República Federativa do Brasil - DO CONGRESSO NACIONAL

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, DIARI6 República Federativa do Brasil DO CONGRESSO NACIONAL SEÇÃO I , CAPITAL FEDERAL , QUINTA-FEIRA, 8 DE MARÇO DE 1990 " CAMARA DOS D,EPUTADOS 1, .... ATA DA SESSÃO,DA 4' SES- SÃO LEGISLATIVA DA 48' LEGISLA· TURA: EM 7 DE, MARÇO DE 1990 .I - Abertura da'Sessão 11 - Leitura assinatura' da ata da ses- sáoanterior 111 - Leitura do Expediente OFÍCIOS (Págsó 1025 a 1026) N" 9/90 - Da Bancada do Partido De- mocrático Traoalhista - PDT, comuni- cando a escolha do Líder, o Senhor Depu- tado DOUTELDE ANDRADE .. N" 34/90 - Da Bancada do Partido do Movimento Democrático Br,asileiro - PMDB, indicando o nome do Líder, o Senhor Deputado IBSEN PINHEmO. N" 225/90 - Do Senhor Deputado GANDI JAMIL, comunicando seu in- gresso no Partido Democrático Trabalhis- ta-PDT. N" 13/90 - Do Senhor Deputado DOUJEL DE ANDRADE, Líder do PDT, c01l1unicando o ingresso do Depu- tado GANDI JAMIL no Partido. REQUERIMENTOS (Pág.l026) po Senhor Deputado OSCAR COR- REA, solicitando a ,anexação de Projetos de Lei. D'o Senhor Deputado GERALDO ALCKIMN FILHO, solicitando a retira- da do PL n" 3.891/89, de sua autoria. MENSAGENS (Págs. 1026 a 1051) Mensagem n" 954/89 (Poder Executivo) - Submete à apreciação do Congresso Nacional o ato que "renova por 10 (dez) anos, a partir de 18 de junho de 1989, a concessão da Rede Riograndense de Emissoras Ltda, outorgada através do Decreto n" 83.451, de '14 de maio de 1979, para explorar, na cidade de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul, sem direito de exclusividade, serviço de radiódifusão sonora em onda curta". SUMÁRIO Mensagem n" 955/89 (Poder Executivo) - Submete à apreciação do Congresso Nacional o ato que "renova por 10 (dez) anos, a partir de I" de março de 1989, a concessão da Rádio Cassino de Rio Grande Ltda, outorgada através do De- creto n" 83.082, de 24 de janeiro de 1979, para explorar, na cidade de Rio Grande, Estado do Rio Grande do Sul, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda média". Mensagem n" 956/89 (Poder Executivo) - Submete à apreciaçãO do Congresso Nacional o ato que "renova por 10 (dez) anos, :o. !Jaltir de 15 de agosto de 1989, a concessão da Rádio Liberal Ltda, outor- gada através do Decreto n" 83.574, de 18 de junho de 1979, para explorar, na cida- de de Belém, Estado do Pará, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda tropical". Mensagem n" 957, de 1989 (Poder Exe- cutivo) - Submete à apreciaçãO do Con- gresso Nacional o ato que "renova por 10 (dez) anos, a partir de 20 de março de 1988, a concessão de Rádio Emissora Aruanã Ltda, outorgada'através do De- creto n" 81.301, de 2 de fevereiro de 1978, para explorar na cidade de Barra do Gar- ças, Estado do Mato Grosso, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda·média". Mensagem u" 958/89 (Poder Executivo) - Submete à apreciação do' Congresso Nacional o ato que "renova por 10 (dez; anos, a partir de 18 de agosto de 1987 a concessão da Rádio Monólitos de Qui· xadá Ltda, outorgada através do Decreto n" 79.889, de 28 de junho de 1977, para explorar, na cidade de Quixadá, Estado do Ceará, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda média". Mensagem n" 959/89 (Poder Executivo) - Submete à apreciação do Congresso Nacional o ato que "outorga concessão à Rede Integração de Comunicação Ltda, para explorar, pelo prazo de 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, servi- ço de radiodifusão sonora em onda média, na cidade de Toledo, Estado do Paraná". Mensagem n" 960/89 (Poder Executivo)' ' - Submete à apreciação do Congresso Nacional o ato que "outorga concessão à Rádio Universal de Morrinhos Ltda., para explorar, pelo prazo de, 10, (dez) anos, sem direito de exclusividade, servi- ço de radiodifusão sonora em onda média, na cidade de Morrinhos, Estado do Cea- rá". Mensagem n".961189 (PoderExecutivo) , - Submete à apreciação do Congresso Nacional o ato que "outorga permissão à Universidade de Oeste Paulista-Unoes- te, para explorar, pelo prazo de 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, servi- ço de radiodifusão s.onora em freqüência , modulada, com fins exclusivamente edu- cativas, na cidade de Presidente Pruden- te, Estado de São Paulo". PROJETOS A IMPRIMIR (Págs.l051 a 1062) Projeto de Lei Complementar n" 149-A, de 1989 (Do Sr. Ney Lopes) - Estabelece, de acordo com o art. 14, pará- grafo 9", da Constituição Federal, casos de inelegibilidade'e os prazos de sua cessa- ção e determina outras providências; ten- do parecer do Relator designado pela Me- sa em substituição à Comissão de Consti- tuição e Justiça e Redação, pela aprova- ção, com Substitutivo. Projeto de Resolução 460-A, de 1986 (Do Sr. Victor Faccioni) - .cria a Comis- são Parlamentar de Inquérito destinada a apurar as causas da extinção do Bancb Nacional da Habitação; tendo parecer da Mesa pela reJeição. . Projeto de Lei n" 5.009-A, de 1985 (Do Sr. Floriceno Paixão) - Dispõe sobre o salário mínimo profissional dos Técnicos Industriais de nível médio; tendo parecer, da Comissão de Constituição' e Justiça e Redação, pela inconstitucionalidade e fal- ta de técnicaJegislativa.

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,

DIARI6República Federativa do Brasil

DO CONGRESSO NACIONALSEÇÃO I

, CAPITAL FEDERAL , QUINTA-FEIRA, 8 DE MARÇO DE 1990

"CAMARA DOS D,EPUTADOS

1,.... ATA DA 13~ SESSÃO,DA 4' SES­SÃO LEGISLATIVA DA 48' LEGISLA·TURA: EM 7 DE, MARÇO DE 1990

.I - Abertura da'Sessão

11 - Leitura e· assinatura' da ata da ses­sáoanterior

111 - Leitura do ExpedienteOFÍCIOS

(Págsó 1025 a 1026)

N" 9/90 - Da Bancada do Partido De­mocrático Traoalhista - PDT, comuni­cando a escolha do Líder, o SenhorDepu­tado DOUTELDE ANDRADE..

N" 34/90 - Da Bancada do Partido doMovimento Democrático Br,asileiro ­PMDB, indicando o nome do Líder, oSenhor Deputado IBSEN PINHEmO.

N" 225/90 - Do Senhor DeputadoGANDI JAMIL, comunicando seu in­gresso no Partido Democrático Trabalhis­ta-PDT.

N" 13/90 - Do Senhor DeputadoDOUJEL DE ANDRADE, Líder doPDT, c01l1unicando o ingresso do Depu­tado GANDI JAMIL no Partido.

REQUERIMENTOS

(Pág.l026)

po Senhor Deputado OSCAR COR­REA, solicitando a ,anexação de Projetosde Lei.

D'o Senhor Deputado GERALDOALCKIMN FILHO, solicitando a retira­da do PL n" 3.891/89, de sua autoria.

MENSAGENS

(Págs. 1026 a 1051)

Mensagem n" 954/89 (Poder Executivo)- Submete à apreciação do CongressoNacional o ato que "renova por 10 (dez)anos, a partir de 18 de junho de 1989,a concessão da Rede Riograndense deEmissoras Ltda, outorgada através doDecreto n" 83.451, de '14 de maio de 1979,para explorar, na cidade de Porto Alegre,Estado do Rio Grande do Sul, sem direitode exclusividade, serviço de radiódifusãosonora em onda curta".

SUMÁRIOMensagem n" 955/89 (Poder Executivo)

- Submete à apreciação do CongressoNacional o ato que "renova por 10 (dez)anos, a partir de I" de março de 1989,a concessão da Rádio Cassino de RioGrande Ltda, outorgada através do De­creto n" 83.082, de 24 de janeiro de 1979,para explorar, na cidade de Rio Grande,Estado do Rio Grande do Sul, sem direitode exclusividade, serviço de radiodifusãosonora em onda média".

Mensagem n" 956/89 (Poder Executivo)- Submete à apreciaçãO do CongressoNacional o ato que "renova por 10 (dez)anos, :o. !Jaltir de 15 de agosto de 1989,a concessão da Rádio Liberal Ltda, outor­gada através do Decreto n" 83.574, de 18de junho de 1979, para explorar, na cida­de de Belém, Estado do Pará, sem direitode exclusividade, serviço de radiodifusãosonora em onda tropical".

Mensagem n" 957, de 1989 (Poder Exe­cutivo) - Submete à apreciaçãO do Con­gresso Nacional o ato que "renova por10 (dez) anos, a partir de 20 de marçode 1988, a concessão de Rádio EmissoraAruanã Ltda, outorgada' através do De­creto n" 81.301, de 2 de fevereiro de 1978,para explorar na cidade de Barra do Gar­ças, Estado do Mato Grosso, sem direitode exclusividade, serviço de radiodifusãosonora em onda· média".

Mensagem u" 958/89 (Poder Executivo)- Submete à apreciação do' CongressoNacional o ato que "renova por 10 (dez;anos, a partir de 18 de agosto de 1987a concessão da Rádio Monólitos de Qui·xadá Ltda, outorgada através do Decreton" 79.889, de 28 de junho de 1977, paraexplorar, na cidade de Quixadá, Estadodo Ceará, sem direito de exclusividade,serviço de radiodifusão sonora em ondamédia".

Mensagem n" 959/89 (Poder Executivo)- Submete à apreciação do CongressoNacional o ato que "outorga concessãoà Rede Integração de Comunicação Ltda,para explorar, pelo prazo de 10 (dez)anos, sem direito de exclusividade, servi-

ço de radiodifusão sonora em onda média,na cidade de Toledo, Estado do Paraná".

Mensagem n" 960/89 (Poder Executivo)' '- Submete à apreciação do CongressoNacional o ato que "outorga concessãoà Rádio Universal de Morrinhos Ltda.,para explorar, pelo prazo de, 10, (dez)anos, sem direito de exclusividade, servi­ço de radiodifusão sonora em onda média,na cidade de Morrinhos, Estado do Cea­rá".

Mensagem n".961189 (PoderExecutivo) ,- Submete à apreciação do CongressoNacional o ato que "outorga permissãoà Universidade de Oeste Paulista-Unoes­te, para explorar, pelo prazo de 10 (dez)anos, sem direito de exclusividade, servi­ço de radiodifusão s.onora em freqüência ,modulada, com fins exclusivamente edu­cativas, na cidade de Presidente Pruden­te, Estado de São Paulo".

PROJETOS A IMPRIMIR

(Págs.l051 a 1062)Projeto de Lei Complementar n"

149-A, de 1989 (Do Sr. Ney Lopes) ­Estabelece, de acordo com o art. 14, pará­grafo 9", da Constituição Federal, casosde inelegibilidade'e os prazos de sua cessa­ção e determina outras providências; ten­do parecer do Relator designado pela Me­sa em substituição à Comissão de Consti­tuição e Justiça e Redação, pela aprova­ção, com Substitutivo.

Projeto de Resolução n° 460-A, de 1986(Do Sr. Victor Faccioni) - .cria a Comis­são Parlamentar de Inquérito destinadaa apurar as causas da extinção do BancbNacional da Habitação; tendo parecer daMesa pela reJeição. .

Projeto de Lei n" 5.009-A, de 1985 (DoSr. Floriceno Paixão) - Dispõe sobre osalário mínimo profissional dos TécnicosIndustriais de nível médio; tendo parecer,da Comissão de Constituição' e Justiça eRedação, pela inconstitucionalidade e fal­ta de técnicaJegislativa.

1022 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

(Pág.l081)

prestam serviços de limpeza na Càmarados Deputados. (Pâg. 1075)

PRESIDENTE (Wilson Campos) ­Resposta à Deputapa Irma Passoni.

. I (Pág. 1075)VIRGÍLIO GUIMÁRÂES - Necro­

lógio do líder comunista Luís Carlos Pres­tes. (Pâg. 1075)

RUBEM BRANQUINHO - Isola­mento do Estado do Acre dada asituaçãode abandono da BR-364 e rodovias locais.

(Pâg" 1075)FERNANDO SANTANA -. Faleci­

mento do líder comunista Luís CarlosPrestes. (Pág. 1075)

TIDEI DE LIMA - Falecimento dolíder comunista Luís Carlos Prestes.

(Pâg. (076)VICTOR FACCIONI - Situação dos

professores no Rio Grande do Sul.(Pâg.l076)

LURDINHA SAVIGNON - Impor­tância do Dia Internacional da Mulher,comemorado a 8 de março.

(Pâg.1076)

HERMES ZANETI - Transcrição dedocumento entregue pelo Fórum Nacio­nal de Secretários de Cultura aos repre­sentantes do Governo Collor.

. (Pâg. 1077)LUIZ SOYER ':"":Sugestão dá Associa­

ção Médica Brasileira. de alteração do an­tepl'ojeto de lei do Estatuto do Funcio­nário Público, na parte que trata dos mé­dicos que trabalham sob regime estatu­tário.

(Pág. 1078)OSVALDO BENDER - Expectativa

quanto à atuação do governo Collor.(Pág.1079)

MAURO MIRANDA - Compensa­ção financeira para Estados. Distrito Fe­deral e Municípios, pela exploração derecursos naturais.

(Pág. 1079)PAULO ZARZUR - Influência da

ação de determinadas faixas do mercadona escalada da inflação.

(Pág.1079)ÁTILA LIRA - Necessidade de equa­

cionamento do problema do crédito rurale da implantação de uma política agrícolano País.

(Pág.1079)OCTÁVIO ELÍSIO - Quadragésio

aniversário de fundação da Faculdade deDireito da Universidade de Minas Gerais.

(Pág.l0801IRMA PASSONI - Manifestação do

Partido dos Trabalhadores a respeito doresultado das eleições na Nicarágua.

(Pág.1080)NEY LOPES - Transcrição do artigo

"Salários dos Parlamentares", do jorna­lista Marcondes Sampaio, publicado noJornal de Brasília de 6-3-90.

PROJETOS APRESENTADOS WILSON CAMPOS - Dia Internacio-(Págs. 1062 a 1066) nal da Mulher. (Pág. 1070)

ABIGAIL FEITOSA - Necrológio doProjeto de Decreto Legislativo n' 173, líder comunista Lúís Carlos Prestes.

de 1990 (Da C01]ilissão Mista) - Disci- (Pâg. 1070)plina as relações jurídicas decorrentes da ERALDO TRINDADE _ Adminis-adoção da Medida Provisória n° 91. de29 de setembro de 1989, que "d~põe so- tração Jorge Nova da Costa. Estado dobre o reajuste dos benefícios de J'restação Amapá. (Pág. 1071)continuada mantidos pela Previdência So- JOSÉ GENOÍNO - Necrológio do lí-cial": der comunista Luís Carlos Prestes.

Projeto de Lei n' 4.575. de 1990 (Do (Pág. 107\)Poder Executivo) -Mensagem n'138/90 PAULO RAMOS - Falecimento do_ Dispõe sobre o enquadramento dos líder comunista Luís Carlos Prestes. Avil-servidores da extinta Fundação Projeto tamento dos salários pagos aos policiaisRoddon, rédistribuídos para órgãos da militares do Estado do Rio de Janeiro.Administração Federal direta, autarquias (Pág. 1071)e fundações públicas. FLORESTAN FERNANDES - Fale-

IV _ Pequeno Expediente cimento do líder comunista Luís CarlosPrestes. (Pág. 1072)

NILSON GIBSON - Necrológio doJuiz Marcos Aurélio dos Anjos Lopes, ALUíZIO CAMPOS - Anúncio detitular da comarca do Município de João apresentação, pelo orador, de· projeto deAlfredo, Estado do Pernambuco. resolução alterando dispositivos do Regi-

(Pâg. 1066) mento Comum sobre lei delegada.CARLOS COTTA - Sexagésimo-se- (Pâg. 1072)

gundo aniversário de fundação do jornal DARCY DEITOS - Mandado de In-"O Estado de Minas". (Pág. 1066) junção. de iniciativa da Federação dos

SÓLON BORGES DOS REIS _ Fale- Trabalhadores Rurais, junto ao Supremocimento do líder comunista Luís Carlos Tribunal Federal, para votação, pelo Po-Prestes. . (Pág. 1067) der Legislativo. das leis complementares.

DEL BOSCO AMARAL (Pela ordem) (Pág. 1072)- Nel:essidade de observância da ordem EDIVALDO HOLANDA - Faleci-de inscrição para falar no Pequeno Expe- menta do líder comunista Luís Carlosdiente. (Pág. 1067) Prestes. Aplicação de recursos destinados

PRESIDENTE (Carlos Cotta) _ Res- à restauração da cidade de São Luís. Esta-posta ao Deputado Del Bosco Amaral. do do Maranhão. (Pâg. 1073)

(Pág. 1067) SAMIR ACHÓA ~ Falecimento doADHEMAR DE BARROS FILHO- líder comunista Luís Cárlos Prestes. En-

Deterioração da economia argentina. contro Nacional de Murlicipalistas. Recu-. (Pág. 1067) sa dos laboratórios fanuacêuticos de fa-

DEL BOSCO AMARAL _ Cuidados bricarem medicamentos essenciais.a serem observados pelo futuro Ministro (Pág. 1073)da Infra-Estrutura no preenchimento do LÚCIO ALCÂNTARA - Indicaçãocargo de Secretário de Minas e Metalur- do Presidente e de Diretores do Bancogia. Natureza moderna da sistemática de Central. (Pág. 1073)··trabalho implantada pela Administração EDÉSIO FRIAS - Falecimento do Ií-do Município de Cubatão, Estado de São der comunista Luís Carlos Prestes.Paulo. ' (Pág. 1068) (Pág. 1073)

IRMA PASSONI (Pela ordem) _ Ra- BETH AZIZE - Falecimento do líderzões da ausência da oradora na próxima comunista Luís Carlos Prestes. Privatiza-sessão. (Pág. 1069) ção do Banco da Amazônia - BASA.

, (Pág. 1074)JOSE 'I'lmMAZ NONÓ - Expecta- JORGE UEQUED - Conveniência

tivas da opinião pública nacional em rela- de derrubada do veto presidencial ao inci-ção ao governo Fernando Collor de Me- so I do Projeto de Lei de Conversão n'lia. (Pág. 1069) 28. (Pág. 1074)

HERMES ZANETI (Pela ordem) -Suspensão da sessão em virtude do faleci- GERSON PERES - Homenagemmento do ex-Senador e líder comunista póstuma a Luís Carlos Prestes.Luís Carlos Prestes (Pág. 1069) (Pág. 1074)

PRESIDENTE (Carlos Cotta) - Res- GONZAGA PATRIOTA - Faleci-posta ao Deputado Hermes Zaneti. mento do líder comunista Luís Carlos

(Pág. 1070) Prestes. Regulamentação dos direitosNELSON AGUIAR - Falecimento constitucionais do trabalhador rural.

do líder .comunista Luís Carlos Prestes. (Pág. 1074)Ingresso, nos quadros do PDT, do Gover- IRMA PASSONI (Pela ordem) - Im-nador Max Mauro, do Estado do Espírito portância da interlerência da Mesa, paraSanto. . (Pág. 1070) solução de greve dos trabalhadores que-'--------------=.----- _:.-_-------------"

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1023

em torno das medidas a serem implemen­tadas pelo futuro Presidente da Repúbli­ca, Fernando Collor de Mello.

. (Pág. 10S7)CRISTINA TAVARES - Política dos

Estados Unidos em relação ao Canal doPanamá. (Pág. 10SS)

CARLOS VINAGRE - Repúdio àconcessão de terras à Companhia Valedo Rio Doce, Estado do Pará.

(Pág.l0SS)INOCÊNCIO OLIVEIRA - Conside­

rações sobre a política pernambucana, noque respeita às próximas eleições de outu­bro. Expectativa quanto à ação do novogoverno no combate aos monopólios, oli­gopólios e cartéis. (Pág. 10SS)

JOSÉ CARLOS SABÓIA - Necro­lógio do líder comunista Luís Carlos Pres­tes.

(Pág.l0S9)ISMAEL WANDERLEY - Pronun­

ciamento de D. Hérder Câmara, ex-Arce­bispo de Olinda, Estado de Pernambuco,em favor do Presidente eleito FernandoCollor de Mello. ,(Pág. 10S9)

JOVANNI MASINI - Expectativaquanto ao programa econômico a ser im­plantado pelo Presidente eleito. Fernan­do Collor de Mello. .(Pág. 10S9)

FERNAND.O BEZERRA COELHO- Ineficiência do sistema de arrecadaçãofinanceira federal. (Pág. 1090)

JOSÉ MARIA EYMAEL - Ativaçãodo Conselho Administrativo de DefesaEconômico - CADE, para o combateaos cartéis e monopólios. (Pág. 1091)

ANTÓNIO DE JESUS - Forneci­mento, pela CEME - Central de Medica­mentos - de farmácias básicas a entida­des assistenciais do Estado de Goiás.

(Pág.l091)ANTÓNIO SALIM CURIATI ­

Transcrição, nos Anais da Casa, de repor­tagem publicada no informativo da Asso­ciação Brasileira das Indústrias de Queijo- ABIQ - sobre a família Lemos deMoura Leite, fabricante dos laticíniosAvaré.

STÉLIO DIAS - Agilização da apre­ciação, pelo Senado Federal, da lei deseguridade da Previdência Social.

. (Pág. 10S1)CUNHA BUENO .L.- Conseqüências

danosas do processamento de areias mo­nazíticas pela Usina de Santo Amaro,USAM, em São Paulo. (Pl!g. 10SI)

JOSÉ MENDONÇA DE MORAIS ­Importância de dinamização dos traba­lhos da Câmara dos Deputados, para ela­boração das leis complementares.

(Pág.l0S2)FRANCISCO AMARAL - Criação,

no Estado de São Paulo, do Banco Múlti­plo Transcontinental. (Pág. 10S2)

bORETO CAMPANARI -"- Deficiên­cias do Ensino de 1. Grau no Estado deSão Paulo.

(Pág. 10S2)ANTÓNIO UENO - Considerações

do agrônomo japonês Seigi Mori, no Fó­rum da Amazônia, sobre os projetos dereflorestamento da Companhia Vale doRio Doce. (Pág. 10S3)

GANDi JAMIL - Anúncio de apre­sentação de projeto de lei de sua autoria,de regulamentação de dispositivos consti­tucionais referentes aos direitos trabalhis­tas. I (Pág. 10S3)

RENATO VIANNA - Necrológio doGovernador do Estado de Santa Catarina,Pedro Ivo.

. (Pág. 10S3)CARLOS CARDINAL - Falecimen­

to do líder comunista Luís Carlos Prestes.(Pág. )

ADEMIR ANDRADE - Dificuldadedo Instituto Maria de Mattias, de Alta­mira, Estado do Pará. (Pág. 10S4)

ROSÁRIO CONGRO NETO - Criseno abastecimento de álcool combustível.Repúdio à tentativa de desest}lbilizaçãodo Programa Nacional do AIcool ­Proálcool. , (Pág. 10S5)

SALATlEL CARVALHO - Crise nosistema de saúde do Estado de Pernam­buco.

(Pág.l0S5)SÉRGIO SPADA - Crise da suino­

cultura brasileira.(Pág. 10S5)

JOSÉ CARLOS COUTINHO - Cin­qüentenário do Instituto de Ressegurosdo Brasil. Anúncio de apresentação, peloorador, de emenda modificativa ao Proje­to de Lei Complementar n. 154, que dis­põe sobre o Sistema Financeiro Nacional.

(Pág.l0S6)ASSIS CANUTO - Dificuldades dos

agricultores e trabalhadores rurais brasi­leiros.

(Pág.l0S6)LÉZIO SATHLER - Crise de abaste­

cimento de álcool combustível no País.(Pág.l0S7)

JOSÉ SANTANA DE VASCONCE­LOS - Necessidade de união nacional

cadas expressivas no futuro CongressoNacional. (Pág. 1106) _

FAUSTO ROCHA (Pela ordem) ­Registro da eleição do Deputado ArnaldoFaria de Sá para Presidente da AssociaçãoPortuguesa de Desportos, Estado de SãoPaulo. (Pág. 110S)

PRESIDENTE (Arnaldo Fãna de Sá)- Agradecimento ao Plenário'pelas ma­

nifestações. (Pág. 110S)VI - Comunicações de Lideranças

ADEMIR ANDRADE - Falecimen­to do líder comunista Luís Carlos Prestes.Filiação do ex-Deputado Federal AlencarFurtado e do Deputado Federal UlduricoPinto ao Partido Socialista Brasileiro.

. (Pág. 110S)ADHEMAR DE BARROS FILHO­

Falecimento do líder comunista Luís Car­los Prestes. A vitória da democracia re­presentada pela eleição de Violeta Cha­morro para Presidente da Nicarágua.

(Pág.1109)NILSON GIBSON (Pela ordem) ­

Registro da reeleição do Deputado IbsenPinheiro para líder do PMDB na Câmarados Deputados. (Pág. 1109)

PRESIDENTE (InocênCio Oliveira) - .Solidariedade da Presidência ào júbilo da .bancada do PMDB pela reeleição do De- .putado Ibsen Pinheiro para a liderança'partidária. (Pâg. 1109) .

CESAR CALS NETO - Repúdio à 'escalada na remarcação de preços. Espe­rança na adoção, pelo futuro governo, demedidas para contenção do processo es­peculativo. (pág. 1109)

GIDEL DANTAS - Necrológio doex-Deputado Federal Hilclebrando Gui­marães. .' . (Pág. 1110)

ARNALDO FARIA DE SÁ - Aten­dimento pelo Presidente Fernando Collor

.dos anseios P!lpulares, através da forma­ção da equipe governamental.

(Pág. 1110)PLÍNIO ARRUDA SAMPAIO - Fa­

lecimento do líder comunista Luís CarlosPrestes. (Pá~. 1110) .

SANDRA CAVALCANTI - Trims­curso do Dia Internacional da Mulher.

(Pág. 1091) Crescente participação da mulher brasi- 'V - Grande Expediente leira na vida nacional. (Pá2. 1110) .

ALCIDES SALDANHA - Faleci- ,. TIDEI DE LIMA - Configuração de -mento do líder comunista Carlos Prestes. ilícito penal na liberação, a título de com- 'Redefinição dos postulados da política plementação de custos sobre frete, de re- .energética como condição para a supera- cursos para o pagamento da Transporta-ção da crise vivida pelo setor. . dora Wadel, subcontratada da Rede Fer-

(Pág. 1092) roviária Federal. (Pág. 1111)CARLOS COTTA-Ajuizamento de JOSÉ TAVARES - Falecimento do

Ação Popular contra o Governador New- líder comunista"Luís Carlos Prestes.ton Cardoso, do Estado de Minas Gerais, (Pág. 1111)para anulação da venda do Banco Agri- ADOLFO OLIVEIRA - Regozijo domisa. (Pá~. 1094) PL pela reeleição do Deputado Ibsen Pi­

nheiro para líder da bancada do PMDBNELTON FRIEDRICH - Lições' e na câmara dos Deputados. (Pág. 1112)

desdobramentos da eleição presidencial. VII _ Ordem do DiaUnião das forças políticas progressistas (Págs. 1113 a 1114)para acompanhamento do governo Fer- Ap,resentação de proposições _nandoColloreparaaconstituiçãodeban- ADHEMAR DE BARROS FILHO,

1024 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

ELIAS MURAD, ARNALDO FARIADE sA, OSWALDO LIMA FILHO,PAULO PAIM, PAULO ZARZUR,JAYME PALIARIN, GEOVANI BOR­GES, CUNHA BUENO, FRANCISCOAMARAL, LUIZ LEAL, ROBERTOVITAL, GANDI JAMIL, LEONEL JÚ­LIO, SAULO QUEIRÓZ, EUCLIDESSCALCO, RosARIO CONGRO NE­TO, HARLAN GADELHA, LUIS SA­LOMÃO, CARLOS ALBERTO CAÓIRAJÁ RODRIGUES, JOSÉ CARLOSqJUTINHO, LÉZIO SATHLER, JO­SE SANTANA DE VASCONCELOS,ANTÔNIO SALIM CURIATI, PAULOMARQUES, RAQUEL CÂNDIDO,FERNANDO SANTANA, ANTÔNIOCARLOS MENDES THAME, JOVANIMASINI, ZIZA VALADARES.

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)­Sobrestamento de requerimento sobre amesa em razão do disposto no art. 64,§ 29 , da Constituição. Inexistência deacordo das lideranças partidárias para vo­tação do Parecer n9 9, da Comissão deConstituição e Justiça e de Redação.

Deferimento de requerimentos para: aprestação, pela Casa, de homenagem à,memória do líder comunista Luís CarlosPrestes.

Deferimento de requerimento para aprestação, pela Casa, em prorrogação desessão, de homenagem pelo transcurso doDia Internacional da Mulher.

Deferimento de requerimento para arealização de sessão especial destinada áhomenagear a memória do ex-Governa~dor e ex-Deputado Federal Pedro Ivo"Campos.

VIII - Comunicações Parlamentares

EDMILSON VALENTIM (Pela or­dem) - Necessidade de adoção, pela Me­sa, de providências para atendimento dasreivindicações salariais das empresas Si­tran e Ipanema, prestadoras de serviçoà Casa.

(Pág. 1114)PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)­

Resposta ao Deputado Edmilson Valen­tim.

(Pág.1114)ARNALDO FARIA DE SÁ - Elei­

ção do orador para a presidência da Asso­ciação Portuguesa de Desportos, Estadode São Paulo.

(Pág. 1114) "EDMUNDO GALDINO - Adminis­

tração do Governador Siqueira Campos,do Estad? de Tocantins. Doação, pelo Es­tado, da "Ilha do Bananal à Universidadedo Tocantins.

(Pág. 1114) "EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS

(Pela ordem) - Supressão de expressõesanti-regimentais contidas em discurso di:>Deputado Edmundo Galdino. Julgamen­to pelo povo tocantinense do Governo Si­queira Campos. Vazio das denúnciasapresentadas pelo Deputado EdmundoGaldino.

(Pág. Ul7)

EDMUNDO GALDINO (Pela ordem)- Prosseguimento, pelo orador, de de­núncias de corrupção no Governo do Es­tado de Tocantins, no estrito cumprimen­to do mandato parlamentar.

(Pág.1117)

JOSÉ COSTA (Pela ordem) - Inexis­tência de quorum para continuidade dasessão.

(Pág. 1118)PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá)

- Resposta ao Denutado José Costa. '• • (Pág. 1118)

EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS- Julgamento da ação parlamentar doorador pelos Deputados com assento naCasa.

(Pág. 1118)

IX - Encerramento(Págs. 1118 a 1129)

2-ATOS DA MESAAposentadOlias: Dalvina Vieira Isaac:

Isaltino Martins Ferreira; Jair Vitor daCosta; Maria Adelaide Carvalho de SouzaGammaro.

Exonerações: Leila Forte Burached;Murilo Sérgio da Silva Neto; Erasmo deQueiroz Falcão.

Nomeações: Nádia Lucia Machado Ri­beiro; Leila Forte Buraçhed; Murilo Sér­gio da Silva Neto.

3 - PORTARIASN° 001 a 003/904 - DISTRIBUIÇÃO DE PROJETOComissão Especial - Criança e Ado-

lescente, 6-3-90.5 - REQUERIMENTO DE INFOR·

MAÇÃOPrimeira Secretaria6 - MY;SA (Relação dos ptembros)7 - LIDERES E VICE·LIDERES (Re­

lação dos membros)8 - COMISSÕES TÉCNICAS (Rela­

ção dos membros)

Ata da 13~ Sessão, em 7 de março de 1990Presidência dos Srs.: Paes de Andrade, Presid~nte; Inocêncio Oliveira, Primeiro

Vice-Presidente;Wilson Campos, Segundo Vice-Presidente; Luiz Henrique, Primeiro Secretário;Carlos Cotta, TerceirC!,Secretário; Ruberval Pilotto, Quarto Secretário, Arnaldo

Faria de Sá, Suplente de Secretário

As 13:30 HORAS COMPARECEM OSSENHORES:

Paes de AndradeInocêncio OliveiraWilson CamposLuiz HenriqueCarlos CottaRuberval PilottoFeres NaderArnaldo Faria de SáJosé Mello

Acre

Francisco Diógenes - PDS: Osmir Lima--PMDB.

Amazonas

Beth Azize - POT; José Outra - PMDB'José Fernandes - . '

Rondônia

. Arnaldo Martins - PSOB; Raquel Cân­dldo-POT.

Pará

Ademir Andrade - PSB; Benedicto Mon­teiro - PTB; Eliel Rodrigues - PMDB;Gerson Peres - POS; Paulo Roberto - PL.

Tocantins

Ary Valadão - PDS; Edmundo Galdino- PSDB; Eduardo Siqueira Campos ­POC; Paulo Mourão - PDC.

Maranhão

Antonio Gaspar - PMDB; Edivaldo Ho­la~da - PCN; Enoc Vieira - PFL; José Tei­xeira- PFL.

Piauí

Jesualdo Cavalcanti - PFL; Jesus Tajra-PFL.

Março de 1990 ~!!-RIOYO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1025

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Passa-se à leitura do expediente.

O SR. NILSON GIDSON servindo comol' Secretário procede a leitura do seguinte

Brasília, 7 de março de 1990

Senhor PresidenteNos termos do § 2' do art. 9' do Regimento

Interno, temos a honra de comunicar a VossaExcelência que a Bancada do Partido Demo­crático Trabalhista - PDT, em reunião, ho­je, na Comissão de Finanças da Casa, esco­lheu para Líder, por aclamação, o SenhorDEPUTADO DOUTEL DE ANDRADE.

Deputado Amimry Müller - DeputadoAr­tur Lima Cavalcanti - Deputada Bete Azize- Deputado Bocayuva Cunha - DeputadoBrandão Monteiro - Deputado Carlos Al­berto Caó - Deputado Carlos Cardinal ­DeputadoChagas Duarte - Deputado ChicoHumberto - Deputado Edesio Frias - De­putado Fernando Lyra - Deputado Flori­ceno Paixão - Deputado Gandi Jamil- De­putado Gonzaga Patriota - Deputado LuizSalomão - Deputada Lucia Braga - Depu­tado Lysâneas Maciel - Deputado MarcioBraga - Deputado Miro Teixeira - Depu­tado Moyses Pimentel - Deputado NelsonAguiar - Deputado Nelson Seixas - Depu­tado Paulo Ramos - Deputada Raquel Câm­dido - Deputado Sergio Carvalho - Depu­tado Lucio Alcantara - Deputado SilvioAbreu - Deputado Tarzan de Castro -De­putado Tadeu França - Deputado VivaldoBarbosa.

Da Bancada do Partido do Movimento De­mocrático Brasileiro - PMDB, nos seguintetermos:

lU - EXPEDIENTE

OFÍCIOSDa Bancada do Partido Democrático Tra­

balhista - PDT, nos seguintes termos

Ofício n' 09/90

OflGAB/I/N' 034/90Brasília, 7 de março de 1990.

Senhor Presidente,Em cumprimento ao disposto no § 2' do

artigo 9" do Regimento Interno, temos a hon­ra de indicar a Vossa Excelência o nome doSenhor Deputado Ibsen Pinheiro, para exer­cer a Liderança do Partido do MovimentoDemocrático Brasileiro-PMDB, eleito nareunião da Bancada do Partido, hoje reali­zada, por maioria absoluta de votos.

Respeitosamente, - Harlan Gadelha ­Marcos Queiroz - Nelson Jobim - Eliel Ro­drigues - Ninson Gibson - Genebaldo Cor­reia - Paulo Sidnei - Prisco Viana - AlcidesSaldanha - Helio Manhães - José Ulissesde Oliveira - Wilson Campos - Tidei deLima - Fernando Gasparian - José Dutra- Leopoldo Souza - Alarico Abib - DoretoCampanari - Jorge Leite - Roberto Rollem·

- berg - Bezerra de Melo - José Mendonça. de Mox:ais - Airton Sandoval - Ulysses Gui- .

11 - LEITURA DA ATA

o SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- A lista de presença registra o compare­cimento de 132 Senhores Deputados.

Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus, e em nome do

Povo Brasileiro, iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata

da sessão anterior.

Paraná

Alceni Guerra - PFL; Darcy Deitas ­PSDB; Euclides Scalco - PSDB; Hélio Du­que-PMDB; José Tavares-PMDB; Mau­rício Nasser - PMDB; Paulo Pimentel ­PFL; Sérgio Spada - PMDB; Tadeu França-PDT.

Amapá

Annibal Barcellos - PFL.

Goiás

Antonio de Jesus - PMDB; João Natal- PMDB; Maguito Vilela - PMDB; PedroCanedo - PFL; Roberto Balestra - PDC.

Mato Grosso do Sul

Plínio Martins - PMDB; Rosário CongroNeto-PMDB.

Distrito Federal

Augusto Carvalho - PCB; Francisco Car­neiro - PMDB; Jofran Frejat....,... PFL; Sig­maringa Seixas - PSDB.

Mato Grosso

Antero de Barros - Jonas Pinheiro ­PFL; Júlio Campos - PFL; Rodrigues Palma-PTB.

Santa Catarina

Alexandre Puzyna - PMDB; AntônioCarlos Konder Reis - PDS; Francisco Küs­ter - PSDB; Renato Vianna - PMDB; Vil­son Souza - PSDB.

Rio Grande do Sul

Adroaldo Streck - PSDB; Adylson Motta- PDS; Alcides Saldanha - PMDB; AmauryMüller - PDT; Darcy Pozza - PDS; IbsenPinheiro - PMDB; Ivo Lech - PMÓB; IvoMainardi - PMDB; Júlio Costamilan ­PMDB; Osvaldo Bender - PDS; TelmoKirst - PDS; Victor Faccioni - PDS.

Roraima

Alcides Lima - PFL; Ottomar Pinto ­PDC.

I - ABERTURA DA SESSÃO

São Paulo

Adhemar de Barros Filho - PRP; AirtonSandoval - PMDB; Antonio Carlos MendesThame - PSDB; Del Bosco Amaral ­PMDB; Farabulini Júnior - PTB; FlorestanFernandes - PT; Francisco Amaral ­PMDB; Gastone Righi - PTB; José Carlos - O SR. ADYLSON MOTTA, Servindo co­Grecco-PSDB;Koyulha-PSDB;Michel mo 2' Secretário, procede á leitura da ataTemer - PMDB; Plínio Arruda Sampaio - d~ sessão antecedente;a qual, é sem observa-P~; S6lon Borges dos Reis - PTB. çoes, aprovada.

Ceará

Aécio de Borba - PDS; Furtado Leite- PFL; Luiz Marques - PFL; Moysés Pi­mentel-PDT.

Rio Grande do Norte

Antônio Câmara - PMDB; Iberê Ferreira-PFL.

Alagoas

Albérico Cordeiro - PFL; José ThomazNonô-PFL.

Espírito Santo

Lurdinha Savignon - PT; Nyder Barbosa- PMDB; Stélio Dias - PFL.

Sergipe

Acival Gomes - PSDB; Messias Góis­PFL.

Paraíba

Aluízio Campos - PMDB; Lucia Braga-PDT.

Pernambuco

Artur de Lima Cavalcanti - PDT; Fernan­do Bezerra Coelho - PMDB; Nilson Gibson-PMDB.

Bahia

Ângelo Magalhães - PFL; Fernando San­tana - PCB; João Alves - PFL; Jorge Via­nna-PMDB; Luiz Eduardo -PFL; Miral­do Gomes - PDC; Prisco Viana - PMDB;Uldurico Pinto - PSB.

Minas Gerais

Aloísio Vasconcelos - PMDB; Bonifáciode Andrada - PDS; Célio de Castro ­PSDB; Chico Humberto -PDT; HumbertoSouto - PFL; José Ulísses de Oliveira ­PMDB; Leopoldo Bessone-PMDB; MelloReis - PDS; Oscar Corrêa - PFL; PauloDelgado - PT; Roberto Vital- PRN; RosaPrata - PMDB.

Rio de Janeiro

Adolfo Oliveira - PL; Artur da Távola- PSDB; Daso Coimbra - PRN; FábioRaunheitti - PTB; Lysâneas Maciel-PDT'Osmar Leitão - PFL; Roberto Augusto .....:PL; Sandra Cavalcanti - PFL; Vivaldo Bar­bosa-PDT.

1026 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 19901

marães - Rospide Netto - Marco Martins- Antonio Britto - Ivo Mainardi - JoséTavares - Vingt Rosado - Rosário CongroNeto - Naphtali Alves de Sousa - Ivo Van­derlinde _. Paulo Macarini - Genésio Ber­nardino - Nyder Barbosa - Israel Pinheiro- José Viana - Cid Carvalho - Jose Freire- José Carlos Vasconcellos - Rosa Prata- Aloisio Vascoitcelo - Amilcar Moreira-Irajá Rodrigues - Mendes Ribeiro - Ubira·tan Aguiar - Flavio Palmier da Veiga - Er­nani Boldrin - Lucia Vania - Antonio deJesus - Iturival Nascimento - João Natal- Paulo Almada - Firmo de Castro - Mar­celo Cordeiro - Arnaldo Moraes - CarlosVinagre - João Rezek - Osmundo Rebouças- Asdrúbal Bentes - Célio Souza - Paesde Andrade - Carlos Benevides - GeraldoFleming -- Eduardo Moreira - FranciscoAmaral- Waldir Pugliesi - Alvaro Antunio- Mauricio Nasser - Roberto Brant - JorgeGama - Aluizio Campos - Fernando Bezer·ra Coelho - Francisco Carneiro - Raimun­do Bezerra - Antonio Camara - TheodoroMendes - Sergio Naya - Michel Temer ­Mário Lucio - Marcos Lima - Antonio Ma­riz - Dalton Canabrava - Manoel Viana- Julio Costamilau - Antonio Gaspar ­Nestor Duarte - Sergio Spada - MaurícioFruet - Samir Achoa - Bete Mendes - Jor·ge Medauar - Djenal Gonçalves - Walmorde Luca _. Ivo Lech - Edivaldo Motta ­Manoel Moreira - Fernando Cunha - Ma­ria Lúcia -- Raul Ferraz - Mauro Miranda- João Carlos Bacelar - João Agripino ­Melo Freire - Hélio Rosas - Francisco Pin­tO - Alexandre Puzyna - Ivo Cersosimo- Maurício Ferreira Lima - Jovanni Masini- Paulo Zarzur - Hilário Braun - WagnerLago - Osmir Lima - Leopoldo Bessone- Santinho Furtado - Messias Soares ­

Renato Viana - Rita Camata

Do Sr. Deputado Gandi Jamil, nos seguintestermos:

Of. n" 225í90Brasília. 7 de março de 1990.

Senhor Presidente:Comunico a V. Ex" que. tendo me desli­

gado do Partido da Frente Liberal - PFL,no último dia 9 de fevereiro, ingressei noPartido Democrático Trabalhista - PDT.

Solicito. pois. a V. Ex" as devidas provi­dências cabíveis, relativas à troca de legen­das, para efeitos administrativos nesta Câma­ra dos Deputados.

Antecipadamente agradecido, firmo-me.cordialmente como o patrício e admirador,renovando meus protestos da mais elevadaconsideração, - Deputado Gandi Jamil.

Do Sr. Deputado Doutel de Andrade, Líderdo PDT, nos seguintes termos:

Ofício n" 13/90Brasília, 7 de março de 1990

Sr. Presidente,Tenho III honra de comunicar a Vossa Exce­

lência que o Senhor Deputado Gandi Jamil

passou a integrar a Bancada do Partido De­mocrático Trabalhista - PDT, nesta Casa.

Na portunidade, renovo a Vossa Excelên­cia protestos de consideração e apreço. ­Deputado Doutel de Andrade, Líder do PDT.

REQUERIMENTOSDo Sr. Deputado Oscar Corrêa, nos seguintestermos:

Brasília, 6 de março de 1990

Senhor Presidente,Tenho a honra de dirigir-me a Vossa Exce­

lência para requerer, nos termos do art. 142do Regimento Interno, que se proceda à tra­mitação conjunta, por versarem matéria co­nexa, dos seguintes projetos de lei:

_n° 4.064/89, "dispõe sobra a Lei Orgâ­nica do Tribunal de Contas da União e dáoutras providências":

- n"1.492/89, "regulamenta as disposiçõesdo art. 74, § 2", da Constituição Federal":

-n° 2.118/89, "altera a redação do art.53 do Decreto-Lei n" 199, de 25 de fevereirode 1967, que dispõe sobre a Lei Orgânicado Tribunal de Contas da União";

-n" 3.341/89, "institui a forma de denun­ciar irregularidades ou ilegalidades peranteo Tribunal de Contas da União (art. 74, §2", da Constituição FederaI)";

-nO 3.584/89, "dispõe sobre denúncias deirregularidades ou ilegalidades perante o Tri­bunal de Contas da União";

-n" 3.597/89, "dá nova redação ao art.53 do Decreto-Lei n9 199, de 25 de fevereirode 1967, que dispõe sobre a Lei Orgânicado Tribunal'de Contas da União e determinaoutras providências";e

- n? 3.608/89, "dispõe sobre as denúnciasde irregularidades ou ilegalidades, previstasno art. 74, inciso 2°, da Constituição Fede­ral".

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estimae consideração. - Oscar Corrêa, DeputadoFederal.

Do Sr: Deputado Geraldo Alckmin Filho,nos segumtes termos:

Exm" Sr. Deputado Paes de AndradeDD. Presidente da Câmara dos DeputadosNos termos regimentais, requeiro a Vossa

Excelência que se digne autorizar a retiradado Projeto de Lei n" 3.891/89, de minha auto­ri~, ~ntes mesmo de sua distribuição às Co­mlssoes desta Casa, tendo em vista o fatode o mesmo tratar de matéria já disciplinadaem outro diploma legal anteriormente apro­vado.

Sala das Sessões, de de 1990 -Deputado Geraldo Alckmin Filho.

MENSAGEM N" 954/89(PODER EXECUTIVO)

Submete à apreciação do CongressoNacional o ato que "renova por 10 (dez)anos, a partir de 18 de junho de 1989,

a concessão da Rede Riograndense deEmissoras Ltda., outorgada através doDecreto n" 83.451, de 14 de maio de 1979,para explorar, na cidade de Porto Alegre,Estado do Rio Grande do Sul, sem direitode exclusividade, serviço de radiodifusãosonora em ondà curta".

(Às Comissões de Ciência e Tecno­logia, Comunicação e Informática; e deConstituição e Justiça e Redação.)

Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional:

Nos termos do art. 49, inciso XII, combi­nado com o § I" do art. 223, da ConstituiçãoFederal, tenho'a honra de submeter à apre­ciação do Congresso, acompanhado de Expo­sição de Motivos do Senhor Ministro de Esta­do das Comunicações, o ato constante do De­creto n" 98.481, de 7 de dezembro de 1989,publicado no Diário Oficial da União do dia11 de dezembro de 1989, que "renova por10 (dez) anos, a partir de 18 de junho de1989, a concessão da Rede Rio grandensede Emissoras Ltda., outorgada através doDecreto n? 83.451, de 14 de maio de 1979,para explorar, na cidade de Porto Alegre,Estado do Rio Grande do Sul, sem direitode exclusividade, serviço de radiodifusão so­nora em onda curta".

Brasilia, 20 de dezembro de 1989. - JoséSarney

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS N° 213/89, DE6 DE DEZEMBRO DE 1989, DO SE-oNHOR MINISTRO DE ESTADO DASCOMUNICAÇÕES

Excelentíssimo Senhor Presidente da Re­pública,

Tenho a honra de submeter à elevada con­sideração de Vossa Excelência o processo derenovação de outorga requerida pela Rede·Riograndense de Emissoras Ltda., executan­te do serviço de radiofusão sonora em ondacurta, na cidade de Porto Alegre, Estado doRio Grande do Sul.

2. Os órgãos competentes deste Minis­tério manifestaram-se sobre o pedido, achan·do-o regularmente instruído, obedecidos osrequisitos legais e técnicos atinentes ao proce­dimento renovatório.

3. Diante do exposto, tenho a honra desubmeter a Vossa Excelência o anexo projetode decreto consubstanciando a medida.

Esclareço que o ato de renovação somentevirá a produzir seus efeitos legais após delibe­ração do Congresso Nacional, na forma doparágrafo terceiro, do artigo 223, da Consti­tuição.

Renovo a Vossa Excelência meus protestosdo mais profundo respeito. - Antônio CarlosMagalhães.

DECRETO N" 98.481DE 7 DE DEZEMBRO DE 1989

Renova a concessão outorgada à RedeRiograndese de Emissoras Ltda., para

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1027

!lO 1.4 ".3 1.7 1.11100 1.4 1.3 1.7 1.8400 1.3 1.2 1.11 1.7

1000 1.1 1.1 1.11 1.75000 1.0 0.8 1.7 1.97500 1.1 1.0 2.0 2.1

XIA.2AA. - Resposta de audiofreqüência,em relação a uma freqüência de modulaçãode 1000 Hz, para cada uma das potênciasnominais, na faixa de freqüência de 50 a 7500Hz, com 25%,50% e 85% de modulação.

XI.4.2A.5. - Característica de regulação daamplitude da portadora, para cada uma daspotências nominais, quando modulado por1000 Hz a 100% de modulação para potênciade saída de 1KW, com modulação de 100%e 1000 Hz, temos': -1,5%.XIA.2A.6 - Nível de ruído da portadora,em relação a 100% de modulação com 400Hz.-59dBXIA.2A.7 - Atenuação de harmônicos e es­púrios em relação à fundamental:

b) Endereço completo: Rua Orfanotrófion" 711 - Alto Teresópolis Porto Alegre ­RS

c) Nome e local da emissora a que se des­tina o transmissor: Rede Riograndense deEmissoras Ltda. Porto Alegre - RS. Obs.:Emissora de ondas na faixa de 49 metros.XIA.2.2 - Vistoria:

a) motivo: Verificar o estado técnico dotransmissor, para fins de renovação de con­cessão.

b) endereço completo onde foi realizado:Rua São Lourenço, esquina com Santa Cata­rina Vila Mathias Velho - Canoas - RS.

c) data do ensaio: 30 de junho de 1989e 1ode julho de 1989.XIA.2.3 - Fabricante:

a) nome: Prestec Indústria, Comércio eServiços Ltda. _

b) Endereço: Rua Francisco Tapajós n'489 São Paulo - SP.XI.4.2.4 - Medições:XI.4.2A.1. - Potência:

1012 Watts.

REDE PAMPA DE COMUNICAÇÃO

Tensão de placa: 2950 VoltsCorrente de placa: 0,390 AEficiência do estágio final: 88%XI.4.2A.2. - Freqüência:

a) medida: 6.159,985 KHzb) variação máxima durante 60 minutos de

funcionamento: - 5 HzXIA.2A.3. -Disposição harmônica a 25%,50%, 85% e acima de 85% de modulação,para cada uma das potências nominais, comfreqüências de modulação de 50, 100, 400,1000,5000 e 7500 Hz:

Obs.: Medidas realizadas para potência de1,OKW.,r.qQIRela 1Hz) Olator~lo harM&nlca 1%)

25~ 50% 85% 95%

Esta medida não foi realizada devido afalta de instrumental adequado.XIA.2.4.8 - Nível de entrada de áudio, nafreqüência de 1000 Hz, correspondente a100% de modulação:

O dBm (sobre 600 ohms) para potência de1KW.XIA.2A.9 - Potência primária de entrada,para cada uma das potências nominais de saí­da, a 0% e a 100% de modulação.

Para potência de 1,0 KW2,44 KW (sem modulação)2,96 KW (100% de modulação)XIA.2.5 - Observações visuais:XIA.2.5.1- Placa de identificação:

a) nome do fabricante:Prestec Indústria, comércio e serviços Ltda.

b) modelo:HTTOC-1KW

c) número de série:001

d) potência nominal de saída:1,OKW

e) código de homologação ou registro noDentel:0089/83

O ano de fabricação:1983XIA.2.5.2 - Medidores de Estágio Final deRF:

a) de corrente continua de placa ou de cole­tor:Fabricante: MinipaEscala: Oa 1 Ampere DC

b) de tensão contínua de placa ou de cole­tor:Fabricante: MinipaEscala: Oa 5 KV DC

c) nÍVel de modulação:Fabricante: MinipaEscala: Oa 130%XIA.2.5.3. - Existência de conector de RF:

a) para ligação de monitor de modulação:Sim

b) para medição de freqüência: simXIA.2.5A. - Tipo e quantidade de válvulasou semicondutores utilizados no estágio fimlldeRF:Uma válvula do tipo TB4/1250XI.4.2.5.5. - Quantidade de estágios sepa­radores entre a unidade osciladora e o estágiofinal de RF:Existem três estágios separadores contidosna unidade osciladora em estado sólido (blin­dada)

Existe também um quarto estágio separadorantes da válvula final de RF, e é constituidode uma válvula excitadora tipo 813.XIA.2.5.6 - Dispositivos de segurança pes­soal:

a) de descarga dos capacitores depois dedesligada a alta tensão (descrição sumária):Através de centelhadores e resistência de des­carga.

b) existência de gabinete metálico encer­rando o transmissor, com todas as partes ex­postas ao contato dos operadores, interliga­das e conectadas à massa:Sim

".,.Ioe'a (Ha)10

100400

1000 lllartlOClQ '­noo

explorar serviço de radiodifusão sonoraem onda curta, na cidade de Porto Ale·gre, Estado do Rio Grande do Sul.

O Presidente da República, usando dasatribuições que lhe confere o artigo 84, itemIV, da Constituiçã\l'j e-nos termos do artigo69, item I, do Decreto n9 88.066, de 26 dejaneiro de 1983, e tendo em vista o que constado processo no 29102.000128/89, decreta:

Art. 19 Fica, de acordo com o artigo 33,§ 39, da lei no 4.117, de 27 de agosto de 1962,renovada por 10 (dez) anos, a partir de 18de junho de 1989, a concesso da Rede Rio­grandense de Emissoras Ltda., outorgadaatravés do Decreto n9 830451, de 14 de maiode 1979, para explorar, na cidade de PortoAlegre, Estado do Rio Grande do Sul, semdireito de exclusividade, serviço de radiodi­fusão sonora em onda curta.

Parágrafo único. A execução do serviçode radiodifusão, cuja outorga é renovada poreste Decreto, reger-se-á pelo Código Brasi­leiro de Telecomunicações, leis subseqüentese seus regulamentos e, cumulativamente, pe­las cláusulas aprovadas através do Decretono 88.066, de 26 de janeiro de 1983, ás quaisa entidade aderiu previamente.

Art. 29 A concessão ora renovada so­mente produzirá efeitos legais após delibe­ração do Congresso Nacional, na forma doparágrafo anterior, do artigo 223, da Consti­tuição.

Art. 30 Este Decreto entra em vigor nadata de sua publicação.

Brasília-DF, 7 de dezembro de 1989; 168'da Il}dependência e 101o da República. ­JOSE SARNERY - Antônio Carlos Maga·lhães.

Aviso n" 1.017-SAP.Brasília, 20 de dezembro de 1989

Excelentíssimo Senhor Primeiro Secretá­rio:

Tenho a honra de encaminhar a essa Secre­taria Mensagem do Excelentíssimo SenhorPresidente da República, acompanhado deExposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Comunicações, na qual sub­mete à apreciação do Congresso Nacional oato constante do decreto n° 980481, de 7 dedezembro de 1989, que "renova por 10 (dez)anos, a partir de 18 de junho de 1989, a con­cessão da Rede Riograndense de EmissorasLtda., outorgada através do decreto n"83.451, de 14 de maio de 1979, para explorar,na cidade de Porto Alegre, Estado do RioGrande do Sul, sem direito de exclusividade,serviço de radiodifusão sonora ,em onda cur­ta".

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protesto de elevada estimae consideração, - Maurício Vasconcelos, Mi­nistro-Chefe do Gabinete Civil Interino.

REDE PAMPA DE COMUNICAÇÃO·

XIA.2 - LAUDO DE ENSAIOXIA.2.1- Interessado:

a) nome:Rede Riograndense de Emissoras Ltda.

1028 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) .Março de 1990

c) existência de interruptores de seguran-ça: .Sim, em todas as portas e tampas lateraISde acesso.

d) possibilidade de serem feitos, externa­mente, os ajustes dos circuitos com tensõi;:ssuperiores a 350 Volts, com todas as portasou tampas fechadas.Sim, todas externos com absoluta segurança.XI.4.2.5.7 - Existência de dispositivos deproteção do transmissor:

a) Contra sobrecarga de corrente na fontedçíJllta tensão:Sim, Relés de sobrecarga.

/; (b) Contra sobretensão na fonte de alta ten­'são:Sim.

c) Contra a falta de' ventilação adequada,no caso de válvulas com resfriamento for­çado:Sim, um pressostado de ar no compartiment?das válvulas de potência, desliga automatIccamente os filamentos quando houver insufi­ciência de ventilação..

d) aplicação seqüencial correta das dife­rentes tensões de alimentação dos estágios(descrição sumária):De forma seqüencial e correta, com absolutaproteçãO" contra manobra errada.

e) contra a falta de excitação convenienteno amplificador final de RF.Sim.

XI.4.2. - LAUDO DE ENSAIOXI.4.2.1 -- Interessado:

a) nome:Rede Riograndense de Emissoras Ltda.

b) Endereço completo:Rua Orfanotrófio n' 711 Alto TeresópolisPorto Alegre-RS

c) Nome e local da emissora a que se des­tina o transmissor:Rede Riograndense de Emissoras Ltda.Porto Alegre-RS , .Obs.: Emissora de ondas curtas na faIXa de31 metros.XI.4.2.2. - Vistoria:

a) motivo: Verificar o estado técnico dotransmissor para fins de renov:ação de con-cessão. .

b) endereço completo onde foi realizado:Rua São Lourenço, esquina com Santa Cata­rinaVila Mathias Ve~ - Canoas - RS

c) data do ensalO: 30 de junho de 1989e l' de julho de 1989.XI.4.2.3. - Fabricante:

a) nome:Prestec Indústria, Comércio e Serviços Ltda.

b) Endereço:Rua Francisco Tapajós n' 489

São Paulo - SPXI.4.2.4. - Medições:XI.4.2.4.1. -Potência:1020 Watts'Tensão de Placa: 3000 VoltsCorrente de Placa: 0,380 AEficiência do estágio final: 89%

•XI.4.2.4.2. -'- Freqüência:a) medida: 9.550,010 KHz-r-

b) variação máxima d~rante 60 minutos defuncionamento + 8Hz .'XI.4.2.4.3. - Distorção harmônica,25%,50%, 85% e acima de 85% de modulação,para cada umadas potências nominais; comfreqüência de modulação de 50, 100, 400,1000, 5000 e 7500Hz:Obs.: Medidas realizadas para potênciade1,OKW

·'nQU;~c:1a(KI' 9~~r'F~~'. rn~~r~~ ·Çf :'f 11 ! 111 1" ',f' 25J '5,OJ .5'; '5 -,;

50 1.1 1.' 1",' 2.0100 l.a 1.1 1.2 l~S"!la a.' 1.1 1,2 1.'

laao I.' a.t 1.1. 1,"5aoo a.' a., O,, 1.'750a o.' 1.1 1.2 1.1

XI.4.2.4.4. ,- Resposta de audiofreqüência,em relação a uma freqüência de modulaçãode 1000 Hz, para cada uma das potênciasnominais, na faixa de freqüência de 50 a 7500Hz, com 25%,50% e 85% de modulação.

25~ 'oJ .",50 -0._ -a.' . ·0,5

IÓO -,D,J -O,, -Ó.l'00 -a.1 .0.2 0.0

IODO (Ror.l 0,0 0.0 O.D'000 .0.1 . 0.0 .0,2"00 ·0.' -0,1 ..~."

XI.4.2.4.5. ~ Característica de regulação daamplitude da portadora, para cada uma.daspotências nominais, quando modulado' por1000 Hz a 100% de modulação para potênciade saída de 1 KW, com modulação de 100%e 1000 Hz, temos: -1,0 %.XI.4.2.4.6. - Nível de ruído da portaddra,em relação li 100% de modulação com, 400fiz.-57,0 dBXI.4.2.4.7 - Atenução de harmônicose es­púrios em relação â fundamental:Esta medida não foi realizada devido a faltade instrumental adequado.XI.4.2.4.8. - Nível de entrada de áudio, nafreqüência de 1000 Hz, correspondente a100% de mudulação:0,9 dBm (sobre 600 ohms) para potência' de1KW.XI.4.2.4.9 - Potência primária de entrada,para cada uma das potências nominais de saí­da, a 0% e a 1QO% de modulação.Para potência de 1,0 KW2,1 KW (Sem modulação)2,8 KW (100% de modulação)XI.4.2.5 - Observações Visuais:XI.4.2.5.1. - Pláca de identificação:

a) nome do fabricante:Prestec Indústria, Comércio eServiços Ltda.

b) modelo:HTTOC-1KW

c) número de série:002

d) potência nominal de saída:1,OKW .'

e) código de homologação ou registro. doDentel:0089/83

f) àrtode fabricação:1983. . . '. .XI.4.2.5.2 -Medidoresdq estágip.fin\lI deRF:, ' ..... "

à) de corrente contínua de placa ou de co­letor:Fabricante: Minipd,l'J'"Escala: Oa 1 Ampere DC ' ..

b) de tensão contínua de placa ou de cole-~~ ,

Fabricante: MinipaEscala: Oa 5 KV DC

e). nível de modulação:Fabricante: Minipa'Escala: Oa 130% ..XI.4.2.5.3 - Existência de conectoi' deRF:

a) para ligação de monitor de modulação:sim .

b)' para medição de freqüência: sim •XI.4.2.5.4. - Tipo e quantidade deválv~las

ou semicondutores utilizados·no estágio finaldeRF:i "

Uma válvula do tipo 164/1250XI.4.2.5.5. -Quantidade de estágjps sepa­radores entre a unidade osciladora eo"estágiofinal de RF: .. .Existem três 'estágios separadores contidosna unidade osciladora em estado sólido (blin­dada). Existem tambémUID qUllrtoestágiosepanidor antes' da válvula finl1;t' de 'RF!·.eé constituído de uma válvula excItadora típo813.," ." , '.,XI.4.2.5.6. - DispositiYQS de segurança pes­soal:

a) de descarga dos capacitoresdepois dedesligada a alta tensão (descrição sumária):Através de centelhadorese resistências dedescarga.

b) existência de gabibéte met~lioo encerofrando o transmissor, cOlÍltodas aS.partesex­postas ao contato dos operadores, iJiterliga­das e conectadas amassa:'sim.

c) existência de interruptores deseguran-ça: '..Sim, em todas as portas e tampas lateraiSde acesso.

d) possibilidade de serem feitqs;extl;lrna­mente,.os.ajuste& dos çirc~itos com 'tensõessuperiores a: 350 Volts, com todas as port,asou tampas fechadas. . '. .'Sim tOOos externos com absoluta segurança.XI.4.2.5.7 -Exísténciade dispositivos de,proteção do transmissor: : ",'

a) Contra sobrecarga de"corrente na fontede alta tensão.Sim, Relés de sobrecarga.

b) Contra sobretensão na fonte de alta ten­são:Sim.

c) Contra a falta de ventilação adequada,'no caso de válvulas com resfriamento for·çado: .~im, qm pressostato de ar no compartimentodas válvulas de. potência, desliga ~utomati••

Março de 1990 OIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1029

camente os (ilamentos quando houver insufi-ciência de ventilação. ," 'd) Aplicação seqüencial correta das dife­rentes tensõeS de alimentação dos estágios:

De' form~ sequenci~1 e corretâ, com absolutaproteção contra manobr~errada. ,

e) Contra a falta dt; !1Xcitação conyenienteno amplificador final de RF:Sim.

XI.4.2. - LAUDO DE ENSAIOXIA.2.L - Interessado:

a) nome:Rede Riograndense de EmissoFas Ltda.

.,~) Endereço comp.Ieto: ,Rua'Orfanotróflo n9 711 - Alto TeresópolisPorto 'Alegre - RS

c) Nome e local da emissora a que se de~­tina o' traílsmissor:, Rede Riograndense deEmissoras Itda.Porto"Alegre-RS ' , 'Obs.: Emissora de ondas curtas na faixa de25 metros. "

XI.4.ff':"- Vistoria: , ','a) mói:ivo: Verificar o estádo, técniCq .do

transmissor, para fins de, renovação de con-cessão., '. b) eÍlde,rfêçO completo onde foi tealizi\do:Rua Sí!:o, I,;ourençq,esquina com Santa Cata-rina' , ' , , .. " é" '" ,

Vila Mathais Velho - Canoas -' RS" .'c).d~tl\ c;Ioensai~:30de junho de 1989

e 19 de julho de 1989. 'XIA.2.3. - Fabricante:

',alnome;, ",Prestec Indústria, Comércio e Serviços Ltda.: b)Endereço:Rua Francisco Tapajós n9 489São Paulo - SPXI.4.2A.- Medições:~.4:2.,4.'1, - Potênc!a:1020,Watts ,Tensão de placa: 290p Volts,Corrente de placa: 0,390 AEficiência do estágio final: 90%XI,. 4.2.4.2

--'- Freqüência:a) medida: 11.895,013 KHz

, b) variação máxima durante 6Ominutos defunCionamento: 9 Hz ' , 'XI.4:2A.3., ":"DistorçãQ, harmônica li 25%,50% 85% e acima de 85% de modulação,para\:ada u~a das potências nominais,comfreqüências de modulação de 50, 100, 400,1000, 5000 e 7500 Hz: , ,Obs.: Medidas realizadas para pqtêhcia de1,OOKW:

a•••,' f!.4!U. J'..J1U"'~:'u.~JI.t;!"c~. ,~. 1,0 K~':

~n"'n8b (Hz) Oh'areia ".,.õ"tlc~ t~)

2'~ ,~ .~:; "":,O I,' 2,0 1,1 I,'

IDO I,) 1.' 1.5 1,5• DO I,• 1,' I," 1.~

IODO I,' ,I,' J.' . i.",'- 1.'- a,1 1,2 l ••"10 1.1 . 1,2 1,2 l.~

'XI.4.2.4.4 - Respostà CIeaudiofreqitêricia,em reláção a uma freqüência de modulação

de 1000 Hz, para cada uma das potênciasnominais, na faixa de freqüência de 50 a 7500~, com 25%,50% e 85% de modulação.

rnc;u;ndl(Hd ....p..te ela ludiorn;101:ncb(d8)

2'" 50" '5 J

'O -O,, -O,. -O,,.100 -a,2 0,0 D,e

, 400 a,o a,o a,a1000 1ft..,) 0,0 0,0 0,0

'000 .•thl .0-,2 .0,1

1500 ~ .D.~: -O,, -0.' .

XI.4~2.4.5 :..-. Característica de regulação daamplitude' da portadora, para cada uma daspotências nominais, quando modulado por1000 Hz a 100% de modulação. Para potênciade 'saída de 1 KW, com modulação de 100%e 1000 Hz, temos: - 1,0% "XI.4.2.4.6 - Nível de ruído da portadora,em relação a 100% de modulação com 400Hz.56dB,.XI.4.2.4.7. - Atenuação de harmônicos eespú'rios'em relação à fundamental:Esta medida não foi realizada devido a faltade instrumental adequado.XI.4.2.4.8. - Nível de entrada de áudio, nafreqüência de 1000 Hz, correspon~ente a100% de modulação:O dBm (sobre 600 ohms) para a potênciade 1 KW.XIA.2.4.9 - Potênçia primária de entrada,para cada uma das potências nominais de saí­,da, a 0% e a 100% de modulação.Para potência de,l,oo KW2,30 KW (sem modulação)2,74 KW (100% de modulação)XI.4.2.5 - Observações visuais:XIA.2.5.1- Placa de identificação:

a) nome do fabricante:Prestec Indústria, Comércio e Serviços Ltda.

b) modelo:HTTOC-IK:W

c) número de série;003

d) potência nominal de saída:·10KW

, e) ,código de homologação ou registro noDentel:0089/83

f) ano de fabricação:1983XI.4.2S.2 ~ MedidQres do estágio final deRF:

a) de corrente contínua de placa ou de co­ietor:Fabricante: MinipaEscala: Oa 1 Ampére DC

b) de tensão contíhua de placa ou de cole­tor:Fabricante: MinipaEscala: Oa 5 KV DC

c) nível de modulação:Fabricante: MinipaEscala: Oa 130%XI.4.2.5.3 - Existência de conector de RF:

a) para ligação de monitor de modulação:Sim

b) para medição de freqüência: simXI.4.2.5.4. - tipo e quantidade de válvulas

ou semicondutores utilizados no estágio finaldeFR:Uma válvula do tipo tB411250XI.4.2.5.5 - Quàntidade de estágios separa­dores entre a unidade osciladora e o estágiofinal de RF:Existem três estágios separadores contidosna unidade osciladora em estado sólido (blin­dada). Existe também um quarto estágio se­parador antes da válvula final de RF, e éconstituído de uma válvula excitadora tipo813.XIA.2.5.6 - Dispositivos de segurança pes­soal:

a) de descarga dos capacitores depois dedesligada a alta tensão (descrição sumária):

Através de centelhadores e resistências dedescarga.

b) existência de gabinete metálico encer­rando o transmissor, com todas as partes ex,postas ao contato dos operadores, interliga­das e concectadas à massa:

@m ,c) existência de interruptores de seguran·

ça: sim, em todas as portas e tampas lateraisde acesso.

d) possibilidade de serem feitos, externa­mente, os ajustes dos circuitos com tensõessuperiores a 350 volts, com todas as portasou tampas fechadas. ,

Sim, todos externos com absoluta seguran­ça.XI.4.2.5.7 - Existência de dispositivos deproteção do transmissor: '

a) Contra sobrecarga de corrente na fontede alta tensão.

Sim, Relés de sobrecarga. , 'b) Contra sobretensão na fonte de alta ten­

são:Sim.c) Contra a falta de ventilação adequada,

no caso de válvulas com resfriamento fot­çado:" , __

Sim, um pressostato de ar no comparti­mento das válvulas de potência, desliga auto­maticamente os filamentos quando houver in­suficiência de ventilação.

d) aplicação seqüencial correta das "dife­rentes tensões de alimentação dos estágios:De forma seqüencial e correta, com absolutaproteção contra manobra errada.

, e) contra a falta de excitação convenienteno amplificador final de RF:

Sim.-Instrumental utilizado para realizar os

laudos de ensaio:Osciloscópio, marca Tektronix, tipo T922,

n' B032677.Freqüenciamento, marca Linear Equipa­

mentos Eletrônicos Ltda, tipo F'L 0600, n'AZ265.

Gerador de áudio, marca Heathkit, tipoIG-72, n9 04331.

Analisador de distorção; marca HP, tipo334A, n9 1140A08850.

Minivoltímetro Eletrônico, marca HP, tipo334A, n9 M4DA08850.

Amperímetro Alicate, marca HB, tipoID-5oo.

1030 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

Carga Resistiva, marca SB Dieletric, tipoMI561422, n" 00646.

Monitor de audição, marca Prestec, tipoHTMA-DEZ, n° 001

Multímetro, marca ICEL-KAISE, tipoSK-llO.

Declaração do Profissional:

Declaro serem verdadeiras todas as infor­mações constantes dos laudos anexos, obtidasmediante ensaio, por fim realizado, pessoal­mente nos transmissores a que se referem.O presente laudo consta de 18 folhas, todasnumeradas e rubricadas com a rubrica B deque faço uso.

Porto Alegre, 5 de julho de 1989. -Porta­licio Bier Filho, Engenheiro Eletrônico,CREA 38744 CPF 273672310-49.

Parecer Conclusivo:

Certifico que os transmissores de ondascurtas, a que se referem os laudos de ensaioanexos, atendia as normas técnicas vigentesa ele aplicáveis na data em que foi realizadoo ensaio.

Porto Alegre, 5 de julho de 1989. -Porta­lício Bier Filho, Engenheiro Eletrônico,CREA 38744 CPF 273672310-49.

Declaração do Interessado:

Na qualidade de representante legal da Re­de Riograndense de Emissoras Ltda, declaroque o SI. Portalício Bier Filho, esteve noendereço abaixo nos dias 30 de junho de 1de julho de 1989 ensaiando os transmissoresde ondas curtas, fabricados por Prestric In­dústria, Comércio e Serviços Ltda, modeloHTTOC-1 KW números de série 001, 002e 003, com potência nominal de 1,0 KW eque operam nas faixas de 49,31 e 25 metros.

Local do ensaio: Rua São Lourenço, esqui­na com Santa Catarina - Vila Mathias Velho- Canoas - RS. - Otávio Dumit Gadret,Diretor.

MC-DENTEL

Processo n" 29.102.000128/89Interessada: Rede Riograndense de Emis­

soras LtdaSenhor Secretário-Geral

ASSUNTO:

Trata o presente processo do pedido derenovação da outorga, formulado pela RedeRiograndense de Emissoras Ltda, executantedo serviço de radiodifusão sonora em ondacurta, na cidade de Porto Alegre, Estado doRio Grande do Sul.

Estudo Sintético:

O processo foi analisado pela Seção de Ra­diodifusão da Diretoria Regional competenteque emitiu, nos termos do art. 6odo Decreton' 88.066/83, o Parecer SRAD n'121/89, rati­ficado pela Divisão de Radiodifusão, con­cluindo que o processo se encontra devida­mellte instruído e que a outorga deverá serrenovada a partir de 18-6-89, caso venha aser deferido o pedido.

Conclusão:

Pelo encaminhamento dos autos à conside­ração do Excelentíssimo Senhor Presidenteda República.

Brasília, 24 de setembro de 1989. - Ro­berto Blois Montes de Souza, Diretor-Geraldo DENTEL.

MENSAGEM N' 955/89(Poder Executivo)

Submete à apreciação do CongressoNacional o ato que "renova por 10 (dez)anos, a partir de 1 de março de 1989,a concessão da Rádio Cassino de RioGrande Ltda, outorgada através do De­creto n' 83.082, de 24 de janeiro de 1979,para explorar, na cidade de Rio Grande,Estado do Rio Grande do Sul, sem direitodI! exclusividade, serviço de radiodifusãosonora em onda média".

(Às Comissões de Ciência e Tecno­logia, Comunicação e Informática; e deConstituição e Justiça e Redação.)

Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional:

Nos termos do art. 49, inciso XII, combi­nado com § 1o do art. 223, da ConstituiçãoFederal, tenho a honra de submeter à apre­ciação do Congresso Nacional, acompanhadode Exposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Comunicações, o ato constantedo Decreto n' 98.482, de 7 de dezembro de1989, publicado no Diário Oficial da Uniãodo dia 11 de dezembro de 1989, que "Renovapor 10 (dez) anos, a partir de 1 de marçode 1989, a concessão da Rádio Cassino deRio Grande Ltda., outorgada através do De­creto n' 83.082, de 24 de janeiro de 1979,para explorar, na cidade de Rio Grande, Es­tado do Rio Grande do Sul, sem direito deexclusividade, serviço de radiodifusão sonoraem onda média".

Brasília,20 de dezembro de 1989. - JoséSarney.

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS N'214/89, DE6 DE DEZEMBRO DE 1989 DO SE­NHOR MINISTRO DE ESTADO DASCOMUNICAÇÓES.

Excelentíssimo Senhor Presidente da Re­pública,

Tenho a honra de submeter à elevada con­sideração de Vossa Excelência o processo derenovação de outorga requerida pela RádioCassino de Rio Grande Ltda., executante doserviço de radiodifusão sonora em onda mé­dia, na cidade de Rio Grande, Estado doRio Grande do Sul.

2. Os órgãos competentes deste Minis­tério manifestaram-se sobre o pedido, achan­do-o regularmente instruído, obedecidos osrequisitos legais e técnicos atinentes ao proce­dimento renovatório.

3. Diante do exposto, tenho a honra desubmeter a Vossa Excelência o anexo projetode decreto consubstanciando a medida.

4. Esclareço que o ato de renovação so­mente virá a produzir seus efeitos legais apósdeliberação do Congresso Nacional, na formado parágrafo terceiro, do art. 223, da Consti­tuição.

Renovo a Vossa Excelência meus protestosdo mais profundo respeito. - Antônio CarlosMagalhães.

DECRETO N' 98.482DE 7 DE DEZEMBRO DE 1989

Renova a concessão outorgada à RádioCassino de Rio Grande Ltda, para explo­rar serviço de radiodifusão sonora em on·da média, na cidade de Rio Grande. 'Esta­do do Rio Grande do Sul.

O Presidente da República, usando dasatribuições que lhe confere o art. 84, itemIV, da Constituição, e nos termos do art.6', item 1, do Decreto n° 88.066, de 26 dejaneiro de 1983, e tendo em vista o que constado Processo no 29102.001349/88, decreta:

Art. 1° Fica, de acordo com o art. 33,§ 3", da Lei n' 4.117, de 27 de agosto de1962, renovada por lO (dez) anos, a partirde 1 de março de 1989, a concessão da RádioCassino de Rio Grande Ltda., outorgadaatravés do Decreto n" 83.082, de 24 de janeirode 1979, para explorar, na cidade de RioGrande, Estado do Rio Grande do Sul, semdireito de exclusividade, serviço de radiodi­fusão sonora em onda média.

Parágrafo único. A execução do serviçode radiodifusão, cuja outorga é renovada poreste Decreto, reger-se-á pelo Código brasi­leiro de Telecomunicações, leis subseqüentese seus regulamentos e, cumulativamente, pe­las cláusulas aprovadas através do Decreton' 88.066, de 26 de janeiro de 1983, às quaisa entidade aderiu previamente.

Art. 2' A concessão ora renovada so­mente produzirá efeitos legais após delibe­ração do Congresso Nacional, na forma doparágrafo terceiro, do art. 223, da Consti­tuição.

Art. 3° Este Decreto entra em vigor nadata de sua publicação.

Brasília-DF, 7 de dezembro de 1989; 168'da Independência e 101o da República. ­JOSÉ SARNEY - Antônio Carlos Maga­lhães.

Aviso no 1.018-SAP.Brasília, 20 de dezembro de 1989

Excelentíssimo Senhor Primeiro Secretá­rio:

Tenho a honra de encaminhar a essa Secre­tarià a Mensagem do Excelentíssimo SenhorPresidente da República, acompanhada deExposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Comunicações, na qual sub­mete à apreciação do Congresso Nacional oato constante do Decreto no 98.482, de 7 dedezembro de.1989, que "Renova por 10 (dez)anos, a partir de 1 de março de 1989, aconces­são da Rádio Cassino de Rio Grande Ltda.,outorgada através do Decreto no 83.082, de24 de janeiro de 1979, para explorar, na cida­de de Rio Grande, Estado do Rio Grande

1"Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1031'

do Sul, sem direito de exclusividade, serviçode radiodifusão sonora em onda média".

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estimae consideração. - Maurício Vasconcelos, Mi­nistro-Chefe do Gabine!e, Civil Interino.

MENSAGEM N' 956/89(Poder Executivo)

Submete à apreciação do CongressoNacional o ato que "renova por 10 (dez)anos, a partir de 15 de agosto de 1989,a concessão da Rádio Liberal Ltda., ou­torgada através do Decreto n' 83.574, de18 de junho de 1979, para explorar, nacidade de Belém, Estado do Pará, semdireito de exclusividade, serviço de radio­difusão sonora em onda tropical".

(Às Comissões de Ciência e Tecno­logia, Comunicação e Informática; e deConstituição e Justiça e Redação.)

Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional:

Nos termos do art. 49, inciso XII, combi­nado com § l' do art. 223, da ConstituiçãoFederal, tenho a honra de submeter à apre­ciação do Congresso Nacional, acompanhadode Exposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Comunicações, o ato constantedo Decreto n' 98.483, de 7 de dezembro de1989, publicado no Diário Oficial da Uniãodo dia 11 de dezembro de 1989, que "renovapor 10 (dez) anos, a partir de 15 de agostode 1989, a concessão da Rádio Liberal Ltda.,outorgada através do Decreto n' 83.574, de18 de junho de 1979, para explorar, na cidadede Belém, Estado do Pará, sem direito deexclusividade, serviço de radiodifusão sonoraem onda tropical".

Brasília, 20 de dezembro de 1989. - JoséSarney.

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS N'215/89, DE6 DE DEZEMBRO DE 1989, DO SE­NHOR MINISTRO DE ESTADO DASCOMUNICAÇÕES.

Excelentíssimo Senhor Presidente da Re-pública, .

Tenho a honra de submeter à elevada con­sideração de Vossa Excelência o processo derenovação de outorga requerida pela RádioLiberal Ltda., executante do serviço de radio­difusão sonora em onda tropical, na cidadede Belém, Estado do Pará.

2. Os órgãos competentes deste Minis­tério manifestaram-se sobre o pedido, achan­do-o regularmente instruído, obedecidos osrequisitos legais e técnicos atinentes ao proce­dimento renovatório.

3. Diante do exposto, tenho a honra desubmeter a Vossa Excelência o anexo projetode decreto consubstanciando a medida.

4. Esclareço que o ato de renovação so­mente virá a produzir seus efeitos legais apósdeliberação do Congresso Nacional, na formado parágrafo terceiro, do art. 223, da Consti­

,tuiSão.

Renovo a Vossa Excelência meus protestosdo mais profundo respeito. - Antonio CarlosMagalhães.

DECRETO N' 98.483DE 7 DE DEZEMBRO DE 1989

Renova a concessão outorgada à RádioLiberal Ltda., para explorar serviço deradiodifusão sonora em onda tropical, nacidade de Belém, Estado do Pará.

O Presidente da República, usando dasatribuições que lhe confere o art. 84, itemIV, da Constituição, e nos termos do art.6', item I, do Decreto n" 88.066, de 26 dejaneiro de 1983, e tendo em vista o que constado Processo n' 29110.000585189, decreta:

Art. I' Fica, de acordo com o art. 33,§ 3', da Lei n" 4.117, de 27 de agosto de1962, renovada por 10 (dez) anos, a partirde 15 de agosto de 1989, a concessão da RádioLiberal Ltda., outorgada através do Decreton'·' 83.574, de 18 de junho de 1979, para explo­rar, na cidade de Belém. Estado do Pará,sem direito de exclusividade, serviço de ra­diodifusão sonora em onda tropical.

Parágrafo único. A execução do serviçode radiodifusão, cuja outorga é renovada poreste decreto, reger-se,á pelo Código Brasi­leiro de Telecomunicações, leis subseqüentese seus regulamentos e, cumulativamente, pe­las cláusulas aprovadas através do Decreton' 88.066, de 26 de janeiro de 1983, às quaisa entidade aderiu previamente.

Art. 2" A concessão ora renovada so­mente produzirá efeitos legais após delibe­ração do Congresso Nacional, na forma doparágrafo terceiro, do art. 223, da Consti­tuição.

Art. 3' Este decreto entra em vigor nadata de sua publicação.

Brasília-DF, 7 de dezembro de 1989; 168"da Independência e 101' da República. ­José Sarney - Antonio Carlos Magalhães.

Aviso n' 1.019-SAP.Brasília, 20 de dezembro de 1989

Excelentíssimo Senhor Primeiro Secretá­rio:

Tenho a honra de encaminhar a essa Secre­taria a Mensagem do Excelentíssimo SenhorPresidente da República, acompanhada deExposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Comunicações, na qual sub­mete à apreciação do Congresso Nacional oato constante do Decreto n' 98.483, de 7 dedezembro de 1989, que "renova por 10 (dez)anos, a partir de 15 de agosto de 1989, aconcessão da Rádio Liberal Ltda., outorgadaatravés do Decreto n' 83.574, de 18 de junhode 1979, para explorar, na cidade de Belém,Estado do Pará, sem direito de exclusividade,serviço de radiodifusão sonora em onda tropi­cal".

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estimae consideração. -Maurício Vasconcelos, Mi­nistro-Chefe do Gabinete Civil Interino.

LAUDO DE ENSAIO DOTRASMISSOR BTA - 5000 ADA RÁDIO LIBERAL LT DA

OERAÇÃO EM ONDA TROPICAL

1.0. -INTERESSADO:a) Nome: Rádio Liberal Ltda.b) Endereço: Avenida Nazaré n" 350 ­

Belém- Parác) Rádio Liberal Ltda, no endereço acima

1.2. - Vistoriaa) Motivo: Para fins de renovação de con­

cessãob) Endereço completo onde foi realizado:

Estrada do Ceasa SIN - Belém - Parác) Data em que foi realizada: 14-4-89

1.3. - Fabricante:a) Nome: Sociedade Nacional de Eletrô­

nica Ltda.b) Endereço: Rua Julia Cortines, 67

São Paulo - SP - CEP:04279

1.4: - Medições:1.4.1. - Potência: Para a medida da potênciade saída do transmissor utilizou-se um medi­dor de corrente de RF, calibrado, com otransmissor debitando sobre uma carga deimpedância Z = 50 +j.O. O valor medidoda corrente foi I 7 E IOA e portando: P: 5000watts1.4.2. - Freqüência:

a) Medida: Utilizando um frequencímetrodigital devidamente aferido, leu-se: f =3324,905 KHz

b) Variação máxima durante 60 minutosObservação feita com o medidor de freqüên­cia no circuito durante 60 minutos acusoua variação máxima de + 2 Hz

Simulando uma variação de tensão de redede 10% da tensão nominal observa-se a varia-ção máxima de 10 Hz

+-1.4.3. - Distorção harmônica introduzidanos sinais de audio freqüência potência: 5Kw

........ ''i~..,.. B'i~ g~", Ob..r ....çlo

,. (f!I)

50tlz 2.!t't. 2,e~ 2.9~ 3.9~

'OOHz 2."" 2,2~ 2.8~ 3.7"

'OOHt 2."" 2.0~ 2,5~ 3.5"

1lfJOHz 2.04~ ,.O" 2.41. 3.5~

5000H~ 2.4~ 2.41. 2,." 3.5"

7500Hz 2.'" 2.4~ 2,." 3.8"

1.4.4. - Resposta de AudiofreqüênciaReferência: 1000 HzValores medidos com a potência de 5 Kw

Mod. 25" 5Ol' 85" Ob••rvaçlo,. (HZ:)

50 - 0.7 - 1).7 - 1,0

'00 o o o valor•••• d'

'000 O O O COII r.'.Clo I 1000 HJ:

WOO + 0.5 + O,. + 0.5

7l5OO + 1.e • ',3 + 1.'.1.4.5. - Características de Regulação da am­plitude da portadora, para cada uma das po­tências nominais, quandO modulado por 100Hz à 100% de modulação

1032 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990'

Valor médio para 5,0 Kw: menor que 3%de variação.1.4.6. - Nível de ruído da portadora em rela­ção à 100% de modução em 400 HzValor medido: Menor que -52 dB1.4.7. -Atenuação de harmônicos e espú­rios em relação à fundamental.Não foi po~sível medir a atenuação de 2' Har­mônico por estar fora da escala do medidorPotomacMedição de espúrios: Não observado1.4.8. - Nível de entrada de áudio, na fre­qüência de 1000 Hz para 100% de modu­lação.Valor medido: +3 dBm1.4.9. - Potência primária de entrada, paraa potência nominal de 5,0 Kw

a) Sem modulação:Fase l- 55 AFase 2 - 55 AFase 3 - 55 APotência média: 17,81 Kw

b) Para 100% de modução.Fase 1-60AFase 2-60AFase 3 -60APotência média: 19,43 Kw

1.5. - Observação visuais:1.5.1. - Placa de identificaçãoa) Nome do fabricante:SNE - Sociedade Nacional de Eletrônica

Ltda.

b) Modelo: BTA -5000Ac) Número de Série: 74d) Potência Nominal de Saída: 5,0 Kwe) Código de Homologação: Dentel 79/007f) Ano de fabricação: maio de 1982

1.5.2. - Medidores do Estágio Final de RFa) De Corrente Contínua de Placa: Medi­

dor de 0-5Ab) De Tensão Contínua de Placa: Medidor

deO-lOkVc) Nível de Modulação: Dispõe de medi­

dor graduado em percentual.1.5.3. - Existência de Conector de RF

a) Para ligação de Monitor de Modulação:dispõe do Tipo BNC

b) Para Medição de Freqüência: dispõe doTipoBNC1.5.4. - Tipo quantidade de válvula no está­gio final de RF: uma válvula 4Cx 15.0001.5.5. - Quantidade de estágios separadoresentre a unidade osciladora e o estágio finaldeRF.Dois (2) Estágios1.5.6. - Dispositivo de Segurança do Pessoal

a) Contra descarga de corrente da fontede alta tensão: Dispõe

b) Existência de Gabinete Metálico encer­rando o Transmissor, com todas as partesexpostas ao contato dos operadores interli­gadas e conectadas a Massa: Dispõe

c) Existência de interruptores de seguran­ça: dispõe em todas as portas trazeiras.

d) Possibilidade de serem feitos externa­mente os ajustes de circuitos com tensões su­

, periores a 350 Volts, com todas as portasou tampas fechadas: Sim.

1.5.7. - Existência de Dispositivos de Prote·ção do Transmissor

a) Contra sobrecarga de corrente na fontede alta tensão: Dispõe

b) Contra sobretensão da fonte de alta ten­são: Dispõe

c) Contrll, a falta de ventilação adequadano caso de válvula com refriamento forçado:Dispõe

d) Aplicação seqüencial correta das dife­rentes tensões de alimentação:O acionamento da chave de filamento disparaa seqüência de ligação da ventilação, filamen­to e fontes negativa de polarização.A alta tensão, requer sempre acionamentomanual.

e) Contra falta de excitação convenienteno amplificador final: Dispõe1.5.8. - Observação: Nada a mencionar.1.6. - Instrumento de medição utilizados pe­lo vistoriador:

Tipo: Carga resistiva não indutiva de 50OHMS .

Fabricante: MicrotronicModelo: De 5 a 10 KWTipo: VariacFabricante: KeldinaModelo: TK - 1510Tipo: Amperímetro de RFFabricante: Delta ElectronicsN' de Série: 1824Precisão de Medida: 2%Tipo: Freqüencímetro DigitalFabricante: Optpelectronics Inc.Modelo: OPTO - 8000Tipp: Gerador de Audio Leader c/ baixa

distor~ão

Fabricante: LeaderModelo: LAG-125N' de série: 7082275Precisão de medida: 3% Leitural dialTipo: Medidor de distorçãoFabricante: LeaderModelo: LDM-170N' de série: 6030462Precisão de Medida: 5%Tipo: OsciloscópioFabricante: LeaderModelo: LBO-508AN' de série:?Precisão de Medida:?Tipo: Medidor de Intensidade de campoFabricante: Potomac InstrumentsModelo: FIM-41N' de série: 528Precisão de medida: 1%

1.7. - "Declaro serem verdadeiras todas asinformações constantes deste laudo, obtidasmediante ensaio por mim realizado, pessoal­mente, no transmissoJ; a que se refere. O pre­sente laudo consta de 8 folhas, todas nume­radas e rubricadas com a rubrica de que façouso."Rio de Janeiro, 26 de abril de 1989. - Wilsonda Silveira Britto, n' de registro no Crea:9772-D, RJ. n' Visto do Crea Belém - PA-.1145/76.

1.8. - Parecer Conclusivo:Certifico que o Transmissor de Ondas Tro­

picais, a que se refere este laudo de ensaiona data em que foi realizado atendia a todasas normas técnicas vigentes e a ele aplicáveis.1.9. - Declaração do Interessado:

"Na qualidade de,i:epresentante legal daRádio Liberal Ltda., declaro que o Sr. Wilsonda Silveira Britto, n' de Registro no Crea:9772-D, RJ, visto no Crea Belém - Parán' 1145/76, esteve no endereço abaixo nosdias 11 a 14 de abril de 1989, ensaiando oTransmissor de Ondas Tropicais, fabricadopela SNE - Sociedade Nacional de Eletrô­nica Ltda., Modelo BTA - 5000 A, n' desérie 74, com potência nominal de 5.0 KW."

Local de Ensaio: Sede de Transmissoresda Rádio Liberal

Estrada do Ceasa, S/N - BelémBelém, 26 de abril de 1989 - Lucidéa Ba·

tista Maiorana, Diretora Superintendente.

MC-DENTEL

Processo n' 29110.000.585/89Interessado: Rádio Liberal Ltda.Senhor Secretário-Geral,

Assunto:

Trata o presente processo do pedido derenovação da outorga, formulado pela RádioLiberal Ltda., xecutante do serviço de Radio­difusão sonora em onda tropical, na cidadede Belém, Estado do Pará.

Estudo Sintético:

O processo foi analisado pela Seção de Ra­diodifusão da Diretoria Regional competen­te, nos termos do art. 6' do Decreto n'88.066/83, conforme Parecer n' 29/89, ratifi­cado pela Divisão de Radiodifusão (Infoma­ção n' 256/89), cuja conclusão, por se encon­trar instruído o processo, é a de que a outorgadeverá ser renovada a partir de 15-8-89 e quevenha a ser deferido o pedido.

Conclusão:

Pelo encaminhamento dos autos à conside­ração do Senhor Presidente da República.Roberto Blois Montes de Souza, Diretor-Ge­ral do Dente!.

MENSAGEM N' 957, DE 1989(PODER EXECUTIVO)

Submete à apreciação do CongressoNacional o ato que "renova por 10 (dez)anos, a partir de .20 de março de 1988,a concessão de Rádio Emissora AruanãLtda, outorgada através do Decreto J;I'

81.301, de 2 de fevereiro de 1978, paraexplorar na cidade de Barra do Garças,Estado do Mato Grosso, sem direito deexclusividade, serviço de radiodifusão so­nora em onda média".

(Às Comissões de Ciência e Tecno­logia, Comunicação e Informática, e deConstituição e Justiça e Redação.)

Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional:

Nos termos do ar!. 49, inciso XII, combi­nado com o § l' do art. 223, da Constituição

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1033

XI.4.2.4.3 - Dlstorçlo Har.anlea:Potlnela 2,IS kw lD,O kw

lIoduI açlo 21S% ISO% 85% 95% 25% 50% 85" 95"

50 Hz 2,7" 2,5" 2,0" 2,2" 3,0" 2,7" 2,3" 2,5%100 Hz 2,7" 2,4" 2,0" 2,0% 2,8" 2,6% 2,2% 2,4%400.Hz 2,6" 2,4% 1,8" 2,0% 2,8" 2,6" 2,2% 2,4"

1000 Hz 2,6" 2,4" 1,8" 2,0% 2,8" 2,6% 2,2% 2,4"5000 Hz 2,7" 2,5" 2,0% 2,0% 2,9% 2,7% 2,3')(, 2,5%7500 Hz 2,7" 2,5" 2,0% 2,0% 2,9% 2,7% 2,3% 2,5%

Valor máx.permitIdo 3,0% 3,0% 3,0% 4,0')(, 3,0% 3,0% 3,0% 4,0%

XI.4.2.4.4 Resposta de audlofnqulnela (referlnela 1000 Hz • o d 8):

Valor Medido coa Valor Medido eOIll ValorModulaçlo potlnela de potlnela de Perllllt I

(d8) 2,5 kw (d8) 10,0 kw do (dB)

---------------------------------------25" 50" ISIS" 25" 50" 85"-----------------------------------------------------------50 Hz -1,0 -1,0 -1,0 -1,0 -1,0 -0,8 +/- 3

100 Hz -0,5 -0,5 -0,5 -0,5 .-0,5 -0,4 +/- 11000 Hz O ° O ° ° o O5000 Hz ° ° ° ° ° ° +/- 17500 Hz ° ° ° ° ° ° +/- 3

Regulaçao de alllplltude da portadora:

Entre 0% e 100% de modulação em 1000 Hz, com alimentaçãoe carga nos valores nominais:Valor Medido Valor Medido ValorEIIl 2,IS kw EIIl 10,0 kw Peraltldo

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estimae consideração. -Maurício Vasconcelos, Mi­nistro-Chefe do Gabinete Civil Interino.

+/-5%3,0%

XI.4.3 - LAUDO DE ENSAIO

XI.4.2.1 - Interessado:a) Nome: SNE - Sociedade Nacional de

Eletrônica Ltda.b) Endereço: Rua Julia Cortines, 67 - Ipi­

ranga, 04279 - São Paulo - SP.c) Nome e local da emissora a que se des­

tina o transmissor: Rádio Emissora AruanãLtda., Barra do Garças -MT.

XI.4.2.2 - Vistoria:a) Motivo: Controle de qualidade indivi­

duai, inicial.b) Endereço onde foi realizada: Rua Julia

Cortines, 67 - Ipiranga - São Paulo - SP.c) Data em que foi realizada a vistoria:

15-12-1988.XI.4.2.3 - Fabricante:a) Nome: SNE - Sociedade Nacional de

Eletrônica Ltda.b) Endereço: Rua Julia Cortines, 67 -Ipi-

ranga, 04279 - São Paulo - SP.XI.4.2.4 - Medições efetuadas:Potências:Nominal: 10,0 kwMedida: 2,5 kwXI.4.2.4.2 - Freqüência:Variação de freqüência com a alimentação

primária do oscilador variando entre-lO% e+ 10%: OHz.

a) Freqüência medida: 560.000 Hz.Freqüência nominal: 560.000 Hz.b) Variação máxima durante 60 minutos

de funcionamento: 2 Hz.Valor máximo permitido: + 10 Hz.

1,0"

XI.4.2.4.5

Aviso n' 1.020 - SAPo

Parágrafo único. A execução do serviçode radiodifusão, cuja outorgada é renovadapor este Decreto, reger-se-á pelo Código Bra­sileiro de Telecomunicações, leis subseqüen-

, tes e seus regulamentos e, cumulativamente,pelas cláusulas aprovadas através do Decreton' 88.066, de 26 de janeiro de 1983, às quaisa entidade aderiu previamente.

Art. 2' A concessão ora renovada so­mente produzirá efeitos legais após delibe­ração do Congresso Nacional na forma do§ 3', do art. 223, da Constituição.

Art. 3' Este decreto entra em vigor nadata de sua publicação.

Brasília, 7 de dezembro de 1989; 168' daIndependência e 101' da República. - JoséSarney - Antonio Carlos Magalhães.

Brasília, 20 de dezembro de 1989

Excelentíssimo Senhor Primeiro Secretá­rio:

Tenho a honra de encaminhar a essa Secre­taria a Mensagem do Excelentíssimo SenhorPresidente da República, acompanhada deExposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Comunicações, na qual sub­mete à apreciação do Congresso Nacional oato constante do Decreto n' 98.484, de 7 dedezembro de 1989, que "Renova por 10 (dez)anos, a partir de 20 de março de 1988, aconcessão da Rádio Emissora Aruanã Ltda,outorgada através do Decreto n' 81.301, de2 de fevereiro de 1978, para explorar, na cida­de de Barra do Garças, Estado do Mato Gros- -

. so, sem direito de exclus'ividade, serviço deradiodifusão sonora em onda média" .

DECRETO No 98.484,DE 7 DE DEZEMBRO DE 1989

Federal, tenho a honra de submeter à apre­ciação do Congresso Nacional, acompanhadode Exposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Comunicações, o ato constantedo Decreto n" 98.484, de 7 de dezembro de1989, publicado no Diário Oficial da Uniãodo dia 11 de dezembro'de'i989, que "Renovapor 10 (dez) anos, a partir de 20 de marçode 1988, a concessão da Rádio EmissoraAruanã Ltda, outorgada através do Decreton' 81.301, de 2 de fevereiro de 1978, paraexplorar, na cidade de Barra do Garças, Esta­do do Mato Grosso, sem direito de exclusi­vidade, serviço de radiodifusão sonora emonda média".

Brasília, 20 de dezembro de 1989. - JoséSarney.

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS N'216/89, DE6 DE DEZEMBRO DE 1989, DO SE­NHOR MINISTRO DE ESTADO DASCOMUNICAÇÕES.

Excelentíssimo Senhor Presidente da Re­pública,

Tenho a honra de submeter à elevada con­sideração de Vossa Excelência o processo derenovação de outorga requerida pela RádioEmissora Aruanã Ltda, executante do servi­ço de radiodifusão sonora em onda média,na cidade de Barra do Garças, Estado doMato Grosso.

2. Os órgãos competentes deste Minis­tério manifestaram-se sobre o pedido, achan­do-o regularmente instruído, obedecidos osrequisitos legais e técnicos atinentes ao proce­dimento renovatório.

3. Diante do exposto, tenho a honra desubmeter a Vossa Excelência o anexo projetode decreto consubstanciando a medida.

4. Esclareço que o ato de renovação so­mente virá a produzir seus efeitos legais apósdeliberação do Congresso Nacional, na formado § 3", do art. 223, da Constituição.

Renovo a Vossa Excelência meus protestosdo mais profundo respeito. - Antônio CarlosMagalhães.

Renova a concessão outorgada à RádioEmissora Aruanã Ltda., para explorarserviço de radiodifusão sonora em ondamédia, na cidade de Barra do Garças,Estado do Mato Grosso.

O Presidente da República, usando dasatribuições que lhe confere o art. 84, itemIV da Constituição, e nos termos do art. 6',item I, do Decreto n' 88.066, de 26 de janeirode 1983, e tendo em vista o que consta doProcesso n' 29118.000739/87, decreta:

Art. l' Fica, de acordo com o art. 33,§ 3", da Lei n' 4.117, de 27 de agosto de1962, renovada por 10 (dez) anos, a partir'de 20 de março de 1988, a concessão da RádioEmissora Aruanã Ltda., outorgada atravésdo Decreto n' 81.301, de 2 de fevereiro de1978, para explorar, na cidade de Bar,ra doGarças, Estado do Mato Grosso, sem direitode exclusividade, serviço de radiodifusão so­nora em onda média.

i034 Quinta-feira 8

XI.4.2.4.6

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Nlv.l d...uldo • po.. t.do.....nt... 30 • 20.000 Hz ......­l.çlo .0 nlv.l d. 100~ d. -adul.çlo •• 400 Hz:

Março de 1990

V.lo.. MedidoE. 2,5 kw

Valo.. MedidoE. 10,0 kw

-52 dB -54 dB -50 dB

XI.4.2.4.7 At.nu.çlo d. H...'Onlcos ••spO.. los •• ".l.çlo l funda.en­t.l:

V.lo.. MedidoE. 2,5 kw-69 dB

V.lo.. MedidoE. 10,0 kw-69 dB2Q ha..rnOnlco

3Q harrnOnlco

Outras f ..eQ.

-78 dB -78 dB

V.lo..P.... ltldo-50 dB

50 lTtN

XI.4.2.4.8

XI.4.2.4.9

Nlv.! d••nt ...d. d. ludlo, n. f ...qülncta d. 1000 Hz, co.. ­...spond.nt•• 100~ d. -adul.çlo: dU•.Potlncl. p.. l.l.. l. d••nt..ada:

pa..a salda de:

0% modulação

100% modulação

para salda de:

0% modulação

100% modulação

10.0

20

26

2,5

15

19

kw:

kVA

kVA

kW:

kVA

kVA

XI.4.2.5 - Observações visuais:XI.4.2.5.1- Placa de Identificação:a) Nomle: SNE-Sociedade Nacional de

Eletrônica Ltdab) Modelo: BTA-lOOOODc) N. de série: 114d) Potência(s) nominal(is) de saída: 10,0

kw2,5kwe) C6digo DENTEL: 0421/83f) Ano de fabricação: 1988XI.4.2.5.2 - Medidores de estágio fmal de

RF:Fabricante: KRüNa) corrente contínua de placa: Oa 5 ab) tensão contínua de placa: Oa 10 kVc) nível de modulação: Oa 1.50 %XIA.205 03 - Tomadas de RF para monito-

ragem:Dispõe de duas tomadas de RFa) para ligação do monitor de modulação:

máx.lOVb) para medição de freqüência: máx. IVXI.4.2.5A - Tipo e quantidade de válvulas

utilizadas no estáW final de RF:Duas válvulas 4eX10000DXI.4.2.5.5 - Quantidade de estágios sepa­

radores entre a unidade osciladora e o estágiofinal de RF: 4

XI.4.2.506-Dispositivos d esegurança dopessoal:

a) descarga dos capacitares depois de des­ligada a alta tensão por resistores de sangria

b) todo o transmissor está contido em gabi­nete metálico com todas as partes expostasao contacto dos operadores interligados e co­nectadas à massa

c) há intlerruptores de segurança nas portasque dão ac(~sso a pontos de tensão maior que350V.

d) todos os ajustes são feitos através deportas que, quando abertas, não dão acessoa circuitos de mais de 350V.

XI.4.2.5.7 - Existência de dispositivos deproteção do transmissor

a) proteção contra sobrecarga de correntena fonte de tensão por relê de máxima

b) faiscadores nos reatores de filtro da fon­te de alta tensão são para evitar sobretensõesno ligamento e desligamento

c) palheta e relê de mercúrio no circuitode ventilação forçada, desligando o transmis­sor no caso de ventilação insuficiente

d) o circuito do transmissor s6 permite aaplicação de tensão nos vários estágios naseqüência correta, com temporizador no cir­cuito de filamento

e) polarização fixa para proteger o amplifi-cador final contra falta de excitação de RF.

XI.4.2.8 - Observações:Leitura dos medidoresVide abaixoExcitador mA

Alta tensão KvAmplificador final ASaída: AModulador: mA% Modulação: %XI.4.2.9 - Instrumentos de medição utili-

zados:Lista anexa.Leitura dos medidores:M101: 70 mAM102: 600 mAM103: 100 mAM104: 12 mAM105: 170 mAM106: 200 mAM107: 120 mAM108: 120 mAM109: 24 mAM110: 1,4M111: 0%M112: 14M202: 3 kVM203: 7,2kVM204: 4kW

Ml: + i dB áudioM1: + 1,5 dBXI.4.2.10 - Declaração do Profissional:"Declaro serem verdadeiras todas as infor­

mações constantes deste laudo, obtidos me­diante ensaio por mim realizado, pessoal­mente, no transmissor a que se refere. ü pre­sente laudo consta de sete folhas, todas nu­meradas e rubricadas com a rubrica de quefaço uso."

São Paulo, 15 de dezembro de 1988.José de Freitas Borges NetoNome: José de Freitas Borges NetoN· de registro no CREA: 1916-88-0 - MGEndereço: Rua Julia Cortines, 67 - Fone:(011) 274-0366

XI.4.2.11 - Parecer conclusivo:Certifico que o transmissor de ondas mé­

dias, a que se refere este Laudo de Ensaiona data em que foi realizado, atendia a todasas normas técnicas vigentes e a ele aplicáveis.

São Paulo, 15 de dezembro de 1988.José de Freitas Borges NetoNome: José de Freitas Borges NetoN" de registro no CREA: 1916-88-0 - MGEndereço: Rua Julia Cortines, 67 - Fone:(011)274-0366

XI.4.2.12 - Declaração do interessado:"Na qualidade de representante legal da

SNE-Sociedade Nacional de Eletrônica Lt­da., Declaro que o Eng· José de Freitas Bor­ges Neto esteve no endereço abaixo no(s)dia(s) 15 de dezembro de 1988, ensaiandoo transmissor de ondas médias, por n6s fabri­cados, modelo BTA-1000D, série n. 114, compotência(s) nominal(is) de 10,0 e 2,5 kW.

Local do Ensaio: Rua Julia Cortines, 67 ­Ipiranga, São Paulo - SP

São Paulo, 15 de dezembro de 1988Nome: José de Barros SantosCarlos que exerce na entidade: Diletor

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1035

ANEXO 4 - Relação dos instrumentos deMedição Utilizados:

1. Distortion AnalyzerModel 330D - Hewlett PackardSérie n" 246-09304Precisão: 3%

2. Frequency CounterModel IB - 1102 - HeathkitSérie n° 49022Precisão: +- 1 Hz - Aferido por WWV

3, AM Modulation MonitorModel AMM-2A - BelarSérie n° 132094Precisão: + 2%

4. Oscilloscope - 20 MHzModel LBO 507A - LeaderSérie n° 8031960

5. Audio GeneratorModel LAG-125 - LeaderDistorção: 0,05%

6, WaUmeter - 50Model 4802 - Bird

Série n' 128Precisão: +- 5%

7. Spectrum AnalyserModel 7L12 - Tektron xSérie LR 22803Freqüência: 100 kHz a 1,8 GHz

8. Carga Resistiva Bird 50 kw - 50 ohmsModel8775Série 183MC-DentelProcesso N° 29118000739/87Interessada: Rádio Émissora Aruanã Ltda.

Senhor' Secretário-Geral,Assunto: Trata o presente processo do pe­

dido de renovação da outorga formulada pelaRádio Emissora Aruanã Ltda, executante doserviço de Radiodifusão sonora em onda mé­dia, na cidade de Barra do Garças, Estadodo Mato Grosso.

Estudo Sintético: A Seção de Radiodifusãoda Diretoria Regional deste Departamentoemitiu, nos termos do artigo 6' do Decreton9 88066/83, o Parecer n' 95/88, ratificado pelaDivisão de Radiodifusão, concluindo que oprocesso encontra-se devidamente instruídoe que a outorga deverá ser renovada a partirde 20 de março de 1988.

Conclusão: Pelo encaminhamento dos au­tos à consideração do Senhor Ministro.

Brasília, 8 de setembro de 1989. - RobertoBlois Montes de Souza, Diretor-Geral doDente!.

MENSAGEM N' 958/89(Poder Executivo)

Submete à apreciação do CongressoNacional o ato que "renova por 10 (dez)anos, a partir de 18 de agosto de 1987,a concessão da Rádio Monólitos de Qui.xadá Ltda, outorgada através do Decreton' 79.889, de 28 de junho de 1977, paraexplorar, na cidade de Quixadá, Estadodo Ceará, sem direito de exclusividade,serviço de radiodifusão sonora em ondamédia".

(Às Comissões de Ciência e Tecno­logia, Comunicação e Informática; e deConstituição e Justiça e Redação.)

Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional:

Nos termos do artigo 49, inciso XII, combi­nado com § l' do artigo 22~, da ConstituiçãoFederal, tenho a honra de submenter à apre­ciação do Congresso Nacional, acompanhadode Exposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Comunicaçãos, o ato cons­tante do Decreto n' 98.485, de 7 de dezembrode 1989, publicado no Diário Oficial da União Ido dia 11 de dezembro de 1989, que"Renova por 10 (dez) anos, a partir de '18de agosto de 1987, a concessão da Rádio Mo­nólitos de Quixadá Ltda, outorgada atravésde Decreto n' 79.889, de 28 de junho de 1977para explorar, na cidade de Quixadá, Estadodo Ceará, sem direito de exclusividade, servi­ço de radiodifusão sonora em onda média".

Brasília, 20 de dezembro de 1989. - JoséSarney.

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS DE N' 217/89;DE 6 DE DEZEMBRO DE 1989, DOSENHOR MINISTRO DE ESTADODAS COMUNICAÇÕES.

Excelentíssimo Senhor Presidente da Re­pública,

Tenho a honra de submeter à elevada con­sideração de Vossa Excelência o processo derenovação de outorga requerida pela RádioMonólitos de Quixaàá Ltda., executante doserviço de radiodifusão sonora em onda mé­dia, na cidade de Quixadá, Estado do Ceará.

2. Os órgãos competentes deste Minis­tério manifestaram-se sobre o pedido, achan­do-o regularmente instruído, obedecidos osrequisitos legais e técnicos atinentes ao proce­

.dimento renovatório.3. Diante do exposto, tenho a honra de

submeter a Vossa Excelência o anexo projetode decreto consubstanciando a medida., 4. Esclareço que o ato de renovação so­mente virá a produzir seus efeitos legais apósdeliberação do Congresso Nacional, na formado parágrafo terceiro do artigo 223 da Consti­tuição.

Renovo a Vossa Excelência meus protestosdo mais profundo respeito. - Antônio CarlosMagalhães.

DECRETO N' 98.485DE 7 DE DEZEMBRO DE 1989

Renova a concessão outorgada à RádioMonólitos de Quixadá Ltda., para explo­rar serviço de radiodifusão sonora em on·da média, na cidade de Quixadá, Estadodo Ceará.

O Presidente da República, usando dasatribuições que lhe confere o artigo 84, itemIV, da Constituição, e nos termos do artigo6', item I, do Decreto n9 88.066, de 26 dejaneiro de 1983, e tendo em vista o que constado Processo n' 29108,000235/87, decreta:

Art. l' Fica, de acordo com o artigo 33,§ 3', da Lei n' 4.117, de 27 de agosto de1962, renovada por 10 (dez) anos, a partirde 18 de agosto de 1987, a concessão da RádioMonólitos de Quixadá Ltda., outorgada atra­vés do Decreto n' 79.889, de 28 de junhode 1977, para explorar, na cidade de Quixa-

dá, Estado do Ceará, sem direito de exclusi­vidade, serviço de radiodifusão sonora emonda média.

Parágrafo único. A execução do serviçode radiodifusão, cuja outorga é renovada poreste Decreto, reger-se-á pelo Código Brasi­leiro de Telecomunicações, leis subseqüentese seus regulamentos e, cumulativamente, pe­las cláusulas aprovadas através do Decreton' 88.066, de 26 de janeiro de 1983, às quaisa entidade aderiu previamente.

Art. 29 A concessão ora renovada so­mente produzirá efeitos legais após delibe­ração do Congresso Nacional na forma doparágrafo terceiro do artigo 223 da Consti-'tuição.

Art. 3' Este Decreto entra em vigor nadata de sua publicação.

Brasília-DF, 7 de dezembro de 1989; 168'da Independência e 101' da República. ­JOSÉ SARNEY - Antônio Carlos Maga·lhães.Aviso n' 1.021 SAPo

Brasília, 20 de dezembro de 1989Excelentíssimo Senhor Primeiro SecretárioTenho a honra de encaminhar a essa Secre­

taria a Mensagem do Excelentíssimo, SenhorPresidente da República, acompanhada deExposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Comunicações, na qual sub­mete à apreciação do Congresso Nacional oato constante do Decreto n' 98.485, de 7 dedezembro de 1989, que "renova por 10 (dez)anos, a partir de 18 de agosto de 1987, aconcessão da Rádio Monólitos de QuixadáLtda, outorgada através do Decreto n'79.889, de 28 de junho de 1977, para explo­rar, na cidade de Quixadá, Estado do Ceará,sem direito de exclusividade, serviço de ra­diodifusão sonora em onda média".

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estimae consideração - Maurício Vasconcelos, Mi­nistro-Chefe do Gabinete Civil Interino.

MC-DentelProcesso nO 29.108.000235/87Interessada: Rádio Monólitos de Quixadá Lt­da.

Senhor Secretário-Geral,Assunto: Trata o presente processo do pe­

dido de renovação da outorga formulada pelaRádio Monólitos de Quixadá Ltda., execu­tante do serviço de radiodifusão sonora emonda média, na cidade de Quixadá, Estadodo Ceará.

Estudo Sintético: A Seção de Radiodifusãoda Diretoria Regional deste Departamentoemitiu, nos termos do artigo 6' do Decreton' 88.066/83, o Parecer SRAD n' 062/88, rati­ficado pela Divisão de Radiodifusão, con­cluindo que o processo encontra-se devida­mente instruído e que a outorga será reno­vada a partir de 18 de agosto de 1987.

Conclusão: Pelo encaminhamento dos au­tos à consideração do Senhor Ministro dasComunicações.

Brasília, 8 de setembro de 1989. - RobertoBlois Montes de Souza, Diretor-Geral doDente!.

1036 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

1. Serviço :2. Local :3. Freqüência :4. Potência: Diurna .........• :

Noturno :5. Sistema irradiante :

5.1 altura máxima :5.2 altura máxima :

6. Capital mínimo exigido :7. Horário de funcionamento .. :

MENSAGEM N' 959, DE 1989(Poder Executivo)

Submete à apreciação do CongressoNacional o ato que "outorga concessãoà Rede lIntegração de Comunicação Ltda,para explorar, pelo prazo de 10 (dez)anos, sem direito de exclusividade, servi·ço de radiodifusão sonora em onda mé·dia, na cidade de Toledo, Estado do Para­ná".

(Às Co~issões de Ciência e Tecnologia,Comumçação e Inforrilática; e de Consti­tuição, Justiça e Redação.)

Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional:

'. Nos termos do art. 49, inciso XII, combi­nado com § I' do art. 223, da ConstituiçãoFederal, tenho a honra de submeter à apre­ciação do Congresso Nacional, acompanhadode Exposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Comunicações, o ato constantedo Decreto n' 98.486, de 7 de dezembro de1989, publicado no Diário Oficial da Uniãododia ll.de dezembro de 1989, que "outorgaconcessão à Rede Integração de Comunica­ção Ltda, para explorar, pelo prazo de 10(dez) anos, sem direito de exclusividade, ser­viço de radiodifusão sonora em onda médiana cidade de Toledo, Estado do Paraná". '

Brasília, 20 de dezembro de 1989. -

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS DE N' 218/89DE 6 DE DEZEMBRO DE 1989, DOSENHOR MINISTRO DE ESTADODAS COMUNICAÇÕES,

Excelentíssimo Senhor Presidente da Re­pública:

De conformidade com as atribuições legaise regulamentares cometidas a este Ministé­rio, determinei a publicação do Edital n'190/86, com vistas à implantação de uma esta­ção de radiodifusão sonora em onda médiana cidade de Toledo, Estado do Paraná. '

2. No prazo estabelecido pela lei, acorre-ram as seguintes entidades:

Rádio Cultura de Umuarama Ltda.,Rede Intl~gração de Comunicação Ltda eRádio Panambi Ltda. '

3. Os órgãos competentes deste Minis-tério concluíram no sentido _de que, sob osaspectos técnico e jurídico, as entidades pro­ponentes satisfizeram às exigências do editale aos requisitos da legislação específica de­radiodifusão.

4. Nessas condições, à vista das entidadesque se habilitaram à execução do serviço ob­jeto do edital (quadro anexo), tenho a honrade submeter o assunto a Vossa Excelênciapara fins d(~ decisão, nos termos do art. 16e seus parágrafos do Regulamento dos Servi­ços de Radiodifusão, com a redação dadapelo Decreto n' 91.837, de 25 de outubrode 1985. O ato de outorga somente virá aproduzir seus efeitos legais após deliberaçãodo Congresso Nacional, na forma do pará­grafo terceiro, do art. 223, da Constituição.

Rell;0vo a Vossa Excelência meus protestosdo maIs profundo respeito. - Antônio CarlosMagalhães. •

DECRETO N' 98.486,DE 7 DE DEZEMBRO DE 1989

Outorga concessão à Rede Integraçãode Comunicação Ltda., para explorarserviço de radiodifusão sonora em ondamédia, na cidade de Toledo, Estado doParaná.

O Presidente da República, usando dasatribuições que lhe confere o art. 84, itemIV, da Constituição, e o art. 29 do Regula­mento dos Serviços de Radiodifusão, apro­vado pelo Decreto n' 52.795, de 31 de outu­bro de 1963, com a redação dada pelo Decre­to n° 88.067, de 26 de janeiro de 1983, etendo em vista o que consta do Processo MCn' ~9000_007461/86, (Edital n' 190/86), de­creta:

Art. I' Fica outorgada concessão à RedeIntegração de Comunicação Ltda., para ex­pIorar, pelo prazo de 10 (dez) anos, sem direi­to de exclusividade, serviço de radiodifusãosonora em onda média, na cidade de Toledo,Estado do Paraná.

Parágrafo único. A concessão ora outor­gada reger-se-á pelo Código Brasileiro de Te­lecomunicações, leis subseqüentes, regula­mentos e obrigações assumidas pela outor- ­gada em sua proposta.

Art. 2' Esta concessão somente produ­zirá efeitos legais após deliberação do Con­gresso Nacional, na forma do artigo 223, pa­rágrafo terceiro, da Constituição.

Art. 3' O contrato decorrente desta con­cessão d~verá ser assinado dentro de 60 (ses­senta) dIas, a contar da data de publicaçãoda deliberação de que trata o artigo anterior,sob pena de se tornar nulo, de pleno direito,o ato de outorga.

Art. 4' Este Decreto entra em vigor nadata de sua publicação.

Brasília-DF, 7 de dezembro de 1989; 168'da Independência e 1ül' da República. ­José Sarney - Antônio Carlos Magalhães.

As demais condições desta Edital fazemparte do processo que lhe deu origem e en­contram-se a disposição dos interessados naDiretoria Regional do Dentel em Curitiba- PR, situada na Rua Desembargador Otá­vio Ferreira do Amaral, 279, onde seus repre­sentantes legais deverão entregar suas pro­postas.

Brasília - DF, 7 de outubro de 1986. ­Antônio Carlos Magalhães

Aviso n' 1.022-SAP.Brasília, em 20 de dezembro de 1989

A Sua Excelência o SenhorDeputado Luiz HenriqueDD. Primeiro Secretário da Câmara dos De­putadosBrasília (DF)

Excelentíssimo Senhor Primeiro Secretá­rio:

Tenho a honra de encaminhar a essa Secre­taria a Mensagem do Excelentíssimo SenhorPresidente da República, acompanhada deExposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Comunicações, na qual sub·mete à apreciação do Congresso Nacional oato constante do Decreto n' 98.486, de 7 dedezembro de 1989, que "Outorga concessãoà Rede Integração de Comunicação Ltda, pa­ra explorar, pelo prazo de 10 (dez) anos, semdireito de exclusividade, serviço de radiofu­são sonora em onda média, na cidade de To·ledo, Estado do Paraná".

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estimae consideração. -Maurício Vasconcelos, Mi;nistro-Chefe do Gabinete Civil Interino.

EDITAL N' 190/86-GM

Recebimento de propostas para a exe·cução e exploração de Serviço de radio­fusão sonora em onda média, na cidadede Toledo, Estado do Paraná.

O Ministr? de Est,ado das Comunicações,tendo em vIsta o dIsposto no artigo l' doDecreto n' 70.568, de 18 de maio de 1972e de acordo com as normas estabelecida~no Regulamento dos Serviços de Radiofusãoem vigor, torna público que, transcorridos45 (quarenta e cinco) dias, contados do diaseguinte ao da publicação deste Edital noDiário Oficial da União, estará recebendopelo prazo de 15 (quinze) dias, propostas paraa execução e exploração de serviço radiodi­fusão sonora, com as características e condi­ções que se seguem:

Onda MédiaToledo-PR

1.380 Khz1 Kw

0,25 kwOnidírecional

56 m40 m

200 (duzentos) MVR11 imitado.

"INTEGRASSON"REDE INTEGRAÇÃO DECOMUNICAÇÃO LIDA.

CONTRATO SOCIAL

Itacir Ant~nio Sperafico, Brasileiro, casa·do, EngenheIro Agronômo, residente e do·miciliado na cidade de Toledo, Estado doParaná, à Rua Bento Munhoz da Rocha n'516, portador da Cédula de Identidade-RGn· 853.873, expedida pela Secretaria de Segu·

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Quinta-feira 8 1037

para cada uma delas a Sociedade reconheceapenas um único proprietário.

Itacir Antonio SperaficoTorao TakadaHerminio de Conto

Totais

Art. 11. O quadro social será integradoexclusivamente de brasileiro, cumprindo-seo disposto no parágrafo único do art, 4" (quar­to), do Decreto-Lei n° 236, de 28 de fevereirode 1967.

CAPíTULO XIDa Inalienabilidade das Cotas

Art. 16. A titularização do Capital So­cial, em sua totalidade será sempre feita emnome de brasileiros natos ou naturalizados,e suas cotas representativas são expressamen­te inalienáveis e incaucionáveis quer diretaou indiretamente a estrangeiros e pessoas ju­rídicas.

Valor Cz$

105.000,00105.000,0090.000,00

300.000,00

Cotas

105.000105.00090.000

300.000

CAPÍTULO XIIDa Administração

Art. 17. A Sociedade será administradapelos 03 (três) sócios, no exercício das fun­ções a que ficam nomeados, dispensados daprestação de caução:

Itacir Antônio SperaficoTorao TakadaHerminio de..Conto Diretores·Gerentes.Art. 18. Compete-lhes representar a So-

ciedade em quaisquer de suas manifestaçõescomo pessoa jurídica, nos direitos e obriga­ções decorrentes de todos os seus negócios,inclusive em Juízo e perante os poderes pú­blicos.

CAPíTULO VIIIDo Capital Social

Art. 12. O Capital Social de Cz$300.000,00 (trezentos mil cruzados), repre­sentado por 300.000 (trezentas mil) cotas, novalor nominal de 1,00 (um cruzado) cadauma, destina-se a atender aos valores de quetrata a Portaria n° 141, do Ministério das Co­municações, de 1 de fevereiro de lQ79, e as­sim se explicita:

a) O Capital Social de Cz$ 120.000,00(cento e vinte mil cruzados) é destinado ex­clusivamente para atender ao Serviço de Ra­diodifusão Sonora em Freqüência Modulada-FM;

b) O Capital Social de Cz$ 180.000,00(cento e oitenta mil cruzados) se propõe, es­pecificamente, a atender ao Serviço de Ra­diodifusão Sonora em Onda Média - AM.

Parágrafo único. À época de publicaçãode cada edital de concorrência do serviço pre­tendido, publicado pelo Ministério das Co­municações, a Sociedade se obriga a promo­ver o depósito de 50% (cinqüenta por cento)de seu valor.

Art. 13. O Capital Social de Cz$­300.000,00 (trezentos mil cruzados) é subs­crito pelos sócios, a saber:

CAPÍTULO VIDas Alterações Contratuais

Art. 8' A Sociedade se compromete a,se investida na qualidade de Concessionáriae/ou Permissionária do Serviço de Radiodi­fusão Sonora em geral ou de Sons e Imagens- Televisão, a não efetuar qualquer alteraçãoneste Contrato Social, sem que tenha sido pré.via, plena e legalmente autorizada pelo PoderConcedente.

a) Não tornada Concessionária e/ou Per­missionária do Serviço de Radiodifusão So­nora, a Sociedade poderá, então, alterar asdáusulas do presente Contrato Social,·deso·brigada que está da prévia anuência do PoderConcedente.

CAPÍTULO VIIDa Nacionalidade

Art. 9' Os cargos de dirigentes da Socie­dade serão exercidos, obrigatoriamente, porbrasileiro.

Art. 10. A Sociedade se compromete amanter em seus quadros funcionais um núme­ro efetivo de 2/3 (dois terços), de brasileirosnatos.

CAPíTULO/LX'i>a Integração do Câpital Social

Art. 14. O Capital Social de Cz$300.000,00 (trezentos mil cruzados) será inte.gralizado em moeda corrente nacional pelossócios, considerando-se:

1- Cada sócio integraliza, neste ano, 10%(dez por cento) das cotas por ele subscritas,no montante em Cz$ 30.000,00 (trinta milcruzados);

2 - Cada sócio se obriga a integralizar osrestantes 90% (noventa por cento) do CapitalSocial por ele subscrito, na data em que forobtida a concessão de cada serviço preten­dido, ou seja, de Freqüência Modulada (FM)e/ou de Onda Média (AM), - se o Ministériodas Comunicações, em sua decisão, vier a in.vestir a Sociedade nos respectivos atos de ou.torgas.

Parágrafo único. De acordo com o art. 2°,In Fine, do Decreto n9 3.708, de 10 de feve­reiro de 1919, a responsabilidade de cada so­cio será limitada ao total do Capital Social.

CAPÍTULO XDas Cotas e sua Individualidade

Art. 15. As cotas em que se divide o Ca­pital Social são nominativas e indivisíveis e

CAPÍWLOVDa Extinção da Sociedade

Art. 7' A Sociedade poderá, eventual-.mente, vir a ser dissolvida por consenso unâ­nime dos sócios. O ato jurídico se assentaráno que dispõe a legislação da matéria perti­nente.

rança Público do Estado do Paraná e do CICn'191387929-15;

Torao Takada, Brasileiro, casado, Médico,residente e domiciliado na cidade de Toledo,Estado do Paraná, à Rua General Rondonn' 1875, portador da Cédula de Identidade­RG n' 490 593, expedida pela Secretaria deSegurança Pública do Estado do Paraná, edo CIC n9 036295709-68; e

Herminio de Conto, Brasileiro, casado,Agricultur·, residente e domiciliado na cidadede Toledo, Estado do Paraná, à Rua Bonfimn' 1457, portador da Cédula de Identidade­RG n9 746 625, expedida pela Secretaria daSegurança Pública do Estado do Paraná, edo CIC n' 015358979-53.

CAPÍTULO IDa Constituição e Tipo Societário

Os sócios qualificados, constituem, entresi e na melhor forma de direito, Sociedadeo>mercial por cotas de responsabilidade limi­tada, cujos neg6cios e condições serão regi­dos pelos capítulos de que é objeto.

CAPÍTULO 11D~ Denominação, Sede e Duração

Art. I' a) A Sociedade terá como deno­minação social: "Rede Integração de Comu­nicaçã9 Ltda."

b) Utilizará a "expressão,de fantasia" naexecução do Serviço de Radiodifusão Sonoraem Onda Média como:

"INTEGRASSOM - AM".c) E a "expressão de fantasia;' na execução

do Serviço j:\e Radiodifusão Sonora emIFreqüência Modulada como:

"INTEGRASSOM - FM".Art. 2' A sede e foro da Sociedade é a

cidade de Toledo, Estado do Paraná, comendereço à Rua XV de Novembro n° 1260-Centro.

Art. 39 O prazo de duração da Sociedadeé Indeterminado.

CAPÍTULO IIIObjeto e Competência

Art. 49 A Sociedade visa a execução eveiculação de Serviços de Radiodifusão So­nora em geral, inclusive de Sons e Imagens- Televisão, quando investida de outorgasatribuídas pelo Ministério das Comunica­ções.

Art. 5' A Sociedade poderá habilitar-sea editais de concorrência do Ministério dasComunicações destinada a operar e executaro Serviço de Radiodifusão Sonora e de Sonse Imagens - Televisão, em qualquer cidadedo Estado e/ou do país, respeitados os limitescontidos no Art. 12 do Decreto-Lei n' 236,de 28 de fevereiro de 1967.

CAPÍTULO IVDa Caracterização dos Serviços

Art. 6' A natureza dos serviços se iden­tifica com as disposições do art. 3' (terceiro),do Decreto de n9 52.795, de 31 de outubrode 1963, que instituiu o Regulamento do Ser­viço de Radiodifusão (RSR).

1038 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NAcIONAL (Seção I) Março de 1990

REDE INTEGRAÇÃO DECOMUNICAÇÃO LIDA.

Itacir Antonio SperaficoDiretor-Gerente

REDE INTEGRAÇÃO DECOMUNICAÇÃO LIDA.

Tarao TakadaDiretor-Gerente

REDE INTEGRAÇÃO DECOMUNICAÇÃO LTDA.

Herminio de ContoDiretor-Gerente

OBJETIVO: especificar equipamentos pa­ra atendimento aos termos do Edital de Con­corrência do Ministéu!,?, <:ias Comunicações,n' 190/86-GM, publicado. no. Diário Oficialda União de 8 de outubro de 1986.

I) Características do Canal em Concorrên·cia:

Freqüência: 1.380 kHzPotência diurna: 1,00kWPotência noturna: 0,25kWAltura mÚlima da torre: 48 metrosAltura máxima da torre: 56 metrosSistema irradiante: OmuidirecionaI.Canal incluído no Plano Básico pela Porta­

ria n' 103 de 13 de agosto de 1986, publicadano DOU de 15 de agosto de 1986.

2) Considerações Sobre o Serviço Propos­to:

A entidade pretende instalar o sistema irra­diante, em terreno de90 X 90 metros, situadono máximo a 3,0 Km do centro da cidade.

A torre terá altura de 54 metros.Os radiais serão em número de 120 (cento

e vinte), com comprimento de 43,5 metroscada um.

A linha de Rádio Freqüência terá o compri-mento de 44 metros, e será de bitola 112"

J) Equipamentos Adotados Pela Entidade:TRANSMISSOR:Fabricante: Bandeirantes Eletrônica Ltda.Modelo: AM - TRD-1000 AC6digo Dentel: 0198/85Potência de saída: 1,0/0,5/0,25 kWEstágio iniCial: Estado SólidoEstágio Final RF: 2 x QB4/1100Estágio Final Áudio: 2 x QB4/1100Consumo: 3,6 kVA (100% md)ANTENA:Fabricante: STP - Sociedade Técnica Pau-

lista S.A.Modelo: TI-30Secção: triangular de 30 cm de lado.Altura da torre: 54 metros ou 0,248Estaiamento: em 120 graus (03 grupos de

4 estais)LINHA DE RÁDIO FREQÜÊNCIA:Fabricante: KMP - Cabos Especiais e Siste-

mas Ltda.Modelo: CF 112"Impedância: 50 ohmsTipo: Coaxial de 1/2"Comprimento; 44 metrosEficiência prevista: 90%4) Parecer Conclusivo:A entidade postulante ao Edital n'

190/86-GM, publicado no Diário Oficial daUnião de 8 de out!;!bro de 1986, ou seja: RE­DE INTEGRAÇAO DE COMUNICAÇÃOLIDA., instalará seu sistema irradiante ob­servando todos os preceitos técnicos ditadospelas Normas Técnicas.

5) Profissional Habilitado:a) Nome: José Eduardo Marti Cappiab) N' do CREA: 83607/Dc) data: 10 de novembro de 1986.d) assinatura:

herdeiros, sucessores ou o representante le­gai nomeado, sub-rogados nos direitos e obri­gações do de cujos, interdito ou inabilitado,podendo nela fazerem-se representar en­quanto indiviso O quinhão respectivo, por umdentre eles devidamente credenciado pelosdemais.

Art. 26. Mediante consenso entre os s6­cios supésrtites, os herdeiros ou sucessorespoderão ingressar na Sociedade, caso não ha­ja impeditivo legal quanto à sua capacidadejurídica.

Art. 27. Se herdeiros ou sucessores nãodesejarem contnuar na Sociedade, seus have­res serão apurados em Balanço, levantadoespecialmente para esse fim, e serão pagosno prazo e condições' convencionados, deacordo entre as partes.

Parágrafo iínico. Em caso de desligamen­to da Sociedade,{ar-se-á a competente altera"ção contratu'll, 'cujos atos deverão, prelimi­narmente, merecer a anuência de órgãos doMinistério das Comunicações.

CAPÍTULO XVIII •Do' Balanço Geral

Art. 28. O ano social coincidirá' com oano civil, devendo á 31 de dezembro ser pro­cedido o Balanço Ge~al; os resultados serãoatribuídos aos s6cios na proporção das cotasde seu capital. Os lucros, em. os .havendo,poderão, a critério.dos.s6cios, permaneceremcomo Fundo de Reserva da Sociedade.

CAPÍTULO XIXDa Eleição.e Foro

.Art. 29. Fica eleito, comexc\usão de.quaisquerotitros" a cídade. de Toledo, Estadodo Paran~"foro da Sociedade para o fim desupt>ração. de quáisquer divergências queevenlualmente venham a ocorrer entre aspartes.

CAPÍTULO Xx '..De. Casos não Pr~vistos

Art.. 30. Os casos omitidos neste Contra­.to Social serão regidos pelo Decreto n9 3.708,de 10-1-19, e da Lei n' 4.726, de 13-7-65,a ·cuja e fiel observância, como dos demaiscapítulos deste compromisso;se obrigam ossócios. "

E, por assim terem justo e contratado, la­vram, datam e assinam, juntamente com duastestemunhas, o presente intruménto em 4(quatro) vias de igual teor e forma, obrigan­do-se fielmente por si e seus herdeiros a cum­pri-lo em todos os seus termos.

Toledo - PR, 10 de março de 1986. ­Itacir Antonio Sperafico - Torao Takeda ­Herminio de Conto.Uso da Denominação ComerCial:

Art. 19. Os documentos de maior rele­vância, e que envolvem as responsabilidadesgerais de natureza legal e sócio-econômicasda Sociedade, deverão, obrigatoriamente, serassinados por dois dos Diretores-Gerentes de­signados, em conjunto.

CAPÍTULO XIIIDas Retiradas

Art. 20. A título de prolabore, os direto- .res e outros sôcios que prestem serviço à So­ciedade poderão retirar mensalmente umaimportância wjo valor será fixado pela dire­toria, e que será levada a débito da contade Despesas Gerais, dentro dos limites per­mitidos pela llegislação em vigor.

CAPÍTULO XIVDo Uso da Denominação Social

Art. 21. É expressamente proibido o usoda denominação social em negócios, docu­mentos e outros de qualquer naturez'l alheiosaos fins sociais, assim como avalizar ou, emnome da Sociedade, afiançar obrigações deterceiros.

CAPÍTULO XVIDa Cessão e Transferência de Cotas

Art. 23. O sócio que desejar transferir'suas cotas deverá notificar por escrito à Socie­dade, discriminando o preço, forma e prazode pagamento, inclusive nome do interessa­do, para que esta, através dos demais sócios,exerça ou renuncie ao direito de preferência,o que fará dentro de sessenta dias, a contardo recebimento da notificação. Decorrido es­se prazo sem que seja exercido o direito depreferência, as cotas poderão ser transferidasao pretendente.

Art. 24. Fica ajustado entre as partesque, ao sócio que se retirar, caberá recebero valor das cotas integralizadas e represen­tativas de seu capital, e mais os lucros apura­dos em Balanço, previamente aprovado pelossócios, e cujo pagamento será efetuado emprazo convencionado entre os interessados.

Parágrafo único. Os sócios expressa eunanimemente poderão deliberar por outrascondições de pagamento que aquele ajusta­do, desde que não venham a afetar a situaçãoeconômico-financeira da Sociedade.

CAPÍTULO XVIIDo Falecimento e/ou Interdição

Art. 25. O falecimento, interdição ouinabilitação de qualquer dos s6cios, não dis­solverá necessariamente a Sociedade, ficando

CAPÍTULO XVDo Exercício de Outras Funções

Art. 22. Ao exercício dos cargos de ge­rente, procuradores, locutores e encarrega­dos das instalações técnicas, ou de respon­sáveis pela orientação intelectual direta ouindireta da administração da Sociedade, so­mente serão admitidos brasileiros natos.

Parágrafo único. Os Administradores daentidade são brasileiros natos e a S\!a investi­dura no cargo somente poderá Ocorrer apóshaverem sido aprovados pelo Ministério dasComunicações.

Março de 1990 DIÁRIO DO CbNGRES~O NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1039

vará a assinatura de todos os sócios e seráacompanhado do Extrato da Conta de Lucrose Perdas. Os lucros serão distribuídos propor­cionalmente às quotas de capital de cada só­cio.

Parágrafo único. Se forem acusados pre­juízos, os mesmos serão cobertos através denova integralização do Capital Social, emparte proporcional ao número de quotas decada sócio, sempre em moeda corrente nacio­nal.

Cláusula Décima Nona: Fica eleito desdejá, com renúncia a qualquer outro, o foroda Sociedade, cidade de Toledo, Estado doParaná, para solução de quaisquer dúvidasque eventualmente venham a surgir entre aspartes contratantes.

Cláusula Vigésima: Os casos omissos nesteContrato Social serão regidos pelos disposi­tivos do Decreto n' 3.708, de 10 de janeirode 1919, e cuja fiel observância, como dasdemais Cláusulas deste comprimisso, se obri­gam todos os Diretores e Sócios.

Cláusula Vigésima Primeira: A investiduraem cargos de Gerente ou Administrador s6se dará 'após aprovação dos nomes pelo Mi­nistério das Comunicações.

E por est.arem justos e contratados, assi­nam o presente contrato social, em 7 (sete)vias de igual teor e forma, devidamente ru­bricadas pelos sócios no verso de suas folhas,que se obrigam fielmente por si e seus herdei­ros, a cumpri-lo em todos os seus contidostermos.

Toledo, 26 de novembro de 1986. -OsmarCerutti - João Carlos Poletto - ArmandoMergen.

Demonstrativo do uso da firma .

RÁDIO PANAMBI L1DAJoão Carlos Poletto

GerenteDEMONSTRATIVa DERECURSOS TÉCNICOS

Rádio Panambi Ltda., pretendente à ou­torga do serviço de radiodifusão sonora emonda média, na cidade de Toledo, Estadodo Paraná, em atendimento do Edital n'190/86-GM, de 7 de outubro de 1986, publi­cado no Diário Oficial da União dOdia seguin­té, apresenta sua Demonstração de RecursosTécnicos, de acordo Wlm a letra b do artigo34 do Código Brasileiro de Telecomunica­ções, alinhando a seguir as características dosequipamentos que pretende utilizar nas suasinstalações:

1. Transmissor1.1 - FabricanteSNE - Sociedade Nacional de Eletrônica

Ltda.1.2 - Tipo e ModeloBTA-1OO0T1.3 - Características Técnicas- Freqüência de Operação 1.380 KHz- Estabilidade de Freqüência. + 10 Hz- Potência de saída 1000 W com redução

p~a250W

- Distorção harmônica 3% para 85% de!U0dulação

- Resposta de áudio' . +1 dB (entre 100e 5000 Hz)

.+3dB (entre 50 e 7500 Hz)'- Amplitude da portadora 5% máx- Ruído da portadora -50 dB- Atenuação de harmôniCos e espúrios

-40 dB'- Código Deqtel 0535/842. Sistema Irradiante'2.1 - FabricanteSTP - Sociedade Técnica Paulista Ltda.2.2~Tipo .Estaiada - Tipo 35/l2.3 - Car\lCterístiCas Técnicas2.3.1 ~Torre

Torre de seção triangular, com 55 metrosde comprimento ou 0,25 e 91°elétricos, cons­truída de acordo com as Normas da ABNTe da ELA, com meterial ferroso galvanizadopor imersão a quente, com. isoladores nas ba­ses e nos estais triplos a cada 12Cfl capaz desuportar ventos de até 145 Km/h, com luzde obstáculos; pintadas segundo as normasdo Ministério da AerOnáiltica.

2.3.2~ Sistema de T~rraCompostode 12b radiais. de 54 metros cada

uma, espaç;ldas de 3 em 3 graus, a partirdo anel central, em torno da base da torre.

2.3.3 .::.. Campo e Condutividade- Campo Característico240 mVim- Condutividade do solo 1 m mho/mCuritiba:PR, 5de dezembro de 1986. ­

Eng' Telmo Éugênio de Oliveira.

PROGRAMAÇÃO

RádioPanambi Ltda. ,em atendimento aoEdital do -Ministério das Comunicações n'190/86-GM, para instalação de uma emissorade radiodifusão sonora em onda média, em

. Toledo-PR, deClara que sua programação se­rá composta de informativos, programas edu­cacionaise ao vivo, bem como de publicidadecomercial e de serviçónoticioso, de formaa contribuir para o desenvolvimento da Na­ção, através de-aperfeiçoamento integral dohomem brasileiro, observando entre outros,os seguintes critérios:

a) preferência a temas, autores e intérpre­tes nacionais, a fim de ipcentivar a criativi­dade do homem. brasileiro eo desenvolvi~

mento. das empresas. produtoras nacionais,com a conseqüente ampliação do mercadode trabalho ligado a todas as atividades artís-tieas.· .

b) Respeito à diferenciação regionais dacultura brasileira, procurando relacioná-lasem seu próprio contexto.

c) manutenção de elevado sentido ético,moral e Cívico.' .

d) fidedignidade da fonte de informaçãodo fato, anteS da emissão da notícia e obser­vância,na publicidilde, de normas éticas in­dispensáveis à proteção do público e do con­sumidor.

Declara ainda, que a programação aten­derá às estipulações do regulamento dos ser­viços de radiodifusão, assim 'como os arts.11 e 16~ §§ 1'e 2- do Decreto-Lei n' 236de 28 de fevereiro de 1967 e das Normas

aprovadas pela Portaria MC n' 55 de 25 dejaneiro de 1974.

Toledo-PR, 5 de dezembro de 1986. - Rá­dio Panambi Ltda. - João Carlos Poletto,Sócio-Gerente.

RÁDIO PANAMBI LTDA.CONTRATO SOCIAL

Osmar Cerutti, brasileiro, casado, enge­nheiro agrônomo, residente e domiciliado emToledo, Paraná, na Rua Barão do Rio Brancon9 813, portador da Carteira de Identidadedo Paraná sob n' 794.676 e inscrito no CPFsob n9 176.328.629-00, e João Carlos Poletto,brasileiro, casado, advogado, residente e do­miciliado em Toledo, Paraná, na Rua JoséJoão Murara n' 1415, portador da Carteirade Identidade do Paraná n' 1.419.772 e inscri­to no CPF sob n° 241.059.379-87 e ArmandoMergen, brasileiro, solteiro, maior, do co­mércio, residente e domiciliado em Toledo.Paraná, na Avenida Parigot de Souza n° 322,portador da Carteira de Identidade do Paranán9 3.121.020 e inscrito no CPF sob n'512.897.339-53, resolvem por este instrumen­to particular de contrato, constituir uma so­ciedade mercantil, por quotas de responsa­bilidade limitada, que se regerá pelas Leisn' 3.708 de 10 de janeiro de 1919, n° 4.726de 13 de junho de 1965, pela legislação espe­cífica referente a radiodifusão e pelas demaisdisposições legais e aplicáveis à espécie e pe­las cláusulas seguintes:

Cláusula Primeira: A Sociedade girará sobo nome comercial de "Rádio Panambi Ltda"com sede e foro em Toledo, Estado do Para­ná, na Praça Wil\y Barth n° 17.

Cláusula SegUnda: A Sociedade terá comofinalidade e objetivo a execução e exploraçãodos serviços de radiodifusão sonora em geral,quer de Ondas Médias-OM, Ondas Tripical­OT ou Freqüência Modulada-FM, mediantea concessão - prévia do Ministério das Co­municações, na forma da lei e legislação vi­gentes, ficando certo que os objetivos expres­sos da Sociedade se identificam com o estipu­lado no Regulamento dos Serviços de Radio­c;lifusão Sonora consagrando, em nível deprioridade, os programas de natureza educa­tiva, informativa, recreante, e ao vivo, para­lelamente com as atividades de publicidadecomercial compatíveis com o veículo, parasuportação dos encargos da empresa e suamelhor dimensão técnica e artística.

Cláusula Terceira: A sede e foro da Socie­dade, á na cidade de Toledo, Estado do Pára­ná, na Praça Willy Barth n' 17, podendo habi­litar-se em quaisquer editais para exploraçãoe execução dos serviços de radiodifusão sono­ra, em qualquer parte do Estado e do País,nos limites fixados pelo Art. 12, do Decre­to-Lei n' 236, de 28 de fevereiro de 1967.

Cláusula Quarta: A Sociedade é constituí­da para vigorar por prazo indeterminado e,suas atividades terão início a partir da datado arquivamento do Contrato Social, na Jun-.ta Comercial do Estado do Paraná. Se neces-

1040 Quinta-feira 8 , DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

AnexoCópia de Catálogos

RÁDIO PANAMBI LTDA.CONTRATO SOCIAL

Osmar Cerutti, brasileiro, casado, enge'nheiro, agrônomo, residente e domiciliadoem toledo, Paraná, na rua BarãO' do Rio

, Brancoin9 813, portador da carteira de Identi­dade do Paraná sob n9794.676 e inscrito noCPF sob n9 176.328.629-00, e JOÃO CAR­LOS POLETTO, brasileiro, casado; advo­gado, residente e domiciliado'em'toledo,i'a­raná, na Rua José João Muraro n91415, pot­tador da Carteira de Identidade, do' Paríinán 9 1.419.772 e inscrito no CPF seib n~

241.059.379-87 e ARMANDOMERGEN,brasileiro, solteiro, maior, do comércio, resi­dente e domiciliado em Toledo, Paraná, naAvenida Patigot de Souza n9 322, portadorda Carteira de Identidade do Paraná n93.121.020 e inscrito no CPF sob n 9512.897.339/53, RESOLVEM por este ins­trumento particular de contrato, constituiruma sociedade mercantil, por quotas de res­ponsabilidade limitada, que se regerá pelasLeis n9 3.708 de 10 de janeiro de 1919, n94.726 de 13 de junho de 1965, pela legislaçãoespecífica referente a radiodifusão e pelas de­mais disposições legais e ,aplicáveis à espéciee pelas cláusulas seguintes:

Cláusula Primeira: A Sociedade girará sobo nome comercial de "RÁDIO PANAMBILIDA." com sede e foro em Toledo, Estadodo Paraná, na Praça Willy Barth,n9l7.,

Cláusula Segunda: A Sociedade terá comofinalidade e objetivo a execução e exploraçãodos serviços de radiodifusão sonora em geral,quer de Ondás Medias-OM, Ondas Tripical­OT ou Freqüência Modulada-FM; media1ltt::a concessão - prévia do Ministério das Co­municações, na forma da lei e legislação- vi- .gentes, ficando certo que os objetivos expres­sos da sociedade se identificam com o estipu'­lado no Regulamento dos Serviços de Radio­difusão Sonora consagrando, em nível deprioridade, os programas de natureza educa­tiva, informativa, recreante, e ao vivo, para­lelamente, com as atividades de publicidadecomercial compatíveis - com o veículo, parasuportação dos encargos da empresa es1iamelhor dimensão técnica e artística.

Cláusula Terceira: A sede e foro da socie­dade, é na cidade de Toledo, Estado do Para­ná, na Praça Willy Barth n917, podendo habi­litar-se em quaisquer editais para exploração

, e execLição dos serviços de radiodifusão soilo­ra, em qualquer parte do Estado edo País,nos limites fixados pelo artigo 12, do Decre­

, to-Lei n9236, de 28 de fevereiro de :1967.,Cláusula Quarta: A sociedade é constituída

para vigorar por prazo indeterminado e;suasatividades terão início a partir da' data doarquivamento do Contrato SoCial, na JuntaComercial do Estado do Paraná: Se ileces­sária sua dissolução, serãoobservados os'dis-positivos de lei. ,_

Cláusula Quinta: A soCiedade se obriga, a _, observar, com o rigor que se impõe., decretos,leis, regulamentos, portarias e quaisquer o,u-

tras deCisões ou despachos' emanados do Mi­nistériodas Comunicações e/ou de Seus de­mais órgãos competentes, vigentes ou a vigir,e referentes à legislação dos serviços de radio-difilsã6sonora em geraL " ,, Cláusula 'Sexta: ,A sociedade se compro­

mete, por seus diretores e sócios, a não efe­tuar quálquer, alteração neste Contrato So­Cial, sem. que tenha para isso, sido prévia,plena e legalmente autoriiada pelos órgãoscompetentes di) Ministério das Comunica­ções;. Clafusul,a, Sétinul: A ~ociedade se' compro­

mete, nos termos da lei,'a não transferir, dire­ta' ou mdiretaIÍIente, li concessão e/ou a per­niissãoqUt; ,lhe ~ora outorgada, sem a préviaaut6rizaçãodo' Governo Federal.

Cláusula Oitava: A sociedade se obriga amanter, efetivamente, em seu quadro de fun­cionários, exclusivamente brasileiros natos.: Cláúsula Nona: A sociedade não poderá

deter conçessões ou permissões para executaros serviÇQs. de radiodifusão sonora no País,além dos limites fixados pelo. artigo 12, doDecreto-Lei n9236, de 28 de fevereio de 1967.

Parágrafo Primeiro: Os sócios-quotistasnão .poderão, como manda à lei integrar oquadro social de outra concessionária ou per­missionária eXecutante do mesmo tipo de ser­viço de radiodifusão sonora na cidade em quepretendem instalar a nova emissora, nem emoutraS loçalidades do País, em excesso aoslimites fixados pelo artigo 12, do Decreto-Lein9236, 'de 28 de fevereiro de 1967.. ~arágrafoSegundo: Ossócios-gerentes no­meados, não deverlio, em hipótese alguma.participar da direção QU como sócios-quotis­tas de outra concessionária ou permissionáriae"ecutailte.do mesmo tipo de serviço de ra­diodifusão sonora na cidade em que preten­,dem mstalar a nova emissora, como não po­derão gozar de imunidade parlamentar, foroespecial, 'e nem meSmo integrar' o quadro so­cialde empresa executante do mesmo serviçoem oútras localidades do País, em excessoaos limites fixados pelo artigo 12, do Decre­'to-Lei n9236;~de 28 de fevereiro de 1967., CláÍJsulli DéCima: As quotas representati­vas dO'capital sociàl, eni Slla totalidade, per­tencerão sempre a brasileiro e são, expressa-

. mente, inalienáveis e incaucionáveis, 'diretae indiretamente a estrangeiros e a pessoa jurí-dica: '

CIáiIsuJaDécima Primeira: O capital socialéde Cz$ 900.000,00 (novecentos mil cruza­dos); representados por 900 (novecentos)quotas, rio valor nominal de Cz$ 1.000,00(Hum mil cruzados) cada uma delas, subs­ciitas pelos 'sócios da forma que se segue:Osmar Cerutti.: .. : ~ ..300 quotas, Cz$ 300.000,00,'João CarIosPoletto~ : .30<f9uotas, Cz$ 3OÕ..o<)(),OOAmiando Mergen ; ..300 quotas, CZ$300ó.OOO,00Totais:.: : ;: : ;.: .900 quotas, CZ$9oo.0ú0,00: ,Parágrafo lTimeiro: Cada sócio integrali­za,neste ato, 22 (vinte eduas) quotas, novalor de Cz$ 22.000,00 (vinte edois mil cruza-

dos), resultando um total integralizado e rea­lizado de Cz$ 66.000,00 que deverá ser depo­sitado no Banco do Brasil S/A, agência deToledo. O saldo de Cz$ 278.000,00 (duzentose setenta e oito mil cruzados) a ser integra­lizado por cada um dos sócios, perfazendoCz$ 834.000,00 (oitocentos e trinta e quatromil cruzados) deverá ser integralizado e reali­zado até o máximo, trinta dias antes da entra­da em funcionamento da estação de radio­difusão.

, Parágrafo Segundo: De acordo com o arti­go 29, in fine, do Decreto n9 3.708, de 10de janeiro de 1919, cada quotistas se respon­sabiliza pela totalidade do capital social.

Cláusula Décima Segunda: As quotas sãoindividuais em relação á sociedade que, paracada uma delas, só reconhece um proprie­tário.

Cláusula Décima Terceira: A sociedade se­rá administrada pelo sócio João Carlos Polet­to, nas funções de gerente, cabendo-lhe todosos poderes de administração legal. a repre­sentação em Juízo ou fora dele, a assinaturade documentos relativos às gestões sociais ecomerciais da empresa, para o que se lhesdispensa a prestação de caução.

Cláusula Décima Quarta: O uso da denomi­nação social nos termos da Cláusula DécimaTerceira, deste instrumento, é vedado emfianças, avais, abonos e outros favores estra­nhos aos interesses da sociedade, ficando ogerente, na hipótese de infração desta cláusu­la, pessoalmente responsável pelos atos prati­cados.

Cláusula Décima Quinta: Para o exercíciodas funções de gerentes, procuradores, locu­tores e encarregados das instalações técnicas,bem como da nomeação de responsáveis dire­ta ou indiretamente pela orientação intelec­tual ou administrativa da sociedade, somenteserão admitidos brasileiros natos.

Cláusula Décima Sexta: As quotas sociaisnão poderão ser cedidas a terceiros estranhosà sociedade, sem o consentimento expressodos demais sócios. Para esse fim, o sócio quepretender se retirar deverá notificar por escri­to à sociedade, dando-lhe o prazo de 60 (ses­senta) dias contados do recebimento da noti­ficação, para que a entidade, através de seusdemais sócios, exerça ou renuncie, em condi­ções de igualdade, ao direito de preferênciana aquisição de suas quotas. Fica ajustadoentre as partes que ao sócio que se retira,caberá receber o valor das quotas integra­lizadas representativas de seu capital e maisos lucros apurados em balanço, previamenteaprovado pelos sócios.

Cláusula Décima Sétima: O falecimento ouinterdição de qualquer um dos sócios não dis­solverá necessariamente a sociedade, ficandoherdeiros e sucessores ou representante legalnomeado, sub-rogados nos direitos e obriga­ções do de cujus ou interdito, podendo nelafazerem-se representar, enquanto indiviso oquinhão respectivo, por um dentre eles devi­damente credenciado pelos demais.

Cláusula Décima Oitava: A 31 de dezembrode cada ano levantar-se-á um Balanço Geraldas atividades da·.empresa. O documento le-

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1041

herdeiros e sucessores ou representante legalnomeado, sub-rogados nos direitos e obriga­ções do "de cujus" ou interdito', podendo ..nela fazerem-se representar, enquanto indi­viso o quinhão respectivo, por um dentre elesdevidamente credenciado pelos demais.

Cláusula Décima Oitava: A 31 de Dezem­bro de cada ano levantar-se-á um BalançoGeral das atividades da empresa. O docu­mento levará a assinatura de todos os s6ciose será acompanhado do Extràto da Contade Lucros e Perdas. Os lucros serão distri­buídos proporcionalmente às quotas de capi­tal de cada s6cio.

Parágrafo Único: Se acusados forem pre­juízos, os mesmos serão cobertos através denova integralização do capital Social, em par­te proporcional ao número de quotas de cadas6cio, sempre em moeda corrente nacional.

Cláusula Décima Nona: Fica eleito desdejá, com renúncia· a qualquer outro, o foroda Sociedade, cidade de Toledo, Estado doParaná, para solução de quaisquer dúvidasque eventualmente venham a surgir entre aspartes contratantes.

Cláusula Vigésima: Os casos omissos nestecontrato social serão regidos pelos disposi­tivos do Decreton. 3.708, de 10 de janeirode 1919, e cuja fiel observância, como dasdemais Cláusulas deste compromisso, se obri­gam todos os Diretores e S6cios.

Cláusula Vigésima Primeira: A investiduraem cargos d Gerente ou Aministrador s6 sedará ap6s aprOvação dos nomes pelo Minis­tério das Comunicações.

E por estarem justos e contratados, assi­nam o presente contrato social, em sete viasde igual teor e forma, devidamente rubricadapelos s6cios no verso de suas folhas, que seobrigam fielmente por si e seus herdeiros,a cumpri-lo em todos os seus contidos termos.

Toledo, 26.de novembro de 1986. -Osroar.Cerutti - João Carlos Poletto - Arm8l!do'Mergen.

Demonstrativo do uso da firmaRádio PANAMBI Ltda.

João Carlos Polettogerente

quadro social de outra concessionária ou per­missionária executante do mesmo tipo de ser­viçode radiodifusão sonora na cidade em quepretendem instalar a nova emissora, nem em

. outras localidades do País" em excesso aoslimites fixados pelo Art. 12, do Decreto-Lein. 236, de 28 de fevereiro de 1967.

Parágrafo Segundo: Os s6cios-gerentes no­meados, não deverão, em hip6tese alguma,participar da direção ou como s6cios-quotis­tas de outras concessionária ou Permissio­nária executante do mesmo tipo de serviçode radiodifusão sonora na cidade em que pre­tendem instalar a nova emissora, como não'poderão gozar de imunidade parlamentar, fo­ro especial, e nem mesmo integrar o quadrosocial de empresas executantes do mesmoserviço em outras localidades do País, emexcesso aos limites fixados pelo art. 12, doDecreto-Lei n. 236, de 28 de fevereiro de1967.

Cláusula Décima: As quotas representati­vas do capital social, em sua totalidade, per­tencerão sempre a brasileiro e são, expressa­mente, inalienáveis e incaucionáveis, diretae indiretamente a estrangeiros e a pessoa jud­

.dica.Cláusula Décima Primeira: O capital social

é de Cz$ 900.000,00 (novecentos mil cruza­dos), representados· por 900 (novecentas)quotas, no valor nominal de Cz$ 1.000,00(hum mil cruzados) cada uma delas, subs­critas pelos s6cios da forma que se segue:

Osmar Cerutti 300 quotas"Cz$ 300.000,00João Carlos Poletto 300 quotas, Cz$ 300.000,00

.Armando Mergen 300 quotas,Cz$ 300.000,00Totais _ 900 quotas, Cz$ 900.000,00

Parágrafo Primeiro: Cada s6cio integrali- Terceira, deste instrumento, é vedado emza, neste ato, 22 (vinte e duas) quotas, no fianças, avais, abonos e outros favores estra-valor de Cz$ 22.000,00 (vinte e dois mil cruza- nhos aos interesses da Sociedade, ficando odos), resultando um total integralizado e rea- Gerente, na hip6tese de infração desta Cláu-.lizado de Cz$ 66.000,00 que deverá ser depo- sula, pessoalmente responsável pelos atossitado no Banco do Brasil S/A, agência de praticados.Toledo. O saldo de Cz$ 278.000,00 (duzentos Clásula Décima Quinta: Para o exercícioe setenta e oito mil cruzados) a ser integra- das funções de gerentes, procuradores, locu-lizado por cada um dos s6cios, perfazendo tares e encarregados das instalações técnicas,Cz$ 834.000,00 (oitocentos e trinta e quatro bem como da nomeação de responsáveis dire-mil cruzados) deverá ser integralizado e reali- ta ou indiretamente pela orientação intelec· MENSAGEM N· 960/89zado até o máximo, trinta dias antes da entra- tual ou administrativa da Sociedade, somente (PODER EXECUTIVO)da em funcionamento da estação de radio- serão admitidos brasileiros natos. Submete à apreciação do CongreSsodifusão. Cláusula Décima Sexta: As quotas sociais Nacional o ato que "Outorga concessão

Parágrafo Segundo: De acordo com o art. não poderão ser cedidas a terceiros estranhos à Rádio Universal de Morrinhos LTDA,2., in fine, do Decreto n· 3.708, de 10 de. à sociedade, sem o consentimento expresso para explorar, pelo prazo de 10 (dez)janeiro de 1919, cada quotistas se respon- dos demais s6cios. Para esse fim, o s6cio que anos, sem direito de exclusividade, servi·sabiliza pela totalidade do capital social. pretender se retirar deverá notificar por escri- ço de radiodifusão sonora em onda mé·

Cláusula Décima Segunda: As quotas são to à Sociedade, dando-lhe o prazo de 60 (ses- dia, na cidade de Morrinhos, Estado doindividuais em relação à Sociedade que, para senta) dias contados do recebimento da noti- Ceará".cada uma delas, s6 reconhece um proprie- ficação, para que a entidade, através de seus (Ás Comisspes de Ciência e Tecno-tário. demais s6cios, exerça ou renuncie, em condi- logia, Comunicação e Informática; e de

Cláusula Décima Terceira: A Sociedade se- ções de igualdade, ao direito de preferência Constituição e Justiça e Redação)rá administrada pelo s6cio João Carlos Polet- na aquisição de suas quota&. Fica ajustado Excelentíssimos Senhores Membros doto, nas funções de Gerente, cabendo-lhe to- entre as partes que ao s6cio que se retira, Congresso Nacional:dos os poderes de administração legal, a re- caberá receber o valor das quotas integra- Nos termos do artigo 49, inciso XII, combi-presentação em juízo ou fora dele, aassina- lizadas representativas de seu capital e mais nado com § 1· do'artigo 223, da Constituiçãotl,1ra de documentos relativos às gestões so- os lucros apurados em balanço, previamente Federal, tenho a honra de submetei à apre-ciais e comerciais da empresa, para o que aprovado pelos s6cios. ciação do Congresso Nacional, acompanhadose lhes dispensa a prestação de caução. . . Cláusula Décima Sétima: O falecimento ou de Exposição de Motivos do Senhor Ministro

Cláusula Décima Quarta: O uso da denoini- interdição de qualquer um dos s6cios não dis- de Estado das Comunicações, o ato constantenação social nos termos da Cláusula Décima- solverá necessariamente a Sociedade, ficando -. do Decreto n· 98.487, de 7 de dezembro de

sária sua dissolução, serão observados os dis­positivos da lei.

Cláusula Quinta: A Sociedade se obrigaa observar, com o rigor que se impõe, decre­tos, leis, regulamentos, portarias e quaisqueroutras decisões ou despachos emanados doMinistério das Comunicações e/ou de seus

.demais 6rgãos competentes, vigentes ou a vi­gir, e referentes à legislação dos serviços deradiodifusão sonora em geral.

Cláusula Sexta: A Sociedade se compro­mete, por seus diretores e s6cios, a não efe­tuar qualquer alteração neste Contrato So­cial, sem que tenha para isso, sido prévia,plena e legalmente autorizada. pelos 6rgãoscompetentes do Ministério das Comunica­ções.

Cláusula Sétima: A Sociedade se compro­mete, nos termos da lei, a não transferir, dire­ta ou indiretamente, a concessão e/ou a per­missão que lhe fora outorgada, sem a préviaautorização do Governo federal.

Cláusula Oitava: A Sociedade se obriga amanter, efetivamente, em seu quadro de fun­cionários, exclusivamente brasileiros natos.

Cláusula Nona: A Sociedade não poderádeter concessões ou permissões para executaros serviços de radiodifusão sonora no País,além dos limites fixados pelo Art. 12, do De­creto-Lei n· 236, de 28 de fevereiro de 1967.

Parágrafo Primeiro: Os s6cios-quotistasnão poderão, como manda a lei integrar o

1042 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

ato constante do Decreto n' 98.487, de 7 dedezembro de 1989, que "Outorga concessãoà Rádio Universal de Morrinhos Ltda, paraexplorar, pelo prazo de 10 (dez anos, semdireito de exclusividade, serviço de radiodi­fusão sonora em onda média, na cidade deMorrinhos, Estado dolCeará".

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estimae consideração. - Maurício Vasconcelos, Mi­nistro-Chefe do Gabinete Civil Interno.

EDITAL N' 226/87-GM

Recebimento de propostas para a exe·cução e exploração de serviço de radiodi·fusão sonora em onda média, na cidadede Morrinhos, Estado do Ce~rá.

O Ministro de Estado das Comunicações,tendo em vista o disposto no art. I' do Decre­to n° 70.568, de 18 de maio de 1972, e deacordo com as normas estabelecida no Regu­lamento dos Serviços de Radiodifusão em,vi­gor, torna público que, transcorridos 45 (qua­renta e cinco) dias, contados do dia seguinteao da publicação des~e edital no Diário Ofi­ciai da União, estará recebendo pelo prazode 15 (quinze) dias propostas para a execuçãoe exploração de serviço de radiodifusão sono­ra, com as características e condições que seseguem:

'ONDA M~DIAMorrinhos-CE1480 kHz'

1 kW'0.25 kWOnidirecional

56 m48 m

200 (duzentas) MVRIlimitado

2.2.1-Dos atos constitutivos das socie­dades deverão constar dispositivos declaran­do expressamente que:

2.2.1.1- as cotas ou ações representativasdo capital social são inalienáveis e incaucio­náveis a estrangeiros ou pessoas jurídicas;

2.2.1.2 - nenhuma alteração contratualou estatutária poderá ser realizada sem a pré­via autorização do Ministério das Comunni­cações;

2.2.1.3 - os administradores deverão serbrasileiros natos e a investidura nos cargossomente poderá ocorrer depois de terem sidoaprovados pelo Ministério das Comunica­ções;

2.2.2 - No estatuto de Fundação deveráconstar dispositivos relativos, apenas, aos su­bitens 2.2.1.2 e 2.2.1.3.

2.2.3 - As sociedades anônimas ainda nãoexecutantes do serviço de radiodifusão deve­rão apresentar, junto com seu estatuto, oquadro societário atualizado contando o nú­mero, o valor e o tipo das ações de cadasócio;

2.3 - Comprovante de que obteve assenti­IDento prévio do Conselho de Segurança Na­cional, se a sede do município, objeto doedital, estiver localizada dentro dos limitesda Faixa de Fronteira;

:DiurnaNoturna

5. Sistema irradiante5.1 altura máxima5.2 altura mínima

6. Capital mínimo exiQido7. Horááio de funcionamento

1. Serviço2. Local3.' Freqüência4. Potên:eia

As demais condições deste edital fazemparte do processo que lhe deu origem e en­contraram-se à disposição dos interessadosna Diretoria Regional do Dentel. em Forta­leza - CE, situadas na Av. Estados Unidos,2500 - Aldeota, onde seÍls representanteslegais deverão entregar suas propostas.

Brasília - DF, 26 de novembro de 1987.- Antônio Carlos Magalhães.

CONDIÇÕES DE EDITAL PARAEXECUÇÃO E EXPLORAÇÃO DO

SERVIÇO DE RADIODIFUSÃO1 - Entrega das propostasAs entidades interessadas na execução e

exploração do serviço de radiodifusão deve­rão, por seu representante legal, apresentarsuas propostas durante o horário de expe­diente, na Diretoria Regional do Dentel emFortaleza, à Av. Estados Unidos, 2500 ­Aldeota.

2 - Documentos relativos à entidade2.1- Requerimento dirigido ao Ministro

das Comunicações:2.1.1-No requerimento deverá constar

o endereço para correspondência;2.2 - Atos constitutivos e alterações sub­

seqüentes, com as respectivas comprovaçõesde registro ou arquivamento na repartiçãocompetente;

Parágrafo único. A concessão ora outor­gada reger-se-á pelo Código Brasileiro de Te­lecomunicações, leis subseqüentes. regula­mentos e obrigações assumidas pela outor­gada em sua proposta.

Art. 2' Esta concessão somente produ­zirá efeitos legais após deliberação do Con­gresso Nacional, na forma do art. 223, pará­grafo terceiro, da Constituição.

Art. 3° O contrato decorrente desta con­cessão deverá ser assinado dentro de 60 (ses­senta) dias, a contar da data de publicaçãoç1a liberação de que trata o artigo anterior,sob pena de se tornar nulo, de pleno direito,o ato de outorga.

Art. 4' Este decreto entra em vigor nadata de sua publicação.

Brasília-DF, 7 de dezembro de 1989; 168'da Independência 101' da República - JoséSarney - Antonio Carlos Magalhães.

Aviso n' 1.023-SAP.Brasília, 19 de dezembro de 1989

Excelentíssimo Senhor Primeiro Secretá­rio:

Tenho a honra de encaminhar a essa Secre­taria a Mensagem do Excelentíssiino SenhorPresidente da República, acompanhada deExposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Comunicações, na qual sub­mete à apreciação do Congresso Nacional o

DECRETO N' 98.487DE 7 DE DEZEMBRO DE 1989

Outorga concessão à Rádio Universalde Morrinhos LTDA., para explorar ser­viços de radiodifusão sonora em onda mé·dia, na cidade de Morrinhos, Estado doCeará.

O Presi.d~l1!te da República, usando das atri­buições que lhe conferem o artigo 84, itemIV, da Constituição, e o artigo 29 do Regula­mento dos Serviços de Radiodifusão, apro­vado pelo Decreto n' 52.795, de 31 de outu­bro de 1963, com a redação dada pelo Decre­to n' 88.067, de 26 de janeiro de 1983, etendo em vista o que consta do processo MCn' 29000.008663/87, (Edital n' 226/87), de­creta:

Art. I' Fica outorgada concessão à RÁ­DIO UNIVERSAL DE MORRINHOS LT­DA., para explorar, pelo prazo de 10 (dez)anos, sem direito de exclusividade, serviçode radiodifusão sonora em onda média, nacidade de Morrinhos, Estado do Ceará.

1989, publicado no Diário Oficial da Uniãodo dia 11 de dezembro de 1989, que "Outorgaconcessão à Rádio Univeral de MorrinhosLtda, para explorar, pelo prazo de 10 (dez)anos, sem direito de exclusividade, serviçode radiodifusão sonora em onda média, na

-cidade de Morrinhos, Estado do Ceará".Brasília, 20 de dezembro de 1989. - José

Sarney.. ,

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS N'219/89, DE6 DE DEZEMBRO DE 1989, DO SE­NHOR MINISTRO DE ESTADO DASCOMUNICAÇÕESExcelentíssimo Senhor Presidente da Re­

pública:De conformidade com as atribuições legais

e regulamentares cometidas a este Ministé­rio, determinei a publicação do Edital n'226/87, com vistas à implantação de uma esta­ção de radiodifusão sonora em onda média,na cidade de Mortinhos, Estado do Ceará.

2. No prazo estabelecido pela lei, acorre--ram as seguintes entidades:

Rádio Universal de Mortinhos Ltda. eRádio Aliança de Mortinhos Ltda.3. Os órgãos competentes deste Ministério

concluíram no sentido de que, sob os aspectostécnico e jurídico, as entidades proponentes'!>atisfizeram às 'exigências do Edital e aos re­quisitos da legislação específica de radiodi­fusão.

4. Nessas condições, à vista das entidadesque se habilitaram à execução do serviço ob­jeto do edital (quadro anexo), tenho a honrade submeter o assunto a Vossa Excelência,para fins de decisão, nos termos do artigo16 e seus parágrafos do Regulamento dos Ser­viços de Radiodifusão, com a redação dadapelo Decreto n' 91.837, de 25 de outubrode 1985. O ato de outorga somente virá aproduzir seus efeitos legais após deliberaçãodo Congresso Nacional, na forma do pará­grafo terceiro, do artigo 223, da Constituição,

Renovo a Vossa Excelência meus protestosdo mais profundo respeito. - Antônio CarlosMagalhães.

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1043

2.3.1 - Ficam dispensadas da apresenta­ção do documento de que trata o item ante­rior, as entidades já executantes de qualquer.tipo de serviço de radiodifusão na Faixa deFronteira, devendo, entretanto, informar naproposta essa situação.

2.3.2 - As entidades já concessioná­rias/permissionárias qiJe, pela primeira vezpretenderem executar serviço de radiodifu­são na Faixa de Fronteira, deverão provi­denciar a adaptação de seus atos constitutivosàs disposições do Decreto n9 85.064, de 26de agosto de 1980, a fim de obterem, atravésdo Dentel, o assentimento de que trata oitem 2.3.

2.3.3 -As entidades que, para registrarou arquivar seus atos constitutivos necessitemdo assentimento do Conselho de SegurançaNacional, mencionado no item 2.3, deverãoprovidenciar este documento, através doDentel, bem como o conseqüente registro ouarquivamento dos mesmos, antes da data pre­vista para a entrega da proposta.

2.4 -:- Relação Anual de Informações So­ciais (RAIS), como prova de cumprimentoda legislação trabalhista referente à obser­vância da proporcionalidade de brasileiros naentidade;

2.5 - Certidão de quitação de tributos fe­derais, exceto quando se trata de microem­presa;

2.5.1 - Os documentos enumerados nositens 2.4 e 2.5 não precisarão ser apresen­tados pelas entidades que não tenham aindainiciado suas atividades.

2.6 - Declaração firmada pelos adminis­tradores, conforme Anexo I.

3 - Documentos relativos a cada cotista ouacionista

3.1-Prova da condição de brasileiro, fei­ta mediante apresentação de qualquer um dosseguintes documetos: certidão de nascimentoou casamento, certificado de reservista, títulode eleitor, carteira profissional ou de identi­dade ou comprovante de naturalização, oude reconhecimento de igualdade de direitoscivis, para os portugueses;

3.1.1 - Fica dispensado da apresentaçãoda prova de que trata o item acima, quempertencer ao quadro sociertário de entidadeexecutante de serviço de radiodifusão.

3.2 - Ficha Cadastramento - FormulárioDNT-148 (Anexo 11), em três vias, para ossócios que detém 5% (cinco por cento) oumais, das cotas ou ações representativas docapital soci~1.

4 - Documentos Relativos a cada Adminis·trador

4.1 - Prova da condição de brasileiro na­to, mediante apresentação de qualquer umdos seguintes documentos: certidão de nasci­mento ou casamento, certificado de reser­vista, título de eleitor, carteira profissionalou de identidade;

4.1.1 - Fica dispensado da apresentaçãoda prova de que trata o item anterior, quempertencer ao quadro diretivo de entidade jáexecutante do serviço de radiodifUsão.

4.2 - Certidão dos Cartórios Distribuido­res Cíveis, Criminais e de Protestos de Títu-

los, dos locais de residência nos últimos 5(cinco) anos, bem assim das localidades ondeexerça ou haja exercido, no mesmo período,atividades econômicas, como administrador.

4.3 - Prova de cumprimento das obriga­ções eleitorais, mediante certidão fornecidapela Justiça Eleitoral;

4.4 - Declaração assinada por todos os di­rigentes, conforme Anexo 111;

4.5 - Ficha de Cadastramento - Formu­lário DNT-148, em 03 (três) vias;

4.5.1-0s documentos a que se referemos itens 4.1 e 4.5 não precisarão ser apresen­tados pelos dirigentes que integram o quadrosocietário da entidade, uma vez que a apre­sentação dos mesmos será feita atendendoos itens 3.1 e 3.2;

4.6 - Todos os documentos, com exceçãodos que tenham validade predeterminada edos comprovantes de nacionalidade, deverãoser firmados, expedidos ou revalidados emdata nãQ. superior a 60 (sesenta) dias da suaapresent;lção;

5 - Demonstração de Recursos Técnicos

A demonstração dos recursos técnicos aque se refere o n9 5 do item I do artigo 14do Regulamento dos Serviços de Radiodi­fusão, com a redação dada pelo Decreto n9

91.837/85, deverá ser feita mediante indica­ção das características do transmissor e dosistema irradiante (Anexo IV) que a entidadepretende utilizar nas suas instalações, com­preendendo: fabricante, tipo e modelo destesequipamentos.

6 - Capital Mínimo Exigido para o Em·preendimento

6.1 - O capital mínimo exigido para o em­preendimento de que trata a alínea c, § 19

do artigo 11 do Regulamento dos Serviçosde Radiodifusão, com a redação dada peloDecreto n9 91.837/85, é calculado em funçãoda potência ou, no caso de FM, da classeda estação, conforme tabela abaixo, fixadapela Portaria MC n9 316, de 11 de novembrode 1985.

Estações de Radiodifusão SonoraEm Onda Média, Onda Curta

E Onda Tropical

6.1.1. -Estações de potência até 500 W,exclusive 100 (cem) vez o Maior Valor deReferência;

6.1.2 - Estações de potência compreendi­da entre 500 W, inclusive e 1 KW, inclusive- 200 (duzentas) vezes o Maior Valor deReferência;

6.1.3 - Estações de potência compreendi­da entre 1 KW, exclusive, e 5 KW, inclusive- 500 (quinhentas) vez o Maior Valor deReferência;

6.1.4 - Estações de potência compreendi­da entre 5 KW, exclusive, 10 KW inclusive-1000 (mil) vezes o Maior Valor de Refe­rência;

6.1.5 - Estações de potência compreendi­da entre 10 KW, exclusive, e 25 KW inclusive- 2500 (duas mil e quinhentas) vez o MaiorValor de Referência;

6.1.6 - Estações de potência compreendi­da entre 25 KW, exclusive, e 50 KW, inclusive- 5000 (cinco mil) vez o Maior Valor deReferência;

6.1.7 - Estações de potência superior a 50KW - 7000 (sete mil) vezes o Maior Valorde Referência;

Estações de Radiodifusão SonoraEm Freqüência Modulada - FM

6.1.8 - Estações classe "C" - 100 (cemvezes o Maior Valor de Referência;

6.1.9 - Estações classe "B" - 200 (duzen­tas vezes o Maior Valor de Referência;

6.1.10-Estações classe "A" -500 (qui­nhentas) vezes o Maior Valor de Referência;

6.1.11- Estações classe "Especial" ­1000 (mil) vezes o Maior Valor de Referên­cia;

Estações de Radiodifusão de SonsE Imagens (Televisão)

6.1.12-Estações de potência até 2 KW,exclusive 1500 (mil e quinhentas) vezes oMaior Valor de Referência;

6.1.13 -Estações de potência compreen­dida entre 2 KW, inclusive elO KW, exclusive- 2500 (duas mil e quinhentas) vezes o maiorValor de Referência;

6.1.14 - Estações de potência compreen­dida entre 10 KW, inclusive e 25 KW, exclu­sive - 5000 (cinco mil) vezes o Maior Valorde Referência;

6.1.15 -Estações de potência igualou su­perior a 25 KW, 7500 (sete mil e quinhentas)vezes o Maior Valor de Referência;

6.2 - Os valores estabelecidos na mencio­nada Portaria MC 316/85, referem-se a cadanova concessão ou permissão pretendida,considerada isoladamente, e o valor de refe­rência, a ser considerado para o cálculo, éo vigente na data da publicação do Edital;

7 - A Demonstração de Disponibilidade deRecursos Financeiros poderá ser feita da se·guinte forma:

7.1-No caso de entidade ainda não exe­cutante do serviço de radiodifusão;

7.1.1 - Quando o capital social da enti­dade for igualou superior ao valor do capitalmínimo exigido para o empreendimento e es­tiver totalmente integralizado ou prevista,nos atos constitutivos, a integralização atéa data de entrada em funcionamento da esta­ção;

7.1.1.1-prova de depósito, em banco ououtra instituição financeira, de, no mínimo,50% (cinquenta por cento) do valor corres­pondente ao capital exigido para o empreen­dimento;

Observação: Se a entidade participar demais de um Edital deverá, para cada um de­les, apresentar, além do depósito de 50%(cinquenta por cento) do capital, minuta dealteração dos atos constitutivos onde consteo aumento do capital social de mais o valordo capital mínimo exigido para cada um dosserviços pretendidos;

7.1.2 - Quando o capital social for inferiorao capital mínimo exigido para o empreen-

1044 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

dimento ou for igualou superior, mas nãoestiver totalmente integralizado, nem previs­ta a sua integralização até a data do iníciode funcionamento da estação;

7.1.2.1 - prova de depósito, em banco ououtra instituição financeira, de, no mínimo,50% (cinquenta por cento) do valor corres­

_pondente ao capital exigido para o empreen­dimento;

7.1.2.2-demonstração de disponibilida­de de crédito bancário ou de garantia de fi­nanciamento, feita através de documentosfornecidos pelas instituições próprias ou definanciamento concedido pelo fabricante dosequipamentos, de forma a completar o valordo capital mencionado no subitem anterior,até atingir, no mínimo, o total do capital exi­gido o empreendiniento;

7.2-No caso de entidade executante doserviço de radiodifusão:

7.2.1 - Quando o capital social totalmenteintegralizado for igualou superior à somados valores fixados na Portaria MC n" 316/85,para cada um de seus serviço, acrescida daquantia exigida para o novo empreendimen­to, a entidade fica isenta da demonstraçãode disponibilidade de recursos financeiros.

7.2.2 - Quando o capital social for inferiorao capital mínimo exigido para o empreen­dimento (escolher, uma das opções abaixoindicadas):

Primeira: a) prova de depósito, em bancoou em outra instituição financeira, de, no mí­nimo 50% (cinquenta por cento) d~ valorcorrespondente do capital exigido para novoempreendimento;

b) minuta de alteração dos atos constitu­tivos para elevação do capital social, a seraumentado de mais o valor necessário parao novo empreendimento, na qual conste quea sua integralização total será efetivada atéa data prevista para a entrada em funciona­mento da estação;

Segunda: a) prova de depósito, em bancoou outra instituição financeira, de, no míni­mo, 50% (cinquenta por cento) do valor cor­respondente ao capital exigido para o novoempreendimento;

b) demonstração de disponibilidade decrédito bancário ou de garantia de financia­mento, feita através de documentos forne­cidos pelas instituições próprias ou de finan­ciamento concedido pelo fabricante dos equi­pamentos, de forma a completar o valor docapital mencionado no subitem anterior, atéatingir, no mínimo, o total do capital exigidopara o emprleendimento;

7.3 - Sendo o proponente uma fundação,executante do serviço de radiodifusão Ou não,a comprovação dos recursos poderá ser feita

_de uma das seguintes maneiras:Primeira: a) prova de depósito, em banco

ou outra instituição financeira, de, no mínimo50% (cinquenta por cento) do valor corres­pondente ao capital exigido para o empreen­dimento e,

b) demonstração de disponibilidade decrédito bancário ou de garantia de financia­mento, feita através de documentos forne­cidos pelas instituições próprias ou de finan-

ciamento concedido pelo fabricante dos equi­pamentos, ou através de outros meios quedemonstrem a complementação do valor to­tal do capital exigido para o empreendimen­-to.

Segunda: prova de depósito, em banco ououtra instituição financeira, do total do valorcorrespondente ao capital exigido para o em­preendimento.

7.4 - Os financiamentos com os fabrican­tes dos equipamentos ou com estabelecimen­tos de crédito nacionais não poderão ser con­tratados por prazo superior a 10 (dez) anos;

8 - Quadro Complementar à Proposta8.1- A entidade deverá apresentar, em

complementação à sua proposta, o quadro(Anexo V), para os fins das alíneas a, b, c,d, e, e f do § 19 do artigo 16, do Regulamentodos Serviços de Radiodifusão, com a redaçãoque lhe foi dada pelo Decreto n° 91.837, de25 de outubro de 1985.

9 - Programação9.1 - Para efeito de preenchimento dos

itens 7 e 8 do Anexo V, constante do itemanterior, a'proponente:

Considerando o interesse nacional e a fina­lidade educativa e cultural do serviço de ra­diodifusão deverá elaborar seus programasinformativos, educativos (e ao vivo), bem co­mo a publicidade comercial e o serviço noti­cioso, de forma a contribuir para o desenvol­vimento da Nação, através do aperfeiçoa­mento integral do homem brasileiro, obser­vando, entre outros, os seguintes critérios:

9.1.1-preferência a temas, autores e in­térpretes nacionais, a fim de incentivar a cria­tividade do homem brasileiro e o desenvol­vimento das empresas produtoras nacionais,com a conseqüente ampliaçãc;> do mercadode trabalho ligado a todas as atividades artís­ticas;

9.1.2 - respeito às diferenciações regio­nais da cultura brasileira, procurando relacio­mi-Ias em seu próprio cont~xto;

9:1.3 - manutenção de elevado sentido éti­co moral e cívico;

9.1.4 - fidedignidade da informação e ob­servância na publicidade, de princípios éticos

_indispensáveis a proteção do público e doconsumidor.

10 • Disposições Finais

10,1. - Os documentos deverão ser apre­sentados, preferidamente, em originais legí­veis, facultada a reprodução fotostáticas, des­de que as cópias sejam autenticadas e legí­veis;

10.2 - A aceitação das propostas não impli­cará na obrigatoriedade da outorga, podendoo Edital ser cancelado por interesse da Admi­nistração, mediante ato do Ministro das Co­municações, nos termos do artigo 12 do Re­gulamento dos Serviços de Radiodifusão,sem que as proponentes tenham direito aqualquer reclamação ou indenização.

10.3 - Constatada falta ou incorreção nadocumentação que acompanha a proposta,o Dentel concederá prazo de 7 dias à propo­nente para supri-Ia. -

10.3.1 - Nos Estados do Amazonas, Acre,Pará, Rondônia e nos Territórios do Amapáe Roraima, à exceção das capitais dos citadosEstados, o prazo poderá ser de até 30 dias,a critério do Dente!.

10.3.2 - Quando ol<dital se referir a umalocalidade situada na Faixa de Fronteira e,para o cumprimento da exigência for neces­sário o assentimento prévio do Conselho deSegurança Nacional, o prazo poderá ser de'até 30 dias, a critério do Dente!.

10.4 - O Mionistro de Estado das Comuni­cações poderá autorizar a juntada de docu­mentos ao processo das proponentes e deter­minar seu reestudo,

RÁDIO UNIVERSALDE MORRINHOS LIDA

Contrato SocialNiRC-23200286519

Manoel Airton Bruno, brasileiro, casado,construtor, residente e domiciliado na cidadede Fortaleza, Estado do Ceará, à Rua Henri­queta Galena n' 105, portador da Cédula deIdentidade RG n" 253.581-SSP/CE e do CPFn" 018.776.823-49;

Francisca Alba Irene Bruno, brasileira, ca­sada prendas domésticas, residente e domici­liado na cidada de Fortaleza, Estado do Cea­rá, à Rua Henriqueta Galeno n' 105, porta­dora da Cédula de Identidade RG. n" 534.482- SSP/CE e do CPF n" 259.061.513-20;

Atualpa de Souza Bruno, brasileiro, casa­do, comerciante, residente e domiciliado nacidade de Fortaleza, Estado do Ceárá, à'A1.Maria Doralice, n" 321, quadra 4 - Cidade2.000, portador da Cédula de IndentidadeRG. n' 492.405 - SSP/CE e do CPF:073.061.643-69.

Constituem entre si, e na melhor formade direito Sociedade Comercial por cotas deresponsabilidade limitada, cujos neg6cios se­rão regidos pela claúsula e condições a saber:

Cláusula Primeira: A Sociedade denomi­nar-se-á Radio Universal de Morrinhos Ltda,terá como finalidade a execução de Serviçosde Radiodifusão Sonora em Geral quer deOnda Média, Freguência Modulada, Sons eImagens (televisão) Onda Curta e Onda Tro­pi~l, mediante autorização do Ministério dasComunicações, na forma da lei e da legislaçãovigentes.

Cláusula Segunda: Os Objetivos expressosda Sociedade e de acordo COm o que dispõeo Artigo 3" do Decreto n" 52.795, de 31 deOutubro de 1963 que institui o regulamentodos Serviços de Radiodifusão serão a divulga­ção de programas de caráter educativo, cultu­ral, informativo e recreativo, promovendo aomesmo tempo a publicidade de comercial pa­ra a suportação dos encargos sociais da em­presa e a sua necessária expansão.

Cláusula Terceira: A sede e foro da Sócie­dade tem como endereço à Rua Padre Anto­nio Tomaz SIN" - Centro, na cidade de Mor­rinhos, Estado do Ceará, não tenho filiais.

Claúsula Quarta: A sociedade é constituídapara ter vigência por prazo indeterminadoe suas atividades terão início .a partir de 5

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1045

de novembro de 1984 se necessárío for a suadi~olução, serão observados os dispositivosda Lei.

Cláusula Quinta: As Cotas representativasdo Capital Social petmanecerão sempre bra­sileiros natos, e são inalienáveis e incaucio­náveis direta ou indiretamente, a estrangeirosou pessoas jurídicas, dependendo qualqueralteração Contratual de prévia autorizaçãodo Poder Concedente.

Cláusula Sexta: A Sociedade se obriga aobservar, com o rigor que se impõe Leis,Decretos, Regulamentos, Portarias e quais­quer decisão ou despachos emanados do Mi­nistério das Comunicações ou de seus demaisórgãos subordinados, vigentes e a vigir, e re-

Manoel Airton BrunoFrancisca A1ba Irene BrunoAtualpa de Souza Bruno

Parágrafo único. De acordo com o artigo29 in fine do Decreto n' 3.708, de 10 de janeirode 1919, cada cota se responsabiliza pela tota:Iidade do Capital Social.

Cláusula Décima: A integralização do Capi­tal Social será efetivada em moeda correntenacional, pelos s6cios a saber:

a) 50% (cinquenta por cento), ou sejamCr$ 9.000.000,00 (nove milhões de curzei­ros)" neste ato; e

b) 50% (cinquenta por cento), ou sejamCr$ 9,000.000,00 (nove milhões de cruzei­ros), como integralização do Capital Social,na data em que o Ministério das Comuni­cações, publicar em Diário Oficial da Uniãoo ato de outorga se este nome da Sociedade,

Cláusula décima primeira: As cotas são in­dividuais em relação á Sociedade, que paracada uma delas s6 reconhece um proprietá­rio.

Cláusula Décima Segunda: A Sociedade se­rá administrada pelo S6cio Francisca AlbaIrene Bruno, na função de Diretor-Gerente,cabendo-lhe todos os poderes administaçãolegal e sua representação em juízo ou foradeles, competindo-lhe ainda a assinatura detodos os papéis, titulos e documentos relati­vos as gestões sociais e comerciais da emrpesapelo que lhe é dispensada a prestação de cau-ção. .

Cláusula Décima Terceira: Os Sócios terãocomo remuneração quantia em comum até

.os limites das deduções fiscais previstas nalegislação do Imposto de Renda, que serãolevadas à conta de despesas gerais.

Cláusula Décima Quarta: O uso da denomi­nação social, nos termos da cláusula décimasegunda deste instrumento, é vedado em fian­ças, avais e outros atos de favores estranhosaos interesses da Sociedade, ficando os Dire­tores, na hip6tese de infração desta Cláusula,

.pessoalmente responsável pelos atos pratica­dos.

Cláusula Décima Quinta: As cotas sociaisnão poderão ser cedidas a terceiros estraahosà Sociedade sem o consentimento expresso

.dos demais Sócios e da autorização prévia

ferentes à legisThação de Radiodifusão Sonoraem Geral.

Cláusula Setima: As cotas representativasmente a manter em seu quadro de funcio­nários um número de dois terços de empre­gados brasileiros natos.

Cláusula Oitava: A Sociedade não poderádeter concessão ou permissão de Radiodi­fusão Sonora no Páis, além dos limites previs­tos pelo Artigo. 12, do Decreto-Lei n' 236,de 28 de fevereiro de 1967.

Cláusula Nona: O Capital Social é de18.000.000,00 (dezoito milhões de cruzeiros)representados por 18.000 (dezoito mil) cotasno valor, cada uma de 1.00,00 (hum mil cru­zeiros), subscritas pelo sócios da forma quese seque:

16.200 cotas $ 16.200.000,00900 cotas $ 900.000,00900 cotas $ 900.000,00

180.000 cotas $ 18.000.000,00

do Ministério das Comunicações, nos termosda Cláusula Quinta do presente Contrato So­cial, e para esse fim, o Sócio retirante deverácomunicar sua resolução à entidade. Emqualquer eventualidade os Sócios remanes­centes terão, sempre, preferência na aqui­sição das cotas do S6cio retirante.

Cláusula Décima Sexta: A saída do Sóciona oportunidade, será objeto de anuênciaprévia do Ministério das Comunicações e queobtida, será arquivada a alteração na JuntaComercial do Estado do Ceará.

Cláusula Décima Sétima: Falecendo umdos Sócios ou se tomando interdito, a Socie­dade não se dissolverá, prosseguindo com osremanescentes, cabendo aos herdeiros do Só­cio falecido ou interdito, o Capital e Lucrosapurados no último balanço aprovado ou emnovo balanço especialmente levantado seocorrido o falecimento ou interdição depoisde seis meses da data de aprovação do Balan­ço Anual. Os haveres assim apurados serãopagos em 20 (vinte) prestações mensais,iguais e sucessivas, devendo a primeira serpaga seis meses após a data de aprovaçãodos citados haveres, se entretanto, desejaremos herdeiros do Sócio falecido ou interditocontinuar na Sociedade e com isso concor­darem todos os demais S6cios, os mesmospoderão vir a integrar o quadro social da So­ciedade, ficando os mesmos no lugar do S6ciofalecido ou interdito, cujo nome será levadoà apreciação do Ministério das Comunica­ções, e tendo ela a sua aprovação prévia,poderá integrar (j quadro social e o seu conse­qüente arquivamento na Junta Comercial doEstado do Ceará.

Cláusula Décima Oitava: Os lucros apura­dos em Balanço Anua!, serão distribuídos en­tre os Sócios proporcionalmente ao númerode cotas que são detentores depois de dedu­zir, preliminarmente a importância corres­pondente a 5% (cinco por cento) do lucrolíquido para a constituição de uma funçãode reserva até que atinja a 20% (vinte porcento) do Capital Social.

Cláusula Décima Nona: Para o exercíciodas funções de administrador, procurador"locutor, responsável pelas instalações técni­cas e principalmente para o encargo ou orien­tação de natureza intelectual direta ou indire­tamente, a Sociedade se obriga, desde já,admitir somente brasileiros natos.

Cláusula Vigésima: A 31 de dezembro decada ano, levantar-se-á um Balanço GeralAnual das atividades da empresa. O BalançoGeral Anual levará a assinatura de todos osSócios e será acompanhado de extrato de con- .ta de lucros e perdas.

Cláusula Vigésima Primeira: Se acusadosporém prejuizos; os mesmos serão cobertosatravés de nova integralização do Capital So­cial em parte proporcional ao número de co­tas de cada S6cio, sempre em moeda correntenacional, nos termos da Cláusula Nona desteinstrumento.

Cláusula Vigésima Segunda: Fica eleitodesde já, com renúncia a qualquer outro pormais privilegiado que seja, o foro de sededa Sociedade para solução de qualquer dissí­dio que eventualmente venha a surgir entreas partes contratantes.

Cláusula Vigésima Terceira: Os casos omis­sos neste Contrato Social, serão regidos pelosdispositivo do Decreto n' 3.708, de 10 de ja­neiro 1919, a cuja fiel observância, como dasdemais Cláusulas deste compromisso, se obri­gam o Diretor e Sócios.

E por estarem justos e contratados, assi­nam o presente Contrato Social em 3 (três)vias de igual teor e forma, fazendo-o peranteas testemunhas da lei.

Morrinhos (CE), 5 de novembro de 1984.- Manoel Airton Bruno - Francisca AlbaIrene Bruno - Atualpa de Souza Bruno.

Uso da razão social

RÁDIO UNIVERSALDE MORRINHOS LTDAFrancisca Alba Irene Bruno

Diretor GerenteAoMinistério das Comunicações

DEMONSTRAÇÃO DERECURSOS TÉCNICOS

1. Transmissora) Tipo e ModeloAM - TRD - 1000Ab) FabricanteBandeirantes Eletrônicac) Homologação do Dentel - 0198/89d) Especificações Técnicas...2. - Sistema Irradiantea) FabricanteS.T.P. -Sociedade Técnica Paulista S.A.b) TipoTorre vertical, estaiada, de secção triangu­

lar, com plano de terra composta de 120 ra­diais.

c) Alturad) Modelo35/1

1046 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

PLANO DE TERRA

- Principal120 radiais, de fio de cobre bitola 10 AWGcom comprimento de 1/4 de onda, dispostosde 3 em 3 graus e enterrados aproximada­mente a 20cm de profundidade.- Complementar120 radiais, de fio de cobre bitola AWG, com10m cada dispostos entre as radiais principais,enterrados aproximadamente a 5cm de pro­fundidade.Morrinhos (CE), 2 de dezembro de 1987. ­Rádio Universal de Morrinhos LTDA. Fran·cisca Alba Irene Bruno, Diretora Gerente.

Rádio Universal de Morrinhos LTDA., enti­dade constituída na forma da lei, lia quali­dade de candidata ao Serviço de Radiodi­fusão Sonora em Onda Média-OM, propostopara a cidade de Morrinhos, Estado do Cea­rá, nos termos do Edital n" 226/87, do Minis­tério das Comunicações, publicado no Diário

,Oficial da União, de 27 de novembro de 1987,faz por encaminhar a documentação exigida,que trata da:

PROGRAMAÇÃO

Programas educacionaisProgramas noticiosos e informativosProgamação esportivaProgramação musicalProgramas ao vivoPublicidade comercialOutros programas

PROGRAMAS EDUCACIONAIS

Transmissão de aulas, palestras, conferên­cias e entlfevistas inteiramente gratuitas e deelevado sf~ntido moral, cívico e educacional,destinados a atingir o público ouvinte em seusvários graus de educação e instrução.

A entidade propõe-se a levar ao ar referi­das programações, de segunda a sexta-feira,num total de 4 (quatro horas) e mais 1 (uma)hora nos fins de semana (sábado e domingo),a saber:Z'·feiraDas 10:00 às 10:15 hs. Duração 15 minutosDas 13:00 às 13:15 hs. Duração 15 minutosDAs 16:00 às 16:18 hs. Duração 18 minutos3'·feiraDas W:OO às 10:15 hs. Duração 15 minutosDas 13:00 às 13:15lt.. Duração 15 minutosDas 16:00 às16:18 hs. Duração 18 minutos4'·feiraDas 10:00 às 10:15 hs. Duração 15 minutosDas 13:00 às 13, 15 hs: Duração 15 minutosDas 16:00 às 16:18 hs. Duração 18,minutosS'·feiraDas 10:00 às 10:15 hs. Duração 15 minutosDas 13:00 às 13:15 hs. Duração 15 minutosDas 16:00 às 16:18 hs. Duração 18 minutos6'·feiraDas 10:00 às 10:15 hs. Duração 15 minutosDas 13:00 às 13:15 hs. Duração 15 minutosDas 16:00 às 16:18 hs. Duração 18 minutosSábado.Qas 12:00 às 12:30 hs. Dur1!ção 30 minutosDomingoDas 12:00 às 12:30 hs. Duração 30 minutos

Em complementação à programação edu­cacional, a entidade fará por transmitir osprogramas de que tratam o artigo 16, pára­grafos I" e 2" do Decreto-Lei n" 236, de 28de fevereiro de 1967, a saber. '

Artigo 16. O Dentel baixará normas determi­nadas e obrigatoriedade de transmissão deprogramas educacionais, nas emissoras co­merciais de radiodifusão, estipulando horá­rio, duração e qualidade desses programas.

Parágrafo primeiro. A duração máxima obri­gatória dos programas educacionais será de 5(cinco) horas semanais.

Além desses programas, a entidade postu­lante ainda se propõe a ceder diariamenteno mínimo 2 (duas horas) para a transmissãode programas educacacionais do Estado doCeará que tenham interesse em promover.

PROGRAMAS NOTICIOSOSE INFORMATIVOS

Transmissão de notícias. jornais falados. re­portagens externas de caráter informativo dequalquer natureza, destinadas a essa espéciede programação 35 horas semanais, assim dis­tribuídas:De 2'-feira a domingo:Total: 300 minutos.Duração:De 12 a 30 minutos por hora de programação.

Essa programação noticiosa-informativa seenquadra 'no que preceitua o artigo 38, letrah, da Lei n" 4.117, de 27 de agosto de 1962(C6digo Brasileiro de Telecomunicações), asaber:

Artigo 38. Nas concessões e autorização paraa execução de serviços de radiodifusão serãoobservados, além de outros requisitos, os se,guintes preceitos e cláusulas:

Letra "h" - As emissoras de radiodifusão,inclusive televisão, deverão cumprir sua fina­lidade informativa, destinando um mínimode 5% (cinco por cento) de seu tempo paraa transmissão de serviço noticioso.

E, corroborando essa legislação, cita-se,outrossim, o artigo 67, n" 3, do Decreto n"52.795, de 31 de outubro de 1983 (Regula­mento de Serviço de Radiodifusão), que reza:

Artigo 67. As concessionárias e permissio­nárias de serviços de radiodifusão, observan­do o caráter educacional desse serviço, deve­rão, na organização de seus programas, aten­der, entre outras exigências:

Número 3 - Destinar um mínimo de 5%(cinco por cento) do horário de sua progra­mação diária para transmissão de serviço no­ticioso.

Tendo em vista a importância dos serviçosinformativos, a entidade adotará, como crité­rio da escolha desses noticiosos, a elaboraçãopor elementos capazes e de alta categoria,a fim de obter um policiamento de linguagem,divulgando fatos, informes, notícias que re­gistrem destaques e importância, não s6 nocampo internacional, estadual, como e sobre­tudo os que envolvam os interesses comuni­tários da gente de Morrinhos.

Morrinhos (CE), 2 de dezembro de 1987.- Rádio Universal de Morrinhos Ltda.,Francisca Alba Irene Bruno, Diretora Ge­rente.

PROGRAMAÇÃO ESPORTIVA

Com vistas a promover e elevar não s6o esporte profissional como o amador em ge­ral, a entidade dedicará 1 (uma) hora de pro­gramação diárifJ aos programas de cunho es­portivo.';;,

PROGRAMAÇÃO IvIUSICAL

Com o intuito de expurgar da música popu­lar brasileira aqueles que refletem o mau gos­to e ferem a sensibilidade de nossa gente,observará a entidade um rigoroso critério eseleção na divulgação de músicas em geral.

PROGRAMAS AO VIVO

Entrevistas com autoridades públiêas, des­de que os temas a serem discorridos repre­sentem para o público em geral o real porta­voz do pensamento governamental, ou atransmissão desses programas gravados porqualquer processo na sua primeira apresen­tação na emissora.

A essa programação destinar-se-á 3 (três)horas diárias, perfazendo um total de 21 (vin-,te e uma) horas semanais, com programasde duração mínima de 15 minutos, com horá­rios de 8:00; 11:00, 14:00 e 22:00 horas.

Dar-se-á preferência na apresentação aeducadores, jornalistas, artistas, tanto no pla­no popular como nosso clássico, permitindooferecimento de programas da mais altaqua­lidade cultural e artística.

A emissora atenderá, também, à regula­mentação de programas ao vivo previsto noartigo 11 do Decretá-Lei n" 236, de 28 defevereiro de 1967, que reza:

Artigo 11. O Dentel baixará normas sobrea obrigatoriedade de transmissão de progra­mas ao vivo, tendo em conta, entre outrosfatores, a localização, a potência das emis­soras e as condições s6cio-econ6micas das re­giões em que as mesmas se encontram insta­ladas.

PUBLICIDADE COMERCIALMatéria em que a entidade proponente se

compromete a cumprir e se comportar na es­trita literalidade da legislação vigente, a sa­ber:

Decreto n" 52.795, de 31 de outubro de1963 (Regulamento dos Serviços de Radiodi­fusão), Capítulo 11, Artigo 67, n" 2:

Artigo 67. As concessionárias e permis­sionárias de serviços de radiodifusão, obser­vado o caráter educacional desse serviço, de­verão, na organização dos seus programas,atender, entre outras, as seguintes exigên­cias.

Número Z- Limitar a um máximo de 25%(vinte e cinco por cento), pelo horário desua programação diária, o tempo destinadoà publicidade comercial.

Morrinhos (CE), 2 de dezembro de 1987.- Rádio Universal de Morrinhos Ltda.,Francisca Alba Irene Bruno, Diretora Ge­rente.

Portaria n" 312,16 de agosto de 1965, Capí­tulo II, Artigo 11, letra c.

Artigo 11. Na feitura da programação,deverá ser observado:

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1047

<:MANOE.. AIRT01, BRU~: 22:'.OOC cot.a~c.,e 22:'.000.01

lÍRANCISCJ. ALBA IRENI BRUN: 1::.50l co~eE CZ: 12.500.0C.

~LO': ALBERTO ROCHA BRUNe 12.500 cote E' CZf 12. seio, De,

250.000 cote; CZS 250.00~

tos cruzados), dando-lhe plena, rasa e totalquitação.

1I1 - Por consenso dos sócios, o CapitalSocial, que e de Cz$18.000,00 (dezoito milcruzados), fica nesta oportunidade aumen­tado para Cz$ 250.000,00 (duzentos e cin­qüenta mil cruzados), sendo o aumento deCz$ 232.000,00 (duzentos e trinta e dois milcruzados), subscritos pelos sócios em moedacorrente nacional e distribuídas proporcio­nalmente as cotas que cada ~m possui na so-ciedade. ' ..

Letra "c" - Um máximo de 25% (vintee cinco por cento) da programação diária paraa publicidade comercial.

Resolução n' 31, de 19 de outubro de 1966.Portaria n' 55, de 25 de janeiro de 1974.

OUTROS PROGRAMAS

É evidente que as atribuições consagradasao veículo estarão condicionadas à agudezae à capacidade com que saberemos tratar asimplicações de cada cotidiano, transforman­do-as em material de interesse e aperfeiçoa­mento do ouvinte.

INSTRUMEl'{fO PARTICULAR DAPRIMEIRA ALTERAÇÃO CONTRA­

TUALDA RÁDIO UNIVERSALDE MORRINHOSLTDA.

AÇ 72.305/88

Pelo presente instrumento particular, Ma- Cláusula Décima: A integralização do CapitàInoel Airton Bruno, brasileiro, casado cons- .Social será efetivada em moeda corrente na-trutor, residente e domiciliado na cidade de cional, pelos sócios, a saber:Fortaleza, Estado do Ceará, à Rua Henri- A - 50% (cinqüenta por cento), ou sejaqueta Galeno, n' 105, portador da Cédula Cz$ 125.000,00 (cento e vinte e cinco mil cru-de Identidade RG. n' 253.581 - SSPICE e zados), neste ato;do CPF n' 018.776.823-49; Francisca Alba B - 50% (cinqÜenta por cento), ou sejaIrene Bruno, brasileira, casada, prendas do- Cz$ 125.000,00 (cento e vinte e cinco mil cru-mésticas, residente e domiciliado na cidade zados), como integralização total do Capitalde Fortaleza, Estado do Ceará, à Rua, Henri-· Social, na na data em que o Ministério dasqueta Galeno, n' 105, portadora da Cédula Comunicações, publicar Diário Oficial dade Identidade RG: n'534.482 - SSP/CE e ' , União o ato de Outorga, se este for deferidodo CPF: n' 259.061.513-20; Atualpa de Souza em nome da sociedade.Bruno, brasileiro, casado, comerciante, resi- V - Eoi razão do Decreto n' 91.837, dedente e'domiciliado na cidade de Fortaleza, 25 de outubro de 1985, publicado no DiárioEstado do Ceará, à Av. Maria Doralice, n' Oficial da União de 29 de Outubro de 1985,321, Quadra 4 - Cidade 2.000, portador da que altera os dispositivos do RegulamentoCédula de Identidade RG: n' 492.405 - SSPt. dos Serviços de Radiodifusão, do MinistérioCE e do CPF: n' 073.061.643-68; e ainda na das Comunicações, faz por incluir um Prágra-qualidade de novo sócio Carlos Alberto Ro- fo único na Cláusula Décima Segunda.cha Bruno, brasileiro, solteiro emancipado, Parágrafo único - Os administradores daadministrador, residente e domiciliado na ci-' entidade serão brasileiros natos e a sua investi­dadede Fortaleza, Estado do Ceará, à Rua 'dura no cargo, depois que a entidade se tornarHenriqueta Galeno n' 105, portador da Cédu- concessionária ou permissionária à do serviçola de Identidade RG: n' 907.679-85 - SSPI de radiodifusão, somente poderá ocorrer apósCE e do CPF: n' 277.955.513-00, sócios com- haverem sido aprovados pelo Ministério dasponentes da Rádio Universal de Morrinhos Comunicações.Ltda., sociedade por cotas de responsabili- Permanece em vigor as demais cláusulasdade limitada com sede e foro na cidade de do Contrato Social que não tenham sido alte-Morrinhos, Estado do Ceará, à Rua Padre radas expressa ou implicitamente por este ins-Antonio Tomaz, sln', com instrumento de trumento.contrato social arquivado na Junta Comerial E, por estarem de acordo, firmam o pre-do Estado do Ceará, sob o n' 232002865119, sente instrumento em 03 (três) vias de igualem sessão de 16 de novembro de 1984, resol-. forma e teor na presença das testemunhasvem de comum e pleno acordo alterar o con- da lei.trato social, deliberando e convencionando Morrinhos(CE), 04 de dezembro de 1987.o seguinte: - Manoel Airton Bruno - Francisca Alba

I - Com a finalidade de adaptar o seu, !rene Bruno - Atualpa de Sousa Bruno -capital social à nova unidade do sistema mo- Carlos Alberto Rocha Bruno.netário brasileiro, instituída pelo Decreto- Testemunhas:Leonardo Mendes de SousaLei n' 2.284, de 10 de março de 1086, faz - Diva Viana Soares.por converter o seu capital social de cruzeiros RÁDIO ALIANÇA DEpara cruzados, mantendo a mesma distribui- MORRINHOS LTDA.ção de cotas. CONTRATO SOCIAL

II - O sócio Atualpa de Souza Bruno,já qualificado, retira-se da sociedade, ceden- Amadeu Ferreira Gomes Filho, brasileiro,do e tranferindo a Carlos Alberto Rocha Bru- casado, engenheiro agrônomo, residente eno, já qualificado, 900 (novecentas) cotas no domiciliado na cidade de Morrinhos, Estadovalor nominal de CZ$ 1,00 (hum cruzãdo).. do Ceará, à Rua Padre Antônio Tomaz, sln'cada uma, totalizando Cz$ 900,00 (novecen- - Centro, portador da Cédula de Identidade,

IV - Em conseqüência do ingresso de só­cios, transferência de cotas e aumento do ca­pital social, fica modificada a Cláusula Nonae a Cláusula Décima do Contrato Social pri­mitivo, que passará a obedecer à seguinteredação.

Cláusula Nona: o Capital Social é de Cz$250.000,00 (duzentos e cinquenta mil cruza­dos) cotas no valor nominal os Cz$1.000,00(hum cruzados), cada uma, subscrita pelossócios as formas que se seguem.

RG N' 359.724 - SSP/CE e do CPF de n'203.004.173 - 49;

Haroldo Sanford Barros, brasileiro, des­quitado, militar reformado, residente e domi­ciliado na cidade de Brasília - Distrito Fede­ral, na SQN 202 - Bloco L - Ap. 502,portador da Cédula de Identidade RG N'20.654-SSP/CE e do CPF den'039.068.924-82;

Francisco Flávio Silveira Gomes, brasilei­ro, solteiro, maior, comerciante, residente edomiciliado na cidade de Morrinhos, Estadodo Ceará, à rua Padre Antônio Tomaz, s/n'- Centro, portador da Cédula de IdentidadeRG N' 641.198 - SSP/CE e do CPF de n'11.432.663-15; e .

ManuefMarques dos Santos, brasileiro, ca­sado, procurador judicial, residente e domici­liado na cidade de Fortaleza, Estado do Cea­rá, à Rua Haroldo Torres, n' 1.795 - Ap.201 - Presidente Kennedy, portador da Cé­dula de Identidade RG N' 212.868 -SSP/CEe do CPF de n' 059.387.833 -72.

Constituem, entre si, na melhor forma dedireito, sociedade comercial por cotas de.res­ponsabilidade limitada, cujos negócios serãoregidos pelascláusulas e condições, a saber:

Clánsula Primeira: A sociedade denomi­nar-se-á Rádio Aliança de Morrinhos Ltda.,e terá por finalidade a execução dos Serviçosde Radiodifusão Sonora em Geral, quer deOnda Média, Freqüência Modulada, Sons eImagens (televisão), Onda Curta e Onda Tro­pical, mediante autorização do Ministério dasComunicações, na forma da lei e da legislaçãoem vigor.

Cláusula Segunda: Os objetivos expressosda sociedade é, de acordo com o que precei­tua o art. 3' do Decreto n" 52.795, de 31de outubro de 1963, que instituiu o Regula­·mento dos Serviços de Radiodifusão, serãoa divulgação de programas de caráter educa­tivo, cultural, informativo e recreativo, pro­movendo ao mesmo tempo a publicidade co­mercial para a suportação dos encargos e suanecessária expansão.

1048 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

Amadeu Ferre1ra Gomes F11hoHaroldoSanford BarrosFranc1sco Fláv10 Sllve1ra GomesManuel Marques' dos Santos

Tota'l .

Cláusula Sexta: A sociedade se obriga a,observar, com o rigor que impõem as leis,decretos, regulamentos, códigos, portarias equaisquer despachos ou decisões emanados

,do Ministério das Comunicações e de seusdemais órgãos subordinados, vigentes ou avigir, referente à legislação de radiodifusão.

Cláusula Sétima: A sociedade se compro·mete a manter em seu quadro de funcionáriosum mínimo de dois terços de brasileiros na­tos.

Cláusula Oitava: A sociedade não poderáexecutar serviços, nem dete'r concessão oupermissão de radiodifusão sonora em geralno País, além aos limites fixados pela legisla­

'ção pertinente.Cláusula Nona: O capital social é de Cz$

450.000,00 (quatrocentos e cinqüenta mil cru­zados), representado por 4.500 (quatro mile quinhentas) cotas no valor de Cz$ 100,00(ceni cruzados), e subscritos pelos sócios daforma que se segue:

Cláusula Décima Quarta: O uso da denomi-, nação social, nos termos da cláusula décima

segunda, deste instrumento, é vedado emfianças, aval e outros atos de favor estranhosaos interesses da sociedade, ficando o Diretorna hipótese de infração desta cláusula, pes­soalmente responsável pelos atos praticados.

Cláusula Décima Quinta: As cotas sociaisnão poderão ser cedidas a terceiros estranhosà sociedade sem o consentimento dos demaissócios e da autorização 'prévia do Ministériodas Comunicações, nos termos da cláusulaquinta do presente contrato, e para isso osócio retirante deverá comunicar a sua resolu­ção à entidade.

Cláusula Décima Sexta: Falecendo um dossócios ou se tornando interdito, a sociedadenão dissolverá, prosseguindo com os rema­nescentes, cabendo aos herdeiros do sóciofalecido o' capital e os lucros apurados doúltimo balanço geral anual ou em novo balan­ço especialmente levantado, se ocorrido o fa­lecimento ou a interdição depois de 6 (seis)meses da data da aprovação do balanço geralanual. Os haveres assim apurados serão pa­gos em 20 (vinte) prestações iguais e suces­sivas, devendo a primeira ser paga 6 (seis)após a aprovação dos citados haveres. O capi­tal social será deduzido proporcionalmente,nunca inferior aos fixados pela Portaria n"316, de 7 de novembro de 1985, do Ministériodas Comunicações. Se entretanto, desejaremos herdeiros do sócio falecido continuar nasociedade e com isso concordarem os demais -

Cláusula Terceira: A sede e fOfo da socie­dade têm como endereço a cidade de Morri­nhos, Estado do Ceará, à Rua Padre AntônioTomaz, s/n" - Centro, podendo abrir e fe­char agências, sucursais e escritórios em qual­quer ponto do território nacional, sempre queassim conviler, não tendo filiais presentemen-

. te.

Cláusula Quarta: A sociedade é,constituídapara ter vigência por prazo indeterminado,e suas atividades terão início a partir de 15de janeiro de 1988. Se necessário for a suadissolução, serão observados os dispositivosda lei.

Cláusula Quinta: As cotas representativasdo Capital social são inalienáveis e incaucio­náveis, direta ou' indiretamente, a estrangei­ros ou pessoás jurídicas, dependendo qual­quer alteração contratual, assim como trans­ferência de cotas, de prévia autorização doMinistério das Comunicações.

SÓClo-Cottsta

Parágraf.o Único: De acordo com o art. 2'in fine do Decreton" 3.708, 'de 10 de janeirode'1919, cadà cotista se responsabiliza pelatotalidade do capital social. '

Cláusula Décima: A integralização do capi­tal social' seráefetivado pelos sócios em moe­da corrente nacional, a saber:

A) 50% (cinqüenta por cento), ou seja,Cz$ 225.000,00 (duzentos e vinte e cinco milcruzados), neste ato;

B) 50% (cinqüenta por cento), ou seja,Cz$ 225.000,00 (duzentos e vinte e cinco milcruzados), ~omo integralização total do capi­tal social, IDa data em que. o MiniStério dasComunicações publicar o ato de outorga daconcessão ou permissão em Diário Oficial daUnião.

Cláusula Décima Primeira:' A responsabi­lidade dos sócios é limitada a importânciado capital social, consoante o que determinaa lei.

Cláusula Décima Segunda: A sociedade se­tá administrada pelo sócio Francisco FlávioSilveira Gomes, na função de Diretor-Admi­nistrativo, o qual fará uso da firma judicialou extrajudicialmente, podendo delegar po­deres especiais ou totais a terceiros, atravésde procurações e mediante autorização doMinistério das Comunicações.

Cláusula Décima Terceira: Os sócios terãocomo remuneração quantia fixada em co­mum, até limites das deduções fiscais pre­vistas na legislação do Imposto de Renda e .<J.ue serão levadas à conta de despesas gerais.

Cotas

2.2501.125

675450

4.500

eZ$

225.000,00112.500,0067.500,0045.000,00

450.000,00

sócios, estes nomes serão levados à aprecia­ção do Ministério das Comunicações, e deletendo a sua prévia aprovação. poderão inte­grar o quadro social, do que advirá necessa­riamente a alteração do presente contrato eo seu conseqüente'!lrquivamento na JuntaComercial do Estado do Ceará.

Cláusula Décima Sétima: Os lucros apura­dos em balanço geral anual, serão distribuí­

, dos entre os sócios proporcionalmente ao nú­mero de cotas de que são detentores. depoisde deduzido preliminarmente a importânciaequivalente a 5% (cinco por cento) dos lucroslíquidos para a constituição de um fundo dereserva legal até que atinja a importânciaequivalente a 20% (vinte por cento) do capi­tal social.

Cláusula Décima Oitava: Os administrado·res da entidade serão brasileiros natos e asua investidura no cargo somente poderá ocor·rer após haverem sido previamente aprovadospelo Ministério das Comunicações, depois quea entidade se tornar concessionária ou permis·sionária do serviço de radiodifusão.

Cláusula Décima Nona: A 31 de dezembrode cada ano, levanhr-se-á um balanço geralanual das atividades da empresa. O balançogeral anual levará a assinatura de todos ossócios e será acompanhado do extrato de con­ta de lucros e.perdas.

Parágrafo Unico: Se acusados forem pre­juízos, os mesmos serão cobertos com novaintegralização do capital social, em parte pro­porcional ao número de cotas de cada sócio,sempre em moeda corrente nacional, nos ter­mos da cláusula nona deste instrumento.

Cláusula Vigésima: Fica eleito desde já.com renúncia a qualquer outro, por mais pre­vilegiado que seja, o foro da sede da socie­dade para a resolução de qualquer dissídioque eventualmente venha a surgir entre aspartes contratantes.

Cláusula Vigésima Primeira: Os casosomissos neste contrato social serão regidospelos dispositivos do Decreto n" 3.708, de10 de janeiro de 1919, a cuja observânciacomo as demais cláusulas deste contrato seobrigam Diretor e Sócios-Cotistas.

E, por estarem justos e contratados, assi­nam o presente contrato em 3 (três) vias deigual teor e forma, na presença das testemu­nhas da lei.

Morrinhos (CE), 18 de dezembro de 1987.- Amadeu Ferreira Gomes Filho - HaroldoSanford Barros - Francisco Flávio SilveiraGomes - Manuel Marqnes dos Santos.

DEMONSTRATIVO DERECURSOS TÉCNICOS

Localidade: MorrinhosDF: CearáEdital: n' 226/87 - GM, publicado no Diá·

rio Oficial da União, edição de 27 de novem­bro de 1987.

Serviço de Radiodifusão Sonora em OndaMédia, de âmbito regional.

Serviço: Radiodifusão Sonora em OndaMédia

Edital: n" 226/87 - GMDOU: 27-11-87

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONA..t (Secão·J). . - ' -,. Quinta-feira R 104Q

Freqüência: 1.480 KHzPotência: 1,0/0,25 kwSistema irradiante: OnidirecionalAltura máxima: 56mAltura mínima: 48mClasse: "B" - sem direito à proteção no­

turna, de âmbito regionalComprimento de 0.1l.da: 1 = 202,702m

CARACTERÍSTICASDO TRANSMISSOR

Para regime diurno e noturno com 1.000w e 250 w, respectivamente:

a) Fabricante: Bandeirantes Eletrônica;b) Tipo: Transmissor de Onda Média;c) Modelo: AM - TRD - 1.000 A;d) Características Técnicas do Transmis­

sor:Especificações técnicas: Serviço Comercial

contínuo de Radiodifusão em O.M.;Potência de saída: 1.000 w com redução

para 500 ou 250 w.Fn~qüência de operação: 540 a 1.600 KHz

(no caso 1.480 KHz)Estabilidade de freqüência: 5HzImpedância de entrada de aúdio: 600 Ohms

balanceadoResposta de freqüência de áudio: 1 dB de

3DHze 12 HzDistorção harmônica: melhor que 2,0% de

50HzaRHzRuído da portadora: -56 em (400 Hz a

100% de modulação)Capacidade máxima de saída: 1.100 wattsModulação: Modulação de placa em alto

nívelTipo de emissão: A3Impedância de saída: 50 OhmsVariação da portadora: Melhor que 2%Saída para monitor de RF: 30 V máximaAlimentação: 220 Trifásico c/neutro-60 HzSaída para monitor de freqüência: 5 Vrms .Consumo: 0% modulado: 2.400. watts -

30% modulado: 2.800 watts - 100% modu­lado: 3.600 watts

Fator de potência: 90%Emissão de espúria: 2" harmônico melhor

que 65 dB outras: não mensuráveis.2 - Características do Sistema Irradiante:a) Fabricante: Engenharia e Construtora

Cristtel Ltda.b) Tipo e modelo: Torre, Estalada, Stan­

dart, Treliçada. Modêlo: TE-54-040c) Características técnicas:Altura: 54m ou 0,266, ou 96 elétricos, apro­

ximadamenteQuantidade: 1 (uma) TorreRadiais: 120 radiais de 0,20, ou 41m espa­

çados de 3 em 3 graus.Cabo Coaxial: CF - 3/8" KMP - PireIli

MENSAGEM N' 961/89(Do Poder Executivo)

Submete à apreciação do CongressoNacional o ato que "Outorga permissãoà Universidade do Oeste Paulista -

UNOESTE,. para explorar,: pélo prazo' de10 (dez) anos, ·sem direito de exclusivi­dade, serviço de· radiodifusão sonora'eJ11freqüência modulada,.comfms exclusiva­mente educativos, na ci~ade:dé Presiden­te Prudente; Estado deSãoPaulo'l;

(Às Comissões de Ciência e Tecno­logia, Comunicação e .lnfonnáticâ;,é, deConstituição. e Justiça e Redação,)

ExcelentíssimosSenhores Meni.br~s :doCongresso Nacional:. . '. ..' ..

Nos termos do are 49,' iiieiso xiI;, ~óinbi­nado com o SI· do art. 223,da'Const!tuiçãoFederal, tenho a honra de subimiterà apre­ciação do Cdngresso Nacional, itc:ompânháiJode ExposiçãO de Motivos do Sellhor Minist.rode Estado das Coinunicações, o ato constanteda Portaria n' 246,d~6 de.·dezéqlbro de 1.9$9,publicada no Diário OtidardaUnião do.dia11 de dezembro de 1989, que ':OutoTg~'per­missão à Universidade dó OestePaUlistá ­UNOESTE, para explbrar,.peloprazo 4ê io(dez) anos, sem direito de exdusividaáe; ser­viço de radiodjfusão sonora em freqM!1c:iamodulada, com fins eXclusivamente eouca­tivos, na cidade'de 'Presidente Prudellte'; Es-tado de -São Pauloh • '. . '...

Brasília, 2üde dezembro&: i989. .;...,.,JÓséSarney..

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS N;220/89, D'E11 DE DEZEMBRO DE 1989, DO SE­NHOR MINISTRO DE ESl'ADO DAsCOMUNICAÇÕES. '

Excelentíssimo .Senhor Presidente daRe-pública,. '. .

A Universidade do Oeste Paulistà :....Unoeste, solicitou a este Ministério o ex~meda possibilidade da execução de serviço deradiodifusão sonora em freqüênCia modula­da, na cidade de. Presidente Prudente,'Estadode São Paulo, com fins exclusivamente educa-tivos, sem objetivo, comerdaI. . . .

2. De acordo com o' art. 13do Regula­mento dos Serviços de RadiodifusÍ'íÇ);apro­vado pelo Decreto n' 52.795, de 31 'de outu­bro de 1963, e alterado pelo Detreto n"91.837/85, a outorga de permissão d~cánais

de radiodifusão. sonora com fins exclusiva­mente educativos.não dejJénde de publicaçãode edital de chamamento dos in!eressadosna exploração doseryiço na.,Díário; (>(iCílllda União, na forma prevista·no art. 34.doCódigo Brasileiro deTelecomunicaçÕ\lS ins~i­tuído pela Lei n; 4.117/62,e,somf:Jn~e..'pÇ)'demexecutar tal modaljdai:le de, s~rviço lJ., União,os estados, Os territóriôse osmtÍnicíp~os.;as­sim como aS universid~desque.n~o Sfljí>'mfederais e as fundações,: constituídas.\lO P~{s,

desde que observadas as normas relativas: àradiodifusão.

3, Ao. apn~cia[ ÓpÇ.~ido·, -esty N'inistétioconcluiu que, tanto no aspe,cto legal CO~IO

sob o pont~ de vistatecnico, aentidade COIll:provou atender. apsrequisitos d!ll.egislaçãllespecífica, estando, .portanto. 'eni condfcõe~de executar os serviços.

4. Assim, tenho a honra de submeter àe)evadá consideração de Vossa Excelência aanexa.pprtaria, objetivando ser enviada Men­sagein. ao Congresso Nacional para aprecia­ção dd àto, que somente virá a produzir seusefeitps legais ap6s deliberação do mesmo, naforma do art. 223, parágrafo terceiro, daConstituição,. Renovo a. Vossa Excelência meus protestos

po mais profundo respeito. - Antônio CarlosMagalhães.

PORTARIA N' 246,DE 6 DE DEZEMBRO DE 19?9

.O Ministro 'de Estádo das Comunicações,usal).do 4as atribuições que lhe conferem oart. I" d~ ,Decreto n" 70.568, de 18 de maiode:.1972,e o art. 32 do Regulamento dosServiços de Radioc:\ifusão, aprovado pelo De­creto n" 5'2.795, de 31 de outubro de 1963,alterado :'pelo Decreto n' 88.067, de 26 dejaneirode 1983; e tendo em vista o que constado Processo MC n" 29000.008245/88-45~ re·solve: .. ;. .J - Outl~rgar permissão à Universidade do.oeste PauIi~ta -UNOESTE, para explorar,pelo prazo de 10 (dez) anos, sem direito deexclusivida'de, serviço de radiodifusão sonoraem freqüência modulada, r;om fins exclusiva­mente educ:ativos, na cidade de PresidentePrÚ'dente, tstado de São Paulo.

II - A pé.rmissão ora outorgada reger-se-áde acordo com o Código Brasileiro de Teleco­municações,leis subseqüentes e seus regula­mentos e obrigações assumidas pela outor­gada em, sua proposta.

111- Esta permissão somente produziráefeitos It:gais após deliberação do COl)gressoNacional. na forma do art. 223, parágrafo ter­ceiro, da·Constituição.'. IV·~ Esta portaria entra em vigor na datade.s~~ publicação. - Antônio CarlosMaga­Ibães~ ,

Aviso' n"1.024 SAPoBrasília, 20 de dezembro de 1989

Excblentíssimo Senhor Primeiro Secretá­rio: li

Tenllo a honra de encaminhar a essa Secre­taria' ~ 'vfensagem do Excelentíssimo SenhorPreside.t.tte da República, acompanhada deExposiçho de Motivos do Senhor Ministrode Estad,) das Comunicações, na qual sub­mç.te à apreciação do Congresso Nacional o

. ato constante da Portaria n" 246, de 6 de de­zembro dele 1989, que "Outorga permissão àUniversidade do Oeste Paulista - UNOES­:TE; para t:~(plorar, pelo prazo de 10 (dez)anos, sem .d,ireito de exclusividade, serviçode ràdiodifl;s.ão sonora em freqüência modu­lada, com fins exclusivamente educativos, nacidàde dePliesidente Prudente, Estado deSão Paulo"., ... Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelênela protestos de elevada estimae consideração ..,~-Maurício Vasconcelos, Mi­nistro-Chefe dd, Gabinete Civil Interino.

1050 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

Esportes .09:00 h -11:00 h - 15:00 h --17:00 h ~21:00 h - 23:00 h

Jornalismo08:00 h - 10:00 h - 12:0rfli - 14:00 h -16:00 h -18:00 h'~ 22:00 h'

Utilidade pública09:30 h - 11:30 h - 15:30 -h-17:30 h - 22:30 h

Aos domingos (das 05:30 às 00:30 li)

UNIVERSIDADE DO OESTEPAULISTA - UNOESTE

Mantida pela Associação Prudentinade Educação e Cultura

6 - ESTUDO BÁSICO DA PROGRAMAÇÃO PARA OS DOZE PRIMEIROS MESESDA EMISSORA .

HORÁRIO DE PROGRAMAÇÃO

ESPECIFICAÇÃO DE PROGRAMASDe segunda à sábado

1 - Sertão, nosso chãoApresentação de músicas sertanejas, seus

autores e intérpretes e o destaque da regiãocaracterizada.. i - MPB - Sucesso

O objetivo básico deste programa é mos­trar a música popular brasileira, seus autorese intérpretes, demonstrando ainda dados so­bre a letra, música, o intérprete e o autor.

3 - Programa cultural - educativoPrograma em convênio com órgãos educa­

cionais e centros culturais, produção de vá­rios programas nas várias áreas da cultura,educação e arte. Ex: Poderemos relatar a his·tória do rádio, da música, da arte, os grandesintérpretes, os grandes autores etc.

4 - Sucessos do momentoOs grandes sucessos da semana apresen­

tados com informações sobre os seus intér­pretes e autores, a colocação na parada, avendagem e o destaque da gravadora.

S - Bandas e orquestrasMúsicas, orquestradas, os maestros, seus

arranjos, os efeitos especiais que caracteri­zam cada um e os seus instrumentos.

6 - Lançamento F.M.Destaque especial para as músicas lançadas

recentemente no mercado. Informaçõesquanto a técnicas de gravação, local caracte·rísticas. e cuidados especiais na montagem dodisco. Informações sobre autoreS e intérpre-

. tes:7 - Especial MGHMúsicas nacionais e internacionais, ·focali­

zando conjuntos, intérpretes e orquestras quese dedicam à música classe"A".

8 - Sucessos de ouroOs sucessos do passado, acompanhados

dos dados dos autores e intérpretes. Informa­ções referentes ao seu tempo.

9- A Voz do BrasilPrograma gerado pela EBN e transmitido

pela R~dio Nacional.10 - Brasil, terra da genteO destaque maior será para a bibliografia

do artista dentro do programa. Ex: Tratan·do-se de um cantor, será enfocada a sua vidadesde o início, as suas dificuldades dentroda profissão pretendida, seu primeiro lança­

'll\ento, seus sucessos as músicas do artistas;serão inseridas durante o decorrer da progra­mação., 11 - Programa cultural educativo

Idem ao programa n' 3, levado ao ar desegunda a sábado.

Recítais .de poesias ou de poetas especiais.12 - Embalando a noiteMúsicas especiais (classe "A") com desta­

ques: a antiga e a nova gravação de um intér­prete e as informações específicas a cada um.

Domingo1 - Sertão, nosso chãoIdem a programação de segunda a sábado.2 - MPB - SucessoIdem à programação de segunda a sábado.3 - Grande parada FMApresentação das músicas classificadas nas

paradas de todo o Brasil e do mundo.

Das 22:00 às 00:30 h ,

Das 21:00 às 22:00 h

Das 22:00 às 00:30 h

Das 14:00 às 17:30 h

Das 17:30àsI9:00 h

Das 19:00 às 20:00 h

Das 20:00 à~ 21:00 h

Das 21:00' às 22:00 h

Das 17:00 às 19:00 h

Das 19:00 às 20:00 h

Das 20:00 às 21:00 h

Das 12:30 às 13:30 h

Das 13:30 às, 14:30 h

Das 14':30ãs 17:30 h

Das 05:30 à;> 07:30 h

Das 07:30 às 09:30 h

Das 09:30 às 10:30 h

Das 10:30 às '12:30 h

Das 05:30 às 07:30 h

Das 07:30 .às' 09:30 h

Das 09:30. às 10:30 h

Das 12:303,5 13~30 h

.Das 13::30 às 14:00 h6-Lançamento FM , .

2-MPB-Sucesso ......•..................................... :...

4 - Sucesso do momento , : .

8 - Sucesso de ouro

9-A Voz do Brasil

7-EspecialMHZ ; ; ; .

3 - Programa cultural educativo .

lO-Brasil, terra da gente ; ; ;..

9 - Música erudita .......

12-Embalando a noite : , , .•..

De segunda à sábado (das 05:30 às 00:30 h)1-Sertão,nossochão , .

l-Sertão, nosso chão , .

7 - Musical-Informativo ,' .. , .

11 - Flash back ..

11 - Progr~ma cultural equ.c itivo , .

5 - Trilhas sonoras .,., , : .

10-fazz ..

6-As mais mais " .

3 - Grande parada FM, ,.", .

4 - Desfilando o rock iruool ..

, ,

12 - Domingo à noite .. ..

2~MPB-Sucesso .; ; : .

8 - Gincana universitária

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO fll"ACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1051

4 - Desfilando o rock nacionalOs grupos, conjuntos, seus componentes,

as dificuldades encontradas para a difusãodeste tipo de música, (;alocando em evidênciasempre o trabalho.de nossos músicos.

5 - Trilhas sonorasApresentação de"t(tmas musicais, trilhas

sonoras com a respectiva informação. (Se no­vela/cinemalteatro etc.)

6 -.As mais maisSeleção musical feita por universitários da

cidade. '

7 - Música e InformaçãoMúsicas variadas; notícias em geral e infor­

mações sociais e culturais, destacando os lo­cais de lazer, culturais e artísticos.

8 - Gincana UniversitáriaA UNOESTE (Universidade do Oeste

Paulista) levará ao ar uma gincana entre osalunos 'dos diversos cursos da universidadecom o objetivo de arrecadar fundos para enti­dades'beneficentes.

9 ~ Música EruditaPrograma, apresentando dados sobre os

autores e· instrumentos da música em desta­que.

10 - JazzPrograma, apresentando cantores, canto­

ras, conjuntos vocais e instrumentais jazzís­ticos.

11 ...;. 'Flash BackO programa, re'lembra' os' sucessos' .que

marcaram épocas: Seus autores, ü\térpretese o ano em que a mús~ca chegou ao seu .auge.

12 _ Domingo à NoiteOs grandes sucessos e os grimdes nomes

da MPB, informações sobre seus trabalhos,parceiros e a carreira.

JornalismoBlocos de notícias (emn' de 3)'dandopre­

ferência à educação,-cultura ea arte da cida­de.

EsportesBlocos noticiários esportivos (em n° dê 3)

de preferência dos esportes àmàdores da ci­dade; dando ênfas'e aos esportes gratuitos mi­nistrados à população através da AMEPP(Autarquia Municipal de Esportes de Presi-dente Prudente). .

Utilidade PúblicaChico blàcos informativos aberto à comu-

nidade em geral. . , .

MC-DENTEL,Processo n' 29000.008245/88-45

Sr. Secretário-Geral,Assunto: Trata o presente processo de pe­

dido de permissão formulado pela Univer­sidade do Oeste - UNOESTE, com sedena cidade de Presidente Prudente, Estado deSão Paulo, para executar serviço de radiodi­fusão sonora em freqüência modulada, comfinalidade exclusivamente educativa.

Estudo Sintético: A Divisão de Radiodi­fusão deste Departamento, examinou o as­sunto, notificando o Parecer ERAD DRlSPOn9 149/$9 e verificou que o processo eI1cqn­tra-se devidamente instruído nos termos dalegislação em vigor.

Conclusão: Pelodefei:imento'da: pretensãoda requerente, está o processo em'condiçõesde ser apreciado pelo Exm" Sr.. Ministro d~

Estado das Comunicações. ,Brasília, 17 de outubro de 1989. - Roberto

810is 'Montes de' Souza, 'DiretorcGéral doDENTEL. '

PROJETOS A IMPRIMIRPROJETO DE'LEI COMPLEMENTÁR

N'149-A DE 1989' ,',(Do Sr. Ney.Lopes)

Estabelece, de acordo 'com 'o art. 14,§ 9"0 da Constituição' Federal, casos deinelegibilidade e os prazos de sua cessa­ção, e determina outras providências;tendo parecer do Relator designado pelaMesa em substituição à Comissão deConstituição e Justiça e Redação, pelaaprovação, com substitutivo; ,

(Projeto de Lei Complementar n' 149,de 1989"a que se refere o parecer.j

O Congresso Nacional decreta:Art. 1" São inelegíveis:I - para qualquer cargo:a) os inalistáveis;b) os analfa,betos;c) osmembros do Congresso Nacional, das

Assembléias Legislativas, da Câmara Legis­lativa e das. Câmaras Municipais que hajamperdido os respectivos mandatos por infrin­gência do qisposto no art. 55 da ConstituiçãoFedera~, dosdisposi~ivossobreperda de man­dato das Constituições'Estaduais e LeisOrgâ­nicas dos Municípios e do Distrito Federal,para as eleições que se realizarem nos trêsanos subseqüente.s ao término' de seu man-dato; ,

d) o Governador e o Vice-Governador deEstado e do Distrito Federal ~ue perderemseus cargos, respectivamente,. por força dedispositivo da Constituição Estadual ou daLei Orgânica do Distrito Federal, para aseleições que serealizarern nos t~ês anos sub­seqüentesao término de seU mandato;'

e) o Prefeito,e o'Vice~Prefeiio que perde­rem seus carg()s por força de dispositivo daLei Orgânica do Município, para as eleiçõesque se realiz;uem nos t.ês anos subseqüentesao término de seu mandato;, . . .

f) os que tenham contra sua, pessoa repre­sentação julgada procedente pela JustiçaEleitoral, trap.~itadaem julgado, em processode apuração de' abuso do. poder: econômicoou polítieo, para a ,eleição naqualconcoúemou tenham sido diplomados, bem corríoparaas que .se realizarem nos três anos seguintes;

g) os que foreIV criminalmente, com sen­tença transitada em julgado, pela pr~tica decrimes contra a eêonomia popular, a'fé públi­ca, a administração pública, o patrimônio pú­blico, o mercado financeiro, e de q-imes elei­torais, pelo prazo de' três anos;'

h) os que forem declarados indignos' dooficialato, ou com ele incompatíveis, peloprazo de três anos;

i) os detentores de cargo na administràçãopública direta, indireta ou fundacional, quebeneficiarem a si ou aterceiros, pelo' abusodo poder econômico ou político apurado em

processo, com sentença transitada em julga­dq, para as eleições que se realizarem nostrês anos seguintes ao término do seu man­dato ou do período de sua permanência nocargo;II - para Presidente e Vice-Presidente da

República:a) o cônjuge e os parentes consangüíneos

ou afins, até o segundo grau ou por adoção,do 'Presidente da República ou de quem o

,haja substituído dentro dos seis meses ante­riores ao pleito;

b) até nove meses depois de afastados defi­nitivamente de seus cargos e funções:

1 - os Ministros de Estado;2-os Chefes dos Gabinetes Civil e Militar

da Presidência da República;3 - o Advogado Geral da União;4 - o Chefe do Serviço Nacional de Infor­

mações;5 - o Chefe do Estado-Maior das Forças

Armadas;6 - os Chefes do Estado-Maior da Mari-

nha, do Exército e da Aeronáutica;7 - os :\1agistrados;8 - os membros do Ministério Público;9 - os Interventores Federais;10"":' os Secretários de Estado;11 - os membros do Tribunal de Contas

da União,dos Estados e do Distrito Federal;12 - o Diretor-Geral do Departamento de

Polícia Federal;13 - os membros do Conselho da repú­

blica não derentores de mandato eletivo;14-os Pl'esidentes, Diretores e Superin­

tendentes de autarquias, empresas públicas,sociedades' de economia mista, das fundaçõesinstituídas e subvencionadas pela União, Es­tados, Distrite' Federal e Municípios, das em­presas concessionárias ou permissionárias de.serviço público, dos sindicatos e entidadesrepresentativas de classe que recebam recur­sos arrecadados pela Previdência Social;

c) até seis m.t)ses depois de afastados defi­nitivamente de seus car,gos ou funções de di­reção em órgãos públicos ou empresas priva­das;

1- o-s que tiverem competência ou inte­resse, direto ou indireto, no lançamento, ar­recadação ou fiscaliza,ção de impostos, taxase contribuições de. caráter obrigatório, inclu­sive parafi~cais, ou para aplicar multas rela­cionadas com essas atividades;

2 - os que hajam ocupado cargo ou função·de direção na.s empresas de que tratam osarts. 3' e 5" da .Lei n" 4.137, de 10 de setembrode 1962, as q.uais, pelo âmbito e natureza

:de suas atividades, possa influir na economia,nacional;

3 - os que, dt~tendoo controle de empresaou grupos de empresas que atuem no Brasil,nas condições monopolísticas previstas noart. 5" da Lei citao'a no item anterior, nãoapresentarem à Jusriça Eleitoral, até seis me·ses antes do pleito, a prova de que fizeramcessar o abuso do poder econômico, ou deque transferiram, de forma regular, o con­trole das referidas empresas ou de gruposde empresas;

1052 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

4- os que tenham ocupado cargo ou fun­ção de dirl~ção, administração ou represen­tação em pessoa jurídica ou empresa estran­geira ou em entidade mantida por contribui­ções impostas pelo poder público;

5 - os presidentes, diretores ou superin­tendentes das sociedades, empresas ou esta­belecimentos que gozem, sob qualquer for­ma, de vantagens asseguradas pelo poder pú­blico ou que tenha exclusivamente por obje­tivo operações financeiras e façam publica­mente apelo à poupança e ao crédito, inclu­sive através de cooperativas;

6 - os que hajam exercido cargo ou funçãode direção, administração ou representaçãoem pessoa jurídica ou empresa cuja atividadeconsista na execução de obras, na prestaçãode serviços ou no fornecimento de bens porconta ou sob o controle do poder público;

IH - para Governador eVice-Governa­dor de Estado e do Distrito Federal:

a) os inelegíveis para os cargos de Presi­dente e Vice-Presidente da Rep(lblica especi­ficados na alínea "a" do item 11;

b) até nove meses depois de afastados defi­nitivament,e de seus cargos ou fLmções:

1- os inelegíveis para os cargos de Presi­dente e Vic;e-Presidente da Repríblica especi­ficadas na alínea "b" do item 11 e, no tocanteàs demais II~tras, se tratar de repartição públi­éa, associação ou empresas q11e operem noterritório do Estado ou do Di~.trito Federal;

2 - o Procurador-Geral e os Subprocura­dores-Gerais do Estado e do:C istrito Federal;

3 - os Chefes dos Gabinetes Civil e Militardo Governador do Estado ou. do Distrito Fe­deral;

4 - os Diretores de órgll.os estaduais ousociedades de assistência aos Municípios;

5 - os'Secretários da administração muni­cipal ou membros de órgão!; colegiados muni­cipais;

B) em cada Estado e no Distrito Federal:1-o cônjuge e os pafl~ntes consagüíneos

ou afins, até o segundo g:au ou por adoção,do Governador ou do Interventor ou de quemo haja substituído dentro dos seis meses ante­riores ao pleito;

2 - os que possuam domicíliJ eleitoral noEstado e no Distrito Federal pelo menos umano antes das eleições;

IV - para PrefeitQ e Vice-Prefeito:a) o cônjuge e ogtparent'es consagüíneos

ou afins, até o segundo gra'J ou por adoção,do Prefeito ou do Interventor ou de quemhaja substituído dentro dos seis meses ante­riores ao pleito;

b) no que lhes for aplic'lvel, por identidadede situações, os inelegíveis para os cargosde Presidente e Vice-Pmsidente da Repúbli­ca, Governador e Vice -Governador de esta­do e do Distrito Fede':al, observado o prazode seis meses para a c'Jesicompatibilização;

c) as autoridades fJoliciais - civis ou mili­tares - com exercício no Município nos seismeses anteriores ao pleito;

d) os qUle não possuam domicílio eleitoralnô Município pele, menos um ano antes daseleições;

V-para o Senado Federal:a) o cônjuge e os parentes consagüíneos

ou afins, até o segundo grau ou por adoção,do Presidente da República, do Governadorou do Interventor no próprio Estado ou noDistrito Federal, ou de quem o haja substi­tuído dentro dos seis meses anteriores ao plei­to, salvo se já titular do cargo e candidatoà reeleição;

b) os inelegíveis para os cargos de Presi­dente e Vice-Presidente da República especi­ficados na alínea "B" do item H e, no tocanteàs demais letras, se se tratar de repartiçãopública, associação ou empresa que opere noterritório do Estado;

c) em cada Estado e no Distrito Federal,os inelegíveis para os cargos de Qovernadore Vice-Governador, nas mesmas condiçõesestabelecidas, observado o prazo de nove me­ses para desincompatibilização;

VI - para a Câmara dos Deputados As­sembléia Legislativa e Câmara Legislativa:

a) no que lhes for aplicável por identidadede situações, os inelegíveis para o SenadoFederal, observado, nos mesmos casos, o pra­zo de nove meses para desincompatibiliza­ção;

VII-para a Câmara Municipal:a) no que lhes for aplicável, por identidade

de situações, os inelegíveis para o Se'nadoFederal e para a Câmara dos Deputados, ob­servado nos mesmos casos, o prazo de seismeses para a desincompatibilização;

b) em cada Município, os inelegíveis paraPrefeito e Vice-Prefeito observado o prazode seis meses para a desincompatibilização;

c) o cônjuge e os parentes consagüíneosos afins, até o segundo grau ou por adoção,do Prefeito ou do Interventor do Município,ou de quem o haja substituído 'dentro dosseis meses anteriores à eleição, salvo se játitular do cargo e candidato à reeleição;

Art. 29 são inelegíveis para os 'mesmoscargos, no período subseqüente, o Presidenteda República, os Governadores do Estadoe do Distrito Federal, os Prefeitos e quemos houver ou substituído nos seis meses ante­riores ao pleito.

Parágrafo único. Para concorrerem a ou­tros cargos, o Presidente da República, osGovernadores de Estado e do Distrito Fede­ral e os Prefeitos devem renunciar aos respec­tivos mandatos até seis meses antes do pleito.

Art. 39 Compete à Justiça Eleitoral co­nhecer e decidir as argüições de enelegibi­Iidade.

Parágrafo único. A argüição de inelegibi­lidade será feita perante:

I - o Tribunal Superior Eleitoral, se se tra­tar de candidato a Presidente e Vice-Presi­dente da República;

11 - os Tribunais Regionais Eleitorais, sese tratar de candidato a Senador, Governa­dores de Estado e do Distrito Federal, Depu­tado Federal, Deputado Estadual e Depu­tado Distrital;

IH - os Juízes Eleitorais, se se tratar deca.ndidato a Prefeito, Vice-Prefeito ou Verea­G.or.

Art. 49 Caberá a qualquer candidato, aPartido Político, coligação ou ao MinistérioPúblico, no prazo de cinco dias, contados dapublicação do pedido de registro do candi­dato, inpugná-Io em petição fundamentada.

Parágrafo únicq. A impugnação, por par­te do candidato, Partido Político ou coligaçãonão impede a ação do Ministério Público nomesmo sentido.

Art. 59 A partir da data em que terminaro prazo para a impugnação, passará acorrer,independentemente de qualquer notificação,prazo idêntico para que o candidato, PartidoPolítico ou coligação possa contestá-Ia, juntardocumentos, requerer a produção de outrasprovas e indicar rol de testemunhas; se foro caso, no máximo de seis..

Art. 69 Decorrido prazo para a contes­tação, se não se tratar apenas de matéria dedireito e a prova protestada por relevante,a critério do Juiz, ou do relator, serão desig­nados os dois dias seguintes para inquiriçãodas testemunhas do impugnante e do impug­nado, as quais comparecerão por iniciativadas partes que as tiverem arrolado, indepen­dentemente de notificação.

§ 19 As testemunhas do impugnante serãoouvidas, em uma só assentada, no primeirodili do prazo, e as do impugnado, tambémem uma só assentada, no segundo.

§ 2" Nos três dias subseqüentes, .o Juiz,ou o Relator, procederá a todas as diligênciasque determinar, de ofício ou a requerimentodas partes.

§ 39 No prazo do parágrafo anterior, oJuiz, ou o Relator, poderá ouvir terceiros,referidos pelas partes, ou testemunhas, comoconhecedoras dos fatos e circunstâncias quepossam influir na decisão da causa.

§ 49 Quando qualquer documento neces­sário à formação da prova se achar em poderde terceiro, o Juiz, ou o relator, poderá ainda,no mesmo prazo, ordenar o respectivo depó­sito.

§ 5° Se o terceiro. sem justa causa, nãoexibir o documento, ou não comparecer aJuízo, será contra ele expedido mandado deprisão e instaurado processo por crime dedesobediência.

Art. 7" Encerrado o prazo da dilaçãoprobatória, nos termos do artigo anterior, aspartes, inclusive o Ministério Público, pode-orão apresentar alegações no prazo comumde dois dias.

Art. 89 Encerrado o prazo para alega­ção, os autos conclusos ao Juiz, ou ao Rela­tor, no dia imediato, para sentença ou julga­mento pelo Tribunal.

Parágrafo único. O Juiz, ou Tribunal,formará sua convicção pela livre apreciaçãoda prova, atendendo aos fatos e às circuns­tâncias constantes dos autos, ainda que nãoalegadas pelas partç$,., mencionando, na deci­são, os que notivarain, seu convencimento.

Art. 99 Nos pedidos de registro de candi­datos a eleições municipais, o Juiz Eleitoralapresentará a sentença em cartório três diasap6s a conclusão dos autos, passando a correrdeste momento o prazo de três dias para a

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1053

interposição de recursos para o Tribunal Re­gional Eleitoral.

§ I' A partir da data em que for protoco­lado a petição de recursos passará acorrer,independentemente de qualquer notificaçãoao recorrido, o prazo de três dias para a apre­sentação de contra-razões.

§ 2' Apresentadas as contra-razões, oudecorrido o prazo sem elas, serão os autosime4iatamente remetidos ao Tribunal Regio­nal Eleitoral, correndo as despesas do trans­porte por conta do recorrente.

Art. 10. Se o Juiz Eleitoral não apresen­tar a sentença no prazo do artigo anterior,o prazo para recurso só começará a correrapós a publicação da mesma por edital, emCartório.

Parágrafo único. Ocorrendo a hipóteseprevista neste artigo, o Corregedor Regional,de ofício, apurará o motivo do retardamentoe proporá ao Tribunal Regional Eleitoral sefor o caso, a publicação da penalidade cabí­vel.

Art. 11. Recebidos os autos na Secreta·ria do Tribunal Regional Eleitoral, serão au­tuados e apresentados no mesmo dia ao Presi­dente que, também na mesma data, distri­buirá a um relator e mandará vistas ao Procu·radar Regional pelo prazo de dois dias.

Parágrafo único. Findo o prazo, com ousem parecer, os autos serão enviados ao rela­tor, que os apresentará em mesa para julga·mento em três dias, independentemente depublicação em pauta.

Art. 12. Na sessão do julgamento, quese realizará numa só assentada, feito o relató·rio, facultada a palavra às partes e ouvidoo Procurador Regional, proferirá o relatore serão tomados os dos demais Juízes.

Art. 13. Havendo recurso para TribunalSuperior Eleitoral, a partir da data que forprotocolada a petição, passará a correr, inde­pendentemente de qualquer notificação aorecorrido, o prazo de três dias para a apreseo·tação de contra-razões.

Parágrafo único. Apresentadas as con­tra-razões, ou decorrido o prazo sem elas,serão os autos imediatamente remetidos aoTribunal Superior Eleitoral.

Art. 14. Tratando-se de registro a serjulgado originariamente por Tribunal Regio­nal Eleitoral, observado o disposto no art.7', o recurso, com ou sem impugnação, serájulgado em três dias, independentemente depublicação em pauta.

Parágrafo único. O julgamento será pro·cedido na forma estabelecida no art. 12, ehavendo recurso para o Tribunal superiorEleitoral, observado o disposto no art. 13.

Art. 15.· No Tribunal Superior Eleitoral,. os recursos sobre registro de candidatos serãoprocessados e julgados na forma prevista nosarts. 11 e 12.

Art. 16. Transitada em julgado a decisãoque declarar a inelegibilidade do candidato,ser-lhe-à negado registro, ou cancelado, sejá tiver sido feito, ou declarado nulo o diplo­ma, se já expedido.

Art..!7. Os prazos a que se referem osarts. 4'e seguintes são peremptórias e contí-

nuas e correm em secretaria ou cartório e,a partir da data do encerramento do prazopara registro de candidatos, não se suspen­dendo aos sábados, domingos e feriados.

Art. 18. É facultado ao Partido Políticoou coligação que requerer o registro de candi­dato considerado inelegível dar-lhe substitu­to, mesmo que a decisão passada em julgadotenha sido proferida após o termo final do.prazo de registro. Neste caso, o respectivoórgão decisório do Partido fará a escolha docandidato.

Art. 19. A declaração de inelegibilidadedo candidato a Presidência da República, Go·vernador do Estado e do Distrito Federal ePrefeito não atingirá o candidato a Vice-Pre­sidente, Vice-Governador e Vice-Prefeito,assim como a destes não atingirá aqueles.

Art. 20. As transgressões pertinentes aorigem de valores pecuniários, abuso do po­der econômico ou político, em detrimentoda liberdade de voto, serão apurados me­diante investigações jurisdicionais pelo Cor­regedor-Geral e Corregedores RegionaisEleitorais.

Parágrafo único. A apuração e a puniçãodas transgressões mencionadas no caput te·rão o objetivo de proteger a normalidade elegitimidade das eleições contra a influênciado poder econômico ou do abuso do exercíciode função, cargo ou emprego na administra­ção direta, indireta e fundacional da União,dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni­cípios.

Art. 21. O eleitor ou Partido Político sãoparte legítima para denunciar os culpados epromover-lhes a responsabilidade; a nenhum

.servidor público, inclusive de autarquia, deentidade paraestatal e de sociedade de econo­mia mista, será lícito negar ou retardar atode ofício tendente a esse fim, sob pena decrime funcional.

Art. 22. Qualquer Partido Político oucandidato poderá representar a Justiça Elei­toral, relatando fatos e provas, indícios oupresunções e pedir abertura de investigaçõesjudiciais para apurar o uso indevido, desvioou abuso, do poder econômico ou do poderde autoridade, em benefício de candidato oude Partido Político, obedecido o seguinte pro­cedimento:

I - O Corregedor, que terá as mesmasatribuições do relator em processos judiciais,verificada a seriedade da representação, to­mará obrigatoriamente por termo a mesma,sem audiência do Tribunal respectivo, e man­dará autuá-la em vinte e quatro horas junta­mente com documentos que a acompanheme procederá a investigações, regidas no quelhes for aplicável, pela Lei n' 1.579, de 18de março de 1952, e pelo disposto nos itensseguintes;

II - o representado será notificado atravésdo correio da imputação, com prazo de trêsdias para defesa, juntada de documentos erol de testemunhas, se cabível;

III - com ou sem defesa, abrir-se-á prazode cinco dias para inquirição, em uma só as­sentada, de testemunhas arroladas pelo Re­presentante e pelo Representado, até o máxi-

mo de três para cada um, e que comparecerãoindependentemente de intimação;

IV - o Corregedor determinará as diligên­cias estritamente necessárias, em prazo nãosuperior a três dias úteis;

V -encerrada instrução, 'a defesa teráprazo de quarenta e oito horàs 'para alegaçõesfinais, após o que, em quarenta e oito horas,o Corregedor apresentará relatório conclu-sivo sobre o que houver sido apurado; .

VI - a seguir, o Procurador Regional Elei­toral terá vista dos autos por quarenta e oitohoras, para se pronunciar sobre as imputa­ções;

VII - recebida os autos da Procuradoria,ú Corregedor determinará incontinenti a in­clusão do feito em pauta, para julgamentoem três dias;

VIII - havendo indícios veementes de in­fluência do poder econômico ou de abusodo exercício de função, cargo ou emprego,na administração direta ou indireta, o Tribu­nal,fará advertência pública ao representado;

IX - julgada procedente a representação,o Tribunal declarará a inelegibilidade ou cas­sará o registro do representado, determinan­do a remessa de peças processuais ao Minis­tério Público Eleitoral, para instauração doprocesso-crime, e ordenará quaisquer outrasprovidências que a espécie comportar;

X - se a representação for julgada proce­dente após a eleição do candidato, serão re­metidas cópias de todo o processo ao Minis·tério Público Eleitoral, para os fins previstosno art. 14 §§ 10 e 11 da Constituição, e art.262, inciso IV, do Código Eleitoral.

Parágrafo único. O recurso contra a di­plomação, interposto pelo Representante,não impede a atuação do Ministério Públicono mesmo sentido.

Art. 23. O Tribunal formará sua convic­ção pela livre apreciação de fatos públicose notórios, dos indícios e presunções e provaproduzida, atentando para circunstâncias oufatos, ainda que não alegados pelas partes,mas que preserve o interesse público da lisuraeleitoral.

Art. 24. O Representante responderá,na forma da lei, se demonstrada sua temeri­dade ou má fé.

Art. 25. Constitui crime eleitoral a ar­güição de inelegibilidade ou impugnação doregistro de candidato feita com motivação fal­sa, ou graciosamente, por espírito de anula­ção, mero capricho ou erro grosseiro:

Pena: detenção, de seis meses, e pagamen·to de vinte a cinqüenta vezes o valor do Bônusdo Tesouro Nacional e, no caso de sua extin­ção, de título público que o substitua.

Art. 26. O Tribunal Superior Eleitoralexpedirá instruções para o processamento doregistro dos candidatos e para as demais ne­cessidades relacionadas com a execução destaLei.

Art. 27. Esta Lei Complementar entraem vigor na data de sua publicaçãO.

Art. 28. Fica revogada a Lei Comple­mentar n' 5, de 29 de julho de 1970.

1054 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Março de 1990

Justificação

Uma das mais importantes relativas à mo­dificação da legislação eleitoral é a que res·peita à necessidade de alteração da legislaçãocomplementar sobre a questão das inelegi­bilidades.

Emprimeiro lugar, face à nova Constitui·. ção FederaTI promulgada em 5 de outubro últi·mo, era preciso revogar a Lei ComplementarnO 5, de 29 de julho de 1971, votada por umCongresso controlado pelo Poder Executivo,e num dos períodos mais negros do regimeautoritário.

Era igualmente imprescindível que a novalegislação se adaptasse às determinações doart. 14 do texto constitucional, o qual, noseu § 3', estabelece, entre as condições deelegibilidade, a nacionalidade brasileira, opleno exercício dos direitos políticos, o alista·mento eleitoral, o domicílio eleitoral na cir­cunscrição, a filiação partidária, condições aserem definidas em lei.

O texto da Carta Magna considera igual­mente inelegíveis os inalistáveis, os analfa·betqs e os maiores de dezesseis e menoresde dezoito anos.

Quanto "à irreelegibilidade, a Constituiçãodetermina que são inelegíveis para os mesmoscargos, no período subseqüente, o Presidenteda República, os Governadores de Estadoe do Distrito Federal, os Prefeitos, e quemos houver sucedido ou substituído nos seismeses anteriores ao pleito.

Estas previsões constam, evidenteJ;llente,do texto que ora apresentamos, estabelecen·do, igualmente, que, para concorrerem a ou·tros cargos, o Presidente da República, osGovernadores de Estado e do Distrito Fede­ral e os Prefeitos devem renunciar aos respec­tivos mandatos até seis meses antes do pleito.

Em termos da inelegibilidade dos parentesdos titulares, a Carta definida que são inelegí­veis, na jurisdição, o cônjuge e os parentesconsagüíneos ou afins, até o segundo grauou por adoção, do Presidente da República,de Governadores de Estado ou Território,do Distrito Federal, de Prefeito ou de quemos haja substituído dentro dos seis meses aopleito.

A Constituição determina, além disso, quea Lei complementar estabelecerá outros ca·sos de inelegibilidade e os prazos de sua cassa·ção, com o objetivo de proteger a norma­lidade e legitimidade das eleições contra ainfluência do poder econômico ou o abusodo exercício de função, cargo ou empregoll.a administração direta ou indireta.

São exatamente estes os objetivos da pre­sente Lei Complementar, que define, alémda questão específica da inelegibilidade, a ti·pificação dos casos de abuso do poder econô­mico ou político, com a finalidade de protegero processo eleitoral e a democracia.

Prevê,.igualmente, o presente projeto, aprocessuaIística a ser seguida pela JustiçaEleitoral nos casos de argüição de inelegibi­lidade, bem como cassação de registro de canodidato ou de seu diploma por crime de abusodo poder econômico ou do exercício de fun-

ção, cargo ou emprego na administração pú­blica. Tal processo segue, com as adaptaçõesnecessárias ao respeito à nova ordem consti·tucional, o determinado pela legislação ante-

. riar.Acreditamos que o processo será adequado

para a realização dos ritos da Justiça Eleito·ral, com o objetivo de termos, na espécie,uma Justiça rápida eficiente, mas que, acimade tudo, permita a ampla defesa, e a garantiadas pessoas e das instituições democráticas.

Sala das Sessões, setembro de 1989.- Deputado Ney Lopes. (PFL - RN)

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DASCOMISSÕES PERMANENTES

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL

TÍTULO IIIDos Direitos e Garantias Fundamentais

CAPÍTULO IVDos Direitos Políticos

Art. 14. .A sobetania popular será exer­cida pelo sufrágio universal e pelo voto diretoe secreto, com valor igual para todos, e, nostermos da lei, mediante:

§ 3' São condições de elegibilidade, naforma da lei:

I - a nacionalidade brasileira;II - o pleno exercício dos direitos polí-

ticos;III - o alistamento eleitoral;IV-o domicílio eleitoral na circunscrição;V - a filiação partidária;VI - a idade mínima de:a) trinta e cinco anos para Presidente e

Vice-Presidente da República e Senador;b) trinta anos para Governador e Vice-Go­

vernador de Estado e do Distrito Federal;c) v.inte e um anos para Deputado Federal,

Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vi·ce-Prefeito e juiz de paz;

d) dezoito anos para Vereador.

§ 9' Lei complementar estabelecerá ou­tros casos de inelegibilidade e os prazos desua cessação, a fim de proteger a normalidadee legitimidade das eleições contra a influênciado poder econômico ou o abuso do exercíciode função, cargo ou emprego na administra­ção direta ou indireta.

§ 10. O mandato eletivo poderá ser imopugnado ante a Justiça Eleitoral no prazode 15 (quinze) dias contados da diplomação,instruída a ação com provas de abuso do po­der econômico, corrupção ou fraude.

§ 11. A ação de impugnação de mandatotramitará em segredo de justiça, responden­do o autor, na forma da lei, se temeráriaou de manifesta má-fé.

TÍTULO IVDa Organização dos Poderes

SEÇÃO VDos Deputados e dos Senadores

Art. 55. Perderá o mandato o Deputadoou Senador:

I - que infringir qualquer das proibiçõesestabelecidas no artigo anterior;

II - cujo procedimento for declarado in­compatível com o decord parlamentar;

III - que deixar de comparecer, em cadasessão legislativa, à terça parte das sessõesordinárias da Casa a que pertencer, salvo li·cença ou missão por esta autorizada;

IV - que perder ou tiver suspensos osdireitos políticos;

V - quando o decretar a Justiça Eleitoral,nos casos previstos nesta Constituição;

VI - que sofrer condenação criminal emsentença transitada em julgado.

§ l' É incompatível com o decoro parla­mentar, além dos ~asos definidos no Regi­mento Interno, o abuso das prerrogativas as­seguradas a membro do Congresso Nacionalou a percepção de vantagens indevidas.

§ 2' Nos casos dos incisos I, II e VI, aperda do mandato será decidida pela Câmarados Deputados ou pelo Senado Federal, porvoto secreto e maioria absoluta, medianteprovocação da respectiva Mesa ou de partidopolítico representado no Congresso Nacio­nal, assegurada ampla defesa.

§ 3' Nos casos previstos nos incisos IIIa V, a perda será declarada pela Mesa daCasa respectiva, de ofício ou mediante provo­cação de qualquer de seus membros, ou departido político representado no CongressoNacional, assegurada ampla defesa.

LEI N° 4.137,DE 10 DE SETEMBRO DE 1962

Regula a repressão ao abuso do podereconômico.

TÍTULO IDisposições Gerais

Art. 3" Quando em relação a uma em·presa exista um restrito número de empresasque não tenham condições de lhe fazer con­corrência num determinado ramo de negócio0\1 de prestação de serviços, ficará aquelaobrigada à comprovação do custo de sua pro­dução, se houver indícios veementes de queimpõe preços excessivos.

Art. 4' Será automaticamente cassada apatente concedida pelo Departamento Na­cional de Propriedade Industrial desde quefeita prova de já haver sido concedida e cadu­cado em nação que mantenha acordos sobrea matéria com o Brasil.

Art. 5' Entendem-se por condições mo·nopoIísticas aquelas em que uma empresa ou

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1055

grupo de empresas controla em tal grau aprodução, distribuição, prestação ou vendade determinado bem ou serviço, que passaa exercer influência preponderante sobre osrespectivos preços.

Parágrafo único. Praticará abuso de po­der econômico a empresa que operando emcondições monopolísticas, interromper ou re­duzir em grande escala sua produção sem jus­ta causa comprovada, perante o CADE, paraprovocar a alta dos preços ou a paralisaçãode indústrias que dela dependam.

LEI N" 1.579,DE 18 DE MARÇO DE 1952

Dispõe sobre as Comissões Parlamen­tares de Inquérito.

Art. I' As Comissões Parlamentares deInquérito, criadas na forma do art. 53 daConstituição Federal, terão ampla ação naspesquisas destinadas a apurar os fatos deter­minados que deram origem à sua formação.

Parágrafo único. A criação de ComissãoPàrlamentar de Inquérito dependerá de deli­beração plenária, se não for determinada pe­lo terço da totalidade dos membros da Câma­ra dos Deputados ou do Senado.

Art. 2" No exercício de suas atribuições,poderão as Comissões Parlamentares de In­quérito determinar as diligências que reputa-

'. rem necessárias e requerer a convocação deMinistros de Estado, tomar o depoimento dequaisquer autoridades federais, estaduais oumunicipais, ouvir os indiciados, inquirir teste­munhas sob compromisso, requisitar de re­partições públicas e autárquicas as informa­ções e documentos, e transportar-se aos luga­res onde se fizer mister a sua presença.

Art. 3' Indiciados e testemunhas serãointimados de acordo com as prescrições esta­belecidas na legislação penal.

Parágrafo único. Em caso de não-compa­recimento da testemunha sem motivo justifi­cado, a sua intimação será solicitada ao juizcriminal da localidade em que resida ou seencontre, na forma do art. 218 do Códigode Processo Penal.

Art. 4" Constitui crime:I - impedir, ou'tentar impedir mediante

violência, ameaça ou assuadas, o regular fun.:cionamento de Comissão Parlamentar de In­quérito, ou o livre exercício das atribuiçõesde qualquer dos seus membros.

Pena - a do art. 329 do Código Penal.II - fazer afirmação falsa, ou negar ou

calar a verdade como testemunha, perito, tra­dutor ou intérprete, perante a Comissão Par­lamentar de Inquérito.

Pena - a do art. 342 do Código Penal.Art. 5' As Comissões Parlamentares de

Inquérito apresentarão relatório de seus tra­balhos à respectiva Câmara, concluindo porprojeto de resolução.

§ I' Se forem diversos os fatos objeto deinquérito, a Comissão dirá, em separado, so­bre cada um, podendo fazê-lo antes mesmode finda a investigação dos demais.

§ 2" . A incumbência da Comissão Parla­mentar de Inquérito termina com a sessãolegislativa em que tiver sido outorgada, salvodeliberação da respectiva Câmara, prorro-

. gando-a dentro da legislação em curso.Art. 6" O processo e a instrução dos in­

quéritos obedecerão ao que prescreve estalei, no que lhes for aplicável, às normas doprocesso penal.

Art. 7" Esta lei entrará em vigor na datade sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

LEI N' 4.737,DE 15 DE JULHO DE 1965

(Texto consolidado)

Institui o Código Eleitoral.

·····················:rfTuLo·iii·····················Dos Recursos

CAPÍTULO IDisposições Preliminares

Art. 262. O recurso contra expedição dediploma caberá somente nos seguintes casos:

IV - concessão ou denegação do diploma,em manifesta contradição com a prova dosautos, na hipótese do art. 222.

LEI COMPLEMENTAR N" 5,DE 29 DE ABRIL DE 1970

Estabelece, de acordo com a EmendaConstitucional n' I, de 17 de outubro de1969, art. 151, e seu parágrafo único,casos de inelegibilidade, e dá outras pro­vidências.

REQUERIMENTO DE URGÊNCIA

Senhor Presidente, requeremos, nos ter­mos do art. 155 do Regimento Interno daCâmara dos Deputados, Urgência para a dis­cussão e votação do Projeto de Lei Comple­mentar n'149/89, que "Estabelece, de acordocom o art. 14, § 9", da Constituição Federal,casos de inelegibilidade e os prazos de suacessação e determina outras providências".

Sala das Sessões, 8 de março de 1990.

ENTRAM ASSINATURASPARECER DO RELATOR

DESIGNADOPELA MESA EM SUBSTITUIÇÃO

À COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃOE JUSTIÇA E DE REDAÇÃO

O Deputado Ney Lopes Apresentou o Pro­jeto de Lei Complementar, n' 149/89, queestabelece casos de inelegibilidade, prazos desua cessação e determina outras providên­cias.

Tratando-se .de matéria bastante polêmicaas lideranças partidárias iniciaram os entendi-

mentos sobre o assunto, antes mesmo queo assunto estivesse em pauta várias reuniõesforam realizadas e decidiu-se pela aprovaçãoos regimes de emergência urgentissíma, ten­do em vista a exigüidade de tempo: .

Com base nos intendimentos à nível daslideranças partidárias concluimos pela apre­sentação de um substitutivo que naturalmen­te, será objeto de emendas e sujestões. Sóentão teremos condições de, como relator,apresentar a nossa opinião final sobre o as­sunto. É o seguinte o substitutivo:

SUBSTITUTIVO DO RELATORAo Projeto de Lei Complementar N' 149/89

Estabelece, de acordo com o art. 14, §9' da Constituição Federal, casos de inelegibi­lidade, prazos de sua cessação e determinaoutras providências.

O Congresso Nacional decreta:Art. I" São inelegíveis:I -para qualquer cargo:a) os inalistáveis e os analfabetos;b) os membros do Congresso Nacional,

das Assembléias Legislativas, da Câmara Le­gislativa e das Câmaras Municipais que hajamperdido os respectivos mandatos por infrin­gência do disposto no art. 55 da ConstituiçãoFederal, dos dispositivos sobre perda de man~,

dato das Constituições Estaduais e Leis Orgâ­nicas dos Municípios e do Distrito Federal,para as eleições que se realizarem nos três,anos subseqüentes ao término da Legislatura;

c) o Governador e o Vice-Governador deEstado e do Distrito Federal, o Prefeito eo Vice-Prefeito que perderem seus cargos ele­tivos, por infrigência a dispositivo da Consti­tuição Estadual, da Lei Orgânica do DistritoFederal ou da Lei Orgânica do Município,para as eleições ,que se realizarem nos trêsanos subseqüentes ao términO do mandatopara o qual tenha sido eleito;

d) os que tenham contra sua pessoa repre.­sentação julgada procedente pela JustiçaEleitoral, transitada em julgado, em processode apuração de abuso do poder econômicoou político, para a eleição na qual concorremou tenham sido diplomados, bem como paraas que se realizarem nos três anos seguintes;

e) os que forem condenados criminalmen­te, com sentença transitada em julgado, pelaprática de crimes contra a economia popular,a fé pública, a administração pública, o patri­mônio público, o mercado financeiro, e porcrimes eleitorais, pelo prazo de três anos;

O os que forem declarados indignos do ofi­cialato, ou com ele incompatíveis, pelo prazode três anos;

g) os que tiverem suas contas relativas aoexercício de cargo ou funções públicas, rejei­tadas por irregularidade insanável e por deci­são irrecorrível do órgão competente, paraas eleições que se realizarem nos 3 (três) anosseguintes;

h) os detentores de cargo na administraçãopública direta, indireta ou fundacional, quebeneficiarem a si ou a terceiros, pelo abusodo poder econômico ou político apurado em

1056 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

processo, com sentença transitada em julga­do, para as elições que se realizarem nos trêsanos seguintes ao término do seu mandatoou do período de sua permanência no cargo;

i) os que, em estabelecimentos de crédito,financiamento ou seguro, tenham sido ou es­tejam sendo objeto de processo de liquidaçãojudicial ou extrajudicial, hajam exercido, nos12 (doze) meses anteriores à respectiva decre­tação. cargo ou função de direção, adminis­tração ou representação. enquanto não foremexonerados de qualquer responsabilidade.

II - Para Presidente e Vice-Presidente daRepública:

a) até 6 (seis) meses depois de afastadodefinitivamente de seus cargos e funções;1-os Ministros de Estado;2 - os Chefes dos órgãos de assessoramen­

tos direto civil e militar da Presidência daRepública;

3 - o Chefe do órgão se assessoramentode informações da Presidência da República;

4-0 Chefe do Estado-Maior das ForçasArmadas;

5 - o Advogado Geral, da União;6 - os Chefes do Estado-Maior da Mari-

nha. do Exército e da Aeronáutica;7 - os Comandantes do Exército;8 - os Magistrados;9 - os Presidentes. Diretores e Superin­

tendentes de Autarquias. Empresas Públicas,Sociedades de Economia Mista e Fundações;

10 - os Governadores de Estado. do Dis-trito Federal e de Territórios;

11-os Interventores Federais;12 - os Secretários de Estado;13 -os Prefeitos Municipais;14-os membros do Tribunal de Contas

da União, dos Estados e do Distrito Federal;15 - o Diretor-Geral do Departamento de

Polícia Federal:b) os que tenham exercido, nos 6 (seis)

meses anteriores à eleição. nos Estados. noDistrito Federal. Territórios e em qualquerdos Poderes da União. cargo ou função. denomeação pelo Presidente da República, su­jeito à aprovação prévia do Senado Federal;

c) os qwe tenham exercido nos 4 (quatro)meses anteriores ao pleito, cargo ou funçãode direção, administração, representação emempresas concessionárias ou permissionáriasde serviço público, na área de comunicaçãosocial. ou ainda participação ou apresenta­ções habituais. com ou sem vínculo contra­tual, na programação de ditas empresas, as­sim como em fundações mantidas pela União,Estado. Distrito Federal. Território ou Muni­cípio;

d) os que, até 6 (seis) meses antes de elei­ção tiverem competência ou interêsse. direta,indireta ou eventual. no lançamento. arreca­dação ou fiscalização de imposto, taxas e con­tribuições de caráter obrigatório, inclusivepara fiscais, ou para aplicar multas relacio­nadas com essas atividades;

e) os que, até 6 (seis) meses antes da elei­ção' tenham exercido cargo ou função de di­reção, administração ou representação nasempresas de que tratam os arts. 3' e 5' daLei n' 4.137, de 10 de setembro de 1962,

quando. pelo âmbito e natureza de suas ativi­dades, possam tais empresas influir na econo­mia nacional;

O os que, detendo o controle de empresasou grupo de empresas que atuam no Brasil.nas condições monopolísticas previstas no pa­rágrafo único do art. 5" da lei citada na alíneaanterior. não apresentarem à Justiça Eleito­ral. até 6 (seis) meses antes do pleito, a provade que fizeram cessar o abuso apurado. dopoder econômico, ou de que transferiram,por forma regular. o controle de referidasempresas ou grupo de empresas;

g) os que tenham, dentro dos 6 (seis) me­ses anteriores aopleito. ocupado cargo ou função de direção.administração ou representação em entida­des representativas de classe. mentidas. totalou parcialmente, por contribuições impostaspelo poder público ou com recursos arrecadase repassados pela Previdência Social;

h) até 6 (seis) meses depois de afastadosdas funções. ospresidentes. diretores ou superintendentesdas sociedades que tenham exclusivamentepor objetivo operações financeiras e façampublicamente apelo à poupança e ao crédito.inclusive através de cooperativas e das em­presas ou estabelecimentos que gozem, sobqualquer forma. de vantagens asseguradaspelo Poder Público, salvo se decorrentes decontratos que obedeçam à cláusulas unifor­mes.

i) o que, dentro de 6 (seis) meses ante­riores ao pleito, hajam exercido cargo ou fun­ção de direção, administração ou represen­tação em pessoa jurídica ou em empresa quemanttinha contrato de execução de obras, deprestação de serviços ou de fornecimento debens com órgão do Poder Público ou sob seucontrole. salvo no caso de contrato que obe­deça a cláusulas uniformes.

j) os que membros do Ministério Públiconão tenham se afastado das suas funções até6 (seis) meses anteriores ao pleito;

I) os que servidores públicos, estatutáriosou não. dos órgãos ou entidades da adminis­tração direta ou indireta da União, dos Esta­dos. do Distrito Federal, dos Municípios edos Territórios. inclusive das fundações man­tidas pelo Poder Público, não se afastarematé 3 (três) meses anteriores ao pleito, garan­tido o direito à percepção dos seus venci­mentos integrais.

111 - para Governador e Vice-Governa­dor de Estado e do Distrito Federal:

a) até 6 (seis) meses depois de afastadosdefinitivamente de seus cargos ou funções:

I - os inelegíveis para os cargos de Presi­dente e Vice-Presidente da República especi­ficados na alínea a do item II e. no tocanteàs demais alíneas. se se tratar de repartiçãopública, associação ou empresas que operemno território do Estado ou do Distrito Fe­deral;

3 - os Chefes dos Gabinetes Civil e Militardo Governador do Estado ou do Distrito Fe­deral;

4 - os Comandantes do Distrito Naval.Região Militar e Zona Aérea;

5 - os diretores de órgãos estaduais ou so­ciedades de asssistência aos Municípios;

6 - os Secretários da administração muni­cipal ou membros de órgãos congêneres;

IV -para Prefeitos a Vice-Prefeito:a) no que lhes for aplicável, por identidade

de situações, os inelegíveis para os cargosde Presidente e Vice-Presidente da Repúbli­ca. Governador e Vice-Governador de Esta­do e do Distrito Federal. observado o prazode 4 (quatro) meses para a desincompatibi­!ização;

b) os membros do Ministério Público e De­fensoria Pública em exercício na Comarca,nos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito,sem prejuízo dos vencimentos integrais;

c) as autoridades policiais. civis ou milita­res, com exercício no Município nos 4 (qua­tro) meses anteriores ao pleito;

V - para o Senado Federal:a) os inelegíveis para os cargos de Presi­

dente e Vice-Presidente da República especi­ficados na alínea a do item II e. no tocanteàs demais alíneas, se se tratar de repartiçãopública, associação ou empresa que opere noterritório do Estado, observado o prazo de6 (seis) meses para a desincompatibilização;

b) em cada Estado e no Distrito Federal.os inelegíveis para os cargos de Governadore Vice-Governador. nas mesmas condiçõesestabelecidas. observado o prazo de 6 (seis)meses para desincompatibilização;

VI - para a Câmara dos Deputados, As­sembléia Legislativa e Câmara Legislativa,no que lhes for aplicável. por identidade desituações, os inelegíveis para o Senado Fede­ral, nas mesmas condições estabelecidas, ob­serVado o prazo de 6 (seis) meses para desin­compatibilização;

VII - Para a Câmara Municipal:a) no que lhes for aplicável, poridentidade

de situações, os inelegíveis para o SenadoFederal e para a Câmara dos Deputados. ob­servado o prazo de 3 (três) meses para a de­sincompatibilização;

b) se cada Município, os inelegíveis paraos cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, obser­vado o prazo de 3 (três) meses para a desin­compatibilização.

§ 1" Para concorrentes a outros cargos,o Presidente da República, os Governadoresde Estado e do Distrito Federal e os Prefeitosdevem renunciar aos respectivos mandatosaté seis meses antes do pleito.

§ 2" São inelegíveis para mesmos os car­gos no período subseqüente da República,os Governadores de Estado e do Distrito Fe­deral e os Prefeitos, eleitos diretamente,equem os houver sucedido. ou substituído nosseis meses anteriores ao pleito.

§ 3' O Vice-Presidente, o Vice-Governa­dor e o Vice-Prefeito poderão candidatar-sea outros cargos, preservando os seus man­datos respectivos, desde que, nos 6 (seis) me­ses anteriores ao pleito, não tenham sucedidoou substituído o titular.

§ 4" São inelegíveis, no território de ju­risdição do títular, o cônjuge e os parentes

Março de 1990 DIÁRIO DO tONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1057

consagüíneos ou afins, até segundo grau oupor adoção, do Presidente da República, deGovernador de Estado ou Território, do Dis­trito Federal, de Prefeito ou de quem os hajasubstituído dentro dos seis meses anterioresao pleito, salvo se já titular de mandato eleti­vo e candidato à reeleição.

Art. 2" Compete à Justiça Eleitoral co­nhecer e decidir as argüições de inelegibi­lidade.

Parágrafo único. A argüição de inelegibi­lidade será feita perante:

I - o Tribunal Superior Eleitoral, se se tra­tar de candidato a Presidente ou Vice-Pre­sidente da República;

II - os Tribunais Regionais Eleitorais, sese tratar de candidato a Senador, Governa­dores e Vice-Governadores de Estado e doDistrito Federal, Deputado Federal, Depu­tado Estadual e Deputado Distrital;

III - os Juízes Eleitorais, se se tratar decandidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Verea­dor.

Art. 3" Caberá a qualquer candidato, aPartido político, coligação ou ao MinistérioPúblico, no prazo de cinco dias, contados dapublicação do pedido de registro do candi­dato, impugná-lo em petição fundamentada.

§ 1" A impugnação, por parte do candi­dato, Partido Político ou Coligação não impe­de a ação do Ministério Público no mesmosentido.

§ 2" Não poderá impugnar o registro decandidato o representante do Ministério PÚ­blico que, nos 4 (quatro) anos anteriores, te­nha disputado cargo eletivo, integrado Dire­tório de Partido ou exercido atividades políti­co-partidárias;

§ 39 O impugnante especificará, desdelogo, os meios de prova com que pretendedemonstrar a veracidade do alegado, arrp­lando testemunhas, se for o caso, no máximode 6 (seis).

Art. 4" A partir da data em que terminaro prazo para a impugnação, passará a correr,indepentemente de qualquer notificação,prazo idêntico para que o candidato, PartidoPolítico ou coligação possa contestá-Ia, juntardocumentos, requerer a produção de outrasprovas e indicar rol de testemunhas, se foro caso, no máximo de seis.

Art. 59' Decorrido o prazo para a contes­tação, se não tratar apenas de matéria dedireito e a prova protestada por relevante,a critério do Juiz, ou do relator, serão desig­nados os dois dias seguintes para inquiriçãodas testemunhas do impugnante e do impug­nado, as quais comparecerão por iniciativadas partes que as tiverem arrolado, indepen­dentemente de notificação.

§ 1° As testemunhas do impugnante se­rão ouvidas, em uma só assentada, no primei­ro dia do prazo, e as impungnado, tambémem uma só assentada, no segundo.

§ 2" Nos três dias subseqüentes, o Juiz,ou o relator, procederá a todas as diligênciasque determinar, de ofício ou a requerimentodas partes.

§ 3~ No prazo do parágrafo anterior, oJuiz, ou o relator, poderá oJlvir terceiros, re-

feridos pelas partes, ou testemunhas, comoconhecedores dos fatos e circunstâncias quepossam influir na decisão da causa.

§ 4" Quando qualquer documento neces­sário a formação da prova se achar em poderde terceiro, o Juiz, ou o relator, poderá ainda,no mesmo prazo, ordenar o respectivo depó­sito.

§ 59 Se o terceiro, sem justa causa, nãoexibir o documento, ou não comparecer aJuízo, será contra ele expedido mandado deprisão e instaurado processo por crime dedesobediência.

Art. 6° Encerrado o prazo da dilaçãoprobatória, nos termos do artigo anterior, aspartes, inclusive o Ministério Público, pode­rão apresentar alegações no prazo comumde dois dias.

Art. 7° Encerrado o prazo para alega­ções, os autos serão conclusos ao Juiz, ouao relator, no dia imediato, para sentençaou julgamento pelo Tribunal.

Parágrafo único. O Juiz, ou Tribunal,formará sua convicção pela livre apreciaçãoda prova, atendendo aos fatos e às circuns­tâncias constantes dos autos, ainda que nãoalegadas pelas partes, mencionando, na deci­são, os que motivaram seu convencimento.

Art. 80 Nos pedidos de registro de candi­datos a eleições municipais, o Juiz Eleitoralapresentará a sentença em cartório três apósa conclusão dos autos, passando a correr des­te momento o prazo de três dias para a inter­posição de recurso para o Tribunal RegionalEleitoral.

§ 1" A partir da data em que for protoco­lada a petição de recurso, passará a correr,independentemente de qualquer notificaçãoao recorrido, o prazo de três dias para a apre­sentação de contra-razões.

§ 2° Apresentadas as contra-razões, oudecorrido o prazo sem elas, serão os autosimediatamente remetidos ao Tribunal Regio­nal Eleitoral, inclusive por portador, se hou­ver necessidade, decorrente de exigüidade deprazo, correndo as despesas do transportepor conta do recorrente.

Art. 99 Se o Juiz Eleitoral não apresentara sentença no prazo do artigo anterior, o pra­zo para recurso só começará a correr apósa publicação da mesma por edital, em Car­tório.

Parágrafo único. Ocorrendo a hipóteseprevista neste artigo, o Corregedor Regional,de ofício, apurará o motivo do retardamentoe proporá ao Tribunal Regional Eleitoral, sefor o caso, a aplicação da penalidade cabível.

Art. 10. Recebidos os autos na Secreta­ria do Tribunal Regional Eleitoral, serão au­tuados e apresentados no mesmo dia ao Presi­dente que, também na mesma data, distri­buirá a um relator,e mandará abrir vistas aoProcurador Regional pelo prazo de dois dias.

Parágrafo único. Findo o prazo, com ousem parecer, os autos serão enviados ao rela­tor, que os apresentará em mesa para julga­mento em três dias, independentemente depublicação em pauta.

Art. 11. Na sessão do julgamento, quese realizará numa só assentada, feito o relatá-

rio, facultada a palavra às partes e ouvidoo Procurador Regional, proferirá o relatoro seu voto e serão tomados os dos demaisJuízes.

§ 1" Proclamado o resultado, o Tribunalse reunirá em Conselho para lavratura doacórdão, no qual serão indicados o direito,os fatos e as circunstâncias que motivaramo seu convencimento.

§ 2° Reaberta a sessão, far-se-ão a leiturae a publicação do acórdão, passando a correrdessa data o prazo de 3 (três) dias, para ainterposição de recurso para o Tribunal Supe­rior Eleitoral. em petição fundamentada.

Art. 12. Havendo recurso para o Tribu­nal Superior Eleitoral, a partir da data emque for protocolada a petição passará a cor­rer, independentemente de qualquer notifi­cação ao recorrido, o prazo de três dias paraa apresentação de contra-razões.

Parágrafo único. Apresentadas as con­tra-razões, ou decorrido o prazo sem elas,serão os autos imediatamente remetidos aoTribunal Superior Eleitoral.

Art. 13. Tratando-se de registro a serjulgado originariamente por Tribunal Regio­nal Eleitoral, observado o disposto no art.6", o pedido de registro, com ou sem impug­nação, será julgado em três dias, independen­temente de publicação em pauta.

Parágrafo único. O julgamento será pro­cedido na forma estabelecida no art. 11, ehavendo recurso para o Tribunal SuperiorEleitoral, observar-se-á o disposto no ar!. 12.

Art. 14. No Tribunal Superior Eleitoral,os recursos sobre registros serão processadose julgados na forma prevista nos arts. 10 e11.

Art. 15. Transitada em julgado a decisãoque declarar a inelegibilidade do candidato,ser-Ihe-á negado registro, ou cancelado, SJ:já tiver sido feito, ou declarado nulo o diplo­ma, se já expedido.

Art. 16. Os prazos a que se referem osarts. 3" e seguintes são peremptórios e contí­nuos e correm em Secretaria ou Cartório e,a partir da data do encerramento do prazopara registro de candidatos, não se suspen­dem aos sábados, domingos e feriados.

Art. 17. É facultado-ao Partido Políticoou coligação que requerer o registro de candi­dato considerado inelegível dar-lhe substitu­to, mesmo que a decisão passada em julgadotenha sido proferida após o termo final doprazo de registro. Neste caso, a respectivaComissão Executiva do Partido fará a escolhado candidato.

Art. 18. A declaração de inelegibilidadedo candidato a Presidênte da República, Go­vernador de Estado e do Distrito Federal e,Prefeito Municipal, não atingirá o candidatoa Vice-Presidente, Vice-Governador ou Vi­ce-Prefeito, assim como a destes não atingiráaqueles.

Art. 19. As trangressões pertinentes aorigem de valores pecuniários, 'abuso do po­der econômico ou político, em detrimentoda liberdade de voto, serão apuradas median­te investigações jurisdicionais realizadas pelo

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Corregedor-Geral e Corregedores RegionaisEleitorais.

Parágrafo único. A apuração e a puniçãodas transgressões mencionadas nacaput terão Q objetivo de proteger a norma­lidade e legiti)TIidade das eleições contra ainfluência do poder econômico ou do abusodo exercício de função, cargo ou empregona administração direta, indireta e fundacio­nal da União, dos Estados, do Distrito Fede­ral e dos Municípios.

Art. 20. O candidato ou Partido Políticosão parte letígima para denunciar os culpadose promover-lhes a responsabilidade; a ne­nhum servidor público, inclusive de autar­quia, de entidade paraestatal e de sociedadede economia mista, será lícito negar ou retar­dar ato de ofício tendente a esse fim, sobpena de crime funcional.

Art. 21. As trangressões pertinentes aorigem de valores, interferência ou abuso dopoder econômico, político ou de autoridade,serão apuradas mediante procedimento su­maríssimo de investigação judicial, realizadaspelo Corregedor Geral e Corregedores Re­gionais Eleitorais, nos termos das Leis n'"1.579, de 18 de março de 1952; 4.410, de24 de setembro de 1964, com as modificaçõesdesta Lei. .

Art. 22. Qualquer Partido Político, can­didato, ou Ministério Público eleitoral pode­rão representar a Justiça Eleitoral, direta­mente ao Corregedor-Geral ou Regional, re­latando fatos e indicando provas, indícios ecircunstâncias e pedir abertura de investiga­ção judicial para apurar uso indevido, desvioou abuso do poder econômico ou do poderde autoridade, em benefício de candidato oude Partido Político, obedecido o seguinte ri­to:1-o Corregedor, que terá as mesmas atri­

buições do relator em processos judiciais, ao·despachar a inicial ordenará:

I - que se notifique o representado doconteúdo da petição, entregando-se-lhe a se­gunda via apresentada pelo representantecom as cópias dos documentos a fim de que,no prazo de 3 (três) dias ofereça ampla defe­sa, juntada de documentos e rol de testemu­nhas, se cabível.

II - que se suspenda o ato que deu motivoà representação quando for relevante o fun­damento e do ato inwugnado poder resultara ineficácia da medida, caso seja julgada pro­cedente;

III - indeferirá desde logo a inicial quan­do não for caso de representação ou lhe faltaralgum requisito desta Lei; .

IV - no caso do Corregedor indeferir areclamação ou representação ou retardar-lhea solução, poderá a interessado renová-la pe­rante o Tribunal que resolverá dentro de 24(vinte e quatro) horas;

V -o interessado, quando não for aten­dido ou ocorrer demora, poderá levar o fatoao conhecimento do Tribunal Superior Elei­toral, a fim de que sejam tomadas as provi-dências necessárias; .

VI - feita a notificação, a Secretaria doTribunal juntará aos autos cópia autêntica

do ofício endereçado ao representado, bemcomo a prova da entrega ou da sua recusaem aceitá-la ou dar recibo;

VII - findo o prazo da notificação. com. ou sem defesa, abrir-se-á prazo de cinco dias

para inquirição em uma só assentada, de tes­tem unhas arroladas pelo representante e pelorepresentado, até o máximo de seis para cadaum, e que comparecerão independentementede intimação;

VIII - nos três dias subseqüentes, o Cor­regedor procederá a todas as diligências quedeterminar, ex offieio ou a requerimento daspartes;

IX - no prazo do inciso anterior, o Corre­gedor, poderá ouvir terceiros, referidos pelaspartes. ou testemunhas, como conhecedoresdos fatos e circunstâncias que possam influirna decisão do feito;

X - quando qualquer documento neces­sário à formação da prova se achar em poderde terceiro. inclusive estabelecimento de cré­dito oficial ou privado, o Corregedor poderá,ainda, no mesmo prazo, ordenar o respectivodepósito ou requisitar cópias;

XI - se o terceiro, sem justa causa, nãoexibir o documento, ou não comparecer aJuízo, será contra ele expedido mandato deprisão e instaurado processo por crime dedesobediência;

XII - Encerrado o prazo da dilação proba­tória as partes, inclusive o Ministério Público,poderão apresentar alegações no prazo co­mum de 2 (dois) dias;

XIII - Terminado o prazo para alegações,os autos serão conclusos ao Corregedor, nodia imediato, para apresentação de relatórioconclusivo sobre o que houver sido apurado;

XIV - O relatório do Corregedor, queserá apresentado em 3 (três) dias, e os autosda representação serão encaminhados ao Tri­bunal competente, no dia imediato, com pe­dido de inclusão incontinenti do feito em pau­ta, para julgamento na primeira sessão subse­qüente;

XV - No Tribunal, o Procurador-Geralou Regional Eleitoral terá vista do~autos por48 (quarenta e oito) horas, para se pronunciarsobre as imputações e conclusões do Rela­tório;

XVI - Julgado procedente a representa­ção, o Tribunal declarará a inelegibilidadedo representado e quantos hajam contribuídopara a prática do ato, cominando-lhe sançãode inelegibilidade para as eleições a se reali­zarem nos 3 (três) anos subseqüentes à elei­ção em que se verificaram, além da cassaçãodo registro do candidato diretamente benefi­ciado pela interferência do poder econômicoe o desvio ou abuso do poder de autoridade,determinando a remessa dos autos ao Minis­tério Público Eleitoral, para instauração doprocesso disciplinar, se for o caso e, processo­crime, ordenando quaisquer outras providên­cias que a espécie comportar;

XVII - Se a representação for julgadaprocedente após a eleição do candidato, se­rão remetido cópias de todo o processo aoMinistério Público Eleitoral, para os fins pre-

vistos no art. 14, §§ 10 e 11 da ConstituiçãoFederal. e art. 262, inc. IV, do Código Elei­toral.

Parágrafo único. O recurso contra a diplo­mação interposto pelo Representante, nãoimpede a atuação do Ministério Público nomesmo sentido.

Art. 23. O Tribunal formará sua convic­ção pela livre apreciação de fatos públicose notórios, dos indícios e presunções e provaproduzida, atentando para circunstâncias oufatos, ainda que não indicados ou alegadospelas partes. mas que preservem o interessepúblico da lisura eleitoral.

Art. 24. Nas eleições municipais, o JuizEleitoral será competente para conhecer eprocessar a representação prevista nesta Lei,exercendo todas as funções atribuídas ao Cor­regedor-Geral ou Regional, constantes dositens do referido artigo, cabendo ao Repre­sentante do Ministério Público Eleitoral emfunção na Zona Eleitoral as atribuições defe­ridas ao Procurador-Geral e Regional Eleito­ral, observadas as normas do procedimento.previstas nesta Lei.

Art. 25. Constitui crime eleitoral a ar­güição de inelegibilidade, ou a impugnaçãode registro de candidato feita com motivaçãofalsa, ou graciosamente, por espírito de emu­lação, mero capricho ou erro grosseiro, bemcomo a representação por interferência dopoder econômico, desvio ou abuso do poderde autoridade, deduzida de forma temeráriaou de manifesta má-fé.

Pena: detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)anos, e multa de 20 (vinte) a 50 (cinqüenta)vezes o valor do Bônus do Tesouro Nacionale, no caso de sua extinção, de título públicoque o substitua.

Art. 26. O Tribunal Superior Eleitoralexpedirá Instruções para o processamento doregistro de candidatos e a apuração e julga­mento das representações por interferênciado poder econômico, desvio ou abuso do po­der de autoridade, na forma estabelecida nes­ta Lei.

Art. 27. Fica revogada a Lei Comple­mentar n" 5, de 29 de abril de 1970.

Art. 28. Esta Lei Complementar entraem vigor na data de sua publicação, revo­gadas as disposições em contrário.

PARECER DO RELATORA Constituição Federal estabeleceu, dire­

tamente, vários casos de inelegibilidade noart. 14, §§ 4° a 7". As normas contidas nessesparágrafos são de eficácia plena e aplicabi­lidade imediata.

A nova Carta, no § 9', do citado artigo,determinou que lei complementar estabele­cerá outros casos de inelegibilidade e os pra­zos de sua cessação , a fim de proteger anormalidade e legitimidade das eleições con­tra a influência do poder econômico ou oabuso de função, cargo ou emprego na admi­nistração direta ou indireta.

Na vigência da Constituição anterior, asinelegibilidades estavam reguladas principal­mente na Lei Complementar no 5, de 29 de

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1059

abril de 1970 e em alguns dispositivos da pró­pria Constituição.

O Tribunal Superior Eleitoral, em sessãode 19/12/89, julgando consulta específica(Processo n" 10.692), entendeu, nos termosdo voto do Relator, Ministro Robelio Rosas,ser necessária a edição de nova norma com­plementar, dispondo sobre prazos de desin-

. compatibilização, firmando a jurisprudênciade que se encontra revogada, no particular,a Lei Complementar n" 5170, por força daEmenda Constitucional n" 26, de 1986.

Firmou ainda o Egrégio Tribunal SuperiorEleitoral o entendimento de que a referidanorma complem~ntarque venha a ser aditadapelo Congresso Nacional será normalmenteaplicada ao pleito de 1990, dado seu caráterpermanente e não apenas modificativo depreceitos que preexistam, regendo o processoeleitoral, o que a exclui do alcance do art.16, da Constituição Federal.

Torna-se, assim, urgente e imperioso edi­tar norma complementar que preencha essalacuna legal, para proteger a normalidade elegitimidade do próximo pleito e dos que selhe seguirem.

No texto que ora apresentamos procura­mos definir os outros casos de inelegibilida­des e estabelecer os prazos de sua cessação,aproveitando na tipificação desses casos aprópria experiência eleitoral anterior; na vi­gência da norma complementar de 1970, sem­pre norteado pela finalidade de proteger oprocesso eleitoral e a livre manifestação davontade popular contra a influência do podereconômico ou o abuso de função, cargo ouemprego na administração pública direta ouindireta.

No tocante aos prazos, fixou-se como exi­gência máxima o prazo de 6 (seis) meses porsimetria às próprias normas constitucionaisvigentes que exigem esse prazo para os casosde inelegibilidade ali definidos (§§ 5', 6' e7' do art. 14).

O domicílio eleitoral que, pela Lei Com­plementar n' 5170, constituía casos de inelegi­bilidade, com o advento da nova Constituiçãopassou a ser condição de ilegibilidade, con­forme 'disposto no § 3', do citado art. 14,razão pela qual foi excluído do presente pro­jeto de norma complementar.

Prevê, igualmente, o presente projeto, aprocessualística e ser seguida pela JustiçaEleitoral nos casos de argüição de inelegibi­lidade, bem como de cassação de registro decandidato ou de seu diploma por crime deabuso do poder econômico ou do exercíciode função, cargo ou emprego na administra­ção pública. Tal processo segue, com as adap­tações necessárias ao respeito à nova ordemconstitucional, o determinado pela legislaçãoanterior.

Acreditamos que o processo será adequadopara a realização dos ritos da Justiça Eleito-,ral, com o objetivo de termos, na espécie,uma Justiça rápida, eficiente, mas que, acimade tudo, permita a ampla defesa, e a garantiadas pessoas e das instituições democráticas.

Sala das Sessões, 8 de março de 1990. ­Deputado'Genebaldo Correia, Relator

PROJETO DE RESOLUÇÃON' 460.A, DE 1986

(Do Sr. Victor Faccioni)Cria a Comissão Parlamentar de In.

quérito destinada a apurar as causas daextinção do Banco Nacional da Habita·ção; tendo parecer da Mesa pela rejeição.

(Projeto de Resolução n" 460, de 1986,a que se refere o parecer.)

A Câmara.dos Deputados resolve:Art. I' E criada a Comissão Parlamentar

de Inquérito destinada a apurar as causas econseqüências da extinção do Banco Nacio­nal da Habitação BNH e as alternativas deação do Estado no campo habitacional.

Art. 2" A Comissão será constituída deonze membros efetivos e igual número desuplentes, com prazo de 120 dias, a partirde sua instalação, prorrogável por mais 60dias para a execução dos trabalhos.

Art. 3' Esta resolução entra em vigor nadata de sua publicação.

Justificação

Poucos dias após a memorável demonstra­ção popular de civismo expressada pelo ma­ciço comparecimento âs urnas, no último 15de novembro, para escolhá do novo Congres­so Constituinte, a sociedade brasileira assistiuestarrecida à comunicação dos Senhores Mi­nistros da Fazenda, do Planejamento e doTrabalho, presidida pelo primeiro, sobre oconjunto de medidas econômicas destinadasa ajustar e corrigir as distorções do Planode Estabilização Econômica, instituído a 28de fevereiro último.

Dentre tais providências figura a que extin­gue o Banco Nacional da Habitação, criadopela Lei n" 4.380, de 21 de agosto de 1964e transformado em empresa pública pela Lein' 5.762, de 14 de dezembro de 1971.

Diante da extinção do BNH, torna-se ne­cessária que o governo esclareça à Nação qualo custo financeiro e quais as conseqüênciaseconômico-sociais para o País da extinção doórgão responsável pela política habitacionalbrasileira, destacando as vantagens e desvan­tagens da extinção e alternativas, uma vezque com BNH ou sem BNH as dívidas soSistema terão que ser resgatadas, de qualquerforma, mas o elevado déficit habitacional seagravará, na falta de um órgão ágil, habili­tado à implementação de uma política habita­cional capaz de atender ás necessidades dafamília dos trabalhadores de todo o Brasil.Sabe-se que o BNH investiu na formação deseu pessoal, que, hoje constitui um valiosoacervo de recursos humanos.

Outro ponto importante a ser esclarecidoé quanto ao corpo de funcionários, pessoalaltamente capacitado e especializado que re­presenta um investimento em termos de re­cursos humanos, ficando agora a mercê daincerteza, pois não se sabe se vai ser aprovei­tado em conjunto ou dispensado, ou se sim­plesmente será disperso para ser jogado navala do desemprego. A dispersão ou a dispen­sa implica custos, sem que se saiba a quemserve tal situação.

Isentando-nos de apreciar o conteúdo demérito da decisão governamental, cumpre­nos ressaltar, contudo, a extraordinária im­portância do fato ante a magnitude de seusefeitos sobre a vida social do País, os quaisentendem-se muito além do' desemprego demilhares de funcionários, ou a eventual para­lisação de obras'e serviços na área da constru­ção de casas populares e do saneamento bási­co, desemprego na construção civil e tudo,o mais. Preliminarmente supreende-nos queo Poder Executivo tenha assumido posturatão desdenhosa ao momento político e à re­presentação popular institucionalizada ao in­tervir tão drasticamente ao ordenamento eco­nômico, por meio de instrumento jurídicoanacrônico e odioso tal como o famigeradodecreto-lei, em olímpico desprezo à conciên­cia democrática nacional que repele energica­mente o exercício discriminatório do Poder,sobretudo num momento em que toda a so­ciedade se engaja no esforço de democra­tização do País.

Na verdade, o processo de tomada de deci­sões quanto à política habitacional do estadobrasileiro sempre se caracterizou pela exclu­são de vastos segmentos sociais envolvidosdiretamente na questão. Se no contexto deum regime autoritário, tal procedimento eravergonhoso e inaceitável, o que dizer deleagora, na vigência de uma apregoada demo­cracia da Nova República?

Ao decidir não remeter a matéria ao Con­gresso e assim submetê-Ia ao debate nacional,visando maior transparência das decisões, ogoverno continua o jogo autoritário que sesupnha já ultrapassado e típico do estado bu­rocrático-militar. E isso não podemos aceitar.

Pelo que sabemos, existem estudos sériossobre a ação do BNH, fundamentados numavisão crítica de suas realizações, com indica­ções de alternativas para a restruturação detodo o sistema. Sabemos também que emagosto o presidente do órgão enviou ao Mi­nistro do Desenvolvimento Urbano relatóriosobre as conclusões do grupo de estudo, indi­cando possíveis linhas de ação para o BNH.Apesar de chegar às mãos do Ministro' daFazenda, nem os diretores ou equipe técnicado banco tiveram qualquer reposta.

A decisão foi tomada, mais uma vez, emsegredo. Perguntamos: por que o receio dedebate, se a decisão de extinção for acertada?E se for um equívoco, quem paga por ela,se não toda a sociedade?

Em recente Carta Aberta à população, osfuncionários do BNH acentuam que as pro­postas defendidas por eles são no sentido da"transformação do BNH de uma instituiçãofinanceira para um 'banco social que atendaefetivamente a população". E se propõema colocar os arquivos e documentos do órgãoà disposição da sociedade brasileira para que,através do Congresso, venha a decidir sobreos destinos do banco.

A propósito, vale transcrever aqui, nestajustificativa, artigo "Hora de Pensar" - pu­blicado na Imprensa Nacional, "Hora de Pen­sar" - o BNH e o seu último balanço, deautoria de Mário Trindade que foi Presidente

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do BNH entre 1966 e 1977 e Conselheirodo Banco de 1983 a 1986:

"Cabe aqui, melancolicamente, a consta­tação de que o Banco Nacional da Habitação- BNH foi criado no governo autoritáriodo Presidente Castelo Branco, pela Lei n'4.380, de 21 de agosto de 1964, mediante

. projeto do Executivo discutido e votado peloCongresso Nacional. Foi extinto no governodemocrático da Nova República por um de­creto-lei que ao que parece não poderá serapreciado sequer pelo atual Congresso, nempelo futuro Legislativo. Qual terá sido a ori­gem da decisão, sua causa predominante?

Depois de vinte meses do governo, de oitomeses do Plano Cruzado não terá havido tem­po para a solução das prerplexidades em facedos problemas gerados em governos anterio­res? Ou terá havido impaciência, impulso earbítrio declarando-se o banco incompatívelcom os dogmas ou postulados da inflação ze­ro? Terá sido o BNH o "bode expiatório"para que s,e inaugure no Brasil uma novatransparência nas decisões de Governo?

Afirma-se que o BNH estava falido. Fali­das estão ou estarão todas as organizaçõesque tiverem os seus ativos corrigidos, por de­cisão das autoridades competentes, em pro­porção inferior à correção do seu passivo.Ainda assim se repetiram decisões desta natu­reza em relação ao banco e aos sistemas porele regidos, em 1974, com a manipulação dacorreção monetária; em 1980, com a correçãomonetária prefixada em 50% e uma inflaçãode 110% a partir de 1982, com a inflaçãorapidamente crescente que gerou sucessivasmanipulações por decreto, reduzindo as pres­tações dos mutuários, concedendo-se "bô­nus" habitacional e finalmente, em julho de1985, concedendo-se reajustes de 112% nasprestações, contra uma inflação real de246%.

O Conselho de Administração do Banconão foi ouvido, tomando conhecimento detodas essas medidas a posteriori ou pelos jor­nais. Apesar de tudo isso, a recuperação dobanco e de seus sistemas, em que pesem osestrangulamentos causados pela falta deaprovação de seus orçamentos, em 1985(aprovado em agosto de 1985) e em 1986.estaria equacionada e em andamento. A per­plexidade diante dos avassaladores proble­mas criados pelo descompasso entre o cresci­mento e a urbanização da população, a neces­sidade de fazer em face dos investimentosdemográficos em geral e àqueles ligados àhabitação, ao saneamento e aos serviços ur·banos levam às soluções simplistas.

A economia do País não pode gerar recur­sos fiscais em quantidade suficiente e em tem­po hábil para fazer face a eles. O caminhoadotado em 1964 foi buscarmos a poupançalivre. Em 1966, a poupança compulsória, como FGTS, e nos program.as do banco, coma poupança induzida. O sistema montado ba­seou-se em modelo atuarial desenvolvido eimplantado baseado na capitalização dos re­cursos a uma taxa mínima igual à taxa decrescimento da população (3%) e uma taxamédia de 6,5 a 7% capazes de assegurar, a

longo prazo, a formação de ativos cujo retor­no e rentabilidade proporcionariam os recur­sos de que o País necessitaria para fazer faceà demanda de investimentos demográficos,juntamente com os novos recursos de pou­pança.

O custeio e os riscos eram cobertos peladiferença entre a taxa média de rentabilidadedos ativos e o custo médio dos recursos doFGTS, que chegava a 4,8/5%. Em 1970, atin­gimos custos administrativos de 1,6% sobreas aplicações do ano e 0,9% sobre o totaldo ativo. Além da margem de 1,5 a 2%, tinhao BNH uma taxa de abertura de crédito de1%, por si só capaz de cobrir aquele custeio.Apesar disso, e desde então até hoje, as taxas'do sistema foram e são as menores do mer­cado financeiro.

O Know how adquirido pelo sistema temsido objeto de apreciações as mais gratifi·cant~s para todos aqueles que tiveram o privi­légio de imaginá-lo, dirigí-lo ou executá-lo-dirigentes, funcionários, técnicos e agentesde toda espécie. Sua performance até 1986,com todas as vicissitudes do País e do banco,permitiu:

a) canalizar para o setor 36 bilhões de dóla­res, gerando investimentos de mais de 50 bi­lhões de dólares, com ínfima participação derecursos fiscais;

b) água potável acerca de 68 milhões depessoas;

c) redes de esgotos par atender a 24 mi­lhões de pessoas;

d) a produção de mais de 4,5 milhões dehabitações, 60% das quais destinadas a famí·lias com renda de até cinco salários mínimos;

e) a presença de obras de habitação, sa·neamento ou de serviços urbanos, financia­das pelo BNH, em mais de 4 mil localidades,situadas em cerca de 2.500 minicípios e dasquais 70% têm população inferior a 5 milhabitantes. E mais: o banco atuou como ins­trumento de redistribuição espacial da renda,ao aplicar nas regiões Norte e Nordeste oquádruplo dos recursos que nelas arrecadaraao destinar aos Estadas e municípios commenor receita tributária per capita taxas dejuros sensivelmente inferiores às cobradasdos Estados e municípios mais prósperos doPaís.

Por tudo isso esperamos da sociedade bra­sileira que pense um pouco como estaria aqualidade de vida nas cidades brasileiras nãofossem essas realizações.""Istó E" 3-12-86.

Entendemos ser de absoluta importânciatrazer à discussão pública nacional os fatosque levaram à decisão tomada de forma tãoautoritária, através de decreto-lei. Não é maispossível conviver com tanto segredo numapolítica que se pretende, pelo menos ao níveldo discurso oficial, democrática. Antes demais nada, o direito dos cidadãos a informa­ção sobre uma política que lhes diz respeitodiretamente, deve ser preservado. Isto se qui­zermos realmente construir uma democracianeste País.

São esses os fatos e considerações que noslevam a solicitar a instauração de uma CPI

sobre o BNH, como forma de conhecer etornar públicos os mecanismos que levaramà decisão de extinção do Banco. É urgentee inadiável lograrmos a necessária transpa­rência do processo decisório nas várias instân­cias de poder, uma vez que esta é uma dascaracterísticas principais das democraciasmodernas.

Sala das Sessões, de de 1986. - De·putado Victor Faccioni.

REQUERIMENTO DEDESARQUIVAMENTO

Excelentíssimo SenhorDeputado Paes de AndradeDD. Presidente da Câmara dos Deputados

Requeiro nos termos regimentais da Reso­lução n' 6/89, o desarquivamento de minhasproposições, conforme relação em anexo.

Brasília, 2 de maio de 1989. - Nestes ter­mos pede deferimento, Deputado Victor Fac­cioni.

Relação dos Projeto de Lei apresentadospelo Deputado Victor Faccioni:

Projetos n's - PEC 00002/88 - PL00417/88 - PL OlQ53/83 - PL 03494/84­PL 03901/84 - PL 03998/84 - PL 04054/84- PL 04477/84 - PL 04871/81 - PL05414/85 - PL 06072/85 - PL 06376/85 ­PL 06730/85 - PL 06763/85 - PL 06764/85- PL 07105/85 - PL 07601/86 - PL08167/86 - PL 00013/83 - PL 00074/83 ­PLP 00411/86 - PLP 00426/86 - PCR00019/87 - PRC 00217/84 - PRC 00460/86.

PARECER DO SENHORPRIMEIRO VICE-PRESIDENTE.

I - Relatório

Com o Projeto de Resolução em epígrafe,o SI. Deputado Victor Faccioni intenta criarComissão Parlamentar de Inquérito destina­da a apurar as causas e conseqüências da ex­tinção do Banco Nacional da Habitação ­BNH e as alternativas de ação do Estadono campo habitacional.

O artigo 2' da proposição determina quea Comissão será constituída de onze membrosefetivos e igual número de suplentes, comprazo de 120 dias, a partir de sua instalação,prorrogável por mais 60 dias para a execuçãodo trabalho.

É o Relatório.11 - Voto do Relator

Trata-se de iniciativa apresentada em 1986e que foi desarquivada a requerimento doautor, com fundamento na Resolução n'06/89.

Todavia, sem entrarmos no mérito da pro­pqsta, cuja finalidade não questionamos, en­tendemos, porém, que o Projeto de criaçãodesta CPI não satifaz os requisitos regimen­tais, no que se refere ao quorum de apresen­tação previsto no caput do art. 35 do Regi­mento Interno.

Assim, o nosso voto é pela rejeição desteProjeto, de autoria do SI. Deputado VictorFaccioni.

Sala das Reuniões da Mesa, em 21 de feve­reiro de 1990. - Deputado Inocêncio Olivei­ra, Relator.

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1061

In - Parecer da Mesa

A Mesa, na reunião de hoje, presentes osSenhores Deputados: Paes de Andrade, Pre­sidente; Inocêncio Oliveira, 1° Vice-Presi­dente (relator); Wilson Campos, 2° Vice-Pre­sidente; Luiz Henrique, 1° Secretário; EdmeTavares, 20 Secretário; Carlos Cotta, 3° Secre­tário e Ruberval Piloto, 4° Secretário; apro­vou o parecer do Relator, pela rejeição doProjeto de Resolução no 460, de 1986, deautoria do Senhor Deputado Victor Faccioni,que "cria a Comissão Parlamentar de Inqué­rito destinada a apurar as causas da extinçãodo Banco Nacional da Habitação".

Sala das Reuniões, 21 de fevereiro de 1990.- Deputado Paes de Andrade, Presidenteda Câmara dos Deputados.(Republica-se em virtude de novo despachodo SI. Presidente - art. 2° da Resolução n"6/89.)

PROJETO DE LEI N° 5.009-A, DE 1985

(Do SI. Floriceno Paixão)

Dispõe sobre o salário mínimo profis­sional dos Técnicos Industriais de nívelmédio; tendo parecer, da Comissão deConstituição e Justiça e Redação, pelainconstitucionalidade e falta de técnicalegislativa.

(Projeto de Lei n° 5.009, de 1985, aque se refere o parecer.)

O Congresso Nacional decreta:Art. 19 Fica instituído, em todo o terri­

tório nacional, o salário mínimo profissionaldos Técnicos Industriais de nível médio (Lein9 5.524, de 5 de novembro de 1968).

Art. 29 As horas excedentes do horárionormal de trabalho serão pagas como serviçoextraordinário na base de 50% (cinqüentapor cento) sobre a hora excedente.

Art. 39 A remuneração do trabalho no­turno será paga na base dê remuneração dotrabalho diurno, acrescida de 25% (vime ecinco por cento).

Art. 49 Considera-se salário mínimo pro­fissional dos Técnicos Industriais de nível mé­dio a remuneração mínima paga pelos servi­ços prestados pelos referidos profissionais,com relação de emprego em empresas indivi­duais ou coletivas, de qualquer natureza ouatividade. .

Art. 5° Fica estabelecido o salário míni­mo profissional dos Técnicos Industriais denível médio em quantia igual a 6 (seis) vezeso salário mínimo legal, de maior valor vigenteno País.

Art. 6' Quando, por disposição contra­tual, a duração do trabalho diário do profis­sional for inferior ao horário normal da em­presa, a remuneração mínima será propor­cionaI ao número de horas diárias de traba­lho, assegurando o piso salarial de 2 (dois)salários mínimos.

Art. 79 Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 89 Revogam-se as disposições emcontrário.

Justificação

A Lei n" 5.524, de 5 de novembro de 1968.dispõe sobre o exercício da atividade profis­sional de Técnico Industrial de nível médio'que, segundo o mencionado diploma legal,efetiva-se no seguinte campo de realizações:

-conduzir a execução técnica dos traba­lhos de sua especialidade;

- prestar assistência técnica no estudo edesenvolvimento de projetos e pesquisas tec­nológicas;

- orientar e coordenar a execução dos ser­viços de manutenção de equipamentos e ins­talações;

- dar assistência técnica na compra. vendae utilização de produtos e equipamentos es­pecializados;

- responsabilizar-se pela elaboração eexecução de projetos, compatíveis com a res­pectiva formação profissional.

Como se verifica. os profissionais em ques­tão exercitam atividades de indiscutível valiapara o -País, ora em destacada fase de desen­volvimento industrial.

Estabelecidas, portanto, as normas para osdesempenho de tão importantes tarefas, fa­zia-se inister acompanhá-Ias da fixação de umsalário capaz de atender às necessidades eà projeção da citada categoria.

Prevê, assim. o presente projeto, o salárioprofissional dos Técnicos Industriais de nívelmédio em 6 (seis) vezes o maior mínimo legal.

Vale ressaltar que. não obstante algunspronunciamentos em contrário, a fixação desalários especiais para determinadas catego­rias de trabalhadores não fere o princípio daisonomia, inscrito no art. 150, § 19 , da CartaMagna, pois como Pontes de Miranda, o prin­cípio em foco estabelece apenas uma igual­dade formal, "não igualiza materialmente"(Comentário à Constituição, volume IV, pág.312).

Outra não é a opinião do ex-Ministro doTrabalho, Arnaldo Sussekind, que, em seulivro "Instituições de Direito do Trabalho".pág. 455, assim se manifesta:

"O que a Constituição proíbe é queos direitos, garantias e benefícios assegu­rados de maneira legal ou para determi­nada categoria distingam entre os traba­lhadores manuais ou técnicos e os inte­lectuais integrantes de grupo a que serefere a lei. E tanto assim é que paraos bancários, os jornalistas, os telegra­fistas, etc., a duração normal do trabalhoé inferior à determinada como regra ge­rai; os trabalhadores portuários rece­bem, por hora de trabalho extraordiná­rio. salário adicional superior ao que per­cebem os demais trabalhadores; diversascategorias profissionais possuem regula­mentações especiais que asseguram aseus componentes direitos que lhes COn·cernem, etc."

Para concluir:

"Parece-nos, em face do exposto, nadaobstar, sob o aspecto constitucional, a fixaçãolegal do salário profissional. "

A própria regulamentação da atividade­profissional de Técnico Industrial de nívelmédio, aprovada pela Lei n" 5.524/68, atri·buindo à classe determinadas prerrogativas,não reconhecidas aos trabalhadores em geral,confirma a tese ora defendida, da constitucio­nalidade da fixação do chamad~ salário pro­fissional para certas categorias de trabalha­dores de alta qualificação ou especialização.

Finalmente. o estabelecimento de salárioscondignos representa um atrativo a mais parao ingresso na carreira de Técnico Industrialde nível médio. cujos trabalhos se fazem in·dispensáveis ao crescente desenvolvimentoindustrial do País.

Sala das Sessões. de março de 1985. ­Floriceno Paixão.

LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DASCOMlSSÕES PERMANENTES

LEI N° 5.524,DE 5 DE NOVEMBRO DE 1968

Dispõe sobre o exercício da profissãode Técnico Industrial de nível médio.

Art. 1° É livre o exercício da profissãode Técnico Industrial de nível médio, obser­vadas as condições de capacidade estabele­cidas nesta lei.

Art. 2" A atividade profissional de Téc­nico Industrial de nível médio efetiva-se noseguinte campo de realizações:

I - conduzir a execução técnica dos traba­lhos de sua'especialidade;

11 - prestar assistência técnica no estudoe desenvolvimento de projetos e pesquisastecnológicas;

111 - orientar e coordenar a execução dosserviços de manutenção de equipamentos einstalações;

IV - dar assistência técnica na compra,venda e utilização de produtos e equipamen­tos especializados;

V -responsabilizar-se pela elaboração eexecução de projetos, compatíveis com a res­pectiva formação profissional.

Art. 39 O exercício da profissão de Téc­nico Industrial de nível médio é privativo dequem:

I - haja concluído um dos cursos do se­gundo ciclo de ensino técnico industrial, te­nha sido diplomado por escola oficial autori·zada ou reconhecida. de nível médio, regular­mente constituída nos termos da Lei n" 4.024,de 20 de dezembro de 1961;

U - após curso regular e válido para oexercício da profissão, tenha sido diplomadopor escola ou instituto técnico industrial es­trangeiro e revalidado seu diploma no Brasil,de acordo com a legislação vigente;

lU - sem os cursos e a formação atrás refe·ridos, conte. na data da promulgação destalei, 5 (cinco) anos de atividade integrada nocampo da técnica industrial de nível médioe tenha habilitação reconhecida por órgãocompetente.

Art. 4" Os cargos de Técnico Industrialde nível médio, no serviço público federal,estadual ou municipal ou em órgãos dirigidos

1062 Qunnta-feira ~ DIÁRIO DO \CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

indiretamente pelo poder público, bem comona economia privada, somente serão exer­cidos por profissionais legalmente habilita­dos.

Art. 50 O Poder Executivo promoveráexpedição de regulamentos, para execuçãoda presente lei.

Art. 6~ Esta lei será aplicável, no quecouber, aos técnicos agrícolas de nível médio.

Art. 7° A presente lei entra em vigor nadata de sua publicação.

Art. 8° Revogam-se as disposições emcontrário.

Brasília, 26 de abril de 1989A Sua Excelência o SenhorPaes de AndradeDD. Presidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente:Requeiro a Vossa Excelência, na forma da

Resolução n' 6/89, o desarquivamento dosseguintes projetos de minha autoria:

N's 1.024/83 - 2.565/83 - 2.593/83 ­2.906/83 - 2.928/83 - 3.029/84 - 3.073/84- 3.633/84 - 3.653/84 - 3.694/84 ­3.773/84 - 3.816/84 - 3.861/84 - 3.940/84- 4.072184 - 4.347/84 - 4.641/84 ­4.803/84 - 4.832/84 - 4.886/84 - 4.908/84- 5.009/85 - 5.181185 - 5.394/85 ­5.642/85 - 5.702/85 - 5.724185 - 5.884/85- 6.221185 - 6.236/85 - 6.335/85 ­6.423185 - 6.733/85 -7.789/86 -7.879/86

8.1j3Js~6/81~.134~8J30/~.~39/8~·\3 ~:~:0/86- 8.231186 - 8.232/86 - 8.354/86 ­8.437186 - 8.438/86 - 237187.

Atenciosamente, Deputado Floriceno Pai­xão.

RESOLUÇÃO No 6,DE 4 DE ABRIL DE 1989

Determina o arquivamento das propo­sições que menciona.

A Câmara dos Deputados resolve:Art. I' Das proposições que se encon­

travam em tramitação no dia 4 de outubrode 1988, ficam arquivadas as seguintes, te­nham ou não parecer:

a) as de iniciativa de deputados ou de co­missão permanente; e

b) as que, iniciadas na forma da alínea a,foram emendadas no Senado Federal.

Parágrafo único. Não esta sujeitos ao ar­quivamento os projetos que, embora na situa­ção prevista no caput deste artigo, sofreramanexação de outros apresentados a partir de5 de outubro de 1988.

Art. 2' Fica facultado ao autor, no prazode 30 (trinta) dias da promulgação desta reso­lução, requerer o desarquivamento das pro­posições referidas no art. 1', caso em quese fará nova distribuição, mantendo-se, po­rém, o número original e sua procedênciapara todos os efeitos regimentais.

Art. 3' As proposições da iniciativa deoutros poderes ou do Senado Federal, quese encontravam em tramitação no dia 4 deoutubro de 1988, serão remetidas à Mesa paraefeito de redistribuição, considerando-se não

,escritos os pareceres emitidos até aquela da­ta.

Art. 4' Esta resolução entra em vigor nadata de sua publicação.

Art. 5' Revogam-se as disposições emcontrário.

Câmara dos Deputados, 4 de abril de 1989.- Deputado Paes de Andrade,Presidente daCâmara dos Deputados.

PARECER DA COMISSÃO DECONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA

E REDAÇÃO

I - Relatório

Através do projeto, institui o eminente De­'putado Floriceno Paixão o salário mínimoprofissional dos Técnicos Industriais de nívelmédio, vinculado ao valor do maior saláriomínimo vigente no País, à razão de 6 (seis)vezes o referido valor.

Dispõe, ainda, no sentido de que o serviçoextraordinário seja pago na base de 50% (cin­qüenta por cento) de acréscimo à remune­ração fixada, fazendo jus o trabalho noturnoa 25% (vinte e cinco por cento) mais queo diurno.

Propõe, finalmente o ilustre autor que aremuneração mínima seja proporcional aonúmero de horas.de trabalho, quando a dura­ção do trabalho diário do profissional for infe­rior ao horário normal da empresa, assegu­rado ao Técnico Industrial de nível médioo piso salarial de 2 (dois) salários mínimos.

É o relatório.

II - Voto do Relator

O projeto em exame data de 1985, sendo,portanto, bastante antigo, elaborado muitoantes da promulgação na nova ConstituiçãoFederal, em 5 de outubro de 1988.

Com efeito, assim dispõe a Carta Mag­na:

"Art. 7° São direitos dos trabalha­dores urbanos e rurais, além de outrosque visem à melhoria de sua condiçãosocial:

IV - salário mínimo, fixado em lei,( ... )sendo vedada sua vinculação para qual­quer fim;

XVI - remuneração do serviço ex­traordinário superior, no mínimo, emcinqüenta por cento à do normal;

Assim, sentimo-nos compelidos a opinarpela inconstitucionalidade deste projeto, noque tange ao inciso IV do Art. 7' da Consti­tuição Federal (vinculação do salário mínimoprofissional ao valor do maior salário mínimovigente no País).

Manifestamo-nos, outrossim, contraria­mente à proposição, por atritar-se, também,com a boa técnica legislativa, ao reivindicarum tratamento especial relativo à remune-

ração do serviço extraordinário, já constantedo texto constitucional (inciso XVI do Art.7').

Em face do exposto, somos contrários àaprovação do Projeto n' 5.009/85 por padecerde inconstitucionalidade e não observar a boatécnica legislativa.

Sala da Comissão, 28 de agosto de 1989.- Deputado Adolfo Oliveira, Relator.

IH - Parecer da Comissão

A Comissão de Constituição e Justiça ede Redação, em reunião ordinária plenáriarealizada hoje, opinou unanimemente pelainconstitucionalidade e falta de técnica legis­lativado Projeto de Lei n° 5.009/85, nos ter­mos do parecer do relator.

Estiveram presentes os Senhores Deputa­dos: Nelson Jobim, Presidente; João Natal,Vice-Presidente; Arnaldo Moraes, Carlos Vi­nagre, Harlan Gadelha, Helio Manhães, JoséDutra, Leopoldo Souza, Mendes Ribeiro,Costa Ferreira, Aloysio Chaves, Eliézer Mo­reira, Francisco Benjamim, Horácio Ferraz,Jorge Hage, Gerson Peres, Doutel de Andra­de, Benedito Monteiro, Gastone Righi, JoséGenoíno, Adolfo Oliveira, Nilson Gibson,Osvaldo Macedo, Plínio Martins, RenatoVianna, Rosário Congro Neto, Sérgio Spada,Messias Góis, Ney Lopes, Oscar Corrêa, Jua­rez Marques Batista, Sigmaringa Seixas,Ibrahim Abi-Ackel, Roberto Torres, AfrísioVieira Lima, Antônio Mariz, Alcides Lima,Adylson Motta, Gonzaga Patriota, EduardoBonfim, Lélio Souza, Wagner Lago e JesusTajra.

Sala da Comissão, em 22 de novembro de1989. - Deputado Nelson Jobim, Presidente- Deputado Adolfo Oliveira, Relator.

PROJETOS APRESENTADOS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVON' 173, DE 1990

(Da Comissão Mista)

Disciplina as relações jurídicas decor­rentes da adoção da Medida Provisórian° 91, de 29 de setembro de 1989, que"dispõe sobre o reajuste dos benefíciosde prestação continuada mantidos pelaPrevidência Social".

(Á Comissão de Constituição e Justiçae de Redação.)

O Congresso Nacional decreta:Art. I" As relações jurídicas decorrentes

da incidência da Medida Provisória n' 91, de29 de setembro de 1989, serão regidas pelalegislação vigente até a data da respectivapublicação.

Art. 2· Este Decreto Legislativo entraem vigor na data de sua publicação.

Art. 3' São revogadas as disposições emcontrário. .

Justificação

Tendo o Congresso Nacional, nos termosregimentais, deixado de coverter em lei a Me­dida Provisória no 91, de 29 de setembro de1989, e considerando, ainda, o ato da Presi­dência, declarando insubsistente a matéria,cabe ao Poder Legislativo, na forma prevista

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1063

na parte final do parágrafo único do artigo62 da Constituição, disciplinar as relações ju­rídicas decorrentes do período de eficácia ju­rídíca do diploma.

Tendo em vista .as razões que levaram oscongressistas à rejeição da proposta execu­tiva, parece-nos que a única opção cabívelpara o caso é a manutenção da legislação

o vigente até a data da publicação da indigitadaMedida Provisória.

Com o propósito acima referido, apresen­tamos o presente Projeto de Decreto Legisla­tivo, que deverá ter a tramitação preconizadana Resolução n" 01189 (CN).

Sala das Comissões, ,- Sena-dor Marco Maciel, Presidente - DeputadoTidei de Lima, Relator - Senador NaborJúnior - Deputado Edvaldo Holanda - De­putado José Tavares - Senador Jamil Had·dad - Deputado Mussa Demes - SenadorMárcio Lacerda.

LEGISLAÇÃO CITADA. Ij.NEXADAPELA COORDENAÇAO DASCOMISSÓES PERMANENTES

REPÚBLICA FEDERATIVADO BRASIL

1988...........................................................

TÍTULO IVDa Organização dos Poderes

..........................................................CAPÍTULO I

Do Poder Legislativo..........................................................

SEÇÃO VIIIDo Processo Legislativo

SUBSEÇÃO 11Da Emenda à Constituição

Art. 62. Em caso de relevância e urgên­cia, o Presidente da República poderá adotarmedidas provisórias, com força de lei, deven­do submetê-Ias de imediato ao Congresso Na­cional, que, estando em recesso, será convo­cado extraordinariamente para se reunir noprazo de cinco dias.

Parágrafo único. As medidas provisóriasperderão eficácia, desde a edição, se não fo­rem convertidas em lei no prazo de trintadias, a partir de sua publicação, devendo oCongresso Nacional disciplinar as relações ju­rídicas delas decorrentes.

MEDIDA PROVISÓRIA N9 91,DE 29 DE SETEMBRO DE 1989

Dispõe sobre o reajuste dos benefíciosde prestação continuada mantidos pelaPrevidência Social.

O Presidente da República, no uso da atri­buição que lhe confere o art. 62 da Consti-

tuição, adota a seguinte medida provisóriacom força de lei:

Art. 19 A partir de 1'·' de outubro de 1989,os benefícios de prestação continuada man-

o tidos pela Previdência Social terão preser­vados o seu valor real mediante a aplicaçãode Índice de Preços ao Consumidor - IPC,relativo ao mês anterior.

Art. 2' Esta medida provisória entra emvigor na data de sua publicação.

Art. 3" Revogam-se as disposições emcontrário.

BrasHia, 29 de setembro de 1989; 1689daIndependência e 1019da República. - JoséSarney.

. CN/16 Em 19 de fevereiro de 1990Sr. Primeiro Secretário,Encaminho a V. Ex', a fim de ter iniciada

a sua tramitação nesta Casa do CongressoNacional, nos termos do disposto no pará­grafo único do art. 69da Resolução n9 1, de1989-CN, o anexo projeto de decreto legisla­tivo elaborado pela Comissão Mista incum­bida de emitir parecer sobre a Medida Provi­sória n" 91, de 1989, considerada insubsis­tente através do Ato Declaratório n' 1, de1989, desta Presidência, após decisão do Ple­nário neste sentido.

Aproveito a oportunidade para renovar aV. Ex' protestos de alta estima e distinta con­sideração. - Senador Mendes Canale, 1" Se­cretário.

PROJETO DE LEI N' 4.575, DE 1990(Do Poder Executivo)

MENSAGEM N' 138/90

Dispõe sobre o enquadramento dos ser·vidores da extinta Fundação Projeto Ron·don redistribuídos para órgãos da Admi·nist~ação Federal direta, autarquias efundações públicas.

(Às Comissões de Constituiçã? e Jus­tiça e de Redação (ADM); de Fmançase Tributação (ADM); e de Trabalho, deAdministração e Serviço Público - art.24,11.) .

O Congresso Nacional:Art. 19 Os atuais servidores, da extinta

Fundação Projeto Rondon, redistribuídospara os órgãos da Administração Federal di­reta, autarquias e fundações públicas, nos ter­mos dos arts. 99, § 29, do Decreto-Lei n' 200,de 25 de fevereiro de 1967, e 5' da Lei n'7.662, de 17 de maio de 1988, serão enqua­drados nos planos de classificação de cargose empregos dos órgãos ou entidades para on­de ocorreu a redistribuição.

§ I' O enqulldramento far-se-á com atransformação do cargo ou emprego ocupadona data da redistribuição, observadas as nor­mas pertinentes aos planos de classificaçãoe retribuição de cargos e empregos dos órgãose entidades a que os 'servidores passaram apertencer.

§ 29 O enquadramento no Plano de Clas­sificação e Retribuição de Cargos e Empre­gos, instituído de conformidade com a Lein' 5.645, de 10 de dezembro de 1970, far-se-ános termos do Decreto-Lei n' 2.280, de 16de dezembro de 1985.

Art. 29 Os efeitos financeiros do enqua­dramento vigoram a partir de I' de marçode 1990.

§ l' A diferença que se verificar entrea remuneração percebida no órgão ou enti­dade de origem e a que os servidores passa­rem a fazer jus após o enquadramento seráassegurada como vantagem pessoal, nominal­mente identificada, sobre a qual incidirão osreajustamentos gerais de vencimentos e salá­rios.

§ 2' A vantagem pessoal de que trata oparágrafo anterior será reduzida sempre que

·os servidores, por qualquer motivo, muda­rem de referência ou de categoria funcional.

Art. 3' Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.

Art. 4" Revogam-se as disposições emcontrário.

Brasília,

LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADAPELO AUTOR

DECRETO LEI N' 200DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967

Dispõe sôbre a organização da Admi·nistração Federal, estabelece diretrizespara a Reforma Administrativa e dá ou·tras providências.

O Presidente da República, usando dasatribuições que lhe confere o art. 9°, § 2',do Ato Institucional n' 4, de 7 de dezembrode 1966, decreta:

TÍTULO IDa Administração Federal

CAPÍTULO 11Das Medidas de Aplicação Imediata

Art. 99. O Poder Executivo adotará pro­vidências para a permanente verificação daexistência de pessoal ocioso na Administra­ção Federal, diligenciando para sua elimina­ção ou redistribuição imediata.

... §' .i:" À'~~di~t~ib~i~'ã~ d~' ~~~;~~i ~~~~~~ásempre no interêsse do Serviço Público, tantona administração Direta como me autarquia,assim como de uma para outra, respeitadoo regime jurídico pessoal do servidor.

LEI N' 7.662,de 17 de maio de 1988.

Faculta aos servidores públicos fede­rais a opção pelo regime de que trataa Lei n'1.711, de 28 de outubro de 1952,e dá outras providências.

Art. 5" Os servidores dos Ministérios,órgãos autônomos, autarquias e das funda­ções públicas, considerados prescindíveis àexecução de suas atividades, poderão ser re­distribuídos ou movimentados no âmbito des- -

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ses órgãos e entidades, no interesse da Ami­nistração.

LEI N" 5.645DE 10 DE DEZEMBRO DE 1970

Estabelece diretrizes para a c1assifica­çáo de ,cargos do serviço civil da Uniãoedas autarquias federais, e dá outras pro­vidências.

Art. 1" A classificação de cargos do Ser­viço Civil da União e das autarquias federaisobedecerá às diretrizes estabelecidas na pre­sente lei.

Art. 2" Os cargos serão classificados co­mo de provimento em comissão e de provi­mento efetivo, enquadrando-se basicamente,nos seguintes Grupos.

De Provimento em Comissão.I - Direção e Assessoramento SuperioresDe Provimento EfetivoII - Pesquisa Científica e TecnológicaIII - DiplomaciaIV - MagistérioV - Polícia FederalVI - Tributação, Arrecadação e Fiscaliza-

çãoVII - ArtesanatoVIII - Serviços AuxiliaresIX - Outras atividades de nível superiorX - Outras atividades de nível médio.Art. 3' Segundo a correlação e afinida-

de, a natureza dos trabalhos ou o nível deconhecimentos aplicados, cada Grupo,abrangendo várias atividades, compreende­rá:

I - Direção e Assessoramento Superiores:os cargos de direção e assessoramento supe­riores da administração cujo provimento de­va ser regido pelo critério da confiança, se­gundo for estabelecido em regulamento.

11 - Pesquisa Científica e Tecnológica: oscargos com atribuições, exclusivas ou com­provadamente principais, de pesquisa cientí­fica, pura ou aplicada, para cujo provimentose exija diploma de curso superior do ensinoou habilitação legal equivalente e não este­jam abrangidos pela legislação do MagistérioSuperior.

111 - Diplomacia: os cargos que se desti­nam a representação~iplomática.

IV - Magistério: os cargos com atividadesde magistério de todos os níveis de ensino.

V - Polícia Federal: os cargos com atribui­ções de natureza policial.

VI - Tributação, Arrecadação e Fiscaliza­ção: os cargos com atividades de tributação,arrecadação e fiscalização de tributos fede­rais.

VII - Artesanato: os cargos de atividadesde natureza permanente, principais ou auxi­liares, relacionados com os serviços de artí­fice em suas várias modalidades.

VIII- Serviços Auxiliares: os cargos deatividades administrativas em geral, quandon~o de nível superior.

IX - Outras atividades de nível superior:.,os demais cargos para cujo provimento' se

exija diploma de curso superior de ensinoou habilitação legal equivalente.

X - Outras atividades de nível médio: osdemais cargos para cujo provimento se exijadiploma ou certificado de conclusão de cursode grau médio ou habilitação equivalente.

Parágrafo único. As atividades relaciona­das com transporte, conservação, custódia,operação de elevadores, limpeza e outras as­semelhadas serão, de preferência, objeto deexecução indireta, mediante contrato, deacordo com o art. 10, § 7', do Decreto-Lein' 200, de 25-2-67.

Art. 4' Outros Grupos com caracteríti­cas próprias, diferenciados dos relacionadosno artigo anterior, poderão ser estabelecidosou desmenbrados daqueles, se o justificaremas necessidades da administração, medianteato do Poder Executivo.

Art. 5' Cada Grupo terá sua própria es­cala de nível a ser aprovada pelo Poder Exe­cutivo, atendendo, primordialmente, aos se­guintes fatores.

I - Importância da atividade para o desen­volvimento nacional.

11 - Complexidade e responsabilidade dasatribuições exercidas; e

111 - Qualificação requeridas para o de­sempenho das atribuições.

Parágrafo único. Não haverá correspon­dência entre os níveis dos diversos Grupos,para nenhum efeito.

Art. 6' A ascenção e a progresso funcio­nais obedecerão a critérios seletivos, a seremestabelecidos pelo Poder Executivo, associa­dos a um sistema de treinamento e qualifi­cação destinado a assegurar a permanenteatualização e elevação do nível de eficiênciado funcionalismo.

Art. 7' O Poder Executivo elaborará eexpedirá o novo Plano de Classificação deCargos, total ou parcialmente, mediante de­creto, observadas as disposições desta lei.

Art. 8' A implantação do Plano será fei­ta por órgãos, atendida uma escala de priori­dade na qual se levará em conta preponde­rantemente:

I - a implantação prévia da reforma admi­nistrativa, com base no Decreto-Lei n' 200,de 25-2-67;

11 - o estudo quantitativo e qualitativo dalotação dos órgãos, tendo cm vista a novaestrutura e atribuições decorrentes da provi­dência mencionada no item anterior; e

111 - a existência de recursos orçamentá­rios para fazer face às respectivas despesas.

Art. 9" A transposição ou transformaçãodos cargos, em decorrência da sistemáticaprevista nesta lei, processar-se-á gradativa­mente considerando-se as necessidades e con­veciências da administração e, quando ocupa­dos, segundo critérios seletivos a serem esta­belecidos para os cargos integrantes de cadaGrupo, inclusive através de treinamento in-tensivo e obrigatório. .

Art. 10. O órgão central do Sistema dePessoal expedirá as normas e instruções ne­cessárias e coordenará a execução do novoPlano, a ser proposta pelos Ministérios, ór­gãos integrantes da Presidência da Repúbli~a

e autarquias, dentro das respectivas Junsdl­ções, para aprovação mediante decreto.

§ l' O órgão central do Sistema de Pes­soal promoverá as medidas necessárias paraque o plano seja mantido permanentementeatualizado.

§ 2' Para a correta e uniforme implan­tação do Plano, o órgão central do Sistemade Pessoal promoverá gradativa e obrigato­riamente o treinamento de todos os servi­dores que participarem da tarefa, segundoprogramas a serem estabelecidos com esseobjetivo.

Art. 11. Para assegurar a uniformidadede orientação dos trabalhos de elaboraçãoe execução do Plano de Classificação de Car­gos, haverá em cada Ministério, órgão inte­grante da Presidência da República ou autar­quia, uma equipe Técnica de alto nível, soba presidência do dirigente do órgão de pessoalrespectivo, com incumbência de:

I - determinar quais os Grupos ou respec­tivos cargos a serem abrangidos pela escalade prioridade a que se refere o art. 8' destalei;

11 - orientar e supervisionar os levanta­mentos, bem como realizar os estudos e análi­ses indispensáveis à inclusão dos cargos nonovo Plano; e

111 - manter com o órgão central do Siste­ma de Pessoal os contatos necessários paracorreta elaboração e implantação do Plano.

Parágrafo único. Os membros das Equi­pes de que trata este artigo serão designadospelos Ministros de Estado, dirigentes de ór­gãos integrantes da Presidência da Repúblicaou de autarquia, devendo a escolha recairem servidores que, pela sua autoridade admi­nistrativa e capacidade técnica, estejam emcondições de exprimir os objetivos do Minis­tério, do órgão integrante da Presidência daRepública ou de autarquia.

Art. 12. O novo Plano de Classificaçãode Cargos a ser instituído em aberto de acor­do com as diretrizes expressas nesta lei, esta­belecerá, para cada Ministério, órgão inte­grante da Presidência da República ou autar­quia, um número de cargos inferior, em rela­ção a cada grupo, aos atualmente existentes.

Prágrafo único. A não observância danorma contida neste artigo somente será per­mitida:

a) mediante redução equivalente em outrogrupo,de modo a não haver aumento de des­pesas; ou

b) em casos excepcionais, devidamentejustificados perante o órgão central do Siste­ma de Pessoal, se inviável à providência indi­cada na alínea anterior.

Art. 13. Observado o disposto na seçãoVIII da Constituição e em particular, no seuart. 97, as formas de provimento de cargos,no Plano de Classificação decorrente destalei, serão estabelecidas e disciplinadas me­diante normas regulamentares específicas,não se lhes aplicado as disposições, a respei­to, contidas no Estatuto dos Funcionários PÚ­blicos Civis da União.

Art. 14. O atual Plano de Classificaçãode Cargos do Serviço Civil do Poder Execu-

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tivo, a que se refere a Lei n' 3.780, de 12-7-60e legislação posterior, é considerado extinto,observadas as disposi~ões desta lei.

Parágrafo único. A medida que for sendoimplantado o novo Plano, os cargos remanes­centes de cada categoria, classificados confor­me o sistema de que trata este artigo, passa-

, rão a integrar Quadros Suplementares e, semprejuízo das promoções e acesso que coube­rem, serão suprimidos, quando vagarem.

Art. 15. Para efeito do disposto no art.108, § l' da Constituição, as diretrizes estabe­lecidas nesta lei, inclusive o disposto no art.14 e seu parágrafo único, se aplicarão à classi­ficação dos cargos do Poder Legislativo, doPoder Judiciário, dos Tribunais de Contasda União, e do Distrito Federal.

Art. 16. Esta lei entrará em vigor na datade sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário. DO de 1\-12-70.)

DECRETO-LEI N° 2.280,DE 16 DE DEZEMBRO DE 1985

Cria, mediante transformação, empre·gos na Administração Federal direta enas autarquias federais e dá outras provi­dências.

O Presidente da República, no uso das atri­buições que lhe confere o art. 55, item m,da Constituição, decreta:

Art. I" São criados, mediante transfor­mação e sem aumento de despesa, empregosno Plano de Classificação de Cargos, insti­tuído pela Lei n° 5.645, de 10 de dezembrode 1970, necessários à classificação dos atuaisservidores contratados pelos órgãos da Admi­nistração Federal direta ou autarquias fede­rais, para desempenho de atividades de cará­ter pef)11anente e retribuídos com recursosde pessoal.

Parágrafo único. O disposto neste artigonão se aplica aos servidores:

a) ocupantes de funções de confiança per­tencentes ao Grupo de Direção e Assesso­ramento Superiores de que trata a Lei n'5.645, de 1970, ou de Função de Assesso­ramento Superior a que alude o art. 122 doDecreto-Lei n' 200, de 25 de fevereiro de1967, na redação dada pelo Decreto-Lei n"900, de 29 de setembro de 1969;

b) a que se referem o § l' do art. 6' daLei n' 4.341, de 13 de junho de 1964 e oDecreto-Lei n' 1.241, de 11 de outubro de1972;

c) de nível superior, ocupantes de empre­gos que exijam especialização correlata como respectivo grau de formação universitária,nos órgãos ou autarquias voltados para ativi­dades de execução, fomento e controle depesquisa e desenvolvimento científico e tec­nológico e registro da propriedade industrial,facultada a opção, no prazo de 90 (noventa)dias, contado da data da entrada em vigordeste Decreto-lei, pela inclusão no Plano deClassificação de Cargos;

d) Auxiliares Aduaneiros, contratàdos emcaráter excepcional e por prazo determinadopara o desempenho de atividades de que tratao art. 6' do Decreto-Lei n' 1.437, de 17 dedezembro de 1975, remunerados por recursos

do Fundo Especial de Desenvolvimento eAperfeiçoamento das Atividades de Fiscali­zação - Fundaf;

e) contratados pela União, no exterior, pa­ra a prestação de serviços em localidades si­tuadas fora do Brasil;

O bolsistas, estagiários e credenciados pa­ra prestação de serviços.

Art. 2° Os servidores serão classificadosapós habilitação em processo seletivo inter­no, aplicado pelas unidades de pessoal dosórgãos ou autarquias a que pertençam, soba supervisão do Departamento Administra­tivo do Serviço Público.

Parágrafo único. Os servidores inabilita­dos ou que não participarem do processo sele­tivo de que trata este artigo serão submetidosa treinamento e a nova avaliação.

Art. 3" Os servidores serão localizadosna primeira referência da classe inicial da ca­tegoria funcional, cujas atribuições guardemcorrelação com as dos empregos ocupadosna data de vigência deste Decreto-lei, obser­vada a escolaridade ou habilitação profissio­nal exigida para o ingresso na mesma catego­ria funcional.

Parágrafo único. Os servidores localiza­dos nos termos deste artigo serão reposicio­nados em uma referência para cada 18 (dezoi­to) meses de efetivo exercício no empregoocupado na data de que trata este artigo.

Art. 4' Se as atribuições inerentes aosempregos que os servidores optantes ocupamnão estiverem previstas no Plano de Classifi­cação de Cargos de que trata a Lei n' 5.645,de 1970, considerar-se-á, para efeito de indi­cação da categoria funcional, emprego seme­lhante quanto às atividades, ao nível de res­ponsabilidade, à complexidade e ao grau deescolaridade exigidos para o respectivo de­sempenho.

Art. 5" Na hipótese de os servidores deque trata este Decreto-lei estarem perceben­do remuneração superior à resultante da clas­sificação, observado o disposto no parágrafoúnico do art. 3', ser-lhe-ão asseguradas dife­renças individuais, como vantagem pessoalnominalmente identificável, em que incidirãoos reajustamentos gerais de vencimentos esalários.

§ 1· As gratificações e demais vantagensa que os servidores venham a fazer jus emdecorrência da classificação serão calculadasnos termos da legislação pertinente.

§ 2' As diferenças individuais de que tra­ta este artigo serão reduzidas sempre que osservidores, por qualquer motivo, mudaremde referência ou de categoria funcional.

Art. 6' Aplica-se o disposto neste Decre­to-lei à classificação dos docentes contratadose retribuídos pela dotação específica de pes­soal, na carreira de Magisterio Superior ede 1° e 2" Graus do Serviço Civil da Uniãoe das autarquias federais.

Parágrafo único. O tempo de efetivoexercício, no emprego de magistério ocupadona data de vigência deste Decreto-lei, seráconsiderado para efeito de progressão funcio­naI na carreira de Magistério Superior e de

1" e 2° Graus, nos termos das normas perti­nentes específicas.

Art. 7' A classificação cios servidores deque tratam os artigos l' e 6° será feita peloDepartamento Administrativo do ServiçoPúblico, promovendo-se o ajustamento da lo­tação com observância dos percentuais fixa­dos para progressão funcional.

Art. 8" Os Órgãos de Pessoal submete­rão ao Departamento Administrativo do Ser­viço Público a proposta de inclusão dos servi­dores de que tratam os artigos I" e 6' até30 de junho de 1986, sendo consideradas au­tomaticamente extintas as respectivas tabe­las, com a classificação dos servidores de quetrata o caput do art. 2', ressalvadas as exclu­sões a que se refere o parágrafo único doart. 1".

§ 1\' Os servidores habilitados na avalia­ção de que trata o parágrafo único do art.2' serão classificados até 31 de dezembro de1986.

§ 2" Os servidores que não forem habili­tados na avaliação de que trata o parágrafoanterior terão os contratos de trabalho rescin­didos.

Art. 9" Os efeitos financeiros da classifi­cação de que trata este Decreto-lei vigorarãoa partir de:

I -I" de janeiro de 1986, para os servi­dores a que se refere o caput do art. 2";

II -I' de julho de 1986, para os servidoresa que se refere o § I' do art. 8'.

Art. 10. As despesas decorrentes do dis­posto neste Decreto-lei serão atendidas àconta das dotações próprias do Orçamentoda União e das autarquias federais.

Art. 11. O Ministro Extraordinário paraAssuntos de Administração expedirá, por in­termédio do Departamento Administrativodo Serviço Público, as normas complemen­tares necessárias à execução do disposto nesteDecreto-lei.

Art. 12. Este Decreto-lei entra em vigorna data de sua publicação.

Art. 13. Revogam-se as disposiçõeS emcontrário.

Brasília, 16 de dezembro de 1985; 164' daIndependência e 97" da República. - JOSÉSARNEY - Aluízio Alves.

MENSAGEM N' 138

Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional:

Nos termos do art. 61 da Constituição Fe­deral, tenho a hOFa de submeter à elevadadeliberação de Vossas Excelências, acompa­nhado de Exposição de Motivos do SenhorMinistro de Estado do Planejamento, o ane­xo Projeto de lei que "dispõe sobre o enqua­dramento dos servidores da extinta FundaçãoProjeto Rondon, redistribuídos para órgãosda AdministraçãO Federal direta, autarquiase funda~ões públicas."

BrllsílJa, em 21 de fevereiro de 1990.José Sarney.

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EMn" 17Em 9 de fevereiro de 1990

Excelentíssimo Senhor Presidente da Re­pública

A Fundação Projeto Rondon foi extintapela Lei n" 7.732, de 14 de fevereiro de 1989e seus servidores foram redistribuídos paravários órgãos da Administração Direta, au-

. tárquica e fundações.2. As referidas redistribuições correram

com base no § 2° do art. 99, do Decreto-Lein" 200, de 25 de fevereiro de 1967 e art. 5"da Lei n" 7.662, de 17 de maio de 1988.

3. Entretanto, para que esse ato possaser efetivado integralmente, há necessidadede medida legislativa com vistas a permitiro enquadramento desses servidores nos qua·dros ou tabelas de pessoal que os acolheram,tendo em vista disposto no inciso X do art.48 da Constituição, que somente permite atransformação de cargo e emprego mediantelei.

4. Por todo o exposto, tenho a honra desubmeter a Vossa Excelência o anexo projetode lei que visa regularizar a situação dessepessoal.

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência os meus protestos de estimae distinta I~onsideração. - João Batista deAbreu, Ministro do Planejamento.

Aviso n° 143-SAP.Em 21 de fevereiro de 1990

Excelentíssimo Senhor Primeiro Secretá-'rio:

Tenho a honra de encaminhar a essa Secre­taria a Mensagem do Excelentíssimo SenhorPresidente da República, acompanhada deExposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado do Planejamento, relativa a proje­to de lei que "dispõe sobre o enquadramentodos servidores da extinta Fundação ProjetoRondon, redistribuídos para órgãos da Admi··nistração Federal direta, autarquias e funda­ções públicas."

Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estimae consideração. - Luis Roberto Ponte, Mi­nistro-Chefe do Gabinete Civil.

o SR, PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Finda a leitura do expediente, passa-seao

IV - PEQUENO EXPEDIENTETem a palavra o Sr. Nilson Gibson.

O SR. NILSON GIBSON (PMDB - PE.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi­dente, Sr~ e Srs. Deputados, pedi a palavrapara uma comunicação que, aliás, gostariade jamais fazer: a do falecimento do magis­trado Marcos Aurélio dos Anjos Lopes, jo­vem titular da Comarca do Município de JoãoAlfredo, Pernambuco.

Transmito minha profunda tristeza pelo fa­lecimento prematuro do Juiz Marcos Auré­lio, com apenas 42 anos de idade, traiçoeira­mente abatido por fulminante infarto, quan­do dormia, em 24 de fevereiro passado.

Marcos Aurélio jamais voltará a prolatarsentença, a dar despachos, a administrar jus·tiça. Sempre foi um magiStrado intimorato,não aceitando esparadrapos na boca, nem

.baixando a cerviz, que náo era escravo deeito e na mesma direção.

É, pois, com saudade e comoção que regis­tro o falecimento desse que era um amigonão somente pelas afinidades que geram oafeto, mas sobretudo por acreditar na cons­tância dos ideais das Justiça.

Faço votos, Sr. Presidente, de que os fami­liares do Juiz Marcos Aurélio - homem hu­milde, desprovido de vaidade - encontremno seu exemplo de vida o caminho para oconsolo por tão grande perda, bem como os'seus amigos, entre os quais tenho a honrade me colocar. E que continuem a cultivarsua memória, pois foi exemplo como juiz,como cidadão, como chefe de família, comohomem de inteligência e, acima de tudo, ex­celente magistrado, no sentido mais amploda palavra.

Sr. Presidente, não sou apenas eu quemdiz da personalidade de Marcos Aurélio, mastodos os seus companheiros juízes do egrégioTribunal de Justiça do Estado de Pernam­buco, que conheceram perfeitamente sua cul­tura jurídica, seu coração e sua bondade.

Neste instante, quero deixar aqui registra­do meu profundo pesar e, para a Sr" LuaribeteMaria de Moraes Lopes, e meus sinceros pê­sames pela perda irreparável do jovem magis­trado e amigo Marcos Aurélio. Conforta-nosseu legado de exemplo, que certamente serásustentado pelos filhos que preparou parahonrá-lo.

Deus o tenha bem perto de si.Era o que tinha a dizer.

O SR. CARLOS COTTA (PSDB - MG.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi­dente, Sr' e Srs. Deputados, venho, hoje,à tribuna para deixar registrado ato de home­nagem e, ao mesmo tempo, de justiça àqueleque, sem dúvida, é o mais autêntico represen­tante do nosso Estado, em sua luta diáriana defesa das mais caras tradições mineiras,na busca permanente de atos que garantam,sempre, a melhoria das condições de vida.do povo de minha terra e, acima de tudo,por ser uma tribuna aberta para a permanenteluta libertária das nossas Minas Gerais.

Falo do jornal O Estado de Minas, grandematutino, nascido a 7 de março de 1928, dataa partir da qual encarnou o espírito mineiroe assumiu uma liderança incontestável danossa imprensa multiregional. Essa posiçãohonra a empresa S.A Estado de Minas e atorna responsável perante a comunidade, pe·la sempre crescente busca da melhoria e doaprimoramento do veículo que imprime dia­riamente, da equipe por ele responsável e,especialmente, dos compromissos assumidoscom a coletividade, que tanto confia e esperado jornal, que hoje comemora os seus 62anos de existência.

Desde 1928, o O Estado de Minas primoupor ser uma empresa jornalística exemplar,tendo de lá saído nomes que se tornaram

expressão no jornalismo brasileiro, sem nun­ca se esquecerem de que foi sob o espíritoameno da redação mineira que sua iniciaçãoprofissional se realizou e o senso da justiçae da liberdade se cristalizaram, para garantiratividade sempre voltada para a comunidadee os interesses maiores da gente mineira.

Como ficaria difícil relacionar os nomesde todos os jornalistas que por lá passaram,quero homenagear, na pessoa de um deles,todos os que ali se iniciaram, na redação doO Estado de Minas, e que de lá para cá soube­ram valorizar o inicío da carreira e continuara luta libertária na defesa de princípios funda­mentais para o homem brasileiro.

Relembro Carlos Castello Branco, quesempre se dedicou ao jornalismo político, ex­perimentou consagrações profissionais eamarguras, resultantes de incompreensões eperseguições, mas sempre pautou, e pauta,sua vida profissional nos parâmetros da liber­dade de opinião e no respeito pela individua­lidade e personalidade de cada um. Isto sem,no entanto, abdicar do sagrado direito daanálise e da crítica jornalística construtiva,ensinamento básico' e característica dos seuscompanheiros, que trabalham ou trabalha­ram no grande jornal dos mineiros, O Estadode Minas.

Não posso deixar de destacar aqui, tam­bém, os nomes de alguns dos grandes dirigen­tes do O Estado de Minas, que souberam tor­nar concreto o sonho de Assis Chateau­briand, fundador dos Diários e Emissoras As­sociados, condomínio que, em Minas Gerais.foi pioneiro em várias atividades no setor jor­nalístico e responsável pela transformação dojornal-líder em grande veículo de comuni­cação social do Brasil.

E o primeiro desses nomes é o do inesque­cível Geraldo Teixeira da Costa, o Gegê.

Na realidade, a história de O Estado deMinas, em seus sessenta e dois anos de exis­tência, divide-se em antes de depois da épocaem que Gegê foi seu diretor-geral, muito em­bora tenham passado pela direção nomes derealce e com relevantes serviços prestadosà empresa e a Minas Gerais, desde PedroAleixo, Dario de Almeida Magalhães e New­ton de Paiva Ferreira até Pedro Aguinaldodo Fulgêncio, atual diretor-geral dos DiáriosAssociados e do O Estado de Minas, que liderauma excelente equipe de dirigentes, entre osquais destacam-se os jornalistas Camilo Tei­xeira da Costa, diretor-'executivo e um dosbaluartes da fase moderna e dinâmica do jor­nal atual; The6dulo Pereira, diretor-secretá­rio e articulista ímpar; Cyro Siqueira, recen­temente elevado ao cargo de diretor-adjunto;Edison Zenóbio, diretor comercial e respon­sável pela modernização publicitária do jor­nal; e Mauro Werkema, hoje o editor-geralde O Estado de Minas, encarregado da atuali­zação editorial e gráfica do grande veículomineiro. E isto sem falar em Paulo Cabralde Araújo, diretor-geral, juntamente comPedro Aguinaldo Fulgêncio, Presidente doCondomínio dos Diários e Emissoras Asso­ciados, obra e herança do inesquecível AssisChateaubriand.

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 . 1067

Aproveito para destacar e enaltecer o tra­balho que vem realizando no O Estado deMinas toda a sua equipe e, de modo especial,o carinho com que seus jornalistas distinguemos políticos. Diuturnamente, procuram apu­rar atos e fatos de interesse dos mineiros paraque, no dia seguinte, todos possamos sabero que acontece, o que aconteceu ou o quevai acontecer.

Deputados e Secretários de Estado do Go­verno, nas administrações Tancredo Nevese Hélio Garcia, sempre acompanhei o patrió­tico e corajoso trabalho do nosso O EstadoMinas. Por isto, não poderia deixar de ressal­tar, hoje, o seu aniversário, consciente deque esse grande jornal traduz, desde 1928,o pulsar do coração mineiro, suas aspiraçõese seus reclamos.

Parabéns O Estado de Minas! Grandes lu­tas e muitas vitórias o esperam, para o bemdo meu Estado e do nosso Brasil!

Muito obrigado.O SR. SÓLON BORGES DOS REIS (PTB

- SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presi­dente, Sr" e Srs. Deputados, morreu LuísCarlos Prestes, figura carismática, uma dasexpressões mais influentes e significativas,uma das personalidades mais marcantes daHistória política contemporânea do Brasil.

Sujeito às fraquezas humanas, sempre in­vejei dois tipos de pessoas: uma espírito con­victo, aquele que tem explicação clara e sufi­ciente para o sentido da vida, para a origemdo homem e seu destino após a morte. Oespírito é resignado e cheio de fé. Quandovamos a um velório confortar uma famíliaespírita, nós é que saímos confortados. Conti­nuo invejando essas criaturas.

O outro tipo de pessoa que invejava erao marxista, portador de uma solução paratoda a angustiante problemática social. Sem­pre achei que ser marxista convicto e lutar'pelo ideal do marxismo era realmente umprivilégio, porque, perplexo diante da com­plexidade da problemática social, das injus­tiças sociais e não enxergando unia viabili­dade prática para a solução desse drama queaflige milhões de criaturas humanas, sempreadmirei os marxistas convictos. que lutarampela implantação de um regime sob a inspira­ção de Marx e Lenin. Hoje já não os invejomais, porque devem estar mais perplexos econfusos do que qualquer um de nós. Desta·inveja já estou livre. Mantenho apenas aque­la em relação aos espíritas.

Luís Carlos Prestes foi um marxista convic­to, um idealista, antes e acima de tudo, umhomem que teve tudo para gozar a vida naplenitude do que ela pode oferecer. Se qui­sesse, teria chegado ao poder com a Revo­lução de 30 e, como outros o fizeram, a exem­plo do que aconteceu em Cuba e esteve pres­tes a ocorrer na Nicarágua, depois, contraa expectativa dos que o acompanhassem, te­ria implantado o regime com que sonhara.Mas foi sempre um idealista na pelnitude dosseus sonhos.

·Sempre respeitei e continuo a respeitar osidealistas, os que se movem, os que se batempela convicção de um ideal. Este sentimento

de respeito sempre esteve presente em mimcom relação a Luís Carlos Prestes, um idea­lista, um homem que não foi ministro, nãofoi chefe de governo, não foi empresário, nãoteve fortuna, porque não quis, eis que sem­pre, vivendo no exílio, na clandestinidade,na cadeia, colocou acima das suas conveniên­cias pessoais o ideal em que acreditava.

Durante o regime militar, tive oportuni­dade de surpreender destacada personalida­de na cidade de Bebedouro, em São Paulo,quando afirmei, ao inaugurar uma praça deesportes para os professores, que tirava meuchapéu para Luís Carlos Prestes. E continuofazendo isto, porque, se ele estava equivo­cado, como acho que estava, nunca enganouninguém, nunca levantou outra bandeira nolugar da que sempre apresentou. Com elasofreu, lutou e morreu. Um homem enga­nado não merece repulsa. Um homem que·engana, sim. Este não foi Luís Carlos Prestes.Quem o.seguiu, o fez sabendo para onde ia.Por isto .ele se destinguiu dos muitos líderespolíticos, Sr. Presidente.

Vou concluir, deixando minha palavra desaudade, já que o conheci pessoalmente eo admirei também sob o aspecto de criaturahumana. A minha homenagem à memóriade um idealista que sofreu, lutou e viveu sem­pre colocando acima das suas conveniênciaspessoais o interesse que achava que seria oda Pátria, o do povo e o da humanidade.Um homem como este tem de ser reveren­ciado na hora em que morre.

Durante o discurso do Sr. SólonBorges dos Reis, o Sr. Inocêncio Oli­veira, Iç Vice-Presidente, deixa a cadei­ra da presidência. que é ocupada peloSr. Carlos Cotta, 3' Secretário.

O SR. PRESIDENTE (Carlos Cotta) ­Concedo a palavra ao Deputado Adhemarde Barros Filho.

O Sr. Del Bosco Amaral- Sr. Presidente,peço a palavra, para uma questão de ordem.

O SR. PRESIDENTE (Carlos Cotta) ­Tem V. Ex' a palavra.

O SR. DEL BOSCO AMARAL (PMDB ­SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presi­dente, com a anuência do orador, gostariade levantar uma questão de ordem.

Sou, na lista de oradores, o quarto coloca­do. Já vi comparecerem a esta tribuna trêsoradores. O Deputado Sólon Borges dos Reisera o segundo, mas antes de S. Ex' falaramdois. Acho que esta Casa deveria respeitarreligiosamente o esforço de cada Deputadoem inscrever-se cedo.

Falo isto para colaborar com V. Ex" quesei ser um legalista de primeira linha. Algunsvêm aqui, dão como lido o pronunciamentoe vão embora. Nós também temos os nosso~

afazeres.Eu pediria, pois, que fosse respeitada a

ordem de inscrição. Já falaram três oradores,sei que o Deputado Adhemar.de Barros Filhome antecede, mas simplesmente dois para­quedistas pularam em nosso terreno, feliz­mente não minado.

O SR. PRESIDENTE (Carlos Cotta) - V.Ex' tem razão. Mas isto só acontece ·quandoo colega tem o discurso escrito e pede paraconsiderá-lo como lido.

O SR. ADHEMAR DE BARROS FILHO( PRP - SR. Sem revisão do orador.) ­Sr. Presidente, quero esclarecer ao nobrecompanheiro que me inscrevi às 8:00h.

O SR. DEL BOSCO AMARAL (PMDB­sr. Sem revisão do orador.) - Sr. Presi­dente, o que não acho justo é que se permitaa apresentação dos discursos dados como li­dos, porque, se houver trinta apresentações,de nada vale minha inscrição às 7h30min ouàs 8:00h.

O SR. ADHEMAR DE BARROS FILHO(PRP - SP. Pronuncia o seguinte discurso.)-Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, esta­mos todos atentos ao transcorrer dos aconte­cimentos dramáticos que se verificam na Ar­gentina, neste momento, porque a deterio­ração completa da economia deste nosso paísvizinho colocará em risco, irremediavelmen­te, o processo democrático iniciado com aseleições do primeiro presidente constitucio­nal pós golpe militar de 1976.

A inflação, superior a 100 por cento, defevereiro, é um alerta de que o Governo Me­nem perdeu totalmente o controle da econo­mia argentina. Os depoimentos dos cidadãose cidadãs argentinos, que tivemos oportuni­dade de ouvir pela televisão, mostram o desa­lento completo da população em relação aum governo que, há menos de um ano, tomouposse e perdeu totalmente a credibilidadepo­pular, A conclusão a tirar dessa reversão dra­mática da opinião pública em relação ao go­verno é a de que o processo hiperinflacionárioé um poderoso fator de desestabilização dacredibilidade do governo, o que não indicaque é suficiente a consagração das urnas paraconferir qualquer credibilidade, se a inflaçãonão for controlada.

As medidas anunciadas por Menem, nesteinício de semana, de aprofundar ainda maiso choque liberal, inspirado pelos credores in­ternacionais e nacionais, demonstram que asolução está longe de atingir seus objetivos,porque está aprofundando o empobrecimen­to do país, destruindo a indústria e o comér­cio, bem como os salários, sem que se possaauferir resultados positivos, ao nível da expe­cativa popular. A receita ulttaliberal de dola­rizar a economia, liberar totalmente o cãmbioe as importações, ao mesmo tempo que sepromove um tarifaço a cada três meses semque haja correspondência numa política sala­rial capaz de proteger os trabalhadores assa­lariados da corrosão violenta do seu poderaquisitivo, somente tem contribuído paraaprofundar as divergências políticas internas,enquanto paralelamente crescem os rumoresde golpe militar, na medida em que o governose mostra impotente para conter a avalanchehiperinflacionária.

O que podemos verificar, com facilidade,Sr. Presidente, é que o governo Menem nãoconseguiu controlar forças que dominarampoliticamente o Estado argentino, desde as

1068 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

regras de funcionamento da economia, incen­tivos fiscais, doações, etc., acumulando défi­cits até que a capacidade financeira do gover­no se esgotou. A reforma do Estado, prome­tida tanto por Alfonsim como por Menem,não foi e não está sendo levada a efeito, por­que as forças dominantes que lotearam o Es­tado ainda ipsistem em continuar benefician­

.do os privilégios concedidos outrora e quehoje não podem mais ser mantidos porqueo Estado faliu.

Menem tentou cortar os subsídios, porém,aqueles que se consideraram prejudicados,refluíram para a especulaçáo, intensificando­a ainda mais, agravando superlativamente osproblemas econômicos. Nesse contexto, oprocesso produtivo entrou totalmente em de­cadência e, em face da escassez de divisas,devido a estas terem emigrado, tomou-se im­possível ao governo optar pelo aumento dasimportações, como forma de contrapor-se aespeculação com mercadorias, principal fatordo desabastecimento, que está levando as fa­mílias argentinas a um processo de verdadeiraneurose coletiva. Carentes de reservas cam­biais e envolto em uma especulação desen­freada, o governo Menem se encontra perdi­do entre as forças políticas, que não conseguecoordenar, pois estas refletem, por sua vez,interesses conflitantes, contraditórios e irre­conciliáveis.

O Presidente eleito, Fernando Colllor deMello, Sr. Presidente, assumirá o poder nospróximos dias, e muitos dos probleJilas queo governo Menem enfrenta o seu governotambém enfrentará. Basicamente, o principal.obstáculo que terá pela frente serão as elitesnacionais. Como as elites argentinas, as elites

'brasileiras também tomaram de assalto o con­trole do Estado, nos últimos trinta anos. Oresultado aí testá: superconcentração da rendanacional, porque elas cuidaram somente dosseus interessés. Enquanto o Estado teve fôle­go financeiro para financiá-las foi possívelconduzir o processo econômico. Como essefôlego chegou ao fim, e o substituto dos subsí­dios, incentivos fiscais e doações, passou aser a elevadíssima taxa de juros - o tradi­cional receituário do FMI -, que está agra­.vando ainda mais o déficit fiscal e bloqueandoos investimentos e a retomada do crescimentoeconômico, o impasse se aproxima.

O Presidente eleito, SI. Presidente, Sr;; eSrs. Deputados, ao que tudo indica, encon­trará dificuldades extremas para dar combateàs elites. O exemplo de tais dificuldades sepode medir pelos rumores de que os ptinci­pais empresários já estáo fazendo oposiçãoàs medidas preconizadas por Zélia Cardosode Mello de cortar fundo os subsídios e osincentivos fiscais. É evidente, Srs. Deputa­dos, que se o novo governo .nãQ for capazde sobrepor as resistências dos empresários,que se beneficiam da política de incentivos.fiscais, responsável pelo modelo exportadore inflacionário, não terá ele condições moraisde exigir maiores sacrifícios dos trabalhado­res, e especialmente dos funcionários públi­cos, ameaçados de demissão em massa. Nãopoderá ocorrer, de forma nenhuma, qois pe-

50S e duas medidas. Essa, aliás, é a resistênciaque o Governo Menem está enfrentando naArgentina. Como ele não foi capaz de darcabo aos privilégios conferidos à elite, os tra-

. balhadores, por sua vez, organizados e com­bativos, resistem, muito justamente, aos sa­crifícios que tentam lhes impor, porque nãodispõem mais de condições materiais para so­frer qualquer restrição.

A estabilização econômica, SI. PresidenteS~ e Srs. Deputados, tem que exigir sacri­fícios gerais, e a conta mais árdua deveráser paga por aqueles que se têm beneficiadodo modelo superconcentrador de renda e nãopor aqueles que empobrecem dramaticamen­te em decorrência deste modelo econômicoanti-social. A conta, neste momento, infeliz­mente, está sendo paga pelos trabalhadores,tanto aqui no Brasil como na Argentina. Asreformulações prometidas por Menem fica­ram somente no papel, até agora, e tememos,SI. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, queo mesmo venha a ocorrer no Governo Collorde Mello, por falta de vontade política, diantedas resistências que já começam a surgir entreas elites brasileiras contra a intenção do Presi­dente eleito. O povo não aceitará mais sacrifí­cios, SI. Presidente, Sr" e Srs. Deputados,se não se certificar de que os verdadeirosbeneficiários da crise continuam mantendoos seus privilégios. A economia não se mo­dernizará, pelo contrário, continuaremos aviver um arremedo de capitalismo, incompe­titivo, incapaz de sobreviver sem os privilé­gios concedidos pelo Estado, como tem sidono Brasil a na Argentina. O resultdo finalde tal estratégia equivocada, se implemen-

. tada, ~erá o aprofundamento da recessão eo con~qüente afundamento do empobreci­mento nacional. O crescimento econômiconão pode ser sacrificado por um programade estabilização irracional que não cumprao objetivo de dar cabo do principal obstáculoao crescimento: o modelo superconcentradorde renda, que beneficia uma minoria elitiza­da maioria da população. As conseqüênciasrecàirão, fatalmente, sobre nosso processodemocrático, ameaçando sua sobrevivência.

Era o que eu tinha a dizer.O SR, DEL BOSCO AMARAL (PMDB­

SP. Sem revisão do orador) -Sr. Presidente,SI' Deputados, os ministérios do GovernoConor vão sendo selecionados, mas é precisoque os Ministros já escolhidos, que serão re­ponsáveis pelas Secretarias que representa­rão os antigos Ministérios, fiquem atentos pa­ra que pessoas que infelicitaram este País nosúltimos tempos não renasçam das cinzas ­ou da lama, conforme se queira entender ­para assumir postos de mando. E vou deixarbem claro que minha intervenção refere-seà Siderbrás, área siderúrgica, que aliás, tem,em Minas Gerais, Estado que abriga o Depu­tado Carlos Cotta, que preside esta sessãoe um mais brilhantes parlamentares desta Ca­sa, os seus maiores expoentes.

O que não podemos admitir é que o futuroMinistro da Infra-estrutura, na Secretaria quevai tomar conta da siderurgia, permita o in­gresso daqueles que sangraram a siderurgia

estatal em proveito próprio, que organizaramos cartéis e os cartórios de forma facciosa,em benefíco da siderurgia privada, esvazian­do as estatais. Esses órgãos, que estão escon­didos e quietos e que denuncio neste instante,colaboravam, de um lado, com a campanhade Collor e, de outro, com a campanha daFrente Brasil Popular, do SI. Luís Inácio Lulada Silva, porque são acostumados a estar debem com qualquer governo. Esses homensdo setor siderúrgico, principalmente osquequerem a privatização rápida e apressada dassiderúrgicas, precisam passar pelo crivo dainvestigação do novo Governo Collor, em no­me da austeridade de da moralidade.

Lanço este apelo, para que o futuro Minis­tro da Infra-estrutura tenha cuidado, procuresaber se os seus futuros escolhidos não passa­ram no vergonhoso pingue-pongue do marde lama em que infelizmente esteve - ouainda está - mergulhada a siderurgia nacio­nal até bem pouco tempo. Esta é a minhaobservação.

Outro assunto, SI. Presidene, é a questãode Cubatão, seus grandes problemas e oexemplo de uma administração moderna doPrefeito do Partido do Movimento Demo­crático Brasileiro, PMDB.

Cubatão é uma cidadão que renasce nasmãos do PMDB.

O Município paulista de Cubatão é'palcohoje de uma administração moderna doPMDB, fixada em princípios básicos, caracte­rizados por:

a) )real participação da comunidade;b )administação por objetivos e resulta­

dos;c) com estabelecimento de metas coru pra­

zos e responsáveis, tiradas através de amplase permanentes consultas à comunidade, viaassembléias gerais das populações dos bairrosem suas sociedades de melhoramentos;

d) moralização do serviço público, com to­tal adequação à nova Constituição;

e) modernização da máquina administra­tiva, valorizando e estimulando o serviço pú­blico;

f) privatização de serviços com o enxuga­mento da máquina administrativa.

Não é o Prefeito Nei Eduardo Serra quedecide como devem ser gastos os recursosmunicipais, mas a comunidade organizada,brilhantemente representada na Câmara Mu­nicipal.

Dedicou S. Ex' os seis primeiros meses doano às prioridades máximas.

1) saneamento das finanças públicas, pa­gando todas as dívidas;

2) enxugamento parcial da máquina admi­nistrativa lerda, inchada e desmotivada;

3) recuperação do poder de compra dossalários e vencimentos dos servidores, acha­tados nos últimos anos, e .,razão do desestí­muloe da baixa produtividade;

4 - recuperação da frota, prédios e servi­ços desativados ou dessintonizados com oconjunto.

O Prefeito Nei Serra, escolhido ao finaldo ano por entidades classistas e educacionaisprivadas da Baixada Santista "O Adminis-

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1069

trador do Ano", retomou e ampliou~ por de­cisão da comunidade, projeto que iniciara em1985 e que estava desativado, caracterizadopela fábrica da comunidade que consiste napreparação e capacitação, sobretudo de mão­de-obra feminina, para o mercado de traba­lho, capacitando mais de 2.000 moças e se­nhoras que passaram a ajudar a renda desuas famílias, gerenciou e estimulou a criaçãoe implantação, já, de 28 micro empresas, demodo que as pessoas orientadas se reúnemempresariando projetos de produção de bensa partir de suas casa, com excelentes resul­tados.

Colocou em funcionamento a cozinha dacomunidade, hoje repondendo por 31.000 re­feições escolares, a nutrizes e desnutridos,hospital e Corpo de Bombeiros. Ainda cum­prindo decisão da comunidade, construiu eimplantou a Cidade da Criança. Deve-se res·saltar que a maior prioridade desta adminis­tração é a criança. Nesse ponto, já no anopassado, cumpriu seu compromisso de quenenhuma criança em idade escolar ficaria semmatrícula. Em 1989, iniciou-se obras que para1990 significaram um aumento de 20% dacapacidade física escolar do Município.

Cabe salientar que, em face dos resultadosobtidos em 1989, com a real melhoria da re­ceita, eliminação de desperdícios, cumpri­mento das metas, o Prefeito deliberou pre­miar todos os servidores, inclusive os de au­tarquias, com a concessão de gratificação cor­respondente a um salário base de cada um.

Neste ano, 1990, paralelamente ao orça­mento frio e formal votado pela Câmara, de­cretou a aprovação de mais de 250 metas poratingir durante o mesmo ano, indicadas pelacomunidade, dentre estas, mais de 100 obrasdas quais se destacam a construção de maisescolas, rodoviária, um novo e moderno hos­pital da comunidade com 250 leitos, 3.100unidades habitacionais populares, hortas co­munitárias, implantação da Escola Técnicado Senai, consolidação da Escola Técnica Fe­deral e do Campus da Escola Politécnica daUniversidade de São Paulo. Colocou à dispo­sição da Secretaria da Segurança Pública imo­vél para instalação do 29 Distrito Policial.Brevemente, instalará o 39 , pois obteve doGovernador do Estado a decisão de encami­nhar projeto de lei à Assembléia Legislativa,criando a região metropolitana da BaixadaSantista e também de autorização para cons­trução da 2' pista da Rodovia dos Imigrantes,que liga o planalto paulista à Baixada San­tista.

Cubatão foi durante anos conhecida comoa cidade mais poluída do mundo, mas, graçasàs lutas da com.unidade, o quadro esta rever­tido. Hoje, há controle de 91% das fontespoluidoras industriais. Aquela cidade dáexemplo ao mundo de que é possível mini­mizar à insignificância os efeitos degradantesambientais do progresso industrial.

Nei Serra tem estimulado este esforço decontrole total da poluição, e vem marcandosua administração por ações claras de pre~er­

vação e conscientização ecológica. Assim éque, no ano passado, implantou e inaugurou

os par4ues ecológicos do rio Perequê e docaminho do mar, em implantação ainda osparques do Itutinga-Pilões e do Cotia; dispa~

mu projeto de plantação de 140 mil mudasde árvores, transformando Cubatão em "ci­dade símbolo da ecologia".

Incansável na discussão dos problemas desua cidade com o povo, Nei Serra desenvolveum governo de "portas abertas" para a comu­nidade concentrando todos os esforços nocumprimeto das determinações nas áreas daeducação, saúde, habitação e transporte.

Todo o sucesso da administração Nei Serraestá fortemente associado ao relacionamentoque o Prefeito mantém com uma valorosamaioria de Vereadores da Câmara Munici­pal, cuja base maior está no PMDB, que atuade forma quase suprapartidária em favor dopovo de Cubatão.

Vamos levar ao novo Governo a imagemda administração moderna do PMDB, como pedido de um atendimento prioritário paraos setores carentes e necessidades básicas.

A SI"' Irma Passani - Sr. Presidente, peçoa palavra, pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Carlos Cotta) ­Tem V. Ex' a palavra.

A SRA. IRMA PASSONI (PT - SP. Semrevisão da oradora.) - Sr. Presidente, gosta­ria de comunicar que amanhã estarei ausentedesta Casa, para participar de um semináriointernacional na Embrapa - CTI, em Cam­pinas, na condição de membro da ComissãoMista de Orçamento.

O SR. PRESIDENTE (Carlos Cotta) ­Concedo a palavra ao Sr. José Thomaz Nonô

O SR. JOSÉ THOMAZ NONÔ (PFL ­AL. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Srs. Deputados, aproxima-se adata da posse do' presidente eleito e com elao início de uma nova etapa na vida públicado País.

Por todos os lugares paira um anseio difu­so, uma torcida organizada poder-se-ia dizer,para que o Sr. Fernando Collor cumpra suaspromessas.

O Brasil atravessa uma crise sem prece­dentes, com o processo hiperinflacionáriopresente e afetando a bolsa e a vida dos cida­dãos, e todos, sem exceção, gostariam de vero futuro governo coroado de êxito nos seuspropósitos de reconstituir e reformar o País.

Em Alagoas, então, este sentimento é ain­da mais exacerbado, uma vez que o futuroPresidente da República é quadro políticode lá catapultado no último pleito para o ce­nário nacional.

Torço, como brasileiro, com alagoano, co­mo cidadão, para que o Governo acerte. Sou,antes de tudo, um amante da minha Pátria,do meu Estado, da' minha gente. O Brasilprecisa reencontrar o seu destino, e Alagoasser indenizada pelos últimos quatro anos depolítica de terra arrasada.

A diferença fundamental é que não posso.dar ao novo Presidente da República o cré­dito de confiança que a quase totalidade dapopulação de boa-fé está concedendo. Não

o faço, repito, porque todo o discurso, todoo marketing deste início de governo para mimtem um ar de déja vu, extremamente seme­lhante áquilo que presenciei em escala me­nor, estadual, quando do início da gestão Fer­nando Collor, nas Alagoas.

Sou, assim, cético, em razão de já ter vividoa imensa distância entre o que diz e o quefez um Governo Collor. Por isso votei emLeonel Brizola, no primeiro turno, em Lula,no segundo.

Meus candidatos foram derrotados, e, con­seqüentemente, o meu lugar no espectro polí­tico é na oposição.

Oposição, para mim, é fiscalizar com im­parcialidade e cobrar com firmeza as promes­sas do candidato Collor de Mello. Entre es­sas, com especial ênfase, a prometida quedada inflação em 100 dias, a retomada do cresci­mento econômico, a melhoria das condiçõesde vida do povo brasileiro. .

Claro está que tudo o que vier em benefíciodo ,País terá meu apoio irrestrito.

E obvio que as medidas encaminhadas peloExecutivo que beneficiarem minha terra na­tal terão o meu concurso e auxílio integrais.

Para isso, entretanto, não preciso fazerbarganhas ou "colorir", verbo que hoje apre­senta, para os que apenas recentemente pas­saram a conjugá-lo, o mesmo significado deaderir. •

Tenho memória, coerência e mais que tudocredibilidade nesta Casa e na minha terra.Faço questão de manter estes atributos aindaque tal postura possa gerar pressões e mecustar dissabores no decorrer da campanhaeleitoral que se avizinha.

Penso que isso esclarece de forma meri­diana a postura que adotarei, cumprindo oque entendo ser dever de cada parlamentar:fugir da ambigüidade e expor integralmentesuas posições. É o que sempre fiz na minha,vida política.

Não há, entretanto, como criticar o quenão começou. A nova gestão só pode ser jul­gada à luz das medidas que tomar e dos efei­tos gerados. Depois dos três meses pedidospelo próprio Presidente, se o Governo Colloracertar serei o primeiro a fazer a autocríticae reconhecer-lhe as virtudes que hoje, hones­tamente, não vislumbro.

Na oposição, aguardo ...

O Sr. Hermes Zaneti - Sr. Presidente, pe­ço a palavra, para uma questão de ordem.

O SR. PRESIDENTE (Carlos Cotta) ­Tem V. Ex' a palavra.

o SR. HERMES ZANETI (PSDB - RS.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Sr" e Srs. Deputados, hoje pela manhã, nosprimeiros programas noticiosos do dia, toma­mos conhecimento do falecimento do ex-Se­nador e ex-Constituinte de 1946, Luíz CarlosPrestes, verdadeira legenda da política brasi­leira, figura pública da maior relevância.Po­demos até discordar de suas idéias, ou con­cordar com elas, mas é inegável a sua traje­tória política brilhante e profundamente vin­culada à verdadeira história do nosso País.

to70 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

Por essa razão, Sr. Presidente, solicito aV. Ex', em questão de ordem, a suspensãoda sessão pelo passamento do ex-político LuísCarlos Prestes.

Aproveito também a oportunidade paramanifestar minha estranheza pelo fato de nãoter a Mesa tomado essa iniciativa, uma vezque no telejornal matutino foi, inclusive, vei­culada a notícia de que estavam reunidos osPresidentes da Câmara dos Deputados e doSenado Federal, tratando do assunto.

O SR. PRESIDENTE (Carlos Cotta) - AMesa informa a V. Ex' que de acordo como art. 71, do Regimento Interno, da Câmarados Deputados, a sessão só poderá ser levan­tada, antes do prazo previsto para o términodos seus trabalhos, no caso de:

I - tumulto grave;II - falecimento de congressista da legisla­

tura, de Chefe de um dos Poderes da Repú­blica ou quando for decretado luto oficial;

UI -presença, nos debates, de menos deum décimo do número total de Deputados.

Por estas razões, a Presidência não irá sus­pender a sessão. No entanto, há sobre a mesarequerimento da Deputada Abigail Feitosa,pedindo que seja prorrogada uma das sessõesda Câmara dos Deputados, a fim de se home­nagear a figura do ilustre homem público LuísCalor Prestl~s.

O SR. HERMES ZANETI - Sr. Presiden­te, aceito a ,explicação de V. Ex'. No entanto,era nosso dever fazer o requerimento, atépara que a Casa e a Nação tomassem conheci­mento da razão pela qual, frente ao noticiáriode hoje pela manhã, não houve a providênciadivulgada.

O SR. PRESIDENTE (Carlos Cotta) - Anotícia também não tem amparo regimental.

Fica registrada a manifestação de V. Ex'

O SR. PRESIDENTE (Carlos Cotta) ­Concedo a palavra ao Sr. Nelson Aguiar

O SR. NELSON AGUIAR (PDT- ES.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi­dente, Sr" e Srs. Deputados, minhas palavrasiniciais se destinam a prestar uma homena­gem sincera à extraordinária figura do líderLuís Carlos Prestes, que agora sai da agitadacena da vida política para entrar definitiva­mente na História.E~~amos, assim, ii>li?ários na d?r com seus

famlhares e com sil'rl tmensa legião de seusadmiradores e amigos.

Associo-me, pois, a quantos, nesta Casae fora dela, lamentam o passamento do velholíder e com sinceridade e admiração o home­nageiam.

Em segundo lugar, comunicamos à Casao ingresso, no PDT do Estado do EspíritoSanto, do Governador Max de Freitas Mauroe todo seu grupo político.

Em solenidade que presidimos na Assem­bléia Legislativa, em 25 de fevereiro último,abonamos fichas de filiação de oitenta e novelideranças, entre as quais cinco Deputadosestaduais, doze Prefeitos, sete Secretários emto Subsecretários de Estado, quarenta ecinco Vereadores e doze outros líderes.

A filiação do Governador, com grande nú­mero de outros companheiros, no entanto,ocorrerá no mês de abril, em festa que serápresidida pelo líder Leonel Brizola.

Recebemos, com muita alegria, esses com'panheiros no PDT Capixaba, que temos ahonra de presidir, certo de que, pelo valorpessoal e o prestígio de cada um, além dapresença do honrado Governador Max Mau­ro, na terra de Maria Hortiz, dando um saltode quantidade e de qualidade em termos deestrutura partidária e liderança política.

Max, que foi deputado do grupo autênticodo MDB nesta Casa, realiza hoje a gestãogovernamental mais limpa, mais correta emais digna deste País, em termos de zelo comos dinheiros públicos.

Tendo, em razão de seus compromissos de­mocráticos, optado pelos 4 anos de mandatopara o Presidente Sarney e recomendado essadecisão às bancadas capixabas na Câmara eno Senado, passou, a partir daí, a sofrer amais sórdida retaliação do Governo Federal,o que tem penalizado durante o Estado eo povo do Espírito Santo. Toda sorte de difi­culdades, em termos de liberação de verbasdevidas ao Estado Capixaba, tem sido desen­cadeada em todos os setores do Governo daUnião.

Com a vigência da doutrina do "é dandoque se recebe", oficializou-se a corrupção emalgumas áreas governamentais, onde virouregra o pagamento de propinas para se levan­tarem recursos, como ficou provado em de­poimento de muitos Prefeitos.

Max denunciou essa "safadeza," para usara expressão por ele empregada.

O Miistério da Justiça, que tinha o deverde botar na cadeia os ladrões dos cofres públi­cos, fez exatamente o que se esperava desteGoverno que o povo deseja logo sepultado:processou Max, exigindo, que ele prove acoisa mais provada aos olhos da Nação, istoé safadezas em setores já denunciados.

Mas isto são coisas desta República.O que me cabe dizer, ao finâl deste rápido

discurso, é que Max superou tudo e a todosse sobrepôs.

O Espírito Santo está com seus compro­missos em dia, realizando obras de interessedo povo. Está, pois, orgulhoso e altivo, pornão se ter curvado ante à sanha desmora­Iizadora que tomou conta desta República,graças ao Governo Sarney e seus beneficiá­rios e aproveitadores.

Esta altiva dignidade do povo capixaba ~e

deve à tenacidade e à integridade moral dohomem -e do político Max Mauro, que agoraestá em nossas fileiras.

Max, que foi do antigo PTB, presidido noEspírito Santo, por seu pai, Saturnino Mau­ro, tem, portanto, vínculos pedetistas muitofortes, por suas raízes trabalhistas.

De seu encontro,com o Dr. Brizola no Riode Janeiro resultaram o compromisso e o de­safio por ele aceitos de nos ajudar a construirum PDT forte, coeso, ideologicamente afina­do e politicamente comprometido com a li­bertação do povo brasileiro do jugo cruel damiséria e da fome que o vitima a séculos.

Para esse tempo de reconstrução de nossopartido, em todo o País, Max é bem vindo,porque é imprescindível.

O SR. WILSON CAMPOS (PMDB -PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Sr" e Srs. Deputàdos, sabemos que se realizaem Brasília um evento para homenagear amulher, pois o fato nos foi comunicado pelaCompanheira Irma Passoni. Congratulamo­nos com as mulheres brasileiras, principal­mente com aquelas que chamamos de "mãepreta", muito comuns na minha Região e quecontinuam passando fome. Embora seja bomhomenagear atores e artistas, devemos come­çar pelas "mães pretas, pelas "sinh!Ís", poisatravés delas é que vamos encontrar a maiore a mais legítima expressão da mãe brasileira.

Portanto, Sr. Presidente, em meu nomee no do meu partido gostaria de deixar regis­trada a homenagem às mulheres, pelo seudia, e a admiração que temos por elas. Apesardo Dia Internacional da Mulher ser amanhã,congratulo-me com a mulher brasileria e coma mulher do mundo, na presença e na pessoada nobre Deputada Abigail Feitosa, paraquem peço uma salva de palmas. (Palmas.)

ASRA. ABIGAIL FEITOSA (PSB-BA).Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Sr" e Srs. Deputados quero deixar consig­nado nos Anais da Casa e meu voto de pesarpelo falecimento do grande brasileiro, idea­lista e lutador, Luís Carlos Prestes.

Ao se embrenhar pelas terras inóspitas doNordeste, pôde ver de perto as condições mi­seráveis do seu povo. A partir de então, to­mou conhecimento da doutrina socialista, ne­la se aprofundou e foi seu grande líder, noBrasil, durante praticamente sessenta anos.sua vida foi coerente com seus princípios.Sofreu, foi preso, mas nunca cedeu. Achava- como eu - que o regime socialista é omais justo para o homem. No capitalismo,o que importa é o lucro. No socialismo, osbenefícios têm de ser estendidos a toda a so­ciedade.

Se um país socialista tem problemas, semudou um pouco seu rumo, faz parte da pró­pria natureza humana algum desvio. Mas, osocialismo é um regime muito mais justo, poistodos têm acesso ao desenvolvimento e a con­dições mais justas de vida. Em nenhum paíssocialista vemos crianças abandonadas, anal­fabetas, desempregados ou pessoas ao léu,como ocorre em países capitalistas, principal­mente do Terceiro Mundo.

Luís Carlos Prestes foi a grande luz doPCB, travou lutas e deixou marcas. O Paíssente-se orgulhoso de ter tido um filho comoele. Muitos discordam de seus pontos de vista- mesmo entre os comunistas houve diver­gências e alguns dele se afastaram - masnão podem eles, ou melhor, não podemosnós - comungo de suas idéias apagar o signi­ficado de Luís Carlos Prestes para o País.Encaminhei um requerimento à Mesa pro­pondo realizar uma sessão de homenagema esta figura, orgulho dos trabalhadores, por­que foi exatamente para eles que Carlos Pres­tes drenou sua energia, inteligência e firmeza

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 107i

Minha homenagem sincera a Luíz CarlosPrestes.

o SR. ERALDO TRINDADE (PL- AP.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi­dente, Sr~ e Srs. Deputados, as atenções dosbrasileiros se voltam para o dia 15 de março,data em que o Presidente eleito Fernando

.Collor de Mello deverá ser empossado.As perspectivas de mudanças de mais de

v~te ~ilhões de seus eleitores são grandes,nao so quanto às resoluções na área econô­mica, mas, fundamentalmente no que teráà execução de um processo que possa contera in~~ção que corrói salários e impõe pesadossacnfIcos a todos os segmentos sociais destePaís.

No meu Estado, o Amapá, a situação nãopoderia ser diferente quanto aos aspectos queacabo de citar, mas a esperança é aindamaior, quando surge a possibilidade de mu­dança no Governo do Estado.

Há mais de cinco anos, lá está Sr. JorgeNova da Costa, nomeado que foi, na épocada então Aliança Democrática, pelo Presi­dente José Sarney. Após a promulgação daConstituição, com a transformação do Ama­pá e~ Estado: continuou no cargo; por seconSIderar amIgo pessoal do Presidente daRepública.

Durante esses anos em que se intitula Go­vernador, nova da Costa passa a maior partede seu tempo viajando, sem se importar coma situação dos amapaenses, que sofrem coma falta de saneamento básico e com a faltade escola. Só este ano mais de 5 mil criançasficarão sem estudar. Na área de saúde muitagente tem morrido em meu Estado, pois ohospital que deveria ser mantido pelo Go­verno não possui medicamentos nem materialde apoio ~irúrgico, sendo os pacientes, obri­gados a fIcarem em casa, e os que têm maissorte sobrevivem.

A maior vontade de Jorge Nova da Costaé manter-se no cargo nem que para isso tenhaque correr atrás de Collor de Mello. Hojepela manhã, o Governador do Amapá, junta­mente com uma equipe, encontrava-se, exa­tamente às 7 horas da manhã, em frente aoprédio onde reside o futuro Ministro da Jus­tiça Bernardo Cabral, objetivando mantercontactos que o fortaleça no Governo até1991. Mostra o Sr. Nova da Costa a sua carade fisiologista, pois, pertecendo ao PMDB,apoi~u Ulysse~ G':1imarães, homem digno derespeIto, no pnmeIro turno das eleições presi­denciais e, no segundo, fez campanha aberta­mente em favor de Luís Inácio Lula da Silva.Agora corre atrás de Collor para continuarGovernador.

Se o Presidente eleito quer mesmo trabalhrem favor da melhoria das condições de vidada população brasileira, não pode esqueceruma parc~~~ ~e seus eleitores, os amapaen­ses, que Ja nao suportam o abandono e amá administração causados por Jorge Novada Costa.

O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT - SP. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presiden­te, Sr'S e Srs. Deputados, queremos homena- .

gear Luís Carlos Prestes, no dia do seu faleci­~ent~, como uma grande liderança política,hIst6nca e humana. .

Sua hist6ria confunde-se com a Históriado Brasil, nos últimos sessenta anos. Presen­ça de destaque e de liderança nos principaisacontecimentos, perseguido, preso, tortura­do, sempre teve uma atitude firme e comba­tiva na defesa de suas posições. Homem deideais, lutou por eles, colocando a sua própriavida em risco, seja na clandestinidade, sejana atividade pública.

O Brasil e seu povo, ao lembrar sua vidalegendária, homenageia um dos seus maisilustres filhos. Prestes foi grande homem eum grande político.

No final de sua vida, assumiu posições críti­cas e autocríticas sobre questões relacionadascom sua militância política.

O I?omento do seu falecimento é complexoe delIcado para esquerda. O socialismo atra­vessa uma crise de proporções, e a esquerda,para sair da defensiva, tem que elaborar umprojeto socialista democrático e humano. Omomento dessa homenagem é também de re­flexão sobre os impasses da luta pelo socia­lismo. A figura e o papel de Prestes estãovinculados à trajet6ria da esquerda, seus er­ros e vitórias.

Reafirmamos nosso compromisso de lutacontra o capitalismo, pela democracia e porum socialismo democrático. Nessa homena­gem resgatamos essa luta e a refexão dos so­cialistas na construção de uma nova socie­dade.

O SR. PAULO RAMOS (PDT - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs.Deputados, ao mesmo tempo em que mani­festo o mais profundo pesar pela Jllorte dolíder comunista e grande líder nacional LuísCarlos Prestes, associo-me a todos aquelesqu.;, ora no exercício do mandato no Parla­mento b.rasileiro,. desejam que a Casa promo­va sessao espeCial em homenagem a essegrande líder, indiscutivelmente, uma figuraviva da história contemporânea do Brasil, desuas lutas nacionalistas, de suas lutas por umasociedade solidária, mais justa, mais humana,uma sociedade socialista.

Sr. Presidente, assomo mais uma vez à tri­buna para tratar de um tema que está levandoa população do Rio de Janeiro a uma situaçãod~ mais pleno desespero - a segurança pú­blIca.

O Sr. Governador Moreira Franco, duran­te sua campanha eleitoral, teve na segurançapública sua principal bandeira. O que se veri­fica, hoje, no Estado do Rio de Janeiro, éa mais completa falência das estruturas poli­ciais e do Corpo de Bombeiros. Esta falêncianão se dá simplesmente em função da preca­riedade de material, nem todo arrocho sala­rial, nunca verificado em qualquer outra épo­ca, mas pela mentira, pela farsa que o gover­nante tenta montar, iludindo a populaçãocom o seu governo fascista, que premia fi

cúpula das corporações policiais. Isso leva

a uma situação de desespero a maioria esma­gadora daqueles que, estes sim, no exercícioda função policial, passando por. todos os ris­cos inerentes à atividade, procuram elevara imagem da corporação.

O Sr. Moreira Franco pode tentar enganara população do Rio de Janeiro\ mas não aque­les ~~e. integram os quadros das corporaçõespolICIaIS. Ontem, a imprensa noticiou que,em palestra realizada para os integrantes doCurso Superior da Polícia Militar, com a pre­sença.~e m~i~os ofi~iais, S. Ex' afirmou quea P,olI.cla. t:JIlItar fOI recuperada e que hojeesta dIgmfICada, lendo feito, ainda, inúmerasoutras afirmações mentirosas a respeito dedados orçamentários. Talvez a população do~io de J~neiro também não acredite, porqueVIve em msegurança.

Hoje, o próprio "Jornal do Brasil", queontem deu a notícia mentirosa, iludido tam­bém pelo Governador Moreira Franco, trazafirmações produzidas no anonimato, já queos policiais militares, além das dificuldadesque enfrentam, ainda são reprimidos arbitra­riamente pelo comando corrupto e incompe­tente do Sr. Manoel Elysio, que ainda se dizCoronel da Polícia Militar. E todos nesta Ca­sa sabem que oriundo dos quadros da PolíciaMilitar. onde prestei serviços durante quasevinte e dois anos de minha vida. Pois bem,a chamada da notícia no "Jornal do Brasil"é a seguinte: "Soldo e humilhações levamquatro mil policiais militares a pedir baixa".

O Governador Moreira Franco não conse­gue manter nos quadros da PM aqueles quea procuraram imaginando que estariam inte­grando os quadros de uma corporação queseria dignificada, entre outras coisas, commelhores salários. Entretanto os policiais, co­mo também os bombeiros militares, estãopassando fome. A situação é de penúria. Ima­ginavam também que integrariam os quadrosde uma corporação que pelo menos tivesseuma cúpula que lutasse pelo bom nome dacorporação e pela moralização dos serviçosque presta â população do nosso Estado. Ho­je estão iludidos.

Sr. Presidente, infelizmente os quatro milp.oli~iais militares estão pedindo baixa, insa­tIsfeItos, revoltados com o que se passa na~orporação ..E eles representam a quase tota­lIdade dos mtegrantes da Polícia Militar.Aqueles que pelo medo se omitem e que embusca, às vezes, de um galão maior tambémse omitem, submetem-se e acumpliciam-se.Mas a voz anônima publicada hoje no "Jornaldo Brasil" representa a consciência de todosos policiais milita~es, de todos aqueles quepretendem, pelo menos, integrar uma corpo­ração que há de ser dignificada, sim, commelhores salários, mas há também de ser res­~eitada pe!os bons serviços que deve prestara populaçao - lamentavelmente o que nãoacontece no Rio de Janeiro:

. f>:1inh.a. solidariedade, portanto, aos poli­CIaIS mIlItares, aos bombeiros militares que,~~smo no anonimato, ainda lutam para dig­mfIcar suas corporações.

1072 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

Durante o discurso do Sr. Paulo Ra­mos o Sr. Carlos Cotta, 3"-Secretário, dei­xa a cadeira da presidência, que é ocupa­dapelo Sr. Wilson Campos, 2'-Vice-Pre­sidente.

o SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) ­Concedo a palavra ao Sr. Florestan Fernan­des.

O SR. FLORESTAN FERNANDES (PT ­SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presi­dente, SI"'" e Srs. Deputados, ocupo a tribunapara prestar homenagem a um líder político,ex-parlamentar, que desempenhou papel his­tórico primordial em toda a evolução da Re­pública, nestes últimos sessenta anos. Trata­se, como todos sabem, de Luiz Carlos Pres­tes, nome sobre o qual poder-se-ia dizer quefoi um her6i que não forjou a sua glória,como tantos outros, porque construída porsua coragem, dignidade cívica e seu ardorcombativo.

Podem-se distinguir na vida de Luiz CarlosPrestes três períodos: no primeiro, ele empu­nhou armas contra a República Velha, paraderrubar as oligarquias e instituir no Brasilum regime democrático; no segundo, e du­rante muito tempo, ele foi o principal líderdo Partido Comunista do Brasil. Neste perío­do:exerceu atividades dandestinas, ilegais,e esteve nesta Casa, com a bancada de seupartido, abrilhantando a Constituinte de1946.

.Posteriormente, em especial durante. e de­pois da ditadura militar, as lutas internás den­tro do seu partido o expuseram a uma vidatrágica.. Viu-se, então, Luiz Carlos Prestesredu~id(di"condição'de lutador solitário. Éde Luiz Carlos Prestes desta última fase, quepoderíamos chamar de o "último Prestes",que recebemos as maiores lições de vida polí-.tica e de capacidade de luta. Fiel aos velhosideais, não se submeteu a pressões e ameaçase, mesmo sem apoio, sem meios, prosseguiudifundindo 00 socialismo entre aqueles quese haviam mantido leais ao liames que o uni­ram ao Partido Comunista do Brasil - namaioria jovens e trabalhadores, que encara­vam com grande amargura a situação brasi­leira.

É neste período que Prestes se torna o sím­bolo maior de esperança coletiva para o povo.Aqueles que não acreditavam mais no Brasil,que não depositavam mais fé no homem, nacapacidade de ação das classes trabalhadoras,dos sindicatros, dos excluídos, todos elesaprenderam com Prestes que na hora da des­dita é que é necessário ser forte. Aí conhe­cemos o Prestes mais radical; radical no senti­do exposto por Marx: "Ser radical éir àsúltimas raízes das coisas". Luiz Carlos Prestesfoi às últimas raízes das coisas e, mantendo-secoerente, recomendou a revolução social co­mo a via pela qual poderemos chegar à demo­cracia e a um regime de igualdade com liber­dade.

Era o que tinha a dizer.

O SR. ALUÍZIO CAMPOS (PMDB - PB..Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi-

dente, SIso Deputados, ontem apresentei aoCongresso Nacional um prqjeto de resoluçãoalterando disposições do Regimento Comumsobre a Lei Delegada.

O Regimento Comum ainda em vigor nãoestá correspondendo à Constituição atual eo seu projeto para a ela adaptá-lo, cujo rela­tório está sendo elaborado pelo nobre Depu­tado Nelson Jobim, seguramente terá aindaalguma demora, dada a sua abrangência.

. A delegação legislativa foi tratada pelosarts. 59', inciso IV, e 68 da Constituição certa­mente com o propósito de agilizar o procedi­mento de matérias urgentes, cujos conteúdose termos de exercício se justificam depois de.admitida por preliminar resolução do Con­gresso que aadmitir.

Nos termos do § 19 do art. 68 da Consti­tuição, serão excluídas da delegação os atosde competência exclusiva do Congresso Na­cional, os de competência privativa da Câma­ra dos Deputados e do Senado Federal, amatéria reservada à lei complementar e a le­gislação estabelecida nos incisos do referido§ 1'.

Assim sendo, o argumento de que a LeiDelegada representa "um cheque em bran­co" em favor do Presidente da República éinteiramente improcedente. .

Pela emenda de nossa autoria, além dasexceções já mencionadas, o Congresso nãosó pode limitar a matéria naquela resoluçãopreliminar, como também apreciar o projetode lei delegada, para rejeitá-lo no todo ouem parte, adotando a votação destacada.

O que o Congresso precisa urgentementeresolver é o procedimento adequado visandoa acelebrar o processo de elaboração legisla­tiva, para que não lhe caiba a culpa de nãocolaborar com as iniciativas legítimas do Po­der Executivo.

Na justificação da minha emenda, eu disse:

"Será importante que o Congressoadote uma resolução para cada projeto.a ser elaborado. A lei delegada não devemisturar objetivos diversos.

Se, além da reforma dos ministérios,a causa maior da inflação é o déficit pú­blico, vamos, em resoluções distintas,elaborar as correções possíveis. Tambémoutros projetos de lei delegada devemalterar o sistema financeiro, extinguir acorreção monetária, tabelar os juros,cumprindo o § 3' do art. 192 da Consti­tuição, e assim por diante, ficando os'diversos assuntos tratados de per se.

O Congresso Nacional precisa apare­lhar-se para delegar ao Presidente da Re­pública os poderes necessários e suficien­tes para as modificações que, excepcio­nalmente, se fizerem imperiosas para oaperfeiçoamento de nosso ordenamentojurídico."

O SR. DARCY DEITOS (PMDB - PRoPronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi­dente, Srs. Deputados, quando elaboramosa nova Constituição brasileira, promulgadaa 5 de outubro de 1988, inscrevemos, no capí­tulo reservado aos Direitos e Deveres Indivi-

duais e Coletivos, uma norma que poucospoderiam imaginar viesse a ser invocada con­tra o próprio Congresso Nacional. Refiro-meao mandado de injunção, inscrito no incisoLXXI, do Art. 5' da Carta Magna, a ser con­cedido pela autoridade judiciária "sempreque a falta de norma regulamentadora torneinviável o exercício dos direitos e liberdadesconstitucionais e das prerrogativas inerentesà nacionalidade, à soberania e à cidadania".

Infelizmente, o remédio constitucionalvem de ser utilizado, segundo noticiário daimprensa, para compelir o Legislativo a quevote as leis complementares que darão cum­primento aos preceitos da Constituição. Ini­ciativa da Federação dos Trabalhadores Ru­rais, o mandado de injunção deverá ser apre­ciado pelo Supremo Tribunal Federal, instân­cia máxima no julgamento e aplicação de dis­posições constitucionais. Embora o Presiden­te da República também seja citado, é indis­cutível a responsabilidade maior deste Con­gresso na votação dessas matérias por elemesmo aprovadas e inscritas na Carta Magna.

O Plano de CustlJio da Seguridade Social,abrangendo as áreas de saúde, assistência eprevidência, somente será encaminhado àComissão de Finanças da Câmara dos Depu­tados no próximo dia 14, após a escolha dosnovos presidentes das Comissões Técnicas daCasa. Enquanto isso, esgotou-se, há muito,o prazo estabelecido no Art. 59 do Ato dasDisposições Constitucionais Transitórias ­que era de seis meses a contar da data dapromulgação da Constituição de 5 de outubrode 1988 - para discussão e votação dos proje­tos de lei relativos à organização da seguri­dade social e aos planos de custeio e de bene­fício.

É profundamente lamentável, Sr. Presi­dente, que por omissão ou desídia este Poderseja publicamente chamado ao cumprimentode suas obrigações através do mandado deinjunção, instrumento igualmente ainda nãoregulamentado, mas que deverá ser devida­mente normatizado pelo Supremo TribunalFederal.

Temos, diante de nós, uma ingente tarefaa desempenhar. Há um vasto elenco de dispo­sitivos constitucionais a exigir leis ordináriasou complementares. Nele arrolaríamos, comprioridade, os benefícios aos trabalhadoresrurais, como o pagamento das aposentadoriasno valor integral de um salário mínimo e nãomais de apenas meio salário-mínimo; a apo­sentadoria do homem e da mulher do campocom cinco anos a menos que a dos trabalha­dores urbanos. Lembraria, também, a LeiAgrícola, diploma da maior importância paraestabelecer um novo quadro econômico-so­cial nas atividades rurais de um país de imen­sas potencialidades, mas profundamente ca­rente de uma estrutura que alavanque o de­senvolvimento da produção agropecuária.

Quero fazer o mais veemente apelo a todasas lideranças partidárias no Congresso Nacio­nal - Câmara e Senado - para que sejamenviados os maiores esforços possíveis na vo­tação dos projetos de lei complementares eordinários que dão eficácia ao texto da Cons-

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção. I) Quinta-feira 8 1073

tituição brasileira. Somente assim estaremosresgatando a credibilidade abalada do PoderLegislativo perante a opinião pública.

O SR. EDIVALDO HOLANDA (PCN ­MA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presi­dente, Sr" e Srs. Deputados, apesar de cris­tão, portanto contrário às suas idéias, querorender minha homenagem ao grande líderLuís Carlos Prestes.

Mas, Sr. Presidente, o assunto que real­mente me traz hoje à tribuna desta Casa éminha preocupação com a cidade de São Luísdo Maranhão, onde nasci politicamente, on­de faço política e para onde tenho voltadasminhas atenções, minha luta e minha açãopolítica.

Cidade histórica, única Capital brasileirafundada pelos franceses, verdadeiro patrimô­nio da humanidade, São Luís carece de cuida­dos especiais. Com o seu povo carente e osseus bairros destruídos, São Luís reclama aação daqueles que a representam - não sóos da Capital, mas de todo o Estado do Mara­nhão.

Quero registrar, pois, minha preocupaçãoquanto aos recursos aprovados no Orçamen­to anual, no qual tivemos aprovadas emendasdestinando recursos à reconstrução de locaisde nossa cidade, como as Galerias de Macaú­ba, o Sírio do Meio, Raimundo Correia eos Bairros do Coroadinho, Barreto, Anjo daGuarda, João de Deus, Macaúba e tantosoutros, os quais, sem ajuda federal, não terãosua reconstrução garantida.

Espero que, este ano, os recursos destina­dos à reconstrução da nossa cidade sejam ri­gorosamente aplicados.

Era o que tinha a dizer.

O SR. SAMIR ACHÔA (PMDB - SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidentes,Sr" e Srs. Deputados, em primeiro lugar,apresento minhas condolências à família dogrande Líder Luís Carlos Prestes, que de­monstrou, durante toda a sua vida, não so­mente uma liderança incontestável comotambém uma coerência digna de ser imitada.Minhas sinceras condolências à. família e omeu lamento profundo por essa perda parao nosso País e para a humanidade.

Desejo, também, consignar o início, hoje,do Encontro Nacional do Municipalistas, rea­lizado pela frente representada pela Associa­ção Brasileira de Prefeitos.

Sr. Presidente, os jornais de anteontem es­tamparam em manchete notícia que me dei­xou estarrecido: os laboratórios, principal­mente os multinacionais, afirmam, categori­camente, que deixará de fabricar medicamen­tos - fato já constatável em qualquer farmá­cia ~ essenciais à saúde do povo brasileiro,porque se sentem lesados na questão do pre­ço.

Trabalhei em laboratório multinacionaldurante muito tempo e sei que isso não éverdade. Conheço algumas das artimanhasutilizadas pelo monopólio dos remédios e seique prejuízo ele não.tem. Ademais, os rea­justes dos medicamentos superaram em mui-oto, este ano, os índices da inflação..

Pergunto-me se este País tem governo, seé possível um setor tão importante como odos medicamentos afirmar, perante a Nação,aquilo que já pode ser constatado: medica­mentos não serão fabricados enquanto nãomerecerem novo reajuste de preços.

Os laboratórios multinacionais vendemseus produtos aqui a preços quase equipa­rados aos praticados no mundo inteiro, comonos Estados Unidos e na Europa. Há apenasuma diferença: a mão-de-obra, aqui, é muitomais barata, e o povo ganha em cruzados,não em dólar.

Os laboratórios ameaçam o Governo, tri­pudiam sobre a saúde do povo brasileiro enada lhes acontece. Não se trata de greve,nem de lockout. Isso somente pode ser enqua­drado no Código Penal, pois é evidente quese trata de um crime, e é claro que esse crimedeve ser apurado.

Faço, portanto, um apelo ao Procurador­Geral da República, ao Ministério PúblicoFederal e à Polícia Federal para que mandemapurar isso, que considero uma notitia crími·nis a afirmação, por parte de laboratórios,de que não fabricarão medicamentos essen­ciais à preservação da saúde do povo brasi­leiro.

Os medicamentos não custam barato. Mui­to pelo contrário, comparados ao que ganhao povo brasileiro, são muito caros. Lamenta­velmente, estou acostumado a ver, em bal­cões de farmácias, pessoas humildes, portan­do uma simples 4eceita, mostrarem-na aovendedor perguntando quais os medicamen­tos que podem ser adquiridos por tantos etantos cruzados.

Isso não é possível, Sr. Presidente. Se oGoverno Federal já não se interessa pelo as·sunto ou porqualquer outro deve ter em men­te tratar-se de afronta ao poder constituído,feita às claras pelos laboratórios multinacio­nais. Como podemos admitir, no caso, a inér­cia da Promotoria Pública Federal, da Procu­radoria-GeraI da República, dos órgãos doMinistério Público?

Esse é o apelo que fazemos, pois existea notitia criminis e entendemos que tais fatosdevem ser apurados. O que não é possívelé permitir que laboratório nacional ou multi­nacional afronte a população e concretizeameaça de não fornecimento de medicamen­tos, por estar discutindo os preços com o Go­verno. A população não deve e não podepagar por isso.

Estamos a poucos dias da posse do novoGoverno. Esperamos que ainda no Governoatual a administração pública tenha condi­ções de pelo menos, dar início à apuraçãoda parte penal da atitude indecorosa, antipa­tri6tica e desonesta desses laboratórios, quenão querem fornecer medicamentos ao povobrasileiro.

Era o que tinha adizer.

O SR. LÚCIO ALCÂNTARA (PDT - CE.Sem revisão do órador.) - Sr. Presidente,Srs. Deputados, o Presidente eleito FernandoCollor tem apregoado insistelltemente seudesejo de cumprir com coerência o seu pro-

grama de campanha. Fomos informados deque já foi remetida ao Senado Federal a indi­cação do Presidente e de Diretores do BancoCentral. A propósito, existe um projeto delei, de autoria do nobre Senador Itamar Fran­co, futuro Vice-Presidente da República, ho­mem público dos mais honrados, que estabe­lece alguns requisitos para a nomeação dessesdirigentes do Banco Central, entre eles osconstantes do art. 4. do Projeto de Lei Com·plementar n· 198, já aprovado pelo SenadoFederal e ora em tramitação na Câmara dosDeputados.

Diz referido art. 4.:

"É vedada a designação de pessoasque nos últimos quatro anos tenhamexercido atividade com ou sem vínculoempregatício, ou de qualquer forma te·nham colaborado com a gestão ou admi­nistração de empresa integrante do siste·ma financeiro privado, ou que opere nosramos de Previdência ou Seguro, bemassim seus coligados ou controlados."

No Parágrafo único, a vedação prevista nocaput é estendida aos que no mesmo períodotenham sido proprietários, sócios, acionistasou controladores, a qualquer título, das em·presas mencionadas.

Julgamos que o projeto de iniciativa donobre Senador Itamar Franco, aprovado peloSenado Federal, é altamente moralizador,pois impede que pessoas vinculadas ao mer­cado de capitais, a distribuidoras de valorese a instituições financeiras exerçam cargosde direção no Banco Central.

O Presidente eleito Fernando Collor deMello, que fez justamente da moralização doserviço público urna das bandeiras de suacampanha, deveria inspirar-se nesse projetode lei para fazer a indicação dos dirigentesdo Banco Central, e não o que estamos ven­do: S. Ex' indicou o economista Ibrahim Eris,titular de urna empresa integrlJ,nte do sistemafinanceiro, entre outros.

Portanto, há aí, urna contradição. Sabemosque existe urna ligação íntima entre as ativi·dades do Banco Central e as das empresasprivadas ligadas ao mercaqo de valores, oque toma eticamente inconveniente a indica­ção de pessoas envolvidas com-essas ativi·dades na área privada para a direção do Ban­co Central.

Assim, ou a CÂmara dos Deputados apro­va rapidamente o referido projeto de lei ouo futuro Presidente da República repensa suaindicação, para conformar-se à sugestão doseu Vice-Presidente, Senador Itamar Franco.

O SR. EDÉSIO FRIAS(PDT - RJ. Semrevisão do orador.) - si:. Presidente, Srs.Deputados, depois de um ano de afastamentodesta Casa, para, cumprindo determinaçãodo meu partido e atendendo a convite doPrefeito Marcelo Alencar exercer o cargo deSecretário de Governo do Município do Riode Janeiro, quero agradecer aos companhei­ros, principalmente aos do Rio de Janeiro,e aos Vereadores daquela Capital, sua cola·boração para o ressurgimento daquele Muni-

1074 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

cípio. Quando Marcelo Alencar assumiu: aPrefeitura, o Município do Rio de JaneIroestava falido.

Hoje, porém com suas finanças pratica­mente recuperadas e sua administração sa­neada.

Volto a esta Casa com a satisfação de tercumprido minha missão como companheirodo PDT.

Sr. Presidente, apesar de não comungarda filosofia marxista de Luís Carlos Prestes,mas sendo também socialista, eu não poderiadeixar de trazer um abraço à sua família edizer que o grande líder levantou a bandeirada justiça social, jamais deixando de lutarcontra as injustiças praticadas contra os tra­balhadore~, e os mais humildes.

Fica registrado, pois, meu voto de pesarpelo passamento do líder socialista Luís Car­los Prestes.

A SRA. BETE AZIZE (PDT - AM. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs"e Srs. Deputados, manifesto meu sentimentode pesar p(~la morte do grande l(der, o ex-Se­nador Luíz Carlos Prestes, verdadeira biogra­fia da história política moderna e contem­porânea deste País.

Resguardo-me para a sessão de homena­gem póstuma que esta Casa com certeza faráem memól1a do grande líder político brasi­leiro, tecer, maiores considerações sobre suavida e sua história.

Sr: Presidente, uso ainda a tribuna parafalar de algo que angustia a Nação brasileira,a questão da Amazônia.

A imprensa brasileira, numa demonstraçãode histeria, não tem falado noutra coisa anão ser no próposito do próximo Governode privatizar tudo o que o Estado brasileiroconstruiu com o trabalho do seu povo. Hoje,essa mesma imprensa traz à luz uma decla-'ração do Presidente eleito, Sr. Fernando Co­llor de Mello, de que as estatais que não tive­rem lucro dentro de seis meses serão priva­"zadas.

Gostaria de dispor de tempo para fazerJffi estudo comparativo entre a finalidade doEstado quando se propõe a investir numar-arcela da economia e a da empresa privada,cujo objetivo principal é o lucro.

Está ocorrendo uma enorme confusão nes­te País. Querem colocar na cabeça do povobrasileiro a idéia de que a finalidade da em­presa pública é enriquecer os admirJistradorespúblicos, ou o Estádo. Na verdade, a empresa

,pública tem a função de prestar serviços à,comunidade, sem fins lucr~tivos,'para queo povo possa usufruí-los. E bem diferente'do conceito de empresa privada.

Quem deve preocupar-se em euferir lucros-estes, mostrando nos respectivos balanços,

Isão, muitas vezes, até considerados absurdos,'como no caso dos bancos - são as empresas,privadas. Não se pode vincular a ~mpresa

pública à questão dos lucros para julgar seé ou não (~conomicamenteviável.

Citarei o exemplo do Banco da Amazônia.- BASA, criado exatamente com o objetivode gerar recursos para o desenvolvimento da -

Região Amazônica, sobretudo na área agrí­cola, e de investimentos não-urbanos. O BA­SA foi criado para promover o desenvolvi­mento de um região que não recebia nenhum

·recurso do Governo Federal. Hoje porém,representa o maior patrimônio financeiro daAmazônia.

Quando vejo tecnocratas que nunca puse­ram os pés na Amazônia - se foram a Ma­naus, o fizeram para comprar rádios a pilhae televisores requintados na Zona Franca -;dizerem que é imprensciíndível privatizar oBanco da Amazônia, tenho a impressão deque há muita gente louca por aí dizendo oque não deve. O Banco da Amazônia nãopode visar o lucro, pois o seu objetivo é bene­ficiar os pequenos e médios agricultores, de­senvolver agricultura e o comércio da região.

Sr. Presidente, eu desejaria alongar-menessas considerações mas o farei em outromomento. Agradeço a V. Ex' a oportunidadeque me concedeu, de falar no Pequeno Expe­diente.

o SR. JORGE UEQUED - (PSDB - RS.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Sr'" e Srs. Deputados, o Projeto de Lei deConversão n' 28 resultou da Medida Provi­sória n' 87, que autorizou a União a assumiros débitos da Companhia Brasileira de Infra­Estrutura Fazendária - Infaz, ex-Cobec,junto aos consórcios dos bancos liderados pe­lo L10yds Bank Internacional, no valor de110 milhões de dólares. Com isso, o Bancodo Brasil não receberá seus créditos, no valorde 230 milhões de dólares.Quan~o o Presicjente da República v;etou

o inciso I do Projeto de Lei de Conversãon' 28, estava, na verdade, permitindo queo Lloyds recebesse seu crédito e o Bancodo Brasil tivesse um prejuízo de 230 milhõesde dólares.

Ora, Sr. Presidente, não é possível assistira isso impassivelmente. O Congresso Nacio­nal já disse ao Governo, pela Lei de Conver­são n' 28, que deseja o pagamento de todosos débitos e não privilegiar o Lloyds, comodeseja o Governo.

A associação dos Funcionários do Bancodo Brasil está se mobilizando, no sentido dealertar os Srs. Parlamentares para a necessi­dade de derrubar esse veto presidencial. Eo Congresso Nacional tem a obrigação dederrubá-lo, para manifestar novamente aqui­lo que já determinou quando aprovou a leie impediu que a medida provisória fosse efeti­vada.

Não é possível, Sr. Presidente, que os gran­des lobbies, que se estão mobilizando no Con­gresso Nacional para impedir a derrubadadesse veto, sejam vitoriosos. Se isso ocorrer,o Banco do Brasil sofrerá um prejuízo de230 milhões de dólares, pela inépcia e incapa­cidade de organização dos Srs. Parlamenta-res. '

A derrubada do veto é imperativo da digni­dade do Congresso Nacional, que, ao derru­bar a medida provisória, mostrou não querera prática desses benefícios em ~elaç~o ao

L1oyds, mas, sim, o pagamento de todos osdébitos.

Quero, pois, repito, alertar os Srs. Parla­mentares para a necessidade de mobilizaçãocom vistas à derrubada desse veto, a fim deimpedir tal violência contra o Banco do Bra­sil.

O SR. GERSON PERES (PDS - PA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr"e Srs. Deputados, há em latim uma expressãoque diz que a morte dissolve tudo - morsomnia solvit.

Na década em que nasci, Luís Carlos Pres­tes iniciava uma revolução idealista, buscan­do um Brasil livre. Logo em seguida, pince­lava ele sua personalidade num misto de di­vergências e contradições. Brasileiro compe­tente, capaz, idealista, S. S', entretanto, con­seguiu resvalar algumas vezes, causando de­cepção a muitos brasileiros. No campo dacontradição, pregava a liberdade e, logo de­pois, revelava-se adepto da doutrina que real­mente sufocava e sufocou, até há bem pouco,o mundo comunista. Graças a Deus ele pôdever, antes de morrer, que suas idéias não'se ajustavam às aspirações da humanidade,presenciando a derrocada do comunismo, su­focado pela ânsia de liberdade.

Voltou a contradizer-se, talvez inscons­cientemente, quando, ao invés de apoiar ocandidato do partido, foi buscar em LeonelBrizola o seu candidato à Presidência do Bra­sil.

Mas, entre as contradições, há também avirtude da coerência. E isto realmente o 'tor­nou um homem admirável. Mesmo caindoaqui e acolá, como no caso do relacionamentocom Getúlio Vargas, quando, em nome doPartido Comunista, colocou a família abaixodos seus ideais, Luis Carlos Prestes mante­ve-se com os mesmos princípios coerentes donacionalismo e do socialismo, embora muitasvezes xenófobo em alguns de seus aspectos.

Reconhecemos nele a figura de um lutadorque buscava o poder para implementar suasidéias. Acho - e esta opinião é pessoal ­que Luís Carlos Prestes quis fazer, no Brasil,o que Fidel Castro fez em Cuba, onde, des­cendo a serra com a bandeira da liberdade,logo mais sufocou o povo cubano, dele ex­traindo a própria liberdade. Talvez Luís Car­los Prestes quisesse, com essa bandeira, bus­car o poder para aqui introduzir o sistemasocialista, que esmagou todo o povo do Lesteeuropeu até bem pouco,tempo.

Mas não seria por isso que hoje negaríamosnossos sentidos pêsames a seus dignos fami­liares nem negaríamos o fato de que, nesseemaranhado de contradições e coerências,Prestes foi uma personalidade marcante nahistória do desenvolvimento político do Bra­sil.

Com essas despretensiosas considerações,registro nossa homenagem póstuma Luis Car­los Prestes.

o SR. GONZAGA PATRIOTA (PDT ­PE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presi­dente, Sr" e Srs. Deputados, quero, inicial­

·mente, associar-me a todos os colegas que

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1075

se solidarizaram com os brasileÍros e, em par­ticular, com a família do "Cavaleiro da Espe­rança", o camarada Luis Carlos Prestes.

Aproveito a oportunidade, Sr. Presidente,para fazer um apelo ao Senado Federal nosentido de que vote, em regime de urgência,o projeto de lei complementar, já aprovadopela Câmara dos Deputados, que resgata odireito dos trabalhadores rurais, equiparan­do-se aos trabalhadores urbanos, principal­mente no que diz respeito à aposentadoriaaos 55 anos de idade para as mulheres, eaos 60 anos para os homens, bem como aopagamento de um salário mínimo igual aodo trabalhador urbano para os aposentadosdo Funrural.

Este é o apelo que desejamos fazer ao Se­nado Federal.

A SI'" Irma Passoni - Sr. Presidnete, peçoa palavra para uma questão de ordem.

O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) ­Tem V. Ex' a palavra.

A SRA. IRMA PASSONI (PT - SP. Semrevisão do orador.) -Sr. Presidente, os fun­cionários da limpeza estão em greve. Quala razão? Primeiro, porque a Ipanema e outraempresa que prestam serviços à Casa pagamos salários com atraso. O pagamento deveriater sido feito no dia 5, como determina alei, mas foi realizado hoje, dia 7 de março.Em segundo lugar, há a questão dos vales-re­feição. Ao ver os contra-cheques, verifiqueique esses trabalhadores recebem de 28 a 40cruzados por mês de vale-refeição, não rece­bem auxílio para transporte as férias são pa­gas posteriormente ao gozo das mesmas. Es­tes e outros argumentos fizeram com que elesentrassem em greve.

Nesta questão de ordem, solicito à mesaque interfira, como poder concessionário doserviço, e faça com que essas empresas abramas negociações com seus funcionários, quese encontram, neste momento, lá fora, soba chuva. O que querem é que se cumpra alei, o que significa receberem vales-fereiçãosuficientes para se alimentarem durante todoo mês, que seus salários sejam pagos em diae que as férias lhes sejam pagas na épocacorreta. Não é concebível que o Parlamento,que faz as leis, pague à empresa, no mínimo,três salários por trabalhador e este recebamenos de dois mil cruzados novos por mês,como aconteceu agora no mês de março.

Solicito, portanto, a interferência de V.Ex', Sr. Presidente. Apresentarei, posterior­mente, ofício para que a Mesa interfira nesseproblema, que é nosso, do Parlamento, porser um desrespeito à própria lei que elabo­ramos.

O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) ­V. Ex' tem suas razões. A Mesa tomará co­nhecimento pelas notas taquigráficas e V.Ex', como bem disse, formulará ofício porescrito, para que se concretize a medida quese faz necessária.

O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) ­Concedo a palavra ao Sr. Virgílio Guimarães.

O SR. VIRGíLIO GUIMARÃES (PT ­MG. Sem revisão do orador.) - Sr. Presi­dente, Srs. Deputados, a bancada do Partidodos Trabalhadores, por intermédio do nobreLíder em exercício, Deputado Paulo Paim,com o apoio de diversas bancadas, encami­nhou requerimento em que propõe sessão dehomenagem a Luís Carlos Prestes, falecidohoje pela manhã. Isto se prende ao reconhe­cimento do valor deste grande líder popularque dedicou toda a sua vida à causa do povo,à luta contra a opressão no Brasil e no mundo.Fazemos este pedido de todo coração. Aolongo da sua existência o PT teve várias diver­gências com o companheiro Carlos Prestes,mas nunca deixou de reconhecer a purezade prop6sitos daquele que durante várias dé­cadas se rebelou contras as estruturas de ex­ploração existentes no Brasil e, por meio deuma coluna que atravessou o sertão brasi­leiro, mobilizou as massas populares e as le­vou a se insurgirem contra o sistema de opres­são, contra o imperialismo e contra o capita­lismo explorador que até hoje vigora em nos­so País.

Sr. Presidente, Luís Carlos Prestes, apesarda idade avançada, nunca arriou as bandei­ras. Manteve o espírito crítico, a visão agudado processo político e o olhar voltado parao futuro. Acompanhou até os últimos mesesde sua vida os acontecimentos do Leste euro­peu. Luís Carlos Prestes colocou-se ao ladodas liberdades. Foi um crítico contundenteda chamada democracia burguesa, da liber­dade aparente do capital, a liberdade daque­les que têm o dinheiro e que controlam osmeios de comunicação e manipulam as elei­ções. Carlos Prestes sempre entendeu queas liberdades têm de ultrapassar a manipu­lação burguesa e o poder econômico, apon­tando, portanto, para as liberdades no siste­ma socialista e, agora, de maneira crítica,para o solialismo real, o socialismo do Lesteeuropeu.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, tivemos di­vergências com Carlos Prestes, mas reconhe­cemos nele um grande lutador, um grandesocialista, e um grande democrata. Isto por­que democrata é aquele que deseja as liber­dades para as classes trabalhadoras, para quetodo o povo seja igual, do ponto de vistade classes, com o fim da exploração, da socie­dade capitalista, sobre a qual se construiráa sociedade socialista do futuro.

Por isso, Sr. Presidente, agradeço a V. Ex'a oportunidade de aqui fundamentar o pedi­do feito pela nossa bancada, mediante reque­rimento do nobre Deputado Paulo Paim, nosentido de que realizemos sessão de homena­gem ao grande brasileiro e lutador pela causado proletariado de todo o mundo, o compa­nheiro Luís Carlos Prestes.

Durante o diséurso do Sr. Virgflio Gui­marães o Sre. Wilson Campos, 2~ Vice­Presidente, deixa a cadeira da presidên­cia, que é ocupada pelo Sr. Paes de An­drade, Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Paes de Andrade)- Concedo a palavra ao Sr. Rubem Bran­quinho.

O SR. RUBEM BRANQUINHO (PL ­AC. Sem revisão do orador.) - Sr. Presi­dente, Sr" e Srs. Deputados, o Estado doAcre, localizado no extremo ocidental doBrasil, tem um teriit6rio de 152 quilômetrosquadrados e possui as terras mais férteis daregião amazônica. Todavia, encontra-se hojeisolado do restante do País, porque a estradaque nos liga a Porto Velho, capital do vizinhoEstado de Rondônia, encontra-se em estadodeplorável. Ao mesmo tempo, as cidades dointerior acreano estão isoladas da capital doestado em virtude da completa falta de estra­das. As poucas existentes estão intransitá­veis. Os Municípios vivem sob a ditadura depequenos aviões, táxis áereos, que custammuito caro, levam pequena quantidade demercadoria e constituem-se, também, emtransporte altamente perigoso. O nosso Esta­do precisa de uma infra-estrutura mínima pa­ra integrar-se ao processo de desenvolvimen­to do País. Foi com inquietude que os acrea­nos tomaram conhecimento de uma decla­ração recente do Sr. José Rutzemberger, fu­turo assessor para o meio ambiente, de queé inteiramente contrário à construção daBR-364, que cruzará todo o interior acreano.Acho que se trata de declaração impensada,porque todos reconhecemos que o zonea­mento ecol6gico é hoje fundamental e neces­sário. Certamente, o pr6ximo governo esta,­dual acreano, da mesma forma que o governofederal, levará isso em conta.

Quero registrar aqui o meu regozijo, por­que, em audiência, ontem, o futuro Presi­dente Fernando Collor de Mello declarou àbancada do PL que levará em conta a necessi­dade de dar ao Estado do Acre a infra-es­trutura mínima de que ele necessita. é a nossaesperança: que o futuro Presidente da Repú­blica retire o Acre do isolamento, não s6 emrelação aos demais Estados da Federação,mas também aos pr6prios Municípios do inte­rior acreano, para que se integrem à capitaldo Estado e tenham condições de produzirriquezas para o nosso povo e aliviar o restantedo país, que hoje muito nos ajuda.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

Durante o disl:urso do Sr. RubemBranquinho, o Sr. Paes de Andrade, Pre­sidente, deixa a cadeira da presidência,que é ocupada pelo Sr. Wilson Campos,2~ Vice-Presidente

O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) ­Concedo a palavra ao Sr. Fernando Santana.

O SR. FERNANDO SANTANA (PCB­BA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presi­dente, Srs. Deputados, subimos a esta tribu­na para ler, em nome do Partido ComunistaBrasileiro, nota de hoje, 7 de março de 1990,sobre o desaparecimento do grande lutadore companheiro Luís Carlos Prestes. A notadiz o seguinte:

"O falecimento de Luís Carlos Pres­tes, hoje pela manhã, significa o desapa­recimento de uma personalidade hist6­rica nacional e internacional, cuja sa~a

1076 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

marcou profundamente a História doBrasil neste século.

Líder tenentista da Coluna que teveo seu nome, sua biografia é confundidaem gp~nde medida com a história doPCB. :P9r mais de 35 anos, foi ele o diri­gente máximo do partido e sempre de­sempenhou, de forma positiva e abne­gada, importantes papéis que lhe coube­ram. Foi sua a decisão de se afastar doPCB, em 1980. porém, continuou ligadoàs lutas democráticas e progressistas, co­mo sempre fizera nas últimas décadas.. O PCB associa-se ao profundo pesarpela perda desta importante liderançacomunista, que dedicou a maior partede sua vida aos ideais do socialismo."

o SR. TIDEI DE LIMA (PMDB - SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Srs. Deputados, registro aqui nosso lamento,nosso pesar pelo falecimento do grande líderLuís Carlos Prestes. Vários Colegas já tece­ram ao longo desta sessão comentários aosquais me somo.

Este século teve, a partir do seu primeiroterço, a importante atuação de Luís CarlosPrestes à frente da configuração de um novopensamento, que naquela época emergi nasociedade não só nacional, mas mundial. Aolongo de todos esses anos, foi figura de proa,figura referencial das lutas políticas e sociaisdo País, e, ao final da última década desteséculo perdemos essa figura extraorilináriaaos 92 anos de idade, mas ainda com muitalucidez. Reconhecemos a sua capacidade, asua competência, ao seu brilhantismo, a suainteligência e a colaboração que efetivamentedeu no debate de idéias a esta Nação.

Ao terminar o século, parece que a vidade Luís Carlos Prestes, na medida em quetambém os países do Leste Europeu reformu­laram seu conceito original de socialismo co­mo forma para que sobreviva a idéia e a filo­sofia socialista, parece que a vida de LuísCarlos Prestes - dizíamos - até por atodivino, se assim pudéssemos dizer, já queele era ateu, também se apaga justamenteno momento em que se apaga aquela ortodo­xia filosófica socialista defendida por ele aolongo da sua vida.

Sr. Presidente, apenas para registrar o nos­so pesar.

o SR. VICTOR FACCIONI (PDS - RS.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi­dente, Sr"' e Srs. Deputados, em meio a mui­tas dúvidas e apreensões, mas também naesperança de um ano letivo muito melhordo que os anteriores, cerca de 1,5 milhãode estudantes e de 76 mil professores das3.449 escolas da rede estadual de l'e 2' graus,voltaram às aulas em todo o·Rio Grande doSul.

Problemas relacionados com falta de vagase de professores, repetências, evasões, máqualidade do ensino, curriculos inadequadose quase sempre dissociados da realidade, per­,{Ilanecem e se agravam, evidenciando que(I nosso sistema educacional continua em ago­

,nia e à beira da falência.

São muitas as causas das disfunções educa­cionais e sobre elas já discorremos em muitasoutras ocasiões.

Hoje, voltamos a enfatizar a questão sala­rial e de valorização do magistério. É real­mente alarmante, Sr. Presidente, Sr'" e Srs.Deputados, o que está acontecendo em nossoPaís. A falta de perspectivas existenciais eprofissionais é evidente e mesmo pessoas vo­cacionadas para a Educação ficam desesti­muladas da atual situação de salários e deprioridades que se dá ao ensino. A carreiradeixou de ser atraente e, ano após ano, obser­va-se a diminuição da procura de cursos supe­riores de licenciatura para o magistério, numaperigosa progressão e que, a assim continuar,significará muito em brave uma calamitosafalta de docentes em noso País.

Eis aí uma realidade dramática, que precisade urgente solução.

No meu Estado, o Rio Grande do Sul, osprofessores há anos vêm desenvolvendo umaluta inegente para reverter essa situação, con­tando sempre com o apoio e a compreensãodos pais, alunos e da comunidade. Foram97 dias de paralisação em 1987, 7 em 1988e 42 em 1989, que causaram, é lógico, inúme­ros transtornos, e que, mesmo assim, nãoconsegiram sensibilizar de todo o Governodo Estado. Agora, é urgente, urgentíssimoque o Governo tome alguma providênciaquanto aos vencimentos de fome do magis­tério gaúcho, deixando de lado toda e qual­quer demagogia pois, ao contrário do queestá a alardear, foi o atual Governo que maisprejudicou a classe. Vejam os Senhores, que,no contracheque de fevereiro, o vencimentobásico de um professor era de NCz$ 2.013,00,tendo praticamente empatado com o saláriomínimo, que foi de NCz$ 2.004,37. E pensarque no início desse paríodo governamentalo piso salarial do professor gaúcho era de2,5 salários mínimos!

Agora, o Sr. Governador acena com umaproposta de reajuste salarial de 200% emmarço, mais gatilho salarial quando a inflaçãoexceder 20%. Pode parecer, à primeira vista,estar sendo concedido um polpudo e estu­pendo aumento, mas isso é ilusório, pois sóserá recebido no mês seguinte, quando a in­flação já o terá corroído. De acordo com cál­culos dos dirigentes do Centro de Professoresdo Estado do Rio Grande do Sul - Cpers- o simples pagamento da inflação atinge·um índice de reajuste do bimestre passadode 170% e os 30% restantes, asseguram, re­presentam um ganho real de apenas 11 %.As reivindicações do magistério, portanto,no que se refere à questão salarial, que éapenas uma dentre muitas outras, não foramatendidas, pois o que verdadeiramente desejaé ver melhorado o seu piso salarial.

Mesmo assim o magistério aceitou emer­gencialmente a proposta, decidido a discutiros reajustes futuros numa assembléia geralda categoria no próximo dia 29, assim comoas negociações referentes à sua data-base,que ocorre em I' de maio.

Com essa decisão, que possibilitou o reiní­cio normal das aulas nas escolas públicas da

rede estadual, os mestres deram uma liçãode bom senso a toda a comunidade gaúcha,digna dos maiores elogios. Uma greve é sem­pre dolorosa para todos os envolvidos e, aofinal, os maiores prejudicados são sempre osalunos, razão de.ser de todo o processo ensi­no-aprendizagem.

Louvo desta tribuna a atitude dos profes­sores do meu Estado, que mais uma vez sou­beram dignificar a imagem da classe juntoà comunidade, ao mesmo tempo em que ape­lo ao Governo para que dê ao magistérioo estímulo que precisa, tanto através da re­muneração adequada, como do incentivo àsua permanente atualização, com obediênciaa um plano de carreira que o dignifique elhe dê segurança em sua ação educacional.

O ensino, no Rio Grande do Sul, já ocu­pou, dentro do sistemna educacional, um lu­gar de grande destaque e eficiência, salien­tando-se pelo seu ótimo padrão de ensinoe pela alta qualificação de seus professores.E da ação do Governo depende o restabele­cimento dessa situação.

A SRA. LURDINHA SAVIGNON (PT ­ES.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Sr'S e Srs. Deputados, a cada anocresce em todo o mundo a importância doDia Internacional da Mulher, 8 de março.

Cabe uma reflexão sobre o significado di­verso que a data assume, sob a ótica dos dife­rentes grupos sociais femininos. .

Se, por um lado, é data que unifica todasas mulheres, preocupadas com a construçãode uma identidade liberadora, que com­preende a cidadania, portanto direitos e obri­gações, por outro lado, em sua origem, éum chamamento às trabalhadoras no sentidode dar em continuidade às lutas da classeque integram, espolida dos direitos funda­mentais que remetem a pretendida cidadania.

Parcela dos dominados politicamente, é nobojo das sociedades dependentes onde se dá,em toda a sua crueza, o embate entre as traba­lhadoras e o sistema estabelecido.

Sistema complexo, não apenas econômicoe político, mas também cultural, introjetadohistoricamente em cada indivíduo, homeme mulher, portanto difícil de localizar, maspresente nos pequenos atos diários nas notí­cias dos jornais, na popagandas das TVs, nasrelações intepessoais, no mercado de traba­lho, nas atividades sociais. Solidificando nostextos jurídicos e através dos aparelhos doEstado.

A Frente Brasil Popular foi suficientemen­te atenta à questão em seu programa eleito­ral, cuja proposta ainda haveremos de verimplementada.

S!" e Srs, a realidade é dura para a mulhertrabalhadora do Terceiro Mundo. É duracom a trabalhadora brasileira do campo eda cidade, e se torna cada vez mais dura àmedida que se desce na escala social.

Na prática, se luta até mesmo que os avan­ços da Constituição saiam do papel.

Do ponto de vista juódico aguardemos des­de 81 a atualização do Código Civil, que na

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1077

parte do Direito de FamI1ia mantém disposi­tivos obsoletos.

A violência individual contra a mulher le­vou os movimentos organizados a lutarempara a criação de delegacias especializadas,onde se livram das humilhações que viviamquando juntavam coragem buscando o res­guardo, quase sempre físico, na Justiça.

Como parlamentar, nos comprometemosa articular mecanismos que possibilitem aaprovação dos projetos de interesse das mu­lheres que tramitam aqui no Congresso, aomesmo tempo que em nossas organizaçõesde base estaremos presente, reforçando asreinvidicações das companheiras.

Do ponto de vista da saúde, a fria consta­tação estatística das 400 mil mulheres mortasem conseqüências dos 4 milhões de abortosclandestinos/ano, o elevado índice de morta­lidade por parto, a prática das cesárias desne­cessárias, a esterilização em massa que seconfunde com a determinação de execuçãode uma política racista de branqueamento dapopulação provam a diferença entre a teoriae nossa vida quotidiana.

Do ponto de vista do trabalho, lutamospara que se respeitem os 120 dias da licença­maternidade, no combate à exigência do ates­tado de esterilidade quando na admissão notrabalho, e pelo fim da discriminação das tra­balhadoras rurais, no que tange ao direitoà posse da terra e aos benefícios sociais. Mastudo é luta.

É da compreensão da necessidade de lutaque as mulheres se organizam e conquistamespaço público e vitórias.

Entretanto, o mais terrível, o mais odioso,o fato que,se continua, inviabilizará o Brasilcomo Nação, é a infindável multidão de me­nores abandonados a própria sorte - meni­nos e meninas - fruto da indiferença dospoderes públicos e do processo de recessãoeconômica, arrocho salarial e subempregos,que levaram à desagregação da família traba­lhadora e a marginalização de seus filhos.

Fechando o quadro da violência, a que sesomam os atos costumeiros contra a integri­dade pessoal, os estupros, a ausência da re­forma agrária e a industrialização do campo,voltado para a produção exportadora, o queempurrou o pequeno proprietário e o traba­lhador rural assalariado para a periferia dasgrandes cidades, onde, fora de seu habitate despreparado para a luta pela sobrevivên­cia, marginalizou-se, formando o tremendocordão dos moradores em ocupações, fave­las, palafitas, dos sem-tetos.

A indiferença da classe dirigente, empre­sarial e política, fechada e segura em suascasas, em .suas escolas, hospitais, clubes pri­vados, vivendo abaixo do Equador um pri­meiro mundo fictício, se alimenta de tudoo que falta a essa multidão, marcada pelopreconceito racial inscrito na pele de 85%de seus componentes. Indiferença que conti­nua para com os que, desses conseguem che­gar à 3' idade.

A igreja do Brasil dá um passo à frente'quando, através da CNBB, lança a questãoda mulher corno tema da Campanha da Fra·

ternidade deste ano, o que abre a prespectivade amplo debate nacional.

É a oportunidade para toda a sociedadecolocar na ordem do dia a questão do precon­ceito e da discriminação de que somos sujei­tos, e pensar a quem eles servem, o que elesalimentam.

A história da luta das mulheres por seusdireitos não é de hoje, e seu apagamentoé o mesmo apagamento da história da classetrabalhadora, substituída que é pela versãooficial dos dominantes, que só entre eles reco­nhecem a marca "humanidade".

Nestes dias de preocupação econômica queatravessamos, assistindo ao jogo político for­mal entre "pseudosopositores", acompa­nhando os balanços dos lucros milionáriosdo sistema bancário e dos grandes grupos eco­nômicos, ao mesmo tempo que cada trabalhoempobrece à taxa de 2% ao dia do salário,vimos com apreensão duas mulheres seremchamadas a execerem os cargos de ministrosdo novo Presidente. Quem se lembra de EsterFigueiredo? O que acrescentou ela ao projetode educação que é necessário implementar·no País? - Foi apenas um Ministro a maisda ditadura militar.

Assim, quando falamos em Dia da Mulher,não estamos falando de mulheres conforma­das, coresponsáveis. ou responsáveis pela ma­nutenção desse mundo de discriminações,violência, indiferença e medo. Falamos, noDia Internacional da Mulher, das mulheresconscientes de que a vida pode ser vividade outra maneira, sem dominados ou domi­nadores, sem opressão, sem agressões à natu­reza, e que entendem como sua tarefa demodificar o "estar" no mundo, o que só sedará quando conjuntamente homens e mu­lheres quiserem profundamente mudar.

Este o sentido de nossa luta: nas cidades,no campo, nos partidos políticos e nas organi­zações sindicais e populares.

Finalizando nosso pronunciamento quere­mos expressar nossa solidariedade e prestarhomenagem a essas mulheres anônimas, luta­doras, sonhadoras e idealistas, que apostamno direito aos amor, que não se esgota nafelicidade pessoal, mas sim se estende aosoutros, é social, é político.

E, especialmente as nossas mães, donas­de-casa, e às companheiras de luta do Estadodo Espírito Santo, no partido, nas Câmarasde Vereadores e nos movimentos sociais.

o SR. DEPUTADO HERMES ZANETI(PSDB - RS. Pronuncia o seguinte discur­so.) -Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados,reunimo-nos hoje, pela manhã, na Comissãode Educação e Cultura, cOm o Fórum Nacio­nal de Secretários de Cult'ura, ocasião emque debatemos a questão cultural no Brasile suas prespectivas frente ao novo Governo.Combinamos uma aproximação entre os tra­balhos do Fórum e da Comissão, e debatemoso documento que o referido organismo entre­gou ao Governo Collor, do qual peço a trans­crição.

DOCUMENTO A QUE SE REFEREO ORADOR:

DIRETRIZES PARA UMAPOLÍTICA CULTURAL

Documento encaminhado a<jPrésidente daRepública pelo Fórum Nacional de Secretá­rios de Cultura, reunido em Brasília-DF, em15 e 16 de fevereiro de 1990.. Precisamos romper com a visão tradicional·

da cultura, que a identifica com o efêmero,o supérfluo ou com meros eventos. A culturaopera com o sistema simbólico, a comuni­cação, os valores transcendentes. Ela é a fon­te de criatividade que dinamiza a impulsionaa sociedade moderna. Cultura, hoje, parao.ós, brasileiros, é integração e cooperação.E inventividade. Pode ser a força reordena­dora da sociedade, a alavanca que produzirágrandes mudanças de comportamento.

I. IMPORTÂNCIA DAPOLÍTICA CULTURAL

É consenso nacional que a crise que o Paísatravessa encontra na vida cultural a sua di­mensão mais perniciosa e dramática: crise devalores, desorganização do comportamento,individualismo predatório e outras formasdestrutivas de convivência social que abalamos sentimentos de cooperação e integraçãoindispensáveis à vida coletiva.

O processo de transformação que o Paísatravessa só se cumprirá em sua plenitudese houver um esforço coletivo de reconsti­tuição da vida em sociedade, através de mu­danças de comportamento incentivadas porurna política cultural voltada para o fortaleci­mento do bem comum e dos valores que pro­movem a cidadania.

11. FORTALECIMENTO DOSÓRGÃOS CULTURAIS

NOVAS FUNÇÕES

Para que se cumpram tais objetivos é ne­cessário integrar, coordenar, fortalecer e rea­valiar o conjunto de organismos já existentese criar condições para que se ampliem as fun­ções culturais necessárias ao soerguimentonacional.

Não devemos nos limitar a racionalizar es­truturas já existentes. Precisamos prepará-laspara novas funções, em ritmo acelerado:

- Comunicação social para as grandesmassas marginalizadas ou carentes;

- Plano educacional de emergência paraa recuperação do menor;

- Promoção do meio ambiente;- Promoção da cidadania;- Estímulo ao pluralismo cultural, à regio-

nalização, à participação comunitária e coo­perativa.

Estas atividades poderão ser incentivadasatravés de uma rede de Televisão Educativa,devidamente modernizada, e sob o controlede processo de gestão com participação em­presarial, das categorias culturais e das lide­ranças comunitárias.

Os custos de tal programa seriam cobertospela promoção comercial, adaptadas ao perfilda l1'1Ídia educativa.

1078 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

A educação informal, através de planos deemergência voltados para a alfabetização eintegração do menor e a profissionalização,pode ser instrumento de revalorização de re­cursos humanos que dificilmente encontrarãono ensino regular tradicional uma respostarápida e eficiente.

Inversamente, as inúmeras experiênciaseducativas informais realizadas com a partici­pação de processos pedagógicos de cunho cul­tural, vêm oferecendo resultados espetacu­lares, sobretudo para populações de baixarenda, inadaptadas ao universo cultural e se­gregadas da rede escolar tradicional.

III. INTEGRAÇÃO CULTURAL

Sabemos que o Brasil é um continente for­mado de arquipélagos culturais que se comu­nicam precariamente, mantendo no isola­mento amplas camadas da população.

Estes arquipélagos abrigam insuspeitadasfontes de produção e conhecimento cultural,de cuja existência mal suspeitamos mas quepodem e devem vir a constituir fonte de rique­za, desenvolvimento e de identidade nacio­nal.

No momento em que o Brasil se integraà "aldeia global", mais do que nunca é impor­tante conhecer, valorizar e divulgar as nossasraízes como forma de promover a auto-es­tima, a criatividade e a confiança em umacomunidade solidária, partilhando idênticamemória e valores comuns.

1. Circuitos culturais

Compete ao estado incentivar mecanismosde modernização identificados com a circula­ção racional dos bens ct,llturais.

A integração e ampliação dos circuitos re­gionais terão como efeito imediato o baratea­mento dos custos da produção cultural e agarantia de sua viabilidade, bem como a am­pliação do público-alvo a ser favorecido comobens de mais alto nível.

Com isto se fortalecem os espaços culturaisque integram estes circuitos, revitalizando-ose colaborando na formação dos recursos vol­tados para sua gestão.

2. Articulação do Governo Federal, Estadose Municíllios

Merecem retificação urgente as iniciativasdesarticuladas do Governo Federal sem con­sulta prévia aos Estados e Municípios a seremsupostamente beneficiados. Tais práticas re­dundam em desperdício e superposição deesforços, que seriam melhor aproveitados~través de uma política de descentralização.

3. Pólos Culturais Regionais

Não cabe ao governo Federal alimentar di·retament,e todo o circuito cultural do País,mas oferecer incentivos estrategicamente im­portantes para a ativação dos pólos culturaisque fomentem as enormes potencialidades decada região. ' .

Exemplo disso é o pólo amazônico ligado.à cultura alternativa e à proteção do meio.ambiente. Por outro lado, nada impede que

C? artesanato nordestino se converta em pro-

duto de exportação bem melhor do que afabricação do pólo asiático, via Hong Kong.

4. O Fórum de Secretários e a IntegraçãoCultural

O instrumento político adequado a incen­tivar, promover e acelerar a integração é oFórum Nacional de Secretários da Cultura,que poderia ser valioso Conselho Consultivoe meio de transmissão de políticas culturais.

IV. MANUTENÇÃO EREAVALIAÇÃO DO ÓRGÃO

FEDERAL DE CULTURA

Para realizar dinâmica e abrangente polí­tica cultural é indispensável contar com órgãolegítimo e fortalecido, dotado de autonomiafinanceira administrativa, mantendo a impor­tância hierárquica de sua estrutura.

O Ministério da Cultura foi criado a partirda mllis ampla mobilização e apoio de dife­rentes segmentos culturais (produtores, artis­tas, administradores e líderes culturais), con­cretizados em 1984, com a criação do FórumNacional de Secretários de Cultura. As difi­culdades do Ministério coincidem com a maislonga e grave crise do' Estado Brasileiro.

Razão a mais para que seja reestruturado'e aperfeiçoado a fim de cumprir as funçõesprimordiais a que se destina. Tendo em vistaos reduzidos recursos destinados ao Minis­tério (0,0455% do OJ:çamento público), nãose justifica sua extinção por motivo de econo­mia.

Não deixa, portanto, de causar inquietaçãoa proposta de redução do Ministério a Secre­taria em um momento crucial em que a cultu­ra mais do que nunca é instrumento priori­tário e propulsor de integração e desenvol­vimento.

Exemplos bem sucedido de investimentocultural crescente nos Países do 19 Mundoevidenciam que não haverá possibilidade deacompanhar o surto de progresso de outrasnações sem aperfeiçoamente conjugado deeducação, Cultura, Ciência, Tecnologia e Re­cursos Humanos.

V. SUGESTÕES PARAO ÓRGÃO FEDERAL

Ê consenso geral que não se utilizou comoera previsto e necessário o Instituto de Pro­moção Cultural (IPe), justamente destinadoa corrigir com os recursos da Lei 7.505/86,as graves distorções regionais que tanto pre­judicam a integração do País.

Ê urgente racionalizar, modernizar e de­mocratizar os mecanismos de distribuição dosrecursos fin,anceiros, introduzidos na culturaos mesmos critérios racionais dominantes amais de 20 anos na área científica e tecno­lógica.

Ê urgente comitês assessores, consultorese outros mecanismos de avaliação de projetosa serem financiados pelo Governo federal.

Ê inadiável alocar com transparência re­cursos em projetos culturais, bem como embolsas de aperfeiçoamento no exterior (seme­lhante às da área científica), sem as quaisdeixamos brilhantes talentos sem acesso aos

grandes centros culturais e à linguagem davanguarda internacional com a qual natural­mente se identificam.

É importante instituir prêmios de estímulose incentivos às nossas vanguardas culturais,hç>je reconhecidas nas mais diversas áreas daarte e do conhecimento humano: Música, Ar­tes Plásticas, Artes Cênicas, Literatura, etc.

VI. O ESTADO E AINDÚSTRIA CULTURAL

O Estado deve ser na Cultura incentivadore promotor inicial de indústrias culturais emparceria com a iniciativa privada, tal comotem ocorrido nos grandes centros culturaisdo mundo.

O cinema, por exemplo tem recebido detoda parte incentivos governamentais, sejana modernização das salas de exibição, sejaintroduzindo tecnologias, seja ainda peloaprimoramento técnico de mão-de-obra qua­lificada. Da mesma forma, museus e teatrospossuem apoio indêntico dos governos.

VII. FINANCIAMENTOS À CULTURA

Um dos mecanismos mais importantes definanciamentos é a Lei n' 7.505, que precisaser reformulada a partir da experiência inicialde sua implantação. Os resultados positivosde sua aplicação são evidentes. Houve, noentento, desvio de recursos para empresasintermediárias de promoção e para áreas emque a isenção fiscal não se justifica.

Eficazes instrumentos do controle permi­tirão que os recursos sejam canalizados paraáreas prioritárias, tanto do ponto de vista deseu alcance social quanto de sua qualidadee eficiência.

O disciplinamento dos recursos das estataispoderá ser também instrumento vital de fian­ciamento da cultura.

VIII. A VOCAÇÃOINTERNACIONAL DA CULTURA

A permanência do status de Ministério po­derá ser decisiva neste momento em que oPaís se volta para o sistema internacional,inclusive assumindo posição de liderança noContinente Latino-Americano.

Exemplo das potencialidades da Culturaé a criação do Fórum de Ministros da Culturada América Latina e Caribe, já em plenofuncionamento. Seu papel crucial é o de re­forçar o intercâmbio e a cooperação que po­derá propiciar o fortalecimentC(.do futuromercado latino-americano.

Não basta o desenvolvimento econômico­social. É preciso mobilizar o que de melhoro País oferece, através da Cultura e de nossosArtistas. Divulgá-los e promovê-los é tam­bém um dos melhores caminhos para integraro Brasil à Comunidade Internacional.

O SR. LUIZ SOYER (PMDB - GO. Pro­nuncia o seguinte discurso.) Sr. Presidente,Sr+' e Sr' o Presidente da Associção MédicaBrasileira, DI. Antônio Celso Nunes Nassif,enviou sugestão a esta Casa, no sentido daalteração dos artigos 81 e 197, do anteprojetoda Lei do Estatuto do Funcionário Público,que prevê o regime único, visando à melhoria;

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das condições dos profissionais da Medicinaque trabalham sob regime estatutário, enca­minhando-a igualmente ao Ministério do Tra­balho.

Examinando essas medidas preliminares,lembra o Presidente da AMB que, no refe­rente à penosidade, insalubridade e periculo­sidade, o Art. 81 declara que os adicionais

, serão concedidos com observância às situa­çÕ,es especificadas na legislação aplicavél aofuhcionalismo público, salientando que

"o adicional de insalubridade por tra­balho com raio X ou substâncias radia­tivas corresponde a quarenta por eentodo vencimento dos cargos e será conce­dido na forma da legislação pertinente.

A Associação sugere o acréscimo daexpressão "sendo que, para os médicosem geral, independentemente da espe­cialidade, será também concedido o adi­cionai de insalubridade correspondentea quarenta por cento do vencimento docargo efetivo".

No que tange ao art. 197 pede-se o acrés­cimo, ao item IH, de mais uma alínea, queseria a "e", com a seguinte redação:

"e - aos vinte e cinco anos de efetivaocorrência em funções privativas de mé­dico; com proventos integrais, indepen­dentemente do sexo e de· limite de ida­de".

Trata-se, nada mais nada menos, da aplica-, ção do princípio da isonomia, consagrado pe­lo caput do Art. 5" da Constituição Federal,sabido que os médicos, exercendo a profissãocomo autônomos, se aposentam aos vinte ecinco anos de trabalho.

Os que exercem a profissão por meio devínculo empregatício receberão igual bene­fício, sabido que a insalubridade é risco inse­parável da profissão de médico, em qualquerdas suas especialidades.

Esperamos que este Plenário atenda aosjustos reclamos da Associação Médica Bra­sileira.

Era o que tínhamos a dizer.

O SR. OSVALDO BENDER (PDS - RS.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi­dente, S~ e Srs. Deputados, há poucos diaspara a posse do novo Presidente da Repú­blica, Fernando Collor de Mello, a expec­tativa do povo é imensa. Peregrinei durante'o recesso parlamentar por dezenas de muni­cípios do Rio Grande do Sul. As perguntasmais ouvidas foram sobre as perspectivas donovo Governo. Nenhuma camada da socie­dade brasileira está satisfeita no momento.Todos esperam ,mudanças. Mas, pelo quesenti, o setor mais penalizado é o da agricul­tura. O produtor-rural, aquele que nos forne­ce os alimentos para as mesas de todos osbrasileiros, está aflito e empobrecido. Estesetor está quase falido. A angústia, o medodesses bravos agricultores é alarmante. Mediziam: - "Veja, Sr. Deputado, nós temosque vender um balde de leite para compraruma garrafa de cerveja. Onde está o erro?Veja: nós recebemos dois cruzados pelo litrode leite ,e o trabalhador paga por ele, do tipo

C, 14 cruzados e o B custa acima de 30 cruza­dos. Há ainda a gordu.ra tirada antes de serembalado, que só dá lucro ao beneficiador".O leite seria uma ótima alternativa para o

, pequeno colono, se no mínimo recebesse pelolitro o que custa um refrigerante pequeno.

Com relação à soja não se ouve questiona­mentos diferentes: - "Veja Deputado: hápouco tempo atrás, com um saco de soja nóspodíamos encher o tanque do nosso tratorvárias vezes; agora, precisamos de três sacospara um custear um tanque de combustível".- "Veja Deputado: no Paraguai a saca écomercializada por 800 cruzados, enquantoque aqui vale apenas 200 cruzados. Por queesta diferença?

"Assim, surge uma infinidade de perguntase questionamento. Com este estado de cala­midade implantado pela nova República, adifícil situação dos agricultores chegou ao má­ximo. A esperança é o novo Presidente.Queira Deus que faça alguma coisa para dimi­nuir estas diferenças de valores. A inflação,mesmo na casa dos 100% não seria nada,desde que tudo acompanhasse essa majora­ção. No entanto, os produtores agrícolas fica­ram defasados em percentuais inacreditáveis,sobre os quais já fizemos algumas compa­rações. A esperança é de uma maxidesvalo­rização cambial. Quero transformar esta es­perança num pedido ao novo Presidente, qúede fato faça esta mudança cambial. Não vejooutra solução para os produtores de soja.

Faço, ainda, um veemente apelo para se, trazer de volta os bons tempos da velha Repú­

blica, onde a inflação era de 15% ao ano.Tempos que deixaram saudades. As mudan­

,ças na política econômica foram todas parapior. Eu acredito no novo Presidente. Foiisto que disse aos sofridos e esmagados. Te­nho certeza de que S. Ex' vai amenizar osofrimento causado pelas grandes injustiçasexistentes, pelas desigualdades que se cria­ram com a inflação ora em curso, que apavoratodos. A esperança que o povo brasileiro de­posita no novo Presidente, eu também o faço.Espero não sejamos frustrados nesta espe­rança.

Muito obrigado.

o SR. MAURO MIRANDA (PMDB ­GO. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Srs. Deputados, há muito que sediscuti a questão da compensação financeirapara os Estados, Distrito Federal e Municí­pios, pelo resultado da exploração de petró­leo ou gás natural, de recursos hídricos parafins de geração de energia elétrica e de recur­sos minerais em seus respectivos territórios,plataforma continental, mar territorial ou zo­na econômica.

Na verdade, Sr. Presidente, não é de hojeque vários municípios colocam em discussãoo paradoxo de, embora produzindo riquezascom a geração de eletricidade, tiveram suasáres agricultáveis reduzidas e cessadas suasatividades produtivas, ficando mais probres,sem um gesto sequer de grandeza das empre­sas que exploram seus recursClS hídricos, porexemplo.

Agora, está sendo submetido à aprovaçãodo Congresso a Medida Provisória n" 130,de 9-2-90, que, entre outras providências, de­fine os percentuais da distribuição da com­pensação financeira a que antes me referi eestá consubstanciada na Lei n~ 7.990, de28-12-89.

Tratando-se de matéria da maior impor­tância, faço um apelo aos colegas parlamen­tares no sentido de aprovarem com urgênciaa medida em questão, como forma de justiçaàs áreas do País atingidas pelo problema deutilização de seus recursos naturais.

Era o que me cabia dizer.

O SR. PAULO ZARZUR (PMDB - SP.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi­dente, Sr.' e Srs. Deputdados, sabe-se quea inflação é uma síndrome econômica, poden­do partir de uma causa ou de várias simulta­neamente: o endividamento externo, a faltade competitividade da economia, a ineficáciados agentes empresariais do Estado, os gastossuntuários da máquina burocrática, o déficitcrônico das contas governamentais, as desca­bidas isenções fiscais e a mal orientada indu­ção econômica, com o injustificado auxílioa instituições privadas beneficiárias do prote­cionismo político-financeiro.

No Brasil parece estar acontecendo tudoisso de uma vez, daí por que a espiral inflacio­nária sofre raríssimos reflexos, para recupe­rar-se sempre com maior violência.

Deve-se, no entanto, atentar que a essesfatores estruturais se acrescenta um fator con'juntural, que a transforma num verdadeirocaso de polícia quando conhecidas faixas domercado, sem freios na sua ação delituosa,incorporam aos preços a inflação futura estiomada, valorizando, a seu talante, artigos suopostamente escassos, justamente os mais ne·cessários, remarcando aleatoriamente os pre·ços, numa contravenção impune e claramenteidentificada,

Quando os preços foram incrementados,em fevereiro, em torno de setenta e três porcento sobre o mês anterior, reduziam-se,drasticamente, os espaços para as manobrascorretivas do Governo, induzindo a medidasvigorosas que não se aplicarão sem algumsofrimento da população, cuja capacidadeaquisitiva desce aos mais baixos níveis, segun­do as estatísticas dos maiores centros urba­nos.

Imposto social gravíssimo, a inflação che­gou a um ponto em que o seu apetite é muitomais difícil de conter do que a extorsão fiscalpropriamente dita - menor do que a evasãoe a sonegação tributárias - a exigir do próxi­mo governo medidas heróicas e, pelo visto,não muito simpáticas, embora necessárias.

Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidente.

O SR. ÁTILA LIRA (PFL - PI. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr"e Srs. peputados, no momento em que oPresidente eleito, Fernando Collor de Mello,assume a Presidência da República, urge aler·tá-lo para a importância do Crédito Rural.O Brasil é um país de vocação agrícola. Temterras de qualidades excepcionais em todas

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as suas regiões geográficas, inclusive no Nor­deste" assolado anualmente pelo problemada seca. Na safra 88/89, foram colhidas 70milhões de toneladas de grãos, consideradoum recorde nacional, mas longe das reais ne­cessidades do País e da capacidade de produ­ção. O mercado interno brasileiro permaneceabandonado pelas autoridades governamen­tais, que visam essencialmente ao mercadoexterno, na busca de divisas fortes, de pou­panças geradoras de investimentos. É precisotambém que o Presidente Collor de Melloobserve acuradamente este cenário. Con­quanto dotado de 140 milhões de potenciaisconsumidores, o referido mercado internonão pode continuar a ser tratado de formasecundária, notadamente no que concerne aocampo agrícola, em que pese à elevada capa­cidade de endividamento externo no País.

O Crédito Rural precisa ser equacionado,,esquematizado, de tal maneira que os agricul­tores não sejam surpreendidos com as distor­ções atuais vigentes, quanto à liberação dassuas parcelas, mormentes referentes ao cus­teio. O Brasil precisa de uma política agríco­la. Não a tem no presente momento. A inexis­tência de uma política agrícola leva os agricul­tores a se sentirem desestimulados de conti­nuarem produzindo. Dados estatísticos, esti­mativos, do Ministério da Agricultura pre­vêem a redução da safra de grãos do País,89190, comparativo ao período passado, empelo menos seis milhões de toneladas. Estaredução não está atrelada exclusivarrknte àsintempéries da natureza e, sim, a uma totaldesorganização do setor agrícola, que sequeré dotado de uma política de preço-mínimodecente, aceitável, permitindo ao agricultor,pelo menos, o retorno do investimento assen­tado.

Sem uma política agrícola adequada, semcrédito agrícola, o País perde paulatinamentea condição de destacado produtor agrícolano cenário internacional. Em vez de expor­tador, tem se feito presente cada vez maisno lado dos importadores de produtos queoutrora produzia em abundância, como o ar­ro~ e o feijão, por exemplo.

E inadmissível que o Brasil não tenha umapolítica agrícola definida, demarcada, que se­ja elaborada por pessoas que entendam doassunto, e não por burocratas palacianos, quenão sabem as dificuldades passadas pelosagricultores quanto ao plantio, colheita e ven­da do produto, no mercado interno e interna­cional. Que o Presidente Collor de Melloadote, urgentemente, as medidas necessáriasvoltadas para dotar o Brasil de uma políticaagrícola que estimule o agricultor a produzircada vez mais, inibindo a especulação e aagiotagem.

o SR. OCTÁVIq ELÍSIO (PSDB - MG.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi­dente, Sr" e Srs. Deputados, venho a estatribuna registrar que, nos dias 12 e 13 demarço próximos, terão lugar, em Belo Hori­zonte as solenidades comemorativas do 4"aniversário da Faculdade de Direito da Uni·versidade de Minas Gerais.

O projeto de criação da faculdade temsua origem em 1948, quando foi lançada, naCapital mineira, a idéia de constituição daUniversidade Católica sob a liderança de D.Antônio dos Santos Cabral Arcebispo de Be­lo Horizonte. O esforço de implantação defaculdades católicas, núcleo original de futuraUniversidade, fez emergir, de imediato, a im­portância de uma Faculdade de Direito Cató­lica. A transformação da idéia em realidadeconcreta contou logo com a colaboração deeminentes juristas e o apoio decidido da co­munidade católica de Belo Horizonte.

Logo no ano seguinte, organizou-se suaprimeira diretoria e trabalhou-se na compo­sição de seu corpo docente, através de convitea jurista de renome, que, em trabalho conjun­to, organizaram o primeiro currículo do cur­so. Num universo de homens ilustres da ciên­cia do Direito, quero destacar aqui, comofundadores e membros do corpo docente nes­se início da Faculdade de Direito, os profes­sores Edgar de Godoy da Mata Machado,que foi o primeiro secretário da FaculdadeMário Casanauta, Pedro Aleixo, MiltonCampos, Bolívar de Freitas, Carlos Horta Pe­reira, João Franze de Lima, Alfredo Lopesda Costa, este seu primeiro diretor.

Como resultado deste esforço conjugadode D. Cabral, diretoria e professores, conse­guiu-se obter autorização para funcionamen­to do curso de Direito em 1950. O parecerconcedendo autorização foi aprovado peloConselho Nacional de Educação em sessãodo dia 19 de novembro de 1949, o que foicomunicado, na mesma data, a D. Cabral,por telegrama do Diretor Nacional de EnsinoSuperior. O Decreto n" 27.577, autorizandoo funcibnamento do curso de direito, foi ex­pedido em 12 de dezembro de 1949. Criava-seum importante estabelecimento de ensinosjurídicos e dava-se passo decisivo para a es­truturação da Universidade Católica.

A 12 de março de 1950 procedeu-se à insta­lação da Faculdade Mineira de Direito, cujolema de suas atividades busco no Evangelho:Lex tua Veritas. No dia seguinte 13 de março,iniciaram-se as aulas regulares, no PalaceteDantas, à Praça da Liberdade, prédio arren­dado pela Sociedade Mineira de Cultura.Tratadas todas as providência legias e preen­chidas as exigências de organização adminis­trativa e didática, a Faculdade Mineira deDireito foi reconhecida pelo Governo Fede­ral através ·do Decreto n" 30.975, de 10 dejunho de 1952.

A Universidade Cat6lica tornou-se reali­dade em 1958 e a ela se incorporou imediata­mente a Faculdade de Direito, com amploapoio da Diretoria, corpO docente e de seusalunos.

A Pontífica Universidade Católica de Mi­nas Gerais é um dos estabelecimentos de ensi­no e pesquisa de nível superior de qualidadereconhecida nacionalmente e que honra aeducação de meu Estado. É o resutado dotrabalho e da dedicação de muitos educado­res mineiros e da liderança de D. Cabral,D. João Rezende Costa, D. Serafim Fernan­des de Araújo, atual Arcebispo Metropoli-

tano de Belo Horizonte e chanceler da PUC­MG, e Padre Geraldo Magela Teixeira seumagnífico reitor.

Sr. Presidente, este registro que no mo­mento solicito seja feito, não desejo se res­trinja a uma formalidade parlamentar. Querotorná-lo a homenagem nossa, minha, comoparlamentar e professor, de meu partido, oPSDB, e da Câmara dos Deputados, home­nagem justa e oportuna à Faculdade de Direi­to da Universidade de Minas Gerais, pelotrabalho educacional que desenvolve, atravésde competente corpo docente, pela perma­nente renovação e modernização de seu currí­culo e cursos, e em constante articulação comcomunidade mineira, através de valioso tra­balho de extensão universitária. Cumprimen­to seu Diretor, Dr. Oswaldo Machado dosSantos Vice-Diretor, Dr. Hilberto de Carva­lho Lopes, os coordenadores de Pesquisa ede Extensão, respectivamente Dr' CarmemLúcia Antunes Rocha e Dr. Carlos Mota,todo seu corpo docente, funcionários e alu­nos.

A SRA. IRMA PASSONI (PT - SP. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presiden­te, Srs. Deputados, o Partido dos Trabalha­dores, em relação ao resultado das eleiçõesna Nicarágua, realizadas em 25 de fevereirode 1990, declara:

1. A hist6ria reconhecerá à FSLN a tarefaextraordinária de haver patrocinado e garan­tido a primeira eleição livre na história daNicarágua. Ao assegurar esse avanço demo­crático, a FSLN demonstrou seu compromis­so autêntico com a democracia e o pluripar­tidarismo.

2. A derrota eleitoral dos candidatos daFrente não pode ser compreendida sem umaavaliação profunda das conseqüências, sofri­das pelo povo nicaraguense, da intervençãodireta dos Estados Unidos durante os 10 anosde governo sandinista. '

3. Pressões econômicas de todo tipo, cujamáxima expressão foi o bloqueio imposto duorante todos esses anos e agora cinicamentesuspenso pela Administração Bush; e pres­sões militares, que implicaram no esforçoconcentrado na luta pela defesa nacional ena derrota militar da "contra" armada e sus­tentada economicamente pelo governo dosEUA, significaram um desgaste objetivo parao governo sandinista, que teve que desviarpara a defesa nacional recursos que não pude­ram ser destinados a satisfação das necessi­dades do povo.

4. No UNO, no moneu (Sem UNO, nãotem dinheiro) foi o lema da campanha de Vio­leta Chamorro e reflete o apoio expresso dogoverno norte-americano à aliança anti-san­dinista liderada pelo COSEP (Cosejo Supe­rior de la Empresa Privada), e a CDN (Coor­dinadora Democrática Nicaraguense).

5. Nesta nova situação, o Partido dosTrabalhadores espera e faz votos para queo povo da Nicarágua saiba defender suas con­quistas, e para que o novo governo respeitea vontade popular e dê continuidade à convi­vência democrática, pois s6 assim será possí-

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vel um futuro de paz e bem estar para osnicaraguenses.

O SR. NEY LOPES (PFL - RN. Pronun­cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Deputados, o'Jornal de Brasília, ediçãode 6 do corrente, publicou artigo assinadopelo jornalista Marcondes Sampaio, sob otítulo Salários dos Parlamentares.

Trata-se de análise jornalística das mais lú­cidas e competente. Em verdade, o risco só­cio-político de afastar do Parlamento as clas­ses de baixa e média rendas pode ocorrera partir do achatamento dos subsídios. Nessahipótese, o poder econômico assume o co­mando parlamentar da Nação, pois seus re­presentantes não dependem de subsídios parasobreviver. Isto ocorrendo, a espada de Dâ­mocles será permanente sobre a cabeça doscidadãos brasileiros.

Passo a ler, Sr. Presidente, o artigo do jor­nalista Marcondes Sampaio, por constituir es­tudo de alto nível sobre o assunto comentado.

Eis a íntegra:

SALÁRIO DOS PARLAMENTARESMarcondes Sampaio

"Num país que é campeão mundialdas disparidades salariais, é natural queos vencimentos mais elevados, percebi­dos pela cúpula burocrática, gerem in­conformismo e até revolta em mais dedois terços da população, que se encon­tram em estado de miséria absoluta ouem processo de proletarização.

Desde o ano passado esse inconfor­mismo tem se voltado, com grande vigor,contra os subsídios parlamentares, quese encontram no topo da remuneraçãodo setor público, embora, é verdade,acompanhados de perto pelos valoresatribuídos a milhares de servidores gra­duados dos três poderes e das empresasestatais - os DAS -, que nos últimostempos conseguiram reajustes significa­tivos nos seus salários.

Em meio a tal reação, começa a ga­nhar dimensão nacional um movimentoque visa a reduzir os subsídios de deputa­dos e senadores, começando pelo conge­lamento dos atuais valores, até que elesbaixem ao equivalente a 20 salários míni­mos - cerca de NCz$ 72 mil. Para tentaressa aparente utopia, um certo Movi­mento pela Democracia Direta esperareunir mais de 800 mil assinaturas para,nos termos da nova Constituição, forma­lizar uma proposta legislativa de caráterpopular, capaz de constranger os con­gressistas a aprovar essa iniciativa.

Em países social-democratas poderiaser até uma aberração estabelecer-se tallimite, uma vez que neles a diferençaentre a remuneração mínima e a máximaé ainda menor que a pretendida nessaproposta. Acontece que o Brasil aindavive sob os absurdos do capitalismo sel­vagem, que impõe aos trabalhadores omais aviltante salário mínimo do mundoe coloca a classe médida, que percebeem torno de 20 salários mínimos, na faixa

dos sacrificados para o atendimento dasnecessidades básicas de alimentação,vestuário e saúde.

No caso específico dos parlamentares,deve-se ainda levar em consideração queeles têm certas despesas que não afetamo cidadão comum, tais, como os custosde campanha, as pressões clientelistas doeleitorado, sobretudo nas regiões maispobres, e outras conseqüências do statussocial e político. Não por outro motivo,muitos parlamentares que antes de in­gressar na vida política se dedicavam aatividades liberais mostram-se inclina­dos a desistir da reeleição, quando me­nos por não terem recursos suficientespara gastar na campanha.

Com efeito, os quadros do Congressosão compostos, em grande parcela, porprofissionais liberais - advogados, mé­dicos, jornalistas, por exemplo - quecontribuem para a autenticidade e uni­versalidade da representação. Afastardo Parlamento esses profissionais ­muitos dos quais têm participação im­portante na defesa dos interesses damaioria da população - equivale a am­pliar os espaços que nas últimas legisla­turas têm sido conquistados pelos repre­sentantes do poder econômico, sejameles os próprios empresários e banquei­ros ou seus prepostos, capazes até dedispensar os subsídios, para eles irrisó­rios, e que devem - estes sem-ser obje­tos de maior atenção da sociedade, pelosdanos que podem causar ao interesse pú­blico.

Talvez por isso não seja mera coinci­dência que o movimento tenha nascidoem São Paulo, o grande reduto do em­presariado brasileiro e berço do PT, par­tido que, por estrabismo ou oportunismopolítico, não raro se compromete - co­mo já se cometeu nessa campanha ­com as hipocrisias e maracutaias das eli­tes."

O SR. STÉLIO DIAS (PFL - ES. Pronun­cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Sr" e Srs. Deputados, os aposentados e pen­sionistas da Previdência Social exultaramquando o Ato das Disposições Constitucio­nais Transitórias previu a remessa, pelo Exe­cutivo, ao Congresso Nacional, até ,seis mesesa partir do advento da atual Constituição,de projetos sobre a seguridade social e o Pla­no de Custeio da Previdência Social.

Passado o semestre, ou seja, a 5 de abrilde 1989, o Executivo ainda não havia concluí­do a sua tarefa. Contudo, pouco mais de trin­ta dias depois, a matéria chegava, em únicaproposição, ao Congresso Nacional.

Preferiu, no entanto, o Poder Legislativodissociar as duas matérias, inteiramente cor­relatas, tornando-as independentes e, f1ssim,enquanto o Plano de Custeio da PrevidênciaSocial não teve completado o seu encaminha­mento em nenhuma das Casas congressuais,a Lei de Seguridade da instituição, decertoa mais importante, porque fornece os parâ-

metros assistenciais da Previdência Social ­já aprovada na Câmara -, encontra-se aindaem tramitação no Senado.

Diante dessa situação, temos recebidomensagens de previdenciários,c;le .todo o País,principalmente da Associaçãq,dos Aposen­tados do Espírito Santo e da Associação Capi­xaba dos Idosos, com veementes apelos, es­tranhando. ademais, a demora de quase doisanos numa decisão da maior importância eurgência para os destinos de milhões de brasi-leiros. '

Das mesmas fontes vem-nos um apelo nosentido de que se providencie o pagamentoimediato do 13'salário de 1989, além da repo­sição da parte do IPC de junho do ano passa­do, prestes a completar um indesejável ani­versário.

Embora tenha sido lento nas suas provi­dências, o Poder Executivo andou com mui·tos mais p~essa nessa matéria do que o Legis­lativo. Nesse sentido, fazemos um apelo,1\o

,Senado e fi Câmara para que, quanto ante~,

,completem a sua tarefa, pois, com essa infla­ção, muitos aposentados podem morrer deinanição antes de receberem o benefício.

Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidente,SJ;~ e Srs. Deputados.

O SR. CUNHA BUENO (PDS - SP. Pro­nuncia, o seguinte discurso.) - Sr. Presiden­te, Srs. Deputados, o crescimento alarmantedas grandes cidades gera problemas que re­querem pronta atenção das autoridades com­petentes, sobpena de grandes prejuízos paraa saúde e a tranqüilidade da população. "

Uma' coisa é planejar e instalar fábricasem loc~ is relativamente despovoados e outra,bem diFerente, é consentir na manutençãodessas unidades quase 50 anos depois, quap­do as áIt'aS estão povoadas e homens, mulhe­res e cria, nças ficam expostos a riscos inimagi­náveis por ocasião da implantação.

O riscó aumenta quando essas unidadeslidam com substâncias perigosas à saúde hu­mana, nãO, só pela poluição mas também poremanaçõe~l radiativas. Ninguém imagina, porexemplo, 'I,'le no populoso Bairro de SantoAmaro, na ,Capital de São Paulo, há em plenofuncionamen'to uma usina que processa areiasmonazíticas~\ que, sistematicamente, emiteradiações mui to acima dos limites toleráveisaceitos pelas organizações especializadas.

Uma coisa é um acidente como o de Goiâ­nia, que, pelo inopinado da ocorrência e porsuas conseqüêJlcias fartamente divulgadas,logo preocupou 'B opinião pública e o Gover­no. Ali, alguém drresponsável perfurou umacápsula radiativa, e todos soubemos o queaconteceu. '. "

Outra situação l~em diferente é uma unida­de industrial pertóIkente ao Governo conti­nuar a emitir ra&3.ç,ío numa zona superpo­voada, sem que nin,~ém tome qualquer tipode providências pa,r3. sustar tal atentado àincolumidade públic:t.

Desde 1942 a U;,ina de Santo Amaro(USAM) funciona de.;s~.l modo, primeiro vin­culada à Orquima S.A.. \,~ depois ligada à Nu­clemon Minero Químicá Ltda., da IndústriasNucleares do Bra'!;iil (llim), sobordinada_L

1082 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

CNEN (Comissão Nacional de Energia Nu­clear). A usina, que se situa no quadriláteroformado pelas Ruas Eleutério, Barão doTriunfo. Rua Princesa Isabel e Avenida San­to Amaro, estoca urânio e tório, elementosaltamente radiativos e perigosos à saúde hu­mana.

Conforme as normas da Comissão Nacio­nal de Energia Nuclear, o limite máximo ad­missível de exposição à radiação para pessoasque não trabalham na usina é de 100 milirenspor ano, ou12 microrens por hora. No entan­to, conforme mediação feita pelo Institutode Radioproteção e Dosimetria, junto ao mu­ro onde a usina eStoca produtos radiativos,a exposição alcançou 74,3 microrens por ho­ra, ou mais de seis vezes o limite tolerável.E a radiação aumenta constantemente. Emum dos pontos internos, a radiação, que erade 195,6 microrens/hora, entre 19 de agostode 1986 a 6 de março de 1987. aumentoupara 258,9 microrens desde 6 de março de1987.

Outros relatos comprovam que essa situa­ção altamente irregular já data de muitosanos. Só ultimamente é que se realizam medi­ções, como fruto da preocupação ecol6gka.E nenhuma providência foi tomada, mu.,toembora a direção da usina e da própria Nude­mon estejam sendo constantemente aleTta­das, inclusive por bem elaboradas matéYiaspublicadas pelo jornal O Estado de S. Pfmlo.

Impõe-se uma providência deCisiva jCJ Go­verno Federal no sentido de fechar 0\1 trans­ferir a aludida usina, antes que seu fti nciona­menta maléfico traga maiores prejuÍZI)s à saú­de dos paulistanos. E, ao que se sabe, a deci­são reparadora é tecnicamente possí vel e atéfácil, porque a própria Nuclemon possui ou­tra unidade especializada em terras -raras, si­tuada em Interlagos, em ·áxea semideserta.

Requeiro à Mesa da Câmara se, dirija aoPoder Executivo e cobre. da ·CQmis.são Nacio­nal de Energia Nuclear, da Nucl,emon e daUsina de Santo Amaro decisão irnediata quevise a pôr fim ao funcionamentc) calamitosoe prejudicial da referida unidad' ~ industrial.

Tenho dito.

O SR. JOSÉ MENDONÇA DE MORAIS(PMDB - MG. Pronuncia o •,eguinte discur­so.) - Sr. Presidente, Srs: r )eputados, paramelhorarmos a ÍJ;na~ do·P arlamento brasi­leiro neste momeTlfb de es peranças com aposse do novo Prl;lSidente, eleito democrati­camente pela maioria do no',so povo, torna-seimperioso dinamizar esta C;asa, a Câmara dosDeputados. .

Quantas leis compleme ntares ainda temosque votar e aprovar? Muitas e importantís­simas.

É preciso debatermo~A os projetos, mas avotação desses projetos; é muito mais impor­tante do que sua discussão prolongada. Apresença dos Deputa d os nesta Casa é questãode consciência. Na s campanhas eleitoraisacusamos os corrup·tcs que causam prejuízos~o patriniônio púbhco; acusamos os mausfuncionários públic;os quando faltam ao servi­ço ou quando aten dem mal ao povo.

Quando Deputados ou Senadores faltamao compromisso de presença sem se justifi­carem estão praticando corrupção contra opovo, ganhando sem trabalhar. Esta estória

. de que trabalham nas bases, quando se en­contram fora do Congresso. é conversa fiada.que nenhum eleitor engole. Trabalho parla­mentar é aqui, discutindo e votando leis deinteresse da Pátria.

Lá, nas bases, fazemos política. ou proseli­tismo, para assegurarmos a continuidade elei­toral.

Se quisermos aclamar o ódio aos políticosou a descrença neles, que a sociedade revela,teremos de atender às disposições constitu­cionais, votando leis complementares, muitascom prazos já vencidos.

O SR. FRANCISCO AMARAL (PMDB ­SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Sr" e Srs. Deputados devo comu­nicar a esta Casa que no meu Estado de SãoPaulo dois dos mais brilhantes. competentese sérios homens que já atuaram neste Paísestão prontos para proporcionar ao Brasilmais uma enorme contribuição ao seu desen­volvimento econômico e social.

Quero informar que em breve o País conta­rá com o importante auxnio do Banco Múlti­plo Transcontinental, para auxiliá-lo na im­prescindível arrancada rumo à estabilizaçãofinanceira. ao progresso tecnológcio, ao de­senvolvimento da economia, ao seu cresci­mento social.

A nova instituição financeira nasce avali­sada por dois dos mais importantes empre­sários que a história deste País já registrou:

.Domingo Alzugaray e Mário Garnero.Sr. Presidente, Srs. Deputados, Domingo

Alzugaray aportou no Brasil trazendo con­sigo uma competência singular. um espíritoindômito e a disposição de criar. E, assimfez nascer uma revolução na indústria gráficaeditorai, fazendo com que a cultura sofresseum poderoso impulso rumo a sua democra­tização. Porque não há plena liberdade deescolha se a disseminação da cultura, sema divulgação de informações, sem o acessofácil a poderosas análises. E foi esssa revolu­ção, foi esse impulso, que a Editora Três,dirigida por Domingo Alzugaray, proporcio­nou ao nossO País

Sr. Presidente, Srs. Deputados, não háeconomia desenvolvida sem grandes bancosque a suportem, que a incentivem que premi­tam apressar o desenvolvimento, que possibi­litem queimar etapas. Mário Garnero, háanos, soube sentir a necessidade da Nação.da economia brasileira, de apoio para o de­senvolvimento, e abriu o Banco Brasilinvest,que prestou grandes serviços ao crescimentonacional. Sob a investida de inimigos podero­sos. alvo de acusações que a análise fria eponderada demonstrou serem incabíveis.Mário Garneiro resistiu com a serenidade doscorajosos e. após longo processo de interven­ção, emergiu com toda sua estatura de ho­mem probo, de empresário precursor, e hojeestá pronto para prestar novos grandes servi­ço·, ao País.

Sr. Presidente, Srs. Deputados. nenhumanação pode inserir-se na modernidade semque conte com bons pioneiros, com homenscapazes de apropriar-se de experiência da his­tória mas não limitar-se a ela. De homenscapazes de usareijl ontem para já hoje criaro amanhã. De homens capazes de se atrave­rem a criar. De homens como Domingo Alzu­garay e Mário Garnero.

É por isso que, como paulista, sinto-mefeliz de poder anunciar que todos n6s, brasi­leiros, teremos em breve um novo instrumen­to para ingressarmos realmente na moder­nidade, para vencermos a crise, para reini­ciarmos o crescimento econômico, para con­quistarmos a pujança social.

O SR. DORETO CAMPANARI (PMDB- SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Sr" e Srs. Deputados. recentespesquisa em São Paulo demonstram que aescola de primeiro grau, principalmente darede pública, não consegue ensinar a ler. es-,crever e contar. como se verificava na antigaescola primária, de apenas quatro anos deduração.

A saturação dos currículos. o congestio­namento do sistema, com as deficiências naformação pedagógica dos professores sãoapontados como problemas graves no meiodessa crise.

Tais conclusões são apresentadas pela Fun­dação Carlos Chagas e o Instituto Nacionalde Estudos e Pesquisas Educacionais, por en­comenda do Ministério da Educação, a res­peito das causas da deficiência na formaçãodos alunos primários que freqüentam escolasoficias.

As pesquisas continuam para apresentaçãodas outras conclusões dentro de dois anos.com uma etapa prevista neste mês, abran­gendo também o ensino privado.

A amostragem utilizada em quinze milcrianças de diferentes segmentos sócio-eco­nômicos revela que a escola oficial é umainstituição freqüentada, na sua maioria, porcrianças das classes menos favorecidas, em­bora nenhuma conclusão se tenha lançadoa respeito desse aspecto como condicionantedo pouco rendimento escolar.

As deficiências são perdominantes nasáreas de portaguês, redação, matemática eciências.

Há quem infira que a pior formação emportaguês é um fenômeno geral, explícito natelevisão, no rádio, e, freqüentemente. nosjornais, onde o cuidado com a concordânciae a regência transformam a língua nun ca­çanje.

Quanto à matemátíca. habituam-se, muitocedo. os alunos, a fazer contas em pequenoscomputadores. obtendo mecanícamente osresultados das operações de somar. subtrair,dividir e multiplicar, ou até mesmo de regrasde três e raiz quadrada.

É preciso preparar melhor os professorese reduzir as facilidades dos alunos menos dili­gentes.

Era o que tínhamas a dizer, Sr. Presidente.

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1083

o SR. ANTÔNIO UENO (PFL - PRo Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presiden­te, Sr" e Srs. Deputados, falando em nomeda Keidanren, no Fórum da Amazônia. a res­peito do "Reflorestamento para Recupera­ção da Floresta Tropical", o agrônomo SeijiMori, formado pela Universidade de Hok­kaido, no Japão, membro vitalício da Asso­ciação de Técnica de Reflorestamento daque­le país, com experiência de reflorestamentona Nova Guiné, atualmente acompanhandoa Companhia Vale do Rio Doce na execuçãode projetos de reflorestamento, teve oportu­nidade de traçar substanciosas consideraçõessobre o assunto.

Relatando s~a experiência no Brasil desta­cou impressão de que o reflorestamento peloeucalipto, no Sul do País, é mais desenvolvidotecnicamente do que no país de origem, aAutrália. No entanto, visitando Carajás, em1989, teve impressão totalmente diferente,ante as grandes extensões de terras devasta­das, enquanto as queimadas prejudicavam asatividades agropastoris.

Depois descobriria o desenvolvimento dainfra-estrutura, o asfalto cobrindo os cami­nhos, as populações crescendo, a poluiçãodiminuída pela emprego "da lenha em lugardo combustível fóssil, sabido que a purifi­cação da água pode ser feita com o depósito'do carvão vegetal.

Hoje, a experiência acumulada já indicacomo proceder-se ao reflorestamento, pelomenos em cinco por cento da reserva natural,da mesma forma como a silvicultura vem utili­zando processos científicos para determinara época ideal dos cortes e a melhor utilizaçãodos compesados nas serrarias.

Mas o problema também exige mecaniza­ção.

No reflorestamento no sudoeste asiático,os populares D-6, D-? e D-8 estão-se tornan-'do cada dia maiores, operando em plena flo­resta.

No caso brasileiro, o objetivo do refloresta­mento é a utilização da madeira para usoda polpa ou do carvão, consorciados à culturapara produção num período de cinco a seteanos, usando-se especialmente árvores tropi­cais, de folhas largas.

Essa solução é boa, porque o carvão vege­tal, pobre em enxofre e fósforo, é menos po­luente.

Precisamos aplicar essas lições de um reno­mado técnico.

Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidente,Sr" e Srs. Deputados.

O SR. GANDI JAMIL (PFL - MS. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presiden­te, Sr" e Srs. Parlamentares, estou subme­tendo à apreciação deste Congresso Nacionaluma série de projetos de lei, regulamentandodispositivos constitucionais, pertinentes aosdireitos trabalhistas, conquistados sob a égidedo nosso novo texto magno.

Gostaria de chamar a atenção de meus no­bres pares para a importância dessas maté­rias, haja vista o seu largo alcance social.Não há mais razões que justifiquem a nossa

omissão frente os preceitos inseridos naConstituição, ainda hoje pendentes de com­plementação de leis ordinárias.

Volto a insistir, Sr. Presidente, na impor­tância do nosso trabalho como legisladores.É mister que nos empenhemos em prol deuma Lei Maior a serviço permanente de nos­sos conterrâneos. Nesse sentido, parece-nosfundamental que aqui discutamos e votemosas proposições voltadas às garantias e prerro­gativas concedidas aos trabalhadores em ge­ral.

Esta é a tarefa a que me proponho, namedida em que estou apresentando projetosde lei na esfera trabalhista, procurando con­cretizar os direitos coletivos e sociais inseri­dos na nossa Constituição.

Sob esse aspecto, Sr. Presidente, venhoapelar para o esforço pessoal de V. Ex', coor­denando e dirigindo nossos trabalhos, de for­ma que possamos referendar nossas propos­tas constituintes, garantindo aos beneficiadostudo o que lhes é juridicamente de direito.

Tenho sido, Sr'!' e Srs. Parlamentares, ofiel e insistente defensor da regulamentaçãodos dispositivos constitucionais, com maiorbrevidade possível. Acredito na confiança emnós depositada por cada um de nossos eleito­res e venho fazendo por onde correspondera essa confiabilidade com o mais digno e firmerespeito.

Em nome desse respeito, estou apresen­tando os projetos a que me referi anterior­mente, com a expectativa de que os mesmossejam aprovados por V. Ex' aqui presentes,também responsáveis, como eu, pela con­quista efetiva dos direitos e garantias conce­didas aos trabalhadores brasileiros.

Era o que tinha a dizer.

o SR. RENATO VIANNA (PMDB - SC.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi­dente, SI' Deputados, o Estado de Santa Ca­tarina. ainda traumatizado, chora a morte dePedro Ivo.

Inúmeras manifestações de pesar e declara­ções de ilustres catarinenses das mais diversase longinguas regiões do território balTiga-ver­de dão conta da admiração e do respeito quePedro Ivo conquistou ao longo de uma vidadedicada à causa pública. "

Impedido de prosseguir na carreira militar.por motivos de saúde, onde com o mesmobrilhantismo da sua trajetória política chegouao posto de Tenente-Coronel, Pedro Ivo re­solveu ingressar na vida pública, filiando-seinicialmente ao PTB, para, depois, com aextinção do glorioso partido de Getúlio Var­gas, fundar o MDB e o seu sucedâneo, oPMDB.

Vereador e Prefeito de Joinville, DeputadoEstadual e Federal, candidato ao Sen3'do Fe­deral em 1982, vitorioso de fato no pleitoeleitoral. o resultado, por manipulações co­nhecidas da sociedade catarinense, lhe foi ad­verso por oitocentos votos apenas. Presidenteestadual do PMDB, percorreu todos os muni­cípios do Estado pregando a concórdia e asmudanças com as quais se comprometeu eimprimiu, nos três anos da sua administração, -

moralidade pública e austeridade administra­tiva.

A dimensão das suas virtudes revelam-semais importantes do que a materialização dequalquer obra e cravam o sulco profundo,no pedestal da história catarinense, de umamarca indelével e pessoal.

A situação caótico em que vivia a economiacatarinense, antes do Governo Pedro Ivo,constituía-se num dos maiores desafios admi­nistrativos a enfrentar.

Depois de um início de mandato tempes­tuoso, fruto da crise nacional, e cercado porpressões nascidas do próprio estado democrá­tico, Pedro Ivo deixou o Estado de SantaCatarina totalmente saneado, pronto para re­começar a execução de projetos e programasmais arroiadossem os percalços de endivida­mento e da ingovernabilidade.

Felizmente o PMDB deu ao Sul do Brasiltrês grandes governadores: Pedro Simon, Ál­varo Dias e Pedro Ivo.

A morte prematura de Pedro Ivo abre umalacuna impreenchível no cenário político-ad­ministrativo de Santa Catarina. Com obstina­ção,. ele procurou e conseguiu fazer de suavid~ um exemplo de amor ao Município queadotou como um dos seus mais diletos filhos,Joinville, e, por extenção, o Estado de SantaCatarina.

"Morrer acontece para o que é breve epas!;a sem deixar vestígios", escreveu nossopoe ta maior Carlos Drummond de Andrade.Pedro Ivo permanecerá vivo e presente pelassuas lições de vida.

Santa Catarina, traumatizada, que tantoprameou o seu ilustre filho recém-desapa­recido, agarra-se orgulhosa à memória de Pe­dro Ivo para impô-la como exemplo de digni­dade e tra balho a todos os brasileiros.

Pedro Ivo foi um político com "P" maiús­culo, cujas reconhecidas virtudes resgatamem grand!~ parte a credibilidade da sociedadepara com, a classe política.

O SR. CARLOS CARDINAL (PDT - RS.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi­dente, Sr" e SI' Deputados, a morte de LuisCarlos Pr€lstes, o Cavaleiro da Esperança.por certo nt\o interrompe a trajetória de lutasdo povo brasileiro. O comandante da Colunaimbatível continuará a servir de exemplo aos

. patriotas, que vivem o inconformismo diantedas injustiça;, sociais. A legendária ColunaPrestes, partiu de São Luis Gonzaga. no RioGrande do Sul, percorreu milhares de quilô­metros no tenitório brasileiro e demarcouo início da queda da velha República. Delá para cá, a personalidade de Prestes se im­pôs no cenáriq político do País, porque soubeultrapassar os momentos mais difíceis destesconturbados tempos da história recente, semnegar, em nenhum momento, seus princípiosideológicos e convicções doutrinárias.

A visão política de Prestes e a sua com­preensão exata sobre o momento históricolevaram-no a tomar decisões polêmicas, co­mo foi o apoio a Leonel Brizola a Governadordo Rio de Janeiro e., depois, como candidatoà Presidência da Rélpública. Se dependesse

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dele, o Brasil não teria agora, por exemplo,a expectativa de assumir a Presidência umcidadão comprometido com as tradicionaiselites conservadoras e aproveitadoras do tra­balho e da produção nacionais.

Duramente combatido, nos seus 92 anosde existência, Prestes, na verdade, conseguiu

. a proeza de conquistar a admiração nacional,o reconhecimento de seus adversários e o ca­rinho do povo brasileiro, por todos os lugaresonde andou. Lamentamos a morte do Sena­dor Prestes e nos associamos a tantas home­nagens que a Nação lhe presta neste momen­to.

a SR. ADEMIR ANDRADE (PSB ­PA. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, S1" Deputados, desejamos regis­trar a presença, em Bélem do Pará, de umacomissão ele sete representantes dos pais ealunos elo Instituto Maria de Mattias, educan­dário fundado há trinta e sete anos, pela Con­gregação das Irmãs AdoradoriOls do Sanguede Cristo no Município de Altamira.

A Secretaria de Educação do Governo doEstado, encerrou unilateralmente um convê­nio com esse Instituto, iniciado em 19n, porpressões políticas de lideranças daquela cida­de ligada ao Governo.

Esse colégio, que tem, em 1990, 1.l:!0 alu­nos matriculados e já em aulas, encontra-seimpossibilitado de continuar seu traba'lho senão for mantido este convênio.

Quero registrar nos Anais da Câmf,ra dosDeputados o telex que encaminhei à Profes­sora Teresinha Gueiros, Secretária de Eífuca­ção, bem como o ofício do Bispo D. ErwimKrantler, que explicam em detalhes a gravi­dade e importância do assunto.

Espera'rnos que esses integrant,:s da comis­são, que, mediante esforço e coleta de recur­sos, conseguiram deslocar-se at<: Belém deavião, em virtude da grande distiincia, sejamrecebidos pela secretária, e que esta reco­nheça a importância do trabalho desenvol­vido pelo [nstituto, renove o convênio e osajude ma,terialmente.

MATERIA REFERIDA PELO ORA­DOR:

Uma Sr' ProÍ' Terezinha GueirosMD Secretária de Educação do Pará-Belém

Creio ser de tamanha impo rtância e gravi­dade o que está acontecend·) em Altamiraque se faz necessária a presença de V. S'naquele município.

Todos nós sabemos e, temho certeza, V.S' melhor do que ninguém, o quanto o nossop,?vo deve ao trabalho miss ionário das igre­jas, principalmente no que se refere à suaformação l~ducacionaJ,

Tenho visitado, em alg umas dezenas demunicipios, colégios, internatos, oficinas, in­dústrias, cooperativas et'~., criadas por igre­jas, que em inúmeros asp~ctos substituem oumesmo cumprem junto à população aquiloque seria dever do Estado.

Tenho visto crechf;s. internatos-familia(casas onde um casal cuida de até oito crian­ças orfãs), fornecendo de alimentação, trata­mento médico e den tário para alunos, que

jamais vi nas mesmas condições oferecidaspelo poder público.

Nossa história está extremamente integra­da ao trabalho missionário das igrejas e oEstado tem o dever de apoiar este trabalhofeito por padres, irmãs, pastores, desconhe­cidos pelo grande público mas transforma­dores da vida de muitas pessoas, pois traba­lhando suas potencialidades, os educando, dáa estes a oportunidade de um outro tipo devida, sempre melhor, sempre mais solidária.

Poderia citar exemplos de uma centena deinstituições e de uma dezena de nomes dessaspessoas, que não tem ganância, que não sãoapegadas ao bem material, mas que só pen­sam em servir ao próximo, objetivo este quese torna a grande realização das suas vidas.

Para nós é evidente que as igrejas, suasinstituições, seus missionários, devem serajuda,dos pelo estado e isto tem sido feitopor intermédio de convênios, onde o poderpúblico tem assumido o pagamento do corpodocente destes colégios.

. Digo tudo isso porque sei que pressões fo­ram feitas no sentido de que a Seduc rompao convênio existente deste 1972 com o Insti­tuto Maria de Mattias, fundado em 1937 pelasmissionárias Anna Berger, Gabriela MoIle­ney, Imelda Waldmann e Margareth Weiber,da Congregação das Irmãs Adoradoras doSangue de Cristo. Essas pressões foram feitaspor políticos menores, de visão estreita, quese acostumaram a usar o Estado como instru­mento do seu poder pessoal e tantas vezesmesquinhos, que não admitem o dialogo, adiscordância e muito menos ainda a educaçãocapaz de formar uma consciência crítica.

O Instituto Maria de Martias é uma escolaque tem, desde o curso primário, até o 2'grau, com curso em pedagogia, sendo respon­sável pela formação da grande maioria dostrabalhadores qualificados dos setores priva­do e público de Altamira, especialmente pro­fessores da 12' URE, bem como de proprie­tários e comerciantes da região.

Tem matriculados este ano letivo 1.120 alu­n~s, além de ter conseguido recursos da pró­pna Congressão, no exterior, para constru­ção de um novo e amplo prédio de salas deaula, que já se encontram pronto.

Poderia dizer muito mais, mas bastam estasrazões para que V. S' compreenda a necessi­dade de se fazer presente em Altamira, para,em diálogo franco e aberto com a igreja, coma direção daquele Instituto e a 12' URE, sechegar a um entendimento onde esta secre­taria não apenas mantenha o convênio, masconheça o trabalho que é feito e ajude mate­rialmente, pois a soma de esforços, entreaqueles dedicados missionários e profissio­nais de educação e o próprio poder públicose reverterão em enormes benefícios para to­da a população, o que só engrandecerá oPa­rá.

Certo da sua atenção, agradeço e me colo­co ao seu inteiro dispor no que for necessário.Atenciosamente,Deputado Federal Ademir Andrade

PRELAZIA DO XINGUAltamira, 19 de fevereiro de 1990

Exm' Sr'OrfiJa XavierDD. Diretorada 12'URE68370 Altamira-PA

Senhora Diretora,Reporto-me ao telefonema que tive com

V. S' hoje de manhã e venho esclarecer algunspontos abordados na oportunidade. Indagueiquais as razões e motivos que levaram a Seduca negar a renovação do Convênio celebradohá anos entre ela e o Instituto Maria de Mat­tias. V. S' respondeu que se tratava de ques­tões "ideológicas", mas infelizmente não sou­be precisar, o que entende por esta palavra.Só esclareceu que o Governo do Estado doPará investiria muito na Educação e o Insti­tuto Maria de Mattias não daria o retornoalmejado. Ora, Senhora Diretora, isso é umaacusação desonesta e injusta que somente po­de partir de quem não conhece a história deAltamira. O Instituto Maria de Mattias é aprimeira Escola de;;: Grau em Altamira eem todo o vale do Xingu e presta seus serviçoshá 37 anos à população de Altamira e dosmunicípios vizinhos. Em todo este tempo mi­lhares de alunos foram formados por estaUnidade Escolar e até hoje é voz do povoque é o melhor Colégio da cidade por levarseus compromissos com a educação e forma­ção da juventude a sério. Criticar o ensinoministrado pelo Instituto Maria de Mattiasé desmoralizar os integrantes de seu torpodocente e administrativo é infame e imoral.Convido V. S' a visitar os estabelecimentosbancários, o comércio, as poucas indústrias,os órgãos públicos federais, estaduais e muni­cipais instalados nesta cidade e V. S' irá des­cobrir que a maioria dos funcionários lotadosnestas instituições é formada por ex-alunosdo Instituto Maria de Mattias. Pergunte V.S' a seus próximos colaboradores da 12'URE, onde estudaram e se formaram. Peçoainda V. S' a visitar as Escolas Públicas esta­duais ou municipais e V. S' terá a surpresade constatar que a imensa maioria dos profes­sores que hoje exercem o magistério ~~cebeu

seu diploma no Instituto Maria de Mattias.Diante destes fatos afirmo que o Estado doPará e seu Governo não recebeu do InstitutoMaria de Mattias o retorno que espera ouesperava, transcende as ráias do bom-sensoe da honestidade.

Tomar medidas como estas que foram im­plementadas contra o Instituto Maria de Mat­tias contrariam frontalmente a ConstituiçãoFederal, quando V. S' esclarece que arenova­ção do Convênio foi preterida por ,razões"ideológicas". A Constituição Federál asse­gura a todos o direito de liberdade de pensa­mento, de consciência e de crença: "é livrea manifestação do pensamento" (Art. 5' Inci­so IV); "é inviolável a liberdade de cons­ciência e de crença" (Art. 5" Inciso VI) eaínda: "nínguém será privado de direitos pormotivo de crença religiosa ou de convicçãofilosófica ou política" (Art. 5" Inciso VIII)para citar apenas alguns dos dispositivos

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constitucionais. A época da ditadura já fin­dou e o Brasil quer respirar o ar da demo­cracia. Está na hora de remover os entulhosarcáicos do regime militar que persegue cida­dãos e instituições por razões ideológicas. OInstituto Maria de Mattias faz parte da prela­zia do Xingu e prejudicar este Educandáriode longa tradição é investir contra o Povo

, de Deus da Igreja do Xingu, em cujo nomefalo como Bispo.

Se no passado, como V. S' alega, haviaatritos entre a 12' URE e um ou outro mem­bro do Corpo Docente do Instituto Mariade Mattias, lamento muito não ter sido infor­mado a respeito. Mas creio foi proposital­mente evitado qualquer contato com o Bispopara dirimir problemas de ordem pessoal, pa­ra levar adiante o projeto concebido nos ita­rarés de uma política obscena, de dar umgolpe ignóbil à Igreja do Xingu. Saiba, po­rém, V. S' que não é o Bispo que sai perden­do, é o povo de Altamira e dos municípiosvizinhos que será privado de uma das maisimportantes instituições de formação. V. S'que tem poucos anos de vivência nestas pla­gas e pouco sabe da história pioneira da Igrej ado Xingu e da luta de um povo secularmentemarginalizado, infelizmente parece que nãopode avaliar o prejuízo que está causandojunto com 'os outros urdidores de todo estedescalabro que me causa náuseas.

Apelo a V. S' de fazer tudo que estivera seu alcance para, em última hora, evitarque o projeo diabólico tramado contra a Igre­ja do Xingu seja consumado e V. S' entrarna história como uma das pessoas que maquionaram todo este enredo, ou pelo menos foiconivente com a maior injustiça de que a Igre·ja do Xingu já foi vítima.

Atenciosamente, - Erwin KrautIer, Bispodo Xingu.C6pias desta carta a:Exm" Sr. Prefeito Municipal de AltamiraExm" Sr. Governador do Estado do Pará.

o SR. ROSÁRIO CONGRO NETO(PMDB - MS. Pronuncia o seguinte discur­so.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados,nosso País vem experimentando, nestes últi­mos três meses, uma crise sem precedentesno abastecimento de ,sua frota de veículosa álcool, crise, aliás, previsível há bastantetempo e só não contornada por absoluta inér­cia e falta de providências para o abasteci­mento da frota nacional, porquanto não seconsiderou o volume da produção e a deman­da exigida pelo mercado consumidor.

A questão deteriorou-se a ponto de deixarcada vez mais apreensivos nossos quatro emeio milhões de usuários do carro a álcool,

. gerando inclusive situações de aberto con­fronto entre motoristas e postos de abasteci­mento, bem como reprovação generálizadapela nossa população.

A desoladora perspectiva, a fragmentadae equivocada estratégia adotada para mini­mizar o problema de falta de combustível es­tão mais uma vez marcadas pela improvisaçãoe desacertos de toda ordem com que se temtratado o assunto.

Apelou-sé para o metanol sem antes nãoesquecer de ingenuamente anunciar ao restodo mundo que iríamos importar o produtoem grande escala, o que bastou para virtual­

.mente triplicar suas cotações no mercado in-ternacional.

E bem que outras alternativas havia, comoo álcool de uva, onde só na Europa contabili­zam-se excedentes de 600 milhões de tone­ladas do carburante.

Não há, pois, como deixar de questionara estranha opção pelo metanol. cuja elevadatoxicidade preocupa a opinião pública brasi­leira e efetivamente põe em risco, se não ado­tadas as devidas precauções, a saúde de todosaqueles que venham a lidar com tão perigosoproduto, Não se pode ainda esquecer de que.além de corrosivo e venenoso, o metanol pu­ro também pode cegar ou causar graves quei­maduras.

Diante das circunstâncias e da triste consta­tação de que a produção de cana continuaráem declínio, mostrando-se inferior à do anopassado - quando já recuara de 223 milhõespara 218 milhões de toneladas em relaçãoà safra anterior - não há como fugir da utili­zação da mistura álcool-metanol-gasolina,que tem o início de sua distribuição progra­mado para este final de semana.

Espera-se, contudo, que o Conselho Na-,cional de Petróleo aja com extremo rigor nafiscalização de tão insólito e indigesto coque­tel, em cuja composição o metanol não pode­rá participar com mais e 33%, devendo-seainda levar em conta a densidade do combus­tível, sua cor. cheiro, índice de acidez e con­dutividade elétrica.

Aproveito o ensejo para fazer um apeloàs autoridades que tratam diretamente dematéria tão controvertida no sentido de quepoupem algumas áreas estrategicamente si­tuadas e de ecossistemas delicados - casoespecífico do Pantanal mato-grossense - dosperigos de contaminação que essa mistura po­de propiciar.

E fácil imaginar. Sr. Presidente. Srs. Depu­tados, toda a dramática extensão de um even­tual desastre ecológico provocado por aciden­tes com caminhões-tanques de metanol na­quele santuário de rara beleza que nos cabeproteger e preservar a todo custo. Lembre-se,a propósito, que a produção de álcool de Ma­to Grosso do Sul, da ordem de 300 milhõesde litros/ano, torna-o auto-suficiente nesseparticular, não precisando, pois, da misturapara garantir o deslocamento de seus veícu­[os. E nem sofrer qualquer tipo de imposiçãoa racionamentos na distribuição do álcool hi­dratado dentro de suas fronteiras, uma vezque, além de produzir'o suficiente para seuconsumo, como disse, contribui com o seuexcedente para o abastecimento da frota na­cional em outros Estados da Federação.

Registro, finalmente, meu mais veementerepúdio a qualquer tentativa de desestabi­\ização do Proálcool, único programa mun­dial de alternativa energética que realmentedeu certo, a despeito das deficiências conjun­turais com que ora se debate, não deixandoque prosperem iniciativas que venham invia-

bilizá-Io pelo simples fato, meramente cir­cunstancial. de que um barril de álcool. con­trariando todas as expectativas, custe hojeaproximadamente o dobro do barril de petró­leo.

Por se tratar de assunto bastante polêmico,merecedor de considerações mais aprofun­dadas, pretendo, oportunamente, voltar aabordá-lo desta tribuna.

O SR. SALATIEL CARVALHO (PFL ­PE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, SI'" e Srs. Deputados, mais umavez queremos denunciar o quadro de wrda­deira calamidade pública em que se transfor­mou o sistema de saúde no Estado de Per­nambuco. A crise já era grave, com a prolon­gada greve dos servidores de saúde perten­cente ao Estado, greve que se prolongou de­vido à insensibilidade do Governo Miguel Ar­raes em atender à justa reivindicação dos ser­vidores do Estado.

A situação se agrava na medida em queos hospitais particulares da rede conveniadada Previdência Social também resolveramsuspender o atendimento médico aos segura­dos da Previdência em função dos baixos va­lores pagos aos hospitais pela prestação dosserviços de assistência médicas.

Portanto Sr. Presidente. é necessário quesejam tomadas urgentes medidas, uma vezque a população de Pernambuco não suportamais tanto sofrimento.

o SR. SÉRGIO SPADA (PMDB - PRoPronuncia o segninte discurso.) - Sr. Presi­dente, Srs. Deputados, um dos setores daeconomia rural rural que' chegou a se éons­tituir em forte suporte das pequenas e médiaspropriedades agrícolas. a suinocultura, atra­vessa hoje a pior crise de sua história. Bastadizer que o ano de 1989 foi deficitário paraos produtores nos Estados em que essa ativi­dade ainda é desenvolvida por aqueles quenão chegaram a perder as esperanças numareversão das expectativas.

Para este ano o quadro se afigura mais som­brio. Na opinião dos dirigentes da Coope­rativa Central Agropecuária Sudoeste Ltda-Sudcoop, sediada em Medianeira, Paraná,a situação dos criadores de suínos beira abancarrota, pois enquanto o País sofreu umainflação anual de 1.764 por cento. o preçodo suíno foi reajustado em apenas 940 porcento.

Essa insupoliável defasagem, imposta pelocrescente aumento de insumos, rações, mi'lho, medicamentos e combustíveis não temencontrado. infelizmente, a necessária com­preensão nas áreas governamentais que ad­ministram a política nacional de preços agrí­colas. Uma série de erros vem se acumulandoao longo dos últimos anos, ao ponto de invia­bilizaro setor. Não bastassem tantos transtor­nos, o Governo Federal, numa infeliz inicia­tiva, autorizou a importação de carcaças, cau­sando prejuízos ao produto no mercado inter­no, medida que somente favoreceu a especu­lação industrial.

Em dramático apelo ao Secretário da Agri­.- cultura do Paraná, os criadores de suínos ex-:

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põem a teHível situação que está levando aoabate de milhares de matrizes, lamentávelrecurso que comprometerá irremediavelmen­te a recomposição futura dos plantéis.

Como providência inicial, os dirigentes daSudcoop sugerem ao titular da pasta da pro­dução, Secretário Osmar Dias, a redução daalíquota do ICMS pelo menos temporaria­mente; em seguida, a abertura de uma linhaespecial de financiamento a custos compa­tíveis e suportáveis pelo suinocultores.

Por sua vez, na esfera federal, recomen­da-se a não importação, sob qualquer.pretex­to, do produto, prática definida como crimi­nosa e altamente prejudicial para a suino­cultura brasileira.

Ao solidarizar-me com os termos do docu­mento firmado pelos líderes cooperativistasSeno Claudio Lunkes, Lodovino RoqueGrespan e Alfredo Kundel, quero endereçarao Secretário da Agricultura do Paraná, emquem todos reconhecemos o espírito de lutaemfavor da agropecuária paranaense, o meuapelo para que adote rápidas gestões em defe­sa de um dos segmentos que inestimável con­tribuição já prestou, e ainda poderá vir a pres­tar, ao Estado e ao país, fixando as famíliasnó meio rural 'gerando empregos e fornecen­do alimentos ricos em proteínas para a popu­lação.- 'Quanto ao Governo Federal, nos últimosdias do mandato de uma gestão que foi inva­riavelmente insenssível para com os proble­mas da suinocultura, acredito ser de todo tn6­cuo formular qualquer natureza de apelo. Re­servo-me, pois para, após a posse do novogoverno, voltar a este mesmo tema, na espe­rança de que não se venham a repetir políticastão funestas e inaceitáveis.

Era o que tinha a dizer.O SR. .JOSÉ CARLOS COUTINHO (PL

- RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Sr" e Srs. Deputados, peço à Me­sa um registro nos Anais desta Casa. Trata-sedo cinqüentenário, em 1989, do efetivo iníciodas operações do Instituto de Resseguros doBrasil-liRB.

Não há como deixar esse acontecimentohistórico sem inscrição na memória do Con­gresso Nacional, sobretudo porque teve ori­gem parlamentar o movimento que resultariana criação daquela eficiente e bem sucedidaorganização. ' .

Tudo começou na Assembléia Constituintede 1934, que preceituou a nacionalização dasempresas de seguros na Carta então promul­gada. VeIificou-se, logo em seguida, entre­tanto, que não bastaria nem teria eficáciaaquele princípio constitucional, para a reali­zação do objetivo por ele visado: libertar omercado brasileiro de seguros na condiçãode feudo de seguradoras estrangeiras. Setorde suma importância para a economia doPaís, por captar e gerir poupanças internas

. estrategicamente essenciais à evolução da es­trutura produtiva nacional, o mercado de se­guros continuaria enfeudado aos interessesinternacionais, mesmo nacionalizadas as em­presas seguradoras que, naquela época, aquiestavam em funcionamento. Isso porque, tais

empresas prosseguiriam em elevada depen­dência do resseguro externo, poderosa válvu­la de sucção de recursos do seguro brasileiroe, portanto, de poupanças da economia na­cional.

Nacionalização sem xenofobia, com o sen­tido prático e racional de resguardar tão-s6legítimos interesses da economia nacional,implicava acima de tudo necessidade de al­cançar-se autonomia operacional do ressegu­ro no mercado interno. Foi esse diagn6sticopreciso da realidade do seguro brasileiro quelevou à criação do IRB, sociedade de econo­mia mista, em que se associaram o Estadoe a iniciativa privada, esta representada pelasempresas seguradoras; o Estado, como guar­dião qo interesse público; as seguradoras, co­mo titulares do know-how, de gestão de ope­rações, como as do resseguro, essencialmenteprivadas.

O IRB, criando no País um modelo opera­cional de elevado teor e de alto padrão deeficiência prática, realizou a façanha de na­cionalizar o mercado brasileiro de segurossem dele expulsar as seguradoras estrangei­ras; nacionalizou-o no sentido de fazê-lo fun­cionar sem dependência externa do ressegu­ro, isto é, funcionam mantendo no País aspoupanças geradas pela economia nacional,através de suas compras internas de seguros.

Tal é a importância do papel do IRB parao seguro brasileiro e, conseqüentemente, pa­ra a economia nacional; tal a eficiência doseu desempenho ao longo dos seus 50 anosde atividade, que a Constituição de 88 ele­vou-o ao status constitucional de ressegura­dor oficial.

Há no &tís certa tendência preconceituosapara colocar instituiçõescinqüentenárias soba suspeita de envelhecimento. O IRB, estoucerto, escapa a essa suspeição. Continua aser uma organização sólida, ágil e moderna,com extraordinária capacidade de adaptaçãoàs mutáveis condições, não s6 da economiado País, mas da evolução tecnol6gica do segu­ro e do 'mundo atual.

A hist6ria recentíssima do IRB é bomexemplo da capacidade de renovação da em­presa. Sua atual administração, sob· a presi­

,dência de Ronaldo do Valle Simões, conse­guiu, nos dois últimos anos, levá-lo a desem­penho que, não obstante as notórias adversi­dades da economia do País, pode ser resu­mido em alguns números e índices, que tradu­zem e comprovam eficácia operacional.

Os reajustes freqüentes edinâmicos dosplanos e da capacidade retentiva do sistema,permitiram manter, nos últimos anos, o nívelhist6rico de transferências ao mercado inter­nacional, da ordem de 3% dos prêmios gera­dos pelos seguros da economia interna, índiceesse dos mais baixos, se não o mais baixo,dos sistemas seguradoras dos países de econo­mia de mercado.

O lucro bruto do IRB, da ordem de NCz$792 milhões no ano passado, teve incrementoreal de 33% em relação ao ano anterior. So­mados os lucros desses dois exercícios, omontante respectivo correspondeu a 160%

da soma, em valores cOITigidos, dos lucrosdo triênio 1985/1987.

O lucro, medida da eficiência em toda em­presa, no caso do IRB, é fator de evoluçãopatrimonial indispensável ao constante cres­cimento do seu poder de absorção de resse­guros dentro do País., . ,

O patrimônio líquido do IRB, no final de1989, elevou-se a NCz$ 4.331,5 milhões, comaumento real de 26,5% sobre o do ano de1988. No período de 1983/1987, seu cresci­mento real foi de 8,9% ao ano, ao passo queno biênio 1988/1989, foi de 28,87% ao ano.Assim, a expansão acumulada, de 1986 para1989, foi de 66%.

Importa assinalar que, na prática universaldo seguro e do resseguro, é adotado comosinalizador da solvência operacional a relaçãode 3 para 1 entre a receita de prêmios e opatrimônio líquido. Este último, no caso doIRB, em vez de corresponder a 1/3 do volumede prêmios de resseguros, no final de 1989foi bem maior de que aquela conta de receita,na razão de 2,5 para 1. Situa-se, portanto,o IRB, acima dos padrões internacionais derobustez empresarial na área de resseguro.

Por último, acentuo que basta a uma em­presa resseguradora a solidez patrimonial,que, no IRB, atinge, como vimos, índicesexcepcionais. Também importa, por igual, opoder de evolução tecnológica, que a sinto­nize com o dinamismo crescente das ativi­dades econômicas, hoje submetidas a rápidase constantes transformações.

O IRB, sobretudo na administração Ro.­naldo do Valle Simões, ampliou largamenteseu lastro de informatização, em termos deequipamentos e de programas, agilizando ca:da vez mais os procedimentos operacionaise processo decisório, em todas as áreas degestão, sobretudo nas gestões técnica e finan-ceira. '.

Esse é o registro que deixo nos Anais daCasa, num preito de justiça do importantepapel que tem desempenhado o IRB na eco­nomia brasileira, ao longo dos 50 anos deatividade.

Ainda a propósito da relevância do IRBno contexto da economia nacional, estou en­caminhando emenda modificativa ao Projetode Lei Complementar n' 154, de minha auto­ria, que dispõe sobre o Sistema FinanceiroNacional, para acolhimento da qual requeirodeferimento da Mesa desta Casa.

Era o que tinha a dizer, SI. Presidente.

O SR. AsSIS CANUTO (PL - RO. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presiden­te, Sr" e Srs. Deputados, mais uma vez ocupoesta tribuna para defender os interesses dosagricultores e trabalhadores rurais do Brasile de Rondônia.

Nos últimos dias, mantive contatos comvárias lideranças rurais de Rondônia, e pudecertificar-me das dificuldades que vem atra­vessando este importante segmento da massaeconômica brasileira.

Tenho em mãos cópia de carta a mim envia­da pelo SI. Paulo Guilherme Correia, do Mu­nicípio de Jaru, Rondônia, cuja transcrição,

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1087

solicito a V. Ex' Nesta missiva o Sr. PauloGuilherme, que é um pequeno produtor ru­ral, expõe as dificuldades dos agricultores deRondônia, fazendo inclusive um paraleloc~m.a evolução de. preços de produtos indus­tnahzados. Realmente, não dá para entender~ a~ua! política econô~ica do Governo, que

. lllV1abdIZa o. d~senvolvlmento de nossa agri­cultura e pnonza a especulação financeira.

Estamos aguardando com otimismo asações do futuro Presidente da República naárea econôm~ca, pois se S. Ex' resolver o pro­blema da agncultura, porá fim às dificuldadesdo Brasil, mas, se não o fizer. os nossos pro­blemas continuarão.

Voltarei ao assunto.

CARTA A QUE SE REFERE O ORA­DOR:Em 26-1-90 Saudação ao Dr. Assis Canuto- Deputado Federal por Rondônia

Sr. Deputado,Quero dizer que fiquei satisfeito por saber

que o Senhor levou a minha carta ao plenárioda Câmara Federal, estou voltando ao assun­to concernente a outra carta que escrevi antesdesta.

Quero dizer que nós a classe baixa, estamossofrendo muito por causa da inflação. Obser­ve bem quando o arroz estava de NCz$ 9,00agora o arroz está de NCz$ 100,00 (cem cru­zados novos). E o açúcar está de NCz$ 350,00trezentos e cinqüenta cruzados novos).

Olha em que situação está o agrkultor.Será se isto é justo? .

Olha não queremos congelaménto, quere­mos um paradeiro no juro de 0%. Porquehavendo juro quem tem dinheiro não deixade colocar seu dinheiro a juro para comprarnossos produtos.

1" - O comerciante só tem que vendercaro para não perder dinheiro.

2' - O comerciante paga empregados pagaimposto e paga frete gasta petróleo. .

3" - O comerciante tem que comprar bara­to para vender e vender caro.

Então o que tem acabado com a Naçãoé o juro alto.

A pobreza irá aumentar, agricultura vaidiminuir. Os agricultores estão mudando pa­ra cidade deixando a agricultura para viverna cidade, dizendo que agricultura não dáe que na cidade também não dá mais, pelomenos ganha.

Algumas dívidas dos órgãos do Governocom isto diminui a agricultura e aumenta apobreza, aumenta o gasto do Governo coma pobreza na nossa região já mudaram nafaixa de 50%.

Espero que o Senhor entenda isto e aju­de-nos.

Confiamos no teu trabalho é realidade elealdade.

Ajudá-nos, contamos com o Senhor.Novo endereço:Paulo Guilherme CorreiaCaixa Postal de n" 001Comunidade de Todos os Santos - Linha

634Jaru-RO78925

o SR. LÉZIO SATHLER (PSDB - ES.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi­dente, Sr~s e Srs. Deputados, a sociedade bra­sileira enfrenta. perplexa e indignada. o ace­lerado agravamento de uma crise econômi­co-social, cujas conseqüências já abalam se­riamente setores básicos da vida nacional.

Paralelamente à desenfreada aceleraçãodos preços em geral, que inviabiliza o consu­mo para a maioria da população e compro­mete a eficiência da estrutura produtiva, oPaís passou a conviver com o desabasteci­menta de alguns produtos e a não prestaçãode serviços públicos essenciais, criando-se si­tuações de verdadeiro pânico em face do queessas carências representem no cotidiano daspessoas e das comunidades.

A crise do álcool combustível, Sr. Presi­dente, desde fins do ano passado, constituitalvez a mais clara demonstração de que, senão forem adotadas medidas urgentes quedeterminem aumento da produção e adequa­da distribuição, em pouco tempo estaremosexperimentando um colapso profundo, sejano sistema de transportes, seja quanto ao pró­prio funcionamento de atividades fundamen­tais.

O Espírito Santo está entre as Unidadesda Federação mais atingidas pela falta docombustível. em face da combinação de vá­rios fatores adversos. Em primeiro lugar, omeu Estado não produz o suficiente paraatender sua crescente demanda, situação queo coloca, a exemplo de vários outros, comoimportador de combustível junto às áreas demaior produção. Por outro lado, a forte estia­gem que se abateu em período recente sobreo Espírito Santo ainda provoca graves perdasnas lavouras que produzem a matéria-primado álcool carburante.

Ademais, Sr. Presidente, não existe no ter­ritório capixaba uma estrutura de estocagem

, capaz de garantir abastecimento quando, por, qualquer circu.nstância, deixa de ser recebi·

do, na quantidade necessária, o combustívela ser consumido no Estado, conforme se temverificado ao longo dos últimos meses.

A conseqüência mais dramática é sentidapela economia espírito-santense, nos seusmais diversos segmentos, mas de maneiramuito especial em seu pujante setor de turis­mo. atingido seriamente durante a alta tem­porada de veraneio ainda vigente, com a sen­sível diminuição do fluxo de visitantes emrazão da escassez de álcool na região e emoutros Estados.

Concebido como um programa estruturadopara representar fonte de energia renovável,o Proálcool agoniza em decorrência de falhasna sua administração. Ao Proálcool foramdirecionados vultosos recursos públicos a tí­tulo de subsídios, visando ao estímulo naplantação de cana-de-açúcar e na instalaçãode usinas p()r todo o País. À sociedade, pro­meteu-se, para o novo combustível, a fixaçãode preços compatíveis com o rendimento dosr~pectivos motores, além de garantia quantoao abastecimento do produto. Tudo em nomedo interesse nacional.

Verifica-se. agora, completa desorganiza­ção no setor, enquanto o Governo Federal.responsável pela implantação e gerência doprograma, demonstra total incapacidade paraadotar as providências necessárias ao equa­ci0\lamento de tão grave questão.

E preciso, Sr. Presidente, antes de tudo•que o poder público informe, de maneira cla­ra, efetiva: detalhada, sincera, onde se en­contram os verdadeiros pontos de estrangu­lamento do sistema e que alte;rnativas podemser utilizadas. a fim de que toda a sociedadeparticipe, conscientemente, da busca de solu­ções para o grave problema dos combustíveis.

O que não se admite é a omissão governa­mental, que se retlete na falta de transpa­rência sobre a real situação do abastecimentode álcool. fator de intranqüilidade para osconsumidores e a nossa economia, principal­mente porque, não raramente. são anuncia­das versões oficiais contraditórias e despro­vidas de embasamento técnico a respeito dascausas, responsabilidades e futuro desse quefoi apregoado como grande motivo de espe­rança para a questão energética nacional.

o SR. JOSÉ SANTANA DE VASCONCa.LOS (PFL - MG. Pronuncia o seguintediscurso.) --;- Sr. Presidente, Srs. Deputados,à medida que se aproxima a posse do novoPresidente da República, as atenções geraisvoltam-se também para o Congresso Nacio­nal, diante de sua responsabilidade quantoà apreciação. das mudanças prometidas pelofuturo Governo.

Eleito por mais de 35 milhões de votos,hoje o nome de Collor de Mello seria sufra­gado por muitos cidadãos que preferiram,ou­tros candidatos, pois, agora, reconhecem ospropósitos sérios por ele. esboçados para en·frentar a gravíssima situação, que o País atra­vessa.

Nesse cont(fxto, o Brasil necessita de umatrégua. de uma conciliação para encontrarseu verdadeiro ,destino, já que ninguém. vaitirar proveito de um possível agravamentoda crise que, se vier, será sem pr9cedentesem nossa História, com desordens, saquese até luta armada. Assim, a aventada forma~ção de um, governo paralelo, além de d~ma­gógica, se concretizada, será um grande,des-serviço à NaçãÇl., .

Desta forma, o momento exige coerêllcia,conciliação, principalmente de pós, represen­tantes do povo, colocando acima de tudo opatriotismo, 'os legítimos Interesses nacio­nais. Será preciso dar um crédito de confiançaao Presidente da República escolhido direta­mente depois de tantos anos de espera e sofri­mento. As grandes medidas., indispensávispara tirar o País do atoleiro, devem ser apro­vadas pelo Congresso Nacional sem mano­bras espúrias ou outros expedientes que vi·sem apenas a retardar ou impedir, com finseleitoreiros, o saneamento econômico-finan­ceiro e administrativo do Brasil.

O verdadeiro homem público 'deve sabera hora de fazer oposição e a hora de servirao País, já que numa eleição democrática,lisa, um protagonista ganha, o outro perde.

1088 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

Mas a nenhum dos dois é lícito faltar ao pa­triotismo, até porque a eleição em si mesmaconstitui uma vitória do regime de franquiasdemocráticas a ser indistintamente partilhadapor todas as forças ativas da sociedade.

Com o Estado virtualmente falido, a admi­nistração pública mergulhada no caos, a infla­ção acima dos setenta por cento mensais, odéficit público superior a cem bilhões de dóla­res, a dívida externa em torno de cento etreze bilhões de dólares e a existência de qua­renta milhões de brasileiros em penúria, éóbvio que o futuro Governo se encontra dian­te de um monumental desafio. Para a rever­são do triste quadro, necessitará, compulso­riamente, de arregimentar em torno de si to­da a vontade política do País no âmbito deuma proposta de conciliação nacional, abran­gente das instituições representativas da cida­dania e dos interesses coletivos.

Vê-se, portanto, que não se trata de buscarapenas os esteios políticos para sustentaçãode uma nova experiência de Governo, com­prometida com as aspirações de mudanças,mas de resgatar o Brasil do atoleiro em que

. o meteram a desídia, a incúria e a irresponsa­bilidade. Tarefa expressiva, sem dúvida, deum compromisso comum a todos os brasi­leiros e aos agentes dinâmicos da democraciarepresentativa, no qual o Congresso terá umpapel decisivo a d~sempenhar.

A SRA. CRISTINA TAVARES (PSDB­PE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Sr~ e Srs. Deputados, este mundoé, realmente, de contrastes: enquanto o Lesteeuropeu se liberaliza, restabelecendo a de­mocracia como valor universal, os EstadosUnidos, considerados os maiores defensoresda liberdade, dão marcha-a-ré nos princípiose inscrevem-se na História como os viola­dores mais brutais de direitos consagrados.

Primeiro, foi a Nicarágua, que desde a suarevolução popular enfrenta as tentativas dedesestabilização do governo americano. Ago­ra, com a mesma prepotência, o governo deGeorge Bush invadiu o Panamá, desrespei­tando o elementar direito de soberania e au­todeterminação do povo panamenho. Nacaudal de violência, a antiga "pátria da demo­cracia" violou a Carta das Nações Unidase o Tratado do Rio de Janeiro, sobrepondosua soberania à de qualquer país do conti­nente americano.

Sob o enganador ilJgumento do combateao tráfico de drogas, o Governo Bush assu­miu o controle do país, com o propósito detornar sem efeito o tratado que tira dos Esta­dos Unidos, em 1999, o domínio sobre a zonado Canal do Panamá. Para fazer prevalecerseus interesses, pouco importa ao governodos Estados Unidos violar regras internacio­nais de convivência entre as nações, agredirum povo, invadir sua casa e sacrificar um.ex-aliado e colaborador.

As justificativas para a invasão são gros­seiras e não resistem a uma análise mais aten­ta. Algumas revistas brasileiras têm mostradoque o General Manuel Noriega, antigo agen­te..da CIA e ex-homem forte do Panamá,não tem envolvimento com o tráfico de dro-

gas. As acusações apresentadas contra ele sãovagas e sem qualquer fundamentação em pro­vas. Há poucos dias, ,as autoridades ameri­canas tiveram que se r~tratar, corrigindo ver-

o sões anteriormente divulgadas de que foramencontradas na residência do general grandequantidade de cocaína e de dólares.

Na realidade, muito além da questão dotráfico de drogas - que é apenas o argu­mento de fachada para justificar a invasãoe ganhar apoio da opinião pública - estáa resistência dos americanos em devolver aospanamenhos, daqui a nove anos, o controledo canal. A entrega do Canal do Panamáfoi aprovada pelo Congresso americano, du­rante o governo Carter, por uma estreita mar­gem de votos, contrariando os interesses daCIA e do Pentágono.

Muito embora o tratado de restituição dêaos Estados Unidos o direito de interferir,numa eventualidade, para manter o canal emfuncionamento, aberto e neutro, nem assimos americanos ficaram satisfeitos. Querem amudança da data de transferência ou algoque garanta, por razões estratégicas, a per­manência, naquela região, do U.S. ArmySouthern Command, o que não era mais pos­sível com um Noriega cada vez mais insubor­dinado.

O novo episódio em que os Estados Unidosse envolveram beira o grotesco. Soldados etanques americanos ocupam ruas de uma na­ção estrangeira, invadem e destróem casas,agridem o povo, e os líderes invasores tentamvender à opinião pública mundial a idéia deque assim agiram em defesa da humanidade!

A tradição imperialista, ultrapassada pelaHistória e liquidada até mesmo rio Leste eu­ropeu, faz nova tentativa de ressurreição naAmérica, por iniciativa do país que se procla­ma berço da democracia moderna. Pena queos ideais de liberdade e democracia de Abra­ham Lincoln e Thomas Jefferson limitem-se,hoje, naquele país, aos compêndios de His­tória.

Muito obrigada.

O SR. CARLOS VINAGRE (PMDB ­PA. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Sr"s e Srs. Deputados, a conces­são de quatrocentos mil hectares de terras,localizadas entre o rio Itacaiúnas e o IgarapéTapirapé, à Companhia Vale do Rio Doce,nos Município de Marabá e Parauopebas, nosul do Pará, representa mais uma expropria­ção, impedindo o desenvolvimento das fren­tes agrícolas e pecuárias no Estado, que jáabriga as reservas indígenas de Mãe Maria,Cajazeiras, Paracanã, Pacajá, Sororó, Catetée outras, além do Projeto Grande Carajás,reserva dos Castanhais, Hidrelétrica de Tucu­ruí e três reservas ecológicas e biológicas,apenas para atender aos interesses empre­sariais da CVRD, mantenedora do ProjetoCarajás.

Recebemos do Sr. Ronaldo Zucateli, Ve­reador à Câmara Municipal de Marabá, ofícioem que salienta:

"Centenas de colonos e extrativistas es­tão desabrigados, expulsos de suas pro-

priedades pelos vigilantes da estatal be­neficiada, recebendo apenas uma indeni­zação irrisória, insuficiente até mesmopara comprar um "barraco" na cidade.

Entendo que, se o Governo Federalcontinuar criçmdo "reservas" em todo onosso Estado, ficaremos brevementesem condição de termos, especialmenteno sul do Pará, áreas destinadas aos pro­jetos de desenvolvimento agropecuá­rio."

Devemos reconhecer que, mesmo" na pala­vra dos candidatos presidenciais, há uma exa­cerbação de indigenistas e ambientalistàs exa­gerando na extensão de tais reservas, deslum­brados de que na Amazônia há espàço paraa pecuária, mas, se o limitarmos ao atual,dentro em breve, com o crescimento popula­cional, os Estados da região terão que impor­tar a maior parte do alimento destinado aoseu consumo.

Por isso, emprestamos inteira solidarieda­de ao reclamo do Vereador Reinaldo Zuca­teli, que interpreta os sentimentos de Ma-.rabá.

Era o que tínhamos a dizer.

O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL ­PE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Sr"s e Srs. Deputados, acabo deregressar do sertão pernambucano, onde per­corri as bases eleitorais em alguns municípios,constatando, pessoalmente, que aquela gentesofrida, minha conterrânea, deseja urgente­mente uma mudança radical na forma e naespécie de atendimento que lhe faz o governoestadual.

O nome do atual prefeito do Recife, ex-De­putado Joaquim Francisco, é a grande espe­rança do Sertão, da Zona da Mata e de todoo Estado de Pernambuco.

No meu contato com os amigos coestadua­nos, manifestei de plano a minha preferênciae o 'meu apoio a Joaquim Francisco para oGoverno do Estado, nas próximas eleiçõesde 3 ele outubro vindouro, e o meu compro­misso com o futuro e com o progresso domeu Estado.

Manifestei, também, o meu desejo de vero Sertão representado na chapa que será vito­riosa, provavelmente sem segundo turno, in­dicando o nome do ínclito Deputado Oswal­do Coelho para Vice-Governador, para fe­char a chapa do Partido da Frente Liberal- PFL - sem, contudo, deixar de subme­ter-me ao que decidir a Convenção que, afi­nal, escolherá os candidatos.

Mas o meu desejo seria ver o nome deOswaldo Coelho compondo essa chapa, queconsidero antecipadamente triunfante no em­bate eleitoral.

Pude também manifestar o meu apoio an­tecipado e coerente ao nome do SenadorMarco Maciel, como candidato nacional doPFL estadual à reeleição ao Senado Federal.

Tenho certeza de que Marco Maciel seráo nome mais indicado e também, antecipa­damente vitorioso às próximas eleições. Porisso, desta tribuna, faço um apelo a S. Ex'o nobre Senador Marco Maciel, para que se

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1089

decida logo a concorrer ao Senado Federalpelo PFL com coligações, para fortalecer achapa de Joaquim Francisco e assegurar umanova era de prosperidade ao povo pernam­bucano.

Outro assunto, Sr.P'résidente.A Nação está exigindo que o Governo com­

bata a ação dos cartéis e monopólios que infe­licitam a vida econômica do País.

Mas eu indago: como combater a ação des­ses grupos sem ativar o Cade, esse misteriosoe desconhecido Conselho Administrativo deDefesa Econômica?

Esse órgão foi instituído com o objetivode conter os abusos do poder econômico. So­bretudo, conter os abusos dos cartéis e mono­pólios.

Mas o Cade, Srs. Deputados, pelo vistonão passa de uma ficção. Mais um dessesorganismos ineficientes e inúteis que orna­mentam a máquina pública do País.

E cabe ao novo governo ativá-lo.Tarefa urgente.Porque o Cade está ocioso não por falta

do que fazer, mas por negligência.Agora, mais do que nunca, com os ventos

novos que estão soprando no País, a livreempresa precisa ser fortalecida com a vitali­dade que nasce com a competição do mer­cado.

Mais do que um sentimento de indignaçãomoral, o combate aos monopólios; oligopó­lios e cartéis tornou-se, agora, uma questãode sobrevivência da economia nacional.

Para isso o novo governo precisa enfren­tá-los através da ação privilegiada do Cade.

Portanto, Sr. Presidente, eu chego a firmarque, tanto quanto a inflação, a indústria doscartéis tem que ser o grande desafio parao Governo Collor.

Finalmente, Sr's e Srs. Deputados, valemo­nos, para o caso, das palavras candentes dopadre Vieira, quando apontava as mazelaseconômicas no Brasil-Colônia, tão atuais seaplicadas ao tema aqui em debate: coisa tristeé quando muitos comem um, mas coisa maisdeplorável ainda é quando basta apenas umpara comer muitos.

o SR. JOSÉ CARLOS SABÓIA (PSB ­MA. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Sr" e Srs. Deputados, nesta ma­drugada morreu uma das figuras políticas demaior projeção na História de nosso País.No meu entender, a própria biografia de LuísCarlos Prestes se confunde com a históriapolítica e social brasileira de tal sorte, quenenhuma análise sobre o que somos hoje po­de omitir que Prestes foi daqueles poucoshomens a terem um papel tão fundamental,que o transformou num ponto de referênciaobrigatório. Não viemos do nada, temos umpassado, temos uma história. Do ponto devista tanto das elites como daqueles que nasdiferentes conjunturas se opuseram e seopõem a elas, temos uma história de errose acertos, de intransigência e tolerância, degrandezas e minoridades históricas, de tirania

_e democracia. Se elites e oposição são fruto

desse caldo de cultura tão brasileiro, o 'quedizer de uma figura da estatura de Prestes?

Cabe às elites o reconhecimento de quesempre tiveram, à luz do dia, quando possí­vel, subterraneamente quando inviável, uminimigo cujo ideal e coerência ética deveriamter merecido o respeito que elas nunca soube­ram lhe dar. Se em momentos de nossa Histó­ria Prestes foi visto como duro e inflexíveldemais, todos hoje devemos constatar queessa dureza e inflexibilidade não tinham mui­to a ver com seu ideal, e sim, com o própriomodo imperante das elites tradicionalmentefazerem política em nosso País. A perspectivademocrática nunca encontrou aqui um terre­no minimamente fértil para se desenvolver.

Cabe àqueles que foram e são oposiçãoantielitista e antioligárquica o reconhecimen­to de que em seus erros e acertos sao herdei­ros de Prestes, filhos das dificuldades repre­sentadas pela ação política orientada para aconstrução de um poder democrático e po­pular.

Sou de um partido - o Partido SocialistaBrasileiro - que surgiu e, temporariamenteextinto, se reconstruiu com uma visão de so­cialismo diferente da de Prestes. Socialismoe liberdade definem a natureza do que busca­mos, a realização de uma utopia que apenasneste século mudou completamente a facedo mundo e continua exercendo um inesgo­tável poder de criação de realidades huma-'nas.

Seria muito fácil e simplista afirmar hojeque, contrariamente a Prestes, sempre estive­mos - como partido socialista - muito maispróximos do que o socialismo veio a ser comperestroika e a glasnost. Seria uma inverdadehistórica afirmar isso, uma estreiteza políticainaceitável. Afinal, o que seria da própriapossibilidade de existência da perspectiva so­cialista no Brasil se Prestes não tivesse sidoo Cavaleiro da Esperança?

Infelizmente, Prestes está morto. Mas suabiografia certamente não se encerra neste 7de março, pois seus inimigos e seus herdeirosainda deverão completá-Ia.

O SR. ISMAEL WANDERLEY (PTR ­RN. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Sr" e Srs. Deputados, quase no­nagenário, curtindo, com a maior dignidadeeclesiástica e cívica, o voluntário exílio nooásis da Igreja, Padre Hélder Câmara, comosempre gostou de ser chamado, é, ainda, umadas vozes mais lúcidas da Igreja Católica eo espírito sacerdotal que mais vivenciou, des­de a década de trinta, os problemas políticosbrasileiros, vistos sempre sob a ótica da parti­cipação maior do povo na condução dos seusdestinos.

No último pleito eleitoral portou-se comexemplar discrição, tanto ma'ís quanto se da­va conta de que se tratava de uma verdadeiraressurreição da vontade popular e, qualquerque fosse o resultado, seria acatado pelo povocomo talvez a última esperança de redemo­cratização do País neste século, que conheceuGandi, João XXIII, Roosevelt, Churchill eGorbatchev e acompanhou, na década de cin-

qüenta, os atormentados suspiros da Igrejae do Silêncio na Polônia e na Iugoslávia.

Agora mesmo, em Teresina, promovendopalestra na Paróquia do Parque do Piauí, co­mo patrono dos concluintes da turma de Teo­logia da Universidade Federal daquele Esta­do, assinalou que a Igreja Católica Brasileiradeve pregar o apoio de seus fiéis ao Presi­dente eleito Fernando Collor.

Prometeu o arcebispo emérito de Olindae Recife levar essa posição à reunião da Con­ferência Nacional dos Bispos do Brasil, coma Comissão Episcopal Pastoral, realizada, emBrasília, com o objetivo de discutir a relaçãoda Igreja com o novo Governo.

Considera D. Hélder que o incentivo aonovo Presidente não se deve restringir aosfiéis, mas partir da própria Igreja, mesmoda ala progressista, que apoiou o candidatodo PT, Luiz Inácio Lula da Silva.

"Temos que trabalhar juntos - por­que não é fácil governar. Tenho funda­das esperanças no próximo Governo, pe­la sua legitimidade e que deve ser respei­tado como o Presidente do Brasil e nãode um bando."

Salientou que o Presidente deve merecerigual respeito dos eleitores da oposição, prin­cipalmente os católicos, que desejam a re­construção do País.

Esse pronunciamento veio demonstrar queos verdadeiros apóstolos sabem dizer as coi­sas necessárias nas horas certas.

Era o que tínhamos a dizer.

O SR. JOVANNI MASINI (PMDB - PRoPronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi­

.dente, Sr'" e Srs. Deputados, as declaraçõesdo Presidente eleito acerca de seu propósitode desestatizar e descartorializar a economiabrasileira abrem uma perspectiva alvissareirapara a superação da megacrise que estamosvivendo. Creio que as intenções de Collorde Mello, se vierem a se transformar em açõesconcretas, deverão merecer o apoio de todosquantos desejam efetivamente a instauraçãode um processo de desenvolvimento sócio-e­conômico duradouro, independentemente deinteresses e posicionamentos político-ideoló­gicos.

O ponto de partida para uma efetiva libera­lização da atividade econômica está consa­grado como fundamento da ordem econô­mica no art. 170 da Constituição da Repú­blica: valorização do trabalho humano e dalivre iniciativa. Resta, a partir daí, realizara opção política em torno da melhor maneirade implementar o prestigiamento do trabalhoe a liberdade de empreendimento. No meuentender, a solução é uma só: apostar na eco­nomia de mercado, implantar finalmente ocapitalismo em nosso País.

O primeiro passo é desregulamentar a eco­nomia, eliminando todos os obstáculos nor­mativos que têm inviabilizado o esforço pro­dutivo entre nós. Restrições aos investimen­tos e à captação de tecnologia devem ser su­mariamente eliminados; cartórios devem sereliminados, estatais ineficientes transferidas

1090 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

à iniciativa privada com o devido ressarci­mento aos cofres públicos. monopólios de­vem ser extintos.

A partir daí, tenho certeza. uma espiraldesenvolvimentista será deflagrada. com in­vestimentos gerando empregos que valoriza­rão a mão-de-obra e elevarão os salários, oque permitirá maior consumo e, por conse­guinte, maior arrecadação tributária, permi­tindo maiores gastos públicos em obras so­ciais e, ao mesmo tempo. maior disponibi­lidade para novos investimentos privados,que gerarão mais empregos, e assim por dian­te.

Este é o caminho e a experiência mundialtem demonstrado que não há outro. Comvontade política, competência e apoio da so­ciedade civil, o Presidente eleito poderá ini­ciá-Ia. Espero que assim seja.

Era o que tinha a dizer.

o SR. FERNANDO BEZERRA COELHO(PMDB - PE. Pronuncia o seguinte discur­so.) - Sr. Presidente, Sr"s e Srs. Deputados,diz um velho ditado que, "em casa onde nãohá pão, todos falam e ninguém tem razão".

O velho ditado vem a calhar. na análiseda situação revelada pela arrecadação finan­ceira federal, no exercício de 1989, quandoa dramátiea situação econômica do País levailustres professores, comentaristas e técnicosfazendários a afirmar que ela decorre da inefi­ciência da arrecadação, por não policiar con,venientemente a sonegação e encorajar, pe­las elevadas taxas, a evasão fiscal - a contri­buição diroeta do Estado para o agrava~entodo processo inflacionário.

Não queremos, nem podemos, sem umaauditoria séria, apresentar nosso julgamentoda matéria, daí por que nos detivemos naanálise de um comunicado do DI. ReinaldoMustafá, Secretário da Receita Federal, arespeito do assunto, onde declara, inicial­mente:

"O comportamento da arrecadaçãodas receitas federais em 1989 foi muitobom, com a Secretaria da Receita Fede­ral atingindo e superando todas as metase compromissos assumidos ao longo doano passado.

Essa boa performance pode ser ates­tada tanto se compararmos o desempe­nho sob a ótica da previsão técnica quan­to à participação do Produto InternoBruto."

Forçoso assinalar, desde logo, como reconhece o depoente, a comparação entre doisperíodos com perfis totalmente diferencia­dos, tanto mais quanto o de 1988 foi um anode ótima produção da receita federal, supe­rando em cinco e cinqüenta e nove por centoreais o ano de 1987, quando a previsão decrescimento era de um por cento real.

Acontece que, no ano passado, além daredução da arrecadação como decorrência dealterações constitucionais, ocorreu o PlanoVerão, com um forte impacto na redução doconsumo, a partir de 16 de janeiro, em quedavertical, até meados de maio, a produção in­dustrial.

Comparando-se tal resultado com a' previ­são, o desenvolvimento d'a arrecadação secoaduna com a realidade nacional, refletindoos efeitos daquele plano.

Somente o exame sob a ótica da previsãopode esclarecer realmente o problema, tantomais quanto o desaquecimento temporárioda correção monetária, atualizando tributose débitos fiscais, provocaria inevitáveis dis­torções para o exame do analista.

De qualquer modo, não se podia antecipar.em dezembro, com aquele plano, o resfria­mento da economia, com o congelamentotemporário da correção monetária.

Entre janeiro e junho, houve uma arreca­dação de quatro bilhões, oitocentos e setentae nove milhões e setecentos mil cruzados,para uma previsão de quatro bilhões, vintee um milhões e quatrocentos mil cruzados,apresentado um superávit de mais de vintee um por cento; enquanto, de julho a dezem­bro, a arrecadação totalizou quarenta e setebilhões, trezentos e trinta e quatro mil e qua­trocentos cruzados, para uma previsão decento e vinte e quatro bilhões, quatrocentose vinte milhões e quatrocentos mil cruzadosnovos, numa diferença de onze e cinqüentae um décimos por cento, deduzidos seis bi­lhões e quatrocentos milhões, de remunera­ção de depósitos do Banco Central, não in­cluídos na previsão.

Deve-se salientar que o primeiro bimestredo exercício compreendeu o planejamentode novas ações, a preparação das equipes ea previsão da meta sobre o Produto InternoBruto, avaliado em um e cinco centésimospor cento, a partir de abril.

Aprovada essa previsão pelo FMI e peloBIRD, atingimos, no final do ano, uma recei­ta bruta de quase cento e trinta e oito bilhõesde cruzados novos, superada em quase onzepor cento a previsão técnica de cento e trintae sete bilhões, oitocentos e setenta e doismilhões e setecentos mil cruzados novos.

Além do excedente esperado, de um e umcentésimo por cento, a 'receita superou emtreze bilhões quatrocentos e cinqüenta e doismilhões e trezentos mil cruzados novos, umpor cento acima do PIB estimado para 1989.

Evidentemente, somente depois da Cru­zada Nacional da Cobrança, intensificada afiscalização a partir de março, retomou-se ocrescimento da árrecadação, até o fim do ano,surgindo os resultados noventa dias depoisde deflagrado o processo.

Quanto à receita administrada pela Secre­taria da Receita Federal, do Finsocial, PislPa­sep e outras, houve uma evolução que exibiu,no fim do exercício, uma variação de maisde dezesseis por cento acima da taxa inflacio­nária.

Caracterizou-se esse último exercício porvárias alterações na legislação tributária, re­presentando uma perda líquida de cerca devinte e três bilhões de cruzados novos, resul­tante da eliminação do IOF sobre impostosde bens; da alteração de retenção na fonteassalariada; da redução das alíquotas do IPI;da transferência do 1ST; do ISSC, do IUEE,do IULC e do IUM; do pagamento dos duo-

décimos do IRPJ pela OTN congelada; danão - incidência do IPC sobre parcelas doIRPJ e da sua redução da alíquota a partirdo ano passado; da redução' da alíquota doIPI sobre o fumo, sobre o IRRF e aplicaçãoda alíquota do Finsocial de meio para umpor cento; da ampliação do prazo para o pa­gamento do IPI e outros impostos.

Constitui erro crasso, na análise superficialdo comportamento da arrecadação. a compa­ração pura e simples com os números finaisdos exercícios, devendo-se considerar as dife­renças na base tributária, como fatos econô­micos não desprezíveis.

Uma avaliação precipitada, dos dados queapresentamos, conduz a pressa do analistaà conclusão de que teríamos uma queda realde 2,28%, corrigindo o total da receita admi­nistrada em 1989 com base em iguais informa­ções de 1988, apenas corrigidas pela variaçãodo IPC dos últimos doze meses.

Mas, procedidos os ajustamentos devidos.somado a cada item da receita de 1988 a par­cela de que a União foi despojada pelas alte­rações da legislaçlo tributária, verificamosque o resultado significa nada menos do que17,41% reais, de 1988 para 1989.

Assim, a arrecadação ajustada de 1988,chegando a cento e trinta e seis bilhões, oito­centos e setenta e quatro milhões e dezoitomil cruzados novos, ultrapassa em 17,41%a de cento e dezesseis bilhões, quinhentose setenta e quatro milhões e novecentos ecinqüenta e cinco cruzados novos, a referentea 1988.

Tal desempenho é tanto mais notável; ten­do-se em vista que, em 1988, já havíamossuperado todas as expectativas de bom de­sempenho, visto o crescimento real da arreca­ção superior em cinco e cinqüenta e oito ceté­simos por conto sobre o de 1987.

Quanto á participação da receita adminis­trada no Produto Interno Bruto, foi respecti­vamente, de 8,89%, 8,36% e 8,3í7%, nos trêsanos sucessivos do triênio, demonstrado que,ao contrário do que se propala" não houveaumento da chamada ganância fiscal, mas re­duzido, em geral, o ônus sobre o contribuin­te.

Concluindo o seu relatório, diz o Secretárioda Receita Federal:

"A conclusão a que se chega é que, apesarda renúncia a-cerca de vinte e dois bilhõesnovecentos e sessenta e um milhões e sesicen­tos mil cruzados novos de arrecadação, aUnião ainda assim conseguiu sustentar e atésuperar a participação da receita administra­da no produto Interno Bruto, provando queo produto do esforço fiscal mais do que com­pensou a perda de recursos pelas alteraçõestributárias do ano que passou.

Se aos 8,37% conseguidos adicionássemosa perda de 1,69%, teríamos uma relação dareceita administrada pelo PIB de cerca de10,06%."

Poucos comentários temos a fazer sobreesse detalhado balanço, além de reconhecera competência e lucidez da administração fa­zendária federal e a competênciíl e vigilância

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1091

do Sr. Reinaldo Mustafa, como Secretárioda Receita Federal.

Era o que tÚlhamos a'dizer.

o SR. JOSÉ MARIA E"MAEL (PDC ­SP. Pronuncia o ~eguinte discurso.) - SI.Presidente, a Nação está exigindo que o Go­verno combata a ação dos cartéis e mono­pólios que infelicitam a vida econômica doPaís.

Mas eu indago: como combater a ação des­ses grupos sem ativar o CADE, este miste­rioso e desconhecido Conselho Administra­tivo da Defesa Econômica?

Este órgão foi instituído co'm o objetivode conter os abusos do poder econômico. So­bretudo, conter os abusos dos cartéis e mono­pólios.

Mas o CADE, Srs. Deputados, pelo vistonão passa de uma ficção. Mas um desses orga­nismos ineficientes e inúteis que ornamentama máquina pública do País.

E cabe ao novo governo ativá-lo.Tarefa urgente.Porque o CADE está ocioso ,não por falta

do que fazer, mas por negligência.Agora, mais do que nunca, com os ve~tos

novos que estão soprando no País, a lIvreempresa precisa ser fortalecida a vitalidadeque nasce com a competicão do mercado.

Mais do que um sentimento' de indignaçãomoral, o combate aos monopólios, oligop~­

lios e cartéis tornou-se, agora ,uma questao, de ~obrevivência da economia nacional.

Para isso o novo governo Precisa enfren­tá-los através da ação privilegiada do CADE.

Portanto, Sr. Presidente, eu'chego a afir­mar, que, tanto quanto a inflação, a in?ústriados cartéis tem que ser o grande desafIO parao Governo Collor.

Finalmente, Sr" e Srs. Deputados, valemo­nos, para o acaso, das palavras candentes doPadre Vieira, quando apontava as mazelaseconômicas no Brasil-Colônia, tão atuais seaplicadas ao tema aqui em debate: cQisa tri&teé quando muitos comem um, mas coisa masdeplorável ainda é quando basta apenas umpara comer muitos.

O SR. ANTÔNIO DE JESUS (PMDB­GO. Pronuncia o Seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Srs. Deputados, desde que che­guei a esta Casa tenho percon;ido os Minis­térios e órgãos da administração federal, pro:curando levar recursos para Prefeitura e enti­dades sociais que amparam os menos favore­cidos e promovem integralmente o ser hu-mano. '

Recentemente, através da CEME, órgãoligado ao Ministério da Saúde, conquistei pa­ra o meu Estado número superior a cinqüentafarmácias básicas, consituídas de quarenta equatro itens padronizados por aquela enti­dade no seu plano de expansão, a fim deatender as diversas instituições assistenciaiscom medicamentos destinados ao combate'de enfermidades tais como verminose, pro­blemas estomacais, carência de vitáminas,

,com soros hidratantes, analgésicos e tantos9utros.

Sei que as entidades beneficiadas sabe~ão

distribuir esses medicamentos com a deVIdaorientação médica para proteção à saúde dosmeus conterrâneos.

O SR. ANTÔNIO SALIM CURIATI (PDS- SP. Pronuncia o seguinte discurso.) Sr.Presidente, Srs. Deputados, lendo o informa­tivo da Associação Brasileira das Indústriasde Queijo - ABIQ - n' 06 j pude observ~r,

nesse número, a reportagem realmente cuno­sa e importante sobre a respeitadíssima famí­lia Lemos de Moura Leite, que comemoraum século de convivência com o setor lácteonacional, através da Indústria e Comércio deProdutos Alimentícios Cerqueirense Ltda. ­produtos Avaré, que iniciou suas atividadesiil1890 com a denomiação de produtos Car­..o do Rio Claro.

Sr. Presidente, quero congratular-me como informativo da ABIQ e transmitir aos fami­liares os Lemos de Moura Leite, as minhasfelicit'açóes pelo trabalho que vêm desenvol·vendo a favor da agropecuária e da indústriabrasileira. Hoje, a marca Avaré é responsávelpelo famoso e tradicional d~ce de le!te, o

,conhecidíssimo Pingo de Leite Avare e asdiversas especialidades de queijo e leites ~po.s

Be C. Com duas fábricas e cinco postos distn­buídos entre São Paulo e Paraná, a empresaconta com cerca de 2.000 fornecedores 'deleite, movimentando 600 funcionários e umafrota de 80 caminhões.

É magnífico o exemplo oferecido p~r estafamília à sociedade brasileira, diferenciando­se de muitas outras que, na situação atual,apenas procuram participar da ~specu~ação

financeira ao invés de promover mvestunen­tos dessa ~atureza, pauft1Gos no trabalho ár­duo e contínuo, que sempre acabam por be­neficiar a comunidade como o todo, alémde engrandecer a empresa a que pertencem.

Sendo assim, solicito a transcrição, nosAnais desta Casa, da referida reportagem so­bre a digna família Lemos de Moura Leite.

MATÉRIA A QUE SE REFERE OORADOR:

"Avaré: o laticínio de quinta geração.O nascimento da hoje Ind. e Com. de Pro­

dutos Alimentícios Cerqueirense Ltda. ­Produto Avaré, data do século passado. Em1990, José Basílio Coelho inicia no sul deMinas Gerais a produção de manteiga - quenos anos mais tarde, em 1923, ganharia amedalha de ouro em uma exposição norte-a­mericana pelo seu alto nível de qualidade.Na época, a marca que fazia reconhecer aqualidade dos produtos da família era Carmodo Rio Claro.

Agora comemorando 100 anos de convi­vência com o mercado lácteo nacional, a fa­mília Lemos de Moura Leite cada vez maisreafirma sua vocação neste setor. Hoje a mar­ca Avaré é responsável pelo famoso e tradi­cional doce de leite - inclusive o Pingo deLeite Avaré -, pelos queijos tipo mussarela,frescal, parmesão e requeijão e pelos leitestipo B e C. Com duas fábricas e cinco postos(em São Paulo e no Paraná), a empresa conta

com cerca de 2.000 fornecedores de leite, 600funcionários e uma frota de 80 caminhões.

Na rota centenária da hoje Avaré algunsmarcos históricos são dignos de nota. Comoa abertura, em 1907, de uma leiteria em SãoPaulo localizada na aristocrática Praça daSé o~de era vendido o leite proveniente deJuiz de Fora (MG) que chegava à cidade porvia férrrea, congelado durante os dois d.ia~

que demorava a viagem. Nesta época, as inI­ciativas da empresa eram capitaneadas porAlcebíades José Lemos, filho de José Basílio.Nasce uma promissora bacia leiteira.

Em 1918, é a hora de parte da família semudar do sul de Minas Gerais para a regiãode Avaré e Cerqueira César, em São Paulo- iniciando pioneiramente a bacia leiteirada região, levando para lá o gado Gir leiteiro.Tal foi desenvolvido desta bacia que, anomais tarde (por volta da década de 60) láse instalaram outras empresas do ramos,COmIDO a Vigor e a Cooperativa Paulista deLaticínios também fundada e dirigida porum memb~o da família Lemos na cidade deAvaré.

Em 1925, assume a direção da fábrica derequeijão, doce de leite e caseína o CapitãoFrancisco de Paula Moura leite -casado coma filha de Alcebíades - que dá início a umanova geração Lemos de Moura Leite. O Capi·tão como era conhecido, deu continuidadeàs i~iciativas da empresa com seus dez filhos.Em 1942, os filhos do Capitão, os irmãosMoura Leite, através dos LaticÚleos Sul Pau­lista, iniciam o resfriamento do leite, que eraentão transportado para São Paulo em latõesde 50 litros, imersos em tanques de salmouragelada, tanto por ferrovia como por rodoviaainda sem asfalto - cerca de 350 Km, quelevavam até doze horas para chegar a SãoPaulo. ,

Por volta de 1960, a falll11ia toma uma deci­são fundamental: desenvolver ainda mais aatividade de produção de leite em suas fazen­das e vender suas instalações industriais paraindústria de laticínios Vigor. Mas esta decisãonão durou muito. A quinta geração da famíliaresolveu retornar à área industrial em 1968,iniciando a fabricaçção do doce de leite emCerqueira César. Em 1971, nova. <iecisão:inaugurar uma nova fábric~ na ?idade deAvaré. Nasce a marca que hOJe batIZa os pro­dutos da empresa.Nasce a Avaré.

"Como a família era bastante unida, e porconveniência do fornecimento de matéria­prima e aproveitamento das instalações in­dustriais, decidiram então fundir as empresasde Cerqueria César e Avaré, conservandoo nome Avaré que já tinha grande aceitaçãoatravés do "Pingo de Leite Avaré", lembraMarcelo Lemos de Moura Leite, diretor-pre­sidente da empresa - que ao lado de seuirmão Lauro, diretor comercial da divisão dedoces, e do primo Tadeu, diretor comercialda divisão de leite e produtos lácteos, formama cúpula diretiva dos Produtos Avaré.

O primeiro passo desta nova geração ­na época, todos estavam na casa dos 20 anos,estudando em faculdades de administração

1092 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

Em nome do meu Rio Grande do Sul, la­mento profundamente o falecimento dessegaúcho. Podemos não ter concordado como seu pensamento e com seus atos, mas temosde respeitá-lo e, acima de tudo, perceber quehoje seu nome está dc;:finitivamente inscritona história do País.'

Sr. Presidente, Sr'se Srs. Deputados, ve­nho à tribuna falar sobre um assunto quejá deveríamos estar discutindo com mais pro­fundidade e que nos parece estamos tratandode uma forma um tanto descuidada, dadaa sua importância.

O período em que foram reabertos os tra­balhos legislativos, neste ano de 1990, talvezseja um dos mais importantes dos últimostempos, em face da circunstância de que, pelaprimeira vez em 26 anos, estaremos discu­tindo problemas e avaliando propostas, quepreparam o início do trabalho de um Presi­dente da República, eleito pelo voto popular.

Os dias ántecedentes à posse do Sr. Collorde Mello devem servir, nesta Casa, de opor­tunidade para se apresentarem questões cru­ciais da Nação e para cada um ter a cons­ciência de sermos todos instados a buscar so­luções, sejamos governistas ou sejamos deoposição! A esta Casa coube a tarefa, hon­rosa sim, mas sobretudo dura, de elaborarum novo texto constitucional, a uma Naçãoque emergia da ditadura e necessitava adap­tar-se à liberdade que lhe fora furtada pordecênios. Neste trabalho, todos oferecemoso melhor que tínhamos e, sobretudo, devol­vemos ao povo brasileiro o que lhe era devi­do: o direito de dizer de suas ânsias, o direitode buscar o destino que melhor lhe parecesse.Retomou o Poder Legislativo algumas desuas prerrogativas, que a voragem autoritáriaconsumira, e capacitou-se para o trabalho sé­rio e difícil de ser um poder coletivo, numregime que se abre para a democracia e busca

.a senda da liberdade e da justiça social, comas naturais dificuldades de quem jejuou anosdo verdadeiro direito e como é lastimável!Chegou a esquecer o papel do Parlamentonos governos democráticos.

Somos, Sr. Presidente, parte de um Partidopolítico que nasceu e cresceu na adversidade.Partido político que tem a honra de ter sidoo grande e tenaz adversário do autoritarismo.Partido este que, para propiciar a transição,sofreu desgastes e até injustiças. Contudo,o PMDB, exatamente porque não foi criadoao acaso, nem ao sabor. de algum interessepessoal, nem por ressentimento com pessoase menos por equívocos ideológicos eventuais,é capaz de enfrentar a adversidade das derro­tas e, como a erva nativa dos campos do meuRio Grande, rebrotar viçoso e forte na prima­vera, após a invernia cíclica. O povo brasi­leiro nos indicou claramente o caminho daoposição, neste pleito, e realizá-la com tena­cidade, desassombro, propriedade e eficiên­cia. É uma tarefa que a dura escola de 20anos, enfrentando os governos ditatoriais,nos ensinou muito bem! Pretendemos fazê-lasem ressaibos e sem animosidades pessoais,mas atentos às ações do governante, paracombater as que nos pareçam equivocadas,

v - GRANDE EXPEDIENTETem a palavra o Sr. Alcides Saldanha.

O SR. ALCIDES SALDANHA (PMDB­RS. Sem revisão do orador.) - Sr. Presi­dente, Sr's e Srs. Deputados, antes de entrarno tema que nos traz a esta tribuna, eu nãopoderia deixar de registrar, como de resto'já o fizeram aqui alguns colegas, o quantose lamenta o falecimento, hoje, do meu coes­taduano, o líder das esquerdas brasileiras,durante décadas, o "Capitão da Esperança",Luís Carlos Prestes.

Miguel de Campo Amor dizia, em um dosseus versos, existirem aqueles que lutam se­guidamente e são importantes, e aqueles que

, lutam permanentemente e são imprescindí­veis.

Sr. Presidente, podemos não ter concor­dado com as idéias do Sr. Luís Carlos Prestes,

, com a sua aproximação com o marxismo, du­rante toda sua vida, mas haveremos de cons­tatar e sentir que foi ele um dos imprescin­díveis na história deste País: o homem, o Ca­pitão do Exército que em 1924 levanta a cor­pgração militar de Santo Ângelo, no RioGrande do Sul, e dali parte com seus homens,fazendo oposição ao Governo de então, nabusca de uma renovação da República, na­quilo que se chamou Coluna Prestes. Reali­zou ele o maior feito militar da América doSul, neste século, andando por todo o País

.e fazendo com que o mundo tomasse conheci­mento dos problemas nacionais de então, oque já o faria merecedor de um lugar na His­tória. Seu exílio em Buenos Aires o aproxi­mou das teorias de Marx. Em 1930, outrogaúcho, Getúlio Vargas, iniciava o movimen­to que terminou na Revolução de 1930. LuisCarlos Prestes, convidado para chefe militardo Movimento, recusou o convite, afirmandoque tudo não passava de uma disputa entreas elites de então. A parte militar ficou assima cargo do Gen. Aurélio de Goes Monteiro.

A história registrou o fato de um homemabraçar uma idéia e ter sido capaz de a elamanter-se fiel durante décadas. Nem o eX11io,nem á prisão, nem o assassinato da própriaesposa, nem as vicissitudes permanentes,nem, acima de tudo, a idade provecta, fize-ram-no desistir. Foi um moço que morreuaosll()'yenta ~ dois ano.s deidª~e.

sar e decidir sobre a liberdade da produçãosem tabelamento, dando condições para queas desigualdades regionais e tecnológicas pu­dessem superar esta questão básica que tem

. trazido tanto desconforto à classe produtorae consumidora - que é a necessidade de seimportar grandes quantidades de leite em póde outros países, sendo que o Brasil teria,na minha opinião, condições de ser um dosmaiores produtores de leite do Mundo. Maso quadro hoje é outro - o que acontecena verdade é que o consumo de leite no Brasilfica muito aquém do mínino estabelecido pelaOrganização Mundial de Saúde. Temos quereverter esta situação."

O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) ­P"assa-se ao

e economia - , aplicar conJiecimentos nodesenvolvimento da empresa, buscando tec­nologia na escola Candido Tostes, passandoa desenvolver novos produtos, diversificandoos tipos de doce de leite, investindo no apoioaos produtores de leite e atendendo da mel­Ihor maneira possível seus clientes e consumi­dores. Esta foi a receita para o sucesso da

, empresa, que em 1975 lança os queijos frescale mussarela e em 1981 inaugura uma novaetapa: a distribuição de leite pasteurizado pa­ra a Grande São Paulo.

"A preocupação da empresa sempre· foiter uma produção de alta qualidade", afirmaMarcelo. "A partir daí, as oportunidades decrescimento surgiram naturalmente". Ele fazquestão dl~ ressaltar também a atenção daempresa com sua política de recursos huma­nos - voltada a proporcionar melhores con­dições de desenvolvimento e oportunidadeaplicadas ao elemento humano. "Sempre foinosso lema investir na nossa área de ativi­dade, e acreditamos no trabalho e na capaci­dade do elemento humano", diz ele. Para1990, esta~; metas são prioritárias no planeja­mento da Avaré - e seus objetivos incluemtambém a diversificação, com novas linhasde produtos na área.A produção e a Política Leiteira.

A política leiteira nacional está bastantevinculada ap tabelamento do preço do leite,já há cercm de 45 anos - que, na minha opi­nião, tem contribuído para estagnaçã~no de­senvolvimento do setor, devido às mterfe­rências diversas. A baixa tecnologia e produ­tividade per capita do rebanho nacional mos­tra que este sistema de tabelamento parercenão ser eficiente para motivar o produtor ainvestir na área - além do que as desigual­dades regionais e sazonais contribuem bas­tante como um fator preponderante na ques­tão da produtividade do rebanho vinculadoao preço do leite.

Existe também hoje outra questão para seranalisada - referente ao hábito do produtorem reclamar muito mais do que procurar so­luções para reduzir seus custos de produção,deixando às vezes seu próprio potencial delado para buscar o mais fácil, como obteralimentação (compra de ração) de seu reba­nho da mão de ferceiros, o que reduz a sualucratividade e também investindo muito eminstalações esquecendo do principal que é aalimentação do rebanho, alimentação estaproduzida em sua maioria na propriedade.

Isto, é lógico, é uma análise no momentoem que o preço do leite teve aumento real- mesmo considerando este ano inflacioná­rio, o preço de leite tem acompanhado a taxade inflação, o que não ocorreu nestes longosanos de tabelamento muitas vezes desestimu­lando todo nosso segmento.

Passamos hoje por uma situação muito difí­cil e confusa de ser analisada, pois é muitomais fácil apontar o culpado do que procurarsoluções. Sabedores que somos que a produ­ção de leite é uma atividade tradicionalmentesacrificada, deveria haver neste longo perío­do de tabelamento uma atitude mais coerentee equilibrada por parte do G.overno em anali- -

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Qu.inta-feira 8 1093

apontar omissões, sejam elas frutos do equí­voco simples ou da desinformação, ou do errode avaliação, ou da fuga deliberada de pro­blemática visando a não contrariar interessesarraigados. .

Tivemos a honra, SI. Presidente, de exer­cer a Secretaria de Energia, Minas e Comuni­cações do Governo Pedro Simon, nos últimos

. três anos, tendo nos afastado, agora, parao exercício de mandato parlamentar, nestemomento tão importante para a vida nacio­naL

O exercício da Secretaria de Estado ofere­ce uma visão razoável da problemática abran­gida pela pasta: energia, mineração e telefo­nia, a primeira e a última, intimamente liga­das à qualidade de vida do cidadão e à possibi­lidade de crescimento econômica da socie­dade.

Na área energética, os problemas nacionaiscomo de resto os de toda a América do Sulsão gravíssimos, as soluções caras e lentase, sobretudo, poucos, lamentavelmente mui­to poucos, têm uma consciência adequad~

da gravidade real do assunto.De uma política energética com equívocos

profundos principalmente até junho de 1987são fruto as dificuldades atuais! No final dadécada dos setenta, tarifas estipuladas em va­lores que não cobriam os próprios custos,um ensandecido subsidiar sem planejamento,e a cujas conseqüências deficitárias naturaisacoplou-se o incentivo desordenado do con­sumo, pelo pouco preço praticado, a transfor­mação do setor em agente de captação derecursos externos para auxiliar o País no fe­chamento de sua balança de pagamentos, naalquimia sinistra do empobrecimento de seto-

. res vitais, mal disfarçada pelo palavreado fá­di dos que manejavam a economia de então,trouxeram o resultado que aí·está: o setordeve cerca de 30 bilhões de dÓlares e necessita'investir 80 bilhões de dólares nos próximosdez anos, para conseguir manter as atuaisdeficiências, e impedir o deterioramento dosserviços que hoje presta!

Outra face deste perfil perverso pode sernotada na estrutura de capitais, onde a parti­cipação dos recursos próprios que em 1976representava 70% caiu para menos de 40%na atualidade. Em 1986, mais de 60% dasaplicações do setor referiram-se ao pagamen­to do serviço da dívida. Em 1988, tendo-seiniciado uma retomada de reestruturação ta­rifária, foram utilizados 40% dos recursos ge­rados no serviço da dívida e 60% no custeioe reposição de ativos! Constata-se, pois, facil­mente, que houve 0% para investir, quandoinvestir é absolutamente indispensável! Ener­gia elétrica, Sr's e Srs. Deputados, é comooxigênio: Só nos damos conta de sua impor­tância quando falta. Aqui, ao nosso lado, aNação Argentina já sabe que o problemaexiste e, dizem os que conhecem o assuntoracionamento no País de San Martin, serãonecessários cerca de dez anos para superaro problema, isto se recursos financeiros flui­rem no tempo devido!

Ê preciso agir, e já! Não se resolvem pr6­blemas de geração ou mesmo de transmissão

e distribuição de energia a curtíssimo prazo.Existe o tempo obrigatório para que decididoo que fazer, encontrado o recurso adequadoa obra se inicie, mature e passe a dar resul-

o tado. Lamentavelmente, não vimos o SI. Pre­sidente eleito ou alguém de sua equipe tãovariada analisar sequer superficialmente oproblema. Vimos afirmações genéricas deque o setor tem problemas e que estes serã?resolvidos. Gostaríamos que esta Casa esti­vesse atenta desde logo ao assunto e nos pro­pomos a participar do debate, da busca decaminhos no âmbito exclusivo deste Parla­mento para o que, podemos dizer, possuimosalguma condição, não por mérito individuais,mas pelo grupo de brasileiros, doutos no as­sunto que se oferecem para nos auxiliar ecom os quais estamos discutindo o problemadesde que o Governador Simon nos honroucom sua confiança e nos atribuiu a conduçãodo setor energético no Rio Grande do Sul.

Ê preciso agir agora, repita-se! Ê evidentea necessidade do estabelecimento de um con­junto de políticas que favoreçam o aportede recursos e reduzam a crescente premênciade sua necessidade. Precisa-se equacionar aquestão da dívida, pois seu serviço co~tinuará

a pressionar a caixa das empresas. E neces­sário, pois, na busca do equilíbrio, sejam es­tes serviços contemplados na formação dospreços. Aí é de se repetir que - lamenta­velmente para o setor em dificuldade - astarifas seguem e não precedem o serviço. Atarifa é fixada em função do custo do serviçojá prestado, e estimada a partir de projeçõesde custos históricos,. onde o futuro reproduzos custos do passado. Portanto, não incor-

.para os custos crescentes do KWh adiciona­do. A estimativa do custo do serviço devecontemplar componentes para cobrir as des­pesas operacionais, 'a depreciação, os encar­gos setoriais e uma remuneração sobre osativos, como forma de obtenção do capitalexigido para a futura expansão do sistema.

No Brasil, desde o final da década de 70,a base de cálculo no setor elétrico (ativos)foi aviltada por correções abaixo da inflaçãoe as taxas de remuneração fixadas em níveisinferiores aos mínimos legais. Estes fatoresreduziram drasticamente a geração internade recursos, levando as empresas ao cres­cente endividamento para garantir os investi­mentos. Tiverarnque buscar recursos, princi­palmente no exterior, pagando os juros de

. mercado.

Durante um tempo .longo, nos últimos 20anos, cometeu-se o equívoco tarifário men­cionado e às empresas lio setor tocou a tristetarefa de se verem em aificuldades e ao mes­mo tempo chamadas de ineficientes - mor­mente por aqueles que mais se beneficiavamcom o subpreço tarifáIio. Subpreço que trans­formou em aumento de lucro particular o em­pobrecimento do setor energético.

Aqui é preciso o mais absoluto cuidadono atual momento! Fala-se constantementeem privatização e na "ineficiência das esta­tais". Ê moda, eu diria, é a síndrome da priva­tização!

Vejo com apreensão o SI. Presidente eleito- cujo discurso é tautológico quanto a en­contrar marajás e privatizar empresas públi­cas como forma de combate à inflação ­não se referir com mais profundidade ao pro­blema das companhias de energia, cujo défi­.cit vem, não de pretensas ineficiências, mas,!Claramente, do subsídio desordenado e peri­goso da subtarifa!

A energia elétrica brasileira é, hoje, nomomento em que vos falo, uma das mais ba­ratas do mundo. E não vale aqui o velhoe surrado argumento de que somos um paísde renda per capita baixa e por isto a tarifatem que ser baixa! Em primeiro lugar porqueem países - e pode-se provar isto facilmente- de renda per capita inferior à nossa, astarifas são bem mais altas e, segundo, porqueé possível estudar a sério, sem demagogia,~a diferenciação tarifária para os milhões(le lares de baixa renda, partindo-se do princí­pio de que entre nós o consumo domiciliar- incluindo-se aí até os 5% mais ricos atingeapenas 20% do uso total de energia! Assim,pois, se os que ganham com o insumo energiasubsidiada pagarem o constitucionalmentedevido, mesmo que os pequenos venham apagar pouco, as empresas energéticas pode­riam começar a respirar.

A privatização de empresas públicas deenergia - a não ser que se queira de voltao estrangeiro e suas políticas de pouco investi­mento - é uma quase impossibilidade nestemomento, se o assunto for realmente tratadoa sério! O que pode ocorrer é ampliarem-seas possibilidades de participação de capitaisprivados no setor, seja como autoprodutoresde energia, seja como tomadores de capitalnas empresas de economia mista, seja porfinanciamento direto dos usuários interessa­dos. Viável é o esforço conjunto na buscaurgente de uma solução para a crise que se .instalará nos próximos dois anos.

Deve-se definir as relações entre o desen­volvimento que realmente se deseja e a ener­gia que o propiciará para que se tenham clarasas dimensões da demanda. A necessidade deenergia é fixada peJo quanto se quer crescer,o quanto se quer buscar de desenvolvimento.Ê fundamental que o setor elétrico disponhade preços de referência para a expansão daoferta. De outro lado, é fundamental quea referência de preços contemple a alocaçãojusta de custos entre consumidores, de acor­do com o ônus que eles impõem ao sistema.Tal procedimento permite a estruturação depreços, de forma que eles variem de acordocom os custos marginais das diferentes cate­gorias de consumidores, nas diferentes esta­ções do ano, pela magnitude do consumo eem áreas geográficas diferentes. Com isto épossível dispor-sede suficiente flexibilidadepara alcançar trocas inter ou intra-setoriais,que signifiquem intensificar o crescimento desetores econômicos ou desenvolver certasáreas geográficas com o necessário rigor ana-lítico. .

O afastamento entre preços e custos dereferência reilete, nó caso das economias emdesenvolvimento, ",amo a brasileira, vários

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requisitos que competem ao Estado admins­trar: economias com renda concentrada, exi­gindo por justiça e eqüidade o fornecimentode um nível mínimo dos serviços a pessoasque não possam pagar pelo custo total; restri­ções a preços reais nas tarifas de alta tensão,pela repercussão nos preços internos ou per­da de compe~itividadedos produtos de expor­

. tação, caso sejam políticas em implementa-ção; e para um país continental, garantir aisonomia entre consumidores, evitando queatividades em regiões mais desenvolvidas pa­guem menos que as suas equivalentes em re­giões carentes, atribuindo ônus idêntico aocidadão, esteja ele próximo ou afastado dasfontes de riquezas do País.

Por outro lado, para balizar-se as transfe­rências intra-setoriais, que visam à equali­zação tarifária, é necessária a obtenção deindicadores para avaliação e aprovação decustos, dada a característica do mercado aten­dido e os eq[uipamentos já em operação co­mercial, com vistas àO resguardo da eficiênciaoperacional por empresas do setor.

Postula-se que sejam regularmente publi­cados os custos incorridos com as despesasnas empresas estatais de eletricidade, no quese refere às despesas de custeio, bem comoseu serviço.da dívida para, a partir das tarifaspraticadas, poder-se contemplar os objetivossociais, econômicos e empresariais do setor,possibilitando medir-se as transferências in­tersetoriais e para outras regiões do País.

A partir deste referencial público de preçospraticados, postulamos definir o novo papelda estatal brasileira, como reguladora dosserviços públicos, buscando contemplar:

- a busca de recursos via tarifa, por usuá­rios nitidamente definidos;

- a eventual redução dos níveis de exigên­cia nos parâmetros de qualidade, confiabi­lidade e risco de déficit;

- o aporte no setor elétrico, por capitali­zação, de montantes de recursos de outrossetores de atividade por ele beneficiados;

- a defini,ção de montantes de investimen­tos necessários, a serem suportados pelo setorprivado;

- a efetivação de investimentos na conser­vação de energia, plj.ra alcançar-se os tão al­mejados níveis de produtividade de que oPaís tanto necessita para o seu desenvolvi­mento.

Poderíamos aqui ~rofundar o tema, queé bem mais vasto, mas, SI. Presidente, pre­tendemos que este seja o primeiro de algunstrabalhos sobre energia elétrica, que traría­mos ao debate nesta Casa. Isto porque, alémda crise que se instala no setor e pode afetarde forma profunda o desenvolvimento e mes­mo a estrutura da sociedade brasileira, háque prevenir qualquer tentativa de solução,que passe pela desarticulação de um setorpúblico que possui pessoal altamente capaci­tado. Desarticulação por privatizações quenão corresponderiam sequer à lógica, masque podem estar I!a mente desprevenida dealguns. O setor está em crise pelas causasa<t!li mencionadas' e não por "ineficiênciase mordomias". Pelo contrário, apesar das di-

ficuldades que enfr~nta, seus técnicos e fun­cionários, com raríssimas exceções, têm dadoprovas de competêricia e senso de responsa­bilidade. Se existirem defeitos quanto ao tra­balho das estatais, a solução clara é de gestãoe não de desmantelamento.

Equacionamento das dívidas, realidade ta­rifária, política de objetivos claros e defini­dos, fazem parte do caminho que pode levarà solução da crise.

Encontrar, através do debate sério e demo­crático, a forma adequada para a superaçãoda problemática energética, é uma de nossastarefas como poder coletivo e responsável,principalmente neste momento em que deve­mos retomar a plena democracia. Um traba­lho para os que querem, como nós, no míni·mo, ver o próximo um pouco menos infelize nossa sociedade um pouco menos injusta.

Durante o Discurso do Sr. Alcides Sal­danha, assumem sucessivamente a Presi­dência, Os Srs. Ruberval Pi/atto, 4' Se­cretário eLuiz Henrique, l' Secretário.

o SR. PRESIDENTE (Luiz Henrique) ­Concedo a palavra ao SI. Carlos Colta.

o SR. CARLOS COTTA (PSDB -MG.Pronuncia o seguirtte discurso.) - SI. Presi­dente, Srs. Deputados, no dia 27 de setembrode 1989 denunciamos da tribuna desta Casaa negociata da vendii do Banco Agrimisa S.A.da MGI (Minas Gerais Participações S.A.)do Governo de Minas Gerais à empresa Biri­beira Empreendimentos e Participações Lt­da, da Bahia. Naquela época, denunciamosque o Governo de Minas vendeu um bancodaquele Estado a preço de banana, e disse­mos mais, que aquela transação era altamen­te lesiva aos interesses do nosso Estado. Mir­mamas, à época, que a concorrência foi frau­dulenta, viciada e feita com cartas marcadas,num concluio entre o currupto Governadordo Estado e a empresa Biribeira.

Se não, vejamos. o texto edital de vendado Banco Agrimisa S.A., publicado no "Mi­nas Gerais" , órgão oficial do Governo de Mi­nas Gerais, no dia 1.-3-89, consignava queo valor mínimo (item 2 do edital) era de477.903,93 OTNs, de janeiro/89, equivalentea NCz$ 2.948.687.20.

A Biribeira, espertamente, ofereceu ecomprou o Banco Agrimisa por NCz$2.962.670,93 em 26-4-89. Portanto, a cartaera tão marcada, que a diferença entre o queofereceu a Biribeira (NCz$ 2.962.670,93) eo que pediria a MGI, a preço de 1'-3-89(NCz$ 2.948.687,20), foi de NCz$ 13.983,73.

Por outro lado, como todo crime sempredeixa rastro, nessa negociata entre o corruptoGovernador de Minas Gerais, Newton Car­doso, e a Biribeira, manteve-se a tradição:deixaram um rastro enorme: o preço do Ban­ca Agrimisa, pelo edital no dia 1'·3-89, erade NCz$ 2.948.687,20, em OTNs. Esquece­ram-se que o valbr, sendo em OTN, teriaque ser reajustado para ser vendido comofoi, em 26-4-89, cujo preço correto deveria

ser de NCz$ 3.461.584,72, não NCz$2.962.670,93) que foram oferecidos.

Só nessas contas a diferença contra a MGI,do Governo de Minas Gerais, foi de NCz$498.913,79, em 26-4-89. Aproximadamente,surrupiaram, somentt( nessas operações ma­temáticas, 116 do valor de compra do BancoAgrimisa. Tanto isso é verdade, que num ofí­cio da CVM - Comissão de Valores Mobiliá­rios, ela afirma que "houve alterações contra­tuais que, conseqüentemente, geraram alte­rações no referido edital de oferta pública,tendo o Banco Central do Brasil solicitado,novamente, nossa manifestação sobre a ques­tão, através de mensagem Sisbacen n'89129783 de 23-12-89".

Assim sendo, a oferta da Biribeira (Ncz$2.962.670,93) à MGI, para a compra do Ban­co Agrimisa, foi inferior ao pedido no editalde 1'-3-89 (NCz$ 3.461.584,72) a preço de26-4-89.

Desta forma, .a proposta da Biribeira àMGI ficou abaixo do mínimo exigido peloedital e, conseqüentemente, a Biribeira foidesclassificada, por não ter coberto o valormínimo do edital de venda do Banco Agri­misa.

A retificação posterior, determinada pelaCVM ao Banco Central, não supera a faltade oferta do valor mínimo que, no edital su­pra referido, já estava previsto expressamen­te em OTN.

Mesmo com todo artificialismo e malan­dragem do Governador Newton Cardoso, deum lado, e a empresa Biribeira, do outro,não conseguiram praticar um crime perfeito,sangrando, sem escrúpulos, os cofres públi­cos do Estado de Minas Gerais.

Acrescentamos mais, para ver que nesteconluio também estava o atual presidente doBanco Central, SI. Wadico Waldir Bucchi,que, lamentavelmente, foi o primeiro Presi­dente do Banco Central a ter o seu nomeaprovado pelo Senado Federal. Que o seumau exemplo, que a sua falta de compromissopara com a compostura pública não sejamuma constante nos futuros presidentes doBanco Central a serem aprovados pelo Sena­do Federal.

Para esclarecer o que afirmo, vou docu­mentar a safadeza do Presidente do BancoCentral, Sr. Wadico Waldir Bucchi, cujo no­me já soa como "vadio" Bucchi.

Em ofício de 9-11-89, ele, Wadico Bucchi,afirma-nos que, dado o contraditório entreo Governo do Estado de Minas Geraís e asdenúncias documentadas que apresentamos,ele sugere que procuremos um outro órgãodo Governo Federal para esclarecer o assun­to, que fugia da alçada do Banco Centraldo Brasil. Mentiu, irresponsavelmente, o Sr.Presidente do Banco Central, porque somen­te o Banco Central tem o direito e a obrigaçãoinalienáveis de gerir a alienação do controlede companhia aberta que dependa de autori­zação do Governo para funcionar e cujasações ordinárias sejam, por força de lei, no­minativas ou endossáveis, que ficam sujeitasà prévia autorização do órgão competentepara aprovar a alteração do seu estatuto.

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1095

É da inteira responsabilidade do Presiden­te do Banco Central a autorização para talalienação do controle acionário de um Bancode capital aberto. No entanto, no ofício, elementiu, afirmando que somente autorizou atransação financeira entre a MGI e a empresaBiribeira, e que, pará dirimirmos os demaisaspectos econômicos e financeiros da ques­tão, teríamos de nos dirigir a outro órgãoda Administração Pública federal.

Dirigimos, novamente, telex ao SI. Presi­dente do Banco Central, em 10-11-89, solici­tando que nos informasse qual é esse outroórgão da Administração Pública federal quecuida da alienaç!io do controle acionário deum Banco estatal de capital aberto. Até hoje,o SI. Wadico Waldir Bucchi não se dignou,sequer, a pedir desculpas pela sua malandrae mentirosa resposta. Sabemos que o únicoórgão responsável por tais transações é oBanco Central, que, lamentavelmente, na­quele momento, era representado pelo inex­pressivo Sr. Wadico Waldir Bucchi.

Voltamos à carga em cima do Sr. Presi­dente do Banco Central, Sr. Wadico Bucchi,solicitando de forma constrangedora novasinformações, que ele respondeu em 4-12-89.

A propósito, em complemento às informa­ções prestadas anteriormente através do ex­pediente Presi - 2885/89, de 9-11-89, cum­pre-me esclarecer que:

1 - Na sessão realizada em 24-10-89, a Di­retoria desse Banco Central autorizou a alie­nação de 15.018.114 ações ordinárias de emis­são do Banco Agrirnisa S.A., de propriedadeda MGI - Minas Gerais Participações S.A.,para a empresa Biribeira - Empreendimen­tos e Participações Ltda. Portanto, ele nãoautorizou somente a·operação finaceira ale­gada no ofício mentiroso de 9-11-89 - Doc.Presi-2885/89 e Telex de n' 12058 de 4-12-89- mas autorizou também a venda do controleacionário do Banco Agrimisa.

Por outro lado, teria de haver a autorizaçãoprévia do Banco Central para que uma insti­tuição de capital aberto tivesse o seu controleacionário transferido (art. 255 da Lei n°6.404176)

Ora, o pedido de autorização prévia paraa transferência das ações foi formulado peloConselho de Política Financeira do Estadode Minas Gerais, através do Ofício CPF NR082, de 11-5-89, quando o negócio já tinhasido realizado em 26-4-89.

Ora, a MGI vendeu o Banco Agrimisa àBiribeira em 26-4-89, e a autorização do Ban­co Central foi em 24-10-89. Onde uma autori­zação concedida em 24-10-89 e pedida em12-5-89 é prévia? Só na cabeça do "vadio"Bucchi, do leviano Governador Newton Car­doso e na da velhaca empresa Biribeira, umaoperação realizada há 6 meses atrás é prévia.Esse SI. Bucchi, que tem a coragem de res­ponder a uma solicitação de um DeputadoFederal dessa forma, deveria ser preso emflagrante delito para servir de exemplo aosfuturos presidentes do Banco Central.

Mentiu descaradamente o Presidente doBanco Central e confessou suas mentiras, seuconluio com o Governador Newton Cardoso

e a empresa Biribeira, através dos documen­tos que ele mesmo nos enviou. Provando maisuma vez que a transação da MGI e o GrupoBiribeira na compra do Banco Agrimisa nãofoi um crime perfeito. Deixaram um rabogrande demais de fora.

Acrescentamos mais, em ofício do Presi­dente da Comissão de Valores Mobiliários(CVM), SI. Martin Wimmer, de 15-12-89,ele afirma textualmente o seguinte:

"Entretanto, em face de alteraçõescontratuais que conseqüentemente gera­ram alterações no Edital de Oferta Públi­ca referido, o Banco Central do Brasilsolicitou novamente nossa manifestaçãosobre a questão, através da MensagemSisbacen n' 89129783 de 23-11-89."

Ora, Sr. Presidente e Srs. Deputados, em23-11-89 o Presidente do Banco Central, SI.Wadico Waldir Bucchi solicitou da CVM umanova manifestação sobre a venda do BancoAgrimisa que ele, Wadico Bucchi, já havia,em 24-10-89, autorizado a vendê-lo à Biri­beira. Não é possível lidar com tanta má-fé,com tanta safadeza, com tanta corrupção as­sim. (Doc. n' 07).

Essa atual diretoria do Banco Central temde ser realmente varrida do cenário nacionalpara que se moralize nossa moeda nacionale os costumes dos homens para com a coisapública. É sujeira demais para ficar na impu­nidade.

Por essa razão Sr. Presidente e Srs. Depu­tados, entramos com uma ação popular con­tra o Governador Newton Cardoso e seusprepostos Luiz Fernando Wellisch e Rubensde Azevedo Campello, pedindo a anulaçãoda transação, em Belo Horizonte, e iremosentrar com outra ação contra o Presidentedo Banco Central, SI. Wadico Waldir Bucchi,por sua irresponsabilidade funcional. O Ban­co Agrimisa não foi vendido. Ele foi assaltadopelos dois grupos, Newton Cardoso e empre­sa Biribeira, transação essa altamente lesivaaos interesses do Estado de Minas Gerais.

Continuando, em 27-9-89 fizemos a primei­ra denúncia da negociata de venda do BancoAgrimisa.

No dia seguinte o Secretário e o Secretário­Adjunto da Fazenda de Minas Gerais ocupa­ram a imprensa nacional com entrevista di­zendo que nunca houve, no mundo, um negó­cio mais transparente e mais cristalino do quea venda do Banco Agrimisa.

No dia 4-10-89 o Governo do Estado deMinas emite uma nota oficial oferecendo-merecursos financeiros da MGI para contratar­mos empresa de audotoria (Doc. no 8).

A coisa não era caso de auditoria, mas casode polícia.

No dia 5-10-89 o Deputado Carlos Pereira,líder do Governo na Assembléia Legislativade Minas Gerais, diz que pediria uma CPIpara apurar o caso Agrimisa. CPI que nãoconseguiu formar-se até hoje, 7-3-90.

Fizemos, em seguida, várias outras denún­cias ratificando todas as anteriores.

No dia 14-10-89 a Biribeira Empreendi­mentos emite uma nota de esclarecimento,

dizendo que ela também nunca, em toda suaexistência, tinha feito uma transação tão ho­nesta, tão límpida e tão cristalina.

Contestei as infundadas alegações da Biri­beira e continuei na minha luta, denunciandoa negociata entre o Governador Newton Car­doso e a Biribeira, até que em 26-10-89 novanota oficial do Governo de Minas Gerais pu­blica uma notícia sensacionalista dizendo queo Banco Central acabava de aprovar a trans­ferência do controle acionário do BancoAgrimisa para a empresa Biribeira. E o cu­rioso, Sr. Presidente, é que a nota não erado Banco Central e, sim, do Governo de Mi­nas Gerais (Doc. n" 9), que vem assinadapelo Secretário da Fazenda de Minas, Sr.Luiz Fernando Wellisch, pelo Procurador­Geral do Estado, SI. Gamaliel Herval, ambosempregados do Governador para cumprir or­dens, quaisquer que sejam, em, lamentavel­mente, essa nota vem assinada também peloSI. Lúcio de Souza Assumpção, Presidenteda Associação Comercial de Minas Gerais.

Não consigo entender, Sr. Presidente, co­mo o Presidente de uma Associação comoa de Minas Gerais, emprestou o seu nome,emoldurando essa negociata, esta bandalhei­ra, como abaixo mostrarei.

Isso foi feito no dia 26-10-89.No dia 31-10-89 o mesmo Secretário da

Fazenda de Minas Gerais, SI. Luiz FernandoWerllisch, o Secretário-Adjunto da Fazenda,Sr. Rubens de Azevedo Campelo, e a empre­sa Biribeira vão ao cartório do 7" Ofício deNotas de Belo Horizonte e ali retificam tudoque tinham feito, tão transparente e tão lím­pido, confessando todas as bandalheiras quenós havíamos denunciado da tribuna da Câ­mara dos Deputados. Retificaram o valor dopreço da compra do Banco Agrimisa (deNCz$ 2.962.670,93 para NCz$ 3.461.584,72),que ficou acima do valor da oferta mínimaexigida pelo edital de 1°-3-89; retificaram ovalor do mútuo (de NCz$ 18.004.924,23 paraNCz$ 19.150.050,34) para um valor maior,enfim, foram ao cartório e confessaram oscrimes que denunciamos. Será que se leIl}bra­ram de explicar isso ao DI. Lúcio de SouzaAssumpção, Presidente da Associação Co­merciaI de Minas Gerais? Ou será que elefoi enganado na sua boa-fé mais uma vez?Com a palavra o ilustre Presidente da Asso­ciação Comercial de Minas Gerais. (Doc. n'10.)

Diante disso, SI. Presidente, contratamoscomo nosso patrono um jurista consagradoe um advogado renomado, Dr. Mário Geni­vai Tourinho, e entramos com uma ação po­pular contra o Goyernador Newton Cardosopara anularmos essa transação fraudulentada pseudovenda do Banco Agrimisa (Doc.ne 11).

Agora, com a palavra o Poder Judiciário.Nós fizemos a nossa parte, que a Justiça façaa dela.

Essa negociata foi tão escandalosa, que em15-12-89 o Presidente da Comissão de Valo­res Mobiliários nos informou que o Presi­dente do Banco Central, SI. Wadico Bucchi,

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pediu nova manifestação sua sobre a vendado Banco Agrimisa em 23-11-89 (Doc. n. 12).

Sr. Presid,mte, o Presidente do Banco Cen­traI é leviano, eis que, com informações fal­sas, tenta ludibriar a boa-fé de um membrodesta Casa. Por isso, terá que se explicar tam­bém na justiça, no processo que lhe iremosmover.

Concluindo, SI. Presidente, ficamos imagi­nando quantas pessoas estão estão presas nosporões das cadeias públicas e das peniten­ciárias por este Brasil afora, porque furtaramou roubaram coisas menores, sem grande va­lor econômico-financeiro, e, no entanto. polí­ticos, homens públicos, como Newton Cardo­so, e o Grupo Biribeira usam de seus cargos,de suas funções para praticarem atos de cor­rupção, como esse da falsa compra e vendado Banco Agrimisa e continuam soltos, comose isso fosse o mundo normal e correto navida rotineira dos homens públicos.

Queremos acreditar que estamos diante deum Brasil novo em que os corruptos, sejado Executivo, do Judiciário ou do Legisla­tivo, têm de ser denunciados, punidos e leva­dos à execração pública. O povo precisa ficaratento aos desmandos dos seus governantese saber quais os brasileiros desavergonhadosque se beneficiam dessas falcatruas, lidandocom a coisa pública como se fosse uma coisaparticular deles.

Sr. Presidente, tenho em mãos ação públi­ca, da lavra do ilustre advogado Genival Tou­rinho, contra o corrupto Governador de Mi­nas Gerais, SI. Newton Cardoso, e a'EmpresaBiribeira, que, levianamente, tentaram rou­bar o Estado de Minas Gerais.

DOCUMENTO A QUE SE REFEREO ORADOR:Licitação de Alimentação

de Ações de Emissão do

BANCO f.-GRTMTSA, S/A.

CGC/MF n. 24.988.770/0001-13Belo Horizonte - MG

Edital de Habilitação de interessadosà aquisição das ações

e apresentação de propostas:(Edital n· 01)

MGI-Minas Gerais Participações, S/A.,Sociedade Anônima controlada pelo Estadode Minas Gerais, com sede em Belo Hori­zonte, Minas Gerais, à Praça da Liberdade,s/n·, Edifício da Secretaria do Estado da Fa­zenda, 2· andar, considerando decisão da Co­missão de Execução da Política de Privati­zação do Estado, referida pelo Decreto Esta­dual n. 28.036, de 28/04/1986, de alinear asações de controle acionário do Banco Agri­misa, S/A., de sua titularidade, e tendo emvista o encelTamento das licitações anterio­res, torna público a abertura do Processo deLicitação das Mencionadas Ações, conformecritérios e condições seguintes:1-Serão vendidas, em lote global e indi­

visível, 15.018.114 (quinze milhões, dezoitomil e cento e quatorze) ações ordinárias cons­titutivas do Capital Social do Banco Agri­misa, S/A., as quais representam 98,176%

(noventa e oito virgula cento e setenta e seis)por cento de capital votAnte do Banco e49,087% (quarenta e nove virgula zero oiten­ta e sete) por cento do capital total da insti­tuição.

2 - O Preços Mínimo de Venda é deNCZ$ 2.94S.667,20 (dois milhões, novecen­tos e quarenta e oito mil e seiscentos e sessen­ta e sete cruzados novos e vinte centavos),equivalente a 477.903,93 OTN de janeiro de1989.

a) Além do preço mínimo acima fixado,obrigar-se-á do Proponente Vencedor e con­verter em capital do Banco Agrimisa, S/A.,o valor total dos créditos da MGI-Minas Ge­rais Participações, S/A., junto ao Banco, con­forme estabelecido no item is deste Editaln· 01.

3 - aquisição das ações do Banco Agri­misa,.S/A. Implicará na transferência do con­trole das seguintes empresas por ele contro­ladas direta ou indiretamente.

• Agrimisa Financeira, S/A - Crédito eInvestimento

• Agrimisa Distribuidora de Títulos e Va­lores Mobiliários, LTDA..-Agrimisa Promotora de Vendas, S/A.4 - A aquisição das ações do Banco Agri­

misa, S/A. Implicará, também, na aquisiçãoda participação dessa instituição nas seguintecoligadas:.-Agrimisa Corretora de Seguros, S/A.• Agrimisa Sociedade de Assistência, LT­

DA.5 - Poderão concorrer à aquisição das

ações ofertadas pessoa natural, jurídica ou,ainda, associação de pessoas naturais e/oujurídicas, vinculadas por acordo de voto oudos controle comum.

6 - As instruções para a habitação de can­didatos, inclusive com as exigências a serempor estes atendidas, além das demais infor­mações necessárias, que são parte integrantedeste Edital, estarão à disposição dos interes­sados a partir de 3/3/89, nos horários de 8:30às 12:00 e de 14:00 às 18:30 horas, no Escri­t6riodo Conselho de Política Financeira, sitoà Rua Albita, 131, 7· andar, Bairo Cruzeiro,CEP 30310, Belo Horizonte, Minas Gerais,onde poderão ser adquiridas ao preço deNCZ$ 50,00.

7 - Entrega da documentação e da pro­posta de aquisição: A Documentação exigidapara a habilitação dos candidatos deverá serentregue em Belo Horizonte, no endereçoe horários citados no item 6, anterior, atéo dia 8 de abril de 1989, acompanhada darespectiva proposta de aquisição, inserida es­ta em envelope específico, identificado noanverso com o nome do candidato e os dizeres"Banco Agrimisa - Proposta de Aquisição",devidamente lacrado e rubricado pelo propo­nente ou seu representante e por duas teste­munhas do ato da entrega.

8 - A habilitação dos candidatos será efe­tuada pela Comissão de Execução da Políticade Privatização do Estado, com base nas in­formações e documentos que lhes forem exi­gidos. A Comissão avaliará a capacidade eidoneidade econômico-financeira de cada

candidato, bem como a inexistência de restri­ções cadastrais, podendo decidir, a seu juízo,sem recurso cabível ao interessado, pela nãohabilitação de qualquer dos candidatos, hipó­tese em que devolver-lhe-á, a lacrada, suaProposta de Aquisição.

9 - Caberá à Comissão de Execução daPolítica de Privatização do Estado fixar cópiapara a abertura das Propostas de Aquisiçãodos proponentes habilitados, que serão con­vidados a assitir ao evento, sendo da exclusivacompetência dessa Comissão o Julgamentode tais propostas.

10 - As Propostas de Aquisição dos candi­datos deverão ser apresentadas conforme cri­térios e condições seguintes:

a) Preço: não interior ao preço mínimo fi­xado em cruzados novos no Item 2 deste Edi­taI.

b) Forma de Pagamento: O pagamentopoderá ser efetuado à vista ou em um prazomáximo de 2 (dois) anos, mediante um SinalMínimo de 20% (vinte) por cento do ValorTotal da Proposta (Principal mais Juros) eo saldo restante em até 2 (duas) parcelasanuais iguais, expressas em cruzados novose corrigidas monetariamente, mês a mês, peloIPC apurado no período de cada pagamentoanual ou, na ausência do índice de Preçosao Consumidor, por outro índice que viera ser adotado pelo Governo Federal paramensurar a inflação mensal, acrescidas de ju­ros mínimos de 8% (oito) por cento ao ano.

e) Garantias:I - No ato da entrega da Proposta de

Aquisição, o proponente deverá entregar àMGI-Minas Gerais Parcipações, S/A., comogarantia de celebração do Contrato. "TenderBond", Carta de Fiança Bancária equivalentea 10% (dez) por cento do Preço Mínimo Fixa­do no Item 2, retro, ou Caução de TítulosPúblicos Federais ou do Tesouro do Estadode Minas Gerais, de mesmo valor. O prazomínimo de tais garantias será de 30 (trinta)dias.

11 - Deverá, ainda, o Proponente Vence­dor, apresentar até 24 (vinte e quatro) horasantes da data prevista para assinatura do Con­trato (Item 13, à frente), Carta de FiançaBancária ou Caução de Títulos Públicos Fe­derais ou do Tesouro do Estado de MinasGerais em favor da MGI-Minas Gerais Parti­cipações, S/A., correspondentes ao montantetotal das obrigações a serem por ele assumi­das, inclusive pelo prazo global de sua pro­posta. No caso de prestação de garantias imo­biliárias, a cobertura deverá ser 25% superiorao valor garantido. Nessa hip6tese, o Propo­nente Vencedor encaminhará, em anexo,dois laudos da avaliação sobre cada imóvel,fornecidos por empresas ou profissionais es­pecializados de comprovada idoneidade,acompanhados de certidão negat,iva recentede ônus reais sobre tais imóveis. A Comissãoé facultado rejeitar, no todo ou em parte,as garantias ofertadas, ao Proponente Vence­dor providenciar sua substituição ou reforço.

11-Será considerada Vencedora a Pro­posta que apresentar o maior valor presentelíquido - VPL -, calculado com base nos

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1097

valores expressos nas Propostas de Aquisiçãodos candidatos (item 10, retro), e de acordocom a seguinte f6rmula:

VI'L __ UIS.m.20+ (VE+.(t (~n'1.. n·1 . 100/j.

'.' ... :\:;~'~:.-~

Onde: VPL - Valor presente líquidoVE - Valor da entradadaPMT - Valor de cada pagamento anual,

nele incluído o juro propostoI - Taxa de desconto de 8% a.a.n - numero de anos (2).12. Caso haja empate no VPL entre duas

ou mais Propostas, será considerada Vence­dora aquela que apresentar Menor prazo depagamento.

Serão desclassificadas as propostas de aqui­sição I~UjO valor presente liquido - VPL ­for menor que zero, além daquelas que nãoobservarem qualquer das condições estabe­lecidas para o presente Processo de licitação.

13. O efertante da proposta vencedora,ap6s o julgamento procedido para Comissãoespecificado nos itens 8 e 9, será convidadoa celebrar em 5 (cinco) dias úteis, o compo­nente contrato de compra e venda.

Concomitantemente com a assinatura doContrato, deverá ser efetivado pelo propo­nente vencedor o pagamento referente ao Si­nal mencionado no item 10 deste Edital.. 14. O registro da transferência das açõesano livro próprio do Banco Agrimisa S/A,somente será afetuado após o implementode todas as condições de eficácia aql;li pre­vistas.

15. Fica esclarecido mais que, como o Ban­co Agrimisa SfA, além de ser uma Instituiçãoautorizada a funcionar pelo Banco Centraldo Brasil, é uma sociedade aberta, o propo-'nente vencedor fará realizar, nos termos doart. 254, da Lei n' 6.404 e Resolução CMN401, de 22 de dezembro de 1976, oferta públi­ca aos acionistas minoritários, nos prazos econdições exigidas pelos dipositivos supra ci­tados.

16. O valor dos custos mencionados noitem 2, alínea "a", na data deste Edital n'1, no montante de NCz$ 16.800.000,00 (de­zesseis milhões e oitocentos mil cruzados no­vos), deverá ser aplicado pelo proponentevencedor, imediatamente ap6s sua assunçãodo controle acionário do Banco Agrimisa S/A, em aumento de capital do Banco, devida­mente atualizado esse valor na data do refe­rido aumento de capital. Para tanto, caberáao proponente vencedor assumir em instru­mento pr6prio, na data de assinatura do Con­trato indicado no item 13, retro, ferante aMG-Minas Gerais Participações, SfA, e emsubstituição ao Banco Agrimisa S/A, a posi­ção de devedor do valor total desses créditos,devidamente atualizados comprometer-se-áo proponente vencedor, ainda, no mesmo ins­trumento, a ressarcir a totalidade dessa dívidaassumida no prazo de 8 (oito) anos, parcelassemestrais iguais e sucessivas, expressas emcruzados novos, corrigidas monetariamente,_

mês a mês, pelo IPC apurado no períodode cada pagamento semêstral, ou, na ausên­cia do índice de Preços ao Consumidor, poroutro índice que vier a ser adotado pelo Go­verno Federal para mensurar a inflação men­sal, acrescidas de lucros de 7 (sete) por centoao ano, vencedo-a a l' (primeira) parcela 2(dois) anos ap6s a data de assinatura do Con­trato de compra e venda citado no item 13deste Edital n' 1, para garantir o pagamentoda dívida aqui mencionada a da qual serádevedor, o proponente vencedor concederáem favor da MGI-Minas Gerais Participa­ções, SfA, no mêsmo prazo fixado para pres­tação das garantias individuais no item 10,alínea c, inciso 11, retro, Carta de Fiança Ban­cária, Caução de Títulos Públicos Federaisou do Tesouro do Estado de Minas Gerais,capazes, no seu conjunto, de cobrir, no míni­mo, o total da divída assumida pelo propo­nente vencedor, nos termos do presente item16, inclusive pelo prazo global dessa dívida.No caso de prestação de garantias imobiliá­rias, aplica-se o disposto no item 10, alíneac, inciso 11, deste Edital. É reservado à Co­missão, na avaliação das garantias aqui men­cionadas, a mêsma faculdade estabelecida nocitado item 10, alinea c, inciso 11.

Fica também, reservada a Comissão deExecução da Política de Privatização do Esta­do a faculdade de não oferecendo o propo­nente vencedor as condições necessárias paraefetivação da operação objeto deste Editaln° 1, inclusive quanto aquelas condições men­cionadas no item 16, retro, convocar o propo­nente da segunda melhor proposta e prosse­guir com este nos procedimentos necessáriosa alienação do controle acionário do Banco,e assim sucessivamente, enquanto existiremofertantes cujas proposta satisfaçam as condi­ções deste Edital.

Belo Horizonte I' de março de 1989.MGI-Minas Gerais Participações, SfAComissão de Execução da Política de Pri-

vatização do EstadoPresi - 2885f89

Brasília (DF), 9 de novembro de 1989Do: PresidenteAo Exm' Sr. Deputado Carlos CottaDD. Terceiro Secretário da Câmara dos De­putados

Refiro-me a seus Ofícios n" TS-245 e251f89, de 12 e 17-10-89, dirigidos ao Exm"Sr. Ministro da Fazenda e aos de n" TS-240,242, 243, 246, 249 e 250, os três primeirosde 12-10-89 e os três últimos de 17-10-89,endereçados a este Banco, relacionados coma licitação pública promovida pela Minas Ge­rais Participações S.A, (MGI) da qual resul­tou a transferência do controle acionário doBanco Agrimisa S.A., à Biribeira Empreen­dimentos e Participações Ltda.

2. A prop6sito, agradecendo a V. Ex' oenvio daqueles ofícios, ca,be-me informar queeste Banco, tomando todos os cuidados acau­telatórios requeridos ao exame do caso, soli­citou esclarecimentos adicionais ao Governodo Estado de Minas Gerais, o qual, munidode vasta documentação, contestou item poritem todos os aspectos apontados cbmo irre- .

guiares, tendo seus representantes, por oca­sião da entrega dos documentos contestat6­rios das denúncias, feito longa explanaçãosobre a matéria.

3. Analisado com desvelo o contraditórioassunto, concluiu-se que a procedência ounão das denúncias apresentadas exigiria exa­me mais acurado da documentação encami­nhada por ambas as partes, devendo a ques­tão, no entendimento desta Autarquia, serjulgada em foro adequado, não sendo dacompetência do Banco Central julgar o seumérito.

4. Finalmente, esclareço que, no exameda transferência do controle acionário emcausa, a autorização do Banco Central pren­deu-se somente a operação financeira, nãocontemplando demais aspectos inerentes aonegócio, de competência de outros órgãosda Administração Pública Federal, situaçãodevidamente esclarecida ao comprador.

Atenciosamente, Wedico Waldir Bucchi.Destinatário: Dr. Wadico Waldir Bucchi

Data: 10-11-89EmpresafÓrgão: D. D. Presidente do BancoCentralCidade/Estado: Brasília - Distrito Federal

Com relação ao Ofício n' 2885/89, de9-11-89, que nos fora dirigido por essa Presi­dência, solicitamos de V. Ex' nos informar,com a máxima urgência possível, quais sãoos orgãos da Administração Pública Federalque podem se encarregar de nos esclarecera transparência do neg6cio realizado entreo Governador do Estado de Minas Geraise a Empresa Biribeira Empreendimentos eParticipações Ltda. Relativo à venda do Ban­co Agrimisa S.A..

Encareceremos ao ilustre Presidente a ur­gência do nosso pedido, que se prende à ne­cessidade premente de tomarmos medidasenérgicas e inadiáveis no resguardo e preser­vação de um patrimônio público do nossoEstado.

Atenciosamente; Deputado Carlos Cotta.Treceiro Secretário da Câmara dos Depu­

tados.

Do: Banco Central do Brasil - PresidênciaBrasília (DF)Ao: Exmo Sr. Deputado Carlos CottaDD. Terceiro Secretário da Câmara dos De­putadosCâmara dos DeputadosBrasília (DF)

Refiro-me ofício TS NR. 268/89, DD28-11-89, em que V. Ex' solicita informaçõesacerca da transferência do controle acionáriodo Banco Agrimisa S.A. para a empresa Biri­beira Empreendimentos e Participações Lt­da.

A propósito, em complemento as informa­ções prestadas anteriormente atráves expe­diente PREST-28f89, de 9-11-89, cumpre-meesclarecer que:

1. Na sessão realizada em 24-10-89, a dire­toria deste Banco Central autorizou a aliena­ção de 15.018.114 acols ordinárias DL emis­são do Banco Agrimisa S.A. de propriedadeda MGI - Minas Gerais Participações S.A.

1098 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

para a Empresa Birideira Empreendimentose Participações Ltda.

O pedido de autorização prévia para atransferência das ações foi formulado peloconselho de política financeira do Estado deMinas Gerais, através do ofício CPF NR. 082,de 11-5-89.

2. A autorização concedida por esta autar­quia está condicionada à realização de ofertapública, por parte da Biribeira Empreendi­mentos e participações Ltda., para aquisiçãodas ações com direito à voto de propriedadedos demais acionistas do Banco Agrimisa S.A.

Através do expediente DEBHO/RECOF/SECAD-8910428, de 20-6-89, este BancoCentral submeteu à prévia apreciação da co­missão de valores mobiliários a documenta­ção referente à oferta pública de que se trata.

Por meio do ofício CVMlSEC/NR. 094/89,DE 02-8-89, a comissão de valores mobiliá­rios informou a este órgão que nada tinhaa opor quanto à operção pretendida.

3. Colocando-me à disposição de V. Ex'para outros esclarecimentos julgados neces­sários, subscrevo-me,

Atenciosamente

Wadico Waldir BucchiPresidente

O Globo - Quarta, Rio de Janeiro, 4-10-89.Governo do Estado de Minas GeraisM.G.I. - Minas Gerais ParticipaçõeglS.A.Comissão de Privatização do

BANCO AGRIMISA S.A.

Comunicado

A Comissão de Privatização do BancoAgrimisa, tendo em vista as declarações doDeputado Federal Carlos Cotta, a respeitodo processo de privatização do banco, comu­nica que está enviando, por via cartorial, aseguinte correspondência.

Exm" Sr.Deputado Carlos Alberto Cotta3' Secretaria da Câmara FederalBrasília-DF

Senhor Deputado,Em pronunciamento feito na Câmara Fe­

deral, V. Ex' fez graves acusações e ofensivasdeclarações, procurando levar à opinião pú­blica a acreditar que o processo de privati­zação do banco Agrimisa, conduzido por estaComissão, conteve vícios e que deputadosestaduais teriam tido seus débitos para comaquele Banco perdoados ou quitados peloGoverno do Estado.

Nada tendo a temer ou a esconder e coma tranqüilidade de quem sabe que tudo fezno rigor da lei e na transparência dos atospúblicos, em nome da Comissão de Privati­zação, que está interessada e confiante nototal esclarecimento dos fatos, coloco à dispo­sição de V. Ex' os recursos financeiros daMGI - Minas Gerais Participações, empresavendedora das ações do Agrimisa, para a con­·tratação de empresa de auditoria indepen­dente, de reconhecida capacidade técnica e

inquestionável credibilidade, para que façacompleta auditoria no processo de licitaçãoe alienação das ações do Banco Agrimisa,respondendo tecnicamente aos seguintesquesitos, destacados com ênfase, no pronun­ciamento de V. Ex'.

l-A venda do Banco Agrimisa teria sidofeita de forma irregular?

2 - O banco teria sido vendido por preçoaviltado?

3 - A qualificação dos candidatos se pro­cessou de acordo com os critérios estabele­cidos no edital de licitação?

4 - A proposta de compra aceita pela Co­missão teria sido inferior à de outro concor­rente devidamente habilitado?

5 - Teria sido feita, até a presente data,alguma liquidação de débitos de políticos oude qualquer outro devedor do Agrimisa comrecursos da MGI Participações, valendo-seda cláusula 4' do contrato de compra e vendado Banco?

Caso V. Ex' se manifeste formalmente demaneira favorável à nossa proposição até odia 13-10-89, adotaremos as seguintes provi­dências para cumprimento da legislação esta­dual específica:

a) - será fornecida a V. Ex' lista de seisempresas de auditoria, dentre as quais deve­rão ser selecionadas três;

b) -de cada empresa escolhida solicita­remos proposta de preço para realizar a tarefaem prazo não superior a 30 (trinta) dias;

c) - será contratada pela MGI aquela quemenor preço oferecer.

O laudo resultante do trabalho de auditoriaserá, ta.mbém por conta da MGI, publicadona imprensa, para que toda a sociedade saiba,com segurança, com quem está a verdade.

No aguardo de sua manifestação favorável.

LUIZ FERNANDO GUSMÃO WE­LLISCH

Secretário de Estado da Fazendade Minas Gerais

Presidente da Comissão de PrivatizaçãoDo Banco Agrimisa s.A.

Estado de Minas Belo Horizonte, 27-10-89Governo do Estado de Minas GeraisMGI - Minas Gerais Participações S.A.

Comunicado

A MGI - Minas Gerais Participações co­munica que as autoridades do Banco Centraldo Brasil aprovaram, no último dia 24, o pro­cesso de transferência do controle acionáriodo banco, à Biribeira Empreendimentos eParticipações Ltda., vencedora da licitaçãopública realizada para esse fim.

A MGI repele infundadas denúncias - fei­tas através da imprensa e comunica que seuautor, protegido por imunidade parlamentar,não se manifestou sobre a oferta que a Comis­são de Privatização lhe fez, para que indicasseempresa independente de auditoria, que de­veria realizar ampla investigação do processoIicitatório.

Segura de seus atos - que praticou sem.a interferência de quem quer que seja - a

MGI mantém seu interesse de que tudo sejaapurado, para que não reste qualquer dúvidaquanto à lisura e transparência do processo.Nesse sentido, aguarda a instalação da Co­missão Parlamentar de Inquérito, que o Go­verno do Estado, por sua liderança na Assem­bléia, já requereu, para o envio de toda adocumentação e a prestação de qualquer es­clarecimento que for solicitado.

Belo Horizonte, 26 de outubro de 1989.

LUIZ FERNANDO GUSMÃOWELLlSCH

Presidente da MGI - Minas GeraisParticipações S.A.

Estado de Minas Belo Horizonte, 27-10-89.Governo do Estado de Minas GeraisMGI - Minas Gerais Participações S.A.Comissão de Execução da Política de Priva­tização

Comunicado

A Comissão de Execução da Política dePrivatização comunica que as autoridades doBanco Central do Brasil aprovaram, no últi­mo dia 24, o processo de transferência docontrole acionário do Banco Agrimisa S.A.,à Biribeira Empreendimentos e ParticipaçõesLtda, vencedora da licitação pública reali­zada para esse fim.

Concluído o processo, após essa aprovaçãotoda a sua documentação será encaminhadaao exame do Tribunal de Contas do Estadode Minas Gerais, cumprindo-se a legislaçãoprópria.

Belo Horizonte, 26 de outubro de 1989.

Comissão de Execução da Política de Pri­vatização

Presidente: Luiz Fernando Gusmão We-IIisch

Secretário de Estado da FazendaMembro: Gamaliel HervalProcurador-Geral do EstadoMembro: Lúcio de Souza AssumpçãoPresidente da Associação Comercial de

Minas Gerais.

BIRIBEIRA EMPRbENDIMENTOSE PARTICIPAÇÕES LIDA.

Nota de esclarecimento

Com relação às declarações de DeputadoFederal que vêm sendo publicadas na impren­sa sobre a alienação do controle acionáriodo Banco Agrimisa S/A pela M.G.I. - doGoverno de Minas Gerais, esclarecemos osfatos que seguem:

1. A alienação das ações foi feita por ofertapública, cujas condições constavam de Editalpublicado pela imprensa nacional.

2. Inúmeras empresas compraram os edi­tais e 4 (quatro) apresentaram os documentospara pré-qualificação, dentre os quais a Biri­beira Empreedimentos e Participações Ltda.

Fomos qualificados conjuntamente com oempresário e banqueiro de Minas Gerais, Dr.Sérgio Araújo, e viemos a ser vencedores

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Quinta-feira 8 1099

da concorrência por termos apresentado omaior preço.

A aquisição das ações, que representamo controle acionário e, aproximadamente,49% do capital total do Banco, mais a assun­ção de contrato de mútuo do Banco, envol­vem valores que, corrigidos para 30 de setem­bro de 1989, são da ordem de NCz$75.000.000,00.

3. As outras duas empresas foram desquali­ficadas da concorrência.

4. Integraram o Edital as minutas de con­tratos que seriam assinadas com a M.G.I.pela empresa ganhadora.

Estes foram os contratos que firmamos co­mo aconteceria, entendemos nós, com qual­quer que fosse o vencedor da concorrência.

5. Uma das cláusulas contratuais prevê ga­rantias que a vendedora M.G.I. dá ao com­prador com respeito aos passivos não expres­sos nos balanços, bem como à boa liquidaçãodos créditos concedidos anteriormente àcompra e que constavam dos balanços comooperações ativas, como é de praxe em transa­ções desta natureza.

6. Os contratos de compra foram firmadosem 26 de abril de 1989, por escritura pública,em ato público.

7. No início da nossa gestão, encaminha­mos à M.G.I. correspondências individuali­zando os créditos vencidos e não pagos e quedeveriam ser a ela cedidos, para que os co­brasse, já que estavam esgotados os esforçosde cobrança nos limites do nosso contratoe a M.G.I. era garantidora dos mesmos. AM.G.I. por força do contrato, deveria rece­ber os créditos em cessão, pagando seu saldodevedor e assumindo perante os devedoresa condição de credora, no lugar do Banco.

8. Dentre as dezenas de casos, objeto deanálise e auditoria da M.G.I., alguns deve­dores pagaram diretamente ao Banco antes'que a cessão fosse feita para a M.G.I.

Neste caso, encontram-se as pessoas que,equivocadamente, o Parlamentar Mineirodeclara tiveram suas dívidas pagas pela M. G.I., o que não é verdade.

Biribeira Empreendimentos eParticipações Ltda.

14-10-1989

Pereira quer CPI paraapurar caso Agrimisa

O líder do Governo na Assembléia, Depu­I tado Carlos Pereira, enviou ontem à tardeum requerimento ao Presidente da Casa, De­putado Kemil Kumaira, do PMDB, pedindoque este designe constituir uma ComissãoParlamentar de Inquérito, no prazo de 90

. dias, para apurar as denúncias de irregula­ridades na licitação e alienação das ações doBanco Agrimisa e acusações de que a MGIParticipações teria assumido a dívida de cincodeputados junto ao Banco Agrimisa.

Justificando seu pedido, o parlamentarafirmou que está certo que os atos praticadosserão apurados e devidamente esclarecidospela Comissão. "Nada tenho a temer ou aesconder e, com a tranqüilidade de que tudo

fiz na transparência dos atos públicos', formu­lamos uma série de perguntas, que deverãoser apuradas", revelou Carlos Pereira.

Ele afirmou, ainda, que todos os parlamen­tares, acusados pelo Deputado Federal Car­los Cotta, estão tomando esta atitude, poistêm a consciência tranqüila em relação às dí­vidas que saldaram junto ao Banco. Esta Co­missão será designada pelo Presidente da As­sembléia, Deputado Kemil Kumaira, e cons­tituída de sete membros que serão escolhidospela bancada.

Além dessa iniciativa, os deputados acusa­dos entraram com uma interpelação judicialao Supremo Tribunal Federal, abrindo mãode suas próprias imunidades e pedindo queCarlos Cotta abra mão da sua também, paraque a Justiça fique encarregada de provarquem está com a razão neste caso. "Esperoque depois de tudo provado e confirmadode que nada do que fomos acusados ocorreu,o Deputado Federal, Carlos Cotta mostre àopinião pública que foi injusto com o parla­mento mineiro e, ao mesmo tempo, irrespon­sável em fazer críticas e acusações totalmenteinfundadas", declarou.

OFíCIü/CVM/PTEIN' 389Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 1989

Exm'. SI.DI. Carlos CottaDD. Terceiro SecretárioCâmara dos DeputadosBrasília, DF

Assunto: Alienação de controle - Ban­co Agrimisa S.A.

Prezado Senhor,

Referindo-nos ao Ofício TS n'267/89, data­do de 27-11-89, informamos que:

1. A alienação de controle do Banco Agri­misa S.A. não está enquadrada no art. 254da Lei n' 6.404176, mas sim no art. 255 docitado instrumento, que estabelece em seucaput:

"A alienação do controle de companhiaaberta que dependa de autorização do Go­verno para funcionar e cujas ações ordináriassejam, por força de lei, nominativas ou en­dossáveis, está sujeita à prévia autorizaçãodo órgão competente para aprovar a altera­ção do seu estatuto."

Dessa forma, a indagação deve ser dirigidaao Banco Central do Brasil, dado tratar-sede alienação de controle de instituição finan­ceira.

Por oportuno, informamos que a questãoda autorização prévia das alienações descon­trole está devidamente regulamentada pelaResolução n' 401176 do Conselho MonetárioNacional.

2. Assim, também a informação sobre adata de c:;ntrada da documentação e o númerodo protocolo devem ser verificados junto aoBanco Central do Brasil.

Cabe esclarecer que o referido Banco Cen­tral encaminhou a documentação relativa àOferta Pública de Compra de Ações Ordiná-

rias do Banco Agrimisa S.A. para pronuncia­mento desta Comissão em 20-6-89, atravésdo Ofício DEBHO/RECOF/SECAD/ _.89/0428, protocolado no dia 22-6-89.

Efetuada a análise devida, a operação foiaprovada no dia 2-8-89, através do Ofício/CVM!GEO/ N" 094/89, endereçado ao BancoCentral do Brasil - Divisão DEBHO/RE­COF.

Entretanto, em face de alterações contra­tuais que conseqüentemente geraram altera­ções no Edital de Oferta Pública referido,o Banco Central do Brasil solicitou novamen­te nossa manifestação sobre a questão, atra­vés da Mensagem SISBACEN n' 89129783de 23-11-1989.

Assim, embora nos termos do item VIIda Resolução n' 401/76 do Conselho Mone­tário Nacional, esta Comissão de ValoresMobiliários disponha de até 45 (quarenta ecinco) dias para se manifestar sobre o instru­mento de Oferta Pública de aquisição deações de acionistas minoritários, enviamosem 29-11-89 o Ofício/CVM!GEOI N' 165/89para o Banco Central do Brasil, comunicandonosso entendimento, atendendo, assim, à so­licitação do Banco Central do Brasil.

Finalmente, informamos que o Edital deOferta foi publicado na "Gazeta Mercantil'~,

edição de 2-4·89, cuja cópia estamos anexan­do.

Aproveitamos a oportunidade, para apre­sentar a V. Ex' nossos protestos de elevadoapreço e consideração.

Martin WimmerPresidente

RESOLUÇÃO N' 1.212

O Banco Central do Brasil, na forma doart. 9' da Lei n' 4.595, de 31-12-64, tomapúblico que o Conselho Monetário Nacionãl,em sessão realizada nesta data, tendo em vis­ta o disposto nos arts. 3', inciso IV, e 15,§§ 2' e 3', da Lei n' 6.385, de 7-12-76, ,resol­veu:

I - Nos termos do art. 255 da Lei n' 6.404,de 15-12-76, cabe ao Banco Central do Brasilautorizar a alienação do controle das institUI­ções por ele autorizadas a funcionar, o qual,previamente à apr6vação das condições daoferta pública para aquisição de ações comdireito a voto, ouvirá a Comissão de ValoresMobiliários.

lI-A Comissão de Valores Mobiliáriosdefinirá se a operação é capitulável no art.255 da mencionada Lei n'6.404, devendo,se for o caso, manifestar-se sobre o instru­mento de oferta pública para aquisição deações dos acionistas minoritários.

III - O Banco Central do Brasil e a Comis­são de Valores Mobiliários, no âmbito de suasrespectivas competências, ficam autorizadosa baixar as normas e adotar as medidas quese fizerem necessárias ao cumprimento dodiposto nesta resolução.

IV - Esta resolução entrará em vigor nadata de súa publicação.

Brasília, 24 de novembrode 1986. - Fer­não Carlos Botelho Bracher, Presidente.

1100 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

Adherbal Teixeira RochaErdy Roberto C. SoutoGeraldo Marcos L. de Almeida

M:. Genival Tourinho

Antonio Fernandes DutraLeandro Borem Guimarães

Márcio J. Tupy

ADVOGADOS ASSOCIADOS

Consultoria e Assessoria Jurídica

Exm" Sr. Df. Juiz de Direito da Vara da Fa­zenda e Autarquias de Belo Horizonte

-F'reâmbulo Necessário

O adjetivo, mais das vezes, serve apenaspara empobrecer o texto, embora tenha comoescopo o contrário. Em petições judiciais atécnica do enfatizar pela utilização de adjeti­vos, sobre ser cansativa, mostra, vezes segui­das, a pobreza do argumento. A petição quese segue pretende-se seja escorreita, por issoque enxuta de adjetivos, levará fatos e situa­ções ao conhecimento do Julgador, por en­tender que eles conduzirão à decretação daanulação do contrato de transferência do con­trole acionário do Banco Agrimisa S/A.

Carlos Alberto Cotta, brasileiro, casado,médico, ora do exercício de Deputado Fede­ral, residenÍl~ e domiciliado em Brasíliá-DF,portador do Título Eleitoral n' 384233902/13,da zona 97, seção 28, deste Estado, com baseno art. 5", item LXXIII da Constituição Fede­ral e, nos termos do art. 6" da Lei n' 4.717,de 26-9-65, vl~m propor, perante V. Ex', AçãoPopular contra a MGI - Minas Gerais Parti­cipações S.A., sociedade anônima controladapelo Estado de Minas Gerais, com sede nestaCapital, nas pessoas de seus representanteslegais, o Secretário e o Secretário-Adjuntodos negócios da Fazenda estadual e, bem as­sim, para responderem pessoalmente aos ter­mos desta Ação, as autoridades que, gestio­nando essa empresa pública com visível favo­ritismo, autorizaram o contrato que, aqui,será empugnado, quis sejam, os senhoresNewton Cardoso, brasileiro, casado, empre­sário, eventualmente no cargo de Governa­dor de Estado; Luiz Fernando Gusmão We­Ilisch, brasileiro, casado, economista, ora no_~xercício de .cargo de Secretário da Fazendado Estado; e, finalmente, Rubens de Aze'vedo CampeIlo, b.sileiro, casado, econo­mista, ora no exercício do cargo de Secretá­rio-Adjunto da Fazenda e, ainda como reque­rida, a emprr~sa Biribeira Empreendimentose Participações Ltda., sociedade por quotasde responsabilidade limitada, com sede emSalvador, estado da Bahia, à Avenida Ma­noel Dias da Silva, n' 1052, Bairro Pituba,inscrita no CGC do MF sob o n'15662745/0001-92, representada legalmentepelo sócio Joaci Fonseca de Góes, brasileiro,

.casado, advogado e industrial, residente e do·miciliado em Salvador, Estado da Bahia, àrua Marechal Floriano, n' 25, Apt'1.601, Ca­nala Vitória tudo visando à anulação do con­IlOntrole acionário do Bam:o Agi'imisa 2/14.,oa primeira r'~queridapara a segunda, opera­ção marcada por ilegallk!ade do ato jurídico,

lesividade ao patrimônio do Estado de MinasGerais e, ainda, afronta à moralidade admi­nistrativa, como, a seguir, de forma articu­lada, será demonstrada a este Juízo.

Histórico da Transação

1) A transferência do controle acionáriodo Banco Agrimisa S/A, na prática se consti­tuiu numa verdadeira venda do mencionadoBanco pelo Estado, razão pela qual, visandoà simplificação deste petitório, o autor se re­ferirá a esta operação comercial utilizando-sedas expressões "compra" ou "venda". As­sim, a venda do Banco teve início com a publi­cação do Edital n" 1, datado de I" de marçode 1989 no Diário Oficial do Estado de MinasGerais e outros órgãos da imprensa nacional(Doc. 1).

2) Habilitaram-se à aquisição quatro em­presas, sendo duas delas desclassificadas pornão serem consideradas idôneas do ponto devista financeiro e econômico, vindo, afinal,a requerida Biribeira a ser considerada vence­dora da licitação. Assim se tornou proprie­tária da quase totalidade das ações ordináriasnominativas (percentual de 98,176) do BancoAgrimisa S/A pelo preço de NCz$2.962.670,93 (dois milhões, novecentos e ses­senta e dois mil, seiscentos e setenta cruzadosnovos e noventa e três centavos), tudo nostermos da escritura pública de compra e ven­da de ações e outras avenças, lavrada no Car­tório do 7' Ofício de Notas desta Capital(Doc. 2, ora junto). No mesmo Cartório ena mesma data (26-4-89) lavrou-se a escriturapública de mútuo do valor de NCz$18.004.924,23 (dezoito milhões, quatro mil,novecentos e vinte e quatro cruzados novos

. e vinte e três centavos), (Doc. 3), valor corri­gido a que se refere o item 16 do Edital n"I (NCz$ 16.800.000,00) - dezesseis milhõese oitocentos mil cruzados novos - à épocado Edital), embora o autor reiteradas vezes,até lançando mão de declarações do Secretá­rio-Adjunto da Fazenda, tenha denunciadoque o valor corrigido do mútuo em 26-4-89,seria de NCz$ 19.150.000,00 (dezenove miolhões, cento e cinqüenta mil cruzados novos)-Doc. 4.

3) Realizado o negócio, o autor, na quali­dade de parlamentar, o denunciou pro váriasirregularidades, lesividade ao patrimônio deMinas Gerais e afronta à moralidade adminis­trativa. Na seqüência de sua atividade fisclai­zadora, o autor oficiou ao Ministério da Fa­zenda e ao Banco Central, a este pedindointervenção e conseqüente anulação da licita­ção fraudulenta, obtendo resposta de todoinsatisfatória de quem, como Pilatos, preten­deu lavar suas mãos, como se vê pela leiturados documentos 5, 6, 7 e 8 que juntos seguem.Face à omissão administrativa, comprovadapelo documenbto 8, outro recurso não restouao autor senão a vida judicial, única capazde restabelecer a moralidade pública, anelomaior de toda a Nação.

As irregularidades e o Direito

Lf) As ações do Banco e sociedades porele controladas foram adquiridas pela reqpe-

rida, cujo capital social é apenas (sic) NCz$6,00 (seis cruzados novos), conforme com­prova a inclusa certidão passada pela JuntaComercial do Estado da Bahia (Doc. 9). Ora,como condições para poder se habilitar à con­corrência exigia' o Edital dos interessados,no Título 11, item 2.

-2 - "comprovad~ capacidade econômica efinanceira em dimensão compatível com aoperação pretendida e com a manutenção dasempresas e de suas controladas; e

3 - qualifiquem-se como idôneas."O Edital se refere, evidentemente, à ido­

neidade no sentido financeiro. Assim, a apti­dão, capacidade e competência, de Hue nosfalam os dicionaristas, nada têm a ver como sentido moral da palavra, significando so­mente qualidade de quem desfruta de crédi­to, pela disponibilidade de bens patrimoniaispróprios. Fixado o conceito, é de se perguntarse uma empresa com o capital de seis cruza­dos novos poderia atender as exigências doEdital? Evidentemente que não. Deveria, is­to sim, ser prontamente desqualificada, não.só por não atender as exigências do Edital,como também - o que é mais importantepor ter vulnerado a regra do § I" do art. 192da Constituição Federal. Aqui, pois, o pri­meiro dos motivos que levarão V. Ex~ a anu­lar a venda em discussão.

5) De acordo com o item 2 do Edital de1"-3-89 o valor das ações seria de NCz$2.948.667,20 (dois milhões, novecentos equarenta e oito mil, seiscentos e sessenta esete cruzados novos e vinte centavos), equi­valente a 477.903,92 OTN de janeiro daqueleano. A equivalência em "Obrigações do Te­souro Nacional - OTN" colocada no Editale o fato de que o valor expresso não foi dadocomo final e irreajustável, leva ao entendi­mento de que o valor em "cruzados novos",expresso no dia 1'-3-89 (data do Edital), de­veria ser corrigido até a data do contrato(26-4-89). Nem poderia ser outro o entendi­mento, pois:

a) Se o valor fosse fixo não haveria necessi­dade de citar-se a equivalência em OTN, pa­râmetro somente utilizado para os casos de"correção monetária";

b) Seria inadmissível que um "bem públi­co", avaliado em 19-3-89, tivesse seu valorinalterado até 56 (cinqüenta e seis) dias após(24-4-89), num período de inflação galopan­te, hiperinf1ação mesmo;

c) O fato de que o valor do mútuo (NCz$16.800.000,00 - item 16 do Edital de 1"-3-89)foi corrigido, embora defeituosamente, con­forme o respectivo contrato firmado em16-4-89, indica que idêntico procedimetno te­ria que ser adotado com o preço das ações.Seria até absurdo corrigir-se o valor do mútuoe deixar sem correção o das ações.

Pois bem, fazendo-se a correção do valordas ações em 1"-3-89 (NCz$ 2.948.667,20),até 26-4-89, acrescentando-se a variação doIPC neste período, que substituiu a OTN (in­dicada no Edital, chega-se, nesta última data,ao valor de NCz$ 3.461.584,72 (três milhões,quatrocentos e sessenta e um mil, quinhentose oitenta e quatro cruzados novos e setenta

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1101

e dois centavos), que seria o .preço mínimode oferta. Como a Ré adquiriu as ações porapenas NCz$ 2.962.670,93, a oferta ficouabaixo do mínimo e, portanto, teria que serdesclassificada nos termos do item 10, letra"a" do Edital, fato que, por conseqüência,leva à nulidade da transação por lesividadeao patrimônio público.

6) É bem verdade que, àpós as denúncias.do autor, de que a Ré comprara as açõespor preço inferior ao mínimo estipulado peloEdital de concorrência, acusações estasexaustivamente propaladas pela imprensa,tentaram as requeridas emendar o soneto.Assim, em 31 de outubro de 1989, no mesmoCartório do 70 Ofício de Notas, firmaram umaescritura pública de re-ratificação da escriturapública de compra e venda de ações e outrasavenças (Doc. 10), na qual, em sua cláusulaI' estabeleceu-se que, pela variação do IPCno período compreendido entre a data dapublicação do Edital, mas com a OTN domês de janeiro (item 2 do Edital) e a dofechamento do negócio (26-4-89), o preço se­ria de NCz$ 3.461.584,72 (três milhões, qua­trocentos e sessenta e um mil, quinhentose oitenta e quatro cruzados novos e setentae dois centavos). Percebe-se claramente quea emenda foi pior do que o soneto, por issoque se constituiu inequivocadamente no"confessio" de que a não correção do preçodas ações em 26-4-89, data em que houveo fechamento do neg6cio, foi tentativa delesar o patrimônio do Estado, marcada, ade­mais, a operação, por ilegalidade do ato jurí­dico e afronta à moralidade administrativa.Não fora o escarcéu levantado pelo autor daTribuna da Câmara, com ampla repercussãoem todo o territ6rio nacional, a "emenda"não seria praticada. "Mutatis mutandis", seformos admitir como legal e tal re-ratificação,inocente também estaria o ladrão que, presodevolvesse a mercadoria furtada.

O novo contrato serve apenas para provarque, em 26-4-89, a Biribeira adquiriu o con­trole acionário do Banco por preço inferiorao mínimo exigido pelo Edital. Impossívelelidir-se este fato por fantasiosa escritura dare-ratificação, já que não supriu a falta deoferta de valor superior ao mínimo fixadopelo Edital e no tempo por ele determinado.

Sobre as garantias oferecidas nos dois con­tratos (Venda de Ações e Mútuo), observam­se as seguintes irregularidades:

a) Contrato de Venda e Ações: De acordocom o item 10-11, do Edital de 10-3-89, nocaso do oferecimento de "garantia imobiliá­ria", deveria essa corresponder a 125% dovalor da venda das açÕes (excetuados os 20%pagos à vista). O contrato não fez mençãoà avaliação dos bens, através de 2 (dois) lau­dos, por empresas especializadas e idôneas.A conclusão é de que tais avaliações não fo­ram feitas, pois, caso contrário, os laudosteriam sido citados nos contratos (por ser umaexigência do Edital). Tudo leva a crer queestes bens dados em garantia sãQ de valorinferior à dívida assumida pela compradora

..das ações, o que poderá ser verificado nocurso do processo. Provando-se isto, o neg6-

cio deverá ser declarado nulo, face ao artigo40, letra "b", da Lei n9 4.717/65.

No mesmo Edital (10-11), há a exigênciade apresentação das "certidões negativas"dos bens dados em garantia. No entanto cons­ta do contrato (cláusula 2'), essas "negativas"foram dispensadas, mediante simples infor­mação da compradora de que os bens dadosem garantia estavam livres e desembaraça­dos. Sendo uma exigência do Edital, o enten­dimento é de que as "certidões negativas"não poderiam ser dispensadas. Assim, novavulneração do Edital.

b) Contrato de Mútuo: Há apenas decla­ração (ver cláusula 2') de que os im6veis da­dos em garantia do "mútuo" estão livres edesembaraçados, não tendo sido cumpridaa exigência deste item que, fazendo remissãoao item 1O.c.II, exigia:

a)valor dos bens igual a 125% do mútuo;b) dois laudos por empresas especializadas

e idôneas; .c) apresentação das certidões negativas

dos bens dados em garantia.A exemplo do que aconteceu com a venda

das ações, também o mútuo deixou de aten­der exigências do Edital com grave risco delesividade do patrimônio público, especial­mente porque, a exemplo das garantias ofere­cidas nas vendas das ações, há informaçãode que os bens que garantem o mútuo sãode valor infinitamente inferior ao total docontrato.

Por outro lado, também o valor do mútuo,em decorrência das denúncias do autor, foicorrigida para NCz$19.150.050,34 (dezenovemilhões, cento e cinqüenta mil, cinqüentacruzados novos e trinta e quatro centavos)

. na escritura de re-ratificação lavrada em31-10-89 (Doc. 10), a exemplo do que se fezcom o contrato de aquisição das ações, comocomprova o documento 11, ora junto. Asmesmas críticas feitas à re-ratificação do pre­ço das ações se prestam ao caso do mútuo.O novo contrato jamais poderia suprir a faltade atendimento ao que dispunha o Edital:o de corrigir-se o valor do mútuo no momentocerto (26-4-89). Logo, descumpriu-se o Edi­tal, pagando a Biribeira menos do que o valordo mútuo constante do Edital de 19 de marçodo mesmo ano.

7) Capacidade Financeira e IdoneidadeCadastral: Conforme foi demonstrado (docu­mentalmente) no item "1" , a Ré tem um capi­tal de apenas NCz$ 6,00 (seis cruzados no­vos), fato que, por si só, atesta sua falta decondição econômico-financeira. Quanto àidoneidade cadastral (item 8 do Edital de1°-3-89), tanto a "G6escohabita ConstruçõesS/A", "avalista" da compra das ações e "ga­rantidora do mútuo", quanto à "Coroa Ver­melha", garantidora hipotecária, têm sériasrestrições cadastrais, conforme farta docu­mentação ora juntada sem número. Comoco-responsáveis nos dois contratos, ambassão imprestáveis pelos termos claros do Edi­tal, pela seriedade de risco de lesividade ao

. patrimônio público.Um outro lado relevante, para se demons­

trar a má fé da Biribeira, é o fato de que, ._

senão todos, pelo menos alguns im6veis ofe­recidos em garantia do pagamento do preçodo Banco Agrimisa S/A não são de sua pro­priedade há mais de vinte anos, nos termosda exigência do Edital, como será provadono curso da lide.

Também no. curso da lide se provará queambas as empresas que ofereceram garantiasreais ou fidejussária sociais proibe a práticade avais, fianças e oferecimento de garantiasreais em negócios estranhos aos seus obje­tivos socias. Logo, provando este impedi­mento estatutário, nenhuma foi a garantiaoferecida pela Biribeira, o que fere fundoo Edital de concorrência, levando à sua anu­lação.

8) As seguintes condições, altamente van­tajosas para a compradora, não figuraram doEdital de 1°-3-89 nem no Edital de "pré-quali­ficação". São elas:

item 4.2 (Contrato de Venda de Ações):Responsabilidade da MGI, por 5 (cinco)anos, sobre o passivo e obrigações de qual­quer natureza, quanto ao Banco e quantoàs sociedades;

Item 4.3 (Contrato de Venda de Ações):Responsabilidade da MGI pela boa liquida­ção da totalidade das operações de crédito(realizável no Banco e Sociedade), ou seja,transformando em "risco zero" para a com­pradora.

Item 4.8 (Contrato de Venda de Ações):"Obrigação da MGI de, por 2 anos, renová­vel, prestar serviços de "processamento dedados" ao Banco e às Sociedades, nos moldese condições (onde se inclui o preço) que vêmsendo prestados".

Os itens acima não constam do Edital de1"-3-89, nem do Edital de "pré-qualificação".Após as denúncias do autor, foi divulgadopela imprensa não oficial que teria sido feita"correspondência" aos quatro pretendentesà compra (licitantes), dias antes (mais ou me­nos oito dias), prestando a informação deque as condições acima constariam do contra·to. Houve outra informação de que as minu­tas dos contratos (onde estão incluídos os trêsitens), estavam vinculadas no Edital. Comose trata de condições altamente vantajosas,a sua inclusão no Edital ou mesmo no Editalde pré-qualificação, certamente desperta­riam outros licitantes (não apenas os quatroque se apresentaram), sendo também certoque o preço a ser oferecido, se tornadas públi­cas essas condições, seria bem elevado. Oprejuízo do Estado ficou evidenciado de duasformas:

a - Porque o ocultamento das condiçõesensejou um número menor de interessados,diminuindo-se a concorência e conseqüente­mente o preço da venda;

b- O fornecimento à compradora de con­dições prejudiciais ao Estado, que não cons­taram do Edital de 1'-3-89 e do Edital de"pré-qualificação".

9) No Edital consta que a oferta públicaaos minoritários seria feita nos termos da LeinO 6.404, de 15-12-76, art. 254 e Res. CMN401, de 22-12-76 (seção VI. capo XX da Lein"6.404, de 15-12-76). No Edital de "pré-qua- .

1102 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

lificação", porém, está estabelecido que aoferta seria feita 60 (sessenta) dias após aassinatura do contrato. Essa condição nãoconstou do contrato (ver item 3.3 do Edital).Como a oferta, independentemente da Leie Resolução do CMN, deveria dar-se 60 diasapós assinaàlo o contrato (ver fls. 19, letra"f", inciso "I", do Edital de "pré-qualifica­ção"), é mais do que certo que a transaçãodeve ser considerada desfeita, a partir de26-6-89 (60 dias após o contrato), por ter sidoesta condição estabelecida como "resoluti­va".

10) Last lJut not least,a Lei n° 6.404/76,no seu artigo 254 e, bem assim, os itens Ie V, da Resolução 401 do Conselho Mone­tário Nacional exige, para venda de Banco(transferência de controle acionário), autori­zação prévia da Comissão de Valores Mobi­liários e do Banco Central. Ora, o documenton" lI, ora junto, telex do Presidente do BancoCentral ao Deputado Carlos Cotta está a de­monstrar que nosso país anda mesmo à ma­troca. Assim, informa que o Governo de Mi­nas pediu autorização prévia para a vendadas ações em 11-5-89, quando a venda, comojá visto, foi efetuada em 26-4-89. É comose admitir que uma autorização posterior à

'realização do fato (transferência do controleacionário) possa atender ao claríssimo dispo-sitivo da Lei. Vulnerada esta, que traduz umaforma de controle prévio para se garantir pre­ço idêntico a acionistas minoritários, não há,mais uma vez, como não se anular a venda.

Requerimento

Ante o exposto, requer a V. Ex', a citaçãodos requerimentos, nos termos do Artigo 6'da lei n° 4.717/65, para, virem contestar apresente Ação no prazo legal, intimado aindao Ministério Público (item 1° do Artigo 7"da mesma lei) a participar da lide, tudo afim de que, a final, seja julgado procedentea Ação, com o desfazimento do contrato im­pugnado, assim voltando ao domínio da MGI- Minas Gerais Participações S/A - o con­trole acionário do Banco Agrimisa S/A, con­denada a Biribeira - Empreendimentos eParticipações Ltda da Bahia e, bem assim,os requeridos pessoas físicas, nas perdas edanos como estabelecido pelos artigos 11 e14 da lei n" 4.717/65, assim como honoráriosde advogados, custas e demais despesas judi­ciais diretamente relacionadas com a Açãoe comprovados nos termos do artigo 12 damesma lei citada.

Protesta por todos os meios de prova admi­tidos em Direito, inclusive depoimento pes­soal dos representantes das requeridas, sobpena de confessos, o que desde já requer.Pede que a carta precatória para a citaçãoda empresa Biribeira - Empreendimentose Participações Ltda da Bahia tenha o caráteritinerante, posto que seu representante legaltem duplo domicílio (Salvador - BA e Bra­sília -DF).

Dá à causa o valor (corrigido) do total davenda do Banco (Ações e Mútuos) ou seja,a quantia de NCz$ 618.966.995,48 (seiscentose dezoito milhões, novecentos e sessenta e

seis mil: novecentos e noventa e cinto cruza­dos novos e quarenta e oito çentavos).

P.ede Deferimento,Belo Horizonte, 6 de amrço de 1990. ­

Mário GenivaI Tourinho, OAB-MG: 5.994.- Leandro Borém Guimarães, OAB - MG:54.670

CARTÓRIO DO 7" OFÍCIO'DE NOTASMário Pinto Corrêa

Livro 175Folhas 129V'

Certidão

Escritura Pública de mútuo e outras aven­ça:s, na forma abaixo:

Saibam quantos esta virem que, no anodo nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristode mil novecentos e oitenta e nove, aos seisdias do mês de abril (06-04-1989), nesta cida­de de Belo Horizonte, capital do Estado deMinas Gerais, em meu cartório, à Av. Alva­res Cabral, 225, perante mim, Tabelião, com­pareceram, partes entre si justas e contra­tadas, a saber, de um lado ctimo Mutuante,MGI-MINAS GERAIS PARTlDIPAÇÕESS/A, neste ato denominada simplesmenteMGI, Sociedade Anônima, controlada peloEstado de Minas Gerais, vinculada à Secre­taria de Estado de Minas Gerais, com sedeem Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais,à Praça da Liberdade s/n", Edifício da Secre­taria da Fazenda, 2" andar, inscrita no CGC/MF sob o número 19.296.342/0001-29, repre­sentada neste ato por seus representantes le­gais, Luiz Fernando Gusmão Wellisch e Ru­bens de Azevedo Campello; e, de utro lado,como Mutuária, Biribeira Empreendimentose Participações Ltda, neste ato denominadasimplesmente Mutuária, Sociedade por Quo­tas de Responsabilidade Limitada, com sedeem Salvador, Estado da Bahia, à AvenidaManoel Dias da Silva, n' 1052, Bairro Pituba,inscrita no CGC/MF sob o n°15.662.745/0001-92, devidamente represen­tada por seu bastante Pro<mrador, Sr. Edson,Piaggio de Oliveira, brasileiro, casado, Ba­charel em Ciências Contábeis, CPF'004.438.245/68, residente e domiciliado emSalvador, Estado da Bahia, no loteamentoPatamares, Colina "C", lote 85, consoanteprocuração lavrada no 149 Ofício de Notasde Salvador, Bahia, às fls. 080 do livro 008,cuja cópia fica aqui arquivada; e, ainda comoPrimeiro Interveniente: - Banco AgrimisaS/A, neste ato denominado simplesmenteBanco, Sociedade Anônima controlada pela'MGI, com sede em Sete Lagoas, Estado deMinas Gerais, à Rua Lassance Cunha, n° 174;inscrita no CGC/MF sob n 9

24.986.770/0001-13, representada neste atopor Arnaldo Cardoso Mundim, CI.M-1.146.687-MG, e Ivo Farah Mitre, CI.513.131-SSPMG; como Segundo Interve­niente - Garantidora Hipotecária, CorôaVermelha Empreendimentos ImobiliáriosLtda, neste ato denominado simplesmenteGarantidora Hipotecária, Sociedade porQuotas de Responsabilidade Limitada, comsede em Salvador, Estado da Bahia, à Ave-

nida Manoel Dias da Silva, n· 1052, BairroPituba, inscrita no CGC/MF sob o n·13.066.147/0001-26, devidamente represen­tada pr seu bastante procurador, com poderesespeciais expressos, Sr. Edson Piaggio de Oli­veira, CPF 004.438.245/68, qualificado espe­cificamente no item Mutuária, acima, confor­me procuração lavrada no 14· Ofício de Notasde Salvador, Bahia, às fls. 079 do livro 008,cuja cópia fica aqui arquivada; os presentesreconhecidos de mim, Tabelião, do que doufé. Objeto - Objeto e Destinação Própria- Objeto constituído por Mútuo de NCz$18.004.924,23 (dezoito milhões, quatro mil,novecentos e vinte e quatro cruzados novose vinte e três centavos), constantes de recur­sos próprios da MGI e que esta, na presentedata, transfere à Mutuária, com DestinaçãoPrópria de serem, no total, aplicados na ime­diata capitalização do Banco Agrimisa S/A,assim como de serem mantidos no Banco paraatendimento a suas necessidades de caixa,até o correspondente aumento de Capital So­cial, Condições Contratuais - Cláusula l'- Mútuo, Valor, Det;tinação, Prazo e Paga­mento:- 1.1. A MGI transfere, por mútuo,à mutuária, na presente data, a quantia deNCz$ 18.004.924,23 (dezoito milhões, quatromil, novecentos e vinte e quatro cruzadosnovos e vinte e três centavos), para seremaplicados, no seu total, na capitalização doBAnco Agrimisa S/A, cujo controle acioná­rio foi adquirido, por licitação, da MGl, pelaMutuária, devendo tais recursos serem man­tidos no Banco, para atendimento a suas ne­cessidades de caixa, até o correspondente au­mento de Capit~1 Social. 1.2 - Os recursosmencionados no item 1.1, anterior, encon­tram-se aplicados no Banco, para atendimen­to a suas necessidades de caixa, sob égidede Contrato Mútuo específico firmado entreeste e a MGI, ficando transferidos, por esteinstrumento, a partir desta data, para a titula­ridade da Mutuária sujeito do presente Con­trato, exonerando-se o Banco de qualquerdireito ou obrigação quanto a tais recursos(Cláusula Terceira, Seguintes), sem prejuízodo absoluto respeito, pela Mutuária, à Desti-,nação Própria de tais recursos, indicada noitem "Objeto e Destinação Própria" destecontrato: - 1.3 - O pagamento, pela Mu­tuária à MGI, do valor objeto deste Contratodeverá ser feito no prazo de 8 (oito) anos,em 12 (doze) parcelas semestrais iguais e su­cessivas, correspondendo, na presente data,.cada uma, a NCz$ 1.500.410,35 (hum milhão,quinhentos mil, quatrocentos e dez cruzadosnovos e trinta e cinco centavos), valor esteque' será corrigido, monetariamente, mês amês, a partir desta data até o dia do efetivopagamento da parcela, pelo .nível de variaçãodo IPC apurado no período ou na ausênciado Índice de Preços ao Consumidor, por utroíndice que vier a ser adotado pelo GovernoaI, acrescidas, ainda, essas parcelas de jurosde 7 (sete) por cento ao ano, vencendo-sea I' (primeira) delas em 26-4-91 e as demaisparcelas, sucessivamente, ao fim de cada pe­ríodo semestralseguinte. Parágrafo único. ­Todas as 12 (doze) parcelas do pagamento

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1103

do. mútuo são representadas por Notas Pro­missórias nos valores e vencimentos supra in­dicados (Item 1.3), emitidas pela Mutuáriaa favor da MGI, e devidamente avalizadas,pela Empresa: - "Góes - Cohabita Cons­truções S/A" , Sociedade An6nima, com sedeem Salvador, Estado da Bahia, à AvenidaManoel Dias da Silva, n' 1052, Bairro Pituba,inscrita no CGC/MF sob o n"15.184.336/0001-29, através de seu bastanteProcurador, com poderes especiais expres­sos, Sr. Edson Piaggio de Oliveira, CPF004.438.245/68, qualificado especificamenteno item Mutuária, retro, recebendo a MGIessas Notas Promissórias em caráter "Pro-So­luto", sob as garantias adiante especificadas,assim ficando pago o preço. Cláusula 2' Ga­rantias da Operação-interveniência de Ga­rantidora Hipotecária: - 2.1. Como garantiado pagamento do valor total do Mútuo aquicontratado (Itens Objeto e Destinação Pró­pria e 1.1, supra), a Garantidora Hipotecária,especificada e qualificada no Item próprio,retro, concede à MGI, pelo prazo global de8 (oito) anos (item 1.3, anterior), em primeirae única hipoteca, os imóveis a seguir discrimi­nados, todos de sua exclusiva propriedade,livres e desembaraçados de quaisquer ônus:A) "Munday", constituído -da metade doimóvel Ml;lnday, situado à margem esquerdado Córrego Munday, no município de PortoSeguro, Estado da Bahia, com uma área de200 hectares calculadamente, limitando-se aonorte e a oeste com quem de direito, ao sulcom o Córrego Munday e ao leste com terre­nos de Marinha, em terras legítimas de acor­do com a Lei n' 198 de 21 de agosto de 1897,conforme registro n042, fls. 43/44 do Livro6, em 28 de fevereiro de 1899, constitutivade matas, coqueiros, árvores frutíferas e ca­poeiras, adquirida cnforme escritura lavradaem 7/8/74, devidamente transcrita às fls.195V/196, do livro 3-B, sob o n" de ordem4.115, no Cartório de Registro de Imóveisda cidade de Porto Seguro, Estado da Bahia,cadastrada no Incra sob o n'326.054.0006.823, com área total de 200,0,n' de módulos 5,09, fração mínima de parce­lamento 30,0, de José Luiz Barbosa RamalhoClerot; B) "Issara do Norte", também conhe­cida como Issara, situada no Município dePorto Seguro-BA, com uma área de 168 hec­tares, contendo 350 coqueiros frutíferos, 300coqueiros e 92 dendezeiros, limitando-se aonorte com Manoel Gonçalves Valeria, ao sulcom Fausto Cláudio de Oliveira, leste e oestecom José da Silva Praia, adquirida conformeescritura lavrada em 10/09/74, devidamentetranscrita às fls. 197V"/198, do Livro 3-B, sob

"0 n' de ordem 4123, no Cartório de Registrode Imóveis da cidade de Porto Seguro-BA,cadastada no Incra sob o n' 326.054.004.375,com área total de 304,0, numero de módulos5,80, fração mínima de Parcelamento 30,0,de Moacyr Costa Pereira de Andrade; C)"Estaleiro I", situado à margem esquerda doRio Itinga no Município de Porto Seguro­BA, com uma área de 278 hectares, 35 arese 50 centiares, em terras próprias, conformetitulo número 23.967, transcrito sob o n'

1.378, no Cartório de Registro de Imóveisda cidade de Porto Seguro-BA, contendo co­queiros, pastos gramados, capoeiras, uma ca­sa construída de taipa coberta de tabilhas ematas incultas, limitando-se a sudoeste como Rio Jardim, divisa natural, norte e lestecom Manoel Valeria e Bento Aguiar, ao sulRio ltinga, sudoeste Manoel Vicente dos San­tos, a oeste com Germana Maria da Silvae noroeste com Asdrubal Peixoto, adquiridaconforme escritura lavrada em 08-08-74, de­vidamente transcrita às fls. 196Vo/197 do Li­vro 3-B, sob o n" de ordem 4.118, no Cartóriode Registro de Imóveis da Cidade de PortoSeguro-BA, Cadastrada no Incra sob o núme­ro 326.054.003.255, com uma área total de278,3, número de módulos 2,46, fração míni­ma de parcelamento 30,0, de Classy Gomesda Silva; D) área partindo do ponto A, situa­do no Km 75 da Praia de Mutá, percorre-se750,00 metros, ao longo da praia, no sentidonorte até encontrar-se o ponto B. Deste pon­to B, seguindo-se a direção noroeste, ao lon­go da divisa com terceiros, percorre-se 540,00metros até encontrar o ponto C. Do pontC, percorre-se 2.460 metros, na direção su­doeste, ao longo do limite com terrenos daCoroa Vermelha Empreendimentos Imobi­liários Ltda; até encontrar-se o ponto D. Des­te ponto D, percorre-se 1.400,00 metros, nadireção leste seguindo os limites com terrenosda Coroa Vermelha Emp. Imobiliários Ltda,até encontrar-se o porto E. Do ponto E, per­corre-se 520,00 metros na direção nordeste,seguindo os limites com terrenos da CoroaVermelha Emp. Imobiliários Ltda, até en­contrar-se o ponto F. Finalmente do PontoF, seguindo a direção leste, percorre-se740,00 metros, nos limites com terras da Co­roa Vermelha Empreendimentos Imobiliá­rios Ltda, até encontrar-se o ponto A de par­tida, tudo de acordo com a planta anexa.Esta área integra a uma porção maior comas denominações de Itaperapuã, brejos doMundai, Rio dos Mangues, Ponta Grandee Mutá, medindo em sua totalidade 902ha,de propriedade da Coroa Vermelha Emp.Imobiliários Ltda, adquirida da EmpresaBrasileira de Investimentos Imobiliários Lt­da, conforme escritura lavrada no Cartóriodo I' Ofício de Notas da cidade de Salvador,livro 883, fls. 32, de 04-10-74 e registradano cartório de Registro de Imóveis e Hipo-

. tecas de Porto Seguro (BA), em 28-09-78,sob o Protocolo 1-B, n' 4015, pág. 27, noLivro n' 2, conforme matrícula 1. 914 de28-09-78. Parágrafo único. À medida em queforem sendo pagas as parcelas do Mútuo, se­gundo estabelecido no Item 1.3, retro, a MGIdeverá autorizar a redução proporcional dasgarantias especificadas nesta cláusula segun­da, sempre que possível e sem prejuízo desolidez e suficiência de tais garantias Quantoao saldo restante. Se entretãnto, na oportu­nidade, a reavaliação das garantias, feita portécnico em empresa especializada de livre in­dicação da MGI, apurar valor inferior aomontante atualizado da dívida, será facul­tado à MGI, ao contrário, exigir da Mutuáriaa imediata complementação das garantias,

até o limite de 100 ou 125 por cento do totalda dívida atualizada, conforme seja, respecti­vamente, carta de fiança bancária, títulos pú­blicos federais ou bens de raiz a espécie dagarantia oferecida. Cláusula 3' Interveniênciado Banco Agrimisa S/A. 3.1 - O BancoAgrimisa S/A, neste ato e por este Instru­mento, transfere à Mutuária, nesta data, ovalor constante do item Objeto e DestinaçãoPrópria retro indicado, e que até a presentedata, em virtude de Contrato firmado entrea MGI e o Banco, se encontra alocado no(Item 1.2, anterior); Na medida em que é

conferida a essa transferência o efeito decumprimento, perante a MGI, da obrigaçãode Restituição do Banco, fica este interve­niente exonerado de qualquer obrigação eresponsabilidade com respeito a MGI e notocante do valor citado acima. Cláusula 4'Inadimplência, Cláusula Penal e VencimentoAntecipado. - 4.1 - Em caso de inadim­plência ou mora da Mutuária quanto ao paga­mento de qualquer das parcelas previstas naCláusula Primeira, anterior, deverá a mesmaser notificada, judicial ou extra judicialmen­te, para proceder ao pagamento, no prazomáximo de 10 (dez) dias, do valor em aberto,atualizado monetariamente, segundo o nívelde va,riação do IPC no período de Mora oupelo Indice que oficialmente for adotado emSubstituição ao Índice de Preços ao Consu­midor, acrescido, também, esse valor de ju­ros moratórios de 12% a.a., "pro rata tempo­re". Se, ainda, assim. não efetuar a Mutuáriao pagamento no prazo consignado, fica esta­belecido e contratado o automático venci­mento antecipado de todas as suas obriga­ções, independentemente de notificação ouinterpelação de qualquer espécie. Nesta hipó­tese, poderá aMGI executar, imediata e inte­gralmente, as garantias pactuadas no presen­te Contrato (Cláusula Segunda, retro). 4.2- A não complementação, pela Mutuáriadas garantias exigidas pela MGI (cláusula 2',parágrafo único, in fine, retro), importará,também, no vencimento antecipado de todasas obrigações da Mutuária, caso em que. aMGI poderá, obedecidas as formalidades in­sertas no item 4.1, supra, escutir imediatae integralmente, as garantias pactuadas nopresente Contrato sem prejuízo de outras me­didas cabíveis quanto à cobrança do saldodevedor. 4.3 - O desrespeito pela Mutuáriaà Destinação Própria especificada no ItemObjeto e Destinação Própria deste Contrato,quer por não proceder à imediata capitali­zação do Banco, com a totalidade dos recur­sos provenientes deste Mútuo, quer por nãomanter, no Banco Agrimisa S/A., Integral­mente esses recursos, opera o automáticovencimento antecipado de todas as obriga­ções da Mutuária. Neste caso, poderá a MGIexecutar, imediata a integralmente, as garan­tias pactuadas no presente Contrato (Cláu­sula Segunda, Supra). 4.4 - O Vencimentoantecipado das obrigações da Mutuária no

Contrato de Compra e Venda de Ações eOutras Avenças que, como Proponente Ven­dedora (Compradora) no Processo Licitató­rio dessas ações, firmou em 26-04-89, com

1104 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

a MGI (item 3.1 daquele Contrato), ou aRescisão do mesmo Contrato de Compra eVenda de Ações (3.3 e 3.4 daquele Contra­to), acarretará, também, o automático venci­mento antecipado das obrigações da Mutuá­ria no presente Contrato, independente denotificação ou interpelação de qualquer espé­cie, podendo a MGI promover a execuçãoimediata e integral das garantias pactuadasneste Contrato (Cláusula Segunda, retro).Cláusula 5' Da Irretratabilidade e Irrevoga­bilidade: - 5.1. As estipulações deste Con­trato são feitas e aceitas sob cláusula de irre­tratabilidade e irrevogabilidade, com renú­nica a qualquer arrependimento, obrigadasas Partes a tudo sempre fazer bom, firmee valioso por si e sucessores a qualquer tempoe motivo. Cláusula 6' Foro: - 6.1. - Aspartes elegem como Foro deste Contrato oForo da Comarca de Belo Horizonte, comrenúncia expressa de qualquer outro, .pormais especial que seja. Assim o disseram,do que dou fé, e me pediram este instrumentoque, em lhes sendo lido, aceitaram e assinam.Eu, Vera Lucia Ferreira de Resende, escre­vente autorizada, o escrevi, Sob Minuta. EmTempo: - fica esclarecido que na cláusula1.3, parágrafo único, fica eliminada na partedesde a palavra "retro inclusive", até a pala­vra "preço", inclusive. E eu, Fernanda PintoCorrêa Sarkis, Tabeliã Substituta, a subscre­vo e assino (as.) Fernanda Pinto Corrêa Sar­kis; Luiz Fernando Gusmão Wellisch; Ru­bens de Azevedo CampeIlo; Edson Pjaggiode Oliveira; Arnaldo Cardoso Mundim; IvoFarah Mitre; Edson Piaggio de Oliveira. "Ex­traída Certidão Hoje". Belo Horizonte, 15de março de 1.990. Eu, , Tabe­liã Substituta, a subscrevo e assino.

Em test9( )da verdade

CERTIDÃO

Escritura Pública de Compra e Venda deAções e outras Avenças, na forma abaixodeclarada.

Saibam quantos esta virem que, no anodo nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristode mil novecentos e oitenta e nove, aos vintee seis dias do mês de Abril (26-4-1989), nestacidade de Belo Horizonte, capital do Estadode Minas Gerais, em meu cartório, à Av.Alvares Cabral, 225, perante mim, Tabelião,compareceram partes entre si, justas e con­tratadas, a saber: de um lado como outor­gante vendedora, MGI - MINAS GERAISPARTICIPAÇÕES S/A, neste ato denomi­nada simplesmente, MGI, Sociedade Anô­nima controlada pelo Estado de Minas Ge­rais, vinculada à Secretária de Estado da Fa­zenda, com sede em Belo Horizonte, Estadode Minas Gerais, à praça da Liberdade, s/n",Edifício da Secretária da Fazenda, 2" andar,inscrita no CGC/MF sob o n"19.296.342/001-29, neste ato representadapor seus representantes legais, LUIZ FER­NANDO GUSMÃO WELLISCH e RU­BENS DE AZEVEDO CAMPELLO; e, deoutro lado como outorgada compradora, BI­RIBEIRA EMPREENDIMENTOS E PAR-

TICIPAÇÕES LIDA, neste ato denomina­da simplesmente compradora, Sociedade porQuotas de Responsabilidade Limitada, comsede em Salvador, Estado da Bahia, à Ave­nida Manoel Dias da Silva. n" 1.052. BairroPituba. inscrita no CGC/MF sob o ne

15.662.745/0001-92, devidamente represen­tada por seu bastante procurador. Sr. ED­SON PIAGGIO DE OLIVEIRA. brasileiro.casado. bacharel em Ciências Contábeis,CPF 004.438.245/68. residente e domiciliadoem Salvador. Estado da Bahia. no loteamen­to Patamares. Colina "C", Lote 85, consoan­te procuração lavrada no 14" Oficio de Notasde Salvador-Bahia. às fls.- 080 do livro 008,cuja cópia fica aqui arquivada; e, ainda, comoInterveniente Garantidora Hipotecária: CO­RÓA VERMELHA EMPREENDI­MENTOS IMOBILIÁRIOS LIDA., nesteato denominada simplesmente IntervenienteGarantidora Hipotecária, Sociedade porQuotas de Responsabilidade Limitada, comsede em Salvador. Estado da Bahia, à Ave­nida Manoel Dias da Silva, n" 1.052, BairroPituba, inscr.ita no CGC/MF sob o n'13.066.147/0001-26, devidamente represen­tada por seu bastante procurador, com pode­res especiais expressos, Sr. EDSON PIAG­GIO DE OLIVEIRA, CPF 004.438.245/68,qualificado especificamente no item "com­pradora" conforme procuração lavrada no14" Oficio de Notas de Salvador-Bahia, àsfls. 079 do Livro 008, cuja cópia fica aquiarquivada: os presentes reconhecidos demim. Tabelião, do que dou fé. O OBJETOda presente escritura são 15.018.114 (quinzemilhões, dezoito mil, cento e quatorze) açõesordinárias nominativas do BANCO AGRI­MISA S/A. de n"s. 000.000.186.682 a000.015.204.795, devidamente lançadas noLivro de Registro de Ações Nominativas doreferido Banco. E, pelas partes contratantes,falando cada um por sua vez, me foi ditoo seguinte: CONDIÇÕES: - Cláusula I"COMPRA E VENDA, TRANSFE­RÊNCIA, PREÇO E PAGAMENTO: ­1.1. A MGI é senhora e legítima possuidora,de forma livre e desembaraçada de quaisquerônus e dívidas, das 15.018.114 ações ordiná­rias nominativas do BANCO AGRIMISA S/A, individuadas no item OBJETO, deste con­trato, retro, tudo conforme licitação regular­mente procedida, julgada e homologada. 1.2- Por esta e melhor forma de direito a MGIvende à compradora plenamente sub rogadaem todos os direitos e obrigações correspon­dentes às ações transacionadas, que suas,pois, ficam sendo, inclusive e por decorrên­cia, assumindo, indiretamente. a titularidadedas empresas contratadas direta ou indireta­mente pelo BANCO AGRIMISA S/A., rela­cionadas no Edital de Licitação n" 01, e referi­das neste Contrato, englobadamente, comoSOCIEDADES. 1.3 - A MGI se obriga aassinar os termos de transferência das açõesordinárias, objeto do presente contrato, noLivro de Transferências de Ações Nomina­tivas do BANCO AGRIMISA S/A, e tudoo mais que for devido para que a presentevenda seja boa, firme e valiosa, tão logo seja

concluido o procedimento de oferta públicade compra e venda a ser feito aos acionistasminoritários, nos termos do disposto na Se­ção VI do Capítulo XX da Lei n" 6.404, de15 de dezembro de 1976 e demais normase regulamentos específicos. 1.4 - O Preçodesta venda e compra, aceito pelas partescomo bom e justo, é de NCZ$ 2.962.670,93(dois milhões. novecentos e sessenta e doismil. seiscentos e setenta cruzados novos enoventa e três centavos), que será pago pelacompradora da seguinte forma: - A) - SI­NAL DE NCZ$ 650.956.64 (seiscentos e cin­quenta mil, novecentos e cinquenta e seis cru­zados novos e sessenta e quatro centavos),correspondente a 20% (vinte por cento) dopreço acima, incluídos os juros de 8.027%a.a., pago no ato da assinatura deste contra­to, mediante o Cheque n" 00022, emitido pelaCompradora, contra o BANCO MULTI­PLIC, S/A., Agência 014, Salvador, Estadoda Bahia, pelo qual dá à MGI, neste ato,plena e geral quitação. B) O saldo restantedo PREÇO será pago em 02 (duas) parcelasanuais iguais e sucessivas, com valor, cadauma, na data da assinatura deste CONTRA­TO, de NCZ$ 1.155.857,00 (hum milhão,cento e cinqüenta e cinco mil, oitocentos ecinqüenta e sete cruzados novos), ambas cor­rigidas, monetariamente, mês a mês, partirdesta mesma data até o dia de seu pagamentoefetivo, pelo nível de variação do IPC apu­rado no período, ou, na ausência, do índicede Preços ao Consumidor, por outro índiceque vier a ser adotado pelo Governo Federal,para mensurar a inflação mensal, acrescidas,ainda, tais parcelas de juros anuais de 8.027%(oito vírgula zero vinte e sete), vencendo"sea primeira delas em 26-4-90 (vinte e seis deabril de mil novecentos e noventa) e a segun­da e última parcela em 26-4-91 (vinte e seisde abril de mil novecentos e noventa e um).Parágrafo único: - Todas as parcelas do pa­gamento do PREÇO são representadas porNotas Promissorias nos valores e vencimen­tos retro especificados, emitidos pela Com­pradora a favor da MGI e devidamente avali­zadas. pela Empresa "GÕES-COHABITACONSTRUÇÕES S/A, Sociedade Anônima,com sede em Salvador, Estado da Bahia, àAvenida Manoel Dias da Silva, n"1.052, Bair­ro Pituba, inscrita no CGC/MF sob o n9

15.184.336/0001-29, representada devida­mente por seu bastante Procurador, com po­deres especiais expressos. Sr. EDSONSPIAGGIO DE OL.IVEIRA, CPF004.438.245/68, qualificado especialmente noitem "Compradora", retro, recebendo aMGI essas Notas Promissorias em caráter"Pro Soluto", sob as garantias adiante especi­ficadas, assim ficando pago o preço. Cláusula29 , GARANTIA DA OPERAÇÃO. IN­TERVENIÊNCIA DE GARANTIDORAHIPOTECÁRIA: - 2.1 - Como garantiado pagamento do Preço individuado no Item1.4, retro, a Intervenientr Garantidora Hipo­Item próprio, supra, concede à MGI, pelo

prazo global previsto no mesmo sub item 1.4,retro, em primeira e única hipoteca, os imó­veis de sua propriedae, livres e desembara-

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1105

çados de quaisquer ônus, denominados A)"ESTALEIRO 11", situado no interior damargem direita do Rio Jardim, no Municípiode Porto Seguro, Estado da Bahia, com umaárea de 62 hectares, 82 ares e 50 centiares,em terras próprias, conforme titulo n.24.122,transcrito sob o n. 2.538, no Cartório de Re­gistro de Imóveis da Cidade de Porto Seguro- BA, contendo capoeira e matas incultas,limitando-se ao norte com Asdrubal Peixoto,este com Ricardo Braz da Silva, sudoeste comManoel Vicente dos Santos, a oeste com Lu­cio Nicácio de Jesus, adquirida conforme es­critura lavrada em 8/8/74, devidamente trans­crita às fls. 196V"/197, do livro 3-B, sob on· de ordem 4.1l8.A, no cartório de Registrode Imóveis da cidade de Porto Seguro - BA,cadastrada no INCRA sob o n·326.054.006.505, com área total de 62,8, nú­mero de módulos 0,78, fração minima de par­celamento 30,0 de Classy Gomes da Silva.B) Uma área sem denominação, situada noMunicípio de Santa Cruz Cabrália - BA,com área de 178 hectares e 27 ares, limitan­do-se ao norte com Francisco S. dos Santos,ao sul com a linha divisória dos Municípiosde Santa Cruz Cabrália e Porto Seguro - BA,a leste com a linha telegráfica e a oeste como Sopé da Barreira, adquirida conforme escri­tura lavrada em 9-8-74, devidamente trans­crita às fls. 196V/197, do Livro 3-B, sob on· de ordem 4.119, no Cartório de Registrode Imóveis da cidade de Porto Seguro - BA,cadastrada no INCRA sob o n.326.070.983.314, com área total de 178,2, nu­mero de módulos 1,62, fração mínima de par­celamento 30,0, constituída de capoeiras, deClassy Gomes da Silva. Responde a Interve­niente Garantidora Hipotecária, integral­mente, perante a MGI, pelas afirmações deque seus imóveis, dados em garantia encon­tram-se livres e desembaraçados, inclusive,quanto a averbações ou embaraços à sua livreposse. Parágrafo Único. A medida em queforem sendo pagas as parcelas do preço, se­gundo estabelecido no Item 1.4, retro, a MGIdeverá autorizar a redução proporcional dasgarantias especificadas nesta cláusula Segun­da, sempre que possível e sem prejuízo desolidez e suficiência de tais garantias quantoao saldo restante. Se, entretanto, na oportu­nidade, a reavalização das garantias, feitaspor técnico ou empresa especializada de livreindicação da MGI, apurar valor inferior aomontante atualizado da dívida, será facultadoà MGA, ao contrário, exigir na Mutuária aimediata complementação das garantias, atéo limite de 100 ou 125 por cento do totalda divida atualizada, conforme seja, respecti­vamente, carta de fiança bancária, titulas pú­blicos federais ou bens de raiz a espécie dagarantia oferecida. Cláusula 3'. INADIM­PLÊNCIA E RESCISÃO: -3.1-Em casode inadimplência da compradora ao paga­mento de qualquer das parcelas previstas nacláusula 1. anterior, deverá a mesma ser noti­ficada, judicial ou extra judicialmente, paraproceder ao pagamento, no prazo máximode 10 (dez) dias, do valor em aberto, atuali­zado, monetariamente, segundo o nível de

variação do IPC no período de mora ou peloindice que oficialmente for adotado em subs­tituição ao indice de Preços ao Consumido!:,acrescido também, esse valor de juros mora-

o tórios de 12%a.a. "pro rata tempore". Se,ainda assim, não efetuar a compradora o pa­gamento, no prazo consignado, fica estabe­lecido e contratado o automático vencimentoantecipado de todas as suas obrigações inde­pendentemente de notificação ou interpela­ção de qualquer espécie. Nesta hipotese, po­derá a MGI executar, imediata e integral­mente, as garntias pactuadas no presenteContrato (cláusula 2'). 3.2 - A não comple­mentação, pela Mutuária, das garantias exigi­das pela MGI (cláusula 2', parágrafo único,in fine, retro), importará, também, no venci­mento antecipado de todas as obrigações daMutuária, caso em que a MGI poderá, obede­cidas as formalidades insertas no item 3.1,supra, excutir, imediata e integralmente, asgarantias pactuadas no presente Contrato,sem prejuizo de outras medidas cabiveisquanto à cobrança do saldo devedor. 3.3 ­Se, por ato ou omissão da compradora a ofer­ta pública de compra e venda a ser feita dosacionistas minoritários, mencionada no Item1.3, retro, não se efetivar na linha previstapela legislação pertinente, o presente contra­to ficará rescindido, automaticamente, depleno direito, perdendo a compradora em fa­vor da MGI, todo o SINAL e demais parcelasque houver pago pela compra das ações(Cláusula 1', item 1.4 e Parágrafo Único).3.4 - Rescindir-se-á, também, automatica­mente, este Contrato, na hipótese do BancoCentral do Brasil (BACEN) negar-se a con­ceder a devida autorização, para a transfe­rência de controle acionário aqui pactuada.Neste caso, e desde que inimputável a qual­quer das Partes responsabilidades pelo "fac­tum principis", voltarão as Partes a seu ante·rior estado, sem ônus ou indenizações de umaa outra, cabendo a MGI, devolver à compra­dora o SINAL já recebido, em um prazo má­ximo de 10 (dez) dias. Cláusula 4' - GA·RANTIAS DADAS PELA MOI - 4.1­A MGI responde perante a Compradora pelaboa existencia das ações transacionadas aotempo deste Contrato (Itens "Objeto" e 1.1,anteriores). 4.2 - Pelo prazo de 5 (cinco)anos, a contar da assinatura do presente Con­trato, a MGI responde e obriga-se, integrale irrevogavelmente, pela liquidação de quais­quer passivos e obrigações de qualquer natu­reza, inclusive fiscais, previdenciarias, traba­lhistas e de qualquer outra espécie, por atos,fatos ou omissões incorridos, até a data daefetiva transferência da administração, noBANCO AGRIMISA S/A, e em suas socie­dades controladas, direta ou indiretamente,ressalvados aquel~s passivos e obrigaçõesconsignados e devidamente provisionadosnos demonstrativos financeiros do BalançoGeral de ~1 de dezembro de 1987 e Balan­cetes de 31 de Março de 1988, ressalva estaque se limita aos valores da consignação eprovisão contábeis, devidamente corrigidosem termos da variação das OTN ocorrida até15 de janeiro de 1989 e após isso, pela varia-

ção do IPC, no periodo. 4.3 - A MGI, res­ponde irrevogavelmente, pela boa liquidaçãoda totalidade das operações de crédito reali­zadas pelo Banco e/ou suas sociedades, atéesta data, desde que a compradora tenha es­gotado todos os procedimentos comerciais,administrativos, legais e habituais para a sol­vência dos respectivos créditos, exceção feitaàs medidas judiciais compatíveis. 4.4 - Sem­pre que a responsabilidade pelo pagamentode qualquer quantia couber MGI, de acordocom o disposto nesta cláusula 4', caberá àGI, em 5 (cinco) dias uteis, contados do rece­bimento do correspondente aviso da compra­e (A)irá proceder à liquidação integral dovalor objeto da reclamação ou se (B) deveráa reclamação ser discutuda administrativa­mente ou judicialmente pelo BANCO e/ousuas Sociedades. Não sendo efetivada tal no­tificação pela MGI, entender-se-á que estaescolheu a OpçÃO B, hipótese em que deve­rá a MGI indicar, tempestivamente, o outor­gado responsável pela elaboração da defesacontra reclamação de terceiros, podendo acompradora prestar-lhe assistência, proce­dendo de acordo com tal opção. 4.5 - Afaculdade de discussão quanto ao mérito ouvalor de sua responsabilidade, que é ressal­vada à MGI, conforme item 4.4, supra, ficacondicionada ao fato de tal discussão nãoacarrete ônus insuportavel à Iiquidez doBANCO ou da SOCIEDADE envolvida. Setal ocorrer, caberá à MGI efetivar o depósitoda quantia ou responsabilidade questi01'ladas,para que possa contesta-las. 4.6 - Em casode decisão judicial que reconheça procedên­cia da reclamação de terceiros, caberá à MGI,na forma desta cláusula, efetuar o pagamentodevido, ainda que tal decisão final advenhaapós o término do prazo de 5 (cinco) anosprevisto nesta cláusula: mas desde que o pro­cesso tenha se inciado antes dos referidos 5(cinco) anos. Tal pagamento incluirá todosos acréscimos decorrentes da discussão judi­cial da reclamação de terceiros, inclusive oshonorarios de advogado indicado pela MGI.4.7 - Caso a MGI deixe de efetuar, tempesti­vamente, qualquer pagamento devido à com­pradora e/ou ao Banco e Sociedades, nos Ter­mos desta cláusula 11-., o valor devido seráacrescido de juros de 1% (um por cento) aomês, bem como corrigido segundo os indicesvigentes de atualização monetária, a partirda data em que tal pagamento sejá devidoaté sua efetiva concretização pela MGI. Se,em qualquer oportunidade que a hipótese su­pra prevista ocorrer, restar em aberto parce­las do saldo do preço estipulado na cláusula1.4, retro, poderá a compradora descontardesse saldo o valor da responsabilidade daMGI até forrar~se, desde que já esgotadostodos os recursos administrativos e judiciaissobre o tema, com efeito suspensivo. 4.8 ­A MGI obriga-se a fazer efetivar-se contratoespecífico entre a AGRIMISA S/A - Pro­cessamento de Dados e o Banco AGRIMlSAS/A, e suas Sociedades, nos moldes e condi­ções dos que já vêm sendo prestados. EsseContrato será pelo prazo de 2 (dois) anos,renovável, podenoo o Banco e/ou suas Sacie-

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dades denuncia-lo a qualquer tempo, compré-aviso de 30 (trinta) dias, pagando apenaso valor dos serviços prestados até a ocasião.Cláusula 5' - Da irretratabilidade e irrevoga­bilidade: - As estipulações desde contrato,à exceção do ressalvado na cláusula 3', itens3.3 e 3.4, retro, são feitas e aceitas sob cláusu­las de irretratabilidade e irrevogabilidade,com renúncia a qualquer arrependimento,obrigadas as partes a tudo sempre fazer, bom,firme e valioso por si e sucessores a qualquertempo e motivo. Cláusula 6'. Foro: - Aspalies elegem como Foro deste Contrato oda Comarca de Belo Horizonte, com renún­cia expressa de qualquer outro, por mais es­pecial que seja. Assim o disseram, do quedou fé, e ml~ pediram este instrumento que,em lhes sendo lido, aceitaram e assinam. Eu,Vera Lúcia Ferreira de Resende, escreventeautorizada,..ª escrevi, Sob Minuta. E eu, Fer­nanda Pinto Corrêa Sarkis, Tabeliã Substi­tuta, a subscrevo e assino (as.) Fernanda Pin­to Corrêa Sarkis; Luiz Fernando GusmãoWellisch; Rubens de Avezedo Campel1o; Ed­son Piaggio de Oliveira; Edson Piaggio deOliveira. "Extraída Certidão hoje". BeloHorizonte, 16 de março de 1990. Eu, TabeliãSubstituta, a subscrevo e assino.

o SR. NELTON FRIEDRICH (PSDB ­PRo Sem revisão do orador.) - Sr. Presi­dente, Srs. Parlamentares, a eleição históricade 1989 nos ttaz importantes lições e significa­tivos desdobramentos. Representou uma pri­meira experiência para milhões e milhões debrasileiros, uma vez que na última eleiçãodireta para Presidente da República 12 mi­lhões de eleitores compareceram às urnas,contra os 80 milhões de 1989.

A lição que ficou é que as forças de centro­esquerda e de esquerda deste País, ao colabo­rarem para a pulverização dos votos, criaramas dificuldades com que nos deparamos nãosó no primeiro turno, como também no se­gundo.

É outro o quadro, são outras as circun­tâncias e a vida política do vizinho Chile,mas, lá, as oposições, as forças democráticase populares concentrataram toda a sua ener­gia em uma única candidatura e fizeram comque sua proposta fosse vitoriosa, derrubandof1S pretensões de Pinochet. Nós, ao contrário,ao multiplicarmos candidaturas de um mes­mo arco ideológico~opular e democrático,por certo fortalecemos a possibilidade do re­sultado detectado no pleito: saímos para osegundo turno com uma candidatura com me­nos votos que a outra, a preferida pela opi­nião pública, de acordo com as pesquisas,resultado esse que se confirmou no segundoturno. Mas, mesmo assim, Sr. Presidente,ilustres Deputados, foi significativa a votaçãoda candidatura da Frente Brasil Popular edas outras forças que a ela se somaram nosegundo tumo.·

Um observador político jamais poderiaimaginar, há três ou quatro anos, que no Bra­sil seria possível um operário, um metalúrgicoli.sputar, como disputou, um pleito presiden­cial, alcançando 48% dos votos. Mas, para

todos os efeitos, o que ficou como resultadoconsagrado, final, é que as forças vitoriosasem 1964, através do golpe militar, com algu­mas reciclagens, foram vitoriosas no pleitode 1989. Há outra maquiagem, um outro mo­mento, sem dúvida, mas quem venceu em1964 viabilizou-se, pelo voto, em 1989.

Portanto, somos perdedores, e, como tal,precisamos tirar lições. Uma delas, sem dúvi­da, é que, na situação em que vive o País,é preciso evitar a pulverização dos votos dasforças progressistas, democráticas e popula­res.

Daí, os desdobramentos do pleito de 1989para 1990.

SI. Presidente, estamos convencidos deque, neste ano de 1990, vamos ter um embateextremamente importante, tornando neces­sário acompanhar pari passu os desdobra­mentos do pleito de 1989. Se as forças quevenceram em 1964, recicladas, conquistarampelo voto a Presidência da República, a partirde 15 de março de 1990 não poderemos, asforças de oposição, as forças democráticas,populares, ter ilusão. Só há duas alternativasvisíveis: ou o futuro governo se transformanuma aventura política, num Jânio Quadrosversão 1990, ou, dando certo essa propostade direita mais moderna, de capitalismo me­nos selvagem, veremos implantado no Paísum projeto que denominaríamos de meia­sola, promovendo meias-reformas, meias-omedidas, utilizando-se de meias-verdades.

Será difícil para o Governo Fernando Co­110r viabilizar, por exemplo, a venda das man­sões do Lago, como se isso fosse uma grandesolução para a crise econômica e financeiraem que vivemos, explorar adequadamente,através da mídia, isso que é, hoje, para aopinião pública, um símbolo da extravagân­cia e da mordomia?

Não poderá o Governo Collor de Mellopromover a prisão administrativa de cem oumais corruptos espalhados pelos mais direfe­rentes setores da Administração Pública e fa­zer uso permanente deste fato, através damídia?

Abro um parêntese para cita~ o exemplodo Paraná, cujo Governador, Alvaro Dias,prendeu duas ou três pessoas do segundo eterceiro escalões, e até hoje a opinião públi­ca, entorpercida pela divulgação do fato,enaltece esta sua grande qualidade de inimigoda corrupção.

O projeto de meia-sola pode ter alto consu­mo popular. Até a dívida externa pode teruma negociação razoável, perenizando a dívi­da, não interrompendo-a, não pondo fim àdívida externa, porque o que interessa muitomais aos credores é a perenização da nossadívida externa do que, evidentemente, umrompimento ou otra medida mais de interessenacional histórico e de rompimento dessa de­pendência que temos.

SI. Presidente, Srs. Deputados, o projetomeia-sola que poderá ser implantado nestePaís tem, inclusive, saídas consagradas, co­mo, por exemplo, a elaboração de um novoPlano Cruzado - quem, sabe, o "cruzadão"

- nos meses de julho e agosto, às vésperasdas eleições deste ano, mas, desta feita, nãocom a sonegação de mercadorias, não coma subversão do Plano Cruzado, feita por seto­res do grande empresariado, de cartéis, mo­nopólios e oligopólios agora casados com estaproposta, viabilizando e,sustentando, portan­to, um Cruzado versão 1990.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, tenho co­nhecimento, através de algumas relações pes­soais, de que já existe, em áreas do empre­sáriado brasileiro, nos seus computadores,um estudo que pode viabilizar um salário mí­nimo de 350 a 400 dólares até o final do gover­no Col1or de Mel1o. Sabemos também quegrande parte do médio empresariado nuncaesteve em tão boa situação financeira comoestá neste momento, nunca empresas de mé­dio e grande porte, nacionais ou multinacio­nais, estiveram em situação tão tranqüila co­mo estão agora. Evidentemente, às custas doBrasil, dos brasileiros, do Tesouro Nacionale do que significam o endividamento interno,a ciranda financeira, o over e todas as conse­qüências de que temos conhecimento.

Um projeto meia-sola é plenamente viável.Mas um projeto meia-sola é um projeto demeia verdade, meia solução, que, logo, logo,poderá ter os seus efeitos perversamente ne­gativos.

Ora, Sr. Presidente, Srs. Deputados, umprojeto meia-sola pode significar aqui um dis­curso neoliberal, tendo como modelo Marga­ret Thatcher, não a de hoje, que está emqueda na opinião pública da Inglaterra, masaquela de dois, três, quatro, oito anos atrás,um projeto neoliberal, sim, que, como sabe­mos, hoje está aí obtendo toneladas de pági­nas e páginas na grande imprensa e granderepercussão na opinião pública, um projetoliberal, sim, Sr. Presidente, que sabemos quenão deu e não dará certo, pois os exemplosestão aí visíveis.

Cito como exemplo o recente estudo "oneoliberalismo também é um mito ideológi­co", que demonstra, com toda convicção ecerteza, e que significa a falácia da propostaneoliberal. Este estudo inclusive conclui que"o atrativo maior do liberalismo foi valorizara individualidade e definir meios antitotali­tários de promoção do bem estar social, mas,na prática, os fins sociais em todos os projetosneoliberais, nas últimas décadas, têm sido sa­crificados, e a prática neoliberal correspondea uma funcionalidade financeira internacio­nal". Ponto e tão-somente.

O mito da economia sem o Estado foi em­pre uma proposta ideológica, e agora preten­dem entre nós construí-Ia com mais vigor.Não quero entrar em detalhes, para não fugira esta manifestação, mas insisto em que épossível, sim, consubstanciar no Brasil umprojeto meia-sola.

A que custo? Por certo os que estão maisinteressados em articular as estruturas e ascausas dos nossos problemas devem estaralertados de que os custos serão enormes:custos sociais, de um lado, custos de entre­guismo, de outro lado, custos para a Pátria,para o presente e para o futuro, porque, afi-

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nal de contas, é até bem provável renego­ciar-se a dívida externa, perenizando-a, comrazoáveis custos e resultados, mas, por outrolado, promovendo-se uma venda desvairadade estatais, inclusive aquelas indispensáveispara uma estratégia de desenvolvimento des­te País.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, o governoCollor de Mello pode, sem dúvida, realizaressa proposta, com a grande vantagem deproceder à busca contínua do contato diretoentre o príncipe e a massa, até porque, dascircunstâncias de sua eleição, da estrutura deapoio parlamentar, da realidade de sua candi­datura advém concretamente a possibilidadereal da conversa, do discurso, da ação pro­posta, do contato direto do Presidente coma massa, menosprezando, como tem feitocontinuamente, as forças organizadas da so­ciedade, as organizações sindicais conseqüen­tes, os movimentos sociais e, evidentemente,o próprio Parlamento, este Congresso Nacio­nal.

Por isso, Sr. Presidente, Srs. Parlamenta­res, cabe a cada liderança progressista tera consciência de que o que vem por aí nãosignificará em hipótese alguma a solução es­truturaI: no máximo, maquiagens conjuntu­rais: no máximo, uma proposta de meia-sola.Não que tenhamos indisposição com qual­quer Presidente, mas a origem, as circuns­tâncias, os apoios, a formação de equipe, aspossibilidades de enfrentamento nos levamà convicção de que, no máximo, teremos umproduto de maquiagem, uma proposta demeia-sola, como disse e repito pela quintavez. Quem aprofundar a questão brasileira,enfrentar a raiz do problema, tem de se per­guntar como é possível sermos uma naçãocom uma das maiores quantidades de médi­cos e, no entanto, termos 40 milhões de brasi­leiros que não têm acesso ao médico nemà saúde; como é possível, no Brasil, transfor­mar uma realidade onde temos, sim, um dospaíses de maior produção de grãos do mundoe 70 milhões de brasileiros não têm, diaria­mente, o mínimo neces!l!irio em proteínas ecalorias à mesa.

Enfrentar a raiz do problema brasileiro ése situar diante do fato de que 1% dos maisricos detêm renda igual a dos 50% mais po­bres; enfrentar a raiz do problema nacionalé colocar as estatais sob controle do Estado,democraticamente controlado pela socieda­de, fazendo com que elas possam ser real­mente instrumentos de construção de um de­senvolvimento para todos.

Sem nenhuma dúvida, Sr. Presidente, me­xer com as estruturas deste País é repensaro exercício. do poder, é colocar realmenteo poder a serviço dos interesses da maioria,de um país que tem sido, através do seu povo,vítima da conciliação permanente. Historica­mente se faz a conciliação, não se querendo,através das elites e de setores que com elascomungam, aceitar o conflito que estáestabe­lecido permanentemente na sociedade, a lutaque permanentemente está aí presente numpaís com a maior concentração de renda eriqueza de todo o mundo, ao lado de uma

miséria aviltante e perversa que está aí a as­saltar a consciência de qualquer pessoa debom senso na Pátria brasileira.

E é por este motivo que a eleição de 1990,para as forças progressistas e democráticasde centro-esquerda e esquerda, passa a sertão importante quanto a de 1989.

Ouço, com prazer, o nobre Deputado Do­mingos Leonelli.

O Sr. Domingos Leonelli - Nobre Depu­tado Nelton Friedrich, creio que V. Ex' come­ça a colocar o Congresso Nacional na discus­são do essencial, que é o projeto nacionaldo novo governo - ainda que venha a serum projeto antinacional, mas será umprojeto

.para a Nação - vitorioso nas urnas em 1989.Este projeto começa a tomar forma, suas li­nhas ficam mais delineadas, e podemos cons­tatar lamentável coerência entre as propostasanunciadas como modernidade e as velhaspropostas da UDN, desde a década de 60.Abrir ú País ao capital estrangeiro, liquidaras estatais, liquidar ainda que parcialmente,a indústria nacional, liquidar as reservas eas proteções internas, nada tem de moderno;é mera repetição do projeto que a União De­mocrática Nacional, com o ex-Deputado edepois Governador Carlos Lacerda, anuncia­va há quase 30 anos. No entanto, apesardessa falsa modernidade, não podemos des­conhecer que há um projeto nacional em cur­so. O Governo Sarney não sabia para quelado ia. O Presidente Fernando Collor deMello assume com linhas muito claras. Creioque é tarefa nossa não somente re~lizar aoposição, mas também fazer críticas. E neces­sário fiscalizar cada ato, é preciso que as for­

.ças de esquerda concebam algo estrutural quese anteponha ao Projeto Fernando Collor,um verdadeiro projeto nacional. Esta é a ta­refa fundamental para impedir vitórias par­ciais, pontuais, como, por exemplo, a derru­bada de inflação - o que é possível - ouum acréscimo na esmola distribuída. Numpaís como o nosso, em que apenas 37% doPIB são vinculados ao trabalho, é muito fácildistribuir mais e ainda preservar os privilégiosdas elites. No entanto, penso que é possível- não nos podemos confundir como o suces­so do impacto que poderá vir - a transfor­mação da nossa Pátria numa imensa ZPE nopróximo século. Este é o risco que o Paíscorre, o de vender o seu futuro à custa docombate do mal presente, comprometendoo próximo século. Esta é a tarefa que cabeà Oposição: construir um projeto nacionalque se anteponha ao que o governo vai tentarimplementar.

OSR. NELTON FRIEDRICH - Agradeçoa V. Ex' o aparte, que, sem dúvida alguma,valoriza muito nossa simples.intervenção.

Registro dois aspectos fundamentais: emhipótese alguma, nós nos colocaremos nesteParlamento contra o Brasil e os interessesnacionais. Em determinados momentos atévotamos favoravelmente a projetos e medi­das provisórias do próprio Presidente JoséSarney. Por que não faríamos o mesmo como futuro Presidente?

Todavia, em se realçando a questão ime­diata, direta 'li conjuntural das necessidadesque teremos no enfrentamento da presentecrise, é preciso dizer que em nenhum mo­mento compreendemos que devamos abrirmão da questão maior de pensar o País paraas próximas décadas e fugir de uma proposta,como bem disse o Deputado Domingos Leo­nelli, de fazer algumas concesssões neste mo­mento, comprometendo o futuro do País.

É preciso aprofundar a discussão com ur­gência e que a eleição de 1990 passe a terimportância significativa, como a de 1989,para as forças progressistas democráticas decentro-esquerda e de esquerda, pois iremoseleger neste ano Parlamentares e Governa­dores.

A partir de 1991, será preciso um maiornúmero de Parlamentares conscientes da suaresponsabilidade histórica, comprometidoscom o projeto nacional e com a visão de queé necessário, com independência, firmeza eresponsabilidade, operar, permanente­mente, compromissos populares nesta Casa,para diminuir os espaços daqueles que vieramainda há pouco e que, em determinado mo­mento, sucumbiram aos apetites do podercentral e votaram o mandato de cinco anospara Sarney. Alguns poucos o fizeram porconvicção: outros, em função do "é dandoque se recebe" e tal}tos, pelos beneficios ime­diatos recebidos. E a política do beija-mão,do respeito incondicional ao príncipe e deatendimento a questões localizadas e fisioló­gicas.

Devemos compreender que o espaço paraessa representaçao precisa diminuir. As for­ças democráticas desta Casa, os partidos polí­ticos de esquerda e de centro-esquerda preci­sam entender o que pode significar a uniãodas forças progressistas no pleito deste ano,para que o maior número possível de Parla­mentares, comprometidos com o projeto na­cional, com posição de independência e volta­dos para os interesses populares, possam es­tar aqui e participar do cotidiano desse gover­no de cinco anos.

Essa é uma das tarefas dos eleitos parao Parlamento em 90, pois conviverão comum governo que poderá promover uma meia­sola e iludir muitos durante algum tempo,mas que não haverá de iludir a todos, peloque significará a médio prazo, porque nãoenfrentará as questões estruturais, uma vezque, neste País, é impossível alguém enfren­tar as questões estruturais, cuja origem ecompromisso está na elite que tanto com­batem.

A segunda tarefa dos eleitos em 1990 éa revisão constitucional. Ainda não conse­guimos visualizar a maior parte dos benefíciosassegurados pela nova Constituição, poisexistem inúmeros interesses a obstaculizar apraticidade de avanços nela previstos. Embreve ocorrerá, pois, a revisão constitucional.

Hoje, vários setores no Brasil estão aten­tos. Muitos empresários que conhecemos pe­lo seu passado e interesses não mais aceitamintermediários, querem eles próprios ser can­didatos, para terem aqui sua cadeira. Em ou-

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tras palavras, isto significa que amplos setoresestão ciosos da necessidade de trazer banca­das expressivas para a revisão constitucional,conforme sua imagem e seus interesses, exa­tamente palra que possam - quem sabe? ­ver quebradas as conquistas ainda não im­plantadas no todo, apesar de asseguradas pe­la Constituição de 1988.

. A terceira tarefa dos parlamentares eleitosem 1990 é dar continuidade e celeridade àregulamentaçaõ da nova Constituição. Há,ainda, a quarta tarefa, que é histórica: a im­portante reforma política, através de plebis­cito, relacionada com o parlamentarismo.~ão quatro fatores, entre outros, que devemlevar as forças de centro-esquerda e de es­querda a compreender a necessidade de so­mar, e não dividir, enfim, integrar as ações,não pulverizá~las.

Lembramos o exemplo, ainda recente, daseleições para a Presidência da República.Precisamos, mais que isso, compreender aimportância dos partidos de centro-esquerda,bem como do governo estadual, e buscar osomatório das suas forças com frentes pro­gressistas, com coligações das forças popu­lares, para que possamos eleger determinadynúmem' de governadores progressistas. Epreciso não esquecer a recente lição da Histó­ria, em 1961, quando o Governador do RioGrande do Sul, Leonel Brizola, enfrentouo poder central e os interesses golpistas. Foiimportante a presença de uma força políticaestadual para evitar - embora tenha aconte­cido depois - a ingovernabilidade e O golpeà Constituição. Recentemente, os governa­dores de OpOSiÇ;lO, eleitos em 1982, tiverampapel decisivo na campanha das diretas, em1984. Este é o exemplo mais recente.

Os governadores progressistas, em 1991,quando articulados, poderão significar o con­trapeso poütico a determinadàsações duvi­dosas - ou até perigosas - oriundas do po­der central, cujo detentor tom!lrá posse nopróximo dia 15 de março.

Ora, Sr:' Presidente, o G6verno que ser{inaugurado em breve é uma grande interro­gação. Ele nos traz dúvidas, pois, no maXimo,em nossa opinião, operará um projeto demeia-sola. Portanto, é preciso que os Gover­nadores nos Estados estejam comprometidoscom o projl~to poütico, inclusive para investirna governabilidade do País, numa posturasemelhante a do freio e do àcelerador, emdeterminadas ações que porventura possamocorrer pOlr parte do Governo Federal. Nãonos esqueçamos de que uma simples greve,'em determinada área, poderá gerar uma re­pressão que sabemos perigosa e às vezes atéincendiária. O futuro Presidente disse, recen-

. temnte, que pretende tratar "a pau" as grevesditas políticas. Como se houvesse greve quenão fosse política, no sentido mais amplo dotermo. A greve é um movimento reivindi­catório, é a essência do sindicalismo. E a pri­meira repressão, normalmente, vem pelasmãos do Estado~

Há, portanto, razões superiores para euvir.à tribuna neste momento, de maneira im­

,provisada até. Trago um raciocínio, uma re-

flexão sobre o que poderá vir a partir de 15demarço. De outro lado, 1;emos necessidadede aprender as lições do passado e as liçõesde 1989, para que possamos ter, por exemplo,

. a somatária de forças progressistas nos Esta­dos, em vários Estados - se não em todos.Não estamos propondo aqui a unanimidadedas forças de centro-esquerda e de esquerda,porque isso é impossível, desnecessário e nãointeressa ao País. É preciso que, nesta hora,se unam as forças progressistas, para cons­truírmos bancadas responsáveis, sérias, noParlamento, a fim de que possamos elegero maior número de Governadores progres­sistas nos Estados.

Será possível que os partidos de esquerdacom assento nesta Casa e os de Centro-es­querda - e começo falndo no PSDB, comtodas as preocupações que tenho sobre o fu­turo ,e os desvios deste partido - não com­preendam que neste momento é preciso aglu­tinar forças progressistas para os embates queteremos neste ano e a partir de 1991?

Para ajudar o Brasil, há que se.olhar comosolhos do avanço dos progressistas, das for­ças da esquerda.

Muito obrigado.

Durante o discurso do Sr. Nelton Frie­drich o Sr. Luiz Henrique, 1- Secretário,deixa a cadeira da presidência, que é ocu­pada, sucessivamente, pelo Sr. CarlosCotta, 3- Secretário, e Arnaldo Faria deSá, suplente de Secretário.

o Sr. Fausto Rocha - Peço a palavra, pelaordem, Sr. Presidente.

o SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria deSá) - Pela ordem, concedo a palavra ao no­bre Deputado Fausto Rocha.

o SR. FAUSTO ROCHA (PRN-SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, gosta­ria de cumprimentá-lo, neste instante, Depu­tado Arnaldo Faria de Sá, pela sua brilhanteeleição, por aclamação; a para Presidênciade um dos mais tradicionais e importantesclubes de São Paulo - a Portuguesa de Des­portos.

V. Ex'. está de parabéns. Foi uma eleiçãosufragada por aclamação, com respaldo detoda a imprensa. V. Ex' foi um dos Depu­

.tados Federais mais votados da história deSão Paulo, sendo agora, também represen"tante do PRN, partido que dá sustentaçãoà Presidência da República.

A carreira política de V. Ex' está de vento'em popa, como uma nau portuguesa. (Pal­mas).

O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de.Sá) - Fico constrangido de fazer qualquerobservação em relação ao registro do Depu­tado Fausto Rocha. No entanto, agradeçoa V. Ex' a manifestação, bem como a doPlenário.

O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria deSá) - Vai-se p(lssar ao horário destinado às

VI - COMUNICAÇÕESDE

LIDERANÇASO SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de

Sá) - Concedo a palavra ao nobre represen­tante do PSB do Pará, Deputado Ademir An­drade.

O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB - PA.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Srs. Deputados, em primeiro lugar gostaría­mos de, em nome da liderança do nosso parti­do, manifestar nosso pesar pela morte do ex­Constituinte Luís Carlos Prestes, que fez par­te da história deste País e muito contribuiucom a luta do povo trabalhador brasileiro.

Lamentamos profundamente sua morte.Sempre, no decorrer da luta, o Partido Socia­lista Brasileiro teve divergências com LuísCarlos Prestes, mas nunca deixou de por eleter admiração, pela sua coerência, pela sua..bravura e pelo seu trabalho.

Por outro lado, ~r. Presidente, também de-sejo registrar que hoje, aqui em Brasília, sefiliou ao nosso partido o brilhante homempúblico Alencar Fuhado, ex-Deputado Fede­ral, ex-Líder do PMDB nesta Casa.

Na época mais dura da ditadura e do AI-5teve seu mandato cassado, ao manifestar seuposicionamento pessoal num programa, emcadeia nacional, falando pelo MDB de então.Alencar Furtado tem mantido sua vida comcoerência e luta política admiráveis, razãopela qual o Partido Socialista Brasileiro temimenso orgulho de recebê-lo em suas fileiras,juntamente com um grande grupo de mili­tantes do Distrito Federal. Hoje, na soleni­dade de sua filiação, contamos com a pre­sença do Presidente desta Casa, o Sr. Depu­tado Paes de Andrade.

Queremos também registrar o ingresso noPartido Socialista Brasileiro, ocorrido há al­gum tempo, no Estado da Bahia, do Consti­tuinte "nota 10", o Deputado Federal Uldu­rico Pinto.

Já temos como certo o ingresso, no PSB,do ilustre Governador do Estado de Pernam­buco. Miguel Arraes. Esperamos que sua fi­liação ocorra no menor espaço de tempo pos­sível. .._ .

TõOãs essas pessoas pensam, agem e têmhistória de luta e coerência em função dosocialismo que almejam ver implantado noPaís. Para nós, o socialismo é a forma degoverno e de sociedade em que todos têmacesso ao desenvolvimento, em que há res­peito mútuo, em que há solidariedade.

Nós, do Partido Socialista Brasileiro, sem­pJ;e almejamos o socialismo com liberdade,bem maior da humanidade. O crescimentodo nosso partido mantém uma postura coe­rente e ideológica absolutamente definida.Esperamos aliar-nos a outros partidos pro­gressistas de esquerda em vários Estados bra­sileiros,· para, unidos, enfrentarmos as elei­ções de 1990.

A propósito, no Estado do Pará está prati­camente consolidada a coligação de seis parti­dos políticos. PSB, PT, PCB, PC do B, PDTe PSDB. Unidos, eles enfrentarão as oligar­quias paraenses. É proposta do Partido Socia-.

Março de 1990 DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1109

lista Brasileiro a união de todas as agremia­.ções de esquerda no Brasil inteiro, para quepossamos vencer as eleições e contribuir parao avanço da consciência política do povo bra­sileiro. Sempre defendemos nossas empresasestatais e somos contra a conversão da dívida

o externa que o futuro governo pretende fazer,defendendo, portanto, o interesse do povobrasileiro. Todos nós, unidos, faremos oposi­ção ao Governo Collor de Mello, que se im­planta logo mais.

Esta é a manifestação que fazemos hoje,em nome da Liderança do Partido SocialistaBrasileiro.

Durante o discurso do Sr. Ademir An·drade, o Sr. Arnaldo Faria de Sá - Su­plente de Secretário deixa a cadeira dapresidência, que é ocupada pelo Sr. Ino­cêncio Oliveira, 19 Vice-Presidente.

I) SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Concedo a palavra ao Sr. Adhemar deBarros Filho, Líder do PRP.

O SR. ADHEMAR DE BARROS FILHO(PRP - SP. Pronuncia o seguinte discurso.)-Sr. Presidente, Sr" e Srso Deputados, que­ro manifestar, inicialmente, em nome do Par­tido Republicano Progressista, o nosso pro­fundo 'pesar pela morte do Sr. Luís CarlosPrestes. Sua vida é em si um capítulo vivoda história brasileira deste século. Suas lutas,sua perseverança em busca de um ideal quejulgava maior para a sociedade brasileira fo-

o ram e são dignas de todos os méritos, apesarde não comungarmos com suas idéias. Eleabraçou desde cedo a ideologia comunistae cultivou-a até o fim da vida como virtudemaior. Discordamos de sua posição, pois nãoconsideramos o melhor caminho para levarnosso País ao regime democrático, mas a res­peitamos. Foi uma luta digna e altiva a queo enfrentou nos seus 92 anos de existência.

Caberá, a partir de agora, à História, sem­pre sábia, julgá-lo, mas neste momento temosque referenciar com todo o respeito um per­sonagem importante da nossa história con­temporânea.

Passo agora, Sr. Presidente, a abordar otema principal que me trouxe à tribuna. O

,povo nicaragüense compareceu às urnas noúltimo domingo eelegeu Violeta Chamorro

,para governar a Nicarágua nos próximos seiso anos. Assistimos a uma bela lição de demo­cracia. Os sandinistas, depois de ocuparemo poder durante 10 anos, a partir de 1979,quando derrubaram, pelas armas, o ex-dita-

o dor Anastácio Somosa, entregarão o coman­do do governo, em abril, pacificamente, con­forme promessa do Presidente Daniel Orte­ga. Fazemos sinceros votos de que tudo corradentro da normalidade democrática e queaquele país amigo encontre o seu verdadeirocaminho para vencer a gravíssima crise eco­nômica, configurada numa inflação anual de360840 por cento e um desemprego de 23 porcento da força de trabalho.

O delícado quadro político e econômiconicaragüense exigirá, para ser encaminhado­de forma adequada, em paz e em respeito

ás regras democráticas, despojamento daspartes adversárias. Os sandinistas devem dei­xar claro que a partir de abril, quando VioletaChamorro assumir constitucionalmente o po­der abandonarão o poder e não oporão maisresistências ao novo comando político capita­neado pela União Nacional de Oposição(ONO) , coligação dos 14 partidos nicara­güenses que derrotaram o Partido SandinistaoA entrega do poder compreende naturalmen­te tanto o comando político quanto o coman­do militar, para que a Presidente eleita Vio­leta Chamorro governe na plenitude do seumandato, conforme o desejo do povo. Osrebeldes "contras", por sua vez, deverão de­por incondicionalmente as armas. Caso con­trário, estarão fomentando resistências nossandinistas e, naturalmente, contribuindo pa­ra acirramento dos ânimos, fato que poderálevar a Nicarágua, novamente, à guerra.

Será preciso, portanto, Sr. Presidente, Sr"e Srso' .Deputados, disposição política de am­bos os. lados, para que as questões tanto polí­ticas, quanto militares sejam equacionadasem ambiente de paz. Esse, aliás, é, sobretudoo desejo do povo nicaragüense. Somenteequacionado as pendências políticas, que ain­da se encontram envoltas em clima de acirra­mento, devido ao emocionalismo deixado pe­lo surpreendente pleito de domingo, será pos­sível à nova Presidente eleita encaminhar deforma satisfatória as questões econômicasque sufocam a Nicarágua.

Acreditamos, sinceramente, Sr. Presiden­te, e Srs. Deputados, que as exigências feitaspelo Presidente Daniel Ortega para entregaro poder sejam corretas. Ele condicionou atransferência do poder a Violeta Chamorroà manutenção de conquistas fundamentaisobtidas pelo governo sandinistas, como a re­forma agrária, o direito de sindicalização, delivre mobilização e de liberdade de imprensa.Ora, a Presidente eleita foi uma das ferrenhasdefensoras de tais direitos ao alinhar-se ini­cialmente, aos sandinistas na luta para vencero ex-ditador Anastácio Somosa. Certamenteela manterá tais conquistas alcançadas pelopovo e que são direitos elementares numademocracia. Não há, portanto, nada a temerquanto ao cumprimento de tais garantiasconstitucionais.

O equacioname.nto interno dos problemaspolíticos econômicos da Nicarágua depende­rão, sobremaneira, Sr. Presidente, Sr>' e Srs.

.Deputados, da ação dos Estados Unidos quemoveram uma guerra econômica ao regimesandinista.

O Governo norte-americano tem uma res­ponsabilidilde muito grande no quadro nica­ragüense. Será indispensável que ele contri­bua com recursos financeiros substanciais pa- ora que o novo governo possa vencer as dificul­dades que tem pela frente. Em primeiro lu­gar, deve induzir os contras a deporem asarmas, para que a nova administração se de­senrole num clima de paz, sem ameaças àestabilidade política; em segundo, deve Wa­shington reatar imediatamente as relações

.econômicas suspensas em 1983, suspender obloqueio econômico e injetar, rapidamente,_

substanciais recursos na economia nicará~güense. Só assim a crise econômica.financei­ra será superada, através da retomada no de­senvolvimento econômico.

Jamais a inflação será combatida com oempobrecimento progressivo do país, subme­tido ao bloqueio financeiro, como ocorreunos últimos anos por parte dos Estados Uni­dos, na luta para derrotar o regime sandi­nista. Este, afinal, foi derrotado nas urnaspela conjugação de diversos fatores, entreos quais se destaca justamente o bloqueioeconômico norte-americano, aliado ao errô­neo conceito sandinista de gerenciar.a econô­mica por métodos burocráticos centralizados,em que a prioridade se voltou para os gastoscom o armamentismo, como forma para man­ter a revolução sandinista.

Essa estratégia esgotou as reservas físicasda Nação, debilitou o sandinismo no campoeconômico e político e abriu espaço para astransformações que culminaram com a vitóriade Violeta Chamorro. É de destacar, ainda,

. Sr. Presidente, Sr~ e Srs. Deputados, a visãopolítica do Presidente Daniel Ortega, que,em tempo, promoveu a abertura política, res­ponsável, afinal, para a transição democrá­

. tica pacificadora. Ao contrário do que prega­ram radicais contrários à flexibilização do re-gime de força, Ortega seguiu adiante comsuas reformas, fato que, historicamente, co­loca-o na condição de estadista centro-ame­ricano, responsável pela condução do retomodo seu país ao pleno Estado de direito. Nós,do PRP, auguramos votos de feliz caminhadado novo processo político nicaragüense e demaior fortalecimento dos laços de amizadecom o nosso País.

Era o que tinha a dizer.

O Sr. Nilson Gibson -Sr. Presidente, peçoa palavra, pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio de Olivei­ra) - Tem V. Ex' a palavra.

O SR. NILSON GmSON (PMDB - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,em nome dtl PMDB de Pernambuco', comu­nico à Casa que o nosso Líder, Ibsen Pinhei­ro, foi reeleito para exercer novo mandatona condição de Líder do nosso partido, pç>runanimidade. (Palmas.) . . '

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio de Olivei­ra) - A Presidência associa-se às manifes­tações de júbilo do PMDB. Em nome da Ca­sa, parabenizo pela brilhante escolha dessegrande Líder que é, sem sombra de dúvida,o Deputado Ibsen Pinheiro. (Palmas).

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Concedo a palavra, pela Liderança doPSD, ao nobre Deputado César Cals Neto.

O SR. CÉSAR CALS NETO (PSD - CE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Sr>' e Srs. Deputados, queríamos trazer, emnome do PSD, nosso protesto contra o vergo­nhoso festival de remarcações de preços, deacentuada carestia, caracterizando os primei-

. ros dias do mês de março, os últimos do Go·verno atual.

1110 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NAqONAL (Seção I) Março de 1990

É preciso que haja consciência de que oassalariado, <) trabalhador e a classe médiaestão sendo virtualmente esmagados por essel?rocesso desenfreado de aumento de preços.E necessário apoiar o Presidente eleito, Fer­nando Collor de Mello, na sua determinaçãode, no dia 16 de março, baixar medidas defini­tivas a fim de que desapareça, de uma vezpor todas, a especulação descomedida queestamos observando.

Gostaria, portanto, de manifestar o nossoprotesto e trazer a confiança de que medidasdrásticas, fortes e determinadas acontecerãologo no início do Governo Fernando Collorde Mello para dar um basta ao verdadeiroe vergonhoso festival de aumentos de preços,que atinge o povo frontalmente.

o SR. lPRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Concedo a palavra ao Sr. Gidel Dantas,pela liderança do PDC.

O SR. GIDEL DANTA.S (PDC - CE. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presiden­te, Sr" e Srs. Deputados, queroregistrar, des­ta tribuna, o meu profundo pesar pelo desa­parecimento, no dia 24 de fevereiro, do emi­nente ex-parlamentar e amigo, ex-DeputadoHildebrando Guimarães.

Nascido em Alagoas, foi no Estado do Cea­rá que iniciou seus estudos no campo dasCiências Jurídicas e onde desenvolveu todaa sua vida pública.

Quem,. como eu, teve o privilégio de convi­ver com Hildebrando Guimarãe~ aprendeu

.a admirar a sua inteligência e sua retidão decaráter.

Homem de profundo sentimento religioso,membro da Igreja Batista e líder evangélico,Hildebrando sempre deixou a marca de suasólida formação cristã nas obras que realizou,nos cargos que exerceu e nas funções quedesempenhou ao longo de sua atividade polí­tica.

Em 1963 foi nomeado diretor-geral do De·partamento Administrativo da Secretaria doTrabalho do Estado do Ceará. Já em 1966,candidatou-se a uma cadeira na Câmara Fe­deral, pela legenda da Aliança RenovadoraNacional, obtendo a segunda suplência. As­sumiu o mandato de maio a julho de 1967e de abril de 68 a janeiro do ano seguinte.Nas eleições parlamentares de novembro de1970, conquistou, ainda pela Arena, uma va­ga na Câmara dos Deputados, onde foi mem­bro efetivo da Comissão de Constituição eJustiça e suplente das Comissões de ServiçoPúblico e do Polígno das Secas.

Fica na lembrança e na memória dos ami­gos e do povo do Ceará a imagem' de umhomem 'Voltado para os problemas de suagente e da terra que adotou e a quem prestouos mais relevantes serviços.

Ficam a saudade e o exemplo. HildebrandoGuimarães deixa marcado no coração dosque o conheceram uma lição de desprendi­mento e de dedicação a todas as causas queabraçou em vida. Do seu mandato de Depu­tado Federal à sua atuação como Conselheirodo Cons,elho de Contas dos Municípios doCeará, to.das as suas atividades foram exer-

cidas com a força dos que crêem e com aabnegação dos que sabem doar-se.

Volto meu pensamento a Deus, rogandopela sua misericordiosa e infinita bondade,orando para que o conforto do Senhor nãofalte, nesta hora, à digníssima Senhora D'Nise Magalhães Guimarães, às filhas e aosdemais familiares do estimado amigo Rilde­brando.

Sr. Presidente, requeiro, nos termos regi­mentais, que. sejam registrados nos Anaisdesta Casa os nossos votos de pesar e quese oficie à Senhora Nise Magalhães Guima­rães e filhas e ao seu genro Dr. José MiltonCerqueira, transmitindo o teor do presenterequerimento.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Para falar pela Liderança do PRN, tema palavra o nobre Líder Arnaldo Faria deSá.

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PRN- SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presi­dente, SI'~ e Srs. Deputados, continua o Pre­sidente eleito, Fernando Collor de Mello,surpreendendo a Nação com as suas indica­ções. A primeira delas, para o Ministério da~ustiça, recaiu sobre o Deputado Bernardott;abral, nosso companheiro nesta Casa, Rela­tor da Constituinte. Depois, a dos própriosMinistros Militares, que muitos agouravampoderiam trazer alguns problemas, acabousurpreendondo favoravelmente a todos. Emseguida, tivemos, a indicação de Ozíres Silva_a o Ministério da Infra-Estrutura, que,..mbém surpreendeu favoravelmente, tendo'recebido o apoio de algumas correntes conhe­cidllS como as que querem a privatização aqualquer preço e a qualquer custo. No entan­to, aqueles que preferem manter a estatiza­ção, ainda com a ineficiência do setor públi­co, se mostraram contrários.

Posteriormente tivemos a nomeação deZélia Cardoso de Melo para Ministra da Eco­!10mia. Todos temos a esperança de que real­mente possa ela debelar os altos índices infla­cionários.

A nomeação de Antônio Rogério Magripara o Ministério do Trabalho e PrevidênciaSocial foi o resgate de um compromisso decampanha de Fernando Collor, assusmido àsportas de fábricas, de que um sindicalista iriaocupar essa Pasta.

Quanto à nomeação, para o Ministério daEducação, de Carlos Chiareli, um compa-

·nheiro desta Casa, talvez alguns possam nãotê-Ia entendido, mas nós, que acompanhamosa campanha de Fernando Collor, sabemosqual foi o desempenho, o trabalho e a lutade Carlos Chiareli durante aquele período, .e mesmo agora após S. Ex'deito, na tentativade superar dificuldades com o PSDB; e, ain­da, o seu trabalho para a aceitação de Lut-

·zemberg para a Secretaria do Meio Ambien­te.

Tudo isso, Sr. Presidente, demonstra quehá pouco mais de uma semana da posse pode-

·mos ter a tranqüilidade e a certeza de queeste País poderá, efetivamente, sair da crise

em que se encontra e que os índices inflacio­nários poderão ser debelados.

Portanto, é com satisfação que, em nomeda Liderança do PRN, fazemos o registrodestes fatos, esperando que a nomeação dospróximos três ministros que faltam para com­pletar a equipe do Governo possa correspon­der totalmente ao anseio da população, e jáa partir do dia seguinte a 15 de março, quandocomeça de fato a sua ação, tenhamos medidasde impacto do novo governo. E esperamosque, com a reforma administrativa que deveser feita logo, que este Congresso possa assu­

.mir as suas responsabilidades. Se FernandoCollor precisa do Congresso, este Congressoprecisa de Governo. Falo e repito: precisade governo, e não do governo. Isso é muitoimportante, neste momento em que o Paístodo está sem governo.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Concedo a palavra ao Sr. Plínio ArrudaSampaio, Líder do Pr.

O SR. PLÍNIO ARRUDA SAMPAIO (Pr- SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presi­dente, Sr" e Srs. Deputados, esta comuni­cação singela visa simplesmente registrar queo Partido dos Trabalhadores se associa aopesar de toda a Nação, pelo falecimento hojedo ex-Senador Luís Carlos Prestes, no Riode Janeiro.

Nossa bancada junta-se às homenagensque estão sendo prestadas a esse grande brasi­leiro. Queria deixar, pois, em meu nome eem nome da bancada, uma palavra de respei­to a essa liderança. A palavra que mais cabeao velho Prestes é coerência. Pode-se.concor­dar ou discordar da sua liderança política,mas ninguém pode negar sua integridade pes­soal, seu valor moral e a coerência das suasatitudes. O partido dos Trabalhadores rendeseu tributo de pesar pelo falecimento desseilustre homem público.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)-Concedo a palavra à SI' Sandra Cavalcanti,pela liderança do PFL.

A SRA. SANDRA CAVALCANTI (PFL­RJ. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presi­dente, Sr" e Srs. Deputados, amanhã o mun­do comemora o Dia Internacional da Mulher.Festas por toda a parte exaltando esta metadeda população do Planeta que dá a ele a garan­tia de sua continuidade e o embeleza comsua capacidade de .amar e de srevir ao pró­ximo.

O Brasil, que tem uma série de compro­missos a resgatar ainda com a população fe­minina, deu, de fato, nestes últimos anos,alguns passos muito expressivos nesta dire­ção. A nossa Constituição registrou o reco­nhecimento dos direitos fundamentais da mu­lher nas áreas do trabalho, da maternidade,da prestação de serviços e, aos poucos, a pre­sença da mulher em todos os campos de ativi­dade vai-se tornando uma rotina cada vezmais aceita e mais bem compreendida.

Já se foi o tempo, Sr. Presidente, em quenós, mulheres, só éramos convocadas, pela.

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1111

área da vida pública, para tarefas que tives­sem alguma relação com a pedagogia ou coma enfermagem. Hoje, no mundo inteiro,grandes figuras de mulheres exercem o co­mando de nações e o fazem com capacidade,competência, brilho, destemor, civismo emuito amor. ..

Sr. Presidente, fiéóIlluito contente quandoolho para trás e vejo que o longo caminhoque já percorri não foi em vão; que não foijogada fora a dificuldade inicial que tive deenfrentar para ocupar espeços em áreas quenão eram aquelas tradicionalmente delimi­tadas para nós.

Ainda me recordo de como foi difícil im­plantar neste País um sistema de habitaçãovoltado para as populações carentes, desti­nado a atender à massa trabalhadora. E comoas advertências que fizemos àquela época CUS"

taram a ser ouvidas.Mas hoje, Sr. Presidente, vinte e cinco anos

depois, é com imenso orgulho que nós, mu­lheres, assistimos à chegada das mulheres nasposições de comando do País.

A economia no Brasil vai ficar entregueà coragem, à bravura, à honestidade, à serie­dade e à competência de uma mulher.

A área de ação social será entregue à vivên­cia, ao conhecimento, à experiência e à capa­cidade de trabalho de uma mulher.

Durante o período da Constituição nestaCasa, 26 Deputadas demos um exemplo de .solidariedade nas questões que diziam respei­to à melhoria da situação dos desassistidos,daqueles que mais precisam de ajuda e deapoio. Foi graças a nossa união, independen­temente de sigla partidária, que nossas con- .quistas puderam ser inseridas no texto consti-

. tucional. São 26 Deputadas que podem estarem legendas diferentes, mas quando se trata­va da criança, do aposentado, do adolescen­te, do menor carente, do excepecionale daspessoas privadas de sua integridade física, abancada feminina sempre se esqueceu dassuas divergências partidárias, para formar,unida, um bloco que nesta Casa liderava essasmatérias.

Por isso, Sr. Presidente, não quero deixarpassar em branco a data de ·amanhã. Ao fina­lizar, falando em nome da Liderança do PFL,devo dizer que é muito oportuno que esteano o Papa João Paulo II tenha determinadoa toda a cristandade -, e principalmente aoscatólicos de todo o Brasil -, que se debrucesobre o problema da participação da mulherna vida de todo o Planeta, de todos os países,de todas as comunidades e famílias.

Em nome das mulheres, principalmenteem meu nome pessoal, registro com muitasatisfação que, passados 25 anos, posso dizerque a mentalidade dos homnes do Brasil mu­dou nesta matéria, amadureceu neste senti­do; que a população masculina do Brasil cres­ceu e tornou-se muito mais capaz de entendereste fato transcendental da nossa presençana vida pública, como não acontecia há anos.

A geração mais moça, hoje, não sente qual­quer espanto e está encarando com à plaiornaturalidade o fato de ver a economia do

Brasil, de repente, comandada por uma mu­lher.

Por isso, Sr. Presidente, quem precisa rece­ber os parabéns no dia 8 de março, Dia Inter­nacional da Mulher, são os homens que pro­grediram nesta matéria, foram capazes deabrir suas cabeças e seus corações para deixarde discriminar indevidamente a participaçãoda parcela talvez mais importante da popu-'lação do Planeta.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Concedo a palavra ao Sr. Tidei de Lima,pela liderança do PMDB.

O SR. TIDEI DE LIMA (PMDB - SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Sr' e Srs. Deputados, trazemos aqui, em no­me da Liderança do PMDB, uma preocu­pação muito grande. Trata-se da notícia pu­blicada hoje no jonal O Globo, sob o título:"CFP: Prejuízo de Milhões com Frete."

Sr. Presidente, este caso da CFP, de trans­porte de grãos, foi produto do trabalho deuma Subcomissão da Comissão de Fiscaliza­ção e Controle da Câmara dos Deputados,da qual fui o Presidente. Nela se investigoua fundo o relacionamento da CFP, da RedeFerroviária Federal e das empresas de trans­porte de grãos contratadas pela Rede Ferro­viária Federal para a CFP.

Estamos, pois, em condições, Sr. Presiden­te, de, ao ler esta notícia, questioná-la. Dizo jornal:

"A Rede Ferroviária Federal tinha,sobre este repasse, 5% dos fretes trans­portados pela Wadel.

A Subcomissão Parlamentar de Inqué­rito ouviu vários transportadores, repre­sentantes da CFP e do Ministério daAgricultura. Acompanhando mais aindaa Subcomissão, nas suas reuniões, repre­sentantes da Procuradoria-Gerais da Re­pública e também do Tribunal de Contasda União.

A Companhia de Financiamento daProdução - CFP - Já autorizou - edeve liberá-lo antes do final do GovernoSarney - o pagamento de 150 milhõesde cruzados novos para a transportadoraWadel, a título de complementação decustos sobre frete. A operação, que écriticada por funcionários da Compa­nhia, atende a pedido da Rede Ferro­viária Federal, que subcontata a Wadelpara remoção de cereais onde seus trensnão chegam. A rede quer reajuste nospreços dos fretes entre julho e dezembrode 1989. A Wadel, contratada da Redepara transportar safras compradas e ar­mazenadas pela CFP, garante que per­deu dinheiro desde o descongelamento .do Plano Verão, em julho de 1989."

Sr. Presidente, ós fatos foram os seguintes:A CFP contratou a Rede após anular várias

concorrências. Depois que várias companhiasdesistiram de efetuar o transporte, a CFPcontratou a Rede Ferroviária sem concorrên­cia pública. E por coincidência, havia um con­trato da Rede com a Wadel, empresa de Bra-

sília, de propriedade do Sr. Wagner Canhe~

do, muito amigo do Sr. Presidente da Repú­blica e de seus familiares.

O Sr. Wagner Canedo passou, então, aser absoluto no transporte de grãos da RedeFerroviária Federal. Possuía um contrato quelhe dava a exclusividade desse transporte eque, em 1989, no período de dez meses lherendeu 54 milhões de dólares.

Ao final, conseguiram-se depoimentosquantos aos preços pagos à Wadel. Esta rece­beu, por exemplo, de junho a agosto, algoem torno de NCz$ 85,00 por tonelada; repas­sava a NCz$ 35,00 a um segundo interessado;este repassava ao executor do frete, a NCz$12,00 a tonelada. São 600% acima do preçodo mercado. Agora, vem dizer que tem dereceber complementação do preço do frete,alegando que o mesmo estava defasado!

Sr. Presidente, o PMDB, através de sualiderança, neste momento chama a atenç.ãoda Procuradoria Geral da República, queacompanhou a Subcomissão Parlamentar deInquérito, como também do Tribunal deContas da União, para que nã? se configureesse crime de lesa-Tesouso. E um absurdoque ao final deste Governo se pratique umaação desse tipo, que lesará o Tesouro em150 milhões de cruzados novos, como se fosseum fim de feira, um final de festa. Ou seja,aqueles que já se locupletaram no banquetedesses cinco anos de Governo Sarney, apro­veitam-se desse final de administração parasaborear uma sobremesa que não lhes serácobrada, porque estamos a poucos dias datransferênacia do poder, e não há mais quefazer com relação ao Governo que aí está.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, a notíciapublicada hoje pelo jornal O Globo é de estar­recer, principalmente para aqueles que acom­panharam o trabalho da referida Subcomis­são. O Presidente da Comissão de Fiscali­zação e Controle, Deputado Fernando Gás­parian, que patrocinou essa Subcomissão ­e aproveito a oportunidade para dizer quelamentavelmente a Comissão de Fiscalizaçãoe Controle não mais funcionará nesta Casa- é testemunha desse fato, pois acompanhouos trabalhos e foi quem nos alertou para oproblema noticiado em O Globo. Isto é umavergonha, um crime que se comete numa na­ção que está tentando, de uma forma ou deoutra, resolver os seus problemas apartir daprobidade e da austeridade. O Ministro daAgricultura que, também está compromissa­do com esse esquema, teria o dever moralde obstar um absurdo desses. trata-se de umroubo, Sr. Presidente, que o PMDB, atravésda sua Liderança, não pode permitir fiqueimpune, sem um protesto neste Plenário daCâmara dos Deputado. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Concedo a palavra ao Sr. José Tavares,pela liderança do PMDB.

O SR. JOSÉ TAVARES (PMDB - PRoSem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Sr's e Srs. Deputados, gostaria de fazer umacomunicação bastante rápida a respeito dofalecimento do grande político Luís Carlos

1112 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

Prestes. A Liderança do PMDB associa-seàs homenagens prestadas pelas demais Lide­ranças e estende os pêsames aos familiaresdo ilustre morto.

Indiscutivelmente, trata-se de uma dasgrandes fíguras políticas deste País, que deixaum legado à História, pela sua coerência, suaserenidade, seu idealismo e sua honradez.Homem firme, fez uma opção de vida. Serviuàs Forças Armadas, foi Deputado e Senadore procurou perseguir, com seu idealismo, umprojeto ele vida pública e de concepção devida para o País.

Por isso mesmo, o PMDB, através da suaLiderança, manifesta nesta hora seu profun­do pesar pelo falecimento de Luís CarlosPrestes.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Concedo a palavra o Sr. Adolfo Oliveira,Líder do PL.

O SR. ADOLFO OLIVEIRA (PL - RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Sr's e Srs. Deputados, um dos fatores maisimportantes para a segurança, firmeza e efi­ciência dos trabalhos legislativos é o esforço,muitas vezes anônimo, das Lideranças.

Nossa presença nesta tribuna, na sessãode hoje, representa uma homenagem proto­colar e muito mais a expressão do reconhe­cimento e da alegria com que tomamos co­nhecimento da recondução democrática, pelovoto, por parte da bancada do Partido doMovimento Democrático Brasileiro, do Lí­der Ibsen Pinheiro.

Em nome do Partido Liberal, felicitam abancada do PMDB, que merece parabéns pe­la manifestação insofismável em favor da re­condução do seu Líder.

Nosso depoimento, Sr. Presidente, é o deque, em todos os momentos, sempre de ma­neira elegante, educada, cortês e eficiente,Ibsen Pinheiro defendeu os interesses de suaagremiação, mas colocando acima de tudoos interesses da Câmara dos Deputados.

A recondução de Ibsen Pinheiro neste últi­mo ano de legislatura dá-nos a tranqüilidadee a segurança de continuar contando com S.Ex' Em sua destacada atuação, presidiu de­moradíssimas reuniões, em busca do consen­so de todas as correntes partidárias represen­tadas nesta Casa, sempre com a mesma dispo­sição e a mesma consideração por todos osseus companheiros, líderes ou não, com re­sultados que gratillEam o exercício de nossotrabalho parlamentar.

Assim, nós do PL, que sempre estivemosao lado das posições e dos trabalhos do Líderdo PMDB, queremos manifestar à bancadado Partido do Movimento Democrático Bra­sileiro o nosso júbilo, o nosso regozifo pelaconfirmação do Deputado Ibsen Pinheiro co­mo seu líder.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Vai-se passar à Ordem do Dia.

COMPARECEM MAIS OS SRS:Acre

Alércio Dias - PFL; Geraldo Fleming ­,f.MDB; Maria Lúcia - PMDB; RubemBranquiruho - PL.

Amazonas

Carrel Benevides - PTB.

Rondônia

AssisCanuto-PL; José Viana-PMDB.

Pará

Aloysio Chaves - PFL; Amilcar Moreira- PMDB; Arnaldo Moraes - PMDB; As­drubal Bentes - PMDB; Carlos Vinagre­PMDB; Domingos Juvenil-PMDB; FaustoFernandes - PMDB; Gabriel Guerreiro ­PSDB; Mário Martins - PMDB.

Tocantins

Freire Júnior - PRN; Leomar Quintanilha- PDC; Paulo Sidnei - PMDB.

Maranhão

Albérico Filho - PDC; Eurico Ribeiro ­PRN; Haroldo Sabóia - PMDB; Jayme San­tana - PSDB; José Carlos Sabóia - PSB;Victor Trovão - PFL; Vieira da Silva ­PDS; Wagner Lago - PMDB.

Piauí

Átila Lira - PFL; Felipe Mendes - PDS;José Luiz Maia - PDS; Manuel Domingos- PC do B; Mussa Demes - PFL; PaesLandim - PFL; Paulo Silva - PSDB.

Ceará

Bezerra de Melo - PMDB; Carlos Virgílio- PDS; César Cals Neto - PSD; EtevaldoNogueira - PFL; Expedito Machado ­PMDB; Firmo de Castro - PMDB; GidelDantas - PDC; José Lins - PFL; LúcioAlcântara-PDT; Manuel Viana-PMDB;Mauro Sampaio - PMDB; Moema São Thia­go - PSDB; Osmundo Rebouças - PMDB;Raimundo Bezerra - PMDB; UbiratanAguiar-PMDB.

Rio Grande do Norte

Ismael Wanderley - PTR; Marcos For­miga - PL; Ney Lopes - PFL; Vingt Rosa­do-PMDB.

Paraíba

Adauto Pereira - PDS; Antonio Mariz-PMDB; Evaldo Gonçalves - PFL; Fran­cisco Rolim - PSC; João Agripino ­PMDB.

Pernambuco

Cristina Tavares - PSDB; Fernando Lyra- PDT; Gilson Machado - PFL; GonzagaPatriota - PDT; Harlan Gadelha - PMDB;Horácio Ferraz-PSDB; José Jorge-PFL;José Mendonça Bezerra-PFL; José Tinoco- PFL; Marcos Queiroz - PMDB; MaurílioFerreira Lima - PMDB; Osvaldo Coelho- PFL; Oswaldo Lima Filho - PMDB; Pau­lo Marques - PFL; Salatiel Carvalho ­PFL.

Alagoas

Antonio Ferreira - PFL; Eduardo Bonfim-PC do B; Geraldo Bulhões -PRN; JoséCosta - PSDB; Roberto Torres - PTB.

Sergipe

Bosco França - PMDB; Cleonâncio Fon­seca - PFL; Djenal Gonçalves - PMDB;João Machado Rollemberg - PFL; Leopol­do Souza - PMDB.

Bahia

Abigail Feitosa - PSB; Benito Gama ­PFL; Celso Dourado - PSDB; DomingosLeonelli - PSB; Eraldo Tinoco - PFL;Francisco Benjamim - PFL; Francisco Pinto- PMDB; Genebaldo Correia - PMDB;Haroldo Lima - PC do B; Jairo Carneiro- PFL; Jorge Hage - PSDB; Jorge Me­dauar-PMDB; José Lourenço-PDS; Jua­thy Júnior - PMDB; Leur Lomantó - PFL;Manoel Castro - PFL; Marcelo Cordeiro- PMDB; Milton Barbosa - PFL; NestorDuarte - PMDB; Raul Ferraz - PMDB;Sérgio Brito - PDC; Virgildásio de Senna- PSDB; Waldeck Ornélas - PFL.

Espírito Santo

Hélio Manhães - PMDB; Jones SantosNeves - PL; Lezio Sathler - PSDB; NelsonAguiar - PDT; Pedro Ceolin - PFL; RitaCamata - PMDB; Rose de Freitas - PSDB.

Rio de Janeiro

Amaral Netto - PDS; Arolde de Oliveira- PFL; Bocayuva Cunha - PDT; BrandãoMonteiro - PDT; Carlos Alberto Caó ­PDT; Doutel de Andrade - PDT; EdésioFrias - PDT; Edmilson Valentim - PC doB; Ernani Boldrim - PMDB; Flávio Palmierda Veiga - PMDB; Francisco Dornelles­PFL; Gustavo de Faria -; Jorge Leite ­PMDB; José Carlos Coutinho - PL; JoséLuiz de Sá - PL; Luiz Salomão - PDT;Márcio Braga - PDT; Messias Soares ­PMDB; Miro Teixeira - PDT; Nelson Sabrá- PRN; Paulo Ramos - PDT; Ronaldo Ce­zar Coelho - PSDB; Rubem Medina ­PRN; Sérgio Carvalho - PDT; Simão Sessim- PFL; Vladimir Palmeira - PT.

Minas Gerais

Aécio Neves - PSDB; Álvaro Antônio- PMDB; Alysson Paulinelli - PFL; CarlosCotta - PSDB; Carlos Mosconi - PSDB·Christóvam Chiaradia - PFL; Dálton Cana:brava-PMDB; Elias Murad-PSDB; Ge­nésio Bernardino - PMDB; Ibrahim Abi­Ackel - PDS; Israel Pinheiro - PMDB;João Paulo - PT; José da Conceição ­PMDB; José Geraldo - PL; José Mendonçade Morais - PMDB; José Santana de Vas­concellos - PFL; Lael Varella - PFL; LuizLeal - PMDB; Marcos Lima - PMDB; Má­rio Assad - PFL; Mário de Oliveira - PRN;Maurício Campos - PL; Melo Freire ­PMDB; Milton Lima - PMDB; Milton Reis-; Octávio Elísio - PSDB; Paulo Almada- PMDB; Roberto Brant - PMDB; RonaroCorrêa - PFL; Saulo Coelho - PFL; SérgioNaya - PMDB; Sérgio Werneck - PL; Síl­vio Abreu - PDT; Virgílio Guimarães ­PT; Ziza Valadares - PSDB.

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1113

São Paulo

Afif Domingos - PL; Antônio Perosa ­PSDB; Antônio Salim Curiati - PDS; Aris­tides Cunha - PSC; Arnold Fioravante ­PDS; Caio Pompeu de Toledo - PSDB; Cu­nha Bueno - PDS; Dirce Tutu Quadros ­PSDB; Doreto Campanari - PMDB; FábioFeldmann - PSDB; Fausto Rocha - PRN;Fernando Gasparian - PMDB; GeraldoAlckmin Filho - PSDB; Gumercindo Milho­mem - PT; Hélio Rosas - PMDB; IrmaPassoni - PT; Jayme Paliarin - PTB; JoãoCunha- PST; João Herrmann Neto - PSB;João Rezek - PMDB; José Camargo ­PFL; José Egreja - PTB; José Genoíno­PT; José Maria 'Eymael - PDC; José Serra- PSDB; LeonelJúlio - PPB; Luiz EduardoGreenhalgh - PT; Luiz Gushiken - PT;Luiz Inácio Lula da Silva - PT; Maluly Neto- PFL; Manoel Moreira - PMDB; MendesBotelho - PTB; Nelson Seixas - PDT; Pau­lo Zarzur - PMDB; Ricardo Izar - PL;Robson Marinho - PSDB; Roberto Rollem­berg - PMDB; Samir Achôa - PMDB;Theodoro Mendes - PMDB; Tidei de Lima- PMDB; Ulysses Guimarães - PMDB.

Goiás

Aldo Arantes - PC do B; Délio Braz­PMDB; Fernando Cunha - PMDB; IturivalNascimento - PMDB; Jales Fontoura ­PFL; José Freire~ PMDB; Lúcia Vânia­PMDB; LuizSoyer-PMDB; Mauro Miran­da - PMDB; Naphtali Alves de Souza ­PMDB; Tarzan de Castro - PDT.

Distrito Federal

Geraldo Campos - PSDB; Márcia Kubits­chek - PRN; Maria de Lourdes Abadia ­PSDB; Valmir Campelo - PTB.

Mato Grosso

Ubiratan Spinelli - PLP.

Mato Grosso do Sul

Gandi Jamil - PFL; Ivo Cersósimo ­PMDB; José Elias - PTB; Levy Dias ­PFL; Saulo Queiroz- PSDB; Valter Pereira-PMDB.

Paraná

Airton Cordeiro - PFL; Alarico Abib ­PMDB; Antônio Ueno - PFL; Basilio Villa­ni - PRN; Borges da Silveira - PDC; ErvinBonkoski - PTB; Jacy Scanagatta - PFL;Jovanni Masini - PMDB; Matheus Iensen- PMDB; Maurício Fruet - PMDB; MaxRosenmann - PL; Nelton Friedrich ­PSDB; Renato Johnsson - PRN; SantinhoFurtado -'- PMDB; Waldyr Pugliesi ­PMDB.

Santa Catarina

Artenir Werner - PDS; Cláudio Avila­PFL; Eduardo Moreira - PMDB; HenriqueCórdova-PDS; Ivo Vanderlinde-PMDB;Orlando Pacheco - PFL; Paulo Macarini ­PMDB; Ruberval Pilotto - PDS; VictorFontana-PFL; Walmor de Luca-PMDB.

Rio Grande do Sul

Antônio Britto -PMDB; Arnaldo Prieto- PFL; Carlos Cardinal- PDT; Erico Pego­raro - PFL; Floriceno Paixão - PDT; Her­mes Zaneti - PSDB; Hilário Braun ­PMDB; Irajá Rodrigues - PMDB; João deDeus Antunes - PTB; Jorge Uequed ­PSDB; Lélio Souza - PMDB; Mendes Ri­beiro - PMDB; Nelson Jobim - PMDB;Paulo Mincarone - PTB; Paulo Paim - PT;Rospide Netto - PMDB; Ruy Nedel ­PSDB; Vicente Bogo - PSDB.

Amapá

Eraldo Trindade - PL; Geovani Borges- PRN; Raquel Capiberibe - PSB.

Roraima

Chagas Duarte - PDT.

VII - ORDEM DO DIA

o SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- A lista de presença registra o compare­cimento de 376 Senhores Deputados.

Apresentação de ProposiçõesOs Senhores Deputados que tenham pro­

posições a apresentar poderão fazê-lo.Apresentam proposições os Senhores:

ADHEMAR DE BARROS FILHO ­Projeto de Lei que fixa o prazo para respostapara atendimento do pedido de informaçãoprevisto no inciso XXXIII, do artigo 59 daConstituição Federal.

ELIAS MURAD - Projeto de lei que dis­põe sobre a declaração da Fundação Navan­tino Alves como de utilidade pública.

ARNALDO FARIA DE SÁ - Projetode lei que institui o pagamento quinzenal aossegurados da Previdência Social.

OSWALDO LIMA FILHO - Projeto delei que dispõe sobre a complementação deaposentadoria de ferroviários e dá outras pro­vidências.

PAULO PAIM - Projeto de lei que dis­põe sobre a capacidade civil do maior de 16(dezesseis) anos e menor de 18 (dezoito) anospara o fim específico de movimentação dosdepósitos em Caderneta de Poupança.

PAULO ZARZUR - Projeto de lei queproíbe que as transportadoras descontem daremuneração de empregados o valor de car­ga, encomenda ou bagagem, extraviada ouavariada.

JAYME PALIARIN - Requerimento pa­ra consignar nos anais da Câmara dos Depu­tados voto de congratulações com o povo eautoridades de Campos Novos Paulista, Esta­do de São Paulo, pela passagem do aniver­sário da cidade no próximo dia 10 de março.

GEOVANI BORGES -'- Projeto de leique dá nova redação ao art. 548 do Códigode Processo Civil.

CUNHA BUENO - Projeto de lei quedispõe sobre o mandado de injunção.

- Projeto de lei que institui a Comenda"Cruz do Heroísmo Cívico".

- Projeto de lei que institui o Sistema Na­cional de Saneamento Básico, e dá outrasprovidências.

- Projeto de lei que considera exploradoeconomicamente o imóvel rural coberto comfloresta de preservação permanente.

FRANCISCO AMARAL - Projeto de leique autoriza o intercâmbio de bilhetes de pas­sagens aéreas entre as companhias transpor­tadoras.

LUIZ LEAL - Projeto de lei que permiteàs Prefeituras das cidades de pequeno e mé­dio portes, captação e retransmissão de rá­dios FM, nas condições que especifica.

ROBERTO VITAL - Projeto de lei queregulamenta o regime da prestação de servi­ços públicos, através de concessões e permis­sões, previsto no artigo 175 da ConstituiçãoFederal.

GANDI ,JAMIL- Projeto de lei que regu­la o artigo 79, inciso V, da Constituição Fe­deral.

- Projeto de lei complementar que alterao artigo 477 da Consolidação das Leis do Tra­balho - CLT, regulando o artigo 79, incisoI, da Constituição Federal.· -:- Projeto de lei que regula o artigo 79 ,

InCISO XXIII, da Constituição Federal.· -:- Projeto de lei que regula o artigo 79 ,

InCISO XXVI, da Constituição Federal.· -:-Projeto de lei que regula o artigo 79,

InCISO XXXIII, da Constituição Federal.- Projeto de lei que regula o artigo 79 ,

inciso XXI, da Constituição Federal, alteran­do o artigo 487 da Consolidação das Leis doTrabalho - CLT.· -:-Projeto de lei que regula o artigo 79,

InCISO XXVII, da Constituição Federal.- Projeto de lei que altera n9 6.815, de

19 de agosto de 1980, regulando o artigo 12.item lI, alínea a), da Constituição Federal. .

- Projeto de lei que regulamenta o dispos­to no item XXV do artigo 79 da ConstituiçãoFederal.

- Projeto de lei que regulamenta o artigo10 da Constituição Federal.

- Projeto de lei que regulamenta o pará­grafo único do artigo 89 da Constituição Fe­deral.

- Projeto de lei que regula o artigo 37,inciso VIII, da Constituição Federal.

- Projeto de lei que dispõe sobre salário­família.

LEONEL JÚLIO - Projeto de lei quedispõe sobre a apelação em crimes contrao patrimônio ou contra os costumes.

SAULO QUEIROZ - Projeto de lei queregula o acesso gratuito, pelos Partidos Políti­cos, ao rádio e televisão, de acordo com o§ 39 , do artigo 17, da Constituição, e dá outrasprovidências..

EUCLIDES SCALCO - Projeto de leique dispõe sobre o direito dos Partidos Políti­cos aos recursos do Fundo Partidário, deacordo com o § 39, do art. 17, da Constituição,estabelece normas de finanças e contabilida­de partidárias e dá outras providências.

ROSÁRIO CONGRO NETO - Projetode lei que veda a cobrança de taxa de inscri­ção para concursos públicos realizados por

1114 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

órgãos da Administração Federal Direta, In­direta ou Fundamental de qualquer dos Pode­res da União.

HARLAN GADELHA - Projeto de leique autoriza o Poder Executivo a criar a Es­cola Técnica Federal de Itaquitinga, no Muni­cípio de Itaquitinga, no Estado de Pernam­buco.

- projeto de lei que autoriza o Poder Exe­cutivo a criar a Escola Técnica Federal deCondado, no Município de Condado, no Es­tado de Pernambuco.

Luís SALOMÃO - Projeto de lei com­plementar que veda a emissão de ações, títu­los e demais obrigações ao portador.

CARLOS ALBERTO CAÓ - Projeto delei que determina a inclusão no cálculo dosalário mínimo, de percentual corrigindo de­fasagem resultante do Plano Verão.

IRAJÁ RODRIGUES - Projeto de leique dispõe sobre a transformação da EscolaTécnica Federal de Pelotas, Rio Grande doSUl, em Centro Federal de Educação Tecno­lógica.

JOSÉ CARLOS COUTINHO - Emendamodificativa ao Projeto de Lei Complemen­tar n' 154/89, que dispõe sobre o Sistema Fi­nanceiro Nacional - Art. 192.

LÉZIO SATHLER - Projeto de lei queestabelece em 3 (três) dias a licença a funcio,nário, empregado, em virtude de falecimentode pai, mãe, esposo, esposa; filho.

JOSÉ SANTANA DE VASCONCE­LLOS - Projeto de lei que regulamenta oprocesso e execução das penas nos erimesde cárceres privado e de extorsão medianteseqüestro, previsto nos artigos 148 e 159 doCódigo Penal.

-Projeto de lei que regulamenta o art.5', XLIII da Constituição Federal.

ANTÓNIO SALIM CURIATI - Projetode lei que autoriza o Poder Executivo a criarEscola Agrotécnica Federal de Itararé noMunicípio de Itararé, Estado de São Paulo.

- Projeto de lei que autoriza o Poder Exe­cutivo a ,criar a Escola Técnica Federal deFartura, Estado de São Paulo.

- Requerimento de informações ao Minis­tério das Relações Exteriores sobre os qua­

, dros da representação diplomática brasileiranos Estados Unidos.

PAULO MA~QUES-P~oj~tode lei queestabelece ó percentual de catr0s produzidospelas mOlltadorfls, para efeito de isenção tri­butária conferida aos automÓveis destinadosaos serviço de táxi.

RAQUEL CÃNDIDO - Projeto de leique autoriza o Poder Executivo a Instituiro Sistema de Compensação de CobrançaBancárias. ' , ,

FERNANDO SANTANA':"" Projeto delei que altera a Lei nº 5.194, de 24 de dezem­bro de 1966 que regula o exercício das profis­sões de engenheiro, arquiteto e engenheiro­agrônomo, dispondo sobre eleições diretaspara Presidentes dos Conselhos Federal e Re­gionais d(~ Engenharia, Arquitetura e Agro­nomia e dá outras providências.

ANTÓNIO CARLOS MENDES THA­ME - Projeto de lei que fixa o salário profis-

s!onal dos professores e dá outras providên­cias.

,JOVAN~ M~SINI - Projeto de lei queda denommaçao a viaduto existente naBR-376, KM 110,2.

ZIZA VALADARES - Projeto de leique acrescenta inciso ao art. 14 da Lei n'7.713, de 22 de dezembro de 1988.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- De acordo com o art. 64, § 2' da Consti­tuição, deixa de ser votado o requerimentosobre a mesa, desde que existe matéria so­brestando toda a pauta.

Como os Líderes não chegaram a um acor­do em torno da consulta feita pela Tvfesa sobrea tramitação das mensagens do Poder Execu­tivo para concessão ou renovação de emis­soras de rádio e televisão - parecer do ilustreRelator Nelson Jobim - esta Presidênciaadia fada a votação para a sessão de amanhã.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)-Comunico ao Plenário que, de acordo como art. 65, inciso IV, combinado com o art.68 do Regimento Interno, a Mesa defere inIimine o seguinte requerimento:

Senhor Presidente,Nos termos regimentais, requeiro a Vossa

Excelência seja reservada uma sessão parahomenagear a figura histórica do ilustre ho­mem público,que foi Luís CARLOS PRES­TES, Presidente de Honra do nosso Partidono Rio de Janeiro, falecido na madrugadade hoje.

Sala das Sessões, 7 de março de 1990. ­Deputado Doutel de Andrade, Líder do PDT- Gastone Righi, Líder do PTB - EuclidesScalco, Líder do PSDB - Ibsen Pinheiro,Líder do PMDB - Plínio Arruda Sampaio,Líder do PT.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- No mesmo sentido, há <requerimento danobre Deputada Abgail Feitosa, do PSB daBahia, e do Deputado Paulo Paim, do PTdo Rio Grande do SUL

Fica, portanto, reservada uma sessão parahomenagear Luís Carlos Prestes, em data aser acertada oportunamente.

A Mes'a comunica ao Plenário que tambémdeferiu o requerimento do ilustre Líder Eucli­des Scalco, do PSDB, solicitando seja prorro­gada.a sessão ordinária desta Casa no próxi­mo dia 8 do corrente para homenagear o DiaInternacional da Mulher.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Sobre a mesa requerimento assinado pelonobre Deputado Renato Vianna, Vice-líderdo PMDB, solicitando seja designada umasessão para homenagear a memória de umdos mais ilustres Parlamentares do Estadode Santa Catarina e Governador em exer­cício, recentemente falecido, Pedro Ivo Cam­pos.

Portanto, fica reservada uma sessão parahomenagear o ex-Governador e ex-Deputa­do Pedro Ivo Campos, em data a ser acertada.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Vai-se passar ao horário de

VIII - COMUNICAÇÕES PARLA­MENTARES

O Sr. Edmilson Valentim - Pela ordem,Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Pela ordem, concedo a palavra ao nobreDeputado Edmilson Valentim.

O SR. EDMILSON VALENTIM (PC doB - RJ. Sem revisão do orador.) - Sr. Presi­dente, recebemos os contra cheques de al­guns trabalhadores de empresas - Sitrame Ipanema que prestam serviço a esta Casa,os quais se encontram em greve. Seus saláriossão irrisórios. Recebem apenas NCz$1.500,00. O valor dos vales-refeições é deNCz$ 44,00 por mês, para pagar uma aliemt­nação que, no próprio "Bandejão" da Câma­ra, já subsidiado. custa NCz$ 50,00.

Solidarizamo-nos com esses trabalhadores,por serem vítimas de profunda exploração,cometida pelas referidas empresas, com certaconivência - não s~i a palavra é conivênciaou omissão - por parte da administraçãoda Câmara dos Deputados.

Esse tipo de contrato, de locação de mão­de-obra, gerou, aliás. grande polêmica quan­do da elaboração da Constituição. Não se'pode permitir, que na Câmara dos Deputa­dos, Casa dos representantes do povo, essetipo de exploração. '

Era esta a nossa reclamação. Gostaríamosde ouvir da Presidência da Casa informaçõessobre as providênciasque serão toinadas parasanar de vez esse problema.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Esta Presidência, em nome da Mesa, seassocia a V. Ex' na manifestação de repúdioa essas empresas, que realmente estão pagan­do salário irrisório àqueles que prestam servi­ços à Casa.

Entrarei em contato com o Diretor-Geralda Câmara. que tem agido prontamente emtodos os momentos, para que possamos to­mar uma decisão, de modo a sanar a injustiçaque se pratica contra esses humidles trabalha­dores. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Concedo a palavra ao Sr. Arnaldo Fariade Sá, pelo PRN.

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PRN- SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Srs. Deputados, sendo um assun­to pessoal, ainda que público, não comuni­caria à Casa o fato de ter sido o DeputadoArnaldo Faria de Sá eleito Presidente da"Portuguesa", em São Paulo. Mas o fato deo Deputado Fausto Rocha, ter-me cumpri­mentado publicamente na sessão obriga-mea comentar aspectos dessa eleição.

Quando, no início deste ano, um grupode conselheiros procurou-me para ser candi­dato à Presidência da Associação Portuguesade Desportos, aleguei que só o seria se pu­desse contar com o apoio das outras duaschapas de oposição.

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção !) Quinta-feira 8 1115

Assim ocorreu: ficou a chapa das oposiçõescom o Deputado Arnaldo Faria de Sá e achapa da situação.

Porém, antes da eleição no dia 5 de março,o candidato da situação retirou-se, restandosó a nossa candidatura, razão pela qual fomoseleitos por aclamação.

Agora a Portuguesa terá uma administra­ção ousada e audaciosa. Aliás, sem contatoanterior, convidamos para nossa diretoriaelementos que eram da outra chapa, com oobjetivo da pacificação, e a surpresa foi geral,ficando alguns conselheiros atônitos e per­plexos.

A Vice-Presidência de Futebol, o cargomais disputado e que deixaria seqüelas, nãopreenchemos: assumimos a responsabilida­de. Nomeamos apenas diretores e, entre eles,um que é presidente de honra da torcida uni­formizada, inovando na administração dosgrandes clubes do futebol brasileiro.

Vamos buscar, junto com a grande torcidarubro-verde, o almejado título.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Concedo a palavra ao Sr. Edmundo Galdi­no, pelo PSDB.

O SR. EDMUNDO GALDINO (PSDB ­TO. Prqnuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Sr" e Srs. Deputaqos, ainda guar­do comigo as imagens destas galerias virtual­mente tomadas por caboclos de mãos caleja­das, por comerciantes, fazendeiros, mulheresdo povo, profissionais liberais, todos elesigualmente cônscios e determinados a escre­ver sua própria história.

Debruço-me hoje nas saudosas lembrançasdo passado, porque me cabe a dolorosa mis­são de dizer às Sr" e aos Srs. Deputados queo Tocantins não é mais um Estado a ser cons­truído, tornou-se um espólio de guerra a sersaqueado pelo atual Governo.

O meu Estado parece ter sido conquistadopor Átila, o rei dos Hunos, tamanho o saque,a.barbárie e a truculência oficial perpetradascontra a sociedade civil e os bens do Estado.Tudo que puder tornar-se moeda de valorestá sendo pronto a ser barganhado pelo dés­pota que nos governa.

Conta a história medieval que Átila, co­nhecido pela alcunha de "Flagelo de Deus",destruía tudo que o seu braço assassino pu-odesse alcançar. Em nada diferencia-se destafigura macabra o Governador do Tocantins.

Trago comigo, acompanhado das devidasprovas legais, um rosário infindável de crimespraticados contra o patrimônio do Estado eseu povo.

Devem V. Ex" recordar-se de que o Tocan­tins foi criado sem qualquer dívida. Constada Constituição Federal tal determinação.Sedundo a Lei Maior, o Governador do To­cantins, eleito a 15 de novembro de 1988 paraum mandato-tampão de dois anos, tomariaposse no dia 1" de janeiro de 1990, passandoo Estado a existir de fato a partir deste mo­mento. Vale dizer que até 31 de dezembrode 1988 o Tocantins não existia: legalmentepertencia ao Estado de Goiás e era adminis­trado pelo seu Governo.

A ação criminosa do Chefe do Poder Exe­cutivo Estadual ficou caracterizada já no pri­meiro dia do Governo, quando o Sr. Gover­nador baixou a Medida Provisória n9 2, de19 de janeiro de 1990, aprovada posterior­mente pela Assembléia Legislativa e que dis­põe sobre o Orçamento Anual do Estado.Ali se autoriza o refinanciamento de uma dí­vida de 26 bilhões e 900 milhões de cruzadosjunto ao Tesouro estadual. Até hoje, porém,não se sabe que refinanciamento é este, seo Estado foi instalado nesse dia, e sem dívi­das, conforme determinação constitucional;quem contraiu esta dívida, em nome de quemela foi contratada e onde foram os recursosalocados. Sobre aberrações deste porte, Sr"e Srs. Deputados, é que falarei a V. Ex"por muito tempo na tarde de hoje.

O Estado não é um fim em si mesmo. Nãopode atuar sem limites e sem controle, sobpena de submeter os interesses coletivos agrupos que eventualmente empolgam o po­der estatal.

No Tocantins, a febre privatizante quecampeia no País serviu como luva para justi­ficar os crimes de lesa-pátria perpetrados peloPoder Executivo estadual. Vendeu-se tudo.Em um ano de Governo entregou-se aos gru­pos de pressão e aos amigos do Governadora Companhia de Eletricidade (Celtimo); aCompanhia Mineralizadora (Metaltins); aCompanhia de Armazenamento e Silos (Ca­setins), e a Companhia de Água e Esgoto(Saneatins), esta em fase final de privatiza­ção. Chegou-se à vexatória situação de priva­tizar-se um projeto de ZPE (Zona de Proces­samento e Exportação) a ser implantado emAraguaína, que sequer saiu do papel.

Ao Governo do Tocantins, depois desseamplo processo de privatização, ficaram re­servados apenas as "nobres" tarefas de distri­buir galinhas, cestas básicas e praticar todaa sorte de c1ientelismo e curandeirisce social,além da contratação de funcionários públicose perseguição de adversários políticos.

O mais atroz desses crimes foi, porém, aprivatização das Centrais Elétricas do Esta­do. O Tocantins herdou de Goiás cinco usinashidroelétricas: Balsas Mineiro, Lageado, Ta­guatinga, Corujão e Lages, além de dezenasde estações rebaixadoras e milhares de quilô­metros de rede de distribuição de energia.Todo esse patrimônio, avaliado em 120 mi­lhões de dólares, foi entregue a um consórciode empresas lideradas pelo Grupo Caiuá Ser­viços de Eletricidade S/A a preço de bananapodre em final de feira. Os cofres públicosnão viram um centavo desse dinheiro. A ne­gociação foi tão espúria que, para se ter aces­so à cópia do Edital de concorrência, paga-

.va-se, a preço de agosto de 1988, 20 mil cruza­dos novos, a serem recolhidos junto à Secre­taria de Viação e Obras Públicas do Estado.Hoje a situação do tocantinense é singular:além de perder seu maior patrimônio, é víti­ma, mensalmente, de um verdadeiro estelio­nato, diante das taxas escorchantes cobradaspela empresa. São corriqueiros aumentos de1.000% ao mês. Afinal, à Celtins interessa,

coni exclusividade, o lucro, e quanto maior,melhor.

Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, se­gundo o Prof. Hélio Jaquaribe, o Brasil éo país que apresenta a mais alta taxa de con­centração de renda do mundo. Não seria exa­gero afirmar que o Tocantins é um dos Esta­dos de maior renda concentrada do Brasil.

Consta dos dados da Comissão Especialde Implantação do Estado que a mortalidadeinfantil no Tocantins é uma das mais altasdo País. Existe um médico para cada cincomil habitantes. A malária, a febre amarela,a leishmaniose, infecções respiratóriãs, sub­nutrição, micoses, o impetigo e a escabiosesão males comuns na região. Em todo o Esta­do apenas 300 residências dispõem de sistemade esgoto - uma rede de cinco quilômetroslocalizada em Araguaína.

É nesse caos social, onde 50% da popu­lação vivem nas trevas do analfabetismo ea malha asfáltica construída pelo Estado atin­ge duzentos quilômetros, que se decidiu aconstrução de Palmas, sonho megalomaníacodo Governador Siqueira Campos.

No afã de viabilizar Palmas, projeto-ân­cora de seumarketingeleitoral, o Governadornão se detém diante de coisa alguma. Comoum bárbaro conquistador medieval, servin­do-se das baionetas da Polícia Militar, desalo­jou cento e cinqüenta famílias de agricultoresque residiam na área onde será construídaa nova Capital. Vencida, pela força bruta,a resistência inicial, lançou mão o SI. Gover­nador da velha tática de terra arrasada, orde­nando que tratores de esteira destruíssem to­do e qualquer vestígio de ocupação dos ex­proprietários, inclusive removendo entulhos,restos de casas ou benfeitorias que sequerhaviam sido objeto de registro ou avaliaçãojudicial nos processos de desapropriação ins­taurados.Além de projeto ..âncora de marketing'elei­

toral, Palmas é, sem dúvida, um garimpo acéu aberto, onde o Governador e seus asse­clas enchem as suas burras.

Ofereceu '0 Governo, aos desapropriados,a irrisória quantia de 63 cruzados novos, semcorreção, por hectare, de suas propriedades.Hoje a Secretaria de Viação e Obras Públicasaliena um lote de 12x30, na área da Capital,por até 40 mil cruzados novos.

O ambicioso projeto de especulação imobi­liária em que o Estado está mergulhado nãose contentou apenas com a área urbana: foidesapropriàdo todo o Município.Assim, Pal~~;vai ;~ndo co-nstruída às cus­

tas da apropriàção indébita do patrimôniodos expropriados, hoje sem teto e sem terra.

Por sua vez, o Chefe do Poder Executivotocantinense, mergulhado numa aventuraimobiliária, sonha, com esses recursos, cons­truir palácios, palacetes, monumentos e ave­nidas, com o objetivo precípuo de tornar-se,no vão da História, o Juscelino Kubitschekdo Cerrado.

Os tentáculos da oligarquia Siqueira Cam­pos, que controlam toda a máquina adminis­trativa do Estado, transformaram o projetoda nova Capital em um bem de família.

1116 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CbNGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

Plagiando Juscelino e a Novacap, criou-sea Novatins, companhia responsável pelaconstrução da nova Capital. Para dirigi-Ia,o Sr. Governador nomeou, sem qualquer aca­nhamento, o seu filho, o Deputado FederalEduardo Siqueira Campos, que exerce cumu­lativamen!e, e de forma ilegal (art. 54, inciso11, letra b,. da Constituição Federal), o cargode Presidente de uma estatal e o mandatode Deputado Federal.

A desfaçatez, porém, não parou aí. Foiautorizado a funcionar na nova Capital ape­nas um Cartório de Registro de Imóveis, quefoi entregue ao sobrinho do Governador, oSr. Israel Siqueira Campos. Já estava prontaa nomeação da filha do Governador para o

.cargo de Prefeita biônica da Capital, quandoa Executiva Nacional de PSDB e o ConselhoFederal da OAB acionaram o Supremo Tri­bunal Federal, não permitindo que o Chefedo Executivo tocantinense cumprisse seu de­siderato.

Sr. Presidente, Sr'S e Srs. Deputados, a As­sembléia Legislativa do Tocantins é um apên­dice do Executivo, tamanho o seu agacha­mento e subserviência. Os Deputados queali tomam assento, salvo raras e honrosas ex­ceções, quando não dizem "sim", dizem "simsenhor" ao governador. Deram ao Chefe doPoder Executivo estadual poderes de impe­rador.

Hoje, por delegação expressa da Assem­bléia Legislativa, pode o Sr. Govelpador de­cidir, sozinho, sobre:

- a compra de terras pelo preço que enten­der; a venda ou troca a seu arbítrio, inclusivefixando tabela de preços;

- a concessão de avais por conta do Tesou­ro estadual;

- o substabelecimento deste poder à Co­detins (Companhia de Desenvolvimento doTocantins), podendo ela prestar fiança e com­parecer como principal pagadora em contra­tos que envolvam empreiteiras de obras esta­tais;

- conduzir alterações orçamentárias pordecreto, ainda quando sujeitas aos incisos Ve VI, do art. 167 da Constituição Federal.

Investidos do poder constituinte, os Depu­tados estaduais editaram uma Cárta Constitu­cional que causaria rubores aos pais do AI-S.Reinstituíram, sem nenhuma parcimônia, "oprefeito biônico" no Tocantins. Atentaram,de forma vergonhosa, contra o estado de Di­reito e a cidadania. Fez-se necessário que aExecutiva Nacional do Partido da Social De­mocracia Brasileira (PSDB), através de seuPresidente, o Prof. André Franco Montoro,e o Conselho Federal da Ordem dos Advo­gados do Brasil argüíssem ação direta de in­constitucionalidade junto ao Supremo Tribu­nal Federal, para que aquela Casa, guardiãda Constituição, não permitisse que o povotocantinense fosse submetido à figura nefastado Presifeito biônico.

Os cargos e salários passaram a ser a moedade troca mais corrente nas mãos do Gover­nador e seu Secretariado. Há, nos Anais daAssembléia Legislativa, registro de discus­sões, em plenário, em que os Deputados go-

vernistas revelam ter conquistado políticosde oposição em troca de dinheiro e cargospúblicos. Qualquer um que se disponha a vas­culhar o "Diário Oficial" do Estado ficaráestarrecido com o número de parentes, ami­gos e correligionários nomeados diariamentepara cargos e empregos públicos.

A revista "Veja", datada de 24 de janeirode 1990, sob o título "Caneta Veloz", revelaao Brasil o grau de nepotismo em que o Esta­do do Tocantins está mergulhando.

Em um ano de existência do novo Estado,foram feitas 6.500 novas contratações semque fosse cumprida a exigência constitucionaldo concurso público.

Hoje, o Tocantins, que nem bem saiu do'papel, já tem um quadro de funcionárioscomparável, proporcionalmente, ao secularEstado do Paraná. O Governador realiza,diariamente, 18 novas contratações para osquadros do Estado.

Assistimos, perplexos, o Governo apro­priar-se de veículos supostamente roubadoscoma a finalidade de destiná-los à campanhaeleitoral do seu candidato à sucessão, Sena­dor Moisés Abrão. Segundo denúncia do"Jornal do Tocantins", datado de 20-2-90,fls. 05, 78 veículos desapareceram do pátioda Delegacia de Furtos e Roubos de Veícu­los, e conforme o apurado pelo jornal, osveículos apreendidos são enviados, por or­dem direta da Casa Militar, a uma oficinalocalizada na Rua Maranhão, com a Av.Francisco Aires, em Miracema. Depois deampla reforma, que objetiva dificultar o reco­nhecimento dos veículos pelos legítimos pro­prietários, são eles entregues aos cabos elei­torais e apadrinhados do Governo.

Consta, ainda, da reportagem que parentese funcionários do primeiro escalão estãousando veículos apreendidos acintosamentepelas ruas de Araguaína, Miracema e atéGoiânia, exemplificando com dois santanasquatro portas que se encontram em poderd~ familiares de altos funcionários do Go­verno.

O impacto sobre o Judiciário não é menosnocivo. Pesam sobre as nomeações feitas peloGovernador para a mais alta Corte de Justiçaestadual, além de sérias suspeitas, mandadosde segurança (Prec. n" 20.946, junto ao STF,relator Ministro Célio Borja) que colocama Justiça estadual sub judice, semeando a in­certeza e a desconfiança entre os cidadãos.

O concurso público realizado com o obje­tivo de preencher vagas para o cargo de Juizde Direito teve suas provas publicadas, comas devidas respostas, 24 horas antes, nos clas­sificados do jornal "Correio Braziliense", decirculação nacional. Nem assim,comprovadafaticamente a falta de lisura na condução doconcurso, foi o mesmo anulado.

O descrédito nas instituições toma conta.de todas as camadas sociais do Tocantins,o cidadão tem consciência de que aquelesque poderiam detê-lo não têm a independên­cia necessária para tanto. O temor, a desespe­

.rança, a desagregação social é a realid~de

.latente do mais novo Estado do Brasil.

Não satisfeito com as aberrações patroci­nadas sob seu império, o Governador enten­deu por bem decretar quatro intervençõesestaduais nos Municípios de Almas, São Va­lério da Natividade, Ananás e Araguaína, amaior cidade do Estado. Não tecerei opiniõespessoais; passarei, doravante, a ler trechosda Carta de Repúdio de Araguaína ao atointervencionista, onde constam como signa­tários, entre outros, eu, o Senador Carlosdo Patrocínio, quatro Deputados estaduais,o Presidente da Associação Comercial e In­dustrial de Araguaína, os Presidentes das Lo­jas Maçônicas e Lions Clube, dez dos quinze

'Vereadores do Município de Araguaína, oPresidente da Associação dos Odontólogos,os Presidentes dos Diretórios do PDT,PSDB, PDS; Presidente da UDR, Prefeitos,Presidentes de associações de bairros e de­mais lideranças locais.

Diz a "Carta de Repúdio":

"Os órgãos, entidades classistas e ho­mens públicos de Araguaína, Estado doTocantins, de forma apolítica e aparti­dária, vêm repudiar publicamente a anti­democrática e despótica intervenção es­tadual efetivada neste Município, semqualquer respaldo legal.

Continua a "Carta de Repúdio":

"Malsinada intervenção resultou deum processo kafkiano, tramado às escu­ras, sem nenhum conhecimento e partici­pação do Poder Legislativo Municipal eda comunidade'araguaiense. Vislumbra­se, no condenável ato, intuito meramen­te vingativo, demagógico e eleitoreiro,por nunca haver contado o Sr. Gover­nador José Wilson Siqueira Campos como apoio da sociedade local que, diuturna­mente, contesta o seu governo corrupto,despótico, nepótico e demagógico.

A inoportuna criação de Palmas pare­ce ser exemplo disso. A megalomaniado Sr. Governador em assentar a novaCapital em lugar ermo e de difícil acesso,no curto espaço de tempo no restantedo seu mandato (menos de um ano),exaure e compromete os recursos atuaise futuros deste Estado, extremamentepobre e com seriíssimos problemas estru­turais e sociais.

Conscientemente, ninguém é contra aconstrução de uma nova Capital no cen­tro geográfico do Estado do Tocantins.O que se repudia, com veemência, é aexecução dessa obra faraônica neste gra­ve momento econômico por que passaa Nação brasileira.

No Tocantins não há cidades com redede esgoto; água é privilégio de poucos.Falta tudo, escolas, hospitais, energiaelétrica e assistência à sua população.Mas teima o Governador em l"tigir a suaCapital.

E voz corrente que o Sr. SiqueiraCampos procura imitar um falecido eilustre estadista nacional. Acontece que,no momento presente, se se mirar eleno espelho da história tocantinense, por

Março de 1990 DIÁRIO DO C,ONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1117

certo não verá refletida a figura do esta­dista copiado, mais a figura de Silvériodos Reis, como traidor dos ideários edo desenvolvimento do Estadq do To­cantins."

Encerra-se a "Carta de Repúdio de Ara-guaína" conclamando

"a juventude, os trabalhadores, os co­merciantes, os agropecuaristas, as asso­ciaões e o povo em geral para se oporem,com veemência, contra a tirania patroci­nada pelo imperador do cerrado, Gover­nador José Wilson Siqueira Campos, quevem dilapidando o Estado e transfor­mando a administração pública em umverdadeiro mar de lama.

Convoca-se, assim, o povo tocantinen­se e as lideranças, em especial, para for­mar a mais ampla frente política de opo­sição, e juntos elegermos um novo go­verno, sério, justo, honesto e democrá­tico, à altura de nossas honradas aspira­ções.

O Tocantins tem que mudar.Araguaína, 2 de fevereiro de 1990".

Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, nãosatisfeito com o saque, a truculência e a bar­bárie patrocinados no seu Governo, o Chefe

, do Poder Executivo tocantinense escandalizao País e põe em polvorosa o movimento eco­lógico ao resolver doar, através da MedidaProviSliria n9 75/89, de 8/12/89, a Ilha do Ba­nanal à Unitins (Universidade do Tocantins).

Com esse gesto tresloucado, o Governadordeu de presente o que não lhe pertence auma entidade que não existe.

O jornal O Estado de S. Paulo, datado de13/02/90, retrata a dimensão exata do despau­tério que ora relato.

A Ilha do Bananal, a maior ilha fluvialdo mundo, pertence à União, e é adminis­trada pela Fundação Nacional do Índio e peloInstituto Brasileiro do Meio Ambiente. Alise localizam as reservas indígenas dos Carajáse Javaés e o Parque Nacional do Araguaia.

A decisão sobre os destinos da Ilha do Ba­nanal pertence a esta Casa e não ao Gover­nador Siqueira Campos.

A Ilha do Bananal não é só um aglomeradode terras abraçado pela Rio Araguaia. Estáali, no coração do Brasil, um santuário ecoló­gico povoado por índios, gaivotas, garças,tartarugas, tamanduás-bandeiras, onças pin­tadas e lobos-guarás, que não podem ficarà mercê do Governador do Tocantins.

A ilegalidade da medida é plausível. Se­gundo o Subprocurador da República CarlosVistor Muzzi, "a proposta de Siqueira, seposta em prática, configuraria crime de este­lionato, passível de pena".

O Presidente do Ibama, Fernando CésarMesquita, segundo relato do jornal O Estadode S. Paulo afirmou que "Siqueira Camposnão pode doar o que não lhe pertence", eo Superintendente do Ibama no Tocantinssolicitou à Procuradoria Geral de Justjça ar­güição direta de inconstitucionalidade da Me­dida Provisória.

Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, oTocantins é hoje um Estado sob a égide dailegalidade. Não é necessário ter formaçãoacadêmica para perceber que a ConstituiçãoFederal está sendo diuturnamente violenta­da, desrespeitada, configurando um comple­to quadro de quebra total dos postulados jurí­dicos.

Ao concluir meu pronunciamento, querochamar a atenção desta Casa e do País paraa gravíssima situação por que passa o meuEstado, Tocantins, cujos presente e futuroestão seriamente comprmetidos, ameaçadospelo descalabro administrativo, pela irres­ponsabilidade pública e pela incompetência.

Estou convencido de que somente a inter­venção federal, precedida de uma ampla au­ditoria nas contas do Governo, seria capazde, neste momento, pôr fim à tirania e à cor­rupção já institucionalizada no novo Estado.

Era o que tinha a dizer.

Durante o discurso do Sr. EdmundoGaldino, o Sr. Inocêncio Oliveira, 19 Vi­ce-Presidente, deixa a cadeira da presi­dência, que é ocupada pelo Sr. ArnaldoFaria de Sá - Suplente de Secretário.

O Sr. Eduardo Siqueira,Campos - Sr. Pre­sidente, citado nominalmente por um Parla­mentar que está aqui ao meu lado, peço, nostermos regimentais, a palavra para a respos­ta.

O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria deSá) - Concedo a palavra a V. Ex'

O SR. EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS(PDC - TO. Sem revisão do orador.) ­Sr. Presidente, nos termos do Regimento In­terno, peço que sejam retiradas as palavrasofensivas à honra do Governador SiqueiraCampos e de toda a sua família, proferidaspelo Deputado Edmundo Galdino.

O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria deSá) - O pedido de V. Ex' é pertinente. De­termino à Taquigrafia que assim proceda.

O SR. EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS- Sr. Presidente, tenho pautado meu com­portamento nesta Casa pelo equilíbrio, tra­zendo sempre a Plenário o debate, a discus­são sobre os problemas do meu Estado. Masestá ficando costumeiro este senhor, que tam­bém representa o Estado do Tocantins, virao plenário não para trazer uma propos,taou para travar um debate salutar, sadio, sau­dável sobre nosso Estado, mas para denegrir.li honra do seu Governador.

Para que esta Casa conheça melhor estesenhor, eu diria que o Estado do Tocantinsnão figurava no Orçamento da União, no anopassado. Estivemos na Comissão Mista deOrçamento lutando para conseguir verbas pa­ra nosso Estado: E S. Ex' se deu ao luxode não apresentar qualquer emenda, num fla­grante caso de omissão. É o tipo de Parla­mentar que só usa a tribuna para atacar quemesta Casa conhece tão bem.

O julgamento do Governador SiqueiraCampos, Sr. Deputado 'Edmundo Galdino,

, será feito por este Plenário, que com ele con-

viveu durante dezoito anos, bem como o deV. Ex', pela irresponsabilidade, pela levian­dade de suas palavras, que não trazem qual­quer contribuição ao nosso Estado.

Peço a V. Ex' que utilize o mandato parla­mentar para ajudar a implantar o Estado doTocantins, criado por Siqueira Campos, cujahonra V. Ex' não se cansa de tentar denegrir.Mas tenho certeza de que suas palavras nãoabalarão a honra de nossa família, pois tenhoo testemunho do Plenário desta Casa a respei­to de quem é Siqueira Campos e de quemsou eu, que aqui cheguei há pouco tempo,mas ocupo a liderança do meu Partido, muitopela minha persistência, menos pela compe­tência, mas também pela vontade de oferecerminha contribuição a esta Casa.

Portanto, Deputado Edmundo Galdino,suas denúncias sequer merecem resposta. Abaixeza com que V. Ex" se refere ao nomedo nosso Estádo no plenário do CongressoNacional é simplesmente deplorável e inad­missível para um Estado que quer começarseus dias e precisade trabalho e não de Parla­mentares que costumam' fazer denúncias va­zias. V. Ex' menciona inúmeros órgãos daimprensa, como a revista "Veja", que citaV. Ex' como fonte dessas denúncias. V. Ex'está compactuando com o responsável poruma prefeitura que sofreu intervenção, comum prefeito que teve seus bens bloqueadospor haver construído uII1a mansão com o 'di­nheiro da prefeitura. Ea nota relativa à insta­lação do ar condicionado no mesmo imóvel- só para que se tenha um exemplo - estáincluída nas despesas a serem pagas pelo erá­rio municipal. V. Ex' compactua'com um pre­feito que no "Dia da Adn1inistração" foi des­mascarado: oito máquinas forarn encontradasno Estado do Pará, fazendo o que deveriamestar fazendo nas terras de quem precisa, masestavam, sim, na fazenda de um prefeito, Aintervenção feita na referida prefeitura estáamparada pela Constituição, pois não presta[contas na forma da lei ampara a intervenção'.E, se a intervenção não tivesse sido feita naforma da lei, teria sido, com certeza, derru­bada pelo Supremo Tribunal Federal.

Deputado Edmundo Galdino, eu não de­veria estar aqui a perder meu tr;:mpo respon­dendo a V. Ex', conhecido em sua cidadepor fazer denúncia sem fundamento. Tenha;primeiro, Deputado Edmundo Galdino, ocuidado de saber quem é Siqueira Campos,o nome e a tradição que ele representa nestaCasa.

Muito obrigado, Sr, Presidente.O Sr. Edmundo Galdino - Sr. Presidente;

peço a palavra, porque fui citado nominal­mente.

O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria deSá) - Tem a palavra v. Ex".

O SR. EDMUNDO GALDINO (PSDB ­TO. Sem revisão do orador.) - Sr. Presi­dente, quero informar à Casa e ao País queeste cidadão, filho do Governador do Tocan­tins - Governador produto do regime mili­tar, e o filho nada mais faz do que copiarfielmente a prática e ~ origem do pai - procu-

1.118 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

rli tentar' cãlar a voz de quem denuncia aCorrupção administrativa, os crimes pratica­(lOs contra '0 Erário naquele Estado.. Respondendo ás acusações deste mais no­

vo "PiChaut" da política tocantinense, querodizer que o Deputado Edmundo Galdino de­ve seu màndato ao povo do Estado do Tocan­tins. Estou cumprindo meu papel de parla­mentar da oposição, fiel ao compromisso commeu povo, com minha gente, de denunciara corrupção no Estado do Tocantins, o quefaço aqui, de viva voz, no plenário da Câmarados Deputados.

Por último, Sr. Presidente, quero dizer aeste Parlamentar, filho do rei, do Governa­dor, do' "imperador" do Estado do Tocan­tins, que amadureça para exercer seu man­dato, que adquira a maturidade mínima exigi­da pelo decoro parlamentar. S. Ex' está pro­

.metendo agredir-me. Ontem prometeu dar­me um tiro após ouvir-me fazer uma denúnciae pedir o.registro, nos Anais da Casa, dematéria do jornal O Estado de S. Paulo sobrea doação da Ilha do Bananal. Quero dizera S. Ex' que estou nesta cadeira-de-rodas por­que fui vítima de um atentado a bala. Nuncative medo de poderosos. Estou aqui paracumprir meu mandato, em nome do povoque me çlegeu.

O Sr. José Costa - Sr. Presidente, peçoa palavra, pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria deSá) - Tem a palavra V. Ex'.

O SR. ,JOSÉ COSTA (PSDB - AL. Sem.revisão do orador.) -Sr. Presidente, emboraesteja registrada no painel a presença de 404Srs. Deputados, é evidente a falta de quorumpara prosseguirmos os trabalhos. Peço a V.Ex' que faça a verificação e, constatada ainexistência de quorum, encerre os trabalhos.

O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria deSá) - O pedido de V. Ex' é desnecessário,visto já estarmos chegando ao encerramentoda sessão. Antes, porém, concederei a pala­vra ao nobre Deputado Eduardo SiqueiraCampos, para que, como lhe é de direito,faça a sua defesa, por ter sido citado nomi­nalmente.

Informo ao Plenário que não concedereia palavra a mais ninguém, até porque nãoJIOs interessa a polêmica desnecessária, quepóderá criar seqüelas danosas.

Coli.ce'do a palalra ao último orador inscri­to, Deputado Eduardo Siqueira Campos, pe­lo PDC::.eem seguida encerraremos a sessão.

OsiL, EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS(PPC,-;- TO. Sem revisão do orador.) ­Sr. Presidente, da mesma maneira como vimao miCrofone anteriormente, digo que sem­pre pautei pelo respeito a minha atuação co­mo Pailamentar, como o podem confirmaros. demais Parlamentares que conhecem omeu)rabalho, que participam comigo das Co­missões,às ql,lais estou diariamente presente.Por isto, tenho a impressão de haver chegado.i Liderança do meu partido muito mais po...uma homenagem dos mellS colegas do quegraças à millha competência.

De qualquer forma, Sr. Presidente, nãoposso deixar de afirmar que sempre mantiveo diálogo e estou pronto, estou apto paraparticipar do debate democrático. Mas vejambem: pedi que se extraíssem do discurso doDeputado Edmundo Galdino, das taquigrá­ficas, as palavras ofensivas ao GovernadorSiqueira Campos e à minha pessoa, porqueo discurso de S. Ex' veio, em primeira mão,carregado de palavras que atentam contra ahonra da minha família, com o que não possoconcordar. Assim, deixo os fatos, como disseantes, ao julgamento dos meus pares e daque­les que conviveram com a minha família ecom a minha pessoa neste plenário.

Era o que tinha a dizer.

IX - ENCERRAMENTO.O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá)- Nada mais havendo a tratar, vou encerrara Sessão.

DEIXAM DE COMPARECER OS SE­. NHORES:

Acre

Narciso Mendes - PFL.

Amazonas

Bernardo Cabral -; Eunice Michiles ­PFL; Ézio Ferreira - PFL; Sadie Hauache-PFL.

Rondônia

Chagas Neto - PL; Francisco Sales ­PRN; José Guedes - PSDB; Rita Furtado-PFL.

Pará

Dionísio Hage -PRN; Fernando Velasco-PMDB.

Tocantins

Moisés Avelino - PMDB.

Maranhão

Cid Carvalho - PMDB; Costa Ferreira- PFL; Eliézer Moreira - PFL; FranciscoCoelho - PDC; Joaquim Haickel - PDC;

.Sarney Filho - PFL.

Piauí

Myriam Portella - PSDB.

Ceará

Haroldo Sanford - PMDB; Orlando Be­zerra-PFL.

Rio Grande do Norte

Flávio Rocha - PRN; Henrique EduardoAlves - PMDB.

Paraíba

Agassiz Almeida - PMDB; EdivaldoMotta - PMDB; Edme Tavares - PFL;João da Mata - PSDB; José Maranhão ­PMDB.

Pernambuco

Egídio Ferreira Lima - PSDB; José Car­los Vasconcelos - PMDB; José Moura­PFL; Ricardo Fiuza - PFL; Roberto Freire-PCB.

Alagoas

Renan Calheiros - PRN; Vinicius Can­sanção - PFL.

Sergipe

José Queiroz - PFL.

Bahia

Jairo Azi - PDC; Joaci Góes - PSDB;João Carlos Bacelar-PMDB; Jonival Lucas- PDC; Lídice da Mata - PC do B; LuizVianna Neto - PMDB; Mário Lima -.PMDB; Murilo Leite - PMDB.

Rio de Janeiro

Álvaro Valle - PL; Anna Maria Ratfes- PSPB; Benedita da Silva - PT; CésarMaia - PDT; Jayme Campos - PRN; JorgeGama-PMDB; José Maurício-PDT; Os­waldó Almeida - PL; Roberto Jefferson ­PTB; Sotero Cunha-PDC.

Minas Gerais

Hélio Costa - PRN; Luiz Alberto Rodri­gues - PMDB; Mauro Campos - PSDB;_Raimundo Rezende - PMDB; Raul Belém- PMDB; Ronaldo Carvalho - PMDB.

São Paulo

Agripino de Oliveira Lima - PFL; BeteMendes - PMDB; Delfim Netto - PDS;Gerson Marcondes - PMDB; Ralph Biasi-PMDB.

Goiás

José Gomes - PRN.

Mato Grosso

Joaquim Sucena - PTB; Osvaldo Sobri­nho - PTB; Percival Muniz - PMDB .

Paraná

Dionísio Dal Prá - PFL; José Carlos Mar­tinez - PRN; Mattos Leão - PMDB; NilsoSguarezi - PMDB; Osvaldo Macedo ­PMDB; Renato Bernardi -PMDB.

Rio Grande do Sul

Antônio Marangon - PT.

Roraima

Marluce Pinto - PTB;

O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria deSá) - Encerro a Sessão, designáda para ama­nhã, quinta-feira, dia 8 , ás 13:30 horas, aseguinte

Março de 1990 DIÁRIO DO GbNGRESSO NACIONAL (Seção I)

ORDEM DO DIA

URGt:.:NCIA

Votação

Quinta-feira 8 1119

.1

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 117-A, DE 198&

(Da Comissão de Ciência e Tecnolegia, Comunicação e Informática)

Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 117, de 1989,que aprova. o ato que renova a concessão outorgada à Rádio Gal1rama Ltda., paraexplorar serviço de radiodifusão sonora em onda média, na cidade de Gaurama, Es­tado do Rio Grande do Sul. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça ede Redação, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Relator: 8r.Nilson Gibson.

Prazo na CD vencido em: 5-9-89

2PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 140-A, DE 1989

<Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n,o 140, de 1989,que aprova o ato de renovação de concessão outorgada à Rede Matogrcssense deEmissoras Ltda., para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média, nacidade 'de Caarapó, Estado de Mato GroSso do Sul. Tendo parecer da Comissão deConstituição é de Justiça e Redação, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica·legislativa. com emenda. Relator: 8r. Nilson Gibson.

Prazo na CD vencido em: 5-9-89

SPROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.~ 118-A, DE 1989

<Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 118, de 1989,que aprova o ato que renova a concessão à Rádio Prince~a do Vale Ltda., para ex­plorar serviço de radiodifusão na Cidade de Açu, Estado do Rio Grande do Norte.Tendo parecer da Comissão de Constituiç1!o e Justiça e de Redação, pela constitu- .c1onalidade, juridicidade e técnica legislativa. Relator: Sr. Nilson Gibson..

Prazo na 'CD vencido em: 14-10-89

to

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIV'O N.o 121-A, DE 1989<Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.O 121. de 1989.que aprova o ato que renova a concessão de outorga à Rádio Cultura de Várzea Ale­gre Ltda., para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média, na cidadede Várzea Alegre, Estado do Ceará. Tendo parecer da Comissão de Constituição eJustiça e de Redação. p<:la constitucionalidade, juridicidade e técnica legi~lativa.

Relator: Sr. Nilson Gibson.

Prazo na CD vencido em: 14-10-89

5

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 147-A, DE 1989<Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática),

Votação em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 147.dC 1989.que aprova o ato que renova concessão outorgada à Rádio Difusora de Picos Ltda.•para explorar serviços de radiodifusão sonora em onda média, n~ Cidade de Picos,Estado do Piauí. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação.pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com emenda. Relator:Sr. Nilson Gibson.

Prazo na. CD vencido em: 14-10-89

1120 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

6

'PROJETO DE DECRETO LEqISI.ATIVO N.o 148-A, DE 1989(Da Comissão de Ciência e Tecnolcgia, Comunicação e Informática)

Votação em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 148, de 1989,que aprova o ato que renova a concessão à Rádio Heróis do Jenipapo Ltda., paraexplorar serviços de radiodifusão senora, em onda média, na Cidade de CampoMaior, Estado do Piauí. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e deRedação, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica IÇJgislativa. Relator: Sr.Nilson Gibson. .

Prazo na CD vencido em: 14-10-897

('PROJETO DE DECRETO LEGISLATIV0 N.o 149-A, DE 1989(Da Comissão de Ciência e Tecnolcgia, Comunicação e Informática)

Votação, em discUssão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.O 149, de 1989,qUe aprova o ato de renovação de concessão outorgada à Rede Eldorado de RádioLtda., para' explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média, na Cidade deEldorado, Estado de Mato Grosso do Sul. Tendo parecer da Comissão de Constitui- .çáo e Justiça e de Red'ação, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legisla­tiva, com emenda. Relator: Sr. Nilson Gibson.

Prazo na CD vencido em: 14-10-89

8

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 157-A, DE; 1989(Da COmissão de' Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) .

Votação em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.O 157, de 1989,que renova a concessão outorgada à Rádio Cidade AM de Votuporanga Ltda., paraexplorar serviço de radiodifusão sonora em onda média, na Cidade de Votuporanga,Estado de São Paulo. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e Reda­ção, pela constitucionalidade, juÚdicidade e técnica legislativa. Relator: Sr. NilsonGibson.

Prazo na CD vencido em: 25-10-89

§

PROJETO.DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 162-A, DE 1989(Da Comiesão de Ciência e Tecnolcgia, Comunicação e Informática)

Votação, em discussão (mica, do Prcjeto de Decreto Legislativo n,o 162, de 1989,que aprova o ato que renova a concessão outorgada à Aeçofaba Radiodifusão Ltda.,para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média, na Cidade de Riachode santana, Estado da Bahia. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Jus-

tIça e de Redação, pela constitucionalidade, jurIdIcIdade e técnIca legIslativa.Relator: SI', Nilscn Gibwn.

Prazo na CD vencido em: 25-10-89

10

PROJETO DE DI;CimTO LEGISLATIVO N.o 1ô5-A, DE 1989<Da Comissão de CKllCia. e Tecnologia, Comunicação e Infol"lpática)

Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 165, de 1989,que apr?va o ato.qu~ re~ova conces.:;âo à TelBvisão Uruguaiana Ltdn., para explo­rar serVIço d~ radlOdlfusao de sons e imagens (televisão) na Cidade de Uruguaiana,E!stado do R~o Grande do Sul. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Jus­tIça ~ Redaç.ao, pela constitucionalidade, juridicldacte c técnica legislativa. Relator:Sr. Nilson GIbson.

Prazo na. CD vencido em: 14-10-89.

11

PROJETO DE ~CRETO LEGISLATIVQ N.o 136-A, DE 1989(Da Comissão de Ciência e Tecnolcgia.... Comunicação e Informática)

Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 136, de 1989,Q.ue apr?va o ato .qu~ ou~orga permissão à Rádio Areia DOUl'ada Ltda., para explo­rar serVIço de radlOdifusao sonora na Cidade de Cabedelo, Estàdo da Paraíba. Ten­do parecer da Comissão de Constituição e Justiça. e de Redaçã-o, pela constitucio-.nalidade, juridicidade e técnica legislativa.. com emenda. Relator: Sr. Nilson Gibson.

Prazo vencido na çn em: 5-9-89

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1121

12PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o N.o 111-.'\, DE 1939

fDa Comissão de Ciência e Tecnolcgia, Comunicação c Informática)

i.rotação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 141, de 1989,que laprova o ato que outorga concessão à Rádio TV Independência Ltda., paraexplorar serviço de radiodifusão de sons e imagens (televisão) na Cidade de Toledo.Estado do Paraná. Tendo parecer d"L Comissão de Constituição e Justiça e de Reda­vão, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Relator: Sr. Nl1s0IJGibson.

Prazo venciilo lla. CD em: 5-9-89

13

PROJETO DE DECnE'l'O LEGISLATIVO N.o· H2-A, DE 19r.9(Da Comissão de Ciência e Tecnolcgia, Comunicação e Informática)

Votação, em discui'oqO única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 142, de 1989,que aprova o ato que outorga permissão à Fisfran - Sistema de Comunicação AltoSão Francisco Ltda., para explorar, pelo prazo de 10 (dez) anos, sem direito deexclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, na Cidadede Pompeu, Estado de Minas Gerais. Tendo parecer da Comissão de Constituição eJustiça e de Redação pela' constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa.Relator: Sr. Nilson' Gibson..

Prazo vencido na CD em: 5-9-89

14

PItOJETO DE DECHETO LEGISLATIVO N.O IH-A, DE 1989(Da Comissão de Ciência e Tecnolcgia. Comunic3.ção e Informática)

Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 114, de1989, que aprova o ato que out01'ga permisão- à Rá.dio Cidade de Sumé Ltda., paraexplorar, pelo prazo· de 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço deradiodifusão sonora em freqUência modulada, na Cidade de Cuité, E5tado da Parai­ba; contra os votos dos Srs. Lysàneas Maciel, José Carlos sabóia, GumercindOMilhomem e abstenção do Sr. Antonio Britto. Tendo parecer da Comissão de Cons­tituição e Justiça e de Redação, pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa. Relator: Sr. Nilson Gibson.

PruLO VCllÓUO. na CD em: 14-9-8915 .

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 125-A, DE 1989(Da Comissão de Ciência e Tecnolcgia, Comunicação e InformáticãJ

Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.O 125, de 1989,que aprova o ato que outorga cOncessão à RCE TV Xanxerê Ltda., para explorarserviço de radiodifusão de sens e imagens (televIsão) na Cidade de Xanxerê, Estadode Santa Catarina. Tendo parecer da Comissão de ConstitUição e Justiça. e deRedação, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Relator: Sr.Nilson Gibson.

Prazo vencido na CD em: 14-9-89

16

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 126-A, DE 1989(Da Comissão de Ciência e Tecnolcgia, Comunicação e Informática)·

Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.O 126, de 1989,que aprova o ato que outorga concessão à RádiO e Televisão Imagem Ltda., paraexplorar, pelo prazo de 15 (quinze) anos, sem direito de exclusividade, serviço deradiodifusão de sons e imagens (televisão), na Cidade de Paranavaí, Estado doParaná. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação, pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Relator: Sr. Nilson Gibson.

Prazo vencido na CD em: 14-9-89

17

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 135-A, DE 1989<Da Comissão de Ciência e Tecnologia... Comunicação e Informática)

Votação~em discussão única,. do Projeto de Decreto Legislativo n.o 135, de 1989,que aprova o ato que outorga concessão à Organização Kimura-Nakaya de Radiodi-

1122 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

fusão Ltda., para explorar serviços de' radiodifusão sonora, na Cidade de Bastos,Estado de São Paulo. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e deRedação, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Relator: Sr.Nilson Gibson.

l'razo vencido na CD em: 14-9-89

18

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 1J.o 137-A, DE 1989(Da Comissão de Ciê'ncia e 'J,'ecnolcgia, Comunicação e Illformáti'ca)

Votação, cm discussão única, do Prcjeto de Decreto Le6'islativo n.o 137, de 1989,que aprova o ato que outorga permissão à Rádio Cidade FM de Lauro Müller Ltdll.,para explorar serviço de radiodifusão sonora, na Cidade de Lauro Müller, Estado deSanta catarina. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Reda­ção pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa com emenda. Rela~

tor: Sr. Nilson Gibson.

Prazo vencido na CD em: 14-9~89 :

19

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 127-A, DPJ 1989

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

Votação, em discussão única", do Projeto de Decreto Legislativo n.o 127, de1989. Que aprova o ato que outorga permissão à Santa Luzia Comunicação Ltda.,para .explorar. pelo prazo de 10 (dez) anos. sem direito de exclusividade, serviçode radiodifusão sonora em freqüência modulada, na Cidade de Luziânia, Estado deGoiás. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação, pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Relator: Sr. Nilson Gibson.

Prazo vencido na CD em: 16-9-89

29

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 138-A, DE 1989

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia. Comunic:<ação e Informática)

Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 138, de 1989.que aprova o ato que outorga permissão à Rádio' Esmeralda. Ltda., para explorar,pelo prazo de 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade; serviço de radiodifusãosonora em freqüência modulada, na Cidade de Vacaria, Estado do Rio Grande doSul. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação pela cons­titucionalidade, juritiicidade e técnica "legislativa. Relator: Sr. Nilson Gibson.

Prazo vencido na .CD em: 16-9-89

21

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 143-A, DE 1989

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia," Çomunicação e Informática)

Votação, em discussão única. do Proj<:to de Decreto Legislativo n.o 143. de 1989que aprova o ato que outorga permissão à Ssociedade Alfredense de RadiodifusãoLtda., para explorar serviço de radiodifusão sonora p.a Cidade de Alfredo Chaves,Estado do Espírito Santo. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e·de Redação pela ccnstitucionalida.de, juridicidade e técnica legislativa. Relator: Sr.Nilson Gibson.

Prazo vencido na CD em: 16-9-89

22

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 145-A, DE 1989

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo D.o 145, de 1989,que aprova o ato que outorga permissão à Melodia - Sistema Capelinhense de Ra-

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1123

diodifU5ão !tda., para eÀ"Plorar" serviço de radiodifusão soneira na Cidade de :Cape­linha, Estado de Minas Gerais. Tendo parecer da Comissão de Constituição eJustiça e de Redação pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa.Relator: :Sr. Nilson Gibson.

Prazo vencido na CD em: 16-9-89.

Z3

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.0 146-A, DE. 1989(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e InfonnáUca>

Votação, em discussão única, do ;Projeto de Decreto Legislativo n.O 146, de 1989,que aprova o ato que outorga pentlissáo à :j'tede Gerais de Comunicação Ltda., paraexplorar, pelo prazo de 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço deradIodifusão sonora em freqüência modulada, na cidade de Coromandel, Estado deMinas Gcrais. Tcndo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Redaçãopela constitucionalidade, juridIcidade e técnica. legislativa. Relator: sr. NilsonGibson.

Ptazo vencido na. CD em: 16-9-89

24

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 128-A, DE 1989(Da Comissão de Ciência !l Tecnologia, Comunicação e Infonnática>

Votação, em discussão única, do 'Projeto de Decreto Legislativo n.o 128, de1989, que" aprova o ato que outorga permissão à Villa do Conde FM Ltda., paraexplorar, pelo prazo de 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radio­difusão sonora em freqüência modulada, na Cidade de OUnda, Estado de Pernam­buco. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica legis1ati~a. Relator: Sr. Nilson Gibson.

Prazo na CD vencido em: 21-9-89

25

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 129-A, DE 1989(Da. Comissão de CiênCia- e Tecnologia, Comunicação e Infonnática)

Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 129~ de 1989,que aprova o ato que outorga pennissão à Rádio Divinal FM Ltda., para explorar,pelo prazo de 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusãosonora'em freqüência modulada, na Cidade de Fonniga, Estado de Minas Gerais.Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação pela constitu­cionalidade, juridicidade e t~cnica legislativa. Relator~ Sr. Nilson Gibson.

Prazo na CD vencido cm: 21-9-Sl9

26

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.'? 150-A, DE 1989(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo ri.o 150, de 1989,que aprova o ato que outorga concessão à Televisão Piratininga Ltda., para explo­ração de sons e imagens (televisão) na Cidade de Catalão, Estado de Goiás. Tendoparecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação pela' constitucionali­dade, juridicidade e técnica legislativa, com emenda. Relator: Sr. Nilson Gibson.

Prazo na. CD vencido em: 14-10-89

27

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 151-A, DE 1989

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

Votação, em discussão única, do ,Projeto de Decreto Legislativo n.o 151, de1989, que aprova o ato que outorga concessão à Televisão Planalto Central Ltda.,para exploração 'de sons e imãgens (televisão,~na Cidade de Porangatu, Goiás. Ten­po parecer da Comissão de Cónstituição e ~~ustiça e de Redação, pela constitu­cionalldadc, juridicídadc c" técnica legislativa. com emenda. Relator: Sr. NilsonGibson.

Prazo na Cn" vencido em: 14,,10-89

1124 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

28

PR::'Jr~::a DE DECRETO LEGISL~TIVQ.N.o 152-A, DE 1989(Da Co~uis5i:o de C!ência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

Votação, em discussão (mica, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 152, de 1989,que submete à consideração do Congresso Nacional o ato que outorga permisslj.o à.FM Sudoeste Radiodifusora Ltda., para explorar, pelo prazo de 10 (dez) anos, semdireito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada,na Cidade de Pirai, Estado do Rio de Janeiro. Tendo parecer da Comissão deConstituição e Justiça e Redação, pela constitucionalidade, juridicidadc e técnic.alegislativa. Relator: Sr. Nilscn Gibson.

Praz~ 11~ CD venc!C:o em: 14-10-89

29

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVQ_N.o 153-A, DE 1989I (Da Comissão de C'Gncia e Teonologia,~omunicação e Informática)

-'Vot::.ç:ío, em discu~::ão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.O 1113, de 1989,

que apl;ova o ato que outorga permissão à Rádio Vale do vasa-Barris Ltda., para·explorar, pelo prazo de 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de ra­diodifusão sonora em onda média, na Cidade de Jeremcabo, Estado da Bahia. Ten­do parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação pela constituciona­lidade, juridicidade e t~cnica legislativa. Relator: Sr. Nilson Gibson.

Prazo na CD vencido em: 14-10-89'

30

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 154-A, DE 1989(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informátiéa)

Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo ;'1." 154, de1939, que aprova o ato que outorga concessão à SPC-Sist-ema Paranaíba de Comu­nicações Ltda., para exploração de sons e imagens (televisão) na Cidade de Itum­bia>ra, Goiás. Tendo pa.recer da Comissáo de Constittúção e Justiça e de Redaçãopela constitucionalidade, juridicidade. e técnica legislativa, com emenda. Relator:Sr. Nilson Gibson.

Prazo na OD venciílo em: 14-10-89..~. . .

31

PROJETO DE DECRETO LJi.:GISLATIVO N.o 155-A, DE 1989(Da Comissão ds Ciência e Tecnologia, Comunica(;ão e Informática)

Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 155, de 1989,que aprcva o ato que outorga permissão ao Sistema Rainha de Comunicação Ltda.,para, explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, na cidadede Campina Grande, Estado da Paraíba. Tendo parecer da· Comissão de Constitui­çAo e Justiça e cie Redação pela constitucionalidade, juridieidade e .técnica legis­lativa. Relatoi': t.r. Nilson Gibson.

Prazo na CD venci(~o em: .14-10-89

32

PRo.JETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 156-A, DE. 1989(Da Comissão de Ciência e Tecnolocria, Comunicação e Informática)

Votação, em discussão única, !io Projeto de Decreto Legislativo n.o 156, de 1989,que aprova o ato que outorga permissão à Sociedade Rádio Sinuelo Ltda., paraexplorar, pelo prazõ de 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço deradiodifusão sonora em freqüência modulada, na Cidade de Carazinho, Estado doRio Grande do Sul. .Tendo parecer da Comíssão de Constituição e Justiça e deRedação pela eonstitueionnlida'de, juridicldade e técnica legislativa. Relator: Sr.Nilson Gibson.

Prazo na CD vencido em: 14-10-89

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1125

33

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 1'1.0 160-A, DE 1989(Da Comissão de Ciênch e Tecnolo3ia, Comunicaçãó· e Informática)

Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo 11.0 160, de 1989,que aprova o ato que outorga permissão à Rádio FM Itabaiana Ltda., para explo­rar, pelo prazo de 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodi­fusão sonora em freqüência modulada, na Cidade de Itabaiana, Estado de Sergi­pe. Tendo parecer da Comiss2.o de Constituição e Justiça e de Redação pela cons­titucionalidade, juridíciqade e técnica legislativa. Relator: Sr. Nilson Gibson.

Prazo na CD vencido em: 14-10-89

34 .

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 1'1.0 158-A, DE 1989(Da Çomíssâo de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legis!ativo n.O 158, de 1989,que aprova o ato que outorga concessão à Televisão CapItal de Fortaleza Ltda.,para explorar serviço de radiodifusão de sons e imagens (televisão) na Cid,nde de·Fortaleza, Estado do Ceará. Tendo parecer da Comissão de ConstitUição e Justiçae de Redação pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Relator:Sr. Nilson Gibson. .

Pz:azo vencido na CD em: 2-11-89

35

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 159-A, DE 1989(D:l. Cômissão de Ciência e .Tecnologia; Comunicação e Informática)

Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 159, de 1989,que aprova o ato que outorga concessão à Rádio Vitória de Batalha Ltda., paraexplorar serviço de radiodifusão sonora, na Cidade de Batalha, Estado do Piauí.Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação pela constitu­cionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Relator: Sr. Nilson Gibson.

Prazo vencido na CD em: 4-11-89

36

PROJETO DE DECRETO· LEGISLATIVO 1'1.0 144-A, DE 1989

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática>

Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 144, de 1989que aprova o ato que outorga concessão à Telecomunicações Campos Dourados

. Ltda., para explorar serviço de radiodifusão sonora, na Cidade de Cascavel, Estadodo P~raná. Tendo parecer da Comissão de ConstituIção e Justiça e Redação, pelaconstitUcionalidade, juridicidade e técnica legislativa, cOm emenda. Relator: Sr.Nilson Gibson.

Prazo vencido na CD em: 14-9-89

Prorrogação da Sessão:

HOMENAGEM

Homenagem ao "Dia Internacional da Mulher".

Autor: Deputado Euclides Scalco.

AVISOS

1 - CONVOCAÇAO

Nos termos do art. .39, § 1'.0, do Regime~to Interno ficam os senhores Membrosdas Comissões Permanentes abaixo relacionadas convocados para, no dia 14-3-90,

1126 .Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

quarta-feira, às 9 horas, procederem à eleição dos presidentes e respectivos vice­presidentes.

- Agricultura e Política Rural ........................•.......... Sala 18

.- Ciência e Tecnologia, Comlmicação e Informática Sala 10 .

- Constituição e Justiçá e de Redação Sala 1

- Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Mino:rias Sala 17

- Defesa Nacional ,...... Sala 19

- Economia, Indústria e Comércio Sala 16

- Educação, Cultura e Desporto ;...... sala 27

- Finanças e Tributação ;............................ Sala 5

- Minas e Energia . Sala 21

- Relações EJd;erióres , . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sala 2

- Seguridade Social e Família ~ . .. . .. .. .. .. .. . sala 20

- Trabalho, de Administração e serviço Público Sala 11

- Viação e Transportes, Desenvolvimento Urbano e Interior Sala 13

Brasília; 5 de março de 1990. - Deputado Paes de Andrade, Presidente daCâmara dos Deputados.

11 - COMISSOES ESPECIAIS

COMfSSAO ESPECIAL INCUMBIDA DE APRECIAR O 'PROJETO DE LEI

N.·l.506/89, QUE "INSTITUI NORMAS GERAIS DE PROTEÇAO A·INFANCIA E

A JUVENTUDE E OUTROS QUE CRIAM O ''ESTATUTO DACRIANÇA E DO 'ADOLESCENTE"

Presidente: Deputada Sandra Cavalcanti -' PFL - RJ

1.0 Vice-Presidente: Deputado Airton Cordeiro - PFL - PR

2.° Vice-Presidente: Deputado Arthur da ~âvola - PSDB - RJ

3.° Vice-Presidente: Deputado Benedicto Monteiro - PTB _ PA

Relator: Deputado HéUo Mallhães - PMDB - ES

TITULARES

PMDB

Celso Dourado - BA

Doreto Campanari - SP

Airton Cordeiro - PR

Robson Marinho: - SP

Nelson Aguiar - ES

Rosário Congro Neto - MJ:l

PFL

Salatiel Carvalho - PE

PSDB

PDT

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

PDS

Jorge Arbage - PA

PT

Benedita da Silva - RJ

PRN

Dionísio Hage - PA

lteurúáo: 13-3-90

Hora: 14:00

Quinta-feira 8 1127

Local: Plenário da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Infor­

mática.

RELAÇAO DOS DEPUTADOS INSCRITOS NO GRANDE EXPEDIENTE

-MARQO-

Data Dia. da Semana Hora Nomes

8 5.a-feira 14:30 José Teixeira15:00 José Viana15:30 Oscar. Corrêa

9 6.a-felra 11:00 Beth Azize11:30 Asdrubal Bentes12:00 Waldeck Ornelas12:30 Amaury Müller13:00 Geraldo Campos13:30- Nelson Jobim

12 2.&-feira 15:30 Geraldo Fleming

16:00 Gonzaga Patriota

16:30 Raimundo Bezerra

17:00 Victor Faccioni

17:30 Jonas Pinheiro

18:00 Pedro Canedo

13 3.&-feira 14:30 José Mendonça de Morais15:00 Tidei de Lima15:30 Rosário Congro Neto

14 4.&-feira 14:30 Antônio Mariz

15:00 Iturival Nascimento

15:30 Egídio Ferreira Lima

16 6.a-feira 11:00 Jorge Arbage

11:30 Assis Canuto

12:00 Osvaldo Bender

12:30 Aécio de Borba

13:00 Irajá Rodrigues

13:30 Evaldo Gonçalves

. 1128 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

Data . Dia. da, Semana

19 2.a-feira

Hora

15:30

16:00

16:30

17:0017:30

18:00

Nomes

Fernando Cunha

Artur Lima Cavalcanti

Celso Dourado

Fernando GasparianGidel Dantas

Arnaldo Moraes

20 3.a·feira 14:30 Octávio Elisio15:00 José Dutra15:30 Jesualdo Cavalcanti

21 .f.a·feira 14:30 Antônio de Jesus15:00 Arn~ldo Martins15:30 Jofran Frejat

22 S.a·feira 14:30 Hermes Zaneti15:00 Virgildásio de Senna15:3(} João Machado Rollemberg

23 6.a·feira 11:00 Felipe Mendes11:30 ottomar Pinto12:00 Raul Ferraz12:30 Salatiel Carvalho3.3:00 Antoniocarlos Mendes Thame13:30 José Maria Eymael

26 2.a-feira 15:30 Marluce Pinto.16:00 Plinio Martins

16:30 Maurilio Ferreira Lima

17:00 OSmundo Rebouças

17:30 ·Adhemar de Barros Filho18:00 Bocayuva Cunha

27 3.&7feira 14:30 Tarzan de Castro15:00 Prisco Viana15:30 José Genoino

28 4.a·feira 14:30 Ismael Wanderley15:00 Antônio Marangon15:30 Jesus Tajra

29 5.a·feira 14:30 Osvaldo .Macedo.15:00 :Valmir Campelo15:30 José Guedes

30 6.a·feira 11:00 Qumercindo Milhomem11:30 Antônio Perosa12:00 Roberto Balestra12:30 Ney Lopes13:00 Francisco Amaral.13:30 Gerson Peres

~,

. Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1129

CONGRESSO NACIONALA - COMISSõES MISTAS

COMISSAO MISTA DESTINADA A ELABORAR O PROJETO DECóDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

(Art. 48 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias)

TITULARES

José Fogaça

Jutahy Magalhães

Ruy Bacelar

Iram Saraiva

Nelson Wec..ekin

,Odacir Soares

José Agripino

Dirceu Carneiro

Carlos Patrocinio

Mauro Borges

Roberto Campos

Ronan Tito

Gérson Camata

João Lobo

Pompeu de Sousa

Gomes Carvalho

SUPLENTES

Joaci Góes

Antônio Britto

Samir Achôa

Michel Temer

Sandra Cavalcanti

EUczcr Moreira

Geraldo Alckmin Filho

Jorge Arbage

Raquel Cândido

Elias Murad

Gumercindo Milhomem

Antônio Câmara

Valdir Colatto

Jo!ran Frejat

Anna Maria Rattes

Felipe Mendes

(Encerra-se a Sessão às 18 horas e 1.minuto.)

ATOS DA MESA

Aposentadorias

O Presidente da Câmara dos Deputados,no uso das atribuições que lhe confere o arti­go I", item I, alínea b, do Ato da Mesa n·119, de 30 de março de 1989, resolve nostermos do artigo 40, inciso 111, alínea a, daConstituição da República 'Federativa doBrasil, combinado com os artigos 183, item11, alínea a, e 186, item I, alínea a, da Reso­lução n" 67, de 9 de maio de 1962, concederaposentadoria a DALVINA VIEIRAISAAC, no cargo de Agente de Serviços Le­gislativos, CD-AL-017, Classe Especial, Re­ferência NI-35, do Quadro Permanente daCâmara dos Deputados, com o provento au­mentado de 20%, na forma do artigo 193,item lI, da Resolução n9 67, citada.

Câmara dos Deputados, 7 de março de1990. - Deputado Paes de Andrade, Presi­dente da Câmara dos Deputados.

O Presidente da Câmara dos Deputados,no uso das atribuições que lhe confer~ ~ arti­

;go 19, item I, alínea b, do Ato da Mesa n9

119, de 30 de março de 1989, resolve nos

termos do artigo 40, inciso 11I, alínea a, daConstituição da República Federativa doBrasil, combinado com os artigos 183, item

11, alínea a, e 186, item I, alínea a, da Reso­lução n9 67, de 9 de maio de 1962, concederaposentadoria a ISALTINO MARTINSFERREIRA, no cargo de Inspetor de Segu­rança Legislativa, , CD-AL-014, Classe Espe­

'cial, Referência NS-21, do Quadro Perma­nente da Câmara dos Deputados, com o pro­vento aumentado de 20%, na forma do artigo193, item 11, da Resolução n9 67, citada.

Câmara dos Deputados, 7 de março de1990. - Deputado Paes de Andrade, Presi­dente da Câmara dos Deputados.

O Presidente da Câmara dos Deputados,.no uso das atribuições que lhe confere o arti­go 19, item I, alínea b, do Ato da Mesa n9

'119, de 30 de março de 1989, resolve nos'termos do artigo 40, inciso 111, alínea c, da:Constituição da República Federativa do

I'Brasil, combinado com os artigos 183, item111, e 186, item lI, da Resolução n" 67, de

1

9 de maio de 1962, conceder aposentadoriaa JAIR'VITOR DA COSTA, no cargo deAgente de Serviços Legislativos, CD-

'IAL-017, Classe Especial, Referência NI-35,;do Quadro Permanente da Câmara dos De­,putados, com as vantagens previstas no artigo

189, item I, da Resolução n· 67, citadà, e,no artigo 2" da Resolução n"l, de 7 de marçode 1980. "

Câmara dos Deputados, 7 de março de1990. - Deputado Paes de Andrade, Presi­dente da Câmara dos Deputados.

O Presidente da Câmara dos Deputados,no uso das atribuições que lhe confere o arti­go 19, item I, alín,ea b, do Ato da Mesa n9

119, de 30 de. março de 1989, resolve nostermos do artigo 40, inciso 111, alínea c, daConstituição da República Federativa doBrasil, combinado com os artigos 183, item11, e 186, item 11, da Resolução n9 67, de9 de maio de 1962, conceder aposentadoriaa MARIA ADELAIDE CARVALHO DESOUZA GAMMARO, no cargo de Técnicoem Documentação e Informação Legislativa,CD-AL-013, Classe Especial, ReferênciaNS-25, do Quadro Permanente da Câmarados Deputados.

Câmara dos Deputados, 7 de março de1990. - Deputado Paes de Andrade, Presi­dente da Câmara dos Deputados

Exonerações .

O Presidente da Câmara dos Deputados,no uso das atribuições que lhe confere o arti- .go 19, item 1,.a1ínea b, do Ato da Mesa n9

1130 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

119, de 30 de março de 1989, Resolve conce­der exoneração, de acordo com o artigo 137,item I, li I', item I, da Resolução n' 67, de9 de maio de 1962, a LEILA FORTE BURA­CHED, Técnico Legislativo Adjunto, Classe"B", ponto n' 4.216, do cargo de Chefe deSecretaria dé Vice-Líderes, CD-DAS-101.2,do Quadro 'Permanente da Câmara dos De­putados, que exerce no Gabinete do Líderdo Partido Democrata Cristão.

Câmara dos Deputados, 7 de março de1990. - Deputado Paes de Andrade, Presi­dente da Câmara dos Deputados.

O Presidente da Câmara dos Deputados,no uso das atribuições que lhe confere o arti­go I', itlem I, alínea b, do Ato da Mesa n'119, de 30 de março de 1989, Resolve conce­der exoneração, de acordo com o artigo 137,item I, § I', item I, da Resolução n' 67, de9 de maio de 1962, a MURILO SÉRGIODA SILVA NETO, Técnico Legislativo Ad­junto, Classe "B", ponto n' 4.409, do cargode Assistente de Gabinete, CD-DAS-102.1,do Quadro Permanente da Câmara dos De­putados, que exerce no Gabinete do Líderdo Partido Democrata Cristão.

Câmara dos Deputados, 7 de março de1990. - 'Deputado Paes de Andrade, Presi­dente da Câmara dos Deputados.

O Presidente da Câmara dos Deputados,no uso das atribuições que lhe confere o arti­go I', item I, alínea a, do Ato da Mesa n'119,de30 de março de 1989, resolve concederexoneração, de acordo com o artigo 137, itemI, § I', item I, da Resolução n' 67, de 9 demaio de 1962, a ERASMO DE QUEIROZFALCÃO, do cargo de Oficial do Gabinete,CD-DAS-102.1, do Quadro Permanente daCâmara dos Deputados, que exercia no Gabi­nete do 2' Vice-Presidente, a partir de 28de fevereiro do corrente ano.

Câmara dos Deputados, 7 de março de1990. ....,... Deputado Paes de Andrade, Presi­dente da Câmara dos Deputados.

Nomeações

O Presidente da Câmara dos Deputados,no uso das atribuições que lhe confere o arti­go I', item I, alín. a, do Ato da Mesa n'119, de 30 de m'arço de 1989, resolve nomear,na forma do artigo 103, alínea b, da Reso-

lução n' 67, de 9 de maio de 1962, NÁDIALUCIA MACHADO RIBEIRO, para exer­cer, no Gabinete do 2' Vice-Presidente, ocargo de Oficial de Gabinte, CD-DAS-102.1,do Quadro Permanente da Câmara dos De­putados, transformado pelo artigo 3' do Atoda Mesa n'15, de 26 de maio de 1987.

Câmara dos Deputados, 7 de março de1990. - Deputado Paes de Andrade, Presi­dente da Câmara dos Deputados.

O Presidente da Câmara dos Deputados,no uso das atribuições que lhe confere o arti­go I', item I, alínea a, do Ato da Mesa n'119, de 30 de março de 1989, resolve nomear,na forma do artigo 103, alínea b, da Reso­lução n, 67, de 9 de maio de 1962, LEILAFORTE BURACHED, Técnico LegislativoAdjunto, Classe "B", ponto n' 4.216, paraexercer, no Gabinete do Líder do PartidoDemocrata Cristão, o cargo de Assistente deGabinete, CD-DAS-102.1, do Quadro Per­manente da Câmara dos Deputados, trans­formado pelo artigo 2' do Ato da Mesa n'140, de 18 de julho de 1989.

Câmara dos Deputados, 7 de março de1990 - Deputado Paes de Andrade, Presi­dente da Câmara dos Deputados.

O Presidente da Câmara dos Deputados,no uso das atribuições que lhe confere o arti­go 1', item I, alínea a, do Ato da Mesa n'119, de 30 de março de 1989, resolve nomear,na forma do artigo 103, alínea b, da Reso­IU9ão n' 67, de 9 de maio de 1962, MURILOSERGIO DA SILVA NETO, Técnico Legis­lativo Adjunto, Classe "B", ponto n' 4.409,para exercer, no Gabinete do Líder do Parti­do Democrata Cristão, o cargo de Chefe deSecretaria de Vice-Líderes, CD-DAS-101.2,do Quadro Permanente da Câmara dos De­putados, transformado pelo artigo 2' do Atoda Mesa n' 82, de 28 de junho de 1988.

Câmara dos Deputados, 7 de março de1990. - Paes de Andrade, Presidente da Câ­mara dos Deputados.

PORTARIA N' 001/90

O Primeiro Secretário da Câmara dos De­putados, de acordo com o art. 259 do Regi­mento Interno, combinado com o inciso 110do art. l' do Ato da Mesa n' 119, de 1989,resolve, credenciar a Senhora Maria Célia

Fonseca Musa Avelar Machado como Repre­sentante da Associação Brasileira de Enge­nharia Industrial - Abemi.

Câmara dos Deputados, 6 de março de1990. - Deputado Luiz Henrique, PrimeiroSecretário.

PORTARIA N' 002/90

O Primeiro Secretário da Câmara dos De­putados, de acordo com o art. 259 do Regi­mento Interno, combinado com o inciso IIdo art. l' do Ato da Mesa n' 119, de 1989,resolve, credenciar o Senhor José de BritoCastro, como representante da AssociaçãoBrasileira de Recursos Humanos":"" ABRH

Câmara dos Deputados, 6 de março de1990. - Deputadõ Luiz Henrique, PrimeiroSecretário.

PORTARIA N' 003/90

O Primeiro Secretário da Câmara dos De­putados, de acordo com o art. 259, do Regi­mento Interno, combinado com o inciso 11do art. I' do Ato da Mesa n' 119, de 1989,resolve,

Credenciar o Senhor Luiz da Mata de Sou­za como Representante da Ordem dos Advo­gados do Brasil - OAB.

Câmara dos Deputados, 6 de março de1990. - Deputado Luiz Henrique, PrimeiroSecretário.

DISTRmUlçÃO DE PROJETOCOMISSÃO ESPECIAL

CRIANÇA ADOLESCENTE

A Deputada Sandra Cavalcanti, Presidenteda Comissão Especial incumbida de apreciaro Projeto de Lei n' 1.506/89, que "Instituinormas gerais de proteção à infância e à ju­ventude" e outros que criam o "Estatuto daCriança e do Adolescente", fez, em 6 de mar­ço de 1990, a distribuição ao Senhor Relator,Deputado Hélio Manhães, dos seguintes pro­jetos, apensados ao de n' 1.506/89.

-Projeto de Lei n'4.371/89, do S1'. Depu­tado Gandi Jamil, que "regula o art. 203,inciso II da Constituição Federal";

-Projeto de Lei n' 4.517/89, do Sr. Depu­tado Francisco Amaral, que "altera a redaçãodo art. 30 da Lei n' 6.697, de 10 de outubrode 1979 - Código de Menores".

·Março de 1990

I'KlMUlRA SllCKllTAKIA

t::m 06.0J.90

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

REQUERIMENTO DE INFORMACAOAguardando Resposta

Quin.ta-feira 8 Ú31·

N9/MlO

15/87AUTOR/EMENTA

DEP. VICTOR FACCIONI - solicita informações ao Ministério da Fazenda sobrerumos da economia nacional.

DATA DA REMESSAOf. SGM-262/87,de16.07.87

29/87 DEP. EVALDO GONCALVES - SOlicita inform~ções ao Poder Executivo sobre a re~1

plantação do "projeto Garimpo", no Curimataú da Paraíba.Of. SGM-280/87,02.10.87

ele

57/87 DE~. WILMA MAIA - soiicita informações ao Ministério da Eduçação sobreclarecimento da edição do Decreto n9 94.993, de 02.10.87

es- Of. SGM-072188.·06.0S.88

ele

60/87

68/88

DEP. AMARAL NETTO - solicita informações ao Ministério da Fazenda sobre aimportação irregular de duas máquinas, uma para fabricação de latas e outrapara pintura e secagem de'embalagens, ambas pertencentes ã MetalúrgicaRHEEEM Empreendimentos Comerciais e Industriais S.A.

VEP. CUNHA BUENO - solicita informações ao Poder Executivo sobre a nãopubl!cação do regulamento da lei que trata do estabelecimento e funcionamento dejardins zoológicos. (Ministério da Agricultura).

Of. SGM-074/BB,

06.0S.88

Of'- SGM-11l9/li8;2l.lZ.88

de

·ele

7b/1l1l

N'l/ANO

77/88

81/88

83/88

87/88

119/88

95/88

DEP, ADOLFO OLIVEIRA - solicita informações ao Ministério ua Ed~cação a re~

peito de recursos financeiros destinados à Prefeitura Municipal de Petró­polis - RJ.

AUTOR/EMENTA

DEP. ADOLFO OLIVEIRA - solicita informações ao Poder E~ecutivo, por interm!dio da Caixa Dcon8micn Pedoral, sobro rocur&os destinndos i frefeiturn Mun~

cipal àe Petrópolis - RJ. (Ministério da Habitação, UrbanisDlo e Meio Ambic!!te).

vep. ADYLSON MOTTA - solicita informações ao Poder Executivo relativas idívida de CZ$ 11.5.32.(>79.45(>,111 (oito bilhões, quinlumtoli c trintll " <.luis Dl.!lhões, seiscentos e setenta e nove mil, .'quatrocentos e cinqUenta e seis cr~

zados e oitenta e um centavos) do Fundo de Assistência Social gerido pelolAPAS. (Min. da Previd. e Assist. Social).

DEP. WILMA MAIA • solicita informações ao Poder Executivo sobre a implant~.

ção e implementação do "Projeto Recriança". (Ministério da Previdência e A~

sistência Social).

DEP. ANTONIO'SALIM CURIATI - solicita informações ao Poder Executivo sobrea situação financeira, em especial, sobre os débitos relacionados com aITAIPU BINACIONAL. (Ministério das Minas e Energia).

DEP. ARNALDO FARIA DE sÁ • solicita informações ao Poder Executivo sobre dividas para com a Previdência e doação de área ao Clube da Previdência, em

Brasília. (Ministério da Prev, o A5sistência Social),

DEP. PAULO MINCARONE _ solicita informações ao Poder Executivo sobre sind!câncias realízadas na Cooperativa Tritrcola de Erexim - COTREL.(Minístério da Airicultura).

Of. :iG~I-197/88,'de:21.12.118

DATA DA REMBSSt\

Of. SGM-19B/8S, de21.12.88

Of. SGM~202/88, ele2.l.1":.8li

Of. SGM-204/88, ele21.12.88

Of. SGM-208/8S, de21.12.88

Of. SGM-210/8B, de21.12.88

Of. SGM-088/8Il, ele11. 011.88

1132 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

N91AnO

96/88

AUTOR/EMENTA

DEP. EVALDO GONCALVES - solicita informações ao Ministério Extraordináriopara Assuntos de Irrigação sobre a desapropriação de áreas ocupadas peloa~

dé'do Congro, na Paraíba.

DATA DA REMESSA

Of. SGM-2l6/88, de21.12.88

101/88 DEP. ADYLSON MOTTA - solicita.esclarecimentos ao Pod~r Executivo sobre aviões e helicópteros de órgãos da Administração. (SEAP)

Of. SG~I-226/88,

21.12.88de

104/88 DEP. ADYLSON MOTTA - solicita esclarecimentos ã Secretaria de AdministraçãoPública da Presidência da República sobre a carreira de Técnica em Políti­cas e Gestão Governamental.

10bl88 DEP. ADYLSON MOTTA - solicita esclarecimentos ao Poder Executivo sobre via­gens de funcionários ao exterior. (SEDAP)

109/88 DEP. 'ADYLSON MOTTA - solicita informações ao Ministério da Previdência e Assistência Social sobre despesa de Cz$ 240.000.000,00 (duzentos e quarentamilhões de çruzados), com passagens, nos trechos Rio de Janeiro, Joinville,Rio de Janeiro.

Df. SGM-229/88,

21.12.88

Df. SGM-231/88,21.12.88

Df. SGM-234/88,

21.12.88

de

de

de

1171118

118/88

119/88

lZCl/88

DEP. ADYLSON MOTTA - solicita informações ao Ministério Extraordinário paraAssuntos de Irrigação sobre vinculação da Legião Brasileira de Assistênciacom o Ministério da Irrigac.ão.

DEP: ANTONIOCARLOS MENDES TH~~ - solicita informações ao Ministério daAgricultura sobre as medidas de proteção à fruticultura nacional, adotadaspor aquele Ministério em relação ã mosca Dacus dorsalis.

DEP. PL!NIO ARRUDA SAMPAIO - solicita informações ao Ministério do Exércitosobre a participação do EMFA na 17? Conferência dos Exércitos Americanos,realizada em Mar deI Plata, Argentina, entre 16 e 20.11.87.

DEP. PAULO RAMOS - solicita informações ao Poder Exe~utivo sobre projetos ecampanhas desenvolvidos pela Fundação Roberto Marinho, patrocinados pelo Ministério da Educação.

Of. SGM-241/88,21.12.88

Of. SGM-242/88,

21.12.88

Of. SGM-Z43/88,21.12.118

Df. SGM-0().8/89,14.02.89

de

de

de

de

130/88 DEP. PAULO RAMOS - solicita informações ao Poder Executivo sobre asnhas desenvolvidas pela Fundação Roberto Marinho, patrocinadas pelotério do Interior •

campa­Minis-

'Of. SGM-012/89,14.02.89

de

134/88

135/88

142/88

.DEP. MOEMA SÃO THIAGO - solicita informações ao Ministério das Relações Ex­teriores relativas ã Medida p'rovisória n9 17, de 03.11.88

DEP. MOEMA SÃO THIAGO _ solicita informações ao Ministério da Fazenda sobreindagações ~ documentos relativos às dívidas externa e interna do Brasil esuas implicações com o déficit público.

DEP. FERNANDO GASPARIAN _ solicita ao Tribunal de Contas da União e ao Mi­nistro da Justiça informações sobre a aplicação de verbas destinadas 'aosMunicípios de'Viana (MA), C~apecó (SC), e Valença (RJ).

Of. RI 016/89,03.03.89

Of. SGM-015/8!l,14.02.89

Df. SGM-021/89,14.02.89

de

de

de

143/89 :DEP.' JORGE VIANA _ solicita informações ao M~nistro da Previdência e Assistência Social sobre recursos repassados pelo Ministério da Previdência. e

.~sslstência Social aos Estados no Programa SUDS.

Of. PS/RI n9 040/89,de 22.02.89Reiterado o pedidopelo Ofício PS/RI n9,281/89, de 03.08.89

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

AUTOR/EMENTA

Quinta-feira 8 1133

DATA DA IWlESSA

151/1111

163/119

VIII'. 1'''U1.o ""1M - I>ull.. lLu ll.CUI'UIU"';':'u" uu l'r .. "l<lunt.u <lu CUUl:l'U"l>U NU~luuu.l

sobre visita de Comissão Externa Mista do poder'Legislativo à '~frica doSul.

DEP. PAULO RAMOS - solicita informações ao Ministro Chefe do Gabinete Civilsobre o desmatamento da Amazônia.

Ui. P~/~I n' OSS/U~,

de 29.03.89Reiterado o pedidopelo Oficio PS/Rl n9300/89, de 16.08.89

Of. PS/RI n9 048/89,

de 22.02.89

171/111) DEP. CSSAR MAIA - solicita informações ao Ministro da Aeronáutica sobrecontinuidade das obras do aeroporto de Jacarepaguã, no Rio de Janeira.seus reflexos sobre a vida daquele bairro.

a Of. PS/RI n9 078/89,e de 14.04.89

175/119

176/89

173/89

, 1114/119

196/119

237189

238/119

DEP. NEY LOPES - solicita informações ao Ministro das Comunicações, sobre aconclusão e funcionamento da central telefônica da "cidade ~atélite", emNatal, Rio Grande do Norte.

DEP. JORGE ARBAGE - solicita informações ao Ministro Chefe do Gabinete Ci­vil da Presidência da R~pública sobre a regulamentação do dispositivo cons­titucional que concede pensão aos seringueiros carentes recrutados nos ter­mos do Decreto-Lei n9 5.813, de l4.12.43.

DEP. JORGE ARRAGE - solicita informações ao Ministro Chefe do Gabinete Ci­vil \lu Prullil1ônc.i.u l1u llo1,úbUcu lIubru' u rumouu l1u, pruJutu' o.1u lu.! C"ullI1uIUU!l

tar dispondo, sobre a ~rganização e o funcionamento da Advocacia Geral daUnião.

COMISSÃO VU SllllVICO POULICO - solicita informações ao Ministro do Pluneja­menta, às Assembléias Legislativas e Câmara de Vereadores mencionadas sobreo reiime j uridico e os planos de carre'ira dos seus servidores.

DEP. CBSAR MAIA - solicita informações ao Ministro do Planejamento sobre oenvio do relatório da execução orçamentária.

'DEP. ELIAS MURAD - solicita informações ao Ministro da Previdência e Assi~

tência Social sobre déficit causado pelo aumento do salário mtnimo na Prevldência Social.

D~P. CBSAR MAIA - solicita informações ao Ministro da Previdência e Assistência Social a respeito da situação financeira da Previdên~ia Social •.

Of. PS/RI n9'082/89,

de 14.04.89

Of. PS/RI n9 086/89,de 18.04.89

Of. PS/RI n9 088/b9,11" 11l.04.8~

Of. FS/Rl n9 093/89,

ao PS/RI 101/89, de18.04.89

Of. PS/RI n9 135/89,de lb.05.89

Of. PS/RI n9 203/89,de 15.00.89

Of. PS/RI n9 204/89,de 15.06.89

244/119 D~P. PLINIO ARRUDA SAMPA10 - solicita informaçôes ao Ministro dosobre autorlzações irregulares de desmatamento no Acre.

Interior Of. PS/Rl n9 245/89,de 18.07.89

254/89

269/89

270/1I!1

DEP. VICTOR FACCIONI - solicita informações ao Ministro do Planejamento so­bre proirama de desestatização.

DEP. NELSON SEIXAS - solicita informações ao Ministro da Educação sobre 'a

criação de cursoS na UnB.

1I1lP. NllLSON SlllXAS _ llOJiCitll infornlaçõos ao Ministro <Ia li<luca...,ão sobro cu.!:50S de nível superior existentes no Pats.

Oi. PS/RI n9 25$/89,de 18.07.89 '

Of. PS/RI n9 Z86/89.de 04.08.89

01'. PS/IU li\' 287189,

de 04.08.89

273/89 DEP. ANTERO DE BARROS - solicita informações ã Ministra do Trabalhodados referentes ã fiscalização dos direitos trabalhistas dos músicos

Bruil.

sobredo

Of. PS/RI n9 289/89,'

de 04,"08.89

1134 Quinta-feira 11 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

304/89

323/89

DEP. ARTUR DA T~VOLA - solicita informações ao Ministro Chefe do GabineteCivil sobre .questões relacionadas com recursos, projetos e funcionários doCNPq.

DEP. IRMA PASSONI • solicita informações ao Ministro do Planejamento sobrea previsão, arrecadação ~ destinação dos recursos do Finsocial.

Of. PS/RI n9 335/89,de 06.09.89

Of. PS/RI n9 318/89,de 31.08.89

337/89 DEP. OSWALDO LIMA FILHO - solicita infoxmacões ao Ministro da J~stica sobre Of. PS/RI n9 424/89~

decretos si&i10sos. de 19.10.89

343/89 DEP. PAULO PAIM - solicita informações ã Ministra do Trabalho sobre contri~ Of. PS/RI n9 375/89,buição sindical. de 04.10.89

356/89 DEP. ADHEMAR DE BARROS FILHO - solicita informações ao Ministro dos Trans­portes sobre questões relacionadas com a construção da BR-364.

Of. PS/RI h9 387/89,de 04.10.89 .

357/89 DEP. ADHEMAR DE BARROS FILHO - solicita, informações ao Ministro Chefe do G!binete Civil da Presidência da Repú~lica sobre a dívida do CNEN com a empr~

sa Gradel S/A.

Of, PS/RI n~ 388/89,de 04.10.89

361/89 DEP. VICTOR FACCIONI - solicita informações ao Ministro da Fazenda, ao Mi­nistro do Trabalho e ao Tribunal de Contas da União sobre a utilização dosrecursos do Imposto Sindical.

372/89 DEP. GERSON MARC~NDES - solicita informações ao Ministro da Fazenda sobre asituacão fiscal da Empresa de SegurancaBancária Resilar Ltda.

383/89 COMISSÃO DE SERVI CO PGBLICO - solicita informações ao Ministro da Previdên­cia e Assistêncía Social sobr~ recursos orçamentários da Legião Brasileirade Assistência • LBA.

387/89 DEP. CARLOS COTTA - solicita informações ao Ministro da Justiça sobre osmeanqros da venda do Banco Agrimisa.

392/89 DEP. GERSON MARCONDES - so~icita informações ao Ministro dos Transportessobre a relação das emproito,iras o custo das "obras omL'rllon~'illis" ,'ontrlltll­das através do 89 Distrito Rodoviário Federal do DNER-SP.

398/89 DEP. HAROLDO LIMA - solicita informações aos Ministros das Relações Exteriores o do Exército sobro a veracidade de matéria veiculada no Jornal Folhade S.Paulo, em 3.10.89, intitulada "Exército brasileiro quer ver guerrilhaangolana" é providências pertinentes. '

400/89 DEP. CnSAR MAIA - solicita informações ao Minístro da Fazenda sobre opera­ções de empréstimos a outros países nos últimos 5 anos.

404/89 DEP. GERSON MARCONDES - solicita informações ã Ministra do Trabalho sobre a. situ~ção da Empresa de Onibus EAO Guarulhos S/A. no cumprimento da legisla­

ção trabalhista.

Of. PS/RIn9s 425/89,426/89 e 427/89, de19.10.89

Of. PS/RI n9 429/89,de 19.10.89

Of. PS/RI n9 440/89,de 19.10.89

Of. PS/RI n9 518/89,de 13.12.89

Of. PS/RI n9 503/89,d,' I I.l:! ,!lU

Of. PS/RI n9 509/89o PS/Rl n9 510/89.de 11.12.89

Of. PS/RI n9 512/89,de 11.12.89

Of. PS/RI n9 519/89,de 13.12.89

408/89 DEP. GERSON MARCONDES - solicita informações ao Ministro da Saúde sobre .8

comercialização e consumo do Regaine-minoxidil.Of. PS/RI n9 522/89,de-13.12.89

412/89· DEP. RENAN CALHEIROS - splicita informações ao Ministro Chofo do GabinetoCivil sobre gast~s com diárias, viagens, alimentação e hospedagens no anode 1989.

Of. PS/RI n9 547/89,de 19.12.89

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1135

N9/ANO AUTOR/EMENTA

414/89 DEP. ADROALDO STRECK - solicita informações ao Ministro da Fazenda sobreeventuais débitos do Tesouro Nacional e de empresas estatais para com o Ba~

1:0 do Brasil.

41S/ij9 DEP. ANTONIOCARLOS MENDES THAME • solicita informações aO Ministro da Previdência e Assistência Social sobre os gastos em propaganda da . Previdênciapara o ano de 1989.

DATA DA REMESSA

Of. PS/RI nq 527/89,de 13.12.89

Of. PS/RI n9 528/89,de 13.12.89

418/89

4lV89

422/89

424/89

425/89

430/89

DEP. GERSON MARCONDES - solicita informações ao Ministro da Fazenda sobre adeclaração de bens do Engenheiro Deuzedir Martins, Chefe do 8q Distrito Ro­doviário do Ministério dos Transportes, no Estado de São Paulo.

DEP. FÃBIO FELDMANN - solicita informações ao Ministro da Justiça sobre alegitimidade dos novos limites indenizatórios em caso de morte de passagei­ro de vôo internacional.

COMISSÃO DE CIENCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMATICA - solicita in­formações ao Ministro das Comunicações sobre a renovação de concessão outo~

gada ã Rádio Arapuan Ltda., da cidade de João Pessoa-PB.

DEP. ST2LIO DIAS - solicita informações aos Ministros da Previdência e As­sistência Social, da Saúde, da Educação, do Interior, do Planejamento e daAgricultura sobre o montante e destinação dos recursos repassados para oGoverno do Espírito Santo.

DEP. NELTON FRIEDRICH - solicita informações ao Ministro-Chefe do GabineteCivil sobre autorização de abertura de agência do Citibankna cidade de Uber

lindia, MG.

DEP. LUrS ROBERTO PONTE - solicita informações ao Ministro das Minas e Energia sobre a participação acionária da Petroquisa no ~preendimento destina:do a produzir fenol/acetona no Pólo do Rio de Janeiro.

Df. PS/RI n9 531/89,de 13.12.89

Of. PS/RI nq 532/89,de 13.12.89

Of. PS/RI n9 548/89,dcl 19.12.89

Df. PS/RI n9 536/89a 541/89, de 13.12.89

Df. PS/RI ~9 542/89,de 13.12.89

Df. PS/RI n9 044/90,de 16.02.90

431/119 DEP. ANTONIO SALIM CURIATI - solicita informações ao Ministro dasobre a utilização dos recursos do FGTS.

Fazenda Df. PS/RI n9 045/90,de 16.02.90

432/89

433/89

434/89

435/89

436/89

437/ij9

DEP. NELTON FRIEDRICH - solicita informações ao Ministro das Minas e Energiasobre gás liquefeito de petróleo.

DEP. VICTOR FACCIONI - solicita informações ao Ministro do Planejamentosobre aplicação dos recursos do Finsocia1 nos exercícios de 1986 a 1989.

DEP. PAULO RAMOS - solicita informações ao Ministro da Fazenda sobre soneg~

ção fiscal e nome dos sonegadores.

DEP. FÁBIO FELDMANN - solicita informações ao Ministro das Relações Exte!i~

res sobre comissão criada para estudar as alterações climáticas do planeta.

DEP. FÁBIO FELDMANN - solicita informações ao Ministro do Interior sobre osresultados do processo que motivaram a dispensa do Superintendente da~.

UHP. FÁ~lO FllLUMAN~ - solicita informações ao Ministro da Saúde sobre asconseqUências para a 'saúde humana da adição de gasolina ao álcool comhustível para veículos.

Of. PS/RI n9 046/90,de 16.02.90

Of. PS/RI n9 047/90,de 16.02.90

Of. PS/RI n9 048/90,de 16.02.90

Of. PS/RI n9 049/90,de 16.02.90

Df. PS/RI nq 050/90,de 16.02.90

Of. PS/R1 n9 051/90,de 16.02.90

1136 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990

N9/ANQ AUTOR/EMENTA

438/89 DEP. FÁBIO FELDMANN - solicita informações aos Ministros das Relações Exte­riores e das Minas e energia sõbre a prorrogação do acordo nuclear firmado

,com a Alemanha.

439/89 DEP. FÁBIO FELDMANN - solicita informações so Ministro-Chefe do GabineteCivil da Presidência da República sobre projetos constantes da Mensagem n9674/89.

440/89 DEP. F~BIO FELDMANN - solicita informações ao Ministro dos Transportes sobreos projetos de construção e pavimentação de rodovias na Região Norte.

441/89 DEP. FÁBIO FELDMANN - solicita informações ao Ministro dos Transportes sobreo projeto de construção da rodovia BR-364/RO/AC - Porto Velho·- Rio Branco.

DA'fA DA lUlMESSA

Of. PS/RI n9 052/90e PS/RI n9 OS3/90,de16.02.90

Of. PS/RI n9 054/90.de 16.02.90

Of. PS/RI n9 055/90.de 16.02.90

Of. PS/RI n9·056/90.de 16.02.90

442/89 DEP. FÁBIO FELDMANN - solicita informações ao Ministro das Minas e Energiasobre as conseqUências da adição da gasolina ao álcool combustível.

Of. PS/RI n9 057/90.de 16.02.90

443/89 DEP. GERSON MARCONDES. solicita informações ao Ministro da Previdência eAssistência Social sobre a apuração de irregularidades no Suds-Ersa-15, deGuarulhos, São Paulo.

Of. PS/RI n9 058/90,de 16.02.90

444//10

445/89

446/~9

447/89

450/89

451/89

452/89

IHJI'. :.iAULO QUIHltOZ - uulJ.<;J.t.a J.llrUl·llI,,~Ügll ao MJ.nJ. .. t.l'e o.l .. 1'''''0110.1.. loelll'g e ..

motivos do Banco do Brasil ainda não ter sido autorizado a monetizar os va­lores dos títulos públicos federais para assegurar a demanda de crédito parao custeio agrícola.

DEP. OCTÁVIO ELtSIO - solicita informações ao Ministro das Minas e Energia$obre a concessão de alvará de pesquisà ã empresa Alexandrita, Mineração,Comércio e Exportação Ltda.

DEP. JOS~ TAVARES - solicita informações ao Ministro das Comunicações acer­ca do sistema de satélites utilizado nas telecomunicações brasileiras;

DEP. VICTOR FACCIONI.' solicita informações ao Ministro da Agricultura sobrea política de transportes sob a responsabilidade da CEF.

DEP. GERSON MARCONDES - solicita informações ao Ministro da' Previdência eAssistência Social sobre a situação das empresas do Grupo Paschoal Thomeu,sediada em Guarulhos • SP.

DEP. GERSON MARCONDES - solicita informações ao Ministro da Fazenda. sobre asit~ção per~nte as repartições fazendárias do Hospital Vi ta? Brasil e seusdiretores.

DEP. ARNALDO FARIA DE SÃ - solicita informações ao Ministro da Fazenda sobretítulos cont~beis "Operações de Crédito" e "Outros Créditos" constantes doBalancete Patrimonial de setembro de 1989 do Banco do Brasil.

U!, I'S/JU W.' o:>1I/1I0,

de 16.02.90

Of. PS/RI n9 060/90,de 16.02.90

Of. PS/RI n9 061/90 •.de 16.02.90

Of. PS/RI n9 062/90.de 16.02.90

Of. PS/RI n9 063/90,de 16.02.90

Of. PS/RI n9 064/90.de 16.02.90

Of. PS/RI n9 065/90,

de 16.02.90

453/89 DEP. F~IO FELDMANN - solicita informações ao Ministro da Fazenda sobreendividamento do País junto ã República Federal da Alemanha.

o Of. PS/RI n9 066/90,de 16.02.90

454/119 DEP. FÁBIO FIlLlJMANN - solicita informações ao Ministro-Chefe doCivil da Presidência da República sobre alteração dos limites daLegal e as implicações em relação aos incentivos fiscais.

GabinuteAmazônia'

Of. PS/RI n9 075/90,de 05.03.90

Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

AUTOR/mlliNTA

Quinta-feira 8 1137

~ATA DA RalESSA

455/89

456/89

457189

458/89

DEP. LOCIA BRAGA - solicita informações ao Tribunal de Contas da União sobreresultados dé auditoria em empresas que utilizam recursos de incentivos fi~

cais administrados pela SUDENE.

DEP. LOCIA BRAGA - solicita informações ao Ministro da Fazenda sobre resul.tados de auditoria em emp~esas que utilizam recursos de incentivos fiscaisadministrados pela SUDENE.

DEP. ADEMIR ANDRADE - solicita informações ao Ministro da Agricultura sobrea,Portaria n9 339, de 24.05.89 (Projeto de Colonização Tucumã).

DEP. C~SAR MAIA - solicita informações ao Ministro do'Planejamento sobre asprivatizações realizadas pelo BNDES em 1987/89, balanços e condições de ne.gócio.

Of. PS/RI n9 067/90,de 16.02."90

Of. PS/RI n9 068/90,de 16.02.90

Of. PS/RI nQ 069/90,de 16.02.90

Of. PS/Rl n9 076/90,de 05.03.90

459/89 DEP. C~SAR MAIA - solicita informações ao Ministro da Fazenda sobre condi-ções do resgate antecipado de dívidas contraídas por mutuários do SFH nadêcada de 70, em contratos celebrados junto ã CEF.

Df. PS/RI n9 077/90,de 05.03.90

460/89 DEP. UBIRATAN AGUIAR - solicita informações ao Ministro do Planejamentosobreo valor da receita de impostos da União e montante do repasse ao Ministérioda Educação até 30.11.89.

Of. PS/RI n9 070/90,

de 16.02.90

462/89

-463/89

DEP. JESUALDO CAVALCANTI - solicita informações ao Ministro dosobre a aplicação de recursos pela Sehac no corrente exercício.

DEP. VICTOR FACCIONI - solicita informações ao Ministro-Chefe doCivil sobre irregularidades em concurso público para Técnico emj:!ducacionais.

'~I'nterior

GabineteAssuntos

Of. PS/RI n9 071/90,de 16.02.90

Of. PS/RI n9 072/90,de 16.02.90

464/89

465/89

COMISSÃO DE RELACOES EXTERIORES - solicita informações ao Ministro das Rel~

ções Exteriores sobre "Documento de Santa Fé II - A-Estratégia Americana".

DEP. JOSa TEIXEIRA - solicita informações ao Ministro da Fazenda sobre orestabelecimento da carreira de Despacllante Aduaneiro.

Of. PS/RI nQ 073/90,de 16.02.90

Of. PS/RI n9 074/90,de 16.02.90

PÂGlHA ORIGINAL EM BRANCO

.-----------'-----MESA---------------.Presidente:

PAES DE ANDRADE (PMDB)19 Vice-Presidénte:

INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL)29 Vice-Presidente:

WILSON CAMPOS (PMDB)

19 Secretário:LUIZ HENRIQUE (PMDB)29 Secretário:EDME TAVARES (PFL)39 Secretário:CARLOS COTTA (PSDB)4° Secretário:RUBERVAL PILOTTO (PDS)

Suplentes:

FERES NADER (PTB)

FLORICENO PAIXÃO (PDT)

ARNALDO FARIA DE SÁ (PRN)

JOSÉ MELO (PMDB)

PARTIDO REPUBLICANOPROGRESSISTA

-PRP- ,Líder

ADHEMAR DE BARROS FILHO

PARTIDO SOCIALISTA CRISTÃO-PSC-

LiderFRANCISCO ROLIM

Vice-Lider

PARTIDO SOCIAL DEMOCRÁTICO-PSD-

LideiCESAR CALS NETO

PARTIDO TRABALHISTARENOVADOR

-PTR-Lider

ISMAEL WANDERLEY

PARTIDO SOCIAL TRABALHISTA-PST-

LiderJOÃO CUNHA

PARTIDO DO POVO BRASILEIRO-PPB-

LiderLEONEL JÚLIO

Aristides Cunha

PARTIDO LIBERAL PROGRESSISTA-PLP -:-

LíderUBIRATAN SPINELLI

PARTIDO ÇOMUNISTABRASILEIRO

-PCB-Lider

ROBERTO FREIREVice..Líderes

. Fernando Santana Augusto Carvalho

PARTIDO COMUNITÁRIO NACIONAL-PCN-

LíderEdivaldo Holanda

PARTIDO SOCIALISTABRASILEIRO

-PSB-Lider

JOÃO HERRMANN NETOVice-Lider

PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL-PCdoB-

LiderHAROLDO LIMA

Vice-Lider

PARTIDO DEMOCRÁTICO CRISTÃO-PDC- .

LíderROBERTO BALESTRA

Vice-Lideres

PARTIDO TRABALHISTABRASILEIRO

-PTB-Lider

GASTONE RIGHI, Vice-Lideres

Sólon Borges dos Reis Valmir CampeloRoberto Jeffers0!l Osvaldo Sobrinho

Aldo Arantes

PARTIDO LIBERAL-PL-

LiderADOLFO OLIVEIRA

Vice-Lideres~arcos Formiga Ricardo Izar'

PARTIDO DOS TRABALHADORES-PT-

LíderPLÍNIO ARRUDA SAMPAIO

Vice-LideresPaulo Delgado João Paulo Pires

Gidel Dantas

.Ademir Andrade

José TavaresJosé Ulisses de OliveiraMaguito VilelaMarcos QueirozRenato. ViannaRospide NetoSÚgio SpadaTidel de Lima

pARTIDO DA SOCIALDEMOCRACIA BRASILEIRA

-PSDB-Lider

EUCLIDES SCALOVice-Lideres

José GuedesMaria de Lourdes AbadiaElias Murad

PARTIDO DO MOVIMENTODEMOCRÁTICO BRASILEIRO

-PMDB-Lider

IBSEN PINHEIROVice~L;deres

PARTIDO DA FRENTE LIBERAL-PFL-

, 1:.iderRICARDO FIUZA

Vice-LideresErico PegoraroAnnibal BarcellosLuiz EduardoSandra CavalcantiOsvaldo Coelho

Jesus TajraIberê FerreiraStélio DiasPaes LadimJosé LinsJofran Frejat

Robson MarinhoVirgildário de SennaJosé Costa

Genebaldo CorreiaAntônio BrittoBete MendesCarlos VinagreDalton CanabravaFernando VelascoFirmo de CastroFrancisco AmaralJorge LeiteJorge Medauar

PARTIDO DEMOCRÁTICO SOCIAL-PDS-

LíderAMARAL NETIO

Vice~Lfderes

José Lourenço Aécio .e L ~rba

Gerson Peres Bonifácio <!e An<!rada

PARTIDO DEMOCRÁTICOTRABALHISTA

-PDT-Lider

VIVALDO BARBOSAVice..Lfderes

Luiz Salomão Lysâneas MacielArtur Lima Cavalcante Carlos Cardinal

r--------------LIDERANÇAS---------------.,PARTIDO DA RECONSTRUÇÃO

NACIONAL-PRN-

LiderRENAN CALHEIROS

Vice-LideresArnaldo Faria de Sá Hélio CostaNelson Sabrá

PDC

PL

PT

PTB

Michel TemerNelson JobimNilson GibsonOsvaldo MacedoPlínio MartinsRenato ViannaRosário Congro NetoSérgio SpadaTheodoro MendesTito Costa

Antônio Marangon

Francisco BenjamimJairo CarneiroMessias GóisNey LopesOscar CorrêaPaes Ladim

Juarez Marques BatistaSigmaringa Seixas

Ibrahim Abi-Ackel

Silvio Abreu

Roberto Torres

VirgI1io Guimarães

Jesus TajraJesualdo CavalcantiNarciso MendesSarney Filho2 Vagas

Rodrigues Paima

José Luiz Maia

I Vaga

Vicente BogoVilson Souza

Lélio SouzaManoel MotaMaurício NasserNestor DuarteRaimundo BezerraUbiratan AguiarWagner Lago6 Vagas

PL

PT

PSB

PDC

PC do B

José Maria Eymael

José Genoíno.Marcos Formiga

Aldo Arantes

João Herrmann

Lídice da Mata

PDT

Advlson MottaJorge Arbage

Lysãneas MacielGonzaga Patriota

PSBI VagaSecretária: Delzuíte M. A. do ValeRamal: 6906

Flávio Rocha

PFL

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃOE JUSTIÇA E REDAÇÃO

Presidente: Nelson Jobim - PMDB - RSVice Presidentes: João Natal- PMDB - GO

Jorge Medauar - PMDB - BABonifácio de Ândrada - PDS - MG

Aécio NevesEgídio Ferreira Lima

PDS

PSDB

Aloysio ChavesCosta FerreiraDionílio HageEliézer MoreiraEvaldo Gonçalves

Ernesto Gradella

PDT

SuplentesPMDB

Afrísio Vieira LimaAluisio CamposAntonio MarizAsdrubal BentesFrancisco SalesGenebaldo CorreiaJosé MeloJovanni Masini

Airton CordeiroAlcides LimaBenito GamaEnoc VieiraJosé Thomaz Nonô

PFL

PT

TitularesPMDB

Arnaldo MoraesBernardo CabralCarlos VinagreHarlan GadelhaHélio ManhãesJoão NatalJorge MedauarJosé DutraJosé TavaresLeopoldo SouzaMendes Ribeiro

Benedito MonteiroGastone Righi

PTB

PL

PSDB

Ervim BonkoskiRoberto Jefferson

Horácio FerrazJorge Hage

PDSBonifácio de AndradaGerson Peres

PTB

PC do B

- Brandão MonteiroDoutel de Andrade

Carlos Cardinal

çéres Nader

Darcy PozzaFrancisco Diógines

Gerson Peres

José CamargoJosé JorgePaulo MarquesPaulo PimentelPedro Ceolin

Fernando Lyra

Robson MarinhoVilson Souza

Júlio CamposNarciso MendesRita FurtadoSadie HauacheSérgio Brito

Jorge LeiteMárcia KubitschekOsmundo RebouçasRalph BiasiJanes Santos Neves10 Vagas

Moemã São Thiago1 Vaga " "

PDS

PT

PDT

PTB

PDC

TitularesPMDB

Manoel MotaMaurício FruetMaurício Ferreira de LimaMatheus IensenNilso SguareziOnofre CorrêaRonaldo CarvalhoRosário Congro NetoTidel de Lima

Aloísio VasconcelosAntonio BrittoAntonio GasparBete MendesDomingos JuvenilEliel RodriguesHenrique Eduardo AlvesIvo Cers6simoJosé Carlos MartinezJosé CostaJosé Ulísses de OliveiraLuiz Leal

Carrel BenevidesGastone Righi

2 Vagas"

.1 Vaga

PTB

PDSAntônio Salim CuriatiArnold Fioravante

PDT

PFL

Ãngelo MagalhãesArolde de OliveiraÁtila LiraEliézer MoreiraEnoc VieiraHumberto Souto

PSDB

Lysâneas MacielLuiz Salomão

Cristina TavaresKoyo lha

PCdo BEduardo Bonfim

PSBJosé Carlos Sabóia

SuplentesPMDB

Airton SandovalAntero de BarrosFrancisco AmaralJoaci GóesRenato JohnssonRita Camata

Álvaro Valle

Ervin Bonkoski Roberto JeffersonJosé Elias

PTFlorestan Fernandes Gum~rcindo Milhomem

PDCEduardo Siqueira Campos

PL

PFLAlysson PaulinelliChistóvam ChiaradiaErico PegoraroEunice MichilesJales FontouraJesualdo Cavalcanti

PSDBJosé Carlos GreccoNelton Friedrich

Sotero Cunha

COMISSÃO DE CIÊNCIAE TECNOLOGIA,

COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICAPresidente: Antonio Gaspar - PMDB - MAVice-Presidentes: José Costa - PMDB - AL

Álvaro Valle - PL - RJArolde de Oliveira - PFL - RJ

PSBRaquel CapiberibeSecretária: Mariza da Silva MataRamais: 6902 - 6903

"Carlos Alberto CaóMiro Teixeira

Gilson MachadoHumberto SoutoLuiz MarquesMaurício CamposNarciso Mendes.1 Vaga

Maurício NasserNestor DuarteNeuto de ContoNyder BarbosaRaul BelémRosa PrataRospide NettoSantinho FurtadoValdir ColattoValdyr Pugliesi

Jacy Scanagattalates FontouraJonas PinheiroLael VarellaVinícios Cansação

Nelson Aguiar

PDT

PT

Osvaldo Bender

PTBRodrigues P"alma

PSDBNelton Friedrich'yicente Bogo

PDS

Antônio VeDOAssis CanutoCleonâncio FonsecaCosta FerreiraDionísio Dal Prá

PSDB

PFL

Adauto PereiraAdvlson Motta

Adroaldo StreckEdmuldo Galdino

JoãO da MZita

Paulo Mourão

Antonio Marangon João PauloPDC

Aldo Arantes

Oswaldo AlmeidaPC do B

Alcides LimaAlércio Diasalysson PaulinelliErico PegoràroFrancisco CoelhoIberé Ferreira

Cristina Tavares Saulo QueirozJuarez Marques Batista Ziza Valadares

PDSErico Ribeiro Telmo-KirstMello Reis

2 Vagas

PDT

TitularesPMDB

Antônio de JesusCelso DouradoDel Bosco AmaralHilário BraunIturival NascimentoIvo Cers6simoIvo MainardiJorge ViannaJovanni Ma5iniLélio SouzaMarcos QUt::Íroz

Afif Domir,gospedo B"·

Manuel Domingos

Chico Humberto 2 Vagas

PL

José Carlos SabóiaSuplentes

PMDBAlexandre Puzyna José TavaresAntônio Câmara José VianaDoreto Campanari Maguito VilelaFausto Fernandes Moisés AvelinoGenésio Benardino Onofre CorrêaGeraldo Bulhões Percival MunizGeraldo Fleming Raul FerrazJoão Maia Renato BernardiJoão Rezek Ruy NedelJosé Amando Sérgio SpadaJosé Freire

PSB

José Elias Roberto TorresOsvaldo Sobrinho

COMISSÃO DE AGRICULTURAE POLÍTICA RURAL

Presidente: José Egreja - PTB - SPVice-Presidentes: Rodrigues Palma - PTB - MT

Nelson Duarte - PMDB - BAJonas Pinheiro - PFL - MT

"/maury Muller

Carlos Cardinal,Jayme PaliarinJosé Egreja

PSBEduardo Boufim

Adolfo OliveiraPC do B

Christovam ChiaradiaOscar CorrêaCláudio ÁvilaRicardo lzarIberê Fereira

Vladimír Palmeira

Milton ReisGenebaldo CorreiaOsmundo RebouçasGeovah AmaranteOswaldo Lima FilhoHélio DuqueRalph BiasiIsrael PinheiroRoberto BrantJoão Agripino

César Maia

Ronaldo Ccsar Coelho1 Vaga

Delfim Netto

José Mendonça BezerraSaulo CoelhoJosé MouraVinicius CansançãoJosé Teixeira

Jayme Paliarin

PDC

PL

P8B

PCdoB

PFL

SuplentesPMDB

Nelson JobimJosé CostaPaulo MincaroneLuiz SoyerRosa Prata

Manuel Domingos

Ernesto Gmdella

José Mari~ Eymael

Flávio 'Rocha

AderoiT AndTade

PFLCleonâncio Fonseca Rita CamataLeur Lomanto Simão. SessimLuiz Marques Ubiratan SpinelliManoel Castro

PSDBCaio Pompeu Léz!o 8athlerFábio Peldman

PDSCarlos Virgfiio Eurico Ribeiro

PDTRaquel Cãndido I Vaga

PTBMilton Barbosa (PDC) Valmir Campelo

PTIrma Passo~i

PDC

Antônio VenoJofran FrejatArnaldo PielroJosé JorgeArolde de OliveiraOrlando Bezerra

PSDBAntoniocarlos Mendes Tbame Kayu lha

José SerraVirgildãsio de Senna

PDS

PT

Albérico FilhoJorge LeiteAmilcar MoreiraJosé GeraldoErnani BodrímLúcia VâniaFernando Bezerra CoelhoLuIz Roberto PonteFernando GasparianMarcelo Cordeiro&ancisco. Carneiro

PFL

PSDB

PbTArtur Lima CavalcantiMárcia CibiIis Viana

. PTBBasilio VillaniGastone Righi

Bosco FrançaMarcos QueirozDarcy DeitasMax RosenmannFirmo de CastroLuiz Vianna Neto10 Vagas

COMISSÃO DE ECONONIA,INDÚSTRIA E COMÉRCIO

Airton CordeiroJosé Thomaz Nomô

I Ézio FerreiraLuiz EduardoGilson MachadoRonaro Corrêa

Presidente: Airton Cordeiro - PFL - PEVice-Presidentes: Ézio Ferreira - PFL - PR

Osmundo Rebouças - PMbB - CECésar Maia - PDT - RJ

TitularesPMDB

Gidel DantasSecretário: Benício Mendes TeixeiraRamais: 6971 - 6072

.Cunha BuenoFelipe Mendes

Josê Serra

Mendes Botelho

Mello Reis

César Maia

Osvaldo Bender

Leonel Júlio

Chico Humberto

Myriam Portelia

Roberto Augusto

Paulo SidneiRonaldo CarvalhoValdir ColattoWaldir Pugliesi3 Vagas

Paulo Silva

Mario AssadOrlando BezerraWaldeck ameias

José MaranhãoLuíz Roberto Ponte·Prisco VianaRaul FerrazRuy NedelVingt Rosado

Paes LadimRicatdo IzarSadie Hauache

Juarez Marques Batista

Sérgio Carvalho

Joaquim Haicke!Mário de OliveiraMilton LimaPaulo AlmadaSérgio Naya3 Vagas

.Gilson MachadoOsmar LeitãoSérgio Brito

PT

P])CFlorestan Fenandes

PFLAloysio ChavesAntônio FerreiraEnoc VieiraEtevaldo Nogueira

PSDBAntonio'PcroilaGeraldo Campos

POSAry Valadão

PDTBrandão Monteiro

pTBMarluce Pinto

Chagas DuartePTB

João da Mata (PDC)PT

Lurdinha Savignon

Álvaro A.ntonioAntônio BrittoAsdrubal BentesChagas NetoFernando VelascoFirmo de CastroJosé Carlos Vasconcelos

PFLAntónío FerreiraChristóvam ChiaradiaEtevaldo NogueiraHumberto Souto

\ PSDBAnna Maria Rattes10Sé CaTio5 GTecco

Jairo Azi

COMISSÃO DEDESENVOLVIMENTO URBANO,

INTERIOR E ÍNDIOPresidente: Mãrio Assad - PFL - MGVice-Presidentes: Etevaldo Nogueira - ~FL - MO

Raul Ferraz - PMDB - BAJairo Azi - PDC - BATitularesPMDB

PFLAnníbal BarcelosDionísio Dal PráFurtado LeiteOrlando Bezzem

PSDBArnaldo MartinsJosé Guedes

PDSCarlos Virgílio

PDTPaulo Ramos

PTBFarabulini J~nior

PTJosé Genoíno

PDCSotero Cunha

SuplentesPMDB

Domingos JuvenilFernando VelascoGibon MachadoHélio RosasPaulo Zarzur

PDC

PDTJosé Luiz Maia

I VagaSecretária: Marei Ferreira LopesRamais: 6998 - 7001

PDS

Suplentes

Agass!z Alméida PMDB. Antônio de JesusFrancisco CarneiroGabriel GuerreiroGerson MarcondesJosé Dutra

José Guedes

Cunha Bueno

Raimundo BezerraRaimundo RezendeRenato BernardiRonaldo CarvalhoSamir AchôaValdir Colato

Júlio CamposSandra CavalcantiWaldeck Ornélas

Roberto Augusto

Eurico Ribeiro

Paulo Ramos

Valmir Campelo

Manoel MoreiraMaria LúciaVldurico Pinto5 Vagas

1 Vaga

Octávio Elísio

Narciso MendesPedro CanedoSarney Filho

Manoel MoreiraNyder BarbosaOttomar PintoPaulo SidneiRenato Vianna2 Vagas

PDT

PTB

PT

PDC

PSDB

PDT

PFL

PSDB

Raquel CándidoPTB

Victor Faccioni

Elias Murad

SuplentesPMDB

Miraldo Gomes

PFL

PDS

Francisco PintoHarlan GadelhaHélio ManhãesIvo Lech

Alysson PaulinelliAlziro GomesEliézer MoreiraLúcio Alcântara

Aécio NevesAntonio CâmaraGeraldo BulhõesJoaci GoesJoão MaiaJosé MeloPaulo Sidnei

Artenir Werner

PMDB

PTGumercindo Milhomem

PDC

Cláudio Á vilaEunice MichilesGandi JamilJofran Frejat

Fábio FeldmannGeraldo Alckmin Filho

PDS

Paulo Delgado

Anna Maria RattesCarlos Mosconi

Nelson Aguiar

Joaquim!S~cena

Paulo Mau!ãQSecretário: Jarbas Leal VianaRamais: 6930 - 6931

COMISSÃO DE DEFESADO CONSUMIDOR EDO MEIO AMBIENTE

José Carlos Sab6iaSecretário: Ruy Ornar Prudêncio da SilvaRamais: 6920 - 6921

Titulares

COMISSÃO DEDEFESA NACIONAL

Presidente: Furtado Leite - PFL - CEVice-Presidentes: Dionísio Dal Pni - PFL - PR

Annibal Barcelos - PFL - APOttomar Pinto - PMbB - RRTitularesPMDB

PDCEduardo Siqueira Campos

PL

Antônio CâmaraEdivaldo Motta 'Expedito MachadoFrancisco PintoGeraldo FlemingHaroldo Sanford

Presidente: Joaci G6es - PMD B - BAVice-Presidentes: Antonio Câmara - PMDB - RN

Fábio Feldmann - PSDB - SPRaquel Cândido - PDT - RO

PDC

José Luiz de Sá

Lídice da MataPCdoB

Victor Faccioni

Octávio Elísio

Mário LimaMaurício PáduaOsvaldo MacêdoPaulo AlmadaPrisco Viana1 Vaga

José Santana de:VasconcellosJosé TinocoMaurício Campos

Aécio BorbaPDS

PT

PSDBAntonio PerosaMauro Campos

COMISSÃO DEFISCALIZAÇÃO E CONTROLE

PDC

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA

Luiz Gushiken

Alcides LimaAssis CanutoÉzio FerreiraJales Fontoura

Eduardo MoreiraGabriel GuerreiroGenésio de BarrosJoão ResekJosé AmandoLuiz Alberto RodriguesMarcos Lima

Pres\dente: Fernando Gasparian - PMDB - SPVice-Presidentes: Irajá Rodrigues - PMDB - RS·

Benito Gama - PFL - BAFernando Santana - PCB - BA

PFL

Suplentes

PMDBCarlos Vinagre João AgripinoCid Carvalho José Carlos VasconcelosDélio Braz Samir Ach6aDenisar Aroeira Tidei de LimaHaroldo Sabóia 4 Vagas

PFLAMcio Dias Leur LomantoJosé Lins Mussa DemesFurtado Leite Stélio DiasI Vaga

PSDBFrancisco Küster José GuedesGeraldo Campos

PDSFelipe Mendes Gerson Peres

PDTBrandão Monteiro José Fernandes

PTBBasilio ViIlani Farabulini Júnior

Presidente: Octávio Elisio - PSDB - MGVice~Presidentes: Antônio Perosa - PSDB - SP

Mário Lima - PSDB - BAI Aécio de Borba - PDS - CE

Titulares

PMDB

TitularesPMDB

Airton Sandoval Irajá RodriguesAluízio Campos José GeraldoFernando Gasparian Maria LúciaFirmo de Castro Mário LimaFernando Santana Nilso SguareziGerson Marcondes Ottomar PintoPercival Muniz

PFLBenito Gama Maluly NetoJoão Alves Simão SessimJosé Moura Victor FontanaJosé Tinoco

PSDBAnna Maria Rattes Rose de FreitasDirce Tutu Quadros

PDSAry Valadão Telmo Kirst

PDTChagas Duarte Sérgio Carvalho

PTBMarluce Pinto Valmir Campelo

PTPaulo Delgado

PDCSotero Cunha

Tarzan de Castro.Secretário: Silvio AveJino da SilvaRamais: 7025 - 7026

Valmir Campelo

José TeixeiraOrlando BezerraSérgio Brito

Victor Faccioni

Osmundo RebouçasGonzaga PatriotaRoberto BrantIrajá RodriguesSérgio NayaJoão Carlos Bacelar

Márcia Cibilis Viana

Rose de Freitas

Nyder BarbosaOswaldo Lima FilhoSérgio Werneck4 Vagas

Horácio Ferraz

José Fernandes

Nelson Seixas

Aécio de Borba

José Carlos Grecco

Francisco DornellesRita FurtadoLevy Dias

Moema São ThiagoRobson Marinho

PDT

PTB

PDS

PSDBArtur da TávolaPaulo Silva

Adylson Motta

Fernando LyraFloriceno Paixão

PSDB'

Arnaldo MartinsJosé FreireCid CarvalhoLuiz Alberto RodriguesFernando Bezerra CoelhoMoisés PimentelFrancisco Sales

PTLeonel Júlio

PFL

Euclides ScalcoRonaldo Cezar Coelho

PDSArnaldo Fioravante

PSDB

PFL

PDTChagas Duarte

PDC

Francisco KüsterJosé Serra

Luiz Gushiken

Vladimir Palmeira

PTB

PDT

PDS

PT

PTB

Arnaldo PietroManoel CastroBenito GamaMussa Demes

Aécio de BorbaFelipe Mendes

César Maia

Basilio Villani

PDC

PLJosé Carlos Coutinho

PCdoBEdmilson Valentim

SuplentePMDB

Expedito MachadoFernando GasparianJoão NatalIranildo Pereira'Lúcia VâniaMilton Reis

COMISSÃO DE FINANÇAS

Miraldo GomesSecretária: Maria Julia Rabelo de MouraRamais: 6955 - 6959

PSB

Jonival Lucas

Presidente: Francisco Dornelles - PFL - RJVice-Presidentes: Arnaldo Prieto - PFL - RS

Fernando Bezerra Coelho - PMDB _PEJosé Serra"":' PSDB - SPTitularesPMDB

I VagaSecretária: Tasmánia Maria de Brito GuerraRamais: 6980 - 6977

Jonival Lucas

Alceni GuerraCleonâncio Fonseca

,Gandi JamilJosé Lins

Benedito Monteiro Elias MuradGastone Righi

PTGumercindo Milhomem 1 Vaga

PDC

Érico PegoraroSandra CavalcantiLauro MaiaSarney FilhoManoel êastro

Costa FerreiraOsvaldo CoelhoEraldo TinocoPedro CanedoEvaldo Gonçalves

Paulo Delgado

Osvaldo Sobrinho

Hermes ZanetiOctávio Elísio

Artenir Werner

Ne!s.0n Aguiar

Messias SoaresHenrique Eduardo AlvesPlínio MartinsJosé da ConceiçãoRoberto Vital

Mauro SampaioFlávio Palmier da VeigaRenato BernardiGerson Vilas BoasRita CamataHélio RosasSérgio SpadaIranildo PereiraUbiratan AguiarJoaquim Haickel

PL

PC do B

Milton Barbosa

Lídice da Mata.

Álvaro Valle

Vilson Souza .Dirce Tutu QuadrosPDS

José Luiz Maia Adauto PereiraOsvaldo Bender

PDTAmaury·jM~)!~ Ltiiz SalomãoBocayuva Cunha

PTBFábio Raunheitti Feres NaderHorácio Ferraz

PTVirg~io Guimarães I Vaga

Presidente: Ubiratan Aguiar - PMDB - CEVice-Presidentes: Celso Dourado - PMDB - BA

Jorge Hage - PSDB - BAFlorestan Fernandes - PT - SP

TitularesPMDB

Afrísio Vieira LimaJosé FreireAgassiz AlmeidaJosé MarranhãoBete MendesMaguito VilelaCelso DouradoMárcia KubtischekChagas NetoMárcio BragaFausto Fernandes

PSB

Caio PompeuJorge H.ge

COMISSÃO DEEDUCAÇÃO, CULTURA,ESPORTE E TURISMO

PDS

PTBFábio RaunheittiS610n Borges dos Reis

PTFlorestan Fernandes

PDC

I VagaSecretária: Maria Laura CoutinhoRamais: 7016 - 7019

José Gomes

PSDB

PL

PDTMárcia Cibilis VianaTadeu França

Amilcar MoreiraMário MartinsDaso CoimbraMauro MirandaDjenal Gonçalves11 Vag.,;

Arnold FioravanteEurico Ribeiro

PFL

PSBJoão Herrmann Neto ...

Suplentes·PMDB

PFLAgripino de Oliveira LimaJesualdo CavalcantiÁtila LiraJosé Queiroz

. Cleonâncio FonsecaLuiz Marques

Alceni GuerraNey Lo!,esAlysson PaulinelliOrlando PachecoÂngelo Magalhães

• Rita furtado

COMISSÃO DERELAÇÕES EXTERIORES

Presidente: Bernardo Cabral- PMDB - AMVice-Presidente: Márcia Kubltschek:":'-PMDB - DF

.Aloysio Chaves - PFL - PAAdolfo Oliveira - PL - RJ

José Maria J;vmaelSecretária: Allia Felício TobiasRamais: 6945 - 6947

Presidente: Raimundo Bezerra - PMDB - CEVice-Presidentes: Ivo Lech - PMDB - RS

Arnaldo Farta de Sá - PJ - SP

Iberê FerreiraJofrao Frejat2 Vagas1 Vaga·

Nasser Almeida

Osvaldo MacêdoRenato Vianna

Geraldo Alckimin Filho1 Vaga .

Paulo Silva

Miro Teixeira

Sólon Borges dos Reis

Mârio de OliveiraNaphtali Alves de SouzaPaulo ZarzurTIleodoro MendesWagner Lago1 Vaga

Mussa DemesSadie Hauache

Geraldo Alckmin FilhoVicente Bogo

João de Deus Antunes

A~tônio Marangon

Osvaldo Bender

2 Vagas

Júlio CamposSimão SessimLúcia Braga1 VagaMaurício Campos

Ivo MainardiMárcio> BragaMatto~·t~ão

Jalles FontouraLuiz Marques3 Vagas

Francisco KüsterGeraldo Campos

Antônio VeDOÁtila LiraEraldo Tinoco

PFL

PFL

PDC

PSDB

PSDB

Artenir WernerPDT

Titulares'PMDB

Floriceno Paixão

Alarico AbibÁlvaro Antônio9 Vagas

Célio de Castro

Aloysio TeixeiraAristides CunhaCarlos VinagreHélio RosasJoão NatalJosé FreireLeopoldo Bossone .

PTBFeres Nader

PDS

Irma Passoni

SuplentesPMDB

PT

Jairo Carneiro

PFL

PSDB

SuplentesPMDB

Anna Maria RattesElias Murad

PDS

PSB

, PT

PDC1 Vaga

PL

Farabulini JúniorJosé Egreja

Oswaldo Almeida

Adylson MotaGerson Peres

PC do BManuel Domingos

PDTAdhemar de Barros Filho

PTB

Francisco RolimSecretária: Maria Inêz LinsRamal: 6914

Paulo Paim

PSB

PCdoBEdmilson Valentim

Abigail Feitosa

COMISSÃO DESERVIÇO PÚBLICO

Presidente: Irma Pa"oni - PT - SPVice-Presidentes: Miro Teixeira - PDT - RJ

Carlos Vinagre - PMDB - PAAristides Cunha - PSC - SP

Anníbal BarcellosOsmar LeitáoAroldo de OliveiraPaulo MarquesJosé TeixeiraSaulo Coelho

Antônio BritoBernardo CabralDaIton Canabrava15 Vagas

Sólon Borges dos Reis

Sigrnaringa SeixasVirgíldásio de Senna

Cunha Bueno

1 Vaga

2 Vagas

Messias GóisNey LopesPaes LandimRicardo Izar1 Vaga

Marcos LimaMatheus IensenMauro SampaioMichel TemerRaul BelémRosário Congro NetoJorge ViannaSantinho FurtadoTheodoro Mendes3 Vagas

Roberto Jefferson

Célio de Castro

Carlos Virgílio

José Queiroz·Lauro MaiaOrlando PachecoPedro CanedoSandra Cavalcanti

Carlos Mosconi

João Paulo

Nelson Seixas

Júlio CostamilanJosé VianaMessias SoaresMoisés A velinoRaimundo BezerraRaimundo RezendeRuy NedelTidei de LimaVldurico Finto

. Vingt Rosado

PDT

PTB

PCdoB

PSBAldo Arantes

Marcos Fonniga

Doutel de Andrade

Hermes ZanetiMaria de Loudes Abadia

- PDS

Artenir WernerAry Valadão

Roberto Balestra

PSDB

Suplente

PMDB

Arnaldo PrietoAirton CordeiroEraldo TinocoFausto RochaJosé CamargoLevy Dias

José EgrejaOsvaldo Sobrinho

PFL

PL

PDCJosé Genoíno

PT

Antônio GasparBete MendesGenésio de BarrosGeovah AmaranteHélio DuqueHélio RosasJorge MedauarLeopoldo SouzaLuiz Alberto RodriguesRubem Branquinho

PDT

Alarico AbibArnaldo Faria de SáCelso DouradoDjenal GonçalvesDoreto CampanariEduardo MoreiraFrancisco AmaralGenésio BernardinoIranildo PereiraIvo LechJorge Uequed

PTB

PDC

PDSAntonio Salim CuriatiAry Valadão

Joaquim Sucena

,PFLAlceni GuerraErico PegoraroEunice MichílesGandi JamilJesualdo CavalcantiJofran Frejat

PSDB

João Hermam NetoSecretária: Regina Beatriz Ribas MarizRamais: 6992 - 6994

Benedita da Silva

COMISSÃO DE SAÚDE,PREVIDÊNCIA E

ASSISTÊNCIA SOCIAL

Chico HumbertoFloriceno Paixão

A'ntoniocarlosMendes ThamerJorge Uequed

Jairo Azi

TitularesPMDB

PT

PLJosé Carlos Coutinho

José Maurício

Mello Reis

Jaime SantanaMoema São Thiago

Luiz Viana NetoMarcelo CordeiroMárcia KubitschekMattos LeãoMaun1io Ferreira LimaIMaurício FruetMelo FreireNaphtaii Alves de SouzaUlysses GuimarãesLe0P&lldo Bessone

Virgílio Guimarães

João de Deus Antunes

Francisco Diógenes

Jonas PinheiroRonaro Corrêa1 vaga

Luiz Salomão

Virgildásio de Senna

José Elias

Marluce Pinto

Neuto de ContoOttomar PintoPaulo RobertoWalmor de Luca4 Vagas

José Maurício

Leur LomantoOscar Corrêa·Osvaldo CoelhoPaulo Pimentel

.Sarney Filho '

TitularesPMDB

Afrísio Vieira LimaAn!Õnio MarizAirton SandovalBernardo CabralBosco FrançaDaso CoimbraDélio Braz·Djenal GonçalvesHaroldo SabóiaJosé Ulísses de OliveiraLuiz Soyer .

PFLAloysio ChavesAntônio VeDoEnoc VieiraFranc~5co BenjamimJesus TajraJosé Teixeira

PDT

PSDB

PT

Artur da TávolaEgídio Ferreira Lima

PDSAdylson MottaFrancisco Diógenes

Eduardo Bonfim

Carrel BenevidesErvin Bonkoski

PSBDomingos Leonelli

Adolfo de OliveiraPCdo B

PLTarzan de Castro

Amaury MüllerBocayuva Cunha

PTB

PDCBenetida da Silva

PFL

PDC

José Gomes

Bocayuva Cunha

PSDB

PDC

PDT

PT

SuplentesPMDB

Aloísio VasconcdosArnaldo MartinsCarlos BenevidesHilário BraunIsrael PinheiroMaguito Vilela

Jayme SantanaMaria de Lourdes Abadia

PDSBonifácio de Andrada

PDT

PTB

Antônio Marangon

Benedito Monteiro

PTB

PT

Aloysio ChavesAnnibal BarceloasAntónio FerreiraEraldo Tinoco

Raquel Cândido

Leonel Júlio

Vladimir Palmeira

COMISSÃO DE TRABALHO

I VagaSecretário: Ronaldo de Oliveira NoronhaRamais: 7011 -7012

Presidente: Carlos Alberto Caó .- PDT - RJVice-Presidentes: Paulo Paim - PT - RS

Júlio Costamilan - PMDB - RSEdmilson Valentim - PC do B - RJ

, Presidente: Darcy Pozza - PDS - RSVice-Presidentes: Jorge Arbage - PDS - PA

'Sérgio Werneck - PMDB - MGJosé Santana de VascQncelos - PFL ­MG

PDT

PDS

PRN

PT

PSDB

SuplentfSPFL - três vagasPDT - uma vagaPTB - uma vagaPRN - uma vaga

Secretário: Luiz César LimaCostaRa!!1,!I:)067 e 7066.

,Nelson Aguiar

Ramal: 70~, e 7Q67

iRobson Marinho - SP

'Benedita da Silva - RJ

PRNDionísio Hagc - PA

SuplentesPMDB

Cinco Vagas

PSDBDuas Vagas

PDSUma Vaga

PTUma Vaga

PFLTrés Vagas

PDTUma Vaga

PTBUma Vaga

PRNUma Vaga

Presidente: Deputado Sandra Cavalcanti - PFL - RJ,I' Vice-Presidente: Deputado Airton Cordeiro - PFL­PR

'2' Vice-Presidente: Deputado Artbur da Tãvola - PSDB-RJ3' Vice-Presidente: Deputado Benedicto Monteiro - PTB-PARelator: Deputado Hélio Manhães - PMDB - ES

Titulares

TitularesPMDB

Celso Dourado - BADoreto Campanari - SP

Márcio Braga - RJRosário Congro Neto - MS

PFLAirton Cordeiro - PRSaIatiel Carvalho - PE

PSDBRobson Marinho - SP

PDTNelson Aguiar - ES

PDSJorge Arbage - PA

PTBenedita da Silva - RJ

2 - COMISSÃO ESPECIAL INCUMBI­DA DE APRECIAR O PROJETO DE LEIN' 1.506/89, QUE "INSTITUI NORMAS GE­RAIS DE PROTEÇÃO À INFÂNCIA E ÀJUVENTUDE E OUTROS QUE CRIAM OESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLES­CENTE".

'Dionísio Hage - PA

'Jorge Arbage - PA

,PMDB -cinco vagas,PSDB - duas vagas!PDS - uma vagaiPT - nma vaga

PMDBI Celso Dourado - BA Márcio Braga - RIiDoreto Campanari - SP Rosário Congro Neto - MS

I PFLIAirton Cordeiro - PR Salatiel Carvalho - PE

Marluce Pinto

José GeraldoJosé Ulisses de OliveiraLuiz LealNaphtali Alves de SouzaRo berto BrantRospide Nctto

Telmo Kirst

Sigmaringa Seixas

Manoel CastroMaurício CamposSaulo Coelho

1 Vaga

Mendes Botelho

Jorge Arbagc

Mauro Campos

Luiz MarquesSimão SessimJúlio CamposLeal Varella

PTB

PT

PT

PDC

PDC

SuplentesPMDB

Carrel Benevides

Benedita da Silva

PFL

PTB

PSDB

PDTJosé Maurício

PFL

Gidel Dantas

Ernesto Gradel1a

José Carlos GreccoSaulo Queiroz

PUS

Joaquim Sucena

PDSFelipe Mcndes

Airton CordeiroCosta FerreiraÉzio FerreiraGeovani Borges

Arnaldo MoraesChagas NctoDel Bosco AmaralEliel RodriguesErnani BoldrimGustavo de FariaIturival Nascimento

PSDB

PDTBrandao MonteíroJosé Fernandes

Darcy pozza

Antônio PerosaLézio Sathler

Senadores DeputadosAlfredo Campos : Alcides LimaChagas Rodrigues Gabriel GuerreiroJoão Castelo José Carlos VasconcelosJoão Menezes José GuedesNabor Júnior Renato Bernardi

MEMBROS DO PODER EXECUTIVOCharles Curt MucUer Almir LaversveilerCesar Vieira de Rezende José Carlos MeUoPedro José Xavier Mátoso

ComposiçãoMEMBROS DO CONGRESSO

Jairo CarneiroSecretária: Iole LazzariniRamais: 7005 - 7006

COMISSÃO MISTA1 - COMISSÃO DE ESTUDOS TERRITO.RI.AIS (ART. 12 DO ATO DAS DISPOSI­ÇOES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓ­RIAS).

COMISSÃO ESPECIAL

1 - OOMISSÃO ESPECIAL INCUMBIDADE APRECIAR O PROJETO DE LEI N'1.506/89, QUE "INSTITUI NORMAS GE­RAIS DE PROTEÇÃO À INFÂNCIA E ÀJUVENTUDE E OUTROS QUE CRIAM O"ESTATUTO DA CJ,UANÇA E DO ADO·LESCENTE".

Alziro GomesJosé Santanta deVasconcellosSt~lio Dias

Presidente: Deputada Sandra Cavalcanti - PFL - RJ1" Vice-Presidente: Deputado Airton Corndeiro - PFL-PR2' Vice-Presidente: Deputado Arthur da Távola - PSDB-RJ3' Vice-Presidente: Deputado Benedito Monteiro - PTB;-PARelator: Deputado Hélio Manhães -'PMDB - ES

Roberto Augusto

Jorge Arbage

Myriam Portella

Roberto Augusto

Edmundo GaldinoDirce Tutu Quadro~

Ary Valadão

Osmar LeitãoVictor Trovão2 Vagas

Nelton Friedrich

Mãrio LimaNilron Gibron7 Vagas

Lysâneas Maciel

Tadeu França

Osvaldo Sobrinho

Jorge UequedJanes Santos Neve::;José da ConceiçãoJosé TavaresJúlio Costamilan1 Vaga

Waldeck Ornélas3 Vagas

Max RosenmannPaulo RobertoPaulo MincaroneRoberto VitalRubem BranquinhoSérgio Werneck

PT

PTB

PDC

PDS

PDT

TitularesPMDB

Fábio Raunhetti

Chagas Duarte1 Vaga

Lurdinha Sa'liguon

Aécio de Borba

PTBJoão de Deus Antunes

PTJoão Paulo

PFL

PDT

Célio de CastroGeraldo Campos

PDS

PSDB

TitularesPMDB

Carlos Alberto Ca6PTB

PDS

Mendes Botelho

Antó~io~arlo~.Mendes Tharner

PT

PSDB

Mello Reis

PFL

PDCFarabulini Júnior (PTB)

SuplentesPMDB

Eunice MichilesLúcio AlcàntaraNarciso Mendes

Aloysio TeixeiraEdivaldo MottaHaroldo SanCordLuís Roberto Ponte'

PDT

Arnold Fioravante

Sérgio Carvalho

Paulo Paim

Alexandre puzinzaAntero de Barr05Antônio Mariz

'Edmilson ValentimFrancísco AmaralGeraldo FlemingHaroldo Sabóia

PDCJayme Paliarin (PTB)

. Reunião: 4"s e 5~s feirasSecretária: Agassis Nylandeir BritoRamais: 6989 - 6990

COMISSÃO DE TRANSPORTES

Átila Lira. Enoc Vieira

Alexandre PuzynaCarlos BenevidesDalton CanabravalDenisar AroeiralMário Martim!Mauro Miranda11 Vaga

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL

PREÇO DE ASSINATURA

(Inclusas as despesas de correio via terrestre)

SEÇÃO I (Câmara dos Deputados)

Semestral •••••••••.•••••••••••••••••••••••• NCz$ 17~04Exemplar awlso ••••••••••••••••••••••••• NCz$ 0,'11

seçÃo 11 (Senado Federal)

·S~m~!ttJral ••••.•••••••••••••••••••••••••••••Exemplara,{ajlso •••••••••••••••••••••••••

NCz$l,~04

NCz$ 0,1 t.

Os pedidos. devem ser acompanhados de cheque pagável

em Brasília. Nota de Empenho ou Ordem de Pagamento pela

Caixa Econômica Federál - Agência - PS-CEGRAF. conta cor­

rente n9 920001-2. a favor do

CENTRO aRÁAco DO SENADO FEDERALPraça dos·Três Poderes - Caixa Postal 1.203 -Brasília - DF

CEP: 70160.

Maiores:informaç~s.pel~s,telefones(061) 311-3738 e 224-5615.Ilà SuperviSão de As~inatul'élse !DistribliiÇão de ~.6cações ~ Coordenaçãode.Atendiniento ao -Usuário.-

Regimentos das AssembléiasConstituintes do Brasil

Obra de autoria da Subsecretaria de Arquivo do Senado Federal

- Antecedentes históricos.- Regimentos das Assembléias Constituintes de 1823, de 1890-9tr. de 1933-34 e de 1946.

T~xt()s com'entados pelos Constituintes.- Nprmas regimentais disciplinadoras do Projeto de Constituição que deu origem à Consti-

t,uição de, 1967. ,- Indices tcmáticosçJos ~~gimentos e dos pronunciamentos. Indices onomásticos.

~ venda na Subsecretaria de Edições Técnicas - Senado Federal, Anexo 1,22.,"andar"-Praça dos Três PodéFes~CEP 70l60-Brasília, DF-Telefol)e: 311-3578.

Os pedidos deverão ser aGompanhados de cheque nominal à Subsecretaria deEdiçõt\s Técnicas do ~~nado Federal ou de vale postal, remetido à Agência ECT SenadoFederal-COA 4707']5. "

Atendé-se,'tamoém,:pelo si,stema de reemb~)lsb postal.

I

MACHADO DE ASSIS EAPOLITICA .Livro de crônicas de Machado de Assis sobre o Senado do Impérió.

Apresentação do Senàdor NELSON CARNEIRO, Presidente do Congresso Nacional; dos escritoresAustregésUo de Athayde, Afonso Arinos, Afrânio Coutinho, Carlos Castelo Branco, Luiz Viana Filho,José Sarney,. Josué MonteUo, Marcos Vinícius Vilaça, Raymundo Faoro.

"P-olítica., como eu e o meu leitor entendemos, não há. E devia agora exigir-sedo melro' o d1carice, do olhar da águia e o rasgado de um vôo? Além de ilógico seriacrueldade."

(DRJ,I-11-1861)"Cada Ministr'o ;gosta de deixar entre outros trabalhos um que especifique o seu

nome. no ca(álogo dos administradores." . do SesquicentenárioEd' -o comemoratwa A '

:Lça , d Machado de SSlS,(DRJ, 1O-12-1861). de Nasclmento e

-..-:-------""~--l

"Deve,.sesupor que. é esse o escolhido doPartido do Governo, que é sempre o legítimo. "

(DRJ, 10-11-1861)

"Em que tempo estamos? .Que País é este?"

(DRJ, 12-6-1864)

'.'Se eu na g~leri<:tnão posso dar um berró',onde é que hei de. dar? Na rua, ·feito maluco?"

(A Semana, 27-11"!1892)EdiçãO Limitada .

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1 .EDIÇÃO DE HOJE: 128 PÁGINAS l__~_r(PREÇO DESTE EXEMPLAR: NCz$ 0~11 I