República Federativa do Brasil - DO CONGRESSO NACIONAL
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,
DIARI6República Federativa do Brasil
DO CONGRESSO NACIONALSEÇÃO I
, CAPITAL FEDERAL , QUINTA-FEIRA, 8 DE MARÇO DE 1990
"CAMARA DOS D,EPUTADOS
1,.... ATA DA 13~ SESSÃO,DA 4' SESSÃO LEGISLATIVA DA 48' LEGISLA·TURA: EM 7 DE, MARÇO DE 1990
.I - Abertura da'Sessão
11 - Leitura e· assinatura' da ata da sessáoanterior
111 - Leitura do ExpedienteOFÍCIOS
(Págsó 1025 a 1026)
N" 9/90 - Da Bancada do Partido Democrático Traoalhista - PDT, comunicando a escolha do Líder, o SenhorDeputado DOUTELDE ANDRADE..
N" 34/90 - Da Bancada do Partido doMovimento Democrático Br,asileiro PMDB, indicando o nome do Líder, oSenhor Deputado IBSEN PINHEmO.
N" 225/90 - Do Senhor DeputadoGANDI JAMIL, comunicando seu ingresso no Partido Democrático Trabalhista-PDT.
N" 13/90 - Do Senhor DeputadoDOUJEL DE ANDRADE, Líder doPDT, c01l1unicando o ingresso do Deputado GANDI JAMIL no Partido.
REQUERIMENTOS
(Pág.l026)
po Senhor Deputado OSCAR CORREA, solicitando a ,anexação de Projetosde Lei.
D'o Senhor Deputado GERALDOALCKIMN FILHO, solicitando a retirada do PL n" 3.891/89, de sua autoria.
MENSAGENS
(Págs. 1026 a 1051)
Mensagem n" 954/89 (Poder Executivo)- Submete à apreciação do CongressoNacional o ato que "renova por 10 (dez)anos, a partir de 18 de junho de 1989,a concessão da Rede Riograndense deEmissoras Ltda, outorgada através doDecreto n" 83.451, de '14 de maio de 1979,para explorar, na cidade de Porto Alegre,Estado do Rio Grande do Sul, sem direitode exclusividade, serviço de radiódifusãosonora em onda curta".
SUMÁRIOMensagem n" 955/89 (Poder Executivo)
- Submete à apreciação do CongressoNacional o ato que "renova por 10 (dez)anos, a partir de I" de março de 1989,a concessão da Rádio Cassino de RioGrande Ltda, outorgada através do Decreto n" 83.082, de 24 de janeiro de 1979,para explorar, na cidade de Rio Grande,Estado do Rio Grande do Sul, sem direitode exclusividade, serviço de radiodifusãosonora em onda média".
Mensagem n" 956/89 (Poder Executivo)- Submete à apreciaçãO do CongressoNacional o ato que "renova por 10 (dez)anos, :o. !Jaltir de 15 de agosto de 1989,a concessão da Rádio Liberal Ltda, outorgada através do Decreto n" 83.574, de 18de junho de 1979, para explorar, na cidade de Belém, Estado do Pará, sem direitode exclusividade, serviço de radiodifusãosonora em onda tropical".
Mensagem n" 957, de 1989 (Poder Executivo) - Submete à apreciaçãO do Congresso Nacional o ato que "renova por10 (dez) anos, a partir de 20 de marçode 1988, a concessão de Rádio EmissoraAruanã Ltda, outorgada' através do Decreto n" 81.301, de 2 de fevereiro de 1978,para explorar na cidade de Barra do Garças, Estado do Mato Grosso, sem direitode exclusividade, serviço de radiodifusãosonora em onda· média".
Mensagem u" 958/89 (Poder Executivo)- Submete à apreciação do' CongressoNacional o ato que "renova por 10 (dez;anos, a partir de 18 de agosto de 1987a concessão da Rádio Monólitos de Qui·xadá Ltda, outorgada através do Decreton" 79.889, de 28 de junho de 1977, paraexplorar, na cidade de Quixadá, Estadodo Ceará, sem direito de exclusividade,serviço de radiodifusão sonora em ondamédia".
Mensagem n" 959/89 (Poder Executivo)- Submete à apreciação do CongressoNacional o ato que "outorga concessãoà Rede Integração de Comunicação Ltda,para explorar, pelo prazo de 10 (dez)anos, sem direito de exclusividade, servi-
ço de radiodifusão sonora em onda média,na cidade de Toledo, Estado do Paraná".
Mensagem n" 960/89 (Poder Executivo)' '- Submete à apreciação do CongressoNacional o ato que "outorga concessãoà Rádio Universal de Morrinhos Ltda.,para explorar, pelo prazo de, 10, (dez)anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda média,na cidade de Morrinhos, Estado do Ceará".
Mensagem n".961189 (PoderExecutivo) ,- Submete à apreciação do CongressoNacional o ato que "outorga permissãoà Universidade de Oeste Paulista-Unoeste, para explorar, pelo prazo de 10 (dez)anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão s.onora em freqüência ,modulada, com fins exclusivamente educativas, na cidade de Presidente Prudente, Estado de São Paulo".
PROJETOS A IMPRIMIR
(Págs.l051 a 1062)Projeto de Lei Complementar n"
149-A, de 1989 (Do Sr. Ney Lopes) Estabelece, de acordo com o art. 14, parágrafo 9", da Constituição Federal, casosde inelegibilidade'e os prazos de sua cessação e determina outras providências; tendo parecer do Relator designado pela Mesa em substituição à Comissão de Constituição e Justiça e Redação, pela aprovação, com Substitutivo.
Projeto de Resolução n° 460-A, de 1986(Do Sr. Victor Faccioni) - .cria a Comissão Parlamentar de Inquérito destinadaa apurar as causas da extinção do BancbNacional da Habitação; tendo parecer daMesa pela reJeição. .
Projeto de Lei n" 5.009-A, de 1985 (DoSr. Floriceno Paixão) - Dispõe sobre osalário mínimo profissional dos TécnicosIndustriais de nível médio; tendo parecer,da Comissão de Constituição' e Justiça eRedação, pela inconstitucionalidade e falta de técnicaJegislativa.
1022 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
(Pág.l081)
prestam serviços de limpeza na Càmarados Deputados. (Pâg. 1075)
PRESIDENTE (Wilson Campos) Resposta à Deputapa Irma Passoni.
. I (Pág. 1075)VIRGÍLIO GUIMÁRÂES - Necro
lógio do líder comunista Luís Carlos Prestes. (Pâg. 1075)
RUBEM BRANQUINHO - Isolamento do Estado do Acre dada asituaçãode abandono da BR-364 e rodovias locais.
(Pâg" 1075)FERNANDO SANTANA -. Faleci
mento do líder comunista Luís CarlosPrestes. (Pág. 1075)
TIDEI DE LIMA - Falecimento dolíder comunista Luís Carlos Prestes.
(Pâg. (076)VICTOR FACCIONI - Situação dos
professores no Rio Grande do Sul.(Pâg.l076)
LURDINHA SAVIGNON - Importância do Dia Internacional da Mulher,comemorado a 8 de março.
(Pâg.1076)
HERMES ZANETI - Transcrição dedocumento entregue pelo Fórum Nacional de Secretários de Cultura aos representantes do Governo Collor.
. (Pâg. 1077)LUIZ SOYER ':"":Sugestão dá Associa
ção Médica Brasileira. de alteração do antepl'ojeto de lei do Estatuto do Funcionário Público, na parte que trata dos médicos que trabalham sob regime estatutário.
(Pág. 1078)OSVALDO BENDER - Expectativa
quanto à atuação do governo Collor.(Pág.1079)
MAURO MIRANDA - Compensação financeira para Estados. Distrito Federal e Municípios, pela exploração derecursos naturais.
(Pág. 1079)PAULO ZARZUR - Influência da
ação de determinadas faixas do mercadona escalada da inflação.
(Pág.1079)ÁTILA LIRA - Necessidade de equa
cionamento do problema do crédito rurale da implantação de uma política agrícolano País.
(Pág.1079)OCTÁVIO ELÍSIO - Quadragésio
aniversário de fundação da Faculdade deDireito da Universidade de Minas Gerais.
(Pág.l0801IRMA PASSONI - Manifestação do
Partido dos Trabalhadores a respeito doresultado das eleições na Nicarágua.
(Pág.1080)NEY LOPES - Transcrição do artigo
"Salários dos Parlamentares", do jornalista Marcondes Sampaio, publicado noJornal de Brasília de 6-3-90.
PROJETOS APRESENTADOS WILSON CAMPOS - Dia Internacio-(Págs. 1062 a 1066) nal da Mulher. (Pág. 1070)
ABIGAIL FEITOSA - Necrológio doProjeto de Decreto Legislativo n' 173, líder comunista Lúís Carlos Prestes.
de 1990 (Da C01]ilissão Mista) - Disci- (Pâg. 1070)plina as relações jurídicas decorrentes da ERALDO TRINDADE _ Adminis-adoção da Medida Provisória n° 91. de29 de setembro de 1989, que "d~põe so- tração Jorge Nova da Costa. Estado dobre o reajuste dos benefícios de J'restação Amapá. (Pág. 1071)continuada mantidos pela Previdência So- JOSÉ GENOÍNO - Necrológio do lí-cial": der comunista Luís Carlos Prestes.
Projeto de Lei n' 4.575. de 1990 (Do (Pág. 107\)Poder Executivo) -Mensagem n'138/90 PAULO RAMOS - Falecimento do_ Dispõe sobre o enquadramento dos líder comunista Luís Carlos Prestes. Avil-servidores da extinta Fundação Projeto tamento dos salários pagos aos policiaisRoddon, rédistribuídos para órgãos da militares do Estado do Rio de Janeiro.Administração Federal direta, autarquias (Pág. 1071)e fundações públicas. FLORESTAN FERNANDES - Fale-
IV _ Pequeno Expediente cimento do líder comunista Luís CarlosPrestes. (Pág. 1072)
NILSON GIBSON - Necrológio doJuiz Marcos Aurélio dos Anjos Lopes, ALUíZIO CAMPOS - Anúncio detitular da comarca do Município de João apresentação, pelo orador, de· projeto deAlfredo, Estado do Pernambuco. resolução alterando dispositivos do Regi-
(Pâg. 1066) mento Comum sobre lei delegada.CARLOS COTTA - Sexagésimo-se- (Pâg. 1072)
gundo aniversário de fundação do jornal DARCY DEITOS - Mandado de In-"O Estado de Minas". (Pág. 1066) junção. de iniciativa da Federação dos
SÓLON BORGES DOS REIS _ Fale- Trabalhadores Rurais, junto ao Supremocimento do líder comunista Luís Carlos Tribunal Federal, para votação, pelo Po-Prestes. . (Pág. 1067) der Legislativo. das leis complementares.
DEL BOSCO AMARAL (Pela ordem) (Pág. 1072)- Nel:essidade de observância da ordem EDIVALDO HOLANDA - Faleci-de inscrição para falar no Pequeno Expe- menta do líder comunista Luís Carlosdiente. (Pág. 1067) Prestes. Aplicação de recursos destinados
PRESIDENTE (Carlos Cotta) _ Res- à restauração da cidade de São Luís. Esta-posta ao Deputado Del Bosco Amaral. do do Maranhão. (Pâg. 1073)
(Pág. 1067) SAMIR ACHÓA ~ Falecimento doADHEMAR DE BARROS FILHO- líder comunista Luís Cárlos Prestes. En-
Deterioração da economia argentina. contro Nacional de Murlicipalistas. Recu-. (Pág. 1067) sa dos laboratórios fanuacêuticos de fa-
DEL BOSCO AMARAL _ Cuidados bricarem medicamentos essenciais.a serem observados pelo futuro Ministro (Pág. 1073)da Infra-Estrutura no preenchimento do LÚCIO ALCÂNTARA - Indicaçãocargo de Secretário de Minas e Metalur- do Presidente e de Diretores do Bancogia. Natureza moderna da sistemática de Central. (Pág. 1073)··trabalho implantada pela Administração EDÉSIO FRIAS - Falecimento do Ií-do Município de Cubatão, Estado de São der comunista Luís Carlos Prestes.Paulo. ' (Pág. 1068) (Pág. 1073)
IRMA PASSONI (Pela ordem) _ Ra- BETH AZIZE - Falecimento do líderzões da ausência da oradora na próxima comunista Luís Carlos Prestes. Privatiza-sessão. (Pág. 1069) ção do Banco da Amazônia - BASA.
, (Pág. 1074)JOSE 'I'lmMAZ NONÓ - Expecta- JORGE UEQUED - Conveniência
tivas da opinião pública nacional em rela- de derrubada do veto presidencial ao inci-ção ao governo Fernando Collor de Me- so I do Projeto de Lei de Conversão n'lia. (Pág. 1069) 28. (Pág. 1074)
HERMES ZANETI (Pela ordem) -Suspensão da sessão em virtude do faleci- GERSON PERES - Homenagemmento do ex-Senador e líder comunista póstuma a Luís Carlos Prestes.Luís Carlos Prestes (Pág. 1069) (Pág. 1074)
PRESIDENTE (Carlos Cotta) - Res- GONZAGA PATRIOTA - Faleci-posta ao Deputado Hermes Zaneti. mento do líder comunista Luís Carlos
(Pág. 1070) Prestes. Regulamentação dos direitosNELSON AGUIAR - Falecimento constitucionais do trabalhador rural.
do líder .comunista Luís Carlos Prestes. (Pág. 1074)Ingresso, nos quadros do PDT, do Gover- IRMA PASSONI (Pela ordem) - Im-nador Max Mauro, do Estado do Espírito portância da interlerência da Mesa, paraSanto. . (Pág. 1070) solução de greve dos trabalhadores que-'--------------=.----- _:.-_-------------"
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1023
em torno das medidas a serem implementadas pelo futuro Presidente da República, Fernando Collor de Mello.
. (Pág. 10S7)CRISTINA TAVARES - Política dos
Estados Unidos em relação ao Canal doPanamá. (Pág. 10SS)
CARLOS VINAGRE - Repúdio àconcessão de terras à Companhia Valedo Rio Doce, Estado do Pará.
(Pág.l0SS)INOCÊNCIO OLIVEIRA - Conside
rações sobre a política pernambucana, noque respeita às próximas eleições de outubro. Expectativa quanto à ação do novogoverno no combate aos monopólios, oligopólios e cartéis. (Pág. 10SS)
JOSÉ CARLOS SABÓIA - Necrológio do líder comunista Luís Carlos Prestes.
(Pág.l0S9)ISMAEL WANDERLEY - Pronun
ciamento de D. Hérder Câmara, ex-Arcebispo de Olinda, Estado de Pernambuco,em favor do Presidente eleito FernandoCollor de Mello. ,(Pág. 10S9)
JOVANNI MASINI - Expectativaquanto ao programa econômico a ser implantado pelo Presidente eleito. Fernando Collor de Mello. .(Pág. 10S9)
FERNAND.O BEZERRA COELHO- Ineficiência do sistema de arrecadaçãofinanceira federal. (Pág. 1090)
JOSÉ MARIA EYMAEL - Ativaçãodo Conselho Administrativo de DefesaEconômico - CADE, para o combateaos cartéis e monopólios. (Pág. 1091)
ANTÓNIO DE JESUS - Fornecimento, pela CEME - Central de Medicamentos - de farmácias básicas a entidades assistenciais do Estado de Goiás.
(Pág.l091)ANTÓNIO SALIM CURIATI
Transcrição, nos Anais da Casa, de reportagem publicada no informativo da Associação Brasileira das Indústrias de Queijo- ABIQ - sobre a família Lemos deMoura Leite, fabricante dos laticíniosAvaré.
STÉLIO DIAS - Agilização da apreciação, pelo Senado Federal, da lei deseguridade da Previdência Social.
. (Pág. 10S1)CUNHA BUENO .L.- Conseqüências
danosas do processamento de areias monazíticas pela Usina de Santo Amaro,USAM, em São Paulo. (Pl!g. 10SI)
JOSÉ MENDONÇA DE MORAIS Importância de dinamização dos trabalhos da Câmara dos Deputados, para elaboração das leis complementares.
(Pág.l0S2)FRANCISCO AMARAL - Criação,
no Estado de São Paulo, do Banco Múltiplo Transcontinental. (Pág. 10S2)
bORETO CAMPANARI -"- Deficiências do Ensino de 1. Grau no Estado deSão Paulo.
(Pág. 10S2)ANTÓNIO UENO - Considerações
do agrônomo japonês Seigi Mori, no Fórum da Amazônia, sobre os projetos dereflorestamento da Companhia Vale doRio Doce. (Pág. 10S3)
GANDi JAMIL - Anúncio de apresentação de projeto de lei de sua autoria,de regulamentação de dispositivos constitucionais referentes aos direitos trabalhistas. I (Pág. 10S3)
RENATO VIANNA - Necrológio doGovernador do Estado de Santa Catarina,Pedro Ivo.
. (Pág. 10S3)CARLOS CARDINAL - Falecimen
to do líder comunista Luís Carlos Prestes.(Pág. )
ADEMIR ANDRADE - Dificuldadedo Instituto Maria de Mattias, de Altamira, Estado do Pará. (Pág. 10S4)
ROSÁRIO CONGRO NETO - Criseno abastecimento de álcool combustível.Repúdio à tentativa de desest}lbilizaçãodo Programa Nacional do AIcool Proálcool. , (Pág. 10S5)
SALATlEL CARVALHO - Crise nosistema de saúde do Estado de Pernambuco.
(Pág.l0S5)SÉRGIO SPADA - Crise da suino
cultura brasileira.(Pág. 10S5)
JOSÉ CARLOS COUTINHO - Cinqüentenário do Instituto de Ressegurosdo Brasil. Anúncio de apresentação, peloorador, de emenda modificativa ao Projeto de Lei Complementar n. 154, que dispõe sobre o Sistema Financeiro Nacional.
(Pág.l0S6)ASSIS CANUTO - Dificuldades dos
agricultores e trabalhadores rurais brasileiros.
(Pág.l0S6)LÉZIO SATHLER - Crise de abaste
cimento de álcool combustível no País.(Pág.l0S7)
JOSÉ SANTANA DE VASCONCELOS - Necessidade de união nacional
cadas expressivas no futuro CongressoNacional. (Pág. 1106) _
FAUSTO ROCHA (Pela ordem) Registro da eleição do Deputado ArnaldoFaria de Sá para Presidente da AssociaçãoPortuguesa de Desportos, Estado de SãoPaulo. (Pág. 110S)
PRESIDENTE (Arnaldo Fãna de Sá)- Agradecimento ao Plenário'pelas ma
nifestações. (Pág. 110S)VI - Comunicações de Lideranças
ADEMIR ANDRADE - Falecimento do líder comunista Luís Carlos Prestes.Filiação do ex-Deputado Federal AlencarFurtado e do Deputado Federal UlduricoPinto ao Partido Socialista Brasileiro.
. (Pág. 110S)ADHEMAR DE BARROS FILHO
Falecimento do líder comunista Luís Carlos Prestes. A vitória da democracia representada pela eleição de Violeta Chamorro para Presidente da Nicarágua.
(Pág.1109)NILSON GIBSON (Pela ordem)
Registro da reeleição do Deputado IbsenPinheiro para líder do PMDB na Câmarados Deputados. (Pág. 1109)
PRESIDENTE (InocênCio Oliveira) - .Solidariedade da Presidência ào júbilo da .bancada do PMDB pela reeleição do De- .putado Ibsen Pinheiro para a liderança'partidária. (Pâg. 1109) .
CESAR CALS NETO - Repúdio à 'escalada na remarcação de preços. Esperança na adoção, pelo futuro governo, demedidas para contenção do processo especulativo. (pág. 1109)
GIDEL DANTAS - Necrológio doex-Deputado Federal Hilclebrando Guimarães. .' . (Pág. 1110)
ARNALDO FARIA DE SÁ - Atendimento pelo Presidente Fernando Collor
.dos anseios P!lpulares, através da formação da equipe governamental.
(Pág. 1110)PLÍNIO ARRUDA SAMPAIO - Fa
lecimento do líder comunista Luís CarlosPrestes. (Pá~. 1110) .
SANDRA CAVALCANTI - Trimscurso do Dia Internacional da Mulher.
(Pág. 1091) Crescente participação da mulher brasi- 'V - Grande Expediente leira na vida nacional. (Pá2. 1110) .
ALCIDES SALDANHA - Faleci- ,. TIDEI DE LIMA - Configuração de -mento do líder comunista Carlos Prestes. ilícito penal na liberação, a título de com- 'Redefinição dos postulados da política plementação de custos sobre frete, de re- .energética como condição para a supera- cursos para o pagamento da Transporta-ção da crise vivida pelo setor. . dora Wadel, subcontratada da Rede Fer-
(Pág. 1092) roviária Federal. (Pág. 1111)CARLOS COTTA-Ajuizamento de JOSÉ TAVARES - Falecimento do
Ação Popular contra o Governador New- líder comunista"Luís Carlos Prestes.ton Cardoso, do Estado de Minas Gerais, (Pág. 1111)para anulação da venda do Banco Agri- ADOLFO OLIVEIRA - Regozijo domisa. (Pá~. 1094) PL pela reeleição do Deputado Ibsen Pi
nheiro para líder da bancada do PMDBNELTON FRIEDRICH - Lições' e na câmara dos Deputados. (Pág. 1112)
desdobramentos da eleição presidencial. VII _ Ordem do DiaUnião das forças políticas progressistas (Págs. 1113 a 1114)para acompanhamento do governo Fer- Ap,resentação de proposições _nandoColloreparaaconstituiçãodeban- ADHEMAR DE BARROS FILHO,
1024 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
ELIAS MURAD, ARNALDO FARIADE sA, OSWALDO LIMA FILHO,PAULO PAIM, PAULO ZARZUR,JAYME PALIARIN, GEOVANI BORGES, CUNHA BUENO, FRANCISCOAMARAL, LUIZ LEAL, ROBERTOVITAL, GANDI JAMIL, LEONEL JÚLIO, SAULO QUEIRÓZ, EUCLIDESSCALCO, RosARIO CONGRO NETO, HARLAN GADELHA, LUIS SALOMÃO, CARLOS ALBERTO CAÓIRAJÁ RODRIGUES, JOSÉ CARLOSqJUTINHO, LÉZIO SATHLER, JOSE SANTANA DE VASCONCELOS,ANTÔNIO SALIM CURIATI, PAULOMARQUES, RAQUEL CÂNDIDO,FERNANDO SANTANA, ANTÔNIOCARLOS MENDES THAME, JOVANIMASINI, ZIZA VALADARES.
PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)Sobrestamento de requerimento sobre amesa em razão do disposto no art. 64,§ 29 , da Constituição. Inexistência deacordo das lideranças partidárias para votação do Parecer n9 9, da Comissão deConstituição e Justiça e de Redação.
Deferimento de requerimentos para: aprestação, pela Casa, de homenagem à,memória do líder comunista Luís CarlosPrestes.
Deferimento de requerimento para aprestação, pela Casa, em prorrogação desessão, de homenagem pelo transcurso doDia Internacional da Mulher.
Deferimento de requerimento para arealização de sessão especial destinada áhomenagear a memória do ex-Governa~dor e ex-Deputado Federal Pedro Ivo"Campos.
VIII - Comunicações Parlamentares
EDMILSON VALENTIM (Pela ordem) - Necessidade de adoção, pela Mesa, de providências para atendimento dasreivindicações salariais das empresas Sitran e Ipanema, prestadoras de serviçoà Casa.
(Pág. 1114)PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)
Resposta ao Deputado Edmilson Valentim.
(Pág.1114)ARNALDO FARIA DE SÁ - Elei
ção do orador para a presidência da Associação Portuguesa de Desportos, Estadode São Paulo.
(Pág. 1114) "EDMUNDO GALDINO - Adminis
tração do Governador Siqueira Campos,do Estad? de Tocantins. Doação, pelo Estado, da "Ilha do Bananal à Universidadedo Tocantins.
(Pág. 1114) "EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS
(Pela ordem) - Supressão de expressõesanti-regimentais contidas em discurso di:>Deputado Edmundo Galdino. Julgamento pelo povo tocantinense do Governo Siqueira Campos. Vazio das denúnciasapresentadas pelo Deputado EdmundoGaldino.
(Pág. Ul7)
EDMUNDO GALDINO (Pela ordem)- Prosseguimento, pelo orador, de denúncias de corrupção no Governo do Estado de Tocantins, no estrito cumprimento do mandato parlamentar.
(Pág.1117)
JOSÉ COSTA (Pela ordem) - Inexistência de quorum para continuidade dasessão.
(Pág. 1118)PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá)
- Resposta ao Denutado José Costa. '• • (Pág. 1118)
EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS- Julgamento da ação parlamentar doorador pelos Deputados com assento naCasa.
(Pág. 1118)
IX - Encerramento(Págs. 1118 a 1129)
2-ATOS DA MESAAposentadOlias: Dalvina Vieira Isaac:
Isaltino Martins Ferreira; Jair Vitor daCosta; Maria Adelaide Carvalho de SouzaGammaro.
Exonerações: Leila Forte Burached;Murilo Sérgio da Silva Neto; Erasmo deQueiroz Falcão.
Nomeações: Nádia Lucia Machado Ribeiro; Leila Forte Buraçhed; Murilo Sérgio da Silva Neto.
3 - PORTARIASN° 001 a 003/904 - DISTRIBUIÇÃO DE PROJETOComissão Especial - Criança e Ado-
lescente, 6-3-90.5 - REQUERIMENTO DE INFOR·
MAÇÃOPrimeira Secretaria6 - MY;SA (Relação dos ptembros)7 - LIDERES E VICE·LIDERES (Re
lação dos membros)8 - COMISSÕES TÉCNICAS (Rela
ção dos membros)
Ata da 13~ Sessão, em 7 de março de 1990Presidência dos Srs.: Paes de Andrade, Presid~nte; Inocêncio Oliveira, Primeiro
Vice-Presidente;Wilson Campos, Segundo Vice-Presidente; Luiz Henrique, Primeiro Secretário;Carlos Cotta, TerceirC!,Secretário; Ruberval Pilotto, Quarto Secretário, Arnaldo
Faria de Sá, Suplente de Secretário
As 13:30 HORAS COMPARECEM OSSENHORES:
Paes de AndradeInocêncio OliveiraWilson CamposLuiz HenriqueCarlos CottaRuberval PilottoFeres NaderArnaldo Faria de SáJosé Mello
Acre
Francisco Diógenes - PDS: Osmir Lima--PMDB.
Amazonas
Beth Azize - POT; José Outra - PMDB'José Fernandes - . '
Rondônia
. Arnaldo Martins - PSOB; Raquel Cândldo-POT.
Pará
Ademir Andrade - PSB; Benedicto Monteiro - PTB; Eliel Rodrigues - PMDB;Gerson Peres - POS; Paulo Roberto - PL.
Tocantins
Ary Valadão - PDS; Edmundo Galdino- PSDB; Eduardo Siqueira Campos POC; Paulo Mourão - PDC.
Maranhão
Antonio Gaspar - PMDB; Edivaldo Hola~da - PCN; Enoc Vieira - PFL; José Teixeira- PFL.
Piauí
Jesualdo Cavalcanti - PFL; Jesus Tajra-PFL.
Março de 1990 ~!!-RIOYO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1025
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Passa-se à leitura do expediente.
O SR. NILSON GIDSON servindo comol' Secretário procede a leitura do seguinte
Brasília, 7 de março de 1990
Senhor PresidenteNos termos do § 2' do art. 9' do Regimento
Interno, temos a honra de comunicar a VossaExcelência que a Bancada do Partido Democrático Trabalhista - PDT, em reunião, hoje, na Comissão de Finanças da Casa, escolheu para Líder, por aclamação, o SenhorDEPUTADO DOUTEL DE ANDRADE.
Deputado Amimry Müller - DeputadoArtur Lima Cavalcanti - Deputada Bete Azize- Deputado Bocayuva Cunha - DeputadoBrandão Monteiro - Deputado Carlos Alberto Caó - Deputado Carlos Cardinal DeputadoChagas Duarte - Deputado ChicoHumberto - Deputado Edesio Frias - Deputado Fernando Lyra - Deputado Floriceno Paixão - Deputado Gandi Jamil- Deputado Gonzaga Patriota - Deputado LuizSalomão - Deputada Lucia Braga - Deputado Lysâneas Maciel - Deputado MarcioBraga - Deputado Miro Teixeira - Deputado Moyses Pimentel - Deputado NelsonAguiar - Deputado Nelson Seixas - Deputado Paulo Ramos - Deputada Raquel Câmdido - Deputado Sergio Carvalho - Deputado Lucio Alcantara - Deputado SilvioAbreu - Deputado Tarzan de Castro -Deputado Tadeu França - Deputado VivaldoBarbosa.
Da Bancada do Partido do Movimento Democrático Brasileiro - PMDB, nos seguintetermos:
lU - EXPEDIENTE
OFÍCIOSDa Bancada do Partido Democrático Tra
balhista - PDT, nos seguintes termos
Ofício n' 09/90
OflGAB/I/N' 034/90Brasília, 7 de março de 1990.
Senhor Presidente,Em cumprimento ao disposto no § 2' do
artigo 9" do Regimento Interno, temos a honra de indicar a Vossa Excelência o nome doSenhor Deputado Ibsen Pinheiro, para exercer a Liderança do Partido do MovimentoDemocrático Brasileiro-PMDB, eleito nareunião da Bancada do Partido, hoje realizada, por maioria absoluta de votos.
Respeitosamente, - Harlan Gadelha Marcos Queiroz - Nelson Jobim - Eliel Rodrigues - Ninson Gibson - Genebaldo Correia - Paulo Sidnei - Prisco Viana - AlcidesSaldanha - Helio Manhães - José Ulissesde Oliveira - Wilson Campos - Tidei deLima - Fernando Gasparian - José Dutra- Leopoldo Souza - Alarico Abib - DoretoCampanari - Jorge Leite - Roberto Rollem·
- berg - Bezerra de Melo - José Mendonça. de Mox:ais - Airton Sandoval - Ulysses Gui- .
11 - LEITURA DA ATA
o SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- A lista de presença registra o comparecimento de 132 Senhores Deputados.
Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus, e em nome do
Povo Brasileiro, iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata
da sessão anterior.
Paraná
Alceni Guerra - PFL; Darcy Deitas PSDB; Euclides Scalco - PSDB; Hélio Duque-PMDB; José Tavares-PMDB; Maurício Nasser - PMDB; Paulo Pimentel PFL; Sérgio Spada - PMDB; Tadeu França-PDT.
Amapá
Annibal Barcellos - PFL.
Goiás
Antonio de Jesus - PMDB; João Natal- PMDB; Maguito Vilela - PMDB; PedroCanedo - PFL; Roberto Balestra - PDC.
Mato Grosso do Sul
Plínio Martins - PMDB; Rosário CongroNeto-PMDB.
Distrito Federal
Augusto Carvalho - PCB; Francisco Carneiro - PMDB; Jofran Frejat....,... PFL; Sigmaringa Seixas - PSDB.
Mato Grosso
Antero de Barros - Jonas Pinheiro PFL; Júlio Campos - PFL; Rodrigues Palma-PTB.
Santa Catarina
Alexandre Puzyna - PMDB; AntônioCarlos Konder Reis - PDS; Francisco Küster - PSDB; Renato Vianna - PMDB; Vilson Souza - PSDB.
Rio Grande do Sul
Adroaldo Streck - PSDB; Adylson Motta- PDS; Alcides Saldanha - PMDB; AmauryMüller - PDT; Darcy Pozza - PDS; IbsenPinheiro - PMDB; Ivo Lech - PMÓB; IvoMainardi - PMDB; Júlio Costamilan PMDB; Osvaldo Bender - PDS; TelmoKirst - PDS; Victor Faccioni - PDS.
Roraima
Alcides Lima - PFL; Ottomar Pinto PDC.
I - ABERTURA DA SESSÃO
São Paulo
Adhemar de Barros Filho - PRP; AirtonSandoval - PMDB; Antonio Carlos MendesThame - PSDB; Del Bosco Amaral PMDB; Farabulini Júnior - PTB; FlorestanFernandes - PT; Francisco Amaral PMDB; Gastone Righi - PTB; José Carlos - O SR. ADYLSON MOTTA, Servindo coGrecco-PSDB;Koyulha-PSDB;Michel mo 2' Secretário, procede á leitura da ataTemer - PMDB; Plínio Arruda Sampaio - d~ sessão antecedente;a qual, é sem observa-P~; S6lon Borges dos Reis - PTB. çoes, aprovada.
Ceará
Aécio de Borba - PDS; Furtado Leite- PFL; Luiz Marques - PFL; Moysés Pimentel-PDT.
Rio Grande do Norte
Antônio Câmara - PMDB; Iberê Ferreira-PFL.
Alagoas
Albérico Cordeiro - PFL; José ThomazNonô-PFL.
Espírito Santo
Lurdinha Savignon - PT; Nyder Barbosa- PMDB; Stélio Dias - PFL.
Sergipe
Acival Gomes - PSDB; Messias GóisPFL.
Paraíba
Aluízio Campos - PMDB; Lucia Braga-PDT.
Pernambuco
Artur de Lima Cavalcanti - PDT; Fernando Bezerra Coelho - PMDB; Nilson Gibson-PMDB.
Bahia
Ângelo Magalhães - PFL; Fernando Santana - PCB; João Alves - PFL; Jorge Vianna-PMDB; Luiz Eduardo -PFL; Miraldo Gomes - PDC; Prisco Viana - PMDB;Uldurico Pinto - PSB.
Minas Gerais
Aloísio Vasconcelos - PMDB; Bonifáciode Andrada - PDS; Célio de Castro PSDB; Chico Humberto -PDT; HumbertoSouto - PFL; José Ulísses de Oliveira PMDB; Leopoldo Bessone-PMDB; MelloReis - PDS; Oscar Corrêa - PFL; PauloDelgado - PT; Roberto Vital- PRN; RosaPrata - PMDB.
Rio de Janeiro
Adolfo Oliveira - PL; Artur da Távola- PSDB; Daso Coimbra - PRN; FábioRaunheitti - PTB; Lysâneas Maciel-PDT'Osmar Leitão - PFL; Roberto Augusto .....:PL; Sandra Cavalcanti - PFL; Vivaldo Barbosa-PDT.
1026 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 19901
marães - Rospide Netto - Marco Martins- Antonio Britto - Ivo Mainardi - JoséTavares - Vingt Rosado - Rosário CongroNeto - Naphtali Alves de Sousa - Ivo Vanderlinde _. Paulo Macarini - Genésio Bernardino - Nyder Barbosa - Israel Pinheiro- José Viana - Cid Carvalho - Jose Freire- José Carlos Vasconcellos - Rosa Prata- Aloisio Vascoitcelo - Amilcar Moreira-Irajá Rodrigues - Mendes Ribeiro - Ubira·tan Aguiar - Flavio Palmier da Veiga - Ernani Boldrin - Lucia Vania - Antonio deJesus - Iturival Nascimento - João Natal- Paulo Almada - Firmo de Castro - Marcelo Cordeiro - Arnaldo Moraes - CarlosVinagre - João Rezek - Osmundo Rebouças- Asdrúbal Bentes - Célio Souza - Paesde Andrade - Carlos Benevides - GeraldoFleming -- Eduardo Moreira - FranciscoAmaral- Waldir Pugliesi - Alvaro Antunio- Mauricio Nasser - Roberto Brant - JorgeGama - Aluizio Campos - Fernando Bezer·ra Coelho - Francisco Carneiro - Raimundo Bezerra - Antonio Camara - TheodoroMendes - Sergio Naya - Michel Temer Mário Lucio - Marcos Lima - Antonio Mariz - Dalton Canabrava - Manoel Viana- Julio Costamilau - Antonio Gaspar Nestor Duarte - Sergio Spada - MaurícioFruet - Samir Achoa - Bete Mendes - Jor·ge Medauar - Djenal Gonçalves - Walmorde Luca _. Ivo Lech - Edivaldo Motta Manoel Moreira - Fernando Cunha - Maria Lúcia -- Raul Ferraz - Mauro Miranda- João Carlos Bacelar - João Agripino Melo Freire - Hélio Rosas - Francisco PintO - Alexandre Puzyna - Ivo Cersosimo- Maurício Ferreira Lima - Jovanni Masini- Paulo Zarzur - Hilário Braun - WagnerLago - Osmir Lima - Leopoldo Bessone- Santinho Furtado - Messias Soares
Renato Viana - Rita Camata
Do Sr. Deputado Gandi Jamil, nos seguintestermos:
Of. n" 225í90Brasília. 7 de março de 1990.
Senhor Presidente:Comunico a V. Ex" que. tendo me desli
gado do Partido da Frente Liberal - PFL,no último dia 9 de fevereiro, ingressei noPartido Democrático Trabalhista - PDT.
Solicito. pois. a V. Ex" as devidas providências cabíveis, relativas à troca de legendas, para efeitos administrativos nesta Câmara dos Deputados.
Antecipadamente agradecido, firmo-me.cordialmente como o patrício e admirador,renovando meus protestos da mais elevadaconsideração, - Deputado Gandi Jamil.
Do Sr. Deputado Doutel de Andrade, Líderdo PDT, nos seguintes termos:
Ofício n" 13/90Brasília, 7 de março de 1990
Sr. Presidente,Tenho III honra de comunicar a Vossa Exce
lência que o Senhor Deputado Gandi Jamil
passou a integrar a Bancada do Partido Democrático Trabalhista - PDT, nesta Casa.
Na portunidade, renovo a Vossa Excelência protestos de consideração e apreço. Deputado Doutel de Andrade, Líder do PDT.
REQUERIMENTOSDo Sr. Deputado Oscar Corrêa, nos seguintestermos:
Brasília, 6 de março de 1990
Senhor Presidente,Tenho a honra de dirigir-me a Vossa Exce
lência para requerer, nos termos do art. 142do Regimento Interno, que se proceda à tramitação conjunta, por versarem matéria conexa, dos seguintes projetos de lei:
_n° 4.064/89, "dispõe sobra a Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União e dáoutras providências":
- n"1.492/89, "regulamenta as disposiçõesdo art. 74, § 2", da Constituição Federal":
-n° 2.118/89, "altera a redação do art.53 do Decreto-Lei n" 199, de 25 de fevereirode 1967, que dispõe sobre a Lei Orgânicado Tribunal de Contas da União";
-n" 3.341/89, "institui a forma de denunciar irregularidades ou ilegalidades peranteo Tribunal de Contas da União (art. 74, §2", da Constituição FederaI)";
-nO 3.584/89, "dispõe sobre denúncias deirregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União";
-n" 3.597/89, "dá nova redação ao art.53 do Decreto-Lei n9 199, de 25 de fevereirode 1967, que dispõe sobre a Lei Orgânicado Tribunal'de Contas da União e determinaoutras providências";e
- n? 3.608/89, "dispõe sobre as denúnciasde irregularidades ou ilegalidades, previstasno art. 74, inciso 2°, da Constituição Federal".
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estimae consideração. - Oscar Corrêa, DeputadoFederal.
Do Sr: Deputado Geraldo Alckmin Filho,nos segumtes termos:
Exm" Sr. Deputado Paes de AndradeDD. Presidente da Câmara dos DeputadosNos termos regimentais, requeiro a Vossa
Excelência que se digne autorizar a retiradado Projeto de Lei n" 3.891/89, de minha autori~, ~ntes mesmo de sua distribuição às Comlssoes desta Casa, tendo em vista o fatode o mesmo tratar de matéria já disciplinadaem outro diploma legal anteriormente aprovado.
Sala das Sessões, de de 1990 -Deputado Geraldo Alckmin Filho.
MENSAGEM N" 954/89(PODER EXECUTIVO)
Submete à apreciação do CongressoNacional o ato que "renova por 10 (dez)anos, a partir de 18 de junho de 1989,
a concessão da Rede Riograndense deEmissoras Ltda., outorgada através doDecreto n" 83.451, de 14 de maio de 1979,para explorar, na cidade de Porto Alegre,Estado do Rio Grande do Sul, sem direitode exclusividade, serviço de radiodifusãosonora em ondà curta".
(Às Comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e deConstituição e Justiça e Redação.)
Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional:
Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado com o § I" do art. 223, da ConstituiçãoFederal, tenho'a honra de submeter à apreciação do Congresso, acompanhado de Exposição de Motivos do Senhor Ministro de Estado das Comunicações, o ato constante do Decreto n" 98.481, de 7 de dezembro de 1989,publicado no Diário Oficial da União do dia11 de dezembro de 1989, que "renova por10 (dez) anos, a partir de 18 de junho de1989, a concessão da Rede Rio grandensede Emissoras Ltda., outorgada através doDecreto n? 83.451, de 14 de maio de 1979,para explorar, na cidade de Porto Alegre,Estado do Rio Grande do Sul, sem direitode exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda curta".
Brasilia, 20 de dezembro de 1989. - JoséSarney
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS N° 213/89, DE6 DE DEZEMBRO DE 1989, DO SE-oNHOR MINISTRO DE ESTADO DASCOMUNICAÇÕES
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Tenho a honra de submeter à elevada consideração de Vossa Excelência o processo derenovação de outorga requerida pela Rede·Riograndense de Emissoras Ltda., executante do serviço de radiofusão sonora em ondacurta, na cidade de Porto Alegre, Estado doRio Grande do Sul.
2. Os órgãos competentes deste Ministério manifestaram-se sobre o pedido, achan·do-o regularmente instruído, obedecidos osrequisitos legais e técnicos atinentes ao procedimento renovatório.
3. Diante do exposto, tenho a honra desubmeter a Vossa Excelência o anexo projetode decreto consubstanciando a medida.
Esclareço que o ato de renovação somentevirá a produzir seus efeitos legais após deliberação do Congresso Nacional, na forma doparágrafo terceiro, do artigo 223, da Constituição.
Renovo a Vossa Excelência meus protestosdo mais profundo respeito. - Antônio CarlosMagalhães.
DECRETO N" 98.481DE 7 DE DEZEMBRO DE 1989
Renova a concessão outorgada à RedeRiograndese de Emissoras Ltda., para
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1027
!lO 1.4 ".3 1.7 1.11100 1.4 1.3 1.7 1.8400 1.3 1.2 1.11 1.7
1000 1.1 1.1 1.11 1.75000 1.0 0.8 1.7 1.97500 1.1 1.0 2.0 2.1
XIA.2AA. - Resposta de audiofreqüência,em relação a uma freqüência de modulaçãode 1000 Hz, para cada uma das potênciasnominais, na faixa de freqüência de 50 a 7500Hz, com 25%,50% e 85% de modulação.
XI.4.2A.5. - Característica de regulação daamplitude da portadora, para cada uma daspotências nominais, quando modulado por1000 Hz a 100% de modulação para potênciade saída de 1KW, com modulação de 100%e 1000 Hz, temos': -1,5%.XIA.2A.6 - Nível de ruído da portadora,em relação a 100% de modulação com 400Hz.-59dBXIA.2A.7 - Atenuação de harmônicos e espúrios em relação à fundamental:
b) Endereço completo: Rua Orfanotrófion" 711 - Alto Teresópolis Porto Alegre RS
c) Nome e local da emissora a que se destina o transmissor: Rede Riograndense deEmissoras Ltda. Porto Alegre - RS. Obs.:Emissora de ondas na faixa de 49 metros.XIA.2.2 - Vistoria:
a) motivo: Verificar o estado técnico dotransmissor, para fins de renovação de concessão.
b) endereço completo onde foi realizado:Rua São Lourenço, esquina com Santa Catarina Vila Mathias Velho - Canoas - RS.
c) data do ensaio: 30 de junho de 1989e 1ode julho de 1989.XIA.2.3 - Fabricante:
a) nome: Prestec Indústria, Comércio eServiços Ltda. _
b) Endereço: Rua Francisco Tapajós n'489 São Paulo - SP.XI.4.2.4 - Medições:XI.4.2A.1. - Potência:
1012 Watts.
REDE PAMPA DE COMUNICAÇÃO
Tensão de placa: 2950 VoltsCorrente de placa: 0,390 AEficiência do estágio final: 88%XI.4.2A.2. - Freqüência:
a) medida: 6.159,985 KHzb) variação máxima durante 60 minutos de
funcionamento: - 5 HzXIA.2A.3. -Disposição harmônica a 25%,50%, 85% e acima de 85% de modulação,para cada uma das potências nominais, comfreqüências de modulação de 50, 100, 400,1000,5000 e 7500 Hz:
Obs.: Medidas realizadas para potência de1,OKW.,r.qQIRela 1Hz) Olator~lo harM&nlca 1%)
25~ 50% 85% 95%
Esta medida não foi realizada devido afalta de instrumental adequado.XIA.2.4.8 - Nível de entrada de áudio, nafreqüência de 1000 Hz, correspondente a100% de modulação:
O dBm (sobre 600 ohms) para potência de1KW.XIA.2A.9 - Potência primária de entrada,para cada uma das potências nominais de saída, a 0% e a 100% de modulação.
Para potência de 1,0 KW2,44 KW (sem modulação)2,96 KW (100% de modulação)XIA.2.5 - Observações visuais:XIA.2.5.1- Placa de identificação:
a) nome do fabricante:Prestec Indústria, comércio e serviços Ltda.
b) modelo:HTTOC-1KW
c) número de série:001
d) potência nominal de saída:1,OKW
e) código de homologação ou registro noDentel:0089/83
O ano de fabricação:1983XIA.2.5.2 - Medidores de Estágio Final deRF:
a) de corrente continua de placa ou de coletor:Fabricante: MinipaEscala: Oa 1 Ampere DC
b) de tensão contínua de placa ou de coletor:Fabricante: MinipaEscala: Oa 5 KV DC
c) nÍVel de modulação:Fabricante: MinipaEscala: Oa 130%XIA.2.5.3. - Existência de conector de RF:
a) para ligação de monitor de modulação:Sim
b) para medição de freqüência: simXIA.2.5A. - Tipo e quantidade de válvulasou semicondutores utilizados no estágio fimlldeRF:Uma válvula do tipo TB4/1250XI.4.2.5.5. - Quantidade de estágios separadores entre a unidade osciladora e o estágiofinal de RF:Existem três estágios separadores contidosna unidade osciladora em estado sólido (blindada)
Existe também um quarto estágio separadorantes da válvula final de RF, e é constituidode uma válvula excitadora tipo 813.XIA.2.5.6 - Dispositivos de segurança pessoal:
a) de descarga dos capacitores depois dedesligada a alta tensão (descrição sumária):Através de centelhadores e resistência de descarga.
b) existência de gabinete metálico encerrando o transmissor, com todas as partes expostas ao contato dos operadores, interligadas e conectadas à massa:Sim
".,.Ioe'a (Ha)10
100400
1000 lllartlOClQ 'noo
explorar serviço de radiodifusão sonoraem onda curta, na cidade de Porto Ale·gre, Estado do Rio Grande do Sul.
O Presidente da República, usando dasatribuições que lhe confere o artigo 84, itemIV, da Constituiçã\l'j e-nos termos do artigo69, item I, do Decreto n9 88.066, de 26 dejaneiro de 1983, e tendo em vista o que constado processo no 29102.000128/89, decreta:
Art. 19 Fica, de acordo com o artigo 33,§ 39, da lei no 4.117, de 27 de agosto de 1962,renovada por 10 (dez) anos, a partir de 18de junho de 1989, a concesso da Rede Riograndense de Emissoras Ltda., outorgadaatravés do Decreto n9 830451, de 14 de maiode 1979, para explorar, na cidade de PortoAlegre, Estado do Rio Grande do Sul, semdireito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda curta.
Parágrafo único. A execução do serviçode radiodifusão, cuja outorga é renovada poreste Decreto, reger-se-á pelo Código Brasileiro de Telecomunicações, leis subseqüentese seus regulamentos e, cumulativamente, pelas cláusulas aprovadas através do Decretono 88.066, de 26 de janeiro de 1983, ás quaisa entidade aderiu previamente.
Art. 29 A concessão ora renovada somente produzirá efeitos legais após deliberação do Congresso Nacional, na forma doparágrafo anterior, do artigo 223, da Constituição.
Art. 30 Este Decreto entra em vigor nadata de sua publicação.
Brasília-DF, 7 de dezembro de 1989; 168'da Il}dependência e 101o da República. JOSE SARNERY - Antônio Carlos Maga·lhães.
Aviso n" 1.017-SAP.Brasília, 20 de dezembro de 1989
Excelentíssimo Senhor Primeiro Secretário:
Tenho a honra de encaminhar a essa Secretaria Mensagem do Excelentíssimo SenhorPresidente da República, acompanhado deExposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Comunicações, na qual submete à apreciação do Congresso Nacional oato constante do decreto n° 980481, de 7 dedezembro de 1989, que "renova por 10 (dez)anos, a partir de 18 de junho de 1989, a concessão da Rede Riograndense de EmissorasLtda., outorgada através do decreto n"83.451, de 14 de maio de 1979, para explorar,na cidade de Porto Alegre, Estado do RioGrande do Sul, sem direito de exclusividade,serviço de radiodifusão sonora ,em onda curta".
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protesto de elevada estimae consideração, - Maurício Vasconcelos, Ministro-Chefe do Gabinete Civil Interino.
REDE PAMPA DE COMUNICAÇÃO·
XIA.2 - LAUDO DE ENSAIOXIA.2.1- Interessado:
a) nome:Rede Riograndense de Emissoras Ltda.
1028 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) .Março de 1990
c) existência de interruptores de seguran-ça: .Sim, em todas as portas e tampas lateraISde acesso.
d) possibilidade de serem feitos, externamente, os ajustes dos circuitos com tensõi;:ssuperiores a 350 Volts, com todas as portasou tampas fechadas.Sim, todas externos com absoluta segurança.XI.4.2.5.7 - Existência de dispositivos deproteção do transmissor:
a) Contra sobrecarga de corrente na fontedçíJllta tensão:Sim, Relés de sobrecarga.
/; (b) Contra sobretensão na fonte de alta ten'são:Sim.
c) Contra a falta de' ventilação adequada,no caso de válvulas com resfriamento forçado:Sim, um pressostado de ar no compartiment?das válvulas de potência, desliga automatIccamente os filamentos quando houver insuficiência de ventilação..
d) aplicação seqüencial correta das diferentes tensões de alimentação dos estágios(descrição sumária):De forma seqüencial e correta, com absolutaproteçãO" contra manobra errada.
e) contra a falta de excitação convenienteno amplificador final de RF.Sim.
XI.4.2. - LAUDO DE ENSAIOXI.4.2.1 -- Interessado:
a) nome:Rede Riograndense de Emissoras Ltda.
b) Endereço completo:Rua Orfanotrófio n' 711 Alto TeresópolisPorto Alegre-RS
c) Nome e local da emissora a que se destina o transmissor:Rede Riograndense de Emissoras Ltda.Porto Alegre-RS , .Obs.: Emissora de ondas curtas na faIXa de31 metros.XI.4.2.2. - Vistoria:
a) motivo: Verificar o estado técnico dotransmissor para fins de renov:ação de con-cessão. .
b) endereço completo onde foi realizado:Rua São Lourenço, esquina com Santa CatarinaVila Mathias Ve~ - Canoas - RS
c) data do ensalO: 30 de junho de 1989e l' de julho de 1989.XI.4.2.3. - Fabricante:
a) nome:Prestec Indústria, Comércio e Serviços Ltda.
b) Endereço:Rua Francisco Tapajós n' 489
São Paulo - SPXI.4.2.4. - Medições:XI.4.2.4.1. -Potência:1020 Watts'Tensão de Placa: 3000 VoltsCorrente de Placa: 0,380 AEficiência do estágio final: 89%
•XI.4.2.4.2. -'- Freqüência:a) medida: 9.550,010 KHz-r-
b) variação máxima d~rante 60 minutos defuncionamento + 8Hz .'XI.4.2.4.3. - Distorção harmônica,25%,50%, 85% e acima de 85% de modulação,para cada umadas potências nominais; comfreqüência de modulação de 50, 100, 400,1000, 5000 e 7500Hz:Obs.: Medidas realizadas para potênciade1,OKW
·'nQU;~c:1a(KI' 9~~r'F~~'. rn~~r~~ ·Çf :'f 11 ! 111 1" ',f' 25J '5,OJ .5'; '5 -,;
50 1.1 1.' 1",' 2.0100 l.a 1.1 1.2 l~S"!la a.' 1.1 1,2 1.'
laao I.' a.t 1.1. 1,"5aoo a.' a., O,, 1.'750a o.' 1.1 1.2 1.1
XI.4.2.4.4. ,- Resposta de audiofreqüência,em relação a uma freqüência de modulaçãode 1000 Hz, para cada uma das potênciasnominais, na faixa de freqüência de 50 a 7500Hz, com 25%,50% e 85% de modulação.
25~ 'oJ .",50 -0._ -a.' . ·0,5
IÓO -,D,J -O,, -Ó.l'00 -a.1 .0.2 0.0
IODO (Ror.l 0,0 0.0 O.D'000 .0.1 . 0.0 .0,2"00 ·0.' -0,1 ..~."
XI.4.2.4.5. ~ Característica de regulação daamplitude da portadora, para cada uma.daspotências nominais, quando modulado' por1000 Hz a 100% de modulação para potênciade saída de 1 KW, com modulação de 100%e 1000 Hz, temos: -1,0 %.XI.4.2.4.6. - Nível de ruído da portaddra,em relação li 100% de modulação com, 400fiz.-57,0 dBXI.4.2.4.7 - Atenução de harmônicose espúrios em relação â fundamental:Esta medida não foi realizada devido a faltade instrumental adequado.XI.4.2.4.8. - Nível de entrada de áudio, nafreqüência de 1000 Hz, correspondente a100% de mudulação:0,9 dBm (sobre 600 ohms) para potência' de1KW.XI.4.2.4.9 - Potência primária de entrada,para cada uma das potências nominais de saída, a 0% e a 1QO% de modulação.Para potência de 1,0 KW2,1 KW (Sem modulação)2,8 KW (100% de modulação)XI.4.2.5 - Observações Visuais:XI.4.2.5.1. - Pláca de identificação:
a) nome do fabricante:Prestec Indústria, Comércio eServiços Ltda.
b) modelo:HTTOC-1KW
c) número de série:002
d) potência nominal de saída:1,OKW .'
e) código de homologação ou registro. doDentel:0089/83
f) àrtode fabricação:1983. . . '. .XI.4.2.5.2 -Medidoresdq estágip.fin\lI deRF:, ' ..... "
à) de corrente contínua de placa ou de coletor:Fabricante: Minipd,l'J'"Escala: Oa 1 Ampere DC ' ..
b) de tensão contínua de placa ou de cole-~~ ,
Fabricante: MinipaEscala: Oa 5 KV DC
e). nível de modulação:Fabricante: Minipa'Escala: Oa 130% ..XI.4.2.5.3 - Existência de conectoi' deRF:
a) para ligação de monitor de modulação:sim .
b)' para medição de freqüência: sim •XI.4.2.5.4. - Tipo e quantidade deválv~las
ou semicondutores utilizados·no estágio finaldeRF:i "
Uma válvula do tipo 164/1250XI.4.2.5.5. -Quantidade de estágjps separadores entre a unidade osciladora eo"estágiofinal de RF: .. .Existem três 'estágios separadores contidosna unidade osciladora em estado sólido (blindada). Existem tambémUID qUllrtoestágiosepanidor antes' da válvula finl1;t' de 'RF!·.eé constituído de uma válvula excItadora típo813.," ." , '.,XI.4.2.5.6. - DispositiYQS de segurança pessoal:
a) de descarga dos capacitoresdepois dedesligada a alta tensão (descrição sumária):Através de centelhadorese resistências dedescarga.
b) existência de gabibéte met~lioo encerofrando o transmissor, cOlÍltodas aS.partesexpostas ao contato dos operadores, iJiterligadas e conectadas amassa:'sim.
c) existência de interruptores deseguran-ça: '..Sim, em todas as portas e tampas lateraiSde acesso.
d) possibilidade de serem feitqs;extl;lrnamente,.os.ajuste& dos çirc~itos com 'tensõessuperiores a: 350 Volts, com todas as port,asou tampas fechadas. . '. .'Sim tOOos externos com absoluta segurança.XI.4.2.5.7 -Exísténciade dispositivos de,proteção do transmissor: : ",'
a) Contra sobrecarga de"corrente na fontede alta tensão.Sim, Relés de sobrecarga.
b) Contra sobretensão na fonte de alta tensão:Sim.
c) Contra a falta de ventilação adequada,'no caso de válvulas com resfriamento for·çado: .~im, qm pressostato de ar no compartimentodas válvulas de. potência, desliga ~utomati••
Março de 1990 OIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1029
camente os (ilamentos quando houver insufi-ciência de ventilação. ," 'd) Aplicação seqüencial correta das diferentes tensõeS de alimentação dos estágios:
De' form~ sequenci~1 e corretâ, com absolutaproteção contra manobr~errada. ,
e) Contra a falta dt; !1Xcitação conyenienteno amplificador final de RF:Sim.
XI.4.2. - LAUDO DE ENSAIOXIA.2.L - Interessado:
a) nome:Rede Riograndense de EmissoFas Ltda.
.,~) Endereço comp.Ieto: ,Rua'Orfanotróflo n9 711 - Alto TeresópolisPorto 'Alegre - RS
c) Nome e local da emissora a que se de~tina o' traílsmissor:, Rede Riograndense deEmissoras Itda.Porto"Alegre-RS ' , 'Obs.: Emissora de ondas curtas na faixa de25 metros. "
XI.4.ff':"- Vistoria: , ','a) mói:ivo: Verificar o estádo, técniCq .do
transmissor, para fins de, renovação de con-cessão., '. b) eÍlde,rfêçO completo onde foi tealizi\do:Rua Sí!:o, I,;ourençq,esquina com Santa Cata-rina' , ' , , .. " é" '" ,
Vila Mathais Velho - Canoas -' RS" .'c).d~tl\ c;Ioensai~:30de junho de 1989
e 19 de julho de 1989. 'XIA.2.3. - Fabricante:
',alnome;, ",Prestec Indústria, Comércio e Serviços Ltda.: b)Endereço:Rua Francisco Tapajós n9 489São Paulo - SPXI.4.2A.- Medições:~.4:2.,4.'1, - Potênc!a:1020,Watts ,Tensão de placa: 290p Volts,Corrente de placa: 0,390 AEficiência do estágio final: 90%XI,. 4.2.4.2
--'- Freqüência:a) medida: 11.895,013 KHz
, b) variação máxima durante 6Ominutos defunCionamento: 9 Hz ' , 'XI.4:2A.3., ":"DistorçãQ, harmônica li 25%,50% 85% e acima de 85% de modulação,para\:ada u~a das potências nominais,comfreqüências de modulação de 50, 100, 400,1000, 5000 e 7500 Hz: , ,Obs.: Medidas realizadas para pqtêhcia de1,OOKW:
a•••,' f!.4!U. J'..J1U"'~:'u.~JI.t;!"c~. ,~. 1,0 K~':
~n"'n8b (Hz) Oh'areia ".,.õ"tlc~ t~)
2'~ ,~ .~:; "":,O I,' 2,0 1,1 I,'
IDO I,) 1.' 1.5 1,5• DO I,• 1,' I," 1.~
IODO I,' ,I,' J.' . i.",'- 1.'- a,1 1,2 l ••"10 1.1 . 1,2 1,2 l.~
'XI.4.2.4.4 - Respostà CIeaudiofreqitêricia,em reláção a uma freqüência de modulação
de 1000 Hz, para cada uma das potênciasnominais, na faixa de freqüência de 50 a 7500~, com 25%,50% e 85% de modulação.
rnc;u;ndl(Hd ....p..te ela ludiorn;101:ncb(d8)
2'" 50" '5 J
'O -O,, -O,. -O,,.100 -a,2 0,0 D,e
, 400 a,o a,o a,a1000 1ft..,) 0,0 0,0 0,0
'000 .•thl .0-,2 .0,1
1500 ~ .D.~: -O,, -0.' .
XI.4~2.4.5 :..-. Característica de regulação daamplitude' da portadora, para cada uma daspotências nominais, quando modulado por1000 Hz a 100% de modulação. Para potênciade 'saída de 1 KW, com modulação de 100%e 1000 Hz, temos: - 1,0% "XI.4.2.4.6 - Nível de ruído da portadora,em relação a 100% de modulação com 400Hz.56dB,.XI.4.2.4.7. - Atenuação de harmônicos eespú'rios'em relação à fundamental:Esta medida não foi realizada devido a faltade instrumental adequado.XI.4.2.4.8. - Nível de entrada de áudio, nafreqüência de 1000 Hz, correspon~ente a100% de modulação:O dBm (sobre 600 ohms) para a potênciade 1 KW.XIA.2.4.9 - Potênçia primária de entrada,para cada uma das potências nominais de saí,da, a 0% e a 100% de modulação.Para potência de,l,oo KW2,30 KW (sem modulação)2,74 KW (100% de modulação)XI.4.2.5 - Observações visuais:XIA.2.5.1- Placa de identificação:
a) nome do fabricante:Prestec Indústria, Comércio e Serviços Ltda.
b) modelo:HTTOC-IK:W
c) número de série;003
d) potência nominal de saída:·10KW
, e) ,código de homologação ou registro noDentel:0089/83
f) ano de fabricação:1983XI.4.2S.2 ~ MedidQres do estágio final deRF:
a) de corrente contínua de placa ou de coietor:Fabricante: MinipaEscala: Oa 1 Ampére DC
b) de tensão contíhua de placa ou de coletor:Fabricante: MinipaEscala: Oa 5 KV DC
c) nível de modulação:Fabricante: MinipaEscala: Oa 130%XI.4.2.5.3 - Existência de conector de RF:
a) para ligação de monitor de modulação:Sim
b) para medição de freqüência: simXI.4.2.5.4. - tipo e quantidade de válvulas
ou semicondutores utilizados no estágio finaldeFR:Uma válvula do tipo tB411250XI.4.2.5.5 - Quàntidade de estágios separadores entre a unidade osciladora e o estágiofinal de RF:Existem três estágios separadores contidosna unidade osciladora em estado sólido (blindada). Existe também um quarto estágio separador antes da válvula final de RF, e éconstituído de uma válvula excitadora tipo813.XIA.2.5.6 - Dispositivos de segurança pessoal:
a) de descarga dos capacitores depois dedesligada a alta tensão (descrição sumária):
Através de centelhadores e resistências dedescarga.
b) existência de gabinete metálico encerrando o transmissor, com todas as partes ex,postas ao contato dos operadores, interligadas e concectadas à massa:
@m ,c) existência de interruptores de seguran·
ça: sim, em todas as portas e tampas lateraisde acesso.
d) possibilidade de serem feitos, externamente, os ajustes dos circuitos com tensõessuperiores a 350 volts, com todas as portasou tampas fechadas. ,
Sim, todos externos com absoluta segurança.XI.4.2.5.7 - Existência de dispositivos deproteção do transmissor: '
a) Contra sobrecarga de corrente na fontede alta tensão.
Sim, Relés de sobrecarga. , 'b) Contra sobretensão na fonte de alta ten
são:Sim.c) Contra a falta de ventilação adequada,
no caso de válvulas com resfriamento fotçado:" , __
Sim, um pressostato de ar no compartimento das válvulas de potência, desliga automaticamente os filamentos quando houver insuficiência de ventilação.
d) aplicação seqüencial correta das "diferentes tensões de alimentação dos estágios:De forma seqüencial e correta, com absolutaproteção contra manobra errada.
, e) contra a falta de excitação convenienteno amplificador final de RF:
Sim.-Instrumental utilizado para realizar os
laudos de ensaio:Osciloscópio, marca Tektronix, tipo T922,
n' B032677.Freqüenciamento, marca Linear Equipa
mentos Eletrônicos Ltda, tipo F'L 0600, n'AZ265.
Gerador de áudio, marca Heathkit, tipoIG-72, n9 04331.
Analisador de distorção; marca HP, tipo334A, n9 1140A08850.
Minivoltímetro Eletrônico, marca HP, tipo334A, n9 M4DA08850.
Amperímetro Alicate, marca HB, tipoID-5oo.
1030 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
Carga Resistiva, marca SB Dieletric, tipoMI561422, n" 00646.
Monitor de audição, marca Prestec, tipoHTMA-DEZ, n° 001
Multímetro, marca ICEL-KAISE, tipoSK-llO.
Declaração do Profissional:
Declaro serem verdadeiras todas as informações constantes dos laudos anexos, obtidasmediante ensaio, por fim realizado, pessoalmente nos transmissores a que se referem.O presente laudo consta de 18 folhas, todasnumeradas e rubricadas com a rubrica B deque faço uso.
Porto Alegre, 5 de julho de 1989. -Portalicio Bier Filho, Engenheiro Eletrônico,CREA 38744 CPF 273672310-49.
Parecer Conclusivo:
Certifico que os transmissores de ondascurtas, a que se referem os laudos de ensaioanexos, atendia as normas técnicas vigentesa ele aplicáveis na data em que foi realizadoo ensaio.
Porto Alegre, 5 de julho de 1989. -Portalício Bier Filho, Engenheiro Eletrônico,CREA 38744 CPF 273672310-49.
Declaração do Interessado:
Na qualidade de representante legal da Rede Riograndense de Emissoras Ltda, declaroque o SI. Portalício Bier Filho, esteve noendereço abaixo nos dias 30 de junho de 1de julho de 1989 ensaiando os transmissoresde ondas curtas, fabricados por Prestric Indústria, Comércio e Serviços Ltda, modeloHTTOC-1 KW números de série 001, 002e 003, com potência nominal de 1,0 KW eque operam nas faixas de 49,31 e 25 metros.
Local do ensaio: Rua São Lourenço, esquina com Santa Catarina - Vila Mathias Velho- Canoas - RS. - Otávio Dumit Gadret,Diretor.
MC-DENTEL
Processo n" 29.102.000128/89Interessada: Rede Riograndense de Emis
soras LtdaSenhor Secretário-Geral
ASSUNTO:
Trata o presente processo do pedido derenovação da outorga, formulado pela RedeRiograndense de Emissoras Ltda, executantedo serviço de radiodifusão sonora em ondacurta, na cidade de Porto Alegre, Estado doRio Grande do Sul.
Estudo Sintético:
O processo foi analisado pela Seção de Radiodifusão da Diretoria Regional competenteque emitiu, nos termos do art. 6odo Decreton' 88.066/83, o Parecer SRAD n'121/89, ratificado pela Divisão de Radiodifusão, concluindo que o processo se encontra devidamellte instruído e que a outorga deverá serrenovada a partir de 18-6-89, caso venha aser deferido o pedido.
Conclusão:
Pelo encaminhamento dos autos à consideração do Excelentíssimo Senhor Presidenteda República.
Brasília, 24 de setembro de 1989. - Roberto Blois Montes de Souza, Diretor-Geraldo DENTEL.
MENSAGEM N' 955/89(Poder Executivo)
Submete à apreciação do CongressoNacional o ato que "renova por 10 (dez)anos, a partir de 1 de março de 1989,a concessão da Rádio Cassino de RioGrande Ltda, outorgada através do Decreto n' 83.082, de 24 de janeiro de 1979,para explorar, na cidade de Rio Grande,Estado do Rio Grande do Sul, sem direitodI! exclusividade, serviço de radiodifusãosonora em onda média".
(Às Comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e deConstituição e Justiça e Redação.)
Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional:
Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado com § 1o do art. 223, da ConstituiçãoFederal, tenho a honra de submeter à apreciação do Congresso Nacional, acompanhadode Exposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Comunicações, o ato constantedo Decreto n' 98.482, de 7 de dezembro de1989, publicado no Diário Oficial da Uniãodo dia 11 de dezembro de 1989, que "Renovapor 10 (dez) anos, a partir de 1 de marçode 1989, a concessão da Rádio Cassino deRio Grande Ltda., outorgada através do Decreto n' 83.082, de 24 de janeiro de 1979,para explorar, na cidade de Rio Grande, Estado do Rio Grande do Sul, sem direito deexclusividade, serviço de radiodifusão sonoraem onda média".
Brasília,20 de dezembro de 1989. - JoséSarney.
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS N'214/89, DE6 DE DEZEMBRO DE 1989 DO SENHOR MINISTRO DE ESTADO DASCOMUNICAÇÓES.
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Tenho a honra de submeter à elevada consideração de Vossa Excelência o processo derenovação de outorga requerida pela RádioCassino de Rio Grande Ltda., executante doserviço de radiodifusão sonora em onda média, na cidade de Rio Grande, Estado doRio Grande do Sul.
2. Os órgãos competentes deste Ministério manifestaram-se sobre o pedido, achando-o regularmente instruído, obedecidos osrequisitos legais e técnicos atinentes ao procedimento renovatório.
3. Diante do exposto, tenho a honra desubmeter a Vossa Excelência o anexo projetode decreto consubstanciando a medida.
4. Esclareço que o ato de renovação somente virá a produzir seus efeitos legais apósdeliberação do Congresso Nacional, na formado parágrafo terceiro, do art. 223, da Constituição.
Renovo a Vossa Excelência meus protestosdo mais profundo respeito. - Antônio CarlosMagalhães.
DECRETO N' 98.482DE 7 DE DEZEMBRO DE 1989
Renova a concessão outorgada à RádioCassino de Rio Grande Ltda, para explorar serviço de radiodifusão sonora em on·da média, na cidade de Rio Grande. 'Estado do Rio Grande do Sul.
O Presidente da República, usando dasatribuições que lhe confere o art. 84, itemIV, da Constituição, e nos termos do art.6', item 1, do Decreto n° 88.066, de 26 dejaneiro de 1983, e tendo em vista o que constado Processo no 29102.001349/88, decreta:
Art. 1° Fica, de acordo com o art. 33,§ 3", da Lei n' 4.117, de 27 de agosto de1962, renovada por lO (dez) anos, a partirde 1 de março de 1989, a concessão da RádioCassino de Rio Grande Ltda., outorgadaatravés do Decreto n" 83.082, de 24 de janeirode 1979, para explorar, na cidade de RioGrande, Estado do Rio Grande do Sul, semdireito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda média.
Parágrafo único. A execução do serviçode radiodifusão, cuja outorga é renovada poreste Decreto, reger-se-á pelo Código brasileiro de Telecomunicações, leis subseqüentese seus regulamentos e, cumulativamente, pelas cláusulas aprovadas através do Decreton' 88.066, de 26 de janeiro de 1983, às quaisa entidade aderiu previamente.
Art. 2' A concessão ora renovada somente produzirá efeitos legais após deliberação do Congresso Nacional, na forma doparágrafo terceiro, do art. 223, da Constituição.
Art. 3° Este Decreto entra em vigor nadata de sua publicação.
Brasília-DF, 7 de dezembro de 1989; 168'da Independência e 101o da República. JOSÉ SARNEY - Antônio Carlos Magalhães.
Aviso no 1.018-SAP.Brasília, 20 de dezembro de 1989
Excelentíssimo Senhor Primeiro Secretário:
Tenho a honra de encaminhar a essa Secretarià a Mensagem do Excelentíssimo SenhorPresidente da República, acompanhada deExposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Comunicações, na qual submete à apreciação do Congresso Nacional oato constante do Decreto no 98.482, de 7 dedezembro de.1989, que "Renova por 10 (dez)anos, a partir de 1 de março de 1989, aconcessão da Rádio Cassino de Rio Grande Ltda.,outorgada através do Decreto no 83.082, de24 de janeiro de 1979, para explorar, na cidade de Rio Grande, Estado do Rio Grande
1"Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1031'
do Sul, sem direito de exclusividade, serviçode radiodifusão sonora em onda média".
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estimae consideração. - Maurício Vasconcelos, Ministro-Chefe do Gabine!e, Civil Interino.
MENSAGEM N' 956/89(Poder Executivo)
Submete à apreciação do CongressoNacional o ato que "renova por 10 (dez)anos, a partir de 15 de agosto de 1989,a concessão da Rádio Liberal Ltda., outorgada através do Decreto n' 83.574, de18 de junho de 1979, para explorar, nacidade de Belém, Estado do Pará, semdireito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda tropical".
(Às Comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e deConstituição e Justiça e Redação.)
Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional:
Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado com § l' do art. 223, da ConstituiçãoFederal, tenho a honra de submeter à apreciação do Congresso Nacional, acompanhadode Exposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Comunicações, o ato constantedo Decreto n' 98.483, de 7 de dezembro de1989, publicado no Diário Oficial da Uniãodo dia 11 de dezembro de 1989, que "renovapor 10 (dez) anos, a partir de 15 de agostode 1989, a concessão da Rádio Liberal Ltda.,outorgada através do Decreto n' 83.574, de18 de junho de 1979, para explorar, na cidadede Belém, Estado do Pará, sem direito deexclusividade, serviço de radiodifusão sonoraem onda tropical".
Brasília, 20 de dezembro de 1989. - JoséSarney.
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS N'215/89, DE6 DE DEZEMBRO DE 1989, DO SENHOR MINISTRO DE ESTADO DASCOMUNICAÇÕES.
Excelentíssimo Senhor Presidente da Re-pública, .
Tenho a honra de submeter à elevada consideração de Vossa Excelência o processo derenovação de outorga requerida pela RádioLiberal Ltda., executante do serviço de radiodifusão sonora em onda tropical, na cidadede Belém, Estado do Pará.
2. Os órgãos competentes deste Ministério manifestaram-se sobre o pedido, achando-o regularmente instruído, obedecidos osrequisitos legais e técnicos atinentes ao procedimento renovatório.
3. Diante do exposto, tenho a honra desubmeter a Vossa Excelência o anexo projetode decreto consubstanciando a medida.
4. Esclareço que o ato de renovação somente virá a produzir seus efeitos legais apósdeliberação do Congresso Nacional, na formado parágrafo terceiro, do art. 223, da Consti
,tuiSão.
Renovo a Vossa Excelência meus protestosdo mais profundo respeito. - Antonio CarlosMagalhães.
DECRETO N' 98.483DE 7 DE DEZEMBRO DE 1989
Renova a concessão outorgada à RádioLiberal Ltda., para explorar serviço deradiodifusão sonora em onda tropical, nacidade de Belém, Estado do Pará.
O Presidente da República, usando dasatribuições que lhe confere o art. 84, itemIV, da Constituição, e nos termos do art.6', item I, do Decreto n" 88.066, de 26 dejaneiro de 1983, e tendo em vista o que constado Processo n' 29110.000585189, decreta:
Art. I' Fica, de acordo com o art. 33,§ 3', da Lei n" 4.117, de 27 de agosto de1962, renovada por 10 (dez) anos, a partirde 15 de agosto de 1989, a concessão da RádioLiberal Ltda., outorgada através do Decreton'·' 83.574, de 18 de junho de 1979, para explorar, na cidade de Belém. Estado do Pará,sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda tropical.
Parágrafo único. A execução do serviçode radiodifusão, cuja outorga é renovada poreste decreto, reger-se,á pelo Código Brasileiro de Telecomunicações, leis subseqüentese seus regulamentos e, cumulativamente, pelas cláusulas aprovadas através do Decreton' 88.066, de 26 de janeiro de 1983, às quaisa entidade aderiu previamente.
Art. 2" A concessão ora renovada somente produzirá efeitos legais após deliberação do Congresso Nacional, na forma doparágrafo terceiro, do art. 223, da Constituição.
Art. 3' Este decreto entra em vigor nadata de sua publicação.
Brasília-DF, 7 de dezembro de 1989; 168"da Independência e 101' da República. José Sarney - Antonio Carlos Magalhães.
Aviso n' 1.019-SAP.Brasília, 20 de dezembro de 1989
Excelentíssimo Senhor Primeiro Secretário:
Tenho a honra de encaminhar a essa Secretaria a Mensagem do Excelentíssimo SenhorPresidente da República, acompanhada deExposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Comunicações, na qual submete à apreciação do Congresso Nacional oato constante do Decreto n' 98.483, de 7 dedezembro de 1989, que "renova por 10 (dez)anos, a partir de 15 de agosto de 1989, aconcessão da Rádio Liberal Ltda., outorgadaatravés do Decreto n' 83.574, de 18 de junhode 1979, para explorar, na cidade de Belém,Estado do Pará, sem direito de exclusividade,serviço de radiodifusão sonora em onda tropical".
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estimae consideração. -Maurício Vasconcelos, Ministro-Chefe do Gabinete Civil Interino.
LAUDO DE ENSAIO DOTRASMISSOR BTA - 5000 ADA RÁDIO LIBERAL LT DA
OERAÇÃO EM ONDA TROPICAL
1.0. -INTERESSADO:a) Nome: Rádio Liberal Ltda.b) Endereço: Avenida Nazaré n" 350
Belém- Parác) Rádio Liberal Ltda, no endereço acima
1.2. - Vistoriaa) Motivo: Para fins de renovação de con
cessãob) Endereço completo onde foi realizado:
Estrada do Ceasa SIN - Belém - Parác) Data em que foi realizada: 14-4-89
1.3. - Fabricante:a) Nome: Sociedade Nacional de Eletrô
nica Ltda.b) Endereço: Rua Julia Cortines, 67
São Paulo - SP - CEP:04279
1.4: - Medições:1.4.1. - Potência: Para a medida da potênciade saída do transmissor utilizou-se um medidor de corrente de RF, calibrado, com otransmissor debitando sobre uma carga deimpedância Z = 50 +j.O. O valor medidoda corrente foi I 7 E IOA e portando: P: 5000watts1.4.2. - Freqüência:
a) Medida: Utilizando um frequencímetrodigital devidamente aferido, leu-se: f =3324,905 KHz
b) Variação máxima durante 60 minutosObservação feita com o medidor de freqüência no circuito durante 60 minutos acusoua variação máxima de + 2 Hz
Simulando uma variação de tensão de redede 10% da tensão nominal observa-se a varia-ção máxima de 10 Hz
+-1.4.3. - Distorção harmônica introduzidanos sinais de audio freqüência potência: 5Kw
........ ''i~..,.. B'i~ g~", Ob..r ....çlo
,. (f!I)
50tlz 2.!t't. 2,e~ 2.9~ 3.9~
'OOHz 2."" 2,2~ 2.8~ 3.7"
'OOHt 2."" 2.0~ 2,5~ 3.5"
1lfJOHz 2.04~ ,.O" 2.41. 3.5~
5000H~ 2.4~ 2.41. 2,." 3.5"
7500Hz 2.'" 2.4~ 2,." 3.8"
1.4.4. - Resposta de AudiofreqüênciaReferência: 1000 HzValores medidos com a potência de 5 Kw
Mod. 25" 5Ol' 85" Ob••rvaçlo,. (HZ:)
50 - 0.7 - 1).7 - 1,0
'00 o o o valor•••• d'
'000 O O O COII r.'.Clo I 1000 HJ:
WOO + 0.5 + O,. + 0.5
7l5OO + 1.e • ',3 + 1.'.1.4.5. - Características de Regulação da amplitude da portadora, para cada uma das potências nominais, quandO modulado por 100Hz à 100% de modulação
1032 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990'
Valor médio para 5,0 Kw: menor que 3%de variação.1.4.6. - Nível de ruído da portadora em relação à 100% de modução em 400 HzValor medido: Menor que -52 dB1.4.7. -Atenuação de harmônicos e espúrios em relação à fundamental.Não foi po~sível medir a atenuação de 2' Harmônico por estar fora da escala do medidorPotomacMedição de espúrios: Não observado1.4.8. - Nível de entrada de áudio, na freqüência de 1000 Hz para 100% de modulação.Valor medido: +3 dBm1.4.9. - Potência primária de entrada, paraa potência nominal de 5,0 Kw
a) Sem modulação:Fase l- 55 AFase 2 - 55 AFase 3 - 55 APotência média: 17,81 Kw
b) Para 100% de modução.Fase 1-60AFase 2-60AFase 3 -60APotência média: 19,43 Kw
1.5. - Observação visuais:1.5.1. - Placa de identificaçãoa) Nome do fabricante:SNE - Sociedade Nacional de Eletrônica
Ltda.
b) Modelo: BTA -5000Ac) Número de Série: 74d) Potência Nominal de Saída: 5,0 Kwe) Código de Homologação: Dentel 79/007f) Ano de fabricação: maio de 1982
1.5.2. - Medidores do Estágio Final de RFa) De Corrente Contínua de Placa: Medi
dor de 0-5Ab) De Tensão Contínua de Placa: Medidor
deO-lOkVc) Nível de Modulação: Dispõe de medi
dor graduado em percentual.1.5.3. - Existência de Conector de RF
a) Para ligação de Monitor de Modulação:dispõe do Tipo BNC
b) Para Medição de Freqüência: dispõe doTipoBNC1.5.4. - Tipo quantidade de válvula no estágio final de RF: uma válvula 4Cx 15.0001.5.5. - Quantidade de estágios separadoresentre a unidade osciladora e o estágio finaldeRF.Dois (2) Estágios1.5.6. - Dispositivo de Segurança do Pessoal
a) Contra descarga de corrente da fontede alta tensão: Dispõe
b) Existência de Gabinete Metálico encerrando o Transmissor, com todas as partesexpostas ao contato dos operadores interligadas e conectadas a Massa: Dispõe
c) Existência de interruptores de segurança: dispõe em todas as portas trazeiras.
d) Possibilidade de serem feitos externamente os ajustes de circuitos com tensões su
, periores a 350 Volts, com todas as portasou tampas fechadas: Sim.
1.5.7. - Existência de Dispositivos de Prote·ção do Transmissor
a) Contra sobrecarga de corrente na fontede alta tensão: Dispõe
b) Contra sobretensão da fonte de alta tensão: Dispõe
c) Contrll, a falta de ventilação adequadano caso de válvula com refriamento forçado:Dispõe
d) Aplicação seqüencial correta das diferentes tensões de alimentação:O acionamento da chave de filamento disparaa seqüência de ligação da ventilação, filamento e fontes negativa de polarização.A alta tensão, requer sempre acionamentomanual.
e) Contra falta de excitação convenienteno amplificador final: Dispõe1.5.8. - Observação: Nada a mencionar.1.6. - Instrumento de medição utilizados pelo vistoriador:
Tipo: Carga resistiva não indutiva de 50OHMS .
Fabricante: MicrotronicModelo: De 5 a 10 KWTipo: VariacFabricante: KeldinaModelo: TK - 1510Tipo: Amperímetro de RFFabricante: Delta ElectronicsN' de Série: 1824Precisão de Medida: 2%Tipo: Freqüencímetro DigitalFabricante: Optpelectronics Inc.Modelo: OPTO - 8000Tipp: Gerador de Audio Leader c/ baixa
distor~ão
Fabricante: LeaderModelo: LAG-125N' de série: 7082275Precisão de medida: 3% Leitural dialTipo: Medidor de distorçãoFabricante: LeaderModelo: LDM-170N' de série: 6030462Precisão de Medida: 5%Tipo: OsciloscópioFabricante: LeaderModelo: LBO-508AN' de série:?Precisão de Medida:?Tipo: Medidor de Intensidade de campoFabricante: Potomac InstrumentsModelo: FIM-41N' de série: 528Precisão de medida: 1%
1.7. - "Declaro serem verdadeiras todas asinformações constantes deste laudo, obtidasmediante ensaio por mim realizado, pessoalmente, no transmissoJ; a que se refere. O presente laudo consta de 8 folhas, todas numeradas e rubricadas com a rubrica de que façouso."Rio de Janeiro, 26 de abril de 1989. - Wilsonda Silveira Britto, n' de registro no Crea:9772-D, RJ. n' Visto do Crea Belém - PA-.1145/76.
1.8. - Parecer Conclusivo:Certifico que o Transmissor de Ondas Tro
picais, a que se refere este laudo de ensaiona data em que foi realizado atendia a todasas normas técnicas vigentes e a ele aplicáveis.1.9. - Declaração do Interessado:
"Na qualidade de,i:epresentante legal daRádio Liberal Ltda., declaro que o Sr. Wilsonda Silveira Britto, n' de Registro no Crea:9772-D, RJ, visto no Crea Belém - Parán' 1145/76, esteve no endereço abaixo nosdias 11 a 14 de abril de 1989, ensaiando oTransmissor de Ondas Tropicais, fabricadopela SNE - Sociedade Nacional de Eletrônica Ltda., Modelo BTA - 5000 A, n' desérie 74, com potência nominal de 5.0 KW."
Local de Ensaio: Sede de Transmissoresda Rádio Liberal
Estrada do Ceasa, S/N - BelémBelém, 26 de abril de 1989 - Lucidéa Ba·
tista Maiorana, Diretora Superintendente.
MC-DENTEL
Processo n' 29110.000.585/89Interessado: Rádio Liberal Ltda.Senhor Secretário-Geral,
Assunto:
Trata o presente processo do pedido derenovação da outorga, formulado pela RádioLiberal Ltda., xecutante do serviço de Radiodifusão sonora em onda tropical, na cidadede Belém, Estado do Pará.
Estudo Sintético:
O processo foi analisado pela Seção de Radiodifusão da Diretoria Regional competente, nos termos do art. 6' do Decreto n'88.066/83, conforme Parecer n' 29/89, ratificado pela Divisão de Radiodifusão (Infomação n' 256/89), cuja conclusão, por se encontrar instruído o processo, é a de que a outorgadeverá ser renovada a partir de 15-8-89 e quevenha a ser deferido o pedido.
Conclusão:
Pelo encaminhamento dos autos à consideração do Senhor Presidente da República.Roberto Blois Montes de Souza, Diretor-Geral do Dente!.
MENSAGEM N' 957, DE 1989(PODER EXECUTIVO)
Submete à apreciação do CongressoNacional o ato que "renova por 10 (dez)anos, a partir de .20 de março de 1988,a concessão de Rádio Emissora AruanãLtda, outorgada através do Decreto J;I'
81.301, de 2 de fevereiro de 1978, paraexplorar na cidade de Barra do Garças,Estado do Mato Grosso, sem direito deexclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda média".
(Às Comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, e deConstituição e Justiça e Redação.)
Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional:
Nos termos do ar!. 49, inciso XII, combinado com o § l' do art. 223, da Constituição
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1033
XI.4.2.4.3 - Dlstorçlo Har.anlea:Potlnela 2,IS kw lD,O kw
lIoduI açlo 21S% ISO% 85% 95% 25% 50% 85" 95"
50 Hz 2,7" 2,5" 2,0" 2,2" 3,0" 2,7" 2,3" 2,5%100 Hz 2,7" 2,4" 2,0" 2,0% 2,8" 2,6% 2,2% 2,4%400.Hz 2,6" 2,4% 1,8" 2,0% 2,8" 2,6" 2,2% 2,4"
1000 Hz 2,6" 2,4" 1,8" 2,0% 2,8" 2,6% 2,2% 2,4"5000 Hz 2,7" 2,5" 2,0% 2,0% 2,9% 2,7% 2,3')(, 2,5%7500 Hz 2,7" 2,5" 2,0% 2,0% 2,9% 2,7% 2,3% 2,5%
Valor máx.permitIdo 3,0% 3,0% 3,0% 4,0')(, 3,0% 3,0% 3,0% 4,0%
XI.4.2.4.4 Resposta de audlofnqulnela (referlnela 1000 Hz • o d 8):
Valor Medido coa Valor Medido eOIll ValorModulaçlo potlnela de potlnela de Perllllt I
(d8) 2,5 kw (d8) 10,0 kw do (dB)
---------------------------------------25" 50" ISIS" 25" 50" 85"-----------------------------------------------------------50 Hz -1,0 -1,0 -1,0 -1,0 -1,0 -0,8 +/- 3
100 Hz -0,5 -0,5 -0,5 -0,5 .-0,5 -0,4 +/- 11000 Hz O ° O ° ° o O5000 Hz ° ° ° ° ° ° +/- 17500 Hz ° ° ° ° ° ° +/- 3
Regulaçao de alllplltude da portadora:
Entre 0% e 100% de modulação em 1000 Hz, com alimentaçãoe carga nos valores nominais:Valor Medido Valor Medido ValorEIIl 2,IS kw EIIl 10,0 kw Peraltldo
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estimae consideração. -Maurício Vasconcelos, Ministro-Chefe do Gabinete Civil Interino.
+/-5%3,0%
XI.4.3 - LAUDO DE ENSAIO
XI.4.2.1 - Interessado:a) Nome: SNE - Sociedade Nacional de
Eletrônica Ltda.b) Endereço: Rua Julia Cortines, 67 - Ipi
ranga, 04279 - São Paulo - SP.c) Nome e local da emissora a que se des
tina o transmissor: Rádio Emissora AruanãLtda., Barra do Garças -MT.
XI.4.2.2 - Vistoria:a) Motivo: Controle de qualidade indivi
duai, inicial.b) Endereço onde foi realizada: Rua Julia
Cortines, 67 - Ipiranga - São Paulo - SP.c) Data em que foi realizada a vistoria:
15-12-1988.XI.4.2.3 - Fabricante:a) Nome: SNE - Sociedade Nacional de
Eletrônica Ltda.b) Endereço: Rua Julia Cortines, 67 -Ipi-
ranga, 04279 - São Paulo - SP.XI.4.2.4 - Medições efetuadas:Potências:Nominal: 10,0 kwMedida: 2,5 kwXI.4.2.4.2 - Freqüência:Variação de freqüência com a alimentação
primária do oscilador variando entre-lO% e+ 10%: OHz.
a) Freqüência medida: 560.000 Hz.Freqüência nominal: 560.000 Hz.b) Variação máxima durante 60 minutos
de funcionamento: 2 Hz.Valor máximo permitido: + 10 Hz.
1,0"
XI.4.2.4.5
Aviso n' 1.020 - SAPo
Parágrafo único. A execução do serviçode radiodifusão, cuja outorgada é renovadapor este Decreto, reger-se-á pelo Código Brasileiro de Telecomunicações, leis subseqüen-
, tes e seus regulamentos e, cumulativamente,pelas cláusulas aprovadas através do Decreton' 88.066, de 26 de janeiro de 1983, às quaisa entidade aderiu previamente.
Art. 2' A concessão ora renovada somente produzirá efeitos legais após deliberação do Congresso Nacional na forma do§ 3', do art. 223, da Constituição.
Art. 3' Este decreto entra em vigor nadata de sua publicação.
Brasília, 7 de dezembro de 1989; 168' daIndependência e 101' da República. - JoséSarney - Antonio Carlos Magalhães.
Brasília, 20 de dezembro de 1989
Excelentíssimo Senhor Primeiro Secretário:
Tenho a honra de encaminhar a essa Secretaria a Mensagem do Excelentíssimo SenhorPresidente da República, acompanhada deExposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Comunicações, na qual submete à apreciação do Congresso Nacional oato constante do Decreto n' 98.484, de 7 dedezembro de 1989, que "Renova por 10 (dez)anos, a partir de 20 de março de 1988, aconcessão da Rádio Emissora Aruanã Ltda,outorgada através do Decreto n' 81.301, de2 de fevereiro de 1978, para explorar, na cidade de Barra do Garças, Estado do Mato Gros- -
. so, sem direito de exclus'ividade, serviço deradiodifusão sonora em onda média" .
DECRETO No 98.484,DE 7 DE DEZEMBRO DE 1989
Federal, tenho a honra de submeter à apreciação do Congresso Nacional, acompanhadode Exposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Comunicações, o ato constantedo Decreto n" 98.484, de 7 de dezembro de1989, publicado no Diário Oficial da Uniãodo dia 11 de dezembro'de'i989, que "Renovapor 10 (dez) anos, a partir de 20 de marçode 1988, a concessão da Rádio EmissoraAruanã Ltda, outorgada através do Decreton' 81.301, de 2 de fevereiro de 1978, paraexplorar, na cidade de Barra do Garças, Estado do Mato Grosso, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora emonda média".
Brasília, 20 de dezembro de 1989. - JoséSarney.
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS N'216/89, DE6 DE DEZEMBRO DE 1989, DO SENHOR MINISTRO DE ESTADO DASCOMUNICAÇÕES.
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Tenho a honra de submeter à elevada consideração de Vossa Excelência o processo derenovação de outorga requerida pela RádioEmissora Aruanã Ltda, executante do serviço de radiodifusão sonora em onda média,na cidade de Barra do Garças, Estado doMato Grosso.
2. Os órgãos competentes deste Ministério manifestaram-se sobre o pedido, achando-o regularmente instruído, obedecidos osrequisitos legais e técnicos atinentes ao procedimento renovatório.
3. Diante do exposto, tenho a honra desubmeter a Vossa Excelência o anexo projetode decreto consubstanciando a medida.
4. Esclareço que o ato de renovação somente virá a produzir seus efeitos legais apósdeliberação do Congresso Nacional, na formado § 3", do art. 223, da Constituição.
Renovo a Vossa Excelência meus protestosdo mais profundo respeito. - Antônio CarlosMagalhães.
Renova a concessão outorgada à RádioEmissora Aruanã Ltda., para explorarserviço de radiodifusão sonora em ondamédia, na cidade de Barra do Garças,Estado do Mato Grosso.
O Presidente da República, usando dasatribuições que lhe confere o art. 84, itemIV da Constituição, e nos termos do art. 6',item I, do Decreto n' 88.066, de 26 de janeirode 1983, e tendo em vista o que consta doProcesso n' 29118.000739/87, decreta:
Art. l' Fica, de acordo com o art. 33,§ 3", da Lei n' 4.117, de 27 de agosto de1962, renovada por 10 (dez) anos, a partir'de 20 de março de 1988, a concessão da RádioEmissora Aruanã Ltda., outorgada atravésdo Decreto n' 81.301, de 2 de fevereiro de1978, para explorar, na cidade de Bar,ra doGarças, Estado do Mato Grosso, sem direitode exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda média.
i034 Quinta-feira 8
XI.4.2.4.6
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Nlv.l d...uldo • po.. t.do.....nt... 30 • 20.000 Hz ......l.çlo .0 nlv.l d. 100~ d. -adul.çlo •• 400 Hz:
Março de 1990
V.lo.. MedidoE. 2,5 kw
Valo.. MedidoE. 10,0 kw
-52 dB -54 dB -50 dB
XI.4.2.4.7 At.nu.çlo d. H...'Onlcos ••spO.. los •• ".l.çlo l funda.ent.l:
V.lo.. MedidoE. 2,5 kw-69 dB
V.lo.. MedidoE. 10,0 kw-69 dB2Q ha..rnOnlco
3Q harrnOnlco
Outras f ..eQ.
-78 dB -78 dB
V.lo..P.... ltldo-50 dB
50 lTtN
XI.4.2.4.8
XI.4.2.4.9
Nlv.! d••nt ...d. d. ludlo, n. f ...qülncta d. 1000 Hz, co.. ...spond.nt•• 100~ d. -adul.çlo: dU•.Potlncl. p.. l.l.. l. d••nt..ada:
pa..a salda de:
0% modulação
100% modulação
para salda de:
0% modulação
100% modulação
10.0
20
26
2,5
15
19
kw:
kVA
kVA
kW:
kVA
kVA
XI.4.2.5 - Observações visuais:XI.4.2.5.1- Placa de Identificação:a) Nomle: SNE-Sociedade Nacional de
Eletrônica Ltdab) Modelo: BTA-lOOOODc) N. de série: 114d) Potência(s) nominal(is) de saída: 10,0
kw2,5kwe) C6digo DENTEL: 0421/83f) Ano de fabricação: 1988XI.4.2.5.2 - Medidores de estágio fmal de
RF:Fabricante: KRüNa) corrente contínua de placa: Oa 5 ab) tensão contínua de placa: Oa 10 kVc) nível de modulação: Oa 1.50 %XIA.205 03 - Tomadas de RF para monito-
ragem:Dispõe de duas tomadas de RFa) para ligação do monitor de modulação:
máx.lOVb) para medição de freqüência: máx. IVXI.4.2.5A - Tipo e quantidade de válvulas
utilizadas no estáW final de RF:Duas válvulas 4eX10000DXI.4.2.5.5 - Quantidade de estágios sepa
radores entre a unidade osciladora e o estágiofinal de RF: 4
XI.4.2.506-Dispositivos d esegurança dopessoal:
a) descarga dos capacitares depois de desligada a alta tensão por resistores de sangria
b) todo o transmissor está contido em gabinete metálico com todas as partes expostasao contacto dos operadores interligados e conectadas à massa
c) há intlerruptores de segurança nas portasque dão ac(~sso a pontos de tensão maior que350V.
d) todos os ajustes são feitos através deportas que, quando abertas, não dão acessoa circuitos de mais de 350V.
XI.4.2.5.7 - Existência de dispositivos deproteção do transmissor
a) proteção contra sobrecarga de correntena fonte de tensão por relê de máxima
b) faiscadores nos reatores de filtro da fonte de alta tensão são para evitar sobretensõesno ligamento e desligamento
c) palheta e relê de mercúrio no circuitode ventilação forçada, desligando o transmissor no caso de ventilação insuficiente
d) o circuito do transmissor s6 permite aaplicação de tensão nos vários estágios naseqüência correta, com temporizador no circuito de filamento
e) polarização fixa para proteger o amplifi-cador final contra falta de excitação de RF.
XI.4.2.8 - Observações:Leitura dos medidoresVide abaixoExcitador mA
Alta tensão KvAmplificador final ASaída: AModulador: mA% Modulação: %XI.4.2.9 - Instrumentos de medição utili-
zados:Lista anexa.Leitura dos medidores:M101: 70 mAM102: 600 mAM103: 100 mAM104: 12 mAM105: 170 mAM106: 200 mAM107: 120 mAM108: 120 mAM109: 24 mAM110: 1,4M111: 0%M112: 14M202: 3 kVM203: 7,2kVM204: 4kW
Ml: + i dB áudioM1: + 1,5 dBXI.4.2.10 - Declaração do Profissional:"Declaro serem verdadeiras todas as infor
mações constantes deste laudo, obtidos mediante ensaio por mim realizado, pessoalmente, no transmissor a que se refere. ü presente laudo consta de sete folhas, todas numeradas e rubricadas com a rubrica de quefaço uso."
São Paulo, 15 de dezembro de 1988.José de Freitas Borges NetoNome: José de Freitas Borges NetoN· de registro no CREA: 1916-88-0 - MGEndereço: Rua Julia Cortines, 67 - Fone:(011) 274-0366
XI.4.2.11 - Parecer conclusivo:Certifico que o transmissor de ondas mé
dias, a que se refere este Laudo de Ensaiona data em que foi realizado, atendia a todasas normas técnicas vigentes e a ele aplicáveis.
São Paulo, 15 de dezembro de 1988.José de Freitas Borges NetoNome: José de Freitas Borges NetoN" de registro no CREA: 1916-88-0 - MGEndereço: Rua Julia Cortines, 67 - Fone:(011)274-0366
XI.4.2.12 - Declaração do interessado:"Na qualidade de representante legal da
SNE-Sociedade Nacional de Eletrônica Ltda., Declaro que o Eng· José de Freitas Borges Neto esteve no endereço abaixo no(s)dia(s) 15 de dezembro de 1988, ensaiandoo transmissor de ondas médias, por n6s fabricados, modelo BTA-1000D, série n. 114, compotência(s) nominal(is) de 10,0 e 2,5 kW.
Local do Ensaio: Rua Julia Cortines, 67 Ipiranga, São Paulo - SP
São Paulo, 15 de dezembro de 1988Nome: José de Barros SantosCarlos que exerce na entidade: Diletor
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1035
ANEXO 4 - Relação dos instrumentos deMedição Utilizados:
1. Distortion AnalyzerModel 330D - Hewlett PackardSérie n" 246-09304Precisão: 3%
2. Frequency CounterModel IB - 1102 - HeathkitSérie n° 49022Precisão: +- 1 Hz - Aferido por WWV
3, AM Modulation MonitorModel AMM-2A - BelarSérie n° 132094Precisão: + 2%
4. Oscilloscope - 20 MHzModel LBO 507A - LeaderSérie n° 8031960
5. Audio GeneratorModel LAG-125 - LeaderDistorção: 0,05%
6, WaUmeter - 50Model 4802 - Bird
Série n' 128Precisão: +- 5%
7. Spectrum AnalyserModel 7L12 - Tektron xSérie LR 22803Freqüência: 100 kHz a 1,8 GHz
8. Carga Resistiva Bird 50 kw - 50 ohmsModel8775Série 183MC-DentelProcesso N° 29118000739/87Interessada: Rádio Émissora Aruanã Ltda.
Senhor' Secretário-Geral,Assunto: Trata o presente processo do pe
dido de renovação da outorga formulada pelaRádio Emissora Aruanã Ltda, executante doserviço de Radiodifusão sonora em onda média, na cidade de Barra do Garças, Estadodo Mato Grosso.
Estudo Sintético: A Seção de Radiodifusãoda Diretoria Regional deste Departamentoemitiu, nos termos do artigo 6' do Decreton9 88066/83, o Parecer n' 95/88, ratificado pelaDivisão de Radiodifusão, concluindo que oprocesso encontra-se devidamente instruídoe que a outorga deverá ser renovada a partirde 20 de março de 1988.
Conclusão: Pelo encaminhamento dos autos à consideração do Senhor Ministro.
Brasília, 8 de setembro de 1989. - RobertoBlois Montes de Souza, Diretor-Geral doDente!.
MENSAGEM N' 958/89(Poder Executivo)
Submete à apreciação do CongressoNacional o ato que "renova por 10 (dez)anos, a partir de 18 de agosto de 1987,a concessão da Rádio Monólitos de Qui.xadá Ltda, outorgada através do Decreton' 79.889, de 28 de junho de 1977, paraexplorar, na cidade de Quixadá, Estadodo Ceará, sem direito de exclusividade,serviço de radiodifusão sonora em ondamédia".
(Às Comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; e deConstituição e Justiça e Redação.)
Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional:
Nos termos do artigo 49, inciso XII, combinado com § l' do artigo 22~, da ConstituiçãoFederal, tenho a honra de submenter à apreciação do Congresso Nacional, acompanhadode Exposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Comunicaçãos, o ato constante do Decreto n' 98.485, de 7 de dezembrode 1989, publicado no Diário Oficial da União Ido dia 11 de dezembro de 1989, que"Renova por 10 (dez) anos, a partir de '18de agosto de 1987, a concessão da Rádio Monólitos de Quixadá Ltda, outorgada atravésde Decreto n' 79.889, de 28 de junho de 1977para explorar, na cidade de Quixadá, Estadodo Ceará, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda média".
Brasília, 20 de dezembro de 1989. - JoséSarney.
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS DE N' 217/89;DE 6 DE DEZEMBRO DE 1989, DOSENHOR MINISTRO DE ESTADODAS COMUNICAÇÕES.
Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Tenho a honra de submeter à elevada consideração de Vossa Excelência o processo derenovação de outorga requerida pela RádioMonólitos de Quixaàá Ltda., executante doserviço de radiodifusão sonora em onda média, na cidade de Quixadá, Estado do Ceará.
2. Os órgãos competentes deste Ministério manifestaram-se sobre o pedido, achando-o regularmente instruído, obedecidos osrequisitos legais e técnicos atinentes ao proce
.dimento renovatório.3. Diante do exposto, tenho a honra de
submeter a Vossa Excelência o anexo projetode decreto consubstanciando a medida., 4. Esclareço que o ato de renovação somente virá a produzir seus efeitos legais apósdeliberação do Congresso Nacional, na formado parágrafo terceiro do artigo 223 da Constituição.
Renovo a Vossa Excelência meus protestosdo mais profundo respeito. - Antônio CarlosMagalhães.
DECRETO N' 98.485DE 7 DE DEZEMBRO DE 1989
Renova a concessão outorgada à RádioMonólitos de Quixadá Ltda., para explorar serviço de radiodifusão sonora em on·da média, na cidade de Quixadá, Estadodo Ceará.
O Presidente da República, usando dasatribuições que lhe confere o artigo 84, itemIV, da Constituição, e nos termos do artigo6', item I, do Decreto n9 88.066, de 26 dejaneiro de 1983, e tendo em vista o que constado Processo n' 29108,000235/87, decreta:
Art. l' Fica, de acordo com o artigo 33,§ 3', da Lei n' 4.117, de 27 de agosto de1962, renovada por 10 (dez) anos, a partirde 18 de agosto de 1987, a concessão da RádioMonólitos de Quixadá Ltda., outorgada através do Decreto n' 79.889, de 28 de junhode 1977, para explorar, na cidade de Quixa-
dá, Estado do Ceará, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora emonda média.
Parágrafo único. A execução do serviçode radiodifusão, cuja outorga é renovada poreste Decreto, reger-se-á pelo Código Brasileiro de Telecomunicações, leis subseqüentese seus regulamentos e, cumulativamente, pelas cláusulas aprovadas através do Decreton' 88.066, de 26 de janeiro de 1983, às quaisa entidade aderiu previamente.
Art. 29 A concessão ora renovada somente produzirá efeitos legais após deliberação do Congresso Nacional na forma doparágrafo terceiro do artigo 223 da Consti-'tuição.
Art. 3' Este Decreto entra em vigor nadata de sua publicação.
Brasília-DF, 7 de dezembro de 1989; 168'da Independência e 101' da República. JOSÉ SARNEY - Antônio Carlos Maga·lhães.Aviso n' 1.021 SAPo
Brasília, 20 de dezembro de 1989Excelentíssimo Senhor Primeiro SecretárioTenho a honra de encaminhar a essa Secre
taria a Mensagem do Excelentíssimo, SenhorPresidente da República, acompanhada deExposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Comunicações, na qual submete à apreciação do Congresso Nacional oato constante do Decreto n' 98.485, de 7 dedezembro de 1989, que "renova por 10 (dez)anos, a partir de 18 de agosto de 1987, aconcessão da Rádio Monólitos de QuixadáLtda, outorgada através do Decreto n'79.889, de 28 de junho de 1977, para explorar, na cidade de Quixadá, Estado do Ceará,sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda média".
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estimae consideração - Maurício Vasconcelos, Ministro-Chefe do Gabinete Civil Interino.
MC-DentelProcesso nO 29.108.000235/87Interessada: Rádio Monólitos de Quixadá Ltda.
Senhor Secretário-Geral,Assunto: Trata o presente processo do pe
dido de renovação da outorga formulada pelaRádio Monólitos de Quixadá Ltda., executante do serviço de radiodifusão sonora emonda média, na cidade de Quixadá, Estadodo Ceará.
Estudo Sintético: A Seção de Radiodifusãoda Diretoria Regional deste Departamentoemitiu, nos termos do artigo 6' do Decreton' 88.066/83, o Parecer SRAD n' 062/88, ratificado pela Divisão de Radiodifusão, concluindo que o processo encontra-se devidamente instruído e que a outorga será renovada a partir de 18 de agosto de 1987.
Conclusão: Pelo encaminhamento dos autos à consideração do Senhor Ministro dasComunicações.
Brasília, 8 de setembro de 1989. - RobertoBlois Montes de Souza, Diretor-Geral doDente!.
1036 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
1. Serviço :2. Local :3. Freqüência :4. Potência: Diurna .........• :
Noturno :5. Sistema irradiante :
5.1 altura máxima :5.2 altura máxima :
6. Capital mínimo exigido :7. Horário de funcionamento .. :
MENSAGEM N' 959, DE 1989(Poder Executivo)
Submete à apreciação do CongressoNacional o ato que "outorga concessãoà Rede lIntegração de Comunicação Ltda,para explorar, pelo prazo de 10 (dez)anos, sem direito de exclusividade, servi·ço de radiodifusão sonora em onda mé·dia, na cidade de Toledo, Estado do Paraná".
(Às Co~issões de Ciência e Tecnologia,Comumçação e Inforrilática; e de Constituição, Justiça e Redação.)
Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional:
'. Nos termos do art. 49, inciso XII, combinado com § I' do art. 223, da ConstituiçãoFederal, tenho a honra de submeter à apreciação do Congresso Nacional, acompanhadode Exposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Comunicações, o ato constantedo Decreto n' 98.486, de 7 de dezembro de1989, publicado no Diário Oficial da Uniãododia ll.de dezembro de 1989, que "outorgaconcessão à Rede Integração de Comunicação Ltda, para explorar, pelo prazo de 10(dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda médiana cidade de Toledo, Estado do Paraná". '
Brasília, 20 de dezembro de 1989. -
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS DE N' 218/89DE 6 DE DEZEMBRO DE 1989, DOSENHOR MINISTRO DE ESTADODAS COMUNICAÇÕES,
Excelentíssimo Senhor Presidente da República:
De conformidade com as atribuições legaise regulamentares cometidas a este Ministério, determinei a publicação do Edital n'190/86, com vistas à implantação de uma estação de radiodifusão sonora em onda médiana cidade de Toledo, Estado do Paraná. '
2. No prazo estabelecido pela lei, acorre-ram as seguintes entidades:
Rádio Cultura de Umuarama Ltda.,Rede Intl~gração de Comunicação Ltda eRádio Panambi Ltda. '
3. Os órgãos competentes deste Minis-tério concluíram no sentido _de que, sob osaspectos técnico e jurídico, as entidades proponentes satisfizeram às exigências do editale aos requisitos da legislação específica deradiodifusão.
4. Nessas condições, à vista das entidadesque se habilitaram à execução do serviço objeto do edital (quadro anexo), tenho a honrade submeter o assunto a Vossa Excelênciapara fins d(~ decisão, nos termos do art. 16e seus parágrafos do Regulamento dos Serviços de Radiodifusão, com a redação dadapelo Decreto n' 91.837, de 25 de outubrode 1985. O ato de outorga somente virá aproduzir seus efeitos legais após deliberaçãodo Congresso Nacional, na forma do parágrafo terceiro, do art. 223, da Constituição.
Rell;0vo a Vossa Excelência meus protestosdo maIs profundo respeito. - Antônio CarlosMagalhães. •
DECRETO N' 98.486,DE 7 DE DEZEMBRO DE 1989
Outorga concessão à Rede Integraçãode Comunicação Ltda., para explorarserviço de radiodifusão sonora em ondamédia, na cidade de Toledo, Estado doParaná.
O Presidente da República, usando dasatribuições que lhe confere o art. 84, itemIV, da Constituição, e o art. 29 do Regulamento dos Serviços de Radiodifusão, aprovado pelo Decreto n' 52.795, de 31 de outubro de 1963, com a redação dada pelo Decreto n° 88.067, de 26 de janeiro de 1983, etendo em vista o que consta do Processo MCn' ~9000_007461/86, (Edital n' 190/86), decreta:
Art. I' Fica outorgada concessão à RedeIntegração de Comunicação Ltda., para expIorar, pelo prazo de 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusãosonora em onda média, na cidade de Toledo,Estado do Paraná.
Parágrafo único. A concessão ora outorgada reger-se-á pelo Código Brasileiro de Telecomunicações, leis subseqüentes, regulamentos e obrigações assumidas pela outor- gada em sua proposta.
Art. 2' Esta concessão somente produzirá efeitos legais após deliberação do Congresso Nacional, na forma do artigo 223, parágrafo terceiro, da Constituição.
Art. 3' O contrato decorrente desta concessão d~verá ser assinado dentro de 60 (sessenta) dIas, a contar da data de publicaçãoda deliberação de que trata o artigo anterior,sob pena de se tornar nulo, de pleno direito,o ato de outorga.
Art. 4' Este Decreto entra em vigor nadata de sua publicação.
Brasília-DF, 7 de dezembro de 1989; 168'da Independência e 1ül' da República. José Sarney - Antônio Carlos Magalhães.
As demais condições desta Edital fazemparte do processo que lhe deu origem e encontram-se a disposição dos interessados naDiretoria Regional do Dentel em Curitiba- PR, situada na Rua Desembargador Otávio Ferreira do Amaral, 279, onde seus representantes legais deverão entregar suas propostas.
Brasília - DF, 7 de outubro de 1986. Antônio Carlos Magalhães
Aviso n' 1.022-SAP.Brasília, em 20 de dezembro de 1989
A Sua Excelência o SenhorDeputado Luiz HenriqueDD. Primeiro Secretário da Câmara dos DeputadosBrasília (DF)
Excelentíssimo Senhor Primeiro Secretário:
Tenho a honra de encaminhar a essa Secretaria a Mensagem do Excelentíssimo SenhorPresidente da República, acompanhada deExposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Comunicações, na qual sub·mete à apreciação do Congresso Nacional oato constante do Decreto n' 98.486, de 7 dedezembro de 1989, que "Outorga concessãoà Rede Integração de Comunicação Ltda, para explorar, pelo prazo de 10 (dez) anos, semdireito de exclusividade, serviço de radiofusão sonora em onda média, na cidade de To·ledo, Estado do Paraná".
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estimae consideração. -Maurício Vasconcelos, Mi;nistro-Chefe do Gabinete Civil Interino.
EDITAL N' 190/86-GM
Recebimento de propostas para a exe·cução e exploração de Serviço de radiofusão sonora em onda média, na cidadede Toledo, Estado do Paraná.
O Ministr? de Est,ado das Comunicações,tendo em vIsta o dIsposto no artigo l' doDecreto n' 70.568, de 18 de maio de 1972e de acordo com as normas estabelecida~no Regulamento dos Serviços de Radiofusãoem vigor, torna público que, transcorridos45 (quarenta e cinco) dias, contados do diaseguinte ao da publicação deste Edital noDiário Oficial da União, estará recebendopelo prazo de 15 (quinze) dias, propostas paraa execução e exploração de serviço radiodifusão sonora, com as características e condições que se seguem:
Onda MédiaToledo-PR
1.380 Khz1 Kw
0,25 kwOnidírecional
56 m40 m
200 (duzentos) MVR11 imitado.
"INTEGRASSON"REDE INTEGRAÇÃO DECOMUNICAÇÃO LIDA.
CONTRATO SOCIAL
Itacir Ant~nio Sperafico, Brasileiro, casa·do, EngenheIro Agronômo, residente e do·miciliado na cidade de Toledo, Estado doParaná, à Rua Bento Munhoz da Rocha n'516, portador da Cédula de Identidade-RGn· 853.873, expedida pela Secretaria de Segu·
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Quinta-feira 8 1037
para cada uma delas a Sociedade reconheceapenas um único proprietário.
Itacir Antonio SperaficoTorao TakadaHerminio de Conto
Totais
Art. 11. O quadro social será integradoexclusivamente de brasileiro, cumprindo-seo disposto no parágrafo único do art, 4" (quarto), do Decreto-Lei n° 236, de 28 de fevereirode 1967.
CAPíTULO XIDa Inalienabilidade das Cotas
Art. 16. A titularização do Capital Social, em sua totalidade será sempre feita emnome de brasileiros natos ou naturalizados,e suas cotas representativas são expressamente inalienáveis e incaucionáveis quer diretaou indiretamente a estrangeiros e pessoas jurídicas.
Valor Cz$
105.000,00105.000,0090.000,00
300.000,00
Cotas
105.000105.00090.000
300.000
CAPÍTULO XIIDa Administração
Art. 17. A Sociedade será administradapelos 03 (três) sócios, no exercício das funções a que ficam nomeados, dispensados daprestação de caução:
Itacir Antônio SperaficoTorao TakadaHerminio de..Conto Diretores·Gerentes.Art. 18. Compete-lhes representar a So-
ciedade em quaisquer de suas manifestaçõescomo pessoa jurídica, nos direitos e obrigações decorrentes de todos os seus negócios,inclusive em Juízo e perante os poderes públicos.
CAPíTULO VIIIDo Capital Social
Art. 12. O Capital Social de Cz$300.000,00 (trezentos mil cruzados), representado por 300.000 (trezentas mil) cotas, novalor nominal de 1,00 (um cruzado) cadauma, destina-se a atender aos valores de quetrata a Portaria n° 141, do Ministério das Comunicações, de 1 de fevereiro de lQ79, e assim se explicita:
a) O Capital Social de Cz$ 120.000,00(cento e vinte mil cruzados) é destinado exclusivamente para atender ao Serviço de Radiodifusão Sonora em Freqüência Modulada-FM;
b) O Capital Social de Cz$ 180.000,00(cento e oitenta mil cruzados) se propõe, especificamente, a atender ao Serviço de Radiodifusão Sonora em Onda Média - AM.
Parágrafo único. À época de publicaçãode cada edital de concorrência do serviço pretendido, publicado pelo Ministério das Comunicações, a Sociedade se obriga a promover o depósito de 50% (cinqüenta por cento)de seu valor.
Art. 13. O Capital Social de Cz$300.000,00 (trezentos mil cruzados) é subscrito pelos sócios, a saber:
CAPÍTULO VIDas Alterações Contratuais
Art. 8' A Sociedade se compromete a,se investida na qualidade de Concessionáriae/ou Permissionária do Serviço de Radiodifusão Sonora em geral ou de Sons e Imagens- Televisão, a não efetuar qualquer alteraçãoneste Contrato Social, sem que tenha sido pré.via, plena e legalmente autorizada pelo PoderConcedente.
a) Não tornada Concessionária e/ou Permissionária do Serviço de Radiodifusão Sonora, a Sociedade poderá, então, alterar asdáusulas do presente Contrato Social,·deso·brigada que está da prévia anuência do PoderConcedente.
CAPÍTULO VIIDa Nacionalidade
Art. 9' Os cargos de dirigentes da Sociedade serão exercidos, obrigatoriamente, porbrasileiro.
Art. 10. A Sociedade se compromete amanter em seus quadros funcionais um número efetivo de 2/3 (dois terços), de brasileirosnatos.
CAPíTULO/LX'i>a Integração do Câpital Social
Art. 14. O Capital Social de Cz$300.000,00 (trezentos mil cruzados) será inte.gralizado em moeda corrente nacional pelossócios, considerando-se:
1- Cada sócio integraliza, neste ano, 10%(dez por cento) das cotas por ele subscritas,no montante em Cz$ 30.000,00 (trinta milcruzados);
2 - Cada sócio se obriga a integralizar osrestantes 90% (noventa por cento) do CapitalSocial por ele subscrito, na data em que forobtida a concessão de cada serviço pretendido, ou seja, de Freqüência Modulada (FM)e/ou de Onda Média (AM), - se o Ministériodas Comunicações, em sua decisão, vier a in.vestir a Sociedade nos respectivos atos de ou.torgas.
Parágrafo único. De acordo com o art. 2°,In Fine, do Decreto n9 3.708, de 10 de fevereiro de 1919, a responsabilidade de cada socio será limitada ao total do Capital Social.
CAPÍTULO XDas Cotas e sua Individualidade
Art. 15. As cotas em que se divide o Capital Social são nominativas e indivisíveis e
CAPÍWLOVDa Extinção da Sociedade
Art. 7' A Sociedade poderá, eventual-.mente, vir a ser dissolvida por consenso unânime dos sócios. O ato jurídico se assentaráno que dispõe a legislação da matéria pertinente.
rança Público do Estado do Paraná e do CICn'191387929-15;
Torao Takada, Brasileiro, casado, Médico,residente e domiciliado na cidade de Toledo,Estado do Paraná, à Rua General Rondonn' 1875, portador da Cédula de IdentidadeRG n' 490 593, expedida pela Secretaria deSegurança Pública do Estado do Paraná, edo CIC n9 036295709-68; e
Herminio de Conto, Brasileiro, casado,Agricultur·, residente e domiciliado na cidadede Toledo, Estado do Paraná, à Rua Bonfimn' 1457, portador da Cédula de IdentidadeRG n9 746 625, expedida pela Secretaria daSegurança Pública do Estado do Paraná, edo CIC n' 015358979-53.
CAPÍTULO IDa Constituição e Tipo Societário
Os sócios qualificados, constituem, entresi e na melhor forma de direito, Sociedadeo>mercial por cotas de responsabilidade limitada, cujos neg6cios e condições serão regidos pelos capítulos de que é objeto.
CAPÍTULO 11D~ Denominação, Sede e Duração
Art. I' a) A Sociedade terá como denominação social: "Rede Integração de Comunicaçã9 Ltda."
b) Utilizará a "expressão,de fantasia" naexecução do Serviço de Radiodifusão Sonoraem Onda Média como:
"INTEGRASSOM - AM".c) E a "expressão de fantasia;' na execução
do Serviço j:\e Radiodifusão Sonora emIFreqüência Modulada como:
"INTEGRASSOM - FM".Art. 2' A sede e foro da Sociedade é a
cidade de Toledo, Estado do Paraná, comendereço à Rua XV de Novembro n° 1260-Centro.
Art. 39 O prazo de duração da Sociedadeé Indeterminado.
CAPÍTULO IIIObjeto e Competência
Art. 49 A Sociedade visa a execução eveiculação de Serviços de Radiodifusão Sonora em geral, inclusive de Sons e Imagens- Televisão, quando investida de outorgasatribuídas pelo Ministério das Comunicações.
Art. 5' A Sociedade poderá habilitar-sea editais de concorrência do Ministério dasComunicações destinada a operar e executaro Serviço de Radiodifusão Sonora e de Sonse Imagens - Televisão, em qualquer cidadedo Estado e/ou do país, respeitados os limitescontidos no Art. 12 do Decreto-Lei n' 236,de 28 de fevereiro de 1967.
CAPÍTULO IVDa Caracterização dos Serviços
Art. 6' A natureza dos serviços se identifica com as disposições do art. 3' (terceiro),do Decreto de n9 52.795, de 31 de outubrode 1963, que instituiu o Regulamento do Serviço de Radiodifusão (RSR).
1038 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NAcIONAL (Seção I) Março de 1990
REDE INTEGRAÇÃO DECOMUNICAÇÃO LIDA.
Itacir Antonio SperaficoDiretor-Gerente
REDE INTEGRAÇÃO DECOMUNICAÇÃO LIDA.
Tarao TakadaDiretor-Gerente
REDE INTEGRAÇÃO DECOMUNICAÇÃO LTDA.
Herminio de ContoDiretor-Gerente
OBJETIVO: especificar equipamentos para atendimento aos termos do Edital de Concorrência do Ministéu!,?, <:ias Comunicações,n' 190/86-GM, publicado. no. Diário Oficialda União de 8 de outubro de 1986.
I) Características do Canal em Concorrên·cia:
Freqüência: 1.380 kHzPotência diurna: 1,00kWPotência noturna: 0,25kWAltura mÚlima da torre: 48 metrosAltura máxima da torre: 56 metrosSistema irradiante: OmuidirecionaI.Canal incluído no Plano Básico pela Porta
ria n' 103 de 13 de agosto de 1986, publicadano DOU de 15 de agosto de 1986.
2) Considerações Sobre o Serviço Proposto:
A entidade pretende instalar o sistema irradiante, em terreno de90 X 90 metros, situadono máximo a 3,0 Km do centro da cidade.
A torre terá altura de 54 metros.Os radiais serão em número de 120 (cento
e vinte), com comprimento de 43,5 metroscada um.
A linha de Rádio Freqüência terá o compri-mento de 44 metros, e será de bitola 112"
J) Equipamentos Adotados Pela Entidade:TRANSMISSOR:Fabricante: Bandeirantes Eletrônica Ltda.Modelo: AM - TRD-1000 AC6digo Dentel: 0198/85Potência de saída: 1,0/0,5/0,25 kWEstágio iniCial: Estado SólidoEstágio Final RF: 2 x QB4/1100Estágio Final Áudio: 2 x QB4/1100Consumo: 3,6 kVA (100% md)ANTENA:Fabricante: STP - Sociedade Técnica Pau-
lista S.A.Modelo: TI-30Secção: triangular de 30 cm de lado.Altura da torre: 54 metros ou 0,248Estaiamento: em 120 graus (03 grupos de
4 estais)LINHA DE RÁDIO FREQÜÊNCIA:Fabricante: KMP - Cabos Especiais e Siste-
mas Ltda.Modelo: CF 112"Impedância: 50 ohmsTipo: Coaxial de 1/2"Comprimento; 44 metrosEficiência prevista: 90%4) Parecer Conclusivo:A entidade postulante ao Edital n'
190/86-GM, publicado no Diário Oficial daUnião de 8 de out!;!bro de 1986, ou seja: REDE INTEGRAÇAO DE COMUNICAÇÃOLIDA., instalará seu sistema irradiante observando todos os preceitos técnicos ditadospelas Normas Técnicas.
5) Profissional Habilitado:a) Nome: José Eduardo Marti Cappiab) N' do CREA: 83607/Dc) data: 10 de novembro de 1986.d) assinatura:
herdeiros, sucessores ou o representante legai nomeado, sub-rogados nos direitos e obrigações do de cujos, interdito ou inabilitado,podendo nela fazerem-se representar enquanto indiviso O quinhão respectivo, por umdentre eles devidamente credenciado pelosdemais.
Art. 26. Mediante consenso entre os s6cios supésrtites, os herdeiros ou sucessorespoderão ingressar na Sociedade, caso não haja impeditivo legal quanto à sua capacidadejurídica.
Art. 27. Se herdeiros ou sucessores nãodesejarem contnuar na Sociedade, seus haveres serão apurados em Balanço, levantadoespecialmente para esse fim, e serão pagosno prazo e condições' convencionados, deacordo entre as partes.
Parágrafo iínico. Em caso de desligamento da Sociedade,{ar-se-á a competente altera"ção contratu'll, 'cujos atos deverão, preliminarmente, merecer a anuência de órgãos doMinistério das Comunicações.
CAPÍTULO XVIII •Do' Balanço Geral
Art. 28. O ano social coincidirá' com oano civil, devendo á 31 de dezembro ser procedido o Balanço Ge~al; os resultados serãoatribuídos aos s6cios na proporção das cotasde seu capital. Os lucros, em. os .havendo,poderão, a critério.dos.s6cios, permaneceremcomo Fundo de Reserva da Sociedade.
CAPÍTULO XIXDa Eleição.e Foro
.Art. 29. Fica eleito, comexc\usão de.quaisquerotitros" a cídade. de Toledo, Estadodo Paran~"foro da Sociedade para o fim desupt>ração. de quáisquer divergências queevenlualmente venham a ocorrer entre aspartes.
CAPÍTULO Xx '..De. Casos não Pr~vistos
Art.. 30. Os casos omitidos neste Contra.to Social serão regidos pelo Decreto n9 3.708,de 10-1-19, e da Lei n' 4.726, de 13-7-65,a ·cuja e fiel observância, como dos demaiscapítulos deste compromisso;se obrigam ossócios. "
E, por assim terem justo e contratado, lavram, datam e assinam, juntamente com duastestemunhas, o presente intruménto em 4(quatro) vias de igual teor e forma, obrigando-se fielmente por si e seus herdeiros a cumpri-lo em todos os seus termos.
Toledo - PR, 10 de março de 1986. Itacir Antonio Sperafico - Torao Takeda Herminio de Conto.Uso da Denominação ComerCial:
Art. 19. Os documentos de maior relevância, e que envolvem as responsabilidadesgerais de natureza legal e sócio-econômicasda Sociedade, deverão, obrigatoriamente, serassinados por dois dos Diretores-Gerentes designados, em conjunto.
CAPÍTULO XIIIDas Retiradas
Art. 20. A título de prolabore, os direto- .res e outros sôcios que prestem serviço à Sociedade poderão retirar mensalmente umaimportância wjo valor será fixado pela diretoria, e que será levada a débito da contade Despesas Gerais, dentro dos limites permitidos pela llegislação em vigor.
CAPÍTULO XIVDo Uso da Denominação Social
Art. 21. É expressamente proibido o usoda denominação social em negócios, documentos e outros de qualquer naturez'l alheiosaos fins sociais, assim como avalizar ou, emnome da Sociedade, afiançar obrigações deterceiros.
CAPÍTULO XVIDa Cessão e Transferência de Cotas
Art. 23. O sócio que desejar transferir'suas cotas deverá notificar por escrito à Sociedade, discriminando o preço, forma e prazode pagamento, inclusive nome do interessado, para que esta, através dos demais sócios,exerça ou renuncie ao direito de preferência,o que fará dentro de sessenta dias, a contardo recebimento da notificação. Decorrido esse prazo sem que seja exercido o direito depreferência, as cotas poderão ser transferidasao pretendente.
Art. 24. Fica ajustado entre as partesque, ao sócio que se retirar, caberá recebero valor das cotas integralizadas e representativas de seu capital, e mais os lucros apurados em Balanço, previamente aprovado pelossócios, e cujo pagamento será efetuado emprazo convencionado entre os interessados.
Parágrafo único. Os sócios expressa eunanimemente poderão deliberar por outrascondições de pagamento que aquele ajustado, desde que não venham a afetar a situaçãoeconômico-financeira da Sociedade.
CAPÍTULO XVIIDo Falecimento e/ou Interdição
Art. 25. O falecimento, interdição ouinabilitação de qualquer dos s6cios, não dissolverá necessariamente a Sociedade, ficando
CAPÍTULO XVDo Exercício de Outras Funções
Art. 22. Ao exercício dos cargos de gerente, procuradores, locutores e encarregados das instalações técnicas, ou de responsáveis pela orientação intelectual direta ouindireta da administração da Sociedade, somente serão admitidos brasileiros natos.
Parágrafo único. Os Administradores daentidade são brasileiros natos e a S\!a investidura no cargo somente poderá Ocorrer apóshaverem sido aprovados pelo Ministério dasComunicações.
Março de 1990 DIÁRIO DO CbNGRES~O NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1039
vará a assinatura de todos os sócios e seráacompanhado do Extrato da Conta de Lucrose Perdas. Os lucros serão distribuídos proporcionalmente às quotas de capital de cada sócio.
Parágrafo único. Se forem acusados prejuízos, os mesmos serão cobertos através denova integralização do Capital Social, emparte proporcional ao número de quotas decada sócio, sempre em moeda corrente nacional.
Cláusula Décima Nona: Fica eleito desdejá, com renúncia a qualquer outro, o foroda Sociedade, cidade de Toledo, Estado doParaná, para solução de quaisquer dúvidasque eventualmente venham a surgir entre aspartes contratantes.
Cláusula Vigésima: Os casos omissos nesteContrato Social serão regidos pelos dispositivos do Decreto n' 3.708, de 10 de janeirode 1919, e cuja fiel observância, como dasdemais Cláusulas deste comprimisso, se obrigam todos os Diretores e Sócios.
Cláusula Vigésima Primeira: A investiduraem cargos de Gerente ou Administrador s6se dará 'após aprovação dos nomes pelo Ministério das Comunicações.
E por est.arem justos e contratados, assinam o presente contrato social, em 7 (sete)vias de igual teor e forma, devidamente rubricadas pelos sócios no verso de suas folhas,que se obrigam fielmente por si e seus herdeiros, a cumpri-lo em todos os seus contidostermos.
Toledo, 26 de novembro de 1986. -OsmarCerutti - João Carlos Poletto - ArmandoMergen.
Demonstrativo do uso da firma .
RÁDIO PANAMBI L1DAJoão Carlos Poletto
GerenteDEMONSTRATIVa DERECURSOS TÉCNICOS
Rádio Panambi Ltda., pretendente à outorga do serviço de radiodifusão sonora emonda média, na cidade de Toledo, Estadodo Paraná, em atendimento do Edital n'190/86-GM, de 7 de outubro de 1986, publicado no Diário Oficial da União dOdia seguinté, apresenta sua Demonstração de RecursosTécnicos, de acordo Wlm a letra b do artigo34 do Código Brasileiro de Telecomunicações, alinhando a seguir as características dosequipamentos que pretende utilizar nas suasinstalações:
1. Transmissor1.1 - FabricanteSNE - Sociedade Nacional de Eletrônica
Ltda.1.2 - Tipo e ModeloBTA-1OO0T1.3 - Características Técnicas- Freqüência de Operação 1.380 KHz- Estabilidade de Freqüência. + 10 Hz- Potência de saída 1000 W com redução
p~a250W
- Distorção harmônica 3% para 85% de!U0dulação
- Resposta de áudio' . +1 dB (entre 100e 5000 Hz)
.+3dB (entre 50 e 7500 Hz)'- Amplitude da portadora 5% máx- Ruído da portadora -50 dB- Atenuação de harmôniCos e espúrios
-40 dB'- Código Deqtel 0535/842. Sistema Irradiante'2.1 - FabricanteSTP - Sociedade Técnica Paulista Ltda.2.2~Tipo .Estaiada - Tipo 35/l2.3 - Car\lCterístiCas Técnicas2.3.1 ~Torre
Torre de seção triangular, com 55 metrosde comprimento ou 0,25 e 91°elétricos, construída de acordo com as Normas da ABNTe da ELA, com meterial ferroso galvanizadopor imersão a quente, com. isoladores nas bases e nos estais triplos a cada 12Cfl capaz desuportar ventos de até 145 Km/h, com luzde obstáculos; pintadas segundo as normasdo Ministério da AerOnáiltica.
2.3.2~ Sistema de T~rraCompostode 12b radiais. de 54 metros cada
uma, espaç;ldas de 3 em 3 graus, a partirdo anel central, em torno da base da torre.
2.3.3 .::.. Campo e Condutividade- Campo Característico240 mVim- Condutividade do solo 1 m mho/mCuritiba:PR, 5de dezembro de 1986.
Eng' Telmo Éugênio de Oliveira.
PROGRAMAÇÃO
RádioPanambi Ltda. ,em atendimento aoEdital do -Ministério das Comunicações n'190/86-GM, para instalação de uma emissorade radiodifusão sonora em onda média, em
. Toledo-PR, deClara que sua programação será composta de informativos, programas educacionaise ao vivo, bem como de publicidadecomercial e de serviçónoticioso, de formaa contribuir para o desenvolvimento da Nação, através de-aperfeiçoamento integral dohomem brasileiro, observando entre outros,os seguintes critérios:
a) preferência a temas, autores e intérpretes nacionais, a fim de ipcentivar a criatividade do homem. brasileiro eo desenvolvi~
mento. das empresas. produtoras nacionais,com a conseqüente ampliação do mercadode trabalho ligado a todas as atividades artís-tieas.· .
b) Respeito à diferenciação regionais dacultura brasileira, procurando relacioná-lasem seu próprio contexto.
c) manutenção de elevado sentido ético,moral e Cívico.' .
d) fidedignidade da fonte de informaçãodo fato, anteS da emissão da notícia e observância,na publicidilde, de normas éticas indispensáveis à proteção do público e do consumidor.
Declara ainda, que a programação atenderá às estipulações do regulamento dos serviços de radiodifusão, assim 'como os arts.11 e 16~ §§ 1'e 2- do Decreto-Lei n' 236de 28 de fevereiro de 1967 e das Normas
aprovadas pela Portaria MC n' 55 de 25 dejaneiro de 1974.
Toledo-PR, 5 de dezembro de 1986. - Rádio Panambi Ltda. - João Carlos Poletto,Sócio-Gerente.
RÁDIO PANAMBI LTDA.CONTRATO SOCIAL
Osmar Cerutti, brasileiro, casado, engenheiro agrônomo, residente e domiciliado emToledo, Paraná, na Rua Barão do Rio Brancon9 813, portador da Carteira de Identidadedo Paraná sob n' 794.676 e inscrito no CPFsob n9 176.328.629-00, e João Carlos Poletto,brasileiro, casado, advogado, residente e domiciliado em Toledo, Paraná, na Rua JoséJoão Murara n' 1415, portador da Carteirade Identidade do Paraná n' 1.419.772 e inscrito no CPF sob n° 241.059.379-87 e ArmandoMergen, brasileiro, solteiro, maior, do comércio, residente e domiciliado em Toledo.Paraná, na Avenida Parigot de Souza n° 322,portador da Carteira de Identidade do Paranán9 3.121.020 e inscrito no CPF sob n'512.897.339-53, resolvem por este instrumento particular de contrato, constituir uma sociedade mercantil, por quotas de responsabilidade limitada, que se regerá pelas Leisn' 3.708 de 10 de janeiro de 1919, n° 4.726de 13 de junho de 1965, pela legislação específica referente a radiodifusão e pelas demaisdisposições legais e aplicáveis à espécie e pelas cláusulas seguintes:
Cláusula Primeira: A Sociedade girará sobo nome comercial de "Rádio Panambi Ltda"com sede e foro em Toledo, Estado do Paraná, na Praça Wil\y Barth n° 17.
Cláusula SegUnda: A Sociedade terá comofinalidade e objetivo a execução e exploraçãodos serviços de radiodifusão sonora em geral,quer de Ondas Médias-OM, Ondas TripicalOT ou Freqüência Modulada-FM, mediantea concessão - prévia do Ministério das Comunicações, na forma da lei e legislação vigentes, ficando certo que os objetivos expressos da Sociedade se identificam com o estipulado no Regulamento dos Serviços de Radioc;lifusão Sonora consagrando, em nível deprioridade, os programas de natureza educativa, informativa, recreante, e ao vivo, paralelamente com as atividades de publicidadecomercial compatíveis com o veículo, parasuportação dos encargos da empresa e suamelhor dimensão técnica e artística.
Cláusula Terceira: A sede e foro da Sociedade, á na cidade de Toledo, Estado do Páraná, na Praça Willy Barth n' 17, podendo habilitar-se em quaisquer editais para exploraçãoe execução dos serviços de radiodifusão sonora, em qualquer parte do Estado e do País,nos limites fixados pelo Art. 12, do Decreto-Lei n' 236, de 28 de fevereiro de 1967.
Cláusula Quarta: A Sociedade é constituída para vigorar por prazo indeterminado e,suas atividades terão início a partir da datado arquivamento do Contrato Social, na Jun-.ta Comercial do Estado do Paraná. Se neces-
1040 Quinta-feira 8 , DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
AnexoCópia de Catálogos
RÁDIO PANAMBI LTDA.CONTRATO SOCIAL
Osmar Cerutti, brasileiro, casado, enge'nheiro, agrônomo, residente e domiciliadoem toledo, Paraná, na rua BarãO' do Rio
, Brancoin9 813, portador da carteira de Identidade do Paraná sob n9794.676 e inscrito noCPF sob n9 176.328.629-00, e JOÃO CARLOS POLETTO, brasileiro, casado; advogado, residente e domiciliado'em'toledo,i'araná, na Rua José João Muraro n91415, pottador da Carteira de Identidade, do' Paríinán 9 1.419.772 e inscrito no CPF seib n~
241.059.379-87 e ARMANDOMERGEN,brasileiro, solteiro, maior, do comércio, residente e domiciliado em Toledo, Paraná, naAvenida Patigot de Souza n9 322, portadorda Carteira de Identidade do Paraná n93.121.020 e inscrito no CPF sob n 9512.897.339/53, RESOLVEM por este instrumento particular de contrato, constituiruma sociedade mercantil, por quotas de responsabilidade limitada, que se regerá pelasLeis n9 3.708 de 10 de janeiro de 1919, n94.726 de 13 de junho de 1965, pela legislaçãoespecífica referente a radiodifusão e pelas demais disposições legais e ,aplicáveis à espéciee pelas cláusulas seguintes:
Cláusula Primeira: A Sociedade girará sobo nome comercial de "RÁDIO PANAMBILIDA." com sede e foro em Toledo, Estadodo Paraná, na Praça Willy Barth,n9l7.,
Cláusula Segunda: A Sociedade terá comofinalidade e objetivo a execução e exploraçãodos serviços de radiodifusão sonora em geral,quer de Ondás Medias-OM, Ondas TripicalOT ou Freqüência Modulada-FM; media1ltt::a concessão - prévia do Ministério das Comunicações, na forma da lei e legislação- vi- .gentes, ficando certo que os objetivos expressos da sociedade se identificam com o estipu'lado no Regulamento dos Serviços de Radiodifusão Sonora consagrando, em nível deprioridade, os programas de natureza educativa, informativa, recreante, e ao vivo, paralelamente, com as atividades de publicidadecomercial compatíveis - com o veículo, parasuportação dos encargos da empresa es1iamelhor dimensão técnica e artística.
Cláusula Terceira: A sede e foro da sociedade, é na cidade de Toledo, Estado do Paraná, na Praça Willy Barth n917, podendo habilitar-se em quaisquer editais para exploração
, e execLição dos serviços de radiodifusão soilora, em qualquer parte do Estado edo País,nos limites fixados pelo artigo 12, do Decre
, to-Lei n9236, de 28 de fevereiro de :1967.,Cláusula Quarta: A sociedade é constituída
para vigorar por prazo indeterminado e;suasatividades terão início a partir da' data doarquivamento do Contrato SoCial, na JuntaComercial do Estado do Paraná: Se ilecessária sua dissolução, serãoobservados os'dis-positivos de lei. ,_
Cláusula Quinta: A soCiedade se obriga, a _, observar, com o rigor que se impõe., decretos,leis, regulamentos, portarias e quaisquer o,u-
tras deCisões ou despachos' emanados do Ministériodas Comunicações e/ou de Seus demais órgãos competentes, vigentes ou a vigir,e referentes à legislação dos serviços de radio-difilsã6sonora em geraL " ,, Cláusula 'Sexta: ,A sociedade se compro
mete, por seus diretores e sócios, a não efetuar quálquer, alteração neste Contrato SoCial, sem. que tenha para isso, sido prévia,plena e legalmente autoriiada pelos órgãoscompetentes di) Ministério das Comunicações;. Clafusul,a, Sétinul: A ~ociedade se' compro
mete, nos termos da lei,'a não transferir, direta' ou mdiretaIÍIente, li concessão e/ou a perniissãoqUt; ,lhe ~ora outorgada, sem a préviaaut6rizaçãodo' Governo Federal.
Cláusula Oitava: A sociedade se obriga amanter, efetivamente, em seu quadro de funcionários, exclusivamente brasileiros natos.: Cláúsula Nona: A sociedade não poderá
deter conçessões ou permissões para executaros serviÇQs. de radiodifusão sonora no País,além dos limites fixados pelo. artigo 12, doDecreto-Lei n9236, de 28 de fevereio de 1967.
Parágrafo Primeiro: Os sócios-quotistasnão .poderão, como manda à lei integrar oquadro social de outra concessionária ou permissionária eXecutante do mesmo tipo de serviço de radiodifusão sonora na cidade em quepretendem instalar a nova emissora, nem emoutraS loçalidades do País, em excesso aoslimites fixados pelo artigo 12, do Decreto-Lein9236, 'de 28 de fevereiro de 1967.. ~arágrafoSegundo: Ossócios-gerentes nomeados, não deverlio, em hipótese alguma.participar da direção QU como sócios-quotistas de outra concessionária ou permissionáriae"ecutailte.do mesmo tipo de serviço de radiodifusão sonora na cidade em que preten,dem mstalar a nova emissora, como não poderão gozar de imunidade parlamentar, foroespecial, 'e nem meSmo integrar' o quadro socialde empresa executante do mesmo serviçoem oútras localidades do País, em excessoaos limites fixados pelo artigo 12, do Decre'to-Lei n9236;~de 28 de fevereiro de 1967., CláÍJsulli DéCima: As quotas representativas dO'capital sociàl, eni Slla totalidade, pertencerão sempre a brasileiro e são, expressa-
. mente, inalienáveis e incaucionáveis, 'diretae indiretamente a estrangeiros e a pessoa jurí-dica: '
CIáiIsuJaDécima Primeira: O capital socialéde Cz$ 900.000,00 (novecentos mil cruzados); representados por 900 (novecentos)quotas, rio valor nominal de Cz$ 1.000,00(Hum mil cruzados) cada uma delas, subsciitas pelos 'sócios da forma que se segue:Osmar Cerutti.: .. : ~ ..300 quotas, Cz$ 300.000,00,'João CarIosPoletto~ : .30<f9uotas, Cz$ 3OÕ..o<)(),OOAmiando Mergen ; ..300 quotas, CZ$300ó.OOO,00Totais:.: : ;: : ;.: .900 quotas, CZ$9oo.0ú0,00: ,Parágrafo lTimeiro: Cada sócio integraliza,neste ato, 22 (vinte eduas) quotas, novalor de Cz$ 22.000,00 (vinte edois mil cruza-
dos), resultando um total integralizado e realizado de Cz$ 66.000,00 que deverá ser depositado no Banco do Brasil S/A, agência deToledo. O saldo de Cz$ 278.000,00 (duzentose setenta e oito mil cruzados) a ser integralizado por cada um dos sócios, perfazendoCz$ 834.000,00 (oitocentos e trinta e quatromil cruzados) deverá ser integralizado e realizado até o máximo, trinta dias antes da entrada em funcionamento da estação de radiodifusão.
, Parágrafo Segundo: De acordo com o artigo 29, in fine, do Decreto n9 3.708, de 10de janeiro de 1919, cada quotistas se responsabiliza pela totalidade do capital social.
Cláusula Décima Segunda: As quotas sãoindividuais em relação á sociedade que, paracada uma delas, só reconhece um proprietário.
Cláusula Décima Terceira: A sociedade será administrada pelo sócio João Carlos Poletto, nas funções de gerente, cabendo-lhe todosos poderes de administração legal. a representação em Juízo ou fora dele, a assinaturade documentos relativos às gestões sociais ecomerciais da empresa, para o que se lhesdispensa a prestação de caução.
Cláusula Décima Quarta: O uso da denominação social nos termos da Cláusula DécimaTerceira, deste instrumento, é vedado emfianças, avais, abonos e outros favores estranhos aos interesses da sociedade, ficando ogerente, na hipótese de infração desta cláusula, pessoalmente responsável pelos atos praticados.
Cláusula Décima Quinta: Para o exercíciodas funções de gerentes, procuradores, locutores e encarregados das instalações técnicas,bem como da nomeação de responsáveis direta ou indiretamente pela orientação intelectual ou administrativa da sociedade, somenteserão admitidos brasileiros natos.
Cláusula Décima Sexta: As quotas sociaisnão poderão ser cedidas a terceiros estranhosà sociedade, sem o consentimento expressodos demais sócios. Para esse fim, o sócio quepretender se retirar deverá notificar por escrito à sociedade, dando-lhe o prazo de 60 (sessenta) dias contados do recebimento da notificação, para que a entidade, através de seusdemais sócios, exerça ou renuncie, em condições de igualdade, ao direito de preferênciana aquisição de suas quotas. Fica ajustadoentre as partes que ao sócio que se retira,caberá receber o valor das quotas integralizadas representativas de seu capital e maisos lucros apurados em balanço, previamenteaprovado pelos sócios.
Cláusula Décima Sétima: O falecimento ouinterdição de qualquer um dos sócios não dissolverá necessariamente a sociedade, ficandoherdeiros e sucessores ou representante legalnomeado, sub-rogados nos direitos e obrigações do de cujus ou interdito, podendo nelafazerem-se representar, enquanto indiviso oquinhão respectivo, por um dentre eles devidamente credenciado pelos demais.
Cláusula Décima Oitava: A 31 de dezembrode cada ano levantar-se-á um Balanço Geraldas atividades da·.empresa. O documento le-
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1041
herdeiros e sucessores ou representante legalnomeado, sub-rogados nos direitos e obrigações do "de cujus" ou interdito', podendo ..nela fazerem-se representar, enquanto indiviso o quinhão respectivo, por um dentre elesdevidamente credenciado pelos demais.
Cláusula Décima Oitava: A 31 de Dezembro de cada ano levantar-se-á um BalançoGeral das atividades da empresa. O documento levará a assinatura de todos os s6ciose será acompanhado do Extràto da Contade Lucros e Perdas. Os lucros serão distribuídos proporcionalmente às quotas de capital de cada s6cio.
Parágrafo Único: Se acusados forem prejuízos, os mesmos serão cobertos através denova integralização do capital Social, em parte proporcional ao número de quotas de cadas6cio, sempre em moeda corrente nacional.
Cláusula Décima Nona: Fica eleito desdejá, com renúncia· a qualquer outro, o foroda Sociedade, cidade de Toledo, Estado doParaná, para solução de quaisquer dúvidasque eventualmente venham a surgir entre aspartes contratantes.
Cláusula Vigésima: Os casos omissos nestecontrato social serão regidos pelos dispositivos do Decreton. 3.708, de 10 de janeirode 1919, e cuja fiel observância, como dasdemais Cláusulas deste compromisso, se obrigam todos os Diretores e S6cios.
Cláusula Vigésima Primeira: A investiduraem cargos d Gerente ou Aministrador s6 sedará ap6s aprOvação dos nomes pelo Ministério das Comunicações.
E por estarem justos e contratados, assinam o presente contrato social, em sete viasde igual teor e forma, devidamente rubricadapelos s6cios no verso de suas folhas, que seobrigam fielmente por si e seus herdeiros,a cumpri-lo em todos os seus contidos termos.
Toledo, 26.de novembro de 1986. -Osroar.Cerutti - João Carlos Poletto - Arm8l!do'Mergen.
Demonstrativo do uso da firmaRádio PANAMBI Ltda.
João Carlos Polettogerente
quadro social de outra concessionária ou permissionária executante do mesmo tipo de serviçode radiodifusão sonora na cidade em quepretendem instalar a nova emissora, nem em
. outras localidades do País" em excesso aoslimites fixados pelo Art. 12, do Decreto-Lein. 236, de 28 de fevereiro de 1967.
Parágrafo Segundo: Os s6cios-gerentes nomeados, não deverão, em hip6tese alguma,participar da direção ou como s6cios-quotistas de outras concessionária ou Permissionária executante do mesmo tipo de serviçode radiodifusão sonora na cidade em que pretendem instalar a nova emissora, como não'poderão gozar de imunidade parlamentar, foro especial, e nem mesmo integrar o quadrosocial de empresas executantes do mesmoserviço em outras localidades do País, emexcesso aos limites fixados pelo art. 12, doDecreto-Lei n. 236, de 28 de fevereiro de1967.
Cláusula Décima: As quotas representativas do capital social, em sua totalidade, pertencerão sempre a brasileiro e são, expressamente, inalienáveis e incaucionáveis, diretae indiretamente a estrangeiros e a pessoa jud
.dica.Cláusula Décima Primeira: O capital social
é de Cz$ 900.000,00 (novecentos mil cruzados), representados· por 900 (novecentas)quotas, no valor nominal de Cz$ 1.000,00(hum mil cruzados) cada uma delas, subscritas pelos s6cios da forma que se segue:
Osmar Cerutti 300 quotas"Cz$ 300.000,00João Carlos Poletto 300 quotas, Cz$ 300.000,00
.Armando Mergen 300 quotas,Cz$ 300.000,00Totais _ 900 quotas, Cz$ 900.000,00
Parágrafo Primeiro: Cada s6cio integrali- Terceira, deste instrumento, é vedado emza, neste ato, 22 (vinte e duas) quotas, no fianças, avais, abonos e outros favores estra-valor de Cz$ 22.000,00 (vinte e dois mil cruza- nhos aos interesses da Sociedade, ficando odos), resultando um total integralizado e rea- Gerente, na hip6tese de infração desta Cláu-.lizado de Cz$ 66.000,00 que deverá ser depo- sula, pessoalmente responsável pelos atossitado no Banco do Brasil S/A, agência de praticados.Toledo. O saldo de Cz$ 278.000,00 (duzentos Clásula Décima Quinta: Para o exercícioe setenta e oito mil cruzados) a ser integra- das funções de gerentes, procuradores, locu-lizado por cada um dos s6cios, perfazendo tares e encarregados das instalações técnicas,Cz$ 834.000,00 (oitocentos e trinta e quatro bem como da nomeação de responsáveis dire-mil cruzados) deverá ser integralizado e reali- ta ou indiretamente pela orientação intelec· MENSAGEM N· 960/89zado até o máximo, trinta dias antes da entra- tual ou administrativa da Sociedade, somente (PODER EXECUTIVO)da em funcionamento da estação de radio- serão admitidos brasileiros natos. Submete à apreciação do CongreSsodifusão. Cláusula Décima Sexta: As quotas sociais Nacional o ato que "Outorga concessão
Parágrafo Segundo: De acordo com o art. não poderão ser cedidas a terceiros estranhos à Rádio Universal de Morrinhos LTDA,2., in fine, do Decreto n· 3.708, de 10 de. à sociedade, sem o consentimento expresso para explorar, pelo prazo de 10 (dez)janeiro de 1919, cada quotistas se respon- dos demais s6cios. Para esse fim, o s6cio que anos, sem direito de exclusividade, servi·sabiliza pela totalidade do capital social. pretender se retirar deverá notificar por escri- ço de radiodifusão sonora em onda mé·
Cláusula Décima Segunda: As quotas são to à Sociedade, dando-lhe o prazo de 60 (ses- dia, na cidade de Morrinhos, Estado doindividuais em relação à Sociedade que, para senta) dias contados do recebimento da noti- Ceará".cada uma delas, s6 reconhece um proprie- ficação, para que a entidade, através de seus (Ás Comisspes de Ciência e Tecno-tário. demais s6cios, exerça ou renuncie, em condi- logia, Comunicação e Informática; e de
Cláusula Décima Terceira: A Sociedade se- ções de igualdade, ao direito de preferência Constituição e Justiça e Redação)rá administrada pelo s6cio João Carlos Polet- na aquisição de suas quota&. Fica ajustado Excelentíssimos Senhores Membros doto, nas funções de Gerente, cabendo-lhe to- entre as partes que ao s6cio que se retira, Congresso Nacional:dos os poderes de administração legal, a re- caberá receber o valor das quotas integra- Nos termos do artigo 49, inciso XII, combi-presentação em juízo ou fora dele, aassina- lizadas representativas de seu capital e mais nado com § 1· do'artigo 223, da Constituiçãotl,1ra de documentos relativos às gestões so- os lucros apurados em balanço, previamente Federal, tenho a honra de submetei à apre-ciais e comerciais da empresa, para o que aprovado pelos s6cios. ciação do Congresso Nacional, acompanhadose lhes dispensa a prestação de caução. . . Cláusula Décima Sétima: O falecimento ou de Exposição de Motivos do Senhor Ministro
Cláusula Décima Quarta: O uso da denoini- interdição de qualquer um dos s6cios não dis- de Estado das Comunicações, o ato constantenação social nos termos da Cláusula Décima- solverá necessariamente a Sociedade, ficando -. do Decreto n· 98.487, de 7 de dezembro de
sária sua dissolução, serão observados os dispositivos da lei.
Cláusula Quinta: A Sociedade se obrigaa observar, com o rigor que se impõe, decretos, leis, regulamentos, portarias e quaisqueroutras decisões ou despachos emanados doMinistério das Comunicações e/ou de seus
.demais 6rgãos competentes, vigentes ou a vigir, e referentes à legislação dos serviços deradiodifusão sonora em geral.
Cláusula Sexta: A Sociedade se compromete, por seus diretores e s6cios, a não efetuar qualquer alteração neste Contrato Social, sem que tenha para isso, sido prévia,plena e legalmente autorizada. pelos 6rgãoscompetentes do Ministério das Comunicações.
Cláusula Sétima: A Sociedade se compromete, nos termos da lei, a não transferir, direta ou indiretamente, a concessão e/ou a permissão que lhe fora outorgada, sem a préviaautorização do Governo federal.
Cláusula Oitava: A Sociedade se obriga amanter, efetivamente, em seu quadro de funcionários, exclusivamente brasileiros natos.
Cláusula Nona: A Sociedade não poderádeter concessões ou permissões para executaros serviços de radiodifusão sonora no País,além dos limites fixados pelo Art. 12, do Decreto-Lei n· 236, de 28 de fevereiro de 1967.
Parágrafo Primeiro: Os s6cios-quotistasnão poderão, como manda a lei integrar o
1042 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
ato constante do Decreto n' 98.487, de 7 dedezembro de 1989, que "Outorga concessãoà Rádio Universal de Morrinhos Ltda, paraexplorar, pelo prazo de 10 (dez anos, semdireito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda média, na cidade deMorrinhos, Estado dolCeará".
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estimae consideração. - Maurício Vasconcelos, Ministro-Chefe do Gabinete Civil Interno.
EDITAL N' 226/87-GM
Recebimento de propostas para a exe·cução e exploração de serviço de radiodi·fusão sonora em onda média, na cidadede Morrinhos, Estado do Ce~rá.
O Ministro de Estado das Comunicações,tendo em vista o disposto no art. I' do Decreto n° 70.568, de 18 de maio de 1972, e deacordo com as normas estabelecida no Regulamento dos Serviços de Radiodifusão em,vigor, torna público que, transcorridos 45 (quarenta e cinco) dias, contados do dia seguinteao da publicação des~e edital no Diário Oficiai da União, estará recebendo pelo prazode 15 (quinze) dias propostas para a execuçãoe exploração de serviço de radiodifusão sonora, com as características e condições que seseguem:
'ONDA M~DIAMorrinhos-CE1480 kHz'
1 kW'0.25 kWOnidirecional
56 m48 m
200 (duzentas) MVRIlimitado
2.2.1-Dos atos constitutivos das sociedades deverão constar dispositivos declarando expressamente que:
2.2.1.1- as cotas ou ações representativasdo capital social são inalienáveis e incaucionáveis a estrangeiros ou pessoas jurídicas;
2.2.1.2 - nenhuma alteração contratualou estatutária poderá ser realizada sem a prévia autorização do Ministério das Comunnicações;
2.2.1.3 - os administradores deverão serbrasileiros natos e a investidura nos cargossomente poderá ocorrer depois de terem sidoaprovados pelo Ministério das Comunicações;
2.2.2 - No estatuto de Fundação deveráconstar dispositivos relativos, apenas, aos subitens 2.2.1.2 e 2.2.1.3.
2.2.3 - As sociedades anônimas ainda nãoexecutantes do serviço de radiodifusão deverão apresentar, junto com seu estatuto, oquadro societário atualizado contando o número, o valor e o tipo das ações de cadasócio;
2.3 - Comprovante de que obteve assentiIDento prévio do Conselho de Segurança Nacional, se a sede do município, objeto doedital, estiver localizada dentro dos limitesda Faixa de Fronteira;
:DiurnaNoturna
5. Sistema irradiante5.1 altura máxima5.2 altura mínima
6. Capital mínimo exiQido7. Horááio de funcionamento
1. Serviço2. Local3.' Freqüência4. Potên:eia
As demais condições deste edital fazemparte do processo que lhe deu origem e encontraram-se à disposição dos interessadosna Diretoria Regional do Dentel. em Fortaleza - CE, situadas na Av. Estados Unidos,2500 - Aldeota, onde seÍls representanteslegais deverão entregar suas propostas.
Brasília - DF, 26 de novembro de 1987.- Antônio Carlos Magalhães.
CONDIÇÕES DE EDITAL PARAEXECUÇÃO E EXPLORAÇÃO DO
SERVIÇO DE RADIODIFUSÃO1 - Entrega das propostasAs entidades interessadas na execução e
exploração do serviço de radiodifusão deverão, por seu representante legal, apresentarsuas propostas durante o horário de expediente, na Diretoria Regional do Dentel emFortaleza, à Av. Estados Unidos, 2500 Aldeota.
2 - Documentos relativos à entidade2.1- Requerimento dirigido ao Ministro
das Comunicações:2.1.1-No requerimento deverá constar
o endereço para correspondência;2.2 - Atos constitutivos e alterações sub
seqüentes, com as respectivas comprovaçõesde registro ou arquivamento na repartiçãocompetente;
Parágrafo único. A concessão ora outorgada reger-se-á pelo Código Brasileiro de Telecomunicações, leis subseqüentes. regulamentos e obrigações assumidas pela outorgada em sua proposta.
Art. 2' Esta concessão somente produzirá efeitos legais após deliberação do Congresso Nacional, na forma do art. 223, parágrafo terceiro, da Constituição.
Art. 3° O contrato decorrente desta concessão deverá ser assinado dentro de 60 (sessenta) dias, a contar da data de publicaçãoç1a liberação de que trata o artigo anterior,sob pena de se tornar nulo, de pleno direito,o ato de outorga.
Art. 4' Este decreto entra em vigor nadata de sua publicação.
Brasília-DF, 7 de dezembro de 1989; 168'da Independência 101' da República - JoséSarney - Antonio Carlos Magalhães.
Aviso n' 1.023-SAP.Brasília, 19 de dezembro de 1989
Excelentíssimo Senhor Primeiro Secretário:
Tenho a honra de encaminhar a essa Secretaria a Mensagem do Excelentíssiino SenhorPresidente da República, acompanhada deExposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado das Comunicações, na qual submete à apreciação do Congresso Nacional o
DECRETO N' 98.487DE 7 DE DEZEMBRO DE 1989
Outorga concessão à Rádio Universalde Morrinhos LTDA., para explorar serviços de radiodifusão sonora em onda mé·dia, na cidade de Morrinhos, Estado doCeará.
O Presi.d~l1!te da República, usando das atribuições que lhe conferem o artigo 84, itemIV, da Constituição, e o artigo 29 do Regulamento dos Serviços de Radiodifusão, aprovado pelo Decreto n' 52.795, de 31 de outubro de 1963, com a redação dada pelo Decreto n' 88.067, de 26 de janeiro de 1983, etendo em vista o que consta do processo MCn' 29000.008663/87, (Edital n' 226/87), decreta:
Art. I' Fica outorgada concessão à RÁDIO UNIVERSAL DE MORRINHOS LTDA., para explorar, pelo prazo de 10 (dez)anos, sem direito de exclusividade, serviçode radiodifusão sonora em onda média, nacidade de Morrinhos, Estado do Ceará.
1989, publicado no Diário Oficial da Uniãodo dia 11 de dezembro de 1989, que "Outorgaconcessão à Rádio Univeral de MorrinhosLtda, para explorar, pelo prazo de 10 (dez)anos, sem direito de exclusividade, serviçode radiodifusão sonora em onda média, na
-cidade de Morrinhos, Estado do Ceará".Brasília, 20 de dezembro de 1989. - José
Sarney.. ,
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS N'219/89, DE6 DE DEZEMBRO DE 1989, DO SENHOR MINISTRO DE ESTADO DASCOMUNICAÇÕESExcelentíssimo Senhor Presidente da Re
pública:De conformidade com as atribuições legais
e regulamentares cometidas a este Ministério, determinei a publicação do Edital n'226/87, com vistas à implantação de uma estação de radiodifusão sonora em onda média,na cidade de Mortinhos, Estado do Ceará.
2. No prazo estabelecido pela lei, acorre--ram as seguintes entidades:
Rádio Universal de Mortinhos Ltda. eRádio Aliança de Mortinhos Ltda.3. Os órgãos competentes deste Ministério
concluíram no sentido de que, sob os aspectostécnico e jurídico, as entidades proponentes'!>atisfizeram às 'exigências do Edital e aos requisitos da legislação específica de radiodifusão.
4. Nessas condições, à vista das entidadesque se habilitaram à execução do serviço objeto do edital (quadro anexo), tenho a honrade submeter o assunto a Vossa Excelência,para fins de decisão, nos termos do artigo16 e seus parágrafos do Regulamento dos Serviços de Radiodifusão, com a redação dadapelo Decreto n' 91.837, de 25 de outubrode 1985. O ato de outorga somente virá aproduzir seus efeitos legais após deliberaçãodo Congresso Nacional, na forma do parágrafo terceiro, do artigo 223, da Constituição,
Renovo a Vossa Excelência meus protestosdo mais profundo respeito. - Antônio CarlosMagalhães.
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1043
2.3.1 - Ficam dispensadas da apresentação do documento de que trata o item anterior, as entidades já executantes de qualquer.tipo de serviço de radiodifusão na Faixa deFronteira, devendo, entretanto, informar naproposta essa situação.
2.3.2 - As entidades já concessionárias/permissionárias qiJe, pela primeira vezpretenderem executar serviço de radiodifusão na Faixa de Fronteira, deverão providenciar a adaptação de seus atos constitutivosàs disposições do Decreto n9 85.064, de 26de agosto de 1980, a fim de obterem, atravésdo Dentel, o assentimento de que trata oitem 2.3.
2.3.3 -As entidades que, para registrarou arquivar seus atos constitutivos necessitemdo assentimento do Conselho de SegurançaNacional, mencionado no item 2.3, deverãoprovidenciar este documento, através doDentel, bem como o conseqüente registro ouarquivamento dos mesmos, antes da data prevista para a entrega da proposta.
2.4 -:- Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), como prova de cumprimentoda legislação trabalhista referente à observância da proporcionalidade de brasileiros naentidade;
2.5 - Certidão de quitação de tributos federais, exceto quando se trata de microempresa;
2.5.1 - Os documentos enumerados nositens 2.4 e 2.5 não precisarão ser apresentados pelas entidades que não tenham aindainiciado suas atividades.
2.6 - Declaração firmada pelos administradores, conforme Anexo I.
3 - Documentos relativos a cada cotista ouacionista
3.1-Prova da condição de brasileiro, feita mediante apresentação de qualquer um dosseguintes documetos: certidão de nascimentoou casamento, certificado de reservista, títulode eleitor, carteira profissional ou de identidade ou comprovante de naturalização, oude reconhecimento de igualdade de direitoscivis, para os portugueses;
3.1.1 - Fica dispensado da apresentaçãoda prova de que trata o item acima, quempertencer ao quadro sociertário de entidadeexecutante de serviço de radiodifusão.
3.2 - Ficha Cadastramento - FormulárioDNT-148 (Anexo 11), em três vias, para ossócios que detém 5% (cinco por cento) oumais, das cotas ou ações representativas docapital soci~1.
4 - Documentos Relativos a cada Adminis·trador
4.1 - Prova da condição de brasileiro nato, mediante apresentação de qualquer umdos seguintes documentos: certidão de nascimento ou casamento, certificado de reservista, título de eleitor, carteira profissionalou de identidade;
4.1.1 - Fica dispensado da apresentaçãoda prova de que trata o item anterior, quempertencer ao quadro diretivo de entidade jáexecutante do serviço de radiodifUsão.
4.2 - Certidão dos Cartórios Distribuidores Cíveis, Criminais e de Protestos de Títu-
los, dos locais de residência nos últimos 5(cinco) anos, bem assim das localidades ondeexerça ou haja exercido, no mesmo período,atividades econômicas, como administrador.
4.3 - Prova de cumprimento das obrigações eleitorais, mediante certidão fornecidapela Justiça Eleitoral;
4.4 - Declaração assinada por todos os dirigentes, conforme Anexo 111;
4.5 - Ficha de Cadastramento - Formulário DNT-148, em 03 (três) vias;
4.5.1-0s documentos a que se referemos itens 4.1 e 4.5 não precisarão ser apresentados pelos dirigentes que integram o quadrosocietário da entidade, uma vez que a apresentação dos mesmos será feita atendendoos itens 3.1 e 3.2;
4.6 - Todos os documentos, com exceçãodos que tenham validade predeterminada edos comprovantes de nacionalidade, deverãoser firmados, expedidos ou revalidados emdata nãQ. superior a 60 (sesenta) dias da suaapresent;lção;
5 - Demonstração de Recursos Técnicos
A demonstração dos recursos técnicos aque se refere o n9 5 do item I do artigo 14do Regulamento dos Serviços de Radiodifusão, com a redação dada pelo Decreto n9
91.837/85, deverá ser feita mediante indicação das características do transmissor e dosistema irradiante (Anexo IV) que a entidadepretende utilizar nas suas instalações, compreendendo: fabricante, tipo e modelo destesequipamentos.
6 - Capital Mínimo Exigido para o Em·preendimento
6.1 - O capital mínimo exigido para o empreendimento de que trata a alínea c, § 19
do artigo 11 do Regulamento dos Serviçosde Radiodifusão, com a redação dada peloDecreto n9 91.837/85, é calculado em funçãoda potência ou, no caso de FM, da classeda estação, conforme tabela abaixo, fixadapela Portaria MC n9 316, de 11 de novembrode 1985.
Estações de Radiodifusão SonoraEm Onda Média, Onda Curta
E Onda Tropical
6.1.1. -Estações de potência até 500 W,exclusive 100 (cem) vez o Maior Valor deReferência;
6.1.2 - Estações de potência compreendida entre 500 W, inclusive e 1 KW, inclusive- 200 (duzentas) vezes o Maior Valor deReferência;
6.1.3 - Estações de potência compreendida entre 1 KW, exclusive, e 5 KW, inclusive- 500 (quinhentas) vez o Maior Valor deReferência;
6.1.4 - Estações de potência compreendida entre 5 KW, exclusive, 10 KW inclusive-1000 (mil) vezes o Maior Valor de Referência;
6.1.5 - Estações de potência compreendida entre 10 KW, exclusive, e 25 KW inclusive- 2500 (duas mil e quinhentas) vez o MaiorValor de Referência;
6.1.6 - Estações de potência compreendida entre 25 KW, exclusive, e 50 KW, inclusive- 5000 (cinco mil) vez o Maior Valor deReferência;
6.1.7 - Estações de potência superior a 50KW - 7000 (sete mil) vezes o Maior Valorde Referência;
Estações de Radiodifusão SonoraEm Freqüência Modulada - FM
6.1.8 - Estações classe "C" - 100 (cemvezes o Maior Valor de Referência;
6.1.9 - Estações classe "B" - 200 (duzentas vezes o Maior Valor de Referência;
6.1.10-Estações classe "A" -500 (quinhentas) vezes o Maior Valor de Referência;
6.1.11- Estações classe "Especial" 1000 (mil) vezes o Maior Valor de Referência;
Estações de Radiodifusão de SonsE Imagens (Televisão)
6.1.12-Estações de potência até 2 KW,exclusive 1500 (mil e quinhentas) vezes oMaior Valor de Referência;
6.1.13 -Estações de potência compreendida entre 2 KW, inclusive elO KW, exclusive- 2500 (duas mil e quinhentas) vezes o maiorValor de Referência;
6.1.14 - Estações de potência compreendida entre 10 KW, inclusive e 25 KW, exclusive - 5000 (cinco mil) vezes o Maior Valorde Referência;
6.1.15 -Estações de potência igualou superior a 25 KW, 7500 (sete mil e quinhentas)vezes o Maior Valor de Referência;
6.2 - Os valores estabelecidos na mencionada Portaria MC 316/85, referem-se a cadanova concessão ou permissão pretendida,considerada isoladamente, e o valor de referência, a ser considerado para o cálculo, éo vigente na data da publicação do Edital;
7 - A Demonstração de Disponibilidade deRecursos Financeiros poderá ser feita da se·guinte forma:
7.1-No caso de entidade ainda não executante do serviço de radiodifusão;
7.1.1 - Quando o capital social da entidade for igualou superior ao valor do capitalmínimo exigido para o empreendimento e estiver totalmente integralizado ou prevista,nos atos constitutivos, a integralização atéa data de entrada em funcionamento da estação;
7.1.1.1-prova de depósito, em banco ououtra instituição financeira, de, no mínimo,50% (cinquenta por cento) do valor correspondente ao capital exigido para o empreendimento;
Observação: Se a entidade participar demais de um Edital deverá, para cada um deles, apresentar, além do depósito de 50%(cinquenta por cento) do capital, minuta dealteração dos atos constitutivos onde consteo aumento do capital social de mais o valordo capital mínimo exigido para cada um dosserviços pretendidos;
7.1.2 - Quando o capital social for inferiorao capital mínimo exigido para o empreen-
1044 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
dimento ou for igualou superior, mas nãoestiver totalmente integralizado, nem prevista a sua integralização até a data do iníciode funcionamento da estação;
7.1.2.1 - prova de depósito, em banco ououtra instituição financeira, de, no mínimo,50% (cinquenta por cento) do valor corres
_pondente ao capital exigido para o empreendimento;
7.1.2.2-demonstração de disponibilidade de crédito bancário ou de garantia de financiamento, feita através de documentosfornecidos pelas instituições próprias ou definanciamento concedido pelo fabricante dosequipamentos, de forma a completar o valordo capital mencionado no subitem anterior,até atingir, no mínimo, o total do capital exigido o empreendiniento;
7.2-No caso de entidade executante doserviço de radiodifusão:
7.2.1 - Quando o capital social totalmenteintegralizado for igualou superior à somados valores fixados na Portaria MC n" 316/85,para cada um de seus serviço, acrescida daquantia exigida para o novo empreendimento, a entidade fica isenta da demonstraçãode disponibilidade de recursos financeiros.
7.2.2 - Quando o capital social for inferiorao capital mínimo exigido para o empreendimento (escolher, uma das opções abaixoindicadas):
Primeira: a) prova de depósito, em bancoou em outra instituição financeira, de, no mínimo 50% (cinquenta por cento) d~ valorcorrespondente do capital exigido para novoempreendimento;
b) minuta de alteração dos atos constitutivos para elevação do capital social, a seraumentado de mais o valor necessário parao novo empreendimento, na qual conste quea sua integralização total será efetivada atéa data prevista para a entrada em funcionamento da estação;
Segunda: a) prova de depósito, em bancoou outra instituição financeira, de, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) do valor correspondente ao capital exigido para o novoempreendimento;
b) demonstração de disponibilidade decrédito bancário ou de garantia de financiamento, feita através de documentos fornecidos pelas instituições próprias ou de financiamento concedido pelo fabricante dos equipamentos, de forma a completar o valor docapital mencionado no subitem anterior, atéatingir, no mínimo, o total do capital exigidopara o emprleendimento;
7.3 - Sendo o proponente uma fundação,executante do serviço de radiodifusão Ou não,a comprovação dos recursos poderá ser feita
_de uma das seguintes maneiras:Primeira: a) prova de depósito, em banco
ou outra instituição financeira, de, no mínimo50% (cinquenta por cento) do valor correspondente ao capital exigido para o empreendimento e,
b) demonstração de disponibilidade decrédito bancário ou de garantia de financiamento, feita através de documentos fornecidos pelas instituições próprias ou de finan-
ciamento concedido pelo fabricante dos equipamentos, ou através de outros meios quedemonstrem a complementação do valor total do capital exigido para o empreendimen-to.
Segunda: prova de depósito, em banco ououtra instituição financeira, do total do valorcorrespondente ao capital exigido para o empreendimento.
7.4 - Os financiamentos com os fabricantes dos equipamentos ou com estabelecimentos de crédito nacionais não poderão ser contratados por prazo superior a 10 (dez) anos;
8 - Quadro Complementar à Proposta8.1- A entidade deverá apresentar, em
complementação à sua proposta, o quadro(Anexo V), para os fins das alíneas a, b, c,d, e, e f do § 19 do artigo 16, do Regulamentodos Serviços de Radiodifusão, com a redaçãoque lhe foi dada pelo Decreto n° 91.837, de25 de outubro de 1985.
9 - Programação9.1 - Para efeito de preenchimento dos
itens 7 e 8 do Anexo V, constante do itemanterior, a'proponente:
Considerando o interesse nacional e a finalidade educativa e cultural do serviço de radiodifusão deverá elaborar seus programasinformativos, educativos (e ao vivo), bem como a publicidade comercial e o serviço noticioso, de forma a contribuir para o desenvolvimento da Nação, através do aperfeiçoamento integral do homem brasileiro, observando, entre outros, os seguintes critérios:
9.1.1-preferência a temas, autores e intérpretes nacionais, a fim de incentivar a criatividade do homem brasileiro e o desenvolvimento das empresas produtoras nacionais,com a conseqüente ampliaçãc;> do mercadode trabalho ligado a todas as atividades artísticas;
9.1.2 - respeito às diferenciações regionais da cultura brasileira, procurando relaciomi-Ias em seu próprio cont~xto;
9:1.3 - manutenção de elevado sentido ético moral e cívico;
9.1.4 - fidedignidade da informação e observância na publicidade, de princípios éticos
_indispensáveis a proteção do público e doconsumidor.
10 • Disposições Finais
10,1. - Os documentos deverão ser apresentados, preferidamente, em originais legíveis, facultada a reprodução fotostáticas, desde que as cópias sejam autenticadas e legíveis;
10.2 - A aceitação das propostas não implicará na obrigatoriedade da outorga, podendoo Edital ser cancelado por interesse da Administração, mediante ato do Ministro das Comunicações, nos termos do artigo 12 do Regulamento dos Serviços de Radiodifusão,sem que as proponentes tenham direito aqualquer reclamação ou indenização.
10.3 - Constatada falta ou incorreção nadocumentação que acompanha a proposta,o Dentel concederá prazo de 7 dias à proponente para supri-Ia. -
10.3.1 - Nos Estados do Amazonas, Acre,Pará, Rondônia e nos Territórios do Amapáe Roraima, à exceção das capitais dos citadosEstados, o prazo poderá ser de até 30 dias,a critério do Dente!.
10.3.2 - Quando ol<dital se referir a umalocalidade situada na Faixa de Fronteira e,para o cumprimento da exigência for necessário o assentimento prévio do Conselho deSegurança Nacional, o prazo poderá ser de'até 30 dias, a critério do Dente!.
10.4 - O Mionistro de Estado das Comunicações poderá autorizar a juntada de documentos ao processo das proponentes e determinar seu reestudo,
RÁDIO UNIVERSALDE MORRINHOS LIDA
Contrato SocialNiRC-23200286519
Manoel Airton Bruno, brasileiro, casado,construtor, residente e domiciliado na cidadede Fortaleza, Estado do Ceará, à Rua Henriqueta Galena n' 105, portador da Cédula deIdentidade RG n" 253.581-SSP/CE e do CPFn" 018.776.823-49;
Francisca Alba Irene Bruno, brasileira, casada prendas domésticas, residente e domiciliado na cidada de Fortaleza, Estado do Ceará, à Rua Henriqueta Galeno n' 105, portadora da Cédula de Identidade RG. n" 534.482- SSP/CE e do CPF n" 259.061.513-20;
Atualpa de Souza Bruno, brasileiro, casado, comerciante, residente e domiciliado nacidade de Fortaleza, Estado do Ceárá, à'A1.Maria Doralice, n" 321, quadra 4 - Cidade2.000, portador da Cédula de IndentidadeRG. n' 492.405 - SSP/CE e do CPF:073.061.643-69.
Constituem entre si, e na melhor formade direito Sociedade Comercial por cotas deresponsabilidade limitada, cujos neg6cios serão regidos pela claúsula e condições a saber:
Cláusula Primeira: A Sociedade denominar-se-á Radio Universal de Morrinhos Ltda,terá como finalidade a execução de Serviçosde Radiodifusão Sonora em Geral quer deOnda Média, Freguência Modulada, Sons eImagens (televisão) Onda Curta e Onda Tropi~l, mediante autorização do Ministério dasComunicações, na forma da lei e da legislaçãovigentes.
Cláusula Segunda: Os Objetivos expressosda Sociedade e de acordo COm o que dispõeo Artigo 3" do Decreto n" 52.795, de 31 deOutubro de 1963 que institui o regulamentodos Serviços de Radiodifusão serão a divulgação de programas de caráter educativo, cultural, informativo e recreativo, promovendo aomesmo tempo a publicidade de comercial para a suportação dos encargos sociais da empresa e a sua necessária expansão.
Cláusula Terceira: A sede e foro da Sóciedade tem como endereço à Rua Padre Antonio Tomaz SIN" - Centro, na cidade de Morrinhos, Estado do Ceará, não tenho filiais.
Claúsula Quarta: A sociedade é constituídapara ter vigência por prazo indeterminadoe suas atividades terão início .a partir de 5
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1045
de novembro de 1984 se necessárío for a suadi~olução, serão observados os dispositivosda Lei.
Cláusula Quinta: As Cotas representativasdo Capital Social petmanecerão sempre brasileiros natos, e são inalienáveis e incaucionáveis direta ou indiretamente, a estrangeirosou pessoas jurídicas, dependendo qualqueralteração Contratual de prévia autorizaçãodo Poder Concedente.
Cláusula Sexta: A Sociedade se obriga aobservar, com o rigor que se impõe Leis,Decretos, Regulamentos, Portarias e quaisquer decisão ou despachos emanados do Ministério das Comunicações ou de seus demaisórgãos subordinados, vigentes e a vigir, e re-
Manoel Airton BrunoFrancisca A1ba Irene BrunoAtualpa de Souza Bruno
Parágrafo único. De acordo com o artigo29 in fine do Decreto n' 3.708, de 10 de janeirode 1919, cada cota se responsabiliza pela tota:Iidade do Capital Social.
Cláusula Décima: A integralização do Capital Social será efetivada em moeda correntenacional, pelos s6cios a saber:
a) 50% (cinquenta por cento), ou sejamCr$ 9.000.000,00 (nove milhões de curzeiros)" neste ato; e
b) 50% (cinquenta por cento), ou sejamCr$ 9,000.000,00 (nove milhões de cruzeiros), como integralização do Capital Social,na data em que o Ministério das Comunicações, publicar em Diário Oficial da Uniãoo ato de outorga se este nome da Sociedade,
Cláusula décima primeira: As cotas são individuais em relação á Sociedade, que paracada uma delas s6 reconhece um proprietário.
Cláusula Décima Segunda: A Sociedade será administrada pelo S6cio Francisca AlbaIrene Bruno, na função de Diretor-Gerente,cabendo-lhe todos os poderes administaçãolegal e sua representação em juízo ou foradeles, competindo-lhe ainda a assinatura detodos os papéis, titulos e documentos relativos as gestões sociais e comerciais da emrpesapelo que lhe é dispensada a prestação de cau-ção. .
Cláusula Décima Terceira: Os Sócios terãocomo remuneração quantia em comum até
.os limites das deduções fiscais previstas nalegislação do Imposto de Renda, que serãolevadas à conta de despesas gerais.
Cláusula Décima Quarta: O uso da denominação social, nos termos da cláusula décimasegunda deste instrumento, é vedado em fianças, avais e outros atos de favores estranhosaos interesses da Sociedade, ficando os Diretores, na hip6tese de infração desta Cláusula,
.pessoalmente responsável pelos atos praticados.
Cláusula Décima Quinta: As cotas sociaisnão poderão ser cedidas a terceiros estraahosà Sociedade sem o consentimento expresso
.dos demais Sócios e da autorização prévia
ferentes à legisThação de Radiodifusão Sonoraem Geral.
Cláusula Setima: As cotas representativasmente a manter em seu quadro de funcionários um número de dois terços de empregados brasileiros natos.
Cláusula Oitava: A Sociedade não poderádeter concessão ou permissão de Radiodifusão Sonora no Páis, além dos limites previstos pelo Artigo. 12, do Decreto-Lei n' 236,de 28 de fevereiro de 1967.
Cláusula Nona: O Capital Social é de18.000.000,00 (dezoito milhões de cruzeiros)representados por 18.000 (dezoito mil) cotasno valor, cada uma de 1.00,00 (hum mil cruzeiros), subscritas pelo sócios da forma quese seque:
16.200 cotas $ 16.200.000,00900 cotas $ 900.000,00900 cotas $ 900.000,00
180.000 cotas $ 18.000.000,00
do Ministério das Comunicações, nos termosda Cláusula Quinta do presente Contrato Social, e para esse fim, o Sócio retirante deverácomunicar sua resolução à entidade. Emqualquer eventualidade os Sócios remanescentes terão, sempre, preferência na aquisição das cotas do S6cio retirante.
Cláusula Décima Sexta: A saída do Sóciona oportunidade, será objeto de anuênciaprévia do Ministério das Comunicações e queobtida, será arquivada a alteração na JuntaComercial do Estado do Ceará.
Cláusula Décima Sétima: Falecendo umdos Sócios ou se tomando interdito, a Sociedade não se dissolverá, prosseguindo com osremanescentes, cabendo aos herdeiros do Sócio falecido ou interdito, o Capital e Lucrosapurados no último balanço aprovado ou emnovo balanço especialmente levantado seocorrido o falecimento ou interdição depoisde seis meses da data de aprovação do Balanço Anual. Os haveres assim apurados serãopagos em 20 (vinte) prestações mensais,iguais e sucessivas, devendo a primeira serpaga seis meses após a data de aprovaçãodos citados haveres, se entretanto, desejaremos herdeiros do Sócio falecido ou interditocontinuar na Sociedade e com isso concordarem todos os demais S6cios, os mesmospoderão vir a integrar o quadro social da Sociedade, ficando os mesmos no lugar do S6ciofalecido ou interdito, cujo nome será levadoà apreciação do Ministério das Comunicações, e tendo ela a sua aprovação prévia,poderá integrar (j quadro social e o seu conseqüente arquivamento na Junta Comercial doEstado do Ceará.
Cláusula Décima Oitava: Os lucros apurados em Balanço Anua!, serão distribuídos entre os Sócios proporcionalmente ao númerode cotas que são detentores depois de deduzir, preliminarmente a importância correspondente a 5% (cinco por cento) do lucrolíquido para a constituição de uma funçãode reserva até que atinja a 20% (vinte porcento) do Capital Social.
Cláusula Décima Nona: Para o exercíciodas funções de administrador, procurador"locutor, responsável pelas instalações técnicas e principalmente para o encargo ou orientação de natureza intelectual direta ou indiretamente, a Sociedade se obriga, desde já,admitir somente brasileiros natos.
Cláusula Vigésima: A 31 de dezembro decada ano, levantar-se-á um Balanço GeralAnual das atividades da empresa. O BalançoGeral Anual levará a assinatura de todos osSócios e será acompanhado de extrato de con- .ta de lucros e perdas.
Cláusula Vigésima Primeira: Se acusadosporém prejuizos; os mesmos serão cobertosatravés de nova integralização do Capital Social em parte proporcional ao número de cotas de cada S6cio, sempre em moeda correntenacional, nos termos da Cláusula Nona desteinstrumento.
Cláusula Vigésima Segunda: Fica eleitodesde já, com renúncia a qualquer outro pormais privilegiado que seja, o foro de sededa Sociedade para solução de qualquer dissídio que eventualmente venha a surgir entreas partes contratantes.
Cláusula Vigésima Terceira: Os casos omissos neste Contrato Social, serão regidos pelosdispositivo do Decreto n' 3.708, de 10 de janeiro 1919, a cuja fiel observância, como dasdemais Cláusulas deste compromisso, se obrigam o Diretor e Sócios.
E por estarem justos e contratados, assinam o presente Contrato Social em 3 (três)vias de igual teor e forma, fazendo-o peranteas testemunhas da lei.
Morrinhos (CE), 5 de novembro de 1984.- Manoel Airton Bruno - Francisca AlbaIrene Bruno - Atualpa de Souza Bruno.
Uso da razão social
RÁDIO UNIVERSALDE MORRINHOS LTDAFrancisca Alba Irene Bruno
Diretor GerenteAoMinistério das Comunicações
DEMONSTRAÇÃO DERECURSOS TÉCNICOS
1. Transmissora) Tipo e ModeloAM - TRD - 1000Ab) FabricanteBandeirantes Eletrônicac) Homologação do Dentel - 0198/89d) Especificações Técnicas...2. - Sistema Irradiantea) FabricanteS.T.P. -Sociedade Técnica Paulista S.A.b) TipoTorre vertical, estaiada, de secção triangu
lar, com plano de terra composta de 120 radiais.
c) Alturad) Modelo35/1
1046 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
PLANO DE TERRA
- Principal120 radiais, de fio de cobre bitola 10 AWGcom comprimento de 1/4 de onda, dispostosde 3 em 3 graus e enterrados aproximadamente a 20cm de profundidade.- Complementar120 radiais, de fio de cobre bitola AWG, com10m cada dispostos entre as radiais principais,enterrados aproximadamente a 5cm de profundidade.Morrinhos (CE), 2 de dezembro de 1987. Rádio Universal de Morrinhos LTDA. Fran·cisca Alba Irene Bruno, Diretora Gerente.
Rádio Universal de Morrinhos LTDA., entidade constituída na forma da lei, lia qualidade de candidata ao Serviço de Radiodifusão Sonora em Onda Média-OM, propostopara a cidade de Morrinhos, Estado do Ceará, nos termos do Edital n" 226/87, do Ministério das Comunicações, publicado no Diário
,Oficial da União, de 27 de novembro de 1987,faz por encaminhar a documentação exigida,que trata da:
PROGRAMAÇÃO
Programas educacionaisProgramas noticiosos e informativosProgamação esportivaProgramação musicalProgramas ao vivoPublicidade comercialOutros programas
PROGRAMAS EDUCACIONAIS
Transmissão de aulas, palestras, conferências e entlfevistas inteiramente gratuitas e deelevado sf~ntido moral, cívico e educacional,destinados a atingir o público ouvinte em seusvários graus de educação e instrução.
A entidade propõe-se a levar ao ar referidas programações, de segunda a sexta-feira,num total de 4 (quatro horas) e mais 1 (uma)hora nos fins de semana (sábado e domingo),a saber:Z'·feiraDas 10:00 às 10:15 hs. Duração 15 minutosDas 13:00 às 13:15 hs. Duração 15 minutosDAs 16:00 às 16:18 hs. Duração 18 minutos3'·feiraDas W:OO às 10:15 hs. Duração 15 minutosDas 13:00 às 13:15lt.. Duração 15 minutosDas 16:00 às16:18 hs. Duração 18 minutos4'·feiraDas 10:00 às 10:15 hs. Duração 15 minutosDas 13:00 às 13, 15 hs: Duração 15 minutosDas 16:00 às 16:18 hs. Duração 18,minutosS'·feiraDas 10:00 às 10:15 hs. Duração 15 minutosDas 13:00 às 13:15 hs. Duração 15 minutosDas 16:00 às 16:18 hs. Duração 18 minutos6'·feiraDas 10:00 às 10:15 hs. Duração 15 minutosDas 13:00 às 13:15 hs. Duração 15 minutosDas 16:00 às 16:18 hs. Duração 18 minutosSábado.Qas 12:00 às 12:30 hs. Dur1!ção 30 minutosDomingoDas 12:00 às 12:30 hs. Duração 30 minutos
Em complementação à programação educacional, a entidade fará por transmitir osprogramas de que tratam o artigo 16, páragrafos I" e 2" do Decreto-Lei n" 236, de 28de fevereiro de 1967, a saber. '
Artigo 16. O Dentel baixará normas determinadas e obrigatoriedade de transmissão deprogramas educacionais, nas emissoras comerciais de radiodifusão, estipulando horário, duração e qualidade desses programas.
Parágrafo primeiro. A duração máxima obrigatória dos programas educacionais será de 5(cinco) horas semanais.
Além desses programas, a entidade postulante ainda se propõe a ceder diariamenteno mínimo 2 (duas horas) para a transmissãode programas educacacionais do Estado doCeará que tenham interesse em promover.
PROGRAMAS NOTICIOSOSE INFORMATIVOS
Transmissão de notícias. jornais falados. reportagens externas de caráter informativo dequalquer natureza, destinadas a essa espéciede programação 35 horas semanais, assim distribuídas:De 2'-feira a domingo:Total: 300 minutos.Duração:De 12 a 30 minutos por hora de programação.
Essa programação noticiosa-informativa seenquadra 'no que preceitua o artigo 38, letrah, da Lei n" 4.117, de 27 de agosto de 1962(C6digo Brasileiro de Telecomunicações), asaber:
Artigo 38. Nas concessões e autorização paraa execução de serviços de radiodifusão serãoobservados, além de outros requisitos, os se,guintes preceitos e cláusulas:
Letra "h" - As emissoras de radiodifusão,inclusive televisão, deverão cumprir sua finalidade informativa, destinando um mínimode 5% (cinco por cento) de seu tempo paraa transmissão de serviço noticioso.
E, corroborando essa legislação, cita-se,outrossim, o artigo 67, n" 3, do Decreto n"52.795, de 31 de outubro de 1983 (Regulamento de Serviço de Radiodifusão), que reza:
Artigo 67. As concessionárias e permissionárias de serviços de radiodifusão, observando o caráter educacional desse serviço, deverão, na organização de seus programas, atender, entre outras exigências:
Número 3 - Destinar um mínimo de 5%(cinco por cento) do horário de sua programação diária para transmissão de serviço noticioso.
Tendo em vista a importância dos serviçosinformativos, a entidade adotará, como critério da escolha desses noticiosos, a elaboraçãopor elementos capazes e de alta categoria,a fim de obter um policiamento de linguagem,divulgando fatos, informes, notícias que registrem destaques e importância, não s6 nocampo internacional, estadual, como e sobretudo os que envolvam os interesses comunitários da gente de Morrinhos.
Morrinhos (CE), 2 de dezembro de 1987.- Rádio Universal de Morrinhos Ltda.,Francisca Alba Irene Bruno, Diretora Gerente.
PROGRAMAÇÃO ESPORTIVA
Com vistas a promover e elevar não s6o esporte profissional como o amador em geral, a entidade dedicará 1 (uma) hora de programação diárifJ aos programas de cunho esportivo.';;,
PROGRAMAÇÃO IvIUSICAL
Com o intuito de expurgar da música popular brasileira aqueles que refletem o mau gosto e ferem a sensibilidade de nossa gente,observará a entidade um rigoroso critério eseleção na divulgação de músicas em geral.
PROGRAMAS AO VIVO
Entrevistas com autoridades públiêas, desde que os temas a serem discorridos representem para o público em geral o real portavoz do pensamento governamental, ou atransmissão desses programas gravados porqualquer processo na sua primeira apresentação na emissora.
A essa programação destinar-se-á 3 (três)horas diárias, perfazendo um total de 21 (vin-,te e uma) horas semanais, com programasde duração mínima de 15 minutos, com horários de 8:00; 11:00, 14:00 e 22:00 horas.
Dar-se-á preferência na apresentação aeducadores, jornalistas, artistas, tanto no plano popular como nosso clássico, permitindooferecimento de programas da mais altaqualidade cultural e artística.
A emissora atenderá, também, à regulamentação de programas ao vivo previsto noartigo 11 do Decretá-Lei n" 236, de 28 defevereiro de 1967, que reza:
Artigo 11. O Dentel baixará normas sobrea obrigatoriedade de transmissão de programas ao vivo, tendo em conta, entre outrosfatores, a localização, a potência das emissoras e as condições s6cio-econ6micas das regiões em que as mesmas se encontram instaladas.
PUBLICIDADE COMERCIALMatéria em que a entidade proponente se
compromete a cumprir e se comportar na estrita literalidade da legislação vigente, a saber:
Decreto n" 52.795, de 31 de outubro de1963 (Regulamento dos Serviços de Radiodifusão), Capítulo 11, Artigo 67, n" 2:
Artigo 67. As concessionárias e permissionárias de serviços de radiodifusão, observado o caráter educacional desse serviço, deverão, na organização dos seus programas,atender, entre outras, as seguintes exigências.
Número Z- Limitar a um máximo de 25%(vinte e cinco por cento), pelo horário desua programação diária, o tempo destinadoà publicidade comercial.
Morrinhos (CE), 2 de dezembro de 1987.- Rádio Universal de Morrinhos Ltda.,Francisca Alba Irene Bruno, Diretora Gerente.
Portaria n" 312,16 de agosto de 1965, Capítulo II, Artigo 11, letra c.
Artigo 11. Na feitura da programação,deverá ser observado:
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1047
<:MANOE.. AIRT01, BRU~: 22:'.OOC cot.a~c.,e 22:'.000.01
lÍRANCISCJ. ALBA IRENI BRUN: 1::.50l co~eE CZ: 12.500.0C.
~LO': ALBERTO ROCHA BRUNe 12.500 cote E' CZf 12. seio, De,
250.000 cote; CZS 250.00~
tos cruzados), dando-lhe plena, rasa e totalquitação.
1I1 - Por consenso dos sócios, o CapitalSocial, que e de Cz$18.000,00 (dezoito milcruzados), fica nesta oportunidade aumentado para Cz$ 250.000,00 (duzentos e cinqüenta mil cruzados), sendo o aumento deCz$ 232.000,00 (duzentos e trinta e dois milcruzados), subscritos pelos sócios em moedacorrente nacional e distribuídas proporcionalmente as cotas que cada ~m possui na so-ciedade. ' ..
Letra "c" - Um máximo de 25% (vintee cinco por cento) da programação diária paraa publicidade comercial.
Resolução n' 31, de 19 de outubro de 1966.Portaria n' 55, de 25 de janeiro de 1974.
OUTROS PROGRAMAS
É evidente que as atribuições consagradasao veículo estarão condicionadas à agudezae à capacidade com que saberemos tratar asimplicações de cada cotidiano, transformando-as em material de interesse e aperfeiçoamento do ouvinte.
INSTRUMEl'{fO PARTICULAR DAPRIMEIRA ALTERAÇÃO CONTRA
TUALDA RÁDIO UNIVERSALDE MORRINHOSLTDA.
AÇ 72.305/88
Pelo presente instrumento particular, Ma- Cláusula Décima: A integralização do CapitàInoel Airton Bruno, brasileiro, casado cons- .Social será efetivada em moeda corrente na-trutor, residente e domiciliado na cidade de cional, pelos sócios, a saber:Fortaleza, Estado do Ceará, à Rua Henri- A - 50% (cinqüenta por cento), ou sejaqueta Galeno, n' 105, portador da Cédula Cz$ 125.000,00 (cento e vinte e cinco mil cru-de Identidade RG. n' 253.581 - SSPICE e zados), neste ato;do CPF n' 018.776.823-49; Francisca Alba B - 50% (cinqÜenta por cento), ou sejaIrene Bruno, brasileira, casada, prendas do- Cz$ 125.000,00 (cento e vinte e cinco mil cru-mésticas, residente e domiciliado na cidade zados), como integralização total do Capitalde Fortaleza, Estado do Ceará, à Rua, Henri-· Social, na na data em que o Ministério dasqueta Galeno, n' 105, portadora da Cédula Comunicações, publicar Diário Oficial dade Identidade RG: n'534.482 - SSP/CE e ' , União o ato de Outorga, se este for deferidodo CPF: n' 259.061.513-20; Atualpa de Souza em nome da sociedade.Bruno, brasileiro, casado, comerciante, resi- V - Eoi razão do Decreto n' 91.837, dedente e'domiciliado na cidade de Fortaleza, 25 de outubro de 1985, publicado no DiárioEstado do Ceará, à Av. Maria Doralice, n' Oficial da União de 29 de Outubro de 1985,321, Quadra 4 - Cidade 2.000, portador da que altera os dispositivos do RegulamentoCédula de Identidade RG: n' 492.405 - SSPt. dos Serviços de Radiodifusão, do MinistérioCE e do CPF: n' 073.061.643-68; e ainda na das Comunicações, faz por incluir um Prágra-qualidade de novo sócio Carlos Alberto Ro- fo único na Cláusula Décima Segunda.cha Bruno, brasileiro, solteiro emancipado, Parágrafo único - Os administradores daadministrador, residente e domiciliado na ci-' entidade serão brasileiros natos e a sua investidadede Fortaleza, Estado do Ceará, à Rua 'dura no cargo, depois que a entidade se tornarHenriqueta Galeno n' 105, portador da Cédu- concessionária ou permissionária à do serviçola de Identidade RG: n' 907.679-85 - SSPI de radiodifusão, somente poderá ocorrer apósCE e do CPF: n' 277.955.513-00, sócios com- haverem sido aprovados pelo Ministério dasponentes da Rádio Universal de Morrinhos Comunicações.Ltda., sociedade por cotas de responsabili- Permanece em vigor as demais cláusulasdade limitada com sede e foro na cidade de do Contrato Social que não tenham sido alte-Morrinhos, Estado do Ceará, à Rua Padre radas expressa ou implicitamente por este ins-Antonio Tomaz, sln', com instrumento de trumento.contrato social arquivado na Junta Comerial E, por estarem de acordo, firmam o pre-do Estado do Ceará, sob o n' 232002865119, sente instrumento em 03 (três) vias de igualem sessão de 16 de novembro de 1984, resol-. forma e teor na presença das testemunhasvem de comum e pleno acordo alterar o con- da lei.trato social, deliberando e convencionando Morrinhos(CE), 04 de dezembro de 1987.o seguinte: - Manoel Airton Bruno - Francisca Alba
I - Com a finalidade de adaptar o seu, !rene Bruno - Atualpa de Sousa Bruno -capital social à nova unidade do sistema mo- Carlos Alberto Rocha Bruno.netário brasileiro, instituída pelo Decreto- Testemunhas:Leonardo Mendes de SousaLei n' 2.284, de 10 de março de 1086, faz - Diva Viana Soares.por converter o seu capital social de cruzeiros RÁDIO ALIANÇA DEpara cruzados, mantendo a mesma distribui- MORRINHOS LTDA.ção de cotas. CONTRATO SOCIAL
II - O sócio Atualpa de Souza Bruno,já qualificado, retira-se da sociedade, ceden- Amadeu Ferreira Gomes Filho, brasileiro,do e tranferindo a Carlos Alberto Rocha Bru- casado, engenheiro agrônomo, residente eno, já qualificado, 900 (novecentas) cotas no domiciliado na cidade de Morrinhos, Estadovalor nominal de CZ$ 1,00 (hum cruzãdo).. do Ceará, à Rua Padre Antônio Tomaz, sln'cada uma, totalizando Cz$ 900,00 (novecen- - Centro, portador da Cédula de Identidade,
IV - Em conseqüência do ingresso de sócios, transferência de cotas e aumento do capital social, fica modificada a Cláusula Nonae a Cláusula Décima do Contrato Social primitivo, que passará a obedecer à seguinteredação.
Cláusula Nona: o Capital Social é de Cz$250.000,00 (duzentos e cinquenta mil cruzados) cotas no valor nominal os Cz$1.000,00(hum cruzados), cada uma, subscrita pelossócios as formas que se seguem.
RG N' 359.724 - SSP/CE e do CPF de n'203.004.173 - 49;
Haroldo Sanford Barros, brasileiro, desquitado, militar reformado, residente e domiciliado na cidade de Brasília - Distrito Federal, na SQN 202 - Bloco L - Ap. 502,portador da Cédula de Identidade RG N'20.654-SSP/CE e do CPF den'039.068.924-82;
Francisco Flávio Silveira Gomes, brasileiro, solteiro, maior, comerciante, residente edomiciliado na cidade de Morrinhos, Estadodo Ceará, à rua Padre Antônio Tomaz, s/n'- Centro, portador da Cédula de IdentidadeRG N' 641.198 - SSP/CE e do CPF de n'11.432.663-15; e .
ManuefMarques dos Santos, brasileiro, casado, procurador judicial, residente e domiciliado na cidade de Fortaleza, Estado do Ceará, à Rua Haroldo Torres, n' 1.795 - Ap.201 - Presidente Kennedy, portador da Cédula de Identidade RG N' 212.868 -SSP/CEe do CPF de n' 059.387.833 -72.
Constituem, entre si, na melhor forma dedireito, sociedade comercial por cotas de.responsabilidade limitada, cujos negócios serãoregidos pelascláusulas e condições, a saber:
Clánsula Primeira: A sociedade denominar-se-á Rádio Aliança de Morrinhos Ltda.,e terá por finalidade a execução dos Serviçosde Radiodifusão Sonora em Geral, quer deOnda Média, Freqüência Modulada, Sons eImagens (televisão), Onda Curta e Onda Tropical, mediante autorização do Ministério dasComunicações, na forma da lei e da legislaçãoem vigor.
Cláusula Segunda: Os objetivos expressosda sociedade é, de acordo com o que preceitua o art. 3' do Decreto n" 52.795, de 31de outubro de 1963, que instituiu o Regula·mento dos Serviços de Radiodifusão, serãoa divulgação de programas de caráter educativo, cultural, informativo e recreativo, promovendo ao mesmo tempo a publicidade comercial para a suportação dos encargos e suanecessária expansão.
1048 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
Amadeu Ferre1ra Gomes F11hoHaroldoSanford BarrosFranc1sco Fláv10 Sllve1ra GomesManuel Marques' dos Santos
Tota'l .
Cláusula Sexta: A sociedade se obriga a,observar, com o rigor que impõem as leis,decretos, regulamentos, códigos, portarias equaisquer despachos ou decisões emanados
,do Ministério das Comunicações e de seusdemais órgãos subordinados, vigentes ou avigir, referente à legislação de radiodifusão.
Cláusula Sétima: A sociedade se compro·mete a manter em seu quadro de funcionáriosum mínimo de dois terços de brasileiros natos.
Cláusula Oitava: A sociedade não poderáexecutar serviços, nem dete'r concessão oupermissão de radiodifusão sonora em geralno País, além aos limites fixados pela legisla
'ção pertinente.Cláusula Nona: O capital social é de Cz$
450.000,00 (quatrocentos e cinqüenta mil cruzados), representado por 4.500 (quatro mile quinhentas) cotas no valor de Cz$ 100,00(ceni cruzados), e subscritos pelos sócios daforma que se segue:
Cláusula Décima Quarta: O uso da denomi-, nação social, nos termos da cláusula décima
segunda, deste instrumento, é vedado emfianças, aval e outros atos de favor estranhosaos interesses da sociedade, ficando o Diretorna hipótese de infração desta cláusula, pessoalmente responsável pelos atos praticados.
Cláusula Décima Quinta: As cotas sociaisnão poderão ser cedidas a terceiros estranhosà sociedade sem o consentimento dos demaissócios e da autorização 'prévia do Ministériodas Comunicações, nos termos da cláusulaquinta do presente contrato, e para isso osócio retirante deverá comunicar a sua resolução à entidade.
Cláusula Décima Sexta: Falecendo um dossócios ou se tornando interdito, a sociedadenão dissolverá, prosseguindo com os remanescentes, cabendo aos herdeiros do sóciofalecido o' capital e os lucros apurados doúltimo balanço geral anual ou em novo balanço especialmente levantado, se ocorrido o falecimento ou a interdição depois de 6 (seis)meses da data da aprovação do balanço geralanual. Os haveres assim apurados serão pagos em 20 (vinte) prestações iguais e sucessivas, devendo a primeira ser paga 6 (seis)após a aprovação dos citados haveres. O capital social será deduzido proporcionalmente,nunca inferior aos fixados pela Portaria n"316, de 7 de novembro de 1985, do Ministériodas Comunicações. Se entretanto, desejaremos herdeiros do sócio falecido continuar nasociedade e com isso concordarem os demais -
Cláusula Terceira: A sede e fOfo da sociedade têm como endereço a cidade de Morrinhos, Estado do Ceará, à Rua Padre AntônioTomaz, s/n" - Centro, podendo abrir e fechar agências, sucursais e escritórios em qualquer ponto do território nacional, sempre queassim conviler, não tendo filiais presentemen-
. te.
Cláusula Quarta: A sociedade é,constituídapara ter vigência por prazo indeterminado,e suas atividades terão início a partir de 15de janeiro de 1988. Se necessário for a suadissolução, serão observados os dispositivosda lei.
Cláusula Quinta: As cotas representativasdo Capital social são inalienáveis e incaucionáveis, direta ou' indiretamente, a estrangeiros ou pessoás jurídicas, dependendo qualquer alteração contratual, assim como transferência de cotas, de prévia autorização doMinistério das Comunicações.
SÓClo-Cottsta
Parágraf.o Único: De acordo com o art. 2'in fine do Decreton" 3.708, 'de 10 de janeirode'1919, cadà cotista se responsabiliza pelatotalidade do capital social. '
Cláusula Décima: A integralização do capital social' seráefetivado pelos sócios em moeda corrente nacional, a saber:
A) 50% (cinqüenta por cento), ou seja,Cz$ 225.000,00 (duzentos e vinte e cinco milcruzados), neste ato;
B) 50% (cinqüenta por cento), ou seja,Cz$ 225.000,00 (duzentos e vinte e cinco milcruzados), ~omo integralização total do capital social, IDa data em que. o MiniStério dasComunicações publicar o ato de outorga daconcessão ou permissão em Diário Oficial daUnião.
Cláusula Décima Primeira:' A responsabilidade dos sócios é limitada a importânciado capital social, consoante o que determinaa lei.
Cláusula Décima Segunda: A sociedade setá administrada pelo sócio Francisco FlávioSilveira Gomes, na função de Diretor-Administrativo, o qual fará uso da firma judicialou extrajudicialmente, podendo delegar poderes especiais ou totais a terceiros, atravésde procurações e mediante autorização doMinistério das Comunicações.
Cláusula Décima Terceira: Os sócios terãocomo remuneração quantia fixada em comum, até limites das deduções fiscais previstas na legislação do Imposto de Renda e .<J.ue serão levadas à conta de despesas gerais.
Cotas
2.2501.125
675450
4.500
eZ$
225.000,00112.500,0067.500,0045.000,00
450.000,00
sócios, estes nomes serão levados à apreciação do Ministério das Comunicações, e deletendo a sua prévia aprovação. poderão integrar o quadro social, do que advirá necessariamente a alteração do presente contrato eo seu conseqüente'!lrquivamento na JuntaComercial do Estado do Ceará.
Cláusula Décima Sétima: Os lucros apurados em balanço geral anual, serão distribuí
, dos entre os sócios proporcionalmente ao número de cotas de que são detentores. depoisde deduzido preliminarmente a importânciaequivalente a 5% (cinco por cento) dos lucroslíquidos para a constituição de um fundo dereserva legal até que atinja a importânciaequivalente a 20% (vinte por cento) do capital social.
Cláusula Décima Oitava: Os administrado·res da entidade serão brasileiros natos e asua investidura no cargo somente poderá ocor·rer após haverem sido previamente aprovadospelo Ministério das Comunicações, depois quea entidade se tornar concessionária ou permis·sionária do serviço de radiodifusão.
Cláusula Décima Nona: A 31 de dezembrode cada ano, levanhr-se-á um balanço geralanual das atividades da empresa. O balançogeral anual levará a assinatura de todos ossócios e será acompanhado do extrato de conta de lucros e.perdas.
Parágrafo Unico: Se acusados forem prejuízos, os mesmos serão cobertos com novaintegralização do capital social, em parte proporcional ao número de cotas de cada sócio,sempre em moeda corrente nacional, nos termos da cláusula nona deste instrumento.
Cláusula Vigésima: Fica eleito desde já.com renúncia a qualquer outro, por mais previlegiado que seja, o foro da sede da sociedade para a resolução de qualquer dissídioque eventualmente venha a surgir entre aspartes contratantes.
Cláusula Vigésima Primeira: Os casosomissos neste contrato social serão regidospelos dispositivos do Decreto n" 3.708, de10 de janeiro de 1919, a cuja observânciacomo as demais cláusulas deste contrato seobrigam Diretor e Sócios-Cotistas.
E, por estarem justos e contratados, assinam o presente contrato em 3 (três) vias deigual teor e forma, na presença das testemunhas da lei.
Morrinhos (CE), 18 de dezembro de 1987.- Amadeu Ferreira Gomes Filho - HaroldoSanford Barros - Francisco Flávio SilveiraGomes - Manuel Marqnes dos Santos.
DEMONSTRATIVO DERECURSOS TÉCNICOS
Localidade: MorrinhosDF: CearáEdital: n' 226/87 - GM, publicado no Diá·
rio Oficial da União, edição de 27 de novembro de 1987.
Serviço de Radiodifusão Sonora em OndaMédia, de âmbito regional.
Serviço: Radiodifusão Sonora em OndaMédia
Edital: n" 226/87 - GMDOU: 27-11-87
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONA..t (Secão·J). . - ' -,. Quinta-feira R 104Q
Freqüência: 1.480 KHzPotência: 1,0/0,25 kwSistema irradiante: OnidirecionalAltura máxima: 56mAltura mínima: 48mClasse: "B" - sem direito à proteção no
turna, de âmbito regionalComprimento de 0.1l.da: 1 = 202,702m
CARACTERÍSTICASDO TRANSMISSOR
Para regime diurno e noturno com 1.000w e 250 w, respectivamente:
a) Fabricante: Bandeirantes Eletrônica;b) Tipo: Transmissor de Onda Média;c) Modelo: AM - TRD - 1.000 A;d) Características Técnicas do Transmis
sor:Especificações técnicas: Serviço Comercial
contínuo de Radiodifusão em O.M.;Potência de saída: 1.000 w com redução
para 500 ou 250 w.Fn~qüência de operação: 540 a 1.600 KHz
(no caso 1.480 KHz)Estabilidade de freqüência: 5HzImpedância de entrada de aúdio: 600 Ohms
balanceadoResposta de freqüência de áudio: 1 dB de
3DHze 12 HzDistorção harmônica: melhor que 2,0% de
50HzaRHzRuído da portadora: -56 em (400 Hz a
100% de modulação)Capacidade máxima de saída: 1.100 wattsModulação: Modulação de placa em alto
nívelTipo de emissão: A3Impedância de saída: 50 OhmsVariação da portadora: Melhor que 2%Saída para monitor de RF: 30 V máximaAlimentação: 220 Trifásico c/neutro-60 HzSaída para monitor de freqüência: 5 Vrms .Consumo: 0% modulado: 2.400. watts -
30% modulado: 2.800 watts - 100% modulado: 3.600 watts
Fator de potência: 90%Emissão de espúria: 2" harmônico melhor
que 65 dB outras: não mensuráveis.2 - Características do Sistema Irradiante:a) Fabricante: Engenharia e Construtora
Cristtel Ltda.b) Tipo e modelo: Torre, Estalada, Stan
dart, Treliçada. Modêlo: TE-54-040c) Características técnicas:Altura: 54m ou 0,266, ou 96 elétricos, apro
ximadamenteQuantidade: 1 (uma) TorreRadiais: 120 radiais de 0,20, ou 41m espa
çados de 3 em 3 graus.Cabo Coaxial: CF - 3/8" KMP - PireIli
MENSAGEM N' 961/89(Do Poder Executivo)
Submete à apreciação do CongressoNacional o ato que "Outorga permissãoà Universidade do Oeste Paulista -
UNOESTE,. para explorar,: pélo prazo' de10 (dez) anos, ·sem direito de exclusividade, serviço de· radiodifusão sonora'eJ11freqüência modulada,.comfms exclusivamente educativos, na ci~ade:dé Presidente Prudente; Estado deSãoPaulo'l;
(Às Comissões de Ciência e Tecnologia, Comunicação e .lnfonnáticâ;,é, deConstituição. e Justiça e Redação,)
ExcelentíssimosSenhores Meni.br~s :doCongresso Nacional:. . '. ..' ..
Nos termos do are 49,' iiieiso xiI;, ~óinbinado com o SI· do art. 223,da'Const!tuiçãoFederal, tenho a honra de subimiterà apreciação do Cdngresso Nacional, itc:ompânháiJode ExposiçãO de Motivos do Sellhor Minist.rode Estado das Coinunicações, o ato constanteda Portaria n' 246,d~6 de.·dezéqlbro de 1.9$9,publicada no Diário OtidardaUnião do.dia11 de dezembro de 1989, que ':OutoTg~'permissão à Universidade dó OestePaUlistá UNOESTE, para explbrar,.peloprazo 4ê io(dez) anos, sem direito de exdusividaáe; serviço de radiodjfusão sonora em freqM!1c:iamodulada, com fins eXclusivamente eoucativos, na cidade'de 'Presidente Prudellte'; Es-tado de -São Pauloh • '. . '...
Brasília, 2üde dezembro&: i989. .;...,.,JÓséSarney..
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS N;220/89, D'E11 DE DEZEMBRO DE 1989, DO SENHOR MINISTRO DE ESl'ADO DAsCOMUNICAÇÕES. '
Excelentíssimo .Senhor Presidente daRe-pública,. '. .
A Universidade do Oeste Paulistà :....Unoeste, solicitou a este Ministério o ex~meda possibilidade da execução de serviço deradiodifusão sonora em freqüênCia modulada, na cidade de. Presidente Prudente,'Estadode São Paulo, com fins exclusivamente educa-tivos, sem objetivo, comerdaI. . . .
2. De acordo com o' art. 13do Regulamento dos Serviços de RadiodifusÍ'íÇ);aprovado pelo Decreto n' 52.795, de 31 'de outubro de 1963, e alterado pelo Detreto n"91.837/85, a outorga de permissão d~cánais
de radiodifusão. sonora com fins exclusivamente educativos.não dejJénde de publicaçãode edital de chamamento dos in!eressadosna exploração doseryiço na.,Díário; (>(iCílllda União, na forma prevista·no art. 34.doCódigo Brasileiro deTelecomunicaçÕ\lS ins~ituído pela Lei n; 4.117/62,e,somf:Jn~e..'pÇ)'demexecutar tal modaljdai:le de, s~rviço lJ., União,os estados, Os territóriôse osmtÍnicíp~os.;assim como aS universid~desque.n~o Sfljí>'mfederais e as fundações,: constituídas.\lO P~{s,
desde que observadas as normas relativas: àradiodifusão.
3, Ao. apn~cia[ ÓpÇ.~ido·, -esty N'inistétioconcluiu que, tanto no aspe,cto legal CO~IO
sob o pont~ de vistatecnico, aentidade COIll:provou atender. apsrequisitos d!ll.egislaçãllespecífica, estando, .portanto. 'eni condfcõe~de executar os serviços.
4. Assim, tenho a honra de submeter àe)evadá consideração de Vossa Excelência aanexa.pprtaria, objetivando ser enviada Mensagein. ao Congresso Nacional para apreciação dd àto, que somente virá a produzir seusefeitps legais ap6s deliberação do mesmo, naforma do art. 223, parágrafo terceiro, daConstituição,. Renovo a. Vossa Excelência meus protestos
po mais profundo respeito. - Antônio CarlosMagalhães.
PORTARIA N' 246,DE 6 DE DEZEMBRO DE 19?9
.O Ministro 'de Estádo das Comunicações,usal).do 4as atribuições que lhe conferem oart. I" d~ ,Decreto n" 70.568, de 18 de maiode:.1972,e o art. 32 do Regulamento dosServiços de Radioc:\ifusão, aprovado pelo Decreto n" 5'2.795, de 31 de outubro de 1963,alterado :'pelo Decreto n' 88.067, de 26 dejaneirode 1983; e tendo em vista o que constado Processo MC n" 29000.008245/88-45~ re·solve: .. ;. .J - Outl~rgar permissão à Universidade do.oeste PauIi~ta -UNOESTE, para explorar,pelo prazo de 10 (dez) anos, sem direito deexclusivida'de, serviço de radiodifusão sonoraem freqüência modulada, r;om fins exclusivamente educ:ativos, na cidade de PresidentePrÚ'dente, tstado de São Paulo.
II - A pé.rmissão ora outorgada reger-se-áde acordo com o Código Brasileiro de Telecomunicações,leis subseqüentes e seus regulamentos e obrigações assumidas pela outorgada em, sua proposta.
111- Esta permissão somente produziráefeitos It:gais após deliberação do COl)gressoNacional. na forma do art. 223, parágrafo terceiro, da·Constituição.'. IV·~ Esta portaria entra em vigor na datade.s~~ publicação. - Antônio CarlosMagaIbães~ ,
Aviso' n"1.024 SAPoBrasília, 20 de dezembro de 1989
Excblentíssimo Senhor Primeiro Secretário: li
Tenllo a honra de encaminhar a essa Secretaria' ~ 'vfensagem do Excelentíssimo SenhorPreside.t.tte da República, acompanhada deExposiçho de Motivos do Senhor Ministrode Estad,) das Comunicações, na qual submç.te à apreciação do Congresso Nacional o
. ato constante da Portaria n" 246, de 6 de dezembro dele 1989, que "Outorga permissão àUniversidade do Oeste Paulista - UNOES:TE; para t:~(plorar, pelo prazo de 10 (dez)anos, sem .d,ireito de exclusividade, serviçode ràdiodifl;s.ão sonora em freqüência modulada, com fins exclusivamente educativos, nacidàde dePliesidente Prudente, Estado deSão Paulo"., ... Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelênela protestos de elevada estimae consideração ..,~-Maurício Vasconcelos, Ministro-Chefe dd, Gabinete Civil Interino.
1050 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
Esportes .09:00 h -11:00 h - 15:00 h --17:00 h ~21:00 h - 23:00 h
Jornalismo08:00 h - 10:00 h - 12:0rfli - 14:00 h -16:00 h -18:00 h'~ 22:00 h'
Utilidade pública09:30 h - 11:30 h - 15:30 -h-17:30 h - 22:30 h
Aos domingos (das 05:30 às 00:30 li)
UNIVERSIDADE DO OESTEPAULISTA - UNOESTE
Mantida pela Associação Prudentinade Educação e Cultura
6 - ESTUDO BÁSICO DA PROGRAMAÇÃO PARA OS DOZE PRIMEIROS MESESDA EMISSORA .
HORÁRIO DE PROGRAMAÇÃO
ESPECIFICAÇÃO DE PROGRAMASDe segunda à sábado
1 - Sertão, nosso chãoApresentação de músicas sertanejas, seus
autores e intérpretes e o destaque da regiãocaracterizada.. i - MPB - Sucesso
O objetivo básico deste programa é mostrar a música popular brasileira, seus autorese intérpretes, demonstrando ainda dados sobre a letra, música, o intérprete e o autor.
3 - Programa cultural - educativoPrograma em convênio com órgãos educa
cionais e centros culturais, produção de vários programas nas várias áreas da cultura,educação e arte. Ex: Poderemos relatar a his·tória do rádio, da música, da arte, os grandesintérpretes, os grandes autores etc.
4 - Sucessos do momentoOs grandes sucessos da semana apresen
tados com informações sobre os seus intérpretes e autores, a colocação na parada, avendagem e o destaque da gravadora.
S - Bandas e orquestrasMúsicas, orquestradas, os maestros, seus
arranjos, os efeitos especiais que caracterizam cada um e os seus instrumentos.
6 - Lançamento F.M.Destaque especial para as músicas lançadas
recentemente no mercado. Informaçõesquanto a técnicas de gravação, local caracte·rísticas. e cuidados especiais na montagem dodisco. Informações sobre autoreS e intérpre-
. tes:7 - Especial MGHMúsicas nacionais e internacionais, ·focali
zando conjuntos, intérpretes e orquestras quese dedicam à música classe"A".
8 - Sucessos de ouroOs sucessos do passado, acompanhados
dos dados dos autores e intérpretes. Informações referentes ao seu tempo.
9- A Voz do BrasilPrograma gerado pela EBN e transmitido
pela R~dio Nacional.10 - Brasil, terra da genteO destaque maior será para a bibliografia
do artista dentro do programa. Ex: Tratan·do-se de um cantor, será enfocada a sua vidadesde o início, as suas dificuldades dentroda profissão pretendida, seu primeiro lança
'll\ento, seus sucessos as músicas do artistas;serão inseridas durante o decorrer da programação., 11 - Programa cultural educativo
Idem ao programa n' 3, levado ao ar desegunda a sábado.
Recítais .de poesias ou de poetas especiais.12 - Embalando a noiteMúsicas especiais (classe "A") com desta
ques: a antiga e a nova gravação de um intérprete e as informações específicas a cada um.
Domingo1 - Sertão, nosso chãoIdem a programação de segunda a sábado.2 - MPB - SucessoIdem à programação de segunda a sábado.3 - Grande parada FMApresentação das músicas classificadas nas
paradas de todo o Brasil e do mundo.
Das 22:00 às 00:30 h ,
Das 21:00 às 22:00 h
Das 22:00 às 00:30 h
Das 14:00 às 17:30 h
Das 17:30àsI9:00 h
Das 19:00 às 20:00 h
Das 20:00 à~ 21:00 h
Das 21:00' às 22:00 h
Das 17:00 às 19:00 h
Das 19:00 às 20:00 h
Das 20:00 às 21:00 h
Das 12:30 às 13:30 h
Das 13:30 às, 14:30 h
Das 14':30ãs 17:30 h
Das 05:30 à;> 07:30 h
Das 07:30 às 09:30 h
Das 09:30 às 10:30 h
Das 10:30 às '12:30 h
Das 05:30 às 07:30 h
Das 07:30 .às' 09:30 h
Das 09:30. às 10:30 h
Das 12:303,5 13~30 h
.Das 13::30 às 14:00 h6-Lançamento FM , .
2-MPB-Sucesso ......•..................................... :...
4 - Sucesso do momento , : .
8 - Sucesso de ouro
9-A Voz do Brasil
7-EspecialMHZ ; ; ; .
3 - Programa cultural educativo .
lO-Brasil, terra da gente ; ; ;..
9 - Música erudita .......
12-Embalando a noite : , , .•..
De segunda à sábado (das 05:30 às 00:30 h)1-Sertão,nossochão , .
l-Sertão, nosso chão , .
7 - Musical-Informativo ,' .. , .
11 - Flash back ..
11 - Progr~ma cultural equ.c itivo , .
5 - Trilhas sonoras .,., , : .
10-fazz ..
6-As mais mais " .
3 - Grande parada FM, ,.", .
4 - Desfilando o rock iruool ..
, ,
12 - Domingo à noite .. ..
2~MPB-Sucesso .; ; : .
8 - Gincana universitária
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO fll"ACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1051
4 - Desfilando o rock nacionalOs grupos, conjuntos, seus componentes,
as dificuldades encontradas para a difusãodeste tipo de música, (;alocando em evidênciasempre o trabalho.de nossos músicos.
5 - Trilhas sonorasApresentação de"t(tmas musicais, trilhas
sonoras com a respectiva informação. (Se novela/cinemalteatro etc.)
6 -.As mais maisSeleção musical feita por universitários da
cidade. '
7 - Música e InformaçãoMúsicas variadas; notícias em geral e infor
mações sociais e culturais, destacando os locais de lazer, culturais e artísticos.
8 - Gincana UniversitáriaA UNOESTE (Universidade do Oeste
Paulista) levará ao ar uma gincana entre osalunos 'dos diversos cursos da universidadecom o objetivo de arrecadar fundos para entidades'beneficentes.
9 ~ Música EruditaPrograma, apresentando dados sobre os
autores e· instrumentos da música em destaque.
10 - JazzPrograma, apresentando cantores, canto
ras, conjuntos vocais e instrumentais jazzísticos.
11 ...;. 'Flash BackO programa, re'lembra' os' sucessos' .que
marcaram épocas: Seus autores, ü\térpretese o ano em que a mús~ca chegou ao seu .auge.
12 _ Domingo à NoiteOs grandes sucessos e os grimdes nomes
da MPB, informações sobre seus trabalhos,parceiros e a carreira.
JornalismoBlocos de notícias (emn' de 3)'dandopre
ferência à educação,-cultura ea arte da cidade.
EsportesBlocos noticiários esportivos (em n° dê 3)
de preferência dos esportes àmàdores da cidade; dando ênfas'e aos esportes gratuitos ministrados à população através da AMEPP(Autarquia Municipal de Esportes de Presi-dente Prudente). .
Utilidade PúblicaChico blàcos informativos aberto à comu-
nidade em geral. . , .
MC-DENTEL,Processo n' 29000.008245/88-45
Sr. Secretário-Geral,Assunto: Trata o presente processo de pe
dido de permissão formulado pela Universidade do Oeste - UNOESTE, com sedena cidade de Presidente Prudente, Estado deSão Paulo, para executar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, comfinalidade exclusivamente educativa.
Estudo Sintético: A Divisão de Radiodifusão deste Departamento, examinou o assunto, notificando o Parecer ERAD DRlSPOn9 149/$9 e verificou que o processo eI1cqntra-se devidamente instruído nos termos dalegislação em vigor.
Conclusão: Pelodefei:imento'da: pretensãoda requerente, está o processo em'condiçõesde ser apreciado pelo Exm" Sr.. Ministro d~
Estado das Comunicações. ,Brasília, 17 de outubro de 1989. - Roberto
810is 'Montes de' Souza, 'DiretorcGéral doDENTEL. '
PROJETOS A IMPRIMIRPROJETO DE'LEI COMPLEMENTÁR
N'149-A DE 1989' ,',(Do Sr. Ney.Lopes)
Estabelece, de acordo 'com 'o art. 14,§ 9"0 da Constituição' Federal, casos deinelegibilidade e os prazos de sua cessação, e determina outras providências;tendo parecer do Relator designado pelaMesa em substituição à Comissão deConstituição e Justiça e Redação, pelaaprovação, com substitutivo; ,
(Projeto de Lei Complementar n' 149,de 1989"a que se refere o parecer.j
O Congresso Nacional decreta:Art. 1" São inelegíveis:I - para qualquer cargo:a) os inalistáveis;b) os analfa,betos;c) osmembros do Congresso Nacional, das
Assembléias Legislativas, da Câmara Legislativa e das. Câmaras Municipais que hajamperdido os respectivos mandatos por infringência do qisposto no art. 55 da ConstituiçãoFedera~, dosdisposi~ivossobreperda de mandato das Constituições'Estaduais e LeisOrgânicas dos Municípios e do Distrito Federal,para as eleições que se realizarem nos trêsanos subseqüente.s ao término' de seu man-dato; ,
d) o Governador e o Vice-Governador deEstado e do Distrito Federal ~ue perderemseus cargos, respectivamente,. por força dedispositivo da Constituição Estadual ou daLei Orgânica do Distrito Federal, para aseleições que serealizarern nos t~ês anos subseqüentesao término de seU mandato;'
e) o Prefeito,e o'Vice~Prefeiio que perderem seus carg()s por força de dispositivo daLei Orgânica do Município, para as eleiçõesque se realiz;uem nos t.ês anos subseqüentesao término de seu mandato;, . . .
f) os que tenham contra sua, pessoa representação julgada procedente pela JustiçaEleitoral, trap.~itadaem julgado, em processode apuração de' abuso do. poder: econômicoou polítieo, para a ,eleição naqualconcoúemou tenham sido diplomados, bem corríoparaas que .se realizarem nos três anos seguintes;
g) os que foreIV criminalmente, com sentença transitada em julgado, pela pr~tica decrimes contra a eêonomia popular, a'fé pública, a administração pública, o patrimônio público, o mercado financeiro, e de q-imes eleitorais, pelo prazo de' três anos;'
h) os que forem declarados indignos' dooficialato, ou com ele incompatíveis, peloprazo de três anos;
i) os detentores de cargo na administràçãopública direta, indireta ou fundacional, quebeneficiarem a si ou aterceiros, pelo' abusodo poder econômico ou político apurado em
processo, com sentença transitada em julgadq, para as eleições que se realizarem nostrês anos seguintes ao término do seu mandato ou do período de sua permanência nocargo;II - para Presidente e Vice-Presidente da
República:a) o cônjuge e os parentes consangüíneos
ou afins, até o segundo grau ou por adoção,do 'Presidente da República ou de quem o
,haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito;
b) até nove meses depois de afastados definitivamente de seus cargos e funções:
1 - os Ministros de Estado;2-os Chefes dos Gabinetes Civil e Militar
da Presidência da República;3 - o Advogado Geral da União;4 - o Chefe do Serviço Nacional de Infor
mações;5 - o Chefe do Estado-Maior das Forças
Armadas;6 - os Chefes do Estado-Maior da Mari-
nha, do Exército e da Aeronáutica;7 - os :\1agistrados;8 - os membros do Ministério Público;9 - os Interventores Federais;10"":' os Secretários de Estado;11 - os membros do Tribunal de Contas
da União,dos Estados e do Distrito Federal;12 - o Diretor-Geral do Departamento de
Polícia Federal;13 - os membros do Conselho da repú
blica não derentores de mandato eletivo;14-os Pl'esidentes, Diretores e Superin
tendentes de autarquias, empresas públicas,sociedades' de economia mista, das fundaçõesinstituídas e subvencionadas pela União, Estados, Distrite' Federal e Municípios, das empresas concessionárias ou permissionárias de.serviço público, dos sindicatos e entidadesrepresentativas de classe que recebam recursos arrecadados pela Previdência Social;
c) até seis m.t)ses depois de afastados definitivamente de seus car,gos ou funções de direção em órgãos públicos ou empresas privadas;
1- o-s que tiverem competência ou interesse, direto ou indireto, no lançamento, arrecadação ou fiscaliza,ção de impostos, taxase contribuições de. caráter obrigatório, inclusive parafi~cais, ou para aplicar multas relacionadas com essas atividades;
2 - os que hajam ocupado cargo ou função·de direção na.s empresas de que tratam osarts. 3' e 5" da .Lei n" 4.137, de 10 de setembrode 1962, as q.uais, pelo âmbito e natureza
:de suas atividades, possa influir na economia,nacional;
3 - os que, dt~tendoo controle de empresaou grupos de empresas que atuem no Brasil,nas condições monopolísticas previstas noart. 5" da Lei citao'a no item anterior, nãoapresentarem à Jusriça Eleitoral, até seis me·ses antes do pleito, a prova de que fizeramcessar o abuso do poder econômico, ou deque transferiram, de forma regular, o controle das referidas empresas ou de gruposde empresas;
1052 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
4- os que tenham ocupado cargo ou função de dirl~ção, administração ou representação em pessoa jurídica ou empresa estrangeira ou em entidade mantida por contribuições impostas pelo poder público;
5 - os presidentes, diretores ou superintendentes das sociedades, empresas ou estabelecimentos que gozem, sob qualquer forma, de vantagens asseguradas pelo poder público ou que tenha exclusivamente por objetivo operações financeiras e façam publicamente apelo à poupança e ao crédito, inclusive através de cooperativas;
6 - os que hajam exercido cargo ou funçãode direção, administração ou representaçãoem pessoa jurídica ou empresa cuja atividadeconsista na execução de obras, na prestaçãode serviços ou no fornecimento de bens porconta ou sob o controle do poder público;
IH - para Governador eVice-Governador de Estado e do Distrito Federal:
a) os inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da Rep(lblica especificados na alínea "a" do item 11;
b) até nove meses depois de afastados definitivament,e de seus cargos ou fLmções:
1- os inelegíveis para os cargos de Presidente e Vic;e-Presidente da Repríblica especificadas na alínea "b" do item 11 e, no tocanteàs demais II~tras, se tratar de repartição públiéa, associação ou empresas q11e operem noterritório do Estado ou do Di~.trito Federal;
2 - o Procurador-Geral e os Subprocuradores-Gerais do Estado e do:C istrito Federal;
3 - os Chefes dos Gabinetes Civil e Militardo Governador do Estado ou. do Distrito Federal;
4 - os Diretores de órgll.os estaduais ousociedades de assistência aos Municípios;
5 - os'Secretários da administração municipal ou membros de órgão!; colegiados municipais;
B) em cada Estado e no Distrito Federal:1-o cônjuge e os pafl~ntes consagüíneos
ou afins, até o segundo g:au ou por adoção,do Governador ou do Interventor ou de quemo haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito;
2 - os que possuam domicíliJ eleitoral noEstado e no Distrito Federal pelo menos umano antes das eleições;
IV - para PrefeitQ e Vice-Prefeito:a) o cônjuge e ogtparent'es consagüíneos
ou afins, até o segundo gra'J ou por adoção,do Prefeito ou do Interventor ou de quemhaja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito;
b) no que lhes for aplic'lvel, por identidadede situações, os inelegíveis para os cargosde Presidente e Vice-Pmsidente da República, Governador e Vice -Governador de estado e do Distrito Fede':al, observado o prazode seis meses para a c'Jesicompatibilização;
c) as autoridades fJoliciais - civis ou militares - com exercício no Município nos seismeses anteriores ao pleito;
d) os qUle não possuam domicílio eleitoralnô Município pele, menos um ano antes daseleições;
V-para o Senado Federal:a) o cônjuge e os parentes consagüíneos
ou afins, até o segundo grau ou por adoção,do Presidente da República, do Governadorou do Interventor no próprio Estado ou noDistrito Federal, ou de quem o haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular do cargo e candidatoà reeleição;
b) os inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República especificados na alínea "B" do item H e, no tocanteàs demais letras, se se tratar de repartiçãopública, associação ou empresa que opere noterritório do Estado;
c) em cada Estado e no Distrito Federal,os inelegíveis para os cargos de Qovernadore Vice-Governador, nas mesmas condiçõesestabelecidas, observado o prazo de nove meses para desincompatibilização;
VI - para a Câmara dos Deputados Assembléia Legislativa e Câmara Legislativa:
a) no que lhes for aplicável por identidadede situações, os inelegíveis para o SenadoFederal, observado, nos mesmos casos, o prazo de nove meses para desincompatibilização;
VII-para a Câmara Municipal:a) no que lhes for aplicável, por identidade
de situações, os inelegíveis para o Se'nadoFederal e para a Câmara dos Deputados, observado nos mesmos casos, o prazo de seismeses para a desincompatibilização;
b) em cada Município, os inelegíveis paraPrefeito e Vice-Prefeito observado o prazode seis meses para a desincompatibilização;
c) o cônjuge e os parentes consagüíneosos afins, até o segundo grau ou por adoção,do Prefeito ou do Interventor do Município,ou de quem o haja substituído 'dentro dosseis meses anteriores à eleição, salvo se játitular do cargo e candidato à reeleição;
Art. 29 são inelegíveis para os 'mesmoscargos, no período subseqüente, o Presidenteda República, os Governadores do Estadoe do Distrito Federal, os Prefeitos e quemos houver ou substituído nos seis meses anteriores ao pleito.
Parágrafo único. Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, osGovernadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
Art. 39 Compete à Justiça Eleitoral conhecer e decidir as argüições de enelegibiIidade.
Parágrafo único. A argüição de inelegibilidade será feita perante:
I - o Tribunal Superior Eleitoral, se se tratar de candidato a Presidente e Vice-Presidente da República;
11 - os Tribunais Regionais Eleitorais, sese tratar de candidato a Senador, Governadores de Estado e do Distrito Federal, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital;
IH - os Juízes Eleitorais, se se tratar deca.ndidato a Prefeito, Vice-Prefeito ou VereaG.or.
Art. 49 Caberá a qualquer candidato, aPartido Político, coligação ou ao MinistérioPúblico, no prazo de cinco dias, contados dapublicação do pedido de registro do candidato, inpugná-Io em petição fundamentada.
Parágrafo únicq. A impugnação, por parte do candidato, Partido Político ou coligaçãonão impede a ação do Ministério Público nomesmo sentido.
Art. 59 A partir da data em que terminaro prazo para a impugnação, passará acorrer,independentemente de qualquer notificação,prazo idêntico para que o candidato, PartidoPolítico ou coligação possa contestá-Ia, juntardocumentos, requerer a produção de outrasprovas e indicar rol de testemunhas; se foro caso, no máximo de seis..
Art. 69 Decorrido prazo para a contestação, se não se tratar apenas de matéria dedireito e a prova protestada por relevante,a critério do Juiz, ou do relator, serão designados os dois dias seguintes para inquiriçãodas testemunhas do impugnante e do impugnado, as quais comparecerão por iniciativadas partes que as tiverem arrolado, independentemente de notificação.
§ 19 As testemunhas do impugnante serãoouvidas, em uma só assentada, no primeirodili do prazo, e as do impugnado, tambémem uma só assentada, no segundo.
§ 2" Nos três dias subseqüentes, .o Juiz,ou o Relator, procederá a todas as diligênciasque determinar, de ofício ou a requerimentodas partes.
§ 39 No prazo do parágrafo anterior, oJuiz, ou o Relator, poderá ouvir terceiros,referidos pelas partes, ou testemunhas, comoconhecedoras dos fatos e circunstâncias quepossam influir na decisão da causa.
§ 49 Quando qualquer documento necessário à formação da prova se achar em poderde terceiro, o Juiz, ou o relator, poderá ainda,no mesmo prazo, ordenar o respectivo depósito.
§ 5° Se o terceiro. sem justa causa, nãoexibir o documento, ou não comparecer aJuízo, será contra ele expedido mandado deprisão e instaurado processo por crime dedesobediência.
Art. 7" Encerrado o prazo da dilaçãoprobatória, nos termos do artigo anterior, aspartes, inclusive o Ministério Público, pode-orão apresentar alegações no prazo comumde dois dias.
Art. 89 Encerrado o prazo para alegação, os autos conclusos ao Juiz, ou ao Relator, no dia imediato, para sentença ou julgamento pelo Tribunal.
Parágrafo único. O Juiz, ou Tribunal,formará sua convicção pela livre apreciaçãoda prova, atendendo aos fatos e às circunstâncias constantes dos autos, ainda que nãoalegadas pelas partç$,., mencionando, na decisão, os que notivarain, seu convencimento.
Art. 99 Nos pedidos de registro de candidatos a eleições municipais, o Juiz Eleitoralapresentará a sentença em cartório três diasap6s a conclusão dos autos, passando a correrdeste momento o prazo de três dias para a
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1053
interposição de recursos para o Tribunal Regional Eleitoral.
§ I' A partir da data em que for protocolado a petição de recursos passará acorrer,independentemente de qualquer notificaçãoao recorrido, o prazo de três dias para a apresentação de contra-razões.
§ 2' Apresentadas as contra-razões, oudecorrido o prazo sem elas, serão os autosime4iatamente remetidos ao Tribunal Regional Eleitoral, correndo as despesas do transporte por conta do recorrente.
Art. 10. Se o Juiz Eleitoral não apresentar a sentença no prazo do artigo anterior,o prazo para recurso só começará a correrapós a publicação da mesma por edital, emCartório.
Parágrafo único. Ocorrendo a hipóteseprevista neste artigo, o Corregedor Regional,de ofício, apurará o motivo do retardamentoe proporá ao Tribunal Regional Eleitoral sefor o caso, a publicação da penalidade cabível.
Art. 11. Recebidos os autos na Secreta·ria do Tribunal Regional Eleitoral, serão autuados e apresentados no mesmo dia ao Presidente que, também na mesma data, distribuirá a um relator e mandará vistas ao Procu·radar Regional pelo prazo de dois dias.
Parágrafo único. Findo o prazo, com ousem parecer, os autos serão enviados ao relator, que os apresentará em mesa para julga·mento em três dias, independentemente depublicação em pauta.
Art. 12. Na sessão do julgamento, quese realizará numa só assentada, feito o relató·rio, facultada a palavra às partes e ouvidoo Procurador Regional, proferirá o relatore serão tomados os dos demais Juízes.
Art. 13. Havendo recurso para TribunalSuperior Eleitoral, a partir da data que forprotocolada a petição, passará a correr, independentemente de qualquer notificação aorecorrido, o prazo de três dias para a apreseo·tação de contra-razões.
Parágrafo único. Apresentadas as contra-razões, ou decorrido o prazo sem elas,serão os autos imediatamente remetidos aoTribunal Superior Eleitoral.
Art. 14. Tratando-se de registro a serjulgado originariamente por Tribunal Regional Eleitoral, observado o disposto no art.7', o recurso, com ou sem impugnação, serájulgado em três dias, independentemente depublicação em pauta.
Parágrafo único. O julgamento será pro·cedido na forma estabelecida no art. 12, ehavendo recurso para o Tribunal superiorEleitoral, observado o disposto no art. 13.
Art. 15.· No Tribunal Superior Eleitoral,. os recursos sobre registro de candidatos serãoprocessados e julgados na forma prevista nosarts. 11 e 12.
Art. 16. Transitada em julgado a decisãoque declarar a inelegibilidade do candidato,ser-lhe-à negado registro, ou cancelado, sejá tiver sido feito, ou declarado nulo o diploma, se já expedido.
Art..!7. Os prazos a que se referem osarts. 4'e seguintes são peremptórias e contí-
nuas e correm em secretaria ou cartório e,a partir da data do encerramento do prazopara registro de candidatos, não se suspendendo aos sábados, domingos e feriados.
Art. 18. É facultado ao Partido Políticoou coligação que requerer o registro de candidato considerado inelegível dar-lhe substituto, mesmo que a decisão passada em julgadotenha sido proferida após o termo final do.prazo de registro. Neste caso, o respectivoórgão decisório do Partido fará a escolha docandidato.
Art. 19. A declaração de inelegibilidadedo candidato a Presidência da República, Go·vernador do Estado e do Distrito Federal ePrefeito não atingirá o candidato a Vice-Presidente, Vice-Governador e Vice-Prefeito,assim como a destes não atingirá aqueles.
Art. 20. As transgressões pertinentes aorigem de valores pecuniários, abuso do poder econômico ou político, em detrimentoda liberdade de voto, serão apurados mediante investigações jurisdicionais pelo Corregedor-Geral e Corregedores RegionaisEleitorais.
Parágrafo único. A apuração e a puniçãodas transgressões mencionadas no caput te·rão o objetivo de proteger a normalidade elegitimidade das eleições contra a influênciado poder econômico ou do abuso do exercíciode função, cargo ou emprego na administração direta, indireta e fundacional da União,dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Art. 21. O eleitor ou Partido Político sãoparte legítima para denunciar os culpados epromover-lhes a responsabilidade; a nenhum
.servidor público, inclusive de autarquia, deentidade paraestatal e de sociedade de economia mista, será lícito negar ou retardar atode ofício tendente a esse fim, sob pena decrime funcional.
Art. 22. Qualquer Partido Político oucandidato poderá representar a Justiça Eleitoral, relatando fatos e provas, indícios oupresunções e pedir abertura de investigaçõesjudiciais para apurar o uso indevido, desvioou abuso, do poder econômico ou do poderde autoridade, em benefício de candidato oude Partido Político, obedecido o seguinte procedimento:
I - O Corregedor, que terá as mesmasatribuições do relator em processos judiciais,verificada a seriedade da representação, tomará obrigatoriamente por termo a mesma,sem audiência do Tribunal respectivo, e mandará autuá-la em vinte e quatro horas juntamente com documentos que a acompanheme procederá a investigações, regidas no quelhes for aplicável, pela Lei n' 1.579, de 18de março de 1952, e pelo disposto nos itensseguintes;
II - o representado será notificado atravésdo correio da imputação, com prazo de trêsdias para defesa, juntada de documentos erol de testemunhas, se cabível;
III - com ou sem defesa, abrir-se-á prazode cinco dias para inquirição, em uma só assentada, de testemunhas arroladas pelo Representante e pelo Representado, até o máxi-
mo de três para cada um, e que comparecerãoindependentemente de intimação;
IV - o Corregedor determinará as diligências estritamente necessárias, em prazo nãosuperior a três dias úteis;
V -encerrada instrução, 'a defesa teráprazo de quarenta e oito horàs 'para alegaçõesfinais, após o que, em quarenta e oito horas,o Corregedor apresentará relatório conclu-sivo sobre o que houver sido apurado; .
VI - a seguir, o Procurador Regional Eleitoral terá vista dos autos por quarenta e oitohoras, para se pronunciar sobre as imputações;
VII - recebida os autos da Procuradoria,ú Corregedor determinará incontinenti a inclusão do feito em pauta, para julgamentoem três dias;
VIII - havendo indícios veementes de influência do poder econômico ou de abusodo exercício de função, cargo ou emprego,na administração direta ou indireta, o Tribunal,fará advertência pública ao representado;
IX - julgada procedente a representação,o Tribunal declarará a inelegibilidade ou cassará o registro do representado, determinando a remessa de peças processuais ao Ministério Público Eleitoral, para instauração doprocesso-crime, e ordenará quaisquer outrasprovidências que a espécie comportar;
X - se a representação for julgada procedente após a eleição do candidato, serão remetidas cópias de todo o processo ao Minis·tério Público Eleitoral, para os fins previstosno art. 14 §§ 10 e 11 da Constituição, e art.262, inciso IV, do Código Eleitoral.
Parágrafo único. O recurso contra a diplomação, interposto pelo Representante,não impede a atuação do Ministério Públicono mesmo sentido.
Art. 23. O Tribunal formará sua convicção pela livre apreciação de fatos públicose notórios, dos indícios e presunções e provaproduzida, atentando para circunstâncias oufatos, ainda que não alegados pelas partes,mas que preserve o interesse público da lisuraeleitoral.
Art. 24. O Representante responderá,na forma da lei, se demonstrada sua temeridade ou má fé.
Art. 25. Constitui crime eleitoral a argüição de inelegibilidade ou impugnação doregistro de candidato feita com motivação falsa, ou graciosamente, por espírito de anulação, mero capricho ou erro grosseiro:
Pena: detenção, de seis meses, e pagamen·to de vinte a cinqüenta vezes o valor do Bônusdo Tesouro Nacional e, no caso de sua extinção, de título público que o substitua.
Art. 26. O Tribunal Superior Eleitoralexpedirá instruções para o processamento doregistro dos candidatos e para as demais necessidades relacionadas com a execução destaLei.
Art. 27. Esta Lei Complementar entraem vigor na data de sua publicaçãO.
Art. 28. Fica revogada a Lei Complementar n' 5, de 29 de julho de 1970.
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Justificação
Uma das mais importantes relativas à modificação da legislação eleitoral é a que res·peita à necessidade de alteração da legislaçãocomplementar sobre a questão das inelegibilidades.
Emprimeiro lugar, face à nova Constitui·. ção FederaTI promulgada em 5 de outubro últi·mo, era preciso revogar a Lei ComplementarnO 5, de 29 de julho de 1971, votada por umCongresso controlado pelo Poder Executivo,e num dos períodos mais negros do regimeautoritário.
Era igualmente imprescindível que a novalegislação se adaptasse às determinações doart. 14 do texto constitucional, o qual, noseu § 3', estabelece, entre as condições deelegibilidade, a nacionalidade brasileira, opleno exercício dos direitos políticos, o alista·mento eleitoral, o domicílio eleitoral na circunscrição, a filiação partidária, condições aserem definidas em lei.
O texto da Carta Magna considera igualmente inelegíveis os inalistáveis, os analfa·betqs e os maiores de dezesseis e menoresde dezoito anos.
Quanto "à irreelegibilidade, a Constituiçãodetermina que são inelegíveis para os mesmoscargos, no período subseqüente, o Presidenteda República, os Governadores de Estadoe do Distrito Federal, os Prefeitos, e quemos houver sucedido ou substituído nos seismeses anteriores ao pleito.
Estas previsões constam, evidenteJ;llente,do texto que ora apresentamos, estabelecen·do, igualmente, que, para concorrerem a ou·tros cargos, o Presidente da República, osGovernadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.
Em termos da inelegibilidade dos parentesdos titulares, a Carta definida que são inelegíveis, na jurisdição, o cônjuge e os parentesconsagüíneos ou afins, até o segundo grauou por adoção, do Presidente da República,de Governadores de Estado ou Território,do Distrito Federal, de Prefeito ou de quemos haja substituído dentro dos seis meses aopleito.
A Constituição determina, além disso, quea Lei complementar estabelecerá outros ca·sos de inelegibilidade e os prazos de sua cassa·ção, com o objetivo de proteger a normalidade e legitimidade das eleições contra ainfluência do poder econômico ou o abusodo exercício de função, cargo ou empregoll.a administração direta ou indireta.
São exatamente estes os objetivos da presente Lei Complementar, que define, alémda questão específica da inelegibilidade, a ti·pificação dos casos de abuso do poder econômico ou político, com a finalidade de protegero processo eleitoral e a democracia.
Prevê,.igualmente, o presente projeto, aprocessuaIística a ser seguida pela JustiçaEleitoral nos casos de argüição de inelegibilidade, bem como cassação de registro de canodidato ou de seu diploma por crime de abusodo poder econômico ou do exercício de fun-
ção, cargo ou emprego na administração pública. Tal processo segue, com as adaptaçõesnecessárias ao respeito à nova ordem consti·tucional, o determinado pela legislação ante-
. riar.Acreditamos que o processo será adequado
para a realização dos ritos da Justiça Eleito·ral, com o objetivo de termos, na espécie,uma Justiça rápida eficiente, mas que, acimade tudo, permita a ampla defesa, e a garantiadas pessoas e das instituições democráticas.
Sala das Sessões, setembro de 1989.- Deputado Ney Lopes. (PFL - RN)
LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DASCOMISSÕES PERMANENTES
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL
TÍTULO IIIDos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO IVDos Direitos Políticos
Art. 14. .A sobetania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto diretoe secreto, com valor igual para todos, e, nostermos da lei, mediante:
§ 3' São condições de elegibilidade, naforma da lei:
I - a nacionalidade brasileira;II - o pleno exercício dos direitos polí-
ticos;III - o alistamento eleitoral;IV-o domicílio eleitoral na circunscrição;V - a filiação partidária;VI - a idade mínima de:a) trinta e cinco anos para Presidente e
Vice-Presidente da República e Senador;b) trinta anos para Governador e Vice-Go
vernador de Estado e do Distrito Federal;c) v.inte e um anos para Deputado Federal,
Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vi·ce-Prefeito e juiz de paz;
d) dezoito anos para Vereador.
§ 9' Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos desua cessação, a fim de proteger a normalidadee legitimidade das eleições contra a influênciado poder econômico ou o abuso do exercíciode função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.
§ 10. O mandato eletivo poderá ser imopugnado ante a Justiça Eleitoral no prazode 15 (quinze) dias contados da diplomação,instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
§ 11. A ação de impugnação de mandatotramitará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temeráriaou de manifesta má-fé.
TÍTULO IVDa Organização dos Poderes
SEÇÃO VDos Deputados e dos Senadores
Art. 55. Perderá o mandato o Deputadoou Senador:
I - que infringir qualquer das proibiçõesestabelecidas no artigo anterior;
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decord parlamentar;
III - que deixar de comparecer, em cadasessão legislativa, à terça parte das sessõesordinárias da Casa a que pertencer, salvo li·cença ou missão por esta autorizada;
IV - que perder ou tiver suspensos osdireitos políticos;
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral,nos casos previstos nesta Constituição;
VI - que sofrer condenação criminal emsentença transitada em julgado.
§ l' É incompatível com o decoro parlamentar, além dos ~asos definidos no Regimento Interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacionalou a percepção de vantagens indevidas.
§ 2' Nos casos dos incisos I, II e VI, aperda do mandato será decidida pela Câmarados Deputados ou pelo Senado Federal, porvoto secreto e maioria absoluta, medianteprovocação da respectiva Mesa ou de partidopolítico representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.
§ 3' Nos casos previstos nos incisos IIIa V, a perda será declarada pela Mesa daCasa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou departido político representado no CongressoNacional, assegurada ampla defesa.
LEI N° 4.137,DE 10 DE SETEMBRO DE 1962
Regula a repressão ao abuso do podereconômico.
TÍTULO IDisposições Gerais
Art. 3" Quando em relação a uma em·presa exista um restrito número de empresasque não tenham condições de lhe fazer concorrência num determinado ramo de negócio0\1 de prestação de serviços, ficará aquelaobrigada à comprovação do custo de sua produção, se houver indícios veementes de queimpõe preços excessivos.
Art. 4' Será automaticamente cassada apatente concedida pelo Departamento Nacional de Propriedade Industrial desde quefeita prova de já haver sido concedida e caducado em nação que mantenha acordos sobrea matéria com o Brasil.
Art. 5' Entendem-se por condições mo·nopoIísticas aquelas em que uma empresa ou
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grupo de empresas controla em tal grau aprodução, distribuição, prestação ou vendade determinado bem ou serviço, que passaa exercer influência preponderante sobre osrespectivos preços.
Parágrafo único. Praticará abuso de poder econômico a empresa que operando emcondições monopolísticas, interromper ou reduzir em grande escala sua produção sem justa causa comprovada, perante o CADE, paraprovocar a alta dos preços ou a paralisaçãode indústrias que dela dependam.
LEI N" 1.579,DE 18 DE MARÇO DE 1952
Dispõe sobre as Comissões Parlamentares de Inquérito.
Art. I' As Comissões Parlamentares deInquérito, criadas na forma do art. 53 daConstituição Federal, terão ampla ação naspesquisas destinadas a apurar os fatos determinados que deram origem à sua formação.
Parágrafo único. A criação de ComissãoPàrlamentar de Inquérito dependerá de deliberação plenária, se não for determinada pelo terço da totalidade dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado.
Art. 2" No exercício de suas atribuições,poderão as Comissões Parlamentares de Inquérito determinar as diligências que reputa-
'. rem necessárias e requerer a convocação deMinistros de Estado, tomar o depoimento dequaisquer autoridades federais, estaduais oumunicipais, ouvir os indiciados, inquirir testemunhas sob compromisso, requisitar de repartições públicas e autárquicas as informações e documentos, e transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presença.
Art. 3' Indiciados e testemunhas serãointimados de acordo com as prescrições estabelecidas na legislação penal.
Parágrafo único. Em caso de não-comparecimento da testemunha sem motivo justificado, a sua intimação será solicitada ao juizcriminal da localidade em que resida ou seencontre, na forma do art. 218 do Códigode Processo Penal.
Art. 4" Constitui crime:I - impedir, ou'tentar impedir mediante
violência, ameaça ou assuadas, o regular fun.:cionamento de Comissão Parlamentar de Inquérito, ou o livre exercício das atribuiçõesde qualquer dos seus membros.
Pena - a do art. 329 do Código Penal.II - fazer afirmação falsa, ou negar ou
calar a verdade como testemunha, perito, tradutor ou intérprete, perante a Comissão Parlamentar de Inquérito.
Pena - a do art. 342 do Código Penal.Art. 5' As Comissões Parlamentares de
Inquérito apresentarão relatório de seus trabalhos à respectiva Câmara, concluindo porprojeto de resolução.
§ I' Se forem diversos os fatos objeto deinquérito, a Comissão dirá, em separado, sobre cada um, podendo fazê-lo antes mesmode finda a investigação dos demais.
§ 2" . A incumbência da Comissão Parlamentar de Inquérito termina com a sessãolegislativa em que tiver sido outorgada, salvodeliberação da respectiva Câmara, prorro-
. gando-a dentro da legislação em curso.Art. 6" O processo e a instrução dos in
quéritos obedecerão ao que prescreve estalei, no que lhes for aplicável, às normas doprocesso penal.
Art. 7" Esta lei entrará em vigor na datade sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.
LEI N' 4.737,DE 15 DE JULHO DE 1965
(Texto consolidado)
Institui o Código Eleitoral.
·····················:rfTuLo·iii·····················Dos Recursos
CAPÍTULO IDisposições Preliminares
Art. 262. O recurso contra expedição dediploma caberá somente nos seguintes casos:
IV - concessão ou denegação do diploma,em manifesta contradição com a prova dosautos, na hipótese do art. 222.
LEI COMPLEMENTAR N" 5,DE 29 DE ABRIL DE 1970
Estabelece, de acordo com a EmendaConstitucional n' I, de 17 de outubro de1969, art. 151, e seu parágrafo único,casos de inelegibilidade, e dá outras providências.
REQUERIMENTO DE URGÊNCIA
Senhor Presidente, requeremos, nos termos do art. 155 do Regimento Interno daCâmara dos Deputados, Urgência para a discussão e votação do Projeto de Lei Complementar n'149/89, que "Estabelece, de acordocom o art. 14, § 9", da Constituição Federal,casos de inelegibilidade e os prazos de suacessação e determina outras providências".
Sala das Sessões, 8 de março de 1990.
ENTRAM ASSINATURASPARECER DO RELATOR
DESIGNADOPELA MESA EM SUBSTITUIÇÃO
À COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃOE JUSTIÇA E DE REDAÇÃO
O Deputado Ney Lopes Apresentou o Projeto de Lei Complementar, n' 149/89, queestabelece casos de inelegibilidade, prazos desua cessação e determina outras providências.
Tratando-se .de matéria bastante polêmicaas lideranças partidárias iniciaram os entendi-
mentos sobre o assunto, antes mesmo queo assunto estivesse em pauta várias reuniõesforam realizadas e decidiu-se pela aprovaçãoos regimes de emergência urgentissíma, tendo em vista a exigüidade de tempo: .
Com base nos intendimentos à nível daslideranças partidárias concluimos pela apresentação de um substitutivo que naturalmente, será objeto de emendas e sujestões. Sóentão teremos condições de, como relator,apresentar a nossa opinião final sobre o assunto. É o seguinte o substitutivo:
SUBSTITUTIVO DO RELATORAo Projeto de Lei Complementar N' 149/89
Estabelece, de acordo com o art. 14, §9' da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de sua cessação e determinaoutras providências.
O Congresso Nacional decreta:Art. I" São inelegíveis:I -para qualquer cargo:a) os inalistáveis e os analfabetos;b) os membros do Congresso Nacional,
das Assembléias Legislativas, da Câmara Legislativa e das Câmaras Municipais que hajamperdido os respectivos mandatos por infringência do disposto no art. 55 da ConstituiçãoFederal, dos dispositivos sobre perda de man~,
dato das Constituições Estaduais e Leis Orgânicas dos Municípios e do Distrito Federal,para as eleições que se realizarem nos três,anos subseqüentes ao término da Legislatura;
c) o Governador e o Vice-Governador deEstado e do Distrito Federal, o Prefeito eo Vice-Prefeito que perderem seus cargos eletivos, por infrigência a dispositivo da Constituição Estadual, da Lei Orgânica do DistritoFederal ou da Lei Orgânica do Município,para as eleições ,que se realizarem nos trêsanos subseqüentes ao términO do mandatopara o qual tenha sido eleito;
d) os que tenham contra sua pessoa repre.sentação julgada procedente pela JustiçaEleitoral, transitada em julgado, em processode apuração de abuso do poder econômicoou político, para a eleição na qual concorremou tenham sido diplomados, bem como paraas que se realizarem nos três anos seguintes;
e) os que forem condenados criminalmente, com sentença transitada em julgado, pelaprática de crimes contra a economia popular,a fé pública, a administração pública, o patrimônio público, o mercado financeiro, e porcrimes eleitorais, pelo prazo de três anos;
O os que forem declarados indignos do oficialato, ou com ele incompatíveis, pelo prazode três anos;
g) os que tiverem suas contas relativas aoexercício de cargo ou funções públicas, rejeitadas por irregularidade insanável e por decisão irrecorrível do órgão competente, paraas eleições que se realizarem nos 3 (três) anosseguintes;
h) os detentores de cargo na administraçãopública direta, indireta ou fundacional, quebeneficiarem a si ou a terceiros, pelo abusodo poder econômico ou político apurado em
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processo, com sentença transitada em julgado, para as elições que se realizarem nos trêsanos seguintes ao término do seu mandatoou do período de sua permanência no cargo;
i) os que, em estabelecimentos de crédito,financiamento ou seguro, tenham sido ou estejam sendo objeto de processo de liquidaçãojudicial ou extrajudicial, hajam exercido, nos12 (doze) meses anteriores à respectiva decretação. cargo ou função de direção, administração ou representação. enquanto não foremexonerados de qualquer responsabilidade.
II - Para Presidente e Vice-Presidente daRepública:
a) até 6 (seis) meses depois de afastadodefinitivamente de seus cargos e funções;1-os Ministros de Estado;2 - os Chefes dos órgãos de assessoramen
tos direto civil e militar da Presidência daRepública;
3 - o Chefe do órgão se assessoramentode informações da Presidência da República;
4-0 Chefe do Estado-Maior das ForçasArmadas;
5 - o Advogado Geral, da União;6 - os Chefes do Estado-Maior da Mari-
nha. do Exército e da Aeronáutica;7 - os Comandantes do Exército;8 - os Magistrados;9 - os Presidentes. Diretores e Superin
tendentes de Autarquias. Empresas Públicas,Sociedades de Economia Mista e Fundações;
10 - os Governadores de Estado. do Dis-trito Federal e de Territórios;
11-os Interventores Federais;12 - os Secretários de Estado;13 -os Prefeitos Municipais;14-os membros do Tribunal de Contas
da União, dos Estados e do Distrito Federal;15 - o Diretor-Geral do Departamento de
Polícia Federal:b) os que tenham exercido, nos 6 (seis)
meses anteriores à eleição. nos Estados. noDistrito Federal. Territórios e em qualquerdos Poderes da União. cargo ou função. denomeação pelo Presidente da República, sujeito à aprovação prévia do Senado Federal;
c) os qwe tenham exercido nos 4 (quatro)meses anteriores ao pleito, cargo ou funçãode direção, administração, representação emempresas concessionárias ou permissionáriasde serviço público, na área de comunicaçãosocial. ou ainda participação ou apresentações habituais. com ou sem vínculo contratual, na programação de ditas empresas, assim como em fundações mantidas pela União,Estado. Distrito Federal. Território ou Município;
d) os que, até 6 (seis) meses antes de eleição tiverem competência ou interêsse. direta,indireta ou eventual. no lançamento. arrecadação ou fiscalização de imposto, taxas e contribuições de caráter obrigatório, inclusivepara fiscais, ou para aplicar multas relacionadas com essas atividades;
e) os que, até 6 (seis) meses antes da eleição' tenham exercido cargo ou função de direção, administração ou representação nasempresas de que tratam os arts. 3' e 5' daLei n' 4.137, de 10 de setembro de 1962,
quando. pelo âmbito e natureza de suas atividades, possam tais empresas influir na economia nacional;
O os que, detendo o controle de empresasou grupo de empresas que atuam no Brasil.nas condições monopolísticas previstas no parágrafo único do art. 5" da lei citada na alíneaanterior. não apresentarem à Justiça Eleitoral. até 6 (seis) meses antes do pleito, a provade que fizeram cessar o abuso apurado. dopoder econômico, ou de que transferiram,por forma regular. o controle de referidasempresas ou grupo de empresas;
g) os que tenham, dentro dos 6 (seis) meses anteriores aopleito. ocupado cargo ou função de direção.administração ou representação em entidades representativas de classe. mentidas. totalou parcialmente, por contribuições impostaspelo poder público ou com recursos arrecadase repassados pela Previdência Social;
h) até 6 (seis) meses depois de afastadosdas funções. ospresidentes. diretores ou superintendentesdas sociedades que tenham exclusivamentepor objetivo operações financeiras e façampublicamente apelo à poupança e ao crédito.inclusive através de cooperativas e das empresas ou estabelecimentos que gozem, sobqualquer forma. de vantagens asseguradaspelo Poder Público, salvo se decorrentes decontratos que obedeçam à cláusulas uniformes.
i) o que, dentro de 6 (seis) meses anteriores ao pleito, hajam exercido cargo ou função de direção, administração ou representação em pessoa jurídica ou em empresa quemanttinha contrato de execução de obras, deprestação de serviços ou de fornecimento debens com órgão do Poder Público ou sob seucontrole. salvo no caso de contrato que obedeça a cláusulas uniformes.
j) os que membros do Ministério Públiconão tenham se afastado das suas funções até6 (seis) meses anteriores ao pleito;
I) os que servidores públicos, estatutáriosou não. dos órgãos ou entidades da administração direta ou indireta da União, dos Estados. do Distrito Federal, dos Municípios edos Territórios. inclusive das fundações mantidas pelo Poder Público, não se afastarematé 3 (três) meses anteriores ao pleito, garantido o direito à percepção dos seus vencimentos integrais.
111 - para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal:
a) até 6 (seis) meses depois de afastadosdefinitivamente de seus cargos ou funções:
I - os inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República especificados na alínea a do item II e. no tocanteàs demais alíneas. se se tratar de repartiçãopública, associação ou empresas que operemno território do Estado ou do Distrito Federal;
3 - os Chefes dos Gabinetes Civil e Militardo Governador do Estado ou do Distrito Federal;
4 - os Comandantes do Distrito Naval.Região Militar e Zona Aérea;
5 - os diretores de órgãos estaduais ou sociedades de asssistência aos Municípios;
6 - os Secretários da administração municipal ou membros de órgãos congêneres;
IV -para Prefeitos a Vice-Prefeito:a) no que lhes for aplicável, por identidade
de situações, os inelegíveis para os cargosde Presidente e Vice-Presidente da República. Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal. observado o prazode 4 (quatro) meses para a desincompatibi!ização;
b) os membros do Ministério Público e Defensoria Pública em exercício na Comarca,nos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito,sem prejuízo dos vencimentos integrais;
c) as autoridades policiais. civis ou militares, com exercício no Município nos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito;
V - para o Senado Federal:a) os inelegíveis para os cargos de Presi
dente e Vice-Presidente da República especificados na alínea a do item II e. no tocanteàs demais alíneas, se se tratar de repartiçãopública, associação ou empresa que opere noterritório do Estado, observado o prazo de6 (seis) meses para a desincompatibilização;
b) em cada Estado e no Distrito Federal.os inelegíveis para os cargos de Governadore Vice-Governador. nas mesmas condiçõesestabelecidas. observado o prazo de 6 (seis)meses para desincompatibilização;
VI - para a Câmara dos Deputados, Assembléia Legislativa e Câmara Legislativa,no que lhes for aplicável. por identidade desituações, os inelegíveis para o Senado Federal, nas mesmas condições estabelecidas, obserVado o prazo de 6 (seis) meses para desincompatibilização;
VII - Para a Câmara Municipal:a) no que lhes for aplicável, poridentidade
de situações, os inelegíveis para o SenadoFederal e para a Câmara dos Deputados. observado o prazo de 3 (três) meses para a desincompatibilização;
b) se cada Município, os inelegíveis paraos cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, observado o prazo de 3 (três) meses para a desincompatibilização.
§ 1" Para concorrentes a outros cargos,o Presidente da República, os Governadoresde Estado e do Distrito Federal e os Prefeitosdevem renunciar aos respectivos mandatosaté seis meses antes do pleito.
§ 2" São inelegíveis para mesmos os cargos no período subseqüente da República,os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos, eleitos diretamente,equem os houver sucedido. ou substituído nosseis meses anteriores ao pleito.
§ 3' O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito poderão candidatar-sea outros cargos, preservando os seus mandatos respectivos, desde que, nos 6 (seis) meses anteriores ao pleito, não tenham sucedidoou substituído o titular.
§ 4" São inelegíveis, no território de jurisdição do títular, o cônjuge e os parentes
Março de 1990 DIÁRIO DO tONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1057
consagüíneos ou afins, até segundo grau oupor adoção, do Presidente da República, deGovernador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os hajasubstituído dentro dos seis meses anterioresao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
Art. 2" Compete à Justiça Eleitoral conhecer e decidir as argüições de inelegibilidade.
Parágrafo único. A argüição de inelegibilidade será feita perante:
I - o Tribunal Superior Eleitoral, se se tratar de candidato a Presidente ou Vice-Presidente da República;
II - os Tribunais Regionais Eleitorais, sese tratar de candidato a Senador, Governadores e Vice-Governadores de Estado e doDistrito Federal, Deputado Federal, Deputado Estadual e Deputado Distrital;
III - os Juízes Eleitorais, se se tratar decandidato a Prefeito, Vice-Prefeito e Vereador.
Art. 3" Caberá a qualquer candidato, aPartido político, coligação ou ao MinistérioPúblico, no prazo de cinco dias, contados dapublicação do pedido de registro do candidato, impugná-lo em petição fundamentada.
§ 1" A impugnação, por parte do candidato, Partido Político ou Coligação não impede a ação do Ministério Público no mesmosentido.
§ 2" Não poderá impugnar o registro decandidato o representante do Ministério PÚblico que, nos 4 (quatro) anos anteriores, tenha disputado cargo eletivo, integrado Diretório de Partido ou exercido atividades político-partidárias;
§ 39 O impugnante especificará, desdelogo, os meios de prova com que pretendedemonstrar a veracidade do alegado, arrplando testemunhas, se for o caso, no máximode 6 (seis).
Art. 4" A partir da data em que terminaro prazo para a impugnação, passará a correr,indepentemente de qualquer notificação,prazo idêntico para que o candidato, PartidoPolítico ou coligação possa contestá-Ia, juntardocumentos, requerer a produção de outrasprovas e indicar rol de testemunhas, se foro caso, no máximo de seis.
Art. 59' Decorrido o prazo para a contestação, se não tratar apenas de matéria dedireito e a prova protestada por relevante,a critério do Juiz, ou do relator, serão designados os dois dias seguintes para inquiriçãodas testemunhas do impugnante e do impugnado, as quais comparecerão por iniciativadas partes que as tiverem arrolado, independentemente de notificação.
§ 1° As testemunhas do impugnante serão ouvidas, em uma só assentada, no primeiro dia do prazo, e as impungnado, tambémem uma só assentada, no segundo.
§ 2" Nos três dias subseqüentes, o Juiz,ou o relator, procederá a todas as diligênciasque determinar, de ofício ou a requerimentodas partes.
§ 3~ No prazo do parágrafo anterior, oJuiz, ou o relator, poderá oJlvir terceiros, re-
feridos pelas partes, ou testemunhas, comoconhecedores dos fatos e circunstâncias quepossam influir na decisão da causa.
§ 4" Quando qualquer documento necessário a formação da prova se achar em poderde terceiro, o Juiz, ou o relator, poderá ainda,no mesmo prazo, ordenar o respectivo depósito.
§ 59 Se o terceiro, sem justa causa, nãoexibir o documento, ou não comparecer aJuízo, será contra ele expedido mandado deprisão e instaurado processo por crime dedesobediência.
Art. 6° Encerrado o prazo da dilaçãoprobatória, nos termos do artigo anterior, aspartes, inclusive o Ministério Público, poderão apresentar alegações no prazo comumde dois dias.
Art. 7° Encerrado o prazo para alegações, os autos serão conclusos ao Juiz, ouao relator, no dia imediato, para sentençaou julgamento pelo Tribunal.
Parágrafo único. O Juiz, ou Tribunal,formará sua convicção pela livre apreciaçãoda prova, atendendo aos fatos e às circunstâncias constantes dos autos, ainda que nãoalegadas pelas partes, mencionando, na decisão, os que motivaram seu convencimento.
Art. 80 Nos pedidos de registro de candidatos a eleições municipais, o Juiz Eleitoralapresentará a sentença em cartório três apósa conclusão dos autos, passando a correr deste momento o prazo de três dias para a interposição de recurso para o Tribunal RegionalEleitoral.
§ 1" A partir da data em que for protocolada a petição de recurso, passará a correr,independentemente de qualquer notificaçãoao recorrido, o prazo de três dias para a apresentação de contra-razões.
§ 2° Apresentadas as contra-razões, oudecorrido o prazo sem elas, serão os autosimediatamente remetidos ao Tribunal Regional Eleitoral, inclusive por portador, se houver necessidade, decorrente de exigüidade deprazo, correndo as despesas do transportepor conta do recorrente.
Art. 99 Se o Juiz Eleitoral não apresentara sentença no prazo do artigo anterior, o prazo para recurso só começará a correr apósa publicação da mesma por edital, em Cartório.
Parágrafo único. Ocorrendo a hipóteseprevista neste artigo, o Corregedor Regional,de ofício, apurará o motivo do retardamentoe proporá ao Tribunal Regional Eleitoral, sefor o caso, a aplicação da penalidade cabível.
Art. 10. Recebidos os autos na Secretaria do Tribunal Regional Eleitoral, serão autuados e apresentados no mesmo dia ao Presidente que, também na mesma data, distribuirá a um relator,e mandará abrir vistas aoProcurador Regional pelo prazo de dois dias.
Parágrafo único. Findo o prazo, com ousem parecer, os autos serão enviados ao relator, que os apresentará em mesa para julgamento em três dias, independentemente depublicação em pauta.
Art. 11. Na sessão do julgamento, quese realizará numa só assentada, feito o relatá-
rio, facultada a palavra às partes e ouvidoo Procurador Regional, proferirá o relatoro seu voto e serão tomados os dos demaisJuízes.
§ 1" Proclamado o resultado, o Tribunalse reunirá em Conselho para lavratura doacórdão, no qual serão indicados o direito,os fatos e as circunstâncias que motivaramo seu convencimento.
§ 2° Reaberta a sessão, far-se-ão a leiturae a publicação do acórdão, passando a correrdessa data o prazo de 3 (três) dias, para ainterposição de recurso para o Tribunal Superior Eleitoral. em petição fundamentada.
Art. 12. Havendo recurso para o Tribunal Superior Eleitoral, a partir da data emque for protocolada a petição passará a correr, independentemente de qualquer notificação ao recorrido, o prazo de três dias paraa apresentação de contra-razões.
Parágrafo único. Apresentadas as contra-razões, ou decorrido o prazo sem elas,serão os autos imediatamente remetidos aoTribunal Superior Eleitoral.
Art. 13. Tratando-se de registro a serjulgado originariamente por Tribunal Regional Eleitoral, observado o disposto no art.6", o pedido de registro, com ou sem impugnação, será julgado em três dias, independentemente de publicação em pauta.
Parágrafo único. O julgamento será procedido na forma estabelecida no art. 11, ehavendo recurso para o Tribunal SuperiorEleitoral, observar-se-á o disposto no ar!. 12.
Art. 14. No Tribunal Superior Eleitoral,os recursos sobre registros serão processadose julgados na forma prevista nos arts. 10 e11.
Art. 15. Transitada em julgado a decisãoque declarar a inelegibilidade do candidato,ser-Ihe-á negado registro, ou cancelado, SJ:já tiver sido feito, ou declarado nulo o diploma, se já expedido.
Art. 16. Os prazos a que se referem osarts. 3" e seguintes são peremptórios e contínuos e correm em Secretaria ou Cartório e,a partir da data do encerramento do prazopara registro de candidatos, não se suspendem aos sábados, domingos e feriados.
Art. 17. É facultado-ao Partido Políticoou coligação que requerer o registro de candidato considerado inelegível dar-lhe substituto, mesmo que a decisão passada em julgadotenha sido proferida após o termo final doprazo de registro. Neste caso, a respectivaComissão Executiva do Partido fará a escolhado candidato.
Art. 18. A declaração de inelegibilidadedo candidato a Presidênte da República, Governador de Estado e do Distrito Federal e,Prefeito Municipal, não atingirá o candidatoa Vice-Presidente, Vice-Governador ou Vice-Prefeito, assim como a destes não atingiráaqueles.
Art. 19. As trangressões pertinentes aorigem de valores pecuniários, 'abuso do poder econômico ou político, em detrimentoda liberdade de voto, serão apuradas mediante investigações jurisdicionais realizadas pelo
1058 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
Corregedor-Geral e Corregedores RegionaisEleitorais.
Parágrafo único. A apuração e a puniçãodas transgressões mencionadas nacaput terão Q objetivo de proteger a normalidade e legiti)TIidade das eleições contra ainfluência do poder econômico ou do abusodo exercício de função, cargo ou empregona administração direta, indireta e fundacional da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Art. 20. O candidato ou Partido Políticosão parte letígima para denunciar os culpadose promover-lhes a responsabilidade; a nenhum servidor público, inclusive de autarquia, de entidade paraestatal e de sociedadede economia mista, será lícito negar ou retardar ato de ofício tendente a esse fim, sobpena de crime funcional.
Art. 21. As trangressões pertinentes aorigem de valores, interferência ou abuso dopoder econômico, político ou de autoridade,serão apuradas mediante procedimento sumaríssimo de investigação judicial, realizadaspelo Corregedor Geral e Corregedores Regionais Eleitorais, nos termos das Leis n'"1.579, de 18 de março de 1952; 4.410, de24 de setembro de 1964, com as modificaçõesdesta Lei. .
Art. 22. Qualquer Partido Político, candidato, ou Ministério Público eleitoral poderão representar a Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios ecircunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvioou abuso do poder econômico ou do poderde autoridade, em benefício de candidato oude Partido Político, obedecido o seguinte rito:1-o Corregedor, que terá as mesmas atri
buições do relator em processos judiciais, ao·despachar a inicial ordenará:
I - que se notifique o representado doconteúdo da petição, entregando-se-lhe a segunda via apresentada pelo representantecom as cópias dos documentos a fim de que,no prazo de 3 (três) dias ofereça ampla defesa, juntada de documentos e rol de testemunhas, se cabível.
II - que se suspenda o ato que deu motivoà representação quando for relevante o fundamento e do ato inwugnado poder resultara ineficácia da medida, caso seja julgada procedente;
III - indeferirá desde logo a inicial quando não for caso de representação ou lhe faltaralgum requisito desta Lei; .
IV - no caso do Corregedor indeferir areclamação ou representação ou retardar-lhea solução, poderá a interessado renová-la perante o Tribunal que resolverá dentro de 24(vinte e quatro) horas;
V -o interessado, quando não for atendido ou ocorrer demora, poderá levar o fatoao conhecimento do Tribunal Superior Eleitoral, a fim de que sejam tomadas as provi-dências necessárias; .
VI - feita a notificação, a Secretaria doTribunal juntará aos autos cópia autêntica
do ofício endereçado ao representado, bemcomo a prova da entrega ou da sua recusaem aceitá-la ou dar recibo;
VII - findo o prazo da notificação. com. ou sem defesa, abrir-se-á prazo de cinco dias
para inquirição em uma só assentada, de testem unhas arroladas pelo representante e pelorepresentado, até o máximo de seis para cadaum, e que comparecerão independentementede intimação;
VIII - nos três dias subseqüentes, o Corregedor procederá a todas as diligências quedeterminar, ex offieio ou a requerimento daspartes;
IX - no prazo do inciso anterior, o Corregedor, poderá ouvir terceiros, referidos pelaspartes. ou testemunhas, como conhecedoresdos fatos e circunstâncias que possam influirna decisão do feito;
X - quando qualquer documento necessário à formação da prova se achar em poderde terceiro. inclusive estabelecimento de crédito oficial ou privado, o Corregedor poderá,ainda, no mesmo prazo, ordenar o respectivodepósito ou requisitar cópias;
XI - se o terceiro, sem justa causa, nãoexibir o documento, ou não comparecer aJuízo, será contra ele expedido mandato deprisão e instaurado processo por crime dedesobediência;
XII - Encerrado o prazo da dilação probatória as partes, inclusive o Ministério Público,poderão apresentar alegações no prazo comum de 2 (dois) dias;
XIII - Terminado o prazo para alegações,os autos serão conclusos ao Corregedor, nodia imediato, para apresentação de relatórioconclusivo sobre o que houver sido apurado;
XIV - O relatório do Corregedor, queserá apresentado em 3 (três) dias, e os autosda representação serão encaminhados ao Tribunal competente, no dia imediato, com pedido de inclusão incontinenti do feito em pauta, para julgamento na primeira sessão subseqüente;
XV - No Tribunal, o Procurador-Geralou Regional Eleitoral terá vista do~autos por48 (quarenta e oito) horas, para se pronunciarsobre as imputações e conclusões do Relatório;
XVI - Julgado procedente a representação, o Tribunal declarará a inelegibilidadedo representado e quantos hajam contribuídopara a prática do ato, cominando-lhe sançãode inelegibilidade para as eleições a se realizarem nos 3 (três) anos subseqüentes à eleição em que se verificaram, além da cassaçãodo registro do candidato diretamente beneficiado pela interferência do poder econômicoe o desvio ou abuso do poder de autoridade,determinando a remessa dos autos ao Ministério Público Eleitoral, para instauração doprocesso disciplinar, se for o caso e, processocrime, ordenando quaisquer outras providências que a espécie comportar;
XVII - Se a representação for julgadaprocedente após a eleição do candidato, serão remetido cópias de todo o processo aoMinistério Público Eleitoral, para os fins pre-
vistos no art. 14, §§ 10 e 11 da ConstituiçãoFederal. e art. 262, inc. IV, do Código Eleitoral.
Parágrafo único. O recurso contra a diplomação interposto pelo Representante, nãoimpede a atuação do Ministério Público nomesmo sentido.
Art. 23. O Tribunal formará sua convicção pela livre apreciação de fatos públicose notórios, dos indícios e presunções e provaproduzida, atentando para circunstâncias oufatos, ainda que não indicados ou alegadospelas partes. mas que preservem o interessepúblico da lisura eleitoral.
Art. 24. Nas eleições municipais, o JuizEleitoral será competente para conhecer eprocessar a representação prevista nesta Lei,exercendo todas as funções atribuídas ao Corregedor-Geral ou Regional, constantes dositens do referido artigo, cabendo ao Representante do Ministério Público Eleitoral emfunção na Zona Eleitoral as atribuições deferidas ao Procurador-Geral e Regional Eleitoral, observadas as normas do procedimento.previstas nesta Lei.
Art. 25. Constitui crime eleitoral a argüição de inelegibilidade, ou a impugnaçãode registro de candidato feita com motivaçãofalsa, ou graciosamente, por espírito de emulação, mero capricho ou erro grosseiro, bemcomo a representação por interferência dopoder econômico, desvio ou abuso do poderde autoridade, deduzida de forma temeráriaou de manifesta má-fé.
Pena: detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois)anos, e multa de 20 (vinte) a 50 (cinqüenta)vezes o valor do Bônus do Tesouro Nacionale, no caso de sua extinção, de título públicoque o substitua.
Art. 26. O Tribunal Superior Eleitoralexpedirá Instruções para o processamento doregistro de candidatos e a apuração e julgamento das representações por interferênciado poder econômico, desvio ou abuso do poder de autoridade, na forma estabelecida nesta Lei.
Art. 27. Fica revogada a Lei Complementar n" 5, de 29 de abril de 1970.
Art. 28. Esta Lei Complementar entraem vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
PARECER DO RELATORA Constituição Federal estabeleceu, dire
tamente, vários casos de inelegibilidade noart. 14, §§ 4° a 7". As normas contidas nessesparágrafos são de eficácia plena e aplicabilidade imediata.
A nova Carta, no § 9', do citado artigo,determinou que lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação , a fim de proteger anormalidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou oabuso de função, cargo ou emprego na administração direta ou indireta.
Na vigência da Constituição anterior, asinelegibilidades estavam reguladas principalmente na Lei Complementar no 5, de 29 de
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1059
abril de 1970 e em alguns dispositivos da própria Constituição.
O Tribunal Superior Eleitoral, em sessãode 19/12/89, julgando consulta específica(Processo n" 10.692), entendeu, nos termosdo voto do Relator, Ministro Robelio Rosas,ser necessária a edição de nova norma complementar, dispondo sobre prazos de desin-
. compatibilização, firmando a jurisprudênciade que se encontra revogada, no particular,a Lei Complementar n" 5170, por força daEmenda Constitucional n" 26, de 1986.
Firmou ainda o Egrégio Tribunal SuperiorEleitoral o entendimento de que a referidanorma complem~ntarque venha a ser aditadapelo Congresso Nacional será normalmenteaplicada ao pleito de 1990, dado seu caráterpermanente e não apenas modificativo depreceitos que preexistam, regendo o processoeleitoral, o que a exclui do alcance do art.16, da Constituição Federal.
Torna-se, assim, urgente e imperioso editar norma complementar que preencha essalacuna legal, para proteger a normalidade elegitimidade do próximo pleito e dos que selhe seguirem.
No texto que ora apresentamos procuramos definir os outros casos de inelegibilidades e estabelecer os prazos de sua cessação,aproveitando na tipificação desses casos aprópria experiência eleitoral anterior; na vigência da norma complementar de 1970, sempre norteado pela finalidade de proteger oprocesso eleitoral e a livre manifestação davontade popular contra a influência do podereconômico ou o abuso de função, cargo ouemprego na administração pública direta ouindireta.
No tocante aos prazos, fixou-se como exigência máxima o prazo de 6 (seis) meses porsimetria às próprias normas constitucionaisvigentes que exigem esse prazo para os casosde inelegibilidade ali definidos (§§ 5', 6' e7' do art. 14).
O domicílio eleitoral que, pela Lei Complementar n' 5170, constituía casos de inelegibilidade, com o advento da nova Constituiçãopassou a ser condição de ilegibilidade, conforme 'disposto no § 3', do citado art. 14,razão pela qual foi excluído do presente projeto de norma complementar.
Prevê, igualmente, o presente projeto, aprocessualística e ser seguida pela JustiçaEleitoral nos casos de argüição de inelegibilidade, bem como de cassação de registro decandidato ou de seu diploma por crime deabuso do poder econômico ou do exercíciode função, cargo ou emprego na administração pública. Tal processo segue, com as adaptações necessárias ao respeito à nova ordemconstitucional, o determinado pela legislaçãoanterior.
Acreditamos que o processo será adequadopara a realização dos ritos da Justiça Eleito-,ral, com o objetivo de termos, na espécie,uma Justiça rápida, eficiente, mas que, acimade tudo, permita a ampla defesa, e a garantiadas pessoas e das instituições democráticas.
Sala das Sessões, 8 de março de 1990. Deputado'Genebaldo Correia, Relator
PROJETO DE RESOLUÇÃON' 460.A, DE 1986
(Do Sr. Victor Faccioni)Cria a Comissão Parlamentar de In.
quérito destinada a apurar as causas daextinção do Banco Nacional da Habita·ção; tendo parecer da Mesa pela rejeição.
(Projeto de Resolução n" 460, de 1986,a que se refere o parecer.)
A Câmara.dos Deputados resolve:Art. I' E criada a Comissão Parlamentar
de Inquérito destinada a apurar as causas econseqüências da extinção do Banco Nacional da Habitação BNH e as alternativas deação do Estado no campo habitacional.
Art. 2" A Comissão será constituída deonze membros efetivos e igual número desuplentes, com prazo de 120 dias, a partirde sua instalação, prorrogável por mais 60dias para a execução dos trabalhos.
Art. 3' Esta resolução entra em vigor nadata de sua publicação.
Justificação
Poucos dias após a memorável demonstração popular de civismo expressada pelo maciço comparecimento âs urnas, no último 15de novembro, para escolhá do novo Congresso Constituinte, a sociedade brasileira assistiuestarrecida à comunicação dos Senhores Ministros da Fazenda, do Planejamento e doTrabalho, presidida pelo primeiro, sobre oconjunto de medidas econômicas destinadasa ajustar e corrigir as distorções do Planode Estabilização Econômica, instituído a 28de fevereiro último.
Dentre tais providências figura a que extingue o Banco Nacional da Habitação, criadopela Lei n" 4.380, de 21 de agosto de 1964e transformado em empresa pública pela Lein' 5.762, de 14 de dezembro de 1971.
Diante da extinção do BNH, torna-se necessária que o governo esclareça à Nação qualo custo financeiro e quais as conseqüênciaseconômico-sociais para o País da extinção doórgão responsável pela política habitacionalbrasileira, destacando as vantagens e desvantagens da extinção e alternativas, uma vezque com BNH ou sem BNH as dívidas soSistema terão que ser resgatadas, de qualquerforma, mas o elevado déficit habitacional seagravará, na falta de um órgão ágil, habilitado à implementação de uma política habitacional capaz de atender ás necessidades dafamília dos trabalhadores de todo o Brasil.Sabe-se que o BNH investiu na formação deseu pessoal, que, hoje constitui um valiosoacervo de recursos humanos.
Outro ponto importante a ser esclarecidoé quanto ao corpo de funcionários, pessoalaltamente capacitado e especializado que representa um investimento em termos de recursos humanos, ficando agora a mercê daincerteza, pois não se sabe se vai ser aproveitado em conjunto ou dispensado, ou se simplesmente será disperso para ser jogado navala do desemprego. A dispersão ou a dispensa implica custos, sem que se saiba a quemserve tal situação.
Isentando-nos de apreciar o conteúdo demérito da decisão governamental, cumprenos ressaltar, contudo, a extraordinária importância do fato ante a magnitude de seusefeitos sobre a vida social do País, os quaisentendem-se muito além do' desemprego demilhares de funcionários, ou a eventual paralisação de obras'e serviços na área da construção de casas populares e do saneamento básico, desemprego na construção civil e tudo,o mais. Preliminarmente supreende-nos queo Poder Executivo tenha assumido posturatão desdenhosa ao momento político e à representação popular institucionalizada ao intervir tão drasticamente ao ordenamento econômico, por meio de instrumento jurídicoanacrônico e odioso tal como o famigeradodecreto-lei, em olímpico desprezo à conciência democrática nacional que repele energicamente o exercício discriminatório do Poder,sobretudo num momento em que toda a sociedade se engaja no esforço de democratização do País.
Na verdade, o processo de tomada de decisões quanto à política habitacional do estadobrasileiro sempre se caracterizou pela exclusão de vastos segmentos sociais envolvidosdiretamente na questão. Se no contexto deum regime autoritário, tal procedimento eravergonhoso e inaceitável, o que dizer deleagora, na vigência de uma apregoada democracia da Nova República?
Ao decidir não remeter a matéria ao Congresso e assim submetê-Ia ao debate nacional,visando maior transparência das decisões, ogoverno continua o jogo autoritário que sesupnha já ultrapassado e típico do estado burocrático-militar. E isso não podemos aceitar.
Pelo que sabemos, existem estudos sériossobre a ação do BNH, fundamentados numavisão crítica de suas realizações, com indicações de alternativas para a restruturação detodo o sistema. Sabemos também que emagosto o presidente do órgão enviou ao Ministro do Desenvolvimento Urbano relatóriosobre as conclusões do grupo de estudo, indicando possíveis linhas de ação para o BNH.Apesar de chegar às mãos do Ministro' daFazenda, nem os diretores ou equipe técnicado banco tiveram qualquer reposta.
A decisão foi tomada, mais uma vez, emsegredo. Perguntamos: por que o receio dedebate, se a decisão de extinção for acertada?E se for um equívoco, quem paga por ela,se não toda a sociedade?
Em recente Carta Aberta à população, osfuncionários do BNH acentuam que as propostas defendidas por eles são no sentido da"transformação do BNH de uma instituiçãofinanceira para um 'banco social que atendaefetivamente a população". E se propõema colocar os arquivos e documentos do órgãoà disposição da sociedade brasileira para que,através do Congresso, venha a decidir sobreos destinos do banco.
A propósito, vale transcrever aqui, nestajustificativa, artigo "Hora de Pensar" - publicado na Imprensa Nacional, "Hora de Pensar" - o BNH e o seu último balanço, deautoria de Mário Trindade que foi Presidente
1060 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO, CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
do BNH entre 1966 e 1977 e Conselheirodo Banco de 1983 a 1986:
"Cabe aqui, melancolicamente, a constatação de que o Banco Nacional da Habitação- BNH foi criado no governo autoritáriodo Presidente Castelo Branco, pela Lei n'4.380, de 21 de agosto de 1964, mediante
. projeto do Executivo discutido e votado peloCongresso Nacional. Foi extinto no governodemocrático da Nova República por um decreto-lei que ao que parece não poderá serapreciado sequer pelo atual Congresso, nempelo futuro Legislativo. Qual terá sido a origem da decisão, sua causa predominante?
Depois de vinte meses do governo, de oitomeses do Plano Cruzado não terá havido tempo para a solução das prerplexidades em facedos problemas gerados em governos anteriores? Ou terá havido impaciência, impulso earbítrio declarando-se o banco incompatívelcom os dogmas ou postulados da inflação zero? Terá sido o BNH o "bode expiatório"para que s,e inaugure no Brasil uma novatransparência nas decisões de Governo?
Afirma-se que o BNH estava falido. Falidas estão ou estarão todas as organizaçõesque tiverem os seus ativos corrigidos, por decisão das autoridades competentes, em proporção inferior à correção do seu passivo.Ainda assim se repetiram decisões desta natureza em relação ao banco e aos sistemas porele regidos, em 1974, com a manipulação dacorreção monetária; em 1980, com a correçãomonetária prefixada em 50% e uma inflaçãode 110% a partir de 1982, com a inflaçãorapidamente crescente que gerou sucessivasmanipulações por decreto, reduzindo as prestações dos mutuários, concedendo-se "bônus" habitacional e finalmente, em julho de1985, concedendo-se reajustes de 112% nasprestações, contra uma inflação real de246%.
O Conselho de Administração do Banconão foi ouvido, tomando conhecimento detodas essas medidas a posteriori ou pelos jornais. Apesar de tudo isso, a recuperação dobanco e de seus sistemas, em que pesem osestrangulamentos causados pela falta deaprovação de seus orçamentos, em 1985(aprovado em agosto de 1985) e em 1986.estaria equacionada e em andamento. A perplexidade diante dos avassaladores problemas criados pelo descompasso entre o crescimento e a urbanização da população, a necessidade de fazer em face dos investimentosdemográficos em geral e àqueles ligados àhabitação, ao saneamento e aos serviços ur·banos levam às soluções simplistas.
A economia do País não pode gerar recursos fiscais em quantidade suficiente e em tempo hábil para fazer face a eles. O caminhoadotado em 1964 foi buscarmos a poupançalivre. Em 1966, a poupança compulsória, como FGTS, e nos program.as do banco, coma poupança induzida. O sistema montado baseou-se em modelo atuarial desenvolvido eimplantado baseado na capitalização dos recursos a uma taxa mínima igual à taxa decrescimento da população (3%) e uma taxamédia de 6,5 a 7% capazes de assegurar, a
longo prazo, a formação de ativos cujo retorno e rentabilidade proporcionariam os recursos de que o País necessitaria para fazer faceà demanda de investimentos demográficos,juntamente com os novos recursos de poupança.
O custeio e os riscos eram cobertos peladiferença entre a taxa média de rentabilidadedos ativos e o custo médio dos recursos doFGTS, que chegava a 4,8/5%. Em 1970, atingimos custos administrativos de 1,6% sobreas aplicações do ano e 0,9% sobre o totaldo ativo. Além da margem de 1,5 a 2%, tinhao BNH uma taxa de abertura de crédito de1%, por si só capaz de cobrir aquele custeio.Apesar disso, e desde então até hoje, as taxas'do sistema foram e são as menores do mercado financeiro.
O Know how adquirido pelo sistema temsido objeto de apreciações as mais gratifi·cant~s para todos aqueles que tiveram o privilégio de imaginá-lo, dirigí-lo ou executá-lo-dirigentes, funcionários, técnicos e agentesde toda espécie. Sua performance até 1986,com todas as vicissitudes do País e do banco,permitiu:
a) canalizar para o setor 36 bilhões de dólares, gerando investimentos de mais de 50 bilhões de dólares, com ínfima participação derecursos fiscais;
b) água potável acerca de 68 milhões depessoas;
c) redes de esgotos par atender a 24 milhões de pessoas;
d) a produção de mais de 4,5 milhões dehabitações, 60% das quais destinadas a famí·lias com renda de até cinco salários mínimos;
e) a presença de obras de habitação, sa·neamento ou de serviços urbanos, financiadas pelo BNH, em mais de 4 mil localidades,situadas em cerca de 2.500 minicípios e dasquais 70% têm população inferior a 5 milhabitantes. E mais: o banco atuou como instrumento de redistribuição espacial da renda,ao aplicar nas regiões Norte e Nordeste oquádruplo dos recursos que nelas arrecadaraao destinar aos Estadas e municípios commenor receita tributária per capita taxas dejuros sensivelmente inferiores às cobradasdos Estados e municípios mais prósperos doPaís.
Por tudo isso esperamos da sociedade brasileira que pense um pouco como estaria aqualidade de vida nas cidades brasileiras nãofossem essas realizações.""Istó E" 3-12-86.
Entendemos ser de absoluta importânciatrazer à discussão pública nacional os fatosque levaram à decisão tomada de forma tãoautoritária, através de decreto-lei. Não é maispossível conviver com tanto segredo numapolítica que se pretende, pelo menos ao níveldo discurso oficial, democrática. Antes demais nada, o direito dos cidadãos a informação sobre uma política que lhes diz respeitodiretamente, deve ser preservado. Isto se quizermos realmente construir uma democracianeste País.
São esses os fatos e considerações que noslevam a solicitar a instauração de uma CPI
sobre o BNH, como forma de conhecer etornar públicos os mecanismos que levaramà decisão de extinção do Banco. É urgentee inadiável lograrmos a necessária transparência do processo decisório nas várias instâncias de poder, uma vez que esta é uma dascaracterísticas principais das democraciasmodernas.
Sala das Sessões, de de 1986. - De·putado Victor Faccioni.
REQUERIMENTO DEDESARQUIVAMENTO
Excelentíssimo SenhorDeputado Paes de AndradeDD. Presidente da Câmara dos Deputados
Requeiro nos termos regimentais da Resolução n' 6/89, o desarquivamento de minhasproposições, conforme relação em anexo.
Brasília, 2 de maio de 1989. - Nestes termos pede deferimento, Deputado Victor Faccioni.
Relação dos Projeto de Lei apresentadospelo Deputado Victor Faccioni:
Projetos n's - PEC 00002/88 - PL00417/88 - PL OlQ53/83 - PL 03494/84PL 03901/84 - PL 03998/84 - PL 04054/84- PL 04477/84 - PL 04871/81 - PL05414/85 - PL 06072/85 - PL 06376/85 PL 06730/85 - PL 06763/85 - PL 06764/85- PL 07105/85 - PL 07601/86 - PL08167/86 - PL 00013/83 - PL 00074/83 PLP 00411/86 - PLP 00426/86 - PCR00019/87 - PRC 00217/84 - PRC 00460/86.
PARECER DO SENHORPRIMEIRO VICE-PRESIDENTE.
I - Relatório
Com o Projeto de Resolução em epígrafe,o SI. Deputado Victor Faccioni intenta criarComissão Parlamentar de Inquérito destinada a apurar as causas e conseqüências da extinção do Banco Nacional da Habitação BNH e as alternativas de ação do Estadono campo habitacional.
O artigo 2' da proposição determina quea Comissão será constituída de onze membrosefetivos e igual número de suplentes, comprazo de 120 dias, a partir de sua instalação,prorrogável por mais 60 dias para a execuçãodo trabalho.
É o Relatório.11 - Voto do Relator
Trata-se de iniciativa apresentada em 1986e que foi desarquivada a requerimento doautor, com fundamento na Resolução n'06/89.
Todavia, sem entrarmos no mérito da propqsta, cuja finalidade não questionamos, entendemos, porém, que o Projeto de criaçãodesta CPI não satifaz os requisitos regimentais, no que se refere ao quorum de apresentação previsto no caput do art. 35 do Regimento Interno.
Assim, o nosso voto é pela rejeição desteProjeto, de autoria do SI. Deputado VictorFaccioni.
Sala das Reuniões da Mesa, em 21 de fevereiro de 1990. - Deputado Inocêncio Oliveira, Relator.
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1061
In - Parecer da Mesa
A Mesa, na reunião de hoje, presentes osSenhores Deputados: Paes de Andrade, Presidente; Inocêncio Oliveira, 1° Vice-Presidente (relator); Wilson Campos, 2° Vice-Presidente; Luiz Henrique, 1° Secretário; EdmeTavares, 20 Secretário; Carlos Cotta, 3° Secretário e Ruberval Piloto, 4° Secretário; aprovou o parecer do Relator, pela rejeição doProjeto de Resolução no 460, de 1986, deautoria do Senhor Deputado Victor Faccioni,que "cria a Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a apurar as causas da extinçãodo Banco Nacional da Habitação".
Sala das Reuniões, 21 de fevereiro de 1990.- Deputado Paes de Andrade, Presidenteda Câmara dos Deputados.(Republica-se em virtude de novo despachodo SI. Presidente - art. 2° da Resolução n"6/89.)
PROJETO DE LEI N° 5.009-A, DE 1985
(Do SI. Floriceno Paixão)
Dispõe sobre o salário mínimo profissional dos Técnicos Industriais de nívelmédio; tendo parecer, da Comissão deConstituição e Justiça e Redação, pelainconstitucionalidade e falta de técnicalegislativa.
(Projeto de Lei n° 5.009, de 1985, aque se refere o parecer.)
O Congresso Nacional decreta:Art. 19 Fica instituído, em todo o terri
tório nacional, o salário mínimo profissionaldos Técnicos Industriais de nível médio (Lein9 5.524, de 5 de novembro de 1968).
Art. 29 As horas excedentes do horárionormal de trabalho serão pagas como serviçoextraordinário na base de 50% (cinqüentapor cento) sobre a hora excedente.
Art. 39 A remuneração do trabalho noturno será paga na base dê remuneração dotrabalho diurno, acrescida de 25% (vime ecinco por cento).
Art. 49 Considera-se salário mínimo profissional dos Técnicos Industriais de nível médio a remuneração mínima paga pelos serviços prestados pelos referidos profissionais,com relação de emprego em empresas individuais ou coletivas, de qualquer natureza ouatividade. .
Art. 5° Fica estabelecido o salário mínimo profissional dos Técnicos Industriais denível médio em quantia igual a 6 (seis) vezeso salário mínimo legal, de maior valor vigenteno País.
Art. 6' Quando, por disposição contratual, a duração do trabalho diário do profissional for inferior ao horário normal da empresa, a remuneração mínima será proporcionaI ao número de horas diárias de trabalho, assegurando o piso salarial de 2 (dois)salários mínimos.
Art. 79 Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.
Art. 89 Revogam-se as disposições emcontrário.
Justificação
A Lei n" 5.524, de 5 de novembro de 1968.dispõe sobre o exercício da atividade profissional de Técnico Industrial de nível médio'que, segundo o mencionado diploma legal,efetiva-se no seguinte campo de realizações:
-conduzir a execução técnica dos trabalhos de sua especialidade;
- prestar assistência técnica no estudo edesenvolvimento de projetos e pesquisas tecnológicas;
- orientar e coordenar a execução dos serviços de manutenção de equipamentos e instalações;
- dar assistência técnica na compra. vendae utilização de produtos e equipamentos especializados;
- responsabilizar-se pela elaboração eexecução de projetos, compatíveis com a respectiva formação profissional.
Como se verifica. os profissionais em questão exercitam atividades de indiscutível valiapara o -País, ora em destacada fase de desenvolvimento industrial.
Estabelecidas, portanto, as normas para osdesempenho de tão importantes tarefas, fazia-se inister acompanhá-Ias da fixação de umsalário capaz de atender às necessidades eà projeção da citada categoria.
Prevê, assim. o presente projeto, o salárioprofissional dos Técnicos Industriais de nívelmédio em 6 (seis) vezes o maior mínimo legal.
Vale ressaltar que. não obstante algunspronunciamentos em contrário, a fixação desalários especiais para determinadas categorias de trabalhadores não fere o princípio daisonomia, inscrito no art. 150, § 19 , da CartaMagna, pois como Pontes de Miranda, o princípio em foco estabelece apenas uma igualdade formal, "não igualiza materialmente"(Comentário à Constituição, volume IV, pág.312).
Outra não é a opinião do ex-Ministro doTrabalho, Arnaldo Sussekind, que, em seulivro "Instituições de Direito do Trabalho".pág. 455, assim se manifesta:
"O que a Constituição proíbe é queos direitos, garantias e benefícios assegurados de maneira legal ou para determinada categoria distingam entre os trabalhadores manuais ou técnicos e os intelectuais integrantes de grupo a que serefere a lei. E tanto assim é que paraos bancários, os jornalistas, os telegrafistas, etc., a duração normal do trabalhoé inferior à determinada como regra gerai; os trabalhadores portuários recebem, por hora de trabalho extraordinário. salário adicional superior ao que percebem os demais trabalhadores; diversascategorias profissionais possuem regulamentações especiais que asseguram aseus componentes direitos que lhes COn·cernem, etc."
Para concluir:
"Parece-nos, em face do exposto, nadaobstar, sob o aspecto constitucional, a fixaçãolegal do salário profissional. "
A própria regulamentação da atividadeprofissional de Técnico Industrial de nívelmédio, aprovada pela Lei n" 5.524/68, atri·buindo à classe determinadas prerrogativas,não reconhecidas aos trabalhadores em geral,confirma a tese ora defendida, da constitucionalidade da fixação do chamad~ salário profissional para certas categorias de trabalhadores de alta qualificação ou especialização.
Finalmente. o estabelecimento de salárioscondignos representa um atrativo a mais parao ingresso na carreira de Técnico Industrialde nível médio. cujos trabalhos se fazem in·dispensáveis ao crescente desenvolvimentoindustrial do País.
Sala das Sessões. de março de 1985. Floriceno Paixão.
LEGISLAÇÃO CITADA, ANEXADAPELA COORDENAÇÃO DASCOMlSSÕES PERMANENTES
LEI N° 5.524,DE 5 DE NOVEMBRO DE 1968
Dispõe sobre o exercício da profissãode Técnico Industrial de nível médio.
Art. 1° É livre o exercício da profissãode Técnico Industrial de nível médio, observadas as condições de capacidade estabelecidas nesta lei.
Art. 2" A atividade profissional de Técnico Industrial de nível médio efetiva-se noseguinte campo de realizações:
I - conduzir a execução técnica dos trabalhos de sua'especialidade;
11 - prestar assistência técnica no estudoe desenvolvimento de projetos e pesquisastecnológicas;
111 - orientar e coordenar a execução dosserviços de manutenção de equipamentos einstalações;
IV - dar assistência técnica na compra,venda e utilização de produtos e equipamentos especializados;
V -responsabilizar-se pela elaboração eexecução de projetos, compatíveis com a respectiva formação profissional.
Art. 39 O exercício da profissão de Técnico Industrial de nível médio é privativo dequem:
I - haja concluído um dos cursos do segundo ciclo de ensino técnico industrial, tenha sido diplomado por escola oficial autori·zada ou reconhecida. de nível médio, regularmente constituída nos termos da Lei n" 4.024,de 20 de dezembro de 1961;
U - após curso regular e válido para oexercício da profissão, tenha sido diplomadopor escola ou instituto técnico industrial estrangeiro e revalidado seu diploma no Brasil,de acordo com a legislação vigente;
lU - sem os cursos e a formação atrás refe·ridos, conte. na data da promulgação destalei, 5 (cinco) anos de atividade integrada nocampo da técnica industrial de nível médioe tenha habilitação reconhecida por órgãocompetente.
Art. 4" Os cargos de Técnico Industrialde nível médio, no serviço público federal,estadual ou municipal ou em órgãos dirigidos
1062 Qunnta-feira ~ DIÁRIO DO \CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
indiretamente pelo poder público, bem comona economia privada, somente serão exercidos por profissionais legalmente habilitados.
Art. 50 O Poder Executivo promoveráexpedição de regulamentos, para execuçãoda presente lei.
Art. 6~ Esta lei será aplicável, no quecouber, aos técnicos agrícolas de nível médio.
Art. 7° A presente lei entra em vigor nadata de sua publicação.
Art. 8° Revogam-se as disposições emcontrário.
Brasília, 26 de abril de 1989A Sua Excelência o SenhorPaes de AndradeDD. Presidente da Câmara dos DeputadosNesta
Senhor Presidente:Requeiro a Vossa Excelência, na forma da
Resolução n' 6/89, o desarquivamento dosseguintes projetos de minha autoria:
N's 1.024/83 - 2.565/83 - 2.593/83 2.906/83 - 2.928/83 - 3.029/84 - 3.073/84- 3.633/84 - 3.653/84 - 3.694/84 3.773/84 - 3.816/84 - 3.861/84 - 3.940/84- 4.072184 - 4.347/84 - 4.641/84 4.803/84 - 4.832/84 - 4.886/84 - 4.908/84- 5.009/85 - 5.181185 - 5.394/85 5.642/85 - 5.702/85 - 5.724185 - 5.884/85- 6.221185 - 6.236/85 - 6.335/85 6.423185 - 6.733/85 -7.789/86 -7.879/86
8.1j3Js~6/81~.134~8J30/~.~39/8~·\3 ~:~:0/86- 8.231186 - 8.232/86 - 8.354/86 8.437186 - 8.438/86 - 237187.
Atenciosamente, Deputado Floriceno Paixão.
RESOLUÇÃO No 6,DE 4 DE ABRIL DE 1989
Determina o arquivamento das proposições que menciona.
A Câmara dos Deputados resolve:Art. I' Das proposições que se encon
travam em tramitação no dia 4 de outubrode 1988, ficam arquivadas as seguintes, tenham ou não parecer:
a) as de iniciativa de deputados ou de comissão permanente; e
b) as que, iniciadas na forma da alínea a,foram emendadas no Senado Federal.
Parágrafo único. Não esta sujeitos ao arquivamento os projetos que, embora na situação prevista no caput deste artigo, sofreramanexação de outros apresentados a partir de5 de outubro de 1988.
Art. 2' Fica facultado ao autor, no prazode 30 (trinta) dias da promulgação desta resolução, requerer o desarquivamento das proposições referidas no art. 1', caso em quese fará nova distribuição, mantendo-se, porém, o número original e sua procedênciapara todos os efeitos regimentais.
Art. 3' As proposições da iniciativa deoutros poderes ou do Senado Federal, quese encontravam em tramitação no dia 4 deoutubro de 1988, serão remetidas à Mesa paraefeito de redistribuição, considerando-se não
,escritos os pareceres emitidos até aquela data.
Art. 4' Esta resolução entra em vigor nadata de sua publicação.
Art. 5' Revogam-se as disposições emcontrário.
Câmara dos Deputados, 4 de abril de 1989.- Deputado Paes de Andrade,Presidente daCâmara dos Deputados.
PARECER DA COMISSÃO DECONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA
E REDAÇÃO
I - Relatório
Através do projeto, institui o eminente De'putado Floriceno Paixão o salário mínimoprofissional dos Técnicos Industriais de nívelmédio, vinculado ao valor do maior saláriomínimo vigente no País, à razão de 6 (seis)vezes o referido valor.
Dispõe, ainda, no sentido de que o serviçoextraordinário seja pago na base de 50% (cinqüenta por cento) de acréscimo à remuneração fixada, fazendo jus o trabalho noturnoa 25% (vinte e cinco por cento) mais queo diurno.
Propõe, finalmente o ilustre autor que aremuneração mínima seja proporcional aonúmero de horas.de trabalho, quando a duração do trabalho diário do profissional for inferior ao horário normal da empresa, assegurado ao Técnico Industrial de nível médioo piso salarial de 2 (dois) salários mínimos.
É o relatório.
II - Voto do Relator
O projeto em exame data de 1985, sendo,portanto, bastante antigo, elaborado muitoantes da promulgação na nova ConstituiçãoFederal, em 5 de outubro de 1988.
Com efeito, assim dispõe a Carta Magna:
"Art. 7° São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outrosque visem à melhoria de sua condiçãosocial:
IV - salário mínimo, fixado em lei,( ... )sendo vedada sua vinculação para qualquer fim;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, emcinqüenta por cento à do normal;
Assim, sentimo-nos compelidos a opinarpela inconstitucionalidade deste projeto, noque tange ao inciso IV do Art. 7' da Constituição Federal (vinculação do salário mínimoprofissional ao valor do maior salário mínimovigente no País).
Manifestamo-nos, outrossim, contrariamente à proposição, por atritar-se, também,com a boa técnica legislativa, ao reivindicarum tratamento especial relativo à remune-
ração do serviço extraordinário, já constantedo texto constitucional (inciso XVI do Art.7').
Em face do exposto, somos contrários àaprovação do Projeto n' 5.009/85 por padecerde inconstitucionalidade e não observar a boatécnica legislativa.
Sala da Comissão, 28 de agosto de 1989.- Deputado Adolfo Oliveira, Relator.
IH - Parecer da Comissão
A Comissão de Constituição e Justiça ede Redação, em reunião ordinária plenáriarealizada hoje, opinou unanimemente pelainconstitucionalidade e falta de técnica legislativado Projeto de Lei n° 5.009/85, nos termos do parecer do relator.
Estiveram presentes os Senhores Deputados: Nelson Jobim, Presidente; João Natal,Vice-Presidente; Arnaldo Moraes, Carlos Vinagre, Harlan Gadelha, Helio Manhães, JoséDutra, Leopoldo Souza, Mendes Ribeiro,Costa Ferreira, Aloysio Chaves, Eliézer Moreira, Francisco Benjamim, Horácio Ferraz,Jorge Hage, Gerson Peres, Doutel de Andrade, Benedito Monteiro, Gastone Righi, JoséGenoíno, Adolfo Oliveira, Nilson Gibson,Osvaldo Macedo, Plínio Martins, RenatoVianna, Rosário Congro Neto, Sérgio Spada,Messias Góis, Ney Lopes, Oscar Corrêa, Juarez Marques Batista, Sigmaringa Seixas,Ibrahim Abi-Ackel, Roberto Torres, AfrísioVieira Lima, Antônio Mariz, Alcides Lima,Adylson Motta, Gonzaga Patriota, EduardoBonfim, Lélio Souza, Wagner Lago e JesusTajra.
Sala da Comissão, em 22 de novembro de1989. - Deputado Nelson Jobim, Presidente- Deputado Adolfo Oliveira, Relator.
PROJETOS APRESENTADOS
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVON' 173, DE 1990
(Da Comissão Mista)
Disciplina as relações jurídicas decorrentes da adoção da Medida Provisórian° 91, de 29 de setembro de 1989, que"dispõe sobre o reajuste dos benefíciosde prestação continuada mantidos pelaPrevidência Social".
(Á Comissão de Constituição e Justiçae de Redação.)
O Congresso Nacional decreta:Art. I" As relações jurídicas decorrentes
da incidência da Medida Provisória n' 91, de29 de setembro de 1989, serão regidas pelalegislação vigente até a data da respectivapublicação.
Art. 2· Este Decreto Legislativo entraem vigor na data de sua publicação.
Art. 3' São revogadas as disposições emcontrário. .
Justificação
Tendo o Congresso Nacional, nos termosregimentais, deixado de coverter em lei a Medida Provisória no 91, de 29 de setembro de1989, e considerando, ainda, o ato da Presidência, declarando insubsistente a matéria,cabe ao Poder Legislativo, na forma prevista
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1063
na parte final do parágrafo único do artigo62 da Constituição, disciplinar as relações jurídicas decorrentes do período de eficácia jurídíca do diploma.
Tendo em vista .as razões que levaram oscongressistas à rejeição da proposta executiva, parece-nos que a única opção cabívelpara o caso é a manutenção da legislação
o vigente até a data da publicação da indigitadaMedida Provisória.
Com o propósito acima referido, apresentamos o presente Projeto de Decreto Legislativo, que deverá ter a tramitação preconizadana Resolução n" 01189 (CN).
Sala das Comissões, ,- Sena-dor Marco Maciel, Presidente - DeputadoTidei de Lima, Relator - Senador NaborJúnior - Deputado Edvaldo Holanda - Deputado José Tavares - Senador Jamil Had·dad - Deputado Mussa Demes - SenadorMárcio Lacerda.
LEGISLAÇÃO CITADA. Ij.NEXADAPELA COORDENAÇAO DASCOMISSÓES PERMANENTES
REPÚBLICA FEDERATIVADO BRASIL
1988...........................................................
TÍTULO IVDa Organização dos Poderes
..........................................................CAPÍTULO I
Do Poder Legislativo..........................................................
SEÇÃO VIIIDo Processo Legislativo
SUBSEÇÃO 11Da Emenda à Constituição
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotarmedidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-Ias de imediato ao Congresso Nacional, que, estando em recesso, será convocado extraordinariamente para se reunir noprazo de cinco dias.
Parágrafo único. As medidas provisóriasperderão eficácia, desde a edição, se não forem convertidas em lei no prazo de trintadias, a partir de sua publicação, devendo oCongresso Nacional disciplinar as relações jurídicas delas decorrentes.
MEDIDA PROVISÓRIA N9 91,DE 29 DE SETEMBRO DE 1989
Dispõe sobre o reajuste dos benefíciosde prestação continuada mantidos pelaPrevidência Social.
O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Consti-
tuição, adota a seguinte medida provisóriacom força de lei:
Art. 19 A partir de 1'·' de outubro de 1989,os benefícios de prestação continuada man-
o tidos pela Previdência Social terão preservados o seu valor real mediante a aplicaçãode Índice de Preços ao Consumidor - IPC,relativo ao mês anterior.
Art. 2' Esta medida provisória entra emvigor na data de sua publicação.
Art. 3" Revogam-se as disposições emcontrário.
BrasHia, 29 de setembro de 1989; 1689daIndependência e 1019da República. - JoséSarney.
. CN/16 Em 19 de fevereiro de 1990Sr. Primeiro Secretário,Encaminho a V. Ex', a fim de ter iniciada
a sua tramitação nesta Casa do CongressoNacional, nos termos do disposto no parágrafo único do art. 69da Resolução n9 1, de1989-CN, o anexo projeto de decreto legislativo elaborado pela Comissão Mista incumbida de emitir parecer sobre a Medida Provisória n" 91, de 1989, considerada insubsistente através do Ato Declaratório n' 1, de1989, desta Presidência, após decisão do Plenário neste sentido.
Aproveito a oportunidade para renovar aV. Ex' protestos de alta estima e distinta consideração. - Senador Mendes Canale, 1" Secretário.
PROJETO DE LEI N' 4.575, DE 1990(Do Poder Executivo)
MENSAGEM N' 138/90
Dispõe sobre o enquadramento dos ser·vidores da extinta Fundação Projeto Ron·don redistribuídos para órgãos da Admi·nist~ação Federal direta, autarquias efundações públicas.
(Às Comissões de Constituiçã? e Justiça e de Redação (ADM); de Fmançase Tributação (ADM); e de Trabalho, deAdministração e Serviço Público - art.24,11.) .
O Congresso Nacional:Art. 19 Os atuais servidores, da extinta
Fundação Projeto Rondon, redistribuídospara os órgãos da Administração Federal direta, autarquias e fundações públicas, nos termos dos arts. 99, § 29, do Decreto-Lei n' 200,de 25 de fevereiro de 1967, e 5' da Lei n'7.662, de 17 de maio de 1988, serão enquadrados nos planos de classificação de cargose empregos dos órgãos ou entidades para onde ocorreu a redistribuição.
§ I' O enqulldramento far-se-á com atransformação do cargo ou emprego ocupadona data da redistribuição, observadas as normas pertinentes aos planos de classificaçãoe retribuição de cargos e empregos dos órgãose entidades a que os 'servidores passaram apertencer.
§ 29 O enquadramento no Plano de Classificação e Retribuição de Cargos e Empregos, instituído de conformidade com a Lein' 5.645, de 10 de dezembro de 1970, far-se-ános termos do Decreto-Lei n' 2.280, de 16de dezembro de 1985.
Art. 29 Os efeitos financeiros do enquadramento vigoram a partir de I' de marçode 1990.
§ l' A diferença que se verificar entrea remuneração percebida no órgão ou entidade de origem e a que os servidores passarem a fazer jus após o enquadramento seráassegurada como vantagem pessoal, nominalmente identificada, sobre a qual incidirão osreajustamentos gerais de vencimentos e salários.
§ 2' A vantagem pessoal de que trata oparágrafo anterior será reduzida sempre que
·os servidores, por qualquer motivo, mudarem de referência ou de categoria funcional.
Art. 3' Esta lei entra em vigor na datade sua publicação.
Art. 4" Revogam-se as disposições emcontrário.
Brasília,
LEGISLAÇÃO CITADA ANEXADAPELO AUTOR
DECRETO LEI N' 200DE 25 DE FEVEREIRO DE 1967
Dispõe sôbre a organização da Admi·nistração Federal, estabelece diretrizespara a Reforma Administrativa e dá ou·tras providências.
O Presidente da República, usando dasatribuições que lhe confere o art. 9°, § 2',do Ato Institucional n' 4, de 7 de dezembrode 1966, decreta:
TÍTULO IDa Administração Federal
CAPÍTULO 11Das Medidas de Aplicação Imediata
Art. 99. O Poder Executivo adotará providências para a permanente verificação daexistência de pessoal ocioso na Administração Federal, diligenciando para sua eliminação ou redistribuição imediata.
... §' .i:" À'~~di~t~ib~i~'ã~ d~' ~~~;~~i ~~~~~~ásempre no interêsse do Serviço Público, tantona administração Direta como me autarquia,assim como de uma para outra, respeitadoo regime jurídico pessoal do servidor.
LEI N' 7.662,de 17 de maio de 1988.
Faculta aos servidores públicos federais a opção pelo regime de que trataa Lei n'1.711, de 28 de outubro de 1952,e dá outras providências.
Art. 5" Os servidores dos Ministérios,órgãos autônomos, autarquias e das fundações públicas, considerados prescindíveis àexecução de suas atividades, poderão ser redistribuídos ou movimentados no âmbito des- -
1064 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
ses órgãos e entidades, no interesse da Aministração.
LEI N" 5.645DE 10 DE DEZEMBRO DE 1970
Estabelece diretrizes para a c1assificaçáo de ,cargos do serviço civil da Uniãoedas autarquias federais, e dá outras providências.
Art. 1" A classificação de cargos do Serviço Civil da União e das autarquias federaisobedecerá às diretrizes estabelecidas na presente lei.
Art. 2" Os cargos serão classificados como de provimento em comissão e de provimento efetivo, enquadrando-se basicamente,nos seguintes Grupos.
De Provimento em Comissão.I - Direção e Assessoramento SuperioresDe Provimento EfetivoII - Pesquisa Científica e TecnológicaIII - DiplomaciaIV - MagistérioV - Polícia FederalVI - Tributação, Arrecadação e Fiscaliza-
çãoVII - ArtesanatoVIII - Serviços AuxiliaresIX - Outras atividades de nível superiorX - Outras atividades de nível médio.Art. 3' Segundo a correlação e afinida-
de, a natureza dos trabalhos ou o nível deconhecimentos aplicados, cada Grupo,abrangendo várias atividades, compreenderá:
I - Direção e Assessoramento Superiores:os cargos de direção e assessoramento superiores da administração cujo provimento deva ser regido pelo critério da confiança, segundo for estabelecido em regulamento.
11 - Pesquisa Científica e Tecnológica: oscargos com atribuições, exclusivas ou comprovadamente principais, de pesquisa científica, pura ou aplicada, para cujo provimentose exija diploma de curso superior do ensinoou habilitação legal equivalente e não estejam abrangidos pela legislação do MagistérioSuperior.
111 - Diplomacia: os cargos que se destinam a representação~iplomática.
IV - Magistério: os cargos com atividadesde magistério de todos os níveis de ensino.
V - Polícia Federal: os cargos com atribuições de natureza policial.
VI - Tributação, Arrecadação e Fiscalização: os cargos com atividades de tributação,arrecadação e fiscalização de tributos federais.
VII - Artesanato: os cargos de atividadesde natureza permanente, principais ou auxiliares, relacionados com os serviços de artífice em suas várias modalidades.
VIII- Serviços Auxiliares: os cargos deatividades administrativas em geral, quandon~o de nível superior.
IX - Outras atividades de nível superior:.,os demais cargos para cujo provimento' se
exija diploma de curso superior de ensinoou habilitação legal equivalente.
X - Outras atividades de nível médio: osdemais cargos para cujo provimento se exijadiploma ou certificado de conclusão de cursode grau médio ou habilitação equivalente.
Parágrafo único. As atividades relacionadas com transporte, conservação, custódia,operação de elevadores, limpeza e outras assemelhadas serão, de preferência, objeto deexecução indireta, mediante contrato, deacordo com o art. 10, § 7', do Decreto-Lein' 200, de 25-2-67.
Art. 4' Outros Grupos com caracteríticas próprias, diferenciados dos relacionadosno artigo anterior, poderão ser estabelecidosou desmenbrados daqueles, se o justificaremas necessidades da administração, medianteato do Poder Executivo.
Art. 5' Cada Grupo terá sua própria escala de nível a ser aprovada pelo Poder Executivo, atendendo, primordialmente, aos seguintes fatores.
I - Importância da atividade para o desenvolvimento nacional.
11 - Complexidade e responsabilidade dasatribuições exercidas; e
111 - Qualificação requeridas para o desempenho das atribuições.
Parágrafo único. Não haverá correspondência entre os níveis dos diversos Grupos,para nenhum efeito.
Art. 6' A ascenção e a progresso funcionais obedecerão a critérios seletivos, a seremestabelecidos pelo Poder Executivo, associados a um sistema de treinamento e qualificação destinado a assegurar a permanenteatualização e elevação do nível de eficiênciado funcionalismo.
Art. 7' O Poder Executivo elaborará eexpedirá o novo Plano de Classificação deCargos, total ou parcialmente, mediante decreto, observadas as disposições desta lei.
Art. 8' A implantação do Plano será feita por órgãos, atendida uma escala de prioridade na qual se levará em conta preponderantemente:
I - a implantação prévia da reforma administrativa, com base no Decreto-Lei n' 200,de 25-2-67;
11 - o estudo quantitativo e qualitativo dalotação dos órgãos, tendo cm vista a novaestrutura e atribuições decorrentes da providência mencionada no item anterior; e
111 - a existência de recursos orçamentários para fazer face às respectivas despesas.
Art. 9" A transposição ou transformaçãodos cargos, em decorrência da sistemáticaprevista nesta lei, processar-se-á gradativamente considerando-se as necessidades e conveciências da administração e, quando ocupados, segundo critérios seletivos a serem estabelecidos para os cargos integrantes de cadaGrupo, inclusive através de treinamento in-tensivo e obrigatório. .
Art. 10. O órgão central do Sistema dePessoal expedirá as normas e instruções necessárias e coordenará a execução do novoPlano, a ser proposta pelos Ministérios, órgãos integrantes da Presidência da Repúbli~a
e autarquias, dentro das respectivas Junsdlções, para aprovação mediante decreto.
§ l' O órgão central do Sistema de Pessoal promoverá as medidas necessárias paraque o plano seja mantido permanentementeatualizado.
§ 2' Para a correta e uniforme implantação do Plano, o órgão central do Sistemade Pessoal promoverá gradativa e obrigatoriamente o treinamento de todos os servidores que participarem da tarefa, segundoprogramas a serem estabelecidos com esseobjetivo.
Art. 11. Para assegurar a uniformidadede orientação dos trabalhos de elaboraçãoe execução do Plano de Classificação de Cargos, haverá em cada Ministério, órgão integrante da Presidência da República ou autarquia, uma equipe Técnica de alto nível, soba presidência do dirigente do órgão de pessoalrespectivo, com incumbência de:
I - determinar quais os Grupos ou respectivos cargos a serem abrangidos pela escalade prioridade a que se refere o art. 8' destalei;
11 - orientar e supervisionar os levantamentos, bem como realizar os estudos e análises indispensáveis à inclusão dos cargos nonovo Plano; e
111 - manter com o órgão central do Sistema de Pessoal os contatos necessários paracorreta elaboração e implantação do Plano.
Parágrafo único. Os membros das Equipes de que trata este artigo serão designadospelos Ministros de Estado, dirigentes de órgãos integrantes da Presidência da Repúblicaou de autarquia, devendo a escolha recairem servidores que, pela sua autoridade administrativa e capacidade técnica, estejam emcondições de exprimir os objetivos do Ministério, do órgão integrante da Presidência daRepública ou de autarquia.
Art. 12. O novo Plano de Classificaçãode Cargos a ser instituído em aberto de acordo com as diretrizes expressas nesta lei, estabelecerá, para cada Ministério, órgão integrante da Presidência da República ou autarquia, um número de cargos inferior, em relação a cada grupo, aos atualmente existentes.
Prágrafo único. A não observância danorma contida neste artigo somente será permitida:
a) mediante redução equivalente em outrogrupo,de modo a não haver aumento de despesas; ou
b) em casos excepcionais, devidamentejustificados perante o órgão central do Sistema de Pessoal, se inviável à providência indicada na alínea anterior.
Art. 13. Observado o disposto na seçãoVIII da Constituição e em particular, no seuart. 97, as formas de provimento de cargos,no Plano de Classificação decorrente destalei, serão estabelecidas e disciplinadas mediante normas regulamentares específicas,não se lhes aplicado as disposições, a respeito, contidas no Estatuto dos Funcionários PÚblicos Civis da União.
Art. 14. O atual Plano de Classificaçãode Cargos do Serviço Civil do Poder Execu-
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1065
tivo, a que se refere a Lei n' 3.780, de 12-7-60e legislação posterior, é considerado extinto,observadas as disposi~ões desta lei.
Parágrafo único. A medida que for sendoimplantado o novo Plano, os cargos remanescentes de cada categoria, classificados conforme o sistema de que trata este artigo, passa-
, rão a integrar Quadros Suplementares e, semprejuízo das promoções e acesso que couberem, serão suprimidos, quando vagarem.
Art. 15. Para efeito do disposto no art.108, § l' da Constituição, as diretrizes estabelecidas nesta lei, inclusive o disposto no art.14 e seu parágrafo único, se aplicarão à classificação dos cargos do Poder Legislativo, doPoder Judiciário, dos Tribunais de Contasda União, e do Distrito Federal.
Art. 16. Esta lei entrará em vigor na datade sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário. DO de 1\-12-70.)
DECRETO-LEI N° 2.280,DE 16 DE DEZEMBRO DE 1985
Cria, mediante transformação, empre·gos na Administração Federal direta enas autarquias federais e dá outras providências.
O Presidente da República, no uso das atribuições que lhe confere o art. 55, item m,da Constituição, decreta:
Art. I" São criados, mediante transformação e sem aumento de despesa, empregosno Plano de Classificação de Cargos, instituído pela Lei n° 5.645, de 10 de dezembrode 1970, necessários à classificação dos atuaisservidores contratados pelos órgãos da Administração Federal direta ou autarquias federais, para desempenho de atividades de caráter pef)11anente e retribuídos com recursosde pessoal.
Parágrafo único. O disposto neste artigonão se aplica aos servidores:
a) ocupantes de funções de confiança pertencentes ao Grupo de Direção e Assessoramento Superiores de que trata a Lei n'5.645, de 1970, ou de Função de Assessoramento Superior a que alude o art. 122 doDecreto-Lei n' 200, de 25 de fevereiro de1967, na redação dada pelo Decreto-Lei n"900, de 29 de setembro de 1969;
b) a que se referem o § l' do art. 6' daLei n' 4.341, de 13 de junho de 1964 e oDecreto-Lei n' 1.241, de 11 de outubro de1972;
c) de nível superior, ocupantes de empregos que exijam especialização correlata como respectivo grau de formação universitária,nos órgãos ou autarquias voltados para atividades de execução, fomento e controle depesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico e registro da propriedade industrial,facultada a opção, no prazo de 90 (noventa)dias, contado da data da entrada em vigordeste Decreto-lei, pela inclusão no Plano deClassificação de Cargos;
d) Auxiliares Aduaneiros, contratàdos emcaráter excepcional e por prazo determinadopara o desempenho de atividades de que tratao art. 6' do Decreto-Lei n' 1.437, de 17 dedezembro de 1975, remunerados por recursos
do Fundo Especial de Desenvolvimento eAperfeiçoamento das Atividades de Fiscalização - Fundaf;
e) contratados pela União, no exterior, para a prestação de serviços em localidades situadas fora do Brasil;
O bolsistas, estagiários e credenciados para prestação de serviços.
Art. 2° Os servidores serão classificadosapós habilitação em processo seletivo interno, aplicado pelas unidades de pessoal dosórgãos ou autarquias a que pertençam, soba supervisão do Departamento Administrativo do Serviço Público.
Parágrafo único. Os servidores inabilitados ou que não participarem do processo seletivo de que trata este artigo serão submetidosa treinamento e a nova avaliação.
Art. 3" Os servidores serão localizadosna primeira referência da classe inicial da categoria funcional, cujas atribuições guardemcorrelação com as dos empregos ocupadosna data de vigência deste Decreto-lei, observada a escolaridade ou habilitação profissional exigida para o ingresso na mesma categoria funcional.
Parágrafo único. Os servidores localizados nos termos deste artigo serão reposicionados em uma referência para cada 18 (dezoito) meses de efetivo exercício no empregoocupado na data de que trata este artigo.
Art. 4' Se as atribuições inerentes aosempregos que os servidores optantes ocupamnão estiverem previstas no Plano de Classificação de Cargos de que trata a Lei n' 5.645,de 1970, considerar-se-á, para efeito de indicação da categoria funcional, emprego semelhante quanto às atividades, ao nível de responsabilidade, à complexidade e ao grau deescolaridade exigidos para o respectivo desempenho.
Art. 5" Na hipótese de os servidores deque trata este Decreto-lei estarem percebendo remuneração superior à resultante da classificação, observado o disposto no parágrafoúnico do art. 3', ser-lhe-ão asseguradas diferenças individuais, como vantagem pessoalnominalmente identificável, em que incidirãoos reajustamentos gerais de vencimentos esalários.
§ 1· As gratificações e demais vantagensa que os servidores venham a fazer jus emdecorrência da classificação serão calculadasnos termos da legislação pertinente.
§ 2' As diferenças individuais de que trata este artigo serão reduzidas sempre que osservidores, por qualquer motivo, mudaremde referência ou de categoria funcional.
Art. 6' Aplica-se o disposto neste Decreto-lei à classificação dos docentes contratadose retribuídos pela dotação específica de pessoal, na carreira de Magisterio Superior ede 1° e 2" Graus do Serviço Civil da Uniãoe das autarquias federais.
Parágrafo único. O tempo de efetivoexercício, no emprego de magistério ocupadona data de vigência deste Decreto-lei, seráconsiderado para efeito de progressão funcionaI na carreira de Magistério Superior e de
1" e 2° Graus, nos termos das normas pertinentes específicas.
Art. 7' A classificação cios servidores deque tratam os artigos l' e 6° será feita peloDepartamento Administrativo do ServiçoPúblico, promovendo-se o ajustamento da lotação com observância dos percentuais fixados para progressão funcional.
Art. 8" Os Órgãos de Pessoal submeterão ao Departamento Administrativo do Serviço Público a proposta de inclusão dos servidores de que tratam os artigos I" e 6' até30 de junho de 1986, sendo consideradas automaticamente extintas as respectivas tabelas, com a classificação dos servidores de quetrata o caput do art. 2', ressalvadas as exclusões a que se refere o parágrafo único doart. 1".
§ 1\' Os servidores habilitados na avaliação de que trata o parágrafo único do art.2' serão classificados até 31 de dezembro de1986.
§ 2" Os servidores que não forem habilitados na avaliação de que trata o parágrafoanterior terão os contratos de trabalho rescindidos.
Art. 9" Os efeitos financeiros da classificação de que trata este Decreto-lei vigorarãoa partir de:
I -I" de janeiro de 1986, para os servidores a que se refere o caput do art. 2";
II -I' de julho de 1986, para os servidoresa que se refere o § I' do art. 8'.
Art. 10. As despesas decorrentes do disposto neste Decreto-lei serão atendidas àconta das dotações próprias do Orçamentoda União e das autarquias federais.
Art. 11. O Ministro Extraordinário paraAssuntos de Administração expedirá, por intermédio do Departamento Administrativodo Serviço Público, as normas complementares necessárias à execução do disposto nesteDecreto-lei.
Art. 12. Este Decreto-lei entra em vigorna data de sua publicação.
Art. 13. Revogam-se as disposiçõeS emcontrário.
Brasília, 16 de dezembro de 1985; 164' daIndependência e 97" da República. - JOSÉSARNEY - Aluízio Alves.
MENSAGEM N' 138
Excelentíssimos Senhores Membros doCongresso Nacional:
Nos termos do art. 61 da Constituição Federal, tenho a hOFa de submeter à elevadadeliberação de Vossas Excelências, acompanhado de Exposição de Motivos do SenhorMinistro de Estado do Planejamento, o anexo Projeto de lei que "dispõe sobre o enquadramento dos servidores da extinta FundaçãoProjeto Rondon, redistribuídos para órgãosda AdministraçãO Federal direta, autarquiase funda~ões públicas."
BrllsílJa, em 21 de fevereiro de 1990.José Sarney.
1066 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
EMn" 17Em 9 de fevereiro de 1990
Excelentíssimo Senhor Presidente da República
A Fundação Projeto Rondon foi extintapela Lei n" 7.732, de 14 de fevereiro de 1989e seus servidores foram redistribuídos paravários órgãos da Administração Direta, au-
. tárquica e fundações.2. As referidas redistribuições correram
com base no § 2° do art. 99, do Decreto-Lein" 200, de 25 de fevereiro de 1967 e art. 5"da Lei n" 7.662, de 17 de maio de 1988.
3. Entretanto, para que esse ato possaser efetivado integralmente, há necessidadede medida legislativa com vistas a permitiro enquadramento desses servidores nos qua·dros ou tabelas de pessoal que os acolheram,tendo em vista disposto no inciso X do art.48 da Constituição, que somente permite atransformação de cargo e emprego mediantelei.
4. Por todo o exposto, tenho a honra desubmeter a Vossa Excelência o anexo projetode lei que visa regularizar a situação dessepessoal.
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência os meus protestos de estimae distinta I~onsideração. - João Batista deAbreu, Ministro do Planejamento.
Aviso n° 143-SAP.Em 21 de fevereiro de 1990
Excelentíssimo Senhor Primeiro Secretá-'rio:
Tenho a honra de encaminhar a essa Secretaria a Mensagem do Excelentíssimo SenhorPresidente da República, acompanhada deExposição de Motivos do Senhor Ministrode Estado do Planejamento, relativa a projeto de lei que "dispõe sobre o enquadramentodos servidores da extinta Fundação ProjetoRondon, redistribuídos para órgãos da Admi··nistração Federal direta, autarquias e fundações públicas."
Aproveito a oportunidade para renovar aVossa Excelência protestos de elevada estimae consideração. - Luis Roberto Ponte, Ministro-Chefe do Gabinete Civil.
o SR, PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Finda a leitura do expediente, passa-seao
IV - PEQUENO EXPEDIENTETem a palavra o Sr. Nilson Gibson.
O SR. NILSON GIBSON (PMDB - PE.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr~ e Srs. Deputados, pedi a palavrapara uma comunicação que, aliás, gostariade jamais fazer: a do falecimento do magistrado Marcos Aurélio dos Anjos Lopes, jovem titular da Comarca do Município de JoãoAlfredo, Pernambuco.
Transmito minha profunda tristeza pelo falecimento prematuro do Juiz Marcos Aurélio, com apenas 42 anos de idade, traiçoeiramente abatido por fulminante infarto, quando dormia, em 24 de fevereiro passado.
Marcos Aurélio jamais voltará a prolatarsentença, a dar despachos, a administrar jus·tiça. Sempre foi um magiStrado intimorato,não aceitando esparadrapos na boca, nem
.baixando a cerviz, que náo era escravo deeito e na mesma direção.
É, pois, com saudade e comoção que registro o falecimento desse que era um amigonão somente pelas afinidades que geram oafeto, mas sobretudo por acreditar na constância dos ideais das Justiça.
Faço votos, Sr. Presidente, de que os familiares do Juiz Marcos Aurélio - homem humilde, desprovido de vaidade - encontremno seu exemplo de vida o caminho para oconsolo por tão grande perda, bem como os'seus amigos, entre os quais tenho a honrade me colocar. E que continuem a cultivarsua memória, pois foi exemplo como juiz,como cidadão, como chefe de família, comohomem de inteligência e, acima de tudo, excelente magistrado, no sentido mais amploda palavra.
Sr. Presidente, não sou apenas eu quemdiz da personalidade de Marcos Aurélio, mastodos os seus companheiros juízes do egrégioTribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, que conheceram perfeitamente sua cultura jurídica, seu coração e sua bondade.
Neste instante, quero deixar aqui registrado meu profundo pesar e, para a Sr" LuaribeteMaria de Moraes Lopes, e meus sinceros pêsames pela perda irreparável do jovem magistrado e amigo Marcos Aurélio. Conforta-nosseu legado de exemplo, que certamente serásustentado pelos filhos que preparou parahonrá-lo.
Deus o tenha bem perto de si.Era o que tinha a dizer.
O SR. CARLOS COTTA (PSDB - MG.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr' e Srs. Deputados, venho, hoje,à tribuna para deixar registrado ato de homenagem e, ao mesmo tempo, de justiça àqueleque, sem dúvida, é o mais autêntico representante do nosso Estado, em sua luta diáriana defesa das mais caras tradições mineiras,na busca permanente de atos que garantam,sempre, a melhoria das condições de vida.do povo de minha terra e, acima de tudo,por ser uma tribuna aberta para a permanenteluta libertária das nossas Minas Gerais.
Falo do jornal O Estado de Minas, grandematutino, nascido a 7 de março de 1928, dataa partir da qual encarnou o espírito mineiroe assumiu uma liderança incontestável danossa imprensa multiregional. Essa posiçãohonra a empresa S.A Estado de Minas e atorna responsável perante a comunidade, pe·la sempre crescente busca da melhoria e doaprimoramento do veículo que imprime diariamente, da equipe por ele responsável e,especialmente, dos compromissos assumidoscom a coletividade, que tanto confia e esperado jornal, que hoje comemora os seus 62anos de existência.
Desde 1928, o O Estado de Minas primoupor ser uma empresa jornalística exemplar,tendo de lá saído nomes que se tornaram
expressão no jornalismo brasileiro, sem nunca se esquecerem de que foi sob o espíritoameno da redação mineira que sua iniciaçãoprofissional se realizou e o senso da justiçae da liberdade se cristalizaram, para garantiratividade sempre voltada para a comunidadee os interesses maiores da gente mineira.
Como ficaria difícil relacionar os nomesde todos os jornalistas que por lá passaram,quero homenagear, na pessoa de um deles,todos os que ali se iniciaram, na redação doO Estado de Minas, e que de lá para cá souberam valorizar o inicío da carreira e continuara luta libertária na defesa de princípios fundamentais para o homem brasileiro.
Relembro Carlos Castello Branco, quesempre se dedicou ao jornalismo político, experimentou consagrações profissionais eamarguras, resultantes de incompreensões eperseguições, mas sempre pautou, e pauta,sua vida profissional nos parâmetros da liberdade de opinião e no respeito pela individualidade e personalidade de cada um. Isto sem,no entanto, abdicar do sagrado direito daanálise e da crítica jornalística construtiva,ensinamento básico' e característica dos seuscompanheiros, que trabalham ou trabalharam no grande jornal dos mineiros, O Estadode Minas.
Não posso deixar de destacar aqui, também, os nomes de alguns dos grandes dirigentes do O Estado de Minas, que souberam tornar concreto o sonho de Assis Chateaubriand, fundador dos Diários e Emissoras Associados, condomínio que, em Minas Gerais.foi pioneiro em várias atividades no setor jornalístico e responsável pela transformação dojornal-líder em grande veículo de comunicação social do Brasil.
E o primeiro desses nomes é o do inesquecível Geraldo Teixeira da Costa, o Gegê.
Na realidade, a história de O Estado deMinas, em seus sessenta e dois anos de existência, divide-se em antes de depois da épocaem que Gegê foi seu diretor-geral, muito embora tenham passado pela direção nomes derealce e com relevantes serviços prestadosà empresa e a Minas Gerais, desde PedroAleixo, Dario de Almeida Magalhães e Newton de Paiva Ferreira até Pedro Aguinaldodo Fulgêncio, atual diretor-geral dos DiáriosAssociados e do O Estado de Minas, que liderauma excelente equipe de dirigentes, entre osquais destacam-se os jornalistas Camilo Teixeira da Costa, diretor-'executivo e um dosbaluartes da fase moderna e dinâmica do jornal atual; The6dulo Pereira, diretor-secretário e articulista ímpar; Cyro Siqueira, recentemente elevado ao cargo de diretor-adjunto;Edison Zenóbio, diretor comercial e responsável pela modernização publicitária do jornal; e Mauro Werkema, hoje o editor-geralde O Estado de Minas, encarregado da atualização editorial e gráfica do grande veículomineiro. E isto sem falar em Paulo Cabralde Araújo, diretor-geral, juntamente comPedro Aguinaldo Fulgêncio, Presidente doCondomínio dos Diários e Emissoras Associados, obra e herança do inesquecível AssisChateaubriand.
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Aproveito para destacar e enaltecer o trabalho que vem realizando no O Estado deMinas toda a sua equipe e, de modo especial,o carinho com que seus jornalistas distinguemos políticos. Diuturnamente, procuram apurar atos e fatos de interesse dos mineiros paraque, no dia seguinte, todos possamos sabero que acontece, o que aconteceu ou o quevai acontecer.
Deputados e Secretários de Estado do Governo, nas administrações Tancredo Nevese Hélio Garcia, sempre acompanhei o patriótico e corajoso trabalho do nosso O EstadoMinas. Por isto, não poderia deixar de ressaltar, hoje, o seu aniversário, consciente deque esse grande jornal traduz, desde 1928,o pulsar do coração mineiro, suas aspiraçõese seus reclamos.
Parabéns O Estado de Minas! Grandes lutas e muitas vitórias o esperam, para o bemdo meu Estado e do nosso Brasil!
Muito obrigado.O SR. SÓLON BORGES DOS REIS (PTB
- SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, morreu LuísCarlos Prestes, figura carismática, uma dasexpressões mais influentes e significativas,uma das personalidades mais marcantes daHistória política contemporânea do Brasil.
Sujeito às fraquezas humanas, sempre invejei dois tipos de pessoas: uma espírito convicto, aquele que tem explicação clara e suficiente para o sentido da vida, para a origemdo homem e seu destino após a morte. Oespírito é resignado e cheio de fé. Quandovamos a um velório confortar uma famíliaespírita, nós é que saímos confortados. Continuo invejando essas criaturas.
O outro tipo de pessoa que invejava erao marxista, portador de uma solução paratoda a angustiante problemática social. Sempre achei que ser marxista convicto e lutar'pelo ideal do marxismo era realmente umprivilégio, porque, perplexo diante da complexidade da problemática social, das injustiças sociais e não enxergando unia viabilidade prática para a solução desse drama queaflige milhões de criaturas humanas, sempreadmirei os marxistas convictos. que lutarampela implantação de um regime sob a inspiração de Marx e Lenin. Hoje já não os invejomais, porque devem estar mais perplexos econfusos do que qualquer um de nós. Desta·inveja já estou livre. Mantenho apenas aquela em relação aos espíritas.
Luís Carlos Prestes foi um marxista convicto, um idealista, antes e acima de tudo, umhomem que teve tudo para gozar a vida naplenitude do que ela pode oferecer. Se quisesse, teria chegado ao poder com a Revolução de 30 e, como outros o fizeram, a exemplo do que aconteceu em Cuba e esteve prestes a ocorrer na Nicarágua, depois, contraa expectativa dos que o acompanhassem, teria implantado o regime com que sonhara.Mas foi sempre um idealista na pelnitude dosseus sonhos.
·Sempre respeitei e continuo a respeitar osidealistas, os que se movem, os que se batempela convicção de um ideal. Este sentimento
de respeito sempre esteve presente em mimcom relação a Luís Carlos Prestes, um idealista, um homem que não foi ministro, nãofoi chefe de governo, não foi empresário, nãoteve fortuna, porque não quis, eis que sempre, vivendo no exílio, na clandestinidade,na cadeia, colocou acima das suas conveniências pessoais o ideal em que acreditava.
Durante o regime militar, tive oportunidade de surpreender destacada personalidade na cidade de Bebedouro, em São Paulo,quando afirmei, ao inaugurar uma praça deesportes para os professores, que tirava meuchapéu para Luís Carlos Prestes. E continuofazendo isto, porque, se ele estava equivocado, como acho que estava, nunca enganouninguém, nunca levantou outra bandeira nolugar da que sempre apresentou. Com elasofreu, lutou e morreu. Um homem enganado não merece repulsa. Um homem que·engana, sim. Este não foi Luís Carlos Prestes.Quem o.seguiu, o fez sabendo para onde ia.Por isto .ele se destinguiu dos muitos líderespolíticos, Sr. Presidente.
Vou concluir, deixando minha palavra desaudade, já que o conheci pessoalmente eo admirei também sob o aspecto de criaturahumana. A minha homenagem à memóriade um idealista que sofreu, lutou e viveu sempre colocando acima das suas conveniênciaspessoais o interesse que achava que seria oda Pátria, o do povo e o da humanidade.Um homem como este tem de ser reverenciado na hora em que morre.
Durante o discurso do Sr. SólonBorges dos Reis, o Sr. Inocêncio Oliveira, Iç Vice-Presidente, deixa a cadeira da presidência. que é ocupada peloSr. Carlos Cotta, 3' Secretário.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Cotta) Concedo a palavra ao Deputado Adhemarde Barros Filho.
O Sr. Del Bosco Amaral- Sr. Presidente,peço a palavra, para uma questão de ordem.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Cotta) Tem V. Ex' a palavra.
O SR. DEL BOSCO AMARAL (PMDB SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, com a anuência do orador, gostariade levantar uma questão de ordem.
Sou, na lista de oradores, o quarto colocado. Já vi comparecerem a esta tribuna trêsoradores. O Deputado Sólon Borges dos Reisera o segundo, mas antes de S. Ex' falaramdois. Acho que esta Casa deveria respeitarreligiosamente o esforço de cada Deputadoem inscrever-se cedo.
Falo isto para colaborar com V. Ex" quesei ser um legalista de primeira linha. Algunsvêm aqui, dão como lido o pronunciamentoe vão embora. Nós também temos os nosso~
afazeres.Eu pediria, pois, que fosse respeitada a
ordem de inscrição. Já falaram três oradores,sei que o Deputado Adhemar.de Barros Filhome antecede, mas simplesmente dois paraquedistas pularam em nosso terreno, felizmente não minado.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Cotta) - V.Ex' tem razão. Mas isto só acontece ·quandoo colega tem o discurso escrito e pede paraconsiderá-lo como lido.
O SR. ADHEMAR DE BARROS FILHO( PRP - SR. Sem revisão do orador.) Sr. Presidente, quero esclarecer ao nobrecompanheiro que me inscrevi às 8:00h.
O SR. DEL BOSCO AMARAL (PMDBsr. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, o que não acho justo é que se permitaa apresentação dos discursos dados como lidos, porque, se houver trinta apresentações,de nada vale minha inscrição às 7h30min ouàs 8:00h.
O SR. ADHEMAR DE BARROS FILHO(PRP - SP. Pronuncia o seguinte discurso.)-Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, estamos todos atentos ao transcorrer dos acontecimentos dramáticos que se verificam na Argentina, neste momento, porque a deterioração completa da economia deste nosso paísvizinho colocará em risco, irremediavelmente, o processo democrático iniciado com aseleições do primeiro presidente constitucional pós golpe militar de 1976.
A inflação, superior a 100 por cento, defevereiro, é um alerta de que o Governo Menem perdeu totalmente o controle da economia argentina. Os depoimentos dos cidadãose cidadãs argentinos, que tivemos oportunidade de ouvir pela televisão, mostram o desalento completo da população em relação aum governo que, há menos de um ano, tomouposse e perdeu totalmente a credibilidadepopular, A conclusão a tirar dessa reversão dramática da opinião pública em relação ao governo é a de que o processo hiperinflacionárioé um poderoso fator de desestabilização dacredibilidade do governo, o que não indicaque é suficiente a consagração das urnas paraconferir qualquer credibilidade, se a inflaçãonão for controlada.
As medidas anunciadas por Menem, nesteinício de semana, de aprofundar ainda maiso choque liberal, inspirado pelos credores internacionais e nacionais, demonstram que asolução está longe de atingir seus objetivos,porque está aprofundando o empobrecimento do país, destruindo a indústria e o comércio, bem como os salários, sem que se possaauferir resultados positivos, ao nível da expecativa popular. A receita ulttaliberal de dolarizar a economia, liberar totalmente o cãmbioe as importações, ao mesmo tempo que sepromove um tarifaço a cada três meses semque haja correspondência numa política salarial capaz de proteger os trabalhadores assalariados da corrosão violenta do seu poderaquisitivo, somente tem contribuído paraaprofundar as divergências políticas internas,enquanto paralelamente crescem os rumoresde golpe militar, na medida em que o governose mostra impotente para conter a avalanchehiperinflacionária.
O que podemos verificar, com facilidade,Sr. Presidente, é que o governo Menem nãoconseguiu controlar forças que dominarampoliticamente o Estado argentino, desde as
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regras de funcionamento da economia, incentivos fiscais, doações, etc., acumulando déficits até que a capacidade financeira do governo se esgotou. A reforma do Estado, prometida tanto por Alfonsim como por Menem,não foi e não está sendo levada a efeito, porque as forças dominantes que lotearam o Estado ainda ipsistem em continuar benefician
.do os privilégios concedidos outrora e quehoje não podem mais ser mantidos porqueo Estado faliu.
Menem tentou cortar os subsídios, porém,aqueles que se consideraram prejudicados,refluíram para a especulaçáo, intensificandoa ainda mais, agravando superlativamente osproblemas econômicos. Nesse contexto, oprocesso produtivo entrou totalmente em decadência e, em face da escassez de divisas,devido a estas terem emigrado, tomou-se impossível ao governo optar pelo aumento dasimportações, como forma de contrapor-se aespeculação com mercadorias, principal fatordo desabastecimento, que está levando as famílias argentinas a um processo de verdadeiraneurose coletiva. Carentes de reservas cambiais e envolto em uma especulação desenfreada, o governo Menem se encontra perdido entre as forças políticas, que não conseguecoordenar, pois estas refletem, por sua vez,interesses conflitantes, contraditórios e irreconciliáveis.
O Presidente eleito, Fernando Colllor deMello, Sr. Presidente, assumirá o poder nospróximos dias, e muitos dos probleJilas queo governo Menem enfrenta o seu governotambém enfrentará. Basicamente, o principal.obstáculo que terá pela frente serão as elitesnacionais. Como as elites argentinas, as elites
'brasileiras também tomaram de assalto o controle do Estado, nos últimos trinta anos. Oresultado aí testá: superconcentração da rendanacional, porque elas cuidaram somente dosseus interessés. Enquanto o Estado teve fôlego financeiro para financiá-las foi possívelconduzir o processo econômico. Como essefôlego chegou ao fim, e o substituto dos subsídios, incentivos fiscais e doações, passou aser a elevadíssima taxa de juros - o tradicional receituário do FMI -, que está agra.vando ainda mais o déficit fiscal e bloqueandoos investimentos e a retomada do crescimentoeconômico, o impasse se aproxima.
O Presidente eleito, SI. Presidente, Sr;; eSrs. Deputados, ao que tudo indica, encontrará dificuldades extremas para dar combateàs elites. O exemplo de tais dificuldades sepode medir pelos rumores de que os ptincipais empresários já estáo fazendo oposiçãoàs medidas preconizadas por Zélia Cardosode Mello de cortar fundo os subsídios e osincentivos fiscais. É evidente, Srs. Deputados, que se o novo governo .nãQ for capazde sobrepor as resistências dos empresários,que se beneficiam da política de incentivos.fiscais, responsável pelo modelo exportadore inflacionário, não terá ele condições moraisde exigir maiores sacrifícios dos trabalhadores, e especialmente dos funcionários públicos, ameaçados de demissão em massa. Nãopoderá ocorrer, de forma nenhuma, qois pe-
50S e duas medidas. Essa, aliás, é a resistênciaque o Governo Menem está enfrentando naArgentina. Como ele não foi capaz de darcabo aos privilégios conferidos à elite, os tra-
. balhadores, por sua vez, organizados e combativos, resistem, muito justamente, aos sacrifícios que tentam lhes impor, porque nãodispõem mais de condições materiais para sofrer qualquer restrição.
A estabilização econômica, SI. PresidenteS~ e Srs. Deputados, tem que exigir sacrifícios gerais, e a conta mais árdua deveráser paga por aqueles que se têm beneficiadodo modelo superconcentrador de renda e nãopor aqueles que empobrecem dramaticamente em decorrência deste modelo econômicoanti-social. A conta, neste momento, infelizmente, está sendo paga pelos trabalhadores,tanto aqui no Brasil como na Argentina. Asreformulações prometidas por Menem ficaram somente no papel, até agora, e tememos,SI. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, queo mesmo venha a ocorrer no Governo Collorde Mello, por falta de vontade política, diantedas resistências que já começam a surgir entreas elites brasileiras contra a intenção do Presidente eleito. O povo não aceitará mais sacrifícios, SI. Presidente, Sr" e Srs. Deputados,se não se certificar de que os verdadeirosbeneficiários da crise continuam mantendoos seus privilégios. A economia não se modernizará, pelo contrário, continuaremos aviver um arremedo de capitalismo, incompetitivo, incapaz de sobreviver sem os privilégios concedidos pelo Estado, como tem sidono Brasil a na Argentina. O resultdo finalde tal estratégia equivocada, se implemen-
. tada, ~erá o aprofundamento da recessão eo con~qüente afundamento do empobrecimento nacional. O crescimento econômiconão pode ser sacrificado por um programade estabilização irracional que não cumprao objetivo de dar cabo do principal obstáculoao crescimento: o modelo superconcentradorde renda, que beneficia uma minoria elitizada maioria da população. As conseqüênciasrecàirão, fatalmente, sobre nosso processodemocrático, ameaçando sua sobrevivência.
Era o que eu tinha a dizer.O SR, DEL BOSCO AMARAL (PMDB
SP. Sem revisão do orador) -Sr. Presidente,SI' Deputados, os ministérios do GovernoConor vão sendo selecionados, mas é precisoque os Ministros já escolhidos, que serão reponsáveis pelas Secretarias que representarão os antigos Ministérios, fiquem atentos para que pessoas que infelicitaram este País nosúltimos tempos não renasçam das cinzas ou da lama, conforme se queira entender para assumir postos de mando. E vou deixarbem claro que minha intervenção refere-seà Siderbrás, área siderúrgica, que aliás, tem,em Minas Gerais, Estado que abriga o Deputado Carlos Cotta, que preside esta sessãoe um mais brilhantes parlamentares desta Casa, os seus maiores expoentes.
O que não podemos admitir é que o futuroMinistro da Infra-estrutura, na Secretaria quevai tomar conta da siderurgia, permita o ingresso daqueles que sangraram a siderurgia
estatal em proveito próprio, que organizaramos cartéis e os cartórios de forma facciosa,em benefíco da siderurgia privada, esvaziando as estatais. Esses órgãos, que estão escondidos e quietos e que denuncio neste instante,colaboravam, de um lado, com a campanhade Collor e, de outro, com a campanha daFrente Brasil Popular, do SI. Luís Inácio Lulada Silva, porque são acostumados a estar debem com qualquer governo. Esses homensdo setor siderúrgico, principalmente osquequerem a privatização rápida e apressada dassiderúrgicas, precisam passar pelo crivo dainvestigação do novo Governo Collor, em nome da austeridade de da moralidade.
Lanço este apelo, para que o futuro Ministro da Infra-estrutura tenha cuidado, procuresaber se os seus futuros escolhidos não passaram no vergonhoso pingue-pongue do marde lama em que infelizmente esteve - ouainda está - mergulhada a siderurgia nacional até bem pouco tempo. Esta é a minhaobservação.
Outro assunto, SI. Presidene, é a questãode Cubatão, seus grandes problemas e oexemplo de uma administração moderna doPrefeito do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, PMDB.
Cubatão é uma cidadão que renasce nasmãos do PMDB.
O Município paulista de Cubatão é'palcohoje de uma administração moderna doPMDB, fixada em princípios básicos, caracterizados por:
a) )real participação da comunidade;b )administação por objetivos e resulta
dos;c) com estabelecimento de metas coru pra
zos e responsáveis, tiradas através de amplase permanentes consultas à comunidade, viaassembléias gerais das populações dos bairrosem suas sociedades de melhoramentos;
d) moralização do serviço público, com total adequação à nova Constituição;
e) modernização da máquina administrativa, valorizando e estimulando o serviço público;
f) privatização de serviços com o enxugamento da máquina administrativa.
Não é o Prefeito Nei Eduardo Serra quedecide como devem ser gastos os recursosmunicipais, mas a comunidade organizada,brilhantemente representada na Câmara Municipal.
Dedicou S. Ex' os seis primeiros meses doano às prioridades máximas.
1) saneamento das finanças públicas, pagando todas as dívidas;
2) enxugamento parcial da máquina administrativa lerda, inchada e desmotivada;
3) recuperação do poder de compra dossalários e vencimentos dos servidores, achatados nos últimos anos, e .,razão do desestímuloe da baixa produtividade;
4 - recuperação da frota, prédios e serviços desativados ou dessintonizados com oconjunto.
O Prefeito Nei Serra, escolhido ao finaldo ano por entidades classistas e educacionaisprivadas da Baixada Santista "O Adminis-
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trador do Ano", retomou e ampliou~ por decisão da comunidade, projeto que iniciara em1985 e que estava desativado, caracterizadopela fábrica da comunidade que consiste napreparação e capacitação, sobretudo de mãode-obra feminina, para o mercado de trabalho, capacitando mais de 2.000 moças e senhoras que passaram a ajudar a renda desuas famílias, gerenciou e estimulou a criaçãoe implantação, já, de 28 micro empresas, demodo que as pessoas orientadas se reúnemempresariando projetos de produção de bensa partir de suas casa, com excelentes resultados.
Colocou em funcionamento a cozinha dacomunidade, hoje repondendo por 31.000 refeições escolares, a nutrizes e desnutridos,hospital e Corpo de Bombeiros. Ainda cumprindo decisão da comunidade, construiu eimplantou a Cidade da Criança. Deve-se res·saltar que a maior prioridade desta administração é a criança. Nesse ponto, já no anopassado, cumpriu seu compromisso de quenenhuma criança em idade escolar ficaria semmatrícula. Em 1989, iniciou-se obras que para1990 significaram um aumento de 20% dacapacidade física escolar do Município.
Cabe salientar que, em face dos resultadosobtidos em 1989, com a real melhoria da receita, eliminação de desperdícios, cumprimento das metas, o Prefeito deliberou premiar todos os servidores, inclusive os de autarquias, com a concessão de gratificação correspondente a um salário base de cada um.
Neste ano, 1990, paralelamente ao orçamento frio e formal votado pela Câmara, decretou a aprovação de mais de 250 metas poratingir durante o mesmo ano, indicadas pelacomunidade, dentre estas, mais de 100 obrasdas quais se destacam a construção de maisescolas, rodoviária, um novo e moderno hospital da comunidade com 250 leitos, 3.100unidades habitacionais populares, hortas comunitárias, implantação da Escola Técnicado Senai, consolidação da Escola Técnica Federal e do Campus da Escola Politécnica daUniversidade de São Paulo. Colocou à disposição da Secretaria da Segurança Pública imovél para instalação do 29 Distrito Policial.Brevemente, instalará o 39 , pois obteve doGovernador do Estado a decisão de encaminhar projeto de lei à Assembléia Legislativa,criando a região metropolitana da BaixadaSantista e também de autorização para construção da 2' pista da Rodovia dos Imigrantes,que liga o planalto paulista à Baixada Santista.
Cubatão foi durante anos conhecida comoa cidade mais poluída do mundo, mas, graçasàs lutas da com.unidade, o quadro esta revertido. Hoje, há controle de 91% das fontespoluidoras industriais. Aquela cidade dáexemplo ao mundo de que é possível minimizar à insignificância os efeitos degradantesambientais do progresso industrial.
Nei Serra tem estimulado este esforço decontrole total da poluição, e vem marcandosua administração por ações claras de pre~er
vação e conscientização ecológica. Assim éque, no ano passado, implantou e inaugurou
os par4ues ecológicos do rio Perequê e docaminho do mar, em implantação ainda osparques do Itutinga-Pilões e do Cotia; dispa~
mu projeto de plantação de 140 mil mudasde árvores, transformando Cubatão em "cidade símbolo da ecologia".
Incansável na discussão dos problemas desua cidade com o povo, Nei Serra desenvolveum governo de "portas abertas" para a comunidade concentrando todos os esforços nocumprimeto das determinações nas áreas daeducação, saúde, habitação e transporte.
Todo o sucesso da administração Nei Serraestá fortemente associado ao relacionamentoque o Prefeito mantém com uma valorosamaioria de Vereadores da Câmara Municipal, cuja base maior está no PMDB, que atuade forma quase suprapartidária em favor dopovo de Cubatão.
Vamos levar ao novo Governo a imagemda administração moderna do PMDB, como pedido de um atendimento prioritário paraos setores carentes e necessidades básicas.
A SI"' Irma Passani - Sr. Presidente, peçoa palavra, pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Cotta) Tem V. Ex' a palavra.
A SRA. IRMA PASSONI (PT - SP. Semrevisão da oradora.) - Sr. Presidente, gostaria de comunicar que amanhã estarei ausentedesta Casa, para participar de um semináriointernacional na Embrapa - CTI, em Campinas, na condição de membro da ComissãoMista de Orçamento.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Cotta) Concedo a palavra ao Sr. José Thomaz Nonô
O SR. JOSÉ THOMAZ NONÔ (PFL AL. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Srs. Deputados, aproxima-se adata da posse do' presidente eleito e com elao início de uma nova etapa na vida públicado País.
Por todos os lugares paira um anseio difuso, uma torcida organizada poder-se-ia dizer,para que o Sr. Fernando Collor cumpra suaspromessas.
O Brasil atravessa uma crise sem precedentes, com o processo hiperinflacionáriopresente e afetando a bolsa e a vida dos cidadãos, e todos, sem exceção, gostariam de vero futuro governo coroado de êxito nos seuspropósitos de reconstituir e reformar o País.
Em Alagoas, então, este sentimento é ainda mais exacerbado, uma vez que o futuroPresidente da República é quadro políticode lá catapultado no último pleito para o cenário nacional.
Torço, como brasileiro, com alagoano, como cidadão, para que o Governo acerte. Sou,antes de tudo, um amante da minha Pátria,do meu Estado, da' minha gente. O Brasilprecisa reencontrar o seu destino, e Alagoasser indenizada pelos últimos quatro anos depolítica de terra arrasada.
A diferença fundamental é que não posso.dar ao novo Presidente da República o crédito de confiança que a quase totalidade dapopulação de boa-fé está concedendo. Não
o faço, repito, porque todo o discurso, todoo marketing deste início de governo para mimtem um ar de déja vu, extremamente semelhante áquilo que presenciei em escala menor, estadual, quando do início da gestão Fernando Collor, nas Alagoas.
Sou, assim, cético, em razão de já ter vividoa imensa distância entre o que diz e o quefez um Governo Collor. Por isso votei emLeonel Brizola, no primeiro turno, em Lula,no segundo.
Meus candidatos foram derrotados, e, conseqüentemente, o meu lugar no espectro político é na oposição.
Oposição, para mim, é fiscalizar com imparcialidade e cobrar com firmeza as promessas do candidato Collor de Mello. Entre essas, com especial ênfase, a prometida quedada inflação em 100 dias, a retomada do crescimento econômico, a melhoria das condiçõesde vida do povo brasileiro. .
Claro está que tudo o que vier em benefíciodo ,País terá meu apoio irrestrito.
E obvio que as medidas encaminhadas peloExecutivo que beneficiarem minha terra natal terão o meu concurso e auxílio integrais.
Para isso, entretanto, não preciso fazerbarganhas ou "colorir", verbo que hoje apresenta, para os que apenas recentemente passaram a conjugá-lo, o mesmo significado deaderir. •
Tenho memória, coerência e mais que tudocredibilidade nesta Casa e na minha terra.Faço questão de manter estes atributos aindaque tal postura possa gerar pressões e mecustar dissabores no decorrer da campanhaeleitoral que se avizinha.
Penso que isso esclarece de forma meridiana a postura que adotarei, cumprindo oque entendo ser dever de cada parlamentar:fugir da ambigüidade e expor integralmentesuas posições. É o que sempre fiz na minha,vida política.
Não há, entretanto, como criticar o quenão começou. A nova gestão só pode ser julgada à luz das medidas que tomar e dos efeitos gerados. Depois dos três meses pedidospelo próprio Presidente, se o Governo Colloracertar serei o primeiro a fazer a autocríticae reconhecer-lhe as virtudes que hoje, honestamente, não vislumbro.
Na oposição, aguardo ...
O Sr. Hermes Zaneti - Sr. Presidente, peço a palavra, para uma questão de ordem.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Cotta) Tem V. Ex' a palavra.
o SR. HERMES ZANETI (PSDB - RS.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Sr" e Srs. Deputados, hoje pela manhã, nosprimeiros programas noticiosos do dia, tomamos conhecimento do falecimento do ex-Senador e ex-Constituinte de 1946, Luíz CarlosPrestes, verdadeira legenda da política brasileira, figura pública da maior relevância.Podemos até discordar de suas idéias, ou concordar com elas, mas é inegável a sua trajetória política brilhante e profundamente vinculada à verdadeira história do nosso País.
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Por essa razão, Sr. Presidente, solicito aV. Ex', em questão de ordem, a suspensãoda sessão pelo passamento do ex-político LuísCarlos Prestes.
Aproveito também a oportunidade paramanifestar minha estranheza pelo fato de nãoter a Mesa tomado essa iniciativa, uma vezque no telejornal matutino foi, inclusive, veiculada a notícia de que estavam reunidos osPresidentes da Câmara dos Deputados e doSenado Federal, tratando do assunto.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Cotta) - AMesa informa a V. Ex' que de acordo como art. 71, do Regimento Interno, da Câmarados Deputados, a sessão só poderá ser levantada, antes do prazo previsto para o términodos seus trabalhos, no caso de:
I - tumulto grave;II - falecimento de congressista da legisla
tura, de Chefe de um dos Poderes da República ou quando for decretado luto oficial;
UI -presença, nos debates, de menos deum décimo do número total de Deputados.
Por estas razões, a Presidência não irá suspender a sessão. No entanto, há sobre a mesarequerimento da Deputada Abigail Feitosa,pedindo que seja prorrogada uma das sessõesda Câmara dos Deputados, a fim de se homenagear a figura do ilustre homem público LuísCalor Prestl~s.
O SR. HERMES ZANETI - Sr. Presidente, aceito a ,explicação de V. Ex'. No entanto,era nosso dever fazer o requerimento, atépara que a Casa e a Nação tomassem conhecimento da razão pela qual, frente ao noticiáriode hoje pela manhã, não houve a providênciadivulgada.
O SR. PRESIDENTE (Carlos Cotta) - Anotícia também não tem amparo regimental.
Fica registrada a manifestação de V. Ex'
O SR. PRESIDENTE (Carlos Cotta) Concedo a palavra ao Sr. Nelson Aguiar
O SR. NELSON AGUIAR (PDT- ES.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, minhas palavrasiniciais se destinam a prestar uma homenagem sincera à extraordinária figura do líderLuís Carlos Prestes, que agora sai da agitadacena da vida política para entrar definitivamente na História.E~~amos, assim, ii>li?ários na d?r com seus
famlhares e com sil'rl tmensa legião de seusadmiradores e amigos.
Associo-me, pois, a quantos, nesta Casae fora dela, lamentam o passamento do velholíder e com sinceridade e admiração o homenageiam.
Em segundo lugar, comunicamos à Casao ingresso, no PDT do Estado do EspíritoSanto, do Governador Max de Freitas Mauroe todo seu grupo político.
Em solenidade que presidimos na Assembléia Legislativa, em 25 de fevereiro último,abonamos fichas de filiação de oitenta e novelideranças, entre as quais cinco Deputadosestaduais, doze Prefeitos, sete Secretários emto Subsecretários de Estado, quarenta ecinco Vereadores e doze outros líderes.
A filiação do Governador, com grande número de outros companheiros, no entanto,ocorrerá no mês de abril, em festa que serápresidida pelo líder Leonel Brizola.
Recebemos, com muita alegria, esses com'panheiros no PDT Capixaba, que temos ahonra de presidir, certo de que, pelo valorpessoal e o prestígio de cada um, além dapresença do honrado Governador Max Mauro, na terra de Maria Hortiz, dando um saltode quantidade e de qualidade em termos deestrutura partidária e liderança política.
Max, que foi deputado do grupo autênticodo MDB nesta Casa, realiza hoje a gestãogovernamental mais limpa, mais correta emais digna deste País, em termos de zelo comos dinheiros públicos.
Tendo, em razão de seus compromissos democráticos, optado pelos 4 anos de mandatopara o Presidente Sarney e recomendado essadecisão às bancadas capixabas na Câmara eno Senado, passou, a partir daí, a sofrer amais sórdida retaliação do Governo Federal,o que tem penalizado durante o Estado eo povo do Espírito Santo. Toda sorte de dificuldades, em termos de liberação de verbasdevidas ao Estado Capixaba, tem sido desencadeada em todos os setores do Governo daUnião.
Com a vigência da doutrina do "é dandoque se recebe", oficializou-se a corrupção emalgumas áreas governamentais, onde virouregra o pagamento de propinas para se levantarem recursos, como ficou provado em depoimento de muitos Prefeitos.
Max denunciou essa "safadeza," para usara expressão por ele empregada.
O Miistério da Justiça, que tinha o deverde botar na cadeia os ladrões dos cofres públicos, fez exatamente o que se esperava desteGoverno que o povo deseja logo sepultado:processou Max, exigindo, que ele prove acoisa mais provada aos olhos da Nação, istoé safadezas em setores já denunciados.
Mas isto são coisas desta República.O que me cabe dizer, ao finâl deste rápido
discurso, é que Max superou tudo e a todosse sobrepôs.
O Espírito Santo está com seus compromissos em dia, realizando obras de interessedo povo. Está, pois, orgulhoso e altivo, pornão se ter curvado ante à sanha desmoraIizadora que tomou conta desta República,graças ao Governo Sarney e seus beneficiários e aproveitadores.
Esta altiva dignidade do povo capixaba ~e
deve à tenacidade e à integridade moral dohomem -e do político Max Mauro, que agoraestá em nossas fileiras.
Max, que foi do antigo PTB, presidido noEspírito Santo, por seu pai, Saturnino Mauro, tem, portanto, vínculos pedetistas muitofortes, por suas raízes trabalhistas.
De seu encontro,com o Dr. Brizola no Riode Janeiro resultaram o compromisso e o desafio por ele aceitos de nos ajudar a construirum PDT forte, coeso, ideologicamente afinado e politicamente comprometido com a libertação do povo brasileiro do jugo cruel damiséria e da fome que o vitima a séculos.
Para esse tempo de reconstrução de nossopartido, em todo o País, Max é bem vindo,porque é imprescindível.
O SR. WILSON CAMPOS (PMDB -PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Sr" e Srs. Deputàdos, sabemos que se realizaem Brasília um evento para homenagear amulher, pois o fato nos foi comunicado pelaCompanheira Irma Passoni. Congratulamonos com as mulheres brasileiras, principalmente com aquelas que chamamos de "mãepreta", muito comuns na minha Região e quecontinuam passando fome. Embora seja bomhomenagear atores e artistas, devemos começar pelas "mães pretas, pelas "sinh!Ís", poisatravés delas é que vamos encontrar a maiore a mais legítima expressão da mãe brasileira.
Portanto, Sr. Presidente, em meu nomee no do meu partido gostaria de deixar registrada a homenagem às mulheres, pelo seudia, e a admiração que temos por elas. Apesardo Dia Internacional da Mulher ser amanhã,congratulo-me com a mulher brasileria e coma mulher do mundo, na presença e na pessoada nobre Deputada Abigail Feitosa, paraquem peço uma salva de palmas. (Palmas.)
ASRA. ABIGAIL FEITOSA (PSB-BA).Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Sr" e Srs. Deputados quero deixar consignado nos Anais da Casa e meu voto de pesarpelo falecimento do grande brasileiro, idealista e lutador, Luís Carlos Prestes.
Ao se embrenhar pelas terras inóspitas doNordeste, pôde ver de perto as condições miseráveis do seu povo. A partir de então, tomou conhecimento da doutrina socialista, nela se aprofundou e foi seu grande líder, noBrasil, durante praticamente sessenta anos.sua vida foi coerente com seus princípios.Sofreu, foi preso, mas nunca cedeu. Achava- como eu - que o regime socialista é omais justo para o homem. No capitalismo,o que importa é o lucro. No socialismo, osbenefícios têm de ser estendidos a toda a sociedade.
Se um país socialista tem problemas, semudou um pouco seu rumo, faz parte da própria natureza humana algum desvio. Mas, osocialismo é um regime muito mais justo, poistodos têm acesso ao desenvolvimento e a condições mais justas de vida. Em nenhum paíssocialista vemos crianças abandonadas, analfabetas, desempregados ou pessoas ao léu,como ocorre em países capitalistas, principalmente do Terceiro Mundo.
Luís Carlos Prestes foi a grande luz doPCB, travou lutas e deixou marcas. O Paíssente-se orgulhoso de ter tido um filho comoele. Muitos discordam de seus pontos de vista- mesmo entre os comunistas houve divergências e alguns dele se afastaram - masnão podem eles, ou melhor, não podemosnós - comungo de suas idéias apagar o significado de Luís Carlos Prestes para o País.Encaminhei um requerimento à Mesa propondo realizar uma sessão de homenagema esta figura, orgulho dos trabalhadores, porque foi exatamente para eles que Carlos Prestes drenou sua energia, inteligência e firmeza
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 107i
Minha homenagem sincera a Luíz CarlosPrestes.
o SR. ERALDO TRINDADE (PL- AP.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr~ e Srs. Deputados, as atenções dosbrasileiros se voltam para o dia 15 de março,data em que o Presidente eleito Fernando
.Collor de Mello deverá ser empossado.As perspectivas de mudanças de mais de
v~te ~ilhões de seus eleitores são grandes,nao so quanto às resoluções na área econômica, mas, fundamentalmente no que teráà execução de um processo que possa contera in~~ção que corrói salários e impõe pesadossacnfIcos a todos os segmentos sociais destePaís.
No meu Estado, o Amapá, a situação nãopoderia ser diferente quanto aos aspectos queacabo de citar, mas a esperança é aindamaior, quando surge a possibilidade de mudança no Governo do Estado.
Há mais de cinco anos, lá está Sr. JorgeNova da Costa, nomeado que foi, na épocada então Aliança Democrática, pelo Presidente José Sarney. Após a promulgação daConstituição, com a transformação do Amapá e~ Estado: continuou no cargo; por seconSIderar amIgo pessoal do Presidente daRepública.
Durante esses anos em que se intitula Governador, nova da Costa passa a maior partede seu tempo viajando, sem se importar coma situação dos amapaenses, que sofrem coma falta de saneamento básico e com a faltade escola. Só este ano mais de 5 mil criançasficarão sem estudar. Na área de saúde muitagente tem morrido em meu Estado, pois ohospital que deveria ser mantido pelo Governo não possui medicamentos nem materialde apoio ~irúrgico, sendo os pacientes, obrigados a fIcarem em casa, e os que têm maissorte sobrevivem.
A maior vontade de Jorge Nova da Costaé manter-se no cargo nem que para isso tenhaque correr atrás de Collor de Mello. Hojepela manhã, o Governador do Amapá, juntamente com uma equipe, encontrava-se, exatamente às 7 horas da manhã, em frente aoprédio onde reside o futuro Ministro da Justiça Bernardo Cabral, objetivando mantercontactos que o fortaleça no Governo até1991. Mostra o Sr. Nova da Costa a sua carade fisiologista, pois, pertecendo ao PMDB,apoi~u Ulysse~ G':1imarães, homem digno derespeIto, no pnmeIro turno das eleições presidenciais e, no segundo, fez campanha abertamente em favor de Luís Inácio Lula da Silva.Agora corre atrás de Collor para continuarGovernador.
Se o Presidente eleito quer mesmo trabalhrem favor da melhoria das condições de vidada população brasileira, não pode esqueceruma parc~~~ ~e seus eleitores, os amapaenses, que Ja nao suportam o abandono e amá administração causados por Jorge Novada Costa.
O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT - SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr'S e Srs. Deputados, queremos homena- .
gear Luís Carlos Prestes, no dia do seu faleci~ent~, como uma grande liderança política,hIst6nca e humana. .
Sua hist6ria confunde-se com a Históriado Brasil, nos últimos sessenta anos. Presença de destaque e de liderança nos principaisacontecimentos, perseguido, preso, torturado, sempre teve uma atitude firme e combativa na defesa de suas posições. Homem deideais, lutou por eles, colocando a sua própriavida em risco, seja na clandestinidade, sejana atividade pública.
O Brasil e seu povo, ao lembrar sua vidalegendária, homenageia um dos seus maisilustres filhos. Prestes foi grande homem eum grande político.
No final de sua vida, assumiu posições críticas e autocríticas sobre questões relacionadascom sua militância política.
O I?omento do seu falecimento é complexoe delIcado para esquerda. O socialismo atravessa uma crise de proporções, e a esquerda,para sair da defensiva, tem que elaborar umprojeto socialista democrático e humano. Omomento dessa homenagem é também de reflexão sobre os impasses da luta pelo socialismo. A figura e o papel de Prestes estãovinculados à trajet6ria da esquerda, seus erros e vitórias.
Reafirmamos nosso compromisso de lutacontra o capitalismo, pela democracia e porum socialismo democrático. Nessa homenagem resgatamos essa luta e a refexão dos socialistas na construção de uma nova sociedade.
O SR. PAULO RAMOS (PDT - RJ. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs.Deputados, ao mesmo tempo em que manifesto o mais profundo pesar pela Jllorte dolíder comunista e grande líder nacional LuísCarlos Prestes, associo-me a todos aquelesqu.;, ora no exercício do mandato no Parlamento b.rasileiro,. desejam que a Casa promova sessao espeCial em homenagem a essegrande líder, indiscutivelmente, uma figuraviva da história contemporânea do Brasil, desuas lutas nacionalistas, de suas lutas por umasociedade solidária, mais justa, mais humana,uma sociedade socialista.
Sr. Presidente, assomo mais uma vez à tribuna para tratar de um tema que está levandoa população do Rio de Janeiro a uma situaçãod~ mais pleno desespero - a segurança públIca.
O Sr. Governador Moreira Franco, durante sua campanha eleitoral, teve na segurançapública sua principal bandeira. O que se verifica, hoje, no Estado do Rio de Janeiro, éa mais completa falência das estruturas policiais e do Corpo de Bombeiros. Esta falêncianão se dá simplesmente em função da precariedade de material, nem todo arrocho salarial, nunca verificado em qualquer outra época, mas pela mentira, pela farsa que o governante tenta montar, iludindo a populaçãocom o seu governo fascista, que premia fi
cúpula das corporações policiais. Isso leva
a uma situação de desespero a maioria esmagadora daqueles que, estes sim, no exercícioda função policial, passando por. todos os riscos inerentes à atividade, procuram elevara imagem da corporação.
O Sr. Moreira Franco pode tentar enganara população do Rio de Janeiro\ mas não aqueles ~~e. integram os quadros das corporaçõespolICIaIS. Ontem, a imprensa noticiou que,em palestra realizada para os integrantes doCurso Superior da Polícia Militar, com a presença.~e m~i~os ofi~iais, S. Ex' afirmou quea P,olI.cla. t:JIlItar fOI recuperada e que hojeesta dIgmfICada, lendo feito, ainda, inúmerasoutras afirmações mentirosas a respeito dedados orçamentários. Talvez a população do~io de J~neiro também não acredite, porqueVIve em msegurança.
Hoje, o próprio "Jornal do Brasil", queontem deu a notícia mentirosa, iludido também pelo Governador Moreira Franco, trazafirmações produzidas no anonimato, já queos policiais militares, além das dificuldadesque enfrentam, ainda são reprimidos arbitrariamente pelo comando corrupto e incompetente do Sr. Manoel Elysio, que ainda se dizCoronel da Polícia Militar. E todos nesta Casa sabem que oriundo dos quadros da PolíciaMilitar. onde prestei serviços durante quasevinte e dois anos de minha vida. Pois bem,a chamada da notícia no "Jornal do Brasil"é a seguinte: "Soldo e humilhações levamquatro mil policiais militares a pedir baixa".
O Governador Moreira Franco não consegue manter nos quadros da PM aqueles quea procuraram imaginando que estariam integrando os quadros de uma corporação queseria dignificada, entre outras coisas, commelhores salários. Entretanto os policiais, como também os bombeiros militares, estãopassando fome. A situação é de penúria. Imaginavam também que integrariam os quadrosde uma corporação que pelo menos tivesseuma cúpula que lutasse pelo bom nome dacorporação e pela moralização dos serviçosque presta â população do nosso Estado. Hoje estão iludidos.
Sr. Presidente, infelizmente os quatro milp.oli~iais militares estão pedindo baixa, insatIsfeItos, revoltados com o que se passa na~orporação ..E eles representam a quase totalIdade dos mtegrantes da Polícia Militar.Aqueles que pelo medo se omitem e que embusca, às vezes, de um galão maior tambémse omitem, submetem-se e acumpliciam-se.Mas a voz anônima publicada hoje no "Jornaldo Brasil" representa a consciência de todosos policiais milita~es, de todos aqueles quepretendem, pelo menos, integrar uma corporação que há de ser dignificada, sim, commelhores salários, mas há também de ser res~eitada pe!os bons serviços que deve prestara populaçao - lamentavelmente o que nãoacontece no Rio de Janeiro:
. f>:1inh.a. solidariedade, portanto, aos poliCIaIS mIlItares, aos bombeiros militares que,~~smo no anonimato, ainda lutam para digmfIcar suas corporações.
1072 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
Durante o discurso do Sr. Paulo Ramos o Sr. Carlos Cotta, 3"-Secretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocupadapelo Sr. Wilson Campos, 2'-Vice-Presidente.
o SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) Concedo a palavra ao Sr. Florestan Fernandes.
O SR. FLORESTAN FERNANDES (PT SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, SI"'" e Srs. Deputados, ocupo a tribunapara prestar homenagem a um líder político,ex-parlamentar, que desempenhou papel histórico primordial em toda a evolução da República, nestes últimos sessenta anos. Tratase, como todos sabem, de Luiz Carlos Prestes, nome sobre o qual poder-se-ia dizer quefoi um her6i que não forjou a sua glória,como tantos outros, porque construída porsua coragem, dignidade cívica e seu ardorcombativo.
Podem-se distinguir na vida de Luiz CarlosPrestes três períodos: no primeiro, ele empunhou armas contra a República Velha, paraderrubar as oligarquias e instituir no Brasilum regime democrático; no segundo, e durante muito tempo, ele foi o principal líderdo Partido Comunista do Brasil. Neste período:exerceu atividades dandestinas, ilegais,e esteve nesta Casa, com a bancada de seupartido, abrilhantando a Constituinte de1946.
.Posteriormente, em especial durante. e depois da ditadura militar, as lutas internás dentro do seu partido o expuseram a uma vidatrágica.. Viu-se, então, Luiz Carlos Prestesredu~id(di"condição'de lutador solitário. Éde Luiz Carlos Prestes desta última fase, quepoderíamos chamar de o "último Prestes",que recebemos as maiores lições de vida polí-.tica e de capacidade de luta. Fiel aos velhosideais, não se submeteu a pressões e ameaçase, mesmo sem apoio, sem meios, prosseguiudifundindo 00 socialismo entre aqueles quese haviam mantido leais ao liames que o uniram ao Partido Comunista do Brasil - namaioria jovens e trabalhadores, que encaravam com grande amargura a situação brasileira.
É neste período que Prestes se torna o símbolo maior de esperança coletiva para o povo.Aqueles que não acreditavam mais no Brasil,que não depositavam mais fé no homem, nacapacidade de ação das classes trabalhadoras,dos sindicatros, dos excluídos, todos elesaprenderam com Prestes que na hora da desdita é que é necessário ser forte. Aí conhecemos o Prestes mais radical; radical no sentido exposto por Marx: "Ser radical éir àsúltimas raízes das coisas". Luiz Carlos Prestesfoi às últimas raízes das coisas e, mantendo-secoerente, recomendou a revolução social como a via pela qual poderemos chegar à democracia e a um regime de igualdade com liberdade.
Era o que tinha a dizer.
O SR. ALUÍZIO CAMPOS (PMDB - PB..Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi-
dente, SIso Deputados, ontem apresentei aoCongresso Nacional um prqjeto de resoluçãoalterando disposições do Regimento Comumsobre a Lei Delegada.
O Regimento Comum ainda em vigor nãoestá correspondendo à Constituição atual eo seu projeto para a ela adaptá-lo, cujo relatório está sendo elaborado pelo nobre Deputado Nelson Jobim, seguramente terá aindaalguma demora, dada a sua abrangência.
. A delegação legislativa foi tratada pelosarts. 59', inciso IV, e 68 da Constituição certamente com o propósito de agilizar o procedimento de matérias urgentes, cujos conteúdose termos de exercício se justificam depois de.admitida por preliminar resolução do Congresso que aadmitir.
Nos termos do § 19 do art. 68 da Constituição, serão excluídas da delegação os atosde competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, amatéria reservada à lei complementar e a legislação estabelecida nos incisos do referido§ 1'.
Assim sendo, o argumento de que a LeiDelegada representa "um cheque em branco" em favor do Presidente da República éinteiramente improcedente. .
Pela emenda de nossa autoria, além dasexceções já mencionadas, o Congresso nãosó pode limitar a matéria naquela resoluçãopreliminar, como também apreciar o projetode lei delegada, para rejeitá-lo no todo ouem parte, adotando a votação destacada.
O que o Congresso precisa urgentementeresolver é o procedimento adequado visandoa acelebrar o processo de elaboração legislativa, para que não lhe caiba a culpa de nãocolaborar com as iniciativas legítimas do Poder Executivo.
Na justificação da minha emenda, eu disse:
"Será importante que o Congressoadote uma resolução para cada projeto.a ser elaborado. A lei delegada não devemisturar objetivos diversos.
Se, além da reforma dos ministérios,a causa maior da inflação é o déficit público, vamos, em resoluções distintas,elaborar as correções possíveis. Tambémoutros projetos de lei delegada devemalterar o sistema financeiro, extinguir acorreção monetária, tabelar os juros,cumprindo o § 3' do art. 192 da Constituição, e assim por diante, ficando os'diversos assuntos tratados de per se.
O Congresso Nacional precisa aparelhar-se para delegar ao Presidente da República os poderes necessários e suficientes para as modificações que, excepcionalmente, se fizerem imperiosas para oaperfeiçoamento de nosso ordenamentojurídico."
O SR. DARCY DEITOS (PMDB - PRoPronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, quando elaboramosa nova Constituição brasileira, promulgadaa 5 de outubro de 1988, inscrevemos, no capítulo reservado aos Direitos e Deveres Indivi-
duais e Coletivos, uma norma que poucospoderiam imaginar viesse a ser invocada contra o próprio Congresso Nacional. Refiro-meao mandado de injunção, inscrito no incisoLXXI, do Art. 5' da Carta Magna, a ser concedido pela autoridade judiciária "sempreque a falta de norma regulamentadora torneinviável o exercício dos direitos e liberdadesconstitucionais e das prerrogativas inerentesà nacionalidade, à soberania e à cidadania".
Infelizmente, o remédio constitucionalvem de ser utilizado, segundo noticiário daimprensa, para compelir o Legislativo a quevote as leis complementares que darão cumprimento aos preceitos da Constituição. Iniciativa da Federação dos Trabalhadores Rurais, o mandado de injunção deverá ser apreciado pelo Supremo Tribunal Federal, instância máxima no julgamento e aplicação de disposições constitucionais. Embora o Presidente da República também seja citado, é indiscutível a responsabilidade maior deste Congresso na votação dessas matérias por elemesmo aprovadas e inscritas na Carta Magna.
O Plano de CustlJio da Seguridade Social,abrangendo as áreas de saúde, assistência eprevidência, somente será encaminhado àComissão de Finanças da Câmara dos Deputados no próximo dia 14, após a escolha dosnovos presidentes das Comissões Técnicas daCasa. Enquanto isso, esgotou-se, há muito,o prazo estabelecido no Art. 59 do Ato dasDisposições Constitucionais Transitórias que era de seis meses a contar da data dapromulgação da Constituição de 5 de outubrode 1988 - para discussão e votação dos projetos de lei relativos à organização da seguridade social e aos planos de custeio e de benefício.
É profundamente lamentável, Sr. Presidente, que por omissão ou desídia este Poderseja publicamente chamado ao cumprimentode suas obrigações através do mandado deinjunção, instrumento igualmente ainda nãoregulamentado, mas que deverá ser devidamente normatizado pelo Supremo TribunalFederal.
Temos, diante de nós, uma ingente tarefaa desempenhar. Há um vasto elenco de dispositivos constitucionais a exigir leis ordináriasou complementares. Nele arrolaríamos, comprioridade, os benefícios aos trabalhadoresrurais, como o pagamento das aposentadoriasno valor integral de um salário mínimo e nãomais de apenas meio salário-mínimo; a aposentadoria do homem e da mulher do campocom cinco anos a menos que a dos trabalhadores urbanos. Lembraria, também, a LeiAgrícola, diploma da maior importância paraestabelecer um novo quadro econômico-social nas atividades rurais de um país de imensas potencialidades, mas profundamente carente de uma estrutura que alavanque o desenvolvimento da produção agropecuária.
Quero fazer o mais veemente apelo a todasas lideranças partidárias no Congresso Nacional - Câmara e Senado - para que sejamenviados os maiores esforços possíveis na votação dos projetos de lei complementares eordinários que dão eficácia ao texto da Cons-
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção. I) Quinta-feira 8 1073
tituição brasileira. Somente assim estaremosresgatando a credibilidade abalada do PoderLegislativo perante a opinião pública.
O SR. EDIVALDO HOLANDA (PCN MA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, apesar de cristão, portanto contrário às suas idéias, querorender minha homenagem ao grande líderLuís Carlos Prestes.
Mas, Sr. Presidente, o assunto que realmente me traz hoje à tribuna desta Casa éminha preocupação com a cidade de São Luísdo Maranhão, onde nasci politicamente, onde faço política e para onde tenho voltadasminhas atenções, minha luta e minha açãopolítica.
Cidade histórica, única Capital brasileirafundada pelos franceses, verdadeiro patrimônio da humanidade, São Luís carece de cuidados especiais. Com o seu povo carente e osseus bairros destruídos, São Luís reclama aação daqueles que a representam - não sóos da Capital, mas de todo o Estado do Maranhão.
Quero registrar, pois, minha preocupaçãoquanto aos recursos aprovados no Orçamento anual, no qual tivemos aprovadas emendasdestinando recursos à reconstrução de locaisde nossa cidade, como as Galerias de Macaúba, o Sírio do Meio, Raimundo Correia eos Bairros do Coroadinho, Barreto, Anjo daGuarda, João de Deus, Macaúba e tantosoutros, os quais, sem ajuda federal, não terãosua reconstrução garantida.
Espero que, este ano, os recursos destinados à reconstrução da nossa cidade sejam rigorosamente aplicados.
Era o que tinha a dizer.
O SR. SAMIR ACHÔA (PMDB - SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidentes,Sr" e Srs. Deputados, em primeiro lugar,apresento minhas condolências à família dogrande Líder Luís Carlos Prestes, que demonstrou, durante toda a sua vida, não somente uma liderança incontestável comotambém uma coerência digna de ser imitada.Minhas sinceras condolências à. família e omeu lamento profundo por essa perda parao nosso País e para a humanidade.
Desejo, também, consignar o início, hoje,do Encontro Nacional do Municipalistas, realizado pela frente representada pela Associação Brasileira de Prefeitos.
Sr. Presidente, os jornais de anteontem estamparam em manchete notícia que me deixou estarrecido: os laboratórios, principalmente os multinacionais, afirmam, categoricamente, que deixará de fabricar medicamentos - fato já constatável em qualquer farmácia ~ essenciais à saúde do povo brasileiro,porque se sentem lesados na questão do preço.
Trabalhei em laboratório multinacionaldurante muito tempo e sei que isso não éverdade. Conheço algumas das artimanhasutilizadas pelo monopólio dos remédios e seique prejuízo ele não.tem. Ademais, os reajustes dos medicamentos superaram em mui-oto, este ano, os índices da inflação..
Pergunto-me se este País tem governo, seé possível um setor tão importante como odos medicamentos afirmar, perante a Nação,aquilo que já pode ser constatado: medicamentos não serão fabricados enquanto nãomerecerem novo reajuste de preços.
Os laboratórios multinacionais vendemseus produtos aqui a preços quase equiparados aos praticados no mundo inteiro, comonos Estados Unidos e na Europa. Há apenasuma diferença: a mão-de-obra, aqui, é muitomais barata, e o povo ganha em cruzados,não em dólar.
Os laboratórios ameaçam o Governo, tripudiam sobre a saúde do povo brasileiro enada lhes acontece. Não se trata de greve,nem de lockout. Isso somente pode ser enquadrado no Código Penal, pois é evidente quese trata de um crime, e é claro que esse crimedeve ser apurado.
Faço, portanto, um apelo ao ProcuradorGeral da República, ao Ministério PúblicoFederal e à Polícia Federal para que mandemapurar isso, que considero uma notitia crími·nis a afirmação, por parte de laboratórios,de que não fabricarão medicamentos essenciais à preservação da saúde do povo brasileiro.
Os medicamentos não custam barato. Muito pelo contrário, comparados ao que ganhao povo brasileiro, são muito caros. Lamentavelmente, estou acostumado a ver, em balcões de farmácias, pessoas humildes, portando uma simples 4eceita, mostrarem-na aovendedor perguntando quais os medicamentos que podem ser adquiridos por tantos etantos cruzados.
Isso não é possível, Sr. Presidente. Se oGoverno Federal já não se interessa pelo as·sunto ou porqualquer outro deve ter em mente tratar-se de afronta ao poder constituído,feita às claras pelos laboratórios multinacionais. Como podemos admitir, no caso, a inércia da Promotoria Pública Federal, da Procuradoria-GeraI da República, dos órgãos doMinistério Público?
Esse é o apelo que fazemos, pois existea notitia criminis e entendemos que tais fatosdevem ser apurados. O que não é possívelé permitir que laboratório nacional ou multinacional afronte a população e concretizeameaça de não fornecimento de medicamentos, por estar discutindo os preços com o Governo. A população não deve e não podepagar por isso.
Estamos a poucos dias da posse do novoGoverno. Esperamos que ainda no Governoatual a administração pública tenha condições de pelo menos, dar início à apuraçãoda parte penal da atitude indecorosa, antipatri6tica e desonesta desses laboratórios, quenão querem fornecer medicamentos ao povobrasileiro.
Era o que tinha adizer.
O SR. LÚCIO ALCÂNTARA (PDT - CE.Sem revisão do órador.) - Sr. Presidente,Srs. Deputados, o Presidente eleito FernandoCollor tem apregoado insistelltemente seudesejo de cumprir com coerência o seu pro-
grama de campanha. Fomos informados deque já foi remetida ao Senado Federal a indicação do Presidente e de Diretores do BancoCentral. A propósito, existe um projeto delei, de autoria do nobre Senador Itamar Franco, futuro Vice-Presidente da República, homem público dos mais honrados, que estabelece alguns requisitos para a nomeação dessesdirigentes do Banco Central, entre eles osconstantes do art. 4. do Projeto de Lei Com·plementar n· 198, já aprovado pelo SenadoFederal e ora em tramitação na Câmara dosDeputados.
Diz referido art. 4.:
"É vedada a designação de pessoasque nos últimos quatro anos tenhamexercido atividade com ou sem vínculoempregatício, ou de qualquer forma te·nham colaborado com a gestão ou administração de empresa integrante do siste·ma financeiro privado, ou que opere nosramos de Previdência ou Seguro, bemassim seus coligados ou controlados."
No Parágrafo único, a vedação prevista nocaput é estendida aos que no mesmo períodotenham sido proprietários, sócios, acionistasou controladores, a qualquer título, das em·presas mencionadas.
Julgamos que o projeto de iniciativa donobre Senador Itamar Franco, aprovado peloSenado Federal, é altamente moralizador,pois impede que pessoas vinculadas ao mercado de capitais, a distribuidoras de valorese a instituições financeiras exerçam cargosde direção no Banco Central.
O Presidente eleito Fernando Collor deMello, que fez justamente da moralização doserviço público urna das bandeiras de suacampanha, deveria inspirar-se nesse projetode lei para fazer a indicação dos dirigentesdo Banco Central, e não o que estamos vendo: S. Ex' indicou o economista Ibrahim Eris,titular de urna empresa integrlJ,nte do sistemafinanceiro, entre outros.
Portanto, há aí, urna contradição. Sabemosque existe urna ligação íntima entre as ativi·dades do Banco Central e as das empresasprivadas ligadas ao mercaqo de valores, oque toma eticamente inconveniente a indicação de pessoas envolvidas com-essas ativi·dades na área privada para a direção do Banco Central.
Assim, ou a CÂmara dos Deputados aprova rapidamente o referido projeto de lei ouo futuro Presidente da República repensa suaindicação, para conformar-se à sugestão doseu Vice-Presidente, Senador Itamar Franco.
O SR. EDÉSIO FRIAS(PDT - RJ. Semrevisão do orador.) - si:. Presidente, Srs.Deputados, depois de um ano de afastamentodesta Casa, para, cumprindo determinaçãodo meu partido e atendendo a convite doPrefeito Marcelo Alencar exercer o cargo deSecretário de Governo do Município do Riode Janeiro, quero agradecer aos companheiros, principalmente aos do Rio de Janeiro,e aos Vereadores daquela Capital, sua cola·boração para o ressurgimento daquele Muni-
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cípio. Quando Marcelo Alencar assumiu: aPrefeitura, o Município do Rio de JaneIroestava falido.
Hoje, porém com suas finanças praticamente recuperadas e sua administração saneada.
Volto a esta Casa com a satisfação de tercumprido minha missão como companheirodo PDT.
Sr. Presidente, apesar de não comungarda filosofia marxista de Luís Carlos Prestes,mas sendo também socialista, eu não poderiadeixar de trazer um abraço à sua família edizer que o grande líder levantou a bandeirada justiça social, jamais deixando de lutarcontra as injustiças praticadas contra os trabalhadore~, e os mais humildes.
Fica registrado, pois, meu voto de pesarpelo passamento do líder socialista Luís Carlos Prestes.
A SRA. BETE AZIZE (PDT - AM. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs"e Srs. Deputados, manifesto meu sentimentode pesar p(~la morte do grande l(der, o ex-Senador Luíz Carlos Prestes, verdadeira biografia da história política moderna e contemporânea deste País.
Resguardo-me para a sessão de homenagem póstuma que esta Casa com certeza faráem memól1a do grande líder político brasileiro, tecer, maiores considerações sobre suavida e sua história.
Sr: Presidente, uso ainda a tribuna parafalar de algo que angustia a Nação brasileira,a questão da Amazônia.
A imprensa brasileira, numa demonstraçãode histeria, não tem falado noutra coisa anão ser no próposito do próximo Governode privatizar tudo o que o Estado brasileiroconstruiu com o trabalho do seu povo. Hoje,essa mesma imprensa traz à luz uma decla-'ração do Presidente eleito, Sr. Fernando Collor de Mello, de que as estatais que não tiverem lucro dentro de seis meses serão priva"zadas.
Gostaria de dispor de tempo para fazerJffi estudo comparativo entre a finalidade doEstado quando se propõe a investir numar-arcela da economia e a da empresa privada,cujo objetivo principal é o lucro.
Está ocorrendo uma enorme confusão neste País. Querem colocar na cabeça do povobrasileiro a idéia de que a finalidade da empresa pública é enriquecer os admirJistradorespúblicos, ou o Estádo. Na verdade, a empresa
,pública tem a função de prestar serviços à,comunidade, sem fins lucr~tivos,'para queo povo possa usufruí-los. E bem diferente'do conceito de empresa privada.
Quem deve preocupar-se em euferir lucros-estes, mostrando nos respectivos balanços,
Isão, muitas vezes, até considerados absurdos,'como no caso dos bancos - são as empresas,privadas. Não se pode vincular a ~mpresa
pública à questão dos lucros para julgar seé ou não (~conomicamenteviável.
Citarei o exemplo do Banco da Amazônia.- BASA, criado exatamente com o objetivode gerar recursos para o desenvolvimento da -
Região Amazônica, sobretudo na área agrícola, e de investimentos não-urbanos. O BASA foi criado para promover o desenvolvimento de um região que não recebia nenhum
·recurso do Governo Federal. Hoje porém,representa o maior patrimônio financeiro daAmazônia.
Quando vejo tecnocratas que nunca puseram os pés na Amazônia - se foram a Manaus, o fizeram para comprar rádios a pilhae televisores requintados na Zona Franca -;dizerem que é imprensciíndível privatizar oBanco da Amazônia, tenho a impressão deque há muita gente louca por aí dizendo oque não deve. O Banco da Amazônia nãopode visar o lucro, pois o seu objetivo é beneficiar os pequenos e médios agricultores, desenvolver agricultura e o comércio da região.
Sr. Presidente, eu desejaria alongar-menessas considerações mas o farei em outromomento. Agradeço a V. Ex' a oportunidadeque me concedeu, de falar no Pequeno Expediente.
o SR. JORGE UEQUED - (PSDB - RS.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Sr'" e Srs. Deputados, o Projeto de Lei deConversão n' 28 resultou da Medida Provisória n' 87, que autorizou a União a assumiros débitos da Companhia Brasileira de InfraEstrutura Fazendária - Infaz, ex-Cobec,junto aos consórcios dos bancos liderados pelo L10yds Bank Internacional, no valor de110 milhões de dólares. Com isso, o Bancodo Brasil não receberá seus créditos, no valorde 230 milhões de dólares.Quan~o o Presicjente da República v;etou
o inciso I do Projeto de Lei de Conversãon' 28, estava, na verdade, permitindo queo Lloyds recebesse seu crédito e o Bancodo Brasil tivesse um prejuízo de 230 milhõesde dólares.
Ora, Sr. Presidente, não é possível assistira isso impassivelmente. O Congresso Nacional já disse ao Governo, pela Lei de Conversão n' 28, que deseja o pagamento de todosos débitos e não privilegiar o Lloyds, comodeseja o Governo.
A associação dos Funcionários do Bancodo Brasil está se mobilizando, no sentido dealertar os Srs. Parlamentares para a necessidade de derrubar esse veto presidencial. Eo Congresso Nacional tem a obrigação dederrubá-lo, para manifestar novamente aquilo que já determinou quando aprovou a leie impediu que a medida provisória fosse efetivada.
Não é possível, Sr. Presidente, que os grandes lobbies, que se estão mobilizando no Congresso Nacional para impedir a derrubadadesse veto, sejam vitoriosos. Se isso ocorrer,o Banco do Brasil sofrerá um prejuízo de230 milhões de dólares, pela inépcia e incapacidade de organização dos Srs. Parlamenta-res. '
A derrubada do veto é imperativo da dignidade do Congresso Nacional, que, ao derrubar a medida provisória, mostrou não querera prática desses benefícios em ~elaç~o ao
L1oyds, mas, sim, o pagamento de todos osdébitos.
Quero, pois, repito, alertar os Srs. Parlamentares para a necessidade de mobilizaçãocom vistas à derrubada desse veto, a fim deimpedir tal violência contra o Banco do Brasil.
O SR. GERSON PERES (PDS - PA. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr"e Srs. Deputados, há em latim uma expressãoque diz que a morte dissolve tudo - morsomnia solvit.
Na década em que nasci, Luís Carlos Prestes iniciava uma revolução idealista, buscando um Brasil livre. Logo em seguida, pincelava ele sua personalidade num misto de divergências e contradições. Brasileiro competente, capaz, idealista, S. S', entretanto, conseguiu resvalar algumas vezes, causando decepção a muitos brasileiros. No campo dacontradição, pregava a liberdade e, logo depois, revelava-se adepto da doutrina que realmente sufocava e sufocou, até há bem pouco,o mundo comunista. Graças a Deus ele pôdever, antes de morrer, que suas idéias não'se ajustavam às aspirações da humanidade,presenciando a derrocada do comunismo, sufocado pela ânsia de liberdade.
Voltou a contradizer-se, talvez insconscientemente, quando, ao invés de apoiar ocandidato do partido, foi buscar em LeonelBrizola o seu candidato à Presidência do Brasil.
Mas, entre as contradições, há também avirtude da coerência. E isto realmente o 'tornou um homem admirável. Mesmo caindoaqui e acolá, como no caso do relacionamentocom Getúlio Vargas, quando, em nome doPartido Comunista, colocou a família abaixodos seus ideais, Luis Carlos Prestes manteve-se com os mesmos princípios coerentes donacionalismo e do socialismo, embora muitasvezes xenófobo em alguns de seus aspectos.
Reconhecemos nele a figura de um lutadorque buscava o poder para implementar suasidéias. Acho - e esta opinião é pessoal que Luís Carlos Prestes quis fazer, no Brasil,o que Fidel Castro fez em Cuba, onde, descendo a serra com a bandeira da liberdade,logo mais sufocou o povo cubano, dele extraindo a própria liberdade. Talvez Luís Carlos Prestes quisesse, com essa bandeira, buscar o poder para aqui introduzir o sistemasocialista, que esmagou todo o povo do Lesteeuropeu até bem pouco,tempo.
Mas não seria por isso que hoje negaríamosnossos sentidos pêsames a seus dignos familiares nem negaríamos o fato de que, nesseemaranhado de contradições e coerências,Prestes foi uma personalidade marcante nahistória do desenvolvimento político do Brasil.
Com essas despretensiosas considerações,registro nossa homenagem póstuma Luis Carlos Prestes.
o SR. GONZAGA PATRIOTA (PDT PE. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, quero, inicial
·mente, associar-me a todos os colegas que
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1075
se solidarizaram com os brasileÍros e, em particular, com a família do "Cavaleiro da Esperança", o camarada Luis Carlos Prestes.
Aproveito a oportunidade, Sr. Presidente,para fazer um apelo ao Senado Federal nosentido de que vote, em regime de urgência,o projeto de lei complementar, já aprovadopela Câmara dos Deputados, que resgata odireito dos trabalhadores rurais, equiparando-se aos trabalhadores urbanos, principalmente no que diz respeito à aposentadoriaaos 55 anos de idade para as mulheres, eaos 60 anos para os homens, bem como aopagamento de um salário mínimo igual aodo trabalhador urbano para os aposentadosdo Funrural.
Este é o apelo que desejamos fazer ao Senado Federal.
A SI'" Irma Passoni - Sr. Presidnete, peçoa palavra para uma questão de ordem.
O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) Tem V. Ex' a palavra.
A SRA. IRMA PASSONI (PT - SP. Semrevisão do orador.) -Sr. Presidente, os funcionários da limpeza estão em greve. Quala razão? Primeiro, porque a Ipanema e outraempresa que prestam serviços à Casa pagamos salários com atraso. O pagamento deveriater sido feito no dia 5, como determina alei, mas foi realizado hoje, dia 7 de março.Em segundo lugar, há a questão dos vales-refeição. Ao ver os contra-cheques, verifiqueique esses trabalhadores recebem de 28 a 40cruzados por mês de vale-refeição, não recebem auxílio para transporte as férias são pagas posteriormente ao gozo das mesmas. Estes e outros argumentos fizeram com que elesentrassem em greve.
Nesta questão de ordem, solicito à mesaque interfira, como poder concessionário doserviço, e faça com que essas empresas abramas negociações com seus funcionários, quese encontram, neste momento, lá fora, soba chuva. O que querem é que se cumpra alei, o que significa receberem vales-fereiçãosuficientes para se alimentarem durante todoo mês, que seus salários sejam pagos em diae que as férias lhes sejam pagas na épocacorreta. Não é concebível que o Parlamento,que faz as leis, pague à empresa, no mínimo,três salários por trabalhador e este recebamenos de dois mil cruzados novos por mês,como aconteceu agora no mês de março.
Solicito, portanto, a interferência de V.Ex', Sr. Presidente. Apresentarei, posteriormente, ofício para que a Mesa interfira nesseproblema, que é nosso, do Parlamento, porser um desrespeito à própria lei que elaboramos.
O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) V. Ex' tem suas razões. A Mesa tomará conhecimento pelas notas taquigráficas e V.Ex', como bem disse, formulará ofício porescrito, para que se concretize a medida quese faz necessária.
O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) Concedo a palavra ao Sr. Virgílio Guimarães.
O SR. VIRGíLIO GUIMARÃES (PT MG. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, a bancada do Partidodos Trabalhadores, por intermédio do nobreLíder em exercício, Deputado Paulo Paim,com o apoio de diversas bancadas, encaminhou requerimento em que propõe sessão dehomenagem a Luís Carlos Prestes, falecidohoje pela manhã. Isto se prende ao reconhecimento do valor deste grande líder popularque dedicou toda a sua vida à causa do povo,à luta contra a opressão no Brasil e no mundo.Fazemos este pedido de todo coração. Aolongo da sua existência o PT teve várias divergências com o companheiro Carlos Prestes,mas nunca deixou de reconhecer a purezade prop6sitos daquele que durante várias décadas se rebelou contras as estruturas de exploração existentes no Brasil e, por meio deuma coluna que atravessou o sertão brasileiro, mobilizou as massas populares e as levou a se insurgirem contra o sistema de opressão, contra o imperialismo e contra o capitalismo explorador que até hoje vigora em nosso País.
Sr. Presidente, Luís Carlos Prestes, apesarda idade avançada, nunca arriou as bandeiras. Manteve o espírito crítico, a visão agudado processo político e o olhar voltado parao futuro. Acompanhou até os últimos mesesde sua vida os acontecimentos do Leste europeu. Luís Carlos Prestes colocou-se ao ladodas liberdades. Foi um crítico contundenteda chamada democracia burguesa, da liberdade aparente do capital, a liberdade daqueles que têm o dinheiro e que controlam osmeios de comunicação e manipulam as eleições. Carlos Prestes sempre entendeu queas liberdades têm de ultrapassar a manipulação burguesa e o poder econômico, apontando, portanto, para as liberdades no sistema socialista e, agora, de maneira crítica,para o solialismo real, o socialismo do Lesteeuropeu.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, tivemos divergências com Carlos Prestes, mas reconhecemos nele um grande lutador, um grandesocialista, e um grande democrata. Isto porque democrata é aquele que deseja as liberdades para as classes trabalhadoras, para quetodo o povo seja igual, do ponto de vistade classes, com o fim da exploração, da sociedade capitalista, sobre a qual se construiráa sociedade socialista do futuro.
Por isso, Sr. Presidente, agradeço a V. Ex'a oportunidade de aqui fundamentar o pedido feito pela nossa bancada, mediante requerimento do nobre Deputado Paulo Paim, nosentido de que realizemos sessão de homenagem ao grande brasileiro e lutador pela causado proletariado de todo o mundo, o companheiro Luís Carlos Prestes.
Durante o diséurso do Sr. Virgflio Guimarães o Sre. Wilson Campos, 2~ VicePresidente, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Paes de Andrade, Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Paes de Andrade)- Concedo a palavra ao Sr. Rubem Branquinho.
O SR. RUBEM BRANQUINHO (PL AC. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, o Estado doAcre, localizado no extremo ocidental doBrasil, tem um teriit6rio de 152 quilômetrosquadrados e possui as terras mais férteis daregião amazônica. Todavia, encontra-se hojeisolado do restante do País, porque a estradaque nos liga a Porto Velho, capital do vizinhoEstado de Rondônia, encontra-se em estadodeplorável. Ao mesmo tempo, as cidades dointerior acreano estão isoladas da capital doestado em virtude da completa falta de estradas. As poucas existentes estão intransitáveis. Os Municípios vivem sob a ditadura depequenos aviões, táxis áereos, que custammuito caro, levam pequena quantidade demercadoria e constituem-se, também, emtransporte altamente perigoso. O nosso Estado precisa de uma infra-estrutura mínima para integrar-se ao processo de desenvolvimento do País. Foi com inquietude que os acreanos tomaram conhecimento de uma declaração recente do Sr. José Rutzemberger, futuro assessor para o meio ambiente, de queé inteiramente contrário à construção daBR-364, que cruzará todo o interior acreano.Acho que se trata de declaração impensada,porque todos reconhecemos que o zoneamento ecol6gico é hoje fundamental e necessário. Certamente, o pr6ximo governo esta,dual acreano, da mesma forma que o governofederal, levará isso em conta.
Quero registrar aqui o meu regozijo, porque, em audiência, ontem, o futuro Presidente Fernando Collor de Mello declarou àbancada do PL que levará em conta a necessidade de dar ao Estado do Acre a infra-estrutura mínima de que ele necessita. é a nossaesperança: que o futuro Presidente da República retire o Acre do isolamento, não s6 emrelação aos demais Estados da Federação,mas também aos pr6prios Municípios do interior acreano, para que se integrem à capitaldo Estado e tenham condições de produzirriquezas para o nosso povo e aliviar o restantedo país, que hoje muito nos ajuda.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.
Durante o disl:urso do Sr. RubemBranquinho, o Sr. Paes de Andrade, Presidente, deixa a cadeira da presidência,que é ocupada pelo Sr. Wilson Campos,2~ Vice-Presidente
O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) Concedo a palavra ao Sr. Fernando Santana.
O SR. FERNANDO SANTANA (PCBBA. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, subimos a esta tribuna para ler, em nome do Partido ComunistaBrasileiro, nota de hoje, 7 de março de 1990,sobre o desaparecimento do grande lutadore companheiro Luís Carlos Prestes. A notadiz o seguinte:
"O falecimento de Luís Carlos Prestes, hoje pela manhã, significa o desaparecimento de uma personalidade hist6rica nacional e internacional, cuja sa~a
1076 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
marcou profundamente a História doBrasil neste século.
Líder tenentista da Coluna que teveo seu nome, sua biografia é confundidaem gp~nde medida com a história doPCB. :P9r mais de 35 anos, foi ele o dirigente máximo do partido e sempre desempenhou, de forma positiva e abnegada, importantes papéis que lhe couberam. Foi sua a decisão de se afastar doPCB, em 1980. porém, continuou ligadoàs lutas democráticas e progressistas, como sempre fizera nas últimas décadas.. O PCB associa-se ao profundo pesarpela perda desta importante liderançacomunista, que dedicou a maior partede sua vida aos ideais do socialismo."
o SR. TIDEI DE LIMA (PMDB - SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Srs. Deputados, registro aqui nosso lamento,nosso pesar pelo falecimento do grande líderLuís Carlos Prestes. Vários Colegas já teceram ao longo desta sessão comentários aosquais me somo.
Este século teve, a partir do seu primeiroterço, a importante atuação de Luís CarlosPrestes à frente da configuração de um novopensamento, que naquela época emergi nasociedade não só nacional, mas mundial. Aolongo de todos esses anos, foi figura de proa,figura referencial das lutas políticas e sociaisdo País, e, ao final da última década desteséculo perdemos essa figura extraorilináriaaos 92 anos de idade, mas ainda com muitalucidez. Reconhecemos a sua capacidade, asua competência, ao seu brilhantismo, a suainteligência e a colaboração que efetivamentedeu no debate de idéias a esta Nação.
Ao terminar o século, parece que a vidade Luís Carlos Prestes, na medida em quetambém os países do Leste Europeu reformularam seu conceito original de socialismo como forma para que sobreviva a idéia e a filosofia socialista, parece que a vida de LuísCarlos Prestes - dizíamos - até por atodivino, se assim pudéssemos dizer, já queele era ateu, também se apaga justamenteno momento em que se apaga aquela ortodoxia filosófica socialista defendida por ele aolongo da sua vida.
Sr. Presidente, apenas para registrar o nosso pesar.
o SR. VICTOR FACCIONI (PDS - RS.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr"' e Srs. Deputados, em meio a muitas dúvidas e apreensões, mas também naesperança de um ano letivo muito melhordo que os anteriores, cerca de 1,5 milhãode estudantes e de 76 mil professores das3.449 escolas da rede estadual de l'e 2' graus,voltaram às aulas em todo o·Rio Grande doSul.
Problemas relacionados com falta de vagase de professores, repetências, evasões, máqualidade do ensino, curriculos inadequadose quase sempre dissociados da realidade, per,{Ilanecem e se agravam, evidenciando que(I nosso sistema educacional continua em ago
,nia e à beira da falência.
São muitas as causas das disfunções educacionais e sobre elas já discorremos em muitasoutras ocasiões.
Hoje, voltamos a enfatizar a questão salarial e de valorização do magistério. É realmente alarmante, Sr. Presidente, Sr'" e Srs.Deputados, o que está acontecendo em nossoPaís. A falta de perspectivas existenciais eprofissionais é evidente e mesmo pessoas vocacionadas para a Educação ficam desestimuladas da atual situação de salários e deprioridades que se dá ao ensino. A carreiradeixou de ser atraente e, ano após ano, observa-se a diminuição da procura de cursos superiores de licenciatura para o magistério, numaperigosa progressão e que, a assim continuar,significará muito em brave uma calamitosafalta de docentes em noso País.
Eis aí uma realidade dramática, que precisade urgente solução.
No meu Estado, o Rio Grande do Sul, osprofessores há anos vêm desenvolvendo umaluta inegente para reverter essa situação, contando sempre com o apoio e a compreensãodos pais, alunos e da comunidade. Foram97 dias de paralisação em 1987, 7 em 1988e 42 em 1989, que causaram, é lógico, inúmeros transtornos, e que, mesmo assim, nãoconsegiram sensibilizar de todo o Governodo Estado. Agora, é urgente, urgentíssimoque o Governo tome alguma providênciaquanto aos vencimentos de fome do magistério gaúcho, deixando de lado toda e qualquer demagogia pois, ao contrário do queestá a alardear, foi o atual Governo que maisprejudicou a classe. Vejam os Senhores, que,no contracheque de fevereiro, o vencimentobásico de um professor era de NCz$ 2.013,00,tendo praticamente empatado com o saláriomínimo, que foi de NCz$ 2.004,37. E pensarque no início desse paríodo governamentalo piso salarial do professor gaúcho era de2,5 salários mínimos!
Agora, o Sr. Governador acena com umaproposta de reajuste salarial de 200% emmarço, mais gatilho salarial quando a inflaçãoexceder 20%. Pode parecer, à primeira vista,estar sendo concedido um polpudo e estupendo aumento, mas isso é ilusório, pois sóserá recebido no mês seguinte, quando a inflação já o terá corroído. De acordo com cálculos dos dirigentes do Centro de Professoresdo Estado do Rio Grande do Sul - Cpers- o simples pagamento da inflação atinge·um índice de reajuste do bimestre passadode 170% e os 30% restantes, asseguram, representam um ganho real de apenas 11 %.As reivindicações do magistério, portanto,no que se refere à questão salarial, que éapenas uma dentre muitas outras, não foramatendidas, pois o que verdadeiramente desejaé ver melhorado o seu piso salarial.
Mesmo assim o magistério aceitou emergencialmente a proposta, decidido a discutiros reajustes futuros numa assembléia geralda categoria no próximo dia 29, assim comoas negociações referentes à sua data-base,que ocorre em I' de maio.
Com essa decisão, que possibilitou o reinício normal das aulas nas escolas públicas da
rede estadual, os mestres deram uma liçãode bom senso a toda a comunidade gaúcha,digna dos maiores elogios. Uma greve é sempre dolorosa para todos os envolvidos e, aofinal, os maiores prejudicados são sempre osalunos, razão de.ser de todo o processo ensino-aprendizagem.
Louvo desta tribuna a atitude dos professores do meu Estado, que mais uma vez souberam dignificar a imagem da classe juntoà comunidade, ao mesmo tempo em que apelo ao Governo para que dê ao magistérioo estímulo que precisa, tanto através da remuneração adequada, como do incentivo àsua permanente atualização, com obediênciaa um plano de carreira que o dignifique elhe dê segurança em sua ação educacional.
O ensino, no Rio Grande do Sul, já ocupou, dentro do sistemna educacional, um lugar de grande destaque e eficiência, salientando-se pelo seu ótimo padrão de ensinoe pela alta qualificação de seus professores.E da ação do Governo depende o restabelecimento dessa situação.
A SRA. LURDINHA SAVIGNON (PT ES.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Sr'S e Srs. Deputados, a cada anocresce em todo o mundo a importância doDia Internacional da Mulher, 8 de março.
Cabe uma reflexão sobre o significado diverso que a data assume, sob a ótica dos diferentes grupos sociais femininos. .
Se, por um lado, é data que unifica todasas mulheres, preocupadas com a construçãode uma identidade liberadora, que compreende a cidadania, portanto direitos e obrigações, por outro lado, em sua origem, éum chamamento às trabalhadoras no sentidode dar em continuidade às lutas da classeque integram, espolida dos direitos fundamentais que remetem a pretendida cidadania.
Parcela dos dominados politicamente, é nobojo das sociedades dependentes onde se dá,em toda a sua crueza, o embate entre as trabalhadoras e o sistema estabelecido.
Sistema complexo, não apenas econômicoe político, mas também cultural, introjetadohistoricamente em cada indivíduo, homeme mulher, portanto difícil de localizar, maspresente nos pequenos atos diários nas notícias dos jornais, na popagandas das TVs, nasrelações intepessoais, no mercado de trabalho, nas atividades sociais. Solidificando nostextos jurídicos e através dos aparelhos doEstado.
A Frente Brasil Popular foi suficientemente atenta à questão em seu programa eleitoral, cuja proposta ainda haveremos de verimplementada.
S!" e Srs, a realidade é dura para a mulhertrabalhadora do Terceiro Mundo. É duracom a trabalhadora brasileira do campo eda cidade, e se torna cada vez mais dura àmedida que se desce na escala social.
Na prática, se luta até mesmo que os avanços da Constituição saiam do papel.
Do ponto de vista juódico aguardemos desde 81 a atualização do Código Civil, que na
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1077
parte do Direito de FamI1ia mantém dispositivos obsoletos.
A violência individual contra a mulher levou os movimentos organizados a lutarempara a criação de delegacias especializadas,onde se livram das humilhações que viviamquando juntavam coragem buscando o resguardo, quase sempre físico, na Justiça.
Como parlamentar, nos comprometemosa articular mecanismos que possibilitem aaprovação dos projetos de interesse das mulheres que tramitam aqui no Congresso, aomesmo tempo que em nossas organizaçõesde base estaremos presente, reforçando asreinvidicações das companheiras.
Do ponto de vista da saúde, a fria constatação estatística das 400 mil mulheres mortasem conseqüências dos 4 milhões de abortosclandestinos/ano, o elevado índice de mortalidade por parto, a prática das cesárias desnecessárias, a esterilização em massa que seconfunde com a determinação de execuçãode uma política racista de branqueamento dapopulação provam a diferença entre a teoriae nossa vida quotidiana.
Do ponto de vista do trabalho, lutamospara que se respeitem os 120 dias da licençamaternidade, no combate à exigência do atestado de esterilidade quando na admissão notrabalho, e pelo fim da discriminação das trabalhadoras rurais, no que tange ao direitoà posse da terra e aos benefícios sociais. Mastudo é luta.
É da compreensão da necessidade de lutaque as mulheres se organizam e conquistamespaço público e vitórias.
Entretanto, o mais terrível, o mais odioso,o fato que,se continua, inviabilizará o Brasilcomo Nação, é a infindável multidão de menores abandonados a própria sorte - meninos e meninas - fruto da indiferença dospoderes públicos e do processo de recessãoeconômica, arrocho salarial e subempregos,que levaram à desagregação da família trabalhadora e a marginalização de seus filhos.
Fechando o quadro da violência, a que sesomam os atos costumeiros contra a integridade pessoal, os estupros, a ausência da reforma agrária e a industrialização do campo,voltado para a produção exportadora, o queempurrou o pequeno proprietário e o trabalhador rural assalariado para a periferia dasgrandes cidades, onde, fora de seu habitate despreparado para a luta pela sobrevivência, marginalizou-se, formando o tremendocordão dos moradores em ocupações, favelas, palafitas, dos sem-tetos.
A indiferença da classe dirigente, empresarial e política, fechada e segura em suascasas, em .suas escolas, hospitais, clubes privados, vivendo abaixo do Equador um primeiro mundo fictício, se alimenta de tudoo que falta a essa multidão, marcada pelopreconceito racial inscrito na pele de 85%de seus componentes. Indiferença que continua para com os que, desses conseguem chegar à 3' idade.
A igreja do Brasil dá um passo à frente'quando, através da CNBB, lança a questãoda mulher corno tema da Campanha da Fra·
ternidade deste ano, o que abre a prespectivade amplo debate nacional.
É a oportunidade para toda a sociedadecolocar na ordem do dia a questão do preconceito e da discriminação de que somos sujeitos, e pensar a quem eles servem, o que elesalimentam.
A história da luta das mulheres por seusdireitos não é de hoje, e seu apagamentoé o mesmo apagamento da história da classetrabalhadora, substituída que é pela versãooficial dos dominantes, que só entre eles reconhecem a marca "humanidade".
Nestes dias de preocupação econômica queatravessamos, assistindo ao jogo político formal entre "pseudosopositores", acompanhando os balanços dos lucros milionáriosdo sistema bancário e dos grandes grupos econômicos, ao mesmo tempo que cada trabalhoempobrece à taxa de 2% ao dia do salário,vimos com apreensão duas mulheres seremchamadas a execerem os cargos de ministrosdo novo Presidente. Quem se lembra de EsterFigueiredo? O que acrescentou ela ao projetode educação que é necessário implementar·no País? - Foi apenas um Ministro a maisda ditadura militar.
Assim, quando falamos em Dia da Mulher,não estamos falando de mulheres conformadas, coresponsáveis. ou responsáveis pela manutenção desse mundo de discriminações,violência, indiferença e medo. Falamos, noDia Internacional da Mulher, das mulheresconscientes de que a vida pode ser vividade outra maneira, sem dominados ou dominadores, sem opressão, sem agressões à natureza, e que entendem como sua tarefa demodificar o "estar" no mundo, o que só sedará quando conjuntamente homens e mulheres quiserem profundamente mudar.
Este o sentido de nossa luta: nas cidades,no campo, nos partidos políticos e nas organizações sindicais e populares.
Finalizando nosso pronunciamento queremos expressar nossa solidariedade e prestarhomenagem a essas mulheres anônimas, lutadoras, sonhadoras e idealistas, que apostamno direito aos amor, que não se esgota nafelicidade pessoal, mas sim se estende aosoutros, é social, é político.
E, especialmente as nossas mães, donasde-casa, e às companheiras de luta do Estadodo Espírito Santo, no partido, nas Câmarasde Vereadores e nos movimentos sociais.
o SR. DEPUTADO HERMES ZANETI(PSDB - RS. Pronuncia o seguinte discurso.) -Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados,reunimo-nos hoje, pela manhã, na Comissãode Educação e Cultura, cOm o Fórum Nacional de Secretários de Cult'ura, ocasião emque debatemos a questão cultural no Brasile suas prespectivas frente ao novo Governo.Combinamos uma aproximação entre os trabalhos do Fórum e da Comissão, e debatemoso documento que o referido organismo entregou ao Governo Collor, do qual peço a transcrição.
DOCUMENTO A QUE SE REFEREO ORADOR:
DIRETRIZES PARA UMAPOLÍTICA CULTURAL
Documento encaminhado a<jPrésidente daRepública pelo Fórum Nacional de Secretários de Cultura, reunido em Brasília-DF, em15 e 16 de fevereiro de 1990.. Precisamos romper com a visão tradicional·
da cultura, que a identifica com o efêmero,o supérfluo ou com meros eventos. A culturaopera com o sistema simbólico, a comunicação, os valores transcendentes. Ela é a fonte de criatividade que dinamiza a impulsionaa sociedade moderna. Cultura, hoje, parao.ós, brasileiros, é integração e cooperação.E inventividade. Pode ser a força reordenadora da sociedade, a alavanca que produzirágrandes mudanças de comportamento.
I. IMPORTÂNCIA DAPOLÍTICA CULTURAL
É consenso nacional que a crise que o Paísatravessa encontra na vida cultural a sua dimensão mais perniciosa e dramática: crise devalores, desorganização do comportamento,individualismo predatório e outras formasdestrutivas de convivência social que abalamos sentimentos de cooperação e integraçãoindispensáveis à vida coletiva.
O processo de transformação que o Paísatravessa só se cumprirá em sua plenitudese houver um esforço coletivo de reconstituição da vida em sociedade, através de mudanças de comportamento incentivadas porurna política cultural voltada para o fortalecimento do bem comum e dos valores que promovem a cidadania.
11. FORTALECIMENTO DOSÓRGÃOS CULTURAIS
NOVAS FUNÇÕES
Para que se cumpram tais objetivos é necessário integrar, coordenar, fortalecer e reavaliar o conjunto de organismos já existentese criar condições para que se ampliem as funções culturais necessárias ao soerguimentonacional.
Não devemos nos limitar a racionalizar estruturas já existentes. Precisamos prepará-laspara novas funções, em ritmo acelerado:
- Comunicação social para as grandesmassas marginalizadas ou carentes;
- Plano educacional de emergência paraa recuperação do menor;
- Promoção do meio ambiente;- Promoção da cidadania;- Estímulo ao pluralismo cultural, à regio-
nalização, à participação comunitária e cooperativa.
Estas atividades poderão ser incentivadasatravés de uma rede de Televisão Educativa,devidamente modernizada, e sob o controlede processo de gestão com participação empresarial, das categorias culturais e das lideranças comunitárias.
Os custos de tal programa seriam cobertospela promoção comercial, adaptadas ao perfilda l1'1Ídia educativa.
1078 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
A educação informal, através de planos deemergência voltados para a alfabetização eintegração do menor e a profissionalização,pode ser instrumento de revalorização de recursos humanos que dificilmente encontrarãono ensino regular tradicional uma respostarápida e eficiente.
Inversamente, as inúmeras experiênciaseducativas informais realizadas com a participação de processos pedagógicos de cunho cultural, vêm oferecendo resultados espetaculares, sobretudo para populações de baixarenda, inadaptadas ao universo cultural e segregadas da rede escolar tradicional.
III. INTEGRAÇÃO CULTURAL
Sabemos que o Brasil é um continente formado de arquipélagos culturais que se comunicam precariamente, mantendo no isolamento amplas camadas da população.
Estes arquipélagos abrigam insuspeitadasfontes de produção e conhecimento cultural,de cuja existência mal suspeitamos mas quepodem e devem vir a constituir fonte de riqueza, desenvolvimento e de identidade nacional.
No momento em que o Brasil se integraà "aldeia global", mais do que nunca é importante conhecer, valorizar e divulgar as nossasraízes como forma de promover a auto-estima, a criatividade e a confiança em umacomunidade solidária, partilhando idênticamemória e valores comuns.
1. Circuitos culturais
Compete ao estado incentivar mecanismosde modernização identificados com a circulação racional dos bens ct,llturais.
A integração e ampliação dos circuitos regionais terão como efeito imediato o barateamento dos custos da produção cultural e agarantia de sua viabilidade, bem como a ampliação do público-alvo a ser favorecido comobens de mais alto nível.
Com isto se fortalecem os espaços culturaisque integram estes circuitos, revitalizando-ose colaborando na formação dos recursos voltados para sua gestão.
2. Articulação do Governo Federal, Estadose Municíllios
Merecem retificação urgente as iniciativasdesarticuladas do Governo Federal sem consulta prévia aos Estados e Municípios a seremsupostamente beneficiados. Tais práticas redundam em desperdício e superposição deesforços, que seriam melhor aproveitados~través de uma política de descentralização.
3. Pólos Culturais Regionais
Não cabe ao governo Federal alimentar di·retament,e todo o circuito cultural do País,mas oferecer incentivos estrategicamente importantes para a ativação dos pólos culturaisque fomentem as enormes potencialidades decada região. ' .
Exemplo disso é o pólo amazônico ligado.à cultura alternativa e à proteção do meio.ambiente. Por outro lado, nada impede que
C? artesanato nordestino se converta em pro-
duto de exportação bem melhor do que afabricação do pólo asiático, via Hong Kong.
4. O Fórum de Secretários e a IntegraçãoCultural
O instrumento político adequado a incentivar, promover e acelerar a integração é oFórum Nacional de Secretários da Cultura,que poderia ser valioso Conselho Consultivoe meio de transmissão de políticas culturais.
IV. MANUTENÇÃO EREAVALIAÇÃO DO ÓRGÃO
FEDERAL DE CULTURA
Para realizar dinâmica e abrangente política cultural é indispensável contar com órgãolegítimo e fortalecido, dotado de autonomiafinanceira administrativa, mantendo a importância hierárquica de sua estrutura.
O Ministério da Cultura foi criado a partirda mllis ampla mobilização e apoio de diferentes segmentos culturais (produtores, artistas, administradores e líderes culturais), concretizados em 1984, com a criação do FórumNacional de Secretários de Cultura. As dificuldades do Ministério coincidem com a maislonga e grave crise do' Estado Brasileiro.
Razão a mais para que seja reestruturado'e aperfeiçoado a fim de cumprir as funçõesprimordiais a que se destina. Tendo em vistaos reduzidos recursos destinados ao Ministério (0,0455% do OJ:çamento público), nãose justifica sua extinção por motivo de economia.
Não deixa, portanto, de causar inquietaçãoa proposta de redução do Ministério a Secretaria em um momento crucial em que a cultura mais do que nunca é instrumento prioritário e propulsor de integração e desenvolvimento.
Exemplos bem sucedido de investimentocultural crescente nos Países do 19 Mundoevidenciam que não haverá possibilidade deacompanhar o surto de progresso de outrasnações sem aperfeiçoamente conjugado deeducação, Cultura, Ciência, Tecnologia e Recursos Humanos.
V. SUGESTÕES PARAO ÓRGÃO FEDERAL
Ê consenso geral que não se utilizou comoera previsto e necessário o Instituto de Promoção Cultural (IPe), justamente destinadoa corrigir com os recursos da Lei 7.505/86,as graves distorções regionais que tanto prejudicam a integração do País.
Ê urgente racionalizar, modernizar e democratizar os mecanismos de distribuição dosrecursos fin,anceiros, introduzidos na culturaos mesmos critérios racionais dominantes amais de 20 anos na área científica e tecnológica.
Ê urgente comitês assessores, consultorese outros mecanismos de avaliação de projetosa serem financiados pelo Governo federal.
Ê inadiável alocar com transparência recursos em projetos culturais, bem como embolsas de aperfeiçoamento no exterior (semelhante às da área científica), sem as quaisdeixamos brilhantes talentos sem acesso aos
grandes centros culturais e à linguagem davanguarda internacional com a qual naturalmente se identificam.
É importante instituir prêmios de estímulose incentivos às nossas vanguardas culturais,hç>je reconhecidas nas mais diversas áreas daarte e do conhecimento humano: Música, Artes Plásticas, Artes Cênicas, Literatura, etc.
VI. O ESTADO E AINDÚSTRIA CULTURAL
O Estado deve ser na Cultura incentivadore promotor inicial de indústrias culturais emparceria com a iniciativa privada, tal comotem ocorrido nos grandes centros culturaisdo mundo.
O cinema, por exemplo tem recebido detoda parte incentivos governamentais, sejana modernização das salas de exibição, sejaintroduzindo tecnologias, seja ainda peloaprimoramento técnico de mão-de-obra qualificada. Da mesma forma, museus e teatrospossuem apoio indêntico dos governos.
VII. FINANCIAMENTOS À CULTURA
Um dos mecanismos mais importantes definanciamentos é a Lei n' 7.505, que precisaser reformulada a partir da experiência inicialde sua implantação. Os resultados positivosde sua aplicação são evidentes. Houve, noentento, desvio de recursos para empresasintermediárias de promoção e para áreas emque a isenção fiscal não se justifica.
Eficazes instrumentos do controle permitirão que os recursos sejam canalizados paraáreas prioritárias, tanto do ponto de vista deseu alcance social quanto de sua qualidadee eficiência.
O disciplinamento dos recursos das estataispoderá ser também instrumento vital de fianciamento da cultura.
VIII. A VOCAÇÃOINTERNACIONAL DA CULTURA
A permanência do status de Ministério poderá ser decisiva neste momento em que oPaís se volta para o sistema internacional,inclusive assumindo posição de liderança noContinente Latino-Americano.
Exemplo das potencialidades da Culturaé a criação do Fórum de Ministros da Culturada América Latina e Caribe, já em plenofuncionamento. Seu papel crucial é o de reforçar o intercâmbio e a cooperação que poderá propiciar o fortalecimentC(.do futuromercado latino-americano.
Não basta o desenvolvimento econômicosocial. É preciso mobilizar o que de melhoro País oferece, através da Cultura e de nossosArtistas. Divulgá-los e promovê-los é também um dos melhores caminhos para integraro Brasil à Comunidade Internacional.
O SR. LUIZ SOYER (PMDB - GO. Pronuncia o seguinte discurso.) Sr. Presidente,Sr+' e Sr' o Presidente da Associção MédicaBrasileira, DI. Antônio Celso Nunes Nassif,enviou sugestão a esta Casa, no sentido daalteração dos artigos 81 e 197, do anteprojetoda Lei do Estatuto do Funcionário Público,que prevê o regime único, visando à melhoria;
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das condições dos profissionais da Medicinaque trabalham sob regime estatutário, encaminhando-a igualmente ao Ministério do Trabalho.
Examinando essas medidas preliminares,lembra o Presidente da AMB que, no referente à penosidade, insalubridade e periculosidade, o Art. 81 declara que os adicionais
, serão concedidos com observância às situaçÕ,es especificadas na legislação aplicavél aofuhcionalismo público, salientando que
"o adicional de insalubridade por trabalho com raio X ou substâncias radiativas corresponde a quarenta por eentodo vencimento dos cargos e será concedido na forma da legislação pertinente.
A Associação sugere o acréscimo daexpressão "sendo que, para os médicosem geral, independentemente da especialidade, será também concedido o adicionai de insalubridade correspondentea quarenta por cento do vencimento docargo efetivo".
No que tange ao art. 197 pede-se o acréscimo, ao item IH, de mais uma alínea, queseria a "e", com a seguinte redação:
"e - aos vinte e cinco anos de efetivaocorrência em funções privativas de médico; com proventos integrais, independentemente do sexo e de· limite de idade".
Trata-se, nada mais nada menos, da aplica-, ção do princípio da isonomia, consagrado pelo caput do Art. 5" da Constituição Federal,sabido que os médicos, exercendo a profissãocomo autônomos, se aposentam aos vinte ecinco anos de trabalho.
Os que exercem a profissão por meio devínculo empregatício receberão igual benefício, sabido que a insalubridade é risco inseparável da profissão de médico, em qualquerdas suas especialidades.
Esperamos que este Plenário atenda aosjustos reclamos da Associação Médica Brasileira.
Era o que tínhamos a dizer.
O SR. OSVALDO BENDER (PDS - RS.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, S~ e Srs. Deputados, há poucos diaspara a posse do novo Presidente da República, Fernando Collor de Mello, a expectativa do povo é imensa. Peregrinei durante'o recesso parlamentar por dezenas de municípios do Rio Grande do Sul. As perguntasmais ouvidas foram sobre as perspectivas donovo Governo. Nenhuma camada da sociedade brasileira está satisfeita no momento.Todos esperam ,mudanças. Mas, pelo quesenti, o setor mais penalizado é o da agricultura. O produtor-rural, aquele que nos fornece os alimentos para as mesas de todos osbrasileiros, está aflito e empobrecido. Estesetor está quase falido. A angústia, o medodesses bravos agricultores é alarmante. Mediziam: - "Veja, Sr. Deputado, nós temosque vender um balde de leite para compraruma garrafa de cerveja. Onde está o erro?Veja: nós recebemos dois cruzados pelo litrode leite ,e o trabalhador paga por ele, do tipo
C, 14 cruzados e o B custa acima de 30 cruzados. Há ainda a gordu.ra tirada antes de serembalado, que só dá lucro ao beneficiador".O leite seria uma ótima alternativa para o
, pequeno colono, se no mínimo recebesse pelolitro o que custa um refrigerante pequeno.
Com relação à soja não se ouve questionamentos diferentes: - "Veja Deputado: hápouco tempo atrás, com um saco de soja nóspodíamos encher o tanque do nosso tratorvárias vezes; agora, precisamos de três sacospara um custear um tanque de combustível".- "Veja Deputado: no Paraguai a saca écomercializada por 800 cruzados, enquantoque aqui vale apenas 200 cruzados. Por queesta diferença?
"Assim, surge uma infinidade de perguntase questionamento. Com este estado de calamidade implantado pela nova República, adifícil situação dos agricultores chegou ao máximo. A esperança é o novo Presidente.Queira Deus que faça alguma coisa para diminuir estas diferenças de valores. A inflação,mesmo na casa dos 100% não seria nada,desde que tudo acompanhasse essa majoração. No entanto, os produtores agrícolas ficaram defasados em percentuais inacreditáveis,sobre os quais já fizemos algumas comparações. A esperança é de uma maxidesvalorização cambial. Quero transformar esta esperança num pedido ao novo Presidente, qúede fato faça esta mudança cambial. Não vejooutra solução para os produtores de soja.
Faço, ainda, um veemente apelo para se, trazer de volta os bons tempos da velha Repú
blica, onde a inflação era de 15% ao ano.Tempos que deixaram saudades. As mudan
,ças na política econômica foram todas parapior. Eu acredito no novo Presidente. Foiisto que disse aos sofridos e esmagados. Tenho certeza de que S. Ex' vai amenizar osofrimento causado pelas grandes injustiçasexistentes, pelas desigualdades que se criaram com a inflação ora em curso, que apavoratodos. A esperança que o povo brasileiro deposita no novo Presidente, eu também o faço.Espero não sejamos frustrados nesta esperança.
Muito obrigado.
o SR. MAURO MIRANDA (PMDB GO. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Srs. Deputados, há muito que sediscuti a questão da compensação financeirapara os Estados, Distrito Federal e Municípios, pelo resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos parafins de geração de energia elétrica e de recursos minerais em seus respectivos territórios,plataforma continental, mar territorial ou zona econômica.
Na verdade, Sr. Presidente, não é de hojeque vários municípios colocam em discussãoo paradoxo de, embora produzindo riquezascom a geração de eletricidade, tiveram suasáres agricultáveis reduzidas e cessadas suasatividades produtivas, ficando mais probres,sem um gesto sequer de grandeza das empresas que exploram seus recursClS hídricos, porexemplo.
Agora, está sendo submetido à aprovaçãodo Congresso a Medida Provisória n" 130,de 9-2-90, que, entre outras providências, define os percentuais da distribuição da compensação financeira a que antes me referi eestá consubstanciada na Lei n~ 7.990, de28-12-89.
Tratando-se de matéria da maior importância, faço um apelo aos colegas parlamentares no sentido de aprovarem com urgênciaa medida em questão, como forma de justiçaàs áreas do País atingidas pelo problema deutilização de seus recursos naturais.
Era o que me cabia dizer.
O SR. PAULO ZARZUR (PMDB - SP.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr.' e Srs. Deputdados, sabe-se quea inflação é uma síndrome econômica, podendo partir de uma causa ou de várias simultaneamente: o endividamento externo, a faltade competitividade da economia, a ineficáciados agentes empresariais do Estado, os gastossuntuários da máquina burocrática, o déficitcrônico das contas governamentais, as descabidas isenções fiscais e a mal orientada indução econômica, com o injustificado auxílioa instituições privadas beneficiárias do protecionismo político-financeiro.
No Brasil parece estar acontecendo tudoisso de uma vez, daí por que a espiral inflacionária sofre raríssimos reflexos, para recuperar-se sempre com maior violência.
Deve-se, no entanto, atentar que a essesfatores estruturais se acrescenta um fator con'juntural, que a transforma num verdadeirocaso de polícia quando conhecidas faixas domercado, sem freios na sua ação delituosa,incorporam aos preços a inflação futura estiomada, valorizando, a seu talante, artigos suopostamente escassos, justamente os mais ne·cessários, remarcando aleatoriamente os pre·ços, numa contravenção impune e claramenteidentificada,
Quando os preços foram incrementados,em fevereiro, em torno de setenta e três porcento sobre o mês anterior, reduziam-se,drasticamente, os espaços para as manobrascorretivas do Governo, induzindo a medidasvigorosas que não se aplicarão sem algumsofrimento da população, cuja capacidadeaquisitiva desce aos mais baixos níveis, segundo as estatísticas dos maiores centros urbanos.
Imposto social gravíssimo, a inflação chegou a um ponto em que o seu apetite é muitomais difícil de conter do que a extorsão fiscalpropriamente dita - menor do que a evasãoe a sonegação tributárias - a exigir do próximo governo medidas heróicas e, pelo visto,não muito simpáticas, embora necessárias.
Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidente.
O SR. ÁTILA LIRA (PFL - PI. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr"e Srs. peputados, no momento em que oPresidente eleito, Fernando Collor de Mello,assume a Presidência da República, urge aler·tá-lo para a importância do Crédito Rural.O Brasil é um país de vocação agrícola. Temterras de qualidades excepcionais em todas
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as suas regiões geográficas, inclusive no Nordeste" assolado anualmente pelo problemada seca. Na safra 88/89, foram colhidas 70milhões de toneladas de grãos, consideradoum recorde nacional, mas longe das reais necessidades do País e da capacidade de produção. O mercado interno brasileiro permaneceabandonado pelas autoridades governamentais, que visam essencialmente ao mercadoexterno, na busca de divisas fortes, de poupanças geradoras de investimentos. É precisotambém que o Presidente Collor de Melloobserve acuradamente este cenário. Conquanto dotado de 140 milhões de potenciaisconsumidores, o referido mercado internonão pode continuar a ser tratado de formasecundária, notadamente no que concerne aocampo agrícola, em que pese à elevada capacidade de endividamento externo no País.
O Crédito Rural precisa ser equacionado,,esquematizado, de tal maneira que os agricultores não sejam surpreendidos com as distorções atuais vigentes, quanto à liberação dassuas parcelas, mormentes referentes ao custeio. O Brasil precisa de uma política agrícola. Não a tem no presente momento. A inexistência de uma política agrícola leva os agricultores a se sentirem desestimulados de continuarem produzindo. Dados estatísticos, estimativos, do Ministério da Agricultura prevêem a redução da safra de grãos do País,89190, comparativo ao período passado, empelo menos seis milhões de toneladas. Estaredução não está atrelada exclusivarrknte àsintempéries da natureza e, sim, a uma totaldesorganização do setor agrícola, que sequeré dotado de uma política de preço-mínimodecente, aceitável, permitindo ao agricultor,pelo menos, o retorno do investimento assentado.
Sem uma política agrícola adequada, semcrédito agrícola, o País perde paulatinamentea condição de destacado produtor agrícolano cenário internacional. Em vez de exportador, tem se feito presente cada vez maisno lado dos importadores de produtos queoutrora produzia em abundância, como o arro~ e o feijão, por exemplo.
E inadmissível que o Brasil não tenha umapolítica agrícola definida, demarcada, que seja elaborada por pessoas que entendam doassunto, e não por burocratas palacianos, quenão sabem as dificuldades passadas pelosagricultores quanto ao plantio, colheita e venda do produto, no mercado interno e internacional. Que o Presidente Collor de Melloadote, urgentemente, as medidas necessáriasvoltadas para dotar o Brasil de uma políticaagrícola que estimule o agricultor a produzircada vez mais, inibindo a especulação e aagiotagem.
o SR. OCTÁVIq ELÍSIO (PSDB - MG.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, venho a estatribuna registrar que, nos dias 12 e 13 demarço próximos, terão lugar, em Belo Horizonte as solenidades comemorativas do 4"aniversário da Faculdade de Direito da Uni·versidade de Minas Gerais.
O projeto de criação da faculdade temsua origem em 1948, quando foi lançada, naCapital mineira, a idéia de constituição daUniversidade Católica sob a liderança de D.Antônio dos Santos Cabral Arcebispo de Belo Horizonte. O esforço de implantação defaculdades católicas, núcleo original de futuraUniversidade, fez emergir, de imediato, a importância de uma Faculdade de Direito Católica. A transformação da idéia em realidadeconcreta contou logo com a colaboração deeminentes juristas e o apoio decidido da comunidade católica de Belo Horizonte.
Logo no ano seguinte, organizou-se suaprimeira diretoria e trabalhou-se na composição de seu corpo docente, através de convitea jurista de renome, que, em trabalho conjunto, organizaram o primeiro currículo do curso. Num universo de homens ilustres da ciência do Direito, quero destacar aqui, comofundadores e membros do corpo docente nesse início da Faculdade de Direito, os professores Edgar de Godoy da Mata Machado,que foi o primeiro secretário da FaculdadeMário Casanauta, Pedro Aleixo, MiltonCampos, Bolívar de Freitas, Carlos Horta Pereira, João Franze de Lima, Alfredo Lopesda Costa, este seu primeiro diretor.
Como resultado deste esforço conjugadode D. Cabral, diretoria e professores, conseguiu-se obter autorização para funcionamento do curso de Direito em 1950. O parecerconcedendo autorização foi aprovado peloConselho Nacional de Educação em sessãodo dia 19 de novembro de 1949, o que foicomunicado, na mesma data, a D. Cabral,por telegrama do Diretor Nacional de EnsinoSuperior. O Decreto n" 27.577, autorizandoo funcibnamento do curso de direito, foi expedido em 12 de dezembro de 1949. Criava-seum importante estabelecimento de ensinosjurídicos e dava-se passo decisivo para a estruturação da Universidade Católica.
A 12 de março de 1950 procedeu-se à instalação da Faculdade Mineira de Direito, cujolema de suas atividades busco no Evangelho:Lex tua Veritas. No dia seguinte 13 de março,iniciaram-se as aulas regulares, no PalaceteDantas, à Praça da Liberdade, prédio arrendado pela Sociedade Mineira de Cultura.Tratadas todas as providência legias e preenchidas as exigências de organização administrativa e didática, a Faculdade Mineira deDireito foi reconhecida pelo Governo Federal através ·do Decreto n" 30.975, de 10 dejunho de 1952.
A Universidade Cat6lica tornou-se realidade em 1958 e a ela se incorporou imediatamente a Faculdade de Direito, com amploapoio da Diretoria, corpO docente e de seusalunos.
A Pontífica Universidade Católica de Minas Gerais é um dos estabelecimentos de ensino e pesquisa de nível superior de qualidadereconhecida nacionalmente e que honra aeducação de meu Estado. É o resutado dotrabalho e da dedicação de muitos educadores mineiros e da liderança de D. Cabral,D. João Rezende Costa, D. Serafim Fernandes de Araújo, atual Arcebispo Metropoli-
tano de Belo Horizonte e chanceler da PUCMG, e Padre Geraldo Magela Teixeira seumagnífico reitor.
Sr. Presidente, este registro que no momento solicito seja feito, não desejo se restrinja a uma formalidade parlamentar. Querotorná-lo a homenagem nossa, minha, comoparlamentar e professor, de meu partido, oPSDB, e da Câmara dos Deputados, homenagem justa e oportuna à Faculdade de Direito da Universidade de Minas Gerais, pelotrabalho educacional que desenvolve, atravésde competente corpo docente, pela permanente renovação e modernização de seu currículo e cursos, e em constante articulação comcomunidade mineira, através de valioso trabalho de extensão universitária. Cumprimento seu Diretor, Dr. Oswaldo Machado dosSantos Vice-Diretor, Dr. Hilberto de Carvalho Lopes, os coordenadores de Pesquisa ede Extensão, respectivamente Dr' CarmemLúcia Antunes Rocha e Dr. Carlos Mota,todo seu corpo docente, funcionários e alunos.
A SRA. IRMA PASSONI (PT - SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, o Partido dos Trabalhadores, em relação ao resultado das eleiçõesna Nicarágua, realizadas em 25 de fevereirode 1990, declara:
1. A hist6ria reconhecerá à FSLN a tarefaextraordinária de haver patrocinado e garantido a primeira eleição livre na história daNicarágua. Ao assegurar esse avanço democrático, a FSLN demonstrou seu compromisso autêntico com a democracia e o pluripartidarismo.
2. A derrota eleitoral dos candidatos daFrente não pode ser compreendida sem umaavaliação profunda das conseqüências, sofridas pelo povo nicaraguense, da intervençãodireta dos Estados Unidos durante os 10 anosde governo sandinista. '
3. Pressões econômicas de todo tipo, cujamáxima expressão foi o bloqueio imposto duorante todos esses anos e agora cinicamentesuspenso pela Administração Bush; e pressões militares, que implicaram no esforçoconcentrado na luta pela defesa nacional ena derrota militar da "contra" armada e sustentada economicamente pelo governo dosEUA, significaram um desgaste objetivo parao governo sandinista, que teve que desviarpara a defesa nacional recursos que não puderam ser destinados a satisfação das necessidades do povo.
4. No UNO, no moneu (Sem UNO, nãotem dinheiro) foi o lema da campanha de Violeta Chamorro e reflete o apoio expresso dogoverno norte-americano à aliança anti-sandinista liderada pelo COSEP (Cosejo Superior de la Empresa Privada), e a CDN (Coordinadora Democrática Nicaraguense).
5. Nesta nova situação, o Partido dosTrabalhadores espera e faz votos para queo povo da Nicarágua saiba defender suas conquistas, e para que o novo governo respeitea vontade popular e dê continuidade à convivência democrática, pois s6 assim será possí-
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vel um futuro de paz e bem estar para osnicaraguenses.
O SR. NEY LOPES (PFL - RN. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Srs. Deputados, o'Jornal de Brasília, ediçãode 6 do corrente, publicou artigo assinadopelo jornalista Marcondes Sampaio, sob otítulo Salários dos Parlamentares.
Trata-se de análise jornalística das mais lúcidas e competente. Em verdade, o risco sócio-político de afastar do Parlamento as classes de baixa e média rendas pode ocorrera partir do achatamento dos subsídios. Nessahipótese, o poder econômico assume o comando parlamentar da Nação, pois seus representantes não dependem de subsídios parasobreviver. Isto ocorrendo, a espada de Dâmocles será permanente sobre a cabeça doscidadãos brasileiros.
Passo a ler, Sr. Presidente, o artigo do jornalista Marcondes Sampaio, por constituir estudo de alto nível sobre o assunto comentado.
Eis a íntegra:
SALÁRIO DOS PARLAMENTARESMarcondes Sampaio
"Num país que é campeão mundialdas disparidades salariais, é natural queos vencimentos mais elevados, percebidos pela cúpula burocrática, gerem inconformismo e até revolta em mais dedois terços da população, que se encontram em estado de miséria absoluta ouem processo de proletarização.
Desde o ano passado esse inconformismo tem se voltado, com grande vigor,contra os subsídios parlamentares, quese encontram no topo da remuneraçãodo setor público, embora, é verdade,acompanhados de perto pelos valoresatribuídos a milhares de servidores graduados dos três poderes e das empresasestatais - os DAS -, que nos últimostempos conseguiram reajustes significativos nos seus salários.
Em meio a tal reação, começa a ganhar dimensão nacional um movimentoque visa a reduzir os subsídios de deputados e senadores, começando pelo congelamento dos atuais valores, até que elesbaixem ao equivalente a 20 salários mínimos - cerca de NCz$ 72 mil. Para tentaressa aparente utopia, um certo Movimento pela Democracia Direta esperareunir mais de 800 mil assinaturas para,nos termos da nova Constituição, formalizar uma proposta legislativa de caráterpopular, capaz de constranger os congressistas a aprovar essa iniciativa.
Em países social-democratas poderiaser até uma aberração estabelecer-se tallimite, uma vez que neles a diferençaentre a remuneração mínima e a máximaé ainda menor que a pretendida nessaproposta. Acontece que o Brasil aindavive sob os absurdos do capitalismo selvagem, que impõe aos trabalhadores omais aviltante salário mínimo do mundoe coloca a classe médida, que percebeem torno de 20 salários mínimos, na faixa
dos sacrificados para o atendimento dasnecessidades básicas de alimentação,vestuário e saúde.
No caso específico dos parlamentares,deve-se ainda levar em consideração queeles têm certas despesas que não afetamo cidadão comum, tais, como os custosde campanha, as pressões clientelistas doeleitorado, sobretudo nas regiões maispobres, e outras conseqüências do statussocial e político. Não por outro motivo,muitos parlamentares que antes de ingressar na vida política se dedicavam aatividades liberais mostram-se inclinados a desistir da reeleição, quando menos por não terem recursos suficientespara gastar na campanha.
Com efeito, os quadros do Congressosão compostos, em grande parcela, porprofissionais liberais - advogados, médicos, jornalistas, por exemplo - quecontribuem para a autenticidade e universalidade da representação. Afastardo Parlamento esses profissionais muitos dos quais têm participação importante na defesa dos interesses damaioria da população - equivale a ampliar os espaços que nas últimas legislaturas têm sido conquistados pelos representantes do poder econômico, sejameles os próprios empresários e banqueiros ou seus prepostos, capazes até dedispensar os subsídios, para eles irrisórios, e que devem - estes sem-ser objetos de maior atenção da sociedade, pelosdanos que podem causar ao interesse público.
Talvez por isso não seja mera coincidência que o movimento tenha nascidoem São Paulo, o grande reduto do empresariado brasileiro e berço do PT, partido que, por estrabismo ou oportunismopolítico, não raro se compromete - como já se cometeu nessa campanha com as hipocrisias e maracutaias das elites."
O SR. STÉLIO DIAS (PFL - ES. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente,Sr" e Srs. Deputados, os aposentados e pensionistas da Previdência Social exultaramquando o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias previu a remessa, pelo Executivo, ao Congresso Nacional, até ,seis mesesa partir do advento da atual Constituição,de projetos sobre a seguridade social e o Plano de Custeio da Previdência Social.
Passado o semestre, ou seja, a 5 de abrilde 1989, o Executivo ainda não havia concluído a sua tarefa. Contudo, pouco mais de trinta dias depois, a matéria chegava, em únicaproposição, ao Congresso Nacional.
Preferiu, no entanto, o Poder Legislativodissociar as duas matérias, inteiramente correlatas, tornando-as independentes e, f1ssim,enquanto o Plano de Custeio da PrevidênciaSocial não teve completado o seu encaminhamento em nenhuma das Casas congressuais,a Lei de Seguridade da instituição, decertoa mais importante, porque fornece os parâ-
metros assistenciais da Previdência Social já aprovada na Câmara -, encontra-se aindaem tramitação no Senado.
Diante dessa situação, temos recebidomensagens de previdenciários,c;le .todo o País,principalmente da Associaçãq,dos Aposentados do Espírito Santo e da Associação Capixaba dos Idosos, com veementes apelos, estranhando. ademais, a demora de quase doisanos numa decisão da maior importância eurgência para os destinos de milhões de brasi-leiros. '
Das mesmas fontes vem-nos um apelo nosentido de que se providencie o pagamentoimediato do 13'salário de 1989, além da reposição da parte do IPC de junho do ano passado, prestes a completar um indesejável aniversário.
Embora tenha sido lento nas suas providências, o Poder Executivo andou com mui·tos mais p~essa nessa matéria do que o Legislativo. Nesse sentido, fazemos um apelo,1\o
,Senado e fi Câmara para que, quanto ante~,
,completem a sua tarefa, pois, com essa inflação, muitos aposentados podem morrer deinanição antes de receberem o benefício.
Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidente,SJ;~ e Srs. Deputados.
O SR. CUNHA BUENO (PDS - SP. Pronuncia, o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, o crescimento alarmantedas grandes cidades gera problemas que requerem pronta atenção das autoridades competentes, sobpena de grandes prejuízos paraa saúde e a tranqüilidade da população. "
Uma' coisa é planejar e instalar fábricasem loc~ is relativamente despovoados e outra,bem diFerente, é consentir na manutençãodessas unidades quase 50 anos depois, quapdo as áIt'aS estão povoadas e homens, mulheres e cria, nças ficam expostos a riscos inimagináveis por ocasião da implantação.
O riscó aumenta quando essas unidadeslidam com substâncias perigosas à saúde humana, nãO, só pela poluição mas também poremanaçõe~l radiativas. Ninguém imagina, porexemplo, 'I,'le no populoso Bairro de SantoAmaro, na ,Capital de São Paulo, há em plenofuncionamen'to uma usina que processa areiasmonazíticas~\ que, sistematicamente, emiteradiações mui to acima dos limites toleráveisaceitos pelas organizações especializadas.
Uma coisa é um acidente como o de Goiânia, que, pelo inopinado da ocorrência e porsuas conseqüêJlcias fartamente divulgadas,logo preocupou 'B opinião pública e o Governo. Ali, alguém drresponsável perfurou umacápsula radiativa, e todos soubemos o queaconteceu. '. "
Outra situação l~em diferente é uma unidade industrial pertóIkente ao Governo continuar a emitir ra&3.ç,ío numa zona superpovoada, sem que nin,~ém tome qualquer tipode providências pa,r3. sustar tal atentado àincolumidade públic:t.
Desde 1942 a U;,ina de Santo Amaro(USAM) funciona de.;s~.l modo, primeiro vinculada à Orquima S.A.. \,~ depois ligada à Nuclemon Minero Químicá Ltda., da IndústriasNucleares do Bra'!;iil (llim), sobordinada_L
1082 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
CNEN (Comissão Nacional de Energia Nuclear). A usina, que se situa no quadriláteroformado pelas Ruas Eleutério, Barão doTriunfo. Rua Princesa Isabel e Avenida Santo Amaro, estoca urânio e tório, elementosaltamente radiativos e perigosos à saúde humana.
Conforme as normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear, o limite máximo admissível de exposição à radiação para pessoasque não trabalham na usina é de 100 milirenspor ano, ou12 microrens por hora. No entanto, conforme mediação feita pelo Institutode Radioproteção e Dosimetria, junto ao muro onde a usina eStoca produtos radiativos,a exposição alcançou 74,3 microrens por hora, ou mais de seis vezes o limite tolerável.E a radiação aumenta constantemente. Emum dos pontos internos, a radiação, que erade 195,6 microrens/hora, entre 19 de agostode 1986 a 6 de março de 1987. aumentoupara 258,9 microrens desde 6 de março de1987.
Outros relatos comprovam que essa situação altamente irregular já data de muitosanos. Só ultimamente é que se realizam medições, como fruto da preocupação ecol6gka.E nenhuma providência foi tomada, mu.,toembora a direção da usina e da própria Nudemon estejam sendo constantemente aleTtadas, inclusive por bem elaboradas matéYiaspublicadas pelo jornal O Estado de S. Pfmlo.
Impõe-se uma providência deCisiva jCJ Governo Federal no sentido de fechar 0\1 transferir a aludida usina, antes que seu fti ncionamenta maléfico traga maiores prejuÍZI)s à saúde dos paulistanos. E, ao que se sabe, a decisão reparadora é tecnicamente possí vel e atéfácil, porque a própria Nuclemon possui outra unidade especializada em terras -raras, situada em Interlagos, em ·áxea semideserta.
Requeiro à Mesa da Câmara se, dirija aoPoder Executivo e cobre. da ·CQmis.são Nacional de Energia Nuclear, da Nucl,emon e daUsina de Santo Amaro decisão irnediata quevise a pôr fim ao funcionamentc) calamitosoe prejudicial da referida unidad' ~ industrial.
Tenho dito.
O SR. JOSÉ MENDONÇA DE MORAIS(PMDB - MG. Pronuncia o •,eguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs: r )eputados, paramelhorarmos a ÍJ;na~ do·P arlamento brasileiro neste momeTlfb de es peranças com aposse do novo Prl;lSidente, eleito democraticamente pela maioria do no',so povo, torna-seimperioso dinamizar esta C;asa, a Câmara dosDeputados. .
Quantas leis compleme ntares ainda temosque votar e aprovar? Muitas e importantíssimas.
É preciso debatermo~A os projetos, mas avotação desses projetos; é muito mais importante do que sua discussão prolongada. Apresença dos Deputa d os nesta Casa é questãode consciência. Na s campanhas eleitoraisacusamos os corrup·tcs que causam prejuízos~o patriniônio púbhco; acusamos os mausfuncionários públic;os quando faltam ao serviço ou quando aten dem mal ao povo.
Quando Deputados ou Senadores faltamao compromisso de presença sem se justificarem estão praticando corrupção contra opovo, ganhando sem trabalhar. Esta estória
. de que trabalham nas bases, quando se encontram fora do Congresso. é conversa fiada.que nenhum eleitor engole. Trabalho parlamentar é aqui, discutindo e votando leis deinteresse da Pátria.
Lá, nas bases, fazemos política. ou proselitismo, para assegurarmos a continuidade eleitoral.
Se quisermos aclamar o ódio aos políticosou a descrença neles, que a sociedade revela,teremos de atender às disposições constitucionais, votando leis complementares, muitascom prazos já vencidos.
O SR. FRANCISCO AMARAL (PMDB SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Sr" e Srs. Deputados devo comunicar a esta Casa que no meu Estado de SãoPaulo dois dos mais brilhantes. competentese sérios homens que já atuaram neste Paísestão prontos para proporcionar ao Brasilmais uma enorme contribuição ao seu desenvolvimento econômico e social.
Quero informar que em breve o País contará com o importante auxnio do Banco Múltiplo Transcontinental, para auxiliá-lo na imprescindível arrancada rumo à estabilizaçãofinanceira. ao progresso tecnológcio, ao desenvolvimento da economia, ao seu crescimento social.
A nova instituição financeira nasce avalisada por dois dos mais importantes empresários que a história deste País já registrou:
.Domingo Alzugaray e Mário Garnero.Sr. Presidente, Srs. Deputados, Domingo
Alzugaray aportou no Brasil trazendo consigo uma competência singular. um espíritoindômito e a disposição de criar. E, assimfez nascer uma revolução na indústria gráficaeditorai, fazendo com que a cultura sofresseum poderoso impulso rumo a sua democratização. Porque não há plena liberdade deescolha se a disseminação da cultura, sema divulgação de informações, sem o acessofácil a poderosas análises. E foi esssa revolução, foi esse impulso, que a Editora Três,dirigida por Domingo Alzugaray, proporcionou ao nossO País
Sr. Presidente, Srs. Deputados, não háeconomia desenvolvida sem grandes bancosque a suportem, que a incentivem que premitam apressar o desenvolvimento, que possibilitem queimar etapas. Mário Garnero, háanos, soube sentir a necessidade da Nação.da economia brasileira, de apoio para o desenvolvimento, e abriu o Banco Brasilinvest,que prestou grandes serviços ao crescimentonacional. Sob a investida de inimigos poderosos. alvo de acusações que a análise fria eponderada demonstrou serem incabíveis.Mário Garneiro resistiu com a serenidade doscorajosos e. após longo processo de intervenção, emergiu com toda sua estatura de homem probo, de empresário precursor, e hojeestá pronto para prestar novos grandes serviço·, ao País.
Sr. Presidente, Srs. Deputados. nenhumanação pode inserir-se na modernidade semque conte com bons pioneiros, com homenscapazes de apropriar-se de experiência da história mas não limitar-se a ela. De homenscapazes de usareijl ontem para já hoje criaro amanhã. De homens capazes de se atraverem a criar. De homens como Domingo Alzugaray e Mário Garnero.
É por isso que, como paulista, sinto-mefeliz de poder anunciar que todos n6s, brasileiros, teremos em breve um novo instrumento para ingressarmos realmente na modernidade, para vencermos a crise, para reiniciarmos o crescimento econômico, para conquistarmos a pujança social.
O SR. DORETO CAMPANARI (PMDB- SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Sr" e Srs. Deputados. recentespesquisa em São Paulo demonstram que aescola de primeiro grau, principalmente darede pública, não consegue ensinar a ler. es-,crever e contar. como se verificava na antigaescola primária, de apenas quatro anos deduração.
A saturação dos currículos. o congestionamento do sistema, com as deficiências naformação pedagógica dos professores sãoapontados como problemas graves no meiodessa crise.
Tais conclusões são apresentadas pela Fundação Carlos Chagas e o Instituto Nacionalde Estudos e Pesquisas Educacionais, por encomenda do Ministério da Educação, a respeito das causas da deficiência na formaçãodos alunos primários que freqüentam escolasoficias.
As pesquisas continuam para apresentaçãodas outras conclusões dentro de dois anos.com uma etapa prevista neste mês, abrangendo também o ensino privado.
A amostragem utilizada em quinze milcrianças de diferentes segmentos sócio-econômicos revela que a escola oficial é umainstituição freqüentada, na sua maioria, porcrianças das classes menos favorecidas, embora nenhuma conclusão se tenha lançadoa respeito desse aspecto como condicionantedo pouco rendimento escolar.
As deficiências são perdominantes nasáreas de portaguês, redação, matemática eciências.
Há quem infira que a pior formação emportaguês é um fenômeno geral, explícito natelevisão, no rádio, e, freqüentemente. nosjornais, onde o cuidado com a concordânciae a regência transformam a língua nun caçanje.
Quanto à matemátíca. habituam-se, muitocedo. os alunos, a fazer contas em pequenoscomputadores. obtendo mecanícamente osresultados das operações de somar. subtrair,dividir e multiplicar, ou até mesmo de regrasde três e raiz quadrada.
É preciso preparar melhor os professorese reduzir as facilidades dos alunos menos diligentes.
Era o que tínhamas a dizer, Sr. Presidente.
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o SR. ANTÔNIO UENO (PFL - PRo Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, falando em nomeda Keidanren, no Fórum da Amazônia. a respeito do "Reflorestamento para Recuperação da Floresta Tropical", o agrônomo SeijiMori, formado pela Universidade de Hokkaido, no Japão, membro vitalício da Associação de Técnica de Reflorestamento daquele país, com experiência de reflorestamentona Nova Guiné, atualmente acompanhandoa Companhia Vale do Rio Doce na execuçãode projetos de reflorestamento, teve oportunidade de traçar substanciosas consideraçõessobre o assunto.
Relatando s~a experiência no Brasil destacou impressão de que o reflorestamento peloeucalipto, no Sul do País, é mais desenvolvidotecnicamente do que no país de origem, aAutrália. No entanto, visitando Carajás, em1989, teve impressão totalmente diferente,ante as grandes extensões de terras devastadas, enquanto as queimadas prejudicavam asatividades agropastoris.
Depois descobriria o desenvolvimento dainfra-estrutura, o asfalto cobrindo os caminhos, as populações crescendo, a poluiçãodiminuída pela emprego "da lenha em lugardo combustível fóssil, sabido que a purificação da água pode ser feita com o depósito'do carvão vegetal.
Hoje, a experiência acumulada já indicacomo proceder-se ao reflorestamento, pelomenos em cinco por cento da reserva natural,da mesma forma como a silvicultura vem utilizando processos científicos para determinara época ideal dos cortes e a melhor utilizaçãodos compesados nas serrarias.
Mas o problema também exige mecanização.
No reflorestamento no sudoeste asiático,os populares D-6, D-? e D-8 estão-se tornan-'do cada dia maiores, operando em plena floresta.
No caso brasileiro, o objetivo do reflorestamento é a utilização da madeira para usoda polpa ou do carvão, consorciados à culturapara produção num período de cinco a seteanos, usando-se especialmente árvores tropicais, de folhas largas.
Essa solução é boa, porque o carvão vegetal, pobre em enxofre e fósforo, é menos poluente.
Precisamos aplicar essas lições de um renomado técnico.
Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidente,Sr" e Srs. Deputados.
O SR. GANDI JAMIL (PFL - MS. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Parlamentares, estou submetendo à apreciação deste Congresso Nacionaluma série de projetos de lei, regulamentandodispositivos constitucionais, pertinentes aosdireitos trabalhistas, conquistados sob a égidedo nosso novo texto magno.
Gostaria de chamar a atenção de meus nobres pares para a importância dessas matérias, haja vista o seu largo alcance social.Não há mais razões que justifiquem a nossa
omissão frente os preceitos inseridos naConstituição, ainda hoje pendentes de complementação de leis ordinárias.
Volto a insistir, Sr. Presidente, na importância do nosso trabalho como legisladores.É mister que nos empenhemos em prol deuma Lei Maior a serviço permanente de nossos conterrâneos. Nesse sentido, parece-nosfundamental que aqui discutamos e votemosas proposições voltadas às garantias e prerrogativas concedidas aos trabalhadores em geral.
Esta é a tarefa a que me proponho, namedida em que estou apresentando projetosde lei na esfera trabalhista, procurando concretizar os direitos coletivos e sociais inseridos na nossa Constituição.
Sob esse aspecto, Sr. Presidente, venhoapelar para o esforço pessoal de V. Ex', coordenando e dirigindo nossos trabalhos, de forma que possamos referendar nossas propostas constituintes, garantindo aos beneficiadostudo o que lhes é juridicamente de direito.
Tenho sido, Sr'!' e Srs. Parlamentares, ofiel e insistente defensor da regulamentaçãodos dispositivos constitucionais, com maiorbrevidade possível. Acredito na confiança emnós depositada por cada um de nossos eleitores e venho fazendo por onde correspondera essa confiabilidade com o mais digno e firmerespeito.
Em nome desse respeito, estou apresentando os projetos a que me referi anteriormente, com a expectativa de que os mesmossejam aprovados por V. Ex' aqui presentes,também responsáveis, como eu, pela conquista efetiva dos direitos e garantias concedidas aos trabalhadores brasileiros.
Era o que tinha a dizer.
o SR. RENATO VIANNA (PMDB - SC.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, SI' Deputados, o Estado de Santa Catarina. ainda traumatizado, chora a morte dePedro Ivo.
Inúmeras manifestações de pesar e declarações de ilustres catarinenses das mais diversase longinguas regiões do território balTiga-verde dão conta da admiração e do respeito quePedro Ivo conquistou ao longo de uma vidadedicada à causa pública. "
Impedido de prosseguir na carreira militar.por motivos de saúde, onde com o mesmobrilhantismo da sua trajetória política chegouao posto de Tenente-Coronel, Pedro Ivo resolveu ingressar na vida pública, filiando-seinicialmente ao PTB, para, depois, com aextinção do glorioso partido de Getúlio Vargas, fundar o MDB e o seu sucedâneo, oPMDB.
Vereador e Prefeito de Joinville, DeputadoEstadual e Federal, candidato ao Sen3'do Federal em 1982, vitorioso de fato no pleitoeleitoral. o resultado, por manipulações conhecidas da sociedade catarinense, lhe foi adverso por oitocentos votos apenas. Presidenteestadual do PMDB, percorreu todos os municípios do Estado pregando a concórdia e asmudanças com as quais se comprometeu eimprimiu, nos três anos da sua administração, -
moralidade pública e austeridade administrativa.
A dimensão das suas virtudes revelam-semais importantes do que a materialização dequalquer obra e cravam o sulco profundo,no pedestal da história catarinense, de umamarca indelével e pessoal.
A situação caótico em que vivia a economiacatarinense, antes do Governo Pedro Ivo,constituía-se num dos maiores desafios administrativos a enfrentar.
Depois de um início de mandato tempestuoso, fruto da crise nacional, e cercado porpressões nascidas do próprio estado democrático, Pedro Ivo deixou o Estado de SantaCatarina totalmente saneado, pronto para recomeçar a execução de projetos e programasmais arroiadossem os percalços de endividamento e da ingovernabilidade.
Felizmente o PMDB deu ao Sul do Brasiltrês grandes governadores: Pedro Simon, Álvaro Dias e Pedro Ivo.
A morte prematura de Pedro Ivo abre umalacuna impreenchível no cenário político-administrativo de Santa Catarina. Com obstinação,. ele procurou e conseguiu fazer de suavid~ um exemplo de amor ao Município queadotou como um dos seus mais diletos filhos,Joinville, e, por extenção, o Estado de SantaCatarina.
"Morrer acontece para o que é breve epas!;a sem deixar vestígios", escreveu nossopoe ta maior Carlos Drummond de Andrade.Pedro Ivo permanecerá vivo e presente pelassuas lições de vida.
Santa Catarina, traumatizada, que tantoprameou o seu ilustre filho recém-desaparecido, agarra-se orgulhosa à memória de Pedro Ivo para impô-la como exemplo de dignidade e tra balho a todos os brasileiros.
Pedro Ivo foi um político com "P" maiúsculo, cujas reconhecidas virtudes resgatamem grand!~ parte a credibilidade da sociedadepara com, a classe política.
O SR. CARLOS CARDINAL (PDT - RS.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr" e SI' Deputados, a morte de LuisCarlos Pr€lstes, o Cavaleiro da Esperança.por certo nt\o interrompe a trajetória de lutasdo povo brasileiro. O comandante da Colunaimbatível continuará a servir de exemplo aos
. patriotas, que vivem o inconformismo diantedas injustiça;, sociais. A legendária ColunaPrestes, partiu de São Luis Gonzaga. no RioGrande do Sul, percorreu milhares de quilômetros no tenitório brasileiro e demarcouo início da queda da velha República. Delá para cá, a personalidade de Prestes se impôs no cenáriq político do País, porque soubeultrapassar os momentos mais difíceis destesconturbados tempos da história recente, semnegar, em nenhum momento, seus princípiosideológicos e convicções doutrinárias.
A visão política de Prestes e a sua compreensão exata sobre o momento históricolevaram-no a tomar decisões polêmicas, como foi o apoio a Leonel Brizola a Governadordo Rio de Janeiro e., depois, como candidatoà Presidência da Rélpública. Se dependesse
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dele, o Brasil não teria agora, por exemplo,a expectativa de assumir a Presidência umcidadão comprometido com as tradicionaiselites conservadoras e aproveitadoras do trabalho e da produção nacionais.
Duramente combatido, nos seus 92 anosde existência, Prestes, na verdade, conseguiu
. a proeza de conquistar a admiração nacional,o reconhecimento de seus adversários e o carinho do povo brasileiro, por todos os lugaresonde andou. Lamentamos a morte do Senador Prestes e nos associamos a tantas homenagens que a Nação lhe presta neste momento.
a SR. ADEMIR ANDRADE (PSB PA. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, S1" Deputados, desejamos registrar a presença, em Bélem do Pará, de umacomissão ele sete representantes dos pais ealunos elo Instituto Maria de Mattias, educandário fundado há trinta e sete anos, pela Congregação das Irmãs AdoradoriOls do Sanguede Cristo no Município de Altamira.
A Secretaria de Educação do Governo doEstado, encerrou unilateralmente um convênio com esse Instituto, iniciado em 19n, porpressões políticas de lideranças daquela cidade ligada ao Governo.
Esse colégio, que tem, em 1990, 1.l:!0 alunos matriculados e já em aulas, encontra-seimpossibilitado de continuar seu traba'lho senão for mantido este convênio.
Quero registrar nos Anais da Câmf,ra dosDeputados o telex que encaminhei à Professora Teresinha Gueiros, Secretária de Eífucação, bem como o ofício do Bispo D. ErwimKrantler, que explicam em detalhes a gravidade e importância do assunto.
Espera'rnos que esses integrant,:s da comissão, que, mediante esforço e coleta de recursos, conseguiram deslocar-se at<: Belém deavião, em virtude da grande distiincia, sejamrecebidos pela secretária, e que esta reconheça a importância do trabalho desenvolvido pelo [nstituto, renove o convênio e osajude ma,terialmente.
MATERIA REFERIDA PELO ORADOR:
Uma Sr' ProÍ' Terezinha GueirosMD Secretária de Educação do Pará-Belém
Creio ser de tamanha impo rtância e gravidade o que está acontecend·) em Altamiraque se faz necessária a presença de V. S'naquele município.
Todos nós sabemos e, temho certeza, V.S' melhor do que ninguém, o quanto o nossop,?vo deve ao trabalho miss ionário das igrejas, principalmente no que se refere à suaformação l~ducacionaJ,
Tenho visitado, em alg umas dezenas demunicipios, colégios, internatos, oficinas, indústrias, cooperativas et'~., criadas por igrejas, que em inúmeros asp~ctos substituem oumesmo cumprem junto à população aquiloque seria dever do Estado.
Tenho visto crechf;s. internatos-familia(casas onde um casal cuida de até oito crianças orfãs), fornecendo de alimentação, tratamento médico e den tário para alunos, que
jamais vi nas mesmas condições oferecidaspelo poder público.
Nossa história está extremamente integrada ao trabalho missionário das igrejas e oEstado tem o dever de apoiar este trabalhofeito por padres, irmãs, pastores, desconhecidos pelo grande público mas transformadores da vida de muitas pessoas, pois trabalhando suas potencialidades, os educando, dáa estes a oportunidade de um outro tipo devida, sempre melhor, sempre mais solidária.
Poderia citar exemplos de uma centena deinstituições e de uma dezena de nomes dessaspessoas, que não tem ganância, que não sãoapegadas ao bem material, mas que só pensam em servir ao próximo, objetivo este quese torna a grande realização das suas vidas.
Para nós é evidente que as igrejas, suasinstituições, seus missionários, devem serajuda,dos pelo estado e isto tem sido feitopor intermédio de convênios, onde o poderpúblico tem assumido o pagamento do corpodocente destes colégios.
. Digo tudo isso porque sei que pressões foram feitas no sentido de que a Seduc rompao convênio existente deste 1972 com o Instituto Maria de Mattias, fundado em 1937 pelasmissionárias Anna Berger, Gabriela MoIleney, Imelda Waldmann e Margareth Weiber,da Congregação das Irmãs Adoradoras doSangue de Cristo. Essas pressões foram feitaspor políticos menores, de visão estreita, quese acostumaram a usar o Estado como instrumento do seu poder pessoal e tantas vezesmesquinhos, que não admitem o dialogo, adiscordância e muito menos ainda a educaçãocapaz de formar uma consciência crítica.
O Instituto Maria de Martias é uma escolaque tem, desde o curso primário, até o 2'grau, com curso em pedagogia, sendo responsável pela formação da grande maioria dostrabalhadores qualificados dos setores privado e público de Altamira, especialmente professores da 12' URE, bem como de proprietários e comerciantes da região.
Tem matriculados este ano letivo 1.120 alun~s, além de ter conseguido recursos da própna Congressão, no exterior, para construção de um novo e amplo prédio de salas deaula, que já se encontram pronto.
Poderia dizer muito mais, mas bastam estasrazões para que V. S' compreenda a necessidade de se fazer presente em Altamira, para,em diálogo franco e aberto com a igreja, coma direção daquele Instituto e a 12' URE, sechegar a um entendimento onde esta secretaria não apenas mantenha o convênio, masconheça o trabalho que é feito e ajude materialmente, pois a soma de esforços, entreaqueles dedicados missionários e profissionais de educação e o próprio poder públicose reverterão em enormes benefícios para toda a população, o que só engrandecerá oPará.
Certo da sua atenção, agradeço e me coloco ao seu inteiro dispor no que for necessário.Atenciosamente,Deputado Federal Ademir Andrade
PRELAZIA DO XINGUAltamira, 19 de fevereiro de 1990
Exm' Sr'OrfiJa XavierDD. Diretorada 12'URE68370 Altamira-PA
Senhora Diretora,Reporto-me ao telefonema que tive com
V. S' hoje de manhã e venho esclarecer algunspontos abordados na oportunidade. Indagueiquais as razões e motivos que levaram a Seduca negar a renovação do Convênio celebradohá anos entre ela e o Instituto Maria de Mattias. V. S' respondeu que se tratava de questões "ideológicas", mas infelizmente não soube precisar, o que entende por esta palavra.Só esclareceu que o Governo do Estado doPará investiria muito na Educação e o Instituto Maria de Mattias não daria o retornoalmejado. Ora, Senhora Diretora, isso é umaacusação desonesta e injusta que somente pode partir de quem não conhece a história deAltamira. O Instituto Maria de Mattias é aprimeira Escola de;;: Grau em Altamira eem todo o vale do Xingu e presta seus serviçoshá 37 anos à população de Altamira e dosmunicípios vizinhos. Em todo este tempo milhares de alunos foram formados por estaUnidade Escolar e até hoje é voz do povoque é o melhor Colégio da cidade por levarseus compromissos com a educação e formação da juventude a sério. Criticar o ensinoministrado pelo Instituto Maria de Mattiasé desmoralizar os integrantes de seu torpodocente e administrativo é infame e imoral.Convido V. S' a visitar os estabelecimentosbancários, o comércio, as poucas indústrias,os órgãos públicos federais, estaduais e municipais instalados nesta cidade e V. S' irá descobrir que a maioria dos funcionários lotadosnestas instituições é formada por ex-alunosdo Instituto Maria de Mattias. Pergunte V.S' a seus próximos colaboradores da 12'URE, onde estudaram e se formaram. Peçoainda V. S' a visitar as Escolas Públicas estaduais ou municipais e V. S' terá a surpresade constatar que a imensa maioria dos professores que hoje exercem o magistério ~~cebeu
seu diploma no Instituto Maria de Mattias.Diante destes fatos afirmo que o Estado doPará e seu Governo não recebeu do InstitutoMaria de Mattias o retorno que espera ouesperava, transcende as ráias do bom-sensoe da honestidade.
Tomar medidas como estas que foram implementadas contra o Instituto Maria de Mattias contrariam frontalmente a ConstituiçãoFederal, quando V. S' esclarece que arenovação do Convênio foi preterida por ,razões"ideológicas". A Constituição Federál assegura a todos o direito de liberdade de pensamento, de consciência e de crença: "é livrea manifestação do pensamento" (Art. 5' Inciso IV); "é inviolável a liberdade de consciência e de crença" (Art. 5" Inciso VI) eaínda: "nínguém será privado de direitos pormotivo de crença religiosa ou de convicçãofilosófica ou política" (Art. 5" Inciso VIII)para citar apenas alguns dos dispositivos
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constitucionais. A época da ditadura já findou e o Brasil quer respirar o ar da democracia. Está na hora de remover os entulhosarcáicos do regime militar que persegue cidadãos e instituições por razões ideológicas. OInstituto Maria de Mattias faz parte da prelazia do Xingu e prejudicar este Educandáriode longa tradição é investir contra o Povo
, de Deus da Igreja do Xingu, em cujo nomefalo como Bispo.
Se no passado, como V. S' alega, haviaatritos entre a 12' URE e um ou outro membro do Corpo Docente do Instituto Mariade Mattias, lamento muito não ter sido informado a respeito. Mas creio foi propositalmente evitado qualquer contato com o Bispopara dirimir problemas de ordem pessoal, para levar adiante o projeto concebido nos itararés de uma política obscena, de dar umgolpe ignóbil à Igreja do Xingu. Saiba, porém, V. S' que não é o Bispo que sai perdendo, é o povo de Altamira e dos municípiosvizinhos que será privado de uma das maisimportantes instituições de formação. V. S'que tem poucos anos de vivência nestas plagas e pouco sabe da história pioneira da Igrej ado Xingu e da luta de um povo secularmentemarginalizado, infelizmente parece que nãopode avaliar o prejuízo que está causandojunto com 'os outros urdidores de todo estedescalabro que me causa náuseas.
Apelo a V. S' de fazer tudo que estivera seu alcance para, em última hora, evitarque o projeo diabólico tramado contra a Igreja do Xingu seja consumado e V. S' entrarna história como uma das pessoas que maquionaram todo este enredo, ou pelo menos foiconivente com a maior injustiça de que a Igre·ja do Xingu já foi vítima.
Atenciosamente, - Erwin KrautIer, Bispodo Xingu.C6pias desta carta a:Exm" Sr. Prefeito Municipal de AltamiraExm" Sr. Governador do Estado do Pará.
o SR. ROSÁRIO CONGRO NETO(PMDB - MS. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados,nosso País vem experimentando, nestes últimos três meses, uma crise sem precedentesno abastecimento de ,sua frota de veículosa álcool, crise, aliás, previsível há bastantetempo e só não contornada por absoluta inércia e falta de providências para o abastecimento da frota nacional, porquanto não seconsiderou o volume da produção e a demanda exigida pelo mercado consumidor.
A questão deteriorou-se a ponto de deixarcada vez mais apreensivos nossos quatro emeio milhões de usuários do carro a álcool,
. gerando inclusive situações de aberto confronto entre motoristas e postos de abastecimento, bem como reprovação generálizadapela nossa população.
A desoladora perspectiva, a fragmentadae equivocada estratégia adotada para minimizar o problema de falta de combustível estão mais uma vez marcadas pela improvisaçãoe desacertos de toda ordem com que se temtratado o assunto.
Apelou-sé para o metanol sem antes nãoesquecer de ingenuamente anunciar ao restodo mundo que iríamos importar o produtoem grande escala, o que bastou para virtual
.mente triplicar suas cotações no mercado in-ternacional.
E bem que outras alternativas havia, comoo álcool de uva, onde só na Europa contabilizam-se excedentes de 600 milhões de toneladas do carburante.
Não há, pois, como deixar de questionara estranha opção pelo metanol. cuja elevadatoxicidade preocupa a opinião pública brasileira e efetivamente põe em risco, se não adotadas as devidas precauções, a saúde de todosaqueles que venham a lidar com tão perigosoproduto, Não se pode ainda esquecer de que.além de corrosivo e venenoso, o metanol puro também pode cegar ou causar graves queimaduras.
Diante das circunstâncias e da triste constatação de que a produção de cana continuaráem declínio, mostrando-se inferior à do anopassado - quando já recuara de 223 milhõespara 218 milhões de toneladas em relaçãoà safra anterior - não há como fugir da utilização da mistura álcool-metanol-gasolina,que tem o início de sua distribuição programado para este final de semana.
Espera-se, contudo, que o Conselho Na-,cional de Petróleo aja com extremo rigor nafiscalização de tão insólito e indigesto coquetel, em cuja composição o metanol não poderá participar com mais e 33%, devendo-seainda levar em conta a densidade do combustível, sua cor. cheiro, índice de acidez e condutividade elétrica.
Aproveito o ensejo para fazer um apeloàs autoridades que tratam diretamente dematéria tão controvertida no sentido de quepoupem algumas áreas estrategicamente situadas e de ecossistemas delicados - casoespecífico do Pantanal mato-grossense - dosperigos de contaminação que essa mistura pode propiciar.
E fácil imaginar. Sr. Presidente. Srs. Deputados, toda a dramática extensão de um eventual desastre ecológico provocado por acidentes com caminhões-tanques de metanol naquele santuário de rara beleza que nos cabeproteger e preservar a todo custo. Lembre-se,a propósito, que a produção de álcool de Mato Grosso do Sul, da ordem de 300 milhõesde litros/ano, torna-o auto-suficiente nesseparticular, não precisando, pois, da misturapara garantir o deslocamento de seus veícu[os. E nem sofrer qualquer tipo de imposiçãoa racionamentos na distribuição do álcool hidratado dentro de suas fronteiras, uma vezque, além de produzir'o suficiente para seuconsumo, como disse, contribui com o seuexcedente para o abastecimento da frota nacional em outros Estados da Federação.
Registro, finalmente, meu mais veementerepúdio a qualquer tentativa de desestabi\ização do Proálcool, único programa mundial de alternativa energética que realmentedeu certo, a despeito das deficiências conjunturais com que ora se debate, não deixandoque prosperem iniciativas que venham invia-
bilizá-Io pelo simples fato, meramente circunstancial. de que um barril de álcool. contrariando todas as expectativas, custe hojeaproximadamente o dobro do barril de petróleo.
Por se tratar de assunto bastante polêmico,merecedor de considerações mais aprofundadas, pretendo, oportunamente, voltar aabordá-lo desta tribuna.
O SR. SALATIEL CARVALHO (PFL PE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, SI'" e Srs. Deputados, mais umavez queremos denunciar o quadro de wrdadeira calamidade pública em que se transformou o sistema de saúde no Estado de Pernambuco. A crise já era grave, com a prolongada greve dos servidores de saúde pertencente ao Estado, greve que se prolongou devido à insensibilidade do Governo Miguel Arraes em atender à justa reivindicação dos servidores do Estado.
A situação se agrava na medida em queos hospitais particulares da rede conveniadada Previdência Social também resolveramsuspender o atendimento médico aos segurados da Previdência em função dos baixos valores pagos aos hospitais pela prestação dosserviços de assistência médicas.
Portanto Sr. Presidente. é necessário quesejam tomadas urgentes medidas, uma vezque a população de Pernambuco não suportamais tanto sofrimento.
o SR. SÉRGIO SPADA (PMDB - PRoPronuncia o segninte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, um dos setores daeconomia rural rural que' chegou a se éonstituir em forte suporte das pequenas e médiaspropriedades agrícolas. a suinocultura, atravessa hoje a pior crise de sua história. Bastadizer que o ano de 1989 foi deficitário paraos produtores nos Estados em que essa atividade ainda é desenvolvida por aqueles quenão chegaram a perder as esperanças numareversão das expectativas.
Para este ano o quadro se afigura mais sombrio. Na opinião dos dirigentes da Cooperativa Central Agropecuária Sudoeste Ltda-Sudcoop, sediada em Medianeira, Paraná,a situação dos criadores de suínos beira abancarrota, pois enquanto o País sofreu umainflação anual de 1.764 por cento. o preçodo suíno foi reajustado em apenas 940 porcento.
Essa insupoliável defasagem, imposta pelocrescente aumento de insumos, rações, mi'lho, medicamentos e combustíveis não temencontrado. infelizmente, a necessária compreensão nas áreas governamentais que administram a política nacional de preços agrícolas. Uma série de erros vem se acumulandoao longo dos últimos anos, ao ponto de inviabilizaro setor. Não bastassem tantos transtornos, o Governo Federal, numa infeliz iniciativa, autorizou a importação de carcaças, causando prejuízos ao produto no mercado interno, medida que somente favoreceu a especulação industrial.
Em dramático apelo ao Secretário da Agri.- cultura do Paraná, os criadores de suínos ex-:
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põem a teHível situação que está levando aoabate de milhares de matrizes, lamentávelrecurso que comprometerá irremediavelmente a recomposição futura dos plantéis.
Como providência inicial, os dirigentes daSudcoop sugerem ao titular da pasta da produção, Secretário Osmar Dias, a redução daalíquota do ICMS pelo menos temporariamente; em seguida, a abertura de uma linhaespecial de financiamento a custos compatíveis e suportáveis pelo suinocultores.
Por sua vez, na esfera federal, recomenda-se a não importação, sob qualquer.pretexto, do produto, prática definida como criminosa e altamente prejudicial para a suinocultura brasileira.
Ao solidarizar-me com os termos do documento firmado pelos líderes cooperativistasSeno Claudio Lunkes, Lodovino RoqueGrespan e Alfredo Kundel, quero endereçarao Secretário da Agricultura do Paraná, emquem todos reconhecemos o espírito de lutaemfavor da agropecuária paranaense, o meuapelo para que adote rápidas gestões em defesa de um dos segmentos que inestimável contribuição já prestou, e ainda poderá vir a prestar, ao Estado e ao país, fixando as famíliasnó meio rural 'gerando empregos e fornecendo alimentos ricos em proteínas para a população.- 'Quanto ao Governo Federal, nos últimosdias do mandato de uma gestão que foi invariavelmente insenssível para com os problemas da suinocultura, acredito ser de todo tn6cuo formular qualquer natureza de apelo. Reservo-me, pois para, após a posse do novogoverno, voltar a este mesmo tema, na esperança de que não se venham a repetir políticastão funestas e inaceitáveis.
Era o que tinha a dizer.O SR. .JOSÉ CARLOS COUTINHO (PL
- RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Sr" e Srs. Deputados, peço à Mesa um registro nos Anais desta Casa. Trata-sedo cinqüentenário, em 1989, do efetivo iníciodas operações do Instituto de Resseguros doBrasil-liRB.
Não há como deixar esse acontecimentohistórico sem inscrição na memória do Congresso Nacional, sobretudo porque teve origem parlamentar o movimento que resultariana criação daquela eficiente e bem sucedidaorganização. ' .
Tudo começou na Assembléia Constituintede 1934, que preceituou a nacionalização dasempresas de seguros na Carta então promulgada. VeIificou-se, logo em seguida, entretanto, que não bastaria nem teria eficáciaaquele princípio constitucional, para a realização do objetivo por ele visado: libertar omercado brasileiro de seguros na condiçãode feudo de seguradoras estrangeiras. Setorde suma importância para a economia doPaís, por captar e gerir poupanças internas
. estrategicamente essenciais à evolução da estrutura produtiva nacional, o mercado de seguros continuaria enfeudado aos interessesinternacionais, mesmo nacionalizadas as empresas seguradoras que, naquela época, aquiestavam em funcionamento. Isso porque, tais
empresas prosseguiriam em elevada dependência do resseguro externo, poderosa válvula de sucção de recursos do seguro brasileiroe, portanto, de poupanças da economia nacional.
Nacionalização sem xenofobia, com o sentido prático e racional de resguardar tão-s6legítimos interesses da economia nacional,implicava acima de tudo necessidade de alcançar-se autonomia operacional do resseguro no mercado interno. Foi esse diagn6sticopreciso da realidade do seguro brasileiro quelevou à criação do IRB, sociedade de economia mista, em que se associaram o Estadoe a iniciativa privada, esta representada pelasempresas seguradoras; o Estado, como guardião qo interesse público; as seguradoras, como titulares do know-how, de gestão de operações, como as do resseguro, essencialmenteprivadas.
O IRB, criando no País um modelo operacional de elevado teor e de alto padrão deeficiência prática, realizou a façanha de nacionalizar o mercado brasileiro de segurossem dele expulsar as seguradoras estrangeiras; nacionalizou-o no sentido de fazê-lo funcionar sem dependência externa do resseguro, isto é, funcionam mantendo no País aspoupanças geradas pela economia nacional,através de suas compras internas de seguros.
Tal é a importância do papel do IRB parao seguro brasileiro e, conseqüentemente, para a economia nacional; tal a eficiência doseu desempenho ao longo dos seus 50 anosde atividade, que a Constituição de 88 elevou-o ao status constitucional de ressegurador oficial.
Há no &tís certa tendência preconceituosapara colocar instituiçõescinqüentenárias soba suspeita de envelhecimento. O IRB, estoucerto, escapa a essa suspeição. Continua aser uma organização sólida, ágil e moderna,com extraordinária capacidade de adaptaçãoàs mutáveis condições, não s6 da economiado País, mas da evolução tecnol6gica do seguro e do 'mundo atual.
A hist6ria recentíssima do IRB é bomexemplo da capacidade de renovação da empresa. Sua atual administração, sob· a presi
,dência de Ronaldo do Valle Simões, conseguiu, nos dois últimos anos, levá-lo a desempenho que, não obstante as notórias adversidades da economia do País, pode ser resumido em alguns números e índices, que traduzem e comprovam eficácia operacional.
Os reajustes freqüentes edinâmicos dosplanos e da capacidade retentiva do sistema,permitiram manter, nos últimos anos, o nívelhist6rico de transferências ao mercado internacional, da ordem de 3% dos prêmios gerados pelos seguros da economia interna, índiceesse dos mais baixos, se não o mais baixo,dos sistemas seguradoras dos países de economia de mercado.
O lucro bruto do IRB, da ordem de NCz$792 milhões no ano passado, teve incrementoreal de 33% em relação ao ano anterior. Somados os lucros desses dois exercícios, omontante respectivo correspondeu a 160%
da soma, em valores cOITigidos, dos lucrosdo triênio 1985/1987.
O lucro, medida da eficiência em toda empresa, no caso do IRB, é fator de evoluçãopatrimonial indispensável ao constante crescimento do seu poder de absorção de resseguros dentro do País., . ,
O patrimônio líquido do IRB, no final de1989, elevou-se a NCz$ 4.331,5 milhões, comaumento real de 26,5% sobre o do ano de1988. No período de 1983/1987, seu crescimento real foi de 8,9% ao ano, ao passo queno biênio 1988/1989, foi de 28,87% ao ano.Assim, a expansão acumulada, de 1986 para1989, foi de 66%.
Importa assinalar que, na prática universaldo seguro e do resseguro, é adotado comosinalizador da solvência operacional a relaçãode 3 para 1 entre a receita de prêmios e opatrimônio líquido. Este último, no caso doIRB, em vez de corresponder a 1/3 do volumede prêmios de resseguros, no final de 1989foi bem maior de que aquela conta de receita,na razão de 2,5 para 1. Situa-se, portanto,o IRB, acima dos padrões internacionais derobustez empresarial na área de resseguro.
Por último, acentuo que basta a uma empresa resseguradora a solidez patrimonial,que, no IRB, atinge, como vimos, índicesexcepcionais. Também importa, por igual, opoder de evolução tecnológica, que a sintonize com o dinamismo crescente das atividades econômicas, hoje submetidas a rápidase constantes transformações.
O IRB, sobretudo na administração Ro.naldo do Valle Simões, ampliou largamenteseu lastro de informatização, em termos deequipamentos e de programas, agilizando ca:da vez mais os procedimentos operacionaise processo decisório, em todas as áreas degestão, sobretudo nas gestões técnica e finan-ceira. '.
Esse é o registro que deixo nos Anais daCasa, num preito de justiça do importantepapel que tem desempenhado o IRB na economia brasileira, ao longo dos 50 anos deatividade.
Ainda a propósito da relevância do IRBno contexto da economia nacional, estou encaminhando emenda modificativa ao Projetode Lei Complementar n' 154, de minha autoria, que dispõe sobre o Sistema FinanceiroNacional, para acolhimento da qual requeirodeferimento da Mesa desta Casa.
Era o que tinha a dizer, SI. Presidente.
O SR. AsSIS CANUTO (PL - RO. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, mais uma vez ocupoesta tribuna para defender os interesses dosagricultores e trabalhadores rurais do Brasile de Rondônia.
Nos últimos dias, mantive contatos comvárias lideranças rurais de Rondônia, e pudecertificar-me das dificuldades que vem atravessando este importante segmento da massaeconômica brasileira.
Tenho em mãos cópia de carta a mim enviada pelo SI. Paulo Guilherme Correia, do Município de Jaru, Rondônia, cuja transcrição,
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1087
solicito a V. Ex' Nesta missiva o Sr. PauloGuilherme, que é um pequeno produtor rural, expõe as dificuldades dos agricultores deRondônia, fazendo inclusive um paraleloc~m.a evolução de. preços de produtos industnahzados. Realmente, não dá para entender~ a~ua! política econô~ica do Governo, que
. lllV1abdIZa o. d~senvolvlmento de nossa agricultura e pnonza a especulação financeira.
Estamos aguardando com otimismo asações do futuro Presidente da República naárea econôm~ca, pois se S. Ex' resolver o problema da agncultura, porá fim às dificuldadesdo Brasil, mas, se não o fizer. os nossos problemas continuarão.
Voltarei ao assunto.
CARTA A QUE SE REFERE O ORADOR:Em 26-1-90 Saudação ao Dr. Assis Canuto- Deputado Federal por Rondônia
Sr. Deputado,Quero dizer que fiquei satisfeito por saber
que o Senhor levou a minha carta ao plenárioda Câmara Federal, estou voltando ao assunto concernente a outra carta que escrevi antesdesta.
Quero dizer que nós a classe baixa, estamossofrendo muito por causa da inflação. Observe bem quando o arroz estava de NCz$ 9,00agora o arroz está de NCz$ 100,00 (cem cruzados novos). E o açúcar está de NCz$ 350,00trezentos e cinqüenta cruzados novos).
Olha em que situação está o agrkultor.Será se isto é justo? .
Olha não queremos congelaménto, queremos um paradeiro no juro de 0%. Porquehavendo juro quem tem dinheiro não deixade colocar seu dinheiro a juro para comprarnossos produtos.
1" - O comerciante só tem que vendercaro para não perder dinheiro.
2' - O comerciante paga empregados pagaimposto e paga frete gasta petróleo. .
3" - O comerciante tem que comprar barato para vender e vender caro.
Então o que tem acabado com a Naçãoé o juro alto.
A pobreza irá aumentar, agricultura vaidiminuir. Os agricultores estão mudando para cidade deixando a agricultura para viverna cidade, dizendo que agricultura não dáe que na cidade também não dá mais, pelomenos ganha.
Algumas dívidas dos órgãos do Governocom isto diminui a agricultura e aumenta apobreza, aumenta o gasto do Governo coma pobreza na nossa região já mudaram nafaixa de 50%.
Espero que o Senhor entenda isto e ajude-nos.
Confiamos no teu trabalho é realidade elealdade.
Ajudá-nos, contamos com o Senhor.Novo endereço:Paulo Guilherme CorreiaCaixa Postal de n" 001Comunidade de Todos os Santos - Linha
634Jaru-RO78925
o SR. LÉZIO SATHLER (PSDB - ES.Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr~s e Srs. Deputados, a sociedade brasileira enfrenta. perplexa e indignada. o acelerado agravamento de uma crise econômico-social, cujas conseqüências já abalam seriamente setores básicos da vida nacional.
Paralelamente à desenfreada aceleraçãodos preços em geral, que inviabiliza o consumo para a maioria da população e compromete a eficiência da estrutura produtiva, oPaís passou a conviver com o desabastecimenta de alguns produtos e a não prestaçãode serviços públicos essenciais, criando-se situações de verdadeiro pânico em face do queessas carências representem no cotidiano daspessoas e das comunidades.
A crise do álcool combustível, Sr. Presidente, desde fins do ano passado, constituitalvez a mais clara demonstração de que, senão forem adotadas medidas urgentes quedeterminem aumento da produção e adequada distribuição, em pouco tempo estaremosexperimentando um colapso profundo, sejano sistema de transportes, seja quanto ao próprio funcionamento de atividades fundamentais.
O Espírito Santo está entre as Unidadesda Federação mais atingidas pela falta docombustível. em face da combinação de vários fatores adversos. Em primeiro lugar, omeu Estado não produz o suficiente paraatender sua crescente demanda, situação queo coloca, a exemplo de vários outros, comoimportador de combustível junto às áreas demaior produção. Por outro lado, a forte estiagem que se abateu em período recente sobreo Espírito Santo ainda provoca graves perdasnas lavouras que produzem a matéria-primado álcool carburante.
Ademais, Sr. Presidente, não existe no território capixaba uma estrutura de estocagem
, capaz de garantir abastecimento quando, por, qualquer circu.nstância, deixa de ser recebi·
do, na quantidade necessária, o combustívela ser consumido no Estado, conforme se temverificado ao longo dos últimos meses.
A conseqüência mais dramática é sentidapela economia espírito-santense, nos seusmais diversos segmentos, mas de maneiramuito especial em seu pujante setor de turismo. atingido seriamente durante a alta temporada de veraneio ainda vigente, com a sensível diminuição do fluxo de visitantes emrazão da escassez de álcool na região e emoutros Estados.
Concebido como um programa estruturadopara representar fonte de energia renovável,o Proálcool agoniza em decorrência de falhasna sua administração. Ao Proálcool foramdirecionados vultosos recursos públicos a título de subsídios, visando ao estímulo naplantação de cana-de-açúcar e na instalaçãode usinas p()r todo o País. À sociedade, prometeu-se, para o novo combustível, a fixaçãode preços compatíveis com o rendimento dosr~pectivos motores, além de garantia quantoao abastecimento do produto. Tudo em nomedo interesse nacional.
Verifica-se. agora, completa desorganização no setor, enquanto o Governo Federal.responsável pela implantação e gerência doprograma, demonstra total incapacidade paraadotar as providências necessárias ao equaci0\lamento de tão grave questão.
E preciso, Sr. Presidente, antes de tudo•que o poder público informe, de maneira clara, efetiva: detalhada, sincera, onde se encontram os verdadeiros pontos de estrangulamento do sistema e que alte;rnativas podemser utilizadas. a fim de que toda a sociedadeparticipe, conscientemente, da busca de soluções para o grave problema dos combustíveis.
O que não se admite é a omissão governamental, que se retlete na falta de transparência sobre a real situação do abastecimentode álcool. fator de intranqüilidade para osconsumidores e a nossa economia, principalmente porque, não raramente. são anunciadas versões oficiais contraditórias e desprovidas de embasamento técnico a respeito dascausas, responsabilidades e futuro desse quefoi apregoado como grande motivo de esperança para a questão energética nacional.
o SR. JOSÉ SANTANA DE VASCONCa.LOS (PFL - MG. Pronuncia o seguintediscurso.) --;- Sr. Presidente, Srs. Deputados,à medida que se aproxima a posse do novoPresidente da República, as atenções geraisvoltam-se também para o Congresso Nacional, diante de sua responsabilidade quantoà apreciação. das mudanças prometidas pelofuturo Governo.
Eleito por mais de 35 milhões de votos,hoje o nome de Collor de Mello seria sufragado por muitos cidadãos que preferiram,outros candidatos, pois, agora, reconhecem ospropósitos sérios por ele. esboçados para en·frentar a gravíssima situação, que o País atravessa.
Nesse cont(fxto, o Brasil necessita de umatrégua. de uma conciliação para encontrarseu verdadeiro ,destino, já que ninguém. vaitirar proveito de um possível agravamentoda crise que, se vier, será sem pr9cedentesem nossa História, com desordens, saquese até luta armada. Assim, a aventada forma~ção de um, governo paralelo, além de d~magógica, se concretizada, será um grande,des-serviço à NaçãÇl., .
Desta forma, o momento exige coerêllcia,conciliação, principalmente de pós, representantes do povo, colocando acima de tudo opatriotismo, 'os legítimos Interesses nacionais. Será preciso dar um crédito de confiançaao Presidente da República escolhido diretamente depois de tantos anos de espera e sofrimento. As grandes medidas., indispensávispara tirar o País do atoleiro, devem ser aprovadas pelo Congresso Nacional sem manobras espúrias ou outros expedientes que vi·sem apenas a retardar ou impedir, com finseleitoreiros, o saneamento econômico-financeiro e administrativo do Brasil.
O verdadeiro homem público 'deve sabera hora de fazer oposição e a hora de servirao País, já que numa eleição democrática,lisa, um protagonista ganha, o outro perde.
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Mas a nenhum dos dois é lícito faltar ao patriotismo, até porque a eleição em si mesmaconstitui uma vitória do regime de franquiasdemocráticas a ser indistintamente partilhadapor todas as forças ativas da sociedade.
Com o Estado virtualmente falido, a administração pública mergulhada no caos, a inflação acima dos setenta por cento mensais, odéficit público superior a cem bilhões de dólares, a dívida externa em torno de cento etreze bilhões de dólares e a existência de quarenta milhões de brasileiros em penúria, éóbvio que o futuro Governo se encontra diante de um monumental desafio. Para a reversão do triste quadro, necessitará, compulsoriamente, de arregimentar em torno de si toda a vontade política do País no âmbito deuma proposta de conciliação nacional, abrangente das instituições representativas da cidadania e dos interesses coletivos.
Vê-se, portanto, que não se trata de buscarapenas os esteios políticos para sustentaçãode uma nova experiência de Governo, comprometida com as aspirações de mudanças,mas de resgatar o Brasil do atoleiro em que
. o meteram a desídia, a incúria e a irresponsabilidade. Tarefa expressiva, sem dúvida, deum compromisso comum a todos os brasileiros e aos agentes dinâmicos da democraciarepresentativa, no qual o Congresso terá umpapel decisivo a d~sempenhar.
A SRA. CRISTINA TAVARES (PSDBPE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Sr~ e Srs. Deputados, este mundoé, realmente, de contrastes: enquanto o Lesteeuropeu se liberaliza, restabelecendo a democracia como valor universal, os EstadosUnidos, considerados os maiores defensoresda liberdade, dão marcha-a-ré nos princípiose inscrevem-se na História como os violadores mais brutais de direitos consagrados.
Primeiro, foi a Nicarágua, que desde a suarevolução popular enfrenta as tentativas dedesestabilização do governo americano. Agora, com a mesma prepotência, o governo deGeorge Bush invadiu o Panamá, desrespeitando o elementar direito de soberania e autodeterminação do povo panamenho. Nacaudal de violência, a antiga "pátria da democracia" violou a Carta das Nações Unidase o Tratado do Rio de Janeiro, sobrepondosua soberania à de qualquer país do continente americano.
Sob o enganador ilJgumento do combateao tráfico de drogas, o Governo Bush assumiu o controle do país, com o propósito detornar sem efeito o tratado que tira dos Estados Unidos, em 1999, o domínio sobre a zonado Canal do Panamá. Para fazer prevalecerseus interesses, pouco importa ao governodos Estados Unidos violar regras internacionais de convivência entre as nações, agredirum povo, invadir sua casa e sacrificar um.ex-aliado e colaborador.
As justificativas para a invasão são grosseiras e não resistem a uma análise mais atenta. Algumas revistas brasileiras têm mostradoque o General Manuel Noriega, antigo agente..da CIA e ex-homem forte do Panamá,não tem envolvimento com o tráfico de dro-
gas. As acusações apresentadas contra ele sãovagas e sem qualquer fundamentação em provas. Há poucos dias, ,as autoridades americanas tiveram que se r~tratar, corrigindo ver-
o sões anteriormente divulgadas de que foramencontradas na residência do general grandequantidade de cocaína e de dólares.
Na realidade, muito além da questão dotráfico de drogas - que é apenas o argumento de fachada para justificar a invasãoe ganhar apoio da opinião pública - estáa resistência dos americanos em devolver aospanamenhos, daqui a nove anos, o controledo canal. A entrega do Canal do Panamáfoi aprovada pelo Congresso americano, durante o governo Carter, por uma estreita margem de votos, contrariando os interesses daCIA e do Pentágono.
Muito embora o tratado de restituição dêaos Estados Unidos o direito de interferir,numa eventualidade, para manter o canal emfuncionamento, aberto e neutro, nem assimos americanos ficaram satisfeitos. Querem amudança da data de transferência ou algoque garanta, por razões estratégicas, a permanência, naquela região, do U.S. ArmySouthern Command, o que não era mais possível com um Noriega cada vez mais insubordinado.
O novo episódio em que os Estados Unidosse envolveram beira o grotesco. Soldados etanques americanos ocupam ruas de uma nação estrangeira, invadem e destróem casas,agridem o povo, e os líderes invasores tentamvender à opinião pública mundial a idéia deque assim agiram em defesa da humanidade!
A tradição imperialista, ultrapassada pelaHistória e liquidada até mesmo rio Leste europeu, faz nova tentativa de ressurreição naAmérica, por iniciativa do país que se proclama berço da democracia moderna. Pena queos ideais de liberdade e democracia de Abraham Lincoln e Thomas Jefferson limitem-se,hoje, naquele país, aos compêndios de História.
Muito obrigada.
O SR. CARLOS VINAGRE (PMDB PA. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Sr"s e Srs. Deputados, a concessão de quatrocentos mil hectares de terras,localizadas entre o rio Itacaiúnas e o IgarapéTapirapé, à Companhia Vale do Rio Doce,nos Município de Marabá e Parauopebas, nosul do Pará, representa mais uma expropriação, impedindo o desenvolvimento das frentes agrícolas e pecuárias no Estado, que jáabriga as reservas indígenas de Mãe Maria,Cajazeiras, Paracanã, Pacajá, Sororó, Catetée outras, além do Projeto Grande Carajás,reserva dos Castanhais, Hidrelétrica de Tucuruí e três reservas ecológicas e biológicas,apenas para atender aos interesses empresariais da CVRD, mantenedora do ProjetoCarajás.
Recebemos do Sr. Ronaldo Zucateli, Vereador à Câmara Municipal de Marabá, ofícioem que salienta:
"Centenas de colonos e extrativistas estão desabrigados, expulsos de suas pro-
priedades pelos vigilantes da estatal beneficiada, recebendo apenas uma indenização irrisória, insuficiente até mesmopara comprar um "barraco" na cidade.
Entendo que, se o Governo Federalcontinuar criçmdo "reservas" em todo onosso Estado, ficaremos brevementesem condição de termos, especialmenteno sul do Pará, áreas destinadas aos projetos de desenvolvimento agropecuário."
Devemos reconhecer que, mesmo" na palavra dos candidatos presidenciais, há uma exacerbação de indigenistas e ambientalistàs exagerando na extensão de tais reservas, deslumbrados de que na Amazônia há espàço paraa pecuária, mas, se o limitarmos ao atual,dentro em breve, com o crescimento populacional, os Estados da região terão que importar a maior parte do alimento destinado aoseu consumo.
Por isso, emprestamos inteira solidariedade ao reclamo do Vereador Reinaldo Zucateli, que interpreta os sentimentos de Ma-.rabá.
Era o que tínhamos a dizer.
O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL PE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Sr"s e Srs. Deputados, acabo deregressar do sertão pernambucano, onde percorri as bases eleitorais em alguns municípios,constatando, pessoalmente, que aquela gentesofrida, minha conterrânea, deseja urgentemente uma mudança radical na forma e naespécie de atendimento que lhe faz o governoestadual.
O nome do atual prefeito do Recife, ex-Deputado Joaquim Francisco, é a grande esperança do Sertão, da Zona da Mata e de todoo Estado de Pernambuco.
No meu contato com os amigos coestaduanos, manifestei de plano a minha preferênciae o 'meu apoio a Joaquim Francisco para oGoverno do Estado, nas próximas eleiçõesde 3 ele outubro vindouro, e o meu compromisso com o futuro e com o progresso domeu Estado.
Manifestei, também, o meu desejo de vero Sertão representado na chapa que será vitoriosa, provavelmente sem segundo turno, indicando o nome do ínclito Deputado Oswaldo Coelho para Vice-Governador, para fechar a chapa do Partido da Frente Liberal- PFL - sem, contudo, deixar de submeter-me ao que decidir a Convenção que, afinal, escolherá os candidatos.
Mas o meu desejo seria ver o nome deOswaldo Coelho compondo essa chapa, queconsidero antecipadamente triunfante no embate eleitoral.
Pude também manifestar o meu apoio antecipado e coerente ao nome do SenadorMarco Maciel, como candidato nacional doPFL estadual à reeleição ao Senado Federal.
Tenho certeza de que Marco Maciel seráo nome mais indicado e também, antecipadamente vitorioso às próximas eleições. Porisso, desta tribuna, faço um apelo a S. Ex'o nobre Senador Marco Maciel, para que se
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decida logo a concorrer ao Senado Federalpelo PFL com coligações, para fortalecer achapa de Joaquim Francisco e assegurar umanova era de prosperidade ao povo pernambucano.
Outro assunto, Sr.P'résidente.A Nação está exigindo que o Governo com
bata a ação dos cartéis e monopólios que infelicitam a vida econômica do País.
Mas eu indago: como combater a ação desses grupos sem ativar o Cade, esse misteriosoe desconhecido Conselho Administrativo deDefesa Econômica?
Esse órgão foi instituído com o objetivode conter os abusos do poder econômico. Sobretudo, conter os abusos dos cartéis e monopólios.
Mas o Cade, Srs. Deputados, pelo vistonão passa de uma ficção. Mais um dessesorganismos ineficientes e inúteis que ornamentam a máquina pública do País.
E cabe ao novo governo ativá-lo.Tarefa urgente.Porque o Cade está ocioso não por falta
do que fazer, mas por negligência.Agora, mais do que nunca, com os ventos
novos que estão soprando no País, a livreempresa precisa ser fortalecida com a vitalidade que nasce com a competição do mercado.
Mais do que um sentimento de indignaçãomoral, o combate aos monopólios; oligopólios e cartéis tornou-se, agora, uma questãode sobrevivência da economia nacional.
Para isso o novo governo precisa enfrentá-los através da ação privilegiada do Cade.
Portanto, Sr. Presidente, eu chego a firmarque, tanto quanto a inflação, a indústria doscartéis tem que ser o grande desafio parao Governo Collor.
Finalmente, Sr's e Srs. Deputados, valemonos, para o caso, das palavras candentes dopadre Vieira, quando apontava as mazelaseconômicas no Brasil-Colônia, tão atuais seaplicadas ao tema aqui em debate: coisa tristeé quando muitos comem um, mas coisa maisdeplorável ainda é quando basta apenas umpara comer muitos.
o SR. JOSÉ CARLOS SABÓIA (PSB MA. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Sr" e Srs. Deputados, nesta madrugada morreu uma das figuras políticas demaior projeção na História de nosso País.No meu entender, a própria biografia de LuísCarlos Prestes se confunde com a históriapolítica e social brasileira de tal sorte, quenenhuma análise sobre o que somos hoje pode omitir que Prestes foi daqueles poucoshomens a terem um papel tão fundamental,que o transformou num ponto de referênciaobrigatório. Não viemos do nada, temos umpassado, temos uma história. Do ponto devista tanto das elites como daqueles que nasdiferentes conjunturas se opuseram e seopõem a elas, temos uma história de errose acertos, de intransigência e tolerância, degrandezas e minoridades históricas, de tirania
_e democracia. Se elites e oposição são fruto
desse caldo de cultura tão brasileiro, o 'quedizer de uma figura da estatura de Prestes?
Cabe às elites o reconhecimento de quesempre tiveram, à luz do dia, quando possível, subterraneamente quando inviável, uminimigo cujo ideal e coerência ética deveriamter merecido o respeito que elas nunca souberam lhe dar. Se em momentos de nossa História Prestes foi visto como duro e inflexíveldemais, todos hoje devemos constatar queessa dureza e inflexibilidade não tinham muito a ver com seu ideal, e sim, com o própriomodo imperante das elites tradicionalmentefazerem política em nosso País. A perspectivademocrática nunca encontrou aqui um terreno minimamente fértil para se desenvolver.
Cabe àqueles que foram e são oposiçãoantielitista e antioligárquica o reconhecimento de que em seus erros e acertos sao herdeiros de Prestes, filhos das dificuldades representadas pela ação política orientada para aconstrução de um poder democrático e popular.
Sou de um partido - o Partido SocialistaBrasileiro - que surgiu e, temporariamenteextinto, se reconstruiu com uma visão de socialismo diferente da de Prestes. Socialismoe liberdade definem a natureza do que buscamos, a realização de uma utopia que apenasneste século mudou completamente a facedo mundo e continua exercendo um inesgotável poder de criação de realidades huma-'nas.
Seria muito fácil e simplista afirmar hojeque, contrariamente a Prestes, sempre estivemos - como partido socialista - muito maispróximos do que o socialismo veio a ser comperestroika e a glasnost. Seria uma inverdadehistórica afirmar isso, uma estreiteza políticainaceitável. Afinal, o que seria da própriapossibilidade de existência da perspectiva socialista no Brasil se Prestes não tivesse sidoo Cavaleiro da Esperança?
Infelizmente, Prestes está morto. Mas suabiografia certamente não se encerra neste 7de março, pois seus inimigos e seus herdeirosainda deverão completá-Ia.
O SR. ISMAEL WANDERLEY (PTR RN. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Sr" e Srs. Deputados, quase nonagenário, curtindo, com a maior dignidadeeclesiástica e cívica, o voluntário exílio nooásis da Igreja, Padre Hélder Câmara, comosempre gostou de ser chamado, é, ainda, umadas vozes mais lúcidas da Igreja Católica eo espírito sacerdotal que mais vivenciou, desde a década de trinta, os problemas políticosbrasileiros, vistos sempre sob a ótica da participação maior do povo na condução dos seusdestinos.
No último pleito eleitoral portou-se comexemplar discrição, tanto ma'ís quanto se dava conta de que se tratava de uma verdadeiraressurreição da vontade popular e, qualquerque fosse o resultado, seria acatado pelo povocomo talvez a última esperança de redemocratização do País neste século, que conheceuGandi, João XXIII, Roosevelt, Churchill eGorbatchev e acompanhou, na década de cin-
qüenta, os atormentados suspiros da Igrejae do Silêncio na Polônia e na Iugoslávia.
Agora mesmo, em Teresina, promovendopalestra na Paróquia do Parque do Piauí, como patrono dos concluintes da turma de Teologia da Universidade Federal daquele Estado, assinalou que a Igreja Católica Brasileiradeve pregar o apoio de seus fiéis ao Presidente eleito Fernando Collor.
Prometeu o arcebispo emérito de Olindae Recife levar essa posição à reunião da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, coma Comissão Episcopal Pastoral, realizada, emBrasília, com o objetivo de discutir a relaçãoda Igreja com o novo Governo.
Considera D. Hélder que o incentivo aonovo Presidente não se deve restringir aosfiéis, mas partir da própria Igreja, mesmoda ala progressista, que apoiou o candidatodo PT, Luiz Inácio Lula da Silva.
"Temos que trabalhar juntos - porque não é fácil governar. Tenho fundadas esperanças no próximo Governo, pela sua legitimidade e que deve ser respeitado como o Presidente do Brasil e nãode um bando."
Salientou que o Presidente deve merecerigual respeito dos eleitores da oposição, principalmente os católicos, que desejam a reconstrução do País.
Esse pronunciamento veio demonstrar queos verdadeiros apóstolos sabem dizer as coisas necessárias nas horas certas.
Era o que tínhamos a dizer.
O SR. JOVANNI MASINI (PMDB - PRoPronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presi
.dente, Sr'" e Srs. Deputados, as declaraçõesdo Presidente eleito acerca de seu propósitode desestatizar e descartorializar a economiabrasileira abrem uma perspectiva alvissareirapara a superação da megacrise que estamosvivendo. Creio que as intenções de Collorde Mello, se vierem a se transformar em açõesconcretas, deverão merecer o apoio de todosquantos desejam efetivamente a instauraçãode um processo de desenvolvimento sócio-econômico duradouro, independentemente deinteresses e posicionamentos político-ideológicos.
O ponto de partida para uma efetiva liberalização da atividade econômica está consagrado como fundamento da ordem econômica no art. 170 da Constituição da República: valorização do trabalho humano e dalivre iniciativa. Resta, a partir daí, realizara opção política em torno da melhor maneirade implementar o prestigiamento do trabalhoe a liberdade de empreendimento. No meuentender, a solução é uma só: apostar na economia de mercado, implantar finalmente ocapitalismo em nosso País.
O primeiro passo é desregulamentar a economia, eliminando todos os obstáculos normativos que têm inviabilizado o esforço produtivo entre nós. Restrições aos investimentos e à captação de tecnologia devem ser sumariamente eliminados; cartórios devem sereliminados, estatais ineficientes transferidas
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à iniciativa privada com o devido ressarcimento aos cofres públicos. monopólios devem ser extintos.
A partir daí, tenho certeza. uma espiraldesenvolvimentista será deflagrada. com investimentos gerando empregos que valorizarão a mão-de-obra e elevarão os salários, oque permitirá maior consumo e, por conseguinte, maior arrecadação tributária, permitindo maiores gastos públicos em obras sociais e, ao mesmo tempo. maior disponibilidade para novos investimentos privados,que gerarão mais empregos, e assim por diante.
Este é o caminho e a experiência mundialtem demonstrado que não há outro. Comvontade política, competência e apoio da sociedade civil, o Presidente eleito poderá iniciá-Ia. Espero que assim seja.
Era o que tinha a dizer.
o SR. FERNANDO BEZERRA COELHO(PMDB - PE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr"s e Srs. Deputados,diz um velho ditado que, "em casa onde nãohá pão, todos falam e ninguém tem razão".
O velho ditado vem a calhar. na análiseda situação revelada pela arrecadação financeira federal, no exercício de 1989, quandoa dramátiea situação econômica do País levailustres professores, comentaristas e técnicosfazendários a afirmar que ela decorre da ineficiência da arrecadação, por não policiar con,venientemente a sonegação e encorajar, pelas elevadas taxas, a evasão fiscal - a contribuição diroeta do Estado para o agrava~entodo processo inflacionário.
Não queremos, nem podemos, sem umaauditoria séria, apresentar nosso julgamentoda matéria, daí por que nos detivemos naanálise de um comunicado do DI. ReinaldoMustafá, Secretário da Receita Federal, arespeito do assunto, onde declara, inicialmente:
"O comportamento da arrecadaçãodas receitas federais em 1989 foi muitobom, com a Secretaria da Receita Federal atingindo e superando todas as metase compromissos assumidos ao longo doano passado.
Essa boa performance pode ser atestada tanto se compararmos o desempenho sob a ótica da previsão técnica quanto à participação do Produto InternoBruto."
Forçoso assinalar, desde logo, como reconhece o depoente, a comparação entre doisperíodos com perfis totalmente diferenciados, tanto mais quanto o de 1988 foi um anode ótima produção da receita federal, superando em cinco e cinqüenta e nove por centoreais o ano de 1987, quando a previsão decrescimento era de um por cento real.
Acontece que, no ano passado, além daredução da arrecadação como decorrência dealterações constitucionais, ocorreu o PlanoVerão, com um forte impacto na redução doconsumo, a partir de 16 de janeiro, em quedavertical, até meados de maio, a produção industrial.
Comparando-se tal resultado com a' previsão, o desenvolvimento d'a arrecadação secoaduna com a realidade nacional, refletindoos efeitos daquele plano.
Somente o exame sob a ótica da previsãopode esclarecer realmente o problema, tantomais quanto o desaquecimento temporárioda correção monetária, atualizando tributose débitos fiscais, provocaria inevitáveis distorções para o exame do analista.
De qualquer modo, não se podia antecipar.em dezembro, com aquele plano, o resfriamento da economia, com o congelamentotemporário da correção monetária.
Entre janeiro e junho, houve uma arrecadação de quatro bilhões, oitocentos e setentae nove milhões e setecentos mil cruzados,para uma previsão de quatro bilhões, vintee um milhões e quatrocentos mil cruzados,apresentado um superávit de mais de vintee um por cento; enquanto, de julho a dezembro, a arrecadação totalizou quarenta e setebilhões, trezentos e trinta e quatro mil e quatrocentos cruzados, para uma previsão decento e vinte e quatro bilhões, quatrocentose vinte milhões e quatrocentos mil cruzadosnovos, numa diferença de onze e cinqüentae um décimos por cento, deduzidos seis bilhões e quatrocentos milhões, de remuneração de depósitos do Banco Central, não incluídos na previsão.
Deve-se salientar que o primeiro bimestredo exercício compreendeu o planejamentode novas ações, a preparação das equipes ea previsão da meta sobre o Produto InternoBruto, avaliado em um e cinco centésimospor cento, a partir de abril.
Aprovada essa previsão pelo FMI e peloBIRD, atingimos, no final do ano, uma receita bruta de quase cento e trinta e oito bilhõesde cruzados novos, superada em quase onzepor cento a previsão técnica de cento e trintae sete bilhões, oitocentos e setenta e doismilhões e setecentos mil cruzados novos.
Além do excedente esperado, de um e umcentésimo por cento, a 'receita superou emtreze bilhões quatrocentos e cinqüenta e doismilhões e trezentos mil cruzados novos, umpor cento acima do PIB estimado para 1989.
Evidentemente, somente depois da Cruzada Nacional da Cobrança, intensificada afiscalização a partir de março, retomou-se ocrescimento da árrecadação, até o fim do ano,surgindo os resultados noventa dias depoisde deflagrado o processo.
Quanto à receita administrada pela Secretaria da Receita Federal, do Finsocial, PislPasep e outras, houve uma evolução que exibiu,no fim do exercício, uma variação de maisde dezesseis por cento acima da taxa inflacionária.
Caracterizou-se esse último exercício porvárias alterações na legislação tributária, representando uma perda líquida de cerca devinte e três bilhões de cruzados novos, resultante da eliminação do IOF sobre impostosde bens; da alteração de retenção na fonteassalariada; da redução das alíquotas do IPI;da transferência do 1ST; do ISSC, do IUEE,do IULC e do IUM; do pagamento dos duo-
décimos do IRPJ pela OTN congelada; danão - incidência do IPC sobre parcelas doIRPJ e da sua redução da alíquota a partirdo ano passado; da redução' da alíquota doIPI sobre o fumo, sobre o IRRF e aplicaçãoda alíquota do Finsocial de meio para umpor cento; da ampliação do prazo para o pagamento do IPI e outros impostos.
Constitui erro crasso, na análise superficialdo comportamento da arrecadação. a comparação pura e simples com os números finaisdos exercícios, devendo-se considerar as diferenças na base tributária, como fatos econômicos não desprezíveis.
Uma avaliação precipitada, dos dados queapresentamos, conduz a pressa do analistaà conclusão de que teríamos uma queda realde 2,28%, corrigindo o total da receita administrada em 1989 com base em iguais informações de 1988, apenas corrigidas pela variaçãodo IPC dos últimos doze meses.
Mas, procedidos os ajustamentos devidos.somado a cada item da receita de 1988 a parcela de que a União foi despojada pelas alterações da legislaçlo tributária, verificamosque o resultado significa nada menos do que17,41% reais, de 1988 para 1989.
Assim, a arrecadação ajustada de 1988,chegando a cento e trinta e seis bilhões, oitocentos e setenta e quatro milhões e dezoitomil cruzados novos, ultrapassa em 17,41%a de cento e dezesseis bilhões, quinhentose setenta e quatro milhões e novecentos ecinqüenta e cinco cruzados novos, a referentea 1988.
Tal desempenho é tanto mais notável; tendo-se em vista que, em 1988, já havíamossuperado todas as expectativas de bom desempenho, visto o crescimento real da arrecação superior em cinco e cinqüenta e oito cetésimos por conto sobre o de 1987.
Quanto á participação da receita administrada no Produto Interno Bruto, foi respectivamente, de 8,89%, 8,36% e 8,3í7%, nos trêsanos sucessivos do triênio, demonstrado que,ao contrário do que se propala" não houveaumento da chamada ganância fiscal, mas reduzido, em geral, o ônus sobre o contribuinte.
Concluindo o seu relatório, diz o Secretárioda Receita Federal:
"A conclusão a que se chega é que, apesarda renúncia a-cerca de vinte e dois bilhõesnovecentos e sessenta e um milhões e sesicentos mil cruzados novos de arrecadação, aUnião ainda assim conseguiu sustentar e atésuperar a participação da receita administrada no produto Interno Bruto, provando queo produto do esforço fiscal mais do que compensou a perda de recursos pelas alteraçõestributárias do ano que passou.
Se aos 8,37% conseguidos adicionássemosa perda de 1,69%, teríamos uma relação dareceita administrada pelo PIB de cerca de10,06%."
Poucos comentários temos a fazer sobreesse detalhado balanço, além de reconhecera competência e lucidez da administração fazendária federal e a competênciíl e vigilância
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do Sr. Reinaldo Mustafa, como Secretárioda Receita Federal.
Era o que tÚlhamos a'dizer.
o SR. JOSÉ MARIA E"MAEL (PDC SP. Pronuncia o ~eguinte discurso.) - SI.Presidente, a Nação está exigindo que o Governo combata a ação dos cartéis e monopólios que infelicitam a vida econômica doPaís.
Mas eu indago: como combater a ação desses grupos sem ativar o CADE, este misterioso e desconhecido Conselho Administrativo da Defesa Econômica?
Este órgão foi instituído co'm o objetivode conter os abusos do poder econômico. Sobretudo, conter os abusos dos cartéis e monopólios.
Mas o CADE, Srs. Deputados, pelo vistonão passa de uma ficção. Mas um desses organismos ineficientes e inúteis que ornamentama máquina pública do País.
E cabe ao novo governo ativá-lo.Tarefa urgente.Porque o CADE está ocioso ,não por falta
do que fazer, mas por negligência.Agora, mais do que nunca, com os ve~tos
novos que estão soprando no País, a lIvreempresa precisa ser fortalecida a vitalidadeque nasce com a competicão do mercado.
Mais do que um sentimento' de indignaçãomoral, o combate aos monopólios, oligop~
lios e cartéis tornou-se, agora ,uma questao, de ~obrevivência da economia nacional.
Para isso o novo governo Precisa enfrentá-los através da ação privilegiada do CADE.
Portanto, Sr. Presidente, eu'chego a afirmar, que, tanto quanto a inflação, a in?ústriados cartéis tem que ser o grande desafIO parao Governo Collor.
Finalmente, Sr" e Srs. Deputados, valemonos, para o acaso, das palavras candentes doPadre Vieira, quando apontava as mazelaseconômicas no Brasil-Colônia, tão atuais seaplicadas ao tema aqui em debate: cQisa tri&teé quando muitos comem um, mas coisa masdeplorável ainda é quando basta apenas umpara comer muitos.
O SR. ANTÔNIO DE JESUS (PMDBGO. Pronuncia o Seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Srs. Deputados, desde que cheguei a esta Casa tenho percon;ido os Ministérios e órgãos da administração federal, pro:curando levar recursos para Prefeitura e entidades sociais que amparam os menos favorecidos e promovem integralmente o ser hu-mano. '
Recentemente, através da CEME, órgãoligado ao Ministério da Saúde, conquistei para o meu Estado número superior a cinqüentafarmácias básicas, consituídas de quarenta equatro itens padronizados por aquela entidade no seu plano de expansão, a fim deatender as diversas instituições assistenciaiscom medicamentos destinados ao combate'de enfermidades tais como verminose, problemas estomacais, carência de vitáminas,
,com soros hidratantes, analgésicos e tantos9utros.
Sei que as entidades beneficiadas sabe~ão
distribuir esses medicamentos com a deVIdaorientação médica para proteção à saúde dosmeus conterrâneos.
O SR. ANTÔNIO SALIM CURIATI (PDS- SP. Pronuncia o seguinte discurso.) Sr.Presidente, Srs. Deputados, lendo o informativo da Associação Brasileira das Indústriasde Queijo - ABIQ - n' 06 j pude observ~r,
nesse número, a reportagem realmente cunosa e importante sobre a respeitadíssima família Lemos de Moura Leite, que comemoraum século de convivência com o setor lácteonacional, através da Indústria e Comércio deProdutos Alimentícios Cerqueirense Ltda. produtos Avaré, que iniciou suas atividadesiil1890 com a denomiação de produtos Car..o do Rio Claro.
Sr. Presidente, quero congratular-me como informativo da ABIQ e transmitir aos familiares os Lemos de Moura Leite, as minhasfelicit'açóes pelo trabalho que vêm desenvol·vendo a favor da agropecuária e da indústriabrasileira. Hoje, a marca Avaré é responsávelpelo famoso e tradicional d~ce de le!te, o
,conhecidíssimo Pingo de Leite Avare e asdiversas especialidades de queijo e leites ~po.s
Be C. Com duas fábricas e cinco postos distnbuídos entre São Paulo e Paraná, a empresaconta com cerca de 2.000 fornecedores 'deleite, movimentando 600 funcionários e umafrota de 80 caminhões.
É magnífico o exemplo oferecido p~r estafamília à sociedade brasileira, diferenciandose de muitas outras que, na situação atual,apenas procuram participar da ~specu~ação
financeira ao invés de promover mvestunentos dessa ~atureza, pauft1Gos no trabalho árduo e contínuo, que sempre acabam por beneficiar a comunidade como o todo, alémde engrandecer a empresa a que pertencem.
Sendo assim, solicito a transcrição, nosAnais desta Casa, da referida reportagem sobre a digna família Lemos de Moura Leite.
MATÉRIA A QUE SE REFERE OORADOR:
"Avaré: o laticínio de quinta geração.O nascimento da hoje Ind. e Com. de Pro
dutos Alimentícios Cerqueirense Ltda. Produto Avaré, data do século passado. Em1990, José Basílio Coelho inicia no sul deMinas Gerais a produção de manteiga - quenos anos mais tarde, em 1923, ganharia amedalha de ouro em uma exposição norte-americana pelo seu alto nível de qualidade.Na época, a marca que fazia reconhecer aqualidade dos produtos da família era Carmodo Rio Claro.
Agora comemorando 100 anos de convivência com o mercado lácteo nacional, a família Lemos de Moura Leite cada vez maisreafirma sua vocação neste setor. Hoje a marca Avaré é responsável pelo famoso e tradicional doce de leite - inclusive o Pingo deLeite Avaré -, pelos queijos tipo mussarela,frescal, parmesão e requeijão e pelos leitestipo B e C. Com duas fábricas e cinco postos(em São Paulo e no Paraná), a empresa conta
com cerca de 2.000 fornecedores de leite, 600funcionários e uma frota de 80 caminhões.
Na rota centenária da hoje Avaré algunsmarcos históricos são dignos de nota. Comoa abertura, em 1907, de uma leiteria em SãoPaulo localizada na aristocrática Praça daSé o~de era vendido o leite proveniente deJuiz de Fora (MG) que chegava à cidade porvia férrrea, congelado durante os dois d.ia~
que demorava a viagem. Nesta época, as inIciativas da empresa eram capitaneadas porAlcebíades José Lemos, filho de José Basílio.Nasce uma promissora bacia leiteira.
Em 1918, é a hora de parte da família semudar do sul de Minas Gerais para a regiãode Avaré e Cerqueira César, em São Paulo- iniciando pioneiramente a bacia leiteirada região, levando para lá o gado Gir leiteiro.Tal foi desenvolvido desta bacia que, anomais tarde (por volta da década de 60) láse instalaram outras empresas do ramos,COmIDO a Vigor e a Cooperativa Paulista deLaticínios também fundada e dirigida porum memb~o da família Lemos na cidade deAvaré.
Em 1925, assume a direção da fábrica derequeijão, doce de leite e caseína o CapitãoFrancisco de Paula Moura leite -casado coma filha de Alcebíades - que dá início a umanova geração Lemos de Moura Leite. O Capi·tão como era conhecido, deu continuidadeàs i~iciativas da empresa com seus dez filhos.Em 1942, os filhos do Capitão, os irmãosMoura Leite, através dos LaticÚleos Sul Paulista, iniciam o resfriamento do leite, que eraentão transportado para São Paulo em latõesde 50 litros, imersos em tanques de salmouragelada, tanto por ferrovia como por rodoviaainda sem asfalto - cerca de 350 Km, quelevavam até doze horas para chegar a SãoPaulo. ,
Por volta de 1960, a falll11ia toma uma decisão fundamental: desenvolver ainda mais aatividade de produção de leite em suas fazendas e vender suas instalações industriais paraindústria de laticínios Vigor. Mas esta decisãonão durou muito. A quinta geração da famíliaresolveu retornar à área industrial em 1968,iniciando a fabricaçção do doce de leite emCerqueira César. Em 1971, nova. <iecisão:inaugurar uma nova fábric~ na ?idade deAvaré. Nasce a marca que hOJe batIZa os produtos da empresa.Nasce a Avaré.
"Como a família era bastante unida, e porconveniência do fornecimento de matériaprima e aproveitamento das instalações industriais, decidiram então fundir as empresasde Cerqueria César e Avaré, conservandoo nome Avaré que já tinha grande aceitaçãoatravés do "Pingo de Leite Avaré", lembraMarcelo Lemos de Moura Leite, diretor-presidente da empresa - que ao lado de seuirmão Lauro, diretor comercial da divisão dedoces, e do primo Tadeu, diretor comercialda divisão de leite e produtos lácteos, formama cúpula diretiva dos Produtos Avaré.
O primeiro passo desta nova geração na época, todos estavam na casa dos 20 anos,estudando em faculdades de administração
1092 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
Em nome do meu Rio Grande do Sul, lamento profundamente o falecimento dessegaúcho. Podemos não ter concordado como seu pensamento e com seus atos, mas temosde respeitá-lo e, acima de tudo, perceber quehoje seu nome está dc;:finitivamente inscritona história do País.'
Sr. Presidente, Sr'se Srs. Deputados, venho à tribuna falar sobre um assunto quejá deveríamos estar discutindo com mais profundidade e que nos parece estamos tratandode uma forma um tanto descuidada, dadaa sua importância.
O período em que foram reabertos os trabalhos legislativos, neste ano de 1990, talvezseja um dos mais importantes dos últimostempos, em face da circunstância de que, pelaprimeira vez em 26 anos, estaremos discutindo problemas e avaliando propostas, quepreparam o início do trabalho de um Presidente da República, eleito pelo voto popular.
Os dias ántecedentes à posse do Sr. Collorde Mello devem servir, nesta Casa, de oportunidade para se apresentarem questões cruciais da Nação e para cada um ter a consciência de sermos todos instados a buscar soluções, sejamos governistas ou sejamos deoposição! A esta Casa coube a tarefa, honrosa sim, mas sobretudo dura, de elaborarum novo texto constitucional, a uma Naçãoque emergia da ditadura e necessitava adaptar-se à liberdade que lhe fora furtada pordecênios. Neste trabalho, todos oferecemoso melhor que tínhamos e, sobretudo, devolvemos ao povo brasileiro o que lhe era devido: o direito de dizer de suas ânsias, o direitode buscar o destino que melhor lhe parecesse.Retomou o Poder Legislativo algumas desuas prerrogativas, que a voragem autoritáriaconsumira, e capacitou-se para o trabalho sério e difícil de ser um poder coletivo, numregime que se abre para a democracia e busca
.a senda da liberdade e da justiça social, comas naturais dificuldades de quem jejuou anosdo verdadeiro direito e como é lastimável!Chegou a esquecer o papel do Parlamentonos governos democráticos.
Somos, Sr. Presidente, parte de um Partidopolítico que nasceu e cresceu na adversidade.Partido político que tem a honra de ter sidoo grande e tenaz adversário do autoritarismo.Partido este que, para propiciar a transição,sofreu desgastes e até injustiças. Contudo,o PMDB, exatamente porque não foi criadoao acaso, nem ao sabor. de algum interessepessoal, nem por ressentimento com pessoase menos por equívocos ideológicos eventuais,é capaz de enfrentar a adversidade das derrotas e, como a erva nativa dos campos do meuRio Grande, rebrotar viçoso e forte na primavera, após a invernia cíclica. O povo brasileiro nos indicou claramente o caminho daoposição, neste pleito, e realizá-la com tenacidade, desassombro, propriedade e eficiência. É uma tarefa que a dura escola de 20anos, enfrentando os governos ditatoriais,nos ensinou muito bem! Pretendemos fazê-lasem ressaibos e sem animosidades pessoais,mas atentos às ações do governante, paracombater as que nos pareçam equivocadas,
v - GRANDE EXPEDIENTETem a palavra o Sr. Alcides Saldanha.
O SR. ALCIDES SALDANHA (PMDBRS. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr's e Srs. Deputados, antes de entrarno tema que nos traz a esta tribuna, eu nãopoderia deixar de registrar, como de resto'já o fizeram aqui alguns colegas, o quantose lamenta o falecimento, hoje, do meu coestaduano, o líder das esquerdas brasileiras,durante décadas, o "Capitão da Esperança",Luís Carlos Prestes.
Miguel de Campo Amor dizia, em um dosseus versos, existirem aqueles que lutam seguidamente e são importantes, e aqueles que
, lutam permanentemente e são imprescindíveis.
Sr. Presidente, podemos não ter concordado com as idéias do Sr. Luís Carlos Prestes,
, com a sua aproximação com o marxismo, durante toda sua vida, mas haveremos de constatar e sentir que foi ele um dos imprescindíveis na história deste País: o homem, o Capitão do Exército que em 1924 levanta a corpgração militar de Santo Ângelo, no RioGrande do Sul, e dali parte com seus homens,fazendo oposição ao Governo de então, nabusca de uma renovação da República, naquilo que se chamou Coluna Prestes. Realizou ele o maior feito militar da América doSul, neste século, andando por todo o País
.e fazendo com que o mundo tomasse conhecimento dos problemas nacionais de então, oque já o faria merecedor de um lugar na História. Seu exílio em Buenos Aires o aproximou das teorias de Marx. Em 1930, outrogaúcho, Getúlio Vargas, iniciava o movimento que terminou na Revolução de 1930. LuisCarlos Prestes, convidado para chefe militardo Movimento, recusou o convite, afirmandoque tudo não passava de uma disputa entreas elites de então. A parte militar ficou assima cargo do Gen. Aurélio de Goes Monteiro.
A história registrou o fato de um homemabraçar uma idéia e ter sido capaz de a elamanter-se fiel durante décadas. Nem o eX11io,nem á prisão, nem o assassinato da própriaesposa, nem as vicissitudes permanentes,nem, acima de tudo, a idade provecta, fize-ram-no desistir. Foi um moço que morreuaosll()'yenta ~ dois ano.s deidª~e.
sar e decidir sobre a liberdade da produçãosem tabelamento, dando condições para queas desigualdades regionais e tecnológicas pudessem superar esta questão básica que tem
. trazido tanto desconforto à classe produtorae consumidora - que é a necessidade de seimportar grandes quantidades de leite em póde outros países, sendo que o Brasil teria,na minha opinião, condições de ser um dosmaiores produtores de leite do Mundo. Maso quadro hoje é outro - o que acontecena verdade é que o consumo de leite no Brasilfica muito aquém do mínino estabelecido pelaOrganização Mundial de Saúde. Temos quereverter esta situação."
O SR. PRESIDENTE (Wilson Campos) P"assa-se ao
e economia - , aplicar conJiecimentos nodesenvolvimento da empresa, buscando tecnologia na escola Candido Tostes, passandoa desenvolver novos produtos, diversificandoos tipos de doce de leite, investindo no apoioaos produtores de leite e atendendo da melIhor maneira possível seus clientes e consumidores. Esta foi a receita para o sucesso da
, empresa, que em 1975 lança os queijos frescale mussarela e em 1981 inaugura uma novaetapa: a distribuição de leite pasteurizado para a Grande São Paulo.
"A preocupação da empresa sempre· foiter uma produção de alta qualidade", afirmaMarcelo. "A partir daí, as oportunidades decrescimento surgiram naturalmente". Ele fazquestão dl~ ressaltar também a atenção daempresa com sua política de recursos humanos - voltada a proporcionar melhores condições de desenvolvimento e oportunidadeaplicadas ao elemento humano. "Sempre foinosso lema investir na nossa área de atividade, e acreditamos no trabalho e na capacidade do elemento humano", diz ele. Para1990, esta~; metas são prioritárias no planejamento da Avaré - e seus objetivos incluemtambém a diversificação, com novas linhasde produtos na área.A produção e a Política Leiteira.
A política leiteira nacional está bastantevinculada ap tabelamento do preço do leite,já há cercm de 45 anos - que, na minha opinião, tem contribuído para estagnaçã~no desenvolvimento do setor, devido às mterferências diversas. A baixa tecnologia e produtividade per capita do rebanho nacional mostra que este sistema de tabelamento parercenão ser eficiente para motivar o produtor ainvestir na área - além do que as desigualdades regionais e sazonais contribuem bastante como um fator preponderante na questão da produtividade do rebanho vinculadoao preço do leite.
Existe também hoje outra questão para seranalisada - referente ao hábito do produtorem reclamar muito mais do que procurar soluções para reduzir seus custos de produção,deixando às vezes seu próprio potencial delado para buscar o mais fácil, como obteralimentação (compra de ração) de seu rebanho da mão de ferceiros, o que reduz a sualucratividade e também investindo muito eminstalações esquecendo do principal que é aalimentação do rebanho, alimentação estaproduzida em sua maioria na propriedade.
Isto, é lógico, é uma análise no momentoem que o preço do leite teve aumento real- mesmo considerando este ano inflacionário, o preço de leite tem acompanhado a taxade inflação, o que não ocorreu nestes longosanos de tabelamento muitas vezes desestimulando todo nosso segmento.
Passamos hoje por uma situação muito difícil e confusa de ser analisada, pois é muitomais fácil apontar o culpado do que procurarsoluções. Sabedores que somos que a produção de leite é uma atividade tradicionalmentesacrificada, deveria haver neste longo período de tabelamento uma atitude mais coerentee equilibrada por parte do G.overno em anali- -
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Qu.inta-feira 8 1093
apontar omissões, sejam elas frutos do equívoco simples ou da desinformação, ou do errode avaliação, ou da fuga deliberada de problemática visando a não contrariar interessesarraigados. .
Tivemos a honra, SI. Presidente, de exercer a Secretaria de Energia, Minas e Comunicações do Governo Pedro Simon, nos últimos
. três anos, tendo nos afastado, agora, parao exercício de mandato parlamentar, nestemomento tão importante para a vida nacionaL
O exercício da Secretaria de Estado oferece uma visão razoável da problemática abrangida pela pasta: energia, mineração e telefonia, a primeira e a última, intimamente ligadas à qualidade de vida do cidadão e à possibilidade de crescimento econômica da sociedade.
Na área energética, os problemas nacionaiscomo de resto os de toda a América do Sulsão gravíssimos, as soluções caras e lentase, sobretudo, poucos, lamentavelmente muito poucos, têm uma consciência adequad~
da gravidade real do assunto.De uma política energética com equívocos
profundos principalmente até junho de 1987são fruto as dificuldades atuais! No final dadécada dos setenta, tarifas estipuladas em valores que não cobriam os próprios custos,um ensandecido subsidiar sem planejamento,e a cujas conseqüências deficitárias naturaisacoplou-se o incentivo desordenado do consumo, pelo pouco preço praticado, a transformação do setor em agente de captação derecursos externos para auxiliar o País no fechamento de sua balança de pagamentos, naalquimia sinistra do empobrecimento de seto-
. res vitais, mal disfarçada pelo palavreado fádi dos que manejavam a economia de então,trouxeram o resultado que aí·está: o setordeve cerca de 30 bilhões de dÓlares e necessita'investir 80 bilhões de dólares nos próximosdez anos, para conseguir manter as atuaisdeficiências, e impedir o deterioramento dosserviços que hoje presta!
Outra face deste perfil perverso pode sernotada na estrutura de capitais, onde a participação dos recursos próprios que em 1976representava 70% caiu para menos de 40%na atualidade. Em 1986, mais de 60% dasaplicações do setor referiram-se ao pagamento do serviço da dívida. Em 1988, tendo-seiniciado uma retomada de reestruturação tarifária, foram utilizados 40% dos recursos gerados no serviço da dívida e 60% no custeioe reposição de ativos! Constata-se, pois, facilmente, que houve 0% para investir, quandoinvestir é absolutamente indispensável! Energia elétrica, Sr's e Srs. Deputados, é comooxigênio: Só nos damos conta de sua importância quando falta. Aqui, ao nosso lado, aNação Argentina já sabe que o problemaexiste e, dizem os que conhecem o assuntoracionamento no País de San Martin, serãonecessários cerca de dez anos para superaro problema, isto se recursos financeiros fluirem no tempo devido!
Ê preciso agir, e já! Não se resolvem pr6blemas de geração ou mesmo de transmissão
e distribuição de energia a curtíssimo prazo.Existe o tempo obrigatório para que decididoo que fazer, encontrado o recurso adequadoa obra se inicie, mature e passe a dar resul-
o tado. Lamentavelmente, não vimos o SI. Presidente eleito ou alguém de sua equipe tãovariada analisar sequer superficialmente oproblema. Vimos afirmações genéricas deque o setor tem problemas e que estes serã?resolvidos. Gostaríamos que esta Casa estivesse atenta desde logo ao assunto e nos propomos a participar do debate, da busca decaminhos no âmbito exclusivo deste Parlamento para o que, podemos dizer, possuimosalguma condição, não por mérito individuais,mas pelo grupo de brasileiros, doutos no assunto que se oferecem para nos auxiliar ecom os quais estamos discutindo o problemadesde que o Governador Simon nos honroucom sua confiança e nos atribuiu a conduçãodo setor energético no Rio Grande do Sul.
Ê preciso agir agora, repita-se! Ê evidentea necessidade do estabelecimento de um conjunto de políticas que favoreçam o aportede recursos e reduzam a crescente premênciade sua necessidade. Precisa-se equacionar aquestão da dívida, pois seu serviço co~tinuará
a pressionar a caixa das empresas. E necessário, pois, na busca do equilíbrio, sejam estes serviços contemplados na formação dospreços. Aí é de se repetir que - lamentavelmente para o setor em dificuldade - astarifas seguem e não precedem o serviço. Atarifa é fixada em função do custo do serviçojá prestado, e estimada a partir de projeçõesde custos históricos,. onde o futuro reproduzos custos do passado. Portanto, não incor-
.para os custos crescentes do KWh adicionado. A estimativa do custo do serviço devecontemplar componentes para cobrir as despesas operacionais, 'a depreciação, os encargos setoriais e uma remuneração sobre osativos, como forma de obtenção do capitalexigido para a futura expansão do sistema.
No Brasil, desde o final da década de 70,a base de cálculo no setor elétrico (ativos)foi aviltada por correções abaixo da inflaçãoe as taxas de remuneração fixadas em níveisinferiores aos mínimos legais. Estes fatoresreduziram drasticamente a geração internade recursos, levando as empresas ao crescente endividamento para garantir os investimentos. Tiverarnque buscar recursos, principalmente no exterior, pagando os juros de
. mercado.
Durante um tempo .longo, nos últimos 20anos, cometeu-se o equívoco tarifário mencionado e às empresas lio setor tocou a tristetarefa de se verem em aificuldades e ao mesmo tempo chamadas de ineficientes - mormente por aqueles que mais se beneficiavamcom o subpreço tarifáIio. Subpreço que transformou em aumento de lucro particular o empobrecimento do setor energético.
Aqui é preciso o mais absoluto cuidadono atual momento! Fala-se constantementeem privatização e na "ineficiência das estatais". Ê moda, eu diria, é a síndrome da privatização!
Vejo com apreensão o SI. Presidente eleito- cujo discurso é tautológico quanto a encontrar marajás e privatizar empresas públicas como forma de combate à inflação não se referir com mais profundidade ao problema das companhias de energia, cujo défi.cit vem, não de pretensas ineficiências, mas,!Claramente, do subsídio desordenado e perigoso da subtarifa!
A energia elétrica brasileira é, hoje, nomomento em que vos falo, uma das mais baratas do mundo. E não vale aqui o velhoe surrado argumento de que somos um paísde renda per capita baixa e por isto a tarifatem que ser baixa! Em primeiro lugar porqueem países - e pode-se provar isto facilmente- de renda per capita inferior à nossa, astarifas são bem mais altas e, segundo, porqueé possível estudar a sério, sem demagogia,~a diferenciação tarifária para os milhões(le lares de baixa renda, partindo-se do princípio de que entre nós o consumo domiciliar- incluindo-se aí até os 5% mais ricos atingeapenas 20% do uso total de energia! Assim,pois, se os que ganham com o insumo energiasubsidiada pagarem o constitucionalmentedevido, mesmo que os pequenos venham apagar pouco, as empresas energéticas poderiam começar a respirar.
A privatização de empresas públicas deenergia - a não ser que se queira de voltao estrangeiro e suas políticas de pouco investimento - é uma quase impossibilidade nestemomento, se o assunto for realmente tratadoa sério! O que pode ocorrer é ampliarem-seas possibilidades de participação de capitaisprivados no setor, seja como autoprodutoresde energia, seja como tomadores de capitalnas empresas de economia mista, seja porfinanciamento direto dos usuários interessados. Viável é o esforço conjunto na buscaurgente de uma solução para a crise que se .instalará nos próximos dois anos.
Deve-se definir as relações entre o desenvolvimento que realmente se deseja e a energia que o propiciará para que se tenham clarasas dimensões da demanda. A necessidade deenergia é fixada peJo quanto se quer crescer,o quanto se quer buscar de desenvolvimento.Ê fundamental que o setor elétrico disponhade preços de referência para a expansão daoferta. De outro lado, é fundamental quea referência de preços contemple a alocaçãojusta de custos entre consumidores, de acordo com o ônus que eles impõem ao sistema.Tal procedimento permite a estruturação depreços, de forma que eles variem de acordocom os custos marginais das diferentes categorias de consumidores, nas diferentes estações do ano, pela magnitude do consumo eem áreas geográficas diferentes. Com isto épossível dispor-sede suficiente flexibilidadepara alcançar trocas inter ou intra-setoriais,que signifiquem intensificar o crescimento desetores econômicos ou desenvolver certasáreas geográficas com o necessário rigor ana-lítico. .
O afastamento entre preços e custos dereferência reilete, nó caso das economias emdesenvolvimento, ",amo a brasileira, vários
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requisitos que competem ao Estado adminstrar: economias com renda concentrada, exigindo por justiça e eqüidade o fornecimentode um nível mínimo dos serviços a pessoasque não possam pagar pelo custo total; restrições a preços reais nas tarifas de alta tensão,pela repercussão nos preços internos ou perda de compe~itividadedos produtos de expor
. tação, caso sejam políticas em implementa-ção; e para um país continental, garantir aisonomia entre consumidores, evitando queatividades em regiões mais desenvolvidas paguem menos que as suas equivalentes em regiões carentes, atribuindo ônus idêntico aocidadão, esteja ele próximo ou afastado dasfontes de riquezas do País.
Por outro lado, para balizar-se as transferências intra-setoriais, que visam à equalização tarifária, é necessária a obtenção deindicadores para avaliação e aprovação decustos, dada a característica do mercado atendido e os eq[uipamentos já em operação comercial, com vistas àO resguardo da eficiênciaoperacional por empresas do setor.
Postula-se que sejam regularmente publicados os custos incorridos com as despesasnas empresas estatais de eletricidade, no quese refere às despesas de custeio, bem comoseu serviço.da dívida para, a partir das tarifaspraticadas, poder-se contemplar os objetivossociais, econômicos e empresariais do setor,possibilitando medir-se as transferências intersetoriais e para outras regiões do País.
A partir deste referencial público de preçospraticados, postulamos definir o novo papelda estatal brasileira, como reguladora dosserviços públicos, buscando contemplar:
- a busca de recursos via tarifa, por usuários nitidamente definidos;
- a eventual redução dos níveis de exigência nos parâmetros de qualidade, confiabilidade e risco de déficit;
- o aporte no setor elétrico, por capitalização, de montantes de recursos de outrossetores de atividade por ele beneficiados;
- a defini,ção de montantes de investimentos necessários, a serem suportados pelo setorprivado;
- a efetivação de investimentos na conservação de energia, plj.ra alcançar-se os tão almejados níveis de produtividade de que oPaís tanto necessita para o seu desenvolvimento.
Poderíamos aqui ~rofundar o tema, queé bem mais vasto, mas, SI. Presidente, pretendemos que este seja o primeiro de algunstrabalhos sobre energia elétrica, que traríamos ao debate nesta Casa. Isto porque, alémda crise que se instala no setor e pode afetarde forma profunda o desenvolvimento e mesmo a estrutura da sociedade brasileira, háque prevenir qualquer tentativa de solução,que passe pela desarticulação de um setorpúblico que possui pessoal altamente capacitado. Desarticulação por privatizações quenão corresponderiam sequer à lógica, masque podem estar I!a mente desprevenida dealguns. O setor está em crise pelas causasa<t!li mencionadas' e não por "ineficiênciase mordomias". Pelo contrário, apesar das di-
ficuldades que enfr~nta, seus técnicos e funcionários, com raríssimas exceções, têm dadoprovas de competêricia e senso de responsabilidade. Se existirem defeitos quanto ao trabalho das estatais, a solução clara é de gestãoe não de desmantelamento.
Equacionamento das dívidas, realidade tarifária, política de objetivos claros e definidos, fazem parte do caminho que pode levarà solução da crise.
Encontrar, através do debate sério e democrático, a forma adequada para a superaçãoda problemática energética, é uma de nossastarefas como poder coletivo e responsável,principalmente neste momento em que devemos retomar a plena democracia. Um trabalho para os que querem, como nós, no míni·mo, ver o próximo um pouco menos infelize nossa sociedade um pouco menos injusta.
Durante o Discurso do Sr. Alcides Saldanha, assumem sucessivamente a Presidência, Os Srs. Ruberval Pi/atto, 4' Secretário eLuiz Henrique, l' Secretário.
o SR. PRESIDENTE (Luiz Henrique) Concedo a palavra ao SI. Carlos Colta.
o SR. CARLOS COTTA (PSDB -MG.Pronuncia o seguirtte discurso.) - SI. Presidente, Srs. Deputados, no dia 27 de setembrode 1989 denunciamos da tribuna desta Casaa negociata da vendii do Banco Agrimisa S.A.da MGI (Minas Gerais Participações S.A.)do Governo de Minas Gerais à empresa Biribeira Empreendimentos e Participações Ltda, da Bahia. Naquela época, denunciamosque o Governo de Minas vendeu um bancodaquele Estado a preço de banana, e dissemos mais, que aquela transação era altamente lesiva aos interesses do nosso Estado. Mirmamas, à época, que a concorrência foi fraudulenta, viciada e feita com cartas marcadas,num concluio entre o currupto Governadordo Estado e a empresa Biribeira.
Se não, vejamos. o texto edital de vendado Banco Agrimisa S.A., publicado no "Minas Gerais" , órgão oficial do Governo de Minas Gerais, no dia 1.-3-89, consignava queo valor mínimo (item 2 do edital) era de477.903,93 OTNs, de janeiro/89, equivalentea NCz$ 2.948.687.20.
A Biribeira, espertamente, ofereceu ecomprou o Banco Agrimisa por NCz$2.962.670,93 em 26-4-89. Portanto, a cartaera tão marcada, que a diferença entre o queofereceu a Biribeira (NCz$ 2.962.670,93) eo que pediria a MGI, a preço de 1'-3-89(NCz$ 2.948.687,20), foi de NCz$ 13.983,73.
Por outro lado, como todo crime sempredeixa rastro, nessa negociata entre o corruptoGovernador de Minas Gerais, Newton Cardoso, e a Biribeira, manteve-se a tradição:deixaram um rastro enorme: o preço do Banca Agrimisa, pelo edital no dia 1'·3-89, erade NCz$ 2.948.687,20, em OTNs. Esqueceram-se que o valbr, sendo em OTN, teriaque ser reajustado para ser vendido comofoi, em 26-4-89, cujo preço correto deveria
ser de NCz$ 3.461.584,72, não NCz$2.962.670,93) que foram oferecidos.
Só nessas contas a diferença contra a MGI,do Governo de Minas Gerais, foi de NCz$498.913,79, em 26-4-89. Aproximadamente,surrupiaram, somentt( nessas operações matemáticas, 116 do valor de compra do BancoAgrimisa. Tanto isso é verdade, que num ofício da CVM - Comissão de Valores Mobiliários, ela afirma que "houve alterações contratuais que, conseqüentemente, geraram alterações no referido edital de oferta pública,tendo o Banco Central do Brasil solicitado,novamente, nossa manifestação sobre a questão, através de mensagem Sisbacen n'89129783 de 23-12-89".
Assim sendo, a oferta da Biribeira (Ncz$2.962.670,93) à MGI, para a compra do Banco Agrimisa, foi inferior ao pedido no editalde 1'-3-89 (NCz$ 3.461.584,72) a preço de26-4-89.
Desta forma, .a proposta da Biribeira àMGI ficou abaixo do mínimo exigido peloedital e, conseqüentemente, a Biribeira foidesclassificada, por não ter coberto o valormínimo do edital de venda do Banco Agrimisa.
A retificação posterior, determinada pelaCVM ao Banco Central, não supera a faltade oferta do valor mínimo que, no edital supra referido, já estava previsto expressamente em OTN.
Mesmo com todo artificialismo e malandragem do Governador Newton Cardoso, deum lado, e a empresa Biribeira, do outro,não conseguiram praticar um crime perfeito,sangrando, sem escrúpulos, os cofres públicos do Estado de Minas Gerais.
Acrescentamos mais, para ver que nesteconluio também estava o atual presidente doBanco Central, SI. Wadico Waldir Bucchi,que, lamentavelmente, foi o primeiro Presidente do Banco Central a ter o seu nomeaprovado pelo Senado Federal. Que o seumau exemplo, que a sua falta de compromissopara com a compostura pública não sejamuma constante nos futuros presidentes doBanco Central a serem aprovados pelo Senado Federal.
Para esclarecer o que afirmo, vou documentar a safadeza do Presidente do BancoCentral, Sr. Wadico Waldir Bucchi, cujo nome já soa como "vadio" Bucchi.
Em ofício de 9-11-89, ele, Wadico Bucchi,afirma-nos que, dado o contraditório entreo Governo do Estado de Minas Geraís e asdenúncias documentadas que apresentamos,ele sugere que procuremos um outro órgãodo Governo Federal para esclarecer o assunto, que fugia da alçada do Banco Centraldo Brasil. Mentiu, irresponsavelmente, o Sr.Presidente do Banco Central, porque somente o Banco Central tem o direito e a obrigaçãoinalienáveis de gerir a alienação do controlede companhia aberta que dependa de autorização do Governo para funcionar e cujasações ordinárias sejam, por força de lei, nominativas ou endossáveis, que ficam sujeitasà prévia autorização do órgão competentepara aprovar a alteração do seu estatuto.
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É da inteira responsabilidade do Presidente do Banco Central a autorização para talalienação do controle acionário de um Bancode capital aberto. No entanto, no ofício, elementiu, afirmando que somente autorizou atransação financeira entre a MGI e a empresaBiribeira, e que, pará dirimirmos os demaisaspectos econômicos e financeiros da questão, teríamos de nos dirigir a outro órgãoda Administração Pública federal.
Dirigimos, novamente, telex ao SI. Presidente do Banco Central, em 10-11-89, solicitando que nos informasse qual é esse outroórgão da Administração Pública federal quecuida da alienaç!io do controle acionário deum Banco estatal de capital aberto. Até hoje,o SI. Wadico Waldir Bucchi não se dignou,sequer, a pedir desculpas pela sua malandrae mentirosa resposta. Sabemos que o únicoórgão responsável por tais transações é oBanco Central, que, lamentavelmente, naquele momento, era representado pelo inexpressivo Sr. Wadico Waldir Bucchi.
Voltamos à carga em cima do Sr. Presidente do Banco Central, Sr. Wadico Bucchi,solicitando de forma constrangedora novasinformações, que ele respondeu em 4-12-89.
A propósito, em complemento às informações prestadas anteriormente através do expediente Presi - 2885/89, de 9-11-89, cumpre-me esclarecer que:
1 - Na sessão realizada em 24-10-89, a Diretoria desse Banco Central autorizou a alienação de 15.018.114 ações ordinárias de emissão do Banco Agrirnisa S.A., de propriedadeda MGI - Minas Gerais Participações S.A.,para a empresa Biribeira - Empreendimentos e Participações Ltda. Portanto, ele nãoautorizou somente a·operação finaceira alegada no ofício mentiroso de 9-11-89 - Doc.Presi-2885/89 e Telex de n' 12058 de 4-12-89- mas autorizou também a venda do controleacionário do Banco Agrimisa.
Por outro lado, teria de haver a autorizaçãoprévia do Banco Central para que uma instituição de capital aberto tivesse o seu controleacionário transferido (art. 255 da Lei n°6.404176)
Ora, o pedido de autorização prévia paraa transferência das ações foi formulado peloConselho de Política Financeira do Estadode Minas Gerais, através do Ofício CPF NR082, de 11-5-89, quando o negócio já tinhasido realizado em 26-4-89.
Ora, a MGI vendeu o Banco Agrimisa àBiribeira em 26-4-89, e a autorização do Banco Central foi em 24-10-89. Onde uma autorização concedida em 24-10-89 e pedida em12-5-89 é prévia? Só na cabeça do "vadio"Bucchi, do leviano Governador Newton Cardoso e na da velhaca empresa Biribeira, umaoperação realizada há 6 meses atrás é prévia.Esse SI. Bucchi, que tem a coragem de responder a uma solicitação de um DeputadoFederal dessa forma, deveria ser preso emflagrante delito para servir de exemplo aosfuturos presidentes do Banco Central.
Mentiu descaradamente o Presidente doBanco Central e confessou suas mentiras, seuconluio com o Governador Newton Cardoso
e a empresa Biribeira, através dos documentos que ele mesmo nos enviou. Provando maisuma vez que a transação da MGI e o GrupoBiribeira na compra do Banco Agrimisa nãofoi um crime perfeito. Deixaram um rabogrande demais de fora.
Acrescentamos mais, em ofício do Presidente da Comissão de Valores Mobiliários(CVM), SI. Martin Wimmer, de 15-12-89,ele afirma textualmente o seguinte:
"Entretanto, em face de alteraçõescontratuais que conseqüentemente geraram alterações no Edital de Oferta Pública referido, o Banco Central do Brasilsolicitou novamente nossa manifestaçãosobre a questão, através da MensagemSisbacen n' 89129783 de 23-11-89."
Ora, Sr. Presidente e Srs. Deputados, em23-11-89 o Presidente do Banco Central, SI.Wadico Waldir Bucchi solicitou da CVM umanova manifestação sobre a venda do BancoAgrimisa que ele, Wadico Bucchi, já havia,em 24-10-89, autorizado a vendê-lo à Biribeira. Não é possível lidar com tanta má-fé,com tanta safadeza, com tanta corrupção assim. (Doc. n' 07).
Essa atual diretoria do Banco Central temde ser realmente varrida do cenário nacionalpara que se moralize nossa moeda nacionale os costumes dos homens para com a coisapública. É sujeira demais para ficar na impunidade.
Por essa razão Sr. Presidente e Srs. Deputados, entramos com uma ação popular contra o Governador Newton Cardoso e seusprepostos Luiz Fernando Wellisch e Rubensde Azevedo Campello, pedindo a anulaçãoda transação, em Belo Horizonte, e iremosentrar com outra ação contra o Presidentedo Banco Central, SI. Wadico Waldir Bucchi,por sua irresponsabilidade funcional. O Banco Agrimisa não foi vendido. Ele foi assaltadopelos dois grupos, Newton Cardoso e empresa Biribeira, transação essa altamente lesivaaos interesses do Estado de Minas Gerais.
Continuando, em 27-9-89 fizemos a primeira denúncia da negociata de venda do BancoAgrimisa.
No dia seguinte o Secretário e o SecretárioAdjunto da Fazenda de Minas Gerais ocuparam a imprensa nacional com entrevista dizendo que nunca houve, no mundo, um negócio mais transparente e mais cristalino do quea venda do Banco Agrimisa.
No dia 4-10-89 o Governo do Estado deMinas emite uma nota oficial oferecendo-merecursos financeiros da MGI para contratarmos empresa de audotoria (Doc. no 8).
A coisa não era caso de auditoria, mas casode polícia.
No dia 5-10-89 o Deputado Carlos Pereira,líder do Governo na Assembléia Legislativade Minas Gerais, diz que pediria uma CPIpara apurar o caso Agrimisa. CPI que nãoconseguiu formar-se até hoje, 7-3-90.
Fizemos, em seguida, várias outras denúncias ratificando todas as anteriores.
No dia 14-10-89 a Biribeira Empreendimentos emite uma nota de esclarecimento,
dizendo que ela também nunca, em toda suaexistência, tinha feito uma transação tão honesta, tão límpida e tão cristalina.
Contestei as infundadas alegações da Biribeira e continuei na minha luta, denunciandoa negociata entre o Governador Newton Cardoso e a Biribeira, até que em 26-10-89 novanota oficial do Governo de Minas Gerais publica uma notícia sensacionalista dizendo queo Banco Central acabava de aprovar a transferência do controle acionário do BancoAgrimisa para a empresa Biribeira. E o curioso, Sr. Presidente, é que a nota não erado Banco Central e, sim, do Governo de Minas Gerais (Doc. n" 9), que vem assinadapelo Secretário da Fazenda de Minas, Sr.Luiz Fernando Wellisch, pelo ProcuradorGeral do Estado, SI. Gamaliel Herval, ambosempregados do Governador para cumprir ordens, quaisquer que sejam, em, lamentavelmente, essa nota vem assinada também peloSI. Lúcio de Souza Assumpção, Presidenteda Associação Comercial de Minas Gerais.
Não consigo entender, Sr. Presidente, como o Presidente de uma Associação comoa de Minas Gerais, emprestou o seu nome,emoldurando essa negociata, esta bandalheira, como abaixo mostrarei.
Isso foi feito no dia 26-10-89.No dia 31-10-89 o mesmo Secretário da
Fazenda de Minas Gerais, SI. Luiz FernandoWerllisch, o Secretário-Adjunto da Fazenda,Sr. Rubens de Azevedo Campelo, e a empresa Biribeira vão ao cartório do 7" Ofício deNotas de Belo Horizonte e ali retificam tudoque tinham feito, tão transparente e tão límpido, confessando todas as bandalheiras quenós havíamos denunciado da tribuna da Câmara dos Deputados. Retificaram o valor dopreço da compra do Banco Agrimisa (deNCz$ 2.962.670,93 para NCz$ 3.461.584,72),que ficou acima do valor da oferta mínimaexigida pelo edital de 1°-3-89; retificaram ovalor do mútuo (de NCz$ 18.004.924,23 paraNCz$ 19.150.050,34) para um valor maior,enfim, foram ao cartório e confessaram oscrimes que denunciamos. Será que se leIl}braram de explicar isso ao DI. Lúcio de SouzaAssumpção, Presidente da Associação ComerciaI de Minas Gerais? Ou será que elefoi enganado na sua boa-fé mais uma vez?Com a palavra o ilustre Presidente da Associação Comercial de Minas Gerais. (Doc. n'10.)
Diante disso, SI. Presidente, contratamoscomo nosso patrono um jurista consagradoe um advogado renomado, Dr. Mário Genivai Tourinho, e entramos com uma ação popular contra o Goyernador Newton Cardosopara anularmos essa transação fraudulentada pseudovenda do Banco Agrimisa (Doc.ne 11).
Agora, com a palavra o Poder Judiciário.Nós fizemos a nossa parte, que a Justiça façaa dela.
Essa negociata foi tão escandalosa, que em15-12-89 o Presidente da Comissão de Valores Mobiliários nos informou que o Presidente do Banco Central, SI. Wadico Bucchi,
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pediu nova manifestação sua sobre a vendado Banco Agrimisa em 23-11-89 (Doc. n. 12).
Sr. Presid,mte, o Presidente do Banco CentraI é leviano, eis que, com informações falsas, tenta ludibriar a boa-fé de um membrodesta Casa. Por isso, terá que se explicar também na justiça, no processo que lhe iremosmover.
Concluindo, SI. Presidente, ficamos imaginando quantas pessoas estão estão presas nosporões das cadeias públicas e das penitenciárias por este Brasil afora, porque furtaramou roubaram coisas menores, sem grande valor econômico-financeiro, e, no entanto. políticos, homens públicos, como Newton Cardoso, e o Grupo Biribeira usam de seus cargos,de suas funções para praticarem atos de corrupção, como esse da falsa compra e vendado Banco Agrimisa e continuam soltos, comose isso fosse o mundo normal e correto navida rotineira dos homens públicos.
Queremos acreditar que estamos diante deum Brasil novo em que os corruptos, sejado Executivo, do Judiciário ou do Legislativo, têm de ser denunciados, punidos e levados à execração pública. O povo precisa ficaratento aos desmandos dos seus governantese saber quais os brasileiros desavergonhadosque se beneficiam dessas falcatruas, lidandocom a coisa pública como se fosse uma coisaparticular deles.
Sr. Presidente, tenho em mãos ação pública, da lavra do ilustre advogado Genival Tourinho, contra o corrupto Governador de Minas Gerais, SI. Newton Cardoso, e a'EmpresaBiribeira, que, levianamente, tentaram roubar o Estado de Minas Gerais.
DOCUMENTO A QUE SE REFEREO ORADOR:Licitação de Alimentação
de Ações de Emissão do
BANCO f.-GRTMTSA, S/A.
CGC/MF n. 24.988.770/0001-13Belo Horizonte - MG
Edital de Habilitação de interessadosà aquisição das ações
e apresentação de propostas:(Edital n· 01)
MGI-Minas Gerais Participações, S/A.,Sociedade Anônima controlada pelo Estadode Minas Gerais, com sede em Belo Horizonte, Minas Gerais, à Praça da Liberdade,s/n·, Edifício da Secretaria do Estado da Fazenda, 2· andar, considerando decisão da Comissão de Execução da Política de Privatização do Estado, referida pelo Decreto Estadual n. 28.036, de 28/04/1986, de alinear asações de controle acionário do Banco Agrimisa, S/A., de sua titularidade, e tendo emvista o encelTamento das licitações anteriores, torna público a abertura do Processo deLicitação das Mencionadas Ações, conformecritérios e condições seguintes:1-Serão vendidas, em lote global e indi
visível, 15.018.114 (quinze milhões, dezoitomil e cento e quatorze) ações ordinárias constitutivas do Capital Social do Banco Agrimisa, S/A., as quais representam 98,176%
(noventa e oito virgula cento e setenta e seis)por cento de capital votAnte do Banco e49,087% (quarenta e nove virgula zero oitenta e sete) por cento do capital total da instituição.
2 - O Preços Mínimo de Venda é deNCZ$ 2.94S.667,20 (dois milhões, novecentos e quarenta e oito mil e seiscentos e sessenta e sete cruzados novos e vinte centavos),equivalente a 477.903,93 OTN de janeiro de1989.
a) Além do preço mínimo acima fixado,obrigar-se-á do Proponente Vencedor e converter em capital do Banco Agrimisa, S/A.,o valor total dos créditos da MGI-Minas Gerais Participações, S/A., junto ao Banco, conforme estabelecido no item is deste Editaln· 01.
3 - aquisição das ações do Banco Agrimisa,.S/A. Implicará na transferência do controle das seguintes empresas por ele controladas direta ou indiretamente.
• Agrimisa Financeira, S/A - Crédito eInvestimento
• Agrimisa Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários, LTDA..-Agrimisa Promotora de Vendas, S/A.4 - A aquisição das ações do Banco Agri
misa, S/A. Implicará, também, na aquisiçãoda participação dessa instituição nas seguintecoligadas:.-Agrimisa Corretora de Seguros, S/A.• Agrimisa Sociedade de Assistência, LT
DA.5 - Poderão concorrer à aquisição das
ações ofertadas pessoa natural, jurídica ou,ainda, associação de pessoas naturais e/oujurídicas, vinculadas por acordo de voto oudos controle comum.
6 - As instruções para a habitação de candidatos, inclusive com as exigências a serempor estes atendidas, além das demais informações necessárias, que são parte integrantedeste Edital, estarão à disposição dos interessados a partir de 3/3/89, nos horários de 8:30às 12:00 e de 14:00 às 18:30 horas, no Escrit6riodo Conselho de Política Financeira, sitoà Rua Albita, 131, 7· andar, Bairo Cruzeiro,CEP 30310, Belo Horizonte, Minas Gerais,onde poderão ser adquiridas ao preço deNCZ$ 50,00.
7 - Entrega da documentação e da proposta de aquisição: A Documentação exigidapara a habilitação dos candidatos deverá serentregue em Belo Horizonte, no endereçoe horários citados no item 6, anterior, atéo dia 8 de abril de 1989, acompanhada darespectiva proposta de aquisição, inserida esta em envelope específico, identificado noanverso com o nome do candidato e os dizeres"Banco Agrimisa - Proposta de Aquisição",devidamente lacrado e rubricado pelo proponente ou seu representante e por duas testemunhas do ato da entrega.
8 - A habilitação dos candidatos será efetuada pela Comissão de Execução da Políticade Privatização do Estado, com base nas informações e documentos que lhes forem exigidos. A Comissão avaliará a capacidade eidoneidade econômico-financeira de cada
candidato, bem como a inexistência de restrições cadastrais, podendo decidir, a seu juízo,sem recurso cabível ao interessado, pela nãohabilitação de qualquer dos candidatos, hipótese em que devolver-lhe-á, a lacrada, suaProposta de Aquisição.
9 - Caberá à Comissão de Execução daPolítica de Privatização do Estado fixar cópiapara a abertura das Propostas de Aquisiçãodos proponentes habilitados, que serão convidados a assitir ao evento, sendo da exclusivacompetência dessa Comissão o Julgamentode tais propostas.
10 - As Propostas de Aquisição dos candidatos deverão ser apresentadas conforme critérios e condições seguintes:
a) Preço: não interior ao preço mínimo fixado em cruzados novos no Item 2 deste EditaI.
b) Forma de Pagamento: O pagamentopoderá ser efetuado à vista ou em um prazomáximo de 2 (dois) anos, mediante um SinalMínimo de 20% (vinte) por cento do ValorTotal da Proposta (Principal mais Juros) eo saldo restante em até 2 (duas) parcelasanuais iguais, expressas em cruzados novose corrigidas monetariamente, mês a mês, peloIPC apurado no período de cada pagamentoanual ou, na ausência do índice de Preçosao Consumidor, por outro índice que viera ser adotado pelo Governo Federal paramensurar a inflação mensal, acrescidas de juros mínimos de 8% (oito) por cento ao ano.
e) Garantias:I - No ato da entrega da Proposta de
Aquisição, o proponente deverá entregar àMGI-Minas Gerais Parcipações, S/A., comogarantia de celebração do Contrato. "TenderBond", Carta de Fiança Bancária equivalentea 10% (dez) por cento do Preço Mínimo Fixado no Item 2, retro, ou Caução de TítulosPúblicos Federais ou do Tesouro do Estadode Minas Gerais, de mesmo valor. O prazomínimo de tais garantias será de 30 (trinta)dias.
11 - Deverá, ainda, o Proponente Vencedor, apresentar até 24 (vinte e quatro) horasantes da data prevista para assinatura do Contrato (Item 13, à frente), Carta de FiançaBancária ou Caução de Títulos Públicos Federais ou do Tesouro do Estado de MinasGerais em favor da MGI-Minas Gerais Participações, S/A., correspondentes ao montantetotal das obrigações a serem por ele assumidas, inclusive pelo prazo global de sua proposta. No caso de prestação de garantias imobiliárias, a cobertura deverá ser 25% superiorao valor garantido. Nessa hip6tese, o Proponente Vencedor encaminhará, em anexo,dois laudos da avaliação sobre cada imóvel,fornecidos por empresas ou profissionais especializados de comprovada idoneidade,acompanhados de certidão negat,iva recentede ônus reais sobre tais imóveis. A Comissãoé facultado rejeitar, no todo ou em parte,as garantias ofertadas, ao Proponente Vencedor providenciar sua substituição ou reforço.
11-Será considerada Vencedora a Proposta que apresentar o maior valor presentelíquido - VPL -, calculado com base nos
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1097
valores expressos nas Propostas de Aquisiçãodos candidatos (item 10, retro), e de acordocom a seguinte f6rmula:
VI'L __ UIS.m.20+ (VE+.(t (~n'1.. n·1 . 100/j.
'.' ... :\:;~'~:.-~
Onde: VPL - Valor presente líquidoVE - Valor da entradadaPMT - Valor de cada pagamento anual,
nele incluído o juro propostoI - Taxa de desconto de 8% a.a.n - numero de anos (2).12. Caso haja empate no VPL entre duas
ou mais Propostas, será considerada Vencedora aquela que apresentar Menor prazo depagamento.
Serão desclassificadas as propostas de aquisição I~UjO valor presente liquido - VPL for menor que zero, além daquelas que nãoobservarem qualquer das condições estabelecidas para o presente Processo de licitação.
13. O efertante da proposta vencedora,ap6s o julgamento procedido para Comissãoespecificado nos itens 8 e 9, será convidadoa celebrar em 5 (cinco) dias úteis, o componente contrato de compra e venda.
Concomitantemente com a assinatura doContrato, deverá ser efetivado pelo proponente vencedor o pagamento referente ao Sinal mencionado no item 10 deste Edital.. 14. O registro da transferência das açõesano livro próprio do Banco Agrimisa S/A,somente será afetuado após o implementode todas as condições de eficácia aql;li previstas.
15. Fica esclarecido mais que, como o Banco Agrimisa SfA, além de ser uma Instituiçãoautorizada a funcionar pelo Banco Centraldo Brasil, é uma sociedade aberta, o propo-'nente vencedor fará realizar, nos termos doart. 254, da Lei n' 6.404 e Resolução CMN401, de 22 de dezembro de 1976, oferta pública aos acionistas minoritários, nos prazos econdições exigidas pelos dipositivos supra citados.
16. O valor dos custos mencionados noitem 2, alínea "a", na data deste Edital n'1, no montante de NCz$ 16.800.000,00 (dezesseis milhões e oitocentos mil cruzados novos), deverá ser aplicado pelo proponentevencedor, imediatamente ap6s sua assunçãodo controle acionário do Banco Agrimisa S/A, em aumento de capital do Banco, devidamente atualizado esse valor na data do referido aumento de capital. Para tanto, caberáao proponente vencedor assumir em instrumento pr6prio, na data de assinatura do Contrato indicado no item 13, retro, ferante aMG-Minas Gerais Participações, SfA, e emsubstituição ao Banco Agrimisa S/A, a posição de devedor do valor total desses créditos,devidamente atualizados comprometer-se-áo proponente vencedor, ainda, no mesmo instrumento, a ressarcir a totalidade dessa dívidaassumida no prazo de 8 (oito) anos, parcelassemestrais iguais e sucessivas, expressas emcruzados novos, corrigidas monetariamente,_
mês a mês, pelo IPC apurado no períodode cada pagamento semêstral, ou, na ausência do índice de Preços ao Consumidor, poroutro índice que vier a ser adotado pelo Governo Federal para mensurar a inflação mensal, acrescidas de lucros de 7 (sete) por centoao ano, vencedo-a a l' (primeira) parcela 2(dois) anos ap6s a data de assinatura do Contrato de compra e venda citado no item 13deste Edital n' 1, para garantir o pagamentoda dívida aqui mencionada a da qual serádevedor, o proponente vencedor concederáem favor da MGI-Minas Gerais Participações, SfA, no mêsmo prazo fixado para prestação das garantias individuais no item 10,alínea c, inciso 11, retro, Carta de Fiança Bancária, Caução de Títulos Públicos Federaisou do Tesouro do Estado de Minas Gerais,capazes, no seu conjunto, de cobrir, no mínimo, o total da divída assumida pelo proponente vencedor, nos termos do presente item16, inclusive pelo prazo global dessa dívida.No caso de prestação de garantias imobiliárias, aplica-se o disposto no item 10, alíneac, inciso 11, deste Edital. É reservado à Comissão, na avaliação das garantias aqui mencionadas, a mêsma faculdade estabelecida nocitado item 10, alinea c, inciso 11.
Fica também, reservada a Comissão deExecução da Política de Privatização do Estado a faculdade de não oferecendo o proponente vencedor as condições necessárias paraefetivação da operação objeto deste Editaln° 1, inclusive quanto aquelas condições mencionadas no item 16, retro, convocar o proponente da segunda melhor proposta e prosseguir com este nos procedimentos necessáriosa alienação do controle acionário do Banco,e assim sucessivamente, enquanto existiremofertantes cujas proposta satisfaçam as condições deste Edital.
Belo Horizonte I' de março de 1989.MGI-Minas Gerais Participações, SfAComissão de Execução da Política de Pri-
vatização do EstadoPresi - 2885f89
Brasília (DF), 9 de novembro de 1989Do: PresidenteAo Exm' Sr. Deputado Carlos CottaDD. Terceiro Secretário da Câmara dos Deputados
Refiro-me a seus Ofícios n" TS-245 e251f89, de 12 e 17-10-89, dirigidos ao Exm"Sr. Ministro da Fazenda e aos de n" TS-240,242, 243, 246, 249 e 250, os três primeirosde 12-10-89 e os três últimos de 17-10-89,endereçados a este Banco, relacionados coma licitação pública promovida pela Minas Gerais Participações S.A, (MGI) da qual resultou a transferência do controle acionário doBanco Agrimisa S.A., à Biribeira Empreendimentos e Participações Ltda.
2. A prop6sito, agradecendo a V. Ex' oenvio daqueles ofícios, ca,be-me informar queeste Banco, tomando todos os cuidados acautelatórios requeridos ao exame do caso, solicitou esclarecimentos adicionais ao Governodo Estado de Minas Gerais, o qual, munidode vasta documentação, contestou item poritem todos os aspectos apontados cbmo irre- .
guiares, tendo seus representantes, por ocasião da entrega dos documentos contestat6rios das denúncias, feito longa explanaçãosobre a matéria.
3. Analisado com desvelo o contraditórioassunto, concluiu-se que a procedência ounão das denúncias apresentadas exigiria exame mais acurado da documentação encaminhada por ambas as partes, devendo a questão, no entendimento desta Autarquia, serjulgada em foro adequado, não sendo dacompetência do Banco Central julgar o seumérito.
4. Finalmente, esclareço que, no exameda transferência do controle acionário emcausa, a autorização do Banco Central prendeu-se somente a operação financeira, nãocontemplando demais aspectos inerentes aonegócio, de competência de outros órgãosda Administração Pública Federal, situaçãodevidamente esclarecida ao comprador.
Atenciosamente, Wedico Waldir Bucchi.Destinatário: Dr. Wadico Waldir Bucchi
Data: 10-11-89EmpresafÓrgão: D. D. Presidente do BancoCentralCidade/Estado: Brasília - Distrito Federal
Com relação ao Ofício n' 2885/89, de9-11-89, que nos fora dirigido por essa Presidência, solicitamos de V. Ex' nos informar,com a máxima urgência possível, quais sãoos orgãos da Administração Pública Federalque podem se encarregar de nos esclarecera transparência do neg6cio realizado entreo Governador do Estado de Minas Geraise a Empresa Biribeira Empreendimentos eParticipações Ltda. Relativo à venda do Banco Agrimisa S.A..
Encareceremos ao ilustre Presidente a urgência do nosso pedido, que se prende à necessidade premente de tomarmos medidasenérgicas e inadiáveis no resguardo e preservação de um patrimônio público do nossoEstado.
Atenciosamente; Deputado Carlos Cotta.Treceiro Secretário da Câmara dos Depu
tados.
Do: Banco Central do Brasil - PresidênciaBrasília (DF)Ao: Exmo Sr. Deputado Carlos CottaDD. Terceiro Secretário da Câmara dos DeputadosCâmara dos DeputadosBrasília (DF)
Refiro-me ofício TS NR. 268/89, DD28-11-89, em que V. Ex' solicita informaçõesacerca da transferência do controle acionáriodo Banco Agrimisa S.A. para a empresa Biribeira Empreendimentos e Participações Ltda.
A propósito, em complemento as informações prestadas anteriormente atráves expediente PREST-28f89, de 9-11-89, cumpre-meesclarecer que:
1. Na sessão realizada em 24-10-89, a diretoria deste Banco Central autorizou a alienação de 15.018.114 acols ordinárias DL emissão do Banco Agrimisa S.A. de propriedadeda MGI - Minas Gerais Participações S.A.
1098 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
para a Empresa Birideira Empreendimentose Participações Ltda.
O pedido de autorização prévia para atransferência das ações foi formulado peloconselho de política financeira do Estado deMinas Gerais, através do ofício CPF NR. 082,de 11-5-89.
2. A autorização concedida por esta autarquia está condicionada à realização de ofertapública, por parte da Biribeira Empreendimentos e participações Ltda., para aquisiçãodas ações com direito à voto de propriedadedos demais acionistas do Banco Agrimisa S.A.
Através do expediente DEBHO/RECOF/SECAD-8910428, de 20-6-89, este BancoCentral submeteu à prévia apreciação da comissão de valores mobiliários a documentação referente à oferta pública de que se trata.
Por meio do ofício CVMlSEC/NR. 094/89,DE 02-8-89, a comissão de valores mobiliários informou a este órgão que nada tinhaa opor quanto à operção pretendida.
3. Colocando-me à disposição de V. Ex'para outros esclarecimentos julgados necessários, subscrevo-me,
Atenciosamente
Wadico Waldir BucchiPresidente
O Globo - Quarta, Rio de Janeiro, 4-10-89.Governo do Estado de Minas GeraisM.G.I. - Minas Gerais ParticipaçõeglS.A.Comissão de Privatização do
BANCO AGRIMISA S.A.
Comunicado
A Comissão de Privatização do BancoAgrimisa, tendo em vista as declarações doDeputado Federal Carlos Cotta, a respeitodo processo de privatização do banco, comunica que está enviando, por via cartorial, aseguinte correspondência.
Exm" Sr.Deputado Carlos Alberto Cotta3' Secretaria da Câmara FederalBrasília-DF
Senhor Deputado,Em pronunciamento feito na Câmara Fe
deral, V. Ex' fez graves acusações e ofensivasdeclarações, procurando levar à opinião pública a acreditar que o processo de privatização do banco Agrimisa, conduzido por estaComissão, conteve vícios e que deputadosestaduais teriam tido seus débitos para comaquele Banco perdoados ou quitados peloGoverno do Estado.
Nada tendo a temer ou a esconder e coma tranqüilidade de quem sabe que tudo fezno rigor da lei e na transparência dos atospúblicos, em nome da Comissão de Privatização, que está interessada e confiante nototal esclarecimento dos fatos, coloco à disposição de V. Ex' os recursos financeiros daMGI - Minas Gerais Participações, empresavendedora das ações do Agrimisa, para a con·tratação de empresa de auditoria independente, de reconhecida capacidade técnica e
inquestionável credibilidade, para que façacompleta auditoria no processo de licitaçãoe alienação das ações do Banco Agrimisa,respondendo tecnicamente aos seguintesquesitos, destacados com ênfase, no pronunciamento de V. Ex'.
l-A venda do Banco Agrimisa teria sidofeita de forma irregular?
2 - O banco teria sido vendido por preçoaviltado?
3 - A qualificação dos candidatos se processou de acordo com os critérios estabelecidos no edital de licitação?
4 - A proposta de compra aceita pela Comissão teria sido inferior à de outro concorrente devidamente habilitado?
5 - Teria sido feita, até a presente data,alguma liquidação de débitos de políticos oude qualquer outro devedor do Agrimisa comrecursos da MGI Participações, valendo-seda cláusula 4' do contrato de compra e vendado Banco?
Caso V. Ex' se manifeste formalmente demaneira favorável à nossa proposição até odia 13-10-89, adotaremos as seguintes providências para cumprimento da legislação estadual específica:
a) - será fornecida a V. Ex' lista de seisempresas de auditoria, dentre as quais deverão ser selecionadas três;
b) -de cada empresa escolhida solicitaremos proposta de preço para realizar a tarefaem prazo não superior a 30 (trinta) dias;
c) - será contratada pela MGI aquela quemenor preço oferecer.
O laudo resultante do trabalho de auditoriaserá, ta.mbém por conta da MGI, publicadona imprensa, para que toda a sociedade saiba,com segurança, com quem está a verdade.
No aguardo de sua manifestação favorável.
LUIZ FERNANDO GUSMÃO WELLISCH
Secretário de Estado da Fazendade Minas Gerais
Presidente da Comissão de PrivatizaçãoDo Banco Agrimisa s.A.
Estado de Minas Belo Horizonte, 27-10-89Governo do Estado de Minas GeraisMGI - Minas Gerais Participações S.A.
Comunicado
A MGI - Minas Gerais Participações comunica que as autoridades do Banco Centraldo Brasil aprovaram, no último dia 24, o processo de transferência do controle acionáriodo banco, à Biribeira Empreendimentos eParticipações Ltda., vencedora da licitaçãopública realizada para esse fim.
A MGI repele infundadas denúncias - feitas através da imprensa e comunica que seuautor, protegido por imunidade parlamentar,não se manifestou sobre a oferta que a Comissão de Privatização lhe fez, para que indicasseempresa independente de auditoria, que deveria realizar ampla investigação do processoIicitatório.
Segura de seus atos - que praticou sem.a interferência de quem quer que seja - a
MGI mantém seu interesse de que tudo sejaapurado, para que não reste qualquer dúvidaquanto à lisura e transparência do processo.Nesse sentido, aguarda a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito, que o Governo do Estado, por sua liderança na Assembléia, já requereu, para o envio de toda adocumentação e a prestação de qualquer esclarecimento que for solicitado.
Belo Horizonte, 26 de outubro de 1989.
LUIZ FERNANDO GUSMÃOWELLlSCH
Presidente da MGI - Minas GeraisParticipações S.A.
Estado de Minas Belo Horizonte, 27-10-89.Governo do Estado de Minas GeraisMGI - Minas Gerais Participações S.A.Comissão de Execução da Política de Privatização
Comunicado
A Comissão de Execução da Política dePrivatização comunica que as autoridades doBanco Central do Brasil aprovaram, no último dia 24, o processo de transferência docontrole acionário do Banco Agrimisa S.A.,à Biribeira Empreendimentos e ParticipaçõesLtda, vencedora da licitação pública realizada para esse fim.
Concluído o processo, após essa aprovaçãotoda a sua documentação será encaminhadaao exame do Tribunal de Contas do Estadode Minas Gerais, cumprindo-se a legislaçãoprópria.
Belo Horizonte, 26 de outubro de 1989.
Comissão de Execução da Política de Privatização
Presidente: Luiz Fernando Gusmão We-IIisch
Secretário de Estado da FazendaMembro: Gamaliel HervalProcurador-Geral do EstadoMembro: Lúcio de Souza AssumpçãoPresidente da Associação Comercial de
Minas Gerais.
BIRIBEIRA EMPRbENDIMENTOSE PARTICIPAÇÕES LIDA.
Nota de esclarecimento
Com relação às declarações de DeputadoFederal que vêm sendo publicadas na imprensa sobre a alienação do controle acionáriodo Banco Agrimisa S/A pela M.G.I. - doGoverno de Minas Gerais, esclarecemos osfatos que seguem:
1. A alienação das ações foi feita por ofertapública, cujas condições constavam de Editalpublicado pela imprensa nacional.
2. Inúmeras empresas compraram os editais e 4 (quatro) apresentaram os documentospara pré-qualificação, dentre os quais a Biribeira Empreedimentos e Participações Ltda.
Fomos qualificados conjuntamente com oempresário e banqueiro de Minas Gerais, Dr.Sérgio Araújo, e viemos a ser vencedores
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção 1) Quinta-feira 8 1099
da concorrência por termos apresentado omaior preço.
A aquisição das ações, que representamo controle acionário e, aproximadamente,49% do capital total do Banco, mais a assunção de contrato de mútuo do Banco, envolvem valores que, corrigidos para 30 de setembro de 1989, são da ordem de NCz$75.000.000,00.
3. As outras duas empresas foram desqualificadas da concorrência.
4. Integraram o Edital as minutas de contratos que seriam assinadas com a M.G.I.pela empresa ganhadora.
Estes foram os contratos que firmamos como aconteceria, entendemos nós, com qualquer que fosse o vencedor da concorrência.
5. Uma das cláusulas contratuais prevê garantias que a vendedora M.G.I. dá ao comprador com respeito aos passivos não expressos nos balanços, bem como à boa liquidaçãodos créditos concedidos anteriormente àcompra e que constavam dos balanços comooperações ativas, como é de praxe em transações desta natureza.
6. Os contratos de compra foram firmadosem 26 de abril de 1989, por escritura pública,em ato público.
7. No início da nossa gestão, encaminhamos à M.G.I. correspondências individualizando os créditos vencidos e não pagos e quedeveriam ser a ela cedidos, para que os cobrasse, já que estavam esgotados os esforçosde cobrança nos limites do nosso contratoe a M.G.I. era garantidora dos mesmos. AM.G.I. por força do contrato, deveria receber os créditos em cessão, pagando seu saldodevedor e assumindo perante os devedoresa condição de credora, no lugar do Banco.
8. Dentre as dezenas de casos, objeto deanálise e auditoria da M.G.I., alguns devedores pagaram diretamente ao Banco antes'que a cessão fosse feita para a M.G.I.
Neste caso, encontram-se as pessoas que,equivocadamente, o Parlamentar Mineirodeclara tiveram suas dívidas pagas pela M. G.I., o que não é verdade.
Biribeira Empreendimentos eParticipações Ltda.
14-10-1989
Pereira quer CPI paraapurar caso Agrimisa
O líder do Governo na Assembléia, DepuI tado Carlos Pereira, enviou ontem à tardeum requerimento ao Presidente da Casa, Deputado Kemil Kumaira, do PMDB, pedindoque este designe constituir uma ComissãoParlamentar de Inquérito, no prazo de 90
. dias, para apurar as denúncias de irregularidades na licitação e alienação das ações doBanco Agrimisa e acusações de que a MGIParticipações teria assumido a dívida de cincodeputados junto ao Banco Agrimisa.
Justificando seu pedido, o parlamentarafirmou que está certo que os atos praticadosserão apurados e devidamente esclarecidospela Comissão. "Nada tenho a temer ou aesconder e, com a tranqüilidade de que tudo
fiz na transparência dos atos públicos', formulamos uma série de perguntas, que deverãoser apuradas", revelou Carlos Pereira.
Ele afirmou, ainda, que todos os parlamentares, acusados pelo Deputado Federal Carlos Cotta, estão tomando esta atitude, poistêm a consciência tranqüila em relação às dívidas que saldaram junto ao Banco. Esta Comissão será designada pelo Presidente da Assembléia, Deputado Kemil Kumaira, e constituída de sete membros que serão escolhidospela bancada.
Além dessa iniciativa, os deputados acusados entraram com uma interpelação judicialao Supremo Tribunal Federal, abrindo mãode suas próprias imunidades e pedindo queCarlos Cotta abra mão da sua também, paraque a Justiça fique encarregada de provarquem está com a razão neste caso. "Esperoque depois de tudo provado e confirmadode que nada do que fomos acusados ocorreu,o Deputado Federal, Carlos Cotta mostre àopinião pública que foi injusto com o parlamento mineiro e, ao mesmo tempo, irresponsável em fazer críticas e acusações totalmenteinfundadas", declarou.
OFíCIü/CVM/PTEIN' 389Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 1989
Exm'. SI.DI. Carlos CottaDD. Terceiro SecretárioCâmara dos DeputadosBrasília, DF
Assunto: Alienação de controle - Banco Agrimisa S.A.
Prezado Senhor,
Referindo-nos ao Ofício TS n'267/89, datado de 27-11-89, informamos que:
1. A alienação de controle do Banco Agrimisa S.A. não está enquadrada no art. 254da Lei n' 6.404176, mas sim no art. 255 docitado instrumento, que estabelece em seucaput:
"A alienação do controle de companhiaaberta que dependa de autorização do Governo para funcionar e cujas ações ordináriassejam, por força de lei, nominativas ou endossáveis, está sujeita à prévia autorizaçãodo órgão competente para aprovar a alteração do seu estatuto."
Dessa forma, a indagação deve ser dirigidaao Banco Central do Brasil, dado tratar-sede alienação de controle de instituição financeira.
Por oportuno, informamos que a questãoda autorização prévia das alienações descontrole está devidamente regulamentada pelaResolução n' 401176 do Conselho MonetárioNacional.
2. Assim, também a informação sobre adata de c:;ntrada da documentação e o númerodo protocolo devem ser verificados junto aoBanco Central do Brasil.
Cabe esclarecer que o referido Banco Central encaminhou a documentação relativa àOferta Pública de Compra de Ações Ordiná-
rias do Banco Agrimisa S.A. para pronunciamento desta Comissão em 20-6-89, atravésdo Ofício DEBHO/RECOF/SECAD/ _.89/0428, protocolado no dia 22-6-89.
Efetuada a análise devida, a operação foiaprovada no dia 2-8-89, através do Ofício/CVM!GEO/ N" 094/89, endereçado ao BancoCentral do Brasil - Divisão DEBHO/RECOF.
Entretanto, em face de alterações contratuais que conseqüentemente geraram alterações no Edital de Oferta Pública referido,o Banco Central do Brasil solicitou novamente nossa manifestação sobre a questão, através da Mensagem SISBACEN n' 89129783de 23-11-1989.
Assim, embora nos termos do item VIIda Resolução n' 401/76 do Conselho Monetário Nacional, esta Comissão de ValoresMobiliários disponha de até 45 (quarenta ecinco) dias para se manifestar sobre o instrumento de Oferta Pública de aquisição deações de acionistas minoritários, enviamosem 29-11-89 o Ofício/CVM!GEOI N' 165/89para o Banco Central do Brasil, comunicandonosso entendimento, atendendo, assim, à solicitação do Banco Central do Brasil.
Finalmente, informamos que o Edital deOferta foi publicado na "Gazeta Mercantil'~,
edição de 2-4·89, cuja cópia estamos anexando.
Aproveitamos a oportunidade, para apresentar a V. Ex' nossos protestos de elevadoapreço e consideração.
Martin WimmerPresidente
RESOLUÇÃO N' 1.212
O Banco Central do Brasil, na forma doart. 9' da Lei n' 4.595, de 31-12-64, tomapúblico que o Conselho Monetário Nacionãl,em sessão realizada nesta data, tendo em vista o disposto nos arts. 3', inciso IV, e 15,§§ 2' e 3', da Lei n' 6.385, de 7-12-76, ,resolveu:
I - Nos termos do art. 255 da Lei n' 6.404,de 15-12-76, cabe ao Banco Central do Brasilautorizar a alienação do controle das institUIções por ele autorizadas a funcionar, o qual,previamente à apr6vação das condições daoferta pública para aquisição de ações comdireito a voto, ouvirá a Comissão de ValoresMobiliários.
lI-A Comissão de Valores Mobiliáriosdefinirá se a operação é capitulável no art.255 da mencionada Lei n'6.404, devendo,se for o caso, manifestar-se sobre o instrumento de oferta pública para aquisição deações dos acionistas minoritários.
III - O Banco Central do Brasil e a Comissão de Valores Mobiliários, no âmbito de suasrespectivas competências, ficam autorizadosa baixar as normas e adotar as medidas quese fizerem necessárias ao cumprimento dodiposto nesta resolução.
IV - Esta resolução entrará em vigor nadata de súa publicação.
Brasília, 24 de novembrode 1986. - Fernão Carlos Botelho Bracher, Presidente.
1100 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
Adherbal Teixeira RochaErdy Roberto C. SoutoGeraldo Marcos L. de Almeida
M:. Genival Tourinho
Antonio Fernandes DutraLeandro Borem Guimarães
Márcio J. Tupy
ADVOGADOS ASSOCIADOS
Consultoria e Assessoria Jurídica
Exm" Sr. Df. Juiz de Direito da Vara da Fazenda e Autarquias de Belo Horizonte
-F'reâmbulo Necessário
O adjetivo, mais das vezes, serve apenaspara empobrecer o texto, embora tenha comoescopo o contrário. Em petições judiciais atécnica do enfatizar pela utilização de adjetivos, sobre ser cansativa, mostra, vezes seguidas, a pobreza do argumento. A petição quese segue pretende-se seja escorreita, por issoque enxuta de adjetivos, levará fatos e situações ao conhecimento do Julgador, por entender que eles conduzirão à decretação daanulação do contrato de transferência do controle acionário do Banco Agrimisa S/A.
Carlos Alberto Cotta, brasileiro, casado,médico, ora do exercício de Deputado Federal, residenÍl~ e domiciliado em Brasíliá-DF,portador do Título Eleitoral n' 384233902/13,da zona 97, seção 28, deste Estado, com baseno art. 5", item LXXIII da Constituição Federal e, nos termos do art. 6" da Lei n' 4.717,de 26-9-65, vl~m propor, perante V. Ex', AçãoPopular contra a MGI - Minas Gerais Participações S.A., sociedade anônima controladapelo Estado de Minas Gerais, com sede nestaCapital, nas pessoas de seus representanteslegais, o Secretário e o Secretário-Adjuntodos negócios da Fazenda estadual e, bem assim, para responderem pessoalmente aos termos desta Ação, as autoridades que, gestionando essa empresa pública com visível favoritismo, autorizaram o contrato que, aqui,será empugnado, quis sejam, os senhoresNewton Cardoso, brasileiro, casado, empresário, eventualmente no cargo de Governador de Estado; Luiz Fernando Gusmão WeIlisch, brasileiro, casado, economista, ora no_~xercício de .cargo de Secretário da Fazendado Estado; e, finalmente, Rubens de Aze'vedo CampeIlo, b.sileiro, casado, economista, ora no exercício do cargo de Secretário-Adjunto da Fazenda e, ainda como requerida, a emprr~sa Biribeira Empreendimentose Participações Ltda., sociedade por quotasde responsabilidade limitada, com sede emSalvador, estado da Bahia, à Avenida Manoel Dias da Silva, n' 1052, Bairro Pituba,inscrita no CGC do MF sob o n'15662745/0001-92, representada legalmentepelo sócio Joaci Fonseca de Góes, brasileiro,
.casado, advogado e industrial, residente e do·miciliado em Salvador, Estado da Bahia, àrua Marechal Floriano, n' 25, Apt'1.601, Canala Vitória tudo visando à anulação do conIlOntrole acionário do Bam:o Agi'imisa 2/14.,oa primeira r'~queridapara a segunda, operação marcada por ilegallk!ade do ato jurídico,
lesividade ao patrimônio do Estado de MinasGerais e, ainda, afronta à moralidade administrativa, como, a seguir, de forma articulada, será demonstrada a este Juízo.
Histórico da Transação
1) A transferência do controle acionáriodo Banco Agrimisa S/A, na prática se constituiu numa verdadeira venda do mencionadoBanco pelo Estado, razão pela qual, visandoà simplificação deste petitório, o autor se referirá a esta operação comercial utilizando-sedas expressões "compra" ou "venda". Assim, a venda do Banco teve início com a publicação do Edital n" 1, datado de I" de marçode 1989 no Diário Oficial do Estado de MinasGerais e outros órgãos da imprensa nacional(Doc. 1).
2) Habilitaram-se à aquisição quatro empresas, sendo duas delas desclassificadas pornão serem consideradas idôneas do ponto devista financeiro e econômico, vindo, afinal,a requerida Biribeira a ser considerada vencedora da licitação. Assim se tornou proprietária da quase totalidade das ações ordináriasnominativas (percentual de 98,176) do BancoAgrimisa S/A pelo preço de NCz$2.962.670,93 (dois milhões, novecentos e sessenta e dois mil, seiscentos e setenta cruzadosnovos e noventa e três centavos), tudo nostermos da escritura pública de compra e venda de ações e outras avenças, lavrada no Cartório do 7' Ofício de Notas desta Capital(Doc. 2, ora junto). No mesmo Cartório ena mesma data (26-4-89) lavrou-se a escriturapública de mútuo do valor de NCz$18.004.924,23 (dezoito milhões, quatro mil,novecentos e vinte e quatro cruzados novos
. e vinte e três centavos), (Doc. 3), valor corrigido a que se refere o item 16 do Edital n"I (NCz$ 16.800.000,00) - dezesseis milhõese oitocentos mil cruzados novos - à épocado Edital), embora o autor reiteradas vezes,até lançando mão de declarações do Secretário-Adjunto da Fazenda, tenha denunciadoque o valor corrigido do mútuo em 26-4-89,seria de NCz$ 19.150.000,00 (dezenove miolhões, cento e cinqüenta mil cruzados novos)-Doc. 4.
3) Realizado o negócio, o autor, na qualidade de parlamentar, o denunciou pro váriasirregularidades, lesividade ao patrimônio deMinas Gerais e afronta à moralidade administrativa. Na seqüência de sua atividade fisclaizadora, o autor oficiou ao Ministério da Fazenda e ao Banco Central, a este pedindointervenção e conseqüente anulação da licitação fraudulenta, obtendo resposta de todoinsatisfatória de quem, como Pilatos, pretendeu lavar suas mãos, como se vê pela leiturados documentos 5, 6, 7 e 8 que juntos seguem.Face à omissão administrativa, comprovadapelo documenbto 8, outro recurso não restouao autor senão a vida judicial, única capazde restabelecer a moralidade pública, anelomaior de toda a Nação.
As irregularidades e o Direito
Lf) As ações do Banco e sociedades porele controladas foram adquiridas pela reqpe-
rida, cujo capital social é apenas (sic) NCz$6,00 (seis cruzados novos), conforme comprova a inclusa certidão passada pela JuntaComercial do Estado da Bahia (Doc. 9). Ora,como condições para poder se habilitar à concorrência exigia' o Edital dos interessados,no Título 11, item 2.
-2 - "comprovad~ capacidade econômica efinanceira em dimensão compatível com aoperação pretendida e com a manutenção dasempresas e de suas controladas; e
3 - qualifiquem-se como idôneas."O Edital se refere, evidentemente, à ido
neidade no sentido financeiro. Assim, a aptidão, capacidade e competência, de Hue nosfalam os dicionaristas, nada têm a ver como sentido moral da palavra, significando somente qualidade de quem desfruta de crédito, pela disponibilidade de bens patrimoniaispróprios. Fixado o conceito, é de se perguntarse uma empresa com o capital de seis cruzados novos poderia atender as exigências doEdital? Evidentemente que não. Deveria, isto sim, ser prontamente desqualificada, não.só por não atender as exigências do Edital,como também - o que é mais importantepor ter vulnerado a regra do § I" do art. 192da Constituição Federal. Aqui, pois, o primeiro dos motivos que levarão V. Ex~ a anular a venda em discussão.
5) De acordo com o item 2 do Edital de1"-3-89 o valor das ações seria de NCz$2.948.667,20 (dois milhões, novecentos equarenta e oito mil, seiscentos e sessenta esete cruzados novos e vinte centavos), equivalente a 477.903,92 OTN de janeiro daqueleano. A equivalência em "Obrigações do Tesouro Nacional - OTN" colocada no Editale o fato de que o valor expresso não foi dadocomo final e irreajustável, leva ao entendimento de que o valor em "cruzados novos",expresso no dia 1'-3-89 (data do Edital), deveria ser corrigido até a data do contrato(26-4-89). Nem poderia ser outro o entendimento, pois:
a) Se o valor fosse fixo não haveria necessidade de citar-se a equivalência em OTN, parâmetro somente utilizado para os casos de"correção monetária";
b) Seria inadmissível que um "bem público", avaliado em 19-3-89, tivesse seu valorinalterado até 56 (cinqüenta e seis) dias após(24-4-89), num período de inflação galopante, hiperinf1ação mesmo;
c) O fato de que o valor do mútuo (NCz$16.800.000,00 - item 16 do Edital de 1"-3-89)foi corrigido, embora defeituosamente, conforme o respectivo contrato firmado em16-4-89, indica que idêntico procedimetno teria que ser adotado com o preço das ações.Seria até absurdo corrigir-se o valor do mútuoe deixar sem correção o das ações.
Pois bem, fazendo-se a correção do valordas ações em 1"-3-89 (NCz$ 2.948.667,20),até 26-4-89, acrescentando-se a variação doIPC neste período, que substituiu a OTN (indicada no Edital, chega-se, nesta última data,ao valor de NCz$ 3.461.584,72 (três milhões,quatrocentos e sessenta e um mil, quinhentose oitenta e quatro cruzados novos e setenta
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e dois centavos), que seria o .preço mínimode oferta. Como a Ré adquiriu as ações porapenas NCz$ 2.962.670,93, a oferta ficouabaixo do mínimo e, portanto, teria que serdesclassificada nos termos do item 10, letra"a" do Edital, fato que, por conseqüência,leva à nulidade da transação por lesividadeao patrimônio público.
6) É bem verdade que, àpós as denúncias.do autor, de que a Ré comprara as açõespor preço inferior ao mínimo estipulado peloEdital de concorrência, acusações estasexaustivamente propaladas pela imprensa,tentaram as requeridas emendar o soneto.Assim, em 31 de outubro de 1989, no mesmoCartório do 70 Ofício de Notas, firmaram umaescritura pública de re-ratificação da escriturapública de compra e venda de ações e outrasavenças (Doc. 10), na qual, em sua cláusulaI' estabeleceu-se que, pela variação do IPCno período compreendido entre a data dapublicação do Edital, mas com a OTN domês de janeiro (item 2 do Edital) e a dofechamento do negócio (26-4-89), o preço seria de NCz$ 3.461.584,72 (três milhões, quatrocentos e sessenta e um mil, quinhentose oitenta e quatro cruzados novos e setentae dois centavos). Percebe-se claramente quea emenda foi pior do que o soneto, por issoque se constituiu inequivocadamente no"confessio" de que a não correção do preçodas ações em 26-4-89, data em que houveo fechamento do neg6cio, foi tentativa delesar o patrimônio do Estado, marcada, ademais, a operação, por ilegalidade do ato jurídico e afronta à moralidade administrativa.Não fora o escarcéu levantado pelo autor daTribuna da Câmara, com ampla repercussãoem todo o territ6rio nacional, a "emenda"não seria praticada. "Mutatis mutandis", seformos admitir como legal e tal re-ratificação,inocente também estaria o ladrão que, presodevolvesse a mercadoria furtada.
O novo contrato serve apenas para provarque, em 26-4-89, a Biribeira adquiriu o controle acionário do Banco por preço inferiorao mínimo exigido pelo Edital. Impossívelelidir-se este fato por fantasiosa escritura dare-ratificação, já que não supriu a falta deoferta de valor superior ao mínimo fixadopelo Edital e no tempo por ele determinado.
Sobre as garantias oferecidas nos dois contratos (Venda de Ações e Mútuo), observamse as seguintes irregularidades:
a) Contrato de Venda e Ações: De acordocom o item 10-11, do Edital de 10-3-89, nocaso do oferecimento de "garantia imobiliária", deveria essa corresponder a 125% dovalor da venda das açÕes (excetuados os 20%pagos à vista). O contrato não fez mençãoà avaliação dos bens, através de 2 (dois) laudos, por empresas especializadas e idôneas.A conclusão é de que tais avaliações não foram feitas, pois, caso contrário, os laudosteriam sido citados nos contratos (por ser umaexigência do Edital). Tudo leva a crer queestes bens dados em garantia sãQ de valorinferior à dívida assumida pela compradora
..das ações, o que poderá ser verificado nocurso do processo. Provando-se isto, o neg6-
cio deverá ser declarado nulo, face ao artigo40, letra "b", da Lei n9 4.717/65.
No mesmo Edital (10-11), há a exigênciade apresentação das "certidões negativas"dos bens dados em garantia. No entanto consta do contrato (cláusula 2'), essas "negativas"foram dispensadas, mediante simples informação da compradora de que os bens dadosem garantia estavam livres e desembaraçados. Sendo uma exigência do Edital, o entendimento é de que as "certidões negativas"não poderiam ser dispensadas. Assim, novavulneração do Edital.
b) Contrato de Mútuo: Há apenas declaração (ver cláusula 2') de que os im6veis dados em garantia do "mútuo" estão livres edesembaraçados, não tendo sido cumpridaa exigência deste item que, fazendo remissãoao item 1O.c.II, exigia:
a)valor dos bens igual a 125% do mútuo;b) dois laudos por empresas especializadas
e idôneas; .c) apresentação das certidões negativas
dos bens dados em garantia.A exemplo do que aconteceu com a venda
das ações, também o mútuo deixou de atender exigências do Edital com grave risco delesividade do patrimônio público, especialmente porque, a exemplo das garantias oferecidas nas vendas das ações, há informaçãode que os bens que garantem o mútuo sãode valor infinitamente inferior ao total docontrato.
Por outro lado, também o valor do mútuo,em decorrência das denúncias do autor, foicorrigida para NCz$19.150.050,34 (dezenovemilhões, cento e cinqüenta mil, cinqüentacruzados novos e trinta e quatro centavos)
. na escritura de re-ratificação lavrada em31-10-89 (Doc. 10), a exemplo do que se fezcom o contrato de aquisição das ações, comocomprova o documento 11, ora junto. Asmesmas críticas feitas à re-ratificação do preço das ações se prestam ao caso do mútuo.O novo contrato jamais poderia suprir a faltade atendimento ao que dispunha o Edital:o de corrigir-se o valor do mútuo no momentocerto (26-4-89). Logo, descumpriu-se o Edital, pagando a Biribeira menos do que o valordo mútuo constante do Edital de 19 de marçodo mesmo ano.
7) Capacidade Financeira e IdoneidadeCadastral: Conforme foi demonstrado (documentalmente) no item "1" , a Ré tem um capital de apenas NCz$ 6,00 (seis cruzados novos), fato que, por si só, atesta sua falta decondição econômico-financeira. Quanto àidoneidade cadastral (item 8 do Edital de1°-3-89), tanto a "G6escohabita ConstruçõesS/A", "avalista" da compra das ações e "garantidora do mútuo", quanto à "Coroa Vermelha", garantidora hipotecária, têm sériasrestrições cadastrais, conforme farta documentação ora juntada sem número. Comoco-responsáveis nos dois contratos, ambassão imprestáveis pelos termos claros do Edital, pela seriedade de risco de lesividade ao
. patrimônio público.Um outro lado relevante, para se demons
trar a má fé da Biribeira, é o fato de que, ._
senão todos, pelo menos alguns im6veis oferecidos em garantia do pagamento do preçodo Banco Agrimisa S/A não são de sua propriedade há mais de vinte anos, nos termosda exigência do Edital, como será provadono curso da lide.
Também no. curso da lide se provará queambas as empresas que ofereceram garantiasreais ou fidejussária sociais proibe a práticade avais, fianças e oferecimento de garantiasreais em negócios estranhos aos seus objetivos socias. Logo, provando este impedimento estatutário, nenhuma foi a garantiaoferecida pela Biribeira, o que fere fundoo Edital de concorrência, levando à sua anulação.
8) As seguintes condições, altamente vantajosas para a compradora, não figuraram doEdital de 1°-3-89 nem no Edital de "pré-qualificação". São elas:
item 4.2 (Contrato de Venda de Ações):Responsabilidade da MGI, por 5 (cinco)anos, sobre o passivo e obrigações de qualquer natureza, quanto ao Banco e quantoàs sociedades;
Item 4.3 (Contrato de Venda de Ações):Responsabilidade da MGI pela boa liquidação da totalidade das operações de crédito(realizável no Banco e Sociedade), ou seja,transformando em "risco zero" para a compradora.
Item 4.8 (Contrato de Venda de Ações):"Obrigação da MGI de, por 2 anos, renovável, prestar serviços de "processamento dedados" ao Banco e às Sociedades, nos moldese condições (onde se inclui o preço) que vêmsendo prestados".
Os itens acima não constam do Edital de1"-3-89, nem do Edital de "pré-qualificação".Após as denúncias do autor, foi divulgadopela imprensa não oficial que teria sido feita"correspondência" aos quatro pretendentesà compra (licitantes), dias antes (mais ou menos oito dias), prestando a informação deque as condições acima constariam do contra·to. Houve outra informação de que as minutas dos contratos (onde estão incluídos os trêsitens), estavam vinculadas no Edital. Comose trata de condições altamente vantajosas,a sua inclusão no Edital ou mesmo no Editalde pré-qualificação, certamente despertariam outros licitantes (não apenas os quatroque se apresentaram), sendo também certoque o preço a ser oferecido, se tornadas públicas essas condições, seria bem elevado. Oprejuízo do Estado ficou evidenciado de duasformas:
a - Porque o ocultamento das condiçõesensejou um número menor de interessados,diminuindo-se a concorência e conseqüentemente o preço da venda;
b- O fornecimento à compradora de condições prejudiciais ao Estado, que não constaram do Edital de 1'-3-89 e do Edital de"pré-qualificação".
9) No Edital consta que a oferta públicaaos minoritários seria feita nos termos da LeinO 6.404, de 15-12-76, art. 254 e Res. CMN401, de 22-12-76 (seção VI. capo XX da Lein"6.404, de 15-12-76). No Edital de "pré-qua- .
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lificação", porém, está estabelecido que aoferta seria feita 60 (sessenta) dias após aassinatura do contrato. Essa condição nãoconstou do contrato (ver item 3.3 do Edital).Como a oferta, independentemente da Leie Resolução do CMN, deveria dar-se 60 diasapós assinaàlo o contrato (ver fls. 19, letra"f", inciso "I", do Edital de "pré-qualificação"), é mais do que certo que a transaçãodeve ser considerada desfeita, a partir de26-6-89 (60 dias após o contrato), por ter sidoesta condição estabelecida como "resolutiva".
10) Last lJut not least,a Lei n° 6.404/76,no seu artigo 254 e, bem assim, os itens Ie V, da Resolução 401 do Conselho Monetário Nacional exige, para venda de Banco(transferência de controle acionário), autorização prévia da Comissão de Valores Mobiliários e do Banco Central. Ora, o documenton" lI, ora junto, telex do Presidente do BancoCentral ao Deputado Carlos Cotta está a demonstrar que nosso país anda mesmo à matroca. Assim, informa que o Governo de Minas pediu autorização prévia para a vendadas ações em 11-5-89, quando a venda, comojá visto, foi efetuada em 26-4-89. É comose admitir que uma autorização posterior à
'realização do fato (transferência do controleacionário) possa atender ao claríssimo dispo-sitivo da Lei. Vulnerada esta, que traduz umaforma de controle prévio para se garantir preço idêntico a acionistas minoritários, não há,mais uma vez, como não se anular a venda.
Requerimento
Ante o exposto, requer a V. Ex', a citaçãodos requerimentos, nos termos do Artigo 6'da lei n° 4.717/65, para, virem contestar apresente Ação no prazo legal, intimado aindao Ministério Público (item 1° do Artigo 7"da mesma lei) a participar da lide, tudo afim de que, a final, seja julgado procedentea Ação, com o desfazimento do contrato impugnado, assim voltando ao domínio da MGI- Minas Gerais Participações S/A - o controle acionário do Banco Agrimisa S/A, condenada a Biribeira - Empreendimentos eParticipações Ltda da Bahia e, bem assim,os requeridos pessoas físicas, nas perdas edanos como estabelecido pelos artigos 11 e14 da lei n" 4.717/65, assim como honoráriosde advogados, custas e demais despesas judiciais diretamente relacionadas com a Açãoe comprovados nos termos do artigo 12 damesma lei citada.
Protesta por todos os meios de prova admitidos em Direito, inclusive depoimento pessoal dos representantes das requeridas, sobpena de confessos, o que desde já requer.Pede que a carta precatória para a citaçãoda empresa Biribeira - Empreendimentose Participações Ltda da Bahia tenha o caráteritinerante, posto que seu representante legaltem duplo domicílio (Salvador - BA e Brasília -DF).
Dá à causa o valor (corrigido) do total davenda do Banco (Ações e Mútuos) ou seja,a quantia de NCz$ 618.966.995,48 (seiscentose dezoito milhões, novecentos e sessenta e
seis mil: novecentos e noventa e cinto cruzados novos e quarenta e oito çentavos).
P.ede Deferimento,Belo Horizonte, 6 de amrço de 1990.
Mário GenivaI Tourinho, OAB-MG: 5.994.- Leandro Borém Guimarães, OAB - MG:54.670
CARTÓRIO DO 7" OFÍCIO'DE NOTASMário Pinto Corrêa
Livro 175Folhas 129V'
Certidão
Escritura Pública de mútuo e outras avença:s, na forma abaixo:
Saibam quantos esta virem que, no anodo nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristode mil novecentos e oitenta e nove, aos seisdias do mês de abril (06-04-1989), nesta cidade de Belo Horizonte, capital do Estado deMinas Gerais, em meu cartório, à Av. Alvares Cabral, 225, perante mim, Tabelião, compareceram, partes entre si justas e contratadas, a saber, de um lado ctimo Mutuante,MGI-MINAS GERAIS PARTlDIPAÇÕESS/A, neste ato denominada simplesmenteMGI, Sociedade Anônima, controlada peloEstado de Minas Gerais, vinculada à Secretaria de Estado de Minas Gerais, com sedeem Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais,à Praça da Liberdade s/n", Edifício da Secretaria da Fazenda, 2" andar, inscrita no CGC/MF sob o número 19.296.342/0001-29, representada neste ato por seus representantes legais, Luiz Fernando Gusmão Wellisch e Rubens de Azevedo Campello; e, de utro lado,como Mutuária, Biribeira Empreendimentose Participações Ltda, neste ato denominadasimplesmente Mutuária, Sociedade por Quotas de Responsabilidade Limitada, com sedeem Salvador, Estado da Bahia, à AvenidaManoel Dias da Silva, n' 1052, Bairro Pituba,inscrita no CGC/MF sob o n°15.662.745/0001-92, devidamente representada por seu bastante Pro<mrador, Sr. Edson,Piaggio de Oliveira, brasileiro, casado, Bacharel em Ciências Contábeis, CPF'004.438.245/68, residente e domiciliado emSalvador, Estado da Bahia, no loteamentoPatamares, Colina "C", lote 85, consoanteprocuração lavrada no 149 Ofício de Notasde Salvador, Bahia, às fls. 080 do livro 008,cuja cópia fica aqui arquivada; e, ainda comoPrimeiro Interveniente: - Banco AgrimisaS/A, neste ato denominado simplesmenteBanco, Sociedade Anônima controlada pela'MGI, com sede em Sete Lagoas, Estado deMinas Gerais, à Rua Lassance Cunha, n° 174;inscrita no CGC/MF sob n 9
24.986.770/0001-13, representada neste atopor Arnaldo Cardoso Mundim, CI.M-1.146.687-MG, e Ivo Farah Mitre, CI.513.131-SSPMG; como Segundo Interveniente - Garantidora Hipotecária, CorôaVermelha Empreendimentos ImobiliáriosLtda, neste ato denominado simplesmenteGarantidora Hipotecária, Sociedade porQuotas de Responsabilidade Limitada, comsede em Salvador, Estado da Bahia, à Ave-
nida Manoel Dias da Silva, n· 1052, BairroPituba, inscrita no CGC/MF sob o n·13.066.147/0001-26, devidamente representada pr seu bastante procurador, com poderesespeciais expressos, Sr. Edson Piaggio de Oliveira, CPF 004.438.245/68, qualificado especificamente no item Mutuária, acima, conforme procuração lavrada no 14· Ofício de Notasde Salvador, Bahia, às fls. 079 do livro 008,cuja cópia fica aqui arquivada; os presentesreconhecidos de mim, Tabelião, do que doufé. Objeto - Objeto e Destinação Própria- Objeto constituído por Mútuo de NCz$18.004.924,23 (dezoito milhões, quatro mil,novecentos e vinte e quatro cruzados novose vinte e três centavos), constantes de recursos próprios da MGI e que esta, na presentedata, transfere à Mutuária, com DestinaçãoPrópria de serem, no total, aplicados na imediata capitalização do Banco Agrimisa S/A,assim como de serem mantidos no Banco paraatendimento a suas necessidades de caixa,até o correspondente aumento de Capital Social, Condições Contratuais - Cláusula l'- Mútuo, Valor, Det;tinação, Prazo e Pagamento:- 1.1. A MGI transfere, por mútuo,à mutuária, na presente data, a quantia deNCz$ 18.004.924,23 (dezoito milhões, quatromil, novecentos e vinte e quatro cruzadosnovos e vinte e três centavos), para seremaplicados, no seu total, na capitalização doBAnco Agrimisa S/A, cujo controle acionário foi adquirido, por licitação, da MGl, pelaMutuária, devendo tais recursos serem mantidos no Banco, para atendimento a suas necessidades de caixa, até o correspondente aumento de Capit~1 Social. 1.2 - Os recursosmencionados no item 1.1, anterior, encontram-se aplicados no Banco, para atendimento a suas necessidades de caixa, sob égidede Contrato Mútuo específico firmado entreeste e a MGI, ficando transferidos, por esteinstrumento, a partir desta data, para a titularidade da Mutuária sujeito do presente Contrato, exonerando-se o Banco de qualquerdireito ou obrigação quanto a tais recursos(Cláusula Terceira, Seguintes), sem prejuízodo absoluto respeito, pela Mutuária, à Desti-,nação Própria de tais recursos, indicada noitem "Objeto e Destinação Própria" destecontrato: - 1.3 - O pagamento, pela Mutuária à MGI, do valor objeto deste Contratodeverá ser feito no prazo de 8 (oito) anos,em 12 (doze) parcelas semestrais iguais e sucessivas, correspondendo, na presente data,.cada uma, a NCz$ 1.500.410,35 (hum milhão,quinhentos mil, quatrocentos e dez cruzadosnovos e trinta e cinco centavos), valor esteque' será corrigido, monetariamente, mês amês, a partir desta data até o dia do efetivopagamento da parcela, pelo .nível de variaçãodo IPC apurado no período ou na ausênciado Índice de Preços ao Consumidor, por utroíndice que vier a ser adotado pelo GovernoaI, acrescidas, ainda, essas parcelas de jurosde 7 (sete) por cento ao ano, vencendo-sea I' (primeira) delas em 26-4-91 e as demaisparcelas, sucessivamente, ao fim de cada período semestralseguinte. Parágrafo único. Todas as 12 (doze) parcelas do pagamento
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do. mútuo são representadas por Notas Promissórias nos valores e vencimentos supra indicados (Item 1.3), emitidas pela Mutuáriaa favor da MGI, e devidamente avalizadas,pela Empresa: - "Góes - Cohabita Construções S/A" , Sociedade An6nima, com sedeem Salvador, Estado da Bahia, à AvenidaManoel Dias da Silva, n' 1052, Bairro Pituba,inscrita no CGC/MF sob o n"15.184.336/0001-29, através de seu bastanteProcurador, com poderes especiais expressos, Sr. Edson Piaggio de Oliveira, CPF004.438.245/68, qualificado especificamenteno item Mutuária, retro, recebendo a MGIessas Notas Promissórias em caráter "Pro-Soluto", sob as garantias adiante especificadas,assim ficando pago o preço. Cláusula 2' Garantias da Operação-interveniência de Garantidora Hipotecária: - 2.1. Como garantiado pagamento do valor total do Mútuo aquicontratado (Itens Objeto e Destinação Própria e 1.1, supra), a Garantidora Hipotecária,especificada e qualificada no Item próprio,retro, concede à MGI, pelo prazo global de8 (oito) anos (item 1.3, anterior), em primeirae única hipoteca, os imóveis a seguir discriminados, todos de sua exclusiva propriedade,livres e desembaraçados de quaisquer ônus:A) "Munday", constituído -da metade doimóvel Ml;lnday, situado à margem esquerdado Córrego Munday, no município de PortoSeguro, Estado da Bahia, com uma área de200 hectares calculadamente, limitando-se aonorte e a oeste com quem de direito, ao sulcom o Córrego Munday e ao leste com terrenos de Marinha, em terras legítimas de acordo com a Lei n' 198 de 21 de agosto de 1897,conforme registro n042, fls. 43/44 do Livro6, em 28 de fevereiro de 1899, constitutivade matas, coqueiros, árvores frutíferas e capoeiras, adquirida cnforme escritura lavradaem 7/8/74, devidamente transcrita às fls.195V/196, do livro 3-B, sob o n" de ordem4.115, no Cartório de Registro de Imóveisda cidade de Porto Seguro, Estado da Bahia,cadastrada no Incra sob o n'326.054.0006.823, com área total de 200,0,n' de módulos 5,09, fração mínima de parcelamento 30,0, de José Luiz Barbosa RamalhoClerot; B) "Issara do Norte", também conhecida como Issara, situada no Município dePorto Seguro-BA, com uma área de 168 hectares, contendo 350 coqueiros frutíferos, 300coqueiros e 92 dendezeiros, limitando-se aonorte com Manoel Gonçalves Valeria, ao sulcom Fausto Cláudio de Oliveira, leste e oestecom José da Silva Praia, adquirida conformeescritura lavrada em 10/09/74, devidamentetranscrita às fls. 197V"/198, do Livro 3-B, sob
"0 n' de ordem 4123, no Cartório de Registrode Imóveis da cidade de Porto Seguro-BA,cadastada no Incra sob o n' 326.054.004.375,com área total de 304,0, numero de módulos5,80, fração mínima de Parcelamento 30,0,de Moacyr Costa Pereira de Andrade; C)"Estaleiro I", situado à margem esquerda doRio Itinga no Município de Porto SeguroBA, com uma área de 278 hectares, 35 arese 50 centiares, em terras próprias, conformetitulo número 23.967, transcrito sob o n'
1.378, no Cartório de Registro de Imóveisda cidade de Porto Seguro-BA, contendo coqueiros, pastos gramados, capoeiras, uma casa construída de taipa coberta de tabilhas ematas incultas, limitando-se a sudoeste como Rio Jardim, divisa natural, norte e lestecom Manoel Valeria e Bento Aguiar, ao sulRio ltinga, sudoeste Manoel Vicente dos Santos, a oeste com Germana Maria da Silvae noroeste com Asdrubal Peixoto, adquiridaconforme escritura lavrada em 08-08-74, devidamente transcrita às fls. 196Vo/197 do Livro 3-B, sob o n" de ordem 4.118, no Cartóriode Registro de Imóveis da Cidade de PortoSeguro-BA, Cadastrada no Incra sob o número 326.054.003.255, com uma área total de278,3, número de módulos 2,46, fração mínima de parcelamento 30,0, de Classy Gomesda Silva; D) área partindo do ponto A, situado no Km 75 da Praia de Mutá, percorre-se750,00 metros, ao longo da praia, no sentidonorte até encontrar-se o ponto B. Deste ponto B, seguindo-se a direção noroeste, ao longo da divisa com terceiros, percorre-se 540,00metros até encontrar o ponto C. Do pontC, percorre-se 2.460 metros, na direção sudoeste, ao longo do limite com terrenos daCoroa Vermelha Empreendimentos Imobiliários Ltda; até encontrar-se o ponto D. Deste ponto D, percorre-se 1.400,00 metros, nadireção leste seguindo os limites com terrenosda Coroa Vermelha Emp. Imobiliários Ltda,até encontrar-se o porto E. Do ponto E, percorre-se 520,00 metros na direção nordeste,seguindo os limites com terrenos da CoroaVermelha Emp. Imobiliários Ltda, até encontrar-se o ponto F. Finalmente do PontoF, seguindo a direção leste, percorre-se740,00 metros, nos limites com terras da Coroa Vermelha Empreendimentos Imobiliários Ltda, até encontrar-se o ponto A de partida, tudo de acordo com a planta anexa.Esta área integra a uma porção maior comas denominações de Itaperapuã, brejos doMundai, Rio dos Mangues, Ponta Grandee Mutá, medindo em sua totalidade 902ha,de propriedade da Coroa Vermelha Emp.Imobiliários Ltda, adquirida da EmpresaBrasileira de Investimentos Imobiliários Ltda, conforme escritura lavrada no Cartóriodo I' Ofício de Notas da cidade de Salvador,livro 883, fls. 32, de 04-10-74 e registradano cartório de Registro de Imóveis e Hipo-
. tecas de Porto Seguro (BA), em 28-09-78,sob o Protocolo 1-B, n' 4015, pág. 27, noLivro n' 2, conforme matrícula 1. 914 de28-09-78. Parágrafo único. À medida em queforem sendo pagas as parcelas do Mútuo, segundo estabelecido no Item 1.3, retro, a MGIdeverá autorizar a redução proporcional dasgarantias especificadas nesta cláusula segunda, sempre que possível e sem prejuízo desolidez e suficiência de tais garantias Quantoao saldo restante. Se entretãnto, na oportunidade, a reavaliação das garantias, feita portécnico em empresa especializada de livre indicação da MGI, apurar valor inferior aomontante atualizado da dívida, será facultado à MGI, ao contrário, exigir da Mutuáriaa imediata complementação das garantias,
até o limite de 100 ou 125 por cento do totalda dívida atualizada, conforme seja, respectivamente, carta de fiança bancária, títulos públicos federais ou bens de raiz a espécie dagarantia oferecida. Cláusula 3' Interveniênciado Banco Agrimisa S/A. 3.1 - O BancoAgrimisa S/A, neste ato e por este Instrumento, transfere à Mutuária, nesta data, ovalor constante do item Objeto e DestinaçãoPrópria retro indicado, e que até a presentedata, em virtude de Contrato firmado entrea MGI e o Banco, se encontra alocado no(Item 1.2, anterior); Na medida em que é
conferida a essa transferência o efeito decumprimento, perante a MGI, da obrigaçãode Restituição do Banco, fica este interveniente exonerado de qualquer obrigação eresponsabilidade com respeito a MGI e notocante do valor citado acima. Cláusula 4'Inadimplência, Cláusula Penal e VencimentoAntecipado. - 4.1 - Em caso de inadimplência ou mora da Mutuária quanto ao pagamento de qualquer das parcelas previstas naCláusula Primeira, anterior, deverá a mesmaser notificada, judicial ou extra judicialmente, para proceder ao pagamento, no prazomáximo de 10 (dez) dias, do valor em aberto,atualizado monetariamente, segundo o nívelde va,riação do IPC no período de Mora oupelo Indice que oficialmente for adotado emSubstituição ao Índice de Preços ao Consumidor, acrescido, também, esse valor de juros moratórios de 12% a.a., "pro rata tempore". Se, ainda, assim. não efetuar a Mutuáriao pagamento no prazo consignado, fica estabelecido e contratado o automático vencimento antecipado de todas as suas obrigações, independentemente de notificação ouinterpelação de qualquer espécie. Nesta hipótese, poderá aMGI executar, imediata e integralmente, as garantias pactuadas no presente Contrato (Cláusula Segunda, retro). 4.2- A não complementação, pela Mutuáriadas garantias exigidas pela MGI (cláusula 2',parágrafo único, in fine, retro), importará,também, no vencimento antecipado de todasas obrigações da Mutuária, caso em que. aMGI poderá, obedecidas as formalidades insertas no item 4.1, supra, escutir imediatae integralmente, as garantias pactuadas nopresente Contrato sem prejuízo de outras medidas cabíveis quanto à cobrança do saldodevedor. 4.3 - O desrespeito pela Mutuáriaà Destinação Própria especificada no ItemObjeto e Destinação Própria deste Contrato,quer por não proceder à imediata capitalização do Banco, com a totalidade dos recursos provenientes deste Mútuo, quer por nãomanter, no Banco Agrimisa S/A., Integralmente esses recursos, opera o automáticovencimento antecipado de todas as obrigações da Mutuária. Neste caso, poderá a MGIexecutar, imediata a integralmente, as garantias pactuadas no presente Contrato (Cláusula Segunda, Supra). 4.4 - O Vencimentoantecipado das obrigações da Mutuária no
Contrato de Compra e Venda de Ações eOutras Avenças que, como Proponente Vendedora (Compradora) no Processo Licitatório dessas ações, firmou em 26-04-89, com
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a MGI (item 3.1 daquele Contrato), ou aRescisão do mesmo Contrato de Compra eVenda de Ações (3.3 e 3.4 daquele Contrato), acarretará, também, o automático vencimento antecipado das obrigações da Mutuária no presente Contrato, independente denotificação ou interpelação de qualquer espécie, podendo a MGI promover a execuçãoimediata e integral das garantias pactuadasneste Contrato (Cláusula Segunda, retro).Cláusula 5' Da Irretratabilidade e Irrevogabilidade: - 5.1. As estipulações deste Contrato são feitas e aceitas sob cláusula de irretratabilidade e irrevogabilidade, com renúnica a qualquer arrependimento, obrigadasas Partes a tudo sempre fazer bom, firmee valioso por si e sucessores a qualquer tempoe motivo. Cláusula 6' Foro: - 6.1. - Aspartes elegem como Foro deste Contrato oForo da Comarca de Belo Horizonte, comrenúncia expressa de qualquer outro, .pormais especial que seja. Assim o disseram,do que dou fé, e me pediram este instrumentoque, em lhes sendo lido, aceitaram e assinam.Eu, Vera Lucia Ferreira de Resende, escrevente autorizada, o escrevi, Sob Minuta. EmTempo: - fica esclarecido que na cláusula1.3, parágrafo único, fica eliminada na partedesde a palavra "retro inclusive", até a palavra "preço", inclusive. E eu, Fernanda PintoCorrêa Sarkis, Tabeliã Substituta, a subscrevo e assino (as.) Fernanda Pinto Corrêa Sarkis; Luiz Fernando Gusmão Wellisch; Rubens de Azevedo CampeIlo; Edson Pjaggiode Oliveira; Arnaldo Cardoso Mundim; IvoFarah Mitre; Edson Piaggio de Oliveira. "Extraída Certidão Hoje". Belo Horizonte, 15de março de 1.990. Eu, , Tabeliã Substituta, a subscrevo e assino.
Em test9( )da verdade
CERTIDÃO
Escritura Pública de Compra e Venda deAções e outras Avenças, na forma abaixodeclarada.
Saibam quantos esta virem que, no anodo nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristode mil novecentos e oitenta e nove, aos vintee seis dias do mês de Abril (26-4-1989), nestacidade de Belo Horizonte, capital do Estadode Minas Gerais, em meu cartório, à Av.Alvares Cabral, 225, perante mim, Tabelião,compareceram partes entre si, justas e contratadas, a saber: de um lado como outorgante vendedora, MGI - MINAS GERAISPARTICIPAÇÕES S/A, neste ato denominada simplesmente, MGI, Sociedade Anônima controlada pelo Estado de Minas Gerais, vinculada à Secretária de Estado da Fazenda, com sede em Belo Horizonte, Estadode Minas Gerais, à praça da Liberdade, s/n",Edifício da Secretária da Fazenda, 2" andar,inscrita no CGC/MF sob o n"19.296.342/001-29, neste ato representadapor seus representantes legais, LUIZ FERNANDO GUSMÃO WELLISCH e RUBENS DE AZEVEDO CAMPELLO; e, deoutro lado como outorgada compradora, BIRIBEIRA EMPREENDIMENTOS E PAR-
TICIPAÇÕES LIDA, neste ato denominada simplesmente compradora, Sociedade porQuotas de Responsabilidade Limitada, comsede em Salvador, Estado da Bahia, à Avenida Manoel Dias da Silva. n" 1.052. BairroPituba. inscrita no CGC/MF sob o ne
15.662.745/0001-92, devidamente representada por seu bastante procurador. Sr. EDSON PIAGGIO DE OLIVEIRA. brasileiro.casado. bacharel em Ciências Contábeis,CPF 004.438.245/68. residente e domiciliadoem Salvador. Estado da Bahia. no loteamento Patamares. Colina "C", Lote 85, consoante procuração lavrada no 14" Oficio de Notasde Salvador-Bahia. às fls.- 080 do livro 008,cuja cópia fica aqui arquivada; e, ainda, comoInterveniente Garantidora Hipotecária: CORÓA VERMELHA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LIDA., nesteato denominada simplesmente IntervenienteGarantidora Hipotecária, Sociedade porQuotas de Responsabilidade Limitada, comsede em Salvador. Estado da Bahia, à Avenida Manoel Dias da Silva, n" 1.052, BairroPituba, inscr.ita no CGC/MF sob o n'13.066.147/0001-26, devidamente representada por seu bastante procurador, com poderes especiais expressos, Sr. EDSON PIAGGIO DE OLIVEIRA, CPF 004.438.245/68,qualificado especificamente no item "compradora" conforme procuração lavrada no14" Oficio de Notas de Salvador-Bahia, àsfls. 079 do Livro 008, cuja cópia fica aquiarquivada: os presentes reconhecidos demim. Tabelião, do que dou fé. O OBJETOda presente escritura são 15.018.114 (quinzemilhões, dezoito mil, cento e quatorze) açõesordinárias nominativas do BANCO AGRIMISA S/A. de n"s. 000.000.186.682 a000.015.204.795, devidamente lançadas noLivro de Registro de Ações Nominativas doreferido Banco. E, pelas partes contratantes,falando cada um por sua vez, me foi ditoo seguinte: CONDIÇÕES: - Cláusula I"COMPRA E VENDA, TRANSFERÊNCIA, PREÇO E PAGAMENTO: 1.1. A MGI é senhora e legítima possuidora,de forma livre e desembaraçada de quaisquerônus e dívidas, das 15.018.114 ações ordinárias nominativas do BANCO AGRIMISA S/A, individuadas no item OBJETO, deste contrato, retro, tudo conforme licitação regularmente procedida, julgada e homologada. 1.2- Por esta e melhor forma de direito a MGIvende à compradora plenamente sub rogadaem todos os direitos e obrigações correspondentes às ações transacionadas, que suas,pois, ficam sendo, inclusive e por decorrência, assumindo, indiretamente. a titularidadedas empresas contratadas direta ou indiretamente pelo BANCO AGRIMISA S/A., relacionadas no Edital de Licitação n" 01, e referidas neste Contrato, englobadamente, comoSOCIEDADES. 1.3 - A MGI se obriga aassinar os termos de transferência das açõesordinárias, objeto do presente contrato, noLivro de Transferências de Ações Nominativas do BANCO AGRIMISA S/A, e tudoo mais que for devido para que a presentevenda seja boa, firme e valiosa, tão logo seja
concluido o procedimento de oferta públicade compra e venda a ser feito aos acionistasminoritários, nos termos do disposto na Seção VI do Capítulo XX da Lei n" 6.404, de15 de dezembro de 1976 e demais normase regulamentos específicos. 1.4 - O Preçodesta venda e compra, aceito pelas partescomo bom e justo, é de NCZ$ 2.962.670,93(dois milhões. novecentos e sessenta e doismil. seiscentos e setenta cruzados novos enoventa e três centavos), que será pago pelacompradora da seguinte forma: - A) - SINAL DE NCZ$ 650.956.64 (seiscentos e cinquenta mil, novecentos e cinquenta e seis cruzados novos e sessenta e quatro centavos),correspondente a 20% (vinte por cento) dopreço acima, incluídos os juros de 8.027%a.a., pago no ato da assinatura deste contrato, mediante o Cheque n" 00022, emitido pelaCompradora, contra o BANCO MULTIPLIC, S/A., Agência 014, Salvador, Estadoda Bahia, pelo qual dá à MGI, neste ato,plena e geral quitação. B) O saldo restantedo PREÇO será pago em 02 (duas) parcelasanuais iguais e sucessivas, com valor, cadauma, na data da assinatura deste CONTRATO, de NCZ$ 1.155.857,00 (hum milhão,cento e cinqüenta e cinco mil, oitocentos ecinqüenta e sete cruzados novos), ambas corrigidas, monetariamente, mês a mês, partirdesta mesma data até o dia de seu pagamentoefetivo, pelo nível de variação do IPC apurado no período, ou, na ausência, do índicede Preços ao Consumidor, por outro índiceque vier a ser adotado pelo Governo Federal,para mensurar a inflação mensal, acrescidas,ainda, tais parcelas de juros anuais de 8.027%(oito vírgula zero vinte e sete), vencendo"sea primeira delas em 26-4-90 (vinte e seis deabril de mil novecentos e noventa) e a segunda e última parcela em 26-4-91 (vinte e seisde abril de mil novecentos e noventa e um).Parágrafo único: - Todas as parcelas do pagamento do PREÇO são representadas porNotas Promissorias nos valores e vencimentos retro especificados, emitidos pela Compradora a favor da MGI e devidamente avalizadas. pela Empresa "GÕES-COHABITACONSTRUÇÕES S/A, Sociedade Anônima,com sede em Salvador, Estado da Bahia, àAvenida Manoel Dias da Silva, n"1.052, Bairro Pituba, inscrita no CGC/MF sob o n9
15.184.336/0001-29, representada devidamente por seu bastante Procurador, com poderes especiais expressos. Sr. EDSONSPIAGGIO DE OL.IVEIRA, CPF004.438.245/68, qualificado especialmente noitem "Compradora", retro, recebendo aMGI essas Notas Promissorias em caráter"Pro Soluto", sob as garantias adiante especificadas, assim ficando pago o preço. Cláusula29 , GARANTIA DA OPERAÇÃO. INTERVENIÊNCIA DE GARANTIDORAHIPOTECÁRIA: - 2.1 - Como garantiado pagamento do Preço individuado no Item1.4, retro, a Intervenientr Garantidora HipoItem próprio, supra, concede à MGI, pelo
prazo global previsto no mesmo sub item 1.4,retro, em primeira e única hipoteca, os imóveis de sua propriedae, livres e desembara-
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çados de quaisquer ônus, denominados A)"ESTALEIRO 11", situado no interior damargem direita do Rio Jardim, no Municípiode Porto Seguro, Estado da Bahia, com umaárea de 62 hectares, 82 ares e 50 centiares,em terras próprias, conforme titulo n.24.122,transcrito sob o n. 2.538, no Cartório de Registro de Imóveis da Cidade de Porto Seguro- BA, contendo capoeira e matas incultas,limitando-se ao norte com Asdrubal Peixoto,este com Ricardo Braz da Silva, sudoeste comManoel Vicente dos Santos, a oeste com Lucio Nicácio de Jesus, adquirida conforme escritura lavrada em 8/8/74, devidamente transcrita às fls. 196V"/197, do livro 3-B, sob on· de ordem 4.1l8.A, no cartório de Registrode Imóveis da cidade de Porto Seguro - BA,cadastrada no INCRA sob o n·326.054.006.505, com área total de 62,8, número de módulos 0,78, fração minima de parcelamento 30,0 de Classy Gomes da Silva.B) Uma área sem denominação, situada noMunicípio de Santa Cruz Cabrália - BA,com área de 178 hectares e 27 ares, limitando-se ao norte com Francisco S. dos Santos,ao sul com a linha divisória dos Municípiosde Santa Cruz Cabrália e Porto Seguro - BA,a leste com a linha telegráfica e a oeste como Sopé da Barreira, adquirida conforme escritura lavrada em 9-8-74, devidamente transcrita às fls. 196V/197, do Livro 3-B, sob on· de ordem 4.119, no Cartório de Registrode Imóveis da cidade de Porto Seguro - BA,cadastrada no INCRA sob o n.326.070.983.314, com área total de 178,2, numero de módulos 1,62, fração mínima de parcelamento 30,0, constituída de capoeiras, deClassy Gomes da Silva. Responde a Interveniente Garantidora Hipotecária, integralmente, perante a MGI, pelas afirmações deque seus imóveis, dados em garantia encontram-se livres e desembaraçados, inclusive,quanto a averbações ou embaraços à sua livreposse. Parágrafo Único. A medida em queforem sendo pagas as parcelas do preço, segundo estabelecido no Item 1.4, retro, a MGIdeverá autorizar a redução proporcional dasgarantias especificadas nesta cláusula Segunda, sempre que possível e sem prejuízo desolidez e suficiência de tais garantias quantoao saldo restante. Se, entretanto, na oportunidade, a reavalização das garantias, feitaspor técnico ou empresa especializada de livreindicação da MGI, apurar valor inferior aomontante atualizado da dívida, será facultadoà MGA, ao contrário, exigir na Mutuária aimediata complementação das garantias, atéo limite de 100 ou 125 por cento do totalda divida atualizada, conforme seja, respectivamente, carta de fiança bancária, titulas públicos federais ou bens de raiz a espécie dagarantia oferecida. Cláusula 3'. INADIMPLÊNCIA E RESCISÃO: -3.1-Em casode inadimplência da compradora ao pagamento de qualquer das parcelas previstas nacláusula 1. anterior, deverá a mesma ser notificada, judicial ou extra judicialmente, paraproceder ao pagamento, no prazo máximode 10 (dez) dias, do valor em aberto, atualizado, monetariamente, segundo o nível de
variação do IPC no período de mora ou peloindice que oficialmente for adotado em substituição ao indice de Preços ao Consumido!:,acrescido também, esse valor de juros mora-
o tórios de 12%a.a. "pro rata tempore". Se,ainda assim, não efetuar a compradora o pagamento, no prazo consignado, fica estabelecido e contratado o automático vencimentoantecipado de todas as suas obrigações independentemente de notificação ou interpelação de qualquer espécie. Nesta hipotese, poderá a MGI executar, imediata e integralmente, as garntias pactuadas no presenteContrato (cláusula 2'). 3.2 - A não complementação, pela Mutuária, das garantias exigidas pela MGI (cláusula 2', parágrafo único,in fine, retro), importará, também, no vencimento antecipado de todas as obrigações daMutuária, caso em que a MGI poderá, obedecidas as formalidades insertas no item 3.1,supra, excutir, imediata e integralmente, asgarantias pactuadas no presente Contrato,sem prejuizo de outras medidas cabiveisquanto à cobrança do saldo devedor. 3.3 Se, por ato ou omissão da compradora a oferta pública de compra e venda a ser feita dosacionistas minoritários, mencionada no Item1.3, retro, não se efetivar na linha previstapela legislação pertinente, o presente contrato ficará rescindido, automaticamente, depleno direito, perdendo a compradora em favor da MGI, todo o SINAL e demais parcelasque houver pago pela compra das ações(Cláusula 1', item 1.4 e Parágrafo Único).3.4 - Rescindir-se-á, também, automaticamente, este Contrato, na hipótese do BancoCentral do Brasil (BACEN) negar-se a conceder a devida autorização, para a transferência de controle acionário aqui pactuada.Neste caso, e desde que inimputável a qualquer das Partes responsabilidades pelo "factum principis", voltarão as Partes a seu ante·rior estado, sem ônus ou indenizações de umaa outra, cabendo a MGI, devolver à compradora o SINAL já recebido, em um prazo máximo de 10 (dez) dias. Cláusula 4' - GA·RANTIAS DADAS PELA MOI - 4.1A MGI responde perante a Compradora pelaboa existencia das ações transacionadas aotempo deste Contrato (Itens "Objeto" e 1.1,anteriores). 4.2 - Pelo prazo de 5 (cinco)anos, a contar da assinatura do presente Contrato, a MGI responde e obriga-se, integrale irrevogavelmente, pela liquidação de quaisquer passivos e obrigações de qualquer natureza, inclusive fiscais, previdenciarias, trabalhistas e de qualquer outra espécie, por atos,fatos ou omissões incorridos, até a data daefetiva transferência da administração, noBANCO AGRIMISA S/A, e em suas sociedades controladas, direta ou indiretamente,ressalvados aquel~s passivos e obrigaçõesconsignados e devidamente provisionadosnos demonstrativos financeiros do BalançoGeral de ~1 de dezembro de 1987 e Balancetes de 31 de Março de 1988, ressalva estaque se limita aos valores da consignação eprovisão contábeis, devidamente corrigidosem termos da variação das OTN ocorrida até15 de janeiro de 1989 e após isso, pela varia-
ção do IPC, no periodo. 4.3 - A MGI, responde irrevogavelmente, pela boa liquidaçãoda totalidade das operações de crédito realizadas pelo Banco e/ou suas sociedades, atéesta data, desde que a compradora tenha esgotado todos os procedimentos comerciais,administrativos, legais e habituais para a solvência dos respectivos créditos, exceção feitaàs medidas judiciais compatíveis. 4.4 - Sempre que a responsabilidade pelo pagamentode qualquer quantia couber MGI, de acordocom o disposto nesta cláusula 4', caberá àGI, em 5 (cinco) dias uteis, contados do recebimento do correspondente aviso da comprae (A)irá proceder à liquidação integral dovalor objeto da reclamação ou se (B) deveráa reclamação ser discutuda administrativamente ou judicialmente pelo BANCO e/ousuas Sociedades. Não sendo efetivada tal notificação pela MGI, entender-se-á que estaescolheu a OpçÃO B, hipótese em que deverá a MGI indicar, tempestivamente, o outorgado responsável pela elaboração da defesacontra reclamação de terceiros, podendo acompradora prestar-lhe assistência, procedendo de acordo com tal opção. 4.5 - Afaculdade de discussão quanto ao mérito ouvalor de sua responsabilidade, que é ressalvada à MGI, conforme item 4.4, supra, ficacondicionada ao fato de tal discussão nãoacarrete ônus insuportavel à Iiquidez doBANCO ou da SOCIEDADE envolvida. Setal ocorrer, caberá à MGI efetivar o depósitoda quantia ou responsabilidade questi01'ladas,para que possa contesta-las. 4.6 - Em casode decisão judicial que reconheça procedência da reclamação de terceiros, caberá à MGI,na forma desta cláusula, efetuar o pagamentodevido, ainda que tal decisão final advenhaapós o término do prazo de 5 (cinco) anosprevisto nesta cláusula: mas desde que o processo tenha se inciado antes dos referidos 5(cinco) anos. Tal pagamento incluirá todosos acréscimos decorrentes da discussão judicial da reclamação de terceiros, inclusive oshonorarios de advogado indicado pela MGI.4.7 - Caso a MGI deixe de efetuar, tempestivamente, qualquer pagamento devido à compradora e/ou ao Banco e Sociedades, nos Termos desta cláusula 11-., o valor devido seráacrescido de juros de 1% (um por cento) aomês, bem como corrigido segundo os indicesvigentes de atualização monetária, a partirda data em que tal pagamento sejá devidoaté sua efetiva concretização pela MGI. Se,em qualquer oportunidade que a hipótese supra prevista ocorrer, restar em aberto parcelas do saldo do preço estipulado na cláusula1.4, retro, poderá a compradora descontardesse saldo o valor da responsabilidade daMGI até forrar~se, desde que já esgotadostodos os recursos administrativos e judiciaissobre o tema, com efeito suspensivo. 4.8 A MGI obriga-se a fazer efetivar-se contratoespecífico entre a AGRIMISA S/A - Processamento de Dados e o Banco AGRIMlSAS/A, e suas Sociedades, nos moldes e condições dos que já vêm sendo prestados. EsseContrato será pelo prazo de 2 (dois) anos,renovável, podenoo o Banco e/ou suas Sacie-
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dades denuncia-lo a qualquer tempo, compré-aviso de 30 (trinta) dias, pagando apenaso valor dos serviços prestados até a ocasião.Cláusula 5' - Da irretratabilidade e irrevogabilidade: - As estipulações desde contrato,à exceção do ressalvado na cláusula 3', itens3.3 e 3.4, retro, são feitas e aceitas sob cláusulas de irretratabilidade e irrevogabilidade,com renúncia a qualquer arrependimento,obrigadas as partes a tudo sempre fazer, bom,firme e valioso por si e sucessores a qualquertempo e motivo. Cláusula 6'. Foro: - Aspalies elegem como Foro deste Contrato oda Comarca de Belo Horizonte, com renúncia expressa de qualquer outro, por mais especial que seja. Assim o disseram, do quedou fé, e ml~ pediram este instrumento que,em lhes sendo lido, aceitaram e assinam. Eu,Vera Lúcia Ferreira de Resende, escreventeautorizada,..ª escrevi, Sob Minuta. E eu, Fernanda Pinto Corrêa Sarkis, Tabeliã Substituta, a subscrevo e assino (as.) Fernanda Pinto Corrêa Sarkis; Luiz Fernando GusmãoWellisch; Rubens de Avezedo Campel1o; Edson Piaggio de Oliveira; Edson Piaggio deOliveira. "Extraída Certidão hoje". BeloHorizonte, 16 de março de 1990. Eu, TabeliãSubstituta, a subscrevo e assino.
o SR. NELTON FRIEDRICH (PSDB PRo Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Parlamentares, a eleição históricade 1989 nos ttaz importantes lições e significativos desdobramentos. Representou uma primeira experiência para milhões e milhões debrasileiros, uma vez que na última eleiçãodireta para Presidente da República 12 milhões de eleitores compareceram às urnas,contra os 80 milhões de 1989.
A lição que ficou é que as forças de centroesquerda e de esquerda deste País, ao colaborarem para a pulverização dos votos, criaramas dificuldades com que nos deparamos nãosó no primeiro turno, como também no segundo.
É outro o quadro, são outras as circuntâncias e a vida política do vizinho Chile,mas, lá, as oposições, as forças democráticase populares concentrataram toda a sua energia em uma única candidatura e fizeram comque sua proposta fosse vitoriosa, derrubandof1S pretensões de Pinochet. Nós, ao contrário,ao multiplicarmos candidaturas de um mesmo arco ideológico~opular e democrático,por certo fortalecemos a possibilidade do resultado detectado no pleito: saímos para osegundo turno com uma candidatura com menos votos que a outra, a preferida pela opinião pública, de acordo com as pesquisas,resultado esse que se confirmou no segundoturno. Mas, mesmo assim, Sr. Presidente,ilustres Deputados, foi significativa a votaçãoda candidatura da Frente Brasil Popular edas outras forças que a ela se somaram nosegundo tumo.·
Um observador político jamais poderiaimaginar, há três ou quatro anos, que no Brasil seria possível um operário, um metalúrgicoli.sputar, como disputou, um pleito presidencial, alcançando 48% dos votos. Mas, para
todos os efeitos, o que ficou como resultadoconsagrado, final, é que as forças vitoriosasem 1964, através do golpe militar, com algumas reciclagens, foram vitoriosas no pleitode 1989. Há outra maquiagem, um outro momento, sem dúvida, mas quem venceu em1964 viabilizou-se, pelo voto, em 1989.
Portanto, somos perdedores, e, como tal,precisamos tirar lições. Uma delas, sem dúvida, é que, na situação em que vive o País,é preciso evitar a pulverização dos votos dasforças progressistas, democráticas e populares.
Daí, os desdobramentos do pleito de 1989para 1990.
SI. Presidente, estamos convencidos deque, neste ano de 1990, vamos ter um embateextremamente importante, tornando necessário acompanhar pari passu os desdobramentos do pleito de 1989. Se as forças quevenceram em 1964, recicladas, conquistarampelo voto a Presidência da República, a partirde 15 de março de 1990 não poderemos, asforças de oposição, as forças democráticas,populares, ter ilusão. Só há duas alternativasvisíveis: ou o futuro governo se transformanuma aventura política, num Jânio Quadrosversão 1990, ou, dando certo essa propostade direita mais moderna, de capitalismo menos selvagem, veremos implantado no Paísum projeto que denominaríamos de meiasola, promovendo meias-reformas, meias-omedidas, utilizando-se de meias-verdades.
Será difícil para o Governo Fernando Co110r viabilizar, por exemplo, a venda das mansões do Lago, como se isso fosse uma grandesolução para a crise econômica e financeiraem que vivemos, explorar adequadamente,através da mídia, isso que é, hoje, para aopinião pública, um símbolo da extravagância e da mordomia?
Não poderá o Governo Collor de Mellopromover a prisão administrativa de cem oumais corruptos espalhados pelos mais direferentes setores da Administração Pública e fazer uso permanente deste fato, através damídia?
Abro um parêntese para cita~ o exemplodo Paraná, cujo Governador, Alvaro Dias,prendeu duas ou três pessoas do segundo eterceiro escalões, e até hoje a opinião pública, entorpercida pela divulgação do fato,enaltece esta sua grande qualidade de inimigoda corrupção.
O projeto de meia-sola pode ter alto consumo popular. Até a dívida externa pode teruma negociação razoável, perenizando a dívida, não interrompendo-a, não pondo fim àdívida externa, porque o que interessa muitomais aos credores é a perenização da nossadívida externa do que, evidentemente, umrompimento ou otra medida mais de interessenacional histórico e de rompimento dessa dependência que temos.
SI. Presidente, Srs. Deputados, o projetomeia-sola que poderá ser implantado nestePaís tem, inclusive, saídas consagradas, como, por exemplo, a elaboração de um novoPlano Cruzado - quem, sabe, o "cruzadão"
- nos meses de julho e agosto, às vésperasdas eleições deste ano, mas, desta feita, nãocom a sonegação de mercadorias, não coma subversão do Plano Cruzado, feita por setores do grande empresariado, de cartéis, monopólios e oligopólios agora casados com estaproposta, viabilizando e,sustentando, portanto, um Cruzado versão 1990.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, tenho conhecimento, através de algumas relações pessoais, de que já existe, em áreas do empresáriado brasileiro, nos seus computadores,um estudo que pode viabilizar um salário mínimo de 350 a 400 dólares até o final do governo Col1or de Mel1o. Sabemos também quegrande parte do médio empresariado nuncaesteve em tão boa situação financeira comoestá neste momento, nunca empresas de médio e grande porte, nacionais ou multinacionais, estiveram em situação tão tranqüila como estão agora. Evidentemente, às custas doBrasil, dos brasileiros, do Tesouro Nacionale do que significam o endividamento interno,a ciranda financeira, o over e todas as conseqüências de que temos conhecimento.
Um projeto meia-sola é plenamente viável.Mas um projeto meia-sola é um projeto demeia verdade, meia solução, que, logo, logo,poderá ter os seus efeitos perversamente negativos.
Ora, Sr. Presidente, Srs. Deputados, umprojeto meia-sola pode significar aqui um discurso neoliberal, tendo como modelo Margaret Thatcher, não a de hoje, que está emqueda na opinião pública da Inglaterra, masaquela de dois, três, quatro, oito anos atrás,um projeto neoliberal, sim, que, como sabemos, hoje está aí obtendo toneladas de páginas e páginas na grande imprensa e granderepercussão na opinião pública, um projetoliberal, sim, Sr. Presidente, que sabemos quenão deu e não dará certo, pois os exemplosestão aí visíveis.
Cito como exemplo o recente estudo "oneoliberalismo também é um mito ideológico", que demonstra, com toda convicção ecerteza, e que significa a falácia da propostaneoliberal. Este estudo inclusive conclui que"o atrativo maior do liberalismo foi valorizara individualidade e definir meios antitotalitários de promoção do bem estar social, mas,na prática, os fins sociais em todos os projetosneoliberais, nas últimas décadas, têm sido sacrificados, e a prática neoliberal correspondea uma funcionalidade financeira internacional". Ponto e tão-somente.
O mito da economia sem o Estado foi empre uma proposta ideológica, e agora pretendem entre nós construí-Ia com mais vigor.Não quero entrar em detalhes, para não fugira esta manifestação, mas insisto em que épossível, sim, consubstanciar no Brasil umprojeto meia-sola.
A que custo? Por certo os que estão maisinteressados em articular as estruturas e ascausas dos nossos problemas devem estaralertados de que os custos serão enormes:custos sociais, de um lado, custos de entreguismo, de outro lado, custos para a Pátria,para o presente e para o futuro, porque, afi-
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nal de contas, é até bem provável renegociar-se a dívida externa, perenizando-a, comrazoáveis custos e resultados, mas, por outrolado, promovendo-se uma venda desvairadade estatais, inclusive aquelas indispensáveispara uma estratégia de desenvolvimento deste País.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, o governoCollor de Mello pode, sem dúvida, realizaressa proposta, com a grande vantagem deproceder à busca contínua do contato diretoentre o príncipe e a massa, até porque, dascircunstâncias de sua eleição, da estrutura deapoio parlamentar, da realidade de sua candidatura advém concretamente a possibilidadereal da conversa, do discurso, da ação proposta, do contato direto do Presidente coma massa, menosprezando, como tem feitocontinuamente, as forças organizadas da sociedade, as organizações sindicais conseqüentes, os movimentos sociais e, evidentemente,o próprio Parlamento, este Congresso Nacional.
Por isso, Sr. Presidente, Srs. Parlamentares, cabe a cada liderança progressista tera consciência de que o que vem por aí nãosignificará em hipótese alguma a solução estruturaI: no máximo, maquiagens conjunturais: no máximo, uma proposta de meia-sola.Não que tenhamos indisposição com qualquer Presidente, mas a origem, as circunstâncias, os apoios, a formação de equipe, aspossibilidades de enfrentamento nos levamà convicção de que, no máximo, teremos umproduto de maquiagem, uma proposta demeia-sola, como disse e repito pela quintavez. Quem aprofundar a questão brasileira,enfrentar a raiz do problema, tem de se perguntar como é possível sermos uma naçãocom uma das maiores quantidades de médicos e, no entanto, termos 40 milhões de brasileiros que não têm acesso ao médico nemà saúde; como é possível, no Brasil, transformar uma realidade onde temos, sim, um dospaíses de maior produção de grãos do mundoe 70 milhões de brasileiros não têm, diariamente, o mínimo neces!l!irio em proteínas ecalorias à mesa.
Enfrentar a raiz do problema brasileiro ése situar diante do fato de que 1% dos maisricos detêm renda igual a dos 50% mais pobres; enfrentar a raiz do problema nacionalé colocar as estatais sob controle do Estado,democraticamente controlado pela sociedade, fazendo com que elas possam ser realmente instrumentos de construção de um desenvolvimento para todos.
Sem nenhuma dúvida, Sr. Presidente, mexer com as estruturas deste País é repensaro exercício. do poder, é colocar realmenteo poder a serviço dos interesses da maioria,de um país que tem sido, através do seu povo,vítima da conciliação permanente. Historicamente se faz a conciliação, não se querendo,através das elites e de setores que com elascomungam, aceitar o conflito que estáestabelecido permanentemente na sociedade, a lutaque permanentemente está aí presente numpaís com a maior concentração de renda eriqueza de todo o mundo, ao lado de uma
miséria aviltante e perversa que está aí a assaltar a consciência de qualquer pessoa debom senso na Pátria brasileira.
E é por este motivo que a eleição de 1990,para as forças progressistas e democráticasde centro-esquerda e esquerda, passa a sertão importante quanto a de 1989.
Ouço, com prazer, o nobre Deputado Domingos Leonelli.
O Sr. Domingos Leonelli - Nobre Deputado Nelton Friedrich, creio que V. Ex' começa a colocar o Congresso Nacional na discussão do essencial, que é o projeto nacionaldo novo governo - ainda que venha a serum projeto antinacional, mas será umprojeto
.para a Nação - vitorioso nas urnas em 1989.Este projeto começa a tomar forma, suas linhas ficam mais delineadas, e podemos constatar lamentável coerência entre as propostasanunciadas como modernidade e as velhaspropostas da UDN, desde a década de 60.Abrir ú País ao capital estrangeiro, liquidaras estatais, liquidar ainda que parcialmente,a indústria nacional, liquidar as reservas eas proteções internas, nada tem de moderno;é mera repetição do projeto que a União Democrática Nacional, com o ex-Deputado edepois Governador Carlos Lacerda, anunciava há quase 30 anos. No entanto, apesardessa falsa modernidade, não podemos desconhecer que há um projeto nacional em curso. O Governo Sarney não sabia para quelado ia. O Presidente Fernando Collor deMello assume com linhas muito claras. Creioque é tarefa nossa não somente re~lizar aoposição, mas também fazer críticas. E necessário fiscalizar cada ato, é preciso que as for
.ças de esquerda concebam algo estrutural quese anteponha ao Projeto Fernando Collor,um verdadeiro projeto nacional. Esta é a tarefa fundamental para impedir vitórias parciais, pontuais, como, por exemplo, a derrubada de inflação - o que é possível - ouum acréscimo na esmola distribuída. Numpaís como o nosso, em que apenas 37% doPIB são vinculados ao trabalho, é muito fácildistribuir mais e ainda preservar os privilégiosdas elites. No entanto, penso que é possível- não nos podemos confundir como o sucesso do impacto que poderá vir - a transformação da nossa Pátria numa imensa ZPE nopróximo século. Este é o risco que o Paíscorre, o de vender o seu futuro à custa docombate do mal presente, comprometendoo próximo século. Esta é a tarefa que cabeà Oposição: construir um projeto nacionalque se anteponha ao que o governo vai tentarimplementar.
OSR. NELTON FRIEDRICH - Agradeçoa V. Ex' o aparte, que, sem dúvida alguma,valoriza muito nossa simples.intervenção.
Registro dois aspectos fundamentais: emhipótese alguma, nós nos colocaremos nesteParlamento contra o Brasil e os interessesnacionais. Em determinados momentos atévotamos favoravelmente a projetos e medidas provisórias do próprio Presidente JoséSarney. Por que não faríamos o mesmo como futuro Presidente?
Todavia, em se realçando a questão imediata, direta 'li conjuntural das necessidadesque teremos no enfrentamento da presentecrise, é preciso dizer que em nenhum momento compreendemos que devamos abrirmão da questão maior de pensar o País paraas próximas décadas e fugir de uma proposta,como bem disse o Deputado Domingos Leonelli, de fazer algumas concesssões neste momento, comprometendo o futuro do País.
É preciso aprofundar a discussão com urgência e que a eleição de 1990 passe a terimportância significativa, como a de 1989,para as forças progressistas democráticas decentro-esquerda e de esquerda, pois iremoseleger neste ano Parlamentares e Governadores.
A partir de 1991, será preciso um maiornúmero de Parlamentares conscientes da suaresponsabilidade histórica, comprometidoscom o projeto nacional e com a visão de queé necessário, com independência, firmeza eresponsabilidade, operar, permanentemente, compromissos populares nesta Casa,para diminuir os espaços daqueles que vieramainda há pouco e que, em determinado momento, sucumbiram aos apetites do podercentral e votaram o mandato de cinco anospara Sarney. Alguns poucos o fizeram porconvicção: outros, em função do "é dandoque se recebe" e tal}tos, pelos beneficios imediatos recebidos. E a política do beija-mão,do respeito incondicional ao príncipe e deatendimento a questões localizadas e fisiológicas.
Devemos compreender que o espaço paraessa representaçao precisa diminuir. As forças democráticas desta Casa, os partidos políticos de esquerda e de centro-esquerda precisam entender o que pode significar a uniãodas forças progressistas no pleito deste ano,para que o maior número possível de Parlamentares, comprometidos com o projeto nacional, com posição de independência e voltados para os interesses populares, possam estar aqui e participar do cotidiano desse governo de cinco anos.
Essa é uma das tarefas dos eleitos parao Parlamento em 90, pois conviverão comum governo que poderá promover uma meiasola e iludir muitos durante algum tempo,mas que não haverá de iludir a todos, peloque significará a médio prazo, porque nãoenfrentará as questões estruturais, uma vezque, neste País, é impossível alguém enfrentar as questões estruturais, cuja origem ecompromisso está na elite que tanto combatem.
A segunda tarefa dos eleitos em 1990 éa revisão constitucional. Ainda não conseguimos visualizar a maior parte dos benefíciosassegurados pela nova Constituição, poisexistem inúmeros interesses a obstaculizar apraticidade de avanços nela previstos. Embreve ocorrerá, pois, a revisão constitucional.
Hoje, vários setores no Brasil estão atentos. Muitos empresários que conhecemos pelo seu passado e interesses não mais aceitamintermediários, querem eles próprios ser candidatos, para terem aqui sua cadeira. Em ou-
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tras palavras, isto significa que amplos setoresestão ciosos da necessidade de trazer bancadas expressivas para a revisão constitucional,conforme sua imagem e seus interesses, exatamente palra que possam - quem sabe? ver quebradas as conquistas ainda não implantadas no todo, apesar de asseguradas pela Constituição de 1988.
. A terceira tarefa dos parlamentares eleitosem 1990 é dar continuidade e celeridade àregulamentaçaõ da nova Constituição. Há,ainda, a quarta tarefa, que é histórica: a importante reforma política, através de plebiscito, relacionada com o parlamentarismo.~ão quatro fatores, entre outros, que devemlevar as forças de centro-esquerda e de esquerda a compreender a necessidade de somar, e não dividir, enfim, integrar as ações,não pulverizá~las.
Lembramos o exemplo, ainda recente, daseleições para a Presidência da República.Precisamos, mais que isso, compreender aimportância dos partidos de centro-esquerda,bem como do governo estadual, e buscar osomatório das suas forças com frentes progressistas, com coligações das forças populares, para que possamos eleger determinadynúmem' de governadores progressistas. Epreciso não esquecer a recente lição da História, em 1961, quando o Governador do RioGrande do Sul, Leonel Brizola, enfrentouo poder central e os interesses golpistas. Foiimportante a presença de uma força políticaestadual para evitar - embora tenha acontecido depois - a ingovernabilidade e O golpeà Constituição. Recentemente, os governadores de OpOSiÇ;lO, eleitos em 1982, tiverampapel decisivo na campanha das diretas, em1984. Este é o exemplo mais recente.
Os governadores progressistas, em 1991,quando articulados, poderão significar o contrapeso poütico a determinadàsações duvidosas - ou até perigosas - oriundas do poder central, cujo detentor tom!lrá posse nopróximo dia 15 de março.
Ora, Sr:' Presidente, o G6verno que ser{inaugurado em breve é uma grande interrogação. Ele nos traz dúvidas, pois, no maXimo,em nossa opinião, operará um projeto demeia-sola. Portanto, é preciso que os Governadores nos Estados estejam comprometidoscom o projl~to poütico, inclusive para investirna governabilidade do País, numa posturasemelhante a do freio e do àcelerador, emdeterminadas ações que porventura possamocorrer pOlr parte do Governo Federal. Nãonos esqueçamos de que uma simples greve,'em determinada área, poderá gerar uma repressão que sabemos perigosa e às vezes atéincendiária. O futuro Presidente disse, recen-
. temnte, que pretende tratar "a pau" as grevesditas políticas. Como se houvesse greve quenão fosse política, no sentido mais amplo dotermo. A greve é um movimento reivindicatório, é a essência do sindicalismo. E a primeira repressão, normalmente, vem pelasmãos do Estado~
Há, portanto, razões superiores para euvir.à tribuna neste momento, de maneira im
,provisada até. Trago um raciocínio, uma re-
flexão sobre o que poderá vir a partir de 15demarço. De outro lado, 1;emos necessidadede aprender as lições do passado e as liçõesde 1989, para que possamos ter, por exemplo,
. a somatária de forças progressistas nos Estados, em vários Estados - se não em todos.Não estamos propondo aqui a unanimidadedas forças de centro-esquerda e de esquerda,porque isso é impossível, desnecessário e nãointeressa ao País. É preciso que, nesta hora,se unam as forças progressistas, para construírmos bancadas responsáveis, sérias, noParlamento, a fim de que possamos elegero maior número de Governadores progressistas nos Estados.
Será possível que os partidos de esquerdacom assento nesta Casa e os de Centro-esquerda - e começo falndo no PSDB, comtodas as preocupações que tenho sobre o futuro ,e os desvios deste partido - não compreendam que neste momento é preciso aglutinar forças progressistas para os embates queteremos neste ano e a partir de 1991?
Para ajudar o Brasil, há que se.olhar comosolhos do avanço dos progressistas, das forças da esquerda.
Muito obrigado.
Durante o discurso do Sr. Nelton Friedrich o Sr. Luiz Henrique, 1- Secretário,deixa a cadeira da presidência, que é ocupada, sucessivamente, pelo Sr. CarlosCotta, 3- Secretário, e Arnaldo Faria deSá, suplente de Secretário.
o Sr. Fausto Rocha - Peço a palavra, pelaordem, Sr. Presidente.
o SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria deSá) - Pela ordem, concedo a palavra ao nobre Deputado Fausto Rocha.
o SR. FAUSTO ROCHA (PRN-SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, gostaria de cumprimentá-lo, neste instante, Deputado Arnaldo Faria de Sá, pela sua brilhanteeleição, por aclamação; a para Presidênciade um dos mais tradicionais e importantesclubes de São Paulo - a Portuguesa de Desportos.
V. Ex'. está de parabéns. Foi uma eleiçãosufragada por aclamação, com respaldo detoda a imprensa. V. Ex' foi um dos Depu
.tados Federais mais votados da história deSão Paulo, sendo agora, também represen"tante do PRN, partido que dá sustentaçãoà Presidência da República.
A carreira política de V. Ex' está de vento'em popa, como uma nau portuguesa. (Palmas).
O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de.Sá) - Fico constrangido de fazer qualquerobservação em relação ao registro do Deputado Fausto Rocha. No entanto, agradeçoa V. Ex' a manifestação, bem como a doPlenário.
O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria deSá) - Vai-se p(lssar ao horário destinado às
VI - COMUNICAÇÕESDE
LIDERANÇASO SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de
Sá) - Concedo a palavra ao nobre representante do PSB do Pará, Deputado Ademir Andrade.
O SR. ADEMIR ANDRADE (PSB - PA.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Srs. Deputados, em primeiro lugar gostaríamos de, em nome da liderança do nosso partido, manifestar nosso pesar pela morte do exConstituinte Luís Carlos Prestes, que fez parte da história deste País e muito contribuiucom a luta do povo trabalhador brasileiro.
Lamentamos profundamente sua morte.Sempre, no decorrer da luta, o Partido Socialista Brasileiro teve divergências com LuísCarlos Prestes, mas nunca deixou de por eleter admiração, pela sua coerência, pela sua..bravura e pelo seu trabalho.
Por outro lado, ~r. Presidente, também de-sejo registrar que hoje, aqui em Brasília, sefiliou ao nosso partido o brilhante homempúblico Alencar Fuhado, ex-Deputado Federal, ex-Líder do PMDB nesta Casa.
Na época mais dura da ditadura e do AI-5teve seu mandato cassado, ao manifestar seuposicionamento pessoal num programa, emcadeia nacional, falando pelo MDB de então.Alencar Furtado tem mantido sua vida comcoerência e luta política admiráveis, razãopela qual o Partido Socialista Brasileiro temimenso orgulho de recebê-lo em suas fileiras,juntamente com um grande grupo de militantes do Distrito Federal. Hoje, na solenidade de sua filiação, contamos com a presença do Presidente desta Casa, o Sr. Deputado Paes de Andrade.
Queremos também registrar o ingresso noPartido Socialista Brasileiro, ocorrido há algum tempo, no Estado da Bahia, do Constituinte "nota 10", o Deputado Federal Uldurico Pinto.
Já temos como certo o ingresso, no PSB,do ilustre Governador do Estado de Pernambuco. Miguel Arraes. Esperamos que sua filiação ocorra no menor espaço de tempo possível. .._ .
TõOãs essas pessoas pensam, agem e têmhistória de luta e coerência em função dosocialismo que almejam ver implantado noPaís. Para nós, o socialismo é a forma degoverno e de sociedade em que todos têmacesso ao desenvolvimento, em que há respeito mútuo, em que há solidariedade.
Nós, do Partido Socialista Brasileiro, sempJ;e almejamos o socialismo com liberdade,bem maior da humanidade. O crescimentodo nosso partido mantém uma postura coerente e ideológica absolutamente definida.Esperamos aliar-nos a outros partidos progressistas de esquerda em vários Estados brasileiros,· para, unidos, enfrentarmos as eleições de 1990.
A propósito, no Estado do Pará está praticamente consolidada a coligação de seis partidos políticos. PSB, PT, PCB, PC do B, PDTe PSDB. Unidos, eles enfrentarão as oligarquias paraenses. É proposta do Partido Socia-.
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lista Brasileiro a união de todas as agremia.ções de esquerda no Brasil inteiro, para quepossamos vencer as eleições e contribuir parao avanço da consciência política do povo brasileiro. Sempre defendemos nossas empresasestatais e somos contra a conversão da dívida
o externa que o futuro governo pretende fazer,defendendo, portanto, o interesse do povobrasileiro. Todos nós, unidos, faremos oposição ao Governo Collor de Mello, que se implanta logo mais.
Esta é a manifestação que fazemos hoje,em nome da Liderança do Partido SocialistaBrasileiro.
Durante o discurso do Sr. Ademir An·drade, o Sr. Arnaldo Faria de Sá - Suplente de Secretário deixa a cadeira dapresidência, que é ocupada pelo Sr. Inocêncio Oliveira, 19 Vice-Presidente.
I) SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Concedo a palavra ao Sr. Adhemar deBarros Filho, Líder do PRP.
O SR. ADHEMAR DE BARROS FILHO(PRP - SP. Pronuncia o seguinte discurso.)-Sr. Presidente, Sr" e Srso Deputados, quero manifestar, inicialmente, em nome do Partido Republicano Progressista, o nosso profundo 'pesar pela morte do Sr. Luís CarlosPrestes. Sua vida é em si um capítulo vivoda história brasileira deste século. Suas lutas,sua perseverança em busca de um ideal quejulgava maior para a sociedade brasileira fo-
o ram e são dignas de todos os méritos, apesarde não comungarmos com suas idéias. Eleabraçou desde cedo a ideologia comunistae cultivou-a até o fim da vida como virtudemaior. Discordamos de sua posição, pois nãoconsideramos o melhor caminho para levarnosso País ao regime democrático, mas a respeitamos. Foi uma luta digna e altiva a queo enfrentou nos seus 92 anos de existência.
Caberá, a partir de agora, à História, sempre sábia, julgá-lo, mas neste momento temosque referenciar com todo o respeito um personagem importante da nossa história contemporânea.
Passo agora, Sr. Presidente, a abordar otema principal que me trouxe à tribuna. O
,povo nicaragüense compareceu às urnas noúltimo domingo eelegeu Violeta Chamorro
,para governar a Nicarágua nos próximos seiso anos. Assistimos a uma bela lição de democracia. Os sandinistas, depois de ocuparemo poder durante 10 anos, a partir de 1979,quando derrubaram, pelas armas, o ex-dita-
o dor Anastácio Somosa, entregarão o comando do governo, em abril, pacificamente, conforme promessa do Presidente Daniel Ortega. Fazemos sinceros votos de que tudo corradentro da normalidade democrática e queaquele país amigo encontre o seu verdadeirocaminho para vencer a gravíssima crise econômica, configurada numa inflação anual de360840 por cento e um desemprego de 23 porcento da força de trabalho.
O delícado quadro político e econômiconicaragüense exigirá, para ser encaminhadode forma adequada, em paz e em respeito
ás regras democráticas, despojamento daspartes adversárias. Os sandinistas devem deixar claro que a partir de abril, quando VioletaChamorro assumir constitucionalmente o poder abandonarão o poder e não oporão maisresistências ao novo comando político capitaneado pela União Nacional de Oposição(ONO) , coligação dos 14 partidos nicaragüenses que derrotaram o Partido SandinistaoA entrega do poder compreende naturalmente tanto o comando político quanto o comando militar, para que a Presidente eleita Violeta Chamorro governe na plenitude do seumandato, conforme o desejo do povo. Osrebeldes "contras", por sua vez, deverão depor incondicionalmente as armas. Caso contrário, estarão fomentando resistências nossandinistas e, naturalmente, contribuindo para acirramento dos ânimos, fato que poderálevar a Nicarágua, novamente, à guerra.
Será preciso, portanto, Sr. Presidente, Sr"e Srso' .Deputados, disposição política de ambos os. lados, para que as questões tanto políticas, quanto militares sejam equacionadasem ambiente de paz. Esse, aliás, é, sobretudoo desejo do povo nicaragüense. Somenteequacionado as pendências políticas, que ainda se encontram envoltas em clima de acirramento, devido ao emocionalismo deixado pelo surpreendente pleito de domingo, será possível à nova Presidente eleita encaminhar deforma satisfatória as questões econômicasque sufocam a Nicarágua.
Acreditamos, sinceramente, Sr. Presidente, e Srs. Deputados, que as exigências feitaspelo Presidente Daniel Ortega para entregaro poder sejam corretas. Ele condicionou atransferência do poder a Violeta Chamorroà manutenção de conquistas fundamentaisobtidas pelo governo sandinistas, como a reforma agrária, o direito de sindicalização, delivre mobilização e de liberdade de imprensa.Ora, a Presidente eleita foi uma das ferrenhasdefensoras de tais direitos ao alinhar-se inicialmente, aos sandinistas na luta para vencero ex-ditador Anastácio Somosa. Certamenteela manterá tais conquistas alcançadas pelopovo e que são direitos elementares numademocracia. Não há, portanto, nada a temerquanto ao cumprimento de tais garantiasconstitucionais.
O equacioname.nto interno dos problemaspolíticos econômicos da Nicarágua dependerão, sobremaneira, Sr. Presidente, Sr>' e Srs.
.Deputados, da ação dos Estados Unidos quemoveram uma guerra econômica ao regimesandinista.
O Governo norte-americano tem uma responsabilidilde muito grande no quadro nicaragüense. Será indispensável que ele contribua com recursos financeiros substanciais pa- ora que o novo governo possa vencer as dificuldades que tem pela frente. Em primeiro lugar, deve induzir os contras a deporem asarmas, para que a nova administração se desenrole num clima de paz, sem ameaças àestabilidade política; em segundo, deve Washington reatar imediatamente as relações
.econômicas suspensas em 1983, suspender obloqueio econômico e injetar, rapidamente,_
substanciais recursos na economia nicará~güense. Só assim a crise econômica.financeira será superada, através da retomada no desenvolvimento econômico.
Jamais a inflação será combatida com oempobrecimento progressivo do país, submetido ao bloqueio financeiro, como ocorreunos últimos anos por parte dos Estados Unidos, na luta para derrotar o regime sandinista. Este, afinal, foi derrotado nas urnaspela conjugação de diversos fatores, entreos quais se destaca justamente o bloqueioeconômico norte-americano, aliado ao errôneo conceito sandinista de gerenciar.a econômica por métodos burocráticos centralizados,em que a prioridade se voltou para os gastoscom o armamentismo, como forma para manter a revolução sandinista.
Essa estratégia esgotou as reservas físicasda Nação, debilitou o sandinismo no campoeconômico e político e abriu espaço para astransformações que culminaram com a vitóriade Violeta Chamorro. É de destacar, ainda,
. Sr. Presidente, Sr~ e Srs. Deputados, a visãopolítica do Presidente Daniel Ortega, que,em tempo, promoveu a abertura política, responsável, afinal, para a transição democrá
. tica pacificadora. Ao contrário do que pregaram radicais contrários à flexibilização do re-gime de força, Ortega seguiu adiante comsuas reformas, fato que, historicamente, coloca-o na condição de estadista centro-americano, responsável pela condução do retomodo seu país ao pleno Estado de direito. Nós,do PRP, auguramos votos de feliz caminhadado novo processo político nicaragüense e demaior fortalecimento dos laços de amizadecom o nosso País.
Era o que tinha a dizer.
O Sr. Nilson Gibson -Sr. Presidente, peçoa palavra, pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio de Oliveira) - Tem V. Ex' a palavra.
O SR. NILSON GmSON (PMDB - PE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,em nome dtl PMDB de Pernambuco', comunico à Casa que o nosso Líder, Ibsen Pinheiro, foi reeleito para exercer novo mandatona condição de Líder do nosso partido, pç>runanimidade. (Palmas.) . . '
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio de Oliveira) - A Presidência associa-se às manifestações de júbilo do PMDB. Em nome da Casa, parabenizo pela brilhante escolha dessegrande Líder que é, sem sombra de dúvida,o Deputado Ibsen Pinheiro. (Palmas).
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Concedo a palavra, pela Liderança doPSD, ao nobre Deputado César Cals Neto.
O SR. CÉSAR CALS NETO (PSD - CE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Sr>' e Srs. Deputados, queríamos trazer, emnome do PSD, nosso protesto contra o vergonhoso festival de remarcações de preços, deacentuada carestia, caracterizando os primei-
. ros dias do mês de março, os últimos do Go·verno atual.
1110 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NAqONAL (Seção I) Março de 1990
É preciso que haja consciência de que oassalariado, <) trabalhador e a classe médiaestão sendo virtualmente esmagados por essel?rocesso desenfreado de aumento de preços.E necessário apoiar o Presidente eleito, Fernando Collor de Mello, na sua determinaçãode, no dia 16 de março, baixar medidas definitivas a fim de que desapareça, de uma vezpor todas, a especulação descomedida queestamos observando.
Gostaria, portanto, de manifestar o nossoprotesto e trazer a confiança de que medidasdrásticas, fortes e determinadas acontecerãologo no início do Governo Fernando Collorde Mello para dar um basta ao verdadeiroe vergonhoso festival de aumentos de preços,que atinge o povo frontalmente.
o SR. lPRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Concedo a palavra ao Sr. Gidel Dantas,pela liderança do PDC.
O SR. GIDEL DANTA.S (PDC - CE. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, queroregistrar, desta tribuna, o meu profundo pesar pelo desaparecimento, no dia 24 de fevereiro, do eminente ex-parlamentar e amigo, ex-DeputadoHildebrando Guimarães.
Nascido em Alagoas, foi no Estado do Ceará que iniciou seus estudos no campo dasCiências Jurídicas e onde desenvolveu todaa sua vida pública.
Quem,. como eu, teve o privilégio de conviver com Hildebrando Guimarãe~ aprendeu
.a admirar a sua inteligência e sua retidão decaráter.
Homem de profundo sentimento religioso,membro da Igreja Batista e líder evangélico,Hildebrando sempre deixou a marca de suasólida formação cristã nas obras que realizou,nos cargos que exerceu e nas funções quedesempenhou ao longo de sua atividade política.
Em 1963 foi nomeado diretor-geral do De·partamento Administrativo da Secretaria doTrabalho do Estado do Ceará. Já em 1966,candidatou-se a uma cadeira na Câmara Federal, pela legenda da Aliança RenovadoraNacional, obtendo a segunda suplência. Assumiu o mandato de maio a julho de 1967e de abril de 68 a janeiro do ano seguinte.Nas eleições parlamentares de novembro de1970, conquistou, ainda pela Arena, uma vaga na Câmara dos Deputados, onde foi membro efetivo da Comissão de Constituição eJustiça e suplente das Comissões de ServiçoPúblico e do Polígno das Secas.
Fica na lembrança e na memória dos amigos e do povo do Ceará a imagem' de umhomem 'Voltado para os problemas de suagente e da terra que adotou e a quem prestouos mais relevantes serviços.
Ficam a saudade e o exemplo. HildebrandoGuimarães deixa marcado no coração dosque o conheceram uma lição de desprendimento e de dedicação a todas as causas queabraçou em vida. Do seu mandato de Deputado Federal à sua atuação como Conselheirodo Cons,elho de Contas dos Municípios doCeará, to.das as suas atividades foram exer-
cidas com a força dos que crêem e com aabnegação dos que sabem doar-se.
Volto meu pensamento a Deus, rogandopela sua misericordiosa e infinita bondade,orando para que o conforto do Senhor nãofalte, nesta hora, à digníssima Senhora D'Nise Magalhães Guimarães, às filhas e aosdemais familiares do estimado amigo Rildebrando.
Sr. Presidente, requeiro, nos termos regimentais, que. sejam registrados nos Anaisdesta Casa os nossos votos de pesar e quese oficie à Senhora Nise Magalhães Guimarães e filhas e ao seu genro Dr. José MiltonCerqueira, transmitindo o teor do presenterequerimento.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Para falar pela Liderança do PRN, tema palavra o nobre Líder Arnaldo Faria deSá.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PRN- SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, SI'~ e Srs. Deputados, continua o Presidente eleito, Fernando Collor de Mello,surpreendendo a Nação com as suas indicações. A primeira delas, para o Ministério da~ustiça, recaiu sobre o Deputado Bernardott;abral, nosso companheiro nesta Casa, Relator da Constituinte. Depois, a dos própriosMinistros Militares, que muitos agouravampoderiam trazer alguns problemas, acabousurpreendondo favoravelmente a todos. Emseguida, tivemos, a indicação de Ozíres Silva_a o Ministério da Infra-Estrutura, que,..mbém surpreendeu favoravelmente, tendo'recebido o apoio de algumas correntes conhecidllS como as que querem a privatização aqualquer preço e a qualquer custo. No entanto, aqueles que preferem manter a estatização, ainda com a ineficiência do setor público, se mostraram contrários.
Posteriormente tivemos a nomeação deZélia Cardoso de Melo para Ministra da Eco!10mia. Todos temos a esperança de que realmente possa ela debelar os altos índices inflacionários.
A nomeação de Antônio Rogério Magripara o Ministério do Trabalho e PrevidênciaSocial foi o resgate de um compromisso decampanha de Fernando Collor, assusmido àsportas de fábricas, de que um sindicalista iriaocupar essa Pasta.
Quanto à nomeação, para o Ministério daEducação, de Carlos Chiareli, um compa-
·nheiro desta Casa, talvez alguns possam nãotê-Ia entendido, mas nós, que acompanhamosa campanha de Fernando Collor, sabemosqual foi o desempenho, o trabalho e a lutade Carlos Chiareli durante aquele período, .e mesmo agora após S. Ex'deito, na tentativade superar dificuldades com o PSDB; e, ainda, o seu trabalho para a aceitação de Lut-
·zemberg para a Secretaria do Meio Ambiente.
Tudo isso, Sr. Presidente, demonstra quehá pouco mais de uma semana da posse pode-
·mos ter a tranqüilidade e a certeza de queeste País poderá, efetivamente, sair da crise
em que se encontra e que os índices inflacionários poderão ser debelados.
Portanto, é com satisfação que, em nomeda Liderança do PRN, fazemos o registrodestes fatos, esperando que a nomeação dospróximos três ministros que faltam para completar a equipe do Governo possa corresponder totalmente ao anseio da população, e jáa partir do dia seguinte a 15 de março, quandocomeça de fato a sua ação, tenhamos medidasde impacto do novo governo. E esperamosque, com a reforma administrativa que deveser feita logo, que este Congresso possa assu
.mir as suas responsabilidades. Se FernandoCollor precisa do Congresso, este Congressoprecisa de Governo. Falo e repito: precisade governo, e não do governo. Isso é muitoimportante, neste momento em que o Paístodo está sem governo.
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Concedo a palavra ao Sr. Plínio ArrudaSampaio, Líder do Pr.
O SR. PLÍNIO ARRUDA SAMPAIO (Pr- SP. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, esta comunicação singela visa simplesmente registrar queo Partido dos Trabalhadores se associa aopesar de toda a Nação, pelo falecimento hojedo ex-Senador Luís Carlos Prestes, no Riode Janeiro.
Nossa bancada junta-se às homenagensque estão sendo prestadas a esse grande brasileiro. Queria deixar, pois, em meu nome eem nome da bancada, uma palavra de respeito a essa liderança. A palavra que mais cabeao velho Prestes é coerência. Pode-se.concordar ou discordar da sua liderança política,mas ninguém pode negar sua integridade pessoal, seu valor moral e a coerência das suasatitudes. O partido dos Trabalhadores rendeseu tributo de pesar pelo falecimento desseilustre homem público.
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)-Concedo a palavra à SI' Sandra Cavalcanti,pela liderança do PFL.
A SRA. SANDRA CAVALCANTI (PFLRJ. Sem revisão da oradora.) - Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, amanhã o mundo comemora o Dia Internacional da Mulher.Festas por toda a parte exaltando esta metadeda população do Planeta que dá a ele a garantia de sua continuidade e o embeleza comsua capacidade de .amar e de srevir ao próximo.
O Brasil, que tem uma série de compromissos a resgatar ainda com a população feminina, deu, de fato, nestes últimos anos,alguns passos muito expressivos nesta direção. A nossa Constituição registrou o reconhecimento dos direitos fundamentais da mulher nas áreas do trabalho, da maternidade,da prestação de serviços e, aos poucos, a presença da mulher em todos os campos de atividade vai-se tornando uma rotina cada vezmais aceita e mais bem compreendida.
Já se foi o tempo, Sr. Presidente, em quenós, mulheres, só éramos convocadas, pela.
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1111
área da vida pública, para tarefas que tivessem alguma relação com a pedagogia ou coma enfermagem. Hoje, no mundo inteiro,grandes figuras de mulheres exercem o comando de nações e o fazem com capacidade,competência, brilho, destemor, civismo emuito amor. ..
Sr. Presidente, fiéóIlluito contente quandoolho para trás e vejo que o longo caminhoque já percorri não foi em vão; que não foijogada fora a dificuldade inicial que tive deenfrentar para ocupar espeços em áreas quenão eram aquelas tradicionalmente delimitadas para nós.
Ainda me recordo de como foi difícil implantar neste País um sistema de habitaçãovoltado para as populações carentes, destinado a atender à massa trabalhadora. E comoas advertências que fizemos àquela época CUS"
taram a ser ouvidas.Mas hoje, Sr. Presidente, vinte e cinco anos
depois, é com imenso orgulho que nós, mulheres, assistimos à chegada das mulheres nasposições de comando do País.
A economia no Brasil vai ficar entregueà coragem, à bravura, à honestidade, à seriedade e à competência de uma mulher.
A área de ação social será entregue à vivência, ao conhecimento, à experiência e à capacidade de trabalho de uma mulher.
Durante o período da Constituição nestaCasa, 26 Deputadas demos um exemplo de .solidariedade nas questões que diziam respeito à melhoria da situação dos desassistidos,daqueles que mais precisam de ajuda e deapoio. Foi graças a nossa união, independentemente de sigla partidária, que nossas con- .quistas puderam ser inseridas no texto consti-
. tucional. São 26 Deputadas que podem estarem legendas diferentes, mas quando se tratava da criança, do aposentado, do adolescente, do menor carente, do excepecionale daspessoas privadas de sua integridade física, abancada feminina sempre se esqueceu dassuas divergências partidárias, para formar,unida, um bloco que nesta Casa liderava essasmatérias.
Por isso, Sr. Presidente, não quero deixarpassar em branco a data de ·amanhã. Ao finalizar, falando em nome da Liderança do PFL,devo dizer que é muito oportuno que esteano o Papa João Paulo II tenha determinadoa toda a cristandade -, e principalmente aoscatólicos de todo o Brasil -, que se debrucesobre o problema da participação da mulherna vida de todo o Planeta, de todos os países,de todas as comunidades e famílias.
Em nome das mulheres, principalmenteem meu nome pessoal, registro com muitasatisfação que, passados 25 anos, posso dizerque a mentalidade dos homnes do Brasil mudou nesta matéria, amadureceu neste sentido; que a população masculina do Brasil cresceu e tornou-se muito mais capaz de entendereste fato transcendental da nossa presençana vida pública, como não acontecia há anos.
A geração mais moça, hoje, não sente qualquer espanto e está encarando com à plaiornaturalidade o fato de ver a economia do
Brasil, de repente, comandada por uma mulher.
Por isso, Sr. Presidente, quem precisa receber os parabéns no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, são os homens que progrediram nesta matéria, foram capazes deabrir suas cabeças e seus corações para deixarde discriminar indevidamente a participaçãoda parcela talvez mais importante da popu-'lação do Planeta.
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Concedo a palavra ao Sr. Tidei de Lima,pela liderança do PMDB.
O SR. TIDEI DE LIMA (PMDB - SP.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Sr' e Srs. Deputados, trazemos aqui, em nome da Liderança do PMDB, uma preocupação muito grande. Trata-se da notícia publicada hoje no jonal O Globo, sob o título:"CFP: Prejuízo de Milhões com Frete."
Sr. Presidente, este caso da CFP, de transporte de grãos, foi produto do trabalho deuma Subcomissão da Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados,da qual fui o Presidente. Nela se investigoua fundo o relacionamento da CFP, da RedeFerroviária Federal e das empresas de transporte de grãos contratadas pela Rede Ferroviária Federal para a CFP.
Estamos, pois, em condições, Sr. Presidente, de, ao ler esta notícia, questioná-la. Dizo jornal:
"A Rede Ferroviária Federal tinha,sobre este repasse, 5% dos fretes transportados pela Wadel.
A Subcomissão Parlamentar de Inquérito ouviu vários transportadores, representantes da CFP e do Ministério daAgricultura. Acompanhando mais aindaa Subcomissão, nas suas reuniões, representantes da Procuradoria-Gerais da República e também do Tribunal de Contasda União.
A Companhia de Financiamento daProdução - CFP - Já autorizou - edeve liberá-lo antes do final do GovernoSarney - o pagamento de 150 milhõesde cruzados novos para a transportadoraWadel, a título de complementação decustos sobre frete. A operação, que écriticada por funcionários da Companhia, atende a pedido da Rede Ferroviária Federal, que subcontata a Wadelpara remoção de cereais onde seus trensnão chegam. A rede quer reajuste nospreços dos fretes entre julho e dezembrode 1989. A Wadel, contratada da Redepara transportar safras compradas e armazenadas pela CFP, garante que perdeu dinheiro desde o descongelamento .do Plano Verão, em julho de 1989."
Sr. Presidente, ós fatos foram os seguintes:A CFP contratou a Rede após anular várias
concorrências. Depois que várias companhiasdesistiram de efetuar o transporte, a CFPcontratou a Rede Ferroviária sem concorrência pública. E por coincidência, havia um contrato da Rede com a Wadel, empresa de Bra-
sília, de propriedade do Sr. Wagner Canhe~
do, muito amigo do Sr. Presidente da República e de seus familiares.
O Sr. Wagner Canedo passou, então, aser absoluto no transporte de grãos da RedeFerroviária Federal. Possuía um contrato quelhe dava a exclusividade desse transporte eque, em 1989, no período de dez meses lherendeu 54 milhões de dólares.
Ao final, conseguiram-se depoimentosquantos aos preços pagos à Wadel. Esta recebeu, por exemplo, de junho a agosto, algoem torno de NCz$ 85,00 por tonelada; repassava a NCz$ 35,00 a um segundo interessado;este repassava ao executor do frete, a NCz$12,00 a tonelada. São 600% acima do preçodo mercado. Agora, vem dizer que tem dereceber complementação do preço do frete,alegando que o mesmo estava defasado!
Sr. Presidente, o PMDB, através de sualiderança, neste momento chama a atenç.ãoda Procuradoria Geral da República, queacompanhou a Subcomissão Parlamentar deInquérito, como também do Tribunal deContas da União, para que nã? se configureesse crime de lesa-Tesouso. E um absurdoque ao final deste Governo se pratique umaação desse tipo, que lesará o Tesouro em150 milhões de cruzados novos, como se fosseum fim de feira, um final de festa. Ou seja,aqueles que já se locupletaram no banquetedesses cinco anos de Governo Sarney, aproveitam-se desse final de administração parasaborear uma sobremesa que não lhes serácobrada, porque estamos a poucos dias datransferênacia do poder, e não há mais quefazer com relação ao Governo que aí está.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, a notíciapublicada hoje pelo jornal O Globo é de estarrecer, principalmente para aqueles que acompanharam o trabalho da referida Subcomissão. O Presidente da Comissão de Fiscalização e Controle, Deputado Fernando Gásparian, que patrocinou essa Subcomissão e aproveito a oportunidade para dizer quelamentavelmente a Comissão de Fiscalizaçãoe Controle não mais funcionará nesta Casa- é testemunha desse fato, pois acompanhouos trabalhos e foi quem nos alertou para oproblema noticiado em O Globo. Isto é umavergonha, um crime que se comete numa nação que está tentando, de uma forma ou deoutra, resolver os seus problemas apartir daprobidade e da austeridade. O Ministro daAgricultura que, também está compromissado com esse esquema, teria o dever moralde obstar um absurdo desses. trata-se de umroubo, Sr. Presidente, que o PMDB, atravésda sua Liderança, não pode permitir fiqueimpune, sem um protesto neste Plenário daCâmara dos Deputado. (Muito bem!)
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Concedo a palavra ao Sr. José Tavares,pela liderança do PMDB.
O SR. JOSÉ TAVARES (PMDB - PRoSem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Sr's e Srs. Deputados, gostaria de fazer umacomunicação bastante rápida a respeito dofalecimento do grande político Luís Carlos
1112 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
Prestes. A Liderança do PMDB associa-seàs homenagens prestadas pelas demais Lideranças e estende os pêsames aos familiaresdo ilustre morto.
Indiscutivelmente, trata-se de uma dasgrandes fíguras políticas deste País, que deixaum legado à História, pela sua coerência, suaserenidade, seu idealismo e sua honradez.Homem firme, fez uma opção de vida. Serviuàs Forças Armadas, foi Deputado e Senadore procurou perseguir, com seu idealismo, umprojeto ele vida pública e de concepção devida para o País.
Por isso mesmo, o PMDB, através da suaLiderança, manifesta nesta hora seu profundo pesar pelo falecimento de Luís CarlosPrestes.
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Concedo a palavra o Sr. Adolfo Oliveira,Líder do PL.
O SR. ADOLFO OLIVEIRA (PL - RJ.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente,Sr's e Srs. Deputados, um dos fatores maisimportantes para a segurança, firmeza e eficiência dos trabalhos legislativos é o esforço,muitas vezes anônimo, das Lideranças.
Nossa presença nesta tribuna, na sessãode hoje, representa uma homenagem protocolar e muito mais a expressão do reconhecimento e da alegria com que tomamos conhecimento da recondução democrática, pelovoto, por parte da bancada do Partido doMovimento Democrático Brasileiro, do Líder Ibsen Pinheiro.
Em nome do Partido Liberal, felicitam abancada do PMDB, que merece parabéns pela manifestação insofismável em favor da recondução do seu Líder.
Nosso depoimento, Sr. Presidente, é o deque, em todos os momentos, sempre de maneira elegante, educada, cortês e eficiente,Ibsen Pinheiro defendeu os interesses de suaagremiação, mas colocando acima de tudoos interesses da Câmara dos Deputados.
A recondução de Ibsen Pinheiro neste último ano de legislatura dá-nos a tranqüilidadee a segurança de continuar contando com S.Ex' Em sua destacada atuação, presidiu demoradíssimas reuniões, em busca do consenso de todas as correntes partidárias representadas nesta Casa, sempre com a mesma disposição e a mesma consideração por todos osseus companheiros, líderes ou não, com resultados que gratillEam o exercício de nossotrabalho parlamentar.
Assim, nós do PL, que sempre estivemosao lado das posições e dos trabalhos do Líderdo PMDB, queremos manifestar à bancadado Partido do Movimento Democrático Brasileiro o nosso júbilo, o nosso regozifo pelaconfirmação do Deputado Ibsen Pinheiro como seu líder.
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Vai-se passar à Ordem do Dia.
COMPARECEM MAIS OS SRS:Acre
Alércio Dias - PFL; Geraldo Fleming ,f.MDB; Maria Lúcia - PMDB; RubemBranquiruho - PL.
Amazonas
Carrel Benevides - PTB.
Rondônia
AssisCanuto-PL; José Viana-PMDB.
Pará
Aloysio Chaves - PFL; Amilcar Moreira- PMDB; Arnaldo Moraes - PMDB; Asdrubal Bentes - PMDB; Carlos VinagrePMDB; Domingos Juvenil-PMDB; FaustoFernandes - PMDB; Gabriel Guerreiro PSDB; Mário Martins - PMDB.
Tocantins
Freire Júnior - PRN; Leomar Quintanilha- PDC; Paulo Sidnei - PMDB.
Maranhão
Albérico Filho - PDC; Eurico Ribeiro PRN; Haroldo Sabóia - PMDB; Jayme Santana - PSDB; José Carlos Sabóia - PSB;Victor Trovão - PFL; Vieira da Silva PDS; Wagner Lago - PMDB.
Piauí
Átila Lira - PFL; Felipe Mendes - PDS;José Luiz Maia - PDS; Manuel Domingos- PC do B; Mussa Demes - PFL; PaesLandim - PFL; Paulo Silva - PSDB.
Ceará
Bezerra de Melo - PMDB; Carlos Virgílio- PDS; César Cals Neto - PSD; EtevaldoNogueira - PFL; Expedito Machado PMDB; Firmo de Castro - PMDB; GidelDantas - PDC; José Lins - PFL; LúcioAlcântara-PDT; Manuel Viana-PMDB;Mauro Sampaio - PMDB; Moema São Thiago - PSDB; Osmundo Rebouças - PMDB;Raimundo Bezerra - PMDB; UbiratanAguiar-PMDB.
Rio Grande do Norte
Ismael Wanderley - PTR; Marcos Formiga - PL; Ney Lopes - PFL; Vingt Rosado-PMDB.
Paraíba
Adauto Pereira - PDS; Antonio Mariz-PMDB; Evaldo Gonçalves - PFL; Francisco Rolim - PSC; João Agripino PMDB.
Pernambuco
Cristina Tavares - PSDB; Fernando Lyra- PDT; Gilson Machado - PFL; GonzagaPatriota - PDT; Harlan Gadelha - PMDB;Horácio Ferraz-PSDB; José Jorge-PFL;José Mendonça Bezerra-PFL; José Tinoco- PFL; Marcos Queiroz - PMDB; MaurílioFerreira Lima - PMDB; Osvaldo Coelho- PFL; Oswaldo Lima Filho - PMDB; Paulo Marques - PFL; Salatiel Carvalho PFL.
Alagoas
Antonio Ferreira - PFL; Eduardo Bonfim-PC do B; Geraldo Bulhões -PRN; JoséCosta - PSDB; Roberto Torres - PTB.
Sergipe
Bosco França - PMDB; Cleonâncio Fonseca - PFL; Djenal Gonçalves - PMDB;João Machado Rollemberg - PFL; Leopoldo Souza - PMDB.
Bahia
Abigail Feitosa - PSB; Benito Gama PFL; Celso Dourado - PSDB; DomingosLeonelli - PSB; Eraldo Tinoco - PFL;Francisco Benjamim - PFL; Francisco Pinto- PMDB; Genebaldo Correia - PMDB;Haroldo Lima - PC do B; Jairo Carneiro- PFL; Jorge Hage - PSDB; Jorge Medauar-PMDB; José Lourenço-PDS; Juathy Júnior - PMDB; Leur Lomantó - PFL;Manoel Castro - PFL; Marcelo Cordeiro- PMDB; Milton Barbosa - PFL; NestorDuarte - PMDB; Raul Ferraz - PMDB;Sérgio Brito - PDC; Virgildásio de Senna- PSDB; Waldeck Ornélas - PFL.
Espírito Santo
Hélio Manhães - PMDB; Jones SantosNeves - PL; Lezio Sathler - PSDB; NelsonAguiar - PDT; Pedro Ceolin - PFL; RitaCamata - PMDB; Rose de Freitas - PSDB.
Rio de Janeiro
Amaral Netto - PDS; Arolde de Oliveira- PFL; Bocayuva Cunha - PDT; BrandãoMonteiro - PDT; Carlos Alberto Caó PDT; Doutel de Andrade - PDT; EdésioFrias - PDT; Edmilson Valentim - PC doB; Ernani Boldrim - PMDB; Flávio Palmierda Veiga - PMDB; Francisco DornellesPFL; Gustavo de Faria -; Jorge Leite PMDB; José Carlos Coutinho - PL; JoséLuiz de Sá - PL; Luiz Salomão - PDT;Márcio Braga - PDT; Messias Soares PMDB; Miro Teixeira - PDT; Nelson Sabrá- PRN; Paulo Ramos - PDT; Ronaldo Cezar Coelho - PSDB; Rubem Medina PRN; Sérgio Carvalho - PDT; Simão Sessim- PFL; Vladimir Palmeira - PT.
Minas Gerais
Aécio Neves - PSDB; Álvaro Antônio- PMDB; Alysson Paulinelli - PFL; CarlosCotta - PSDB; Carlos Mosconi - PSDB·Christóvam Chiaradia - PFL; Dálton Cana:brava-PMDB; Elias Murad-PSDB; Genésio Bernardino - PMDB; Ibrahim AbiAckel - PDS; Israel Pinheiro - PMDB;João Paulo - PT; José da Conceição PMDB; José Geraldo - PL; José Mendonçade Morais - PMDB; José Santana de Vasconcellos - PFL; Lael Varella - PFL; LuizLeal - PMDB; Marcos Lima - PMDB; Mário Assad - PFL; Mário de Oliveira - PRN;Maurício Campos - PL; Melo Freire PMDB; Milton Lima - PMDB; Milton Reis-; Octávio Elísio - PSDB; Paulo Almada- PMDB; Roberto Brant - PMDB; RonaroCorrêa - PFL; Saulo Coelho - PFL; SérgioNaya - PMDB; Sérgio Werneck - PL; Sílvio Abreu - PDT; Virgílio Guimarães PT; Ziza Valadares - PSDB.
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1113
São Paulo
Afif Domingos - PL; Antônio Perosa PSDB; Antônio Salim Curiati - PDS; Aristides Cunha - PSC; Arnold Fioravante PDS; Caio Pompeu de Toledo - PSDB; Cunha Bueno - PDS; Dirce Tutu Quadros PSDB; Doreto Campanari - PMDB; FábioFeldmann - PSDB; Fausto Rocha - PRN;Fernando Gasparian - PMDB; GeraldoAlckmin Filho - PSDB; Gumercindo Milhomem - PT; Hélio Rosas - PMDB; IrmaPassoni - PT; Jayme Paliarin - PTB; JoãoCunha- PST; João Herrmann Neto - PSB;João Rezek - PMDB; José Camargo PFL; José Egreja - PTB; José GenoínoPT; José Maria 'Eymael - PDC; José Serra- PSDB; LeonelJúlio - PPB; Luiz EduardoGreenhalgh - PT; Luiz Gushiken - PT;Luiz Inácio Lula da Silva - PT; Maluly Neto- PFL; Manoel Moreira - PMDB; MendesBotelho - PTB; Nelson Seixas - PDT; Paulo Zarzur - PMDB; Ricardo Izar - PL;Robson Marinho - PSDB; Roberto Rollemberg - PMDB; Samir Achôa - PMDB;Theodoro Mendes - PMDB; Tidei de Lima- PMDB; Ulysses Guimarães - PMDB.
Goiás
Aldo Arantes - PC do B; Délio BrazPMDB; Fernando Cunha - PMDB; IturivalNascimento - PMDB; Jales Fontoura PFL; José Freire~ PMDB; Lúcia VâniaPMDB; LuizSoyer-PMDB; Mauro Miranda - PMDB; Naphtali Alves de Souza PMDB; Tarzan de Castro - PDT.
Distrito Federal
Geraldo Campos - PSDB; Márcia Kubitschek - PRN; Maria de Lourdes Abadia PSDB; Valmir Campelo - PTB.
Mato Grosso
Ubiratan Spinelli - PLP.
Mato Grosso do Sul
Gandi Jamil - PFL; Ivo Cersósimo PMDB; José Elias - PTB; Levy Dias PFL; Saulo Queiroz- PSDB; Valter Pereira-PMDB.
Paraná
Airton Cordeiro - PFL; Alarico Abib PMDB; Antônio Ueno - PFL; Basilio Villani - PRN; Borges da Silveira - PDC; ErvinBonkoski - PTB; Jacy Scanagatta - PFL;Jovanni Masini - PMDB; Matheus Iensen- PMDB; Maurício Fruet - PMDB; MaxRosenmann - PL; Nelton Friedrich PSDB; Renato Johnsson - PRN; SantinhoFurtado -'- PMDB; Waldyr Pugliesi PMDB.
Santa Catarina
Artenir Werner - PDS; Cláudio AvilaPFL; Eduardo Moreira - PMDB; HenriqueCórdova-PDS; Ivo Vanderlinde-PMDB;Orlando Pacheco - PFL; Paulo Macarini PMDB; Ruberval Pilotto - PDS; VictorFontana-PFL; Walmor de Luca-PMDB.
Rio Grande do Sul
Antônio Britto -PMDB; Arnaldo Prieto- PFL; Carlos Cardinal- PDT; Erico Pegoraro - PFL; Floriceno Paixão - PDT; Hermes Zaneti - PSDB; Hilário Braun PMDB; Irajá Rodrigues - PMDB; João deDeus Antunes - PTB; Jorge Uequed PSDB; Lélio Souza - PMDB; Mendes Ribeiro - PMDB; Nelson Jobim - PMDB;Paulo Mincarone - PTB; Paulo Paim - PT;Rospide Netto - PMDB; Ruy Nedel PSDB; Vicente Bogo - PSDB.
Amapá
Eraldo Trindade - PL; Geovani Borges- PRN; Raquel Capiberibe - PSB.
Roraima
Chagas Duarte - PDT.
VII - ORDEM DO DIA
o SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- A lista de presença registra o comparecimento de 376 Senhores Deputados.
Apresentação de ProposiçõesOs Senhores Deputados que tenham pro
posições a apresentar poderão fazê-lo.Apresentam proposições os Senhores:
ADHEMAR DE BARROS FILHO Projeto de Lei que fixa o prazo para respostapara atendimento do pedido de informaçãoprevisto no inciso XXXIII, do artigo 59 daConstituição Federal.
ELIAS MURAD - Projeto de lei que dispõe sobre a declaração da Fundação Navantino Alves como de utilidade pública.
ARNALDO FARIA DE SÁ - Projetode lei que institui o pagamento quinzenal aossegurados da Previdência Social.
OSWALDO LIMA FILHO - Projeto delei que dispõe sobre a complementação deaposentadoria de ferroviários e dá outras providências.
PAULO PAIM - Projeto de lei que dispõe sobre a capacidade civil do maior de 16(dezesseis) anos e menor de 18 (dezoito) anospara o fim específico de movimentação dosdepósitos em Caderneta de Poupança.
PAULO ZARZUR - Projeto de lei queproíbe que as transportadoras descontem daremuneração de empregados o valor de carga, encomenda ou bagagem, extraviada ouavariada.
JAYME PALIARIN - Requerimento para consignar nos anais da Câmara dos Deputados voto de congratulações com o povo eautoridades de Campos Novos Paulista, Estado de São Paulo, pela passagem do aniversário da cidade no próximo dia 10 de março.
GEOVANI BORGES -'- Projeto de leique dá nova redação ao art. 548 do Códigode Processo Civil.
CUNHA BUENO - Projeto de lei quedispõe sobre o mandado de injunção.
- Projeto de lei que institui a Comenda"Cruz do Heroísmo Cívico".
- Projeto de lei que institui o Sistema Nacional de Saneamento Básico, e dá outrasprovidências.
- Projeto de lei que considera exploradoeconomicamente o imóvel rural coberto comfloresta de preservação permanente.
FRANCISCO AMARAL - Projeto de leique autoriza o intercâmbio de bilhetes de passagens aéreas entre as companhias transportadoras.
LUIZ LEAL - Projeto de lei que permiteàs Prefeituras das cidades de pequeno e médio portes, captação e retransmissão de rádios FM, nas condições que especifica.
ROBERTO VITAL - Projeto de lei queregulamenta o regime da prestação de serviços públicos, através de concessões e permissões, previsto no artigo 175 da ConstituiçãoFederal.
GANDI ,JAMIL- Projeto de lei que regula o artigo 79, inciso V, da Constituição Federal.
- Projeto de lei complementar que alterao artigo 477 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, regulando o artigo 79, incisoI, da Constituição Federal.· -:- Projeto de lei que regula o artigo 79 ,
InCISO XXIII, da Constituição Federal.· -:- Projeto de lei que regula o artigo 79 ,
InCISO XXVI, da Constituição Federal.· -:-Projeto de lei que regula o artigo 79,
InCISO XXXIII, da Constituição Federal.- Projeto de lei que regula o artigo 79 ,
inciso XXI, da Constituição Federal, alterando o artigo 487 da Consolidação das Leis doTrabalho - CLT.· -:-Projeto de lei que regula o artigo 79,
InCISO XXVII, da Constituição Federal.- Projeto de lei que altera n9 6.815, de
19 de agosto de 1980, regulando o artigo 12.item lI, alínea a), da Constituição Federal. .
- Projeto de lei que regulamenta o disposto no item XXV do artigo 79 da ConstituiçãoFederal.
- Projeto de lei que regulamenta o artigo10 da Constituição Federal.
- Projeto de lei que regulamenta o parágrafo único do artigo 89 da Constituição Federal.
- Projeto de lei que regula o artigo 37,inciso VIII, da Constituição Federal.
- Projeto de lei que dispõe sobre saláriofamília.
LEONEL JÚLIO - Projeto de lei quedispõe sobre a apelação em crimes contrao patrimônio ou contra os costumes.
SAULO QUEIROZ - Projeto de lei queregula o acesso gratuito, pelos Partidos Políticos, ao rádio e televisão, de acordo com o§ 39 , do artigo 17, da Constituição, e dá outrasprovidências..
EUCLIDES SCALCO - Projeto de leique dispõe sobre o direito dos Partidos Políticos aos recursos do Fundo Partidário, deacordo com o § 39, do art. 17, da Constituição,estabelece normas de finanças e contabilidade partidárias e dá outras providências.
ROSÁRIO CONGRO NETO - Projetode lei que veda a cobrança de taxa de inscrição para concursos públicos realizados por
1114 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
órgãos da Administração Federal Direta, Indireta ou Fundamental de qualquer dos Poderes da União.
HARLAN GADELHA - Projeto de leique autoriza o Poder Executivo a criar a Escola Técnica Federal de Itaquitinga, no Município de Itaquitinga, no Estado de Pernambuco.
- projeto de lei que autoriza o Poder Executivo a criar a Escola Técnica Federal deCondado, no Município de Condado, no Estado de Pernambuco.
Luís SALOMÃO - Projeto de lei complementar que veda a emissão de ações, títulos e demais obrigações ao portador.
CARLOS ALBERTO CAÓ - Projeto delei que determina a inclusão no cálculo dosalário mínimo, de percentual corrigindo defasagem resultante do Plano Verão.
IRAJÁ RODRIGUES - Projeto de leique dispõe sobre a transformação da EscolaTécnica Federal de Pelotas, Rio Grande doSUl, em Centro Federal de Educação Tecnológica.
JOSÉ CARLOS COUTINHO - Emendamodificativa ao Projeto de Lei Complementar n' 154/89, que dispõe sobre o Sistema Financeiro Nacional - Art. 192.
LÉZIO SATHLER - Projeto de lei queestabelece em 3 (três) dias a licença a funcio,nário, empregado, em virtude de falecimentode pai, mãe, esposo, esposa; filho.
JOSÉ SANTANA DE VASCONCELLOS - Projeto de lei que regulamenta oprocesso e execução das penas nos erimesde cárceres privado e de extorsão medianteseqüestro, previsto nos artigos 148 e 159 doCódigo Penal.
-Projeto de lei que regulamenta o art.5', XLIII da Constituição Federal.
ANTÓNIO SALIM CURIATI - Projetode lei que autoriza o Poder Executivo a criarEscola Agrotécnica Federal de Itararé noMunicípio de Itararé, Estado de São Paulo.
- Projeto de lei que autoriza o Poder Executivo a ,criar a Escola Técnica Federal deFartura, Estado de São Paulo.
- Requerimento de informações ao Ministério das Relações Exteriores sobre os qua
, dros da representação diplomática brasileiranos Estados Unidos.
PAULO MA~QUES-P~oj~tode lei queestabelece ó percentual de catr0s produzidospelas mOlltadorfls, para efeito de isenção tributária conferida aos automÓveis destinadosaos serviço de táxi.
RAQUEL CÃNDIDO - Projeto de leique autoriza o Poder Executivo a Instituiro Sistema de Compensação de CobrançaBancárias. ' , ,
FERNANDO SANTANA':"" Projeto delei que altera a Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966 que regula o exercício das profissões de engenheiro, arquiteto e engenheiroagrônomo, dispondo sobre eleições diretaspara Presidentes dos Conselhos Federal e Regionais d(~ Engenharia, Arquitetura e Agronomia e dá outras providências.
ANTÓNIO CARLOS MENDES THAME - Projeto de lei que fixa o salário profis-
s!onal dos professores e dá outras providências.
,JOVAN~ M~SINI - Projeto de lei queda denommaçao a viaduto existente naBR-376, KM 110,2.
ZIZA VALADARES - Projeto de leique acrescenta inciso ao art. 14 da Lei n'7.713, de 22 de dezembro de 1988.
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- De acordo com o art. 64, § 2' da Constituição, deixa de ser votado o requerimentosobre a mesa, desde que existe matéria sobrestando toda a pauta.
Como os Líderes não chegaram a um acordo em torno da consulta feita pela Tvfesa sobrea tramitação das mensagens do Poder Executivo para concessão ou renovação de emissoras de rádio e televisão - parecer do ilustreRelator Nelson Jobim - esta Presidênciaadia fada a votação para a sessão de amanhã.
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)-Comunico ao Plenário que, de acordo como art. 65, inciso IV, combinado com o art.68 do Regimento Interno, a Mesa defere inIimine o seguinte requerimento:
Senhor Presidente,Nos termos regimentais, requeiro a Vossa
Excelência seja reservada uma sessão parahomenagear a figura histórica do ilustre homem público,que foi Luís CARLOS PRESTES, Presidente de Honra do nosso Partidono Rio de Janeiro, falecido na madrugadade hoje.
Sala das Sessões, 7 de março de 1990. Deputado Doutel de Andrade, Líder do PDT- Gastone Righi, Líder do PTB - EuclidesScalco, Líder do PSDB - Ibsen Pinheiro,Líder do PMDB - Plínio Arruda Sampaio,Líder do PT.
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- No mesmo sentido, há <requerimento danobre Deputada Abgail Feitosa, do PSB daBahia, e do Deputado Paulo Paim, do PTdo Rio Grande do SUL
Fica, portanto, reservada uma sessão parahomenagear Luís Carlos Prestes, em data aser acertada oportunamente.
A Mes'a comunica ao Plenário que tambémdeferiu o requerimento do ilustre Líder Euclides Scalco, do PSDB, solicitando seja prorrogada.a sessão ordinária desta Casa no próximo dia 8 do corrente para homenagear o DiaInternacional da Mulher.
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Sobre a mesa requerimento assinado pelonobre Deputado Renato Vianna, Vice-líderdo PMDB, solicitando seja designada umasessão para homenagear a memória de umdos mais ilustres Parlamentares do Estadode Santa Catarina e Governador em exercício, recentemente falecido, Pedro Ivo Campos.
Portanto, fica reservada uma sessão parahomenagear o ex-Governador e ex-Deputado Pedro Ivo Campos, em data a ser acertada.
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Vai-se passar ao horário de
VIII - COMUNICAÇÕES PARLAMENTARES
O Sr. Edmilson Valentim - Pela ordem,Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Pela ordem, concedo a palavra ao nobreDeputado Edmilson Valentim.
O SR. EDMILSON VALENTIM (PC doB - RJ. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, recebemos os contra cheques de alguns trabalhadores de empresas - Sitrame Ipanema que prestam serviço a esta Casa,os quais se encontram em greve. Seus saláriossão irrisórios. Recebem apenas NCz$1.500,00. O valor dos vales-refeições é deNCz$ 44,00 por mês, para pagar uma aliemtnação que, no próprio "Bandejão" da Câmara, já subsidiado. custa NCz$ 50,00.
Solidarizamo-nos com esses trabalhadores,por serem vítimas de profunda exploração,cometida pelas referidas empresas, com certaconivência - não s~i a palavra é conivênciaou omissão - por parte da administraçãoda Câmara dos Deputados.
Esse tipo de contrato, de locação de mãode-obra, gerou, aliás. grande polêmica quando da elaboração da Constituição. Não se'pode permitir, que na Câmara dos Deputados, Casa dos representantes do povo, essetipo de exploração. '
Era esta a nossa reclamação. Gostaríamosde ouvir da Presidência da Casa informaçõessobre as providênciasque serão toinadas parasanar de vez esse problema.
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Esta Presidência, em nome da Mesa, seassocia a V. Ex' na manifestação de repúdioa essas empresas, que realmente estão pagando salário irrisório àqueles que prestam serviços à Casa.
Entrarei em contato com o Diretor-Geralda Câmara. que tem agido prontamente emtodos os momentos, para que possamos tomar uma decisão, de modo a sanar a injustiçaque se pratica contra esses humidles trabalhadores. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Concedo a palavra ao Sr. Arnaldo Fariade Sá, pelo PRN.
O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PRN- SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Srs. Deputados, sendo um assunto pessoal, ainda que público, não comunicaria à Casa o fato de ter sido o DeputadoArnaldo Faria de Sá eleito Presidente da"Portuguesa", em São Paulo. Mas o fato deo Deputado Fausto Rocha, ter-me cumprimentado publicamente na sessão obriga-mea comentar aspectos dessa eleição.
Quando, no início deste ano, um grupode conselheiros procurou-me para ser candidato à Presidência da Associação Portuguesade Desportos, aleguei que só o seria se pudesse contar com o apoio das outras duaschapas de oposição.
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção !) Quinta-feira 8 1115
Assim ocorreu: ficou a chapa das oposiçõescom o Deputado Arnaldo Faria de Sá e achapa da situação.
Porém, antes da eleição no dia 5 de março,o candidato da situação retirou-se, restandosó a nossa candidatura, razão pela qual fomoseleitos por aclamação.
Agora a Portuguesa terá uma administração ousada e audaciosa. Aliás, sem contatoanterior, convidamos para nossa diretoriaelementos que eram da outra chapa, com oobjetivo da pacificação, e a surpresa foi geral,ficando alguns conselheiros atônitos e perplexos.
A Vice-Presidência de Futebol, o cargomais disputado e que deixaria seqüelas, nãopreenchemos: assumimos a responsabilidade. Nomeamos apenas diretores e, entre eles,um que é presidente de honra da torcida uniformizada, inovando na administração dosgrandes clubes do futebol brasileiro.
Vamos buscar, junto com a grande torcidarubro-verde, o almejado título.
O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira)- Concedo a palavra ao Sr. Edmundo Galdino, pelo PSDB.
O SR. EDMUNDO GALDINO (PSDB TO. Prqnuncia o seguinte discurso.) - Sr.Presidente, Sr" e Srs. Deputaqos, ainda guardo comigo as imagens destas galerias virtualmente tomadas por caboclos de mãos calejadas, por comerciantes, fazendeiros, mulheresdo povo, profissionais liberais, todos elesigualmente cônscios e determinados a escrever sua própria história.
Debruço-me hoje nas saudosas lembrançasdo passado, porque me cabe a dolorosa missão de dizer às Sr" e aos Srs. Deputados queo Tocantins não é mais um Estado a ser construído, tornou-se um espólio de guerra a sersaqueado pelo atual Governo.
O meu Estado parece ter sido conquistadopor Átila, o rei dos Hunos, tamanho o saque,a.barbárie e a truculência oficial perpetradascontra a sociedade civil e os bens do Estado.Tudo que puder tornar-se moeda de valorestá sendo pronto a ser barganhado pelo déspota que nos governa.
Conta a história medieval que Átila, conhecido pela alcunha de "Flagelo de Deus",destruía tudo que o seu braço assassino pu-odesse alcançar. Em nada diferencia-se destafigura macabra o Governador do Tocantins.
Trago comigo, acompanhado das devidasprovas legais, um rosário infindável de crimespraticados contra o patrimônio do Estado eseu povo.
Devem V. Ex" recordar-se de que o Tocantins foi criado sem qualquer dívida. Constada Constituição Federal tal determinação.Sedundo a Lei Maior, o Governador do Tocantins, eleito a 15 de novembro de 1988 paraum mandato-tampão de dois anos, tomariaposse no dia 1" de janeiro de 1990, passandoo Estado a existir de fato a partir deste momento. Vale dizer que até 31 de dezembrode 1988 o Tocantins não existia: legalmentepertencia ao Estado de Goiás e era administrado pelo seu Governo.
A ação criminosa do Chefe do Poder Executivo Estadual ficou caracterizada já no primeiro dia do Governo, quando o Sr. Governador baixou a Medida Provisória n9 2, de19 de janeiro de 1990, aprovada posteriormente pela Assembléia Legislativa e que dispõe sobre o Orçamento Anual do Estado.Ali se autoriza o refinanciamento de uma dívida de 26 bilhões e 900 milhões de cruzadosjunto ao Tesouro estadual. Até hoje, porém,não se sabe que refinanciamento é este, seo Estado foi instalado nesse dia, e sem dívidas, conforme determinação constitucional;quem contraiu esta dívida, em nome de quemela foi contratada e onde foram os recursosalocados. Sobre aberrações deste porte, Sr"e Srs. Deputados, é que falarei a V. Ex"por muito tempo na tarde de hoje.
O Estado não é um fim em si mesmo. Nãopode atuar sem limites e sem controle, sobpena de submeter os interesses coletivos agrupos que eventualmente empolgam o poder estatal.
No Tocantins, a febre privatizante quecampeia no País serviu como luva para justificar os crimes de lesa-pátria perpetrados peloPoder Executivo estadual. Vendeu-se tudo.Em um ano de Governo entregou-se aos grupos de pressão e aos amigos do Governadora Companhia de Eletricidade (Celtimo); aCompanhia Mineralizadora (Metaltins); aCompanhia de Armazenamento e Silos (Casetins), e a Companhia de Água e Esgoto(Saneatins), esta em fase final de privatização. Chegou-se à vexatória situação de privatizar-se um projeto de ZPE (Zona de Processamento e Exportação) a ser implantado emAraguaína, que sequer saiu do papel.
Ao Governo do Tocantins, depois desseamplo processo de privatização, ficaram reservados apenas as "nobres" tarefas de distribuir galinhas, cestas básicas e praticar todaa sorte de c1ientelismo e curandeirisce social,além da contratação de funcionários públicose perseguição de adversários políticos.
O mais atroz desses crimes foi, porém, aprivatização das Centrais Elétricas do Estado. O Tocantins herdou de Goiás cinco usinashidroelétricas: Balsas Mineiro, Lageado, Taguatinga, Corujão e Lages, além de dezenasde estações rebaixadoras e milhares de quilômetros de rede de distribuição de energia.Todo esse patrimônio, avaliado em 120 milhões de dólares, foi entregue a um consórciode empresas lideradas pelo Grupo Caiuá Serviços de Eletricidade S/A a preço de bananapodre em final de feira. Os cofres públicosnão viram um centavo desse dinheiro. A negociação foi tão espúria que, para se ter acesso à cópia do Edital de concorrência, paga-
.va-se, a preço de agosto de 1988, 20 mil cruzados novos, a serem recolhidos junto à Secretaria de Viação e Obras Públicas do Estado.Hoje a situação do tocantinense é singular:além de perder seu maior patrimônio, é vítima, mensalmente, de um verdadeiro estelionato, diante das taxas escorchantes cobradaspela empresa. São corriqueiros aumentos de1.000% ao mês. Afinal, à Celtins interessa,
coni exclusividade, o lucro, e quanto maior,melhor.
Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, segundo o Prof. Hélio Jaquaribe, o Brasil éo país que apresenta a mais alta taxa de concentração de renda do mundo. Não seria exagero afirmar que o Tocantins é um dos Estados de maior renda concentrada do Brasil.
Consta dos dados da Comissão Especialde Implantação do Estado que a mortalidadeinfantil no Tocantins é uma das mais altasdo País. Existe um médico para cada cincomil habitantes. A malária, a febre amarela,a leishmaniose, infecções respiratóriãs, subnutrição, micoses, o impetigo e a escabiosesão males comuns na região. Em todo o Estado apenas 300 residências dispõem de sistemade esgoto - uma rede de cinco quilômetroslocalizada em Araguaína.
É nesse caos social, onde 50% da população vivem nas trevas do analfabetismo ea malha asfáltica construída pelo Estado atinge duzentos quilômetros, que se decidiu aconstrução de Palmas, sonho megalomaníacodo Governador Siqueira Campos.
No afã de viabilizar Palmas, projeto-âncora de seumarketingeleitoral, o Governadornão se detém diante de coisa alguma. Comoum bárbaro conquistador medieval, servindo-se das baionetas da Polícia Militar, desalojou cento e cinqüenta famílias de agricultoresque residiam na área onde será construídaa nova Capital. Vencida, pela força bruta,a resistência inicial, lançou mão o SI. Governador da velha tática de terra arrasada, ordenando que tratores de esteira destruíssem todo e qualquer vestígio de ocupação dos exproprietários, inclusive removendo entulhos,restos de casas ou benfeitorias que sequerhaviam sido objeto de registro ou avaliaçãojudicial nos processos de desapropriação instaurados.Além de projeto ..âncora de marketing'elei
toral, Palmas é, sem dúvida, um garimpo acéu aberto, onde o Governador e seus asseclas enchem as suas burras.
Ofereceu '0 Governo, aos desapropriados,a irrisória quantia de 63 cruzados novos, semcorreção, por hectare, de suas propriedades.Hoje a Secretaria de Viação e Obras Públicasaliena um lote de 12x30, na área da Capital,por até 40 mil cruzados novos.
O ambicioso projeto de especulação imobiliária em que o Estado está mergulhado nãose contentou apenas com a área urbana: foidesapropriàdo todo o Município.Assim, Pal~~;vai ;~ndo co-nstruída às cus
tas da apropriàção indébita do patrimôniodos expropriados, hoje sem teto e sem terra.
Por sua vez, o Chefe do Poder Executivotocantinense, mergulhado numa aventuraimobiliária, sonha, com esses recursos, construir palácios, palacetes, monumentos e avenidas, com o objetivo precípuo de tornar-se,no vão da História, o Juscelino Kubitschekdo Cerrado.
Os tentáculos da oligarquia Siqueira Campos, que controlam toda a máquina administrativa do Estado, transformaram o projetoda nova Capital em um bem de família.
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Plagiando Juscelino e a Novacap, criou-sea Novatins, companhia responsável pelaconstrução da nova Capital. Para dirigi-Ia,o Sr. Governador nomeou, sem qualquer acanhamento, o seu filho, o Deputado FederalEduardo Siqueira Campos, que exerce cumulativamen!e, e de forma ilegal (art. 54, inciso11, letra b,. da Constituição Federal), o cargode Presidente de uma estatal e o mandatode Deputado Federal.
A desfaçatez, porém, não parou aí. Foiautorizado a funcionar na nova Capital apenas um Cartório de Registro de Imóveis, quefoi entregue ao sobrinho do Governador, oSr. Israel Siqueira Campos. Já estava prontaa nomeação da filha do Governador para o
.cargo de Prefeita biônica da Capital, quandoa Executiva Nacional de PSDB e o ConselhoFederal da OAB acionaram o Supremo Tribunal Federal, não permitindo que o Chefedo Executivo tocantinense cumprisse seu desiderato.
Sr. Presidente, Sr'S e Srs. Deputados, a Assembléia Legislativa do Tocantins é um apêndice do Executivo, tamanho o seu agachamento e subserviência. Os Deputados queali tomam assento, salvo raras e honrosas exceções, quando não dizem "sim", dizem "simsenhor" ao governador. Deram ao Chefe doPoder Executivo estadual poderes de imperador.
Hoje, por delegação expressa da Assembléia Legislativa, pode o Sr. Govelpador decidir, sozinho, sobre:
- a compra de terras pelo preço que entender; a venda ou troca a seu arbítrio, inclusivefixando tabela de preços;
- a concessão de avais por conta do Tesouro estadual;
- o substabelecimento deste poder à Codetins (Companhia de Desenvolvimento doTocantins), podendo ela prestar fiança e comparecer como principal pagadora em contratos que envolvam empreiteiras de obras estatais;
- conduzir alterações orçamentárias pordecreto, ainda quando sujeitas aos incisos Ve VI, do art. 167 da Constituição Federal.
Investidos do poder constituinte, os Deputados estaduais editaram uma Cárta Constitucional que causaria rubores aos pais do AI-S.Reinstituíram, sem nenhuma parcimônia, "oprefeito biônico" no Tocantins. Atentaram,de forma vergonhosa, contra o estado de Direito e a cidadania. Fez-se necessário que aExecutiva Nacional do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), através de seuPresidente, o Prof. André Franco Montoro,e o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil argüíssem ação direta de inconstitucionalidade junto ao Supremo Tribunal Federal, para que aquela Casa, guardiãda Constituição, não permitisse que o povotocantinense fosse submetido à figura nefastado Presifeito biônico.
Os cargos e salários passaram a ser a moedade troca mais corrente nas mãos do Governador e seu Secretariado. Há, nos Anais daAssembléia Legislativa, registro de discussões, em plenário, em que os Deputados go-
vernistas revelam ter conquistado políticosde oposição em troca de dinheiro e cargospúblicos. Qualquer um que se disponha a vasculhar o "Diário Oficial" do Estado ficaráestarrecido com o número de parentes, amigos e correligionários nomeados diariamentepara cargos e empregos públicos.
A revista "Veja", datada de 24 de janeirode 1990, sob o título "Caneta Veloz", revelaao Brasil o grau de nepotismo em que o Estado do Tocantins está mergulhando.
Em um ano de existência do novo Estado,foram feitas 6.500 novas contratações semque fosse cumprida a exigência constitucionaldo concurso público.
Hoje, o Tocantins, que nem bem saiu do'papel, já tem um quadro de funcionárioscomparável, proporcionalmente, ao secularEstado do Paraná. O Governador realiza,diariamente, 18 novas contratações para osquadros do Estado.
Assistimos, perplexos, o Governo apropriar-se de veículos supostamente roubadoscoma a finalidade de destiná-los à campanhaeleitoral do seu candidato à sucessão, Senador Moisés Abrão. Segundo denúncia do"Jornal do Tocantins", datado de 20-2-90,fls. 05, 78 veículos desapareceram do pátioda Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos, e conforme o apurado pelo jornal, osveículos apreendidos são enviados, por ordem direta da Casa Militar, a uma oficinalocalizada na Rua Maranhão, com a Av.Francisco Aires, em Miracema. Depois deampla reforma, que objetiva dificultar o reconhecimento dos veículos pelos legítimos proprietários, são eles entregues aos cabos eleitorais e apadrinhados do Governo.
Consta, ainda, da reportagem que parentese funcionários do primeiro escalão estãousando veículos apreendidos acintosamentepelas ruas de Araguaína, Miracema e atéGoiânia, exemplificando com dois santanasquatro portas que se encontram em poderd~ familiares de altos funcionários do Governo.
O impacto sobre o Judiciário não é menosnocivo. Pesam sobre as nomeações feitas peloGovernador para a mais alta Corte de Justiçaestadual, além de sérias suspeitas, mandadosde segurança (Prec. n" 20.946, junto ao STF,relator Ministro Célio Borja) que colocama Justiça estadual sub judice, semeando a incerteza e a desconfiança entre os cidadãos.
O concurso público realizado com o objetivo de preencher vagas para o cargo de Juizde Direito teve suas provas publicadas, comas devidas respostas, 24 horas antes, nos classificados do jornal "Correio Braziliense", decirculação nacional. Nem assim,comprovadafaticamente a falta de lisura na condução doconcurso, foi o mesmo anulado.
O descrédito nas instituições toma conta.de todas as camadas sociais do Tocantins,o cidadão tem consciência de que aquelesque poderiam detê-lo não têm a independência necessária para tanto. O temor, a desespe
.rança, a desagregação social é a realid~de
.latente do mais novo Estado do Brasil.
Não satisfeito com as aberrações patrocinadas sob seu império, o Governador entendeu por bem decretar quatro intervençõesestaduais nos Municípios de Almas, São Valério da Natividade, Ananás e Araguaína, amaior cidade do Estado. Não tecerei opiniõespessoais; passarei, doravante, a ler trechosda Carta de Repúdio de Araguaína ao atointervencionista, onde constam como signatários, entre outros, eu, o Senador Carlosdo Patrocínio, quatro Deputados estaduais,o Presidente da Associação Comercial e Industrial de Araguaína, os Presidentes das Lojas Maçônicas e Lions Clube, dez dos quinze
'Vereadores do Município de Araguaína, oPresidente da Associação dos Odontólogos,os Presidentes dos Diretórios do PDT,PSDB, PDS; Presidente da UDR, Prefeitos,Presidentes de associações de bairros e demais lideranças locais.
Diz a "Carta de Repúdio":
"Os órgãos, entidades classistas e homens públicos de Araguaína, Estado doTocantins, de forma apolítica e apartidária, vêm repudiar publicamente a antidemocrática e despótica intervenção estadual efetivada neste Município, semqualquer respaldo legal.
Continua a "Carta de Repúdio":
"Malsinada intervenção resultou deum processo kafkiano, tramado às escuras, sem nenhum conhecimento e participação do Poder Legislativo Municipal eda comunidade'araguaiense. Vislumbrase, no condenável ato, intuito meramente vingativo, demagógico e eleitoreiro,por nunca haver contado o Sr. Governador José Wilson Siqueira Campos como apoio da sociedade local que, diuturnamente, contesta o seu governo corrupto,despótico, nepótico e demagógico.
A inoportuna criação de Palmas parece ser exemplo disso. A megalomaniado Sr. Governador em assentar a novaCapital em lugar ermo e de difícil acesso,no curto espaço de tempo no restantedo seu mandato (menos de um ano),exaure e compromete os recursos atuaise futuros deste Estado, extremamentepobre e com seriíssimos problemas estruturais e sociais.
Conscientemente, ninguém é contra aconstrução de uma nova Capital no centro geográfico do Estado do Tocantins.O que se repudia, com veemência, é aexecução dessa obra faraônica neste grave momento econômico por que passaa Nação brasileira.
No Tocantins não há cidades com redede esgoto; água é privilégio de poucos.Falta tudo, escolas, hospitais, energiaelétrica e assistência à sua população.Mas teima o Governador em l"tigir a suaCapital.
E voz corrente que o Sr. SiqueiraCampos procura imitar um falecido eilustre estadista nacional. Acontece que,no momento presente, se se mirar eleno espelho da história tocantinense, por
Março de 1990 DIÁRIO DO C,ONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1117
certo não verá refletida a figura do estadista copiado, mais a figura de Silvériodos Reis, como traidor dos ideários edo desenvolvimento do Estadq do Tocantins."
Encerra-se a "Carta de Repúdio de Ara-guaína" conclamando
"a juventude, os trabalhadores, os comerciantes, os agropecuaristas, as associaões e o povo em geral para se oporem,com veemência, contra a tirania patrocinada pelo imperador do cerrado, Governador José Wilson Siqueira Campos, quevem dilapidando o Estado e transformando a administração pública em umverdadeiro mar de lama.
Convoca-se, assim, o povo tocantinense e as lideranças, em especial, para formar a mais ampla frente política de oposição, e juntos elegermos um novo governo, sério, justo, honesto e democrático, à altura de nossas honradas aspirações.
O Tocantins tem que mudar.Araguaína, 2 de fevereiro de 1990".
Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, nãosatisfeito com o saque, a truculência e a barbárie patrocinados no seu Governo, o Chefe
, do Poder Executivo tocantinense escandalizao País e põe em polvorosa o movimento ecológico ao resolver doar, através da MedidaProviSliria n9 75/89, de 8/12/89, a Ilha do Bananal à Unitins (Universidade do Tocantins).
Com esse gesto tresloucado, o Governadordeu de presente o que não lhe pertence auma entidade que não existe.
O jornal O Estado de S. Paulo, datado de13/02/90, retrata a dimensão exata do despautério que ora relato.
A Ilha do Bananal, a maior ilha fluvialdo mundo, pertence à União, e é administrada pela Fundação Nacional do Índio e peloInstituto Brasileiro do Meio Ambiente. Alise localizam as reservas indígenas dos Carajáse Javaés e o Parque Nacional do Araguaia.
A decisão sobre os destinos da Ilha do Bananal pertence a esta Casa e não ao Governador Siqueira Campos.
A Ilha do Bananal não é só um aglomeradode terras abraçado pela Rio Araguaia. Estáali, no coração do Brasil, um santuário ecológico povoado por índios, gaivotas, garças,tartarugas, tamanduás-bandeiras, onças pintadas e lobos-guarás, que não podem ficarà mercê do Governador do Tocantins.
A ilegalidade da medida é plausível. Segundo o Subprocurador da República CarlosVistor Muzzi, "a proposta de Siqueira, seposta em prática, configuraria crime de estelionato, passível de pena".
O Presidente do Ibama, Fernando CésarMesquita, segundo relato do jornal O Estadode S. Paulo afirmou que "Siqueira Camposnão pode doar o que não lhe pertence", eo Superintendente do Ibama no Tocantinssolicitou à Procuradoria Geral de Justjça argüição direta de inconstitucionalidade da Medida Provisória.
Sr. Presidente, Sr" e Srs. Deputados, oTocantins é hoje um Estado sob a égide dailegalidade. Não é necessário ter formaçãoacadêmica para perceber que a ConstituiçãoFederal está sendo diuturnamente violentada, desrespeitada, configurando um completo quadro de quebra total dos postulados jurídicos.
Ao concluir meu pronunciamento, querochamar a atenção desta Casa e do País paraa gravíssima situação por que passa o meuEstado, Tocantins, cujos presente e futuroestão seriamente comprmetidos, ameaçadospelo descalabro administrativo, pela irresponsabilidade pública e pela incompetência.
Estou convencido de que somente a intervenção federal, precedida de uma ampla auditoria nas contas do Governo, seria capazde, neste momento, pôr fim à tirania e à corrupção já institucionalizada no novo Estado.
Era o que tinha a dizer.
Durante o discurso do Sr. EdmundoGaldino, o Sr. Inocêncio Oliveira, 19 Vice-Presidente, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. ArnaldoFaria de Sá - Suplente de Secretário.
O Sr. Eduardo Siqueira,Campos - Sr. Presidente, citado nominalmente por um Parlamentar que está aqui ao meu lado, peço, nostermos regimentais, a palavra para a resposta.
O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria deSá) - Concedo a palavra a V. Ex'
O SR. EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS(PDC - TO. Sem revisão do orador.) Sr. Presidente, nos termos do Regimento Interno, peço que sejam retiradas as palavrasofensivas à honra do Governador SiqueiraCampos e de toda a sua família, proferidaspelo Deputado Edmundo Galdino.
O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria deSá) - O pedido de V. Ex' é pertinente. Determino à Taquigrafia que assim proceda.
O SR. EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS- Sr. Presidente, tenho pautado meu comportamento nesta Casa pelo equilíbrio, trazendo sempre a Plenário o debate, a discussão sobre os problemas do meu Estado. Masestá ficando costumeiro este senhor, que também representa o Estado do Tocantins, virao plenário não para trazer uma propos,taou para travar um debate salutar, sadio, saudável sobre nosso Estado, mas para denegrir.li honra do seu Governador.
Para que esta Casa conheça melhor estesenhor, eu diria que o Estado do Tocantinsnão figurava no Orçamento da União, no anopassado. Estivemos na Comissão Mista deOrçamento lutando para conseguir verbas para nosso Estado: E S. Ex' se deu ao luxode não apresentar qualquer emenda, num flagrante caso de omissão. É o tipo de Parlamentar que só usa a tribuna para atacar quemesta Casa conhece tão bem.
O julgamento do Governador SiqueiraCampos, Sr. Deputado 'Edmundo Galdino,
, será feito por este Plenário, que com ele con-
viveu durante dezoito anos, bem como o deV. Ex', pela irresponsabilidade, pela leviandade de suas palavras, que não trazem qualquer contribuição ao nosso Estado.
Peço a V. Ex' que utilize o mandato parlamentar para ajudar a implantar o Estado doTocantins, criado por Siqueira Campos, cujahonra V. Ex' não se cansa de tentar denegrir.Mas tenho certeza de que suas palavras nãoabalarão a honra de nossa família, pois tenhoo testemunho do Plenário desta Casa a respeito de quem é Siqueira Campos e de quemsou eu, que aqui cheguei há pouco tempo,mas ocupo a liderança do meu Partido, muitopela minha persistência, menos pela competência, mas também pela vontade de oferecerminha contribuição a esta Casa.
Portanto, Deputado Edmundo Galdino,suas denúncias sequer merecem resposta. Abaixeza com que V. Ex" se refere ao nomedo nosso Estádo no plenário do CongressoNacional é simplesmente deplorável e inadmissível para um Estado que quer começarseus dias e precisade trabalho e não de Parlamentares que costumam' fazer denúncias vazias. V. Ex' menciona inúmeros órgãos daimprensa, como a revista "Veja", que citaV. Ex' como fonte dessas denúncias. V. Ex'está compactuando com o responsável poruma prefeitura que sofreu intervenção, comum prefeito que teve seus bens bloqueadospor haver construído uII1a mansão com o 'dinheiro da prefeitura. Ea nota relativa à instalação do ar condicionado no mesmo imóvel- só para que se tenha um exemplo - estáincluída nas despesas a serem pagas pelo erário municipal. V. Ex' compactua'com um prefeito que no "Dia da Adn1inistração" foi desmascarado: oito máquinas forarn encontradasno Estado do Pará, fazendo o que deveriamestar fazendo nas terras de quem precisa, masestavam, sim, na fazenda de um prefeito, Aintervenção feita na referida prefeitura estáamparada pela Constituição, pois não presta[contas na forma da lei ampara a intervenção'.E, se a intervenção não tivesse sido feita naforma da lei, teria sido, com certeza, derrubada pelo Supremo Tribunal Federal.
Deputado Edmundo Galdino, eu não deveria estar aqui a perder meu tr;:mpo respondendo a V. Ex', conhecido em sua cidadepor fazer denúncia sem fundamento. Tenha;primeiro, Deputado Edmundo Galdino, ocuidado de saber quem é Siqueira Campos,o nome e a tradição que ele representa nestaCasa.
Muito obrigado, Sr, Presidente.O Sr. Edmundo Galdino - Sr. Presidente;
peço a palavra, porque fui citado nominalmente.
O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria deSá) - Tem a palavra v. Ex".
O SR. EDMUNDO GALDINO (PSDB TO. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, quero informar à Casa e ao País queeste cidadão, filho do Governador do Tocantins - Governador produto do regime militar, e o filho nada mais faz do que copiarfielmente a prática e ~ origem do pai - procu-
1.118 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
rli tentar' cãlar a voz de quem denuncia aCorrupção administrativa, os crimes pratica(lOs contra '0 Erário naquele Estado.. Respondendo ás acusações deste mais no
vo "PiChaut" da política tocantinense, querodizer que o Deputado Edmundo Galdino deve seu màndato ao povo do Estado do Tocantins. Estou cumprindo meu papel de parlamentar da oposição, fiel ao compromisso commeu povo, com minha gente, de denunciara corrupção no Estado do Tocantins, o quefaço aqui, de viva voz, no plenário da Câmarados Deputados.
Por último, Sr. Presidente, quero dizer aeste Parlamentar, filho do rei, do Governador, do' "imperador" do Estado do Tocantins, que amadureça para exercer seu mandato, que adquira a maturidade mínima exigida pelo decoro parlamentar. S. Ex' está pro
.metendo agredir-me. Ontem prometeu darme um tiro após ouvir-me fazer uma denúnciae pedir o.registro, nos Anais da Casa, dematéria do jornal O Estado de S. Paulo sobrea doação da Ilha do Bananal. Quero dizera S. Ex' que estou nesta cadeira-de-rodas porque fui vítima de um atentado a bala. Nuncative medo de poderosos. Estou aqui paracumprir meu mandato, em nome do povoque me çlegeu.
O Sr. José Costa - Sr. Presidente, peçoa palavra, pela ordem.
O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria deSá) - Tem a palavra V. Ex'.
O SR. ,JOSÉ COSTA (PSDB - AL. Sem.revisão do orador.) -Sr. Presidente, emboraesteja registrada no painel a presença de 404Srs. Deputados, é evidente a falta de quorumpara prosseguirmos os trabalhos. Peço a V.Ex' que faça a verificação e, constatada ainexistência de quorum, encerre os trabalhos.
O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria deSá) - O pedido de V. Ex' é desnecessário,visto já estarmos chegando ao encerramentoda sessão. Antes, porém, concederei a palavra ao nobre Deputado Eduardo SiqueiraCampos, para que, como lhe é de direito,faça a sua defesa, por ter sido citado nominalmente.
Informo ao Plenário que não concedereia palavra a mais ninguém, até porque nãoJIOs interessa a polêmica desnecessária, quepóderá criar seqüelas danosas.
Coli.ce'do a palalra ao último orador inscrito, Deputado Eduardo Siqueira Campos, pelo PDC::.eem seguida encerraremos a sessão.
OsiL, EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS(PPC,-;- TO. Sem revisão do orador.) Sr. Presidente, da mesma maneira como vimao miCrofone anteriormente, digo que sempre pautei pelo respeito a minha atuação como Pailamentar, como o podem confirmaros. demais Parlamentares que conhecem omeu)rabalho, que participam comigo das Comissões,às ql,lais estou diariamente presente.Por isto, tenho a impressão de haver chegado.i Liderança do meu partido muito mais po...uma homenagem dos mellS colegas do quegraças à millha competência.
De qualquer forma, Sr. Presidente, nãoposso deixar de afirmar que sempre mantiveo diálogo e estou pronto, estou apto paraparticipar do debate democrático. Mas vejambem: pedi que se extraíssem do discurso doDeputado Edmundo Galdino, das taquigráficas, as palavras ofensivas ao GovernadorSiqueira Campos e à minha pessoa, porqueo discurso de S. Ex' veio, em primeira mão,carregado de palavras que atentam contra ahonra da minha família, com o que não possoconcordar. Assim, deixo os fatos, como disseantes, ao julgamento dos meus pares e daqueles que conviveram com a minha família ecom a minha pessoa neste plenário.
Era o que tinha a dizer.
IX - ENCERRAMENTO.O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria de Sá)- Nada mais havendo a tratar, vou encerrara Sessão.
DEIXAM DE COMPARECER OS SE. NHORES:
Acre
Narciso Mendes - PFL.
Amazonas
Bernardo Cabral -; Eunice Michiles PFL; Ézio Ferreira - PFL; Sadie Hauache-PFL.
Rondônia
Chagas Neto - PL; Francisco Sales PRN; José Guedes - PSDB; Rita Furtado-PFL.
Pará
Dionísio Hage -PRN; Fernando Velasco-PMDB.
Tocantins
Moisés Avelino - PMDB.
Maranhão
Cid Carvalho - PMDB; Costa Ferreira- PFL; Eliézer Moreira - PFL; FranciscoCoelho - PDC; Joaquim Haickel - PDC;
.Sarney Filho - PFL.
Piauí
Myriam Portella - PSDB.
Ceará
Haroldo Sanford - PMDB; Orlando Bezerra-PFL.
Rio Grande do Norte
Flávio Rocha - PRN; Henrique EduardoAlves - PMDB.
Paraíba
Agassiz Almeida - PMDB; EdivaldoMotta - PMDB; Edme Tavares - PFL;João da Mata - PSDB; José Maranhão PMDB.
Pernambuco
Egídio Ferreira Lima - PSDB; José Carlos Vasconcelos - PMDB; José MouraPFL; Ricardo Fiuza - PFL; Roberto Freire-PCB.
Alagoas
Renan Calheiros - PRN; Vinicius Cansanção - PFL.
Sergipe
José Queiroz - PFL.
Bahia
Jairo Azi - PDC; Joaci Góes - PSDB;João Carlos Bacelar-PMDB; Jonival Lucas- PDC; Lídice da Mata - PC do B; LuizVianna Neto - PMDB; Mário Lima -.PMDB; Murilo Leite - PMDB.
Rio de Janeiro
Álvaro Valle - PL; Anna Maria Ratfes- PSPB; Benedita da Silva - PT; CésarMaia - PDT; Jayme Campos - PRN; JorgeGama-PMDB; José Maurício-PDT; Oswaldó Almeida - PL; Roberto Jefferson PTB; Sotero Cunha-PDC.
Minas Gerais
Hélio Costa - PRN; Luiz Alberto Rodrigues - PMDB; Mauro Campos - PSDB;_Raimundo Rezende - PMDB; Raul Belém- PMDB; Ronaldo Carvalho - PMDB.
São Paulo
Agripino de Oliveira Lima - PFL; BeteMendes - PMDB; Delfim Netto - PDS;Gerson Marcondes - PMDB; Ralph Biasi-PMDB.
Goiás
José Gomes - PRN.
Mato Grosso
Joaquim Sucena - PTB; Osvaldo Sobrinho - PTB; Percival Muniz - PMDB .
Paraná
Dionísio Dal Prá - PFL; José Carlos Martinez - PRN; Mattos Leão - PMDB; NilsoSguarezi - PMDB; Osvaldo Macedo PMDB; Renato Bernardi -PMDB.
Rio Grande do Sul
Antônio Marangon - PT.
Roraima
Marluce Pinto - PTB;
O SR. PRESIDENTE (Arnaldo Faria deSá) - Encerro a Sessão, designáda para amanhã, quinta-feira, dia 8 , ás 13:30 horas, aseguinte
Março de 1990 DIÁRIO DO GbNGRESSO NACIONAL (Seção I)
ORDEM DO DIA
URGt:.:NCIA
Votação
Quinta-feira 8 1119
.1
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 117-A, DE 198&
(Da Comissão de Ciência e Tecnolegia, Comunicação e Informática)
Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 117, de 1989,que aprova. o ato que renova a concessão outorgada à Rádio Gal1rama Ltda., paraexplorar serviço de radiodifusão sonora em onda média, na cidade de Gaurama, Estado do Rio Grande do Sul. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça ede Redação, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Relator: 8r.Nilson Gibson.
Prazo na CD vencido em: 5-9-89
2PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 140-A, DE 1989
<Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)
Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n,o 140, de 1989,que aprova o ato de renovação de concessão outorgada à Rede Matogrcssense deEmissoras Ltda., para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média, nacidade 'de Caarapó, Estado de Mato GroSso do Sul. Tendo parecer da Comissão deConstituição é de Justiça e Redação, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica·legislativa. com emenda. Relator: 8r. Nilson Gibson.
Prazo na CD vencido em: 5-9-89
SPROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.~ 118-A, DE 1989
<Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)
Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 118, de 1989,que aprova o ato que renova a concessão à Rádio Prince~a do Vale Ltda., para explorar serviço de radiodifusão na Cidade de Açu, Estado do Rio Grande do Norte.Tendo parecer da Comissão de Constituiç1!o e Justiça e de Redação, pela constitu- .c1onalidade, juridicidade e técnica legislativa. Relator: Sr. Nilson Gibson..
Prazo na 'CD vencido em: 14-10-89
to
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIV'O N.o 121-A, DE 1989<Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)
Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.O 121. de 1989.que aprova o ato que renova a concessão de outorga à Rádio Cultura de Várzea Alegre Ltda., para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média, na cidadede Várzea Alegre, Estado do Ceará. Tendo parecer da Comissão de Constituição eJustiça e de Redação. p<:la constitucionalidade, juridicidade e técnica legi~lativa.
Relator: Sr. Nilson Gibson.
Prazo na CD vencido em: 14-10-89
5
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 147-A, DE 1989<Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática),
Votação em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 147.dC 1989.que aprova o ato que renova concessão outorgada à Rádio Difusora de Picos Ltda.•para explorar serviços de radiodifusão sonora em onda média, n~ Cidade de Picos,Estado do Piauí. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação.pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com emenda. Relator:Sr. Nilson Gibson.
Prazo na. CD vencido em: 14-10-89
1120 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
6
'PROJETO DE DECRETO LEqISI.ATIVO N.o 148-A, DE 1989(Da Comissão de Ciência e Tecnolcgia, Comunicação e Informática)
Votação em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 148, de 1989,que aprova o ato que renova a concessão à Rádio Heróis do Jenipapo Ltda., paraexplorar serviços de radiodifusão senora, em onda média, na Cidade de CampoMaior, Estado do Piauí. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e deRedação, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica IÇJgislativa. Relator: Sr.Nilson Gibson. .
Prazo na CD vencido em: 14-10-897
('PROJETO DE DECRETO LEGISLATIV0 N.o 149-A, DE 1989(Da Comissão de Ciência e Tecnolcgia, Comunicação e Informática)
Votação, em discUssão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.O 149, de 1989,qUe aprova o ato de renovação de concessão outorgada à Rede Eldorado de RádioLtda., para' explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média, na Cidade deEldorado, Estado de Mato Grosso do Sul. Tendo parecer da Comissão de Constitui- .çáo e Justiça e de Red'ação, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com emenda. Relator: Sr. Nilson Gibson.
Prazo na CD vencido em: 14-10-89
8
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 157-A, DE; 1989(Da COmissão de' Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática) .
Votação em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.O 157, de 1989,que renova a concessão outorgada à Rádio Cidade AM de Votuporanga Ltda., paraexplorar serviço de radiodifusão sonora em onda média, na Cidade de Votuporanga,Estado de São Paulo. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e Redação, pela constitucionalidade, juÚdicidade e técnica legislativa. Relator: Sr. NilsonGibson.
Prazo na CD vencido em: 25-10-89
§
PROJETO.DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 162-A, DE 1989(Da Comiesão de Ciência e Tecnolcgia, Comunicação e Informática)
Votação, em discussão (mica, do Prcjeto de Decreto Legislativo n,o 162, de 1989,que aprova o ato que renova a concessão outorgada à Aeçofaba Radiodifusão Ltda.,para explorar serviço de radiodifusão sonora em onda média, na Cidade de Riachode santana, Estado da Bahia. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Jus-
tIça e de Redação, pela constitucionalidade, jurIdIcIdade e técnIca legIslativa.Relator: SI', Nilscn Gibwn.
Prazo na CD vencido em: 25-10-89
10
PROJETO DE DI;CimTO LEGISLATIVO N.o 1ô5-A, DE 1989<Da Comissão de CKllCia. e Tecnologia, Comunicação e Infol"lpática)
Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 165, de 1989,que apr?va o ato.qu~ re~ova conces.:;âo à TelBvisão Uruguaiana Ltdn., para explorar serVIço d~ radlOdlfusao de sons e imagens (televisão) na Cidade de Uruguaiana,E!stado do R~o Grande do Sul. Tendo parecer da Comissão de Constituição e JustIça ~ Redaç.ao, pela constitucionalidade, juridicldacte c técnica legislativa. Relator:Sr. Nilson GIbson.
Prazo na. CD vencido em: 14-10-89.
11
PROJETO DE ~CRETO LEGISLATIVQ N.o 136-A, DE 1989(Da Comissão de Ciência e Tecnolcgia.... Comunicação e Informática)
Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 136, de 1989,Q.ue apr?va o ato .qu~ ou~orga permissão à Rádio Areia DOUl'ada Ltda., para explorar serVIço de radlOdifusao sonora na Cidade de Cabedelo, Estàdo da Paraíba. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça. e de Redaçã-o, pela constitucio-.nalidade, juridicidade e técnica legislativa.. com emenda. Relator: Sr. Nilson Gibson.
Prazo vencido na çn em: 5-9-89
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1121
12PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o N.o 111-.'\, DE 1939
fDa Comissão de Ciência e Tecnolcgia, Comunicação c Informática)
i.rotação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 141, de 1989,que laprova o ato que outorga concessão à Rádio TV Independência Ltda., paraexplorar serviço de radiodifusão de sons e imagens (televisão) na Cidade de Toledo.Estado do Paraná. Tendo parecer d"L Comissão de Constituição e Justiça e de Redavão, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Relator: Sr. Nl1s0IJGibson.
Prazo venciilo lla. CD em: 5-9-89
13
PROJETO DE DECnE'l'O LEGISLATIVO N.o· H2-A, DE 19r.9(Da Comissão de Ciência e Tecnolcgia, Comunicação e Informática)
Votação, em discui'oqO única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 142, de 1989,que aprova o ato que outorga permissão à Fisfran - Sistema de Comunicação AltoSão Francisco Ltda., para explorar, pelo prazo de 10 (dez) anos, sem direito deexclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, na Cidadede Pompeu, Estado de Minas Gerais. Tendo parecer da Comissão de Constituição eJustiça e de Redação pela' constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa.Relator: Sr. Nilson' Gibson..
Prazo vencido na CD em: 5-9-89
14
PItOJETO DE DECHETO LEGISLATIVO N.O IH-A, DE 1989(Da Comissão de Ciência e Tecnolcgia. Comunic3.ção e Informática)
Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 114, de1989, que aprova o ato que out01'ga permisão- à Rá.dio Cidade de Sumé Ltda., paraexplorar, pelo prazo· de 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço deradiodifusão sonora em freqUência modulada, na Cidade de Cuité, E5tado da Paraiba; contra os votos dos Srs. Lysàneas Maciel, José Carlos sabóia, GumercindOMilhomem e abstenção do Sr. Antonio Britto. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação, pela constitucionalidade, juridicidade e técnicalegislativa. Relator: Sr. Nilson Gibson.
PruLO VCllÓUO. na CD em: 14-9-8915 .
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 125-A, DE 1989(Da Comissão de Ciência e Tecnolcgia, Comunicação e InformáticãJ
Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.O 125, de 1989,que aprova o ato que outorga cOncessão à RCE TV Xanxerê Ltda., para explorarserviço de radiodifusão de sens e imagens (televIsão) na Cidade de Xanxerê, Estadode Santa Catarina. Tendo parecer da Comissão de ConstitUição e Justiça. e deRedação, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Relator: Sr.Nilson Gibson.
Prazo vencido na CD em: 14-9-89
16
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 126-A, DE 1989(Da Comissão de Ciência e Tecnolcgia, Comunicação e Informática)·
Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.O 126, de 1989,que aprova o ato que outorga concessão à RádiO e Televisão Imagem Ltda., paraexplorar, pelo prazo de 15 (quinze) anos, sem direito de exclusividade, serviço deradiodifusão de sons e imagens (televisão), na Cidade de Paranavaí, Estado doParaná. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação, pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Relator: Sr. Nilson Gibson.
Prazo vencido na CD em: 14-9-89
17
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 135-A, DE 1989<Da Comissão de Ciência e Tecnologia... Comunicação e Informática)
Votação~em discussão única,. do Projeto de Decreto Legislativo n.o 135, de 1989,que aprova o ato que outorga concessão à Organização Kimura-Nakaya de Radiodi-
1122 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
fusão Ltda., para explorar serviços de' radiodifusão sonora, na Cidade de Bastos,Estado de São Paulo. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e deRedação, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Relator: Sr.Nilson Gibson.
l'razo vencido na CD em: 14-9-89
18
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 1J.o 137-A, DE 1989(Da Comissão de Ciê'ncia e 'J,'ecnolcgia, Comunicação e Illformáti'ca)
Votação, cm discussão única, do Prcjeto de Decreto Le6'islativo n.o 137, de 1989,que aprova o ato que outorga permissão à Rádio Cidade FM de Lauro Müller Ltdll.,para explorar serviço de radiodifusão sonora, na Cidade de Lauro Müller, Estado deSanta catarina. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa com emenda. Rela~
tor: Sr. Nilson Gibson.
Prazo vencido na CD em: 14-9~89 :
19
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 127-A, DPJ 1989
(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)
Votação, em discussão única", do Projeto de Decreto Legislativo n.o 127, de1989. Que aprova o ato que outorga permissão à Santa Luzia Comunicação Ltda.,para .explorar. pelo prazo de 10 (dez) anos. sem direito de exclusividade, serviçode radiodifusão sonora em freqüência modulada, na Cidade de Luziânia, Estado deGoiás. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação, pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Relator: Sr. Nilson Gibson.
Prazo vencido na CD em: 16-9-89
29
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 138-A, DE 1989
(Da Comissão de Ciência e Tecnologia. Comunic:<ação e Informática)
Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 138, de 1989.que aprova o ato que outorga permissão à Rádio' Esmeralda. Ltda., para explorar,pelo prazo de 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade; serviço de radiodifusãosonora em freqüência modulada, na Cidade de Vacaria, Estado do Rio Grande doSul. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação pela constitucionalidade, juritiicidade e técnica "legislativa. Relator: Sr. Nilson Gibson.
Prazo vencido na .CD em: 16-9-89
21
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 143-A, DE 1989
(Da Comissão de Ciência e Tecnologia," Çomunicação e Informática)
Votação, em discussão única. do Proj<:to de Decreto Legislativo n.o 143. de 1989que aprova o ato que outorga permissão à Ssociedade Alfredense de RadiodifusãoLtda., para explorar serviço de radiodifusão sonora p.a Cidade de Alfredo Chaves,Estado do Espírito Santo. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e·de Redação pela ccnstitucionalida.de, juridicidade e técnica legislativa. Relator: Sr.Nilson Gibson.
Prazo vencido na CD em: 16-9-89
22
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 145-A, DE 1989
(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)
Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo D.o 145, de 1989,que aprova o ato que outorga permissão à Melodia - Sistema Capelinhense de Ra-
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1123
diodifU5ão !tda., para eÀ"Plorar" serviço de radiodifusão soneira na Cidade de :Capelinha, Estado de Minas Gerais. Tendo parecer da Comissão de Constituição eJustiça e de Redação pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa.Relator: :Sr. Nilson Gibson.
Prazo vencido na CD em: 16-9-89.
Z3
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.0 146-A, DE. 1989(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e InfonnáUca>
Votação, em discussão única, do ;Projeto de Decreto Legislativo n.O 146, de 1989,que aprova o ato que outorga pentlissáo à :j'tede Gerais de Comunicação Ltda., paraexplorar, pelo prazo de 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço deradIodifusão sonora em freqüência modulada, na cidade de Coromandel, Estado deMinas Gcrais. Tcndo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Redaçãopela constitucionalidade, juridIcidade e técnica. legislativa. Relator: sr. NilsonGibson.
Ptazo vencido na. CD em: 16-9-89
24
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 128-A, DE 1989(Da Comissão de Ciência !l Tecnologia, Comunicação e Infonnática>
Votação, em discussão única, do 'Projeto de Decreto Legislativo n.o 128, de1989, que" aprova o ato que outorga permissão à Villa do Conde FM Ltda., paraexplorar, pelo prazo de 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, na Cidade de OUnda, Estado de Pernambuco. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação pelaconstitucionalidade, juridicidade e técnica legis1ati~a. Relator: Sr. Nilson Gibson.
Prazo na CD vencido em: 21-9-89
25
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 129-A, DE 1989(Da. Comissão de CiênCia- e Tecnologia, Comunicação e Infonnática)
Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 129~ de 1989,que aprova o ato que outorga pennissão à Rádio Divinal FM Ltda., para explorar,pelo prazo de 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusãosonora'em freqüência modulada, na Cidade de Fonniga, Estado de Minas Gerais.Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação pela constitucionalidade, juridicidade e t~cnica legislativa. Relator~ Sr. Nilson Gibson.
Prazo na CD vencido cm: 21-9-Sl9
26
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.'? 150-A, DE 1989(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)
Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo ri.o 150, de 1989,que aprova o ato que outorga concessão à Televisão Piratininga Ltda., para exploração de sons e imagens (televisão) na Cidade de Catalão, Estado de Goiás. Tendoparecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação pela' constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com emenda. Relator: Sr. Nilson Gibson.
Prazo na. CD vencido em: 14-10-89
27
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 151-A, DE 1989
(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)
Votação, em discussão única, do ,Projeto de Decreto Legislativo n.o 151, de1989, que aprova o ato que outorga concessão à Televisão Planalto Central Ltda.,para exploração 'de sons e imãgens (televisão,~na Cidade de Porangatu, Goiás. Tenpo parecer da Comissão de Cónstituição e ~~ustiça e de Redação, pela constitucionalldadc, juridicídadc c" técnica legislativa. com emenda. Relator: Sr. NilsonGibson.
Prazo na Cn" vencido em: 14,,10-89
1124 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
28
PR::'Jr~::a DE DECRETO LEGISL~TIVQ.N.o 152-A, DE 1989(Da Co~uis5i:o de C!ência e Tecnologia, Comunicação e Informática)
Votação, em discussão (mica, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 152, de 1989,que submete à consideração do Congresso Nacional o ato que outorga permisslj.o à.FM Sudoeste Radiodifusora Ltda., para explorar, pelo prazo de 10 (dez) anos, semdireito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada,na Cidade de Pirai, Estado do Rio de Janeiro. Tendo parecer da Comissão deConstituição e Justiça e Redação, pela constitucionalidade, juridicidadc e técnic.alegislativa. Relator: Sr. Nilscn Gibson.
Praz~ 11~ CD venc!C:o em: 14-10-89
29
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVQ_N.o 153-A, DE 1989I (Da Comissão de C'Gncia e Teonologia,~omunicação e Informática)
-'Vot::.ç:ío, em discu~::ão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.O 1113, de 1989,
que apl;ova o ato que outorga permissão à Rádio Vale do vasa-Barris Ltda., para·explorar, pelo prazo de 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda média, na Cidade de Jeremcabo, Estado da Bahia. Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação pela constitucionalidade, juridicidade e t~cnica legislativa. Relator: Sr. Nilson Gibson.
Prazo na CD vencido em: 14-10-89'
30
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 154-A, DE 1989(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informátiéa)
Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo ;'1." 154, de1939, que aprova o ato que outorga concessão à SPC-Sist-ema Paranaíba de Comunicações Ltda., para exploração de sons e imagens (televisão) na Cidade de Itumbia>ra, Goiás. Tendo pa.recer da Comissáo de Constittúção e Justiça e de Redaçãopela constitucionalidade, juridicidade. e técnica legislativa, com emenda. Relator:Sr. Nilson Gibson.
Prazo na OD venciílo em: 14-10-89..~. . .
31
PROJETO DE DECRETO LJi.:GISLATIVO N.o 155-A, DE 1989(Da Comissão ds Ciência e Tecnologia, Comunica(;ão e Informática)
Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 155, de 1989,que aprcva o ato que outorga permissão ao Sistema Rainha de Comunicação Ltda.,para, explorar serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, na cidadede Campina Grande, Estado da Paraíba. Tendo parecer da· Comissão de ConstituiçAo e Justiça e cie Redação pela constitucionalidade, juridieidade e .técnica legislativa. Relatoi': t.r. Nilson Gibson.
Prazo na CD venci(~o em: .14-10-89
32
PRo.JETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 156-A, DE. 1989(Da Comissão de Ciência e Tecnolocria, Comunicação e Informática)
Votação, em discussão única, !io Projeto de Decreto Legislativo n.o 156, de 1989,que aprova o ato que outorga permissão à Sociedade Rádio Sinuelo Ltda., paraexplorar, pelo prazõ de 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço deradiodifusão sonora em freqüência modulada, na Cidade de Carazinho, Estado doRio Grande do Sul. .Tendo parecer da Comíssão de Constituição e Justiça e deRedação pela eonstitueionnlida'de, juridicldade e técnica legislativa. Relator: Sr.Nilson Gibson.
Prazo na CD vencido em: 14-10-89
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1125
33
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 1'1.0 160-A, DE 1989(Da Comissão de Ciênch e Tecnolo3ia, Comunicaçãó· e Informática)
Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo 11.0 160, de 1989,que aprova o ato que outorga permissão à Rádio FM Itabaiana Ltda., para explorar, pelo prazo de 10 (dez) anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em freqüência modulada, na Cidade de Itabaiana, Estado de Sergipe. Tendo parecer da Comiss2.o de Constituição e Justiça e de Redação pela constitucionalidade, juridíciqade e técnica legislativa. Relator: Sr. Nilson Gibson.
Prazo na CD vencido em: 14-10-89
34 .
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO 1'1.0 158-A, DE 1989(Da Çomíssâo de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)
Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legis!ativo n.O 158, de 1989,que aprova o ato que outorga concessão à Televisão CapItal de Fortaleza Ltda.,para explorar serviço de radiodifusão de sons e imagens (televisão) na Cid,nde de·Fortaleza, Estado do Ceará. Tendo parecer da Comissão de ConstitUição e Justiçae de Redação pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Relator:Sr. Nilson Gibson. .
Pz:azo vencido na CD em: 2-11-89
35
PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO N.o 159-A, DE 1989(D:l. Cômissão de Ciência e .Tecnologia; Comunicação e Informática)
Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 159, de 1989,que aprova o ato que outorga concessão à Rádio Vitória de Batalha Ltda., paraexplorar serviço de radiodifusão sonora, na Cidade de Batalha, Estado do Piauí.Tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Redação pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. Relator: Sr. Nilson Gibson.
Prazo vencido na CD em: 4-11-89
36
PROJETO DE DECRETO· LEGISLATIVO 1'1.0 144-A, DE 1989
(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática>
Votação, em discussão única, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 144, de 1989que aprova o ato que outorga concessão à Telecomunicações Campos Dourados
. Ltda., para explorar serviço de radiodifusão sonora, na Cidade de Cascavel, Estadodo P~raná. Tendo parecer da Comissão de ConstituIção e Justiça e Redação, pelaconstitUcionalidade, juridicidade e técnica legislativa, cOm emenda. Relator: Sr.Nilson Gibson.
Prazo vencido na CD em: 14-9-89
Prorrogação da Sessão:
HOMENAGEM
Homenagem ao "Dia Internacional da Mulher".
Autor: Deputado Euclides Scalco.
AVISOS
1 - CONVOCAÇAO
Nos termos do art. .39, § 1'.0, do Regime~to Interno ficam os senhores Membrosdas Comissões Permanentes abaixo relacionadas convocados para, no dia 14-3-90,
1126 .Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
quarta-feira, às 9 horas, procederem à eleição dos presidentes e respectivos vicepresidentes.
- Agricultura e Política Rural ........................•.......... Sala 18
.- Ciência e Tecnologia, Comlmicação e Informática Sala 10 .
- Constituição e Justiçá e de Redação Sala 1
- Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Mino:rias Sala 17
- Defesa Nacional ,...... Sala 19
- Economia, Indústria e Comércio Sala 16
- Educação, Cultura e Desporto ;...... sala 27
- Finanças e Tributação ;............................ Sala 5
- Minas e Energia . Sala 21
- Relações EJd;erióres , . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Sala 2
- Seguridade Social e Família ~ . .. . .. .. .. .. .. . sala 20
- Trabalho, de Administração e serviço Público Sala 11
- Viação e Transportes, Desenvolvimento Urbano e Interior Sala 13
Brasília; 5 de março de 1990. - Deputado Paes de Andrade, Presidente daCâmara dos Deputados.
11 - COMISSOES ESPECIAIS
COMfSSAO ESPECIAL INCUMBIDA DE APRECIAR O 'PROJETO DE LEI
N.·l.506/89, QUE "INSTITUI NORMAS GERAIS DE PROTEÇAO A·INFANCIA E
A JUVENTUDE E OUTROS QUE CRIAM O ''ESTATUTO DACRIANÇA E DO 'ADOLESCENTE"
Presidente: Deputada Sandra Cavalcanti -' PFL - RJ
1.0 Vice-Presidente: Deputado Airton Cordeiro - PFL - PR
2.° Vice-Presidente: Deputado Arthur da ~âvola - PSDB - RJ
3.° Vice-Presidente: Deputado Benedicto Monteiro - PTB _ PA
Relator: Deputado HéUo Mallhães - PMDB - ES
TITULARES
PMDB
Celso Dourado - BA
Doreto Campanari - SP
Airton Cordeiro - PR
Robson Marinho: - SP
Nelson Aguiar - ES
Rosário Congro Neto - MJ:l
PFL
Salatiel Carvalho - PE
PSDB
PDT
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
PDS
Jorge Arbage - PA
PT
Benedita da Silva - RJ
PRN
Dionísio Hage - PA
lteurúáo: 13-3-90
Hora: 14:00
Quinta-feira 8 1127
Local: Plenário da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Infor
mática.
RELAÇAO DOS DEPUTADOS INSCRITOS NO GRANDE EXPEDIENTE
-MARQO-
Data Dia. da Semana Hora Nomes
8 5.a-feira 14:30 José Teixeira15:00 José Viana15:30 Oscar. Corrêa
9 6.a-felra 11:00 Beth Azize11:30 Asdrubal Bentes12:00 Waldeck Ornelas12:30 Amaury Müller13:00 Geraldo Campos13:30- Nelson Jobim
12 2.&-feira 15:30 Geraldo Fleming
16:00 Gonzaga Patriota
16:30 Raimundo Bezerra
17:00 Victor Faccioni
17:30 Jonas Pinheiro
18:00 Pedro Canedo
13 3.&-feira 14:30 José Mendonça de Morais15:00 Tidei de Lima15:30 Rosário Congro Neto
14 4.&-feira 14:30 Antônio Mariz
15:00 Iturival Nascimento
15:30 Egídio Ferreira Lima
16 6.a-feira 11:00 Jorge Arbage
11:30 Assis Canuto
12:00 Osvaldo Bender
12:30 Aécio de Borba
13:00 Irajá Rodrigues
13:30 Evaldo Gonçalves
. 1128 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
Data . Dia. da, Semana
19 2.a-feira
Hora
15:30
16:00
16:30
17:0017:30
18:00
Nomes
Fernando Cunha
Artur Lima Cavalcanti
Celso Dourado
Fernando GasparianGidel Dantas
Arnaldo Moraes
20 3.a·feira 14:30 Octávio Elisio15:00 José Dutra15:30 Jesualdo Cavalcanti
21 .f.a·feira 14:30 Antônio de Jesus15:00 Arn~ldo Martins15:30 Jofran Frejat
22 S.a·feira 14:30 Hermes Zaneti15:00 Virgildásio de Senna15:3(} João Machado Rollemberg
23 6.a·feira 11:00 Felipe Mendes11:30 ottomar Pinto12:00 Raul Ferraz12:30 Salatiel Carvalho3.3:00 Antoniocarlos Mendes Thame13:30 José Maria Eymael
26 2.a-feira 15:30 Marluce Pinto.16:00 Plinio Martins
16:30 Maurilio Ferreira Lima
17:00 OSmundo Rebouças
17:30 ·Adhemar de Barros Filho18:00 Bocayuva Cunha
27 3.&7feira 14:30 Tarzan de Castro15:00 Prisco Viana15:30 José Genoino
28 4.a·feira 14:30 Ismael Wanderley15:00 Antônio Marangon15:30 Jesus Tajra
29 5.a·feira 14:30 Osvaldo .Macedo.15:00 :Valmir Campelo15:30 José Guedes
30 6.a·feira 11:00 Qumercindo Milhomem11:30 Antônio Perosa12:00 Roberto Balestra12:30 Ney Lopes13:00 Francisco Amaral.13:30 Gerson Peres
~,
. Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1129
CONGRESSO NACIONALA - COMISSõES MISTAS
COMISSAO MISTA DESTINADA A ELABORAR O PROJETO DECóDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
(Art. 48 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias)
TITULARES
José Fogaça
Jutahy Magalhães
Ruy Bacelar
Iram Saraiva
Nelson Wec..ekin
,Odacir Soares
José Agripino
Dirceu Carneiro
Carlos Patrocinio
Mauro Borges
Roberto Campos
Ronan Tito
Gérson Camata
João Lobo
Pompeu de Sousa
Gomes Carvalho
SUPLENTES
Joaci Góes
Antônio Britto
Samir Achôa
Michel Temer
Sandra Cavalcanti
EUczcr Moreira
Geraldo Alckmin Filho
Jorge Arbage
Raquel Cândido
Elias Murad
Gumercindo Milhomem
Antônio Câmara
Valdir Colatto
Jo!ran Frejat
Anna Maria Rattes
Felipe Mendes
(Encerra-se a Sessão às 18 horas e 1.minuto.)
ATOS DA MESA
Aposentadorias
O Presidente da Câmara dos Deputados,no uso das atribuições que lhe confere o artigo I", item I, alínea b, do Ato da Mesa n·119, de 30 de março de 1989, resolve nostermos do artigo 40, inciso 111, alínea a, daConstituição da República 'Federativa doBrasil, combinado com os artigos 183, item11, alínea a, e 186, item I, alínea a, da Resolução n" 67, de 9 de maio de 1962, concederaposentadoria a DALVINA VIEIRAISAAC, no cargo de Agente de Serviços Legislativos, CD-AL-017, Classe Especial, Referência NI-35, do Quadro Permanente daCâmara dos Deputados, com o provento aumentado de 20%, na forma do artigo 193,item lI, da Resolução n9 67, citada.
Câmara dos Deputados, 7 de março de1990. - Deputado Paes de Andrade, Presidente da Câmara dos Deputados.
O Presidente da Câmara dos Deputados,no uso das atribuições que lhe confer~ ~ arti
;go 19, item I, alínea b, do Ato da Mesa n9
119, de 30 de março de 1989, resolve nos
termos do artigo 40, inciso 11I, alínea a, daConstituição da República Federativa doBrasil, combinado com os artigos 183, item
11, alínea a, e 186, item I, alínea a, da Resolução n9 67, de 9 de maio de 1962, concederaposentadoria a ISALTINO MARTINSFERREIRA, no cargo de Inspetor de Segurança Legislativa, , CD-AL-014, Classe Espe
'cial, Referência NS-21, do Quadro Permanente da Câmara dos Deputados, com o provento aumentado de 20%, na forma do artigo193, item 11, da Resolução n9 67, citada.
Câmara dos Deputados, 7 de março de1990. - Deputado Paes de Andrade, Presidente da Câmara dos Deputados.
O Presidente da Câmara dos Deputados,.no uso das atribuições que lhe confere o artigo 19, item I, alínea b, do Ato da Mesa n9
'119, de 30 de março de 1989, resolve nos'termos do artigo 40, inciso 111, alínea c, da:Constituição da República Federativa do
I'Brasil, combinado com os artigos 183, item111, e 186, item lI, da Resolução n" 67, de
1
9 de maio de 1962, conceder aposentadoriaa JAIR'VITOR DA COSTA, no cargo deAgente de Serviços Legislativos, CD-
'IAL-017, Classe Especial, Referência NI-35,;do Quadro Permanente da Câmara dos De,putados, com as vantagens previstas no artigo
189, item I, da Resolução n· 67, citadà, e,no artigo 2" da Resolução n"l, de 7 de marçode 1980. "
Câmara dos Deputados, 7 de março de1990. - Deputado Paes de Andrade, Presidente da Câmara dos Deputados.
O Presidente da Câmara dos Deputados,no uso das atribuições que lhe confere o artigo 19, item I, alín,ea b, do Ato da Mesa n9
119, de 30 de. março de 1989, resolve nostermos do artigo 40, inciso 111, alínea c, daConstituição da República Federativa doBrasil, combinado com os artigos 183, item11, e 186, item 11, da Resolução n9 67, de9 de maio de 1962, conceder aposentadoriaa MARIA ADELAIDE CARVALHO DESOUZA GAMMARO, no cargo de Técnicoem Documentação e Informação Legislativa,CD-AL-013, Classe Especial, ReferênciaNS-25, do Quadro Permanente da Câmarados Deputados.
Câmara dos Deputados, 7 de março de1990. - Deputado Paes de Andrade, Presidente da Câmara dos Deputados
Exonerações .
O Presidente da Câmara dos Deputados,no uso das atribuições que lhe confere o arti- .go 19, item 1,.a1ínea b, do Ato da Mesa n9
1130 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
119, de 30 de março de 1989, Resolve conceder exoneração, de acordo com o artigo 137,item I, li I', item I, da Resolução n' 67, de9 de maio de 1962, a LEILA FORTE BURACHED, Técnico Legislativo Adjunto, Classe"B", ponto n' 4.216, do cargo de Chefe deSecretaria dé Vice-Líderes, CD-DAS-101.2,do Quadro 'Permanente da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Líderdo Partido Democrata Cristão.
Câmara dos Deputados, 7 de março de1990. - Deputado Paes de Andrade, Presidente da Câmara dos Deputados.
O Presidente da Câmara dos Deputados,no uso das atribuições que lhe confere o artigo I', itlem I, alínea b, do Ato da Mesa n'119, de 30 de março de 1989, Resolve conceder exoneração, de acordo com o artigo 137,item I, § I', item I, da Resolução n' 67, de9 de maio de 1962, a MURILO SÉRGIODA SILVA NETO, Técnico Legislativo Adjunto, Classe "B", ponto n' 4.409, do cargode Assistente de Gabinete, CD-DAS-102.1,do Quadro Permanente da Câmara dos Deputados, que exerce no Gabinete do Líderdo Partido Democrata Cristão.
Câmara dos Deputados, 7 de março de1990. - 'Deputado Paes de Andrade, Presidente da Câmara dos Deputados.
O Presidente da Câmara dos Deputados,no uso das atribuições que lhe confere o artigo I', item I, alínea a, do Ato da Mesa n'119,de30 de março de 1989, resolve concederexoneração, de acordo com o artigo 137, itemI, § I', item I, da Resolução n' 67, de 9 demaio de 1962, a ERASMO DE QUEIROZFALCÃO, do cargo de Oficial do Gabinete,CD-DAS-102.1, do Quadro Permanente daCâmara dos Deputados, que exercia no Gabinete do 2' Vice-Presidente, a partir de 28de fevereiro do corrente ano.
Câmara dos Deputados, 7 de março de1990. ....,... Deputado Paes de Andrade, Presidente da Câmara dos Deputados.
Nomeações
O Presidente da Câmara dos Deputados,no uso das atribuições que lhe confere o artigo I', item I, alín. a, do Ato da Mesa n'119, de 30 de m'arço de 1989, resolve nomear,na forma do artigo 103, alínea b, da Reso-
lução n' 67, de 9 de maio de 1962, NÁDIALUCIA MACHADO RIBEIRO, para exercer, no Gabinete do 2' Vice-Presidente, ocargo de Oficial de Gabinte, CD-DAS-102.1,do Quadro Permanente da Câmara dos Deputados, transformado pelo artigo 3' do Atoda Mesa n'15, de 26 de maio de 1987.
Câmara dos Deputados, 7 de março de1990. - Deputado Paes de Andrade, Presidente da Câmara dos Deputados.
O Presidente da Câmara dos Deputados,no uso das atribuições que lhe confere o artigo I', item I, alínea a, do Ato da Mesa n'119, de 30 de março de 1989, resolve nomear,na forma do artigo 103, alínea b, da Resolução n, 67, de 9 de maio de 1962, LEILAFORTE BURACHED, Técnico LegislativoAdjunto, Classe "B", ponto n' 4.216, paraexercer, no Gabinete do Líder do PartidoDemocrata Cristão, o cargo de Assistente deGabinete, CD-DAS-102.1, do Quadro Permanente da Câmara dos Deputados, transformado pelo artigo 2' do Ato da Mesa n'140, de 18 de julho de 1989.
Câmara dos Deputados, 7 de março de1990 - Deputado Paes de Andrade, Presidente da Câmara dos Deputados.
O Presidente da Câmara dos Deputados,no uso das atribuições que lhe confere o artigo 1', item I, alínea a, do Ato da Mesa n'119, de 30 de março de 1989, resolve nomear,na forma do artigo 103, alínea b, da ResoIU9ão n' 67, de 9 de maio de 1962, MURILOSERGIO DA SILVA NETO, Técnico Legislativo Adjunto, Classe "B", ponto n' 4.409,para exercer, no Gabinete do Líder do Partido Democrata Cristão, o cargo de Chefe deSecretaria de Vice-Líderes, CD-DAS-101.2,do Quadro Permanente da Câmara dos Deputados, transformado pelo artigo 2' do Atoda Mesa n' 82, de 28 de junho de 1988.
Câmara dos Deputados, 7 de março de1990. - Paes de Andrade, Presidente da Câmara dos Deputados.
PORTARIA N' 001/90
O Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados, de acordo com o art. 259 do Regimento Interno, combinado com o inciso 110do art. l' do Ato da Mesa n' 119, de 1989,resolve, credenciar a Senhora Maria Célia
Fonseca Musa Avelar Machado como Representante da Associação Brasileira de Engenharia Industrial - Abemi.
Câmara dos Deputados, 6 de março de1990. - Deputado Luiz Henrique, PrimeiroSecretário.
PORTARIA N' 002/90
O Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados, de acordo com o art. 259 do Regimento Interno, combinado com o inciso IIdo art. l' do Ato da Mesa n' 119, de 1989,resolve, credenciar o Senhor José de BritoCastro, como representante da AssociaçãoBrasileira de Recursos Humanos":"" ABRH
Câmara dos Deputados, 6 de março de1990. - Deputadõ Luiz Henrique, PrimeiroSecretário.
PORTARIA N' 003/90
O Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados, de acordo com o art. 259, do Regimento Interno, combinado com o inciso 11do art. I' do Ato da Mesa n' 119, de 1989,resolve,
Credenciar o Senhor Luiz da Mata de Souza como Representante da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB.
Câmara dos Deputados, 6 de março de1990. - Deputado Luiz Henrique, PrimeiroSecretário.
DISTRmUlçÃO DE PROJETOCOMISSÃO ESPECIAL
CRIANÇA ADOLESCENTE
A Deputada Sandra Cavalcanti, Presidenteda Comissão Especial incumbida de apreciaro Projeto de Lei n' 1.506/89, que "Instituinormas gerais de proteção à infância e à juventude" e outros que criam o "Estatuto daCriança e do Adolescente", fez, em 6 de março de 1990, a distribuição ao Senhor Relator,Deputado Hélio Manhães, dos seguintes projetos, apensados ao de n' 1.506/89.
-Projeto de Lei n'4.371/89, do S1'. Deputado Gandi Jamil, que "regula o art. 203,inciso II da Constituição Federal";
-Projeto de Lei n' 4.517/89, do Sr. Deputado Francisco Amaral, que "altera a redaçãodo art. 30 da Lei n' 6.697, de 10 de outubrode 1979 - Código de Menores".
·Março de 1990
I'KlMUlRA SllCKllTAKIA
t::m 06.0J.90
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
REQUERIMENTO DE INFORMACAOAguardando Resposta
Quin.ta-feira 8 Ú31·
N9/MlO
15/87AUTOR/EMENTA
DEP. VICTOR FACCIONI - solicita informações ao Ministério da Fazenda sobrerumos da economia nacional.
DATA DA REMESSAOf. SGM-262/87,de16.07.87
29/87 DEP. EVALDO GONCALVES - SOlicita inform~ções ao Poder Executivo sobre a re~1
plantação do "projeto Garimpo", no Curimataú da Paraíba.Of. SGM-280/87,02.10.87
ele
57/87 DE~. WILMA MAIA - soiicita informações ao Ministério da Eduçação sobreclarecimento da edição do Decreto n9 94.993, de 02.10.87
es- Of. SGM-072188.·06.0S.88
ele
60/87
68/88
DEP. AMARAL NETTO - solicita informações ao Ministério da Fazenda sobre aimportação irregular de duas máquinas, uma para fabricação de latas e outrapara pintura e secagem de'embalagens, ambas pertencentes ã MetalúrgicaRHEEEM Empreendimentos Comerciais e Industriais S.A.
VEP. CUNHA BUENO - solicita informações ao Poder Executivo sobre a nãopubl!cação do regulamento da lei que trata do estabelecimento e funcionamento dejardins zoológicos. (Ministério da Agricultura).
Of. SGM-074/BB,
06.0S.88
Of'- SGM-11l9/li8;2l.lZ.88
de
·ele
7b/1l1l
N'l/ANO
77/88
81/88
83/88
87/88
119/88
95/88
DEP, ADOLFO OLIVEIRA - solicita informações ao Ministério ua Ed~cação a re~
peito de recursos financeiros destinados à Prefeitura Municipal de Petrópolis - RJ.
AUTOR/EMENTA
DEP. ADOLFO OLIVEIRA - solicita informações ao Poder E~ecutivo, por interm!dio da Caixa Dcon8micn Pedoral, sobro rocur&os destinndos i frefeiturn Mun~
cipal àe Petrópolis - RJ. (Ministério da Habitação, UrbanisDlo e Meio Ambic!!te).
vep. ADYLSON MOTTA - solicita informações ao Poder Executivo relativas idívida de CZ$ 11.5.32.(>79.45(>,111 (oito bilhões, quinlumtoli c trintll " <.luis Dl.!lhões, seiscentos e setenta e nove mil, .'quatrocentos e cinqUenta e seis cr~
zados e oitenta e um centavos) do Fundo de Assistência Social gerido pelolAPAS. (Min. da Previd. e Assist. Social).
DEP. WILMA MAIA • solicita informações ao Poder Executivo sobre a implant~.
ção e implementação do "Projeto Recriança". (Ministério da Previdência e A~
sistência Social).
DEP. ANTONIO'SALIM CURIATI - solicita informações ao Poder Executivo sobrea situação financeira, em especial, sobre os débitos relacionados com aITAIPU BINACIONAL. (Ministério das Minas e Energia).
DEP. ARNALDO FARIA DE sÁ • solicita informações ao Poder Executivo sobre dividas para com a Previdência e doação de área ao Clube da Previdência, em
Brasília. (Ministério da Prev, o A5sistência Social),
DEP. PAULO MINCARONE _ solicita informações ao Poder Executivo sobre sind!câncias realízadas na Cooperativa Tritrcola de Erexim - COTREL.(Minístério da Airicultura).
Of. :iG~I-197/88,'de:21.12.118
DATA DA REMBSSt\
Of. SGM-19B/8S, de21.12.88
Of. SGM~202/88, ele2.l.1":.8li
Of. SGM-204/88, ele21.12.88
Of. SGM-208/8S, de21.12.88
Of. SGM-210/8B, de21.12.88
Of. SGM-088/8Il, ele11. 011.88
1132 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
N91AnO
96/88
AUTOR/EMENTA
DEP. EVALDO GONCALVES - solicita informações ao Ministério Extraordináriopara Assuntos de Irrigação sobre a desapropriação de áreas ocupadas peloa~
dé'do Congro, na Paraíba.
DATA DA REMESSA
Of. SGM-2l6/88, de21.12.88
101/88 DEP. ADYLSON MOTTA - solicita.esclarecimentos ao Pod~r Executivo sobre aviões e helicópteros de órgãos da Administração. (SEAP)
Of. SG~I-226/88,
21.12.88de
104/88 DEP. ADYLSON MOTTA - solicita esclarecimentos ã Secretaria de AdministraçãoPública da Presidência da República sobre a carreira de Técnica em Políticas e Gestão Governamental.
10bl88 DEP. ADYLSON MOTTA - solicita esclarecimentos ao Poder Executivo sobre viagens de funcionários ao exterior. (SEDAP)
109/88 DEP. 'ADYLSON MOTTA - solicita informações ao Ministério da Previdência e Assistência Social sobre despesa de Cz$ 240.000.000,00 (duzentos e quarentamilhões de çruzados), com passagens, nos trechos Rio de Janeiro, Joinville,Rio de Janeiro.
Df. SGM-229/88,
21.12.88
Df. SGM-231/88,21.12.88
Df. SGM-234/88,
21.12.88
de
de
de
1171118
118/88
119/88
lZCl/88
DEP. ADYLSON MOTTA - solicita informações ao Ministério Extraordinário paraAssuntos de Irrigação sobre vinculação da Legião Brasileira de Assistênciacom o Ministério da Irrigac.ão.
DEP: ANTONIOCARLOS MENDES TH~~ - solicita informações ao Ministério daAgricultura sobre as medidas de proteção à fruticultura nacional, adotadaspor aquele Ministério em relação ã mosca Dacus dorsalis.
DEP. PL!NIO ARRUDA SAMPAIO - solicita informações ao Ministério do Exércitosobre a participação do EMFA na 17? Conferência dos Exércitos Americanos,realizada em Mar deI Plata, Argentina, entre 16 e 20.11.87.
DEP. PAULO RAMOS - solicita informações ao Poder Exe~utivo sobre projetos ecampanhas desenvolvidos pela Fundação Roberto Marinho, patrocinados pelo Ministério da Educação.
Of. SGM-241/88,21.12.88
Of. SGM-242/88,
21.12.88
Of. SGM-Z43/88,21.12.118
Df. SGM-0().8/89,14.02.89
de
de
de
de
130/88 DEP. PAULO RAMOS - solicita informações ao Poder Executivo sobre asnhas desenvolvidas pela Fundação Roberto Marinho, patrocinadas pelotério do Interior •
campaMinis-
'Of. SGM-012/89,14.02.89
de
134/88
135/88
142/88
.DEP. MOEMA SÃO THIAGO - solicita informações ao Ministério das Relações Exteriores relativas ã Medida p'rovisória n9 17, de 03.11.88
DEP. MOEMA SÃO THIAGO _ solicita informações ao Ministério da Fazenda sobreindagações ~ documentos relativos às dívidas externa e interna do Brasil esuas implicações com o déficit público.
DEP. FERNANDO GASPARIAN _ solicita ao Tribunal de Contas da União e ao Ministro da Justiça informações sobre a aplicação de verbas destinadas 'aosMunicípios de'Viana (MA), C~apecó (SC), e Valença (RJ).
Of. RI 016/89,03.03.89
Of. SGM-015/8!l,14.02.89
Df. SGM-021/89,14.02.89
de
de
de
143/89 :DEP.' JORGE VIANA _ solicita informações ao M~nistro da Previdência e Assistência Social sobre recursos repassados pelo Ministério da Previdência. e
.~sslstência Social aos Estados no Programa SUDS.
Of. PS/RI n9 040/89,de 22.02.89Reiterado o pedidopelo Ofício PS/RI n9,281/89, de 03.08.89
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
AUTOR/EMENTA
Quinta-feira 8 1133
DATA DA IWlESSA
151/1111
163/119
VIII'. 1'''U1.o ""1M - I>ull.. lLu ll.CUI'UIU"';':'u" uu l'r .. "l<lunt.u <lu CUUl:l'U"l>U NU~luuu.l
sobre visita de Comissão Externa Mista do poder'Legislativo à '~frica doSul.
DEP. PAULO RAMOS - solicita informações ao Ministro Chefe do Gabinete Civilsobre o desmatamento da Amazônia.
Ui. P~/~I n' OSS/U~,
de 29.03.89Reiterado o pedidopelo Oficio PS/Rl n9300/89, de 16.08.89
Of. PS/RI n9 048/89,
de 22.02.89
171/111) DEP. CSSAR MAIA - solicita informações ao Ministro da Aeronáutica sobrecontinuidade das obras do aeroporto de Jacarepaguã, no Rio de Janeira.seus reflexos sobre a vida daquele bairro.
a Of. PS/RI n9 078/89,e de 14.04.89
175/119
176/89
173/89
, 1114/119
196/119
237189
238/119
DEP. NEY LOPES - solicita informações ao Ministro das Comunicações, sobre aconclusão e funcionamento da central telefônica da "cidade ~atélite", emNatal, Rio Grande do Norte.
DEP. JORGE ARBAGE - solicita informações ao Ministro Chefe do Gabinete Civil da Presidência da R~pública sobre a regulamentação do dispositivo constitucional que concede pensão aos seringueiros carentes recrutados nos termos do Decreto-Lei n9 5.813, de l4.12.43.
DEP. JORGE ARRAGE - solicita informações ao Ministro Chefe do Gabinete Civil \lu Prullil1ônc.i.u l1u llo1,úbUcu lIubru' u rumouu l1u, pruJutu' o.1u lu.! C"ullI1uIUU!l
tar dispondo, sobre a ~rganização e o funcionamento da Advocacia Geral daUnião.
COMISSÃO VU SllllVICO POULICO - solicita informações ao Ministro do Plunejamenta, às Assembléias Legislativas e Câmara de Vereadores mencionadas sobreo reiime j uridico e os planos de carre'ira dos seus servidores.
DEP. CBSAR MAIA - solicita informações ao Ministro do Planejamento sobre oenvio do relatório da execução orçamentária.
'DEP. ELIAS MURAD - solicita informações ao Ministro da Previdência e Assi~
tência Social sobre déficit causado pelo aumento do salário mtnimo na Prevldência Social.
D~P. CBSAR MAIA - solicita informações ao Ministro da Previdência e Assistência Social a respeito da situação financeira da Previdên~ia Social •.
Of. PS/RI n9'082/89,
de 14.04.89
Of. PS/RI n9 086/89,de 18.04.89
Of. PS/RI n9 088/b9,11" 11l.04.8~
Of. FS/Rl n9 093/89,
ao PS/RI 101/89, de18.04.89
Of. PS/RI n9 135/89,de lb.05.89
Of. PS/RI n9 203/89,de 15.00.89
Of. PS/RI n9 204/89,de 15.06.89
244/119 D~P. PLINIO ARRUDA SAMPA10 - solicita informaçôes ao Ministro dosobre autorlzações irregulares de desmatamento no Acre.
Interior Of. PS/Rl n9 245/89,de 18.07.89
254/89
269/89
270/1I!1
DEP. VICTOR FACCIONI - solicita informações ao Ministro do Planejamento sobre proirama de desestatização.
DEP. NELSON SEIXAS - solicita informações ao Ministro da Educação sobre 'a
criação de cursoS na UnB.
1I1lP. NllLSON SlllXAS _ llOJiCitll infornlaçõos ao Ministro <Ia li<luca...,ão sobro cu.!:50S de nível superior existentes no Pats.
Oi. PS/RI n9 25$/89,de 18.07.89 '
Of. PS/RI n9 Z86/89.de 04.08.89
01'. PS/IU li\' 287189,
de 04.08.89
273/89 DEP. ANTERO DE BARROS - solicita informações ã Ministra do Trabalhodados referentes ã fiscalização dos direitos trabalhistas dos músicos
Bruil.
sobredo
Of. PS/RI n9 289/89,'
de 04,"08.89
1134 Quinta-feira 11 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
304/89
323/89
DEP. ARTUR DA T~VOLA - solicita informações ao Ministro Chefe do GabineteCivil sobre .questões relacionadas com recursos, projetos e funcionários doCNPq.
DEP. IRMA PASSONI • solicita informações ao Ministro do Planejamento sobrea previsão, arrecadação ~ destinação dos recursos do Finsocial.
Of. PS/RI n9 335/89,de 06.09.89
Of. PS/RI n9 318/89,de 31.08.89
337/89 DEP. OSWALDO LIMA FILHO - solicita infoxmacões ao Ministro da J~stica sobre Of. PS/RI n9 424/89~
decretos si&i10sos. de 19.10.89
343/89 DEP. PAULO PAIM - solicita informações ã Ministra do Trabalho sobre contri~ Of. PS/RI n9 375/89,buição sindical. de 04.10.89
356/89 DEP. ADHEMAR DE BARROS FILHO - solicita informações ao Ministro dos Transportes sobre questões relacionadas com a construção da BR-364.
Of. PS/RI h9 387/89,de 04.10.89 .
357/89 DEP. ADHEMAR DE BARROS FILHO - solicita, informações ao Ministro Chefe do G!binete Civil da Presidência da Repú~lica sobre a dívida do CNEN com a empr~
sa Gradel S/A.
Of, PS/RI n~ 388/89,de 04.10.89
361/89 DEP. VICTOR FACCIONI - solicita informações ao Ministro da Fazenda, ao Ministro do Trabalho e ao Tribunal de Contas da União sobre a utilização dosrecursos do Imposto Sindical.
372/89 DEP. GERSON MARC~NDES - solicita informações ao Ministro da Fazenda sobre asituacão fiscal da Empresa de SegurancaBancária Resilar Ltda.
383/89 COMISSÃO DE SERVI CO PGBLICO - solicita informações ao Ministro da Previdência e Assistêncía Social sobr~ recursos orçamentários da Legião Brasileirade Assistência • LBA.
387/89 DEP. CARLOS COTTA - solicita informações ao Ministro da Justiça sobre osmeanqros da venda do Banco Agrimisa.
392/89 DEP. GERSON MARCONDES - so~icita informações ao Ministro dos Transportessobre a relação das emproito,iras o custo das "obras omL'rllon~'illis" ,'ontrlltlldas através do 89 Distrito Rodoviário Federal do DNER-SP.
398/89 DEP. HAROLDO LIMA - solicita informações aos Ministros das Relações Exteriores o do Exército sobro a veracidade de matéria veiculada no Jornal Folhade S.Paulo, em 3.10.89, intitulada "Exército brasileiro quer ver guerrilhaangolana" é providências pertinentes. '
400/89 DEP. CnSAR MAIA - solicita informações ao Minístro da Fazenda sobre operações de empréstimos a outros países nos últimos 5 anos.
404/89 DEP. GERSON MARCONDES - solicita informações ã Ministra do Trabalho sobre a. situ~ção da Empresa de Onibus EAO Guarulhos S/A. no cumprimento da legisla
ção trabalhista.
Of. PS/RIn9s 425/89,426/89 e 427/89, de19.10.89
Of. PS/RI n9 429/89,de 19.10.89
Of. PS/RI n9 440/89,de 19.10.89
Of. PS/RI n9 518/89,de 13.12.89
Of. PS/RI n9 503/89,d,' I I.l:! ,!lU
Of. PS/RI n9 509/89o PS/Rl n9 510/89.de 11.12.89
Of. PS/RI n9 512/89,de 11.12.89
Of. PS/RI n9 519/89,de 13.12.89
408/89 DEP. GERSON MARCONDES - solicita informações ao Ministro da Saúde sobre .8
comercialização e consumo do Regaine-minoxidil.Of. PS/RI n9 522/89,de-13.12.89
412/89· DEP. RENAN CALHEIROS - splicita informações ao Ministro Chofo do GabinetoCivil sobre gast~s com diárias, viagens, alimentação e hospedagens no anode 1989.
Of. PS/RI n9 547/89,de 19.12.89
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Quinta-feira 8 1135
N9/ANO AUTOR/EMENTA
414/89 DEP. ADROALDO STRECK - solicita informações ao Ministro da Fazenda sobreeventuais débitos do Tesouro Nacional e de empresas estatais para com o Ba~
1:0 do Brasil.
41S/ij9 DEP. ANTONIOCARLOS MENDES THAME • solicita informações aO Ministro da Previdência e Assistência Social sobre os gastos em propaganda da . Previdênciapara o ano de 1989.
DATA DA REMESSA
Of. PS/RI nq 527/89,de 13.12.89
Of. PS/RI n9 528/89,de 13.12.89
418/89
4lV89
422/89
424/89
425/89
430/89
DEP. GERSON MARCONDES - solicita informações ao Ministro da Fazenda sobre adeclaração de bens do Engenheiro Deuzedir Martins, Chefe do 8q Distrito Rodoviário do Ministério dos Transportes, no Estado de São Paulo.
DEP. FÃBIO FELDMANN - solicita informações ao Ministro da Justiça sobre alegitimidade dos novos limites indenizatórios em caso de morte de passageiro de vôo internacional.
COMISSÃO DE CIENCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMATICA - solicita informações ao Ministro das Comunicações sobre a renovação de concessão outo~
gada ã Rádio Arapuan Ltda., da cidade de João Pessoa-PB.
DEP. ST2LIO DIAS - solicita informações aos Ministros da Previdência e Assistência Social, da Saúde, da Educação, do Interior, do Planejamento e daAgricultura sobre o montante e destinação dos recursos repassados para oGoverno do Espírito Santo.
DEP. NELTON FRIEDRICH - solicita informações ao Ministro-Chefe do GabineteCivil sobre autorização de abertura de agência do Citibankna cidade de Uber
lindia, MG.
DEP. LUrS ROBERTO PONTE - solicita informações ao Ministro das Minas e Energia sobre a participação acionária da Petroquisa no ~preendimento destina:do a produzir fenol/acetona no Pólo do Rio de Janeiro.
Df. PS/RI n9 531/89,de 13.12.89
Of. PS/RI nq 532/89,de 13.12.89
Of. PS/RI n9 548/89,dcl 19.12.89
Df. PS/RI n9 536/89a 541/89, de 13.12.89
Df. PS/RI ~9 542/89,de 13.12.89
Df. PS/RI n9 044/90,de 16.02.90
431/119 DEP. ANTONIO SALIM CURIATI - solicita informações ao Ministro dasobre a utilização dos recursos do FGTS.
Fazenda Df. PS/RI n9 045/90,de 16.02.90
432/89
433/89
434/89
435/89
436/89
437/ij9
DEP. NELTON FRIEDRICH - solicita informações ao Ministro das Minas e Energiasobre gás liquefeito de petróleo.
DEP. VICTOR FACCIONI - solicita informações ao Ministro do Planejamentosobre aplicação dos recursos do Finsocia1 nos exercícios de 1986 a 1989.
DEP. PAULO RAMOS - solicita informações ao Ministro da Fazenda sobre soneg~
ção fiscal e nome dos sonegadores.
DEP. FÁBIO FELDMANN - solicita informações ao Ministro das Relações Exte!i~
res sobre comissão criada para estudar as alterações climáticas do planeta.
DEP. FÁBIO FELDMANN - solicita informações ao Ministro do Interior sobre osresultados do processo que motivaram a dispensa do Superintendente da~.
UHP. FÁ~lO FllLUMAN~ - solicita informações ao Ministro da Saúde sobre asconseqUências para a 'saúde humana da adição de gasolina ao álcool comhustível para veículos.
Of. PS/RI n9 046/90,de 16.02.90
Of. PS/RI n9 047/90,de 16.02.90
Of. PS/RI n9 048/90,de 16.02.90
Of. PS/RI n9 049/90,de 16.02.90
Df. PS/RI nq 050/90,de 16.02.90
Of. PS/R1 n9 051/90,de 16.02.90
1136 Quinta-feira 8 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Março de 1990
N9/ANQ AUTOR/EMENTA
438/89 DEP. FÁBIO FELDMANN - solicita informações aos Ministros das Relações Exteriores e das Minas e energia sõbre a prorrogação do acordo nuclear firmado
,com a Alemanha.
439/89 DEP. FÁBIO FELDMANN - solicita informações so Ministro-Chefe do GabineteCivil da Presidência da República sobre projetos constantes da Mensagem n9674/89.
440/89 DEP. F~BIO FELDMANN - solicita informações ao Ministro dos Transportes sobreos projetos de construção e pavimentação de rodovias na Região Norte.
441/89 DEP. FÁBIO FELDMANN - solicita informações ao Ministro dos Transportes sobreo projeto de construção da rodovia BR-364/RO/AC - Porto Velho·- Rio Branco.
DA'fA DA lUlMESSA
Of. PS/RI n9 052/90e PS/RI n9 OS3/90,de16.02.90
Of. PS/RI n9 054/90.de 16.02.90
Of. PS/RI n9 055/90.de 16.02.90
Of. PS/RI n9·056/90.de 16.02.90
442/89 DEP. FÁBIO FELDMANN - solicita informações ao Ministro das Minas e Energiasobre as conseqUências da adição da gasolina ao álcool combustível.
Of. PS/RI n9 057/90.de 16.02.90
443/89 DEP. GERSON MARCONDES. solicita informações ao Ministro da Previdência eAssistência Social sobre a apuração de irregularidades no Suds-Ersa-15, deGuarulhos, São Paulo.
Of. PS/RI n9 058/90,de 16.02.90
444//10
445/89
446/~9
447/89
450/89
451/89
452/89
IHJI'. :.iAULO QUIHltOZ - uulJ.<;J.t.a J.llrUl·llI,,~Ügll ao MJ.nJ. .. t.l'e o.l .. 1'''''0110.1.. loelll'g e ..
motivos do Banco do Brasil ainda não ter sido autorizado a monetizar os valores dos títulos públicos federais para assegurar a demanda de crédito parao custeio agrícola.
DEP. OCTÁVIO ELtSIO - solicita informações ao Ministro das Minas e Energia$obre a concessão de alvará de pesquisà ã empresa Alexandrita, Mineração,Comércio e Exportação Ltda.
DEP. JOS~ TAVARES - solicita informações ao Ministro das Comunicações acerca do sistema de satélites utilizado nas telecomunicações brasileiras;
DEP. VICTOR FACCIONI.' solicita informações ao Ministro da Agricultura sobrea política de transportes sob a responsabilidade da CEF.
DEP. GERSON MARCONDES - solicita informações ao Ministro da' Previdência eAssistência Social sobre a situação das empresas do Grupo Paschoal Thomeu,sediada em Guarulhos • SP.
DEP. GERSON MARCONDES - solicita informações ao Ministro da Fazenda. sobre asit~ção per~nte as repartições fazendárias do Hospital Vi ta? Brasil e seusdiretores.
DEP. ARNALDO FARIA DE SÃ - solicita informações ao Ministro da Fazenda sobretítulos cont~beis "Operações de Crédito" e "Outros Créditos" constantes doBalancete Patrimonial de setembro de 1989 do Banco do Brasil.
U!, I'S/JU W.' o:>1I/1I0,
de 16.02.90
Of. PS/RI n9 060/90,de 16.02.90
Of. PS/RI n9 061/90 •.de 16.02.90
Of. PS/RI n9 062/90.de 16.02.90
Of. PS/RI n9 063/90,de 16.02.90
Of. PS/RI n9 064/90.de 16.02.90
Of. PS/RI n9 065/90,
de 16.02.90
453/89 DEP. F~IO FELDMANN - solicita informações ao Ministro da Fazenda sobreendividamento do País junto ã República Federal da Alemanha.
o Of. PS/RI n9 066/90,de 16.02.90
454/119 DEP. FÁBIO FIlLlJMANN - solicita informações ao Ministro-Chefe doCivil da Presidência da República sobre alteração dos limites daLegal e as implicações em relação aos incentivos fiscais.
GabinuteAmazônia'
Of. PS/RI n9 075/90,de 05.03.90
Março de 1990 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
AUTOR/mlliNTA
Quinta-feira 8 1137
~ATA DA RalESSA
455/89
456/89
457189
458/89
DEP. LOCIA BRAGA - solicita informações ao Tribunal de Contas da União sobreresultados dé auditoria em empresas que utilizam recursos de incentivos fi~
cais administrados pela SUDENE.
DEP. LOCIA BRAGA - solicita informações ao Ministro da Fazenda sobre resul.tados de auditoria em emp~esas que utilizam recursos de incentivos fiscaisadministrados pela SUDENE.
DEP. ADEMIR ANDRADE - solicita informações ao Ministro da Agricultura sobrea,Portaria n9 339, de 24.05.89 (Projeto de Colonização Tucumã).
DEP. C~SAR MAIA - solicita informações ao Ministro do'Planejamento sobre asprivatizações realizadas pelo BNDES em 1987/89, balanços e condições de ne.gócio.
Of. PS/RI n9 067/90,de 16.02."90
Of. PS/RI n9 068/90,de 16.02.90
Of. PS/RI nQ 069/90,de 16.02.90
Of. PS/Rl n9 076/90,de 05.03.90
459/89 DEP. C~SAR MAIA - solicita informações ao Ministro da Fazenda sobre condi-ções do resgate antecipado de dívidas contraídas por mutuários do SFH nadêcada de 70, em contratos celebrados junto ã CEF.
Df. PS/RI n9 077/90,de 05.03.90
460/89 DEP. UBIRATAN AGUIAR - solicita informações ao Ministro do Planejamentosobreo valor da receita de impostos da União e montante do repasse ao Ministérioda Educação até 30.11.89.
Of. PS/RI n9 070/90,
de 16.02.90
462/89
-463/89
DEP. JESUALDO CAVALCANTI - solicita informações ao Ministro dosobre a aplicação de recursos pela Sehac no corrente exercício.
DEP. VICTOR FACCIONI - solicita informações ao Ministro-Chefe doCivil sobre irregularidades em concurso público para Técnico emj:!ducacionais.
'~I'nterior
GabineteAssuntos
Of. PS/RI n9 071/90,de 16.02.90
Of. PS/RI n9 072/90,de 16.02.90
464/89
465/89
COMISSÃO DE RELACOES EXTERIORES - solicita informações ao Ministro das Rel~
ções Exteriores sobre "Documento de Santa Fé II - A-Estratégia Americana".
DEP. JOSa TEIXEIRA - solicita informações ao Ministro da Fazenda sobre orestabelecimento da carreira de Despacllante Aduaneiro.
Of. PS/RI nQ 073/90,de 16.02.90
Of. PS/RI n9 074/90,de 16.02.90
.-----------'-----MESA---------------.Presidente:
PAES DE ANDRADE (PMDB)19 Vice-Presidénte:
INOCÊNCIO OLIVEIRA (PFL)29 Vice-Presidente:
WILSON CAMPOS (PMDB)
19 Secretário:LUIZ HENRIQUE (PMDB)29 Secretário:EDME TAVARES (PFL)39 Secretário:CARLOS COTTA (PSDB)4° Secretário:RUBERVAL PILOTTO (PDS)
Suplentes:
FERES NADER (PTB)
FLORICENO PAIXÃO (PDT)
ARNALDO FARIA DE SÁ (PRN)
JOSÉ MELO (PMDB)
PARTIDO REPUBLICANOPROGRESSISTA
-PRP- ,Líder
ADHEMAR DE BARROS FILHO
PARTIDO SOCIALISTA CRISTÃO-PSC-
LiderFRANCISCO ROLIM
Vice-Lider
PARTIDO SOCIAL DEMOCRÁTICO-PSD-
LideiCESAR CALS NETO
PARTIDO TRABALHISTARENOVADOR
-PTR-Lider
ISMAEL WANDERLEY
PARTIDO SOCIAL TRABALHISTA-PST-
LiderJOÃO CUNHA
PARTIDO DO POVO BRASILEIRO-PPB-
LiderLEONEL JÚLIO
Aristides Cunha
PARTIDO LIBERAL PROGRESSISTA-PLP -:-
LíderUBIRATAN SPINELLI
PARTIDO ÇOMUNISTABRASILEIRO
-PCB-Lider
ROBERTO FREIREVice..Líderes
. Fernando Santana Augusto Carvalho
PARTIDO COMUNITÁRIO NACIONAL-PCN-
LíderEdivaldo Holanda
PARTIDO SOCIALISTABRASILEIRO
-PSB-Lider
JOÃO HERRMANN NETOVice-Lider
PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL-PCdoB-
LiderHAROLDO LIMA
Vice-Lider
PARTIDO DEMOCRÁTICO CRISTÃO-PDC- .
LíderROBERTO BALESTRA
Vice-Lideres
PARTIDO TRABALHISTABRASILEIRO
-PTB-Lider
GASTONE RIGHI, Vice-Lideres
Sólon Borges dos Reis Valmir CampeloRoberto Jeffers0!l Osvaldo Sobrinho
Aldo Arantes
PARTIDO LIBERAL-PL-
LiderADOLFO OLIVEIRA
Vice-Lideres~arcos Formiga Ricardo Izar'
PARTIDO DOS TRABALHADORES-PT-
LíderPLÍNIO ARRUDA SAMPAIO
Vice-LideresPaulo Delgado João Paulo Pires
Gidel Dantas
.Ademir Andrade
José TavaresJosé Ulisses de OliveiraMaguito VilelaMarcos QueirozRenato. ViannaRospide NetoSÚgio SpadaTidel de Lima
pARTIDO DA SOCIALDEMOCRACIA BRASILEIRA
-PSDB-Lider
EUCLIDES SCALOVice-Lideres
José GuedesMaria de Lourdes AbadiaElias Murad
PARTIDO DO MOVIMENTODEMOCRÁTICO BRASILEIRO
-PMDB-Lider
IBSEN PINHEIROVice~L;deres
PARTIDO DA FRENTE LIBERAL-PFL-
, 1:.iderRICARDO FIUZA
Vice-LideresErico PegoraroAnnibal BarcellosLuiz EduardoSandra CavalcantiOsvaldo Coelho
Jesus TajraIberê FerreiraStélio DiasPaes LadimJosé LinsJofran Frejat
Robson MarinhoVirgildário de SennaJosé Costa
Genebaldo CorreiaAntônio BrittoBete MendesCarlos VinagreDalton CanabravaFernando VelascoFirmo de CastroFrancisco AmaralJorge LeiteJorge Medauar
PARTIDO DEMOCRÁTICO SOCIAL-PDS-
LíderAMARAL NETIO
Vice~Lfderes
José Lourenço Aécio .e L ~rba
Gerson Peres Bonifácio <!e An<!rada
PARTIDO DEMOCRÁTICOTRABALHISTA
-PDT-Lider
VIVALDO BARBOSAVice..Lfderes
Luiz Salomão Lysâneas MacielArtur Lima Cavalcante Carlos Cardinal
r--------------LIDERANÇAS---------------.,PARTIDO DA RECONSTRUÇÃO
NACIONAL-PRN-
LiderRENAN CALHEIROS
Vice-LideresArnaldo Faria de Sá Hélio CostaNelson Sabrá
PDC
PL
PT
PTB
Michel TemerNelson JobimNilson GibsonOsvaldo MacedoPlínio MartinsRenato ViannaRosário Congro NetoSérgio SpadaTheodoro MendesTito Costa
Antônio Marangon
Francisco BenjamimJairo CarneiroMessias GóisNey LopesOscar CorrêaPaes Ladim
Juarez Marques BatistaSigmaringa Seixas
Ibrahim Abi-Ackel
Silvio Abreu
Roberto Torres
VirgI1io Guimarães
Jesus TajraJesualdo CavalcantiNarciso MendesSarney Filho2 Vagas
Rodrigues Paima
José Luiz Maia
I Vaga
Vicente BogoVilson Souza
Lélio SouzaManoel MotaMaurício NasserNestor DuarteRaimundo BezerraUbiratan AguiarWagner Lago6 Vagas
PL
PT
PSB
PDC
PC do B
José Maria Eymael
José Genoíno.Marcos Formiga
Aldo Arantes
João Herrmann
Lídice da Mata
PDT
Advlson MottaJorge Arbage
Lysãneas MacielGonzaga Patriota
PSBI VagaSecretária: Delzuíte M. A. do ValeRamal: 6906
Flávio Rocha
PFL
COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃOE JUSTIÇA E REDAÇÃO
Presidente: Nelson Jobim - PMDB - RSVice Presidentes: João Natal- PMDB - GO
Jorge Medauar - PMDB - BABonifácio de Ândrada - PDS - MG
Aécio NevesEgídio Ferreira Lima
PDS
PSDB
Aloysio ChavesCosta FerreiraDionílio HageEliézer MoreiraEvaldo Gonçalves
Ernesto Gradella
PDT
SuplentesPMDB
Afrísio Vieira LimaAluisio CamposAntonio MarizAsdrubal BentesFrancisco SalesGenebaldo CorreiaJosé MeloJovanni Masini
Airton CordeiroAlcides LimaBenito GamaEnoc VieiraJosé Thomaz Nonô
PFL
PT
TitularesPMDB
Arnaldo MoraesBernardo CabralCarlos VinagreHarlan GadelhaHélio ManhãesJoão NatalJorge MedauarJosé DutraJosé TavaresLeopoldo SouzaMendes Ribeiro
Benedito MonteiroGastone Righi
PTB
PL
PSDB
Ervim BonkoskiRoberto Jefferson
Horácio FerrazJorge Hage
PDSBonifácio de AndradaGerson Peres
PTB
PC do B
- Brandão MonteiroDoutel de Andrade
Carlos Cardinal
çéres Nader
Darcy PozzaFrancisco Diógines
Gerson Peres
José CamargoJosé JorgePaulo MarquesPaulo PimentelPedro Ceolin
Fernando Lyra
Robson MarinhoVilson Souza
Júlio CamposNarciso MendesRita FurtadoSadie HauacheSérgio Brito
Jorge LeiteMárcia KubitschekOsmundo RebouçasRalph BiasiJanes Santos Neves10 Vagas
Moemã São Thiago1 Vaga " "
PDS
PT
PDT
PTB
PDC
TitularesPMDB
Manoel MotaMaurício FruetMaurício Ferreira de LimaMatheus IensenNilso SguareziOnofre CorrêaRonaldo CarvalhoRosário Congro NetoTidel de Lima
Aloísio VasconcelosAntonio BrittoAntonio GasparBete MendesDomingos JuvenilEliel RodriguesHenrique Eduardo AlvesIvo Cers6simoJosé Carlos MartinezJosé CostaJosé Ulísses de OliveiraLuiz Leal
Carrel BenevidesGastone Righi
2 Vagas"
.1 Vaga
PTB
PDSAntônio Salim CuriatiArnold Fioravante
PDT
PFL
Ãngelo MagalhãesArolde de OliveiraÁtila LiraEliézer MoreiraEnoc VieiraHumberto Souto
PSDB
Lysâneas MacielLuiz Salomão
Cristina TavaresKoyo lha
PCdo BEduardo Bonfim
PSBJosé Carlos Sabóia
SuplentesPMDB
Airton SandovalAntero de BarrosFrancisco AmaralJoaci GóesRenato JohnssonRita Camata
Álvaro Valle
Ervin Bonkoski Roberto JeffersonJosé Elias
PTFlorestan Fernandes Gum~rcindo Milhomem
PDCEduardo Siqueira Campos
PL
PFLAlysson PaulinelliChistóvam ChiaradiaErico PegoraroEunice MichilesJales FontouraJesualdo Cavalcanti
PSDBJosé Carlos GreccoNelton Friedrich
Sotero Cunha
COMISSÃO DE CIÊNCIAE TECNOLOGIA,
COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICAPresidente: Antonio Gaspar - PMDB - MAVice-Presidentes: José Costa - PMDB - AL
Álvaro Valle - PL - RJArolde de Oliveira - PFL - RJ
PSBRaquel CapiberibeSecretária: Mariza da Silva MataRamais: 6902 - 6903
"Carlos Alberto CaóMiro Teixeira
Gilson MachadoHumberto SoutoLuiz MarquesMaurício CamposNarciso Mendes.1 Vaga
Maurício NasserNestor DuarteNeuto de ContoNyder BarbosaRaul BelémRosa PrataRospide NettoSantinho FurtadoValdir ColattoValdyr Pugliesi
Jacy Scanagattalates FontouraJonas PinheiroLael VarellaVinícios Cansação
Nelson Aguiar
PDT
PT
Osvaldo Bender
PTBRodrigues P"alma
PSDBNelton Friedrich'yicente Bogo
PDS
Antônio VeDOAssis CanutoCleonâncio FonsecaCosta FerreiraDionísio Dal Prá
PSDB
PFL
Adauto PereiraAdvlson Motta
Adroaldo StreckEdmuldo Galdino
JoãO da MZita
Paulo Mourão
Antonio Marangon João PauloPDC
Aldo Arantes
Oswaldo AlmeidaPC do B
Alcides LimaAlércio Diasalysson PaulinelliErico PegoràroFrancisco CoelhoIberé Ferreira
Cristina Tavares Saulo QueirozJuarez Marques Batista Ziza Valadares
PDSErico Ribeiro Telmo-KirstMello Reis
2 Vagas
PDT
TitularesPMDB
Antônio de JesusCelso DouradoDel Bosco AmaralHilário BraunIturival NascimentoIvo Cers6simoIvo MainardiJorge ViannaJovanni Ma5iniLélio SouzaMarcos QUt::Íroz
Afif Domir,gospedo B"·
Manuel Domingos
Chico Humberto 2 Vagas
PL
José Carlos SabóiaSuplentes
PMDBAlexandre Puzyna José TavaresAntônio Câmara José VianaDoreto Campanari Maguito VilelaFausto Fernandes Moisés AvelinoGenésio Benardino Onofre CorrêaGeraldo Bulhões Percival MunizGeraldo Fleming Raul FerrazJoão Maia Renato BernardiJoão Rezek Ruy NedelJosé Amando Sérgio SpadaJosé Freire
PSB
José Elias Roberto TorresOsvaldo Sobrinho
COMISSÃO DE AGRICULTURAE POLÍTICA RURAL
Presidente: José Egreja - PTB - SPVice-Presidentes: Rodrigues Palma - PTB - MT
Nelson Duarte - PMDB - BAJonas Pinheiro - PFL - MT
"/maury Muller
Carlos Cardinal,Jayme PaliarinJosé Egreja
PSBEduardo Boufim
Adolfo OliveiraPC do B
Christovam ChiaradiaOscar CorrêaCláudio ÁvilaRicardo lzarIberê Fereira
Vladimír Palmeira
Milton ReisGenebaldo CorreiaOsmundo RebouçasGeovah AmaranteOswaldo Lima FilhoHélio DuqueRalph BiasiIsrael PinheiroRoberto BrantJoão Agripino
César Maia
Ronaldo Ccsar Coelho1 Vaga
Delfim Netto
José Mendonça BezerraSaulo CoelhoJosé MouraVinicius CansançãoJosé Teixeira
Jayme Paliarin
PDC
PL
P8B
PCdoB
PFL
SuplentesPMDB
Nelson JobimJosé CostaPaulo MincaroneLuiz SoyerRosa Prata
Manuel Domingos
Ernesto Gmdella
José Mari~ Eymael
Flávio 'Rocha
AderoiT AndTade
PFLCleonâncio Fonseca Rita CamataLeur Lomanto Simão. SessimLuiz Marques Ubiratan SpinelliManoel Castro
PSDBCaio Pompeu Léz!o 8athlerFábio Peldman
PDSCarlos Virgfiio Eurico Ribeiro
PDTRaquel Cãndido I Vaga
PTBMilton Barbosa (PDC) Valmir Campelo
PTIrma Passo~i
PDC
Antônio VenoJofran FrejatArnaldo PielroJosé JorgeArolde de OliveiraOrlando Bezerra
PSDBAntoniocarlos Mendes Tbame Kayu lha
José SerraVirgildãsio de Senna
PDS
PT
Albérico FilhoJorge LeiteAmilcar MoreiraJosé GeraldoErnani BodrímLúcia VâniaFernando Bezerra CoelhoLuIz Roberto PonteFernando GasparianMarcelo Cordeiro&ancisco. Carneiro
PFL
PSDB
PbTArtur Lima CavalcantiMárcia CibiIis Viana
. PTBBasilio VillaniGastone Righi
Bosco FrançaMarcos QueirozDarcy DeitasMax RosenmannFirmo de CastroLuiz Vianna Neto10 Vagas
COMISSÃO DE ECONONIA,INDÚSTRIA E COMÉRCIO
Airton CordeiroJosé Thomaz Nomô
I Ézio FerreiraLuiz EduardoGilson MachadoRonaro Corrêa
Presidente: Airton Cordeiro - PFL - PEVice-Presidentes: Ézio Ferreira - PFL - PR
Osmundo Rebouças - PMbB - CECésar Maia - PDT - RJ
TitularesPMDB
Gidel DantasSecretário: Benício Mendes TeixeiraRamais: 6971 - 6072
.Cunha BuenoFelipe Mendes
Josê Serra
Mendes Botelho
Mello Reis
César Maia
Osvaldo Bender
Leonel Júlio
Chico Humberto
Myriam Portelia
Roberto Augusto
Paulo SidneiRonaldo CarvalhoValdir ColattoWaldir Pugliesi3 Vagas
Paulo Silva
Mario AssadOrlando BezerraWaldeck ameias
José MaranhãoLuíz Roberto Ponte·Prisco VianaRaul FerrazRuy NedelVingt Rosado
Paes LadimRicatdo IzarSadie Hauache
Juarez Marques Batista
Sérgio Carvalho
Joaquim Haicke!Mário de OliveiraMilton LimaPaulo AlmadaSérgio Naya3 Vagas
.Gilson MachadoOsmar LeitãoSérgio Brito
PT
P])CFlorestan Fenandes
PFLAloysio ChavesAntônio FerreiraEnoc VieiraEtevaldo Nogueira
PSDBAntonio'PcroilaGeraldo Campos
POSAry Valadão
PDTBrandão Monteiro
pTBMarluce Pinto
Chagas DuartePTB
João da Mata (PDC)PT
Lurdinha Savignon
Álvaro A.ntonioAntônio BrittoAsdrubal BentesChagas NetoFernando VelascoFirmo de CastroJosé Carlos Vasconcelos
PFLAntónío FerreiraChristóvam ChiaradiaEtevaldo NogueiraHumberto Souto
\ PSDBAnna Maria Rattes10Sé CaTio5 GTecco
Jairo Azi
COMISSÃO DEDESENVOLVIMENTO URBANO,
INTERIOR E ÍNDIOPresidente: Mãrio Assad - PFL - MGVice-Presidentes: Etevaldo Nogueira - ~FL - MO
Raul Ferraz - PMDB - BAJairo Azi - PDC - BATitularesPMDB
PFLAnníbal BarcelosDionísio Dal PráFurtado LeiteOrlando Bezzem
PSDBArnaldo MartinsJosé Guedes
PDSCarlos Virgílio
PDTPaulo Ramos
PTBFarabulini J~nior
PTJosé Genoíno
PDCSotero Cunha
SuplentesPMDB
Domingos JuvenilFernando VelascoGibon MachadoHélio RosasPaulo Zarzur
PDC
PDTJosé Luiz Maia
I VagaSecretária: Marei Ferreira LopesRamais: 6998 - 7001
PDS
Suplentes
Agass!z Alméida PMDB. Antônio de JesusFrancisco CarneiroGabriel GuerreiroGerson MarcondesJosé Dutra
José Guedes
Cunha Bueno
Raimundo BezerraRaimundo RezendeRenato BernardiRonaldo CarvalhoSamir AchôaValdir Colato
Júlio CamposSandra CavalcantiWaldeck Ornélas
Roberto Augusto
Eurico Ribeiro
Paulo Ramos
Valmir Campelo
Manoel MoreiraMaria LúciaVldurico Pinto5 Vagas
1 Vaga
Octávio Elísio
Narciso MendesPedro CanedoSarney Filho
Manoel MoreiraNyder BarbosaOttomar PintoPaulo SidneiRenato Vianna2 Vagas
PDT
PTB
PT
PDC
PSDB
PDT
PFL
PSDB
Raquel CándidoPTB
Victor Faccioni
Elias Murad
SuplentesPMDB
Miraldo Gomes
PFL
PDS
Francisco PintoHarlan GadelhaHélio ManhãesIvo Lech
Alysson PaulinelliAlziro GomesEliézer MoreiraLúcio Alcântara
Aécio NevesAntonio CâmaraGeraldo BulhõesJoaci GoesJoão MaiaJosé MeloPaulo Sidnei
Artenir Werner
PMDB
PTGumercindo Milhomem
PDC
Cláudio Á vilaEunice MichilesGandi JamilJofran Frejat
Fábio FeldmannGeraldo Alckmin Filho
PDS
Paulo Delgado
Anna Maria RattesCarlos Mosconi
Nelson Aguiar
Joaquim!S~cena
Paulo Mau!ãQSecretário: Jarbas Leal VianaRamais: 6930 - 6931
COMISSÃO DE DEFESADO CONSUMIDOR EDO MEIO AMBIENTE
José Carlos Sab6iaSecretário: Ruy Ornar Prudêncio da SilvaRamais: 6920 - 6921
Titulares
COMISSÃO DEDEFESA NACIONAL
Presidente: Furtado Leite - PFL - CEVice-Presidentes: Dionísio Dal Pni - PFL - PR
Annibal Barcelos - PFL - APOttomar Pinto - PMbB - RRTitularesPMDB
PDCEduardo Siqueira Campos
PL
Antônio CâmaraEdivaldo Motta 'Expedito MachadoFrancisco PintoGeraldo FlemingHaroldo Sanford
Presidente: Joaci G6es - PMD B - BAVice-Presidentes: Antonio Câmara - PMDB - RN
Fábio Feldmann - PSDB - SPRaquel Cândido - PDT - RO
PDC
José Luiz de Sá
Lídice da MataPCdoB
Victor Faccioni
Octávio Elísio
Mário LimaMaurício PáduaOsvaldo MacêdoPaulo AlmadaPrisco Viana1 Vaga
José Santana de:VasconcellosJosé TinocoMaurício Campos
Aécio BorbaPDS
PT
PSDBAntonio PerosaMauro Campos
COMISSÃO DEFISCALIZAÇÃO E CONTROLE
PDC
COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA
Luiz Gushiken
Alcides LimaAssis CanutoÉzio FerreiraJales Fontoura
Eduardo MoreiraGabriel GuerreiroGenésio de BarrosJoão ResekJosé AmandoLuiz Alberto RodriguesMarcos Lima
Pres\dente: Fernando Gasparian - PMDB - SPVice-Presidentes: Irajá Rodrigues - PMDB - RS·
Benito Gama - PFL - BAFernando Santana - PCB - BA
PFL
Suplentes
PMDBCarlos Vinagre João AgripinoCid Carvalho José Carlos VasconcelosDélio Braz Samir Ach6aDenisar Aroeira Tidei de LimaHaroldo Sabóia 4 Vagas
PFLAMcio Dias Leur LomantoJosé Lins Mussa DemesFurtado Leite Stélio DiasI Vaga
PSDBFrancisco Küster José GuedesGeraldo Campos
PDSFelipe Mendes Gerson Peres
PDTBrandão Monteiro José Fernandes
PTBBasilio ViIlani Farabulini Júnior
Presidente: Octávio Elisio - PSDB - MGVice~Presidentes: Antônio Perosa - PSDB - SP
Mário Lima - PSDB - BAI Aécio de Borba - PDS - CE
Titulares
PMDB
TitularesPMDB
Airton Sandoval Irajá RodriguesAluízio Campos José GeraldoFernando Gasparian Maria LúciaFirmo de Castro Mário LimaFernando Santana Nilso SguareziGerson Marcondes Ottomar PintoPercival Muniz
PFLBenito Gama Maluly NetoJoão Alves Simão SessimJosé Moura Victor FontanaJosé Tinoco
PSDBAnna Maria Rattes Rose de FreitasDirce Tutu Quadros
PDSAry Valadão Telmo Kirst
PDTChagas Duarte Sérgio Carvalho
PTBMarluce Pinto Valmir Campelo
PTPaulo Delgado
PDCSotero Cunha
Tarzan de Castro.Secretário: Silvio AveJino da SilvaRamais: 7025 - 7026
Valmir Campelo
José TeixeiraOrlando BezerraSérgio Brito
Victor Faccioni
Osmundo RebouçasGonzaga PatriotaRoberto BrantIrajá RodriguesSérgio NayaJoão Carlos Bacelar
Márcia Cibilis Viana
Rose de Freitas
Nyder BarbosaOswaldo Lima FilhoSérgio Werneck4 Vagas
Horácio Ferraz
José Fernandes
Nelson Seixas
Aécio de Borba
José Carlos Grecco
Francisco DornellesRita FurtadoLevy Dias
Moema São ThiagoRobson Marinho
PDT
PTB
PDS
PSDBArtur da TávolaPaulo Silva
Adylson Motta
Fernando LyraFloriceno Paixão
PSDB'
Arnaldo MartinsJosé FreireCid CarvalhoLuiz Alberto RodriguesFernando Bezerra CoelhoMoisés PimentelFrancisco Sales
PTLeonel Júlio
PFL
Euclides ScalcoRonaldo Cezar Coelho
PDSArnaldo Fioravante
PSDB
PFL
PDTChagas Duarte
PDC
Francisco KüsterJosé Serra
Luiz Gushiken
Vladimir Palmeira
PTB
PDT
PDS
PT
PTB
Arnaldo PietroManoel CastroBenito GamaMussa Demes
Aécio de BorbaFelipe Mendes
César Maia
Basilio Villani
PDC
PLJosé Carlos Coutinho
PCdoBEdmilson Valentim
SuplentePMDB
Expedito MachadoFernando GasparianJoão NatalIranildo Pereira'Lúcia VâniaMilton Reis
COMISSÃO DE FINANÇAS
Miraldo GomesSecretária: Maria Julia Rabelo de MouraRamais: 6955 - 6959
PSB
Jonival Lucas
Presidente: Francisco Dornelles - PFL - RJVice-Presidentes: Arnaldo Prieto - PFL - RS
Fernando Bezerra Coelho - PMDB _PEJosé Serra"":' PSDB - SPTitularesPMDB
I VagaSecretária: Tasmánia Maria de Brito GuerraRamais: 6980 - 6977
Jonival Lucas
Alceni GuerraCleonâncio Fonseca
,Gandi JamilJosé Lins
Benedito Monteiro Elias MuradGastone Righi
PTGumercindo Milhomem 1 Vaga
PDC
Érico PegoraroSandra CavalcantiLauro MaiaSarney FilhoManoel êastro
Costa FerreiraOsvaldo CoelhoEraldo TinocoPedro CanedoEvaldo Gonçalves
Paulo Delgado
Osvaldo Sobrinho
Hermes ZanetiOctávio Elísio
Artenir Werner
Ne!s.0n Aguiar
Messias SoaresHenrique Eduardo AlvesPlínio MartinsJosé da ConceiçãoRoberto Vital
Mauro SampaioFlávio Palmier da VeigaRenato BernardiGerson Vilas BoasRita CamataHélio RosasSérgio SpadaIranildo PereiraUbiratan AguiarJoaquim Haickel
PL
PC do B
Milton Barbosa
Lídice da Mata.
Álvaro Valle
Vilson Souza .Dirce Tutu QuadrosPDS
José Luiz Maia Adauto PereiraOsvaldo Bender
PDTAmaury·jM~)!~ Ltiiz SalomãoBocayuva Cunha
PTBFábio Raunheitti Feres NaderHorácio Ferraz
PTVirg~io Guimarães I Vaga
Presidente: Ubiratan Aguiar - PMDB - CEVice-Presidentes: Celso Dourado - PMDB - BA
Jorge Hage - PSDB - BAFlorestan Fernandes - PT - SP
TitularesPMDB
Afrísio Vieira LimaJosé FreireAgassiz AlmeidaJosé MarranhãoBete MendesMaguito VilelaCelso DouradoMárcia KubtischekChagas NetoMárcio BragaFausto Fernandes
PSB
Caio PompeuJorge H.ge
COMISSÃO DEEDUCAÇÃO, CULTURA,ESPORTE E TURISMO
PDS
PTBFábio RaunheittiS610n Borges dos Reis
PTFlorestan Fernandes
PDC
I VagaSecretária: Maria Laura CoutinhoRamais: 7016 - 7019
José Gomes
PSDB
PL
PDTMárcia Cibilis VianaTadeu França
Amilcar MoreiraMário MartinsDaso CoimbraMauro MirandaDjenal Gonçalves11 Vag.,;
Arnold FioravanteEurico Ribeiro
PFL
PSBJoão Herrmann Neto ...
Suplentes·PMDB
PFLAgripino de Oliveira LimaJesualdo CavalcantiÁtila LiraJosé Queiroz
. Cleonâncio FonsecaLuiz Marques
Alceni GuerraNey Lo!,esAlysson PaulinelliOrlando PachecoÂngelo Magalhães
• Rita furtado
COMISSÃO DERELAÇÕES EXTERIORES
Presidente: Bernardo Cabral- PMDB - AMVice-Presidente: Márcia Kubltschek:":'-PMDB - DF
.Aloysio Chaves - PFL - PAAdolfo Oliveira - PL - RJ
José Maria J;vmaelSecretária: Allia Felício TobiasRamais: 6945 - 6947
Presidente: Raimundo Bezerra - PMDB - CEVice-Presidentes: Ivo Lech - PMDB - RS
Arnaldo Farta de Sá - PJ - SP
Iberê FerreiraJofrao Frejat2 Vagas1 Vaga·
Nasser Almeida
Osvaldo MacêdoRenato Vianna
Geraldo Alckimin Filho1 Vaga .
Paulo Silva
Miro Teixeira
Sólon Borges dos Reis
Mârio de OliveiraNaphtali Alves de SouzaPaulo ZarzurTIleodoro MendesWagner Lago1 Vaga
Mussa DemesSadie Hauache
Geraldo Alckmin FilhoVicente Bogo
João de Deus Antunes
A~tônio Marangon
Osvaldo Bender
2 Vagas
Júlio CamposSimão SessimLúcia Braga1 VagaMaurício Campos
Ivo MainardiMárcio> BragaMatto~·t~ão
Jalles FontouraLuiz Marques3 Vagas
Francisco KüsterGeraldo Campos
Antônio VeDOÁtila LiraEraldo Tinoco
PFL
PFL
PDC
PSDB
PSDB
Artenir WernerPDT
Titulares'PMDB
Floriceno Paixão
Alarico AbibÁlvaro Antônio9 Vagas
Célio de Castro
Aloysio TeixeiraAristides CunhaCarlos VinagreHélio RosasJoão NatalJosé FreireLeopoldo Bossone .
PTBFeres Nader
PDS
Irma Passoni
SuplentesPMDB
PT
Jairo Carneiro
PFL
PSDB
SuplentesPMDB
Anna Maria RattesElias Murad
PDS
PSB
, PT
PDC1 Vaga
PL
Farabulini JúniorJosé Egreja
Oswaldo Almeida
Adylson MotaGerson Peres
PC do BManuel Domingos
PDTAdhemar de Barros Filho
PTB
Francisco RolimSecretária: Maria Inêz LinsRamal: 6914
Paulo Paim
PSB
PCdoBEdmilson Valentim
Abigail Feitosa
COMISSÃO DESERVIÇO PÚBLICO
Presidente: Irma Pa"oni - PT - SPVice-Presidentes: Miro Teixeira - PDT - RJ
Carlos Vinagre - PMDB - PAAristides Cunha - PSC - SP
Anníbal BarcellosOsmar LeitáoAroldo de OliveiraPaulo MarquesJosé TeixeiraSaulo Coelho
Antônio BritoBernardo CabralDaIton Canabrava15 Vagas
Sólon Borges dos Reis
Sigrnaringa SeixasVirgíldásio de Senna
Cunha Bueno
1 Vaga
2 Vagas
Messias GóisNey LopesPaes LandimRicardo Izar1 Vaga
Marcos LimaMatheus IensenMauro SampaioMichel TemerRaul BelémRosário Congro NetoJorge ViannaSantinho FurtadoTheodoro Mendes3 Vagas
Roberto Jefferson
Célio de Castro
Carlos Virgílio
José Queiroz·Lauro MaiaOrlando PachecoPedro CanedoSandra Cavalcanti
Carlos Mosconi
João Paulo
Nelson Seixas
Júlio CostamilanJosé VianaMessias SoaresMoisés A velinoRaimundo BezerraRaimundo RezendeRuy NedelTidei de LimaVldurico Finto
. Vingt Rosado
PDT
PTB
PCdoB
PSBAldo Arantes
Marcos Fonniga
Doutel de Andrade
Hermes ZanetiMaria de Loudes Abadia
- PDS
Artenir WernerAry Valadão
Roberto Balestra
PSDB
Suplente
PMDB
Arnaldo PrietoAirton CordeiroEraldo TinocoFausto RochaJosé CamargoLevy Dias
José EgrejaOsvaldo Sobrinho
PFL
PL
PDCJosé Genoíno
PT
Antônio GasparBete MendesGenésio de BarrosGeovah AmaranteHélio DuqueHélio RosasJorge MedauarLeopoldo SouzaLuiz Alberto RodriguesRubem Branquinho
PDT
Alarico AbibArnaldo Faria de SáCelso DouradoDjenal GonçalvesDoreto CampanariEduardo MoreiraFrancisco AmaralGenésio BernardinoIranildo PereiraIvo LechJorge Uequed
PTB
PDC
PDSAntonio Salim CuriatiAry Valadão
Joaquim Sucena
,PFLAlceni GuerraErico PegoraroEunice MichílesGandi JamilJesualdo CavalcantiJofran Frejat
PSDB
João Hermam NetoSecretária: Regina Beatriz Ribas MarizRamais: 6992 - 6994
Benedita da Silva
COMISSÃO DE SAÚDE,PREVIDÊNCIA E
ASSISTÊNCIA SOCIAL
Chico HumbertoFloriceno Paixão
A'ntoniocarlosMendes ThamerJorge Uequed
Jairo Azi
TitularesPMDB
PT
PLJosé Carlos Coutinho
José Maurício
Mello Reis
Jaime SantanaMoema São Thiago
Luiz Viana NetoMarcelo CordeiroMárcia KubitschekMattos LeãoMaun1io Ferreira LimaIMaurício FruetMelo FreireNaphtaii Alves de SouzaUlysses GuimarãesLe0P&lldo Bessone
Virgílio Guimarães
João de Deus Antunes
Francisco Diógenes
Jonas PinheiroRonaro Corrêa1 vaga
Luiz Salomão
Virgildásio de Senna
José Elias
Marluce Pinto
Neuto de ContoOttomar PintoPaulo RobertoWalmor de Luca4 Vagas
José Maurício
Leur LomantoOscar Corrêa·Osvaldo CoelhoPaulo Pimentel
.Sarney Filho '
TitularesPMDB
Afrísio Vieira LimaAn!Õnio MarizAirton SandovalBernardo CabralBosco FrançaDaso CoimbraDélio Braz·Djenal GonçalvesHaroldo SabóiaJosé Ulísses de OliveiraLuiz Soyer .
PFLAloysio ChavesAntônio VeDoEnoc VieiraFranc~5co BenjamimJesus TajraJosé Teixeira
PDT
PSDB
PT
Artur da TávolaEgídio Ferreira Lima
PDSAdylson MottaFrancisco Diógenes
Eduardo Bonfim
Carrel BenevidesErvin Bonkoski
PSBDomingos Leonelli
Adolfo de OliveiraPCdo B
PLTarzan de Castro
Amaury MüllerBocayuva Cunha
PTB
PDCBenetida da Silva
PFL
PDC
José Gomes
Bocayuva Cunha
PSDB
PDC
PDT
PT
SuplentesPMDB
Aloísio VasconcdosArnaldo MartinsCarlos BenevidesHilário BraunIsrael PinheiroMaguito Vilela
Jayme SantanaMaria de Lourdes Abadia
PDSBonifácio de Andrada
PDT
PTB
Antônio Marangon
Benedito Monteiro
PTB
PT
Aloysio ChavesAnnibal BarceloasAntónio FerreiraEraldo Tinoco
Raquel Cândido
Leonel Júlio
Vladimir Palmeira
COMISSÃO DE TRABALHO
I VagaSecretário: Ronaldo de Oliveira NoronhaRamais: 7011 -7012
Presidente: Carlos Alberto Caó .- PDT - RJVice-Presidentes: Paulo Paim - PT - RS
Júlio Costamilan - PMDB - RSEdmilson Valentim - PC do B - RJ
, Presidente: Darcy Pozza - PDS - RSVice-Presidentes: Jorge Arbage - PDS - PA
'Sérgio Werneck - PMDB - MGJosé Santana de VascQncelos - PFL MG
PDT
PDS
PRN
PT
PSDB
SuplentfSPFL - três vagasPDT - uma vagaPTB - uma vagaPRN - uma vaga
Secretário: Luiz César LimaCostaRa!!1,!I:)067 e 7066.
,Nelson Aguiar
Ramal: 70~, e 7Q67
iRobson Marinho - SP
'Benedita da Silva - RJ
PRNDionísio Hagc - PA
SuplentesPMDB
Cinco Vagas
PSDBDuas Vagas
PDSUma Vaga
PTUma Vaga
PFLTrés Vagas
PDTUma Vaga
PTBUma Vaga
PRNUma Vaga
Presidente: Deputado Sandra Cavalcanti - PFL - RJ,I' Vice-Presidente: Deputado Airton Cordeiro - PFLPR
'2' Vice-Presidente: Deputado Artbur da Tãvola - PSDB-RJ3' Vice-Presidente: Deputado Benedicto Monteiro - PTB-PARelator: Deputado Hélio Manhães - PMDB - ES
Titulares
TitularesPMDB
Celso Dourado - BADoreto Campanari - SP
Márcio Braga - RJRosário Congro Neto - MS
PFLAirton Cordeiro - PRSaIatiel Carvalho - PE
PSDBRobson Marinho - SP
PDTNelson Aguiar - ES
PDSJorge Arbage - PA
PTBenedita da Silva - RJ
2 - COMISSÃO ESPECIAL INCUMBIDA DE APRECIAR O PROJETO DE LEIN' 1.506/89, QUE "INSTITUI NORMAS GERAIS DE PROTEÇÃO À INFÂNCIA E ÀJUVENTUDE E OUTROS QUE CRIAM OESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE".
'Dionísio Hage - PA
'Jorge Arbage - PA
,PMDB -cinco vagas,PSDB - duas vagas!PDS - uma vagaiPT - nma vaga
PMDBI Celso Dourado - BA Márcio Braga - RIiDoreto Campanari - SP Rosário Congro Neto - MS
I PFLIAirton Cordeiro - PR Salatiel Carvalho - PE
Marluce Pinto
José GeraldoJosé Ulisses de OliveiraLuiz LealNaphtali Alves de SouzaRo berto BrantRospide Nctto
Telmo Kirst
Sigmaringa Seixas
Manoel CastroMaurício CamposSaulo Coelho
1 Vaga
Mendes Botelho
Jorge Arbagc
Mauro Campos
Luiz MarquesSimão SessimJúlio CamposLeal Varella
PTB
PT
PT
PDC
PDC
SuplentesPMDB
Carrel Benevides
Benedita da Silva
PFL
PTB
PSDB
PDTJosé Maurício
PFL
Gidel Dantas
Ernesto Gradel1a
José Carlos GreccoSaulo Queiroz
PUS
Joaquim Sucena
PDSFelipe Mcndes
Airton CordeiroCosta FerreiraÉzio FerreiraGeovani Borges
Arnaldo MoraesChagas NctoDel Bosco AmaralEliel RodriguesErnani BoldrimGustavo de FariaIturival Nascimento
PSDB
PDTBrandao MonteíroJosé Fernandes
Darcy pozza
Antônio PerosaLézio Sathler
Senadores DeputadosAlfredo Campos : Alcides LimaChagas Rodrigues Gabriel GuerreiroJoão Castelo José Carlos VasconcelosJoão Menezes José GuedesNabor Júnior Renato Bernardi
MEMBROS DO PODER EXECUTIVOCharles Curt MucUer Almir LaversveilerCesar Vieira de Rezende José Carlos MeUoPedro José Xavier Mátoso
ComposiçãoMEMBROS DO CONGRESSO
Jairo CarneiroSecretária: Iole LazzariniRamais: 7005 - 7006
COMISSÃO MISTA1 - COMISSÃO DE ESTUDOS TERRITO.RI.AIS (ART. 12 DO ATO DAS DISPOSIÇOES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS).
COMISSÃO ESPECIAL
1 - OOMISSÃO ESPECIAL INCUMBIDADE APRECIAR O PROJETO DE LEI N'1.506/89, QUE "INSTITUI NORMAS GERAIS DE PROTEÇÃO À INFÂNCIA E ÀJUVENTUDE E OUTROS QUE CRIAM O"ESTATUTO DA CJ,UANÇA E DO ADO·LESCENTE".
Alziro GomesJosé Santanta deVasconcellosSt~lio Dias
Presidente: Deputada Sandra Cavalcanti - PFL - RJ1" Vice-Presidente: Deputado Airton Corndeiro - PFL-PR2' Vice-Presidente: Deputado Arthur da Távola - PSDB-RJ3' Vice-Presidente: Deputado Benedito Monteiro - PTB;-PARelator: Deputado Hélio Manhães -'PMDB - ES
Roberto Augusto
Jorge Arbage
Myriam Portella
Roberto Augusto
Edmundo GaldinoDirce Tutu Quadro~
Ary Valadão
Osmar LeitãoVictor Trovão2 Vagas
Nelton Friedrich
Mãrio LimaNilron Gibron7 Vagas
Lysâneas Maciel
Tadeu França
Osvaldo Sobrinho
Jorge UequedJanes Santos Neve::;José da ConceiçãoJosé TavaresJúlio Costamilan1 Vaga
Waldeck Ornélas3 Vagas
Max RosenmannPaulo RobertoPaulo MincaroneRoberto VitalRubem BranquinhoSérgio Werneck
PT
PTB
PDC
PDS
PDT
TitularesPMDB
Fábio Raunhetti
Chagas Duarte1 Vaga
Lurdinha Sa'liguon
Aécio de Borba
PTBJoão de Deus Antunes
PTJoão Paulo
PFL
PDT
Célio de CastroGeraldo Campos
PDS
PSDB
TitularesPMDB
Carlos Alberto Ca6PTB
PDS
Mendes Botelho
Antó~io~arlo~.Mendes Tharner
PT
PSDB
Mello Reis
PFL
PDCFarabulini Júnior (PTB)
SuplentesPMDB
Eunice MichilesLúcio AlcàntaraNarciso Mendes
Aloysio TeixeiraEdivaldo MottaHaroldo SanCordLuís Roberto Ponte'
PDT
Arnold Fioravante
Sérgio Carvalho
Paulo Paim
Alexandre puzinzaAntero de Barr05Antônio Mariz
'Edmilson ValentimFrancísco AmaralGeraldo FlemingHaroldo Sabóia
PDCJayme Paliarin (PTB)
. Reunião: 4"s e 5~s feirasSecretária: Agassis Nylandeir BritoRamais: 6989 - 6990
COMISSÃO DE TRANSPORTES
Átila Lira. Enoc Vieira
Alexandre PuzynaCarlos BenevidesDalton CanabravalDenisar AroeiralMário Martim!Mauro Miranda11 Vaga
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL
PREÇO DE ASSINATURA
(Inclusas as despesas de correio via terrestre)
SEÇÃO I (Câmara dos Deputados)
Semestral •••••••••.•••••••••••••••••••••••• NCz$ 17~04Exemplar awlso ••••••••••••••••••••••••• NCz$ 0,'11
seçÃo 11 (Senado Federal)
·S~m~!ttJral ••••.•••••••••••••••••••••••••••••Exemplara,{ajlso •••••••••••••••••••••••••
NCz$l,~04
NCz$ 0,1 t.
Os pedidos. devem ser acompanhados de cheque pagável
em Brasília. Nota de Empenho ou Ordem de Pagamento pela
Caixa Econômica Federál - Agência - PS-CEGRAF. conta cor
rente n9 920001-2. a favor do
CENTRO aRÁAco DO SENADO FEDERALPraça dos·Três Poderes - Caixa Postal 1.203 -Brasília - DF
CEP: 70160.
Maiores:informaç~s.pel~s,telefones(061) 311-3738 e 224-5615.Ilà SuperviSão de As~inatul'élse !DistribliiÇão de ~.6cações ~ Coordenaçãode.Atendiniento ao -Usuário.-
Regimentos das AssembléiasConstituintes do Brasil
Obra de autoria da Subsecretaria de Arquivo do Senado Federal
- Antecedentes históricos.- Regimentos das Assembléias Constituintes de 1823, de 1890-9tr. de 1933-34 e de 1946.
T~xt()s com'entados pelos Constituintes.- Nprmas regimentais disciplinadoras do Projeto de Constituição que deu origem à Consti-
t,uição de, 1967. ,- Indices tcmáticosçJos ~~gimentos e dos pronunciamentos. Indices onomásticos.
~ venda na Subsecretaria de Edições Técnicas - Senado Federal, Anexo 1,22.,"andar"-Praça dos Três PodéFes~CEP 70l60-Brasília, DF-Telefol)e: 311-3578.
Os pedidos deverão ser aGompanhados de cheque nominal à Subsecretaria deEdiçõt\s Técnicas do ~~nado Federal ou de vale postal, remetido à Agência ECT SenadoFederal-COA 4707']5. "
Atendé-se,'tamoém,:pelo si,stema de reemb~)lsb postal.
I
MACHADO DE ASSIS EAPOLITICA .Livro de crônicas de Machado de Assis sobre o Senado do Impérió.
Apresentação do Senàdor NELSON CARNEIRO, Presidente do Congresso Nacional; dos escritoresAustregésUo de Athayde, Afonso Arinos, Afrânio Coutinho, Carlos Castelo Branco, Luiz Viana Filho,José Sarney,. Josué MonteUo, Marcos Vinícius Vilaça, Raymundo Faoro.
"P-olítica., como eu e o meu leitor entendemos, não há. E devia agora exigir-sedo melro' o d1carice, do olhar da águia e o rasgado de um vôo? Além de ilógico seriacrueldade."
(DRJ,I-11-1861)"Cada Ministr'o ;gosta de deixar entre outros trabalhos um que especifique o seu
nome. no ca(álogo dos administradores." . do SesquicentenárioEd' -o comemoratwa A '
:Lça , d Machado de SSlS,(DRJ, 1O-12-1861). de Nasclmento e
-..-:-------""~--l
"Deve,.sesupor que. é esse o escolhido doPartido do Governo, que é sempre o legítimo. "
(DRJ, 10-11-1861)
"Em que tempo estamos? .Que País é este?"
(DRJ, 12-6-1864)
'.'Se eu na g~leri<:tnão posso dar um berró',onde é que hei de. dar? Na rua, ·feito maluco?"
(A Semana, 27-11"!1892)EdiçãO Limitada .
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CENTRO; GRÁFICO DO.SENADO:FEDEAAJ;. .Pr(lça dos frês Poder~s~ Caixa-Pqs~L203 ..,.,. BrdsíUa.,.... DE ...... CEP 7tiH60
Majores'inf(jm~açõe$ pelo~ t~(cifbrtes (06í)~I1-3738 e h4·SlHS;, na Çoordenaçdo de Atendimentoao lfsUiírio ~ Super\lisdo de Assinaturas e pis~ribufção 'de P,uqlicações; - ....-... '. ..