes

Luiz Lima Wilson Santiago

Pedro Westphalen 8 vagas

Ruy Carneiro

Sidney Leite


(Dep. do SOLIDARIEDADE ocupa a

vaga)

3 vagas



Chiquinho Brazão Alcides Rodrigues

Eduardo Bismarck Dagoberto Nogueira

Eduardo Braide vaga do PMN Igor Timo

Gustinho Ribeiro vaga do PSC Márcio Jerry

Marlon Santos Pompeo de Mattos

Marreca Filho 2 vagas

Orlando Silva

Ottaci Nascimento

Ricardo Teobaldo

PT/PSB/PSOL/REDE

Alessandro Molon 6 vagas

Assis Carvalho

Luciano Ducci

Zé Neto

2 vagas

NOVO

Gilson Marques Paulo Ganime




Telefones: (61) 3216-6240

FAX: (61) 3216-6285

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 45-A, DE 2019, DO SRº BALEIA ROSSI E OUTROS, QUE "ALTERA O

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS"

Presidente: Hildo Rocha (MDB)


2º Vice-Presidente: Da Vitoria (CIDADANIA)

3º Vice-Presidente: Clarissa Garotinho (PROS)

Relator: Aguinaldo Ribeiro (PP)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

Aguinaldo Ribeiro Átila Lins

Bia Kicis Baleia Rossi

Cacá Leão Capitão Alberto Neto

Carlos Jordy Carlos Henrique Gaguim

Celso Maldaner Cezinha de Madureira

Celso Sabino Delegado Pablo

Christino Aureo Domingos Sávio

Darci de Matos Dulce Miranda

Eduardo Cury Enéias Reis

Efraim Filho General Peternelli

Filipe Barros Gilberto Abramo

Glaustin Fokus Gildenemyr

Guiga Peixoto Julian Lemos

Hildo Rocha Laercio Oliveira

Hugo Motta Lafayette de Andrada

João Carlos Bacelar Luiz Nishimori

João Maia Marcelo Aro

João Roma Marcelo Ramos

Júlio Cesar Márcio Labre

Julio Cesar Ribeiro Newton Cardoso Jr

Luis Miranda Osires Damaso

Luiz Philippe de Orleans e

Bragança

Otto Alencar Filho

Marcos Aurélio Sampaio Paulo Azi

Pedro Paulo Pedro Augusto Bezerra

Santini Roberto Pessoa

Sidney Leite Vermelho

Vitor Lippi Vicentinho Júnior

Wellington Roberto Vinicius Farah

(Dep. do PODE ocupa a vaga) (Dep. do PSB ocupa a vaga)



Alcides Rodrigues Dr. Frederico

André Figueiredo Eli Borges

Bosco Saraiva Gastão Vieira

Chiquinho Brazão Gustavo Fruet

Clarissa Garotinho Idilvan Alencar

Da Vitoria Luis Tibé

Eduardo Braide vaga do PMN Marcelo Calero

Enrico Misasi Márcio Jerry

Léo Moraes Paula Belmonte vaga do REDE

Mauro Benevides Filho Professor Israel Batista

Renildo Calheiros (Dep. do PSB ocupa a vaga)

PT/PSB/PSOL/REDE

Afonso Florence Alencar Santana Braga

Elias Vaz Alessandro Molon

Joenia Wapichana Denis Bezerra

Marcelo Freixo Felipe Rigoni vaga do DEM

Marcelo Nilo Fernanda Melchionna

Paulo Pimenta Gervásio Maia

Reginaldo Lopes José Ricardo

Tadeu Alencar Joseildo Ramos

Zé Neto Paulo Teixeira Rodrigo Coelho vaga do PODE

(Dep. do CIDADANIA ocupa

a vaga)

NOVO

Alexis Fonteyne Paulo Ganime

Secretário(a): Carlos Eduardo Leal


Telefones: (61) 3216-6201

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 199-A,

DE 2019, DO SR. ALEX MANENTE E OUTROS, QUE "ALTERA OS ARTS. 102 E 105 DA CONSTITUIÇÃO,

TRANSFORMANDO OS RECURSOS EXTRAORDINÁRIO E ESPECIAL EM AÇÕES REVISIONAIS DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DO

SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA"

Presidente: Marcelo Ramos (PL)

1º Vice-Presidente: Aliel Machado (PSB)

2º Vice-Presidente: Alexandre Leite (DEM)

3º Vice-Presidente: Coronel Tadeu (PSL)


Relator: Fábio Trad (PSD)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

Alexandre Leite Capitão Alberto Neto

André de Paula Capitão Augusto

Arthur Oliveira Maia Celso Maldaner

Bia Kicis Filipe Barros

Carlos Sampaio Gilberto Abramo

Caroline de Toni Joaquim Passarinho

Coronel Tadeu Júnior Ferrari

Daniel Trzeciak Kim Kataguiri

Fábio Trad Léo Motta

Gilberto Nascimento Lucas Redecker

Gildenemyr Marcelo Moraes

Gutemberg Reis Marcos Aurélio Sampaio

Hildo Rocha Mariana Carvalho

João Campos Osires Damaso

Lafayette de Andrada Patricia Ferraz

Marcelo Ramos Pedro Lupion

Roman vaga do PATRIOTA Sanderson

Wilson Santiago 3 vagas

(Dep. do CIDADANIA ocupa a

vaga)

2 vagas



Afonso Motta Léo Moraes

Alex Manente vaga do PMN Renildo Calheiros

José Nelto 5 vagas

Leda Sadala

Orlando Silva

Paulo Ramos

(Dep. do PSD ocupa a vaga)

1 vaga

PT/PSB/PSOL/REDE

Aliel Machado Alencar Santana Braga

Henrique Fontana Glauber Braga

Ivan Valente Mauro Nazif

José Guimarães Natália Bonavides

Júlio Delgado Paulo Teixeira

Margarida Salomão Tadeu Alencar

NOVO

Gilson Marques Adriana Ventura

Secretário(a): Alessandro Alves de Miranda


Telefones: (61) 3216-6267

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 391-A, DE 2017, DO SENADO FEDERAL, QUE "ALTERA O ART. 159 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL PARA DISCIPLINAR A

DISTRIBUIÇÃO DE RECURSOS PELA UNIÃO AO FUNDO DE PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS", E APENSADAS

Presidente: Pedro Westphalen (PP)

1º Vice-Presidente: Pedro Uczai (PT)

2º Vice-Presidente: Paulo Azi (DEM)

3º Vice-Presidente: Osires Damaso (PSC)

Relator: Júlio Cesar (PSD)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

Benes Leocádio Adriano do Baldy

Beto Pereira Amaro Neto

Célio Silveira Charles Fernandes

Dr. Luiz Ovando Coronel Armando

Edilázio Júnior Enéias Reis

Emanuel Pinheiro Neto Euclydes Pettersen

Geninho Zuliani Gildenemyr

Herculano Passos Haroldo Cathedral

Isnaldo Bulhões Jr. Hildo Rocha

Júlio Cesar João Marcelo Souza

Júnior Bozzella Pedro Augusto Bezerra

Osires Damaso Pedro Cunha Lima

Paulo Azi Pedro Lupion

Pedro Westphalen Pinheirinho

Schiavinato (Dep. do PDT ocupa a vaga)

Silvio Costa Filho 5 vagas

(Dep. do PODE ocupa a

vaga)

3 vagas



Daniel Almeida Afonso Motta vaga do REDE

Eduardo Braide vaga do PMN Capitão Wagner

Flávia Morais Eduardo Bismarck vaga do

REPUBLICANOS

Gastão Vieira Eli Borges

Renata Abreu Gil Cutrim

Tiago Dimas José Medeiros

Wolney Queiroz Márcio Jerry

1 vaga Pompeo de Mattos 1 vaga

PT/PSB/PSOL/REDE

Danilo Cabral Afonso Florence


Joenia Wapichana Assis Carvalho

José Guimarães Rafael Motta

Pedro Uczai Reginaldo Lopes

Zé Neto (Dep. do PDT ocupa a vaga)

1 vaga 1 vaga

NOVO

Lucas Gonzalez Marcel Van Hattem

Secretário(a): Carlos Alberto Teodoro Carvalho


Telefones: (61) 3216-6203

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 397-A, DE 2017, DO SENADO FEDERAL, QUE "ACRESCENTA O

ART. 18-A AO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS, PARA DISPOR SOBRE A CONVALIDAÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS PRATICADOS NO ESTADO DO TOCANTINS ENTRE 1º DE JANEIRO DE 1989 E 31 DE

DEZEMBRO DE 1994"

Presidente: Carlos Henrique Gaguim (DEM)

1º Vice-Presidente: Eli Borges (SOLIDARIEDADE)

2º Vice-Presidente: Osires Damaso (PSC)

3º Vice-Presidente: Célio Moura (PT)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

Bia Kicis Abílio Santana

Bosco Costa Hildo Rocha

Carlos Henrique Gaguim Josimar Maranhãozinho

(Licenciado)

Carlos Jordy Luiz Carlos Motta

Christiane de Souza Yared Magda Mofatto

Coronel Armando Marcelo Ramos vaga do PDT

Daniela do Waguinho Marcio Alvino vaga do PDT

Domingos Neto Sergio Toledo

Dulce Miranda Walter Alves

Expedito Netto 13 vagas

Flávia Arruda

Junior Lourenço

Osires Damaso

Pedro Cunha Lima

Pedro Lucas Fernandes


Rezende

Samuel Moreira

Vicentinho Júnior

2 vagas



Alcides Rodrigues (Dep. do PL ocupa a vaga)

André Figueiredo (Dep. do PL ocupa a vaga)

Daniel Almeida 5 vagas

Eli Borges

Félix Mendonça Júnior

José Nelto

Tiago Dimas

PT/PSB/PSOL/REDE

Arlindo Chinaglia 6 vagas

Célio Moura

Edmilson Rodrigues

Gonzaga Patriota

Luciano Ducci

Rogério Correia

NOVO

1 vaga 1 vaga

Secretário(a): Vinícius Vieira Vasconcelos


Telefones: (61) 3216-6218

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER

AO PROJETO DE LEI Nº 399, DE 2015, DO SR. FÁBIO MITIDIERI, QUE "ALTERA O ART. 2º DA LEI Nº 11.343, DE

23 DE AGOSTO DE 2006, PARA VIABILIZAR A COMERCIALIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS QUE

CONTENHAM EXTRATOS, SUBSTRATOS OU PARTES DA PLANTA CANNABIS SATIVA EM SUA FORMULAÇÃO"

Presidente: Paulo Teixeira (PT)

1º Vice-Presidente: Bacelar (PODE)

2º Vice-Presidente: Alex Manente (CIDADANIA)

3º Vice-Presidente: Angela Amin (PP)

Relator: Luciano Ducci (PSB)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

Angela Amin Átila Lira

Capitão Augusto David Soares

Carla Zambelli Domingos Neto

Carlos Chiodini Dr. Zacharias Calil

Eduardo Barbosa Fernando Rodolfo

Eduardo Costa Gutemberg Reis

Enéias Reis Hiran Gonçalves

Evair Vieira de Melo Hugo Leal


Fábio Mitidieri Leur Lomanto Júnior

Fábio Trad 11 vagas

Fernando Coelho Filho

Giovani Cherini

Hugo Motta

Júnior Bozzella

Otoni de Paula

Pedro Cunha Lima

Sóstenes Cavalcante


(Dep. do CIDADANIA ocupa a

vaga)

1 vaga



Alex Manente Diego Garcia

Alice Portugal Jandira Feghali

Aureo Ribeiro Túlio Gadêlha

Bacelar (Dep. do PSOL ocupa a

vaga)

Chico D'angelo 3 vagas

Eduardo Braide vaga do PMN

Fábio Henrique

Marcelo Calero vaga do

REPUBLICANOS

Pastor Eurico

PT/PSB/PSOL/REDE

Alexandre Padilha Afonso Florence

Luciano Ducci Alencar Santana Braga

Marcelo Freixo Assis Carvalho

Natália Bonavides Gervásio Maia

Paulo Teixeira Sâmia Bomfim

Rafael Motta Talíria Petrone vaga do PDT 1 vaga

NOVO

Tiago Mitraud Vinicius Poit

Secretário(a): Ana Karina de Macedo Tito Vieira


Telefones: (61) 3216-6235


AO PROJETO DE LEI Nº 10887, DE 2018, DO SR. ROBERTO DE LUCENA, QUE "ALTERA A LEI N° 8.429, DE 2 DE

JUNHO DE 1992, QUE DISPÕE SOBRE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA"

Presidente: Tadeu Alencar (PSB)

1º Vice-Presidente: Carlos Henrique Gaguim (DEM)

2º Vice-Presidente: Daniel Trzeciak (PSDB)

3º Vice-Presidente: Nereu Crispim (PSL)

Relator: Carlos Zarattini (PT)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

Aroldo Martins Capitão Alberto Neto

Carlos Henrique Gaguim Coronel Armando

Charles Fernandes Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr.

Daniel Trzeciak Jerônimo Goergen

General Peternelli Joaquim Passarinho

Geninho Zuliani Paes Landim

Hélio Costa Paulo Freire Costa

Herculano Passos Roberto Alves

Hildo Rocha Vermelho

Luiz Carlos Motta 11 vagas

Marcelo Ramos

Marco Bertaiolli

Margarete Coelho

Nereu Crispim

Otoni de Paula

Ricardo Barros

Sanderson

Vitor Lippi

2 vagas



Léo Moraes Eduardo Bismarck

Márcio Jerry Gil Cutrim

Ottaci Nascimento Leda Sadala

Paula Belmonte 4 vagas

Pompeo de Mattos

Sergio Vidigal

1 vaga

PT/PSB/PSOL/REDE

Carlos Zarattini 6 vagas

Luiz Flávio Gomes (Licenciado)

Margarida Salomão

Paulo Teixeira

Tadeu Alencar

1 vaga

NOVO

Tiago Mitraud Adriana Ventura

Secretário(a): Eveline de Carvalho Alminta


Telefones: (61) 3216-6211



AO PROJETO DE LEI Nº 1095, DE 2019, DO SR. FRED COSTA, QUE "ALTERA A LEI Nº 9.605, DE 12 DE

FEVEREIRO DE 1998 PARA ESTABELECER PENA DE RECLUSÃO A QUEM PRATICAR ATO DE ABUSO, MAUS-

TRATOS, FERIR OU MUTILAR ANIMAIS SILVESTRES, DOMÉSTICOS OU DOMESTICADOS, NATIVOS OU

EXÓTICOS; E INSTITUIR PENAS PARA ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS OU RURAIS QUE

CONCORREREM PARA A PRÁTICA DO CRIME"

Presidente: Célio Studart (PV)

1º Vice-Presidente: Darci de Matos (PSD)


3º Vice-Presidente: Filipe Barros (PSL)

Relator: Celso Sabino (PSDB)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

Carlos Gomes Alexandre Serfiotis

Carlos Henrique Gaguim Christino Aureo

Celso Sabino Coronel Tadeu

Darci de Matos Efraim Filho

Delegado Antônio Furtado Enéias Reis

Emanuel Pinheiro Neto Giacobo

Fábio Trad Laercio Oliveira

Filipe Barros Otoni de Paula

Gutemberg Reis Pedro Lupion

Juscelino Filho 11 vagas

Marcelo Ramos

Mariana Carvalho

Pinheirinho

Professor Joziel

Ricardo Izar

Roman

Vavá Martins

(Dep. do PATRIOTA ocupa a

vaga)


(Dep. do PATRIOTA ocupa a

vaga)



Alcides Rodrigues vaga do MDB Afonso Motta

Aureo Ribeiro Fábio Henrique

Capitão Wagner Gil Cutrim vaga do PSOL

Célio Studart Marcelo Calero

Daniel Coelho Marlon Santos

Eduardo Bismarck 3 vagas


Fred Costa

Léo Moraes

Pastor Eurico vaga do PL

PT/PSB/PSOL/REDE

David Miranda Gervásio Maia

Denis Bezerra Rafael Motta

Elias Vaz (Dep. do PDT ocupa a

vaga)

3 vagas 3 vagas

NOVO

Alexis Fonteyne Adriana Ventura

Secretário(a): Andrea Christina de S. B. Menezes


Telefones: (61) 3216-6232


AO PROJETO DE LEI Nº 1440, DE 2019, DO SR. WLADIMIR GAROTINHO, QUE "DISPÕE SOBRE A CRIAÇÃO DO FUNDO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DA

MESORREGIÃO GEOGRÁFICA DO NORTE E NOROESTE FLUMINENSE COMO ÁREAS DE SEMINÁRIO"

Presidente: Clarissa Garotinho (PROS)




Relator: Felício Laterça (PSL)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

Alexandre Serfiotis Jorge Braz

Amaro Neto Lourival Gomes

Christino Aureo Márcio Labre

Daniel Silveira (Dep. do PATRIOTA ocupa a

vaga)

Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. 16 vagas

Felício Laterça

Gutemberg Reis

Hugo Leal vaga do PATRIOTA

Juninho do Pneu

Luiz Antônio Corrêa

Luiz Lima

Marcão Gomes

Otoni de Paula

Rosangela Gomes


Vinicius Farah

Wladimir Garotinho

(Dep. do PROS ocupa a

vaga)

4 vagas



Aureo Ribeiro Pastor Eurico vaga do PMN

Chico D'angelo Paulo Ramos

Clarissa Garotinho vaga do PSD 6 vagas

Marcelo Calero


3 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

Tadeu Alencar 6 vagas

5 vagas

NOVO

1 vaga 1 vaga

Secretário(a): Andrea Christina de S. B. Menezes


Telefones: (61) 3216-6232


AO PROJETO DE LEI Nº 1645, DE 2019, DO PODER EXECUTIVO, QUE "ALTERA A LEI Nº 6.880, DE 9 DE

DEZEMBRO DE 1980, QUE DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DOS MILITARES; A LEI Nº 3.765, DE 4 DE MAIO DE 1960,

QUE DISPÕE SOBRE AS PENSÕES MILITARES; A LEI Nº 4.375, DE 17 DE AGOSTO DE 1964 - LEI DO SERVIÇO

MILITAR; A LEI Nº 5.821, DE 10 DE NOVEMBRO DE 1972, QUE DISPÕE SOBRE AS PROMOÇÕES DOS OFICIAIS DA ATIVA DAS FORÇAS ARMADAS; E A LEI Nº 12.705, DE 8

DE AGOSTO DE 2012, QUE DISPÕE SOBRE OS REQUISITOS PARA INGRESSO NOS CURSOS DE

FORMAÇÃO DE MILITARES DE CARREIRA DO EXÉRCITO; E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS"

Presidente: José Priante (MDB)

1º Vice-Presidente: Coronel Chrisóstomo (PSL)

2º Vice-Presidente: Coronel Armando (PSL)

3º Vice-Presidente: Guilherme Derrite (PP)

Relator: Vinicius Carvalho (REPUBLICANOS)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

Alexandre Frota Altineu Côrtes (Licenciado)

Alexandre Leite Capitão Alberto Neto

André de Paula Celina Leão

Capitão Augusto Célio Silveira

Carlos Chiodini Dr. Luiz Ovando

Celso Russomanno Edio Lopes

Coronel Armando Elmar Nascimento

Coronel Chrisóstomo General Girão

Coronel Tadeu General Peternelli

David Soares Gildenemyr

Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. Gurgel

Gilberto Nascimento Haroldo Cathedral

Guilherme Derrite Helio Lopes

Hugo Leal Joaquim Passarinho

José Priante Marcelo Moraes

Luiz Carlos Ossesio Silva

Magda Mofatto Otoni de Paula

Mauro Lopes Pedro Lupion

Pedro Westphalen Sargento Fahur

Policial Katia Sastre 6 vagas

Sidney Leite

Vinicius Carvalho

Vitor Hugo


1 vaga



Capitão Wagner Augusto Coutinho

Da Vitoria Eros Biondini

Diego Garcia Fábio Henrique

Dr. Leonardo Leda Sadala

Eduardo Braide vaga do PMN Marreca Filho

Pastor Eurico Orlando Silva

Pastor Sargento Isidório Paulo Ramos

Perpétua Almeida Professor Israel Batista

Pompeo de Mattos 1 vaga

Subtenente Gonzaga

PT/PSB/PSOL/REDE

Carlos Zarattini Arlindo Chinaglia

Glauber Braga Beto Faro

Gonzaga Patriota Jorge Solla

João Daniel Marcelo Freixo

Reginaldo Lopes Odair Cunha

Zé Neto 3 vagas

2 vagas

NOVO

Tiago Mitraud Marcel Van Hattem

Secretário(a): Vinícius Vieira Vasconcelos


Telefones: (01)3216-6218



AO PROJETO DE LEI Nº 1646, DE 2019, DO PODER EXECUTIVO, QUE "ESTABELECE MEDIDAS PARA O

COMBATE AO DEVEDOR CONTUMAZ E DE FORTALECIMENTO DA COBRANÇA DA DÍVIDA ATIVA E

ALTERA A LEI Nº 6.830, DE 22 DE SETEMBRO DE 1980, A LEI Nº 8.397, DE 6 DE JANEIRO DE 1992, E A LEI Nº 9.430,

DE 27 DE DEZEMBRO DE 1996"

Presidente: Tadeu Alencar (PSB)

1º Vice-Presidente: Joaquim Passarinho (PSD)

2º Vice-Presidente: Paulo Ramos (PDT)

3º Vice-Presidente: Luiz Carlos Motta (PL)

Relator: Arthur Oliveira Maia (DEM)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

Arthur Oliveira Maia Giovani Cherini

Fernando Monteiro Hugo Motta

Gildenemyr Zé Vitor

Glaustin Fokus 17 vagas


Jerônimo Goergen

Joaquim Passarinho

Jorge Braz

Júlio Cesar

Luiz Carlos Motta

Milton Vieira

Nelson Barbudo

Newton Cardoso Jr

Pedro Paulo

Vitor Lippi

Wellington Roberto

4 vagas



Augusto Coutinho 7 vagas

Diego Garcia

Leda Sadala

Mauro Benevides Filho

Orlando Silva

Paulo Ramos

1 vaga

PT/PSB/PSOL/REDE

Elias Vaz Gervásio Maia

Ivan Valente Luiz Flávio Gomes (Licenciado)

Paulo Teixeira 4 vagas

Rui Falcão

Tadeu Alencar

1 vaga

NOVO

Paulo Ganime Vinicius Poit

Secretário(a): Lucas Paranhos Quintella


Telefones: (61) 3216-6206

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 1917, DE 2015, DO SR. MARCELO

SQUASSONI E OUTROS, QUE "DISPÕE SOBRE A PORTABILIDADE DA CONTA DE LUZ, AS CONCESSÕES DE GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E A COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA, ALTERA AS LEIS N. 12.783, DE 11 DE JANEIRO DE 2013, 10.848, DE 15 DE MARÇO DE 2004,

10.847, DE 15 DE MARÇO DE 2004, 9.648, DE 27 DE MAIO DE 1998, 9.478, DE 6 DE AGOSTO DE 1997, 9.427, DE 26 DE DEZEMBRO DE 1996, A MEDIDA PROVISÓRIA N. 2.227, DE 4 DE SETEMBRO DE 2001, E DÁ OUTRAS

PROVIDÊNCIAS"

Presidente: Jaqueline Cassol (PP)




Relator: Edio Lopes (PL)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

Adolfo Viana Coronel Armando

Cleber Verde (Licenciado) Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr.

Coronel Chrisóstomo Edilázio Júnior

Edio Lopes Elcione Barbalho

Eduardo da Fonte Franco Cartafina

Enéias Reis Haroldo Cathedral

Fernando Coelho Filho Lafayette de Andrada

Francisco Jr. Lucas Redecker

Gurgel Paulo Azi

Jaqueline Cassol Pedro Cunha Lima

Joaquim Passarinho Pedro Lupion

Kim Kataguiri Vavá Martins

Lucio Mosquini Wellington Roberto

Marcelo Ramos 7 vagas

Paes Landim

Rodrigo de Castro

Silas Câmara



2 vagas



Arnaldo Jardim Bacelar

Eduardo Bismarck Daniel Almeida

Fábio Henrique Greyce Elias (Licenciado)

Gil Cutrim vaga do PMN 4 vagas

Igor Timo

Luis Tibé

Márcio Jerry

1 vaga

PT/PSB/PSOL/REDE

Bohn Gass Danilo Cabral


Enio Verri

Gervásio Maia

Mauro Nazif

1 vaga

NOVO

Paulo Ganime Lucas Gonzalez



Telefones: (61) 3216-6235

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 2303, DE 2015, DO SR. AUREO,

QUE "DISPÕE SOBRE A INCLUSÃO DAS MOEDAS VIRTUAIS E PROGRAMAS DE MILHAGEM AÉREAS NA DEFINIÇÃO DE 'ARRANJOS DE PAGAMENTO' SOB A

SUPERVISÃO DO BANCO CENTRAL" (ALTERA A LEI Nº 12.865, DE 2013 E DA LEI 9.613, DE 1998)

Presidente: Gustinho Ribeiro (SOLIDARIEDADE)




Relator: Expedito Netto (PSD)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

Aj Albuquerque Capitão Augusto

Expedito Netto Celso Sabino

Fábio Ramalho Delegado Pablo

Felipe Francischini Fábio Mitidieri

Fernando Monteiro Gelson Azevedo vaga do PSB

Filipe Barros Giacobo

João Roma Gurgel

Jorge Braz Gutemberg Reis

Juninho do Pneu Jerônimo Goergen

Júnior Mano Júnior Bozzella

Lucas Redecker Juscelino Filho

Luis Miranda Otoni de Paula

Luisa Canziani Otto Alencar Filho


Bragança

Raul Henry

Marcelo Ramos vaga do REDE Reinhold Stephanes

Junior

Mariana Carvalho Ricardo Izar

Misael Varella Vinicius Carvalho

Paulo Eduardo Martins Vitor Lippi

Vicentinho Júnior (Dep. do CIDADANIA

ocupa a vaga)

Vinicius Farah 2 vagas

Wladimir Garotinho



Aureo Ribeiro Daniel Coelho vaga do

REPUBLICANOS

Eduardo Bismarck vaga do PSB Enrico Misasi

Fábio Henrique Gil Cutrim

Gustinho Ribeiro Léo Moraes

Igor Timo Mauro Benevides Filho

Lucas Vergilio vaga do PT Uldurico Junior

Marlon Santos 2 vagas

Orlando Silva

Professor Israel Batista

PT/PSB/PSOL/REDE

João H. Campos Jhc

Margarida Salomão (Dep. do PL ocupa a

vaga)

Reginaldo Lopes 4 vagas


(Dep. do SOLIDARIEDADE ocupa

a vaga)

(Dep. do PL ocupa a vaga)

NOVO

Vinicius Poit Paulo Ganime



Telefones: (61) 3216-6240


AO PROJETO DE LEI Nº 3261, DE 2019, DO SENADO FEDERAL, QUE "ATUALIZA O MARCO LEGAL DO

SANEAMENTO BÁSICO E ALTERA A LEI Nº 11.445, DE 5


DE JANEIRO DE 2007 (LEI DO SANEAMENTO BÁSICO), PARA APRIMORAR AS CONDIÇÕES ESTRUTURAIS DO

SANEAMENTO BÁSICO NO PAÍS, A LEI Nº 13.529, DE 4 DE DEZEMBRO DE 2017, PARA AUTORIZAR A UNIÃO A

PARTICIPAR DE FUNDO COM A FINALIDADE EXCLUSIVA DE FINANCIAR SERVIÇOS TÉCNICOS ESPECIALIZADOS, A

LEI Nº 11.107, DE 6 DE ABRIL DE 2005 (LEI DE CONSÓRCIOS PÚBLICOS), PARA VEDAR A PRESTAÇÃO

POR CONTRATO DE PROGRAMA DOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE QUE TRATA O ART. 175 DA CONSTITUIÇÃO

FEDERAL, A LEI Nº 13.089, DE 12 DE JANEIRO DE 2015 (ESTATUTO DA METRÓPOLE), PARA ESTENDER SEU

ÂMBITO DE APLICAÇÃO ÀS MICRORREGIÕES, E A LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010 (LEI DE RESÍDUOS

SÓLIDOS), PARA TRATAR DE PRAZOS PARA A DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA DOS

REJEITOS" E APENSADOS

Presidente: Evair Vieira de Melo (PP)

1º Vice-Presidente: Enrico Misasi (PV)

2º Vice-Presidente: Marcelo Nilo (PSB)

3º Vice-Presidente: Felipe Rigoni (PSB)

Relator: Geninho Zuliani (DEM)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

Aroldo Martins Delegado Waldir

Carlos Chiodini Dra. Soraya Manato

Cezinha de Madureira Enéias Reis

Charlles Evangelista Hildo Rocha

Coronel Chrisóstomo Hugo Motta

Domingos Sávio Kim Kataguiri

Eduardo Costa Laercio Oliveira

Eduardo Cury Marcelo Moraes

Evair Vieira de Melo Otto Alencar Filho

Fernando Monteiro Reinhold Stephanes Junior

Geninho Zuliani Ricardo Barros

Glaustin Fokus Rodrigo de Castro

Gutemberg Reis Samuel Moreira

João Maia Zé Vitor

João Roma (Dep. do NOVO ocupa a

vaga)

Marco Bertaiolli 5 vagas

Nelson Barbudo

(Dep. do NOVO ocupa a vaga)

(Dep. do PV ocupa a vaga)

(Dep. do PSB ocupa a vaga)



Alcides Rodrigues Alice Portugal

Arnaldo Jardim Dr. Frederico

Enrico Misasi vaga do DEM Léo Moraes

Flávia Morais Marcelo Calero

Gustinho Ribeiro Mauro Benevides Filho

Igor Timo 2 vagas

Orlando Silva

Túlio Gadêlha

PT/PSB/PSOL/REDE

Afonso Florence Bohn Gass

Felipe Rigoni vaga do PL Carlos Veras

Gervásio Maia Edmilson Rodrigues

Glauber Braga Zé Neto

João Daniel 2 vagas

Marcelo Nilo

Rubens Otoni

NOVO

Adriana Ventura vaga do PMN Alexis Fonteyne vaga do PMN

Tiago Mitraud Vinicius Poit

Secretário(a): Alessandro Alves de Miranda


Telefones: (61) 3216-6267


AO PROJETO DE LEI Nº 3267, DE 2019, DO PODER EXECUTIVO, QUE "ALTERA A LEI Nº 9.503, DE 23 DE

SETEMBRO DE 1997, QUE INSTITUI O CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO"

Presidente: Luiz Carlos Motta (PL)


2º Vice-Presidente: Hugo Leal (PSD)

3º Vice-Presidente: Lucas Gonzalez (NOVO)

Relator: Juscelino Filho (DEM)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

Abou Anni Bia Cavassa

André Ferreira Bosco Costa

Cezinha de Madureira Capitão Augusto

Christiane de Souza Yared Daniel Silveira

Dr. Gonçalo Darci de Matos

Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. Dra. Soraya Manato

Hugo Leal Efraim Filho

Hugo Motta Elcione Barbalho

Júnior Bozzella Eli Corrêa Filho (Licenciado)

Juscelino Filho Elmar Nascimento


Leur Lomanto Júnior Enéias Reis

Luiz Carlos Francisco Jr.

Luiz Carlos Motta General Peternelli vaga do NOVO

Moses Rodrigues Gilberto Abramo

Nicoletti Hiran Gonçalves

Ronaldo Carletto Mário Negromonte Jr.

Santini Mauro Lopes

Sergio Souza Otoni de Paula

Vitor Lippi Pedro Lucas Fernandes


vaga)

Pinheirinho

Silvio Costa Filho



Bacelar Alcides Rodrigues

Dr. Frederico Aureo Ribeiro

Fábio Henrique Dagoberto Nogueira vaga do PSOL

Gustinho Ribeiro José Medeiros

Leda Sadala Leônidas Cristino

Orlando Silva Marcelo Calero

Pompeo de Mattos Pastor Sargento Isidório

Roberto de Lucena vaga do

PMN

Toninho Wandscheer

PT/PSB/PSOL/REDE

Arlindo Chinaglia Gonzaga Patriota

Marcelo Nilo Heitor Schuch

Mauro Nazif Marília Arraes

Paulo Guedes Rogério Correia

Zé Carlos (Dep. do PDT ocupa a vaga)

1 vaga 1 vaga

NOVO

Lucas Gonzalez (Dep. do PSL ocupa a vaga)

Secretário(a): Sara Teixeira Santos


Telefones: (61) 3216-6202


AO PROJETO DE LEI Nº 3515, DE 2015, DO SENADO FEDERAL, QUE "ALTERA A LEI Nº 8.078, DE 11 DE

SETEMBRO DE 1990 (CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR), E O ART. 96 DA LEI Nº 10.741, DE 1º DE

OUTUBRO DE 2003 (ESTATUTO DO IDOSO), PARA APERFEIÇOAR A DISCIPLINA DO CRÉDITO AO

CONSUMIDOR E DISPOR SOBRE A PREVENÇÃO E O TRATAMENTO DO SUPERENDIVIDAMENTO", E

APENSADOS

Presidente: Mariana Carvalho (PSDB)


2º Vice-Presidente: Renata Abreu (PODE)


Relator: Franco Cartafina (PP)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

Bia Kicis Amaro Neto

Celso Russomanno Emanuel Pinheiro Neto

Delegado Éder Mauro Gutemberg Reis

Eli Corrêa Filho (Licenciado) Pedro Paulo

Enéias Reis Pinheirinho

Fábio Trad Vinicius Carvalho

Franco Cartafina 14 vagas

Giacobo

Giovani Cherini


Jorge Braz

Laercio Oliveira

Luis Miranda

Mariana Carvalho

Osires Damaso

Roman vaga do PATRIOTA

Tereza Nelma

Walter Alves


vaga)

(Dep. do PROS ocupa a vaga)

1 vaga



Carmen Zanotto Daniel Coelho

Eduardo Braide vaga do PMN Lucas Vergilio

Flávia Morais Orlando Silva

Idilvan Alencar Professor Israel Batista

Perpétua Almeida Sergio Vidigal

Renata Abreu Silvia Cristina

Tiago Dimas 1 vaga

Weliton Prado vaga do PTB


PT/PSB/PSOL/REDE

Célio Moura Alencar Santana Braga

Denis Bezerra Gervásio Maia

Elias Vaz Henrique Fontana

Ivan Valente Nelson Pellegrino

(Licenciado)



Zé Carlos

NOVO

Paulo Ganime Alexis Fonteyne

Secretário(a): Letícia Nicolau Brandão Caldas


Telefones: (61) 3216-6204


AO PROJETO DE LEI Nº 4881, DE 2012, DO JOSÉ DE FILIPPI, QUE "INSTITUI AS DIRETRIZES DA POLÍTICA

METROPOLITANA DE MOBILIDADE URBANA (PMMU), CRIA O PACTO METROPOLITANO DA MOBILIDADE

URBANA E O SISTEMA DE INFORMAÇÕES DOS TRANSPORTES METROPOLITANOS (SITRAM), COM A

AUTORIDADE METROPOLITANA DE TRANSPORTES E O FUNDO METROPOLITANO DE TRANSPORTE PÚBLICO E

DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS"

Presidente: Gutemberg Reis (MDB)

1º Vice-Presidente: Schiavinato (PP)

2º Vice-Presidente: Daniel Silveira (PSL)

3º Vice-Presidente: Juninho do Pneu (DEM)

Relator: Vinicius Poit (NOVO)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

Adriano do Baldy Amaro Neto

Bosco Costa Angela Amin

Daniel Silveira Claudio Cajado

Eduardo Cury Joaquim Passarinho

Eli Corrêa Filho (Licenciado) Luis Miranda

Enéias Reis Marcelo Moraes

Fábio Ramalho Marcos Aurélio Sampaio

Francisco Jr. Zé Vitor

Gutemberg Reis (Dep. do PDT ocupa a vaga)

Hugo Leal 11 vagas

Jorge Braz

Julio Cesar Ribeiro

Juninho do Pneu

Maurício Dziedricki

Paulo Eduardo Martins

Schiavinato


vaga)

(Dep. do NOVO ocupa a

vaga)

2 vagas



Alice Portugal Afonso Motta vaga do PL

Aureo Ribeiro Fábio Henrique

Clarissa Garotinho Flávio Nogueira

Daniel Coelho Fred Costa

Dr. Frederico 4 vagas


Leônidas Cristino

Sergio Vidigal

PT/PSB/PSOL/REDE

Alencar Santana Braga Alexandre Padilha

Bira do Pindaré Célio Moura

Carlos Zarattini Elias Vaz

João H. Campos Nelson Pellegrino

(Licenciado)

Marília Arraes 2 vagas

1 vaga

NOVO

Lucas Gonzalez vaga do PSDB 1 vaga

Vinicius Poit



Telefones: (61) 3216-6235

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 6072, DE 2019, DA SRª TABATA AMARAL E OUTROS, QUE "MODIFICA A LEI Nº 10.836,

DE 9 DE JANEIRO DE 2004, PARA REFORMULAR OS BENEFÍCIOS FINANCEIROS DO PROGRAMA BOLSA

FAMÍLIA, ASSEGURAR A ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA ANUAL DOS VALORES DOS BENEFÍCIOS E DOS VALORES

REFERENCIAIS PARA CARACTERIZAÇÃO DE SITUAÇÃO DE POBREZA E DE EXTREMA POBREZA; PREVER O

DESLIGAMENTO VOLUNTÁRIO DE FAMÍLIAS BENEFICIÁRIAS E O RETORNO AUTOMÁTICO AO PROGRAMA; REVOGA O ART. 2º, O ART. 2º-A, O

PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 3º E O PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 6º DA LEI Nº 10.836, DE 9 DE JANEIRO DE 2004;

E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS"

Presidente: Flávia Arruda (PL)




Relator: Eduardo Barbosa (PSDB)

Titulares Suplentes



PSC/PMN

André de Paula Hildo Rocha

Arthur Oliveira Maia Marcelo Ramos

Carlos Henrique Gaguim Ossesio Silva

Coronel Armando Severino Pessoa

Darci de Matos 16 vagas

Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr.

Eduardo Barbosa

Eduardo Costa

Flávia Arruda

Glaustin Fokus

Mara Rocha

Raul Henry

Silvio Costa Filho

Zé Vitor


5 vagas



Augusto Coutinho Gustinho Ribeiro

Capitão Wagner Professora Marcivania

Eduardo Bismarck 5 vagas


Léo Moraes

Perpétua Almeida

Tabata Amaral


PT/PSB/PSOL/REDE

Felipe Rigoni vaga do PATRIOTA Paulo Teixeira

João H. Campos 5 vagas

Patrus Ananias

Rejane Dias

3 vagas

NOVO

1 vaga 1 vaga

Secretário(a): Vivianne de Santa Clara Ramos


Telefones: (61) 3216-6212


AO PROJETO DE LEI Nº 7063, DE 2017, DO SENADO FEDERAL, QUE "ALTERA A LEI Nº 11.079, DE 30 DE

DEZEMBRO DE 2004, PARA REDUZIR O VALOR MÍNIMO DOS CONTRATOS DE PARCERIAS PÚBLICO-PRIVADAS

CELEBRADOS POR ESTADOS, PELO DISTRITO FEDERAL E POR MUNICÍPIOS, E APENSADOS

Presidente: João Maia (PL)

1º Vice-Presidente: Mauro Lopes (MDB)

2º Vice-Presidente: Lucas Redecker (PSDB)

3º Vice-Presidente: Geninho Zuliani (DEM)

Relator: Arnaldo Jardim (CIDADANIA)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

Aroldo Martins Beto Pereira

Coronel Tadeu Bilac Pinto (Licenciado)

Eduardo Costa Christino Aureo

Franco Cartafina Efraim Filho

Geninho Zuliani Francisco Jr.

Gurgel Hildo Rocha

Herculano Passos Hugo Leal

João Carlos Bacelar Júnior Bozzella

João Maia Laercio Oliveira

Joaquim Passarinho Lafayette de Andrada

Kim Kataguiri Luiz Carlos

Lucas Redecker Marco Bertaiolli vaga do SOLIDARIEDADE

Márcio Marinho Roman

Mauro Lopes Silvio Costa Filho

Nelson Barbudo Vinicius Carvalho vaga do PDT

Neri Geller Wellington Roberto

Otoni de Paula Zé Vitor

Paulo Abi-ackel 5 vagas

Vermelho


vaga)



Arnaldo Jardim Rubens Bueno

Augusto Coutinho (Dep. do PSD ocupa a vaga)

Eduardo Bismarck (Dep. do REPUBLICANOS ocupa a

vaga)

Eduardo Braide vaga do PMN 4 vagas

Gil Cutrim

Orlando Silva

(Dep. do PSB ocupa a

vaga)

1 vaga

PT/PSB/PSOL/REDE


Odair Cunha

Rodrigo Coelho vaga do

PODE

4 vagas

NOVO


Lucas Gonzalez Vinicius Poit

Secretário(a): Marcelo Brandão Lapa


Telefones: (61) 3216-6260

FAX: (61) 3216-6225


AO PROJETO DE LEI Nº 8045, DE 2010, DO SENADO FEDERAL, QUE TRATA DO "CÓDIGO DE PROCESSO

PENAL" (REVOGA O DECRETO-LEI Nº 3.689, DE 1941. ALTERA OS DECRETOS-LEI Nº 2.848, DE 1940; 1.002, DE 1969; AS LEIS Nº 4.898, DE 1965, 7.210, DE 1984; 8.038,

DE 1990; 9.099, DE 1995; 9.279, DE 1996; 9.609, DE 1998; 11.340, DE 2006; 11.343, DE 2006), E APENSADOS

Presidente: Fábio Trad (PSD)

1º Vice-Presidente: Loester Trutis (PSL)

2º Vice-Presidente: Luiz Carlos (PSDB)

3º Vice-Presidente: Paulo Teixeira (PT)

Relator-Geral: João Campos (REPUBLICANOS)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

Capitão Alberto Neto Capitão Augusto

Carla Zambelli Delegado Marcelo Freitas

Elmar Nascimento Gurgel

Emanuel Pinheiro Neto Junio Amaral

Euclydes Pettersen Luis Miranda

Fábio Trad Paulo Abi-ackel

Fausto Pinato Pedro Lupion

Hildo Rocha Santini vaga do PSB

Hugo Leal Wilson Santiago

Isnaldo Bulhões Jr. 12 vagas

João Campos

Lincoln Portela

Loester Trutis

Luiz Carlos

Mara Rocha

Margarete Coelho


Sanderson

2 vagas



André Janones Diego Garcia

Dra. Vanda Milani Pompeo de Mattos

Gil Cutrim Subtenente Gonzaga

Léo Moraes 4 vagas

Orlando Silva

Paulo Ramos

1 vaga

PT/PSB/PSOL/REDE

Luiz Flávio Gomes

(Licenciado)

Talíria Petrone

Marcelo Freixo (Dep. do PTB ocupa a vaga)

Nelson Pellegrino (Licenciado) 4 vagas

Paulo Teixeira

2 vagas

NOVO

Paulo Ganime Adriana Ventura

Secretário(a): Pedro Furtado


Telefones: (61) 3216-6273

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 146, DE 2019,

DO SRº JHC E OUTROS, QUE "DISPÕE SOBRE STARTUPS E APRESENTA MEDIDAS DE ESTÍMULO À CRIAÇÃO DESSAS

EMPRESAS E ESTABELECE INCENTIVOS AOS INVESTIMENTOS POR MEIO DO APRIMORAMENTO DO

AMBIENTE DE NEGÓCIOS NO PAÍS"

Presidente: João Roma (REPUBLICANOS)


2º Vice-Presidente: Geninho Zuliani (DEM)

3º Vice-Presidente: Franco Cartafina (PP)

Relator: Vinicius Poit (NOVO)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

Angela Amin Amaro Neto

Cezinha de Madureira Coronel Tadeu

Daniel Freitas Darci de Matos

Danrlei de Deus Hinterholz Evair Vieira de Melo

Flávia Arruda Fábio Trad

Franco Cartafina Guilherme Derrite

Geninho Zuliani Heitor Freire

Gutemberg Reis Leur Lomanto Júnior

João Roma Loester Trutis

Kim Kataguiri Luis Miranda

Lucas Redecker Vitor Lippi

Luisa Canziani 9 vagas

Luiz Lima



Bragança

Mariana Carvalho

Paulo Eduardo Martins

Rosangela Gomes

Vinicius Farah

2 vagas



Dr. Frederico Aureo Ribeiro

Gustavo Fruet Diego Garcia

Léo Moraes Eduardo Bismarck

Marcelo Calero Jesus Sérgio

Orlando Silva Paula Belmonte

Tiago Dimas 2 vagas

Túlio Gadêlha

PT/PSB/PSOL/REDE

Jhc 6 vagas

Marcelo Freixo

Rodrigo Coelho

3 vagas

NOVO

Vinicius Poit Paulo Ganime

Secretário(a): Paulo Novais


Telefones: (61) 3216-6252

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A APRECIAR AS

SOLICITAÇÕES DE ACESSO A INFORMAÇÕES SIGILOSAS PRODUZIDAS OU RECEBIDAS PELA CÂMARA DOS

DEPUTADOS NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES PARLAMENTARES E ADMINISTRATIVAS, ASSIM COMO

SOBRE O CANCELAMENTO OU REDUÇÃO DE PRAZOS DE SIGILO E OUTRAS ATRIBUIÇÕES PREVISTAS NA

RESOLUÇÃO N º 29, DE 1993

Presidente: Giacobo (PL)




Titulares Suplentes

PL

Christiane de Souza Yared

Giacobo

Luiz Carlos Motta

Secretário(a): Tarciso Aparecido Higino de Carvalho

Local: Anexo II, CEDI, 1º Piso

Telefones: (61) 3216-5631

FAX: (61) 3216-5605

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ANALISAR

PROPOSIÇÕES QUE TRATEM DA CONCESSÃO DE SUBSÍDIOS TRIBUTÁRIOS, FINANCEIROS E CREDITÍCIOS

Presidente: Marcelo Ramos (PL)

1º Vice-Presidente: Alexis Fonteyne (NOVO)

2º Vice-Presidente: Enio Verri (PT)


Relator: Orlando Silva (PCdoB)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

Alê Silva Hugo Leal

Capitão Alberto Neto Marcelo Moraes

Delegado Pablo Otoni de Paula

Edio Lopes (Dep. do PODE ocupa a vaga)

Emanuel Pinheiro Neto 16 vagas

Fausto Pinato

Glaustin Fokus

Júlio Cesar

Leur Lomanto Júnior

Luis Miranda

Marcelo Ramos

Sidney Leite

Tereza Nelma

Zé Vitor

6 vagas



Augusto Coutinho Bosco Saraiva

Dr. Frederico Eduardo Braide vaga do PMN

Idilvan Alencar Jesus Sérgio

Mauro Benevides Filho Márcio Jerry

Orlando Silva Marlon Santos

2 vagas 3 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

Enio Verri Afonso Florence

José Ricardo Elias Vaz


3 vagas

NOVO

Alexis Fonteyne 1 vaga

PTC


1 vaga 1 vaga

Secretário(a): Silvia Mergulhão


Telefones: (61) 3216-6215

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO COM A

FINALIDADE DE INVESTIGAR AS ORIGENS DAS MANCHAS DE ÓLEO QUE SE ESPALHAM PELO LITORAL DO

NORDESTE, BEM COMO AVALIAR AS MEDIDAS QUE ESTÃO SENDO TOMADAS PELOS ÓRGÃOS

COMPETENTES, APURAR RESPONSABILIDADES PELO VAZAMENTO E PROPOR AÇÕES QUE MITIGUEM OU

CESSEM OS ATUAIS DANOS E A OCORRÊNCIA DE NOVOS ACIDENTES

Presidente: Herculano Passos (MDB)

1º Vice-Presidente: Adolfo Viana (PSDB)

2º Vice-Presidente: Eduardo Bismarck (PDT)


Relator: João H. Campos (PSB)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

Adolfo Viana Fabio Reis

Arthur Oliveira Maia Fernando Rodolfo

Celina Leão Glaustin Fokus

Gurgel Sergio Toledo

Heitor Freire (Dep. do PSB ocupa a vaga)

Herculano Passos 15 vagas

Isnaldo Bulhões Jr.

Júnior Mano

Leur Lomanto Júnior

Ossesio Silva

Otoni de Paula


Raimundo Costa

Ruy Carneiro


(Dep. do PROS ocupa a vaga)


3 vagas



Alice Portugal Gil Cutrim

Augusto Coutinho Gustinho Ribeiro

Bacelar Pastor Eurico

Célio Studart Renildo Calheiros

Eduardo Bismarck Wolney Queiroz

Eduardo Braide vaga do PMN 2 vagas

Fábio Henrique

Gastão Vieira vaga do

REPUBLICANOS

Uldurico Junior

PT/PSB/PSOL/REDE

Carlos Veras Afonso Florence

Gervásio Maia Bira do Pindaré vaga do PP

João Daniel Denis Bezerra

João H. Campos Joenia Wapichana

Joseildo Ramos Jorge Solla

Rafael Motta vaga do PP Marcelo Nilo

Rodrigo Agostinho Rejane Dias

NOVO

Alexis Fonteyne Marcel Van Hattem

Secretário(a): Alber Vale de Paula


Telefones: (061) 3216-6277

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A ACOMPANHAR AÇÕES PREVENTIVAS DA VIGILÂNCIA SANITÁRIA E

POSSÍVEIS CONSEQUÊNCIAS PARA O BRASIL QUANTO AO ENFRENTAMENTO DA PANDEMIA CAUSADA PELO

CORONAVÍRUS

Coordenador: Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP)

Titulares Suplentes

PT

Alexandre Padilha

Jorge Solla

PSL

Dra. Soraya Manato

PP

Dr. Luiz Antonio Teixeira Jr.

Hiran Gonçalves

Pedro Westphalen

PSD

Alexandre Serfiotis

PSDB

Mariana Carvalho

DEM

Dr. Zacharias Calil

CIDADANIA

Carmen Zanotto

Secretário(a): Andrea Christina de Souza Barcelos


Menezes


Telefones: (61) 3216-6232

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A REALIZAR O

ACOMPANHAMENTO DOS DANOS CAUSADOS PELO AFUNDAMENTO DO SOLO NOS BAIRROS PINHEIRO,

BEBEDOURO, MUTANGE E BOM PARTO, NA CIDADE DE MACEIÓ-AL, BEM COMO A TRATATIVA DE AÇÕES

EFETIVAS RELACIONADAS À SITUAÇÃO DOS MORADORES DOS RESPECTIVOS BAIRROS.

Coordenador: Jhc (PSB)

Relator: Marx Beltrão (PSD)

Sub-Relator: Tereza Nelma (PSDB)

Titulares Suplentes

PP

Guilherme Derrite

PSD

Marx Beltrão

PSDB

Tereza Nelma

PSB

Jhc

Rodrigo Agostinho

PTB

Nivaldo Albuquerque

AVANTE

André Janones



Telefones: (61) 3216-6203

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A FAZER O

ACOMPANHAMENTO E FISCALIZAR AS BARRAGENS EXISTENTES NO BRASIL, EM ESPECIAL, ACOMPANHAR AS INVESTIGAÇÕES RELACIONADAS AO ROMPIMENTO EM

BRUMADINHO-MG

Coordenador: Zé Silva (SOLIDARIEDADE)

Relator: Júlio Delgado (PSB)

Sub-Relator: Reginaldo Lopes (PT)

Sub-Relator: Júnior Ferrari (PSD)

Sub-Relator: Evair Vieira de Melo (PP)

Titulares Suplentes

PT

Leonardo Monteiro

Padre João

Paulo Guedes

Reginaldo Lopes

Rogério Correia

PSL

Alê Silva

Junio Amaral

Léo Motta

PL

Lincoln Portela

Zé Vitor

PP

Evair Vieira de Melo

PSD

Diego Andrade

Júnior Ferrari

MDB

Elcione Barbalho


Newton Cardoso Jr

REPUBLICANOS

Gilberto Abramo

PSB

Danilo Cabral

João H. Campos

Júlio Delgado

Vilson da Fetaemg

PDT

Flávia Morais

Subtenente Gonzaga

DEM

Jose Mario Schreiner

SOLIDARIEDADE

Augusto Coutinho

Zé Silva

PODE

Igor Timo

PSOL

Áurea Carolina

PSC

Euclydes Pettersen

CIDADANIA

Arnaldo Jardim

NOVO

Lucas Gonzalez

AVANTE

André Janones


Greyce Elias (Licenciado)

PATRIOTA

Dr. Frederico

Fred Costa

Secretário(a): Eduardo Leal


Telefones: (61) 3216-6201

FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A ACOMPANHAR O

DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, BEM COMO DA APRESENTAÇÃO DO SEU

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Coordenador: João H. Campos (PSB)

Relator: Felipe Rigoni (PSB)

Sub-Relator: Rose Modesto (PSDB)

Sub-Relator: Paula Belmonte (CIDADANIA)

Sub-Relator: Luisa Canziani (PTB)

Sub-Relator: Professor Israel Batista (PV)

Sub-Relator: Eduardo Bismarck (PDT)

Sub-Relator: João H. Campos (PSB)

Titulares Suplentes

PT

Carlos Veras

Maria do Rosário

Rejane Dias

PP

Átila Lira

Franco Cartafina

Jerônimo Goergen

MDB

Moses Rodrigues

PSDB

Rose Modesto

PSB

Aliel Machado

Camilo Capiberibe

Denis Bezerra

Elias Vaz

Felipe Carreras

Felipe Rigoni

Gervásio Maia

Jhc

João H. Campos

Mauro Nazif

Rodrigo Agostinho

Rodrigo Coelho

Rosana Valle

PDT

Afonso Motta

André Figueiredo

Damião Feliciano

Eduardo Bismarck

Félix Mendonça Júnior

Flávia Morais

Gil Cutrim

Gustavo Fruet

Jesus Sérgio

Leônidas Cristino

Robério Monteiro

Sergio Vidigal

Silvia Cristina

Subtenente Gonzaga

Tabata Amaral

Túlio Gadêlha

PTB

Luisa Canziani

PODE

Diego Garcia

Renata Abreu

PSOL

Edmilson Rodrigues

Marcelo Freixo

PROS

Gastão Vieira

CIDADANIA

Marcelo Calero

Paula Belmonte

NOVO

Tiago Mitraud

Vinicius Poit

PATRIOTA

Marreca Filho

PV

Professor Israel Batista

REDE

Joenia Wapichana

Secretário(a): Roberta de Aguiar Costa Mascarenhas


Telefones: (61) 3216-6209

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A ACOMPANHAR E


MONITORAR A CONCLUSÃO DAS OBRAS PÚBLICAS PARALISADAS E INACABADAS NO PAÍS

Coordenador: Flávia Morais (PDT)

Relator: Zé Silva (SOLIDARIEDADE)

Titulares Suplentes

PSL

Alê Silva

Aline Sleutjes

PL

Júnior Mano

PP

Afonso Hamm

PSD

Marx Beltrão

PDT

Afonso Motta

Flávia Morais

Flávio Nogueira

Leônidas Cristino

Sergio Vidigal

SOLIDARIEDADE

Augusto Coutinho

Lucas Vergilio

Tiago Dimas

Zé Silva

PODE

Léo Moraes

CIDADANIA

Paula Belmonte

NOVO

Lucas Gonzalez



Telefones: (61) 3216-6203

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A

ACOMPANHAMENTO E VERIFICAÇÃO DO SISTEMA PENITENCIÁRIO EM MANAUS-AM

Coordenador: Capitão Alberto Neto (REPUBLICANOS)

Titulares Suplentes

PSL

Coronel Tadeu

Delegado Pablo

PL

Capitão Augusto

REPUBLICANOS

Capitão Alberto Neto

PROS

Capitão Wagner

Secretário(a): Eduardo Leal


Telefones: (61) 3216-6201

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A TRATAR DA CRISE NA VENEZUELA, EM ESPECIAL NA FRONTEIRA COM O

BRASIL

Coordenador: Nicoletti (PSL)

Titulares Suplentes

PSL

Coronel Chrisóstomo

Delegado Pablo

Delegado Waldir

Eduardo Bolsonaro

Felício Laterça

General Girão

Nicoletti

PSDB

Roberto Pessoa

PODE

José Medeiros

Secretário(a): Pedro Augusto Batista Furtado


Telefones: (61) 3216-6273

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A ACOMPANHAR A

GRAVE CRISE SOCIOAMBIENTAL NA REGIÃO METROPOLITANA DE BELÉM EM DECORRÊNCIA DO

ANUNCIADO ENCERRAMENTO DO ATERRO SANITÁRIO DE MARITUBA, BEM COMO CONTRIBUIR PARA A BUSCA

DE SOLUÇÃO

Coordenador: Edmilson Rodrigues (PSOL)

Titulares Suplentes

PT

Airton Faleiro

Beto Faro


PSD

Delegado Éder Mauro

PSDB

Celso Sabino

REPUBLICANOS

Vavá Martins

PSB

Cássio Andrade

PSOL

Edmilson Rodrigues



Telefones: (61) 3216-6240

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A ACOMPANHAR AS

INVESTIGAÇÕES QUE VISAM APURAR AS RESPONSABILIDADES PELO DERRAMAMENTO DE ÓLEO

Coordenador: João Daniel (PT)

Titulares Suplentes

PT

Afonso Florence

Carlos Veras

João Daniel

Reginaldo Lopes

PP

Aguinaldo Ribeiro

Margarete Coelho

PSD

Domingos Neto

Marx Beltrão

REPUBLICANOS

Benes Leocádio

Márcio Marinho

Silvio Costa Filho

PSB

João H. Campos

Rafael Motta

PDT

Idilvan Alencar

DEM

Efraim Filho

PTB


PODE

Eduardo Braide

PROS

Capitão Wagner

CIDADANIA

Daniel Coelho

PCdoB

Daniel Almeida

PV

Célio Studart

Secretário(a): Eveline de Carvalho Alminta


Telefones: (61) 3216-6211

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A FAZER

LEVANTAMENTO IN LOCO, BEM COMO ACOMPANHAR E FISCALIZAR OS PLANOS DE TRABALHO, OBRAS

REALIZADAS, INTERVENÇÕES FUTURAS, INVESTIMENTOS, OBRIGAÇÕES E DIREITOS ADQUIRIDOS

PELA CONCESSIONÁRIA ECO 101, QUE ADMINISTRA O TRECHO DA BR-101 QUE PASSA PELO ESTADO DO

ESPÍRITO SANTO

Coordenador: Sergio Vidigal (PDT)

Titulares Suplentes

PT

Helder Salomão

PSL

Dra. Soraya Manato

PL

Lauriete

PP

Evair Vieira de Melo

PSB

Felipe Rigoni

Ted Conti

PDT

Sergio Vidigal

CIDADANIA

Da Vitoria




COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A FAZER

LEVANTAMENTO "IN LOCO", BEM COMO ACOMPANHAR E FISCALIZAR OS FATOS RELATIVOS À RETOMADA PELO


DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES (DNIT) DA RESPONSABILIDADE PELA

EXECUÇÃO DA OBRA VIÁRIA DO CONTORNO DO MESTRE ÁLVARO, NA SERRA, GRANDE VITÓRIA, ES

Coordenador: Sergio Vidigal (PDT)

Titulares Suplentes

PT

Helder Salomão

PSB

Ted Conti

PDT

Sergio Vidigal

DEM

Norma Ayub




COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A ACOMPANHAR O DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS, PROJETOS E

PROGRAMAS DO GOVERNO FEDERAL, VOLTADOS PARA A PRIMEIRA INFÂNCIA

Coordenador: Paula Belmonte (CIDADANIA)

Titulares Suplentes

PT

Pedro Uczai

Professora Rosa Neide

PSL

Carla Zambelli

Chris Tonietto

PL


PP

Angela Amin

PSDB

Eduardo Barbosa

Pedro Cunha Lima

PDT

Idilvan Alencar

DEM

Dr. Zacharias Calil

Professora Dorinha Seabra Rezende

PTB

Luisa Canziani

PROS

Gastão Vieira

CIDADANIA

Paula Belmonte

NOVO

Adriana Ventura

Tiago Mitraud

PV

Leandre

REDE

Joenia Wapichana

Secretário(a): Saulo Augusto Pereira


Telefones: (61) 3216-6276

COMISSÃO EXTERNA DESTINA A AVALIAR E

MONITORAR AS POLÍTICAS PÚBLICAS AMBIENTAIS, A QUALIDADE DA SUA EXECUÇÃO E SEUS IMPACTOS

SOCIOECONÔMICOS, COM VISTAS A PROPOR POLÍTICAS PARA A INTEGRAÇÃO DE MEIO AMBIENTE E ECONOMIA

NACIONAL, NO ÂMBITO DOS MINISTÉRIOS DO MEIO AMBIENTE, DA ECONOMIA, DA AGRICULTURA,

PECUÁRIA E ABASTECIMENTO E RELAÇÕES EXTERIORES.

Coordenador: Daniel Coelho (CIDADANIA)

Relator: Tabata Amaral (PDT)

Titulares Suplentes

PSDB

Pedro Cunha Lima

PSB

Felipe Rigoni

Jhc

PDT

Tabata Amaral

CIDADANIA

Alex Manente

Arnaldo Jardim

Daniel Coelho

Marcelo Calero

Paula Belmonte

NOVO

Adriana Ventura

Gilson Marques

Paulo Ganime

Tiago Mitraud

REDE

Joenia Wapichana


Secretário(a): Paulo Novais


Telefones: (61) 3216-6252

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A ACOMPANHAR OS

CASOS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER E O FEMINICÍDIO NO PAÍS

Coordenadora: Flávia Arruda (PL)

Titulares Suplentes

PT

Rejane Dias

PL

Flávia Arruda

PP

Margarete Coelho

PSDB

Rose Modesto

Tereza Nelma

PSB

Rosana Valle

PTB

Emanuel Pinheiro Neto

PSOL

Áurea Carolina

Sâmia Bomfim

AVANTE

Greyce Elias (Licenciado)

PV

Leandre

Secretário(a): Sara Teixeira Santos


Telefones: (61) 3216-6202

GRUPO DE TRABALHO DE CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS

Coordenadora: Dra. Vanda Milani (SOLIDARIEDADE)

Titulares Suplentes


PSC/PMN

10 vagas 10 vagas



Dra. Vanda Milani 4 vagas

3 vagas

PT/PSB/PSOL/REDE

3 vagas 3 vagas


Local: Anexo I, Sala 2109

Telefones: (61) 3216-6240

FAX: (61) 3216-6225

GRUPO DE TRABALHO DESTINADO A ANALISAR O

MARCO LEGAL CONCERNENTE AO LICENCIAMENTO AMBIENTAL BRASILEIRO E APRESENTAR PROPOSTAS

QUANTO AO SEU APERFEIÇOAMENTO

Coordenador: Kim Kataguiri (DEM)

Titulares Suplentes

PT

Nilto Tatto

PSL

Felipe Francischini

PL

Zé Vitor

PP

Neri Geller

PSD

Ricardo Guidi

Stefano Aguiar

MDB

Sergio Souza

PSDB

Shéridan

REPUBLICANOS


PSB

Rodrigo Agostinho

DEM

Kim Kataguiri

PTB

Paulo Bengtson

PSOL

Talíria Petrone



Telefones: (61) 3216-6204


GRUPO DE TRABALHO DESTINADO A ANALISAR E

DEBATER AS MUDANÇAS PROMOVIDAS NA LEGISLAÇÃO PENAL E PROCESSUAL PENAL PELOS PROJETOS DE LEI Nº 10.372, DE 2018, Nº 10.373, DE 2018, E Nº 882, DE 2019.

Coordenador: Margarete Coelho (PP)

Relator: Capitão Augusto (PL)

Titulares Suplentes

PT

Paulo Teixeira

PSL

Carla Zambelli

Coronel Chrisóstomo

PL

Capitão Augusto

PP

Margarete Coelho

PSD

Fábio Trad

MDB

Hildo Rocha

PSDB

Paulo Abi-ackel

REPUBLICANOS

Gilberto Abramo

João Campos


PDT

Subtenente Gonzaga

PSOL

Marcelo Freixo

PCdoB

Orlando Silva

NOVO

Adriana Ventura



Telefones: (61) 3216-6277

FAX: (61) 3216-6285

GRUPO DE TRABALHO DESTINADO A PROMOVER

ESTUDOS SOBRE O COMBATE À POBREZA

Titulares Suplentes

Secretário(a): Ludmila Souza Fernandes, ponto 8166

Local: DG/APROGE - Anexo II, Ala A, Sala 111-A

Telefones: (01) 3216-2092

GRUPO DE TRABALHO DESTINADO A ACOMPANHAR E

AVALIAR O SISTEMA UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO.

Titulares Suplentes

Secretário(a):


Fale com a Câmara

0800 619 619

O /camaradeputados

O @camaradeputados


Secretaria-Geral da Mesa

Serviço de Publicação no DCD

Diário da Câmara dos Deputados de 20/02/2020

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