Contabilidade Intermediaria final 1
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Anhanguera
Universidade Anhanguera – UNIDERP
Centro de Educação a Distância
Disciplina: Contabilidade Intermediária
Curso: Administração
Professor de Ensino a Distância (EAD): GISELE ZANARDI
Tutor presencial:
São Gonçalo
2014
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..........................................................................................3
Etapa 1........................................................................................................4
Etapa 2........................................................................................................ 6
Etapa 3.........................................................................................................10
Etapa 4.........................................................................................................15
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICA .............................................
..........47
INTRODUÇÃO
São os preceitos fundamentais em que se baseiam a doutrina e a técnica contábil. Princípio da Entidade: reconhece o patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, onde não se pode confundir o patrimônio da entidade com o patrimônio de seus proprietários; Princípio da Continuidade: a continuidade ounão da entidade, bem como sua vida estabelecida ou provável, devem ser considerados quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais, quantitativas e qualitativas; Princípio da Oportunidade: refere-se, simultaneamente, à tempestividade e à integridade do registro das mutações patrimoniais (deve ser feito no tempocerto e com a extensão correta); Princípio do Registro peloValor Original: os componentes do patrimônio devem ser registrados pelo valor original das transações, expressos em valor presente na moeda do País; Princípio da Atualização Monetária: os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos valores; não representa nova avaliação, mas tão somente o ajustamento dos valores originais; Princípio da Competência: as receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrem, sempre simultaneamente quando se correlacionarem, independente de recebimento ou pagamento; Princípio da Prudência: determinaa adoção do menor valor para os componentes do ativo e do maior valor para os componentes do passivo, ou seja, o Princípio da Prudência impõe a escolha da hipótese de que resulte o menor patrimônio líquido.
3
Etapa 1
Passo 1 (Individual)Ler atentamente o Capítulo 9: “Balancete de Verificação do Livro-Texto da disciplina”(identificado ao final da ATPS).Nota:O grupo terá autonomia para acrescentar informações de sites a seu critério, desde que estessejam confiáveis. Lembre-se de consultar o plano de ensino da disciplina, disponível noAVA, que apresenta uma série de referências bibliográficas e não se esqueça de anotá-las.
Passo 2 (Equipe)Elaborar o balancete de verificação da Companhia Beta, empresa prestadora de serviços, deacordo com as informaçõesconstantes na Tabela 1, a seguir.
Balancete de Verificação da Companhia Beta
Lançamentos Contas Débito Crédito Saldo Atual
4
Receita de Serviços R$ 477.000,00
R$ 477.000,00
Duplicatas Descontadas (Curto Prazo)
R$ 57.000,00
R$ 57.000,00
Fornecedores (Curto Prazo)
R$ 90.000,00
R$ 90.000,00
Duplicatas a Receber (Curto Prazo)
R$ 180.000,00
R$ 180.000,00
Veículos R$ 45.000,00
R$ 45.000,00
Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa
R$ 33.000,00
R$ 33.000,00
Despesas com Vendas R$ 27.000,00
R$ 27.000,00
Duplicatas a Pagar (CurtoPrazo)
R$ 54.000,00
R$ 54.000,00
Empréstimos (Longo Prazo) R$ 45.000,00
R$ 45.000,00
Reserva de Lucros R$ 60.000,00
R$ 60.000,00
Despesas de Depreciação R$ 37.500,00
R$ 37.500,00
Despesas com Salários R$ 189.000,00
R$ 189.000,00
Despesas com Impostos R$ 52.500,00
R$ 52.500,00
Capital Social R$ 294.000,00
R$ 294.000,00
Dividendos a Pagar (CurtoPrazo)
R$ 6.000,00 R$ 6.000,00
Móveis e Utensílios R$ 285.000,00
R$ 285.000,00
Equipamentos R$ 270.000,00
R$ 270.000,00
Disponível R$ 30.000,00
R$ 30.000,00
Total R$ 1.116.000,00
R$ 1.116.000,00
R$ 2.232.000,00
5
Demonstrativo de Resultado do Exercício(D.R.E)
Contas Débito CréditoReceita deServiços
R$477.000,00
Despesas comVendas
R$ 27.000,00
Despesas deDepreciação
R$ 37.500,00
Despesas comSalários
R$189.000,00
Despesas comImpostos
R$ 52.500,00
Total R$306.000,00
R$477.000,00
Lucro Obtido = R$ 171.000,00
Passo 3 (Equipe)Apresentar o lucro apurado pela Companhia Beta, antes do Imposto de Renda e dacontribuição social sobre o lucro.
Lucro Apurado da Companhia Beta
Tabela 1 – Companhia Beta
Contas Saldo emReais
Receita de Serviços R$ 477.000,00
Duplicatas Descontadas (Curto Prazo)
R$ 57.000,00
Fornecedores (Curto Prazo) R$ 90.000,00
Duplicatas a Receber (Curto Prazo)
R$ 180.000,00
Veículos R$ 45.000,00
6
Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa
R$ 33.000,00
Despesas com Vendas R$ 27.000,00
Duplicatas a Pagar (Curto Prazo) R$ 54.000,00
Empréstimos (Longo Prazo) R$ 45.000,00
Reserva de Lucros R$ 60.000,00
Despesas de Depreciação R$ 37.500,00
Despesas com Salários R$ 189.000,00
Despesas com Impostos R$ 52.500,00
Capital Social R$ 294.000,00
Dividendos a Pagar (Curto Prazo) R$ 6.000,00Móveis e Utensílios R$
285.000,00Equipamentos R$
270.000,00Disponível R$
30.000,00Total R$
2.232.000,00
Passo 4 (Equipe)4Calcular o total do Ativo Circulante em 31/12/2010.
4Salvar todas as informações desenvolvidas nesta Etapa e reservar para compor orelatório final.
ATIVO
AtivoCirculante
Valor
7
Caixa R$ 30.000,00
Duplicatas a Receber (Curto Prazo)
R$ 180.000,00
Duplicatas Descontadas (Curto Prazo)
-R$ 57.000,00
Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa
-R$ 33.000,00
Total R$ 120.000,00
Etapa 2
Passo 1 (Individual)Ler, individualmente, a RESOLUÇÃO CFC N.º 1.282/10, de 28/05/2010 (que altera aResolução CFC n.º 750/93) - no que tange ao Princípio da Competência. Disponível em:<http://www.cfc.org.br>. Acesso em: 28 maio 2013.
Passo 2 (Equipe)2Pesquisar os conceitos que definem o Regime de Caixa e Regime de Competência, noslivros disponíveis na biblioteca do Polo de Apoio Presencial ou na internet e no materialdisponível em: <https://docs.google.com/viewer?a=v&pid=explorer&chrome=true&srcid=0B9lr9AyNKXpDN2RhOTRkMTgtMzE0Yi00YWE4LTg4ZjItOTMzNDUyNTcxNjVh&hl=en_US>. Acesso em: 28 maio 2013.
2Elaborar uma resenha, em no máximo uma página, explicando o conceito dos regimespesquisados. Citar três exemplos de eventos que mostrem que a sobra do dinheiro noCaixa não é sinônimo de lucro. São consideradas todas as despesas pagas e todas as
receitas recebidas no respectivo exercício, sendo 8
contabilizadas no momento que entram no caixa, mediante
pagamento em dinheiro ou equivalente, independente da data
da ocorrência do fato gerador. Este sistema é mais usado
por micro ou pequenas empresas, onde adotam o lucro
presumido e o simples nacional, tendo apenas como utilidade
o seu objetivo gerencial. No Brasil, se a empresa escolher
por esse tipo de regime contábil, ele deverá permanecer com
o mesmo durante todo o ano base. Geralmente quem mais
utiliza esse método para a preparação das demonstrações
financeiras, são as entidades publicas, onde o objetivo
governamental é definir os propósitos dos recursos que
tenham recebidos para utilização pública, e manter também
o controle orçamentário da atividade. Uma das vantagens do
Regime de Caixa seria evitar o pagamento de quantias
que ainda não foram recebidas, como por exemplo, cheque sem
fundou, ou calote, sendo necessário o empresário declarar o
tributo até o ano subsequente e pagar este tributo (mesmo
que não recebeu) até janeiro do segundo ano, e assim
sucessivamente. É necessário ter um controle extremamente
rigoroso, do que entra e sai da empresa, o que foi pago, e
oque a empresa tem a receber, sempre alimentando o seu
controle do Fluxo de Caixa.
Regime de competência
Este decorre o Principio da Competência, onde as
receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do
resultado do período em que ocorrerem, sempre
9
simultaneamente, quando se correlacionarem,
independentemente de recebimento ou pagamento, não
importando se foram passadas pelo Caixa, mas oque vale é a
data da ocorrência dos respectivos fatos geradores. O
reconhecimento das receitas e gastos é muito necessário
para a contabilidade, sendo uma informação financeira de
grande importância. As demonstrações financeiras,
preparadas sob o método de competência, informam
aos usuários sobre as transações de pagamentos e
recebimentos e também das obrigações que terão que ser
pagas no futuro, e os recursos que representam dinheiro a
ser recebido também no futuro. No entanto as receitas e
despesas têm que estar incluídas na apuração do resultado
do período em que ocorreu independente do recebimento ou
pagamento. Sendo assim, o Regime de Competência, foi eleito
pelas Normas Brasileiras de Contabilidade, um dos melhores
sistemas para os empresários aplicarem em suas empresas. As
empresas tributadas com base no lucro real estão obrigadas
a adotar o regime de competência para fins de apuração dos
tributos. Havendo a sobra de dinheiro no caixa,
respectivamente não quer dizer que seja lucro, onde é
necessário avaliar o desempenho da empresa, através dos
dois regimes o de Caixa e Competência.
Vejamos alguns casos que demonstra essa situação:
Venda a vista de itens comprados a prazo;
Venda de itens disponíveis em estoque e que já tenham
sido pagos em períodos anteriores;
10
Recebimentos em datas inferiores aos pagamentos
(quando o prazo para pagamento da compra é superior ao
do recebimento das vendas);
Entrada de dinheiro originada em outras fontes que não
seja a venda (venda de um bem imobilizado, e também
empréstimos,…).
Passo 3 (Equipe)
- Ajude o contador da empresa a contabilizar a operação
adiante, de acordo com o Regime de Competência e responder
às questões abaixo: a Companhia Beta contratou, em
01/08/2010, um seguro contra incêndio para sua fábrica, com
prazo cobertura de três anos e vigência imediata. O prêmio
foi de R$ 27.000,00, pago em 3 parcelas iguais mensais, sem
juros, sendo a última paga em 01/11/ 2010.Com base nas
informações acima responda:
1) De acordo com o Regime de Competência a Companhia
Beta deverá ter lançado em sua escrituração contábil, como
despesa de seguro, no exercício findo em 31/12/2010, o
total de _________________.Justificar a resposta.
2) Elaborar os lançamentos das seguintes operações:
a) Pelo registro do seguro (em 01/08/2010) 11
b) Pagamento da primeira parcela (01/09/2010)
c) Apropriação como despesa da primeira parcela
(31/08/2010)
Resolução:
1)Para a resolução do problema, usamos o regime de
competência, ao final do exercício em 31/12/2010,no caso a
empresa Beta, deverá ter lançado como despesa de seguro o
valor de R$ 3.750,00, sendo que é referente a R$
750,00, lançados mensalmente, desde agosto á dezembro de
2010.
2) Elaborar os lançamentos das seguintes operações:
a) Pelo registro do seguro (em 01/08/2010)
Contas Débito CréditoSeguros à pagar 27.000Seguros à vencer 27.000
b) Pagamento da primeira parcela (01/09/2010)
Contas Débito CréditoSeguros à pagar 9.000Banco 9.000
12
c) Apropriação como despesa da primeira parcela
(31/08/2010)
Contas Débito CréditoDespesas com
Seguros
750
Seguros à vencer 750
ETAPA3
Passo 1 (Individual)
1.1 Ler o capítulo 11 do Livro-Texto da disciplina (indicado ao final da ATPS).
1.2 Responder às seguinte questões: “Existem contas retificadoras no Passivo?”, “Quais?”.
1.3 Dissertar sobre isso em no máximo quinze linhas.
Existem. São também chamados de redutoras, são contas que embora apareçam num determinado grupo patrimonial (ativo, passivo), tem saldo contrario em relação às demais contas desse grupo. Desse modo, uma conta retificadora do ativo terá a natureza credora, e uma conta retificadora do Passivo terá natureza DEVEDORA. As contas retificadoras reduzem o saldo total do grupo em que aparecem.Estas contas ficam do lado direito do balanço e devem sempre apresentar saldos devedores. Para que uma conta do Passivo tenha saldo devedor é necessário que os aumentos e
13
diminuições nela ocorridos sejam assim registrados: as diminuições geram Lançamentos a crédito e os aumentos a débito.Como foi possível perceber na matéria de contabilidade tudotem sua contrapartida e não seria diferente em relação às contas retificadoras. No passivo também existem contas retificadoras, são elas:
• Deságio a Amortizar (na emissão Debêntures abaixo do par)
• Juros a Vencer (essa também pode ser classificada comoAtivo Circulante)
• Duplicatas a receber, apesar de serem classificadas como ativo circulante também são exemplos de um lançamento que deve ser feito contendo uma das contas retificadoras do passivo, pois o ato de antecipar a duplicata faz com que tenhamos uma taxa de juros, que deve ser lançada como contra partida do valor recebido.
Passo 2 (Equipe)
Fazer o cálculo e contabilização da exaustão, amortização edepreciação acumuladas no final de 2010 (com base no que foi lido no Passo 1), seguindo o roteiro indicado:
A Mineração do Brasil iniciou suas atividades de exploração em janeiro de 2010. No fim do ano, seu contador apresentou, conforme abaixo, os seguintes custos de mineração (não incluem custos de depreciação, amortização ou exaustão):
Material.............................................. R$ 122.500,00 Mão-de-obra...................................... R$ 1.190.000,00 Diversos............................................. R$
14
269.640,00
Os dados referentes no Ativo usados na mineração de ouro são os seguintes:
• Custo de aquisição da mina (o valor residual da mina é estimado em R$ 210.000,00 e a capacidade estimada da jazidaé de 5 mil toneladas).............................R$ 1.050.000,00
RESPOSTA:
R$ 1.050.000,00 – R$ 210.000,00 = R$ 840.000,00
R$ 840.000,00 / 5 = R$ 168.000,00
• Equipamento (o valor residual é estimado em R$ 21.000,00,vida útil estimada: 6 anos)............... R$ 168.000,00
RESPOSTA:
R$ 21.000,00 – R$168.000,00 = R$ 147.000,00
R$ 147.000,00 / 6 (anos)
1 ano = R$ 24.500,002 anos = R$ 49.000,00 (24.500*2)3 anos = R$ 73.500,00 (24.500*3)4 anos = R$ 98.000,00 (24.500*4)5 anos =R$ 122.500,00 (24.500*5)6 anos =R$ 147.000,00
• Benfeitorias (sem nenhum valor residual; vida útil estimada: 15 anos).......................R$ 92.400,00
15
RESPOSTA:
R$ 100.000 (Estoque) / 15 (anos) = 6,66
R$ 92.400 * 6,66% = R$ 6.153,84
R$ 6.153,84 * 15 = R$ 92.306,60 (Valor Tonelada)
• Durante o ano de 2010, foram extraídas 400 toneladas (8%), das quais 300 toneladas foram vendidas.
RESPOSTA
1.050.000,00 – 8% = 84.000,00 (400 Toneladas)
Foram vendidas 300 Toneladas, ou seja 63.000,00
Passo 3 (Individual)Ler a Resolução 2682/99 do Banco Central do Brasil, que dispõe sobre os critérios declassificação das operações de crédito e regras para constituição de Provisão para Créditos deLiquidação Duvidosa – PCLD, disponível em:<https://www3.bcb.gov.br/normativo/detalharNormativo.do?N=099294427&method=detalharNormativo>. Acesso em: 28 maio 2013.
Passo 4 (Equipe)Utilizando o quadro a seguir, desenvolver a contabilização no Livro Razão:
Quadro 1 – Carteira de Contas a ReceberClasse de
Devedor A receber PCLD Liquido % de PCLD
Classe A 110.000 550
16
109.450 0,50%Classe B 93.000 930
92.070
1,00%Classe C 145.000
4.350
140.650
3,00%Classe D 80.000
8.000
72.000
10%Total:
428.000
13.830
414.170
3,34%Fonte: O Autor da ATPS.
a) Os clientes da Classe A pagaram R$ 109.450 dos R$ 110.000 que deviam.
D- Caixa R$ 109.450,00
C- Contas recebimento classe A R$ 109.450,00
Realização do PCLD
D- PCLD classe A R$ 550,00
C- Contas á receber classe A R$ 550,00
ContaAtivo
Saldo inicial
Recebimento
Saldo Intermediário
Realização PCLD
Saldo final
Classe A
110.000 (109.450)
550 (550) 0
PCLD- A (550) (550) 550 0TOTAL: 109.450 (109.450
)0 0 0
17
b) Os Clientes da Classe B pagaram integralmente o valor devido, sem perda com a PCLD.
D- Caixa R$ 93.000,00
C- Contas a receber Classe B R$ 93.000,00
Reversão PCLD
D- PCLD classe B R$ 930,00
C- Outras desp. Operacionais R$ 930,00.
ContaAtivo
Saldo inicial
Recebimento
Saldo Intermediário
Realização PCLD
Saldo final
Classe B
93.000 0 (93.000)
PCLD- B (930) 930 0TOTAL: 93.000 (930) 930 (93.000
)
c) Os Clientes da Classe C pagaram R$ 130.000, portanto PCLD foi insuficiente.
D- Caixa R$ 130.000,00
C- Contas á receber classe C R$ 130.000,00
Realização da PCLD
D- PCLD classe C R$ 4.350,00
C - Contas á receber classe C R$ 4.350,00
Reconhecimento das perdas dos clientes classe C
D - Perdas Incobráveis R$ 10.650,00
18
C- Contas á receber classe C R$ 10.650,00
Conta Ativo
Saldoinicial
Recebimento
Saldo Intermediário
Realização PCLD
Reconhecimento perdas
Saldofinal
Classe C
145.000
(130.000)
15.000 (4.350)
(10.650)
PCLD- C (4.350)
(4.350) 4.350 4.350
TOTAL: 140.650
(130.000)
10.350 0 (10.650)
Contas de resultadoPerdas incobráveis
(10.650) (10.650)
d) O cliente da Classe D entrou em processo de falência, portanto não há expectativa de recebimento do Valor de R$ 80.000.
Realização da PCLD
D- PCLD classe D - R$ 8.000,00
C- Outras despesas operacionais - R$ 8.000,00
Reconhecimento perdas dos clientes Classe D
D- Perdas incobráveis - R$ 72.000,00
C- Contas a receber Classe D R$ 72.000,00
19
C. Ativo S. inicial
Rec.
S.Int.
Realização PCLD
S. inic
Recon.perdas
S.final
Classe D (8.000)
(72.000)
PCLD classe D (8.000)
(72.000)
TOTAL (8.000)
(8.000)
(72.000)
Contas de Resultado perdas incobráveis
(72.000) (72.00
0)
ETAPA 4
Passo 1 (Equipe)1 Observar que os sites a seguir indicados serão importantes para elaborar os passos destaetapa:
Previdência Social. Disponível em:<http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=25>. Acessoem: 28 maio 2013.
Receita Federal. Disponível em:<http://www.receita.fazenda.gov.br/aliquotas/contribfont.htm>. Acesso em: 28maio 2013.
Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. Disponível em:20
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm>. Acesso em: 28maio 2013.
2 Pesquisar, na CLT e em outras fontes, os temas “Insalubridade” e “Periculosidade”.
2.1 Fazer um resumo das principais informações que serão utilizadas para cálculo da folhade pagamento. Para esse cálculo, serão utilizados os percentuais estipulados em lei.Pesquisar definições separadamente e cumulativamente.
Pesquisar, na CLT e em outras fontes, os temas
“Insalubridade” e “Periculosidade”.
O ambiente de trabalho pode induzir a mecanismos de
agressão ao ser humano. A maciça incorporação de
tecnologias de automação, a constante fragmentação do
trabalho vem modificando substancialmente o papel do
trabalhador junto ao coletivo. O comportamento mais
competitivo e individualista, induzido pelo alto nível de
competitividade, busca da qualidade total certificada,
produtividade ao extremo, dentre outros comportamentos da
vida laboral atual, expõe o trabalhador a acidentes,
doenças ocupacionais, doenças do trabalho e a problemas de
saúde física e mental.
Neste contexto, a higiene e segurança no trabalho,
enquanto cuidado individual e coletivo, implica em uma
constante vigilância sobre o processo de trabalho, por
parte do empregador, do empregado, dos sindicalistas e do
Serviço de Saúde do Trabalhador.
21
Quando assinamos um contrato de trabalho, seja ele no
âmbito público ou privado, passamos a ser subordinados de
alguém e ou superior hierárquico de outros. Isso quer dizer
que um manda e o outro obedece ou vice versa, mas há regras
para isso.
A obediência para execução de uma determinada tarefa
não pode de nenhuma maneira colocar a vida do trabalhador
em risco.
Não obstante, existem determinadas atividades que por
si só produzem efeitos nocivos ao ser humano, chamadas de
atividades de riscos. Poderemos afirmar que nenhuma
atividade é totalmente isenta de riscos, entretanto, O
trabalhador que executa tarefas perigosas e ou transita por
uma área comprovadamente insalubre ou penosa tem proteção
legal, e amparado faz jus ao adicional de periculosidade ou
insalubridade ou penosidade a depender do caso.
A periculosidade e a insalubridade têm como base legal
a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), em seu Título
II, cap. V seção XIII., e a lei 6.514 de 22/12/1977, que
alterou a CLT, no tocante a Segurança e Medicina do
Trabalho. Ambas foram regulamentadas pela Portaria 3.214,
por meio de Normas regulamentadoras.
LEI Nº 6.514, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1977.
Altera o Capítulo V do
Titulo II da Consolidação
das Leis do Trabalho,
relativo a segurança e
22
medicina do trabalho e dá
outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, faço saber que o CONGRESSO
NACIONAL decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art . 1º - O Capítulo V do Titulo II da Consolidação
das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452,
de 1º de maio de 1943, passa a vigorar com a seguinte
redação:
"CAPÍTULO V
DA SEGURANÇA E DA MEDICINA DO TRABALHO
SEÇÃO I
Disposições Gerais
Art . 154 - A observância, em todos os locais de
trabalho, do disposto neste Capitulo, não desobriga as
empresas do cumprimento de outras disposições que, com
relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras ou
regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios em que se
situem os respectivos estabelecimentos, bem como daquelas
oriundas de convenções coletivas de trabalho.
Art . 155- Incumbe ao órgão de âmbito nacional
competente em matéria de segurança e medicina do trabalho:
23
I - estabelecer, nos limites de sua competência,
normas sobre a aplicação dos preceitos deste Capítulo,
especialmente os referidos no art. 200;
II - coordenar, orientar, controlar e supervisionar a
fiscalização e as demais atividades relacionadas com a
segurança e a medicina do trabalho em todo o território
nacional, inclusive a Campanha Nacional de Prevenção de
Acidentes do Trabalho;
III - conhecer, em última instância, dos recursos,
voluntários ou de ofício, das decisões proferidas pelos
Delegados Regionais do Trabalho, em matéria de segurança e
medicina do trabalho.
Art . 156 - Compete especialmente às Delegacias
Regionais do Trabalho, nos limites de sua jurisdição:
I - promover a fiscalização do cumprimento das normas
de segurança e medicina do trabalho;
II - adotar as medidas que se tornem exigíveis, em
virtude das disposições deste Capítulo, determinando as
obras e reparos que, em qualquer local de trabalho, se
façam necessárias;
III - impor as penalidades cabíveis por descumprimento
das normas constantes deste Capítulo, nos termos do art.
201.
Art . 157 - Cabe às empresas:
24
I - cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e
medicina do trabalho;
II - instruir os empregados, através de ordens de
serviço, quanto às precauções a tomar no sentido de evitar
acidentes do trabalho ou doenças ocupacionais;
III - adotar as medidas que lhes sejam determinadas
pelo órgão regional competente;
IV - facilitar o exercício da fiscalização pela
autoridade competente.
Art . 158 - Cabe aos empregados:
I - observar as normas de segurança e medicina do
trabalho, inclusive as instruções de que trata o item II do
artigo anterior;
Il - colaborar com a empresa na aplicação dos
dispositivos deste Capítulo.
Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a
recusa injustificada:
a) à observância das instruções expedidas pelo
empregador na forma do item II do artigo anterior;
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual
fornecidos pela empresa.
25
Art . 159 - Mediante convênio autorizado pelo Ministro
do Trabalho, poderão ser delegadas a outros órgãos
federais, estaduais ou municipais atribuições de
fiscalização ou orientação às empresas quanto ao
cumprimento das disposições constantes deste Capítulo.
CLT - Decreto Lei nº 5.452 de 01 de Maio de 1943
Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho.
SEÇÃO XIII
DAS ATIVIDADES INSALUBRES OU PERIGOSAS
(Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações
insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou
métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes
nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em
razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de
exposição aos seus efeitos. (Redação dada pela Lei nº
6.514, de 22.12.1977)
Art. 193. São consideradas atividades ou operações
perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo
Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua
natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado
26
em virtude de exposição permanente do trabalhador a:
(Redação dada pela Lei nº 12.740, de 2012).
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;
(Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012).
II - roubos ou outras espécies de violência física nas
atividades profissionais de segurança pessoal ou
patrimonial. (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012).
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade
assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por
cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participações nos lucros da
empresa. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de
insalubridade que porventura lhe seja devido. (Incluído
pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional
outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao
vigilante por meio de acordo coletivo. (Incluído pela Lei
nº 12.740, de 2012)
§ 4o São também consideradas perigosas as atividades
de trabalhador em motocicleta. (Incluído pela Lei nº
12.997, de 2014)
Art. 194 - O direito do empregado ao adicional de
insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação
27
do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos
desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do
Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
Art. 196 - Os efeitos pecuniários decorrentes do
trabalho em condições de insalubridade ou periculosidade
serão devidos a contar da data da inclusão da respectiva
atividade nos quadros aprovados pelo Ministro do Trabalho,
respeitadas as normas do artigo 11. (Redação dada pela Lei
nº 6.514, de 22.12.1977)
Art. 191 - A eliminação ou a neutralização da
insalubridade ocorrerá: (Redação dada pela Lei nº 6.514, de
22.12.1977)
I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente
de trabalho dentro dos limites de tolerância; (Incluído
pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
II - com a utilização de equipamentos de proteção
individual ao trabalhador, que diminuam a intensidade do
agente agressivo a limites de tolerância. (Incluído pela
Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
Parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do
Trabalho, comprovada a insalubridade, notificar as
empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou
neutralização, na forma deste artigo. (Incluído pela Lei nº
6.514, de 22.12.1977)
28
Art. 60 - Nas atividades insalubres, assim
consideradas as constantes dos quadros mencionados no
capítulo "Da Segurança e da Medicina do Trabalho", ou que
neles venham a ser incluídas por ato do Ministro do
Trabalho, Industria e Comercio, quaisquer prorrogações só
poderão ser acordadas mediante licença prévia das
autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho,
as quais, para esse efeito, procederão aos necessários
exames locais e à verificação dos métodos e processos de
trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de
autoridades sanitárias federais, estaduais e municipais,
com quem entrarão em entendimento para tal fim.
Art. 192 - O exercício de trabalho em condições
insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos
pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de
adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20%
(vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo
da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio
e mínimo. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
Art. 195 - A caracterização e a classificação da
insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do
Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a
cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho,
29
registrados no Ministério do Trabalho. (Redação dada pela
Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
§ 1º - É facultado às empresas e aos sindicatos das
categorias profissionais interessadas requererem ao
Ministério do Trabalho a realização de perícia em
estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de
caracterizar e classificar ou delimitar as atividades
insalubres ou perigosas. (Redação dada pela Lei nº 6.514,
de 22.12.1977)
§ 2º - Argüida em juízo insalubridade ou
periculosidade, seja por empregado, seja por Sindicato em
favor de grupo de associado, o juiz designará perito
habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver,
requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do
Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
§ 3º - O disposto nos parágrafos anteriores não
prejudica a ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho,
nem a realização exofficio da perícia. (Redação dada pela
Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
Art. 193. São consideradas atividades ou operações
perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo
Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua
natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado
em virtude de exposição permanente do trabalhador a:
(Redação dada pela Lei nº 12.740, de 2012)
30
I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica;
(Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012)
II - roubos ou outras espécies de violência física nas
atividades profissionais de segurança pessoal ou
patrimonial. (Incluído pela Lei nº 12.740, de 2012)
Art. 194 - O direito do empregado ao adicional de
insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação
do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos
desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do
Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
Art. 195 - A caracterização e a classificação da
insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do
Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a
cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho,
registrados no Ministério do Trabalho. (Redação dada pela
Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
§ 1º - É facultado às empresas e aos sindicatos das
categorias profissionais interessadas requererem ao
Ministério do Trabalho a realização de perícia em
estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de
caracterizar e classificar ou delimitar as atividades
insalubres ou perigosas. (Redação dada pela Lei nº 6.514,
de 22.12.1977)
31
§ 2º - Argüida em juízo insalubridade ou
periculosidade, seja por empregado, seja por Sindicato em
favor de grupo de associado, o juiz designará perito
habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver,
requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do
Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
§ 3º - O disposto nos parágrafos anteriores não
prejudica a ação fiscalizadora do Ministério do Trabalho,
nem a realização exofficio da perícia. (Redação dada pela
Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade
assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por
cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de
gratificações, prêmios ou participações nos lucros da
empresa. (Incluído pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de
insalubridade que porventura lhe seja devido. (Incluído
pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977)
§ 3º Serão descontados ou compensados do adicional
outros da mesma natureza eventualmente já concedidos ao
vigilante por meio de acordo coletivo. (Incluído pela Lei
nº 12.740, de 2012)
32
§ 4o São também consideradas perigosas as atividades
de trabalhador em motocicleta. (Incluído pela Lei nº
12.997, de 2014)
Art. 196 - Os efeitos pecuniários decorrentes do
trabalho em condições de insalubridade ou periculosidade
serão devidos a contar da data da inclusão da respectiva
atividade nos quadros aprovados pelo Ministro do Trabalho,
respeitadas as normas do artigo 11. (Redação dada pela Lei
nº 6.514, de 22.12.1977)
Passo 2 (Equipe)
1 Pesquisar, na CLT e na Constituição Federal, os temas a seguir:a) Horas Extras.b) Adicional Noturno.c) Vale-Transporte.d) Salário-família.
a) Horas Extras.
De acordo com o artigo 58 da CLT a duração normal da
jornada diária de trabalho é de 8 (oito) horas semanais,
desde que não sejam fixadas expressamente outro limite, que
pode corresponder a até duas horas diárias suplementares
33
mediante acordo escrito ou contrato de trabalho. Em relação
à hora extra, o artigo 241 da CLT expressa que as duas
primeiras devem ser pagas com acréscimo de 25% sobre o
salário-hora normal; as duas seguintes com o adicional de
50% e o restante subsequente com um adicional de 75%.
Exceto para o pessoal da categoria “C”, onde a primeira
hora deve ser paga com o adicional de 25%, a segunda com o
acréscimo de 50% e as duas subsequentes com o adicional de
60%, exceto nos casos de negligência comprovada.
A CLT ainda expressa que empregados sob jornada
parcial não podem prestar hora extra.
SEÇÃO II
DA JORNADA DE TRABALHO
Art. 58-A. Considera-se trabalho em regime de tempo
parcial aquele cuja duração não exceda a vinte e cinco
horas semanais. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-
41, de 2001)
§ 1o O salário a ser pago aos empregados sob o regime
de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em
relação aos empregados que cumprem, nas mesmas funções,
tempo integral. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-
41, de 2001)
§ 2o Para os atuais empregados, a adoção do regime de
tempo parcial será feita mediante opção manifestada perante
a empresa, na forma prevista em instrumento decorrente de
34
negociação coletiva. (Incluído pela Medida Provisória nº
2.164-41, de 2001)
Art. 59 - A duração normal do trabalho poderá ser
acrescida de horas suplementares, em número não excedente
de 2 (duas), mediante acordo escrito entre empregador e
empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho
b) Adicional Noturno.
CLT - Decreto Lei nº 5.452 de 01 de Maio de 1943
Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho.
Art. 73. Salvo nos casos de revezamento semanal ou
quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior a
do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um
acréscimo de 20 % (vinte por cento), pelo menos, sobre a
hora diurna.(Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, de
1946)
§ 1º A hora do trabalho noturno será computada como de
52 minutos e 30 segundos. (Redação dada pelo Decreto-lei nº
9.666, de 1946)
§ 2º Considera-se noturno, para os efeitos deste
artigo, o trabalho executado entre as 22 horas de um dia e
35
as 5 horas do dia seguinte. (Redação dada pelo Decreto-lei
nº 9.666, de 1946)
§ 3º O acréscimo, a que se refere o presente artigo,
em se tratando de empresas que não mantêm, pela natureza de
suas atividades, trabalho noturno habitual, será feito,
tendo em vista os quantitativos pagos por trabalhos diurnos
de natureza semelhante. Em relação às empresas cujo
trabalho noturno decorra da natureza de suas atividades, o
aumento será calculado sobre o salário mínimo geral vigente
na região, não sendo devido quando exceder desse limite, já
acrescido da percentagem. (Redação dada pelo Decreto-lei nº
9.666, de 1946)
§ 4º Nos horários mistos, assim entendidos os que
abrangem períodos diurnos e noturnos, aplica-se às horas de
trabalho noturno o disposto neste artigo e seus parágrafos.
(Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, de 1946)
§ 5º Às prorrogações do trabalho noturno aplica-se o
disposto neste capítulo. (Incluído pelo Decreto-lei nº
9.666, de 1946)
c) Vale-Transporte.
O Vale-Transporte constitui benefício que o empregador
antecipará ao trabalhador para utilização efetiva em
despesas de deslocamento residência-trabalho e vice-versa.
36
Entende-se como deslocamento a soma dos segmentos
componentes da viagem do beneficiário, por um ou mais meios
de transporte, entre sua residência e o local de trabalho.
Não existe determinação legal de distância mínima
para que seja obrigatório o fornecimento do Vale-
Transporte, então, o empregado utilizando-se de transporte
coletivo por mínima que seja a distância, o empregador é
obrigado a fornecê-los.
O empregado para passar a receber o Vale-Transporte
deverá informar ao empregador, por escrito:
- seu endereço residencial;
- os serviços e meios de transporte mais adequados ao
seu deslocamento residência-trabalho e vice-versa.
- número de vezes utilizados no dia para o
deslocamento residência/trabalho/residência.
O Vale-Transporte será custeado:
- pelo beneficiário, na parcela equivalente a 6% (seis
por cento) de seu salário básico ou vencimento, excluídos
quaisquer adicionais ou vantagens;
- pelo empregador, no que exceder à parcela referida
no
item anterior.
d) Salário-família.
Salário-família é o benefício pago na proporção do
respectivo número de filhos ou equiparados de qualquer
condição até a idade de quatorze anos ou inválido de
37
qualquer idade, independente de carência e desde que o
salário-de-contribuição seja inferior ou igual ao limite
máximo permitido.
São equiparados aos filhos os enteados e os tutelados,
desde que não possuam bens suficientes para o próprio
sustento, devendo a dependência econômica de ambos serem
comprovada.
De acordo com a Portaria Interministerial MPS/MF nº
19, de 10/01/2014, valor do salário-família será de R$
35,00, por filho de até 14 anos incompletos ou inválido,
para quem ganhar até R$ 682,50. Já para o trabalhador que
receber de R$ 682,51 até R$ 1.025,81, o valor do salário-
família por filho de até 14 anos de idade ou inválido de
qualquer idade será de R$ 24,66.
Benefício pago aos segurados empregados, exceto os
domésticos, e aos trabalhadores avulsos com salário mensal
de até R$ 862,60, para auxiliar no sustento dos filhos de
até 14 anos de idade ou inválidos de qualquer idade.
(Observação: São equiparados aos filhos os enteados e os
tutelados, estes desde que não possuam bens suficientes
para o próprio sustento, devendo a dependência econômica de
ambos ser comprovada).
Para a concessão do salário-família, a Previdência
Social não exige tempo mínimo de contribuição.
De acordo com a Portaria Interministerial nº 407, de
14 de julho de 2011, o valor do salário-família será de R$
38
29,43, por filho de até 14 anos incompletos ou inválido,
para quem ganhar até R$ 573,91.
Para o trabalhador que receber de R$ 573,92 até R$
862,60, o valor do salário-família por filho de até 14 anos
de idade ou inválido de qualquer idade será de R$ 20,74.
* Quem tem direito ao benefício
* o empregado e o trabalhador avulso que estejam em
atividade;
* o empregado e o trabalhador avulso aposentados por
invalidez, por idade ou em gozo de auxílio doença;
* o trabalhador rural (empregado rural ou trabalhador
avulso) que tenha se aposentado por idade aos 60 anos, se
homem, ou 55 anos, se mulher;
* os demais aposentados, desde que empregados ou
trabalhadores avulsos, quando completarem 65 anos (homem)
ou 60 anos (mulher).
Os desempregados não têm direito ao benefício.
Quando o pai e a mãe são segurados empregados ou
trabalhadores avulsos, ambos têm direito ao salário-
família. Atenção: O benefício será encerrado quando o(a)
filho(a) completar 14 anos, em caso de falecimento do
filho, por ocasião de desemprego do segurado e, no caso do
filho inválido, quando da cessação da incapacidade.
1.1 Fazer um resumo das principais informações que
serão utilizadas para cálculo da folha de pagamento. Quando
do cumprimento do Passo 4, utilizar os percentuais
estabelecidos em lei.
39
2 Pesquisar, na CLT e na Constituição Federal, os temas a seguir:a) Previdência Social.b) Imposto de Renda.
c) FGTS.
d) Contribuição Confederativa.
e) Contribuição Sindical.f) Faltas.g) Pensão Alimentícia.
a) Previdência Social.
A Previdência Social é o seguro social para a pessoa
que contribui. É uma instituição pública que tem como
objetivo reconhecer e conceder direitos aos seus segurados.
A renda transferida pela Previdência Social é utilizada
para substituir a renda do trabalhador contribuinte, quando
ele perde a capacidade de trabalho, seja pela doença,
invalidez, idade avançada, morte e desemprego involuntário,
ou mesmo a maternidade e a reclusão.
A Previdência Social nada mais é que um seguro que
garante uma aposentadoria do empregado.
Para que tal benefício seja garantido, é necessário
que o trabalhador, contribuinte, pague um valor mensal,
descontado do salário durante determinado período ao
Instituto Nacional do Seguro Social(INSS).40
Tabela de contribuição dos segurados empregado,
empregado doméstico e trabalhador avulso, para pagamento de
remuneração a partir de 1º de Janeiro de 2013
Salário-de-contribuição (R$)
Alíquota para fins de recolhimento
ao INSS (%)
até 1.247,70
8,00
de 1.247,71 até 2.079,50
9,00
de 2.079,51 até 4.159,00
11,00
b) Imposto de Renda.
É um imposto existente em vários países, onde pessoas
ou empresas são obrigadas a deduzir uma certa percentagem
de sua renda média anual para o governo. Esta percentagem
pode variar de acordo com a renda média anual, ou pode ser
fixa em uma dada percentagem.
No Brasil, o Imposto de Renda é cobrado mensalmente e
no ano seguinte o contribuinte prepara uma declaração de
ajuste anual de quanto deve do imposto, sendo que esses
valores deverão ser homologados pelas autoridades
tributárias. Os contribuintes se dividem em:
41
1. Imposto de Renda de Pessoa Física (IRPF)
2. Imposto sobre Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ)
A declaração de ajuste anual é obrigatoriamente feita
através de um software próprio que pode ser obtido no site
da Receita Federal. A transmissão das informações é
obrigatoriamente feita pela internet.
Tabela IRRF 2011:
IRRF |
Base de Cálculo | (%) | Dedução |
Até 1566,61 | - | - |
De 1.566,62 até 2.347,85 | 7,50% | R$ 117,49 |
De 2.347,86 até 3.130,51 | 15% | R$ 293,58 |
De 3.130,52 até 3.911,62 | 22,50% | R$ 528,37 |
Acima de 3.911,63 | 27,50% | R$ 723,95 |
Dedução de 157,47 por dependente |
c) FGTS.
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi
criado na década de 60 para proteger o trabalhador demitido
sem justa causa. Sendo assim, no início de cada mês, os
empregadores depositam, em contas abertas na CAIXA, em nome
dos seus empregados e vinculadas ao contrato de trabalho, o
valor correspondente a 8% do salário de cada funcionário.
É depositado até o dia 7 do mês subsequente ao mês
trabalhado Valor: 8% (Oito por cento) do salário pago ao
trabalhador. No caso de contrato de trabalho firmado nos
42
termos da Lei n.º 11.180/05 (Contrato de
Aprendizagem), o percentual é reduzido para 2%. O FGTS não
é descontado do salário, é uma obrigação do empregador,
exceto em caso de trabalhador doméstico.
d) Contribuição Confederativa.
A Contribuição Confederativa, cujo objetivo é o
custeio do sistema confederativo, poderá ser fixada em
assembléia geral do sindicato, conforme prevê o artigo 8º
inciso IV da Constituição Federal, independentemente da
contribuição sindical citada acima.
Art., 8º - É livre a associação profissional ou
sindical, observando o seguinte:
IV - a assembleia geral fixará a contribuição que, em
se tratando de categoria profissional, será descontada em
folha, para custeio do sistema confederativo da
representação sindical respectiva, independentemente da
contribuição prevista por lei;”
e) Contribuição Sindical.
A Contribuição Sindical dos empregados, devida e
obrigatória, será descontada em folha de pagamento de uma
só vez no mês de março de cada ano e corresponderá à
remuneração de um dia de trabalho. O artigo 149 da
Constituição Federal prevê a contribuição sindical,
43
concomitantemente com os artigos 578 e 579 da CLT, os quais
preveem tal contribuição a todos que participem das
categorias econômicas ou profissionais ou das profissões
liberais.
f) Faltas.
As faltas não justificadas por lei não dão direito a
salários e demais consequências legais, e podem resultar em
falta leve ou grave, conforme as circunstâncias ou
repetição; mas podem ter justificativa imperiosa que, se
seriamente considerada, vedará a punição. É o caso de
doença grave em pessoa da família, amigo íntimo, ou outra
hipótese de força maior.
O empregado perde a remuneração do dia de repouso
quando não tiver cumprido integralmente a jornada de
trabalho da semana, salvo se as faltas forem consideradas
justificadas. Se na semana em que houve a falta
injustificada, ocorrer feriado, este perderá o direito à
remuneração do dia respectivo.
FALTAS ADMISSÍVEIS
O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço
sem prejuízo do salário:
- até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de
falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou
pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e
Previdência Social, viva sob sua dependência econômica;
44
- até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de
casamento;
- por 5 (cinco) dias, em caso de nascimento de filho,
no decorrer da primeira semana;
g) Pensão Alimentícia.
A pensão alimentícia é a "quantia fixada pelo juiz e a
ser atendida pelo responsável (pensioneiro), para
manutenção dos filhos e ou do outro cônjuge" O valor dessa
contribuição é variável a cada família e não existe uma
tabela padrão que indique o quanto é justo ou não.
Se o contribuinte da pensão tem emprego fixo (com
carteira assinada ou funcionário público), o valor deverá
ser estipulado em percentual da sua renda. Para cálculo da
alíquota, influirá o número total de filhos menores que ele
possui e o quanto esse percentual representa em valor real.
Secundariamente, também afetará se ele possui outros
dependentes (esposa, pais, enteados, etc), se tem moradia
própria, o estado de saúde dos envolvidos, se oferece
dependência no plano de saúde, além da existência de outras
despesas excepcionais.
Normalmente, a pensão é fixada em 20% da renda do pai
quando tem apenas um filho. O percentual de 30% é usual
quando existem dois ou mais filhos, podendo ser superior no
caso de prole numerosa. Se forem dois filhos de mães
diferentes, costuma ser em 15% para cada um. Se forem três,
45
10% cada; porém, percentual inferior a esse somente tem
sido admitido quando o valor representa quantia razoável.
Caso o pagador de pensão seja profissional liberal ou
autônomo ou caso tenha renda informal ou extra-salarial, a
pensão costuma ser estabelecida em valores certos. É
prevista correção anual dos valores pelo salário mínimo ou
outro índice econômico. Irá influenciar no valor da pensão
a média de ganhos do pai, o padrão de vida que ele leva e
os sinais de "riqueza" que ele apresenta. Os filhos têm
direito de usufruir do mesmo padrão de vida do pai, mas a
pensão não deve servir para fazer poupança.
2.1 Fazer um resumo das principais informações que
serão utilizadas na prática da folha de pagamento. Anexar
as tabelas divulgadas pela legislação, quando for o caso.
Encargos Sociais Sobre a Folha de Pagamento
Além do salário, vários outros custos devem ser
calculados ou estimados de modo que se conheça a real
dimensão do custo da mão de obra.
Certos encargos são fixados por lei como um percentual
fixo sobre a folha de pagamento. No entanto, a maioria tem
que ser calculada a partir de estimativas que envolvam
desde o número de dias efetivamente trabalhados, até as
estatísticas sobre taxa de natalidade, acidentes no
46
trabalho, número de conduções tomadas pelo trabalhador,
etc.
O presente trabalho tem por finalidade apresentar, um
roteiro básico dos principais encargos sociais incidentes
sobre a folha de pagamento. Neste trabalhos não
consideraremos benefícios não obrigados por lei, tais como,
assistência médica, previdência privada, refeição, entre
outros.
2. Cálculo dos Encargos
O recolhimento previdenciário das empresas em geral
corresponde à aplicação das seguintes alíquotas, sobre o
total das remunerações pagas ou creditadas, a qualquer
título, no decorrer do mês, aos segurados empregados:
a) 20% referente ao INSS Patronal para as empresas NÃO
optantes do Simples Nacional;
b) 1%, 2% ou 3% referente a Risco de Acidente do
Trabalho (RAT) e contribuição adicional, se for o caso,
variando conforme o grau de risco, acrescido do Fator
Acidentário de Prevenção (FAP) a partir de janeiro/2010; e
c) geralmente 5,80% de contribuição variável de Outras
Entidade (Terceiros), destinada às entidades SENAI, SESC,
SESI, etc., onde o INSS se incumbe de arrecadar e repassar.
2.1. Enquadramento no SAT/RAT
O Risco de Acidente do Trabalho (RAT) é o seguro
obrigatório, instituído por lei, mediante uma contribuição
a cargo exclusivo da empresa, sobre a folha de pagamento,
47
que se destina à cobertura de eventos resultantes de
acidente do trabalho.
A alíquota aplicada sobre o valor da Folha de
Pagamento para a cobertura deste seguro pode ser:
- 1% para a empresa em cuja atividade o risco de
acidente do trabalho seja considerado leve;
- 2% para a empresa em cuja atividade o risco de
acidente do trabalho seja considerado médio;
- 3% para a empresa em cuja atividade o risco de
acidente do trabalho seja considerado grave.
O grau de risco que cada empresa está enquadrada é
determinado pelo Código de Atividade Econômica constante no
Cartão do CNPJ, em tabela divulgada pelo Ministério do
Trabalho, de acordo com a média apurada nos registros dos
Acidentes de Trabalho.
A partir de janeiro/2010 entrou em vigor o Fator
Acidentário de Prevenção (FAP).
O Fator Acidentário Prevenção (FAP) consiste em um
multiplicador variável num intervalo 0,5000 a 2,0000,
aplicado com quatro casas decimais, a ser aplicado sobre a
alíquota RAT de 1%, 2% ou 3%.
Neste sentido, as alíquotas do RAT poderão ser
reduzidas em até 50% ou majoradas em até 100% em razão do
desempenho da empresa em relação à sua respectiva
atividade, aferida pelo FAP.
48
Não há tabela divulgada do FAP, dessa forma, cada
empresa deve acessar o sítio da Previdência Social e
verificar qual a sua alíquota de majoração.
Para efeito desse trabalho, para apuração dos encargos
sociais (Tabela “A”), vamos adotar o percentual de 2%, sem
considerar a alíquota FAP de majoração. Lembramos que cada
empresa deve levar em consideração o seu próprio
enquadramento e alíquota.
2.2. Outras entidades (Terceiros)
Para o cálculo das contribuições, para outras
entidades (terceiros), cada empresa deverá enquadrar-se em
um dos FPAS e, com base nesse código, saberá qual o
percentual de recolhimento a que estará sujeita, conforme
orientações administrativas do INSS.
Para apuração dos encargos sociais (Tabela “A”), será
considerada uma alíquota de 5,8% para as empresas em geral.
Lembramos mais uma vez que cada empresa deve levar em
consideração o seu próprio enquadramento e alíquota.
3. Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)
Todas as empresas são obrigadas a depositar, até o dia
7 de cada mês, o FGTS dos funcionários, correspondente a 8%
da remuneração de cada trabalhador, incluídas na
remuneração as horas-extras, 13º Salário, etc.
Salientamos que o depósito na conta vinculada do FGTS
é obrigatório também nos casos de interrupção do contrato
de trabalho previsto em lei, tais como:
49
a) auxílio-doença de até15 dias;
b) durante todo período de afastamento por acidente de
trabalho;
c) licença-maternidade;
d) licença-paternidade.
4. Encargos Básicos - Tabela “A”
Nesta tabela foram reunidas as contribuições
incidentes sobre o total da Folha de Pagamento, no decorrer
do mês, aos empregados.
Tabela “A”
Contribuição à Previdência Social
(INSS)
20%
Fundo de Garantia por Tempo de
Serviço (FGTS)
8%
Salário-Educação 2,5%
SENAC/SESC 1,5%
SENAI/SESI 1%
SEBRAE 0,6%
INCRA 0,2%
Risco de Acidente do Trabalho
(RAT)
2%
50
TOTAL 35,80%
5. Tabela “B” - Encargos que Recebem a Incidência da
Tabela “A”
A Tabela “B” é constituída de encargos pagos
diretamente ao funcionário, incluídos na folha de pagamento
e por isso sofrem a incidência dos encargos da Tabela “A”.
O ponto de partida para o cálculo desses encargos é a
determinação do número de dias produtivos do trabalhador em
um ano de 365 dias.
Para se chegar a esse número é necessário determinar o
número de dias não trabalhados no ano, ou seja, de férias,
descanso semanal remunerado (DSR), feriados e de faltas
abonadas legalmente.
Considerando 365 dias do ano, menos 52 domingos, 25
dias de férias (veja letra “b” a seguir), e, em média, 12
dias entre feriados e dias santificados além, do feriado
estadual, temos:
Dias úteis: 365 - (52 + 25 + 12) = 365 - 89 = 276
a) Repouso Semanal Remunerado (RSR)
O (RSR), constituído de 52 domingos anuais e 12
feriados, pode ser calculado da seguinte forma:
RSR = 52 + 12 = 64 / 276 = 0,2319 x 100 = 23,19%
b) Férias
51
As férias foram calculadas à base de 25 dias, embora o
direito do empregado corresponda a 30 dias, posto que, no
período de 30 dias de gozo há, em média, 4 domingos e 1
feriado intercalados.
Férias: 25 / 276 = 0,0905 x 100 = 9,05%
Para o cálculo do 1/3 Constitucional sobre as férias,
deve ser considerado os 30 dias de férias:
30 / 276 = 0,1086 / 3 = 0,0362 x 100 = 3,62%
Férias + 1/3 constitucional = 9,05 + 3,62% = 12,67%
c) Feriados
Para o cálculo dos feriados (7 nacionais, 1 estadual e
4 municipais), temos:
Total de feriados no ano = 12 = 12 / 276 = 0,0434 x
100 = 4,34%
Nota:
Lembramos que os dias em que se comemora o Carnaval
não se encontram discriminados entre os feriados oficiais,
exceto para o Estado do Rio de Janeiro que, a terça-feira é
feriado (Lei nº 5.243/08).
d) Aviso Prévio
Vamos considerar neste exemplo que em média a
rotatividade de funcionários seja de 1 ano e que o Aviso-
Prévio seja Indenizado, onde teremos o seguinte:
30 dias / 276 = 0,1086 x 100 = 10,86%
52
e) 13º Salário
Considerando que o valor do 13º salário corresponde a
30 dias de trabalho e, que o ano de 365 dias, tem 276 dias
úteis, temos como encargo dessa verba:
30 / 276 = 0,1086 x 100 = 10,86%
f) Auxílio-Doença e Acidentes de Trabalho
Em se tratando de afastamento, seja por doença ou
acidente, a empresa paga os 15 primeiros dias desse
afastamento e, a partir do 16º dia, o mesmo é custeado pelo
INSS.
Para este item utilizaremos dados estatísticos
divulgados pelo IBGE onde há uma incidência de 35% de casos
de auxilio doença e/ou acidente de trabalho. Logicamente
que esse percentual pode variar em razão de campanhas
desenvolvidas em cada empresa, na qual se reduzirá o número
dos afastamentos, seja por doença ou por acidente de
trabalho.
15 x 0,35 = 0,0190 x 100= 1,90
g) Licença-Paternidade
Pela legislação todo funcionário tem o direito de
ausentar-se do serviço por cinco dias quando do nascimento
de filho.
53
Para este item também utilizaremos dados estatísticos
do IBGE, onde em média nascem filhos de 1,5% dos
trabalhadores no período de um ano. Dessa forma, poderá ser
adotado o seguinte cálculo:
5 dias de licença-paternidade ÷ 30 dias/mês = 0,17
0,17 x 0,015 x 100 = 0,02%.
Com isto formamos a tabela B:
TABELA “B”
09 - Repouso Semanal
Remunerado
23,19%
10 – Férias + 1/3
Constitucional
12,67%
11 – Feriados 4,34%
12 - Aviso Prévio
Indenizado
10,86%
13 - 13º Salário 10,86%
14 - Auxílio-Doença - 15
dias
1,90%
15 - Licença-paternidade 0,02%
Total 63,84%
5.1. Empresas NÃO optantes pelo SIMPLES Nacional
54
Para as empresas não optantes pelo SIMPLES Nacional
para determinação da taxa de incidência da Tabela “A” sobre
a Tabela “B”, deve ser obtido da seguinte forma:
Total de encargos da Tabela “A” x Tabela “B”: 0,3580 x
0,6384 = 0,2285 x 100 = 22,85%
5.2. Empresas optantes pelo SIMPLES Nacional
Para definição da taxa de incidência de Tabela “A”
sobre a Tabela “B”, para as empresas optantes pelo SIMPLES
Nacional, deve ser levado em consideração a atividade da
empresa e o Anexo a qual estiver enquadrada. Vamos
considerar aqui os Anexos I, II e III, onde a empresa
estará sujeita somente ao encargo sobre a folha de
pagamento de 8% de FGTS.
Assim, temos:
Taxa de incidência de Tabela “A” sobre Tabela “B” =
0,08 x 0,6384 = 0,05107 x 100 = 5,11%
6. Tabela “C” - Encargos Sociais - Rescisão - FGTS
6.1. Depósito por dispensa sem justa causa
Assumimos que a empresa pague um valor mensal
referente ao depósito por dispensa sem justa causa igual a
40% do recolhimento do FGTS do mês, o percentual a ser
considerado:
Incidência do FGTS sobre a Tabela “B”
40% (Multa) x (8% x 63,84% + 8%)
0,4 x (0,08 x 0,6384 + 0,08) = 0,0524
55
0,4 x 0,0524 x 100 = 2,10%
6.2. Adicional da LC nº 110/01 – 10% referente as
perdas do Plano Collor e Verão
Referente ao recolhimento da Contribuição Social de
10% do FGTS, o percentual a ser considerado:
10% (Multa) x (8% x 63,84% + 8%) = 0,1 x (0,08 x
0,6384 + 0,08) =
= 0,1 x 0,1310 = 0,0131
0,0131 x 100% = 1,31%
7. Resumo dos encargos sociais sobre a Folha de
Pagamento das empresas NÃO optantes optantes pelo
SIMPLESNacional
Resumo dos Encargos Sociais do Empregador
TABELA “A”
01 – INSS 20%
02 - SENAC/SESC 1,50%
03 - SENAI/SESI 1%
04 – SEBRAE 0,60%
05 – INCRA 0,20%
06 - Salário-
Educação
2,50%
07 – RAT 2%
08 – FGTS 8%
Total 35,80%56
TABELA “B”
09 - Repouso Semanal
Remunerado
23,19
%
10 – Férias + 1/3
Constitucional
12,67
%
11 – Feriados 4,34%
12 - Aviso Prévio
Indenizado
10,86
%
13 - Auxílio Doença - 15
dias
1,90%
14 - 13º Salário 10,86
%
15 - Licença-paternidade 0,02%
Total 63,84
%
TABELA “C”
16 - Multa rescisória de 40% do FGTS nas
dispensas sem justa causa
2,10%
17 - Adicional 10% referente a Lei
Complementar nº 110/01
1,31%
Total 3,41%
57
Incidências da Tabela (“A” sobre a Tabela “B”) + a soma das
Tabelas “A” + “B” + “C”
(0,3580 x 0,6384) = (22,85%) + 35,80% + 63,84% + 3,41% =
Total dos Encargos = 125,90%
8. Resumo dos encargos sociais sobre a Folha de
Pagamento das empresas OPTANTES pelo SIMPLES Nacional
enquadradas nos Anexos I, II e III
Resumo dos Encargos Sociais do Empregador, Optante
pelo SIMPLES Nacional
TABELA “A”
01 – INSS
02 - SESI/SESC
03 - SENAI/SENAC
04 – SEBRAE
05 – INCRA
06 - Salário-Educação
07 - Risco Acidente
Trabalho (RAT)
08 – FGTS
%
Total
%
58
TABELA “B”
09 - Repouso Semanal
Remunerado
23,19%
10 – Férias 12,67%
11 – Feriados 4,34%
12 - Aviso Prévio Indenizado 10,86%
13 - Auxílio-Doença – 15 dias 1,90%
14 - 13º Salário 10,86%
15 - Licença-paternidade 0,02%
Total 63,84%
TABELA “C”
16 - Multa rescisória de 40% do FGTS nas
dispensas sem justa causa
2,10%
17 - Adicional 10% referente a Lei
Complementar n° 110/01
1,31%
Total 3,41%
Incidências da Tabela (“A” sobre a Tabela “B”) + a
soma das Tabelas “A” + “B” + “C”
(0,08 x 0,6384) = (5,11%) + 8,0% + 63,84% + 3,41% =
Total dos Encargos = 80,36%
59
Passo 3 (Equipe)Desenvolver, em grupo, um modelo de folha de pagamento paraimplantação na empresaAliança Ltda. (agora que você conhecetodos os benefícios e deduções de uma folha depagamento), que deverá ser referente ao mês de março de 2011, relativa aos funcionárioslistados no Quadro 2, a seguir. Utilizar todas as informações e tabelas pesquisadas nos passosanteriores:
Passo 4 (Equipe e Individual)1 Escolher três das maiores fraudes contábeis evidenciadas nos últimos anos nasempresas: Enron, WorldCom, Xerox, Parmalat, Banco Panamericano, Carrefour, entre
60
outras.Nota:O grupo tem autonomia para pesquisar outras empresas, a seucritério, desde que sejaminformações extraídas de sites confiáveis. Mencionar todas asreferências bibliográficasreferentes aos textos utilizados.
2 Analisar o conteúdo que foi divulgado sobre tais fraudes na internet.3 Fazer uma correlação do conteúdo das aulas-tema estudadascom os PrincípiosContábeis, anotando as principais informações e conclusões.4 Elaborar um relatório final contendo todas as etapas desta ATPS, em arquivo único deextensão.doc.
Os recentes escândalos contábeis envolvendo companhias como
Enron, WorldCom, Parmalat e Panamericano.
Mais especificamente nos escândalos da Enron, WorldCom,
Parmalat e Panamericano comprovou-se a existência de
fraudes contábeis. Segundo Albrecht (2003) as fraudes
contábeis visam manipular os resultados da organização no
intuito demonstrar uma situação enganosa podendo assim
causar sérios problemas aos usuários externos dessa
informação. Esses danos também geram perdas no âmbito
financeiro a prejudicam a alocação dos recursos escassos na
economia mundial. Nos Estados Unidos, segundo Rezaee (2005)
as fraudes contábeis causaram prejuízos de mais de $500
bilhões de dólares nos últimos anos.61
Fundada em 1985 a Enron se dedicava a exploração de gás
natural e produção de energia de diversos tipos, mas ao
longo dos anos também começou a diversificar a sua carteira
de investimentos, incluindo áreas como frequência de
internet, gerenciamento de risco e derivativo climático (um
tipo de seguro climático para negócios sazonais). Seu
crescimento chegou a ser tão assombroso que se converteram
na sétima maior companhia norte-americana. No ano 2000
alcançou um valor de 68 bilhões de dólares. Seus acionistas
celebraram os expressivos lucros, sem saber que pouco tempo
depois a companhia viria a se tornar uma referência em
fraude do colarinho branco.
A WorldCom, segunda maior empresa de telecomunicações
dos Estados Unidos, pediu proteção contra credores em
tribunal, na maior falência empresarial da história dos
Estados Unidos.
Esta medida, já esperada pelo mercado, surge depois de a
companhia ter anunciado recentemente que tinha «escondido»
custos de 4 mil milhões de dólares nos últimos exercícios.
A falência da WorldCom, que os analistas consideram ser a
única salvação da empresa, é a maior da história
empresarial dos Estados Unidos, por incluir ativos
avaliados em 107 mil milhões de dólares (106,2 mil milhões
de euros). A última maior falência era a da Enron.
62
A empresa têm dívidas de cerca de 41 mil milhões de
dólares (40,62 mil milhões de euros), sendo mais de metade
em divida obrigacionista.
Fundada em 1983 a WorldCom realizou mais de 75 aquisições.
Atualmente a empresa tem cerca de 85 mil trabalhadores e
mais de 20 milhões de clientes.
Desde 1999 que a situação financeira da WorldCom se
agravou, tendo desde essa altura a empresa perdido mais de
100 mil milhões de dólares (99,08 mil milhões de euros) em
capitalização bolsista.
Apesar do pedido de falência, a empresa já garantiu que
vai continuar a operar normalmente, tendo já garantido uma
linha de crédito de 2 mil milhões de dólares (1,98 mil
milhões de euros) para se manter operacional.
E também o rombo no Banco Panamericano, do Grupo Silvio
Santos, é o resultado de um acúmulo de irregularidades
contábeis desde meados de 2006. O banco inflava seus
balanços por meio do registro de carteiras de créditos que
haviam sido vendidas a outras instituições como parte de
seu patrimônio. A maquiagem permitiu que o valor da empresa
fosse incrementado antes da abertura de seu capital, em
novembro de 2007. Mas não pode blindá-lo contra a crise de
crédito em 2008. No ano seguinte, o Panamericano teve 49%
de seu capital votante comprado pela Caixa Econômica
Federal. O que ainda não se sabe é como irregularidades tão
63
grandes passaram pelo crivo de tantas instituições e por
que só foram descobertas este ano pelo Banco Central.
As fraudes e a republicação dos relatórios contábeis. Ao
contrario do ‘erro’ que se trata de um ato não intencional,
a fraude refere-se ao ato intencional de tirar beneficio
próprio de determinada situação.
O Conselho Federal de Contabilidade através da resolução
836/00 na interpretação técnica da NBC T11 – IT 3,
caracteriza as fraudes como:
-Manipulação, falsificação, ou alteração de registros ou
documentos, de modo a modificar os registros de ativos,
passivos e resultados;
-Apropriação indébita de ativos
-Suspensão ou omissão de transações nos registros contábeis
-Registros de transações sem comprovação; e
-Aplicação de praticas contábeis indevidas.
Fraudes Contábeis: São aquelas cometidas em favor da
organização. Este tipo de fraude é geralmente realizado
pelos executivos da empresa ao evidenciar relatórios
64
contábeis fraudulentos. Segundo Albrecht (2003) as fraudes
contábeis geralmente ocorrem quando a empresa passa por um
período de prejuízos, ou um lucro menor que o esperado.
Neste caso, os executivos tentaram manipular os relatórios
contábeis no intuito de inflar seus lucros, para que o
mercado de capitais reaja positivamente a evidenciação dos
demonstrativos contábeis. Segundo Rezzae (2005) também
envolve os seguintes atos:
-Falsificação, adulteração ou manipulação das transações
contábeis e documentos de suporte.
-Erro intencional ou omissão de eventos, transações e de
informações relevantes para a preparação dos relatórios
contábeis.
-Não aplicação, ou falha intencional na execução dos
postulados, princípios, convenções da contabilidade (PCGA).
-Uso de contabilidade agressiva através do gerenciamento de
lucros
-Manipulação das praticas contábeis através do uso dos
princípios contábeis geralmente aceitos (PCGA) no intuito
de esconder a essência dos eventos.
De acordo com o site da CVM, no período de 2001 a 2004,
18 empresas foram notificadas por não cumprir as exigências
mínimas impostas às companhias de capital aberto. Essa
65
notificação exigiu a republicação dos relatórios contábeis
destas entidades.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MANUAL DAS FRAUDES. http://fraudes.no.sapo.pt/default.htm
COMISSAO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE. www.cfc.org.br
DE VALORES MOBILIARIOS. www.cvm.org.br
GRANDES FRAUDES DA HISTÓRIA. http://lecnews.com/novo/
<http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=25>. Receita Federal. Disponível em:<http://www.receita.fazenda.gov.br/aliquotas/contribfont.htm>. Consolidação das Leis do Trabalho - CLT. Disponível em:<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm>.
66