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DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL AA ANO LXV - Nº 160 - SEXTA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 2010 - BRASÍLIA-DF

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DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

AA

ANO LXV - Nº 160 - SEXTA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 2010 - BRASÍLIA-DF

MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2009/2010)

PRESIDENTE MICHEL TEMER – PMDB-SP

1º VICE-PRESIDENTE MARCO MAIA – PT-RS

2º VICE-PRESIDENTE ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO – DEM-BA

1º SECRETÁRIO RAFAEL GUERRA – PSDB-MG

2º SECRETÁRIO INOCÊNCIO OLIVEIRA – PR-PE

3º SECRETÁRIO ODAIR CUNHA – PT-MG

4º SECRETÁRIO NELSON MARQUEZELLI – PTB-SP

1º SUPLENTE MARCELO ORTIZ – PV-SP

2º SUPLENTE GIOVANNI QUEIROZ – PDT-PA

3º SUPLENTE LEANDRO SAMPAIO – PPS-RJ

4º SUPLENTE MANOEL JUNIOR – PMDB-PB

CÂMARA DOS DEPUTADOS

SUMÁRIO

SEÇÃO I

1 – ATA DA 191ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA, MATU-TINA, DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 53ª LEGISLATURA, EM 11 DE NOVEMBRO DE 2010

I – Abertura da sessãoII – Leitura e assinatura da ata da sessão

anteriorIII – Leitura do expediente

OFÍCIO

Nº 362/10 – Do Senhor Deputado Eliseu Pa-dilha, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, encaminhando o PDC nº 2.831/10, apreciado pela referida Comissão. ....... 42903

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

Nº 2.848/2010 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – Aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária de Ra-diodifusão Estúdio “A” FM – ASCRE a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Seringueiras, Estado de Rondônia. .................. 42904

Nº 2.849/2010 – da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática – Aprova o ato que outorga permissão à Neusa e Lemos Comu-nicações Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, no Município de Cerejeiras, Estado de Rondônia. ........................... 42905

IV – Breves ComunicaçõesVALDIR COLATTO (Bloco/PMDB – SC) – Ime-

diata inclusão na pauta do substitutivo oferecido pelo Deputado Aldo Rebelo à proposta de reformulação do Código Florestal Brasileiro. ............................... 42906

MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE) – Realização do Congresso Nacional dos Defensores Públicos, no Município de Campo Grande, Estado de Mato Grosso do Sul. ......................................... 42906

DR. ROSINHA (PT – PR) – Concessão ao compositor, poeta e escritor Chico Buarque do Prêmio Jabuti 2010 pela obra Leite Derramado, considerado o melhor livro de ficção do ano. ........ 42907

EDUARDO VALVERDE (PT – RO) – Reali-zação, no Município de Guajará-Mirim, Estado de Rondônia, do 10º encontro de cidadãos guajará-mirenses não residentes na municipalidade. ........ 42907

SÉRGIO BARRADAS CARNEIRO (PT – BA) – Desempenho da Procuradoria Parlamentar da Câmara dos Deputados. ........................................ 42907

ALEX CANZIANI (PTB – PR) – Competência do Ministro da Educação, Fernando Haddad. Defe-sa de continuidade do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM. ..................................................... 42907

CHICO ALENCAR (PSOL – RJ) – Realização de ampla reforma política. Defesa de financiamento público de campanhas eleitorais. .......................... 42908

ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP) – So-lidariedade ao empresário Sílvio Santos, diante da ocorrência de erros contábeis no balanço do banco PanAmericano. ...................................................... 42932

EDINHO BEZ (Bloco/PMDB – SC) – Potencia-lidades turísticas e riquezas históricas do Município de Laguna, Estado de Santa Catarina. Retrospecto da história de criação da municipalidade. Importância da Rodovia Serramar para o incremento turístico na região. Saudação ao Prefeito Municipal de Laguna, Célio Antônio.......................................................... 42932

MARÇAL FILHO (Bloco/PMDB – MS) – Pro-testo contra a transferência para a Penitenciária Federal de Campo Grande, Estado do Mato Grosso do Sul, de presidiários oriundos de outros Estados brasileiros. ............................................................. 42932

DR. ROSINHA (PT – PR. Pela ordem.) – Con-veniência de ampliação do debate sobre a democra-tização do meios de comunicação. Questionamento acerca dos critérios adotados para a concessão de canais de rádio e televisão. .................................. 42932

VALDIR COLATTO (Bloco/PMDB – SC. Pela ordem.) – Imediata apreciação, pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, do substitutivo oferecido pelo Deputado Aldo Rebelo à proposta de reformulação do Código Florestal Brasileiro. ... 42933

EDUARDO VALVERDE (PT – RO. Pela or-dem.) – Aplausos ao Conselho Nacional de Justiça pela suspensão de Juiz de Direito da Comarca de Sete Lagoas, Estado de Minas Gerais, por descum-primento da chamada Lei Maria da Penha, coibitiva da violência doméstica contra a mulher. Elogio ao Governo brasileiro pela apresentação da propos-ta de controle de fluxo de capitais, por ocasião de encontro de cúpula dos países emergentes, o cha-mado G-20. ............................................................ 42934

42896 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

ARNALDO JARDIM (PPS – SP) – Desafios do setor cooperativista. Transcurso do 40º aniversá-rio da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo – OCESP. Reiteração do compromisso do orador com o cooperativismo. .......................... 42935

JÔ MORAES (Bloco/PCdoB – MG) – Con-gratulação à Fundação Maurício Grabois pela rea-lização de seminário internacional sobre mudanças climáticas, em Brasília, Distrito Federal. ................ 42936

CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela ordem.) – Transcurso do 121º aniversário da Proclamação da República Federativa do Brasil. Realização pela TV Câmara de videoaula sobre a vida do abolicionista Joaquim Nabuco. Influência exercida pelo poder econômico nas eleições. ...................................... 42936

DOMINGOS DUTRA (PT – MA) – Realização de campanhas políticas com recursos de empresas privadas por Parlamentares defensores do financia-mento público de campanhas eleitorais. Solidarie-dade ao Ministro da Educação, Fernando Haddad, diante de falhas ocorridas na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM. Necessidade de aperfeiçoamento do Exame. ............................. 42937

JAIR BOLSONARO (PP – RJ) – Anúncio da apresentação de projetos de lei sobre a aplicação de penas a praticantes de crimes. ........................ 42938

LUIZ CARLOS HAULY (PSDB – PR) – Críti-cas ao Governo Luiz Inácio Lula da Silva. ............ 42938

EDINHO BEZ (Bloco/PMDB – SC. Pela or-dem.) – Apresentação de projeto de lei sobre a garantia do pagamento de cheque no valor corres-pondente a 25% do salário mínimo. ..................... 42939

MARÇAL FILHO (Bloco/PMDB – MS. Pela ordem.) – Realização da Festa da Melancia, no Município de Eldorado, e do Festival do Pantanei-ro, no Município de Aquidauana, Estado de Mato Grosso do Sul. ...................................................... 42940

ANTONIO JOSÉ MEDEIROS (PT – PI) – Relevância dos acordos internacionais constantes da pauta, em especial com países integrantes do Mercado Comum do Sul – MERCOSUL. Apelo ao Congresso Nacional de regulamentação do pro-cesso de escolha da representação brasileira no Parlamento do MERCOSUL – PARLASUL. .......... 42940

RAUL HENRY (Bloco/PMDB – PE) – Eleição da ex-Ministra Dilma Rousseff para a Presidência da República. Equívoco da não inclusão, pela Pre-sidente eleita, da educação no rol de prioridades governamentais. ................................................... 42941

FERNANDO CHIARELLI (PDT – SP) – De-núncia de manipulação de urnas eletrônicas de votação. ................................................................. 42942

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Deter-minação de retirada de termos antirregimentais constantes no discurso do Deputado Fernando Chiarelli. ................................................................ 42942

FERNANDO CHIARELLI (PDT – SP) – Inad-missibilidade de retirada de expressões constantes no discurso proferido pelo orador. ......................... 42942

GERMANO BONOW (DEM – RS) – Conve-niência de esclarecimento por parte do Ministro da Educação, Fernando Haddad, de fatos ocorridos na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM. Elogio ao Ministro da Fernando Haddad pelo não acatamento do parecer do Conselho Nacional de Educação, favorável à exclusão da obra Caçadas de Pedrinho, do escritor Monteiro Lobato, da lista de livros distribuídos à rede de ensino público. ..... 42942

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Inadmis-sibilidade de censura à obra do escritor Monteiro Lobato. ................................................................... 42943

MARCELO ITAGIBA (PSDB – RJ. Pela ordem.) – Associação ao discurso proferido pelo Deputado Germano Bonow em repúdio à tentativa de censura a obra do escritor Monteiro Lobato. ....................... 42943

MARCELO ITAGIBA (PSDB – RJ) – Ques-tionamento sobre a aquisição, pela Caixa Econô-mica Federal, de ações do banco PanAmericano, não obstante a existência de rombo nas contas da instituição. Defesa de convocação, pela Casa, do Ministro da Fazenda e do Presidente do Banco Cen-tral para esclarecimento dos fatos. Conveniência de criação de CPI para investigação do assunto. ....... 42943

CARLOS ZARATTINI (PT – SP) – Apoio ao pleito da delegação brasileira participante de en-contro destinado ao debate da questão cambial e de medidas protecionistas adotadas pelos Estados Unidos da América, realizado em Seul, Coreia do Sul. Conveniência de realização, pela Casa, de Co-missão Geral para debate das políticas monetária e cambial. ............................................................. 42943

JUTAHY JUNIOR (PSDB – BA) – Razões do apoio do Sistema Brasileiro de Televisão – SBT à candidatura da Sra. Dilma Rousseff à sucessão pre-sidencial. Aquisição, pela Caixa Econômica Federal, de ações do banco PanAmericano não obstante a existência de rombo nas contas da instituição. .... 42944

ALBERTO FRAGA (DEM – DF) – Omissão do Governo Federal na adoção de medidas de con-tenção dos índices de criminalidade no País......... 42944

CHICO LOPES (Bloco/PCdoB – CE) – Re-púdio ao tratamento dispensado aos usuários pela empresa Webjet Linhas Aéreas S/A. Falta de res-peito da Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC para com passageiros da empresa. ...................... 42945

GASTÃO VIEIRA (Bloco/PMDB – MA) – Ocor-rência de chacina no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, Estado do Maranhão. Fa-lência do sistema prisional brasileiro. Denúncia de confronto armado na BR-226, em decorrência da cobrança de pedágio na rodovia por indígenas, no Estado. ................................................................... 42945

GERALDO RESENDE (Bloco/PMDB – MS) – Concessão de Prêmio Nacional de Referência em

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 42897

Gestão Escolar – Escola Destaque Brasil, Ano Base 2009, à Escola Estadual Paulo Freire, do Município de Iguatemi, Estado de Mato Grosso do Sul. ....... 42946

OSMAR TERRA (Bloco/PMDB – RS) – Apoio à proposta de regulamentação da Emenda Constitu-cional nº 29. Anúncio da apresentação, à Comissão de Seguridade Social e Família, de requerimento de convocação do Ministro da Fazenda, Guido Mante-ga, para debate sobre a arrecadação nacional. ... 42946

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Presença no plenário de delegação da República Popular da China. Saudação ao povo chinês. ........................ 42947

SIMÃO SESSIM (PP – RJ) – Agradecimento ao Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sér-gio Cabral, pela atenção dispensada ao Município de Nilópolis. Inauguração de posto de vistoria do Departamento de Trânsito – DETRAN na munici-palidade. ................................................................ 42947

CARLOS ALBERTO LERÉIA (PSDB – GO) – Inconveniência de recriação da Contribuição Pro-visória sobre Movimentação Financeira – CPMF. Elevada carga tributária imposta aos consumidores brasileiros. Agradecimento aos eleitores goianos pela reeleição do orador. ...................................... 42948

FLÁVIO BEZERRA (Bloco/PRB – CE) – Re-alização da Feira Internacional da Pesca e Aquicul-Feira Internacional da Pesca e Aquicul-tura – AQUAPESCABRASIL, no Município de Itajaí, Estado de Santa Catarina...................................... 42948

JOSÉ AIRTON CIRILO (PT – CE) – Reali-zação de feira da indústria pesqueira no Estado de Santa Catarina. Apelo ao Ministro da Pesca e Aquicultura, Altemir Gregolin, de busca de soluções para o setor no Estado do Ceará, especialmente nos Municípios de Icapuí e Aracati. Improcedência de acusações contra o orador a respeito da ação da Polícia Federal na comunidade de Redonda, Estado do Ceará. Reafirmação do compromisso de luta em defesa dos interesses do povo de Icapuí e dos pescadores. .................................................... 42948

RICARDO BERZOINI (PT – SP) – Elogio à direção do Banco Central pela decisão adotada com relação à crise financeira do banco PanAme-ricano. .................................................................... 42949

LUIZ COUTO (PT – PB) – Acolhimento, pelo Superior Tribunal de Justiça, do pedido de federa-lização das investigações do assassinato do Vice-Presidente do PT do Estado de Pernambuco, Ma-noel Mattos. Atuação de grupos de extermínio em cidades brasileiras. Urgente aprovação pela Casa do Projeto de Lei nº 370, de 2007, de autoria do orador, sobre a tipificação do crime de extermínio. 42950

INOCÊNCIO OLIVEIRA (PR – PE) – Prová-veis benefícios da cana-de-açúcar transgênica pro-duzida pelo Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste – CETENE e pelo Centro de Tecnologia Canavieira, de Piracicaba, Estado de São Paulo. . 42950

GONZAGA PATRIOTA (Bloco/PSB – PE) – Concessão do Prêmio Telecentros Brasil 2010 à

Estação Salgueiro Digital, no Estado de Pernam-buco. ...................................................................... 42951

MÁRIO DE OLIVEIRA (PSC – MG) – Re-percussão dos assassinatos da advogada Mércia Nakashima e da modelo Eliza Samudio. Escalada da violência contra a mulher no Brasil e no mundo. Relevância da promulgação da chamada Lei Maria da Penha e da criação de delegacias da mulher no País. ....................................................................... 42951

V – Ordem do DiaPRESIDENTE (Marco Maia) – Indagação ao

Plenário sobre a existência de acordo para a vota-ção das matérias constantes na pauta. ................. 42955

Usaram da palavra pela ordem os Srs. De-putados ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP), JOSÉ GENOÍNO (PT – SP). ....................... 42955

PRESIDENTE (Marco Maia) – Discussão, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo n° 498-A, de 2008, que aprova o texto do Protocolo Adicional ao Acordo-Quadro sobre Meio Ambien-te do MERCOSUL em Matéria de Cooperação e Assistência em Emergências Ambientais, adotado pela Decisão nº 14/04 do Conselho do Mercado Comum, em 7 de julho de 2004. ........................... 42956

Encerramento da discussão. ........................ 42956Votação e aprovação do projeto e da redação

final. ....................................................................... 42956Encaminhamento da matéria ao Senado

Federal. ............................................................. 42957PRESIDENTE (Marco Maia) – Discussão,

em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 1.790-A, de 2009, que aprova o texto do Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República de Trinidad e Tobago para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fis-cal em Matéria de Impostos sobre a Renda e para Incentivar o Comércio e o Investimento Bilaterais, celebrado em Brasília, em 23 de julho de 2008. ... 42957

Encerramento de discussão. ........................ 42957Votação e aprovação do substitutivo adotado

pela Comissão de Finanças e Tributação. ............. 42957Declaração de prejudicialidade da proposição

inicial. ..................................................................... 42957Votação e aprovação da redação final. ........ 42957Encaminhamento da matéria ao Senado

Federal. ............................................................. 42958PRESIDENTE (Marco Maia) – Discussão,

em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 2.075-A, de 2009, que aprova o texto do Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Federal da Alemanha sobre Cooperação Financeira para o Projeto “Pro-grama de Crédito Energias Renováveis”, celebrado em Brasília, em 14 de maio de 2008. .................... 42958

Encerramento da discussão. ........................ 42958Votação e aprovação do projeto e da redação

final. ....................................................................... 42958

42898 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

Encaminhamento da matéria ao Senado Federal. ............................................................. 42958

PRESIDENTE (Marco Maia) – Discussão, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 2.128-A, de 2009, que aprova o texto do Acor-do de Cooperação Científica e Tecnológica entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Go-verno da República Socialista do Vietnã, celebrado em Hanói, no dia 10 de julho de 2008. .................. 42958

Encerramento da discussão. ........................ 42959Votação e aprovação do projeto e da redação

final. ....................................................................... 42959Encaminhamento da matéria ao Senado

Federal. ............................................................. 42959PRESIDENTE (Marco Maia) – Discussão,

em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 2.133-A, de 2009, que aprova o texto do Acor-do de Cooperação Científica e Tecnológica entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Go-verno do Reino Hachemita da Jordânia, celebrado em Brasília, em 23 de outubro de 2008. ................ 42959

Encerramento da discussão. ........................ 42959Votação e aprovação do projeto e da redação

final. ....................................................................... 42959Encaminhamento da matéria ao Senado

Federal. ............................................................. 42960PRESIDENTE (Marco Maia) – Discussão,

em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 2.350-A, de 2009, que aprova o texto do Acor-do de Cooperação Educacional entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República de Botsuana, celebrado em Gaborone, em 11 de junho de 2009. ....................................... 42960

Encerramento da discussão. ........................ 42960Votação e aprovação do projeto e da redação

final. ....................................................................... 42960Encaminhamento da matéria ao Senado

Federal. ............................................................. 42961PRESIDENTE (Marco Maia) – Discussão, em

turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 2.402-A, de 2010, que aprova o texto do Primeiro Protocolo Adicional ao Acordo de Alcance Parcial Agropecuário nº 3, que protocoliza o Acordo de Constituição do Comitê Veterinário Permanente do Cone Sul ao Amparo do Tratado de Montevidéu de 1980, assinado entre os Governos da República Argentina, da República Federativa do Brasil, da República do Paraguai, da República Oriental do Uruguai, da República da Bolívia e da República do Chile, em Montevidéu, em 8 de agosto de 2006. .. 42961

Encerramento da discussão. ........................ 42961Votação e aprovação do projeto e da redação

final. ....................................................................... 42961Encaminhamento da matéria ao Senado

Federal. ............................................................. 42961PRESIDENTE (Marco Maia) – Discussão,

em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo

nº 2.403-A, de 2010, que aprova texto do Acordo sobre a Criação e a Implementação de um Sistema de Credenciamento de Cursos de Graduação para o Reconhecimento Regional da Qualidade Acadê-mica dos Respectivos Diplomas no MERCOSUL e Estados Associados, adotado em San Miguel de Tucumán, em 30 de junho de 2008, por meio da Decisão CMC nº 17/08, no âmbito da XXXV reunião do Conselho do Mercado Comum. ........................ 42962

Encerramento da discussão. ........................ 42962Votação e aprovação do projeto e da redação

final. ....................................................................... 42962Encaminhamento da matéria ao Senado

Federal. ............................................................. 42962PRESIDENTE (Marco Maia) – Discussão,

em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 2.404-A, de 2010, que aprova o texto do Acordo de Serviços Aéreos celebrado entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da Re-pública Oriental do Uruguai, celebrado em Brasília, em 10 de março de 2009. ...................................... 42962

Usou da palavra para discussão da matéria o Sr. Deputado ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP). ......................................................... 42963

Encerramento da discussão. ........................ 42963Votação e aprovação do projeto e da redação

final. ....................................................................... 42963Encaminhamento da matéria ao Senado

Federal. ............................................................. 42963PRESIDENTE (Marco Maia) – Discussão,

em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 2.438-A, de 2010, que aprova, com ressalvas, o texto da Convenção sobre a Obtenção de Provas no Estrangeiro em Matéria Civil ou Comercial, as-sinada em Haia, em 18 de março de 1970. ........... 42963

Encerramento da discussão. ........................ 42964Votação e aprovação do substitutivo adota-

do pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. .............................................................. 42964

Votação e aprovação da redação final. ........ 42964Encaminhamento da matéria ao Senado

Federal. ............................................................. 42964PRESIDENTE (Marco Maia) – Discussão, em tur-

no único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 2.487-A, de 2010, que aprova o texto do Acordo de Cooperação Cultural entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República do Uzbequistão, as-sinado em Brasília, em 28 de maio de 2009. ............... 42964

Encerramento da discussão. ........................ 42964Votação e aprovação do projeto e da redação

final. ....................................................................... 42964Encaminhamento da matéria ao Senado

Federal. ............................................................. 42965PRESIDENTE(Marco Maia) – Discussão, em

turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 2.819-A, de 2010, que aprova o texto do Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 42899

e o Governo da República Italiana sobre Coope-ração em Defesa, assinado em Roma, em 11 de novembro de 2008. ................................................ 42965

Encerramento da discussão. ........................ 42965Votação e aprovação do projeto e da redação

final. ....................................................................... 42965Encaminhamento da matéria ao Senado

Federal. ............................................................. 42965JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem.) – Im-

portância da realização de acordo para a votação das matérias constantes na pauta. ........................ 42965

VI – Encerramento2 – ATA DA 192ª SESSÃO DA CÂMARA

DOS DEPUTADOS, ORDINÁRIA, DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 53ª LEGISLATU-RA, EM 11 DE NOVEMBRO DE 2010

I – Abertura da sessãoII – Leitura e assinatura da ata da sessão

anteriorIII – Leitura do expedienteIV – Pequeno ExpedienteFERNANDO FERRO (PT – PE. Como Líder.)

– Homenagem à militância do Partido dos Trabalha-dores pela atuação no segundo turno das eleições presidenciais. ......................................................... 42974

PAES DE LIRA (Bloco/PTC, SP. Pela ordem.) – Assinatura de lista de apoio à proposta de emenda à Constituição sobre a instituição de piso salarial dos servidores públicos. Defesa da votação, em se-gundo turno, da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares. .......... 42975

VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PCdoB – AM. Pela ordem.) – Realização, pelo Senado Federal, de sessão solene ao ensejo do transcurso do 50º aniver-sário de criação do Conselho Federal de Farmácia. Participação da oradora em congresso de farmacêu-ticos em Florianópolis, Estado de Santa Catarina. ... 42976

LUIZ COUTO (PT – PB. Pela ordem.) – Êxito da Operação Carcará realizada pela Polícia Federal, em conjunto com Ministério Público e a Controlado-ria-Geral da União, destinada à prisão de respon-sáveis por desvio de verbas federais e fraudes em licitações, no Estado da Bahia .............................. 42976

FÁTIMA BEZERRA (PT – RN. Pela ordem.) – Apoio à Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares. Defesa de regu-lamentação do piso salarial nacional dos agentes comunitários de saúde. ......................................... 42976

CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela ordem.) – Reação de moradores da Vila Taboinha, no Rio de Janeiro, contra ação de despejo. Estabelecimento de diálogo entre estudantes e a Reitoria da Univer-sidade Federal de Uberlândia. ............................... 42976

ANSELMO DE JESUS (PT – RO. Pela ordem.) – Implantação, pela Fundação Universidade Federal

de Rondônia – UNIR, de curso de licenciatura em educação básica cultural para a formação superior de professores indígenas....................................... 42978

FERNANDO CHIARELLI (PDT – SP. Pela ordem.) – Publicação por órgãos da imprensa de matérias sobre o escândalo Sílvio Santos. Manipu-lação de urnas eletrônicas de votação. ................. 42979

VALDIR COLATTO (Bloco/PMDB – SC) – Empenho na criação de frente parlamentar contra a burocracia. .......................................................... 42979

MARIA DO ROSÁRIO (PT – RS. Pela ordem.) – Presença, na Casa, de professores e estudantes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecno-logia do Rio Grande do Sul (Instituto Federal Sul-Rio-Grandense – IFSUL). ...................................... 42980

PAES DE LIRA (Bloco/PTC, SP) – Conveni-ência de investigação do processo de aquisição de ações do banco PanAmericano pela Caixa Econô-mica Federal. ......................................................... 42980

FERNANDO CHIARELLI (PDT – SP) – Refe-rências elogiosas ao Deputado Inocêncio Oliveira. Prática de corrupção pelo ex-Presidente da Compa-nhia Nacional de Abastecimento – CONAB, Wagner Rossi. Manipulação de urnas eletrônicas de votação. Despropósito da eleição da futura Presidenta do Brasil. Repúdio à apresentação de denúncia con-tra o orador pelo Procurador-Geral da República, Roberto Monteiro Gurgel Santos. .......................... 42981

PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – De-terminação de retirada do discurso do Deputado Fernando Chiarelli de referência desrespeitosa ao Procurador-Geral da República, Roberto Monteiro Gurgel Santos. ....................................................... 42982

FERNANDO CHIARELLI (PDT – SP) – Inad-missibilidade de retirada de termos do discurso proferido pelo orador. ............................................. 42982

LUIZ COUTO (PT – PB) – Morte do soldado Eduardo Marcelo Medeiros dos Santos por desidra-tação durante treinamento do Batalhão de Opera-ções Policiais Especiais – BOPE, no Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro. Anúncio da apresentação de requerimento à Comissão de Direitos Humanos e Minorias para realização de audiência pública destinada ao esclarecimento dos fatos.................. 42982

INOCÊNCIO OLIVEIRA (PR – PE) – Instala-ção de escola técnica federal no Município de São Bento do Una, Estado de Pernambuco. Interiori-zação do ensino superior no Estado. Realização de investimentos maciços na educação brasileira. Retomada gradual, pelo setor algodoeiro brasileiro, de sua posição no cenário exportador mundial. De-safio do Brasil de enfrentamento da concorrência do produto no mercado internacional. Anúncio de realização do Congresso Brasileiro do Algodão, em São Paulo, Estado de São Paulo. .......................... 42983

FÁTIMA BEZERRA (PT – RN) – Encontro de Parlamentares com o Ministro da Educação, Fer-nando Haddad, para debate de assuntos relaciona-

42900 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

dos ao Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM. Defesa de manutenção do exame. ........................ 42985

SEBASTIÃO BALA ROCHA (PDT – AP e como Líder) – Regularização da situação funcional de servidores públicos do Estado do Amapá. Em-penho na obtenção de recursos para a construção de moradias no Município de Laranjal do Jari. Im-portância da retomada das obras de ponte sobre o Rio Jari. Falhas na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM. .................................... 42985

EDINHO BEZ (Bloco/PMDB – SC) – Falência do sistema prisional brasileiro. Êxito do estabeleci-mento de parceria público-privada para a adminis-tração da Penitenciária Industrial Jucemar Cesco-netto, de Joinville, Estado de Santa Catarina. ...... 42987

RÔMULO GOUVEIA (PSDB – PB) – Eleição do orador para o cargo de Vice-Governador do Estado da Paraíba. Necessidade de implementação de políti-cas de combate à violência no Estado. Realização do Fórum Segurança Pública Preventiva e a Promoção de Uma Cultura pela Paz, pelo Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal da Paraíba. ......... 42987

CARLOS BRANDÃO (PSDB – MA) – Eleição do Juiz Roberto Carvalho Veloso para a presidência da Associação dos Juízes Federais da 1ª Região – AJUFER. ............................................................... 42988

V – Grande ExpedienteLUIZ COUTO (PT – PB) – Eleição do ex-

Prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho, para o Governo do Estado da Paraíba. Descumprimento pelo Governador José Maranhão de promessas de melhoria da área de segurança pública. ............... 42988

FÁTIMA BEZERRA (PT – RN. Pela ordem.) – Aprovação do Plano Nacional de Cultura pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Se-nado Federal. Realização de encontro para debate do projeto Cinema da Cidade, nas dependências da Casa. Realização, pela Comissão de Educação e Cultura, de seminário sobre o Programa Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura – PROCULTURA. 42992

CARLOS BEZERRA (Bloco/PMDB – MT) – Agradecimento aos eleitores do Estado de Mato Grosso pelos votos concedidos ao orador. Regozi-jo com a reeleição do Governador Silval Barbosa. Eleição de Dilma Rousseff para a Presidência da República e de Michel Temer para a Vice-Presidên-cia. Expectativa quanto à inauguração da Ferrovia Norte-Sul. Construção da Ferrovia Oeste-Leste. Importância da conclusão da Ferrovia Senador Vi-cente Vuolo – FERRONORTE. e da Ferrovia Cen-tro-Oeste para o desenvolvimento do Estado de Mato Grosso. Ampliação das malhas rodoviária e hidroviária na Região Centro-Oeste. Instalação da Zona de Processamento de Exportação – ZPE de Cáceres. Desenvolvimento socioeconômico da Re-gião Centro-Oeste. Reexame pelo INCRA da deci-são de retirada de trabalhadores de assentamentos agrícola no Estado de Mato Grosso. ..................... 42933

FERNANDO CHIARELLI (PDT – SP. Pela ordem.) – Concessão pelo orador de entrevistas a jornais estrangeiros a respeito da manipulação de urnas eletrônicas de votação. ................................ 42997

WALTER IHOSHI (DEM – SP) – Balanço da atuação parlamentar do orador. Inconveniência da aprovação de dispositivos medida Provisória nº 497, de 2010, acerca da elevação de impostos inciden-tes sobre o setores produtivos. Apoio à proposta de regulamentação das atividades desenvolvidas por profissionais do setor de beleza. Congratulação ao ex-Embaixador do Japão no Brasil, Ken Shimanou-chi. Saudação ao Governador eleito do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin; ao Prefeito Municipal de São Paulo, Gilberto Kassab, e ao Senador eleito Aloysio Nunes. Agradecimento aos eleitores paulis-tas pelos votos recebidos nas eleições de 2010. .. 42997

DOMINGOS DUTRA (PT – MA) – Reeleição do Deputado Luiz Couto. Aprovação, pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias, de requerimento de realização de diligência para verificação de casos de violência ocorridos no Estado do Maranhão. Caos do sistema carcerário no Estado do Maranhão. Apresen-tação de sugestões à Governadora reeleita Roseana Sarney para melhoria da área de segurança pública. . 43000

PRESIDENTE (Luiz Couto) – Associação da Presidência ao pronunciamento do Deputado Do-mingos Dutra. Deficiências do sistema penitenciário brasileiro. ............................................................... 43003

RODRIGO ROLLEMBERG (Bloco/PSB – DF. Como Líder.) – Elevação do número de publicações de artigos científicos no Governo Luiz Inácio Lula da Silva, segundo relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – UNESCO. Importância da realização de investimentos em ciência, tecnologia e inovação. . 43004

PROPOSIÇÕES APRESENTADAS

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO

Nº 518/2010 – do Sr. Pompeo de Mattos – Dá nova redação ao caput do art. 19 do Ato das Dis-posições Constitucionais Transitórias e revoga o § 2º do dispositivo. .................................................... 43005

PROJETOS DE LEI

Nº 7.889/2010 – do Sr. Vitor Penido – Altera o art. 188 da Lei de Registros Públicos. ................ 43008

Nº 7.890/2010 – do Sr. Roberto Santiago – Dispõe sobre o ensino e a prática de artes marciais e de lutas. .............................................................. 43008

Nº 7.891/2010 – do Sr. Germano Bonow – Dá nova redação ao art. 454 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil. ........... 43010

Nº 7.892/2010 – do Sr. Luiz Carlos Hauly – Al-tera a Lei nº 10.836, de 2004, que “Cria o Programa Bolsa Família e dá outras providências”. ............... 43010

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 42901

Nº 7.893/2010 – do Sr. Luiz Carlos Hauly – Dis-põe sobre o valor do salário mínimo para 2011. ....... 43011

Nº 7.894/2010 – do Sr. Eduardo da Fonte – Dispõe sobre a criação de vagas nas instituições federais de ensino técnico de nível médio destina-das a programas de reinserção social de usuários e dependentes de drogas. ..................................... 43011

Nº 7.895/2010 – do Sr. Eduardo da Fonte – Dispõe sobre a profissão de motorista e de condutor de veículos de emergência. ................................... 43013

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

Nº 2847/2010 – do Sr. Walter Ihoshi – Susta a aplicação da Portaria nº 1.050, de 21 de agosto de 2009, do Ministro de Estado do Trabalho e Em-prego. ..................................................................... 43014

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO

Nº 5.365/2010 – da Comissão de Fiscaliza-ção Financeira e Controle – Solicita informações ao Ministro dos Transportes relativas às audiências públicas sobre o Trem de Alta Velocidade (TAV) re-alizadas em janeiro de 2010 pela Agência Nacional de Transportes Terrestres nos municípios de São José dos Campos (SP), Aparecida do Norte (SP) e Barra Mansa (RJ). .............................................. 43015

REQUERIMENTOS

Nº 7.438/2010 – do Sr. Mendonça Prado – Re-quer a inclusão de proposição na pauta do Plenário da Câmara dos Deputados. ................................... 43015

Nº 7.439/2010 – do Sr. Geraldo Resen-de – Requer inclusão na Ordem do Dia do PL nº 959/2003. .............................................................. 43015

Nº 7.440/2010 – do Sr. Geraldo Resende – Requer inclusão na Ordem do Dia da PEC nº 270/2008. ............................................................... 43015

Nº 7.441/2010 – do Sr. Lindomar Garçon – Requer a inclusão na Ordem do Dia da Pec 556 de 2002. ...................................................................... 43015

VI – Ordem do Dia(Debates e Trabalho de Comissões.)VII – Comunicações ParlamentaresMARCIO JUNQUEIRA (DEM – RR e como

Líder) – Descaso do Governo Luiz Inácio Lula da Silva com o Estado de Roraima. Contrariedade à ampliação de reservas ambientais em Roraima. ... 43016

EDIO LOPES (Bloco/PMDB – RR. Como Líder.) – Posicionamento do orador contrário à política ambiental adotada pelo Governo Federal, especialmente quanto à demarcação de reservas ambientais e indígenas no Estado de Roraima. Contrariedade à ampliação da Re-serva Ambiental do Viruá, no Município de Caracaraí. Apreensão ante a pretendida criação Parque Nacional do Lavrado, no norte do Estado. ................................... 43017

FLÁVIO DINO (Bloco/PCdoB – MA) – Prio-ridades programáticas, políticas e administrativas defendidas pelo PCdoB junto ao Governo Dilma Rousseff . ............................................................... 43019

PAES DE LIRA (Bloco/PTC – SP) – Avaliação dos resultados do pleito eleitoral de 2010. Contra-riedade à proposta de regulação da mídia. Críticas à gestão do Ministério da Educação. Fracasso na aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM. Prioridade do futuro Governo brasileiro nos setores de educação, segurança pública e saúde. Protesto contra a não conclusão das votações da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares. .............................. 43020

VIII – Encerramento3 – DESPACHO DO PRESIDENTE DA

SESSÃONotas Taquigrafias da Sessão Extraordinária

de 11-11-10, contendo pronunciamento do Depu-tado Fernando Chiarelli. ....................................... 43037

4 – PARECER – Projeto de Decreto Legisla-tivo nº 2.831-A/10. ................................................ 43038

COMISSÕES

5 – ATASComissão da Agricultura, Pecuária, Abaste-

cimento e Desenvolvimento Rural, Relatório do 2º encontro da Comissão na 16ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne, em 18.6.10, 27ª Reunião (Ordinária), em 7-7-10, *28ª Reunião (Extraordinária Audiência Pública), em 7-7-10, *29ª Reunião (Audi-ência Pública, conjunta com a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), em 8-7-10, *30ª Reunião (Extraordinária Audiência Pública), em 13-7-10, 31ª Reunião (Ordinária), em 14-7-10, *32ª Reunião (Extraordinária Audiência Pública), em 14-7-10 e Termo de Reunião, em 4-11-10. .............. 43039

Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, 28ª Reunião (Ordinária), em 14-7-10. ................................................................. 43105

* Atas com notas taquigráficas6 – DESIGNAÇÕESComissão da Agricultura, Pecuária, Abaste-

cimento e Desenvolvimento Rural, em 10-11-10. .. 43106Comissão de Desenvolvimento Econômico, In-

dústria e Comércio, em 5-10, 4 e 10-11- de 2010. 43107

SEÇÃO II

7 – MESA8 – LÍDERES E VICE-LÍDERES9 – DEPUTADOS EM EXERCÍCIO10 – COMISSÕES

42902 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

SEÇÃO I

Ata da 191ª Sessão, Extraordinária, Matutina, em 11 de novembro de 2010

Presidência dos Srs. Marco Maia, 1º Vice-Presidente; Inocêncio Oliveira, 2º Secretário

Às 9 horas comparecem à casa os srs.:

Antônio Carlos Magalhães NetoInocêncio OliveiraPartido Bloco

RORAIMA

Maria Helena PSB PsbPcdobPrbTotal de Roraima: 1

AMAPÁ

Lucenira Pimentel PR Total de Amapá: 1

PARÁ

Gerson Peres PP Lúcio Vale PR Zenaldo Coutinho PSDB Zequinha Marinho PSC Total de Pará: 4

AMAZONAS

Francisco Praciano PT Lupércio Ramos PMDB PmdbPtcTotal de Amazonas: 2

RONDONIA

Eduardo Valverde PT Total de Rondonia: 1

ACRE

Henrique Afonso PV Total de Acre: 1

TOCANTINS

Moises Avelino PMDB PmdbPtcOsvaldo Reis PMDB PmdbPtcTotal de Tocantins: 2

MARANHÃO

Pedro Novais PMDB PmdbPtcTotal de Maranhão: 1

CEARÁ

Arnon Bezerra PTB Mauro Benevides PMDB PmdbPtcTotal de Ceará: 2

PIAUÍ

José Maia Filho DEM Júlio Cesar DEM Total de Piauí: 2

PARAÍBA

Luiz Couto PT Total de Paraíba: 1

SERGIPE

Eduardo Amorim PSC Total de Sergipe: 1

BAHIA

Daniel Almeida PCdoB PsbPcdobPrbFélix Mendonça DEM José Carlos Araújo PDT Luiz Alberto PT Marcos Medrado PDT Sérgio Barradas Carneiro PT Severiano Alves PMDB PmdbPtcWalter Pinheiro PT Total de Bahia: 8

MINAS GERAIS

Aelton Freitas PR Ciro Pedrosa PV Júlio Delgado PSB PsbPcdobPrbTotal de Minas Gerais: 3

RIO DE JANEIRO

Antonio Carlos Biscaia PT Arolde de Oliveira DEM Chico Alencar PSOL Chico DAngelo PT Dr. Adilson Soares PR Felipe Bornier PHS Jair Bolsonaro PP Nelson Bornier PMDB PmdbPtcSolange Almeida PMDB PmdbPtcTotal de Rio de Janeiro: 9

SÃO PAULO

Arlindo Chinaglia PT Dimas Ramalho PPS Dr. Talmir PV Janete Rocha Pietá PT

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 42903

Milton Vieira DEM Roberto Alves PTB Roberto Santiago PV Vanderlei Macris PSDB Total de São Paulo: 8

MATO GROSSO

Eliene Lima PP Homero Pereira PR Total de Mato Grosso: 2

GOIÁS

Leonardo Vilela PSDB Total de Goiás: 1

PARANÁ

Dr. Rosinha PT Luiz Carlos Setim DEM Moacir Micheletto PMDB PmdbPtcOsmar Serraglio PMDB PmdbPtcTotal de Paraná: 4

SANTA CATARINA

Angela Amin PP Paulo Bauer PSDB Valdir Colatto PMDB PmdbPtcZonta PP Total de Santa Catarina: 4

RIO GRANDE DO SUL

Cláudio Diaz PSDB José Otávio Germano PP Nelson Proença PPS Onyx Lorenzoni DEM Pepe Vargas PT Total de Rio Grande do Sul: 5

I – ABERTURA DA SESSÃOO SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – A lista

de presença registra na Casa o comparecimento de 65 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados.

Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus e em nome do povo

brasileiro iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da

sessão anterior.

II – LEITURA DA ATAO SR. VALDIR COLATTO, servindo como 2° Se-

cretário, procede à leitura da ata da sessão anteceden-te, a qual é, sem observações, aprovada.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Passa-se à leitura do expediente.

O SR. VALDIR COLATTO, servindo como 1° Secretário, procede à leitura do seguinte

III – EXPEDIENTE

42904 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.848, DE 2010

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

TVR Nº 1.308/2009 MSC Nº 408/2009

Aprova o ato que autoriza a Associação Comunitária de Radiodifusão Estúdio “A” FM – ASCRE a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Seringueiras, Estado de Rondônia.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º É aprovado o ato constante da Portaria

nº 784, de 20 de novembro de 2008, que autoriza a Associação Comunitária de Radiodifusão Estúdio “A” FM – ASCRE a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Seringueiras, Estado de Rondônia.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 11 de novembro de 2010. – De-putado Arolde de Oliveira, Presidente em exercício.

TVR Nº 1.308, DE 2009 (Mensagem nº 408, de 2009)

Submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 784, de 20 de novembro de 2008, que autoriza a Associação Comunitária de Radiodifusão Estúdio “A” FM – ASCRE a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusi-vidade, serviço de radiodifusão comunitá-ria no Município de Seringueiras, Estado de Rondônia.

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

I – Relatório

De conformidade com o art. 49, inciso XII, combi-nado com o § 1º do art. 223, da Constituição Federal, o Excelentíssimo Senhor Presidente da República sub-mete à consideração do Congresso Nacional, acom-panhado da Exposição de Motivos do Senhor Minis-tro de Estado das Comunicações, o ato que autoriza a Associação Comunitária de Radiodifusão Estúdio “A” FM – ASCRE a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária.

Atendendo ao disposto no § 3º do art. 223 da Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legislativo para a devida apreciação, uma vez que o ato somen-te produzirá efeitos após a deliberação do Congresso Nacional.

Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspectos técnicos e formais da matéria submetida ao exame desta Comissão, nos termos do inciso III, alínea “h”, do art. 32 do Regimento Interno.

II – Voto do Relator

A autorização do Poder Público para a execu-ção de serviço de radiodifusão comunitária é regulada pela Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998. O Poder Executivo informa que a documentação apresentada pela Associação Comunitária de Radiodifusão Estúdio “A” FM – ASCRE atendeu aos requisitos da legislação específica e recebeu outorga para executar serviço de radiodifusão comunitária.

A análise deste processo pela Comissão de Ci-ência e Tecnologia, Comunicação e Informática deve basear-se no Ato Normativo nº 01, de 2007, e na Reco-mendação nº 01, de 2007, deste colegiado. Verificada a documentação, constatamos que foram atendidos todos os critérios exigidos por estes diplomas regula-mentares, motivo pelo qual somos pela homologação do ato do Poder Executivo, na forma do Projeto de Decreto Legislativo que ora apresentamos.

Sala da Comissão, 29 de junho de 2010. – Deputado José Paulo Tóffano, Relator.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº , DE 2010

Aprova o ato que autoriza a Associa-ção Comunitária de Radiodifusão Estúdio “A” FM – ASCRE a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusivida-de, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Seringueiras, Estado de Rondônia.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º É aprovado o ato constante da Portaria

nº 784, de 20 de novembro de 2008, que autoriza a Associação Comunitária de Radiodifusão Estúdio “A” FM – ASCRE a executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Seringueiras, Estado de Rondônia.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 29 de junho de 2010. – Deputado José Paulo Tóffano, Relator.

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 42905

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comu-nicação e Informática, em reunião ordinária realiza-da hoje, aprovou unanimemente o parecer favorável do Relator, Deputado José Paulo Tóffano, à TVR nº 1.308/2009, nos termos do Projeto de Decreto Legis-lativo que apresenta.

Estiveram presentes os Senhores Deputados: Julio Semeghini – Vice-Presidente, Antonio Bulhões, Arolde de Oliveira, Beto Mansur, Bispo Gê Tenuta, Davi Alcolumbre, Dr. Adilson Soares, Francisco Rossi, Gilmar Machado, Gustavo Fruet, Jefferson Campos, José Aní-bal, Luiza Erundina, Manoel Salviano, Moises Avelino, Paulo Roberto Pereira, Ratinho Junior, Roberto Alves, Rodrigo Rollemberg, Sandes Júnior, Walter Pinheiro, Angela Amin, Ariosto Holanda, Celso Russomanno, Cida Diogo, Colbert Martins, Duarte Nogueira, Eduar-do Gomes, Iriny Lopes, Jô Moraes, Lobbe Neto, Paulo Henrique Lustosa e Wilson Picler.

Sala da Comissão, 10 de novembro de 2010. – Deputado Arolde de Oliveira, Presidente em exercício.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.849, DE 2010

(Da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática)

TVR Nº 1.689/2009 MSC Nº 729/2009

Aprova o ato que outorga permissão à Neusa e Lemos Comunicações Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, no Município de Cerejeiras, Estado de Rondônia.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º É aprovado o ato constante da Portaria nº

67, de de 25 de março de 2009, que outorga permissão à Neusa e Lemos Comunicações Ltda. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em frequência modula-da, no Município de Cerejeiras, Estado de Rondônia.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 11 de novembro de 2010. – Deputado Arolde de Oliveira, Presidente em exercício

TVR Nº 1689, DE 2009 (Mensagem nº 729, de 2009)

Submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 67, de de 25 de março de 2009, que outorga permis-

são à Neusa e Lemos Comunicações Ltda. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifu-são sonora em frequência modulada, no Mu-nicípio de Cerejeiras, Estado de Rondônia.

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

I – Relatório

De conformidade com o art. 49, inciso XII, com-binado com o § 1º do art. 223, da Constituição Fede-ral, o Excelentíssimo Senhor Presidente da Repúbli-ca submete à consideração do Congresso Nacional, acompanhado da Exposição de Motivos do Senhor Ministro de Estado das Comunicações, o ato que outorga permissão à Neusa e Lemos Comunicações Ltda. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem di-reito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada.

Atendendo ao disposto no § 3º do art. 223 da Constituição, a matéria foi enviada ao Poder Legis-lativo para a devida apreciação, uma vez que o ato somente produzirá efeitos após a deliberação do Congresso Nacional.

Cumpre-nos, portanto, opinar sobre os aspectos técnicos e formais da matéria submetida ao exame desta Comissão, nos termos do inciso III, alínea “h”, do art. 32 do Regimento Interno.

II – Voto do Relator

A outorga do Poder Público para a execução de serviço de radiodifusão é regulada pela Lei nº 4.117, de 27 de agosto de 1962, pelo Decreto-Lei nº 236, de 28 de fevereiro de 1967, e pelo Decreto nº 52.795, de 31 de outubro de 1963, com as modificações do De-creto nº 2.108, de 24 de dezembro de 1996. O Poder Executivo informa que a documentação apresentada pela Neusa e Lemos Comunicações Ltda. atendeu aos requisitos da legislação específica e obteve a maior pontuação do valor ponderado, nos termos estabe-lecidos pelo Edital, tornando-se a vencedora da con-corrência para exploração do serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada.

Não obstante, não foi anexada ao processo a documentação prevista no item “f” , inciso I, art. 2º do Ato Normativo nº 1, de 2007, desta Comissão no que se refere ao extrato de tramitação do processo no Ministério das Comunicações e na Presidência da República. Em atendimento ao disposto no item 5 da Recomendação nº 1, de 2007, desta Comissão, informamos que o processo teve início no Ministério

42906 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

das Comunicações em 2 de maio de 2000, com a publicação do Edital de Concorrência. Informamos ainda que o processo foi remetido pelo Ministério à Presidência da República em 17 de abril de 2009, que, por sua vez, o encaminhou ao Congresso Nacional em 4 de setembro de 2009.

A análise deste processo pela Comissão de Ci-ência e Tecnologia, Comunicação e Informática deve basear-se no Ato Normativo nº 01, de 2007, e na Reco-mendação nº 01, de 2007, deste colegiado. Verificada a documentação, constatamos que foram atendidos todos os critérios exigidos por estes diplomas regula-mentares, motivo pelo qual somos pela homologação do ato do Poder Executivo, na forma do Projeto de Decreto Legislativo que ora apresentamos.

Sala da Comissão, 31 de agosto de 2010. – De-putado Paulo Roberto Pereira, Relator.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº , DE 2010

Aprova o ato que outorga permissão à Neusa e Lemos Comunicações Ltda. para explorar serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, no Município de Cerejeiras, Estado de Rondônia.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º É aprovado o ato constante da Portaria

nº 67, de de 25 de março de 2009, que outorga per-missão à Neusa e Lemos Comunicações Ltda. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de ex-clusividade, serviço de radiodifusão sonora em frequ-ência modulada, no Município de Cerejeiras, Estado de Rondônia.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala da Comissão, 21 de agosto de 2010. – De-putado Paulo Roberto Pereira, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Ciência e Tecnologia, Comuni-cação e Informática, em reunião ordinária realizada hoje, aprovou unanimemente o parecer favorável do Relator, Deputado Paulo Roberto Pereira, à TVR nº 1.689/2009, nos termos do Projeto de Decreto Legis-lativo que apresenta.

Estiveram presentes os Senhores Deputados: Julio Semeghini – Vice-Presidente, Antonio Bulhões, Arolde de Oliveira, Beto Mansur, Bispo Gê Tenuta, Davi Alcolumbre, Dr. Adilson Soares, Francisco Rossi, Gilmar Machado, Gustavo Fruet, Jefferson Campos, José Aníbal, Luiza Erundina, Manoel Salviano, Moi-

ses Avelino, Paulo Roberto Pereira, Ratinho Junior, Roberto Alves, Rodrigo Rollemberg, Sandes Júnior, Walter Pinheiro, Angela Amin, Ariosto Holanda, Celso Russomanno, Cida Diogo, Colbert Martins, Duarte No-gueira, Eduardo Gomes, Iriny Lopes, Jô Moraes, Lobbe Neto, Paulo Henrique Lustosa e Wilson Picler.

Sala da Comissão, 10 de novembro de 2010. – Deputado Arolde de Oliveira, Presidente em exercício.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Finda a leitura do expediente, passa-se às

IV – BREVES COMUNICAÇÕES

Concedo a palavra ao Sr. Deputado Valdir Colatto.O SR. VALDIR COLATTO (Bloco/PMDB-SC.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ao retomarmos os trabalhos da Casa, preocupa-nos uma matéria que está para chegar ao plenário: o relatório do Deputado Aldo Rebelo na Comissão Especial que trata da mudança do Código Florestal Brasileiro.

Apelo a esta Casa e ao Governo para que se sensibilizem com a urgência em se votar e aprovar essa matéria. Espero que o Presidente Michel Temer a coloque em pauta, porque o Brasil precisa resolver esse assunto.

Vamos voltar a falar sobre o assunto de forma mais contundente e mostrar as consequências de não se votar essa legislação tão importante para o Brasil, o novo Código Florestal Brasileiro. Todo o País espera por isso.

Muito obrigado. O SR. MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB-CE.

Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, en-tre os dias 16 e 19 do corrente estará sendo realiza-do, em Campo Grande, o Congresso Nacional dos Defensores Públicos. Serão discutidas questões im-portantes da aludida carreira jurídica, criada durante a elaboração da Carta de 5 de outubro de 1988, da qual o primeiro signatário foi o extraordinário homem público Ulysses Guimarães, cabendo-me secundá-lo na condição de 1º Vice-Presidente daquele magno colegiado, que assinalou o nosso reencontro com o Estado Democrático de Direito.

Recordo que, no ano de 2008, em Cuiabá, foi levado a efeito idêntico conclave, com o compareci-mento de apreciável número de participantes, todos dispostos a defender os direitos dos carentes e ne-cessitados, através de obstinadas porfias de media-ção e conciliação, bem assim a impetração, perante o juízo competente, de ação destinada a resgatar di-reito injustamente conspurcado.

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 42907

A ANADEP, com André Castro à frente, empenha-se para que o auspicioso acontecimento cumpra a pau-ta de trabalhos, garantindo aos defensores uma maior preeminência diante da comunidade brasileira.

Ligado à categoria, tendo sido, no ano anterior, relator do projeto de lei complementar transformado no Diploma Legal nº 132, saúdo quantos estiverem em Mato Grosso para o debate de temas reconhecida-mente relevantes, vinculados ao interesse nacional.

Tenho certeza de que a disposição dos defen-sores da União e das unidades federadas direcionar-se-á, igualmente, para a busca de celeridade na pres-tação jurisdicional, como anseiam os demandantes e os círculos jurídicos do País.

As conclusões do encontro em Mato Grosso se-rão, posteriormente, trazidas ao conhecimento desta Casa para que, no que for cabível, possa torná-las esplendida realidade.

Aplaudo, pois, os defensores públicos, convictos de que continuarão, todos eles, dedicados à redução das desigualdades sociais, com amparo decidido de pretensões postergadas, à falta de quem possa pa-troneá-las desveladamente, como lema de ação de uma classe que honra o nosso País.

O SR. DR. ROSINHA (PT-PR. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero deixar registrados nos Anais desta Casa meus parabéns ao grande compositor, poeta e escritor Chi-co Buarque de Holanda pelos prêmios recebidos nas últimas décadas. Ontem ele recebeu o Prêmio Jabuti, da Portugal Telecom, pelo seu último romance Leite Derramado.

Chico, grande intelectual brasileiro, não só tem contribuído com a cultura nacional, como tem sido um cidadão atuante, manifestando-se em todos os momentos políticos do País. Lutou contra a ditadura militar, em favor da democracia.

Grande escritor, premiado não só no Brasil, mas em todo o mundo, Chico é merecedor do Prêmio Ja-buti. Parabéns, Chico.

O SR. EDUARDO VALVERDE (PT-RO. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, vou fazer um breve registro.

A partir de amanhã, sexta-feira, começa na ci-dade de Guajará-Mirim, Rondônia, na fronteira com a Bolívia, o décimo encontro anual de cidadãos gua-jará-mirenses que moram fora do Estado, alguns no exterior.

Esses filhos de Guajará-Mirim reúnem-se anu-almente para conversarem e trocarem experiências sobre como dar maior visibilidade a essa importante região de Rondônia. Guajará-Mirim tem a cara da cul-

tura e do povo rondoniense. Seus primeiros imigran-tes para lá foram, no início do século, para construir a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.

Como disse, esse evento, realizado anualmente, conta com a participação de guajará-mirenses hoje residentes em várias partes do Brasil e do mundo. Eles utilizam esse momento para visibilizar sua ter-ra natal.

O SR. SÉRGIO BARRADAS CARNEIRO (PT-BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, como sabem todos, há 2 anos exercemos o cargo de Procurador Parlamentar nesta Casa, por indicação unânime da bancada do Partido dos Trabalhadores e nomeação do amigo e eminen-te Presidente Michel Temer. A Procuradoria tem por finalidade defender a honra e a imagem desta insti-tuição e dos seus membros.

Nesses 2 anos, Sr. Presidente, implantamos sistema informatizado de arquivo e acompanhamento processual; introduzimos uma jornalista na equipe da Procuradoria, diminuindo o litígio entre esta Casa e alguns setores da imprensa.

Estamos prestes a inaugurar as novas instala-ções da Advocacia-Geral da União nesta Casa, ato que contará com a presença do Presidente Michel Temer e do Dr. Luís Inácio Adams.

Fomos recebidos pelos Advogados da União Marcelo do Val e Iran Campos Costa, que ficarão responsáveis pelo Escritório Avançado da Secretaria-Geral de Contencioso da AGU na Câmara.

Quero dizer, por fim, que ganhamos todos os processos em que litigamos na Justiça nos últimos 2 anos.

Obrigado, Sr. Presidente.O SR. ALEX CANZIANI (PTB-PR. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, não tenho procuração do Ministro Fernando Haddad para defendê-lo, nem S.Exa. precisa disso. Mas não posso deixar de repudiar desta tribuna a execração que estão querendo fazer contra o Ministro Fernando Haddad, um dos Ministros mais competentes deste Governo. Tem S.Exa. feito um grande trabalho pela educação brasileira.

O Brasil vem avançando. É óbvio que temos de melhorar, e muito, a qualidade da educação brasilei-ra, mas o Ministro Fernando Haddad tem tido uma postura muito competente e muito séria.

Problemas com o ENEM houve, ninguém dis-corda disso. No entanto, entre os mais de 3 milhões de alunos que fizeram a prova – houve 4 milhões de inscritos –, somente 2 mil alunos tiveram problemas com as provas.

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Parece-me que o mais sensato, o mais correto seria esses alunos fazerem novamente a prova e se permitir a continuidade do exame, tão importante para a educação brasileira.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pronuncia

o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no dia 15 de novembro celebraremos 121 anos da Proclamação da República brasileira. “Democracia não é o regime político em que o povo governa, mas aquele no qual o povo controla, em última instância, a ação de todos os governantes ou agentes públicos”, ensina o jurista republicano Fábio Konder Comparato.

Controlar os governantes e todos os que exercem funções públicas depende também da disposição dos eleitos. Ao se conferir os escandalosos financiamentos recebidos por quase todos os candidatos e partidos vitoriosos, veremos o imenso muro erguido entre eles e o povo, entre os palácios que irão ocupar e a praça. Sem profunda reforma política, continuaremos em pe-rigosa marcha a ré pública, tropeçando volta e meia em revelações sobre tenebrosas transações.

No último pleito nacional, cada um dos 513 Deputados Federais eleitos gastou, em média, R$1.100.000,00. Lembre-se que cada Parlamentar receberá, em 4 anos de mandato, uma remunera-ção total de R$792.000,00. Cinquenta e quatro por cento dos Congressistas receberam dinheiro alto de construtoras e terão “dívida de gratidão” com elas. Os bancos e alguns megaempresários, como Eike Batista e Arminio Fraga, também foram generosos em suas doações. As somas milionárias das campa-nhas dos 2 candidatos à Presidência da República que disputaram o 2º turno ainda não foram totaliza-das, mas dá para se afirmar que os números dos 3 primeiros colocados foram estratosféricos. Democra-cia ou plutocracia?

Nossa República é a dos particularismos: os currais eleitorais do neocoronelismo são abastecidos também por empresas que têm interesses diretos em projetos votados nas Comissões onde seus aquinho-ados candidatos à reeleição atuam. Um Deputado do Rio de Janeiro recebeu meio milhão de uma usina de açúcar do Mato Grosso do Sul.

A legislação possibilita repasse entre comitês financeiros, contas dos diretórios nacionais e contas das candidaturas. Isso torna o controle público muito mais complexo e encobre financiadores suspeitos.

No Rio de Janeiro, a média de gasto foi de R$1.073.722,72 para Deputado Federal e de R$544.391,35 para Deputado Estadual. Candidato

pobre ou remediado, sem aportes externos excep-cionais, só terá chance como exceção, raridade. O que tem determinado o êxito eleitoral é o volume de recursos captados e gastos. Que representação de-mocrática é essa?

Em anexo estão as tabelas de gastos das candi-daturas vitoriosas para Deputado Federal e Deputado Estadual e dos candidatos ao Senado e ao Governo do Estado do Rio de Janeiro. Lá se poderá conferir também os financiadores (diz-me quem te paga e te direi quem és) e uma interessante relação entre os recursos aplicados e os votos conquistados. Essa comparação deu, em nosso Estado, média de gasto/votos obtidos de R$22,03 para Deputado Federal e R$11,15 para Deputado Estadual. O PSOL vai na con-tramão dessas eleições de mercado e dessas campa-nhas milionárias. Não aceitamos que esse caminho de dependência e de mandatos a serviço do capital seja o único. Interessante notar o grau de adesão do PT a esse modelo de pleitos de mercado. A campa-nha mais cara para o Senado (R$14.014.781,53) foi a de Lindberg Farias. Entre as campanhas milioná-rias para Deputado Federal estão as de Luiz Sérgio (R$2.325.188,25) e Jorge Bittar (R$1.569.742,05), ambos de origem sindical. Bancos foram importan-tes doadores do Diretório Nacional do PT. O capital financeiro, pelo visto, anda satisfeitíssimo com a si-tuação.

O PCdoB não ficou atrás. Seu Diretório Nacional recebeu, além de benfazejas doações de Eike Batis-ta, R$1.150.000,00 de subsidiárias da Vale. Jandira Feghali, sua Deputada Federal eleita no Rio, pôde empenhar R$1.800.000,00 na campanha. Para De-putado Estadual, o PT do Rio de Janeiro teve duas campanhas acima da casa do milhão: Carlos Minc e Rodrigo Neves. Jorge Picciani, Presidente da ALERJ, candidato ao Senado e próspero pecuarista, não pou-pou recursos em ajudas declaradas e fartas para PT e PCdoB.

Todo doador de campanha tem interesses: pú-blicos, da contribuição cidadã da pessoa física; em-presariais, da pessoa jurídica. Interesses tão mais fortes quanto maior for o volume investido. Isso tudo traz à lembrança o saudoso Carlito Maia: “A esquer-da, quando começa a contar dinheiro, já não é mais esquerda”.

Agradeço pela atenção.

ANEXO A QUE SE REFERE O ORA-DOR

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O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Par-lamentares, quero solidarizar-me com o empresário Sílvio Santos, dono de uma grande empresa de comu-nicação, o SBT, que também participa de outras ativi-dades. Não pode Sílvio Santos ser responsabilizado diretamente por essa ou aquela empresa, embora te-nha indiretamente alguma responsabilidade. Por isso, deu como garantia de empréstimo ao fundo garantidor 2,5 bilhões de todo o seu patrimônio.

Lembro inclusive que o banco PanAmericano teve problemas recentemente. Quarenta e nove por cento de suas ações foram adquiridas pela Caixa Econômi-ca Federal, que realizou todas as auditorias possíveis. Evidentemente, se a diretoria do banco PanAmericano cometeu algum deslize, algum equívoco, terá de pagar por isso. Não podemos deixar de responsabilizá-la, mas não podemos ficar aleatoriamente denegrindo a imagem do grande empresário Silvio Santos.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.O SR. EDINHO BEZ (Bloco/PMDB-SC. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na qualidade de representante e identifi-cado com a nossa querida cidade de Laguna, Santa Catarina, hoje vou destacar as belíssimas praias e riquezas históricas, atrações permanentes para turis-tas, que chegam perto de 400 mil durante a tempora-da de verão e lotam a cidade durante o Carnaval. O Carnaval de Laguna é considerado o terceiro do País, ficando atrás apenas do Carnaval do Rio de Janeiro e de Salvador.

A história de Laguna começou há mais de 6 mil anos com os primeiros registros de comunidades pré-históricas, os sambaquis, assim chamados porque eram pescadores-coletores. Os sambaquis tiveram contato com os xoklengs e carijós vindos do oeste, e absorveram a cultura de outras tribos. Os índios se adaptaram à região devido à proximidade com a lagoa, uma fonte de alimentos.

De acordo com levantamento do Instituto do Pa-trimônio Histórico Nacional (IPHAN), o Município pos-sui 43 sítios arqueológicos de artefatos dos povos sambaqui e guarani. Durante os séculos XVII e XVIII, a disputa de terras entre Portugal e Espanha resultou no Tratado de Tordesilhas. Desse conflito entre metró-poles, uma extensa colônia se formou. Assim, Laguna nasceu em terras de disputa colonial.

De 1500 a 1700, mais de 100 mil portugueses se deslocaram para o Brasil Colônia. Portugal temia invasões espanholas no Sul do Brasil, principalmente em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, áreas estra-tégicas para se chegar ao Rio da Prata.

Porém, somente a partir do século XIX houve uma ocupação mais efetiva do território, com políticas do Continente – sem se esquecer dos portugueses dos açores que procuravam habitar o local em busca de pesca e de solo produtivo, quando houve a fixação de gente e o povoamento do Sul.

Laguna é um ponto de referência de espanhóis e portugueses, mas também de historiadores, cate-dráticos e universidades mundo afora. Vale lembrar que o Farol é considerado o maior das Américas. Na-vegadores e antigos moradores do local consideram o Farol de Santa Marta o terceiro do mundo em alcance, pois está localizado, segundo afirmam, na “esquina do mundo”.

Afinal, tantas referências nos levam a refletir por que os homens do Velho Mundo e brasileiros, em 1891, construíram, em pedra areia, barro e óleo de baleia, o Farol do Cabo de Santa Marta, que guia as embarca-ções emitindo lampejos brancos e vermelhos a cada 15 segundos até os dias atuais

É bom lembrar também que minha luta para que os Governos Federal e Estadual, o Ministério do Tu-rismo, agora em corrida para a Copa de 2014, e nós mesmos, parlamentares, despertemos para as pre-ciosidades do nosso País, para os maiores cânions verdes do Continente.

Por isso, quero falar do projeto Serramar, que teve emenda de minha autoria, que vai elevar a visibilidade do Brasil. Seguramente é um dos mais importantes destinos turísticos do terceiro milênio. A Rodovia Ser-ramar, que liga a BR-116-Lages/SC à BR-101-Laguna/SC, vai estimular os turistas a permanecerem na região por mais tempo e, com certeza, divulgar ainda mais o nosso potencial turístico..

Sr. Presidente, voltarei a falar de Laguna, Região Sul e região da Serra Catarinense.

Aproveito para cumprimentar o Prefeito Munici-pal, Célio Antônio, e todos os lagunenses, que tenho orgulho de representar.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.O SR. MARÇAL FILHO (Bloco/PMDB-MS. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, sem qualquer aviso ou consulta pública, o Ministério da Justiça transferiu para o Presídio Federal de Campo Grande, no meu Estado de Mato Grosso do Sul, os 22 condenados que lideraram a rebelião que deixou 18 mortos no Presídio São Luís, no Maranhão. Nada tenho contra o Ministério da Justiça, muito menos contra as medidas adotadas para remover da capital maranhense os presos que lideraram a matança, mas uma pergunta não quer calar: por que mandá-los para o Mato Grosso do Sul?

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Quando os presos do Complexo Penitenciário de Bangu organizaram uma rebelião, o primeiro ato das autoridades foi transferir o megatraficante Fernandinho Beira-Mar para Campo Grande, onde ele permanece até hoje. Quando a facção criminosa que domina os presídios de São Paulo desencadearam uma rebelião, o mesmo foi feito com seus líderes. Mais tarde, até o megatraficante Juan Carlos Abadia e outros chefes do crime organizado acabaram transferidos para o Presí-dio Federal de Mato Grosso do Sul.

Quero repudiar com veemência essa prática, que fere a soberania do meu Estado e que ameaça a segurança da população. Todos sabem que atrás de cada criminoso desse calibre chegam pelo menos duas dezenas de pessoas, entre comparsas e familiares, o que acaba elevando ainda mais os índices de crimi-nalidade. Meu Estado não merece ser tratado como depósito de presos de alta periculosidade. A população sul-mato-grossense não aceita a ingerência levada a efeito na madrugada desta quarta-feira, quando o avião da Polícia Federal aterrissou no Aeroporto de Campo Grande com os presos a bordo.

São de todos conhecidas as dificuldades na área de segurança pública em todos os Estados brasileiros. Não é justo que Mato Grosso do Sul acabe carregan-do esse pesado fardo sozinho. De forma que o mais sensato teria sido transferir esses líderes para os Es-tados de origem, em vez de despejá-los em Campo Grande. Estou, ao lado da população do meu Estado, indignado com esse desrespeito a um ente federado e, sobretudo, com o pouco caso demonstrado com a sociedade sul-mato-grossense, que não quer ver o Estado transformado em depósito de presos de alta periculosidade.

Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Pas-

sa-se ao período destinado a pronunciamentos com o tempo de 3 minutos.

Concedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Depu-tado Dr. Rosinha.

O SR. DR. ROSINHA (PT-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, nos últimos meses tem crescido o saudável debate sobre a democratização dos meios de comuni-cação. Esse debate ganhou fôlego depois da realização da Conferência Nacional de Comunicação. Acho que deve evoluir no sentido de garantir direitos a quem for vítima de calúnia em jornal, rádio ou televisão.

Sabe-se que emissoras de rádio e televisão são concessões públicas. Como foram feitas e como são feitas, até hoje, essas concessões? Qual o debate que há na sociedade antes de se fazer a concessão? Como elas são feitas no âmbito do Estado? Sabe-se

que ao longo da história as concessões foram feitas a padrinhos políticos, a compadres, aos que se com-prometem a fazer a defesa do governante de plantão. No entanto, quem possui concessão de rádio e tele-visão, nos debates, diz logo que se trata de censura. Não é censura, é questionar o privilégio que tiveram – e continuam tendo. Recentemente venceu o prazo das concessões de várias redes de televisão. Como foram prorrogadas essas concessões? Com que setor da sociedade foi debatida a prorrogação? Ademais, eles dizem tudo o que querem, como querem, desin-formando a sociedade. Quando são questionados, dizem-se censurados.

Os meios de comunicação no Brasil têm donos. E esses donos têm interesses políticos, financeiros, comerciais. Muitas vezes, esses interesses decidem os destinos do País. São esses interesses que definem a preferência por um ou outro candidato.

Acho que pode haver a preferência, não há nisso nenhum problema. Mas devem assumir publicamente essa preferência, como muito bem fez a revista Car-taCapital recentemente, quando definiu de que lado estava nas eleições. Depois de muita cobrança, o jor-nal O Estado de S.Paulo, em editorial, assumiu uma posição.

Isso possibilita aos leitores, aos ouvintes sa-berem quem são, de que lado estão esses veículos, que passam a fazer campanha eleitoral abertamente. Normalmente, não assumem e se dizem imparciais. Eu acompanhei todos os meios de comunicação e percebi a sua parcialidade.

E não há parcialidade maior, entre as revistas semanais, do que a da revista Veja. Ela é totalmente parcial. E mais: quando lhe interessa, distorce todos os fatos e não informa à população brasileira, ou aos seus leitores, qual é a sua posição.

Portanto, o debate sobre os meios de comuni-cação no Brasil tem de ser aprofundado. A legislação sobre o assunto tem de ser clara, assegurar o direito de defesa e de resposta aos caluniados.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado Valdir Colatto, do PMDB de Santa Catarina.

O SR. VALDIR COLATTO (Bloco/PMDB-SC. Pela ordem. sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, De-putado Inocêncio Oliveira, Sras. e Srs. Deputados, eu queria levantar neste plenário uma discussão para o Brasil, para o Presidente Lula e para a futura Presidente Dilma Rousseff sobre uma questão que o Brasil tem que resolver: a legislação ambiental brasileira.

Estamos relegando a uma condição de não prio-ridade – e houve um grande debate sobre o assunto quando da eleição para a Presidência da República

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com a candidata Marina Silva, que levantou as ques-tões ambientais, defendeu a área ambiental, às vezes esquecendo o outro lado, o do Brasil real, do Brasil da sociedade, do Brasil da produção, da comida, da in-dústria, das cidades e daquilo que se tem que fazer na ocupação e na gestão da questão ambiental.

No Brasil não se preocupou em fazer a gestão da ocupação fundiária e ambiental do território. Essa é uma questão que temos de trabalhar fortemente. Este Congresso tem que assumir a responsabilidade de dar uma solução ao País, aprovar normas claras sobre o direito de propriedade, especialmente nas questões fundiária e de gestão ambiental.

Sr. Presidente, sou engenheiro agrônomo. Estou estudando a questão. Sabe-se que a Alemanha tem há mais de 3 séculos um cadastro de gestão de ocupação de terras para produção e para preservação do meio ambiente. Esse cadastro permeia e orienta todas as ações dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Trata-se de um cadastro feito técnica e cientificamen-te. E as decisões das áreas legislativa e executiva são baseadas nos dados desse cadastro, que evolui com a legislação e acompanha a evolução da sociedade.

No Brasil há o Código Florestal Brasileiro, de 1965, uma cláusula pétrea da Constituição na qual ninguém quer mexer, que está criando milhares de problemas. Vou citar um problema concreto: por que está faltando carne no Brasil? Por que o preço da carne está su-bindo? O consumidor tem que saber! É porque o De-creto nº 6.514, de 2008, manda fazer imediatamente a averbação da reserva legal na Amazônia. No resto do Brasil, o Decreto nº 7.029, de 2009, prorroga para 11 de junho de 2011 a obrigatoriedade de averbação da reserva legal. Ou seja, na Amazônia a averbação deve ser feita imediatamente.

Isso significa, Deputado Marçal Filho, que agora a Amazônia tem de deixar de produzir em 80% das pro-priedades, utilizar apenas 20% delas. Era o contrário, produzia-se em 80% das propriedades e utilizava-se 20% como reserva legal. Inverteram esse processo por meio de uma legislação aprovada na época do Minis-tro Zequinha Sarney, o que hoje está inviabilizando o Norte do Brasil. E o que está acontecendo? Fazendas são interditadas por não terem reserva legal e por não mais conseguirem produzir gado. Com isso, o que os produtores fizeram? Descartaram as matrizes. É esse o motivo pelo qual estamos enfrentando crise de carne, vendo a demanda aumentar e o preço subir. O Bra-sil não tem carne porque os produtores deixaram de produzir. Além disso, descartaram as matrizes. Lem-bro que o processo de retomada de produção leva em média 3 anos.

Então, ou nós resolvemos o problema ou, se o Brasil cometer a loucura de manter a atual legislação ambiental, teremos que deixar de plantar 20% no Sul, 35% no Centro-Oeste e 80% no Norte do País. O Brasil vai quebrar. E o consumidor é quem vai pa-gar a conta.

Seria a maior greve da história do Brasil se os produtores simplesmente respeitassem a legislação ambiental brasileira: “A partir de hoje nós vamos res-peitar a lei e diminuir em 40% a produção”. Quanto é que o consumidor vai pagar pela carne, pelo feijão, pelo arroz? Todo o arroz irrigado de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul – 80% da produção, ou seja, cerca de 10 milhões de toneladas – deixaria de ser plantado, porque está em várzeas, em áreas de pre-servação permanente. A maçã de Santa Catarina – por azar agora está frio; houve por lá uma geada que está acabando com as macieiras – teria que deixar de produzida. Da mesma forma o café do Espírito San-to e de Minas Gerais, porque é cultivado em área de preservação permanente.

Sr. Presidente, é hora de esta Casa dar uma resposta ao produtor e trazer para discussão neste plenário e do Senado o relatório do Deputado Aldo Rebelo, que já foi aprovado na Comissão de Meio Ambiente. É um remendo, mas já é um avanço. Pre-cisamos viabilizar a questão ambiental e também a produção agropecuária, para garantir o alimento no Brasil. Simplesmente isso.

A demanda por alimentos aumenta, e nós temos que continuar exportando, porque representa 33% dos empregos que estão aí. Portanto, temos que dar um jeito nessa situação. E quem tem de dar esse jeito é o Congresso Nacional.

Vamos deixar as paixões de lado – ambientalis-mo, ruralismo, urbanismo – e dar ao Brasil uma lei que resolva a questão do meio ambiente e a questão da produção. Os produtores, aqueles que põem a comi-da na mesa dos brasileiros, não podem ser tachados de bandidos, de destruidores da natureza, porque na verdade fazem a coisa mais nobre que há: produzem alimentos.

Espero que esta Casa tenha consciência disso. E eu aconselho a nova Presidente a nos ajudar a aprovar a matéria ainda neste ano.

Obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra, pela ordem, ao Deputado Eduardo Valverde.

O SR. EDUARDO VALVERDE (PT-RO. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero cumprimentar o Conselho Nacional de Justiça pela corajosa decisão de suspender por 2 anos um juiz de

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Sete Lagoas, Minas Gerais, que teve, digamos, dificul-dade em aplicar a Lei Maria da Penha. Quase 2 anos se passaram da aprovação dessa conquista e ainda hoje o Poder Judiciário vê grande dificuldade na sua aplicação. Não falo em dificuldade jurídica, instrumental, mas em dificuldade de consciência. A lei é feita para ser obedecida. Quando isso não acontece, cabe ao Poder Judiciário garantir o seu cumprimento. Se um juiz se nega a fazê-lo, algo está errado no processo.

Isso nós enfrentamos nesta Casa na época do debate. O machismo não é uma conduta ideológica, é uma conduta cultural, que tem de ser rompida com aprendizagem, com diálogo, com educação, com que-bra de paradigma. Um juiz negar-se a cumprir a Lei Maria da Penha e fazer escárnio na sentença, a ponto de citar a visão religiosa de que Eva veio de Adão e é inferior ao homem é uma leitura distorcida da Bíblia, do Santo Verbo.

Nada justifica que um juiz, pago para fazer cum-prir a lei, ele próprio a descumpra com interpretações equivocadas, utilizando preceito bíblico para desculpar sua inércia e sua contradição à lei. Se ele quisesse contradizer a lei, que viesse ao Congresso Nacional tentar modificá-la. Enquanto isso não acontece, ele tem de fazê-la cumprir.

Foi corajosa a decisão do Conselho Nacional de Justiça de suspendê-lo por 2 anos. Na verdade, se exis-tisse a figura jurídica da exoneração na Lei Orgânica da Magistratura, esse juiz deveria ter sido retirado do serviço público, e não apenas suspenso.

Sr. Presidente, gostaria, já abordando outro assun-to, de apontar a atitude corajosa do Brasil de propor, na reunião do G-20, um tema que sempre foi tabu para a Direita mundial: o controle de capitais. A Esquerda há muito tempo vem pregando que os capitais não podem ficar tão livres que impeçam o desenvolvimento susten-tável dos países. O Brasil, ao propor a discussão desse tema com vistas à proteção dos países emergentes – vários temas estão sendo propostos, alguns absurdos, como o do padrão-ouro, sugerido pelo ex-Presidente do Banco Central americano e atual Presidente do Banco Mundial –, demonstra sensatez.

O capital especulativo não ajuda na produção, não ajuda a gerar emprego, simplesmente serve a uma classe que se vale do seu poderio para causar transtorno às economias dos países emergentes, que precisam gerar emprego, renda e promover inclusão social. O capital é instrumento para o alcance desse objetivo se utilizado na produção.

Portanto, a proposta de controle do fluxo de ca-pitais feita pelo Governo brasileiro, pelo Presidente Lula, ao lado das várias sugestões feitas, inclusive pelos Estados Unidos, como a de criação de um gati-

lho, é muito mais compatível com as condições que o mundo tem que preservar, pois promove o equilíbrio entre a necessidade de se ter um sistema financeiro de crédito competente e a necessidade de geração de emprego e renda. Só se gera emprego e renda pro-duzindo bens e serviços e inserindo a sociedade no mundo do trabalho.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Para uma breve intervenção, concedo a palavra ao ilustre Deputado Arnaldo Jardim.

O SR. ARNALDO JARDIM (PPS-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, minha intervenção, à qual anexo um pronunciamento mais fundamentado, é um apelo para que pautemos o mais rapidamente possível o Projeto de Lei nº 4.622, de 2004, que versa sobre a regulamentação das co-operativas de trabalho. Estamos enfrentando um pro-blema muito sério.

No âmbito da Frente Parlamentar do Cooperati-vismo – FRENCOOP, que V.Exa. e vários outros Par-lamentares integram, temos discutido os desafios do setor. Tem havido incompreensão por parte do Minis-tério Público do Trabalho, que persegue cooperativas, impedindo-as de realizar seu trabalho.

Não temos dúvida de que em todo setor de ativi-dade é preciso separar o joio do trigo. Há más coope-rativas, mas elas não podem comprometer o instituto como um todo.

Nosso pronunciamento versa sobre diferentes as-pectos do cooperativismo, reiterando o apelo para pau-tarmos de vez o Projeto de Lei nº 4.622, de 2004.

Sr. Presidente, lembrando que V.Exa. é médico, aproveito para ressaltar duas questões que versam so-bre as cooperativas médicas. V.Exa. é cooperado das UNIMEDs e tem sido defensor da necessidade de se rever a aplicação da Instrução Normativa nº 365, que tem feito com que as cooperativas não possam abater os gastos de custeio da incidência de PIS/COFINS, o que gera um custo adicional muito grande.

Muito obrigado.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, sempre estive ligado ao cooperativismo e sinto-me honrado por ter participado de conquistas e lutas em prol do setor. Quem conhece e vivencia essa atividade eco-nômica com forte viés social, sabe que esse trabalho precisa continuar.

Minha ligação com a atividade começou ainda na infância, na região da Alta Mogiana e no Município de Ituverava, onde convivi com cooperativas, principal-mente de consumo e agropecuárias. Essa experiência

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com o espírito cooperativo acabou influenciando minha formação política.

Hoje, inclusive, sou cooperado da CREDICOO-NAI. Consegui vitórias importantes e o sentimento de dever cumprido serve como mola propulsora para os desafios que ainda estão por vir.

Entre esses desafios, destaco:

– aprovação do Projeto de Lei nº 4.622, de 2004, que se encontra na pauta de vota-ção da Câmara dos Deputados e que trará a segurança jurídica necessária para um ramo que reúne 1.408 cooperativas em todo o País, com seus 260.891 associados, e que emprega 4.242 trabalhadores;

– reverter o Decreto nº 55.938, de 2010, do Governo Estadual de São Paulo, que res-tringe a participação de cooperativas em lici-tações públicas;

– aprovação do novo texto do Ato Coo-perativo;

– defender que a Receita Federal reve-ja a aplicação da Instrução Normativa nº 365 (IN-365), de forma que as cooperativas pos-sam abater gastos de custeio da incidência do PIS/COFINS;

– sustar a Resolução nº 175, de 2008, da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, que impõem cláusulas aos estatutos sociais das cooperativas médicas;

– lutar para que as cooperativas sejam reconhecidas pelo Governo do Estado de São Paulo e possam conceder crédito consignado aos servidores públicos estaduais;

– eliminar a regra que impede a atuação das cooperativas de livre admissão em Muni-cípios com população superior a 2 milhões de habitantes, além da necessidade de fixar uma regra mais flexível para cooperativas poderem transitar para o regime de livre admissão;

– apoiar a manutenção do Programa de Capitalização de Cooperativas de Crédito – PROCAPCRED.

Em meio às comemorações pelos 40 anos da Or-ganização das Cooperativas do Estado de São Paulo – OCESP/SESCOOP, lembro da aproximação com a entidade na época em que ainda era Deputado Esta-dual, em 2003. A entidade era conduzida por Evaristo Machado Netto, quando relançamos a Frente Parlamen-tar do Cooperativismo Paulista – FRENCOOP/SP com o objetivo de estabelecer um marco regulatório capaz de impulsionar o setor em todo o Estado.

Em 2006, o então Governador Geraldo Alckmin sancionou a Lei nº 12.226, uma vitória que veio para co-roar um trabalho perseverante, um esforço coletivo.

Essa experiência legislativa bem-sucedida fez com que alçássemos voos maiores. Fui eleito Depu-tado Federal e a minha vivência na FRENCOOP pau-lista abriu as portas da FRENCOOP Nacional, onde sou responsável pelo ramo de crédito, graças ao nosso Presidente Márcio Lopes de Freitas.

Nestes últimos anos, pudemos comemorar a aprovação da Lei Complementar nº 130, de 2009 – da qual, inclusive, fui Relator na Câmara dos Deputados –, que regulamentou o art. 192 da Constituição Fede-ral no que tange o cooperativismo de crédito e consa-grou a atuação, relevância e importância do Sistema Nacional de Crédito Cooperativo dentro do Sistema Financeiro Nacional.

Mais uma vez reitero o meu compromisso com o cooperativismo e saúdo a atuação da OCESP, hoje presidida pelo amigo Edivaldo Del Grande, pois em tempos de economia especulativa e de parcos recur-sos para a produção, consumo e trabalho, são poucos os setores que podem olhar para trás orgulhosos dos números que a realidade demonstra.

Parabéns, OCESP, pelos seus 40 anos!A SRA. JÔ MORAES (Bloco/PCdoB-MG. Sem

revisão da oradora.) – Obrigada.Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, gostaria,

neste pronunciamento, de cumprimentar a Fundação Maurício Grabois pela realização em Brasília, hoje e amanhã, do Seminário Internacional sobre Mudanças Climáticas.

Sem dúvida nenhuma, os desafios que temos para responder à Rio+20 estão postos. Há pouco entrei em contato com uma das representantes da Fundação Maurício Grabois, Ana Maria Prestes, neta do saudoso Luís Carlos Prestes. Ela se encontra em Dacar parti-cipando do Fórum Social Mundial, e comunicou que uma das maiores preocupações e uma das maiores expectativas do Fórum é exatamente saber qual será a contribuição do Brasil para a questão das mudan-ças climáticas, e que balanço podemos fazer 20 anos após a Eco-92.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado Chico Alencar.

O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, todos que assistem a esta sessão ou que nela trabalham, sigo na reflexão sobre os 121 anos da República, uma conquista importante, embora, como ressaltou o Deputado Joaquim Nabuco, cujo cente-

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nário de morte lembramos este ano, tenha sido muito pouco republicana e tenha traído seus próprios ideais. Aliás, daqui a pouco, no auditório da TV Câmara, vai ser apresentada a estudantes do ensino médio uma videoaula sobre Joaquim Nabuco.

Retomo, portanto, a reflexão sobre a nossa Re-pública, que muitas vezes mais parece uma marcha a ré pública. Nós tivemos, até 1930, a República Oli-gárquica, dos coronéis, dos bacharéis e do grande latifúndio. A partir de 1930 houve a modernização urbano-capitalista, com a constituição dos primeiros pilares mais sólidos do Estado brasileiro, que também teve enormes insuficiências e interregnos ditatoriais. Aliás, em 10 de novembro de 1937, portanto há quase 73 anos, houve o golpe do Estado Novo e a supressão das liberdades públicas.

A reconquista democrática de 1946 foi importante, mas novamente um golpe militar, em 1964, colocou o País nas trevas e no obscurantismo.

Vivemos, desde 1985 – consolidada pela Cons-tituição Cidadã de 1988, momento memorável neste plenário –, uma etapa liberal democrática que corre sério risco. Destaco algo que vem crescendo a cada pleito: a necessidade de muitos recursos para as cam-panhas eleitorais.

Cada vez mais, Deputado Domingos Dutra, que deve sentir isso na pele, as campanhas para os cargos legislativos e executivos são dominadas não apenas pelo neocoronelismo, com sua face sorridente e, no entanto, com os velhos elementos do curral eleitoral, do cabresto e do controle, mas pelo poder da grana.

A média de gastos dos que conseguiram a du-ríssima proeza de constituir a nova Legislatura nesta Câmara foi de R$1.200.000,00. Cada vez mais as grandes empresas com interesses diretos em maté-rias aqui votadas são as financiadoras, inclusive de maneira muito generosa.

Há um novo tipo de socialista no Brasil: o que rece-be dinheiro de megaempresas capitalistas. Isso precisa ser revisto. A relação média do gasto campanha/voto no Brasil foi de R$9,72. No meu Rio de Janeiro houve Deputado que, para obter votos que suponho sejam conscientes – vamos ter essa ingenuidade republica-na –, gastou R$43,00. Falo de um lugar de exceção. A soma total estimável – inclusive temos de contabili-zar os militantes, dizer o valor financeiro daquilo que o militante doou em termos de trabalho, o que é um absurdo – foi de R$180.000,00.

O Deputado Jair Bolsonaro, que ideologicamente está no extremo oposto da minha posição, é outro que ainda faz campanha austera. Somos, Deputado Bol-sonaro, exceção – V.Exa. sabe disso. As campanhas são cada vez mais do dinheiro, para que mandatários

fiquem subordinados aos seus financiadores. Isso não é república, isso não é democracia.

Todos os dados, inclusive os do TSE, sobre os gastos de campanha do Rio de Janeiro estão em pro-nunciamento que fiz há instantes, que acho que todos deveriam compulsar para ajudar a tornar esta Repú-blica mais republicana.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra ao ilustre Deputado Domingos Dutra.O SR. DOMINGOS DUTRA (PT-MA. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero fazer um breve comentário sobre a fala do De-putado Chico Alencar. O que eu acho mais engraçado, Deputado Chico Alencar, é que existem muitas pessoas falando em financiamento público, mas que só fazem campanha com financiamento privado. Eu me incluo entre poucos aqui. Fiz minha campanha a pé, andei 450 quilômetros e fui a 70 Municípios, mas não peguei uma banda de real de nenhuma empresa.

Querem financiamento público mas, quando che-ga a campanha, vão buscar apoio das empreiteiras, dos bancos, das grandes indústrias. Assim fica com-plicado. Mas esse é um debate que vamos travar no próximo ano.

Sr. Presidente, venho aqui manifestar meu apoio e minha solidariedade ao Ministro Fernando Haddad, que é um dos melhores Ministros do Governo Lula e da Pasta da Educação na história recente do País.

O Ministro Fernando Haddad construiu novas escolas técnicas e ampliou as já existentes. Talvez por isso a Presidente Dilma Rousseff tenha tido o apoio de quase todos os reitores das universidades federais. O PROUNI e o programa das escolas técnicas, que são mais de 350 unidades e qualificam nossa juventude, também são marcas do Ministro Fernando Haddad.

Os problemas do ENEM são naturais. Ao se fa-zer um vestibular para quase 4 milhões de estudantes num País gigante como este, naturalmente surgem problemas. A medida para resolvê-los não pode ser a demissão do Ministro Fernando Haddad, como quer a Oposição. Se queremos resolver os problemas que ocorreram neste vestibular nacional do ENEM, de-vemos manter o Ministro, que tem a experiência e a competência necessárias para tal.

Ontem, o Presidente Lula sinalizou que, se for necessário, será realizada uma nova prova.

Manifesto meu apoio ao Ministro Fernando Ha-ddad, que tem condições de continuar até o final do Governo do Presidente Lula, assim como de perma-necer no Governo seguinte, o da Presidente Dilma Rousseff.

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Temos, sim, de aperfeiçoar o vestibular nacional, para garantir aos estudantes do País, principalmen-te os de menor aquisitivo, o acesso à universidade pública e gratuita, e que tem que ser de qualidade. Aqueles que têm renda, que procurem as universida-des privadas. As universidades públicas devem servir prioritariamente à população mais pobre, garantindo às famílias de baixa renda o direito de colocarem seus filhos no terceiro grau.

Reitero meu apoio e minha solidariedade ao Mi-nistro. Se for preciso fazer um novo exame nacional, que se faça. Se for preciso, que se corrija e aperfeiçoe esse exame importante para universalização do aces-so à universidade pública no Brasil.

Muito obrigado.O SR. JAIR BOLSONARO (PP-RJ. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, o que dá voto de verdade é demagogia.

Trago um assunto extremamente importante, que, no meu entender, em nada ofende quem quer que seja. Venho falar sobre o veado. Segundo o Di-cionário Aurélio, veado é um “animal mamífero muito tímido e veloz”. O dicionário diz também que bancar veado é fugir.

Sr. Presidente, assistimos no Mundo Animal, em um canal pago da TV por assinatura, a centenas de veados nas pradarias africanas. De repente, meia dúzia de guepardos resolvem sair da sua boa vida – eles têm numa boa vida terrível: sombra, água fresca e muito sexo – e abater um veado. Eles se preparam, vão na direção do bando, tocam um rebu terrível e acabam, então, abatendo um veado e se saciando. E voltam para a sua boa vida.

Aonde eu quero chegar com isso? Nós temos assistido diariamente, em especial no meu Estado, o Rio de Janeiro, à violência campeando solta. Enquan-to a população brasileira tiver comportamento de ve-ado, nós, inocentes, trabalhadores, chefes de família, estudantes, continuaremos sendo abatidos por esses guepardos, por esses marginais. Por quê? Porque a lei não os atinge.

Também assisti na TV por assinatura a um pro-grama sobre presídios na Califórnia. Lá aprovaram a Lei dos Três Crimes. A pena para um marginal qual-quer que tenha batido uma carteira, furtado um celu-lar ou se envolvido em luta corporal sem motivo com quem quer que seja começa com 25 anos de cadeia, podendo chegar à prisão perpétua! E não há aquela história de regressão de pena, como aqui, em nosso País, onde, para se buscar, segundo nossa lei, reinte-grar o preso à sociedade, colocam-se estupradores, sequestradores e marginais em liberdade, para irem

e voltarem no dia de Natal, no Ano-Novo, no Dia dos Pais, no Dia da Vovó e por aí afora.

Quero também, com este discurso, fazer uma ho-menagem ao Datena, da TV Bandeirantes, que, com razão, tem criticado o Congresso no tocante à frouxi-dão das leis. Nos presídios da Califórnia, é proibido o tiro de advertência, ou seja, o agente penitenciário tem que atirar na direção do marginal que está fazendo rebelião! Aqui, ao contrário, se o agente penitenciário pratica qualquer ato de pressão enérgico contra um preso, uma cambada que defende os marginais faz de tudo para que o agente seja preso.

Neste País, preso vota! A família do vagabundo recebe auxílio-reclusão! Mas a família da vítima – a viúva, o órfão – não recebe nada. Aqui, há projeto de lei para estimular a contratação de ex-presos.

Sr. Presidente, ao contrário de muitos dos meus colegas que vêm à tribuna dizer que as cadeias estão cheias de marginais e nós deveríamos colocar mui-tos deles para fora, a minha política é a seguinte: eu prefiro as cadeias cheias de vagabundos a cemitérios cheios de inocentes.

Assim sendo, vamos apresentar nas próximas semanas uma bateria de projetos de lei para dificul-tar a vida do vagabundo. Aqueles que estão de acor-do com os vagabundos que os defendam, que sejam contra esses projetos.

No estado da Califórnia, um preso disse: “Aqui, nenhum político quer ser visto como complacente com os criminosos. Por isso, defendem a Lei dos Três Crimes”.

Enquanto houver no Brasil pessoas com compor-tamento de veado, continuaremos a ser abatidos e a chorar os inocentes mortos.

Muito obrigado.O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PSDB-PR. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, é, o final do Governo do Presidente Lula não está nada bom para ele! Isso, é óbvio, por causa de tanta lambança!

No ENEM, uma fraude atrás da outra, desorga-nização, falta de respeito com milhões de estudantes, de famílias deste País, uma lambança.

“Tribunal de Contas recomenda a paralisação de 17 obras. Decisão final cabe ao Congresso.” Congres-so, vamos punir os responsáveis pelas lambanças nas obras do Presidente Lula! Foi recomendada a parali-sação de 17 obras federais!

Outro problema grave: “PanAmericano anuncia rombo de 2,5 bilhões”. “Solução foi negociada com a Caixa e Banco Central”. Vejam a foto do Sílvio San-tos com o Presidente Lula! Olha só quanto custou a bolinha de papel – o Sílvio Santos disse que não era

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um rolo de fita, mas uma bolinha. Está desmascarado, caro companheiro Sílvio Santos! Dois bilhões e meio dão para pagar o salário de todos os Deputados e Senadores por 20 anos – por 20 anos! Todos os me-ses, os salários de todos os Deputados e Senadores! É lamentável!

E, pior, aqui, no Jornal da Câmara, está o golpe de morte contra o Parlamento: vem um Ministro aqui e diz que não vai propor nenhum centavo a mais para o mínimo. O Ministro vem à nossa Casa dizer que não vai acrescentar um centavo ao mínimo! É ele que rea-justa o salário mínimo ou é o Congresso que o faz? Ele propõe, gente! O sistema é democrático! Há tripartição de Poderes! Ah, bom! Desculpem-me! Eu havia me es-quecido que dizem que o Presidente Lula manda no Legislativo e no Judiciário. Então, o Montesquieu vai ter que rever a tripartição de Poderes: no terceiro milênio, há o poder absoluto de Le Roi Luiz Silva.

Então, meus amigos, nós estamos de frente a um momento difícil: saúde, um caos; segurança, eu não aguento mais o noticiário mostrando crimes, assassi-natos, violência, o crack se expandindo. E o Governo, passeando. Estava na África e agora está na reunião do G-20, dizendo que tem que haver controle de capi-tais. Por que, então, o Presidente Lula tirou o Imposto de Renda dos investidores estrangeiros? Sabia que você, que compra títulos do Governo, tem que pagar Imposto de Renda sobre o lucro obtido? Os estrangei-ros, não. O Presidente Lula tirou o Imposto de Renda, e agora vai ao G-20 dizer que tem que haver controle de capitais.

O que é o controle de capital? É isto: o dinhei-ro vem do mundo inteiro, compra os títulos daqui, as pessoas ganham uma fortuna – porque aqui a taxa de juros é de 10,75% – e ele recebe, dos 280 bilhões de dólares em Nova Iorque, menos de 1% de juros.

Na hora em que o Lula terminar o Governo, vai para Nova Iorque, onde vai ser recebido na Wall Street com um tapete de 100 quilômetros. Esse é “o cara”, que deu um prejuízo de 45 bilhões por ano ao Brasil para manter 280 bilhões de dólares aplicados nos Es-tados Unidos a menos de 1%, enquanto aqui dentro, no Brasil, ele paga 10,75% de juros. Esse é “o cara” mesmo! Bem que o Bush já tinha dito isso para o Ba-rack Obama!

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado Edi-nho Bez.

O SR. EDINHO BEZ (Bloco/PMDB-SC. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, apresentei na sala de sessões, em 3 de novembro do corrente ano, projeto de lei referente

ao limite de garantia do cheque com valor de até 25% do salário mínimo.

Atualmente, o uso do cheque como forma de pa-gamento está sofrendo mudanças consideráveis, tendo em vista o crescente mercado de cartões de crédito. O meio eletrônico consolida-se diante das vantagens do uso do cartão pelos possuidores e da aceitação nos estabelecimentos comerciais.

É indiscutível a expansão do número de usuá-rios de cartões de crédito e débito. Há um movimento incentivado por agressivas campanhas comerciais por parte das administradoras junto aos estabelecimentos e usuários.

Saliento, porém, que uma das barreiras ao uso do cartão de crédito é o fato de o Brasil ser um país em desenvolvimento, apresentando uma grande parcela da sociedade com pouca renda e com pouco acesso à tecnologia.

Obviamente, para se usar o cartão de crédito, paga-se muito. A pessoa vai ao banco e paga pela confecção do cadastro e pela solicitação do cartão de crédito. Ao receber o cartão de crédito, a pessoa paga o cartão, paga a anuidade, paga seguro e, se não quitar o saldo devedor, após 30 dias pagará juros de 7 a 12% num país que não tem 1% de inflação. Isso é roubo.

Então, temos de resgatar a imagem do cheque, que é barato e importante para a economia brasileira.

Nesse contexto, a credibilidade do uso dos che-ques, que tem sofrido uma diminuição no mercado, necessita ser resgatada.

Nosso propósito com a apresentação desse pro-jeto de lei é justamente estimular o uso do cheque como forma de pagamento, fazer crescer o comércio e a indústria e, ainda, aumentar a autoestima do ci-dadão brasileiro.

O cheque, como título de crédito, é regido pe-los princípios do Direito cambiário, que protegem o portador de boa-fé. Pensando nisso, o projeto propõe que, além dos fundos disponíveis, o sacado (o banco) garantirá o pagamento do cheque de valor limitado a 25% do salário mínimo, ou seja, R$127,50.

A medida é utilizada como um eficiente meca-nismo de marketing, além de ser vantajosa ao Siste-ma Financeiro Nacional e ter baixa relação custo-be-nefício. Quem vai querer fazer isso serão os próprios bancos.

Como profundo conhecedor do sistema bancário, sobretudo com a larga experiência como ex-gerente de agência da Caixa Econômica Federal durante 14 anos, tenho plena certeza de que esse projeto de lei vem ao encontro dos interesses de enorme parcela da população que tem no cheque a maneira mais acessí-

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vel de forma de pagamento e de inclusão no mercado de consumo.

Quero contar com meus colegas Parlamentares para aprovar esse projeto. Falarei muitas vezes nesta tribuna, darei entrevistas ao rádio e à televisão, farei reuniões com associações comerciais e industriais e câmaras de dirigentes lojistas – CDLs. Voltaremos a tratar desse assunto importante, que vai ajudar prin-cipalmente a população de baixa renda.

Espero que nossos pares possam aprovar o pre-sente projeto de lei que beneficiará sobremaneira a nossa população.

Era o que tinha a dizer.O SR. MARÇAL FILHO – Sr. Presidente, peço a

palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem

V.Exa. a palavra por 3 minutos.O SR. MARÇAL FILHO (Bloco/PMDB-MS. Pela

ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero destacar duas festas tradicio-nais que acontecem neste final de semana no meu Estado, Mato Grosso do Sul. Na cidade de Eldorado, na região do Cone Sul do Mato Grosso do Sul, ocorre a Festa da Melancia. A cidade de Eldorado, produtora dessa fruta, se destaca por isso e todos os anos – já há várias edições – realiza a Festa da Melancia com inúmeras atividades culturais.

A outra festa que quero destacar da tribuna da Casa e que acontece no Mato Grosso do Sul é o Festival Pantaneiro, realizado no Município de Aqui-dauana, que fica na entrada do Pantanal, é o Portal do Pantanal. Aquidauana é uma cidade extremamen-te progressista e tem um lado cultural muito forte do homem pantaneiro, do homem que vive no Pantanal. Várias atrações musicais que dizem respeito a esse tema serão apresentadas na festa, além de comidas típicas, artesanatos variados, também típicos do Pan-tanal e daquela região.

Eu tive oportunidade de lá estar durante a cam-panha política e pude ver quão rica é essa tradição da cidade de Aquidauana.

Quero cumprimentar o Prefeito Fauzi Suleiman, atual administrador da cidade de Aquidauana, por dar um verniz, uma cor toda especial a esse Festival Pan-taneiro, ampliando muito mais as atrações, destacando todas as atividades, falando de coisas que realmente interessam ao homem pantaneiro, não deixando que se perca a tradição.

É importante manter a tradição e os costumes do homem pantaneiro. No nosso Pantanal sul mato-grossense existe uma cultura bastante rica. O Pantanal que encanta o mundo, que é o pulmão do mundo; o Pantanal que faz com que pessoas dos mais diversos

lugares do mundo corram para lá a fim de conhecer as belezas da nossa fauna e da nossa flora está destacado no Festival Pantaneiro, neste final de semana.

Então, destaco duas festas importantes em 2 ex-tremos do Estado: de um lado, próximo ao Estado do Paraná, na cidade de Eldorado, a Festa da Melancia; de outro, na cidade de Aquidauana, próxima à cidade de Anastácio, o Festival Pantaneiro. Aliás, a cidade de Anastácio e a cidade de Aquidauana são coirmãs, são até confundidas. Quem não as conhece não sabe onde começa uma e onde termina a outra. Essas cida-des estão engajadas nesse Festival Pantaneiro, que acontece todos os anos.

Mais uma vez, com certeza, teremos um grande sucesso e este Festival Pantaneiro, que acontecerá neste final de semana, terá êxito.

Todos os organizadores estão de parabéns, princi-palmente a administração municipal, que idealizou essa festa e a está realizando, mantendo, repito, a tradição do homem pantaneiro e a do nosso Pantanal.

Este pronunciamento também serve de convite para todas as pessoas que querem conhecer esse lado muito importante do Brasil, que é o Pantanal de Mato Grosso do Sul.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra ao ilustre Deputado Antonio José Me-deiros. S.Exa. dispõe de 3 minutos na tribuna.

Em seguida, falarão os Deputados Raul Henry, Fernando Chiarelli, Germano Bonow e Marcelo Ita-giba.

O SR. ANTONIO JOSÉ MEDEIROS (PT-PI. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, esta sessão extraordinária da Câmara dos Deputados é dedicada à apreciação de vários decre-tos legislativos que propõem a aprovação de acordos internacionais assinados pelo Brasil.

Dos acordos constantes da pauta, quatro são relacionados ao MERCOSUL e dizem respeito a coo-peração nas áreas ambiental, veterinária, educacional e de transportes aéreos – este especificamente com o Uruguai.

A propósito, ressalto que, na condição de mem-bro da Comissão de Educação e Cultura desta Casa, junto com o Deputado Átila Lira, venho acompanhando a questão do reconhecimento dos diplomas de nível superior expedidos por universidades públicas ou pri-vadas na área do MERCOSUL.

Nesta oportunidade, quero destacar a relevância de todos esses acordos – e o faço, evidentemente, sem desvalorizar os vários outros que estamos apro-vando aqui, com os mais diferentes países – e lembrar

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 42941

à Casa o importante momento que estamos vivendo com relação ao MERCOSUL.

Na reunião dos Chanceleres dos países do MER-COSUL, no dia 18 de outubro passado, foi aprovada uma complementação do acordo sobre o Parlamento do MERCOSUL, que visa justamente consolidá-lo. Isso porque, a partir de 1º de janeiro de 2011, terá início a segunda fase de transição para a consolidação do MER-COSUL, para a qual deveria ter sido estabelecido que a eleição de seus membros seria direta. No entanto, o debate não fluiu, não se expandiu aqui, e não apenas no Congresso, mas também na sociedade brasileira, de forma que essa eleição não aconteceu.

O acordo aprovado pelos Chanceleres é relativo à redefinição do número de Parlamentares. Agora, em vez de 18 – número mínimo de participantes de cada país –, o Brasil deverá aumentar sua representação para 37 Parlamentares.

Compete ao Congresso – e quero fazer uma apelo à Mesa da Casa no sentido de que promova os entendimentos com o Senado e com as Lideranças – regulamentar o processo de escolha da bancada do Brasil no Parlamento do MERCOSUL.

Dessa forma, portanto, Sr. Presidente, ressalto a importância dos referidos acordos e faço um apelo para os colegas no sentido de que amadureçamos e aceleremos a discussão. Espero que, a partir de 1º de janeiro de 2011, possamos participar efetivamente da segunda etapa da transição rumo à consolidação do Parlamento do MERCOSUL, que tem vocação para ser o Parlamento de todos os países sul-americanos.

Isso é ainda mais importante no momento em que um novo Governo assumirá o comando do País, dando continuidade a esse projeto de desenvolvimen-to com distribuição de renda, que também incorpora maior presença do Brasil no mundo econômico e po-liticamente globalizado. E nessa presença, além da di-versificação das relações com os mais diversos blocos econômicos, evidentemente, tem destaque o esforço de integração sul-americana a partir da consolidação e da expansão dessa experiência, que já vem se acu-mulando há vários anos nas mais diversas áreas do MERCOSUL.

Vamos torcer para que, até o final desta Legisla-tura, a Câmara e o Senado possam dar conta desse desafio, dessa tarefa, que compete ao nosso Parla-mento.

Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. RAUL HENRY (Bloco/PMDB-PE. Sem revi-

são do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu gostaria, inicialmente, de parabenizar a ex-Ministra Dilma Rousseff pela vitória no último dia 31 de outubro

e desejar a ela, sinceramente, muito sucesso na con-dução do nosso País pelos próximos 4 anos.

Devo também chamar a atenção para o fato de que a Presidenta demonstrou, na sua primeira entre-vista coletiva, uma compreensão completamente equi-vocada da realidade brasileira. A Ministra afirmou que as prioridades do seu Governo serão a segurança e a saúde públicas, porque a educação está indo muito bem, obrigado, portanto não mereceria esse status de prioridade.

Ora, Sr. Presidente, todas as evidências, todos os números de que dispomos indicam a direção exa-tamente contrária à da afirmação da Ministra.

O primeiro deles vem do próprio sistema de ava-liação do Ministério da Educação. A prova de 2009 do SAEB/Prova Brasil tem todas as notas inferiores à re-alizada em 1995, com exceção da prova de matemá-tica da 4ª série. Ou seja, nos 15 anos do sistema de avaliação do Ministério da Educação, o desempenho dos alunos da rede pública piorou em relação ao início da implantação desse sistema. É lamentável constatar que, passados 14 anos, não há avanço evidente na qualidade da escola pública no Brasil.

O segundo número vem do Sistema Internacional de Avaliação – PISA, o mais respeitado dos sistemas internacionais de avaliação, que mostra que, em 2000 e 2003, entre 43 países, o Brasil foi o vice-lanterna. Em 2006, entre 57 países, o Brasil ficou na 52ª posi-ção, tomando-se uma média geral das disciplinas de matemática, línguas e ciências.

O último número, a última evidência, vem da Or-ganização das Nações Unidas, que publicou semana passada os novos números do IDH. O Brasil, na média geral, fica na 73ª posição, mas quando consideramos apenas a educação, essa classificação cai para 93ª posição.

As Nações Unidas afirmaram que “a educação é uma barreira ao progresso do Brasil e a mais grave privação imposta à nossa sociedade”. Dos quesitos medidos (renda, saúde e educação), foi a educação que teve o pior desempenho.

Nos últimos 15 anos, houve avanços, sim. A oferta de matrículas foi universalizada, o FUNDEF e depois o FUNDEB criaram mecanismos de financiamento da educação pública, foi implantada no País uma cultura de avaliação. Mas o desafio da qualidade está longe de ser vencido.

Ou fazemos uma revolução na educação pública, ou não iremos resolver nossa principal tragédia: a da desigualdade social, a enorme desigualdade na distri-, a enorme desigualdade na distri-buição da renda nacional. Só conseguiremos enfren-tar essa tragédia com educação pública de qualidade para todos. Ou fazemos uma revolução na educação

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pública, ou não seremos uma nação verdadeiramente justa, democrática e desenvolvida.

Sr. Presidente, a educação é o grande desafio deste País. Portanto, é importante dizer à Presiden-te eleita que ela tem de refazer o seu conceito sobre prioridades no Brasil.

Muito obrigado. O SR. FERNANDO CHIARELLI (PDT-SP. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Inocêncio Oliveira, meu conterrâneo, vou responder, aos Deputa-dos Chico Alencar, amigo, e Domingos Dutra.

Falo sobre financiamento de campanha, pluto-cracia, curral e cabresto no voto. Hoje já não existe mais isso, senhores brasileiros, está tudo ultrapassado. Hoje o que existe é fraude na urna eletrônica. Tem que pagar. Tem que se acertar com os TREs, para se ter voto na urna eletrônica. Urna eletrônica é fraude! Urna eletrônica é mentira! Urna eletrônica é trampa!

E essa não é a opinião apenas deste Deputado. Ontem, um jornalista do Correio Braziliense me disse que uma pesquisa feita pelo jornal mostra que 60% a 70% de seus leitores não acreditam na trampa cha-mada urna eletrônica, que está fazendo a fortuna dos técnicos especialistas em informática, negociando com o Deputado que quer entrar. Eles tiram Deputado – e não apenas Deputado, mas também Presidente da República, Vereador e Governador.

Portanto, os jovens aqui presentes podem ter certeza de que o Brasil vive um momento de imorali-dade. Os senhores não podem escolher os seus go-vernantes. Os governantes já estão predispostos na farsa chamada urna eletrônica, comandada por uma tropa, no linguajar do Deputado Jair Bolsonaro, que se enriquece com a desgraça do povo.

O PCC, por exemplo, deve ter eleito uns 40, 50 Deputados para a próxima Legislatura. Com certeza, eu sei e provo, uns 5 ou 6 Deputados foram retirados pela força do crime organizado.

Brasil, começa o Governo dessa abobada aí, co-meça o Governo da mentira. E eu vou mais além, Brasil: começa o Reino de Jezebel. Os ossos ressequidos já não dão junta. E hoje o Acabe é barbudo.

Que Deus abençoe o Brasil!(Texto escoimado de expressão, conforme arts.

17, inciso V, alínea “b”, 73, inciso XII, e 98, § 6º, do Regimento Interno.)

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Todas as expressões antirregimentais devem ser retiradas.

O SR. FERNANDO CHIARELLI – Sr. Presiden-te, imponho embargos. Que se mantenham todas as expressões.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra ao ilustre Deputado Germano Bonow.

O SR. GERMANO BONOW (DEM-RS. Sem revi-são do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa-dos, não poderia deixar passar em branco o momento difícil que a juventude brasileira atravessa por causa do ENEM.

Não peço aqui a demissão do Ministro da Edu-cação, Fernando Haddad, mas que se esclareça o que aconteceu. A sociedade brasileira merece uma explicação.

E, ao mesmo tempo em que peço esclareci-mentos ao Ministro sobre o ENEM, faço a um elogio a S.Exa., tendo como base artigo publicado em jornal da minha terra e assinado por Marisa Lajolo, profes-sora da UNICAMP.

Nesse artigo, a professora analisa o parecer em que o Conselho Nacional de Educação – órgão res-ponsável pela classificação dos livros comprados pelo Governo para as escolas públicas – veta uma publica-ção de Monteiro Lobato, sob a alegação de que a obra teria conteúdo racista.

O livro em questão, Caçadas de Pedrinho, foi pu-blicado em 1933, e eu o li ainda criança. Quando soube do parecer do Conselho Nacional de Educação, fiquei estupefato: como pôde o Conselho considerar racista o mais brasileiro dos nossos escritores, autor de inú-meros livros que tive enorme satisfação em ler?

Diz esse parecer, de maneira específica, que a obra está revestida de referências estereotipadas ao falar da personagem negra Tia Anastácia e de animais como urubu, macaco e feras africanas. Por isso, reco-menda o Conselho que se exija da editora responsável pela publicação a inserção de uma nota explicativa, es-clarecendo ao leitor que a obra tem conteúdo racista. Ou seja, como diz a autora do artigo, nós teremos um livro e uma bula para ler esse livro.

Indago: quem será o responsável pela bula para ler o livro? Quem será o responsável pelos esclareci-mentos que o leitor receberá acerca de uma publicação de Monteiro Lobato?

Vejam V.Exas. que não estou falando de um es-critor recente, mas de um nome reconhecido na lite-ratura brasileira e mundial.

E a escritora vai mais longe:

“Esse episódio torna-se assustador pelo que endossa, anuncia e recomenda de pa-trulhamento da leitura da escola brasileira. A nota exigida transforma livros em produtos de botica, que devem circular acompanhados de bula, com instruções de uso”.

É lamentável, portanto, esse parecer do Conse-lho Nacional de Educação, que também é citado pela gaúcha Lia Luft na revista Veja desta semana.

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 42943

Concluo minhas palavras, nobres colegas, dizen-do que, no início, fiz uma crítica ao Ministério da Edu-cação, mas agora faço um elogio ao titular da Pasta, que não aceitou o referido parecer. Espero que S.Exa. não endosse, não homologue essa censura ao livro de Monteiro Lobato intitulado Caçadas de Pedrinho.

Obrigado, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Gos-

taria também de, em meu nome, emprestar total so-lidariedade a todos aqueles que defendem a manu-tenção da íntegra da obra de Monteiro Lobato, o mais nacionalista dos escritores brasileiros. É um absurdo que ele esteja sendo censurado ou tachado de racista. O que ele fez foi defender a cultura brasileira, criando personagens brasileiros.

Portanto, parabenizo V.Exa. Deputado Germano Bonow, por ter abordado tema tão importante.

O SR. MARCELO ITAGIBA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. MARCELO ITAGIBA (PSDB-RJ. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, asso-cio-me às palavras do Deputado Germano Bonow e de V.Exa.

Monteiro Lobato é um dos maiores escritores brasileiros e não pode ter a sua obra censurada por um grupo de mentecaptos.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Se-guindo a lista de inscrições, concedo a palavra ao no-bre Deputado Marcelo Itagiba.

O SR. MARCELO ITAGIBA (PSDB-RJ.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, estamos vivendo um dos maiores escândalos da era Lula, um escân-dalo que se consubstancia nos fatos que vieram à imprensa a respeito do banco PanAmericano. Ao que parece, não apenas os sócios teriam sido “lesados”, entre aspas, mas também aqueles que tinham depó-sitos nesse banco.

Mais do que isso, há a questão de a Caixa Econô-mica Federal se ter associado a um banco que tem 2,5 bilhões de reais de buraco. Ou seja, o povo brasileiro, por meio da Caixa Econômica Federal, que representou o Governo Federal nesse escândalo, tornou-se sócio, adquirindo 49% de um negócio cujo rombo é de 2,5 bilhões em razão de fraude.

Por que as autoridades monetárias deste País autorizaram a aquisição de ações do PanAmericano pela Caixa, se eram sabedoras do rombo que ali exis-tia? Por que a Diretoria da Caixa Econômica Federal não fez a devida verificação das condições financeiras da instituição?

É preciso ir a fundo nessa investigação, é pre-ciso convocar a esta Casa o Ministro da Fazenda e o Presidente do Banco Central. Mais do que isso, é ne-cessário que se instale uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar por que esses fatos só foram trazidos a público após as eleições, quando já era de conhecimento de Governo o buraco que ali existia.

Temos de tomar as atitudes agora, para que to-dos os fatos sejam apurados, os dirigentes da Caixa Econômica responsabilizados, e a população do Brasil devidamente informada.

Por que o povo brasileiro tem de ser sócio de um rombo de 2,5 bilhões de reais? Por que a Caixa Econômica Federal tem de se associar a uma fraude? Temos de investigar.

Cabe a este Parlamento e a todas as bancadas fazerem essa investigação e atribuir àqueles que te-nham dolo as culpas pelos atos praticados contra a Caixa Econômica e contra o povo brasileiro.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.O SR. CARLOS ZARATTINI (PT-SP. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, gostaríamos de manifestar o nosso apoio à delegação brasileira que foi à Coreia sob o comando do Presidente Lula e da Presidenta eleita, Dilma Rousseff. Discutiu-se ali a questão cambial e a forma como os Estados Unidos vêm fazendo uma ofensiva protecionista por meio de derrama de dólares no mercado mundial, o que prejudica não só o Brasil, mas todos os países em desenvolvimento.

Trata-se de decisão única e exclusiva dos Esta-dos Unidos, em relação à qual devemos efetivamente nos contrapor nos fóruns internacionais e dela nos defender internamente. É necessária a aplicação de medidas internas de defesa não só da nossa indús-tria, mas também da nossa agricultura, medidas que garantam o emprego, a produção e as condições para que o País continue se desenvolvendo.

Não é possível que o maior país do mundo em ter-mos econômicos, com o poder que tem e com a posse da moeda de conversão internacional, continue agindo dessa maneira. Por isso, gostaríamos, Sr. Presidente, que esta Casa realizasse uma Comissão Geral para, de fato, discutirmos a questão cambial. Devemos fazer um grande debate, até porque nossa Constituição pre-vê que o Congresso Nacional discuta e defina a políti-ca monetária e cambial. Mas, efetivamente, até agora não assumimos esse papel de discutir e aprofundar a discussão da política monetária e cambial.

Fica a sugestão, portanto, de tomarmos a ini-ciativa, por intermédio da Mesa da Câmara, de fazer esse debate. É necessário que o Congresso Nacional entre nessa discussão, para que o nosso País real-

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mente encontre uma saída para enfrentar essa ofen-siva dos Estados Unidos, que, em vez de incentivarem o desenvolvimento e a produção, fazem uma grande derrama de dólares, o que prejudica os países em desenvolvimento.

Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. JUTAHY JUNIOR (PSDB-BA. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a fraude no banco PanAmericano atinge a cifra de 2,5 bilhões de reais!

No mês de setembro, o Presidente Lula recebeu no Palácio o empresário Silvio Santos. Agora, sabemos o motivo desse encontro: não há dúvida alguma de que foi uma ação de cooptação para o Sistema SBT apoiar a candidatura Dilma Rousseff.

Na Bahia, o SBT Nordeste, por intermédio da TV Aratu, faria um debate eleitoral. Estava tudo mar-cado, mas a Direção Nacional do SBT interferiu dire-tamente para que o debate não acontecesse. Havia o compromisso de que, não acontecendo o debate, se-ria feita uma entrevista com o candidato José Serra, mas, na véspera da entrevista, o Diretor da TV Aratu, Silvio Roberto Coelho, telefonou-me informando, com o maior constrangimento, que não poderia fazer a en-trevista. Ficou evidenciado que houve interferência da direção nacional do SBT para cancelar o debate e a entrevista.

As imagens que diziam que o nosso candidato, José Serra, não havia sido atingindo num evento no Rio de Janeiro, quando foi agredido por militantes do PT – foram cedidas pelo SBT, que deu sustentação ao episódio. Sabemos agora o preço desse apoio: 2,5 bilhões de reais.

Dizer que não há dinheiro público nisso? Ora, no ano passado, a Caixa Econômica entrou com mais de 700 milhões de reais nessa operação, que tinha ape-nas um caminho: a liquidação do banco PanAmericano. Esse, afinal, foi o procedimento que o Banco Central sempre adotou em relação às instituições que criavam riscos sistêmicos.

Na hora em que foi estatizado o prejuízo, quando a Caixa Econômica fez a operação que lhe deu preju-ízo – porque o valor de mercado do PanAmericano é inferior àquilo que a Caixa Econômica Federal investiu no banco –, onde estava a auditoria do Banco Cen-tral, onde estavam os técnicos da Caixa Econômica que não sabiam de uma fraude que ocorria há muito tempo na instituição?

Por isso, Sr. Presidente, estamos aqui para de-nunciar mais essa indecência ocorrida no Governo do Presidente Lula, que, mais uma vez, disse que nada sabia, que nada tem a ver com o assunto. São 700 mi-lhões da Caixa Econômica Federal! É uma interferência

clara nessa ação omissa do Banco Central, que não adotou as providências cabíveis numa instituição que fraudou. E não é o eufemismo de uma fraude contábil, mas uma inconsistência contábil. Uma fraude contá-bil vira inconsistência contábil. Qualquer pequeno ou médio empresário do Brasil que fizesse isso estaria na cadeia.

E eu quero saber o que vai acontecer com os Diretores dessa instituição.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. O SR. ALBERTO FRAGA (DEM-DF. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Inocêncio Olivei-ra, Sras. e Srs. Deputados, é bem verdade que falar dos escândalos não tem dado muito resultado. Tenho dito que o Presidente Lula é como o sapo cururu: quanto mais apanha, mais ele cresce. Não há como justificar tanto escândalo num país cujo Governo tem 80% de aprovação. Há algo errado, e espero que a história re-vele logo, porque isso não pode ser normal.

A eleição de Dilma Rousseff para Presidente da República provou a capacidade de convencimento do Presidente Lula.

Mas, Sr. Presidente, quero me referir à situação da segurança pública no País. A população brasileira – e ela está atenta – não suporta mais enterrar entes queridos. Entra ano, sai ano, entra Governo, sai Go-verno, e a violência continuam a aumentar. O Rio de Janeiro se transformou numa cidade sem lei, e quem paga um preço muito alto é a população.

Na condição de especialista em segurança públi-ca, tenho dito que, para mudar esse quadro, 4 medidas importantes deveriam ser adotadas por este Governo que aí está. Bastaria ele deixar de ser frouxo, bastaria deixar de ser omisso para atender à população.

Quais seriam essas medidas? Primeira, acabar com a idade penal. Essa é uma

forma de se eliminar, no mínimo, 40% dos homicídios e dos assaltos a residências praticados por menores. Acabar com a menoridade penal e criar uma junta para avaliar o agente do crime seria um bom começo.

Segunda, o cumprimento integral da pena. É impressionante: de cada 10 pessoas presas por co-meterem crimes, 7 não estão na cadeia, porque ou estão no “saidão” ou foram beneficiadas pelo regime de progressão de pena. É necessário manter na ca-deia quem cometeu o crime. Só assim a situação do povo vai melhorar.

Terceira, o fim dos “saidões”. Basta ver o noticiá-rio para verificar que aquele cidadão que deveria estar preso foi beneficiado pelo “saidão”.

Por último, trabalho obrigatório para o preso. Os defensores dos direitos humanos consideram que essa é uma medida inconstitucional. Ao contrário! É preci-

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so tirar o preso da ociosidade, fazê-lo aprender uma profissão e lhe dar trabalho.

Repito: deve-se tirar o preso da ociosidade e ensiná-lo a exercer uma profissão, para que, cumprida a pena, ele possa ser reintegrado à sociedade. Isso funciona em qualquer país, mas, no Brasil, existe esse medo, essa omissão, essa covardia quando se trata de fazer alguma coisa. E, enquanto for assim, nós, cida-dãos, vamos continuar enterrando entes queridos.

Até quando o Congresso Nacional vai se omitir? Até quando este Governo, incompetente, omisso e frouxo, vai continuar sem tomar uma providência para salvar os nossos filhos, que estão sendo assassinados na porta das escolas?

Era o que tinha a dizer, Sr. PresidenteO SR. CHICO LOPES (Bloco/PCdoB-CE. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, venho à tribuna fazer uma reclamação e uma denúncia a respeito da empresa aérea Webjet.

Assumi o compromisso de estar ontem em Forta-leza para participar da inauguração de uma rua e, às 20 horas, de solenidade em comemoração ao centenário do poeta e intelectual José Jatahy. Para cumprir essa agenda, tirei uma passagem pela Webjet. O embar-que do voo 6736 seria às 14h49min, o avião deveria partir de Brasília às 15h30min e chegar a Fortaleza às 17h05min.

Pois bem, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa-dos. Às 14h50min, horário da partida, o avião não foi disponibilizado. O voo foi remarcado para as 17 ho-ras; depois, para as 18 horas, e só saiu às 19 horas. A alegação da empresa foi a de que o aeroporto de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, estava fechado em razão de mau tempo.

Primeira mentira: o avião estava em manuten-ção, mas chegou ao aeroporto, não saiu porque não havia tripulação. A tripulação estava repousando em um dos hotéis de Brasília. Aliás, sábado passado, no Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza, aconteceu a mesma situação.

E a coisa não para por aí. Consegui o telefone da ANAC e liguei – “Disque 1 para falar com São Pedro; 2 para falar com Jesus, Maria ou José”. Quando fui aten-dido, ouvi que a Agência não tinha nada a ver com isso. Identifiquei-me, então, como Deputado. Parece que foi pior: o atendente repetiu que isso não era problema da Agência Reguladora. E, quando lhe perguntei qual era o papel da Agência, ele mandou eu me virar.

Quero, então, primeiro, fazer aqui uma crítica à Agência Reguladora, pela falta de respeito que teve não só comigo, mas também com as mais de 50 pes-soas que estavam embarcando naquela aeronave para Fortaleza e outros destinos do Norte e Nordeste.

E, em segundo lugar, abordar outra situação que está acontecendo na Webjet. Lembro-me bem de que, quando andava de trem, ainda estudante, as pessoas levavam galinha frita, farinha, etc. Todo mundo da minha época sabe disso. Nas aeronaves da Webjet, os passa-geiros têm de comprar até a água – e os aconselho a levarem água de casa, porque uma garrafa lá custa 4 reais. É um roubo! Todas as empresas têm serviço de bordo. Então, essa carroça, essa empresa chamada Webjet merece uma intervenção, mas não da ANAC, que não serve para nada, a não ser para querer priva-tizar os aeroportos que estão dando lucro.

Voltarei à tribuna à tarde para continuar a falar sobre isso, mas já adianto que vou ao Ministério Pú-blico e também convocar a Diretoria da empresa para comparecer a uma audiência pública na Comissão de Defesa do Consumidor.

Esse serviço é uma vergonha não só para os passageiros, mas para o País. E a Agência Regula-dora não nos defende.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. O SR. GASTÃO VIEIRA (Bloco/PMDB-MA. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, em uma semana com muitas notícias nos jornais em que a questão do ENEM dominou, assim como viagens do Presidente e da Presidente eleita, a imprensa não deu o destaque necessário para 2 epi-sódios absolutamente lamentáveis que ocorreram no meu Estado.

No Complexo Penitenciário de Pedrinhas, na Capital, 18 presos morreram, sendo 4 decapitados. Não foi, como no filme Tropa de Elite, um confronto entre a polícia e os presos, mas uma briga entre pre-sos, cujas origens e motivações ainda não podem ser bem esclarecidas.

Na verdade, houve uma barbárie. Dois grupos, no mesmo local, durante quase 48 horas cometerem um contra o outro toda sorte de desatinos e violência.

A polícia militar sequer pôde chegar perto. E o desenrolar dos acontecimentos mostra o que todos estamos cansados de dizer nesta Casa: a falência do sistema prisional brasileiro e nossa incapacidade de resolver minimamente essa questão. Nem as verbas destinadas chegam ao objetivo para o qual foram con-tratadas. Não se consegue diálogo e se faz de conta, no dia seguinte, que nada aconteceu.

Quem é defensor dos direitos humanos lamenta o ocorrido; quem não é, acha que os presos deveriam ter essa sorte mesmo. Mas, no fundo, tudo continua na mesma e mais uma barbárie foi feita sob a respon-sabilidade do Estado.

O segundo episódio ocorreu na BR-226, uma estrada federal do Maranhão. Houve troca de tiros

42946 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

entre índios e um delegado. Os índios atiraram no de-legado, que também atirou nos índios. Índios cobram pedágio, não passa ninguém. Quem quiser passar naquela estrada, tem que rodar 200 quilômetros para chegar ao seu destino. E o ótimo é que quando en-trevistam o representante da FUNAI, ele diz: “Não é comigo. A FUNAI não tem nenhuma interferência nis-so.” A Polícia Rodoviária Federal diz: “Comigo também não. Não me metam nessa confusão.” E ninguém faz nada. Os índios continuam atacando os motoristas, os motoristas se defendendo, atacando os índios, e o próprio delegado regional trocando tiros com os índios em plena BR-226.

Realmente, Sr. Presidente, essa questão da se-gurança precisa tomar um rumo, senão, daqui a pouco, o culpado será Monteiro Lobato.

O SR. GERALDO RESENDE (Bloco/PMDB-MS. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na última segunda-feira, dia 8 deste mês, estive no Rio de Janeiro, na cerimônia de entrega do Prêmio Nacional de Referência em Gestão Escolar – Escola Destaque Brasil, Ano Base 2009, patrocinado pela Rede Globo, pela Embaixada dos Estados Unidos e por outras organizações, que premia a escola que a melhor gestão escolar faz no País.

Para o orgulho de todos os sul-mato-grossenses e principalmente dos iguatemienses, a Escola Estadual Paulo Freire, de Iguatemi, representou o Estado e ficou entre as seis primeiras colocadas do País.

Esse importante evento incentiva as escolas a incorporarem uma cultura de autoavaliação de seu processo de gestão e a disseminarem as experiên-cias de sucesso.

A escolha da Escola Estadual Paulo Freire foi re-alizada pelo Comitê Estadual de Avaliação do Prêmio em Mato Grosso do Sul. No Estado, 38 escolas parti-ciparam, sendo 34 da rede estadual e quatro da rede municipal de ensino. De todas essas, seis se destaca-ram: a Escola Estadual Paulo Freire, de Iguatemi, em primeiro lugar; a Escola Municipal Manoel Martins, de Ponta Porã, como segunda colocada; a Escola Esta-dual Amélio de Carvalho Baís, da Capital, em terceiro lugar; a Escola Estadual Waldemir Barros da Silva, também de Campo Grande, na quarta colocação; a Escola Estadual Arlindo de Andrade Gomes, na quin-ta; e, em sexto lugar, a Escola José Alves Ribeiro, do Município de Rochedo.

Na primeira etapa, a escola de Iguatemi foi se-lecionada junto com mais 23 escolas públicas de 22 Estados e do Distrito Federal. O universo dos colé-gios participantes é de 2.391 instituições de todos os Estados brasileiros, com exceção do Amapá, Piauí e Pará, que não tiveram inscritos. Os diretores das es-

colas premiadas embarcaram para os Estados Uni-dos para um intercâmbio de experiências escolares bem-sucedidas.

Na etapa subsequente, a Escola Estadual Paulo Freire foi escolhida junto com mais 5 escolas públicas dos Estados da Bahia, Ceará, Minas Gerais, Mato Grosso e Santa Catarina. Essas escolas foram desta-cadas por apresentarem os melhores projetos de ges-tão escolar, as melhores autoavaliações e as melhores atividades desenvolvidas em diversas áreas.

A vitoriosa do concurso foi uma escola da Bahia, que mostrou a importância fundamental do envolvimen-to de toda a comunidade nessas gestões.

Cerca de mil alunos de renda média baixa, entre brasileiros, paraguaios e indígenas, frequentam as au-las do ensino fundamental, do ensino médio e da Edu-cação de Jovens e Adultos – EJA na Escola Estadual Paulo Freire, no meu Estado. A Diretora da instituição, Cecília Ledesma, vem desenvolvendo um trabalho de evolução e integração. A aposta foi em dois projetos de leitura, visitas às famílias para reduzir a evasão esco-lar, educação no trânsito, projeto afro, preservação do patrimônio – com arrecadação de recursos para pintura do prédio, construção de pista de atletismo, campo de futebol, refeitório, horta e calçada e para compra de mesas de tênis e armários.

A escola de Iguatemi estabeleceu parcerias com o DETRAN, Polícias Militar e Civil, Exército, Prefeitu-ra Municipal, hospital e universidade, bem como com agentes de saúde e dentistas.

Essa conquista demonstra o resultado de vários fatores conjugados: a priorização do Governo do Es-tado em educação, o envolvimento da comunidade de Iguatemi, a aplicação dos estudantes da escola e o empreendedorismo da Diretora Cecília Ledesma, exemplo de dedicação e prova de que o mérito deve ser recompensado.

Parabéns, portanto, à Diretora, aos funcionários, aos professores, aos alunos e a toda a brava gente de Iguatemi! Que este belo trabalho continue, prospere e se multiplique por todo o Estado e pelo Brasil e que esses prêmios incentivem cada vez mais a participação da comunidade dentro do processo educacional!

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. OSMAR TERRA (Bloco/PMDB-RS. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, este é um momento importante para o País voltar a discutir a regulamentação da Emenda Cons-titucional nº 29, que trata do financiamento da saúde no País.

Sobre o tema, a proposta já aprovado pelo Sena-do veio para a Câmara e aqui está sendo modificada. Basicamente, ela destina 10% dos recursos do Orça-

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mento, ou seja, da arrecadação do Governo Federal, para a saúde. Hoje, os recursos da União que vão para a saúde não chegam a 6%. Os Estados têm de de-sembolsar 12% de suas receitas, mas a maioria não cumpre isso. Quanto aos Municípios, o repasse deve ser de 15%. O aumento do percentual destinado pela União daria hoje uma injeção imediata de 10 bilhões a 15 bilhões de reais no sistema público de saúde, o que, afirmo na condição de gestor da saúde que fui, é necessário para que se possa dar uma resposta me-lhor à população.

O sistema avançou muito na prevenção, avançou muito na estrutura do atendimento básico, mas ainda existem grandes gargalos nas áreas de atendimento especializado, urgência e emergência. Precisamos de mais recursos, mais equipes, mais profissionais. Tam-bém é necessário que os funcionários, principalmente os da área de atenção básica da saúde, tenham uma carreira estabelecida para incentivá-los. É preciso ins-tituir a meritocracia, oferecer ganhos por redução da mortalidade e melhoria dos indicadores de saúde.

Em 2007, quando eu era Presidente do Conse-lho Nacional de Secretários de Saúde – CONASS, os Secretários se mobilizaram na luta por mais recursos para o setor. Demos a cara para bater: viemos ao Con-gresso e, como era condição do Governo a prorroga-ção da CPMF, defendemos sua aprovação, mas desde que seus recursos fossem todos para a saúde. Aliás , até conseguimos essa garantia do Presidente Lula, mas, na hora da votação, a proposta foi derrotada, e ficamos sem a Emenda nº 29. Agora, já se começa a discutir um aumento de impostos, mas não se debate a importância que isso tem para a área da saúde.

Sras. e Srs. Deputados, é hora de chamarmos a esta Casa o Ministro Guido Mantega, porque a situação atual é diferente da de 2007. Vamos discutir o quanto se aumentou em outros impostos para cobrir a falta da Emenda nº 29, bem como o volume da arrecadação do País. Segundo a Folha de S.Paulo e analistas eco-nômicos, já temos duas vezes mais o valor da CPMF em arrecadação; a saúde, porém, continua marcando passo, com a mesma proporção de recursos – e, agora, repito, volta-se a discutir um outro imposto.

Não tenho preconceito contra isso. Considero o aumento de impostos sempre ruim, mas, se for por uma causa justa, até posso defender a medida. No entanto, penso que não é necessário fazê-lo agora, porque o País já alcançou uma arrecadação suficiente. Estamos vivendo um momento em que temos de alo-car para a saúde esses recursos arrecadados a mais, a fim de não retomarmos a CPMF. Esse é o grande desafio que temos.

Portanto, Sr. Presidente, vou levar para a Comis-são de Seguridade Social e Família pedido para que seja ouvido o Ministro Guido Mantega e realizada dis-cussão realmente substancial sobre os recursos da área da saúde.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – A

Presidência tem o prazer de anunciar a presença em plenário de comitiva da República Popular da China, acompanhada do ilustre Senador Neuto De Conto e sob a chefia de Yang Dehuai.

Todos sabem que hoje a China é uma grande potência mundial. Com o segundo PIB do mundo, é um dos países que mais crescem.

A economia da China, com todo o seu desen-volvimento, atualmente merece de todo o mundo as maiores referências, sobretudo porque todos desejam conhecer o modelo que compatibilizou o comunismo com o desenvolvimento socioeconômico – um modelo que se está viabilizando na China.

Minhas homenagens ao povo chinês. Espero que esta delegação tenha uma estada muito feliz no Brasil e que possa verificar também o nosso desenvolvimento, para que cada vez mais os laços de amizade, os laços comerciais e os acordos internacionais se frutifiquem entre os dois grandes países.

Minhas homenagens ao povo chinês. (Palmas.) O SR. SIMÃO SESSIM (PP-RJ. Sem revisão do

orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a mi-nha presença na tribuna desta Casa é para agradecer, em meu nome, em nome do Prefeito Sérgio Sessim e do povo de Nilópolis, mais uma demonstração de res-peito, carinho, atenção e, sobretudo, dedicação que S.Exa., o Governador do Rio de Janeiro, vem dispen-sando àquela região da Baixada Fluminense.

Nesta semana, o Departamento de Trânsito do Estado – DETRAN/RJ inaugurou o primeiro Posto de Vistoria de Nilópolis, uma reivindicação antiga e, por sinal, muito justa da população, que se via obrigada a se deslocar para cidades vizinhas ou mesmo até a Capital fluminense para regularizar a situação de seus veículos.

Além do Posto de Vistoria, localizado na Rua Pe-dro Álvares Cabral, no Centro da cidade, a população nilopolitana passa também a dispor agora no setor de habilitação, no mesmo local, de quatro pontos de aten-dimento com capacidade para receber 130 clientes por dia. Já o setor de identificação civil poderá receber em torno de 110 pessoas, diariamente, através de seus 11 pontos, 8 dos quais exclusivos para atendimento, 1 para foto digital e 2 para captura digital.

Com isso, Sr. Presidente, a população de Niló-polis terá maior facilidade e bem mais conforto para

42948 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

retirar Carteira de Identidade e Carteira de Motorista, para liberar o veículo, fazer a vistoria anual e o cadas-tramento de veículo, tirar a primeira licença, fazer o acerto e retificação de dados, registrar a mudança de cor, nome ou razão social; proceder ao emplacamen-to e à baixa de gravame comercial. Enfim, é o Estado mais perto do cidadão.

Como bem salientou o ilustre Vice-Presidente do DETRAN, Sérgio Trajan, a iniciativa do Governador Sérgio Cabral, ao atender aos nossos apelos, sela mais uma vez a parceria que tanto vem dando certo no Rio de Janeiro desde que S.Exa. e o Presidente Lula as-sumiram seus mandatos. Os dois, para a satisfação e felicidade do povo Nilópolis, jamais nos faltaram.

Foi um momento muito bonito, que contou também com a presença da Primeira-Dama da cidade, Sônia Sessim; do Vice-Prefeito, Oswaldo Costa; do Presi-dente da Câmara Municipal, Vereador Adilson Farias; do ex-Prefeito da cidade, Farid Abrão; do recém-eleito Deputado Estadual Ricardo Abrão, entre tantos outros companheiros que prestigiaram aquele momento his-tórico para a nossa região.

Eu diria, para concluir esta breve manifestação, Sr. Presidente, que o Município de Nilópolis está de parabéns, porque caminha a passos largos rumo a um horizonte promissor para seus habitantes. Graças – repito – à parceria, à sintonia, à união de propósitos que envolve os governos municipal, estadual e fede-ral, a cidade começa a receber benefícios que estão contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da população.

Daqui a poucos dias, vamos inaugurar a primeira unidade de pronto atendimento – UPA da cidade; em seguida, o novo calçadão revitalizado; depois, o viadu-to, que vai desafogar e humanizar o trânsito. E muito mais, se Deus quiser, haveremos de levar àquele povo ordeiro, trabalhador e que por isso mesmo sonha com dias melhores.

Muito obrigado.O SR. CARLOS ALBERTO LERÉIA (PSDB-GO.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, senhores visitantes, colegas de trabalho desta Casa, quero rapidamente apenas chamar a aten-ção para um fato: a possibilidade de a CPMF voltar. Isso coloca Parlamentares, Prefeitos e Governadores numa saia justa, porque, caso não volte, não haverá dinheiro para a saúde.

Sr. Presidente, o povo já paga imposto demais. É preciso, sim, garantir recurso próprio para a saúde. Esse imposto foi apreciado e votado no Parlamento na condição de provisório. Se nós não pagássemos impostos, eu até concordaria.

Vamos dar alguns exemplos do dia a dia das pessoas. Os automóveis hoje são lançados no mun-do inteiro. O modelo existente no Brasil é encontrado na Europa, na Ásia – está até presente neste plenário uma delegação da República Popular da China – e na América do Norte. O carro que aqui custa R$70.000,00 lá fora é comprado por R$40.000,00. Por quê? Porque nós pagamos uma carga tributária muito alta. Quan-to aos produtos de higienização, em média, pagam-se 40% de impostos. O mesmo ocorre em relação às vestimentas. Enfim, para tudo nós já pagamos muito imposto.

Eu não votei na Dilma, sou do PSDB – quero aproveitar aqui para agradecer aos que me ajudaram a me reeleger –, mas torço para que o seu Governo acerte, que faça um bom governo.

Assisti a alguns de seus programas, em que ela dizia, pela sua proposta de campanha, que não aumen-taria impostos. Se começar por aí, já começa mal, já entra com descrédito na Presidência da República.

Em relação a essa estratégia de dizer que “se os Governadores quiserem, nós vamos colocar; se os Prefeitos quiserem, se o Parlamento quiser, senão a saúde não será boa...”, tenho a dizer que o Brasil só não oferece uma saúde boa porque parte de seus re-cursos foi para mensalão – há denuncias feitas pelo Ministério Público Federal –, para sanguessugas, para pagar salários a muitos apaniguados que existem, para cobrir escândalo dos Correios e escândalos por toda parte.

Basta não se roubar centavo algum e o Brasil poderá ofertar para o seu povo uma das melhores saúdes públicas do mundo.

Muito obrigado. O SR. FLÁVIO BEZERRA (Bloco/PRB-CE. Pro-

nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero registrar que, nos dias 18, 19 e 20 do corrente mês, acontecerá em Itajaí, Santa Catarina, a primeira Feira Internacional da Pesca e Aquicultura – a AQUAPESCABRASIL.

O evento tem por finalidade fomentar a indústria da pesca e da aquicultura no Brasil e promover um grande encontro desses setores da economia.

A feira é composta por dois setores – exposi-ção de produtos e serviços da cadeia produtiva da pesca e da aquicultura – e vai promover a integração dos diferentes segmentos profissionais relacionados à indústria da pesca, sustentabilidade, aquicultura e meio ambiente.

Muitas oportunidades de negócios são geradas no evento, onde também serão apresentados os ru-mos e tendências do setor, por meio de conferências

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interministeriais, palestras, apresentações de trabalhos técnico-científicos e minicursos.

A feira faz parte do calendário oficial da Prefei-tura de Itajaí e das comemorações do aniversário de 150 anos da cidade.

Onze países e oito empresas chilenas confirma-ram presença. O encontro contará ainda com a presen-ça de armadores, empresários e industriais da pesca e da aquicultura, empresários e investidores, políticos, entidades financeiras, pescadores artesanais, acadê-micos e instituições que atuam no segmento de pes-ca, aquicultura e seus subprodutos, bem como meio ambiente e sustentabilidade. São esperadas mais de 20 mil pessoas nos três dias de evento, o que mostra a importância do setor pesqueiro e de seu crescimento em nosso País.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.O SR. JOSÉ AIRTON CIRILO (PT-CE. Sem revi-

são do orador.) – Sr. Presidente, primeiramente quero registrar a realização, em Santa Catarina, de uma feira da indústria pesqueira.

Sras. e Srs. Deputados, mais uma vez, faço um grande apelo ao nosso Ministro da Pesca e Aquicul-tura, Altemir Gregolin: que S.Exa. busque uma saída para a grave situação do setor pesqueiro no meu Es-tado, particularmente nos Municípios de Icapuí e Ara-cati, que vivem uma situação de profundo drama em consequência de um processo que dura muitos anos. Desde minha gestão na Prefeitura de Icapuí, em 1985, os problemas do setor pesqueiro vêm sendo discutidos, inclusive a pesca predatória.

Infelizmente, até hoje, mesmo após a criação do Ministério da Pesca – tive o privilégio de ser Relator dessa matéria e da Lei da Pesca –, não foram encontra-das alternativas para solucionar os problemas desses pescadores, principalmente os de famílias mais sofridas. Além de enfrentarem o drama da sobrevivência, com grandes dificuldades, sofrem com um grande processo de fiscalização, que não deixa de ser importante para o segmento, e com medidas repressivas para comba-ter a pesca predatória.

Na verdade, é preciso encontrar novas alterna-tivas. Precisamos apresentar alternativas para aque-les que nasceram e se criaram ali, que ganham o sustento de suas famílias com a pesca. Hoje, não há alternativas.

Vejo com preocupação a exigência feita pelo Mi-nistério de rastreamento de apetrechos de pesca. E não há alternativas para ajudar as famílias pobres, pessoas carentes que estão passando fome e necessidades.

Deixo este apelo ao Ministério da Pesca. É preciso ajudar essas famílias. É preciso ajudar os pescadores.

Eles necessitam de apoio. A pesca é um segmento im-portante da economia do nosso Estado e do País.

Também aproveito a oportunidade para lamentar o que aconteceu na comunidade da Redonda. Fui acu-sado de forma covarde e leviana por irresponsáveis, que disseram que eu tinha planejado com a Polícia Federal uma ação contra as embarcações, o que não tem o menor fundamento. Parte da população foi le-vada a acreditar nisso. Sofri um processo de desgaste profundo por irresponsabilidade daqueles que não têm compromissos, que fazem demagogia, que não res-peitam a nossa história e o nosso compromisso com o povo daquela comunidade.

Quero reafirmar o meu compromisso de continuar lutando e defendendo o povo de Icapuí, minha cidade, e os pescadores.

Muito obrigado.O SR. RICARDO BERZOINI (PT-SP. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamenta-res, venho à tribuna cumprimentar a Direção do Banco Central do Brasil pelo extraordinário trabalho realizado no processo do banco PanAmericano, só comparável com o que aconteceu com o Banco Santos.

A ação do Banco do Central foi precisa, cirúrgica. A decisão tomada em conjunto com o Fundo Garanti-dor de Crédito de fazer o equacionamento da situação por meio de um empréstimo de um fundo que pertence aos bancos de maneira geral foi a mais correta. Não envolve dinheiro público, evita a intervenção no banco e o espraiamento de uma crise localizada para todo o sistema financeiro.

A Direção do Banco do Central tomou a decisão certa para fazer esse tipo de equacionamento. Uma decisão que não trouxe prejuízo ao Tesouro Nacional e evitou a liquidação do banco, com todas as conse-quências nefastas que qualquer instituição financeira provoca quando em situação de desmonte.

Claro que há de se apurar com rigor a respon-sabilidade de quem contabilizou de maneira fraudu-lenta ativos que já não pertenciam ao banco PanA-mericano. Os ativos eram carteiras de operações de créditos, vendidos a outras instituições, e alguém no banco – alguém com muito poder – decidiu mantê-los na contabilidade, mascarando uma situação de dete-rioração patrimonial.

O rombo foi estimado em 900 milhões de reais – não 2,5 bilhões de reais. O empréstimo foi de 2,5 bilhões para assegurar a liquidez e a solvência patri-monial do banco nesse período.

Como disse, esse rombo terá de ser apurado com rigor. Caberá ao Banco Central municiar o Ministério Público e a Justiça com as informações necessárias

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e pertinentes, para que haja a responsabilização do fraudador.

Creio que a ação do Banco Central demonstrou alto grau de responsabilidade com a economia nacio-nal e, mais do que isso, aponta um caminho seguro no que diz respeito a problemas relativos ao sistema financeiro nacional.

O Fundo Garantidor de Crédito existe exatamen-te para isto: para, de um lado, proteger os clientes até um limite de depósito por conta ou de investimento, e, de outro lado, assegurar liquidez e solvência ao sis-tema financeiro.

Portanto, parabéns ao Presidente Henrique Mei-relles e parabéns à Diretoria do Banco Central, que agiu de forma correta e atendeu a uma necessidade do País, a de evitar uma crise maior em nosso siste-ma financeiro.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Sem revisão do

orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Superior Tribunal de Justiça – STJ, ao analisar o pe-dido de federalização do crime que vitimou o com-panheiro Manoel Mattos, advogado, Vice-Presidente do PT de Pernambuco, em Itambé, reconheceu que aquele crime deveria passar da esfera estadual para a esfera federal.

O STJ admitiu a federalização desse crime e tam-bém dos crimes conexos. Isso significa que a Polícia Federal vai investigar, que o Ministério Público Federal vai denunciar e que a Justiça Federal, na Paraíba, vai julgar esses crimes, prendendo os gerentes do crime, os mandantes, os protetores, os financiadores, os exe-cutores, o que é fundamental.

Fico preocupado com o que vem acontecendo em muitas cidades: a prática de chacinas realizadas por grupos de extermínio. Na última semana, moradores de rua foram dizimados por esses grupos.

No domingo passado, o Fantástico trouxe uma reportagem sobre a execução de moradores de rua em Maceió, Capital das Alagoas, revelando a gravidade dessa situação. Antes de ontem, em Campina Grande, na Paraíba, 5 moradores de rua foram esfaqueados.

Portanto, precisamos votar, e o mais rápido pos-sível, projeto de lei que tramita nesta Casa e trata de matéria nesse sentido. O projeto já foi votado aqui num primeiro momento, foi enviado para o Senado, que o modificou, e passou pelas Comissões. Portanto, está pronto para ser apreciado. Trata-se do Projeto de Lei nº 370, de 2007, que tipifica o crime de extermínio, pas-sando para a esfera federal todos os encaminhamen-tos com relação ao crime, pois, quando isso ocorre no Estado e o policial envolvido é civil ou militar, há uma interferência muito grande, uma grande ingerência para

que aquele crime não seja investigado. Assim, existem diversos crimes misteriosos. Daí a necessidade da aprovação do PL 370, de minha autoria, juntamente com o Deputado Raul Jungmann.

Espero que tenhamos esse projeto aprovado para que, de fato, comprovada a participação de policiais civis ou militares nas execuções sumárias, nos grupos de extermínio, esse crime passe da esfera estadual para a esfera federal.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Obrigado,

Deputado Luiz Couto.

Durante o discurso do Sr. Luiz Couto, o Sr. Inocêncio Oliveira, 2º Secretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Marco Maia, 1º Vice-Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Concedo a palavra ao Deputado Inocêncio Oliveira.

O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PR-PE. Pronun-cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho à tribuna referir-me a assunto da maior importância para o futuro do Nordeste canaviei-ro, em especial para o Estado de Pernambuco, cujas terras mais férteis, há séculos ocupadas com a cultu-ra da cana-de-açúcar, não vêm dando a resposta de produtividade que delas se espera.

Embora novas variedades tenham sido experi-mentadas ao longo das últimas décadas – variedades desenvolvidas pela Universidade Rural de Pernambu-co, pelo Instituto de Pesquisas Agronômicas do Estado (IPA) e pelo antigo Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA) –, a resposta é ainda pobre em termos de quilo/açú-car/tonelada de cana. Porém, o Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (CETENE) tem produzido mudas com a alta tecnologia adquirida por meio de parceria com o Instituto Nacional de Cana-de-Açúcar de Cuba. Essas mudas são fornecidas a pequenos produtores de Pernambuco e do Nordeste e vendidas a preços módicos aos grandes produtores.

Também se anuncia que vários tipos de cana transgênica estão sendo testados, com êxito, nos cam-pos mantidos pelo Centro de Tecnologia Canavieira, em Piracicaba, São Paulo, e a expectativa é a de que o Brasil leve ao mercado, nos próximos cinco anos, a primeira cana-de-açúcar transgênica do mundo. O Centro de Piracicaba acaba de pedir à Comissão Téc-nica Nacional de Biossegurança (CTNBio) a liberação de uma das variedades que, se transplantada para o nordeste da Zona da Mata, poderá representar notável avanço quanto à produtividade dos nossos canaviais e significativo aumento da produção nas próximas fu-turas safras (2016-2017).

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A variedade transgênica tem resistência já com-provada à praga da broca da cana, sério problema nos canaviais do Nordeste e responsável por perda de sa-carose que se calcula em 25%. Também os herbicidas fazem mal às canas, e a variedade transgênica pode ficar imune às suas consequências.

Há algum tempo é preocupação comum dos plan-tadores e usineiros a baixa produtividade dos canaviais do Nordeste, pois para manter níveis adequados de produção de cana em terras exaustas e degradadas, há de se importar muito adubo químico a preços exor-bitantes nos mercados nacional e internacional.

Em Pernambuco, a área ocupada pela cultura de cana-de-açúcar vem diminuindo ano a ano, pois a irre-gularidade dos subsídios de equalização de preços, em termos de pagamento pela União, desestimula a cul-tura voltada para o açúcar, ao tempo em que estimula a entrada de açúcares de outras regiões, o que pode ocorrer a preços subsidiados em futuro próximo.

A barreira está na produtividade local nordestina de cana e na procura por baixar os custos. Nesse par-ticular, a cana transgênica só trará benefícios.

Naturalmente, serão realizados testes de ava-liação da repercussão da cana antes de serem as mudas transgênicas adquiridas de modo mais amplo pelos plantadores e usineiros. As variedades naturais e transgênicas terão de conviver, lado a lado, durante algum tempo. Mas, o futuro se apresenta promissor para a economia sucroalcooleira do País como um todo e do Nordeste, em particular.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. O SR. GONZAGA PATRIOTA (Bloco/PSB-PE.

Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a Associação Telecentro de Informação e Negócios – ATN divulgou recentemente a lista com os nomes dos ganhadores do Prêmio Telecentros Brasil 2010, que agraciou a Estação Salgueiro Digital do Estado de Pernambuco na categoria Alfabetização Digital.

A solenidade de entrega da premiação deverá ser realizada no dia 1º de dezembro no Ministério de Ciências e Tecnologia, em Brasília, com a participação do Ministro Sérgio Rezende.

O concurso visa reconhecer o esforço de inclusão digital para elevar o nível de competitividade empresa-rial das microempresas e empresas de pequeno porte, estimulando a atuação dos telecentros em todo o País e as iniciativas de promoção da inclusão digital.

O Telecentro Salgueiro Digital funciona na biblio-teca do Município e tem por finalidade promover gra-tuitamente noções básicas de informática e o acesso às potencialidades da Internet às pessoas acima de 16 anos, além de proporcionar a melhoria da qualidade de vida dos jovens, integrando-os ao mundo digital.

Mais uma vez, Sr. Presidente, o Município de Salgueiro, no sertão pernambucano, é destaque no cenário nacional. Isso, com certeza, é fruto do exce-lente trabalho prestado por seus dirigentes, principal-mente a ex-Prefeita Cleuza Pereira e o atual Prefeito, Dr. Marcones Libório de Sá.

Muito obrigado.O SR. MÁRIO DE OLIVEIRA (PSC-MG. Pro-

nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a repercussão dos assassinatos de Mércia Nakashima e Eliza Samudio, em maio e junho passados, respectivamente, reacendeu o debate sobre a violência contra a mulher no Brasil.

Nos casos mencionados, a despeito das dife-renças de motivação e circunstâncias, os suspeitos dos crimes são ex-parceiros das vítimas, o que torna a covardia e a brutalidade dos atos ainda mais abomi-náveis, mas não menos comuns, infelizmente.

Como todos sabemos, as investigações sobre a morte de Mércia levaram ao indiciamento de Mizael Bispo, ex-namorado da moça, que teria cometido o cri-me por não aceitar o fim do relacionamento. Depois de espancada, Mércia foi colocada dentro de seu próprio carro, sendo este empurrado para as águas da repre-sa Atibainha, em São Paulo, onde afundou. O corpo de Mércia foi encontrado cerca de 20 dias após seu desaparecimento.

O crime envolvendo Eliza Samudio, por sua vez, obteve grande destaque da mídia pela demonstração de crueldade e frieza que caracterizou seus assassi-nos. Revoltado por ser apontado como pai do filho de Eliza, fato que o obrigaria ao pagamento de pensão, Bruno Fernandes, nacionalmente conhecido por ser goleiro do Flamengo, teria cometido o crime junta-mente com seu primo. De acordo com o depoimento de outros envolvidos, a moça foi estrangulada, depois de barbaramente torturada, tendo sido seu corpo es-quartejado e ocultado, sem deixar vestígios.

Ambos os casos, Sr. Presidente, encontram-se à espera de julgamento, com os respectivos inquéritos policiais já encerrados. Obtiveram ampla cobertura jornalística, por envolverem pessoas de classe média e celebridades.

São apenas, porém, mais dois casos que se so-mam a uma lista infindável de episódios de agressão a mulheres, muitos culminando em morte, todos co-metidos por parceiros ou ex-parceiros que agiram em nome de uma tradição abjeta de prepotência, precon-ceito e impunidade que submete a mulher à violência em âmbito doméstico e familiar.

Enquanto a mídia se ocupa desses crimes, deze-nas de outros são cometidos diariamente em todos os cantos do País. Mulheres são cotidianamente espan-

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cadas, estupradas, humilhadas ou assassinadas por pais, maridos, namorados ou ex-namorados. Variam os motivos ou as circunstâncias do crime: ciúmes, exces-so de álcool ou drogas, frustração ou desavença. Em todos, comparece o brutal elemento da covardia e do desrespeito, como se houvesse, a favor do homem, o direito natural de agredir a mulher.

E não se trata, é claro, de uma prática nacional. Em todo o mundo, ocorrem episódios abomináveis de violência contra a mulher, compreendendo espanca-mentos, abuso e exploração sexual, tráfico e cárcere privado, mutilação genital, assassinatos. Sem falar na violência institucionalizada, demonstrada recentemente por meio da divulgação das fotos da moça afegã que teve o nariz e as orelhas cortadas por desobedecer a preceitos estabelecidos pelo Talibã, ou pela condenação à morte de uma mulher iraniana, acusada de adultério, em episódio de forte apelo na mídia internacional.

Aqui, no Brasil, muito tem sido feito desde o ad-vento das delegacias da mulher e a partir da entrada em vigor da famosa Lei Maria da Penha, que consistiu avanço substancial na luta pela erradicação da violência contra a mulher. Homenageando a cearense Maria da Penha Maia, vítima de duas tentativas de homicídio por parte do próprio marido e que lutou 20 anos para vê-lo julgado e condenado, a Lei nº 11.340, de 2006 promete tirar do anonimato incontáveis práticas criminosas que, justamente por ocorrerem em ambiente doméstico, ini-bem a iniciativa de denúncia por parte das vítimas.

Trata-se de um grande avanço, Sr. Presidente. Sabe-se que mais de 70% dos crimes violentos são cometidos em casa, contra pessoas do sexo feminino. Estima-se que ocorram mais de 5 mil estupros por ano no Brasil, sendo mais da metade praticada por fami-liares das vítimas. Verificou-se, estatisticamente, que a cada 15 segundos uma mulher é agredida no Brasil. Em tais circunstâncias, quando ainda nos vemos pati-nar em um comportamento sexista inadmissível, que discrimina e maltrata a mulher à sombra de impuni-dade secular, é imperativo mobilizar a sociedade e as autoridades em uma campanha de grande magnitude no sentido da reversão de um quadro de violência que não mais se pode suportar.

Esperamos, assim, que as mortes de Eliza de Mércia, entre tantas outras, não tenham sido em vão. É muito importante a mobilização de todos os segmen-tos da sociedade contra a violência e a impunidade no ensejo da intensa comoção popular provocada por essas tão recentes e brutais tragédias.

Sr. Presidente, solicito a V.Exa. que meu pronuncia-mento seja divulgado pelos órgãos de comunicação des-ta Casa Legislativa e pelo programa A Voz do Brasil.

Muito obrigado.

V – ORDEM DO DIA

PRESENTES OS SEGUINTES SRS. DE-PUTADOS:

Partido Bloco

RORAIMA

Marcio Junqueira DEM Maria Helena PSB PsbPcdobPrbTotal de Roraima: 2

AMAPÁ

Evandro Milhomen PCdoB PsbPcdobPrbJurandil Juarez PMDB PmdbPtcLucenira Pimentel PR Total de Amapá: 3

PARÁ

Bel Mesquita PMDB PmdbPtcBeto Faro PT Gerson Peres PP Giovanni Queiroz PDT Lira Maia DEM Lúcio Vale PR Nilson Pinto PSDB Zé Geraldo PT Zenaldo Coutinho PSDB Total de Pará: 9

AMAZONAS

Átila Lins PMDB PmdbPtcFrancisco Praciano PT Lupércio Ramos PMDB PmdbPtcMarcelo Serafim PSB PsbPcdobPrbTotal de Amazonas: 4

RONDONIA

Agnaldo Muniz PSC Eduardo Valverde PT Mauro Nazif PSB PsbPcdobPrbTotal de Rondonia: 3

ACRE

Flaviano Melo PMDB PmdbPtcGladson Cameli PP Henrique Afonso PV Ilderlei Cordeiro PPS Perpétua Almeida PCdoB PsbPcdobPrbSergio Petecão PMN Total de Acre: 6

TOCANTINS

João Oliveira DEM Laurez Moreira PSB PsbPcdobPrb

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Moises Avelino PMDB PmdbPtcNIlmar Ruiz PR Osvaldo Reis PMDB PmdbPtcVicentinho Alves PR Total de Tocantins: 6

MARANHÃO

Carlos Brandão PSDB Clóvis Fecury DEM Davi Alves Silva Júnior PR Domingos Dutra PT Gastão Vieira PMDB PmdbPtcJulião Amin PDT Pedro Novais PMDB PmdbPtcPinto Itamaraty PSDB Sarney Filho PV Total de Maranhão: 9

CEARÁ

Ariosto Holanda PSB PsbPcdobPrbArnon Bezerra PTB Chico Lopes PCdoB PsbPcdobPrbEudes Xavier PT Flávio Bezerra PRB PsbPcdobPrbGorete Pereira PR José Airton Cirilo PT José Guimarães PT José Linhares PP José Pimentel PT Marcelo Teixeira PR Mauro Benevides PMDB PmdbPtcRaimundo Gomes de Matos PSDB Vicente Arruda PR Total de Ceará: 14

PIAUÍ

Antonio José Medeiros PT Ciro Nogueira PP José Maia Filho DEM Júlio Cesar DEM Nazareno Fonteles PT Themístocles Sampaio PMDB PmdbPtcTotal de Piauí: 6

RIO GRANDE DO NORTE

Fátima Bezerra PT Rogério Marinho PSDB Sandra Rosado PSB PsbPcdobPrbTotal de Rio Grande do Norte: 3

PARAÍBA

Armando Abílio PTB Efraim Filho DEM Luiz Couto PT

Major Fábio DEM Total de Paraíba: 4

PERNAMBUCO

André de Paula DEM Bruno Rodrigues PSDB Charles Lucena PTB Edgar Moury PMDB PmdbPtcFernando Ferro PT Gonzaga Patriota PSB PsbPcdobPrbInocêncio Oliveira PR José Chaves PTB José Mendonça Bezerra DEM Paulo Rubem Santiago PDT Raul Henry PMDB PmdbPtcRoberto Magalhães DEM Silvio Costa PTB Wolney Queiroz PDT Total de Pernambuco: 14

ALAGOAS

Antonio Carlos Chamariz PTB Carlos Alberto Canuto PSC Francisco Tenorio PMN Givaldo Carimbão PSB PsbPcdobPrbJoaquim Beltrão PMDB PmdbPtcMaurício Quintella Lessa PR Total de Alagoas: 6

SERGIPE

Eduardo Amorim PSC José Carlos Machado DEM Mendonça Prado DEM Pedro Valadares DEM Valadares Filho PSB PsbPcdobPrbTotal de Sergipe: 5

BAHIA

Antonio Carlos Magalhães Neto DEM Claudio Cajado DEM Colbert Martins PMDB PmdbPtcDaniel Almeida PCdoB PsbPcdobPrbFábio Souto DEM Geraldo Simões PT João Leão PP José Carlos Araújo PDT José Rocha PR Jutahy Junior PSDB Lídice da Mata PSB PsbPcdobPrbLuiz Alberto PT Luiz Bassuma PV Luiz Carreira DEM Marcelo Guimarães Filho PMDB PmdbPtcMárcio Marinho PRB PsbPcdobPrb

42954 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

Marcos Medrado PDT Maurício Trindade PR Paulo Magalhães DEM Roberto Britto PP Sérgio Barradas Carneiro PT Severiano Alves PMDB PmdbPtcUldurico Pinto PHS Veloso PMDB PmdbPtcWalter Pinheiro PT Total de Bahia: 25

MINAS GERAIS

Aelton Freitas PR Ciro Pedrosa PV Elismar Prado PT Fábio Ramalho PV George Hilton PRB PsbPcdobPrbGilmar Machado PT Jô Moraes PCdoB PsbPcdobPrbJoão Magalhães PMDB PmdbPtcJúlio Delgado PSB PsbPcdobPrbLael Varella DEM Leonardo Monteiro PT Leonardo Quintão PMDB PmdbPtcLincoln Portela PR Márcio Reinaldo Moreira PP Mário de Oliveira PSC Mauro Lopes PMDB PmdbPtcMiguel Martini PHS Paulo Piau PMDB PmdbPtcSilas Brasileiro PMDB PmdbPtcVitor Penido DEM Total de Minas Gerais: 20

ESPÍRITO SANTO

Camilo Cola PMDB PmdbPtcCapitão Assumção PSB PsbPcdobPrbRita Camata PSDB Rose de Freitas PMDB PmdbPtcSueli Vidigal PDT Total de Espírito Santo: 5

RIO DE JANEIRO

Andreia Zito PSDB Antonio Carlos Biscaia PT Arnaldo Vianna PDT Arolde de Oliveira DEM Brizola Neto PDT Chico Alencar PSOL Chico DAngelo PT Cida Diogo PT Deley PSC Dr. Adilson Soares PR Edson Ezequiel PMDB PmdbPtc

Eduardo Cunha PMDB PmdbPtcEduardo Lopes PRB PsbPcdobPrbFelipe Bornier PHS Fernando Gabeira PV Fernando Lopes PMDB PmdbPtcGeraldo Pudim PR Jair Bolsonaro PP Léo Vivas PRB PsbPcdobPrbLuiz Sérgio PT Marina Maggessi PPS Neilton Mulim PR Nelson Bornier PMDB PmdbPtcSilvio Lopes PSDB Simão Sessim PP Solange Almeida PMDB PmdbPtcTotal de Rio de Janeiro: 26

SÃO PAULO

Aline Corrêa PP Antonio Bulhões PRB PsbPcdobPrbAntonio Carlos Mendes Thame PSDB Antonio Carlos Pannunzio PSDB Arnaldo Faria de Sá PTB Arnaldo Jardim PPS Arnaldo Madeira PSDB Cândido Vaccarezza PT Devanir Ribeiro PT Dimas Ramalho PPS Dr. Talmir PV Duarte Nogueira PSDB Fernando Chiarelli PDT Janete Rocha Pietá PT Jefferson Campos PSB PsbPcdobPrbJilmar Tatto PT João Paulo Cunha PT José C Stangarlini PSDB José Genoíno PT José Mentor PT Lobbe Neto PSDB Luciana Costa PR Luiza Erundina PSB PsbPcdobPrbMarcelo Ortiz PV Milton Vieira DEM Paes de Lira PTC PmdbPtcRegis de Oliveira PSC Ricardo Berzoini PT Ricardo Tripoli PSDB Roberto Alves PTB Roberto Santiago PV Valdemar Costa Neto PR Vanderlei Macris PSDB Vicentinho PT Walter Ihoshi DEM

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 42955

William Woo PPS Total de São Paulo: 36

MATO GROSSO

Carlos Bezerra PMDB PmdbPtcEliene Lima PP Homero Pereira PR Valtenir Pereira PSB PsbPcdobPrbTotal de Mato Grosso: 4

DISTRITO FEDERAL

Alberto Fraga DEM Jofran Frejat PR Rodrigo Rollemberg PSB PsbPcdobPrbTotal de Distrito Federal: 3

GOIÁS

Carlos Alberto Leréia PSDB Leandro Vilela PMDB PmdbPtcLeonardo Vilela PSDB Luiz Bittencourt PMDB PmdbPtcMarcelo Melo PMDB PmdbPtcPedro Wilson PT Professora Raquel Teixeira PSDB Rubens Otoni PT Sandes Júnior PP Total de Goiás: 9

MATO GROSSO DO SUL

Geraldo Resende PMDB PmdbPtcMarçal Filho PMDB PmdbPtcNelson Trad PMDB PmdbPtcVander Loubet PT Total de Mato Grosso do Sul: 4

PARANÁ

Alceni Guerra DEM Alex Canziani PTB Alfredo Kaefer PSDB Andre Vargas PT Assis do Couto PT Cassio Taniguchi DEM Chico da Princesa PR Dilceu Sperafico PP Dr. Rosinha PT Gustavo Fruet PSDB Hermes Parcianello PMDB PmdbPtcLuiz Carlos Hauly PSDB Luiz Carlos Setim DEM Moacir Micheletto PMDB PmdbPtcOsmar Serraglio PMDB PmdbPtcTakayama PSC Wilson Picler PDT Total de Paraná: 17

SANTA CATARINA

Angela Amin PP Mauro Mariani PMDB PmdbPtcPaulo Bauer PSDB Valdir Colatto PMDB PmdbPtcZonta PP Total de Santa Catarina: 5

RIO GRANDE DO SUL

Cláudio Diaz PSDB Germano Bonow DEM José Otávio Germano PP Marco Maia PT Nelson Proença PPS Onyx Lorenzoni DEM Osmar Terra PMDB PmdbPtcPepe Vargas PT Renato Molling PP Total de Rio Grande do Sul: 9

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – A lista de presença registra o comparecimento de 257 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Na verdade, alguns itens da pauta são matérias relativas a acordos internacionais.

Pergunto aos Srs. Líderes se fizeram alguma dis-cussão sobre acordo em relação às matérias constan-tes de nossa pauta que podemos votar. Há 12 itens na pauta, todos relativos a projetos de decreto legislativo que se referem a tratados internacionais.

Há algum posicionamento dos Srs. Líderes?O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO – Sr.

Presidente!O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Pois não,

Deputado Pannunzio.O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB-

SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Na verdade, acho que essas matérias são matérias pacíficas do ponto de vista da apreciação por este Plenário.

Eu faria uma observação com relação ao item 9, que trata do Acordo de Serviços Aéreos celebrado entre o Brasil e o Uruguai, simplesmente por uma falha. Não sei se a falha foi por parte do Itamaraty, que não enviou o quadro de rotas, uma vez que esse acordo trata de escalas para fins não comerciais de rotas específicas. Todo acordo desse tipo é acompanhado do quadro de rotas, que nesse acordo não veio. Entendo que essa é uma falha que a própria Comissão de Relações Exte-riores e de Defesa Nacional poderia ter sanado.

Quero apenas fazer esta observação. Não vou criar óbice, mas é lamentável que venha um material incompleto e que aprovemos o acordo sem que as

42956 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

informações tenham sido devidamente fornecidas de forma clara. Mas não vou criar nenhum problema.

O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Deputado Pannunzio, solicito a compreensão de V.Exa. para a seguinte questão: na maioria desses acordos aéreos, geralmente não vem a especificação das rotas. Isso vai depender da nego-ciação com a autoridade aeronáutica, com a autorida-de competente dessa área. Não foi uma omissão. É um problema real de muitos acordos como este, que trata de serviços aéreos entre a República Federativa do Brasil e a República Oriental do Uruguai. Já houve outros casos em que não havia a especificação das rotas.

Não estou contestando, apenas dando esta ex-plicação para V.Exa. levar em conta.

O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO – Eu agradeço ao Deputado Genoíno a explicação dada, mas a observação que fiz é exatamente em função de ter sido levantado, inclusive pela nossa assessoria, que normalmente esse tipo de acordo se faz acompanhar do quadro de rotas.

Como se trata do Uruguai, país do MERCOSUL, como eu disse, não vou criar um problema adicio-nal, mas entendo que o material, quando vem para a transformação do acordo em projeto de decreto legis-lativo, deveria vir completo. É apenas isso, Deputado Genoíno.

O SR. JOSÉ GENOÍNO – Pois não.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Havendo

acordo para a votação, passa-se à apreciação da ma-téria sobre a mesa e da constante da Ordem do Dia.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) -Item 1.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 498-A, DE 2008

(Da Comissão Parlamentar Conjunta do Mercosul)

Discussão, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo n° 498-A, de 2008, que aprova o texto do Protocolo Adicional ao Acordo-Quadro sobre Meio Ambiente do MERCOSUL em Matéria de Cooperação e Assistência em Emergências Ambientais, adotado pela Decisão nº 14/04 do Conse-lho do Mercado Comum, em 7 de julho de 2004; tendo pareceres: da Comissão de Re-lações Exteriores e de Defesa Nacional, pela aprovação (Relatora: Deputada Maria Lúcia Cardoso); da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, pela apro-vação (Relator: Deputado Roberto Rocha); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade,

juridicidade e técnica legislativa (Relator: Deputado Colbert Martins).

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em discus-são. (Pausa.) NÃO HAVENDO ORADORES INSCRI-TOS PARA FALAR CONTRA OU A FAVOR, DECLARO ENCERRADA A DISCUSSÃO.

Passa-se à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em votação

o Projeto de Decreto Legislativo nº 498-A, de 2008.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica aprovado o texto do Protocolo Modifi-

cativo do texto do Protocolo Adicional ao Acordo-Quadro sobre Meio Ambiente do MERCOSUL em Matéria de

Cooperação e Assistência em Emergências Am-bientais, adotado pela Decisão Nº 14/04 do Conselho do Mercado Comum, em 7 de julho de 2004.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam re-sultar em revisão do referido Protocolo Adicional, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 2º. Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADO.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Há sobre a

mesa e vou submeter a votos a seguinte

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 498-B DE 2008

Aprova o texto do Protocolo Adicional ao Acordo-Quadro sobre Meio Ambiente do MERCOSUL em Matéria de Coopera-ção e Assistência frente a Emergências Ambientais, adotado pela Decisão nº 14/04 do Conselho do Mercado Comum, em 7 de julho de 2004.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica aprovado o texto do Protocolo Adi-

cional ao Acordo-Quadro sobre Meio Ambiente do MERCOSUL em Matéria de Cooperação e Assistência frente a Emergências Ambientais, adotado pela Deci-são nº 14/04 do Conselho do Mercado Comum, em 7 de julho de 2004.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam re-sultar em revisão do referido Protocolo Adicional ao

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 42957

Acordo-Quadro, bem como quaisquer ajustes com-plementares que, nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compro-missos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 11 de novembro de 2010. – Deputado Colbert Martins Relator.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADA.A matéria vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Item 2.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.790-A, DE 2009

(Da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional)

Discussão, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 1.790-A, de 2009, que aprova o texto do Acordo entre o Go-verno da República Federativa do Brasil e o Governo da República de Trinidad e Tobago para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos so-bre a Renda e para Incentivar o Comércio e o Investimento Bilaterais, celebrado em Brasília, em 23 de julho de 2008; tendo pa-receres: da Comissão de Desenvolvimen-to Econômico, Indústria e Comércio, pela aprovação (Relatora: Deputada Vanessa Grazziotin); da Comissão de Finanças e Tributação, pela adequação financeira e orçamentária e, no mérito, pela aprovação, com substitutivo (Relator: Deputado Pedro Novais e Relator Substituto: Deputado José Guimarães); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucio-nalidade, juridicidade e técnica legislativa (Relator: Deputado Gonzaga Patriota).

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em discus-são. (Pausa.) NÃO HAVENDO ORADORES INSCRI-TOS, DECLARO ENCERRADA A DISCUSSÃO.

Passa-se à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em votação

o substitutivo adotado pela Comissão de Finanças e Tributação.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica aprovado o texto da Convenção en-

tre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República de Trinidad e Tobago para Evi-tar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em

Matéria de Impostos sobre a Renda e para Incentivar o Comércio e o Investimento Bilaterais, celebrado em Brasília, em 23 de julho de 2008.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão da referida Convenção, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADO.Portanto, fica prejudicada a proposição inicial

(Projeto de Decreto Legislativo nº 1.790, de 2009). O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Há sobre

a mesa e vou submeter a votos a seguinte

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.790-B DE 2009

Aprova o texto da Convenção entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República de Trinidad e To-bago para Evitar a Dupla Tributação e Preve-nir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre a Renda e para Incentivar o Comércio e o Investimento Bilaterais, celebrado em Brasília, em 23 de julho de 2008.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica aprovado o texto da Convenção en-

tre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República de Trinidad e Tobago para Evi-tar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos sobre a Renda e para Incentivar o Comércio e o Investimento Bilaterais, celebrado em Brasília, em 23 de julho de 2008.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam re-sultar em revisão da referida Convenção, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 11 de novembro de 2010. – Deputado Gonzaga Patriota, Relator.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADA.

42958 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

A matéria vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Item 3.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.075-A, DE 2009

(Da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional)

Discussão, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 2.075-A, de 2009, que aprova o texto do Acordo entre o Go-verno da República Federativa do Brasil e o Governo da República Federal da Alemanha sobre Cooperação Financeira para o Proje-to “Programa de Crédito Energias Renová-veis”, celebrado em Brasília, em 14 de maio de 2008; tendo pareceres: da Comissão de Finanças e Tributação, pela adequação fi-nanceira e orçamentária e, no mérito, pela aprovação (Relator: Deputado Virgílio Gui-marães e Relator Substituto: Deputado José Guimarães); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucio-nalidade, juridicidade e técnica legislativa (Relator: Deputado Luiz Couto).

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em discus-são. (Pausa.) NÃO HAVENDO ORADORES INSCRI-TOS, DECLARO ENCERRADA A DISCUSSÃO.

Passa-se à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em votação

o Projeto de Decreto Legislativo nº 2.075-A, de 2009.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo entre o

Governo da República Federativa do Brasil e o Gover-no da República Federal da Alemanha sobre Coope-ração Financeira para o Projeto “Programa de Crédito Energias Renováveis”, celebrado em Brasília, em 14 de maio de 2008.

Parágrafo único. Nos termos do inciso I do arti-go 49 da Constituição Federal, ficam sujeitos à consi-deração do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que acar-retem encargos ou compromissos gravosos ao patri-mônio nacional.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADO.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Há sobre a

mesa e vou submeter a votos a seguinte

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.075-B DE 2009

Aprova o texto do Acordo entre o Go-verno da República Federativa do Brasil e o Governo da República Federal da Ale-manha sobre Cooperação Financeira para o Projeto “Programa de Crédito Energias Renováveis”, celebrado em Brasília, em 14 de maio de 2008.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo entre o

Governo da República Federativa do Brasil e o Gover-no da República Federal da Alemanha sobre Coope-ração Financeira para o Projeto “Programa de Crédito Energias Renováveis”, celebrado em Brasília, em 14 de maio de 2008.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resul-tar em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 11 de novembro de 2010. – Deputado Luiz Couto Relator.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADA.A matéria vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Item 4.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.128-A, DE 2009

(Da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional)

Discussão, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 2.128-A, de 2009, que aprova o texto do Acordo de Coopera-ção Científica e Tecnológica entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Gover-no da República Socialista do Vietnã, cele-brado em Hanói, no dia 10 de julho de 2008; tendo pareceres: da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, pela aprovação (Relator: Deputado Julio Semeghini); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucio-nalidade, juridicidade e técnica legislativa (Relator: Deputado José Genoíno).

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 42959

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em discus-são. (Pausa.) NÃO HAVENDO ORADORES INSCRI-TOS, DECLARO ENCERRADA A DISCUSSÃO.

Passa-se à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em votação

o Projeto de Decreto Legislativo nº 2.128-A, de 2009.O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo de Coo-

peração Científica e Tecnológica entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da Repú-blica Socialista do Vietnã, celebrado em Hanói, no dia 10 de julho de 2008.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resul-tar em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADO.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Há sobre a

mesa e vou submeter a votos a seguinte

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.128-B DE 2009

Aprova o texto do Acordo de Coope-ração Científica e Tecnológica entre o Go-verno da República Federativa do Brasil e o Governo da República Socialista do Vietnã, celebrado em Hanói, no dia 10 de julho de 2008.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo de Coo-

peração Científica e Tecnológica entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da Repú-blica Socialista do Vietnã, celebrado em Hanói, no dia 10 de julho de 2008.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resul-tar em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 11 de novembro de 2010. – Deputado José Genoíno Relator.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADA.A matéria vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Item 5.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.133-A, DE 2009

(Da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional)

Discussão, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 2.133-A, de 2009, que aprova o texto do Acordo de Coopera-ção Científica e Tecnológica entre o Gover-no da República Federativa do Brasil e o Governo do Reino Hachemita da Jordânia, celebrado em Brasília, em 23 de outubro de 2008; tendo pareceres: da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, pela aprovação (Relator: De-putado Eduardo Gomes); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e téc-nica legislativa (Relator: Deputado Antonio Carlos Biscaia).

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em discus-são. (Pausa.) NÃO HAVENDO ORADORES INSCRI-TOS, DECLARO ENCERRADA A DISCUSSÃO.

Passa-se à votação da matéria. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em votação

o Decreto Legislativo nº 2.133-A, de 2009.O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo de Coo-

peração Científica e Tecnológica entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo do Reino Hachemita da Jordânia, celebrado em Brasília, em 23 de outubro de 2008.

Parágrafo único. Nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resul-tar em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADO.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Há sobre a

mesa e vou submeter a votos a seguinte

42960 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.133-B DE 2009

Aprova o texto do Acordo de Coope-ração Científica e Tecnológica entre o Go-verno da República Federativa do Brasil e o Governo do Reino Hachemita da Jordânia, celebrado em Brasília, em 23 de outubro de 2008.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo de Coo-

peração Científica e Tecnológica entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo do Reino Hachemita da Jordânia, celebrado em Brasília, em 23 de outubro de 2008.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resul-tar em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 11 de novembro de 2010. –Deputado Antonio Carlos Biscaia Relator.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Aque-les que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADA.A matéria vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Item 6.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.350-A, DE 2009

(Da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional)

Discussão, em turno único, do Pro-jeto de Decreto Legislativo nº 2.350-A, de 2009, que aprova o texto do Acordo de Co-operação Educacional entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República de Botsuana, celebrado em Gaborone, em 11 de junho de 2009; ten-do pareceres: da Comissão de Educação e Cultura, pela aprovação (Relator: Depu-tado Paulo Delgado); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa (Relator: Deputado Marcelo Gui-marães Filho).

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em discus-são. (Pausa.) NÃO HAVENDO ORADORES INSCRI-TOS, DECLARO ENCERRADA A DISCUSSÃO.

Passa-se à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em votação

o Decreto Legislativo nº 2.350-A, de 2009.O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo de Co-

operação Educacional entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República de Botsuana, celebrado em Gaborone, em 11 de junho de 2009.

Parágrafo único. Nos termos do inciso I do arti-go 49 da Constituição Federal, ficam sujeitos à consi-deração do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que acar-retem encargos ou compromissos gravosos ao patri-mônio nacional.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Aque-les que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADO. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Há sobre

a mesa e vou submeter a votos a seguinte

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.350-B DE 2009

Aprova o texto do Acordo de Coope-ração Educacional entre o Governo da Re-pública Federativa do Brasil e o Governo da República de Botsuana, celebrado em Gaborone, em 11 de junho de 2009.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo de Co-

operação Educacional entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República de Botsuana, celebrado em Gaborone, em 11 de junho de 2009.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resul-tar em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 11 de novembro de 2010. – Deputado Marcelo Guimarães Filho Relator.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Aque-les que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADA.

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 42961

A matéria vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Item 7.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.402-A, DE 2010

(Da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul)

Discussão, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 2.402-A, de 2010, que aprova o texto do Primeiro Protocolo Adicional ao Acordo de Alcance Parcial Agropecuário nº 3, que protocoliza o Acordo de Constituição do Comitê Veterinário Per-manente do Cone Sul ao Amparo do Tratado de Montevidéu de 1980, assinado entre os Governos da República Argentina, da Re-pública Federativa do Brasil, da República do Paraguai, da República Oriental do Uru-guai, da República da Bolívia e da República do Chile, em Montevidéu, em 8 de agosto de 2006; tendo pareceres: da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, pela aprovação (Relator: Deputado Urzeni Rocha, e Relator Substituto: Deputado Dr. Rosinha); da Comissão de Agricultura, Pe-cuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, pela aprovação (Relator: Deputado Assis Couto, e Relator Substituto: Deputa-do Zonta); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucio-nalidade, juridicidade e técnica legislativa (Relator: Deputado Mauro Benevides)

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em discus-são. (Pausa.) NÃO HAVENDO ORADORES INSCRI-TOS, DECLARO ENCERRADA A DISCUSSÃO.

Passa-se à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em votação

o Projeto de Decreto Legislativo nº 2.402-A, de 2010. O Congresso Nacional decreta:Art. 1º É aprovado o texto do Primeiro Protocolo

Adicional ao Acordo de Alcance Parcial Agropecuário Nº 3, que protocoliza o Acordo de Constituição do Co-mitê Veterinário Permanente do Cone Sul ao Amparo do Tratado de Montevidéu de 1980, assinado entre os Governos da República Argentina, da República Federativa do Brasil, da República do Paraguai, da República Oriental do Uruguai, da República da Bolí-via e da República do Chile, em Montevidéu, em 8 de agosto de 2006.

Parágrafo único: Nos termos do inciso I, do art. 49, da Constituição Federal, estão sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resul-

tar em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Aqueles que forem pela aprovação permane-çam como se acham. (Pausa.)

APROVADO.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Há sobre a

mesa e vou submeter a votos a seguinte

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.402-B DE 2010

Aprova o texto do Primeiro Protoco-lo Adicional ao Acordo de Alcance Parcial Agropecuário nº 3, que protocoliza o Acor-do de Constituição do Comitê Veterinário Permanente do Cone Sul ao amparo do Tratado de Montevidéu de 1980, assinado entre os Governos da República Argentina, da República Federativa do Brasil, da Re-pública do Paraguai, da República Oriental do Uruguai, da República da Bolívia e da República do Chile, em Montevidéu, em 8 de agosto de 2006.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica aprovado o texto do Primeiro Proto-

colo Adicional ao Acordo de Alcance Parcial Agrope-cuário nº 3, que protocoliza o Acordo de Constituição do Comitê Veterinário Permanente do Cone Sul ao amparo do Tratado de Montevidéu de 1980, assinado entre os Governos da República Argentina, da Repú-blica Federativa do Brasil, da República do Paraguai, da República Oriental do Uruguai, da República da Bolívia e da República do Chile, em Montevidéu, em 8 de agosto de 2006.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam re-sultar em revisão do referido Protocolo, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acar-retem encargos ou compromissos gravosos ao patri-mônio nacional.

Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, em 11 de novembro de 2010.

Deputado MAURO BENEVIDESRelator O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Aque-

les que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADA.A matéria vai ao Senado Federal.

42962 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Item 8.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.403-A, DE 2010

(Da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul)

Discussão, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 2.403-A, de 2010, que aprova texto do Acordo sobre a Criação e a Implementação de um Sistema de Cre-denciamento de Cursos de Graduação para o Reconhecimento Regional da Qualidade Acadêmica dos Respectivos Diplomas no MERCOSUL e Estados Associados, adotado em San Miguel de Tucumán, em 30 de junho de 2008, por meio da Decisão CMC nº 17/08, no âmbito da XXXV reunião do Conselho do Mercado Comum; tendo pareceres das Comissões: de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, pela aprovação (Relator: Deputado Dr. Rosinha); e de Educação e Cul-tura, pela aprovação (Relator: Deputado Bri-zola Neto); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucio-nalidade, juridicidade e técnica legislativa. (Relator: Deputado Vieira da Cunha).

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em discus-são. (Pausa.) NÃO HAVENDO ORADORES INSCRI-TOS, DECLARO ENCERRADA A DISCUSSÃO.

Passa-se à votação da matéria. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em votação

o Projeto de Decreto Legislativo nº 2.403-A, de 2010.O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo sobre a

Criação e a Implementação de um Sistema de Creden-ciamento de Cursos de Graduação para o Reconhe-cimento Regional da Qualidade Acadêmica dos Res-pectivos Diplomas no Mercosul e Estados Associados, adotado em San Miguel de Tucumán, em 30 de junho de 2008, por meio da Decisão CMC n° 17/08, no âmbito da XXXV reunião do Conselho do Mercado Comum.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resul-tar em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Aqueles que forem pela aprovação permane-çam como se acham. (Pausa.)

APROVADO.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.403-B DE 2010

Aprova o texto do Acordo sobre a Cria-ção e a Implementação de um Sistema de Credenciamento de Cursos de Graduação para o Reconhecimento Regional da Qua-lidade Acadêmica dos Respectivos Diplo-mas no Mercosul e Estados Associados, adotado em San Miguel de Tucumán, em 30 de junho de 2008, por meio da Decisão CMC nº 17/08, no âmbito da XXXV Reunião do Conselho do Mercado Comum.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo sobre a

Criação e a Implementação de um Sistema de Creden-ciamento de Cursos de Graduação para o Reconhe-cimento Regional da Qualidade Acadêmica dos Res-pectivos Diplomas no Mercosul e Estados Associados, adotado em San Miguel de Tucumán, em 30 de junho de 2008, por meio da Decisão CMC nº 17/08, no âmbito da XXXV Reunião do Conselho do Mercado Comum.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resul-tar em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 11 de novembro de 2010. – Deputado Vieira da cunha, Relator.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Aque-les que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADA.A matéria vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Item 9.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.404-A, DE 2010

(Da Representação Brasileira no Parlamento do Mercosul)

Discussão, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 2.404-A, de 2010, que aprova o texto do Acordo de Serviços Aéreos celebrado entre o Governo da Re-pública Federativa do Brasil e o Governo da República Oriental do Uruguai, celebrado em Brasília, em 10 de março de 2009; ten-

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 42963

do pareceres: da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, pela apro-vação (Relator: Deputado Ibsen Pinheiro); da Comissão de Viação e Transportes, pela aprovação (Relator: Deputado Abelardo Ca-marinha); e da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucio-nalidade, juridicidade e técnica legislativa (Relator: Deputado Carlos Bezerra).

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em dis-cussão.

Tem a palavra o Deputado Antonio Carlos Pan-nunzio.

O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, apenas para corroborar o que eu havia dito anteriormente, tenho aqui cópia do acordo celebrado entre Brasil e Uruguai. Está muito claro: há o texto do acordo, que termina no art. 30, com a assinatura dos Ministros do Brasil e do Uruguai; e cita que, anexo, há o quadro de rotas. Então, o anexo é parte integrante do documento.

Como eu disse, não vou criar caso, mas quero deixar claro que a questão que eu levantei tem pro-cedência. É preciso mais cuidado do Itamaraty ou da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacio-nal antes de enviar matéria ao plenário, para que ela não venha incompleta.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Pois não, Deputado.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em discus-são. (Pausa.) NÃO HAVENDO MAIS ORADORES INS-CRITOS, DECLARO ENCERRADA A DISCUSSÃO.

Passa-se à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em votação

o Projeto de Decreto Legislativo nº 2.404-A, de 2010. O Congresso Nacional decreta:Art. 1° É aprovado o texto do Acordo de Serviços

Aéreos entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Oriental do Uruguai, celebrado em Brasília, em 10 de março de 2009.

Parágrafo único. Nos termos do inciso l do art. 49 da Constituição Federal, estão sujeitos â aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos ou instrumentos subsidiários que possam resultar em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Aque-les que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADO.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.404-B, DE 2010

Aprova o texto do Acordo de Serviços Aéreos celebrado entre o Governo da Re-pública Federativa do Brasil e o Governo da República Oriental do Uruguai, celebrado em Brasília, em 10 de março de 2009.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1° Fica aprovado o texto do Acordo de Servi-

ços Aéreos entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Oriental do Uruguai, celebrado em Brasília, em 10 de março de 2009.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resul-tar em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 2° Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 11 de novembro de 2010. – Deputado Carlos Bezerra Relator.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADA.A matéria vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Item 10.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.438-A, DE 2010

(Da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional)

Discussão, em turno único, do Pro-jeto de Decreto Legislativo nº 2.438-A, de 2010, que aprova, com ressalvas, o texto da Convenção sobre a Obtenção de Provas no Estrangeiro em Matéria Civil ou Comercial, assinada em Haia, em 18 de março de 1970; tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucio-nalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com substitutivo. (Relator: Deputado Marcos Medrado, Relator Substituto: Deputado José Genoíno).

42964 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em discus-são. (Pausa.) NÃO HAVENDO ORADORES INSCRI-TOS, DECLARO ENCERRADA A DISCUSSÃO.

Passa-se à votação da matéria. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em votação

o substitutivo adotado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania ao Projeto de Decreto Legis-lativo nº 2.438, de 2010.

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º Fica aprovado o texto da Convenção so-

bre a Obtenção de Provas no Estrangeiro em Matéria Civil ou Comercial, assinada em Haia, em 18 de mar-ço de 1970, com a formulação das reservas previstas relativas ao Artigo 15, ao Artigo 16, ao Artigo 17 e ao Artigo 18 e das declarações relativas ao Artigo 4º, pa-rágrafo 2, e ao artigo 33.

Parágrafo único.Nos termos do inciso I art. 49 da Constituição Federal, ficam sujeitos à provação do Con-gresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão da referida Convenção, bem como quaisquer ajustes complementares que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADO.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Há sobre a

mesa e vou submeter a votos a seguinte

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.438-B DE 2010

Aprova, com ressalvas, o texto da Con-venção sobre a Obtenção de Provas no Es-trangeiro em matéria Civil ou Comercial, as-sinada em Haia, em 18 de março de 1970.

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º Fica aprovado o texto da Convenção sobre a

Obtenção de Provas no Estrangeiro em Matéria Civil ou Comercial, assinada em Haia, em 18 de março de 1970, com a formulação das reservas previstas relativas ao Artigo 15, ao Artigo 16, ao Artigo 17 e ao Artigo 18 e das declara-ções relativas ao Artigo 4º, parágrafo 2, e ao Artigo 33.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão da referida Convenção, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 11 de novembro de 2010. – Deputado José Genoíno Relator.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADA.A matéria vai ao Senado Federal. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Item 11.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.487-A, DE 2010

(Da Comissão de Relações Exteriores e de { Defesa Nacional)

Discussão, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 2.487-A, de 2010, que aprova o texto do Acordo de Coopera-ção Cultural entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da Repú-blica do Uzbequistão, assinado em Brasília, em 28 de maio de 2009; tendo pareceres: da Comissão de Educação e Cultura, pela aprovação (Relator: Deputado Jorginho Maluly e Relator Substituto: Deputado Lo-bbe Neto); e de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridi-cidade e técnica legislativa (Relator: Depu-tado Márcio Marinho).

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em discus-são. (Pausa.) NÃO HAVENDO ORADORES INSCRI-TOS, DECLARO ENCERRADA A DISCUSSÃO.

Passa-se à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em votação

o Projeto de Decreto Legislativo nº 2.487-A, de 2010.O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo de Coope-

ração Cultural entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República do Uzbequistão, assinado em Brasília, em 28 de maio de 2009.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à consideração do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resul-tar em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do artigo 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Aque-les que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADO. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 42965

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.487-B DE 2010

Aprova o texto do Acordo de Coopera-ção Cultural entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da Repú-blica do Uzbequistão, assinado em Brasília, em 28 de maio de 2009.

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo de Coope-

ração Cultural entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República do Uzbequistão, assinado em Brasília, em 28 de maio de 2009.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resul-tar em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 11 de novembro de 2010. – Deputado Márcio Marinho relator.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Aque-les que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADA.A matéria vai ao Senado Federal.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Item 12.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.819-A, DE 2010

(Da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional)

Discussão, em turno único, do Projeto de Decreto Legislativo nº 2.819-A, de 2010, que aprova o texto do Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Italiana sobre Cooperação em Defesa, assinado em Roma, em 11 de novem-bro de 2008; tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa (Relator: Deputado William Woo).

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em discus-são. (Pausa.) NÃO HAVENDO ORADORES INSCRI-TOS, DECLARO ENCERRADA A DISCUSSÃO.

Passa-se à votação da matéria.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Em votação

o Projeto de Decreto Legislativo nº 2.819, de 2010.O Congresso Nacional decreta:Art. 1º É aprovado o texto do Acordo entre o Go-

verno da República Federativa do Brasil e o Governo

da República Italiana sobre Cooperação em Defesa, assinado em Roma, em 11 de novembro de 2008.

Parágrafo único. Nos termos do inciso I, do art. 49, da Constituição Federal, estão sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resul-tar em revisão da referida Decisão, bem como quaisquer ajustes complementares que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Aque-les que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADO.O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Há sobre a

mesa e vou submeter a votos a seguinte

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.819-B DE 2010

Aprova o texto do Acordo entre o Go-verno da República Federativa do Brasil e o Governo da República Italiana sobre Co-operação em Defesa, assinado em Roma, em 11 de novembro de 2008.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica aprovado o texto do Acordo entre o

Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Italiana sobre Cooperação em Defesa, assinado em Roma, em 11 de novembro de 2008.

Parágrafo único. Ficam sujeitos à aprovação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão do referido Acordo, bem como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do art. 49 da Constituição Federal, acar-retem encargos ou compromissos gravosos ao patri-mônio nacional.

Art. 2º Este Decreto Legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 11 de novembro de 2010. – Deputado William Woo Relator.

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.)

APROVADA.A matéria vai ao Senado Federal.O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT-SP. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu gosta-ria de registrar o entendimento que nós fizemos com as Lideranças da Oposição para a votação de vários projetos de decreto legislativo. Destaco a importân-cia desse acordo dirigindo-me ao Líder da Oposição, Deputado Antonio Carlos Pannunzio.

42966 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Sabem que me deu saudade do Deputado José Carlos Aleluia? Se S.Exa. estivesse aqui, faria uma intervenção para cada um dos projetos.

VI – ENCERRAMENTOO SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Nada mais

havendo a tratar, vou encerrar a sessão. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – COMPA-

RECEM MAIS Á SESSÃO OS SRS.:

Partido Bloco

RORAIMA

Edio Lopes PMDB PmdbPtcLuciano Castro PR Total de Roraima 2

AMAPÁ

Dalva Figueiredo PT Davi Alcolumbre DEM Fátima Pelaes PMDB PmdbPtcJanete Capiberibe PSB PsbPcdobPrbSebastião Bala Rocha PDT Total de Amapá 5

PARÁ

Asdrubal Bentes PMDB PmdbPtcElcione Barbalho PMDB PmdbPtcPaulo Rocha PT Total de Pará 3

AMAZONAS

Vanessa Grazziotin PCdoB PsbPcdobPrbTotal de Amazonas 1

RONDONIA

Anselmo de Jesus PT Lindomar Garçon PV Marinha Raupp PMDB PmdbPtcTotal de Rondonia 3

ACRE

Nilson Mourão PT Total de Acre 1

TOCANTINS

Eduardo Gomes PSDB Total de Tocantins 1

MARANHÃO

Professor Setimo PMDB PmdbPtcTotal de Maranhão 1

CEARÁ

Eugênio Rabelo PP Total de Ceará 1

PIAUÍ

Marcelo Castro PMDB PmdbPtcTotal de Piauí 1

RIO GRANDE DO NORTE

Fábio Faria PMN João Maia PR Total de Rio Grande do Norte 2

PARAÍBA

Damião Feliciano PDT Rômulo Gouveia PSDB Wilson Santiago PMDB PmdbPtcTotal de Paraíba 3

PERNAMBUCO

Eduardo da Fonte PP Pedro Eugênio PT Total de Pernambuco 2

ALAGOAS

Benedito de Lira PP Total de Alagoas 1

BAHIA

Alice Portugal PCdoB PsbPcdobPrbJosé Carlos Aleluia DEM Total de Bahia 2

MINAS GERAIS

Aracely de Paula PR Bonifácio de Andrada PSDB Carlos Willian PTC PmdbPtcHumberto Souto PPS Jaime Martins PR Marcos Lima PMDB PmdbPtcPaulo Abi-Ackel PSDB Paulo Delgado PT Virgílio Guimarães PT Total de Minas Gerais 9

ESPÍRITO SANTO

Manato PDT Total de Espírito Santo 1

RIO DE JANEIRO

Alexandre Santos PMDB PmdbPtcFilipe Pereira PSC Marcelo Itagiba PSDB Miro Teixeira PDT Suely PR Vinicius Carvalho PTdoB Total de Rio de Janeiro 6

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 42967

SÃO PAULO

Arlindo Chinaglia PT Carlos Zarattini PT Celso Russomanno PP Francisco Rossi PMDB PmdbPtcJosé Paulo Tóffano PV Milton Monti PR Total de São Paulo 6

MATO GROSSO

Carlos Abicalil PT Thelma de Oliveira PSDB Total de Mato Grosso 2

DISTRITO FEDERAL

Augusto Carvalho PPS Tadeu Filippelli PMDB PmdbPtcTotal de Distrito Federal 2

GOIÁS

João Campos PSDB Total de Goiás 1

PARANÁ

Reinhold Stephanes PMDB PmdbPtcTotal de Paraná 1

SANTA CATARINA

Edinho Bez PMDB PmdbPtcGervásio Silva PSDB Vignatti PT Total de Santa Catarina 3

RIO GRANDE DO SUL

Paulo Roberto Pereira PTB Pompeo de Mattos PDT Professor Ruy Pauletti PSDB Total de Rio Grande do Sul 3

DEIXAM DE COMPARECER À SESSÃO OS SRS.:

Partido Bloco

RORAIMA

Angela Portela PT Francisco Rodrigues DEM Sá PR Urzeni Rocha PSDB Total de Roraima 4

PARÁ

Jader Barbalho PMDB PmdbPtcVic Pires Franco DEM Wandenkolk Gonçalves PSDB

Wladimir Costa PMDB PmdbPtcZequinha Marinho PSC Total de Pará 5

AMAZONAS

Rebecca Garcia PP Sabino Castelo Branco PTB Silas Câmara PSC Total de Amazonas 3

RONDONIA

Ernandes Amorim PTB Moreira Mendes PPS Total de Rondonia 2

ACRE

Fernando Melo PT Total de acre 1

TOCANTINS

Lázaro Botelho PP Total de Tocantins 1

MARANHÃO

Cleber Verde PRB PsbPcdobPrbFlávio Dino PCdoB PsbPcdobPrbNice Lobão DEM Pedro Fernandes PTB Ribamar Alves PSB PsbPcdobPrbRoberto Rocha PSDB Waldir Maranhão PP Zé Vieira PR Total de Maranhão 8

CEARÁ

Aníbal Gomes PMDB PmdbPtcCiro Gomes PSB PsbPcdobPrbEunício Oliveira PMDB PmdbPtcLeo Alcântara PR Manoel Salviano PSDB Paulo Henrique Lustosa PMDB PmdbPtcZé Gerardo PMDB PmdbPtcTotal de Ceará 7

PIAUÍ

Átila Lira PSB PsbPcdobPrbOsmar Júnior PCdoB PsbPcdobPrbPaes Landim PTB Total de Piauí 3

RIO GRANDE DO NORTE

Betinho Rosado DEM Felipe Maia DEM

42968 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

Henrique Eduardo Alves PMDB PmdbPtcTotal de Rio Grande do Norte 3

PARAÍBA

Manoel Junior PMDB PmdbPtcMarcondes Gadelha PSC Vital do Rêgo Filho PMDB PmdbPtcWellington Roberto PR Wilson Braga PMDB PmdbPtcTotal de Paraíba 5

PERNAMBUCO

Ana Arraes PSB PsbPcdobPrbArmando Monteiro PTB Bruno Araújo PSDB Carlos Eduardo Cadoca PSC Fernando Coelho Filho PSB PsbPcdobPrbFernando Nascimento PT Marcos Antonio PRB PsbPcdobPrbMaurício Rands PT Raul Jungmann PPS Total de Pernambuco 9

ALAGOAS

Augusto Farias PTB Olavo Calheiros PMDB PmdbPtcTotal de Alagoas 2

SERGIPE

Albano Franco PSDB Iran Barbosa PT Jackson Barreto PMDB PmdbPtcTotal de Sergipe 3

BAHIA

Edson Duarte PV Félix Mendonça DEM Fernando de Fabinho DEM Geddel Vieira Lima PMDB PmdbPtcJoão Almeida PSDB João Carlos Bacelar PR Jorge Khoury DEM Mário Negromonte PP Nelson Pellegrino PT Sérgio Brito PSC Tonha Magalhães PR Zezéu Ribeiro PT Total de Bahia 12

MINAS GERAIS

Ademir Camilo PDT Alexandre Silveira PPS

Antônio Andrade PMDB PmdbPtcAntônio Roberto PV Bilac Pinto PR Carlos Melles DEM Edmar Moreira PR Eduardo Barbosa PSDB Geraldo Thadeu PPS Jairo Ataide DEM João Bittar DEM José Fernando Aparecido de Oliveira PV José Santana de Vasconcellos PR Luiz Fernando Faria PP Marcos Montes DEM Maria Lúcia Cardoso PMDB PmdbPtcMário Heringer PDT Miguel Corrêa PT Narcio Rodrigues PSDB Odair Cunha PT Rafael Guerra PSDB Reginaldo Lopes PT Rodrigo de Castro PSDB Saraiva Felipe PMDB PmdbPtcTotal de Minas Gerais 24

ESPÍRITO SANTO

Iriny Lopes PT Jurandy Loureiro PSC Lelo Coimbra PMDB PmdbPtcLuiz Paulo Vellozo Lucas PSDB Total de Espírito Santo 4

RIO DE JANEIRO

Bernardo Ariston PMDB PmdbPtcCarlos Santana PT Dr. Paulo César PR Edmilson Valentim PCdoB PsbPcdobPrbEdson Santos PT Hugo Leal PSC Indio da Costa DEM Leandro Sampaio PPS Otavio Leite PSDB Pastor Manoel Ferreira PR Rodrigo Bethlem PMDB PmdbPtcRodrigo Maia DEM Rogerio Lisboa DEM Solange Amaral DEM Total de Rio de Janeiro 14

SÃO PAULO

Abelardo Camarinha PSB PsbPcdobPrbAldo Rebelo PCdoB PsbPcdobPrbAntonio Palocci PT Beto Mansur PP

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 42969

Bispo Gê Tenuta DEM Carlos Sampaio PSDB Dr. Nechar PP Dr. Ubiali PSB PsbPcdobPrbEdson Aparecido PSDB Emanuel Fernandes PSDB Fernando Chucre PSDB Guilherme Campos DEM Ivan Valente PSOL João Dado PDT Jorge Tadeu Mudalen DEM Jorginho Maluly DEM José Aníbal PSDB José Eduardo Cardozo PT Julio Semeghini PSDB Márcio França PSB PsbPcdobPrbMichel Temer PMDB PmdbPtcNelson Marquezelli PTB Paulo Maluf PP Paulo Pereira da Silva PDT Paulo Teixeira PT Renato Amary PSDB Silvio Torres PSDB Vadão Gomes PP Total de São Paulo 28

MATO GROSSO

Pedro Henry PP Wellington Fagundes PR Total de Mato Grosso 2

DISTRITO FEDERAL

Laerte Bessa PSC Magela PT Rodovalho PP Total de Distrito Federal 3

GOIÁS

Íris de Araújo PMDB PmdbPtcJovair Arantes PTB Pedro Chaves PMDB PmdbPtcRoberto Balestra PP Ronaldo Caiado DEM Sandro Mabel PR Tatico PTB Total de Goiás 7

MATO GROSSO DO SUL

Antônio Carlos Biffi PT Antonio Cruz PP Dagoberto PDT Waldemir Moka PMDB PmdbPtcTotal de Mato Grosso do Sul 4

PARANÁ

Abelardo Lupion DEM

Affonso Camargo PSDB Angelo Vanhoni PT Cezar Silvestri PPS Eduardo Sciarra DEM Giacobo PR Marcelo Almeida PMDB PmdbPtcNelson Meurer PP Odílio Balbinotti PMDB PmdbPtcRatinho Junior PSC Ricardo Barros PP Rodrigo Rocha Loures PMDB PmdbPtcTotal de Paraná 12

SANTA CATARINA

Celso Maldaner PMDB PmdbPtcDécio Lima PT Fernando Coruja PPS João Matos PMDB PmdbPtcJoão Pizzolatti PP Jorge Boeira PT Nelson Goetten PR Paulo Bornhausen DEM Total de Santa Catarina 8

RIO GRANDE DO SUL

Afonso Hamm PP Beto Albuquerque PSB PsbPcdobPrbDarcísio Perondi PMDB PmdbPtcEliseu Padilha PMDB PmdbPtcEmilia Fernandes PT Enio Bacci PDT Fernando Marroni PT Henrique Fontana PT Ibsen Pinheiro PMDB PmdbPtcLuciana Genro PSOL Luis Carlos Heinze PP Luiz Carlos Busato PTB Manuela DÁvila PCdoB PsbPcdobPrbMaria do Rosário PT Mendes Ribeiro Filho PMDB PmdbPtcPaulo Pimenta PT Sérgio Moraes PTB Vieira da Cunha PDT Vilson Covatti PP Total de Rio Grande do Sul 19

O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Encerro a sessão, antes convocando para hoje, quinta-feira, dia 11, às 14h, a seguinte

ORDEM DO DIA (Debates e trabalho de Comissões.)

(Encerra-se a sessão às 11 horas e 29 minutos.)

42970 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

Ata da 192ª Sessão, em 11 de novembro de 2010Presidência dos Srs. Inocêncio Oliveira, 2º Secretário; Fátima Bezerra, Luiz Couto,

Paes de Lira, Flávio Dino, § 2º do artigo 18 do Regimento Interno

ÀS 14 HORAS COMPARECEM À CASA OS SRS.:

Marco MaiaAntônio Carlos Magalhães NetoInocêncio OliveiraNelson MarquezelliMarcelo OrtizGiovanni Queiroz

Partido Bloco

RORAIMA

Edio Lopes PMDB PmdbPtcLuciano Castro PR Marcio Junqueira DEM Maria Helena PSB PsbPcdobPrbTotal de Roraima 4

AMAPÁ

Dalva Figueiredo PT Davi Alcolumbre DEM Evandro Milhomen PCdoB PsbPcdobPrbFátima Pelaes PMDB PmdbPtcJanete Capiberibe PSB PsbPcdobPrbJurandil Juarez PMDB PmdbPtcLucenira Pimentel PR Sebastião Bala Rocha PDT Total de Amapá 8

PARÁ

Asdrubal Bentes PMDB PmdbPtcBel Mesquita PMDB PmdbPtcBeto Faro PT Elcione Barbalho PMDB PmdbPtcGerson Peres PP Lira Maia DEM Lúcio Vale PR Nilson Pinto PSDB Paulo Rocha PT Zé Geraldo PT Zenaldo Coutinho PSDB Zequinha Marinho PSC Total de Pará 12

AMAZONAS

Átila Lins PMDB PmdbPtc

Francisco Praciano PT Lupércio Ramos PMDB PmdbPtcMarcelo Serafim PSB PsbPcdobPrbVanessa Grazziotin PCdoB PsbPcdobPrbTotal de Amazonas 5

RONDONIA

Agnaldo Muniz PSC Anselmo de Jesus PT Eduardo Valverde PT Lindomar Garçon PV Marinha Raupp PMDB PmdbPtcMauro Nazif PSB PsbPcdobPrbTotal de Rondonia 6

ACRE

Flaviano Melo PMDB PmdbPtcGladson Cameli PP Henrique Afonso PV Ilderlei Cordeiro PPS Nilson Mourão PT Perpétua Almeida PCdoB PsbPcdobPrbSergio Petecão PMN Total de Acre 7

TOCANTINS

Eduardo Gomes PSDB João Oliveira DEM Laurez Moreira PSB PsbPcdobPrbMoises Avelino PMDB PmdbPtcNIlmar Ruiz PR Osvaldo Reis PMDB PmdbPtcVicentinho Alves PR Total de Tocantins 7

MARANHÃO

Carlos Brandão PSDB Clóvis Fecury DEM Davi Alves Silva Júnior PR Domingos Dutra PT Gastão Vieira PMDB PmdbPtcJulião Amin PDT Pedro Novais PMDB PmdbPtcPinto Itamaraty PSDB Professor Setimo PMDB PmdbPtcSarney Filho PV Total de Maranhão 10

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 42971

CEARÁ

Aníbal Gomes PMDB PmdbPtcAriosto Holanda PSB PsbPcdobPrbArnon Bezerra PTB Chico Lopes PCdoB PsbPcdobPrbEudes Xavier PT Eugênio Rabelo PP Flávio Bezerra PRB PsbPcdobPrbGorete Pereira PR José Airton Cirilo PT José Guimarães PT José Linhares PP José Pimentel PT Marcelo Teixeira PR Mauro Benevides PMDB PmdbPtcRaimundo Gomes de Matos PSDB Vicente Arruda PR Total de Ceará 16

PIAUÍ

Antonio José Medeiros PT Ciro Nogueira PP José Maia Filho DEM Júlio Cesar DEM Marcelo Castro PMDB PmdbPtcNazareno Fonteles PT Themístocles Sampaio PMDB PmdbPtcTotal de Piauí 7

RIO GRANDE DO NORTE

Fábio Faria PMN Fátima Bezerra PT João Maia PR Rogério Marinho PSDB Sandra Rosado PSB PsbPcdobPrbTotal de Rio Grande do Norte 5

PARAÍBA

Armando Abílio PTB Damião Feliciano PDT Efraim Filho DEM Luiz Couto PT Major Fábio DEM Rômulo Gouveia PSDB Wellington Roberto PR Wilson Santiago PMDB PmdbPtcTotal de Paraíba 8

PERNAMBUCO

André de Paula DEM Bruno Rodrigues PSDB Charles Lucena PTB Edgar Moury PMDB PmdbPtcEduardo da Fonte PP

Fernando Ferro PT Gonzaga Patriota PSB PsbPcdobPrb José Chaves PTB José Mendonça Bezerra DEM Paulo Rubem Santiago PDT Pedro Eugênio PT Raul Henry PMDB PmdbPtcRoberto Magalhães DEM Silvio Costa PTB Wolney Queiroz PDT Total de Pernambuco 15

ALAGOAS

Antonio Carlos Chamariz PTB Benedito de Lira PP Carlos Alberto Canuto PSC Francisco Tenorio PMN Givaldo Carimbão PSB PsbPcdobPrbJoaquim Beltrão PMDB PmdbPtcMaurício Quintella Lessa PR Total de Alagoas 7

SERGIPE

Eduardo Amorim PSC José Carlos Machado DEM Mendonça Prado DEM Pedro Valadares DEM Valadares Filho PSB PsbPcdobPrbTotal de Sergipe 5

BAHIA

Alice Portugal PCdoB PsbPcdobPrb Claudio Cajado DEM Colbert Martins PMDB PmdbPtcDaniel Almeida PCdoB PsbPcdobPrbFábio Souto DEM Félix Mendonça DEM Geraldo Simões PT João Carlos Bacelar PR João Leão PP José Carlos Aleluia DEM José Carlos Araújo PDT José Rocha PR Jutahy Junior PSDB Lídice da Mata PSB PsbPcdobPrbLuiz Alberto PT Luiz Bassuma PV Luiz Carreira DEM Marcelo Guimarães Filho PMDB PmdbPtcMárcio Marinho PRB PsbPcdobPrbMarcos Medrado PDT Maurício Trindade PR Nelson Pellegrino PT Paulo Magalhães DEM

42972 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

Roberto Britto PP Sérgio Barradas Carneiro PT Severiano Alves PMDB PmdbPtcUldurico Pinto PHS Veloso PMDB PmdbPtcWalter Pinheiro PT Total de Bahia 29

MINAS GERAIS

Aelton Freitas PR Aracely de Paula PR Bonifácio de Andrada PSDB Carlos Melles DEM Carlos Willian PTC PmdbPtcCiro Pedrosa PV Elismar Prado PT Fábio Ramalho PV George Hilton PRB PsbPcdobPrbGilmar Machado PT Humberto Souto PPS Jaime Martins PR Jô Moraes PCdoB PsbPcdobPrbJoão Magalhães PMDB PmdbPtcJúlio Delgado PSB PsbPcdobPrbLael Varella DEM Leonardo Monteiro PT Leonardo Quintão PMDB PmdbPtcLincoln Portela PR Márcio Reinaldo Moreira PP Marcos Lima PMDB PmdbPtcMário de Oliveira PSC Mauro Lopes PMDB PmdbPtcMiguel Martini PHS Paulo Abi-Ackel PSDB Paulo Delgado PT Paulo Piau PMDB PmdbPtcReginaldo Lopes PT Silas Brasileiro PMDB PmdbPtcVirgílio Guimarães PT Vitor Penido DEM Total de Minas Gerais 31

ESPÍRITO SANTO

Camilo Cola PMDB PmdbPtcCapitão Assumção PSB PsbPcdobPrbManato PDT Rita Camata PSDB Rose de Freitas PMDB PmdbPtcSueli Vidigal PDT Total de Espírito Santo 6

RIO DE JANEIRO

Alexandre Santos PMDB PmdbPtcAndreia Zito PSDB

Antonio Carlos Biscaia PT Arnaldo Vianna PDT Arolde de Oliveira DEM Brizola Neto PDT Carlos Santana PT Chico Alencar PSOL Chico DAngelo PT Cida Diogo PT Deley PSC Dr. Adilson Soares PR Edson Ezequiel PMDB PmdbPtcEduardo Cunha PMDB PmdbPtcEduardo Lopes PRB PsbPcdobPrbFelipe Bornier PHS Fernando Gabeira PV Fernando Lopes PMDB PmdbPtcFilipe Pereira PSC Geraldo Pudim PR Jair Bolsonaro PP Léo Vivas PRB PsbPcdobPrbLuiz Sérgio PT Marcelo Itagiba PSDB Marina Maggessi PPS Miro Teixeira PDT Neilton Mulim PR Nelson Bornier PMDB PmdbPtcRogerio Lisboa DEM Silvio Lopes PSDB Simão Sessim PP Solange Almeida PMDB PmdbPtcSuely PR Vinicius Carvalho PTdoB Total de Rio de Janeiro 34

SÃO PAULO

Aline Corrêa PP Antonio Bulhões PRB PsbPcdobPrbAntonio Carlos Mendes Thame PSDB Antonio Carlos Pannunzio PSDB Arlindo Chinaglia PT Arnaldo Faria de Sá PTB Arnaldo Jardim PPS Arnaldo Madeira PSDB Cândido Vaccarezza PT Carlos Zarattini PT Celso Russomanno PP Devanir Ribeiro PT Dimas Ramalho PPS Dr. Talmir PV Duarte Nogueira PSDB Fernando Chiarelli PDT Francisco Rossi PMDB PmdbPtcGuilherme Campos DEM

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 42973

Janete Rocha Pietá PT Jefferson Campos PSB PsbPcdobPrbJilmar Tatto PT João Paulo Cunha PT José C Stangarlini PSDB José Genoíno PT José Mentor PT José Paulo Tóffano PV Lobbe Neto PSDB Luciana Costa PR Luiza Erundina PSB PsbPcdobPrb Milton Monti PR Milton Vieira DEM Paes de Lira PTC PmdbPtcRegis de Oliveira PSC Ricardo Berzoini PT Ricardo Tripoli PSDB Roberto Alves PTB Roberto Santiago PV Valdemar Costa Neto PR Vanderlei Macris PSDB Vicentinho PT Walter Ihoshi DEM William Woo PPS Total de São Paulo 42

MATO GROSSO

Carlos Abicalil PT Carlos Bezerra PMDB PmdbPtcEliene Lima PP Homero Pereira PR Thelma de Oliveira PSDB Valtenir Pereira PSB PsbPcdobPrbTotal de Mato Grosso 6

DISTRITO FEDERAL

Alberto Fraga DEM Augusto Carvalho PPS Jofran Frejat PR Rodrigo Rollemberg PSB PsbPcdobPrbTadeu Filippelli PMDB PmdbPtcTotal de Distrito Federal 5

GOIÁS

Carlos Alberto Leréia PSDB João Campos PSDB Leandro Vilela PMDB PmdbPtcLeonardo Vilela PSDB Luiz Bittencourt PMDB PmdbPtcMarcelo Melo PMDB PmdbPtcPedro Wilson PT Professora Raquel Teixeira PSDB Ronaldo Caiado DEM

Rubens Otoni PT Sandes Júnior PP Total de Goiás 11

MATO GROSSO DO SUL

Geraldo Resende PMDB PmdbPtcMarçal Filho PMDB PmdbPtcNelson Trad PMDB PmdbPtcVander Loubet PT Total de Mato Grosso do Sul 4

PARANÁ

Alceni Guerra DEM Alex Canziani PTB Alfredo Kaefer PSDB Andre Vargas PT Assis do Couto PT Cassio Taniguchi DEM Chico da Princesa PR Dilceu Sperafico PP Dr. Rosinha PT Gustavo Fruet PSDB Hermes Parcianello PMDB PmdbPtcLuiz Carlos Hauly PSDB Luiz Carlos Setim DEM Moacir Micheletto PMDB PmdbPtcOsmar Serraglio PMDB PmdbPtcReinhold Stephanes PMDB PmdbPtcTakayama PSC Wilson Picler PDT Total de Paraná 18

SANTA CATARINA

Angela Amin PP Edinho Bez PMDB PmdbPtcGervásio Silva PSDB Mauro Mariani PMDB PmdbPtcPaulo Bauer PSDB Valdir Colatto PMDB PmdbPtcVignatti PT Zonta PP Total de Santa Catarina 8

RIO GRANDE DO SUL

Cláudio Diaz PSDB Darcísio Perondi PMDB PmdbPtcGermano Bonow DEM José Otávio Germano PP Maria do Rosário PT Nelson Proença PPS Onyx Lorenzoni DEM Osmar Terra PMDB PmdbPtcPaulo Roberto Pereira PTB

42974 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

Pepe Vargas PT Pompeo de Mattos PDT Professor Ruy Pauletti PSDB Renato Molling PP Vilson Covatti PP Total de Rio Grande do Sul 14

I – ABERTURA DA SESSÃOO SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Ha-

vendo número regimental, declaro aberta a sessão.Há 318 Srs. e Sras. Parlamentares registrados no

painel eletrônico e 336 presentes na Casa.Sob a proteção de Deus e em nome do povo

brasileiro iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da

sessão anterior.

II – LEITURA DA ATAO SR. LUIZ COUTO, servindo como 2° Secretá-

rio, procede à leitura da ata da sessão antecedente, a qual é, sem observações, aprovada.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Passa-se à leitura do expediente.

III – EXPEDIENTE (Não há expediente a ser lido.)

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Pas-sa-se ao

IV – PEQUENO EXPEDIENTEConforme o Regimento Interno, a primeira meia

hora é destinada aos pronunciamentos dados como lidos ou pronunciamentos de 1 minuto.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra ao nobre Deputado Fernando Ferro, para uma Comunicação de Liderança, pelo PT. S.Exa. dispõe de 9 minutos na tribuna.

O SR. FERNANDO FERRO (PT-PE. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, o meu pronunciamento de hoje é para fazer uma saudação e uma homenagem à militância política do Partido dos Trabalhadores e aliados que, no segundo turno dessas eleições, se manifestaram nos 4 cantos deste País, de maneira ativa, tomando as ruas, os campos e efetivamente empunhando as nos-sas bandeiras, mostrando a nossa face e promovendo uma grande mobilização que, sem sombra de dúvida, influiu decisivamente no resultado da eleição.

No primeiro turno, vimos uma campanha baseada no marketing, na frieza dos estúdios. Evidentemente, tiramos lições daquele processo quando as pessoas, vendo o risco que corriam com a iminência do retorno de um projeto que o Brasil superou com o Governo do

Presidente Lula, foram tomadas por um sentimento de participação e de envolvimento com a campanha, que teve o dom e a característica de enfrentar, no cotidia-no da disputa, os preconceitos, a série de boatos que foram transformados em fatos políticos e que tentaram atingir a nossa candidata e, por consequência, nos derrotar política e ideologicamente.

É importante registrar esse resgate da mobili-zação popular, porque estamos vendo, inclusive no nosso campo político, o crescimento das campanhas profissionalizadas, da militância paga, que efetivamente não constitui a cidadania da formação política em que nós acreditamos.

É evidente que os tempos mudam, que o uso do marketing político é necessário, que é preciso utilizar as técnicas modernas de comunicação, mas nós não podemos esquecer que a política é o espaço da cida-dania e da participação.

O ideário neoliberal, quando no auge das suas ações, falava no fim da história, no fim da política, no fim da ideologia. Essa cantilena foi pregada a quatro ventos em décadas passadas. E nós sabemos qual era o conteúdo disso. Era exatamente a necessidade de afastar as pessoas da política ou engessá-las, para poder exercer o controle e o poder em seu nome. A política é essencialmente o espaço da participação.

Então, nós temos que comemorar, nesse segundo turno, com as nossas bandeiras vermelhas nas ruas, com a nossa militância brigando democraticamente para conquistar o voto, mobilizada para convencer e atrair as pessoas, para divulgar o nosso projeto, a nos-sa história e defender o nosso legado político nessa quadra das ações do Presidente Lula e do Governo que nós implementamos nesses oito anos.

Portanto, eu tenho aqui que homenagear e saudar os milhares de homens e mulheres, os nossos jovens, a juventude do Partido dos Trabalhadores, que foram às ruas, como se deve fazer política, e que, empunhan-do as nossas bandeiras, levaram com toda a vontade a ação política, a coragem que nos fez surgir, nascer na política deste País e promover um debate e uma mobilização que encantou, que encheram as ruas de esperança e recuperaram esse sentimento que nós vimos pulsando nos dias finais da campanha.

Isso é uma lição para nossos quadros diligentes e uma lição para todos nós, para que não percamos a sensibilidade da importância dessa militância políti-ca e dessa história de participação e de cidadania do nosso partido, da nossa memória e da nossa história. Não adianta engessar a política, não adianta pensar que a política pode ser feita nesses padrões que nos querem impor. Foi necessário e termina-se reconhe-cendo a importância do segundo turno.

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 42975

Nossa militância estava como um exército de re-serva recolhido nos quartéis dos partidos, de suas ca-sas, enquanto assistíamos aos debates pela televisão, pela ação do marketing, da divulgação, que cumpriu o seu papel. Mas foi exatamente a presença das pessoas, a humanização da política, a humanização da campa-nha que permitiram que crescêssemos, que vencêsse-mos a onda de boatos, de mentiras, de falsidades que quiseram nos impor e quiseram nos derrotar.

É visível essa característica, porque eu presenciei nas feiras do Recife a militância paga do PSDB não resistir ao confronto cidadão e democrático de nossos militantes, que não tinham hora, nem sol, nem comi-da, nem espera por tempo para fazer o seu trabalho. E terminávamos vencendo na mobilização e nos im-pondo nos espaços das ruas, mostrando efetivamen-te que esse é um caminho que construímos e dele não podemos nos afastar. É uma lição, inclusive, para nós dirigentes políticos não desconsiderarmos o fator decisivo da mobilização das pessoas num processo eleitoral como esse.

Foi muito importante. E aqui recuperamos essa alegria da campanha, esse prazer de fazer a política, do encontro das pessoas, da confraternização, da alegria de participar e de construir a caminhada da vitória, de saborear a vitória e, acima de tudo, fazer parte como atores decisivos nesse momento da disputa política.

É uma lição, para que não percamos essa história, que é uma conquista da humanidade, uma conquista da esquerda em todo o mundo, que sempre fez de suas bandeiras, de suas mobilizações, da sua alegria, da sua vontade de participar o caminho e o espaço das conquistas políticas.

Não há política sem participação, sem mobiliza-ção, sem a entrada direta das pessoas se assenho-rando do programa político, do projeto político e das campanhas e lhe conduzindo para os objetivos que efetivamente ela busca, que é atender um projeto de nação, de construção, de identidade nacional, de de-senvolvimento, onde as pessoas sejam o centro desse projeto. Isso começa no momento decisivo das dispu-tas nas campanhas eleitorais.

Faz-se necessário continuar na mobilização para que o Governo, cada vez mais, se faça representar e compreender como parte de uma mobilização de ho-mens e mulheres de uma sociedade que busca me-lhores dias, que busca a construção de um caminho para a nossa democracia.

Portanto, quero saudar com imensa alegria o re-torno da nossa militância, aquele exército reservista que, nos quartéis do nosso partido ou das instituições, de repente foi despertado para a batalha decisiva do segundo turno e conseguiu impor um ritmo e uma vi-

tória com a democracia, com a alegria de construir com o nosso caminhar, com a nossa história e com as nossas bandeiras as mudanças que se fazem ne-cessárias no nosso País.

É com imensa alegria e com imensa satisfação que quero mandar um grande abraço à militância do Partido dos Trabalhadores – e dos partidos aliados –, que, com as suas roupas e bandeiras vermelhas, toma-ram conta das ruas e invadiram o imaginário, corações e mentes, dizendo, mais do que nunca: “Nós somos o caminho da mudança, da alegria, da transparência e de uma sociedade que acredita que é possível me-lhorar a vida das pessoas democraticamente com a construção desse espaço de participação.”

E o momento da disputa política eleitoral é exa-tamente aquele em que se revelam os caminhos, as vontades, os sonhos, as utopias, que mais do nunca fazem parte da história – que não acabou, como disse-ram os nossos adversários do neoliberalismo, continua firme como sempre, necessitando cada vez mais de mãos que empunhem essas bandeiras e sigam esse ritmo e esse rumo de alegria de viver, de fazer política e de transformar a nossa realidade.

Parabéns a todos os jovens, à militância do Par-tido dos Trabalhadores, a todos aqueles que deram alegria e humanizaram a nossa campanha no segun-do turno.

Muito obrigado, Sr. Presidente!O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Pas-

samos ao período de comunicações de 1 minuto.Concedo a palavra, pela ordem, ao primeiro inscri-

to, o Deputado Paes de Lira, do PTC de São Paulo.O SR. PAES DE LIRA (Bloco/PTC-SP. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, tive o prazer de assinar há pouco uma lista de apoio a uma proposta de emenda à Constituição.

O seu autor é o Deputado Marco Maia, Vice-Presidente da Câmara dos Deputados e, logo mais, Presidente desta Casa de leis.

Sabem qual é o propósito da emenda? Instituir o piso salarial nacional de todos os servidores públicos. Para mim, é muito justo. E, no meu modo de entender e na análise que faço da capacidade econômica do Brasil, isso é perfeitamente viável.

Espero que o Vice-Presidente Marco Maia, que logo mais presidirá efetivamente esta Casa, e o Pre-sidente Michel Temer, Vice-Presidente eleito, mante-nham, portanto, a promessa de colocar em votação em segundo turno a PEC nº 300, que institui o piso salarial nacional de uma parte laboriosa dessa grande categoria que, com grave risco de vida, nos defende a todos, em todas as partes do País.

42976 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

É justa a proposta do Deputado Marco Maia. É justa a PEC nº 300. Vamos votá-la, portanto!

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra, pela ordem, à ilustre Deputada Vanes-sa Grazziotin.

A SRA. VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PCdoB-AM. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presi-dente, Sras. e Srs. Deputados, quero registrar que hoje pela manhã foi realizado no Auditório Petrônio Portela, no Senado Federal, belíssima e emocionante sessão solene em homenagem aos 50 anos de criação do Conselho Federal de Farmácia.

Tenho muito orgulho de dizer isso porque sou farmacêutica e sei da importância desses profissionais na elaboração de uma política de saúde justa para o povo brasileiro e, principalmente, para o estabeleci-mento de uma política de assistência farmacêutica e de medicamentos que contemple todos os segmentos da nossa sociedade, sobretudo as pessoas excluídas e sem acesso a medicamentos.

Cumprimento todas as farmacêuticas e farma-cêuticos do Brasil, assim como o Presidente do nosso Conselho Federal, Dr. Jaldo de Souza Santos. Amanhã estarei em Florianópolis, participando de outro con-gresso de farmacêuticos.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado Luiz Couto.

O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, ontem a Polícia Federal realizou na Bahia a Operação Carcará, juntamente com a Controladoria-Geral da União e o Ministério Público Federal. Foram presas pelo menos 30 pessoas em todo o Estado. A ação é contra desvio de verbas federais e fraude em licitações, que resultaram em um prejuízo de 60 mi-lhões ao Erário.

Esse é um aspecto importante da luta que a Po-lícia Federal está fazendo, juntamente com o Ministé-rio Público Federal e a Controladoria-Geral da União, para combater essa chaga que é a corrupção, em que o dinheiro público é desviado também por meio de li-citações viciadas, fraudulentas.

Quero parabenizar a Polícia Federal, o Ministé-rio Público Federal e a Controladoria-Geral da União por mais essa ação de combate à corrupção em nos-so País.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra, pela ordem, à ilustre Deputada Fátima Bezerra.

A SRA. FÁTIMA BEZERRA (PT-RN. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero reafirmar aqui o meu apoio à

Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Entendo que o caminho não é engavetar a matéria, mas buscar alternativas. Para tanto se faz necessário, é claro, o debate com os Governadores – até porque o piso será pago pelos Governos Estaduais –, assim como a participação do Governo Federal.

Entendo que segurança pública é uma área es-tratégica. Portanto, devemos valorizar os trabalhadores da segurança pública. Quero reiterar o meu apoio à PEC 300, bem como à regulamentação do piso sala-rial dos agentes comunitários de saúde. Na próxima semana a Comissão Especial se reunirá novamente, e nós vamos avançar nessa direção. Trata-se de uma luta muito justa.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado Chico Alencar.

O SR. CHICO ALENCAR (PSOL-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, ainda na linha da reflexão sobre os 121 anos da nossa República, que serão celebrados segunda-feira que vem, 15 de novembro, quero mostrar as insuficiências.

Pela manhã, falei do ponto de vista do nosso sis-tema eleitoral, que privilegia os endinheirados e acaba criando muitas vezes mandatos comprometidos com interesses privados, e agora destaco, por exemplo, dois segmentos da nossa sociedade.

Primeiro, os moradores pobres das nossas gran-des cidades, como os de Vila Taboinha, lá em Vargem Grande, no meu Rio de Janeiro, que ontem foram ob-jeto de ação de despejo muito violenta, mas resistiram, e felizmente a autoridade municipal se dispôs a rever, a negociar, e induziu a Justiça a reavaliar a situação. Não dá para tirar alguém da sua moradia sem oferecer alternativa séria e razões fortes para isso.

Segundo, os estudantes da Universidade Federal de Uberlândia, que apelam desde março por diálogo com a reitoria.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na última terça-feira, 9 de novembro, a comunidade de Vila Taboi-nha sofreu uma tentativa de remoção. Dez oficiais de Justiça chegaram à comunidade por volta das 10h, es-coltados por cerca de 30 policiais militares do Batalhão de Choque e do 31º BPM, uma equipe de assistentes sociais, unidades de resgate do Corpo de Bombeiros e diversos caminhões de mudança particulares.

Mobilizada, a comunidade resistiu durante, pelo menos, 8 horas. Cerca de 400 moradores se uniram, sendo, em determinado momento, agredidos por bom-bas de gás de pimenta, sem qualquer reação violenta da comunidade.

A ordem de despejo partiu da Juíza Érica Ba-tista de Castro. O terreno se situa no Lote 1, do PAL

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 42977

31680, na Estrada dos Bandeirantes, 29.503, Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro. Questões técnicas descabidas e carentes de fundamento foram utiliza-das com o intuito de manter a ordem de despejo. Em nenhum momento os moradores foram notificados da possibilidade de despejo. Ressalte-se a postura exem-plar do Tenente-Coronel Antonio Couto, do 31º BPM, que buscou o diálogo a todo instante.

A remoção só foi suspensa quando o Secretário Municipal de Habitação, Pierre Batista, chegou à comu-nidade propondo um acordo. A decisão seria adiada por um período de 15 a 30 dias. A Secretaria se comprome-teu a cadastrar as famílias e encaminhar os atingidos ao Aluguel Social ou a projetos habitacionais.

A maior parte do terreno, de aproximadamente 40 mil metros quadrados, pertence à empresa Debret S/A Construções. Consta nos autos do processo que a área está sem pagamento de IPTU desde 1978. Com a aprovação da polêmica Lei Complementar 104/2009 (PEU Vargens), a área sofreu uma valorização de mais de 1.000%. Favorável ao mercado imobiliário, a lei fle-xibilizou as regras de construção na região. Foi apro-vada em velocidade recorde na Câmara Municipal. Há denúncias de que Vereadores teriam sido convencidos por métodos heterodoxos para aprová-la, o que mere-ce urgente apuração.

As remoções, em outros tempos raras, estão voltando a ser frequentes no Rio de Janeiro recente. Com o propósito de construir grandes empreendimen-tos imobiliários, ou levantar obras para realização de megaeventos esportivos, intervêm-se em um direito básico garantido pela legislação brasileira, o direito de morar, ora alegando ser a região uma suposta área de risco, ora concluindo erroneamente que basta um título de propriedade para despejar. Destrói-se, assim, a vida de famílias inteiras com a conivência de seto-res da mídia.

A Prefeitura do Rio já anunciou a realização de 119 remoções nos próximos anos. Suspeita-se de que se planeja ainda mais. A região da Barra da Tijuca é a mais afetada, dado o forte interesse do mercado imo-biliário e pelas obras que se prevê com foco nos Jogos Olímpicos de 2016. Os mandatos fluminenses do PSOL pensam em organizar uma equipe para acompanhar essa grave ameaça. Os direitos da população estão em primeiro lugar!

Sr. Presidente, passo a abordar outro assunto. A Universidade é espaço de aprendizagem para o exercí-cio da futura atividade profissional, como também lugar privilegiado para se compreender melhor o mundo em que se está inserido e aprender a viver em sociedade, num exercício de diálogo entre os diferentes e de par-ticipação nas decisões da vida coletiva.

Aos estudantes da Universidade Federal de Uber-lândia – UFU, porém, o processo ensino/aprendizagem tem sido limitado no que diz respeito ao aprendizado da vivência democrática. A reitoria, que deveria privilegiar os espaços de diálogo, como o Conselho Universitá-rio, como a melhor forma de resolver as divergências no interior da comunidade acadêmica, tem feito outra opção: a partir de uma manifestação no dia 12 de mar-ço, com a participação de mais de 300 estudantes, 11 estudantes foram indiciados por constrangimento ilegal e depredação do patrimônio publico.

Registro nota do movimento estudantil da univer-sidade e nossa expectativa de que a reitoria da UFU restaure os espaços de diálogo e fortaleça a universi-dade em sua missão de educar para a democracia.

NOTA A QUE SE REFERE O ORA-DOR

NOTA DO MOVIMENTO ESTUDANTIL UFU:O Movimento Estudantil organizado da Univer-

sidade Federal de Uberlândia esclarece e informa por meio desta nota os fatos ocorridos durante a manifes-tação política e cultural “É Proibido Proibir”, do dia doze de março de 2010, que se desdobrou na ocupação da sala de reuniões da reitoria.

A versão que a mídia veiculou a partir de então se reduz exaustivamente à informação de que os estu-dantes ali reunidos reivindicavam o direito de consumir bebida alcoólica sem nenhuma restrição no âmbito da Universidade. Esta informação além de distorcer o ver-dadeiro teor da mobilização ainda expõe de maneira injusta os estudantes envolvidos.

A pauta da referida ocupação trazia várias reivin-dicações estudantis, tais como: melhoria das condições da estrutura física universitária, contratação de profes-sores em número suficiente para a demanda de alunos e cursos, expansão do Restaurante Universitário que não suporta mais a quantidade de estudantes, fim do processo de terceirização de serviços da UFU, maior qualidade das bibliotecas, revogação do CRA (novo cálculo de desempenho acadêmico), permanência dos espaços de confraternização e eventos culturais nos campi da UFU e a devida regulamentação do comércio de bebida alcoólica na Universidade, ou seja, fora dos horários de aula, somente para maiores de 18 anos e acompanhado de medidas sócio-educativas em rela-ção ao abuso do álcool e de outras drogas.

Como se vê, todos estes pontos foram objetos de discussão e reivindicação no dia 12 de março e tem como eixo principal a conquista de liberdade e democracia na UFU que cada vez mais tem se esqui-vado de um debate franco com os seus mais de vinte mil estudantes. Não queremos com isso transformar a

42978 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

universidade em uma espécie de terra sem lei, o que queremos é um espaço agradável de educação, so-ciabilidade, respeito e cidadania.

Não aprovamos as medidas da atual gestão admi-nistrativa da UFU que tem implementado várias restri-ções em relação a inúmeros direitos conquistados pelos estudantes ao longo da história. Por isso, um conjunto vasto de debates ocorridos em assembléias estudantis ao longo do ano de 2010 deliberou que o Movimento Estudantil da UFU tomasse providências.

Acreditamos na transformação e justiça social através da educação, portanto exigimos que a Univer-sidade seja um local que dê exemplo pelo seu ensino e conscientização e não pela proibição.

Condenamos todas as medidas tomadas no sen-tido de criminalizar o movimento estudantil como têm-se visto ultimamente. O poder instituído, através das suas mais variadas formas de organização, insiste deliberadamente em punir e expor o movimento es-tudantil da maneira mais suja e inconcebível. De um lado há a tentativa de enquadrar os estudantes em cri-mes incabíveis e tecnicamente impossíveis, no caso, e querem caracterizar o movimento estudantil como irresponsável, em uma estratégia difamatória. De outro lado, a mídia apóia e forja uma imagem distorcida das pessoas e dos fatos.

O verdadeiro crime que se comete é transformar em bandidos aqueles estudantes que legitimamente lutam por seus direitos em um país tão desigual.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado An-selmo de Jesus.

O SR. ANSELMO DE JESUS (PT-RO. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu gostaria de destacar que a Uni-versidade Federal do Estado de Rondônia – UNIR vem desenvolvendo o Curso de Licenciatura em Educação Básica Intercultural , para a qualificação e formação superior dos professores indígenas. A UNIR está re-almente buscando integrar esses povos ao desenvol-vimento daquele Estado. Os seus alunos têm grande capacidade, e, com toda certeza, a universidade vai contribuir para que possamos integrá-los ao cresci-mento do Estado de Rondônia.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELO ORADOR

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ocupo a tribuna para dar conhecimento a esta Casa de mais uma brilhante iniciativa no campo da universalização da educação que a Universidade Federal de Rondônia – UNIR vem desenvolvendo em nosso Estado.

Refiro-me ao Curso de Licenciatura em Educa-ção Básica Intercultural para a qualificação e forma-ção superior de professores indígenas para atuarem em escolas de ensino fundamental e médio de suas comunidades.

A elaboração desse projeto, Sras. e Srs. Deputa-dos, iniciou-se com base em necessidades específicas diagnosticadas pelos professores indígenas e suas comunidades, organizadas em torno de movimentos que reuniam entidades como OPIRON e o NEIRO, que junto com os professores, no decorrer do Projeto Açaí – Projeto de Formação em Magistério Indígena –, rei-vindicaram o processo de formação em nível superior para atender as comunidades indígenas.

Isso porque a escola indígena existe para pre-servar o costume, a cultura e o hábito da comunida-de. Nela, o professor ensina música, dança, cantiga e pesquisa as histórias dos antepassados, registrando e divulgando esses fatos. Além disso, a escola indígena é um elo entre o conhecimento de cada povo e o co-nhecimento dito Universal, importante para equilibrar as relações entre indígenas e não indígenas, dando oportunidade a todos com igualdade. Assim, à medi-da que ela incentiva o valor tradicional de cada povo, valorizando sua identidade, ela oportuniza o diálogo entre os conhecimentos.

Nesse sentido, ela ensina também a falar por-tuguês, elaborar documentos para autoridades, fazer projetos para conseguir recursos para atender aos in-teresses da comunidade, como manejar os recursos naturais, por exemplo.

Pautados por esse entendimento, os professores indígenas solicitaram a formalização do projeto para a realização do Curso de Licenciatura em Educação Básica Intercultural, protocolado no ano de 2007, quan-do foi institucionalizado em primeira instância junto ao DCHS, Departamento de Ciências Humanas e Sociais do Campus de Ji-Paraná.

A Universidade Federal de Rondônia – UNIR, por intermédio de sua reitoria, sensível às reivindicações das comunidades indígenas, soube, com respeito, dia-logar com os grupos envolvidos que reivindicavam o direito de entrarem na universidade e, após análise do projeto pedagógico, aprovou a constituição do curso.

Assim sendo, em atendimento à pauta de reivin-dicações dos professores indígenas, o Departamento de Ciências Humanas e Sociais do Campus da UNIR de Ji-Paraná propôs a criação do curso de Licencia-tura em Educação Básica Intercultural motivado pelas discussões realizadas nas comunidades indígenas e na própria Universidade.

Registre-se aqui, Sr. Presidente, que o curso de Licenciatura em Educação Básica Intercultural está

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devidamente formulado em observância à legislação, sob a égide da determinação constitucional que garan-te o direito à diferença e atende ao princípio do reco-nhecimento da diversidade sociocultural e linguística, buscando implementar o direito a uma educação indí-gena, intercultural, bilíngue, específica e diferenciada, além de obedecer determinações legais e regulatórias presentes na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira – LDB.

O Projeto propõe quatro habilitações, a saber: Educação Escolar Intercultural no Ensino Fundamental e Gestão Escolar; Ciências da Linguagem Intercultural; Ciências da Natureza e da Matemática Intercultural; e Ciências da Sociedade Intercultural.

A primeira etapa do curso foi realizada no se-gundo semestre de 2009 e teve uma entrada inicial de 50 alunos, sendo que mais 50 já foram aprovados no processo seletivo e iniciarão as atividades no próximo semestre de 2010, tendo como público alvo os povos indígenas de Rondônia , Sul do Amazonas e Noroeste de Mato Grosso.

Destacamos a diversidade cultural e linguística presente nesse curso, o que dá a ele maior relevância ainda. São aproximadamente 26 etnias das mais de 38 existentes no Estado, tais como: Jaboti, Oro Eo, Cabixi, Kanoé, Cinta Larga, Aikanã, Puruborá, Suruí, Tupari, Aruá, Gavião, Arara, Zoró, entre diversas outras.

Ressalte-se, Sras. e Srs. Deputados, que o curso de Licenciatura em Educação Básica Intercultural se insere no Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais – REUNI, o que dá a ele um caráter institucional. Neste momento, já foram contra-tados seis professores dos quinze previstos pelo pro-jeto. Esses professores compõem o Departamento de Educação Intercultural – DEIN, cuja chefe de Depar-tamento é a Profa. Edineia Aparecida Isidoro e Vice-Chefe, o Sr. Genivaldo Fróis Scaramuzza.

Por todo o exposto, quero parabenizar a Univer-sidade Federal de Rondônia, destacando a direção do Campus de Ji-Paraná e seus professores, pelo profis-sionalismo, competência, visão de futuro e comprome-timento com os valores sociais do nosso País.

Quero parabenizar também, de forma muito espe-cial, os professores indígenas que estão participando do Curso de Licenciatura em Educação Básica Inter-cultural, bem como todas as comunidades indígenas do nosso querido Estado de Rondônia e seus movi-mentos organizados.

Era o que tinha a dizer.Agradeço a todos a atenção. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado Fer-nando Chiarelli, do PDT de São Paulo.

O SR. FERNANDO CHIARELLI (PDT-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, povo do Brasil, todo mundo sabe que este País virou uma roleta. Isso aqui é a terra dos caça-níqueis. Hoje mes-mo, os jornais falam do escândalo Sílvio Santos.

Ora, o Sílvio Santos passou a vida dele fazendo roleta, e a roleta do Sílvio Santos não tem diferença da urna eletrônica no Brasil. A diferença é que quem quer entrar na roleta do Sílvio Santos entra porque quer; aqui, milhões de brasileiros são feitos de palha-ços: pensam que estão votando em um, quando, na verdade, a urna eletrônica direciona o voto para outro. É o caso do Deputado Paes de Lira, do Deputado Ca-pitão Assumção e de tantos outros que tinham o apoio das suas instituições e não foram votados.

Bom, faltam 8 segundos. Dá para falar ainda que na semana que vem vou trazer uma fita e vou colocar neste microfone.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra ao ilustre Deputado Valdir Colatto, do PMDB de Santa Catarina.

O SR. VALDIR COLATTO (Bloco/PMDB-SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, eu gostaria de tratar hoje de um tema que esta Casa tem que enfrentar para trazer as prerrogativas que tem para fazer as leis neste País.

Nós temos hoje as leis e a legislação. As leis feitas pelo Congresso Nacional, Câmara e Senado, e a legislação feita pelo primeiro, segundo, terceiro es-calões do Executivo, que acaba criando normas, por-tarias e instruções normativas que infernizam a vida deste País, burocratizando o setor produtivo, aqueles que produzem e trabalham.

É importante que comecemos a refletir e a buscar o resgate de toda essa parafernália de instrumentos criados em diversas áreas – saúde, educação, agricul-tura – por órgãos estatais que dificultam sobremaneira o setor produtivo brasileiro.

Podemos citar inúmeras ações, como, por exem-plo, a Instrução Normativa nº 31, do Ministério do Tra-balho, que, se aplicada na área da agricultura brasileira, simplesmente inviabiliza o setor produtivo, enquadrando o trabalho dos agricultores, no seu modo simples, e não no chão de fábrica, no trabalho escravo.

Por exemplo, em Santa Catarina, o Ministério Público prendeu agora agricultores produtores de er-va-mate, porque o trabalhador não usa o capacete, a cinta de segurança, a bota, o macacão. Lá, no meio do mato, não há um banheiro adequado, como em uma empresa ou uma indústria na cidade. E então a ativi-dade foi enquadrada no trabalho escravo.

Sr. Presidente, acho que está na hora de começar-mos a olhar para o Brasil real, que precisa do apoio do

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Governo e desta Casa, que precisa de soluções para continuar produzindo em paz, para tornar menos difi-cultosa a situação daqueles que estão trabalhando.

Agora mesmo, o Senado está aprovando a Medida Provisória nº 494, que desburocratiza a liberação de recursos para atender a problemas imprevistos, como, por exemplo, uma catástrofe climática.

Em Santa Catarina, estamos há quase 2 anos da ocorrência de um vendaval, de um temporal, e até hoje o Ministério da Integração Nacional não liberou os 145 mil reais para que os Prefeitos façam uma ponte, uma estrada, porque a burocracia, que é infernal, não deixa esse dinheiro chegar lá. Ora, já se passou tem-po. As pessoas estão com grandes dificuldades, e os Prefeitos correm atrás de papéis. Pedem um papel, e mais um papel, e mais um papel, e a burocracia infer-niza a vida deste País.

Portanto, vamos continuar trabalhando pela cria-ção, nesta Casa, de uma frente parlamentar contra a burocracia, a favor da desburocratização, para ver se conseguimos o apoio dos Parlamentares para buscar resolver essas questões todas, que estão simplesmen-te dificultando e, muitas vezes, inviabilizando o setor produtivo brasileiro.

Temos agora o Decreto nº 6.514, do Presidente da República, que trata dos crimes ambientais, que, se aplicado, inviabiliza o setor agropecuário brasileiro. Tanto é verdade, que esse decreto liberou o Ministério Público para trabalhar na questão da Amazônia.

O que aconteceu? O Ministério Público começou a fechar propriedades, a interditar fazendas. Qual foi a resposta? Falta carne no mercado, porque os produto-res venderam suas matrizes e não há mais reprodução. Por isso não há gado, falta carne no supermercado. Quem está pagando essa conta? O consumidor.

Esse é um exemplo das dificuldades daqueles que fazem as normas sem saber o que está ocorren-do na realidade brasileira na ponta da linha, nas áreas da indústria, do comércio, da saúde, da educação, da agricultura. Precisamos parar com isso.

Espero que esta Casa comece a pensar esse processo, puxe para si a responsabilidade de fazer leis, e que pessoas que não têm mandato, que não têm prerrogativas legais, parem de fazer tanta confu-são neste País, dificultando a nossa economia. Criam até normas que não há lá fora, dificultando a nossa vida, regras para exportar produtos brasileiros. Isso é bonito, porque podemos agradar as pessoas lá fora, mas temos uma legislação ambiental que é a maior barreira comercial brasileira. Não conseguimos cumpri-la porque ela tem mais de 16 mil atos que regulam a questão ambiental.

O que dizem lá fora? “Exigimos que cumpram a lei de vocês. Por isso, está aqui a barreira comercial que implantamos, porque vocês não têm competência ou não conseguem resolver uma questão ambiental.” A nossa legislação não faz compatibilizações, en-quadramentos que nos livrem de cometer um crime ambiental.

É hora, Sr. Deputado, de pensarmos em soluções para a sociedade brasileira. É o que o povo espera. Nós, Deputados eleitos, pagos pelos brasileiros, temos que criar soluções, e não complicar a vida de quem produz, de quem trabalha.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra, pela ordem, à Deputada Maria do Rosário.

A SRA. MARIA DO ROSÁRIO (PT-RS. Pela or-dem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, De-putado Inocêncio Oliveira, quero registrar nesta tarde a alegria de recebermos professores e estudantes do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSUL), o Institu-to Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, que vieram participar de uma impor-tante feira sobre inovação tecnológica.

Esses jovens têm feito na sede, no Campus Char-queadas, Rio Grande do Sul, um importante trabalho de formulação e de pesquisas que têm avançado no atendimento a pessoas com deficiência. São aqueles a quem reivindicamos a autoria da invenção dos cha-mados óculos mouse e de outras tecnologias de comu-nicação que dão acesso a pessoas com deficiência ou que se encontram momentaneamente limitadas.

Acredito que a educação profissional e tecnoló-gica está sendo muito importante para o Brasil e, por isso, quero saudar os estudantes de Charqueadas, no Rio Grande do Sul, muito necessários para o Brasil neste momento.

Muito obrigada, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra ao ilustre Deputado Paes de Lira.O SR. PAES DE LIRA (Bloco/PTC-SP. Pela or-

dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ilustres brasileiros que acompanham os nossos trabalhos, há pouco assisti a uma sabatina, que talvez ainda esteja em andamento, com o ilustre Presidente do Banco Central, Dr. Henrique Meirelles, na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

Ora, o Presidente do Banco Central é sabida-mente uma pessoa bem articulada, inteligente, com-petente no exercício do cargo. Evidentemente, foi-lhe perguntado, entre outras coisas importantes, a respeito dessa questão do aporte de 2,5 bilhões de reais a uma

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entidade privada de crédito, o banco PanAmericano, do Grupo Empresarial Sílvio Santos. Mais uma vez, o Presidente do Banco Central reafirmou que, desses 2,5 bilhões de reais, não há um centavo de dinheiro público.

Vamos esclarecer essa questão. Sem dúvida alguma, o fundo garantidor de crédito, aliás pouco conhecido dos brasileiros em geral, não se compõe de dinheiro público. Ele é mantido pelas instituições financeiras e se destina a ser uma espécie de seguro para qualquer correntista brasileiro em caso de que-bra, em caso de falência de uma instituição financeira, com uma garantia limitada até 60 mil reais. Isso é uma regra geral do fundo, e não pretendo aqui entrar em pormenores. Então, não é dinheiro público.

Porém, o banco PanAnamericano hoje é qua-se estatal, porque, em novembro do ano passado, a Caixa Econômica Federal adquiriu uma participação extremamente substancial nessa instituição financeira: 49%. Portanto, quase a metade das ações do banco PanAmericano, em novembro do ano passado, foi o lote adquirido pela Caixa Econômica Federal. Isso é dinheiro público ou não? Ou a Caixa Econômica Fe-deral não é uma instituição pública de crédito?

Não vamos aqui entrar em debate sobre a na-tureza jurídica específica, pormenorizada da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil, mas é uma instituição pública de crédito. Dinheiro público, por-tanto, foi usado para comprar a participação em 49% dessa instituição.

Vejam só que interessante: logo depois de muito debate, foi aprovada, não por unanimidade, mas com grandes dificuldades e obstrução por parte da Oposi-ção, uma medida provisória que se destinava nucle-armente a isto, a permitir que a Caixa Econômica Fe-deral adquirisse participação societária em entidades financeiras privadas. Esse foi um dos primeiros negó-cios, senão o primeiro negócio permitido pela nova lei, logo depois sancionada pelo Presidente da República, com um veto.

O Presidente da República sancionou a medida provisória, tornou-a lei, mas vetou um dispositivo que oferecia uma certa garantia de transparência aos negó-cios desse tipo, quando instituía, ou pretendia instituir, uma comissão de análise e de acompanhamento que funcionaria no Parlamento brasileiro. Esse dispositivo foi vetado pelo Presidente da República. E o negócio se fez rapidamente.

E agora vem a verdade e a realidade – isso men-cionado pela própria análise do Banco Central, que já é incontestável –: esse banco estava nessas condições, ou seja, com muita gente metendo a mão em seu patri-mônio e apresentando relatórios contábeis falsos, não

só há pouco tempo, mas há 3 anos, talvez 4 anos, o que ainda vai ser apurado pormenorizadamente pelas necessárias auditorias.

No entanto, um negócio de aquisição de 49% de ações de um banco com esses problemas, com essa má gestão, com essa gestão fraudulenta, criminosa, bandida, é a fatia adquirida pela Caixa Econômica Federal, uma instituição pública de crédito, portanto, com dinheiro público brasileiro, com dinheiro do con-tribuinte brasileiro e dos correntistas e poupadores da Caixa Econômica Federal.

Ora, o que deu lastro a esse negócio? Qual foi a análise financeira, a análise de viabilidade econômica que deu lastro a esse negócio? Onde está a alegada competência da Caixa Econômica Federal, que faz uma análise perfunctória, superficial, a respeito de uma entidade de crédito minada, contaminada, e adquire 49% da participação societária em novembro do ano passado? Como ela adquire, nessas condições, quase que a metade de um banco privado?

Ora, onde está essa competência? Certamente não há competência. E deve-se verificar se não há coisa pior do que incompetência nessa matéria. É di-nheiro público, sim, na aquisição dos 49% dessa fatia societária do banco PanAmericano.

Portanto, deve-se dizer ao País, com todas as palavras, que tudo isso foi mantido oculto durante a campanha eleitoral. E, nesse sentido, o Governo foi muito hábil em evitar que o escândalo viesse à tona, mas aparece agora, porque não teria como deixar de aparecer. A Caixa Econômica Federal, com base numa lei nova, comprou rapidamente 49% de um banco bi-chado, uma instituição financeira comprometida pelo roubo, uma instituição financeira sem transparência, que viola todas as normas legais do Brasil. E é isso que tem de ser denunciado.

O SR. FERNANDO CHIARELLI (PDT-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, tendo hoje um pouco mais de tempo, posso começar meu pronuncia-mento falando da minha admiração pessoal e política pela conduta de V.Exa., que é uma referência de bra-silidade para o povo deste País, especialmente para os mais jovens. V.Exa. pode contar ad aeternum com a admiração e a amizade deste Deputado.

O Deputado Paes de Lira falou em roubo, em gestão bandida, em gestão fraudulenta. O Deputado Marcelo Itagiba, no dia de ontem, referiu-se a um jorna-lista canalha, bandido, proxeneta e usou outras expres-sões nesses termos. Eu também me referi dessa forma a esse Ministro bandido e ladrão, a esse saqueador dos cofres públicos chamado Wagner Rossi, que, logo após ser pego com a boca na botija, aliviando mais de 1 bilhão de reais da CONAB, disse que este Deputado

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não se reelegeria. Ele disse isso há mais de 2 anos. Evidentemente, sabe dos esquemas que existem nas urnas eletrônicas: é só pagar para eleger Deputados; se não pagar, não elege Deputados.

E o que é pior: uma abobada acaba de ser eleita Presidente da República. Que dureza, não é? Como diz a minha velha mãezinha octogenária, para quem já teve Getúlio Vargas e Jânio Quadros, é de chorar ver chegar o nosso País chegar a essa circunstância.

Acabo de ser denunciado pelo Procurador pelas palavras que eu disse nesta tribuna, em face desse ímprobo e fraudulento administrador chamado Wagner Rossi. No mesmo sentido, acabo de ser denunciado por ter chamado de racista o empresário Chaim Zaher, que persegue nordestinos, manda jogar pedra em ci-ganos, manda ofender negros e também promove o tráfico de drogas em Ribeirão Preto.

Enfim, está quase tudo preparado para se fazer uma ditadura neste País, com esta diferença, para aqueles que acham que houve ditadura em 1964: todo mundo sabe quem são o Geisel, o Médici, o Figueiredo e a instituição do Exército, de onde vieram e dos com-promissos da nossa terra, desde Guararapes, com o Brasil. E quem são esses bêbados, esses cachaceiros que vão tomar conta do País?

Fica claro que as denúncias não foram redigidas no Ministério Público, mas no escritório de advocacia de Aires Vigo, em Ribeirão Preto. Basta ver o estilo dele, como escreve e como escreveu – olhem só, senhores – o Procurador Roberto Monteiro Gurgel Santos, que, com certeza, Sr. Presidente e povo do Brasil, também está levando uns troquinhos do bilhão de reais que foi roubado dos cofres públicos na CONAB. Está levando um pouquinho do dinheiro Roberto Monteiro Gurgel Santos – não vou chamá-lo de procurador, porque o cargo é sério –, que hoje se posta como Procurador-Geral da República.

O País virou uma roleta. O País perdeu o seu destino. O País está sendo violentado.

Na próxima semana, Sr. Presidente, vou trazer uma fita em que autoridades negociam os votos nas urnas eletrônicas. Aí, vão restar a este País duas espe-ranças: Deus no céu e as Forças Armadas na terra.

(Texto escoimado de expressão, conforme arts. 17, inciso V, alínea “b”, 73, inciso XII, e 98, § 6º, do Regimento Interno.)

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Soli-cito que se retire das notas taquigráficas a referência desrespeitosa ao Procurador-Geral da República.

O SR. FERNANDO CHIARELLI - Imponho em-bargos para que continue...

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Trata-se de expressão antirregimental. Não tenho maiores

ligações com o Procurador Roberto Gurgel, mas tenho acompanhado o seu trabalho e posso dizer da sua li-sura, da capacidade com que ele desempenha essa importante função, fazendo do Ministério Público um órgão a serviço do cidadão e da sociedade e não de grupos ou corporações.

Por isso, nobre Deputado Fernando Chiarelli, a minha opinião é divergente da de V.Exa. em relação ao Procurador Roberto Gurgel. Respeitamos a posição de cada um, mas gostaria de dizer desta tribuna, como Presidente desta sessão, que tenho pelo Procurador Roberto Gurgel o maior respeito, consideração e apre-ço que um homem público pode ter por outro.

Minhas homenagens ao Procurador Roberto Gur-gel.

O SR. FERNANDO CHIARELLI - Imponho em-bargos para que continue a minha manifestação nos autos.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-cedo a palavra ao Deputado Luiz Couto.

O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a convenção da ONU sobre tortura, assinada pelo Go-verno brasileiro e ratificada pelo Congresso Nacional, equipara a tortura aos maus-tratos, aos tratamentos cruéis, desumanos e/ou degradantes. O que ocorreu no Rio de Janeiro, num treinamento de policiais que seriam selecionados para o BOPE? O soldado Eduar-do Marcelo Medeiros dos Santos, de 28 anos, morreu por desidratação. Além dele, outros foram internados depois do treinamento. Eduardo morreu por causa de insuficiência renal e crises, convulsões críticas, em con-sequência do treinamento. O irmão da vítima fatal disse que ele tinha marcas de espancamento e maus-tratos. Diversos outros policiais foram internados em decor-rência do treinamento, tendo vindo a óbito o soldado Eduardo Marcelo Medeiros dos Santos, de 28 anos.

Sr. Presidente, esses fatos provam que, embora seja necessário o treinamento dos nossos policiais, não se pode chegar ao limite da violência, não se pode che-gar ao limite da condição humana. Temos recebido de alguns setores – não de todos, por isso não podemos generalizar – notícias de que o treinamento chega ao limite da condição humana, ao limite do enfrentamento à violência, aos maus-tratos, aos tratamentos cruéis, desumanos e degradantes. É preciso cuidar para que tenhamos policiais treinados para o trabalho de inte-ligência, mapeando o crime em toda a sua extensão e em profundidade, mas devem ser treinados sem o uso da violência, sem que se chegue ao limite da tole-rância à violência, aos maus-tratos e aos tratamentos cruéis e desumanos.

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É preciso investigar com profundidade o que ocorreu no Rio de Janeiro. Não é possível que policiais fiquem desidratados depois do primeiro treinamento! Isso é grave! É grave a morte de alguém, alguém que passou pelo serviço médico e fez todos os tratamentos para saber de sua condição médica antes de entrar nesse treinamento. E essa pessoa, de uma hora para outra, morre com a seguinte causa mortis: insuficiência renal e crises de convulsões críticas. Isso prova que alguma coisa errada aconteceu.

Como é possível deixar um policial ficar desidra-tado ao fazer um treinamento sabendo que a tempe-ratura no Rio de Janeiro é elevada? Aqueles policiais não tinham água para resolver a situação em que se encontravam.

Este caso do Rio de Janeiro é muito grave. Nós vamos recorrer aos outros dados e denúncias que re-cebemos e apresentar requerimento à Comissão de Direitos Humanos para realizar uma audiência públi-ca, convidando para dela participar policiais que foram treinados no limite da tolerância a técnicas violentas, a fim de darmos um basta a esta situação.

Quero dizer que iremos, sim, investigar para sa-ber o que de fato gerou a morte do soldado Eduardo Marcelo Medeiros dos Santos, de 28 anos, no Rio de Janeiro, quando participava de um treinamento para ser selecionado para o BOPE, uma tropa de elite do Rio de Janeiro.

Muito obrigado.

Durante o discurso do Sr. Luiz Couto, o Sr. Inocêncio Oliveira, 2º Secretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pela Sra. Fátima Bezerra, § 2º do art. 18 do Regi-mento Interno.

A SRA. PRESIDENTA (Fátima Bezerra) – Com a palavra o 2º Secretário da nossa Casa, Deputado Inocêncio Oliveira, do PR de Pernambuco.

O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PR-PE. Sem revisão do orador.) – Sra. Presidenta, Deputada Fáti-ma Bezerra, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, é com grande satisfação que venho a esta tribuna para tratar de um assunto ligado ao Município de São Bento do Una, no Estado de Pernambuco.

Nas últimas eleições, compareci ao Município, onde obtive a expressiva votação de mais de 4.400 votos, ao lado do Deputado Estadual Alberto Feitosa, também do PR – que obteve 3.800 votos – foi o mais votado. Recebemos o apoio de Washington Cadete, expressiva liderança, proporcionalmente o Vereador mais votado do Estado de Pernambuco, com 14% dos votos válidos, e um dos dez mais votados em todo o Brasil.

Naquela oportunidade, quando fomos comemo-rar essa vitória, fizemos um pronunciamento depois de receber um pleito do Vereador Washington Cadete; do seu filho Washington Cadete Júnior, um grande advo-gado; de várias lideranças do Município; de diferentes segmentos da sociedade de São Bento do Una; e dos estudantes, que são, sobretudo, a parte mais interes-sada e a que deve ser mais beneficiada.

Nobre Deputada Fátima Bezerra, V.Exa. lutou muito em seu parecer pela interiorização das escolas técnicas, que hoje são uma realidade. O Governo do Presidente Lula construiu mais escolas técnicas no Brasil do que todos os Governos anteriores, e o Go-vernador Eduardo Campos tem seguido essa linha.

O Estado de Pernambuco possuía apenas cinco escolas técnicas. Com o Governo de Eduardo Cam-pos, já está com oito, e anuncia a construção de mais treze, seguindo critérios adotados em Municípios que têm mais de 50 mil habitantes.

No Município de Bezerros, quando o saudoso Lucas Cardoso era Prefeito, construímos a Escola Técnica do Agreste, que oferece 32 cursos à região. A obra, naquela época, foi de 3 milhões de reais. A escola é dotada dos mais modernos equipamentos, de laboratórios de informática, matemática, física, química, história natural e outras disciplinas, além de auditórios e refeitórios. O aluno entra ali pela manhã e sai à tarde.

Naquela oportunidade, nós dissemos ao Gover-nador que, em vez de construir uma nova escola téc-nica, usasse, para que fosse a escola técnica muni-cipal, a Escola Técnica do Agreste, considerada uma das melhores do Estado, tanto quanto uma escola de referência que existe na minha terra, em que um aluno foi o terceiro mais bem classificado no Brasil, o que demonstra que a interiorização da educação tem rendido bons frutos.

Nós oferecemos a Escola Técnica do Agreste e pleiteamos, nessa leva de treze escolas técnicas que o Governador vai construir em Pernambuco, que fos-se construída uma escola técnica em São Bento do Una, substituindo a Escola Técnica de Bezerros, uma vez que este Município já possui uma escola dessa natureza, proporcionando ao alunado condições de se preparar para disputar um mercado de trabalho cada vez mais competitivo.

Deputada Fátima Bezerra, V.Exa. sempre defen-de a educação nesta Casa. É uma das baluartes da educação. Sem a educação, nada existe neste País. Ela é a base de tudo. Nenhum país se desenvolveu sem investir maciçamente em educação.

O Brasil está seguindo esse caminho e, com a nova Presidente Dilma Rousseff, seguirá o modelo

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utilizado pelo Presidente Lula. Em curto prazo – no máximo, dentro de quatro ou cinco anos, se Deus qui-ser – serão alfabetizadas mais de 380 mil pessoas em Pernambuco. Hoje mesmo isso foi anunciado.

Com o aval do Presidente Lula, interiorizamos as universidades em nosso Estado. Ademais, o Go-vernador Eduardo Campos instituiu a gratuidade na Universidade de Pernambuco.

Só investindo maciçamente em educação é que o Brasil, que já se encontra entre os países emergentes, será, em dez anos, no máximo, uma das cinco maiores economias do mundo.

Não basta a economia crescer, como ocorria no passado. É preciso promover o desenvolvimento eco-nômico com cidadania, proporcionando aos cidadãos os mesmos direitos e as mesmas oportunidades ofe-recidas aos mais ricos, aos mais abastados, aos que têm condições de cursar uma escola ou universidade particular.

Portanto, faço esse apelo, na certeza absoluta de que sairemos vitoriosos. O Governador Eduardo Campos, o Presidente Lula e a nova Presidente da República, Dilma Rousseff, estão imbuídos do melhor espírito de fazer do Brasil uma grande nação, a nação dos nossos sonhos, para proporcionarmos, de fato, a todos os brasileiros melhores condições de vida.

Passo a abordar outro assunto. Sra. Presidenta, Sras. e Srs. Deputados, o setor algodoeiro nacional vem retomando, gradualmente, sua posição no ce-nário exportador mundial: 90% do crescimento em apenas 10 anos; e, localmente, com uma produtivida-de dobrada, sai de 750 quilos por hectare para 1.487 quilos por hectare.

Para esta safra 2010/2011, a estimativa é de uma área plantada de quase 1,2 milhão de hectares, com um volume de algodão em pluma de 1,8 milhão de toneladas. Esse cenário e mais o desfecho favorável com os Estados Unidos, no âmbito da Organização Mundial do Comércio, trouxe nova dimensão ao se-tor, reforçando a importância dessa commodity para o agronegócio do Brasil.

O próximo Congresso Brasileiro do Algodão para 2011 tem o apoio da ABRAPA – Associação Brasileira dos Produtores de Algodão; de associações estadu-ais, inclusive do Nordeste, que é tradicional produtor de algodão de fibra longa (34-36, 32-34), o algodão mocó ou algodão do Seridó; e da APPA – Associação Paulista dos Produtores de Algodão. Paralelamente, funcionará a Cotton Expo, de 19 a 22 de setembro de 2011, também com o apoio científico da EMBRAPA, cujas pesquisas no campo algodoeiro são expressivas, inclusive nos campos experimentais que a empresa estatal mantém em Campina Grande, Paraíba.

O Brasil tem um desafio muito grande: enfrentar a concorrência de países que plantam com mão de obra muito barata, como a China, a Turquia, o Egito, o Sudão e alguns países asiáticos, inclusive a Rússia. Isso leva indústrias têxteis desses países a oferecerem produtos muito baratos nos mercados internacionais, deslocando países tradicionalmente produtores têxteis algodoeiros, como o Peru e o Brasil, na América Latina. Também a Tailândia e Bangladesh se alinham entre os que produzem algodão de boa qualidade e confecções, invadindo, literalmente, os mercados da Europa, dos Estados Unidos e de outros países, com designs de alta qualidade. Mas é a partir dos algodões de fibras média e longa que se fazem os bons tecidos, embora se saiba que os tecidos de melhor textura necessitam de fios de poliéster para a sustentação das fibras na-turais, como podem comprovar os produtores têxteis. Daí a importância do polo de fibras sintéticas na Bahia, como suporte aos polos têxteis de Fortaleza, Recife e Campina Grande e fornecedor das fibras derivadas de PVC a outros centros têxteis produtores do País, bem como à nova fábrica de poliéster que está sendo construída em Suape, Pernambuco.

Estou certo de que o Congresso Brasileiro do Algodão, que será realizado em setembro de 2011, em São Paulo, reunindo agricultores, industriais, pro-dutores de máquinas, desenhistas nacionais e inter-nacionais e especialistas – inclusive agrônomos –, será um sucesso pela oportunidade da discussão de novas tecnologias no setor têxtil algodoeiro e politêxtil de todo o mundo.

Muito obrigado.A SRA. PRESIDENTA (Fátima Bezerra) – De-

putado Inocêncio Oliveira, ao tempo em que convido V.Exa. a assumir novamente a direção dos trabalhos, quero saudá-lo pelo brilhante pronunciamento que acaba de fazer.

V.Exa. tem toda razão quando diz que o legado do Presidente Lula para a educação brasileira é mui-to positivo não apenas para a Região Nordeste, mas para todas as regiões, bem como para o seu Estado, Pernambuco, e para o meu, Rio Grande do Norte. Te-mos o FUNDEB, o piso salarial dos professores, a expansão e o fortalecimento da universidade pública e da educação profissional.

Um dos projetos mais ousados do Governo do Presidente Lula na área da educação foi, seguramen-te, a criação de institutos federais, como os antigos CEFETs. Meu Estado foi um dos mais contemplados. Tínhamos apenas duas unidades e, em seis anos, já temos treze novas unidades.

Tenho reiterado que os CEFETs surgiram para reacender a esperança da juventude, para preparar

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nossos jovens, homens e mulheres, com o objetivo de assumir os melhores empregos e muitos outros que estão sendo gerados.

Portanto, é com muita alegria que, na condição de Deputada e professora, faço este registro. Não tenho nenhuma dúvida de que, com Dilma, a partir de 1º de janeiro, não só manteremos nosso rumo, mas também avançaremos no campo da educação.

A SRA. PRESIDENTA (Fátima Bezerra) – Passo a Presidência ao Deputado Inocêncio Oliveira.

A Sra. Fátima Bezerra, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presi-dência, que é ocupada pelo Sr. Inocêncio Oli-veira, 2º Secretário.

O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Ao reassumir a Presidência, concedo a palavra à ilustre Deputada Fátima Bezerra, do PT do Rio Grande do Norte. S.Exa. dispõe de 5 minutos.

A SRA. FÁTIMA BEZERRA (PT-RN. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, dando continuidade às reflexões sobre educação, quero dar conhecimento à Câmara dos Deputados da audiência que tivemos ontem com o Ministro da Educação, Fernando Ha-ddad. Estavam presentes o Deputado Angelo Vanho-ni, Presidente da Comissão de Educação e Cultura desta Casa, a Deputada Maria do Rosário e vários outros Parlamentares, inclusive aqueles que fazem oposição ao nosso Governo no Congresso Nacional. O propósito foi expressar o nosso reconhecimento ao Ministro pelo bom trabalho que vem desenvolvendo à frente do MEC, bem como reiterar nossa confiança nas medidas que estão sendo tomadas para resolver os problemas do ENEM.

O ENEM tornou-se um instrumento muito im-portante para o acesso ao ensino superior gratuito. É importante registrar que, por meio dele, milhões de jovens, País afora, estão tendo a oportunidade de re-alizar o sonho de cursar uma universidade.

Para se ter ideia da grandiosidade do ENEM, no Governo Fernando Henrique Cardoso ele era aplicado apenas para medir o grau de aprendizagem. Passados 8 anos, no Governo do Presidente Lula, neste ano de 2010, o número de alunos inscritos passou de 157 mil para 4,6 milhões.

Houve falhas na última aplicação? Houve. O que deve ser feito? Medidas devem ser adotadas para cor-rigi-las – é exatamente o que o Ministério está fazendo. Agora, não se aceita de maneira nenhuma que seja desqualificado um processo de avaliação no seu todo em função de problemas que não atingem sequer 1% do total de alunos avaliados em todo o País.

O Ministro, ontem, foi muito seguro, Deputado Paes de Lira. Disse-nos claramente que todas as me-didas estão sendo tomadas. Volto a afirmar: os proble-mas que atingiram o ENEM não representam sequer 1% do processo como um todo. S.Exa. disse que todas as medidas estão sendo tomadas para que nenhum aluno – nenhum, repito – saia prejudicado. Aliás, S.Exa. estará conosco na Comissão de Educação, na próxi-ma quarta-feira.

Portanto, o caminho não é destruir ou desquali-ficar o ENEM, mas sim identificar as falhas, corrigi-las e aprimorar o exame.

Mais uma vez, quero afirmar que o ENEM está democratizando o acesso ao ensino superior, tratan-do todos os cidadãos e cidadãs com igualdade, sem barreiras, sem preconceito de ordem regional, social ou de qualquer outro tipo.

Na verdade, precisamos tomar providências para tornar o ENEM um instrumento de avaliação cada vez mais seguro e democrático; jamais anulá-lo ou destruí-lo. O exame veio foi para ficar.

Obrigada. O SR. PRESIDENTE (Inocêncio Oliveira) – Con-

cedo a palavra, por 5 minutos, ao próximo inscrito, o nobre Deputado Sebastião Bala Rocha, que, tendo sido indicado por seu partido para falar em nome da Liderança do PDT – disporá de outros 3 minutos, num total de 8 minutos.

O SR. SEBASTIÃO BALA ROCHA (PDT-AP e como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presiden-te, Sras. e Srs. Deputados, em primeiro lugar, falarei sobre alguns assuntos concernentes ao meu Estado. Nos 3 minutos finais, falarei sobre o ENEM, que con-sidero importantíssimo para o País, mas que não pode continuar sendo realizado com as atuais falhas. Elas colocam sob suspeita esse exame nacional realizado pelo Ministério da Educação.

Ontem e hoje, tratamos de assuntos importantes sobre o meu Estado, no Ministério do Planejamento. Agradeço ao Secretário Executivo João Bernardo, que dispensou sua atenção a um pleito dos servidores do Amapá, quando ainda era território.

Em conjunto com a Advocacia-Geral da União, está sendo construído um acordo para que os servi-dores tenham sua situação regularizada. Hoje já não existem mais dúvidas a respeito do assunto, pois há a Emenda Constitucional nº 60 – sobre os servidores de Rondônia – e ampla jurisprudência do Supremo Tribunal Federal garantindo que os novos Estados do Amapá, de Roraima e de Rondônia foram criados no dia da posse do Governador eleito. No caso do Amapá e de Roraima, a data é 1º de janeiro de 1991. Portanto, quem prestou concurso entre 1988 e 1990 tem garan-

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tido o seu direito de servidor federal e deve retornar aos quadros da União. Como disse, já há ampla juris-prudência a respeito do assunto.

Agradeço ao Ministro Adams, da Advocacia-Ge-ral da União, e ao Ministro Paulo Bernardo, do Pla-nejamento, o entendimento, assegurando, assim, o direito desses servidores. Agradeço ao Presidente do Congresso Nacional, Senador José Sarney, que tem atuado ao nosso lado nessa causa. Agradeço a pre-sença em Brasília ao Prof. Aildo Silva, Presidente do Sindicato dos Servidores Públicos em Educação no Amapá; ao Prof. Laércio Goes, que o acompanha; e a mais 4 advogados: Dr. Fernando, Dr. Caldas, Dr. Espí-rito Santo e Dra. Elizabeth, que atuam no processo. Se Deus quiser, daqui a alguns meses ele será concluído, restaurando-se um direito que a Constituição Federal garante a esses servidores.

Sr. Presidente, passo a falar agora, brevemente, sobre o Município de Laranjal do Jari, que faz frontei-ra com o Município paraense de Almerim, no oeste do Amapá.

Laranjal do Jari tem uma quantidade imensa de moradores em palafitas. Tem havido um esforço muito grande por parte do Governo do Estado do Amapá, da Prefeita Euricélia Cardoso e de minha parte para ace-lerar os processos que se encontram nos Ministérios e que permitirão a construção de moradias de qualidade em terra firme para essas famílias que moram à beira do rio e, como já disse, em palafitas.

A Prefeita Euricélia Cardoso está em Brasília. Pude acompanhá-la a uma importante audiência no Departamento de Habitação do Ministério das Cidades, e a outra com o Senador José Sarney. O objetivo era agilizar a liberação dos recursos para a construção de moradias no Município de Laranjal do Jarí, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC 2 e do programa Minha Casa, Minha Vida. Queremos que o Município dê melhores oportunidades de moradia a tantas famílias que moram à beira do rio, em condições que não são as melhores para sua sobrevivência.

Nesse sentido, quero garantir ao povo de Laranjal do Jari o meu empenho, o meu esforço para resolver-mos essa situação o mais rápido possível, bem como para a retomada da obra da ponte sobre o Rio Jari. Há praticamente 10 anos vimos tratando desse assunto, prevendo recursos no Orçamento e realizando licita-ções, mas ainda não foi possível concluir essa ponte importantíssima. Ela vai ligar o Município de Laranjal do Jari à região de Monte Dourado, onde estão duas grandes empresas: a Jari Celulose e a CADAM, ad-ministrada pela Vale.

Mais uma vez, reafirmo meu compromisso com o povo de Laranjal do Jari para que as obras sejam retomadas e tenham sua conclusão assegurada.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, como disse, usarei meus 3 minutos finais para falar sobre o ENEM.

Quero manifestar meu sentimento não de revolta, não de repúdio, mas de tristeza por ver repetirem-se problemas com o ENEM no Brasil, que já é gigante do ponto de vista geográfico e populacional e que, pujante, está se transformando numa grande potência econômica e social. Estão em Seul o Presidente Lula e a Presidenta eleita, Dilma Rousseff, discutindo a questão da guerra cambial, pressionando os Estados Unidos e a China para não contaminarem a economia de outros países.

Há 2 anos consecutivos tem havido problemas na realização do ENEM. Não o reprovo. Pelo contrá-rio, considero-o uma alternativa para o vestibular, que é, por si só, um grande transtorno, na medida em que representa uma grande pressão psicológica para o aluno que a ele se submete. Já fui vestibulando e sei bem o que é a angústia de prestar vestibular. O ENEM aumenta as possibilidades de acesso à universidade, sobretudo à universidade pública. Para quem tem pos-ses, sempre há a chance de frequentar universidades particulares.

Mas, como dizia, fico triste por ver este País, que se agiganta na economia mundial, falhar por duas ve-zes consecutivas. Não digo que tenha culpa o Ministro Fernando Haddad. O fato é que o ENEM não tem dado certo. Temos de reconhecer que não deu certo e pedir desculpas a todos os estudantes – e também a suas famílias – que se submeteram a ele.

O que fazer? O Presidente Lula, em sua primeira manifestação, tentou salvar o ENEM, afirmando que ele tinha sido um sucesso; depois ponderou; e agora já admite que, se necessário, serão aplicadas novas provas, o que também é traumático, sobretudo porque essas novas provas podem coincidir com a realização de outros exames, como o PAS, da UnB, e outros. Mui-tas universidades que estavam participando do ENEM vão ter de desconsiderá-lo, porque não haverá tempo para que o processo seja concluído em todas as uni-versidades, mesmo que haja uma nova prova.

Portanto, faço votos para que, no ano que vem, possamos acertar e sejam corrigidas todas essas falhas. Não digo que tenhamos de abandonar esse sistema de acesso às universidades, mas precisamos corrigir as falhas. O Ministério da Educação deve estar preve-nido para todas as possibilidades de falhas. As falhas que houve foram absurdas.

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Não interessa, no caso, meu querido Deputado Carlos Bezerra, de Mato Grosso, se foi prejudicado um aluno ou se foram prejudicados mil alunos; se foi prejudicado 1% ou se foram prejudicados 10% dos alunos. Em um sistema de avaliação, seja o vestibular direto, seja o ENEM, nenhum aluno pode ser prejudi-cado. Sou médico. Sei que, para um bom médico, não importa salvar muitas vidas, se ele perder uma. Não queremos perder nenhuma vida. Quando morre uma pessoa, seja por que razão for, ficamos tristes. E se for por culpa de alguém, esse alguém tem de responder por essa perda.

Desejamos que se corrijam as falhas, que não haja mais problemas e que a realização do ENEM seja bem-sucedida no ano que vem.

Obrigado.

Durante o discurso do Sr. Sebastião Bala Rocha, o Sr. Inocêncio Oliveira, 2º Secretário, deixa a cadeira da Presidência, que é ocupa-da pelo Sr. Luiz Couto, § 2º do art. 18 do Re-gimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra ao Deputado Edinho Bez.

O SR. EDINHO BEZ (Bloco/PMDB-SC. Pronun-cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, tenho-me manifestado da tribuna desta Casa em relação ao Sistema de Segurança do Bra-sil, que, segundo as próprias palavras do ex-Ministro da Justiça, Tarso Genro, “está falido”. Portanto, nós, Parlamentares, precisamos nos mobilizar para fazer as alterações necessárias, com a urgência que a so-ciedade espera.

Hoje, quero dar ênfase ao sistema prisional. A falência do sistema carcerário é evidente. As casas prisionais, sejam elas penitenciárias, presídios, de-legacias, servem de palco para a degradação do ho-mem. Há superlotação, carência de recursos humanos e materiais, estruturas obsoletas, celas fétidas, úmidas e mal iluminadas, o que apenas contribui para aumen-tar os malefícios do cárcere.

A escassez ou falta de recursos básicos, como materiais de higiene, comida, assistência social, mé-dica, psicológica, jurídica e religiosa, são fatores que geram os focos de rebeliões. Precisamos agir rapida-mente para que se busquem alternativas; para que os infratores sejam recolhidos em instituições capacitadas, que tratem o interno como um ser humano que errou e deve refletir sobre seus atos, não praticá-los mais e ser reincorporado à sociedade.

É dentro desse contexto que quero falar sobre o exemplo da Penitenciária Industrial Jucemar Cesco-netto, de Joinville, Santa Catarina. Ela foi inaugurada

em junho de 2005, dentro de um conceito diferencia-do de administração prisional. Foi adotada a cogestão com a participação da iniciativa privada no exercício da atividade prisional.

Cabe à empresa privada a execução das ordens emanadas do Estado e a manutenção da unidade pri-sional. O sistema carcerário brasileiro mantém nas prisões perto de 500 mil detentos, segundo dados do Ministério da Justiça. São homens e mulheres que co-meteram os mais diversos crimes contra a sociedade. No entanto, ao sair das prisões, essas pessoas, sem expectativas de vida e perspectivas de futuro, voltam a praticar furtos, roubos, assaltos, sequestros, assas-sinatos, estelionatos, fraudes e outras ações.

A Penitenciária Industrial de Joinville é exemplo de que ressocializar o apenado e devolvê-lo à família é possível. Quando o então Governador Luiz Henri-que da Silveira assinou contrato de uma das primeiras parcerias entre o poder público e a iniciativa privada, terceirizando a administração, manutenção e segu-rança de uma penitenciária brasileira, certamente não imaginava que a experiência, além de dar certo, seria referência nacional.

Hoje, cinco anos depois, a Penitenciária Industrial de Joinville tornou-se um ícone, quando o assunto é administração carcerária. A empresa terceirizada presta atendimento médico, psiquiátrico, psicológico, odonto-lógico, de enfermagem, farmacêutico e de terapia ocu-pacional; além disso, há oficinas de música e arte.

Ela oferece aos internos alfabetização, ensino fundamental, ensino médio e educação profissionali-zante. Porém, talvez, a ação de maior destaque sejam as indústrias instaladas dentro da própria penitenciá-ria, proporcionando atividade profissional remunerada dos apenados. O trabalho promovido dentro da peni-tenciária, além de reduzir as mazelas do cárcere e do ócio, proporciona uma fonte de renda ao trabalhador e à sua família.

Portanto, gostaria de cumprimentar, neste mo-mento, o Governador Luiz Henrique da Silveira, que acatou a sugestão e a implantou. Cumprimento, ainda, a Empresa Monte Sião, que vem administrando seu trabalho de forma exemplar.

Era o que tinha a dizer.O SR. RÔMULO GOUVEIA (PSDB-PB. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ao lado do Governador eleito, Ricardo Coutinho, irei assumir a Vice-Governadoria da Paraíba em 1º de janeiro de 2011.

Teremos um grande desafio pela frente: o combate à violência, que atingiu níveis alarmantes nos últimos dois anos, naquele Estado.

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O Governo queda-se inerte. Não se vê nenhu-ma ação efetiva para coibir o aumento crescente da criminalidade e da violência em todas as suas formas. A população clama para ter de volta a sensação de segurança.

Delegacias estão sucateadas e sem delegados; viaturas da polícia e dos bombeiros encontram-se pa-radas por falta de combustível; agentes penitenciários e policiais civis concursados aguardam nomeação. To-dos os dias há assaltos a banco, sequestros e tráfico de drogas em todos os lugares, do litoral ao sertão. Tudo isso se avoluma, sem que o poder público tome qualquer providência.

Com a ajuda da sociedade civil organizada, das universidades e das entidades de classe, haveremos de alocar todas as forças para não darmos trégua a esse mal que se instaurou em todo o tecido social, que é a violência.

Um exemplo dessa parceria futura são os even-tos que já estão sendo realizados e que buscam sub-sídios para minimizar os efeitos da violência e tornar a segurança pública mais eficaz.

Em João Pessoa, no período de 10 a 12 de no-vembro, acontece o Fórum de Segurança Pública Preventiva e a Promoção de Uma Cultura pela Paz, promovido pelo Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) da Universidade Federal da Paraíba, em parceria com o MOVPAZ-PB, o Grande Oriente do Brasil-Paraíba e a Associação Brasileira de Criminalística.

Os especialistas reunidos nesse encontro irão apresentar um projeto de tecnologia de combate à criminalidade e que atenda a segurança pública na Paraíba. A sugestão desse projeto deverá ser enca-minhada ao Governo do Estado.

Pretende-se juntar no evento todos os conheci-mentos na área de segurança para que os órgãos res-ponsáveis ajudem a sociedade a promover a paz.

Segundo o coordenador do Fórum, Almir Laurea-no, “os palestrantes vêm mostrar ao povo que existem meios de combater a violência nos Estados e mostrar à sociedade uma nova visão da segurança pública que pode ser aplicada na Paraíba”.

O Fórum irá discutir a segurança pública com o olhar voltado para a religião, a prevenção da violência na fase infantil, as expressões artísticas e culturais, a mídia, com o objetivo de construção da paz e também a educação.

Assim, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, olhando para o futuro do nosso Estado e contando com o apoio da sociedade, por meio de suas entidades re-presentativas, por meio de iniciativas como a do Fórum de Segurança Pública Preventiva, com a aplicação de políticas públicas efetivas de combate à criminalidade,

iremos resgatar a segurança e a tranquilidade, que já foram as marcas da nossa Paraíba.

A Paraíba quer paz. O novo Governo irá lutar para restaurá-la.

Muito obrigado.O SR. CARLOS BRANDÃO (PSDB-MA. Pro-

nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero hoje parabenizar o Juiz Federal Roberto Veloso pela vitória na última segunda-feira, quando foi eleito Presidente da Associação dos Juízes Federais da 1ª Região.

Foram 162 votos a 21 brancos. Segundo informam os jornais, é a primeira vez que um magistrado fora de Brasília foi eleito e que bom que é um maranhense!

Desejo sucesso nesta nova atividade e tenho certeza de que, tal qual o serviço prestado para o Maranhão, Roberto Veloso, um exemplo de caráter e prestígio, manterá sua competência que orgulha a to-dos nós do Estado e do Brasil.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Passa-se

ao

V – GRANDE EXPEDIENTE

O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Convido o Deputado Paes de Lira a assumir a direção dos tra-balhos, uma vez que sou o primeiro orador inscrito no Grande Expediente.

O Sr. Luiz Couto, § 2º do art. 18 do Regi-mento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Paes de Lira, § 2º do art. 18 do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Paes de Lira) – Concedo a palavra ao ilustre Deputado Luiz Couto, do PT da Paraíba, primeiro orador do Grande Expediente.

O SR. LUIZ COUTO (PT-PB. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, com quase uma década de atraso, finalmente, em 2010, com a vitória de Ricardo Coutinho, o povo da Paraíba elegeu para o Governo do Estado uma candidatura em sintonia com as mudanças políticas realizadas em âm-bito nacional desde 2002, com a eleição e a reeleição do Presidente Lula.

Outros Estados do Nordeste já vinham experi-mentando esse projeto de mudanças, a exemplo de Sergipe, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Piauí, não só votando de forma majoritária em Lula, mas em projetos estaduais liderados pelo PT e pelo PSB. A região avançou muito e em níveis supe-riores aos do Brasil, principalmente em seus aspectos socioeconômicos.

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A Paraíba havia ficado para trás, não por culpa de uma ou outra personalidade da política tradicional, mas da ausência de um projeto político novo que mobilizas-se e aglutinasse amplos setores da sociedade numa perspectiva progressista, popular e republicana.

A semente de um novo projeto para o Estado ger-minou e floresceu em João Pessoa, com a eleição de Ricardo Coutinho para Prefeito, em 2004. Aprovado e reeleito em 2008, o projeto liderado pelo grupo do PSB conhecido no Estado como “Girassóis” repercutiu em toda a Paraíba como exemplo de Governo e de políti-ca que trata os interesses da população com respeito e competência administrativa. O sucesso de sua ges-tão em João Pessoa teve como base sua capacidade de bom gestor dos recursos públicos do Município e as parcerias levadas a bom termo com o Governo do Presidente Lula.

Inspirados no exemplo de Ricardo Coutinho em João Pessoa, em maio de 2009, lançamos um mani-festo anunciando que uma outra Paraíba é possível. Esse documento, subscrito por centenas de lideranças do Partido dos Trabalhadores e do meio sindical e po-pular, convocava o PT e os demais partidos do campo democrático, os movimentos sociais e o próprio Ricardo Coutinho a construírem uma alternativa política de es-querda, viável eleitoralmente, que ganhasse as cabeças e os corações dos paraibanos e paraibanas.

A candidatura de Ricardo Coutinho para o Go-verno do Estado enfrentou muitos percalços, a partir do próprio PT da Paraíba, que dificultou a formação de uma aliança mais à esquerda no espectro políti-co. Erroneamente, a Direção Estadual do PT decidiu apoiar o Governador de plantão, que já tinha 10 anos de gestão, perdendo a oportunidade que a sociedade paraibana vislumbrava de, pela primeira vez, ter um Governador com origem no povo e parte de sua his-tória no PT e na luta sindical, alguém que continua do mesmo lado, embora agora num outro partido da base do Governo Lula.

Ricardo Coutinho venceu as eleições estaduais com o apoio de forças políticas diversas, a exemplo de PSDB – PDT – PPS – DEM – de lideranças sindicais e comunitárias da CPT e do MST e de amplos setores do Partido dos Trabalhadores – e estes, igualmente, renovaram o meu mandato de Deputado Federal. Ricar-do Coutinho e os Girassóis também votaram em Dilma Rousseff para a Presidência da República. Vencemos juntos. Vencemos com o povo da Paraíba.

Ricardo Coutinho foi eleito. E, agora, o que fazer? Que respostas dar a essa pergunta que tanto inquie-ta a humanidade neste último século? Que respos-tas dar ao povo da Paraíba que o escolheu e rompeu com tradições políticas de décadas de privatização do

Estado? Que respostas dar a tantas expectativas de mudanças? Que respostas dar, num ambiente em que as eleições proporcionais, contraditoriamente, fortale-ceram a política de base familiar, na qual pais e avós, irmãs e irmãos, cônjuges, tios e primos construíram mandatos como quem transfere uma herança? Que respostas dar aos vários desafios de um Estado que avança na eleição majoritária, mas nem tanto nas elei-ções proporcionais?

Ricardo Coutinho ganhou as eleições, e nós ven-cemos juntos; Ricardo Coutinho foi eleito, e nós aju-damos a elegê-lo. As perguntas que pairam sobre sua cabeça também pairam sobre as nossas. Queremos ajudá-lo na construção das respostas a tantos desafios; queremos ajudá-lo a governar e já anunciamos que, na condição de Deputado Federal, estamos à dispo-sição do povo da Paraíba e do Governador eleito para todas as lutas que se fizerem necessárias. Queremos participar do Governo, e não simplesmente ocupan-do cargos, mas construindo parcerias com o Governo Dilma, trabalhando no Congresso Nacional para que as políticas públicas saiam do papel e ganhem corpo e vida em benefício da cidadania.

Queremos convencer o Partido dos Trabalhado-res e sua bancada de Deputados Estaduais a apoiar o Governo Ricardo Coutinho. Vamos juntos contribuir para fortalecer seu caráter progressista, participativo e popular.

Queremos estar com Ricardo Coutinho para aju-dar a Paraíba a avançar e superar seus grandes de-safios, que são grandes, num Estado onde 50% das famílias dependem do Programa Bolsa Família e onde crescem os problemas das escolas, que, em grande número, apresentam gravíssimos indicadores no en-sino e na aprendizagem.

Urge enfrentar a doença crônica do clientelismo, do toma lá, dá cá, que permeia os serviços de saú-de na maioria dos Municípios, reproduzindo relações arcaicas de poder. A Paraíba está apavorada ante a violência, que bate recordes nas grandes cidades e já se torna comum nos pequenos Municípios e nas comunidades rurais.

Antes, morar no campo era um sossego; hoje, a violência tomou conta. Nas cidades, crianças, adoles-centes e jovens são dizimados; grupos de extermínio atuam de forma aberta, sem qualquer tipo de puni-ção; jovens são seduzidos pelo crime organizado e, muitas vezes, dele querem sair, mas não conseguem porque no crime organizado a sentença é “ou fica ou morre”, e quem ousa sair sabe que será executado, assassinado.

Não é por acaso que João Pessoa, antes uma cidade pacata, hoje é a quarta Capital no ranking de

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homicídios dolosos, perdendo, entre outras, para Ma-ceió, onde, como mostrou o programa Fantástico do último domingo, um grupo de extermínio dizima mo-radores de rua. Morador de rua não tem mais direito de morar na rua? Tem de ir para o cemitério? É assim que esse grupo pensa. Matam por qualquer coisa, e as pessoas não têm mais sossego.

É preciso cuidar da segurança pública, mas de uma segurança pública que atue principalmente na prevenção, usando dos mecanismos de inteligência para fazer o mapeamento da violência, operar contra o crime e fazer a prevenção. Gasta-se muito menos dando boas condições de trabalho aos policiais, um salário digno e capacitação, respeitando os direitos que eles têm.

Quando candidato, o atual Governador assinou uma lista de compromissos com os policiais civis e militares e, infelizmente, não a cumpriu – depois tra-taremos dessa questão.

A saída para que milhares de paraibanos e parai-banas conquistem autonomia no exercício da cidadania depende de políticas públicas ambiciosas e articuladas entre si e com as diversas políticas do Governo Fede-Governo Fede-ral. Só assim o Estado conquistará desenvolvimento econômico sustentável, elevação da qualidade do en-sino escolar e do acesso à tecnologia, promoção da saúde, melhoria da qualidade de vida, obras estrutu-rantes, segurança pública e garantia de respeito aos direitos humanos.

Tudo isso, entre outras propostas, está no pro-grama de trabalho do Governador eleito, Ricardo Cou-tinho.

Da nossa parte, Sr. Presidente, oferecemos uma primeira sugestão ao companheiro Ricardo Coutinho, que já está trabalhando na montagem de seu futuro Governo.

O Estado Paraíba precisa, em sua estrutura ad-ministrativa, de uma Secretaria de Governo – ou algo equivalente – para dar prioridade à execução de po-líticas públicas voltadas à promoção e à defesa dos direitos humanos, que, sem a ênfase necessária, não serão prioridades de fato.

Nesse sentido, Sr. Presidente, consideramos que aquilo que foi feito em João Pessoa, e que poderá ser ampliado depois do dia 1º de janeiro com o Governo Ricardo Coutinho, propiciará uma nova Paraíba, repre-sentará um salto de qualidade nas políticas públicas e será capaz de tirar o Estado do atraso.

Ao longo das próximas semanas, apresentare-mos ao Governador eleito outras propostas para a boa consecução das políticas públicas no Estado. Também conversaremos sobre as emendas ao Orçamento Geral da União para a Paraíba. Queremos colaborar para que

o novo Governador tenha condição de realizar aquilo que afirmou – “Quero fazer 40 anos em quatro” –, para tirar a Paraíba dessa situação. O Estado não crescia porque duas forças políticas brigavam entre si.

Enquanto os outros Estados recebiam recursos, benefícios, ações, obras, o Presidente Lula era proi-bido de ir à Paraíba, porque, quando convidado pelo Governador da época, o Senador que estava aqui impedia que isso acontecesse. Não dá para continu-ar desse jeito! Isso não é política! Isso é politicagem! Isso é baixaria!

Queremos com fazer que a Paraíba seja respei-tada pelo que tem, pela luta de seu povo, pela resis-tência daquele povo trabalhador. A Paraíba não pode aparecer apenas quando há notícias ruins, ou quando há fatos que desabonem o Estado ou sua população. É preciso cuidar para que possamos ter qualidade de vida para todos.

Em tempo, Sr. Presidente, nenhuma iniciativa do futuro Governo da Paraíba, nenhum projeto, por melho-res que sejam as intenções, será levada a bom termo se não tiver como diretriz mais geral a convicção e o testemunho de uma mudança na cultura política em favor da cidadania, da ética e da construção de um governo republicano.

É essa contribuição, Sras. e Srs. Deputados, que quero ressaltar agora. Tenho certeza de que o Gover-nador Ricardo Coutinho vai assumir no dia 1º de janeiro e de que a sua equipe de transição está fazendo a co-lheita das informações para que ele possa montar não apenas o seu projeto para os próximos 4 anos, mas também uma equipe capaz de realizar o programa de governo que for definido para a Paraíba.

Mas, Sr. Presidente, no tempo que me resta nes-te Grande Expediente, gostaria de tratar de algumas promessas feitas para a Polícia Militar da Paraíba pelo então candidato a Governador José Maranhão. Refiro-me a um compromisso assinado, no qual consta como primeiro ponto, a “promoção de uma segurança pública eficaz e humana para a população, garantindo con-dições dignas de trabalho, não só nos alojamentos, como também na prestação de área dos serviços de segurança”. O povo da Paraíba reclama que isso não aconteceu. Os policiais também.

Segundo ponto: “autonomia operacional e admi-nistrativa para a Polícia Militar, que hoje, infelizmen-te, depende totalmente da Secretaria de Segurança Pública”.

Terceiro, a garantia de infraestrutura para a Polícia Militar com “construção de colégios para a Polícia Mili-tar no território paraibano; início imediato do processo de redenção da Polícia Militar através de construções para a sede dos destacamentos nos Municípios”. Ain-

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da de acordo com o documento, enquanto não fosse entregue essa infraestrutura, seriam “locados imóveis por parte do Governo do Estado para a instalação das ditas sedes, rompendo-se, assim, a dependência com os poderes públicos municipais”. Também estava pre-vista a “instalação do presídio militar com vistas a res-guardar os policiais que estiverem cumprindo sentença judicial”, pois, nos presídios comuns, eles se defrontam com os réus que anteriormente detiveram, o que oca-siona insegurança e flagrante risco de vida.

Quarto, “inamovibilidade dos seus membros por motivo de perseguições”. A propósito, Sr. Presidente, lembro o caso de um policial que foi preso, porque re-solveu se alimentar no local de trabalho e, por isso, foi preso por desobediência, por desacato. Na realidade, o policial estava em momento de folga e tinha o direito de se alimentar.

Continuo: “inamovibilidade dos seus membros por motivo de perseguições políticas, excetuando-se os casos de necessidade premente da sociedade ou por iniciativa do solicitante”. Ainda hoje, há casos de policiais que são removidos para o interior como forma de perseguição e de ameaça.

Consta ainda do documento:

“Obrigatoriedade legal de fornecimento de fardamento, por semestre, para os policiais, pois atualmente chegam a ficar um ano sem receber o dito fardamento.

Obrigatoriedade legal da padronização das cores da bandeira da Paraíba para a Ins-tituição Polícia Militar;

Assistência jurídica, médica e psicoló-gica por batalhão, para policiais e extensiva aos familiares;

Resgate da Licença Especial contada em dobro para reforma, bem como a possibilidade de pecúnia da referida licença, que foi retirada no Governo atual;

Correção imediata e urgente da remune-ração prevista para o Policiamento Ostensivo, que atualmente corresponde a R$12,00 por seis horas de trabalho, o que é um desres-peito com a PM;

Adoção de escalonamento humanizado para o policial, eficiente e seguro para a popu-lação de 12/36 horas e de 24/72 horas;

Política salarial igualitária para ativos e inativos com permanência da paridade, com promoção de uma mesa de negociação a ter por objetivo uma política salarial justa e me-recida para a categoria, que vem perdendo gradativamente muitos dos seus direitos;

Seguro de vida para os policiais milita-res;

Reformulação da lei do merecimento, com a adoção de critérios objetivos e transparentes como elementos inibidores da proteção política para dito benefício;

Reforma do Estatuto da Polícia Militar;Política de valorização da Polícia Militar

feminina com atenção para os seguintes itens – construção de alojamentos femininos, criação das mesmas oportunidades por policiais mili-tares, homens e mulheres; estabelecimento de companhia para mulheres; aumento de número de vagas para as mulheres nos concursos pú-blicos para ingresso na Polícia Militar”.

Esse documento foi subscrito pelo então candida-to a Governador da Paraíba, pela Coligação Paraíba de Futuro e também pelos representantes dos policiais.

Infelizmente, verificamos que não se tornou re-alidade.

Ou seja, é preciso cuidar efetivamente da segu-rança pública. E para isso temos de ter políticas pre-ventivas; proporcionar ao policial condições de exercer sua função, valorizá-lo; garantir ao cidadão o direito de ir e vir sem ser molestado, sem ser violentado, sem ser assaltado, sem ser executado. Enfim, precisamos de políticas públicas que respeitem os direitos huma-nos, que tragam qualidade de vida para a população e segurança como um direito de todos os cidadãos. É o que esperamos do Governador Ricardo Coutinho, a partir do dia 1º de janeiro. Infelizmente, o Governo que aí está, repito, não cumpriu os compromissos que assumiu. Aliás, Sr. Presidente, aqueles que não cum-prirem as promessas feitas nas campanhas devem responder por crime de responsabilidade.

Concedo um aparte à Deputada Fátima Bezerra.A Sra. Fátima Bezerra – Meu colega Deputado

Luiz Couto, quero parabenizá-lo pela brilhante vitória no dia 3 de outubro e dizer da minha alegria, porque, além de sermos colegas nesta Casa, pertencemos ao mesmo partido, comungamos dos mesmos ideais, das mesmas lutas e somos conterrâneos, pois nasci na cidade de Nova Palmeira, onde V.Exa. continua sendo votado. A renovação do seu mandato é muito importante para a nossa luta em favor da justiça social, para o fortalecimento da democracia, da liberdade de expressão. A sua presença na Casa é muito importante para darmos continuidade à luta contra todo e qualquer tipo de opressão ou de preconceito. A renovação de seu mandato é motivo de orgulho não só para os pa-raibanos, mas também para o Brasil. Parabéns!

O SR. LUIZ COUTO – Muito obrigado, Deputa-da Fátima Bezerra. Apesar das dificuldades que tive

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no nosso Estado, quando da campanha, com a graça de Deus e o apoio do povo da Paraíba, consegui ser reeleito com 95.550 votos, sendo o quinto Deputado mais votado. Aliás, quero parabenizá-la porque, em seu Estado, V.Exa. foi a Deputada mais votada, prova de que o povo do Rio Grande do Norte reconhece o seu trabalho.

Quando fui à região do Catolé do Rocha e passei pelo Vale do Seridó, pude constatar o reconhecimento da população a uma Deputada ligada à área da educa-ção, mas que não se esquece dos direitos humanos, dos agentes comunitários de saúde, sempre demos-trando a sua preocupação com a importância de o Go-verno Federal encaminhar projeto instituindo a criação do piso salarial nacional para os agentes comunitários de saúde e para os agentes de combate às endemias. Essa é uma luta que temos travado aqui, bem como a defesa dos demitidos do Governo Collor, buscando o retorno dessas pessoas ao serviço público.

Enfim, toda essa preocupação que V.Exa. e eu temos nos faz receber todas as demandas de direitos humanos, de educação, de infraestrutura, de habita-ção popular, enfim, de tudo. Quase todo mundo nos procura porque somos intérpretes que podem levar ao Governo Federal essas reivindicações.

Parabéns a V.Exa. pela reeleição. Tenho certeza de que estaremos juntos no bom combate, cumprindo o que prometemos durante a campanha eleitoral.

Um abraço a todos. Muito obrigado, Sr. Presidente, pelo tempo que

me concedeu a mais para que pudesse concluir o meu pronunciamento.

O SR. PRESIDENTE (Paes de Lira) – Para uma breve intervenção, concedo a palavra à Deputada Fá-tima Bezerra.

A SRA. FÁTIMA BEZERRA (PT-RN. Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, esta semana, o Congresso Nacio-nal deu importantes passos para a valorização e o de-senvolvimento da cultura de nosso País. No Senado Federal, por exemplo, a Comissão de Educação, Cul-tura e Esporte aprovou na última terça-feira, dia 9, em caráter terminativo, o projeto de lei que institui o Plano Nacional de Cultura (PNC). Tive a honra de ser a Re-latora desse projeto aqui na Câmara dos Deputados, ocasião em que apresentei um substitutivo à proposta. A Relatora, Senadora Marisa Serrano (PSDB-MS), não alterou o nosso substitutivo ao projeto.

Esse projeto, que agora será sancionado pelo Presidente da República, estabelece um novo modelo de gestão da política cultural do País e cria o Sistema Nacional de Informações e Indicadores Culturais.

Faço questão de ressaltar que o objetivo do Pla-no Nacional de Cultura é integrar as iniciativas do po-der público que conduzam à defesa e à valorização do patrimônio cultural. O Plano visa também garantir a produção, promoção e difusão dos bens culturais; a formação de pessoal qualificado para a gestão do se-tor; a democratização do acesso aos bens culturais; e a valorização da diversidade étnica e regional.

Acompanhei e defendi a aprovação do projeto no Senado. O projeto foi uma iniciativa apresentada pelo Deputado Gilmar Machado (PT-MG) e pela ex-Deputada lara Bernardi (PT-SP), que teve como base as sugestões apresentadas durante a 1ª Conferência Nacional de Cultura, realizada em 2005.

Como foram identificadas algumas lacunas da agenda cultural do século XXI, apresentei um substi-tutivo à proposta, incorporando assuntos como a cul-tura digital, a cultura e o desenvolvimento sustentável e o turismo cultural.

Outra ação importante para o estímulo e a divul-gação da cultura em nosso País foi o encontro escla-recedor que tivemos na quarta-feira, dia 10, sobre o projeto Cinema da Cidade, com o Diretor-Presidente da Agência Nacional do Cinema (ANCINE), Manoel Rangel, e outros colegas Parlamentares.

Esse projeto, Sr. Presidente, prevê medidas de financiamento, investimento e desoneração tributária para a instalação de salas de cinema em Municípios de 20 a 100 mil habitantes.

Essa também é mais uma iniciativa do Ministério da Cultura e da ANCINE na direção do fortalecimento da cultura. É uma ação muito oportuna, em face da re-alidade do País, que não dispõe de salas de cinemas na maior parte dos Municípios, sobretudo nas Regiões Norte e Nordeste.

É importante ressaltar que, para participar, as Prefeituras devem se inscrever no edital que será lan-çado pela ANCINE no início de 2011. As Prefeituras também devem disponibilizar um imóvel para a ins-talação ou recuperação das salas de cinema e apre-sentar o projeto à Agência Nacional de Cinema. Uma vez contemplada, a Prefeitura deverá selecionar, por edital público, uma empresa exibidora para a gestão do complexo.

Só para se ter uma ideia, Sr. Presidente, de acor-do com a ANCINE, o Brasil tem 1.371 Municípios com população entre 20 mil e 100 mil habitantes. Desses, apenas 194 têm salas de cinema – 14,15% do total. Daí a importância desse projeto, que visa à promoção da cultura do cinema em nosso País; uma cultura que, infelizmente, vem sendo desestimulada nas pequenas e médias cidades do Brasil.

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Além do projeto Cinema da Cidade, outra mobili-zação cultural realizada pela Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados foi o seminário que debateu o Programa Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura. O PROCULTURA pretende fortalecer o orça-mento destinado ao setor, simplificar os procedimentos destinados à captação de recursos, além de facilitar a parceria entre a sociedade e o setor cultural.

A Comissão de Educação realizou audiências públicas em 19 Capitais e outras cidades importantes. Participaram dessas audiências aproximadamente 14 mil pessoas, que contribuíram com mais de 2 mil pro-postas ao projeto. Tem sido essa a participação da so-ciedade civil, que vem consolidando o desenvolvimento e o reconhecimento do acesso, produção e promoção da cultura como um direito, nas mesmas condições da saúde e da educação.

Portanto, o PROCULTURA e outras iniciativas já aprovadas ou que tramitam no Congresso Nacional vão impulsionar o setor cultural nos próximos anos. Nos últimos anos a cultura tem-se beneficiado de muitas ações debatidas e aprovadas no Parlamento. Com a aprovação do Plano Nacional de Cultura e do PROCULTURA, a cultura brasileira terá o tratamento digno que merece.

Hoje, no Brasil, segundo declaração do Secre-tário Executivo do Ministério da Cultura, Alfredo Ma-nevy, presente no debate, Estados como Tocantins e Roraima não conseguem captar recursos junto à ini-ciativa privada, enquanto outras Unidades da Fede-ração, como Rio de Janeiro e São Paulo, ficam com 34,62% e 34,79% dos recursos captados pela atual Lei de Incentivo à cultura, a Lei Rouanet. O Secretá-rio afirmou que o PROCULTURA pretende aumentar a participação da iniciativa privada no financiamento do setor cultural. Disse ele: “Hoje, 90% dos recursos para a cultura são públicos, 5% veem de empresas privadas e outros 5%, de empresas estatais. Pretende-mos aumentar para 20% a participação das empresas, sem diminuir o montante de recursos investidos pelo Ministério da Cultura”.

Chico Simões, coordenador da Rede Escola Viva, movimento que defende a inserção de práticas culturais no ensino da educação, afirmou que o PROCULTURA vai facilitar o acesso das populações marginalizadas aos bens culturais. Disse ele: “Acredito que esse novo programa vai criar novos espaços para os artistas e produtores culturais demonstrarem o seu trabalho e, com isso, aproximar a cultura das pessoas que hoje não têm acesso às manifestações culturais”.

O substitutivo da Deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) ao projeto de lei que cria o PROCULTURA já foi apresentado na Comissão de Educação e Cultura e

aguarda prazo para a apresentação de emendas ao texto.

Era isso que tinha a dizer, Sr. Presidente.

Durante o discurso da Sra. Fátima Be-zerra, o Sr. Paes de Lira, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presi-dência, que é ocupada pelo Sr. Luiz Couto, § 2º do art. 18 do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra ao segundo orador do Grande Expediente, Deputado Carlos Bezerra, do PMDB de Mato Grosso. S.Exa. dispõe de até 25 minutos.

O SR. CARLOS BEZERRA (Bloco/PMDB-MT. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ocupo hoje a tribuna desta Casa, mais uma vez, com muita honra.

Primeiramente, gostaria de agradecer aos qua-se 100 mil eleitores mato-grossenses que confiaram em mim e me deram o seu voto para que eu cumpra aqui um novo mandato, a partir de fevereiro do ano que vem.

Como sempre fiz, vou corresponder à confiança da sociedade mato-grossense, particularmente dos eleitores do meu Estado, e da militância do meu par-tido, o PMDB – do qual sou um dos fundadores, com muito trabalho e dedicação.

Aproveito a oportunidade para parabenizar o Go-vernador do Estado, Silval Barbosa, dos quadros do nosso PMDB – pela reeleição, com o apoio da nossa militância e dos partidos coligados. Ele governará Mato Grosso pelos próximos 4 anos, com o apoio da grande maioria das bancadas estadual e federal.

À candidata eleita Presidente da República, Dil-ma Rousseff, parabéns pela grande vitória, juntamente com o Vice-Presidente, nosso líder e companheiro do PMDB – Deputado Michel Temer.

A vitória de Dilma Rousseff e de Michel Temer significa a continuidade do desenvolvimento econômico e social do Brasil, tão bem iniciado e conduzido pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Para o meu Estado de Mato Grosso e a Região Centro-Oeste em geral, Dilma Rousseff e Michel Temer representam a renovação da esperança.

Dilma Rousseff é uma mulher firme e determi-nada, confiante, de excelente perfil técnico e politica-mente muito bem preparada. Mostrou sua eficiência em várias gestões do Governo Lula, a exemplo do en-caminhamento do Luz para Todos, o maior programa de inclusão energética do País e um dos maiores do mundo. Só em Mato Grosso, o Luz para Todos bene-ficiou cerca de 130 mil famílias.

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A Presidente Dilma terá na pessoa de Michel Te-mer um aliado. O Vice-Presidente possui uma história de serviços prestados ao País como homem público. Ele é preparado, amadurecido para ajudá-la a gover-nar o Brasil.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero falar sobre a Região Centro-Oeste. Há muito tempo, na condição de Governador de Mato Grosso e de Se-nador da República, defendi um maior entrosamento entre os Estados do Centro-Oeste. Eles viviam de costas uns para os outros e não se integravam. O Centro-Oeste é uma das regiões de maior potencial econômico do País.

Para se ter ideia, somente Mato Grosso tem con-dições de produzir essa safra de cerca de 100 milhões de toneladas de grãos que o Brasil colhe hoje. Mesmo sem estrutura e sem o apoio adequado, o nosso Esta-do, hoje, é o maior produtor de grãos do País, como a soja e o algodão, e está se tornando o maior produtor de milho. O Estado também se destaca na suinocultu-ra, na avicultura e na bovinocultura e em outros itens que, cada vez mais, se tornam essenciais no Brasil e no mundo, uma vez que a carência de alimentos é cada vez maior.

Na condição de Senador, iniciamos um programa chamado PRODECO e o levamos ao então Presidente Fernando Henrique Cardoso para que ele assumisse um compromisso com o Centro-Oeste. O programa visava estruturar a nossa região, desviando o eixo de migração do Nordeste para o Sudeste. Objetivava-se uma migração racionalizada, planejada e não aquela baderna que ocorria no Brasil. São Paulo e Rio de Ja-neiro incharam com a migração do Nordeste. A falta de planejamento no País sempre foi catastrófica.

Nestes 8 anos, o Governo Lula acendeu uma nova luz para todo o Brasil, especialmente para o Centro-Oeste. Primeiro, ele deteve a migração do Nordeste, estancou-a, com os enormes investimentos que o Go-verno Federal fez em todos os Estados nordestinos. O Nordeste vive uma nova realidade social e econômi-ca. O Centro-Oeste agora começa a receber também a estrutura com que sempre sonhou e que recebeu apenas no Governo Getúlio Vargas, que foi o primeiro a olhar para essa região. Agora o Centro-Oeste, com o Governo Lula, passa a receber uma série de obras que vou enumerar aqui.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em 1938, o Presidente Getúlio Vargas indignava-se com as desi-gualdades regionais. Para combater essa injustiça com o Brasil Central e a Amazônia, implementou a Marcha para o Oeste, para incentivar a ocupação humana e o progresso, a exemplo do que já havia ocorrido com os

Estados Unidos, no início do século XIX, no Governo de George Washington.

Hoje, após 72 anos, portanto, a Região Centro-Oeste ainda precisa de muito desenvolvimento para sair da dependência em infraestrutura das Regiões Sul e Sudeste. Mas, temos que admitir, evoluímos bastan-te. E como evoluímos!

Na sua despedida do povo brasileiro, no próximo mês de dezembro, o Presidente Lula deverá entregar, totalmente concluída – essa é a previsão –, a Ferro-via Norte-Sul, obra fenomenal que liga Açailândia, no Maranhão, a Anápolis, no Estado de Goiás.

A Ferrovia Norte-Sul é considerada a maior obra em execução na América Latina, e o Presidente Lula deverá inaugurar os 1.359 quilômetros no final do seu governo. Eu participei da inauguração do primeiro tre-cho dessa ferrovia, quando era Governador de Mato Grosso, a convite do então Presidente Sarney.

O desafio da Norte-Sul foi enfrentado pelo Pre-sidente José Sarney, que construiu os primeiros 100 quilômetros; seguindo com o Presidente Fernando Henrique Cardoso, com outros cento e poucos quilô-metros; totalizando os 1.359 quilômetros concluídos pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O Presidente Lula também anunciou a continua-ção da Norte-Sul, de Anápolis até Estrela d’Oeste, em São Paulo, e a construção da Ferrovia Oeste-Leste, que vai ligar Ilhéus, na Bahia, a Figueirópolis, no Tocantins. Essa é uma luta que vamos encampar no Governo da Presidente Dilma.

É a efetiva ocupação do Centro-Oeste, com de-senvolvimento econômico e social. Hoje, a expansão econômica brasileira está no interior, fruto da visão de estadista do Presidente Getúlio Vargas e, depois, do Presidente Juscelino Kubitschek, quando idealizou o processo de desenvolvimento por meio da integração regional.

A Norte-Sul vai proporcionar redução nos custos com transporte de mercadorias e gerar mais desenvol-vimento ao País, com a oportunidade dos agricultores de colocarem seus produtos em competição para os mercados de todo o mundo.

Concluída a Norte-Sul, o Governo partirá para outro grande empreendimento no setor ferroviário, que é a Ferrovia Oeste-Leste. Ela vai de Ilhéus a Barreiras, na Bahia. O objetivo dessa estrada de ferro é ligar o litoral baiano à Ferrovia Norte-Sul, impulsionando o desenvolvimento do oeste baiano. A Norte-Sul aten-deria às novas áreas produtoras do Maranhão, Piauí e Tocantins.

O primeiro trecho da Oeste-Leste, de cerca de mil quilômetros, está orçado em R$4,4 bilhões; com

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a licitação, em separado, de uma ponte sobre o Rio São Francisco.

É indispensável buscar novas estratégias de po-lítica econômica. São empreendimentos de grande magnitude para a geração de milhares de empregos e de riquezas para o povo brasileiro; um legado de todos nós que fazemos a história desse nosso tempo para o Brasil do futuro.

Outra obra é a FERRONORTE, reconhecida por todos nós no solo mato-grossense como Ferrovia Se-nador Vicente Vuolo, idealizador dela e seu incansável defensor durante sua vida. Confiamos na futura Presi-dente Dilma Rousseff e no apoio do Vice-Presidente Michel Temer para a conclusão dessa ferrovia. É um grande empreendimento para a Região Centro-Oeste e para o Brasil e representa a redenção econômica para o Estado de Mato Grosso.

A história da FERRONORTE teve início em 1901, quando o engenheiro Euclides da Cunha previu a ne-cessidade de se interligar o Centro-Oeste ao Sudeste do País. Teve impulso com o espírito empreendedor do empresário agrícola Olacyr de Moraes, fundador do Grupo Itamarati, e até hoje é uma luta de todos os mato-grossenses.

Eu, particularmente, sempre dediquei especial atenção ao empreendimento, desde quando fui Gover-nador do Estado de Mato Grosso, de 1987 a 1990.

Naquela ocasião, nomeei Vicente Vuolo assessor especial para tratar exclusivamente da ferrovia. Vuolo foi um guerreiro defensor desse complexo ferroviário. Essa luta secular ganhou voz no Congresso Nacional com a posse de Vicente Vuolo como Deputado Federal, em 1975, quando apresentou projeto de lei para inclu-são da ferrovia no Plano Nacional de Viação, ligando o Estado de São Paulo a Cuiabá.

No Senado, participei ativamente da aprovação de recursos do Orçamento da União para as obras de construção da ponte rodoferroviária entre Santa Fé do Sul (São Paulo) e Aparecida do Taboado (Mato Grosso do Sul), viabilizada por uma parceria entre o Governo Federal e o do Estado de São Paulo, finalmente inau-gurada em 29 de maio de 1998, com os primeiros 110 quilômetros de linha indo até o terminal de Inocência, no Estado de Mato Grosso do Sul.

Sr. Presidente, eu era, então, Relator do Orça-mento da União, e ninguém queria tocar na questão dessa ponte. Era uma obra maldita, superfaturada, com inúmeras acusações. Em face da importância da obra – era a maior obra na época, no País –, eu enfrentei tudo isso, como Relator do Orçamento, e coloquei ali mais de 200 milhões de reais. Depois de intensa ne-gociação, a obra foi concluída pelo então Presidente Fernando Henrique Cardoso.

Recentemente, estive com Lula em várias oca-siões, tratando da FERRONORTE. O Presidente tam-bém dedicou atenção especial ao projeto, e hoje as obras para instalação dos trilhos entre Alto Araguaia e Rondonópolis estão a todo vapor. Com os serviços retomados, a previsão é de que até o ano que vem já estejam funcionando os dois novos terminais de car-regamento de grãos planejados para os Municípios de Itiquira e Rondonópolis, com capacidade para receber diariamente a carga de centenas de caminhões.

Trata-se de uma nova perspectiva de desenvolvi-mento econômico e social para Mato Grosso.

A nova Presidente terá o desafio de garantir uma tarifa ferroviária competitiva, já que, hoje, a decisão de preços ainda está nas mãos das concessionárias.

Mais ainda: a chegada da Ferrovia Senador Vi-cente Vuolo a Cuiabá representará incremento ao setor turístico de Mato Grosso, pois os trilhos passam pela região pantaneira.

Para que os trilhos cheguem até Cuiabá, serão necessários mais 200 quilômetros. A proposta é lide-rada pelo Fórum Pró-Ferrovia em Cuiabá, que solicita a inclusão do trecho no Programa de Aceleração do Crescimento – PAC.

Portanto, segue a luta da sociedade mato-gros-sense, encampada pela família do Senador Vicente Vuolo, especialmente na figura de seus filhos Francisco Vuolo, Presidente do Fórum Pró-Ferrovia em Cuiabá, e Vicente Vuolo.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Eco-nômico e Social (BNDES) garantiu recursos para a execução da obra dos trilhos da FERRONORTE, no trecho Alto Araguaia/Rondonópolis, que deverá ficar pronto até 2012.

Em audiência realizada na sede do BNDES, no Rio de Janeiro, o Governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, também conseguiu o compromisso de que os executivos do banco intervenham junto à América Lati-na Logística (ALL) para que haja celeridade e definição quanto à chegada dos trilhos da ferrovia a Cuiabá.

A Ferrovia Senador Vicente Vuolo amplia as possi-bilidades de mercado em Mato Grosso, incrementando ainda o transporte de passageiros.

Grandes polos serão desenvolvidos em todas as áreas do agronegócio com a chegada da FERRONOR-TE. A utilização de ferrovia vai diminuir os custos de transporte da produção e a criação de um porto seco vai facilitar as exportações. Atualmente, o frete rodovi-ário custa entre 40% a 60% do preço final da soja ou do milho, sendo que o custo do transporte ferroviário é de cerca de 60% do transporte rodoviário.

Rondonópolis abrigará o maior terminal da FER-RONORTE, que ainda deverá ligar Campo Grande a

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Cuiabá, Porto Velho e Santarém. Será a era do trans-porte intermodal, tão sonhada por nós.

A previsão é de que, com o terminal de Rondo-nópolis, serão movimentados cerca de 12 milhões de toneladas, o que comprova sua importância econômica. Haverá 7 pátios de cruzamento de trens, circulando a uma velocidade de até 85 quilômetros por hora.

A expectativa de atrair novas indústrias para o Município de Rondonópolis movimentará a economia municipal, que produz cerca de 800 mil toneladas de grãos.

A previsão é de investimentos de R$700 milhões, previstos para até 2012. A extensão total do trecho até Rondonópolis é de 250 quilômetros.

Uma minuta de termo de cooperação foi entregue pelo Governo Federal ao Governador Silval Barbosa, possibilitando a realização, pelo Governo do Estado, do levantamento da viabilidade técnica, ambiental e econômica. Com isso, a chegada da ferrovia à Capital ganha mais força e maior celeridade. O estudo foi via-bilizado após a ação da bancada federal, do Governo do Estado e do Fórum Pró-Ferrovia.

Além da FERRONORTE, outro projeto ferroviá-rio em andamento, e que vai passar por Mato Grosso, é a Ferrovia Centro-Oeste, saindo de Uruaçu (GO) e chegando a Vilhena (RO), passando por importantes cidades mato-grossenses, como Água Boa e Lucas do Rio Verde.

A expectativa é de que o novo trecho impulsione o escoamento da safra mato-grossense, complementando o transporte da produção já realizado pelos terminais de carregamento da FERRONORTE existentes no Estado, em Alto Taquari e Alto Araguaia, que escoam mensalmente cerca de mil toneladas de grãos.

São programas de estratégias de desenvolvimento econômico e social para o Brasil. Além das ferrovias, lutamos ainda para a finalização da duplicação do asfaltamento da BR-163, de Rondonópolis até Sinop, em mais de 700 quilômetros desse que é o principal corredor da produção agropecuária, que barateará os custos para o escoamento da soja pela alternativa do Norte do País, abrindo uma saída para o Atlântico, cortando caminho para a Europa e a Ásia pelo Canal do Panamá.

Recentemente, tivemos a definição da concor-rência pública para a execução das obras da BR-242, ligando o Município de Sorriso à BR-158, beneficiando regiões de alta produtividade agrícola. A construção da BR-242/MT vai promover a ligação entre as rodovias BR-163 e BR-158, no sentido leste-oeste, num inves-timento de cerca de R$150 milhões.

É bom dizer, Sr. Presidente, que Mato Grosso é um Estado continental, um Estado grande, e todas as

rodovias eram no sentido norte-sul. Essa é a primeira rodovia no sentido leste-oeste, que vai interligar todo o sistema rodoviário do Estado.

A efetivação do transporte intermodal virá com a consolidação da hidrovia Paraguai-Paraná, com a estruturação dos portos como importante via de trans-porte da produção e, ainda, com a implantação das hidrovias Araguaia/Teles Pires, Teles Pires/Tapajós, Juruena/Tapajós e Paraguai/Paraná.

Eu não poderia deixar de trazer novamente a esta tribuna, nobres colegas, a questão da implantação das Zonas de Processamento de Exportação – ZPEs.

Dados da Organização Internacional do Trabalho mostram que atualmente mais de cem países utilizam Zonas de Processamento de Exportação. Essas ZPEs empregam mais de 60 milhões de pessoas – cerca de 40 milhões somente na China. A China utiliza isso com maestria. Ela é o que é no mercado mundial, hoje, graças às ZPEs, que o Brasil não soube utilizar até agora.

No Brasil, 17 ZPEs estão autorizadas para im-plantação; entre elas a de Mato Grosso, localizada no Município de Cáceres. Foi uma luta minha, quando eu era Governador; e o Presidente Sarney concedeu a autorização. Sua criação remonta ao ano de 1990, ao tempo em que eu era Governador do Estado. Mas só recentemente, entretanto, o Governo Federal es-tabeleceu as bases para o início efetivo do seu fun-cionamento.

As ZPEs são o instrumento mais utilizado no mundo para atrair investimentos estrangeiros voltados para a exportação, colocar as empresas nacionais em igualdade de condições com seus competidores es-trangeiros, criar empregos, aumentar o valor agregado das exportações, fortalecer o balanço de pagamentos, difundir novas tecnologias e práticas mais modernas de gestão e corrigir desequilíbrios regionais. Isso é muito bom para o Nordeste, Sr. Presidente, para a sua Paraíba. É uma alavanca para promover o combate à desigualdade regional, o desenvolvimento das regiões mais pobres do País.

Sras. e Srs. Parlamentares, Mato Grosso com-põe a vanguarda do desenvolvimento do Brasil, com significativa participação na agropecuária, contribuindo para o crescimento do nosso Produto Interno Bruto.

Estudos realizados pelo Conselho Federal de Economia e pelo Conselho Regional de Economia do Distrito Federal, que deram origem ao Mapa da Desi-gualdade Espacial da Renda no Brasil, apontam que a Região Centro-Oeste está cada vez mais próxima do Sul e do Sudeste, quando o assunto é o dinamis-mo econômico.

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Enquanto o Sul e o Sudeste crescem com base na expansão da atividade industrial e da exploração petrolífera, o Centro-Oeste tem como alavanca do seu crescimento o agronegócio, com a expansão dos cam-pos e a instalação de agroindústrias.

Conforme o estudo, o Estado de Mato Grosso, em particular, não só desfruta de um crescimento superior à média nacional, como sua região central possui hoje uma das maiores rendas per capita do País.

Esse desempenho extraordinário pode ainda se tornar mais efetivo a partir da concretização de impor-tantes projetos de infraestrutura que estão em anda-mento, a exemplo da Ferrovia Norte-Sul, da FERRO-NORTE, da BR-163, da BR-364 e das hidrovias.

Assim, a candidata eleita, que foi coordenado-ra do Programa de Aceleração do Crescimento, terá como um dos seus principais desafios finalizar essas obras de transportes, de rodovias e especialmente de ferrovias e hidrovias, que viabilizariam a produção do País com maior eficiência. Os benefícios, comprova-damente, são muito maiores do que os custos.

Sr. Presidente, quero também, neste meu dis-curso, abordar uma outra questão que está afligindo a população de Mato Grosso, um dos Estados que têm o maior contingente de assentamentos de refor-ma agrária no País.

Mato Grosso e Pará lideram a reforma agrária no País. No meu Estado, temos cerca de 550 assentamen-tos, com 90 mil famílias assentadas. Agora, uma recente decisão do INCRA resolveu retirar os assentamentos que estão há 10, 15, 20 anos sem legalização por culpa do Governo Federal, por incompetência do INCRA, por falta de prioridade para a reforma agrária. Nesses as-sentamentos o povo não tem documento ambiental ou de qualquer espécie, nem escrituras das áreas. Agora o INCRA resolve retirar todo mundo e deixar nos as-sentamentos só os “cifrados”. Os outros, aqueles que compraram o lote, terão de ser despejados.

Entendo que essa decisão é irracional. Teriam de examinar primeiro se aquele que comprou o lote e está nele tem característica de cliente da reforma agrá-ria. Se tiver essa característica, deve ser respeitado e mantido na área. Mas não é esse o procedimento que estão adotando no Estado.

Precisamos achar uma solução. O Governador do Estado, a bancada federal e eu estamos empenhados na busca de uma solução que não prejudique tanto mi-lhares e milhares de trabalhadores que estão vivendo uma angústia, na iminência de serem despejados de suas propriedades.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a

palavra pela ordem ao Deputado Fernando Chiarelli.

O SR. FERNANDO CHIARELLI (PDT-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero apenas dizer que, há pouco mais de uma hora, usei da tribuna da Câmara e já iria embora para minha terra natal, mas não estou conseguindo sair do Congresso Nacional, porque estou denunciando que a urna ele-trônica é fraude, é trampa .

Já concedi entrevista a um jornal alemão, a um jornal inglês, e agora um jornal sueco está vindo a esta Casa para que este Deputado possa mostrar a trampa, a mentira que é o sistema eleitoral brasileiro.

É muito interessante o que me disse o jornalista inglês: “Mas, Chiarelli, como vocês aceitam isso, De-putado? Como vocês aceitam uma infantilização desse tamanho?” Outro jornalista disse: “Lá no Paraguai anu-laram a eleição, não anularam, Deputado?” Eu disse: “Sim.” Ele disse: “E aqui?”. Eu disse: “Veremos.”

O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Dando con-tinuidade ao Grande Expediente, o próximo orador inscrito é o Deputado Walter Ihoshi, DEM-SP. S.Exa. dispõe de até 25 minutos.

O SR. WALTER IHOSHI (DEM-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamenta-res, quero manifestar minha imensa alegria e satisfação por estar novamente na tribuna desta Casa, desta vez para prestar contas do meu primeiro mandato. É com muita honra e orgulho que aqui represento mais de 100 mil eleitores do Estado de São Paulo, cidadãos de todo o nosso Estado, em especial da região de Marília, Vale do Ribeira, Grande São Paulo e da comunidade nipo-brasileira.

Esses 4 anos foram marcados por muito apren-dizado e importantes conquistas. Desde que fui eleito, em 2006, nunca deixei de visitar minhas bases elei-torais. Fiz questão de percorrer todos os Municípios onde atuo para conversar com Prefeitos, Vereadores, lideranças comunitárias e conhecer as necessidades e demandas de cada local. Essas visitas renderam obras e benfeitorias em todas essas cidades. Destinei emendas para escolas, APAEs, instituições culturais e filantrópicas, além de obras, como recapeamento, construção de galerias pluviais, praças, quadras polies-portivas e creches. Também consegui recursos para 17 hospitais, unidades básicas de saúde e santas casas. Muitas delas nunca tinham recebido verba federal.

Minha atuação não se restringiu somente a Bra-sília. Por meio de convênios selados com o Governo do Estado de São Paulo, levei programas de inclusão digital e práticas esportivas a crianças carentes de 28 Municípios, além de apoio ao produtor rural, como o programa Melhor Caminho. Consegui livros para bi-bliotecas públicas na Secretaria Estadual da Cultura,

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novos ônibus escolares, ambulâncias e viaturas para bases militares.

Devo dizer aos senhores, do fundo do meu co-ração, que ver o nosso trabalho chegar até a ponta e ajudar milhares de cidadãos não tem preço. É quan-do percebemos que o esforço e a dedicação valem a pena.

Em Brasília, também trabalhamos bastante. Como Vice-Presidente da Comissão de Defesa do Consumi-dor, relatei e defendi projetos de extrema relevância para o nosso País, como a criação do Cadastro Po-sitivo no Brasil, que no momento tramita no Senado Federal. O cadastro positivo é um banco de dados que lista os bons pagadores, oferecendo juros mais baixos em empréstimos bancários e compras parceladas aos cidadãos. É o oposto dos cadastros existentes hoje, como o SPC e SERASA, que listam os clientes que não pagam pontualmente suas dívidas.

O Brasil é um dos poucos países do mundo a trabalhar apenas com um banco de dados negativo. Estados Unidos, França, Argentina, Equador e Méxi-co são algumas das nações a utilizarem, há anos, o cadastro positivo.

Vários países emergentes, como a Austrália, a Nova Zelândia, a China e a África do Sul estão implan-tando o cadastro positivo com vistas ao crescimento sustentado de suas economias.

Dados do Banco Mundial mostram que os países que adotaram o cadastro positivo não só reduziram a inadimplência de maneira expressiva, como diminuí-ram em mais de 40% o índice de desigualdade social com o aumento do acesso ao crédito.

O crédito é o grande financiador da atividade eco-nômica em qualquer economia moderna e competitiva. Ele financia o consumo e a produção, gerando trabalho e renda. O crédito na China representa 102% do PIB, e nos EUA 86%. No Brasil, ele não chega a 33%.

No atual mercado de crédito brasileiro, o bom pagador paga pelo mau pagador. Isso acarreta uma indiscriminada elevação na taxa de juros. Com o ca-dastro positivo, isso não ocorre, já que cada um paga o risco que efetivamente representa.

Outra luta na Comissão de Defesa do Consumi-dor tem sido a busca para solucionar o apagão aéreo. Desde 2007, os aeroportos brasileiros sofrem com atrasos e cancelamentos de vôos. Ontem, inclusive, a Comissão aprovou por unanimidade um requerimento de audiência pública do Deputado Filipe Pereira com o intuito de discutir essa questão. Aproveitei a oportu-nidade para solicitar ao nobre colega que convidasse um representante do Ministério Público de Marília para participar da discussão, pois, desde o dia 19 de outubro Marília vem sofrendo um sério apagão aéreo.

Em 15 dias, mais de 14 vôos na rota Marília/São Paulo foram cancelados pelas companhias que ope-ram na região. A falta de infraestrutura apropriada do aeroporto foi apontada como uma das responsáveis pela situação, em reunião ocorrida no dia 5 de novem-bro no Município. Segundo o advogado da TAM, atual controladora da Pantanal, com um aeroporto melhor, a cidade poderia ser incluída, provisoriamente, nas rotas de aviões maiores da empresa, como o Airbus, com capacidade para 150 pessoas. Mas, devido à atual estrutura, pousos da TAM estão descartados.

Marília faz parte de uma rota comercial extre-mamente importante no Estado de São Paulo, e não podemos deixá-la na forma em que se encontra hoje. Compromissos profissionais e pessoais estão sendo prejudicados por conta desse apagão. Temos que au-mentar o fluxo aéreo de Marília, e não o contrário.

Assunto que também me tem preocupado é o da Medida Provisória nº 497, de 2010. Ela trata de proje-tos e investimentos para a Copa do Mundo, mas, no meio do seu texto, especificamente, o art. 22 prevê o aumento de impostos que atinge diversos setores produtivos, como o de cosméticos, água mineral, me-dicamentos e combustíveis carburantes.

O artigo equipara o produtor ou fabricante, para fins da incidência da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, à comercial atacadista que adquirir de pessoa jurídica com a qual mantenha relação de inter-dependência produtos por esta produzidos, fabricados ou importados.

Hoje, os fabricantes de produtos capilares, prote-tor solar, desodorantes, cremes dentais e sabonetes, por exemplo, operam no regime monofásico do PIS e da COFINS. Nesse regime, a tributação é concentrada no produtor ou importador, e as etapas seguintes da cadeia têm alíquota zero. Se o art. 22 não for excluído da medida provisória, as distribuidoras passarão a pa-gar esses impostos, causando uma série de prejuízos para o segmento de beleza.

Além de haver um aumento de até 15% no valor dos produtos ao consumidor final, o impacto também será grande para os fornecedores, que correm o risco de haver queda no volume de pedidos. O crescimen-to do setor de cosméticos tem ocorrido graças ao au-mento de consumo, gerado pela redução de preços. Quando o consumo cai, as contratações formais e os investimentos também caem, porque as empresas e o comércio precisam fazer ajustes internos para hon-rar suas contas. Com a incidência sobre o comércio atacadista, todos perderão. Por ser contra o aumento da carga tributária, apresentei em agosto uma emen-da supressiva a esse artigo. A medida provisória será apreciada na semana que vem.

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O segmento de cosméticos e da beleza é um nicho que conheço muito bem e que defendo com veemência no Congresso Nacional. Desde muito jo-vem, transito entre os empreendedores e profissionais dessa área. É por isso que conheço o sonho antigo dos cabeleireiros, manicures, pedicures, barbeiros, depiladores e maquiadores de terem suas profissões regulamentadas.

Quando cheguei a esta Casa, encontrei um pro-jeto que regulamentava as profissões do setor de be-leza parado há mais de 5 anos. Após muito trabalho, conseguimos fazê-lo andar novamente. Aprovamos o projeto na Câmara e depois no Senado. Agora, o Pro-jeto de Lei nº 112, de 2007, aguarda no Senado para ser votado.

Em abril, solicitei ao Presidente José Sarney, junto com a nobre Senadora Rosalba Ciarlini, Governadora eleita pelo Estado do Rio Grande do Norte, a inclusão do projeto na pauta de votações do Plenário. Na oca-sião, expliquei ao Presidente Sarney a importância da aprovação desse projeto para o setor e o País. Res-saltei ser uma luta de mais de 30 anos. Dezenas de Parlamentares tentaram levar adiante esse projeto ao longo de anos e não conseguiram. Se aprovado, mais de 8 milhões de trabalhadores serão beneficiados em todo o Brasil, sem contar que, com a regulamentação, os consumidores também serão favorecidos, uma vez que os profissionais se qualificarão melhor.

Sensibilizado, o Presidente José Sarney se com-prometeu a votar o projeto ainda este ano. Cerca de 30 empreendedores e profissionais do setor acompa-nharam esta reunião, realizada no Senado.

Além de atuar na Comissão de Defesa do Con-sumidor e de lutar pelo setor de beleza, atuei na Co-missão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional e no Grupo Parlamentar Brasil-Japão, o qual tive a honra de presidir. Tanto na Comissão quanto no grupo, um dos meus maiores objetivos foi fortalecer as relações entre Brasil e Japão, firmar acordos de cooperação bilateral entre os 2 países e auxiliar os brasileiros re-sidentes no exterior.

Em agosto, celebramos uma das maiores con-quistas na relação entre essas duas nações. Após 5 anos de negociação, Brasil e Japão assinaram o acor-do previdenciário, que beneficiará 250 mil brasileiros residentes no Japão e cerca de 100 mil japoneses re-sidentes no Brasil.

Parabéns e obrigado, Ministro José Eduardo Ga-bas, Ministro da Previdência que se empenhou pes-soalmente, com toda a equipe do Itamaraty, para que esse sonho pudesse se tornar realidade.

Milhares de brasileiros trabalham durante anos ou décadas no Japão e pagam devidamente os seus

impostos, pois a contribuição para a Previdência japo-nesa tornou-se obrigatória mesmo para estrangeiros. Quando os compatriotas retornam ao Brasil, recebem uma quantia por três anos de contribuição, ainda que trabalhem mais tempo, o que representa, segundo a legislação japonesa, quitação total dos direitos previ-denciários. Com esse acordo, a contribuição pelo tempo de trabalho no Japão será contabilizada e reconhecida para a aposentadoria no Brasil e, aos brasileiros que optarem por ficar no Japão, haverá pagamento pro-porcional da aposentadoria pela Previdência japone-sa. A assinatura desse convênio é uma vitória e nos próximos meses deverá ser ratificada pelo Parlamento dos dois países.

Aproveito a ocasião para agradecer ao ex-Embai-xador do Japão no Brasil, Sr. Ken Shimanouchi, com quem tive a sorte e a alegria de poder trabalhar, por todo o apoio e orientação oferecidos em sua estada em Brasília. O Embaixador Shimanouchi foi um dos parceiros nas relações Brasil-Japão, foi um amigo de todas as horas, que ajudou o Grupo Parlamentar e a comunidade nipo-brasileira de maneira extraordinária, em especial durante as comemorações do Centenário da Imigração Japonesa. Ele finalizou sua missão no início deste semestre. Neste momento, eu gostaria de dar as boas-vindas ao novo Embaixador do Japão no Brasil, Akira Miwa. Tenho certeza de que juntos fare-mos um grande trabalho e alcançaremos importantes objetivos.

Nesta primeira Legislatura, relatei, defendi e tam-bém apresentei requerimentos e projetos de lei. Dentre eles, o PL 791, de 2007, que permite às autoridades consulares celebrarem a separação e o divórcio con-sensual de brasileiros no exterior, e que pode ser apro-vado pelo Congresso Nacional ainda este ano.

Com a aprovação deste projeto, a lavratura da escritura pública facilitará a dissolução do matrimô-nio. O mesmo já acontece no Brasil, conforme a Lei nº 11.441, de janeiro de 2007. Hoje, separações con-sensuais podem ser feitas em cartórios de notas e ofícios. O nosso objetivo é apenas estender a lei aos brasileiros que moram fora do País.

Antes de finalizar este pronunciamento, quero cumprimentar o Governador eleito Geraldo Alckmin pela vitória e desejar boa sorte neste novo mandato. Quero parabenizar ainda o Prefeito da nossa Capital, Gilberto Kassab, pela atuação exemplar e, sobretudo, pela coragem de transformar São Paulo em uma ci-dade melhor. Não tenho dúvidas de que sua parceria com o Governador Geraldo Alckmin vai gerar muitos benefícios à população, como foi gerada no Governo de José Serra. Cumprimento, também, o Senador elei-to Aloysio Nunes, parceiro essencial para a realização

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de centenas de projetos como Chefe da Casa Civil do Estado de São Paulo.

Para concluir, quero agradecer profundamente pelos 104.400 votos obtidos nas últimas eleições. Rea-firmo aqui meu comprometimento à sociedade brasileira com o trabalho, a ética e toda dedicação em busca de um Brasil mais justo. Renovo minhas esperanças com a confiança de que a boa política pode, aos poucos, transformar nossa sociedade e fazer do Brasil o País dos nossos sonhos. O trabalho continua.

Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo

a palavra, continuando o Grande Expediente, ao De-putado Domingos Dutra, do PT do Maranhão. V.Exa. dispõe de até 25 minutos.

O SR. DOMINGOS DUTRA (PT-MA. Sem revi-são do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Luiz Couto, parabéns pela renovação do mandato. Sei que V.Exa. enfrentou na Paraíba uma dificuldade muito parecida com a minha no Estado do Maranhão. Mas nós 2 es-capamos, graças a Deus e à sabedoria do nosso povo. Não é pura coincidência que nós 2 somos do Nordeste: um da Paraíba e o outro do Maranhão.

Sr. Presidente, venho a esta tribuna hoje para di-zer ao Brasil e informar à população do Maranhão que, ontem, a Comissão de Direitos Humanos aprovou um requerimento de minha autoria, com o voto de V.Exa., para que os Parlamentares membros desta Comissão possam ir ao Maranhão, diante da gravidade da situa-ção da segurança pública no Estado.

O Maranhão, hoje, é um barril de pólvora. Só este ano, cerca de 12 pessoas foram assassinadas pela pistolagem no Estado, uma prática que imaginávamos já ter sido abolida.

Este ano, só na Região Metropolitana de São Luís, que envolve São Luís, Paço do Lumiar, São José de Ribamar e Raposa, 68 pessoas foram assassinadas.

Este ano, só na cidade de São Luís, mais de 34 mil ocorrências criminais foram feitas na Capital do Estado.

No dia 30 de outubro deste ano, foi assassinado, na cidade de São Vicente Ferrer, o líder Flaviano Pinto Neto, da Comunidade Quilombola de Charco, que já vivia perambulando pelos órgãos estaduais e pelo IN-CRA, na busca de solução para o problema fundiário. A lerdeza das autoridades teve como consequência o assassinato covarde por pistoleiros dessa liderança quilombola.

O requerimento, também, Sr. Presidente, esta-belece que esta Comissão vai verificar a situação do assassinato do cabo da Polícia Militar Paulino José Sodré. Este cabo da Polícia Militar foi assassinado por outros policiais no dia 29 de maio de 2010, à noite,

em um bairro de São Luís, próximo a um terminal. E os militares que atiraram no cabo Paulino José Sodré alegaram que reagiram a uma reação dele.

Passados 6 meses desse assassinato, a delega-da que preside o inquérito tem encontrado dificulda-des para concluí-lo, porque a versão dos policiais foi desmontada nas investigações. Tudo leva a crer que aquele cabo da Polícia Militar foi executado. A família, do Município de Urbano Santos, está temerosa, não tem obtido respostas. Desejo uma investigação isenta, com conclusões sobre aquele assassinato. A delegada solicita que peritos de fora concluam a perícia. Como o fato ocorreu de madrugada, as provas principais serão periciais. Pelas provas colhidas até o momento, tudo indica que o Cabo Paulino José Sodré foi executado pela Polícia Militar, pelos seus colegas, em circunstân-cia que é preciso desvendar. A Profa. Nilza, que neste momento está em Urbano Santos, o seu esposo, Vere-ador, e outros comunitários esperam uma investigação isenta, uma resposta rápida para solucionar o caso do assassinato do cabo Sodré.

Em março de 2007, foi assassinado mais um Pre-feito do Maranhão, conhecido como Bertim. Seu nome é Raimundo Bartolomeu dos Santos Aguiar, da cidade de Presidente Vargas. Sr. Presidente, V.Exa. era Presi-dente da Comissão de Direitos Humanos. A Comissão acolheu requerimento de minha autoria. Estivemos lá junto com o Deputado Carlos Brandão, o Deputado Es-tadual Rubens Pereira Jr. e a Deputada Helena Heluy. A polícia avançou nas investigações. Alguns acusados, militares, foram presos. Entretanto, passados 3 anos, todos os acusados estão soltos.

Recentemente, apareceu uma nova versão de que um outro grupo teria assassinado o Prefeito Ber-tim. Na verdade, a única testemunha ocular daquele assassinato, Pedro Pereira de Albuquerque, chamado Pedro Pote, assessor do Prefeito, que estava no banco do passageiro, continua afirmando que quem assassi-nou o Prefeito Bertim foram aqueles policiais indiciados inicialmente e que foram presos. Hoje, Sr. Presidente, Deputado Luiz Couto, a única testemunha ocular do fato, Pedro Pote, está sem proteção policial.

Durante esse recesso devido às eleições, houve uma audiência, na cidade de São José de Ribamar, conduzida pelo Dr. Márcio, sobre essa segunda versão supostamente dada para o assassinato do Prefeito. Pe-dro Pote foi testemunha e lá, de forma muito emociona-da, pediu ao juiz, pediu ao Ministério Público proteção, porque corre risco de morte. É a única testemunha e não há proteção policial diante de um crime que tem também como acusado policiais militares.

O último objeto do requerimento aprovado ontem é examinar as causas e as consequências da carnificina

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no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, ocorrida na segunda e na terça-feira. Foram mortas 18 pessoas. Dessas 18, Sr. Presidente, 3 foram decapitadas. Cenas horríveis! Seguramente, as execuções ocorridas em Pe-drinhas, no Maranhão, representam a maior carnificina ocorrida em presídios depois de Carandiru.

Nós precisamos examinar as consequências, porque as causas, Sr. Presidente, estão no relatório da CPI. Todas as causas que levaram à rebelião no Maranhão estão devidamente relacionadas no relató-rio que V.Exa. também ajudou a fazer. Além do relató-rio escrito, com 580 páginas, nós produzimos um VT de 25 minutos que revela ao Brasil o inferno. Não há outra qualificação para o Sistema Carcerário Brasilei-ro que não seja a de inferno. V.Exa., que é religioso, que é padre – eu também sou religioso, mas sou leigo –, sabe que o inferno é o pior lugar que pode existir. Pois o pior lugar que há no Brasil, seguramente, são os presídios brasileiros.

Quais foram as causas das rebeliões no Mara-nhão? Falta d’água. Há 25 dias que não havia água, segundo a imprensa, no presídio. Causa da rebelião: alimentação deficiente, ruim, de péssima qualidade. Nós descobrimos, durante a CPI, aqui no entorno de Brasília, que a alimentação, que custava R$12,00 per capita, se resumia a arroz e carne de soja. Causa da rebelião: superlotação, que é a mãe de todos os proble-mas dos presídios brasileiros; atraso na condução dos processos; visitas feitas de forma coletiva, num pátio. Portanto, todas as causas que levaram à essa carnifi-cina são de conhecimento das autoridades públicas.

Estas causas não são comuns apenas no Ma-ranhão, mas em todo o Brasil. Portanto, lamentamos. Quando estive no Maranhão, elenquei o presídio de Pedrinhas entre os 10 piores do Brasil. E, passado mais de 1 ano, nós nos deparamos com as mesmas situações, com as mesmas violências.

O Maranhão é o Estado onde mais morrem pre-sos no interior dos estabelecimentos penais. E talvez seja o Estado onde mais se assassinam presos depois que saem da cadeia.

O que houve no Maranhão foi uma carnificina anunciada. Todo o mundo sabe da situação precária, caótica do sistema carcerário brasileiro, do sistema carcerário do Estado do Maranhão.

Curiosamente, o Secretário de Segurança, Sr. Aluísio, estranha a causa da rebelião. Ele atribui o fato a agentes de fora, a fantasmas que mobilizaram aque-les presos a se rebelarem com uma violência nunca vista num presídio brasileiro.

Espero que a Comissão de Direitos Humanos vá ao Maranhão, na próxima quinta-feira, para que, na quinta e na sexta-feira, mantenham contato com as

autoridades, vá ao presídio e, talvez, a São Vicente Ferrer, conversar com Pedro Pote, conversar com os familiares do Cabo Sodré, para que esses fatos não fiquem na impunidade.

E não estamos nos preocupando só com os pre-sos, porque, infelizmente, há uma visão deformada de que preso tem de ser tratado como bicho. Aliás, os presos brasileiros são tratados pior do que bicho, por-que conheço muita gente que banha seu poodle com xampu, que dá filé para cachorro. Portanto, os presos brasileiros são tratados pior do que bicho, porque são torturados, não há ressocialização, não há espaço fí-sico. Espero que a Comissão vá ao Maranhão.

Deputado Luiz Couto, espero que não tenhamos que investigar um outro caso, porque, neste momento, na aldeia Guajajara, no Município do Barra do Corda, os índios estão rebelados desde sábado. Balearam 1 delegado, 5 índios também foram baleados, não dei-xam ninguém passar, carretas estão em filas, de um lado e de outro, por uma reivindicação muito simples: não repassaram o dinheiro para as escolas indígenas. O dinheiro não foi repassado, segundo os índios. Ve-mos índios rebelados. Ora não passam dinheiro para a educação, ora a FUNASA não trata da saúde. E nós nos deparamos com um quadro desses de insegurança absoluta para a população maranhense.

Espero que os Deputados que se colocaram à disposição...

Vou conceder o aparte a V.Exa., Deputado Marcio Junqueira. Eu o convido a voltar ao Maranhão, desta vez não para ir ao CESTE ver a também violação dos direitos humanos na região da hidrelétrica de Estreito, mas essas violações que envolvem vidas humanas.

Concedo o aparte a V.Exa. com todo o prazer.O Sr. Marcio Junqueira – Deputado Domingos

Dutra, primeiro quero dizer que para mim será motivo de muita alegria voltar ao Maranhão em sua compa-nhia, já que não só eu, mas a população do Maranhão e do Brasil reconhece o grande trabalho que V.Exa. de-senvolve junto a esses que mais precisam, que estão sem voz. Estive lá in loco e pude constatar a sua pre-ocupação legítima em relação às pessoas que estão sendo afetadas na construção daquela barragem. Na-turalmente que agora, ao término das eleições, iremos encaminhar o nosso relatório, que provavelmente será muito parecido com a sua avaliação. Mas pedi o apar-te porque queria parabenizá-lo pelo tema que traz: a questão do Sistema Carcerário Brasileiro. Nos últimos dias, vimos rebeliões no Maranhão, no Amazonas – em Manaus são 3 mortos também – e em Rondônia, e constatamos aquilo que V.Exa., como Relator, tão bem fez. Faço este aparte para reconhecer junto à sociedade brasileira o seu trabalho. V.Exa. fez um grande relatório.

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Se isso está acontecendo, não foi por falta de aviso. O seu relatório foi extremamente subsidiado com muito conteúdo e com provas robustas. V.Exa. esteve in loco na maioria das penitenciárias brasileiras. Quero me juntar a V.Exa. na afirmação de que hoje o preso bra-sileiro vive pior que bicho. Isso é um fato. Quero dizer que reconhecemos e entendemos que V.Exa., com sua maneira verdadeira de ser, com sua ótica de absorver e de entender as necessidades do nosso País, presta um grande serviço à sociedade. Quero parabenizá-lo e solicitar, na condição de cidadão, que continue com sua luta, que continue a mostrar mesmo que não é fácil. V.Exa., que é da base do Governo, tece, hoje, críticas ao Governo, mas críticas construtivas, críticas responsáveis, numa demonstração de que, acima dos interesses político-partidários, tem que estar a vida do povo brasileiro. Parabéns, Deputado Domingos Dutra, pelo preciso pronunciamento.

O SR. DOMINGOS DUTRA – Obrigado, Depu-tado Marcio Junqueira.

Incorporo o seu aparte ao meu pronunciamento e ratifico o convite a V.Exa. para integrar a Comissão.

Fui reeleito nas piores condições em 30 anos de minha vida como petista e como político. E fui eleito, Sr. Deputado Marcio Junqueira, sem pegar uma ban-da de real de empreiteiro, de dono de poder econô-mico, justamente para exercer o mandato a favor dos mais pobres.

Voltando à questão do Maranhão, há horas em que se pergunta: “Tem solução o Sistema Carcerário? A situação do Maranhão tem solução?” Lógico que tem! São duas as soluções, Sr. Presidente: a primei-ra, cumprir a lei.

Pode parecer estranho que eu chegue à tribuna e diga que a primeira solução para a carnificina no Maranhão é cumprir a lei. Temos a Constituição do Brasil, que completou 22 anos. Temos a Lei de Execu-ções Penais, que completou 25 anos. Temos tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário. E o que diz isso, Deputado Flávio Dino?

Primeiro: garantir trabalho aos presos. Oitenta e dois por cento dos presos no Brasil não trabalham! E perguntamos: “Por que os presos não trabalham? Por que a maioria dos presos em Pedrinhas não trabalha? É culpa dos presos?” Não, é culpa do Estado.

Eu me pergunto isso e aponto um detalhe: todos os presos absorvem alimentação. Comem arroz, farinha e milho, tomam café e precisam de açúcar, mas nin-guém produz nada, com tanta terra ao redor. Aqui fica a indagação: não há nenhum preso que se disponha a produzir produtos primários para o abastecimento?

A lei diz que todo preso tem direito à educação, à capacitação. A maioria, 82%, também não estuda.

Se o preso trabalha, a cada 3 dias de trabalho, dimi-nui 1 dia de pena; se o preso estuda, a cada 3 dias de estudo, diminui 1 dia de pena. Oferecer trabalho e educação aos apenados qualifica esse homem e essa mulher para saírem com alguma oportunidade para o mercado de trabalho, diminui o tempo de permanên-cia na cadeia, evita os gastos, evita a superlotação. A Constituição garante o direito à assistência jurídica. A maioria dos presos não têm assistência jurídica. Os processos estão paralisados. O direito de visita é uma humilhação. Então, as soluções existem.

Há outra solução para o caso do Estado do Mara-nhão. Eu elenquei aqui 3 providências. Primeira, subs-tituir o Secretário de Segurança. Aqui, não estou que-rendo fazer política, porque sou do grupo opositor. Não estou fazendo politicagem. Quero ajudar o Governo do Estado do Maranhão, porque não podemos aproveitar tanto sangue para fazer a disputa política.

O Secretário Aluísio foi colocado na Pasta com a saída do Secretário titular. O Secretário Aluísio não tem experiência. Ele era assessor do então Presidente do Senado, Senador José Sarney, cuidava da sua segu-rança. Ele não tem o traquejo, não tem a mobilidade, não tem a legitimidade para cuidar da segurança de 6 milhões de maranhenses.

A Governadora Roseana foi reeleita e está mon-tando o novo governo. Eu espero que ela aproveite a mudança de governo e encontre um secretário de se-gurança, de preferência, da casa. Temos lá o Dr. Nor-dman, que tem uma vida no serviço público e conhece a vida interna da Secretaria.

Portanto, eu me aventuro aqui a sugerir que se substitua o Secretário de Segurança atual por um se-cretário, de preferência, de dentro da corporação, de tal forma que dê conta dos problemas de segurança.

A segunda providência é recriar a Secretaria de Assuntos Penitenciários. Não dá para misturar segu-rança pública com cuidado de presos. No Governo do Jackson havia uma secretaria para cuidar especifica-mente dos presos, como ocorre em todo o País. Mis-turar as duas coisas não dá certo.

E a terceira é valorizar os servidores públicos que trabalham no sistema carcerário do Maranhão.

Vou conceber um aparte a V.Exa., Deputado Flá-vio Dino. Inclusive, o seu irmão foi Secretário dessa Pasta, de Justiça e Cidadania, no sistema penitenciá-rio. Então, fica a sugestão.

E a última sugestão é valorizar os agentes pe-nitenciários, fazer concurso, pagar a eles um salário decente, dar condições de trabalho não só aos agen-tes, mas a todos aqueles que trabalham no interior do sistema carcerário, porque a situação é muito grave. Fui informado de que a maioria das pessoas que tra-

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balham lá são terceirizadas e ganham um terço do que ganha hoje um agente penitenciário, que já ganha mal. Não dá para terceirizar um serviço essencial, que é o que cuida de pessoas encarceradas.

Portanto, ficam aqui essas sugestões para a Governadora Roseana, de tal forma que possamos devolver ao Maranhão a paz e a segurança que todos nós merecemos.

Concedo um aparte ao Deputado Flávio Dino.O Sr. Flávio Dino – Deputado Domingos Dutra,

quero inicialmente cumprimentá-lo pelo exato e preciso pronunciamento em torno dessa problemática da vio-lência no Maranhão. Ouvi atentamente todos os casos abordados: o assassinato de Prefeitos, o assassinato de lideranças camponesas, de trabalhadores – o último ocorrido no Município de São Vicente Ferrer. Tanto eu quanto V.Exa. já fizemos essa denúncia aqui, e agora, na semana que ora finda, ocorreu esse bárbaro caso na Penitenciária de Pedrinhas. Então, eu me associo a essa denúncia, assim como também à necessidade de esta Casa tomar providências. Também apresentei um requerimento, assim como V.Exa. aqui noticia, à Comissão de Direitos Humanos, para que ali se dirija, dada a gravidade do fato, comparável ao lamentável episódio do Carandiru, em São Paulo. Foram 18 mor-tos. Tenho em mão a nota da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Maranhão, subscrita pelo ad-vogado Mário Macieira, Presidente da OAB do nosso Estado, da nossa entidade, que elenca uma série de sugestões, entre as quais estão exatamente essas que V.Exa. está aqui dizendo: a necessidade de apuração das 18 mortes – um agente penitenciário foi gravemen-te ferido, outros se tornaram reféns –; a necessidade da construção de novas unidades prisionais de modo regionalizado para municipalizar a execução da pena; a importância do fortalecimento dos órgãos estatais, entre os quais a Defensoria Pública; a recriação da Se-cretaria de Justiça e Cidadania ou Assuntos Penitenci-ários para cumprir esse papel, tal como V.Exa. acabou de sintetizar. Então, V.Exa. está em ótima companhia. A OAB do Maranhão acabou de divulgar essa posição. Deixo aqui, nesse breve aparte, os meus cumprimen-tos à V.Exa. e à OAB do Maranhão, porque, de modo convergente, propugnam as medidas necessárias ao enfrentamento de tão grave e lamentável episódio na vida maranhense.

O SR. DOMINGOS DUTRA – Deputado Flávio Dino, agradeço a V.Exa e incorporo o seu aparte ao meu pronunciamento.

A Comissão de Direitos Humanos aprovou ontem o deslocamento da diligência. Há a previsão de irmos ao Maranhão na quinta e na sexta-feira. Alguns Depu-

tados já se colocaram à disposição. Solicito a V.Exa, então, que se incorpore ao grupo.

Repito: não há interesse nosso nem de V.Exa de fazer dessa carnificina disputa política. O que quere-mos é que o Maranhão viva em paz. V.Exa está sa-bendo da questão de Grajaú. Hoje, fugiram 20 presos da cidade de Viana. No Maranhão, há um clima de insegurança.

Temos de avançar. Apresentei uma emenda cons-titucional, nos mesmos termos da que o Deputado Rubens Pereira Junior apresentou no Maranhão, que dispõe sobre a municipalização da execução da pena. Não faz sentido uma pessoa condenada em Buriti, mi-nha cidade, a 400 quilômetros de São Luís, cumprir a pena em Pedrinhas. Um dos motivos dessa rebelião, segundo os jornais, é a rivalidade entre o preso da Ca-pital e o preso do interior. Há tratamento diferenciado, uma salada de presos.

Quando observamos qualquer cela neste País afora, vemos, além da superlotação, presos jovens com presos idosos, presos primários com reincidentes, condenados com provisórios, presos de baixa pericu-losidade com presos que não têm mais saída alguma e até homens misturados com mulheres. Portanto, há irresponsabilidade.

No relatório da CPI, de cuja execução pedi à Co-missão de Direitos Humanos se encarregasse, inclu-ímos que é fundamental responsabilizar os gestores do sistema carcerário por improbidade administrativa, isto é, administrativa e criminalmente, de tal forma que gestores do sistema carcerário, Secretários e até Go-vernadores não sejam candidatos, que fiquem inele-gíveis e respondam pelas omissões. Com isso, talvez fatos como esses deixem de ocorrer.

Sr. Presidente, ao defender a humanização do sistema carcerário, estamos não apenas defendendo o cumprimento da lei, dos tratados internacionais de que o Brasil é signatário, da Constituição brasileira, que diz quais são as obrigações do Estado com aque-les que cumprem pena, mas também zelando por nós mesmos que estamos aqui fora, porque parte da vio-lência do País é comandada de dentro dos presídios, pela omissão e ausência do Estado.

A solução dada no Maranhão foi a transferência dos presos para outros Estados. Isso não resolve, só agrava os problemas, além de dificultar as investiga-ções e o acesso dos presos aos parentes.

Ficam registrados, portanto, o meu protesto e a minha contribuição.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Deputado Domingos Dutra, quero parabenizá-lo pelo pronun-ciamento e dizer que é possível humanizar o sistema penitenciário. Temos um exemplo no Estado da Para-

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íba, em Guarabira, onde o juiz coloca os presos para trabalhar, o que conta como progressão.

V.Exa. apresentava na CPI todas as condições para que pudéssemos recuperar o sistema penitenci-ário e ressocializar os que cumprem penas.

O que ocorreu no Maranhão é um sinal de que muitas vezes a CPI realiza a sua investigação, enca-minha solicitação de providências, mas muitas vezes elas não são cumpridas. Daí a importância de cada Comissão Parlamentar de Inquérito criar uma comis-são para acompanhar se aquelas orientações estão sendo seguidas ou não por quem as recebeu.

É importante o que V.Exa. disse. A Comissão de Direitos Humanos é que deve fazer isso. Com certeza, ela fará esse trabalho de verificar se as providências que foram postas naquele relatório foram adotadas ou não pelas diversas autoridades nos Estados. O único problema é que o sistema penitenciário está sempre presente e assusta a todos nós, porque ele não recupe-ra, não ressocializa, não reeduca os apenados. E isso é fundamental para que enfrentemos essa situação.

O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Rodrigo Rollemberg, fu-turo Senador da República pelo Distrito Federal, para uma Comunicação de Liderança, pelo Bloco PSB/PCdoB/PRB.

O SR. RODRIGO ROLLEMBERG (Bloco/PSB-DF. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Presidente Luiz Couto.

Prezadas e prezados Parlamentares, assumo a tribuna nesta tarde para compartilhar com a sociedade brasileira uma significativa notícia divulgada ampla-mente nos telejornais e jornais diários.

Segundo o Relatório UNESCO sobre Ciência 2010, o Brasil passou a ocupar a 13ª colocação en-tre as nações de maior produção científica do mundo, subindo quatro posições no ranking mundial de ava-liação dos países em desenvolvimento científico nos últimos oito anos do Governo do Presidente Lula, pe-ríodo em que o PSB geriu a política de ciência e tec-nologia brasileira.

Quero cumprimentar toda a comunidade científi-ca brasileira por esse grande avanço. De forma muito especial, quero cumprimentar os três Ministros do PSB que ocuparam funções ao longo do Governo do Pre-sidente Lula – o Ministro Roberto Amaral, o Ministro Eduardo Campos e o Ministro Sérgio Rezende –, além de cumprimentar toda a direção da FINEP, do CNPq. De fato, esse é um avanço significativo para o País.

Segundo Vincent Defourny, representante da UNESCO no Brasil, o relatório mostra que, ao lado da clássica tríade que sempre se destaca em ciência e tecnologia – Estados Unidos, Japão e União Europeia

–, há uma crescente importância dos países emergen-tes, como a Coreia do Sul, a Índia, China e também o Brasil, que aparece ainda de forma modesta, mas com um papel que lhe permite crescer e avançar no mundo científico e tecnológico.

No ano de 2000, foram publicados no Brasil 10.251 artigos científicos, pulando para 26.482 em 2008, nú-mero que representa 2,7% na participação mundial de publicações. Entre 2002 e 2008, houve uma variação de 110% no número de trabalhos científicos, ficando acima da média de variação dos países em desenvol-vimento, que foi 105%.

Ainda segundo dados do relatório, o Brasil sal-tou de 71,8 mil pesquisadores, no ano de 2002, para 124.900, em 2007. Na proporção mundial de pesquisa-dores, elevamos o percentual de 1,2% para 1,7%.

Apesar dos avanços comprovados pelos números da UNESCO, o Brasil necessita continuar avançando em investimentos em ciência, tecnologia e inovação.

O Brasil ainda investe próximo de 1% em ciência, tecnologia e inovação. Temos como objetivo chegar a 2% desse investimento.

É fundamental também ampliarmos os investimen-tos na área privada. Grande parte dos investimentos em ciência, tecnologia e inovação do nosso País ainda são financiados pelo Poder Público, são investimentos públicos. Em todos os países desenvolvidos, a partici-pação da iniciativa privada nessa área é muito superior aos percentuais investidos pelo setor público.

É importante transformar o conhecimento produ-zido no País em novas tecnologias, em novos produ-tos. Embora o Brasil esteja bem posicionado, embora pudesse estar bem melhor no âmbito da produção científica, ainda está numa posição muito aquém no que se refere à produção tecnológica.

Portanto, temos esse grande desafio.O Congresso teve uma participação importante

ao aprovar a Lei de Inovação, que permite uma inte-gração maior entre as universidades, os institutos de pesquisa e o setor produtivo, que é onde se produz verdadeiramente a inovação.

Precisamos avançar muito, precisamos criar no Brasil a cultura da inovação, o ambiente da inovação. Para criarmos esse ambiente de inovação, é importante desburocratizarmos as regras, mudarmos a mentalida-de dos gestores públicos, ainda muito presos a uma realidade passada, a uma realidade antiga. Precisamos utilizar o sistema de compras governamentais para ala-vancar o setor de ciência e tecnologia e inovação, os setores tecnológicos. Precisamos também reformar a nossa Lei de Licitações, que não cumpre o papel de dar agilidade à compra de insumos para as pesquisas universitárias e acadêmicas, demorando muito tempo

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nesse procedimento, o que acaba dificultando a capa-cidade de concorrência do Brasil com outros países desenvolvidos científica e tecnologicamente.

De qualquer forma, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é um grande avanço, é um avanço signi-ficativo, reconhecido pela UNESCO, e é um estímulo para o próximo Governo, o da Presidente Dilma.

O Governo do Presidente Lula foi o da retomada do crescimento econômico, da distribuição de renda, da geração de empregos formais. E o grande desafio do Governo da Presidente Dilma é ser conhecido e reconhecido internacionalmente como o governo da inovação, o governo que vai colocar definitivamente o Brasil entre os países mais desenvolvidos do mundo no que se refere à produção científica e tecnológica.

Temos tudo para isso. Temos hoje uma base qua-lificada de cientistas, temos o pré-sal, que vai garantir através do fundo social os recursos necessários para investimentos significativos e regulares em ciência, tecnologia e inovação. Precisamos ter uma política cambial que garanta que os preços dos produtos in-dustrializados no Brasil sejam competitivos no mercado internacional. Não podemos permitir a desindustrializa-ção do País, porque o nosso grande objetivo é aportar conhecimento e valor na produção brasileira, de modo a garantir grande avanço científico e tecnológico, o que vai beneficiar todo o País e, especialmente, as futuras gerações.

Parabéns ao Ministério da Ciência e Tecnologia! Parabéns ao Governo do Presidente Lula!

O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Apresen-tação de proposições.

PROPOSIÇÕES APRESENTADAS

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 518, DE 2010

(Do Sr. Pompeo de Mattos e outros)

Dá nova redação ao caput do art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Tran-sitórias e revoga o § 2º do dispositivo.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se-nado Federal, nos termos do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto cons-titucional:

Art. 1º O caput do art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias passa a vigorar com a se-guinte redação, revogando-se o § 2º do dispositivo:

“Art. 19. Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, da administração direta, autárqui-ca e das fundações públicas, em exercício na

data de início de vigência da legislação que instituir o regime jurídico previsto no caput do art. 39 da Constituição que não tenham sido admitidos na forma regulada no art. 37 da Constituição são considerados estáveis no serviço público.

...............................................................§ 2º REVOGADO” (NR)

Art. 2º Aplica-se a redação atribuída por esta Emenda Constitucional ao caput do art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias exclusivamen-te aos servidores:

I – que tenham permanecido no mesmo órgão a cujos quadros de pessoal pertenciam na data referida no caput do art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, com a redação atribuída por esta Emenda Cons-titucional;

II – cujo vínculo com a administração pú-blica tenha sido originariamente constituído sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho e posteriormente modificado em decorrência da aplicação de norma jurídica editada com o intuito de regulamentar o caput do art. 39 da Constituição.

Parágrafo único. A situação dos servido-res em exercício na data mencionada no inci-so I do caput deste artigo que não cumpram cumulativamente os requisitos enumerados no caput deste artigo permanecerá regida pela redação primitiva do caput do art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.

Art. 3º Esta Emenda Constitucional entra em vi-gor na data de sua publicação.

Justificação

A presente Proposta de Emenda à Constituição tem por finalidade fazer justiça aos servidores públicos admitidos sob regime celetista, e que continuam exer-cendo suas funções de forma satisfatória e continuada ao longo do tempo no mesmo órgão.

Não podemos mais fechar os olhos para esses servidores, das mais diversas categorias e níveis pro-fissionais, que estão na Administração Pública, prin-cipalmente nas prefeituras municipais, de forma legal e legítima.

Quanto ao impacto da proposta, há de se ponderar que o contigente de servidores contemplados é dimi-nuto, pois vem se reduzindo consideravelmente com o próprio decurso do tempo, e que os mesmos estão espalhados por quase todo território nacional.

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A concessão de estabilidade a tais servidores produzirá efeitos positivos tanto em termos sociais quanto administrativos, mediante a garantia de conti-nuidade dos bons serviços prestados.

Além disso, o texto atual do art. 19 do ADCT adota uma data de corte que não se ajusta às neces-sidades atuais. Ao invés de se utilizar como referên-cia a data de vigência da Carta, deve-se adotar como marco resolutivo o início de vigência da lei que instituiu regime jurídico único dos servidores de cada âmbito federativo.

Com base nesses argumentos, pede-se o endos-so dos nobres Pares à presente Proposta de Emenda à Constituição, cujos termos corrigem em sua exata medida a grave e inadvertida injustiça cometida contra os servidores contemplados pela presente iniciativa.

Sala das Sessões, 11 de novembro de 2010. – Deputado Pompeo de Mattos.

CONFERÊNCIA DE ASSINATURAS (53ª Legislatura 2007-2011)

Proposição: PEC 518/10

Ementa: Dá nova redação ao caput do art. 19 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e revoga o § 2º do dispositivo.

Data de Apresentação: 11-11-2010Possui Assinaturas Suficientes: SIMTotais de Assinaturas:Autor da Proposição: Pompeo de Mattos e OutrosConfirmadas: 172Não Conferem: 006Fora do Exercício: 004Repetidas: 005Ilegíveis: 000Retiradas: 000Total: 187

Assinaturas Confirmadas

ABELARDO CAMARINHA PSB SPADEMIR CAMILO PDT MGAELTON FREITAS PR MGALEX CANZIANI PTB PRALEXANDRE SANTOS PMDB RJALICE PORTUGAL PCdoB BAALINE CORRÊA PP SPANDRÉ DE PAULA DEM PEANDRE VARGAS PT PRANÍBAL GOMES PMDB CEANSELMO DE JESUS PT ROANTÔNIO ANDRADE PMDB MGANTONIO BULHÕES PRB SPANTONIO CRUZ PP MS

ANTONIO JOSÉ MEDEIROS PT PIANTÔNIO ROBERTO PV MGARIOSTO HOLANDA PSB CEARNON BEZERRA PTB CEÁTILA LIRA PSB PIAUGUSTO CARVALHO PPS DFAUGUSTO FARIAS PTB ALBERNARDO ARISTON PMDB RJBISPO GÊ TENUTA DEM SPCAPITÃO ASSUMÇÃO PSB ESCARLOS ALBERTO CANUTO PSC ALCARLOS ALBERTO LERÉIA PSDB GOCARLOS MELLES DEM MGCELSO MALDANER PMDB SCCHARLES LUCENA PTB PECHICO DA PRINCESA PR PRCIRO NOGUEIRA PP PICIRO PEDROSA PV MGCLEBER VERDE PRB MACOLBERT MARTINS PMDB BADAMIÃO FELICIANO PDT PBDANIEL ALMEIDA PCdoB BADEVANIR RIBEIRO PT SPDOMINGOS DUTRA PT MADR. TALMIR PV SPEDGAR MOURY PMDB PEEDMAR MOREIRA PR MGEDMILSON VALENTIM PCdoB RJEDUARDO DA FONTE PP PEEDUARDO GOMES PSDB TOEDUARDO VALVERDE PT ROELIENE LIMA PP MTELISMAR PRADO PT MGENIO BACCI PDT RSERNANDES AMORIM PTB ROEUDES XAVIER PT CEEUGÊNIO RABELO PP CEEUNÍCIO OLIVEIRA PMDB CEEVANDRO MILHOMEN PCdoB APFELIPE BORNIER PHS RJFERNANDO CHIARELLI PDT SPFERNANDO DE FABINHO DEM BAFERNANDO NASCIMENTO PT PEFILIPE PEREIRA PSC RJFLÁVIO BEZERRA PRB CEFRANCISCO RODRIGUES DEM RRFRANCISCO TENORIO PMN ALGASTÃO VIEIRA PMDB MAGERALDO PUDIM PR RJGERALDO SIMÕES PT BAGERALDO THADEU PPS MGGILMAR MACHADO PT MGGIOVANNI QUEIROZ PDT PA

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 43007

GIVALDO CARIMBÃO PSB ALGLADSON CAMELI PP ACILDERLEI CORDEIRO PPS ACIRINY LOPES PT ESJACKSON BARRETO PMDB SEJAIME MARTINS PR MGJEFFERSON CAMPOS PSB SPJÔ MORAES PCdoB MGJOÃO DADO PDT SPJOÃO MAGALHÃES PMDB MGJOÃO PAULO CUNHA PT SPJOAQUIM BELTRÃO PMDB ALJORGE KHOURY DEM BAJOSÉ EDUARDO CARDOZO PT SPJOSÉ FERNANDO APARECIDO DE OLIVEIRA PV MGJOSÉ PAULO TÓFFANO PV SPJOVAIR ARANTES PTB GOJÚLIO CESAR DEM PIJÚLIO DELGADO PSB MGJURANDIL JUAREZ PMDB APLAERTE BESSA PSC DFLELO COIMBRA PMDB ESLEONARDO QUINTÃO PMDB MGLEONARDO VILELA PSDB GOLINCOLN PORTELA PR MGLINDOMAR GARÇON PV ROLUCIANA COSTA PR SPLUCIANA GENRO PSOL RSLUIZ BASSUMA PV BALUIZ BITTENCOURT PMDB GOLUIZ CARLOS BUSATO PTB RSMAJOR FÁBIO DEM PBMANATO PDT ESMANOEL JUNIOR PMDB PBMARCELO CASTRO PMDB PIMARCELO SERAFIM PSB AMMÁRCIO FRANÇA PSB SPMARCIO JUNQUEIRA DEM RRMÁRCIO MARINHO PRB BAMARCONDES GADELHA PSC PBMARCOS LIMA PMDB MGMARCOS MEDRADO PDT BAMARIA DO ROSÁRIO PT RSMÁRIO DE OLIVEIRA PSC MGMÁRIO HERINGER PDT MGMILTON MONTI PR SPMOACIR MICHELETTO PMDB PRMOISES AVELINO PMDB TONELSON BORNIER PMDB RJNELSON MARQUEZELLI PTB SPNELSON MEURER PP PRNILSON PINTO PSDB PA

OSMAR JÚNIOR PCdoB PIOSMAR SERRAGLIO PMDB PROSVALDO REIS PMDB TOOTAVIO LEITE PSDB RJPAES LANDIM PTB PIPAULO ABI-ACKEL PSDB MGPAULO HENRIQUE LUSTOSA PMDB CEPAULO PEREIRA DA SILVA PDT SPPAULO PIAU PMDB MGPAULO PIMENTA PT RSPAULO ROBERTO PEREIRA PTB RSPAULO ROCHA PT PAPAULO RUBEM SANTIAGO PDT PEPEDRO NOVAIS PMDB MAPEDRO WILSON PT GOPOMPEO DE MATTOS PDT RSPROFESSOR RUY PAULETTI PSDB RSRATINHO JUNIOR PSC PRRAUL JUNGMANN PPS PEREBECCA GARCIA PP AMREGIS DE OLIVEIRA PSC SPRENATO AMARY PSDB SPRIBAMAR ALVES PSB MARICARDO BERZOINI PT SPROBERTO ALVES PTB SPROBERTO BALESTRA PP GOROBERTO BRITTO PP BAROGERIO LISBOA DEM RJRÔMULO GOUVEIA PSDB PBRUBENS OTONI PT GOSANDES JÚNIOR PP GOSEBASTIÃO BALA ROCHA PDT APSÉRGIO BRITO PSC BASÉRGIO MORAES PTB RSSERGIO PETECÃO PMN ACSEVERIANO ALVES PMDB BASILAS CÂMARA PSC AMTADEU FILIPPELLI PMDB DFTAKAYAMA PSC PRTATICO PTB GOULDURICO PINTO PHS BAVALADARES FILHO PSB SEVALTENIR PEREIRA PSB MTVELOSO PMDB BAVICENTINHO ALVES PR TOVIEIRA DA CUNHA PDT RSVILSON COVATTI PP RSVIRGÍLIO GUIMARÃES PT MGWILSON BRAGA PMDB PBWOLNEY QUEIROZ PDT PEZÉ GERALDO PT PAZÉ GERARDO PMDB CEZEQUINHA MARINHO PSC PA

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Assinaturas que Não Conferem

BONIFÁCIO DE ANDRADA PSDB MGFÉLIX MENDONÇA DEM BAJOSÉ OTÁVIO GERMANO PP RSMAURÍCIO TRINDADE PR BAVITAL DO RÊGO FILHO PMDB PBWELLINGTON ROBERTO PR PB

Assinaturas de Deputados(as) fora do Exercício

FERNANDO GONÇALVES PTB RJJERÔNIMO REIS DEM SELEONARDO PICCIANI PMDB RJNATAN DONADON PMDB RO

Assinaturas Repetidas

CIRO PEDROSA PV MGDEVANIR RIBEIRO PT SPELIENE LIMA PP MTMANATO PDT ESVALADARES FILHO PSB SE

PROJETO DE LEI Nº 7.889, DE 2010 (Do Sr. Vitor Penido)

Altera o art. 188 da Lei de Registros Públicos.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º. Esta Lei reduz o prazo para o processa-

mento do registro de imóveis.Art. 2º. O art. 188 da Lei nº 6.015, de 31 de de-

zembro de 1973, passa a vigorar com a seguinte re-dação:

“Art. 188. Protocolizado o título, proceder-se-á ao registro, dentro do prazo de quinze dias, salvo nos casos previstos nos artigos seguintes.” (NR)

Art. 3º. Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.

Justificação

O art. 188 da Lei de Registro Públicos fixa o prazo de trinta dias para que o Cartório de Registro de Imóveis proceda ao registro de um determinado imóvel.

Ocorre que este prazo foi fixado na década de 70 do século passado, quando a comunicação era muito difícil, o país não possuía a estrutura de hoje, nem, tampouco, havia informatização.

Considerando-se a velocidade da comunicação nos dias de hoje, torna-se imperiosa a revisão do pra-zo legal.

Inúmeros são os cidadãos que dependem da redu-ção desse prazo, visto que vários realizam a aquisição imobiliária através do Sistema Financeiro Habitacional

(SFH) e muitas aquisições deixam de se concretizar em face do prazo prolongado, já que o alienante recebe o preço somente após a conclusão do registro.

Por essas razões, conto com o apoio dos ilustres Pares para a conversão deste projeto em lei.

Sala das Sessões, 11 de novembro de 2010. – Deputado Vitor Penido.

PROJETO DE LEI Nº 7.890, DE 2010 (Do Sr. Roberto Santiago)

Dispõe sobre o ensino e a prática de artes marciais e de lutas.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Entende-se como arte marcial, para os

efeitos desta lei, o conjunto de regras e preceitos desti-nados à perfeita execução de atividades técnicas que, embora originadas de práticas guerreiras milenares, voltam-se para os aspectos filosóficos e sociais, des-tinando-se à educação geral, à formação do caráter, à manutenção da saúde física e psíquica e à defesa pessoal dos praticantes, assim como ao desenvolvi-mento do espírito de compreensão e harmonia entre os homens e entre todos os seres vivos.

§ 1º As atividades de que trata o caput deste artigo podem ser competitivas ou de mera demonstração.

§ 2º Consideram-se artes marciais, o ai-kido, a capoeira, o iaidô, o hapkidô, o judô, o jiu jitsu, o karatê, o kendo, o kenjutsu, o kyudo, o kung fu, o muay thay, o sumô, o taekwondo , o tai chi chuan e similares.

Art. 2º Entende-se por luta a atividade de com-bate, eminentemente competitiva, desenvolvida entre duas ou mais pessoas, ao cabo da qual, por meio de análise técnica decorrente de regras previamente es-tabelecidas pelas entidades organizadoras, deverá despontar um vencedor.

Páragrafo único. Consideram-se lutas, o boxe, a luta livre, a luta greco-romana, o kick boxing, o full contact e similares.

Art. 3º Considera-se profissional de artes marciais e de lutas, aquele que ostenta a condição mínima de faixa preta, ou título ou graduação similar, concedida por organização de nível estadual ou federal que re-presente, oficialmente, a respectiva arte marcial ou luta, com filiação à entidade oficial do país de origem da atividade ou não.

§ 1º Para os efeitos de caracterização ou qualificação do profissional descrito no caput deste artigo, não será exigida a formação em quaisquer cursos de nível técnico ou univer-

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sitário , sejam eles ligados à área de saúde ou não, especialmente em Educação Física, Fisioterapia ou congêneres, nem mesmo a tí-tulo de complementação curricular.

§ 2º Consideram-se no exercício da pro-fissão de artista marcial e de lutador, aqueles que, preenchendo as condições elencadas no “caput” deste artigo, estejam participando de demonstrações não competitivas e não defesas por lei, ministrando aulas da modali-dade mediante remuneração em dinheiro ou outra forma de pagamento permitida por lei, ministrando seminários ou outra atividade en-volvendo as artes marciais ou lutas, mediante remuneração ou premiação em dinheiro ou bens móveis ou imóveis.

Art. 4º O exercício das atividades do profissional de artes marciais e de lutas e a designação de ins-trutor de artes marciais e de lutas, é prerrogativa dos profissionais que estejam enquadrados nos requisitos previstos nesta lei.

Art. 5º Compete ao instrutor de artes marciais e de lutas:

I – ministrar aulas teóricas e práticas da modalidade na qual for graduado, na forma do que dispõe nesta lei, zelando pela correta informação, não apenas dos aspectos técni-cos e mecânicos dos movimentos marciais, mas também, dos fundamentos filosóficos e dos fatos históricos que deram origem à arte ou à luta.

II – organizar, coordenar, dirigir e exe-cutar treinamentos, aulas demonstrações e seminários;

III – planejar, regulamentar e executar competições.

Art. 6º A prática e o ensino das artes marciais e de lutas ficam adstritos somente ao interior das aca-demias, associações, clubes ou entidades públicas ou particulares criados ou destinados para tal fim, dotados de instalação e material apropriados.

§ 1º São excluídos do previsto no “caput” deste artigo a realização de demonstrações, seminários e simpósios, bem como competi-ções em praças e logradouros públicos autori-zados pelas autoridades municipais, estaduais, ou federais competentes, conforme o caso.

§ 2º O ingresso do aluno nas academias, associações, clubes ou demais entidades de ensino e prática de artes marciais e de lutas,

depende de apresentação de atestado médico de capacitação física.

Art. 7º Constituem requisitos essenciais para o funcionamento regular de academias, associações, clubes e demais estabelecimentos de prática e ensino de artes marciais e lutas, que operem no país:

I – que o ensino esteja, exclusivamente, a cargo de profissional habilitado na forma dessa lei;

II – que o responsável técnico seja por-tador de certificado de conclusão de nível mé-dio de ensino, devidamente reconhecido, e de conclusão de curso de noções básicas sobre anatomia humana e primeiros socorros;

III – que as atividades desenvolvidas, nas dependências do estabelecimento:

privilegiem a formação humanista, o ca-ráter e o espírito de cidadania, de sociabilidade e de solidariedade dos praticantes;

considerem o cuidado com a preserva-ção da integridade e saúde física e o equilíbrio psíquico dos praticantes;

prevaleçam sobre a mera capacitação técnico-marcial.

IV – que mantenham as federações ou confederações às quais estiverem filiadas, informadas sobre as promoções nos exames de graduação, para efeito de controle e de fiscalização.

Art. 8º Os profissionais de artes marciais ou de lutas, estejam ou não na condição de responsáveis técnicos de academias, associações, clubes ou demais entidades que desenvolvam as atividades de que trata esta lei, assim como os instrutores e auxiliares de en-sino, são solidariamente responsáveis, por quaisquer danos, seja de natureza material ou moral, que venham a causar, por ação ou omissão, dolo ou culpa, aos seus alunos e à sociedade como um todo, observados, em qualquer hipótese, os princípios constitucionais do amplo direito de defesa e do contraditório.

Art. 9º Esta lei entrará em vigor, na data de sua publicação.

Justificação

A origem da prática das artes marciais e das lutas confunde-se com o desenvolvimento da civiliza-ção. O conteúdo dessas atividades, portanto, mistura arte, ciência e tradições milenares de todos os povos do planeta.

Atualmente, em todo o mundo, a prática e o estu-do das artes marciais e das lutas atendem a diferentes objetivos, como o condicionamento físico, a defesa pes-

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soal, a coordenação física, o lazer, o desenvolvimento de disciplina, a participação em um grupo social, a es-truturação de uma personalidade sadia, a competição desportiva profissional e o exercício de atividades de segurança, dentre outros.

Estudos comprovam os benefícios para saúde física e mental com a prática de artes marciais e de lutas, além de ser, também, importante instrumento de inclusão social. Por outro lado, a prática e o ensino inadequados dessas atividades podem levar a lesões físicas ou mesmo à deformação do caráter de seus praticantes, ao invés de edificá-los. Além disso, o trei-namento desportivo de alto nível precisa ser planejado e realizado de acordo com as informações cientificas mais atualizadas.

Em razão disso, apresentamos o Projeto de Lei em epígrafe, com o objetivo de regulamentar a práti-ca e o ensino de artes marciais e de lutas, de modo a garantir a difusão segura e saudável da atividade em todas as suas modalidades, com benefícios não só para os seus mestres e praticantes como também para toda sociedade.

Tendo em vista o elevado teor social da matéria, pedimos aos nobres Pares o necessário apoio para a aprovação do Projeto.

Sala das Sessões, 11 de novembro de 2010. – Deputado Roberto Santiago.

PROJETO DE LEI Nº 7.891, DE 2010 (Do Sr. Germano Bonow)

Dá nova redação ao art. 454 da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, Código de Processo Civil.

O Congresso Nacional decreta:Artigo 1º O artigo 454 da Lei 5.869, de 11 de ja-

neiro de 1973, Código deProcesso Civil, passa a vigorar com a inclusão dos seguintes parágrafos:

“§ 4º Sempre que a audiência for gra-vada e antes que seja feita a degravação, é direito das partes substituir os debates orais por memoriais escritos, devendo o prazo para esses ser aberto somente após estar a de-gravação disponível e conferida em sua in-tegralidade.”

“§ 5º Nos processos eletrônicos, quando da realização de audiências, deverá ser dis-ponibilizado aos advogados acesso efetivo à integralidade do processo na própria sala de audiências.”

Artigo 2º Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação.

Justificação

O presente projeto tem por objetivo possibilitar efetivamente o contraditório e a ampla defesa, indis-pensáveis para que se alcance o objetivo de justiça, eis que assegurados pelo artigo 5º, inciso LV, da Cons-tituição Federal.

Espero contar com a acolhida de meus eminen-tes pares, uma vez que se trata igualmente de ma-téria de significativa importância para a advocacia, que me foi encaminhada pela Ordem dos Advogados do Brasil – Secção do Rio Grande do Sul, através do Presidente Claudio Pacheco Prates Lamachia, aten-dendo pleito dos advogados gaúchos que integram a referida Seccional.

Sala das Sessões, 11 de novembro de 2010. – Deputado Germano Bonow.

PROJETO DE LEI Nº 7.892, DE 2010 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Altera a Lei nº 10.836, de 2004, que “Cria o Programa Bolsa Família e dá outras providências”.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º O art. 2º da Lei nº 10.836 de 2004 passa

a vigorar acrescido do seguinte parágrafo:

“Art. 2º ...................................................§º 15. Os beneficiários do Programa Bol-

sa Família farão jus até o décimo-quinto dia do mês de dezembro de cada ano, a um benefício adicional, equivalente ao maior valor percebido durante o exercício.

............................................................. ”

Art. 2º Os benefícios previstos na presente Lei serão reajustados a partir de fevereiro de cada ano, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -IPCA acumulado durante o exercício anterior.

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

A presente proposição objetiva conceder aos be-neficiários do Programa Bolsa Família um valor adicio-nal equivalente ao décimo terceiro salário, pago aos trabalhadores do setor público e privado, bem como assegurar o valor real do benefício, ao estabelecer um critério de reajuste anual pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-IPCA.

Tal Programa Social, originário de programas sociais anteriores como o Bolsa entre outros, tem funcionado como fator de inclusão social e geração renda para a população mais carente, de modo que a ausência do pagamento de um valor adicional em

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 43011

dezembro de cada ano, percebido por todos os traba-lhadores, criando uma discriminação que vem a ser sanada com a presente proposição.

A aprovação desta Lei permitirá a criação de uma sociedade mais justa, sem onerar, significativamente, o Tesouro Nacional.

Sala das Sessões, 11 de novembro de 2010. – Deputadoluiz Carlos Hauly, PSDB – PR.

PROJETO DE LEI Nº 7.893, DE 2010 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Dispõe sobre o valor do salário míni-mo para 2011.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1o A partir de 1o de fevereiro de 2011, o salário

mínimo será de R$ 600,00 (seiscentos reais).Parágrafo único. Em virtude do disposto no ca-

put, o valor diário do salário mínimo corresponderá a R$ 20,00 (vinte reais) e o valor horário, a R$ 2,73 (dois reais e setenta e três centavos).

Art. 2o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

A Lei nº 12.255 de 2010 estabeleceu diretrizes para a política de valorização do salário mínimo.

A presente proposição vai ao encontro da re-ferida Lei e representa um reajuste de aproximada-mente 18% no valor do atual salário mínimo, bene-ficiando um contingente superior a 25 milhões de trabalhadores formais e informais que recebem até um salário mínimo mensalmente, segundo as infor-mações da Pesquisa Nacional por Amostra de Do-micílio – PNAD 2008.

Assim, ao estabelecer um índice de reajuste superior à média dos índices oficiais de inflação, a presente medida assegura um maior poder aquisitivo à grande parte da população economicamente ativa, conforme as propostas apresentadas pelos candidatos à Presidência da República, em 2010.

A proposta orçamentária para 2011, encaminha-da pelo Poder Executivo, já contempla uma valoriza-ção para o salário mínimo de R$ 538,15, que é abaixo dos salários mínimos regionais aprovados em alguns Estados brasileiros.

Além disso, assegura reajuste para as pessoas que recebem o equivalente a até um salário mínimo como benefício previdenciário ou assistencial pago pela Previdência Social.

A aprovação desta Lei permitirá a criação de uma sociedade mais justa.

Assim, conto com a aprovação dos nobres pares para a presente medida.

Sala das Sessões, 11 de novembro de 2010. – Deputado Luiz Carlos Hauly, PSDB – PR.

PROJETO DE LEI Nº 7.894, DE 2010 (Do Sr. Eduardo da Fonte)

Dispõe sobre a criação de vagas nas instituições federais de ensino técnico de nível médio destinadas a programas de reinserção social de usuários e dependen-tes de drogas.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1° Ficam criadas nas instituições federais de

ensino técnico de nível médio vagas equivalente a 2% (dois por cento) do total do corpo discente, em cada curso, destinadas a programas de reinserção social de usuários e dependentes de drogas, nos termos dos artigos 20, 21, 22, 23 e 24 da Lei nº 11.343, de 26 de agosto de 2006, que institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Sisnad); prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de dro-gas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências.

Art. 2º As instituições de que trata o art. 1º pode-rão celebrar parcerias com instituições da sociedade civil, sem fins lucrativos, que desenvolvam programas de reinserção no mercado de trabalho do usuário e do dependente de drogas, com o fim de descentralizar as atividades de ensino técnico.

Art. 3º As instituições de que trata o art. 1º deverão implementar, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das vagas previstas, a cada ano, e terão o prazo máximo de 2 (dois) anos, a partir da data de sua publicação, para o cumprimento integral do disposto nesta Lei.

Art. 4º O Poder Executivo regulamentará o dispos-to nesta lei, inclusive editando normas complementares necessárias ao seu efetivo cumprimento.

Art. 5º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

O presente projeto de lei visa criar um meio efi-caz de reinserção social de usuários e dependentes de drogas, por meio do acesso ao ensino técnico de qualidade oferecido pelos 33 Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefet), 43 unidades de ensi-no descentralizadas ligadas aos Cefets, 36 Escolas Agrotécnicas Federais, 30 Escolas Técnicas vincula-

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das às universidades federais e uma Escola Técnica Federal.

O uso de drogas representa um sério problema de saúde pública devido à sua alta prevalência e aos seus prejuízos sociais, ocupacionais e psicológicos. Além disso, representa um alto custo social, uma vez que se faz presente em todas as classes sociais, al-terando até mesmo o convívio familiar, em função dos novos hábitos adotados pelos usuários.

O usuário de drogas é também cidadão portador de direitos, como saúde, educação, lazer entre outros, cabendo ao Estado garantir o cumprimento destes direi-tos, para que possa ter oportunidades para “libertar-se” das drogas. Ressalta-se ainda que, o custo no resgate desse cidadão é inferior, em termos financeiros, aos custos que envolvem a construção de presídios.

Conforme dados da Secretaria Nacional de Polí-ticas sobre Drogas (SENAD) a faixa etária em que as pessoas mais se envolvem com o uso de drogas, está compreendida entre 18 a 25 anos. O órgão também constatou que a maioria dos usuários/dependentes quí-micos possui apenas o ensino fundamental incompleto. Os usuários/dependentes acabam deixando os estudos devido ao envolvimento com o uso de drogas.

A falta de qualificação, aliada à baixa escolarida-de traz uma baixa perspectiva de vida, prejudicando o futuro profissional dos dependentes de droga. A si-tuação profissional reflete a real condição econômica dos dependentes químicos.

Em razão disso, as ações de reinserção social de usuários e dependentes de drogas são tão impor-tantes quanto o combate ao tráfico e ao consumo de substâncias psicotrópicas e narcóticos.

Reinserção social é entendida como o processo que o indivíduo, família, comunidade e Estado desen-volvem para a recuperação, integração ou reintegração do dependente químico na sociedade. Concretiza-se com a conscientização do indivíduo no aprendizado ou resgate de valores morais e éticos.

Além da individualização, o tratamento de fárma-co-dependentes deve ser abordado de forma global, incluindo as dimensões médica, psicoterápica e social. No processo de reinserção é importante que a família, a sociedade e o Estado criem mecanismos de educa-ção, saúde, trabalho, esporte, lazer, cultura, apoio psi-cológico e espiritual destinado a prestar apoio àqueles que desejam libertar-se do julgo das drogas.

Recentemente, em 28/3/2010, a Agência Brasil divulgou que o Governo prepara um novo plano para tratamento mais específico de usuários e dependen-tes de drogas.

A SENAD elaborou um gráfico no qual identifica as drogas mais usadas entre jovens de 12 a 18 anos, conforme segue.

De acordo com o Escritório das Nações Unidas so-bre Drogas e Crime para o Brasil e o Cone Sul (Unodc), o perfil da maioria dos usuários problemáticos de drogas incluiu pessoas que já sofreram abandono, violência doméstica, abuso sexual e exclusão familiar.

Cabe inicialmente uma distinção extremamente importante: a diferenciação entre o usuário recreativo e o dependente de drogas. Embora a fronteira entre es-sas duas categorias não seja nítida, alguns elementos de distinção podem ser identificados. A grande maioria dos usuários de droga não é, e provavelmente nunca venha a ser, dependente do produto. Na grande maioria das vezes, a droga é procurada como fonte de prazer tanto pelo usuário como pelo dependente.

Um dependente, ao contrário do usuário, não pode prescindir da sua droga. Nesse sentido, o dependente de drogas é um indivíduo para quem a droga passou a desempenhar um papel central na sua organização psíquica, na medida em que, através do prazer, ocupa lacunas importantes, tornando-se assim indispensável ao seu funcionamento psíquico.

A presente propositura toma o cuidado de criar vagas específicas nas instituições federais de ensino técnico de nível médio, de forma a não diminuir as po-sições disponíveis aos demais estudantes.

Sala das Sessões, 11 de novembro de 2010. – Deputado Eduardo da Fonte, (PP – PE).

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 43013

PROJETO DE LEI Nº 7.895, DE 2010 (Do Sr. Eduardo da Fonte)

Dispõe sobre a profissão de motorista e de condutor de veículos de emergência.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º O exercício da profissão de motorista e

de condutor de veículo de emergência reger-se-á pelo disposto nesta Lei.

Art. 2º Para o desempenho da profissão de que trata esta lei os profissionais deverão ser habilitados nos termos da legislação em vigor e cumprir as se-guintes exigências:

I – possuir diploma de nível médio e habilitação para conduzir veículos de urgência e emergência como ambulância, padronizados pelo código sanitário e pelas normas específicas;

II – possuir Carteira Nacional de Habilitação, no mínimo categoria D, e experiência, de pelo menos, dois anos como motorista na categoria prevista nes-te inciso;

III – ser maior de vinte e um anos.Art. 3º Os motoristas e condutores de veículo de

emergência deverão demonstrar aptidão para o exer-cício da profissão e deverão ser periodicamente ava-liados para demonstrar, dentre outros:

I – disposição pessoal para a atividade;II – equilíbrio emocional e autocontrole;III – disposição para cumprir ações orientadas;IV – capacidade de manter sigilo profissional; eV – capacidade de trabalhar em equipe.Art. 4º Considera-se motorista ou condutor de

veículo de emergência aquele que, habilitado nos termos desta Lei, exerça em caráter habitual função remunerada e exclusiva, como servidor público ou empregado contratado ou concursado em entidades privadas ou públicas.

Art. 5º A jornada dos profissionais de que trata esta Lei é de 12 (doze) horas de trabalho por 60 (ses-senta) horas de descanso, num total de 120 (cento e vinte) horas mensais.

Art. 6º A profissão de motorista ou condutor de ve-ículo de emergência divide-se nos seguintes níveis:

I – veículo de emergência para ambulância co-mum de pequeno porte;

II – veículo de emergência para ambulância de grande porte, tipo Serviço de Atendimento Médico de Ur-gência (SAMU)/Unidade de Suporte Básico (USB); e

III – veículo de emergência para Ambulância de grande porte, tipo SAMU/Unidade de Suporte Avan-çado “UTI” (USA).

Parágrafo único. Além do disposto no art. 2º des-ta Lei, exige-se curso de Atendimento Pré-Hopitalar

(APH), para atuar nos níveis referidos nos incisos II e III deste artigo.

Art. 7º Os profissionais regidos por esta lei têm direito a:

I – piso salarial profissional nacional de R$ 1.200,00 (mil e duzentos reais), que será reajustado anualmente pela variação do Índice Nacional de Pre-ços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

II – adicional de no mínimo 30% (trinta por cento) da remuneração mensal, quando também desempe-nharem a função de socorrista;

III – adicional de atividades penosas de no mínimo, 30% (trinta por cento) da remuneração mensal;

IV – adicional noturno de 25% (vinte e cinco por cento) sobre o valor da hora diurno;

V – aposentadoria especial após vinte e cinco anos de efetivo exercício nas respectivas atividades;

VI – seguro obrigatório, custeado pelo empre-gador, destinado à cobertura dos riscos inerentes às suas atividades.

Parágrafo único. O vencimento e o salário base deverão ter uma diferença de, no mínimo, 20% (vin-te por cento) entre cada um dos níveis mencionados no art. 6º.

Art. 8º É obrigação da pessoa jurídica de direito público e da pessoa jurídica de direito privado em re-lação aos profissionais de que trata esta Lei:

I – oferecer treinamentos especializados e ou reciclagem em cursos específicos;

II – fornecer equipamento de proteção individual (EPI) e uniforme adequado à função;

III – garantir as condições de segurança do ve-ículo;

IV – contratar seguro destinado à cobertura dos riscos inerentes às atividades dos profissionais;

§ 1º Correm por conta do empregador, sem ne-nhum ônus para o profissional, as despesas com a re-alização dos treinamentos e cursos exigidos pela legis-lação em vigor e pelo inciso I do caput deste artigo.

§ 2º É vedado incumbir ao profissional de que trata esta lei atribuição distinta da prevista em sua habilitação.

§ 4º Os profissionais de que tratam os incisos II e III do art. 6º desta Lei deverão trabalhar uniformizados em todo o período de trabalho.

Art. 9º No atendimento a ocorrência em que atue também o Corpo de Bombeiros Militar, a coordenação e a direção das ações caberá à corporação militar.

Art. 10. Esta lei entra em vigor cento e oitenta dias após a sua publicação.

43014 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

Justificação

O art. 7º, inciso V da Constituição diz que é direito do trabalhador a fixação de um “piso salarial propor-cional à extensão e à complexidade do trabalho”. Esse dispositivo não é voltado ao trabalho sem qualificação profissional. A norma é específica para aquelas ativi-dades profissionais em que se leve em conta a quali-dade do trabalho e, sobretudo, a sua complexidade. O intento da Constituição é evitar que essas profissões sofram uma degradação salarial não compatível com a sua exigência técnica.

Nesse sentido o presente projeto além de regu-lamentar uma profissão ligada intrinsecamente à área da saúde, propõe estabelecer um piso salarial para valorizar o exercício de uma atividade de suma impor-tância. Com efeito, a atuação desses profissionais se dá de forma intensa na sociedade brasileira, especifi-camente na intervenção de emergência.

Os profissionais abrangidos pelo presente Pro-jeto de Lei precisam ter sua saúde física e mental garantidas e precisam de condições adequadas para continuar salvando vidas.

Para tanto, é necessário que possuam um míni-mo de segurança financeira, de maneira a garantir-lhes condições dignas de trabalho para que sua atuação se realize de forma competente e efetiva.

Sala das Sessões, 11 de novembro de 2010. – Deputado Eduardo da Fonte, (PP/PE).

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.847, DE 2010

(Do Sr. Walter Ihoshi)

Susta a aplicação da Portaria nº 1.050, de 21 de agosto de 2009, do Ministro de Es-tado do Trabalho e Emprego.

O Congresso Nacional decreta:Art. 1º Fica sustada a aplicação do disposto na

Portaria nº 1.050, de 21 de agosto de 2009, do Minis-tro de Estado do Trabalho e Emprego, que disciplina o registro eletrônico de ponto e a utilização do Sistema de Registro Eletrônico de Ponto – SREP.

Art. 2º Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

A Constituição Federal, em seus arts. 84, inciso IV, e 87, parágrafo único, inciso II, dispõe:

“Art. 84. Compete privativamente ao Pre-sidente da República:

..............................................................

IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regula-mentos para sua fiel execução;

..............................................................Art. 87. ..................................................Parágrafo Único. Compete ao Ministro de

Estado, além de outras atribuições estabele-cidas nesta Constituição e na lei:

..............................................................II – expedir instruções para a execução

das leis, decretos e regulamentos”.

Em face desses dispositivos Constitucionais, tantos os doutrinadores que se dedicam à matéria quanto a unanimidade da jurisprudência entendem que as normas regulamentares não podem, em hipótese alguma, estabelecer obrigações que possam implicar restrições à igualdade, à liberdade e à propriedade ou alterações ao estado das pessoas. É também ve-dada a criação de encargo de qualquer natureza que repercuta no patrimônio das pessoas, sobretudo as de direito privado.

Tal entendimento estriba-se no disposto no art. 5º, inciso II, da própria Constituição Federal, segundo o qual “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.

Confira-se:

“APELAÇÃO CIVEL AC 1503 PR 2006.70.01.001503-0 (TRF4) 1. “O poder re-gulamentar limita-se a detalhar procedimen-tos de aplicação do contido na lei, sem ino-var ou divergir do conteúdo legal.” (TRF4, AC 2005.70.12.000528-1, Quarta Turma, Rela-tor Juiz Federal Márcio Antônio Rocha, DE 14/08/2007). 2. A Resolução 450/00 do CON-FEA excedeu o poder regulamentar, eis que majorou os valores determinados pela Lei 5.194/66. 3. Apelação desprovida.” TRF4 – 2 de Outubro de 2007.

Sendo assim, resta claro e evidente que a Portaria em questão extrapolou o poder regu-lamentar conferido pela Constituição Federal ao Poder Executivo.

Em primeiro lugar, por ter criado obriga-ções não previstas nos próprios dispositivos consolidados a que faz referência.

Se não, vejamos.O § 2º do art. 74 da CLT limita-se a deter-

minar que “para os estabelecimentos de mais de dez trabalhadores será obrigatória a anota-ção da hora de entrada e de saída, em regis-tro manual, mecânico ou eletrônico, conforme instruções a serem expedidas pelo Ministério

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 43015

do Trabalho, devendo haver pré-assinalação do período de repouso”.

O art. 913, caput, por outro lado, discri-mina as formas em que as instruções referidas no art. 74 devem ser veiculadas: “por meio de quadros, tabelas e modelos”.

Não, há, portanto, como negar que a Portaria nº 1.050, de 2009, do Ministro do Trabalho e Emprego, ao criar obrigações novas sem previsão legal, extra-polou o poder regulamentar atribuído pela Constitui-ção Federal ao Poder Executivo, usurpando, de forma flagrante, atribuições exclusivas do Congresso Nacio-nal, razão pela qual contamos com a colaboração dos nossos Pares para a aprovação do presente Decreto Legislativo.

Sala das Sessões, 11 de novembro de 2010. – Deputado Walter Ihoshi.

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº 5.365 , DE 2010 (Da Comissão de

Fiscalização Financeira e Controle)

Solicita informações ao Ministro dos Transportes relativas às audiências públi-cas sobre o Trem de Alta Velocidade (TAV) realizadas em janeiro de 2010 pela Agência Nacional de Transportes Terrestres nos mu-nicípios de São José dos Campos (SP), Apa-recida do Norte (SP) e Barra Mansa (RJ).

Senhor Presidente,Solicito a Vossa Excelência, com fundamento no

art. 50 da Constituição Federal e na forma dos arts. 115 e 116 do Regimento Interno, que, ouvida a Mesa, seja encaminhado ao Senhor Ministro dos Transportes requerimento solicitando o envio a esta Comissão, dos relatórios das audiências públicas sobre o TAV realizadas em janeiro de 2010 pela Agência Nacional de Transpor-tes Terrestres nos municípios de São José dos Campos (SP), Aparecida do Norte (SP) e Barra Mansa (RJ).

Acrescento que as informações solicitadas de-correm da aprovação, no Plenário desta Comissão, do Requerimento nº 352/2010, de autoria do Deputado Vanderlei Macris (cópia anexa), na reunião ordinária do dia 10/11/2010.

Sala das Comissões, 11 de novembro de 2010. – Deputado Nelson Bornier, Presidente.

REQUERIMENTO Nº 7438, DE 2010 (Do Sr. Mendonça Prado)

Requer a inclusão de proposição na pauta do Plenário da Câmara dos Depu-tados.

Senhor Presidente,Venho respeitosamente perante Vossa Excelência

requerer a inclusão a Proposta de Emenda Constitucio-nal de nº 270, que garante ao servidor que aposentar-se por invalidez permanente o direito dos proventos integrais com paridade, de autoria da Deputada An-dreia Zito e outros, tendo em vista a relevância social da referida proposição.

Sala das Sessões, 11 de novembro de 2010. – Mendonça Prado, Deputado Federal – DEM/SE.

REQUERIMENTO Nº 7.439, DE 2010 (Do Sr. Geraldo Resende)

Requer inclusão na Ordem do Dia do PL nº 959/2003, da Comissão de Legislação Participativa – que “Dispõe sobre a regu-lamentação das profissões de Técnico de Estética e de Terapeuta Esteticista”.

Senhor Presidente,Nos termos do art. 114, inciso XIV, do Regimen-

to Interno, requeiro a Vossa Excelência a inclusão na Ordem do Dia do Projeto de Lei nº 959, de 2003, que “Dispõe sobre a regulamentação das profissões de Técnico de Estética e de Terapeuta Esteticista”.

Sala de Sessões, 11 de novembro de 2010. – Deputado Geraldo Resende, PMDB/MS.

REQUERIMENTO Nº 7.440, DE 2010 (Do Sr. Geraldo Resende)

Requer inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição – PEC nº 270/2008, que “Acrescenta o parágrafo 22 ao art. 40 da Constituição Federal de 1988”.

Senhor Presidente,Nos termos do art. 114, inciso XIV, do Regimen-

to Interno, requeiro a Vossa Excelência a inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição – PEC nº 270, de 2008, que “Acrescenta o parágrafo 22º ao art. 40 da Constituição Federal de 1988”.

Sala de Sessões, 11 de novembro de 2010. – Deputado Geraldo Resende, PMDB/MS.

REQUERIMENTO N° 7.441 DE 2010 (Do Senhor Deputado Lindomar Garçon)

Requer inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda à Constituição nº 556, de 2002, que concede aos seringueiros (soldados da borracha) os mesmo direitos concedidos aos ex-combatentes de guerra, que constam no artigo 53 do Ato das Dis-posições Constitucionais Transitórias da Constituição Federal.

43016 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

Senhor PresidenteRequeiro a V. Exa., nos termos do art. 114, inciso

XIV, do Regimento Interno, a inclusão na Ordem do Dia da Proposta de Emenda a Constituição nº 556 de 2002, em virtude de sua relevância .

Sala das Sessões, 11 de novembro de 2010. – Deputado Lindomar Garçon, PV – RO.

VI – ORDEM DO DIA (Debates e Trabalho de Comissões.)

O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Vai-se pas-sar ao horário de

VII – COMUNICAÇÕES PARLAMENTARESConcedo a palavra ao nobre Deputado Marcio

Junqueira, para uma Comunicação de Liderança, pelo DEM.

V.Exa. disporá de 16 minutos na tribuna: 6 mi-nutos da Comunicação de Liderança e 10 minutos da Comunicação Parlamentar pelo seu partido.

O SR. MARCIO JUNQUEIRA (DEM-RR e como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o que me traz à tribuna na tarde de hoje é um relato que desejo fazer ao Brasil. Apesar dos acertos atribuídos ao Governo do Presidente Lula, eu me obrigo a dizer, de forma clara, que para o meu querido Estado de Roraima continua sendo dispensa-da uma política carrasca, que inviabiliza o Estado, e uma atitude antibrasileira, até porque nós somos uma Unidade da Federação. Nós somos poucos? Somos. Somos 450 mil brasileiros situados naquele extremo do País. Mas estamos lá, firmes, a defender o nosso território, cobiçado historicamente por todas as na-ções do mundo.

Essas atitudes do Presidente Lula nos levam a crer que Roraima é moeda de troca junto aos países que cobiçam aquele território, repito, há séculos. E cobiçam aquele território por quê? Porque a essên-cia da vida é a terra e a água. Pois é essa mistura da natureza que produz o alimento. Este, sim, é o gran-de tesouro do mundo, não o dinheiro. Vejo o mundo discutindo a moeda da China e o dólar americano, dizendo que se imprime muito este e que o outro se desvaloriza. Mas, na verdade, tudo gira em torno da-quilo que se produz.

O Presidente Lula age de forma deliberada e, repito, criminosa em relação a Roraima. As urnas de-monstraram isso. A candidata do Presidente Lula em Roraima foi derrotada nos dois turnos, mesmo com toda a política assistencialista do Governo Federal. É Bolsa-Família, Bolsa-Escola, Bolsa-Gás, Bolsa-Energia: o Governo dá bolsa! Em Roraima, bolsa não funcio-nou. E passadas as eleições, parece que o Governo do

Presidente Lula quer demonstrar para aqueles poucos brasileiros – mas brasileiros – que não perdoa, que vai continuar a oprimir Roraima.

Quando digo isso, estou-me referindo às audiên-cias públicas convocadas pelo Instituto Chico Mendes, aquelas que dizem respeito à ampliação das reservas já existentes em Roraima. Como se não bastassem os 52% do território daquela unidade da Federação já in-viabilizados, improdutivos, devido a uma política equi-vocada de demarcação – questionada inclusive pelas Forças Armadas deste País, tendo em vista que se criou um grande vazio em todo o Norte deste País –, agora querem ampliar de forma absurda a Reserva do Viruá, localizada no Município de Caracaraí. E querem ampliar também a Reserva de Maracá, reserva que está jogada e está sendo dilapidada, porque o Instituto Chico Mendes sequer tem condições de manter essa reserva. Mas não querem só o Viruá e o Maracá: que-rem também o Parima. Querem aniquilar praticamente toda a região norte do Estado de Roraima.

Fica claro isto: o Presidente Lula está-se vin-gando. Não consigo conceber isso de um homem que consegue eleger a sua candidata. Foi a vontade dele, a vontade do Presidente Lula que se sobrepôs à von-tade do Brasil. Os brasileiros cumpriram a vontade do Presidente. Parabéns, Presidente! Agora, daí a entre-gar, a anular qualquer possibilidade de crescimento de um Estado...

O que quer o Presidente Lula? Transformar Ro-raima numa grande repartição pública? Qual é a nossa condição de crescimento? Anunciam: “Dei a ZPE e dei a ALC.” Para quê? ZPE significa Zona de Processamen-to para Exportação – mas para processar e exportar o quê, se não produzimos nada, se não temos condições de produzir, se não temos onde produzir?

O que dizer de um Governo que mantém o ab-surdo fechamento de uma estrada em um Estado da Federação? Deputado Luiz Couto, indaguei isto ao longo desses quatro anos, e repito agora: como pode um Estado fechar às 18h da tarde?

Deputado Paulo Piau, eu gostaria que alguém explicasse por que o direito de ir e vir do brasileiro, ga-rantido pela Constituição Federal, tem hora marcada em Roraima. Às 18h, Deputado Paulo Piau e Deputado Luiz Couto, não se sai de Roraima e nem se entra no Estado, porque se levanta uma corrente na BR-174. E ali a corrente permanece esticada, impedindo a en-trada e a saída do brasileiro até às 8h da manhã do outro dia. Isso é concebível? O Presidente Lula deve, sim, a nós roraimenses.

Vejo inúmeros Parlamentares defendendo a Ama-zônia. Dizem que temos de preservá-la, e concordo. Mas pergunto, Deputado Luiz Couto, o seguinte: como

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 43017

falar em preservação se são queimados 600 mil litros de óleo diesel, que é o que nós consumimos para ge-rar energia em Roraima? Todos os dias, 600 mil litros de óleo diesel viram fumaça. Cerca de 1 milhão e 200 mil reais do dinheiro do povo brasileiro vira fumaça, quando se emite CO² na atmosfera. Isso não é poluir? É essa a política de não poluição, de preservação, que queima óleo diesel para gerar energia? E não se toma nenhuma iniciativa.

Dispomos de uma das maiores reservas hídri-cas do planeta, mas não temos uma hidrelétrica, que é movida a água e gera energia limpa. Temos lugares como a Cachoeira do Tamanduá, no Rio Cotingo, em que a natureza, por si própria, construiu a hidrelétrica. Trata-se de um canyon. A construção de uma hidrelé-trica ali geraria um mínimo impacto ambiental. Mas o Governo Federal não se digna a avançar na discus-são do projeto, prefere queimar 600 mil litros de óleo diesel diariamente.

Pergunto, Deputado Paulo Piau: qual é o em-presário, qual é o industrial que irá instalar-se em um Estado no qual a matriz energética é à base de óleo diesel? Temos em Roraima uma das tarifas mais ca-ras do País. Não estou fazendo um questionamento da Oposição, mas de um cidadão roraimense, que tem sua vida em Roraima.

Eu me pergunto hoje: qual é o futuro de Roraima com essa política de mais demarcações? Estamos proibidos de plantar soja na Amazônia. Ora, qual é a base da alimentação do peixe e do frango senão soja e milho? Como ter mercado competitivo criando peixe e frango com ração trazida de São Paulo, do Paraná, do Mato Grosso?

Quer dizer que nós de Roraima estamos fadados, por imposição deste Presidente – cujo mandato está terminando, porque tudo passa –, a comer o frango de Santa Catarina, a tomar o leite de Rondônia, a comer o trigo e o macarrão de São Paulo? Por que não podemos produzir? Por que não podemos assumir nosso papel dentro do contexto nacional? Por que Roraima é tão oprimida? Que mal Roraima fez ao Brasil? Ao Brasil Roraima nunca fez nenhum mal. Talvez não acompa-nhemos politicamente a ideologia do Presidente Lula, exatamente por ele não acompanhar a necessidade que tem nosso Estado de assumir seu papel dentro do contexto nacional.

Ouço aqui tantos elogios, tantos parabéns. Como eu gostaria, do fundo do meu coração, Deputado Luiz Couto, de ocupar esta tribuna para aqui agradecer ao Governo e parabenizá-lo por ações que levassem uma vida melhor aos brasileiros que não sabem o que é o Luz para Todos, que não sabem o que é produzir seu próprio alimento, que não sabem o que é Internet!

Roraima tem, Sras. e Srs. Deputados, a pior te-lefonia celular do País. A interiorização do celular em Roraima é um grande engodo, uma grande menti-ra. Chamo a atenção para isso porque terei poucas oportunidades mais de falar sobre as necessidades de Roraima.

Tenho convicção de que, independentemente de partido político, a cada Parlamentar desta Casa – Deputado Flávio Dino, brasileiro que nos enche de orgulho e que foi um gigante na eleição no Maranhão, Deputado Luiz Couto, Deputado Paulo Piau, Deputado Edio Lopes, Deputado Luciano Castro – cabe trazer aqui o sentimento de brasilidade, o sentimento de que o Brasil é um país de todos e de que o Governo é um governo para todos: o Presidente eleito é Presidente de quem votou e de quem não votou nele.

Espero eu que a Presidenta Dilma assuma seu posto com o compromisso de governar para todos os brasileiros, para os que votaram nela e para os que não votaram nela. Ela recebe dinheiro de todos os brasileiros, portanto, é Presidenta de todos os brasi-leiros. Quero crer que ela fará um governo para todos os brasileiros.

Lamento nesta fase não serem permitidos apar-tes, pois ouviria com prazer o Deputado Paulo Piau, que esteve em Roraima e conheceu a realidade do povo de meu Estado: seu sofrimento, sua ansiedade, sua vontade e determinação de ser sermos todos bra-sileiros, reconhecidos como pessoas de bem, pessoas que acrescentam e contribuem de fato com a econo-mia do País.

Sr. Presidente, agradeço a oportunidade e volto a dizer, do alto desta tribuna: Presidente Lula, Rorai-ma também é Brasil.

Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Luiz Couto) – Concedo

a palavra ao nobre Deputado Edio Lopes, para uma Comunicação de Liderança, pelo Bloco Parlamentar PMDB/PTC. S.Exa. dispõe de até 10 minutos.

O SR. EDIO LOPES (Bloco/PMDB-RR. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ocupamos a tribuna nesta tarde para, a exemplo do Deputado Marcio Junqueira, que me antecedeu, manifestar nossa preocupação com a política ambientalista, indigenista e, por conseguinte, fundiária levada a efeito pelo Governo Federal no Es-tado de Roraima.

Preocupa-nos, sobretudo, que aquela Unidade da Federação esteja perdendo, a cada intervenção do Governo Federal, a característica de unidade federa-da e voltando aos velhos tempos de Território Federal, quando o Governo da República, de forma unilateral,

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sem discutir com a sociedade local, aplicava a política que julgava melhor para a região.

Roraima já tem mais de 50% de seu espaço geo-gráfico demarcado para terras indígenas. E aqui, Sr. Pre-sidente, é preciso abrirmos parênteses para comentar as demarcações de terras indígenas em Roraima. Não se trata apenas da grande extensão das reservas, mas de que o Governo Federal bem que podia, ao realizar essas demarcações, instrumentalizar uma política de continuidade para o desenvolvimento da região.

Tomemos como exemplo a demarcação da Re-serva Raposa Serra do Sol. Recém-terminado um processo que se arrastou por mais de 30 anos, a co-munidade indígena em questão poderia muito bem ter assumido a condução dos projetos de produção de ar-roz na região. Afinal de contas, a mão de obra utilizada pelos arrozeiros na Reserva Raposa Serra do Sol era, quase toda, oriunda das comunidades indígenas. Mas o Governo Federal, uma vez mais, estabeleceu como parâmetro único para a questão indígena no País o puro e simples processo de demarcação.

Hoje, em Roraima, vivemos ainda o fantasma das demarcações não só das áreas indígenas, mas também das áreas ambientais. Há pouco o Deputado Marcio Junqueira falou com muita propriedade sobre as audiências públicas marcadas pelo Instituto Chico Mendes com vistas à ampliação de áreas ambientais já delimitadas no Estado. Passo a ocupar-me, neste momento, especificamente da reserva ambiental do Viruá, localizada no Município de Caracaraí.

A reserva ambiental do Viruá abarca toda a mi-crobacia do Rio Viruá. Para surpresa nossa, no en-tanto, o Instituto Chico Mendes marca uma audiência pública para o próximo dia 20, em Caracaraí, com o objetivo de ampliar essa reserva ambiental. Nós que conhecemos aquela região sabemos que essa amplia-ção só será possível se avançar sobre os projetos de assentamento dos pequenos agricultores que vivem às margens dos Rios Dias e Itã.

E o que faz o Governo Federal? O Governo Fe-deral tem praticado uma política ambientalista equivo-cada, e prova de que a grande maioria da sociedade brasileira não aceita a política ambientalista levada a efeito pelo Governo Federal foi o resultado da eleição para Presidente no Estado do Acre, onde a candidata Marina da Silva, tida como a grande mentora da política ambiental nacional dos últimos anos, foi derrotada em seu próprio Estado. Esse resultado demonstra clara-mente que a sociedade brasileira não suporta mais os equívocos da política ambientalista nacional.

Mas voltemos ao Estado de Roraima e ao Mu-nicípio de Caracaraí. Ampliada essa área como quer o Instituto Chico Mendes, e não duvido que consiga,

estaríamos causando àquele Município o tormento, o pesadelo para centenas de pequenos produtores dos assentamentos que acabei de mencionar, que ali es-tão não porque invadiram a floresta, não porque quise-ram, ao seu livre arbítrio, mas assentados que foram, de forma legítima, pelo Instituto Nacional de Reforma Agrária – INCRA.

Ali se abriram caminhos vicinais, construíram escolas, redes elétricas e infraestrutura, ainda que pequena, mas suficiente para o desenvolvimento da-queles assentados. Agora, eis que aparece o Instituto Chico Mendes com a pretensão de ampliar o Parque Nacional do Viruá.

Ora, a oeste não há o que se ampliar, porque o Rio Branco é o limitador, mesmo se considerarmos que, na outra margem, está também a Estação Eco-lógica do Niquiá. A leste, a reserva do Viruá alcança os limites do Rio Jauaperi. Então, ao norte, a única região que poderia suportar ampliação, onde está si-tuada a nascente do Rio Viruá, estão justamente esses assentamentos.

Sr. Presidente, aqui fica minha preocupação. Entendo que a sociedade de Roraima já não suporta mais essa política de intervenção do Governo Federal no meu Estado. É preciso que a sociedade roraimense utilize todos os instrumentos disponíveis para fazer a União ao menos sentar-se de forma democrática com a sociedade organizada e discutir essas questões, sob pena de termos, a caminhar nesta sequência, em breve, a possibilidade da desobediência civil, porque nós vivemos constantemente num Estado de insegu-rança jurídica que campeia todos os quadrantes de Roraima.

Lá ninguém pode dizer que é legítimo proprietá-rio de qualquer coisa, porque, a qualquer momento, a FUNAI pode apresentar um requerimento de preten-são de nova área indígena ou de ampliação de uma já existente. Aí, lá se foi, às vezes, um século de ex-ploração, de forma racional, daquela propriedade por uma família.

Esse é o estado de coisas que se verifica em Ro-raima. Nós entendemos que, a começar pelo próximo dia 20, em Caracaraí, a sociedade do meu Estado, em particular daquele Município, deverá determinar uma nova forma de encarar o problema, fazendo com que a União passe a respeitar o ente federado conforme os ditames da Constituição Federal.

Sr. Presidente, peço a V.Exa. mais um tempo para concluir meu pronunciamento. Neste um minuto, darei um exemplo muito patente do que estou falando.

Recentemente, o Instituto Chico Mendes anun-ciou a pretensão de criar, ao norte de Roraima, o Par-que Nacional do Lavrado, área que tomaria, se essa

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pretensão vier a se concretizar, as fazendas mais an-tigas do Estado.

Para que V.Exa. tenha noção do que estamos falando, essa região fora utilizada nos argumentos de Joaquim Nabuco ainda em 1904, quando defendeu os interesses do Brasil em corte internacional na ques-tão do Pirara, região do meu Estado, que acabamos perdendo para a Inglaterra. Digo isso só para que se entenda quão antiga é a questão, quanto tempo faz que famílias ocupam a região.

Deixo aqui nossa preocupação e nossos agra-decimento a V.Exa.

Durante o discurso do Sr. Edio Lopes, o Sr. Luiz Couto, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Paes de Lira, § 2º do art. 18 do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Paes de Lira) – Há inscritos para o período de Comunicação de Liderança que, no entanto, não se fazem presentes ao plenário.

Portanto, dando prosseguimento à fase das Co-municações Parlamentares, concedo a palavra ao ilustre Deputado Flávio Dino, pelo Bloco Parlamentar PSB, PCdoB, PRB.

O SR. FLÁVIO DINO (Bloco/PCdoB-MA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Par-lamentares, estamos vivendo um momento muito es-pecial na vida brasileira com a transição do Governo do Presidente Lula, que ora finda, e os preparativos para a posse da Ministra Dilma Rousseff, a primeira mulher Presidente da República, no dia 1º de janeiro, neste plenário.

Naturalmente, há uma mobilização dos partidos em torno do que fazer neste momento tão singular e importante da vida institucional do nosso País. Do PCdoB também. Trago a esta tribuna e, por seu inter-médio, a todo o Brasil, a notícia do nosso pensamen-to acerca do que deve ser feito e quais devem ser as prioridades programáticas, políticas e administrativas para a transição entre as gestões que finda e a que se iniciará em breve.

Nosso partido considera, e externou isso à re-presentação da Presidente eleita Dilma Rousseff, que temos algumas prioridades centrais neste instante. Em primeiro lugar, enfrentar a guerra cambial, objeto de importante rodada de negociações multilaterais que ora se processam em Seul, à qual se fazem presentes o Presidente Lula e Dilma Rousseff.

Esta guerra cambial é objeto de preocupação crescente no País pelas repercussões estratégicas que podem gerar inclusive no que se refere à chamada desindustrialização, ou seja, à diminuição da competi-

tividade dos nossos produtos e, com isso, das nossas taxas de investimento, fazendo perecerem, portanto, as condições de crescimento sustentável, justo e so-berano da nossa economia.

Nosso partido considera fundamental administrar as flutuações de câmbio, com a finalidade de alcançar uma taxa capaz de evitar a chamada desindustrializa-ção. Para tanto, entre outras medidas, é imprescindível estabelecer limites para entrada e saída de dólares, reduzir a taxa de juros a patamares similares à dos de-mais países emergentes, para evitar que o Brasil acabe sendo um atrativo especial para o capital especulativo. Sustentamos que é necessário incentivar o uso de ou-tras moedas que não o dólar nas relações comerciais, assim como defendemos que o Fundo Soberano do Brasil seja utilizado contra a volatilidade cambial.

A segunda prioridade programática que nosso partido representa diz respeito à necessidade de con-clusão da votação do marco legal do pré-sal, tal como proposto e debatido neste plenário – no Senado houve reformulações – e a necessidade, na nossa visão, ainda neste ano, da conclusão da moldura, da sua edificação, pela importância que tem para o ciclo de crescimento econômico com distribuição de riqueza.

Com a emenda apresentada pelo nosso partido no Senado e o apoio da UNE e da UBES, parte sig-nificativa, no caso, 50%, dos proveitos advindos da exploração do pré-sal deve ser investida na educação do nosso País. Para que isso se delineie como possibi-lidade futura concreta é importante que façamos nossa parte e concluamos a votação do marco institucional da exploração do pré-sal.

Nosso partido destaca também a necessidade de continuidade da política de aumento real do salário mí-nimo. Sabemos que o mundo atravessou uma situação atípica que levou ao crescimento zero do PIB em 2009. Não podemos fazer com que este momento atípico re-sulte na perda da política de recuperação do valor real do salário mínimo, que já vem de muitos anos.

Por isso, apresentamos ontem, coletivamente, todos os membros da bancada do nosso Partido, na Câmara dos Deputados e no Senado, uma emenda para que o valor do salário mínimo seja elevado a 580 reais e não a 538 reais, como se anuncia originariamente. Esta também é a posição das centrais sindicais.

Defendemos a necessidade de discutir a redução da jornada de trabalho para 40 horas. A proposta do Senador Inácio Arruda tramita nesta Casa e aguarda deliberação do plenário. Consideramos que medidas atinentes à recuperação do salário mínimo, fortalecendo o mundo do trabalho, e ao aumento da participação da renda do trabalho na riqueza nacional são fundamentais para haver um ciclo de desenvolvimento para todos.

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Para que haja desenvolvimento para todos, sabemos que a questão central é a distribuição de riqueza, e é impossível distribuir riqueza sem a valorização do trabalho humano.

Por isso, sustentamos essas medidas sociais de grande importância, assim como aquelas atinentes à área previdenciária, com a recuperação do poder aqui-sitivo dos aposentados.

Para concluir, nosso partido anuncia, e eu su-blinho, a necessidade de fortalecimento do SUS, da regulamentação da Emenda Constitucional nº 29 e investimentos em segurança pública. Estamos assis-tindo a graves problemas que se reproduzem em todo território nacional neste momento. É lógico, são pro-blemas crônicos, mas têm uma dimensão aguda neste instante da vida brasileira.

Por isso é preciso que o Governo que em breve se instalará tenha olhar especial nesta fase de transi-ção para a temática da saúde pública e da segurança pública, de modo a que medidas emergenciais sejam adotadas e medidas futuras possam, de logo, ser pla-nejadas, inclusive como V.Exa., eminente Presidente, e eu temos sustentado, com o término da votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, de grande importância para todos os profissionais de segurança pública.

É assim, Sr. Presidente, nobres pares, senhoras e senhores, que o nosso partido se manifesta neste momento da transição, defendendo que o Governo Dilma seja apoiado na força do povo e de fato haja a transformação da esperança em realidade.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Paes de Lira) – Solicito ao

ilustre Deputado Flávio Dino que assuma a Presidência dos trabalhos, para que eu possa me manifestar-me nas Comunicações Parlamentares.

O Sr. Paes de Lira, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presi-dência, que é ocupada pelo Sr. Flávio Dino, § 2º do art. 18 do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Flávio Dino) – Passo a palavra ao eminente Deputado Paes de Lira, que se manifestará na fase das Comunicações Parlamentares, pelo Bloco Parlamentar PMDB/PTC.

O SR. PAES DE LIRA (Bloco/PTC-SP. Sem revi-são do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, brasileiros que assistem aos nossos trabalhos e nos ouvem, falo neste período da sessão, Comunicações Parlamentares, pelo Bloco PMDB/PTC.

Em todo o meu curto mandato cumpri o propósito de não utilizar esse tempo, quando colocado a minha disposição, para fazer um pronunciamento típico de

oposição. Mantive sempre uma posição independen-te, apesar de o meu partido figurar no Bloco PMDB. Portanto, um partido de sustentação ao Governo. Mas há certos temas que têm de ser comentados, que pre-cisam ser discutidos e levados ao conhecimento do público sob diversas óticas e não necessariamente a ótica oficial. Por esta razão, tratarei de alguns desses temas desta tribuna.

O primeiro deles, extremamente importante, re-fere-se ao quadro político resultante da eleição recém-terminada. Tivemos uma modificação ampla, profunda, da composição da Câmara dos Deputados. Tivemos um fenômeno que já comentei aqui de 1,35 milhão votos dados a um candidato muito respeitável na sua profis-são de cômico, muito respeitável na sua profissão de palhaço, uma das mais antigas do mundo, mas que se constituiu num voto de deboche na verdade. Portanto, não agrega nada, não conseguirá jamais agregar nada à qualidade da política brasileira.

Na eleição presidencial, tivemos a eleição da candidata oficial, Sra. Dilma Rousseff, com um pro-jeto que evidentemente representa continuidade, que representa continuísmo – preciso usar essa palavra – e me preocupa muito, porque continua a representar também um projeto de culto à personalidade de uma determinada pessoa, no caso, o Presidente da Re-pública, que deixa o Governo, mas, no meu modo de entender, não conseguirá se apartar de ser a eminên-cia parda do futuro Governo, pela sua personalidade, pela sua história política e pela composição de forças que se afigura.

Mas tivemos um resultado. E, nesse resultado, aproximadamente 56 milhões de votos foram dados ao candidato oficial; 36 milhões de votos foram dados ao candidato de oposição. Foi uma vitória que, em ter-mos de votos válidos, não se pode contestar, embora tenhamos aqui ouvido, nos últimos dias, sérias denún-cias relacionadas às urnas eletrônicas, até agora não comprovadas. É preciso que se apresentem provas nesse sentido.

Mas há algo que passa um pouco despercebido da população brasileira: o fato de que, na verdade, 80 milhões de eleitores brasileiros não deram o seu voto ao atual Poder. Por que 80 milhões? É muito fácil, é só fazer as contas. Estou somando os votos dados ao candidato da Oposição com os votos daqueles que não compareceram às urnas, os votos dos ausentes – elei-tores inscritos, mas que não compareceram às urnas— e os votos nulos e brancos. Os votos brancos e nulos também são votos de omissão. São votos de eleitores que, de corpo presente, estão lá perante à urna ele-trônica, que pressionam as teclas da urna eletrônica, mas se omitem, se recusam a participar do processo

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político. E, portanto, significam, rigorosamente, a mes-ma coisa que abstenção, a não presença física.

Oitenta milhões de cidadãos não deram o seu voto ao atual Poder. No entanto, isso modifica o resultado? É claro que não! Porque o que vale, o que conta são os votos válidos. E os votos válidos decretaram a con-tinuidade do atual Poder. Esta é a realidade eleitoral, e esta é a realidade jurídica do Estado brasileiro, pelo menos para os próximos 4 anos.

Muito bem. Temos, nesse conjunto, 36 milhões de votos. Portanto, somados os ausentes, os que votaram em branco, os que votaram nulo e que, portanto, não votaram, 36 milhões de eleitores brasileiros se recu-saram a participar do processo político, num momen-to extremamente importante para a vida do País. Eles poderiam ter feito a diferença no sentido de reverter o resultado que as urnas mostraram ou poderiam ter feito a diferença até em encorpar mais o resultado eleitoral obtido pela Situação. Mas se omitiram.

Eles não querem participar do processo político. Aí está uma questão extremamente grave, extrema-mente candente: 36 milhões de eleitores brasileiros que não querem participar, por alguma razão, do pro-cesso político e, consequentemente, não participam do processo eleitoral nos momentos eleitorais. Por que perderam a fé? Por que não têm confiança no poder político? Por que dizem que o poder político é podre e corrupto na sua totalidade e não fazem exceção? Por que não acreditam nas pessoas que até agora têm exercido poder político, seja no plano do Executivo, seja no Parlamento, seja nos âmbitos municipal, esta-dual, federal? Mas isso é ruim, porque essas pessoas não entendem a política como algo para transformar, como algo para o bem comum e, portanto, se omitem de participar. Isso é muito grave para o País, isso que precisa ser modificado.

Seria muito útil que essas pessoas passassem a exercer uma atuação crítica com relação aos eleitos, não só com o peso dos 36 milhões que votaram contra a Situação, mas com o peso total dos 80 milhões de brasileiros que de alguma forma estão divorciados, es-tão dissociados do método político, do sistema político, da conduta política, da engrenagem política do País, embora constitucional, embora sejamos um Estado Democrático de Direito, apesar de muitas ameaças, como tenho denunciado desta tribuna.

Compete ao poder político, compete aos eleitos não colocar mais fogo nessa fogueira, não piorar essa situação, não trabalhar, como alguns já querem traba-lhar, para piorar as condições do Estado Democrático de Direito, por abalar liberdades públicas.

O projeto de regulação – esse é outro ponto – dos meios de comunicação que se propõe e que, na

verdade, já faz parte do famigerado Plano Nacional de Direitos Humanos, versão 3, por parte do Governo, é um projeto liberticida, é um projeto que não pode ser sustentado, acatado, não pode ser bem recebido pela população brasileira. Regular a mídia nos termos que quer o Governo – e disse o Ministro Franklin Martins, “se for necessário, até por enfrentamento”, de um modo muito ameaçador – não é uma regulação aceitável no Estado Democrático de Direito, é cerceamento, é sovietização, é controle da mídia, é controle do direi-to de informação, é violação de direitos e garantias individuais extremamente importantes para o Esta-do Democrático de Direito, extremamente caros para qualquer democracia. Isso não pode ser admitido, há que se barrar o passo e é preciso que o Governo re-cue dessa pretensão.

Outra coisa: precisamos melhorar muito uma área crucial: a educação. Os resultados apresentados pelo Brasil em todas as análises internacionais vão muito mal. Dizer que subimos “x” posições num conjunto quan-do, na verdade, continuamos muito mal até no conjunto da América Latina chega a ser algo deprimente. Não adianta dizer que subimos algumas posições quando comparados com outros países não apresentamos um resultado educacional adequado.

Isso foi demonstrado em exames recentes. Por exemplo, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica mostrou um quadro catastrófico no País inteiro, com algumas exceções, e, agora, na gestão do Minis-tério da Educação, mais um fracasso do ENEM.

Por que digo mais um fracasso? Estive aqui duas vezes ao longo de 18 meses de mandato, um pouco mais agora com o período eleitoral, duas vezes para criticar e falar de grotescos insucessos, da grotesca incompetência demonstrada na gestão da educação pública pelo Ministério da Educação no Brasil, exata-mente em 2 tentativas no ano passado relacionadas ao Exame Nacional do Ensino Médio.

E adiantou alguma coisa? E o dinheiro, as cen-tenas de milhões de reais jogadas no lixo, em 2009, produziram algum acerto? Melhoraram? Não. Levaram à contratação daqueles mesmos incompetentes que produziram os fracassos no ano passado, levaram à contratação das mesmas gráficas incompetentes, levaram à reiteração da dispensa de licitação para a contratação desses órgãos incompetentes.

E ainda ontem votou-se aqui uma medida provisó-ria que propicia a prorrogação de contratos temporários ligados a um instituto que fracassou completamente por 3 vezes em 2009 e 2010 em oferecer o Exame Nacional do Ensino Médio ao País. Adianta prorrogar contratos temporários para um órgão que se mostra completamente incompetente?

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Não se trata de pedir a cabeça de ninguém, mas de afirmar que não há mais condição de o Brasil su-portar uma administração inepta como essa do Minis-tério da Educação.

É preciso que o Governo eleito pelo voto do povo estabeleça como prioridade absoluta, em pri-meiro lugar, a educação, porque ela é crucial para o futuro de qualquer nação civilizada, e, depois, a se-gurança e a saúde, para oferecer e cuidar zelosa e verdadeiramente dos 3 pilares essenciais para qual-quer Estado Democrático de Direito, para qualquer Governo, sem os quais nada mais poderá funcionar. Pilares que estão muito abalados hoje em dia exa-tamente pela falta de políticas públicas adequadas e pela falta de organizações, estruturas e pessoas adequadas para geri-las.

Uma das provas disso é o que se verifica agora, como foi dito no discurso do Deputado Flávio Dino, com relação à Proposta de Emenda Constitucional nº 300, de 2008, que deve estabelecer, pois já foi votada e aprovada em primeiro turno, o piso salarial nacional dos policiais militares. Agora, ameaçam engavetá-la, como se engavetar, esquecer, congelar, empurrar com a barriga não fosse, flagrantemente, uma violação ao art. 60, § 2º, da Constituição da República. Isso não pode ser!

Muito obrigado por sua atenção.O SR. PRESIDENTE (Flávio Dino) – Agradeço

a V.Exa.

VIII – ENCERRAMENTOO SR. PRESIDENTE (Flávio Dino) – Nada mais

havendo a tratar, vou encerrar a sessão.O SR. PRESIDENTE (Flávio Dino) – COMPARE-

CEM MAIS À CASA OS SRS.:Partido Bloco

RORAIMA

Edio Lopes PMDB PmdbPtcLuciano Castro PR Marcio Junqueira DEM Maria Helena PSB PsbPcdobPrbUrzeni Rocha PSDB Total de Roraima 5

AMAPÁ

Dalva Figueiredo PT Davi Alcolumbre DEM Evandro Milhomen PCdoB PsbPcdobPrbFátima Pelaes PMDB PmdbPtcJanete Capiberibe PSB PsbPcdobPrbJurandil Juarez PMDB PmdbPtcLucenira Pimentel PR

Sebastião Bala Rocha PDT Total de Amapá 8

PARÁ

Asdrubal Bentes PMDB PmdbPtcBel Mesquita PMDB PmdbPtcBeto Faro PT Elcione Barbalho PMDB PmdbPtcGerson Peres PP Giovanni Queiroz PDT Lira Maia DEM Lúcio Vale PR Nilson Pinto PSDB Paulo Rocha PT Zé Geraldo PT Zenaldo Coutinho PSDB Total de Pará 12

AMAZONAS

Átila Lins PMDB PmdbPtcFrancisco Praciano PT Lupércio Ramos PMDB PmdbPtcMarcelo Serafim PSB PsbPcdobPrbVanessa Grazziotin PCdoB PsbPcdobPrbTotal de Amazonas 5

RONDÔNIA

Agnaldo Muniz PSC Anselmo de Jesus PT Eduardo Valverde PT Lindomar Garçon PV Marinha Raupp PMDB PmdbPtcMauro Nazif PSB PsbPcdobPrbTotal de Rondônia 6

ACRE

Flaviano Melo PMDB PmdbPtcGladson Cameli PP Henrique Afonso PV Ilderlei Cordeiro PPS Nilson Mourão PT Perpétua Almeida PCdoB PsbPcdobPrbSergio Petecão PMN Total de Acre 7

TOCANTINS

Eduardo Gomes PSDB João Oliveira DEM Laurez Moreira PSB PsbPcdobPrbMoises Avelino PMDB PmdbPtcNIlmar Ruiz PR Osvaldo Reis PMDB PmdbPtcVicentinho Alves PR Total de Tocantins 7

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MARANHÃO

Carlos Brandão PSDB Clóvis Fecury DEM Davi Alves Silva Júnior PR Domingos Dutra PT Flávio Dino PCdoB PsbPcdobPrbGastão Vieira PMDB PmdbPtcJulião Amin PDT Pedro Novais PMDB PmdbPtcPinto Itamaraty PSDB Professor Setimo PMDB PmdbPtcSarney Filho PV Total de Maranhão 11

CEARÁ

Ariosto Holanda PSB PsbPcdobPrbArnon Bezerra PTB Chico Lopes PCdoB PsbPcdobPrbEudes Xavier PT Eugênio Rabelo PP Flávio Bezerra PRB PsbPcdobPrbGorete Pereira PR José Airton Cirilo PT José Guimarães PT José Linhares PP José Pimentel PT Marcelo Teixeira PR Mauro Benevides PMDB PmdbPtcRaimundo Gomes de Matos PSDB Vicente Arruda PR Total de Ceará 15

PIAUÍ

Antonio José Medeiros PT Ciro Nogueira PP José Maia Filho DEM Júlio Cesar DEM Marcelo Castro PMDB PmdbPtcNazareno Fonteles PT Themístocles Sampaio PMDB PmdbPtcTotal de PIAUÍ 7

RIO GRANDE DO NORTE

Fábio Faria PMN Fátima Bezerra PT João Maia PR Rogério Marinho PSDB Sandra Rosado PSB PsbPcdobPrbTotal de Rio Grande do Norte 5

PARAÍBA

Armando Abílio PTB Damião Feliciano PDT

Efraim Filho DEM Luiz Couto PT Major Fábio DEM Rômulo Gouveia PSDB Wellington Roberto PR Wilson Santiago PMDB PmdbPtcTotal de Paraíba 8

PERNAMBUCO

André de Paula DEM Bruno Rodrigues PSDB Charles Lucena PTB Edgar Moury PMDB PmdbPtcEduardo da Fonte PP Fernando Ferro PT Gonzaga Patriota PSB PsbPcdobPrbInocêncio Oliveira PR José Chaves PTB José Mendonça Bezerra DEM Paulo Rubem Santiago PDT Pedro Eugênio PT Raul Henry PMDB PmdbPtcRoberto Magalhães DEM Silvio Costa PTB Wolney Queiroz PDT Total de Pernambuco 16

ALAGOAS

Antonio Carlos Chamariz PTB Benedito de Lira PP Carlos Alberto Canuto PSC Francisco Tenorio PMN Givaldo Carimbão PSB PsbPcdobPrbJoaquim Beltrão PMDB PmdbPtcMaurício Quintella Lessa PR Total de Alagoas 7

SERGIPE

Eduardo Amorim PSC José Carlos Machado DEM Mendonça Prado DEM Pedro Valadares DEM Valadares Filho PSB PsbPcdobPrbTotal de Sergipe 5

BAHIA

Alice Portugal PCdoB PsbPcdobPrbAntonio Carlos Magalhães Neto DEM Claudio Cajado DEM Colbert Martins PMDB PmdbPtcDaniel Almeida PCdoB PsbPcdobPrbFábio Souto DEM Geraldo Simões PT João Carlos Bacelar PR

43024 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

João Leão PP José Carlos Aleluia DEM José Carlos Araújo PDT José Rocha PR Jutahy Junior PSDB Lídice da Mata PSB PsbPcdobPrbLuiz Alberto PT Luiz Bassuma PV Luiz Carreira DEM Marcelo Guimarães Filho PMDB PmdbPtcMárcio Marinho PRB PsbPcdobPrbMarcos Medrado PDT Maurício Trindade PR Paulo Magalhães DEM Roberto Britto PP Sérgio Barradas Carneiro PT Severiano Alves PMDB PmdbPtcUldurico Pinto PHS Veloso PMDB PmdbPtcWalter Pinheiro PT Total de Bahia 28

MINAS GERAIS

Aelton Freitas PR Antônio Andrade PMDB PmdbPtcAracely de Paula PR Bonifácio de Andrada PSDB Carlos Willian PTC PmdbPtcCiro Pedrosa PV Elismar Prado PT Fábio Ramalho PV George Hilton PRB PsbPcdobPrbGilmar Machado PT Humberto Souto PPS Jaime Martins PR Jô Moraes PCdoB PsbPcdobPrbJoão Magalhães PMDB PmdbPtcJosé Santana de Vasconcellos PR Júlio Delgado PSB PsbPcdobPrbLael Varella DEM Leonardo Monteiro PT Leonardo Quintão PMDB PmdbPtcLincoln Portela PR Márcio Reinaldo Moreira PP Marcos Lima PMDB PmdbPtcMário de Oliveira PSC Mauro Lopes PMDB PmdbPtcMiguel Martini PHS Paulo Abi-Ackel PSDB Paulo Delgado PT Paulo Piau PMDB PmdbPtcSilas Brasileiro PMDB PmdbPtcVirgílio Guimarães PT

Vitor Penido DEM Total de Minas Gerais 31

ESPÍRITO SANTO

Camilo Cola PMDB PmdbPtcCapitão Assumção PSB PsbPcdobPrbManato PDT Rita Camata PSDB Rose de Freitas PMDB PmdbPtcSueli Vidigal PDT Total de Espírito Santo 6

RIO DE JANEIRO

Alexandre Santos PMDB PmdbPtcAndreia Zito PSDB Antonio Carlos Biscaia PT Arnaldo Vianna PDT Arolde de Oliveira DEM Brizola Neto PDT Chico Alencar PSOL Chico DAngelo PT Cida Diogo PT Deley PSC Dr. Adilson Soares PR Edson Ezequiel PMDB PmdbPtcEduardo Cunha PMDB PmdbPtcEduardo Lopes PRB PsbPcdobPrbFelipe Bornier PHS Fernando Gabeira PV Fernando Lopes PMDB PmdbPtcFilipe Pereira PSC Geraldo Pudim PR Jair Bolsonaro PP Léo Vivas PRB PsbPcdobPrbLuiz Sérgio PT Marina Maggessi PPS Miro Teixeira PDT Neilton Mulim PR Nelson Bornier PMDB PmdbPtcSilvio Lopes PSDB Simão Sessim PP Solange Almeida PMDB PmdbPtcSuely PR Vinicius Carvalho PTdoB Total de Rio de Janeiro 31

SÃO PAULO

Aline Corrêa PP Antonio Bulhões PRB PsbPcdobPrbAntonio Carlos Mendes Thame PSDB Antonio Carlos Pannunzio PSDB Arlindo Chinaglia PT Arnaldo Faria de Sá PTB Arnaldo Jardim PPS

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 43025

Arnaldo Madeira PSDB Cândido Vaccarezza PT Carlos Sampaio PSDB Carlos Zarattini PT Celso Russomanno PP Devanir Ribeiro PT Dimas Ramalho PPS Dr. Talmir PV Duarte Nogueira PSDB Fernando Chiarelli PDT Francisco Rossi PMDB PmdbPtcGuilherme Campos DEM Janete Rocha Pietá PT Jefferson Campos PSB PsbPcdobPrbJilmar Tatto PT João Paulo Cunha PT José C Stangarlini PSDB José Genoíno PT José Mentor PT José Paulo Tóffano PV Lobbe Neto PSDB Luciana Costa PR Luiza Erundina PSB PsbPcdobPrbMarcelo Ortiz PV Milton Monti PR Milton Vieira DEM Paes de Lira PTC PmdbPtcRegis de Oliveira PSC Ricardo Berzoini PT Ricardo Tripoli PSDB Roberto Alves PTB Roberto Santiago PV Valdemar Costa Neto PR Vanderlei Macris PSDB Vicentinho PT Walter Ihoshi DEM William Woo PPS Total de São Paulo 44

MATO GROSSO

Carlos Abicalil PT Carlos Bezerra PMDB PmdbPtcEliene Lima PP Homero Pereira PR Thelma de Oliveira PSDB Valtenir Pereira PSB PsbPcdobPrbWellington Fagundes PR Total de Mato Grosso 7

DISTRITO FEDERAL

Alberto Fraga DEM Augusto Carvalho PPS Jofran Frejat PR

Rodrigo Rollemberg PSB PsbPcdobPrbTadeu Filippelli PMDB PmdbPtcTotal de Distrito Federal 5

GOIÁS

Carlos Alberto Leréia PSDB João Campos PSDB Leandro Vilela PMDB PmdbPtcLeonardo Vilela PSDB Luiz Bittencourt PMDB PmdbPtcMarcelo Melo PMDB PmdbPtcPedro Chaves PMDB PmdbPtcPedro Wilson PT Professora Raquel Teixeira PSDB Rubens Otoni PT Sandes Júnior PP Total de Goiás 11

MATO GROSSO DO SUL

Geraldo Resende PMDB PmdbPtcMarçal Filho PMDB PmdbPtcNelson Trad PMDB PmdbPtcVander Loubet PT Waldemir Moka PMDB PmdbPtcTotal de Mato Grosso do Sul 5

PARANÁ

Alceni Guerra DEM Alex Canziani PTB Alfredo Kaefer PSDB Andre Vargas PT Assis do Couto PT Cassio Taniguchi DEM Chico da Princesa PR Dilceu Sperafico PP Dr. Rosinha PT Giacobo PR Gustavo Fruet PSDB Hermes Parcianello PMDB PmdbPtcLuiz Carlos Hauly PSDB Luiz Carlos Setim DEM Moacir Micheletto PMDB PmdbPtcOsmar Serraglio PMDB PmdbPtcReinhold Stephanes PMDB PmdbPtcRodrigo Rocha Loures PMDB PmdbPtcTakayama PSC Wilson Picler PDT Total de Paraná 20

SANTA CATARINA

Angela Amin PP Edinho Bez PMDB PmdbPtcGervásio Silva PSDB Mauro Mariani PMDB PmdbPtc

43026 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

Paulo Bauer PSDB Valdir Colatto PMDB PmdbPtcVignatti PT Zonta PP Total de Santa Catarina 8

RIO GRANDE DO SUL

Cláudio Diaz PSDB Germano Bonow DEM José Otávio Germano PP Marco Maia PT Maria do Rosário PT Nelson Proença PPS Onyx Lorenzoni DEM Osmar Terra PMDB PmdbPtcPaulo Roberto Pereira PTB Pepe Vargas PT Pompeo de Mattos PDT Professor Ruy Pauletti PSDB Renato Molling PP Total de Rio Grande do Sul 13

DEIXAM DE COMPARECER À CASA OS SRS.:

Partido Bloco

RORAIMA

Angela Portela PT Francisco Rodrigues DEM Sá PR Total de Roraima 3

PARÁ

Jader Barbalho PMDB PmdbPtcVic Pires Franco DEM Wandenkolk Gonçalves PSDB Wladimir Costa PMDB PmdbPtcZequinha Marinho PSC Total de Pará 5

AMAZONAS

Rebecca Garcia PP Sabino Castelo Branco PTB Silas Câmara PSC Total de Amazonas 3

RONDÔNIA

Ernandes Amorim PTB Moreira Mendes PPS Total de Rondônia 2

ACRE

Fernando Melo PT Total de Acre 1

TOCANTINS

Lázaro Botelho PP Total de Tocantins 1

MARANHÃO

Cleber Verde PRB PsbPcdobPrbNice Lobão DEM Pedro Fernandes PTB Ribamar Alves PSB PsbPcdobPrbRoberto Rocha PSDB Waldir Maranhão PP Zé Vieira PR Total de Maranhão 7

CEARÁ

Aníbal Gomes PMDB PmdbPtcCiro Gomes PSB PsbPcdobPrbEunício Oliveira PMDB PmdbPtcLeo Alcântara PR Manoel Salviano PSDB Paulo Henrique Lustosa PMDB PmdbPtcZé Gerardo PMDB PmdbPtcTotal de Ceará 7

PIAUÍ

Átila Lira PSB PsbPcdobPrbOsmar Júnior PCdoB PsbPcdobPrbPaes Landim PTB Total de Piauí 3

RIO GRANDE DO NORTE

Betinho Rosado DEM Felipe Maia DEM Henrique Eduardo Alves PMDB PmdbPtcTotal de Rio Grande do Norte 3

PARAÍBA

Manoel Junior PMDB PmdbPtcMarcondes Gadelha PSC Vital do Rêgo Filho PMDB PmdbPtcWilson Braga PMDB PmdbPtcTotal de Paraíba 4

PERNAMBUCO

Ana Arraes PSB PsbPcdobPrbArmando Monteiro PTB Bruno Araújo PSDB Carlos Eduardo Cadoca PSC Fernando Coelho Filho PSB PsbPcdobPrbFernando Nascimento PT Marcos Antonio PRB PsbPcdobPrbMaurício Rands PT Raul Jungmann PPS Total de Pernambuco 9

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 43027

ALAGOAS

Augusto Farias PTB Olavo Calheiros PMDB PmdbPtcTotal de Alagoas 2

SERGIPE

Albano Franco PSDB Iran Barbosa PT Jackson Barreto PMDB PmdbPtcTotal de Sergipe 3

BAHIA

Edson Duarte PV Félix Mendonça DEM Fernando de Fabinho DEM Geddel Vieira Lima PMDB PmdbPtcJoão Almeida PSDB Jorge Khoury DEM Mário Negromonte PP Nelson Pellegrino PT Sérgio Brito PSC Tonha Magalhães PR Zezéu Ribeiro PT Total de Bahia 11

MINAS GERAIS

Ademir Camilo PDT Alexandre Silveira PPS Antônio Roberto PV Bilac Pinto PR Carlos Melles DEM Edmar Moreira PR Eduardo Barbosa PSDB Geraldo Thadeu PPS Jairo Ataide DEM João Bittar DEM José Fernando Aparecido de Oliveira PV Luiz Fernando Faria PP Marcos Montes DEM Maria Lúcia Cardoso PMDB PmdbPtcMário Heringer PDT Miguel Corrêa PT Narcio Rodrigues PSDB Odair Cunha PT Rafael Guerra PSDB Reginaldo Lopes PT Rodrigo de Castro PSDB Saraiva Felipe PMDB PmdbPtcTotal de Minas Gerais 22

ESPÍRITO SANTO

Iriny Lopes PT Jurandy Loureiro PSC

Lelo Coimbra PMDB PmdbPtcLuiz Paulo Vellozo Lucas PSDB Total de Espírito Santo 4

RIO DE JANEIRO

Bernardo Ariston PMDB PmdbPtcCarlos Santana PT Dr. Paulo César PR Edmilson Valentim PCdoB PsbPcdobPrbEdson Santos PT Hugo Leal PSC Indio da Costa DEM Leandro Sampaio PPS Marcelo Itagiba PSDB Otavio Leite PSDB Pastor Manoel Ferreira PR Rodrigo Bethlem PMDB PmdbPtcRodrigo Maia DEM Rogerio Lisboa DEM Solange Amaral DEM Total de Rio de Janeiro 15

SÃO PAULO

Abelardo Camarinha PSB PsbPcdobPrbAldo Rebelo PCdoB PsbPcdobPrbAntonio Palocci PT Beto Mansur PP Bispo Gê Tenuta DEM Dr. Nechar PP Dr. Ubiali PSB PsbPcdobPrbEdson Aparecido PSDB Emanuel Fernandes PSDB Fernando Chucre PSDB Ivan Valente PSOL João Dado PDT Jorge Tadeu Mudalen DEM Jorginho Maluly DEM José Aníbal PSDB José Eduardo Cardozo PT Julio Semeghini PSDB Márcio França PSB PsbPcdobPrbMichel Temer PMDB PmdbPtcNelson Marquezelli PTB Paulo Maluf PP Paulo Pereira da Silva PDT Paulo Teixeira PT Renato Amary PSDB Silvio Torres PSDB Vadão Gomes PP Total de São Paulo 26

MATO GROSSO

Pedro Henry PP Total de Mato Grosso 1

43028 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

DISTRITO FEDERAL

Laerte Bessa PSC Magela PT Rodovalho PP Total de Distrito Federal 3

GOIÁS

Íris de Araújo PMDB PmdbPtcJovair Arantes PTB Roberto Balestra PP Ronaldo Caiado DEM Sandro Mabel PR Tatico PTB Total de Goiás 6

MATO GROSSO DO SUL

Antônio Carlos Biffi PT Antonio Cruz PP Dagoberto PDT Total de Mato Grosso do Sul 3

PARANÁ

Abelardo Lupion DEM Affonso Camargo PSDB Angelo Vanhoni PT Cezar Silvestri PPS Eduardo Sciarra DEM Marcelo Almeida PMDB PmdbPtcNelson Meurer PP Odílio Balbinotti PMDB PmdbPtcRatinho Junior PSC Ricardo Barros PP Total de Paraná 10

SANTA CATARINA

Celso Maldaner PMDB PmdbPtcDécio Lima PT Fernando Coruja PPS João Matos PMDB PmdbPtcJoão Pizzolatti PP Jorge Boeira PT Nelson Goetten PR Paulo Bornhausen DEM Total de Santa Catarina 8

RIO GRANDE DO SUL

Afonso Hamm PP Beto Albuquerque PSB PsbPcdobPrbDarcísio Perondi PMDB PmdbPtcEliseu Padilha PMDB PmdbPtcEmilia Fernandes PT Enio Bacci PDT Fernando Marroni PT Henrique Fontana PT

Ibsen Pinheiro PMDB PmdbPtcLuciana Genro PSOL Luis Carlos Heinze PP Luiz Carlos Busato PTB Manuela DÁvila PCdoB PsbPcdobPrbMendes Ribeiro Filho PMDB PmdbPtcPaulo Pimenta PT Sérgio Moraes PTB Vieira da Cunha PDT Vilson Covatti PP Total de Rio Grande do Sul 18

O SR. PRESIDENTE (Flávio Dino) – Encerro a sessão, convocando para amanhã, sexta-feira, dia 12 de novembro, às 9h, sessão ordinária de debates da Câmara dos Deputados.

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS OU RECURSOS

I – EMENDAS

2. PROJETO DE RESOLUÇÃO QUE ALTERA O RICDPrazo para apresentação de emendas: 5 Sessões (Art. 216, § 1º, do RICD).

Nº 235/2010 (Celso Maldaner) – Institui a Comissão Permanente de Saneamento.ÚLTIMA SESSÃO: 12/11/2010

II – RECURSOS

1. CONTRA APRECIAÇÃO CONCLUSIVA DE CO-MISSÃO – ART. 24, II, DO RICDINTERPOSIÇÃO DE RECURSO: art. 58, § 3º, c/c o art. 132, § 2º (PARECERES FAVORÁVEIS),ou com o art. 133 (PARECERES CONTRÁRIOS), to-dos do RICD.Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (art. 58, § 1° do RICD).

1.1 COM PARECERES FAVORÁVEIS

PROJETO DE LEI

Nº 3939/2008 (Senado Federal – Demóstenes Tor-res) – Revoga o § 4º do art. 600 do Decreto-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal, para não mais permitir que o apelante apresen-te as razões do recurso de apelação diretamente na instância superior.Apensados: PL 2633/2007 (Gustavo Fruet ) DECURSO: 1a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 19/11/2010ARQUIVEM-SE, nos termos do § 4º do artigo 164 do RICD, as seguintes proposições:

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 43029

PROJETOS DE LEI

Nº 697/2007 (Sandes Júnior) – Dispõe sobre a obri-gatoriedade do exame “Emissões Otoacústicas Evo-cadas – EOA”, conhecido como “teste da orelhinha” para todos os recém-nascidos no País

Nº 3.300/2008 (Neucimar Fraga) – Dispõe sobre a obrigatoriedade do exame “Emissões Otoacústicas Evocadas – EOA”, conhecido como “teste da orelhinha” para todos os recém-nascidos no País.

Nº 4.894/2009 (Nelson Bornier) – Torna obrigatório a disponibilização do Código de Defesa dos Direitos do Consumidor, para consulta, pelos estabelecimentos comerciais e dá outras providências.

Nº 5.032/2009 (Senado Federal- Marconi Perillo) – Inscreve o nome de Getúlio Dornelles Vargas no Livro dos Heróis da Pátria.

Nº 5.197/2009 (Carlos Bezerra) – Acrescenta, no Có-digo Civil, causa de perda do poder familiar.

Nº 5.755/2009 (Gorete Pereira) – Institui, na República Federativa do Brasil, a data de 30 de junho, como Dia do Fiscal Federal Agropecuário.

Nº 6.032/2009 (Eliseu Padilha) – Dispõe sobre a re-alização do exame de capacidade auditiva em todos os recém-nascidos do país.

Nº 6.539/2009 (Ribamar Alves) – Institui o “Dia do Evangélico” no Brasil.

ORADORES SORTEADOS PARA O GRANDE EXPEDIENTE DO MÊS DE NOVEMBRO DE 2010

Dia 12, 6ª-feira

10:00 ZEQUINHA MARINHO (PSC – PA)10:25 RODRIGO DE CASTRO (PSDB – MG)10:50 JULIO SEMEGHINI (PSDB – SP)11:15 ROBERTO MAGALHÃES (DEM – PE)11:40 PAULO PIAU (PMDB – MG)

Dia 16, 3ª-feira

15:00 VINICIUS CARVALHO (PTdoB – RJ)15:25 EDUARDO GOMES (PSDB – TO)

Dia 17, 4ª-feira

15:00 CHICO LOPES (PCdoB – CE)15:25 BETINHO ROSADO (DEM – RN)

Dia 18, 5ª-feira

15:00 RICARDO BARROS (PP – PR)15:25 FERNANDO COELHO FILHO (PSB – PE)

Dia 19, 6ª-feira

10:00 HUMBERTO SOUTO (PPS – MG)

10:25 LÁZARO BOTELHO (PP – TO)10:50 LUPÉRCIO RAMOS (PMDB – AM)11:15 CELSO MALDANER (PMDB – SC)11:40 CLAUDIO CAJADO (DEM – BA)

Dia 22, 2ª-feira

15:00 JÔ MORAES (PCdoB – MG)15:25 ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM – BA)15:50 MOACIR MICHELETTO (PMDB – PR)16:15 EDINHO BEZ (PMDB – SC)16:40 EDSON APARECIDO (PSDB – SP)

Dia 23, 3ª-feira

15:00 PEDRO EUGÊNIO (PT – PE)15:25 CLÓVIS FECURY (DEM – MA)

Dia 24, 4ª-feira

15:00 FLÁVIO BEZERRA (PRB – CE)15:25 VANDER LOUBET (PT – MS)

Dia 25, 5ª-feira

15:00 GIOVANNI QUEIROZ (PDT – PA)15:25 BONIFÁCIO DE ANDRADA (PSDB – MG)

Dia 26, 6ª-feira

10:00 JAIRO ATAIDE (DEM – MG)10:25 ANGELO VANHONI (PT – PR)10:50 VALDEMAR COSTA NETO (PR – SP)11:15 INOCÊNCIO OLIVEIRA (PR – PE)11:40 JOÃO MAIA (PR – RN)

Dia 29, 2ª-feira

15:00 GORETE PEREIRA (PR – CE)15:25 GASTÃO VIEIRA (PMDB – MA)15:50 IVAN VALENTE (PSOL – SP)16:15 HENRIQUE FONTANA (PT – RS)16:40 EDSON SANTOS (PT – RJ)

Dia 30, 3ª-feira

15:00 AUGUSTO CARVALHO (PPS – DF)15:25 VICENTE ARRUDA (PR – CE)

ORDEM DO DIA DAS COMISSÕES

I – COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19-11-10

43030 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 7.713/10 – do Sr. Beto Faro – que “dispõe sobre a equiparação de mini e pequenos produtores rurais aos agricultores familiares nos con-tratos de crédito rural com recursos dos Fundos Cons-titucionais de Financiamento do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado DILCEU SPERAFICO.

PROJETO DE LEI Nº 7.714/10 – do Sr. Beto Faro – que “altera os arts. 1º e 11, da Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de 1997, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado CELSO MALDANER.

PROJETO DE LEI Nº 7.748/10 – do Senado Federal – Francisco Dornelles – (PLS 119/2010) – que “altera a Lei nº 7.291, de 19 de dezembro de 1984, para alterar a base de cálculo da contribuição à Comissão Coorde-nadora da Criação do Cavalo Nacional (CCCCN)”. RELATOR: Deputado LEONARDO VILELA.

PROJETO DE LEI Nº 7.821/10 – do Sr. Gustavo Fruet – que “dispõe sobre o planejamento de ações de po-lítica agrícola”. RELATOR: Deputado FERNANDO COELHO FILHO.

PROJETO DE LEI Nº 7.827/10 – do Senado Federal – César Borges – (PLS 130/2010) – que “altera o § 2º do art. 3º e revoga o § 3º do art. 3º e o art. 4º, todos do Decreto-Lei nº 467, de 13 de fevereiro de 1969”. RELATOR: Deputado ONYX LORENZONI. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 16-11-10

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 4.995/09 – do Sr. Geraldo Simões – que “institui a política de conservação das áreas de cultivo tradicional de cacau no sistema cabruca”. RELATOR: Deputado VELOSO.

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 18-11-10

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 5.641/09 – do Sr. Dr. Nechar – que “autoriza as televisões educativas, culturais e comunitárias a veicularem propaganda comercial”. (Apensado: PL 7482/2010) RELATOR: Deputado EDIO LOPES. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 16-11-10

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 5.239/09 – do Sr. Carlos Bezerra – que “altera o art. 605 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para alterar o prazo para a publicação do edital de cobrança da contribuição sindical e incluir a Internet como veículo de publicação”. RELATOR: Deputado MENDES RIBEIRO FILHO.

PROJETO DE LEI Nº 6.664/09 – do Sr. Edmar Morei-ra – que “institui a obrigatoriedade de inclusão da pla-ca alfanumérica na publicação de qualquer anúcio de venda ou troca de veículo automotor usado” RELATOR: Deputado NELSON PROENÇA.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 18-11-10

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicida-de e Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 276/07 – do Sr. Léo Alcântara – que “altera o Código Civil, instituído pela Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002”. RELATOR: Deputado REGIS DE OLIVEIRA. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 16-11-10

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 43031

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicida-de e Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 508/07 – do Sr. Sérgio Barradas Carneiro – que “altera dispositivos do Código Civil, dis-pondo sobre igualdade de direitos sucessórios entre cônjuges e companheiros de união estável”. (Apensa-dos: PL 2528/2007 e PL 3075/2008) RELATOR: Deputado REGIS DE OLIVEIRA.

PROJETO DE LEI Nº 4.330/08 – do Sr. Tadeu Filippelli – que “altera a Lei nº 10.169, de 29 de dezembro de 2000, que regula o § 2º do art. 236 da Constituição Federal, mediante o estabelecimento de normas gerais para a fixação de emolumentos relativos aos atos praticados pelos serviços notariais e de registro”. RELATOR: Deputado REGIS DE OLIVEIRA.

PROJETO DE LEI Nº 7.649/10 – do Sr. Vanderlei Ma-cris – que “acrescenta parágrafo único ao art. 932, da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Ci-vil, dispondo sobre a responsabilidade dos locatários de veículos”. RELATOR: Deputado SÉRGIO BARRADAS CARNEI-RO.

B – Da Análise da Constitucionalidade e Juridici-dade (art. 54, I):

PROJETO DE LEI Nº 3.334/08 – do Sr. Antonio Bu-lhões – que “altera o Decreto-Lei nº 25, de 30 de no-vembro de 1937, que “Organiza a proteção do patri-mônio histórico e artístico nacional”, para estabelecer a obrigatoriedade de placas de identificação nos bens culturais tombados”. RELATOR: Deputado GEORGE HILTON.

PROJETO DE LEI Nº 4.495/08 – do Sr. Eduardo Cunha – que “dispõe sobre regulamentação do exercício da pro-fissão de “Sommelier””. (Apensado: PL 4520/2008) RELATOR: Deputado JOÃO MAGALHÃES.

PROJETO DE LEI Nº 6.761/10 – do Senado Federal – Flexa Ribeiro – (PLS 260/2009) – que “dá nova re-dação ao art. 7º da Lei nº 9.612, de 19 de fevereiro de 1998, para determinar que as autorizações para a ex-ploração de serviço de radiodifusão comunitária sejam outorgadas exclusivamente a entidades constituídas há pelo menos 2 (dois) anos”. RELATOR: Deputado GEORGE HILTON.

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicida-de e Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 674/07 – do Sr. Vaccarezza – que “regulamenta o art. 226 § 3º da Constituição Fe-deral, união estável, institui o divórcio de fato”. (Apen-sados: PL 1149/2007, PL 2285/2007 (Apensados: PL 4508/2008 e PL 5266/2009), PL 3065/2008, PL 3112/2008 e PL 3780/2008) RELATOR: Deputado ELISEU PADILHA.

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19-11-10

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 7.181/10 – do Sr. Arnaldo Faria de Sá – que “dispõe sobre a regulamentação da ativi-dade das Empresas de Gerenciamento de Riscos em Operações Logísticas”. RELATOR: Deputado SILAS BRASILEIRO. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 17-11-10

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 6.692/09 – do Sr. Capitão As-sumção – que “dispõe sobre a proibição da recusa do pagamento de produtos ou serviços em cheques, cartão de crédito ou cartão de débito”. RELATOR: Deputado EDMILSON VALENTIM. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 16-11-10

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 6.316/09 – do Sr. Marco Maia – que “dispõe sobre a instalação de Free Shopping nas faixas de fronteira”. RELATOR: Deputado RENATO MOLLING.

PROJETO DE LEI Nº 7.750/10 – do Senado Fede-ral – Papaléo Paes – (PLS 545/2007) – que “ Altera a Lei nº 8.934, de 18 de novembro de 1994, e a Lei nº

43032 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), para atualizar a terminologia referente ao Registro Público de Empresas e Atividades Afins”. RELATOR: Deputado RENATO MOLLING.

PROJETO DE LEI Nº 7.781/10 – do Poder Executivo – que “autoriza o Fundo de Compensação de Variações Salariais a assumir, na forma disciplinada em ato do Con-selho Curador do FCVS – CCFCVS, direitos e obrigações do SH/SFH e a oferecer cobertura direta a contratos de financiamento habitacional averbados na Apólice do SH/SFH, dispõe sobre a prestação de auxílio financeiro pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, no exercício de 2010, com o objetivo de fomentar as ex-portações do País, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado RENATO MOLLING.

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 17-11-10

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 1.139/07 – do Sr. Raul Henry – que “dispõe sobre os critérios de distribuição dos recursos originários da renúncia fiscal a que se refe-re o parágrafo 7º do art.19 da Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991”. (Apensados: PL 2151/2007, PL 2575/2007, PL 3301/2008, PL 3686/2008, PL 4143/2008 e PL 6722/2010 (Apensado: PL 7250/2010)) RELATORA: Deputada ALICE PORTUGAL.

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19-11-10

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Adequação Financeira e Orça-mentária (art. 54):

PROJETO DE LEI Nº 5.369/09 – do Sr. Vieira da Cunha – que “institui o Programa de Combate ao “Bullying””. (Apensados: PL 6481/2009 e PL 6725/2010) RELATOR: Deputado JOÃO DADO.

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 1ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 19-11-10

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 7.525/10 – da Sra. Elcione Bar-balho – que “dispõe sobre a constituição de reserva para fazer frente a eventuais danos ambientais e só-cio-econômico causados por vazamento de petróleo ou de gás natural decorrente de acidente ou falha de operação em equipamentos para exploração e produ-ção de hidrocarbonetos”. RELATORA: Deputada BEL MESQUITA.

PROJETO DE LEI Nº 7.729/10 – do Sr. Lupércio Ra-mos – que “reduz a zero as alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Finan-ciamento da Seguridade Social – COFINS incidentes sobre as receitas de vendas de energia elétrica para os consumidores classificados na subclasse residen-cial baixa renda”. RELATOR: Deputado EDUARDO DA FONTE.

PROJETO DE LEI Nº 7.737/10 – do Sr. Betinho Rosa-do – que “estabelece a obrigatoriedade de contratação de energia elétrica produzida a partir de fonte eólica por meio de leilões e dá outras providências”. RELATOR: Deputado PAULO ABI-ACKEL.

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 16-11-10

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 5.411/09 – do Sr. Capitão As-sumção – que “concede isenção de impostos para autoridades públicas e órgãos públicos na aquisição de proteção balística pessoal e para veículos automo-tores terrestres”. RELATOR: Deputado PAES DE LIRA.

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 43033

PROJETO DE LEI Nº 6.329/09 – do Sr. Capitão As-sumção – que “cria requisito de conclusão de curso superior para ingresso na carreira dos militares esta-duais”. RELATOR: Deputado PAES DE LIRA.

PROJETO DE LEI Nº 6.629/09 – do Sr. Antonio Car-los Biscaia – que “altera o Decreto-Lei nº 1.002, de 21 de outubro de 1969 – Código de Processo Penal Militar”. RELATOR: Deputado PAES DE LIRA.

PROJETO DE LEI Nº 6.847/10 – do Sr. Leo Alcântara – que “altera o Decreto-Lei nº 667, de 2 de julho de 1969, para permitir que os Estados e Distrito Federal criem em suas polícias militares e corpos de bombeiros militares os quadros de oficiais e praças temporários”. RELATOR: Deputado PAES DE LIRA.

PROJETO DE LEI Nº 7.085/10 – dos Srs. Edmilson Valentim e Roberto Santiago – que “altera a Lei nº 11.901 de 12 de janeiro de 2009”. (Apensado: PL 7234/2010) RELATOR: Deputado GUILHERME CAMPOS.

PROJETO DE LEI Nº 7.393/10 – do Sr. Marcelo Ortiz – que “proíbe a utilização de equipamento ou artifício que impeça ou dificulte a identificação e o reconhecimento do usuário em eventos sociais e políticos de massa, e impõe sanções para o seu descumprimento”. RELATOR: Deputado PAES DE LIRA.

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE TERÇA-FEIRA (DIA 16/11/2010)

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 2.808/08 – do Sr. Silas Câmara – que “obriga a veiculação de publicidade de saúde pública pelas empresas de transportes coletivos ur-banos”. RELATOR: Deputado OSMAR TERRA.

PROJETO DE LEI Nº 6.806/10 – do Sr. Carlos Sampaio – que “cria o Programa Nacional de Combate à Reti-noblastoma e aos Tumores Embrionários e dá outras providências”. (Apensado: PL 6909/2010) RELATOR: Deputado RAIMUNDO GOMES DE MA-TOS.

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 16-11-10

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 2.955/08 – do Sr. Cristiano Ma-theus – que “obriga as instituições de ensino superior a manterem consultório para atendimento de seus alunos e professores”. RELATOR: Deputado JOSÉ LINHARES.

PROJETO DE LEI Nº 2.848/08 – do Sr. Rômulo Gou-veia – que “revoga a Lei nº 10.820, de 17 de dezem-bro de 2003, que “dispõe sobre a autorização para desconto de prestações em folha de pagamento” e dá outras providências”. RELATOR: Deputado HENRIQUE AFONSO.

PROJETO DE LEI Nº 6.563/09 – do Sr. Fernando Co-ruja – que “altera dispositivos da Lei nº 5.991, de 17 de dezembro de 1973 e da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, para garantir o sigilo das informações con-tidas na receita de medicamentos preenchidas pelos profissionais legalmente habilitados”. RELATOR: Deputado HENRIQUE FONTANA.

PROJETO DE LEI Nº 7.229/10 – do Sr. Edmar Moreira – que “dispõe sobre seminário nas escolas da rede pú-blica sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente”. RELATORA: Deputada ALINE CORRÊA.

PROJETO DE LEI Nº 7.424/10 – do Sr. Dr. Rosinha – que “regulamenta o exercício da profissão de Tera-peuta em Dependências Químicas”. (Apensado: PL 7772/2010) RELATOR: Deputado MAURO NAZIF.

PROJETO DE LEI Nº 7.438/10 – do Sr. Edmar Moreira – que “dispõe sobre a assepsia no uso de equipamentos de reconhecimento biométrico nos estabelecimentos e dá outras providências”. RELATOR: Deputado GERALDO RESENDE.

PROJETO DE LEI Nº 7.489/10 – do Sr. Carlos Bezerra – que “acresce parágrafo ao art. 1.725 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que institui o Código Civil”. RELATOR: Deputado HENRIQUE AFONSO.

PROJETO DE LEI Nº 7.493/10 – do Sr. Vital do Rêgo Filho – que “acrescenta parágrafos ao art. 12 da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992”. (Apensado: PL 7495/2010) RELATOR: Deputado EDUARDO BARBOSA.

PROJETO DE LEI Nº 7.500/10 – do Sr. Jorge Tadeu Mudalen – que “dá nova redação ao inciso II do art. 5º da Lei nº 6.316, de 17 de dezembro de 1975, e acres-

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centa parágrafo único ao art. 4º da Lei nº 9.696, de 1º de setembro de 1998, para dar competência aos Conselhos Federais de Fisioterapia e Terapia Ocupa-cional e ao de Educação Física para criar normas de referências relativas à proporcionalidade entre alunos e profissionais nos estabelecimentos que demandam as atividades por esses fiscalizadas”. RELATORA: Deputada JÔ MORAES.

PROJETO DE LEI Nº 7.502/10 – do Sr. Silvio Lopes – que “altera o art. 20 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, para incluir dispositivo que estende a con-cessão de gratificação natalina aos que se encontram em gozo do Benefício de Prestação Continuada e da Renda Mensal Vitalícia”. RELATOR: Deputado MANATO.

PROJETO DE LEI Nº 7.539/10 – do Sr. Antônio Roberto – que “modifica o art. 197-A da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências”. RELATORA: Deputada ALINE CORRÊA.

PROJETO DE LEI Nº 7.552/10 – do Sr. Capitão Assu-mção – que “dispõe sobre a qualidade de doador de sangue e dá outras providências”. RELATOR: Deputado RAIMUNDO GOMES DE MA-TOS.

PROJETO DE LEI Nº 7.555/10 – do Sr. Edmar Moreira – que “dispõe sobre os procedimentos para Comuni-cação de Óbito e dá outras providências”. RELATOR: Deputado RIBAMAR ALVES.

PROJETO DE LEI Nº 7.557/10 – do Sr. Edmar Moreira – que “dispõe sobre exame audiométrico nos opera-dores de Telemarketing”. RELATOR: Deputado JOSÉ LINHARES.

PROJETO DE LEI Nº 7.563/10 – do Sr. Eduardo Cunha – que “altera Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, que “dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências””. RELATOR: Deputado RAIMUNDO GOMES DE MA-TOS.

PROJETO DE LEI Nº 7.564/10 – do Sr. Márcio Fran-ça – que “altera a legislação do imposto de renda das pessoas físicas e dá outras providências”. RELATOR: Deputado RIBAMAR ALVES.

PROJETO DE LEI Nº 7.578/10 – do Poder Executivo – que “dá nova redação ao art. 27 da Lei nº 11.772,

de 17 de setembro de 2008, que trata do patrocínio do Instituto GEIPREV de Seguridade Social”. RELATOR: Deputado GERALDO RESENDE.

PROJETO DE LEI Nº 7.583/10 – do Senado Federal – Roberto Cavalcanti – (PLS 267/2009) – que “altera as Leis nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), e nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 (Código de Processo Civil), e revoga as Leis nº 8.971, de 29 de dezembro de 1994, e nº 9.278, de 10 de maio de 1996, para assegurar a ampliação dos direitos civis dos companheiros na união estável”. RELATOR: Deputado JOÃO CAMPOS.

PROJETO DE LEI Nº 7.604/10 – da Sra. Tonha Maga-lhães – que “torna obrigatório o pagamento de trata-mentos na rede privada quando os hospitais públicos não dispuserem de vagas, equipamentos ou medica-mentos para o atendimento de portadores de neopla-sias malignas” RELATOR: Deputado RAIMUNDO GOMES DE MA-TOS.

PROJETO DE LEI Nº 7.628/10 – do Sr. Felipe Bor-nier – que “altera a Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, obrigando as concessionárias de telefonia fixa a prestarem gratuitamente o serviço a aposentados de baixa renda”. RELATORA: Deputada SUELI VIDIGAL.

PROJETO DE LEI Nº 7.647/10 – do Sr. Milton Monti – que “dispõe sobre a regulamentação da profissão de Terapeuta Ocupacional e dá outras providências”. RELATORA: Deputada SUELI VIDIGAL.

PROJETO DE LEI Nº 7.659/10 – da Sra. Solange Ama-ral – que “inclui parágrafo único ao art. 158 do Decreto-Lei nº 3.689, de 03 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal”. RELATORA: Deputada SUELI VIDIGAL.

PROJETO DE LEI Nº 7.664/10 – do Sr. Ribamar Al-ves – que “altera a Lei nº 10.741, de 01 de outubro de 2003, que “dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências””. RELATOR: Deputado MANATO.

PROJETO DE LEI Nº 7.702/10 – da Sra. Tonha Maga-lhães – que “dispõe sobre a obrigatoriedade de o poder público fornecer gratuitamente alimentos especiais, fraldas e outros meios para manutenção do conforto, da função e da saúde de pessoas carentes com qua-dros irreversíveis decorrentes de doenças crônicas, acidentes e outros, após alta hospitalar”. RELATOR: Deputado HENRIQUE FONTANA.

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 43035

PROJETO DE LEI Nº 7.708/10 – do Sr. Renato Ama-ry – que “reconhece como Especialidade Médica a Ultrassonografia”. RELATOR: Deputado GERALDO RESENDE.

PROJETO DE LEI Nº 7.711/10 – do Sr. William Woo – que “altera a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, que “dispõe sobre a Vigilância Sanitária a que ficam sujeitos os Medicamentos, as Drogas, os Insumos Farmacêuticos e Correlatos, Cosméticos, Saneantes e Outros Produtos, e dá outras Providências”. RELATOR: Deputado OSMAR TERRA.

PROJETO DE LEI Nº 7.727/10 – do Sr. Francisco Ros-si – que “dispõe sobre a concessão do direito a uma folga anual para realização de exames de controle do câncer de mama e do colo de útero”. RELATOR: Deputado DARCÍSIO PERONDI.

PROJETO DE LEI Nº 7.732/10 – do Sr. José Chaves – que “dispõe sobre a preferência no atendimento dos serviços de saúde, órgãos e instituições públicas fe-derais, estaduais e municipais integrantes do Sistema Único de Saúde (SUS) aos motoristas e cobradores de transporte público de passageiros, e de outras pro-vidências” RELATOR: Deputado DR. PAULO CÉSAR.

PROJETO DE LEI Nº 7.752/10 – do Senado Federal – Serys Silhessarenko – (PLS 62/2010) – que “acrescenta § 5º ao art. 110 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973 (Lei de Registros Públicos), a fim de facilitar a substituição, no registro civil do filho, do nome dos pais alterado em virtude do casamento ou de sua dis-solução ou separação judicial, bem como pela forma-ção da união estável ou sua dissolução”. (Apensado: PL 5562/2009 (Apensado: PL 6058/2009)) RELATORA: Deputada ALINE CORRÊA.

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 6.939/10 – do Sr. João Dado – que “acrescenta parágrafo ao art. 1.609 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que institui o Código Civil; acrescenta parágrafo único ao art. 1º da Lei nº 8.560, de 29 de dezembro de 1992, que regula a investigação de paternidade dos filhos havidos fora do casamento e dá outras providências; e acrescenta parágrafo ao art. 26, da Lei nº 8.069, de 13 de junho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências”. RELATOR: Deputado MILTON VIEIRA.

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 17-11-10

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 3.572/08 – do Sr. Rodrigo Rol-lemberg – que “dispõe sobre normas gerais acerca da prestação de serviços funerários, administração de cemitérios e dá outras providências”. (Apensado: PL 5010/2009) RELATORA: Deputada GORETE PEREIRA.

PROJETO DE LEI Nº 3.145/08 – da Sra. Alice Portu-gal – que “dispõe sobre a contratação de assistentes sociais”. RELATOR: Deputado LUIZ CARLOS BUSATO.

PROJETO DE LEI Nº 5.385/09 – do Sr. Iran Barbosa – que “altera dispositivos da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, a fim de aumentar os percentuais previstos nos §§ 1º e 2º do art. 18 da referida Lei”. RELATOR: Deputado LUIZ CARLOS BUSATO.

PROJETO DE LEI Nº 6.607/09 – do Senado Federal- Marcelo Crivella – (PLS 159/2003) – que “determina a concessão de auxílio alimentação aos trabalhadores de empresas prestadoras de serviços terceirizados, regula-das por Enunciado do Tribunal Superior do Trabalho”. RELATOR: Deputado LUIZ CARLOS BUSATO.

PROJETO DE LEI Nº 6.979/10 – da Sra. Manuela D’ávila – que “altera a Consolidação das Leis do Tra-balho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para dispor sobre a duração da jornada máxima de trabalho dos operadores de telea-tendimento ou telemarketing”. RELATOR: Deputado SÉRGIO MORAES.

PROJETO DE LEI Nº 7.083/10 – do Senado Federal – Flexa Ribeiro – (PLS 200/2008) – que “acrescenta art. 2º-D à Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, para dispor sobre a ampliação do prazo de concessão do beneficio do seguro-desemprego para os trabalhadores desempre-gados residentes em Municípios atingidos pelas ações de combate ao desmatamento da Amazônia”. RELATORA: Deputada VANESSA GRAZZIOTIN.

PROJETO DE LEI Nº 7.470/10 – do Sr. Ratinho Junior – que “altera a Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, que dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, e dá outras providências”

43036 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

RELATOR: Deputado FILIPE PEREIRA.

PROJETO DE LEI Nº 7.472/10 – do Sr. Rodrigo Maia – que “altera a Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, que dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado FILIPE PEREIRA.

PROJETO DE LEI Nº 7.473/10 – do Sr. Luiz Carlos Hauly – que “dispõe sobre a devolução dos valores cobrados a título de Programa de Integração Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social do contribuinte e dá outras providências”. RELATOR: Deputado JOVAIR ARANTES.

PROJETO DE LEI Nº 7.510/10 – do Senado Federal – Renato Casagrande – (PLS 398/2010) – que “auto-riza o Poder Executivo a criar campus do Instituto Fe-deral do Espírito Santo no Município de Barra de São Francisco – ES”. RELATOR: Deputado GERALDO PUDIM.

PROJETO DE LEI Nº 7.543/10 – do Senado Federal – Roberto Cavalcanti – (PLS 44/2010) – que “autoriza o Poder Executivo a criar campus do Instituto Federal da Paraíba no Município de Sapé – PB”. RELATOR: Deputado WILSON BRAGA.

PROJETO DE LEI Nº 7.554/10 – do Sr. Carlos Bezer-ra – que “dá nova redação ao caput do art. 3º da Lei nº 9.702, de 17 de novembro de 1998, para estender a data limite adotada no critério de preferência para alienação de imóveis do Instituto Nacional do Seguro Social a seus legítimos ocupantes”. RELATOR: Deputado VICENTINHO.

PROJETO DE LEI Nº 7.570/10 – da Sra. Angela Por-tela – que “altera a Lei nº 5.859, de 11 de dezembro de 1972, que “dispõe sobre a profissão de empregado doméstico e dá outras providências”, para estabelecer direitos à categoria e altera a Lei º 8.213, de 24 de julho de 1991, que “dispõe sobre os planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências” para regulamentar o pagamento do salário-família para o empregado doméstico”. RELATORA: Deputada EMILIA FERNANDES.

PROJETO DE LEI Nº 7.571/10 – do Senado Federal – Demóstenes Tôrres – (PLS 537/2003) – que “altera o art. 23 da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992, para estabelecer prazo prescricional de 10 (dez) anos, con-tado da data do ato de improbidade administrativa, e dá outras providências”. RELATORA: Deputada GORETE PEREIRA.

PROJETO DE LEI Nº 7.582/10 – do Senado Federal – Pedro Simon – (PLS 332/2005) – que “acrescenta § 3º ao art. 67 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, para estabelecer responsabilidade solidária a terceiros contratados pela Administração”.

RELATOR: Deputado SABINO CASTELO BRANCO.

PROJETO DE LEI Nº 7.588/10 – do Sr. Carlos Bezer-ra – que “altera os arts. 4º e 468 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, para considerar como servi-ço efetivo o comparecimento obrigatório a cursos e eventos estipulados pelo empregador e estabelecer contrapartidas exigíveis do empregado”. RELATORA: Deputada MANUELA D’ÁVILA.

PROJETO DE LEI Nº 7.591/10 – do Sr. Carlos Bezerra – que “altera o parágrafo único do art. 82 da Consoli-dação das Leis do Trabalho para prever que a parcela do salário mínimo paga em dinheiro não será inferior a cinquenta por cento”. RELATOR: Deputado LUCIANO CASTRO.

PROJETO DE LEI Nº 7.639/10 – da Sra. Maria do Ro-sário e outros – que “dispõe sobre a definição, qua-lificação, prerrogativas e finalidades das Instituições Comunitárias de Educação Superior – ICES, disciplina o Termo de Parceria e dá outras providências”. RELATOR: Deputado ALEX CANZIANI.

PROJETO DE LEI Nº 7.666/10 – do Sr. Bruno Rodrigues – que “acrescenta o parágrafo 2º ao art. 30 do Decre-to-Lei nº 1.455, de 7 de abril de 1976, para introduzir a destinação obrigatória dos materiais de informática apreendidos nas ações de combate ao contrabando para as escolas públicas”. RELATOR: Deputado DANIEL ALMEIDA.

PROJETO DE LEI Nº 7.668/10 – do Sr. Tadeu Filippelli – que “regulamenta o exercício da profissão do Auxiliar de Farmácias e Drogarias”. RELATORA: Deputada ANDREIA ZITO.

PROJETO DE LEI Nº 7.673/10 – do Poder Executivo – que “autoriza a criação da Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade S.A. – ETAV e dá outras providências”. RELATOR: Deputado VICENTINHO.

PROJETO DE LEI Nº 7.676/10 – do Poder Executivo – (MSC 535/2010) – que “transforma Funções Comis-sionadas Técnicas – FCT em cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS, destinadas a institutos de pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia”. RELATOR: Deputado LUIZ CARLOS BUSATO.

PROJETO DE LEI Nº 7.690/10 – da Sra. Andreia Zito – que “altera a Lei nº 11.784, de 22 de setembro de 2008, para excluir os incisos I e II, do art. 106; dá nova redação aos arts. 106 e 113; e, incluir o § 6º no art. 120, na Carreira do Magistério do Ensino Básico, Téc-nico e Tecnológico”. RELATOR: Deputado LUCIANO CASTRO.

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 43037

PROJETO DE LEI Nº 7.720/10 – do Sr. Vicentinho – que “modifica o Estatuto da Igualdade Racial para incluir o quesito cor/raça em instrumentos de coleta de dados referentes a trabalho e emprego e para dispor sobre a realização de pesquisa censitária que verifique o per-centual de trabalhadores negros no setor público”. RELATOR: Deputado JÚLIO DELGADO.

PROJETO DE LEI Nº 7.541/10 – Senado Federal – Mar-coni Perillo – (PLS 159/2008) – que “autoriza a União a celebrar convênio com o Estado de Goiás, com vistas à implantação do Sistema Metropolitano de Transporte de Passageiros de Goiânia – GO”. RELATOR: Deputado JOVAIR ARANTES. DECURSO: 4ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 16-11-10

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 7.679/10 – do Sr. Arnaldo Faria de Sá – que “dispõe sobre a imposição de multa às partes que interpuserem recursos meramente prote-latórios na Justiça do Trabalho”. RELATOR: Deputado PAULO ROCHA.

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

PROJETO DE LEI Nº 650/07 – do Sr. Ribamar Alves – que “acrescenta alínea “l” ao art.15 da Lei n° 3.268, de 30 de setembro de 1957, que “ dispõe sobre os Conselhos de Medicina, e dá outras providencias.”” (Apensados: PL 999/2007 e PL 6867/2010) RELATOR: Deputado EDGAR MOURY.

COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 18-11-10

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 7.757/10 – do Senado Federal – Renan Calheiros – (PLS 268/2009) – que “altera a Lei nº 8.989, de 24 de fevereiro de 1995, que “dispõe sobre a Isenção do Imposto sobre Produtos Indus-trializados – IPI, na aquisição de automóveis para uti-lização no transporte autônomo de passageiros, bem como por pessoas portadoras de deficiência fisica, e dá outras providências”, para dispor sobre a isen-

ção de automóveis com capacidade para até 7 (sete) passageiros, destinados à utilização na categoria de aluguel (táxi)”. RELATOR: Deputado CARLOS EDUARDO CADO-CA.

II – COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMANEN-TES

ENCAMINHAMENTO DE MATÉRIA ÀS COMISSÕES

EM 11/11/2010:

Comissão de Educação e Cultura: PROJETO DE LEI Nº 7.836/2010

Comissão de Finanças e Tributação: PROJETO DE LEI Nº 7.832/2010

Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Na-cional: MENSAGEM Nº 636/2010

Comissão de Viação e Transportes: PROJETO DE LEI Nº 7.829/2010

(Encerra-se a sessão às 17 horas e 49 minutos.)

DESPACHO DO PRESIDENTE DA SESSÃO

43038 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

PARECER

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.831-A, DE 2010

(Da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional)

MENSAGEM Nº 154/2010 AVISO Nº 193/2010 – C. Civil

Aprova o texto da Convenção de Auxí-lio Judiciário em Matéria Penal entre os Es-tados Membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, assinada na cidade da Praia, em 23 de novembro de 2005; ten-do parecer da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela constitucio-nalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação (relator: DEP. LUIZ COUTO).

Despacho: À Comissão de Constitui-ção e Justiça e de Cidadania (Mérito e Art. 54, RICD)

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação do Plenário

Publicação do Parecer da Comissão de Constitui-ção e Justiça e de Cidadania

I – Relatório

A Comissão de Relações Exteriores e de Defe-sa Nacional desta Casa elaborou projeto de Decreto Legislativo com vistas a aprovar o texto da Convenção de Auxílio Judiciário em Matéria Penal entre os Esta-dos membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

O Projeto ressalva que ficam sujeitos à apreciação do Congresso Nacional quaisquer atos que possam resultar em revisão do Tratado, assim como quaisquer ajustes complementares que, nos termos do inciso I do artigo 49 da Constituição Federal, acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional.

Compete a esta Comissão o exame quanto à constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e mérito nos termos regimentais.

II – Voto do Relator

A proposição atende aos preceitos constitucio-nais formais. Constitui competência exclusiva da União manter relações com Estados Estrangeiros (Art. 21, inciso I, da Constituição Federal) e desta decorre a de celebrar com estes tratados, acordos e atos internacio-nais. Referida atribuição será exercida privativamen-te pelo Presidente da República com o referendo do Congresso Nacional (Art. 49, inciso I, e Art. 84, inciso VIII, da Lei Maior).

Quanto à constitucionalidade material, por sua vez, o Tratado assinado pelo Governo Brasileiro não afronta a supremacia constitucional; ao contrário, har-moniza-se com os princípios que regem as relações internacionais da República Federativa do Brasil (Art. 4º, incisos I, V e IX, da Constituição Federal), pois resguarda a independência nacional e a igualdade entre os Estados, ao mesmo tempo em que favorece a cooperação entre os povos. Posto isto, não há nada também a reparar quanto à juridicidade.

Quanto ao mérito, a convenção em pauta segue a sistemática que vem sendo adotada para a assis-tência jurídica em matéria penal entre o Brasil e ou-tros países.

Vale ressaltar que a maior parte do texto da con-venção em exame já foi aprovado pelo Congresso Nacional, por meio do Decreto legislativo n° 175, de 14 de maio de 2009. Houve, no entanto, necessidade de acrescentar os artigos 19, 20, 21 e 22 ao texto da Convenção, razão pela qual o acordo foi novamente enviado à Casa Legislativa. Os artigos em referência tratam de questões de natureza processual, concer-nentes à entrada em vigor da Convenção (art. 19), conexão da convenção com outros acordos interna-cionais ( art. 20); denúncia à convenção (art. 21) e notificações (art. 22).

Finalmente, o projeto de decreto legislativo é bem escrito e respeita a boa técnica legislativa.

Por todo o exposto, meu voto é pela constitu-cionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Decreto Legislativo n° 2.831, de 2010. No mérito, o voto é pela aprovação.

Sala da Comissão, 14 de setembro de 2010. – Deputado Luiz Couto, Relator.

III – Parecer da Comissão

A Comissão de Constituição e Justiça e de Ci-dadania, em reunião ordinária realizada hoje, opinou unanimemente pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação do Pro-jeto de Decreto Legislativo nº 2.831/2010, nos termos do Parecer do Relator, Deputado Luiz Couto.

Estiveram presentes os Senhores Deputados: Eliseu Padilha – Presidente, Colbert Martins e Efraim Filho – Vice-Presidentes, Antonio Carlos Pannunzio, Ernandes Amorim, Fernando Coruja, Flávio Dino, Gon-zaga Patriota, João Campos, José Carlos Aleluia, José Genoíno, José Maia Filho, José Pimentel, Jutahy Junior, Luiz Couto, Magela, Marçal Filho, Marcelo Itagiba, Mar-celo Ortiz, Márcio Marinho, Maurício Quintella Lessa, Mauro Benevides, Mendes Ribeiro Filho, Nelson Trad, Osmar Serraglio, Paulo Magalhães, Paulo Maluf, Re-gis de Oliveira, Roberto Magalhães, Rômulo Gouveia,

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 43039

Sandra Rosado, Sérgio Barradas Carneiro, Vilson Co-vatti, Zenaldo Coutinho, Arnaldo Faria de Sá, Arolde de Oliveira, Carlos Abicalil, Chico Alencar, Chico Lopes, Décio Lima, Edson Aparecido, Jair Bolsonaro, João Magalhães, Maurício Rands, Moreira Mendes, Onyx Lorenzoni, Ricardo Tripoli, Roberto Alves, Sarney Fi-lho, Tadeu Filippelli, Valtenir Pereira, Vieira da Cunha, Vital do Rêgo Filho e William Woo.

Sala da Comissão, 9 de novembro de 2010. – Deputado Eliseu Padilha , Presidente.

COMISSÕES

ATAS

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

53ª Legislatura – 4ª Sessão Legislativa Ordinária

Relatório do 2º Encontro da Comissão de Agri-cultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural – feicorte – 16ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne, Realizado no Centro de Expo-sições Imigrantes – Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 – São Paulo/Sp, em 18 de junho de 2010.

Às quatorze horas do dia dezoito de junho de dois mil e dez, a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural realizou En-contro no Centro de Exposições Imigrantes – Rodovia dos Imigrantes Km 1.5 – São Paulo/SP, com o objetivo de discutir o “Projeto Pecuária Sustentável – Sim é Possível”. Estiveram presentes os Deputados titulares Duarte Nogueira – autor do requerimento nº 542/2010, que propôs esse Encontro, e presidente em exercício desta Comissão, e Luiz Carlos Setim. Participaram do Encontro os seguintes convidados: Palestrante: Dr. Ezequiel Rodrigues do Valle – Coordenador do Pro-grama de Boas Práticas Agropecuárias e Pesquisador da Embrapa Gado de Corte; Dr. Francisco Sérgio Fer-reira Jardim – Secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Dr. José Tadeu de Faria – Superintendente do MAPA em São Paulo; e Dr. Moacyr Seródio – Secretário de Agricultura de São José do Rio Preto e representante do Secretário de Agricultura de São Paulo. O Encontro foi presidido pelo Deputado Duarte Nogueira, mem-bro titular da Comissão de Agricultura, que justificou a ausência do Deputado Abelardo Lupion, Presidente da Comissão, por ter assumido compromisso anterior-mente. Compuseram a mesa, também, o Deputado Federal Luiz Carlos Setim; Francisco Sergio Ferreira Jardim – Secretário de Defesa Agropecuária do Minis-tério de Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA);

José Tadeu de Faria – Superintendente do MAPA em São Paulo; Moacyr Seródio – Secretário de Agricultu-ra de São José do Rio Preto, (representando João de Almeida Sampaio Filho, Secretário de Agricultura e Abastecimento de São Paulo); e Ezequiel Rodrigues do Valle – Coordenador do Programa de Boas Prá-ticas Agropecuárias da Embrapa Gado de Corte. O Presidente, Deputado Duarte Nogueira, ressaltou a importância do equilíbrio entre decisões governamen-tais e a realidade da produção agropecuária nacional, com base no relatório do Deputado Aldo Rebelo a res-peito do novo Código Florestal, e apresentou dados que mostram a disparidade entre o que se exige e a realidade: enquanto a legislação impõe 71% de área preservada no País, com 29% do território destinado a produção, cidades e infraestrutura, a real ocupação é de 53% para cobertura nativa sob preservação. Os números são da Embrapa Monitoramento por Satélite e da Confederação de Agricultura e Pecuária do Bra-sil (CNA), acrescentou o deputado. O Presidente tam-bém utilizou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para mostrar quanto a evolução tecnológica contribuiu com desenvolvimento do setor. Para se ter ideia, de 1965 a 2006, a área de lavouras cresceu 145%, passando de 31,3 milhões de hectares para 76,7 milhões. No mesmo período, a produção de grãos saltou de 19,9 milhões de toneladas para 144,1 milhões, ou seja, evolução de 624%. A produtividade avançou 221%, saindo de 946 quilos por hectare para 3.039. Síntese – Para mostrar a direção que a Comissão busca, o Deputado Duarte Nogueira apresentou alguns trechos da proposta de Aldo Rebelo, Relator do novo Código Florestal: – regularização de áreas com uso produtivo consolidado – permitir que áreas produtivas em encostas e topos de morro assim como as próximas aos cursos hídricos que não tenham impacto negativo comprovado prossigam sem a ameaça de autuação; – soma das APPs (área de preservação permanente) no percentual de reserva legal – uma vez estabelecido o percentual de RL este seja composto de toda a vege-tação existente na propriedade; – estadualização da política ambiental regional – permitir aos Estados, de acordo com suas fragilidades e potencialidades, que reduzam ou aumentem os percentuais de reserva legal e que as disponham em áreas mais convenientes eco-logicamente dentro do Estado. Decidir entre diversas formas de compensação, como dentro de unidades de conservação ou por meio da aquisição de cotas; – reserva legal – permitir cômputo de espécies frutí-feras e exóticas ornamentais ou industriais, além de APPs. Pode ser declarada inexigível pelo Estado para determinada região. Poderá ser coletiva. Os Estados que atingirem o percentual estipulado para cada bioma

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poderão desonerar o restante das propriedades de seu território; – regularização ambiental – o proprietário que tiver uso consolidado de área sem reserva legal deverá efetuar um cadastro junto ao Estado, que definirá so-bre a necessidade de compensação. Esta poderá ser pela aquisição de áreas no interior de UC, aquisição de cotas ou projeto de recuperação que poderá ser cumprido em até 30 anos, podendo haver diminuição da cota pelo Estado; – licenciamento ambiental – ado-ção de procedimentos pré-definidos com dispensa de EIA RIMA para determinadas atividades cuja reiterada análise pelos órgãos ambientais tenha opinião técnica sedimentada; – moratória – biomas como Mata Atlân-tica e Amazônia devem ter proibição total de desma-tamento, pelo menos até que haja um planejamento sério e fundamentado tecnicamente pelos Estados. Da mesma forma, áreas utilizadas deverão ficar suspensas de multas e embargos, enfatizou o Deputado Duarte. O público não perdeu a oportunidade de falar sobre a veiculação da campanha “Carne Legal”, do Ministério Público Federal. A peça publicitária para TV, que ob-jetiva promover o consumo consciente da carne bovi-na, acabou se tornando uma afronta aos pecuaristas, pela referência a práticas ilegais de produção. Para o Deputado Duarte Nogueira, trata-se de um radicalismo insensato, com interesses subliminares. Essa história ainda vai dar muito o que falar, pois o presidente da Comissão de Agricultura, o Deputado Albelardo Lupion, garante que quaisquer excessos do Ministério Público em relação ao setor agropecuário serão denunciados pelo grupo, informou o Presidente Duarte Nogueira. Finalizando, o Senhor Presidente, Deputado Duarte Nogueira, agradeceu a presença de todos e encerrou os trabalhos às dezessete horas. E para constar, eu, Moizes Lobo da Cunha, __________________, Se-cretário, lavrei o presente Relatório, que será assinado pelo Presidente em exercício, Deputado Duarte No-gueira ___________________, e publicado no Diário da Câmara dos Deputados.

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

53ª Legislatura – 4ª Sessão Legislativa Ordinária

Ata da Vigésima Sétima Reunião Ordinária (Deliberativa) Realizada em 7 de julho de 2010

Às dez horas e vinte e oito minutos do dia sete de julho de dois mil e dez, reuniu-se a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvi-mento Rural, no Plenário nº 6 do Anexo II da Câmara dos Deputados, sob a Presidência do Deputado Abe-lardo Lupion, Presidente, para a realização de reunião ordinária destinada à discussão e votação das maté-

rias constantes da Pauta nº 16/2010. O Livro de Pre-sença registrou o comparecimento dos Deputados: – Titulares: Abelardo Lupion – Presidente; Vitor Penido, Beto Faro e Silas Brasileiro – Vice-Presidentes; Antô-nio Andrade, Celso Maldaner, Dilceu Sperafico, Duar-te Nogueira, Eduardo Amorim, Eduardo Sciarra, Fábio Souto, Fernando Coelho Filho, Flávio Bezerra, Home-ro Pereira, Jairo Ataide, Leonardo Vilela, Lira Maia, Luis Carlos Heinze, Luiz Carlos Setim, Moacir Miche-letto, Moreira Mendes, Nazareno Fonteles, Nelson Meurer, Odílio Balbinotti, Onyx Lorenzoni, Pedro Cha-ves, Ronaldo Caiado, Valdir Colatto, Wandenkolk Gon-çalves, Zé Gerardo e Zonta; – Suplentes: Alfredo Ka-efer, Armando Abílio, Bruno Rodrigues, Carlos Alber-to Canuto, Carlos Bezerra, Francisco Rodrigues, Ge-raldo Simões, Jerônimo Reis, Lázaro Botelho, Lelo Coimbra, Luiz Alberto, Márcio Marinho, Marcos Mon-tes, Osvaldo Reis, Paulo Piau, Silvio Lopes e Veloso. Deixaram de comparecer os Deputados Anselmo de Jesus, Assis do Couto, Benedito de Lira, Cezar Silves-tri, Fernando Melo, Giovanni Queiroz, Leandro Vilela, Tatico e Zé Vieira. ABERTURA: Havendo número re-gimental, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou a leitura das Atas da Vigésima Quarta Reunião Ordinária (Audiência Pública), Vigé-sima Quinta Reunião Ordinária (Audiência Pública) e da Vigésima Sexta Reunião Ordinária (Deliberativa); que foi dispensada a requerimento aprovado do De-putado Moacir Micheletto. Submetidas à discussão e votação, as Atas foram aprovadas unanimemente. EX-PEDIENTE: Em seguida, o Presidente cientificou ao Plenário que, em trinta de junho do corrente, distribuiu o Projeto de Decreto Legislativo nº 2.402/2010 ao De-putado Zonta. ORDEM DO DIA: Iniciada a Ordem do Dia, o Presidente submeteu à apreciação dos mem-bros as matérias constantes da pauta: A – Requeri-mentos: 1) REQUERIMENTO Nº 584/10 – do Sr. Pau-lo Piau – que “requer a realização de Audiência Públi-ca para tratar sobre a produção do leite, bem como os problemas da queda do preço, a importação, forma-ções de cartel e fraude. Convidando os Ministros do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério da Justiça e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e também os presidentes da Gi-rolando, OCB e CNA”. Em virtude da ausência do au-tor, naquele momento, o Presidente solicitou ao De-putado Moacir Micheletto a defesa do requerimento. Submetido à discussão e votação, o requerimento foi aprovado unanimemente; B – Proposições Sujeitas à Apreciação do Plenário: -PRIORIDADE: 2) PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.641/09 – da Co-missão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Susten-

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tável – que “aprova a cessão ao Estado de Rondônia, do imóvel da União com área de 15.486,4768 ha, si-tuado no Município de Porto Velho, naquele Estado, objeto do Processo nº 54000.000883/00-77, o que possibilitará a regularização da Estação Ecológica Es-tadual Antonio Múgica Nava”. RELATOR: Deputado MOREIRA MENDES. PARECER: pela aprovação des-te, da Emenda de Relator 1 da CAINDR, da Emenda de Relator 2 da CAINDR e da Emenda de Relator 3 da CAINDR. Vista conjunta aos Deputados Marcos Montes e Nazareno Fonteles, em 23/06/2010. Em vir-tude da ausência do relator, naquele momento, a ma-téria não foi deliberada; C – Proposições Sujeitas à Apreciação Conclusiva pelas Comissões: – PRIORI-DADE: 3) PROJETO DE LEI Nº 7.154/10 – do Senado Federal – Gilberto Ghoellner – (PLS 276/2008) – que “altera a redação do art. 1º da Lei nº 9.481, de 13 de agosto de 1997, que “dispõe sobre a incidência de im-posto de renda na fonte sobre rendimentos de bene-ficiários residentes ou domiciliados no exterior, e dá outras providências”, para reduzir a zero a alíquota do imposto de renda na fonte sobre o pagamento de juros e comissões relativos a créditos obtidos no exterior e destinados ao financiamento da produção de merca-dorias agropecuárias de exportação”. RELATOR: De-putado MARCOS MONTES. PARECER: pela aprova-ção. Conforme solicitação, o Presidente concedeu vista ao Deputado Moacir Micheletto; – TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA: 4) PROJETO DE LEI Nº 4.394/08 – do Sr. Davi Alcolumbre – que “acrescenta artigo à Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências, estabelecendo condições relativas à comercialização dos produtos que especifica”. RELATOR: Deputado ODÍLIO BALBINOTTI. PARECER: pela aprovação. Vis-ta ao Deputado Anselmo de Jesus, em 19/05/2010. Conforme acordo com o Deputado Odílio Balbinotti, o Presidente designou o Deputado Lira Maia como re-lator do Projeto e concedeu-lhe prazo, até a próxima sessão, para apresentar o parecer do Relator à maté-ria. 5) PROJETO DE LEI Nº 6.254/09 – do Sr. Beto Faro – que “dispõe sobre as condições de liquidação das dívidas dos beneficiários do programa de reforma agrária junto ao Crédito Instalação aos assentados, e dá outras providências”. (Apensado: PL 6975/2010). RELATOR: Deputado CELSO MALDANER. PARECER: pela aprovação deste e do PL 6975/2010, apensado, com substitutivo. Vista conjunta aos Deputados Luis Carlos Heinze e Zonta, em 30/06/2010. O Deputado Zonta apresentou voto em separado em 06/07/2010. Em virtude da ausência do relator, naquele momento, a matéria não foi deliberada; 6) PROJETO DE LEI Nº 5.973/09 – do Sr. Antônio Roberto – que “institui selo

de qualidade ambiental para produto de origem ani-mal”. RELATOR: Deputado SILAS BRASILEIRO. PA-RECER: pela rejeição deste e do Substitutivo da CMA-DS. Em virtude da ausência do relator, naquele mo-mento, o Presidente solicitou ao Deputado Lira Maia a leitura do parecer. Em seguida, o Presidente conce-deu a palavra ao Deputado Silas Brasileiro, que escla-receu aos membros a sua posição quanto à matéria. Submetido à discussão e votação, o parecer contrário do relator foi aprovado unanimemente; 7) PROJETO DE LEI Nº 7.139/10 – do Sr. José Airton Cirilo – que “dispõe sobre a concessão de benefício do seguro-desemprego a todo pescador profissional que exerça pesca comercial artesanal, ao trabalhador que exerça atividade pesqueira artesanal, ao que a estes se as-semelham, entre eles os que capturam ou coletam caranguejos e mariscos e os que os processam, in-cluindo estes trabalhadores como segurados especiais do regime geral de previdência social”. RELATOR: De-putado ZONTA. PARECER: pela aprovação, com subs-titutivo. Conforme solicitação, o Presidente concedeu vista ao Deputado Moacir Micheletto. Finda a aprecia-ção das matérias constantes da pauta, o Presidente submeteu ao Plenário Requerimento do Deputado Si-las Brasileiro, solicitando audiência de representantes desta Comissão com a Ministra da Casa Civil, entida-des do setor produtivo e a Senhora Ministra Erenice Guerra, Ministra Chefe da Casa Civil, para agradecer o cumprimento da Indicação nº 550/2010, que trata da implementação e Consolidação do Aviso Ministerial nº 190/09, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abas-tecimento, referente à regulamentação para alteração de componentes químicos em formulações de agrotó-xicos registrados, bem como a necessidade de priori-zação dos processos em análise, conforme dispõe a legislação em vigor. Discutiu a proposta o Deputado Moacir Micheletto, que concordou com a proposta de audiência e comentou que a Ministra da Casa Civil deve ter a sensibilidade para receber os membros des-te Colegiado e, se possível, na próxima semana, ten-do em vista a urgência que o assunto requer. Subme-tida à votação, a proposta foi aprovada unanimemen-te. O Presidente solicitou, então, ao Secretário desta Comissão, que agendasse a audiência o mais rápido possível. Logo após, o Presidente franqueou a palavra ao Deputado Silas Brasileiro, que cumprimentou o Presidente deste Colegiado pela condução dos traba-lhos deste Órgão Técnico e pela colaboração à con-clusão dos trabalhos da Comissão Especial PL 1876/99 – Código Florestal Brasileiro, ocorrida ontem, dia seis de julho do corrente. Prosseguindo, o Presidente agra-deceu o elogio recebido e concedeu a palavra aos Deputados Lira Maia, que se solidarizou com o ante-

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cessor, cumprimentou, também, o Deputado Moacir Micheletto pelo término do trabalho da Comissão Es-pecial PL 1876/99 – Código Florestal Brasileiro, e res-saltou que o trabalho conjunto destas duas comissões possibilitou a produção do relatório da Comissão Es-pecial; Luis Carlos Heinze, que registrou a falta de li-beração dos recursos orçamentários, pelo Ministério do Planejamento, para a defesa sanitária animal e ve-getal, repudiou a redução do preço mínimo praticado pelo Governo Federal para a cultura do trigo; comentou a satisfação pelo término dos trabalhos da Comissão Especial PL 1876/99 – Código Florestal Brasileiro, dis-se que houve um avanço para a legislação, porém, ainda existem vários pontos a serem avaliados, quan-do da tramitação da matéria no Plenário desta Casa. Prosseguindo, o Presidente concedeu a palavra ao Deputado Valdir Colatto, que agradeceu a presença dos Deputados na reunião de apreciação do relatório apresentado pelo Deputado Aldo Rebelo, ontem, na Comissão Especial PL 1876/99 – Código Florestal Brasileiro, afirmou que o Brasil necessita de nova le-gislação de Código Ambiental além do Código Flores-tal, comentou sobre a luta para a instalação daquela Comissão Especial, junto à Presidência desta Casa, comentou que organizações não governamentais apre-sentam opiniões distorcidas à população, que não vêm ao encontro dos interesses do povo brasileiro; e disse, ainda, que a obrigação de feitura de leis ambientais com suas especificidades deveriam ser revertidas para os Estados e Municípios e à União caberia, de acordo com a Constituição Federal, a feitura de normas gerais. Sua Excelência falou que alguns itens não foram in-cluídos no parecer da Comissão Especial, mas que deveriam ser apreciados quando de sua tramitação no Plenário desta Casa. O Presidente solicitou ao Depu-tado Valdir Colatto que indique os pontos a serem ne-gociados no Plenário desta Casa, para que a Bancada dos Democratas possa se posicionar antecipadamen-te sobre a matéria, e, necessitando ausentar-se do recinto, passou a condução dos trabalhos ao Deputa-do Silas Brasileiro. Este por sua vez concedeu a pala-vra ao Deputado Moacir Micheletto, que agradeceu a colaboração dos deputados membros deste Colegiado e do Relator da Comissão Especial PL 1876/99 – Có-digo Florestal Brasileiro, Deputado Aldo Rebelo, pelo trabalho concluído na data de ontem. Sua Excelência comentou que a imprensa deu grande destaque à opi-nião das ONGs e que esta deveria ouvir e apresentar à população os lados divergentes de opiniões. Disse, ainda, que as ONGs vem fazendo um desserviço ao Brasil com sua posição e que a aprovação do relatório da Comissão Especial PL 1876/99 – Código Florestal Brasileiro foi uma conquista na questão ambiental. O

Deputado Moacir Micheletto avisou aos membros que haverá duas reuniões, hoje, no Ministério do Planeja-mento, para rever a liberação dos recursos orçamen-tários para a defesa sanitária animal e vegetal e para discutir a redução do preço mínimo para o trigo, esti-pulado pelo Governo Brasileiro, ressaltando que esse assunto é relevante e de interesse de segurança ali-mentar. Logo após, o Presidente em exercício conce-deu a palavra ao Deputado Paulo Piau, que parabeni-zou o trabalho dos Deputados Moacir Micheletto e Aldo Rebelo e lamentou o pequeno avanço na legislação, pois gostaria que a matéria tivesse avançado um pou-co mais, disse que as áreas consolidadas é um avan-ço significativo nesse processo, que o pequeno pro-dutor foi beneficiado por não ter que recompor a re-serva legal, mas que o médio produtor não obteve o mesmo sucesso; que a reserva legal deve ser obriga-ção do Estado e entende que a biodiversidade deve ser protegida. Continuando, o Presidente em exercício concedeu a palavra ao Deputado Marcos Montes, que afirmou que a sociedade começa a entender o proces-so do tema da Comissão Especial PL 1876/99 – Có-digo Florestal Brasileiro, que ainda temos muito a avançar para melhorar a legislação brasileira florestal e ambiental e salientou que o povo brasileiro não é o destruidor do meio ambiente, mas que defende este meio e a produção. Logo após, o Presidente em exer-cício concedeu a palavra aos Deputados Homero Pe-reira, que parabenizou o Deputado Moacir Micheletto pela condução dos trabalhos na Comissão Especial PL 1876/99 – Código Florestal Brasileiro, disse que a matéria ainda tem inúmeras imperfeições que poderão ser corrigidas no decorrer de sua tramitação neste Parlamento; e Valdir Colatto, que afirmou que o assun-to mais forte tratado nesta Casa neste ano foi o da Questão Ambiental, disse que os municípios devem fazer um planejamento de ocupação territorial urbano e rural, que devem, pelo menos, cultivar a agricultura de sustento para sua população, informou que o Mi-nistro da Agricultura e do Abastecimento e o Secretá-rio de Defesa Agropecuária estão em Bruxelas, discu-tindo as questões de exportação de carne brasileira, comentou que uma das dificuldades atuais é o proble-ma das questões ambientais, que os países europeus obrigam o Brasil a cumprir propostas que eles mesmos não fazem para si, que as obrigações impõem altos custos de produção que prejudica a produção brasi-leira. Prosseguindo, o Presidente em exercício conce-deu a palavra ao Deputado Alfredo Kaefer, que ratificou as palavras do antecessor, citando por exemplo o sis-tema trabalhista brasileiro, que impõe regras, segundo Sua Excelência, absurdas e a maioria das vezes por instrução normativa sem o escopo da lei; que indús-

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trias brasileiras são oneradas com valores altos de multas e esse ônus encarece o processo produtivo. Salientou que o Congresso Nacional deve focar essas alterações normativas que adicionadas à política cam-bial brasileira, que pratica valores maiores que os pra-ticados no mundo, acarreta um aumento no custo de produção brasileiro e nos deixa fora de competitivida-de dos mercados mundiais. Finalizando, o Presidente em exercício concedeu a palavra ao Deputado Celso Maldaner, que informou aos membros que participara de audiência com a Ministra do Meio Ambiente e que discutiram a construção de um estaleiro em Santa Ca-tarina. Sua Excelência comentou que esse investimen-to envolve questões ambientais e que foi marcado para a próxima semana reunião com entidades do setor para avaliar o empreendimento uma vez que os entra-ves ambientais têm dificultado o investimento naquela região; e parabenizou a conclusão dos trabalhos da Comissão Especial PL 1876/99 – Código Florestal Brasileiro e o avanço das mudanças aprovadas no pa-recer do Relator Aldo Rebelo. Nada mais havendo a tratar, o Presidente encerrou os trabalhos às onze ho-ras e cinquenta e quatro minutos, antes, porém, con-vidou os membros a participarem da Reunião Extra-ordinária (Audiência Pública), hoje, dia sete de julho do corrente, às quatorze horas, no Plenário Sete do Anexo II, desta Casa. E para constar, eu, Moizes Lobo da Cunha __________________________, Secretário, lavrei a presente ATA, que, depois de lida e aprovada, será assinada pelo Presidente e encaminhada à pu-blicação no Diário da Câmara dos Deputados. Depu-tado Abelardo Lupion ___________________________ Presidente.

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

53ª Legislatura – 4ª Sessão Legislativa Ordinária

Ata Da Vigésima Oitava Reunião Extraordi-nária (Audiência Pública) Realizada em 7 de julho de 2010

Às quatorze horas e trinta e dois minutos do dia sete de julho de dois mil e dez, reuniu-se a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvi-mento Rural, no Anexo II, Plenário 07 da Câmara dos Deputados, com a presença dos Senhores Deputados Silas Brasileiro – Vice-Presidente; Duarte Nogueira, Leonardo Vilela, Lira Maia, Luiz Carlos Setim e Na-zareno Fonteles – Titulares; Suely – Suplente. Deixa-ram de comparecer os Deputados Abelardo Lupion, Anselmo de Jesus, Antônio Andrade, Assis do Couto, Benedito de Lira, Beto Faro, Celso Maldaner, Cezar Silvestri, Dilceu Sperafico, Eduardo Amorim, Eduardo

Sciarra, Fábio Souto, Fernando Coelho Filho, Fernando Melo, Flávio Bezerra, Giovanni Queiroz, Homero Pe-reira, Jairo Ataide, Leandro Vilela, Luis Carlos Hein-ze, Moacir Micheletto, Moreira Mendes, Nelson Meu-rer, Odílio Balbinotti, Onyx Lorenzoni, Pedro Chaves, Ronaldo Caiado, Tatico, Valdir Colatto, Vitor Penido, Wandenkolk Gonçalves, Zé Gerardo, Zé Vieira e Zonta. Assumindo a Presidência, o Deputado Silas Brasileiro declarou abertos os trabalhos, cumprimentou a todos e esclareceu que a reunião se destinava a “Debater o PL 7.313/2006, do Deputado Antonio Carlos Mendes Thame, que “Dispõe sobre especificações técnicas que deverão ser observadas por empresas que produzam até 10.000 cestas de alimentos e similares, por mês”. Prosseguindo, o Presidente esclareceu as regras para os trabalhos, informou que a lista de inscrições para os debates estava à disposição dos Senhores Deputados e convidou para comporem a mesa os Senhores: Fer-nando Guido Penariol – Coordenador-Geral da Secre-taria de Defesa Agropecuária do MAPA, Gustavo José Kuster Albuquerque – Chefe de Divisão de Programa de Avaliação da Conformidade do INMETRO e Sussu-mo Honda – Presidente da Associação Brarsileira de Supermercados – ABRAS. Na seqüência, o Presidente passou a palavra, para suas exposições iniciais, aos senhores convidados: Fernando Guido Penariol, Gus-tavo José Kuster Albuquerque e Sussumo Honda. Em seguida, o Presidente, concedeu a palavra ao Deputa-do Leonardo Vilela, relator do PL nº 7313/2006. Dando prosseguimento, o Presidente franqueou a palavra, para respostas e considerações finais, aos Senhores: Guido Penariol, Gustavo José Kuster Albuquerque e Sussumo Honda. Finalizando, o Senhor Presidente agradeceu a presença de todos e encerrou os tra-balhos às quinze horas e dez minutos, antes, porém, convidou os membros a participarem de Reunião de Audiência Pública, terça-feira, dia treze, às quatorze horas e trinta minutos, em plenário a ser definido no anexo dois da Câmara dos Deputados. O inteiro teor foi gravado, passando as notas taquigráficas a integrar o acervo documental desta reunião. E para constar, eu ______________________, Moizes Lobo da Cunha, lavrei a presente Ata, que por ter sido lida e aprovada, será assinada pelo Presidente em exercício, Deputado Silas Brasileiro ______________________, e publica-da no Diário da Câmara dos Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro) – Srs. Parlamentares, ilustres convidados, senhoras e senhores, boa tarde.

Declaro aberta esta reunião de audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, convocada para debater o PL nº 7.313/06, do Depu-

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tado Antonio Carlos Mendes Thame, que tem como Relator o Deputado Leonardo Vilela, que “dispõe sobre especificações técnicas que deverão ser observadas por empresas que produzam até 10 mil cestas de ali-mentos e similares por mês”.

Esta audiência pública foi proposta pelo nobre Deputado Moreira Mendes, do PPS de Roraima.

Foram convidados para participar desta audiência o Dr. Fernando Guido Penariol, Coordenador-Geral de Qualidade Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecu-ária do MAPA; Dr. Gustavo José Albuquerque, Chefe da Divisão de Programas de Avaliação da Conformi-dade do INMETRO; Dr. Sussumu Honda, Presidente da Associação Brasileira de Supermercados – ABRAS; um representante do Ministério do Trabalho e Empre-go e um representante da Associação Brasileira dos Produtores e Distribuidores de Alimentos Básicos ao Trabalhador – ABRACESTAS.

Eu convido os nossos palestrantes a tomarem assento à Mesa. (Pausa.)

Informo aos Srs. Parlamentares que os exposito-res terão o prazo de 20 minutos, prorrogáveis a juízo da Mesa, não podendo ser aparteados. Os Parlamen-tares inscritos para interpelar os expositores poderão fazê-lo estritamente sobre o assunto da exposição, pelo prazo de 3 minutos, tendo o interpelado igual tempo para responder, facultadas a réplica e a tréplica, pelo mesmo prazo, e vedado ao orador interpelar qualquer um dos senhores presentes.

Passo a palavra ao Dr. Fernando Guido Penariol, Coordenador-Geral de Qualidade Vegeral da Secreta-ria de Defesa Agropecuária do MAPA, pelo prazo de 20 minutos.

O SR. FERNANDO GUIDO PENARIOL – Boa tarde a todos.

Gostaria de agradecer o convite para participa-ção nesta audiência pública. De antemão, quero pa-rabenizar pela propositura do projeto de lei, que, de qualquer forma, independentemente das conclusões a que se chegarem, já foi muito importante, por trazer à tona novamente a discussão do assunto referente à regulamentação das cestas de alimentos.

Em relação a este tema, cabe um histórico rápido. A Instrução Normativa 51, de 2002, que atualmente regulamenta os critérios para o credenciamento, o re-conhecimento e o cadastramento das empresas que montam cestas de alimentos, tem como base legal a legislação da área de inspeção animal, o Regulamen-to da Inspeção de Produtos de Origem Animal. Foi a forma mais adequada que se encontrou para elaborar a normativa. Na época foi verificada a necessidade de regulamentar a questão, de organizar essa etapa da cadeia, esses estabelecimentos, para que houvesse

uma participação do Ministério da Agricultura na fis-calização e, logicamente, do INMETRO e dos órgãos certificadores, que poderiam passar, a partir de então, a controlar o funcionamento dessas empresas.

E, recentemente, há uns 2 anos, nós iniciamos uma discussão com o Ministério do Trabalho e Emprego, com o INMETRO e com outros órgãos participantes no sentido de rever a Instrução Normativa 51, por diversos critérios. Um deles é justamente o fato de que grande parte dos produtos que compõem a cesta de alimen-tos tem origem vegetal. Como eu disse, a IN 51 tem como base a legislação da área animal. Então, todos os questionamentos, todas as discussões referentes aos critérios estabelecidos nessa Instrução Normati-va 51, mesmo a motivação para a propositura de um projeto de lei como o presente, têm muito a ver com os critérios estabelecidos na IN 51 e com o fato de ela ter como base a legislação da área animal.

Pois bem. A partir desse fato de que grande parte dos produtos que compõem cestas de alimentos tem origem vegetal – há 2 anos, talvez um pouco mais, nós retomamos essas discussões –, nós vimos a necessi-dade de reformular esses critérios e adequar a nova normativa a ser proposta a uma base de legislação da área vegetal. E, a partir desse estabelecimento, da normativa da área vegetal, discutir e rediscutir todos os critérios, todos os procedimentos ali dispostos; discutir com o INMETRO os procedimentos do credenciamen-to, do cadastro; aproveitar essa experiência de 2002 até hoje, desses 8 anos da vigência da IN 51, e fazer um estudo, verificar o que funcionou e o que não fun-cionou, analisar o que está demasiado em termos de critério, o que, de repente, em termos técnicos, ali dis-postos na IN 51, de repente, não seriam necessários para garantir a segurança e a qualidade dos produtos dispostos nas cestas de alimentos.

Enfim, toda essa discussão é possível de ser feita, está em aberto. Nós gostaríamos, independen-temente dos encaminhamentos que forem dados ao projeto de lei proposto, de nos colocar à disposição para retomar essa discussão com a ABRAS, com o INMETRO, com os demais envolvidos – associações de produtores de cestas, certificadoras, enfim. Nós nos colocamos à disposição para refazer esta discussão, rever os critérios ali dispostos, reformular a Instrução Normativa 51, de forma a colocar a base legal da área vegetal, pelos motivos já expostos, e rever os critérios, sempre em bases de discussão técnica, mas revendo os critérios ali dispostos na instrução normativa, para que ela cumpra o seu objetivo, de controle da qualida-de e de segurança dos produtos que vão compor as cestas de alimentos.

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Então, nós gostaríamos de colocar à disposição o Ministério da Agricultura, a nossa área técnica, para retomar estas discussões e rever os critérios dispos-tos na IN 51.

Era o que eu tinha a dizer. Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro)

– Agradecemos a participação ao Dr. Fernando.Aliás, no Ministério da Agricultura há essa preo-

cupação permanente com a qualidade. Isso realmente é muito bom, porque não se trata somente produzir. Temos de lembrar que há um consumidor lá na ponta, que tem de ser protegido. E essa é a visão do Minis-tério da Agricultura.

Queremos que leve ao Ministro e ao Secretário os nossos cumprimentos e o nosso respeito.

Registramos a presença do Dr. Marçal Tadano, ex-colega Parlamentar. Já trabalhamos juntos nesta Casa. Ele foi chefe de gabinete do Ministro Pratini de Moraes, assessor e ex-Secretário de Defesa Agrope-cuária. Realmente, tem uma folha extraordinária de serviços prestados à produção, à nossa Casa de leis e ao Ministério da Agricultura.

Passamos a palavra ao Dr. Gustavo, que dispõe de 20 minutos.

O SR. GUSTAVO JOSÉ KUSTER DE ALBU-QUERQUE – Boa tarde a todos.

Primeiramente, faço um agradecimento à Comis-são pelo convite e pela oportunidade de o INMETRO estar aqui falando, especificamente, do Programa de Cestas de Alimentos.

Na oportunidade também cumprimento os colegas do Ministério da Agricultura, que são nossos parceiros no desenvolvimento desse programa.

O INMETRO é uma autarquia federal ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e tem, nas suas atribuições, por lei, a função de regula-mentador em caráter suplementar. Ou seja, naquelas áreas onde não há um regulamentador claramente definido, o INMETRO atua através de um conselho ministerial como regulamentador. Não é o caso de cestas de alimentos. No caso de cesta de alimen-tos, há um regulamentar específico do Ministério da Agricultura. Mas, numa parceria que o INMETRO tem com o Ministério da Agricultura, que não é de hoje, o INMETRO participa de alguns programas coordena-dos, regulamentados pelo Ministério da Agricultura, como o de cesta de alimentos, produção integrada de frutas, enfim, produção integrada de uma forma geral. Estabelece requisitos, sob coordenação da parceria, focados na questão da infraestrutura de avaliação na conformidade, certificação, acreditação de laboratórios,

quando aplicados. A questão da cesta de alimentos surgiu por aí.

Nessa discussão com o Ministério, identificamos uma série de problemas à época nas empresas que produzem cestas de alimentos. Não posso citá-los aqui, porque geraria um problema geral, mas esses problemas existiam em diversas empresas. Estou fa-lando de alimentos que, apesar de serem não pere-cíveis, como arroz, feijão, macarrão, precisam de cui-dados no seu manuseio. À época, tanto o pessoal da ABRACESTAS e da AMOCESTAS, que hoje não está aqui, e o pessoal do Ministério da Agricultura visita-mos algumas dessas empresas que produzem cestas e encontramos situações muito boas em várias delas. Em outras, verificamos situações muitos complicadas: animais convivendo na mesma área de estoque dos alimentos, áreas sem condição de se acondicionar de forma correta os alimentos, com muita umidade, ou com paredes infiltradas, assim por diante, e condições inadequadas para o trabalhador.

Enfim, por conta disso, essa parceria, INMETRO e Ministério da Agricultura, desenvolveu, por parte do Ministério, a Instrução Normativa nº 51, que são os re-quisitos básicos a serem atendidos, e, pelo INMETRO, a Portaria nº 87, de 2002, que estabelecia os critérios para que as empresas fornecedoras de cestas se certi-ficassem, obviamente, pelo Ministério da Agricultura.

Isso feito, esse programa começou. Hoje em dia possuímos 119 empresas devidamente certificadas, mais quinze em processo de certificação e quatro organismos designados pelo INMETRO para fazer a avaliação das empresas de cestas.

Chamo à atenção, porque são 119 empresas de cestas devidamente certificadas num universo de mais de duas mil e poucas empresas que produzem cestas.

Como o meu colega do Ministério da Agricultura teve a oportunidade de dizer, desde 2008 voltamos a discutir o assunto, principalmente por conta desses números. Percebemos que o Programa de Alimenta-ção do Trabalhador – PAT tem um papel fundamental na regulamentação de cestas de alimentos. A partir do momento em que se dá incentivo fiscal às empre-sas – e o Ministério do Trabalho e Emprego tem parti-cipado dessas discussões conosco – para aderir e se cadastrar, e a partir do momento em que a compra da empresa que vai fornecer a cesta de alimento para o seu trabalhador é feita, às vezes, via licitação ou por uma compra direta, não há produto exposto no mer-cado, fica extremamente complexa a fiscalização tan-to do Ministério da Agricultura quanto do INMETRO. O PAT movimenta um volume bastante grande de re-cursos nessa área. Tanto a fiscalização do INMETRO

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quanto do Ministério da Agricultura têm dificuldade de identificar essa grande quantidade de empresas não certificadas, porque é uma compra direta entre a em-presa que vai fornecer a cesta de alimento para o seu trabalhador e o mercado, já que esse produto não está à venda no mercado.

Faço questão de dar essa visão geral, apesar do projeto do Deputado ser muito focado na questão das micro e pequenas empresas, porque acho interessante os Deputados presentes terem a ideia desse todo.

Com relação ao projeto especificamente, o IN-METRO, sem a menor sombra de dúvida, se coloca à disposição da Casa para colaborar e rever suas regras do jeito que for entendido e encaminhado. Faço apenas uma ressalva: da forma como o projeto hoje está posto, trazendo apoio e estímulo às micro e pequenas em-presas que produzam até 10 mil cestas, apesar desse projeto estar na mesma linha de trabalho do INMETRO, que é sempre procurar dar condição, às micro e pe-quenas empresas, de terem acesso ao mercado e se estabelecerem, ele pode ter um efeito contrário.

A partir do momento em que vou ter no mercado empresas certificadas e não certificadas, a fiscalização terá dificuldade em identificar isso. As 119 empresas certificadas, que investiram no seu processo e criaram estrutura para acondicionar os alimentos de forma ade-quada, vão concorrer muitas vezes com empresas que não fizeram esse investimento.

Essa é a minha posição. Mais uma vez agradeço e me coloco à disposição para fazer outros comentá-rios.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasilei-ro) – Agradecemos ao Dr. Gustavo, representante do INMETRO, pela participação.

Passamos a palavra ao Dr. Sussumu Honda, Pre-sidente da Associação Brasileira de Supermercados.

O SR. SUSSUMU HONDA – Cumprimento a Presidência da Mesa, Deputado Silas Brasileiro, o Fernando, o Gustavo e os Parlamentares presentes. Farei uma breve apresentação da ABRAS.

(Segue-se exibição de imagens.)A ABRAS é a entidade que congrega todo o se-

tor de varejo, todo o setor supermercadista, todo o autosserviço brasileiro. Ela é um entidade civil sem fins lucrativos. A ABRAS foi criada em 1968, portanto há 42 anos, e tem hoje regionais em todos os Esta-dos brasileiros. Vou apresentar rapidamente o setor de autosserviço e a estrutura do nosso setor em termos de capilaridade.

Somos um setor hoje que representa 5,6% do PIB nacional. Nosso número, em supermercados e autosserviço em si, é de 78 mil lojas em todo o Brasil. Estamos falando de 900 mil funcionários empregados

diretamente, quase 20 milhões de metros quadrados de área de vendas hoje.

Esse é o nosso número de lojas. É importante salientar o crescimento do número de lojas até 2009. Desde 1990 estamos vendo como o setor acompanhou o crescimento do nosso mercado interno, expandindo suas operações para todo o Brasil.

Essa é uma participação dos Estados, mais sim-ples.

Vou falar um pouco dos canais de compras. Ape-sar da grande visibilidade, o hipermercado responde por 6% das compras, na verdade, supermercado com 55%. E é importante salientar que 27% são dos mer-cadinhos. O restante vamos vendo, porta a porta, ata-cadista e outros canais.

Queria voltar e falar um pouquinho do Programa de Alimentação do Trabalhador.

Quando se fala em cesta básica, temos que ver o que representa uma esta básica. A cesta básica nasceu principalmente com o PROCON, no início da década de 70, fazendo as análises das compras e das despesas familiares. Ela surgiu, segundo este conceito, a partir do Programa de Alimentação do Trabalhador, quando os setores começaram a fornecer essas ces-tas para a indústria.

Gustavo abordou a questão da legislação. Esse PL não visa as pequenas empresas. Na condição de Presidente de uma entidade de varejo, gostaria de mostrar o que acontece no varejo. Nós, no varejo, esta-mos tendo empresas multadas por confeccionar cesta básica em função dessa portaria.

Fernando abordou o assunto. Essa portaria foi criada principalmente em função de questões ligadas a produtos de origem animal. Temos uma grande pre-ocupação.

Gostaria que o Alexandre trouxesse a cesta para mostrar.

Em uma loja de supermercado, os produtos da cesta básica estão expostos à venda, em uma opera-ção, como eu disse, nas nossas quase 80 mil lojas. Esta foi uma cesta básica comprada aqui em Brasília. Nós compramos agora. Não vou falar de preço, não é isso. Quero dizer que todos esses produtos que estamos vendo aqui vamos encontrar no supermercado hoje.

Não existe um produto. Vocês vão ver que todos esses produtos têm relação com questões de seguran-ça. Essa é a preocupação. Mas esses produtos estão todos expostos na loja.

Os mercados estão impedidos hoje, por exem-plo, porque isso é um kit. A cesta básica, vista como um produto, é um kit de produtos. Nós operamos com esses produtos diuturnamente, 365 dias ao ano. E es-

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tamos impedidos, hoje, de fazer esse kit e vender, em função da legislação.

Então, qual é a abordagem? É que nós, as em-presas, por exemplo, quando falamos em varejo, ele tem uma capilaridade hoje e atende a uma demanda que, muitas vezes, as próprias empresas de cesta bá-sica não atendem.

Quando um condomínio quer formatar dez cestas básicas, ele naturalmente não faz cotação de produ-to, não tem essa operação. Ele simplesmente vai ao mercado e encomenda. O supermercado tem essa condição.

Nós somos fiscalizados, por exemplo, pelos ór-gãos municipais da ANVISA – é claro que em conso-nância com os órgãos estaduais da ANVISA. Quer dizer, nós temos uma operação reconhecida. Temos essa condição de manipulação de produtos perecíveis nas lojas. Nós operamos com cadeia fria.

Mas quando chega na linha seca, que chama-mos de mercearia seca, mercearia salgada, nós es-tamos, hoje, impedidos pela legislação. A legislação visa exatamente atender não apenas as empresas de cesta básica.

Quanto ao varejo, hoje, o indivíduo compra muitas coisas em diversos formatos de varejo. Mas o super-mercado é o canal mais tradicional de distribuição da área alimentar. Somos o canal mais tradicional. Natu-ralmente qualquer pessoa que fala em cesta básica vai lembrar do supermercado, mas não podemos fornecer uma cesta, hoje, em função da legislação.

Esse projeto de lei visa exatamente a permissão. Nós entendemos a questão do fornecimento de cesta básica em grandes volumes, inclusive a Prefeituras. Nós entendemos essa questão, essa preocupação do INMETRO, do Ministério da Agricultura.

No entanto, parece nos mais razoável que pos-samos ter liberdade, já que, quando falamos nos gran-des centros urbanos, estamos falando de grandes ci-dades.

Estamos também em todo o interior do País. Nós sabemos onde essa cesta não chega e onde é confec-cionada. Como o Gustavo expôs, são empresas fisca-lizadas pelos municípios, pelos Estados e não podem fazer essa operação. A clandestinidade surge exata-mente em função de não se poder ter, muitas vezes, essa operação. Não estou falando das empresas de cesta básica, que têm operação abaixo do desejável. É preciso lembrar que todos esses produtos são reco-nhecidos, comprados no mercado. Já estou comercia-lizando, mas tenho de comprar outra cesta e produtos de outro fornecedor para oferecer ao consumidor.

Se se produz muita cesta, se monte uma em-presa, para atender a uma demanda local. Isso ocorre

frequentemente. Tenho certeza de que hoje estão-se constituindo cestas exatamente para empresas, prin-cipalmente para os condomínios, que procuram de-mais esse tipo de produto. Pequenas empresas com poucos funcionários, por exemplo, não fazem cota-ção de produtos. Elas procuram exatamente aquele estabelecimento mais próximo, porque muitas vezes conhecem o dono.

Nosso posicionamento é enquanto operadores de mercado.

Dias atrás, questionamos o que seria uma indús-tria hoje. A indústria que produz um produto? Não. To-das as indústrias estão procurando produzir alimentos. Elas não podem produzir somente um item. Têm de produzir diversos itens para que haja logística e para fazer a distribuição.

Não é muito diferente a indústria da distribuição. O principal papel do setor de varejo é fazer com que o produto chegue ao consumidor a um custo mais barato. O setor de varejo supermercadista se consolidou exata-mente em função de levar o produto até o consumidor final a um custo mais barato, dentro do seu sistema próprio de concorrência, como sabemos.

O pedido é que possamos também constituir es-sas cestas dentro da nossa empresa, já que temos, sim, tudo aquilo que é pedido na Instrução Normativa nº 51. Também somos obrigados a ter nossa empre-sa de varejo.

Obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro)

– Agradecemos ao Dr. Sussumo Honda a exposição. Passamos a palavra ao Deputado Leonardo Vi-

lela, Relator do Projeto de Lei nº 7.313.O SR. DEPUTADO LEONARDO VILELA – Meus

cumprimentos ao Presidente, Deputado Silas Brasilei-ro, e a todos os expositores.

Esse Projeto de Lei nº 7.313, de autoria do De-putado Mendes Thame, reconhece o esforço e a pre-ocupação do Ministério da Agricultura, do INMETRO em oferecer à população produtos que garantam sua saúde, produtos saudáveis, seguros do ponto de vis-ta alimentar.

Por outro lado, por conterem exigências muitas vezes difíceis de serem implementadas por uma em-presa de pequeno porte, o projeto de lei de autoria do Deputado Mendes Thame prevê que essas exigências sejam cobradas apenas a empresas que fabriquem acima de 10 mil cestas básicas por mês. Que aquelas empresas que montam menos de 10 mil cestas bási-cas sejam regulamentadas por uma outra portaria que tenha outras exigências, sem descuidar da questão da segurança alimentar, e que sejam submetidas a outras exigências factíveis de serem cumpridas, levando em

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consideração, inclusive, a importância social dessas pequenas empresas como geradoras de emprego, de desenvolvimento e o fato de elas terem uma sobrevida muito curta, normalmente dois, três 3 anos apenas, pois se inviabilizam devido às exigências muitas vezes superiores àquilo que elas podem oferecer.

Portanto, do meu ponto de vista, na condição de Relator desse projeto de lei, o fulcro do Projeto de Lei nº 7.313 é positivo e deve ser levado em consideração. Eu já tinha apresentado um relatório à Comissão de Agricultura, mas vou dar mais uma avaliada, inclusi-ve à luz das novas informações que recebemos hoje nessa audiência pública. Depois, enviarei o relatório definitivo para apreciação do Plenário dessa Comis-são de Agricultura.

Parabéns, Deputado Silas Brasileiro, nosso Pre-sidente; parabéns a todos os expositores.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasilei-ro) – Nós consultamos ao Relator se, além dessas considerações, quer fazer alguma pergunta aos ex-positores?

O SR. DEPUTADO LEONARDO VILELA – Sr. Presidente, as participações foram muito claras e elu-cidativas. Portanto, estou absolutamente satisfeito com as ponderações que aqui foram apresentadas.

Obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasilei-

ro) – Obrigado. Para as considerações finais, passamos a pala-

vra ao Dr. Fernando.O SR. FERNANDO GUIDO PENARIOL – Mais

uma vez, nos colocamos à disposição, como fez o Dr. Gustavo, do INMETRO, o Dr. Sussumo, da ABRAS, e todos aqui no sentido de colaborar com as discussões sobre o assunto, seja nos encaminhamentos que forem dados ao projeto de lei, nas discussões sobre o projeto de lei em si, seja na discussão da Instrução Normativa nº 51, que é o foco da discussão do projeto de lei.

Permitam-me sugerir fazermos o debate sobre a revisão da Instrução Normativa nº 51, tendo em vis-ta que essa discussão será bastante ampla, inclusive em relação aos critérios dessa instrução, que vão im-pactar tanto as empresas que produzem mais de 10 mil cestas, quanto as que produzem menos de 10 mil cestas. Portanto, a Instrução Normativa nº 51 como um todo pode ser revista.

De repente, fica a sugestão de discutirmos a IN nº 51 primeiro e, se for o caso, darmos os encaminha-mentos em relação ao projeto de lei. É apenas uma sugestão. De qualquer forma, se forem dados os enca-minhamentos em relação ao projeto de lei, também es-tamos à disposição para as discussões que vierem.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro) – Muito obrigado.

Passamos a palavra ao representante do INME-TRO, Dr. Gustavo, para as suas conclusões finais.

O SR. GUSTAVO JOSÉ KUSTER ALBUQUER-QUE – Aproveitando o exposto pelo meu colega do Ministério da Agricultura, Dr. Fernando, também acre-dito que esse seria um bom encaminhamento. Se os Deputados assim entenderem, faríamos a revisão da Instrução Normativa nº 51 com uma ampla participação e discussão, porque, apesar de todo o valor do projeto de lei e de estar tocando em um ponto de efetiva ne-cessidade de ajuste, precisamos tomar algum cuidado para que não venha mais à frente dificultar, e muito, a fiscalização e até gerar penalidades equivocadas.

Então, apoio, se assim a Casa entender, a suges-tão do Ministério da Agricultura, para que possamos fazer a revisão da instrução normativa. O INMETRO participaria efetivamente, sendo convidado.

Obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro)

– Muito obrigado.Com a palavra o Presidente da Associação Bra-

sileira de Supermercados, Dr. Sussumo Honda, para as suas conclusões.

O SR. SUSSUMO HONDA – Agradeço o Depu-tado Leonardo Vilela, Relator. Acho que é importante discutir essa questão. A ABRAS tem observado que nos Estados, em função da legislação, muitas empre-sas supermercadistas estão sendo autuadas. As au-tuações acabam sendo legítimas em função da legis-lação. Mas temos as nossas ressalvas quanto a isso, já que as empresas de varejo têm essa condição de montarem. Nós não produzimos, o que nós fazemos é exatamente o que essas empresas também fazem. Nós queremos ter a liberdade de poder montar os kits vendidos como cestas básicas.

Acredito que quanto às questões ligadas à segu-rança alimentar, com certeza essa é uma preocupação, sim, do setor. A ABRAS tem uma grande preocupação nessa área, já que é o principal canal de distribuição de alimentos no País.

Portanto, está à disposição para discutir esse projeto de lei ou a revisão da própria portaria.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro) – Agradecemos ao Relator, Deputado Leonardo Vile-la, e aos nossos expositores a presença. É muito bom contarmos com esse desprendimento do Ministério da Agricultura para discutir a Instrução Normativa nº 51, que tem grande alcance, diz diretamente à qualidade e à certificação daquilo que consumimos, da distribuição através de supermercados. Sem dúvida, o alcance do

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Projeto de Lei nº 7.313 vai muito além daquilo que nós previmos em um primeiro momento.

Inclusive vamos ter oportunidade de falar sobre ele também quando estiver na Comissão de Desen-volvimento Econômico. Naquela oportunidade, vamos discutir a questão da concorrência, as regras para um e para outro, aqueles que poderão ser punidos em fun-ção de ter uma legislação específica ou uma instrução normativa, que vai realmente ditar quais as regras a serem cumpridas, e os que talvez se livrem dessa obri-gatoriedade ficando realmente com o custo menor.

Então, essa interveniência entre a livre concor-rência é fundamental e muito importante para dar o di-reito de todos participarem e todos praticarem o menor preço. Praticando o menor preço, o consumidor poderá ser beneficiado. Essa, sem dúvida, é a finalidade.

Propusemos também à Presidência da República a criação do Ministério da Segurança Alimentar. Acho que em um país como o nosso, com a população que temos, já é hora de pensarmos nesse Ministério, viria em um bom momento. Temos visitado alguns países e visto que lá fora a preocupação com esse Ministério, principalmente no Japão, é maior que a de outros que julgávamos que teria uma ação mais importante. Cada dia que passa cria-se esse consciência crítica, e isso é realmente muito importante.

Queremos, antes de encerrar nossos trabalhos, trazer o abraço do nosso Presidente, Deputado Abelar-do Lupion, agradecendo aos assessores, convidados, à imprensa presente.

Convocamos os Srs. Deputados para uma reu-nião de audiência pública amanhã, dia 8 de julho, às 9h30min, no Plenário 6, para discutir matéria de ta-manha importância que é a agrobiodiversidade e os direito dos agricultores.

Agradecendo a presença de todos, declaramos encerrada nossa reunião de audiência pública.

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

53ª Legislatura – 4ª Sessão Legislativa Ordinária

Ata da Vigésima Nona Reunião Ordinária Con-junta de Audiência Pública da Comissão de Agri-cultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvi-mento Rural e da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Realizada em 8 de julho de 2010

Às nove horas e cinquenta minutos do dia oito de julho de dois mil e dez, reuniram-se em conjunto as Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural-CAPADR e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável-CMADS, no Plenário

6 do Anexo II da Câmara dos Deputados, com a pre-sença dos Senhores Deputados Silas Brasileiro – Vice-Presidente e Nazareno Fonteles: titulares da CAPADR; e o Deputado Júnior Marzola: titular da CMADS. Dei-xaram de comparecer os Deputados Abelardo Lupion, Anselmo de Jesus, Antônio Andrade, Assis do Couto, Benedito de Lira, Beto Faro, Celso Maldaner, Cezar Silvestri, Dilceu Sperafico, Duarte Nogueira, Eduardo Amorim, Eduardo Sciarra, Fábio Souto, Fernando Co-elho Filho, Fernando Melo, Flávio Bezerra, Giovanni Queiroz, Homero Pereira, Jairo Ataide, Leandro Vilela, Leonardo Vilela, Lira Maia, Luis Carlos Heinze, Luiz Carlos Setim, Moacir Micheletto, Moreira Mendes, Nel-son Meurer, Odílio Balbinotti, Onyx Lorenzoni, Pedro Chaves, Ronaldo Caiado, Tatico, Valdir Colatto, Vitor Penido, Wandenkolk Gonçalves, Zé Gerardo, Zé Vieira e Zonta, pela CAPADR; e André de Paula, Edson Du-arte, Fátima Pelaes, Fernando Marroni, Gervásio Sil-va, Jorge Khoury, Leonardo Monteiro, Luiz Bassuma, Marcos Montes, Marina Maggessi, Mário de Oliveira, Paulo Piau, Rebecca Garcia, Ricardo Trípoli, Roberto Balestra, Roberto Rocha e Sarney Filho, pela CMADS. Assumindo a Presidência, o Deputado Silas Brasileiro declarou abertos os trabalhos, cumprimentou a todos e esclareceu que a reunião se destinava a debater sobre “Agrobiodiversidade e Direitos dos Agricultores”. Pros-seguindo, o Presidente esclareceu as regras para os trabalhos, informou que a lista de inscrições para os debates estava à disposição dos Senhores Deputados e convidou para comporem a mesa os Senhores: Leon-tino Rezende Taveira – Assessor do Departamento de Propriedade Intelectual e Tecnologia da Agropecuária do MAPA; Luiz Carlos Balcewicz – Assessor Técnico da Gerência de Recursos Genéticos do Ministério do Meio Ambiente – MMA; Juliana Santilli – Promotora de Justiça do Paranoá/DF; Larissa Packer – Representan-te da Articulação Nacional de Agroecologia e Maria Emília Pacheco – Conselheira Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do CONSEA. Na seqüência, o Presidente passou a palavra, para suas exposições iniciais, aos senhores convidados: Leontino Rezende Taveira, Luiz Carlos Balcewicz, Juliana Santilli, Larissa Packer e Maria Emília Pacheco. Em seguida, o Pre-sidente, concedeu a palavra ao Deputado Nazareno Fonteles, autor dos requerimentos nº 532/2010 – CA-PADR e nº 314/2010 – CMADS, que deram origem à presente audiência. Dando prosseguimento, o Presi-dente franqueou a palavra, para respostas e conside-rações finais, aos Senhores: Leontino Rezende Ta-veira, Luiz Carlos Balcewicz, Juliana Santilli, Larissa Packer e Maria Emília Pacheco. Finalizando, o Senhor Presidente informou que a Comissão recebeu ofício, por fax, justificando o não comparecimento do Senhor

43050 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

Presidente da CTNBio à presente reunião, agradeceu a presença de todos e encerrou os trabalhos às doze horas e quarenta e sete minutos, antes, porém, convidou os membros a participarem de Reunião de Audiência Pública, na próxima terça-feira, dia treze, às quatorze horas e trinta minutos, em plenário a ser definido no anexo dois da Câmara dos Deputados. O inteiro teor foi gravado, passando as notas taquigráficas a integrar o acervo documental desta reunião. E para constar, eu ______________________, Moizes Lobo da Cunha, lavrei a presente Ata, que por ter sido lida e aprovada, será assinada pelo Presidente em exercício, Deputado Silas Brasileiro ______________________, e publica-da no Diário da Câmara dos Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasilei-ro) – Declaro aberta a reunião conjunta de audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abas-tecimento e Desenvolvimento Rural e da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados convocada para discutir a agrobiodiversidade e direito dos agricultores.

Inicialmente, cumprimento os Srs. Parlamenta-res, os senhores convidados os senhores assessores e a imprensa, Esta audiência foi proposta pelo nobre Parlamentar, Deputado Nazareno Fonteles, do PT do Piauí.

Foram convidados para participar desta audi-ência os Srs. Leontino Rezende Taveira, Assessor do Departamento de Propriedade Intelectual e Tecnolo-gia da Agropecuária do MAPA; Luiz Carlos Balcewicz, Assessor Técnico da Gerência de Recursos Genéti-cos do Ministério do Meio Ambiente – MMA; Juliana Santilli, da Promotoria de Justiça do Paranoá, Distrito Federal; Edilson Paiva, Presidente da Comissão Téc-nica Nacional de Biossegurança – CTNBIO; Laris-sa Packer, representante da Articulação Nacional de Agroecologia, da Agência Nacional de Águas; Maria Emília Pacheco, Conselheira Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do CONSEA; Rosângela Cor-deiro, representante do Movimento de Mulheres Cam-ponesas e representante do Ministério do Desenvolvi-mento Agrário – MDA.

Convido os senhores palestrantes a tomarem assento à mesa. Como não temos tanto espaço, esta-mos usando o espaço da bancada. Pedimos desculpas pela limitação de espaço e os convidamos a tomarem assento para darmos início à reunião. (Pausa.)

Informo aos Srs. Parlamentares que os exposi-tores terão prazo de 15 minutos, prorrogáveis a juízo da Mesa, não podendo ser aparteados. Os Parlamen-tares inscritos para interpelar os expositores poderão fazê-lo estritamente sobre o assunto da exposição pelo prazo de 3 minutos, tendo o interpelado igual tempo

para responder, facultadas a réplica e a tréplica, pelo mesmo prazo, vedado ao orador interpelar qualquer um dos senhores presentes.

Passo a palavra ao Sr. Leontino Rezende Tavei-ra, que disporá de 15 minutos para fazer a sua expo-sição.

O SR. LEONTINO REZENDE TAVEIRA – Bom dia a todos. Obrigado pelo convite.

(Segue-se exibição de imagens.)

Trago ao senhores alguns aspectos discutidos no âmbito do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sobre agrobiodiversidade e direitos dos agricultores. Cabe lembrar que a cesta alimentar da população brasileira e da população mundial é cada vez menor, composta cada vez de menos cultivos. En-tre a enormidade de espécies conhecidas poucas são comestíveis, poucas são cultivadas e, menos ainda, poucas são concentradas em termos de cultivo. Res-pondem pela maior parte das calorias consumidas diariamente apenas 3 espécies, notadamente o arroz, o milho e o trigo, o que se caracteriza como um risco à segurança alimentar.

Trago aos senhores a mudança de paradigma. Os recursos genéticos já não são mais patrimônio da humanidade. Os recursos genéticos são considerados recursos dos Estados nacionais soberanos, desde a promulgação da Convenção sobre Diversidade Bioló-gica. Então, tivemos toda uma adequação do trabalho desenvolvido no âmbito mundial sobre a agricultura e a alimentação a esse novo conceito.

A Convenção sobre Diversidade Biológica reco-nheceu que a agricultura tem necessidades especiais, e os recursos genéticos utilizados em agricultura e ali-mentação não devem ser generalizados em um mesmo cesto que recursos genéticos utilizados para o desen-volvimento de fármacos e cosméticos, por exemplo.

A partir desse reconhecimento de que a agricul-tura tem características peculiares e que, em função dessas características peculiares, necessita de solu-ções distintas, a Convenção sobre Diversidade Bio-lógica determinou que a FAO promovesse os ajustes necessários em todo o seu trabalho para contemplar não só esse direito soberano dos países sobre os seus recursos genéticos, mas que pudesse tratar adequada-mente os recursos que são objetivamente usados em agricultura e alimentação. A partir daí, desenvolveu-se o Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para Agricultura e Alimentação, que é também lei em nosso País.

Em paralelo a isso, soma-se a aprovação do acordo sobre direitos de propriedade intelectual re-lacionados ao comércio, o acordo ADIPIC ou TRIPS.

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Em paralelo, também, vieram as leis que internalizam a Convenção sobre Diversidade Biológica, em especial o aspecto de acesso e repartição de benefícios – no Brasil, o primeiro projeto de lei, em 1995, e a medida provisória, no ano de 2000, reeditada 16 vezes, até o seu congelamento, em 2001.

Alguns aspectos discutidos em termos de recursos genéticos no âmbito do Ministério da Agricultura.

As sementes são vistas como o melhor veículo tecnológico. Todo material de propagação é visto como o melhor veículo tecnológico, um pequeno envoltório para uma grande quantidade de tecnologias, e não só sementes, mas material de multiplicação, também, ani-mal, raças, linhagens, microorganismos melhorados.

Por si só, a disponibilização aos agricultores de materiais melhorados constitui uma importante forma de repartição de benefícios, na medida em que se faz necessário menor despejo de pesticidas, menor utili-zação de insumos externos, para a mesma produção, a partir de simples sementes.

Entretanto, existe a necessidade de contínuo me-lhoramento genético. Basta relembrar aos senhores o caso da ferrugem asiática da soja, que, a partir do ano 2000, 2002, demandou dos agricultores um aumento na carga de fungicidas aportados às culturas para a proteção dos cultivos. Esse aumento do aporte de fun-gicidas tanto reduziu a margem da operação agríco-la quanto aumentou a pressão ambiental do sistema produtivo. É a partir daí que nós entendemos que o melhoramento genético precisa ter continuidade; não pode sofrer interrupções e precisa ter respeitadas as suas características especiais.

Entre aquelas espécies que os senhores certa-mente tiveram no café da manhã de hoje e certamen-te terão no almoço, praticamente nenhuma é nativa do Brasil. Entre os 20 principais cultivos alimentares, apenas 2 são originários também no Brasil, não ex-clusivamente do Brasil. Falamos da mandioca e do amendoim. Os 18 demais cultivos têm centro de origem em outras regiões do mundo. Mas não se preocupem. Aqueles cidadãos de outras regiões do mundo também dependem de cultivos que são originados em outros locais, ou seja, é um conceito de interdependência. Não há país que seja 100% soberano sobre os seus recursos genéticos.

A Comissão de Recursos Genéticos da FAO aprovou um trabalho, Background Study Paper nº 7, no qual coloca o Brasil com um nível de dependência de recursos genéticos externos da ordem de 85%. Países com elevado nível de soberania dependem, também, em pelo menos 60%, de recursos genéticos vindos de outras partes do mundo.

Focamos também, na diversificação de cultivos e na ampliação da sua base genética, a ampliação da base genética para que os cultivos sejam tolerantes às novas pragas, doenças, que porventura vierem ao nosso País, aos nossos campos. Também focamos na diversificação desses cultivos, uma vez que já foi demonstrado aos senhores que nós dependemos de poucas espécies para a nossa alimentação.

O Ministério da Agricultura, em especial a partir dos esforços realizados pela CEPLAC e EMBRAPA, em coordenação com diversos parceiros em âmbito de universidades, organizações estaduais de pesquisa agropecuária e outros Ministérios, tem realizado uma série de esforços para coleta, conservação, caracte-rização e o melhoramento genético desses acessos, que são fundamentais para que nós possamos tanto diversificar acessos de cultivos quanto ampliar a base genética dos cultivos.

O último estudo que o Ministério da Agricultura realizou no ano de 2003 demonstrava que as 150 cul-tivares mais utilizadas da espécie de soja têm um grau de aparentamento tão grande que tornava vulnerável a cultura a uma série de enfermidades, como foi mencio-nado anteriormente, o caso da ferrugem asiática.

O Ministério atua também na promoção de ações de organização da base produtiva. Ações de associati-vismo e cooperativismo para que os agricultores pos-sam coletivamente aumentar o seu poder de barganha, desenvolver marcas coletivas e, assim, explorar novos nichos de mercado.

Indicações geográficas, aumentando o poder de acesso a mercados.

Produção orgânica e produção integrada são tecnologias que o Ministério divulga e considera como parte fundamental na promoção do uso sustentável dos recursos genéticos. Tudo isso num contexto de certificação, num contexto de qualidade, num contexto de competitividade, assim como é feito nos principais mercados produtores e consumidores de produtos agropecuários.

Um aspecto de importância, e nos cabe aqui mencionar, são as questões relacionadas à regula-ção ao acesso à biodiversidade. A partir do momento em que se determinou que os recursos genéticos são bens dos Estados nacionais soberanos, que podem usar, fruir e deles dispor, estabeleceu-se uma série de normas que buscam regular a pesquisa e o acesso a esses recurso genéticos. Nós temos hoje o contexto de vigência da Medida Provisória nº 2.186, congelada na sua 16ª reedição no ano de 2001. Segue vigente, portanto. Nela os melhoristas de plantas devem, para fazer melhoramento de espécies nativas, buscar a au-torização de um colegiado sob a égide do Ministério do

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Meio Ambiente, notadamente o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético.

Não há melhorista de planta, de espécie nativa, que esteja legalmente operando sem que haja a autori-zação do colegiado ambiental situado no Ministério do Meio Ambiente, o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético, em que, inclusive, o Ministério da Agricultura atua como membro.

Nesse sentido, o Ministério da Agricultura entende que é importante resguardar as necessidades espe-ciais da agricultura, o melhoramento de plantas e de animais, e propôs um anteprojeto para simplificação do rito burocrático até a concessão de autorização para realização de pesquisas com melhoramento genéti-co, portanto, que acessa esses recursos genéticos da biodiversidade nativa, notadamente as fruteiras pouco melhoradas, ainda em nosso modo de ver.

Propusemos, inclusive, um mecanismo de re-partição de benefícios monetários, ou seja, similar ao que é feito no tratado da FAO. Sempre que houver restrição por direito de propriedade intelectual à livre utilização de uma nova variedade, seria então repar-tido o benefício monetário para um fundo. Eliminam-se, assim, discussões sobre titularidade: de quem é o recurso genético que ocorre naturalmente num país e também em outro? Porque os recursos genéticos não respeitam as fronteiras políticas.

Buscamos a desburocratização e o alinhamento com as boas práticas em melhoramento genético. O melhoramento genético não pode esperar 2 anos, até o desenvolvimento de uma norma, para que se possa intercambiar a fonte de resistência a uma nova praga ou doença. Nesse meio tempo, certamente, milhões de litros de pesticidas serão despejados no meio ambien-te desnecessariamente, enquanto a genética poderia ter evitado tanto o desperdício de recursos financeiros quanto a sobrecarga ambiental decorrentes.

Este anteprojeto de lei tem por racional o incen-tivo a pesquisas com espécies nativas, com foco em certificação atribuída àqueles que participarem efeti-vamente desse sistema, com o nível de informação adequado.

Desoneração tributária é uma possibilidade que o Ministério considera a ser discutida com as áreas eco-nômicas do Governo, e não tributação. Consideramos que não é cabível tributar a pesquisa com espécies nativas, porque isso não é incentivo.

Contribuição sobre Intervenção de Domínio Eco-nômico não é uma forma de incentivo; tributar a pesqui-sa com espécies nativas não promove incentivo à sua pesquisa. Isso tudo dentro do contexto de reconheci-mento dessas características especiais que a agricultu-ra tem, a dependência de intercâmbio que temos para

com outros países. Então, não é possível estabelecer requisito burocrático que não seja compatível com o intercâmbio atual de recursos genéticos, como é feito entre melhoristas de plantas.

Deve-se tomar cuidado também nas discussões sobre soberania dos Estados, sobre seus recursos genéticos. O que é cultivado no Brasil é cultivado em diversos países do mundo. São poucas as espécies. Quando nós falamos da seringueira, e hoje cultivamos clones importados da Malásia, seria a seringueira um recurso genético da Malásia, porque os seus agricul-tores também trabalharam essas espécies e hoje nos vendem os clones, que cultivamos?

Inversão do ônus da prova é um elemento que surgiu em um anteprojeto de lei sobre o mesmo tema, não de autoria do Ministério da Agricultura, certamente útil para a defesa de populações com menor capacida-de de defesa própria, mas que pode distrair os melho-ristas de plantas em função da quantidade de tempo necessária para a defesa de denúncias que venham a ser apresentadas sobre o uso indevido de recursos genéticos. O impacto econômico é óbvio: 1% de repar-tição de benefícios sobre os 23 bilhões de dólares de exportações de soja são 230 milhões de dólares. Quem paga essa conta? Nós esperamos que não sejam os agricultores. A margem já é pequena o suficiente para desestimulá-los, a ponto de repartir benefícios sim-plesmente pagando um percentual. Nós entendemos que a repartição de benefícios vem da simples dispo-nibilização das variedade melhoradas, não cabendo a imposição de nova taxa dessa magnitude.

Pela Internet é possível trocar músicas; é pos-sível trocar todo o código genético de uma espécie. Regulações de uso ao acesso aos recursos genéticos devem levar em consideração que os recursos gené-ticos podem fluir também conforme os ditames da so-ciedade do conhecimento, dessa nova economia do conhecimento, e, assim, fluir pela Internet, enquanto nós buscamos alocar os parcos recursos de fiscaliza-ção em medidas de fronteira pouco eficazes à luz da tecnologia moderna.

Sobre cultivares também, nós entendemos que existe um papel relevante, conforme foi estabelecido pelo Governo. Existe menor aporte de recursos pú-blicos no melhoramento genético; entendeu-se que o setor privado deve assumir um papel também nesse melhoramento genético. A Lei de Cultivares é um me-canismo útil, nesse sentido. O pagamento de royalties é único. Adquire-se a semente uma vez -- comprou-se a semente legalmente, extinguiu-se o direito do ob-tentor. Isso perpassa a nova proposta, o anteprojeto de lei apresentado pelo Ministério da Agricultura, em que buscamos restringir que se paguem royalties. Nós

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buscamos restringir a pirataria. Pagariam royalties, portanto, 10% de todos os estabelecimentos rurais, ou seja, 90% dos estabelecimentos rurais ficariam isen-tos, pelo limite de corte do PRONAF somado com os demais aspectos constantes no anteprojeto de lei do Ministério da Agricultura.

É pouco o tempo para que possamos discorrer sobre esses elementos, mas o que nós discutimos, com mais de 10 instituições do Governo Federal, in-cluindo os diversos Ministérios interessados, na Casa Civil, seria simplesmente combater a pirataria. Aque-le que produz tantas sementes que extrapola a sua capacidade própria de cultivo, e visa, dessa forma, obter lucro sobre o melhoramento genético realizado por alguém que teve esse direitos exclusivos garanti-dos, essa pessoa deve ser enquadrada como fora do sistema formal de produção de semente, e, portanto, deve ser autuada.

É importante destacar que há no Brasil hoje 24 mil variedades habilitadas ao comércio, das quais 5% apenas são protegidas pelo direito de propriedade in-telectual relacionada com a Lei de Proteção de Cultiva-res. Aqueles que desejarem cultivar, produzir e vender livremente sementes de variedades outras das 95% habilitadas ao comércio e não protegidas por direito de propriedade intelectual, estão livres para fazê-lo. Essas sementes estão em domínio público. Trata-se de um conjunto, portanto, superior a 22 mil varieda-des de plantas, considerando um universo de 1.200 variedades protegidas, essas que têm investimentos privados e que buscaram, assim, assegurar o retorno da sua pesquisa.

Concluindo, a Lei de Sementes e Mudas busca organizar um sistema nacional de produção de se-mentes e mudas. O Ministério da Agricultura tem a atribuição institucional de zelar pela identidade e qua-lidade do material de propagação, é o insumo básico, é onde o Ministério vislumbra, num futuro próximo, estará contido todo o pacote tecnológico necessário para o cultivo. Pela aquisição de sementes será pos-sível, então, a realização de cultivo sadio, produtivo, de baixo impacto ambiental e com rentabilidade sufi-ciente para a manutenção do agricultor no campo e na operação agrícola.

Dentro desse contexto da Lei de Sementes nº 10.711, de 2003, as sementes tradicionais, aquelas com alta variabilidade genética, são legais, estão ti-pificadas como legais e estão isentas de inscrição e, portanto, de seguir todo o rito administrativo para sua habilitação ao comércio.

O que o Ministério foca, e não foi previsto na lei, é a comercialização dessas sementes sem registros entre unidades da federação, países onde a agricultura

é mais desenvolvida que no Brasil, onde os mercados são mais exigentes, onde o Brasil se espelha em com-petitividade e tecnologia, tem dispositivos similares. A produção de sementes locais, a produção de sementes com alta diversidade, tem aspectos a serem observa-dos quanto ao seu raio de comercialização, para que essas sementes tenham sempre garantia de qualidade, de identidade e, portanto, ou se inserem num contexto formal de competitividade, de concorrência normal, ou elas têm um contexto de certificação próprio, específico para utilização em contexto determinado.

Finalmente, essa discussão é importante para que se possa considerar aonde se deseja levar a agricul-tura brasileira. A agricultura brasileira comporta todas as formas de utilização de variedades, desde aque-las no topo da pirâmide, com alto grau de tecnologia, com direitos de propriedade intelectual associado, até aquelas mais próximas à base da pirâmide com alta variabilidade e que se destinam a conceitos específi-cos de cultivo.

Fica na mão dos senhores, então, a avaliação do foco a ser dado à agricultura brasileira, em especial, o seu elemento de sementes como pacote tecnológico.

Obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro)

– Agradecemos ao Dr. Leontino a participação.Passamos a palavra ao Assessor Técnico da Ge-

rência de Recursos Genéticos do Ministério do Meio Ambiente, Dr. Luiz Carlos, por 15 minutos.

O SR. LUIZ CARLOS BALCEWICZ – Bom dia a todos.

Inicialmente, felicito o Deputado Nazareno pela iniciativa e agradeço o convite e a oportunidade para falar sobre tão importante tema.

Rapidamente, faremos uma pequena abordagem sobre a questão da CDB e o próprio tratado interna-cional sobre recursos fitogenéticos para a alimentação e agricultura, da FAO, e os compromissos que esses tratados trazem no âmbito do Estado brasileiro.

Falarei rapidamente sobre a relação da agrobio-diversidade com a segurança e soberania alimentar e a importância de se conservar os recursos genéticos on farm, nas propriedades, porque, afinal, lá que é a base de todo o melhoramento genético.

Também comentaremos rapidamente sobre as atividades desenvolvidas no âmbito dessa temática no programa de conservação e manejo e uso sus-tentável da agrobiodiversidade que consta no PPA de 2008/2011.

(Segue-se exibição de imagens.)Inicialmente, é importante destacar 2 grandes

paradoxos que vivemos no Brasil: um deles é a grande dependência de recursos exóticos e, o outro, é que as

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áreas de grande biodiversidade, onde existem muito conhecimento tradicional concentrado, são áreas de baixo índice de desenvolvimento humano. Disso talvez possamos começar a deduzir que uma possibilidade é que os nossos recursos genéticos não foram e não estão sendo devidamente pesquisados, porque, se por um lado existem países e pesquisadores que vêm ao Brasil, e muitas vezes tentam fazer biopirataria, por outro, muitas espécies estão sendo introduzidas em nosso País.

Um exemplo que me vem rapidamente à cabeça é a acerola, que conta com um pacote tecnológico de produção, ao passo que temos o camu-camu e a pró-pria pitanga, com maior teor de vitamina C, mas não têm recebido a devida atenção por parte dos órgãos de pesquisa.

Quem já comeu pitanga procura uma que tenha bastante polpa e não com bastante caroço. Então, onde está a pitanga com bastante polpa que poderia saciar a fome das pessoas e ser plantada como uma espécie de diversificação em sistemas agroflorestais diversificados?

Temos de lembrar também que sistemas de mo-nocultivo trazem uma necessidade de elevada carga de agrotóxicos, porque não existe escape, inimigos naturais e outras plantas que possam absorver ou se-gurar as espécies que parasitam as pragas. Então, é importante lembrarmos e destacar que monocultura, em termos de biodiversidade, é zero. Só alguns insetos que ocasionam danos a essas culturas, porque não existem os seus inimigos naturais, potenciais contro-ladores dessas pragas.

Os 2 tratados internacionais, tanto a Convenção sobre Diversidade Biológica – CDB, quanto o Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para a Ali-mentação e a Agricultura – TIRFA, já comentados aqui, são ratificados pelo País, ou seja, têm força de lei.

A CDB, da qual o Brasil é signatário, é um dos principais instrumentos voltados para a biodiversidade e reconhece que o desenvolvimento econômico e social e erradicação da pobreza nos países em desenvolvimento são prioridades primordiais e absolutas. Desde 1994, quando foi ratificado pelo Brasil, muitas coisas foram construídas. Tivemos grandes avanços, mas também não tão grandes em alguns momentos.

A CDB trabalha em 3 pilares principais: conser-vação dos recursos genéticos; uso sustentável desses recursos, da biodiversidade; e repartição justa dos be-nefícios que essa biodiversidade pode prestar a toda a sociedade.

Agrobiodiversidade, só para conceituar, é a par-cela utilizada da biodiversidade, de interesse agrícola, representada por um conjunto de organismos e ecos-

sistemas que apresentam fortes relações com seres humanos, podendo ser domesticados, semidomestica-dos, cultivados ou manejados pelo homem. Então, a biodiversidade agrícola é a agrobiodiversidade.

Na COP 3, decisão 11, que inclui a agrobiodiver-sidade, houve o reconhecimento de que as comunida-des camponesas tradicionais e suas práticas agrícolas contribuem de maneira significativa para a conservação e o fortalecimento da diversidade biológica e podem aportar importante contribuição para o desenvolvimento e sistemas de produção agrícola ambiental dos países. Reconhece também que o uso inadequado e excessi-va dependência de produtos químicos agrícolas têm produzido importantes efeitos adversos nos sistemas terrestres, incluído no solo, nos organismos costeiros e aquáticos, afetando, assim, a diversidade biológica em distintos ecossistemas.

Isso é grave, porque o Brasil passou a ser o maior consumidor de agrotóxicos do mundo, infelizmente. Recentemente tivemos a inclusão de tecnologias no País, e o grande discurso nesta Casa foi que, com a aprovação desses produtos, poderia ocorrer ou haveria redução de agroquímicos, o que de fato não aconte-ceu. Dessa forma, fomos, vamos dizer assim – não sei o termo –, prejudicados. A sociedade brasileira está sendo prejudicada.

Reafirma os direitos soberanos dos Estados so-bre os seus próprios recursos genéticos, incluindo seus recursos genéticos para alimentação e agricultura.

Em 2001, a FAO aprovou o Tratado Internacional sobre os Recursos Fitogenéticos para Alimentação e Agricultura – TIRFAA, com o objetivo da “conservação e a utilização sustentável dos recursos fitogenéticos para a alimentação e a agricultura e a repartição justa e equitativa” – vejam que bate na mesma questão da CDB – “dos benefícios resultantes da sua utilização, em harmonia com a Convenção sobre a Diversidade Biológica, em prol de uma agricultura sustentável e da segurança alimentar”. Esse tratado foi ratificado pelo Congresso Nacional em 2006 e promulgado em 5 de junho de 2008.

As principais características do TIRFAA: reconhe-ce a enorme contribuição de agricultores de todas as regiões do mundo à diversidade dos cultivos, e, por isso, regulamenta os direitos dos agricultores; reco-nhece e prevê incentivos para manter a conservação on farm, ou seja, nas propriedades, da agrobiodiver-sidade pelos agricultores.

O grande “melhorista” do nosso País sempre fo-ram os agricultores. A melhor semente eles separam para plantar, e sem dependência do meio externo, e produzem hoje 6, 7 mil quilos de milho por hectare, sem utilização de agroquímicos e com baixa dependência

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de adubos químicos. Ou seja, eles têm autonomia na sua propriedade, e isso é importante. Não vou dizer que é só disso que nós vamos conseguir sobreviver, mas isso é muito importante, em termos de segurança e soberania alimentar.

Dando seguimento às características do TIRFAA: estabelece um sistema internacional multilateral para proporcionar o acesso facilitado aos recursos genéticos, especificamente aqueles presentes em uma lista de 44 cultivos e 29 forrageiras; prevê que os usuários de recursos genéticos repartam os benefícios decorrentes da sua utilização no melhoramento genético com as regiões de onde esses recursos são originários, prin-cipalmente com agricultores provenientes dos países megadiversos em desenvolvimento, como é o Brasil.

Com a aprovação da temática da agrobiodiver-sidade no âmbito da CDB e a entrada em vigor do TIRFAA, o próprio Brasil acabou estabelecendo um programa multianual de atividades em matéria de di-versidade biológica agrícola, destinado, em primeiro lugar, a promover os efeitos positivos e mitigar a reper-cussão negativa das práticas agrícolas na diversidade biológica dos agroecossistemas e sua interface com outros ecossistemas; em segundo lugar, a promover a conservação e o uso sustentável dos recursos gené-ticos de valor real ou potencial para a agricultura e a alimentação – aí entra uma iniciativa chamada Plantas para o Futuro —; e em terceiro lugar, a promover a re-partição justa e equitativa dos benefícios derivados do uso dos recursos genéticos, algo que também está em discussão no Brasil, no âmbito da Casa Civil.

Valorização e conservação da biodiversidade.Temos que destacar que essa é uma característica

presente na grande maioria das atividades desenvol-vidas pela agricultura familiar; promove a diversidade de culturas e criações, por meio de produção susten-tável; a sua preocupação básica é com a segurança e soberania alimentar – não há agricultores familiares com dificuldades de alimentação, e sim com fartura em suas propriedades, até em função do seu sistema de produção de muitas espécies; busca a autonomia do agricultor sob vários aspectos; respeita a diversi-dade cultural (festas das localidades, onde os conhe-cimentos são repartidos e onde existem o incentivo e o resgate de muitas práticas das sociedades ou das gerações mais antigas, anteriores; contribui para o re-equilíbrio das condições ambientais; tende a melhorar a infiltração d´água e reduzir as perdas por estiagens; há preocupação constante com a recomposição dos passivos ambientais, tais como a restauração de reser-vas legais e APPs, algo que está sendo muito debatido na atualidade – as pequenas propriedades têm uma preocupação muito grande com essa área, que tratam

como prioridade; busca a manutenção ou recuperação da biodiversidade natural em seus processos produti-vos; tende à reciclagem de nutrientes e à melhoria das condições microclimáticas e ambientais.

Aqui, com base no que o próprio Leontino já des-tacou, vemos um pequeno gráfico que revela a grande dependência de poucas espécies alimentícias. Temos aí que 15 espécies são responsáveis por 80% das nos-sas calorias e proteínas, sendo que 4 espécies (arroz, batata, milho e trigo) são responsáveis por 60% das nossas calorias e proteínas. Isso implica um risco muito grande para a segurança e soberania das populações. Não é boa essa dependência.

É por isso que o Ministério do Meio ambiente, junto com o CONSEA, o MDA, o Ministério da Saúde, o Ministério do Desenvolvimento Social e o próprio Mi-nistério da Agricultura, têm hoje uma preocupação de desenvolver um projeto, uma iniciativa, com apoio do Banco Mundial, para ligar biodiversidade, alimentação e nutrição – BFN.

Um dos grandes objetivos dessa iniciativa é res-gatar muitas espécies que caíram em desuso ou es-tão em extinção. Um exemplo, que ocorre em toda a Região Nordeste e que vem de outros países até São Paulo, é a própria araruta, que deixou de ser comer-cializada, praticamente não existe hoje no mercado, e é uma espécie em extinção. E é um rizoma, um tu-bérculo do qual se pode fazer polvilho e farinha e que, em função de todos os pacotes tecnológicos do trigo, caiu em desuso, o que levou à perda do conhecimento dessa riqueza em termos de alimentação.

Eu cito aqui, nesta imagem, algumas ações que buscam resgatar e promover a agrobiodiversidade, a agroecologia, a conservação e o uso sustentável da biodiversidade e também os direitos dos agricultores. Não vou falar de cada uma delas porque o meu tempo está acabando.

O programa que existe em muitos Ministérios e órgãos envolvidos, fruto de um esforço realizado em 2007 e implementado a partir de 2008, é o Programa nº 1.426 —-Conservação, Manejo e Uso Sustentável da Agrobiodiversidade, no qual constam ações do Ministé-rio do Meio ambiente, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, do Ministério do Desenvolvimento Social, da EMBRAPA e do Ministério da Agricultura.

Eu vou destacar rapidamente algumas ações.Uma ação: assegurar o resgate, a conservação,

o manejo e o uso sustentável dos componentes da agrobiodiversidade – na verdade, este é o objetivo do programa –, visando à soberania e à segurança ali-mentar e nutricional, à geração de trabalho e renda e à retribuição por serviços ambientais, respeitando as especificidades territoriais e culturais. O público bene-

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ficiário são produtores rurais, povos indígenas, comu-nidades tradicionais e locais, agricultores familiares e assentados de reforma agrária.

A Ação nº 8.266 também tem uma vasta finali-dade.

A Ação nº 8.450: fomento às inovações tecno-lógicas, práticas de conservação, uso e manejo da agrobiodiversidade desenvolvidas por agricultores fa-miliares, povos e comunidades tradicionais.

Ação nº 8.920, de fortalecimento e valorização de iniciativas territoriais de manejo e uso sustentável da agrobiodiversidade, também do Ministério do De-senvolvimento Agrário.

A Ação nº 8.983, da EMBRAPA, de pesquisa, acesso e apropriação de tecnologias, visando ao ma-nejo sustentável da agrobiodiversidade com enfoque agroecológico.

E Ação nº 2B61, de identificação e pesquisa de espécies da fauna e flora de importância econômica. Vou dar a esta um pequeno destaque.

Ela trabalha com o diagnóstico da situação de conservação (ex situ, on farm e in situ) de recursos genéticos no País (fauna, flora e microrganismos); com a identificação das espécies da flora brasileira de va-lor econômico, atual e potencial, de uso local e regio-nal (Plantas para o Futuro); e com o mapeamento da distribuição geográfica das variedades crioulas e dos parentes silvestres das principais espécies de plantas cultivadas e avaliação das condições de conservação desses recursos genéticos.

A iniciativa Plantas para o Futuro atua em todas as regiões geográficas com espécies prioritárias: ali-mentícias, aromáticas, fibrosas, forrageiras, gramíneas, leguminosas, madeireiras, medicinais e ornamentais. É uma ação que está, agora, tendo desdobramentos muito favoráveis.

Aqui são 2 capas de um material que está dis-ponível, para quem estiver interessado. O da direita, Espécies Nativas da Flora Brasileira de Valor Econô-mico Atual ou Potencial, na verdade, envolveu pes-quisadores nas várias regiões, de universidades, da EMBRAPA e de outros órgãos de pesquisa estaduais, em que se levantaram várias espécies, assim classi-ficadas, que caíram em desuso, ou não estão sendo fomentadas, ou não estão sendo pesquisadas. A in-tenção dessa iniciativa é mostrar que o Brasil tem um potencial muito maior do que aquilo que encontramos para comer nas gôndolas dos supermercados. A nos-sa riqueza, em termos de alimentação e de potencial, é muito maior.

Um exemplo disso é a goiaba serrana, cultivada em Santa Catarina, riquíssima e muito melhor do que essa que nós consumimos com alta carga de agro-

químicos, porque advém de monocultura. A goiabeira serrana é implementada em sistemas agroflorestais sustentáveis sem utilização de veneno.

Esse slide mostra um pequeno quadro no qual está disponível o número de espécies – o fundo não está ajudando muito – de cada classe, no caso de flo-ra, pesquisada em cada região. E em cada região vai ser divulgado um livro que dará suporte a empresas, a pequenos agricultores e às organizações no sentido de fomentá-las.

Vemos aqui algumas outras ações, a que eu não vou me ater, que trabalham ou vêm corroborar a ques-tão do resgate e da importância da agrobiodiversidade para a segurança e soberania alimentar, que também destacam a necessidade de respeitar os direitos dos agricultores.

Temos aqui algumas recomendações, como que-brar paradigmas e ampliar a base alimentar, o que é básico, é elementar; levar em consideração as recomen-dações dos congressos científicos e das conferências nacionais de alimentação, educação e saúde ambiental – milhares de pessoas e organizações estiveram en-volvidas —; diversificar o consumo de alimentos nutri-tivos, adequados e saudáveis, colorir o prato, como se diz no jargão popular, respeitando as especificidades e culturas locais. Quer dizer, não precisamos levar há-bitos do sul para o norte, e do norte para o sul, e sim incentivar e resgatar os alimentos regionais.

Esse slide mostra um globo no qual vemos as pessoas, a tecnologia, a natureza, os prédios antigos, o artesanato. E tudo isso pode conviver de forma pa-cífica e equilibrada, com inclusão social, geração de emprego e renda, promoção da agroecologia, da agro-biodiversidade, com respeito aos direitos dos agricul-tores que poderiam contribuir para o desenvolvimento sustentável.

Estamos à disposição para fornecer mais infor-mações.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro)

– Agradeço ao Sr. Luiz Carlos a participação.Com a palavra a Dra. Juliana Santilli, da Promo-

toria de Justiça do Paranoá, que solicitou um prazo maior. S.Sa. dispõe de 15 minutos, mas poderá utilizar o prazo que for necessário.

A SRA. JULIANA SANTILLI – Sr. Presidente, antes de mais nada, quero agradecer ao Deputado Nazareno Fonteles o convite para falar sobre agrobio-diversidade e direitos dos agricultores. Na minha apre-sentação, eu vou procurar fazer um panorama geral dessa questão, mostrando como algumas leis agrícolas têm impactado a agrobiodiversidade e os direitos dos

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agricultores, talvez aquilo que seja do interesse mais direto desta Casa.

(Segue-se exibição de imagens.)

Quando falamos em agrobiodiversidade, nós es-tamos falando em um conceito bastante amplo, que muitas vezes é usado com um sentido muito diferente. Nesta apresentação, ao falar em agrobiodiversidade, vou falar a respeito da agrobiodiversidade em 3 ní-veis, não só a diversidade de espécies agrícolas, de variedades agrícolas, como também a diversidade de ecossistemas agrícolas.

E nós estamos falando também de um quarto nível de agrobiodiversidade, que é a diversidade sociocultu-ral que está associada a essa agrobiodiversidade. Por isso é que muitos autores costumam incluir um quarto nível, quando fazem essa definição de agrobiodiver-sidade, para incluir os sistemas socioeconômicos e culturais que geral e constroem a agrobiodiversidade, o que inclui os saberes, inovações, conhecimentos e práticas desenvolvidas pelos agricultores, além de to-dos os processos sociais e culturais que enriquecem e mantêm a agrobiodiversidade.

A diversidade genética, que é manejada pelos agricultores familiares tradicionais, indígenas, é fru-to de um longo e diversificado processo de seleção, melhoramento genético, domesticação e intercâmbio de sementes. E como já foi mencionado aqui, os me-lhoristas de plantas não são apenas os melhoristas de instituições científicas. Toda a diversidade que nós temos é fruto principalmente de um trabalho histórico e milenar dos agricultores de manejar, selecionar e me-lhorar essas espécies agrícolas. E é uma diversidade que se expressa em uma infinidade de cultivares tradi-cionais, crioulas, locais, que são chamadas de formas diferentes, mas que são basicamente variedades adap-tadas às condições socioambientais locais, fruto desse manejo realizado pelos agricultores. Como exemplo, temos a mandioca e outras raízes, e tubérculos, como milho, feijão, fruteiras e outras plantas medicinais, só para citar alguns.

A agrobiodiversidade é essencialmente um pro-duto da intervenção do homem sobre os ecossistemas. Os conhecimentos, as inovações, as práticas de ma-nejo, as técnicas agrícolas são um componente chave da agrobiodiversidade. E foram esses conhecimentos, essas inovações os responsáveis pela enorme diver-sidade de plantas cultivadas e de agroecossistemas que nós temos atualmente. Por isso, como eu já men-cionei, há um quarto nível de variabilidade, que é o dos sistemas socioeconômicos e culturais que geram e constroem a agrobiodiversidade.

Há 3 formas de conservação da agrobiodiversi-dade. Uma delas é a chamada conservação ex situ, ou seja, em que há uma conservação das espécies e variedades fora do ambiente natural em que elas ocorrem, como em bancos de hemoplasma, herbá-rios. Historicamente, no Brasil, tem sido priorizada, principalmente pelas instituições de pesquisa, essa forma de conservação ex situ. Ela é também uma for-ma extremamente importante de conservação, não se discute isso.

Mas recentemente tem-se levado em conta que é importante ampliar as iniciativas também para a conservação in situ das plantas cultivadas – ou seja, naqueles ambientes naturais onde elas se desenvolve-ram – e para aquilo que se chama de conservação on farm, ou conservação no campo, com a participação dos agricultores, em que se busca conservar aquelas espécies e variedades nos próprios ecossistemas agrí-colas, mediante um manejo dinâmico que é realizado pelos próprios agricultores.

Quando se faz uma conservação ex situ, quando se tira aquela espécie ou variedade e a coloca num refrigerador – ou seja, num banco de germoplasma –, aquela espécie na verdade perde a sua capacidade de adaptar-se e evoluir. Ela é isolada daquele contex-to social e cultural no qual ela se desenvolveu. Num contexto como o nosso, de mudanças climáticas, em que é cada vez mais importante assegurar a capaci-dade de adaptação das plantas cultivadas em eventos climáticos extremos e alterações ambientais de toda natureza, nós precisamos questionar um pouco o mo-delo de conservação da agrobiodiversidade apenas em bancos de hemoplasma, ou seja, a conservação ex situ, em que as plantas são congeladas no tempo e no espaço.

Embora eu faça questão de repetir que os ban-cos de hemoplasma são extremamente importantes para os melhoristas – e para toda a sociedade – como uma espécie de backup, é importante pensar que a conservação no campo cumpre, com o envolvimento e a participação dos agricultores, várias outras funções além da conservação em si, como o empoderamento de comunidades locais, a inclusão social, o fortalecimento de sistemas agrícolas locais e a própria manutenção dos agricultores em suas terras. Quando se envolvem as comunidades de agricultores na conservação e no manejo dessas plantas cultivadas, há outras finalida-des sociais que são atingidas também.

Já foi dito aqui, mas é sempre bom reforçar, que a agrobiodiversidade está diretamente relacionada com a segurança alimentar, nutrição, saúde e sustentabilida-de ambiental das mais diferentes formas. E que, num contexto, como eu mencionei, a agrobiodiversidade

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vai ser essencial para que o País possa fazer face aos desafios impostos pelas mudanças climáticas.

A agricultura é obviamente uma atividade muito afetada pelas mudanças do clima, porque depende dire-tamente de condições de temperatura, de precipitação, e evidentemente é muito impactada pelas mudanças climáticas. E é a diversidade que permite que as espé-cies, variedades e agroecossistemas adaptem-se às mudanças ambientais. Ou seja, cresce ainda mais a importância de se conservarem essas espécies in situ, ou seja, os parentes silvestres das plantas cultivadas, e on farm, ou seja, de forma que os agroecossistemas e a plantas cultivadas preservem a sua capacidade de adaptar-se a essas mudanças ambientais.

O sistema jurídico brasileiro produz impacto so-bre a agrobiodiversidade das mais diferentes formas. Há várias leis que impactam a agrobiodiversidade de alguma forma. Nós poderíamos mencionar a Lei de Sementes, uma lei que, embora crie algumas exce-ções para sementes locais e tradicionais – que são conhecidas também como as sementes da biodiversi-dade, ou as sementes da paixão, que são variedades desenvolvidas ou adaptadas e produzidas por esses agricultores locais e mantidas pelos sistemas agrícolas locais –, é essencialmente dirigida ao sistema formal. E acaba subestimando um pouco os sistemas locais e práticas como o intercâmbio de sementes, que são extremamente importantes para a conservação da agrobiodiversidade.

E é importante pensarmos que no Brasil muitas das espécies fundamentais para a alimentação do bra-sileiro são produzidas principalmente a partir de se-mentes desenvolvidas por aquilo que se convencionou chamar de sistema informal. Eu não gosto muito dessa palavra, porque traduz uma ideia um pouco depreciativa. Na verdade esses sistemas, que eu prefiro chamar de sistemas locais de sementes, são responsáveis pelo abastecimento de sementes para muitas espécies de importância fundamental para a alimentação dos brasileiros, como mandioca, feijão, milho, arroz, e que dependem de um fornecimento de sementes através dos sistemas locais de sementes.

A Lei de Proteção de Cultivares brasileira, que está em vigor, estabelece os direitos de propriedade intelectual em relação às variedades de planta. Ela exige requisitos específicos e estabelece uma exce-ção muito importante, que é o direito do agricultor de reservar e plantar sementes para uso próprio. É uma prática tradicional, comum não apenas nos países do sul em desenvolvimento, mas também em muitos paí-ses do norte, e que precisa ser mantida se se pretende pensar na conservação e na utilização sustentável da agrobiodiversidade.

Essa lei assegura ainda o direito do pequeno rural de multiplicar sementes para doação ou troca, uma prática também extremamente importante para conservação da agrobiodiversidade.

Mais recentemente, o Brasil ratificou o Trata-do Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e a Agricultura. Já foi ratificado pelo Congresso Nacional e promulgado por decreto presi-dencial. Trata-se, portanto, de um tratado plenamente incorporado ao sistema jurídico brasileiro.

É muito comum fazer referência ao sistema mul-tilateral de acesso e repartição de benefícios do tra-tado, que é muito importante, sem dúvida alguma, mas há outros aspectos do tratado que precisam ser enfatizados.

É o primeiro instrumento internacional vinculante que reconhece os direitos dos agricultores – nós va-mos falar um pouco disso –, reconhece o papel dos agricultores na conservação da agrobiodiversidade e obriga todos os países signatários, como o Brasil, a adotarem ações políticas e programas de apoio à conservação on farm, ou seja, não à conservação nos bancos de hemoplasma, mas à conservação no cam-po, com a participação e o envolvimento dos próprios agricultores.

Esse tratado – embora ele deixe a cargo de cada país implementar o seu art. 9º, que o é principal artigo que trata dos direitos dos agricultores – reconhece os direitos dos agricultores à proteção do seu conhecimen-to tradicional; o direito de participar de forma equitativa na repartição dos benefícios; de participar na tomada de decisões sobre políticas que eventualmente im-pactem a agrobiodiversidade. Ou seja, os agricultores são atores-chave nesse processo. E também, ainda que de forma menos direta, reconhece os direitos dos agricultores de guardar, usar, trocar e vender semen-tes conservadas em suas terras, segundo disposto na legislação nacional.

Como já mencionei, o tratado estabelece essas diretrizes em relação aos direitos dos agricultores e permite que cada país implemente uma legislação própria em relação aos direitos dos agricultores.

Enfim, os direitos dos agricultores são compo-nentes-chave de qualquer política de conservação e manejo da agrobiodiversidade. Não há que se falar em agrobiodiversidade sem uma tutela efetiva aos direitos dos agricultores e sem que seja assegurado a esses agricultores o direito de manter certas práticas essen-ciais para a agrobiodiversidade.

Tramitam aqui no Congresso Nacional alguns projetos de lei – para os quais eu gostaria de chamar atenção dos senhores – que correm risco de ameaçar a agrobiodiversidade e de ir contra as próprias obriga-

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ções internacionais assumidas pelo Brasil no âmbito desse tratado.

Então eu queria destacar que, por exemplo, há alguns projetos de lei em tramitação que pretendem adaptar a tal Lei de Proteção de Cultivares à ata de 1991 da Convenção da UPOV, que é a Convenção da União para Proteção das Obtenções Vegetais.

Essa ata de 1991 – aliás, pouquíssimos países ricos em agrobiodiversidade já adotaram essa ata de 1991, principalmente os países do norte – vai permitir o estabelecimento de uma série de restrições aos di-reitos dos agricultores de uso próprio das sementes. Ela estabelece que o país passe... Atualmente a Lei de Proteção de Cultivares brasileira se baseia na ata de 1978 da Convenção da UPOV. Embora ela não men-cione explicitamente o direito dos agricultores ao uso próprio das sementes, há uma interpretação consen-sual de que o fato de ela não fazer referência a isso significa que os países podem criar.

A ata de 1991 prevê também que os países po-dem estabelecer exceções a esses direitos. Mas ela tem uma redação um pouco ambígua no sentido de que os países podem estabelecer uma série de limitações ao exercício do direito ao uso próprio de sementes, o que nos preocupa. Caso o Brasil resolva aderir a essa ata da UPOV, de 1991, algumas práticas locais, como intercâmbio de sementes por meio de redes sociais e segundo normas locais, podem ser enormemente restringidas.

Além disso, entendo que, tendo em vista que o Brasil acaba de ratificar e aprovar o tratado da FAO que estabelece os direitos dos agricultores, qualquer alteração na Lei de Proteção de Cultivares só pode ser considerada depois de implementados os direitos dos agricultores previstos em tratado internacional.

Além disso, tramita também um projeto de lei que causa muita preocupação do ponto de vista da biosse-gurança, segurança alimentar e do ponto de vista da agrobiodiversidade. O projeto quer alterar a lei de bios-segurança para permitir a pesquisa, o patenteamento ou qualquer atividade que não seja a comercialização de sementes que contenham tecnologias genéticas de restrição de uso, que, como os senhores sabem, são tecnologias que permitem a produção de sementes estéreis e que têm um efeito extremamente perverso sobre os sistemas agrícolas locais, sobre a biodiver-sidade e sobre a segurança alimentar.

Gostaria de apresentar algumas propostas para serem consideradas por esta Casa como medidas, ini-ciativas que poderiam favorecer a agrobiodiversidade. Primeiro, a criação de uma categoria de área protegida especificamente voltada para a agrobiodiversidade, com a participação dos agricultores. Atualmente nós

temos um Sistema Nacional de Unidades de Conser-vação da Natureza conhecido como SNUC, estabe-lecido pela Lei nº 9.985, que cria parques nacionais, estações ecológicas, reservas extrativistas, mas não tem nenhuma categoria especificamente voltada para a agrobiodiversidade. A criação de uma categoria de unidade de conservação especialmente voltada para a conservação e utilização sustentável da agrobiodi-versidade seria extremamente interessante para dar maior visibilidade ao componente cultivado da biodi-versidade.

Há uma tendência das políticas públicas e até mesmo dos próprios militantes do movimento ambienta-lista a enfatizar muito a biodiversidade silvestre, plantas e animais silvestres, e às vezes a agrobiodiversidade fica um pouco deixada de lado. Proteger variedades de arroz, feijão, milho, agroecossistemas é tão importante quanto proteger plantas e animais silvestres.

Segunda proposta: implementação dos direitos dos agricultores de guardar, usar, trocar e vender as suas sementes em contextos locais. Eu acho que a Convenção sobre Diversidade Biológica, ao prever con-tratos bilaterais – e é necessário identificar provedores e usuários –, cria um sistema de dificílima aplicação dos recursos fitogenéticos para alimentação e agricul-tura. Há que se pensar em mecanismos mais coletivos, como fundos, mas eles devem contar sempre com a participação dessas comunidades locais e reverter para a conservação da agrobiodiversidade.

Terceira sugestão: participação na repartição dos benefícios e participação em processos decisórios. Os agricultores familiares participam atualmente das comissões de sementes e mudas, mas é importante ampliar a sua participação, inclusive nas instâncias responsáveis por decisões relativas às normas sobre registro, certificação, produção de sementes.

Como eu disse, há que se pensar em formas. Muitas vezes, é extremamente complicado e até mes-mo sem sentido procurar identificar quem é o dono dessa cultivar, dessa semente. Isso não faz sentido do ponto de vista da agrobiodiversidade, porque são sementes compartilhadas, intercambiadas, de acor-do com redes sociais. Há que se prever mecanismos para que os agricultores, que são responsáveis pela conservação e pelo manejo, possam beneficiar-se de alguma forma.

Uma proposta que eu levanto para discussão é a destinação de um percentual sobre a venda de se-mentes a um fundo nacional de repartição de benefí-cios gerido com a participação de representantes de agricultores familiares tradicionais e agroecológicos, destinado a apoiar programas para a conservação on farm da agrobiodiversidade e para a implementação

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dos direitos dos agricultores. Ou seja, defendo formas de repartição de benefícios que não sejam diretas, por meio de contratos bilaterais, mas formas como a cria-ção de fundos de repartição de benefício, políticas de fortalecimento e valorização dos sistemas agrícolas locais, fortalecimento do ponto de vista legal do direi-to dos agricultores de guardarem as suas sementes para utilização nas safras seguintes, principalmente quando se trata de espécies destinadas à alimenta-ção humana e que são importantes para a segurança e soberania alimentar.

Muito obrigada a todos pela atenção.O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro)

– Agradecemos a participação à Dra. Juliana.Passamos a palavra à Dra. Larissa Packer para

sua apresentação, por 15 minutos, por gentileza.A SRA. LARISSA PACKER – Bom dia. Meu

nome é Larissa Packer. Sou advogada da Terra de Di-reitos, uma organização de direitos humanos. Estou aqui representando a ANA – Articulação Nacional de Agroecologia, e não a Agência Nacional de Águas. Ge-ralmente as pessoas identificam ANA com a Agência Nacional de Águas.

A Articulação Nacional de Agroecologia é compos-ta por diversos movimentos e organizações dedicadas ao incentivo da produção agroecológica no País.

(Segue-se exibição de imagens.)

Começo a apresentação com 2 frases, uma bem atual, do Secretário da Convenção sobre Diversidade Biológica, que indica o grau de perda da diversidade biológica no mundo atual. Ele afirma: “Estamos per-dendo essa biodiversidade a uma taxa mil vezes maior do que a taxa normal na história da Terra(...). Então, de acordo com as previsões dos cientistas, até 2030 poderemos estar com 75% das espécies animais e ve-getais ameaçadas de extinção. Hoje esse número é de 36%.” Essa é uma frase do começo de 2010.

Ao mesmo tempo, o BIRD, em 1999, deu a se-guinte declaração: “Biotecnologias sem biodiversidade são mera especulação acadêmica.”

O marco jurídico internacional dos direitos dos agricultores e das comunidades locais tradicionais, que têm seu conhecimento associado à preservação da biodiversidade e da agrobiodiversidade, foi cons-truído principalmente no marco jurídico que se coloca frente à apropriação privada da agrobiodiversidade e da biodiversidade. A afirmação do uso próprio da se-mente e da possibilidade de conservação on farm da agrobiodiversidade vem sendo colocada principalmente contra determinadas formas de controle das semen-tes, principalmente a partir da década de 1960, com a revolução verde.

Então, inicio os slides chamando a atenção para determinadas formas de controle que se aprofundam a partir da década de 1960 e muito mais com o que eles chamam de revolução branca ou inserção da transge-nia no Brasil, que acompanha determinado pacote, não só tecnológico, mas legislativo de apropriação privada sobre formas de vida, como são as sementes.

Os tipos de controle que enumero aqui são: con-trole biológico, controle legal, controle comercial da ca-deia produtiva e do mercado de sementes, que fazem parte da agrobiodiversidade hoje. O controle biológico pode ser identificado como, por exemplo, a criação da hibridização ou dos híbridos, em que temos uma alta produtividade na primeira safra, e essa produtividade cai cerca de 30% a 50% na safra seguinte, o que im-pede ou pelo menos desestimula muito os agricultores ao uso próprio de sementes, o que obriga os agricul-tores a, toda safra ou todo ano, comprarem sementes nas cooperativas.

Essas sementes híbridas são submetidas a algu-mas legislações. Então aqui vem o controle legal des-sas sementes. Além do híbrido, o que a Sra. Juliana Santilli apontou ali agora, existe a tecnologia Termina-tor como outro tipo de controle biológico da semente. Ou seja, a semente nasce estéril, então o agricultor não mais estaria reservando a semente para a safra seguinte, porque ela já nasce estéril. São formas de controle da semente ou da semente como meio de produção. A semente, ao mesmo tempo em que é produto, matéria-prima, alimento, é um meio de produ-ção, o que é uma condição terrível para as empresas de biotecnologia, que necessitam de um determinado controle da propriedade das invenções ou das novas obtenções vegetais.

Uma das formas de controle biológico que apon-tamos aqui é a hibridização e essa nova tecnologia Terminator, que tem uma moratória de cerca de 190 países. Não sei quantos países aderiram à moratória, mas a CDB tem uma moratória em torno dessa tec-nologia.

A forma de controle legal são as leis de proprie-dade intelectual, que envolvem entre outras coisas as patentes. As patentes são mecanismos construídos desde 1880, mais ou menos, sobre invenções indus-triais e invenções artísticas. Essas patentes, nos Es-tados Unidos e depois no mundo inteiro, passaram a ser utilizadas também em alguns países para formas de vida – não no Brasil, onde esse patenteamento se-ria proibido, exceto, pelo art. 18 da Lei de Propriedade Industrial, a microorganismos transgênicos, e pela Lei de Proteção de Cultivares. São as 2 legislações des-tinadas ao controle legal das sementes.

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A Sras. Silvia Ribeiro aponta que, no ano 2000, 74% das patentes agrobiotecnológicas pertenciam a 6 gigantes tecnológicos, nós vamos mostrar daqui a pouco quem são. E o controle comercial também é apontado pelo ETC Group, com as fusões e aquisições das sementeiras no Brasil – não só no Brasil, mas no mundo inteiro.

No início dos anos 80, as empresas sementeiras em sua maioria pertenciam a empresas familiares. Elas não chegavam a dominar 1% do mercado mundial. Com as aquisições dessas indústrias pela indústria quími-ca, que passa a vender o pacote tecnológico, que é o pacote da semente, principalmente híbrida com os quí-micos, os agrotóxicos, esse cenário hoje coloca as 10 maiores empresas de sementes do mundo controlando mais de um terço do comércio mundial de sementes e 90% do mercado mundial de agroquímicos. Então aqui vemos as 3 formas identificadas do controle do mercado de sementes.

Esse é um mapa que o Prof. Phil Howard, da Universidade da Califórnia, fez no final de 2008, que foi publicado em 2009. É um gráfico que mostra, nos pontos azuis, as empresas de sementes que vão sen-do adquiridas pelas empresas de agroquímicos. As bolas vermelhas são o grau de concentração dessas empresas, de fusões e de concentração do mercado por outras empresas. Ali nós vemos o surgimento, no segundo slide, de algumas das grandes empresas liga-das à biotecnologia. Hoje em dia, o gráfico ficaria mais ou menos assim. Está disponível nesse site, se alguém quiser observar esse estudo do Prof. Howard.

Empresas como a Agroeste, por exemplo, e outra empresa de Minas Gerais, foram adquiridas recente-mente. A Agroeste, pela Monsanto, e essa última de Mi-nas Gerais pela DuPont. As últimas 2 grandes empresas sementeiras de milho no Brasil foram adquiridas pela DuPont e pela Monsanto. Hoje, empresas importantes de autonomia de produção de milho, de variedades de milho, nós não temos mais, estão nas mãos dessas grandes empresas, por aquelas 3 estruturas identifi-cadas de controle do mercado de sementes.

Esse é um gráfico formulado também recente-mente pelo Prof. Victor Pelaez. São 6 grandes identifi-cadas: Monsanto, com várias sementeiras adquiridas no mundo inteiro, Bayer, Syngenta, DuPont, BASF e Dow. E ali a indústria farmacêutica também se apre-senta com AstraZeneca e Novartis. Esse é hoje mais ou menos o cenário de controle das sementes, ou seja, de parte da agrobiodiversidade. Esse gráfico foi do Prof. Victor Pelaez.

Quais os acordos internacionais de propriedade intelectual sobre o melhoramento genético que, no âmbito internacional, contribuíram para esse cenário

de controle, monopolização ou até transnacionalização das nossas empresas nacionais?

Nós tivemos a Rodada Uruguai, em 1994, que se concluiu com a formulação da OMC. Todos os paí-ses que entram na OMC estão obrigados a assinar o TRIPS, que é o tratado internacional de comércio re-lacionado à propriedade intelectual. Esse é um tratado ao qual todos os países partes da OMC, para entrarem na OMC, tiveram que aderir.

O Brasil aderiu, vários países aderiram, o que fez com que muitas legislações nacionais passassem a prever formas de controle privado sobre formas de vida. Então, o TRIPS possibilita não só o patenteamen-to de inovações ligadas à indústria e ligadas ao meio artístico, mas o patenteamento de qualquer produto ou processo do setor tecnológico, inclusive medica-mentos e alimentos.

Antes disso, ficava a cargo das soberanias nacio-nais. Então, é interessante ou não interessante paten-tear determinado produto ou processo químico ligado aos agroquímicos, aos alimentos ou aos medicamentos, já que são bens comuns de interesse da população desses povos, das populações desses países?

Com o TRIPS, todos os tipos de formas de vida podem ser patenteados se tiverem uma aplicação, se forem uma inovação e não uma descoberta, ou seja, não houver aquele tipo de ser presente na natureza, o que é uma falácia, porque não há como mapearmos todo o material genético do mundo para conseguirmos entender se aquela é uma inovação ou não.

Enfim, o TRIPS é um marco internacional que faz com que as legislações nacionais se adaptem a esse marco jurídico de apropriação privada e à exclusão de terceiros do uso da biodiversidade.

O que ocorre? As normas de propriedade inte-lectual se aproximam dos interesses de mercado. As normas de propriedade intelectual passam a se apro-ximar da circulação de mercadorias no mundo, como formas de apropriação privada de um sujeito, de uma corporação, da agrobiodiversidade.

Essas legislações aqui envolvem o marco de direi-tos de cultores e direitos de melhoristas. Frente a essas formas de apropriação privada da agrobiodiversidade, afirma-se o direito de livre uso da agrobiodiversidade pelos agricultores, já que retomamos aquela frase inicial da apresentação: “Não há biotecnologia moderna que prescinda do melhoramento genético efetuado pelos agricultores há mais ou menos 10 mil anos”.

O marco jurídico da CDB, então, estimula a con-servação in situ, a partir do princípio da precaução – e aí entram os OVMs, depois falamos disso –, para que se reconheça que a conservação in situ é dependente de formas culturais e modos de vida das populações. Isso

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está no art. 8, j, da CDB. Da mesma forma, o TRIPS, da FAO, que foi aprovado em 2001 e está em vigor no Brasil desde 2006, também incentiva a conservação on farm da agrobiodiversidade, assumindo que essa diversidade presente na agrobiodiversidade é intrínseca ao direito coletivo a ter o modo de vida dos agricultores familiares. A oportunidade e a disponibilidade de se-mentes no mundo hoje é creditada a esses modos de vida dos povos locais e da agricultura familiar. Aqui há o regime sui generis de proteção que é a UPOV, que daqui a pouco vou explicar um pouco melhor.

O novo ordenamento econômico global no pós-guerra está muito ligado a essa necessidade de apli-cação daquela indústria bélica, daquelas tecnologias bélicas, à agricultura, o que muitos autores chamam de modernização conservadora da agricultura. As se-mentes passam a ser selecionadas muito mais com relação ao seu grau de adaptação às máquinas e aos químicos para uma alta produtividade do que com re-lação ao seu valor alimentar, cultural, religioso e nu-tricional. Aliás, o Leontino, a Juliana Santilli e o Luiz Carlos Balcewicz também apontaram aqui que é o que se aprofunda principalmente com o pacote tecnológico da revolução verde.

Então a semente, como meio de produção, pre-cisa de uma certa apropriação privada. Esse meio de produção não pode ser disponível a todos, senão a semente não é uma mercadoria. Portanto, a semente como mercadoria, inserida nessa conjuntura de paco-te tecnológico, só consegue ter os padrões para ser apropriada privativamente se ela é estável, homogê-nea e nova.

Para ser estável e homogênea, ela precisa de um tratamento químico, acompanhado de agroquímicos. Por isso, o pacote tecnológico envolve uma semente, que foi inovada por um determinado sujeito, ou por uma determinada companhia, que é viciada, vamos dizer assim, num determinado químico ou agroquími-co que também tem o patenteamento dessas mesmas empresas. E isso se conforma no pacote tecnológico, que é protegido pelo acordo sobre os aspectos de direito de propriedade intelectual relacionados ao co-mércio. E aqui está o seu art. 27, 3, b, do TRIPS, que possibilita as formas de apropriação privada sobre a agrobiodiversidade. Ele disponibiliza 2 legislações: ou a Lei de Patentes – os países podem aplicar as leis de patentes para regulamentar essa apropriação privada das sementes –, ou um regime sui generis para essa apropriação privada.

Em termos internacionais, esse regime sui gene-ris é identificado com o regime jurídico da UPOV, que é a União Internacional para Proteção de Obtenções Vegetais. Ela tem como propósito basilar garantir e re-

conhecer o trabalho científico dos obtentores dessas novas variedades, e ela é um regime diferente do de propriedade intelectual, porque prevê formas de isen-ção dos melhoristas. Então, tenho meu direito privado à semente, mas aqueles que forem melhorar as se-mentes não precisam me pagar royalties, nem preci-sam me pedir licença para isso, já que estamos aqui no interesse da inovação para obtenção vegetal.

Está prevista aqui a isenção do melhorista, o que no regime de patentes não existe, e também o direito dos agricultores está previsto aqui. O uso próprio das sementes é uma exceção ao direito dos melhoristas, mas é autorizado, já que depende dessa conservação on farm a disponibilidade de sementes para que a bio-tecnologia possa realmente funcionar.

O Brasil assina a ata de 1978 da UPOV, que permite o direito dos agricultores e a isenção do me-lhorista.

Resumo aqui, de acordo com a autora, Vandana Shiva, que as formas de controle das sementes ou de apropriação privada da agrobiodiversidade partem de alguns pressupostos. A apropriação das novas tecno-logias desenvolvidas a partir dos recursos biológicos é a nova forma de reprodução do capital. E essas le-gislações optam por remunerar o esforço criativo de um só sujeito, de uma só corporação, negando o fato largamente sabido de que as sementes são peças práticas milenares dos agricultores.

A biodiversidade, então, passa a compor o rol das coisas humanas como novas mercadorias. Assim como os escravos já compuseram o rol das coisas humanas, a agrobiodiversidade passa hoje em dia a compor o rol das coisas humanas, e as leis de propriedade in-telectual estão aí para isso.

Há, então, uma nova divisão social internacional do trabalho. Os países megadiversos passam a cumprir a função de fornecedores de recursos biológicos com baixo valor agregado e consumidores de tecnologia dos países desenvolvidos. Nessas inovações, os paí-ses como o Brasil, os países megadiversos, passam a ter que comprar tecnologias dos países desenvolvidos que partem do próprio trabalho dos agricultores e da própria megabiodiversidade dos nossos países. Isso é o que Vandana Shiva chama de “a segunda chegada de Colombo” ou “biocolonialismo”.

Já o direito dos agricultores ao livre uso da agro-biodiversidade vem de uma luta histórica, principal-mente da Conferência da FAO, de 1989, que aprova 2 resoluções: ela opta por remunerar e identificar como melhoristas essas empresas. Eu coloco sempre me-lhoristas entre aspas – aí não está, mas em outros lugares está – porque melhoristas não são só esses obtentores, essas indústrias, esses sujeitos que estão

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nos laboratórios do Norte, mas também os agricultores – principalmente os agricultores –, que vêm fazendo essa tarefa de melhorar a agrobiodiversidade há pelo menos 10 mil anos.

Então essas 2 resoluções, nºs 4 e 5, de 1989, procuram conjugar os 2 interesses: direitos dos agricul-tores e dos melhoristas. E aí, o direito dos agricultores é, nestes termos, compreendido na FAO em 1989.

“São direitos que surgem das contribui-ções passadas, presentes e futuras dos agri-cultores na conservação, melhoramento e a disponibilização dos recursos genéticos de plantas, particularmente aqueles nos centros de origem/diversidade.”

Ele entra em vigor em 2006. E eu não vou me ater aos direitos dos agricultores porque Juliana já expôs muito bem o art. 9º e os arts. 5º e 6º do tratado, que estimulam formas de conservação on farm, nos sistemas locais.

Eu procuro colocar nestes termos: a prática de conservação on farm e o uso próprio de sementes, que é essa prática de selecionar, armazenar e replantar as sementes para as safras seguintes, não só garante os direitos coletivos dos agricultores à sua existência, à sua resistência física, social e cultural em todo o mundo, como propicia a existência de um meio ambiente eco-logicamente equilibrado e o acesso ao direito humano à alimentação adequada das sociedades. São esses modos de vida, enfim, que vêm garantindo a possibi-lidade de qualidade alimentar e nutricional dos povos. E o tratado da FAO vem exatamente nesse sentido de identificar os agricultores e essas formas locais como importantes para a alimentação no mundo.

Aqui vemos um mapa das legislações no Brasil. Eu chego à conclusão – e a ANA, a Terra de Direitos, o pessoal que está monitorando isso, principalmente dentro do GT Biodiversidade – de que o Brasil opta por regulamentar o direito dos “melhoristas” – e aqui está entre aspas, os obtentores de novas invenções vegetais —,- mesmo que isso atente contra a própria economia interna, como vimos com as aquisições das empresas.

Os direitos dos agricultores são regulamentados no Brasil como uma exceção ao direito dos melhoris-tas. Ali na parte de cima, nós vemos as datas em que entraram em vigor no Brasil os tratados, a CDB e o Protocolo de Cartagena; o TRIPS, em 1995; a ata da UPOV em 1997, com a aprovação da Lei de Cultivares no Brasil. Em amarelo vemos o TIRFAA e também um ponto de interrogação, porque o TIRFAA não está re-gulamentado, embora tenha um conteúdo de tratados de direitos humanos, porque ele regulamenta o direi-

to humano à alimentação. Por regulamentar o direito humano à alimentação, esse tratado no Brasil deveria ser cuidado de forma intergovernamental e interminis-terial pelo Ministério da Agricultura e, principalmente, pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário, já que ele identifica que os agricultores e as formas tradicionais dos agricultores acessam o direito humano à alimen-tação no mundo.

Aqui embaixo, vemos como esses tratados inter-nacionais vêm interferindo nas legislações nacionais e, portanto, na conformação da agrobiodiversidade no País e no direito à alimentação.

Nós temos a Lei de Biossegurança, de 1995; a Lei de Propriedade Industrial, que no seu art. 18 permite a patente sobre os transgênicos; a Lei de Cultivares, de 1997, que afirma que o Brasil só pode tutelar a se-mente a partir da Lei de Cultivares, não a partir da Lei de Patentes. Então, só a Lei de Cultivares permite o direito dos agricultores ao uso próprio de sementes. Em 2001, a MP do acesso aos recursos fitogenéticos que regulamenta o art. 8, j, da CDB; e em 2003 a Lei de Sementes, que contém alguns dispositivos de pro-priedade intelectual também que depois poderemos comentar mais um pouquinho. Em 2005, houve a apro-vação da Lei de Biossegurança, que introduziu esse novo tipo de pacote tecnológico, dos transgênicos, que também podem servir para melhoria de produtividade e até do direito humano à alimentação – isso ainda não foi comprovado –, mas, principalmente, deve vir com um pacote de aplicação das leis de propriedade intelectual.

Aqui mostramos apenas a diferenciação do siste-ma jurídico que regulamenta a cadeia de sementes no Brasil. Nós temos o Serviço Nacional de Proteção aos Cultivares, através da Lei de Cultivares, e, por outro lado, temos também o Registro Nacional de Cultivares – RNC, que regulamenta a produção e a comerciali-zação das sementes no Brasil.

Quais são as consequências da opção legislativa do Brasil hoje? Os dados da CONAB de 1994 a 2006 mostram que o custo da semente aumentou em média 246%, e o Brasil se tornou o quarto maior comprador de sementes do mundo.

No Brasil, até 2008, havia 4 eventos geneticamen-te modificados. Desde 2008, temos 21 tipos de semen-tes, algodão, soja e milho, todas elas com a incidência da Lei de Patentes sobre processos ou produtos que se inserem nas tecnologias transgênicas.

Pontuei que no Brasil, hoje, nós temos sérios pro-blemas com os procedimentos de aprovação dentro da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. Pena que o Presidente da CTNBio, Edilson Paiva, não este-ja aqui para discutirmos alguns desses procedimentos

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que achamos serem equivocados e ferirem alguns dos princípios constitucionais.

Em 2008, o Brasil se tornou o segundo maior país em área plantada. Esses dados são do Serviço Internacional para Aquisição de Aplicações Biotecnoló-gicas Agrícolas – ISAAA, gerido pelas empresas tran-sacionais da biotecnologia, que aponta o Brasil como o segundo país em área plantada, com 21, 4 milhões de hectares, atrás da Argentina, com 21,3. Resguar-dadas as devidas proporções continentais do Brasil e da Argentina, a Argentina, proporcionalmente, planta um absurdo de hectares. Os Estados Unidos plantam 64 milhões.

Mais um dado da Céleres. Na safra de verão, logo depois da aprovação do milho transgênico, em 2008, em 16,7% da área plantada no País usou-se semen-tes do milho GM, o milho Bt. Já na safra 2009/2010, em uma área de 16,7% plantaram-se sementes des-se milho. Há também a expectativa da Céleres, cujos dados são mais comerciais – eu acho um pouco de-mais –, de que na safra de 2010 esse número subiria para 52,7%.

Em 2008, foram aprovados cultivares de milho GM registrados no Registro Nacional de Cultivares – RNC. E em 2008 56% dos grãos já eram transgênicos no RNC. Em 2009, esse número subiu para 63% e, em 2010, já está em 76%. Isso é a capacidade de monopó-lio da cadeia produtiva no Brasil. Sobre a capacidade de controlar a disponibilidade de sementes no País, em 2010, das 155 variedades registradas, 118 eram GM, chegando ao número 76%.

A Associação Brasileira dos Produtores de Soja e a Associação Brasileira dos Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados pretendem entrar no CADE com relação à monopolização das empresas. Elas afirmam que a Monsanto tem hoje 70% do merca-do brasileiro. O problema não é ela ter o mercado, mas querer moldá-lo. Não temos mais o direto de opção. Ela está impondo uma proporção de venda de 85% de sementes transgênicas para 15% de convencionais.

Concomitantemente ao fato de se tornar o segun-do maior em área plantada, o Brasil se tornou também o primeiro consumidor de agrotóxicos no mundo. Essa é uma reportagem da ANVISA. A ANVISA encontrou adulterações nos procedimentos da BASF, Bayer, Syn-genta, como utilização de agrotóxicos vencidos; uso de componentes químicos não autorizados; quantidade de resíduos muito maior do que o permitido.

Portanto, essa geração de transgênicos está mui-to mais associada à resistência a agrotóxicos. Com-pramos sementes e agrotóxicos, mas isso não quer dizer que o perigo vai diminuir. A revista Veja publicou matéria com relação à soja RR. Como o glifosato per-

deu sua eficácia, a quantidade de veneno aumentou exponencialmente. A própria revista Veja publicou isso no ano passado.

O que estamos fazendo? Aumentando o resí-duo de agrotóxicos no Brasil, o que vai intoxicando a população brasileira e ferindo o direito à qualidade alimentar.

Como se não bastasse esse controle da cadeia produtiva, este gráfico mostra que os cultivos de milho – a Secretaria da Agricultura do Paraná fez um estudo – estão sendo contaminados pelos cultivos vizinhos transgênicos. Trata-se de um dado que está sendo ques-tionado. A SEAB fez um estudo e endereçou a todos os Ministérios competentes, inclusive à CTNBio.

O Presidente da CTNBio, Edilson Paiva, publicou uma nota, por ele mesmo – não passou pela CTNBio ainda, é uma nota especificamente do Sr. Edilson Pai-va –, por meio da qual contra-argumenta essa nota técnica. Mas quais são as conclusões dessa nota? A bordadura exigida pela CTNBio, que é de 30 metros, de quem opta pela tecnologia, não está funcionando, já que eles encontraram uma contaminação média de 1,3% até 120 metros. Isso desrespeita, no mínimo, nosso decreto de rotulagem, que exige que sejam rotulados os alimentos que contenham transgeníase de até 1%.

A 120 metros, considerando a bordadura de 30 metros, nós encontramos, em média... Aliás, em mé-dia, não. Em média, 0,46%. A contaminação máxima foi de 1,3%, o que está ferindo o Protocolo de Cartagena. O Brasil não tem mais segurança sobre a proveniên-cia do milho no próprio País. O milho não está sendo rotulado como o Protocolo de Cartagena e o decreto nos obrigam a fazer. Portanto, o consumidor pode es-tar comendo milho sem saber a procedência, se está sendo contaminado ou não.

Além dos danos ambientais, com relação à ero-são genética das sementes crioulas, o Brasil é noto-riamente um centro de diversidade em milho – não é um centro de origem, mas é um centro de diversidade –, que tem muito conhecimento tradicional associado à conservação do milho crioulo no Brasil. E, com essa contaminação genética, nós estamos expondo esse pa-trimônio genético brasileiro, com relação à conservação do milho, a sérios danos de erosão genética, o que vai afetar, também, a soberania alimentar da população. Além disso, o direito dos consumidores à informação e os danos econômicos, com a perda da qualificação da matéria-prima e o pagamento de royalties por essa contaminação não intencional.

Além de a contaminação gerar danos econômi-cos e danos aos consumidores, as empresas, através daquele exame de fita, ao detectar a transgeníase não

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intencional da contaminação, pedem, através dos me-canismos contratuais, a cobrança de royalties. Além de o produtor orgânico perder o selo de orgânico, além de perder o prêmio do convencional, ainda tem de pa-gar royalties às empresas. Isso vem acontecendo no Estado do Paraná. Eu acabei de fazer uma consulta à Gebana, uma trading suíça que aqui no Brasil lida com soja orgânica. Eles afirmaram que não vão trabalhar com milho orgânico no País, exatamente por causa dos riscos de polinização cruzada que o milho tem.

Bem, a Juliana já disse que a Lei de Sementes permite uma forma de regime sui generis para a con-servação on farm e para as sementes crioulas. Elas não precisam estar inscritas no RNC, assim como os agri-cultores não precisam estar inscritos no RENASEM.

A Lei de Sementes incentiva, de forma mesmo que restrita, a conservação on farm, já que o art. 48 veda qualquer tipo de restrição às sementes crioulas no Brasil. Esse artigo ensejaria nova regulamentação, uma regulamentação específica, para a realidade das sementes crioulas. O que vem ocorrendo no âmbito administrativo hoje, infelizmente, é que os agricul-tores que plantam suas sementes crioulas próprias, ao solicitarem um seguro, por exemplo, no Banco do Brasil, lhes é negado esse seguro, por exemplo, pelo PRONAF. O agricultor solicita um financiamento pelo PRONAF e quer utilizar uma semente própria, uma semente crioula.

Para acessar o PRONAF, programa específico da agricultura familiar, é exigida uma nota da semente. O agricultor, nesse caso, está deixando de conservar a semente crioula e está sendo obrigado pelo PRONAF e pelo PROAGRO a adquirir sementes do mercado e do RNC mesmo. Isso desestimula a conservação on farm e fere o próprio tratado da FAO.

Aqui estão algumas informações sobre a im-portância dos sistemas locais que a FAO apresenta: 75% das sementes da América Latina vêm de siste-mas locais.

Os dados do IBGE a Juliana também já apontou: a agricultura familiar é responsável pela produção dos principais elementos da cesta básica do povo brasi-leiro.

Então, chegamos à seguinte conclusão: a pro-teção do direito dos agricultores se coloca como um direito coletivo ao modo de vida e, ao mesmo tempo, como um direito difuso, que pertence a todos os ci-dadãos do País, de acesso aos direitos humanos de meio ambiente e alimentação adequada.

Com cerca de 1 século de aplicação tecnológi-ca moderna na indústria, a FAO ainda estima 500 mi-lhões, mas me parece que esse dado está defasado. Eu fiz esse cálculo há bastante tempo. Trata-se de 1

bilhão, não é? Proporcionalmente, essas novas tec-nologias não estão cumprindo a promessa de matar a fome no mundo.

Sobre alimentação o Balcewicz já falou. O IAASTD – Avaliação Internacional do Papel do

Conhecimento, da Ciência e da Tecnologia no Desen-volvimento Agrícola – é um estudo feito pelo Banco Mundial e pela FAO. Mais de 400 pesquisadores no mundo inteiro fizeram parte desse documento e che-garam a uma conclusão interessante: o documento para a América Latina e o Caribe preparado e apro-vado pela FAO e pelo Banco Mundial em 2008 afirma que o sistema produtivista convencional é ambiental e energeticamente ineficiente e ainda atesta claramente que a presente geração de lavouras transgênicas não fornece nenhum caminho para atacar a fome, que as-sola milhões de pessoas em todo o mundo. O mesmo documento indica uma alternativa: os sistemas agroe-cológicos são ambiental e socialmente sustentáveis e mais eficientes em termos energéticos e podem alcan-çar altos níveis de produtividade através de um manejo adequado. Esse sistema tem sido limitado por falta de programas de apoio governamental e institucional.

A edição do jornal Valor Econômico ontem publi-cou a seguinte matéria: nos Estados Unidos há uma agricultura pouco sustentável, segundo um relatório do Conselho Nacional de Pesquisa das Academias Na-cionais. Esse estudo conclui que, apesar de as novas tecnologias aplicadas na agricultura norte-americana incrementarem a produtividade, elas são insustentáveis do ponto de vista energético e ambiental – a mesma conclusão do IAASTD – e indica para o USDA, Depar-tamento de Agricultura dos Estados Unidos, o fomento de sistemas regionais e sistemas em policultivo. Está aqui escrito, se os senhores quiserem ler. É de ontem essa reportagem. Assim, o sistema norte-americano poderá ser mais sustentável do ponto de vista ambien-tal e alimentar.

A Conferência das Nações Unidas sobre Comér-cio e Desenvolvimento – UNCTAD acaba de publicar um documento chamado Trade and Environment Re-view 2009/2010 em que recomenda que os Governos encorajem o uso de várias formas de agricultura, in-cluindo agricultura orgânica, agricultura de baixo uso de insumos externos ou manejo integrado de pragas que minimizem o uso de agrotóxicos.

Os nossos Parlamentares – alguns Parlamenta-res, não todos, mas muitos – vêm indicando em termos da cadeia produtiva o incentivo à conservação on farm. A Juliana Santilli já tratou desse assunto.

O jornalzinho que está aí com os senhores foi produzido por diversas organizações que vêm acom-panhando o tema no Brasil e indica que o Legislativo

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ainda vem incentivando a apropriação privada das se-mentes e, de certa forma, essa monopolização.

Em termos legais, o PL que pretende alterar a Lei de Proteção de Cultivares permite, por exemplo, a cobrança de royalties para o produto da colheita. Então, se eu me utilizei de uma semente que é protegida pelo SNPC – Sistema Nacional de Proteção de Cultivares e não paguei os royalties devidos, no ato da comer-cialização do fubá, por exemplo – do milho –, tenho de pedir autorização ao proprietário ou ao obtentor, para que ele possa verificar se os royalties devidos daquela semente foram pagos ou não. Se não, há possibilidade de cobrança de royalties sobre o produto da colheita. Essa é uma das previsões de um dos projetos de lei que pretendem alterar a Lei de Proteção de Cultiva-res, aproximando essa lei da Ata de 1991, como falou Juliana Santilli.

Outro PL dispõe sobre as tecnologias de restri-ção de uso, o “PL Terminator”, que está contrariando inclusive a moratória da CDB, da qual o Brasil é sig-natário.

E, com o outro PL, pretende-se retirar os parâ-metros de rotulagem dos produtos feitos a partir de organismos transgênicos; pretende-se retirar o me-canismo da rastreabilidade e substituir pelo da de-tecção – e podemos conversar um pouco sobre essa diferença. Pretende-se também retirar dos rótulos a letra “T”, porque eles dizem que é mais depreciativa, o que, para o consumidor, é terrível, porque com a le-tra “T” já tem dificuldade de acesso a informação. O óleo de soja, por exemplo, é único rotulado, dentre os processados com soja.

Aqui é só mais um apontamento de como po-deríamos tratar a regulamentação do direito dos agri-cultores e a proteção da agrobiodiversidade, a partir de práticas de conservação nas unidades produtivas, pelos agricultores.

O Tratado da FAO traz aqueles 3 elementos que Juliana apontou: proteção aos conhecimentos tradi-cionais e incentivo a esses modos de vida locais; par-ticipação dos agricultores na tomada de decisões em âmbito nacional; direito de participar de forma justa da distribuição dos benefícios oriundos da utilização dos recursos fitogenéticos.

Por exemplo: no projeto de lei proposto pelo MAPA – talvez haja uma consulta pública desse PL em agos-to –, dentre os problemas que encontramos, estão as formas contratuais estabelecidas entre as comunida-des que têm o conhecimento tradicional associado ao recurso genético e o usuário acessante externo, sem passar por um organismo estatal de avaliação do devido acesso e da devida repartição de benefícios, como é o CGEN, a partir da MP que regulamenta o

acesso dos recursos pela CDB. É um meio mais con-tratual entre a própria comunidade e um país. Então, podemos ver a hipossuficiência de um contrato privado relacionado a isso.

Para terminar, a ANA tem posição muito firme com relação à regulamentação do Tratado da FAO no Brasil. Então, esse tratado deveria ter o devido cuida-do por parte de outros Ministérios, como o Ministério do Desenvolvimento Social e o Ministério do Desen-volvimento Agrário.

Nenhuma legislação que está na Câmara hoje – o PL Cultivares, o Terminator, Rotulagem –, nenhum tipo de projeto de lei que esteja tramitando no Congresso Nacional e que venha a incidir sobre o regime jurídico do direito dos agricultores pode tramitar até que seja regulamentado devidamente o Tratado da FAO. E é uma interpretação devida a esses princípios do direito de participação dos agricultores, de forma justa, de to-dos os projetos de lei e medidas políticas que tenham a ver com a conservação on-farm e com os recursos fitogenéticos sobre alimentação e agricultura.

Além do previsto no art. 9º, no preâmbulo nós vemos ainda a possibilidade de venda das sementes derivadas do uso próprio de sementes. Hoje em dia a Lei de Sementes permite a comercialização entre os agricultores, mas formas coletivas de uso das sementes crioulas não estão previstas. Por exemplo: tecnologias sociais como os bancos de sementes desenvolvidos no Estado da Paraíba estão na ilegalidade, porque as formas coletivas de sementes, nesses bancos de se-mentes, não são previstas pela Lei de Sementes. E são esses bancos de sementes coletivos que vêm propician-do, para o clima do Semiárido, o acesso às sementes e à alimentação. São tecnologias desenvolvidas pelos agricultores de lá e que estão na ilegalidade.

O Tratado da FAO incentiva, nos seus art. 5º e 6º, que medidas como essa sejam contempladas pe-los países signatários.

Ainda segundo os agricultores familiares cam-poneses, dentre os seus direitos, além dos previstos pelo TIRFAA, estaria também a garantia de escolherem livremente o seu sistema tecnológico ou produtivo – agroecológico, orgânico, convencional ou transgênico. Independentemente de, no Brasil, isso ser garantido na lei, na prática, por exemplo, a contaminação genética vem impedindo produtores de continuarem produzin-do soja orgânica.

Uma representante da Gebana, por exemplo, disse-me que os custos associados à produção orgâ-nica de soja elevaram-se drasticamente, porque tem de tomar medidas: limpeza de maquinário, cuidados com os silos de armazenagem. Ele afirma que, se não fosse a presença da Gebana na região do Paraná, os

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produtores orgânicos não estariam cultivando soja or-gânica, devido aos altos custos transferidos a quem não opta pela tecnologia transgênica. Os custos da tecnologia transgênica estão sendo transferidos aos agricultores que não optaram por essa tecnologia. En-tão, o direito à livre escolha do sistema produtivo não está sendo garantido.

O acesso e a participação nas pesquisas de melhoramento levadas a cabo pelas instituições de pesquisa. Por exemplo: 14 variedades conservadas pela Bionatur, a sementeira do Movimento dos Traba-lhadores Rurais Sem Terra, estariam fora do mercado de sementes porque são sementes de domínio público e não estão sendo disponibilizadas.

Pela Lei de Sementes, se por 3 anos o mantene-dor da semente não a disponibiliza, é preciso exclui-lo do RENASEM. E essas sementes vão parar na mão de quem? Vamos perder essas 14 sementes, esse patrimônio da agrobiodiversidade? A Bionatur, que cultiva essas 14 sementes, por serem de domínio pú-blico, não mais poderá cultivá-las porque não há mais mantenedor?

Proposta: o Estado deveria garantir a manutenção dessas sementes ou pagar a outrem, à própria Bionatur, por exemplo, para manter sementes como essas.

O uso próprio de sementes registradas ou pro-tegidas, frente ao direito dos melhoristas. Esse direito está sendo verificado, mas, por exemplo, está haven-do dupla proteção no Brasil: a Lei de Patentes está sendo aplicada a processos e produtos envolvendo transgênicos. E não se poderia reutilizar sementes como essas.

O tribunal da União Europeia acaba de decidir que a Argentina não tem de pagar royalties pelo farelo de soja que exporta para a União Europeia. A Monsanto perdeu a patente da Soja RR na Argentina e não está intentando esse patenteamento porque lá as leis são muito fracas. A Argentina está exportando aquelas se-mentes que eram RR e vêm sendo reservadas pelos agricultores para a safra seguinte, lá na Argentina, e o farelo de soja dessas sementes. A Monsanto entrou com uma ação lá na Holanda, contra a Argentina, e o tribunal acaba de decidir: a Argentina não tem de pagar royalties à Monsanto pelo farelo de soja produzido a partir de semente reservada de soja transgênica. Não é a Soja RR, é a soja reservada. E a União Europeia aplaude essa decisão. É lógico. Ela não quer ficar re-fém de royalties.

Incentivo à conservação on-farm das sementes crioulas através de aquisição, pelos programas de governo, como o PAA, por exemplo, que está sendo elogiado por várias organizações da agricultura fami-liar, assim como por formas individuais e coletivas de

melhoramento e conservação, como bancos e feiras de sementes.

Quero só chamar a atenção para o fato de que, com a inserção do direito à alimentação no rol dos direitos sociais, algumas medidas públicas vão tomar uma conformação diferente no Brasil. E esta Casa, bem como outras, vão ter de atentar para esta nova conjuntura trazida pela PEC que estabelece o direito à alimentação como direito social. Por exemplo: a in-terpretação de que o Tratado da FAO sobre o direito humano à alimentação – direito constitucional previsto no art. 6º –, por ser um tratado de direitos humanos, teria aplicação imediata, sem necessidade de regu-lamentação.

Outras medidas de fomento a sistemas locais dos agricultores, para garantir o direito à alimentação previsto no art. 6º, teriam de ser contempladas por pro-gramas do Ministério do Meio Ambiente, do Ministério do Desenvolvimento Social, etc.

Então, muitas políticas públicas vão ter de se adaptar a esse novo comando constitucional.

Então, termino com isto: o direito dos agricultores integra o conteúdo do direito humano à alimentação diversificada e nutricionalmente balanceada.

Obrigada. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro)

– Agradecemos à Dra. Larissa a participação e pas-samos a palavra à Dra. Maria Emília Pacheco, Conse-lheira Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do CONSEA, pelo prazo de 15 minutos.

A SRA. MARIA EMÍLIA PACHECO – Bom dia.Muito obrigada pelo convite feito a mim pelas

Comissões. Nós do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional nos sentimos bastante honra-dos e reconhecidos por este convite.

Parabenizamos, principalmente, o Deputado Na-zareno Fonteles. O CONSEA tem mantido um diálogo bastante profícuo com a Frente Parlamentar da Segu-rança Alimentar e Nutricional.

Inicio exatamente por onde terminou Larissa. Saudamos esta iniciativa de trazer para a pauta desta Casa este tema, porque é extremamente pertinente analisá-lo do ponto de vista dessa conquista históri-ca, de aprovação da Emenda Constitucional 64 e a inclusão do direito humano à alimentação na nossa Constituição.

Por isso, sempre temos perguntado qual é o mar-co regulatório que atende aos objetivos de proteger e garantir o direito de agricultores, povos e comunidades tradicionais ao uso livre da biodiversidade, do ponto de vista do direito humano à alimentação. Essa é a per-gunta que o CONSEA vem fazendo. E que políticas e programas precisam ser renovados e incentivados?

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Alguns deles já existem, como vou mencionar; e outros que me precederam já fizeram essa referência.

Para nós do CONSEA há elos muito fortes entre o direito ao livre uso da agrobiodiversidade e o direito humano à alimentação. Aliás, podemos nos reportar a lei aprovado nesta Casa, a Lei 11.346, de setembro de 2006, que cria o Sistema Nacional de Segurança Ali-mentar e define muito claramente as várias dimensões da nossa compreensão sobre a segurança alimentar e o direito humano à alimentação, porque inclui o direito ao acesso ao alimento, o reconhecimento da produ-ção dos alimentos no Brasil pela agricultura familiar e pelas populações tradicionais e o direito ao acesso à informação etc. Dentre todas essas dimensões também inclui a conservação da biodiversidade.

Acrescento que também do ponto de vista do CONSEA a biodiversidade é tratada nas várias dimen-sões, conforme a fala com que nos brindou a Dra. Ju-liana, porque incluímos também a dimensão cultural. Para nós, só existe diversidade, variedades de espé-cies e agroecossistemas porque há populações com modos de vida específicos, com identidades próprias culturais, que se responsabilizaram historicamente por renovar, por manejar, por domesticar as espécies e nos brindaram com as várias paisagens.

Também lembramos que não podemos perder de vista que os direitos dos agricultores foram cons-tituídos em paralelo àquelas normas internacionais que ampliaram a aplicabilidade dos direitos de pro-priedade intelectual sobre a agricultura, no âmbito da Organização da Nações Unidas – ONU, da FAO. Ao mesmo tempo em que se reconheceram os direitos desses obtentores vegetais, resguardou-se o direito dos agricultores de reproduzirem e armazenarem as suas próprias sementes.

O entendimento dessa perspectiva para nós é muito importante. E gostamos sempre de lembrar que a Resolução 5, de 1989, da FAO, defende exatamente o direito dos agricultores de terem reconhecida essa contribuição histórica, passada e (ininteligível) dos agricultores para a constituição da diversidade gené-tica cultivada.

O Brasil é signatário do Tratado Internacional sobre Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e a Agricultura – já dissemos isso aqui –, e isso já está internalizado na nossa legislação desde 2008. E que-remos também renovar e remarcar o que diz o art. 9º: que as partes contratantes reconhecem a enorme contribuição que as comunidades locais, indígenas e agricultores, de todas as regiões do mundo, particular-mente dos centros de origem e diversidade de cultivos, têm realizado e continuarão a realizar, para a conser-vação e o desenvolvimento dos recursos fitogenéticos

que constituem a base da produção alimentar e agrí-cola em todo o mundo.

Para nós, esse reconhecimento dos direitos dos agricultores tem estreita ligação com o reconhecimento da importância dos sistemas de produção diversifica-dos e de base agroecológica. A III Conferência Nacio-nal de Segurança Alimentar e Nutricional reafirmou esse entendimento, e isso se transformou numa das diretrizes que agora é parte do decreto de regulamen-tação da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional que estamos debatendo. A diversificação dos sistemas produtivos e em bases agroecológicas é fundamental e estratégica para o fortalecimento da segurança alimentar e nutricional, ao mesmo tempo em que garante a reprodução econômica, social e cultural dessa população constituída de camponeses, agricul-tores familiares e populações tradicionais.

Como já vimos também, o último Censo nos mostrou a importância que tem essa população para a produção de alimentos – não vou repetir o que os que me precederam já disseram. No Brasil nós não temos ainda uma lei específica que regulamente esta questão dos direitos do agricultor.

Lemos com muita atenção o documento feito pelo Brasil, um informe nacional sobre a situação dos recur-sos fitogenéticos para a alimentação e a agricultura, preparado pela EMBRAPA. Achamos muito importante porque, do nosso ponto de vista – eu quero reiterar o que a Dra. Juliana, Larissa e Luiz já disseram –, se há várias modalidades de conservação in situ ou ex situ, nós queremos insistir na importância da conservação on-farm dessas variedades, dessas espécies.

Queremos nos reportar aqui ao próprio informe nacional da EMBRAPA, que nos diz o seguinte: “Essa é uma estratégia de conservação reconhecida apenas recentemente, mesmo sendo uma prática antiga”. E acrescenta que, ao longo das últimas décadas do sé-culo passado, a comunidade científica que se preocupa com os recursos genéticos reconheceu que a maioria absoluta dos recursos genéticos do mundo continua nas mãos dos agricultores e que esses agricultores, especialmente os tradicionais, continuam a conservá-los, melhorá-los, como sempre fizeram.

A EMBRAPA, então, acentua a importância, ao mesmo tempo em que reconhece que falta no Brasil política que reafirme o reconhecimento dessas práticas. Falta uma sistematização, inclusive, de informações que expliquem o que se está passando, porque não temos dados oficiais disponíveis – nem o informe fala sobre o processo de erosão genética no País.

Então, eu quero reafirmar essa importância. O interessante é que a própria EMBRAPA nos traz a informação, dizendo que a Articulação Nacional de

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Agroecologia, aqui representada por Larissa, que re-úne dezenas de organizações não governamentais, movimentos sociais... E tivemos a oportunidade de visualizar e discutir, inclusive com a presença de ges-tores públicos, no último Encontro Nacional de Agroe-cologia, quando mostramos que tínhamos identificado, sem muitos meios – dos quais precisamos, mas não temos –, cerca de 212 experiências no Brasil, expe-riências comunitárias de manejo, de conservação de sementes etc.

Então, do nosso ponto de vista, é essencial re-conhecer a importância da valorização das práticas on-farm e ter políticas para isso. Há vários exemplos no Brasil que precisam ser inclusive conhecidos. Vou enumerar alguns: a iniciativa de um setor da EMBRAPA, em tempos passados, no Rio de Janeiro, promoveu o melhoramento participativo do milho, que ficou chamado de milho Sol da Manhã; temos as feiras de sementes, os bancos de sementes comunitários. Na Paraíba, como dizia Larissa, e eu quero relembrar, há 228 bancos de sementes que envolvem 6 mil famílias.

E, nesses anos recentes, essas sementes foram reconhecidas como tais, foram reconhecidas como sementes. Isso faz parte de um processo político de afirmação desses direitos, porque antes eram consi-deradas grãos, não eram reconhecidas como semen-tes. O processo organizativo, a presença ativa dessas organizações fez com que essas sementes fossem re-conhecidas como tais. E elas são compradas hoje pelo Programa de Aquisição de Alimentos. Há inclusive uma legislação estadual sobre o reconhecimento delas.

Há também uma iniciativa, que lamentavelmen-te acabamos de verificar, no CONSEA, quando fazí-amos a avaliação da execução orçamentária – esse importante programa de conservação, manejo e uso sustentável da agrobiodiversidade, programa a que o Luiz se referiu como o 1426 e que está no PPA; é uma conquista; essa proposta foi elaborada num processo de diálogo entre as organizações, movimentos po-pulares e ONGs, e Ministérios, especialmente com o Ministério do Meio Ambiente –, que várias ações que são parte da execução de muitos Ministérios não têm sido executadas a contento. Os recursos não estão sendo utilizados, ou são contingenciados.

Estamos inclusive fazendo um apelo – fizemos na última plenária – para que os Ministérios nos expli-quem a execução do programa. Uma das ações nele previstas é a da criação dos Centros Irradiadores de Manejo da Agrobiodiversidade, os CIMAs. Foram cria-dos alguns poucos no Brasil, mas são extremamente importantes porque são reforçadores dessa política da conservação on-farm.

No entanto, lamentavelmente, isso está paralisa-do. Mas acho que a oportunidade deste debate aqui reativa o ânimo que temos externado lá no CONSEA, para que esse programa se desenvolva.

Temos também experiências no Brasil de redes de intercâmbio de sementes. E todas essas iniciativas partiram das organizações, dos movimentos. Acho que é muito importante salientar isso, para mostrar como a sociedade participa ativamente da construção de pro-postas de políticas. Muitas vezes é preciso que haja esse reconhecimento.

Bom, também quero reafirmar, sem me deter, que a nossa preocupação é com as ameaças que pesam sobre essas iniciativas hoje. Não vou repetir porque já foram devidamente salientadas aqui as mudanças previstas para a Lei de Sementes, para a Lei de Culti-vares e para a liberação de transgênicos.

E sobre isso também quero dizer que, no CON-SEA, na última plenária, também nos manifestamos com muita preocupação e com um posicionamento contrário à liberação do arroz transgênico. Acho até que é uma pena não termos contado hoje com a presença de um representante da CTNBIO, que foi convidado, porque seria muito importante discutir diretamente isso.

Temos a informação de que a comunidade euro-peia teve outra posição. A Comunidade Europeia tem anunciado que o herbicida glufosinato de amônio não terá sua licença renovada, que vai sair de circulação até 2017, mas aqui temos a informação de que a Bayer retirou o pedido. Estamos temerosos porque esta não é, infelizmente, uma decisão suficiente para que não esteja em pauta; continua em pauta e, do nosso ponto de vista, é extremamente preocupante.

O CONSEA teve a oportunidade de ser convi-dado para um debate, um simpósio sobre segurança alimentar, junto com o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Lá pudemos manifestar a nossa preocupação, porque a pauta incluía sugestões para o diálogo do Brasil com a Comunidade Europeia. E suge-rimos discutir iniciativas desse tipo. De lá estão sendo banidos produtos que aqui continuam sendo utilizados, nos agrotóxicos – também já dissemos que lamenta-mos esse lugar de campeão do mundo na produção de agrotóxicos. E também nos manifestamos preocupados com essa questão do arroz transgênico.

Quero também dizer que, dentre as ameaças, preocupa-nos muitíssimo – está nesta Casa também – a proposta de liberação da tecnologia Terminator. Sobre isso também nos manifestamos no CONSEA. A nossa solicitação foi de arquivamento dessa tecnolo-gia e de renovação da posição brasileira, de moratória dessa tecnologia. E tivemos a enorme satisfação de receber – aproveito a oportunidade para ler, não toda,

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mas um parágrafo apenas – a resposta do Ministro de Estado Interino das Relações Exteriores, o Exmo. Sr. Antonio de Aguiar Patriota, que disse que o Brasil re-novará a sua posição de moratória. Disse: “Cabe res-saltar que a posição brasileira é de reiterar os termos das decisões 5, 23”. Sublinha ademais que a Lei de Biossegurança nº 11.105, de março de 2005, proíbe a utilização, a comercialização, o registro, o patentea-mento e o licenciamento de tecnologias genéticas de restrição de uso e explica apenas o que a lei entende por essas tecnologias, mas reitera a posição brasilei-ra de moratória. E saudamos com muito entusiasmo essa manifestação.

Era isso o que eu tinha a dizer. Não vou me es-tender mais porque outras explicações já foram dadas. Agradeço. Que tenhamos uma boa oportunidade de debate.

Obrigada.O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasilei-

ro) – Agradecemos à Dra. Maria Emília Pacheco, do CONSEA.

Agora passamos a palavra ao nobre colega Depu-tado Nazareno Fonteles, do Partido dos Trabalhadores do Piauí, autor dos Requerimentos nº 532, de 2010, na Comissão de Agricultura, e 314, na Comissão de Meio Ambiente, para a realização desta audiência.

O SR. DEPUTADO NAZARENO FONTELES – Bom dia. Já é quase boa tarde porque está passando do meio-dia. Mas, pelo hábito, enquanto não almoça-mos, continuamos a dar bom dia.

Cumprimento o Presidente desta audiência. Comentava agora há pouco com a Dra. Juliana

que, embora hoje não tenhamos uma audiência muito cheia, vamos ter um bom respaldo na divulgação pela TV Câmara. Aproveito para agradecer pela atenção que está sendo dada pela TV Câmara, entrevistando todos os palestrantes e, com certeza, fazendo disso algo pedagógico, para repetir esses programas, contri-buindo para a educação ambiental, para a segurança alimentar e nutricional e a garantia dos direitos huma-nos da nossa gente, do nosso povo. Acho que esse é o papel desta audiência. Nós vemos a riqueza, embora em tempo relativamente curto, pela complexidade e pela densidade de informações que cada palestrante gostaria de dar, de todas essas falas feitas hoje aqui, uma complementando a outra. Portanto, cada um com o seu ponto de vista.

Quero lembrar que o que me inspirou a fazer esse pedido foi exatamente a leitura da obra Agrobio-diversidade e Direitos dos Agricultores, cuja autora está aqui na minha frente, Juliana Santilli, que escre-ve muito bem. Não é fácil escrever bem sobre matéria tão complexa e para alguém que não é especialista

gostar. Pareceu-me um romance. E vejam que é um livrinho grosso. Está aí em cima, para vocês verem. Vale a pena ler, para obtermos mais conhecimento, podermos argumentar melhor e sabermos como con-tribuir nesta Casa para proteger os direitos dos agri-cultores, a nossa agrobiodiversidade e, de modo espe-cial, o direito a um meio ambiente saudável e o direito à alimentação. Esses 2 direitos, neste momento aqui, estão fortemente ligados. E, muitas vezes, pela forma com que o debate é feito, terminamos sem perceber a relação de um com o outro.

Ainda agora eu era perguntado sobre o que tinha de ser feito. Bom, a primeira coisa a fazer é fortalecer a agricultura familiar. Aqui nesta Comissão nós nos digladiamos bastante, porque a força maior do nosso País é a do agronegócio e, portanto, da monocultura. E isso se contrapõe ao fortalecimento da agricultura familiar, que não deixa de ser o principal instrumento para proteger a nossa agrobiodiversidade.

Se nós formos fazer uma leitura de toda a argu-mentação que está aqui – e o Censo Agropecuário de 2006 só fez corroborar –, teremos de fortalecer... E esta Casa aprovou – ninguém pode negar – algumas leis. O Governo lançou alguns programas: o PAA; o forta-lecimento do PRONAF; a Lei de Alimentação Escolar, que nós aprovamos ano passado, com uma ponte para a agricultura familiar; o próprio Bolsa Família, que permite às pessoas consumir os produtos e, portan-to, fortalece também a produção local de alimentos, embora já com alguns desvios, pela propaganda ruim dos alimentos inadequados. Às vezes, pelo hábito que tinha de imaginar que aquilo era comer bem, em vez de comer feijão com arroz, a pessoa termina comendo um sanduíche; em vez de um bom suco de frutas local, vai para o refrigerante. Isso tem acontecido conosco, que temos mais informações. Imaginem com quem tem menos e tem a chance de consumir esses produtos. Isso mostra o quanto a tarefa é grande.

Um ponto me chama a atenção. No art. 225 da Constituição, §1º, inciso VII, lemos:

“Art. 225. ..............................................§1º ........................................................VII – proteger a fauna e a flora, vedadas,

na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a ex-tinção de espécies ou submetam os animais a crueldade”.

Há vários outros itens. Ora, nós sabemos que a monocultura provoca a extinção de espécies. Então, estamos tomando uma atitude inconstitucional, no meu entendimento. Essa é uma observação que a Dra. Ju-liana pode comentar, pela sua orientação jurídica.

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Na minha compreensão, restringir o agronegó-cio, a monocultura no Brasil é tão importante quanto expandir a agricultura familiar. Como poderão conviver as 2 em equilíbrio? Essa é uma pergunta que foi feita. Ora, se uma já avançou demais, desobedecendo às leis, aos princípios e ao que a Ciência nos ensinou, não pode mais crescer, tem de ser restringida. Quem tem de crescer e expandir é a outra, que não recebeu os recursos, que não recebeu a prioridade constitucional que lhe tinha de ser dada.

Estou falando só deste artigo, porque está liga-do ao meio ambiente, mas nós poderíamos agregar muitos outros, principalmente com o acréscimo, agora, da alimentação como um direito social. Aí a coisa se fortalece, porque inclui o direito dos agricultores e vai fortalecendo todos esses contextos.

Projetos de leis como esses citados aqui – tec-nologia Terminator, alteração dos cultivares –, no meu entendimento, em função disso, já deveriam ser consi-derados inconstitucionais. Não poderiam ser aprovados na Comissão de Constituição e Justiça. Esse é o meu entendimento. Nós aprovamos os princípios constitu-cionais que devem nos nortear para a elaboração das leis, mas vamos esquecendo, e as leis ordinárias vão sendo aprovadas e sancionadas, desobedecendo-se a tudo aquilo que o Constituinte fez, com mais autorida-de do que nós, que somos derivados, que não temos o poder constituinte originário.

Para isso, a meu ver, precisamos agir mais. O Mi-nistro Público também tem um papel importante e pode nos ajudar a contribuir, é claro, para que isso não acon-teça, para proteger cada vez mais esses direitos.

Sei que o Deputado Silas Brasileiro tem toda uma experiência. Estamos apenas nós 2 aqui, mas esta-mos representando razoavelmente o embate que há na Comissão de Agricultura. É importante V.Exa. estar aqui, ouvindo todas essas informações, porque tudo isso faz com que nós, quando estivermos no embate, entendamos os muitos argumentos, para favorecer essas afirmações que muitas vezes fazemos em tem-po tão curto, em momentos às vezes muito tensos, de disputa política ou ideológica. E termina o lado mais sereno não sendo captado.

Essas informações todas vão nos enriquecer cada vez mais, para aumentarmos o nível do debate. Mas eu reconheço que a grande disputa é a de poder. Se, no Brasil, o agronegócio não tivesse o poder que tem, com certeza teríamos mais chance de preservar a agro-biodiversidade, de aumentar a agricultura familiar nas suas diversas formas. Estou usando essa expressão, mas a Amazônia tem uma visão, o Nordeste tem outra, o Sudeste tem outra, assim como o Sul. Então, essas peculiaridades da agricultura familiar, com tecnologia...

E não sou contra a tecnologia, quero deixar bem cla-ro. Agora, ela precisa proteger todos esses direitos e esse patrimônio que nós temos. Ela não pode agredir e violar esses direitos. É esse o problema.

Quando luto contra a expansão exagerada dos transgênicos, é porque, na minha visão, a responsabi-lidade científica não está à altura de permitir essa co-mercialização. Os acessos que eu tenho tido mostram que existe risco, tanto ambiental – já sabemos, porque degrada o meio ambiente, pelo uso de agrotóxicos e pela perda de espécies; vai destruindo a diversidade biológica – quanto para a saúde. Há várias evidências de problemas de alergia e até alguns tipos de câncer associados a quem consumiu mais ou menos ou esteve perto. Pode ser até mais devido ao agrotóxico do que à própria semente e seu produto que consumimos. Pode até ser, mas não há segurança científica para isso. Al-guns cientistas verificam certas coisas, outros não.

Então, eu acho que o Brasil deu um passo er-rado quando aprovou a Lei de Biossegurança nesta Casa. Votei contrariamente. Ainda hoje há uma ADIN de Claudio Fonteles, de 2005, para ser julgada no Su-premo. Vejam o grau de compromisso que tem a maior instituição jurídica do nosso País com o que nós esta-mos falando aqui. Cinco anos se passaram, e nada foi feito. Mas, sobre a ADIN para a mesma lei que tratava de pesquisa com células-tronco embrionárias fizeram uma baita audiência pública; muita mídia. No meu en-tendimento, tomaram uma decisão que não tinham o direito de tomar, porque envolve o direito fundamental à vida, o que requer um debate muito mais profundo. O Supremo não poderia ter feito aquilo. No meu entendi-mento, ele extrapolou as suas prerrogativas.

Esse é outro debate. Estou só mostrando como essa questão tem sido tratada, ou seja, de forma a fa-vorecer os poderosos, o capital, o lucro, e não a vida, e não a agrobiodiversidade, de que estamos falando neste momento, e não os direitos de todos, mais es-pecificamente o direito dos agricultores.

É por tudo isso que esta audiência foi muito rica. Estou fazendo esses comentários e não estou fazen-do perguntas, até pela extensão da exposição feita e a sua riqueza, para mostrar que temos de aprofundar este debate nesta Casa.

Tenho certeza de que os Deputados que toma-ram as iniciativas, se ouvissem e meditassem sobre os conteúdos básicos aqui expostos, não agiriam da mesma forma, até porque alguns deles têm formação na área de saúde. E é exatamente a formação nessa área que me leva a ter sensibilidade maior e a querer estudar mais os impactos sobre a saúde. E tudo que nós estamos vendo aqui tem impacto sobre a saúde. A agrobiodiversidade prejudica de forma direta ou indireta,

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a curto, médio ou longo prazos, o tipo de alimentação que vamos fazer. E esse tipo de alimentação, sendo mais ou menos saudável, leva a doenças – hoje, do-enças crônico-degenerativas e alguns tipos de câncer, o que mais mata no Brasil. Não são mais as doenças infectocontagiosas que nos matam, são exatamente as não transmissíveis. Mais um motivo para priorizarmos a agroecologia, a agricultura orgânica, a produção lo-cal, a diversidade que este nosso País tem. Todos os debates, pesquisas e resultados aqui colocados fazem com que tenhamos esse cuidado.

Como envolve decisões internacionais, no meu entendimento, mais do que nunca vamos ter de fortale-cer o Brasil nos debates internacionais. Veio a UPOV e devagar foi introduzindo leis aqui; veio o Acordo TRIPS e a Lei de Patentes, que nos prejudicou.

E esse é o último ponto que eu quero comentar. Hoje, as patentes são instrumento de lucro e de con-trole, de muito poder e riqueza no mundo. A Monsan-to atravessa a soberania do nosso País de maneira transversal, cobra e altera valores de royalties sem ter, eu diria, cobertura jurídica adequada para tal e prejudica fortemente a soberania e a segurança ali-mentar do nosso povo. Cito a Monsanto porque ela é a maior mesmo, é a que mais está invadindo, contro-lando, entrando nas universidades, nas entidades de pesquisa; está fraudando – como foi denunciado no livro da jornalista francesa, e está aí para quem quiser ler – resultados e relatórios científicos; não autoriza a pesquisa das sementes e de seus impactos pelas universidades.

Isso é romper com a soberania do nosso País! Como é que uma empresa pode deter as sementes e não ser permitido sequer verificar seus estudos cien-tíficos, se são corretos ou não? Isso é o mínimo de decência na Ciência. O cientista faz um experimento, outro tem de repeti-lo, outro tem de cotejá-lo. A comu-nidade científica funciona assim. Hoje, no mundo da Internet, trabalha-se o mesmo experimento em países diferentes, um ajudando o outro. Então, não tem sentido esse isolamento, essa caixa-preta que fazem lá para proteger interesses econômicos escusos e que colo-cam em risco a nossa vida e o meio ambiente.

Eu acho que umas das lutas que precisamos fa-zer é esta, referente às patentes. Tenho tentado aqui – mas estou fracassando, como sempre, nos relatórios – reduzir o tempo de patentes, flexibilizá-las cada vez mais e não permitir o patenteamento de seres vivos, e aí incluiria as sementes. Eu acho que esse é um ca-minho que temos de seguir.

Cada vez mais, o direito de propriedade intelectual é uma questão democrática. A democracia do conhe-cimento é a primeira democracia que precisamos ter.

Na medida em que eu seguro o conhecimento para deter poder e controle sobre a alimentação, por exem-plo, estou com certeza agindo de forma antidemocrá-tica. E isso é o que está acontecendo. Concentração de propriedade intelectual significa concentração de poder político e econômico. Portanto, tudo o mais vem como consequência ruim.

Tudo o que estamos fazendo de bom no Brasil vai sendo anulado pela Lei de Patentes. É o caso das multinacionais controlando as sementes. Aí, como va-mos proteger a diversidade, se elas chegam, tomam e padronizam? É um absurdo isso! Apesar de todo o nosso esforço aqui, com a Lei de Cultivares, mesmo com as deficiências que têm, os transgênicos chegam e acabam com tudo. Inventam, fazem propaganda, pu-blicidade; dizem que vão usar menos agrotóxico. Mas, passa um tempo, estão usando mais. Dizem que é mais seguro. Não é. Dizem que é melhor para a saúde. Não há segurança nem pesquisas suficientes.

Cito esse exemplo porque acho que é o proble-ma com que logo mais vamos nos deparar. E vamos ver consequências talvez complicadas. Por exemplo: já existem algumas coisas ligadas à ausência de abe-lhas em certas áreas. Não há ainda explicação, mas se suspeita do uso do agrotóxico, associado a trans-gênico ou não. Mas há algum problema.

Fico pensando na Região Nordeste, no Piauí, onde se produz o melhor mel do Brasil, talvez do mun-do. Como é que vai ficar a situação quando chegarem os transgênicos e outros tipos de agrotóxicos? Daqui a alguns dias, não haverá mel.

Estou dando apenas um exemplo, de um item da alimentação: a nossa cajuína. Como é que vai ser? Daqui a alguns dias, com esse negócio de transgenia, não se sabe mais. Aí mexe na questão do nosso pa-trimônio cultural, que envolve outra legislação, até ci-tada no livro de Juliana, que lembra muito bem e que a nossa Constituição protege.

Então, este debate é mais para ajudar. Acho que aprendemos mais. Nós, Parlamentares, temos a obri-gação de fazer isso. Parabenizo todos os palestrantes. Só perdi um pouco da exposição de Larissa, quando fui conceder uma entrevista, mas já tinha lido os prin-cipais itens. Valeu a pena ter perdido uma pauta que havia marcado para hoje, esquecendo que na agenda de hoje estava exatamente esta audiência pública. Aqui eu me enriqueci mais ainda de conhecimento, para poder argumentar com mais tranquilidade e defender o direito à alimentação, o direito dos agricultores, a agrobiodiversidade e ajudar outras pessoas a terem mais consciência política e exercerem sua cidadania, para proteger esses direitos. No fundo, esse é o nosso

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papel, como legisladores, mas também como fiscali-zadores e propagadores das ideias.

Por último, reforço a participação dos segmentos sociais na elaboração das leis e dos programas sociais. Hoje, no Brasil, só estamos melhor, por exemplo, no combate à fome e à desnutrição porque as principais leis e programas foram elaborados com o acúmulo dos agricultores, da sociedade civil organizada, das diver-sas entidades existentes. Com o PRONAF foi assim, com o PAA foi assim; o próprio projeto de lei da ali-mentação escolar foi todo elaborado de forma coletiva, participativa. Eu mesmo, como Relator, vi isso na hora de discutir a emenda.

Então, nós legisladores precisamos estar abertos a isso. Quer dizer, vamos ser muito mais eficientes e eficazes socialmente quando abrirmos oportunidades, na produção das leis, para a participação de muito mais gente da sociedade. Esse item de que estamos falan-do, pela sua complexidade, por ser multiprofissional e interdisciplinar – não há um especialista que dê conta disso sozinho; são várias visões de campo de que pre-cisamos –, mostra o quanto precisamos do debate de muitas pessoas para elaborar leis. Talvez, muitas leis tenham saído daqui com mais vícios e erros porque faltaram debates e audiências públicas com muitos in-terlocutores e sujeitos sociais, que têm acúmulo que às vezes nem sabemos. E, quando dialogamos com eles, enriquecemo-nos e ficamos bestas, porque pensáva-mos ter uma ideia muito boa, mas, quando recebemos gratuitamente, no bom sentido, aquela contribuição, formulamos uma lei muito melhor.

Esta manhã, já começo de tarde, foi muito gra-tificante, do meu ponto de vista. Pude contribuir com a apresentação do requerimento e com o convite às pessoas que estão aqui neste momento. Lamento a falta de um representante da CTNBIO. Isso nos deixa mais ainda preocupados com o seu destino. O fato de não ter ninguém para vir representar uma entidade como esta mostra a falta de diálogo, a sua pouca ca-pacidade de ausculta da sociedade. E está mexendo com uma coisa séria, ligada à agrobiodiversidade, ao direito à alimentação, ao direito dos agricultores, a isso que está sendo debatido.

Quero deixar registrado aqui, como um protesto, a falta de respeito da CTNBIO com esta Casa, nesta audiência pública. Uma coisa é não poder vir o titu-lar – muitos daqui foram convidados, e pedimos que viesse alguém –, mas não vir 1 representante! Não é lamentável isso, pela importância que o debate tem? Então, mostra falta de compromisso, a meu ver, com esta temática tão relevante de que tratamos hoje.

Agradeço a todas e a todos, aos palestrantes e a todos que contribuíram. Saio daqui muito mais rico como

pessoa que busca defender esta causa tão nobre do Brasil e do mundo. Mas, como o nosso País tem esta diversidade biológica tão grande, a nossa responsabi-lidade é com o mundo. Proteger a agrobiodiversidade do Brasil, ouso dizer, é proteger a agrobiodiversidade do mundo. Muita gente vai comer, no futuro, o alimento produzido no Brasil. E só vai ter essa chance de co-mer a partir do Brasil, porque lá a destruição já terá sido muito grande.

O Brasil não pode se dar ao luxo de devastar a agrobiodiversidade para produzir alimentos só para a sua gente. O Brasil tem condições de alimentar a Chi-na, que tem 1 bilhão e 300 milhões de habitantes. O Brasil ainda não tem nem 200 milhões de habitantes. Então, seria um egoísmo social muito grande do Brasil pensar em alimentar 200 milhões. Podemos produzir alimentos, com certeza, a partir da agricultura familiar fortalecida com tecnologia, com toda a proteção social, com mais investimentos, ainda convivendo por alguns anos com o agronegócio – não posso deixar de ter esse bom senso. Mas que pelo menos ele seja contido, para que vá incorporando a ideia da agrobiodiversida-de como um novo modelo agrícola de sua produção. É coisa a ser pensada e discutida para melhorar essa convivência. É preciso pensar nisso.

E temos de pensar mais nos outros. Não basta o Brasil pensar só em si. É falta de responsabilidade pública não compreendermos o papel estratégico de produção de alimentos e de toda a cadeia produtiva ligada a eles que o Brasil pode ter neste século XXI, para as gerações futuras do Brasil e de outros conti-nentes.

Espero que Deus nos abençoe nesta tarefa. Com certeza, Ele nos abençoou hoje para que esta audi-ência pudesse ter acontecido tão bem, com essa ri-queza toda, e continuará iluminando cada um dos que falaram aqui, para continuarem resistindo, lutando por essa causa que é de todo o mundo, para não dizer de modo especial do nosso País.

Encerro aqui os meus comentários.O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro)

– Queremos cumprimentar o Deputado Nazareno pela iniciativa. Sem dúvida, as audiências públicas são uma oportunidade que temos de nos enriquecermos e nos informarmos melhor, ainda mais sobre matéria de ta-manha importância como esta. Realmente, foi uma ini-ciativa muito feliz. Nós o parabenizamos, Deputado.

Passamos a palavra ao Dr. Leontino, para seus comentários finais, por 3 minutos.

O SR. LEONTINO REZENDE TAVEIRA – Obri-gado.

Gostaria só de observar a convergência de ob-jetivos denotada nas diversas falas. Existe, sim, uma

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complementaridade de ações entre as diversas organi-zações aqui presentes. Os objetivos são comuns na di-versificação dos cultivos, na manutenção da segurança alimentar, pela ampliação da base genética dos cultivos que são utilizados. A disponibilização de tecnologias parece ser o veículo mais importante na integração lavoura/pecuária/silvicultura, como um pacote tecno-lógico consistente, desenvolvido por instituição pública de pesquisa renomada, como uma alternativa para a promoção da sustentabilidade na agricultura.

Gostaria só de destacar, para arrematar os meus comentários, que a alternativa para os agricultores deve permanecer sendo promovida, caso desejem produzir num sistema agroecológico, orgânico convencional ou com o uso da biotecnologia moderna. O Ministério da Agricultura tem envidado esforços no sentido de man-ter essas possibilidades disponíveis ao agricultor, para que ele tenha a liberdade de escolher – inclusive isso foi mencionado por outros palestrantes – o pacote tec-nológico que deseja, e que esses pacotes tecnológicos disponíveis sejam todos sustentáveis, que tenham o melhor da tecnologia disponível.

Agradecemos a possibilidade de participar do debate e enaltecemos a iniciativa de convocá-lo.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro) – Obrigado, Dr. Leontino.

Registramos que nos foram oferecidos 3 exem-plares, pelo Ministério do Meio Ambiente. São eles Frutíferas e Plantas Úteis na Vida Amazônica, Fontes Brasileiras de Carotenóides e Parentes Silvestres das Espécies de Plantas Cultivadas.

Sem dúvida, serão muito úteis. Muito obrigado.Passamos a palavra ao Dr. Luiz Carlos.O SR. LUIZ CARLOS BALCEWICZ – Aprovei-

tando os comentários do nobre Deputado, quero dizer que há condições de obter esses exemplares junto ao Ministério do Meio Ambiente. Há alguns aqui com a colega do Ministério. E, caso acabem os exemplos, basta obter o endereço porque temos condições de remeter.

São exemplares de temas afetos à questão da agrobiodiversidade e ao direito dos agricultores à ali-mentação e à nutrição adequada e saudável. O pró-prio Deputado Fonteles reafirmou a ligação que existe entre biodiversidade, saúde, alimentação. Podemos emendar a educação. Quer dizer, é difícil separar es-tas áreas: biodiversidade, alimentação e saúde. É im-possível, eu diria. E aí vem a educação, porque, com boa alimentação e boa saúde, você assimila melhor o conhecimento.

É o que quero registrar aqui hoje. Mesmo com quase 30 anos de Agronomia nas costas, na área ambiental, na área privada, trabalhando com plane-

jamento agropecuário, trabalhando em cooperativas, trabalhando em organizações de movimentos sociais, sempre temos oportunidade de aprender mais. E hoje eu aprendi mais, trocando ideias e novas visões de mundo, inclusive sobre alguns aspectos legais que muitas vezes lemos e não percebemos.

Então, fica o registro, da parte do Ministério do Meio Ambiente, de que algumas tecnologias recen-temente aprovadas no País com a motivação de que seriam fundamentais para sanar a fome no mundo, ou pelo menos para eliminar a falta de comida, de que po-deriam contribuir para a redução do uso de agrotóxico, mostraram-se não verdadeiras.

Não sei se existe algum princípio na área do Direito – a Dra. Juliana pode nos ajudar... As leis são mutáveis; a sociedade evolui. A Câmara dos Deputa-dos é muito bem o reflexo daquilo que pensa a socie-dade. Legislaturas virão, e as leis poderão ser muda-das. Aquilo que foi motivado de forma incorreta ou de forma não verdadeira talvez possa motivar novas leis que revejam determinados postulados, determinadas autorizações e liberações que podem hoje compro-meter a agrobiodiversidade, os nossos recursos na-turais, enfim, a base genética que serve justamente de garantia da soberania alimentar. É isso o que está em jogo hoje.

E devemos estar conscientes de que certas tec-nologias não convivem com a não erosão genética. Certas tecnologias erodem geneticamente os nossos recursos, contaminam, porque estão usando mais agro-químicos. Devemos estar mais atentos a isso.

Queremos um país com mais inclusão social, que-remos a melhoria das condições de vida da população, queremos o bem de todos, ou seja, da população, do meio ambiente, dos ecossistemas.

Fica, por fim, a felicitação por esta iniciativa. Que novas oportunidades surjam para o debate da ideia, com o respeito à diversidade de pensamento e de po-sição. Viva a nossa democracia!

O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasilei-ro) – O Deputado Nazareno, o Dr. Luiz Carlos e eu temos participado de vários embates, em muitos en-contros como este, juntamente com o Dr. Capobianco e outros.

Realmente, tem sido muito construtivo, quando discutimos ideias e buscamos aperfeiçoar a nossa le-gislação, fazendo o que é melhor para o nosso produtor e para o nosso País, de maneira geral.

Com a palavra a Dra. Juliana Santilli, para as considerações finais.

A SRA. JULIANA SANTILLI – Agradeço mais uma vez o convite e parabenizo o Deputado Nazareno pela iniciativa, pela oportunidade.

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Respondendo a uma questão formulada em algu-mas colocações, eu entendo que a Constituição brasi-leira é muito clara quando estabelece a obrigação do Poder Público, com a participação da sociedade, de preservar a diversidade, a integridade do patrimônio genético brasileiro. Além disso, ela estabelece de for-ma muito clara a proteção a todas as manifestações culturais, a todos os bens culturais, materiais e imate-riais. Considero que tanto a diversidade de espécies e agroecossistemas quanto os conhecimentos e as inovações, enfim, a agrobiodiversidade não é apenas um patrimônio biológico, mas um patrimônio cultural. Ou seja, qualquer projeto de lei que atente contra a preservação da diversidade e da integridade do patri-mônio genético brasileiro e contra os bens culturais brasileiros é inconstitucional, porque está afrontando esses princípios constitucionais, sim.

Mais uma vez agradeço ao Deputado Silas Bra-sileiro. Parabenizo todos aqui presentes pela oportu-nidade e pela iniciativa.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro) – Muito obrigado, Dra. Juliana.

Passamos a palavra à Dra. Larissa Packer, re-presentante da Articulação Nacional de Agroecologia, para os seus comentários finais. E lhe peço desculpas mais uma vez. Fui Presidente da Comissão de Meio Ambiente e, na época, discutimos constantemente o tema água. Então, quando se fala em ANA, pensamos automaticamente em água.

A SRA. LARISSA PACKER – Obrigada.Essa confusão é comum.Quero agradecer muito ao Deputado Nazareno

por esta belíssima iniciativa; ao Deputado Silas Brasi-leiro, pela presidência da Mesa e pelos comentários; e a todos, por terem ficado até agora, 12h40min, ouvindo o debate sobre este tema, que não diz respeito só aos direitos dos agricultores, embora sempre usemos isso como mote, mas também com o direito difuso, com o direito de todo e qualquer cidadão, brasileiro e do mun-do todo, à alimentação e à preservação do patrimônio genético, que foi dado, mas vem sendo melhorado há pelo menos 10 mil anos pelos agricultores, pelas co-munidades tradicionais.

Gostaria de agradecer também pela iniciativa de permitir a participação popular, de movimentos e orga-nizações, nesta audiência pública, o que dificilmente é feito. Não vemos muito isso.

Reafirmo: um dos direitos dos agricultores, con-forme estabelece o art. 9º do Tratado da FAO, é exata-mente a possibilidade e a garantia da participação dos agricultores, das comunidades locais na conformação de todas as legislações que dizem respeito aos seus

direitos, que têm como núcleo essencial o direito hu-mano à alimentação.

Deixo registrados, em nome da ANA, os nossos protestos, para que os projetos de lei que tramitam nesta Casa e estão identificados neste jornalzinho realmente sejam arquivados. São projetos de lei iden-tificados como ofensivos a princípios constitucionais, ainda mais com a força normativa que ganhou agora o direito à alimentação, por meio da PEC aprovada por esta Casa. Esses projetos de lei, no plenário, nas Co-missões ou em qualquer momento do trâmite, devem ser arquivados. O Projeto Terminator passou na CCJ. E isso é inadmissível.

Gostaríamos de manifestar o nosso protesto con-tra isso. É um protesto social em relação ao Projeto Terminator. E, como disse Maria Emília, que o próprio representante do Ministério das Relações Exteriores diga que o Brasil vai renovar essa moratória, contra a Tecnologia Terminator.

A outra preocupação seria com relação ao proje-to de lei que pretende regulamentar o Tratado da FAO no Brasil. Precisaria de um olhar muito mais apurado, aprofundado, com uma visão interdisciplinar sobre isso, já que, ao falar dos direitos dos agricultores, es-tamos falando de meio ambiente e de direito humano à alimentação.

Muito obrigada pela oportunidade e uma boa tarde a todos.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasilei-ro) – Nós agradecemos e passamos a palavra à Dra. Maria Emília, para as considerações finais.

A SRA. MARIA EMÍLIA PACHECO – Renovo também os agradecimentos e também parabenizo V.Exa., que presidiu, e o Deputado Nazareno, que to-mou esta iniciativa.

Quero registrar que, no CONSEA, vamos dar con-tinuidade a este debate. Estamos propondo a realização de um seminário – vamos tratar disso agora à tarde, em reunião com algumas pessoas que já estão nesta sala – e queremos já deixar o nosso convite para que haja representação desta Casa no seminário.

Quero reafirmar também que entendemos ex-tremamente importante neste momento tratar da re-gulamentação do Tratado do FAO. O Dr. Graziano nos disse, num debate recente, que isso é muito oportuno, porque esse processo de regulamentação do tratado se encontra parado. Quando perguntamos como esta-va o debate na América Latina, ele saudou a iniciativa nossa de torná-lo pauta dos nossos debates.

E, a meu ver, é um debate que permite clarear vários pontos. Dentre eles, eu gostaria de ressaltar 2. O primeiro: precisamos enfrentar mesmo este debate sobre regime jurídico de propriedade intelectual, que

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não pode ser o regime a presidir as deliberações so-bre os nossos recursos genéticos, a nossa biodiver-sidade. É preciso que tratemos dos direitos coletivos desses agricultores, com seus modos de vida, inter-relacionando essas dimensões e fazendo um debate interdisciplinar, multidisciplinar, que é o que convém. E acho que esta iniciativa aqui mostrou isso.

O segundo: precisamos clarear o que represen-tam as tecnologias. Eu não gostaria de sair com a conclusão de que as tecnologias se complementam, independentemente de... Elas têm origem, princípios, matrizes. Orientam-se por conteúdos, por práticas, por tudo muito diferente, inclusive ética. Também a meu ver, este debate sobre liberação de transgênicos, sobre Ter-minator, sobre o papel da Ciência, sobre a relação de Ciência e Tecnologia, precisa ser aprofundado também do ponto de vista ético. Acho que uma boa maneira de fazer isso é debatendo o Tratado da FAO, os direitos dos agricultores e a agrobiodiversidade.

Muito obrigada. E vamos nos encontrar em outros lugares. Assim espero.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro) – Muito obrigado, Dra. Maria Emília.

Nós recebemos um ofício do Presidente da CTN-BIO, de nº 984, de 2010, em que diz não ter vindo por causa de compromissos inadiáveis.

Mas nós comungamos, sem dúvida, da opinião do nosso nobre e ilustre colega Parlamentar, Deputado Nazareno, de que mereceríamos ao menos a indicação de um representante, devido à importância de que se reveste esta audiência, pelo tema aqui discutido.

Embora neste plenário haja poucos Parlamenta-res, as notas taquigráficas desta audiência vão servir como base para que possamos discutir os PL citados. Então, realmente é muito útil, sem dúvida alguma. Além disso, a divulgação do evento está sendo feita pela TV Câmara, para conhecimento de todo o Brasil.

Nós queremos agradecer mais uma vez pela pre-sença aos nossos palestrantes, que vieram contribuir e enriquecer a nossa audiência pública, repetindo que foi uma iniciativa do nobre colega Deputado Nazareno Fonteles, aos senhores assessores, a todos os cola-boradores que estão conosco e à imprensa que faz a cobertura deste evento.

Vou encerrar esta reunião. Antes, porém, convo-co os Srs. Deputados para uma reunião de audiência pública, na próxima terça-feira, dia 13, às 14h30min, no Plenário 6, para discutir o PL nº 5.424, do nobre Deputado Carlos Melles, sobre a concessão de sub-venção econômica ao produtor rural para o fomento e o desenvolvimento sustentado da agricultura no País.

Sem dúvida, é uma matéria muito importante. Já há oposição do Governo com relação a esta matéria. A audiência deverá ser bastante concorrida também.

Agradecemos a todos os que estiveram conosco e lhes desejamos uma boa tarde.

Está encerrada a presente reunião.

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

53ª Legislatura – 4ª Sessão Legislativa Ordinária

Ata da Trigésima Reunião (Audiência Pública) Realizada em 13 de julho de 2010

Às quatorze horas e cinquenta e sete minutos do dia treze de julho de dois mil e dez, reuniu-se a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, no Anexo II, Plenário 06 da Câmara dos Deputados, com a presença dos Se-nhores Deputados Silas Brasileiro – Vice-Presidente; Antônio Andrade, Celso Maldaner, Dilceu Sperafico, Eduardo Sciarra, Luis Carlos Heinze, Luiz Carlos Se-tim, Nelson Meurer, Odílio Balbinotti, Onyx Lorenzoni, Ronaldo Caiado e Valdir Colatto – Titulares; Carlos Melles, Lázaro Botelho e Veloso – Suplentes. Deixa-ram de comparecer os Deputados Abelardo Lupion, Anselmo de Jesus, Assis do Couto, Benedito de Lira, Beto Faro, Cezar Silvestri, Duarte Nogueira, Eduardo Amorim, Fábio Souto, Fernando Coelho Filho, Fernan-do Melo, Flávio Bezerra, Giovanni Queiroz, Homero Pereira, Jairo Ataide, Leandro Vilela, Leonardo Vilela, Lira Maia, Moacir Micheletto, Moreira Mendes, Na-zareno Fonteles, Pedro Chaves, Tatico, Vitor Penido, Wandenkolk Gonçalves, Zé Gerardo, Zé Vieira e Zonta. Assumindo a Presidência, o Deputado Silas Brasileiro declarou abertos os trabalhos, cumprimentou a todos e esclareceu que a reunião se destinava a “Discutir o PL nº 5.424/2009, do Deputado Carlos Melles – que concede subvenção econômica ao produtor rural para o fomento e desenvolvimento sustentado da agricul-tura no País”. Prosseguindo, o Presidente esclareceu as regras para os trabalhos, informou que a lista de inscrições para os debates estava à disposição dos Se-nhores Deputados e convidou para comporem a mesa os Senhores: Elisio Contini – Pesquisador da Empre-sa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA; Luis Antônio Pinazza – Editor da Revista Agroanálise da Fundação Getúlio Vargas – FGV; Rosimeire Cristi-na dos Santos – Superintendente Técnica da Confe-deração da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA; e Evandro Ninout – Gerente de Mercado da Organização das Cooperativas Brasileiras e Unidades Estaduais – OCB. Na sequência, o Presidente passou a palavra, para suas exposições iniciais, aos senhores convida-

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dos: Elisio Contini, Luis Antônio Pinazza, Rosimeire Cristina dos Santos e Evandro Ninout. Prosseguindo, o Senhor Presidente consultou o Deputado Ronal-do Caiado, autor do Requerimento nº 582/2010, que originou a presente audiência, se poderia ser ouvido em primeiro lugar o Deputado Carlos Melles, autor do PL nº 5424/2009, e, tendo obtido autorização, a este passou a palavra. Em seguida, o Senhor Presidente concedeu a palavra ao Deputado Ronaldo Caiado e, obedecendo à lista de inscrições para os debates, aos Deputados Valdir Colatto e Luis Carlos Heinze. Dando prosseguimento, o Senhor Presidente franqueou a pa-lavra, para respostas e considerações finais, aos Con-vidados: Elisio Contini, Luis Antônio Pinazza, Rosimeire Cristina dos Santos e Evandro Ninout. Finalizando, o Senhor Presidente agradeceu a presença de todos e encerrou os trabalhos às dezesseis horas e quarenta e nove minutos, antes, porém, convidou os membros a participarem de Reunião Deliberativa Ordinária, quar-ta-feira, dia quatorze, às dez horas, no Plenário 06 do Anexo II da Câmara dos Deputados. O inteiro teor foi gravado, passando as notas taquigráficas a integrar o acervo documental desta reunião. E para constar, eu ______________________, Moizes Lobo da Cunha, lavrei a presente Ata, que por ter sido lida e aprovada, será assinada pelo Presidente em exercício, Deputado Silas Brasileiro ______________________, e publica-da no Diário da Câmara dos Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro) – Cumprimento os nobres Parlamentares presentes, os convidados, os assessores, a imprensa, desejando a todos uma boa tarde. Espero que possamos ter uma reunião frutífera neste início de tarde.

Declaro aberta a reunião de audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados convocada para discutir o Projeto de Lei nº 5.424, de 2009, do nobre Parlamentar e ex-Ministro Carlos Melles, do DEM de Minas Gerais, nosso Estado, que concede subvenção econômica ao produtor rural para o fomento e desenvolvimento sustentado da agricultura no País. Esta audiência foi proposta pelo nobre Líder do DEM de Goiás, Deputado Ronaldo Caiado.

Foram convidados para participar desta audiência pública o Sr. Elísio Contini, Pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA; o Sr. Luiz Antonio Pinazza, Editor da Revista Agroanalysis, da Fundação Getúlio Vargas – FGV; a Sra. Rosemei-re Cristina dos Santos, Superintendente Técnica da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA; e o Sr. Evandro Ninaut, Gerente de Mercado da Organização das Cooperativas Brasileiras e Unidades Estaduais – OCB.

O Sr. Marcio Pochmann, Presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, e o Sr. Alber-to Ercílio, Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura – CONTAG, justificaram sua ausência.

Convido os palestrantes para tomarem assento à mesa.

Informo aos Srs. Parlamentares que os exposito-res terão um prazo de 20 minutos, prorrogáveis a juízo da Mesa, não podendo ser aparteados. Os Parlamen-tares inscritos para interpelar os expositores poderão fazê-lo estritamente sobre o assunto da exposição pelo prazo de 3 minutos, tendo o interpelado igual tempo para responder, facultadas a réplica e a tréplica pelo mesmo prazo, vedado ao orador interpelar qualquer dos presentes.

Passo a palavra ao Dr. Elísio Contini, Pesquisa-dor da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA.

O SR. ELÍSIO CONTINI – Boa tarde a todos. Uma saudação especial ao Presidente da Mesa, Deputado Silas Brasileiro, e ao Deputado Carlos Melles. Obrigado pelo convite. O Presidente da EMBRAPA me pediu para transmitir suas saudações e agradecimentos.

Quero agradecer também, aproveitando a opor-tunidade, à Comissão de Agricultura, que tem dado efetivamente um apoio imprescindível para que a pes-quisa da nossa instituição, a EMBRAPA, e a dos Es-tados progridam. Estamos num processo ascendente, e isso se deve muito ao Parlamento, sem o qual não teríamos condições de melhorar os nossos laborató-rios. A agricultura do presente e do futuro está base-ada na ciência.

Para comentar a proposta do Exmo. Sr. Deputado Carlos Melles, eu diria que a posição da EMBRAPA, por ser uma instituição do Governo, será a posição do Ministério da Agricultura, que espero venha apoiar as reivindicações do setor.

A EMBRAPA compromete-se a ajudar principal-mente no aspecto técnico. Se for necessário e possível, apresentaremos dados técnicos que embasem mais ainda o projeto, que já tem uma justificativa. Teremos o maior prazer em colaborar com o projeto nas discus-sões que se seguirão, após este evento.

Apresentarei alguns elementos para reflexão. Temos que ter presente que o Brasil tem sido histori-camente contra os subsídios. Por isso, tem de haver uma justificativa muito forte para se poder propor uma lei que não seja classificada como subsídio clássico. O Brasil tem assumido uma posição, nas negociações da Rodada Uruguai e, desde 2001, da Rodada Doha, fortemente contra os subsídios.

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O nobre Deputado já colocou na justificativa do projeto a França como um exemplo, pois aquele país teria um subsídio de 70% do valor da produção. Aces-sando hoje os dados de 2009, observamos que eles também conferem. A organização dos países desen-volvidos tem um subsídio da ordem de 22%. Alguns países, como Noruega e Suíça, têm subsídios da or-dem de 60%; e o Japão está perto dos 50%. Esse é um argumento forte do Deputado.

Para a nossa agricultura ter competitividade, pre-cisamos ter os mesmos instrumentos que os outros países têm. Se os países desenvolvidos subsidiam sua agricultura, precisamos ter alguns instrumentos que permitam compensar essa distorção que há no mercado internacional.

Eu recordaria apenas que os Estados Unidos ti-veram também um subsídio da ordem de 9% no último ano, e essa é uma tendência em muitos países. Há um decréscimo crescente dos subsídios. Os Estados Uni-dos já tiveram subsídios da ordem de 13% a 15%. Se os senhores consultarem o site da OCDE, observarão que há tendências recentes de redução de subsídios em alguns países.

Em termos de valores globais, tem havido au-mento dos subsídios. O último dado que eu tenho de 2009 é de 383,7 bilhões de dólares, que representa mais de 1 bilhão por dia em subsídios. Nós estamos esperando que os subsídios se reduzam. Em alguns países isso vem acontecendo. No entanto, no global, não tem havido uma diminuição. Pelo contrário. Desde 1991, o subsídio é da ordem de 350 bilhões ou 360 bilhões, o que daria 1 bilhão por dia. Hoje, é mais de 1 bilhão por dia.

Abordarei algumas questões, entre as quais a que o Deputado apresentou no art. 11, que determina que, se os países desenvolvidos retirarem os subsídios, a lei também permitirá que se reduzam ou se eliminem os subsídios. Eu acho que esse artigo é importante e justifica inclusive uma aceitação maior do projeto de lei. Os subsídios não podem ser permanentes, eternos.

Por outro lado, gostaria de dizer que temos com-promissos internacionais. Assinamos a declaração da Rodada Uruguai e temos compromissos com a Orga-nização Mundial do Comércio, digamos, num percen-tual de subsídios. Temos de olhar cada produto, mas muitos têm diferenciais de subsídios.

Acredito, Deputado Melles, que esses subsídios não se encaixariam, no jargão das negociações, na janela amarela, porque, se encaixarem, ela terá de ter os limites impostos no acordo. Na minha percep-ção, janela amarela é onde se classificam os subsí-dios que distorcem o mercado. Como aqui estamos tratando de um subsídio de acordo com uma série

de critérios, inclusive de sustentabilidade, e também de um subsídio pelo número de hectares cultivados, acredito que poderiam se encaixar na janela azul. São subsídios que o Governo concede aos produtores mediante compromissos de meio ambiente e até de redução de produção quando a oferta está muito alta que, portanto, permitiriam essa classificação. Esse é o meu entendimento.

Algumas das dificuldades seriam em produtos que exportamos. Há um compromisso quase acertado com países, principalmente da União Europeia, e o Brasil tem batido forte e com razão contra os subsídios às ex-portações, porque são os piores, distorcem o mercado internacional e impedem os produtores, principalmente dos países pobres e em desenvolvimento, de ganha-rem mais pelos seus produtos. Então, os subsídios às exportações são os mais condenáveis.

Assim, teríamos de ter o cuidado de alguns pro-dutos fortes da pauta de exportação do Brasil não receberem ou receberem subsídio limitado, porque – exportar subsídios, quando combatemos os dos outros países, e já há um compromisso da Europa de pratica-mente eliminar esses subsídios, quando se acordar o fim da Rodada Doha – ficará complicado para o Brasil defender esse tipo de subsídio.

Essas são as minhas primeiras considerações. Depois, nos debates, poderemos entrar em discussões mais concretas, mais profundas.

Deputado, parabéns pela iniciativa! V.Exa. disse que o projeto vem tarde porque os produtores rurais já foram muito prejudicados. Mas em termos de menta-lidade no Brasil, V.Exa. está se adiantando no tempo, porque a agricultura terá uma função também no fu-turo, e já a tem, na parte que chamamos de serviços ambientais importantes e que poderia ser acoplada a essa ideia geral: conservação do ambiente. Quem conserva 20%, 35% ou 80% da sua propriedade para o bem da sociedade também deve ser, de alguma for-ma, remunerado.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro)

– Obrigado, Dr. Elísio.Passo a palavra ao Dr. Luiz Antonio Pinazza, pelo

prazo de 20 minutos. (Pausa.)O SR. LUIZ ANTONIO PINAZZA – Boa tarde.Agradeço ao Presidente da Mesa, Deputado Si-

las Brasileiro, e ao Deputado Carlos Melles o convite para participar deste encontro.

Li o documento e comecei a fazer uma reflexão. Por que o Deputado Carlos Melles fez esse projeto de lei? Considero muito oportuno e que é uma resposta provocativa e ousada aos desatinos do conjunto de medidas que têm sido feitas que afeta o campo. São

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poucas as pessoas que conhecem, na verdade, a agri-cultura real. Estou diante de duas: Deputado Silas e Deputado Melles.

Sempre vivi com o trabalho do campo, não di-retamente na atividade. Trabalhei 5 anos no Banco do Estado de São Paulo, 20 anos na Agroceres, tive oportunidade de fazer alguns cursos, de entender o complexo agroindustrial, o agribusiness, e de entender que a política agrícola não nasce dentro da proprieda-de rural, mas fora dela.

Hoje, estamos atingindo uma maturidade em que é possível falar dessa questão. Antigamente, criava-se muita polêmica e não era aceita. A realidade é que a política agrícola nasce no agribusiness e não na agri-cultura. Se entendermos o agribusiness, estabilizamos a renda do campo, mas se não entendermos as ca-deias produtivas, não vamos estabilizá-la.

Hoje, nossa agricultura acabou se tornando um verdadeiro laboratório, no qual se pode realizar qual-quer experiência sem o mínimo de controle e acuidade. Em poucas décadas, Deputado, podemos desmontar a estrutura fundiária nacional. Temos de tomar inicia-tivas com esse projeto de lei. O que fazer? Está aí o Projeto de Lei nº 5.424, então, vamos aproveitar para enriquecer as discussões.

Dois terços das propriedades rurais brasileiras possuem menos de 20 hectares; são 3,3 milhões de propriedades. Oitenta por cento das propriedades bra-sileiras possuem menos de 50 hectares. Como vamos manter essa estrutura fundiária viva? Como vamos conseguir segurar esse contingente de pessoas no campo? É impossível! A migração vai continuar for-te! Não há saída! Temos de amenizar esse processo. Como trabalhar com essa situação?

Vivemos num ciclo antigo, anacrônico, de plano de safra. Crédito não significa renda! Delfim Neto nos ensinou a termos cuidado com o credor, porque a agri-cultura sempre foi uma tomadora de crédito.

O Projeto de Lei nº 5.424 vem ao encontro a duas questões: o quê e como.

Deputado Melles, “o quê” é o programa de sub-venção. Mas podemos aprofundar o “como”. Então, não vou discutir o projeto de lei no “o quê”. Concordo com “o quê” e discuto o “como”.

Vinte por cento das propriedades respondem pela grande parcela da produção nacional. Das 5 milhões e 300 mil propriedades, 800 mil são as que resolvem! Vamos tratá-las no guarda-chuva dos serviços ambien-tais, dos marcos regulatórios, do fundo, das agências, um pleito que V.Exa. me cobrou em 2006.

Metas de crescimento. Vamos interferir mais no planejamento dessa agricultura. Como vamos cres-cer?

Nossas metas... Ontem, estivemos juntos no tra-balho que compartilhei com o Elísio. Vamos crescer, nos próximos 10 anos, 11 milhões de hectares. Que não sejam 11, mas, 12 ou 13. É muito para o tamanho, para a grandeza deste continente Brasil! Vai crescer só na soja, 5,3%, e na cana, 4,7%. Podemos entrar em floresta plantada.

Ontem, a Elizabeth de Carvalhaes, da BRACEL-PA, disse que quer fazer parte do agronegócio.

Começamos a mostrar lá fora que o Brasil não precisa desmatar. A área de produção do País vai cres-cer 12 milhões de hectares. O Brasil possui 70 milhões de áreas degradadas e tecnologia para avançar nessa área. Uma política mais proativa e não que corra atrás do rabo do porco.

Temos de fazer uma dicotomia: onde está o lado social da subvenção e onde estão os mecanismos de mercado. As pressões ambientais existem e são legí-timas. As mudanças climáticas e o aquecimento glo-bal estão aí. Não é de natureza da escala de um país, mas mundial. Vamos tirar partido disso com a ciência que desenvolvemos: plantio direto; integração lavou-ra/pecuária; adensamento dos cafezais; zoneamento ecológico-econômico. Temos algumas ferramentas desenvolvidas que não têm paralelo.

Então, vamos ampliar o horizonte de discussão. Concordamos com “o quê”. Quanto ao “como”, pode-mos ter um debate muito frutífero no bojo, inclusive, do Código Florestal, com conteúdo de agências, pen-sando diferente, criando normas diferentes.

Nossa agricultura é um arquipélago, é difícil. As realidades são muito diferentes. Os cálculos dos sub-sídios no mundo morreram! Estão sub judice. Depois dos movimentos especulativos na formação de pre-ços veio o café. Como vamos calcular subsídio hoje? Morreu! Já enterrou! Esse argumento, forget, não faz parte do círculo de discussão desta década de 2010 em diante.

Aquilo que os europeus chamam de multifuncio-nalidade da agricultura, de geopolítica, de ocupação do território é o que temos de fazer.

O Elísio e o Renato se lembram que havia, na Europa, rios de leite e montanhas de grãos. A Europa acabou com isso, mas existiu até 1990. Eles cortaram subsídios e passaram por 3 reformas. Nós não fizemos nenhuma! As sociedades se desenvolvem, mas fazem as reformas, mudam a forma de trabalhar.

Os estoques mundiais que eram acima de 35%, em 2000, Elísio, hoje estão abaixo de 20%. Existe até temeridade à segurança alimentar. Estamos chegan-do a um limite de bom senso. Então, subsídio está sub judice.

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Outro ponto interessante: o eixo da discussão sai da OMC e vai para a COP. A COP mobiliza 96 lideran-ças mundiais, o que a OMC nunca conseguiu fazer em sua história, Deputado.

Cito 2 exemplos: por que a moratória da soja teve sucesso e a carne teve insucesso? Porque a morató-ria da soja não foi embargada, buscou-se o diálogo. Nesse processo, temos de optar: vamos negociar ou partir para a retaliação?

Com o algodão, começamos a aprender um pouco a mexer com o comércio internacional, não retaliamos, ameaçamos, e os Estados Unidos, agora, estão vindo negociar, querendo abrir espaço para importarmos a carne suína, já colocando 165 milhões de dólares para pesquisa no Brasil. Então, é esse o nosso âmbito de discussão.

Vejo o Deputado Caiado chegar aqui, e é a ele que me dirijo. Aquele trabalho das agências realizado em 2006 está mais vivo do que nunca. Quando nos re-ferimos aos serviços ambientais, lembramos que hoje as barreiras não são mais tarifárias, o subsídio morreu no mundo. Depois que os fundos, os velhos funds, co-meçaram a especular nos preços internacionais das commodities, o que baliza hoje o preço das commo-dities? A soja sempre foi 5,5 dólares/bushel, até 2006; hoje, são 9 dólares. Mas ela chegou a 16 dólares.

Deputado, eu acredito na forma dos modelos das agências. Acho que crédito não é renda. Temos de buscar os instrumentos para assegurar essa es-trutura fundiária nacional. Eu disse anteriormente que dois terços das nossas propriedades têm menos de 20 hectares; que 80% das propriedades brasileiros têm menos de 50 hectares. Então, a migração vai continuar ocorrendo. Se conseguirmos estancar um pouco isso, já vai ser uma grande vitória.

Deputado, muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro)

– Agradeço ao Dr. Pinazza a participação.Passo a palavra à Dra. Rosemeire dos Santos,

representante da nossa Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA.

A SRA. ROSEMEIRE CRISTINA DOS SANTOS – Boa tarde, Deputado Silas Brasileiro, em nome de quem cumprimento todos os colegas da Mesa; boa tarde Deputados Carlos Melles, Ronaldo Caiado e Deputado Valdir Colatto.

Deputado Carlos Melles, quero parabenizá-lo por trazer à discussão essa matéria da subvenção ao setor rural. Esse assunto é de extrema relevância na medida em que vemos um modelo de crédito, de política agrí-cola se esgotando. Trata-se de um modelo que data de 1965 e passa, hoje, por uma economia globalizada, por uma agricultura susceptível às oscilações que aconte-

cem no mercado externo, que sofre bastante com as oscilações de câmbio, que tem problemas de clima e de ineficiência de um seguro que cobre somente 10% da área plantada brasileira e que vê, a cada crise, a saída de diversos produtores da área.

Outro dia, ao analisar um estudo feito pelo Banco do Brasil, percebi que nas crises de 2003 e 2004, a 45 e 56, decorrentes de problema de clima e de mudança de política econômica com a flutuação do dólar, em torno de 20 mil produtores saíram dessa atividade. E o fizeram, basicamente, em função da volatilidade e da instabilidade da renda. Volatilidade e instabilidade é um quadro de incerteza. Em ambiente de incerteza ninguém quer investir, porque o retorno é incerto. Isso acaba prejudicando o desenvolvimento, o crescimento do setor e gerando a perda de atratividade de inves-tidores até do próprio agronegócio em continuarem neste País, que tem todas as condições possíveis de ser o maior produtor mundial de alimentos.

A questão dos subsídios é controversa, mas há formas de fazê-los. Aqui o senhor propõe, e achei bas-tante interessante, o modelo europeu de subvencionar pela terra. Mas pode-se adotar outro modelo, o ame-ricano, que acredito seja mais viável ao padrão bra-sileiro. Nós temos uma agricultura muito diferenciada. São várias as agriculturas no Brasil, vários portes de produtores e várias regiões que, querendo ou não, têm competitividade diferente, na medida em que temos uma infraestrutura diferenciada. Isso acaba levando à necessidade de instrumentos diferenciados, obvia-mente. Agora, é preciso discutir uma forma de fazer essa subvenção.

Os modelos que aí estão são ineficientes. Essa ineficiência tem sido provada. Tanto que, apesar das intervenções que o Governo fez no mercado, o preço do milho não se recuperou até hoje; a colheita do tri-go começa no próximo mês, e até agora não foi feita sinalização nenhuma de que o Governo vai intervir no mercado; os produtores estão abrindo as porteiras e colocando gado para pastar, porque é mais barato do que colher o trigo da safra atual. O produtor não pode conviver com essa instabilidade. A instabilidade na norma gera aumento da incerteza, e isso prejudi-ca o produtor.

Então, é necessária, sim, uma proposta do se-tor e uma proposta desta Casa no que tange à sub-venção, mas temos de discutir como fazê-la. É essa a discussão que precisamos aprofundar, avaliar, na medida em que não temos só uma agricultura, mas várias agriculturas no Brasil. Temos certeza de que é um instrumento necessário.

As ponderações que tinha a fazer eram essas, Presidente.

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Estou à disposição da Mesa para quaisquer ques-tionamentos.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro) – Obrigado, Dra. Rosemeire.

Passamos a palavra ao nosso último convidado, Dr. Evandro Ninaut, Gerente de Mercado da Organi-zação das Cooperativas Brasileiras – OCB.

O SR. EVANDRO NINAUT – Agradeço o convite ao Deputado Silas Brasileiro, em nome de quem cum-primento os demais componentes da Mesa. Agradeço ao Deputado Carlos Melles a autoria deste projeto que, como ele disse, já está fora do tempo.

Muitos produtores já sucumbiram neste País na expectativa de ter uma subvenção que viesse garantir – como o Dr. Pinazza lembrou – o homem no campo, evitando assim o êxodo rural. Isso é interessante.

Agradeço ao nosso querido Elísio por trazer à discussão a questão dos subsídios, os acordos inter-nacionais celebrados pelo Brasil, e os subsídios que acontecem lá fora.

Percebemos que o projeto é atual, contemporâ-neo, visa atender à expectativa dos que ainda resistem às agruras dessa situação nefasta: produzir. É o que os nossos produtores sabem fazer. Mas precisamos entender também que temos uma política de crédito no País. O Governo sempre solta o Plano Agrícola e Pecu-ário, e sabemos que os recursos não são suficientes, não alcançam todos os produtores. E muitos, querendo ter acesso ao crédito, encontram dificuldades em vir-tude de garantias e outras coisas mais. Sabemos que simplesmente o crédito no País não é suficiente. Pre-cisamos, Deputado Carlos Melles, evoluir até mesmo para a questão da renda. Isso sim é que vai garantir mais ainda o homem no campo.

A equipe técnica da OCB, examinando o projeto, analisou, de maneira linear, que se o produtor tivesse a subvenção até 500 reais por hectare, poderia trazer algumas distorções de mercado. Em algum momento, até uma superprodução, o que poderia inviabilizar o escoamento do produto, tendo queda de preço.

Somos favoráveis à questão da subvenção, mas precisamos de critérios ajustados nas condições nacio-nais. No nosso solo verde e amarelo precisamos dessas condições. A OCB se coloca à disposição, porque vê que esse projeto é oportuno, necessário, mas precisa ser equacionado dentro das condições nacionais.

Dessa maneira, Deputado Silas Brasileiro, identifi-camos que os critérios de sustentabilidade precisam ser melhorados, para que isso possa trazer mais segurança. De outra forma, se fôssemos deixar o projeto de lado, poderíamos ter incentivos sobre a questão do seguro rural. O seguro rural no Brasil precisa de incentivos, até mesmo redução do prêmio, para que os produto-

res possam aderir a ele. Isso também dá segurança. Agora, é claro que uma injeção de ânimo financeiro no produtor vai trazer grandes benefícios, vai aumentar a produção. Entendemos dessa maneira.

Também podemos dizer que o PL poderia conter melhor metodologia de seleção e escolha da questão da subvenção. A produção e a subvenção precisam condicionar regras necessárias para o zoneamento agrícola. Não observamos isso no projeto.

Digo, mais uma vez, que esse projeto é oportu-no, precisa ser discutido. Todos da Mesa praticamen-te enfatizaram como realizar isso. A OCB se coloca à disposição para ajudar nessa elaboração, para dar essa ajuda técnica, até para que atenda os nossos produtores, de norte a sul, de leste a oeste.

Queremos enaltecer no projeto principalmente 2 pontos: a criação de uma subvenção econômica para a produção agrícola e a criação de um fundo Brasil de orientação e de garantia financeira para a atividade agrícola. Precisamos disso na agricultura brasileira. É este meu primeiro ponto de vista.

Coloco-me também à disposição para continuar no debate.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro) – Obrigado, Dr. Evandro.

Consulto o nobre Deputado Caiado, autor do Re-querimento nº 582, se permite que o autor do projeto se manifeste em primeiro lugar.

O SR. DEPUTADO RONALDO CAIADO – Lógico, Sr. Presidente, sem dúvida, até porque foi a defesa e a solicitação que todos nós fizemos nesta audiência. No momento em que o Relator deu parecer pela rejeição do projeto, na ausência do Deputado Carlos Melles, vimos a importância, a oportunidade dele.

É lógico que estamos trazendo aqui pessoas ex-perientes para que possam promover propostas, ideias. Sem dúvida, cabe exatamente ao autor do projeto a iniciativa da primeira fala, Sr. Presidente.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro)

– Muito obrigado, nobre Deputado Caiado.Passamos, então, a palavra ao autor do Projeto

nº 5.424, de 2009, o ex-Ministro Carlos Melles e Pre-sidente do DEM do nosso Estado de Minas Gerais.

O SR. DEPUTADO CARLOS MELLES – Obri-gado, Deputado Silas Brasileiro, que preside esta Co-missão.

Cumprimento o Dr. Pinazza, a Rosemeire, o Con-tini e o Evandro.

Agradeço e cumprimento, de forma especial, o nosso Líder, Deputado Caiado, que representa a maior liderança ruralista neste País, pela sua visão.

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Obviamente, quando apresentamos esse projeto, os Deputados Colatto, Sperafico e demais Deputados presentes, entendemos que ele é bastante moderno. Tenho dificuldade quando interpretamos determinadas comparações.

Ontem, o Pinazza, o Contini e a companheira, na área ambiental, da ABAG fizeram suas exposições, mostrando a projeção para a agricultura brasileira nos próximos 5 anos e o que seremos pela nossa competên-cia e por marcos regulatórios, que a Fundação Getúlio Vargas, a ABAG e o Conselho Superior de Agricultura da FIESP estão apresentando ao País.

Quando o Roberto disse que ia fazer uma pales-tra sobre Copa do Mundo e agronegócio, havia 5 ex-Ministros na Comissão: o Turra, o Dimarzio, o Guedes, o Roberto Rodrigues e eu. Eu brinquei que, na gestão do agronegócio, somos malsucedidos como homens públicos. Mas como o homem público está na gestão do esporte, em dois anos e meio, o mesmo ruralista conseguiu trazer o Pan-Americano, a Copa do Mundo e as Olimpíadas. Por que não conseguimos isso no nosso agronegócio?

Aí, Deputado Silas, o conceito para nós é muito simples. Faço uma analogia. No esporte, aquele que corre mais em 100 metros é o campeão, é o mais efi-ciente; aquele que nada mais rápido em 50 metros é mais eficiente. O que não entendemos, Sras. e Srs. Deputados, é que um país que é o mais eficiente do mundo no agronegócio não é o campeão. É campeão do prejuízo. Tem a maior reserva do planeta, em ter-mo de meio ambiente, tem a melhor produtividade por área, tem a agricultura mais preservada e o agricultor quebrado, porque o País não tem política agrícola.

Então, atrasados são os nossos dirigentes. Eu era menino e vi a Rodada Uruguai. Eu ouvia dizer que ser competitivo era produzir mais ou fazer melhor. Se o outro fizesse da mesma forma, nas mesmas condi-ções, eu teria de fazer melhor.

Isso me tem deixado preocupado, porque nós estamos ainda na bobagem da Rodada Doha, como estivemos na do Uruguai. Estivemos naquela brincadei-ra de achar que a Europa ou os países vão deixar os subsídios. Só quem é infantil... Na roça, e da maneira simples, forro de morro abaixo, põe-se de morro acima. Ponha o subsídio e tira-se na hora em que eles tirarem o deles. Não vamos esperar tirar. É simples. Essa é a maneira objetiva e clara de pensar.

Tenho de competir na mesma forma, no mesmo ambiente, porque tratar desiguais com igualdade é muito difícil. Com relação a esse aspecto importante, tramita na Casa enes projetos de lei. Curiosamente, acham que somente o pequeno sofre. Agricultor tem o mesmo sofrimento. Planta 1, 2, 3, 10, 20, mil hectares

ou mais. As condições são as mesmas. A escala nem sempre é a resultante da qualidade ou da melhoria ou do ganho do negócio. Pelo contrário. Ela pode ser resultante negativa, ou seja, prejuízo.

Com relação à nossa política, ao longo dos anos, aliás, desde que eu nasci, diziam que iríamos ter acesso ao mercado. Meu Deus do céu! As barreiras de acesso ao mercado caíram há quase 16 anos, e estamos nos referindo a acesso a mercado. Tudo o que aconteceu não foi nenhuma política agrícola, mas o aumento do consumo nos países asiáticos, a China acontecendo e tantos outros. Não foi política de governo, foi o acaso. Foi aquele que tinha a melhor condição para produzir, a melhor condição para suprir. Hoje, o Brasil é a espe-rança alimentar do mundo.

Os estoques estão acabando, mas não é por muita política; é porque se está consumindo mais e não há como repor. Na hora em que repor, vai gerar custos – aí é política –, e a sociedade vai reclamar.

Deputado Caiado, foi o senhor que nos trouxe a rediscussão. Acho que é um projeto que vai crescer muito nesta Casa. Nós, ontem, dissemos que estamos querendo outra coisa. Por que se subsidia tanto a casa popular no meio urbano e não no meio rural? Pagam-se caro, o dobro, para levar para lá o pedreiro e para transportar o material. Mesmo assim não se fixa o ho-mem no campo. Por que não há luz nem água? Todas essas coisas são uma desigualdade.

Fizemos, por meio da Lei Geral da Micro e Pe-quena Empresa, a primeira grande reforma tributária, previdenciária e trabalhista neste País.

O meio urbano repassa, mas o rural não dá conta de repassar ao trabalhador. Hoje estamos assinando, tentando equalizar o meio rural com o meio urbano. Pelo SIMPLES Rural – a Rosemeire participou da dis-cussão, e o Pinazza pegou isso rápido demais – está-se dando ao trabalhador rural, que tem a maior infor-malidade do Brasil, são 17 bilhões de trabalhadores, a mesma oportunidade do microempreendedor urbano. Ou seja, vira gente, formaliza, legaliza, trabalha por produtividade. O patrão dele é ele mesmo, tem condi-ções de microcrédito e de crédito subsidiado. Por que pode dar isso para o urbano e não para o rural? Qual é a diferença entre esses 2 cidadãos? Por que um é da roça? Que política é essa?

Para encerrar, nesta Casa, está tramitando um projeto do Deputado Antonio Palocci que eu gostaria de agregar a esse. Por isso, Contini, Evandro, Rose-meire, Pinazza e colegas Deputados, aqui deve entrar, sim, a compensação ambiental. Essa a maior barreira que teremos. A reserva legal tem de ser compensada pela sociedade e não pelo produtor. Com um trabalho benfeito nesta Casa, aconteceu agora com o Código

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Florestal – que deveria ser código ambiental e não flo-restal, mas já avançamos –, vamos conseguir incluir essa discussão em pauta.

Aí, Rosemeire, conforme proposto pelo Caiado, pelo Graciano, pelo companheiro Valdir Colatto e pelos competentes Deputados, liderados pela Fundação Ge-túlio Vargas e pelo querido e saudoso Antônio Ernesto – obviamente, eu estava junto –, fizemos a primeira pro-posta de um marco regulatório para toda a sociedade. Só que para a agricultura não houve, não há agência reguladora do agronegócio. O grande negócio do Brasil está desregulado. É melhor estar desregulado, porque aí o Governo trata mal, a sociedade não percebe, e ele faz o que quer. Faz o que quer hoje na energia, sem a ANEEL; faz o que quer na água, sem a ANA; faz o que quer no petróleo, sem a agência do petróleo.

Então, essa é a grande discussão, o grande de-safio que temos. Estou muito feliz e quero agradecer a presença aos Deputados, aos senhores expositores, ao Presidente Silas e ao autor do requerimento desta audiência pública, Deputado Ronaldo Caiado.

Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro)

– Obrigado, Deputado Carlos Melles.Passamos a palavra ao nobre Líder, Deputado

Ronaldo Caiado.O SR. DEPUTADO RONALDO CAIADO – Boa

tarde, Presidente, Deputado Silas Brasileiro, que com muita competência e conhecimento preside esta reu-nião. Aos demais expositores quero agradecer por vi-rem nos transmitir as suas experiências e pelo quanto somam neste debate por meio do qual viemos dizer da nossa inquietação.

Tomando por base o que disse o Deputado Car-los Melles, competente e experiente Parlamentar de vários mandatos, que nunca se desvinculou do setor produtivo primário, quero neste momento pedir apoio a todas as entidades que estão aqui, para que possamos criar um certo clamor, um movimento coordenado, a fim de que esse processo da agropecuária não seja mais procrastinado nem empurrado com a barriga. Essa é a grande realidade.

A última renegociação feita no Brasil foi em 2000. O Deputado Valdir Colatto e eu, ao chegarmos aqui, em 1990, fizemos a primeira CPI do Endividamento Rural. A dívida rural girava em torno de 28 bilhões de reais; hoje, ela já ultrapassou a casa dos 100 bilhões de reais. Neste curto espaço de tempo que estamos no Congresso Nacional, a triste realidade que vimos foi o produtor rural praticamente quadriplicar a sua dívida. Hoje, é preciso quase uma safra e meia para poder quitar a dívida contraída no sistema financeiro.

O Deputado Carlos Melles apresentou esse pro-jeto. O Pinazza já havia discutido aqui esse assunto, que vem nos inquietando e que nós, na Legislatura anterior, com a assessoria e orientação dele na Fun-dação Getúlio Vargas, trabalhamos com o apoio da CNA e da OCB para construirmos juntos um projeto, porque não queríamos ter a vaidade da autoria dele. Era pretensão nossa, como mencionou o Deputado Carlos Melles, criar uma agência reguladora que pu-desse, dentro das mudanças que existem, tanto as de mercado quanto as que, rapidamente, mencionou a representante da CNA em relação à legislação de 1965, adequar-se ao mundo globalizado, ao câmbio, ao problema de mercado, às condições climáticas e a tantos outros fatores.

Precisamos de um mecanismo ágil que possa equilibrar, balizar, calibrar esses desajustes momentâ-neos e não deixar apenas o produtor rural ser o grande apenado, acumulando dívidas sucessivas, aumentan-do cada vez mais o seu endividamento. Este Governo se preocupou única e exclusivamente, durante estes 8 anos, em prorrogar dívidas. Não houve nenhuma medida no sentido de buscar qualquer solução para viabilizar ao produtor rural capacidade de ter renda, de quitar as dívidas, ou de retirar do seu endividamento todos os penduricalhos que lhe foram acrescidos.

Esse projeto do Deputado Carlos Melles abre mais uma perspectiva. Muitos da plateia podem perguntar: “O que aconteceu, então, com o projeto da agência reguladora, muito bem trabalhado pela OCB, CNA, Comissão da Agricultura, Fundação Getúlio Vargas e por todas as entidades do setor?” Simplesmente foi engavetado, porque a base do Governo o interpretou como vício de iniciativa, isto é, não cabia ao Legislati-vo propor uma agência reguladora. Mas, então, que o Presidente receba de graça o nosso trabalho. Já que ele criou tantas outras agências, por que não criar essa do setor agropecuário? Infelizmente, não conseguimos ultrapassar a barreira da Comissão de Constituição e Justiça, devido ao fato de que lá a base do Governo é muito forte. De lá não conseguimos retirá-lo. Estamos hoje com a esperança de que algum candidato a Pre-sidente tenha coragem de colocar essa proposta como plano de governo, para que a matéria seja rediscutida, aí sim como iniciativa do Executivo.

É lógico que nós Parlamentares não podemos ficar aqui esperando a boa vontade, o bom humor de governantes nem de Ministros. Nós precisamos tomar iniciativas. O Deputado Carlos Melles teve o bom sen-so, com base no conhecimento que tem sobre o setor, de apresentar esse projeto, buscando uma subvenção ou subsídio.

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Dados fornecidos pelos nossos assessores mos-tram que a safra de 2010 teve o menor preço dos últimos 10 anos para milho, soja, arroz e algodão, que nestes últimos dias teve um pequeno aumento de preço. A nossa assessoria, que muito bem trabalha com o De-putado Moacir Micheletto, trouxe-nos um levantamento com dados oficiais da última safra, que foi recorde.

Como mencionou o Deputado Carlos Melles, em qualquer país do mundo onde o produtor rural tem re-corde de produtividade, há reconhecimento nacional. Aqui não. Pelo contrário. Estamos batendo recorde de produtividade, a nossa safra com a maior produção, 143 milhões de toneladas de grãos. No entanto, tive-mos uma perda na comercialização da safra de 12 bilhões de reais. São dados levantados pela asses-soria do Deputado Moacir Micheletto e da Comissão de Agricultura.

Na comercialização da safra deste ano, os pro-dutores rurais, se se comparar com o preço mínimo, tiveram um prejuízo de 12 bilhões de reais. Foi o pre-juízo de mais uma safra do setor.

É lógico que, nas outras, vimos um gráfico um pouco ascendente. Mas se tomarmos como referência as últimas 10 safras, apenas nas de 2003, 2004, 2007 e 2008 é que tivemos uma linha acima, exatamente, da perda do produtor rural. Ou seja, nestes 3 anos, tive-mos um ganho real na agricultura. Nos demais anos, estivemos abaixo do que sempre foi o custo de produ-ção e comercialização de nossos produtos.

Com isso, Sr. Presidente, o que precisamos enten-der é uma coisa só: não adianta mais nós, Deputados Federais, irmos ao interior, às nossas bases, dizendo do trabalho da Comissão de Agricultura, da produtivi-dade, da altíssima tecnologia, da qualidade do produto, do quanto o Brasil é referência internacional, e o cida-dão, indignado, olhar para nós, na nossa cara, e dizer: “Mas como? O senhor está citando todos os méritos da agricultura, o Governo se vangloria, dizendo que pagou a dívida externa brasileira à custa do produtor rural e, no entanto, a nossa renda está nesses gráficos, nós não falseamos nada, que mostram exatamente a nossa perda nestes últimos 10 anos? Como conviver com isso, Deputado? Como vamos poder continuar na atividade se, hoje, 70% dos produtores rurais” – acredito que em alguns Estados seja mais grave, em Goiás são 70% – “não têm acesso ao crédito, estão inadimplentes?”

A tese de dizer que vai destinar 100, 120 ou 500 bilhões ou 1 trilhão para a agricultura é uma piada. Eles sabem muito bem que estão simplesmente injetando um dinheiro que não têm. É muito mais um orçamento fictício. Não há como ter acesso a esse crédito, porque não se renegociou dívida, está inadimplente, está na

SERASA, no CADIN, enfim, essa é a grande realidade que estamos vivendo.

O Deputado Carlos Melles e todos nós estamos chamando a atenção para o fato de que precisamos dar um freio na arrumação neste momento e dizer ao País... Hoje é matéria de todos os jornais: Renda cai e ruralistas já defendem nova renegociação de dívidas. Sem dúvida alguma já coloca um ar de calote, porque toda a renegociação da dívida vem com ar de quem não quer pagar alguma coisa. É essa a imagem que sempre transmitem. E nós sofremos com essa situa-ção toda.

Do que precisamos? De algo capaz de pressio-nar, realmente. Este momento é de campanha eleito-ral. Precisávamos fazer valer a força do setor rural. É um momento importantíssimo. Não vamos ficar ima-ginando que as pessoas não precisam se posicionar politicamente. O setor tem, cada vez mais, de tomar consciência de que as pessoas que serão eleitas para o Congresso, para os Estados e para Presidente da República têm que ter compromisso com a classe.

É inaceitável a dívida que temos hoje. O projeto apresentado pelo Deputado Carlos Melles é uma re-alidade para tentar minimizar essa questão, de agora para a frente. Temos todo o endividamento, num vo-lume estratosférico, já contraído. A realidade é que ninguém tem como pagá-lo. Todo mundo sabe disso. Qualquer governante tem consciência da incapaci-dade do produtor rural e que ele terá de ter hoje uma safra e meia para repassar para o pagamento da dí-vida que já tem.

Como se pode passar uma safra e meia sem gerar nenhum dividendo para o produtor rural? Ele somente paga suas dívidas para continuar na ativi-dade. Está claro, está óbvio, é nítida a procrastinação dessa matéria.

Com a experiência que os integrantes desta Mesa têm, precisamos pautar esse assunto, que me tem pre-ocupado enormemente nestes últimos anos.

Há técnicos do Governo, Pinazza, que dizem que não aguentam mais discutir o assunto. Chega-mos ao Ministério da Fazenda, e eles dizem que não aguentam mais. Como se eles estivessem ali fazendo alguma concessão para o setor! É impressionante a tese de que o Ministro da Agricultura tem que se su-bordinar ao técnico do terceiro escalão do Ministério da Fazenda.

O Ministro da Agricultura vai falar com o Ministro da Fazenda? Não. O Ministro da Fazenda destaca um assessor da terceira categoria, do terceiro nível para discutir com o Ministro da Agricultura. É o ponto a que está chegando a agricultura brasileira.

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Sabem o que ouvimos dentro do Ministério da Fazenda? “Não há problema. Se ele quebrar, outro vai comprar a propriedade dele”. Vejam bem! Eles não têm a menor cerimônia: “Se ele quebrar, outro vai comprar a propriedade dele”.

É uma total falta de solidariedade, de amor ao próximo, de compromisso com o cidadão que está ali. Câmbio não é problema do pobre coitado que está no campo, condição climática não é problema dele, pro-blema de mercado não é problema dele, ele é vítima de todas essas injunções, e o cidadão simplesmente diz: “Se quebrar, outro vai comprar a propriedade dele”.

Sei que este momento é de pré-campanha, sei que o quorum hoje está baixo, mas acho que estamos no momento oportuno para exigir isso, como mencio-nou o Deputado Melles.

Não temos acanhamento para discutir subsídio, agência reguladora, seguro, que está até agora parado no Senado, que até o momento não há nenhuma do-tação orçamentária, que, na maioria das vezes, ficou muito bem apontado por V.Exa., só cobre 10% de todo o crédito do custeio, que é muito mais para garantir empréstimo do que produtor rural.

Enfim, não quero me alongar, mas quero dizer que estamos precisando de sugestões dos senhores convidados desta tarde. Tive a oportunidade de traba-lhar com alguns na Legislatura anterior e nos ajudaram enormemente na elaboração da agência reguladora, que foi infelizmente até agora, Pinazza, tempo perdido porque nem sequer o Executivo se propôs a aceitar aquela matéria ou editá-la como medida provisória por parte deles, muito menos como projeto de lei por parte do Governo. Está na Comissão de Constituição e Justiça.

Temos que avançar com o projeto do Deputado Carlos Melles, que poderá ser acrescido de algumas emendas, algumas modificações. Se o modelo é o eu-ropeu, e podemos buscar o modelo americano, suges-tão trazida pela CNA, acredito que o Deputado Carlos Melles está aberto para adequar seu projeto no que possa ser o melhor para a agricultura brasileira. Não há ninguém aqui querendo ter a paternidade e autoria de todos os artigos do projeto, mas precisamos firmar uma posição.

As entidades que estão representando o setor rural na Comissão de Agricultura também precisam ter uma atenção especial, sabem que num processo demo-crático ninguém decide as coisas que não sejam pelo voto e pela força e importância de mobilização do setor. É importante que tenhamos essa consciência. A partir daí, acreditando neste mandato, acho que muita coisa pode ser feita de hoje até o dia 31 de dezembro.

Vamos continuar esta luta. Estarei ombreando esse trabalho junto ao Deputado Carlos Melles. Quero buscar as sugestões apresentadas. Vários colegas que não estão aqui hoje são simpáticos ao projeto, e vamos ver – já que não conseguimos atravessar a Comissão de Constituição e Justiça com a agência reguladora, matéria aprovada nesta Comissão de Agricultura – se aprovamos o seu projeto, Deputado Carlos Melles, pelo menos forçando, a fim de que a matéria seja pautada e discutida. Nestes sete anos e meio do Governo do Lula não conseguimos renegociar nada, só empurrou com a barriga dívida rural. O produtor rural foi enganado, ele hoje deve a sua propriedade e muito mais ainda, e dos que o avalizaram também já estão vinculados a sua dívida. Essa é a realidade do setor.

Sr. Presidente, peço desculpas pelo tempo que tomei e agradeço a paciência a V.Exa. É um tema no qual alguns Deputados, como Melles, Colatto e eu, já são antigos no debate. O que nos inquieta é a manei-ra como Executivo nos trata. Infelizmente, essa prática vem de todos os governos até agora.

Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasilei-

ro) – Inteligente e oportuna a participação de V.Exa. Nós agradecemos porque enriqueceu sem dúvida o nosso debate.

Concedo a palavra ao primeiro inscrito, Deputa-do Valdir Colatto.

O SR. DEPUTADO VALDIR COLATTO – Sr. Pre-sidente, Deputado Silas Brasileiro, é uma satisfação vê-lo presidindo esta audiência pública da Comissão de Agricultura. Cumprimento os senhores debatedo-res pela exposição, e o Deputado Carlos Melles, autor do Projeto de Lei nº 5.424, de 2009, por levantar tema quente e presente.

Lembro aos Deputados Caiado e Carlos Melles – o Deputado Luis Carlos Heinze, na época, ainda era Prefeito de São Borja – que, há alguma data, estáva-mos aqui discutindo a CPMI do Endividamento Agrí-cola, do qual fui Relator, e levantou-se a dificuldade da agricultura. Naquela época, realmente a dívida já estaria em 50 bilhões.

No relatório da CPMI chegamos à conclusão de que foram debitados, indevida e ilegalmente, das con-tas dos agricultores, 22 bilhões de dólares, na época. O relatório foi passado para todas as entidades: Po-lícia Federal, Ministério Público, Tribunal de Contas. No entanto, até hoje ninguém deu uma resposta. Os bancos – vão bem, obrigado – ficaram com o dinheiro, e as contas foram se multiplicando como se fossem sementes plantadas. Não é bem semente, mas a agri-cultura com isso hoje chega a 130 bilhões. O Depu-

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tado Luis Carlos Heinze vai falar sobre essa situação do endividamento.

Quando se fala em endividamento, a primeira conversa que aparece é que os agricultores são calo-teiros, não querem pagar as contas, são grandes pro-dutores, são endividados que mais uma vez querem o perdão da vida, são destruidores da natureza, por aí afora. Que triste sina ser produtor neste País! Eles produzem comida, mas os ambientalistas dizem que o agricultor só pensa em dinheiro, que querem plantar, produzir, abrir novas áreas para ter dinheiro, como se comêssemos dinheiro. É o comentário da ONG WW Brasil. Parece-me que ela, sim, vive do dinheiro, que não sei de onde vem, para fazer esses comentários, espezinhando, criticando o agricultor brasileiro. O agri-cultor brasileiro é um teimoso. Teima em plantar, pro-duzir, mas não tem renda, nem lucro e ainda leva a pecha de bandido nesse processo.

Sr. Presidente, Silas Brasileiro, hoje recebi um telefonema da Associação dos Produtores de Maçã e Pera de Santa Catarina. Veja a situação, meu amigo, Dr. Luiz Pinazza, da Fundação Getúlio Vargas! Um mé-dico, que se aposentou e foi plantar maçã, disse-me: “Maldita hora em que tive essa ideia”. Ele vivia bem na profissão e foi plantar maçã. Ele me dizia: “Depu-tado, nós estamos aqui com a safra da maçã, vem aí a floração, o granizo, e se não proteger a maçã o gra-nizo leva. Temos uma cobertura, que é uma tela, mas nem todos conseguem colocá-la, porque ela custa 15 mil reais por hectare. A única chance é ter o seguro agrícola”.

O que está acontecendo? Eles precisam do di-nheiro, o Governo subsidia o seguro em 50%, que não chega. As seguradoras não fazem o seguro porque o subsídio do Governo não chega. São 50 milhões de reais para cobrir as 2.500 propriedades em Santa Catarina, no Rio Grande do Sul, e tal. Esse pessoal diz: “O que vamos fazer?” O custo para fazer o seguro de um hectare de maçã é 2.500 reais. Ele não ganha isso por hectare. Aliás, está tendo prejuízo, porque o quilo da maçã é de R$0,60, mas o mercado a vende por R$0,40. Então, temos de buscar uma saída para esse produtor, que não vai conseguir pagar a conta, porque não tem renda. Como ele vai pagar a conta se a sua atividade é a única que está ali? Ele vai ficar endividado mais uma vez e pede: “Pelo amor de Deus, arrumem aí uma maneira de fazermos a rolagem da nossa dívida”. E a situação continua.

Desde 1993 – a Dra. Rosemeire conhece isso –, estamos rolando a dívida, e hoje devemos mais uma safra. O que acontece? As pessoas não podem pagar. O que acontece na ficha delas? Restrição de crédito. Até a ficha dos que fizeram o acordo, que pagaram

suas contas, está com essa restrição de crédito no banco. Ele não tem mais acesso ao crédito. O que ele faz para se salvar e continuar na atividade? Vai bus-car dinheiro no mercado a um juro que o setor não pode pagar. Se pagar, quebra, colocando em risco o seu patrimônio.

Por isso, temos de lutar para fazer alguma coisa. Já apresentamos nesta Casa um seguro renda, que não prosperou; foi e voltou. Um Deputado saiu daqui para ser Ministro, voltou para cá, pegou meu projeto – eu deixei de ser Deputado –, que não andou. Então, o seguro renda tem de ser discutido nesta Casa. Não sei se é a fórmula que o Deputado Carlos Melles está colocando ou se é outra fórmula. Essa questão tem de ser discutida para que possamos achar uma saída. Te-mos de implantar o seguro renda no Brasil, sob pena de o agricultor não ficar mais na atividade.

Se é verdade que 80% dos agricultores possuem menos de 50 hectares, eu digo, Dr. Pinazza, que, em Santa Catarina, 89% possuem menos de 15 hectares e 95%, menos de 50 hectares. Então, temos de dar um jeito de segurar esse pessoal no campo.

Nesse final de semana, fui a um festa no interior, na Linha Batistella, em Chapecó, e os agricultores fa-laram: “Deputado, o que vocês estão fazendo? Meu filho está indo embora, estamos aqui eu e a velha, não temos mais força para trabalhar, vamos abandonar a nossa propriedade porque não dá mais, o meio am-biente nos mata, o banco não dá dinheiro, não consigo trazer dinheiro para casa, as leis trabalhistas acabam com a gente, se eu pegar um empregado, eles vêm aqui dizer que é trabalho escravo, o preço do produto está lá embaixo, baixaram o preço do trigo ao mínimo?”

Imaginem a loucura deste País: baixar o preço mínimo do trigo! Queriam baixar também o do feijão, do arroz e do milho! Ainda foram falar com o Ministério da Agricultura que disse: “Ainda bem que conseguimos salvar os anéis, porque os dedos já foram”. Se nós dis-cutíssemos, levavam tudo. Então, deixa só o trigo. E o pessoal lá está com o trigo, não tem preço nem venda. O PEP está uma confusão danada, e o Governo não está conseguindo controlar.

Na verdade, o Deputado Ronaldo Caiado disse, e muito bem, que temos de dar um jeito na agricultu-ra. Se pensarmos que a agricultura está bem, acho que sim. A agricultura vai bem, mas o agricultor vai mal, porque não tem renda e está saindo do campo. Não é por acaso que apanha tanto dos ambientalistas. Será por acaso que esse pessoal não faz conta e está saindo do campo para a cidade? Por que o pessoal da cidade não vai para o campo? Será porque o pessoal não é inteligente? O que está fazendo com que esse processo aconteça?

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Então, temos de trabalhar forte essa questão. Es-tamos brincando com um setor importante, estamos perdendo o melhor agricultor do mundo: o brasileiro. O jovem não quer ficar mais no campo, porque não tem renda. Ele vai ficar como? Ele prefere trabalhar no chão de fábrica, ganhar 1 salário mínimo por mês. Pelo menos tem essa renda.

Falam em trabalho escravo, Dra. Rosemeire. Mas o escavo neste País é o agricultor, que trabalha 1 ano inteiro e não sabe se vai ter alguma renda. Fica deven-do no banco, porque perde por conta da chuva, do sol e tudo mais. Então, devemos proteger esse agricultor com algum subsídio, apesar de, no Brasil, subsídio ser uma palavra feia, um palavrão. Então, vamos lutar pelo seguro renda que tira o custo do agricultor e a remuneração dele e da família. Se esse seguro custa 100, mais 30 que o Estatuto da Terra dá, são 130. Se ele faturou 110, que pague 20 ao seguro, para ter essa renda. Não há como manter esse agricultor se ele não sabe se vai ganhar ou perder, se vai pôr em risco. Todo ano ele está colocando em risco o patrimônio de uma vida. Há o problema de a chuva cair diferente, ou não cair, e do granizo. Há ainda o preço que o agricultor não consegue fazer, porque o preço é quanto se paga. Temos de parar com essa brincadeira.

Os franceses estão aí, e tenho certeza de que eles brigam pelos seus direitos. Não é por acaso que eles vão mostrar agricultura na Champs-Elysées. É para que todos a conheçam. Quem sabe podemos fazer o mesmo?

Acho, Dr. Pinazza, que chegará a hora em que faremos ou como a Argentina ou como os franceses. Ou seja, vamos ter que deixar de entregar a comida para que as cidades percebam a importância do agri-cultor. Vamos desabastecer São Paulo e Rio de Janeiro, até que todos indaguem por que não há mais comi-da. Alguém vai perguntar: “Quem são esses caras?” A resposta será: “São os importantes agricultores, os responsáveis por isso”. Em vista disso, devemos ir até o campo para saber do que os agricultores precisam. Temos de ajudá-los.

Há inúmeras políticas de concessão de crédito, mas ninguém consegue ter acesso a elas. Há dinheiro sobrando nos bancos, mas quero saber quantos agri-cultores têm acesso a ele. E digo, com certeza, que não chega a 20%, Deputado Ronaldo Caiado, porque são muitas as exigências dos bancos. Primeiro, tem-se que provar que não precisa do dinheiro. Se você conseguir provar, o dinheiro estará à disposição. Mas se precisar, aí não haverá dinheiro. Isso ocorre porque o banco dei-xou de ser social, passou a ser uma agência de venda de dinheiro – dinheiro caro. Se for ao banco e provar que não precisa, o dinheiro estará à disposição. Aliás,

nas eleições, acho que está saindo dinheiro à vontade. Não sei se o pessoal vai conseguir pagar depois, tal como ocorreu com a compra de televisores, na Copa do Mundo: não estão conseguindo pagar.

É hora de começarmos a repensar essa ques-tão.

Parabéns a vocês por terem trazido luzes aqui.Quem sabe esta Casa, agora, tenha a coragem

– também somos responsáveis – de elaborar, com ur-gência, uma legislação que venha ao encontro dessa necessidade?

Por fim, parabenizo o Deputado Carlos Melles pela iniciativa do projeto.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro) – Obrigado, Deputado Valdir Colatto, que se preocupa com a renda do produtor desde 1990, inclusive quando da CPMI do Endividamento Agrícola, que infelizmente não alcançou o que se previu.

Concedemos a palavra ao nobre Deputado Luis Carlos Heinze.

O SR. DEPUTADO LUIS CARLOS HEINZE – Sr. Presidente, colegas Parlamentares, cumprimento os Deputados Carlos Melles e Ronaldo Caiado pela inicia-tiva desta audiência e os parabenizo por ter convidado para o debate o Dr. Pinazza, uma grande autoridade; a Rose, da CNA; o Contini, outra cabeça brilhante da EMBRAPA, e o Evandro, da OCB.

Deputado Silas Brasileiro, especificamente sobre o projeto do Deputado Carlos Melles, digo que temos debatido, ao longo dos anos, essa situação, que nun-ca esteve tão ruim para o produtor como está agora. Acumula-se o tal do endividamento. Há quantos anos – eu ainda era Prefeito, produtor – venho a esta Casa? Os Deputados Silas, Colatto e Caiado já estavam aqui e debatiam esse assunto. De quantos bilhões era a dívida, Deputado Silas, tal como foi consignado no livrinho que V.Exa. publicou sobre o endividamento? Eram 15 ou 20 bilhões. Hoje essa cifra passa dos 100 bilhões.

Então, alguma coisa está errada. O Brasil está produzindo essa fábula, acumulando – são dados da semana passada – reservas de 254 bilhões. São ape-nas as reservas, Deputado Caiado.

Mas quem propiciou isso ao País, nos últimos anos do Governo Fernando Henrique e ao longo dos 8 anos do Governo Lula, foi a agricultura. Pelo menos 90% foi a agricultura quem deu ao País. E o que está acontecendo? Estamos produzindo muito bem, mas o agricultor está lascado. Posso citar o exemplo do arroz de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul; do trigo do Paraná e do Rio Grande do Sul; da soja do Brasil inteiro; do milho; do algodão; do cacau da Bahia; da

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fruticultura do Vale do São Francisco; ou do café de Minas Gerais.

Nesse último fim de semana, conversei com o pessoal da suinocultura, que também está lascada. Nessa mesma situação estão os produtores de frango e de boi. Enfim, a situação está extremamente com-plicada para todos.

Acho que um dos problemas, realmente, é a questão da subvenção econômica. Devemos acertar. Todos os mecanismos sobre os quais temos nos de-bruçado nos últimos anos são paliativos, em razão da concorrência desleal com o nosso produtor.

Os Deputados Valdir Colatto, Moacir Micheletto e Zonta estavam presentes quando discutimos, no Ministério da Agricultura, a situação do trigo, há duas semanas. Estavam conosco também os representan-tes da CNA e OCB. Lá escutamos que há livre merca-do. Indago: como o produtor brasileiro vai sobreviver nesse tal de “livre mercado” enquanto todos lá fora se protegem? Então, deve haver proteção, Deputado Carlos Melles!

Se alguém diz que é livre mercado, vamos ver qual é o preço da tonelada de trigo importada. Estão importando trigo do Canadá, da Rússia, dos Estados Unidos, da Europa, enfim, de qualquer país – nem es-tou falando sobre o MERCOSUL, que já é desigual. Eles se protegem. E o mesmo ocorre com o produtor de álcool e arroz.

Queríamos uma TEC de 35% para proteger o arroz e o trigo dos Estados do Sul, o trigo produzido no Brasil. E até hoje estão pensando se vão ou não aplicar uma TEC. Enquanto isso, o produtor de álcool dos Estados Unidos... Por que eles estão cobrando um pedágio de quase 30 centavos por litro de álcool para colocar lá fora o frete? Por que isso? Para proteger o produtor de milho, que é incompetente quando com-parado com o produtor de álcool de cana-de-açúcar do Brasil.

Mas o que faz a política de Estado norte-america-na? Protege o seu produtor. E aqui, Deputado Carlos Melles? No Brasil temos que concorrer com a carga tributária mais alta do mundo, com o preço do diesel mais alto do mundo, com o preço do defensivo, do fer-tilizante, das máquinas, enfim, tudo aqui é mais caro. E tenho que concorrer com o mundo, que subsidia, e eu não subsidio aqui. Por isso, tenho que trabalhar aqui.

Concordo com a proposta. Vou fazer um substi-tutivo. O Deputado Ronaldo Caiado, em boa hora, traz este assunto à discussão. E isso precisa ser feito.

Deputado Ronaldo Caiado, preste a atenção nes-se número que vou citar – e não sei se V.Exa., os cole-gas da Mesa ou a audiência já o conhecem –, oriundo de um trabalho do Dr. Eliseu Alves, autoridade no Brasil,

e da Dra. Daniela da Paula, da FGV, intitulado Ganhar Tempo é Possível? Aqui está presente o pessoal da EMBRAPA, que nos proporcionou esse trabalho, que a imprensa publicou há alguns dias.

Pasmem com esses números! Desvirtua até o que alguns dizem sobre 70%, 80% e tal, produtor pe-queno que produz e não sei o quê.

Escutem isto: 423 mil propriedades e estabele-cimentos no Brasil – isto representa 8,19% dos es-tabelecimentos – produzem 85% do faturamento da agricultura, da agropecuária brasileira. São 85% de faturamento. E 975 mil estabelecimentos – isto é, 18% dos estabelecimentos – têm 11% do faturamento; 3 mi-lhões, 775 mil estabelecimentos produzem apenas 4% do faturamento. Faturamento bruto! Esses produtores têm faturamento bruto de zero a 2 salários mínimos.

Se fizermos uma média de 1 salário mínimo, o faturamento bruto por ano será de 6 mil reais! E isso é faturamento bruto, Deputado Silas Brasileiro! O que é a renda desse miserável!? Quem sabe, se a média for 6 mil reais por ano, serão menos de 600 reais por mês. E se a renda for de 1.200 reais por ano, serão 100 reais por mês. E isso quando não tem prejuízo, como estamos mostrando aqui.

Veja, Pinazza, o senhor que é um estudioso nesse assunto, o potencial que tem o Brasil! Esse é o Bra-sil. Mas 4 milhões e 700 mil estabelecimentos vivem miseravelmente.

E vamos falar dos outros 420 estabelecimentos, que faturam 85%. Esse povo deve receber em “bi”, Melles!

Alguma coisa está errada. Não é a produção, mas a política brasileira, Deputado Caiado. Peço a V.Exa. que se debruce neste estudo. Isso é um ab-surdo! Essa é a radiografia da agricultura brasileira. Somos extremamente competentes, mas estamos morrendo na praia.

Repetindo: 4 milhões e 700 mil estabelecimen-tos rurais faturam de zero a 10 salários mínimos por ano. E não é renda, é faturamento bruto por ano. Isso é um absurdo!

E ainda querem aplicar um índice de produtivida-de. Um repórter me disse hoje que a CONTAG levanta essa questão. O que quero com índice de produtivida-de, se 4 milhões e 700 mil estabelecimentos no Brasil sequer conseguem sobreviver? Nós, que somos do meio rural, sabemos. E ainda querem fazer índice de produtividade, lei ambiental, trabalho escravo e sei lá o que mais querem colocar em cima do freguês.

Então, esse é um problema extremamente grave. E os candidatos à Presidência têm que se debruçar sobre esse problema e pensar no que fazer. De nada adianta dar mais alimento ou um pequeno trator.

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Escutem o que vou dizer: ano que vem haverá um estouro com esse pessoal que comprou mais alimen-to. São 3 anos de carência. E a maioria que comprou ajudou as indústrias de máquinas agrícolas. O Brasil vendou máquinas agrícolas e ajudou essa indústria. Mas ano que vem a maioria desse pessoal vai estar fazendo conta para saber como vão pagar. Eles es-tão pagando um preço 20% a 30% menor pelo equi-pamento, pelo trator, do que qualquer outro produtor, com redução de juros em até um terço e ainda assim não vão conseguir pagar.

Então, Deputado Carlos Melles, isso é importante e devemos nos debruçar sobre esses problemas. Tem de haver algum mecanismo que possa nos equiparar, como fazem os americanos, os japoneses, enfim, o mundo todo: protege o seu produtor, porque quando ele vai no tal do mercado, ele não tem condições de fazer mercado. Como vai fazer mercado? Por mais organi-zação que a CNA possa fazer, por mais organização que a OCB possa fazer, os seus produtores não têm condições de fazer isso.

Esses números são uma radiografia real. Esse é o Brasil real, não é uma fantasia. Esse povo botou os mais de 200 bilhões de reserva que o Brasil tem hoje! Sangrou esse povo. O Brasil tem reserva, pagou a dívida externa, enfrentou a crise graças a esse povo aqui e o cara não consegue sobreviver.

Colocamos 1.500 produtores de arroz, na semana passada, na Assembleia Legislativa do Estado. Para quê? Santa Catarina e Rio Grande do Sul perderam, nestes 5 meses, quase 300 milhões de reais venden-do arroz abaixo do custo de produção. Estava agora com o Gerardo tentando ver desde março. “Coloca um pouquinho de dinheiro para dar um sinal para cima”, e não se consegue. O que vou fazer? Não tem jeito.

Tem que ter o subsídio, sim, Melles. Estava com o Érico Ribeiro, colega nosso no mandato passado, numa reunião sexta-feira, em Pelotas, e ele disse as-sim: “Deputado Luiz Carlos, eu vi um trator Massey Ferguson produzido no Rio Grande do Sul por 50 mil reais menos lá no Uruguai.” Como vou concorrer com o Uruguai, que bota arroz aqui dentro? Eu tenho ICMS, pagamos ICMS em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. A pessoa que compra no Uruguai paga uma terça parte do frete marítimo (Vocês se debruçaram em cima disso, Rose?) de Montevidéu ou de Buenos Aires para o Nordeste; 30% do preço do frete sem ICMS, sem FUNRURAL. Como vou concorrer?

Para acabar com essa desorientação que existe hoje na política precisa haver um mecanismo de subsí-dio. Por isso sou favorável. Vou trabalhar nisso e apre-sentar um relatório para podermos votar. Já pedi para o Moisés fazer. Nós precisamos disso. Como vamos

fazer? Não sei. Há dinheiro? Não sei. O que não pode é o produtor pagar essa conta. Quem está pagando essa conta? O produtor rural.

O empresário, o industrial disso, o industrial da-quilo, o profissional liberal não sei do que, esse não tem problema. Mas aquele que vive da pecuária ou da agricultura, que vive só daquilo... Eu vivo só disso e sei da dificuldade, qualquer um sabe.

Por isso, é preciso haver um mecanismo, um pro-jeto arrojado, Melles. Vamos trabalhar nesse assunto. Sei que é difícil, mas temos que botar alguma coisa em cima disso. E aqui é um mecanismo: subvenção econômica. Não tem problema.

Quando o Presidente Lula assumiu, discutimos as assimetrias do MERCOSUL com o arroz. Com S.Exa. estivemos 7 vezes; com os Ministros, mais de 50 vezes. Todo mundo concordava que tínhamos que corrigir as distorções do MERCOSUL. Alguém está ganhando, Pi-nazza. Quem vende geladeira, bicicleta ou automóvel para a Argentina, todos ganham dinheiro, mas quem paga o preço? O arroz, o trigo, a uva, o vinho, a cebola e o alho que os Estados do Sul estão produzindo. Ainda não conseguimos ser competitivos com eles.

Outro dia, na reunião do trigo, diziam que o Bra-sil tinha 10 bilhões favoráveis. Sim, alguém ganha os 10 bilhões, mas eu estou pagando; os produtores do meu Estado, de Santa Catarina e do Paraná estão pagando essa conta.

Isso tem que ser corrigido, e quem corrige é um mecanismo desses. Sou favorável a isso. Temos que votar isso, que é importante. Se houver condições de votar hoje, o.k. Se não houver condições, vamos acer-tar isso na próxima sessão que a Comissão realizar para votar um projeto dessa grandeza.

Como fazer? Não sei. Mas o pontapé inicial está dado. Precisa haver um mecanismo de correção des-sas distorções, senão vamos ficar sempre acuando. Há quanto tempo discutimos esse assunto e nada se resolve? Não se resolve nada! Não estamos sendo produtivos em cima do que viemos fazer aqui.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasilei-

ro) – Agradecemos ao Deputado Luis Carlos Heinze, preocupado com a renda agrícola desde a sua época de Prefeito, quando vinha permanentemente a esta Casa participar de reuniões conosco.

O SR. DEPUTADO RONALDO CAIADO – Sr. Presidente, V.Exa. poderia pedir para que a Secreta-ria da Mesa conseguisse esse trabalho que está nas mãos do Deputado Heinze e distribuísse para nós, por favor?

O SR. DEPUTADO LUIS CARLOS HEINZE – Está no site da EMBRAPA.

43090 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

O SR. DEPUTADO RONALDO CAIADO – No site da EMBRAPA, obrigado.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro) – Mas mesmo assim vamos providenciar, Deputado Caiado, atendendo à solicitação de V.Exa.

Não havendo mais nenhum Parlamentar inscrito, para os comentários finais, passamos a palavra ao Dr. Elísio Contini pelo prazo de 3 minutos, por gentileza.

O SR. ELISIO CONTINI – Naturalmente, a con-tribuição dos outros apresentadores e dos Deputados enriqueceram a ideia de uma garantia de renda, já consagrada em países desenvolvidos.

Talvez tenhamos tido algumas dificuldades, De-putado Caiado, há alguns anos, quando tínhamos uma instabilidade até macroeconômica muito grande. As coisas eram mais difíceis.

No momento em que o Brasil chega perto de 10 mil dólares, em média, por pessoa/ano, já cria con-dições para realmente impulsionarmos e tentarmos acertar essas contas com a agricultura.

Trabalho com economia agrícola há mais de 30 anos. Acompanhamos a contribuição que a agricultu-ra deu – como enfatizou há pouco o Deputado – para as contas externas, mas o principal tem sido o mer-cado interno.

Há duas semanas, li na Folha de S. Paulo a se-guinte manchete de 50 anos atrás: “Pode faltar trigo a partir de agosto”. Quer dizer, os brasileiros não teriam trigo em 1960, há 50 anos. Hoje, com todos os pro-blemas, a agricultura brasileira abastece o mercado interno a contento e contribuiu, de 2000 a 2008, com 403 bilhões de dólares de superávit.

Então, está na hora de a sociedade brasileira como um todo, além das dívidas, meio ambiente, re-servas legais, que não são atribuição do agricultor, mas da sociedade, são um desejo da sociedade, pagar uma parte dessa conta. O agricultor ainda continuará a pagar a maioria da conta, mas a sociedade também deverá pagar.

Conheço muito bem esses dados do estudo do Dr. Eliseu Alves. Esses dados, do Senso Agropecuário 2006, são atuais. De lá para cá, a situação praticamente não melhorou. Observamos agora que a questão do câmbio não é um problema da agricultura, mas afeta tremendamente sua rentabilidade.

Acho que alguma medida talvez não devesse tra-balhar como subsídio, mas como garantia de renda ao produtor. Acho que essa é uma ideia mais simpática, que pode ajudar a avançar nesta discussão democrática do Parlamento, que é, digamos, uma discussão dura.

Do ponto de vista da EMBRAPA, o Presidente da empresa me autoriza a nos colocarmos à dispo-

sição se houver necessidade de fornecermos alguns dados técnicos.

Muito obrigado, Presidente.O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro)

– Agradecemos ao Dr. Contini a participação.Passamos a palavra ao autor do projeto.O SR. DEPUTADO CARLOS MELLES – Sr. Pre-

sidente, peço licença a V.Exa. Esta deverá ser nossa última sessão antes do recesso. Hoje à tarde, nós, da Frente Parlamentar da Micro e Pequena Empresa, as-sinaremos um projeto de lei complementar cuja base passa por esse material que distribuímos.

Sr. Presidente, sabendo do zelo de V.Exa. pelo meio rural – já discutimos isso com o Caiado e com os membros da Comissão –, destacamos que essa pri-meira tabela, o Anexo IV, que está sendo passado aqui, é para o SIMPLES Rural. Na tentativa de iniciarmos essa discussão na Casa, fizemos para o empresário do comércio, da indústria e dos setores de serviço.

O SR. DEPUTADO RONALDO CAIADO – Eu não recebi essa planilha.

O SR. DEPUTADO CARLOS MELLES – De-putado Caiado, está na pasta que foi passada para V.Exa.

A primeira tentativa é que deveremos aprovar, até o final do ano, as novas alíquotas, para valer a partir de 1º de janeiro de 2011, de 360 mil reais para o menor micro e pequeno empresário e até 3 milhões e 600 mil reais para o maior micro e pequeno empresário.

No caso da agricultura, apresenta-se essa tabela. Não é obrigado o produtor virar pessoa jurídica, CNPJ, mas é uma opção. A Rose, da CNA, participou disso. Mas é uma opção ao pequeno produtor rural, que já nem é tão pequeno, porque é um faturamento anual de 3 milhões e 600 mil reais; que ele possa optar por ser pessoa jurídica, com essa observação. A menor alíquota equivale ao FUNRURAL que o produtor paga atualmente – um pouquinho mais, 2,75; e a maior alí-quota é 6% total de impostos. Isso é Imposto de Ren-da, Contribuição sobre o Lucro Líquido, que o produtor não vê há muitos anos; COFINS e PIS/PASEP, que penalizam o produtor; contribuição previdenciária, que está blindada; e o ICMS, que começa a aparecer timi-damente até 1,30%, que não é nada para quem paga 13%, 15%, 17%. Ou seja, para começo de discussão, é da faixa de 360 mil reais de faturamento/ano até 3 milhões e 600 mil reais.

A outra novidade que nós deveremos colocar no projeto de lei é o microempreendedor individual rural. Se vocês abrirem esse folheto, verão que temos aqui 170 profissões. Estamos elevando esse número para 430 profissões. Os senhores verão que há pescador, pedreiro, pintor, artesão, azulejista, astrólogo, chaveiro,

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 43091

chapeleiro, mágico, verdureiro – acho que é o produtor rural –, vidraceiro.

Essas profissões estarão incluídas neste MEI, mi-croempreendedor individual. Pagam só 11% do INSS. No caso rural, não pagarão nem ISS, nem ICMS. É uma facilidade de inclusão como nunca vista, com um período de contratação máxima de 120 dias por ano, por produtor, para facilitar.

Por fim, está aqui dentro o aperfeiçoamento da Lei Geral, mostrando que nós somos 18 milhões de brasileiros na informalidade no meio rural.

Fiz esse registro mais para o conhecimento dos companheiros da Comissão interessados nesse as-sunto. É um trabalho que nós estamos fazendo ao aperfeiçoar a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, tentando levar os seus benefícios para o campo.

Sr. Presidente, agradeço muito a delicadeza e a atenção de V.Exa. ao deixar-me fazer este comentá-rio. Como é a última vez que estou usando a palavra, quero agradecer a contribuição ao Dr. Pinazza, à Dra. Rosimeire, ao Dr. Elísio Contini e ao Dr. Evandro. Muito obrigado aos senhores pela contribuição a esse projeto. Agradeço também aos colegas Parlamentares pelas palavras e aos que nos visitam.

Muito obrigado.O SR. DEPUTADO LUIS CARLOS HEINZE –

Deputado Silas Brasileiro, só para reforçar, eu não havia falado, mas o Contini se refere aos números da agricultura, sobre os quais a imprensa falou outro dia. O custo dos alimentos, que no fim da década de 70 era 30%, 31% o que uma família gastava para se ali-mentar, atualmente está em 19%. Quer dizer, esses 11%, 12% saíram de quem, doutor? Certo.

São essas questões que a sociedade tem que entender, mas infelizmente o que nós temos aqui é uma política do chorão, do caloteiro, do safado. É só isso o que apregoam desse povo que está colocan-do comida na mesa dos brasileiros e dando riqueza para o Brasil.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro) – Nós passamos a palavra, para os comentários finais, por 3 minutos, ao Dr. Pinazza.

O SR. LUIZ ANTONIO PINAZZA – Eu gostei de um termo, quando o Deputado Ronaldo Caiado co-meçou: movimento coordenado. A estratégia de dividir a administração da agricultura é para enfraquecê-la. Se o elefante soubesse da sua força, seria o dono do circo. Não esse o ditado do nosso interior? Nós não estamos usando nossa força.

O SR. DEPUTADO LUIS CARLOS HEINZE – Dr. Pinazza, só um minutinho. Eu queria fazer um comen-tário. Nós já acertamos com o Moisés e com a Con-sultoria Legislativa para fazer um relatório sobre esse

tema. Então, eu pediria ao Pinazza, à Rose, ao Elísio e também ao Evandro sugestões em cima desse projeto; que os senhores possam nos dar sugestões em cima da proposta, que possam nos apresentar um relatório em cima dessa matéria.

O SR. LUIZ ANTONIO PINAZZA – Vender bem o peixe, o arrazoado. A cesta básica, nestes 15 anos de real, subiu 160%; o salário mínimo, 620. Quando tive a oportunidade de conhecê-lo – não sei se o se-nhor vai lembrar –, foi em um evento no Rio de Janeiro, quando começamos com agribusiness, em 1986, em novembro, em um hotel da Barra.

Naquele dia, o Dilson Funaro autorizou invadir uma propriedade, a Lei Delegada nº 4 – lembra-se disso? Estava faltando boi. Nós não temos mais esse tipo de coisa. Está lembrado disso, Deputado? Era o Plano Cruzado, final do Plano Cruzado, estava vazan-do água...

(Intervenção fora do microfone. Inaudível.)

O SR. LUIZ ANTONIO PINAZZA – Por exemplo, como nós chegamos nesta reserva de 200 bilhões de dólares? Este ano, o saldo comercial do Brasil só não vai ser negativo por causa de quem? E no ano que vem o saldo comercial do Brasil será negativo, mesmo com o agronegócio.

Então, vamos ser um pouco mais marqueteiros. Não vamos usar a palavra “subvenção”; vamos usar a palavra “renda”. É preciso articular mais o discur-so com as lideranças. Chamem o Lovatelli, chamem a Associação Brasileira de Agribusiness – ABAG. O agribusiness não tem interesse em matar o seu clien-te, essa é a verdade.

Vamo-nos sentar, todos nós, e fazer esse movi-mento coordenado. Há capacidade convocatória aqui. Vejam o show que foi a questão do Código Florestal. Mostramos para a sociedade brasileira que temos for-ça. Parece que nós perdemos a autoestima. Ficamos com um discurso muito negativo.

Cruzo este País com os cursos da Fundação. Eles são empresários, que fazem uma consultoria, e sentimos essa coisa dramática. E eu fico contente em não estar perdendo o sonho das agências e que aquele esforço... Muitas vezes, eu falo: “Poxa, eu fui lá, fizemos todo aquele esforço e como é que está sendo interpretado? Veio, teve um custo e que contribuição deixamos?”

Então, esse é um sonho moderno. O mundo tem uma velocidade e temos, a toda hora, que fazer uma reciclagem.

No que pudermos colaborar, estamos à disposi-ção. Estou vindo pela Fundação. A carta foi para o Car-los Ivan, que a mandou para nós. Podemos fazer um

43092 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

evento dentro da Fundação. Chamem a mídia, porque ganha uma força acadêmica, ganha uma força institu-cional. Esse movimento tem que ser coordenado.

A sua liderança é importante nesse processo. Eu acho que este é o principal desafio de V.Exa.: manter esse processo coordenado. O processo é mais im-portante que o produto final, porque o produto é uma consequência.

Agradeço esta oportunidade. Estamos acabando de fazer o projeto da ABAG

– fizemos ontem. Quando poderíamos imaginar que um projeto da ABAG iria escrever a inclusão de 800 mil agricultores no mercado? É fruto do trabalho do Dr. Eliseu! O Dr. Eliseu me chamou em sua sala e disse: “Olha, me sensibilizou”. Levamos lá e foi aceito por todas as entidades patronais. Então, nós temos muito mais coisa em comum para ser compartilhada e cres-cermos juntos.

Obrigado por esta oportunidade.O SR. PRESIDENTE (Deputado Carlos Melles)

– Agradecemos ao Dr. Pinazza. Passamos a palavra para a Rosemeire, para seus

comentários finais, por 3 minutos.A SRA. ROSEMEIRE CRISTINA DOS SANTOS

– Deputado Carlos Melles, quero mais uma vez para-benizar V.Exa. pela apresentação desse projeto de lei, parabenizar o Deputado Ronaldo Caiado pela autoria do requerimento que gerou esta audiência pública e dizer da importância do encaminhamento deste assunto.

No meu projeto de doutorado, tenho trabalhado muito política agrícola, comparando Brasil, União Eu-ropeia e Estados Unidos. Recentemente, estive nos Estados Unidos trabalhando com os técnicos do FGA e analisando as políticas agrícolas que eles fazem. A última política agrícola deles foi um programa para in-centivar a juventude urbana a votar para o campo.

Acredito que, se não for feita uma política para manter o homem no campo do Brasil, subvencionan-do e mantendo a renda dele, futuramente estaremos caminhando no mesmo sentido. Então, é de extrema necessidade, é de extrema importância a discussão e o aprimoramento desse projeto. E nós colocamos toda a equipe técnica da CNA, toda a equipe que possa contribuir para a elaboração desse projeto de forma a colaborar com esta Casa para o aprimoramento deste projeto de lei.

Muito obrigada e, mais uma vez, parabéns.O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro)

– Muito obrigado, Dra. Rosimeire. Passamos a palavra ao Dr. Evandro, para seus

comentários finais, por 3 minutos.O SR. EVANDRO NINOUT – Ficou claro nesta

tarde, nesta audiência pública, pelos comentário que

ouvimos, que a perda de renda do produtor é notó-ria. As estatísticas mostram, o Deputado Luis Carlos Heinze falou sobre isso, o Deputado Caiado também. Então, precisamos garantir a renda do produtor. E eu volto a afirmar que este projeto é uma oportunidade para isso.

Dentro da linha do pedido do Deputado Heinze, nós precisamos aumentar a renda com subsídio do seguro rural. Nós precisamos incluir neste projeto a questão do seguro rural. Precisamos também de prê-mios por produção eficiente e também de incentivo à regularidade florestal da propriedade. Esses itens precisam constar no projeto e outros mais que nós podemos pensar juntamente com a equipe técnica da OCB, da CNA, da ABAG e assim por diante.

E a renda para bancar isso? A renda tem que vir da sociedade. A sociedade tem que bancar isso para o setor rural. O tempo todo, como foi dito aqui, as divisas que nós tivemos desde o final do Governo do Fernan-do Henrique são oriundas do setor rural brasileiro. Por isso, neste momento, quem tem que pagar a conta é a sociedade brasileira, porque ela tem uma dívida com os produtores rurais.

Também deixo aqui a OCB à disposição para continuar este trabalho de melhoria do projeto, e que ele seja a cara do Brasil.

Muito obrigado pela oportunidade.O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro)

– Nós queríamos cumprimentar o Deputado Carlos Mel-les, mais uma vez, pela oportunidade da apresentação do Projeto de Lei nº 5.424, de 2009. Sem dúvida, esse projeto traz um desafio ao fazer com que pensemos efetivamente no que é mais importante: a renda e a permanência do homem no campo. Isso realmente é extraordinário. É louvável a defesa intransigente que o nobre colega faz da renda e da permanência do ho-mem no campo.

Acoplado a isso, como foi Relator da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa, S.Exa. inclui também o campo, para que seja feita uma proposta no sentido de beneficiá-lo. Na verdade, essa não é uma medida compensatória. Seria medida compensatória se tivés-semos algum subsídio na energia, no combustível etc. Isso é simplesmente um meio de se fazer justiça, que é tributar menos esse homem que produz riquezas para o nosso País.

Parabéns, mais uma vez, nobre Deputado Carlos Melles, pela sua inteligência, capacidade, dedicação e empenho em fazer com que o homem do campo possa ser reconhecido como gerador de renda e de divisas para o nosso País.

Agradecemos a participação ao Dr. Elísio Conti-ni. Gostamos muito da sua observação sobre a janela

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 43093

azul. Realmente, foi extraordinária. Naturalmente, va-mos usar isso no relatório.

Não há aqui hoje um número maior de Parlamen-tares presentes, mas as notas taquigráficas serão dis-tribuídas para todos os Parlamentares; consequente-mente, todos vão ter acesso ao que aqui foi dito e vão participar de maneira mais ativa desta discussão.

Dr. Pinazza, fazia tempo que não nos víamos. Realmente, é um grande amigo e um grande compa-nheiro. Foi extraordinária a sua observação no sen-tido de que a agricultura nasce fora da propriedade rural. Isso realmente é extraordinário. O agribusiness é que faz o nosso dia a dia. Muitas vezes não temos essa visão. Precisamos, então, cuidar disso aqui do lado de fora.

A Dra. Rosimeire enfatizou a renda no campo como garantia da permanência do cidadão na área produtiva. E o Dr. Evandro destacou de maneira bri-lhante a oportunidade do projeto.

Agradecemos a participação de cada um dos senhores expositores que vieram enriquecer a nossa audiência pública. Mais uma vez, agradecemos a pre-sença a todos os que aqui se encontram.

Quero destacar a presença de representantes da COOPARAISO, dos nossos assessores e da im-prensa.

Deixo registrado um abraço especial do Presiden-te desta Comissão, Deputado Abelardo Lupion. S.Exa. tinha outros compromissos, por isso, não esteve aqui conosco, mas pediu que conduzíssemos a reunião com os assessores da Casa.

Vamos encerrar a reunião, antes, porém, convo-camos os Srs. Deputados para a reunião deliberativa que será realizada amanhã, às 10h, neste mesmo plenário.

Muito obrigado. Está encerrada a presente reunião.

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

53ª Legislatura – 4ª Sessão Legislativa Ordinária

Ata da Trigésima Primeira Reunião Ordinária (Deliberativa) Realizada em 14 de julho de 2010

Às onze horas e quatorze minutos do dia quator-ze de julho de dois mil e dez, reuniu-se a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvi-mento Rural, no Anexo II, Plenário 06 da Câmara dos Deputados, com a presença dos Senhores Deputados Silas Brasileiro – Vice-Presidente; Cezar Silvestri, Dil-ceu Sperafico, Eduardo Sciarra, Flávio Bezerra, Jairo Ataide, Leandro Vilela, Luis Carlos Heinze, Moacir Mi-cheletto, Nazareno Fonteles, Onyx Lorenzoni, Ronaldo

Caiado, Valdir Colatto, Zé Gerardo e Zonta – Titulares; Carlos Alberto Canuto, Carlos Melles, Lázaro Botelho, Lelo Coimbra, Luiz Alberto, Paulo Piau e Silvio Lopes – Suplentes. Deixaram de comparecer os Deputados Abelardo Lupion, Anselmo de Jesus, Antônio Andra-de, Assis do Couto, Benedito de Lira, Beto Faro, Celso Maldaner, Duarte Nogueira, Eduardo Amorim, Fábio Souto, Fernando Coelho Filho, Fernando Melo, Giovanni Queiroz, Homero Pereira, Leonardo Vilela, Lira Maia, Luiz Carlos Setim, Moreira Mendes, Nelson Meurer, Odílio Balbinotti, Pedro Chaves, Tatico, Vitor Penido, Wandenkolk Gonçalves e Zé Vieira. ABERTURA: Ha-vendo número regimental, o Presidente em exercício, Deputado Silas Brasileiro, declarou abertos os trabalhos e, diante da presença em Plenário somente do Depu-tado Nazareno Fonteles e da importância das matérias em pauta que demandariam um debate aprofundado, decidiu encerrar a reunião. EXPEDIENTE: Em segui-da, o Presidente em exercício cientificou ao Plenário que, em treze de julho do corrente, distribuiu o Projeto de Lei nº 7.490/2010 ao Deputado Silas Brasileiro; o Projeto de Lei nº 1.187/2001 ao Deputado Moacir Mi-cheletto; o Projeto de Lei nº 7.535/2010 ao Deputado Ronaldo Caiado; e a Proposta de Fiscalização e Con-trole nº 126/2010 ao Deputado Vítor Penido. ORDEM DO DIA: A – Requerimentos: 1 – REQUERIMENTO Nº 585/10 – do Sr. Carlos Melles – que “requer que seja realizada audiência pública conjunta com a Co-missão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional para debater o texto do Acordo Internacional do Café de 2007, assinado no Brasil em 19 de Maio de 2008”. NÃO DELIBERADO. B – Proposições Sujeitas à Apre-ciação do Plenário: PRIORIDADE 2 – PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.641/09 – da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – que “aprova a cessão ao Estado de Rondônia, do imó-vel da União com área de 15.486,4768 ha, situado no Município de Porto Velho, naquele Estado, objeto do Processo nº 54000.000883/00-77, o que possibilitará a regularização da Estação Ecológica Estadual An-tonio Múgica Nava”. RELATOR: Deputado MOREIRA MENDES. PARECER: pela aprovação deste, da Emen-da de Relator 1 da CAINDR, da Emenda de Relator 2 da CAINDR e da Emenda de Relator 3 da CAINDR. Vista conjunta aos Deputados Marcos Montes e Na-zareno Fonteles, em 23/06/2010. NÃO DELIBERADO. 3 – PROJETO DE LEI Nº 5.707/09 – da Comissão Especial destinada ao exame e a avaliação da Crise Econômico-Financeira e, ao final, formular propostas ao Poder Executivo e ao País, especificamente no que diz respeito à repercussão na Agricultura. – que “alte-ra a Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009, de forma estabelecer percentual mínimo para a aquisição sob a

43094 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

forma fluida do leite adquirido com recursos do PNAE” RELATOR: Deputado CEZAR SILVESTRI. PARECER: pela aprovação, com substitutivo. NÃO DELIBERADO. C – Proposições Sujeitas à Apreciação Conclusiva pe-las Comissões: PRIORIDADE 4 – PROJETO DE LEI Nº 7.154/10 – do Senado Federal – Gilberto Ghoell-ner – (PLS 276/2008) – que “altera a redação do art. 1º da Lei nº 9.481, de 13 de agosto de 1997, que “dis-põe sobre a incidência de imposto de renda na fonte sobre rendimentos de beneficiários residentes ou do-miciliados no exterior, e dá outras providências”, para reduzir a zero a alíquota do imposto de renda na fonte sobre o pagamento de juros e comissões relativos a créditos obtidos no exterior e destinados ao financia-mento da produção de mercadorias agropecuárias de exportação”. RELATOR: Deputado MARCOS MONTES. PARECER: pela aprovação. Vista ao Deputado Moa-cir Micheletto, em 07/07/2010. NÃO DELIBERADO. TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA 5 – PROJETO DE LEI Nº 7.313/06 – do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame – que “dispõe sobre especificações técnicas que deverão ser observadas por empresas que produzam até 10.000 cestas de alimentos e similares, por mês”. RELATOR: Deputado LEONARDO VILELA. PARECER: pela apro-vação. NÃO DELIBERADO. 6 – PROJETO DE LEI Nº 6.254/09 – do Sr. Beto Faro – que “dispõe sobre as condições de liquidação das dívidas dos beneficiá-rios do programa de reforma agrária junto ao Crédito Instalação aos assentados, e dá outras providências”. (Apensado: PL 6975/2010) RELATOR: Deputado CEL-SO MALDANER. PARECER: pela aprovação deste e do PL 6975/2010, apensado, com substitutivo. Vista conjunta aos Deputados Luis Carlos Heinze e Zonta, em 30/06/2010. O Deputado Zonta apresentou voto em separado em 06/07/2010. NÃO DELIBERADO. 7 – PROJETO DE LEI Nº 7.139/10 – do Sr. José Airton Cirilo – que “dispõe sobre a concessão de benefício do seguro-desemprego a todo pescador profissional que exerça pesca comercial artesanal, ao trabalhador que exerça atividade pesqueira artesanal, ao que a estes se assemelham, entre eles os que capturam ou cole-tam caranguejos e mariscos e os que os processam, incluindo estes trabalhadores como segurados espe-ciais do regime geral de previdência social”. RELATOR: Deputado ZONTA. PARECER: pela aprovação, com substitutivo. Vista ao Deputado Moacir Micheletto, em 07/07/2010. NÃO DELIBERADO. Nada mais havendo a tratar, o Presidente em exercício encerrou os traba-lhos às onze horas e quinze minutos, antes, porém, convidou os membros a participarem da Reunião Ex-traordinária (Audiência Pública), hoje, dia quatorze de julho do corrente, às quinze horas, no Plenário Sete do Anexo II, desta Casa. E para constar, eu, Moizes Lobo

da Cunha __________________________, Secretário, lavrei a presente ATA, que, depois de lida e aprovada, será assinada pelo Presidente e encaminhada à pu-blicação no Diário da Câmara dos Deputados. Depu-tado Silas Brasileiro ___________________________ Vice-Presidente.

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

53ª Legislatura – 4ª Sessão Legislativa Ordinária

Ata da Trigésima Segunda Reunião Extraor-dinária (Audiência Pública) Realizada em 14 de julho de 2010

Às quinze horas e vinte e dois minutos do dia qua-torze de julho de dois mil e dez, reuniu-se a Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvi-mento Rural, no Anexo II, Plenário 07 da Câmara dos Deputados, com a presença dos Senhores Deputados Silas Brasileiro – Vice-Presidente; Eduardo Sciarra – Titular; Paulo Piau e Veloso – Suplentes. Deixaram de comparecer os Deputados Abelardo Lupion, Anselmo de Jesus, Antônio Andrade, Assis do Couto, Benedito de Lira, Beto Faro, Celso Maldaner, Cezar Silvestri, Duarte Nogueira, Eduardo Amorim, Fábio Souto, Fer-nando Coelho Filho, Fernando Melo, Flávio Bezerra, Giovanni Queiroz, Homero Pereira, Jairo Ataide, Le-andro Vilela, Leonardo Vilela, Lira Maia, Luis Carlos Heinze, Luiz Carlos Setim, Moacir Micheletto, Moreira Mendes, Nazareno Fonteles, Nelson Meurer, Odílio Balbinotti, Onyx Lorenzoni, Pedro Chaves, Ronaldo Caiado, Tatico, Valdir Colatto, Vitor Penido, Wandenkolk Gonçalves, Zé Gerardo, Zé Vieira e Zonta. Justificou a ausência o Deputado Dilceu Sperafico, por compro-misso no TRE/PR. Assumindo a Presidência, o De-putado Silas Brasileiro declarou abertos os trabalhos, cumprimentou a todos e esclareceu que a reunião se destinava a “prestar esclarecimentos e debater sobre a normatização do Georreferenciamento de imóveis ru-rais.” Prosseguindo, o Presidente esclareceu as regras para os trabalhos, informou que a lista de inscrições para os debates estava à disposição dos Senhores Deputados e convidou para compor a mesa o Senhor Marcelo Cunha – Coordenador-Geral de Cartografia da Diretoria de Ordenamento da Estrutura Fundiária do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária/INCRA. Na sequência, o Presidente passou a palavra, pela ordem, ao Deputado Paulo Piau e, para sua expo-sição inicial, ao Senhor Marcelo Cunha. Em seguida, o Presidente cedeu a palavra ao Deputado Paulo Piau, autor do Requerimento nº 561/2010, que originou a pre-sente audiência. Dando prosseguimento, o Presidente franqueou a palavra, para respostas e considerações

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 43095

finais, ao Senhor Marcelo Cunha. Dando andamento, o Presidente concedeu a palavra ao Deputado Paulo Piau. Finalizando, o Presidente agradeceu a presença de todos e encerrou os trabalhos às dezesseis horas e trinta minutos, antes, porém, convidou os membros a participarem de Reunião Deliberativa Ordinária, quarta-feira, dia quatro de agosto, às dez horas, no Plenário 06 do Anexo II da Câmara dos Deputados. O inteiro teor foi gravado, passando as notas taquigráficas a integrar o acervo documental desta reunião. E para constar, eu ______________________, Moizes Lobo da Cunha, lavrei a presente Ata, que por ter sido lida e aprovada, será assinada pelo Presidente em exercício, Deputado Silas Brasileiro ______________________, e publica-da no Diário da Câmara dos Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro) – Declaro aberta esta reunião de audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados, convocada para prestar esclarecimentos e debater sobre a normatização do georreferenciamento de imó-veis rurais.

Esta audiência foi proposta pelo ilustre Líder De-putado Paulo Piau, do PMDB de Minas Gerais.

Cumprimento os Srs. Parlamentares, as senhoras e senhores presentes, os assessores e a imprensa.

Foi convidado para participar desta audiência o Dr. Marcelo Cunha, Coordenador-Geral de Cartogra-fia da Diretoria de Ordenamento da Estrutura Fundi-ária do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária – INCRA.

Convido o Dr. Marcelo Cunha a tomar assento à mesa.

Informo aos Srs. Parlamentares que o expositor terá um prazo de 20 minutos, prorrogáveis a critério da Mesa, não podendo ser aparteado. Os Parlamentares inscritos para interpelar o expositor poderão fazê-lo estritamente sobre o assunto da exposição pelo pra-zo de 3 minutos, tendo o interpelado igual tempo para responder, facultadas a réplica e a tréplica pelo mesmo prazo. É vedado ao orador interpelar qualquer um dos senhores presentes.

Passo a palavra ao Dr. Marcelo Cunha. O SR. DEPUTADO PAULO PIAU – Pela ordem,

Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro)

– Pois não, Deputado.O SR. DEPUTADO PAULO PIAU – Sr. Presiden-

te, antes de o Dr. Marcelo começar a sua exposição, quero registrar a presença entre nós do Sr. Tochio, da nossa querida cidade de Araguari, membro atuante da maçonaria, e também do nosso amigo Humberto de Souza. S.Sas. vieram assistir a esta exposição.

Quero apenas dizer ao Dr. Marcelo Cunha, para um direcionamento, que hoje há uma intranquilidade muito grande com relação ao georreferenciamento. A princípio, as propriedade maiores, agora as com até 500 hectares e, a partir do ano e 2011, todas as pro-priedades precisam ter o georreferenciamento. O que mais escutamos, como uma voz diria até de reclama-ção, é que a estrutura técnica do Governo, sobretudo do INCRA, é precária em relação a esse atendimento. E isso tem causado uma certa imobilização nessas transações.

A partir do momento em que as propriedades menores de 500 hectares forem também obrigadas, isso vai causar realmente uma obstrução em todo esse processo.

Gostaríamos muito de ouvir V.Sa. na direção de como resolver esse problema, quem sabe, antecipada-mente, para não criarmos talvez mais problemas para o produtor rural, que muitas vezes precisa de vender um pedaço da sua propriedade para quitar dívida. São fatos que estão acontecendo. E a dívida não é quitada porque não é possível, o produtor está com um proces-so que não anda e não pode fazer uma transferência cartorária. Assim, muitas vezes a dívida complica a vida do cidadão, porque não há uma sequência lógica, rápida, na questão do georreferenciamento.

Portanto, queremos muito ouvir V.Sa. nessa di-reção.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro) – Pois não, Deputado Paulo Piau. Queremos, então, deixar registrada a presença dos Srs. Tochio e Humber-to, convidados do nobre Deputado Paulo Piau. Sejam bem-vindos a esta audiência.

O Dr. Marcelo disporá de 20 minutos, se neces-sário, prorrogáveis, tendo em vista a importância da matéria. Esse assunto, sem dúvida, é extremamente preocupante.

Muitas vezes nós, do Governo, criamos real-mente algumas regras, normas e portarias e criamos dificuldades para o outro lado exatamente em função de a estrutura não estar apta para atender a própria exigência que criamos.

Isso realmente é muito importante. Procede a preocupação do Deputado Paulo Piau, aliás, muito zeloso e ardente defensor da produção agropecuária do País.

Com a palavra o Dr. Marcelo Cunha. O SR. MARCELO CUNHA – Sr. Presidente, vou

pedir licença e ficar de pé para operar o sistema.O Presidente Rolf Hackbart cumpre uma agen-

da externa e pede desculpas ao Presidente, ao autor do requerimento, Deputado Paulo Piau, e a todos os nobres Deputados pelo seu não comparecimento. Sou

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portador de um abraço cordial e fraternal do Presidente Rolf a todos os nobres Deputados.

A questão do georreferenciamento é realmente hoje, no País, matéria de capa. Os produtores rurais foram, por força de lei, impelidos a apresentar a iden-tificação e a delimitação de seus imóveis junto ao Ins-tituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária para obter o que chamamos de certificação do imóvel. Foi através da Lei nº 10.267, de 2001, e dos decretos que regulamentaram essa lei.

Então, inicio a minha fala neste sentido: Lei nº 10.267, de 2001.

Em termos de estrutura fundiária, da estrutura deste País, podemos dizer que essa lei é de ontem. Estamos trabalhando muito para que possamos ter ver-dadeiramente, em território brasileiro, o conhecimento da malha fundiária. Mas a lei é muito recente.

Se nós fizermos um histórico da estrutura fun-diária brasileira, vamos aos remotos 1534, quando o Rei D.João III dividiu o Brasil em grandes lotes, que se estendiam do litoral até a linha do Tratado de Tor-desilhas. Eram as chamadas capitanias hereditárias, que perduraram, de forma legal, até 1549.

(Seguem-se exibição de imagens.)Então, a primeira divisão do País foi esta. Eram

linhas retas: a linha do Tratado de Tordesilhas, as ca-pitanias hereditárias e o brasão de cada um dos do-natários.

Em seguida, passamos às sesmarias, glebas de terra de 10 léguas doadas a quem pretendesse cultivá-las, pois o objetivo da Coroa portuguesa naquela época era a produção. O território já estava colonizado, as ca-pitanias hereditárias não deram o resultado esperado, então, criou-se esse sistema de sesmarias. Daí surgiu o termo área devoluta, terra devoluta. No caso, aque-les que recebessem as sesmarias tinham que cultivar a terra. Caso não atendessem a esse requisito, essas terras eram devolvidas à Coroa portuguesa. Até hoje usamos o termo terra devoluta, e isso é lá de 1500.

Por que eu trouxe esse breve histórico? Para dizer que a lei que criou o georreferenciamento e a certifi-cação de imóveis rurais é recente, mas os problemas fundiários brasileiros datam do seu descobrimento. Tra-tar assunto fundiário neste País é uma questão muito delicada e complexa.

As sesmarias perduraram até 1822. De 1822 até 1850, reinou a cultura da posse, o império. Alguns pro-curadores do INCRA, grandes mestres em Direito de Registro Público ou Direito Agrário e Registro Público, chamam este período de 1822 a 1850 de império da posse. A terra não era de ninguém, mas de quem che-gasse primeiro e ali demarcasse os seus limites.

De 1843 a 1973, surgiram várias leis e decre-tos que não quis aqui enumerar porque não haveria tempo suficiente para descrever todas as leis deta-lhadamente.

Mas neste período de 1843 a 1973 saímos da tradição como forma de transmissão da terra. Trans-missão do quê? Daquilo que havia: provinda das ca-pitanias hereditárias, das sesmarias e dessas ocupa-ções regulares que aconteceram no período de 1822 a 1850. Então, era a tradição como forma de transmis-são, ou seja, passava de pai para filho e ficava dentro da família.

Depois veio a questão do ato paroquial, que nada mais era do que um simples registro junto a cada um dos distritos, assim chamados, mas que eram atos não constitutivos de domínio, ou seja, o registro paroquial não constituía domínio, porque, na história fundiária do Brasil, muitas vezes existem títulos que remontam a esses registros paroquiais. Mas nunca, em momento nenhum, o registro paroquial teve a intenção ou o produ-to final como forma de constituir domínio do imóvel.

Depois passamos para as transcrições. Os imó-veis passaram a precisar de pelo menos uma descri-ção, mesmo que precária, dos seus limites, mas ainda continuava a ausência de prova do domínio.

Por fim, vieram a inscrição do título, a execução do registro público e a matrícula, finalmente, que é o que temos hoje.

Em 1973, foi então constituída a Lei nº 6.015, a Lei de Registros Públicos, que perdura até hoje no Bra-sil. Entrou em vigor a partir de 1976 e ainda está em vigor. Essa lei trouxe para a estrutura fundiária, para a regularização fundiária no País, para o conhecimento do que temos no meio rural vários avanços.

Primeiro, o registro, que passava a ser a trans-crição mais a inscrição, ou seja, havia a necessidade expressa de comprovar o domínio.

Depois foi criada a figura da matrícula, que nada mais é do que a individualização do imóvel. Quando não falamos de matrícula, falamos de transcrição, que era um documento que poderia ter um único imóvel ou diversos imóveis. Então, um proprietário poderia, em uma única transcrição, registrar diversos imóveis, em diferentes localidades, comarcas e Unidades da Fede-ração. A matrícula acabou com essa questão de fazer o título de domínio congregado em um único documento. A matrícula individualizou o imóvel: para cada imóvel, uma matrícula, com a sua verdadeira descrição.

Hoje, quando pegamos algumas matrículas mui-to antigas, vemos que eram descrições ainda muito precárias, que não definiam com grande ou com ne-nhuma precisão os limites dos imóveis. Mas já era um

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avanço, o imóvel já estava individualizado por meio de um único documento.

Finalmente, veio o problema da especialidade do imóvel.

A Lei nº 6.015 tentou, no art. 176, individualizar esse imóvel ou especializá-lo. A especialização do imóvel vai desde o proprietário que tem domínio sobre ele até a descrição de seus limites. O art. 176 inovou a questão do registro público quando disse que, para o registro do imóvel, seria obrigatória a descrição do seu perímetro e principalmente sua localização. Isso está muito claro no art. 176.

Esse artigo era a tábua de salvação do sistema de registro público no Brasil, porque era obrigatória a localização do imóvel. Anteriormente, não era. Até 1976, nenhum oficial de registro de imóvel podia, de ofício, solicitar ao proprietário que localizasse ou que desse coordenadas ou informações de acidentes na-turais que pudessem dar uma localização aproximada do imóvel. Assim também eram as transcrições.

A Lei nº 6.015, no seu art. 176, estabeleceu como obrigatória a localização do imóvel. Porém, infelizmen-te, o art. 228 estragou tudo, porque diz: vale o registro da transcrição. Ou seja, tudo voltou ao que era antes, porque poderia o proprietário, na presença do oficial, requerer o registro da matrícula segundo a descrição que está na transcrição do imóvel. E nós bem sabemos que na transcrição não havia nenhuma individualização do imóvel, muito menos a localização.

Então, a Lei nº 6.015, a Lei de Registros Públicos, naquela época, tentou trazer uma especialidade para esse imóvel ao dizer que o imóvel tem domínio, que é comprovado; que o detentor do imóvel é fulano de tal e sua descrição perimétrica e localização são essas. Ou seja, não só individualizou de forma literal e descritiva o imóvel, mas de forma também espacial.

Quando veio a Lei de Registros Públicos, a ideia era não só deixar o imóvel com conhecimento descri-tivo detalhado, mas também a sua localização espa-cial. Mas o art. 228 se sobrepôs ao art. 176, e aí nós viemos até 2001 com o registro público brasileiro e a estrutura fundiária brasileira de forma totalmente des-critiva e literal.

O que era a estrutura fundiária deste País até 2001? O que estava nos cartórios. As matrículas, as descrições, algumas delas com alguma precisão, ou-tras nem tanto e outras totalmente precárias. Vamos ver, tenho exemplos aqui.

Em 2001, vem, então, a Lei nº 10.267, que traz a especialidade do imóvel de maneira objetiva. A Lei nº 10.267 alterou a Lei nº 6.015, principalmente no seu art. 176, e deixou muito claro que o imóvel, para ser levado a registro, teria que ter os requisitos que

já existiam e mais um, muito importante, no § 3º: a lo-calização precisa desse imóvel. O imóvel terá que ter coordenadas, referenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro, assinadas com responsabilidade técnica de um profissional habilitado junto ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia.

Nesse ponto, a Lei nº 10.267 retorna à Lei nº 6.015 e diz que agora o imóvel terá a sua localização e individualização literal, descritiva, escrita, com ma-trícula e documento, mais terá também a sua localiza-ção espacial unívoca. Não haverá mais dúvida quanto à localização desse imóvel.

Mas por que isso? Temos exemplos em alguns Estados e em algumas cidades do que chamam de andares. Em alguns municípios deste País, chega a ser chacota a questão da grilagem de terra, a ponto de um proprietário chegar a um cartório de registro de imóvel e o oficial, de forma jocosa, perguntar: “Em qual andar o senhor quer o registro de sua proprieda-de?” Porque imperava a questão dos andares, ou seja, o mesmo imóvel registrado para diversas pessoas, com domínios diferentes. Eram os andares. Diziam: “Essa propriedade já tem uns 3 andares só aqui no meu cartório, fora em outras comarcas”. “Mas como assim? Um imóvel registrado em outra comarca?” “É assim, infelizmente, um dia vamos conseguir superar esse problema.”

Isso acontecia porque a descrição do imóvel era só literal, só escrita. Não havia um desenho, uma re-presentação gráfica de maneira que eu pudesse loca-lizar o imóvel e dizer: “Neste local, nesta região, nesta porção da superfície terrestre já existe um imóvel, de domínio do senhor fulano de tal.” Isso é o que fez a Lei nº 10.267. Isso que é o georreferenciamento, tão falado e algumas vezes colocado injustamente na berlinda.

O georreferenciamento de imóveis rurais veio trazer segurança jurídica ao registro público do País, e quando traz segurança jurídica ao registro público do País diz: agora, sim, faremos o ordenamento fun-diário brasileiro de forma correta, responsável, clara, transparente.

Neste registro público do Cartório de Conchas – é um documento público, então, em nenhum momen-to estou aqui transgredindo qualquer legislação – há a descrição do imóvel Sítio Santo Onofre, com área de 35 alqueires, situado no distrito de Juquiratiba do Município de Conchas, dividindo com José Arimateia em 780 braças, com Pedro Marques em 320 braças e com vendedores em 1.350 braças. Proprietário: Sr. Fulano de tal, solteiro, pecuarista, residente em Con-chas. Registro anterior, uma transcrição.

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Vejam a especialidade daquele imóvel: Sítio Santo Onofre, com área de 35 alqueires, dividindo com Fula-no de tal e com outro Fulano de tal, e só.

Fazendo apenas essa leitura, consigo localizar esse imóvel? Consigo ter pelo menos uma noção aproximada das dimensões e da forma desse imó-vel? Impossível! É a isso que chamamos de descrição precária de um imóvel. Há registro, o domínio está comprovado, o Sr. Francisco tem domínio sobre os 35 alqueires. Onde? Não sei. “Não, O oficial de cartório é obrigado a ter a localização!” Como, com uma des-crição dessas?

O que seria o ideal? Seria isso, e o Cartório de Conchas, em São Paulo, já trabalha dessa forma. Este é o modelo que possivelmente a ANOREG/IRIB vai adotar. Se todos os encaminhamentos que estão sen-do dados lá renderem frutos, essa será a descrição de um imóvel, esse será o registro de um imóvel. Na parte superior, toda a questão de domínio, a denominação do imóvel, suas coordenadas, o croqui ou a planta. Neste caso, estou falando de croqui. “Mas o croqui não é algo aproximado?” Estou falando de croqui porque não existe escala nem nada, é uma representação gráfica do imóvel, mas existe a representação gráfica com seus vértices aqui descritos e suas coordenadas. Depois, continua a especificação do imóvel quanto ao detentor. Esse é um registro a que almejamos.

Por que isso? “Está aí. É um outro imóvel, Mar-celo. Pronto, está levantado de novo! O que tem isso? Agora, vou ali e registro no cartório. Aquele lá tem tantos metros, aquele lá tem tantos metros.” Mas não queremos isso. Queremos saber onde está esse imó-vel. O registro é claro, é público, está no cartório, mas eu quero saber onde está esse imóvel.

Sobre esse imóvel, nenhum andar. Estamos vendo aqui aquele mesmo desenho que havia lá, mas se con-funde a linha com a imagem, eu deveria ter colocado isso em azul. Estão vendo aqui as linhas do imóvel? É o mesmo imóvel. Localização. Pronto, esse imóvel está localizado! Ele tem a descrição literal, clara, no cartório, e tenho sua localização. Em relação a quê? Em relação a qualquer ponta, a qualquer referência, em relação ao mundo. Não é em relação ao Brasil, ao Estado de Goiás ou ao Estado de Minas Gerais, é em relação ao mundo. Nesse imóvel nenhum registro, evidentemente, será sobreposto, porque ele tem sua localização definida.

Sr. Presidente, agora de forma mais rápida. Os desafios do INCRA na certificação de imóveis

rurais são: infraestrutura geodésica deste País. Encon-tramos o Brasil, em 2007, com 27 pontos de estações GPS ativas. Hoje, todos sabem que 99% dos georre-ferenciamentos, dos trabalhos de campo feitos para o

georreferenciamento são através de tecnologia GPS. E hoje nem falamos mais em GPS, mas em GNSS. Mudou, melhorou.

Tínhamos 27 pontos num país continental como o Brasil. Era um problema. Como teríamos precisão com uma rede geodésica com 27 pontos espalhados pelo Brasil? “Mas vamos remontar, então. A rede geodésica brasileira tem 10.585 pontos.” Certo, mas são estações materializadas no terreno, são marcos de concreto no terreno, no alto do morro, e só para se chegar lá são 4 horas de caminhada, e se chegar. E quando chega, o marco está destruído.

Quantos proprietários adquiriram suas proprieda-des e perguntam: “Rapaz, o que é isso aqui?” “Doutor, o negócio é o seguinte. Foram os homens do Exército e da polícia que vieram e colocaram esse trem e fa-laram que é protegido por lei!” “Protegido por lei aqui, no meio do pasto? O boi vai pisar. Arranca esse trem daí, rapaz, arranca esse negócio aí!” Arrancavam e colocavam na sala: “Deixe esse trem aqui na sala de casa, porque se é protegido por lei, pelo menos se al-guém vier procurar, eu falo que está ali.”

A rede geodésica brasileira era isso. Esse era um desafio para o INCRA.

Outro desafio: a infraestrutura do INCRA, que o Deputado Paulo Piau citou no início. Não só a infraes-trutura física mas também a infraestrutura de pessoal. Em 2001, tínhamos um parque de cartografia e profis-sionais de cartografia minimizados dentro da autarquia. Houve um concurso, em 2006, no qual fui aprovado, e houve um concurso agora, mas ainda é um desafio, não atende à demanda. Estamos trabalhando, esse é um desafio.

Investimento em tecnologia. Não vou fazer meias palavras, Sr. Presidente. O INCRA era arcaico mes-mo. Era arcaico, estava na era da pedra. Papel para lá, papel para cá, planta para lá, planta para cá, uma papelada absurda! Era um desafio! E a administração superior do INCRA disse: “Temos de acabar com isso, temos de modernizar. Pelo amor de Deus, estamos em 2010! Vamos modernizar isso!”

E aí vem o entrave, vêm as forças que dizem: “Não, deixa como está porque o INCRA sempre fun-cionou assim. Não mexam em time que está ganhando, pelo amor de Deus! Esses meninos novos que chega-ram desse concurso de 2006 são uma praga, saíram da universidade e não sei o quê. Computadores, sof-twares... Esses meninos são uma praga! Não deem ouvido a esses meninos, pelo amor de Deus!”

Diretores e o Presidente Rolf tentaram. Mas havia sempre essas amarras. Até o momento em que, pelo menos na área de cartografia, houve uma decisão: tem de haver uma troca. A troca foi dolorosa, porque não

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substituí alguém que, de forma alguma, era relapso com suas obrigações ou com suas responsabilidades na cartografia nacional. Substituí uma pessoa muito competente. Mas a administração do INCRA falou: “Chega! Se há alguém que diz que pode fazer dife-rente e que pode modernizar, vamos colocá-lo aqui, vamos trazê-lo. Se ele não fizer, vamos dar uma surra nesse sujeito e ele vai voltar para Minas Gerais e não vai querer voltar para Brasília nunca mais. Mas tragam esse sujeito aqui.’

Então, a administração superior do INCRA está buscando superar esses 3 grandes desafios!

É bom falar do que foi feito. Intensificamos a rede geodésica. INCRA. Isso era em 2007, 27 pontos em um país deste tamanho. Olhem só os pontinhos, porque tentei tirar essas coisas escritas, como Montes Claros e tal, para ficar só os pontinhos e os senhores verem que eram quase nada. Olhem só os pontinhos azuis. Como queríamos fazer um levantamento de precisão com 27 pontos?

O INCRA investiu mais de 6 milhões de reais em uma nova rede. Já estão no ar 63 novas estações, funcionando com a mais alta tecnologia. E não estou fazendo apologia! Estão aqui os meus amigos da CNA, e palavra dada é palavra empenhada. Não vou mentir aqui, senão eles podem me desmentir lá: “Não foi isso o que você falou”.

Hoje, o Brasil conta com a maior rede geodési-ca de estações ativas GPS da América do Sul, com a mais alta tecnologia. É a rede com maior adensamento e mais alta tecnologia. Investimos pesado – se vamos fazer, vamos fazer direito.

Evidentemente, não foi o Marcelo Cunha que fez isso – vamos dar a César o que é de César. Esse processo vem caminhando desde 2007. Eu fui para a coordenação em novembro do ano passado. Foi o meu antecessor, que, preocupado e empenhado, co-locou esse projeto em andamento e hoje só damos continuidade a ele.

Juntando as redes do INCRA mais as redes do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), temos hoje 80 pontos com um Termo de Cooperação Técnica em andamento para colocar mais 25 estações até dezembro deste ano e para que, no ano de 2011, coloquemos mais 15 estações. “Mas vão comprar isso tudo? Vão gastar mais de...” Já compramos, não se preocupem. Já compramos. São estações e equipa-mentos que já compramos.

Investimos em tecnologia de processamento de dados, que é a minha grande missão dentro do INCRA. “Pelo amor de Deus, vamos acabar com o papel! Não há mais como continuar com essa papelada!” É o que o Deputado fala: “Está bom, entendemos, o georrefe-

renciamento é necessário, mas o INCRA não faz!” Faz, mas não faz a tempo. Então, vamos investir.

Adquirimos um software alemão de processa-mento automatizado de dados via Internet, última tec-nologia, porque queremos, lá na frente, em dezembro deste ano, implantar a Certificação de Imóveis Rurais automatizada via Internet. É o que queremos. Adeus aos processos tramitando dentro de superintendência, com toda aquela burocracia. É Internet! A Internet está aí, é uma realidade, funciona. Vamos usá-la.

Havia um grande problema para os proprietá-rios rurais: “Meu processo está aí mas ninguém me fala. Eu ligo para lá e ninguém me atende.” Mas, pelo amor de Deus, às vezes são 600, 800, 1.000, 2.000 proprietários mais os representantes legais! Às vezes, a superintendência recebe 300 telefonemas num dia! Não há como atender a todo mundo. Mas está errado. Não interessa, está errado! As pessoas estão ligando e querem saber do andamento do processo: “E aí? Não sei onde está meu processo, ninguém me fala! Vou ao INCRA e ninguém me recebe. Ninguém tem agenda mais, todo mundo tem de trabalhar.”

Colocamos as informações via Internet. Hoje o proprietário pode acessar a homepage do INCRA. Ele entra no ícone Certificação de Imóveis Rurais e apare-ce: “Clique aqui para acompanhamento do processo”. Surge, então, esta tela, onde ele insere o número do processo. E aparecem não só o andamento do proces-so, o dia em que foi protocolado, o dia em que entrou em análise e o dia em que foi notificado, mas também a notificação.

Por que isso? Porque o credenciado esconde a notificação do proprietário, porque ele tem mais 15 serviços para fazer: “Não, já fiz o do Deputado Pau-lo Piau. O Dr. Paulo Piau vai esperar um bocadinho. Depois, eu faço o trem dele. Estou com 15 para fazer e preciso receber um dinheirinho. Depois eu vou ao INCRA e dou um jeito para o Dr. Paulo. O Dr. Paulo é meu amigo, não vai ficar bravo.” E nem avisa para o Dr. Paulo que chegou uma notificação, que o INCRA está notificando. Isso acontece muito. Então, o atraso não é culpa só do INCRA.

Há casos, e posso provar – não sou louco de falar uma coisa que não posso provar –, de processos que ficam 26 meses aguardando retorno do credenciado e do proprietário. Ninguém responde, ninguém está aí. Agora o andamento é via Internet. O proprietário pode entrar e olhar não só o andamento mas também todas as notificações.

Fizemos atualização de atos normativos. Emi-timos a segunda edição da norma técnica trazendo avanços tecnológicos principalmente no levantamen-to de campo, tornando-o mais célere. Reeditamos a

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norma de execução, que tratava dos procedimentos de certificação. Foi editada e publicada uma nota técnica, assinada por mim, em que assumo a responsabilidade em todos os momentos – e não vou fraquejar –, com a revisão dos procedimentos de análise e certificação. Vamos simplificá-los.

Tomamos a decisão e o Diretor de Ordenamento da Estrutura Fundiária disse: “Vamos lá. É isso. Você é a parte técnica, me diga o que tem de ser feito. E nós vamos para o enfrentamento.”

Editamos a nota técnica, que diz para acabarmos com a prática de pegar processo de proprietário e fazer investigação e perícia em cima dele. Os responsáveis pelos dados são o proprietário e o técnico contratado por ele. Ele contratou um técnico. Está escrito na lei: descrição das coordenadas, referenciadas ao Sistema Geodésico Brasileiro, assinadas por profissional habili-tado, juntada a anotação de responsabilidade técnica. Então, essa é uma responsabilidade do técnico.

Não é o INCRA que tem que verificar se está a 50, 51 ou 52 centímetros. Se ele entregou com 52 cen-tímetros, 1 metro e meio ou 2 metros, a culpa é dele. O proprietário é que responderá por isso lá na frente, quando ocorrer sobreposição. “Opa, companheiro! O seu limite veio um pouquinho para cá.” No momento oportuno, nós chamaremos esse proprietário para cor-rigir. Mas não agora.

Por que nós editamos essa nota técnica? Porque percebemos que a nossa análise processual era moro-sa, arcaica. A metodologia utilizada era arcaica.

Fizemos uma simplificação. Não perdemos quali-dade. A simplificação não foi perda de qualidade. Não se pode dizer que estamos fazendo de qualquer jeito. Não! Não perdemos qualidade. Nós só fizemos um re-arranjo dos procedimentos. Nos tornamos muito mais céleres, e os números provam isso – os números de certificação, que também são publicados diariamente na Internet.

E o sistema de consulta, que eu mostrei agora. Colocamos, então, transparência. Já que a questão é transparência, então vamos colocar na Internet, não só o andamento do processo como toda a parte de análise e de notificação.

Estão aí a segunda edição da norma técnica, a norma de execução e a nota técnica.

Panorama atual e perspectivas da certificação. Esta é a página de certificação do INCRA, que qual-quer um pode acessar. Entrem no site do INCRA e acessem o banner Certificação de Imóveis Rurais para chegarem ao sistema de consulta. Isso é atualizado durante todo o dia. Eu tirei esta página agora mesmo, está ali a data: 14 de julho de 2010. Havia 20.886 imó-

veis certificados até 2 horas atrás. Isso é on-line. Fica aí para consulta.

O que nós queremos no futuro? Queremos certi-ficação automatizada, queremos acabar com o papel. Esse é o projeto que está em andamento.

Já falei sobre os desafios, o que nós já fizemos e o que estamos fazendo.

Em que estamos trabalhando agora? Automatizar certificação. Certificação via Internet. “Mas e o papel, Marcelo? Matrícula ainda é em papel.” O cartório de Grão Mogol nem computador tem – não sei se o se-nhor conhece o cartório de Grão Mogol. Máquina de escrever, nem pensar; lá não entra, porque o oficial de cartório não deixa: “Aqui é no livro, é na caneta, companheiro.” Então, para se pegar uma matrícula lá demora 5 dias – prazo mínimo.

E se for no Município de Grão Mogol, o que fare-mos? No INCRA, não vai entrar papel. Vai até a sala de cidadania. Mas subir, não vai. Por quê? Nós vamos aplicar o sistema. Todo o Judiciário já está dessa for-ma. Vamos aplicar o GED – Gerenciamento Eletrônico de Documentos.

O que é isso? Pega-se todos os documentos e se escaneia tudo, joga-se tudo nos computadores. Claro que há uma indexação, esses documentos são organizados de forma correta. E pronto. Armazena-os e aí há um técnico, na estação, no computador dele, vendo na tela todos os documentos: “Ah, isso aqui é falso.” Vai lá, pega o documento, solicita o documento em papel. Está lá no processo, lá embaixo. Na mesa, não. É muito mais rápido.

Para tramitar um processo, tinha que passar pela secretária, tinha que passar no SISDOC, no SISPROT e ir para outra secretária, que não sei o quê. E aí vai. A outra secretária saiu porque teve que fazer outra coisa, e o processo ficava ali mais 1 dia.

A ideia central é essa. Qual é a nossa perspecti-va? A nossa perspectiva é o Sistema Nacional de Cer-tificação Automatizada. O envio de dados via Internet, o processamento desses dados automatizados, que é o software que adquirimos –– se não for, vai ser outro, vamos arrumar outra solução. Emissão de certificação com assinatura digital. O proprietário não vai precisar ir ao INCRA. A certificação vai estar disponível na In-ternet, com registro digital. O cartorário entra e faz a validação.

“Ah, o INCRA não vai fazer isso!” Hoje já faz o certificado. O CCIR hoje já é emitido via Internet. Qual-quer instituição, seja a bancária, seja a cartorária, pode entrar e fazer a sua autenticação.

Integração eletrônica com os cartórios de regis-tro de imóveis, com aqueles que forem possíveis. “Ah, mas isso vai demorar!” Mas já existem alguns que estão

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informatizados. Então, vamos aproveitar e integrá-los logo. O INCRA está investindo 16 milhões de reais nisso. O Presidente Rolf esteve há 3 semanas no Conselho Nacional de Justiça, onde disponibilizou 10 milhões de reais para a informatização de cartórios.

O que o INCRA tem a ver com isso? Tudo. A cer-tificação não anda, porque os cartórios ainda utilizam caneta! Se ninguém faz, o Governo tem de fazer. Car-tório é instituição pública.

E o sistema de consulta e acompanhamento de processos de forma também eletrônica, que é o que já temos hoje. Nós só vamos aprimorar.

Então, a ideia é essa. Estamos trabalhando muito. Finalizando, não podemos tratar a estrutura fun-

diária brasileira de forma tão simples. A lei é de 2001. Não podemos, de uma hora para outra, montar toda a cadeia, toda a estrutura fundiária do País. As coisas são paulatinas mesmo. Não podemos fazer de forma assoberbada, do contrário não vamos ter um bom re-sultado no final.

Estamos trabalhando. Agora estou à disposição para os detalhamentos.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasilei-

ro) – Agradecemos ao Dr. Marcelo Cunha a sua ex-posição.

Passamos a palavra ao autor do Requerimento nº 561, de 2010, o nobre Deputado Paulo Piau.

O SR. DEPUTADO PAULO PIAU – Cumprimento o Sr. Presidente, as Sras. e Srs. Deputados e os se-nhores convidados.

Dr. Marcelo Cunha, Coordenador-Geral de Carto-grafia da Diretoria de Ordenamento da Estrutura Fundi-ária do INCRA, o senhor realmente nos deu uma aula sobre a evolução da posse da terra no País, desde o seu descobrimento. Por isso, já valeu a sua vinda aqui, para relembrarmos todo esse procedimento.

Ouvimos que o INCRA não está imóvel. Ele está buscando esse ajustamento tecnológico. O ajustamen-to, como o senhor disse, de infraestrutura pessoal e material. A infraestrutura, de maneira geral, continua deficiente, sabemos disso.

Não sei os motivos, mas o INCRA frequentemente está em greve. Diferentemente de outras instituições, há talvez uma frequência um pouco maior de greves do que a média das instituições públicas federais.

Há uma excelente intenção de corrigir e de avan-çar, como o senhor nos demonstrou, sobretudo no sentido da automatização do processo. Hoje, não há outra forma de podermos avançar.

Houve a compra do software alemão. A Alemanha faz o seu processo talvez com um prazo muito maior, Deputado Silas Brasileiro, do que o determinado por

nós. O Brasil tem dessas coisas. Quando tratamos com o Mercado Comum Europeu em relação à carne bovina, na verdade, fizemos um compromisso com a rastreabilidade e colocamos muito mais itens do que a Europa exigia. nossos vizinhos fizeram um processo de rastreabilidade muito mais simples do que o nosso.

Nós somos muito metidos a fazer as coisas com rigor de detalhes, e depois elas viram contra nós, evi-dentemente. Estou dizendo isso porque nesse sistema colocamos na lei prazos muito apertados. Poderíamos estar num processo mais lento e mais seguro para mudar de patamar. E é um processo de mudança ab-solutamente necessário para evitar os andares dos cartórios de imóveis. Sabemos que isso é verdade e causa celeuma e insegurança jurídica.

Temos uma pergunta básica. É claro que o INCRA ainda não está preparado para a avalanche de proces-sos que entrarão em 2011. Se ele estiver preparado, será bom; mas tudo indica que não está. O que temos de fazer para prevenir que não haja um amontoado de processos, evidentemente, com essa paralisia que podemos promover? Quer dizer, há como adiarmos esse processo de entrada das propriedades com me-nos de 500 hectares até resolvermos a questão das demais? Enquanto não resolvermos o problema das que têm acima de 500 hectares, acho temerário entrar na questão daquelas que têm menos de 500 hectares. Que procedimento podemos tomar? As que têm mais de 500 hectares não são tantas no Brasil, mas abaixo de 500 hectares há uma imensidão.

Com a sua experiência, para não tumultuarmos o processo por culpa do Parlamento, por culpa do pró-prio Executivo, que não tem os meios necessários para atender a sociedade... Chamamos a atenção para o fato de que isso não está acontecendo apenas com o INCRA. Quase todas as entidades estão sem capa-cidade de atendimento. O meio ambiente que o diga. Quando se precisa de um licenciamento, demora-se muito mais do que o normal, do que o necessário. Por-tanto, é preciso ter responsabilidade com a sociedade brasileira. Temos de dar tranquilidade e um mínimo de segurança e estabilidade para quem está produzindo neste País.

O juízo manda prorrogarmos isso até que haja uma limpeza desses processos relacionados a proprie-dades acima de 500 hectares, já que estão em curso. Como podemos fazer isso para, depois, evidentemen-te, partir para a exigência de propriedades abaixo de 500 hectares, no ano que vem – quer dizer, menos de 1 ano. Temos essa obrigação.

A minha pergunta básica é essa, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro)

– Dr. Marcelo, pode ficar à vontade para responder.

43102 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

O SR. MARCELO CUNHA – Deputado, sem querer entrar no mérito, o INCRA tem feito greve por-que o salário dos seus servidores é o menor salário de todo o serviço público federal. Servidor com curso superior, no INCRA, hoje, ganha menos de 3 mil reais. É o meu salário. É por isso que, às vezes, há algumas greves por aí.

O que o INCRA tem feito? O que o INCRA tem estudado sobre a questão dos imóveis com menos de 500 hectares, porque o prazo é novembro de 2011? Em números aproximados, temos – V.Exa. vai se assustar mais ainda – , em média, 164 mil imóveis acima de 500 hectares neste País e 4 milhões 61 mil imóveis abaixo de 500. Então, o nosso universo de imóveis, o grande contingente de imóveis rurais a ser georreferenciado e certificado está por vi. Isso é ponto pacífico.

Em vários momentos... E isso é pauta constante na diretoria, é pauta constante da reunião geral do Pre-sidente Rolf com diretores e coordenações. Foi realiza-da uma reunião há 2 semanas. Sempre está na pauta a certificação de imóveis rurais. É assunto específico de uma diretoria, a Diretoria de Ordenamento Fundi-ário, mas está na pauta em destaque: certificação de imóveis rurais. O que já fizemos, o que está em anda-mento e o que está por fazer.

De forma muito responsável, o Diretor de Ordena-mento Fundiário tem cobrado não só da Coordenação de Cartografia, mas de toda a estrutura da Diretoria, no sentido de que... Vejam bem, aquela questão da nota técnica, dos normativos que nós publicamos são solução de curto prazo. Precisávamos dar à sociedade uma resposta a curto prazo para acelerar esse proces-so dentro do INCRA. Aquilo ali não resolve. Vai reme-diar um pouco os problemas, mas não vai resolvê-los. Vemos que, do mês de março até o mês de julho, o número de certificações é muito grande.

Em 2009, certificamos 5.300 imóveis. Só este ano – e ainda estamos no meio do ano; vou contar a partir de março, quando colocamos a nova metodologia e os novos procedimentos –, já certificamos cerca de 3.900 imóveis. A projeção para o final do ano é esta: o dobro de 2009. É pouco ainda. Pela demanda que temos estagnada na Superintendência, ainda é pouco. E sabemos disso. Eu sei; o diretor está ciente disso; o Presidente Rolf está ciente e preocupado. Por isso, ele nos instiga. Às vezes, diz: “Estou desempenhando o meu papel”. Ponderamos: “Mas, Presidente, as coisas estão caminhando”. Ele retruca: “Mas estou cumprindo o meu papel. Tenho de cobrar mesmo. Não vou deixar de cobrar. Todas as vezes em que esse assunto vier à discussão, eu vou cobrar. E vou cobrar com veemência”. Entendo perfeitamente. É o papel do Presidente.

Temos esse projeto de automação da certifica-ção. Ele tem de render frutos até dezembro de 2010, para que, em janeiro de 2011, o INCRA possa saber se a automatização realmente funciona e em que vo-lume. A nossa ideia é certificar o quanto for demanda-do, porque aí é processamento de máquina. Mas que máquina? Inclusive, os servidores já foram adquiridos. A coordenação de cartografia, o serviço de certifica-ção já adquiriu 3 servidores de 50 megabytes para o serviço de certificação.

Então, o nosso diagnóstico será esse, em dezem-bro de 2010. A automatização homologada funciona? Funciona. O.k. Podemos ficar tranquilos? Se chegar a demanda de mil processos, serão certificados ao tempo da lei? Serão. O.k.

Se o diretor diz que não sabe... Este já é um pon-to pacífico: não tem “não sei” nem “acho”, nem “se”. Em Engenharia, é ou não é. Deixemos o “se” para a administração. Então, em janeiro de 2011 não haverá mais “se”. Ou é ou não é. Se a automação da certifi-cação não for a solução, não haverá outra a não ser prorrogar os prazos. Não há como o INCRA abarcar 4 milhões 61 mil imóveis com a estrutura que tem. É loucura. Podem dizer: é claro que vai; com paciência e com parcimônia, vai. Não vai!

(Não identificado) – Desculpe-me. Esse prazo está consignado na lei ou isso está na resolução?

O SR. MARCELO CUNHA – No decreto que regulamentou a Lei nº 10.267. Decreto nº 4.449, de 2002; e depois Decreto nº 5.570, de 2005, que con-signou esses prazos a partir de novembro de 2011 e os imóveis abaixo de 500 hectares.

Então, isso é um ponto de pauta dentro da Dire-toria e está sendo discutido. Se a automação não for a solução... Com o processo manual que fazemos hoje, não há solução. Não é que não haja solução, que seja um caos total. Ocorre que não vamos conseguir aten-der a demanda com o número de pessoal que temos. Então, teríamos de pegar todos os servidores do IN-CRA, multiplicar por 100, e ainda teríamos problemas em atender a certificação. A solução é automatizar e informatizar.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro) – Deputado Paulo Piau, quer fazer uso da palavra?

O SR. DEPUTADO PAULO PIAU – Tenho uma informação. Não sei se ela é real. A Alemanha, que é um país territorialmente muito menor do que o nos-so, estipulou um prazo de 20 anos para regularizar a situação fundiária. Quer dizer, naquela “chiqueza”, o Brasil, que quer fazer tudo mais rápido e com mais de-talhes, realmente estipula um prazo impossível de ser cumprido. Indago se o senhor tem essa informação, se isso realmente procede.

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 43103

Sr. Presidente, depois das discussões, devería-mos fazer um procedimento via Comissão de Agricul-tura, solicitando ao Presidente do INCRA... Isso traz intranquilidade. A partir do momento em que tomarem a decisão de fazer a prorrogação... Ela pode ser toma-da até o final deste ano, mas não no ano que vem, sob pena de causar intranquilidade. Talvez pudéssemos fazer um procedimento junto ao Presidente do INCRA, pedindo que realmente adie a entrada em execução das propriedade com menos de 500 hectares. Ela deve ser adiada até que o INCRA consiga a estrutura ou que a questão daquelas propriedades acima de 500 hectares seja resolvida.

Quero deixar isso para o final, para depois dos debates, a fim de tomarmos uma resolução. Esse pro-cesso tumultua a vida do cidadão brasileiro. É uma história de sesmaria, vem de lá. Não dá mesmo, é impossível. Esses prazos colocados foram teóricos. Infelizmente, quem dimensionou isso foi otimista em excesso. Poderia ter feito alguma coisa mais dentro da realidade. Então, deve-se ajustar isso o quanto antes. É claro que, no final do ano, vamos ver isso eletronica-mente. Mas, mesmo eletronicamente, tudo indica que, com o volume de propriedades que há no País, isso será impossível. Espero que até o final deste ano se tome uma decisão quanto a esses procedimentos das propriedades com menos de 500 hectares.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro) – Tem a palavra o Dr. Marcelo para os comentários fi-nais. S.Sa. dispõe de 3 minutos.

O SR. MARCELO CUNHA – Deputado Paulo Piau, a diferença para o sistema alemão... A Espanha também tem feito isso. Portugal, desde 2007, vem tra-balhando na reestruturação fundiária do país como um todo. Em Portugal a situação é muito mais complicada do que no Brasil, porque lá há propriedades de 2 me-tros quadrados, 6 metros quadrados. O que é isso? Um pé de cortiça. O pai deixa de herança 6 metros quadrados para um filho, mais 6 metros... É um pé de cortiça. Então, lá as propriedades são de 6 metros quadrados – propriedade rural, imóvel rural.

A diferença desses países e do Brasil é que lá há reordenamento geral. É como se fosse, de forma abrasileirada, georreferenciamento geral. Quem está obrigado? Todo mundo. É claro que há um escalona-mento, mas todas as propriedades estão obrigadas.

No Brasil, a Lei nº 10.267 diz que a determinação para o georreferenciamento é só para os imóveis que estão fazendo transmissão de domínio, desmembran-do, remembrando ou parcelando. Só nesses casos. Então, não são todos.

Quando eu digo 4 milhões 61 mil, não são 4 mi-lhões 61 mil imóveis. Se por 30 anos aquele imóvel não

for negociado, por exemplo, por 30 anos ele não será certificado junto ao INCRA. Então, há uma diferença do sistema europeu para o sistema brasileiro.

Considerações finais. O INCRA está atento à questão da certificação de

imóveis rurais. É o ponto principal de discussão dentro da administração superior do INCRA. A administração superior vem tratando do assunto muito atentamente, não só pela demanda, não só pela pressão, não só pelo desenvolvimento rural do País, não só porque o INCRA... Na sua inscrição está escrito: Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária. Mas o INCRA é o instituto responsável pelo cadastro nacional. Todos os outros países têm o instituto nacional de cadastro. No Brasil, o cadastro está dentro da estrutura do INCRA, dentro de uma estrutura de reforma agrária, mas ele é o órgão responsável pelo cadastro rural do País. Até pelo nome da instituição, todos esquecem que o INCRA não trata apenas da reforma agrária. Ele é o coordenador responsável pelo ordenamento fundiário do País. Por isso, o tema é relevante e está em discussão.

Ratifico que estamos trabalhando, não de forma despreocupada, mas de forma intensa. Com certeza, com a colaboração dos Estados. O INCRA, em Brasília, não consegue fazer isso sozinho. Não consigo, dentro da coordenação, trabalhar esse tema isoladamente. Tenho de contar com as Superintendências Regionais. Conto com a Superintendência Regional de Minas Ge-rais, com os servidores de lá, inclusive modernizando o sistema. Houve o sistema de automação da certifi-cação, a empresa já foi contratada. Houve o pregão eletrônico, a empresa está contratada e já está dentro do INCRA trabalhando.

Para finalizar, digo com muita franqueza que não entro nas coisas para perder. Não gosto. Entro com mui-ta responsabilidade. Não sou de deixar o barco afundar sozinho. Se ele afunda, eu afundo junto. Mas, como ninguém quer afundar, ninguém quer morrer afogado, e eu também não quero morrer afogado, estou firme nesse timão, e não vai ser fácil fazer-me retornar.

Quero dizer aos Srs. Deputados e a todos os presentes que estou muito confiante. Tudo o que faço, faço com muita franqueza, com muita verdade e com muita responsabilidade. Aquilo que sei, digo que sei; aquilo que não sei, digo que não sei; aquilo que pos-so, digo que posso. E se hoje tivesse aqui pelo menos a mínima desconfiança de que chegaríamos ao final deste ano sem um produto, sem alguma coisa e sem uma resposta concreta, eu, com certeza, iria dizer: Deputado, infelizmente não há solução. Mas hoje digo a V.Exa. que há solução. E nós estamos buscando-a com muita responsabilidade e com muita vontade de que dê certo.

43104 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

O SR. DEPUTADO PAULO PIAU – Sr. Presidente, antes de V.Exa. encerrar, quero fazer uma sugestão, não sei se na forma de requerimento ou de uma sim-ples correspondência desta Comissão, encaminhada ao Presidente do INCRA ou ao Ministro de Desenvol-vimento Agrário – a Comissão pode analisar tecnica-mente a quem –, pedindo uma decisão do INCRA, até o final do ano, em relação à exigência do georrefencia-mento das propriedades com até 500 hectares. Que essa decisão seja tomada este ano para não se criar sobressalto, até que haja condições de informatização. Então, poderá haver novos prazos.

Já há uma preocupação, um temor de todo o segmento dos produtores, dos negócios que aconte-cem, dos cartorários que realmente ficam impedidos de fazer alguma transação. Os contratos de gaveta vão aumentando, porque o indivíduo às vezes tem de fazer dinheiro até para pagar uma dívida, como eu já disse. Isso vai virando uma ilegalidade só.

Sugiro ao INCRA que tome uma decisão dessa natureza, porque é importante para o País.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Silas Brasileiro) – Nós acreditamos, sem dúvida, que o Dr. Marcelo tem essa preocupação e vai ter toda diligência possível para alcançar o seu objetivo. Mas já havíamos anotado aqui, Deputado Paulo Piau, a sugestão de V.Exa.

Vamos pedir ao Secretário da Comissão, Dr. Moisés, que formule um expediente ao Dr. Rolf Hack-bart, Presidente do INCRA, falando da preocupação que temos. Isso como responsabilidade da Comissão de Agricultura. Tomara que não seja necessário e que ao final do ano cheguemos realmente ao objetivo pro-posto. Mas, como precaução, acho que isso é muito importante.

Saindo um pouco do assunto, fui surpreendido agora com a perfuração de um poço artesiano. Vou gastar 120 dias para conseguir uma licença para per-furar um poço artesiano. Meu Deus, que país é este? Até há poucos dias isso era totalmente desnecessário. Ninguém fazia o processo de uma licença especial, procurando alguém do órgão, um engenheiro, pagando uma taxa, encaminhando ao IGAM e aguardando 120 dias uma liberação. Isso realmente é terrível.

V.Exa. falou sobre a questão da rastreabilidade. Mas nós criamos o SISBOV. Veja que complicação trou-xemos para o Brasil. Nós mesmos criamos isso.

Então, criam-se hoje um sem-número de instru-ções normativas, portarias, trazendo obrigações. O pior de tudo é que isso cai normalmente em cima do produtor. O produtor rural sempre suporta todas es-sas exigências.

Realmente a questão é muito preocupante. O Presidente Rolf é extraordinário. Leve a ele o nosso

abraço, o nosso respeito. Sabemos do trabalho que ele realiza, da sua boa vontade, do seu interesse, da sua determinação. E, devido aos baixos salários, sabemos da dificuldade por que ele passa. Temos audiências permanentemente com ele. Às vezes, diz àqueles que estão ligados a ele, aos seus diretores, principalmente aos seus superintendentes. “O que eu quero é que vo-cês façam. Nada mais do que isso”. Mas às vezes sai a determinação e a coisa não é cumprida. Às vezes não há interesse realmente. A pessoa até muda de trabalho, como aconteceu recentemente num proces-so em Brasília. Mas sentimos que ele realmente está preocupado, assim como o Dr. Marcelo.

A recomendação para que o expediente seja encaminhado já é uma salvaguarda para os casos fu-turos. Não teremos, então, essa grande preocupação. Cumprimentamos V.Exa. pela iniciativa brilhante. É uma preocupação que todos nós devemos ter.

Agradecemos ao Dr. Marcelo pela sua palestra elucidativa, pelo seu compromisso, que realmente é extraordinário, pela sua boa vontade. Que essa juven-tude, essa capacidade possam ser vistas pelo nosso povo, pelo nosso produtor. É extraordinário e é confor-tador para nós da Comissão de Agricultura.

Deixamos o nosso abraço, em nome do Presi-dente da Comissão, Deputado Abelardo Lupion. Agra-decemos aos nossos assessores, àqueles que se in-teressaram pelo assunto e que estão aqui conosco, aos membros da Comissão. Agradecemos, de manei-ra muito especial, à imprensa, que deu cobertura ao nosso evento.

Vamos encerrar esta reunião, antes, porém, con-vocando os Srs. Deputados para a reunião deliberati-va que será realizada no dia 4 de agosto, às 10h, no Plenário nº 6.

Está encerrada a presente audiência pública.Muito obrigado.

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

53ª Legislatura – 4ª Sessão Legislativa Ordinária

TERMO DE REUNIÃO

Em quatro de novembro de dois mil e dez, dei-xou de se reunir, ordinariamente, a Comissão de Agri-cultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural por falta de quorum. Assinaram o livro de pre-sença os Senhores Deputados Silas Brasileiro – Vi-ce-Presidente; Homero Pereira, Leandro Vilela, Lelo Coimbra, Luiz Carlos Setim, Moacir Micheletto, Odí-lio Balbinotti, Paulo Piau e Zonta. E, para constar, eu ______________________, Moizes Lobo da Cunha, Secretário, lavrei o presente Termo.

Novembro de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sexta-feira 12 43105

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

53ª Legislatura – 4ª Sessão Legislativa Ordinária

Ata da 28ª Reunião Ordinária Realizada em 14 de julho de 2010.

Às dez horas e vinte e sete minutos do dia qua-torze de julho de dois mil e dez, reuniu-se a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, no Anexo II, Plenário 05 da Câmara dos Deputados, com a presença dos Senhores Deputados Dr. Ubiali – Presidente; Jurandil Juarez – Vice-Presidente; André Vargas, João Maia, Nelson Pellegrino, Renato Molling, Ricarte de Freitas e Uldurico Pinto – Titulares; Antônio Andrade, Edmilson Valentim, Guilherme Campos, Jai-ro Ataíde, João Dado, Ricardo Berzoini, Silas Brasilei-ro e Simão Sessim – Suplentes. Deixaram de compa-recer os Deputados Edson Ezequiel, Evandro Milhomen, Fernando de Fabinho, João Leão, Laurez Moreira, Mi-guel Corrêa e Solange Almeida. ABERTURA: Havendo número regimental, o senhor Presidente declarou aber-tos os trabalhos e colocou em apreciação a Ata da vigésima sétima reunião, realizada no dia sete de julho de dois mil e dez. Em votação, a Ata foi aprovada. EX-PEDIENTE: O Presidente da Comissão, Deputado Dr. Ubiali, comunicou o recebimento, para conhecimento, da seguinte matéria: Ofício da 3ª Câmara de Coorde-nação e Revisão – da Procuradoria Geral da Repúbli-ca, que encaminha ao Congresso Nacional represen-tação formulada pela Associação Brasileira de Emis-soras de Rádio e Televisão – ABERT e pela Associação Nacional de Jornais – ANJ em desfavor das empresas Terra Networks Brasil Ltda e Empresa Jornalística Econômico S.A. ORDEM DO DIA:A – Matéria Sobre a Mesa: 1 – REQUERIMENTO Nº 311/10 – do Sr. Dr. Ubiali – que “requer a inclusão extra-pauta do PL 1.139/2007” APROVADO. B – Proposições Sujeitas à Apreciação do Plenário: TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA: 2 – PROJETO DE LEI Nº 612/07 – do Sr. Flávio Be-zerra – que “dispõe sobre o uso de sacolas plásticas biodegradáveis para acondicionamento de produtos e mercadorias a serem utilizadas nos estabelecimentos comerciais em todo território nacional”. (Apensados: PL 847/2007, PL 1819/2007, PL 1877/2007, PL 2248/2007, PL 2923/2008, PL 3017/2008, PL 3172/2008, PL 3241/2008, PL 4313/2008 (Apensado: PL 5984/2009), PL 4834/2009, PL 4916/2009, PL 5633/2009, PL 5698/2009 e PL 6978/2010) RELATOR: Deputado LE-ANDRO SAMPAIO. PARECER: pela aprovação deste, do PL 847/2007, do PL 1819/2007, do PL 1877/2007, do PL 2248/2007, do PL 2923/2008, do PL 3017/2008, do PL 3172/2008, do PL 3241/2008, do PL 4313/2008,

do PL 4834/2009, do PL 4916/2009, do PL 5698/2009, do PL 6978/2010 e do PL 5984/2009, apensados, com substitutivo, e pela rejeição do PL 5633/2009, apen-sado. Vista ao Deputado Renato Molling, em 05/11/2008. O Deputado Renato Molling apresentou voto em se-parado em 13/11/2008. RETIRADO DE PAUTA, DE OFÍCIO. C – Proposições Sujeitas à Apreciação Con-clusiva pelas Comissões: PRIORIDADE: 3 – PROJETO DE LEI Nº 6.607/09 – do Senado Federal – Marcelo Crivella – (PLS 159/2003) – que “determina a conces-são de auxílio alimentação aos trabalhadores de em-presas prestadoras de serviços terceirizados, regula-das por Enunciado do Tribunal Superior do Trabalho”. RELATOR: Deputado LAUREZ MOREIRA. PARECER: pela aprovação deste e da Emenda nº 1/2010 apre-sentada ao projeto na Comissão. Vista ao Deputado Guilherme Campos, em 23/06/2010. REJEITADO O PARECER, CONTRA OS VOTOS DOS DEPUTADOS JURANDIL JUAREZ, SILAS BRASILEIRO, ANTÔNIO ANDRADE, JOÃO MAIA, RENATO MOLLING, GUI-LHERME CAMPOS E JOÃO DADO. DESIGNADO RELATOR DO VENCEDOR, DEP. GUILHERME CAM-POS (DEM-SP). PARECER VENCEDOR, DEP. GUI-LHERME CAMPOS (DEM-SP), PELA REJEIÇÃO DES-TE E DA EMENDA 1/2010 DA COMISSÃO DE DE-SENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E CO-MÉRCIO. APROVADO O PARECER VENCEDOR DO DEP. GUILHERME CAMPOS, CONTRA OS VOTOS DOS DEPUTADOS NELSON PELLEGRINO, SIMÃO SESSIM, ULDURICO PINTO E EDMILSON VALEN-TIM. O PARECER DO RELATOR, DEP. LAUREZ MO-REIRA, PASSOU A CONSTITUIR VOTO EM SEPA-RADO. 4 – PROJETO DE LEI Nº 1.139/07 – do Sr. Raul Henry – que “dispõe sobre os critérios de distribuição dos recursos originários da renúncia fiscal a que se refere o parágrafo 7º do art.19 da Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991”. (Apensados: PL 2.151/2007, PL 2.575/2007, PL 3.301/2008, PL 3.686/2008, PL 4.143/2008 e PL 6722/2010 (Apensado: PL 7250/2010)) RELATOR: Dr. Ubiali PARECER: pela rejeição deste, dos PLs 2.151/2007, 2.575/2007, 3.301/2008, 3.686/2008, 4.143/2008 e 7.250/2010, apensados, e pela aprovação do PL 6.722/2010, apensado. APRO-VADO POR UNANIMIDADE O PARECER. TRAMITA-ÇÃO ORDINÁRIA: 5 – PROJETO DE LEI Nº 4.804/09 – da Sra. Elcione Barbalho – que “modifica a Lei nº 11.182, de 27 de setembro de 2005, para restringir a aplicação do regime de liberdade tarifária na prestação de serviços aéreos regulares”. RELATOR: Deputado JURANDIL JUAREZ. PARECER: pela aprovação. Vis-ta ao Deputado Guilherme Campos, em 09/06/2010. Os Deputados José Guimarães e Guilherme Campos apresentaram votos em separado. RETIRADO DE

43106 Sexta-feira 12 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Novembro de 2010

PAUTA PELO RELATOR. 6 – PROJETO DE LEI Nº 7.181/10 – do Sr. Arnaldo Faria de Sá – que “dispõe sobre a regulamentação da atividade das Empresas de Gerenciamento de Riscos em Operações Logísti-cas”. RELATOR: Deputado SILAS BRASILEIRO. PA-RECER: pela aprovação, com emenda. Vista ao De-putado Jurandil Juarez, em 23/06/2010. RETIRADO DE PAUTA, DE OFÍCIO. 7 – PROJETO DE LEI Nº 2.009/03 – do Sr. Sandro Mabel – que “altera disposi-tivos da Lei nº 9.933, de 20 de dezembro de 1999, que dispõe sobre as competências do CONMETRO e do INMETRO, institui taxa de serviços metrológicos e dá outras providências”. RELATOR: Deputado RENATO MOLLING. PARECER: pela rejeição. RETIRADO DE PAUTA A REQUERIMENTO DO DEPUTADO JOÃO MAIA. 8 – PROJETO DE LEI Nº 795/07 – do Sr. Au-gusto Carvalho – que acrescenta dispositivo ao art. 838 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Códi-go Civil)”. (Apensado: PL 1313/2007) RELATOR: De-putado GUILHERME CAMPOS. PARECER: pela rejei-ção deste e do apensado. RETIRADO DE PAUTA PELO RELATOR. 9 – PROJETO DE LEI Nº 3.618/08 – do Sr. Edgar Moury – que “dispõe sobre a suspensão e cas-sação da eficácia da inscrição no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda – CNPJ/MF de estabelecimentos que distribuam, adquiram, comercializem, transportem ou estoquem produtos sem procedência ou falsificados, popularmente conhe-cidos como piratas”. RELATOR: Deputado MIGUEL CORRÊA. PARECER: pela rejeição. Vista conjunta aos Deputados Guilherme Campos e Renato Molling, em 01/04/2009. DESIGNADO RELATOR SUBSTITUTO, DEP. GUILHERME CAMPOS (DEM-SP). RETIRADO DE PAUTA, DE OFÍCIO. 10 – PROJETO DE LEI Nº 4.912/09 – do Sr. Nelson Bornier – que “proíbe a co-mercialização de bebida ou outro produto em recipien-te de vidro, nas boates e casas noturnas e dá outras providencias”. RELATOR: Deputado LEANDRO SAM-PAIO. PARECER: pela aprovação, com emenda. O Deputado Vilson Covatti apresentou voto em separado em 19/11/2009. RETIRADO DE PAUTA, DE OFÍCIO. 11 – PROJETO DE LEI Nº 5.687/09 – do Sr. João Dado – que “altera a Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 (Lei da Política Nacional do Meio Ambiente), prevendo o prévio licenciamento ambiental da importação de substâncias e produtos químicos, e outras substâncias e produtos que comportem risco para a vida, a quali-dade de vida ou o meio ambiente, e dá outras provi-dências”. (Apensado: PL 5.825/2009) RELATOR: De-putado VICENTINHO ALVES. PARECER: pela apro-vação deste e do apensado, com substitutivo. O De-putado Laurez Moreira apresentou voto em separado em 10/11/2009. DESIGNADO RELATOR SUBSTITU-

TO, DEP. JOÃO MAIA (PR-RN). RETIRADO DE PAU-TA, DE OFÍCIO. 12 – PROJETO DE LEI Nº 6.288/09 – do Sr. Márcio Junqueira – que “dispõe sobre a des-tinação ao Fundo Nacional de Meio Ambiente, para aplicação em projetos na Amazônia Legal, de 1% (um por cento) do lucro dos fabricantes de veículos auto-motores e dos fabricantes de pneus decorrente das vendas no mercado interno”. RELATOR: Deputado JURANDIL JUAREZ. PARECER: pela rejeição. Vista ao Deputado Guilherme Campos, em 26/05/2010. APROVADO POR UNANIMIDADE O PARECER. 13 – PROJETO DE LEI Nº 7.047/10 – do Sr. Efraim Filho – que “acrescenta parágrafo ao art. 899 do Decreto-Lei nº 5.452, de 1943, que aprova a Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT, e dá outras providências”. RELA-TOR: Deputado EVANDRO MILHOMEN. PARECER: pela rejeição. RETIRADO DE PAUTA A REQUERIMEN-TO DO DEPUTADO GUILHERME CAMPOS. 14 – PROJETO DE LEI Nº 7.269/10 – do Sr. Wellington Fagundes – que “determina a interdição de estabele-cimentos e instituições que facilitem ou promovam a exploração sexual comercial e o aliciamento de crian-ças e adolescentes”. RELATOR: Deputado DR. UBIA-LI. PARECER: pela aprovação. VISTA AO DEPUTADO JOÃO MAIA. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, o Presidente da Comissão, Deputado Dr. Ubia-li, encerrou os trabalhos às doze horas e três minutos. E, para constar, eu ______________, Anamélia Lima Rocha Fernandes, lavrei a presente Ata, que por ter sido lida e aprovada, será assinada pelo Presidente, Deputado Dr. Ubiali __________________, e publica-da no Diário da Câmara dos Deputados. O inteiro teor encontra-se gravado e passa a integrar seu arquivo documental.

DESIGNAÇÕES

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

53ª Legislatura – 4ª Sessão Legislativa

DESIGNAÇÕES DE RELATORES

Ao Deputado Anselmo de JesusPROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº

2.836/10 – da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional – (MSC 73/2010) – que “aprova o Texto do Acordo de Cooperação em Agricultura en-tre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República do Uzbequistão, assinado em Brasília, em 28 de maio de 2009”.

Ao Deputado Assis do CoutoPROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº

2.841/10 – da Representação Brasileira no Parla-

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mento do Mercosul. – (MSC 111/2010) – que “aprova o Regulamento do Fundo de Agricultura Familiar do Mercosul (FAF Mercosul), adotado pela Decisão CMC Nº 06/09, aprovada durante a XXXVII Reunião Ordi-nária do Conselho do Mercado Comum (CMC), em Assunção, em 23 de julho de 2009”.

Ao Deputado Celso MaldanerPROJETO DE LEI Nº 7.714/10 – do Sr. Beto Faro

– que “altera os arts. 1º e 11, da Lei nº 9.432, de 8 de janeiro de 1997, e dá outras providências”.

Ao Deputado Dilceu SperaficoPROJETO DE LEI Nº 7.713/10 – do Sr. Beto Faro

– que “dispõe sobre a equiparação de mini e pequenos produtores rurais aos agricultores familiares nos con-tratos de crédito rural com recursos dos Fundos Cons-titucionais de Financiamento do Norte, do Nordeste e do Centro-Oeste, e dá outras providências”.

Ao Deputado Fernando Coelho FilhoPROJETO DE LEI Nº 7.821/10 – do Sr. Gustavo

Fruet – que “dispõe sobre o planejamento de ações de política agrícola”.

Ao Deputado Leonardo VilelaPROJETO DE LEI Nº 7.748/10 – do Senado Fe-

deral – Francisco Dornelles – (PLS 119/2010) – que “altera a Lei nº 7.291, de 19 de dezembro de 1984, para alterar a base de cálculo da contribuição à Co-missão Coordenadora da Criação do Cavalo Nacional (CCCCN)”.

Ao Deputado Onyx LorenzoniPROJETO DE LEI Nº 7.827/10 – do Senado Fede-

ral – César Borges – (PLS 130/2010) – que “altera o § 2º do art. 3º e revoga o § 3º do art. 3º e o art. 4º, todos do Decreto-Lei nº 467, de 13 de fevereiro de 1969”.

Ao Deputado Silas BrasileiroPROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº

2.844/10 – da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional – (MSC 277/2009) – que “aprova o texto do Acordo Internacional do Café de 2007, assi-nado pelo Brasil em 19 de maio de 2008”.

Sala da Comissão, 10 de novembro de 2010. – Deputado Abelardo Lupion, Presidente.

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

DESIGNAÇÃO DE RELATOR

Faço, nesta data, a seguinte designação de re-latoria:

Ao Deputado Edson EzequielPROJETO DE LEI Nº 7.761/10 – do Senado Fe-

deral – Paulo Paim – (PLS 367/2009) – que “altera a redação do caput do art. 71-A da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, para dispor sobre o salário-maternidade

da segurada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança”. (Apensado: PL 7.102/2010 (Apensado: PL 7.767/2010))

Sala da Comissão, 5 de outubro de 2010. – Deputado Dr. Ubiali, Presidente.

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

DESIGNAÇÃO DE RELATOR

Faço, nesta data, a(s) seguinte(s) designação(ões) de relatoria:

Ao Deputado Renato MollingPROJETO DE LEI Nº 6.316/2009 – do Sr. Marco

Maia – que “dispõe sobre a instalação de Free Shop-ping nas faixas de fronteira”.

PROJETO DE LEI Nº 7.750/2010 – do Senado Federal – Papaléo Paes – (PLS 545/2007) – que “ Altera a Lei nº 8.934, de 18 de novembro de 1994, e a Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), para atualizar a terminologia referente ao Registro Público de Empresas e Atividades Afins”.

PROJETO DE LEI Nº 7.781/2010 – do Poder Executi-vo – que “autoriza o Fundo de Compensação de Variações Salariais a assumir, na forma disciplinada em ato do Con-selho Curador do FCVS – CCFCVS, direitos e obrigações do SH/SFH e a oferecer cobertura direta a contratos de financiamento habitacional averbados na Apólice do SH/SFH, dispõe sobre a prestação de auxílio financeiro pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, no exercíio de 2010, com o objetivo de fomentar as expor-tações do País, e dá outras providências”.

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 595/2010 – do Sr. Dr. Talmir – que “institui medidas de estímu-lo a diminuição da rotatividade da mão de obra nas empresas”.

Sala da Comissão, 4 de novembro de 2010. – Deputado Dr. Ubiali, Presidente.

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO

DESIGNAÇÃO DE RELATOR

Faço, nesta data, a seguinte designação de re-latoria:

Ao Deputado Bruno RodriguesPROJETO DE LEI Nº 3.615/00 – do Sr. João Herr-

mann Neto – que “dispõe sobre o fomento mercantil especial de exportações ou factoring de exportação e dá outras providências”.

Sala da Comissão, 10 de novembro de 2010. – Deputado Dr. Ubiali, Presidente.

SEÇÃO II

MESA DIRETORAPresidente:MICHEL TEMER - PMDB - SP1º Vice-Presidente:MARCO MAIA - PT - RS2º Vice-Presidente:ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO - DEM - BA1º Secretário:RAFAEL GUERRA - PSDB - MG2º Secretário:INOCÊNCIO OLIVEIRA - PR - PE3º Secretário:ODAIR CUNHA - PT - MG4º Secretário:NELSON MARQUEZELLI - PTB - SP1º Suplente de Secretário:MARCELO ORTIZ - PV - SP2º Suplente de Secretário:GIOVANNI QUEIROZ - PDT - PA3º Suplente de Secretário:LEANDRO SAMPAIO - PPS - RJ4º Suplente de Secretário:MANOEL JUNIOR - PMDB - PB

LÍDERES E VICE-LÍDERES

Bloco PMDB, PTCLíder: HENRIQUE EDUARDO ALVES

Vice-Líderes:Mendes Ribeiro Filho (1º Vice), Edinho Bez, Maria Lúcia Cardoso,Mauro Benevides, Osmar Serraglio, Celso Maldaner, DarcísioPerondi, Marcelo Melo, Pedro Novais, Valdir Colatto, Vital doRêgo Filho, Eduardo Cunha, Rodrigo Rocha Loures, PedroChaves, Tadeu Filippelli, Carlos Willian, Bernardo Ariston eColbert Martins.

PTLíder: FERNANDO FERRO

Vice-Líderes:Anselmo de Jesus, José Genoíno, Paulo Rocha, ReginaldoLopes, Jilmar Tatto, Arlindo Chinaglia, Dalva Figueiredo, Dr.Rosinha, Fernando Marroni, Henrique Fontana, José Mentor, LuizAlberto, Luiz Couto, Maria do Rosário, Nazareno Fonteles, PauloTeixeira, Pedro Eugênio, Pedro Wilson, Zezéu Ribeiro e RicardoBerzoini.

PSDBLíder: JOÃO ALMEIDA

Vice-Líderes:Antonio Carlos Pannunzio, Bruno Araújo, Carlos Sampaio, DuarteNogueira, Jutahy Junior, Leonardo Vilela, Lobbe Neto, RicardoTripoli, Rita Camata, Urzeni Rocha, Zenaldo Coutinho,Wandenkolk Gonçalves e Rogério Marinho.

DEMLíder: PAULO BORNHAUSEN

Vice-Líderes:Vic Pires Franco (1º Vice), Felipe Maia, Guilherme Campos,Jorginho Maluly, José Carlos Aleluia, Lira Maia, Luiz Carreira,Onyx Lorenzoni, Roberto Magalhães, Marcos Montes, RonaldoCaiado, Eduardo Sciarra, Efraim Filho e Cassio Taniguchi.

Bloco PSB, PCdoB, PRBLíder: MÁRCIO FRANÇA

Vice-Líderes:Daniel Almeida (1º Vice), Ciro Gomes, Lídice da Mata, JúlioDelgado, Rodrigo Rollemberg, Luiza Erundina, George Hilton,Jefferson Campos, Cleber Verde, Vanessa Grazziotin, Flávio Dinoe Alice Portugal.

PRLíder: SANDRO MABEL

Vice-Líderes:Lincoln Portela (1º Vice), Aelton Freitas, Chico da Princesa,Giacobo, José Rocha, Leo Alcântara, Lúcio Vale, Gorete Pereira,João Carlos Bacelar, Dr. Paulo César e Jofran Frejat.

PPLíder: JOÃO PIZZOLATTI

Vice-Líderes:Celso Russomanno (1º Vice), Pedro Henry, Simão Sessim, VilsonCovatti, Roberto Britto, Sandes Júnior, Eugênio Rabelo, AntonioCruz, Márcio Reinaldo Moreira e Ricardo Barros.

PDTLíder: PAULO PEREIRA DA SILVA

Vice-Líderes:Arnaldo Vianna, Manato, Sebastião Bala Rocha, Wilson Picler eDagoberto (1º Vice).

PTBLíder: JOVAIR ARANTES

Vice-Líderes:Sérgio Moraes (1º Vice), Arnaldo Faria de Sá, Paes Landim,Pedro Fernandes, Silvio Costa e Augusto Farias.

PSCLíder: HUGO LEAL

Vice-Líderes:Eduardo Amorim (1º Vice), Carlos Eduardo Cadoca, Regis deOliveira e Marcondes Gadelha.

PPSLíder: FERNANDO CORUJA

Vice-Líderes:Arnaldo Jardim (1º Vice), Moreira Mendes, Cezar Silvestri eIlderlei Cordeiro.

PVLíder: EDSON DUARTE

Vice-Líderes:Fernando Gabeira, Dr. Talmir, Roberto Santiago e Sarney Filho.

Parágrafo 4º, Artigo 9º do RICD

PMNRepr.: FÁBIO FARIA

PSOLRepr.:

PHSRepr.: MIGUEL MARTINI

PTdoBRepr.: VINICIUS CARVALHO

Liderança do GovernoLíder: CÂNDIDO VACCAREZZA

Vice-Líderes:Beto Albuquerque, Wilson Santiago, Luiz Carlos Busato, LucianoCastro e Benedito de Lira.

Liderança da MinoriaLíder: GUSTAVO FRUET

DEPUTADOS EM EXERCÍCIO

RoraimaAngela Portela - PTEdio Lopes - PMDBFrancisco Rodrigues - DEMLuciano Castro - PRMarcio Junqueira - DEMMaria Helena - PSBSá - PRUrzeni Rocha - PSDB

AmapáDalva Figueiredo - PTDavi Alcolumbre - DEMEvandro Milhomen - PCdoBFátima Pelaes - PMDBJanete Capiberibe - PSBJurandil Juarez - PMDBLucenira Pimentel - PRSebastião Bala Rocha - PDT

ParáAsdrubal Bentes - PMDBBel Mesquita - PMDBBeto Faro - PTElcione Barbalho - PMDBGerson Peres - PPGiovanni Queiroz - PDTJader Barbalho - PMDBLira Maia - DEMLúcio Vale - PRNilson Pinto - PSDBPaulo Rocha - PTVic Pires Franco - DEMWandenkolk Gonçalves - PSDBWladimir Costa - PMDBZé Geraldo - PTZenaldo Coutinho - PSDBZequinha Marinho - PSC

AmazonasÁtila Lins - PMDBFrancisco Praciano - PTLupércio Ramos - PMDBMarcelo Serafim - PSBRebecca Garcia - PPSabino Castelo Branco - PTBSilas Câmara - PSCVanessa Grazziotin - PCdoB

RondôniaAgnaldo Muniz - PSCAnselmo de Jesus - PTEduardo Valverde - PTErnandes Amorim - PTBLindomar Garçon - PVMarinha Raupp - PMDBMauro Nazif - PSBMoreira Mendes - PPS

AcreFernando Melo - PTFlaviano Melo - PMDBGladson Cameli - PPHenrique Afonso - PVIlderlei Cordeiro - PPSNilson Mourão - PTPerpétua Almeida - PCdoBSergio Petecão - PMN

TocantinsEduardo Gomes - PSDBJoão Oliveira - DEMLaurez Moreira - PSBLázaro Botelho - PPMoises Avelino - PMDB

Nilmar Ruiz - PROsvaldo Reis - PMDBVicentinho Alves - PR

MaranhãoCarlos Brandão - PSDBCleber Verde - PRBClóvis Fecury - DEMDavi Alves Silva Júnior - PRDomingos Dutra - PTFlávio Dino - PCdoBGastão Vieira - PMDBJulião Amin - PDTNice Lobão - DEMPedro Fernandes - PTBPedro Novais - PMDBPinto Itamaraty - PSDBProfessor Setimo - PMDBRibamar Alves - PSBRoberto Rocha - PSDBSarney Filho - PVWaldir Maranhão - PPZé Vieira - PR

CearáAníbal Gomes - PMDBAriosto Holanda - PSBArnon Bezerra - PTBChico Lopes - PCdoBCiro Gomes - PSBEudes Xavier - PTEugênio Rabelo - PPEunício Oliveira - PMDBFlávio Bezerra - PRBGorete Pereira - PRJosé Airton Cirilo - PTJosé Guimarães - PTJosé Linhares - PPJosé Pimentel - PTLeo Alcântara - PRManoel Salviano - PSDBMarcelo Teixeira - PRMauro Benevides - PMDBPaulo Henrique Lustosa - PMDBRaimundo Gomes de Matos - PSDBVicente Arruda - PRZé Gerardo - PMDB

PiauíAntonio José Medeiros - PTÁtila Lira - PSBCiro Nogueira - PPJosé Maia Filho - DEMJúlio Cesar - DEMMarcelo Castro - PMDBNazareno Fonteles - PTOsmar Júnior - PCdoBPaes Landim - PTBThemístocles Sampaio - PMDB

Rio Grande do NorteBetinho Rosado - DEMFábio Faria - PMNFátima Bezerra - PTFelipe Maia - DEMHenrique Eduardo Alves - PMDBJoão Maia - PRRogério Marinho - PSDBSandra Rosado - PSB

ParaíbaArmando Abílio - PTBDamião Feliciano - PDTEfraim Filho - DEMLuiz Couto - PTMajor Fábio - DEM

Manoel Junior - PMDBMarcondes Gadelha - PSCRômulo Gouveia - PSDBVital do Rêgo Filho - PMDBWellington Roberto - PRWilson Braga - PMDBWilson Santiago - PMDB

PernambucoAna Arraes - PSBAndré de Paula - DEMArmando Monteiro - PTBBruno Araújo - PSDBBruno Rodrigues - PSDBCarlos Eduardo Cadoca - PSCCharles Lucena - PTBEdgar Moury - PMDBEduardo da Fonte - PPFernando Coelho Filho - PSBFernando Ferro - PTFernando Nascimento - PTGonzaga Patriota - PSBInocêncio Oliveira - PRJosé Chaves - PTBJosé Mendonça Bezerra - DEMMarcos Antonio - PRBMaurício Rands - PTPaulo Rubem Santiago - PDTPedro Eugênio - PTRaul Henry - PMDBRaul Jungmann - PPSRoberto Magalhães - DEMSilvio Costa - PTBWolney Queiroz - PDT

AlagoasAntonio Carlos Chamariz - PTBAugusto Farias - PTBBenedito de Lira - PPCarlos Alberto Canuto - PSCFrancisco Tenorio - PMNGivaldo Carimbão - PSBJoaquim Beltrão - PMDBMaurício Quintella Lessa - PROlavo Calheiros - PMDB

SergipeAlbano Franco - PSDBEduardo Amorim - PSCIran Barbosa - PTJackson Barreto - PMDBJosé Carlos Machado - DEMMendonça Prado - DEMPedro Valadares - DEMValadares Filho - PSB

BahiaAlice Portugal - PCdoBAntonio Carlos Magalhães Neto - DEMClaudio Cajado - DEMColbert Martins - PMDBDaniel Almeida - PCdoBEdson Duarte - PVFábio Souto - DEMFélix Mendonça - DEMFernando de Fabinho - DEMGeddel Vieira Lima - PMDBGeraldo Simões - PTJoão Almeida - PSDBJoão Carlos Bacelar - PRJoão Leão - PPJorge Khoury - DEMJosé Carlos Aleluia - DEMJosé Carlos Araújo - PDTJosé Rocha - PR

Jutahy Junior - PSDBLídice da Mata - PSBLuiz Alberto - PTLuiz Bassuma - PVLuiz Carreira - DEMMarcelo Guimarães Filho - PMDBMárcio Marinho - PRBMarcos Medrado - PDTMário Negromonte - PPMaurício Trindade - PRNelson Pellegrino - PTPaulo Magalhães - DEMRoberto Britto - PPSérgio Barradas Carneiro - PTSérgio Brito - PSCSeveriano Alves - PMDBTonha Magalhães - PRUldurico Pinto - PHSVeloso - PMDBWalter Pinheiro - PTZezéu Ribeiro - PT

Minas GeraisAdemir Camilo - PDTAelton Freitas - PRAlexandre Silveira - PPSAntônio Andrade - PMDBAntônio Roberto - PVAracely de Paula - PRBilac Pinto - PRBonifácio de Andrada - PSDBCarlos Melles - DEMCarlos Willian - PTCCiro Pedrosa - PVEdmar Moreira - PREduardo Barbosa - PSDBElismar Prado - PTFábio Ramalho - PVGeorge Hilton - PRBGeraldo Thadeu - PPSGilmar Machado - PTHumberto Souto - PPSJaime Martins - PRJairo Ataide - DEMJô Moraes - PCdoBJoão Bittar - DEMJoão Magalhães - PMDBJosé Fernando Aparecido de Oliveira - PVJosé Santana de Vasconcellos - PRJúlio Delgado - PSBLael Varella - DEMLeonardo Monteiro - PTLeonardo Quintão - PMDBLincoln Portela - PRLuiz Fernando Faria - PPMárcio Reinaldo Moreira - PPMarcos Lima - PMDBMarcos Montes - DEMMaria Lúcia Cardoso - PMDBMário de Oliveira - PSCMário Heringer - PDTMauro Lopes - PMDBMiguel Corrêa - PTMiguel Martini - PHSNarcio Rodrigues - PSDBOdair Cunha - PTPaulo Abi-ackel - PSDBPaulo Delgado - PTPaulo Piau - PMDBRafael Guerra - PSDBReginaldo Lopes - PTRodrigo de Castro - PSDB

Saraiva Felipe - PMDBSilas Brasileiro - PMDBVirgílio Guimarães - PTVitor Penido - DEM

Espírito SantoCamilo Cola - PMDBCapitão Assumção - PSBIriny Lopes - PTJurandy Loureiro - PSCLelo Coimbra - PMDBLuiz Paulo Vellozo Lucas - PSDBManato - PDTRita Camata - PSDBRose de Freitas - PMDBSueli Vidigal - PDT

Rio de JaneiroAlexandre Santos - PMDBAndreia Zito - PSDBAntonio Carlos Biscaia - PTArnaldo Vianna - PDTArolde de Oliveira - DEMBernardo Ariston - PMDBBrizola Neto - PDTCarlos Santana - PTChico Alencar - PSOLChico D'angelo - PTCida Diogo - PTDeley - PSCDr. Adilson Soares - PRDr. Paulo César - PREdmilson Valentim - PCdoBEdson Ezequiel - PMDBEdson Santos - PTEduardo Cunha - PMDBEduardo Lopes - PRBFelipe Bornier - PHSFernando Gabeira - PVFernando Lopes - PMDBFilipe Pereira - PSCGeraldo Pudim - PRHugo Leal - PSCIndio da Costa - DEMJair Bolsonaro - PPLeandro Sampaio - PPSLéo Vivas - PRBLuiz Sérgio - PTMarcelo Itagiba - PSDBMarina Maggessi - PPSMiro Teixeira - PDTNeilton Mulim - PRNelson Bornier - PMDBOtavio Leite - PSDBPastor Manoel Ferreira - PRRodrigo Bethlem - PMDBRodrigo Maia - DEMRogerio Lisboa - DEMSilvio Lopes - PSDBSimão Sessim - PPSolange Almeida - PMDBSolange Amaral - DEMSuely - PRVinicius Carvalho - PTdoB

São PauloAbelardo Camarinha - PSBAldo Rebelo - PCdoBAline Corrêa - PPAntonio Bulhões - PRBAntonio Carlos Mendes Thame - PSDBAntonio Carlos Pannunzio - PSDBAntonio Palocci - PTArlindo Chinaglia - PT

Arnaldo Faria de Sá - PTBArnaldo Jardim - PPSArnaldo Madeira - PSDBBeto Mansur - PPBispo Gê Tenuta - DEMCândido Vaccarezza - PTCarlos Sampaio - PSDBCarlos Zarattini - PTCelso Russomanno - PPDevanir Ribeiro - PTDimas Ramalho - PPSDr. Nechar - PPDr. Talmir - PVDr. Ubiali - PSBDuarte Nogueira - PSDBEdson Aparecido - PSDBEmanuel Fernandes - PSDBFernando Chiarelli - PDTFernando Chucre - PSDBFrancisco Rossi - PMDBGuilherme Campos - DEMIvan Valente - PSOLJanete Rocha Pietá - PTJefferson Campos - PSBJilmar Tatto - PTJoão Dado - PDTJoão Paulo Cunha - PTJorge Tadeu Mudalen - DEMJorginho Maluly - DEMJosé Aníbal - PSDBJosé C. Stangarlini - PSDBJosé Eduardo Cardozo - PTJosé Genoíno - PTJosé Mentor - PTJosé Paulo Tóffano - PVJulio Semeghini - PSDBLobbe Neto - PSDBLuciana Costa - PRLuiza Erundina - PSBMarcelo Ortiz - PVMárcio França - PSBMichel Temer - PMDBMilton Monti - PRMilton Vieira - DEMNelson Marquezelli - PTBPaes de Lira - PTCPaulo Maluf - PPPaulo Pereira da Silva - PDTPaulo Teixeira - PTRegis de Oliveira - PSCRenato Amary - PSDBRicardo Berzoini - PTRicardo Tripoli - PSDBRoberto Alves - PTBRoberto Santiago - PVSilvio Torres - PSDBVadão Gomes - PPValdemar Costa Neto - PRVanderlei Macris - PSDBVicentinho - PTWalter Ihoshi - DEMWilliam Woo - PPS

Mato GrossoCarlos Abicalil - PTCarlos Bezerra - PMDBEliene Lima - PPHomero Pereira - PRPedro Henry - PPThelma de Oliveira - PSDBValtenir Pereira - PSBWellington Fagundes - PR

Distrito FederalAlberto Fraga - DEMAugusto Carvalho - PPSJofran Frejat - PRLaerte Bessa - PSCMagela - PTRodovalho - PPRodrigo Rollemberg - PSBTadeu Filippelli - PMDB

GoiásCarlos Alberto Leréia - PSDBÍris de Araújo - PMDBJoão Campos - PSDBJovair Arantes - PTBLeandro Vilela - PMDBLeonardo Vilela - PSDBLuiz Bittencourt - PMDBMarcelo Melo - PMDBPedro Chaves - PMDBPedro Wilson - PTProfessora Raquel Teixeira - PSDBRoberto Balestra - PPRonaldo Caiado - DEMRubens Otoni - PTSandes Júnior - PPSandro Mabel - PRTatico - PTB

Mato Grosso do SulAntônio Carlos Biffi - PTAntonio Cruz - PPDagoberto - PDTGeraldo Resende - PMDBMarçal Filho - PMDBNelson Trad - PMDBVander Loubet - PTWaldemir Moka - PMDB

ParanáAbelardo Lupion - DEMAffonso Camargo - PSDBAlceni Guerra - DEMAlex Canziani - PTBAlfredo Kaefer - PSDBAndre Vargas - PTAngelo Vanhoni - PTAssis do Couto - PTCassio Taniguchi - DEMCezar Silvestri - PPSChico da Princesa - PRDilceu Sperafico - PPDr. Rosinha - PTEduardo Sciarra - DEMGiacobo - PRGustavo Fruet - PSDBHermes Parcianello - PMDBLuiz Carlos Hauly - PSDBLuiz Carlos Setim - DEMMarcelo Almeida - PMDBMoacir Micheletto - PMDBNelson Meurer - PPOdílio Balbinotti - PMDBOsmar Serraglio - PMDBRatinho Junior - PSCReinhold Stephanes - PMDBRicardo Barros - PPRodrigo Rocha Loures - PMDBTakayama - PSCWilson Picler - PDT

Santa CatarinaAngela Amin - PPCelso Maldaner - PMDBDécio Lima - PT

Edinho Bez - PMDBFernando Coruja - PPSGervásio Silva - PSDBJoão Matos - PMDBJoão Pizzolatti - PPJorge Boeira - PTMauro Mariani - PMDBNelson Goetten - PRPaulo Bauer - PSDBPaulo Bornhausen - DEMValdir Colatto - PMDBVignatti - PTZonta - PP

Rio Grande do SulAfonso Hamm - PPBeto Albuquerque - PSBCláudio Diaz - PSDBDarcísio Perondi - PMDBEliseu Padilha - PMDBEmilia Fernandes - PTEnio Bacci - PDTFernando Marroni - PTGermano Bonow - DEMHenrique Fontana - PTIbsen Pinheiro - PMDBJosé Otávio Germano - PPLuciana Genro - PSOLLuis Carlos Heinze - PPLuiz Carlos Busato - PTBManuela D'ávila - PCdoBMarco Maia - PTMaria do Rosário - PTMendes Ribeiro Filho - PMDBNelson Proença - PPSOnyx Lorenzoni - DEMOsmar Terra - PMDBPaulo Pimenta - PTPaulo Roberto Pereira - PTBPepe Vargas - PTPompeo de Mattos - PDTProfessor Ruy Pauletti - PSDBRenato Molling - PPSérgio Moraes - PTBVieira da Cunha - PDTVilson Covatti - PP

COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA,ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

Presidente: Abelardo Lupion (DEM)1º Vice-Presidente: Vitor Penido (DEM)2º Vice-Presidente: Beto Faro (PT)3º Vice-Presidente: Silas Brasileiro (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAnselmo de Jesus Afonso HammAntônio Andrade Armando AbílioAssis do Couto Carlos Alberto CanutoBenedito de Lira Carlos Bezerra vaga do PSDB/DEM/PPS

Beto Faro Ernandes AmorimCelso Maldaner Geraldo SimõesDilceu Sperafico Joaquim BeltrãoEduardo Amorim Lázaro BotelhoFernando Melo Lelo CoimbraHomero Pereira Luiz AlbertoLeandro Vilela vaga do PV Nilson MourãoLuis Carlos Heinze Osvaldo ReisMoacir Micheletto Paulo Piau vaga do PSDB/DEM/PPS

Nazareno Fonteles Roberto BalestraNelson Meurer Rose de FreitasOdílio Balbinotti SáPedro Chaves Sérgio MoraesSilas Brasileiro Suely

Tatico Vadão Gomes vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Valdir Colatto Vander LoubetZé Gerardo vaga do PSDB/DEM/PPS Veloso vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN

Zé Vieira VignattiZonta Vilson Covatti vaga do PSDB/DEM/PPS

Waldemir Moka2 vagas

PSDB/DEM/PPSAbelardo Lupion Alfredo KaeferCezar Silvestri Betinho RosadoDuarte Nogueira Bruno RodriguesEduardo Sciarra Carlos MellesFábio Souto Cláudio DiazJairo Ataide vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN Davi Alcolumbre

Leonardo Vilela Félix Mendonça vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Lira Maia vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN Francisco Rodrigues vaga do PV

Luiz Carlos Setim vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN Humberto Souto

Moreira Mendes Marcos MontesOnyx Lorenzoni Silvio Lopes

Ronaldo Caiado(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Vitor Penido(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Wandenkolk Gonçalves(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PSB/PDT/PCdoB/PMNFernando Coelho Filho Mário Heringer

Giovanni Queiroz (Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

(Dep. do PRB ocupa a vaga) (Dep. do PRB ocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)(Dep. do PSDB/DEM/PPS (Dep. do

ocupa a vaga) PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga) 1 vaga

PV(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

Secretário(a): Moizes Lobo da CunhaLocal: Anexo II, Térreo, Ala C, sala 32Telefones: 3216-6403/6404/6406FAX: 3216-6415

COMISSÃO DA AMAZÔNIA, INTEGRAÇÃO NACIONAL E DEDESENVOLVIMENTO REGIONAL

Presidente: Marcelo Serafim (PSB)1º Vice-Presidente: Perpétua Almeida (PCdoB)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente: Sergio Petecão (PMN)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAsdrubal Bentes Átila LinsDalva Figueiredo Fernando MeloFrancisco Praciano Lupércio RamosLúcio Vale Marinha RauppSilas Câmara vaga do PSDB/DEM/PPS Zé GeraldoZequinha Marinho vaga do PSDB/DEM/PPS Zé Vieira(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa avaga)

(Dep. do PV ocupa avaga)

6 vagas 4 vagasPSDB/DEM/PPS

(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa avaga) Ilderlei Cordeiro

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

Marcio Junqueira

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

Roberto Rocha

3 vagas Urzeni RochaWandenkolk

Gonçalves(Dep. do PV ocupa a

vaga)PSB/PDT/PCdoB/PMN

Janete Capiberibe Giovanni QueirozMarcelo Serafim Valtenir PereiraMaria Helena vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Vanessa Grazziotin

Perpétua Almeida vaga do PSDB/DEM/PPS

Sergio PetecãoSecretário(a): Iara Araújo Alencar AiresLocal: Anexo II - Sala T- 59Telefones: 3216-6432FAX: 3216-6440

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO EINFORMÁTICA

Presidente: Eunício Oliveira (PMDB)1º Vice-Presidente: Julio Semeghini (PSDB)2º Vice-Presidente: Solange Amaral (DEM)3º Vice-Presidente: Bilac Pinto (PR)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBBeto Mansur Angela AminBilac Pinto Antônio Carlos BiffiDr. Adilson Soares Asdrubal BentesEdio Lopes Beto FaroEunício Oliveira Celso RussomannoFernando Lopes Cida DiogoFrancisco Rossi Colbert Martins

Gilmar Machado Davi Alves Silva JúniorJader Barbalho Dr. Nechar vaga do PSDB/DEM/PPS

Moises Avelino Gerson PeresOlavo Calheiros Iriny LopesPaulo Roberto Pereira João MatosPaulo Teixeira José RochaRatinho Junior Marçal FilhoReginaldo Lopes Marcelo CastroRoberto Alves Mendes Ribeiro FilhoSandes Júnior Paulo Henrique LustosaWalter Pinheiro Paulo PiauWellington Fagundes vaga do

PSDB/DEM/PPS Pedro Eugênio

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga) Silas Câmara

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga)

Wladimir Costa vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

1 vaga Zequinha Marinho(Dep. do PV ocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSArolde de Oliveira Clóvis FecuryBispo Gê Tenuta Duarte NogueiraDavi Alcolumbre Eduardo GomesGustavo Fruet Indio da CostaJosé Aníbal Jorge Tadeu MudalenJosé Mendonça Bezerra Júlio CesarJulio Semeghini vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Lobbe Neto

Manoel Salviano vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Raul Jungmann

Narcio Rodrigues Rogério MarinhoNelson Proença Vic Pires Franco

Solange Amaral (Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

(Dep. do PRB ocupa a vaga)(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNAlexandre Cardoso (Licenciado) Ana Arraes vaga do PSDB/DEM/PPS

Jefferson Campos Ariosto HolandaLuiza Erundina Damião FelicianoMiro Teixeira Jô MoraesRodrigo Rollemberg José Carlos Araújo(Dep. do PRB ocupa a vaga) Wilson Picler

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)PV

Lindomar Garçon Dr. Talmir vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

José Paulo TóffanoSecretário(a): Myriam Gonçalves Teixeira de OliveiraLocal: Anexo II, Térreo, Ala A, sala 49Telefones: 3216-6452 A 6458FAX: 3216-6465

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIAPresidente: Eliseu Padilha (PMDB)1º Vice-Presidente: Colbert Martins (PMDB)2º Vice-Presidente: Rodovalho (PP)3º Vice-Presidente: Efraim Filho (DEM)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntonio Carlos Biscaia Arnaldo Faria de SáAracely de Paula Carlos AbicalilAugusto Farias Carlos WillianCarlos Bezerra vaga do PSOL Celso Russomanno

Ciro Nogueira Décio LimaColbert Martins Domingos DutraEdmar Moreira Eudes XavierEduardo Cunha Fátima BezerraEliseu Padilha Geraldo PudimErnandes Amorim Gorete PereiraGerson Peres Hugo LealJoão Paulo Cunha Ibsen PinheiroJosé Genoíno Jair BolsonaroJosé Pimentel João MagalhãesLuiz Couto José MentorMagela Leo Alcântara

Marçal Filho Leonardo Picciani(Licenciado)

Marcelo Castro Maria do RosárioMarcelo Guimarães Filho Maria Lúcia CardosoMaurício Quintella Lessa Maurício RandsMauro Benevides Mauro LopesMendes Ribeiro Filho Nelson PellegrinoNelson Trad Odílio BalbinottiOsmar Serraglio Pastor Manoel FerreiraPaes Landim Roberto AlvesPaulo Maluf Sandes JúniorRegis de Oliveira Sandro MabelRodovalho Silvio CostaSérgio Barradas Carneiro Tadeu FilippelliVicente Arruda Themístocles SampaioVilson Covatti Vital do Rêgo FilhoWilson Santiago Wellington Roberto(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa avaga)

PSDB/DEM/PPSAlexandre Silveira Arolde de OliveiraAntonio Carlos Pannunzio Bispo Gê TenutaBonifácio de Andrada Bruno AraújoEfraim Filho Carlos MellesFelipe Maia Edson AparecidoFernando Coruja Humberto SoutoIndio da Costa João AlmeidaJoão Campos Jorginho MalulyJosé Carlos Aleluia Moreira MendesJosé Maia Filho vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Narcio Rodrigues

Jutahy Junior Onyx LorenzoniMarcelo Itagiba Paulo BauerMendonça Prado Paulo BornhausenPaulo Magalhães Pinto ItamaratyRoberto Magalhães Ricardo TripoliRogerio Lisboa Solange AmaralRômulo Gouveia William Woo

Vic Pires Franco(Dep. do

PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

Zenaldo CoutinhoPSB/PDT/PCdoB/PMN

Flávio Dino Beto AlbuquerqueFrancisco Tenorio Chico Lopes

Gonzaga Patriota Ciro Gomes vaga do

PSDB/DEM/PPS

Márcio França Evandro MilhomenMarcos Medrado Pompeo de MattosSandra Rosado Sergio PetecãoWolney Queiroz Valtenir Pereira(Dep. do PRB ocupa a vaga) Vieira da Cunha

(Dep. do PRB ocupa avaga)

PVFábio Ramalho Roberto SantiagoMarcelo Ortiz Sarney Filho

PSOL(Dep. do Chico Alencar

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)Secretário(a): Rejane Salete MarquesLocal: Anexo II,Térreo, Ala A, sala 21Telefones: 3216-6494FAX: 3216-6499

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDORPresidente: Claudio Cajado (DEM)1º Vice-Presidente: Walter Ihoshi (DEM)2º Vice-Presidente: Vital do Rêgo Filho (PMDB)3º Vice-Presidente: Vinicius Carvalho (PTdoB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntonio Cruz Dilceu SperaficoCelso Russomanno Edio LopesDr. Nechar vaga do PV Eduardo da FonteFilipe Pereira Elismar PradoLeo Alcântara José Eduardo CardozoLuiz Bittencourt Leandro VilelaPaulo Pimenta Nelson TradRoberto Britto Nilmar RuizTonha Magalhães vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa

a vaga)Vinicius Carvalho (Dep. do PSOL ocupa a vaga)

Vital do Rêgo Filho (Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

(Dep. do PHS ocupa a vaga)(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSCarlos Sampaio Antonio Carlos Mendes ThameClaudio Cajado Cezar SilvestriDimas Ramalho Felipe Maia

Edson Aparecido Fernando de Fabinho vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Milton Vieira Indio da CostaWalter Ihoshi José Aníbal

Julio Semeghini vaga do PV

Marcos Montes vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Paulo Abi-ackelPSB/PDT/PCdoB/PMN

Ana Arraes Júlio Delgado vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Chico Lopes Paulo Rubem SantiagoJosé Carlos Araújo vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Wolney Queiroz

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga)

PV(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga)

Secretário(a): Lilian de Cássia Albuquerque SantosLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 152Telefones: 3216-6920 A 6922FAX: 3216-6925

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO,INDÚSTRIA E COMÉRCIO

Presidente: Dr. Ubiali (PSB)1º Vice-Presidente: Laurez Moreira (PSB)2º Vice-Presidente: Evandro Milhomen (PCdoB)3º Vice-Presidente: Jurandil Juarez (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAndre Vargas Aelton FreitasEdson Ezequiel Antônio AndradeJoão Leão vaga do PSDB/DEM/PPS Antonio Palocci

João Maia Armando Monteiro

Jurandil Juarez Carlos Eduardo Cadoca vaga do

PSDB/DEM/PPS

Miguel Corrêa Francisco PracianoNelson Pellegrino Nelson GoettenRenato Molling Ricardo Berzoini(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga) Silas Brasileiro

2 vagas Simão Sessim(Dep. do PSDB/DEM/PPS

ocupa a vaga)PSDB/DEM/PPS

Bruno Rodrigues Albano Franco

Fernando de Fabinho Guilherme Campos vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Jairo Ataide

2 vagas José Carlos MachadoLeandro Sampaio vaga do PHS

Moreira Mendes(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PSB/PDT/PCdoB/PMNDr. Ubiali Edmilson ValentimEvandro Milhomen vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB João Dado

Laurez MoreiraPHS

Uldurico Pinto (Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

Secretário(a): Anamélia Lima Rocha FernandesLocal: Anexo II, Térreo, Ala A, sala T33Telefones: 3216-6601 A 6609FAX: 3216-6610

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANOPresidente: Humberto Souto (PPS)1º Vice-Presidente: Angela Amin (PP)2º Vice-Presidente: Cassio Taniguchi (DEM)3º Vice-Presidente: José Paulo Tóffano (PV)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAngela Amin Benedito de LiraAntonio José Medeiros Chico da PrincesaEdson Santos Emilia FernandesFlaviano Melo Geraldo Resende

João Carlos Bacelar Jorge Bittar(Licenciado)

José Chaves José Airton CiriloMarcelo Melo Luiz BittencourtMaurício Trindade Luiz Carlos Busato

Zezéu Ribeiro Márcio ReinaldoMoreira

1 vaga Raul HenryPSDB/DEM/PPS

Cassio Taniguchi Arnaldo JardimFernando Chucre Eduardo SciarraHumberto Souto Gustavo FruetJoão Bittar Jorge KhouryJosé Carlos Machado vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN Renato Amary

(Dep. do PV ocupa a vaga)PSB/PDT/PCdoB/PMN

Dagoberto Arnaldo Vianna(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga) Enio Bacci(Dep. do PRB ocupa a vaga) Flávio DinoSecretário(a): Geovana Cristine Sampaio RodriguesLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Ala C, Sala 188Telefones: 3216-6551/ 6554

FAX: 3216-6560

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIASPresidente: Iriny Lopes (PT)1º Vice-Presidente: Janete Rocha Pietá (PT)2º Vice-Presidente: Domingos Dutra (PT)3º Vice-Presidente: Veloso (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBDomingos Dutra Angelo VanhoniIriny Lopes Edson SantosJanete Rocha Pietá Íris de AraújoJurandy Loureiro vaga do

PSDB/DEM/PPS Jair Bolsonaro

Laerte Bessa vaga do PSDB/DEM/PPS Lincoln PortelaLucenira Pimentel Luiz CoutoNelson Goetten Paulo Henrique Lustosa

Paes de Lira vaga do PSDB/DEM/PPS Regis de Oliveira vaga do

PSDB/DEM/PPS

Pedro Wilson Sabino Castelo BrancoSuely vaga do PSDB/DEM/PPS (Dep. do PSOL ocupa a vaga)Veloso(Dep. do PV ocupa a vaga)(Dep. do PSOL ocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSGeraldo Thadeu Dimas Ramalho(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Marcelo Itagiba

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Marcio Junqueira

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. do PV ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)PSB/PDT/PCdoB/PMN

Mário Heringer Paulo Rubem SantiagoPompeo de Mattos 1 vaga

PHS1 vaga Miguel Martini

PRB1 vaga Márcio MarinhoSecretário(a): Márcio Marques de AraújoLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 185Telefones: 3216-6571FAX: 3216-6580

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURAPresidente: Angelo Vanhoni (PT)1º Vice-Presidente: Paulo Rubem Santiago (PDT)2º Vice-Presidente: Antonio Carlos Chamariz (PTB)3º Vice-Presidente: Pinto Itamaraty (PSDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAngelo Vanhoni Angela PortelaAntônio Carlos Biffi Antonio José MedeirosAntonio Carlos Chamariz Charles LucenaCarlos Abicalil Dalva FigueiredoElismar Prado Gilmar MachadoFátima Bezerra José LinharesGastão Vieira Mauro BenevidesIran Barbosa Osmar SerraglioJoão Matos Paulo DelgadoJoaquim Beltrão Pedro Wilson

Lelo Coimbra Reginaldo Lopes vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Luciana Costa Rodrigo Rocha LouresMarcelo Almeida Saraiva Felipe

Maria do Rosário vaga do

PSDB/DEM/PPS Severiano Alves

Nilmar Ruiz (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa avaga)

Professor Setimo (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa avaga)

Raul Henry 2 vagasWaldir Maranhão vaga do

PSDB/DEM/PPS

(Dep. doPSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSClóvis Fecury Alceni GuerraJorge Tadeu Mudalen Andreia ZitoJorginho Maluly Bonifácio de AndradaLobbe Neto Eduardo BarbosaNilson Pinto Lira MaiaPinto Itamaraty Luiz Carlos SetimRogério Marinho Narcio Rodrigues(Dep. doPSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

Paulo Magalhães

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Professor Ruy Pauletti

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Professora Raquel Teixeira vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Raimundo Gomes de Matos vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

1 vagaPSB/PDT/PCdoB/PMN

Alice Portugal Lídice da MataAriosto Holanda Luiza Erundina

Átila Lira(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Brizola Neto vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB 1 vaga

Fernando Chiarelli vaga do

PSDB/DEM/PPS

Paulo Rubem SantiagoWilson Picler vaga do PV

PV(Dep. doPSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

Marcelo Ortiz

Secretário(a): Anamélia Ribeiro C. de AraújoLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 170Telefones: 3216-6625/6626/6627/6628FAX: 3216-6635

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃOPresidente: Pepe Vargas (PT)1º Vice-Presidente: Márcio Reinaldo Moreira (PP)2º Vice-Presidente: Guilherme Campos (DEM)3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAelton Freitas Aline CorrêaAntonio Palocci Andre VargasArmando Monteiro Asdrubal BentesCharles Lucena vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN Bilac Pinto

Geddel Vieira Lima Celso Maldaner vaga do

PSDB/DEM/PPS

Gladson Cameli Edgar MouryJosé Guimarães Eduardo CunhaManoel Junior João Paulo CunhaMárcio Reinaldo Moreira Jorge Boeira

Pedro Eugênio Leonardo QuintãoPedro Novais Luis Carlos Heinze vaga do PSOL

Pepe Vargas MagelaReinhold Stephanes vaga do

PSDB/DEM/PPS Maurício Quintella Lessa

Ricardo Barros Miguel CorrêaRicardo Berzoini Paulo MalufRodrigo Rocha Loures vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN Regis de Oliveira

Silvio Costa vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN Rubens OtoniTakayama Wilson SantiagoVignatti ZontaVirgílio Guimarães(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSAlfredo Kaefer Alberto FragaArnaldo Madeira Ilderlei CordeiroCarlos Melles João BittarFélix Mendonça José Maia FilhoGuilherme Campos Lira MaiaJúlio Cesar Paulo MagalhãesLuiz Carlos Hauly Rodrigo de CastroLuiz Carreira Zenaldo Coutinho

(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNJoão Dado Ciro GomesOsmar Júnior vaga do PSDB/DEM/PPS Giovanni QueirozValtenir Pereira vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Sebastião Bala Rocha vaga do PV

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Valadares Filho

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. do PRB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PV

Ciro Pedrosa(Dep. do

PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa avaga)

PSOL

Luciana Genro(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Secretário(a): Marcelle R C CavalcantiLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 136Telefones: 3216-6654/6655/6652FAX: 3216-6660

COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLEPresidente: Nelson Bornier (PMDB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente: Cleber Verde (PRB)3º Vice-Presidente: Deley (PSC)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAníbal Gomes Aelton Freitas vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Carlos Willian vaga do PSDB/DEM/PPS Alexandre SantosDavi Alves Silva Júnior Augusto Farias

Deley vaga do PSDB/DEM/PPS Celso Russomanno vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Devanir Ribeiro Dr. Paulo César

João Magalhães Eduardo CunhaJosé Mentor Jilmar TattoLincoln Portela José GuimarãesLuiz Sérgio Luiz Bittencourt vaga do PSDB/DEM/PPS

Nelson Bornier Paulo RochaSolange Almeida Professor SetimoWellington Roberto Rebecca Garcia

1 vaga (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga)

(Dep. do PHS ocupa a vaga)PSDB/DEM/PPS

Ilderlei Cordeiro vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN Carlos Brandão

Leandro Sampaio Edson Aparecido vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Paulo Bornhausen Manoel SalvianoRodrigo Maia Marcio JunqueiraSilvio Torres Moreira Mendes(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Vanderlei Macris

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC

/PTdoB ocupa a vaga)PSB/PDT/PCdoB/PMN

Ademir Camilo Julião Amin

(Dep. do PRB ocupa a vaga)(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC

/PTdoB ocupa a vaga)Secretário(a): Marcos Figueira de AlmeidaLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 161Telefones: 3216-6671 A 6675FAX: 3216-6676

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVAPresidente: Paulo Pimenta (PT)1º Vice-Presidente: Roberto Britto (PP)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente: Dr. Talmir (PV)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBCarlos Willian Charles LucenaEduardo Amorim Fátima BezerraEmilia Fernandes Fernando NascimentoIran Barbosa Lincoln PortelaJurandil Juarez Luiz Couto

Leonardo Monteiro Nazareno Fonteles vaga do

PSDB/DEM/PPS

Mário de Oliveira vaga do

PSDB/DEM/PPSSabino Castelo Branco vaga do

PSDB/DEM/PPS

Paulo Pimenta Waldir MaranhãoPedro Wilson 4 vagasRoberto Britto1 vaga

PSDB/DEM/PPS

Luiz Carlos Setim(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Paulo Abi-ackel(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

3 vagas

2 vagasPSB/PDT/PCdoB/PMN

Luiza Erundina 2 vagasSebastião Bala Rocha

PVDr. Talmir 1 vagaSecretário(a): Sônia HypolitoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Ala A, salas 121/122Telefones: 3216-6692 / 6693FAX: 3216-6700

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTOSUSTENTÁVEL

Presidente: Jorge Khoury (DEM)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente: Marcos Montes (DEM)3º Vice-Presidente: Paulo Piau (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBFátima Pelaes Anselmo de JesusFernando Marroni Homero PereiraLeonardo Monteiro Moacir MichelettoMário de Oliveira Nazareno FontelesPaulo Piau Paes LandimRebecca Garcia Paulo TeixeiraRoberto Balestra Valdir Colatto(Dep. do PV ocupa a vaga) (Dep. do PV ocupa a vaga)(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSAndré de Paula vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN Antonio Carlos Mendes Thame

Gervásio Silva Arnaldo Jardim vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

João Oliveira Cassio Taniguchi vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Jorge Khoury Cezar SilvestriMarcos Montes vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Luiz Carreira

Marina Maggessi Marcio JunqueiraRicardo Tripoli vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBMoreira Mendes vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Roberto Rocha Nilson PintoPSB/PDT/PCdoB/PMN

(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga) Miro Teixeira

(Dep. do PV ocupa a vaga) (Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

PVEdson Duarte vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntônio Roberto vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Luiz Bassuma vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN Fernando Gabeira

Sarney FilhoSecretário(a): Aurenilton Araruna de AlmeidaLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 142Telefones: 3216-6521 A 6526FAX: 3216-6535

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIAPresidente: Mário Negromonte (PP)1º Vice-Presidente: Rose de Freitas (PMDB)2º Vice-Presidente: Alexandre Santos (PMDB)3º Vice-Presidente: Simão Sessim (PP)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAlexandre Santos Bel MesquitaBernardo Ariston Chico D'angeloCarlos Alberto Canuto Ciro NogueiraEduardo da Fonte Edinho BezJorge Boeira Elcione BarbalhoJosé Otávio Germano vaga do

PSDB/DEM/PPS Eliene Lima

José Santana de Vasconcellos Gladson CameliLuiz Alberto João Carlos BacelarLuiz Fernando Faria Leonardo QuintãoMarcos Lima Luiz SérgioMário Negromonte Moises AvelinoRose de Freitas Nelson Meurer vaga do PSDB/DEM/PPS

Simão Sessim vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN Professor Setimo

Vander Loubet Rodovalho vaga do PSDB/DEM/PPS

Wladimir Costa Sabino Castelo BrancoZé Geraldo Tatico vaga do PSDB/DEM/PPS

2 vagas Vicentinho AlvesVirgílio Guimarães

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga)

PSDB/DEM/PPSArnaldo Jardim Carlos Alberto Leréia

Betinho Rosado Eduardo Sciarra vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Carlos Brandão Gervásio SilvaEduardo Gomes vaga do PV José Carlos AleluiaLuiz Paulo Vellozo Lucas Nelson ProençaMarcio Junqueira Vitor PenidoPaulo Abi-ackel (Dep. do PV ocupa a vaga)

Silvio Lopes(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC

/PTdoB ocupa a vaga)

1 vaga(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PSB/PDT/PCdoB/PMNArnaldo Vianna Átila LiraEdmilson Valentim Brizola NetoJulião Amin Marcos Medrado(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. do PRB ocupa a vaga)

PV(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga) Ciro Pedrosa vaga do PSDB/DEM/PPS

José Fernando Aparecido deOliveira

Secretário(a): Damaci Pires de MirandaLocal: Anexo II, Térreo, Ala C, sala 56Telefones: 3216-6711 / 6713FAX: 3216-6720

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESANACIONAL

Presidente: Emanuel Fernandes (PSDB)1º Vice-Presidente: Professor Ruy Pauletti (PSDB)2º Vice-Presidente: Renato Amary (PSDB)3º Vice-Presidente: Francisco Rodrigues (DEM)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArlindo Chinaglia Aracely de PaulaÁtila Lins Arnon BezerraDr. Rosinha Carlos ZarattiniIbsen Pinheiro Edio LopesÍris de Araújo Edson EzequielJair Bolsonaro Henrique FontanaMarcondes Gadelha Jackson BarretoMaria Lúcia Cardoso Janete Rocha PietáMaurício Rands José GenoínoNilson Mourão Leonardo MonteiroPaulo Delgado Paulo PimentaSeveriano Alves Pedro Novais(Dep. do PSOL ocupa a vaga) (Dep. do PSDB/DEM/PPS

ocupa a vaga)

(Dep. do PV ocupa a vaga) (Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa avaga)

(Dep. do PRB ocupa avaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa avaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSAntonio Carlos Mendes Thame André de PaulaAugusto Carvalho Antonio Carlos Pannunzio

Bruno Araújo Arnaldo Madeira vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Emanuel Fernandes Carlos Melles

Francisco Rodrigues Claudio Cajado vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Major Fábio Fábio SoutoPaulo Bauer Jutahy JuniorProfessor Ruy Pauletti Luiz Carlos HaulyRaul Jungmann vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Moreira Mendes

Renato Amary Roberto MagalhãesUrzeni Rocha vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Rodrigo de Castro

Walter Ihoshi vaga do PV

William Woo vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

PSB/PDT/PCdoB/PMNAldo Rebelo Capitão AssumçãoDamião Feliciano Jefferson CamposSebastião Bala Rocha Júlio Delgado(Dep. do PRB ocupa a vaga) Vieira da Cunha

PVFernando Gabeira (Dep. do PSDB/DEM/PPS

ocupa a vaga)José Fernando Aparecido de Oliveiravaga do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Secretário(a): Ana Cristina OliveiraLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 125Telefones: 3216-6739 / 6738 / 6737FAX: 3216-6745

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AOCRIME ORGANIZADO

Presidente: Laerte Bessa (PSC)1º Vice-Presidente: Eduardo Amorim (PSC)2º Vice-Presidente: Enio Bacci (PDT)3º Vice-Presidente: Rubens Otoni (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Ernandes AmorimDomingos Dutra Fernando MarroniEduardo Amorim José Eduardo CardozoFernando Lopes Marcelo MeloLaerte Bessa Mauro LopesPaes de Lira Neilton MulimPaulo Teixeira Nelson Pellegrino

Rubens Otoni (Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga) 1 vaga

PSDB/DEM/PPSAlberto Fraga Affonso Camargo vaga do PV

Marcelo Itagiba Alexandre SilveiraMarina Maggessi vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Carlos Sampaio

Pinto Itamaraty Guilherme CamposRaul Jungmann vaga do PV João Campos

William Woo Major Fábio vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

PSB/PDT/PCdoB/PMNCapitão Assumção Gonzaga PatriotaEnio Bacci Manato vaga do PSDB/DEM/PPS

Francisco Tenorio vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBPerpétua Almeida vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Givaldo Carimbão vaga do

PSDB/DEM/PPS 1 vaga

PV(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

Secretário(a): Ricardo Menezes PerpétuoLocal: Anexo II, Pavimento Superior - Sala 166-CTelefones: 3216-6761 / 6762FAX: 3216-6770

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIAPresidente: Vieira da Cunha (PDT)1º Vice-Presidente: Sueli Vidigal (PDT)2º Vice-Presidente: Germano Bonow (DEM)3º Vice-Presidente: Manato (PDT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAline Corrêa Antonio Carlos ChamarizAngela Portela Antonio CruzArmando Abílio vaga do PSOL Arlindo ChinagliaArnaldo Faria de Sá Assis do CoutoBel Mesquita Camilo Cola vaga do PSDB/DEM/PPS

Chico D'angelo Colbert MartinsCida Diogo Dr. NecharDarcísio Perondi Dr. RosinhaDr. Paulo César Fátima PelaesElcione Barbalho vaga do

PSDB/DEM/PPS José Pimentel

Geraldo Resende Luciana CostaHenrique Fontana Manoel JuniorJofran Frejat Neilton MulimJosé Linhares Paes de LiraOsmar Terra Pedro HenryPastor Manoel Ferreira Pepe VargasSaraiva Felipe Roberto Britto vaga do PSOL

Vadão Gomes Solange Almeida(Dep. do PHS ocupa a vaga) Takayama

Wilson Braga vaga do PSDB/DEM/PPS

PSDB/DEM/PPSAlceni Guerra João CamposEduardo Barbosa Jorge Tadeu MudalenGermano Bonow Leandro SampaioJosé C. Stangarlini Leonardo VilelaLael Varella Milton VieiraRaimundo Gomes de Matos Otavio LeiteRita Camata Ronaldo Caiado(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Walter Feldman (Licenciado)

(Dep. do PV ocupa a vaga)(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)PSB/PDT/PCdoB/PMN

Jô Moraes Mário HeringerManato vaga do PSDB/DEM/PPS Mauro NazifRibamar Alves (Dep. do PRB ocupa a vaga)Sueli Vidigal 1 vagaVieira da Cunha

PVDr. Talmir Luiz BassumaHenrique Afonso vaga do

PSDB/DEM/PPS

PSOL(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)Secretário(a): Lin Israel Costa dos SantosLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 145Telefones: 3216-6787 / 6781 A 6786FAX: 3216-6790

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO ESERVIÇO PÚBLICO

Presidente: Alex Canziani (PTB)1º Vice-Presidente: Gorete Pereira (PR)2º Vice-Presidente: Vicentinho (PT)3º Vice-Presidente: Sabino Castelo Branco (PTB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAlex Canziani Carlos SantanaEdgar Moury Darcísio PerondiEmilia Fernandes Edinho BezEudes Xavier Filipe PereiraFernando Nascimento José Otávio GermanoGeraldo Pudim vaga do PSDB/DEM/PPS Jovair ArantesGorete Pereira Lelo CoimbraLuciano Castro Luiz BittencourtLuiz Carlos Busato vaga do

PSDB/DEM/PPS Renato Molling

Paulo Rocha Sandro Mabel vaga do PSDB/DEM/PPS

Pedro Henry Tonha MagalhãesSabino Castelo Branco Walter PinheiroSérgio Moraes vaga do PSDB/DEM/PPS Wladimir CostaVicentinho 1 vagaWilson Braga(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSAndreia Zito Efraim FilhoThelma de Oliveira Ilderlei Cordeiro(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga) João Campos

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Major Fábio

(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga) Marcio Junqueira

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

1 vaga 1 vagaPSB/PDT/PCdoB/PMN

Daniel Almeida vaga do PSDB/DEM/PPS Alice PortugalJúlio Delgado vaga do PSDB/DEM/PPS Maria HelenaManuela D'ávila vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Sandra Rosado

Mauro Nazif Sebastião Bala Rocha vaga do

PSDB/DEM/PPS

Paulo Pereira da SilvaVanessa Grazziotin

PVRoberto Santiago 1 vagaSecretário(a): Ruy Omar Prudêncio da SilvaLocal: Anexo II, Sala T 50Telefones: 3216-6805 / 6806 / 6807FAX: 3216-6815

COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTOPresidente: Professora Raquel Teixeira (PSDB)

1º Vice-Presidente: Paulo Henrique Lustosa (PMDB)2º Vice-Presidente: Marcelo Teixeira (PR)3º Vice-Presidente: José Airton Cirilo (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAfonso Hamm Alex Canziani vaga do PSDB/DEM/PPS

Arnon Bezerra DeleyCarlos Eduardo Cadoca Fernando LopesEdinho Bez vaga do PSDB/DEM/PPS Hermes ParcianelloEugênio Rabelo José RochaJackson Barreto Jurandil JuarezJilmar Tatto Marcelo Guimarães FilhoJosé Airton Cirilo Paulo Roberto PereiraLupércio Ramos Ratinho JuniorMarcelo Teixeira VicentinhoPaulo Henrique Lustosa Wellington Fagundes

PSDB/DEM/PPSAlbano Franco Arnaldo JardimOtavio Leite José Mendonça BezerraPedro Valadares Rômulo GouveiaProfessora Raquel Teixeira Silvio TorresWalter Feldman (Licenciado) Thelma de Oliveira(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)PSB/PDT/PCdoB/PMN

Fábio Faria Laurez MoreiraLídice da Mata Manuela D'ávilaValadares Filho (Dep. do PRB ocupa a vaga)Secretário(a): Mirna de Castela C. PessoaLocal: Anexo II, Ala A , Sala 5,TérreoTelefones: 3216-6837 / 6832 / 6833FAX: 3216-6835

COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTESPresidente: Milton Monti (PR)1º Vice-Presidente: Pedro Fernandes (PTB)2º Vice-Presidente: Cláudio Diaz (PSDB)3º Vice-Presidente: Osvaldo Reis (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBCamilo Cola Beto MansurCarlos Santana Devanir RibeiroCarlos Zarattini Eliseu PadilhaChico da Princesa vaga do

PSDB/DEM/PPS Fernando Marroni

Décio Lima Flaviano MeloEliene Lima Francisco RossiGeraldo Simões José ChavesHermes Parcianello Jurandy LoureiroHugo Leal Lúcio Vale

Jaime Martins vaga do PSDB/DEM/PPS Marcelo Almeida vaga do

PSDB/DEM/PPS

Jovair Arantes vaga do PSDB/DEM/PPS Marcelo MeloLázaro Botelho Marcelo TeixeiraLeonardo Quintão vaga do PV Marcos LimaMarinha Raupp Mário NegromonteMauro Lopes Nelson BornierMauro Mariani vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN Pedro Chaves vaga do PSDB/DEM/PPS

Milton Monti Zezéu Ribeiro

Osvaldo Reis (Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

Pedro FernandesRubens OtoniSérgio Brito vaga do PSDB/DEM/PPS

Tadeu FilippelliThemístocles Sampaio vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

PSDB/DEM/PPSAffonso Camargo Alexandre Silveira

Alberto Fraga Arnaldo Jardim vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Carlos Alberto Leréia Claudio CajadoCláudio Diaz Fernando Chucre

Vanderlei Macris Geraldo Thadeu vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Lael Varella

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Rita Camata

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Rogerio Lisboa

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

William Woo

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PSB/PDT/PCdoB/PMNAbelardo Camarinha Ademir CamiloBeto Albuquerque Gonzaga Patriota(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. do PRB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

PV(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Fábio Ramalho

Secretário(a): Admar Pires dos SantosLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 175Telefones: 3216-6853 A 6856FAX: 3216-6860

COMISSÕES TEMPORÁRIAS

COMISSÃO ESPECIAL PARA ANALISAR TODOS OSARTIGOS AINDA NÃO REGULAMENTADOS DA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988.Presidente:1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Coordenador: Regis de Oliveira (PSC)Titulares Suplentes

PMDBIbsen PinheiroOsmar Serraglio

PTCândido VaccarezzaJoão Paulo CunhaJosé Eduardo CardozoJosé Genoíno

PSDBBruno Araújo

DEMRoberto MagalhãesSolange Amaral

PDTJoão Dado

PTBArnaldo Faria de Sá

PSC

Regis de OliveiraPPS

Fernando CorujaPV

Marcelo OrtizPCdoB

Aldo RebeloFlávio Dino

PRBCleber Verde

PTdoBVinicius CarvalhoSecretário(a): Raquel FigueiredoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6240FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ACOMPANHAR, ATÉ ODIA 30 DE NOVEMBRO DE 2008, A APLICAÇÃO DASSEGUINTES LEIS DE ANISTIA: LEI Nº 8878/1994, QUE"DISPÕE SOBRE A CONCESSÃO DE ANISTIA"; LEI Nº

10.790/2003, QUE "CONCEDE ANISTIA A DIRIGENTES OUREPRESENTANTES SINDICAIS E TRABALHADORES

PUNIDOS POR PARTICIPAÇÃO EM MOVIMENTOREIVINDICATÓRIO"; LEI Nº 11.282/2006, QUE "ANISTIA OS

TRABALHADORES DA EMPRESA BRASILEIRA DECORREIOS E TELÉGRAFOS-ECT PUNIDOS EM RAZÃO DA

PARTICIPAÇÃO EM MOVIMENTO GREVISTA"; E LEI Nº10.559/2002, QUE "REGULAMENTA O ARTIGO 8º DO ATO

DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS E DÁOUTRAS PROVIDÊNCIAS".

Presidente: Daniel Almeida (PCdoB)1º Vice-Presidente: Claudio Cajado (DEM)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Arnaldo Faria de Sá (PTB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Aracely de

PaulaElcione Barbalho Carlos Santana

Fernando Ferro EmiliaFernandes

Fernando Lopes Fátima BezerraJosé Eduardo Cardozo Filipe PereiraMagela Luiz CoutoPastor Manoel Ferreira 3 vagasWilson Braga vaga do PSDB/DEM/PPS

(Dep. do PRB ocupa a vaga)1 vaga

PSDB/DEM/PPSAndreia Zito Eduardo

Barbosa

Arnaldo Jardim EmanuelFernandes

Claudio Cajado RômuloGouveia

João Almeida 2 vagas(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa avaga)

PSB/PDT/PCdoB/PMNDaniel Almeida Pompeo de

MattosLídice da Mata 1 vaga

PVSarney Filho Fernando

GabeiraPHS

Felipe Bornier 1 vagaSecretário(a): José Maria Aguiar de Castro

Local: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216.6209FAX: 3216.6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 3-A, DE2007, DO SR. JOSÉ SANTANA DE VASCONCELLOS, QUE

"ALTERA O INCISO XII DO ART. 93 DA CONSTITUIÇÃOFEDERAL" (PERMITE FÉRIAS COLETIVAS NOS JUÍZOS E

TRIBUNAIS DE SEGUNDO GRAU).Presidente: Paulo Abi-ackel (PSDB)1º Vice-Presidente: Dalva Figueiredo (PT)2º Vice-Presidente: Júlio Delgado (PSB)3º Vice-Presidente: Mauro Lopes (PMDB)Relator: Paes Landim (PTB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBDalva Figueiredo Bilac PintoJosé Santana de Vasconcellos Geraldo Pudim

Márcio Reinaldo Moreira NazarenoFonteles

Mauro Lopes Ricardo BarrosMiguel Corrêa VelosoNelson Trad 4 vagasPaes Landim(Dep. do PRB ocupa a vaga)1 vaga

PSDB/DEM/PPSMoreira Mendes João AlmeidaPaulo Abi-ackel Lael VarellaVitor Penido 3 vagas2 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMNJúlio Delgado 2 vagasMarcos Medrado

PVFábio Ramalho 1 vaga

PRBAntonio Bulhões vaga do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB 1 vaga1 vagaSecretário(a): Luiz Cláudio Alves dos SantosLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6287FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 28, DE 2007,

DO SR. VITAL DO REGO FILHO, QUE "ACRESCENTA OART.73-A À COSTITUIÇÃO FEDERAL, CRIANDO O

CONSELHO NACIONAL DOS TRIBUNAIS DE CONTAS".Presidente: Mauro Benevides (PMDB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente: Efraim Filho (DEM)3º Vice-Presidente: Benedito de Lira (PP)Relator: Júlio Delgado (PSB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAndre Vargas Átila LinsAugusto Farias Eduardo AmorimBenedito de Lira Elismar PradoDr. Rosinha Joaquim BeltrãoEduardo Valverde 5 vagasMauro BenevidesVicentinho AlvesVital do Rêgo Filho(Dep. do PRB ocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSEfraim Filho Bonifácio de AndradaHumberto Souto Leandro SampaioRoberto Magalhães 3 vagas2 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMNJúlio Delgado Valtenir PereiraSebastião Bala Rocha Wolney Queiroz

PV1 vaga 1 vaga

PSOL1 vaga 1 vagaSecretário(a): Cláudia Maria Borges MatiasLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6235FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 30-A, DE

2007, DA SRA. ANGELA PORTELA, QUE "DÁ NOVAREDAÇÃO AO INCISO XVIII DO ART. 7º DA CONSTITUIÇÃO

FEDERAL, AMPLIANDO PARA 180 (CENTO E OITENTA) DIASA LICENÇA À GESTANTE".

Presidente: Cida Diogo (PT)1º Vice-Presidente: Fátima Bezerra (PT)2º Vice-Presidente: Solange Amaral (DEM)3º Vice-Presidente: Sueli Vidigal (PDT)Relator: Rita Camata (PSDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAline Corrêa Armando AbílioAngela Portela Darcísio PerondiArnaldo Faria de Sá Eudes Xavier

Cida Diogo Janete RochaPietá

Dr. Nechar vaga do PV Luiz CoutoElcione Barbalho 4 vagasFátima BezerraÍris de AraújoLucenira PimentelNilmar Ruiz vaga do PSDB/DEM/PPS

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga)PSDB/DEM/PPS

Andreia Zito 5 vagasLeandro SampaioRita Camata vaga do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Solange AmaralThelma de Oliveira(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupaa vaga)

PSB/PDT/PCdoB/PMNMaria Helena Edmilson

Valentim

Sueli Vidigal PerpétuaAlmeida

PV(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupaa vaga)

Dr. Talmir

PRBCleber Verde Márcio MarinhoSecretário(a): Regina Maria Veiga BrandãoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6216/3216-6232FAX: (61) 3216-66225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 31-A, DE

2007, DO SR. VIRGÍLIO GUIMARÃES, QUE "ALTERA OSISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL, UNIFICA A LEGISLAÇÃO

DO IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS ÀCIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SOBRE PRESTAÇÕES

DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL EINTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÃO, DENTRE OUTRAS

PROVIDÊNCIAS".

Presidente: Antonio Palocci (PT)1º Vice-Presidente: Edinho Bez (PMDB)2º Vice-Presidente: Paulo Renato Souza (PSDB)3º Vice-Presidente: Humberto Souto (PPS)Relator: Sandro Mabel (PR)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntonio Palocci Carlos ZarattiniArmando Monteiro Celso MaldanerÁtila Lins Eduardo CunhaEdinho Bez Eduardo ValverdeGerson Peres Gastão VieiraLelo Coimbra João LeãoPaulo Maluf João MaiaPepe Vargas Luiz Carlos BusatoRodrigo Rocha Loures Manoel Junior vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN

Sandro Mabel Márcio Reinaldo MoreiraVirgílio Guimarães Maurício Rands1 vaga Ricardo Barros

1 vagaPSDB/DEM/PPS

Eduardo Sciarra Antonio Carlos Mendes ThameHumberto Souto Carlos MellesJulio Semeghini Emanuel FernandesLeonardo Vilela Fernando CorujaLuiz Carreira Júlio CesarPaulo Bornhausen Ronaldo CaiadoPaulo Renato Souza(Licenciado) Wandenkolk Gonçalves

PSB/PDT/PCdoB/PMNAna Arraes Francisco TenorioChico Lopes João Dado

Miro Teixeira(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

PVFábio Ramalho Sarney Filho

PSOL1 vaga Ivan ValenteSecretário(a): Eveline AlmintaLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216.6211FAX: 3216.6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERA PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 42-A, DE

1995, DA SENHORA RITA CAMATA, QUE "DÁ NOVAREDAÇÃO AO ARTIGO 55 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",

ESTABELECENDO QUE PERDERÁ O MANDATO ODEPUTADO OU SENADOR QUE SE DESFILIAR

VOLUNTARIAMENTE DO PARTIDO SOB CUJA LEGENDA FOIELEITO.

Presidente:1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Luciano Castro (PR)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnon Bezerra Arnaldo Faria de SáCarlos Willian Celso MaldanerJoão Paulo Cunha Lincoln PortelaJosé Genoíno Marcelo AlmeidaJosé Otávio Germano Nelson BornierLuciano Castro Paulo PiauRegis de Oliveira Reginaldo Lopes

Silvio Costa vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN Sérgio BarradasCarneiro

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga) 1 vaga1 vaga

PSDB/DEM/PPS

Bruno Rodrigues Efraim FilhoClaudio Cajado José Maia FilhoFelipe Maia 3 vagasGervásio SilvaRaul JungmannRita Camata vaga do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

PSB/PDT/PCdoB/PMNLaurez Moreira Pompeo de Mattos(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

Sueli Vidigal

PVMarcelo Ortiz 1 vaga

PSOLChico Alencar 1 vagaSecretário(a): Fernando Maia LeãoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: (61) 3216-6241FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 052, DE

2003, DO SR. RIBAMAR ALVES, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃOAO § 4º DO ART. 18 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",ESTABELECENDO QUE NA CRIAÇÃO, FUSÃO OU

DESMEMBRAMENTO DE MUNICÍPIOS DEVERÃO SERPRESERVADOS A CONTINUIDADE E A UNIDADEHISTÓRICO-CULTURAL DO AMBIENTE URBANO.

Presidente: Eduardo Valverde (PT)1º Vice-Presidente: Moacir Micheletto (PMDB)2º Vice-Presidente: Jorge Khoury (DEM)3º Vice-Presidente: Cleber Verde (PRB)Relator: Zequinha Marinho (PSC)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAngela Amin Leonardo MonteiroDr. Nechar vaga do PV Nazareno FontelesEduardo Valverde Paes LandimFlaviano Melo Waldir MaranhãoJosé Airton Cirilo Zezéu RibeiroLuciana Costa 4 vagasMoacir MichelettoSérgio MoraesZequinha Marinho1 vaga

PSDB/DEM/PPSCarlos Brandão Fernando ChucreDuarte Nogueira Geraldo ThadeuJorge Khoury Guilherme CamposMoreira Mendes Marcos Montes

Walter Ihoshi Raimundo Gomes deMatos

PSB/PDT/PCdoB/PMNAdemir Camilo Perpétua AlmeidaRibamar Alves 1 vaga

PV(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

José Fernando Aparecidode Oliveira

PRBCleber Verde Marcos AntonioSecretário(a): Valdivino Telentino FilhoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6206FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 59-A, DE

2007, DO SR. MÁRCIO FRANÇA, QUE "ACRESCENTADISPOSITIVOS AO ART. 144, CRIANDO A POLÍCIA

PORTUÁRIA FEDERAL, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".

Presidente: Paulo Pimenta (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Arnaldo Faria de Sá (PTB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Carlos SantanaBeto Mansur Fátima PelaesEliseu Padilha MagelaManoel Junior vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN Pedro NovaisNeilton Mulim 5 vagasPaes de LiraPaulo PimentaPaulo RochaRose de Freitas1 vaga

PSDB/DEM/PPSIndio da Costa 5 vagasJoão CamposMajor FábioMarina MaggessiWilliam Woo

PSB/PDT/PCdoB/PMNCapitão Assumção Gonzaga

Patriota(Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga) Márcio França

PVMarcelo Ortiz 1 vaga

PHS1 vaga 1 vagaSecretário(a): Luiz Cláudio Alves dos SantosLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6287FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 89-A, DE2007, DO SR. JOÃO DADO, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO

INCISO XI DO ART. 37 DA CONSTITUIÇÃO",ESTABELECENDO O MESMO TETO REMUNERATÓRIO PARA

QUALQUER QUE SEJA A ESFERA DE GOVERNO.Presidente: Átila Lins (PMDB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Eduardo ValverdeÁtila Lins Lincoln PortelaDécio Lima Luiz CoutoEdinho Bez Marcelo CastroMaurício Trindade Pedro Eugênio

Nelson Trad Rodrigo RochaLoures

Nilmar Ruiz vaga do PSDB/DEM/PPS 3 vagasPaulo MalufPaulo PimentaVander Loubet

PSDB/DEM/PPSCezar Silvestri 5 vagasEfraim Filho(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupaa vaga)2 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMNGonzaga Patriota Chico LopesJoão Dado Mário Heringer

PV

Marcelo Ortiz 1 vagaPHS

Felipe Bornier 1 vagaSecretário(a): Aparecida de MouraLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3126-6207FAX: (61) 3126-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 98-A, DE2007, DO SENHOR OTÁVIO LEITE, QUE "ACRESCENTA AALÍNEA (E) AO INCISO VI DO ART. 150 DA CONSTITUIÇÃOFEDERAL", INSTITUINDO IMUNIDADE TRIBUTÁRIA SOBRE

OS FONOGRAMAS E VIDEOFONOGRAMAS MUSICAISPRODUZIDOS NO BRASIL, CONTENDO OBRAS MUSICAISOU LÍTERO-MUSICAIS DE AUTORES BRASILEIROS, E/OU

OBRAS EM GERAL INTERPRETADAS POR ARTISTASBRASILEIROS, BEM COMO OS SUPORTES MATERIAIS OU

ARQUIVOS DIGITAIS QUE OS CONTENHAM.Presidente: Décio Lima (PT)1º Vice-Presidente: Arnaldo Jardim (PPS)2º Vice-Presidente: Marcelo Serafim (PSB)3º Vice-Presidente: Chico Alencar (PSOL)Relator: José Otávio Germano (PP)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBÁtila Lins Edio LopesBilac Pinto Fernando FerroChico D'angelo Francisco PracianoDécio Lima Lincoln PortelaElismar Prado Luiz Fernando FariaJosé Otávio Germano Marinha RauppLupércio Ramos Rebecca GarciaMarcelo Melo Sabino Castelo BrancoPaulo Roberto Pereira Wladimir Costa

PSDB/DEM/PPSAlbano Franco Bruno AraújoAndré de Paula Jorge KhouryArnaldo Jardim Jorginho MalulyGermano Bonow Leandro SampaioOtavio Leite Professora Raquel Teixeira

PSB/PDT/PCdoB/PMNMarcelo Serafim Fábio FariaVanessa Grazziotin 1 vaga

PV1 vaga Fábio Ramalho

PSOLChico Alencar Ivan ValenteSecretário(a): Angélica FialhoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6218 / 3216-6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 115-A, DE

2007, DO SR. PAULO RENATO SOUZA, QUE "CRIA OTRIBUNAL SUPERIOR DA PROBIDADE ADMINISTRATIVA".

Presidente: Vital do Rêgo Filho (PMDB)1º Vice-Presidente: Ibsen Pinheiro (PMDB)2º Vice-Presidente: Gustavo Fruet (PSDB)3º Vice-Presidente: Francisco Praciano (PT)Relator: Flávio Dino (PCdoB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBBenedito de Lira José Eduardo CardozoDomingos Dutra Leo AlcântaraFátima Bezerra Luiz CoutoFrancisco Praciano Mauro BenevidesIbsen Pinheiro 5 vagasRegis de OliveiraVicente Arruda

Vital do Rêgo Filho1 vaga

PSDB/DEM/PPSAntonio Carlos Mendes Thame Arnaldo JardimGustavo Fruet Paulo Abi-ackelOnyx Lorenzoni 3 vagasPaulo BornhausenRaul Jungmann

PSB/PDT/PCdoB/PMNFlávio Dino 2 vagasGiovanni Queiroz

PVMarcelo Ortiz 1 vaga

PSOLChico Alencar 1 vagaSecretário(a): Heloísa Maria DinizLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6201FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 130-A, DE2007, DO SR. MARCELO ITAGIBA, QUE "REVOGA O INCISOX DO ART. 29; O INCISO III DO ART. 96; AS ALÍNEAS 'B' E 'C'DO INCISO I DO ART. 102; A ALÍNEA 'A' DO INCISO I DO ART.

105; E A ALÍNEA “A” DO INCISO I DO ART. 108, TODOS DACONSTITUIÇÃO FEDERAL" (REVOGA DISPOSITIVOS QUE

GARANTEM A PRERROGATIVA DE FORO OU “FOROPRIVILEGIADO”).

Presidente: Dagoberto (PDT)1º Vice-Presidente: Jorge Tadeu Mudalen (DEM)2º Vice-Presidente: Paulo Abi-ackel (PSDB)3º Vice-Presidente: Gonzaga Patriota (PSB)Relator: Regis de Oliveira (PSC)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAníbal Gomes Átila LinsArnon Bezerra Fátima PelaesEduardo Valverde Maurício Quintella LessaFernando Ferro Nilson MourãoJoão Pizzolatti Pedro FernandesJorge Bittar(Licenciado) Rubens Otoni

Laerte Bessa Sandes JúniorRegis de Oliveira Virgílio GuimarãesVicente Arruda (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSAlexandre Silveira Antonio Carlos PannunzioJorge TadeuMudalen Geraldo Thadeu

Paulo Abi-ackel Marcelo Itagiba vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Ricardo Tripoli William Woo1 vaga 2 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMNDagoberto Paulo Rubem SantiagoGonzaga Patriota 1 vaga

PVFábio Ramalho 1 vaga

PHSFelipe Bornier Miguel MartiniSecretário(a): Ana Lúcia Ribeiro MarquesLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216.6214FAX: 3216.6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 134-A, DE

2007, DO SR. ALCENI GUERRA, QUE "ACRESCENTAPARÁGRAFO AO ART . 208 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E

DÁ NOVA REDAÇÃO AO PARÁGRAFO 1º DO ART. 211"

(PREVÊ A PUNIÇÃO PARA O AGENTE PÚBLICORESPONSÁVEL PELA GARANTIA À EDUCAÇÃO BÁSICA, EMCASO DE CRIANÇA E ADOLESCENTE FORA DA ESCOLA, E

O ATENDIMENTO EM TEMPO INTEGRAL NAS ESCOLASPÚBLICAS)

Presidente: Nilson Mourão (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Professora Raquel Teixeira (PSDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBFátima Bezerra Antonio Carlos

Chamariz

Fernando Marroni Antonio JoséMedeiros

Joaquim Beltrão Eudes XavierJosé Linhares Iran BarbosaMaria Lúcia Cardoso João MatosNilmar Ruiz Maurício TrindadeNilson Mourão Reginaldo LopesPaes Landim 2 vagasProfessor SetimoSeveriano Alves vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN

PSDB/DEM/PPSAlceni Guerra Alfredo KaeferIlderlei Cordeiro Eduardo SciarraLobbe Neto Germano BonowLuiz Carlos Setim Rita CamataProfessora Raquel Teixeira Rogério Marinho

PSB/PDT/PCdoB/PMNAlice Portugal Átila Lira

Wilson Picler vaga do PHS Paulo RubemSantiago

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

PVDr. Talmir 1 vaga

PHS(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa avaga) 1 vaga

Secretário(a): Regina Maria Veiga BrandãoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6216FAX: 61 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 153-A, DE2003, DO SR. MAURÍCIO RANDS, QUE "ALTERA O ART. 132

DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL" (REGULAMENTANDO ACARREIRA DE PROCURADOR MUNICIPAL).

Presidente: José Eduardo Cardozo (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Nelson Trad (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Antônio Carlos BiffiJosé EduardoCardozo José Mentor

Maurício QuintellaLessa Paes Landim

Maurício Rands Reginaldo LopesMendes RibeiroFilho Sérgio Brito vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN

Nelson Trad Wilson SantiagoRegis de Oliveira 4 vagasSimão Sessim1 vaga

PSDB/DEM/PPSClóvis Fecury Rômulo GouveiaGustavo Fruet 4 vagasIlderlei CordeiroOtavio LeiteRoberto Magalhães

PSB/PDT/PCdoB/PMNAlice Portugal Lídice da Mata

Julião Amin(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

PVMarcelo Ortiz Ciro Pedrosa

PSOLChico Alencar 1 vagaSecretário(a): Aparecida de MouraLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sal 170-ATelefones: (61) 3216-66207FAX: (61) 3216-66225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 210-A DE

2007, DO SR. REGIS DE OLIVEIRA, QUE "ALTERA OSARTIGOS 95 E 128 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, PARA

RESTABELECER O ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇOCOMO COMPONENTE DA REMUNERAÇÃO DAS CARREIRAS

DA MAGISTRATURA E DO MINISTÉRIO PÚBLICO".Presidente: João Dado (PDT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Laerte Bessa (PSC)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria deSá Jofran Frejat

Dalva Figueiredo MagelaEduardoValverde Marcelo Melo

Eliene Lima Paes de LiraElismar Prado (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga)Geraldo Pudim 4 vagasJoão MaiaLaerte BessaMauro Lopes

PSDB/DEM/PPSAlexandreSilveira João Campos

Jorginho Maluly Marcelo Itagiba vaga do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Major Fábio Marina MaggessiZenaldoCoutinho William Woo

1 vaga 2 vagasPSB/PDT/PCdoB/PMN

FranciscoTenorio Dagoberto

João Dado Flávio DinoPV

Marcelo Ortiz 1 vagaPSOL

1 vaga 1 vagaSecretário(a): Ana Lúcia Ribeiro MarquesLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6232FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 213-A, DE

2007, DO SR. SEBASTIÃO BALA ROCHA, QUE "DISPÕESOBRE OS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS DA

ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA, OS SERVIDORES

MUNICIPAIS E OS INTEGRANTES DA CARREIRA POLICIALMILITAR DOS EX-TERRITÓRIOS DO AMAPÁ E RORAIMA"(ASSEGURA ISONOMIA ENTRE POLICIAIS MILITARES DO

DISTRITO FEDERAL E DOS EX-TERRITÓRIOS DO AMAPÁ ERORAIMA; ALÉM DE PLANO DE CARREIRA, CARGOS E

SALÁRIOS PARA OS SERVIDORES CIVIS)Presidente: Marinha Raupp (PMDB)1º Vice-Presidente: Edio Lopes (PMDB)2º Vice-Presidente: Dalva Figueiredo (PT)3º Vice-Presidente: Marcio Junqueira (DEM)Relator: Luciano Castro (PR)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAngela Portela Anselmo de JesusDalva Figueiredo Eduardo ValverdeDomingos Dutra Francisco PracianoEdio Lopes Lupércio RamosErnandes Amorim Zequinha MarinhoFátima Pelaes 4 vagasLuciano CastroMarinha Raupp1 vaga

PSDB/DEM/PPSFrancisco Rodrigues Davi AlcolumbreMarcio Junqueira 4 vagasMoreira MendesNilson PintoUrzeni Rocha

PSB/PDT/PCdoB/PMNMaria Helena Evandro MilhomenSebastião Bala Rocha Mauro Nazif

PVLindomar Garçon 1 vaga

PRBGeorge Hilton Cleber VerdeSecretário(a): José Maria Aguiar de CastroLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 216-6209FAX: (61) 216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO 231-A, DE

1995, DO SR. INÁCIO ARRUDA, QUE "ALTERA OS INCISOSXIII E XVI DO ART. 7º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL"

(REDUZINDO A JORNADA MÁXIMA DE TRABALHO PARA 40HORAS SEMANAIS E AUMENTANDO PARA 75% AREMUNERAÇÃO DE SERVIÇO EXTRAORDINÁRIO).

Presidente: Luiz Carlos Busato (PTB)1º Vice-Presidente: Deley (PSC)2º Vice-Presidente: Carlos Sampaio (PSDB)3º Vice-Presidente: José Otávio Germano (PP)Relator: Vicentinho (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBDeley Carlos SantanaEudes Xavier Fátima Bezerra

Gorete Pereira Maria LúciaCardoso

Iran Barbosa Paulo RochaJosé Otávio Germano Sandro MabelLuiz Carlos Busato 4 vagasVicentinhoWilson Braga(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSArnaldo Jardim Guilherme

CamposCarlos Sampaio Walter IhoshiFernando Chucre 3 vagasRita Camata vaga do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

2 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMNDaniel Almeida Chico Lopes

Paulo Pereira da Silva vaga do PHS VanessaGrazziotin

Rodrigo RollembergPV

Roberto Santiago 1 vagaPHS

(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa avaga) Felipe Bornier

Secretário(a): Regina Maria Veiga BrandãoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6216FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 270-A, DE

2008, DA SRA. ANDREIA ZITO, QUE "ACRESCENTA OPARÁGRAFO 9º AO ARTIGO 40 DA CONSTITUIÇÃOFEDERAL DE 1988". (GARANTE AO SERVIDOR QUE

APOSENTAR-SE POR INVALIDEZ PERMANENTE O DIREITODOS PROVENTOS INTEGRAIS COM PARIDADE).

Presidente: Osvaldo Reis (PMDB)1º Vice-Presidente: Antônio Carlos Biffi (PT)2º Vice-Presidente: Mauro Nazif (PSB)3º Vice-Presidente: Germano Bonow (DEM)Relator: Arnaldo Faria de Sá (PTB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntônio Carlos Biffi Chico D'angeloArnaldo Faria de Sá Edgar MouryGorete Pereira Edinho BezOsvaldo Reis Jorge BoeiraRoberto Britto Jurandy LoureiroRose de Freitas Paes de LiraZé Geraldo Pedro Wilson2 vagas 2 vagas

PSDB/DEM/PPSAndreia Zito Alexandre SilveiraGermano Bonow Major FábioHumberto Souto Raimundo Gomes de MatosJoão Campos 2 vagas1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNMauro Nazif Janete CapiberibePompeo de Mattos 1 vaga

PVLindomar Garçon 1 vaga

PRBCleber Verde Marcos AntonioSecretário(a): Maria Terezinha DonatiLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6215FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 285-A, DE

2008, DO SR. PAULO TEIXEIRA, QUE "ACRESCENTAARTIGO AO ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS

TRANSITÓRIAS PARA DISPOR SOBRE A VINCULAÇÃO DERECURSOS ORÇAMENTÁRIOS DA UNIÃO, DOS ESTADOS,

DO DISTRITO FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS AOSRESPECTIVOS FUNDOS DE HABITAÇÃO DE INTERESSE

SOCIAL"Presidente: Renato Amary (PSDB)1º Vice-Presidente: Luiz Carlos Busato (PTB)2º Vice-Presidente: Júlio Cesar (DEM)3º Vice-Presidente: Luiza Erundina (PSB)Relator: Zezéu Ribeiro (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Andre Vargas Anselmo deJesus

Deley Chico daPrincesa

Dr. Nechar vaga do PV Colbert MartinsJoão Leão Edinho Bez

Luiz Carlos Busato Janete RochaPietá

Marcelo Castro Pedro EugênioMarcelo Teixeira 3 vagasPaulo TeixeiraWaldemir MokaZezéu Ribeiro

PSDB/DEM/PPSAlfredo Kaefer Fernando

ChucreArnaldo Jardim Jorginho MalulyFélix Mendonça 3 vagasJúlio CesarRenato Amary

PSB/PDT/PCdoB/PMNBrizola Neto Valtenir PereiraLuiza Erundina 1 vaga

PV(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupaa vaga)

1 vaga

PSOLChico Alencar 1 vagaSecretário(a): Ana Lúcia Ribeiro MarquesLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6214FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 300-A, DE

2008, DO SR. ARNALDO FARIA DE SÁ, QUE "ALTERA AREDAÇÃO DO § 9º, DO ARTIGO 144 DA CONSTITUIÇÃOFEDERAL". ESTABELECE QUE A REMUNERAÇÃO DOS

POLICIAIS MILITARES DOS ESTADOS NÃO PODERÁ SERINFERIOR À DA POLÍCIA MILITAR DO DISTRITO FEDERAL,APLICANDO-SE TAMBÉM AOS INTEGRANTES DO CORPO

DE BOMBEIROS MILITAR E AOS INATIVOS.Presidente: José Otávio Germano (PP)1º Vice-Presidente: Paes de Lira (PTC)2º Vice-Presidente: Fátima Bezerra (PT)3º Vice-Presidente:Relator: Major Fábio (DEM)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Eliene LimaÁtila Lins Elismar PradoEdmar Moreira Emilia FernandesFátima Bezerra Jair BolsonaroJosé Otávio Germano Luiz CoutoLeonardo Monteiro Neilton MulimPaes de Lira Silas CâmaraPaulo Pimenta Vital do Rêgo Filho(Dep. do PRB ocupa a vaga) 1 vaga

PSDB/DEM/PPSAndreia Zito Abelardo LupionIlderlei Cordeiro Carlos BrandãoJoão Campos Guilherme Campos vaga do PHS

Major Fábio José Maia FilhoMendonça Prado Marcelo Itagiba

Moreira MendesPSB/PDT/PCdoB/PMN

Capitão Assumção Fernando ChiarelliEnio Bacci Francisco TenorioMaria Helena vaga do PHS

PV

Lindomar Garçon Ciro PedrosaPHS

(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

Secretário(a): Valdivino Telentino FilhoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6206FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 308-A, DE

2004, DO SR. NEUTON LIMA, QUE "ALTERA OS ARTS. 21, 32E 144, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, CRIANDO AS POLÍCIAS

PENITENCIÁRIAS FEDERAL E ESTADUAIS".Presidente: Nelson Pellegrino (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente: Mendonça Prado (DEM)Relator: Arnaldo Faria de Sá (PTB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAfonso Hamm Arnon BezerraArnaldo Faria de Sá Eduardo ValverdeFernando Melo Fernando FerroIriny Lopes Francisco RossiLaerte Bessa José Guimarães

Nelson Pellegrino Leonardo Picciani(Licenciado)

Vital do Rêgo Filho Lincoln Portela(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga) 2 vagas1 vaga

PSDB/DEM/PPSJairo Ataide Alexandre SilveiraMarcelo Itagiba vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Edson Aparecido

Mendonça Prado Major FábioRaul Jungmann Pinto ItamaratyRodrigo de Castro 1 vagaWilliam Woo

PSB/PDT/PCdoB/PMNFrancisco Tenorio Sueli VidigalJoão Dado 1 vaga

PVMarcelo Ortiz Dr. Talmir

PSOLChico Alencar 1 vagaSecretário(a): Mário Dráusio Oliveira de A. CoutinhoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 3216-6203 / 3216-6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 324-A, DE

2001, DO SR. INALDO LEITÃO, QUE "INSERE O § 3º NO ART.215 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", APLICANDO,

ANUALMENTE, NUNCA MENOS DE 6% DA RECEITA DEIMPOSTOS EM FAVOR DA PRODUÇÃO, PRESERVAÇÃO,

MANUTENÇÃO E O CONHECIMENTO DE BENS E VALORESCULTURAIS.

Presidente: Marcelo Almeida (PMDB)1º Vice-Presidente: Zezéu Ribeiro (PT)2º Vice-Presidente: Guilherme Campos (DEM)3º Vice-Presidente: Professora Raquel Teixeira (PSDB)Relator: José Fernando Aparecido de Oliveira (PV)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAngelo Vanhoni Alex CanzianiFátima Bezerra Décio LimaJoaquim Beltrão Gilmar MachadoLelo Coimbra Luiz SérgioMarcelo Almeida Magela

Paulo Rocha Maria do RosárioTonha Magalhães Marinha RauppZezéu Ribeiro Maurício Quintella LessaZonta Raul Henry

PSDB/DEM/PPSGuilherme Campos Humberto SoutoIlderlei Cordeiro 4 vagasMarcos MontesProfessora Raquel TeixeiraRaimundo Gomes de Matos

PSB/PDT/PCdoB/PMNPaulo Rubem Santiago Brizola NetoRodrigo Rollemberg Evandro Milhomen

PVJosé Fernando Aparecido de Oliveira 1 vaga

PRBCleber Verde 1 vagaSecretário(a): Mário Dráusio CoutinhoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6203FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO 347-A, DE

2009, DA SRA. RITA CAMATA, QUE "ALTERA A REDAÇÃODO INCISO III DO ART. 208 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL"(GARANTE ACESSO À EDUCAÇÃO ESPECIALIZADA PARA

PORTADORES DE DEFICIÊNCIA SEM IMPOSIÇÃO DE LIMITEDE FAIXA ETÁRIA E NÍVEL DE INSTRUÇÃO,

PREFERENCIALMENTE NA REDE REGULAR DE ENSINO)Presidente: Carlos Willian (PTC)1º Vice-Presidente: Eduardo Barbosa (PSDB)2º Vice-Presidente: Roberto Alves (PTB)3º Vice-Presidente: Alceni Guerra (DEM)Relator: Paulo Delgado (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBCarlos Willian Arnaldo Faria de SáEudes Xavier Dr. Nechar vaga do PV

Geraldo Resende Fernando NascimentoHugo Leal Gorete PereiraIran Barbosa João MatosJosé Linhares Márcio Reinaldo MoreiraNilmar Ruiz vaga do PSDB/DEM/PPS Pedro EugênioPaulo Delgado Rebecca GarciaRoberto Alves 2 vagas(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSAlceni Guerra Eduardo SciarraEduardo Barbosa Ilderlei CordeiroLeandro Sampaio Luiz Carlos SetimRaimundo Gomes de Matos Otavio LeiteRita Camata vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB 1 vaga

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PSB/PDT/PCdoB/PMNDr. Ubiali Capitão AssumçãoPaulo Rubem Santiago 1 vaga

PV

Dr. Talmir(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PHSFelipe Bornier 1 vagaSecretário(a): Mário Dráusio CoutinhoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (63) 3216-6203FAX: (63) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 357-A, DE2001, DO SENADO FEDERAL, QUE "ALTERA A ALÍNEA "D"DO INCISO VI DO ART. 150 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL,

PARA INSTITUIR IMUNIDADE TRIBUTÁRIA PARACADERNOS ESCOLARES".

Presidente: Sebastião Bala Rocha (PDT)1º Vice-Presidente: João Bittar (DEM)2º Vice-Presidente: Décio Lima (PT)3º Vice-Presidente: Eliene Lima (PP)Relator: Edinho Bez (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntônio Carlos Biffi Carlos AbicalilDécio Lima Carlos ZarattiniEdinho Bez Fernando NascimentoEliene Lima Pedro FernandesElismar Prado Raul HenryJoão Maia Sandro MabelJurandil Juarez 3 vagasPaes LandimProfessor Setimo

PSDB/DEM/PPSJoão Bittar Luiz Carlos HaulyLeandro Sampaio 4 vagasMarcio JunqueiraProfessora Raquel TeixeiraWilliam Woo

PSB/PDT/PCdoB/PMNDr. Ubiali Laurez MoreiraSebastião Bala Rocha Paulo Rubem Santiago

PVAntônio Roberto Roberto Santiago

PSOLIvan Valente Chico AlencarSecretário(a): Luiz Cláudio Alves dos SantosLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6232FAX: (61) 3216-9287

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 366-A, DE2005, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AO INCISO II DO ART. 98DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E AO ART. 30 DO ATO DAS

DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS",ESTABELECENDO O CONCURSO PÚBLICO PARA SELEÇÃODE JUIZ DE PAZ, MANTENDO OS ATUAIS ATÉ A VACÂNCIA

DAS RESPECTIVAS FUNÇÕES.Presidente:1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Jorginho Maluly (DEM)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Maurício Quintella

Lessa

Carlos Zarattini Pastor ManoelFerreira

José Guimarães Regis de OliveiraMauro Benevides 6 vagasSolange AlmeidaVicente ArrudaVicentinhoVilson Covatti(Dep. do PRB ocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSFernando Coruja 5 vagasJorginho MalulyVanderlei Macris

2 vagasPSB/PDT/PCdoB/PMN

Marcos Medrado 2 vagasValtenir Pereira

PVMarcelo Ortiz 1 vaga

PRBAntonio Bulhões vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Cleber Verde

Léo VivasSecretário(a): Ana Lúcia Ribeiro MarquesLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6214FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 386-A, DE

2009, DO SR. PAULO PIMENTA, QUE "ALTERADISPOSITIVOS DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL PARA

ESTABELECER A NECESSIDADE DE CURSO SUPERIOR EMJORNALISMO PARA O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO DE

JORNALISTA"Presidente: Vic Pires Franco (DEM)1º Vice-Presidente: Rebecca Garcia (PP)2º Vice-Presidente: Francisco Praciano (PT)3º Vice-Presidente: Colbert Martins (PMDB)Relator: Hugo Leal (PSC)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBCarlos Abicalil Afonso HammColbert Martins Dr. RosinhaFátima Bezerra Luiz CoutoFrancisco Praciano Lupércio RamosGeraldo Resende Nilmar RuizHugo Leal Paulo PimentaMaurício Quintella Lessa Rose de FreitasPaes Landim 2 vagasRebecca Garcia

PSDB/DEM/PPSIlderlei Cordeiro Arolde de OliveiraLuiz Carlos Setim 4 vagasVic Pires Franco2 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMNLídice da Mata Manuela D'ávilaWilson Picler Sueli Vidigal

PVJosé Paulo Tóffano Antônio Roberto

PSOLChico Alencar 1 vagaSecretário(a): Fernando Maia LeãoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6205FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 416 -A, DE2005, DO SR. PAULO PIMENTA, QUE "ACRESCENTA O ART.

216-A À CONSTITUIÇÃO PARA INSTITUIR O SISTEMANACIONAL DE CULTURA".

Presidente: Maurício Rands (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Paulo Rubem Santiago (PDT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAlexandre Santos Elismar PradoAngelo Vanhoni Fernando MarroniFátima Bezerra Lelo CoimbraJaime Martins Magela

José Linhares Marinha RauppMaurício Rands Nilmar RuizProfessor Setimo 3 vagasRoberto AlvesWilson Santiago

PSDB/DEM/PPSLobbe Neto Guilherme CamposRaimundo Gomes de Matos 4 vagasWilliam Woo2 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMNAlice Portugal 2 vagasPaulo Rubem Santiago

PVJosé Fernando Aparecido de Oliveira Antônio Roberto

PRBCleber Verde Marcos AntonioSecretário(a): Raquel Andrade de FigueiredoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6240FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 422-A, DE

2005, QUE "ACRESCENTA PARÁGRAFO AO ARTIGO 125 DACONSTITUIÇÃO FEDERAL", CRIANDO VARAS

ESPECIALIZADAS PARA JULGAR AÇÕES CONTRA ATOS DEIMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.

Presidente: Vital do Rêgo Filho (PMDB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Moreira Mendes (PPS)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBBenedito de Lira Décio LimaEduardo Valverde Mauro BenevidesFrancisco Praciano Osmar SerraglioGeraldo Pudim Paes LandimJofran Frejat VelosoLuiz Couto 4 vagasNelson TradSabino Castelo BrancoVital do Rêgo Filho

PSDB/DEM/PPSClaudio Cajado 5 vagasGustavo FruetMoreira Mendes2 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMNValtenir Pereira Flávio DinoWolney Queiroz 1 vaga

PVMarcelo Ortiz 1 vaga

PHSMiguel Martini Felipe BornierSecretário(a): Leila Machado CamposLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6212FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 443-A, DE2009, DO SR. BONIFÁCIO DE ANDRADA, ESTABELECENDO

QUE "O SUBSÍDIO DO GRAU OU NÍVEL MÁXIMO DASCARREIRAS DA ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO, DAS

PROCURADORIAS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERALCORRESPONDERÁ A NOVENTA INTEIROS E VINTE E CINCOCENTÉSIMOS POR CENTO DO SUBSÍDIO MENSAL, FIXADO

PARA OS MINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, EOS SUBSÍDIOS DOS DEMAIS INTEGRANTES DAS

RESPECTIVAS CATEGORIAS DA ESTRUTURA DAADVOCACIA PÚBLICA SERÃO FIXADOS EM LEI E

ESCALONADOS, NÃO PODENDO A DIFERENÇA ENTRE UME OUTRO SER SUPERIOR A DEZ POR CENTRO OUINFERIOR A CINCO POR CENTO, NEM EXCEDER A

NOVENTA INTEIROS E VINTE E CINCO CENTÉSIMOS PORCENTO DO SUBSÍDIO MENSAL FIXADO PARA OSMINISTROS DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL,

OBEDECIDO, EM QUALQUER CASO, O DISPOSTO NOSARTIGOS 37, XI, E 39, § 4º".

Presidente: José Mentor (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Mauro Benevides (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBCiro Nogueira Eduardo AmorimDomingos Dutra Eduardo CunhaGorete Pereira Fátima BezerraJosé Mentor Fátima PelaesMauro Benevides Lincoln PortelaMendes Ribeiro Filho Luiz CoutoPaes Landim Maurício RandsSérgio BarradasCarneiro Vital do Rêgo Filho

Wilson Santiago (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga)PSDB/DEM/PPS

Antonio CarlosPannunzio Alexandre Silveira

Bonifácio deAndrada João Campos

Félix Mendonça Marcelo ItagibaMoreira Mendes William Woo vaga do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Roberto Magalhães 2 vagasPSB/PDT/PCdoB/PMN

Edmilson Valentim Francisco TenorioVieira da Cunha Valadares Filho

PVMarcelo Ortiz Lindomar Garçon

PHSUldurico Pinto Felipe BornierSecretário(a): Ana LúciaLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6214FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 471-A, DE

2005, DO SR. JOÃO CAMPOS, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AOPARÁGRAFO 3º DO ARTIGO 236 DA CONSTITUIÇÃO

FEDERAL", ESTABELECENDO A EFETIVAÇÃO PARA OSATUAIS RESPONSÁVEIS E SUBSTITUTOS PELOS SERVIÇOS

NOTARIAIS, INVESTIDOS NA FORMA DA LEI.Presidente: Sandro Mabel (PR)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente: Roberto Balestra (PP)3º Vice-Presidente:Relator: João Matos (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAlex Canziani Arnaldo Faria de SáAndre Vargas Dr. RosinhaJoão Matos João Carlos BacelarJosé Genoíno Moacir MichelettoLeonardo Quintão Nelson MeurerNelson Bornier Nelson TradRoberto Balestra Regis de OliveiraSandro Mabel 2 vagas1 vaga

PSDB/DEM/PPS

Gervásio Silva Carlos Alberto LeréiaHumberto Souto Guilherme CamposJoão Campos Raul JungmannJorge Tadeu Mudalen Zenaldo Coutinho1 vaga 1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNDagoberto Valadares FilhoGonzaga Patriota 1 vaga

PVMarcelo Ortiz Ciro Pedrosa

PHSMiguel Martini Felipe BornierSecretário(a): Aparecida de Moura AndradeLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6207/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 485-A, DE

2005, DA SRA. SANDRA ROSADO, QUE "DÁ NOVAREDAÇÃO AO ART. 98 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL,

PREVENDO A CRIAÇÃO DE VARAS ESPECIALIZADAS NOSJUIZADOS ESPECIAIS PARA AS QUESTÕES RELATIVAS ÀS

MULHERES".Presidente: Janete Rocha Pietá (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Alice Portugal (PCdoB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAline Corrêa Arnaldo Faria de

SáEmilia Fernandes Dalva FigueiredoFátima Pelaes Fátima BezerraGorete Pereira Luiz AlbertoJanete Rocha Pietá Marinha Raupp

Maria do Rosário TonhaMagalhães

Maria Lúcia Cardoso 3 vagasNilmar Ruiz vaga do PSDB/DEM/PPS

Roberto AlvesSolange Almeida

PSDB/DEM/PPSAndreia Zito Moreira MendesMarina Maggessi 4 vagasSolange AmaralThelma de Oliveira(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupaa vaga)

PSB/PDT/PCdoB/PMNAlice Portugal Maria HelenaJulião Amin Sandra Rosado

PVAntônio Roberto Lindomar Garçon

PRBCleber Verde Léo VivasSecretário(a): Fernando Maia LeãoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6205FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 488-A, DE2005, DA SRA. MARIA HELENA, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO

AO ART. 31 DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 19, DE 1998".(INCLUI OS EMPREGADOS DO EXTINTO BANCO DE

RORAIMA, CUJO VÍNCULO FUNCIONAL TENHA SIDORECONHECIDO, NO QUADRO EM EXTINÇÃO DA

ADMINISTRAÇÃO FEDERAL. ALTERA A CONSTITUIÇÃOFEDERAL DE 1988).

Presidente: Edio Lopes (PMDB)1º Vice-Presidente: Marcio Junqueira (DEM)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente: Sandra Rosado (PSB)Relator: Luciano Castro (PR)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAngela Portela Arnaldo Faria de SáArnon Bezerra Asdrubal BentesDalva Figueiredo Fátima PelaesEdinho Bez Geraldo PudimEdio Lopes Gorete PereiraLuciano Castro Rebecca GarciaLupércio Ramos 3 vagas2 vagas

PSDB/DEM/PPSFrancisco Rodrigues Ilderlei CordeiroMarcio Junqueira 4 vagasMoreira MendesUrzeni Rocha1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNSandra Rosado Maria HelenaSergio Petecão Mauro Nazif vaga do PSOL

Sebastião Bala RochaPV

Fábio Ramalho Lindomar GarçonPSOL

1 vaga (Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa avaga)

Secretário(a): Eveline AlmintaLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6211/3216-6232FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 511-A, DE2006, DO SENADO FEDERAL, QUE "ALTERA O ART. 62 DA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL PARA DISCIPLINAR A EDIÇÃO DEMEDIDAS PROVISÓRIAS", ESTABELECENDO QUE A

MEDIDA PROVISÓRIA SÓ TERÁ FORÇA DE LEI DEPOIS DEAPROVADA A SUA ADMISSIBILIDADE PELO CONGRESSO

NACIONAL, SENDO O INÍCIO DA APRECIAÇÃO ALTERNADOENTRE A CÂMARA E O SENADO.

Presidente: Cândido Vaccarezza (PT)1º Vice-Presidente: Regis de Oliveira (PSC)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente: Bruno Araújo (PSDB)Relator: Leonardo Picciani (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBCândido Vaccarezza Augusto FariasGerson Peres Fernando FerroJosé Eduardo Cardozo Geraldo PudimJosé Genoíno Ibsen PinheiroLeonardo Picciani (Licenciado) João MagalhãesMendes Ribeiro Filho José MentorPaes Landim Lúcio ValeRegis de Oliveira Rubens OtoniVicente Arruda 1 vaga

PSDB/DEM/PPSBruno Araújo Bonifácio de AndradaHumberto Souto Edson AparecidoJoão Almeida Fernando CorujaJosé Carlos Aleluia Fernando de FabinhoRoberto Magalhães João Oliveira

PSB/PDT/PCdoB/PMNDr. Ubiali Flávio DinoWolney Queiroz 1 vaga

PV1 vaga Roberto Santiago

PRBLéo Vivas 1 vagaSecretário(a): Aparecida de Moura AndradeLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216-6207FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 549-A, DE2006, DO SR. ARNALDO FARIA DE SÁ, QUE "ACRESCENTAPRECEITO ÀS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS GERAIS,

DISPONDO SOBRE O REGIME CONSTITUCIONAL PECULIARDAS CARREIRAS POLICIAIS QUE INDICA".

Presidente: Vander Loubet (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente: José Mentor (PT)Relator: Regis de Oliveira (PSC)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Angelo VanhoniDécio Lima Eliene Lima

Jair Bolsonaro José OtávioGermano

José Mentor Marcelo MeloLaerte Bessa Marinha RauppNeilton Mulim Paes LandimRegis de Oliveira Sandro MabelVander Loubet Valdir Colatto(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga) 1 vaga

PSDB/DEM/PPSAlexandre Silveira Abelardo LupionJoão Campos Pinto ItamaratyJorginho Maluly 3 vagasMarcelo Itagiba vaga do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Rogerio LisboaWilliam Woo

PSB/PDT/PCdoB/PMNFrancisco Tenorio Flávio DinoVieira da Cunha João Dado

PVMarcelo Ortiz Dr. Talmir

PRBLéo Vivas Cleber VerdeSecretário(a): Valdivino Tolentino FilhoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6206/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 555-A, DE2006, DO SR. CARLOS MOTA, QUE "REVOGA O ART. 4º DAEMENDA CONSTITUCIONAL Nº 41, DE 2003", ACABANDOCOM A COBRANÇA DE CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA

SOBRE OS PROVENTOS DOS SERVIDORES PÚBLICOSAPOSENTADOS (CONTRIBUIÇÃO DE INATIVOS).

Presidente: Marçal Filho (PMDB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Luiz Alberto (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Angela PortelaGerson Peres Bilac PintoLeo Alcântara Edgar MouryLuiz Alberto Iran BarbosaMarçal Filho José LinharesMarcelo Almeida Leonardo Monteiro

Mauro Benevides Mendes Ribeiro FilhoNilson Mourão Pedro FernandesVirgílio Guimarães Regis de Oliveira

PSDB/DEM/PPSIndio da Costa Humberto SoutoJoão Campos José Carlos AleluiaMoreira Mendes Onyx LorenzoniProfessora Raquel Teixeira Rômulo GouveiaRoberto Magalhães Zenaldo Coutinho

PSB/PDT/PCdoB/PMNAlice Portugal João DadoSebastião Bala Rocha Júlio Delgado

PVMarcelo Ortiz Lindomar Garçon

PSOLChico Alencar Ivan ValenteSecretário(a): Aparecida de Moura AndradeLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6207FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 556-A, DE

2002, DA SRA. VANESSA GRAZZIOTIN, QUE "DÁ NOVAREDAÇÃO AO ARTIGO 54 DO ATO DAS DISPOSIÇÕES

CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS, DA CONSTITUIÇÃOFEDERAL", CONCEDENDO AOS SERINGUEIROS

(SOLDADOS DA BORRACHA) OS MESMOS DIREITOSCONCEDIDOS AOS EX-COMBATENTES: APOSENTADORIA

ESPECIAL, PENSÃO ESPECIAL, DENTRE OUTROS.Presidente: Lindomar Garçon (PV)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Perpétua Almeida (PCdoB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBÁtila Lins Assis do CoutoEduardo Valverde Beto FaroErnandes Amorim Lúcio ValeFernando Melo Sabino Castelo BrancoFlaviano Melo 5 vagasLucenira PimentelNilson MourãoRebecca GarciaZequinha Marinho

PSDB/DEM/PPSIlderlei Cordeiro Carlos Alberto LeréiaMarcio Junqueira Moreira MendesThelma de Oliveira Raimundo Gomes de MatosUrzeni Rocha 2 vagas1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNPerpétua Almeida Mauro NazifVanessa Grazziotin Sebastião Bala Rocha

PVLindomar Garçon 1 vaga

PHS1 vaga Felipe BornierSecretário(a): José Maria Aguiar de CastroLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6209FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 590-A, DE

2006, DA SRA. LUIZA ERUNDINA, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃOAO PARÁGRAFO 1º DO ARTIGO 58 DA CONSTITUIÇÃO

FEDERAL". (GARANTE A REPRESENTAÇÃOPROPORCIONAL DE CADA SEXO NA COMPOSIÇÃO DASMESAS DIRETORAS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS E DO

SENADO E DE CADA COMISSÃO, ASSEGURANDO, AOMENOS, UMA VAGA PARA CADA SEXO).

Presidente: Emilia Fernandes (PT)1º Vice-Presidente: Solange Amaral (DEM)2º Vice-Presidente: Jô Moraes (PCdoB)3º Vice-Presidente: Marcelo Ortiz (PV)Relator: Rose de Freitas (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntonio Carlos Chamariz Aline CorrêaBel Mesquita vaga do PHS Angela PortelaEmilia Fernandes Carlos WillianFátima Bezerra Gorete Pereira

Ibsen Pinheiro Maria doRosário

Janete Rocha Pietá 4 vagasMaria Lúcia CardosoNilmar Ruiz vaga do PSDB/DEM/PPS

Rebecca GarciaRose de FreitasTonha Magalhães

PSDB/DEM/PPSAndreia Zito 5 vagasMarina MaggessiSolange AmaralThelma de Oliveira(Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

PSB/PDT/PCdoB/PMNJô Moraes Alice PortugalLuiza Erundina Lídice da Mata

PVMarcelo Ortiz 1 vaga

PHS(Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga) Felipe Bornier

Secretário(a): Raquel Andrade de FigueiredoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6241FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 1 DE 2007, DO PODER EXECUTIVO,

QUE "DISPÕE SOBRE O VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO APARTIR DE 2007 E ESTABELECE DIRETRIZES PARA A SUA

POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DE 2008 A 2023".Presidente: Júlio Delgado (PSB)1º Vice-Presidente: Paulo Pereira da Silva (PDT)2º Vice-Presidente: Íris de Araújo (PMDB)3º Vice-Presidente: Felipe Maia (DEM)Relator: Roberto Santiago (PV)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Aline CorrêaEdgar Moury Carlos Alberto CanutoÍris de Araújo Dr. Adilson SoaresPedro Eugênio Eudes XavierPedro Henry José GuimarãesReinhold Stephanes Nelson PellegrinoSandro Mabel 3 vagas2 vagas

PSDB/DEM/PPSFelipe Maia Andreia ZitoFernando Coruja Efraim FilhoFrancisco Rodrigues Fernando ChucreJosé Aníbal Fernando de FabinhoPaulo Renato Souza (Licenciado) Leandro Sampaio

PSB/PDT/PCdoB/PMNJúlio Delgado Daniel AlmeidaPaulo Pereira da Silva Sergio Petecão

PV

Roberto Santiago Lindomar GarçonPRB

Léo Vivas 1 vagaSecretário(a): Valdivino Tolentino FilhoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Ala A s/ 170Telefones: 3216.6206FAX: 3216.6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 219, DE 2003, DO SR. REGINALDO

LOPES, QUE "REGULAMENTA O INCISO XXXIII DO ART. 5º ,DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, DISPONDO SOBRE

PRESTAÇÃO DE INFORMAÇÕES DETIDAS PELOS ÓRGÃOSDA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA" (FIXA O PRAZO MÁXIMO DE

15 'QUINZE' DIAS ÚTEIS PARA PRESTAÇÃO DEINFORMAÇÕES)

Presidente: José Genoíno (PT)1º Vice-Presidente: Fernando Gabeira (PV)2º Vice-Presidente: Bonifácio de Andrada (PSDB)3º Vice-Presidente:Relator: Mendes Ribeiro Filho (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Domingos DutraColbert Martins Dr. RosinhaJosé Genoíno Fernando FerroMaurício Rands João MatosMendes Ribeiro Filho Paulo TeixeiraMilton Monti Pedro FernandesReginaldo Lopes Vicente ArrudaRodrigo Rocha Loures 2 vagas1 vaga

PSDB/DEM/PPSBonifácio de Andrada Gustavo FruetGuilherme Campos 4 vagasJosé Carlos AleluiaRaul Jungmann1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNAldo Rebelo 2 vagasLídice da Mata

PVFernando Gabeira 1 vaga

PHS1 vaga 1 vagaSecretário(a): Heloísa Pedrosa DinizLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6201FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 630, DE 2003, DO SENHOR

ROBERTO GOUVEIA, QUE "ALTERA O ART. 1º DA LEI N.º8.001, DE 13 DE MARÇO DE 1990, CONSTITUI FUNDO

ESPECIAL PARA FINANCIAR PESQUISAS E FOMENTAR APRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA E TÉRMICA A PARTIR

DA ENERGIA SOLAR E DA ENERGIA EÓLICA, E DÁ OUTRASPROVIDÊNCIAS" (FONTES RENOVÁVEIS DE ENERGIA).

Presidente: Rodrigo Rocha Loures (PMDB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente: Arnaldo Jardim (PPS)3º Vice-Presidente: Duarte Nogueira (PSDB)Relator: Fernando Ferro (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBBernardo Ariston Aline CorrêaErnandes Amorim Aníbal GomesFernando Ferro Carlos AbicalilFernando Marroni Eudes XavierJoão Maia Marcos LimaPaulo Henrique Lustosa Nazareno Fonteles

Paulo Teixeira 3 vagasRodrigo Rocha Loures1 vaga

PSDB/DEM/PPSAntonio Carlos Mendes Thame Alfredo KaeferArnaldo Jardim Guilherme CamposBetinho Rosado Silvio LopesDuarte Nogueira Urzeni RochaJosé Carlos Aleluia 1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNArnaldo Vianna Átila LiraBeto Albuquerque 1 vaga

PV1 vaga Antônio Roberto

PRBLéo Vivas Cleber VerdeSecretário(a): Heloísa Pedrosa DinizLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216.6201FAX: 3216.6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 694, DE 1995, QUE "INSTITUI ASDIRETRIZES NACIONAIS DO TRANSPORTE COLETIVO

URBANO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".Presidente: Eduardo Sciarra (DEM)1º Vice-Presidente: Francisco Praciano (PT)2º Vice-Presidente: Fernando Chucre (PSDB)3º Vice-Presidente: Pedro Chaves (PMDB)Relator: Angela Amin (PP)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAngela Amin Aline CorrêaChico da Princesa Arnaldo Faria de SáFrancisco Praciano Carlos ZarattiniJackson Barreto Edinho BezJoão Magalhães vaga do PSOL Gilmar MachadoJosé Airton Cirilo José ChavesMauro Lopes Jurandy LoureiroPedro Chaves Paulo TeixeiraPedro Eugênio Ratinho JuniorPedro Fernandes Silvio Costa vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN

PSDB/DEM/PPSArnaldo Jardim Cláudio DiazEduardo Sciarra Geraldo ThadeuFernando Chucre Vitor Penido2 vagas 2 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMNChico Lopes Julião Amin

1 vaga(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PVJosé Fernando Aparecido deOliveira Fábio Ramalho

PSOL(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

1 vaga

Secretário(a): Angélica FialhoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6218 / 6232FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 1.481, DE 2007, QUE "ALTERA A LEINº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996, E A LEI Nº 9.998, DE17 DE AGOSTO DE 2000, PARA DISPOR SOBRE O ACESSO

A REDES DIGITAIS DE INFORMAÇÃO EMESTABELECIMENTOS DE ENSINO". (FUST)

Presidente: Marcelo Ortiz (PV)

1º Vice-Presidente: Vilson Covatti (PP)2º Vice-Presidente: Lobbe Neto (PSDB)3º Vice-Presidente: Jorge Khoury (DEM)Relator: Paulo Henrique Lustosa (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBBilac Pinto Andre VargasColbert Martins Angela AminJorge Bittar (Licenciado) Antonio Carlos ChamarizMagela Dr. Adilson SoaresPaulo Henrique Lustosa Eudes XavierPaulo Roberto Pereira Paulo TeixeiraRaul Henry Rebecca GarciaVilson Covatti 2 vagasWalter Pinheiro

PSDB/DEM/PPSJorge Khoury Arnaldo JardimJulio Semeghini Eduardo SciarraLeandro Sampaio Emanuel FernandesLobbe Neto Paulo BornhausenVic Pires Franco Professora Raquel Teixeira

PSB/PDT/PCdoB/PMNAriosto Holanda 2 vagas1 vaga

PVMarcelo Ortiz Fernando Gabeira

PHSFelipe Bornier Miguel MartiniSecretário(a): Fernando Maia LeãoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216.6205FAX: 3216.6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 1610, DE 1996, DO SENADO

FEDERAL, QUE "DISPÕE SOBRE A EXPLORAÇÃO E OAPROVEITAMENTO DE RECURSOS MINERAIS EM TERRASINDÍGENAS, DE QUE TRATAM OS ARTS. 176, PARÁGRAFO

PRIMEIRO, E 231, PARÁGRAFO TERCEIRO, DACONSTITUIÇÃO FEDERAL".

Presidente: Edio Lopes (PMDB)1º Vice-Presidente: Bel Mesquita (PMDB)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Eduardo Valverde (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAsdrubal Bentes Celso MaldanerBel Mesquita Colbert MartinsDalva Figueiredo Fernando FerroEdio Lopes Homero PereiraEduardo Valverde Jurandil JuarezErnandes Amorim Paulo Roberto PereiraFrancisco Praciano Paulo RochaJosé Otávio Germano VignattiLuciano Castro 1 vaga

PSDB/DEM/PPSFrancisco Rodrigues Arnaldo JardimJoão Almeida Paulo Abi-ackelMarcio Junqueira Pinto ItamaratyMoreira Mendes 2 vagasUrzeni Rocha

PSB/PDT/PCdoB/PMNMaria Helena 2 vagasPerpétua Almeida

PVJosé Fernando Aparecido de Oliveira Fernando Gabeira

PHSFelipe Bornier Miguel MartiniSecretário(a): Maria Terezinha DonatiLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-A

Telefones: 3216-6215FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 1876, DE 1999, DO SR. SÉRGIO

CARVALHO, QUE "DISPÕE SOBRE ÁREAS DEPRESERVAÇÃO PERMANENTE, RESERVA LEGAL,

EXPLORAÇÃO FLORESTAL E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS"(REVOGA A LEI N. 4.771, DE 1965 - CÓDIGO FLORESTAL;

ALTERA A LEI Nº 9.605, DE 1998)Presidente: Moacir Micheletto (PMDB)1º Vice-Presidente: Anselmo de Jesus (PT)2º Vice-Presidente: Homero Pereira (PR)3º Vice-Presidente:Relator: Aldo Rebelo (PCdoB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAnselmo de Jesus Alex CanzianiDr. Rosinha Asdrubal BentesErnandes Amorim Assis do CoutoHomero Pereira Celso Maldaner vaga do PHS

Leonardo Monteiro Fernando MarroniLuis Carlos Heinze Paulo TeixeiraMoacir Micheletto Reinhold StephanesPaulo Piau Silas BrasileiroValdir Colatto Zonta

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga)PSDB/DEM/PPS

Carlos Melles Cezar SilvestriDuarte Nogueira Eduardo Sciarra

Marcos Montes Gervásio Silva vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Moreira Mendes Lira MaiaRicardo Tripoli Wandenkolk Gonçalves

1 vagaPSB/PDT/PCdoB/PMN

Aldo Rebelo Giovanni QueirozRodrigo Rollemberg Perpétua Almeida

PVSarney Filho Edson Duarte

PHS(Dep. do PSOL ocupaa vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

ocupa a vaga)Secretário(a): Eveline AlmintaLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6211FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 2.412, DE 2007, DO SR. REGIS DE

OLIVEIRA, QUE "DISPÕE SOBRE A EXECUÇÃOADMINISTRATIVA DA DÍVIDA ATIVA DA UNIÃO, DOS

ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL, DOS MUNICÍPIOS, DESUAS RESPECTIVAS AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES

PÚBLICAS, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS" (DEFINECRITÉRIOS PARA O PROCESSAMENTO ADMINISTRATIVO

DAS EXECUÇÕES FISCAIS. ALTERA A LEI Nº 8.397, DE 1992E REVOGA A LEI Nº 6.830, DE 1980)

Presidente: Jurandil Juarez (PMDB)1º Vice-Presidente: Marcelo Almeida (PMDB)2º Vice-Presidente: Guilherme Campos (DEM)3º Vice-Presidente: Alfredo Kaefer (PSDB)Relator: João Paulo Cunha (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAndre Vargas Arnaldo Faria de SáArmando Monteiro Eudes XavierJoão Paulo Cunha João MaiaJosé Otávio Germano Luiz Carlos BusatoJurandil Juarez Paes Landim

Marcelo Almeida Reginaldo LopesPedro Eugênio 3 vagasRegis de OliveiraSandro Mabel

PSDB/DEM/PPSAlfredo Kaefer Arnaldo JardimGuilherme Campos Efraim FilhoJosé Carlos Aleluia vaga do PSOL Gervásio SilvaLuiz Carlos Hauly Leonardo VilelaMoreira Mendes Mendonça PradoOnyx Lorenzoni

PSB/PDT/PCdoB/PMNJulião Amin Júlio DelgadoSergio Petecão Sebastião Bala Rocha

PVJosé Paulo Tóffano Sarney Filho

PSOL(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga) 1 vagaSecretário(a): Cláudia MatiasLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6235FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 3057, DE 2000, DO SENHOR BISPO

WANDERVAL, QUE "INCLUI § 2º NO ART. 41, DA LEI Nº 6.766,DE 19 DE DEZEMBRO DE 1979, NUMERANDO-SE COMO

PARÁGRAFO 1º O ATUAL PARÁGRAFO ÚNICO",ESTABELECENDO QUE PARA O REGISTRO DE

LOTEAMENTO SUBURBANO DE PEQUENO VALORIMPLANTADO IRREGULARMENTE ATÉ 31 DE DEZEMBRO DE

1999 E REGULARIZADO POR LEI MUNICIPAL, NÃO HÁNECESSIDADE DE APROVAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO POR

OUTRO ÓRGÃO.Presidente:1º Vice-Presidente: Marcelo Melo (PMDB)2º Vice-Presidente: Angela Amin (PP)3º Vice-Presidente: Jorge Khoury (DEM)Relator: Renato Amary (PSDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAngela Amin Alex CanzianiCarlos Eduardo Cadoca Beto MansurJosé Eduardo Cardozo Celso MaldanerJosé Guimarães Celso RussomannoLuiz Bittencourt Edson SantosLuiz Carlos Busato Homero PereiraMarcelo Melo José Airton Cirilo2 vagas Zezéu Ribeiro

1 vagaPSDB/DEM/PPS

Arnaldo Jardim Bruno AraújoFernando Chucre Dimas RamalhoJorge Khoury Eduardo SciarraRenato Amary Gervásio Silva1 vaga Ricardo Tripoli vaga do PSOL

Solange AmaralPSB/PDT/PCdoB/PMN

Arnaldo Vianna Chico Lopes1 vaga Gonzaga Patriota

PVJosé Paulo Tóffano Sarney Filho

PSOLIvan Valente (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a

vaga)Secretário(a): Leila Machado CamposLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216.6212FAX: 3216.6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER

AO PROJETO DE LEI Nº 3460, DE 2004, DO SR. WALTERFELDMAN, QUE "INSTITUI DIRETRIZES PARA A POLÍTICA

NACIONAL DE PLANEJAMENTO REGIONAL URBANO, CRIAO SISTEMA NACIONAL DE PLANEJAMENTO E

INFORMAÇÕES REGIONAIS URBANAS E DÁ OUTRASPROVIDÊNCIAS" (ESTATUTO DA METRÓPOLE).

Presidente: Marcelo Melo (PMDB)1º Vice-Presidente: Fernando de Fabinho (DEM)2º Vice-Presidente: Manuela D'ávila (PCdoB)3º Vice-Presidente: Leandro Sampaio (PPS)Relator: Indio da Costa (DEM)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAlex Canziani Arnaldo Faria de SáAndre Vargas Eduardo CunhaAntônio Andrade Filipe PereiraCelso Russomanno Geraldo SimõesDécio Lima João LeãoDr. Paulo César Paulo TeixeiraMarcelo Melo 3 vagasZezéu Ribeiro1 vaga

PSDB/DEM/PPSFernando Chucre André de PaulaFernando de Fabinho Paulo MagalhãesIndio da Costa 3 vagasLeandro SampaioLuiz Carlos Hauly

PSB/PDT/PCdoB/PMNDamião Feliciano Evandro MilhomenManuela D'ávila (Dep. do PRB ocupa a vaga)

PVFernando Gabeira Antônio Roberto

PHSFelipe Bornier 1 vagaSecretário(a): Aparecida de Moura AndradeLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6207FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A ANALISAR EPROFERIR AO PROJETO DE LEI Nº 3555-A, DE 2004, DO SR.JOSÉ EDUARDO CARDOZO, QUE "ESTABELECE NORMAS

GERAIS EM CONTRATOS DE SEGURO PRIVADO E REVOGADISPOSITIVOS DO CÓDIGO CIVIL, DO CÓDIGO COMERCIALBRASILEIRO E DO DECRETO-LEI Nº 73 DE 1966 (REVOGA

DISPOSITIVOS DAS LEIS NºS 556, DE 1850 E 10.406, DE2002)

Presidente: Moreira Mendes (PPS)1º Vice-Presidente: Paulo Magalhães (DEM)2º Vice-Presidente: Darcísio Perondi (PMDB)3º Vice-Presidente: Andre Vargas (PT)Relator: Jorginho Maluly (DEM)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAndre Vargas Celso RussomannoArnaldo Faria deSá Dr. Nechar vaga do PV

Darcísio Perondi Eduardo CunhaHomero Pereira Fernando MarroniHugo Leal Paes LandimJosé Mentor Roberto BrittoNelson Meurer Vander LoubetOsmar Serraglio Vinicius CarvalhoValdir Colatto 2 vagas

PSDB/DEM/PPSBruno Araújo Alexandre SilveiraDuarte Nogueira Luiz Carlos HaulyJorginho Maluly Luiz Carlos SetimMoreira Mendes Marcos MontesPaulo Magalhães Otavio Leite

PSB/PDT/PCdoB/PMNDagoberto Beto AlbuquerqueJúlio Delgado Pompeo de Mattos

PV

Lindomar Garçon(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupaa vaga)

PRB1 vaga 1 vagaSecretário(a): Angélica FialhoTelefones: (63) 3216-6218FAX: (63) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 4.212, DE 2004, DO SR. ÁTILA LIRA,

QUE "ALTERA DISPOSITIVOS DA LEI Nº 9.394, DE 20 DEDEZEMBRO DE 1996, QUE ESTABELECE AS DIRETRIZES E

BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL, E DÁ OUTRASPROVIDÊNCIAS" (FIXANDO NORMAS PARA A EDUCAÇÃOSUPERIOR DAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS E PRIVADAS DE

ENSINO).Presidente: Lelo Coimbra (PMDB)1º Vice-Presidente: Professor Setimo (PMDB)2º Vice-Presidente: Jorginho Maluly (DEM)3º Vice-Presidente: Lobbe Neto (PSDB)Relator: Jorginho Maluly (DEM)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAlex Canziani Arnaldo Faria de SáAngelo Vanhoni Fátima BezerraCarlos Abicalil Gastão VieiraJoão Matos Maria do RosárioJosé Linhares Milton MontiLelo Coimbra Nazareno FontelesLuciana Costa Raul HenryMárcio ReinaldoMoreira Reginaldo Lopes

Osmar Serraglio Severiano Alves vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN

Pedro Wilson 3 vagasProfessor Setimo

PSDB/DEM/PPSClóvis Fecury Bonifácio de AndradaHumberto Souto Efraim FilhoJorginho Maluly Geraldo ThadeuJosé Carlos Aleluia Rogério MarinhoLobbe Neto 2 vagasProfessora RaquelTeixeira

PSB/PDT/PCdoB/PMNAlice Portugal Chico LopesÁtila Lira Dr. Ubiali

Paulo RubemSantiago

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

ocupa a vaga)PV

Marcelo Ortiz Fábio RamalhoPHS

1 vaga 1 vagaSecretário(a): Maria de Fátima MoreiraLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6204FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 4.361, DE 2004, DO SR. VIEIRA REIS,

QUE "MODIFICA A LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990,QUE "DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DA CRIANÇA E DO

ADOLESCENTE, ESTABELECENDO LIMITES AOFUNCIONAMENTO DE CASAS DE JOGOS DE

COMPUTADORES" (CENTROS DE INCLUSÃO DIGITAL: LAN

HOUSES, TELECENTROS, CYBERCAFÉS, PONTOS DECULTURA E SIMILARES).

Presidente: Paulo Teixeira (PT)1º Vice-Presidente: Efraim Filho (DEM)2º Vice-Presidente: Colbert Martins (PMDB)3º Vice-Presidente: Elismar Prado (PT)Relator: Otavio Leite (PSDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAngela Portela Arnaldo Faria de SáColbert Martins Cida DiogoEdinho Bez Eudes XavierElismar Prado Iriny LopesJosé Linhares Paulo Henrique LustosaPaulo Teixeira 4 vagasVicentinho AlvesWladimir Costa1 vaga

PSDB/DEM/PPSAlexandre Silveira Ilderlei CordeiroEfraim Filho Lobbe NetoJulio Semeghini Paulo BornhausenLuiz Carlos Setim Rogério MarinhoOtavio Leite Rômulo Gouveia

PSB/PDT/PCdoB/PMNSueli Vidigal Paulo Rubem SantiagoValadares Filho 1 vaga

PVDr. Talmir 1 vaga

PSOL1 vaga 1 vagaSecretário(a): Luiz CláudioLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-66287FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 4.436, DE 2008, DO SENADO

FEDERAL - SERYS SLHESSARENKO, QUE "MODIFICA OART. 19 DA LEI Nº 7.102, DE 20 DE JUNHO DE 1983, PARA

GARANTIR AO VIGILANTE O RECEBIMENTO DE ADICIONALDE PERICULOSIDADE" - PL. 4.305/04 FOI APENSADO A

ESTE.Presidente: Filipe Pereira (PSC)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente: Guilherme Campos (DEM)3º Vice-Presidente:Relator: Professor Setimo (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBCarlos Willian Arnaldo Faria de SáFilipe Pereira Fernando MeloLuiz Carlos Busato Lelo CoimbraMarcelo Guimarães Filho Leonardo MonteiroNeilton Mulim Osmar SerraglioPaulo Pimenta Paes de Lira vaga do PSDB/DEM/PPS

Professor Setimo Paes LandimSérgio Brito vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN Vilson Covatti

(Dep. do PRB ocupa a vaga) (Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga)

1 vaga 1 vagaPSDB/DEM/PPS

Alexandre Silveira Andreia ZitoGuilherme Campos Major Fábio

João Campos Marcelo Itagiba vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

William Woo Pinto Itamaraty

1 vaga(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNGivaldo Carimbão Capitão Assumção(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Francisco Tenorio

PV1 vaga 1 vaga

PHSFelipe Bornier Miguel MartiniSecretário(a): Aparecida de Moura AndradeLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6207FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 4.529, DE 2004, DA COMISSÃOESPECIAL DESTINADA A ACOMPANHAR E ESTUDAR

PROPOSTAS DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA AJUVENTUDE, QUE "DISPÕE SOBRE O ESTATUTO DA

JUVENTUDE E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".Presidente: Lobbe Neto (PSDB)1º Vice-Presidente: Paulo Henrique Lustosa (PMDB)2º Vice-Presidente: Efraim Filho (DEM)3º Vice-Presidente: Eudes Xavier (PT)Relator: Manuela D'ávila (PCdoB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBEudes Xavier Carlos SantanaGladson Cameli Filipe PereiraLuciana Costa José Airton CiriloMarinha Raupp Maurício Quintella LessaPastor Manoel Ferreira Mauro LopesPaulo Henrique Lustosa Nilmar Ruiz vaga do PSDB/DEM/PPS

Raul Henry Paulo Roberto PereiraReginaldo Lopes (Dep. do PRB ocupa a vaga)Zezéu Ribeiro 2 vagas

PSDB/DEM/PPSAndreia Zito Bruno AraújoEfraim Filho Rodrigo de Castro

Felipe Maia(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Ilderlei Cordeiro 2 vagasLobbe Neto

PSB/PDT/PCdoB/PMNManuela D'ávila Sebastião Bala Rocha1 vaga Valadares Filho

PVJosé FernandoAparecido de Oliveira Dr. Talmir

PRBLéo Vivas Antonio Bulhões vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Márcio MarinhoSecretário(a): Leila MachadoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6212FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 5.186, DE 2005, DO PODER

EXECUTIVO, QUE "ALTERA A LEI Nº 9.615, DE 24 DE MARÇODE 1998, QUE INSTITUI NORMAS GERAIS SOBRE

DESPORTO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".Presidente: Marcelo Guimarães Filho (PMDB)1º Vice-Presidente: Arnaldo Faria de Sá (PTB)2º Vice-Presidente: Silvio Torres (PSDB)3º Vice-Presidente: Guilherme Campos (DEM)Relator: José Rocha (PR)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Arnaldo Faria de Sá DeleyAsdrubal Bentes Luiz Carlos BusatoDr. Rosinha Marcelo TeixeiraEudes Xavier Mendes Ribeiro FilhoEugênio Rabelo Vital do Rêgo FilhoGilmar Machado 4 vagasHermes ParcianelloJosé RochaMarcelo Guimarães Filho

PSDB/DEM/PPSGuilherme Campos Marcos MontesHumberto Souto Zenaldo CoutinhoLuiz Carlos Hauly 3 vagasSilvio Torres1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNFábio Faria Beto AlbuquerqueManuela D'ávila Marcos Medrado

PVCiro Pedrosa 1 vaga

PSOL1 vaga Ivan ValenteSecretário(a): Aparecida de Moura AndradeLocal: Anexo II - Pavimento superior - sala 170-ATelefones: 3216.6207FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 5417, DE 2009, DO SR. PEDRO

EUGÊNIO, QUE "CRIA O FUNDO SOBERANO SOCIAL DOBRASIL - FSSB E DISPÕE SOBRE SUA ESTRUTURA,

FONTES DE RECURSOS E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".Presidente: Rodrigo Rollemberg (PSB)1º Vice-Presidente: Manato (PDT)2º Vice-Presidente: Colbert Martins (PMDB)3º Vice-Presidente: Luiz Carreira (DEM)Relator: Antonio Palocci (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntonio Palocci Alexandre SantosColbert Martins Aline CorrêaDarcísio Perondi Antônio Carlos BiffiJoão Pizzolatti Fernando MarroniJoaquim Beltrão Jurandil JuarezJosé Guimarães Marcelo TeixeiraLuiz Alberto Pedro EugênioMilton Monti Rodrigo Rocha LouresSérgio Moraes 1 vaga

PSDB/DEM/PPSAlbano Franco Carlos BrandãoDimas Ramalho Marcio JunqueiraJúlio Cesar Solange AmaralLuiz Carreira 2 vagasRaimundo Gomes deMatos

PSB/PDT/PCdoB/PMNManato Marcelo SerafimRodrigo Rollemberg Paulo Rubem Santiago

PVRoberto Santiago José Fernando Aparecido de Oliveira

PRBCleber Verde Léo VivasSecretário(a): Cláudia MatiasLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6235FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI N. 6493, DE 2009, DO PODER

EXECUTIVO, QUE "DISPÕE SOBRE A ORGANIZAÇÃO E OFUNCIONAMENTO DA POLÍCIA FEDERAL" (LEI ORGÂNICA

DA POLÍCIA FEDERAL; REVOGA DISPOSITIVOS DA LEI Nº4.878, DE 1965)

Presidente: Nelson Pellegrino (PT)1º Vice-Presidente: Celso Russomanno (PP)2º Vice-Presidente: Sabino Castelo Branco (PTB)3º Vice-Presidente: Jorginho Maluly (DEM)Relator: Laerte Bessa (PSC)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBCelso Russomanno Arnaldo Faria de SáEudes Xavier Eduardo ValverdeGeraldo Pudim Fernando LopesLaerte Bessa Hugo LealLuiz Couto MagelaNelson Pellegrino Marcelo MeloPaes de Lira Marinha RauppSabino CasteloBranco Paulo Pimenta

Tadeu Filippelli RodovalhoPSDB/DEM/PPS

Alexandre Silveira Carlos SampaioDavi Alcolumbre Paulo Abi-ackelJoão Campos Rômulo GouveiaJorginho Maluly William WooMarcelo Itagiba 1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNFrancisco Tenorio Maria HelenaJoão Dado Osmar Júnior

Perpétua Almeida vaga do PHS

PVRoberto Santiago Marcelo Ortiz

PHSFelipe Bornier (Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa a

vaga)Secretário(a): Mário Dráusio CoutinhoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-66203FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 6716, DE 2009, DO SENADOFEDERAL, QUE "ALTERA A LEI Nº 7.565, DE 19 DE

DEZEMBRO DE 1986 (CÓDIGO BRASILEIRO DEAERONÁUTICA), PARA AMPLIAR A POSSIBILIDADE DE

PARTICIPAÇÃO DO CAPITAL EXTERNO NAS EMPRESAS DETRANSPORTE AÉREO" - PL 841/95 APENSADO A ESTE.

Presidente: Luiz Sérgio (PT)1º Vice-Presidente: Bruno Araújo (PSDB)2º Vice-Presidente: Jorginho Maluly (DEM)3º Vice-Presidente: Hugo Leal (PSC)Relator: Rodrigo Rocha Loures (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnon Bezerra Devanir RibeiroBeto Mansur Fernando MarroniCarlos Eduardo Cadoca Ricardo Barros

Carlos Zarattini Sabino CasteloBranco

Dr. Nechar vaga do PV Vander Loubet

Hugo Leal vaga do PRB Vital do RêgoFilho

Leo Alcântara 3 vagasLuiz BittencourtLuiz SérgioMarcelo CastroMarcelo Teixeira vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN

Rodrigo Rocha LouresPSDB/DEM/PPS

Bruno Araújo Otavio LeiteGeraldo Thadeu Paulo Abi-ackelJorginho Maluly 3 vagas

Vanderlei MacrisVic Pires Franco

PSB/PDT/PCdoB/PMNJoão Dado 2 vagas(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

PV(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

1 vaga

PRB(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

Cleber Verde

Secretário(a): Aparecida de Moura AndradeLocal: Anexo II Pavimento Suprior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6207FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI N. 7495, DE 2006, DO SENADO

FEDERAL, QUE "REGULAMENTA OS §§ 4º E 5º DO ART. 198DA CONSTITUIÇÃO, DISPÕE SOBRE O APROVEITAMENTODE PESSOAL AMPARADO PELO PARÁGRAFO ÚNICO DOART. 2º DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 51, DE 14 DE

FEVEREIRO DE 2006, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS" (CRIA5.365 EMPREGOS PÚBLICOS DE AGENTE DE COMBATE ÀS

ENDEMIAS, NO ÂMBITO DO QUADRO SUPLEMENTAR DECOMBATE ÀS ENDEMIAS DA FUNASA)

Presidente: Geraldo Resende (PMDB)1º Vice-Presidente: Maurício Rands (PT)2º Vice-Presidente: Alice Portugal (PCdoB)3º Vice-Presidente: Ilderlei Cordeiro (PPS)Relator: Fátima Bezerra (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBCharles Lucena Arnaldo Faria de SáDr. Paulo César Carlos SantanaFátima Bezerra Colbert MartinsGeraldo Resende Domingos DutraJosé Airton Cirilo Eduardo AmorimMaurício Rands Eudes XavierPedro Chaves Geraldo PudimPedro Wilson Osmar TerraRoberto Britto Solange Almeida vaga do PHS

1 vagaPSDB/DEM/PPS

Alceni Guerra Andreia ZitoIlderlei Cordeiro Efraim FilhoJoão Campos Humberto SoutoRaimundo Gomesde Matos Mendonça Prado

Rogerio Lisboa Rômulo GouveiaPSB/PDT/PCdoB/PMN

Alice Portugal ManatoRibamar Alves Valtenir Pereira

PVDr. Talmir 1 vaga

PHS

Uldurico Pinto(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

Secretário(a): Fátima MoreiraLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6204

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 1.927, DE 2003, DO SR. FERNANDODE FABINHO, QUE "ACRESCENTA DISPOSITIVO À LEI Nº10.336, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2001, PARA ISENTAR AS

EMPRESAS DE TRANSPORTE COLETIVO URBANOMUNICIPAL E TRANSPORTE COLETIVO URBANO

ALTERNATIVO DA CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NODOMÍNIO ECONÔMICO - CIDE"

Presidente: Jackson Barreto (PMDB)1º Vice-Presidente: Vitor Penido (DEM)2º Vice-Presidente: Raimundo Gomes de Matos (PSDB)3º Vice-Presidente: José Chaves (PTB)Relator: Carlos Zarattini (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBCarlos Zarattini Aline CorrêaChico da Princesa Andre VargasFrancisco Praciano Angela Amin vaga do PSDB/DEM/PPS

Jackson Barreto Arnaldo Faria de Sá vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN

João Leão Carlos SantanaJoão Magalhães Carlos WillianJosé Chaves Dr. Paulo CésarMauro Lopes Hugo LealZezéu Ribeiro Jilmar Tatto

Luiz Carlos BusatoMarcelo Melo

PSDB/DEM/PPSEduardo Sciarra Arolde de OliveiraFernando Chucre Luiz Carlos Hauly

Humberto Souto(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

Raimundo Gomesde Matos 2 vagas

Vitor PenidoPSB/PDT/PCdoB/PMN

Gonzaga Patriota(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

Paulo RubemSantiago 1 vaga

PV1 vaga 1 vaga

PSOL1 vaga 1 vagaSecretário(a): Angélica FialhoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216.6218FAX: 3216.6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINA A PROFERIR PARECER AOPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 1, DE 2007, DO

PODER EXECUTIVO, QUE "ACRESCE DISPOSITIVO À LEICOMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000".

(PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO - PAC)Presidente: Nelson Meurer (PP)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: José Pimentel (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArmando Monteiro Fátima BezerraEduardo Valverde Gorete PereiraFlaviano Melo Luiz Fernando FariaJosé Pimentel Paes Landim

Leonardo Quintão Rodrigo RochaLoures

Lúcio Vale 4 vagasMauro BenevidesNelson Meurer(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa avaga)

PSDB/DEM/PPSAlfredo Kaefer Cláudio Diaz

Augusto Carvalho Silvio LopesZenaldo Coutinho 3 vagas2 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMNAlice Portugal Pompeo de Mattos

Arnaldo Vianna (Dep. do PRBocupa a vaga)

Paulo Rubem Santiago vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

PVFernando Gabeira Edson Duarte

PHSFelipe Bornier Miguel MartiniSecretário(a): Angélica FialhoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216-6218FAX: 32166225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A APRECIAR ASSOLICITAÇÕES DE ACESSO A INFORMAÇÕES SIGILOSAS

PRODUZIDAS OU RECEBIDAS PELA CÂMARA DOSDEPUTADOS NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES

PARLAMENTARES E ADMINISTRATIVAS, ASSIM COMOSOBRE O CANCELAMENTO OU REDUÇÃO DE PRAZOS DE

SIGILO E OUTRAS ATRIBUIÇÕES PREVISTAS NARESOLUÇÃO N º 29, DE 1993.

Presidente: Paulo Teixeira (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDBColbert Martins

PTPaulo Teixeira

PSDBPaulo Abi-ackelSecretário(a): Eugênia Kimie Suda Camacho PestanaLocal: Anexo II, CEDI, 1º PisoTelefones: 3216-5631FAX: 3216-5605

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA AAPURAR A VIOLÊNCIA URBANA.

Presidente: Alexandre Silveira (PPS)1º Vice-Presidente: Raul Jungmann (PPS)2º Vice-Presidente: João Campos (PSDB)3º Vice-Presidente: Vanessa Grazziotin (PCdoB)Relator: Paulo Pimenta (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Carlos WillianCarlos Bezerra Décio LimaIriny Lopes Domingos DutraLuiz Alberto Francisco PracianoMarcelo Melo Laerte BessaPaulo Pimenta Luiz Carlos BusatoSeveriano Alves vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN Neilton MulimSimão Sessim Paes de LiraVilson Covatti Pedro Wilson(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga) 3 vagas

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa avaga)2 vagas

PSDB/DEM/PPSAlexandre Silveira Carlos SampaioJoão Campos Jorginho MalulyJosé Maia Filho José Aníbal

Major Fábio Marina Maggessi vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Marcelo Itagiba vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB 4 vagas

Raul Jungmann vaga do PV

Rogerio LisboaWilliam Woo1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNFrancisco Tenorio Paulo Rubem SantiagoJosé Carlos Araújo vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Perpétua Almeida

Vanessa Grazziotin (Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PVFernando Gabeira vaga do PSOL 1 vaga(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa avaga)

PSOL(Dep. do PV ocupa a vaga) 1 vagaSecretário(a): Sílvio Souza da SílvaLocal: Serviço de CPIs - Anexo II, Sala 151-BTelefones: (61) 3216-6267FAX: (61) 3216-6285

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A ACOMPANHAR ASINVESTIGAÇÕES A RESPEITO DA QUADRILHA DE

NEONAZISTAS DESARTICULADA NO ESTADO DO RIO DOGRANDE DO SUL, COM CÉLULAS ORGANIZADAS EM SÃO

PAULO, PARANÁ E SANTA CATARINA, E SEUSDESDOBRAMENTOS.

Titulares SuplentesPT

Maria do RosárioPSDB

João CamposMarcelo Itagiba

PDTPompeo de Mattos

PPSAlexandre SilveiraSecretário(a): Manoel Amaral Alvim de PaulaLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6210FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO EXTERNA A FIM DE ACOMPANHAR ASINVESTIGAÇÕES ACERCA DO APAGÃO OCORRIDO NO DIA

10/11/2009 EM VÁRIOS ESTADOS BRASILEIROSCoordenador: Bernardo Ariston (PMDB)Titulares Suplentes

PMDBAlexandre SantosBernardo AristonMarcos LimaNelson BornierWladimir Costa

PTFernando FerroFernando MarroniJorge Boeira

PSDBCarlos Brandão

DEMJosé Carlos AleluiaMarcio Junqueira

PPEduardo da Fonte

PDTBrizola Neto

PSCCarlos Alberto Canuto

PPSArnaldo JardimSecretário(a): Fernando Maia LeãoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: (61) 3216-6205FAX: (61) 3216-6225

COMISSÃO EXTERNA PARA ACOMPANHAR ADESOCUPAÇÃO DA RESERVA INDÍGENA RAPOSA/SERRA

DO SOLTitulares Suplentes

PMDBEdio Lopes

PTFrancisco Praciano

PSDBUrzeni Rocha

DEMMarcio Junqueira

PRLuciano Castro

PSBMaria Helena

PVFernando GabeiraSecretário(a): -

COMISSÃO EXTERNA, SEM ÔNUS PARA A CÂMARA DOSDEPUTADOS, PARA APOIAR AS AÇÕES EMPREENDIDAS

PELO GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO EPREFEITURAS DAS CIDADES ATINGIDAS PELOS EVENTOS,

ASSOCIADOS À PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICAEXTRAORDINÁRIA, QUE VÊM VITIMANDO A POPULAÇÃO

FLUMINENSE.Titulares Suplentes

PMDBAlexandre SantosEdson EzequielLeonardo Picciani (Licenciado)

PTChico D'angelo

PSDBOtavio Leite

DEMArolde de Oliveira

PRDr. Adilson Soares

PPSimão Sessim

PSBAlexandre Cardoso (Licenciado)

PDTBrizola Neto

PSCHugo Leal

PPSLeandro Sampaio

PVFernando Gabeira

PSOLChico Alencar

PHSFelipe BornierSecretário(a): -

COMISSÃO EXTERNA DESTINADA A ANALISAR IN LOCO OSEFEITOS DAS POLÍTICAS ANTIDROGAS INSTITUÍDAS EM

PORTUGAL, HOLANDA E ITÁLIA.Coordenador: Vieira da Cunha (PDT)

Relator: Germano Bonow (DEM)Titulares Suplentes

PMDBBel MesquitaGeraldo ResendeOsmar Terra

PTPaulo Teixeira

DEMAlceni GuerraGermano Bonow

PDTSueli VidigalVieira da CunhaSecretário(a): -

COMISSÃO EXTERNA PARA APURAR AS CONDIÇÕES E ASAPLICAÇÕES DOS RECURSOS DA SAÚDE NOS HOSPITAIS

DOS ESTADOS DO PARÁ E DO AMAPÁ.Coordenador: Elcione Barbalho (PMDB)Titulares Suplentes

PMDBBel MesquitaElcione BarbalhoFátima Pelaes

PRDr. Paulo César

PPRoberto BrittoSecretário(a): -

COMISSÃO EXTERNA PARA ACOMPANHAR A TRAGÉDIACLIMÁTICA OCORRIDA NO ESTADO DE SANTA CATARINA.

Titulares SuplentesPMDB

Celso MaldanerEdinho BezJoão MatosMauro MarianiValdir Colatto

PTDécio LimaVignatti

PSDBGervásio Silva

DEMPaulo Bornhausen

PRNelson Goetten

PPAngela AminJoão PizzolattiZonta

PPSFernando CorujaSecretário(a): .

COMISSÃO EXTERNA PARA VERIFICAR, IN LOCO, ASITUAÇÃO DA EMBAIXADA BRASILEIRA EM HONDURAS E

COLABORAR COM OS ESFORÇOS DA COMUNIDADEINTERNACIONAL PARA A RESOLUÇÃO DA CONTROVÉRSIAQUE ENVOLVE O ACOLHIMENTO DO PRESIDENTE MANOEL

ZELAYA NAS DEPENDÊNCIAS DA LEGAÇÃO DO BRASILNESSE PAÍS.

Coordenador: Raul Jungmann (PPS)Titulares Suplentes

PMDBLelo Coimbra

PTMaurício Rands Carlos Zarattini

Janete Rocha Pietá

Paulo PimentaPSDB

Bruno AraújoDEM

Claudio CajadoPSC

Marcondes GadelhaPPS

Raul JungmannPSOL

Ivan ValenteSecretário(a): -

COMISSÃO EXTERNA PARA ACOMPANHAR OS FATOSRELACIONADOS ÀS INTEMPÉRIES OCORRIDAS NOS

ESTADOS DE ALAGOAS E PERNAMBUCO, DECORRENTESDAS FORTES CHUVAS QUE VITIMARAM CENTENAS DE

PESSOAS NESSES ESTADOS.Titulares Suplentes

PTFernando FerroJosé GuimarãesZezéu Ribeiro

PSDBBruno Rodrigues

PPEduardo da Fonte

PTBAntonio Carlos ChamarizSecretário(a): -

COMISSÃO EXTERNA PARA ACOMPANHAR A SITUAÇÃODA UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL.

Coordenador: Maria do Rosário (PT)Titulares Suplentes

PMDBGastão VieiraOsvaldo Reis

PTAngela PortelaMarco MaiaMaria do RosárioPaulo PimentaPedro Wilson

PSDBProfessor Ruy PaulettiProfessora Raquel Teixeira

DEMGermano BonowLira Maia

PRNilmar Ruiz

PPRenato Molling

PTBLuiz Carlos Busato

PCdoBManuela D'ávilaSecretário(a): -

COMISSÃO EXTERNA PARA VISITAR AS ÁREAS ATINGIDASPELAS ENCHENTES NO ESTADO DO MARANHÃO.

Coordenador: Flávio Dino (PCdoB)Titulares Suplentes

PMDBGastão VieiraPedro NovaisProfessor Setimo

PTDomingos Dutra

PSDB

Carlos BrandãoPinto ItamaratyRoberto Rocha

DEMClóvis FecuryNice Lobão

PRDavi Alves Silva JúniorZé Vieira

PPWaldir Maranhão

PSBRibamar Alves

PDTJulião Amin

PTBPedro Fernandes

PVSarney Filho

PCdoBFlávio Dino

PRBCleber VerdeSecretário(a): -

GRUPO DE TRABALHO DE CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS.Coordenador: José Mentor (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAsdrubal Bentes Arnaldo Faria de

SáCândido Vaccarezza Beto MansurCarlos Bezerra Carlos Abicalil

José Eduardo Cardozo Carlos EduardoCadoca

José Mentor Fátima PelaesMarcondes Gadelha vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN Milton MontiMauro Benevides Rubens OtoniNelson Marquezelli Zezéu RibeiroPaulo Maluf 3 vagasReginaldo LopesRegis de OliveiraSandro Mabel

PSDB/DEM/PPSArnaldo Jardim Fernando ChucreBruno Araújo Raul JungmannBruno Rodrigues 4 vagasJosé Carlos AleluiaRicardo TripoliRoberto Magalhães

PSB/PDT/PCdoB/PMNFlávio Dino 3 vagasMiro Teixeira(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

PVMarcelo Ortiz 1 vagaSecretário(a): Luiz Claudio Alves dos SantosLocal: Anexo II, Ala A, sala 153Telefones: 3215-8652/8FAX: 3215-8657

GRUPO TEMÁTICO PARA DISCUSSÃO DA REFORMAPOLÍTICA

Titulares SuplentesPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Gerson PeresHugo LealIbsen PinheiroLincoln Portela

Luiz Carlos BusatoSilvio Costa vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN

Vinicius Carvalho2 vagas

PSDB/DEM/PPSFernando CorujaRonaldo Caiado1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNFlávio DinoLuiza ErundinaRodrigo RollembergVieira da Cunha(Dep. do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

PV1 vaga

PSOLChico Alencar

PHS1 vaga

PRBLéo VivasSecretário(a): .

GRUPO DE TRABALHO PARA EFETUAR ESTUDO EMRELAÇÃO À EVENTUAL INCLUSÃO EM ORDEM DO DIA DEPROJETOS EM TRAMITAÇÃO NA CASA, SOBRE DIREITOPENAL E PROCESSO PENAL, SOB A COORDENAÇÃO DO

SENHOR DEPUTADO JOÃO CAMPOS.Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de SáVinicius Carvalho(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga)2 vagas

PSDB/DEM/PPSJoão CamposMarcelo Itagiba vaga do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Raul JungmannRoberto Magalhães

PSB/PDT/PCdoB/PMNAbelardo CamarinhaFlávio DinoVieira da CunhaSecretário(a): .

GRUPO DE TRABALHO DESTINADO A ESTUDAR OREMANEJAMENTO DO ESPAÇO FÍSICO DAS LIDERANÇAS

PARTIDÁRIAS.Coordenador: Hugo Leal (PSC)Titulares Suplentes

PMDBOsmar SerraglioVital do Rêgo Filho

PTCarlos Zarattini

PRLuciano Castro

PPNelson Meurer

PDTMário Heringer

PTBSilvio Costa

PSCHugo LealSecretário(a): .

GRUPO DE TRABALHO DESTINADO A EXAMINAR OPARECER PROFERIDO PELA COMISSÃO ESPECIAL AO

PROJETO DE LEI Nº 203, DE 1991, QUE DISPÕE SOBRE OACONDICIONAMENTO, A COLETA, O TRATAMENTO, O

TRANSPORTE E A DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS DESERVIÇOS DE SAÚDE, COM VISTAS A VIABILIZAR, JUNTO À

CASA, A DELIBERAÇÃO SOBRE A MATÉRIA.Coordenador: Arnaldo Jardim (PPS)Titulares Suplentes

PMDBLelo CoimbraMarcelo AlmeidaPaulo Henrique Lustosa

PTFernando FerroPaulo Teixeira

PSDBPaulo Abi-ackel

DEMJorge Khoury

PRMaurício Quintella Lessa

PPDr. NecharJosé Otávio Germano

PSBLuiza Erundina

PTBArmando Monteiro

PPSArnaldo JardimSecretário(a): Leila MachadoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6212FAX: 3216-6225

OS: 2010/15798

Edição de hoje: 252 páginas