República Federativa do Brasil - DO CONGRESSO NACIONAL

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TERÇA-FEIRA, 18 DE MAIO DE J99J DIÁRIO ANO XLVIII - República Federativa do Brasil DO CONGRESSO NACIONAL SEÇÃO I fi BRASÍLIA - DF usinas nucleares em Angra dos Reis, Estado do Rio de Janeiro. I)rojeto de Lei n" 3.687, de 1993 (Do SI. Elias Murad) - Institui Programa Especial de Crédito de Custeio e de Investimento para Substituição da Cultura Fumageira por Culturas Alimentícias Básicas. Projeto de Lei 3.688, de 1993 (Do SI. Fernando Freire) - Cria o Programa Nacional de Irrigação e outras providências. Projeto de Lei n 9 3.692, de 1993 - (Da Sr' Socorro Gomes) - Dispõe sobre a obrigatoriedade de realização do exame DNA na rede hospitalar pública. Projeto de Lei n 9 3.697, de 1993 (Da Sr- Maria Laura) - Dispõe sobre a revisão do valor da pensão de servidor público federal civil, cujo óbito tenha ocorrido anterior- mente à vigência da Lei n? 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Projeto de Lei n? 3.698, de 1993 (Do Sr. Waldomiro Fioravante) - Regulamenta0 art. 203, inciso V, da Consti- tuição Federal, com relação aos benefíciás para deficientes e idosos. Projeto de Lei n 9 3.701, de 1993 (Do Sr. Carlos Alberto Campista) - Considera insalubre a profissão de carteiro, e dá outras providências. Projeto de Lei n" 3.702, de 1993 (Do SI. Jackson Perei- ra) - Altera a redação do § 2 9 do art. 140 da Lei n 9 " 8.213, de 24 de julho de 1991, elevando O valor do auxI1io- natalidade. Projeto de Lei n? 3.703, de 1993 (Do SI. Gonzaga Mota) - Dispõe sobre a criação de benefício mensal para as pessoas portadoras de deficiência e idosos carentes. Projeto de Lei n 9 3.704, de 1993 (Do SI. Luciano Castro) - Dispõe sobre o direito de opção pela perma- nência no serviço público federal,dos servidores militares dos extintos territórios.Federais de Roraima e Amapá. CÂMARA DOS DEPUTADOS SUMÁRIO 1- ATA DA SESSÃO DA SESSÃO LEGISLA· TIVA DA LEGISLATURA EM 17 DE MAIO DE 1993 I- Abertura da Sessão 11 - Leitura e assinatura da ata da sessão anterior UI - Leitura do Expediente RECURSSOS Recurso n" 101, de 1993 (00 SI. Nelson Jobim) - (Contra decisão da presidência em questão de ordem) - Decisão da presidência em questão de ordem acerca da inexistência de lei federal que discipline a matéria constante do art. 48, inciso VI, da Constituição Federal, assim como a hipótese de audiência das Assembléias Legislativas, no tocante à consulta plebiscitária, e suas implicações na inicia- tiva parlamentar contida no art. 49, inciso XV, da Carta Constitucional. Recurso n? 103, de 1993 (Do SI. Amaury Müller e outros) - (Contra decisão conclusiva de comissão) Re- quer, na forma do art. 132, § 2 9 , do Regimento Interno, que o Projeto de Lei n" 2.476, de 1992, seja apreciado pelo Plenário. ' PROJETOS APRESENTADOS Projeto de Decreto Legislativo n" 234, de" 1993 (Da Sr' Maria Laura) - Susta, com base no art. 49 da Consti- tuição Federal, atos normativos do Poder Executivo que tem por objetivo a alienação das ações representativas da participação da União no capital da Companhia Siderúrgica Nacional de Volta Redonda - CSN. Projeto de Decreto Legislativo n" 235, de 1993 (Do Sr. Cyro Garcia) - Susta, com base no art. 49 da Consti- tuição Federal, atos normativos do Poder Executivo que tem por objetivo a alienação das ações representativas da participação da União no capital da Companhia Siderúrgica Nacional de Volta Redonda - CSN. Projeto de Decreto Legislativo n 9 245, de 1993 (Do Sr. Fábio Feldmann) - Dispõe sobre a realização de con- sulta plebiscitária para a instalação e o funcionamento de

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TERÇA-FEIRA, 18 DE MAIO DE J99J

DIÁRIOANO XLVIII - N~82

República Federativa do Brasil

DO CONGRESSO NACIONAL~ii~i!~ SEÇÃO Ifi ~,!~,

BRASÍLIA - DF

usinas nucleares em Angra dos Reis, Estado do Rio deJaneiro.

I)rojeto de Lei n" 3.687, de 1993 (Do SI. Elias Murad)- Institui Programa Especial de Crédito de Custeio e deInvestimento para Substituição da Cultura Fumageira porCulturas Alimentícias Básicas.

Projeto de Lei n° 3.688, de 1993 (Do SI. FernandoFreire) - Cria o Programa Nacional de Irrigação e dáoutras providências.

Projeto de Lei n9 3.692, de 1993 - (Da Sr' SocorroGomes) - Dispõe sobre a obrigatoriedade de realizaçãodo exame DNA na rede hospitalar pública.

Projeto de Lei n9 3.697, de 1993 (Da Sr- Maria Laura)- Dispõe sobre a revisão do valor da pensão de servidorpúblico federal civil, cujo óbito tenha ocorrido anterior­mente à vigência da Lei n? 8.112, de 11 de dezembro de1990.

Projeto de Lei n? 3.698, de 1993 (Do Sr. WaldomiroFioravante) - Regulamenta0 art. 203, inciso V, da Consti­tuição Federal, com relação aos benefíciás para deficientese idosos.

Projeto de Lei n9 3.701, de 1993 (Do Sr. Carlos AlbertoCampista) - Considera insalubre a profissão de carteiro,e dá outras providências.

Projeto de Lei n" 3.702, de 1993 (Do SI. Jackson Perei­ra) - Altera a redação do § 29 do art. 140 da Lei n9"

8.213, de 24 de julho de 1991, elevando O valor do auxI1io­natalidade.

Projeto de Lei n? 3.703, de 1993 (Do SI. GonzagaMota) - Dispõe sobre a criação de benefício mensal paraas pessoas portadoras de deficiência e idosos carentes.

Projeto de Lei n9 3.704, de 1993 (Do SI. LucianoCastro) - Dispõe sobre o direito de opção pela perma­nência no serviço público federal,dos servidores militaresdos extintos territórios.Federais de Roraima e Amapá.

CÂMARA DOS DEPUTADOS

SUMÁRIO1- ATA DA 68~ SESSÃO DA 3~ SESSÃO LEGISLA·

TIVA DA 49~ LEGISLATURA EM 17 DE MAIO DE 1993I - Abertura da Sessão11 - Leitura e assinatura da ata da sessão anteriorUI - Leitura do Expediente

RECURSSOSRecurso n" 101, de 1993 (00 SI. Nelson Jobim) ­

(Contra decisão da presidência em questão de ordem) ­Decisão da presidência em questão de ordem acerca dainexistência de lei federal que discipline a matéria constantedo art. 48, inciso VI, da Constituição Federal, assim comoa hipótese de audiência das Assembléias Legislativas, notocante à consulta plebiscitária, e suas implicações na inicia­tiva parlamentar contida no art. 49, inciso XV, da CartaConstitucional.

Recurso n? 103, de 1993 (Do SI. Amaury Müller eoutros) - (Contra decisão conclusiva de comissão) Re­quer, na forma do art. 132, § 29, do Regimento Interno,que o Projeto de Lei n" 2.476, de 1992, seja apreciadopelo Plenário. '

PROJETOS APRESENTADOSProjeto de Decreto Legislativo n" 234, de" 1993 (Da

Sr' Maria Laura) - Susta, com base no art. 49 da Consti­tuição Federal, atos normativos do Poder Executivo quetem por objetivo a alienação das ações representativas daparticipação da União no capital da Companhia SiderúrgicaNacional de Volta Redonda - CSN.

Projeto de Decreto Legislativo n" 235, de 1993 (DoSr. Cyro Garcia) - Susta, com base no art. 49 da Consti­tuição Federal, atos normativos do Poder Executivo quetem por objetivo a alienação das ações representativas daparticipação da União no capital da Companhia SiderúrgicaNacional de Volta Redonda - CSN.

Projeto de Decreto Legislativo n9 245, de 1993 (DoSr. Fábio Feldmann) - Dispõe sobre a realização de con­sulta plebiscitária para a instalação e o funcionamento de

10028 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1l}93

Projeto de Lei n" 3.705, de 1993 (Do SI. José MariaEymael) - Acrescenta parágrafo ao art. 89 da Lei n? 8.542,de 23 de dezembro de 1992, dispondo sobre o depósitorecursal trabalhista.

Projeto de Lei n') 3.706, de 1l}93 (Do SI. Antoniode Jesus) - Regulamenta o inciso VII do art. 5? da Consti­tuição Federal.

IV - Pequeno Expediente

NILSON GIBSON - Repúdio à violência praticadapela Polícia Militar pernambucana contra Parlamentarese jornalistas.

PAULO ROMANO - Duplicação da Rodovia Fer­não Dias.

JOSÉ LUIZ CLEROT - Necessidade de definição,pelo Governo Itamar Franco, de projetos para desenvol­vimento da Região Nordeste.

SÉRGIO MIRANDA - Protesto do orador contraa política de liberação das contas inativas do Fundo deGarantia do Tempo de Serviço. Greve dos servidores públi­cos federais.

DEJANDIR DALPASQUALE - Aplauso ao Planode Ação do Governo Itamar Franco no tocante ao setoragrícola.

EULER RIBEIRO - Importância da liberação derecursos pelo Governo Federal para incrementação do Pro­jeto Calha Norte, na Região Amazônica.

ARNO MAGARINOS -Problemática da triticu1turana Região Sul.

ETEVALDA GRASSI DE MENEZES - Arbitra­riedades praticadas pelo Delegado Regional do Trabalho,Sr. Raimundo Kapel, contra trabalhadores rurais no Esta­do do Espírito Santo. Artigo "Exploração de bóia-fria levaprodutor à Justiça", publicado no jornal A Gazeta, do Es­tado.

ALCIDES MODESTO - Violência física praticadapela Polícia Militar do Estado de Pernambuco contra famí­lias e Deputados Estaduais. Relatório do Deputado Esta­dual João Paulo a respeito dos acontecimentos. Artigo"Prefeito do Piauí retém mais de 30 toneladas de feijão",publicado no jornal Tribuna da Bahia,

ERALDO TRINDADE (Como Líder) - Realizaçãode manobras do Exército norte-americano na fronteira doBrasil com a Guiana.

AMARAL NETTO - Conveniência da preservaçãoda soberania da Amazônia brasileira. Defesa dos temaspena de morte, imunidade parlamentar e ensino univer­sitário gratuito durante. o processo de revisão constitucio­nal.

PAULO PAIM - Greve dos trabalhadores de empre­sas prestadoras de serviços à Câmara dos Deputados. Vio­lência física praticada pela Polícia Militar contra servidorespúblicos em greve. Conveniência da determinação peloColégio de Líderes da inclusão de projeto de lei sobrepolítica salarial na pauta da Ordem do Dia.

PRESIDENTE (Adylson Motta) - Prorrogação dohorário destinado ao Pequeno Expediente.

RUBEN BENTO - Realização de manobras milita­res do Exército norte-americano na fronteira do Brasil coma Guiana. Artigo "Interesse internacional é denunciado",

publicado no jornal Correio Braziliense. Conveniência doretorno do Projeto Calha Norte.

CLÓVIS ASSIS - Necessidade de incentivos do Go­verno Federal à cafeicu1tura brasileira.

AUGUSTO CARVALHO - Irregularidades em do­cumento apresentado pela Indústria Brasileira de Formu­lários - IBF, para participação em processo licitatóriono Banco do Brasil.

ODELMO LEÁO- Duplicação da Rodovia FernãoDias. Conveniência da aprovação do Projeto de Lei n°3.432, de 1992, que acrescenta parágrafo ao art. 457 daConsolidação das Leis do Trabalho.

OSVALDO BENDER - Legalização de jogos deazar no País. Prisão de banqueiros de "jogo do bicho"no Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro.

ISRAEL PINHEIRO (Pela ordem) - Duplicação daRodovia Fernão Dias.

CHICO VIGILANTE - Inconstitucionalidade noexercício do mandato do Deputado Ricardo Murad.

AMAURY MÜLLER - Participação do orador noMercosul como representante brasileiro. Matéria publicadano jornal Zero Hora sobre destinação de verbas a Parla­mentares.

PRESIDENTE (Adylson Motta) - Resposta à inda­gação formulada pelo Deputado Amaury Müller.

OSVALDO MELO - Importância da instalação deMercado Secundário de Ouro, em Itaituba, Estado do Pa­rá.

DÉRCIO KNOP - Urgente adoção pelo Gover,noFederal de programas para o planejamento familiar.

EDI SILlPRANDI - Considerações sobre projetode lei da Câmara dos Deputados e substitutivo do SenadoFederal relativos à reforma eleitoral.

MENDONÇA NETO - Artigo "Rocha retém dinhei­ro dos militares" , publicado no jornal alagoano O Diário.

ÁTILA LINS - Presença em Brasília, Distrito Fede­ral, de Prefeitos de Municípios amazonenses para solici­tação de recursos orçamentários ao Governo Federal.

NAN SOUZA (Pela ordem) - Solicitação do oradorpara convocação da Mesa Diretora da Casa.

PRESIDENTE (Adylson Motta) - Resposta ao De­putado Nan Souza.

NAN SOUZA (Como Líder) - Municipalização damerenda escolar.

V - Grande Expediente

EDSON MENEZES SILVA - Inadimplência do Go­verno Federal parapagamento das contas inativas doFGTS. Necessidade de liberação de recursos pelo GovernoFederal para assentamento de famílias sem terra no Estadodo Rio Grande do Sul.

VICTOR FACCIONI (Pela ordem) - Matéria publi­cada no jornal Zero Hora sobre operação de empréstimosa parlamentares e servidores, administrada pela Diretoria­Geral da Casa.

AVENIR ROSA - Protesto contra a demarcaçãoda área denominada Raposa-Serra do Sol, no Estado deRoraima.

PRESIDENTE (Adylson Motta) - Documento daDiretoria-Geral da Casa sobre as conclusões da sindicânciarelativa à divulgação intempestiva do balancete mensal da

Maio de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO ~ACIONAL (Seção I) Terça-feira 18 10029

Câmara dos Deputados. Esclarecimentos sobre a operaçãode empréstimo a Parlamentares e servidores, administradapela Diretoria-Gera.!.

AMAURY MULLER (Pela ordem) - Necessidadede apuração pela Mesa Diretora da Casa dos fatos relatadospelo jornal Zero Hora, do Estado do Rio Grande do Sul.

UBIRATAN AGUIAR (Como Líder) - Documentodo Diretor-Geral do DNOCS, Luiz Marques, acerca dematéria veiculada na imprensa intitulada "Se chover, estra­ga", de autoria do jornalista Joelmir Beting.

MENDONÇA NETO (Como Líder) - Greve a dosservidores públicos federais. Cassação de aposentadoriasde trabalhadores rurais no Estado do Maranhão. Pesquisarealizada pelo Jornal de Alagoas sobre candidatos à suces­são presidencial.

RONALDO CAIADO - Ciílica ao Governo ItamarFranco.

DÉLIO BRAZ - Necessidade de reformulação dosistema partidário no País.

NILSON GIBSON - Importância da iniciativa doPresidente Itamar Franco para criação, entre as naçõesde língua portuguesa, de Comunidade dos Povos de LínguaPortuguesa.

JOÃO FAGUNDES - Reunião em Brasília, DistritoFederal, da Assembléia Legislativa do Estado de Roraimapara manifestação de protesto contra a demarcação de re­serva indígena na região Raposa-Serra do Sol.

VI - Comunicações Parlamentares

VICTOR FACCIONI - Manifesto e programa doPartido Progressista Reformador para solução da crise ins­titucional do País.

VALDEMAR GUEDES - Solidariedade ao Depu­tado Lourival Freitas diante da tentativa, por setores da

imprensa, de envolvimento do Parlamentar em atividadesilícitas.

MENDONÇA NETO - Visita de membros da CPIda Pistolagem a Meceió, Estado de Alagoas.

VII - HomenagemPRESIDENTE (Adylson Motta) - Prorrogação da

sessão ordinária.PRESIDENTE (Adylson Motta) - Homenagem pelo

transcurso do centenário d~ nascimento do poeta Jorgede Lima.

MENDONÇA NETO, JORGE KHOURY, JOSÉABRÃO - Homenagem pelo transcurso do centenáriode nascimento do poeta Jorge de Lima.

MENDONÇA NETO (Pela ordem) - Solicitação àMesa de manifestação de solidariedade da Casa à fammado escritor Jorge Amado.

PRESIDENTE (Adylson Motta) - Resposta ao De-putado Mendonça Neto.

VIII - Encerramento.2 - ATOS DO PRESIDENTEa) Dispensa: José Augusto de Carvalho Torresb) Nomeação: José Augusto de Carvalho Torresc) Designação: Osmar Lopes de MoraesCOMISSÕES '.3 - REDISTRIBUIÇÃO DE PROJETOSa) Comissão de Constituição e Justiça e de Redação,

n" 7/93, em 12-5-93.b) Comissão de Finanças e Tributação, n" 6/93, em

12-5-93.c) Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço

Público, n° 3/93, em 14-5-93.4- MESA5 - LíDERES E VICE-LÍDERES6 - COMISSÕE~

Ata da 6Sa Sessão, em 17 de maio de 1993Presidência dos Srs.: Adylson Motta, !Q Vice-Presidente; Nilson Gibson, João Fagundes, José

Abrão, Sigmaringa Seixas e Mendonça Neto, § 2q do artigo 18 do Regimento Interno.

I - ABERTURA DA SESSÃO

(14 horas)

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Há númeroRegimental.

Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus, e em nome do Povo Brasileiro,

iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da sessão

anterior.

11 - LEITURA DA ATAO SR. OSVALDO BENDER, servindo como 2-,' Secretário,

procede à leitura da ata da sessão antecedente, a qual é,sem observações, aprovada.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Passa-se à leitu­ra do expediente.

111 - EXPEDIENTENão há expediente a ser lido.

10030 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 11.}':I3

RECURSO N.o 101, DE 1993mo Sr. Nelson Jobim)

(Contra Decisão da Presidênciaem Questão de Ordem)

Decisão da Presidência em Questão de Or­dem acerca da inexistência de lei federal ql1t'

discipline a matérill constante do art. 48. inci­so VI. da Constituição Federal, assim como ahipótese de audiência das Assembléias Legisla­tivas, no tocante à consulta plebiscitária, e suasimplicações na iniciativa parlamentar contidano art. 49, inciso XV, da Carta Constitucional.

(À Douta Comissão de Constituição e Jus­tiça e de Redação, nos termos do art. 95, § 8.°,do Regimento Interno da Câmara dos Depu­tados).

O Sr. Nelson Jobim - Sr. Presidente, peço a pa­lavra para uma questão de ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Con­cedo a palavra ao nobre jurista e ilustre DeputadoNelson Jobim.

O SR. NELSON JOBIM (PMDB - RS. Sem revisaodo orador.) - Sr. Presidente, queria suscitar umaquestão de ordem sobre a matéria que V. Ex.a exa­mina, com fundamento no texto constitucional. Amatéria relativa à incorporação e criação de novosEstados está regulada no § 3.° do art. 18. E, lá esta­belece, com a aprovação do Plenário, um mecanismopara a aprovação da criação do Estado. O Estadoserá, primeiro, submetido a um plebiscito e, emsegundo lugar, após o plebiscito; será elaborada evotada uma lei complementar para a criação do Es­tado.

Compete ao Congresso Naciorial, por competên­cia exclusiva, razão pela qual estamos votando umPDL, a convocação do plebiscito. Solicitaria a V. Ex.a,com base no art. 48, inciso VI da. Constituição, aseguinte questão de ordem. Diz o art. 48:

"Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, coma sanção do Presidente da República, não exi­gida esta .1ara o especificado nos arts. 49, 51 e52, dispor sobre todas· as matérias de compe­tência da União, especialmente sobre:

VI -- incorporação, subdivisão ou des­membramento 'de áreas de Territórios o~ Es;­tados, ouvidas as respectivas Assembléias Le­gislativas; "

De duas uma, Sr. Presidente, ou a lei referidapelo inciso VI do art. 48, diz respeito à lei comple­mentar específica da criação o próprio Estado ou alei referida pelo inciso VI do art. 48 não diz respeitoa isso, mas diz respeito ao tratamento geral, umanorma geral que discipline a matéria da criação, in­corporação, subdivisão ou desmembramento do Es­tado. Chamo a atenção de V. Ex.a que o caput é cseguinte:

"Art. 48. Cabe ao Congresso Nacionalcom a sanção do Presidente da República, nãoexigida esta para o especificado nos arts. 49,51 e 52, dispor sobre todas as matérias decompetência da União, especialmente sobre:

Isso significa dizer, Sr. Presidente, que o que aart. 48 determina é a existência de uma lei federalsancionada pelo Presidente da República, que disci­plina a matéria relativa à incorporação, subdivisãoou desmembramento de Estac'.os. E, para que essalei de natureza genérica, que discipline todas as con­dições para a ocorrência do desmembramenio sejavotada, há a necessidade de que sejam ouvidas asassembléias legislativas de todo o território nacional.

Não é especificamente, SI. Presidente, uma exi­gência de que, para se votar a lei complementarque crie especificamente o Estado, deva-se ouvir 3Assembléia Legislativa. Há, isto sim, a necessidadede uma legislação prévia - com a pal·ticipaçlío doSr. Presidente da República, pela via da sanção ­que trate da matéria da incorporação. E essa lei nósnão a temos. Assim, sendo, Sr. Presidente, submetoa V. Ex.a esta questão de ordem.

Não temos condições de votar a convocação ple­biscitária prevista no § 3.° do art. 18, porque aindanão foi votada a matéria prévia, relativa à incorpo­ração. Repito a V. Ex.a : não trata a lei do art. 48de matéria específica. Trata, isto sim, da matériarelativa à incorporação, que ora não está discipli­nada. Por outro lado, mesmo que assim não fos&3.subm!'!to também a V. Ex.S. um segundo ponto. Mes­mo que V. Ex.a entenda que a audiência do Estadodiz respeito à lei complementar, há uma questão nãodefinida na Constituição nessa linha: qual o momentoda audíêricia na Assembléia Legislativa respectiva, seassim entender V. Ex.a É antes da elaboração da leicomplementar que cria o Estado ou antes do plebis­cito que submete a questão à análise da populaçãointeressada, que é a população que compõem a áreadesmembrada?

Ora, Sr. Presidente, se entendemos que a audiên­cia da Assembléia Legislativa é posterior ao ple1:p.s­cito e anterior à lei complementar, estamos autori­zando que o Congresso conheça as razões para ainexistência do Estado que podem ser votadas narejeição do plebiscito. E estaríamos impondo umaconturbação social num território do Estado um õnuspara a União no sentido da apuração do plebiscito,quando não ouvimos ainda as razões que possamhaver - no caso específico, das duas assembléia::legislativas - para o conhecimento do terreno.Esta é a questão de ordem que submeto à aprecia­ção de V. Ex.a A primeira, pela inexistência de umalei geral que trate e discipline as incorporações, queestão previstas no art. 48. E a segunda, na hipótesedas audiências das assembléias legislativas.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Pa­ra contraditar a questão de ordem do nobre Depu­tado Nelson Jobim, concedo a palavra ao ilustre ju­rista, nobre Deputado Vital do Rego.

O SR. VITAL DO REGO (Bloco Parlamentar ­AL. Sem revisão do orador) - Sr. Presidente, o no­bre Deputado Nelson Jobim traz - veja V. Ex.a e ve­ja a Casa - com a sua experiência parlamentar,com a ·sua vocação de professor de direito, no mo­mento em que se discute um requerimento de ur­gência urgentíssima, para a apreciação de um I pro­jeto de resolução que autoriza a consulta plebiscitá­ria, duas questões de ordem que, no meu entender,subvertem a essência do problema questionado.

Maio de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Terça-feira 1i\ 10031

Ora, Sr. Presidente, não podemos votar a con­sulta plebiscitária à míngua ae uma legislação queautorize o desmembramento ou a fusão de Estados,uma legislação perfeita e acabada com sanção pre­sidencial. Então, porque essa legislação não existe,Sr. Presidente, nós estamos impedindo a realizaçãode uma consulta que somente estaria submissa àque­la legislação depois de autorizada?

Primeiro, Sr. Presidente, o que se tem que fazeré saber se há a autorização para o desmembramen­to. Depois, é que se aplicaria aquela legislação re­clamada com absoluta profeciência pelo magistério.de Nelson: Jobim. Agora, não. Seria, numa lingua­gem nossa, numa linguagem matuta, querer colocaro carro adiante dos bois. Não estamos precisando,neste instante, de legislação sobre desmembramen­to, sobre fusão ou sobre incorporação, mas de umaautorização legislativa para consulta plebiscitária. ]j;outra coisa, e cada coisa no seu tempo devido, datavenia do entendimento do querido mestre e amigo,Deputado Nelson Jobim. O assunto foi matéJia ven­cida na Comissão de Constituição e Justiça e de Re­dação, .onde tem assento esse extraordinário e lu­minoso companheiro.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - Creioque a contradita do nobre Deputado Vital do Rêgoresponde ao nobre Deputado Nelson Jobim. No en­tanto, na sessão do dia 24 de março, em relação àquestão de ordem levantada pelo Deputado Luiz Car­los Ha-uIy, na sessão de 1.6 de dezembro passado, aPresidência decidiu o seguinte:

Entende a Presidência que, até mesmo em fun­ção das dúvidas existentes acerca da ordem das pro­vidências constitucionais necessárias à criação, divi­são ou fusão de Estados, não há como restringir ainiciativa de Deputado para oferecer projeto de de­creto legislativo propondo a realização de plebiscito.

Essa postura respalda-se no princípio de que ainiciativa legislativa dos Membros do Congresso Na­cional é ampla, no que concerne às matérias de com­petência da União, apenas podendo ser restringidadiante de comando constitucional expresso de limi­tação de iniciativa. Ou seja, em se tratando de prer­rogativa inerente ao mandato, a exceção deverá es­tar expressa na norma constitucional.

Ademais, a Comissão de Constituição e Justiçae de Redação, em diversas oportunidades, conside­rou constitucionais proposições nesse sentido, em de­cisões até agora incontestadas.

Finalmente, pensamos que, se não do ponto devista técnico-jurídico, pelo menos sob o ângulo po­lítico, é de bom alvitre iniciarem-se os procedimen­tos acerca da criação, fusão ou desmembramento deEstado pela consulta direta ao povo, que é detentororiginário do poder.

Por essas razões, a Presidência não vê como pos­sa reformar a decisã~ já anunciada. (Palmas.)

O Sr. Nelson Jobim - Sr. Presidente, peço a a­lavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) - TemV. Ex.a a palavra.

O SR. NELSON JOBIM (PMDB-RS. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, recorro da decisão deV. Ex.a à Comissão de Constituição e Justiça e deRedação, sem efeito suspensivo.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) ­V. Ex.a tem toda razão. A Presidência defere o pe­dido do nobre Deputado.

LEGlSLAÇAO CITADA, ANEXADA PELACOORDENAÇAO DAS COMISSõES PERMANENTES

CONSTITUIÇAO DA REPúBLICAFEDERATIVA DO BRASIL - 1988

TíTULO IV

Da Organização dos Poderes

CAPíTULO IDo Poder Legislativo

SEÇAO I

Do Congresso Nacional........ 9 •••••••• • •••• •• •••• •••••• ••• •• •••• • •••••••••

SEÇAO II

Das Atribuições do Congresso NacionalArt. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a san­

ção do Presidente da República, não exigida estapara o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor so­bre todas as matérias de competência da União, es­pecialmente sobre:

VI - incorporação, subdivisão ou desmembra­mento de áreas de Territórios ou Estados, ouvidasas respectivas Assembléias Legislativas;

- Art. 49. É da competência exclusiva do Con­gresso Nacional:

XV - autorizar referendo e convocar plebiscito;

RESOLUÇAO N.o 17, DE 1989

Aprova o Regimento Interno da CâmaraDeputados.

TíTULO III

Das Sessões da Câmara

CAPíTULO I

Disposições Gerais

CAPíTULO IV

Da Interpretação e Observância do Regimento

SEÇÃO IDas Questões de Ordem

\

Art. 95. Considera-se questão de ordem toda dú­vida sobre a interpretação deste regimento, na suaprática exclusiva ou relacionada com a Constituição.

10032 Terça-feira IR DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Se/;ão I) Maio de 1993

§ 8.0 O Deputado, em qualquer caso, poderá re­correr da decisão da Presidência para o Plenário,sem efeito suspensivo, ouvindo-se a Comissão deConstituição e Justiça e de Redação, que terá o prazomáximo de três sessões para se pronunciar. Publi­cado o parecer da Comissão, o recurso será subme­tido na sessão seguinte ao Plenário.

RECURSO N° 103, DE 1993(CONTRA DECISÃO CONCLUSIVA DE COMISSÃO)

(Do Sr. Amawy Muller e outros)

Requer, na forma do art. 132, § 29, do Regimento Interno,

que o Projeto de Lei nQ 2.476, de 1992, seja apreciado pe­

lo Plenário.

(PUBLIQUE-SE. SUBMETA-SE AO PLENÂRIOJ

3­31 ­

1 ­15 ­B-11 ­24 -

15 ­18 ­45 ­37 ­23 -

6 ­51 ­22 ­13 -

7 ­19 -2­

26 ­46 ­28-

9 ­27­152 -

ASSINATURA

AECIO DE BORBAALDO REBELOA1tAURY IlULLERMOLDO CEDRAZAUGllSTO CARVALHOCARLOS ALBERTO CAMPISTACARLOS ROBERTO "ASSA

JAIRO AZIJAQUES WAGNERJOAO HENRIQUEJOAO PAULOJORGE KHOURYJORIo DE BARROSJOSE LOURENCOJOSE LUIZ "AIAJOSE THOMAZ NONOJOSE VICENTE BRIZOLAJULIO CABRALLAEIlTE BASTOSLEOMAR QUIN1ANILHALEZIO SA1HLERLOURIVAL FREITASMARCO PENAFORTEMAIIIA LAURAMAX ROSENMANN

29 ­25 ­4i ­42 ­36 ­i7 ­38 ­i8 ­16 -

i2 ­33 ­43 ­21 ­58 ­32 ­34 ­315 -

3 ­8 ­

49 ­39 ­47 ­i4 -

4 ­44 ­48 ­48 -

CHICO VIGILANTECIDINHA CAKPOSCUNHA BUENODJENAL GONCALVESEDtlAR MOREIRAELIAS MURADELIO DALLA-UECCHIAHAROLDO SABOIAHELIO ROSAS

NELSON JOBIMNELSON MARQUEZELLINESTOR DUARTENILHARIO MIRANDAOSMANIO PEREIRAPAULO HESLANDERPAULO PAIMPAULO ROCHAPINGA FOGO DE OLIVEIRAPINHEIRO LANDIMREDITARIO CASSOLREGINA GORDILHOR08ERTO ROLLEMBERGROSE DE FREITASSARNEY FILHOSERGIO AROUCATARCISIO DELGADOZAIRE REZENDE

flS iJep'ltado:b ~'\bal~~o aSSinado,;,>, ':t.rnl 1"'''·tE'IL' no

.:(l,..t~ '38, j 2Q. I, da .".:onstibliç:;;\t:) F'edE'raL h€nl .::mlO

i~(?9Ifuenlo [rd:c ... "o, l"'eCOn"I1nl ~'\o ?lenar HJ, para .:lU!:.' I"'ste

~ :u..:.erca da nlcltér:a aprec.::tda petas r;on\\s<:i:í€'5 de

ASSINATURAS CONFIRMADAS••••••••••••••••• •• 52ASSINATURAS DE APOIAIlENTO................. 8ASSINATURAS REPETIDAS•••••••••••••• ••••••• 8ASSINATURAS lLEGlIlEIS••••••••••••••••••• •• 8ASSINATURAS QUE NAO CONFEREM.............. 8ASSINATURAS DE DEPUTADOS LICENCIADOS...... 8ASSINATURAS DE SENADORES•••••••••••••••• •• 8

a) o referido Projeto ~e Lei, de nQ 2 .. 476, de

i 992,. ""0 i APROVADO por .ambas as Com I .,sõ~s qlJ€ Cl aprec I ar;:l.lll,.

~m car~ter termInatiVO;

b> contudo,. a prop.J~i~ao ~m ~ela ,'~E've .,.~r

obJ~~o de Qel,~er~~io dmste ?l~n~r:,),. JQy'quanto VICIadA de

lat~ntEs lnconstltuclonalidades, ~endo vE.;amos=

b ... l o projeto outorga aos Conselhos F@derRl~

das 2nt idades Fiscal i=adoras das ?ro-fissões L lÍJera i '5,. t::m

na.E d~ ~retcnsa -- coa0 ~risou a O. Co.issão de Tr3balho r

de Ad.ini5tra~ão e Serv,~o ?úblicc -- ·Autono.la·, ~odEr

di~c~tcionir\o de ~ix~~ão éas r~~r~d~s anuidades, se.

~ual~uE~ oitiva tios contrtbuintts;

7rabalho,. dE:

Con'it i tt.! i (,.7,'0 E'

Lei nQ ;'': .. 476,

Adnllni'3tr';;\Ç..~~o e SerVJC:o ?'iblICO. r:Ie

Justic:a e de Redac:io, relativa ao Projeto d~

de 1992, em EPígrafe, pelas ~eguintes r~z;es:PROJETO DE LEI N' 2.476-B, DE 1992

(Do Sc:nado FcdcraI)PLS2S3191

Dispõe sobre a fixação dos valores das anuidades, taxas e-uItas devidas aos órgãos fiscalizadores do exercício pr~

fissional e dá outraS proYidências; tendo pareceres: daCoaissão de Trabalho, de Adainistração e Serviço Pu'blico,pela aprovação deste e rejeição das eaendas apresentadasna Coaissão; e,,"da Coaissão de Consti'tUiçáo e Justiça e deRedação, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica

legislativa.

(PROJETO DE LEI N~ 2.476-A, DE 1992, A QUE SE REFEP~ OSPARECERES)

O COIIGa.1O IlACIONAL decrete:

6.99~/92 r~t'r~r' do Poder Judiciário o instru.ento de qUt

dispõe para coibir tais abusos;

::J .2> e-ste- ;lroced i-ento oSo Jtode- :traspertlr r dE

~z que ~ Con5titui~ão da _epúõiica. ao con~a9r~r as

contribui~ões d~idas às entidades sindicais. condíciona-as

~5 Assrabléias GErais das categor'~s interessad~sp

6.4> a prevalecer o projeto &provado. est~r­

co. a possibilidade da cobran~a de u. tributo

Art. 1- - Coapeta aoe Con..lha. rederal. da. en­tidadee ti.cali.adoraa da. proti••e.. liberai. a tixaçAo doa valo­ra. da. anuidada. <lavida. por pe••oa. ti.ica. e juridicae, a al••juriadicionada., bea co.o a. ault•• diaciplinar•• e a. taxa. cor­re.pond.nte. ao. .erviço. pr••tadoa pelo Con.elho.

f l' - Na t1xaçio do. valora. <Ia que trata a.ta ar­tiqo .erio con.idaradoa pad_troa raqiond. da raaunaraçio da.ra.pectiva. cataqoria. proti••ionaia.

I ~' - O recolhi_nto da. anuidada., taxa•• aulta.d.vida. .ario atatuado. na r_ bancAria oficial da re.pectivajuri.diçio, a. quais podario ..r corriqida. .equndo o indica eco·n6aico oticial adotado pelo. Con.alho. rederai••

f 3' - A parta que.a da.tina ao. Coo.alho.".deraia, u-a vez depositada •• banco, ••rá transterida autouttcaa i_diata_nt. para a. conta. do ra.pectivo Con.alho radaral.

I 4' - t racultado ao ra.pectivo Con.alho concadari ••nçio ao profi••ional coaprovad...nta carente.

da Lri n2b.3> õl

con~i5cat'rio. o

se-á acenando

de caráter

constitucionalMente.

~u.ÜÜDeputado AKAURY "ULLER

E. Tace do exposto. rrqutre. o PROUIMENTQ

deste atcurso. para o ~i. de ~ut o Plenário delibtre aCErca

da ~tiria constante do Projeto de Lei nº 2.~76. de 1992.

S.. lõl d..s S~sães, ':l:..J de j.UJ.u1' de 1993

Art. ~' - O produto da arracadaçio da. anuidade.,taxa. a aulta...rA aplicado da toras a cuaprir, tial_nta, a. ti­nalidada. in.titucionaia da ra.pectiva antida<la.

Art. 3' - ata Lei entra a. "iqor na datade .ua publ1caçio.

Art. 4' - l&"09a.-.. a. di.po.içe.. e. contrArio,aapecialMJIta a Lei n' 6.'''', <Ia ~6 <Ia ..io da 1,.2.

SDIAIlO !'I:DEllAL, EII ;2 O DE DE7.EllBIlO DE nu

S ,{ ~4.~~D~~~~IDENft

Maio de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Terça-feira 18 10033

fI__

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EJIE__ ,

('"fÚ /q2.::.J--------"

II

f 2.0 O pagamento da anuidade ser' efetuadoao órgão regional da re.spectlva· jlU1sdlção até 31 demarço de cada ano. com de.sconto de 10% (dez porcento), ou em até 3 (tr!s) parcelas, .em descontai,corrigidas .sel[Undo os indlce.s du ObrIgações Rea­Juati.,ell do Tesouro NacIonal - ORTN. le foremparai apól o .,enclmento',,'acrescldu de multa de10""" (ctn por eento) e jurOll de 12% (doze por c&nto>,caleu1adOl &obre o "alor eorrlgido.

f 3.0 A1& f11lal& ou representações de pessoaa Ju­rfdleu lMtaradas em jurlsdlç!o de outro OoruelhoRerJonal que nio o de sua &ede paprlo anuidadMem ..lar que nio exceda 1 metade do que for pagopelamatlU. .

• 4.· Quando do primeiro regtltro, lerlo 4eYI­du, apenu, u pan:elu da anU1dade relaUn aoperlodo nlo nncldo'do exerelclo, facultado ao reI­pectlYo Conselho eotloeder' tsençio ao protlwonaleomprondamente carente.

Art. 2.- Cabe ... 'entidades ~ferldlLS no an. 1.°delta lei a nxaçlo dOI .,alore. tuas corre.sponden­teI aOl IelU serrlÇOl ~Jatl.,OI e aw Jndl~nd...el.ao exercido da protl5!lo, re"trltu aos .~o <tJ.erl­mlnados e observ~1 o- leoguInte. I1m1tea mb1mol:

a) IMerlçlo de ~ou Jurldlcas -1 MVR;b) wcrlçio de peMOa flalca - 0,5 MVR;

e) e~dJçio de 'cutelra protWJonal - G.3 MVR;

•• n~ção de carteira ou expedlçio de 2.a

.ta-0.5 MVR;

et c~rtJdões - 0.3 lIVR.

Pariçafo único. O dIJlpOISto Dede uU&o dose aplk:a às taxas referentes 6. ADotaeio de RapaIl­sabilldade Técnica - ART. erlada pela Lei D.- e.4M.de 7 4k dnrmbro de 1977. as quais poderio Rr fixa­da obserndo o lbnlte Dáximo de 5 JIVR.

Art. 3.- 1: "edada a apIlc:ação do produto daureadaçio das anuldad_, tua e emolumeD_prnir;tos nesta lei. pua o eastelo de dl!SJ)esas quenão sejam d1retammte remetonadu com a fbcallza-ç~ do exercido p~Dal. caho &u~ão Ell­pecla1 do Mln1stI'O do Trabalbo.

Art. 4.° No nna! do eun::ido. u entidades a qwR refere o art. 1.- desta lei reeoIberio .. JIlDIat,&lodo Trabalbo•• em conta .-pec:1a1. .,... ~ten~ poremto' do Aldo dbpoDlYel, para.er apIIe8dD (Veta­do' em pt'OIt&Dl& de fol'1llaÇáo ptOftskJDal (Ve'tado)na lrea correspondente l or:tP!'ll do ftC1IdG. t!IIl for­ma a 11ft' dlJdpUnada por h!IQ1ameDto.

Art. 5.° EJta lei entra em~ Da .... di! na]nIbUcaçio.

Art. 1.- 1Ieqam-.e u~ f!IIlGlllIrido(DO de 31-5-12'.

1-- -.- *4í:?'E=-!!,! ......1_ nus_

SINOPSE

LEGISLAÇÃO CITADA:

LEI N.O 6.994, DE 28 DE MAIO DE 1982

Até 500 MVR 2 MVR

Acima de 500 até 2.500 MVR 3 MVR

Acima. de 2.500 até 5.000 MVR. •....... 4 MVR

Acima de 5.000 até 25.000 MVR .•.... 5 MVR

Acima de 25.000 até 50.000 MVR .•.... fJ MVRAcima de 50.000 até 100.000 MVR .... 8 MVR

Ac1Dna de 100.000 .................•... 10 MVR

Dispõe sobre a fluçio do "aJor da. anuida­des e taxas devidas aos órrios flsc:aJludores d.exercído proflss.lonal e dá outru pro"ldêneiu.

Art. 1.0 O valor du anuidade. deVidu às entl-dades crlada. por lei com atrlbulÇÕe.l de tI.scallzaçiodo ex!rclclo de profl&sõe. Uberal. ser' fixado pelorespectivo órgão federal, vedada a cobrança dequaisquer taxa. ou emolumento. aWm dos prevI.stalno art. 2.° desta lei.

I 1.° Na. tlxaçio do nlor das anuidades referl­du ne.ste artigo .serão observadoa os sesulntes limi­tes máximos:

a) para peasoa tbica. 2 (duu) Te.. o MaiorValor de Refarencla - MVR, ylgente no P&f.s;

b) para pessoa Juridlca, de acordo com u te­cuIntes claMes de capital .social:

A Sua Ixcd'nci. o S.nhorDeput.do IMOCtIlCIO OLIVEIRADO. Pri..iro Sacrat'rio d. Ca..r. dO. Deput.do.

zne••inllo • Vo••• Exc.l'nci., • ti. da .ar .ub.atido

• ravhao da: Ca..ra do. Deput.do., no. tar.o. do .rt. 65 d.

con.tituiç'o r.dara1, o Projato da Lei do San.do n' 353, da 1991,conatante doa autógrato• •• anexo, que "diap6a sobre .. tixaçlo doa

valor.. da. anuidad•• , tax•• e ault... devid•• ao. órgl.oa fiscaliza­

dora. do axarcício proti••ion.l a di outra. provid.nci•••.Aproveito .. oportunidade para renovar .. Voa••

!xcel'ncla prot••toa da ••ti.... considaraçio.

projeto d. lAi do Senado n' 253, d. 1991.

oi.põ. sobra .. tixaç'o doa valor••da. an",load•• , taxaa e aul ta. dl!tvidaaao. órgAoa fiscalizador.. doexercício proti•• lonal • d' outra.provid'nci•••

Apra.ant.do pelo San.dor T.otOnio vilal. Filho

Lido 'no a"pediant.a d. S...,o d. 28/6/91 • publicado no OCN (S.ç'o11) da 39/6/91. oa.p.chado Il COllhalo d. A..unto. Sociai. (d.cidoterw;fnativa), onde poderá receber emendas, apó. publicado.diatribuido •• awlaoa, pelo prazo de 5 di•• úteia.Sa 9/12/'1, leitura do Parecer n l 53'/91-~S, relatado pela Senado­ra Marluce Pinto, pela aprovaçlo do proJeto no. teraoa da Emendaque a,Pr••enta. A Pr••id'neia co.unte. o recebi••nto do orietonl 120/91, do Pre.1dente da-CAS, coaunicando a aprovaçlo da ~at.rian. rauniAo 4.12.91. t aberto o prazo d. 5 dia. para interpo81çio d.recurao, por UIl d4cillo d. co.poalçio d. Cua. para qua o proj .to..j. .prec1.do pelo Pl.n'rio.E8 16/13/91. a Pr••1d'nc1. co.unica o t4r1lino do prazo p.ra ínt.r­po.içio da racurao no ..ntido da incluaio •• Ord•• do Dia da ..U­ri. apreciada concluaiv...nte pela coai••io de ~.unto. Soeiai••~ cá..ra do. Deputado. co. o oticio SK/N' ~~~7, de 20.12.91

10034 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1993

~ - .. Wd:iIçIII _ Indiz:e _~i.dc "'I!SUI :'i rUnimdl

Fi8:al âI nI'..-.:ia _ -m:1IIJ _ .!ier _ ........~ a ...~........a_-__...-.....çIe -tal .. iat: _ ...~......_._t. r.L ~ltw...~~_ leb~

......., # .. '1.,1;,'9'0 tio .-a:fci.D lCOfi-iee' ­.,....1....~.• ta. __~ ..-.:ial.. fol

~ .-Ia ~ _. I."'... :lI .. -.ia da ao. ­_ ,..,. taIII .-Ia -.. _. ".1&7... OI .. -.... daHe3.

~ o.... I=ncfa -.. rw.-J -":....

r.L~ .-J.a 1... -.ia .. lHl.

c.. tia~ _. '.313... 31 .............. 1ttl. a- ~ltwf" •~ n-J. ..~ ­TJ?n. c~ indexador d. 'Tribat~ Federal. _ t ......contribuiçõe. d. inter.... d. c.teqor~•• profi••ionaia.

o. valor.. &qora .apecificado. _ tJFn, eatãopr6xiJOOa d~ oatribnidoa .0 KVll _ 26/05/12. quando 2 (doial·MVJlvali.. pooco -.i. de 93' (nontnta _ tri. por c_to" do a.lúi.,atnao da ,pec.... linico pariaetro da equ!Yaliacia d. llOeCla quepode ••r tranapoato para ••ta data, j' que outro. idexador..tiTer... -xtificaçõe. e. .ua ba_ de cüeulo.

baia, eDCODtra-_ esta coatribmiqio .ocial ._par'-tro leqal par. a... deTida arracadAq&o. ÚlYiahilix_ ..atiyidade. clui r ••pecti._ eD.ti~ que prut_ ••rriça- deiDter••_ pdhlico; •• UlperatiYa nece••idade de ~-l. Cfa

o dia_to notI Art•• lU. IV, • 150. I • III. da COI18tituição!'_al lUto lU - CP). juatifica ..... ~ida ~larix...io.

Inciso 111 e alineas do parágrafo 1º do Art. lQ

:11- -axas e ~ultas:

a- .nscr:;ão ce ~essca :~r:=:=a '00 UFIR

c- .nscr:;ão de cessca ::s:=a se ~F:~

=_ expec:;ão ce carte:ra ofofiss:cnal 20 UFIR

D- suostit~:çáo De carte:ra cu expeDiçáo

de 2~ v:a ...•.........................• 20 UFIR

e. certidões .•..••••.•.••.•..•.....•.•.... 20 UFIR

~ anotação de responsae:ildaoe técnica .•. 50 UFIR

g. multas ..•.........•.•....... je 250 a 750 UFIR

(serão elevadas ao doero em caso de reicindên­

cia)

A Contribuiçio acci.1 d. int.r.... da. cat.qoriaaprofi••ion.i. foi in.tituida p.la. r ••pectiva. l.ia orqinicaadaa .ntidad.. d. fi.c.lizaçio do .x.rcicio profinion.l ­Con••lho. d. Ordan••

Poataricrment., ••ta contribuiçio .ocial, foinormatizada p.la L.i no. 5.994, d. 25 d. maio d. 1982•••ndo~;:;.r.gul...ntada p.lo Decr.to no. 88.147. d. 08 d. aarço d.

Acont....u, por", qu. • ba.. d. cAlculo..tabtll...ida pela IAi 5.994/82 (MVll Maior V.lor d.~;~~inci.), foi .xtint. pda IAi no. 8.177. d. 01 d. IIl&rÇO d.

[

EMENDA NSl --

lr -, /.-, .1 j~=-----

1-

11_11_

~. DE IOiiM:::-=- E SOIVIÇD POILlta

EUI5_ . _..... I

~rm~3:

Taab". o .upr...ncion.do D...nto r.gul....nt.dorfoi r-.ogado p.Io Decr.to d. 10 d. -.10 d. 1991.

C.. o adv.nto d. L.i no. 8.383, d. 30 d. d..lUIbrod. 1991. ficou in.tituida • Unidad. Fiac.l d. R.hrinci. ­Ul'Ill. COl8O iDcl.xador d. Tributo. F-.:I.rai. • taab""contribuiçõe. d. int.r•••• d. cat.qoria. profi••ionai••

o. valor.. agora ••pacificado. .. UlIR, ..tiopr6ziao. do. atribuido. ao MVll .. 25/05/82. qu&Dclo 2 (doia) MVllvaliaa pouco -.1. d. 93' (noy.nt•• trl. por c.nto). do aalirio~ da 'pec•• liDico par"'tro d. wquiyallncia d. -.I. qu.po4a ••r tranapo.to para .at. data, ji que outro. idaxador••tiYar_ -.lificaçõe. _ .u baa. da cUcuIo.

AiO.ia, .lIContra-.. ..t. contribuiçio .cci.l ...par"'tro laqal par••u d....ida arr...adaçio, im'iabiliz&Dclo ••aÚyidada. da. r ••pactiv.. .ntidad•• que pr.at_ ••"iço. d.int.r•••• pdblicOI • a iJlparativ. n......idad. d. coadW1i-la coao di.po.to no. Art•• 145. IV•• 150, I • III. da Con.tituiçioFederal (Art. 149 - CF), ju.tifica a .u. dayida rwqularizaçio.

art..,•.•••..•.........••........••....................._ ~_ _ ..

ee-rvao::. os~ lJalarn ...~:

1- ".. _ r"~ 2lII l_I Uni_ fàca1s.. __;;o - .E1lI w19O'â na PaIs..

u- 1_ n • .u.-. • --...r. ,.... -.,.

11- a-n~ júr'ütü:- .. -.:m'âI a. .. ncaita ~:Q ..-...l,

• d 91S.1Dl UFl1I ••••••••••••••••• 2lII~• .. 91S.1Dl otjj 3III.1Dl llf11I •••••• _ lr.lI

• .. :l6O.ClII oúi 1.2lII.ODD UFl1I •••• l1li UFI1I

.. ac~" 1.200.tm~ ••••••••••~6t'O l.Fl_

o~ ..~ 0Rá.r_ .. ón)IIo~ ca _.t.. jut"lSdiç1a.:ii 3' <lo-.o dII c.- _. cmI~ dII' 101 ( dR!IR cantIIl. ou _ oúi 3 1~1 _laa _~•• -=- ..,.'1.,..... da UFlR. _ f'ar.­_"D__.~" __Q .. '1Jl (_~_, • junla da 111 ( ..!IR cantaI .......

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO POBLICO

TERMO DE RECEBIMENTO DE EMENDASPROJETO DE LEI N9 2.476/92

No. termos do art. 119, caput, I, do Reg~men­

to Interno da Câmara dos Deputados, alterado pelo ~rt. 19, I,da Re.olução n9 10/91. o Sr. Presid.nt. determinou a abertura- e divulgação na Ordem do Dia das Comi••ões - de prazo paraapresentação de emendas, a partir de 01 /06 / 92 , por cincosessões, tendo ao seu térm~no, este Orqao Tecn~co receD~ao

n (duas) emendas. Sala da com1.SSã~O'~de junho de 1992.

Anton~~ Lu~ _s~~a Santana5 ta 1.0

PARECER DA COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃOE SERVIÇO PúBLICO

I• RELATORIO

o Projeto de Lei no. 2.476, de 1992, • orlginjrio dosenado Fldera', onde, tramitando aob o no. 253, de 1991, foi

Maio de 1YY3 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 18 10035

IpreciQdo conclusivamente pela Comillalo de Aaaunlo8 Sociaisdaqulla Ca.., lendo merecido aprovaçlo. Esgotado o prazo parainlerpoeiçio di recurso villando a apreciaçlo pelo Pllnllrio, Mm qUItal OCOrrMII, vim agora o projeto, Clmara dOi Depuledoe. para •revielo previSta no art 65 da Conaliluiçio.

Trata o projeto Im quealio da nxaçlo dOI valores duanuidadll, taxal I mullu drlida .. Inllda. tllcallzadoral doIXlrelclo da pro1lllaõll. confltrtndo _ compeltncle aOlConlllhOl Flellrall di talllnlld.d...

A propoeiçlCl, li tranlformad. Im LI!. Impllcaril narevogaçlo d. LII no. 6,994. di 26 di maio di 1962. qUI ..tabellClIImltll múirnotl para • f1x.çlo da r1Iferida anuld.d.. I taxaa.vinculando-oe ao Maior V.lOr di Reflrtncll - MVR. extinto pela LIIno. 8.177. de 01 di março di 1~1.

Tlndo lido o Projeto di LII diatrlbuldo a .ta Cornilalo deTrablllho, di Adminlltraçlo I Slrviço Pt1bllco. foi alllrto o prazoregimlntal para apreMntaçlo di lmand... tendo lido recebidadu.., .mbu de autoria do Hualrl Deputado EIIIa Murad. Compele aeale colegiado manifestar-H. na preMnte oportunidade. quanto aom4rlto do projeto I dia lmanda • 111 oferecida. conforml diapOlm08 .rra. 32. XII, • 138, 11••••• do Regimlnto IntImO di Clmara doiDeputadOl.

11·varo DO RELATOR

o prop6e1lo declarado do projeto di 111 ora relatado ,auegurar a compllta .utonomle da Inlldadll tllcallZ.dOral do-.rdcio p:cl..io.......... 8DInIudo. âa~~ pela Lei no. 8,994. de 1882. A .....pãimcnial • IMilCeira ...... .1Iid8daa • b~ tlndIpencIInC:à de...Ç5ea..1IeMIIctocio ...... pObIico.

Um priInIiro .-.o 110 -*Jo ...... .uIcnomia fui dIIdopor lIlIÍD cio l:Iea'lIID-Ui 110. 2288. de 21 de ftCIINIIlbro de 1886.NgIIIImIi*dO pelo ()ecrR) no. 83.817. da dali. que.mode auperviIIo de do-.:lcicâa prcIiM6II A pI'llpIIeiçAocn__ c:.o CIllI1NlfidoI

.. lIOmlI viria • CC11e01id1r eob o aepecbt_nceio. eIiníMndO • IllI11çaaa c:aI~ paioldíIpOIiIivoa de Lei 110. 8....de 1882.

o tIiidD de pIDIIOIir;AO daIIInni•• lnIIgnII COft1leIIIlCiadoa CoMIIiOI FMerIIia li8i;io doa âa 1IIIlIidIdM.__ de aenril;Oa diiIcipII.- c:aIndaa ....

.1Iid8daa lIotaJza«IDI.- do~ .... pi.....aw. 110 lnCIID âa

.........jLW~e-."....daIMdD bltM:idOI..lInçIo cicia ....,.... ragicIIIíiI de dec.- catgaria.lIcl*da • CMIC • I • 'de iIIJ)ÇIo - piCai • .. coqII'OIfIdar.....CIIwnIII.

A vn:dIçIo do piDlUD de • ......., .. tINIílIMIeslrIaIIiIuCiDnai de ....... anIidada. piIMIII no art. 20. deprcpoeiÇIo••• obIig111D1i1ded1 CllII.~ de preaIaçIo decorrias CllIIIIIUIm ........ auIiciInb de que • lIIIilIIdeI pautarIom vaa. de ...anr.riIMdea ..... no liIIlI8 de ... eepecKaaOICI••illadel~

QI**» .......... ...-1IIdaa. cabe noIIr qui ....11m pmp6aIDOJIOIID _ do pnIjIID. &lVRde.......~... iIIpaIIIa pala ... RU. ..IIM. .. 1882. • EIMndiI 110. Q2...........................................

1I'.teIIciIOI _ _ ..... de INR - por RIInalirniIaJ-. ... CCIII _ UIliIIdI FiIC8I de~

irIIIIuIda pala'" no.•.383. de 3D de.....0 de 1.,. A EJMIIdaRU. 01. por _ VR" ".".ndo .. paeaIII'II .aIÇIo lIaJIlMm~ .-no 1ndICI. como __ .... qui 11m lIdO cdIIdoa •aepuIIadOI .. 1lOIII~ lCOIIOIIIia. dabrnlÍlll _ llMIlIueI

lUbaIIIuiçIo por oun que wnha ..... coInnÇa de i\1lOID1IdIraIa.

EJIlIrlIldllldo o PI'IIjIID de !Ai no. 2.478. de1882. lnlíllpclltlrllllMlCO cs. .......tIIc:aIZadcnI cio .-cfcIo _ profIIelSIe. nwl rroe llOIIO YOtDpela lUa aprovaçIo M ln-.gra I pela~ l'IjIiçIo _1mIndaI ....~

m-PAUCD.DA a:.mlSÃO

A:.u.. Wci liu•• o.. "".tC.. "t ~;., .. Sc-rVt"" ;:.11.-ili.co I.U (K1i.rt r ••l,.:". IIY~lIL • .-.aoGYGU. Lifoí.Mihc.~ rE •• Pr t &.t ••; ~.47';"O: c aC:Ji:IiVü .~ ...nc.......l" ......"t.ti.~

~ nu. i. ... -... loIU ....r.c........ ~.:.tl:lõ ..

Est.ver.. ,. t """ ~".t*~ ,.....hor--. O'-"'t ....Q5,:Carla. Alltert. C I ..t. - , t ".,.......v "'-.1 ...... ~ i;.,ão-. 54-..... - ".cc-1lr~ t~" Z Z ;:;tt<.fJ lJ." ••ot... i.".. i.uu..."..t..... .; ,. b .. , ...o. tt. o S~•• c... ;:J..,.;'u :' .. , •• ? ... ia "OChA...... a ... l L.ur•• ...... ,.. itliMM a. ;,· .... uu :..::.,.. ç"..,."u..tc. ~..VAU... ......1.. s....... tU." ..,.....~ ,... I. ".;.ãHL.. ? ...c.iro P.vio.~i. s.c_a• .,;q..H. üãi'lt""'" Ú. Oi.vvi,.••

~AO DE COl;E1I'fllIÇAo r JL15nçl. r DE RrDl.çAo

TER':C' DE HCrEH:EI,TO DE E~:El':D~.E

PROJETO DE LEI Kr 2.476-1./92

« ~05 termos do ~rt. 119, caput, 1, do RegimentoInterno ãa Cam~ra dos Deput~doE, ~lterado peJo art. jt, I, da ~e

solução n E 10/91, o Sr. Pre~idente determinou a ab~rtura - e di=vu19aç~o na Ordem do Di~ das Comissões - de prazo para apresenta­ção de emEnda!, a p!lrtir de 16 / 02 I 93 , por cinco sessões. Es­gotado o prazo, não foram recebidas emendas ao projeto.

S6I~ d8 Comissão, em 75 de fevereiro de 1993

10036 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de lY93

e-ar, TIIIf a.I. .........~T'" DIIlJ-dD. CIIII:o ,...., e-.IdD dt

oiMin. F8IcIO, NIIIan Maml. 8*gID c.y, AQDIIHID WIrIIe, aa"*idD r:--ca, GIIlI:IIo ~.

Sl* dt CcmIIIo... :a4 • .,-ptdt 1

PAIU!CERDA COIdISSÀO DE CONSTmlIÇAo E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO

o proJ~to d€ lei ~m ~N~~~, ori~ndo V~ SEnado

Federal, pr~tEndt conferir ao~ Con.«lho~ F~drraís dos órgãos

fisc~li~adorEs do EXErcício de profissões libtr~is a

competência para ~ ~;x~~ão dos v.lor~s das anuidades, taKas ~

m~lta5 ~ eles d~vidas, revogando o qUr dispõ~ a L~i n2 6.99~,

d~ 1982, que limit. tal competincia.

Eneaminhada a ~5ta Casa, ~ proposi~ão ~oi

distribuída à Co~íssio de Trabalho, Administraçio t Serviço

Ptlbl ico par. E'Hanle quanto ~o mérito, tl'ndo ;.,quel[' órgão

t~cnico ~mltido p~rEc~r favorável à sua aprov~~ão.

I - RELATáR Ia

À Conlissâo de Const itIJiç:ãc) € •.Just iça e RE'da,.~SZ

COmpE't~, ~gora, pronunciar-sE' quanto ~ constjtucion.lid~de,

jurldicid~de e ticnlca legislativa do projeto eM apreço.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATNON° 234, DE 1993(Da Sra. Maria Laura)

É o relatórío c

11 - VOTO DO RELATOR

A proposição atEnde a05 rtqYisitos

constitlJCIOnais Ter",ilis relativos à cOMPetência legislativa da

União, às atribuições do Con~resso Nacional e à legitimidade

da iniciativa parlamentar (c,. ~rts. 22, XUI~ 48 e 61, todosda Constituição F~dlfr.l).

Susta, ·coa base no ArtilD 49 I da 'Constituicão Federal. atos

normativos do Poder Executivo' que tea por objetivo a ali!nação dls ações representativas. da participação da Uniãono capital da· Companhia Siderúrrica NaciqnaI de Volta Re_donda - CSN.

IJEWLVA-SE A PIa'l1iIClO f(J5 1'ER'Dl 00 .llITIlD 137.P~ 19. IN:!

00 lI. AL!IEA "1/'. ro REGDENI'O IIII"fRK) DA C1MARA 005 IEPlJI'AOOS. CF!CIE-SE /O AUI'CIl. SlXEUIOl-UE A RJlMo\ re IIIlICACNJ - .IIIT.n3.

OCon;r•••o,Naç1p"a." cc. ba•• no art. 49, inciso. V • XIda Conatituit:1lo Fade,.a), deC,..t.,

Ni'o há, dt outra par-te,

Material entre os dispositivo. constantesnormas constitucionais vigentes.

qualqulfr conflito

do projeto e asArt. lQ Fic... ., s'uát.do' 'os atos nar.ativos do Pod.,.

EloC.eç:ut.1vc. 4?bj.t~v.ndo a· a.11.".ç1Io da. ~ç:e.. ".pr•••nt.t~v•• dApa,.t1.C:,i,p...1Io "da UMillo hO 'c&p1t.. l dA C.S .. N. - Companhia Si.de,.urg1.caNaci.onal, notac:laftl."t. o Decreto n. 42b d. 16 d. janei.ro. d. 1992 •o Edital n .. PND 13/12/ CSN publicado no Di,kric' Oficial de 29 d •••tMbro" d. 1992.

A t~cnica legislativa utilizada i adequ~da, não

hAvendo reparos a sereM ~eitos • reda~~o.A~t. 22, - Este D.c~.to Le;1s1At1vo .nt.~A .M v1go,. nA datA

d_ sua public.~.o.

Nosso voto, assi., i pcla constitucionalidade,

juridicidade Ir boa técnica legislativa do Projeto de Lei n92.4f76, de 1992.

JU5, I F ICAÇl'lO

Na c:ont1nu1d4dilt do Progr..ma Nacional d. D.s••t.tiza~ao••t.'P~.Visto p.~. o prbHl~o di .. Z da .1;)r,U o 1.i1110 d" priY.tj.ZA~ao

doa COftlQanh1A S1d.rú"'~1cA NacionAl - CSN. .

A ComiIsIo dt CclnItIuIçIo • JuIIIça. dt~.....alo aRa*IIrWmdI hajI.........m-._a .... CGIlIIIIul:illM. jriIcidIdt • lIIcIIica

IIQIIIIIM cID PnIjIto dt lA! ri':a4nNa2. _ ....cID..- cID R8lIIIlr.

ElIIMnm~ .. SIIIIIar-.~:

..... DdIJI - ,.,........... 11Illnm NanO..... T..... ___

s-.. -~ ..... lIIIz CInt, NIIIan.latlb, HIIan~ GllII,

WrnIr Roda, JaID dt o.u.~.c..- .... PIIIco~ .....dt .....

.... DmiD Knap. HIWcID e.tIIID, laIz 1Ml*nD. lIanri T..... HIID 1IIcIIdD .....

mau. ..... &noIna, GuIaM~ NIIIan n.d, ....,~ lt8dUrfD

F''ll~'' procQd.r :a avoalJ."~:':Q de prl!C;O mln1.mo o. CSN. o feNDEScontratou d01S cQnsorc1.os dR empre!5as Ql.lé apre!:>ent_ram d1.ferpnl;~~

,J.C1.ma de ~')'l.. Isto !5J.gnJ.f1.carJ.~ um .dl..3.mentc do leJ.l:'o p""r-~ Que 5.chêgil5se • um novo resultado.

SegundO o Fresldênle da CSN. S~b"'stl.}(O Farl~. e:'.1stE:.'1ft....~ri05 ponto5 t"lhos no laudo aprl!!5pnti\do pelo feNDES. lnc1l..S1. ... e co,nrl!!la~lco ..os Cl.lstos p nlylt1.~ de produl;:Jo. HOJQ a '~mprI!!S. J~ estA num.POS1.(;-'o melhor do que o ll\udo do BNDES prev1.u p.ar-,a d,p.ql.l1. h~ 1~

Olnos.Com rel.a(;:!o .\ QI.I.st:lO do prP.(;o tnlnJ,.iTlo. o pre1e1. to dp Vol t.

Redonda denuncl.oJ. frOlud. 'no rel,atór1.o como o rl!fsultoado d.s ""ViJ.l1."l;eJrsttut.a., piar.. f!Y.1.t:.r .. nacf!SSldilda da uma no", ........ 1.1.111;110 diK I!'mpra?5_permitindo ~Uoil pr1.v.atJ.::a.;'ko no di. 2. Segundo ele .as pâQ1.n.~ terJ.ilmsido substi tuidas.

O In~t1.tuto de PrsqU1..5aS e Plan&),),ml!'l"\to Urbano dE' VoltaRedond. aVi!llia qUI! 5Ó o vaIor dos ter..-eno'!' da pmpresill r(!opre~E-ntd

.'''i. do ",alor pedido por t.:lda li S1.derúrg1.C:~.

Esses s:!lo ditdos qu. JLlsti1ici\ri.am a 5U~pl!!n!5~o do lE"J.l:toprevisto para o dlA ~. Esta p ... .ttl.CiI. de lrrPQl.ll ..rJ,.dades nos prOCf!'5$O~

de privati::a.r;:':Io dI' n05"•• ast.t.is Jâ '10 tornou COlftLtm. Ol.lr,ante o

Governo Collor, l.nÚmc<-r,.s denÚnCli\5 for ..,.. tpil ..s e todas as 15pri. .....tiz.a~tl.s re.. lJ.z.ad... Ifst1lo sub jud.1.clf, com .ç.Oes trilmltando n ..JustJ.ç:. Feder .. l. Tudo i~to jà, qerol.l um Pl!'dido d.. l.nost.. lac;lC' de um..CPI para ql.1l! 'Se "pl.1r. com determJ.n..~1Co mais .~51!' crJ./I\1! de lesilp~triil c:omlPtido contra o F'-"trl.mOniO PúblJ.cc. E importante reossalvarque' lod..s .S l.rr".QuZarl.d.d". foram dat.ct.d.Js paI .. ProcurildorJ..aGeral d .. R.publlC....

No atu.. l governo s .. prom.t.u re""f!r todo o Progr-am. p.ar,aqUI! n~o .e cometes5e o~ me.mos crlm.... Por*m, p~lo visto pouco ounad.. mudou. As J.rre~ul..ridades dos processo. p.rm,an&'c.m 9' oCongresso N,ac1.onal continuoJ. .. lIlargf!m d .. d1..5CU$S}lO d.s c:ond1.c;Of!s d.aspriva1:.l.z,at;t3••• E continu.am entr.gAndo nosso p.tr.1.mOnl.o ~ l.M1.C1.atJ."",aprivoAdoA. No toAt...tS .str,at.gíc.s cont~nu.m ndo II!'ntregu ..s ..nh.. dos empr•••r1.o. n,a.cion..J.s • mul tin,ac1.on..is

________. . ._•.•.". _. ... _-.'0· •..•.•.....•,Maio de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

---------Terça-feira 18 10037

o caso d. CSN • tlpict). ..t,...t.9ic:a .. lucrativ.a de'fundament.l import.aneia p.",. nos... ltconotRia ..

Na:o podemo. c:ol9lpactu.,.. co,. mai. ..t. Ato d. leSa0 .ao.cof,... pábl1c:o. .. de di·1.p1d.~a:o do. Pa.tr:ifttOnio, do ,nosso. POYO,'construido co", tanto sil.criflc:io.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVON° 245, DE 1993

(Do Sr. Fábio Feldmann)

A. r.ze•• expost... Justifica'" que ••t. Casa suspendA ...p,.iv.tiz.~o d. CSN,r.tir.ndo~•.do ."~l. d. ,empresas ,do Progr,amANacional d. Oe•••tat1:&ç::a:o: -

Dispõe sobre a realização de consulta plebiscitária

para a instalação e o funcionamento de usinas nucle~

res em Angra dos Reis, Estado do Rio de Janeiro.

(As COMISSÕES DE DEFESA DO CONSUtolIDOR, HErO AMBIENTE

E nINORIAS ~ DE MINAS E ENERGIA; E DE CONSTITurçAo E

JUSTIÇA E DE REDAÇAo)

rio.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO, N° 235; DE 1993, .(Do Sr. Cyro Garcia)

.:lI5TIFlCATIVA

,Em pros~lMntÍl. 11 pol~t'1ca rid privatlzaçfto tIIs

enpresas estatais, praooveu o GOverno lt_r a antecipaçlo, par~ o 'dia,' 02

de abril, do LeilDo da C~ia siderúrgica Nacional - CSN, situada em vol

ta Redonda - RJ.

Par"-.Qrafo 3~. o 'tempo de propaganda serAdividido igualmente pal"a à defesa de cada OPF~O.

Paràgrafo 2~. O espa~o destinado ~ pyopo=!.gandado plebiscito sb pode ser utilizado pelas frentesconstitu!.das na forma do art. 4~ deste Decreto, obedecido orod!.zio na ol"dem de apresentaç~o~

o CONGRESSO NACIONAL decreta.:

VI I o destino dos reatores nucleare~

construidos em Angra I e previstos para Angra 11;

VIU.- a importâncio=!. do.; Estl..tdo.; de ImpactoAmbiental e do~ Relatbrios de Impacto Ambiental (ElA/RIMA)no tocante A quest1to nuclea.....

VI - as consequt:mcias de provAveis acidentl"!susinas nucleare!§ de Angra I e Angra I I ;

v - o destino do lixo radioativo;

human... ;IV - os riscos da radi"'F:lo sobrl'" a sa(tde

I I I - .ao ~eguranFa da popula~:Io;

brasileiras;

Art. 3~ A votaI=~o far-se-lt pe.r meio decf!dula oficial impressa e distribulda exclusivamente pelaJ1.tstiJ=a Eleitoral.

~ - dispositivos constitucionais ql..le ty;;\tamde mat~ria nuclear;

Parbgrafe, 1~. A prop~ganda reltitiva aoplebisci to deve 'lecessar iamente possuir um carl\terdidlltico, de forma a esclarecer a popl.tlo=!.~~o acerco=!. de.objeto da consul ta, versando, no 'minimo, sobre os seguintesaspectos:

Parl.grafo tini co. As· fYente-s poderg(oconstituir-se sob a forma de associaFttc., sociedade civil 01..1fundaJ=:Ko, sI"'m fins lucrati.vos, tendo pe.r fi.no=!.lidade adefesa de uma das oPFt1es objeto do pll"'bisci to.

11 - a seguran~a das instala~tJes nucleares

Ayt. 2:::. O voto no plebiscito ~ obri.Qat~rio

para maiores de dezoito anos e facultativo paraanalfabetos, maiores d~ s12tenta e maior~~ de dez12s~eis,

menores de dezoito anos.

ParAgrafo 1~. A cl!dula oficial contE'rA doisespa#=os para a votaI=:to, sendo c. da E'squerda d12stinado a quc:>o eleitor S~ manifeste favorhvel Ol.t contrariamente acontinuidade de, f1:lncionamento de Angra I e co da direitapara que se pronuncie favorll.vel ou contrariamente i\finalizaj::I!o das obras de Angra 11 e seu funci.onamento.

Art. 4~ Para l"epresentar as opj:~es a que serl!!f~re o artigo anterior, seY~o organizadas Frentescompostas por parltimentarE's e rE'presentantes da sociedadecivi 1 ..

Parllgrafo tini. co. P.:tyti cipar~o da consu1 tapoplJl~r de ql.te trata este artigo coo,; eleitores dosMuniclpios da Area de influência da5 Uo:;inas de Angra I(Central Nt.tclear Almirante I\lvaro Albert.:.) e Angra 11, ou"'rt!lJ.5 potencialmente afetada.s pela pluma '(ãdioativaliberada em casos de acidentes, inscritos n.;l. JustiçaEleitoral at~ 60 (se5scmta) dias antl"'s do plebiscitr:••

Art. 1:::, Sprll, re,;l,li:<':ada consultaplebi.~citb.ria se.bre a im;tala~:io e o flJncionamento deusinas "nlJcleares em Angra dos Reis, Estado do Rio de.Janeiro, obedecidas as n,:.rmas estabelecidas neste decretoe, nco que couber, as regroilO:; da Lei n~ 4.737, de 15 de JIJlhode 1965 CCbdigo Eh!i tora1).

Art .. 5° Durante os 30 (trinta) dias queantecederem a v~spe;-a da reali::a~~o do plebiscito, asemis.s.:tro!!.s de rAdio e tell"'vis:tlo reservaT':te. diariamente 10

. (dez) minl.tto$ de sua. programaç~c'r entre 20:30 e :21:00horas, para divulgar, nos municlpic'5 de que trata oParàgr1'lfo Vnico do Art~ 1~ deste Dpcreto.Segundo noticias que vêm sendo divulgadas pela

ilTlJrensa estfto havendo sérias' irregularidades neste processo de prlvatlz!,

çfto. Informaç~es de autoria do Sr. Sebastifto F'aria, Presidente da CSN, e doSr. Paulo 8altazar, Prefe1tode Volta Redonda, atestam diferença de 25,3~

entre as' duas avaliaç~es feitas sobre a CSN. Essa direre,nça, devido.o Decieto n8 724, deveria provocar nová avaliaçfto da' CCllTlJanhia." .' -

Além disso, a CSN. está sob 'auditoria do Tribu­nal de Contas da IXllfto devido a pedido emitido por esta Casa. O pedido deflscalizaçfto e Controle n8 71192 dos Deputados Cyro Garcia e Marino Clingerfoi rrotivado por indícios de irregularidades na cCllTlJra de madeira superfat~

rados 11 ElTlJreSa Madeireira Delgado, de 8arra Mansa, e una série de irregul:!rldades na Caixa 8eneficiente dos ~ervidores da CSN.

Estamos diante de '-'" iminente perigo de lesftodo patrimOnio público. Estfto querendo entregar 11 preços babíssilllOs una B!!!.presa altamente lucrativa. Seu lucro lIquido no ano passado (1992) foi de

12.5 milhlles de dólares.O setor siderúrgico brasileiro tem suas princi­

pais raízes plantadas na década de 40 com a CSN. Essa enpresa foi, e é, fu,!!damental para o desenvolvimento nacional. Un patrimOnio público essencialpara que o País consiga ter un avanço inWstrial e tecnol6gico independente.

Por todas as irregularidades que estfto sendo ""'iculadas pela ilrprensa sobre o leillo da CSN, e pela necessidade de" barrar:­rros a entrega do patr1..onio público apelllllOs aos srs. Deputados que aprovem.

este P.O.L.

Susta, com base no Artigo 49 da Constituição Federal, atosnormativos do Poder Executivo que tem por objetivo a ali~

nação da's ações represen'tativas da participação da Uniãono capital da Companhia Siderúrgica Nacional de Volta R~

donda - CSN.

(DE\ULVA-SE A PROPC6I~' 10) TEIlM:6 !Xl AKl'Iro 137" pAR1aWo 19, INC!.

50 rI, ALtNEA "N'; !Xl REGIMENI'O INrERN:l DA~ IXJS DEPlJI"ADOS. OF!. CIE-SE fi) AUI'OR,' SUlEUNDO-Ui! A .R)~ IE INDICACllD - AKl' .113

. O. Congresso pcionál decreta: .

Artigo 18 _ F'icllill 'sustados '05 atos do Poder Ex!

cuti~o'objetivando a alieneçlo das açlles représentativàs da partlcipaçfto da

IXllfto no capital da ClJllPIII1hia Siderúrgica Nllcionai - 'CSN, com base na Lei8•.531 de 1990, not~te os Editais FNl-l~ ,publicados no Diário

Oficial da lXliDo do dia 29.09.92.Artigo'2lI - Este Oécreto Legislativo entra em

vigor na data de sue publicaçDo.Artigo 38 - ~se ,as ~i~~içlles em contr!

Sala das Sessões, 18 de Março de 1 993.

~QlIULLA). /' Depu1:altJ Federal - 51'

Parhgrafo 4~. As emi550ras de rltdio 12televis'!to podem ab.õttE'r de sua renda bn.tta, para efeitos doimposto de renda, C9mo despesa, o volllot' corrrespondente aoI!!'sp~q:o utilizado na campanha do plebiscito, no~ t~yme'5

deste decreto ..

10038 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1993, --_._.- --, --- o ._...

Pa I" h Cl'f a 1 r.. 5-. E .... pdetdil il veicl.tlil~~r., dp tüdaI? qualquer mat~ri~ paga ;;,:. rAdi.:. e na televi5~CI acerca dostemas objete. da e:,:.nsulta pleb1sclthY"1i\ prevista nestE'decreto.

Payl!.qyafe. 6""'. Ar:. tl'"ê1nsml'Ssl;es e a geraç:~cl deJ.maÇlF!'m f:!' som seY~~' fpit;ç" gr03.tl.ll.tam~mtl?, pela RADTDBRAS,podendo oõlS frpntes, de co:,m'.lm ac:oydo com as emis<;.:.rets der"'dio C'U te)evist(':'r diSP';'!', de modo:. diverso, de respectillc,E'spai=o dE' tempo, l.1tJ lJ.zande.-o contln'.',<l .:.I.l fraclr.:.nadamE'nte.

brasileira , PClSS'::'U '" tel' Eltrlb'.liç:t1ps de cc·ntr,:.le I'"

fi.'5Ceõll1=êlJ::I.:' q'.lanto <?(. 1.I~C' da enE'rgia nuclear no Pais.

Em sei" e\rt. 21, a Const i tu i ~~I:' Federal est",belece comcocompettmCHt d.a Unl~o: "ev..ple.t'a .... e.s Sf;'ryiçOS e instalaç~es

mlcleares de qualquer natureza e ev..I""l'ce .... m.:.nopb11r.:. est~tal

so:,b .... l? ~ pl?'Squ~sa, à lavt'êl, o enriquec~mento erE'pro::ocessamentc., a 1ndl.lstrlal;Lzêlç.:~e. e .:- com~rcio de minl:>riosnl.lcll;l.:\res e seus derlvdd.;,s, oõltend1dc.s os segl.lintes(:Ir i nc:lpios'p condi çi'Jes:

Al"t. '3~. Este decretco entra em vigo;.r na datade sua publiea,:~o.

Ayt. BO O Tyibunal SIJperiol" Eleitor .... l, .30'trinta) dias apbs ã publicaç:fo de""te decreto, bai'l:arAin5trlJ~tles necE'ssl\rias a sua fiel ev.ecI.Iç:llo.

Art. 7~ O T .... lbl.lnal Super;L.:or Eleltor",lpl.lblicarlt, quinze dlê\s'8ntes' di\ dAta d.;\ TPali:<,:",ç':il:o d.:.plebiscito, "=' total do eleito:.yado:. hébllltad.:o a votar no'=>munic1pios incluldc.o~ nas l!.rei\O;:; de qu~ tYoõI.tê'-;:' par,!\çl1"afo'.lni co do Art. 1~ deste Decreto.

JUSTIFICATIVA

"alt.:.di\ êtivioClde- nucleoõl.Y t~ryit'-'Tio:'

nacional somente serll admi tid.;l pa .... a finspacl f i c.os e medi.;\nte aprovaç71,:o do:. C.:ongressoNacional".

o A('t.49, por sua Vr5!:-, estabelE'cF c.o:.me. co:.mpetenCJ.8 e)O;cllJsivade, C,:ongress.:. Nac~o:.ni'\l:

t ••• J "XVI ap'l"ov,;\r inic.ia.tivas dr'. Pc.dE'rE~,eCl.ttlv,:, ref6'r(;'nte'! ~ .:.tlvidades nIJ("leal"e~-".

O Art.~:':5 ICapitulb VI - De· MF'H.' Amb1pnt~'I, em ~E;>U pnrllgrafof,::., p-stabelt;>ce que "~',= IJ<:;ln,)5 qUf" operp.rr, c,:,m re.:ltor nucleardl?v"'I'~':' tpr <;'.1\,'\ 10:'[0<I.110:a,,'::I.0:. deflnid", em l~J federal, ~pm c.qUE' n~C' pc.dE!l'"~'" ser J.nstnl adas". RE'co;..... dE'-'=>E' que estl:'pal""l\Çlrafo:. o:q.. :tÇllnOIJ~''=>E· dE' E!1TlE'nda d.:. ent1;(.~· C.:.ns.titIHtltr:> ItamarFl"ane,:·. ' .

disposi i=~esRevo:.gam-Sf?A'I"t. 10.contrhrie••

-os r).scc'~ dfl radiai=:;(c, se.br~ oõI. sabde humana;

Atl:' a Const~tl.l1nte , a ttltJ.ma gr.;lnde mc,bil~Ziq:';::t.:. em t.:.rno doaCldentadeo desenv.:.lvimento- da p.:.ltti C8 nlJclear brasileirao:.c.:.('reYd d ..lrênte a Co')m.1.ss~o:' Par I <'lmpntar de Inql.l~rlt.:. d.,:.Seni\d.:. FedpYêll sç.bl'"P 0:0 Acordr.:. Brdsil-Alemanh.:o, em 82/88.

longe 'do olhar fi~calizador e cr1tico da populaç::llo, oprogr.ama nuclear braSilei'l"O:' ê' identificad.:. maio;; por seusimpassp<; dc. ql.le p.:.r 0;,1.1<:\5 E'vºntuais qU,;l,l id,;tde~, o;;end,:.expl! cl1,;1S as indefini ç:~s ql.li\ntt:'.:

Esse pa'l"!lgrafo;, deveY~a, a nosso ver, co:.nstay de LIma anlllisesbc1o.-pollt~ca a respeito do'=> estrage,s que .:' autc.ritarismCoea'JS01.l em no:,o;sas inst i tl.lil=t1e~. A vç.nt",de d':'5 gove.... nos ~

confundida c.:om a vontade da NaJ=:Jo, e as aspil"aç:-\';IE!'s naciCln",is511.;. dedlJz).das d.:.s ob,Jetiv,;,s do poder. E, o pic , consensoentrE' g9vernantE's b entendido co:'mc' cl"it~rio pa a Lt"J.ar elegitimar "t.lm process':' histbrico irreverslvel".

Impacto Ambient",l e dos(ElA/RIMA) no tocante ~

-o destino do lixo radioativo;

-a imp.,:.rt'ã.nC"ia de.s E~tudos deRelatbrios de Impactc. Ambientalquestl(o nuclear;

Esse tl.PCO de irrevel"sibi.l idade dos pr.:.cess.:os histbricos,felizmente, n1l0 existe, c' q'.IE' nos permite, agora, clamarpara que o ConÇlress.:. 8'J'lSlJma o seu papel nlJma. hl"ea dedecis~es qlJF" JA CU!'>tDU tanto ac. pov.:. bl"asileil"o, n~o sb em

desperd5.cio de recursos financeiyos, como em Vidas, riscos edesmandc.s. All:'m disse" ger':Oll um injusti ficado monopbl io deinfc.rm"'l=ttes atl:! chegal'';\o absurdo dE' manter em sigilo, porYa::~s vagamente estratbgicas, c. prbprio plano de evacu,;l.j:::ioda popula,:tto:. vizinha da Usina de Angra I, ca50 deacidente radioativo.

A-= 8f J. rmaç:i'jefi; c.:.ntidas n.:. Rf?] at~.r ir.:. co:oncll.lSl vo, de autor ir.de. ent~(o Senador Milto:.n Cabral, ajlJdBm a e'l;plicar a-.;; ....az~esd .... omlss~O h 1,=>t-t:.r i C-A d.:. Parlamento f('ent~ a.:· avanç:o d.:oE"~PCIJtlvo em mE'didas que, por 51Ja grBvJ.dCldp e aI cancpdeVEH"iam, necessarJ.amente, ter 0.:.' aval da ~ociedade. A~co:,~,=>ide'l"aç1';tes finais d •• rl?lator, n.::. item dedlcado ,;\ Po:.l\ticaNI.lclear, teS'Jmem c.~.m !"';''I''.;I preciÇl~o êl. monumental J.nvers~o de..... alc.res. q1.lE' estl:\ na basl? da entrada do Pais nil. era nl.lclE"ê\r:

"A utili~al=:t.:. da EmergiCl. nuclea .... n.:· Bri\O;;J.lf.:-l. um ob.1E'tiVeo c•.:.mum a todo'=> os governo,=> apat'tJ \" d"" ",dmlni~tr03ç~o d.:. PrE'sidente Dutra.P':o .... tantc., 0:0 ingressc. d,,:. Brasil na eroõl nuclearfol. uma ... tJ t'.lde lc.nQamentr= pensada, e veiocons.:.l1dar uma antiga aspil"aj:~o nacional.Esta dec.1s~o ....esul tOl.l d.:\ c,;.nsenso n.:..turalentre t.:odo:.s ':os govr=rnante'=>, 0:' que nos leva aconcltllT ã prJOrl que se tl'ata de um processohist~r~cc. irreverslvel".

"O P.... eo;;idente It",mBr Franco::. decidiu enfrentarum pro:.blema que frr.iste hll 17 anos e jll C1Jst':OIJao BraSll mais de US$ 4 bJ.l h~e5: a c.:'nc I us:Coda USlna N1Jcleal" de Angra .11, Cl.lJo!lS Obl"BS,paTadas, abso:..... vem U8$46(1 milhi'JE'S por ano, euma defJ.ni~tto:' so:,brl? 1';. futuro de Angra 111".

Em mai.:· de 1'390, .1ntcIO:' de. Gc,vE'rn,:o C.:.llor, no;.ticiou-seqllP a ElETRDBRAS p1ê1nejavo? a ce.nstr1J~::t:o de qllt'ttro nc,vasu'=>inas nllcleoõl.res nco B!"asil atê c' an.:, ::.010 e, alnda mi'l15, acontimlidade das .:obrao; de AnQril T I e Anqrê\ I I I. Ospropl.'5i tc.s e metils d;t FJ·etr.:.brlls fo .... am e'~'p':.stõs em rpl.lnJ.21:o;,da C':omJ.ss~o Especlôl Instit.fJ!da pplç. Gc.verno para reyey apolltica nuc1f;'ar e defini!" metêls. Foi cri,;"deo I.lm ÇlYl.lp.:o detrabalh.:. interminl.sterio'l.l cc.m eSSA flnalidadE', mas,rE'Sl.lltadc.s de SI.la atJ.vldade, se F"'(,lstE'm, n~o foram dado"'"cç.nhecimento::, p~Ibl i cc••

No:.tlcia publicild". n.;, .JO:'l"n~l "D Estoõldo de 8lfo:. PfH.tl.-:," de ::5 dejaneiro de 1'3'33, s.;.b ':. titulo "AcoõI.bêlr AnÇlr~, 11", informou:

"A energia n'Jclear '" um rAm.:, mui to novo, n:to:otem seqlJe'l" I.lm s,,"culo que seus estudoscomej:aram de forma sist~mic~. Entretanto, o~~lJ potencial tanto para êI paz qlJanto para <3.

guer .... a. ~. t::t:c. grande, que pode, de uma horapara ol.ltra, destTl.\iY a. vldêl. sobre 0;, planeta,aliAs, depf'ncfendç. da ] ntensid",de pe,dedesintE'grar 0:0 pl"bpr;Lç. plflneta.

Oiflnte de tamAnhü poder t.:odo cuidAd.;. {> pe.uco.Desde noss.:. pri.meiro:o mandAto lutam.:os para queas a~"E:.''=.> dr.:. gc.veyno no campo nl.tclear fossema.~ mau; tl'"i\nspaypntes po:.sslveis para que ç.povo:o bya'5i leJ.r.:, pl.ldesoe.E' escQlher c. caminho 8segUI\" n~ /A'I"pa atômica, n~o deixandc, que lheimp~ngissem 0;.:,1 u,::t1es impe'l"tada~".

Por uma interessante coincidénci"" em 1'389, c. ent~o Senadc.re atual Pn"sidente da Reptlblica, Itamar Franco - \.Im do'=>grandes defensoYes do cont'l"ole da util izal=l<o da energianuclear pelo C.:ongres'!Oo Ntlcional e pE'la sociedade - p',lblicolJem livro:. inti tulildo "Ene .... gia Nuclear' - 51.ta histt.1' ia, nossilll.!ta":,

}:;:ssps acç.ntecimentos 'rE've18m q1.le, c':.mo ocoyre desde 1940,quando.:o Brasi I assino'~ cc.m o'=> Estad.:.s Unido,.; o Progr tOI.ma deCooperaç~o para a Prospeci=tfr.:. de Recursos Minerais, decide-sese.bre mat~ria nucleal'" 'sem que tpnhêmc·s resolvido ofundamental: o qlJe a s,,:.ciedade b!"asileir'a qlJOr e at~ ondep~l"mite que o Pa1s chegl.le em atividade~ nuc1lõ'i\res_

No mf:!s de mar~r::. de 1993, 0:' CONAMA-Cç·nselh.:o Nacio:'n,;l,l de. MeioAmbiente reunilJ-se p3('a disCI.ltir .,:. P"",';'Ql" ama N'-,clearBrasilei .... o e, naquela oca5i~o, ficou patente-c, desinteressedos: t'l'"g~os envr.:,lvidos em socializar ).nfr.:.rmai=~es e aprofundClrco" .debate com a so:.eiedade CIVl.l.

Trata.-se, pc.rt8nto, de um conjunto de grandes d'Jvidas que,hh muitos anos, formam um c1rculo vicioso continuamentel"eal imentadQ pc,," sigi los e meias-verdades despropeosi tadas.

No '@:mbitc. da CPI, realizada em 1990, pa .... a apuro'll" o ProgramaAtJtOnomo de Energia NIJclear, tambl;om conhecide, como "Progr,",maP,;I,rtllelo", o Relator, Senador Sever.;. Gomo'!;, concluiu:

I.••• )"11 - Do ponto dp vista da E!~truturil

organizacional do Programê, a CPI ~ntendeu

qUE! êl centralizai='::I:o, numa me'!;ma insti tuiç:-~o,dos poderes de formular a politica, licenciArOb'l"ê5 E' fiscalizh-las, como ocorre\.1 com aComiss~o Nacional dp Energia Nuclear-CNEN,n~o foi '" melhor opç::io. Este, alibs, foi ocaminho para que todo o Programa Nue leal"Paralelco ficêlsse em regime de sigiloabsoluto, longe d,:o controle da soci~dade

Alf!m disso, em 1979, Co Senador Itamar 'France.. apresento1J oPyo,jeto:. de lei dc. Senado de n~ 145 (assinado::. ttlmbf!m pelosent:to Senadorps Francc. Monto:oro E' Ore~te5 Quêl'"cia), dispondosobre "a localiza~:tç., no tel'"ritbrJ.o nacional, de u~ina queope'l"!? com .... eat.:or nucleil. .... ", qlJe nco seu al"t. 4~ afirma:

c .. )"Art. 4~ As poplJla.Ftles, das ArE'asind1.cadas n.:. ....I't. 1~, atrav~s de umY'~f€r€ndlJ.1fJ P':'P'-' lBr, ob!" igatbr' i 0:0 , mani festarlfo':Osua concor'd~ncia ou nllo cc.m a const .....Js;::to deI.lsinas qlJ~ operem c':.m reator' nucle;;..r.

Par!lgl"afo 1~ TE'r~o dJ rei'tc, a votarc,:onsulta .;.s eleJ.tores inscritos na Justi':i\Elei.toyal na bpC'Tca do rl;-f~rof!ndl.rlJ, t1plicandco­se a sua ap1Jral=:;(o e .\ pl"e,cl,;l,mt;l.s:':l.-.. dcol"E'sult~dc' a lei eleito:.ral vl.gente.'j

Este projeto tramitou d'JY8nte 8 anos no Senado Feder,;(l e foiarquivad,;. em OS de dezembre, de 1'387.

Com a. promulgaç1tco ·da Con'!;tit\.li~:to dp 19B8, 0:0 Congresse,N,;I,ciCon~l, com.;. uma da.o; maiores cc.nql.lista5 da sociedade

-a $E'guyança da populaç:llo;

-'" segu .... an,:'" d.:l'io> in~tfllaç:1jes nuclea.... es brasileiras;

-.as conseqlJênciaS de pyc.vl\Veis acidentesnucleares de Angra I e Angra I I.

usinas

Maio de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 18 10039

brasileira e peymitisse os desvios adianteapc.ntados.

emel""g~ncia••• al eu n::t:o sei te e,;plical"" muitobem se realmente està preparad.:.".

-Perg ...mta para NE!i r,:.bi5 Nagae, ent~ç, Prefel to dl"' Angra:

"Pode <;er ql.le aconteça um acidente daqui adois meses a popula~~<:, m.:q-ra toda••• "

-Pertlunta. pa'l"a Elio Serafim"" ..Coordenadc,r da Defesa Civil emAngya:

Resposta - "Clêro. Mas tamb~m n:':o ~ assim,n~--::' l: ••• pode SE'r qlJe sim, pode ser qlJen:'o ••• E uma incbgnita par", todos no!.s".

popula~':Ic' tc,da vai"Para ondelevada?"

Resposta - "Olha, essa parte l? a qlJe t!! aparte mais dif1cil. A parte do E'<l>rcito tllmuito bem encaminhada; a nossa p..,rte tambêmestb muito bem encC\minhada, agora essa partefinal ~ que realmente n:l,:, se tem noticia. Sevoc@ perguntay hOJe, ve,eêpeI'Çlunt.:.u ••• elJ n~o SE"'i para c.nde vamç.s".

III- ( ••• ) E~ta s~tuaç:t(o .]urldico­cr:,nstJ.tucional d,:, PYogl"ama Nucleay Paralelo,aliada a 51.1a estrutl..lra interna, confol"meE!y.plicitado m) item antel'"ior, refol"ça anecessidade de ql.tE haja, atravf:?s do CongressoNacional, o controle civil das atividades doExecutivo no setor nuclear. 05 depoimentosdo"õõ Srs. Jos~ Goldemberg, SecretArio daCit!ncia e Tecnol,:.gia, e de Pedro Paulel deLeoni Ramos, Secl"etàrio de AssuntosEstrat~gicos da Presidência da Rep6blica,foram t<'l.y.stivos t;>rn admitir qt.lP "em um momentohistt,rico" h':-I,lve a decis~o, te,madoõl dentro doPal~c:ic. do Planal to, de cc,nstruir um artefatonlJclear. As perfIJraf:~e>s I'ealizadas na Sel'"rad.:. Cach~mb.:. seriam ,=' campo de provas destesartefat.:.s. A sociedade brasileira estevpcc.mpletamente ~ margem de todo este processo.N~o foi consul tada, n~o foi ouvida, nem oCongres,se. Nac:ional informado d,:. Pr,:.gramaNuclear."

A comunidade cientlfjca produziu, ilC, longo dos ane,s, estudoscl'iticC',s t~,~. s~riç.s e fl.lndamE'ntad05 quantc, ignoradoJ:;. pelosC1"=' ..... eyn"=.s. O saber cient1fico byasileiro, na ltrea nl.lc}par,tem ~ldc. ostensiva e inde .... idamente mBntidc. ,! dist:tncia dasdec i,=,~e!"t, com a mesma persistt!ncia e denodo com qUe SE

mantE>ve a sociedade civi 1 afastada de assunto que lhe di::l"eSpl;'it,:. em elevad!ssim,:. 91".:\1.1, n~o sb porql.le pc,de colocar emrisc.:, imediato sua integl"idade f!lJ:;.ica como afetar oeql.lillbl-io de, meio e1mbJ.ente em nlveis de diflcil previJ:;.:!l:o,c,:,nfc.rmf' enSinOIJ Chernobyl.

A quest~o::, da 5egltran~a de Angra I teve IJm m,:.mento de grandeimpact" ql.land,:., L;Tl 26 de abril de 1987, uma ComiSSl1:o deParlamentar~s dê Sllbcomiss~o_ de Satlde, Seguridade e MeioAmbientE' da ConstitUinte visitou a Usina e encontro'Jboõtrbantes e c:lips "quebrando o galho ll em equipamentos deSf:'gl,.\ran~a. Esta &> a dE'scriç:to do jornal DiArio Com~rci.c. elndtlsty,i;;\ dI;" 27.04.87:

"Em primeiro lugar, o~ t~cnico<; da usinêm'~strêrtil.m-Se despreparados ptil.ra enfrentar asab""tinCl ,;\ qUe> fCIf"t\m submetidos pelosCc'nsti tuintes. Depois, como parte dosofisticado equipamentc, de Angra I, haviaba~bantes improvisados como acessbric" umcl1pe - normalmente IJsado pal'a prender pap!!is- segurando um bot~çl e vazamento de Aglta. Porfim, 05 parlamentares descobri1"am q'.le n::toexistem planos para evac1.la#=:Co da popula~7lI:o emcaso de um acidente com va;::amento de materialradic.ativo".

Esse foi apenêS c' in1cio, em 1987, de uma sequenciaassustadora de evidências sobre a prec:aí-iedade da Usina.

Em 1:::, de junho, o "Estado de S':!!:.:. Paule," publicava comdestaque - "Alem~es pedem o fim das usinas de Angya"

de~lara#=~e'=i do flsil:l:' Jorst Tali\re~;' e do bioql.llmico Clêll5Fl'l.schkorn, do KFA Julich, um dos mais importantes centrosde pesquisi:\ Ml.lcleoõ\l'" dB Alemanha Ocidenti;l.l, onde foi treinadi;l.IJmlÕl parte dos t~cnice's bri;l.sileiros para os projetos de AngraII e III.

Os dois tl?cnicos afirmavam que o Brasil deveria estudar"com IJrgência", a desativar:rto da Usina de Angl'"a I, "ante~qlJe ela provoque IJm gra .... e oõtcidente na regi~o". TalareLcompaYê'tva a usina a uma colcha de retalhos:

"N~o existe nenhllma outra usina no mundo comeSSêS caracteristicas. Angra I ,. uma caj):apreta, ninguãm sabe cc,mo ess~ usina pode secomportar no case, de . um acid"",nte,acrescentava Frischkorn. As usinas dI!' Angra11 e tIl tClmbfc>m foram criti.cadas. Segundoeles, o ge.verno brasileiro deve rever os doisprojetos, que hoje jA n~c' oferecem aseguran~B necesslll'ia para a gera~1to deenergia. Hl1 quatro meses o gc.verno alem:l:ofechou, por quest~o de segl.lran~a, a u$inaBiblis B, que tem as mesmas caractel'lsticasde Angra I I. Em mpados de 87, essa usin,",apresentou um vazamento no sistema derefri.geYi!.j::fo do reator, mas a C1'mpresaresponslivel pelê sua constnt~~o e opera~~o ­ti FWU, que tambfc>m constr!oi Angra I e 11,manteve o acidente em si9ilc,".

N.:. di'" 23 de janel.ro de 198'3, em meio a um.... tempestade, I.lmraio disparou c. 'al",rme da Usina de Angra I. A naturezaproporcionou um teste cujo resultado foi lamentlwel. AJ:;.itua~~o ent~c' vi .... ida pelos moreidores das vi::inhanpl'5. foiYE'memc.rada no v1deo citado.

IICOme~OI.l ilquele trov:te', aquele relampago,aquel.:t. coisa triste.•. Ai apagc.u til. !L12. Quandoapagou a l'Jz, minha filhoõt r aI come~,:-IJ aapitar aquela sirene, aql.lela coisa feia,~qltele gemido, aquele- coisa de morte, n!lo?"

"Foi uma coisa horr1vel. Gente descia deshort, cBmisola ••• "

"E na hora mesmo n~o apareceu solu~tto

nenhuma de retirar esse pess,:-al prl1 fo:.1"oõ\.Porq'.lE! na hora tava todo m'.lndo, 'Jmas duas milpessoas 021 embaixo, sem ter para onde ir, J:;.emter solu~tto nenhumê. Ainda veio o chef:fo deFurnas dando decis'2:l:o pro pessoal. Ntto fcoilinchado pOk"qIJE! saiu fora".

"Inclusive at~ o sistema telefônico daqui como Frade to muito falho. E nôs temos lJm postodE' rhdic, IA, realmente. Mas nosso poste.tambem entrou em pane, devido a uma carga.... iolenta calJsada no caso por um yel'àmpago.Foi imposslvel. Foi impossivel fazer algumaccoisa dado o contingente de pa!;;~o.!ls qUE!'E'stav~m no local. Cerca de 4 mil pessoas evocê sem condi ~~es nenhuma, sem megafone. N:íc,tinhoõt condi~t1es de fa:ey nda, nl!o?"

E intpressantp lembyar, B propbsito, Q que di::iam sobre asegl.tran~a, em 1983, oõlS conclustles da CPI do Sr"'nade.. Federalsobre o Acordo Brasil-Alemoõtnha:

( ••• ) "IndisclJtivelml;'nte lndices deseguran~a 011 c","n~ados no mundo intei 1"0 5:1"0

muito altos, tênto que no'!:> 106 reatores - 106yeatores comerciais - oõttualmente em opera~~<:.

regulaI" (final de 81) 6lguns jb com 25 anosde utilizaj:~':-, Jamais aconteceram acidentesfat,:;i'!:>. A probabil1.d<õlde ~ rem.:.tlssima. E acada ano 5':10 introdllzidos ""perfei~e'amento5. Oque importa como conclus~o, • qUe i;l. usini'lnuclear para gera~:fo de ell'!'tricidade ~e

apresenta com sE"guran~a sufi ciente paramerecey confiabilidade".

Em 1985 o engenheiro-chefe de Chernobyl, Nike.lai Fomin,declarou ao munde" em entrevista publicada n,:. "TheObservl?r", ,",ob o tItulo "Chernc,byl: c' fim do sonho nllclear",qUE' SUo1 usina era absollJtamente segura, tanto par"," aspessoas qlJanto para o meio ambiente:

"O n05<;0 gigantesco reat,:-r estll abrigadodentro de um silo de concret,~ ~ conta coms'istemas de ce.ntrc.le ambiental. Mesmo queacontecesse o imposslvel, os sistemas decontyole automlltico e de seguran~a

desligariam o reóJ.tor em ql.lest'::to de segundos.A usina tem sistema para refrige1"a~~c' donbclee., ",llom de diversoso outrc.s dispositive.steenolbgicos de seguran~a".

Resposta - "Por parte, por poõtl"te, gU cyeioque sim ( ••• )Ago1"a, no:, caso de realmente uma

-Entrevista com Marcos Rosa, membrCt da Defesa Civil aalocalidade de Frade, a 8 Km da usina:

Em 1990, prclmc.vpmos a apresentóJ.~::lo, no Congresso Nacional,do vide,:. "Pedra Podye", elaboradc" em janeiro daqlJele mesmoano, por 'Jma produtora independente de S:tc. Paule., a U::inaVideo. Trata-se de uma denlmcia t::to dramb.tica quanto, aquelaque fi::emas em 87. E o retrato da ;mpottJncioõl, de. desamparo edo clima de fatalidade em que vivem os brasileiros vizinhosde Angra I, sem orientar~o real, efetiva, c:ompyovada para ocaso de uma emergência ou acidente nuclear de q'.lalquE'1"nlvel. Deste vIdeo e'(tralmos alguns dihlogos ey.emplares:

"O pessoalemergência?

estA preparo"ldo ,..ara

No dia 25 de abril de 1986, c' imposslvel aconteceu e atêhoje o mlJndo ainda n~o se refez da perple~idade e nem sequersabe êO certo qlJaiS as reai.5 con<;eq'.I@'ncias do acidente deChernobyl. A arrogante certeza exibida nos anc,s 80 sofr~u,

ali~s, mal.S um duro e rec~nte golpe, com a extensacontamina~~o radioativa di:' meio ambiente na Sibtoria.

E contimtando no Relatbricl dê CPI de 83:

( ••• ) "Quanto aos aspectos dp sa'.Ide, meioambiente e segl.ll'"an~a, reCc,nheCE'rnos que fc,imontada no:, PaIs uma estrutura de defesa eprote#=~o adotando procedimentos de naturezat~cnica baseados na ey,peril!nciainternacional, reglJlados e fÜ;Cêlizel.dos pelaCNEN, para garantir os mElis elevados padr~es

de qualidade como requisito flJndamental ,\seg'Jran~a das instala~~e5. Reconhecemc,s

10040 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1993

ig1Jalmente q'Je o Pais contél hoje com uma':'1"9a.nizaF~':' sistf!.mi ca 1101 tadoõl. para proteger ohom~m E' o meio ambiente na qual se integl"amtod.:.s os organísmos oficiais e privados dealgum modo relacionados com o campo nuclear(Sinpron, C.:,pron, CNEN, IBQN e IDR) li.

Af l.rmaf:~I:O patbti ca Q'.1anrlo lembr""m05 que, pOlJCO~ anos depois,a falta de iflfya-estrlJtura, fiscalizaç~c', defesa e prote~:l:o,

a irrespone;,.;l.bi 1 idade e a neglig@ncia combinadas de agentesp~lb1J LOS e pl"ivados fizeram acontecer o dcidente com cl!sio­137 em Goi~n;i tl. Quatro morto$, :;->50 contaminôldos, centenas depess';'~s CC.ffl vuf<."l mdr cada pal"a sempre, uma. cide'\de tentandobr<.'\vamp.nte hl:? lJv'f"foY do t.r~umA, 13,5 te,neladas de li~o

rild1.c.ativo armazpnado atl:> recentemente r;om tambOYl:!5pr.:ovl"",o,rio$. A trltgica ~ dE'spro:.tegida inoc~ncia de leidp dasNeves n~.;. deverb sair jamais de nos~a cOno''lci@ncia, ql.lando !;Pdten", co:.m a p.:'s'=>ibilidadE.> de cúncl1ls:Jo das usinas de Angra11 e 111, sem nenhuma garantia dl? que, em alguma ol.ttracidilde do:. Pa.!s, outra crian~oõl 01.1 ml.lÍtas crian~as n';\te, tenham.;:. mesmo destino d", leide.

Enl outlJbrc. de 1989, um documento conjunto da SBPC, SociedadeBl"tO\s-lleira de Flsica e Socipdade Brasileira de PlanejamentoEn[?rÇll?t~cç. pC'SiI:10naVa-se cc.ntr. a renova,~o do Acc.rdo com aAlemanha, alinhando.:o argumentos e .... pressivos dos qLlaisde'3tacamos:

"N':'I:Q deve a sc,ciedade brasileil"a, que n~o foicham,sda pelo Governo milita.,. a opinar deform", democrAtica na oeasi:l:o do Acordo,continua\'" a ",r ... ",r com Co Onus de um programac.;.merci.al de exportaç);o de grupe'5 privadosalem~e5 que jlt custou cerca de 7 bilttbes dedblares a';:, pAis sem pl"odlJzir sequel" um KWH deenerglB el~trica apbs lS anos, e$t...ndo 05doi~ p1'imei.ro~ reat.;:.res do Aco1'd,;:. com aconstruFUc, atrasada (Angra lI> c.u apenasini.ciada. .,

N~o se coloca ( ••• ) uma pl"emente urgência daene1'gia nuclear para ger,;,.,:~o el.trica, comofora prog1'amado pOY ocasi1l0 do Acordo,havendo tempo para se realiza1' n';:'5 prbximl;'~

anos estl.tdoo:;" maio;; cuidadosos sobre <!\

neee~~jdt'\dE' de energia nuclear para quandQ opotencial hidrel~tl"ic(.o estiver plenament~

utlli~ado, sem se compromete1' com um programaprematuro de gl"ande escala iI aI to custo. ( ••• )

Estas consideraçO"es nllo signific ...m que deveser abandonada tl energia nuclear, cujo usodeve ser condicionado a medidas tl!cnicas dI'!s~gl.tl"snç.a severas e â aceitabilidolldê socialpor crit~rio5 demoerltic05 inclusive e,uvido oConQresso; ( ••• ) Ir

o Prc.fessor Anslõ'lmo PaoscO:'B, do Departamento d~ F15ica daPUC-RJ, escreveu no jorn"'l "O Globo" do dia 10.03.',30,Brtigi;' sob o tItulo "lucidez necessAria":

"8:'0 preocupantes as noticias recentem~mte

veiclJladas p~l... impr@nsa sobre a grandeingerência mil i tar no propc.sto desmembri'lmeontoda C';:.miss130 Nacie.nal de En~rgia. Nucleal"(CNEN) ~ Trata-se de aS51Jnto ql.te o podey<:.i ... il, em pilrticl,ll""r o Congresso Naciç..nal tpmmui to mais a dizer que os futuro'=> mlnistr,;:.s

roi 1 i tar-eSi, mesmQ porque, segundo aConstJ.tl.liç~c', "tod,;r. a.ti .... id;;l,de nuclear emteYl"it~,rie' nacional soml'mte sE'rA admitidapaYa fins; paelficr.:'s e mediante aprovai=:lo doC,;:.ng1'essc. Nacional ( ••• )Infelizmente para nbsbrasileiros, cientistas, t~cnicos da Areanuclear e leigos, mais IJma vez o debate sobreenergiê nlJclear volta a occ,rr~r atrAs deportas fechadas. Quandc. isso ocorre ~ quasecert,;. que os ass'lntc,s incOmodos; para odesenvolVimentc. da llrpa nuclear, ce.mol"adi.oprt;.te~~o e sc;ogul"i\n~a nuclear, passam aoC:IJpar um segundo plano".

Na ....erdade, jl\ fomos longe demais e dE' maneira desastrada etl"lIgica. Ntto se p,;,de paSSAr- p(,Jr cima de erros escandalosos emonumentais embutid,;:.s no Acol"do Nl.lclear Brasil-Alemanha; n:'1l:oSE' podE' esqlJeCpr que atl:> he.je a populaF:lo de Angra dos Reise .;.utras cidades estll despreparadOl e desprotegida em face daeventualidadE:' E'm acidente com liberaF::lo de Yio'Idioati .... idade;ntlo se pode ignorar ql.le o pr-imeiro rl"'ator, desde que foiinaugurado, prodlJziu, at~ hoje, uma quantidade mui to peqLlenade enE'rgi"'.

Antes qUI"', do aI to de sua petulãncia, alg1Jbm nos acuse de'profetas de uma fiq::':l(Q do apocalipse gostarlamos de citarIJm~ inform.;\~~o constante de um dos mlJitos docum&!nto$ qUI!!ainda permanecem reservados, oCIJl tando da sociedade asitU<'l.s;::fc' incrivelmente precAria de nossas salvaguiilrdils par...o 1.15';:' da energia nuclear. No "ESTUDO DA PERSIST!:NCIA DEDIREÇAD DO VENTO LOCAL DA CNAAA (Central Nuclear Almir.;\nt~

Alvaro Alberto), elabol"'ado por FURNAS em de%~mbro de 1985,pstll dito que n~o ê provAvel, mi!lOZ ê possivel, que uma plumaradioativa liberada pOl" Angra I, impulsionad.a P01' ventosnoturnos de SW para o setoY NE at" 210 I<M, atingiria, no seucaminho, cidades populosas tais como Barra Ma.nsa, VaI taRedonda, Barra do Piral, Migul:!l Pereira, Três Rios, MatiasBarbosa, dentre ol.ttras, atr;. atingir Juiz de Fora. Por outrolado, ventos da di1'el=~o NE levariam uma pl1Jma ate Parati.f Ver mapa anexo:. I .

Mais 1'E'centemente, em 21 de mal"~O de 1'393, "O Estado de S~':O

P.;l.ulo:." p'Jblicou sob o tltulo "Grel'C'npeace q':!er fl"'char a usina

Angra I - t~cnic':'s fy,anceses. e ,;I.lem~E"S descobJ'iram f.;llhas emusinas semelhantes ql.le podem comprometf:'Y o c,:ontrolec?1iciente da reaf:l:o nuclear":

liA organizaç::to ecol~'gictl GreenpeaceInternacional vai e'4igir, esta seman<'l., ofech<'l.mento da usintl nuclear Angra I. í6cnicosfroOlnceses e alem~es descobriram eminstalaçl';les semelhantes na E1.tropLl falhas numtipe, de m.;l,terial utili::ado no intet'i';'i'" doreat.;:.y. Na pi.:.r d",s hlpl.:.tE'Se=-, a dp1JC1Pncia.poderioôl levar iolO descontrole da reaç:ronuclear.

"O relat~.riQ prepa1'"ado por cientistas ligados.t. GreenpeacE' !:>erl\ divulgado qUt<lyta-feil"a, emLondres. Ele se concentra nas caracterl!';ticasda liga metll,lica Inconell 600, .i b.:lse denlquel, uti 1 izada nos tubos cuja movimentaF:~c'

para dentr.;, e fora do C';'I"B,::l:o de. rE'a.to\'"(invbll.tcrr.:. metb.lice. onde ficam os elementoscomb'.tstlvei.sl ~ essencial p.:lra. o controle da.,.eaç~o.

C: ••• )"Os tllbos fabricados com I?SS';\ ligaatravessam ét paredF' metll,lica dc. inv~.llJcr';:' dointeYi,;.r de. l"eat.;:.r, que estll sob aI tapresst!o. De acordo com o fl'5ico, tel/; pe1'igon2fo s~. de vazamento de radioatividade, mas,t<'l.mbêm, dê!. ocorrênci~ de defeitos Que n~o

permiti1'iam ao'5 .;:.peradorE!s de Angr<'l. I,controlilr pficientementE.' a Yea~:tc. nuclear.

c••• )"A Eletricit~ de FYil.nce, a instância qLU?controla 0;0 emprego da ener-gia nuclear no pais(Franr:ill, confirmou em relatt.l"io a ocorrénciade pequenas rachaduras n,;.s tubos construidosã base de lncr.:,nell 600, 'Jm material que umaconstrl.ttorB alem:t de instw.laJ:~es nucleares deçrrande poYte, a Kraftwerkunio.n O~WL'l,

subsidi~ria da Siemens, abandonou em seusprojeto'=> hl\ mais de vinte anos. Os estudosdas auto1'idadps francesas revelando e$se tipode ",fratura" jb tem dois ano;,s".

A "Folha de 81:10 P.;\ulo", de 26.03.93, publicou sob o tItulo"Ministro minimiza ';:.miss~o de Furnas em incidentes nausina":

"O Ministro da Secretaria de AssuntosEstl"ilt"gicos, MArio Cksal" Flores, minimizou ofato de furna';;. ter dado informaçOesincorYetas A Pn;!fE'i tura de Angra dos Reis(RJ~ sobre o incidente ,;:.corrido nil usinanuclear de Angra I no dia 5 de maq:o. Em umaconversa de uma hora com l"epresentantes demovimentos ecolbgicos, Flores afirmou:' "EqlJal a importância dp a pe,plJlaF:~o serinformada a l"E'spei to?"

( ••• ) "Ruy de Goes, coordenador da C...mpanhaAnti-Nucll':'ar- d~. Grl?l':'npea.c:e, afirmou quer-ecebel.1 a dentlnci.a sobre c. incidente com

Angra I n,;r. qua1'ta-feira. "Quando perguntamosporque haviam informado '" comunidadE', eledissE':' ql.\& este ~J'a co papl?l de Furnas, quediilr iaml?ntE"> envia relat.6rios â prefeiturasobre o andamento da usina", contou G,:oe5. Emcontato com a prefeituril, o representante doGreenpeace recebeu os l"elat~,rios de Furna!; eneles constav", que em 5 de m<'lq::o est"v4msendo feitos !servi~os de manuten~';\tc'. Ainformli.ç~o da CNEN ~ que no di,;r. 5 houvl'C' umincidente As 7h30".

Esta j'.tstificativa. cont~m um painel mlnimo de eleml'mtos ~atr-iste histbria quP, desde a dlocada de 40, trouxe ao Byas~l

apenas deEôpesas, 1'iscos e impasses. A decis~o de continual"cc,m B a ....entura dro> Angra de.s Reis n~o pode mais ser entendidacomo uma simples ilssunto dI'" quaisquer governos - pormel hores q\6E sejam suas· i.nteni=tles e honestos seusprocedimentos - ou um caso de pr.;:.cura. de soluj::t'o tl:!cnica~ Oerro l:! de base, o equivoco ~ insanh.vl"'l ~ no estAgio a quechegamos, apenas a populaç~o pode batel" o mal".telo e dar overedito final.

Se os go!Jernantes n~c, conseguiram, em todos esses anos,conse1'tar o inconserUlVel, devem agora ter a humildade E' õl

grandeza polltica de reconhecer suas limitas;:1Jes e, ma.is doque isso, reconhece'r o p,:-der 'Soberano da sociedadp pal'"adecidir diyetamentp sc.bre mat~1'ia de natureza t~o vit~l.

E inadmis~ivel, a essa altura dos acontecimentos, alg'.lêmsacar o argumento de que IJm investimento t1lo onerosr.:' pal'"a oPais nt(c, pode ser abande,nado. íud,;:. o ql.te foi gaste., mais osproblemas politic05, tli!cnieos 0'.1 diplomll.ticos ql.le umadesativo'\ç~o de Angl'" a I possa acarretar, nada tem pesoslJficipnte para invalidar, liminarmente, medidas maisdrll.sticas e definitiva'=>. Diante do fl"aC"'S50 involuntllrio'lcompul5brio ou insidioso dos mais variados intermedilirios, êlegitime. entregaI" a poplJ1af:~O o debate decisivo.

Pel.;)s m,:otivos exposto':5:0, confiBm,;:.s na sen':5:iibilidade doCongresso para apro....ar o plebiscito ~p que trata E!st~

Maio de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 18 10041

Pr':'J@to de Decrete, Ll';IQi'.;lativ,:., numêl dem,:m<;tl'"';lf:~r., de C':'YBQE'mdJ.ante de um d.:.s acontec.l.mento:.s mais lament~veis da hist'-""l.êl.do Brasil, qlJe foi iõ\ implantaJ=1ifo:. da Pollticoõ\ Nucl~;;\r ~,

pYincipalmente, das IJsinas nucleares de Angrê dos Reis.

S.I •.das Sess>.l~s, 14~0~1993.

Deputado:. FABIO FELDMANN

LocaIidacIesfora da ZPEque poderàoseratilgidasporuma PLUMA liberadade Angra1

LEGISlAçÃO CITADA, ANEXADA PElA COORDENAÇÃODAS COMISSÕES PERMANENTES

CONSTITUIÇÃO

REPúBUCA FEDERATIVA DO BRASJL1988

Título 111

DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO.............................................................................

Capitulo 11DACJNIÃO

Art. 21. Compete à União:......................., ..

a) toda atividade nuclear em território nacional somentesera admitida para fins pac:.. __ .". ";i10 do Con-gresso I'iaciomll:

.............................. ..Título IV

DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

Capítulo IDO PODER LEGISLATIVO

SeçlolDo CongTe6!1o Nacional

.................................................... .; ..SeçioU

Ou Atribulçós do COngre6MJ Nacio,.

ArL 49. É da competência exclusiva cio Congresso Nacional:

. .XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o

aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra deriquezas minerais;

............................................................... ,. .Título VIII

DA ORDEM SOCIAL

....................................................... * ..

Capítulo VIDO MEIO AMBIENTE

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologica­mente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencialà sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e àcoletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentese futuras gerações.

§ 1~ Para assegurar a efetividade desse direito, incumbeao Poder Público:

I - preservar e restaurar os processos ecológicos essen­ciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;

11 - preseriar a diversidade ea integridade do patrimôniogenético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa,. ml'lni"u(ll('ãn cifI! material genético;

iJI - aellmr, em todas as unidades da Federação, espaçosterritoriais e seus componentes a serem especialmente prote­gidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente atra­vés de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integri­dade dos atributos.que justifiquem sua proteção;

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ouatividade potencialmente causadora de significativa degradaçãodó meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a quese dará publicidade;

V - controlar a produção, a comercialização e o empregode técnicas, métÕdos e substiillcids que Lomportem risco paraa vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;

VI - promover a educação ambiental em todos os níveisde .ensino. e a conscientização pública para a preservação domeio ambiente;

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma dalei, as práticas' ql,le coloquem em risco sua função ecológica,provoquem a extinção de espécies ou submetam os animaisa crueldade.

§ 2° Aquele que explorar recursos minerais fica obrigadoa recuperar o meio ambiente degradado. de acordo com soluçãotécnica exigida pelo órgão público competente. na forma dalei. ..

,.......... O' .

LEI N' J.737. DE 15 DE JULHO DE 1965

(Texto consolidado)

Institui o CódiKO Eleitoral.

o Prosldente da Republlca:Faço saber que sancIOno a seguinte LeI. aprovada pelo Congresso NaCIonal.

nos terma. do ano 4". capUl.' do Ato InstitucIOnal de 9 de abnl de 1964:

PARTE PRIMEIRAINTRODUÇÃO

A-t '''' c r..:..I:_ , --_.0:- -"':mas destinadas a assegurar'a organização eo exen..:l.:...· U' ·.l u ..... ~.~ ~ .......... ,... ....,,·Ipuamente os de votar e ser yotado.

10042 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)._-----_._------- Maio de 1993

Parqrafo único. Q Tribunal Supenor Eleitor~ expedirá instruções para sua fielexecucáo.

Art. l' Todo poder emana do povo e será exerCIdo em seu nome. por manda·tários escolhidos. direta e secretamente. dentre candidatos indicados por partidospolíticos nacionaIs. ressalvada I ....lçio 11"'1"'18 nos casos previstos na Constituiçãoe leIS específicas. (')

Art. 3' Qualquer cidadio pode pretender investidura em carJo eletivo. respel'tadas as condiçócs constitucionais e feJais de ele.ibilidade e incomoatibilidade.

Art. 4' São eleitores 05 brasileiros IUIono de li _ que .. alistarem na lormada lei. (:)

Art. 5' Não IlQdem alistar·.. eleitores:1- OI aaallabdOl: (')11 - 05 que não saibam exprimir,.. na línJUa 'nacional:1Jl- os que estejam privados. temporária ou definilivamenle. dos direItos politi·

.....................................- .

III - que o financiamento se destine a atender

exclusivamente aos interesses daqueles sócios.

§ 42 - A associação comunitária só pode ser be-

neficiária quando preent:hidos cumulativamente os seguintes .requi-

si tos:

I - que a entidade sej a constituída apenas de p,!.

quenos prod;.;tores que se dedicam à cultura de fumo;

I I - que o financiamento se destine a atender B~

clusivamante aos intB=esses dos seus .sócios;

III - que a entidade seja efetivamente adminis -

IV - que o financiamento se destine a atividadesPROJETO DE LEI N° 3.687, DE 1993

(Do Sr. Elias Murad)

trada em beneficio dos sócios;

Institui Programa Especial de Crédito de Custeio e de

Investimento para. Substituição da Cultura Fumageira

por Culturas Alimentlcias Bãsicas.

lAs COMISSÕES DE AGRICULTURA E pOLíTICA RUllAL, DE Fl••ANCAS E TRIBUTACAo, E DE CONSTITUIçJ\O E JUSTICA E DE

REDACM (ART. 5~) - ART. 24, II)

próprias

Art. 32 - Os limites de fi,anciamento e a inci-

d~ncia de encargos financeiros, na ~once!lsão de empréstimos, atr,!

vés do Programa Especial, de que trata o art. 12, obedecerão às

seglJintes condiçõf,ls:

_ Para crédito de Custeio:

(setenta por cento) da variação nominal da Taxa Rer6rencial.

limi te da financiamento: até 1 DO" (cem por

cento) do orçamento de crédito de custeio;o CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 12 - Fica instituída a Programa Especial de

Crédito de Custeio e de Investimento destinado ã 5ubstituiçio da

Cultura FU':lageira por Culturas Alimentícias BáSicas.(oito por cento)

b - encargos financeiroe: taxa de juros de

ano e atualização monetária equivalente a 70%

Art. 2Q - São benl!:ficiãrios do Programa os pequ2,.

nos produtores rurais, proprietários, titulares do domínio útil

ou pos~uidores, a qualquer titulo, de pequeno im6vel rural, desde

qua se dediquem produção da cultura do fumo.

II - Para crédito de Investimento destinado

financiamento de bens de capital fixo ou semirixo:

a _ limite de financiamento: até 100" (cem por

cento) do velar do bem;

seguintes condições:

(setenta por cento) da variação nominal da Tax.a Referencial.

Art. 42 - tl amortizeçl':io do débito obedecerá às

§ 1Q - A contratação do crédito podsrã ser feita

,{l'or beneficiiírios individualmente ou organizados em empresas coo­

perativas ou qualquer tipo da associaçio comunitária.

§ 2Q - Para participar do programa é indispensá­

vel que o produtor, além d& se dedicar ã: cultura do fumo:

(oito por cento)

B _ encargos financairos; tbxa de juros de

ano e at..Jolizaçlio monetária equivalente a 70%

I - crédi to de cuatoia: em parcelas mensais,

I - detenha a posso ou propriedade dl:t unidades

iaCIladas ou contlguas, com área tottil não superior a 100 ha (cem

hst:tarBs) ou a 2 (dois) módulos fiscai!!., prevalecendo o maior pa-

rAmetro;II - tenha como principal rente de renda a expl2,

raçio de sua unidade produtiva 8 nio aufira rendimentos prevenie!.!

tes de iJmprego fixo;

111 - explore dirotambnte o imóvel 3 BOI' bonefi-

Coiado, predominantemente com a força de trabalho familiar;

IV - resida na propriedade ~u em aglomerado

iguais e suces!livas, no prazo de até 12 (doze) meses.

II - crédito de investimento: apo!l o período do

carAncia, em parcelas semestrais, iguais e BucB!lsiva8, nos 8egui!.!

tas prazos:

a - de até a (oito) anos, para inve!!timento de

capital fixo, com prazo de carAncia de trfid anos;

b - de ati 6 (seis) anos, para investimentos de

capi tal semifixo, _com. prazo de carência de doi!:! anos.

Art. 52 - O benericlá:io pode tsr acesso a

Art. 72 - Os recursos dostinados à constituiçio

It à continuidade das l.lperaçÕbs do ProgrOi!lB, de que trata esta

Art. 62 - Cabe 80 Poder Executivo a presta.;.i!io de

Ass~st6nci8 Técnica dur:Jnte todo o poríodo do ato do financiamell

to até a amortização da última parcela do benefício.

rol próximo.§ 3" - A cQoperativa de produtores rurais só po­

ds ser bsneficiária quando preenchidos cumulativamsnto 08 seguin-

tos requi8i tos:

1 - que 8 entidedo tenha pelo manos 70" (setenta

por cento) de seu q.Jadro so,::ial ativo composto de pequenos produ­

tores que. se dedicam • cu! tura do fumo;

tI'O fin~nciamento,

tuaçfio regular.

operações anteriores estiverem em si-

II - quo a entidade seja efetivamente administr,!

da em benefício dos socios indicado!! no inciso anter~or;

19i, proviria das seguintes fontes:

I - Orçamento das Operações oriciuis de Crédito;

Maio de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 18 10043

11 - depôsil=:s compulsórios efetuados pelas in!l- ficou com -0.4". Ademais t em toda a década de 80 a prodwç§.o "per

tituiçi5es financeiras junto ao Banco Central do Brasil; capita" de alimentos reduziu-se sobremaneira.

111 .. dotações orçamentárias e outros recursos

previstos em lei; Assim fi Que, no Brasil, tl foma e B desnutrição

I V retornos e resultados de suas orerações. atingem uma grande pBr::ela da população. De acordo com a Pesquisa

constar no Projeta da Lei Orçamentária as dotdções ne:::essárias p.!

ra fazer face 80S sub!lí.dios e benefícios de natureza financeira

Art. 8~ - Anualmente, a Poder Executivo Fará Nacional de Saúde e Nutrição (INAN/IBGE-19B9) existiam .aproximad.!

mente BOO.OOO crianças (menores dg 5 anos) desnutridas.

decorrentes da aplicaçlio do disposto nesta lei.

Art. 90 - Esta lei entra etn vigor na data de !lua

1 .. pela necessidade de estimular 8 produr;,lio de

elimentos dada imensa população de desnutridos dJ) país;

2 - pelos grandes malefíCios cBusados ao ser hu-

ração do Congresso Nacional tem por e$copo instituir o Programa

de Crédito de Custeio e Inv.;:stimento para substituição da cultura

dD fumo por culturDS alimentícias básic83.

Esta proposta justifica-se:

Por isso, cI"emoa Que nOS5a proposta, ao intentar

a substi tuição da cultura do fumo por cul turas alimentícias, con-

tribuirá por certo para o aumento da pl:'oduçiio da alimentos bási _

coa e assim satisfazer as necessidades alimentares de nossa pO;JU-

lei.

S8~a das Sessi5es, em R de AA! e de 1993.

/

El!JS9S, os fundamentos de nOBSS proposta quo, lU­

peramos, receba o apoio dos ilustres Pares para se transformar em

disposiçi5es em contrá..Art. 10 - Revogam-se

projeto de lei que ora apresentamos à :::ol'1eide-

Sala da. se.~5••• /ti/lo/C? 3

/~ ~1f:,//Y l "'. 'i(f,14i.~ "'""""

JUSTlFlCAçAO

rio.

publicação.

mano pelo tabaco, que segundo a Organização mundial de SaúdA

no maior problema de saúde pública, fazendo mal aos que fumem

80S que não fumam mas silo atingidos pelos tóxicos exalados lJ i

PROJETO DE LEI N° 3.688, DE 1993(Do Sr. Fernando Freire)

3 .. peÜli!1 doenças relacionadas ao maciço uso de

aoJrotoxico::. 110 plantio de fumo e que são sxtremamente prejudi-

ciais aos fumicultores;

4 - pelo progressivo abandono do fumo nos paí!lBS

desenvolvidos e mesmo nos palsss am desenvolvimento;

Cria o Programa Nacional de Irrigação e dá outras providê~

cias.

Os crMISSOES DE JJCSEN\OLVIMENrO UR1lAN O E INI'ERlOR; DE AGIUaJLTIJRA E

POLf'rICA RI.IlAL; DE FINANÇAS E TRIlIlTAÇ}l); E DE <XJNsrrnrrC1O E JUSTIÇA

E DE REDAÇ}l) (AKl'. 54) - AKl'. 24. II)

5 ... pelo desmatamento causado pela utilização da o CONGRESSO NACIONAL decreta:

Na verdade, II fome e a desnutrição t~m rspl'sssn-

ca voltada para os produtos d.e exportação.

Na País, a praduçliio de alimentas básicas nunca

Foi vista com.) prioridade, os governos sempre adotaram uma polí.ti

Art. :0 ?ica criado, com atuação em todo

ficada do Ministério para este fim designado pelo Poder

Executivo.

o território brasileiro, o Programa Nacional de Irrigação,

destinado a tornar aptas à agricultura as terras de áreas

sujeitas a períodos prolongados de estiagem ou integran ­

tes de sistemas de irrigação natural articulados a rios e

lagos não perenes.Art. 20 O programa N~cional de Irrigação

integrará ações e recursos de todos os órgios da Admini~

tração Federal que atuem no setor, sob a supervisão uni-

que

madeira na secagem das folhas de fumo. Atribui-se a destruição deuma árvore para produção da trezentos cigarros.

t<ldo um gravíssimo problema para o BrasiL

não têm acesso a alimentação mínima.

São aproximadamente 70 milhões de pessoas

Nos últimos anos a produ~ão de alimentos no Pais

não evoluiu de uma maneira favorável. Nos anos 70, por exemplo, o

crédito subsidiado ~e destinou, na sua maior parte às culturas de

expol tação e energética.

Art. 30 O Programa Nacional de Irrigação

integrará organismos de ãesenvolvimento regional, asta~u-

al e local ãas várias instâncias da Administração Pública,

1e ordem a combinar recursos técnicos e financeiros

Exempl<.J disso é a soja qUIJ de 1966 li 7984 atin -

giu taxas de crescimento de 23,5" ao ano, ao passo qua o feijão

federais, estaduais e municipais. voltados especificamen­

te para a irrigação, nas áreas referidas no art. 10~

10044 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1993

Art. 40 A aplicação dos recursos destina­

dos pelo Orçamento Geral da União ao Programa Nacional de

Irrigação darã prioridade, nos termos do art. 43, SS 2Q e

cultando não só a sua sobrevivência, como a superação de

sua condição de pobreza, através do incremento da produ­

ção e da produtividade agropecuária. sobretudo dos ali -

3Q da Constitui~ão Federal, ao aproveitamento econêmico mentes.

e social dos rios e das massas de água represadas ou repr~

sÁveis nas regiões de baixa renda, sujeitas a secas perió­

dicas, cooperando com os pequenos e médios proprietários

rurais, visando ao estabelecimento, em suas glebas,de fon

tes de água e de pequenas irrigação.

programas de irrigação permitem uma maior

estabilidade na renda agrícola e mais competitividade nas

atividades rurais, tanto agropecuárias , quanto agroindu~

triais. O que acarreta o inicio de um ciclo virtuoso da

Art. 50 o Poder Executivo regulamentará e~

ta lei, no prazo de 60 (sessenta) dias apés a sua publica­

ção.Art. 6Q No prazo áe 60 (sessenta) dias apés

a publicação desta lei, o Poder Executivo enviará ao Congre~

50 Nacional mensaqem encaminhando modificações no Plano Plu­

rianual, na Lei de Diretrizes Orçamentárias e nO Orçamento

Geral da União, de ordem a dotar o Programa Nacional de Irr!

gaçáo dos recursos de que necessita.

Art. 70 Esta lei entra em vigor na data de

sua publicação.

properidades em nossas áreas interioranas, próprio de um

autêntico desenvolvimento rural.

Intento tão ambicioso não pode ser atribu!

do a um só ministério ou exclusivamente ao Governo Federal.

Trata-se , a rigor, de um amplo mutirão institucional, que

incorpora recursos das várias unidades da Administração

Federal e , também, dos Estados e Municipios.

Dada a relevância de tema para a segurança

alimentar do Pais e para a retomada sustentável do desen-

Art. aQ ~evogam-se as disposições em volvimento nacional, espero contar com o apoio dos nobres

contrárJ.oPares.

Sala das sessões, em Jf de abril de 1993

JUSTIFICAçAO

que, lI?ara efeitos aàministrativos, a Uniã.o poderá ar-

o art. 43 da Constituição Federal prevê

ticular sua ação em um mesmo complexo geoeconõmico e

''LEGIS~ÇÃO CITADA ANEXADA PELACOORDENAÇAO DE ESTUDOS LEGISLATIVOS - CeDI

CONSTITUIÇÃOsocial, visando a seu desenvolvimento e à redução das

desigualdades regionais". REPÕBUCA FEDERATIVA DO BRASll..1988

Estabelece a Lei Maior, no~ parágrafos

20 e 30 do citado artigo, que será dada.prioridade "P!.

ra o aprove1tamento econômico e social dos· rios e das

Capitulo VII

DA ADMINISTRAÇÃO PÚBUCAmassas de água represadas ou represáveis' nas regiões

de baixa renda, sujeitas a secas periódicas", incenti-

A presente proposição visa à criação ,

Investimentos em irrigação pos5~bili~arão

a montagem de infra-estruturas produtivas em áreas onde

a aridez climática penaliza os produtores rurais, difi-

"com os pequenos e médios proprietários rurais para o

estabelecimento, em suas glebas, de fontes de áqua e

de pequena irrigação".Art. 4~. Para efeitos administrativos. a União poderá articularsua açao em um mesmo complexo geoeconômico e social.visando a seu desenvolvimento e à redução das desigualdadesregionais.

§ 10 Lei complementar disporá sobre:I - as condições para integração de regiões em desenvol­

vimento;. 11 - a composição dos organismos regionais que execu­

tarão. na forma da lei, os planos regionais, integrantes dos planosnacionais de desenvoMmento econômico e social, aprovadosjuntamente com estes.

§ 2° Os incentivos regionais compreenderão. além de ou­tros, na fonna da lei:

Seção IVDas RegióeB

a recuperação de terras áridas e cooperandovando

por lei, de um vasto programa nacional de irrigação ,

privilegiando aquelas regiões constituci~nalmentepr~

vistas, de ordem a viabilizar o tlesenvolvimento regi2

nal e a redução das de.iguaidades entre os vários es­

paços brasileiros.

Maio de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 18 10045

I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de.custos e preços de responsabilidade do Poder Público;

" - juros favorecidos para financiamento de atividadesprioritárias;

111 - isenções, reduções ou diferimento temporário de tri­butos federais devidos por pessoas físicas ou juridicas;

IV - prioridade para o aproveitamentoeconômico e socialdos rios e das massas de água represadas ou represáveis nasregi~s de baixa rerda, sujeitas a secas periódicas.

§ 3° Nas áreas a que se refere o § 2°. IV. a Uníão incentivarái!l recuperação de terras áridas e cooperará com os pequenose médios proprietários rurais para o estabelecimento, em suasglebas, de fontes de água e de pequena irrigação.

PROJETO DE LEI N° 3.692, DE 1993(Da Sra, Socorro Gomes)

Dispõe sobre a obrigatoriedade de realização do exame

DNA na rede hospitalar pública.

(As COMISSOES DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMíLIA, E DE

CONSTITUIÇ1\O E JUSTIÇA E DE REDAÇ1\O - ART. 24, 11)

filhos e, conseqüentemente, a custearem" a' manutenção dos

mesmos, nos termos da tradição juridica e cultural da

nossa sociedade.

A Constituição Federal dispõe em seu art.

52, inciso LXXIV, que "o Est~do prestará assistência ju _

ridica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiê!!,

eia de recursos".

Inobstante a determinação constitucional,

nas Varas Cí.veis do País a:r;:rastam-se inúmeras ações de iE.

vestigação de paternidade, cumuladas com pedido de alime.!!

tos, há anos sem solução, por não possuirem as partes in­

teressadas condições financeiras para arcar com as despe...

sas do exame ONA nos laboratórios privados.

Tratando-se de inquestionável interesse

público com possibilidade concreta de atendimento desses

casos pela rede hospitalar pública brasileira, apresento

este Projeto de Lei na certeza de que estamos contribuin-

do com esta justa causa, resgatando o dever do Estado e o

direito constitucional do cidadão.

Dada a relevância da questão, conto com o

apoio dos meus ilustres Pares a, esta Proposição.

o CONGRESSO NACIONAL decreta:Sala das sessões, em de abril de 1993

Art .. 10 Será obrigatória na rede hospita­

lar pública a realização do exame DNA para investigação da

paternidade.

S lo O exame descrito no caput deste artigo

deve ser determinado por Juiz de Direito com jurisdicão no

âmbito de cada Comarca, cabendo ao interessado coml?rovar

que não está em condições de paga'r as despesas relativas

ao exame, por ser juridicamente pobre.

S 20 Presume-se pobre, até prova em contr!

rio .. quem afirmar esta condição nos termos da Lei NO 1.060,

de 05 de fevereiro de 1950, sob pena de pagamento até o d!

cuplo das despesas realizadas com o exame.

S 30 A impugnação do direito à gratuidade do

exame não suspende o curso do processo e serã feita em autos

apartados.Art. 29 Nos casos de impossibilidade de

realização do exame por parte de unidade hospitalar pú ­

blica, esta providenciará .. através do Sistema Onico de

Saúde, a realização do exame em laboratórios credenciados

para atender a população carente.

Art. 32 Terá prioridade do exame DNA a

pessoa que já houver obtido autorizacão judicial até: a

data da publicação desta Lei, observada a ord~m de pre ­

cedência.Art. 40 Esta Lei entra em vigor na data

de sua publicação.Art. 50 Revogam-se as disposições em con -

trário.

JUSTIFICAÇAo

Centenas de crianças encontram-se desampara-

das em todo o Território Nacional pelo simples fato de ser

impossível economicamente a realização do exame DNA que

"1.EGISLACAO CITADA ANEXADA Pl'LACOORDENAÇAo DE ESTUDOS LEGISLATlVOS,C,DI"

CONSTITUIÇÃOREPúBLICA FEDEIUlrJVJl DO BRASIL

1988

Titulo 11

DOS DIR.f~JTOSE GARANTIAS FUNDAMENTAIS

CdPIlU/olDOS DIREITOS E DEVERES INDMIXIAJS E COLETIVOS

Art. 5' Todos são iguais perante a lei. sem distinção de qual­quer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeirosresidentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade.à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

LXXIV - O Estado prestará assisténda juridic(t intpornl pgratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;

PROJETO DE LEI N° 3.697, DE 1993(Da Sra, Maria Laura)

Dispõe sobre a revisão do valor da pensão de servidor público federal civil, cujo óbito tenha ocorrido anteriormente ã vigéncia da Lei nQ 8.112; de 11 de dezembro de1990.

(As COMISSOES DE TRABALHO, DE ADMINISTRAçJ\O E SERVIÇO pOBLICO, DE FINANÇAS E TRIBUTAÇJ\O (ART. 54), E DE CONSTITuIçl\o E JUSTIÇA E DE REDAÇ1\O (ART. 54) - ART. 24, lI)

o Congresso Nacional decreta:atesta com segurança a paternidade.

Este fato tem inviabilizado a condenação pela

Justiça de pais irresponsáveis a assumirem a paternidade dosArt.

decorrente de1g A pensão, ordinária ou

falecimento ele servidor. públ.icoespecial ..

civil da

10046 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1993

União, de autarquia ou de fundação pública fedêral terá seu

valor revisto de forma que:

I - corresponda à totalidade da remuneração a que

o servidor teria direito, se vivo fosse e em exercicioestivesse, caso seu óbito tenha ocorrido entre 5 de outubro

de 1988 e 11 de dezembro de 1990, inclusive;

11 - tendo por base a remuneração do cargo ou

emprego ocupado pelo servidor à data do óbito ou da

aposentadoria, C'Orresponda a uma fração desta remuneração

igual à representada pelo valor da pensão à data de sua

concessão, caso o 6bito do servidor tenha ocorrido em data

",nterior a 5 de outubro de 1988.

Parágrafo único. Após a revisão, nenhuma pensão

devida a beneficiário de servidor civil falecido terá valor

mensal inferior ao 'salário minimo, pagando-se a diferença

para 'atingir o mesmo, quando existente, a título de

complementação individual.

Art. 2" Para efeito da revisão a que se refere o

art. 11:1, caso não mais exista o cargo ou emprego ocupado

pelo servidor à data do óbito ou da aposentadoria, a

determinação do valor da pensão terá por base:

I a remuneração do cargo resultante de

transformação do cargo ou emprego originalmente ocupado;

II - a remuneração de cargo de atribuições iguais

ou assemelhado, se a extinção do cargo ou emprego

originalmente ocupado não tiver sido correlacionada à

criação de qualquer outro.

Art. 31:1 As pensões de que trata esta lei passam a

ser atualizadas na mesma data e na mesma proporção dos

reajustes dos vencimentos dos servidores, sendo a elas

estendidos quaisquer benefícios ou vantagens que venham a

ser posteriormente acrescidas à remuneração dos servidores

em atividade, inclusive quando decorrentes da tra'1sformaçáo

ou reclassificação do cargo ou emprego ocupado pelo servidor

à data do óbito ou da aposentadoria.

Art. 4Q Permanecem conforme definidos

legislação que tenha servido de fundamento à concessão dapensão:

I - os critérios de habilitação e de distribuição

das cotas de pensão e a natureza vitalícia ou r..emporária dasmesmas;

I I os casos de perda da qualidade de

beneficiário e os critérios de reversão das cotasrespectivas.

Art. sg As pensões a que se refere esta lei

passam, em prazo não superior a 1BO {cento e oitenta} dias

após a vigência da mesma, a ser mantidas pelo órgão ou,

entidade de origem do servidor, ou por aquele que lhe tenha

sucedido, em caso de extinção, fusão ou incorporação. .

Art. 6g Os 6rgãos e entidades da administração

póblica federal constituirão comissões internas, cuja

composição e funcionamento serão regulamentados pelos

respectivos Poderes, tendo a incumbência de, dentro do prazo

assinalado no artigo anterior f proceder à revisão das

pensões de, sua competência 'e, 'quando for o caso,

providenciar a transferência das mes~a8 para sua

responsabilidade.

Art. 71:1 As despesas decorrentes desta lei correrão

à conta das dotações orçamentárias pr6prias,

Art. SQ Esta lei entra em vigor na. data de sua

publicação, com efeitos financeiros a partir do primeiro diado mês subseqüente.

JUSTIFIC/l.ÇÍiO:

Assim como todos os assalariados no Brasil, o

servidor público é vítima da inflação que lhe reduz

continuamente o valor real da remúneração. Mais do que os

servidores ativos, que ainda têm alg!1ll'l,poder, de mobilização

oara minimizar. as perdas inflacion(l'rlas, ,são,' os aposentados'

e pens ionistas 05 que têm sofrido, com maior rigor, os

efeitos da queda de poder aquisitivo sobre seus orçamentos

domésticos. No caso dos pensionistas, em especial, os

mecanismos de revisão do valor do benei{cio aplicados no

pass::ado foram insuficientes para restaurar o valor original

das pensões que, em casos extremos, situam-se hoje em

patamar inferior ao salário mínimo.

o r~conhecimento da injustiça representada por tal

estado de coisas conduziu à inserção na Carta Magna dos SS

4Q e SQ do art. 40, assegurando não apenas o valor integral

da pensão, mas também sua revisão, na mesma proporção e na

mesma data, sempre que ocorresse modificaçáo na remuneração

dos s~rvidores em atividade. No entanto, tal preceito

somente passou a ter eficácia a partir da vigência da Lei n<;l

8.112, de 11 de dezembro de 1990, que instítuiu o regime

jurídico dos servidores civis da União, das autarquias e das

fundaçóes públ icas federais,

Se a condição financeira dos pensionistas de

servidores falecidos após a edição dessa lei passou a ser

segura, o mesmo não se pode dizer dos beneficiArios de

servidores cujo 6bi to tenha ocorrido em data anterior.

Conforme entendimento já expresso em pareceres da Secretaria

da Administração Federal, bem como em decisões do Tribunal

de Contas da União, as pensões mais antígas, concedidas com

base em legislação anterior, f icaram fora do alcance da

referida lei.

Em conseqüência, para que se possa propiciar um

valor digno às pensões ordinárias 011 especiais anteriormente

instituídas, é necessária determinação legal expressa. Neste

sentido tomamos a iniciativa de propor o presente projeto de

lei, no qual distinguimos duas situações.

A. primeira situação é referente às pensões

concedidas por falecimento de servidor ocorrido :i~ sob a

égide da Constituição de 198a, mas antes que entrasse em

vigor a Lei n Q 8.112, de 1990: neste caso, entendemos

indispensável conceder, em sua plenitude, os direitos

estabelecidos na Carta atual. A segunda situação a ser

contemplada é a das pensões instituidas em decorrênc ia de

6bito de servidor verificado ainda sob :> direito

constitucional anterior: acreditamos que aí deva prevalecer

a norma legal que tenha fundamentado a concessão de tais'

pensões, as quais devem estar apenas sujeitas a revisão que

recomponha seu valor original.

Em qualquer circunstância, a pensão paga pelo

Tesouro nâo poderá ter valor mensal inferior ao salário

minimo. Além de atender ao requisito básico de subsistênciade seus beneficiârios, tal determinação visa a reconhecer

direito que, amparado na Constituição, já foi plenamente

concretizado no âmbito das pensões pagas pela Previdência

Social.Os demais dispositivos do projeto que ora

apresentamos têm o propósito de viabil izar a revisão

proposta e de evitar que as distorções hoje verificadas no

valor das pensões venham a repetir-se nCl futuro.

Confiantes no elevado espirito de justic;a de

nossos ilustres Pares no Congresso Nacional, esperamos que

a proposição possa vir a transformar-se em norma legal,

restauradora dos direitos dos pensionistas~ O

Sala das Sessões, em I.J- de /41:.:A 1 L de 1993.

M/t~~Deputada (MARIA LAURA

"LEGISLAÇAO CITADA ANEXADA PELA';uORDENAÇAo DE ESTUDOS LEGISLATIVOS,CIDI

CONSTITUIÇÃOREPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

1988

Maio de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 18 10047

Titulo 111

DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

----- -- ------_ .. ~---- -._--- -..-_.- ._--_ _ .Capitulo VII

DA ADMINISTRAÇÃO PÓBUCA

Seção UDos ServIdores PúbJIcM CMs

Art. 39. A União, os Estados. o Distrito Federal e os Muni·ríniol': irS"Jtuiréo. no âmbito de sua competência. regime jurídico.....'-'-' t. pidnU~ dt.. carreira para os servidores da administraçãopública díreta, das autarquias e das fundações públicas.

§ 1~ A lei assegurará, aos servidores da administraçãodireta. isonomia de vencimentos para cargos de atribuiçõesiguais ou assemelhados do mesmo Poder ou entre servidoresdos Poderes Executivo. "legislativo e Judiciârio, ressalvadas asvantagens de caráter individual e as relativas â natureza ou aolocal de trabalho.

§ 2& Aplica-se a esses servidores o disposto no aIt. 7",IV. VI. VII. VIII. IX. XII. XIII. 'IN. XVI. XVII. XVIII. XLX, xx. XXII. XXIIIe xxx.

Art. 40. o servidor será aposentado:I - por invalidez permanente, sendo os proventos inte-

~~~~~ud~~~~~rr;~~~ g~n~~~~teo~%~~~3cl: ~~~~f~em lei, e proporcionais nos demais casos;

" - compulsoriamente. a05 setenta anos de idade, comproventos proporcionais ao tempo de serviço;

lU - voluntariamente:a) aos trinta e dnco anos de serviço, se homem. e ao5

trinta, se mulher. com proventos integrais;b) aos trinta anos de efetivo exercído em funções de ma·

gistério. se professor. e vinte e cinco, se professora, com proven­tos integrais:

c) a~ trinta anos de serviço, se homem. e aos vinte ecinco, ~ mulher, com proventos proporcionais a esse tempo;

d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem, e aossessenta, se mulher, com proventos proporcionais ao tempode serviço.

§ t ~ Lei complementar poderâ estabelecer exceções aodisposto no inciso m, a e c, no caso de exercicio de atividadesconsideradas penosas. insalubres ou perigosas.

~ 20 A lei dispara sobre a aposentadoria em cargos ouempregos temporários.

§ 30 O tempo de serviço público federal, estadual ou mu­nicipal serâ computado integralmente para os efeitos de aposen­tadoria e de disponibilidade,

PROJETO DE LEI N° 3.698, DE 1993(Do Sr. Waldomiro Fioravante)

Regulamenta o artigo 203, inciso V, da ConstituiçãoFederal, com relação aos benefícios para deficientese idosos.(APENSE-SE AO PL. N9 1.428/91)

o CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. '0 F'lca assegurado o benefício de um salário minimo mensal, independente de contribuição para a Seguridade So­cial, aos portadores de deficiência física ou mental, temporáriaou permanente, como também aos idososacOm idade superior a 65(sessenta e cinco) anos, que não. possuam rendimentos mensais pa­ra manter sua subsistência ou de sua família.

Art. 20 Considera-se pessoa portadora de deficiênciafísica ou mental, aquela que sofre de perda, na formação ou ano­malia de órgãos; estrutura ou função mental, Fisiológica ou ana­tOmica que inviabilizem o exercício normal de atividade profisslonal remunerada.

Art. 30 O. deficiênte físico ou mental para obter 05benefícios previstus na presente lei, deverá apresentar requeri­mento perante a Previdência Social, que realizará perícia médicapara comprovação da deficiência prevista no artigo anterior, bemcomo apresentar declaração negativa de rendimentos mensais, sub!crita por 3 (trêS) testemunhas.

Art. 4a Quando indeferido o benefício, o benefici'rlo em açlo judicial, poder' requerer Medida liminar obrigando opagamento provisório do benefisio previsto no art. ,a, apresen­tando documentos previstos nos artigos 20 e 3a da presente lei.

Art. 50 O idoso para gozar dos'benefícios previstos napresente Lei, deverá apresentar requerimento com comprovante deidade por meio de documentos previstos em Lei.

Art. 7a Esta Lei entra em vigor na data de sua publica-

*4 Os proventos da aposentadoria serão revísto~, namesma proporçâo e na mesma data, sempre que se mochficara remuneração dos servidores em atividade. sendo tambemestendidos aos inativos quaisquer beneficios ou vantagens poste·riormente concedidos aos servidores em atividade. ínclusivequando decorrentes da transfonnação ou reclassificação do car­go ou função em que se deu a aposentadoria, na forma dalei.

§ 5" O beneficio da pensão por morte corr_esponder~ àtotalídade dos vencimentos ou proventos do ~efVIdor faleCld?,.t.. n Iimi'I> "'d~b~lecidoem lei. observado o dIsposto no para·

Art. 60 A Previdência Social deveráprevistos na presente Lei, retroativamente05.10.1988, a todos os deficiêntes e idosospossuir os requisitos previstos na presenteda promulgação Federal.

pagar os beneficiosdesde a data deque demonstrarem

Lei, desde a data

O'

ArL 41. São estáveis. após dois anos de efetivo exercício,OS servidores nomeados em virtude de concurso públiCO,

§ 1" O servidor público estável só perderá o carg~ emvirtude de sentença judicial transitada ~m julgado ou medIanteprocesso administrativo em que lhe seja assegurada ampla de­fesa.

§ 20 Invalidada por sentença judicial a demissão do servi­dor estável, sera ele reintegrado, e o eventual ocupante d.a va9areconduzido ao cargo de origem. sem direito a indemz.açao.aproveitado em outro cargo ou poslo ~IJI disponibilidade.

§ 30 Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade,o ~rvidor estável ficara em disponibUidade remunerada, atéseu adequado aprov~itamentoem outro cargo.

SeçãoUJDoII Servk/oTeII PúbHCOII MUltJue11

LEI N' 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990

I:JuptK1OM"rqurw-)llridJ('odr:JJS~mdorr, Plit>l~UI Clm da l/tU"'"tItu~ r dlUfutx1lJ{;;'.J puNtra.ljrdnrJlj

... _----_ - .

ção.

Art. 80 Revogam-se as disposiçOes em contrário.

Jl!STIf'ICACIIO

Q presente Projeto de Lei, prevê a regulamentaç~c doArt. 203, V, da Constituição Federal. A referida Norma Constit~

cional procurou pagar uma dívida social que se acumula no paíscom relação às pessoas deficiêntes e idosas.

Salienta-se, que, desde a promulgaçao da Constitúiçãoos beneficiários tem ,assegurado o direito, em receber um salá­rio mínimo por mês. Entretanto, lamentavelmente estes direitosainda não estão sendo cumpridos, impondo-se que, urgentementese busque a regulamentação desta Lei, para que inúmeras pessoaspossam gozar de indispensável benefício.

A presente regulamentação prevê ainda a possibilidadedo Poder Judiciário conceder liminares, para evitar medidas pr~

telatórias que possam ser usadas pela Previdência, como também

10048 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1993

Sala das

o pagamento retroativo à todos os beneficiários que possuiam osrequisitos legais para obter o benefício, ainda na data da pro­mulgação da Constituição Federal.

sessõ~; ~~de abril de 1993.

fM:.~--/Deputado WALDOMIRO FIORAVANTE

"LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELACOORDENAÇÃO DE ESTUDOS lEGISLATIVOS - CeDI

CONSTITUIÇÃO

REPúBLICA FEDERATIVA DO BRASll..1988

..•.........................._._._ _._._ -.._._.__ _-1ltulo VIU

DA ORDEM SOCIAL

......- ..

Capitulo nDASEGOmDADESOC~

...................................................... -- .

SeçiolVDa~Sot:Ili/

Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela ne­cessitar, independentemente de contribuição ~ seguridade s0­cial, e tem por objetivos:

v - II garantia de um salário mínimo de benefício mensalà pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovemnão possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-Iaprovida por sua família, conforme dispuser a lei.

......................................................................................................

PROJETO DE LEI N° 3.701, DE 1993(Do Sr. Carlos Alberto Campista)

Considera insalubre a profissão de carteiro~ e dá outrasprovidências.

IAPENSE-SE AO PROJETO DE LEI N9 1.339, DE 19911

•o Congresso Nacional decreta:

Art. 19 - ~ considerada insalubre a profisalcde carteiro.

Art. 2Q - f assegurado aoa integrant•• da ca­

tegoria de que trata o artigo antarior, a apos.ntadoria es­

pacial, após vinte 8 cinco anoa da exercício .'etivo, inda­pandanta da limita da idada.

Art. 3Q - Os encargos decorrentes desta lei

onar.rao as fonta. da racalta da que trata o Título IV da

Lai nQ 8.212, da 24 da julho da 1991.

Art. 4Q - E.ta lli sntra Im vigor na data oe.ua publicaçlo.

Art. SQ - Revoga•••• as disposições gm contr!rio.

JUSTI FICAÇKo

o. carteiro. da E~r.a. 8raai1aira Cor raios B

Teligrafoa exercam sua. atividad•• em condiçO•• adversas

difíceis. No exerclcio de ••u trabalho enfrentam c sol, •

chuva, o frio. o calor. Percorram. pi oa r.c.~tD. perigosos

di no.... ravIla., subindo a da.cando til .orro•• -Paoatr.m nos

luoarljoa maia long1nquo. dI noas. Amazani., n. nobrl tarefa

da Intrlg.r c.rt.a a outraa corra.pondIMcia., la cidldlo bra­

ailliro. O alcrirício i.port. no tr.nsportl di pa.ada. sac~

las sobra os ombroa, qUI, muita. vaZI., ultr.p••••~ 08 15 qu!

101; n. axpoaiçlo, qu••• qUI par••nlntl, ao. ataqu•• di eaa.,

nlo r.r•• VIZI. hidrófobos, f.z.ndo com que •• t ••aja o maia

comum dos acidenta. da trabalho da cateooria profissional do.

cartairos •

Atandlnto à ju.ta rlivindicaçlo delaa categoriaprofissional é qUI, atr.vi_ dllta proposiçlc, pratandl-aa _!eançar proteçlc .~paci.l ••••• atividad••

Conta-a., pois, com a .enaibilidada in.rent.

aoa mlmbro. d•••• Poder Legisl.tivo, para aprovaçlo dista pr~

jeto.

Sala da. Sa••Oas, 15 ds Ibril di 1993

li' .......lL.~......., .C~-->- .... \.Daputado CARLOS ALBERTO CAftPISTA

"LEGISlAÇAO CITADA ANEXADA PFlA~vORDENAÇAo DE ESTUDOS LEGISLATIVOS-CeOI""

LEI N~ 8.212, DE 24 DE JULHO DE 1991

Dia~ M>bre a or,anizaç'o da &prj·dade Social, institui Plano de Custeio e d.outras provitllncias.

T1TULOIV

Da Assistência Social

Art. 4~ A Assistência Social ~ a polít.ica social que provêo atendimento das necessidades básicas, t.raduzidas em prote­çlo à família, à maternidade, à inflncia, à adolescência, à velhi­ce e à pessoa portadora de deficiência, independentemente decont.ribuiçlo à Seguridade Social.

Parágrafo único. A organizaçlo da Assistência Social obe·decerá às seguintes diret.rizes:

.) descent.ralizaçlo polít.ico-adminisuat.iva;b) panicipaçlo da populaçlo na formulaçlo e cont.role da.

açoel em todos OI níveil.

TtruLOVDa Qreanizaçlo da SeiUridade Social

. - - '

Maio de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)- Terça-feira 18 10049

PROJETO DE LEI N° 3.702, DE 1993(Do Sr. Jackson Pereira)

Altera a redação do parãgrafo 29, do artigo 140 da Lei n9~i~~~~t~~i~:d:~ julho de 1991, elevando o valor do auxl

(APENSE-SE AO PROJETO DE LEI N9 2.216, DE 1991)

O Congresso Nacional decreta.

Art. 1. O S 2. do art. 140 passa a vigorar coma seguinte redação:

"Art. 140 •••••••••••••••••••...••••........................................S 2. O auxilio-natal idade consistir~

no pagamento de uma parcela única no valorde Cr$ 17.000,00 (dezessete milcruzeiras) •

T1TULOIV

Das Disposições Finais e Transitórias

...................... '" _--_ ..-..-_ ..

Art. 140. O auxílio-natalidade será devido, após 12 (doze)contribuições mensais, ressalvado o disposto no § 1?, à segura­da gestante ou ao segurado pelo parto de sua esposa ou compa­nheira nlo segurada, com remuneraçlo mensal igualou inferiora CrI51.000,OO (cinqQenta e um mil cruzeiros).

§ I? Nlo seria exigidas, para os segurados especiais defi·nidos no inciso VII do art. lI, as 12 (doze) «IntribuiçOes men­laia.

§ 2? O auxílio-natalidade consistirá no pagamento de umaparcela única no valor de Crl5.000.00 (cinco mil cruzeiros).

.. -_._._- -.. _ _----- - , - .

Art. 2. Os efeitoll finaftceiros decorrentes daaplicação do disposto nesta Lei correrão a conta do Orçamentoda Seguridade Social.

Art. 3. Esta Lei entra em vigor na data de suapub.Licaçio.

JUIITIFICllÇIo

PROJETO DE LEI N° 3.703, DE 1993(Do Sr. Gonzaga Mata)

DispÕe sobre a criação de beneficio mensal para as pessoasportadoras de deficiência e idosos carentes.

(APENSE-SE AO PROJETO DE. LEI N9 1.428, DE 1991)

~ CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 40 O Poder Executivo regulame"tará esta Lei "Oprazo de 30 (tri"tal dias a partir da data ~ê sua publicaç~o.

~rt. ,. É devido be"eficio me"sal "o valor de umsalário mi"imo às pessoas portadoras de deficiê"cia e às pessoasque possuam mais de 65 (sesse"ta e ci"col a"os de idade, desde Quecomprovem não possuir meios de prover à própria subsistência ou detê-la provida por sua familia.

será

data de sua

esta lei

~rt. SQ Esta Lei entra em vigor napublicaç~o .

~rt. 2. O be"eficio de Que trataCo"cedido pelo Mi"istério do Sem-Estar Social.

Art. 3. A especificaç~o das regras para a co"cess~o

do benefício, inclusive dos níveis de deficiência passíveis decobertura, será objeto do regulamento.

A Lei n. SJj213~· derlA4 julho de 1991,estabeleceu uma diferenciaçÃo equivo da entre beneficiosprevidenci!rioB de mesma natureza.

De fato, a concessio do auxilio-funeral passoua ser devida para os segurados que percàbese.. até Cr$51.000,00, valor vigente em abril de 1991, e o valor dessebeneficio era equivalente a Cr$ 17.000,00, o equivalente a 1sal~rio minimo da época.

Por outro lado, o auxilio-natalidade também.

passou a ser devido aos segurados que percebessem até Cr$51.000,00, mas no irrisório valor de Cr$ 5.000,00, isto é,

mais de três vezes menor do que o valor estipulado para oauxilio-funeral.

LEI N? 8.213. DE 24 DE JULHO DE 1991

.......- -•.....•..•..... -- - .

Djsp~ sobre os Plano. de &nrtickMda Prevjd~nci. Soci,l • dá Oqrr. pro.,;'d~nci••.

Justl flceçlo

Art 60 Revogam-se as disposiç~es em co"trário.

O prese"te projeto de lei busca ate"der ao dlsposto"O i"ciso V do art. 203 da Co"stituiç~o Federal, o qual prevê:

"Art. 203 - A assistê"cia social será prestadaa quem dela "ecessitar, i"depe"de"teme"te deco"tribuiç~o à seguridade social, e tem por objetivos:

V - a gara"tia de um salário minimo de be"eficiome"sa1 à pessoa portadora de deflciência e ao idosoque comprovem "30 possuir meios de prover à própriamanutençlo Ou de tê-la provida por sua família,conforme dispuser a lei (grifo nosso)."

Como ° texto constitucional frisou a necessidade delei para defi"ir 05 critérios de co"cess~o do be"eficio, o direitonele previsto não se efetivou automaticamente, requerendodiscipliname"to media"te lei ordi"ária.

Oia"te disso, o prese"te projeto de lei vemregulame"tar a matéria para assegurar o cumprimento do dispostoco"stituclo"al e, por consegui"te, permitir que os deficie"tes eidosos care"tes possam, e"fim, usufruir de t~o importante be"eficio.

Em face da inquestio"ável relevâ"cia e de seu elevadoco"teúdo de justiça social, esperamos contar com o apoio dos ilustresmembros desta Casa para promover a sua aprovação.

Sala das Sess~es, ir de .;;~.("L de 1993.

J' 'I 'iOeputaj:lo GCJNlZ4S'A M~, __

de 1993.

IM

Sala das Sessões

~tew~"LEGISLACAO CITADA ANEXADA p~ LA

OOORDEHAÇAo DE ESTUDOS LEGISLATIVOS. C.D,

Entendemos que a diferenciação existente nio seaplica, uma vez serem ambos os beneficios de car~ter auxiliare de prestação única.

A nossa proposição pretende igualar o valor dosauxilios funeral e natalidade em Cr$ 17.000,00, valor de abrilde 1991, e que hoje equivaleria a Cr$ 1.576.085,92. Com isso,o segurado contaria com mo auxilio financeiro efetivo porparte da Previdência Social.

Por todo o exposto, contamos com o fundamental

apoio dos nobres Pares para a aprovaçio de te nosso projeto delei.

10050 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1993

''LEGIS~ÇÃO CITADA ANEXADA PELACOORDENAÇAO DE ESlUDOS LEGISlATIVOS - CeDI

O!l)tantE$

Polrcla Militar do Distrito Ftlderal.atinentes

CONSTITUIÇÃO Art. 4Q A op~io de ,ut trata esta lei dtY~râ ser

exercida no pr~zo de um ano a partir dt sua vj9inCI~.

REPúBUCA FEDERATIVA DO BRASIT..1988

Art. 52Pllb li cac:ao ..

~5t~ leI entra em vIgor na dat~ de su~

............................._ _ . Art. 69 Revogam-~e as d15Posi~ÕRS em contrário •

Título VIII ./USTInCI\:I1I1I

DA ORDEM SOCIAL

.._ , ..

A transforma~ão e a instalaçio do~ Estados de

Roraima e Amapá pautou-se pelas normas ~ critérios adotados

na criação do Estado de Rondôniar nos t~rmos do art. 14 r J

29, do Ato das Disposições Constituciona:s Transitórias.

le: ..

indiv:dua:s em f:odas as instâncias r a ~ar de reafirmar

catesoricam~nte o prlnc(~lo de .gualdade de todos ?erante a

entretantor re5gatou198B.Const l tu i ~ão deA

~ Estado de'~ondônja, ?or su~ VE%, TOl criado r

instalado n05 termos da Lei Complementar 09 41r de 22 de

dezembro de 1981 r que estabeleceu yma di~crí.lna~io

inaceitável no Que rE~peita aos direitos dos ~tryidores

militares dos antigos Territórios, eM rElação ao correto

tratamento dado aos servidores civis. Enquanto a estes ~oi,

acertadamente, garantido O direito de op~ão ~ela ptrmaninc:a

como s~rvidor fedEr.! ou p~lo ingresso nos quadros

€staduaís, aos milit~res isso f"oi $ulU.ríamRnt~ negado r numa

atitude bem t {pica do momEnto pol{tíco qUE então SE vivia •

Seção IVDa Assi6tênda Social

Art.. 20~. A assistência social será prestada a quem dela ne­c~ssltar, mdepen~e~temente de contribuição à seguridade s0­CIal, e tem por objetivos:

Capítulo 11DA SEGURIDADE SOCIAL

v - a garantia de um salário mínimo de beneficio mensalà pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovemnão possuir meios d,: prover à pró~ria manutenção ou de tê-IaproVIda por sua família, conforme dIspuser a lei.

...... , ..

~,~QIS, com o amparo e sob ~ iglde Jesses dOIS

Instlt1ltos ~ue apr~s~ntamo5 o presente ~roJ~to ~IJ€ ~l~a.

1ntes UE' t l.1do, reparar Ilma InJIJztil:a r corr19lncc, ;;unca C:ll~

Dispõe sobre o direito de opção pela permanência no serviçopúblico federal, dos servidores militares dos extintos TeEritórios Federais de Roraima e Amapá.

PROJETO DE LEI N° 3.704, DE 1993(Do Sr. Luciano Castro)

5e:rvldoYe:s nJl~:tarE"s dos E:::tintos TerrItórIos.tratamento lolPosta a05tardl~mente, a deSigualdade de

''LEGIS~ÇÃOCITADA ANEXADA PElACOORDENAÇAO DE ESlUDOS LEGISLATIVOS - CeDI

ADMINIS(ART:­

54)

(As CDMISSOES DE DEFESA NACIONAL; DE TRABALHO, DETRAÇ!O E SERVIÇO POBLICO; DE FINANÇAS E TRIBUTAÇ!O54); E DE CONSTITUIÇ!O E JUSTIÇA E DE REDAÇ!O (ART.ART. 24, Ir)

o Congre~co NaCIonal dec~Eta: CONSTITUIÇÃO

dos ext;ntc~ ~err;tdr:os Federais de ?orai~a ~ Ama~~, ~ue S~

€ncontravam em e-t'et IVO e:.a?rc {c i o :H\ data dE cr' 3l;ão dos

E-stctcOS de :.le'Zmo norn~, be:ll conlo aoS ,r:l\t:vos € peno:s.ionistas

das resP€ct:vas Pol{cta$ Mllitar~s ~qu2la data, o direito de

ap~So 1ela ~€rmaninc:a ~c ~~rv:,o ~tinlico ;ed~ral.

Art. 2Q Os ;;erv I dores em at i v i <:Jade '=:ll2 \Jpt arem na

forma do art. 1Q seria :ncluídos em

l~rt .. 19 é aS'3~91;.rado ""OS servidores :"ll: Ltares

REPúBUCA FEDERATIVA DO BRASIT..1988

_ _.-.- _ -............•..............._.

ATO DAS DISPOSiÇÕESCONSmUClONAlS 1RArt8rrORlAs

e;·:t :nç:i\o, ~ob ::A ~dminlstré\c;ão de cada governo estadl.n\l, '"

CllJ" d15POSI~ão continuarão ')restando serv:';:O$ à Pol{claMllit-ar, em t'unr;õEs compatíveis com $E"l grau hiErárquico,

r~9ldos pelas norm~s legaiS que deTlnem 05 direitas e as

Qbtlgaçaes dos Integrantes da corpora~~o ~ollcial 'lilltar Ce

cada 2staao ..,~rt .. 3Q E::c:etua.--:·e do c:i~postü :la r... :,rte final do

art. 22 dRsta l~i o r~gime de r~munRraçiQr aplicandO-56 aos

..._ -"' - -..- - .Art. 14. Os Ten*órios Federais de Roraima e do Amapá sãotransformados em Estados Federados, mantidos seus atuaisImitea geográficoa.

§ l' A instaIaçio dos Estados dar·se-á com a posse dosgovernadores eJeitos em 1990.

Maio de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 18 lO051

f 2' Aplicam-seà transformaçãoeInstalaçãodosEstadosde Roraima e~ as normas e crithIos seguidos na criaçãodo Estado de Rond6nia. respeitado o dispostO na ConstituiçãoenesteND.

§ 3' O Presiderk da Repúblíc:a. até quarentl.l e cinco diasapós apromulgação da Constituição. encaminhará à apreciaçiCIdo Senado Federal os nomes dos governadores dos EstaCIosde Roraima e do~ que exercerão o Poder Executivo atéa instalação dos novos Estados com a posse dos governadoreseleitos.

§ 4' Enquanto Mo c:onc:reIizada a transformação em Es­tados. nos tennos deste artigo. os Territórios Federais de Rorai·ma e do Amapá serão beneficiados pela transferência de'recur·sos prevista nos arts. 159. ~ •• da Constituição. e 34. § 2'. I.desteND.~ ...............•.....•......................•......•...........

LEI COMPLEMENTAR N! 41. DE 22 DE DEZEMBRO DE lMl

em o E_do IM 1CoIHMIIu., • tU ouer••.,."idllJcu.•.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA. f.ço ••ber que o Concre••oN.cion.1 decreta e eu ..nciono a Ncuinte Lei Compl.mentar:

CAPITULO IDa CriaçAo do Eatado de ROlnf6lJia

Art. I! Fica criado o E.tado de Rond6nia. mediante a .Ievaçlo doT.rritório Federal do ma.mo nome a .... condiçio. mantido. o. NUS.tuai. limite. e confrontaç6e.. .- .

Art. 2! A cidad. de Porto Velho ..ré a capital do novo E.tado.

CAPITULO IIDoa Pode,... Pdblicoa

SECA0 IDa A...mblllia Constituinte e do

Poder Leal.lativoArt. 3! O. Deputado. à A...mbléia Con.tituinte do E.tado de

Rond6nia Nrlo elaito. a 16 de novembro de ll182. d.vendo proced.r·.eà mpectiva in.talaçlo no di. ai de Janeiro de 1983. .ob a diraçlo doPre.idente do Tribunal Rqional Eleitoral. até • eleiçlo da Me.a.

Parqrafo único. O número de DeputadOl • A••embléia Con.ti·tuinte Nri fútado de acordo com .o que e.tabelece a Con.tituiçlo Fe·deral para a compo.içlO daa Aa..mbléw Lqialativu.

Art. 4! Nu aleiç6e. previata. no artiao antarior ..rio eleito••alllm do. Deputado. • A._bléia Conltituinte. OI DeputadOl Fe·derai•• OI Senadom. o. Prefeitol a OI V_dom" Clmara. Munici·paia.

t I! O mandato do. Deputado•• Aa_bléia Leai.lativa do E.ta·do utinpir·..·i. concomitantamente. com OI doa Deputado... demai.A._bléia. Lqi.lativa•• eJeitol a 16 de novembro d. 1M2. '

t 2! O. doi. Senadore. meno. votedOl do. tr'. aleito. terlo manodato de quatro ano•.

SECAoIIDo Poder E&ecutivo

Art. li! Para o período que .. .-rrar' com o do mand.to do.Governadore. do. demal. E.tadoa. eleltoa • 16 de novembro de 1M2. oPruldente da República Do_i o Governador do E.tado de Rond6·Dia. DO pruo de llO (novental dia. de vi-'acia duta Lei e DI forma doCÜlpoato DO .rt. 4! da Lei ComP~Dter D! 20. de 01 de julho de 1174.

• I! O Governador do B.tado de Rond6nia tomar' po.... peranteo Mini.tro d. E.tado da Jultiça. DO prazo de 1IO (A'inta) di.. ap6a .uanomuçlo.

• r A partir da poe.. e .té a promul,açlo da Conatitulçlo. o Go­vernador podari upedir dec:ratoI·lela IObre toei.. a. matéri•• de com·pedncla lqi.lativa e.tadual.

SECA0 111~ Podar JudJclúio

Mo li! O Poder Judiclúio do Eatado de Rond6DI...ré uarcldopelo Tribunal de Ju.tiça ora criado. por ..u. Juta. de Direito. Tribu·

D.I. do Júri. com • col.bor.c:lo doa 6~oa .uniam iD.tituído••m1.1.

Art. 1! O Tribun.1 d. Ju.tiça do Eatado de RoodtlDi. compor·...i. lDicialmeDte. de Mta Da..mbarpdoru IlOIDUdoa pelo Govarn.dor.

Art. r. O Tribunal de Juatiça lD.talar....' .té o déCimo dia útilNCUinte 10 da po,,, de ..u quatro pl'imeiroa Daaembarlldoru.

Mo r. Iacumbe ao Daaambarpdor IDIÍI idoao. deDtrI OI qu.troprimeiroe _adoa paio Governador. adotar u prGvid'acla. para a_uçJo do di.poeto DO artiIo anterior. bem como pr••idir o Tribunalde Juatiça. até a aleielo e poue do PresideDta e cio Vice-Pra.ideDtI.

Parqrafo ÚJ!ico. A eleiçlo e a PGIN. prevlataa lIIate artico,reallur·..·lo no quinto dia lltil NCUinte àquele Im que .. complatu •COIIIpoaiçlo do Tribunal. u~da a prnança da lIlIioria doa DlMmbu...--.

Art. 10. A e1aielo do Presideate • cio Vfce.Prnidante cio Tribunalda Judea pl'OCIIIII'...., por eecnaUnio NCreto. CODIidarando-.. aleito.OI qIM aJcaacanm lDIioria doa votoa dOI DeNmbarpclona preNDtM.

• I! Em~ da ampate, COIWderar-_' aleito o aale Idaeo.• r De IDIDdetol cio Preaidute e cio Vfce.Preaidanta terIo a dura.

çIo da I (cIoiallDOl.Mo 11. A fim da pouibJJJter o._mtlÚlDO ele quatro Da..m­

barIadone. -.ério para a iutelaclo e e tudolWlllDto do Tribu.nal ... Jaadça, lIOderi o Govarnador. a "11 critério. 110 primeiro provio-.0._:

I - na-barpcIoru pertaDCutN • Juatiça cio DiatritoPederal e doa Territ6rioe. dntrl OI qUI. até 10 (.....nta) dia!!lda data ... Lei, lIla IlllnifHtem, por NCrito. aceitar • Domuoelo.

II - Juúee da DIreito IDteerantN de Juadça do DiatritoPadanl • doa TIl'ri&driaa, _ jlll'iediçlo ao lII&Ao TU'ritório F..deraI da aoacl6aia.

111 - UBI _lIro do lIiIIfatério PIlbl1co do Diatrito F•.deraI e doa Tani&6rioa;

IV - Jube. d. Direito que iDtqram a Ju.tiça do DiatrltoFederal a doa Terrl&óriOl'

V - advocado de notório coohacimaoto • idould.de mo'ralo COIII 10 (deal _, paio 111_. da PI',tica forel1ll.

• I! A faculdada coDfarid. ao Govern.dor por ..te artico Nr'uercld. até llO (DoveDta) diu da date d••te Lei. dlVlIldo a. outr.. tril!v....daDaeambarpdor Nr preeJlchid..·por iDdicaçlo do Tribunal cbJutiça. obadac.ldo o dlapoato ao iaclao UI do art. 144 de CoDlt!l.u1~l)

Federal.• r NIo h.vendo .Ido preeJlchldo o car,o de Daaembar&5dar. ri'

eervado a membro do Miniatério Público 06 a advocado. DI fomu dC8iDciaoa 111 e V. o Tribunal da Ju.tIça, até o d4c1mo quinto dia útil u·IUiDte ao d. .ua iD.tal.çlo. voter, Ii.ta triplice mi.ta, obNrvadoa @i'

raquiaitol do mclao IV do art. 144 da CoD.titulçlO Fed.ral.Art. 11. O Pruidaote do Tribunal de Ju.tiça do E.tado de Ro~"

d6DJ. providaociu4 a lD.talac:Ao • o luDCiollllmaoto do TribUllal R_lriao

ui Eleitoral.Art. 13. O Tribun.1 de Jutiç., até o d4cimo Quinto dia útil Ao

1UiD&4I 10 da poalll do Preaidaote e dó Vfce.Pruidellte. ucolher'. IM'

dlaDte .Ielçlo pelo voto aecreto, o. doi. Daaemb.r,.dor... OI doleJula' d. Dir.lto e o...i. cldadlo. de Dotivel ••ber jurldlco e idonel·dade moral. d.ntrl o. qual. o Pre.idente da República nomeará doi.qu., com aquel••• o Juiz Federal. comporlo o TribunaJ Re&lonll Elei·toral.

Par6&r.fo único. O. Daaembar,.dore. a Juiz•• d. Direito aerlo.mpa...do. peJo Pre.idinte do TrlbuD.1 d. Ju.tiç., em ....10 do TriobUD.I Rq:loD.1 EI.ltor.l. que ae realiz.r' no primeiro dia útil sub.~·

qa.Dte ao d. aleiçlo. a, am aelUlda. IOb • pr••idIDci. do neaembar&,·dor m.l. IdolO. juntamente com o. dam.i. membro. j' Dome.dol li",TribuDal Relional Eleitoral••I.,.rlo o Pn.ldente a o Vice·Pr••idente,obllrvado o di.po.to no']! do art. 10 de.ta Lei.

An. 14. P....rlo. intep'.r • Ju.tiç. do E.tado de Rondônia OiJuiz•• d. Direito com exerclcio em circun.crlçlo judiciária aedl.d.. n"terrl&Ório IOb .u. juri.dic:Ao, d••de que o requeir.m••té 60 (.....ntaldi.. d. d.ta de.ta Lei. .0 Govern.dor nomeado....elPlrado. o. n."pectivOl car,o., direito•• laraoti...

ParálP'alo úolco. Flcarlo.m dl.poDlbilid.de o. Juiz.. qUI Diautl1iurem a faculd.d. prevl.te D..te ~o. '

CAPITULO IIIDo Paúim6nio e da. Serviço. Pl1blicol

Art. 11" Ficam tranaferido••0 E.tedo de Rondônia o domínio. lipo." e • admlDI.uaçlo do. "IDIDte. ban. móvel. e Imóvel.:

100S2 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1993

I - OI qUI atualmente ~rtencam ao T.rritório Federald. Rondtlllia;

11 - o. .fetivamente utilizado. pela Admini.traçlO doT.rritório Federal de Rondônia:

111 - r.ndu. dir.ito. • obricaçôea decorrente. do. ben.••pecificado. no. inci.o. I e lI. bem como o. relativo. ao. con·vlnio•• contrato•• aju.te. firmado. ~la Unilo. no inter.... doT.rritório Fed.rll1 d. Rondônia.

Art. 15. O. ór,"o....rviço. públicOl intel!'ante. da Admini.tra.ç"o do T.rritório Federal d. Rondônia. bem como u .ntidad•• vincula.du. ficam tran.farido•• na data d••ta Lei. ao E.tedo de Rondônia. econtinuar"o a ..r relido. ~Ia me.ma leIlalaç..o. anquanto n"o for elamodific.da ~Ia leli.laçAo e.tadual.

CAP1TULOIVDoP..M1&I

Art. 17. Ob..rvado. oa princípioa a.tabelecidca no inelao V doart. 13 da Con.tituiç..o Federal. o Governador do Eatado de Rondôniadeverá aprovar o. quadro. a tabelu d.finitivOl do ~aoaJ civil.

Art. 18. Ser"o po.toa .. dlapoeiçlo do Gov.rno do Eatado. a partirda vjpncia de.ta Lei. com todo. oa dlreitoa e vantaPn•• o...rvidore.público. nomudoe ou admitidOl atá a data da vilincia da Lei n! 5.6&0.de 06 d. julho de 1lr78. a em uercício a 31 de duambro de 19111 na Ad·mini.traç"o do Território Fed.ral d. Rondônia.

Parqrafo dnico. O Governador do E.tado aprovará oa quadro. atebelaa provilÓria. de ~a.oaJ da Admíni.traç..o do Eetado e proceda­rá. a ..u juízo. medianta ope"o doa intare...do.. eo enquadramentodo rvidorea po.toa .. aua diapoaiç..o. devendo ahaorv.r ~Io meno.50 (cinqO.nta por centol doe optantal.

Art. IV. OI ..rvidorea nllo .nquadrad08 na forma do parálrafoúnico do artico anterior ..rio incluíd08 .m quadro ou tabela em .stin­ç"o. que ficará aob a admini.traçlo do Governo do E.tado ••u~rvi.lIodo MiDlatário do Intarior.

t I! Caberá ao Miniatário do Interior. em articulaçlO com o Da­partam.nto Adminiatrativo do Serviço Público - OASP. adotar a.provid'ncla. para o aprovaitamanto do ~.aoaJ de que trata ••te arti,oem órllloa da Unillo. preferent8manta localizadOl DO Eatado de Rondô­nia. ou ceaaao a .ntidade. púhlicae eataduaia ou municipai•• u ..sura­doa. ~Ia UaiAo. oa diraitoa e vantaPna ~rtiDantal.

t 2! O ~aoaJ incluído 110 quadro ou tabela _ utinçAo continua­rá preatudo ..rvlço aO Governo do Eetado de Rond6IIIa. na condiçllode cedido. atá que venha a HI' localizado definitivamente _ outroe ór­1lIOI. meduta atoa da autoridade COIDl*&nta.

t 3! Eata artiaa llIo .. aplica _ ocupantaa de CUIOl em comia·do ou _Pnplll de cIireçlIo ou __amento .u~rior. bem como detuncoea d. COIlftaaça. em qualquer IÚV.1.

t 4! O MiDlatário do Interior. ouvido o DASP.u~ lJIatrucoeadaadDaclu a dlacipliaar a ullC1JÇ6O do diapoa&o _ca artiaa.

AR. lO. Svao UMCIUadoa pelo Gov_ do Eatado de RoIIcl6aiatodoa oa dJnitoa • vllÍltaPna. laclualv. o tnillO de HI'YÍÇO _ aoJuçllode COIltiIIuidada. doa~ eDQuadradoa _ tanDoa do parálrafoIblico do ar&. li daaca Lei.

AR. 11. A rMpouabllidada pelo pqamMto de prova__ iDa-t!voa e paea1oIIlatu, ul.._ 118 data de aprovaçllo doa quadroa • ta­balu a CI1II .. rei.. o ar&. 1. daaca Lei, cabaú à UIIilIo.

AR. a. O paaaNl JBiJltar da PoUcia Milltar do Tarri&ório Federalde Road6Dla puaará a CODItltuir a PoUcla Mllltar do EItado de Road6­aia, uaacundoa OI ..u diraltoa • vut&pu.

ParilJ'afo ÚIÜCO_ Ao~ mill&ar da que trata aRa artiaaapüca·.. a ~al~1o fedual panjDante, atá que o Eatado. _ limitaeda na compeUada,~ a rMpal&o, obaarvado o diapoa&o DO I 4! doan. 11 da C4ud&1úC1o FadaraJ.

CAP1TULOVDo OrçamaJlto e d. Fi.caJiuç4o FÚJlUlcaira

.~tári.

Art. 23. O orçamento uual do Eatado de Rondônia. para ouereício financeiro de 1ll82 rá aprovado ~Io Governador. media.Dtedacrato-I.i. DO dia de aUa 110 .

Art. U. A partir do aserdcio .financeiro de 11182. incluaiv., utranafartnciu da UDilo ao E.tado de Rondônia. decorr.ntea dai diapo­aiç6al conatitucioD&ia • Japla vÍCIDtaI. deverAo HI' previatal. como re­ceita. DOI orçamantoa do E.tldo.

Art. 26. Aa contai do Governo do E.tado. relaUva. aoa uerelclo.flna.nceiroa antarlorea ao da IAataJaçlo do Tribunal d. Conta. do E.ta·do d. Rondônia. Hl'io aprec:ladu ~Io Tribunal d. Contai da Unlllo.que denmpanhará, também, U funç6al de auditoria financeira • orça­mentária. bem como procederá ao jw,amanto de. conta. do••dmiDi.­tradore. e damai. ra.pon.áveia por ban. e valore. público•.

Art. 26. Atá a nomeaçlo do Governador. e Adminiatraçlo do T.r­ritório Federal de Rondônia ..rá lJItell"a1mante mantida. na .ua e.tru.tura, com~ttDeia e vinculaçllo miniatarlaJ, cabendo-lhe ,erir. a partirda vjpncia de.ta Lei. o patrimônio do Eatedo.

Art. 27. O Minl.tário Público Hl'á or'aDizado na forma da lelia­I.çlo eatadual • terá por chefe o Procur.dor-G.ral. nomeado. am co­mi..lIo. ~lo Gov.rnador, atá 50 (.....ntal dia. d••ta Lei. dentre o. ci­dadloa maiore. d. 35 (trinta e cinco) ano., d. notório .abar jurídico e~putaçlo ilibada.

Art. 28. Fica vedada • AdmlJliatraçlo do T.rritório Federal deRondônia. n...atio do patrimônio do E.tado, DOI termo. do art. 26de.ta Lei, a realizaçllo da dea~.a decorrente de:

I - lncruao de ~••oal. a qualquer titulo;

II - criaçllo ou el.v.çllo de nivai. de carla. ou funçoa.de confiança da Oiraçllo a A.....oram.nto Supariore. - DAS.Oiraç"o e A••i.tincia Intermediárlu - DAI:

III - criaçllo ou ampliaçllo de quadro. ou tabela. de .m­prelO. ~rmanante•• temporário. ou .m comiaalo.

Paráll"afo linlco. O di.po.to ne.te artilo nllo ...plica .0. ca.oade preenchimento de careo. ou empreeoa que venham a vAIar por .so­naraçll? demi....o. di.pen.a••po.entadori•• ou falecimento. deade quenlo hlJa .umento de dea~.a am relaçllo ao ~..oal em atividade.

Art. 29. O. aervidor•• contratadoa pela Admini.traçllo do Territó­rio Federal de Rondônia. apó. a vjpncla da Lei n! 6.6&0. de 06 de julhod. 1978. a em asercício a 31 de d.zembro de 11l81, p....m. a partir dei'ta Lei. a intell"ar tabela e.pecial d. empreeo•• em extínçlo. do Governodo Eatado de Rondônia. e deverllo nr .b.orvido. nO. quadro. e tabela.a que .. ref.re o art. 111 de.ta Lei. dantro do prazo másimo de 2 (doi.)ano. da data de in.talaçllo do E.tado. ob.ervada. a. norma. a.tabele·cida. para a contr.taç"o d. pa.aoal. a mediante concurao público.

ParálP'afo único. O. ampre41o. que v.earem na tabel. e.peeialtemporária, de que trata e.te artieo. aerlo considerado••uprimido••u·tomaticamente. vedada aua utilizaç"o para qualquer .felto.

Art. 30. Enquanto nlo .. In.talar a S.ç"o Judiciária da Ju.tlçaF.deral no E.tado d. Rondônia. tará Jurl.dlçlO .obr. o ..u terrllório ado E.tado do Acr•.

Art. 31. Fica m.ntida. n. aUa plenitude. até que ae instale. Juati­Ça própria do novo E.tado. a jurisdiçllo da Justiça do Diatrito Federale do. Territórios.

Art. 32. Até que se instale o Tribunal Relional Eleitoral do E.ta­do de Rondônia. aua. atribuiçoea .erllo uercida. pelo Tribunal Resio­nal Eleitoral do Eatado do Acre.

Art. 33. Até a promuleaçllo da Conatituiçlo, o Prefeito da Capitalserá nomeado por ato do Governador.

Art. 34. O Poder Executivo Federal inatituirá. a partir d.ata Lei.proerama especial de deaenvolvimento para o Eatado de Rondônia, comduraçllo mínima de 5 (cinco) anoa.

Paráerafo único. Os recursos para o proerama d. que tr.ta eateartieo con.tarllo do. orçamentoa da UniAo.

Art. 35. Flc. a Unillo autorizada a aa.umir a dlvid. fundada e o.encareo. financeiro. d. Administraçao do Território Federal de Rondô­ni•• bem como os daa entidadea vinculada. ui.tentaa. incluaive o. d.­corrente. de pre.taçllo de earantia.

Art. 36. Aa despe.as. até o esercício de 1991. inclu.ive, com osservidore. de que tratam o paráerafo único do art. 18 e oa arta. 22 e 29de.ta Lei. aerllo de responlllbiJidade da UniAo.

Art. 37. Ficam tran.ferido. ao Eetado a. dotaÇ6ea do TerritórioFederal de Rondônia. eonaienadaa no Orçamento da Unlllo .m Encar­eoa Geraia da Unillo. Recuraoa aob a Su~i.1o da Secretaria de Pla­nejamento da Pre.id6ncia da República. por onda correrAo •• d••pe.a.prelimlJlarea com a inatalaçllo do novo Governo.

Art. 38. Eata Lei entrará em v~or na data de .ua publicaçlo.Art. 3V. Revoeam-ae a. diapoaiç6ea em contrário.Bruma. 22 de dezembro de 1981; 16O! da Independincia e 93! da

República.

JOÁO FIGUEIREDOlbreim Abi-AclcalErnnJe Galvl••MárioAndruzz.Delfim Netto

Maio de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 18 10053---------_._-----------_._- _._- -.-- --- ----_. ----_._- .. _- ----PROJETO DE LEI N° 3.705, DE 1993

(Do Sr. José Maria Eymael)

Acrescenta parágrafo ao artigo 89 da Lei n9 8.542, de 23de dezembro de 1992, dispondo sobre o depósito recursaltraba lhista.

(As COMISSOES DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇAo E SERVIÇO pOBLICO; E DE CONSTITUIÇAo E JUSTIÇA E DE REDAÇAo (ART. 54)_ ART. 24, II)

o COKGRESSO KACIOKAL decreta:

Art. lO O art. 80 da Lei nO 8.542, de 1992, fica

acrescido do seguinte parágrafo:

"Art. 80 .•....••.....•.••.•..•......•....••

S SQ 08 valores a que se refere o ~deste artigo serão reduzidos de:

I - 80% quando se tratar de empregador com

até 20 (vinte) empregados;

II - 40% quando se tratar de empregador comaté 100 (cem) empregados.

A presente proposta v~sat pois, a reduzir os

.:l.tuais valores de :nado d. permitir que a recurso seja remédio

?rocessual 8cessivel as pequenas e mJ.croempresas, inclusive ao

empregador doméstico.

Diante do exposto, apresentamos este projeto,

contando com o apo~o dos nobres Pares para a sua aprovação, na

·;erteza ae que se propondo medida justa.

,...- /7. I j/Sala das Sessões, em I \ de~~1 ~ de 1993.

-............. --Deputadó>y!:5~ ~~i::~ EYMAEL

"LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADA PELACOORDENAÇÃO DE ESTUDOS LEGISLATIVOS - CeDI

CONSTITUIÇÃO

REPúBLICA FEDERATIVA DO BRASIL1988

Art. 2Q Esta lei entra em vigor na data de sua

publicação. Título VII

Art. 3 Q Revogam-se as disposições em contrário

JUS~Il"ICAÇio

Inúmeras são as reivindicações de empregadores de

médio e pequeno porte para reduzir os valores atuais de Cr$

20.000.000,00 (vinte milhões de cruzeiros) e de Cr$ 40.000.000,00

(quarenta milhões de cruzeiros), fixados pelo art. 8'1 da Lei

8.542, de 1992, para fins de depósito recursal.

Justifica-se o recurso por várias razões, mas, sem

dúvida, a mais importante delas é a garantia de revisão de

possiveis erros cometidos na decisão anterior.

A exigência de depósito concerne apenas ao

empregador. As empresas de grande porte não enfrentam

dificuldades para depositar as quantias supracitadas. As pequen~3

e médias, porém, terão motivo suficiente para considerá-las

altas, mormente, se levarmos em consideração o empregador

doméstico.

Se a medida legal foi adotada para dificultar a

interposição de recursos, visando princ ipalmente a eliminar os

recursos com fins meramente protelatórios, dos quais os

empresários em geral levam a pecha, não se pode generalizar este

fato em detrimento do bom direito e da devida prestação

jurisdicional.

DA ORDEM ECONÓMlCA E ANANCEIRA

CapítUlo .IDOS PRINCÍPIOS GERAIS DA

ATMDADE ECONÓMlCA

Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização dotrabalho humano e na livre iniciativa, tem por flnl assegurara todos existência digna, confonne os ditames da justiça social,obseIVados os seguintes princípios:

I - soberania nacional;U - propriedade privada;

111 - função social da propriedade;N - livre concorréncia;V - defesa do consumidor;VI - defesa do meio ambiente;VII - redução das deSigualdades regionais e sociais;VIII - busca do pleno emprego:IX - tratamento favorecido para as empresas brasileiras

de capital nacional de 'pequeno porte.Paragrafo único. É assegurado a todos o livre exercici?

de qualquer atividade econômica, independentemente de auton­zação de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em leI.

LEI N9 8.542, DE 23 DE DEZEMBiO DE 1992

Não há como ignorar a importância desempenhada

pelas pequenas e microempresas, por serem as mesmas responsAveis

por grande número de empregos no pais, além de sua crescente

importância na economia nacional.

inciso IX,

as empresas

Ademais, a Constituição Federal em seu art. 17 O,

dispõe que deve ser dado "tratamento favorecido para

brasileiras de capital nacional de pequeno porte':

DISpõe S<JI!re a polruca 1lICI0naJ de salMOS ed4 outrllprovllléocll.'.

••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 1 ••••

An. ll" O an 40 da u" n' 8.177. de 1· de ma,>o de 1991. passa a v,&ooo com.",,&umte redaçlo:

"An. 40. O depó<JlO recun;al de que trata 1l1!1. 899 da Coo",hd..-lo das leIS doTrabalho fica hmJl:ll!o a CIS 20.000.000.00 (v.me m,ihôe., de CIl11::lfOS). nos casos deinterJlO'.,lo de =u"'" ordirWio. e oe Cr$ 40.000.000.00 (quaren~ milhtles de cru7::lf05l.em se tTillando de recu~ de revima. embar~o .. infnngenle!oo e rccUT!.OS cxtraordlOmo!.,sendo deVido a cada novo recunoo mu:.rpo~o no decorrer do proce.-.so.

10054 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)_._-_._,---- Maio de 1993

§ 1° Em "" u'lIando de condenação Impo..a em .çio ""c,sónL o dePÓSlIO recursaller:!, cnmn IImllc mhlmn. qualquer que sc)a o recUr1óCl. o valor de crS 40.000.000.00(quarenta milhllc' de cru1riros).

§ 2" A eXlg~ncla de depósito aplica-se. Igualmente. aos embargo•. à execução e aqualquer recurso suh""'lllcnlC do devedor. .

§ 3- O valor do recurso orduário. quando inlcrpoo;lo em dls..~fdio colctrvo. seráequivalente ao qu.ádmplo do preVlr.lO no caput deste anl~o_

§ 4- 00; valores prcVI<OtoS. ncsu~ 3m~o ~rão reajustados bimestralmente pelavanação acumulada do INPC do IBGE do!\ OOJS me~" ImedIatamente _ntenores lO

pública (incluindo Esport«s). tUríSMo interno ou r~ceptivo ~

questões tributári_s.

Quando a ConstitUição assegura assistincia

religlos~ nos ~stabelecimentos dE intErna~ão coletiv&, d~ve

o Estado tONar ~edid.s p&r~ qUt E5St direito nio venha a

CQnstltulr-~e~. d~turpa~ão do próprIo s~ntimEnto rrliglOSO

de nosso povo. Liberdad« não é lic~nç~ e, por outro l~dop

nEM tudo 'i1J.€ <;E' <:1.presenta COMO rei i9li~o pode ':Er "catado? ~

J...D.:ã.t..aJ: das :i>E:'lta.S de l.:t.Llto ao demônio que estilo proliferando

dil licença

PROJETO DE LEI N° 3.706, DE 1993(Do Sr. Antonio de Jesus)

Regulamenta o inciso VII do artigo 59 da Constituição FederaloCÃ COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO)

neutralida.de do Estado.

i.Ja <.:lIJestão de assistênCia religiosa, não pode

o Estado deCidir ~ vai dar essa a551stÊncla p nem ~,

nenl il. :i!J.E.m. ,'leve .:er .~la ·:oncedida. ;"'ode Q Escadop

entretanto p lo?:' devEp r'e5guardar a lei, a f)rdem e os bons

'':OStuMR5. Ü ':tcIJal :~roJeto prOCIJra .)Itl.li\r-·;;E' 1'1'" rrontelra

entre .)5 1, imItes .".la lEI € ;:', 1 iberdade l""eI igl05l\p 1:011 .i1.

Intenção de lIao ;::.ernllt Ir ':tlJe, sob alegal;ao de ;.Iberdi\d~ E' a

l~rete:.:to de r-el igle:\op ':€Jam de~re5peltadas tanto a leI l:omo

a ordem e os bon$ costumft5.

Art. 19 A assistência religiosa nas entidades

civis e militares de internação colRtiva depende de

solicita~ão dos interessados e não poderá SEr obrigatória

p&r~ 0$ deMais.

Art. 2!iZ Nio haverá hor31'"io f"iHO para essa

assistência. podendo ser is.o acordado €ntre os internos. 05

diretores do estabeleci.ento e os ministros das con~issõc5

religiosas.

;3.1 ia tJas Ses

''LEGISJ:.,AÇÃO CITADA ANEXADA PEIACOORDENAÇAO DE ESTUDOS LEGISIATIVOS - CeDI

Art. 39 EM casos de perigo de vida e dos

Moribundos, a assistincia deverá sa,. providenciada

iMediata.ente, ~ qualquer hora do dia ou da noite. por

qualquer funcionário presente, que ficará responsável

ad.inistrativa..nte pelo cUMPri.anto desta lei. (art. 116,

rrr c.c. a~t. 117. XV. da IRi B.112. de 11~12-9.1.

CONSTITUIÇÃO

REPúBUCA FEDERATIVA DO BRASIL1988

.._ _._.- _._.-...........•...............,Art. ~2 As diversa. religiõ~s poderia indicar

representante autorizado Junto ao estabeleciMento, s••

prejuízo da oferta pessoal de assistincia voluntárIa por

parte de ministros r«ligio$os e da escolha pessoal dointernado.

TituloU

DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

Art. 52 Não seria consideradas ·a5sí~tinci&

religiosa- práticas R crendices super.ticiosas ou

explorações da c~edulidade pública COMO a astrologia, a

qUirOMancia, a cartomancia, a necro••ncía r a nuaerologia. a

paJel.n~a e outras, nEM serão permitidos p a pretExto de

cultop instruMRntos musicaiS de qualquer tlPOp ntM apar~lhos

d~ $O~p alto-f«]~nt~s e el~tro-el~trônlCOsp nem a queima drIncenso e assemelhados.

CapI:uIo IDOS DIREITOS E DEVERES INDMIXIAIS E COLETIVOS

Art. 5' Todos são iguais perante a lei. sem distinção de qual­quer natureza. garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeirosresidentes no País a inviolabilidade do direito à vida. à liberdade.à igualdade. à segurança e à propriedade. nos termos seguintes:

resiuardada a privacidade da cOMunicacão entre o íntErno ~ o

Ministro de sua confissão religiosa.

Art.~º TaNbém não·asslstincla religiosa- o recurso

~~peclalmente aquelas contrárIas à

costumes p ne~ práticas de rituais

se íncluem na Expressa0

a seitas ~ crendlces p

iel, d ardem e aos bons

~xóticos ou secretos p

VII - é assegurada. nos termos da lei. a prestação deassistência religiosa nas entidades civis e militares de internaçãocoletiva;

.........................................................................._ ~.._ -- _--- -----_ -. -_ -- .

JUS T r F r c A C ~ o

o Estado. e. princípio. não d~ve imiscuír-~e

faMiliares. profiSSionaIS, artísticos €

para a educaç~o. a saúde

LEI H. 1.112 - DI: 11 DE DJCZIV1'1lO DI: IIl10

Dü,a. IObn o rqi_ jurídico dOI s.tvidorn 1'Jíblicos Civil da Uníiio.da aulllrquiIU ~ das furrdtlÇÕft pdblica f~naís

O PnUdIDta cI& a.pdbUca.

...................................- .

s~gurança públic&p d«

ordem plÍbl i ca E.

Estado drve cuidar da

j'nfra-~strutur1!\p da

eM assuntos

r~)ig'osos. O

obras de

subsidiariamente, contribuir

Maio de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 18 10055

TITULO IV

Do Rqi_ DillCipli/llZr

CAPITULO I

DoI Devera

Art. 118. !lo~ do 1UYIdor:

In - obIInar U IIOnnu JepIs • fWIUIameI1tanls;

CAPITULO 11

Das Proibiçm

Art. 11'. Ao eenidOr • proibido:

.....................................- - .xv - pnJC*Ier ele forma~:

...............................................................................................................

o SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Finda a leiturado expediente, passa-se ao

IV - PEQUENO EXPEDIENTETem a palavra o Sr. Nilson Gibson.

O SR. NILSON GIBSON (PMDB - PE. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr~ e Srs. Deputados,o Governo do Estado de Pernambuco preparou seu programa

"estruturado nas políticas seguintes: 1. - irregularidades;2. - violência e arbitrariedade e 39• - ilicitudes.

Temos trazido diariamente registros de irregularidadese ilicitudes ocorridas no Governo de Pernambuco. Inclusive,até a Polícia Civil rebelou-se contra a Secretaria da SegurançaPública e procedeu a uma cerimônia informal de posse, du­rante a qual o ex-Secretário José Belém passou o cargo parao seu adjunto, Carlos Novaes, desafiando a determinaçãodo Governo do Estado: "empossaram" o adjunto, alegandoque a indicação do Governador ia contra a Constituição Fede­ral, que prevê que a Secretaria da Segurança Pública deveser dirigida por um Delegado de Polícia. O Governador repen­sou e voltou atrás.

Sr. Presidente, Sr'S e Srs. Deputados, a Polícia Militardo Estado de Pernambuco espanca Deputados e favelados.Moradores da comunidade de Sítio Grande, na Imbiribeira,cidade do Recife, voltaram a viver um dia de cão. Acompa­nhados por 260 homens do Batalhão de Choque, oficiais deJustiça voltaram ao local para fazer cumprir uma suposta deci­são judicial de reintegração de posse da terra do médico ToméDias. A partir daí, Sítio Grande transformou-se num verda­deiro campo de batalha, com agressões, tiros e desespero.Nem mesmo os Parlamentares escaparam de apanhar. O De­putado João Paulo teve o pulmão direito perfurado por umadas seis costelas quebradas. Os Deputados Romeu da Fonte,Djalma Paes, Israel Guerra e Eduardo Campos também foramespancados e pisoteados. A doméstica Gisélia Poliana, dedezoito anos, grávida de dois meses, perdeu o bebê, depoisde ser chutada pelos PM. Famílias foram desalojadas, casasforam derrubadas, parecia um verdadeiro inferno.

Sr. Presidente, Sr~ e Srs. Deputados, os moradores dacomunidade de Sítio Grande, na Imbiribeira, na cidade doRecife, tiveram um dia de pânico e violência. Os Parlamen-

tares foram agredidos e pisoteados várias vazes pela tropade choque, sendo socorridos e levados para o hospital porjornalistas. O jornalista Alex Gomes foi agredido com umcassetete na altura do abdomem. O Juiz Josias Horácio daSilva suspendeu por 90 dias a ação de reintegração de posse.

Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, cenas de muitaviolência, com tiros, bombas de gás lacrimogêneo, agressõescom cassetete e pisoteamento de Deputados e pessoas marca­ram a presença dos soldados da Polícia Militar de Pernambuco.A presença da Polícia Militar era para garantir e não causara violência. O episódio foi uma agressão ao Legislativo!. ..O Deputado João Paulo vai entrar com uma ação judicialde perdas e danos contra o Governo de Pernambuco, paraser ressarcido das despesas que está tendo com o pagamentodo Hospital João XXIII, pois teve uma costela fraturada eo pulmão direito perfurado depois de ser espancado por poli­ciais militares.

Sr. Presidente, sem assistência médica e vivendo em bar­racas doadas, as crianças da favela de Sítio Grande aindasofrem os efeitos da violência policial da semana passada.Muitas delas estão com irritação na pele e ferimentos no corpo,porque também foram machucadas pela Polícia. Muita gentefoi ferida em Sítio Grande; inclusive, ocorreu novo aborto,tendo como vítima a operária Edilene Alves de Lima, queperdeu o bebê na tarde de ontem. Ela ia completar novemeses de gravidez e os médicos tiveram de fazer cesariana,pois o bebê estava morto.

Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, a imprensa pernam­tJUcana afirma que o Governador do Estado de Pernambucoenfrenta um "inferno-astral". Quando viu superada a <;risena Polícia Civil, com a insubordinação dos Delegados de Polí­cia que ignoraram a indicação do Secretário da SegurançaPública e empossaram, à revelia do Governador, outro Secre­tário da Segurança Pública, foi acusado de receber propinae gratificação de empresa de construção, e agora a PolíciaMilitar massacra Parlamentares e favelados, em Sítio Grande,na Imbiribeira, em Recife.

Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, em 15 de março,registramos desta tribuna dois anos do desgoverno e do desper­dício na administração do Estado, guiado por mãos rotas edesnorteadas. Falamos que Pernambuco atingiu o maior índicede cólera. O cólera, à época, atingiu mais de 6 mil e causoua morte de 120 pessoas. O Conselho Regional de Medicinado Estado de Pernambuco divulgou um documento à Naçãosobre a desorganização no setor de saúde, que se encontraem total desordem e confusão.

Mostrei desta tribuna o verdadeiro estado de calamidadeem que se encontra o Estado de Pernambuco, mercê da estag­nação econômica, sofrendo uma seca impiedosa e a notóriaincompetência aliada a graves irregularidades do Governode Pernambuco. Desta tribuna, formulei proposição, na formaregimental, a fim de a Câmara dos Deputados aprovar umamc.ção de protesto e um voto de pesar e tristeza ao Governode Pernambuco. Ao lado da insatisfação generalizada dospernambucanos, reinam a seca, a fome na região do semi-áridoe o desemprego na zona da mata (açúcar e do álcool). Noentanto, o Governo de Pernambuco divulga matérias carís­simas nas TV, rádios e jornais, o que significa um acinte.

Sr. Presidente, Srl' e Srs. Deputados, desde abril de 1992,estou denunciando desta tribuna o desgoverno e as ilicitudesocorridos em Pernambuco. Em 15 de abril, informei à Naçãoque 69 motoristas de táxi morreram em Pernambuco, caracte­rizando a existência de um clima de violência. Ainda em 23

10056 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1993

de abril, voltei à tribuna para demonstrar que o povo pernam­bucano estava intranqüilo com a impunidade. O sistema de

.segurança no Estado de Pernambuco deixava inseguro atéo cidadão mais destemido. O Estado de Pernambuco desta-ca-se na crônica policial do País como sendo o paraíso daimpunidade, o que lhe confere recordes: campeão nacionalde crimes de homcídios; de assassinatos praticados contracrianças; maior produtor de maconha do mundo. Além disso,ainda possui os mais atuantes grupos de extermínio do País.

Em 2 de junho, denunciei a absurda decisão do Governode Pernambuco de expulsar 350 pequenos agricultores de'Pon­te dos Carvalhos, sob a alegação de que estavam ocupandoárea de preservação ecológica.

Em 15 de junho do ano passada, ocupei a tribuna parainformar que a corrupção no Governo Fernando Collor deMello contagiou o Governo de Pernambuco, e chegou à cidadede Belo Jardim, precisamente no imóvel rural destinado àconstrução de uma barragem, denominada "Barragem BeloJardim": de água salgada, imprestável para o consumo e tam­bém para a irrigação; obra da mesmíssima Construtora doCanal da Maternidade do Rio Branco, no Acre: NorbertoOdebrecht.

Em 17 de junho, denunciei a esdrúxula situação do Hos­pital da Restauração e a situação do setor de saúde no Estadode Pernambuco. Voltei a denunciar que os hospitais não ti­nham agulhas, seringas, algodão, esparadrapo.

Em 23 de junho, denunciei que o Governo do Estadocancelou a concorrência para a construção da PenitenciáriaFederal de Segurança Máxima, em virtude de denúncias deilicitudes.

Ainda foi denunciada uma publicação nos classificadosdo Diário de Pernambuco, referente à construção da BarragemJukazinho, que antecipava o resultado da licitação.

Em 24 de junho, ocupei a tribuna para denunciar ilicitudesnas operações da COMPESA (Companhia Pernambucana deSaneamento). O passivo total das obrigações devidas foi trans­formado em patrimônio líquido. Segundo os auditores quefizeram a perícia, constatou-se que, no balanço da empresa,os dados divulgados não representavam a real posição finan-ceira e contábil da Compesa. .

No dia 29 de junho, voltei a trazer novos dados sobre:a operação fraudulenta da construção da "Barragem BeloJardim", em Pernambuco, com convênio entre o Governodo Estado o Ministério da Agricultura, com a mesmíssimaempreiteira acusada de fraudes, na construção do Canal daMaternidade, na cidade de Rio Branco, no Acre. Portanto,a obra não tem qualquer viabilidade de sucesso. A água ésalgada, imprestável.

Em 30 de junho, a revista "Techi Bus", Ano I, número6, de março de 1992, às fls. 44, antecipadamente, publicacom muita propriedade o nome da empresa vencedora dalicitação realizada pela Empresa hetropolitana de TransportesUrbanos (EMTU), sistema de fiscalização eletrônica.

Em 8 de julho, recebi denúncias contra o Governo doEstado de Pernambuco acusando a Empreiteira Agrimec, queconstruiu a estrada que liga o Distrito de Chã dos Esquecidosao Município de Macaparana e, por conta, fez 2 km de estradapavimentada na fazenda de propriedade do Governador, emCarpina, estrada J F.

Em 13 de julho, fiz pronunciamento mostrando que asituação do Governo de Pernambuco era insustentável na áreada sáude. Os servidores não acreditavam na palavra do Gover­nador.

Em 14 de julho, foi denunciada à Polícia Federal ilicitude'em concorrência para a execução de obras de drenagem noPorto Interno de SUAPE.

Em 21 de julho, denunciei operação irregular para bene­ficiar a Usina Ouricuri, de Alagoas, através do Bandepe, porsolicitação de PC Farias. Novas irregularidades nas licitações:Detelpe procura adquirir um Sistema de Identificação Auto­mática de Veículos (SIMAV), bem assim, concorrência paraobras de dragagem em Suape.

O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco denun­ciou irregularidades nas obras de construção do emissário deBoa Viagem, em Recife, para o combate ao cólera, atravésde convênio com o Ministério da Ação Social. Formulei reque­rimentoao Tribunal de Contas da União denunciando ilicitu­des envolvendo o Governo do Estado de Pernambuco e oGoverno Federal, bem assim, a Companhia Metalúrgica SantaBárbara.

Em 19 de janeiro, denunciei que o Governo de Pernam­buco distribuiu feijão podre, -no sertão de Pernambuco, etambém ilicitudes ocorridas na Companhia de Industrializaçãode Leite de Pernambuco (CILPE).

Sr. Presidente, denunciei pedido de empréstimo de 150milhões de dólares que o Governo de Pernambuco pretendiapara aplicar supostamente no turismo - Calha do Capibaribee subprograma de SUAPE. O Deputado Pedro Eurico nãopermitiu a concessão da autorização do empréstimo, em virtu­de de irregularidades.

Ainda denunciei desta tribuna negócio fraudulento firma­do entre o BNDES com Empresas Imbirussu Navy NavegaçãoFluvial e Marítima Ltda. e Governo de Pernambuco, na opera­ção de arrendamento do Porto de Petrolina, dentro do Progra­ma de Privatização do Governo de Pernambuco.

Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Deputados, é imprescindívela presença de Parlamentares desta Casa a fim de apurar asagressões sofridas pelos Deputados Estaduais, jornalistas efavelados no Sítio Grande, na Imbiribeira, Recife, sendo res­ponsáveis a Polícia Militar de Pernambuco e o Governadordo Estado.

Era o que tinha a dizer.

o SR. PAULO ROMANO (Bloco Parlamentar - MG.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr~S e Srs. Depu­tados, como mineiro, especialmente da região servida pelaFernão Dias - a BR-381 -, venho registrar, com muitasatisfação, a assinatura de contratos entre os Governos deMinas Gerais e de São Paulo e o Governo Federal para aduplicação daquela rodovia.

O fato é auspicioso, porquanto sabemos que essa é umadas estradas onde tem ocorrido o maior número de acidentese de mortes nos últimos anos. De maneira especial, sua dupli­cação passa a ter fundamental importância para aqueles quesão hoje os dois entre os três maiores pólos industriais e urba­nos do Brasil- São Paulo e Belo Horizonte -, ao permitir,sobretudo ao meu Estado, Minas Gerais, e de maneira especialà sua região sul, da qual faz parte minha cidade, Oliveira,a desconcentração do desenvolvimento e da riqueza.

Sabemos que em São Paulo e Belo Horizonte já existemproblemas de sobra. Portanto, ao invés de falarmos em pólosvamos falar em eixo. Esperamos que as dezenas de pequena~cidades situadas no eixo Belo Horizonte-São Paulo, na áreade ação da Fernão Dias, possam, através de uma políticaindutiva de desenvolvimento desconcentrado, receber o afluxode novas unidades industriais, de novos projetos de desenvol-

Maio de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 18 10057

vimento, que poderão ocorrer não apenas pelo transborda­mento da economia de São Paulo ou Be~o Horizonte, masespecialmente por uma ação que certamente o Governo doEstado de Minas Gerais deverá adotar, no sentido de facilitaraquilo que é uma meta fundamental e, aliás, um dos pontosda minha pregação política, ou seja, a interiorização do desen­volvimento, pois sabemos que pagamos um alto custo pelaconcentração da população nos grandes centros urbanos.

Portanto, esse é um fato auspicioso que beneficia nãoapenas São Paulo e Belo Horizonte, mas, sobretudo, todauma grande região que se situa no seu eixo e, por que nãodizer, também outras regiões do País que, a partir, porexem"pIo, de Belo Horizonte, poderão fazer conexão com São Paulopor uma estrada mais desconcentrada. Isso atende inclusive,nessa fase rodoviária, à região Centro-Oeste.

Esta é a comunicação que faço para cumprimentar a popu"lação daquela região servida pela Fernão Dias e os Governa­dores Hélio Garcia e Luiz Antônio Fleury, por terem conse­guido, juntamente com o Governo Federal, a realização deuma grande aspiração que não é apenas nossa, mas tambémde Minas Gerais.

o SR. JOSÉ LUIZ CLEROT (PMDB - PB. Sem revisãodo orador.) -Sr. Presidente, Sr~ e Srs. Deputados, a impren­sa ocupa todos os espaços para noticiar a existência de gruposde Ministros que querem a saída de uns e a sustentação deoutros.

Enquanto isso, lá no Nordeste, estamos à espera da cha­mada Agenda do Nordeste, que o Presidente da Repúblicaprometeu. E o que fez S. Ex~? Diante de uma longa estiagem,como nunca vista naquela região, o Senhor Presidente daRepública se propôs encaminhar cerca de 180 milhões de dóla­res - importância inferior àquele emprestimozinho destinadoao Peru via Odebrecht - a fim de atender, nesta fase deagonia da estiagem, aos chamados retirantes, aqueles queestão famintos e não têm água para beber.

Quem proclamou isso nesta Casa e através da imprensafoi o Deputado Roberto Freire, ao dizer que o Presidenteestava organizando a chamada Agenda Nordestina, ondeanunciaria os projetos específicos que se destinariam à regiãoNordeste e, portanto, à Paraíba.

Decorridos mais de 60 dias desde o anúncio desta pro­messa, da afirmação do Líder do Governo, a Agenda do Nor- .deste desapareceu, nela não se fala mais; fala-se na duplicaçãodas estradas do Sul do País. Enquanto isso, o Nordeste, causti­cado, permanece esquecido.

Sr. Presidente, ocupo a tribuna exatamente para cobrardo Governo da República essa Agenda do Nordeste, paraque indique especificamente quais são os projetos que vaidesenvolver naquela região.

Li também nos jornais desta semana, com muita tristeza,que pretendem tirar o Finor da área da Sudene e levá-lopara o Banco do Nordeste. Sr. Presidente, o Banco do Nor­deste, que financiou e financia a Hidrelétrica de Itaipu, queragora também que o Finor faça jogo de caixa a fim de darsustentação aos projetos do Sul. Isso não é possível.

A idéia do Senador Mauro Benevides é péssima e intole­rável para nós, paraibanos e pernambucanos, pelo menos.De modo que faço apelo ao Presidente da República no sen­tido de que S. Ex' proclame e indique qual é a agenda doNordeste, porque nós, nordestinos, especialmente paraibanos,estamos à espera do cumprimento da sua palavra.

O Presidente Itamar Franco, que é um homem sério,não vai faltar. E sei também que o Líder do Governo naCâmara dos Deputados, Deputado Roberto Freire, nordes­tino, especificamente do Estado de Pernambuco, não faltarátambém com a palavra e nos ajudará a cobrar do Presidenteda 'República os projetos específicos para o Nordeste.

Em nome do povo que represento, o povo paraibano,cobro os projetos que se destinam ao meu Estado e às regiõesmais carentes do Curimataú, dos Cariris e do sertão paraibano.

O SR. SÉRGIO MIRANDA (PC do B - MG. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, o Governocomeça a resgatar hoje as contas inativas do Fundo de Garan­tia por Tempo de Serviço.

É importante analisarmos a política do Governo Federalfrente a essa dívida de que são credores os trabalhadoresbrasileiros. Ao contrário de outros setores junto aos quaiso Estado detém dívidas que estão sendo resgatadas aos poucose há mais tempo, através das privatizações, os trabalhadoresvão ter adiado o resgate de suas contas, de acordo com umprojeto que está sendo discutido no Conselho Curador porFundo de Garantia por Tempo de Serviço. Mostra-se umaclara diferença de tratamento; os grandes empresários, as eli­tes endinheiradas deste País conseguem facilidades para rece­ber as suas dívidas do Governo Federal, trocando-as por umpatrimônio real, como o das empresas públicas; por outrolado, o dinheiro dos trabalhadores brasileiros - que não erado Estado, era apenas guardado pelo Estado, e foi desvalo­rizado durante todos esses anos, pois sobre essa dívida nãoincidiu, na sua totalidade, a devida correção monetária doperíodo - vai ser devolvido em valores depreciados e a longoprazo. Se comparamos a situação desses trabalhadores coma dos grandes empresários, constatamos que a diferença éainda mais brutal.

Sr. Presidente, quero também, num rápido comentário,trazer a solidariedade do meu partido, o PCdoB, aos servi­dores federais, em sua greve. Na Praça dos Três Poderes,hoje; realizou-se um grande "panelaço" (manifestação daspanelas vazias), quando os trabalhadores foram às ruas pro­testar pela ausência de uma política salarial e exigindo umreajuste que, no mínimo, cubra a inflação do último período.

Perante esses dois fatos, ou seja, o resgate das contasinativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e a gravedos servidores, juntando-se a isso a atitude do Governo emrelação às dívidas públicas do grande empresariado brasileiro,desnuda-se o caráter deste Estado: um Estado que não éde todos os brasileiros, que claramente protege um setor espe­cífico da nossa sociedade e que, em relação à maioria donosso povo - os trabalhadores e os servidores públicos ­age como padrasto. Enquanto a uns trata como filhos pródi­gos, pagando suas dívidas, dando-lhes em troca um patrimônioque é público, a outros paga uma dívida desvalorizada duranteum período longo, e não respeita o servidor público.

É importante a análise desses pequenos fatos para queo povo tome consciência das mudanças que se impõem comonecessárias na nossa realidade política.

Concluindo, Sr. Presidente, ao tempo em que reiteramosa solidariedade do PCdoB aos servidores públicos, protes­tamos veementemente contra a forma como vêm sendo resga­tadas as contas inativas do Fundo de Garantia por Tempode Serviço e denunciamos o protecionismo do Estado paracom os grandes empreiteiros e empresas do nosso País, noresgate de suas dívidas.

Era o que tinha a dizer.

10058 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1993

o SR. DEJANDIR DALPASQUALE (PMDB - Se. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr' e Srs. Deputados,o plano econômico do Governo, que ainda não entrou emprática - não foi, evidentemente, votado nesta Casa - bene­ficia, em boa parte, a área da agricultura brasileira, segmentodos mais importantes da economia do País, que não poderia,de forma alguma, continuar com o tratamento que vinha rece­bendo. Enquanto a Europa subsidia seus produtos em maisde 40%, enquanto os Estados Unidos dão subsídios à agricul­tura na ordem de 38%, no Brasil, além de não termos osubsídio, ainda há defasagem no preço dos produtos.

O Ministro da Agricultura, Deputado Lázaro FerreiraBarbosa, fez um grande trabalho, muito importante para quetenhamos um tratamento diferenciado para a agricultura brasi­leira, na medida em que tudo isso seja colocado em práticaimediatamente. Foi dito, por exemplo, que os produtos preci­sam ter corrigidos os seus valores mensalmente, nas mesmasbases em que é corrigida a caderneta de poupança, para quenão haja defasagem de preços. Caso contrário, não haveráretorno suficiente para cobrir, como ge faz necessário, os em­préstimos bancários. Por isso, há de se exaltar, neste momen­to, o trabalho, a dedicação e o empenho do Ministro LázaroBarbosa na busca de uma saída. A decisão deve ser colocadaem prática imediatamente, para que haja maior segurançapara a agricultura brasileira.

Os recursos que são colocados à disposição da agriculturabrasileira para o custeio quase sempre chegam depois do perío­do de plantio. Os recursos provenientes do Banco do Brasil,que é o maior financiador da área agrícola brasileira, só setornam disponíveis em período tardio, e isso, sem dúvida,prejudica a produtividade do nosso agricultor. Além disso,não só para o custeio, mas também para a comercializaçãodo produto é indispensável a alocação de recursos. A briga,o empenho do Ministro da Agricultura teve por finalidadeobtermos para esta safra mais de 6 bilhões de dólares deverbas. Dessa forma, teremos dinheiro para o custeio e tam­bém para a comercialização.

Sr. Presidente, exalto o trabalho, o empenho e a eficiênciado Ministro da Agricultura, que conseguiu bons resultadosnum momento em que, na realidade, alguns países pressionamno sentido de que o nosso agricultor não tenha o subsídioque, de agora em diante, deveremos ter.

Por isso, Sr. Presidente, acho que este é um momentode reflexão para a agricultura brasileira, que se encontra falida,com seu parque de máquinas sucateado; que se encontra,no momento, de astral muito baixo, com pouco ânimo atépara continuar a obter grandes safras para que possamos abas­tecer este País.

O Brasil tem uma produção da ordem de 65 a 70 milhõesde toneladas de grãos para uma população de 150 milhõesde habitantes. Essa população não consome toda essa produ­ção, mas, se tivesse poder aquisitivo, teria capacidade paraconsumir mais de duas vezes o volume da safra que estamosproduzindo atualmente. Este é o retrato do nosso País, denossa sociedade. Nossa população, na sua maior parte, é ca­rente e não dispõe de poder aquisitivo para consumir aquiloque produz. Poderíamos ter aqui um grande mercado consu­midor. Por isso, a aprovação do plano econômico do Governo,no que se refere à área agrícola, é da mais alta importânciae sem dúvida alguma trará para o nosso agricultor e paraa nossa agricultura um novo horizonte, que por certo daránovo ânimo, a fim de que possamos produzir muito maisdaqui para a frente.

Reafirmo o meu apoio ao Ministro Lázaro Barbosa poresse grande trabalho, pelo seu empenho e pela conquista embenefício da agricultura brasileira.

O SR. EULER RIBEIRO (PMDB - AM. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Sr' e Srs. Deputados, desdeo ano passado, para prevenir esta Nação quanto à internacio­nalização da Amazônia, venho mostrando uma série de fatos,de acontecimentos programados e orquestrados pelos paísesricos, os chamados G-7.

Se não, vejamos: primeiro, inundaram todos os paísesdo mundo com notícias segundo as quais nós, brasileiros,particularmente os da Amazônia, matávamos os nossos irmãosíndios, num verdadeiro genocídio. Pura mentira. Depois, dis­seram que destruímos a nossa floresta, acabando com a cama­da de ozônio, interferindo no meio ambiente. Outra mentira.Foi cientificamente comprovado que, particularmente no Es­tado do Amazonas, incluindo as áreas da sua Capital e dosseus principais Municípios, houve alteração de apenas 4%da Floresta Amazônica, que corresponde a dois terços doterritório nacional.

Convenceram, depois, o deslumbrado ex-Presidente daRepública Fernando Collor a demarcar as áreas indígenas,contra o que não tenho absolutamente nada, a não ser quantoaos volumes auferidos por um reduzido contingente de índios:para os Ticuna, 8 milhões de hectares; para os Ianomamis,9 milhões, área muito maior que a de Portugal muito maiorque a de alguns países da Europa. E isso porque, coinciden­temente, essas terras que se propunham fossem demarcadaspara os índios têm, no seu subsolo, riquezas tais como nióbi,?,volfrânio, tungstênio, plutônio, nada menos do que os metaismais nobres e caros, que existem em pequena quantidadeno mundo, e cujas grandes reservas estão ali, no subsolo daAmazônia.

Não podemos nós tirar uma só árvore; não podemos ma­tar um animal da floresta para saciar a fome do caboclo,porque são crimes inafiançáveis. Em contrapartida, eles po­dem destruir a floresta a título de treinamento de resgate-para, no futuro, resgatar o pessoal deles mesmos, o pessoaldos países do Primeiro Mundo, em particular dos Esta~os

Unidos, que estão, agora, acintosamente fazendo, na fronteirado Brasil, manobras com material bélico pesado, destruindoa floresta - e nada há contra isso.

Quero alertar o Presidente da República para um pontofundamental: temos que preparar nossas Forças Armadas,equipá-las e qualificá-las com treinamento. Sabemos que osaviões da nossa Força Aérea não têm peças de reposição.Conversei, há poucos dias, com uma autoridade da Marinha,de quem soube que não possuímos barcos em número sufi­ciente para deter qualquer invasão da foz do Amazonas. OExército está cada dia mais siderado, porque paga mal a seussoldados e oficiais, porque não tem recursos para treinamento.E nós, aqui, de braços cruzados, assistindo à internaciona­lização da Amazônia!

Estão pretendendo que se faça uma nação dentro destaNação, a partir dos povos indígenas, e, depois, em nomeda humanidade, virão aqui tomar conta de tudo isso.

Já estão bem perto da fronteira do Brasil com as Guianas,no Amazonas e em Roraima.

Aqui ficam meu protesto e um aviso: o Presidente daRepública tem que alocar recursos suficientes para, de umavez por todas, dar impulso ao Projeto Calha Norte, funda­mental para a defesa da Amazônia.

Era o que tinha a dizer.

.. Maio de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 18 10059

o SR. ARNO MAGARINOS (PDS - RS. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Sr~ e Srs. Deputados, retomoà tribuna, no dia de hoje, para falar sobre um tema queaqui praticamente já está decorado. Todos os Parlamentaressabem da situação em que se encontra a agricultura brasileira,e dificilmente passa um dia nesta Casa sem que três ou quatroDeputados se manifestem sobre esse assunto.

Volto também hoje a falar alguma coisa sobre a triticul­tura gaúcha. E por que não falarmos da triticultura do Suldo nosso País? Já se iniciou o plantio do trigo no Estadodo Paraná, com um desestímulo total do produtor, do triticul­tor, por causa dos preços mínimos estabelecidos pelo nossoGoverno. Em função das importações, o trigo brasileiro, aque­le pouco de trigo colhido, ainda não foi comercializado ­ou melhor, foi comercializado em apenas um terço.

Isso está preocupando o triticultor e as cooperativas, por­que se inicia novamente o plantio. E tomara que venha umaboa colheita. Neste caso, teremos mais uma vez o problemada armazenagem. E por quê? Porque o Governo não colaborana comercialização do trigo nacional, e nossos estoques, comoaconteceu com o feijão e o milho, vão apodrecer. O milhoapodreceu na lavoura, principalmente em Mato Grosso, ondenão havia espaço nos armazéns, pois estávamos em plenasafra da soja.

Voltamos aqui, então, Sr. Presidente, Sr" e Srs. Depu­tados, com essa advertência. Também iremos prevenir o Mi­nistro da Agricultura, que, na quarta-feira, deverá estar naComissão de Agricultura.

Todavia, temos problemas maiores, Sr. Presidente. Otriticultor, ao tomar qualquer financiamento bancário, paga11,7% sobre o valor do financiamento a título de seguro doProagro. Qual o agricultor que vai tomar dinheiro e dar 11,7%para a garantia do Proagro? Como ele vai embutir no seucusto de produção uma taxa igual a esta? Há agricultores,Sr. Presidente, que há seis, sete anos não fazem o Proagro,não podem contar com essa garantia. E sabemos que o Bancodo Brasil hoje já é credor de bilhões e trilhões de cruzeirosdos arrozeiros e t.ambém dos demais agricultores do Sul doBrasil. E, se continuarmos com essa política, tenho certezade que o Governo, ou melhor, o Banco do Brasil, será odono das propriedades brasileiras. Por quê? Porque os agricul­tores estão obtendo o financiamento sem o Proagro, e, sepor uma eventualidade, houver um problema climático, umageada, como está ocorrendo agora, tenho certeza de que seráo caos para a agricultura do Sul do País.

Dirijo outra pergunta às autoridades constituídas: ondeestá o reajuste anunciado para o preço mínimo, a ser feitoa cada dez dias? Até agora não vimos nada; isso não aconteceu.Só no dia 25, o banco mandará o dinheiro para comprar oproduto. Se o agricultor quiser vender, vai perder 25% porquea inflação é de mais de 1% ao dia. Onde está a equivalênciano financiamento do produto, fato que a imprensa tanto co­menta e os agricultores nos cobram? O agricultor tem razãode nos cobrar, porque somos nós, Parlamentares, seus repre­sentantes, bem como de todos os segmentos da sociedadebrasileira.

Disse, há poucos dias, que quando o Ministro Cabreraestava no Ministério da Agricultura e era Ministra da Econo­mia a Sr' Zélia Cardoso de MeIlo ele quase foi demitido porser considerado incompetente. Hoje, ouço dizer que o Minis­tro Lázaro Barbosa está por um fio, que vão tirá-lo do Minis­tério. Tenho acompanhado as visitas do Ministro da Agri­cultura ao Conselho Monetário Nacional. Precisamos agora

de um gesto de humildade do Ministro que concedeu o finan­ciamento para o Peru: que S. Ex! conceda também recursosao Ministro da Agricultura. Desse modo, o Ministro será con­siderado bom, como o foi o Ministro Cabrera.

Sr. Presidente, era este o registro que queria fazer nodia de hoje, acrescentando que, se não dermos apoio à agricul­tura, ao comércio e à indústria, as greves vão continuar aumen­~ando. E basta produzir para que o Governo tenha receita,mclusive para pagar o funcionário público, que, hoje, reconhe­ço, está com seu salário defasado, não conseguindo mais man­ter sua família - enfim, está em dificuldades.

Essas são as mudanças que precisamos fazer nesta Casacom urgência, a fim de evitarmos problemas maiores amanhã.

A SRA. ETEVALDA GRASSI DE MENEZES (Bloco Par­lamentar - ES. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi­dente, Sr" e Srs. Deputados, fatos da maior gravidade estãoocorrendo no Espírito Santo, provocados pelo Delegado Re­gional do Trabalho, SI. Raimundo Kappel, que, a pretextode fazer cumprir a legislação trabalhista no meio rural, vempraticando violências e arbitrariedades de toda sorte contraos produtores de café.

Estamos em plena fase da colheita, ocorrências sazonalque se dá entre os meses de abril e junho de cada ano.

Para o Espírito Santo desloca-se trabalhadores do nortee de Minas (região do Jequitinhonha) e do sul da Bahia.

A DRT exige que todos os trabalhadores avulsos tenhamcarteiras assinadas. Ocorre que os próprios trabalhadores nãoquerem vínculos empregatícios com os produtores de café,pois se valem da lei da oferta e da procura, sendo comumo colhedor de café largar o serviço de um proprietário aomeio-dia, em busca de um outro que oferece maior remu­neração.

Muitos mudam do caminhão que os transporta para aslavouras de um produtor para o de outro que oferece melhorpagamento.

O problema se agrava na medida em que os produtoresde café vêm sendo tratados como marginais, acusados de prá­tica de trabalho escravo, fato que, absolutamente, não ocorre.Suas casas são invadidas por policiais federais armados demetralhadoras, seus familiares ameaçados e humilhados.

Sendo milhares os produtores de café, as opções de traba­lho são muitas, e os trabalhadores avulsos facilmente se mu­dam de um produtor para outro, sendo prejudicados apenasos grandes, estes visados pela DRT.

Muitos já começam a abandonar suas safras nas lavouras.Outros já estão substituindo as lavouras de café, onde a ofertade mão-de-obra é farta e permite a fixação do homem nocampo, pela pecuária de corte, onde um único vaqueiro tomaconta de enorme rebanho.

A matéria publicada pelo jornal A Gazeta, edição de14 do corrente, sob o título "Exploração de bóia-fria levaprodutor à Justiça", bem ilustra o que acabo de expor.

A matéria diz o seguinte:

Linhares (Sucursal) - Seis proprietários rurais deLinhares foram intimados, ontem, a prestar depoimen­to na Procuradoria-Regional do Trabalho, sobre oaproveitamento da mão-de-obra dos trabalhadoresbóias-frias na colheita do café. Acompanhado por fis­cais, dois promotores e o presidente do Sindicato dosTrabalhadores Rurais do município, o delegado regio­nal do Trabalho, Raimundo Kappel, respaldado porpoliciais federais, constatou trabalhadores sem carteira

10060 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1993

assinada e menores de 15 anos trabalhando nas lavou­ras.

A ação da DRT levou os produtores rurais a sereunirem no Sindicato Rural patronal, protestandocontra o que considera arbitrariedade policial e fisc'lle ameaçando deflagrar um conflito armado, caso a fis­calização continue sendo praticada da mesma forma.Foram intimados os proprietários rurais Paulo GouvêaBastos, Irmãos Nitz, Nivaldo Agrizzi, Aristides Fere­guetti, Adair Poubel de Almeida e Evangelino Bastos.

O vice-presidente do sindicato patronal, José Mau­ro Gomes e Gama, disse que os proprietários estav'ilmausentes quando afiscalização chegou, exigindo dOCI;I­mentos, contratos de meeiros, confudindo 'filhos deprodutores com empregados, inyadindo barracos e se­des de fazendas e ameaçando prender gerentes e atéuma filha, grávida do produtor Paulo Bastos. josé Mau­ro afirmou que a DRT não respeitou os contratos assi­nados de parceria. Para resolver o impasse, José Maurotelefonou para políticos e acionou, em Brasília, os Se­nadores Gérson Camata e Eleio Alvares.

Arbitrariedade

O sindicalista afirmou que o DRT "chegqu ao cú­mulo" de exigir carteira assinada de quem trabalhana colheita do café por empreitada, acusando Raimun­do Kappel de desconhecer os problemas da categoria,tratando produtores rurais como se fossem traficantesde drogas, respaldado pela Polícia Federal e a Justiça.Os produtores afirmaram que irão hoje para as fazen­das montar um esquema de prontidão, inclusive comseguranças armados, "para conter a arbitrariedade po­liciaI e fiscal da DRT".

O produtor Paulo Bastos acusou o presidente doSindicato dos Trabalhadores Rurais, Creusimar Ribei­ro da Silva, e o fiscal Martinelli, de Colatina, de invadi­rem sua casa e forçar a filha a assinar o documentode notificação. Nas colheitas d-e café, a mão-de-obrautilizada é familiar, e não significa escravidão,afirmouJosé Mauro.

Também do Município de São Gabriel da Palha recebe­mos manifestação contrária à atuação da DRT do EspíritoSanto, conforme o Ofício n9 396/93, de 22 de abril de 1993,subscrito por todos os Vereadores da Câmara Municipal, doqual peço a transcrição nos Anais da Casa.

O que se deseja, S,r. Presidente, ~ uma trégua até queseja encontrada uma solução que permita adaptar a legislaçãotrabalhista ao meio rural sem traumas, ~ que os problemasacima expostos sejam devidamente equaCionados e resolvidos.

Os bóias-frias precisam de amparo; mas os produtoresrurais também precisam de respeito. .

DOCUMENTO A QUE SE REFERE A ORA­DORA:

CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO GABRIEL DA PALHAEstado do Espírito Santo

Of.GP. N9 396/93São Gabriel da Palha (ES), 22 de abril de 1993

Exm~ S~

Etevalda Grassi de MenezesDD. Deputada FederalBrasília - DF

Senhora Deputada:, Todos somos sabedores que São Gabriel da Palha, mesmotendo tr~balhado ne~ses últimos anos no incentivo para a di­versificação de nossa agricultura, ainda tem seu' sustentáculoeconômico baseado na produção de café.' ,

Quem trabalha com a cultura do café, bem como aquelesque lidam no dia-a-dia com os problemas do "homem docampo", como agentes políticos, também conhecem as dificul­dades por essa classe enfrentadas, principalmente devido aobaixo preço do seu produto no mercado, o que tem levadomuitos a abandonarem suas lavouras. Não bastando isto, sur­preendeu-nos a notícia de que alguns de nossos produtoresforam multados pelo Ministério' do Trabalho, em razão deestarem dando trabalho aos nossos trabalhadores "bóias-frias"sem assinarem as carteiras profissionais.

Diante do exposto, mesmo sabendo que nossos "bóias­frias" merecem todo o respeito, bem como amparo legal emsua função, vimos pelo presente solicitar os bons ofícios deVossa Excelência no sentido de interceder junto às autori­dades competentes, objetivando o prolongamento do prazo,para que, nossos produtores tenham condições deregulari­zarem tal sítuação.

No ensejo, vale ressaltar que fatos como esses têm servidoapenas de estímulo para 'que nossos produtores deixem aban­donadas'suas lavouras e conseqüentemente desocupados nos­sos trabalhdores rurais - "bóias-frias".

Assim sendo, esperando contar com a vossa valiosa eindispensável atenção na providência do solicitado com a ur­gência que o caso faz jus, agradecemos antecipadamente, en­quanto renovamos nossas,

Cordiais Saudações seguem-se·as assinaturas

o SR. ALCIDES MODESTO (PT -BÁ. Sem revisão'do orádor.) - Sr. Presidente, Sr'S e Srs. Deputados, no dia13 próximo passado, estivemos na sessão de encerramentode seminário realizado na sede da Sudene, em Recife, paradiscutir os problemas da seca no Nordeste e as propostaspermanentes para o enfrentamento desse desafio. Chegandoà capital pernambucana, Sr. Presidente, fomos surpreendidospelo que acabava de ocorrer no bairro de Imbiribeira. Naverdade, foi um verdadeiro massacre da Polícia Militar dePernambuco contra 2.500 famílias que ocupam at,lela áreahá aproximadamente 50 anos.

A área vem sendo objeto de discussão entre os Governosestadual e municipal há muítos anos, pois se pretende conside­rá-la de utilidade pública - portanto, desapropriável por inte­resse social. Decorridos dois anos do Governo Joaquim Fran­cisco, nada foi concluído. Em decorrência da morosidade doprocesso, os moradores, para pressionar o Governo, há 15dias fizeram um protesto, interrompendo a via pública. Issolevou à concessão de uma liminar não em favor daquelaspopubções carentes, mas dos antigos proprietários. A polícia,para fazer cumprir a liminar, utilizou todos os meios de quedispunha, desrespeitando a trégua de 72 horas negociada navéspera, com a intermediação da Assembléia Legislativa dePernambuco.

No dia 13 de maio, mesmo com a presença do DeputadoDjalma Paes, Líder do PMDB; do Deputado Eduardo Cam­pos, Líder do PSB; do Deputado Romeu da Fonte, do PPS;do Deputado Israel Guerra, do PMDB; e do Deputado JoãoPaulo, Líder do PT, na área do conflito, foi desencadeadoum processo de verdadeiro massacre contra a pop'ulação.

Maio de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 18 10061

Tentando intermediar o conflito, os Deputados foramtambém objeto de violências. Todos saíram com escoriações,e o Deputado João Paulo teve três costelas quebradas, o pul­mão perfurado e ainda se encontra hospitalizado. Isto é umverdadeiro desrespeito à condição de Parlamentar e à imuni­dade dos membros da Assembléia Legislativa, desrespeitoqúe nem na ditadura aconteceu.

Sr. Presidente, queremos associar-nos ao protesto, à in­dignação de toda a sociedade pernambucana e exigir que oSr. Governador imediatamente tome as devidas providênciaspara punir os responsáveis por essa ação violenta, a fim derestabelecer o respeito e a dignidade da representação legítimada Assembléia Legislativa de Pernambuco. .

Finalizando o primeiro tema que me traz à tribuna, gosta­ria de anexar ao meu pronunciamento o relatório que recebe­mos do gabinete do Deputado João Paulo, com os pormenoresde toda aquela ação.

Sr. Presidente, quero também registrar fato noticiadóna Tribuna da Bahia de hoje, sobre a retenção, pelo Prefeitode São Raimundo Nonato, no Piauí, de 30 toneladas de feijãodestinado à população faminta. Anteriormente fizemos refe­rência a problema existente na Serra da Capivara, naqueleMunicípio, oportunidade em que reconhecemos ser o sul doPiauí uma das regiões mais secas do Nordeste. Ora, dianteda fome que grassa em São Raimundo Nonato, não se admiteque o Prefeito ainda mantenha 30 toneladas de feijão nosarmazéns sem distribuí-lo à população. O Sr. Gaspar DiasFerreira deveria, sim, acatar as decisões da comissão especialque encaminha as emergenciais da seca, e não desrespeitá-lasdessa forma.

Registro, portanto, meu protesto e minha indignação,ao mesmo tempo em que solicito à Comissão de Acompa­nhamento das Ações Governamentais da Seca, principalmentea Subcomissão do Piauí, que tome as devidas providênciaspara fazer com que o Sr. Prefeito de São Raimundo Nonatonão agrave ainda mais o estado de sofrimento de uma popu­lação já tão sacrificada.

RELATÓRIO A QUE SE REFERE O ORADOR:

ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DO ESTADODE PERNAMBUCO

Dados dos Acontecimentos em que foi agredido oDep. João Paulo (PT) Pernambuco

1 - Na área denominada de Sítio Grande, no bairro daImbiribeira, Recife, moram cerca de 2.500 fmaílias, numaárea de 46ha.

2 - Esta invasão já dura cerca de 50 anos, e só em 1988foi reclamada na justiça pelo proprietário, o médico ToméDias.

3 - A luta da comunidade já dura vários anos. No gover­no Carlos Wilson, em 1990, obteve-se do governo Estadualdecreto declarando-a de utilidade pública, com validade atéo ano de 1996, havendo ainda a necessidade de desapropriaçãoda área.

4 - Decorridos 2 anos de Governo Joaquim Francisco,até agora nada foi feito.

5 - Há 15 dias a comunidade fez um protesto que fechoua Imbiribeira, ato que teve repercussão nacional.

6 - Em decorrência desta mobilização, a Prefeitura doRecife enviou Projeto à Câmara Municipal declarando a áreaZona de Interesse Social- ZEIS.

7 - Ontem, procurando antecipar-se à apropriação pelaCâmara, foi expedido o mandato de reintegração de possen9 9327643/9 e os oficiais de justiça determinaram à derrubadade 100 casas nos lotes 8, 11 e 15.

8 - A ação foi acertada n!! noite anterior pela Secretariade Governo, Procuradoria-Geral do Estado e proprietáriosdo terreno, sem nenhum aviso prévio aos moradores da comu­niade de Sítio Grande.

9 - Ontem, dia 12/5, a ação violenta resultou na derru­bada de várias casas, tiros, agressões a jornalistas e váriospopulares hospitalizados.

10 - Na tentativa de buscar uma solução negociada, al­guns Deputados tentaram evitar a ação violenta da PolíciaMilitar do Estado. Nesta tentativa, o Deputado João Pauloparticipou ativamente.

11- O Deputado João Paulo, participou de uma reuniãono Palácio do Campo das Princesas, onde foi negociada umatrégua de 72 horas para buscar uma solução negociada.

12 - Hoje (1315) pela manhã, a política, descumprindoo acordo feito ontem, organizou uma tropa de choque de150 policiais, um trator e vários caminhões para invadir acomunidade e derrubar mais de 100 casas.

13 - Dirigiu-se para a comunidade uma: comissão de De-putados:

- Djalma Paes (Líder do PMDB)- Eduardo Campos (Líder do PSB)- Romeu da Fonte (PPS)- Israel Guerra (PMDB) e- João Paulo (Líder do PT)Tentando evitar mais uma vez uma solução baseada na

violência.14 - Nesta tentativa ocorreu um verdadeiro massacre

da Polícia Militar sobre os deputados e populares.15 - O Deputado João Paulo tem 3 costelas fraturadas

e o pulmão perfurado e outros Deputados com várias esco­riações.

16 - Amanhã, a Sociedade Organizada aqui no Estadoestará realizando um ato de protesto contra à violência policiale de solidariedade à comunidade e aos Deputados.

João Costa, Ass. Político Gab. Dep. João Paulo.

o Sr. Eraldo Trindade - Sr. Presidente, mt:smo estandoinscrito no Pequeno Expediente, nos termos regimentais, peçoa palavra para uma comunicação de Liderança pelo BlocoParlamentar.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Nos termosregimentais, concedo a V. Ex' a pall,lvra para uma Comuni­cação de Liderança.

O SR. ERALDO TRINDADE (PDS - AP. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, os jornaisde circulação nacional trouxeram, no último final de semana,notícia que nos deixa muito preocupados não só com a atuaçãodos Parlamentares da Amazônia, mas, acima de tudo, coma preservação da soberania nacional: o Exército americanoestá realizando manobras militares na fronteira da GuianaFrancesa com o Brasil.

A notícia aborda aspectos de certa forma curiosos. Dá-nosconta, por exemplo, de que o ex-Presidente dos Estados Uni­dos, George Bush, havia recebido solicitação do Congressonorte-americano no sentido de que influenciasse o ex-Presi­dente Fernanco Collor de Mello no processo de demarcaçãodas terras indígenas, previstos pela nossa Constituição, mas

10062 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO N;.CIONAL (Seção I) Maio de 1993

que, na verdade, por trás de tudo isso, estava o interessepela Amazônia. Esta é uma questão que está preocupandonão só os Parlamentares como toda a população que vivenaquela região.

Não quero entrar no mérito da questão da demarcaçãodas terras indígenas, até porque, como Constituinte, fui autorde dispositivo que determina que, no prazo de cinco anosa partir da promulgação da Constituição de 1988, a Uniãodeveria efetuá-la. Mas surge, agora, esse fato, que, de certamaneira, é preocupante, uma vez que a Região Amazônicaé desprovida de um sistema de segurança capaz de nos dartranqüilidade no que diz respeito à preservação da soberanianacional.

Lembro-me de que, quando estávamos discutindo algu­mas emendas, na Assembléia Nacional Constituinte, um grupode Parlamentares foi convidado para ir a Maxaranguape, emNatal, para ver de perto as deficiências da Aeronáutica edas Forças Armadas como um todo, naquela altura dos aconte­cimentos. Além da defasagem salarial, as Forças Armadasse ressentem da falta de um arsenal moderno, adequado, com­patível com a realidade nacional e com a densidade demo­gráfica brasileira. Infelizmente, a Amazônia está desprovida- eu diria - de segurança por parte das Forças Armadas,principalmente em decorrência da defasagem salarial, o gran­de tema que os militares vêm abordando, no momento, edo absolutismo do seu arsenal.

A verdade é que o Presidente da República, preocupadocom a inflação, como toda a sociedade brasileira, tambémdeve preocupar-se com a preservação da soberania nacional,deve olhar com mais atenção todo esse movimento do Exércitonorte-americano na fronteira do Brasil com a Guiana Fran­cesa. Todos sabemos que, principalmente da parte do Go­remo norte-americano, há uma preocupação muito grande;om a Amazônia. Em outras oportunidades, não só os EstadosUnidos como outro países desenvolvidos já tentaram transfor­mar a Amazônia no patrimônio da humanidade, com o únicoobjetivo de resguardar os recursos naturais do seu solo e doseu subsolo. A exploração de países em desenvolvimento esubdesenvolvidos é histórica.

O Governo brasileiro - este é o alerta que faço - temque se preocupar com a preservação da nossa soberania, comuma segurança maior por parte das Forças Armadas, coma defesa dos nossos interesses relacionados com a RegiãoAmazônica, fundamentalmente.

Era o assunto que queria abordar, Sr. Presidente.

o SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concedo apalavra ao Sr. Amaral Netto.

o SR. AMARAL NETTO (PDS - RJ. Sem revisão doorador.) Sr. Presidente, antes do meu discurso, quero mesolidarizar com a bancada da Amazônia. Das 800 reportagensque realizei para a televisão, de 1968 a 1984, mais de cemforam dedicadas à região amazônica, principalmente às nossasfronteiras. Já naquela ocasião eu denunciava a cupidez, aambição das empresas, de grupos até de religiosos, que ser­viam de tapume para governos estrangeiros, que tentavamtransformar a Amazônia em território internacional.

Estou com a Amazônia e lhe dou o meu apoio. À suadisposição coloco as reportagens feitas por mim durante 20anos, nas quais denuncio essa tentativa de invasão.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, há 15 dias, tornei públicaa minha decisão de alterar substancialmente o art. 53, da

Seção V, da Constituição Federal, que trata das imunidadesde Deputados e Senadores.

Hoje, venho à tribuna para oficializar a emenda em causa.Ela faz parte de um elenco de cerca de 20 que tentarei

aprovar na revisão constitucional.Nesse elenco se destaca a do plebiscito popular para a

pena de morte, aplicável aos autores de crimes hediondos,assim como a prisão perpétua para todos os que se envolveremem seqüestros sem morte, e a que concede ensino universitáriogratuito apenas para os que não disponham de recursos parapagá-lo. Quem tem dinheiro, tem de pagar.. . . Basta dessa desigual igualdade que dá aos filhos dos ricoscondições idênticas às dos filhos dos pobres. E a maior provadisso são os carros de luxo nacionais,e estrangeiros às portasdas universidades públicas, enquanto os que devem ter direitoao ensino gratuito a elas não chegam nem a pé.

A emenda que reduz aos seus legítimos direitos a imuni­dade parlamentar mantém o caput do art. 53:

"Art. 53. Os Deputados e Senadores são invio­láveis por suas opiniões, palavras e votos."

E só, Sr. Presidente. A isto se resume a verdadeira edemocrática imunidade.

E a seguir:

"§ 19 Desde a expedição do diploma, os mem­bros do Congresso Nacional não poderão ser proces­sados criminalmente, sem prévia licença de sua Casa,pelo que disserem, escreverem ou votarem.

§ 29 Os Deputados e Senadores responderão pe­los crimes que cometerem, inclusive os administrativosconhecidos como do "colarinho branco", mediante de­núncia junto ao Supremo Tribunal Federal, sem neces­

.sidade de qualquer licença,da Casa a que pertencerem.§ 39 Os Deputados e Senadores serão subme­

tidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Fe­deral.

§ 49 Os Deputados e Senadores não serão obri­gados a testemunhar sobre informações recebidas ouprestadas em razão do exercício do mandato, nem sobreas pessoas que lhes confiaram ou deles receberam infor­mações.

§ 59 As imunidades previstas no caput deste arti­go subsistem durante o estado de sítio e só poderãoser suspensas mediante o voto de 2/3 dos membrosda Casa respectiva, no caso de atos praticados forado recinto do Congresso, que sejam incompatíveis coma execução da medida."

A imunidade, tal como se encontra na Constituição, cor­responde à impunidade e não pode persistir dessa forma.

Quando um detentor de mandato político pratica qual­quer ato contra o cidadão ou o seu patrimônio, a sua responsa­bilidade é muito maior do que a do criminoso comum.

Este estado de coisas precisa ser modificado para queo Poder Legislativo não seja visto como abrigo de determi­nados delinqüentes.

Imunidade, sim.Impunidade, nunca mais.

O SR. PAULO PAIM (PT - RS. Sem revisão do orador.)- Sr. Presidente, Sr~ e Srs. Deputados, hoje mais um setordesta Casa se encontra em greve por melhores salários. Tra­ta-se dos companheiros da limpeza. E informo à Casa Clue

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os funcionários da empresa responsável pelo funcionamentodos elevadores também se encontram em greve.

A Deputada Maria Laura me informava, há pouco, queservidores públicos federais, em greve, foram espancados,e carros de som, inclusive o do Sindicato dos Bancários, forampraticamente destruídos em frente ao Palácio do Planalto,o que mostra, infelizmente, a insensibilidade deste Governopara com as reivindicações da categoria no campo da políticasalarial.

Vemos, por outro lado, que a violência aumenta a cadadia que passa. Recentemente, em Pernambuco, o DeputadoJoão Paulo teve três costelas fraturadas, em conseqüênciade espancamento praticado pela Polícia, fato que já foi aquiregistrado. E dizem que no incidente houve o envolvimentodo próprio governador de Pernambuco. Hoje, em frente aoPalácio do Planalto - repito -, servidores públicos foramespancados e dois carros de som foram praticamente destruí­dos pela Polícia, a mando - só pode ser - do próprio Presi­dente da República.

A situação está ficando incontrolável. Esta Casa e o Exe­cutivo não podem fazer de conta que não estão vendo o queestá acontecendo. Temos tentado, de todas as formas possí­veis, chegar a um entendimento no campo da política salarial,mas o Governo continua totalmente inflexível, sequer abrea negociação.

Faço aqui, portanto, mais um apelo à Ministra LuízaErundina, ao Ministro Walter Barelli, ao Ministro Eliseu Re­sende, enfim, aos Ministros que defendem essa posição intran­sigente, para que mudem de atitude e abram o processo denegociação com os trabalhadores que buscam melhores salá­rios. Nós, aqui na Câmara dos Deputados, não teremos outraalternativa a não ser colocar em votação; nos dias- 25 e 26,o projeto de política. salarial, se até. lá não houver entendi­mento.

Registro que recebi telefonema, hoje, do Presidente daCentral Única dos Trabalhadores, companheiro Jair Mene­guelli, dizendo que está disposto a colaborar conosco, reali­zando uma ampla mobilização e enviando caravanas a Brasíliaa partir do dia 25. Também o Presidente da Força Sindical,Luiz Antônio de Medeiros, mandou-me telegrama pergun­tando se a votação irá ou não se realizar. Ele me disse quetambém virá a Brasília, juntamente com outros sindicalistas,com o objetivo de nos dar apoio. Mantive contato ainda comAntônio Neto, Presidente da CGT, e Canindé Pegado, daoutra CGT, e ambos estão dispostos a colaborar. As confede­rações, por sua vez, estão adotando a mesma postura.

Gostaríamos de chegar a um acordo para evitar confrontono plenário, mas estamos verificando que o Governo continuatotalmente insensível. Todos os jornais destacam o que osmilitares estão dizendo: queremos melhores salários. Ora,Sr. Presidente, os servidores públicos, os trabalhadores dainiciativa privada, os funcionários desta Casa, os militares,todos estão dizendo a mesma coisa: é impossível convivercom uma inflação de 30% ao mês sem ter uma política salarial.Parece que só o Executivo não enxerga isso.

Sr. Presidente, apelo para todos os Deputados e Sena­dores no sentido de que estejam aqui nos dias 25, 26 e 27de maio, para votarmos - quem sabe? - na Câmara e noSenado o projeto de política salarial que estabelece reajustesmensais, da Comissão de Trabalho, de Administração e Ser­viço Público, que até o momento conta com o apoio de todosos partidos, creio eu. De todos os partidos consultados, ne­nhum disse que é contra o projeto.

Espero que todos confirmem com o voto, na semanaque vem, esse aval ao projeto que garante pelo menos a manu­tenção do poder de compra do assalariado brasileiro, em facedessa inflação que já alcança o patamar mensal dos 30, 31 %,como indica o próprio IPEA.

Solicitamos ao Colégio de Líderes que, na reunião deamanhã, decida de uma vez por todas colocar a matéria empauta na semana que vem.

o SR. RUBEN BENTO (Bloco Parlamentar - RR. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr'!' e Srs. Deputados,a situação da fronteira do Brasil no extremo Norte vem sendolevantada, principalmente nos últimos dias, por quase todosos Parlamentares daquela região. Agora a imprensa nacionaltem registrado fatos que estão na iminência de ocorrer, coma apropriação de parte da nossa Amazônia para servir a inte­resses internacionais.

O Correio Braziliense de hoje traz a seguinte manchete:"Interesse internacional é denunciado". Ontem, dia 16 demaio, domingo, anuncia o noticioso que o Presidente ItamarFranco se preocupa com a presença de forças militares dosEstados Unidos, que estão fazendo manobras na fronteirada Guiana. .

Sr. Presidente, não nos podem culpar de omissão, porquevimos denunciando, dia após dia, o claro e insofismável inte­resse de forças internacionais em tornar aquela região intocá­vel e disponível para ações militares e outras. O que é certoé que não posso compreender porque tanto interesse na fron­teira Norte do Brasil na Amazônia.

Portanto, são interesses de todas as partes do mundo.Quero ler trecho da reportagem do jornal Correio Braziliense,de hoje, que trata do assunto:

"As denúncias de militares e parlamentares brasi­leiros sobre interesses inconfessáveis de potências es­trangeiras na região amazônica, agora são confirmadasem documento encaminhado pelo Congresso NacionalNorte-Americano ao então Presidente George Bush,no qual expressivas lideranças americanas pediam queBush exigisse do Presidente Collor a imediata demar­cação das terras dos índios ianomami. O ex-PresidenteFernando Collor de Mello, dias depois de retomar dosEstados Unidos, determinou a demarcação, da áreaianomami obedecendo o leque de interesses dos norte­americanos. "

Não podemos continuar na inércia, à espera de que outrosinteresses, que não são nacionais, imponham uma situaçãoirreversível. Por que o interesse militar norte-americano naGuiana e exatamente na fronteira do Brasil? Por que a demar­cação da reserva indígena na fronteira do Brasil com o paísvizinho?

Quero alertar inclusive para a demarcação de nossa divisacom os demais países. O Monte Roraima, tradicionalmentepertencente ao Brasil, agora tem somente 10% de sua áreado lado do nosso País. E por que não mencionar a Serrado Sol? Tradicionalmente, era usada por todos os que sedirigissem à região para exploração garimpeira ou até viagensao monte Roraima. Pois bem. A região da serra do Sol, hoje,dizem os que moram ali, pertence à Venezuela e não maisao Brasil.

Os livros de geografia precisam ser modificados e adap­tados à realidade, e muito em breve o segundp ponto mais

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alto do Brasil, se não tivermos cuidado, não será mais o monteRoraima, porque este já deverá pertencer a outros países.

Quero associar-me, Sr. Presidente, aos Deputados queaqui se manifestaram para denunciar esses fatos e pedir oretorno do Projeto Calha Norte e mais recursos para o Exér­cito brasileiro, que deverá ampliar suas forças e modernizarequipamentos para eventual necessidade de ação na regiãoNorte.

o SR. CLÓVIS ASSIS (PDT - BA. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, café: anonegro da agricultura.

A história da cafeicultura do sudoeste da Bahia, particu­larmente no Município de Vitória da Conquista, é bastanteconhecida. Uma história de luta, concentração de riquezase crises periódicas.

Ê importante salientar que de 1970 a 1980 a cafeiculturaatravessou um período de intenso desenvolvimento na região,principalmente no sudoeste da Bahia, em função da evoluçãoda áreas cultivada, chegando a uma produtividade média deum milhão de sacas por ano.

Hoje, com uma produtividade média em torno de 200mil sacas de café por ano, o comportamento tornou-se irregu­lar, por motivos de ordem econômica e climática. Com oresultado de acirradas concorrências no mercado exterior, osgrandes estoques internacionais provocaram drástica quedanos preços dos produtos, atingindo os níveis mais baixos dosútimos 20 anos. A conseqüência é que a atividade tornou-seantieconômica, sobretudo quando seus custos têm-se elevadobastante em função dos pesados encargos financeiros do crédi­to rural e da alta dos preços dos insumos muito acima da .inflação.

Daí muitos produtores terem abandonado suas lavouras,deixando de realizar os seus tratos culturais, como as suascapinas, as adubações, e tornando-se inadimplentes frenteaos seus credores.

As dívidas da cafeicultura junto ao Banco do Brasil vêmsendo objeto de sucessivas renegociações, sem que isso resulteem recuperalção da capacidade de pagamento.

Deve-se, contudo, ressaltar que o crédito rural deixoude ser um instrumento de suporte para produção e a comercia­lização, razão dos pesados juros extorsivos cobrados ao pro­dutor.

As conseqüências sociais da crise do setor são gravese precisam ser resolvidas, dadas as condições de lavoura deexploração não mecanizada, cujo emprego de mão-de-obraestima-se próximo a 150 mil pessoas.

A miséria, a fome, a marginalidade da periferia da cidadede Vitória da Conquista já indicam o grande número de desem­pregados.

Em face do exposto, Sr. Presedente, Sr>' e Srs. Depu­tados, dada a situação absolutamente crítica por que passaa cafeicultura do sudoeste da Bahia, cumpre-me o dever dedefinir um elenco de medidas a serem adotadas a curto prazo,visando solucionar os principais problemas da região:

19) suspensão dos processos de execução das dívidas dosprodutores de café pelos bancos credores;

2'1) repactuação dos débitos dos produtores de café comalongamento do perfil da dívida por até dez anos;

39) financiamento e refinanciamento de até 100% de de­sembolso com o custeio da lavoura na região;

49) pagamento dos financiamentos e refinanciamentospor equivalência do produto;

5") retirada da cobrança nos financiamentos das taxasreferenciais - o que é inconstitucional-- dada pelos tribunais.

Era o que tinha a dizer.

O SR. AUGUSTO CARVALHO (PPS - DF. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, na sexta-feira,a diretoria do Banco do Brasil se reuniu e decidiu, definitiva­mente, desclassificar a IBF - Indústria Brasileira de Formu­lários - das concorrências que já havia ganho para forneci­mento de talões de cheque, de tíquetes para vale-refeiçãoespecífico do Banco do Brasil e de outros materiais constantesde processos de que tinha participado, devido a denúnciasque formulamos, há três meses, desta Casa. .

Vimos quase que solitariamente defendendo, desta tribu­na, a importância de o Governo Federal rever os negóciosrealizados com grupos empresariais que formam verdedeiroscartéis, que se assenhoram da máquina do Estado, apresen­tando e fornecendo esse tipo de material e serviço.

Sr. Presidente, denunciei que, mesmo tendo uma dívidajunto à Receita Federal de mais de 6,5 milhões de dólares,o grupo IBF vinha fechando contratos um após outros, juntoao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal, para ofornecimento do malfadado bilhete da "Raspadinha",' queteve o dedo do PC; foi ali que se originou todo o EsquemaPC, que veio a ser desnudado por CPI do Congresso Nacional.Depois de um esforço muito grande, do encaminhamento ~e

dossiês à Procuradoria-Geral da República, a fim de que fosseaberto processo junto à Polícia Federal - felizmente o pro­cesso agora está em curso - depois da comprovação, pelaReceita Federal, de ter havido fraude na expedição do certifi­cado de regularidade jurídico-fiscal junto ao Ministério daAeronáutica, documento hábil para que o Grupo IBF conse­guisse, sem licitação, contrato de 4 bilhões de cruzeiros como Banco do Brasil; finalmente, em fevereiro deste ano", apósdenúncia que fizemos, o Banco do Brasil suspendeu esse'con­trato.

Sr. Presidente, sinto-me satisfeito com a derrota dos con­tumazes grupos de sonegadores, dilapidadores do patrimôniopúblico, que agora, finalmente, são excluídos da prestaçãode serviços ao Estado.

Finalizando, espero do Sr. Ministro da ,Aeronáutica, queaté hoje não nos deu uma resposta sobre o pedido de audiênciaque fizemos, e do Sr. Ministro da Secretaria de AssuntosEstratégicos, Almirante Mário César Flores - que, mesmotendo falado conosco, até hoje, decorridos mais de 15 dias,não nos deu nenhum sinal positivo sobre as investigações feitaspara se apurar as cumplicidades que certamente ocorreram,no âmbito do Ministério da Aeronáutica, com o Grupo IBFpara forjar aquele atestado fraudulento que denunciamos ­um posicionamento claro sobre a questão.

Sr. Presidente, espero que o Ministério Público tambémproceda às apurações dessas irregularidades, eis que, devidoà morosidade, os Ministérios Militares não vêm cumprindoo compromisso de solucionar esses problemas.

O SR. ODELMO LEÃO (PRN - MG. Sem revisão doorador.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, ocupo atribuna para cumprimentar o Exm'l Sr. Presidente da Repú­blica, Itamar Franco, por ter autorizado a licitação relativaàs obras de duplicação da Estrada Fernão Dias, a BR-381,artéria de suma importância que liga S. Paulo ao meu Estado.Espero que nos próximos dias seja também autorizada a dupli­cação da BR-OSO, que corta as cidades de Uberlândia eUberaba, ligando-as ao Estado de Goiás.

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Sr. Presidente, volto a chamar a atenção da Casa par;ao Projeto de Lei n9 3.432, que acrescenta ao art. 457 da CLTo § 49 , que traz liberalidades aos contratos da zona rural,desde que assinados pelo empregador rural e por duas teste­munhas.

O projeto é de grande importância neste momento deconflito por que passa a Nação brasileira, pois oferece a pers­pectiva de construção de 12 milhões de habitações e criaçãode 12 milhões de empregos no campo. E se cada família queretornar ao campo tornar produtivo um hectare, serão 12milhões de hectares acrescidos à área produtiva.

Era o que tinha a dizer.

O SR. OSVALDO BENDER (PDS - RS. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Deputados, n'a últimasexta-feira, ocorreu um caso de grande repercussão na cidadedo Rio de Janeiro: uma juíza mandou prender oito banqueirosdo jogo do bicho que estavam fora da lei. Eles continuampresos.

De fato, todos os que transgridem as normas estabelecidasem lei são passíveis de punição. Acontece, porém, que ojogo do bicho está sendo praticado em todo o País. E nãoapenas o jogo do bicho. Dezenas de outros jogos. como araspadinha e a rifa, são'criados e explorados por pessoas dainiciativa privada, clandestinamente, fora da lei. Se as autori­dades têm a intenção de fazer justiça e prender todos os queestão fora da lei, principalmente no caso do jogo do bicho,acredito que não haverá cadeias suficientes. Só mesmo numcampo de concentração ou, como disse o nobre Parlamentarque me antecedeu, no Maracanã caberiam tantas pessoas.

Sr. Presidente, por que o Governo não legaliza essa práti­ca, hoje clandestina, e usa os recursos que arrecadar paraatender aos mais necessitados, quando se fala tanto em fomee miséria? Tenho certeza de que, se o Governo legalizar eexplorar todos os jogos clandestinos existentes, a exemplodo que faz com a Loto, a Sena e a Loteria Federal, contarácom arrecadação que praticamente corresponderá a mais umorçamento, que poderá ser gasto em beneficência, e estaráresolvido o problema.

Não acredito que serão punidos todos aqueles que estive­rem fora da lei. Não será fácil. Dou a mão à palmatóriase assim acontecer. Mas o Governo pode explorar todos essesjogos hoje clandestinos e aplicar a arrecadação em benefi­cência. E o apelo que faço, neste momento, às autoridadesconstituídas.

O Sr. Israel Pinheiro - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex"a palavra pela ordem.

O SR. ISRAEL PINHEIRO (Bloco Parlamentar - MG.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, faço uma comuni­cação, em nome do PRS, sobre a importância da data dehoje, pelo que aconteceu nesta manhã no Palácio do Planalto.Sob a presidência do Exm9 Sr. Presidente Itamar Franco,os Governadores Fleury Filho, de São Paulo, e Hélio Garcia,de Minas Gerais, assinaram convênio da maior importânciapara este País, relativo ao financiamento, através do BancoInteramericano, das obras de duplicação da Rodovia FernãoDias, que liga as capitais de São Paulo e Minas Gerais. Eessa data adquiriu maior importância não só pela construçãomaterial da ligação entre duas capitais das mais importantesdo nosso País, mas também, como disse' o eminente Gover-

nador Hélio Garcia, porque Minas Gerais toma posição favo­rável ao Governo Itamar Franco, juntamente com Sáo Paulo,através do Governador Luiz Antonio Fleury Filho. A dupli­cação da rodovia neste período final do Governo Itamar Fran­co, até as eleições de 1994, conta hoje com o apoio dos Gover­nadores que representam, sem dúvida os dois grandes Estadosda Federação brasileira.

Nesta oportunidade, quero saudar a presença, neste ple­nário, de uma delegação da Assembléia Legislativa do Estadode Minas Gerais. A delegação é presidida pelo DeputadoJosé Ferraz, também Presidente daquela Assembléia.

Ficam registradas nos Anais da nossa Casa a alegria queMinas Gerais sente na data de hoje e sobretudo a certezado apoio político dos dois Governadores citados ao bom termodo Governo Itamar Franco.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Nobre Depu­tado Israel Pinheiro, embora sem amparo regimental, nllm"homenagem à representação mineira que se encontra no ple­nário, a Mesa registra a palavra de V. Ex'

Concedo a palavra ao Sr. Chico Vigilante.

O SR. CHICO VIGILANTE (PT - DF. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, peço a atenção de V. Ex';como Presidente dos trabalhaos e Deputado da maior digni­dade, para os fatos que vou relatar.

A Câmara dos Deputados está sendo palco demais umaatitude descabida, imoral e antidemocrática.

1- Os fatos

O Deputado Ricardo Murad (PFL - MA) candidatou-sea Prefeito de Coroatá, nó Estado do Maranhão, nas eleiçõesde 3 de outubro de 1992. Sua companheira de chapa, comocandidata a Vice-Prefeita, era a própria esposa, D. TerezaMurad.

A campanha eleitoral foi das mais movimentadas no Esta­do. Os candidatos opositores a Ricardo Murad acusavam-node abuso de poder ecônomico e nepotismo.

Apurados os votos, Ricardo Murad saiu vitorioso. Coroa- ,tá havia elegido um casal para administrar seus n,egócios pÚoblicos.

2 - A interpretação da vitória

Ricardo Murad, quando se candidatou a Prefeito, já sedizia candidato também a Governador do Estado. Desta sorte,a vitória obtida nas eleições municipais deu a entender aopróprio candidato que sua marcha rumo ao Palácio dos Leõesestava sendo fortalecida.

Fez consultas jurídicas, ouviu velhas raposas da políticanacional, auscultou companheiros, projetou o ânimo dos ad­versários e por fim concluiu: "Não vou tomar posse no cargode Prefeito. Quem vai assumir é Tereza, minha mulher. Étudo a mesma coisa. O povo que votou em mim gosta delatambém".

Ricardo Murad interpretou sua vitória como força políticapessoal e não como um compromisso dele para com o seupovo.

3 - Duplicidade de mandato

Feita a imoral a aética interpretação da sua vitória, Ricar­do Murad se organizou para cé:.ntinuar com o mandato deDeputado Federal, deixando em seu lugar de Prefeito a pró­pria esposa.

Hoje o arrojado deputado exerce mandato na Câmarados Deputados e ao mesmo tempo exibe seu diploma de Pre-

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feito de Coroatá, onde passa grande parte de seu tempo útil,ao lado da esforçada Prefeita, que pela primeira vez exerceuma tarefa fora do lar. Ainda bem que pode contar como braço forte de seu valente marido.

4 - Licença da Câmara de Vereadores

Ricardo Murad estribou-se numa licença concedida pelaCâmara de Vereadores de Coroatá para praticar esta aberra­ção jurídica que, ao mesmo tempo, é um desrespeito ao povoe aos dogmas democráticos. Verdadeira demonstração de au­toritarismo, nepotismo, irresponsabilidade e falta de sensopúblico.

No dia 19 de janeiro deste ano, quando devia tomar posseno cargo de Prefeito de Coroatá, Ricardo Mudad armou umaprorrogação de três meses para assumir o cargo. As alegaçõesapontadas pela Câmara foram obscuras. Mesmo assim, Ricar­do Murad foi o grande maestro da festa de posse da "Prefeita".Ainda que presente à cerimônia de posse e objeto de aplausose· demonstrações de amizade, fez de conta que não era aele que o POV0 havia elogiado.

, . Transcorridos os três meses de licença, a Câmara amigarenovou a prorrogação da posse do Prefeito-Deputado até31 de dezembro deste ano. Desta vez, porém, foi clara nofundamento "jurídico" da prorrogação: "Coroatá não podeficar sem o seu representante na Câmara dos Deputados.Senão, quem vai colocar dotação para Coroatá no Orçamentoda União?"

5 - Corrigindo o erro

. .AConstituição Federal não pode ser desrespeitada. So­bretudo por um membro do Congresso Nacional. A ninguémé permitido deter, simultaneamente, dois mand:tos eletivos.Isto sem falar na evidente fraude à vontade d( eleitor quevotou no Deputado, e não na sua esposa, para F "efeita.

Por este motivo o primeiro suplente de DepI.tado, Albé­rico Filho, sentindo-se prejudicado em seu direit( de assumir,o. mandato de Deputado Federal, recorreu à pró: ;ia Câmarae à Justiça,

. A Câmara, inexplicavelmente, ainda estuda I questão,em sua Comissão de Constituição e Justiça. Até agora nãotem parecer conclusivo, apesar de a quase totalidade dos De­putados ouvidos ser contra a duplicidade de mandatos, quais­quer que sejam, de quem quer que seja.

A ação que corre no STF não tem dia marcado paraseu julgamento. Não se sabe o pensamento do relator a respei­to. Nem mesmo se a decisão ocorrerá durante esta Legislatura.

Enquanto isto, a cada dia que passa o Prefeito eleitoexerce, irregularmente, por mais um dia, o mandato de Depu­tado Federal. E, mais uma vez, quem paga é o povo brasileiro,que, sofrido, cansado, descrente, ainda é obrigado a convivercom arbitrariedades e demonstrações de perversidade e egoís­mo.

Ricardo Murad exibe uma força colossal junto à Câmarae junto ao STF. Refere-se aos dois com ar de superioridadee a convicção de quem sabe quais são os pauzinhos que movi­mentam processos como este que o atinge. Não se sabe deonde tirou a assertiva que apresenta a quem lhe perguntacomo vão os processos movidos contra ele: "Eu sou e voucontinuar sendo Deputado Federal. Coroatá tem uma Prefei­ta, que é minha mulher, Tereza Murad".

Sr. Presidente, do mês de janeiro para cá não vi o Depu­tado Ricardo Murad uma vez sequer neste plenário. Por consi­derar isso uma imoralidade e uma aberração, peço a V. Ex\

Presidente da Mesa neste momento e 19 Vice-Presidente destaCasa, que, com a dignidade com que vem exercendo o man­dato, agilize a apuração desse caso. Isso não pode continuardesse jeito. O Sr. Ricardo Murad não é mais Deputado Fede­ral. A Constituição é clara: se o Parlamentar foi eleito PrefeitoMunicipal e diplomado, perde o mandato. E a Casa não podeficar com 502 Deputados. É preciso que o suplente assumade imediato e o Sr. Ricardo Murad, que hoje é um embuste,seja afastado. Se quiser exercer o mandato de Prefeito, queo faça. Não pode é ficar com os dois mandatos ao mesmotempo.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Mesa vaitomar as providências cabíveis e as informará a V. Ex~ Seudiscurso será encaminhado à Mesa, e o assunto será apreciado.

Concedo a palavra ao Sr. Amaury Müller.

O SR. AMARURY MÜLLER (PDT - RS. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, S~s e Srs. Deputados, a possívelexistência de mão-de-obra brasileira semi-escrava nos paísesque integram o Mercosul foi tema da reunião especial doMercado Comum realizada em Buenos Aires na sexta-feirae no sábado, à qual compareceram delegados das quatro Na­ções que o integram. Tive a honra de representar nosso Paíscomo membro efetivo da Comissão Parlamentar do Brasil.Fiz a viagem por minha conta, a minhas expensas. Despesasde hospedagem, alimentação e transporte foram igualmentepor minha conta, mesmo representando oficial e formalmentemeu País numa reunião do Mercado Comum do Cone Sul.

Trago esta preocupação porque, segundo consta, empre­sas brasileiras que venceram licitação pública para realizarobras na Argentina, no Uruguai e Paraguai estariam pagandosalários correspondentes aos do Brasil em países com os quaismantemos relações normais. Até aqui, não há acordo entreesses quatro, não havendo, pois, nenhum dispositivo que auto­rize a migração de mão-de-obra. Mas também não há qualquerimpedimento. A livre circulação de trabalhadores dos quatropaíses somente se dará a partir de janeiro de ,1995, quandofor implementado, em caráter definitivo, o acordo do Merco­sul. Como, entretanto, até aqui não há nenhum dispositivoque obrigue os países a cumprir fora de seus territórios aslegislações dos países hospedeiros, está ocorrendo isso comalgumas empresas brasileiras.

Eu e o Deputado Nelson Proença, que igualmente viajoua suas expensas, tivemos demorado encontro com o Embai­xador do Brasil na Argentina, diplomata Marcos Azambuja,que, a partir de hoje, fará audiências com trabalhadores brasi­leiros de duas empresas, Construtel e Carrefour, a fim deavaliar se os salários pagos aos brasileiros obedecem às leisargentinas ou respeitam a legislação do Brasil. Nesta hipótese,apenas a denúncia está transitando, sem que haja nenhumaprova.

Mas é preciso reconhecer, antes de tudo, Sr. Presidente,que o Brasil é signatário da Convenção n9 97, da OrganizaçãoInternacional do Trabalho, que trata especificamente da mi­gração de mão-de-obra entre as nações.

Por último, permita-me V. Ex~ fazer breve referênciaà matéria estampada hoje no jornal Zero Hora, a qual atribuiaos Parlamentares, alguns citados e outros não, um privilégioque, na verdade, não existe. Consta que existiria, aqui naCâmara dos Deputados, uma espécie de verba secreta à qualos Parlamentares, à míngua de recursos para satisfazer osseus compromissos familiares e parlamentares, se socorremeventualmente, sem pagar juros e correção monetária. O jor-

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nal diz, inadequadamente e de forma imprópria, que seriaum empréstimo privilegiado e àlega que os trabalhadores nãorecebem esse tipo de empréstimo, quando, na verdade, oque se faz aqui é o tradicional e conhecido vale, que qualquerpatrão concede a seus trabalhadores.

Então, pergunto: a RBS não concede vales para os seusfuncionários? Se concede, cabe indagar, ainda, se no momentode fazer o desconto, quando se completa o mês, aplica sobreo valor do vale juros e correção monetária. Se não aplica,ela está chovendo no molhado.

Há um detalhe importante em tudo isso, e peço à Mesaque determine uma investigação rigorosa a respeito. Segundoconsta - não estou fazendo qualquer afirmação - o jornalistaresponsável por tal matéria teria arrombado dependênciasda Câmara dos Deputados para se apropriar, indevida e crimi­nosamente, do balancete de março, que foi, afinal, o fulcroda matéria divulgada pelo jornal Zero Hora. Lamento, seisso é verdadeiro. Mas, se é verdadeiro, é preciso que a Mesatome providências e também esclareça que não está ocorrendoqualquer financiamento ou empréstimo privilegiado, mas ape­nas uma antecipação, descontada imediatamente nos subsí­dios, quando estes são pagos.

De modo que esse privilégio não existe e a mat~ria contémdistorções até infamantes. Esse tipo de ação jornalística mere­ce reprovação, porque acaba colocando perante a opiniãopública uma idéia equivocada do que aqui ocorre.

E digo mais, Sr. Presidente. Se recebêssemos, como al­guns, salários compatíveis com as nossas necessidades e comos nossos compromissos, por certo nenhum de nós - duvidoque mais de 90% não tenham apelado para essa prática ­iria pedir vale ou antecipações ao Diretor-Geral da Casa,aliás colocado na reportagem como uma espécie de eminênciaparda que favorece alguns amigos.

Por isso, Sr. Presidente, como estou indignado com essamatéria, a cujo teor não tive acesso, porque estou pedindodesde a manhã de hoje um fax dessa reportagem, mas a sucur­sal da RBS até agora não o enviou, entendo que a Mesatem de tomar providências para apurar se realmente o jorna­lista invadiu dependências da Casa e desobedeceu a lei, paratentar colocar como contraventores, como pessoas que nãorespeitam a lei os próprios Deputados. Todos aqui, recebendoo que recebem, menos do que ganha um jogador de futebolem qualquer clube deste País, muitas vezes são obrigadosa apelar para esse tipo de adiantamento. Se a RBS pretendeufazer um jornalismo investigativo, meteu os pés pelas mãos,e o feitiço sempre vira contra o feiticeiro, porque a verdade,ainda que agredida, ainda que insultada por quem tem nasmãos os meios de comunicação, haverá de prosperar. E agrande verdade é que esse tipo de vale, de adiantamento,de antecipação não é 'ilegal, tanto que existe um Ato da Mesaregulamentando a matéria. Se é imoral, se não é ético, entãocabe à Mesa examinar a sua extinção, para que não prosperemreportagens desse tipo, pois mais construtivo para o Brasil,entre outras coisas, seria dedicar três páginas ou mais à investi­gação de mão-de-obra semi-escrava ou <escrava de. brasileirosque vão trabalhar no exterior, principalmente nos países queintegram o Mercosul, na ilusão de que lá vão fazer fortuna,pois, submetidos às leis brasileiras em países estrangeiros,acabam recebendo menos do que aqui. Isso, sim, seria jorna­lismo investigativo, e não o sensacionalismo que orientou,que serviu de bússola para essa matéria intempestiva, absoluta­mente contrária à altivez com que nos comportamos aqui.Acho que a Mesa tem que tomar providências. Primeiro, in-

vestigar como esse jornalista teve acesso aos documentos quedivulga. Segundo, dar uma resposta cabal, sobeja a esse tipode acusação, que, na verdade, não é contra um ou váriosDeputados, mas contra a Instituição.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Quero dizerao nobre Deputado Amaury Müller que na sexta-feira à tardea Administração da Casa, através de nota do Diretor-Geral,prestou todos os esclarecimentos acerca do assunto. Em pri­meiro lugar, com a determinação de se abrir uma sindicância,convidando um representante do Comitê de Imprensa paraacompanhar todos os passos da investigação que se irá fazer.Em segundo lugar, esclarecendo detalhadamente como é feitaessa antecipação, que não tem qualquer sentido de emprés­timo.

Em todo caso, o discurso de V. Ex~ será encaminhadoà Mesa, que deve reunir-se com as Lideranças para tratarda questão. Concordo com V. Ex~: se houver ilicitude, o queaté agora não se constatou, que se tome uma providência.Enfim, o assunto será examinado com toda a seriedade ea pressa possível, nobre Deputado Amaury Müller.

O SR. AMAURY MÜLLER - Sr. Presidente, se V. Ex~me permite, só queria ressaltar que não é justo que transiteem julgado uma sentença tão grave, tão injusta, a qual, naverdade, agride não o Deputado Amaury Müller - que, seapelou para esse adiantamento é porque precisou - mas aprópria Instituição, cuja dignidade acaba sendo colocada emxeque-mate por matérias desse tipo.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concedo apalavra ao Sr. Osvaldo Melo.

O SR. OSVALDO MELO (PDS - PA. Pronuncia o se­guinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr'1' e Srs. Deputados,o Estado do Pará é o maior produtor de ouro do Brasil.Todavia, em razão do descaminho de grande parte da produ­ção, as estatísticas oficiais consideram o Mato Grosso emprimeiro lugar, uma vez que a maior parte do ouro é levadaclandestinamente para a cidade de Alta Floresta, localizadano norte daquele Estado, em região garimpeira.

Alta Floresta é melhor assistida por infra-estrutura. Porisso, tem atraído maior fluxo de negócios e se vem transfor­mando, a passos largos, em centro abastecedor da região ga­rimpeira do Tapajós, inclusive dos municípios do sudoesteparaense, onde está a maior concentração de garimpos deouro do País.

Além do descaminho, todo o ouro produzido na regiãoé comercializado no seu estado bruto, com o refino e transfor­mação para ouro em barra - ouro mil, efetuado fora doterritório paraense. A principal conseqüência de tal modeloé a não internalização de qualquer efeito multiplicador paraa região produtora e, conseqüentemente, para o Estado, queé obrigado a arcar com o ônus do impacto sócio-ambientaldecorrente da atividade garimpeira.

Assim, é do maior interesse para a economia do Estadoa instalação de um Mercado Secundário de Ouro no Pará,em Itaituba, onde a Casa da Moeda do Brasil, o Banco doBrasil S.A. e a Bolsa de Mercadorias do Pará poderiam atuarem conjunto. A primeira, refinando o metal, juntamente comoutras empresas particulares; o segundo, custodiando o ouroproveniente das fundidoras credenciadas, e a última atuandona comercialização, em convênio já firmado, com a Bolsade Mercadorias de São Paulo - BM&F, proporcionando,dessa forma, um salto qualitativo na economia regional e um

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passo decisivo para reverter o caótico quadro atual, decorrenteda exploração de ouro na região.

Com o sistema a ser implantado ocorrerá a eliminaçãodo descaminho, com impactos positivos na economia regional;a elevação no Valor da Produção Mineral (VPM), tornandoo ouro o nosso principal bem mineral, deslocando o Parápara o primeiro lugar no ranking nacional, fazendo-o ultra­passar inclusive Minas Gerais, que hoje é o primeiro produtorde bens minerais do Brasil.

Pelo exposto, encareço o valioso e indispensável empenhodo Banco Central no sentido de defender o projeto da Secre­taria de Minas do Estado do Pará.

Uma vez implantado o Mercado Secundário de Ouro,em Itaituba, haverá, com certeza, a retomada do desenvol­vimento daquela região., com efeitos positivos na elevaçãodo bem-estar social, econômico e ambiental de toda a socie­dade envolvida.

o SR. DÉRCIO KNOP (PDT - SC. Pronuncia0 seguintediscurso.) - Sr. Presidente, Sr~ e Srs. Deputados, os maisrecentes indicadores sócio-econômicos do Brasil revelam asituação de desesperante penúria a que está sendo submetidonosso povo. Desse contexto emerge a questão do planeja­mento familiar, sendo hoje mais que nunca desejável e opor­tuna a implantação de um programa de esclarecimento à popu­lação, com vistas a evitar a geração de crianças indesejadas,já condenadas à miséria e ao abandono antes mesmo de nasce­rem.

Dentre os vários métodos contraceptivos existentes,oúnico irreversível é o da esterilização, seja pela laqueaduradas trompas, seja pela vasectomia. Todos os demais podemser interrompidos no momento em que passe a ser de"sejávela concepção de um filho. Entretanto, sabe-se que, no Brasil,a esterilização tem sido empregada largamente, tornando-semotivo de preocupação e mesmo de alarme, conforme assinalao artigo que passarei em seguida a ler, publicado recentementepela Folha de S. Paulo, a fim de que a advertência nele contidafique consignada nos Anais da Casa:

"Já não é de hoje que se constata a urgência deum programa de planejamento familiar no Brasil. Otema torna-se ainda mais atual, contudo, a partir dosdados alarmantes sobre a esterilização de mulheres di­vulgados nesta Folha.

Segundo a ONU, cerca de 45% das brasileirasentre 15 e 50 anos já fizeram ligadura de trompas eestão estéreis. Esse número assustador coloca a opera­ção como o principal método anticoncepcional do País,à frente de outros menos prejudiciais à saúde e, muitoimportante, reversíveis.

A magnitude de aberração fica clara quando senota que no Reino Unido e na Itália, por exemplo,apenas 8% e 1% das mulheres, respectivamente, recor­rem à ligadura disparidade explicada, é claro, pela faltade informação e de acesso a outros éontraceptivos noBrasil. É flagrante, aliás, a relação direta entre a pro­porção de cirurgias e a pobreza: no Maranhão, quase80% das mulheres em idade fértil estão esterilizadas,contra apenas 22,6% em Santa Catarina.

Especialmente grave, grande número de mulheres,e muitas adolescentes, se submetem à ligadura semsaber que ela é irreversível e que pode causar inúmerosproblemas físicos e psicológicos.

É incontestável o imperativo de um programa decontrole familiar no Brasil. No entanto, a generalizaçãoindiscriminada de uma cirurgia mutilante não é a res­posta adequada. Cumpriria, isto sim, implantar um pro­grama-de educação voltado para o planejamento, quedê às mulheres o 'conhecimento e os meios para optarpor um anticoncepcional.

Como exemplifica o programa de paramédicos iti­nerantes do Ceará, com empenho e criatividade po­dem-se criar projetos de baixo custo para o Erário,mas de grande impacto na população."

Era ó que tinha a dizer.

'O SR. EDI SILIPRANDI (PDT - PRo Pronuncia o se­guinte discurso.) -"- Sr: Presidente', Srªs e Srs. Deputados,vimos de longe, a laço e espora, o País retornara ao propaladoEstado de Direito, com as esperanças bafejadas pelo gênioconciliador de Tancredo Neves. Tancredo se foi, levado pelainfecção hospitalar. As esperanças estão morrendo, atacadaspela infecção congressual.

. Não bastassem os casuísmos diários e o fisiologismo impe­rante na vida política brasileira, resolvem os arautos do mono­pólio político proibira competitividade eleitoral e a manifes­tação organicamente organizada das minorias. deste País. Re­ferimo-nos ao Projeto de Lei daCâmaran9 156 e ao ProjetoSubstitutivo encaminhado pelo Nobre Senador José Fogaça.

Não se faz democracia, Sr. Presidente, fazendo-se reser­vas de mercado político. As reservas de mercado são execrá­veis na economia como também quando impostas à política.São Sr. Presidente, absolutamente condenáveis quando pro­postas por uma maioria comprometida com a situação de crisecontínua que vimos vivéndo neste País.

Nos Estados Unidos da América, a existência de um Par­tido Comunista, de um Partido Nacional Socialista e de outrasdezenas .que expressam manifestações de parcelas da opiniãopública não ameaça nunca a hegemonia dos dois gigantes:o Partido Republicano e o Partido Democrático. A demo­cracia alinhavada pelas grandezas, pelo respeito às opiniõesdivergentes, permite até a concorrência eleitoral independentede partidos, como o caso do Sr. Perrot, nas últimas eleiçõespresidenciais norte-americanas. . ,

É lamentável, Sr. Presidente, é profundamente revoltanteque, neste País, muitos que estavam constrangidamente pre­sentes nesta Casa à época do regime tido como ditatorialvenham agora propor a condenação das minorias, que deverãoatuar sob as asas monopolísticas de parcelas partidárias benefi­ciadas espuriamente por uma legislação em causa própria.Parece-me que o vício é originado da atuação do MDB, quan­do abrigava inúmeras facções sob a tutela de um só comandopartidário.

Sr. Presidente, se continuarmos a legislar nesta Casa paradefender o caciquismo político, os monopólios da verdade,os casuísmos em causa própria, num amplo ajustamento fisio­lógico, certamente não estaremos contribuindo para a conti­nuação das liberdades. Poderemos estar cavando a sepulturada democracia, o enterro melancólico da classe política desteBrasil, carente de preocupações maiores em prol da felicidadede seu sofrido povo.

O SR. MENDONÇA NETO (PDT - AL. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr~ e Srs. Deputados

"O Coronel Nilton Rocha Comandante da PolíciaMilitar em Alagoas, vem retendo cerca de 19 bilhões

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praga de conseqüências imprevisíveis. Urge extingui-la sobpena de pagarmos muito caro pela nossa omissão.

Peço a trancrição nos Anais desta Casa de cópia de maté­na publicada no jornal O Diário.

MA TÉRIA A QUE SE REFERE O ORADOR

ROCHA RETÉM DINHEIRODOS MILITARES

Todo mês o comandanteDesconta ilegalmente

Cerca de Cr$ 19 bilhões da tropa

O Coronel Nilton Rocha, Comandante da Polícia Militarde ,Alagoas vem retendo cerca de Cr$19 bilhões por mês,descontados ilegalmente de todos os militares a título de servi­ços de barbearia, cinema e fardamento somados aos descontoslegais de Fundo de Saúde, Etapa, Taxa Beneficente, Pecúlioe outros serviços O Coronel Nilton arrecada todo mês cercade 40 bilhões da tropa, dinheiro esse manipulado no mercadofinaceiro pelo próprio comandante da corporação.

A denúncia, feita no mês passado pelo Coronel BeneditoLeite, foi comprocada através de farta documentação entreguep'elo Major Jailson Fernandes de Gouveia ao delegado Rose­valdo Vilar, que preside inquérito policial que apura as irregu­laridades na Polícia Militar. No depoimento que prestou aodelegado Vilar, o Major Gouveia (filho do Coronel Gouveia),não só confirmou todas as denúncias anteriormente feitas con­tra Nilton Rocha pelo Coronel Leite, como as comprovouatravés de documentos. Foram mais de 350 páginas de cópiasde documentos oficiais comprovando as irregularidades.. No embalo do depoimento do Major Gouveia, que se

apresentou por livre vontade ao delegado que preside o inqué­'rito, outros oficiais da PM já manifestaram o desejo de tam­bém, depor no inquérito contra os desmandos praticados nacorporação pelo Coronel Nilton Rocha.

, As irregularidades impunemente.praticadas pelo Coman­dante da Polícia Militar estão provocando uma insatisfaçãogeneralizada entre os oficiais da corporação, que pode desa­guar num movimento generalizado da tropa visando à depo­sição do Coronel Nilton Rocha. Essa tendência foi admitidapelos militares através do boletim intitulado Grupo dos 30,.um jornal apócrifo sob a responsabilidade dos oficiais.

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de cruzeiros por mês, descontados ilegalmente de todosos militarys a título de serviços de barbearia, cinemae fardamento. Somados aos descontos ,legais de fundode Saúde, Etapa; Taxa Beneficente, ,Pecúlio e outrosserviços, o Coronel Nilton arrecada todo mês cercade 40 bilhões da tropa, dinheiro esse 'manipulado nomercado financeiro pelo próprio comandante da corpo­ração.

A denúncia, feita no mês passado pelo CoronelBenedito Leite, foi comprovada através de farta docu­mentação entregue pelo Major Jailson Fernades deGouveia ao Delegado Rosevaldo Vilar, que presideinquérito policial que apura as irregularidades na Polí­cia Militar. No depoimento que prestou ao 'DelegadoVilar, o Major Gouveia não só confirmou, t09,as asdenúncias anteriormente feitas co.ntra NHton Rochapelo Coronel Leite, como as comprovou através dedocumentos oficiais comprovando as irregularidades."

O que acabo de ler, Sr. Presidente, é o lead e o subleadde matéria publicada no jornal Diário da última sexta-feira.Imediatamente telefonei ao Major Jailson para me solidarizarcou: suas d~n.úncias, que trouxeram o requerinte de publicarno J~r~~l c.opla do contracheque de um militar alagoano. Mi­nha lmclatlva deveu-se ao fato de acreditar'na coragem comoarma primária no processo de mudança do País; uma coragem,9ue tem ordenado a,linhaeditorial de O Diário, hoje o únicoJornal que vem fazendo oposição ao Governo Geraldo Bu­lhões, em Alagoas.

Disse-me o M~jor Jailson que sua prisão preventiva jáestava decretada. E uma prova do arbítrio e do medo quetomaram conta do meu Estado. Vítima de perseguição é tam­bém toda a família Leite. O Cel. Benedito amargou váriosdias de pr~são; sua esposa, Arlete, enfermeira daquela Corpo­ração, fOI transferida para o interior do Estado; seu filhoDaniel dos Santos Leite viu seu nome injustamente preteridono concurso para oficial em que foi aprovado. Finalmente,a filha do Coronel, Luciana Leite, próxima da conclusão docurso de oficial que fazia em Alagoas, foi transferida' paraSalvador, o que a obriga a mais dois anos de curso.

Com? se não bastasse toda a perseguição mesquinha,o CeI. NI~ton R~cha t~ve a descarada ousadia de ameaçaro casal LeIte. O tlrosalU pela culatra. O Cel. Benedito Leitee sua esposa gravaram as ameaças e entregaram a fita tambémao Delegado Rosevaldo Vilar. '

O que espanta, Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Deputadosé que, diante de tantas evidências, o Sr. Geraldo Bulhõe~continua apoiando o CeI. Nilton Rocha. Envergonha o Estadoque a sua Polícia Militar seja comandada por uma bandidoum homem violento, que ameaça, corrompe; faz tudo par~manter seu poder, que é ilegítimo, pois foi a fraude eleitorale não o povo alagoano que elegeu Geraldo Bulhões Gover­nador daquele Estado.

:raço daqui um apelo ao Sr, Ministro da Justiça paraque mtervenha no Estado e devolva-lhe o respeito e a honrausurpados. Contestamos recentemente a conduta de GeraldoBulhões e de sua troupe assassina. Já se tornou chacota nacio­nal o cangaceirismo doentio da família Bulhões. Enquantoa Primeira-Dama, Denilma, exibe revólver como se bijuteriafosse, diante das câmaras do maior programa de televisãodo País, seu filho atira em sua namorada indefesa dentrode um motel em Brasília.

Quero com isso alertar a Nação de que a sandice dosBulhões já não é um de caso província. Alastra-se como uma

10070 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1993

FITA PROVA QUENILTON ROCHA FEZ AMEAÇAS

Paulo NiêácioJá está com a Justiça a fita cassete em que foi gravada

uma conversa entre o Coronel reformado Benedito Leite,sua esposa Arlete Santos Leite e um grupo de oficiais daPolícia Militar de Alagoas, entre eles o Coronel Nilton Rocha,comandante da corporação. Na fita, os oficiais ameaçam ocasal com retaliações, caso denunciem irregularidades ocor­ridas em concurso da Polícia Militar, além do uso da instituiçãocom fins eleitoreiros no Município de Pilar, onde a esposade Nilton Rocha e uma filha foram eleitas, repectivamente,vice-prefeita e vereadora, nas eleições passadas. .

O Coronel reformado Benedito Leite e sua esposa Arleteforam ouvidos ontem, no Fórum de Maceió, pelo delegadoJosé Rosivaldo, do 49 Distrito, e pelo Promotor Público, LuizCarnaúba, da 10' Vara. Dona Arlete disse que as perseguiçõese ameaças do comando da PM contra ela, o marido e seusfilhos começaram depois que ela enviou um requerimentoao Coronel Nilton Rocha solicitando a inclusão do nome deseu filho, Daniel dos Santos Leite, que tinha sido aprovadoem todas as provas, mas que não constava da relação finaldos aprovados no concurso.

Nessa época, dona Arlete, que é enfermeira com forma­ção de nível superior, trabalhava no quartel do ComandoGeral da PM, para onde tinha ido por requisição do próprioCoronel Nilton Rocha para reestruturar o hospital do Coman­do. "Eu consegui reestruturar o hospital e fiquei trabalhandolá. Eu sou funcionária da Secretaria de Saúde, mas estavacedida à PM", explicou. Dona Arleneacompanhou passoa passo o concurso, viu a divulgação das notas dos candidatos,inclusive de seu filho, e pediu uma explicação quando viua lista final com nomes de pessoas que não tinham sido apro­vadas e exclusão de outras com boas notas. Como não obteveexplicação alguma, resolveu denunciar o fato à im~rensa.

Antes que fizesse a denúncia, foi chamada, Junto como marido, para uma reunião no Comando Geral, da qualparticiparam o Coronel Nilton Rocha, integrante do Estado­Maior da PM e outros. Ela levou um gravador oculto nabolsa e gravou toda a conversa. Depois, fez várias cópiase mandou para parentes e amigos em diferentes pontos doBrasil. Em seguida, seu marido Benedito Leite fez as denún­cias à imprensa.

USO ELEITOREIRO DA PMBENEFICIA CLERI

Outra retaliação foi a transferência da filha do casal,que aspirante a oficial, da Academia de Polícia Militar deAlagoas para o Estado da Bahia, sem nenhuma justificativa.A jovem, que se formaria este ano, teve que recomeçar ocurso e só se formará em 1995. Depois, o marido, que enviouuma carta-denúncia a este Diário, que a publicou na íntegra,foi punido com prisão de 30 dias, numa cela no quartel doComando Geral. Seguiram-se mais retaliações e ameaças. Ocasal resolveu denunciar o fato ao Exército e pedir garantiasde vida.

No período em que estava trabalhando na reestruturaçãodo hospital da PM, a enfermeira ArleteLeite prestou concursopara enfermeira da corporação, já que estava trabalhandocomo funcionária cedida pela Secretaria de Saúde. Passouno concurso e como parte do "treinamento", junto com outrosaspirantes, teve que trabalhar por 75 dias no Município dePilar, atendendo de graça à população e distribuindo remé-

dios. Estes 75 dias foram durante os meses de julho, agostoe setembro, que antecederam as eleições municipais em todoo País, inclusive em Alagoas e no Município de Pilar. DonaArlete acredita que os serviços de assistência prestados à popu­lação foram fundamentais para ajudar a eleger a mulher, CleriRocha, e a filha do Coronel Nilton Rocha.

Processos

O casal entrou com mandado de segurança contra o Coro­nel Nilton Rocha devido às ameaças e retaliações. Arlete,ainda cedida à PM, foi transferida para o Quartel do Corpode Bombeiros. O filho, mesmo aprovado no concurso, nãofoi convocado. A filha, que continua em Salvador, poderápermanecer lá até 1995. É que na reunião dos oficiais daCorporação ficou definido que o Governo não aceitará o seuretorno antes do final do mandato de Geraldo Bulhões.

o SR. ÁTILA LINS (Bloco Parlamentar - AM. Pronun­cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Depu­tados, venho a esta tribuna para registrar a presença em Bra­sI1ia dos Prefeitos amazonenses de São Paulo de Olivença,Sansão Castelo Branco, Amaturá, Francisco Marinho, Jutaí,Francisco Moura; e Alvarães, Ranolfo Litaiff, que vieramà Capital da República a fim de apresentar às autoridadesdo País os seus planos de trabalho, bem como a liberaçãode recursos orçamentários e não orçamentários para a realiza­ção de obras necessárias ao desenvolvimento de suas comun­dades.

Acompanhei os Prefeitos em todas as audiências, desta­cando-se as que ocorreram junto ao Ministro do Bem-EstarSocial, tratando do abastecimento de água e da construçãode casas populares; ao Ministro da Integração Regional, rei­vindicando recursos para obras de infra-estrutura como pon­tes, estradas vicinais, saneamento etc.; ao Ministro da Agricul­tura, pedindo recursos para a eletrificação rural e implementosagrícolas; ao Ministro das Comunicações, tratando de telefo­nia rural para a zona rural e a melhoria da qualidade dostelefones dos seus municípios. Finalmente, estive com os Mi­nistros da Saúde e da Educação, igualmente tratando dosproblemas educacionais e da saúde pública. Estou convencidode que os Ministros de Estado e os dirigentes de órgãos fede­rais ficaram sensibilizados com os pleitos apresentados e have­rão de, em tempo curto, liberar" os recursos necessários paraa viabilização dessas obras.

Era o que tinha a dizer.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concedo apalavra ao nobre Deputado Nan Souza para uma questãode ordem, fundamentada no art. 95 do Regimento Interno,que diz:

"Considera-se questão de ordem toda dúvida so­bre a interpretação deste Regimento, na sua práticaexclusiva ou relacionada com a Constituição."

O SR. NAN SOUZA (PP - MA. Sem revisão do orador.)- Sr. Presidente, o nobre Deputado Chico Vigilante trouxehoje a esta Casa assunto que a mim me parecia resolvido,porque o fato ocorreu ainda no ano passado, e pensei queessa questão tivesse sido definida a favor do Deputado RicardoMurad. Em conseqüência, Sr. Presidente, solicito a V. Ex'que, em caráter de emergência, convoque reunião da doutaMesa Diretora desta Casa para tomar uma posição que venharesgatar a dignidade deste Poder e também o respeito à nossaConstituição.

Maio de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 18 10071

O nobre Deputado Chico Vigilante, muito oportunamen­te, trata de um assunto sério que, além disso, reflete emtodo o contexto desta Casa.

Era esta a minha questão de ordem; Sr. Presidente. SeV. Ex' me concedesse mais um minuto, gostaria de falar agoraem nome da Liderança do Partido Progressista, para não com­prometer o horário destinado ao Grande Expediente.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Deputado NanSouza, não cabe à Mesa nenhuma resposta, porque não háquestão de ordem a decidir sobre o que V. Ex' expôs. AMesa pode conceder a palavra a V. Ex\ se assim o desejar,para uma Comunicação de Liderança.

Concedo a palavra ao Deputado Nan Souza, pela Lide­rança do PP.

O SR. NAN SOUZA (PP - MA. Sem revisão do orador.)- Sr. Presidente, queremos, em nome do Partido Progres­sista, tecer algumas considerações acerca da municipalizaçãoda saúde, que estamos defendendo há tempos, e da merendaescolar.

O País inteiro está sendo maltratado pela indefinição doprocesso da municipalização da merenda escolar. No Mara­nhão, por exemplo, mais do que nunca, queremos acionaresse mecanismo, porque se tem notícia, através de telegramase telefonemas de prefeitos, de que O Governo do Estadonão está fazendo chegar às escolas municipais a merenda esco­lar. Apesar de o dinheiro ter sido repassado em fevereiro,parece-me que só agora o Governo do Maranhão vai começara distribuição da merenda escolar, discriminando claramenteas escolas municipais e as comunitárias, o que considero umcrime. E só há uma solução, Sr. Presidente, que é munici­palizar a merenda escolar.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Passa-se ao

v - GRANDE EXPEDIENTE

Tem a palavra o Sr. Edson Menezes Silva.

O SR. ÉDSON MENEZES SILVA (PC do B - RS. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, St4' e Srs. Depu­tados, Dyoné1io Machado, romancista gaúcho, ativamente en­volvido, durante sua vida intelectual exemplar, com as lutassociais do povo brasileiro, conta, com um humor parado­xalmente áspero, generoso e solidariamente humano, umahistória de como desaparecia o dinherio de um pobre casal,morador de um bairro operário de Porto Alegre. As notas,amealhadas com cuidado, eram reservadas para pagar ao lei­teiro, mas desapareciam misteriosamente. A mulher, diantedo mistério, só encontrava uma justificação para explicar aomarido: o dinheiro os ratos comiam. Na realidade, Sr. Presi­dente, ela o retirava na esperança de acumular para comprarum novo e modesto vestido de chita. História clássica daspungentes narrativas da pobreza, que enriquecem a literaturamundial e brasileira, "Os Ratos", de Dyonélio Machado, meveio à memória quando comecei a analisar outro mistérioda desaparição de dinheiro. Este muito mais grave, pois envol­ve bilhões de dólares, e extremamente mais doloroso e, sobre­tudo, injusto, pois não se trata de subtrair modestas somasdas rubricas de um humilde orçamento familiar de trabalha­dores, tirando do leite e colocando na chita do vestido. Não,Sr. Presidente, trata-se de subtrair vultosas somas das rubricasdo Orçamento da União: tirar dos pobres, dos que trabalham,

para dar aos ricos, os que vivem n-a ociosidade do giro finan­ceiro, na loucura de uma ciranda diária de juros cada vezmais altos e impagáveis. Vivo fosse Dyonélio, não reproduziriaesta nova novela com o humano humor de seu romance clássi­co, mas com a rudeza de sua participação na luta contra aexploração do trabalho humano. Do romance sobraria, semdúvida, Sr. Presidente, colegas Deputados, apenas o título.Pois há mesmo um bando de ratos capitalistas abocanhandoo dinheiro de quem trabalha, de quem produz, de quem faz,apesar de tudo, este País permanecer em movimento.

Há ou não estes ratos, Sr. Presidente, colegas Deputados?Com certeza os há. Não foram eles e ·autoridades do GovernoFederal não teriam declarado que não existe dinheiro parapagar as pouco mais de 75 mil contas inativas do Fundo deGarantia. Cálculos aproximados indicam que. com 2 bilhõese 100 milhões de dólares paga-se esta dívida. Cerca de 119bilhões de cruzeiros, utilizando-se, Sr. Presidente, a mesmacotação média/anual do dólar empregada para a contabilizaçãodo Orçamento da União, este ano. Dinheiro, Sr. Presidente,que nunca foi do Governo. Dinheiro que é direito legítimo,insofismáve1, indiscutível de quem trabalhou e teve, por suaempresa empregadora, depositado em seu Fundo o que lheera devido, por lei. O Governo é, no máximo, depositáriodesta soma. E V. Ex's sabem que um dos raros casos deprisão imediata por dívida, prevista no Código Penal, é ado depositário infiel. Pois, ao se declarar inadimplente paradevolver dinheiro que não é seu e que sequer lhe foi empres­tado, do qual ele é apenas depositário, o Governo Federalse confessa depositário infiel. Fosse pessoa física, estaria pre­so.

Não se diga, no entanto, que este mesmo depositárioinfiel do dinheiro dos trabalhadores não honra seus compro­missos de empréstimo com os donatários do capital. Longedisso, Sr. Presidente. Com muito mais meticulosidade do quea pobre mulher, personagem de Dyonélio Machado, o Go­verno Federal reservou, cuidadosamente, a quilométrica somade 8 quatrilhões, 615 trilhões, 500 bilhões e 190 mil cruzeirospara o pagamento do serviço e rolagem da dívida interna;algo em torno de 150 bilhões de dólares. Ou seja, 62,2%do total do Orçamento. Compromisso honrado diariamente,Sr. Presidente, com a mesma e garantida assinuidade comque passava o leiteiro todas as manhãs nas provincianas ebelas ruas de Porto Alegre dos tempos do romance de Dyo­nélio Machado. Compromisso honrado diariamente com jurosque crescem todas as noites. Aqui não se trata de tirar doleiteiro para pagar a costureira, Sr. Presidente. Trata-se detirar de quem produz para dar a quem não produz.

Comprovo isso, Sr. Presidente. Em meu Estado, há cercade 6 mil famílias sem terra - há muito mais, Sr. Presidente;estou me restringindo àqueles números oficiais dos cadastrosdas entidades do Movimento Sem-Terra e do próprio GovernoEstadual. Pois há 6 mil famílias cadastradas sem terras. Omódulo rural produtivo, em meu Estado, é de 20ha, por famí­lias. Para assentá-las, e assentar significa dar trabalho e colocarimediatamente estas famílias em condições produtivas - se­riam necessários 120 mil hectares. Pode-se calcular que com71 milhões de dólares se pagariam as terras necessárias paraassentar estas famílias de colonos, que só precisam de terrapara produzir. Pois bem, por que não há solução fundiáriapara este problema social em meu Estado, Sr. Presidente?Porque o Governo Federal alega não ter dinheiro para o paga­mento das terras a serem desapropriadas por utilidade social.Registra-se no Orçamento, na rubrica para assentamento, em

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áreas de conflito social, uma verba de 107 trilhões, 627 bilhões,41 milhões e 771 mil cruzeiros, cerca de 1bilhão e 100 milhõesde dólares; isto é, O, 27% para realização da reforma agráriaem todo o País. Concretamente, Sr. Presidente, isso seriapara garantir a terra para milhares de famílias de trabalhadoresrurais em todo o Brasil. Pois a reforma agrária é isto: garantiade terra para quem trabalha com aumento de produtividadee de produção e redução drástica da inflação. Já apresenteidados, Sr. Presidente e colegas Deputados, aqui mesmo destatribuna, mostrando que famílias assentadas em Cruz Alta,no meu Estado, aumentaram a produtividade de terra ematé 1.700% em alguns produtos, oferecendo-os nas feiras urba­nas 40% mais barato. Pois para realizar assentamentos defamílias trabalhadoras e fazer a reforma agrária em todo oPaís, o Governo reserva 0,27% de seu Orçamento e 62,2%para pagar os juros e rolar a dívida. Mas estes 0,27% estãono Orçamento, SI. Presidente, mas não estão no caixa. Poiso Governo alega não ter nem os 71 milhões de dólares neces­sários - isto é, apenas 6,36% da rubrica destinada a assenta­mentos - para resolver o problema das 6 mil famílias semterra de meu Estado.

Setenta e um milhões de dólares, SI. Presidente, são71 overnights com a bela Demi Moore, no escandaloso filmenorte-americano em cartaz nas principais cidades brasileiras,"Proposta Indecente". Indecente é a lógica de um sistemasócio-econômico que transforma tudo em mercadoria, até abeleza da relação amorosa e dos corpos humanos de mulherese homens. Indecente, Sr. Presidente, não é apenas o filmedo diretor e publicitário do sistema burguês Adrian Lyne.Indecente é a lógica da mercadoria, único valor e moral destesistema capitalista. A mesma lógica, Sr. Presidente, que reser­va 62,2% para pagar o capital improdutivo e especulativoe apenas 0,27% deste mesmo Orçamento para garantir condi­ções de trabalho para quem produz, como os colonos de meuEstado e os camponeses e trabalhadores rurais de todos estessertões, caatingas, matas, florestas e recantos do Brasil.

A nós, comunistas, a prevalência da lógica do capitalsobre a dos direitos dos trabalhadores não nos escandaliza,no entanto. Não é uma questão de moral; é uma questãode ciência histórica. Conhecemos, graças às descobertas cientí­ficas da Marx e Engels, o caráter de classe de qualquer Estado.Sabemos que, na sociedade capitalista, o Estado é "um comitêpara gerir os negócios comuns da classe burguesa", comodiz Marx no "Manifesto Comunista" de 1848. E estes inte­resses são em tudo opostos aos interesses das classes trabalha­doras, da classe operária, que temos o orgulho de representarde forma privilegiada. A isto dá-se o nome de luta de classes.No entanto, Sr. Presidente, esta dicotomia de r:ecursos, sobre'1 qual estou falando -inspirado nos "pequenos" e até inofen-ivos ratos do Dyonélio como metáfora para os pedorosos,

,;randes e daninhos ratos do capital especulativo - é escanda­losa, sim. Exige de nós uma compeensão mais próxima doque significa um Estado de .classe. Exige mesmo colocar asmãos e o nariz no imundo ninho dos ratos para denunciá-lose enxotá-los.

O próprio Marx revela-nos o conteúdo concreto de umEstado - a França às vésperas da Revolução de 1848 ­reduzido a uma "sociedade por ações para a exploração dariqueza nacional, com a mesma prostituição, a mesma fraudedescarada, o mesmo afã de enriquecimento, não mediantea produção, mas por meio da escamoteação da riqueza alheia,já criada" , se estendendo desde os palácios até os prostíbulos.Qualquer semelhança com o Brasil atual não é mera coinci-

dência. Este retrato do Orçamento da União para 1993 ­exatamente como o descrito por Marx para a França de 1848- revela dois brasis: o que tenta produzir e paga o ônuspor esta teimosia e o dos que lucram com a própria improdu­tividade, a burguesia financeia e especulativa que, no dizerde Marx, "tanto em seus métodos da aquisição como nosseus prazeres, não passa do renascimento do lumpesinato nasculminâncias da sociedade burguesa". Ele parece ter escritoisto olhando Fernando Collor e PC Farias... E tantos outrosque vivem neste Brasil. Eles caíram, mas o que eles represen­tavam pemanece, estes ratos todos, a quem só interessa oaumento da dívida do Estado, pois o déficit é, precisamente,o verdadeiro objeto de sua especulação e a fonte principaldo seu enriquecimento. A cada ano, novo déficit. Novo emaior, pois o Orçamento da União reservou 41 % para o paga­mento e rolagem do déficit em 1991; 48%, em 1992; paraatingir os 62%, em 1993.

Então, SI. Presidente, não estamos apenas diante de umEstado de classes, mas, sim, diante de dois brasis: o quequer e necessita produzir, e isto inclui amplos setores do em­presariado produtivo, além das classes mais interessadas naprodução - as classes trabalhadoras; e o Brasil da lúmpen­burguesia especulativa, do capital improdutivo, dos rufiõesdo overnight e do open, dos operadores do "levar vantagemem tudo", dos gigolôs das bolsas, dos aliciadores de papéisfáceis, do lixo social. Dos ratos, Sr. Presidente, que roemo dinheiro, o vestido, o trabalho, a capacidade produtiva e,mais grave, SI. Presidente, a moral do povo brasileiro.

A moral, a segurança e a soberania nacionais, Sr. Presi­dente, Sr'" e Srs. Deputados, são os patrimônios mais preciososexpostos à sanha roedora destes ratos. Em realidade, estamalta toda seria de pequenos camundongos, quase inofen­sivos, não fora, Sr. Presidente, em péssima decisão do Go­verno da ditadura militar, a estatização da dívida externa em1978. Comprando, imprudentemente, uma dívida em dólaresde mais de 100 bilhões já naquele ano, o Governo Federaltomou-se refém da especulação financeira, ao emitir títuloscom altas taxas de remuneração para recolher, no mercado,recursos para garantir o fluxo do pagamento da dívida externa.Uma espécie de auto-empréstimo em cruzeiros indexados ealtos juros. Assim, o montante e o serviço da dívida internacomeçaram a crescer em proporções logarítmicas, o que obri­gou os Governos seguintes a registrá-los como rubricas noOrçamento, com crescimento contínuo. Até atingir, comoatingiu este ano quase 2/3 de todas as despesas previstas.

Despesas com investimentos produtivos ou de áreas so­ciais essenciais, como saúde e educação, reduziram-se a 15bilhões de dólares, isto é, 3,75% do Orçamento. Indigênciade recursos para remunerar o trabalho, para investimentosna produção, para a prevenção sanitária e para g;irantia dofuturo de nossas jovens gerações, através da educação. Tudofoi jogado no ninho dos ratos.

Tão grave quanto isso é a inexistência de recursos paraa garantia da segurança e da soberania nacionais, através doverdadeiro sucateamento de nossas Forças Armadas. Nestemomento, o Exército da potência imperial mais equipada mili­tarmente do mundo realiza suspeitas manobras na selva ama­zônica, no nosso vizinho e amigo Suriname. Que objetivoshipotéticos podem ter estas manobras do Exército dos EstadosUnidos na Amazônia, senão a própria Amazônia? Seria inge­nuidade de bebê pensar em outra alternativa. Não é umaameaça hipotética; é uma demonstração concreta de força,

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num momento em que, por tantas razões, sobretudo por suadiversidade biológica, a grande riqueza e matéria-prima damais decisiva e estratégica indústria das próximas décadas,a biogenética ou indústria da engenharia genétia, a Amazôniabrasileira é o ponto nevrálgico para a dominação mundial.

Pergunto aos colegas Deputados: é este o momento dedesarmar o Brasil, pela inanição de recursos destinados àsnossas Forças Armadas? Não, Sr. Presidente, colegas Depu­tados. Não será tirando de quem vive só de seu trabalho,de quem luta pela garantia de seu emprego, como seu únicopatrimônio, de quem depende do pagamento de salários parasobreviver - e por isso lutamos para que estes salários sejamjustos, Sr. Presidente - e de quem se dedica a atividadesprodutivas, que encontraremos estes recursos necessários àdefesa da Pátria; pois trabalhar e produzir também é defendera soberania nacional. Mas, olhando de relance, sem preci'sarde muita análise profunda, percebe-se onde sobram recursosimprodutivos e, pior que isto, canalizados direta e indireta­mente p r~ a voracidade do capital financeiro internacional.A sangria ; recursos monetários, Sr. Presidente, é uma amea­ça tão,lállde contra a nossa soberania quanto os assal}hosimperialistas em direção às fronteiras da Amazônia. E lá,naqueles absurdos 62,2% para pagamento da dívida que estáo excesso. É lá, como se diz popularmente, que há gordurapara cortar... .

Esta Nação tem 493 anos de história, trabalho, lutas eesperanças de uma sociedade nova, democrática, livre e justa,na qual todos vivam de seu trabalho e busquem a felicidadecom seus talentos e suas capacidades criativas. Sabemos queesta será a nova sociedade socialista. "Esta menininha deolhos verdes", a quem o poeta de meu Estado, Mário Quin­tana, dá o nome de Esperança é um bem de todos os homens,de todos os brasileiros. Nós, Sr. Presidente, ao lado do povobrasileiro não podemos deixar de lutar para impedir que osratos da especulação e da improdutividade roam também osbelos olhos desta menina chamada Esperança.

Durante o discurso do Sr. Edson Menezes Silva,o Sr. Adylson Motta, 1q Vice-Presidente, deixa a cadeirada presidência, qUé é ocupada pelo Sr. Nilson Gibson,§ 2q do art. 18 do Regimento Interno.

o SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) - Com a palavrao nobre e ilustre Sr. Deputado Avenir Rosa, do PDC.

O Sr. Victor Faccioni - Sr. Presidente, peço a palavrapara uma questão de ordem.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) - Nobre Depu­tado Victor Faccioni, a Mesa já concedeu a palavra ao nobree ilustre Deputado Avenir Rosa. Se S. Ex~ concordar coma questão de ordem, a Mesa atenderá à solicitação da V.Ex~

O Sr. Avenir Rosa - Pela urgência e por deferência,meu caro Presidente, evidentemente concordo.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) - A Mesa concedea palavra ao nobre e ilustre Deputado Victor Faccioni.

O SR. VICTOR FACCIONI (PDS - RS.) - Sr. Presi­dente, trago um assunto da maior gravidade, que diz respeitoao funcionamento da Câmara dos Deputados. A ordem éticae moral, e não apenas a ordem legal, deve nortear as açõesdesta Casa.

Acontece, Sr. Presidente, que o jornal Zero Hora, naedição de hoje, publica, em cerca de cinco páginas, matériaque começa com a manchete: "Câmara dos Deputados: fundofantasma empresta dinheiro sem juros nem correção monetá­ria", e prossegue: "Fundo reservado financia Parlamentares";vai adiante: "Pequeno grupo é beneficiado"; "A lista dosdevedores". Na seqüência há uma matéria com o Diretor­Geral da Casa, intitulada: "Diretor ocupa o cargo há 11 anos";em seguida, lemos: "Beneficiados em dia"; "Balancete foiclassificado como reservado"; "Sabino desmente rolagem parao mês seguinte"; "A íntegra da nota assinada pelo Diretor­Geral"; "Débito de 34 Parlamentares está sendo rolado".

Sr. Presidente, encaminho à Mesa esta matéria por diver­sos motivos; em primeiro lugar, porque estou sendo citado,e nunca recebi dinheiro de espécie alguma em processo quepudesse ser rotulado de favor, de favorecimento, de privilégio,de beneficiamento ou de qualquer outra forma. Conseqüen­temente, desejo esclarecimentos, porque, se em algum mo­mento recebi alguma antecipação salarial, foi-me dito quese tratava de procedimento legal. Desejo saber exatamentea ordem legal, normal e regular de tal procedimento.

De outra parte, também desejo saber se esse procedi­mento é adotado no Senado, ou que procedimento diferen­ciado existe.

Em terceiro lugar, indago se existe um fundo de financia­mento fantasma ou um fundo reservado que financia Parla­mentares, porque nenhum tipo de financiamento recebi.

Diante do fato, cujo esclarecimento considero da maiorrelevância e urgência, requeiro também uma informação sobrea relação total de Parlamentares que tenham, sob esse títulode adiantamento ou a título de financiamento, recebido, naatual legislatura, qualquer verba que não a título efetivo dopagamento de subsídios-salário normal feito no mesmo dia,na mesma hora, na mesma data e no mesmo banco, a todosos demais Parlamentares.

Sr. Presidente, não pode recair sobre esta Casa uma sus­peita - ou uma denúncia, que é pior do que suspeita ­que não seja prontamente esclarecida, e, se irregular o fato,devem ser tomadas as providências decorrentes.

Agradeçq ao nobre orador a tolerância. Mas veja, Depu­tado Avenir Rosa, .que efetivamente se trata de matéria damaior relevância e urgência, que precisa de esclarecimentos.Como V. Ex\ Sr. Presidente Nilson Gibson, e outros tantosParlamentares, inclusive citados na nota, como o nobre Depu­tado Adylson Motta, que há pouco presidia os trabalhos, eo nobre Deputado Amaury Müller, que ouvi daqui fazer pro­testo da mesma ordem do que estou fazendo, sou daquelesque efetivamente entendem que na vida pública não bastaser honesto. A referência feita à mulher de César vale paratodos os homens públicos: é preciso também parecer honesto.

Então, temos de traduzir exatamente o que se passa nestaCasa, para que fique clara, de uma vez por todas, tal situação.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) - Nobre Depu­tado Victor Faccioni, a questão de ordem que V. Exª apresentao nobre Deputado ~dylsonMota -19 Vice-Presidente destaCasa -, durante a sessão de hoje, já a recebeu do nobreDeputado Amaury Müller, e levará o assunto à Mesa paraque seja examinada a questão. A matéria já está realmenteencaminhada.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) - Tem a palavrao Deputado Avenir Rosa.

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o SR. AVENIR ROSA (PDC - RR. Sem revisão doorador.) -Sr. Presidente, Sr~S e Srs. Deputados, ao dirigir-mea este plenário, deparei-me com os servidores que trabalhamna limpeza fazendo o seu movimento de greve, a qual eureputo necessária, porque essa classe já tão sofrida vê-se cadavez mais espezinhada pelas empresas que exploram seu traba­lho. Essa greve é das mais justas. Quero aqui, neste momento,antes de iniciar meu discurso do Grande Expediente, hipotecarmeu total e irrestrito apoio a esses grevistas.

O Sr. Amaury Müller - Permite-me V. Ex~ um aparte,apenas para endossar a sua manifestação?

O SR. AVENIR ROSA - Pois não, nobre Deputado.O Sr. Amaury Müller - Há vários mandatos venho defen­

dendo uma solução para esse problema social, para amjustiça que esta Casa de leis comete em relação a esseshumildes servidores, que não têm Câmara de eco para fazerressoar o seu protesto contra o salário de fome que aqui rece­bem. Imagino que a Mesa deva tomar providências para queessa exploração a céu aberto não continue sendo praticadacontra essa gente humilde, cujos protestos, cuja indignaçãoinfelizmente não ecoam nas quatro paredes desta Casa e muitomenos na sociedade brasileira. Parabéns pela atitude que V.Ex~ toma.

O SR. AVENIR ROSA - Agradeço a V. Ex~, nC?breDeputado, o aparte.

Sr. Presidente, S~s e Srs. Deputados, ocupo esta tribunaneste Grande Expedien,te para tecer comentários em tomodo que destaco como pontos cruciais para o desenvolvimentodo nosso Brasil. Não poderia jamais, Sr. Presidente, deixarde prestar tal colaboração ao meu País, neste momento deincertezas, de acertos e desacertos, em, que estamos vendoa panela começar a ferver.,

Sr. Presidente, Sr~s e Srs. Deputados, o dever de umgoverno é simplesmente fazer a felicidade do povo.

Eu sempre sonhei e acredito que o povo é capaz de fazertudo, quando tem alguém ao seu lado, apontando os caminhos.

Sr. Presidente, estamos diante de um Governo que pre­cisa imediatamente mostrar o caminho ao seu povo, trazendoa felicidade, combatendo a pobreza e colocando o País nocaminho da prosperidade, usando fundamentalmente as insti­tuições, com respeito à liberdade individual.

Aí, pergunto: qual é o caminho?E fica a indagação.Sr. Presidente, S~s e Srs. DeputadQs, sempre digo que

em política nada ocorre sem razões lógicas, específicas; apenassofre mudanças a metodologia de cada estrategista político.

Sr. Presidente, o Brasil apresenta-se vitorioso; novos no­mes, melhor trato político, nova fisionomia de Governo ­sem, porém, plano imediato.

Mudou tudo, e tudo continua mudando, eis a situaçãodeveras delicada; ninguém entende nada, do fusquinha aoetc...

Sr. Presidente, S~S e Srs. Deputados, acredito na inicia­tiva do Presidente Itamar Franco; louvo"a até. S. Ex~ assumiuo compromisso de moralizar o País de forina política e demo­crática; até o presente, porém, tal democracia ainda não bateuàs portas do meu Estado de Roraima, cujos pleitos continuamengavetados sem solução de continuidade - resquícios dopassado.

Vejo que na panela mudou-se muito pouco, tudo continuaquase o mesmo, e o caldo come,Ça a ferver.

A solução é lenta, cuidadosa, e o povo é obrigado aesperar!!!

Rogo a Deus, Sr. Presidente, que a equipe ministerialdo Presidente Itamar Franco não fique em pedestal, tal qualó Governo passado, mas se transforme imediatamente emlegítima defensora da democracia e do desenvolvimento doBrasil. Chega de donos de postos que atendem a quem bementenderem! Devem, isto sim, atender aos interesses do povo,e se isto não ocorrer, Sr. Presidente, estarei nesta tribunadia a dia denunciando um a um os Ministros de salto alto,para que possamos ter a mudança de que de fato o Brasilnecessita.

Sr. Presidente, S~ e Srs. Deputados, acredito no rejuve­necimento da democracia. Acredito nos ideais do Sr. Presi­dente da República' e de sua equipe. É preciso, porém traba­lhár, trabalhar de forma coordenada e com objetivos defini­dos; e, assim, defino o que chamo de humilde contribuiçãopara a prosperidade do País - apenas três sugestões positivase necessárias: primeiro, redefinir as tarefas, os poderes e aestrutura organizacional do setor público, bem como desregu­lamentar a economia nacional; segundo, investir em educação,saúde e habitação; terceiro, combater a inflação com forçatotal.

Sr. Presidente, Sr~ e Srs. Deputados, tais medidas impli­'cam a implantação de uma economia de mercado que, entreoutras coisas, requer ampla abertura do País ao intercâmbiocom o Testo do mundo, sem entreguismo.

Educação, saúde e habitação requerem, obviamente, umagrande amputação dos gastos públicos, simultaneamente àredistribuição de recursos em favor dessas áreas.

O processo inflacionário acarreta a destruição crônicado 'cidadão, esgarçá o tecido social; todo brasileiro sente-seroubado a cada minuto, gerando-se o caos social, o desrespeitoàs normas de urbanidade', num total desregramento comporta­mental, há muito tempo em curso no Brasil.

A única s:;tída para esse câncer inflacionário é a promoçãoe a redistribuição de riquezas, sem compromisso entre as inten­ções e os resultados, investindo-se no capital humano, istoé, na escolaridade, na saúde, na habitação. A inter-relaçãoaumenta a renda, familiar, fázendo com que todos tenhammaior pJ:odução desenvolvyndo seus atributos natos; em pou­cas palavras, o B.rasil precisa inve.stir no Homem.

Sr. Presidente, Sf!' e Srs. Deputados, o povo brasileiroencontra-se ávido de solução, pronto a marchar rumo ao de­senvolvimento do Brasil, colocando-se sempre em prol dacausa de bem servir a Nação.

É preciso detectar a qualidade do day after, e não cami­nhar pelas estradas de incertezas e promessas.

Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, a coragem é frutode um profundo senso de justiça e do conhecimento da visãodos injustiçados.

O meu povo de Roraima necessita de urgente atençãodo Governo Federal, e nós do Norte somos modestos aténo pedido; essa atenção, por obrigação e não por favor, deveser dada pelo Governo Federal, único capaz de atender àsnecessidades prementes do Estado, liberando recursos paraa construção de pequenos hospitais, creches, escolas, parasaneamento básico e casas populares - a maioria do povonão tem sequer uma casa para morar, quanto menos um sani­tário para as suas necessidades fisiológicas; o déficit habita­cional é alarmante, mas a solução é prática e simples; nãorequer enormes recursos, mas parcos investimentos sociais,

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que assegurem a aplicação da norma constitucional de natu- .reza coletiva.

Sr. Presidente, Sr~ e Srs. Deputados, sensibiliza-me vero meu povo de Roraima sendo conduzido à miséria e à fome.Choro, e tenho o meu coração cortado, qJ.lançlo vejo as crian­ças do meu Estado acumulando-s~ em lixeiras para matara fome.

Choro quando vejo meu Estado tão rico e seu povo tãopobre. Tenho que chorar. E brado, com toda a força: deixemmeu povo viver! Não entreguem Roraima aos interesses es­trangeiros. Meu povo precisa de saúde, de escola, de habita­ção, de simplesmente explorar o que Deus lhe deu, as riquezasminerais.

Roraima é presente, é futuro, é nossa, é dos brasileiros.Sr. Presidente, Sr~ e SFS. Deputados, entendo que o E~e­

cutivo é o responsável pela defesa dos, interesses públicos,representando o Estado brasileiro; e sendo o guardião dosinteresses nacionais, deve ficar sintonizado com o meu estadode Roraima, direito este assegurado pelo princípio de igual­dade.

Ora, Sr. Presidente, meus caros Deputados, só quemconhece a dor da. chiba~a pode vigiar, atentamente as mãosque a empunham.

Sou Deputado dos ,pretos, dos brancos, dos índios, dosricos e principalmente dos pobres, de intel,ectl.l:alizados e deanalfabetos, e não posso aceitar O· que. vem sendo impostoao meu Estado sem dar um grito de alcma. Roraima é Brasil.Vamos dizer não à política separatista imposta pelo GovernoFederal, que se deixa emprenhar pelo ouvido, impondo umademarcação separatista entre os índios e o Estado de Roraima,que atinge todo o Brasil. ,

Mais uma vez Roraima vê-se ameaçada çle ter parte desuas terras anuladas, isto é, de ficartot,almente sem produção,deixando centenas de fanu1ias s.em emprego, diminuindo-seo poder econômico do Estado. . . ,- ..

Não sabemos por que a famigerada FUQai, legítimo cabidede emprego, ainda existe, e, juntamente com as ()rganizaçõesnão-governamentais, insiste novamente em demarcar terrasde Roraima. Agora, a pretexto de entregar as terras aos índios,querem demarcar a área Raposa/Serra do Sol, juntamenteonde se concentram 60% daprodução agropecuária da região.Querem entregar aos índios mais ou menos 13 milhões dequilômetros quadrados. Esses índios não somam mais do que3 mil habitantes, naquela região. -'

Com a demarcação de Raposa/Serra do Sol, Sr. Presi­dente, Sr~s e Srs. Deputados, se isso acontecer, restará aoEstado apenas uma pequena área, de 17% do território, tor­nando-se praticamente inviável o desenvolvimento, restandosão fazendeiros e ao Município de Normandia somente terrasimprodutivas e alagadiças.

É preciso acabar com essa demagogia, que começou noGoverno Collor. O ex-Presidente, numa demonstração mora­lista diante das autoridades que participaram da ECO-92, de­marcou uma grande área em Roraima, entregando-a aos iano­mamis, que somam apenas 4 mil e 800 pessoas. Tal área estálá, sem produzir. E o pior, sem que os índios possam fazê-laproduzir, pois morrem de fome, sim, e vêem-se exterminadospor imposição do sistema. .

Não podemos admitir demarcações da maneira proposta,apenas dando-se terras aos índios, que continuarão na mesmamiséria. A demarcação tem que ser feita de forma racional,que não prejudique o Estado nem o povo que deseja trabalhar.Os próprios índios estão contra a demarcação da área de

Raposa/Serra do Sol da maneira como proposta. Ali, há anosíndios e fazendeiros convivem pacificamente. Há até Vice-Pre­feitos, Vereadores e Deputados Estaduais da raça índia.

Sr. Presidente, Sr~ e Srs. Deputados, Roraima tem tudopara crescer, mas as autoridades brasileiras, influenciadas -pe­los estrangeiros, parece que se sentem bem vendo o Estadoparado. A demarcação da área ianomami reduziu a economiaroraimense em mais de 50%, principalmente nas áreas depecuária e extração mineral, deixando milhares de pais defamilia desempregados, pisando em ouro e morrendo de fome.

Fazemos um apelo às autoridades no sentido de que,antes de partir para demarcar terras em Roraima, antes queo Estado seja entregue a organizações internacionais, primeiro

,tomem conhecimento da realidade roraimense, e não se dei­xem influenciar pelos falsos ecologistas, principalmente osdo exterior.

Também alertamos as autoridades brasileiras para o riscoque estamos correndo. Poucos ainda se deram conta, mastropas americanas já estão baseadas na Guiana, que faz divisacom Roraima. Todos sabem dos interesses estrangeiros, prin­cipalmente Q ame'ricano, pela fronteira. Diante desse perigo,devemos fortalecer cada vez mais nossas fronteiras, antes queROl:aima seja entregue a organizações internacionais.

Sr. Presidente, Sr~ e Srs. Deputados, a demarcação quequerem impor em nosso Estado é tudo, menos moral, vistoque tornará totalmente vulnerável a nossa fronteira com aGuiana, colocando em risco a soberania nacional. O que acon­teceu com a Venezuela é página virada, que fez parte dasloucuras e incertezàs do Governo passado. O Ministro ZenildoLucena convocou uma reunião em Manaus, a se realizar nosdias 20 e 21, com o Alto Comando do Exército; coinciden­temente, 7 mil soldados norte-americanos - totalmente ali­mentados, o que não ocorre com os soldados brasileiros ­iniciam manobras táticas de sobrevivência na selva, na fron­teira do Brasil com a Guiana.

Sr. Presidente, Sr~ e Srs. Deputados, na oportunidadeem que se realizou o Encontro do Parlamento Amazônico,todos os Deputados'Estaduais, Prefeitos e Vereadores do meuEstado fizeram-se presentes, juntamente com a bancada fede­ral, Deputados e Senadores, e o Governador Ottomar Pinto,reinvidicando o direito legal do Estado de Roraima, mos­trando ao executivo a verdade dos fatos e os danos que ademarcação pretendida causará ao nosso Estado, mostrandoaos Ministros e ao Presidente da República a aberração jurí­dica que está para ocorrer e que recebe o respaldo do atualMinistro da Justiça.

Esperamos, Sr. Presidente, que o Sr. Ministro ZenildoLucena esteja atento a tal fato e verifique o quanto é perigosodeixar nossas fronteiras abertas, ou seja, entregues às tribosindígenas, sem a 'presença do Exército brasileiro, necessáriapara o desenvolvimento e para a proteção da área.

Deve o Governo Federal viabilizar imediatamente recur­sos ao Ministério do Exército para que se possam realizarmanobras e fixar novos pelotões nas fronteiras, pois tudoindica, pelos fatos, que ocorre uma discriminação, que chama­mos de "força OCUlta", para enfraquecer nossas Forças Arma­das, principalmente na área de fronteira, onde o Exércitobrasileiro, ao longo dos anos, tem prestado relevantes serviçosà causa da soberania nacional, e não pode faltar nessa crucialluta em que a Amazônia é alvo da cobiça internacional emparticular o meu Estado de Roraima.

Coincidência ou não, a verdade é que não existe umapolítica séria de proteção às nossas fronteiras, onde garim-

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peiros brasileiros são presos e mortos, aviões venezuelanosrompem o nosso espaço aéreo. Por incríel que pareça, Sr.Presidente, os venezuelanos entendem que o Estado de Rorai­ma, por direito histórico, lhes pertence, tanto que o estampamem seus mapas como área em discussão - e o Brasil ficacalado, administrando demarcações infundadas, que benefi­ciam os esquemas de outros países.

Vale ressaltar, Sr. Presidente, que a demarcação da áreaianomami é uma aberração, uma afronta à Constituição eaos brasileiros. O Presidente Itamar Franco deveria, com bomsenso, rever tal fato, o que demonstraria, sem dúvida, queS. Ex', sim, está a serviço do Brasil e preserva sua gente,seu povo, não admitindo as aberrações do Rambo Collor,que declarou guerra aos nossos irmãos garimpeiros, bombar­deando o nosso Estado de Roraima precisamente na áreade fronteira com a Venezuela, fragmentando-a mais ainda,em um ato de entreguismo.

Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, deixo aqui meuveemente protesto contra a demarcação das terras de Rapo­sa/Serra do Sol, que nada mais é do que um éstupro da inteli­gência e dos bons costumes. E apelo para a norma constitu­cional, para que o Brasil seja de fato dos brasileiros e nãofaçamos uma política de entreguismo e de negociatas comorganismos internacionais que querem utilizar Roraima comoreserva do futuro.

Roraima, Sr. Presidente, Sr~ e Srs. Deputados, não querviver a reboque da Nação; quer, sim, como os demais Estadosbrasileiros, ter o direito de explorar suas riquezas, e não pode­mos admitir que o índio seja escudo de interesses interna­cionais.

Roraima é dos brasileiros. Lá se canta o Hino Nacionale se asteia a bandeira verde e amarela, talvez até com maisamor; por se tratar de fronteira e seu povo ser um guardiãonato da soberania nacional.

Por isso digo, Sr. Presidente, meus caros companheirosDeputados: Roraima é Brasil.

Era o que tinha a dizer.

Durante o discurso do Sr. A venir Rosa, o Sr. NilsonGibson, § 29 do artigo 18 do Regimento Interno, deixaa cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. AdylsonMotta, I'! Vice-Presidente.

O Sr. Ubiratan Aguiar - Sr. Presidente, nos termos regi­mentais, solicito a palavra pelo tempo destinado à Liderançado Governo. .

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Antes de conce­der a palavra a V. Ex', atendendo a uma série de solicitaçõesdos Srs. Deputados que ocuparam a tribuna reclamando provi­dências e esclarecimentos sobre fatos publicados pelo jornalZero Hora, de Porto Alegre, esta Presidência vai ler comu­nicado distribuído sexta-feira, inclusive ao Comitê de Impren­sa da Casa, cujos integrantes foram convidados a acompanharos trabalhos de sindicância que serão realizados.

O referido comunicado é assinado p"elo Diretor-Geralda Casa.

COMUNICADO

Comunica-se que na sexta-feira próxima passada (7/5),à noite, foi subtraída do arquivo do Departamento de Finançase de Controle Interno (Coordenação de Contabilidade) cópiado balancete mensal da Câmara dos Deputados, concernenteao mês de março de 1993.

A constatação do fato deu-se tão-somente na segunda­feira seguinte (10/5), e pela gravidade do ocorrido e obede­cendo ao disposto no artigo 143 da Lei n'! 8.112/90, a adminis­tração determinou, in Iimine, a instauração de sindicânciapara apuração minuciosa da ocorrência, com a identificaçãodos responsáveis para as cominações legais.

Segundo apurou-se, preliminarmente, a empregada daempresa Ipanema, prestadora de serviços à Casa, Maria daCruz da Silva, Souza, encarregada da limpeza daquele setor,foi surpreendida, por volta das 19 horas, e todos os servidoreslocalizados no andar ali não mais se encontravam, quandosurgiu um cidadão, dizendo-se jornalista, de nome Haroldo,afirmando que tinha um encontro marcado em determinadasala com o Senhor Dantas, insistindo em procurá-lo no interiorde dependência restrita a funcionários daquela Coordenação.Estranhando aquela presença e a insistência do visitante, inclu­sive pedindo para dar um telefonema para a residência doservidor em causa, deslocou-se a referida empregada paraoutra sala, onde buscou instruções junto à portaria, e o agentede segurança de plantão desconhecia todo o ocorrido.

No prosseguimento das diligências, o servidor procuradopelo visitante afirmou em seu depoimento perante a Coorde­nação de Segurança Legislativa não ter marcado qualquerencontro com jornalista ou qualquer outra pessoa no locale na hora dados como aprazados.

Em hora de expediente, próxima do almoço, a empregadada Ipanema casualmente encontrou no restaurante self-servicedo Anexo II o mesmo senhor que estivera na sexta-feira ànoite na Coordenação de Contabilidade procurando encon­trar-se com o Senhor Dantas. Anotou o nome constante docrachá de jornalista credenciado e interpelou-o solicitandoexplicações por ter-se identificado naquela noite com outronome. Todos esses fatos foram reduzidos a termo pela Co.orde­nação de Segurança Legislativa.

"Comprovando-se pela sua flagrância, lavrada em autoe evidenciada por declarações subscritas, a violência de normasinternas da Câmara dos Deputados e as estabelecidas na Lein~ 8.112/90 e na Resolução n'! 67/62, e no Código Penal, esteno capítulo que cuida de crimes contra a administração pública(extravio ou inutilização de documento, violação do sigilofuncional, exercício funcional ilegal) e no atinente aos delitoscontra o património, determinou à administração a instau­ração de Inquérito Administrativo Disciplinar, cujos resul­tados deverão ser encaminhados à Douta Mesa da Câmarados Deputados. O documento furtado - balancete mensalda Câmara dos Deputados - não é obviamente classificadocomo "documento secreto", todavia, pelas suas característicase conteúdo, é comumente qualificado como "reservado", poiscom essa qualificação é mensalmente encaminhado ao Tribu­nal de Contas da União e, toda vez que provoca movimentaçãofinanceira, à Secretaria do Tesouro Nacional. Diante de rumo­res dt: que algumas operações contábeis nele fixadas seriamobjeto de maldosa exploração, julgamos de bom alvitre prestaros seguintes esclarecimentos:

I) os adiantamentos salariais atribuídos a deputados ~

servidores constituiriam o principal alvo de exploração. Ecerto que tais operações revestem-se de legalidade e legitimi­dade, aplicadas as normas de pertinência, uma vez que suacomprovação através de extratos, iguais aos atualmente emmãos do larápio, é feita perante o Tribunal de Contas daUnião e a Secretaria do Tesouro Nacional. Enfatize-se quemencionadas operações têm-se realizado iterativa e ininterrup­_tamente há mais de quarenta anos. Além do mais são realiza-

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das, tanto o adiantamento como a reposição, mediante descon­to no contrachaque em um mesmo mês. É preciso levar aindaem conta, no exame da questão, que tanto o parlamentarcomo o funcionário percebem sua remuneração mensal quaseao final de cada mês trabalhado, quando fazem jus ao extipên­dio que lhes é creditado em conta corrente bancária. Assima operação não pode ser confundida, de maneira nenhuma,com empréstimo, já que abrange períodos pequenos, em mé­dia de dez a doze dias, e o numerário utilizado correspondea saldos da dotação própria de pessoal da Câmara dos Depu­tados, que ficam depositados no Banco do Brasil, sem remune­ração. Outrossim, por não caracterizar-se a Câmara dentreas entidades financeiras e a operação dentre as capituladasna Lei nº 4.595/64, não poderia haver, na espécie, a cobrançade juros ou correção monetária; e

11) os adiantamentos acima reportados, comumentechamados de "vales", constituem comprovadamente uma pra­xe realizada por todas as organizaçõs que visam atender aseus dirigentes e servidores em casos emergenciais.

De todo o exposto, pode-se concluir que houve nos fatosnarrados real e efetiva tipificação de delitos capitulados emlegislação de direito administrativo e penal, que certamentepodem conduzir à aplicação de penalidades nas duas circuns­crições públicas. O relatório final, conseqüentemente, pelagravidade que encerra, será encaminhado à Douta Mesa daCâmara dos Deputados, a quem cumprirá determinar as provi­dências na órbita administrativa e os procedimentos judiciaiscabíveis.

Brasília, 14 de maio de 1993. - Adelmar Silveira Sabino,Diretor-Geral.

A Presidência comunica aos Srs. Deputados que essedocumento foi distribuído sexta-feira e que foi feito conviteao Comitê de Imprensa para que indicasse um jornalista paraacompanhar as investigações.

Eram estes os esclarecimentos que me cumpria, nestemomento, prestar aos Srs. Deputados.

o Sr. Amaury Müller - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem, para falar sobre o assunto.

o SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex~

a palavra.

O SR. AMAURY MÜLLER (PDT - RS. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, pelo que deduzi, há alguémsupostamente chamado Haroldo que, criminosamente, seapropriou desse documento, ainda que não seja ele secretoe tenha apenas o caráter ,de reservado.

Quem é Haroldo? E possível localizar dentre os jorna­listas que operam nesta Casa com credenciais concedidas pelaMesa esse jornalista ou Haroldo é apenas o epíteto de ummalandro que usou esse nome para enganar as pessoas e,portanto, cometer um duplo delito? É preciso que se saibaquem é o responsável por isso. Esse cidadão, supostamentechamado Haroldo, não é uma abstração, não é uma merafigura de retórica: é alguém de carne e osso que yraticouo delito tipificado no documento que V. Ex' leu. E precisoque se diga quem é esse Haroldo e que se exponha esse Ha­roldo às penas da lei, na medida em que ele literalmentefurtou um documento, ao qual teria acesso em outras circuns­tâncias, se houvesse praticado a democracia que pretendedefender com esse tipo de acusação contra Parlamentar econtra o própria Instituição.

Por isso, Sr. Presidente, ainda na linha em que V. Ex'aborda o assunto, para deslindar o mistério, é preciso saberquem é esse Haroldo. Nesta Casa há um brilhante jornalista,conhecido de todos nós pela lisura das atitudes, pela dignidadecom que sempre se houve, que se chama Haroldo Hollanda.Será que ele não está sendo confundido com esse supostoHaro!do, o que, na minha avaliação, é uma injustiça!

E preciso, portanto, que se saiba quem é esse Haroldo,que não se coloquem "panos quentes" no assunto, mas os"pingos nos ís", para que o ladrão que se apropriou crimino­samente desse documento seja exposto ao opróbrio, se nãoda sociedade brasileira, pelo menos do Parlamento Nacional.

O Sr. Ubiratan Aguiar - Sr. Presidente, peço a palavrapela Liderança do Governo para uma comunicação.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Tem V. Ex'a palavra para uma comunicação de Liderança.

O SR. UBIRATAN AGUIAR (PMDB - CE. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, serei o mais breve possível.Não utilizarei sequer o tempo da Liderança, já que compa­nheiros esp~ram para falar no Grande Expediente.

O Governo tem por norma não deixar nenhuma denúnciasem os devidos esclarecimentos. Foi-nos encaminhado peloDiretor do DNOCS, engenheiro Luiz Marques, corespondên­cia a respeito de matéria publicada na imprensa brasileira,de autoria do eminente jornalista Joelmir Betting. O Dr. LuizMarques esclarece, com números e dados, todo o trabalhodesenvolvido pelo DNOCS, que envolve a construção de 296açudes públicos, 600 açudes em cooperação, 177 sistemas deabastecimento d'água que atendem a 2 milhões de pessoas,8 pequenas usinas hidroelétricas, 15 mil quilômetros de rodo­vias, 89 campos de pouso, 795 quilômetros de linhas de trans­missão, além de inúmeras obras de menor porte.

Sr. Presidente, todos esses dados constam desse docu­mento que o Dr. Luiz Marques, Diretor do DNOCS, fazquestão de tornar conhecido não só desta Casa, e por issorequeiro a V. Ex' que seja transcrito nos nossos Anais, mastambém da imprensa brasileira e de todas as pessoas interes­sadas em receber as informações a respeito de um ógão criadohá 83 anos com a finalidade de combater a seca no Nodestee que, durante todo esse tempo, prestou essa gama de serviçoscom recursos inferiores àqueles destinados à construção daUsina de Itaipu.

DOCUMENTO A QUE SE REFERE O ORADOR:

Fortaleza, 11 de maio de 1993.Exmº SenhorDeputado Ubiratan AguiarCâmara dos DeputadosBrasília/DF

Senhor Deputado:Passamos às mãos de V. Ex' cópia do Ofício nº 244/DGI

GAB, de 11 do corrente, através do qual respondo às opiniõesemitidas pelo jornalista Joelmir Betting, em sua coluna diáriaveiculada nos principais jornais do País, edição de 11-5-93,cuja matéria, intitulada "se chover, estraga", tece conside­rações ásperas sobre" o DNOCS.

Na certeza de contarmos com uma análise imparcial doilustres parlamentar amigo sobre o conteúdo desta resposta,antecipadamente, agradecemos.

Cordialmente, Engenheiro Luiz Marques, Diretor-GeraldoDNOCS.

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m. n9 244/DG/GABFortaleza, 11 de maio de 1993.

Ilm9 SenhorJornalista Joelmir BettingRede Globo de TelevisãoSão Paulo/SP

Senhor Jornalista:A respeito de matéria inserida em sua conceituada coluna,

no dia 11-5-93, sob o título "se chover, estraga" quando V.S~ afirma que o DNOCS consmiu US$6 bilhões em valorescorrigidos para executar apenas 25 mil poços, dos quais 18mil em propriedades privadas, cumpre-nos esclarecer que fo­ram contabilizados US$5,323,995,238.00 até o ano de 1992,incluindo investimentos, custeios e atendimento emergenciais.Na verdade, a atividade de perfuração de poços pelo DNOCSé a de menos peso na composição dos seus investimentos.Presentemente, no Orçamento/93, a participação desta ativi­dades relativamente aos investimentos é de 0,04%.

Além dos 25.000 poços citados por V. S~, foram construí­dos com estes recursos 296 açudes públicos que acumulam15,8 bilhões de m3 de água, mais de 600 açudes em cooperação'1,5 bilhão de m3

), 177 sistemas de abastecimento d'água queatendem dois milhões de pessoas, 8 pequenas usinas hidroelé­tricas, 15.000km de rodovias, 89 campos de pouso, 795kmde linhas de transmissão, além de inúmeras obras de menorporte.

Através de seus açudes o DNOCS perenizou 3.000kmde rios que possibilitam à iniciativa privada irrigar mais de60.000ha, implantou 30.000ha de irrigação pública com 4.500pequenos irrigantes e 250 pequenas empresas instaladas, 55núcleos habitacionais onde existem 78 escolas com 293 salasde aula e estudam 13 mil alunos, 22 postos de saúde, 6 estaçõesde piscicultura e um Centro de Pesquisas Ictiológicas queproduzem 20 milhões de alevinos/ano, sendo o DNOCS res­ponsável por uma produção piscícola equivalente a 9% dopescado em águas interiores do Brasil - embora a sua áreade atuação seja o semi-árido.

Pioneiro na América Latina na utilização de perfuratrizes,pioneiro no Brasil na construção de barragens de terra degrande porte, pioneiro no mundo na utilização do métodode hipofisação visando à reprodução de peixes em cativeiros,o DNOCS é considerado por parte significativa da populaçãocomo uma "verdadeira universidade voltada para o desenvol­vimento do campo".

Hoje, o Departamento tem sob sua responsabilidade aconstrução de 37 obras de açudagem pública, as quais, quandoconcluídas, acrescentarão mais de 7 bilhões de m3 à capacidadeatual e implanta 6 novos projetos de irrigação, 4 do quaiscom financiamentos externos já assegurados, e que incorpo­rarão 45.000 novos hectares irrigados, nos próximos 3 anos,à região semi-árida. Por isso, as afirmações do prezado jorna­lista, qualificando o Departamento de "corpo munificado","galhofa tecnocrática" e "sucata tecnológica" se constituemem um flagrante desrespeito, não só à Instituição, mas a gera­ções de servidores e técnicos que deram tudo de si por esteOrgão e pelo Nordeste ao longo de seus 83 anos de atividades.

Entendemos que, se cabe à imprensa denunciar o quelhe parece incorreto, cabe, também, divulgar a informaçãocorreta e sem manipulações.

Com consideração e apreço.Cordialmente, Engenheiro Luiz Marques, Diretor-Geral

do DNOCS.

Durante o discurso do Sr. Ubiratan Aguiar, o Sr.Adylson Motta, In Vice-Presidente, deixa a cadeira dapresidência, que é ocupada pelo Sr. Nilson Gibson,§ 2° do art. 18 do Regimento Interno.

o Sr Mendonça Neto - Sr. Presidente, peço a palavrapara uma comunicação de Liderança pelo PDT.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) - Tem a palavrao nobre e ilustre Deputado Mendonça Neto, por três minutos.

O SR. MENDONÇA NETO (PDT - AL. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente o Deputado Ubiratan Aguiar,em nome da Liderança do Governo, acabou de falar de umassunto, mas não tratou de outro, também importante, queestá sendo discutido hoje em Brasília, inclusive com passeatana cidade: o reajuste do funcionalismo público federal. Atéagora, à proposta feita pela Comissão de Trabalho da Câmarados Deputados, de reajuste indexado mensalmente, à pro­posta da Ministra Erundina, de 96%, e à proposta dos servi­dores públicos. o Governo não apresentou nenhuma contra­proposta. A inflação atinge patamares insuportáveis. Já ultra­passamos, na realidade, o índice de 50% ao mês de inflaçãoreal, e os funcionários públicos federais vêm tendo uma defasa­gem salarial que não pode mais ser aceita.

Sr. Presidente, impostos novos foram criados, como éo caso do IPMF. A televisão mostrou ontem um terrível espe­táculo: pessoas de idade, no interior do Nordeste, tendo cassa­das as suas aposentadorias. São pessoas, evidentemente, semcondições sequer de andar, e perderão um benefício por faltade um documento cuja existência até desconhecem. Há, evi­dentemente, o aspecto do logro, da fraude; mas, ao mesmotempo, também é necessário constatar que o custo de vidanunca esteve tão alto, que a crise não é do Legislativo, tam­pouco do Executivo: a crise nacional é gravíssima e afetatodos os setores.

Gostaria também, para encerrar, de ler o resultado dapesquisa feita em Maceió pelo Jornal de Alagoas, com 150anos no Estado, procurando saber a preferência do povo paraPresidente da República, se as eleições fossem hoje. Sou da­queles que não discutem agora a eleição para Presidente daRepública, porque acho que o povo brasileiro precisa mani­festar a sua opinião nas urnas. Mas o resultado foi o seguinte,Sr. Presidente: Lula, 19%; Brizola, 16%; Maluf, 11%; Fleury,6%; Quércia, 4%; Antônio Carlos Magalhães, 4%; TassoJereissati, 3%; Jaime Lerner, 3%; indecisos, 10%; brancosou nulos, 24%.

Queria registrar, como Vice-Líder do PDT, o orgulhoque sinto em saber que o Governador Leonel Brizola seriao segundo preferido dos alagoanos, caso a disputa fosse hoje.O nome do Sr. Collor de Mello não é sequer citado pelosmanifestantes em Alagoas.

O SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) - Com a palavrao Deputado Ronaldo Caiado, que disporá de 25 minutos paraproferir o seu pronunciamento.

O SR. RONALDO CAIADO (Bloco Parlamentar - GO.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr, Presidente, Srs. Depu­tados, lamentavelmente, a realidade do dia-a-dia tem confir­mado, e de fo.rma cada vez mais irreversível, aquilo parao que nós havíamos advertido enérgica e repetidamente aNação e a classe política quando do processo de Impeachmentdo ex-Presidente Fernando Collor: a tacanhez política e amediocridade administrativa do Sr. Itamar Galtiero Franco,

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homem absolutamente despreparado para assumir o comandodos destinos do País.

A mais nítida sinalização que se pode extrair da maciçapreferência que o povo brasileiro manifestou nas urnas pelamanutenção do presidencialismo é o desejo popular de umgovernante que seja sobretudo um líder, com idéias definidase sobretudo com mão firme para implementá-las.

Isso é tudo o que não consegue ser o Sr. Itamar Franco.Trata-se de alguém sem gosto pelo exercício do poder, semtraquejo, sem qualquer vocação para a atividade executiva,atormentado por graves conflitos hamletianos. Mais grave ain­da: é um homem que assumiu o poder na esteira da unanimi­dade das esperanças nacionais e só logrou, até agora, frustrartoda essa expectativa.

Efetivamente, seria exagero supor que Itamar Francose revelasse, no desafio da revolução político-institucional queo levou à Presidência, um estadista da dimensão de Truman,como ele um político provinciano e igualmente surprendidopor uma reviravolta do destino, quando, sem qualquer expe­riência administrativa ou traquejo internacional, teve quesubstituir Roosevelt no final da 2' Guerra Mundial e já instau­rada a Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Sovié­tica.

Nem os mais otimistas tinham essa perspectiva. Mas oque se esperava, e com absoluta dose de factibilidade, eraque o novo Presidente, interpretando os anseios de mudança,se mostrasse alguém capaz ao menos de canalizá-los construti­vamente, chamando a Nação e os setores da sociedade civilaos brios e conduzindo a nave institucional sem atropelospela transição do restante do mandato presidencial, até 1995.Entretanto, seu saldo até agora só acumula excessos no passi­vo: o estilo pessoal do Sr. Itamar é uma estranha procurade pequenos expedientes demagógico-populistas, apimentadapor impulsividade, caprichos pessoais, teimosia, indecisão euma obsessiva preocupação com sua autoridade pessoal.

É o homem que aprecia dissensões em sua equipe, impe­dindo-a de ter organicidade, como no caso do reajuste dofuncionalismo público, em que estimulou o conflito entre asáreas da Fazenda e do Planejamento, de um lado, e da Admi­nistação, Trabalho e Previdência Social, de outro, apenas paraaparecer, no final, como o árbitro populista de um conflitoque jamais deveria sequer ter existido. Não demonstra elequalquer compreensão mais efetiva da real extensão e dasimposições da liturgia do cargo, à cata de prestígio e notorie­dade fáceis, quando se tornou o ombusdman de seu próprioGoverno, passando pitos e carões em Ministros e auxiliares,ou ainda transformado em Quixote moderno, investindo con­tra os moinhos de vento das empresas farmacêuticas, da indús­tria automobilística, dos juros altos e dos lucros do SistemaFinanceiro, atropelando a toda hora os Sanchos Panças queescolheu como escudeiros.

Não é este o papel de um Presidente da República. Nãoé esta a liderança que todos queremos, em especial no bojode uma crise político-econômica rebelde e às vésperas deuma reforma constitucional de Grande porte.

Três pontos nos chamam a atenção neste quase oito mesesem que o Sr. Itamar Franco ocupa o Palácio do Planaltoe nos quatro em que sucedeu em definitivo o seu antecessor.O primeiro é sua aguda incapacidade de montar um Ministérioque reproduzisse o real equilíbrio das forças políticas, econô­micas e sociais do País e que se impusesse por sua autoridadetécnica e moral. Preferiu, tão ao gosto de seu antecessor,montar um corpo de auxiliares com cunho pessoal e provin-

ciano. Sucedendo à chamada "Repúblicá das Lagoas", surgi­ram duas outras, a "República dos Senadores" e a "Repúblicade Juiz de Fora", que se confundem na incompetência e nainexpressão. O segundo ponto é o seu estilo confuso e desarti­culado, agravado por uma absoluta e irrredutível incapacidadede entender as reais dimensões da crise nacional que herdoue pelo menos tentar equacioná-la. O Presidente é hoje, lasti­mavelmente, um fator de instabilidade das instituições, porter esbanjado a credibilidade e a respeitabilidade política queo acompanharam em sua ascensão ao cargo. Poderíamos mes­mos dizer que o Sr. Itamar Franco padece do que chamaríamosde "sídrome de Tostines": ninguém sabe dizer com segurançase Itamar não governa porque é medíocre ou se é medíocreporque não governa.

Por último, e talvez o mais grave e desalentador, é ofato de o Sr. Itamar Franco ter promovido uma opção prefe­rencial pela minoria, de vez que sucumbiu desde o início aofascínio da esquerda, que tomou literalmente de assalto oGoverno, impôs ao Presidente medidas estapafúrdias, tentaimplementar, em nome dele, um anacrônico programa popu­lista e o tornou refém de seus divisionismos e idiossincrasias.O que temos hoje é um pastiche daquilo que em 1963 chamá­vamos de "República Sindicalista" do então Presidente JoãoGoulart, cumprindo lembrar que, quando a história se repete,constuma fazê-lo como farsa e depois como tragédia.

Dentro disso, o que soa ainda mais absurdo e surrealistaé o procedimento dos partidos e lideranças de esquerda, coma estranha complacência presidencial, de integrarem o Go­verno e comandarem suas iniciativas enquanto, para o público,se proclamam de oposição. O mais preocupante em relaçãoa essas lideranças, fato que dominou as manchetes da imprensana semana que passou, foram as duas tentativas explícitasdesse grupo ideológico de expandir sua influência dentro doGoverno - e até mesmo de assumir-lhe diretamente o contro­le, aproveitando-se da profunda abulia e da ausência de rumosexuberantemente demonstrada pelo Presidente.

A primeira ousadia foi cometida pela Ministra LuízaErundina, quando condicionou, em nome de uma suposta"ética na política", sua permanência na Secretaria da Adminis­tração ao afastamento do Ministro Eliseu Rezende, da Fazen­da, esquecida, talvez, de que fazia o papel do roto desfazendodo esfarrapado, já que possivelmente mais sérias e mais des­confortáveis do que as ligações do Ministro Eliseu com aempresa Odebrech são as contas da Ministra como Prefeitade São Paulo, rejeitadas pelo Tribunal de Contas do Municípiode São Paulo e pela Câmara Municipal Paulistana. A segundatemeridade desse grupo está nas manobras golpistas, promo­vidas à luz do dia, com o objetivo de garantir, para alguémde sua indicação, o Ministério da Fazenda, A imprensa flagrouuma conspirata explícita, envolvendo os Ministros Walter Ba­relli, Luíza Erundina, Antônio Britto, Jutahy Magalhães eos Líderes na Câmara e no Senado, Roberto Freire e PedroSimon, empenhados, à revelia do próprio Presidente Itamar,em preparar o terreno para a entronização do Ministro Fernan­do Henrique Cardoso como substituto de Eliseu na fazenda,coroando o golpe pelo qual a esquerda assumiria definitiva­mente as rédeas do Governo, às vésperas da reforma constitu­cional e da sucessão presidencial.

Sr. Presidente, não sou futurólogo para poder extrair,com precisão, desses acontecimentos, as perspectivas próxi­mas desses jogos de poder. Devo confessar apenas e consignar,em meu nome pessoal e no desta Casa, minha profunda preo­cupação coma rápida deterioração das instituições, tanto pelo

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imobilismo e pela perplexidade do Governo quanto pelas ma­nobras golpistas cada vez mais acintosas e as ostensivas queesse vácuo de poder tem ensejado à ousadia licenciosa dasesquerdas, ao arrepio do interesse nacional e compondo umainaceitável insolência de minorias ideológicas reiteradamenterejeitadas no confronto das urnas e em todas as manifestaçõespopulares.

O resultado do plebiscito sobre a forma de governo de­monstrou, de modo inequívoco - e abro um parêntese paradizer que sou parlamentarista e defendi esse sistema de gover­no -, que a Nação quer, o presidencialismo. Em outras pala­vras, a sociedade civil, como afirmou por maioria esmagadora,anseia por um comando político-administrativo centralizadoe tão nítido, identificável e transparente quanto possível. De­seja ela que esse líder, ao contrário do que ocorre no parlamen­tarismo, onde ele nasce das maiorias parlamentares atreladasa programas governamentais específicos, seja legitimado dire­tamente pelo povo para, em nome desse povo, executar seuprograma de governo em consonância com as instituições legis­lativas.

Assim, exuberantemente demonstrado fica que a figurado Vice-Presidente da República, em especial pelos nefastosprecedentes já ocorridos em nossa história republicana maisremota ou recente, deve ser exorcizada e definitivamente eli­minada quando da reforma constitucional vindoura, onde tere­mos a responsabilidade cívica de aperfeiçoar o regime presi­dencialista vitorioso nas urnas. Urge que promovamos a extin­ção desse cargo, que, a par de jamais ter tido qualquer utili­dade mais efetiva, teve em boa parte de seus ocupantes apenasfigurantes que, ao longo de nossa história, só serviram comofomentadores de crises políticas e institucionais e inviabili-

. zaram a real vontade popular.Estou firmemente convencido, hoje, Sr. Presidente e Srs.

Deputados, de que é ilegítima e absolutamente inconvenienteaos interesses nacionais e à segurança das instituições a substi­tuição de um Presidente morto ou impedido por um vice.Caso um Presidente da República, num regime presidencia­lista, seja impedido ou venha a falecer, o que se impõe ésua substituição temporária pelo Presidente da Câmara dosDeputados e a realização imediata de novas eleições presiden­ciais, em que o povo - e exclusivamente ele, como o eleito­rado fez questão de ratificar neste último plebiscito - digaquem quer que o governe. Creio ser mesmo impatriótico sujei­tarmos o povo e a Nação aos riscos imprevisíveis de se passaro poder a um Vice, cuja posse é legal mas cuja legitimidadee adequação ao cargo configuram autêntico jogo de azar.

Nossa tradição se iniciou com a possibilidade de que Presi­dentes e Vices pudessem ser eleitos por partidos ou facçõesdiversas. Isso nos legou a primeira grave comoção republicana,quando da renúncia do Marechal Deodoro da Fonseca, eleitopor um determinado grupo militar e congressual, levando àPresidência o Vice Floriano Peisoto, ligado a outra facçãomilitar e parlamentar, e com idéias e projetos totalmente dife­rentes dos de Deodoro. No segundo mandato de RodriguesAlves, em 1918, tivemos que aturar por oito meses, no Gover­no, Delfim Moreira, um Vice-Presidente com grave enfermi­dade mental. O sucídio de Getúlio Vargas, em 1954, tornoua expor essa ferida, pois seu Vice era João Café Filho, sema mais remota ligação com o Governo e o estilo getulista,e ainda por cima ligado politicamente a adversários de Vargas.Sua posse apenas ensejou um festival de crises, golpes e quar­teladas, que só cedeu quando tomou posse o novo Presidenteeleito, Juscelino Kubitschek.

Por fim, os exemplos mais recentes são os de João Goularte José Sarney. Goulart foi utilizado por Jânio Quadros comoo espantalho institucional que viabilizaria seu golpe em 1961.O plano janista fracassou, e João Goulart foi empossado,mas com irreversíveis danos à normalidade democrática e àsinstitituições. O Governo Goulart, num anticlímax das expec­tativas geradas por Jânio, perdeu-se em uma profunda crisede identidade ideológica e em abulia administrativa, fazendoconcessões à esquerda, até sua derrubada em 1964. Já Sarney,um peemedebista postiço, tornou-se absurdamente o herdeirode Trancredo Neves, assumindo o Governo sob aguda ilegiti­midade e sob, férrea tutela do próprio PMDB, com os ~feitos

e os resultados de que todos nós temos conhecimento. E inter­ressante especular o quanto teríamos evitado um retrocessopolítico e institucional se, nos episódios da renúncua de Jânio,da morte de Trancredo e do impedimento de Collor, tivésse­mos convocado eleições imediatas, e não simplesmente entre­gue o poder a Vices, que, caprichosamente, têm em comumo despreparo administrativo, a abulia e uma extrema sensibi­lidade para o canto de sereia da esquerda.

Vamos adaptar a Constituição a essa realidade, que éinafastável e incontestável. Quanto ao caso presente, rezemospara que o pior não aconteça.

Era o que tinha a dizer.

o SR. PRESIDENTE (Nilson Gibson) - Concedo a pala­vra ao nobre Deputado Délio Braz.

S. Ex~ dispõe de 25 minutos na tribuna.

O SR. DÉLIO BRAZ (Bloco Parlamentar-GO. Pronun­cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, SI'" e Srs. Depu­tados, fala-se, desde o Império, da falta de autenticidade dospartidos políticos brasileiros, pois, quando no poder, torna­vam-se os conservadores mais avançados que os liberais eestes, mais conservadores que aqueles. O assunto que pre­tendo abordar, neste instante, não é destarte novidade algu­ma. Vem de muito longe. Acredito, todavia, ser de extremaoportunidade discutirmos hoje os problemas relativos aos par­tidos políticos, pois, sem uma revisão profunda do sistemapartidário do País, não encontraremos soluções duradourasaos desafios, cada vez mais complexos, que o Brasil apresentaà sua classe política e, por conseqüência, aos partidos organi­zados.

Poderíamos dizer, grosso modo, que os partidos políticossão classificáveis em três grandes gêneros: em partidos revolu­cionários, em partidos reformistas e em partidos conserva­dores. Os partidos revolucionários não pacmam com a ordemvigente, porpõem-se a destruí-la para construírem uma novaordem, inspirada em novas crenças e, portanto, sobre novosvalores. Vivem, por regra, na clandestinidade, e quando apre­sentam sua face à luz do dia, fazem-no por motivos propagan­dísticos que os ajudem a conquistar o poder, ainda que pelaforça das armas..

Os partidos reformistas não se conformam com a ordemvigente, mas circunscrevem sua luta para alterá-la ao contextopor esta estabelecido. Pregam a mudança do status quo, masabsolutamente dentro da lei.

Os partidos conservadores lutam para manter a ordemestabelecida, ainda que às vezes, para isso, tenham de que­brá-la num ou outro aspecto. Dentre desses três tipos básicoshá infinita gama de nuances e dificilmente encontra-se umpartido com a coragem necessária de assumir a própria cara,não fugindo para as acomodações intermediárias, híbridas,

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indefiníveis, que servem de abrigo a, praticamente, qualquercoisa. Chega a ser cômica a ambigüidade de certos posiciona­mentos políticos, corno centro-esquerda, centro-direita, e ou­tros que tais, muito mais adequados à escalação de time defutebol do que à definição de linha político-doutrinária.

Fala-se muito que isso é decorrência de não terem nossospartidos linhas programáticas. Não é bem verdade. De urnaforma ou de outra, todos os partidos têm programa. E alguns,programas muito bem elaborados e embasados doutrinaria­mente. Depois que se editou no Brasil o "Dicionário Político"de Norberto Bobbio, o número de politicólogos cresceu verti­calmente no País e o nível programático dos partidos temacompanhado esse crescimento.

Fala-se, também, que o problema está em que os partidos,embora tenham programas bonitos, não se dispõem a cumpri­los. Há, nisso, certa dose de verdade.

Veja-se, por exemplo, o que aconteceu no recente plebis­cito sobre forma de governo: parlamentaristas "históricos"estavam aboletados em palanques presidencialistas, ombroa ombro com arquiadversários. Herdeiros de dinastias absolu­tistas saíam democraticamente à campanha, para restauraremo trono pelo voto. Enfim, foi o que se viu, ou melhor, oque se não viu, pois ao invés de se debater com o povo umproblema crucial para o futuro do País, ou seja, o perfil institu­cional de nossa personalidade política, mentiu-se para o povoe utilizaram-se mil ardis de propaganda, não para se conquistareste ou aquele regime, esta ou aquela forma de governo,mas para se lançarem candidaturas temporãs à sucessão presi­dencial, sem qualquer consideração às reais necessidades doBrasil.

Nisto, aliás, é que vejo o calcanhar-de-aquiles de nossosistema partidário. Gira-se tudo em função de nomes, de caci­ques, de cardeais, deste ou daquele messias que virá salvara Pátria e resolver todo os problemas de todos os brasileiros.

. E, inegavelmente, há muito pragma'tismo nessa posição.Preso a urna tradição cultural muitas vezes centenárias, deforte conteúdo paternalista, o povo brasileiro adere muitomais facilmente à idéia de um salvador da pátria, de um paimaior que, num passe de mágica, vai resolver todos os proble­mas sem sacrifício a ninguém, do que a da necessidade dese fortalecerem os laços da cidadania para que ela se autode­termine politicamente na busca de suas próprias soluções ena construção de seu próprio destino. Para um partido político,cuja razão de existir é a conquista ou a manutenção do poder,o melhor atalho é ter seu próprio messias, ainda que sejanecessário fabricá-lo, ou aliar-se a um já feito e acabado.

Esse pragmatismo - até compreensível- tirou os parti­dos da realidade. Hoje, sem exceção, os partidos, corno tais,vivem na estratosfera. Resumem-se a cúpulas ou a militânciaspresas às próprias verdades, sempre mais distanciadas da ver­dade do povo, da verdade do País, da verdade cotidiana dosque não lêem o dicionário de Bobbio, ou asteses de Marxou de Gramski, ou as biografias de Lenin, de Trotsky, deMao-Tse-Tling ou de Hitler, mas que trabalham ou estãodesempregados, que comem ou passam fome, que vivem pelopão nosso de cada dia, pelo remédio do filho, pela escola,pela casa; pelas exigências mínimas ou máximas que o viverlhes impõe.

Os partidos tornam-se, cada vez mais, coisas abstratas,longe, infinitamente longe, do mundo da realidade.

Muito além da esquerda ou da direita, do liberalismoou do socialismo, da reação ou da revolução, precisamos reali­zar o milagre de urna síntese que una esses pólos divergentes

de cúpulas e de bases, de vanguardas e de povo, de idéiase de fatos. Síntese que seja programa, mas também ação;que seja bandeira, mas também chão, que seja sonho, mas­que não se afaste da realidade.

Meu partido, o PFL, resolveu enfrel}tar esse desafio, sempreconceitos, sem precondições, sem tabus.

Tido corno partidos de quadros, corno partido de cúpulas,propõe-se a debater amplamente seu destino com as basespartidárias, ainda que depois disso tenha de transformar-sepor inteiro. Notem bem: não num partido basista, sob a ditadu­ra de um assembleísmo de militâncias à vanguarda, mas numpartido de bases, cujas preocupações nasçam sobre as preocu­pações do homem comum, do povo, na expressão mais gené­rica do termo. Para isso o partido está convocando todosos companheiros do Brasil, principalmente Prefeitos e Verea­dores, pois estes vivem a realidade cotidiana - não do seupartido - mas de sua comunidade ecumênica, o Município,célula básica da estrutura político-administrativa nacional.

Estes companheiros não virão aqui para aprenderem li­ções doutrinadas por gurus partidários, nem para ouviremexportações de urna vanguarda ouriçada detentora do poderem assembléias do partido. Não! Virão ponderar sobre asdificuldades de seu povo, sobre as limitações enfrentadas porseu povo, sobre as limitações enfrentadas pela cidadania, sobreos condicionamentos a que estão sujeitas as instâncias do Esta­do, mais próximas da população. E, nessa ponderação, iremosprocurar, todos juntos, urna síntese programática e urna linhade ação para o partido, derivadas, ambas, das aspirações maisfundas de nossa gente e dos problemas por ela mais sentidos.

Será esse o melhor caminho? Quem poderá sabê-lo?Urna coisa, porém, eu sei. Somos, nesta Casa, urna comu­

nhão de partidos - consoantes ou dissonantes entre si, cornoé característica das instituições democráticas. Une-nos, toda­via, um destino comum, a despeito de nossas concordânciasou de nossos desacordos: o destino de existirmos ou deixarmosde existir, na razão direta de nos sintonizarmos ou não comas aspirações nacionais mais legítimas.

Urge, pois, que cada um de nós, no interior de seu parti­do, busque o caminho disponível para estreitar a distânciaentre partido e cidadania, entre homem político e cidadãocomum, entre classe política e povo. Essa distância, de hátempo, faz-se grande. o. Brasil já não pode mais convivercom ela sem arruinar-se.

É responsabilidade intransferível de cada um de nós, decada homem público deste País, lançar pontes, ainda quepor sobre os abismos profundos de nossas mais caras e atélegítimas ambições, para que a Nação e o Estado se reencon­trem definitivamente.

Os partidos políticos são o único material de que dispomospara isso!

Durante o discurso do Sr. Délio Braz o Sr. NilsonGibson, § 29 do art. 18 do Regimento [nterno, deixaa cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. JoãoFagundes, § 29 do art. 18 do Regimento [nterno.

o SR. PRESIDENTE (João Fagundes) - Concedo a pala­vra ao Sr. Nilson Gibson.

O SR. NILSON GIBSON (PMDB - PE. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, é comimensa satisfação que ocupo o espaço que me é destinadono Grande Expediente, pois aqui venho hoje para falar-lhesdo novo clima que impera nas relações entre o Brasil e Portugal

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e, também, da mais recente novidade no âmbito dessas rela­ções: a formação da Comunidade dos Povos de Língua Portu­guesa.

A criação desta Comunidade lusófona, que já está sendoconhecida como CPLP, é fruto de uma iniciativa do Presidenteda República, Itamar Franco, tendo para esse fim encarregadoo Sr. José Aparecido de Oliveira, Embaixador do Brasil emPortugal desde o início do corrente ano, de adotar todos osprocedimentos e contatos necessários à sua formação. Segun­do as palavras do próprio Presidente da República, a Comu­nidade dos Povos de Língua Portuguesa "reflete a intençãodo Governo de criar um foro privilegiado para o estabele­cimento da agenda de cooperação entre os sete países deexpressão portuguesa".

SI. Presidente, antes de falar a respeito da CPLP, queromanifestar meus sentimentos de tranqüilidade e alívio, aotomar conhecimento das medidas destinadas à formação destacomunidade. Esta chega em boa hora, selando como assuntodo passado os incidentes que puseram em crise as relaçõesluso-brasieliras. Como todos sabem, essas relações foram ligei­ramente abaladas recentemente. Durante um breve, mas som­brio período, pairou sobre elas uma névoa de desconfiançasrecíprocas. Estas decorreram, sobretudo, direta ou indireta­mente, da implementação de novos rumos na política externaportuguesa, ligados principalmente à adesão de Portugal àComunidade Econômica Européia.

Primeiro foi a crise, hoje quase que completamente con­tornada, dos dentistas brasileiros em Portugal. Amplamentedivulgada pela imprensa, a questão mereceu, inclusive, a aten­ção do grande e saudoso DI. Ulysses Guimarães, na épocaem que ocupava a Presidência da Comissão de Relações Exte­riores, tendo promovido encontros entre o Itamaraty, a Asso­ciação Brasileira de Odontologia e a Embaixada Portuguesa.

Depois foi o incidente que resultou na prisão de onzecidadãos brasileiros, que chegavam a Portugal, no aeroportode Lisboa, logo nos primeiros dias de vigência da nova leide imigração de Portugal, a qual, cumpre ressaltar, destina-sea atender diretrizes emanadas no seio da Comunidade Euro­péia. Nossos compatriotas ficaram presos durante quatro diasna ala internacional do aeroporto e a seguir foram repatriados.

A crise atingiu seu ápice no primeiro trimestre deste anoe só foi resolvida graças à hábil ação dos agentes diplomáticosde ambos países e à predisposição dos governos de reconhecere manter a secular fraternidade que preside nossas relações.

Em um movimento histórico de reação à deterioraçãodos laços entre as duas nações, surge agora a proposta doGoverno brasileiro de criar uma comunidade que sirva deroupagem jurídica na cena internacional para o complexo his­tórico, étnico e cultural que Gilberto Freyre denominou "Lu­so-Tropicalismo". Este se extende deste Portugal por todosos países lusófonos e resulta no amálgama produzido pelocontato direto da cultura lusitana com as culturas dos povosdas regiões do planeta colonizadas por Portugal.

A feliz idéia da criação de uma comunidade de naçõesde língua portuguesa é, de fato, uma imposição da realidade,da nova realidade das relações internacionais no mundo, apóso término da era do bipolarismo, com o fim da União Soviéticae a queda do muro de Berlim.

Hoje, os protagonistas são outros, não somente as nações,mas também os blocos geoeconômicos passaram a participarativamente dessa nova ordem. Do equilíbrio bélico, passou-separa um mundo onde os conflitos são preponderantemente

econômicos e as nações se agrupam em blocos que assumemos mais diversos contornos, a fim de obter um melhor inseri­mento na nova arena, o mercado internacional.

Diante desta nova realidade, avalizamos a posição doEmbaixador José Aparecido de Oliveira, segundo o qual épremente, sob os pontos de vista político, econômico, comer­ciaI e diplomático, promover a integração luso-brasileira comos países de expressão portuguesa, cuja história, hábitos, cos­tumes, religião e valores humanos Portugal sempre respeitoucomo nação civilizadora e não conquistadora.

As identidades culturais e históricas que sempre manti­veram Portugal ligado a suas ex-colônias, hoje todas elas na­ções independentes, bem como o tipo de postura civilizadoraadotada por Portugal, como metrópole, constituem-se em im­portante e imensurável patrimônio. Patrimônio que pode edeve servir de base para que se promova uma instituciona­lização desta integração, que, em parte, já existe de fato,representada, sobretudo, pela lusofonia, visto que a LínguaPortuguesa é falada hoje por cerca de duzentos milhões depessoas em todo o mundo e, até o ano 2000 será a décimalíngua mais falada do planeta.

A criação da Comunidade dos Povos de Língua Portu­guesa e sua constituição como pessoa jurídica de Direito Inter­nacional Público não afetará em absoluto a participação dospaíses em outros esquemas regionais de integração, como nocaso da Comunidade Européia, para Portugal, e do Mercosul,para o Brasil. A cooperação política, econômica e culturalque se pretende desenvolver é bastante distinta, mas não me­nos importante que os esquemas clássicos de integração comoos mercados comuns e as zonas de livre comércio.

A CPLP deverá se assemelhar mais aos moldes da Comu­nidade Britânica - "Commonwelth" - buscando, como esta,a valorização do patrimônio cultural, das tradições históricas,políticas e institucionais e a transformaç:j.o destas em instru­mento de política e poder no panorama fnternacional. Aliás,o primeiro destes instrumentos, a par da Comunidade, jáexiste. Trata-se do Instituto Internacional da Língua Portu­guesa, criado em novembro de 1989, em São Luís do Mara­nhão.

Como já referimos, o Presidente da República encarregouo Embaixador José Aparecido de Oliveira de fazer os contadoscom os países lusófonos. O primeiro a ser sondado foi Portu­gal, que recebeu muito bem a resposta, sobretudo na pessoado Ministro dos Negócios Estrangeiros, Durão Barroso, epelo Presidente Mário Soares. Depois disso, José Aparecidode Oliveira iniciou um périplo através dos cinco países africa­nos de língua portuguesa: Angola, Moçambique, Cabo Verde,Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe, que também demons­traram interesse pela iniciativa.

Além dessas nações, a CPLP pretende admitir a adesão,segundo forma apropriada ainda não definida, dos agrupa­mentos populacionais que se utilizam do Português como meiode comunicação, como Macau, Timor Leste, o "PortugueseSettlement" na península de Málaca, o Papiá Cristão, Goae os milhões de portugueses, brasileiros e africanos emigradospara diversos países.

A Comunidade dos Povos de Língua Portuguesa deveráse constituir rm foro privilegiado para o estabelecimento deuma "agenda da solidariedade", uma agenda de programasespecíficos de intercâmbio nos campos cultural e político, in­clusive parlamentar, empresarial, técnico-científico, da saúdee das ajudas comunitárias. No âmbito dessa agenda é que

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se operará a concertação política no nível internacional e aação concreta e cooperativa nos países-membros.

Na forma como foi apresentada pelo Governo brasileiro,a CPLP pretende ser uma moderna proposta política, quese apresente como um movimento espontâneo, sem o pressu­posto de obrigações constitucionais ou interferência nos com­promissos assumidos pelas partes em outras geo-políticas ougeoeconômicas.

O projeto de criação da Comunidade dos Povos de LínguaPortuguesa, que sinceramente esperamos ver aprovado pelossete países, prevê a .instituição de uma sede, provavelmenteem Lisboa, equipada com pessoal e um secretário-geral. Odesenho institucional proposto comporta um "Conselho Per­manente", integrado por representantes dos sete países-mem­bros, encarregado de administrar a "agenda da solidariedade"e com a responsabilidade de articular, nos planos internosnacionais, as participações de cada país, nos níveis de governoe de iniciativa privada. A coordenação do Conselho será feitapelo Secretário-Geral, que será eleito a cada quatro anos.

Os projetos aprovados pelo Conselho serão apreciadosem "Reuniões de Cúpula", realizadas periodicamente, emnível ministerial ou de Chefes de Estado, onde se definirá,em última instância, a concertação política e o posicionamentoda Comunidade sobre temas de interesse regional e interna­cional.

Por fim, para completar o desenho institucional, está emgestação a proposta do nobre Deputado Paes Landim, deque venha a se institucionalizar a cooperação parlamentar.Há, inclusive, a hipótese de implementação da posição defen­dida pela Deputada Edith Estrela e pelo Senador Rui Barcelarde que a matéria seja apreciada na próxima sessão do ConselhoInterparlamentar, a realizar-se em setembro, na Austrália.Em qualquer caso, creio ser de suma importância que o Con­gresso Nacional brasileiro tome a iniciativa da criação de umParlamento dos Povos de Língua Portuguesa, que poderá fun­cionar de forma análoga ao Parlamento Latino-Americano.

De forma pragmática, o projeto prevê ainda o desenvol­vimento da cooperação em nível empresarial, em cooperaçãocom a iniciativa privada, com o apoio dos governos e de insti­tuições de financiamento nacionais e internacionais. Nesseplano, a ação haverá de centrar-se sobre a criação de"joint ventures", em empreendimentos cujo capital, "Know­how" e tecnologia sejam preponderantemente próprios dospaíses membros.

Também no campo econômico a Comunidade deverá via­bilizar a cooperação econômica lato sensu, propiciando a exe­cução de uma política econômica que obedeça a uma agendaespecífica, respeitadas as regras do Mercosul e da ComunidadeEuropéia.

Pretende-se, finalmente, incluir na "agenda da solidarie­dade o desenvolvimento da cooperação tecnológica e científicae também no campo da saúde. Esta última poderá compreen­der o intercâmbio de informações, sobretudo na área de doen­ças tropicais, bem como desenvolver programas de treina­mento. Contudo, a prioridade na área da saúde deverá serconferida aos projetos na área da maternidade, da medicinainfantil e da assistência social e sanitária.

Antes de finalizar, gostaria de desejar seja coroada depleno êxito a viagem do Presidente Itamar Franco a Portugal,no início de julho vindouro. Atendendo ao convite português,o Presidente da República deverá encontrar-se com o PrimeiroMinistro de Portugal, Aníbal Cavaco Silva" para realizaçãoda "1I Cimeira" entre os dois países. A pauta do encontro

deverá ser bastante extensa. Entre os principais temas estarãoo Tratado sobre Navegação e Transporte Marítimo, o Acordosobre a Promoção de Investimentos, o Tratado sobre trocade Prisioneiros, a revisão do Texto do Acordo Cultural, entreoutros.

Sr. Pres'idente, Srs. Deputados, é dever de todos nósdar respaldo a toda e qualquer iniciativa tendente ao desenvol­vimento das relações entre Brasil, Portugal e os países africa­nos de Língua Portuguesa, como nações irmãs, a nós indissolu­velmente ligadas. Ainda mais razões temos de assim procederquando nos lançamos em empresa tão nobre quanto à forma­ção desta Comunidade. Por isso quero conclamar os SenhoresMembros do Congresso Nacional a atender este verdadeirochamamento histórico em que se constitui a formação da Co­munidade dos Povos de Língua Portuguesa!

Durante o discurso do Sr. Nilson Gibson o Sr.João Fagundes, § 2" do Artigo 18 do Regimento Interno.deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr.José Abrão, § 2" do artigo 18 do Regimento Interno.

o SR. PRESIDENTE (José Abrão) - Concedo a palavraao Sr. João Fagundes.

O SR. JOÃO FAGUNDES (PMDB - RR. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr'" e Srs. Deputados,com o total apoio dos Deputados e Senadores do Estadode Roraima e do Governador do Estado, reuniram-se pelaprimeira vez em Brasília os integrantes da Assembléia Legis­lativa do Estado de Roraima.

Essa numerosa comitiva pretendeu, de forma unànime.manifestar o seu protesto ante a anunciada demarcação dasterras roraimenses situadas na região Raposa-Serra do SoLna fronteira do Brasil com a República Cooperativa da Guia­na.

O pronunciamento que ora faço pretende fazer coro eaumentar o eco daquela comissão de líderes do Estado deRoraima, todos angustiados ante o movimento que está emcurso, com o qual ficarão interditados à atividade econômicamais de 80% da área ocupada pelo atual Estado de Roraima.

Por sua posição estrategicamente encravada entre doispaíses do Hemisfério Norte e, sobretudo, por sua potencia­lidade mineral, o Estado de Roraima sempre foi alvo da cobiçaestrangeira, que agora mais uma vez pretende interditar afronteira do Brasil.

Quando o então Presidente Fernando Collor esteve nosEstados Unidos; recebeu determinação do Senado Americanopara que efetivasse, de maneira contínua, a interdição dafronteira do Brasil com a Venezuela, mediante a criação dareserva dos índios Ianomamis, a qual abrange hoje uma imensaárea de 9,4 milhões de hectares em plena região da fronteira!

Esse monstrengo jurídico é tão eloqüente que o Brasilé o único país do mundo que prOlbe que seus nacionais sefixem na sua faixa de fronteira.

E isso acontece na fronteira com a Venezuela, porquetoda a região Leste e a quase totalidade do norte do Estadoforam interditadas, seguindo a orientação ditada pelo Senadonorte-americano.

É muito sintomático que o Presidente Fernando Collortenha interditado a reserva Ianomami logo após retornar dosEstados Unidos e de ter falado com o Presidente Bush.

Com tal interdição, milhares de garimpeiros do Brasilforam expulsos do território brasileiro, e Roraima passou a

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conviver com a fome que hoje ronda milhares de lares rorai­menses.

Agora, novamente o fantasma da interdição passou aameaçar o povo roraimense.

Mais uam vez as pressões internacionais se fazem presen­tes no Brasil do Hemisfério Norte.

Desta vez, dispensaram-se os ofícios e os expedientesdiplomáticos, e 7 mil militares americanos desembarcaram,ostensivamente, na fronteira Brasil-Guiana, na região do Esse­quibo, onde a soberania é disputada entre a Guiana e a Vene­zuela.

Pois é justamente lá que agora querem fazer uma novaamputação do território brasileiro, interditando outros 5 mi­lhões de hectares.

Desta vez, não são os índios Iananomamis os supostosbeneficiários de tal interdição, mas os índios Macuxis e osWapichamas, que habitam a região Raposa-Serra do Sol, naparte oeste do Estado, onde se situa a quase totalidade dapecuária roraimense.

A interdição de tal área sepultaria de vez todas as verten­tes econômicas do Estado de Roraima que, sem a mineração,sem a pecuária e sem a agricultura, ficaria inviável à perma­nência dos brasileiros que lá vivem.

A isso se acrescente que não existe estrada permanenteligando Roraima ao sul do País, pois até a manutenção daBR-174, a cargo do 6" Batalhão de Engenharia, depende dobeneplácito da Funai, porque atravessa uma reserva indígena,no sul do Estado, na região dos índios Waimiris-Atroaris.

Nos Estados Unidos, as esttadas asfaltadas que cortamas reservas indígenas são exploradas como atração turística!Aqui entre nós, as estradas de terra não são reparadas porqueo órgão responsável pelos índios não aceita a passagem deveículos por lá.

Que País é este?Que palhaçada é esta, Sr. Presidente?Não é sem razão que os militares brasileiros estão viva­

mente preocupados com a vulnerabilidade da nossa fronteirana Região Amazônica.

O Estado de Roraima tem 80% do seu território interdi­tado e confinado entre as reservas indígenas existentes portodos os lados!

No caso dos Ianomamis ainda se explica o argumentode serem índios primitivos, com baixo grau de ligação coma sociedade envolvente. Mas no caso dos índios Macuxis,havitantes da região Raposa-Serra do Sol, tal interdição éabsurda. pois nem os índios pretendem uma área de terrastão grande, o que vai gerar atritos entre eles e os fazendeirosda região.

Além disso, a criação de tal reserva indígena retiraráde Roraima a jurisdição sobre aquelas terras, que semprereceberam o total apoio do Governo do Estado.

Lá existem mais de 300 tratores agrícolas. Mais de umacentenas de professores, em dezenas de escolas. Igualmentedezenas de médicos atendem aos diversos postos de saúdeda região onde se situa, além de vilas povoadas, o Municípiode Normandia.

Transformar isso tudo em reserva indígena é criar cercaseletrificadas pela estupidez humana para separar brasileirosde um mesmo Brasil!

No momento em que tanto se fala em movimento separa­tista, em Roraima está se criando uma nova nação indígena.sob as benções da Diocese de Roraima em total acordo coma Funai, regiamente financiada pelo exterior.

Segundo informou o próprio Ministro da Justiça, em au­diência que concedeu ao Bispo de Roraima, Dom Aldo Mon­giano. este não teve o menor pudor de oferecer a S. Ex'dinheiro italiano para indenizar os fazendeiros da região Rapo­sa-Serra do Sol!

Ora, Sr. Presidente, que País é este que negocia suasobenillÍa\ nacional em troca de dinheiro italiano que entrano BrasÚ ao arrepio da lei?

Até parece aquela história blblica, quando o direito deprimogenitura foi comprado por um prato de lentilhas. Ouquando José foi trocado por seus irmãos pelo vil metal dosmercadores da época...

Presumo que o Bispo de Roraima conheça tais histórias,e gostaria de suplicar-lhe que não vendesse o direito de nossacidadania por.um prato de lentilhas italianas nem transfor­masse a pecuária raraimense no Cristo que foi vendido por30 moedas de prata!

Sr. Presidente, jurei publicamente, no Parque Farrou­pilha de Porto Alegre. "dedicar-me inteiramente ao serviçoda Pátria, cuja honra, integridade e instituições defenderei,com o sacrifício da própria vida ... "

Decorridos mais de 40 anos, este é o sentimento quesempre me animou em minha vida pública, tanto no serviçoativo do Exército quanto nos últimos 12 anos de militânciapolítica. como Deputado Federal por duas legislaturas.

Não posso aceitar calado esse atentado que se pretendefazer contra a soberania do Brasil na fronteira com a Guiana,em nome do interesse de 5 mil índios aculturados, perfeita­mente integrados à comunhão nacional e que, inclusive, exer­cem mandatos eletivos na cidade de Normandia.

Com esse sentimento de brasilidade, dirijo-me ao Presi­dente Itamar Franco, em nome do povo roraimense, supli­cando que ele determine a proibição de qualquer medida admi­nistrativa, por parte de seu Ministério, capaz de criar cercasdivisórias. demarcando fronteiras entre homens de um mesmoBrasil.

Durante o discurso do Sr. João Fagundes assumemsucessivamente li Presidência os Srs. Nilson Gibson,§ 2", do art. 18 do Regimento Interno e Adylson Motta,r Vice-Presidente.

o SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Vai-se passarao horário de

VI - COMUNICAÇÕES PARLAMENTARES

o SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Com a palavrao primeiro orador inscrito, Deputado Victor Faccioni, peloPPS.

O SR. VICTOR .'ACCIONI (PDS - RS) - Sr. Presi­dente, Sr· c Srs. Deputados, na hora em que o Brasil se debatena pior crise política, econômica e social da sua história, venhoa esta tribuna para trazer contribuição que considero da maiorimportância, qual seja a proposta do meu partido para tiraro País da crise. Trata-se, Sr. Presidente, Srs. Deputados, domanifesto à Nação e do programa do novo partido PPR ­Partido Progressista Reformador, que foi recentemente consti­tuído com a fusão de dois partidos o PDS - Partido Demo­crático Social e o PDC - Partido Democrático Cristão, como esforço comum dos brasileiros comprometidos com os ideaisda democracia social e da democracia cristã.

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O povo brasileiro, equivocada e lamentavelmente, emrecente decisão do plebiscito, resolveu apoiar a manutençãodo sistema presidencialista de governo. Repito aqui que setrata de um lamentável equívoco a que foi induzido o povobrasileiro pela grande mídia nacional e pelas lideranças políti­cas interessadas na manutenção do status quo do processopolítico brasileiro, processo egoísta, individualista, elitista eque tem, ao longo do tempo, comprometido o desdobramento,o aperfeiçoamento e a consolidação da democracia em nossoPaís. Tem impedido, inclusive, a democracia social e a justiçasocial, com a distribuição de rendas e de oportunidades paratodos os brasileiros que não se realiza e não se faz.

Em razão de tal situação, já praticamente se iniciou, peloque se lê todos os dias nos jornais, a disputa pela sucessãopresidencial, e isto, em que pese a estarmos em meio a umGoverno incapaz de promover medidas efetivas de recupe­ração da economia brasileira! A antecipação da sucessão presi­dencial torna ainda mais difícil a esse Governo a execuçãodas suas funções e das suas responsabilidades. Pior que sequera este Congresso cabe a possibilidade de iniciativas de ordemprática. Ocorre que no presidencialismo qualquer iniciativado Congresso depende da sanção e da execução presidencial.

Sem a execução, fica a decisão engavetada, como tantase tantas que já aconteceram ou estãG a acontecer.

Sem a sanção ou sem a execução fica inócua qualquermedida do Congresso no atual sistema, mormente no presiden­cialismo brasileiro, totalmente diferente do presidencialismonorte-americano. É de se esperar que os presidencialistas,e de um modo geral o Congresso Nacional, em razão da deci­são do plebiscito, venham a adotar medidas para tornar efeti­vamente dmocrático o sistema político e governamental, en­volvendo, comprometendo e possibilitando o exercício dasrespectivas responsabilidades de todos os poderes, e efetiva­mente integrando no rol das decisões toda a sociedade brasi­leira.

Montesquieu está superado no espaço e no tempo, emtermos de separação dos poderes. Os poderes são, na verdadeinterdependentes, devem ser harmônicos e devem ser corres­pondentes naquilo que têm de comum em termos de responsa­bilidades para com o povo e para com a Nação, e em termosde execução das funções de Estado para com o povo.

Evidentemente, num sistema de separação de poderesacabamos implementando na Constituinte de 1988 um presi­dencialismo de confronto, em que os atos e iniciativas deum poder, ao invés de se incorporarem aos de outro poder,anulam-se. Cria-se, então, o vazio que estamos aí a viver.Há hoje um plano governamental, um plano econômico, umPlano Itamar, um plano Eliseu, um plano de governo. Masque plano é esse, Sr. Presidente? Que medidas efetivas elecontém para trazer de volta alguma esperança à Nação? Enesta, Casa, Sr. Presidente, o que se debate e de que forma?

E exatamente para tentar apresentar propostas que indi­quem alternativas de rumo à sociedade brasileira que venhoa esta tribuna para destacar o manifesto e o programa donovo partido, PPR, ao qual eu e outros ilustres Parlamentares,como o nobre Deputado Adylson Motta, que preside estasessão, pertencemos.

Sr. Presidente, como disse inicialmente, venho a estatribuna para trazer a contribuição e resgistrar nos Anais destaCasa a proposta do PPR para tirar o País da crise. Nessesentido, quero destacar em primeiro lugar o manifesto donovo partido, começando pelo trecho em que tal documentoinforma ser um dos objetivos do PPR buscar o aperfeiçoa-

mento gradativo do sistema eleitoral, quer de representaçãoparlamentar, quer de governo, a fim de assegurar a plenaresponsabilidade política dos eleitos perante os eleitores edos governantes perante os governados.

Efetivamente, Sr. Presidente, Srs. Deputados, temos quecomeçar a repensar o Brasil revendo o nosso sistema político,já que dele dependem as grandes decisões para as grandesmudanças, as grandes reformas que a Nação está a exigir.O partido adotou a sigla PPR exatamente para ter nela asíntese de sua proposta de reformas efetivas, de índole progres­sista, na vida nacional. Espero que tais reformas cheguemem tempo para salvar o País do pior, já que estamos mar­chando celeremente para uma grave crise de governabilidade,para uma grave crise política, econômica e social.

A inflação está aí, Sr. Presidente, a recessão também,e o Governo queda incapaz de deter uma e outra. Todo diaa elas se acrescem denúncias e ilações de toda ordem, bastandopara tanto verificarmos apenas as manchetes dos jornais. So­mente a capa, por exemplo, da Folha de S. Paulo de ontemtraz cerca de cinco chamadas em torno de irregularidadese comprometimentos da pior ordem na administração públicafederal. Senão, vejamos. Primeira delas: "Caso de telefonesem MG envolve amigos de Itamar - programa da Telemigrepassou 70 mil para as empreiteiras sem licitação"; segundamanchete: "BF investiga gestão de Eliseu em Furnas"; terceiramanchete: "Deputado suspeita de concorrência no BB"; quar­ta manchete: "Brasil sofre calote de US$ 731 milhões"; quintamanchete: "Governo desperdiça US$ 200 mil do Bird".

O Jornal do Brasil, também na capa, começa com umflflto positivo, dizendo que "Bicheiros vão para celas comuns".E um fato poositivo, evidentemente, pois de repente toma-seconhecimento de que uma situação que afronta a lei passaa ser considerada e em torno dela a Justiça toma efetiva posi­ção e decisão. Mas depois já reinicia com "ACM critica oMinistério dizendo que Itamar não sabe governar" e "Esque­ma PC foi alimentado com petróleo". Afora as edições dedomingo do jornal O Estado de S. Paulo; do Jornal de Brasíliae da Zero Hora, de Porto Alegre, cujas manchetes vêm com­pletar o preocupante quadro da atual realidade brasileira.

Sr. Presidente, para não ser tão pessimista e cair na tenta­ção do alarmismo, desejo voltar ao tema inicial, mostrandocaminhos alternativos e positivos para a solução da crise brasi­leira. O caminho alternativo para a crise brasileira é exata­mente aquele traduzido pelo manifesto e pelo programa donovo partido PPR - Partido Progressista Reformador.

Sr. Presidente, rogo a v. Ex~ que Considere como parteintegrante do meu pronunciamento o inteiro teor do mani­festo, bem como o do programa, que começa traçando o obje­tivo fundamental e se desdobra por referências à ação propostano campo político para a formação de uma sociedade livre,justa e solidária, que defenda uma ordem institucional, que

• considere intangíveis a federação e a forma de governovigentes, baseadas na harmonia dos poderes e crescente auto­nomia dos Estados e Municípios, defendendo o regime demo­crático rcpresentantivo com base na garantia dos direitos hu­manos, de pluralismo e da fidelidade partidária;

• Redefina a competência dos Estados e dos Municípioscom vistas a ampliar-lhe o raio da ação e autonomia na formu­lação de políticas e na promoção do desenvolvimento;

• descentralize as decisões através de adequado planeja­mento, de modo a possibilitar melhor atendimento às necessi­dades, peculiaridades e especificidades locais e regionais, in­clusive o apoio decisivo às regiões mais pobres;

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• considere, enfim, o município como a cédula-base daestrutura política brasileira;

• erradique a impunidade e combata sistematicamentea corrupção e a desonestidade pública, com o confisco debens mal havidos, punição severa dos benefícios do enrique­cimento ilícito e da malversação dos fundos públicos, visandoà restauração da moralidade na administração pública e navida nacional;

E assim, Sr. Presidente, segue todo o programa do PPR.Evidentemente, não vou lê-lo aqui na íntegra, mas me coloco,desde já, à disposição dos nobres Colegas do Plenário, e rogoa V. Ex' que o dê como parte integrante do meu pronuncia­mento, para fins de registro nos Anais da Casa.

É possível que outros parlamentares já tenham feito oregistro nos Anais desta Casa do Manifesto e do Programado novo partido, mas não podia deixilT cie também fazê-lo,na medida em que quero chamar a atenção de todos os meusPares para a necessidade de discutirmos propostas concretaspara tirarmos o País da crise em que se encontra e evitarmosque ela mais se aprofunde, chegando ao impasse total. Osbrasileiros não merecem o pior; ao contrário, merecem o me­lhor. Exatamente na busca do melhor, Sr. Presidente, Srs.Deputados, é que estamos trazendo ao conhecimento do Con­gresso Nacional e de toda a Nação o manifesto do PPR ­Partido Progressista Reformador, como proposta alternativa,submetida à consideração de todos os brasileiros, para tirar­mos o País da crise e vermos o Brasil novamente crescer.

Fica, ao final, a conclamação no sentido de que, acimade todos os partidos, esta Nação possa unir as principais lide­ranças de todos os setores, para que de uma vez por todas,consigamos definir rumos e linhas efetivas para recriar o hori­zonte deste nosso País.

Ajamos, Sr. Presidente, antes que seja tardel

MANIFESTO E PROGRAMA DO PPR A QUESE REFERE O ORADOR:

MANIFESTO AO POVO BRASILEIRO

As Comissões Executivas Nacionais do Partido Demo­crático Social - PDS e do Partido Democrata Cristão ­PDC e suas respectivas bancadas no Senado Federal e naCâmara dos Deputados, em face de suas identidades doutri­nárias e afinidades políticas, depois de ouvidas suas liderançasem âmbito regional e nacional, decidiram fundir-se para cons­tituir um expressivo e moderno partido. A consolidação doregime democrático representantivo pressupõe a existênciade partidos políticos bem estruturados, que ofereçam aos elei­tores mensagem, programa e estatuto coerentes e embasadosno momento político nacional e nas perspectivas de alvissa­reiro futuro.

A implosão do conflito das ideologias estilhaçou a políticamundial. Uma moderna sociedade surge, livre dos efeitos noci­vos dos dogmas. Para acompanhar as mudanças rápidas esem precedentes que se seguiram à extinção do sistema bipolarde domínio mundial, impõe-se, no Brasil, a construção deuma nova ordem político-social, a coexistência das liberdadesfundamentais, dos direitos econômicos e sociais, sem os quaisaqueles não passariam de abstrações ou liberdades formais,insuficientes para garantir ao maior número de pessoas umnível de vida decente e digna.

O Partido que ora nasce é fruto da crença de que nema violência revolucionária, nem o imobilismo conservador con­.duzem às legítimas aspirações humanas. Sua proposta é refor-

madora, na medida em que vai apresentar novos caminhospara a superação de crises e para o debate de temas nacionais.

Um dos seus objetivos é buscar o aperfeiçoamento grada­tivo do sistema eleitoral, quer de representação parlamentar,quer de governo, a fim de assegurar plena responsabilidadepolítica dos efeitos perante os eleitores e dos governantesperante os governados.

É de seu ideário reduzir a ingerência do poder públicona economia, segundo o lema de que o "estado modernoé estado modesto" e que a economia social de mercado éa sua vocação humanista. O Estado, em lugar daquele quetudo faz e faz mal tudo, deve ter o correto dimensionamentode seu papel.

Distante da utopia da sociedade sem classes e de desen­freado egoísmo, geratriz de clamorosas injustiças sociais, sejaconstruído o tipo de desenvolvimento que rejeita seja o ho­mem o objeto da economia e não o seu sujeito, e para oqual a propriedade, cuja extinção mostrou-se calamitosa, devesubmeter-se ao ensinamento de que "sobre toda propriedadeprivada pesa uma hipoteca social".

Intolerável é ver o Brasil ultrapassar o parque industrialcanadense, figurando entre as dez maiores potências econô­micas mundiais e, ao mesmo tempo, alinhar-se com os qua­renta mais pobres país".., no campo das conquistas sociais,a começar pela perversa distribuição da renda nacional.

Com esses pressupostos unem-se o PDS e o PDC para .estabelecerem as diretrizes da geração de uma agremiaçãopartidária forte, aberta aos que comungam de nossos ideaislibetários e igualitários, e dedicada à construção de uma socie­dade.politicamente livre e socialmente justa.

Brasfiia, 4 de abril de 1993

PROGRAMA

1 - Objetivo Fundamental

1.1 O Partido tem o povo, fonte da soberania e dopoder nacional, como agente destinatário de toda a ação políti­ca. E um Partido de idéias, que repudia as intransigênciasideológicas. Não aceita, pois, o capitalismo selvagem, inescru­puloso gerador de terríveis injustiças, nem o coletivismo mar­xista, que, a pretexto de corrigir erros de uma sociedade desu­mana, edificou outra, inumana e apartada de Deus;

1.2 Segue o PPR a linha de tradição dos grandes partidosdemocráticos, que produziram as maiores conquistas da huma­nidade e construíram e sustentaram, não só os direitos civise políticos, mas também aqueles de ordem econômica e social.Como tal, considera o PPR direitos inalienáveis da pessoahumana, além da liberdade de não ter medo, de praticar oculto religioso de sua escolha e da garantia da inviolabilidadeda privacidade do cidadão, o direitó ao trabalho digno, aosalário justo, à moradia, à educação, à saúde, à alimentação,à segurança individual e coletiva, ao exercício de uma impren~

sa livre e responsável e à preservação do meio ambiente;

1.3 entendendo que o Estado é um instrumento da so­ciedade, e não esta naquele, o PPR não faz da Defesa Nacionaluma ideologia que leve ao máximo da segurança do Estadoem detrimento da do cidadão, mas advoga dotar o Estadode medidas legais de autodefesa, eficientes e de pronta respos­ta à possível agressão das minorias revolucionárias;

1.4 inspira-se, pois, nos ideais de liberdade, justiça esolidariedade humana, alicerçado no respeito aos direitos indi­viduais e em consonância com o sistema democrático, afirman-

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do a igualdade ontológica de todos os seres humanos e atranscendência do seu destino, bem assim a inviolabilidadede sua dignidade;

1.5 compromete-se a lutar por uma sociedade abertae pluralista, na qual todos tenham o direito de participar dasdecisões que afetem a vida nacional ou a pessoa humana ede questionar e fiscalizar os atos da administração pública;

1.6 apóia um sistema econômico que deve fidelidadeaos novos valores sociais, planejado para servir ao homeme não este à economia, pois a tradução contemporânea deliberdade de criar bens e serviços, em consonância com asaspinições gerais, bem como produzir riquezas para todos,gerando emprego, renda e poupança não pode estar deserdadada justiça e da solidariedade, como não pode subsistir forado âmbito de uma economia social de mercado.

1.7 defende a redução da ingerência do Estado na eco­nomia, reservando-lhe os encargos com a educação, a saúde,a segurança, a política externa e a garantia de livre e efetivaconcorrência, promovendo, ainda, judiciosa prática de privati­zações.

2 - No campo político.Objetivar a formação de uma sociedade livre, justa e

solidária que:2.1 considere o Estado um instrumento da sociedade

e permanente fiador dos direitos humanos de conteúdo polí­tico e civil, econômico e social, cabendo-lhe promover a res­ponsabilidade civil e criminal de quem os violar;

2.2 assegure a legitimidade e a proporcionalidade darepresentação política, alicerçada no exercício livre, indepen­dente e consciente do voto secreto, na peridiocidade dos man­datos, na rotatividade dos partidos no poder, respeitada apluralidade doutrinária e ideológica;

2.3 adote como fonte de inspiração a doutrina que asse­gura o combate sistemático aos monopólios e aos privilégiosque conduzam às injustiças sociais; que defenda a livre inicia­tiva e a propriedade privada, compreendendo que uma e outranão podem exercer-se contra o bem comum, mas, ao contrá­rio, a seu serviço, segundo salientou João Paulo 11, quandodisse: "Sobre toda a propriedade privada pesa uma hipotecasocial";

2.4?espeite as minorias étnicas sociais e religiosas, compo­nentes da expressão da nacionalidade e, bem assim o seupleno direito de participação, de representação, de ascensãoe acesso aos bens da sociedade e aos serviços do Estado;

2.5 promova a oportunidade de aperfeiçoamento inte­lectual e humanístico ao jovem garantindo-lhe educação, tra­balho e o direito de participar, discutir, apoiar e divergir,de modo a que possa assumir novas e crescentes responsa­bilidades;

2.6 efetive o direito que a mulher tem de participar,_da vida política, econômica e social, de acordo com o princípioda igualdade de direitos e conforme as suas próprias possibi­lidades específicas de vida;

2.7 se empenhe no esforço pela mobilização de valoresnovos, facilitando-lhes o acesso às posições diretivas e execu­tivas nos órgãos Partidários, bem como a participação nasdisputas dos cargos eletivos nos pleitos majoritários e propor­cionais.

Defender ordem institucional que:2.8 considere intangíveis a Federação e a forma de go­

verno vigentes, baseadas na harmonia dos poderes e crescenteautomonia dos Estados e Municípios, defendendo o regime

democrático representativo com base na garantia dos direitoshumanos, de pluralismo e da fidelidade partidária;

2.9 redefina a competência dos Estados e dos Muni­cípios com vistas a ampliar-lhe o raio de ação e automoniana formulação de políticas e na promoção do desenvolvimen­to;

2.10 descentralize, as decisões através de- adequado pla­nejamento, de modo a possibilitar melhor atendimento àsnecessidades, peculiaridades e especifidade locais e regionais,inclusive o apoio decisivo às regiões mais pobres;

2.11 considere, enfim, o município como a cédula-baseda estrutura política brasileira;

2.12 erradique a impunidade e combata sistematica­mente a corrupção e a desonestidade pública, como o confiscode bens mal havido, punição severa dos benefícios do enrique­cimento ilícito e da malversação dos fundos públicos, visandoa restauração da moralidade na administração pública e navida nacional;

2.13 responsabilize de forma sumária os agentes do po­der público que agem contra os direitos da cidadania e suasgarantias legais;

2.14 permita o aprimoramento de nossas instituiçõesjudiciárias, promovendo ampla e célere prestação jurisdicionalcomo meio de garantia à plena distribuição da justiça emtodos os níveis;

2.15 considere as Forças Armadas instituições nacio­nais, permanentes e regulares, organizadas com base na hie­rarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presi­dente da República, para o cabal cumprimento da missãode defenderem a soberania nacional e garantirem as institui­ções democráticas;

2.16 proclame o Poder Civil como a síntese dos Poderese valorize o Legislativo, a maior criação da democracia consti­tucional.

Defender uma política externa que:2.17 observe constante respeito à autodeterminação dos

povos, e à solução pacífica dos conflitos;2.18 prestigie a ação das Nações Unidas e os princípios

consagrados em sua Carta e em outros documentos dos quaiso Brasil seja signatário, buscando a participação em condiçõesde igualdade em todos os organismos internacionais;

2.19 evite alinhamentos automáticos, defendendo ofranco diálogo com todos os membros da comunidade interna­cional;

2.20 promova a crescente integração da América Latinanos planos político e econômico, visando ao fortalecimentodos pactos regionais e da comunidade continental;

2.21 se esforce pela maior participação dos países emdesenvolvimento nos benefícios da riqueza e por uma repar­tição mais eqüitativa do poder político e econômico mundial;

2.22 garanta a proteção dos nossos recursos naturaisbem como a defesa dos preços de nossos produtos destinadosà exportação, considerando-se o fortalecimento de nossa moe­da e o intercâmbio comercial como fonte de divisa para oPaís;

2.23 promova a integral cultura dos povos de línguaportuguesa.

3 - No campo social

No que tange aos trabalhadores e às condições de vidado povo:

3.1. garantir aos trabalhadores o poder aquisitivo dossalários, maior estabilidade no emprego, a liberdade sindical

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e de associação, salário justo, seguro-desemprego, partici­pação nos lucros das empresas e, igualmente, de sua gestão,desde que livremente negociada entre patrões e empregados,materializando sempre o conceito de que o trabalho não émera mercadoria, mas sim, a expressão da dignidade humana;

3.2 implantar uma política de fundos sociais, que asse­gurem bem-estar à velhice do trabalhador, bem como quese permita a participação do trabalhador em sua gestão, assimcomo prioridade ao acesso acionário das empresas;

3.3 defender o direito de greve, em medida extrema,como forma legítima de pressão econômica e a inviolabilidadedas assembléias sindicais, em permissão de métodos violentosque atentem contra a liberdade de trabalho e a integridadefísica do trabalhador, preservando o atendimento das necessi­dades inadiáveis da comunidade;

3.4 combater a rotatividade injusta da mão-de-obra, in­clusive na proteção do mercado de trabalho da mulher, me­diante incentivos específicos;

3.5 assegurar ao trabalhador efetiva proteção contra ris­cos ocupacionais e melhoria das condições de trabalho, noque diz respeito à saúde do trabalhador, reduzindo as causasde acidente;

3.6 ampliar e aperfeiçoar os programas de aposenta­doria e pensões, saúde e assistência social, amparo à materni­dade, à infância, à velhice e aos desválidos, construindo abri­gos, albergues, asilos, orfanatos e patronatos;

3.7 melhorar as condições de vida, principalmente nosgrandes aglomerados urbanos, nos quais a marginalização deamplos segmentos da população conduz à violência, bem comoaverigüar as causas e determinar uma política nacional desegurança pública eficiente e eficaz, reformulando as normasjurídicas com vistas a adequá-Ias à nova realidade do convíviosocial, bem como o aperfeiçoamento do sistema penitenciário,tudo isso como medidas de contenção da vilência e da crimina­!idade, priorizando, ainda, a assistência ao menor carente;

3.8 estimular a aplicação crescente de leis de uso desolo, reorganizar o espaço urbano e reexaminar a divisão terri­torial do País;

3.9 dirigir a política habitacional prioritariamente à po­pulação de baixa renda, destinando crédito a longo prazo,com juros razoáveis, para a aquisição da casa própria, direitofundamental da pessoa e da família;

3.10 reordenar a política de transportes urbanos de for­ma a dar melhor atendimento à população de baixa renda;

3.11 elaborar uma política cada vez mais aperfeiçoadapara defesa de nosso patrimônio ecológico e também seu enri­quecimento mediante acréscimos à própria natureza;

3.12 propugnar por uma política democrática voltadapara os interesses maiores do País, estimulando-se a paterni­dade responsável e considerando que o Poder Nacional sebaseia em superfície, população e recursos naturais;

3.13 pugnar por uma política que vise a assegurar estabi­lidade à família, mediante a defesa da moral e dos bons costu­mes;

3.14 empenhar-se pela elaboração de uma legislaçãovoltada para a valorização do homem do campo e aumentode sua produtividade e melhoria de suas condições de vida;

3.15 fixar diretrizes de combate aos desníveis salariaisprofundos, de sorte a promover distribuição mais eqüitativada renda e dos benefícios dodesenvolvimento;

3.16 desenvolver política de real valorização do servidorpúblico, visando a construir uma burocracia estável, derivadado mérito e constantemente aperfeiçoada;

3.17 pugnar por um Sistema Nacional de Saúde unifi­cado e descentralizado que:

a) garanta assistência médico-odontológico-hospitalar atodos os habitantes;

b) assegure um programa de prevenção, com ênfase navacinação, saneamento básico, educação sanitária e combateàs endemias;

c) proteja a saúde com melhores condições do meio am­biente e segurança no local de trabalho;

d) proporcione assistência integral à saúde materno-in­fantil;

3.18 garantir o pagamento de provento justo para ospensionistas e aposentados assegurando revisões e atualiza­ções periódicas, na forma de como concedidas aos trabalha­dores ativos;

No que se refere à educação, cultura, ciência e tecnologia:3.19 respeitar a pluralidade de culturas nacionais que

o Estado tem o dever de preservar;3.20 estimular as culturas popular e regional, apoiando

as manifestações folclóricas, as festas religiosas e, particular­mente, a música popular brasileira;

3.21 resguardar a cultura indígena em suas variadas ma­nifestações;

3.22 buscar a identidade e o perfil nacional dos quaisa cultura brasileira é depositária, devendo ser entendido erespeitado o seu papel permanentemente dinâmico e crítico,em busca de valores e do aperfeiçoamento da pessoa humanaintegral, que o Estado deve proteger contra o risco de suadesfiguração por valores culturais importados;

3.23 estimular as artes, em suas manifestações, man­tendo programas de apoio destinados a torná-los acessíveisao povo em geral, não cabendo ao agente público julgar ovalor ou a qualidade da produção artística;

3.24 impulsionar a produção editorial por intermédiode programas que beneficiem autores e editores, mas que,sobretudo, propiciem maior consumo da obra literária, disse­minando com o apoio do Estado as bibliotecas, por sereminstrumento de preservação e dinamização da cultura;

3.25 compreender os meios de comunicação de massacomo elementos de difusão cultural, a serviço do bem-comum;

3.26 manter reservada a brasileiros a propriedade deempresas jornalísticas de qualquer espécie, inclusive de televi­são e de radiodifusão;

3.27 admitir, para o teatro e a televisão, critérios classifi­catórios, segundo faixas etárias e horários de exibição, e aressalva não-política, respeitada a Constituição Federal, aosmeios de comunicação de massa, nos horários em que se presu­me maior audiência infantil e juvenil;

3.28 emprestar ao Estado o papel de mediador dos agen­tes culturais, estimulando e apoiando, sem dirigismo, a produ­ção, a distribuição e o consumo da cultura, não admitindoa censura prévia ao livro e à imprensa;

3.29 preservar a memória nacional no seu patrimôniocultural, artístico e histórico;

3.30 cultivar em clima de liberdade, a ciência, cuja tare­fa primacial é a investigação da verdade, o que não se-combinacom a subordinação aos poderes político e econômico;

3.31 reconhecer a importância da transferência de tec­nologia, evitando qualquer espécie de colonialismo científicoou tecnológico;

3.32 apoiar a pesquisa, tanto pura como aplicada, estareservada de preferência às empresas e aquela às instituições

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de ensino superior, visando a diminuir nosso grau de depen­dência externa, científica e tecnológica;

3.33 conceber os esportes como expressão cultural, porintermédio dos quais o homem se manifesta e se desenvolvedeterminando uma atenção prioritária ao esporte amador ecomunitário, estimulando-se através dos sistemas escolaresa cultura física e os esportes;

3.34 considerar que à famma estão afetos o direito eo dever de educar a criança, já que é sua primeira e maisimportante comunidade educacional.3.35 assinalar que ao Estado cabe assegurar a educação obri­gatória e gratuita, em nível fundamental, na faixa etária dos7 aos 14 anos, esforçando-se para tornar universal o acessode todos ao saber, por intermédio da escola pública, em qual- .quer nível, ou a compra de vagas em escolas particulares,garantindo o direito à matrícula, e, à família, a opção daescola e o tipo de ensino;

3.36 esforçar-se para garantir aos estudantes carentesensino gratuito em todos os níveis, seja por meio de estabele­cimento de ensino público, seja por intermédio de ensinoparticular subsidiado, inclusive atrav~s de bolsas de estudo,crédito educativo, compra de vagas e outras formas de apoio,inclusive custeio e financiamento; .

3.37 subsidiar a escola particular mantida por sociedadeou por instituição sem fins lucrativos e voltada para aS priori­dades da educação;

3.38 compreender a educação como instrumento de li-'berdade e aperfeiçoamento do homem, razão pela qual a boaqualidade do ensino deve ser preocupação fundamental desistemas educacif?nais, assim como sua democratização deveencerrar um duplo imperativo ético e político;

3.39 orientar o ensino para o objetivo de atender àsnecessidades do mercado de trabalho, respeitando as voca­ções, mas estimularido aquelas voltadas para as áreas susce­tíveis de maior possibilidade de aproveitamento de mão-de­obra especializada;

3.40 assistir o ensino pré-escolar, sobretudo ministradopelas administrações municipais, que devem receber da Uniãoe dos Estados meios e recursos para o seu desenvolvimento;

3.41 apoiar o ensino profissionalizante;3.42 proporcionar à Universidade autonomia adminis­

trativa e didática, adaptando-a permanentemente à dinâmicado conhecimento e às exigências da comunidade;

3.43 reconhecer a Universidade como importante ins­trumento crítico da sociedade, assegurando a seus membrosdocentes e discentes e aos funcionários liberdade de manifes­tação política, ressalvadas as prescrições legais;

3.44 assegurar, dentro dos limites da lei, liberdade deassociação a professores e estudantes;

3.45 ter a educação permanente como a idéia funda­mental da política educacional, dado que todo indivíduo deveter a possibilidade de aprender ao longo de toda a sua vida;

3.46 conceder prioridade adequada ao ensino supletivo,como fator de democratização, alargando-se as fronteiras daescola formal;

3.47 desenvolver esforço continuado para a alfabetiza­ção de adultos e sua educação, como um meio de integrá-losao processo cultural, melhor afirmando a sua dignidade, como acesso às fontes do saber que lhes serão úteis e adquirirconhecimentos e técnicas que lhe permitam valer mais sendomais;

3.48 proporcionar aos estudantes carentes, direta ou in­diretamente, livros didáticos, em qualquer nível;

3.49 assegurar a livre escolha da literatura didática porprofessores em regência de turmas, favorecendo programasde co-edição do Ministério da Educação;

, 3.50 dispensar o devido respeito ao magistério, propi­ciando aos professores remuneração condigna, compatívelcom suas responsabilidades, carreiras com acesso e demaisvantagens que devem constar do Estatuto do Magistério aser tornado efetivo em todos os Estados da Federação;

3.51 dar oportunidade efetiva, aos ocupantes dos dife­rentes níveis de administração escolar, de fazerem cursos deatualização de conhecimentos, que melhor os habilitem aobom comportamento de suas atribuições;

3:52 proporcionar amplo incentivo ao escotismo de mo­do a contribuir à formação do caráter e no espírito de naciona­lidade de nossa juventude;

4 - No Campo Econômico4.1 promover uma política de desenvolvimento econô­

mico que tenha preocupação primacial com a geração de em­pregos, a busca da eqüidade econômica e a realização dajustiça social, através de adequados mecanismos de descon­centração da renda e da riqueza, tanto pessoal quanto regio­nal;

4.2 ' defender a livre iniciativa, com o fortalecimento daempresa privada;

4.3 complementar o estímulo e o apoio à empresa priva­da nacional, em termos de capitalização, tecnologia, compe­tência gerencial e abertura de novos setores de atividade,de ~orte a aumentar-lhe o grau de eficiência e competitividade,a fIm de prepará-~a à disputa com as empresas multinacionaise para o crescimento contínuo e estável;

'4.4 dar tratamento privilegiado às microempresas, ofe­recendo-lhes condições indispensáveis às suas finalidades so­ciais, e à pequena e à média empresas agropecuárias, indus­triais, comerciais ou prestadoras de serviços, nas políticas fi­nanceira, fiscal, creditícia, de aprimoramento de recursos hu­manos e de transferência tecnológica, que as defendam dastendências concentradoras dos grandes negócios e dos efeitosdo surgimento dos monopólios ou conglomerados financeirosnocivos à concorrência; ,

4.5 recomendar a intervenção do Estado para manteras bases naturais da vida e o equilíbrio ecológico, conservandoa fauna e a flora, impedindo que sua exploração econômicaafete, de maneira inadmissível, o meio ambiente natural;

4.6 buscar, ampliar e melhorar o padrão de bem-estarsocial de todos os brasileiros, notadamente das famílias situa­das na faixa de pobreza absoluta, propiciando-lhes satisfaçãode ~uas necessidades básicas em oportunidade de trabalho,habItação, saúde e educação, transporte e serviços públicos;

4.7 estabelecer por meios que acarretem melhor nívelde bem-estar: tratamento prioritário à agropecuparia, particu­larmente para a produção de alimentos; estabelecimento deuma política salarial que amplie a participação dos trabalha­dores na renda nacional, fortalecendo um mercado interno;garantia de uma política insuscetível de taxar por meio regres­sivo e punitivo os rendimentos do trabalho; aprimoramentodas regulamentaç'ões relativas à participação dos trabalhadoresnos resultados das empresas; a ampliação dos investimentossociais; a adoção de mecanismos que retirem da faixa de pobre­za absoluta a população que vive nestas condições; fixaçãode uma política de geração de empregos voltados para ossetores mais dinâmicos do comércio, da indústria e dos ser­viços;

10090 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1993

4.8 expandir a economia nacional através do desenvol­vimento rural, do aproveitamento intensivo de fontes energé­ticas alternativas, da exploração das potencialidades do mer­cado internacional e do desenvolvimento do setor industrialpara o mercado interno e externo;

4.9 desenvolver o setor agropecuário, principalmenteatravés de adequada política de crédito e assistência, estimu­lando-se o cooperativismo como forma de proteger o segmentoruralista;

4.10 considerar vital para a organização da produçãoe seu incremento uma política agrícola moderna, que contri­bua para maior produtividade agropecuária, propiciandoabundância de alimentos e barateamento dos seus custos, con­siderando, em especial, a produção rural proveniente dos as­sentamentos criados pelo programa de Reforma Agrária;

4.11 desenvolver uma política agrária que solucione osproblemas de terra e assim propicie sua melhor destinaçãosocial, possibilitando aos trabalhadores do campo o acessoà mesma com condições favoráveis e adequados para o seucultivo, taxando progressivamente os latifúndios improdutivosou desapropriando as empesas que não cumpram a finalidadesocial estipulada em lei;

4.12 promover a regularização fundiária, com o com­bate sem tréguas aos "grileiros", incentivando o remaneja­mento dos minifúndios e unidades familiais ou cooperativas,às quais se deve prestar firme apoio creditício, técnico e infra­estrutural, ao mesmo tempo em que devem ser implantadosde colonização, destinando-se-Ihes, priorjtariamente, terrasdo patrimônio público e prestando-se-Ihes completa assistên­cia;

4.13 conduzir a política energética de modo a atingiro mais rapidamente possível a auto-suficiência nacional comautonomia tecnológica e com a plena exploração de fontesalternativas;

4.14 fortalecer as atividades de comércio, em nível inter­no e externo, em face da grande potencialidade do mercadonacional e das amplas possibilidades abertas pelo mercadointernacional, promovendo alterações fundamentais das políti­cas fiscal, financeira, cambial e monetária, direcionando osistema financeiro para fomentar o desenvolvimento nacional;

4.15 dirigir a política industrial, apoiada em instituiçõese instrumentos de cooperação adequados ao crescimento eeficiência do setor, para a urgente necessidade de desconcen­tração do parque industrial, seu ajustamento às restriçõesenergéticas e ecológicas, o fortalecimento do mercado internoe a intensificação do esforço de exportação de produtos indus­trializados e de bens de capital;

4.16 melhorar a produtividade industrial como impera­tivo da sustentação do próprio processo de industrializaçãoe ao mesmo tempo reduzir a dependência externa, o queleva obrigatoriamente ao fortalecimento das empresas nacio­nais, garantindo-se-Ihes níveis adequados de capitalização ede remuneração dos investimentos realizados, de modo a per­mitir a reaplicação dos recursos;

4.17 apoiar a promoção e o incentivo ao turismo comofator de desenvolvimento social e econômico;

4.18 estabelecer uma política de desenvolvimento regio­nal, intimamente ligada à política de distribuição de rendasentre pessoas, classes e agentes da produção, de modo a quese defina com clareza o papel de cada região no contextodo desenvolvimento nacional;

4.19 promover a integração nacional, reduzindo os des­níveis regionais, garantindo a estabilidade política e socialdo País;

4.20 estimular a ação do poder público no combate defi­nitivo aos efeitos das intempéries climáticas regionais, imple­mentando programas e obras de caráter permanente, que pro­porcionem convivência, sem conseqüências de flagelo nas suasocorrências;

4.21 estabelecer coerente e duradoura política de estabi­lização de preços, num total engajamento na luta antiinfla­cionária e de equilíbrio das contas internas e externas, objeti­vando-se corrigir e eliminar distorções e disfunções da econo­mia nacional;

4.22 reduzir as limitações que o endividamento externopossa impor ao crescimento nacional, controlando a dívida·externa com um rigoroso disciplinamento, em relação ao volu­me de comércio exterior, escalonamento de encargos e obriga­ção e remessa de lucros para o exterior;

4.23 democratizar o consumo, apoiando os mecanismosexistentes de proteção ao consumidor, estendendo-se, tam­bém, idêntica proteção aos investimentos e às minorias acioná­rias, através de regulações que previnam o investidor de movi­mentos, pressões de grupos acionários majoritários e manipu­lação do mercado de títulos e ações;

4.24 instituir, vinculada à política de emprego e distri­buição de renda, um política de reintegração de populaçõesmarginalizadas, visando aos grupos destituídos de condiçõessatisfatórias de vida como migrantes, posseiros, favelados eíndios;

4.25 estabelecer uma política de aproveitamento de re­cursos do mar, inclusive com especial apoio à pesca artesanal,visando à proteção social dos trabalhadores do mar e ao au­mento da oferta de alimentos.

O novo partido tem por presidente de honra o Prefeitode São Paulo, Dr. ·Paulo Maluf, e sua Executiva Nacionalé integrada por:

PPR - PARTIDO PROGRESSISTAREFORMADOR

COMISSÃO EXECUTIVA NACIONAL

Presidente: Sena~or Esperidião Amin1. Vice: Deputado Delfin Netto2. Vice: ex-Governador José Wilson Siqueira Campos3. Vice: Deputado Victor Faccioni

4. Vice: Deputado Paulo Rubens Mandarino

Secretário.Geral: Senador Affonso Camargop1. Secretário: Dr. Luiz Carlos Borges da Silveira2. Secretário: Prof. Rosalvo Freire de Azevedo3. Secretário: Deputado Ibrahim Abi-Ackel

Tesoureiro Geral: Deputado Aécio Borba1. Tesoureiro: Deputado Francisco Dornelles2. Tesoureiro: Deputado Prattini de Moraes3. Tesoureiro: Deputado Pedro Novais1. Vogal: Dr. Oziel Carneiro2. Vogal: Deputado Roberto Balestra3. Vogal: Deputado Armando Pinheiro4. Vogal: Deputado João Tota5. Vogal: Deputado Lucídio Portella6. Vogal: Deputado Pauderney Avelino

Maio de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 18 10091

SUPLENTES DA COMISSÃO EXECUTIVA

1. Suplente: Deputado Leomar Quintanilha2. Suplente: Deputado Antonio Morimoto3. Suplente: Senador Louremberg Nunes Rocha4. Suplente: Deputado Estadual Vanderval Uma Fer-

reira- GO5. Suplente: Deputado Samir Tannus6. Suplente: Senador Levi Dias7. Suplente: Deputado João Rodolfo8. Suplente: Deputado Fernando Freire9. Suplente: Deputado Célia Mendes,

DIRETÓRIO NACIONAL DO PPR

Titulares

Adylson Motta (RS); - Aécio de Borba (CE); - Affon­so Camargo (PR); - Alberto Peres (DF); - Amaral Netto(RJ); - Amazonino Mendes (AM); - Ângela Amin (SC);- Antônio Morimoto (RO); - Aquiles Peres Motas (CE); ,- Ari Va1adão (TO); - Armando Pinheiro (SP); - ArnaldoGuàrnieri (BA); - Amo Magarinos (RS); - Avelino Costa(MG); - Avenir Rosa (RR); - Basilio Villa~i (PR); ­Bonifácio de Andrada (MG; - Carlos Azambuja (RS); ­Carlos D'Carli (AM); -Carlos Vigilio (CE); -Célia Mendes(AC); - Celso Bernardi (RS); - Chafic Farhat (SP); ­Cunha Bueno (SP); - Daniel Silva (MA);- Davi Alves(MA); - Delfim Netto (SP); Djenal Gonçalves (SE); ­Edenaldo Alves da Silca (SP); - Eduardo Augusto Holandade souza (AC); -Eduardo Braga (AM); - Epitácio Cafeteira(MA); - Eraldo Trindade-AP); - Erico Ribeiro (RS); ­Espiridião Amin (SC); - Eurico Rezende (ES); - EvaldoSaramago Pinheiro (RJ); - Fábio Meirelles (SP); - FelipeMendes (PI); - Fernando Carrion (RS); - Fernando Freire(RN); - Fetter Júnior (RS); - Francisco D()rnelles (RJ);- Francisco Evangelista (PB); - Gerson Camata (ES); ­Gerson Peres (PA); - Hugo Biehl (SC); - Ibrahim Abi­Ackel (MG); - Jair Bolsonaro (RJ); - Jairo Azi (BA);-Jarbas Passarinho (PA); -Jarvis Gaidzinski (SC); -JoãoAlves (BA); - João de Deus Antunes (RS); - João Rodolfo(MA); - João Tota (AC); - Joércio Barbalho (PA); ­Jonival Lucas (BA); - Jorge Prado Leite (SE); José Diogo(PA); - José Eduardo Siqueira Campos (TO); - José Egydio(RJ); - José Lourenço (BA); - José Luiz Maia (PI); ­José Teles (SE); José Wilson Siqueira Campos (TO); -JoveniCândido de Oliveira (GO); - Leomar Quintanilha (TO);- Leonildo Menin (MT); - Levi Dias (MS); - LourembergNunes Rocha (MT); -luciano de Castro (RR); - LucídioPortella (PI); - Luiz Antônio Fayet (PR); - Luiz AntônioGaravello (RN); - Luiz Carlos Borges da Silveira (PR); ­Manoel Ferreira (PE); Manoel Ferreira (PE); - MarcelinoRomano Machado (SP); - Marcos Medrado (BA); - MiltonSander (SC); - Moisés Abrão Netto - (TO); - MuriloBadaró (MG); - Nelson Marchezan (RS); - Odivaldo Joséde Mattos (MS); - Oscar Travassos (MT); - Oziel Carneiro(PA); - Osvaldo Bender (RS); - Osvaldo Melo (PA); ­Ozório Leão Santa Cruz (GO); -Pauderney Avelino (AM);- Paulo Bauer (SC); - Paulo Duarte (SC); - Paulo Manda­rino (GO); - Paulo Mourão (TO); - Paulo Mourão (TO);- Paulo Roberto Cunha (GO); - Paulo Salim Maluf (SP);- Pedro Navais (MA); - Pedro Pavão (SP); - Pratini deMoraes (RS); - Prisco Viana (BA); - Ricardo Izar (SP);- Roberto Balestra (GO); - Roberto Campo (RJ); - Rome­ro Jucá (RR); - Romildo Magalhães (AC); - Ronivon San-

tiago (AC); - Rosalvo Freire de Azevedo (DF); - RubensArdenghi (RS); - Ruberval Pilotto (SC); - Samir Tannus(MG); -Sérgio Brito (BA); - Tadashi Kuriki (SP); - VascoFurlan (SC); - Victor Faccioni (RS); - VirgI1io Galassi(MG); - Vitória malta (AL); - Wagner Cavalcanti Albu­querque (RJ); - WeIlington Fagundes (MT); - VandervalLima Ferreira (GO); - Líder na Câmara - Líder no Senado.

Membros Suplentes

Aderon de Carvalho Lago Filho (MA); - Adonias Araú­jo do Prado (DF); - Agatangelo Neiva Luz (PI); - AntônioMazurek (PR); - Aristóteles Drumond (RJ); - Caio LuizVieira de Almeida (MG); - Calin Eid (SP); - Carlos Albertode Carvalho (PR); - Ediamar Mattos Leal Cruz (RJ); ­Edilson Torres Barros (PE); - Francisco Assis Moraes Souza(AM); - Francisco Hélio Jatobá (AL); - Francisco SérgioTurra (RS); - Geraldo Renault (MG); Homero Alves Pereira(MT); - João Araújo Netto (DF); - João Carlos de Carli(PE); - João Juracy Palhano Freire (PB); - João MiraldoGomes (BA); -Jorge Arbage (PA); -Joege Kalume (AC);- José Anchieta Barbosa (ES); - José Dalmo Peres (DF);- José Otávio Germano (DF); - Leornel Menescal Belém(CE); - Lígia Leite de Camargo (DF); - Luís C..rlos Ramos(AP); - Luís Carlos Barnabé (MT); - Luís Gomes (SC);- Luís Tolentino (TO); - Marcelo Unhares (CE); - MarcosCintra Cavalcante de Albuquerque (SI') - Nerivaldo Costa(GO) - Osvaldo Hriqueiro do Valle (PB); - Pedro Bitten­court Netto (SC); - Raul Bernardo (MG); - Romildo An­drade ALcântara (BA); - Ronaldo Passarinho (PA); - Ron­don Miranda Guimarães (DF),

CONSELHO NACIONAL DE ÉTICA PARTIDÁRIA

Titulares

Otávio Cardoso - Vasco Furlan - Roberto Balestra- Dilleno Tavares Silva - Antônio Jorge Godinho - MuriloBadaró - Jair Bolsonaro.

Suplentes

João Juracy Palhano Freire - Luiz Antônio Fayet ­Eraldo Trindade.

CONSELHO FISCAL NACIONAL

Titulares

Daniel Silva - Jorge Yunes - Alberto Peres - JoséTeles.

Suplentes

Luciano Castro - Delsita Ferrari - Avelino Costa.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Com a palavrao nobre Deputado Valdenor Guedes, pelo PP.

O SR. VALDENOR GUEDES (PP - AP. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em primei­ro lugar, quero trazer a minha solidariedade ao meu amigoDeputado Lourival Freitas. Seu nome foi citado em váriosjornais em razão de empréstimo bancário feito por um sindi­cato de metalúrgicos do Estado de Amazonas e Consideradocomo se a ele fosse 'destinado. Procurei informar-me a respeitodesse empréstimo e tomei ciência de que serviria para custearas despesas de um semínario que trataria de assuntos concer­nentes à ECO-92. Os inimigos Freitas logicamente se aprovei­taram des~e fato para denegrir a sua imagem e, assim, prejudi­cá-lo moral e politicamente.

10092 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1993

Sr. Presidente, jamais viria a esta tribuna trazer a minhasolidariedade ao Deputado Lourival Freitas se não o conhe­cesse de longos anos, não somente porque é meu amigo parti­cular, não somente porque é um Deputado do meu queridoEstado do Amapá, mas, como já falei, por ser um Parlamentaraltamente responsável e cumpridar de seus deveres. Tenhocerteza absoluta de que isso jamais o atingirá ou o prejudicarámoral ou politicamente. .

SI. Presidente, quarta-feira passada, ao chegar a minhacasa e ligar a televisão, assisti a uma cena do programa "Aquie Agora", do SBT, que até chocou a opinião: mostrava atortura de garimpeiros por uma comunidade indígena do MatoGrosso. Alguns garimpeiros invadiram a reserva indígena deforma vil, brutal, e foram torturados de maneira muito' tristee drástica. '

Quero dizer, do público, que esse é um fato lame~t~vel,inclusive no meu Estado, onde a área indígena é muito grande.Essa área foi demarcada pela Funai, acima de tudo Ministérioda Justiça, no Governo Collor, de maneira arbitrária, unila­teral, o que vem prejudicando milhares de garinpeiros e suasfamíliares. Como já disse anteriormente, garimpeiro não émarginal, não é excomungado, não é bicho-papão: garimpeiroé um trabalhador que tem esposa, filho e muitos dependentes.

Logicamente, com a.demarcação de n;mitas reservas indí­genas os garimpeiros não têm mais as mínimas condições detrabalhar. Em razão de sua própria formação profissional,C?~O não têm condições de arranjar emprego nas cidades,dmgem-se para o meio das florestas, onde estão jujeitos aenffermidades como verminose, tifo, hepatite e malária, entre'outras, inclusive a contaminação pelo mercúrio.

Queremos registrar este fato porque vimos em outro pro­grama de televisão, na quarta-feira, alguns índios no Estadode Alagoas que querial11 até dinamitar uma ponte e interditaruma rodovia, caso não tivesssem as suas reivindicações aten-~~. .

Creio, SI. Presidente, Srs. Deputados, 'que esta Casa deveavançar a si a responsabilidade. de que nenhuma demarcaçãode reserva indígena seja feita sem antes passar por aqui, poe­que7 senão, como já dissemos muitas vezes, a Funai somentevai fazer com que haja uma guerra entre índios e brancos.

Esta C~sa tem d~ tomar conciência de que a Funai, atravésdo seu PreSIdente, SIdney Possuelo, está, .ácima de tudo, pre­judicando este País.

Um outro problema também grave é,o Ibama, que tematualmente uma polítiva que não traz o desenvolvimento paraa nossa terra, para o nosso País. Em Carajás, no ano passado- para que esta Casa tenha idéia do conceito de ecologiaque está sendo ansinado ao povo - uma onça estaçalhouuma criança na frente de muitas pessoas. Quando os caçado­r~s, as pesssoas, revoltadas, quiseram matar a onça, o IbamadIsse que não, podiam fazê-lo. De maneira nenhuma se pôdematar a onça. A criança pode morrer, ·mas a onça jamais.Um jacaré quase estraçalhou uma criança ao arrancar-lhe bra­ço, mas também não se pôde matá-lo. Um jacaré, uma onçaou um mico-leão dourado estão valendo mais do que umser humano.

. SI. Presidente, há uma demagogia total por parte da Fu­n~I, do Ibama, enfim, desses órgãos que foram criados paraajudar a resolver um problema, e no entanto, mais do quecausando um problema, estão prejudicando de toda uma socie­dade, todo o povo brasileiro.

Era o que tinha a dizer.

o SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Com a palavrao nobr<; Deputado Mendonça Neto, pelo PDT.

,() SR. MENDONÇA NETO (PDT-AL. Sem revisão doorador.) - SI. Presidente, estão viajando hoje para Maceiómembros da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pistola­gem, ~~carregados de al?u:ar denúncias de Violência políticaem .van~s .Estados brasIleIros. O seu Presidente, DeputadoFreIre Jumor, e o relator, Deputado Edmundo Galdino doTocan~ins, ou~i~ão, amanhã, diversos líderes e representa~tesde entIdades CIVIS que estão documentando a violência desme­dida que vem ocorrendo no Estado de Alagoas, sob o patro­cínio direto do Governador do Estado, SI. Geraldo Bulhões,que quer implantar ali, à força, uma nova república dos amigosde Fernando Collor de Mello, com objetivo de corromper,de maltratar e perSeguir os· alagoanos. .

. A OAB também receberá os membros da CPI da Pistola­gem que para lá se deslocam e que irão ouvir, amanhã,entida­des e líderes da Comunidade ameaçados de morte, inclusive? ~refeito de Maceió, Ronaldo Lessa, do PSB, que já recebeuInumeras ameaças desde que passou a exigir a apuração docrime de que foi vítima o seu irmão, o policial Ricardo Lessa.A CPlpi também ouvirá a irmã do Vereador assassinado noMunicípio de Coqueiro Seco e o jornalista' Reinaldo Caval­canti, correspondente do Jornal do Brasil em Maceió, tambémameaçado de morte.' .

Diante de tudo isso, SI. Presidente, não poderia deixarde vir à tribuna pará manifestar a minha solidariedade aosmembros da CPI que, no cumprimento de sua missão, sedirigem a Maceió para verificar in loco a violência que sealastra em Alagoas, com a comissão e até com a participaçãoda Polícia Militar do Estado, órgão centenário que é coman­d~do por um homem completamente irresponsável, o CoronelNIlton Rocha, que vem transformando a Instituição em verda­deira milícia política, sob o comando da Primeira-Dama doEstado, Sra. Denilma Bulhões. '

. N~o satisfeita em incentivar o crime, exibindo, para todoo BrasIl, em programa de televisão, revólveres e pistolas queporta em sua bolsa, como se estivesse ameaçada de morte,

'a Sr. Denilma Bulhões mancha o nome de Alagoas com anotícia amplamente divulgada de que surrou o própLo marido,o Governador do Estado, com'uma toalha, ao mesmo tempoem que afronta a população ao mandar cercar a Igr,~ja Matrizde Maceió para que os pobres não tenham acesso ao (' ..lsamentoriquíssimo, faraônico, mesmo, de sua filha com um usineiro.Isto é uma afronta e também uma violência, tal como osbaixos salários que o funcionalismo público alagoano recebe,tal como todas as formas de discriminação contra os cidadãosbrasileiros, que resultam nessa situação que se verifica hojen~ B:asi~, a. que todos os oradores se referem como gravecnse InstItUCIOnal.

Dei~o registrado, portanto, o apoio da sociedade alagoa­na, das lI~:ranças .responsáveis do Estado à CPI que irá ouvir,em MaceIO, das lIderanças mais representativas do Estadoas denúncias de violência que lá ocorre. '

VII - - HOMENAGEM

o SR. PRESIDENTE ( Adylson Motta) - Esta Presi­dência, atendendo a requerimento do Deputado MendonçaNeto, pro,r~oga a ses.são para que seja prestada homenagemao centenano de naSCImento do poeta alagoano Jorge de Lima.

Maio de 1993 DlÁRIO,DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 18 10093

o SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Srs. Depu­tados, certa vez, Manuel Bandeira comentou o limbo paraque são mandados os escritores depois de mortos. Mesmoos grandes poetas, os romancistas famosos passam tempo nolugar, onde jazem esquecidos até que voltem à lembrançados leitores. É o caso de Jorge de Lima: morto há quatrodécadas, poucos se lembram, hoje, do alagoano a quem Gil­berto Freyre distinguia como um dos maiores poetas brasi­leiros de todos os tempos. Justifica-se, assim, a homenagemque lhe presta a Câmara dos Deputados pelo centenário donascimento: mais do que cumprir o protocolo, buscamos resga­tar a memória do homem e do intelectual que, com o seuexemplo e a sua obra, engrandeceu a cultura brasileira.

,Nascido em 1893 na pequena União dos Palmares, cedose manifestou em Jorge de Lima a vocação que dele fariaum dos nossos melhores poetas. Aos 17 anos compunha "oAcendedor de Lampiões", ainda hoje recitado ,de cor pelosamantes da boa literatura. Em 1928, surpreendia leitores ecrítica com "Essa Nega Fulô", poema admirável em que com­bina, com mão de mestre, elementos da sociologia, do folcloree da história do negro no Brasil, vazados em um estilo queemociona pelo despojamento e pela delicadeza. Depois viriaa monumentalidade, épica da Invenção de Orfeu, o grandepoema da brasilidade, "uma ,das obras magnas do nosso Mo­dernismo", no conceito do Prof. Massaud Moisés. Um anoantes da sua morte, Jorge de Lima confirmava-se como criadorde talento indiscutível, sobre quem diria, mais tarde, o ameri­cano Daniel Rops: "Se traduzido para outros idiomas, nãotardaria a ser considerado um dos maiores poetas do nossotempo em todo o mundo moderno".

A dimensão humana de Jorge de Lima larga e profundaque nela coube não apenas a grandeza da poesia, mas o pesoda medicina e a responsabilidade da política. Médico defama, no consultório que mantinha na Cinelândia havia, se­gundo Mário de Andrade, duas salas de espera: uma paraos doentes e outra para os literatos, que marcavam hora,pagavam a consulta e ficavam a conversar com o poeta sobreautores e livros. Político respeitado, foi, em 1926, DeputadoEstadual pelo Partido Republicano de Alagoas e Vereador,em 1946, pela UDN carioca, chegando a presidir a CâmaraMunicipal do Rio de Janeiro. A par de tantos compromissos,encontrava tempo para compor versos, escrever romances,publicar ensaios e traduzir originais do francês, do inglês edo alemão.

Ainda que se houvesse limitado à poesia, no autor daInvenção de Orfeu teríamos um dos mais representativos no­mes das letras nacionais. Com Graciliano Ramos, AurélioBuarque de Holanda, Ledo Ivo e A. S. de Mendonça Júnior,Jorge de Lima garantiu para Alagoas lugar de destaque naliteratura brasileira. Ao homenageá-lo cem anos de nasci­mento, a Câmara dos Deputados não faz mais do que justiçaa esse grande poeta, que continua vivo no encanto e na belezados versos que nos deixou como herança maior.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concedo apalavra ao ilustre Deputado Mendonça Neto, autor do reque­rimento que deu origem a esta homenagem.

O SR. MENDONÇA NETO (PDT - AL. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados,o Estado de Alagoas e o Brasil comemoram neste ano de1993 o centenário de nascimento e os 40 anos de morte dopoeta Jorge Matheus de Lima. Já no ano passado comemo­ramos o centenário de dois dos maiores expoentes da culturamundial. O escritor Graciliano Ramos e o jurista Pontes de

Miranda. Mais que um orgulho, é privilégio para um Estadoencravado na miséria imposta ao Nordeste brasileiro produzir,no espaço mínimo de dois anos, três gênios da raça.

E sintomático que essa genialidade nasça naquele territó­rio, semi-árido, quase indômito do Nordeste, que nos ensinoua conviver com carrascais, cactos, mandacarus, pedras e, so­bretudo, com a resistência. A resistência às injustiças queproduzem os retirantes e a indignação, capaz de criar a prosafirme de um Graciliano Ramos. No clima ameno dos mangue­zais, da convivência doce, mas não menos injusta, da beiradas lagoas Mundau e Manguaba consolidamos o noSso Sensode justiça. No ofício árduo do aprendizado da vida Pontesde Miranda partiu para a grande aventura de interpretar odireito. Uma ciência justa na sua essência e eminentementehumana na sua utilidade. Dos baixios da mata alagoana Jorgede Lima consolidou os caminhos de sua formação. Foi alique aprendeu a respeitar a humildade do acendedor de lam­piões, a importância do negro, a fortaleza de um povo quesabe encarar de frente os revezes da vida. Ou os detratoresde uma terra que, quanto mais açoitada pela injustiça dosconceitos negativos, mais resiste, porque mantém a honracomo sua principal cidadela de reSistência. Jorge nasceu nodia 23 de abril de 1893 em União do Palmares. Esta mesmaterra que abrigou o Quilombo dos Palmares deu à luz ummenino que sefaria médico, político, professor, pintor, roman­cista e poeta. Poeta universal. Seu nome nasceu da homena­gem do pai ao padroeiro do dia, São Jorge. Como o homena­geado, também fói guerreiro. Com apenas 15 anos de idade,matriculou-se na Faculdade de Medicina da Bahia. Seis anosdepois estava no Rio de Janeiro' fazendo doutorado, ondeapresentou uma tese sobre o destino higiênico de lixo da cida­de. Isso em 1914, quando a ecologia não era sequer um sonho.Quatro anos depois entra na polítíca pela porta da frente,elegendo-se DepUtado Estadual, pelo Partido Democrata.Embora reeleito para a legislatura seguinte, sua promissoracarreira foi barrada pelo período ditatorial de Getúlio Vargas.

Com a redemocratização, em 1946, o político volta àcena. Médico militante no Rio de Janeiro, foi eleito vereadornaquela cidade. Ficou no cargo até 1950, três anos de suamorte, ocorrida no dia 15 de novembro de 1953.

Definitivamente sua obra política pode não ser uma dasmais prolíferas de nossa capenga democracia. Seu interesseprimário era o ser humano enquanto alma. O povo lhe interes­sava pelos conflitos imanentes que trazia consigo. Talvez aítenham nele se enfrentado o pragmatismo do homem públicocom a dialética firmemente entranhada no poeta. E venceua segunda.

Já em 1910, com apenas 17 anos de idade, Jorge de Limase afamava na Província Alagoana. Seu soneto "O Acendedorde Lampiões" encantava e comovia. Não era a primeira vezque a alma comum das ruas marcava presença na literaturanacional. Só que agora ela vinha coberta de um lirismo quedespia as vestes do herói para se abrigar no manto da realida­de. Uma realidade prenhe de dureza e injustiças:

Lá vem o acendedor de lampiões da rua!Este mesmo que vem,infatigavelmente,parodiar o sol e associar-se à luaQuando a sombra da noite enegrece o poente!Um, dois três lampiões, acende e continuaOutros mais a acender imperturbavelmente,À medida que a noite aos poucos se acentuaE a palidez da luz apenas se presente.

10094 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1993

Triste ironia atroz que o senso humano irrita:Ele que doira a noite e ilumina a cidade,Tálvez não tenha luz na choupana em que habita.

Tanta gente também nos outros insinuaCrenças, religiões, amor, felicidade,como o acendedor de Lampiões da rua!~'

O trabalho de sua obra nos tempos de "O Acendedorde Lampiões" era parnasiano, embora inovador no seu âmago.Seu caminho natural foi a adesão ao modernismo de 1922,transformando-se no mais conseqüente poeta da primeira fasedo regionalismo nordestino. Seus poemas negros ganharamo mundo pela firmeza com que defendia o suor e a coragemdaquela raça. Na Espanha tive o privilégio de escutar a Prof"Pilar Vasquez Cuesta recitar no mais puro espanhol a sagadaquela gente que está na base de nossa formação ·culttV"al.

São ainda os europeus que comparam a poética dessegrande alagoano, em importância para a língua portuguesa,a de gênios como Luiz Vaz de Camões e Fernando Pessoa.Se não vejamos o que diz o crítico OUo Maria Carpeaux:

"Tendo sido poeta neoparnasiano de forma preco­ce, Jorge de Lima tornou-se representante principalda poesia lírica dentro do movimento regionalista nor­destino, escrevendo romances neonaturalistas, até oatrair o romance surrealista e a poesia cristã. Persona­lidade literária e artística das mais multiformes queo Brasil já viu, Jorge de Lima foi muito estudado ena bibliografia a seu respeito manifestam-se divergên­cias quanto à escolha da parte de sua obra que mereceadmiração maior: a poesia cristã ou a poesia regional,nordestina."

No meu modesto entendimento crítico, compreendo quea poesia cristã e a poesia regional de Jorge de Lima se comple­tam. Se o seu cristianismo não pode ser visto dissociado davisão religiosa que aprendeu na infância de União dos Palma­res, seu regionalismo da mesma forma está marcado pelo.mais profundo sentimento de solidariedade humana que lheensinou a convivência com os humildes e a pregação dos textosblblicos. Um exemplo estaria na descrição do demônio, emseu poema "História":

"Era princesa.Um libata a adquirir por um caco de espelho.Veio encangada para o litoral,arrastada pelos comboeiros.Peça muito boa: não faltava um dentee era mais bonita que qualquer inglesa.No tombadilho o capitão deflorou-a.(...)

Depois foi ferrada com uma âncora nas ancas,depois foi possuída pelos marinheiros,depois passou pela alfândega,depois saiu do Valongo,entrou no amor do feitor,apaixonou o Sinhô,enciumou a Sinhá,apanhou, apanhou, apanhou.(... )

A Sinhá mandou arrebentar-lhe os dentes:Fute, Cafute, Pé-de-pato, Não-sei-que-diga,avança na branca e me vinga.Exu escangalha ela, amofina ela,amuxila ela que eu não tenho defesa de homem,sou só uma mulher perdida neste mundão.Neste mundão.Louvado seja Oxalá.Para sempre seja louvado."

A junção desses sentimentos é mais visível em sua obraromanesca "Salomé e as Mulheres", "O Anjo", "Calunga"ou "Guerra dentro do Beco". São textos onde a alma doshomens recebe a visão do humanista. Se no primeiro momentose debruçou sobre o drama dos homens ribeirinhos da LagoaMundaú, procurando ali os conflitos de uma sobrevivênciaárdua, no segundo momento seus olhos se voltaram para oshomens que fazem as cidades. Também suas vidas, muitasvezes, não estão cobertas pela grandeza, sâo miúdas, cinzen­tas, feitas de insignificâncias, presas a castradora necessidadede sobreviver.

Mas falar de Jorge de Lima é falar do Nordeste. A regiãoé uma constante em sua obra. Seria redundante erigir nestemomento uma apoteose ao seu regionalismo. Ele vem atépelos temas abordados com cheiros, odores da região. O inte­ressante é observar esta presença em seu belo e longo poema"Invenção de Orfeu", publicado em 1952. Aqui o poeta patro­cina a volta ao simbolismo, à tradição, embora numa lingua­gem imagística de tradição universal. Mesmo este universa­lismo apresenta marcas do Nordeste brasileiro. Seu sentimen­to cristão é nordestino e foi aprendido nas quermesses derua, nos sermões paroquiais, religiosidade de um povo quesabe respeitar seus mitos e consagrar suas crenças.

Entretanto, não poderíamos deixar de ver ainda no regio­nalismo de Jorge de Lima os dengos da "Negra Fulô":

"Ora, se deu que chegou(isso já faz muito tempo)no bangüe dum meu avôuma negra bonitinhachamada negra Fulô.

Essa negra Fulô

O Sinhô foi açoitarsozinho a negra Fulô.A negra tirou a saiae tirou o cabeção,de dentro dele pulounuinha a negra Fulô

Essa negra Fulô!Essa negra Fulá!

Ó Fulô? Ó Fulô?Cadê, cadê o teu Sinhôque nosso Senhor me mandou?Ah! foi você que roubou,foi você, negra Fulô?

Essa negra Fulô

É humanamente impossível formar-se no Nordeste e des­conhecer a região vida afora. Esta lição nos legou Jorge. Por

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mais terra que se corra, o nordestino não deixa de ser nordes­tino, entranhamente nordestino. Este universo nascido no Ma­ranhão e que se estende até as fronteiras da Bahia traz nadureza de seu clima o ferrão agridoce com que marca osseus filhos, fatalmente condenados a prestar-lhe as mais since­ras reverências pela vida -afora. A de viver para a volta, que,mais das vezes, a vida não permite.

É bom que se retome estas crenças justamente neste exatomomento.

Vivemos uma quadra difícil de nossa história. Um separa­tismo calhorda toma conta de meia dúzia de analfabetos histó­ricos. Não sabem o que falam, mas mesmo assim ganhamespaço na mídia para propagar as suas sandices. Dizia-mehá poucos dias o Senador Darcy Ribeiro: "O Brasil não podeprescindir do Nordeste, porque o Brasil nasceu do Nordeste.O Nordeste é o Brasil". Digo mais, nós nordestinos temàsorgulho de conviver com gênios da raça. Paridos na caatingae universalizados por esta genialidade consagrada à literatura.

Tomo a ousadia de afirmar que a cultura brasileira estariagravemente mutilada sem obras nordestinas como as que voucitar e que fazem parte do patrimônio nacional: O Quinze,de Rachei de Queiroz; Dicionário Folclórico Brasileiro, deLuís da Câmara Cascudo; Minha Formação, de Joaquim Na­buco; Casa Grande e Senzala, deGilberto Freyre; O Romanceda Pedra do Reino, de Ariano Suassuna; O Sargento Getúlio,de João Ubaldo Ribeiro, Vidas Secas e Memóriàs do Cárcere,de Graciliano Ramos; Invenção de OrCeu, de Jorge de Lima;Os Tambores de São Luiz, de Josué Montelo; Capitães deAreia, de Jorge Amado; Comentários à Constituição de 1946,de Pontes de Miranda; História da Literatura Brasileira, deSílvio Romero; Prosopópeia, de Bento Teixeira; O Dicionáriode Aurélio Buarque de Holanda, de Aurélio Buarque de Ho­landa; Morte e Vida Sevei-ina, de João Cabral Mello Neto;Terra de Caruaru, de José Condé; A Bagaceira,de José Amé­rico de Almeida; O Menino de Engenho, de José Lins doRêgo; O Mulato, de Aluízio de Azevedo, e O Negro Brasileiro,de Arthur Ramos. Também cito Manuel Bandeira e seu poemaA Estrela do Norte, um dos poemas mais belos que se conheceno Brasil.

O que falta a esta gente é oportunidade. A oportunidadeda água em abundância e dividida entre os que verdadei­ramente trabalham a terra. Dê oportunidade ao nordestinoque o mais ele realiza. É o caso do alagoano Leonídio Balbinoda Silva, cujo nome ninguém conhece. Analfabeto, deixouArapiraca para se tornar vendedor de enciclopédia em SãoPaulo. Decorava às páginas daquele mundo aparentementeinacessível e deixava ao comprador "a honra" de preenchera nota de compra. Progrediu, aprendeu a ler e ·escrever, jáadulto, e tornou-se editor de livros, um dos maiores do Estadode São Paulo, pois a vida lhe ensinou que a cultura e a educaçãosão os maiores bens que podemos legar ao futuro.

Do Maranhão nasce o princípio de nossa nacionalidadecom Gonçalves Dias, cresce o sentimento telúrico com a obraromanesca de um Josué Montelo e consolida-se nossa indig­nação política com a poesia social de Ferreira Gullar. NoPiauí, para não adetrarmos tanto na história, poderíamos citaro humanismo prático de Odylo Costa filho, que diante dofilho morto por trombadinhas no Rio de Janeiro, à vingançapreferiu dedicar seus dias ao trabalho pela recuperação dosmenores abandonados; a indiscutível grandeza de Carlos Cas­tello Branco, uma escola de jornalismo; a doçura das cançoesdos irmãos Ferreira, Clodo, Clésio e Climério, que vivemem Brasília. O Ceará nos oferece desde o imenso José de

Alencar, que com rara sabedoria soube conciliar os sonhosdo romancista com a praticidade de homem público, do verda­deiro cientista político, passando pela religiosidade paternale empreendedora do Padre Cícero Romão Batista, até o espí­rito indômito do empresário Delmiro Gouveia. Este verda­deiro Mauá dos Sertões não se curvava, como bom nordestino,diante de nada. Uma de suas frases preferidas poderia serlema para qualquer jovem de qualquer tempo: "Eu faço.Quem quiser desfazer que desfaça". Sobretudo hoje, nessetempo de tanto desfazimento no Brasil moderno. São cearen­ses os exemplos de Geraldo Mello Mourão e Rachei de Quei­roz, uma mulher que diante do drama da seca construiu oclássico romance "O Quinze". No Rio Grande do Norte nãopodemos prescindir da grandeza de Luís da Câmara Cascudo.Em um país onde o índice de analfabetismo é tão alarmante,onde poucos conseguem durante toda a vida ler vinte livros,este homem produziu mais de cem volumes, e todos riquís­simos em informação e matéria necessárias ao enriquecimentocultural do País, sobretudo na pesquisa do folclore nordestino.É também potiguar um dos mais fortes símbolos desta CasaLegislativa. O ex-Deputado Djalma Marinho, com quem tiveo privilégio de conviver durante quatro anos, marcou suapassagem pela vida pública nacional como escopo da dignidadee da firmeza dos que não se curvam. Todos aqui conhecem~ ou a maioria, pelo menos~ o exemplo que deu o DeputadoDjalma Marinho quando se quis cassar o mandato de MárcioMoreira Alves. "Ao meu rei tudo, menos a honra", disse,parodiando o escritor europeu, o nosso escritor Djalma Mari­nho, ao transformar-se em pivô de uma das mais sérias crisesnesta Casa. Na Paraíba aprendemos com Augusto dos Anjosque a musicalidade pode estar presente em qualquer termodesde que dito com a linguagem do coração e da arte. Conhe­cemos com a pena de José Lins do Rêgo que por trás dosofrimento do trabalhador do açúcar, dos rigores da criaçãodos meninos de engenho e da luta pelo crescimento da Naçãopode haver felicidade e humanismo em um povo. Respeitamoso pioneirismo de José Américo de Almeida, a quem coubeiniciar o modernismo das letras brasileiras, ao tempo em que-consolidava uma carreira política fundamental na derrubadada ditadura estadonovista, com o grito rebelde que reativoua flor teura da democracia brasileira, em 1945, na célebreentrevista concedida ao então jornalista Carlos Lacerda. DePernambuco poderíamos trazer a indômita resistência de umpovo que desde a invasão holandesa soube defender na lutaa sua liberdade e a liberdade do Brasil. Uma resistência queculminou com o espírito guerrilheiro de Virgulino FerreiraLampião. Mas é ainda uma terra que prima pelo talento.Um talento capaz de produzir prosas tão díspares eIfl ideais,mas irmanadas na sabedoria. Dali surgiu Josué de Castro,que fez de seus conhecimentos teóricos, ricamente esplanadasno clássico Geografia da Fome, a prática do homem públicoque a ditadura militar cassou e "matou" de banzo no exílio,onde chegou a ser Presidente da FAO, um dos maiores orga­nismos mUíldiais dedicados ao estudo e ao combate à fomeendêmica no mundo. Dali surgiu Nelson Rodrigues, o maiscarioca dos nossos teatrólogos, o mais corajoso dos nossoscronistas, o jornalista que sempre defendeu suas crenças aunha e com firmeza. Dali surgiram Gilberto Freyre com osmonumentos que são Casa Grande e Senzala e Sobrados eMucambos. Joaquim Cardoso, João Cabral de Mello Netoe sua universal Morte eVida Severina. Foi ainda em Pernam­buco que o Vaticano foi buscar o gênio de Murilo La Grecapara restaurar o afresco de Michelangelo no teto da Capela

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Sistina; este por sua vez foi também buscar no Nordeste amatéria-prima para o trabalho: a cerca de carnaúba. Semfalar em Manoel Bandeira, já citado. Sergipe nos deu a gran­deza de literatos como Tobias Barreto, críticos e pesquisadoresda cultura de Sílvio Romero, com obras fincadas na histórialiterária, como também a Gênesis, de Hermes Fontes. Final­mente, na Bahia, temos uma tradição de arte e engenho.Para não cansar meus pares, limitar-me-ia aos exemplos deRui Barbosa, Gregório de Matos - satírico do Segundo Impé­rio - Jorge Amado e João Ubaldo Ribeiro. Sem falar nossincretismos religiosos, étnicos, culturais e na formidável fide­lidade baiana à negritude nacional.

Faço um parêntese para rezar com esta Casa pelo prontorestabelecimento de uma das maiores figuras da Bahia e doBrasil, cuja obra foi traduzida em mais de 50 idiomas nomundo inteiro: o universal Jorge Amado, que se encontraneste momento correndo sério risco de vida.

Propositadamente deixei para o final a minha pequenae brava Alagoas. Poderia, se quisesse, preencher páginas emais páginas com o nome de alagoanos ilustres e empreen­dedores. Alguns exemplos, entretanto, não posso deixar decitar: Tavares Bastos, o maior publicista deste País, Deodoroda Fonseca, Floriano Peixoto, Aurélio Buarque de HolandaFerreira, Mendonça Júnior, Mendonça Braga, Teotônio Vile­la, Paulo Gracindo, Djavan, Hermeto Pascoal, Rosalvo Ribei­ro, Valdemar Cavalcante, Abelardo Duarte, Rui Palmeira,Elísio de Carvalho, Pierre Chalita, Moacir Medeiros deSant'Anna, Luís Torres~ Ledo Ivo, Breno Acioli, Artur Ra­mos, Diegues Júnior, Raul Lima, Sabino Romariz, CarlosPaunlio, Dirceu Lindoso, Théo Brandão, Manoel Mauríciode Albuquerque, Osman Loureiro, Costa Rego, Arnoldo Jam­bo, Povina Cavalcante, Cléa Marsiglia, Carlos Moliterno, Gu­des de Miranda, Demócrito Gracindo, José Maria de Mello,Francisco Valois. E paro por aqui apenas para não tomaro resto da noite de meus Pares.

Jorge de Lima é fruto desta linguagem. Uma linguagemque privilegia a inteligência e a cultura. A nós nordestinosinteressa sobremaneira o enriquecimento do espírito. Apre­ciamos a inteligência e em favor dela damos os melhores mo­mentos de nossa vida. A inteligência e a teimosia em sobre­viver. A poesia de Jorge de Lima, como obra de seu irmão,o também médico Matheus de Lima, foi esculpida nesta forna­lha. Uma fornalha que trabalha continuamente o coração decada nordestino. E dela que arrancamos a criatividade e aliberdade suficientes para forjar gênios da raça. Como Graci­liano, de Quebrangulo, Pontes de Miranda, do Mundaú eJorge de Lima, de União dos Palmares.

Toda miséria humana espalha-se por toda parte. Masa fecundidade, dentro dela, é esta vocação para o sublime,para o eterno, que desponta na criação literária dos gênios.Os sórdidos passarão. Jamais passará o testemunho de obrascomo as de Graciliano Ramos ou Pontes de Miranda. Jorgede Lima, este que agora homenageamos, jamais passará. Vive­rá enquanto viver em cada um de nós a reverência que cabeàs grandes armas de que o Nordeste nunca se apartou: otalento de dizer e a coragem de ser.

Tudo isto é Jorge de Lima, que paira sobre a mediocri­dade, a ganância material, o medo à liberdade ou a mesqui­nharia. Jorge de Lima está aqui agora e estará sempre, porqueele foi e é esta constatação respeitável: um gênio da raça.

Era o que tinha a dizer.

Durante o discurso do Sr. Mendonça Neto, o Sr.Adylson Motta, 1" vice-Presidente, deixa a cadeira dapresidência, que é ocupada pelo Sr. Sigmaringa Seixas,§ 2'! do artigo 18 do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Sigmaringa Seixas) - Concedoa palavra ao nobre Deputado Jorge Khoury, que falará peloBloco Parlamentar. Antes, porém, convido o nobre DeputadoMendonça Neto a assumir a Presidência.

O SR. JORGE KHOURY(Bloco Parlamentar-BA. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sras. e Srs.Deputados, a cultura e a arte do Brasil comemoram, nesteano de 1993, o centenário deuma das mais expressivas figurasde nossas letras. Falo do poeta Jorge de Lima, nacido emAlagoas, a 23 de abril de 1893, na cidade de União dos Palma­res, a poucos quilômetros da serra da Barriga; onde Zumbiconstruiuseu famoso quilombo para acolher os negros fugidose opor resistência aos senhores escravocratas. . ,

A casa-grande do engenho de seu pai, o sobradão dacidade, a praça onde se assentava a Igreja da Santa Madalenae a beleza da serra da Barriga, com suas lendas, assombraçõese histórias de terror, marcaram profundamente a infância dopoeta e ficaram para sempre gravados em seus versos.

A descoberta da poesia aconteceu quando, aos oito anos,levado pela primeira vez ao alto da serra, contemploua imensapaisa~em que se abria por todos os lados.

E o próprió Jorge de Lima quem conta:"Sem qualquer exagero, posso dizer que naquele

instante pela primeira vez me senti tocado pela poesia.Todo o imenso panorama que descortinei então-o rioMandaú, que segundo a lenda nascera das lágrimasde Jurema, de um lado a Serra dos Macacos, do outroa planície do Jatobá, os campos verdes da terra-lavada,o Fundão, a tobiba, os bangüês, a Great Western, asolarias, e lá longe a igreja da minha padroeira e osobrado em que eu nascera, tudo aquilo entrou pelosmeus olhos deslumbrados de menino e nunca mais saiude dentro de min."

E é esse mundo, povoado por seres fantásticos, criadosna imaginação popular e por figuras típicas do sertão e daspequenas cidades do Nordeste, que vai aparecer como temáriorecorrente na obra do poeta, principalmente em sua segundafase, a nordestina, fase que os críticos em geral considerama mais bem acabada e significativa de sua produção poética.

Já dizia o grande Dostoiewski: "Se queres ser universal,canta a tua aldeia". E Foi isso o que, segundo Nelson WerneckSodré, em "História da Literatura Brasileira", fez Jorge deLima.

Conforme sua própria citação:"A capacidade de transpor poeticamente os moti­

vos nordestinos para a arte literária jamais seria tãoperfeitamente realizada. O virtuosismo parnasiano, aque voltaria, sob outra forma, na última fase, o autorde "Poemas Escolhidos", ficaria inteiramente superadocom a reconstituição, em saborosos versos livres, dospadrões e costumes cuja marca estava presente numaregião caracterizada do país."

A outra face da personalidade poética de Jorge de Limaesculpe-se pelo cinzel da resigiosidade; primeiro, uma religio­sidade impregnada das marcas de uma cultura popular, umacatolicidade, segundo Luís Santa Cruz, "cheia de MeninosJesus, nos braços de todas as Nossas Senhoras do Brasil",de procissões "contra as secas do Nordeste, contra as enchen-

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tes dos rios do Norte, contra os gafanhotos, as geadas doSul, as bexigas, as lagartas e a peste". "Os mesmos domingosda cristandade sul-americana paupérrima, alegrando-se coma voz dos sinos das igrejinhas, os fonógrafos e as roupas engo­madas. Os mesmos garotos esfarrapados, por toda a parte,tocando ovelhas e cabritos e inclinando à visão católica ocoração do poeta".

Mais tarde, já no Rio de Janeiro, junto com o tambémpoeta Murilo Mendes, seu inseparável amigo, abraça "umacatolicidade moderna, metropolitana, teológica e litúrgica ,sorvida nas conferências teológicas sobre o Corpo Místicode Cristo, a liturgia da Missa e a participação nos mistériossacramentais, feitas pelo então abade beneditino, D. TomásKeller". '

Sr. Presidente, a homenagem que hoje, prestamos a Jorgede Lima soma-se à que, nq passado, se fez nesta Casa a umoutro ilustre alagoano, o romancista Graciliano Ramos. Avida intelectual e artística do País deve a Alagoas alguns deseus momentos mais brilhantes. E agradece.

Durante o discurso do Sr. Jorge Khoury, o Sr.Sigmaringa Seixas, § 2", artigo 18 do Regimento Interno,deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr.Mendonça Neto, § 2" do artigo 18 do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Mendonça Neto) - Com a palavrao D~putado José Abrão, pelo PSDB.

O SR. JOSÉ ABRÃO (PSDB - SP. Pronuncia o seguintediscurso.) -Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a bancadado PSDB me concedeu a honra de falar de Jorge Mateusde Lima, poeta, médico e espiritualista.

Há cem anos, no dia 23 de abril de 1893, nascia emUnião dos Palmares, Alagoas, um das mais significativas ex­

, pressões da literatura brasileira: Jorge de Lima.Filho de um abastado comerciante e dono de engenho,

cresceu em convivência íntima com antigos escravos e filhosde escravos, oriundos do quilombo de Zumbi, erguido alibem perto, na serra da Barriga. Nessa convivência ouvia dosnegros as histórias e lendas da antiga terra africana, ondemoravam seus orixás. Assim, a cultura negra, com seus deuses,suas crendices, sua dança, sua cozinha absorvida intensamentepela criança, mais tarde brotaria com força nos versos e noritmo quente do poeta.

São famosos poemas como "Essa Negra Fulô", "Xango","Ancila Negra", "Bangüê" e tantos outros, em que o poetapõe sua inspiração a descrever a hostória e os mitos da raçanegra, captando com maestria muitos dos aspectos que vierama constituir marcas profundas na alma brasileira.

A par dessa influência marcante, Jorge de Lima sempreostentou uma extraordinária capacidade de identificar-se comas pessoas humildes, que retrata em seus poemas, principal­mente em sua segunda fase, chamada de "regionalista" ou"nordestina". Sua poesia é uma viagem que se faz não apenasà paisa$em agreste do sertão, mas à própria alma do nordes­tino. E o conhecer de perto um mundo de contrastes, desenhores poderosos e de miseráveis famintos, com suas crendi­ces, suas rezas, benzeções, suas intermináveis procissões, detodos os santos e de todas as Nossas Senhoras.

Mais tarde, quando se transferiu para o Rio de Janeiro,foi um dos mais brilhantes expoentes do grupo de intelectuaise escritores chamados de "espiritualistas". Esse grupo reunia,citando apenás alguns, figuras da importância de Murilo Men­des, Jackson de Figueiredo, Tristão de Ataíde, Augusto Fre-

derico Schmidt e a insuperável Cecilia Meireles. É nesse mo­mento que toma corpo sua poesia religiosa, em que dá vigorosotestemunho de fé, buscando levar a outros sua visão de Deuse do catolicismo.

Sua religiosidade, contudo, não se confinava ao isola­mento sombrio de igrejas e santuários. Formado em medicina,fez da sua profissão o caminho para chegar aos humildes edesamparados. Grande parte de seu tempo era dedicada aatender e tratar pessoas pobres, e seu consultório, no Riode Janeiro, era ponto de encontro de amigos e desvalidos.

Sr. Presidente Sras. e Srs. Deputados, a homenagem quehoje prestamos a Jorge de Lima é fruto do reconhecimentode seu valor e da importância que conquistou dentro da vidaintelectual e artística de nosso País.

A ele devemos o encantamento perene de poemas como"O acendedor de lampiões", que foi aqui narrado pelo depu­tado Mendonça Neto, e "O mundo do menino impossível",exemplos de um erreprimível lirismo que vai buscar nas pró­prias contradições do ser humano o seu lado mais sublimee comovedor.

Fica, pois, registrada minha homenagem ao grande poeta,grande alagoano, grande brasileiro, Jorge de Lima, na come­moração de seu centenário.

Durante o discurso do Sr. José Abrão, o Sr. Men­donça Neto, § 2" do artigo 18 do Regimento Internodeixa a cadeira da presidência, que li ocupada pelo Sr.Adylson Motta, r Vice-Presidente.

O Sr. Mendonça Neto - Sr. Presidente, peço a palavrapela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Concedo a pala­vraa V. Ex"

O SR. MENDONÇA NETO (PDT - AL. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, solicito à Presidência da Mesaque se dirija ao hospital onde se encontra internado o escritorJorge Amado, para transmitir a solidariedade desta Casa àsua familia pelo seu pronto restabelecimento. Pelas últimasnotícias que tivemos, depois de passar sério risco de vida,o escritor Jorge Amado estaria numa fase menos ruim, compossibilidade de recuperação, tendo até, se não me engano,saído da UTI para a semi-UTI.

Embora seja uma das figuras mais representativas da cul­tura brasileira, homem do mundo, com seus livros traduzidospara mais de 50 idiomas, Jorge Amado representa o Brasilem qualquer parte a que se chega: nas livrarias, nas bibliotecas,nas novelas, na televisão. O nome de Jorge Amado se confun­de com o nome do Brasil.

Pelo profundo respeito que devotamos a um desses gêniosda raça a que me referi da tribuna há poucos instantes, gostariaque V. Ex\ como Presidente da Câmara, determinasse queesta Casa se solidarizasse com sua famJ1ia, nesta hora de dore de sofrimento.

o SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - A Mesa acolhea sugestão de V. Ex~ e já determinou providências para queseja encaminhada essa correspondência. Concordamos plena­mente com as palavras de V. Ex~: Jorge Amado é um dosmaiores orgulhos das letras brasileiras.

Esta Casa, por todas as razões, tem esse dever e atenderáà sugestão de V. Ex~

10098 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1993

VIII - ENCERRAMENTO

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Nadamais havendo a tratar, vou encerrar a sessáo.

O SR. PRESIDENTE (Adylson Motta) - Encerroa sessão, designando para amanhã terça-feira, dia 18às 14 horas, a seguinte

ORDEM DO DIA(15 às 18hl0min)

URGÊNCIA(Art. 155 do Regimento Interno)

Discussão1

PROJETO DE LEI N° 4.621-C, DE 1990Discussão, em turno único, do Substitutivo do Senado ao

Projeto de Lei nO 4.621-B, de 1990, que dispõe sobre a criação deEsColas Técnicas Federais e dá outras providências; tendopareceres dos Relatores designados pela Mesa em substituição àsComissões de Educação, Cultura e Desporto, pela aprovação(Relator: Sr. José Linhares); de Finanças e Tributação, pelaaprovação (Relator: Sr. José Falcão); e de Constituição e Justiçae de Redação, pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa (Relator: Sr. Nilson Gibson).

Obs.: matéria reincluída após cumprimento do prazo deadiamento da discussão por 1 sessão, aprovado e'TI 12-5-93.

PRIORIDADE(Art. 151, 11, 11 a li , do Regimento In ~rno)

Discussão

2PROJETO DE LEI N° 8.390-D,'DE 1S.86

(DO PODER EXECl.mVO)Discussão, em turno único, das Emendas do Senado ao

Projeto de Lei nO 8.390-C, de 1986, que reajusta o valor dapensão especial concedida a Justiniana Fleury Passos e revertidaà Maria Nilza Fleury Passos, filha do ex-Deputado EdsonJunqueira Passos; tendo pareceres das Comissões de Finanças eTributação, pela adequação financeira e orçamentária e, nomérito, pela aprovação da Emenda nO 1; e pela inadequaçãofinanceira e orçamentária e, no ao mérito, pela rejeição daEmenda nO 2 (Relator: Sr. Germano Rigotto); e da Comissão deConstituição e Justiça e de Redação, pela constitucionalidade,juridicidade e técnica legislativa da Emenda nO 1, e pelainjuridicidade da Emenda nO 2, contra o voto do Sr. José Genoíno(Relator: Sr. Gérson Peres).

3PROJETO DE LEI N° 3.132-B, DE 1992

(DO SENADO FEDERAL)Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nO 3.132-A,

de 1992, que assegura a contagem, como tempo de serviço doexterior, para efeito de promoção, dos períodos de afastamento

do diplomata agregado, cônjuge de diplomata, a fim deacompanhar o cônjuge no exterior,- sob a vigência da Lei nO5.887, de 31 de maio de 1973; tendo pareceres das Comissões deTrabalho, de Administração e Serviço Público, pela aprovaçãodeste e, rejeição da Emenda apresentada na Comissão (Relator:Sr. Chico Vigilante); e de Constituição e Justiça e de Redação,pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa

(Relator: Sr. José Dutra).4

PROJETO DE LEI N° 3.288-A, DE 1992(00 SENADO FEDERAL)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nO 3.288, de1992, que dá nova redação ao 4° do artigo 159 do Código Penal;tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e deRedação, pela constitucionalidade, juridicidade, técnicalegislativa e, no mérito, pela aprovação, com emenda (Relator:Sr. Gérson Peres).

ORDINÁRIAVotação

5PROJETO DE LEI N°2.748-A,DE 1989

(00 SR. PAULO PAIM)Votação, em turno único, do Projeto de Lei nO 2.748, de

1989, que dispõe sobre o pagamento de anuidade para ostrabalhadores e dá outras providências; tendo pareceres: daComissão de Constituição e Justiça _e de Redação, pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa (Relator:Sr. Roberto Torres); da Comissão de Trabalho, de Administraçãoe Serviço· Público: pela aprovação (Relator: Sr. EdmílsonValentim); e da Comissão de Finanças e Tributação, pela

rejeição. (Relator: Sr. César Maia)Obs.: matéria reincluída após cumprimento do prazo de

adiamento da votação por 2 sessões, aprovado em 13-5-93.

AVISOPROPOSIÇÕES EM FASE DE EMENDA OU

RECURSOS11 RECURSOS

- PROPOSIÇÕES APRECIADAS PELAS COMISSÕES(art. 132, § 2° do RI. _ Prazo de 5 sessões)PROJETO DE LEIN° 1.393/91 (WALDIR PIRES E OUTROS) _ Define os

créditos de natureza alimentícia previstos no art. 100da Constituição Federal e regula o processo para seupagamento pela Fazenda Pública.

Prazo: 2° dia: 18-5-93Último dia: 21-5-93

PROPOSIÇÕES SUJEITAS A ARQUIVAMENTO, NOSTERMOS DO ARTIGO 58, 4° DO RI. Prazo para- apresentaçãode recurso: artigo 58, § 2° _ 5 sessões.PROJETO DE LEINO 215/91 (ROBERTO JEFERSSON) _ Declara de utilidade

pública a Sociedade Pestalozzi de Petrópolis.

Maio de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 18 10099

Prazo: 2° dia: 18-5-93Último dia: 21-5-93PROPOSIÇÕES SUJEITAS A ARQUIVAMENTO, NOSTERMOS DO ARTIGO 133 DO RI. Prazo para apresentação derecurso: artigo 132, § 2° _ 5 sessões.PROJETO DE LEIN° 813/91 (CÉZAR SOUZA) _ Reduz a aliquota "ad valorem"

do imposto de importação das mercadorias quemenciona.

Prazo: 2° dia: 18-5-93Último dia: 21-5-93NO 445/91 (MARCELO BARBIERI) _ Dispõe sobre a criação

do Centro de Desenvolvimento Científico eTecnológico de Araraquara, no Estado de São Paulo.

Prazo: 2° dia: 18-5-93Último dia: 21-5-93N° 1.688/91 (JACKSON PEREIRA) _ Concede isenção do

Imposto sobre produtos Industrializados _ IPI naaquisição de automóveis de passageiros que sedestinem a operações de arrendamento mercantil, noscasos em que se especifica.

Prazo: 2° dia: 18-S-93Último dia: 21-S-93

N° 2.247/91 (JURANDYR PAIXÃO) _ Isenta~o Imposto sobreProdutos Industrializados _ IPI, os veículosautomotores adquiridos por auto-escolas.

Prazo: 2° dia: 18-5-93Último dia: 21-5-93N0 2.536/92 (FERNANDO CARRION) _ Dispõe sobre a

redução de alíquota de impostos incidentes sobreveículos automotores.

Prazo: 2° dia: 18-5-93Último dia: 21-5-93N° 2.714/92 (SENADO FEDERAL) _ Estabelece critérios para

avaliação dos incentivos fiscais, subsídios e benefíciosde natureza financeira, tributária e criditícia.

Prazo: 2° dia: 18-5-93Último dia: 21-5-93

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51-feira

12:5513:2015:0015:2515:S016:1516:4017:0517:3017:S5

18:2018:1018:3518:1018:3518:1018:35

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10:50.

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12:30

12:SS

13:20

IS:oo

IS:25

IS:50

16:1516:4017:05

17:30

17:5518:20

João FagundesBenedito DomingosJosé Múcio MonteiroMurilo RezendeGerson PeresNey LopesCelso BernardiAdilson Maluf

Diogo NomuraAdylson MottaLiberato CabocloGilvam BorgesVladimir PalmeiraJosé FalcãoLézio Sathler

Maria Valadão

Nan Souza

Paulo Ramos

Nilton Baiano

Jório de Barros·

Adroaldo streck

José Abrão

Chico Amaral

Benedida Silva

Roberto Valadão

Armando Viola

Jofram Frejat

Vicente Fialho

Chico Vigilante

Fernando Carrion

Avelino Costa

Maurici Mariano

RELAÇÃO DOS DEPUTADOS INSCRITOSNO GRANDE EXPEDIENTE· MAIO 1993·

Data18

19

20

21

Dia

SI-feira

61-feira

Hora18:1018:3518:1018:3518:1018:3510:0010:2510:5011:1511:4012:0S12:30

NomeAriosto HolandaLuiz GirãoEdi siliprandiZaire RezendeEraldo TinocoAngelaAminFélix MendonçaSérgio MirandaSocorro GomesCarlos NelsonGetúlio NeivaAroldo CedrazErnesto Gradella

ORDEM DO DIA DAS COMISSÕES

COMISSÃO DE AGRICULTURAE POLÍTICA RURAL

Aviso n° 8/93

Prazo para recebimento de emendas a substitutivo do pro-jeto:

Local: Sala 116, Bloco das LiderançasHorário: 9 às 12h e 14 às 18hInício: 18-5-93Término: 24-5-93A Proposição abaixo somente receberá emendas apresen­

tadas por membros desta Comissão ao substitutivo oferecidopelo relator.

1) Projeto de Lei n9 3.421192 - do Senado Federal (PLSn9 77/92 - que "altera artigo 49 da Lei nO 8.427, de 17 demaio de 1992, que dispõe sobre a concessão de subvençãoeconômica nas operações de crédito rural".

Relator: Deputado Lael Varella

10100 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1993

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇAEDEREDAÇAO

Local: Sala 1, Anexo IIHorário: lOh

PAUTA N? 18/93

A) Redação Final1) Projeto de Lei no 904/91 - do Sr. Nelson Jobim ­

que "acrescenta parágrafo único ao art. 161 do Código deProcesso Civil".

Relator: Deputado Nilson GibsonB) Proposição sujeita à apreciação pelo Plenário da Casá:

Tramitação Ordinária

2) Projeto de Decreto Legislativo n? 98-A/91 ~ do Sr.José Genoíno e outros 3 - que "susta o Parecer no ·SR-93,de 21 de junho de 1989, do Consultor-Geral da República,aprovado pelo Presidente da República em 22 de junho de1989".

Relator: Deputado José Maria EymaelParecer: pela constitucionalidade, juridicidac;le e t~cnica

legislativaC) Proposição sujeita à apreciação conclusiva <las Comis­

sões:Urgente

3) Projeto de Decreto Legislativo no 58/91 -da Comis­são de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática(Mensagem no 166/90-PE) - que "aprova o ato que outorgapermissão à Rádio Bernardense FM Ltda., para exploraI: servi­ço de radiodifusão sonora, na cidade de Padre Bernardo,Estado de Goiás".

Relator: Deputado Éden Pedroso .Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica

legislativa, com emendaD) Proposições sujeitas às disposições especiais ,4) Proposta de Emenda à Constituição n9 136192 .,- do

Sr. Leomar Quintanilha - que "altera a redação do .§ 1°do art. 239 da Constituição Federal".

Relator: Deputado José Maria EymaelParecer: pela admissibilidade5) Proposta de Emenda à Constituição n9 142/92 " da

Sr~ Teresa Jucá - que "dá nova redação às alíneas a e bdo inciso IX do art. 235 da Constituição Federal".

Relator: Deputado José Thomaz NonôParecer: pela admissibilidade.Local: Sala I, Anexo IIHorário: 10h

PAUTA No 19/93

A) Proposições sujeitas à deliberação do Plenário da CasaTramitação Ordinária

1) Projeto de Decreto Legislativo n9 231193 - do Sr.José Carlos Coutinho - que "determina que, por intermédiode plebiscito, a população do Estado do Rio'de Janeiro decidasobre a restauração dos antigos Estados da Guanabara e doRio de Janeiro".

Relator: Deputado Nilson GibsonParecer: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica

legislativa e, no mérito, pela aprovação.2) Emendas oferecidas em Plenário ao PL n9 1.81O-A/91

- que "acrescenta dispositivo à Lei n9 7.716, de 5 de janeirode 1989, que define os crimes resultantes de preconceito deraça ou de cor".

Relator: Deputado Hélio BicudoParecer: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica

legislativa e, no mérito, pela rejeição'. .• .. • ' • I

Tra,mitação Ordinária

. . 3) Proj~to: de Lei n9: i.21Ó-N91 - do Sr. João Almeida- que "obriga os terminais de recepção e embarque de petró­leo e seus derivados a disporem de unidades de combate àpoluição das águas".

Relator: Deputado Mendes BotelhoParecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica

legislativa., "A P~ojeto de Lt;i n° 1.61O-A/91- do Sr. Sidney de Mi­guel - que "cria a Area de Proteção Ambi<;ntal de Búzios,no Distrito de Armação de Búzios, Municípip de Cabo Frio,Estado do Rio d~ Janeiro':. .' "

Relator: Deputado Hélio :BicudoParecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica

legislativa deste e das emendas apresentadas na Comissão.Vista: o Deputado Paes Landim devolv~ua proposição

sem manifestação escrita. .. 5) Projeto de Lei no 3.181-A/92 -do Sr. Jackson Pereira

- que "tipifica as empr,esas qUff ,expl.oram a atividade de,faturização, ,também, conhecidas PPf fomento comercial oufactoring, como instituições financeiras". '

Relator: Deputado Mendes BotelhoParecer: p.ela constitucionalidade, juridicidade e técnica

legislativa.Local: Sala 1, Anexo IIHorário; 10h

pAUTA No 20/93

A) Propo!!ições sujeita à apreciação pelo flen~rio da Casa

Prioridade

1) Projeto de Decreto Legislativo no 115/91 - do Sr.Luiz Piauhylino - que "susta os efeitos do Decreto de 2de setembro de 1991, do Poder Executivo, que dispõe sobrea competência do Ministro Extraordinário para Assuntos deIntegração Latino-Americana". '

Relator: Deputado Osvaldo MeloParecer: pela constitucionalidade,juridicidade e técnica

legislativa. .2:) Projeto de Decreto Legislativo no 224/92 - da Comis­

são de Relações Exteriores (Mensagem n9 601l92-PE) - que"aprova o texto da Convenção Interamericana sobre Arbitra­gem Comercial Internacional, concluída em 30 de janeiro de1975, na cidade do Panamá".

Relator: Deputado Paes LandimParecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica

legislativa.3) Prcj,~to de Decreto Legislativo n° 226/92 - da Comis­

são de Relações Exteriores (Mensagem n9 537/92-PE) -.que"aprova o texto do Tratado sobre Transferência de Presos,celebrado entre o Governo da República Federativa do Brasileo Governo do Canadá, em Brasília, em 15 de julho de1992".

Relator: Deputado José Luiz ClerotParecer: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica

legislativa e, no mérito, pela aprovação. .B) Proposições sujeita à apreciação çonclusiva das Co­

missões

Maio de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 18 10101

Prioridade. '

4) Projeto de Decret~ Legi~lativ9 n? 60/91 - da Comis­são de Ciência e Tecnologia, Comunicação e 'Informática(Mensagem n? 192/90-J;'E) ;- que ".aprova o ato que outorgapermissão à ;Rádio FM Rio Acaraú de Tamboril Ltda., paraexplorar serviço de' radiodifusão sonora, na cidade 'de' Tam-boril, Estado 'do Ceará". . .

Relator: Deputado Tony GelParecer: preliminar, no sentido de se indagar do Ministro

das Comunicações quais os critérios adotados para a escolhada interessada.

5) Projeto de Lei n? 1.818-A/91 - do Senado Federal(PLS n? 130/91)- que "dá' nova redação ao 'item '111 doart. 131 da Consolidação das Leis do Trabalho".

Relator: Oeputadó GersohPereSParecer: pela constitucionalidade, jui:idicidade e técnica

legislativa deste e pela prejudicialidade do Projeto de Lein? 2.728/92, apensado.

6) Projeto de Lei n92.250-B/91 - do Poder Executivo(Mensagem n? 643/91) ~ que "dispõe sobre a alienação deimóveis de propriedade da União, sob a ju~isdição do Minis-tério da Marinha". .

Relator: Deputado José DutraParecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica

legislativa.' , . .Tramitação Ordinária

7) Projeto de Lei n? 149-A/91 - do Sr. Carlos Cardinal- que "altera o art. 477 da Consolidação das Leis do Traba­lho".

Relator: Deputado. Ciro,Nog,:,ei~aParecer: pela constitucionalidade, juridicidade e boa téc­

nica legislativa deste e do Projeto de Lei n? 398/91, apensado.8) Projeto 'de Lei 'n?·1.370-A/91 - do'Sr: José Maria

.Eymael- que "dá nova redação,ao art. 14 da Lei n? 8.177,de I? de março de 1991, que estabelece regras para a desinde­xação e dá outras providências".

Relator: Deputado Ciro NogueiraParecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica

legislativa.9) Projeto de Lei n? 2.398-A/91 - do Sr. José Carlos

Coutinho - que "acresc,elita§4? ao art. 71 da Consolidaçãodas Leis do Trabalho".

Relator: Deputado Mendes BotelhoParecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica

legislativa com emenda e subemenda à emendas da Comissãode Trabalho, Administração e Serviço Público.

Loca: Sala 1, AnexoHorário: 10h

PAUTA N9 21193A) Proposições sujeita ã apreciação pelo Plenário da Casa

Prioridade

1) Projeto de Lei n92A56/91-do Senado Federal (PLSn? 266/91) - que "dispõe sobre a utilização, pelo Governodo Distrito Federal, das Polícias Civil e Militar e do Corpode Bombeiros Militar de que trata o § 4? do art. 32 da Consti­tuição Federal".

Relator: Deputado Benedito DomingosParecer: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica

legislativa e, no mérito, pela aprovação deste e das emendasdas Comissões de Defesa Nacional e Finanças.

'B) Proposições sujeita à apreciação conclusiva das Co­missões

Tramitação Ordinária

2) Projeto de Lei n9 1.985-A/91 - do Sr. Max Rosen­mann - que "agrava penalidades de infrações previstas peloCódigo Nacional de Trânsito para conferir maior proteçãoà vida dos pedestres".

Relator: Deputado Benedito de FigueiredoParecer: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica

legislativa.3) Projeto de Lei n? 2.384/91 - do Sr. Renato Vianna

- que "altera dispositivos da Lei, n? 8.245, de 18 de outubrode l??~, 9~e dispõe ,sobre as locações dos imóveis urbanose os procedImentos a elas pertinentes".

Relator: Deputado Tourinho Dantas. Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica

legislativa e,no mérito, pela aprovação.Local: Sala 1, Anexo 11Horário: lOh

PAUTA N? .22/93

A) Redações FinaiS. J) .~r()jeto de Lei n? 1.023-A/91- do Sr. Amaury Müller

- que "atualiza valor' da pensão vitalícia, concedida pelaLei n° 3.597, de 29 de julho de 1959, à viúva do ex-DeputadoSilvio Sanson, Sr" Albina Clementina Frascalossi Sanson".

. 2) Projeto de Lei n? 1.203/91 - do Sr. Laire Rosado- que -"'denomina Luís Fausto de Medeiros, o Porto-Ilhade Areia Branca, situado no município de mesmo nome, Esta­do do Rio Grande do Norte".

3)- Projeto de .Lei n? 2.689/92 - do Sr. Nelson Jobim- que "altera dispositivos do Código de Processo Civil, relati­vos à liquidação de sentença".. ' 4) Projeto de Lei n? 2.375-A/91- do Sr. Jackson Pereiraque "dispõe sobre a obrigatoriedade de exigência de Certifi­cado de Regularidade Social- CRS, relativo às contribuiçõesprevidenciárias, PISIPASEP, FGTS e FINSOCIAL, quandoda' contratação com o Poder Público, nas esferas federal, esta­dual e municipal".

5) Projeto de Lei n? 553-A/91 - do Sr. Nelson Proença- que isenta do pagamento anual da taxa de inscrição previstano Decreto-Lei n? 221, de 28 de fevereiro de 1967, alteradopelo Deoreto-Lei n? _2.467, de 19 de setembro de 1988, asembarcações de pesca de até 10 (dez) metros de comprimen­to" .

AVISO N9 9/93

Prazo para recebimento de emendas:Local: Sala 1, Anexo 11Horário: 9 às 12h e 14 às 18h30minInício: 18-5-93Término: 24-5-93'A) Da análise da constitucionalidade e juridicidade (art.

54, RI.)1) Projeto de Lei n? 5.653-A/90 - do Poder Executivo

(Mensagem n? 558/90)- que "dispõe sobre limites de potênciados aproveitamentos de quedas d'agua e outras fontes de ener­gia hidráulica de capacidade reduzida e dá outras providên­cias". (Apensos os Projetos de Lei no:' 788 e 2.139, de 1991).

Relator: Deputado José Maria Eymael2) Projeto de Lei n? 379-A/91 - do Sr. Dejandir Dalpas­

quale - que "regulamenta os § 3? do art. 31 da ConstituiçãoFederal".

Relator: Deputado Messias Góis

10102 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1993

3) Projeto de Lei nQ 3.123-A/92 - do Sr. José Maria Eymael- que "dispõe sobre o prazo de publicação, pelo Departa­mento da Receita Federal, dos modelos de Declaração doImposto de Renda".

Relator: Deputado José Luiz Clerot

B) Da Análise da Constitucionalidade, Juridicidade e Mé­rito

4) Projeto de Lei n° 740/91 - do Sr. Rubens Bueno- que "dispõe sobre a exigência de escritura pública paraos contratos, no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação".

Relator: Deputado José Dirceu

COMISSÃO .DE DEFESA NACIONAL

SUBCOMISSÃO PERMANENTE DE PREVENÇÃOE COMBATE AO NARCOTRÁFICO E AO

USO INDEVIDO DE DROGAS

Reunião de Audiência Pública

Local: Sala 19, Anexo II - Horário: lOhTema: Análise .crítica do Projeto de Lei n" 3.713/93, do

Poder Executivo (Mens. n" 214/93), que "cria a SecretariaNacional de Entorpecentes e dá outras providências".

Expositores: Dr. Isaac Barreto Ribeiro, Presidente doCONFEN - Conselho Nacional de Entorpecentes; Dr. Es­dras Dantas, Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil.

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURAE DESPORTO

Local: Sala 15, Anexo 11 - Horário: lOhData: 19-5-93

PAUTA NY 7/93

A) Requerimentos

1) Requerimento nQ 1193 - do Sr. Renildo Calheiros(PC do B/PE) - propondo a convocação do Senhor Ministroda Educação e Desporto, ProfY Murílio Avellar Hingel, nostermos do art. 229, inciso I, do Regimento Interno da Câmarados Deputados, para, perante a Comissão, prestar esclareci­mentos necessários sobre o descontrole no aumento das men­salidades escolares e o efetivo cumprimento da ação fiscaliza­dora daquele Ministério, por atribuição constitucional.

2) Requerimento n" 2/91 - do Sr. Celso Bernardi (PPRIRS) - que propõe a realização de audiência pública sobrea matéria de que trata o projeto de Lei n9 868188, de autoriado Sr, Denisar Arneiro, que "cria o Serviço Social do Trans­porte Terrestre (SEST) e o Serviço Nacional de Apredizagemdo Transporte Terrestre (SENAT)", com a participação dosseguintes convidados: .Presidente da Confederação Nacionalda Indústria; Presidentes das Federações das Indústrias dosEstados de São Paulo, do Rio de Janeiro e do Rio Grandedo Sul; Presidente da Confederação Nacional dos Transporte;Presidentes das Federações dos Transportes de São Paulo,do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul; e Diretora Técnicado SENAI (Serviço Nacional da Indústria).

B) Proposições sujeitas a apreciação pelo Plenário da Casa

Urgência

3) Projeto de Decreto Legislativo n" 195/92 - da Comis­são de Relaç(!ies Exteriores (Mensagem n9 33/92) - que "apro­va os textos do Ato Constitutivo do Instituto Internacionalda Língua Portuguesa, celebrado em São Luiz, Estado doMaranhão, em 19 de novembro de 1989, e do Acordo Relativo

ao Instituto Internacional da Língua Portuguesa, concluídoemLisboa, em 16 de dezembro de 1990".

Relator: peputado Costa FerreiraParecer: favorável

Prioridade

4) Emendas oferecidas em Plenário ao Projeto de Lein" 2.422, de 1989 - do Senado Federal '(PLS n9 226/81) ­que "dispõe sobre a ob rigatoriedade da existência de umdepartamento de educação física nos ocômicos psiquiátricos".

Relator: Deputado Ronivon SantiagoParecer: contrário

Tramitação Ordinária

5) Projeto de Lei n9 924/88 - do Sr. Sólon Borges dosReis - que "revoga o art. 318 da Consolidação das Leisdos Trabalhos". Apenso o PL n9 1.162/91.

Relator: Deputado Fábio RaunheittiParecer: contrário ao PL n9 924/88 e ao de n9 1.162/91,

apensado.6) Emendas oferecidas em Plenário ao Projeto de Lei

n" 3.229, de 1989 - do Sr. José Tavares - que "dispõesobre a remessa de vencimento, salários e proventos de servi­dores públicos em treinamento de pós-graduação no exteriore dá outras providências".

Relator: Deputado Ubiratan AguiarParecer: favorável7) Projeto de Lei n9 3.148/92 - do Sr. Antonio de Jesus

- que "abona as faltas de estudantes nos dias consideradosespeciais para diversas comunidades religiosas". Apenso oPL n° 3.152/92.

Relator: Deputado Orlando PachecoParecer: favorável, com substitutivo8) Projeto de Lei Complementar n° 122/92 -do Sr. José

Maria Eymael - que "dispõe sobre a preservação, manu­tenção e divulgação de documentos públicos e privados deinteresse público".

Relator: Deputado Florestan FernandesParecer: favorável9) Projeto de Decreto Legislativo n" 198/92 - do Sr.

José Maria Eymael - que "cria a Medalha Mérito Parla­mentar".

Relator: Deputado Roberto BalestraParecer: favorável10) Projeto de Resolução n9 77191 - do Sr. Magalhães

Teixeira e outros - que "institui Comissão Parlamentar deInquérito destinada a investigar a situação do ensino públicono Brasil, abrangendo as aplicações dos recursos destinadosà educação e as graves distorções existentes" .

Relator: Deputado Florestan FernandesParecer: favorável, com emendaC) Proposições sujeitas à apreciação conclusiva das Co­

missões

Prioridade

11) Projeto de Lei n9 2.910/92 - do Senado Federal(PLS n9 296/91) - que "fixa prazos para o pagamento dosfinanciamentos contratados pelo Programa de Crédito Educa­tivo e dá outras providências".

Relatora: Deputada Ângela AminParecer: contrário

Maio de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 18 10103

Tramitação Ordinária

12) Projeto de Lei n° 5.179/90 - do SI. Ivo Mainardi- que "institui o Dia do Barbeiro, Cabeleireiro e ArtesAfins".

Relator: Deputado João HenriqueParecer: favorável13) Projeto de Lei n'! 1.670/91 - do SI. Jackson Pereira

- que "institui o Dia Nacional do Pescador".Relator: Deputado José FortunatiParecer: contrário14) Projeto de Lei n~ 1.754/91 - do SI. Dércio Knop

- que "regulamenta o exercício da profissão de supervisoreducacional e dá outras providências".

Relator: Deputado Orlando PachecoParecer: favorável, com emendaVista: Deputado Flávio Arns, que devolveu o projeto

sem manifestação escrita.15) Projeto de Lei n° 2.027/91- do SI. Fernando Diniz

- que "institui o Dia Nacional do Detetive Profissional".Relator: Deputado Carlos LupiParecer: favorável16) Projeto de Lei no 2.223/91 - do SI. Nelson Bornier

- que "institui o Dia do Petroquímico".Relator: Deputado José FortunatiParecer: contrário17) Projeto de Lei no 2.279/91 - da Sr~ Maria Valadão

- que "determina a adoção de critérios técnicos na alocaçãoe na transferência de recursos federais para a construção deestabelecimentos de ensino".

Relatora: Deputada Ângela AminParecer: contrário

18) Projeto de Lei n9 2.465/91 - do SI. José Cicote ­que "autoriza o Poder Executivo a criar a Fundação Univer­sidade do Grande ABC e dá outras providências".

Relatora: Deputada Ângela AminParecer: contrário19) Projeto de Lei no 2.727/92 - do SI. Mauro Sampaio

- que "dá nome de Caldeira de Castelo Branco à rodoviaTransequatorial, a ser formada pela conexão da BR-156 coma BR-163, e dá outras providências".

Relator: Deputado Orlando PachecoParecer: favorável

20) Projeto de Lei n'! 2.785/92 - do SI. Jorge TadeuMudalen - que "acrescenta parágrafo ao artigo 40 da Lein° 5.692, de 11 de agosto de 1971, que fixa diretrizes e basespara o ensino de 19 e 2~ graus".

Relator: Deputado Alvaro ValleParecer: contrário

21) Projeto de Lei n'! 2.814/92 - da Sr~ Jandira Feghali- que "institui a meia-entrada para estudantes em estabele­cimentos que proporcionem lazer e entretenimento".

Apenso o PL nU 2.824/92.Relator: Deputado Ubiratan AguiarParecer: favorável, com substitutivo22) Projeto de Lei n° 3.222/92-do Sr. Onaireves Moura

-que "dispõe sobre a impenhorabilidade dos bens das entida­des de direção e prática do desporto".

Relator: Deputado Orlando PachecoParecer: favorável23) Projeto de Lei nº 3.558/93 - dos Srs. Cyro Garcia

e Ernesto Gradella - que "garante aos ex-Combatentes da

Força Expedicionária Brasileira ingresso gratuito nas casasde espetáculos em geral e dá outras providências".

Relator: Deputado João HenriqueParecer: favorável

AVISO W 8/93

Prazo para recebimento de destaquesLocal: Anexo TI, sala 15 - Horário: 9h às 12h e 14h

às 18h30min.Início: 19-5-93Termino: 25-593As proposições abaixo somente receberão destaques

apresentados por membros da Comissão.. 1) Prójeto de Lei no 507/91 - do Sr. Nilson Gibson ­

que "altera a Lei nº 5.988, de 14 de dezembro de 1973, queregula os direitos autorais e dá outras providências".

Relator: Deputado Alvaro ValleParecer: contrário.2) Projeto de Lei nº 888/91 - do SI. Amaury Müller

- que "dispõe sobre alocação de recursos provenientes deexploração de loteria esportiva federal, sena e loto e dá outrasprovidências" .

Relator: Deputado Alvaro ValleParecer: contrário3) Projeto de Lei nº 1.669/91 - do SI. Jackson Pereira

- que "institui o Dia do Maçon."Relator: Deputado Alvaro ValleParecer: contrário4) Projeto de Lei n° 2.310/91 - do SI. Jório de Barros

- que "revoga o Decreto-Lei n° 869, de 12 de setembrode 1969, e dá outras providências".

Relator: Deputado Fábio RaunheittiParecer: favorável5) Projeto de Lei nº 3.008/92 - da Sra. Etevalda Grassi

MeneZes - que "obriga os sistemas de ensino dos Estadosa ministrarem curso de alfabetização de adultos e de ensinofundamental aos detentos nos estabelecimentos carcerários".

Relator: Deputado Alvaro ValleParecer: contrário6) Projeto de Lei no 3.174/92 - do SI. Nilton Baiano

- que "determina que o modelo de fardamento escolar adota­do nas escolas públicas e privadas não possa ser alterado antesde transcorridos cinco anos". Apenso o PL n'! 3.327/92.

Relator: Deputado Fábio RaunheittiParecer: favorável ao PL nº 3.174/92 e contrário ao de

n~ 3.327/92, apensado.7) Projeto de Lei nº 3.559/93 - dos Srs. Cygro Garcia

e Ernesto Gradella - que "institui meia-entrada para traba­lhadores sindicalizados".

Relator: Deputado Fábio RaunheittiParecer: contrário

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃOAVISO N9 10/93

Prazo para recebimento de Emendas:Local: Sala 2-A, Anexo 11 - Horário: 9h às 12h e

14h às 18hInício: 13-5-93Término: 19-5-93A).- Adequação Financeira e Orçamentária1) Projeto de Lei no 3.248-B/92 - do Tribunal de Contas

da União - que "dispõe sobre o Quadro Próprio de Pessoal ._

10104 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de It)t)3

da Secretaria do Tribunal de Contas da União e dá outrasprovidências".

Relator: Deputado Jackson PereiraB) - Mérito .2) Projeto de Lei n9 1.330-A/91 - do Sr. José Felinto

- que "cria área de livre comércio no Município de Fozdo Iguaçu, no Estado do Paraná".

Relator: Deputado José Aníbal3) Projeto de Lei n" 2.866-A/92 - do SI. Romel Anísio

- que "dispõe sobre a criação de Zona de Processamentode Exportações - ZPE, nos Municípios de São Si1l!'ão, Estadode Goiás e Santa Vitória, Estado de Minas Gerais".

Rel;tor: Deputado José Aníbal ..4) Projeto de Lei n92.968-A/92-do Sr. Jório de Barros

- que "dispõe sobre a criação de Zona de Processamentode Exportações - ZPE, no Município de Colatina, Estadodo Espírito Santo". .

Relator: Deputado José Aníbal5) Projeto de Lei n93.026-A/92 - do SI. Max Rosen­

mann - que "dispõe sobre a criação de. ~~na de Proce,s~a­

mento de Exportações - ZPE, no MumclplO de Araucana,Estado do Paraná".

Relator: Deputado José Aníbal

AVISO N9 11/93

Prazo para recebimento de emendas:Local: Sala 2-A, Anexo II - Horário: 9h às 12h e 14h

às 18hInício: 19-5-93Término: 25-5-93

A) adequação financeira e orçamentária1) Projeto de Lei n? 3.396-A/92 - do Senado Federal

(PLS n9 383/91) - que "concede Pélnsão especial a SebastiãoBernardes de Souza Prata e dá outras providências".

Relator: Deputado Jackson PereiraB) - A proposição abaixo somente receberá emendas

apresentadas por membros desta comissão ao substitutivo dorelator:

2) Projeto de Lei W 3.555/93 - do Sr. João Faustino- que "considera co-responsáveis os membros da diretoriae o gerente da agência de estabelecimento bancário pela aber­tura de conta-corrente com nome falso".

Relator: Deputado Jackson PereiraObs: As emendas só serão aceitas em formulários próprios

à disposição na Secretaria da Comissão.

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

AVISO N9 5/93

Prazo para recebimento de emendas:Local: Sala 9, Anexo II - Horário: 9:30 às 12h e 14:30

às 18hInício: 12-5-93Término: 18-5-93A proposta abaixo somente receberá emendas apresen·

tadas por membros desta Comissão ao Substitutivo oferecidopela relator

1) Projeto de Lei N9 2.022/91 - do SI. Eduardo Jorge- que "dispõe sobre a proibição do uso de marca comercialou de fantasia nos produtos farmacêuticos". (Apensado PLn93.260/92)

AVISO N9 6/93

Prazo para recebimento de emendas:Local: Sala 9, Anexo II - Horário: 9:30 às 12h e 14:30

às 18hInício: 17-5-93Término: 21-5-931) Projeto de Lei N" 3.581193 - do SI. Laerte Bastos

- que "cria estímulo às empresas que recrutarem menoresaprendrizes, e dá outras providências".

Relatora: Deputada Rita Camata2) Projeto de Lei Nv 3.591193 - da S~ Maria Luiza Fonte­

nele - que "estabelece sanções civis nos casos de violênciafamiliar" .

Relatora: Deputada Rita Camata3) Projeto de Lei N" 3.633/93 - Da Comissão Parla­

mentar Mista de Inquérito, destinada a investigar a incidênciade esterilização em massa de mulheres no Brasil- que "regu­lamenta o parágrafo 7", do artigo 226, da Constituição Federal,que trata do planejamento familiar; estabelece penalidadese dá outras providências".

Relatora: Deputada Rita Camata4) Projeto de Lei N9 3.656/93 - do SI. José Abrão ­

que "dispõe sobre providências a serem tomadas quando davenda e emissão de passagens para uso de crianças e adoles­centes".

Relatora: Deputada Rita Camata

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃOE SERVIÇO PÚBLICO

Local: Sala 11, Anexo II

PAUTA N" 003/93

A) Proposições sujeitas a deliberação do Plenário da Ca·sa:

Urgente

1) Projeto de Decreto Legislativo N? 139/91-da Comis­são de Relações Exteriores (Mensagem N? 526/91) - que"aprova o texto do Acordo sobre o Funcionamento do Escr~­

tório da Secretaria-Geral da Organização dos Estados Amen­canos, suas Obrigações, Privilégios e Imunidades, celebradoentre o Governo da República Federativa do Brasil e a Secre­taria-Geral da Organização dos Estados Americanos, em Bra­sfiía, em 23 de fevereiro de 1988".

Relator: Deputado Edmar MoreiraParecer: favorável

Prioridade

2) Projeto de Lei N" 7.859/86 - do Poder Executivo(Mensagem N? 257/86) - que "dispõe sobre as atividadesparticulares de vigilância armada, transporte de valores, for­mação de pessoal destinado ao desempenho dessas atividadese dá outras providências".

Relator: Deputado Chico VigilanteParecer: favorável, com substitutivo.

Tramitação Ordinária

3) Proposta de Fiscalização e Controle N9 27/91 - doSI. Augusto Carvalho - que "solicita que a Comissão deTrabalho, de Administração e Serviço Público encaminhe aoTribunal de Contas da União pedido de inspeção extraor­dinária para apurar irregularidades no âmbito do Ministérioda Aeronáutica".

Maio de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 18 10105

Relator: Deputado Jair BolsonaroParecer: favorável, pelo acolhimento do relatório prévio4) Proposta de Fiscalização e Controle N9 47/92 - do

Sr. Ernesto Gradella - que "solicita que a Comissão de Tra­balho, de Administração e Serviço Público, requeira ao TCUa realização de auditoria contábil, financeira, orçamentáriae patrimonial no Instituto Assistencial Antonio Belino Rodri­gues Leite, com sede em Bananal, SP".

Relator: Deputado Chico VigilanteParecer: favorável, pelo acolhimento do relatório prévio5) Projeto de Lei N9 1.052/83 - do Sr. Victor Faccioni

-que "dispõe sobre a distribuição de leite aos trabalhadores".Relator: Deputado Paulo Paim .Parecer: favorável, com substitutivo6) Projeto de Lei N9 1.153/88 - do Sr. Paulo Paim ­

que "dispõe sobre a faculdade da realização de reunião men­sal, entre empregados e respectivos sindicatos, nos órgãosda administração direta e indireta, nas autarquias, das funda­ções e·.···· presas sob o controle acionário ou patrimonial daUnião e, ,las empresas privadas".

datora: Deputada Maria LauraParecer: favorável7) Emendas oferecidas ao Projeto de Lei n9 1.498-A,

de 1989 - do Sr. Hélio Rosas - que "acrescenta dispositivoà Lei n9 1.060, de 5 de fevereiro de 1950, que estabelecenormas para a concessão de assistência judiciária aos necessi­tados".

Relator: Deputado Jair BolsonaroParecer: favorável, com Subemenda à Emenda n928) Projeto de Lei W 2.260/89 (PL n9 2.454/89 e PL n9

208/91, apensados) - do Sr. Paulo Paim - que "dá novaredação ao parágrafo único do artigo 445 da Consolidaçãodas Leis do Trabalho, estabelecendo novo prazo para oscontratosde experiência".

Relator: Deputado Chico VigilanteParecer: favorável ao principal e aos PL de n(D 2.454/89

e 208/91, apensados, com substitutivo.9) Projeto de Lei N9 2.283/89 - do Sr. JoséSantana de

Vasconcelos - que "dispõe sobre a apuração, como de efetivoexercício, para efeito de aposentadoria, do tempo de serviçoque menciona e dá outras providências".

;Relator: Deputado João de Deus AntunesParecer: favorável

Vista: Deputado Jair BolsonaroParecer: contrário10) Projeto de Lei N9 2.508/89 (PL n9 1.014/91, PL n9

1.674/91, PL n93.124/92, apensados) - do Sr. Koyu lha ­que "estabelece prazo para a prestação de informações pelosórgãos públicos".

Relator: Deputado Chico VigilanteParecer: favorável, e pela prejudicialidade dos apensadosVista: Deputado Zaire RezendeParecer: favorável, com emenda11) Projeto de Decreto legislativo N9 318/90 - do Sr.

Paulo Paim - que "susta os efeitos do parágrafo 19do artigo99 do Decreto n9 99.684, de 8 de novembro de 1990, e dáoutras providências".

Relator: Deputado Ernesto GradellaParecer: favorável12) Projeto de Decreto Legislativo Nv 116/91 (PL n9

132/91, apensado)- do Sr. Paulo Paim - que "susta a aplica­ção da Portaria.n9925, de 19de outubro de 1991, do Ministro

da Economia, Fazenda e Planejamento, que interpreta o arti­go 39da Lei n98.222 de 5 de setembro de 1991".

Relatora: Deputada Maria LauraParecer: favorável13) Projeto de Lci Complementar N9 129/92 - do Sr.

antônio de Jesus - que "fixa data para o pagamento dosservidores da administração direta, indireta e fundacional".

Relator: Deputado Chico VigilanteParecer: favorável, com emenda14) Projeto de Decreto Legislativo N9 173/92 - do Sr.

Alberto Haddad - que "susta a aplicação do disposto noartigo 89,,incisos I, 11 e 111 da Instrução Normativa n92, doMinistério do Trabalho e Previdência Social, e do art. 99doDecreto n999.684, de 8 de novembro de 1990, que consolidaas normas regulamentares do Fundo de Garantia do Tempode Serviço".

Relator: Deputado Edmundo GaldinoParecer: favorável, com substitutivoB) Proposições sujeitas à apreciação conclusiva das comis­

sões:

Prioridade

15) Projeto de Lei N9 3.291/92 - do Senado Federal(PLS 57/92) - que "fixa jornada de trabalho semanal à cate­goria profissional de Farmacéutico no Serviço Público".

Relator: Deputado Chico VigilanteParecer: favorável

Tramitação ordinária

16) Projeto de Lei N9 4.991/90 (PL nl" 1.615/91, 1.837/91e 2.738/92, apensados) - do Sr. Koyu lha - que "alteraa redação do parágrafo 29do artigo 224 da Consolidação dasLeis do Trabalho".

Relator: Deputado Pedro PavãoParecer: contrário ao principal e aos PIs n(>5 1.837/91 e

2.738/92, apensados, e favorável ao PL nV 1.615/91, apensado17) Projeto de Lei n9 6.084/90 (PL n9 3.009/92 - apen­

sado) - dos Srs. Koyu Ilha e Nelton Friedrich - que"dispõesobre o valor de pensão devida aos dependentes de servidorespúblicos e dá outras providências".

Relator: Deputado José Carlos SabóiaParecer: contrário ao principal, e favorável ao PL

3.009/92, apensado18) Projeto de Lei N9 100/91 - da Sra. Irma Passoni

- que "revoga o parágrafo único do artigo 482 da Consoli­dação das Leis do Trabalho".

Relator: Deputado Chico VigilanteParecer: favorável19) Projeto de Lei N9 105/91 (PLs n9S 798/91 e 1.119/91,

apensados) - da Sr' Rita Camata - que "regula a licença-pa­ternidade nos termos do artigo 79, inciso XIX, da ConstituiçãoFederal e dá outras providências".

Relator: Deputado Jabes RibeiroParecer: favorável ao principal, com emenda, e contrário

aos PLs de n9S 798/91 e 1.119/91, apensados.20) Projeto de Lei N9 153-B/91- do Sr. Carlos Cardinal

- que "acrescenta parágrafo 29ao artigo 482 da Consolidaçãodas Leis do Trabalho".

Relator: Deputado Chico VigilanteParecer: favorável, com emenda21) Projeto de Lei N° 229/91 (PL de nVS 677/91 e 3.466/92,

apensados) - da Sr~ Benedita da Silva - que proíbe a exigên-

10106 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1993

cia de atestado que comprove esterilidade ou gravidez decandidatos a emprego".

Relator: Deputado Chico VigilanteParecer: favorável ao principal, com emendas, e contrário

aos PL de n9S 677/91 e 3.466/92, apensados22) Projeto de Lei N9432/91 (PL s 1.342/91 e 2.123/91,

apensados) - do Sr. Paulo Paim - que "dispõe sobre ajornada de trabalho dos telexistas, gráficos, programadorese operadores que operem computadores ou outros equipa­mentos com terminais de vídeo".

Relator: Deputado Chico VigilanteParecer: 'favorável ao principal e contrário aos PLs de

n°; 1.342/91 e 2.123/91, apensados23) Projeto de Lei nQ 528/91 (PL nQ 2.643/92, apensado)

- do Sr. Gilvan Borges - que "revigora o artigo 123 daConsolidação das L~is do Trabalho, dispondo sobre o forneci­mento gratuito de uniforme pelas empresas".

Relator: Deputado José Carlos SabóiaParecer: contrário ao principal, e favorável ao PL n9

2.643/92, apensado24) Pr.ojeto de Lei N9 737/91 (PL n92.976/92, apensado)

- do Sr. Luiz Henrique - que "assegura aos desempregadoso direito à suspensão dos pagamentos da casa própria, ,peloprazo e nas condições que especifica':.

Relator: Deputado Chico Vigilanteparecer: contrário ao principal, e favorável ao PL n9

2.976/92, apensado. "25) Projeto de Lei N9 1.510/91 --'- do Sr. Fausto Rocha

- que "dispõe sobre o uso de "bafômetro" pelas empresas".Relator: Deputado Jair BolsonaroParecer: favorávelVista: Deputado Chico VigilanteParecer: contrário26) Projeto de Lei N91.743/91 (PL n92.791/92, apensado)

- do Sr. Tuga Angerami - que "concede adicional de pericu­losidade aos motoristas profissionais".

Relator: Deputado Edmundo GaldinoParecer: contrário ao principal, e favorável ao PL n9

2.791/92, apensado "27) Projeto de Lei n91.897/91 - doSr. José Mendonça

- que "altera dispositivos da Lei n93.857, de 22 de dezembrode 19óO, que cria a Ordem dos Músicos do Brasil e dispõesobre a regulamentação do exercício da profissão de músico,e dá outras providências".

Relator: Deputado Paulo RochaParecer: favorável, com emendas (6)28) Projeto de Lei NQ 1.920/91 - do Sr. Eduardo Jorge

- que "dispõe sobre a jornada de trabalho e outros aspectosreferentes à organização do trabalho e das condições ambien­t~is dos trabalhadores que realizam suas atividades continua­mente em terminais de vídeo".

Relator: Deputado Jair BolsonaroParecer: favorável29) Projeto de Lei N9 1.978/91 - do Sr. Edison Fidelis

-que "altera os artigos 846,847 e 848, caput, da Consolidaçãodas Leis do Trabalho- CLT, que dispõe sobre procedimentosa serem adotados na audiência inaugural das Juntas de Conci­liação e Julgamento".

Relator: Deputado Jair BolsonaroParecer: favorável30) Projeto de LeiN91.984/91 (PLn92.096/91, apensado)

- do Sr. Virmondes Cruvinel- que "dispõe sobre a aposen-

tadoria proporcional em cargos ou empregos temporários,disciplinando a revisão dos proventos e benefícios da pensão,nos termos do artigo 40, parágrafo 29da Constituição Federal".

Relator: Deputado Chico VigilanteParecer: parecer prévio pelo encaminhamento à Comis­

são de Constituição e Justiça e de Redação31) Projeto de Lei N9 2.071-A/91-do Sr. Jackson Perei­

ra - que "concede aos trabalhadores que especifica o direitoà percepção antecipada do valor correspondente às contasde água, energia elétrica e telefone, e dá outras providências".

Relator: Deputado Edésio PassosParecer: favorável, com emenda .32) Projeto de Lei Np Z.084-A/91- do Sr. Augusto Car­

valho - que "dispõe sc;>bre a profissão de bombeiro civile dá outras providências". .

Relator: Deputado Chico VigilanteParecer: favorável, com emendas (4)33) Projeto de Lei Np2.118/91-do Sr. Sebastião Pereira

- que "equipara os servidores da Administração Direta doMinistério da Agricultura aos servidores do DNOCS -, De­partamento Nacional de Obras Contra as Secas".

Relator: Deputado Chico Vigilapte" -Parecer: parecer prévio pelo encaminhamento à Comis­

s.íio deConstituição e Justiça e de Redação34) Projeto de Ler N9 2.176-A/91 - do Sr. Luiz Carlos

Santos - que "proíbe contratos entre a Administração Fede­ral e empresas cujos sócios tenham ocupado cargos no primei­ro escalão administrativo do Governo Federal nos dois últimosanos edá outras providências".

Relator: Deputado Chico VigilanteParecer: favorável, com emenda35) Projeto-d~ ~ei N9 2.581/92 --:- do Sr. José Maria Ey­

mael - qUe "revoga artigos do Título V da CLT que tratamda organização sindical".

Relator: Deputado Pedro PavãoParecer: favorável36) Projeto de Lei N9 2.772/92 - do Sr. Renato Johnsson

- que "limita os reajustes tarifários à variação atenuada doINPC e os sincroniza com os reajustes do salário mínimo".

Relator: Deputado Mário de OliveiraParecer: favorável .

37) Projeto de LeiNp 2.942/92 - do Sr. Luiz CarlosHauly - que dispõe sobre a compensação financeira entreos sistemas de previdência social, nos casos de contagem' recí­proca do tempo de contribuição para efeito de aposentadoria,e dá outras providências".

Relator: Deputado Nilson GibsonParecer: favorável38) Projeto de Lei Np3.113/92 - do Sr. Jakson Pereira

- que "dá nova redação ao parágrafo 59 do artigo 20 daLei n9 8.036, de 11 de maio de 1990, que "dispõe sobre ofundo de Garantia do Tempo de Serviço".

Relator: Deputado Chico VigilanteParecer: favorável39) Projeto,de Lei nP 3.141/92 - do Sr. Amaury Müller

- que "dispõe sobre o cancelamento dos efeitos de puniçõespor falta ao serviço em decorrência dos movimentos grevistasa que se refere e dá outras providências".

Relator: Deputado Chico VigilanteParecer: favorável40) Projeto de Lei Np 3.362/92 - do Sr. Antônio de

Jesus - que "altera o artigo 302 e acrescenta parágrafo ao

Maio de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 18 10107

artigo 303 da CLT, para conceder condições especiais de tra­bralho aos operadores de vídeo e de câmaras d~ ~elevisão:',

Relator: Deputado Chicq VigilanteParecer: favorável '

AVISO N9 7/93

Prazo para recebimel)to de einendasLocal: Sala 11, anexo II - Horário: 9 às 12h e 14 às

18hInício: 18-5-93Término: 24-5-931) Projeto de Lei N942-A/91 -do Sr. Antonio Carlos

Mendes Thame - que, "estabeleée o' direito de recusa aotrabalho quando houver.risco grave e iminente". ' ,

Relator: DeputadoPedfo Pavão " '2) Projeto de Lei N? 768/91 - da Sr' Raquel Cândido

- que "dispõe sobre a aposentadoria dos professores".Relator: Deputado Augusto Carvalho3) Projeto de Lei N? 1.264/91 - do Poder Executi­

vo(MSG n? 296/91) - que "autoriza a reversão ao Município'de Aragarças, Estado de Goiás, do ,terreno que menciona".

Relator: Deputado Jair Bolsonaro '4) Projeto de Lei '~? L269-A/91 ---: dos Srs: Àgostinho

Valente e outros 4 - ql,le "dispõe sobre' amovimentaçãoda conta vinculada 'do FGTS pélos ftincioriános da MINAs­CAIXA",

Relator: Deputado Paulo Rocha5) Projeto de Lei N? 1.652-A/91- do Sr. Amaury Müller

- que "dispõe sobre a supressão de punições por falta aoserviço dos servidores a que se refere e dá outras providên-cias". > "

Relator: DeputadoNi1son Gibson ,6) Projeto de Lei~? 2A66/9~ ~ do Sr.RicardoMoraes

- que "dispõe sobre àorganização d9'traoalho domiciliar".Relator: Deputado Paulo Rocha " , "7) Projeto de Lei N9 2.542-N92 - do Sr. Valdenor.Gue­

des - que "dispõe sobre a responsabilidade pelo pagamentoda remuneração, proventos e pensões referentes aos servi­dores militares dos extintos Territórios do Amapá e Roraimae dá outras providências".

Relator: Deputado Jair Bolsoriaro8) Projeto de Lei N? 2.904-A/92 :- do Poder Executivo

(MSG n? 177/92) - que "dispõe sobre a atualização dos valo­res das comissões devidas a representante comercial, em casode mora no pagamento".

Relator: Deputado Chico Vigilante9) Projeto de Lei N? 3.129/92 - do Sr. José Vicente

Brizola - que "disciplina os anúncios classificados de jornaisna parte relativa à oferta de empregos"., '

Relator: Deputado Oswaldo Reis10) Projeto de Lei N? 3.137/92 - do Sr. Inocêncio Oli­

veira - que "dispõe sobre o regime de trabalho dos empre­gados em estabelecimentos privados de serviços de saúde".

Relator: Deputado Zaire Rezende11) Projeto de Lei N9 3.159/92 - do Sr. Ivo Mainardi

- que "acrescenta parágrafo único ao artigo 783 da Consoli­dação das Leis do Trabalho - CLT, que dispõe sobre a distri­buição de processos na Justiça do Trabalho".

Relator: Deputado Augusto Carvalho12) Projeto de Lei N9 3.167/92 - do Sr. João Faustino

- que "autoriza a União Federal a doar à União dos Esco­teiros do Brasil área urbana que menciona, localizada emNatal, Rio Grande do Norte".

Relator: Deputado Edmar Moreira13) Projeto de Lei N9 3.173/92 - do Sr. Ari Kara ­

que "institui seguro de vida facultativo para o servidor públicoque especifica".

Relator: Deputado Sigmaringa Seixas14) Projeto de Lei N? 3.208/92 - da Sr' Maria Luiza

Fontenelle - que "dispõe sobre as atividades dos economistasdomésticos, em face das atividades privativas dos nutricio­nistas".

Relator: Deputado Chafic Farhat15) Projeto de Lei N9 3.282/92 - do Sr. Sérgio Arouca

- que "altera a redação dos artigos 29, 36 e 49 da ConsoU­dação das Leis do Traalho, aprovada pelo Decreto-Lei n?5.452, de I? de maio de 1943 e dá outras providências".

Relator: Depu~ado Ernesto Gradella16) Projeto de Lei n? 3.298/92 - do Sr. Cyro Garcia

- que revoga a Lei n? 8.031, de 12 de abril de 1990, que"cria o Programa Nacional de Desestatização, e dá outrasprovidências" .

Relator: Deputado Paulo Rocha17) Projeto de Lei n? 3.300/92 - do Sr. Orlando Pacheco

- que "dá nova redação ao caput do art. 75 da J;-ei n? 8.112,de 11 de dezembro de 1990 - Regime Jurídico Unico".

Relatora: Deputada Maria Laura

18) Projeto de Lei n? 3.304/92 - do Sr. Virmondes Cru­vinel - que modifica dispositivos da Lei Delegada n? 13,de 27 de agosto de 1992, que "institui Gratificações de Ativi­dade para os servidores civis do Poder Executivo, revê vanta­gens e dá outras providências".

Relator: Deputado Mauro Borges19) Projeto de Lei n? 3.305/92 - do Sr. Avenir Rosa

-que "cria incentivos fiscais na área do Imposto sobre Rendae Proventos de Qualquer Natureza para as empresas que em­pregarem índios brasileiros e oferecerem a estes ensino esco-lar". .

Relator: Deputado Edmundo Galdino20) Projeto de Lei n? 3.312/92 - do Sr. José Linhares

- que "estabelece formas de prestação de serviços em hospi­tais e estabelecimentos de serviços de saúde em geral".

Relator: Deputado Zaire Rezende21) Projeto de Lei n? 3.317/92 - do Sr. João Mendes

- que "dispõe sobre a transposição da Categoria Funcionalde Agente de Segurança de Tráfego Aéreo para o GrupoDACTA - Código 1301- Técnico de Defesa Aérea e Con­trole do Tráfego Aér~o, níveis NS-25 e NS-14".

Relator: Deputado Jair Bolsonaro22) Projeto de Lei n? 3.331/92 - do Sr. Pedro Pavão

- que "exclui do campo de aplicação do artigo 17 da Lein? 7.787, de 30 de junho de 1989, o imóvel que menciona,e dá outras providências".

Relator: Deputado José Cicote23) Projeto de Lei n? 3.343/92 - do Poder Executivo

(MSG n? 696/92) -que "autoriza o Poder Executivo a redistri­buir os cargos criado~ pela Lei n? 8.433, de 16 de junho de1992". '

Relator: Deputado Chico Vigilante24) Projeto de Lei n? 3.372/92 - do Sr. Luiz Carlos

Santos - que "altera a redação do parágrafo 2? do artigo457 da CLT, que dispõe sobre diárias de viagem".

10108 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1993

Relator: Deputado José Carlos Sabóia25) Projeto de Lei n~ 3.373/92 - do Sr. Luiz Carlos

Santos - que "institui o salário profissional dos controladoresde tráfego aéreo e dos técnicos de informação aeronáutica".

Relator: Deputado Chico Vigilante26) Projeto de Lei n" 3.384192 - do Sr. José Fortunati

- que "reformula o Programa Nacional de Desestatizaçãoe dá outras providências".

Relator: Deputado Paulo Rocha27) Projeto de Lei nQ 3.386/92 - do Sr. Pauderney Ave­

lino - que altera dispositivos da Lei nQ 7.986, de 28 de dezem­bro de 1989, que "regulamenta a concessão de benefíciosprevistos no artigo 54 do Ato das Disposições Transitórias".

Relator: Deputado Hermínio Calvinho28) Projeto de Lei n" 3.401192 - do Senado Federal

(PLS nú 352/91) - que "dispõe sobre alteração na Lei nU8.112, de 1990".

Relator: Deputado Luís Eduardo29) Projeto de Lei n~ 3.402/92 - do Senado Federal

(PLS n° 371/92) - que "autoriza a União a doar, à Uniãodos Escoteiros do Brasil - Região de Mato Grosso do Sul,o imóvel que menciona".

Relator: Deputado Marcelo Luz30) Projeto de Lei nQ 3.410/92 - do Sr. Carlos Lupi

- que "dispõe sobre a venda de bens imóveis pelos Ministériosda Aeronáutica, Exército e Marinha, sobre a aplicação doproduto da operação e dá outras providências".

Relator: Deputado Jair Bolsonaro31) Projeto de Lei n" 3.430/92 - do Sr. Odelmo Leão

- que "acrescenta parágrafos ao artigo 4~ da Lei nQ 5.889,de 8 de junho de 1973, instituindo o contrato familiar detrabalho" .

Relator: Deputado Edmundo Galdino32) Projeto de Lei nu 3.431192 - do Sr. Odelmo Leão

- que "acrescenta parágrafos ao artigo 58 da CLT para evitarabusos na prestação de horas extras".

Relator: Deputado Aldo Rebelo33) Projeto de Lei nú 3.432/92 - do Sr. Odelmo Leão

- que acrescenta parágrafo ao artigo 457 da CLT para excluirdo salário do trabalhador rural liberalidades desde que caracte­rizadas como tais, por escrito".

Relator: Deputado Aldo Rebelo34) Projeto de Lei nú 3.434/92 - do Sr. Sérgio Arouca

- que "altera a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT,dispondo sobre o jus postulandi, a assistência judiciária a me­nores".

Relator: Deputado Jabes Ribeiro35) Projeto de Lei nu 3.436/92 - do Sr. Sérgio Arouca

- que "altera o artigo 898 da Consolidação das Leis do Traba­lho, aprovada pelo Decreto-Lei nu 5.452, de lu de maio de1943".

Relator: Deputado Amaury Mdüller36) Projeto de Lei nú 3.442/92 - do Sr. Ary Kara ­

que "regulamenta o inciso V do artigo 37 da ConstituiçãoFederal".

Relatora: Deputada Maria Laura37) Projeto de Lei n') 3.447/92 - do SI. Álvaro Valle

- que "dispõe sobre a isenção do pagamento da anuidadeaos profissionais registrados nos Conselhos Regionais de En­genharia, Arquitetura e Agronomia".

Relator: Deputado Luís Moreira38) Projeto de Lei nl' 3.459/92 - do SI. Jackson Pereira

- que "dispõe sobre a obrigatoriedade de publicação de ba­lancete sintético mensal, pelas pessoas jurídicas sob controledo Poder Público".

Relator: Deputado Munhoz da Rocha39) Projeto de Lei n" 3.470/92 - do SI. João Baptista

Motta - que "dispõe sobre as sanções aplicáveis aos agentespúblicos que tenham praticado atos de improbidade adminis­trativa, acrescentando novo parágrafo ao artigo 12 da Leinú 8.429, de 2 de junho de 1992".

Relator: Deputado Ciro Nogueira40) Projeto de Lei n° 3.472/92 - do SI. Nelson Jobim

- que "dispõe sobre o exercício da arquitetura no país".Relator: Deputado Sérgio Barcellos41) Projeto de Lei n" 3.473/92 -do SI. Marcelino Roma­

no Machado - que "dispõe sobre jornada de trabalho e bene­fícios especiais para trabalhadores em estabelecimento de saú­de com radiação e dá outras providências".

Relator: Deputado Zaire Rezende42) Projeto de Lei nl' 3.476/92 - do SI. João Fagundes

- que "dispõe sobre a alienação por doação de prédio, noRio de Janeiro, para a ADESG - Associação dos Diplomadosda Escola Superior de Guerra".

Relator: Deputado Jair Bolsonaro43) Projeto de Lei n~ 3.481192 - do SI. Augusto Carvalho

- que "dispõe sobre a criação, competência e organizaçãoda Ouvidoria Geral do Sistema Financeiro Nacional".

Relator: Deputado Chico Vigilante44) Projeto de Lei nl' 3.482/92 - do Sr. Jackson Pereira

- "dispõe sobre o recadastramento dos serviços públicos fede­rais" .

Relator: Deputado Chico Vigilante45) Projeto de Lei nu 3.530193 - do Tribunal Superior

do Trabalho - que "cria cargos do Grupo Processamentode Dados no Quadro Permanente de Pessoal da Secretariado Tribunal Regional do Trabalho da 3~ Região e dá outrasprovidências" .

Relator: Deputado Nilson Gibson46) Projeto de Lei nu 3.546/93 - do Tribunal Superior

do Trabalho - que "altera disposições das Leis n\" 8.426,de 25 de maio de 1992 e 8.432, de 11 de junho de 1992 edá outras providências".

Relator: Deputado Wilson Müller47) Projeto de Lei nq 3.547/93 - do Tribunal Superior

do Trabalho - que "cria cargos do Grupo Processamentode Dados no Quadro Permanente de Pessoal da Secretariado Tribunal Regional do Trabalho da 20~ Região e dá outrasprovidências" .

Relator: Deputado Benedito de Figueiredo43) Projeto de Lei nQ 3.549/93 - do Poder Executivo

(MSG nq 62/93) - que "disciplina a prerrogativa dos sindicatosrelativa à substituição processual em ações judiciais".

Relator: Deputado Zaire Rezende49) Projeto de Lei nU 3.557/93 - dos Srs. Cyro Garcia

e Ernesto Gradella - que "dispõe sobre a fiscalização e agestão das empresas estatais".

Relator: Deputado Edmar Moreira50) Projeto de Lei nu 3.561/93 - do Sr. Mendonça Neto

-que "concede ao trabalhador direito a repouso remuneradono dia definido por lei como de homenagem à sua categoriaprofissional" .

Maio de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 18 10109

Relator: Deputado Chico Vigilante51) Projeto de Lei n" 3.572/93 - do Tribunal Superior

do Trabalho - que "cria cargos do Grupo Processamentode Dados no Quadro Permanente de Pessoal da Secretariado Tribunal Regional do Trabalho da 16' Região e dá outrasprovidências" .

Relator: Deputado Chico Vigilante52) Projeto de Lei n" 3.573/93 - do Tribunal Superior

do Trabalho - que "cria cargos do Grupo Processamentode Dados no Quadro Permanente de Pessoal da Secretariado Tribunal Regional do Trabalho da 18' Região e dá outrasprovidências" .

Relator: Deputado Chico Vigilante53) Projeto de Lei n" 3.574/93 - do Tribunal Superior

do Trabalho - que "cria cargos do Grupo Processamentode Dados no Quadro Permanente de Pessoal da Secretariado Tribunal Regional do Trabalho da 2P Região e dá outrasprovidências" .

Relator: Deputado Benedito de Figueiredo54) Projeto de Lei n" 3.575/93 - do Tribunal Superior

do Trabalho - que "cria cargos do Grupo Processamentode Dados no Quadro Permanente de Pessoal da Secretariado Tribunal Regional do Trabalho da 22' Região e dá outrasprovidências" .

Relator: Deputado Ciro Nogueira55) Projeto de Lei n" 3.579/93 - do SI. Jackson Pereira

- que "dispõe sobre a participação dos empregados nos lucrosdas companhias abertas e dá outras providências".

Relator: Deputado Chico Vigilante56) Projeto de Lei n" 3.614/93 - do Sr. Luís Carlos San­

tos - que "acrescenta o Inciso VII ao artigo 473 da Consoli­dação das Leis do Trabalho, permitindo ao empregado faltarao serviço, pelo tempo necessário, quando tiver de comparecera juízo".

Relator: Deputado Chico Vigilante57) Projeto de Lei n" 3.697/93 - da Sr' Maria Laura

- que "dispõe sobre a revisão do valor da pensão de servidorpúblico federal civil, cujo óbito tenha ocorrido anteriormenteà vigência da Lei n" 8.112, de 11 de dezembro de 1990".

Relator: Deputado Jabes Ribeiro58) Projeto de Lei n93.705/93 - do SI. José Maria Ey­

mael - que "acrescenta parágrafo ao artigo 8° da Lei n"8.542, de 23 de dezembro de 1992, dispondo sobre o depósitorecursal trabalhista".

Relator: Deputado José Carlos Sabóia59) Projeto de Lei n" 3.707/93 - do Tribunal Superior

do Trabalho - que "cria cargos em comissão no QuadroPermanente de Pessoal da Secretaria do Tribunal Superiordo Trabalho e dá outras providências".

Relator: Deputado Nilson GibsonObs: As emendas só serão aceitas em formulários próprios,

à Oisposição na Secretaria da Comissão.

COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES

SUBCOMISSÃO ESPECIAL

Transportes para o programa de combate a Fome e àMiséria

Local: Sala 12 - Anexo II - Horário: 14h

PAUTA N9 01/93

Assunto: Definição do roteiro de trabalho.

COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO COMA FINALIDADE DE INVESTIGAR CRIMES DE

"PISTOLAGEM" NAS REGIÕES CENTRO-OESTEE NORTE, ESPECIALMENTE NA CHAMADA ÁREA

DO "BICO DO PAPAGAIO"

Local: Tribunal de Contas do Estado de Alagoas - Horá­rio: 9 horas

Pauta: Tomada de depoimentos e diligências.

COMISSÕES ESPECIAIS- \

COMISSAO ESPECIAL DESTINADA A PROMOVERESTUDOS VISANDO À REFORMA DO REGIMENTO

INTERNO DA CÃMARA DOS DEPUTADOS

Local: Sala 13, Anexo 11 - Horário: 14hPauta: Apreciação do Parecer do Relator

(Encerra-se a Sessão às 18 horas e 32 minutos.)

ATOS DO PRESIDENTE

o Presidente da Câmara dos Deputados, no uso das atri­buições que lhe confere o artigo 1", item I, alínea a, do Atoda Mesa n9205, de 28 de junho de 1990, resolve:

Dispensar a pedido, de acordo com o artigo 35, parágrafoúnico, inciso I, da Lei n98.112, de 11 de dezembro de 1990,JOSÉ AUGUSTO DE CARVALHO TORRES, ocupantede cargo de carreira Especialista em Atividades de ApoioLegislativo, Nível 11, Padrão 30, ponto n9 4958, da funçãocomissionada de Assistente de Gabinete, FC-05, do QuadroPermanente da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabi­nete do Líder do Partido Trabalhista Brasileiro.

Câmara dos Deputados, 13 de maio de 1993. - DeputadoInocêncio Oliveira, Presidente da Câmara dos Deputados.

O Presidente da Câmara dos Deputados, no uso das atri­buições que lhe confere o artigo I", item I, alínea a, do Atoda Mesa n" 205, de 28 de junho de 1990, e o artigo 6" daLei n" 8.112, de 11 de dezembro de 1990, observado o dispostono artigo 4" da Lei n" 5.901, de 9 de junho de 1973, resolve:

Nomear, na forma do artigo 9", item lI, da Lei n'! 8.112,citada, JOSÉ AUGUSTO DE CARVALHO TORRES, ocu­pante de cargo da carreira Especialista em Atividades deApoio Legislativo, Nível 11, Padrão 30, ponto n9 4958, paraexercer, no Gabinete do Líder do Partido Trabalhista Brasi­leiro, o cargo de Assessor Técnico, CNE-07, do Quadro Per­manente da Câmara dos Deputados, transformado pelos arti­gos 3" do Ato da Mesa n" 98, de 4 de dezembro de 1984,e 3" do Ato da Mesa n" 47, de 7 de outubro de 1992.

Câmara dos Deputados, 13 de maio de 1993. - DeputadoInocêncio Oliveira, Presidente da Câmara dos Deputados.

O Presidente da Câmara dos Deputados, no uso das atri­buições que lhe confere o artigo 1", item I, alínea a, do Atoda Mesa n" 205, de 28 de junho de 1990, e o artigo 6" daLei n" 8.112, de 11 de dezembro de 1990, resolve:

Designar por acesso, na forma do artigo 9", item lI, daLei n" 8.112, de 1990, combinado com o artigo 13 da Resoluçãon" 21, de 1992, OSMAR LOPES DE MORAES, ocupantede cargo da carreira Especialista em Atividades de ApoioLegislativo, Nível 11, Padrão 30, ponto n92361, para exercer

10110 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1993

no Gabinete do Líder do Partido Trabalhista Brasileiro, afunção comissionada de Assistente de Gabinete, FC-05, doQuadro Permanente da Câmara dos Deputados, transformadapelos artigos 3° do Ato da Mesa no 15, de 26 de maio de1987, e 55 da Resolução n° 21, de 4 de novembro de 1992.

Câmara dos Deputados, 13 de maio de 1993. - DeputadoInocêncio Oliveira, Presidente da Câmara dos Deputados.

COMISSÕESREDISTRIBUIÇÃO DE PROJETOS

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇAEDEREDAÇÃO

O Deputado JOSÉ DUTRA, Presidente da Comissãode Constituição e Justiça e de Redação, fez a seguinte:

Redistribuição no 7/93

Em 12-5-93Ao Sr. NILSON GIBSON:Projeto de Lei no 3.715/93 - do Poder Executivo (Mensa­

gem no 219/93) - que "dispõe sobre o Plano de Carreiraspara a área de Ciência e Tecnologia da Administração FederalDireta, das Autarquias e das Fundações Federais e dá outrasprovidências" .

Sala da Comissão, 12 de maio de 1993. - Luiz HenriqueCascelli de Azevedo, Secretário.

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

O Deputado MANOEL CASTRO, Presidente da Comis­são de Finanças e Tributação, fez a seguinte

Redistribuição no 6/93

Em 12-5-93Ao Deputado JOSÉ FALCÃO-Projeto de Lei no 3.713/93 - Do Poder Executivo

- (MSG no 214/93) e Emendas oferecidas em plenário -que "cria a Secretaria Nacional de Entorpecentes e dá outrasprovidências".

Sala da Comissão, 12 de maio de 1993. - Maria LindaMagalhães, Secretária.

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃOE SERVIÇO PÚBLICO

O Deputado PAULO PAIM, Presidente da Comissãode Trabalho, de Administração e Serviço Público, fez a se­guinte

Redistribuição no 3/93

Em 14-5·93Ao Deputado ALDO REBELOProjeto de Lei no 1.596/91 - do Sr. Paulo Ramos ­

que "estabelece a relação entre a maior e a menor remune-ração a vigorar no Brasil". ,

Projeto de Lei n° 1.617/89 - do Sr. Carlos Cartdinal'­que "disciplina a exploração direta de atividades ec~nômícas

pelo Estado e dá outras providências (artigo 173, ~§ 40 e5° da Constituição)".

Projeto de Lei no 1.627/89 - do Sr. César Maia - que"regulamenta o que dispõe o artigo 37, inciso V, da Consti­tuição Federal, acerca dos critérios para ocupação dos cargosem comissão e das funções de confiança".

Projeto de Lei no 5.460/90 - do Sr. Geraldo AlckminFilho - que revoga o artigo 6° da Lei no 6.226, de 14 dejunho de 1975, que "dispõe sobre a contagem recíproca detempo de serviço público federal e de atividade privada paraefeito de aposentadoria".

Projeto de Lei no 6.004/90 - do Senado Federal (PLSno 405/89) - que "torna obrigatória a publicação de despesascom publicidade realizadas pela União Federal".

Projeto de Lei no 6.038/90 - do Sr. Haroldo Lima ­que "dispõe sobre a utilização dos saldos do PISIPASEP paraabatimento dos saldos devedores de mutuários do SistemaFinanceiro de Habitação".

Projeto de Lei no 510/91 - do Sr. Paulo Portugal ­que "dispõe sobre o registro de sindicatos, no Ministério doTrabalho, e dá outras providências".

Projeto de Lei no 1.224/91 - do Sr. Antônio Carlos Men­des Thame - que "estabelece a obrigatoriedade de dispositivode acionamento bimanual simultâneo em prensas, guilhotinase máquinas assemelhadas e dá outras providências."

Projeto de Lei n° 1.540/91 - do Sr. Rubens Bueno ­que "dispõe sobre o acesso das entidades sindicais às informa­ções provenientes dos registros administrativos que especificae dá outras providências".

Projeto de Lei no 2.272/91 - do Sr. André Benassi ­que "acrescenta parágrafos ao artigo 475 da CLT, dispondosobre o retorno ao trabalho do empregado acidentado, nascondições que menciona".

Projeto de Lei no 2.713/92 - do Senado Federal (PLSno 208/91) - que "acrescenta dispositivo à Lei no 8.036, de11 de maio de 1990, que dispõe sobre o Fundo de Garantiapor Tempo de Serviço e dá outras providências".

Ao Deputado AUGUSTO CARVALHOProjeto de Lei no 181191 - do Sr. Roberto Magalhães

- que "dispõe sobre o piso salarial profissional do professor,previsto no artigo 206, inciso V, da Constituição Federal".

Ao Deputado CARLOS ALBERTO CAMPISTAProjeto de Lei no 1.382/88 - do Sr. Vivaldo Barbosa

- que "dispõe sobre o pagamento de obrigações da Compa­nhia de Navegação Lloyd Brasileiro para com o Fundo daMarinha Mercante - FMM".

Ao Deputado CHICO AMARALProjeto de Lei no 4.477/84 - do Sr. Victor Faccioni ­

que "dispõe sobre aposentadoria dos funcionários públicosque desempenham atividades policiais".

Projeto de Lei no 8.417/86 - do Poder Executivo (MSGno 714/86) - que "dá nova redação ao Capítulo IV do TítuloIH, da Consolidação das Leis do Trabalho, que dispõe sobreo trabalho do menor e acrescenta parágrafos ao art. 389 damesma Consolidação".

Projeto de Lei no 1.231/88 - do Sr. Carlos Cardinal­que "acrescenta § 30 ao artigo 389 da Consolidação das Leisdo Trabalho".

Projeto de Lei no 1.636/89 - do Senado Federal (PLSno 114/82) - que "dispõe sobre licença especial para a empre­gada adotante de menor de 2 (dois) anos".

Projeto de Lei n° 2.521/89 - do Sr. José Egreja - que"cria o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço do Traba­lhador Rural- FGTSITR".

Maio de 1993 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Terça-feira 18 10111

Projeto de Lei nV 4.775/90 - da Sr' Rita Camata ­que "dá nova redação ao caput do art. 543 da Consolidaçãodas Leis do Trabalho".

Projeto de Lei Complementar nQ 40/91 - da Sr' RitaCamata - que "estabelece indenização compensatória no ca­so de despedida de empregados que contem com idade igualou superior a 50 anos".

Projeto de Lei nQ 72/91 - da Sr' Rose de Freitas ­que "dispõe sobre o salário-funeral do trabalhador".

Projeto de Lei n9 133/91 - do SI. Henrique EduardoAlves - que "assegura a percepção do adicional de periculo­sidade aos eletricistas e demais trabalhadores que especifica".

Projeto de Lei nQ 225/91 - do SI. Nilson Gibson ­que "dispõe sobre pesquisa de opinião pública contratadapelo poder público".

Projeto de Lei nQ 333/91 - do SI. Inocêncio Oliveira- que "altera o artigo 391 da Consolidação das Leis do Traba­lho".

Projeto de Lei n9 408/91 - do SI. Jurandyr Paixão ­que "acrescenta parág~afo ao artigo 846 da Consolidação dasLeis do Trabalho".

Projeto ,de Lei nV 471-A/91 - do SI. Jurandyr Paixão-que "altera o artigo 880 da Consolidação das Leis do Traba­lho".

Projeto de Lei nQ 476/91 - do SI. Jurandyr Paixão ­que "revoga o artigo 528 da Consolidação das Leis do Traba­lho".

Projeto de Lei n9 780/91 - do SI. Jurandyr Paixão ­que "estabelece medidas de estímulo aos representantes co­merciais autônomos".

Projeto de Lei nQ 911/91 - do Senado Federal (PLSn9 34/91) - que "revoga os itens VI e VIII do artigo 530da Consolidação das Leis do Trabalho".

Projeto de Lei n9 1.197/91 - do SI. Renato Vianna ­que "dispõe sobre o Programa de Alimentação do Traba­lhador".

Projeto de Lei nQ 1.296/91 - do SI. Wilson Campos ­que "amplia a representatividade profissional nos dissídiose negociações coletivas de trabalho".

Projeto de Lei nV 1.407/91- do SI. Antônio Carlos Men­des Thame - que "acrescenta dispositivos ao artigo 14 daLei n9 6.367, de 19 de outubro de 1976, para permitir àspessoas que menciona comunicar o acidente de trabalho".

Projeto de Lei nV 1.856/91 - do Sr. Marino Clinger ­que "cria gratificação de incentivo à docência para professoresem todos os níveis de administração e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 1.909/91- do Poder Executivo (MSGn9 513/91) - que "dispõe sobre a contratação de pessoal,por tempo determinado, para atender a necessidade tempo­rária de excepcional interesse público, e dá nova redação aoartigo 67 da Lei n° 7.501, de 27 de junho de 1986".

Projeto de Lei nQ 1.947-A/91 - do Sr. Jackson Pereira- que "assegura ao empregado, nas condições que especifica,a manutenção do contrato de trabalho e de todos os direitostrabalhistas" .

Projeto de Lei n9 2.134/91 - do SI. Augusto Carvalho- que "dá nova redação ao § 29 do artigo 543 da Consolidaçãodas Leis do Trabalho".

Projeto de Lei n9 2.167/91 - do SI. Nilson Gibson ­que dispõe sobre o grupo a que se refere o artigo 20 da Lein9 5.645, de 10 de dezembro de 1970, que "estabelece diretrizes

para a classificação de cargos do serviço civil da União edas autarquias federais".

Projeto de Lei n9 2.177/91 - do Sr. Luiz Carlos Santos- que "dá nova redação ao artigo 474 da CLT, que tratada suspensão disciplinar".

Projeto de Lei n9 2.178/91 - do SI. Álvaro Valle ­que interpreta a Lei n° 7.748, de 7 de abril de 1989, que"transforma em cargos no Quadro das Secretarias dos Tribu­nais Regionais Eleitorais e dá outras providências".

Projeto de Lei n9 2.387/91 - do SI. Pedro Tonelli eoutros 4 - que "proíbe a renovação de concessão ou permis­são administrativa no caso de reincidência em crime eleitorale participação ativa ou passiva em atos de improbidade admi­nistrativa" .

Projeto de Lei Complementar n9 104/92 - do SI. JoséMaria Eymael - que "dispõe sobre a atualização monetáriadas dívidas pagas com atraso pela administração pública edá outras providências".

Projeto de Lei n9 2.573/92 - do SI. Luiz Carlos Santos- que "acrescenta § 5v ao artigo 13 da Consolidação dasLeis do Trabalho - CLT, dispondo sobre o valor probatóriodas anotações apostas pelo empregador na Carteira de Traba­lho e Previdência Social".

Projeto de Lei nQ 2.582/92 - do Sr. Jackson Pereira ­que "proíbe a concessão de pensões especiais a viúvas deex-Presidentes da República".

Projeto de Lei n9 2.608/92 - do SI. Ary Kara - que"dá nova redação ao artigo 10 do Decreto-Lei n9 3.365, de21 de junho de 1941, que dispõe sobre desapropriação porutilidade pública".

Projeto de Lei n9 2.877/92 - do SI. Mendonça Neto·- que "torna obrigatória a reserva, no Governo Federal,de vagas para pessoas portadoras de deficiência, fixa percen­tual e dá outras providências".

Ao Deputado ERNESTO GRADELLAProjeto de Lei n':- 1.552/91-do SI. José Carlos Coutinho

-- que"Altera o artigo 70 da Consolidação das Leis do Traba­lho".

Projeto de Lei nV 2.572/92 - do SI. Luiz Carlos Santos- que "altera a redação do artigo 137, caput, da Consolidaçãodas Leis do Trabalho, que dispõe sobre a remuneração dasférias gozadas após o período legal de concessão".

Ao Deputado JABES RIBEIROProjeto de Lei n° 2.606/92 - do SI. Jackson Pereira ­

que "dispõe sobre a comunicação de irregularidades ccmetidaspor dirigentes públicos".

Projeto de Lei nV 2.616/92 - do SI. Luiz Tadeu Leite- que "concede isenção do pagamento de taxa de inscriçãoem concursos públicos federal, estadual e municipal, paracandidatos desempregados".

Ao Deputado JAIR BOLSONAROProjeto de Lei n9 1.337/91 - do SI. Paulo Ramos ­

que "restabelece direitos aos servidores militares que se encon­trem e/ou passarem para a inatividade".

Ao Deputado JAQUES WAGNERProjeto de Lei nV 1.113/88 - do SI. Vivaldo Barbosa

- que "dispõe sobre a profissão de motorista de transportescoletivos urbanos e interurbanos e dá outras providências".

Projeto de Lei Complementar nV 22191 - do Sr. NelsonJobim - que "dispõe sobre a proteção da relação de empregoprevista no inciso I do artigo 7" da Constituição Federal.

10112 Terça-feira 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Maio de 1993

Projeto de Lei n" 474/91 - do Sr. Jurandyr Paixão ­que "acrescenta dispositivo ao artigo 531 da Consolidaçãodas Leis do Trabalho".

Projeto de Lei n" 848/91 - do Sr. Jorge Uequed - que"altera a legislação do Imposto sobre a Renda e dá outrasprovi'dências" .

Projeto de Lei n" 1.553/91 - do Sr. José Carlos Coutinho- que "veda o transporte de trabalhadores em caminhõese dá outras providências".

Ao Deputado JOSÉ CICOTEProjeto de Lei n" 1.306/91 - do Sr. José Carlos Coutinho

- que "acrescenta § 2° ao artigo 482 da Consolidação dasLeis do Trabalho".

Projeto de Lei nq 1.770/91- do Sr. José Carlos Coutinho- que "dá nova redação ao parágrafo único do artigo 513da Consolidação das Leis do Trabalho" .

Ao Deputado JOSÉ CARLOS SABÓIAProjeto de Lei n9 1.303/91-do Sr. José Carlos Coutinho

- que "dá nova redação ao artigo 499 da Consolidação dasLeis do Trabalho".

À Deputada MARIA LAURA

Projeto de Lei n" 2.566/92 - do Sr. Nilson Gibson ­que "concede reajuste de vencimento aos servidores públicosfederais e dá outras providências".

Ao Deputado PAULO PAIMProjeto de Lei n" 4.009/89 - do Sr. Vivaldo Barbosa

- que "dispõe sobre a organização da Polícia FerroviáriaFederal e dá outras providências".

Sala da Comissão, 14 de maio de 1993. - Talita Yedade Almeida, Secretária.

EDMAR MOREIRA (PRN)

FRANCISCO COELHO (PFL)

JOÃO TEIXEIRA (PL)

ALCIDES MODESTO (PT)

Suplentes:

MESA --.,

(Biênio 19q~/(4)

10 Secretário:

WILSON CAMPOS (PMDB)

20 Secretário:CARDOSO ALVES (PTB)

3() Secretário:

AÉCIO NEVES (PSDB)4() Secretário:B. SÁ (PP)

Presidente:INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL)

10 Vice-Presidente:ADYLSON MOTTA (PDS)

1° Vice-Prcsidcnte:

FERNANDO LYRA (PDT)

PARTIDOS, BLOCOS E RESPECTIVAS LIDERANÇASNA cÂMARA DOS DEPUTADOS

Vice-lideres:

BLOCO PARLAMENTAR(PFL/PTB/PSC/PRS)

Lfder: Luís EDUARDO

Geddel Vieira LimaGermano RigottoJoão Almeida

João Henrique

Maurílio Ferreira LimaLuiz Carlos Santos

Manoel Moreira

7.aire Rezende

Uder: GFNFIlALDO CORRFIA

PARTIDO no MOVIMFNTODFMOCRATICO IlRASrr FIRO

PMDB

PARTIDO DFMOCRATICO SOCIALPDS

Uder: JOSÉ unz MAIA

PARTIDO DEMOCRATICO TRABALHISTA

PDT

Uder: LUIZ SALOMÃO

Wilson Müller

Beto MansurBeth Azize

Edi Siliprandi

Roherto Campos

Armando PinheiroEraldo TrindadeFernando FreireVictor Faccioni

Vice-Uderes:

Gerson Peres

Aécio de BorbaAmaral NettoJosé LourençoPaulo Duarte

Vice-lideres:Miro Teixeira (lo Vice)

Mendonça NetoGiovanni Queiroz

Benedito de FigueiredoJosé MaranhãoJosé Thomaz Nonô

Marcos KayathMaurício Calixto

Messias GóisNelson Trad

Ney LopesPaes I,andim

Roberto JeffersonRoberto Magalhães

Rodrigues PalmaRonaldo Caiado

Sandra Cavalcanti

Vice-lideres:

Cid CarvalhoFernando Diniz

Nelson MarquezelliAntonio HolandaAntonio dos SantosÁtila IjnsCarlos KayathCésar BandeiraEfraim MoraesGastone RighiJesus TajraJosé Múcio MonteiroMaluly Netto

PARTIDO DA SOCIALDEMOCRACIA BRASILEIRA

PSDB

lider: JOSÉ SERRA

PARTIDO DA RECONSTRlTÇÃO NACIONAL

PRNLíder: JOSÉ CARI OS VASCONCELLOS

Vicc-I Jderes:

Vice-lideres:

Sigmaringa SeixasF1ávio ArnsAdroaldo StreckArtur da Távola

Jahes RibeiroMoroni Torgan

Geraldo Alckmin FilhoLuiz Máximo

PARTIDO LIBERAL

PLlider: VAlDEMAR COSTA NETO

Vice-I(deres:

PARTIDO SOCIALISTA BRASILEIRO

PSB

Líder: LUIZ PIAlTIIYI.INO

PARTIDO DO TRABALHADOR

PT

Líder: VT.ADIMIR PAT.MP.IRA

Vice-lideres:

Jones Santos NevesJoão TeLxeira

Getúlio Neiva

PARTIDO POPUT.AR

PP

Líder: SAIATIP.L CARVALHO

Roberto Franca

Roseana Sarney

Vice-lideres:

Maria Luiza Fontenele

PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL

PCdoB

Líder: AT.DO RrBEI.O

Vice-lideres:

Ubiratan AguiarRaul Belém

Vice-lideres:

Sérgio MirandaParágrafo 4°, Art. 9'" RI

PARTIDO POPULAR SOCIALISTA

PPS

PARTIDO VERDE

PV

PRONA

LIDERANÇA DO GOVERNO

Líder: ROBPRTO FREIRE

Pedro Novais

Paulo BernardoPaulo RochaMaria l.aura

Valdenor GuedesPedro Valadares

Marcelo Luz

PDC

Líder: JONIVAL LUCAS

José Fortunati (10 Vice)Pedro Tonelli .Chico VigilanteIlélio Bicudo

Vice-lideres:

Nan SouzaMário ChermontJosé I inharesBenedito Domingos

PARTIDO DEMOCRATA CRISTÃO

Vice-lideres

Paulo Mandarino (10 Vice)José Maria Eymael

COMISSÕES PERMANENTES ----------.

COMISSÃO DE AGRICULTURAPT

E pOLíTICA RURAL TItulares Suplentes

Adão PrcHo Alcides Modesto

Presidente: Romel Anísio (PRN) I.uci Choinaki José Cieote

10 Vice-Presidente: (PRN) Augustinho l'rcitas (pro) Pedro Tonelli Tilden Santiago

2° Vice-Presidente: Fáhio Meirclles (PDS) Valdir Ganzer

3° Vice-Presidente: Joni Varisco (PMDB) PP

PMDBTItulares Suplentes

Osvaldo Reis Delcino TavaresTItulares Suplentes Pedro Ahrão Pedro Valadares

Dejandir Dalpasquale Adelaide Neri Vadão Gomes Rcditário CassaI

Derval de Paiva Antonio Rarhara PTBFreire Júnior Hilário Braun

TItulares SuplentesHélio Rosas Neuto de ContoIvo Mainardi Roberto Rollemberg Augustinho Freitas Nelson MarquezelliJoão Thomé Virmondes Cruvinel Etevaldo Grm\si de Menezes Raquel CândidoJoni Varisco Roberto Torres Wilson CunhaJosé RelatoMoacir Micheletto PRNOdacir Klein TItulares SuplentesValdir Colato

PFLRomel Anf.'\io OdeImo LeãoTadashi Kuriki Olto Cunha

TItulares Suplentes PDCAdauto Pereira Antônio Ueno TItular SuplenteIherê Ferreira Camilo MachadoIvandro Cunha Lima (PMDB) Fátima Pelaes I.eomar Quintanilha Roberto BalestraJonas Pinheiro Itsuo Takayama

PLOsvaldo Coelho Jorge KhouryPaulo Romano Lael Varella TItular SuplenteRonaldo Caiado Leur I.omantoWaldir Guerra Osório Adriano João TeLxeira Ricardo Correa

Pascoal Novaes PSB

PDS TItular Suplente

TItulares Suplentes Álvaro Ribeiro Sérgio GuerraAmo Magarinos Aécio de Borba

PCdoBAvelino Costa Carlos AzambujaFábio Meirelles Daniel Silva TItular SuplenteHugo Biehl Fetter JúniorOsvaldo Bender Maria Valadão Sérgio MirandaVasco Furlan Paulo Mourão

PSDPDT TItular Suplente

TItulares Suplentes Fdison Fidelis Cleto FalcãoAldo Pinto Aroldo Oocs PSCGiovanni Queiroz Beraldo BoaventuraI.aerte Rastos Dércio Knop TItular SuplenteLuiz Oirão Junot Ahi-Ramia Luiz Danta'\ Antônio Holanda

PSDB PRS

TItulares Suplentes TItular SuplenteFelipe Mendes (PDS) Adroaldo Streck José Aldo Israel PinheiroLuiz Soyer Antonio FaleirosMauro Sampaio Edmundo (Jaldino Secretário: José Maria de Andrade CordovaWilson Moreira Jabes Ribeiro Ramal: 6978/6979/6981

Reunião: 4"s e 58s feiras - 10:00 - Sala 212(Bloco das Lideranças)

COMISSÃO DE Crê:NCIA E TECNOLOGIA, PTCOMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA lltulares Suplentes

Presidente: Maluly Netto (PFL) Irma Pas,mni Florestan Fernandes

10 Vice-Presidente: Etevaldo Nogueira (PFL) Lourival Freitas Geddel Vieira Lima (PMDB)

2° Vice-Presidente: Pinheiro Landim (PMDB) Manoel Moreira (PMDB) Luiz Gushiken

30 Vice-Presidente: Vivaldo Barrosa (PDT) Tilden Santiago Ricardo Moraes

PPPMDB

TItulares SuplentesTItulares Suplentes

Carlos Roherto Massa Carlos ScarpeliniAirton Sandoval Hélio Rosas Pinga-Fogo de Oliveira Francisco SilvaAloísio Vasconcelos Ibsen Pinheiro Valdenor Guedes Sérgio SpadaAluízio Alves Ivandro Cunha I-imaDomingos Juvenil João Almeida PI'BEliel Rodrigues João Henrique

TItuiares SuplentesHenrique Eduardo Alves José Augusto CurvoLaprovita Vieira Laire Rosado Luiz Moreira Aldir C-abralNelson Proença Pedro lrujo Matheus Iensen Gastone RighiPinheiro Landim zaire Rezende Paulo Heslander José EliasRoberto Valadão 2 VagasWalter Nory PRN

PFL Titulares Suplentes

lltulares Suplentes F....llIsto Rocha Aroldo Cedraz

Ângelo MagalhãesJosé Carlos Vasconcellos Tadashi Kuriki

Antonio dos SantosArolde de Oliveira César Randeira PDCEtevaldo Nogueira Eduardo MartinsHuherto Souto Gilson Machado TItular Suplente

Jose Jorge Ivânio Guerra Samir Tannus Avenir RosaJose Mendonça Bezerra Jerônimo ReisI.uiz Viana Neto José Reinaldo PLMaluly Neto Luciano Pizzatto

lltulares SuplentesWerner Wanderer Ruhen Bento

PDS Riheiro Tavares Flávio RochaValdemar Costa Neto Jones Santos Neves

TItulares SuplentesPSB

Jarvis Gaidzinski Arno MagarinosJosé Diogo Carlos Virgtlio Titular SuplenteJosé Teles Celso Bernardi Ariosto Holanda Uldurico PintoPaulo Duarte Gerson Peres

PCdoBRoberto Campos Luciano de CastroI Vaga Pratini de Moraes Titular Suplente

PDTTItulares Suplentes

Flávio Derzi (PP) Vadão Gomes (PP)

Beto Mansur Beth Azize PSD

Edson Silva Cidinha Campos TItular SuplenteElio Dalla-Vecchia Edi SiliprandiJosé Vicente Brizola Waldir Pires Onaireves Moura Paulo de Almeida

PSDB PSCTItulares Suplentes TItular SuplenteÁlvaro Pereira Deni Schwartz César Souza (PFL)José Ahrão Hávio ArnsKoyu Iha Lézio Sathler Secretária: Maria Ivone do Pspírito SantoPaulO Silva Luiz Pontes Ramal: 6906/6907/6908/6910

Reunião: 4"s feiras - 10:00 - Plenário sala 10.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO PSDB

E JUSTIÇA E DE REDAÇÃO TItulares Suplentes

Helvécio Castello João Faustinol.uiz Máximo Jorge Uequed

Presidente: José Dutra (PMDB) Moroni Torgan Mauro Sampaio1° Vice-Presidente: José Thomaz Nonô (PMDB) Sigmaringa Seixas Paulo Sílva2° Vice-Presidente: Jesus Tajra (PFL) Pf3° Vice-Presidente: Sigmaringa Seixas (PSDB)

TItulares Suplentes

Fdésio Passos Agostinho ValentePMDB José Dirceu Jaques Wagner

TItulares Supelemes José Genofno Maria Laura

Ary Kara Armando ViolaHélio Bicudo Pedro Tonelli

João Natal Chico Amaral PPJosé Dutra Felipe Neri TItulares SuplentesJosé Luiz C1erot Nfcias RibeiroJosé Thomaz Nonô Valter Pereira Benedito Domingos Mário Chermont

Maurici Mariano 6 Vagas João de Deus Antunes (PDS)

Mendes Ribeiro Reditário Cassai Mário de Oliveira

Nelson Jobim Ernani Viana

Nilson Gibson P1BRoberto Rollemberg TItulares SuplentesTarcisio Delgado

Gastone Righi Antonio MorimotoPFL Mendes Botelho Carlos Kayath

SuplentesNelson Trad Roberto Jefferson

TItularesPRN

Antônio dos Santos Átila T.ins TItulares SuplentesJesus Tajra Everaldo de OliveiraMaurfcio Najar Jofran Frejat Raul Belém Cleonâncio Fonseca

Messias Gois José Falcão Tony Gel Heitor Franco

Ney T.opes Maluly Neto PDCPaes Landim Maurfcio Calixto TItulares SuplentesRoherto Magalh1'ies Nelson Morro

José Maria Fymael Jair BolsonaroTourinho Dantas Ricardo MuradVilmar Rocha Rubem Medina Nestor Duarte (PMDB) Jairo Azi

PLPDS TItular Suplente

TItulares Suplentes Robson Tuma Getúlio Neiva

Pemando Diniz (PMDB) Armando PinheiroPSB

Gerson Peres Fernando Carrion TItular Suplente

Ihrahim Ahi-ackel Fernando Preire Roherto Franca Luiz PiauhylinoOsvaldo Melo Prancisco Evangelista PCdoBPaulo Mourão Vitótio Malta TItular SuplentePrisco Viana 1 Vaga

Haroldo Lima Sérgio Miranda

PDT PSD

TItulares SuplentesTItular Suplente

Irani Barbosa Édison FidelisBenedito de Figueiredo Eden Pedroso PSCBeth Azize Liberato Caboclo TItular SuplenteDércio Knop Mendonça Neto

Augusto Farias Luiz DantasVital do Rego Paulo PortugalWilson Müller Sérgio Cury Secretário: l.uiz Henrique Cascelli de Azevedo

Ramal: 6922 a 6925Reunião: 3as. 4as e sas feiras - 10:00 Plenário sala 1

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR, PSB

MEIO AMBIENTE E MINORIAS TItular Suplente

Presidente: Marco Penaforte (PSDI3)Nohel Moura (PP) Salatiel Carvalho (PP)

I° Vice-Presidente: (PSDR) Tuciano Pizzatto (PFT.) PPS

20 Vice-Presidente: Maurício Calixto (PFT,) TItular Suplente

30 Vice-Presidente: (PSR) Carlos Scarpelini (PP) Roberto Freire Augusto Carvalho

PMDB PV

TItulares Suplentes TItular Suplente

Antonio de Jesus Rita Camata Sidney de Miguel Roberto França (PSB)

T.úeia Vânia (PP) Valdir Colatto Secretário: Aurenilton Araruna de AlmeidaTuga Angerami (PSDH) Ramal: 6930/6931Virmondes Cruvinel Reunião: 4":- feiras, Q:30. Sala 113 ('Bloco das Lideranças)Zila Bezerra COMISSÃO DE ECONOMIA,

PFL INDÚS1RIA E COMÉRCIOTItulares Suplentes

Presidente: Máreia Cibilis Viana (PDT)T.ueiano Pizzatto Evaldo Gonçalves 10 Vice-Presidente: Max Rosenmann (PDnMaurício Calixto Luiz Viana Neto 2° Vice-Presidente: Vittorio Medioli (PSDB)Orlando Bezerra Sarney Filho 3" Vice-Presidente: EraldO Tinoeo (PFL)

PDS PMDB

TItulares Suplentes TItulares Suplentes

Amaral Netto Avelino Costa Antonio Rarbara Adilson Maluf2 Vagas Célia Mendes Cid Carvalho Aluizio Alves

Paulo Duarte Felipe Neri Ariosto Holanda (PSP)

PDTGonzaga Mota Freire JúniorIsrael Pinheiro (PRS) Germano Rigoto

TItulares Suplentes João Fagundes Luiz Roberto PonteAroldo Goes Fdson Silva r.uiz Piauhylino (PSI3) 1 Vaga

Sérgio Cury T.aerte Rastos PFLPSDB TItulares Suplentes

TItulares Suplentes Darci Coelho Adauto Pereira

Fábio Feldmann Elias Murad Fraldo Tinoco Arolde de Oliveira

Marco Penaforte Geraldo Alckmin Filho Gilson Machado Jonas PinheiroJosé Carlos Aleluia José Jorge

PT José Múcio Monteiro José Mendonça BezerraTItulares Suplentes Osório Adriano Reinhold Stephanes

Fdson Cunha Benedita da Silva PDSPaulo Delgado José Fortunati TItulares Suplentes

PP Fetter Júnior Delfim Netto

TItulares Suplentes Luciano de Castro Basflio VilIaniPedro Pavão Roberto Campos

Carlos Scarpelini Renedito Domingos PDTMário Chermont Nan Souza

TItulares SuplentesPTB Márcia Cibilis Viana Giovanni Queiroz

TItular Suplente Max Rosenmann (Df. 68/93) Marino Clinger

Mauro Fecury TTilário Coimbra Paulo Ramos Mendonça Neto

PRNPSDB

TItulares SuplentesTItular Suplente Vittorio Medioli Jackson PereiraEuclydes Mello Ramalho Leite (PDS) SaulO Coelho Koyu Iha

PDC PT

TItular Suplente TItulares Suplentes

Marcos Medrado Samir Tannús Cyro Garcia Aloízio Mercadante

PLRubem Medina (PFL)

PPTItular Suplente TItulares SuplentesSocorro Gomes (PC do B) João Teixeira Renato Johnsson Luiz Carlos Hauly

Ernani Viana Pedro Abrão

PCdoBTitulares Suplentes

Fdson Menezes Silva

Secretário: José Roherto Nas.<;erRamal: 7024 a 7026Reunião: 4"1' feiras - Io:()() - Plenário 209 (Bloco das T.ideranças

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO,CULTURA E DESPORTO

Presidente: Ângela Amin (PDS)10 Vice-Presidente: Celso Bernardi (PDS)20 Vice-Presidente: João Henrique (PMDB)3° Vice-Presidente: Roherto Balestra (PDC)

PMDB

PPSSuplente

Sérgio Arouca

SuplentesAdilson Maluf

Gonzaga MataJose GeraldoNelson JobimOdacir Klein

Pinheiro Landim1 Vaga

SuplentesGustavo Krause

José Carlos i\leluiaLuís Eduardo

Roberto MagalhãesSimão SessimVilmar Rocha

PFL

PSDB'lltulares SuplentesFlávio Arns José AbrãoOsmânio Pereira Artur da Távola

PT'lltulares SuplentesFlorestan Fernandes Lourival FreitasJosé Fortunalli Paulo Delgado

PP'lltulares SuplentesRenildo Calheiros (PC do B) Costa FerreiraSalatiel Carvalho

PTBTitulares SuplentesFáhio Raunheiti Feres NaderRonivon Santiago (PDS)

PRN'lltulares Suplentes71: Gomes da Rocha Wagner do Nascimento

PDC'lltular SuplenteRoherto Balestra Pauderney Avelino

PLTitular SuplenteÁlvaro Valle Welinton Fagundes

'lltularMaria Valadão (PDS)Secretário: Ronaldo Alves da SilvaRamal: 6903/ólX15/7010/7013Reunião: 431' feiras, 10:00 - Plenário, sala 15

COMISSÃO DE FINANÇASE 1RIBUTAÇÃO

Presidente: Manoel Castro (PFI.)1° Vice-Presidente: Jackson Pereira (PSDB)2° Vice-Presidente: Geddel Vieira Lima (PMDB)3° Vice-Presidente: Carlos Kayath (P1l3)

PMDB'lltularesGedel VieiraGermano RigottoITaley MargonJosé Lourenço (PDS)Luiz Roberto PontePedro Novais (PDqSérgio Naya

'lltularesBenito GamaJoão Carlos Bacelar (PSC)José FalcãoManoel CastroMussa DemesRicardo Fiúza

SuplentesRaul Belém

Romcl Anísio

Suplente

SuplentesCarlos T.upi

Vital do Rego

SuplentesJoão AlvesJoão Tota

Vasco Furlan

SuplentesDarcy CoelhoEraldo Tinoco

Osvaldo CoelhoPaulo T.ima

Paulo Romano

SuplentesFélix MendonçaRoherto 'Iorres

SuplenteAyres da Cunha

SuplentePaulo Mandarino

SuplentesHenrique Pduardo Alves

José Luiz ClerotSergio Ferrara

PL

PSB

PTB

PDS

PDC

PFL

PDT

PRN

'lltularJones Santos Neves

Titular

TitularesÉzio FerreiraMarilu GuimarãesOrlando Pacheco2 Vagas

'lltularesMaviel CavalcantiJosé Bumett

TitularMauro Borges (PP)

'lltularesFeres NaderRodrigues Palma

'lltularesAdelaide NeriGilvan BorgesJoão HenriqueJosé Augusto CurvoUhiratan Aguiar

TitularesAécio de BorbaÂngela AminCelso Bernardi

TitularesLucia BragaPaulo Portugal

PDS PMDB

lltulares Suplentes lltulares Suplentes

Delfim Netto Fernando Diniz Marcos Lima Carlos Nelson

Basílio Villani Fernando FreireMarcelo Barbieri Jo1\o Fagundes

Francisco Dornelles Roberto Campos Neuto de Conto Jorio de BarrosPaulo 'fitan

. PDT Sérgio Barcellos (PFL)

lltulares Suplente! PFL

Beraldo Boaventura Carlos Alberto Campista lltulares Suplentes

Eden Pedroso Clovis Assis José Santana de Vasconcellos Alacid NunesSergio Gaudenzi Dercio Knop Murilo Pinheiro Aracely de Paula

PSDBPascoal Novaes Vicente FialhoRuhen Bento Werner Wanderer

lltulares Suplentes PDSJackson Pereira Moroni Torgan TItulares SuplentesJosé Aníbal Sérgio MachadoJosé Serra Wilson Moreira Carlos A7amhuja Fábio Meirelles

PTJúlio Cabral (1'1') Francisco DiógenesVitória Malta Victor Faccioni

TItulares Suplentes PDTA1ofzio Mercadante José Dirceu TItulares SuplentesVladimir Palmeira Valdir Ganzer Edi Siliprandi Aldo Pinto

pp Eduardo Mascarenhas Valdomiro Lima

lltulares Suplentes PSDB

Luiz Carlos Hauly Júlio Cabral TItulares SuplentesFrancisco Silva Flávio Derzi Adroaldo Streck Álvaro Pereira

PTB João Faulltino José Serra

TItulares Suplentes PT

Carlos Kayath Mauro Fecury TItulares SuplentesFélix Mendonça Agostinho Valente Adão Pretto

PRN Alcides Modesto Edson Cunha

TItulares Suplentespp

TItulares SuplentesOtto Cunha Maviael Cavalcanti

Alberto Haddad José FelutoWagner do Nascimento Paulo OctávioCarlos C..amurça Nobel Moura

PDCPTB

TItular Suplente TItular SuplentePaulo Mandarino José Maria Eymael 1 Vaga Alceste Almeida

PL PRNlltutar Suplente TItular SuplenteFlávio Rocha Rohson Tuma

Elf.'lio Curvo Zé Gomes da RochaPSB

PDCTItular Suplente

TItular SuplenteSérgio Guerra. 1 Vaga

Avenir Rosa Leomar QuintanilhaSecretária: Maria Linda Magalhfies PLRamal: 6959/6960/6989Reunião: 43s feiras, 10:00 - Plenário, sala 5 TItular Suplente

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIAGetúlio Neiva Diogo Nomura

PRONA

Presidente: Alberto Haddad (1'1')lltular Suplente

10 Vice-Presidente: Carlos Camurça (1'1') Secretária: Maria Punice Vilas Boas2" Vice-Presidente: Neuto de Conto (PMDB) Ramal: 6944/69463" Vice-Presidente: Elísio Curvo (PRN) Reunião: 43s feiras - 10:00 - Plenário, sala 21

COMISSÃO DE REIAÇÕESEXTERIORES

Presidente: .Ihsen Pinheiro (PMDB)10 Vice-Presidente: Neif Jahur (PMDB)20 Vice-Presidente: Sarney Filho (PFL)30 Vice-Presidente: Victor Faccioni (PDS)

PMDB

Secretária: Andreia Maura Versiani de MirandaRamal: 6993 a 6996Reuniões: 33s, 43~ e 53 feiras, 10:00 - Plenário, sala 2

lítuIaresGeneoaldoCorreiaGenésio BernardinoHemfnio' CalvinhoIbsen PinheiroJócio de BarrosLuiz HenriqueMauri SergioNeif Jahour

lítuhtres

Antonio UenoÁtila LinsEvaldo GonçalvesJerônimo ReisLeur LomantoNelson MorroSarney Filho

TItulares

Fernando FreireFrancisco DiógenesRuberval PilotoVictor Faccioni

PFL

PDS

Suplentes

Efraim Monlis·(PFI.) .LUizSoyer ,

Maurílio Ferreira Lima .Murilo Rezende .

Nestor DuarteZila Bezerra

Suplentes

Ângelo Magalh1iesBenito Gama .

Jesus TajraMes.<;ias Góis '

Ney LopesPaes Landim

Tourinho Dantas

Suplentes

Djenal Gonçal\'esJosé Lourenço

José TelesOsvaldo Melo .

PTBlítuhttes

Annibal TeixeiraAlceste Almeida

PRN

TItulares

Paulo OctávioAroldó Cedraz

PDC

lítular

Pauderney Avelino

PL

lítular

Diogo Nomura

PSB

TItular

Miguel Arraes

PCdoB

lítular

Welinton Fagundes (Pi)

PSD

lítu1ar

Cleto Falcão

Suplentes

Rodrigues PalmaNelson Trade

Suplentes

Fausto RochaEdmar Moreira

Suplente

José Maria Eymael

Suplente

Álvaro Valle

Suplente

José Carlos Sabóia

Suplente

Suplente

Onaireves Moura

COMISSÃO DE SEGURIDADESOCIAL E FAM1uA

Presidente: Maun1io Ferreira Lima (PMDB)I ° Vice-Presidente: Euler Ribeiro (PMDB)20 Vice-Presidente: Ivânio Guerra (PFL)3° Vice-Presidente: Eduardo Jorge (PT)

lítuhtres

Edesio FriasMendonça Neto.Waldir Pires

TItulares

Artur da TfivolaLuiz PontesJorge Uequed

lítulares

Benedita da SilvaHaroldo SabóiaI.uiz Gushiken

lítulares

C,asra FerreiraLepoldo Bes.IDnePedro Valadares

PDT

PSDB

PT

PP

Suplentes

Amaury MüllerMiro Teixeira

Sergio C'ury

Suplentes

Jayme SantanaJosé Anihal

Rose de Freitas

Suplentes

Eduardo JorgeHélio BicudoIrma Passoni

Suplentes

Alberto HaddadJoão Máia

Marcelo Luz

lítulares

Armando CostaEuler RibeiroJorge Tadeu MudalenMaurílio Ferreira LimaNilton BaianoOlavo CalheirosPaulo NovaesRita CamataZuca Moreira

PMDB

Suplentes

Eliel RodriguesGenésio Bernardino

7 Vagas

PFl. PRSTItulares Suplentes TItular SuplenteEveraldo de Oliveira George Takimoto Valter Pereira (PMDB) José Ulisses de OliveiraFátima Pelaes Iberê Ferreira

Secretária: Maria Inês de Bessa I.insIvânio Guerra Jairo CarneiroJofran Frejat Marilu Guimarães Ramal: 7018 a 7021

Laire Rosado (PMDB) Maurici Mariano (PMDB) Reunião: 43s feiras, 10:00 - Plenário, sala 10.

Pedro Corrêa Maurício Najar COMISSÃO DE TRABALHO,Reinhold Stephanes Orlando Bezerra DE ADMINISTRAÇÃO ERivaldo Medeiros Ronaldo Caiado

PDS SERVIÇO PÚBUCOTItulares SuplentesCélia Mendes Eraldo Trindade Presidente: PaulO Paim (P1)Chafie Farhat João Rodolfo I() Vice-Presidente: Paulo Rocha (PT)Djenal Gonçalves) José Fgydio 2" Vice-Presidente: Amaury Müller (PDnGeraldo Alckmin Filho (PSDB) Ronivon Santiago 3" Vice-Presidente: Nelson Marquezelli (PTB)Waldomiro Fioravante (PT)

PDTPMDB

TItulares SuplentesTItulares Suplentes

Cidinha Campos Giovanni QueirozClovis A",..is Lucia Braga Adilson Maluf Edson M. da Silva (PC do B)

Liberato Caboclo Paulo Portugal Aldo Rebelo (PC do B) Haroldo Sabóia (PT)

Marino Clinger Sergio Gaudenzi Chico Amaral Hermínio Calvino

PSDB Luiz Carlos Santos João Natal

TItulares SuplentesMaria Laura (PT) Nilson Gibson7.aire Rezende 1 Vaga

Antônio Faleiros Luiz Máximo PFLElias Murad Osmânio PereiraUbaldo Dantas Tuga Angerami TItulares Suplentes

PT Jaques Wagner (PT) Ciro Nogueira

TItulares Suplentes José C'icote (PT) Sérgio Barcellos

Eduardo Jorge Chico Vigilmite Luis Eduardo Waldomiro Fioravante (PT)

João Paulo Paulo Paim PDS

Paulo Bernardo Paulo Rocha TItulares SuplentesPP José Carlos Sabóia (PSB)

TItulares Suplentes Raquel Cândido Miguel Arraes (PSB)

Delcino Tavares Carlos Camurça 1 Vaga

José Unhares Pinga-Fogo de Oliveira PDT

1 Vaga Renato Johnsson TItulares Suplentes

PIB Amaury Müller Benedito de Figueiredo

TItulares Suplentes C.arlos Alberto Campista Wilson MüllerPSDB

Roberto Jefferson Matheus Iensen TItulares SuplentesSérgio Arouca

PRN Jahes Ribeiro Sigmaringa Seixas

TItulares SuplentesEdmundo Galdino Munhoz da Rocha

PTHeitor Franco Fuclydes Mello TItulares SuplentesRamalho I.eite (PDS) P1ávio Palmier da Veiga Chico Vigilante Cyro Garcia

PDC Paulo Paim Edésio PassosTItular Suplente PP

Sérgio Brito Marcos Medrado TItulares Suplentes

PL Mário de Oliveira Osvaldo Reis

TItular Suplente Marcelo Luz (Vago)PIB

Ayres da Cunha Ribeiro Tavares TItulares SuplentesPSB Ernesto Gradella (S/P) Luiz Moreira

Titular Suplente Nelson Marquezelli Mendes Botelho

Uldurico Pinto Roberto Franca PRN

PCdoBTItular SuplenteEdmar Moreira José Burnett

TItular SuplenteJandira Feghali

TItularJair BoL<;onaro

TItularPaulo Rocha (PT)

TItularAugusto CaIValho

PDC

PL

PPS

SuplenteMauro Borge<;

SuplenteJoão Paulo (PT)

SuplenteRoberto Freire

João AlvesJoão TotaJosé Rgydio

PDT

TItulares

Carlos LupiJosé Carios CoutinhoValdomiro Lima

PSDB

Prisco VianaVictor Faccioni

1 Vaga

Suplentes

Beto MansurEdesio Frias

Elio Dalla-VecchiaJosé Vicente Brizola

Secretário: Antonio l.uís de Souza Santana

Ramal: ()RR7/69l}()/7004/7007Reunião: 33s, 43s e S3S feiras, 10:00 - Plenário, sala 11.

COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTES

Presidente: Francisco Rodrigues (pm)1° Vice-Presidente: (Pm) OdeImo Leão (PRN)2° Vice-Presidente: Carlos Virgílio (PDS)3° Vice-Presidente: Murilo Rezende (PMDB)

PMDB

TItulares

Deni SchwartzJayme Santanal.ézio SathlerMunhoz da Rocha

PT

TItulares

Carlos SantanaRicardo MoraesFrancisco Evangelista (PDS)

PP

Suplentes

Fábio FeldmannMarco Penaforte

Saulo CoelhoVittório Medioli

Suplentes

Armando Pinheiro (PDS)Nilmário Miranda

Paulo Bernardo

PTB

TItulares

Armando ViolaCarlos BenevidesEdison AndrinoHagahus AraujoHilário BraunMario MartinsMauro MirandaMurilo RezendePedro TassisRonaldo PerimSergio Ferrara

TItulares

Alacid NunesAracely de PaulaCamilo MachadoCiro NogueiraItsuo TakayamaJairo CarneiroJosé Reinaldolael VarellaSimão Sessim

TItulares

Carlos VirgfiioDaniel SilvaFernando Carrion

Suplentes

Carlos NelsonDerval de Paiva

João Thome MestrinhoJosé Belato

Marcos T.imaNilton Baiano

Oswaldo Stecca

Suplentes

César SouzaJosé Múcio Monteiro

José Santana de VasconcellosMurilo Pinheiro

Mussa DemesOrlando Pacheco

Waldir Guerra

PDS

Suplentes

Celso BernardiHugo Biehl

Paulo Duarte

TItulares

João MaiaJosé FelintoSérgio Spada

TItulares

Francisco RodriguesAntonio MorimotoJosé Elias

TItulares

OdeImo LeãoFlávio Palmier da Veiga

TItular

Jairo Azi

TItular

Nicias Ribeiro (PMDB)

TItular

João Almeida (PMDB)

TItular

José Maranhão (PMDB)

Suplentes

Carlos Roherto MassaCarlos Scarpelini

Francisco Silva

Suplentes

Etevalda Grassi de MenezesFábio Raunheitti

Augustinho Freitas

PRN

Suplentes

Elísio CUIVOTony Gel

PDC

Suplente

Jonival Lucas

PLSuplente

Maurício Campos

PSB

Suplente

Paulo Titan (PMDB)

PCdoB

Suplente

COMISSÃO DE DEFESA NACIONAL

Secretário: Ronaldo de Oliveira NoronhaRamal: 6973 a 6976Reunião: 43 s feiras, 10:00 - Plenário, sala 14.

Presidente: (PFL) Luiz Carlos Hauly (PP)1° Vice-Presidente: Werner Wanderer (PFL)2° Vice-Presidente: Benedito Domingos (PP)3° Vice-Presidente: Nelson Bomier (PI.)

PMDB

TitularPaulo de Almeida

TitularAntonio Holanda

TitularJosé Ulisses de Oliveira

PSD

PSC

PRS

Suplente,

Iranj' B.arhosa

Suplente, João Carlos Bacelar

, Suplent~JOsé'Aldo

UtularJosé DirceuNelsbn'Bor~ier (PL)

Titulares

Benedito Domingos.Luiz Carlos Hauly

Titulares

Aldir ülbralRaquel Cândido

Titular

Heitor Franco

Titular

Mauro ,nqrges (PP)

PT

PP

PTB

PRN

PDC

PL

, SuplenteHélio Bicudo

Suplentes

José UnharesValdenór Guedes

Suplentes

Francisco RodriguesPaulO Heslander

'Suplente

Edinar Moreira

. Suplente

Jair Bolsonaro

Presidente: Marcelino Romano Machado (PÚS)1° Vice-Presidente: João Rodolfo (PDS)2° Vice-Presidente: Nilmário Miranda (PT)3° Vice-Presidente: (PP) Maria Luiza Fontenele (PSB)

Secretária: Marei Bernardes FerreiraRamal: 6998/1001/1002/6999/1000

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTOURBANO E INTERIOR

TItulàres

Antônio de JesusHelio RosasJoão FagundesJosé Augusto CurvoMarcelo BarbieriRobson Tuma (PL)

PFL

Titulares

Alacid NunesÁtila LinsPaes L:mdimRicardo MuradWerner Wanderer

PDS

Titulares

Etevalda Grassi de MenezesFábio MeirellesFernando Carrion

PDT

Titulares

Elio Dal1a-VecchiaPaulo RamosWilson Müller

PSDB

Titulares

José AníbalMoroni Tor an

Suplentes

Euler RibeiroIvo Mainard(

Luiz Henrique 'Mário Martins

Pinheiro LandiniVirmondes Cruvinel

Suplentes

Jesus TajraJorran Frejat

Luciano PizzattoReinhold StephanesRoberto Magalhães

Suplentes

Amaral NettoCarlos AzamhujaOsvaldo Bender

Suplentes

Eduardo MascarenhasJOS:é Carlos Coutinho

Vivaldo Barbosa

Suplentes

Helvécio CastelloPaulo Silva

Titular

Maurfcio Campos

Titular'R9her1Q Fr~nca '

Titulares

Carlos NélsonEfraim Morais (PFL)José GeraldoOswaldo SteccaPedro Irujo

Titulares

Vicente FialhoJorge KhouryCésar BandeiraGustavo Krause

PSB

PMDB

PFL

Suplente

Ayres da Cunha

Suplente

Álvaro Ribeiro

Suplentes

Édison AndrinoFernando Diniz

Prisco Viana2 Vagas

Suplente,s

Etevaldo NogueiraÉzio Ferreira

Humberto SoutoPedro Corrêa

PDS

Titulares

Marcelino Romano MachadoArmando PinheiroJoão Rodolfo

PDT

Suplentes

Felipe MendesJairo Gaidzinski

José Diogo

COMISSÃO ESPECIAL CONs1TfU1DA, NOSlERMOS DO ART. 34, INCISO 11, DO

REGIMENlU INTERNO, PARA APRECIARE DAR PARECER SOBRE TODOS OS PROJETOS

EM TRÂMITE NA CASA, RElATIVOS ÀREGUIAMENTA~O DO ART. 192

DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL_SISlEMA FINANCEIRO NACIONAL

Titulares

BLOCO PARIAMENTAR

Basflio VillaniDaniel Silva

Gilson MachadoPaes Landim

Roberto Magalhães

Suplentes

Presidente: Deputado Benito GamaVice-Presidente: Deputado José LourençoRelator: vago

Benito GamaEIí.'1io CurvoÉzio FerreiraFrancisco DorneilesJosé Múcio Monteiro

Suplentes

Luiz Girão

Suplentes

Helvécio CastelloUbaldo Dantas

PT

PSDB

Rose de FreitasSérgio Machado

Junot Abi-RamiaMiro Teixeira

Titulares

Titulares SuplentesPMDB·

George Takimoto (PFL)Nilmário MirandaIndicação pelo Of. 72/93

PP

Carlos SantanaManoel Castro (PFL) Germano Rigoto

Gonzaga MottaJosé Luiz Clerot

. Lufs Roberto Ponte

Dejandir DalpasqualeEtevalda Gras.'>i Menezes

José DutraOdacir Klein

Titulares

Maria Luiza Fontenelle (PSB)Nan SouzaIndicação pelo Df. 88/93

P1B

Suplentes

Álvaro Ribeiro (PSB)Leopoldo Bes.'lOne

Beraldo BoaventuraCarrion Júnior

PDT

Márcia Cibilis VianaValdomiro Lima

PDS

Titular

Ililârio CoimbraIndicação pelo Of. 67/93

Suplente

Annibal Teixeira

José LourençoMarcelino Romano Machado

PSDB

Fetter JúniorRoberto Campos

PRN

Titular

Cleomâncio Fonseca

Suplente

José Carlos Vasconcellos

Jack.'lOn Pereira.José Serra

vagovago

PDC

Titular

Jonival LucasPL

Suplente

Sérgio Brito

Gastone Righi

PT

José Fortunatti

Rodrigues Palma

Paulo Bernardo

Titular Suplente PDC

SEM PARTIDO

Ricardo Correa Nelson Bomier Paulo MandarinbPL

Pauderney Avelino

Titular

Wilson Cunha (PTB)

Suplente

Ernesto Gradella· (S/P)

Ricardo Izar Jones Santos Neves

SeIViço de Comissões EspeciaisLocal: Anexo n - Sala 10 - MezaninoRamais: 7066/7067/7052Secretário: Sílvio Sousa da Silva

COMISSÃO ESPECIAL PARA PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI N° 824, DE 19910 QUE

"REGUIA,DIREITOS E OBRIGAÇuESRELATIVOS A PROPRIEDADE INDUSTRIAL

PREVISTO NA MENSAGEM N° 192491DO PODER EXECUTIVO

SeIViço de Comissões Especiais:Anexo I1 - Sala 10 - MezaninoSecretário: Brunilde I.iviero CaIValho de MoraesRamais: 7066 e 7067

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIRPARECER À PROPOSTA DE EMENDA À

CONSTIlUIÇÃO N° 24", DE 1991, QUE "INSTITUI OSISlEMA DE ELEIÇAO DISTRITAL MISTA NOSMUNICÍPIOS MAIS DE CEM MIL ELEITORES"

Presidente: Maurici Mariano1.0 Vice-Presidente: vago20 Vice-Presidente: vagoRelator: Ney l.opes

TItuIares

Presidente: Deputado José Thomaz Nonô10 Vice-Presidente: Deputado Osmânio PereiraRelator: Deputado Maluly NettQ

TItulares Suplentes

Suplentes BLOCO PARIAMENTAR

BLOCO PARIAMENTAR

Gilson MachadoJosé Carlos AleluiaJosé Carlos VasconcelosNey I.opesOUo Cunha

Marcelo BarbieriNelson JobimNelson Proença

Paulo Ramosl.ibcrato Caboclo

César BandeiraPaes LandimElíc;io CUIVO

José Santana de VasconcellosWagner do Nascimento

PMDB

vagoJoão Almeida

José Luiz Clerotvago

PDT

Clóvis Ac;sisVago

Ângelo MagalhãesFlávio DerziMaluly NettoRomel Anísio

Felipe NeriJoão HenriqueJosé Thomaz NonôLuiz Henrique

Miro TeixeiraSérgio Gaudenzi

PMDB

PDT

PDS

Heitor FrancoLael Varella

Orlando PachecoSimão Sessim

vagoMauri Sérgio

Nilson GibsonVago

Clóvis AssisMendonça Neto

lbrahim Abi-AckelRoberto Campos

Fáhio FeldmannAlvaro Pereira

Paulo TIcslander

Irma Passoni

Roberto Balestra

PDS

PSDB

PTB

PT

PDC

PL

Adylson MottaFrancisco Diógenes Prisco Viana

José Teles

Osmânio PereiraPaulo Silva

Vitória Medioli

Cardoso Alves

Félix Mendonça

José Dirceu

Luci Chanacki

Pedro Novais

José Maria Eymael

João Teixeira

José LourençoTelmo Kirst

PSDB

vago

PTB

Carlm; Kayath

PT

Paulo Delgado

PDC

Leomar Quintanilha

PL

vago

Flávio Rocha Valdemar Costa Neto SeIViço de Comissõcs Fspeciais: Anexo fi - Sala 10- Meza­nino.Secretário: José Maria Aguiar de CastroRamais: 7066/7067/7052

Serviço de C,()mis.~CíesEspeciais: Anexo II - Sala 10- MezaninoSecretário: Sflvio Avelino da SilvaRamais: 7067 e 7066

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIRPARECER À PROPOSTA DE EMENDA À

CONSTITIJIÇÃO N° 56, DE 1991, qUE "ALTERADISPOSITNOS DA CONS'.fITUIÇAO FEDERAL

(DESREGULAMENTAÇAO DA ECONOMIA)

Presidente: Deputado Maurflio Ferreira t ..ma1° Vice-Presidente: Deputado Fáhio Meirelles2° Vice-Presidente: vago3° Vice-Presidente: Deputado Vladimir PalmeiraRelator: Deputado Ney l.opes

Serviço de Comisst'íes Especiais: Anexo II - Sala 10 - Meza­nino.Secretário: Luiz César Lima CostaRamais: 7066 e 7067

COMISSÃO ESPECIAL PARA APRECIAR E DARPARECER SOBRE O PROJElD DE LEI N° 2.057,

DE 1991, QUE "INSTITIJI O ESTA11J1O DASSOCIEDADES INDíGENAS"

Presidente: Deputado Domingos·JuvenilI" Vice-Presidente: Deputado João Fagundes2° Vice-Presidente: Deputado I.ourival FreitasRelatora: Deputada Teresa Jueá

Titulares

BLOCO PARIAMENTAR

Suplentes Titulares

BLOCO PARLAMENTAR

Suplentes

Paes Landim Evaldo GonçalvesRenato Johns.~on Flávio DerziNey Lopes Nelson Morrovago Wagner Nascimento

PMDB

vago vagoMaurflio Ferreira Lima Hermfnio CalvinhoNelson Proença Luiz SoyerWalter Nory TIdei de Lima

PDT

Márcia Cibilis Viana Aroldo GóesValdomiro Lima Beth Azize

PDS

Fábio Meirelles Carlos AzamhujaRoherto Campos Marcelino Romano Machado

PSDB

Adroaldo Streck ViUório Medioli

P1B

Cardoso Alves Paulo IIeslander

PT

Vladimir Palmeira Paulo Bernardo

PDC

José Maria Eymael Roberto Balestra

PL

Jarvis Gaidzinski Ribeiro Tavares

Elfsio Curvo Alacid Nunes·Luciano Pizzato ' Átila LinsRuben Bento George TakimotoSérgio Barcellos Heitor FrancoTadashi Kuriki Tony Gel

PMDB

Domingos Juvenil Armando CostaJoão Fagundes Euler RibeiroValter Pereira Hermfnio Calvinhozaire Rezende Mauri Sérgio

PDT

Beth Azize Aroldo GóesSidney de Miguel (PV) Haroldo Sabóia

PDS

Maria Valadão Ângela Aminvago Célia Mendes

PSDB

Fábio Feldmann Edmundo GaldinoTuga Angerami Osmânio Pereira

P1BFrancisco Rodrigues Alceste Almeida

PT

Lourival Freitas Ricardo MariasPDC

Avenir Rosa Pauderney AvelinoPL

vago José Augusto CurvoPSB

José Carlos Sabóia Uldurico Pinto

Serviço de Comissões Especiais: Anexo II- Sala 10- Mesanino.Secretário: Edll C,alheiros BispoRamal: 7069

Suplentes

BLOCO PARlAMENTAR

Serviços de Comissões EspeciaisAnexo II - Sala 10 - MezaninoSecretário: Francisco da Silva Lopes FilhoRamais: 7066/7067/7052

José Cal'los Vasconcellos Antonio HolandaJosé Santana de Vasconcellos ',Átila LinsNey Lopes Evaldo' GonçalvesRaul Belém Wagner do NascimentoRoberto Magalhães Jesus TajraRonivon Santiago José BurmettSandra Cavalcanti José Lourenço (PDS)

PMDB

Armando Costa João HenriqueCid Carvalho Luiz HenriqueJoão Almeida Pinheiro LandimNelson Johim Neuto de ContoNicias Ribeiro Virmondes CruvinelValter Pereira Jório de Barros

PDT

Miro Teixeira Wilson MüllerVital do Rego Edson silva

PSDB

Jorge Uequed Alvaro PereiraJabes Ribeiro Sérgio Machado

PDS

Gerson Peres Vitório MaltaPrisco Viana Armando Pinheiro

PTB

Gastone Righi Carlós KayathRodrigues Palma Roberto Jefferson

PT

Edésio Passos Hélio BieudoJosé Dirceu Paulo Bernardo

PDC

José Maria Eymael Francisco Coelho

PL

Álvaro Valle Valdemar Costa

P1R

Benedito Domingos Mário Chermont

PSB

Roberto França Luiz Piauhylino

PSTPedro Valadares Nan Souza

PCdoB

Haroldo Lima Renildo Calheiros

Moroni Torgan

Augustinho Freitas

Aroldo Góes

Elísio CurvoRubem Bento

Daniel Silva

Socorro Gomes (pC do B)

Alcides Modesto

PT

PDS

PDT

PTB

PSDB

PMDB

Valdir Ganzer

Roberto Torres

Raquel CAndido (PTH)

Edmundo Galdino

Laerte Bastos

César BandeiraFreire JúniorMurilo Pinheiro

Vago

COMISSÃO PARIAMENTAR DE INQUÉRITO 1ítularesCOM A FINALIDADE DE INVESTIGAR

CRIMES DE "PISTOIAGEM NAS REGIÕESCENTRO-OESTE E NORTE, ESPECIAlMENTE

NA CHAMADA ÁREA DO "BICO DO PAPAGAIO"

Requerimento nO 09/91 Prazo: 20/11/92 a 9/f17fCJ3

COMISSÃO ESPECIAL PARA APRECIAR E DARPAREC~RSOBRE TODAS AS PROPOSIÇÕES, EM

TRAMITE NESTA CASA, REFERENTES ÃLEGISIAÇÃO ELEITORAL E PARTIDÁRIA,

ESPECIFICAMENTE AS QUE DISPÕEM SOBREINELEGffiILIDADE, LEI ORGÂNICA DOS PARTIDOS

POLíTIcos, CÓDIGO ELEITORAL E SIS1EMAELEITORAL

Presidente: Deputado Roherto Magalhães1° Vice-Presidente: Deputado Cardoso Alves20 Vice-Presidente: Deputado Prisco Viana3° Vice-Presidente: Deputado Geraldo Alckmin FilhoRelator: Deputado João Almeida

Presidente: Deputado Freire Júnior B1oco(fO1° Vice-Presidente: Deputado Roberto Torres pm/AL2° Vice-Presidente: Deputado I.aerte Hastos PDT/RJ

Relator: Deputado Edmundo Galdino PSDB(fO .

1ítulares , Suplen~es.

BLOCO PARIAMENTAR

ReuniCles:Local: Anexo lI, Plenário nOSecretário: Mário Coutinho - 318-7060

COMISSÃO EXIERNA DESTINADA A FISCALIZARE CON1ROIAR. DIRETAMEN1E, E/OU POR

INIERMÉDlO DO mmUNAL DE CONTAS DAUNIÃo, OS ATOS DO PODER EXECUTIVO

FEDERAL, DE SUA ADMJNIS1RAÇÃO D1RETAE INDIRETA, INCLuíDAS As FON'DAÇóES

. E SOCIEDADES INS'lITUÍDASE MANTIDAS PELO PODER púBuCO FEDERAL

Coordenador: Deputado Waldir PiresTitulares Suplentes

Francisco Coelho Marcos MedradoServiços de Comissõcs EspeciaisAnexo II - Sala 10 MezaninoRamais 7066/7067/7052

, Secretário: Héris Medeiros Joffily

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIRPARECER À PROPOSTA DE EMENDA À

CONS'ITIUIÇÃO N° 39, DE 1989, QUE"ACRESCENTA PARÁGRAFO AO ART. 14,

ALlERA OS §§ 5°, 6° E 'lO DO MESMOARTIGO E MODIFICA O ART. 82,

TODOS DA CONS1ITUIÇÃO FEDERAL"Presidente: Deputado Renato Vianna

, 1° Vice-Presidente: Deputado João Henrique2° Vice-Presidente: Deputado João Magalhães Teixeira3" Vice-Presidente: Carrion JúniorRelator: Deputado Maurício Campos

Titulares SuplentesBLOCO PARLAMENTAR

Zé Gomes da Rocha Leur LomantoOsvaldo Coelho Sérgio BarcellosPedro Valadares Paulo OctávioAntonio Ueno 1 Vaga

PMDB

PMDB

Suplentes

Welinton Fagundes

BLOCO PARLAMENTAREveraldo de Oliveira

José BurnettLael Varella

Orlando Bezerra

Mussa DemesOsório AdrianoRenato Johns.<;ünWaldir Guerra

Armando Costa Joni VariscoJoão Henrique José BelatoLuís Roberto Ponte José MaranhãoWalter Nory 1 vaga

PDTSérgio Gaudenzi Aldo PintoValdomiro Lima Carlos Lupi

PSDBJackson Pereira 1 vaga

PDSRoherto Campos Francisco Diógenes

PTA1oízio Mercadante Paulo Bernardo

PTBRodrigues Palma Anníbal Teixeira

PLFlávio Rocha Jones Santos Neves

PDCPedro Novais Pauderney Avelino

P1RMarcelo Luz Carlos Camur a

Jurandyr Paixão Pedro TassisLuiz Soyer 3 Vagas

PDTCarrion Júnior Élio Dalla-VecchiaValdomiro lima Edésio Frias

PDSJosé Diogo José LourençoPrisco Viana Telmo Kirst

PSDBI\éc,io Neves 1 Vaga

PTEdésio Pas.<;os 1 Vaga

PTBOnaireves Moura Carlos Kayath

PDCSamir Tannus 'I Vaga

PLMaurício CamposServiços de Comissões EspeciaisAnexo II - Sala 10- MezaninoSecretária: Maria Helena Coutinho de OliveiraRamais 7067 e 7066

COMISSÃO ESPECIAL PARA DAR PARECERSOBRE A PROPOSTA DE EMENDA À

CONS'ITIUIÇÃO N° 17, DE 1~1, QUE "DlSPÓESOBRE O SISlEMA 1RIDUTARIO NACIONAL"

Presidente: Deputado Osório Adriano1° Vice-Presidente: Deputado Sérgio Gaudenzi2° Vice-Presidente: Deputado Jackson Pereira3° Vice-Presidente: Deputado João HenriqueRelator: Deputado Luí.., Roberto Ponte

Titulares

Mário Martins

Jdsé Fortunati

Flávio Arns

Gilvan BorgesIvo Mainardi

João FagundesOlavo Calheiros

Felix Mendonça

Délio Braz.Freire Júnior

Jesus TajraMaurício Calixto

Carlos i.upiSérgio Gaudenzi

WelliIlgtoÍ1 Fagimdes

João de Deus Antunes

PL

PT

PDS

PTB

PDT

PDC

PSDB

PMDB

BWCOAlacid NunesJairo CarneiroJosé BurnettTony Gel'

Armando CostaHérminio CalvinhoJoão NatalRoberto Rollemberg

Luiz Moreira

Moroni Torgan

José Diogo

Paulo Bernardo

Jarvis Gaidzinski

vagoWaldir Pires

João Henrique

Serviços de Comil\,'\Ocs F.speciais Jooo Hcnrique Jooo NatalAnexo n- sala 10 - Mezanino Nestor Duarte José BelatoSecretário: Antonio Fernando Borges Manzan NiL'iOn Gib.'iOn Neuto de ContoRamais 7061 Odacir Klein Nelson Proença

cOMISSÃo ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR Pinheiro Landim Olavo Calheiros

PARECER À PROPOSTA DE EMENDA À Zuca Moreira Roberto Valadáo

CONS1TI'UIÇÃO N° 46, DE 1991, QUE "INTRODUZ PFLMODIFICAÇÕES NA ESlRUTURA POliCIAL TItulares Suplentes...." .... "

Presidente: Deputado Jooo Fagundes Antonio dos Santos Aroldo Cedraz1° Vice-Presidente: Deputado WiL~on Müller Ciro Nogueira Francisco Coelho2° Vice-Presidente: Deputado Moroni Torgan Efraim Moraes Humberto Souto3" Vice-Presidente: Deputado Aldir C.abral Everaldo de Oliveira Iberê Ferreira

Relator: Deputado: Deputado Alacid Nunes José Falcão Jorge KhouryTItulares Suplentes Vicente Fialho Rivaldo Medeiros

BLOCO PARlAMENTAR PDSAlacid Nunes Antônio Dos Santos TItulares SuplentesPaulo Hcslander Arolde dc Oliveira Aécio de Borba Felipe MendesRoberto Magalhães Euclydes Mello Amo Magarinos Fernando FreireJosé Burnett Evaldo Gonçalves José Teles Hugo Biehl

PMDB Vitório Malta João RodolfoHermfnio Calvinho AntÔnio de Jesus PDTJooo Fagundes Ivo Mainardi TItuJarea SuplentesMarcelo Barbieri Mário MartinsMaurílio Ferreira Lima Pinheiro Landim Clóvis Assis Edson Silva

PDTLuiz Girão Mendonça NetoVital do Rego Lúcia Braga

Paulo Ramos Laerte Bastos PSDBWilson Müller 1 vaga

TItuJarea SuplentesPDS

Jooo Faustino Jabes RibeiroDaniel Silva José Teles Moroni Torgan Jorge Uequed

PSDB Ubaldo Dantas Paulo SilvaMoroni Torgan Elias Murad PT

PT TItuJarea SuplentesEdésio Pa!\.~ 1 vaga Alcides Modesto Jaques Wagner

P1B Chico Vigilante Luci ChoinackiAldir C.abral An -mio Holanda Sidney de Miguel (PV) Valdir Ganzer

PDC PPJair BoL<!anaro Ro, ~r;J Balestra TItuJarea Suplentes

PL José Unhares Ernani VianaJooo Teixeira R,'bson Tuma Vadão Gomes Nan Souza

PTR PTB

Pedro Abrllo Júlio Cabral TItuJarea Suplentes

Serviço de C.omissOes Especiais Roberto Torres Mauro FecuryAnexo 11 - Sala lO - Mezanino Wilson Cunha OUo Cunha (PRN)Secretária: Anamélia R. C. de Araújo PRNRamais 7066n067/70S2 TItular SuplenteAlteração: 4-11-1992 José CarIos VasconcelIos TonyGeI

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PDCACOMPANHAR AS CONSEQ~CIAS DA SECA TItular Suplente

NO NORDESTJ;, ASSIM COMO AS PROVID~CIASQUE ESTÃO SENDO TOMADAS PARA O Jairo Azi Sérgio Brito

A1ENDIMENfO ÀS POPULAçõES ATINGIDAS. PL

Presidente: Deputado José Carlos Vasconcelos (PRN) TItular Suplente1° Vice-Presidente: Deputado Everaldo de Oliveira (PFL) Ribeiro Tavares Ayres da CunhaZO Vice-Presidente: Deputado José Teles (PDS) PSB3° Vice-Presidente: Deputado Luiz Girllo (PDT) TItular Suplente

Relator: Deputado Pinheiro Landim (PMDB) Ariosto Holanda Álvaro RibeiroPMDB PCdoB

TItuJarea Suplentes TItular SuplenteAlufzio Alves Chico Amaral Renildo Calheiros Haroldo Lima

EDIÇÃO DE HOJE: l04PÁOINAS