MCE não boicota a URSS por crise na Polônia

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JORNAL DO BRARio de Janeiro — Terça-feira, 5 de janeiro de 1982 Ano XCI — N° 270 Preço: Cr$ 40,00

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MCE não boicotaa URSS porcrise na Polônia

Os 10 países da ComunidadeEconômica Européia, reunidosem Bruxelas, se abstiveram deaplicar sanções contra a UniãoSoviética por causa da Polônia,mas prometeram não boicotar asrepresálias impostas pelos Esta-dos Unidos. O General WojeiechJaruzelski avisou aos embaixado-res da CEE que cogita de deportarpara o Ocidente líderes presos doSolidariedade.

A rádio Varsóvia anunciouque os operários voltaram ao tra-balho e, pela primeira vez emmuitos meses, não há greves. Háinformações de que a indústriapolonesa reduziu pela metade suacapacidade de trabalho. Informa-ção não oficial diz que Jaruzelskitentou o suicídio há 10 dias, aosaber da morte de mineiros quedesafiaram a lei marcial. (Pág. 12)

INPt/CNPq — 6»il7m (4/1/82) Rio-Sul

Sob os escombros, no Morro do Tuiuti, em São Cristóvão, ainda estão os corpos de Geni e sua filha

Assinatura dejornais terádedução no IR

Todos os gastos com a compra e assinaturade Jornais, revistas e livros técnicos poderão serdeduzidos nas declarações simplificadas (for-mulário verde) do Imposto de Renda a serementregues em 1983, referentes a 1982. A condi-çào é que o contribuinte exerça função técnicae guarde os recibos das despesas para compro-vação.

Também os gastos sem recibos correspon-dentes poderão ser deduzidos, mas aí estáolimitados a 5% do rendimento bruto do contri-buinte ou então a um total de CrS 500 mll. Nasdeclarações referentes a 1981, a serem entre-gues neste primeiro trimestre, despesas comjornais, livros e revistas sô podem ser abati-das no formulário detalhado (azuli. (Pagina 17)

João não pulamais e poderáperder a perna

João Carlos de Oliveira, o João doPulo, recordista mundial e tricampeãodo mundo do salto triplo, não saltarámais, informaram os médicos que oassistem no Hospital Irmãos Penteado,de Campinas (SP), onde está internadodesde 14 de dezembro. Ainda é possívelque sua perna direita, que continuainflamada, seja amputada.

Sem João Carlos, o Brasil fica des-falcado no salto triplo, prova em quese destaca desde 1952, quando AdemarFerreira da Silva bateu o recorde domundo. O primeiro no ranking brasi-leiro é o irmáo de João, Francisco Car-los, que não atinge 17m. No mundo,Willie Banks, dos Estados Unidos, pas-sa a ser o primeiro com 17,56m. (Pág. 20)

Poupança começaano com depósitomaior que saque

Os depósitos superaram os saques em ca-dernetas de poupança, ontem, primeiro dia útilapôs a virada do ano. quando depositantes re-ceberam rendimentos de Juros e correção de197r do último trimestre de 81. Espera-se umrendimento entre lS^r e 17,5r'. no Io trimestrede 82, com uma inflação de 151"-. Em 81, ascadernetas renderam 108,79r contra uma infla-

. ção de 95,2%.Também ontem, o valor da UPC passou a ser

de CrS 1 mil 453,96. O teto de financiamento paracompra da casa própria se elevou a CrS 7 milhões269 mil (5 mll UPCsi, o que corresponde a umvalor minimo do imóvel de CrS 8 milhões, masexige uma renda familiar de CrS 268 mil, comuma prestação inicial de CrS 108 mil. (Página 17)

Chuva diminuimas continuaa cair no Rio

As chuvas diminuirão de intensidade, masvão continuar a cair no Rio, informou o Instltu-to de Meteorologia, em comunicado especial.Nos primeiros quatro dias do ano, o índicepluviométrico no Estado foi o mais elevado dosúltimos 30 anos: atingiu 126,5 milímetros. Con-tlnuarú chovendo, também, no Sul e Sudeste deMinas Gerais e no Espírito Santo.

A Secretaria Especial de Defesa Civil doMinistério do Interior informou que, desde odia Io, 2 mll 600 pessoas ficaram desabrigadas,10 foram feridas e seis morreram em conseqüên-cia das chuvas, no Rio. Acrescentou que 16municípios foram atingidos e 36 casas destrui-das. Em Minas Gerais, há 3 mil desabrigadose nove pessoas morreram. (Página 4 e editorial)

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Figueiredo dia22 inauguraa Lagoa-Barra

Brasília — O Presidente João Fi-gueiredo estará dia 22, no Rio, parainaugurar a Auto-Estrada Lagoa—Barra, construída com o apoio doGoverno federal. O Ministro dosTransportes, Eliseu Resende, infor-mou que a inauguração está marca-da, "em princípio", para o dia 22, eque a presença do Presidente Figuei-redo na solenidade é certa.

Esta é a única viagem progra-mada pelo Palácio do Planalto parao Presidente da República este mês.Até fevereiro, o Presidente Figuei:redo manterá sua agenda de verão,isto é, só irá ao Palácio apenas àtarde e não seguirá a agenda de au-dièncias rotineiras com os ministros.

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Nove anos depois e sempre no terceiro andar, pegou fogo oprédio da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais, naPraia Vermelha. O incêndio durou hora e meia e o prejuízodeverá ficar entre Cr$ 20 e Cr$ 3Q milhões. (Página 5)

A área branca da foto mostraa frente fria estacionada sobreo Rio, Espírito Santo e Minas

Vestibular tema segunda prova

Física e Matemática são as matériasde hoje, na segunda prova do vestibular de82 do Cesgranrio. Para esclarecer dúvidasde alunos, a maioria dos cursos pré-vestibu-lares manteve professores de plantão, embo-ra muitos achem que na véspera da provao aluno deve "descansar a cabeça". PelaTV Bandeirantes, os candidatos poderãoacompanhar os resultados das provas de hoje.Os cartões com as respostas da prova deComunicação e Expressão, realizada domin-go, acabaram de ser corrigidos pelos compu-tadores ontem à noite. Hoje, o Cesgranriodivulgará a nota padrão. (Página 8 e editorial)

Escola privada^perde 40% dosalunos no Rio

O presidente da Federação Nacionaldos Estabelecimentos de Ensino, Rober-to Dornas, considerou 1981 o "pior anodo ensino no Brasil": a média de eva-são escolar nas 6 mil escolas partícula-res do país, do pré-escolar à universi-dade, foi de 25%. Nas 600 escolas do Riode Janeiro, a evasão foi a mais alta dopaís: 40%.

Roberto Dornas revelou que no Riode Janeiro e Rio Grande do Sul, Estadosmais atingidos pela crise, de 1975 até 1981foram fechadas 100 e 280 escolas, respec-tivamente. Em Minas, 80 escolas de Io e2o graus foram à falência em 1981, contra66 no período, de 1977 a 1980. Brasíliaregistrou 25% de evasão escolar. (Pág. 6)

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2 — POLÍTICA E GOVERNO 1" Caderno D terga-feira, 5/1/82 D JORNAL DO BRASIL

Coluna do Castello

Palácio não crêna incorporação

Brasília -— Os frutos da experiência doMinistro da Justiça, traduzidos em idéiasrelacionadas com o processo eleitoral, nãoimpressionaram muito o Ministro-Chefe doGabinete Civil. O Sr Leitão de Abreu estáconvencido, segundo testemunham pessoasque estiveram recentemente com ele, de queo PP sobreviverá. Mas sobreviverá não porajuda ou interferência do Governo. Sim-plesmente o manuseio da legislaçãeo eleito-ral e dos regulamentos do TSE teriamconvencido o Ministro de que não há comoviabilizar a incorporação em tempo útil deatuarem na próxima eleição como umaunidade os dois Partidos.

O Ministro-Chefe do Gabinete Civilnão menospreza também os ganhos políti-cos que representaria o ingresso de algunsparlamentares do PP no PDS inconforma-dos com a incorporação. Ao contrário doSr Ibrahim Abi-Ackel continua na expecta-tiva de que alguns projetos poderão serapresentados ao Congresso este ano, im-pondo mobilização parlamentar que seriafacilitada por um aumento da maioria doPartido govemista, no caso de efetivada aincorporação. Também o ingresso de pe-pistas no PTB poderia eventualmente aju-dar as votações do PDS, pois esse Partidotende a definir seu perfil em contraposiçãoao perfil do PMDB.

Assim, se o Governo entende que o PPsobreviverá não o será pelas razões doMinistro da Justiça, pois sempre haverá noPartido oficial espaço para acolher novosparlamentares de outras origens, mas porperceber, segundo avaliação reiterada, quea incorporação não se fará por ausência decondições objetivas. Do ponto-de-vista dosganhos políticos, em Minas admite-se que aeventual opção do Deputado MagalhãesPinto pelo PDS — independentemente daincorporação já está ele "flutuando" sobreos Partidos — reforçará o Partido oficial nadisputa de postos majoritários. O ex-Governador não aspiraria mais a voltar aoPalácio da Liberdade, mas seja como can-didato a deputado federal seja como candi-dato a senador enriqueceria os quadros doPDS facilitando-lhe a operação eleitoral emMinas.

O Sr Magalhães Pinto disse no Rio aoGovernador Francelino Pereira que desdelogo não faria uma opção partidária, poiscontinua ainda no seu dever de lutar contraa incorporação do seu Partido ao PMDB.Mn<; nhviq»]etijR_£i^p._?r!!r da convençãocomum dos dois Partidos, convocada para14 de fevereiro e na medida em que forreferendada a incorporação, se sentirá livrepara examinar outras hipóteses de compor-tamento. Definitivamente, o ex-Governador não pretende ficar sem man-dato e pretende continuar a serviço danormalização das instituições e da nãoradicalização do processo político.

O Deputado mineiro retardou seu re-gresso a Brasília por ter ido visitar em BeloHorizonte o ex-Deputado José Aparecidode Oliveira, que sofreu problema corona-riano em Conceição do Mato Dentro, ondepassava as festas de fim de ano. Mas já nofim da tarde estava ele na Capital, dispostoa reencetar em escala crescente seu diálogocom a Oposição e o Governo, admitindoaté mesmo que, se convocado, vá ao encon-tro do Presidente João Figueiredo.

Quanto ao Governador Francelino Pe-reira, manteve ele em Brasília, de ondechegou vindo do Rio, longos encontroscom o Ministro Leitão de Abreu_ejx-Presidente da República, Sr AurelianoChaves, com quem se afina integralmentena condução da sucessão mineira. Emborajá considere desencadeado o movimentopara definição do candidato, o Sr Franceli-no Pereira ainda não faz previsões, limitan-do-se a observar que a lista de candidata-veis reduziu-se de 20 a 11 políticos e aprever que, qualquer que seja o escolhido,o Partido marchará coeso em torno do seusucessor.

Entende o Sr Francelino Pereira queem Minas a demonstração de mobilização ede força da bancada do PDS para votar asmedidas propostas pelo Governo — o cha-mado pacote eleitoral — revigoraram aconfiança das bases no Partido. Esse fatoestaria refletido na última pesquisa Gallup-Veja, que aponta o PDS em plena ascensãona avaliação da opinião pública. A lista decandidatos a governador de Minas peloPDS inclui os Srs Bias Fortes, OzanamCoelho, Maurício Campos, Fagundes Ne-to, Eliseu Resende, Carlos Eloi, MuriloBadaró, Homero Santos, Ibrahim Abi-Ackel e Alisson Paulinelli. O Sr RondonPacheco é aspirante a candidato a senador,cargo que será, como se sabe, disputado emsublegenda, o que poderia "bnr caminho auma eventual candidatura do Sr MagalhãesPinto.

Carlos Castello Branco

Figueiredo pensa em criarPartido para descontentes

Brasília — O Presidente Joáo Figueiredoconsidera Imprescindível a criaçáo de umaalternativa legal para abrigar num novo Par-tido os políticos do PP e do PMDB, descon-tentes com a incorporação. O Presidente 6favorável à tese de reabertura dos prazos deflllaçáo partidária, desde que a medida serestrirja aos Partidos em incorporação.

Ao fazer ontem esta revelação, depois deencontro que manteve com o Presidente daRepública no Palácio do Planalto, o presiden-te do PDS do Estado do Rio, Senador AmaralPeixoto, acrescentou que o General Flguelre-do considera injusta a Imposição de um novoprograma partidário, quando há dissidências."O Presidente acha que ninguém é obrigado aflcar, sendo necessário dar um destino a essagente" — disse o Senador.

VinculaçàoO Presidente Joáo Figueiredo admitiu

reexaminar a vinculaçào total de votos, emface de outra fórmula mais conveniente quelhe seja apresentada, depois de ouvir umaexposição do Senador Amaral Peixoto, presl-dente do PDS fluminense, sobre as conse-qüências que dela poderiam advir para o seuPartido em diversos Estados do pais — e náoapenas no Rio de Janeiro.

O Presidente da República prometeu aju-dar o Sr Amaral Peixoto em sua tarefa defortalecer o Partido no Estado do Rio deJaneiro, dando-lhe melhores condições decompetitividade eleitoral a 15 de novembro.O presidente do PDS fluminense flcou deentregar um relatório ao Presidente sugerln-do medidas concretas de ajuda ao Partido.

O 8r Amaral Peixoto argumentou para oPresidente da República que a vinculaçàototal de votos pode vir a se constituir numaarma de dois gumes para o PD8 em váriosEstados do pais, e não apenas no Estado doRio de Janeiro e em Sáo Paulo, onde os

partidos oposicionistas se apresentam maisfortes.

O presidente do PDS fluminense disse queo lógico seria vincular o voto do candidato agovernador com o do candidato a deputadoestadual, o do candidato a prefeito com o docandidato a vereador e o do congressista como do candidato a Presidente da Repúblicaquando fosse possível restabelecer a eleiçãodireta a esse nível.

Tal vinculaçào teria o objetivo náo apenasde fortalecer o voto partidário, como de ga-rantlr maior estabilidade aos governos e aoregime, assegurando maioria parlamentar —nos planos estadual, municipal e federal.

O Presidente da República, que se mos-trou multo bem-humorado, segundo o SrAmaral Peixoto, admitiu a possibilidade dereexaminar o problema da vinculaçào totalde votos, desde que lhe fosse apresentadaoutra fórmula mais conveniente ao sistemado pluripartidarismo, que o Govemo desejapreservar de qualquer risco,

O Presidente da República e o Senadorfluminense se detiveram, ainda, num examedemorado a respeito da situação política noEstado do Rio, quando o presidente do PDSfez uma análise do desempenho que seu Parti-do poderá vir a ter nas eleições de 15 denovembro deste ano, Inclusive na luta pelaconquista do Governo do Estado.

O Sr Amaral Peixoto admitiu que o PDStem chances de conquistar o Governo flumi-nense, em função das dlvisíes que se verifl-cam no melo oposicionista, mas ambos nâochegaram a fazer referências a nomes.

— Ficamos apenas numa análise superfl-ciai — disse o 3r Amaral Peixoto.

O presidente do PDS falou mais demora-damente dos problemas do seu Partido numEstado onde a Oposição controla o Governodo Estado, utilizando todo o poder da máqui-na estatal para beneficiar os seus correllglo-nários e hostilizar os adversários.

Governo aguarda sugestõesBrasília — O Presidente Joào Figueiredo

disse ontem ao Deputado Siqueira Campos(PDS-GO) que o Governo está aberto a qual-quer nova proposta do Congresso para oaperfeiçoamento democrático, mas observouque até agora só tem tomado conhecimentode sugestões dos políticos através do noticia-rio dos jornais.

Após a audiência com o Presidente daRepública, em que esteve acompanhado doex-Senador Osíris Teixeira, o Deputado dei-

xou o Palácio do Planalto convencido de queainda no atual Governo será criado o Estadode Tocantins, na regláo Norte do Estado deGoiás. Ele levou ao Presidente novos estudossobre o assunto e disse que o Govemo só nâoanunciou ainda a declsáo porque está rece-bendo sugestões de diversos Ministérios e doConselho de Segurança Nacional. "O Presl-dente nos disse mais uma vez que o propósitoê o de criar o Estado e que os estudos estáoavançados" — informou.

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CADERNO 8

JORNAL DO BRASU

Suplentereclamamandato

Brasília — O Sr RonaldoFerreira Dias, 2o suplente dabancada pedesslsta do RioGrande do Norte, conforme arelação oficial, impetrou man-dado de segurança no Supre-mo Tribunal Federal contra amesa da Câmara para assumira vaga de deputado federalocorrida em função da mortedo Sr Djalma Marinho.

Alega o Sr Ronaldo Dias queé de fato e de direito o primeirosuplente da representação doRio Grande do Norte, porque oSr Ulisses Potiguar, constandodo lista da Câmara como 1osuplente, foi nomeado para ocargo de conselheiro do Tribu-nai de Contas daquele Estado,no qual se empossou em 18 deJulho de 1979.

Argumenta com o Art. 114da Constituição, segundo oqual é vedado ao Juiz, sob penade perda do cargo Judiciário,exercer, ainda que em dlsponi-bilidade, qualquer outra fun-ção pública, salvo de magtsté-rio e nos casos previstos, entreeles exercer atividades poli-tico-partldárias.

Depois de longas pondera-çóes e citações de Juristas, o 8rRonaldo Ferreira Dias concluíque, se o titular de diploma desuplente de deputado federal,especialmente se primeiro su-plente, lnvestlr-se no cargo demagistrado ou de membro doTribunal de Contas, su)eita-seàs vedações do Art. 114 daConstituição. Argumenta quea proibição é de efeito lmedla-to, cessando, por causa dela,toda e qualquer forma de atlvi-dade polUlco-partidárta.

O Sr Ronaldo Dias havia re-querido â mesa da Câmara,desde o dia 22 de outubro docorrente ano, que fosse retlfl-cada a relação de suplentes.

PDS discutesituação deinelegíveis

Brasília — O PDS decidiráhoje se votará ainda durante aconvocação extraordinária, ouse deixará para março, o proje-to de lei complementar quereduz os casos de lneleglblllda-de, Já aprovado na Câmaracom o apoio da oposição.

A Informação foi dada on-tem pelo vice-lider da banca-da, Senador José Lins, acres-centando que "se prevalecer ainterpretação de que o Con-gresso deve aprovar tudo queo Presidente Incluiu na pautade convocação, o Partido vaifazer tudo para votar mesmoque tenha de alterar o regi-mento interno do Senado paraesse flm".

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Magalhães defende uniãode moderados para salvara abertura e a eleição

Rogério Coelho NetoUm movimento de união nacional, a partir de

Minas, capaz de interessar políticos moderados, dediversas tendências, num projeto de salvação daabertura, é o que o Deputado Magalhães Pinto real-mente deseja, segundo deixou claro no seu longoencontro de duas horas, anteontem, no Rio, com oGovernador Francelino Pereira.

O ex-Chanceler nào tem escondido, em todos oscontatos que resolveu abrir, desde o instante em quese declarou dissidente do PP — inconformado com aIncorporação do seu Partido ao PMDB — que osproblemas econômicos, somados aos constantes im-pulsos de radicalização política, podem colocar emrisco as eleições deste ano e todo o projeto de redemo-cratização do Presidente João Figueiredo.

A TESE

A tese da uniáo nacional,que começa a ganhar adesõesem diferentes Estados, virouuma quase obsessão para oDeputado Magalhães Pinto,hâ oito meses, quando ele per-cebeu que o PP, de cuja cons-trução contribuiu com umaImportante parcela, estavaabandonando a rota da mode-ração.

Magalhães está, agora, sim-plesmente, capitalizando osdescontentamentos que a ln-corporação do PP ao PMDB—um processo que ainda depen-de da aprovação de convençãonacional conjunta dos doisPartidos, convocada para feve-reiro — vem provocando, nota-damente em ãreas peplstas,para consolidar uma ldêla an-tiga.

O único ponto que parecedificultar até aqui as articula-ções mais fortes de Magalhãesê a sua fixação na tese de queos Partidos em organizaçãodevem ser extintos com a con-seqüente disputa das eleiçõesdeste ano por candidatos avul-sos. Sabe-se que o ex-Chanceler, no seu encontro doúltimo domingo com o Gover-nador Francelino Pereira,apresentou a tese, que Jã levouaté o Chefe do Gabinete Civilda Presidência da República,Leitão de Abreu, como sendo oprimeiro passo de um amploprojeto de salvação da aber-tura.ADESÕES

O Deputado Magalhães Pin-to, de acordo com depoimentode políticos a ele ligados, temepela sorte da abertura, na hl-pôtese viável, apesar da vlncu-laçâo geral de votos, de umaampla vitória eleitoral dasoposições. Faltaria, entào, nassuas considerações, para ascomposições que se tomarãoinevitáveis, um Partido de al-temâncla, que seria o PP.

Francelino Pereira descar-tou a idéia de extinção dosatuais Partidos, para Cfue secomeçasse tudo de novo, de-

pois de conhecidos os resulta-dos de uma eleição a ser dispu-tada por candidatos avulsos.Mas deu apoio, no geral, aosplanos Imaginados por Maga-lhôes, por também considerarimportante, enquanto ê tem-po, a salvação da abertura.

O projeto do Deputado Ma-galhâes Pinto parece contarcom a solidariedade do Vice-Presidente Aureliano Chaves,mas vem, ainda, sendo examl-nado, com bastante cautela,pelo Ministro Leitão de Abreu.

O PP

Na passagem das festas deNatal e no alvorecer do AnoNovo, o Deputado MagalhãesPinto reuniu políticos do PP,de diferentes Estados e procu-rou conversar com outros, portelefone, para desenvolver,ainda, um dificil plano de sal-vação do Partido Popular.Tem a garantia de que a sobre-vivência dos pequenos Parti-dos, entre abril e maio, seráassegurada pelo Governo, oque o deixaria à vontade atépara reestruturar numa pe-quena legenda as sobras doPP.

O Deputado Magalhães Pln-to chegou a conversar com oGovernador do Estado do Rio,Chagas Freitas, sobre o seuprojeto. E ouviu do Governa-dor palavras de estimulo. Cha-gas, em suma, embora sem secolocar, de corpo inteiro, den-tro do mesmo barco pilotadopelo ex-Chanceler, também sededica à tarefa de lutar atéonde for possível pela salvaçãodo PP.

Parlamentares que foramdesejar ao Governador flumi-nense votos de bom Natal efeliz Ano Novo receberam dele,Junto com abraços e palavrasde estimulo, a recomendaçôoexpressa de nào consideraremo PP "um Partido extinto".Dois parlamentares peplstaschegaram a revelar que Cha-gas poderã, a qualquer mo-mento, através de um do-cumento Incisivo, reiterar suacondenação ã Incorporação doPP ao PMDB.

Ex-secretário de Jâniosôfrè íiiTãrtò düfantecampanha em Minas

Belo Horizonte — Vitima de um infarto em Con-ceição do Mato Dentro, sua terra natal, onde faziacampanha eleitoral, o ex-Deputado José Aparecidode Oliveira — ex-secretário particular de Jânio eprincipal assessor de Magalhães Pinto — está inter-nado desde anteontem à noite no CTI do HospitalFellclo Rocha, nesta Capital, com a assistência damesma equipe médica que cuidou do Presidente JoáoFigueiredo.

Segundo o médico Gilberto Correia Dias, o qua-dro de insuficiência coronária aguda foi confirmadopor exames, mas a evolução do paciente é inteira-mente favorável. O cardiologista carioca RaimundoCarneiro Informou que José Aparecido ficará nc CTIdurante cinco dias para recuperar-se do "infartosubendocárdio" e, depois de quatro semanas de re-pouso, será submetido a uma cineangiocoronario-grafia.EXPECTATIVA

O advogado Modesto Justi-no de Oliveira Júnior revelouque, na sexta-feira, quandoviajava para 8erro, seu Irmãosentiu a primeira manifesta-çào do Infarto, que ocorreu namanhã de domingo. Assistidoem Conceição do Mato Dentropelo médico Juvênclo Guima-râes, o ex-Deputado foi remo-vido para Belo Horizonte.

Para o cardiologista Ral-mundo Carneiro, que aguarda-va a chegada a Belo Horizontedo Médico Aloísio Sales, tam-bém da equipe que atendeu aoPresidente Figueiredo, a fase éde expectativa, apesar da boaevoluçôo do paciente. Expll-cou ser dificil detectar a causado Infarto, mas o consideroumais grave que o do Presiden-te, que segundo ele foi diafrag-má tico.

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Terá que ser feita em Sào Pau-lo ou em Cleveland, nos Esta-dos Unidos — observou. Infor-mou que o quadro clinico deJosé Aparecido é assintomáti-co, apresentando pulso e pres-sào normais.

No CTI do Hospital FelicloRoço, o médico Gilberto Cor-rela Dias informou, em bole-tini, que~a~"tnsuflclêncla con>-~nária aguda" foi confirmadapor exames clínicos, eletrocar-diogrôflco e laboratorial. "Aevoluçào é Inteiramente favo-ràvel e tudo faz crer na recupe-ração Integral do paciente."

Segundo a mulher de JoséAparecido, dona Leonor, queesteve no CTI, seu marido "es-tá passando multo bem, con-versando e com uma cor muitoboa". Através de telefonemasdurante o dia de ontem, polltl-cos de todos os Partidos, In-cluindo o Governador France-lino Pereira, lnformaram-se so-bre a situação de José Apare-cldo.

Brizolainsistecom PDT

Porto Alegre — O presidentenacional do PDT, Leonel Bri-zola, rejeitou a proposta de ln-corporação de seu Partido aoPMDB, sugerida pelo SenadorPedro Simon, presidente re-gional do PMDB gaúcho, queanunciou sua disposição de re-nunclar & sua candidatura aoGoverno estadual para que ha-ja um acordo entre as oposi-ções.

— Esta idéia mais uma veznào passa de uma manobraeleltorelra que procura ln-fluenclar as bases do PDT —disse o Sr Leonel Brizola.Acrescentou que seu Partidonão aceitara a Incorporação aoPMDB por "conslderarmo»que Isto seria o flm do traba-lhlsmo no Brasil, como jà aâr-mou o Deputado Alceu folia-res, candidato ao Governogaücho pelo PDT.

JORNAL DO BRASIL D terça-feira, 5/1/82 D 1° Caderno

Saturnino desafia Chagase prevê guerra no PMDB

\

Quero fazer um Juramento solene cmnome das bancadas, dos vereadores, dos pre-feitos e das bases do PMDB: nosso Partidonào será tomado pela ganir do GovernadorChagas Freitas e do Deputado Miro Teixeira.Moveremos a guerra que for necessária paruImpedir Isto. E desde Já os desafio para esteconfronto.

A declaração tol feita ontem, no Rio, pelocandidato do PMDB ao Qoverno estadual,Senador Roberto Saturnino Braga, ao comen-tar a Incorporação do seu Partido ao PP, emseu primeiro contato com a Imprensa naAssembléia Legislativa, desde que retornoude uma viagem de 30 dias aos EstadosUnidos.

RegrasRoberto Saturnino Informou que o PMDB

realizará uma convenção regional, em data aser marcada, para definir as bases em que seefetivará no Estado do Rio a Incorporação doPP. Esta decisão foi tomada pelo DiretórioRegional do Partido.

O candidato do PMDB afirmou que "asregras da Incorporação do PP serão ditadaspor nosso Partido, pois não admitimos que ogrupo do Governador Chagas Freitas — umbando de marginais — empolgue a direção doPMDB, que tem um patrimônio de lutasdifíceis e heróicas."

Roberto Saturnino enfatizou que apôla aIncorporação como forma de reaçáo à ediçãodo pacote eleitoral do Governo e que a JulgaIrreversível. Observou, entretanto, que o "Riode Janeiro é um caso à parte, porque ochagulsmo nào tem nada a ver com o PP".

ExigênciasO PMDB, com a Incorporação do PP,

nâo abre mão da direção do Partido, noEstado, da candidatura à sucessão estadual eexige que o Governo (PP) tome algumasdecisões consoantes com nossa filosofia, Istoè. reabra o Centro Estadual de Professores,atenda às reivindicações dos professores, dospromotores, do funcionalismo publico, dosfavelados e de todos os sindicatos de traba-lhadores — explicou Roberto Saturnino.

Ele declarou que "agora sou mais do quenunca candidato ao Governo do Estado" easseguXpu que o candidato do PP, DeputadoMiro Te\xelra, nào vencerá a convenção do

Partido, mas que se isto ocorrer nào o apoia-rã, "porque Isto significaria a falência doPMDB".

Roberto Saturnino considera que a manu-tenção de sua candidatura "é o símbolo daluta contra os chagulstas" mas não quis revê-lar os Instrumentos que usará na "guerra"contra o grupo do Sr Chagas Freitas pelopredomínio do PMDB depois de oficializada aincorporação do Partido Popular.

Roberto Saturnino descartou a posslblll-dade da adoção do critério de paridade para opreenchimento dos cargos de direção doPMDB e disse que o acordo que estabeleciaeste principio, firmado pelo presidente regio-nal do PMDB, ex-Senador Mario Martins, epelo presidente regional do PP, DeputadoMiro Teixeira, Já fora rasgado pelo segundo,depois que a bancada federal de seu Partidodesautorizou o documento.

O candidato do PMDB afirmou ainda queas sublegendas para o Senado podem sernegociadas com o PP, mas que náo temconversas marcadas com nenhum dirigenteregional do Partido Popular.

Roberto Saturnino náo acredita em defec-çóes em seu Partido caso sejam reabertos osprazos de filiação partidária e garantiu quenem mesmo o presidente licenciado doPMDB, Senador Nelson Carneiro, se desligarádo Partido neste caso. "O Nelson me assegu-rou hoje que vai lutar comigo dentro doPMDB para combater a influência do grupochaguista", concluiu.

O candidato do PMDB à sucessão esta-dual disse que o seu Partido dispõe de trèstrunfos na luta contra o grupo do GovernadorChagas Freitas: o apoio Integral do Partido,da opinião pública e o fato de poder coman-dar o processo de Incorporação, cujos para-metros na legislação eleitoral sáo Imprecisos.

Os deputados federais Marcelo Cerqueirae Celso Peçanha, além da Deputada estadualHelonelda Studart, compareceram à entrevls-ta de Roberto Saturnino no Palácio Tlraden-tes e demonstraram ItTestrlto apoio à suaatitude de declarar guerra aos chaguistaspelo predomínio do PMDB.

Em Brasilia, o presidente licenciado doPMDB fluminense, Senador Nelson Carneiro,contrariando declarações de Roberto Satur-nino reafirmou que lutara até o último diacontra a Incorporação do PP ao seu Partido eque, se ela se concretizar, abandonará oPMDB, sem optar por nenhuma outra ie-genda.

\ Miro queixa-se de ingratidãoO Sr Roberto Saturnino está esquecido,

certamente, de que em 1974, na companhia dofalecido Senador carioca, Danton Jobim, su-blu as escadas do Palácio Guanabara e, pos-teriormente, as do Jornal O Dia, para agrade-cer a ajuda que o Governador Chagas Freitasdeu à sua campanha vitoriosa no antigo Esta-do do Rio.

Assim, o Deputado Miro Teixeira, candi-dato do PP ã sucessão fluminense, reagiu àsacusações que o Senador Roberto Saturnino,candidato do PMDB, fez ao Governador e aosseus liderados, acusando-os de formarem noEstado do Rio "uma gang de marginais".Miro disse náo estranhar a grita de Saturnino,"político acostumado a renegar aliados deontem".

O esquecidoEu tenho pena dos esquecidos. E o

Senador Saturnino é um político que esquececom facilidade os que o ajudaram no passado.Em 1974, o mesmo grupo político que eleacusa hoje de ser uma gang de marginais,formou ao seu lado e teve Importante partici-paçáo na sua vitória. Há fotografias da época,felizmente, que testemunham o seu apreço,naquele Instante de transição dos antigosEstados do Rio e Guanabara, pelo Governa-dor Chagas Freitas — acrescentou o Depu-tado Miro Teixeira.

Miro recordou, também, que o PP flumi-nense votou contra a Incorporação do PartidoPopular ao PMDB, salientando que "as nos-sas lideranças e bases, amplamente expressl-vas no Estado, fiéis cumpridores das regrasdemocráticas, acatarão, caso o processo emcurso chegue ao flm, a vontade da maioria".Na verdade — frisou o secretário naclo-nal e presidente regional do PP fluminense —a nossa grande superioridade política no Es-

Cais já admiteser candidato ao

tado do Rio incomoda multa gente. O Sena-dor Roberto Saturnino deve ser um dos inco-modados.A marcha do processo de Incorporação

entre o PP e o PMDB não preocupa os pepls-tas do Estado do Rio, segundo o DeputadoMiro Teixeira, "porque os comandos partida-rios, numa regra Imutável, sào definidos peloconsenso das convenções. E convenções par-tidartas, aqui ou em qualquer lugar, sâo ga-nhas por quem tem voto".

Bom "ibope"

O presidente da Assembléia Legislativa doEstado do Rio, Deputado Jorge Leite, quesoube das acusações do Senador RobertoSaturnino ao Governador Chagas Freitas cln-co minutos depois que o candidato pemede-blsta deixava o Palácio Tlradentes, desa-bafou:

— É uma desfaçatez. Nós, aliados de Cha-gas, lutamos em 1974, acima das nossas prô-prtas forças, para que o então MDB fossevitorioso tanto na Guanabara como no Esta-do do Rio, Jã em processo de fusão, Agora vemesse Senador, desesperado porque a sua can-dldatura a governador não. pegou, fazeracusações descabidas a um grupo que semprese caracterizou como grande vencedor deeleições. Eu chego a ter pena de 8aturnino,mas devo perdoá-lo, Afinal de contas, napolítica do Rio falar mal ou bem de Chagas dálbope.

O Deputado Jorge Leite Julga que "comoum avlèo em pane, que nào consegue deco-lar", o Senador Roberto Saturnino usou onome do PMDB para "exteriorizar um projetopessoal, digno de desesperados, porque sabeque no Estado do Rio o grupo que hoje estáno PP sempre foi amplamente majoritário".

Klein mobilizabancada para

Governo do Ceará votar o "pacote"Fortaleza — O Ministro das Minas e Ener-

gia. César Cais, comunicou ao GovernadorVirgílio Távora e ao Deputado Adauto Bezer-ra — que com ele lideram o PDS cearense —que está disposto a disputar o direito de setornar candidato do Partido ao Governo esta-dual nas eleições deste ano. Para Isso —revelou um dos deputados federais ligados aoseu esquema — poderá usar ate o prestigioque tem Junto ao Presidente João Figueiredo.

Agora, o PDS tem três candidatos a candi-datos a governador. Além do Ministro, estãohá vários meses em plena campanha o advo-gado e empresário Aéclo de Borba Vasconce-los, principal assessor do Governador VirgílioTávora, e o. Deputado Adauto Bezerra, apon-tado nas pesquisas feitas no Interior do Cearácomo o preferido do eleitorado. Na Capital, ogrande favorito é o Senador Mauro Benevl-des, candidato do PMDB.

Os correligionários do Ministro acham quesomente a candidatura de Cais — que temmulta popularidade em Fortaleza — poderáderrotar a do Senador Mauro Benevldes.

Brasília — O lider do PMDB na Cftmara,Deputado Odacir Klein (RS), está confianteno compareclmento maciço dos seus lidera-dos, às sessões do Congresso, quarta e quinta-feira, destinadas a discussão e votação dopacote eleitoral do Govemo. Ainda ontem olíder manteve contatos com os gabinetes dosdeputados, tendo sido Informado de que ne-nhum deles avisou que nào poderá compa-recer.

Da mesma forma que o lider do PP, ThalesRamalho, o Deputado Odacir Klein nfto acre-ditava na aprovação do pacote, pelo voto. OPDS Já decidiu retirar seus deputados e sena-dores do plenário, a flm de forçar a aprovaçãodo pacote por decurso de prazo. De qualquerforma, os lideres oposicionistas têm a obriga-çáo de promover a mobilização das respectl-vas bancadas.

AMANHÃ T

RondôniainstalaGoverno

Porto Velho — Foi instala-do ontem o Governo de Ron-dõnia, o 23° Estado da Fede-raçáo, com a posse stmbóli-ca de seu primeiro Governa-dor, o Coronel Jorge Teixei-ra dc Oliveira. A solenidadecontou com a participaçãodos Ministros Ibrahim Abi-Ackel (Justiça) e Mário An-dreazza (Interior) e dos Go-vernadores Frederico Cam-pos (Mato Grosso), JoaquimMacedo (Acre), José Lindoso(Amazonas), e Otomar Cam-pos (Território de Roraima).

Durante a instalaç&o dis-cursaram os Ministros Abi-Ackel que, em nome do Pre-' sidente Joáo Figueiredo,empossou o novo Governa-dor, e o Ministro Mário An-dreazza que destacou o em-penho c a determinação doPresidente da República emtornar realidade a "aspira-çáo maior do povo desta ter-ra, que era de fazer de Ron-dònia um Estado".

FESTA

Não faltaram faixas, ban-das de músicas, aviões commensagens alusivas e umchurrasco, no Club Cuju-bim, ao lado da residênciado Governador, que perma-necerá no cargo até 1986. Aposse oficial foi efetivadano dia 30 de dezembro pas-sado, no gabinete do Minis-tro da Justiça, para que oOrçamento do Estado deRondônia pudesse ser apro-vado ainda no exercício de1981.

O Ministro do Interior,Mário Andreazza, que atéentáo tinha o Território deRondônia subordinado ãsua Pasta, anunciou a cria-çáo de um programa especi-fico para sustentar econó-mica e administrativamen-te o novo Estado por cincoanos. Esse programa, segun-do o Ministro, será um apên-dice ao Polonoroeste, queabrangerá os Estados deMato Grosso e Rondônia,com recursos iniciais da or-dem de 50 milhões de dóla-res, financiados pelo BID e oBIRD.

O Orçamento de Rondôniapara este ano é de Cr$ 19bilhões — no ano passadoera de 12 bilhões—incluin-do pagamento de 12 mil fun-cionários públicos, contan-do ainda os recursos extra-orçamentários provenien-tes de empréstimos do exte-rior. Além disso, a constru-çfto da Hidrelétrica de Sa-muei, que prevê gastos deCrS 1,14 bilhfto até 1985, comcapacidade de geração 243mil quilowats dc energia, éoutro ponto de reforço paraa administração do Gover-nador do novo Estado.

Entre os planos para o fu-turo de Rondônia, constama criação de uma zona fran-ca no Município de Guajará

..Mirim» fronteira eom.aBaIJkvia, onde atualmente circu-' lam produtos oriundos dosEstados Unidos e de Formo-sa. Este entreposto a ser ofl-cializado regularizará a si-tuação de diversos bolivia-nos que procuram o novoEstado á procura de saúde etransitam por meio de umcomércio ilegal.

Além disso, está projetadapara depois da pavimenta-cào dos 1 mil 500km da BR-364 (Cuiabá—Porto Velho),com recursos dos BID, a me-lhoria da BR-429, que liga aCapital até o Município deCosta Marques. Esta estra-da dá saida para Manaus.

Esta nova estrada, segun-do o Ministro Márto An-dreazza, possibilitará oacesso a Rondônia de 400mil migrantes nos próximosanos. Isso somente ocorreráapôs a pavimentação daBR-364. Rondônia dispõe,hoje, de 1 milhão de hecta-res de terras (para futurosassentamentos). De acordocom o Governador JorgeTeixeira, o novo Estado nãodeverá frustrar a expectati-va dos que esperam encon-trar aqui o espaço onde pos-sam morar e produzir.

Na parte da manhã, antesda solenidade, os MinistrosMário Andreazza e Abi-Ackel percorreram, de trem,um trecho de Z5km da anti-ga Estrada de Ferro Madei-ra-Mamoré, recentementereativada pelo GovernadorJorge Teixeira.

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Euclydes Figueiredoassumirá o ComandoMilitar da Amazônia

Brasília — O General-de-ExércIto Euclydes de Ollvei-ra Figueiredo Filho foi ontem nomeado oficialmente paraocupar o cargo de Comandante Militar da Amazônia emdecreto assinado por seu Irmão, o Presidente Jofto Figuei-redo, A data de posse do General Euclydes está previstapara o dia 20 de Janeiro, às Oh, na presença do Ministro doExército, General Walter Pires.Através de outro decreto foi nomeado para o Coman-

do da 12» Região Militar, com sede em Manaus, o General-de-Brigada Francisco Batista Torres de Melo, que exerceatualmente o Comando da 0« Brigada de InfantariaMotorizada, na Vila Militar, no Rio. O desdobramento doComando Militar da Amazônia em dois comandos dlstln-tos, sendo um privativo de General-de-Exérclto, foi esta-belecldo em outubro do ano passado e criou uma vaga deGeneral de quatro estrelas e outra de General de Brigada.

Em estudos há vários anos, no âmbito do Estado-Maior do Exército, o V Exército teve seu embrião ímpia-tado a partir de tal desdobramento, pois o CMA era antesprivativo de oflcial de três estrelas, acumulando com a 12"Região Militar. Esta medida, além de permitir a criaçãode uma vaga de General-de-Exérclto—passam a ser 12 osGenerais de Exército membros do Alto Comando — fezcom que se aumentasse Igualmente o efetivo de Generaisde-Brigada, com a nomeação de um oficial de tal postopara o cargo de Chefe de Estado-Maior do CMA, antesexercido por um Coronel.

Embora nâo se tenlia data marcada para a transfor-maçâo do CMA em V Exército, dada a falta de estruturapara tal — organizações militares e efetivo—o decreto dedesignação de um General-de-Exérclto para exercer seucomando frisava que futuramente Isto ocorreria.

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4—TEMPO 1" Caderno IJ terça-feira, 5/1/82 D JORNAL DO BRASIL

Chuva reduz intensidade mas continua a cair no RioVai continuar a chover no Rio de Janeiro, emboracom menos Intensidade, segundo Informou, ontem, oInstituto Nacional de Meteorologia, através de comu-

nicado especial, A frente fria vinda da Argentina —normal em qualquer época do ano — causadora daschuvas, estacionou entre o Rio e o Espirito Santo. Aschuvas diminuirão no Rio e persistirão por vezescontínuas no Sul e Sudeste de Minas Gerais e doEspirito Santo.

Nos primeiros quatro dias deste mês, o índicepluvlométrico segundo o instituto foi o mais elevadodos últimos 30 anos. Em 30 meses de Janeiro, apesquisa apurou a média de 136,5 milímetros e, nosprimeiros dias, o índice atingiu 126,5 milímetros,considerado pelos prevlsores "altíssimo".

EstradasApesar das chuvas, as estradas Rio—Teresôpolls

e Rio—Petrópolis funcionaram normalmente. O plan-tào rodoviário informou que o deslizamento de umabarreira na Serra das Araras interrompeu o tráfegona Rio—Sáo Paulo, na pista em direção a São Paulo,na altura do Km 226.

Na Rio—Santos, no Km 129, na altura de Concei-çào de Jacarel, o tráfego foi feito em meia pista,ocorrendo o mesmo na BR-495 (Italpava—Teresôpolls. O problema maior, segundo o DNER,continua sendo a Rio—Campos, pois de Macaé atéaquela cidade há mais de 40 quilômetros em obras,que, com as chuvas constantes, estào totalmenteenlameadas.

Cerca de 20 engenheiros da Oeotécnlca percorre-ram, ontem, vários bairros do Rio, onde foram regis-trados desabamentos, ocorridos pela manhã. Duascasas desabaram na Rua Joaquim de Queirós, 240,em Ramos. Um barraco desabou na Rua Regina Reis,63, em Quintino; na Rua Miguel Austragésllo, 166, emSanta Teresa, ocorreram deslizamentos de terra epedras; na Rua Icarai, 46, em Mangueira, houvedeslizamento da encosta sobre um barraco; uma casadesabou na Rua Almirante Pestano, 19, na Caçula, naIlha do Governador; e também na ilha, na Praia doZumbi, uma enorme pedra ameaça rolar desdeontem.

CidadeO Aeroporto Santos Dumont esteve fechado das

15h04m às 16hl7m, devido ao forte nevoeiro, enquan-to o Internacional funcionou normalmente. O abaste-cimento de energia elétrica, segundo a Light, estevetranqüilo; poucos casos foram registrados e nenhumde grande importância. Segundo o assessor RobertoRodrigues, "ventos e trovoadas causam grandes pro-blemas no fornecimento de energia elétrica da ci-dade".

Nas primeiras horas da manhã de ontem, 168garis em 15 caminhões da Comlurb e duas pás-mecânicas fizeram a limpeza de detritos deixadospelas chuvas (terra, lama e lixo), que se acumularamnos seguintes pontos da cidade: Rua Sào Miguel, naTijuca; Rua Sá Viana, no Grajaú; Avenida Itaoca eRua Uranos, em Ramos; e Rua Cândido Benício e Dr.Bernardino, em Jacarepaguá.

Bombeiros não achamcadáveres no morro

Três guamições do Corpo de Bombeiros de VilaIsabel, Benfica e Praça da Bandeira, com 35 homens,continuavam até o flm da tarde de ontem a buscar oscorpos de Geni Dias dos Santos, de 27 anos, e de suafilha Rosângela, de sete anos, que morreram soterra-das no desabamento de sua casa, na Rua São LuísGonzaga, 1 084, quase ao pé do morro do Tuiuti, emSáo Cristóvão.

Morreram, também, no local, Rosilene, de trêsanos, e Reinaldo, de 45 dias, filhos de Geni e do pintorde paredes Azuir Meneses, que escapou e foi interna-do em estado grave no Hospital Pedro Ernesto.Segundo Regina Célia, irmã de Geni, que visitou o" pjntsrreleTHsfcâ ruelliur,^^^'lút*io^inarsíriOTOTníí^iiò~"maior desespero", pois, sem saber ainda da morte damulher e dos filhos, "só fala neles e quer saber ondeestão".

O desabamento ocorreu às 17h30m de domingo:uma parede de um barraco no alto do morro, deso-cupado horas antes por seus quatro moradores, desa-bou sobre o barraco da família de Azuir Meneses, 50metros abaixo. Os escombros, como numa reação emcadeia, caíram sobre o Centro Espírita Santa Teresi-nha do Menino Jesus, que estava vazio. A grandequantidade de terra e os restos dos barracos foramparar no salão do Centro. Logo após o desabamento,o pintor foi retirado dos escombros por um grupo deescoteiros, que também encontrou o corpo do bebê.

Na madrugada de ontem, foi encontrado o corpode Rosilene. Os bombeiros, com pàs, enxadas, picare-tas e serras mecânicas, passaram o dia procurando oscorpos de Geni e de sua filha Rosângela. As 15h,chegaram 14 homens da Comlurb, para ajudar naremoção dos escombros. O clima no local era tenso,devido ao estado dos parentes e amigos do casal. Aochegar, às 14h45m, o pai de Geni, Agenor Antônio dosSantos, chorou muito e foi amparado pelos parentes.Jonis Pimentel, irmão da vitima, acompanhava aten-tamente os trabalhos dos bombeiros, fumando muitoe chorando algumas vezes.

Temporal mostra oslocais perigosos

Enquanto existirem favelas, o Rio de Janeironunca será uma cidade imune a desabamentos debarracos e de encostas, como os que vèm ocorrendodesde dezembro do ano passado — declarou, ontem, oSecretário Municipal de Obras, Renato de Almeida,após revelar que as chuvas do fim de semana mostra-ram aos engenheiros da Prefeitura novos pontoscríticos em diversos locais da cidade.

Mas, apesar das 279 favelas onde existem pertode 300 mil barracos, o Secretário Renato de Almeidaacha que a cidade tem resistido bravamente às forteschuvas deste verão, citando como exemplo o morroda Formiga, na Tijuca, que, desde as obras de conten-ção feitas nos últimos anos, deixou de figurar narelaçào das áreas mais criticas, embora sendo umafavela. A Superintendência de Geotécnica, nos últi-mos três dias, vistoriou 70 locais onde ocorreramdeslizamentos e outros tipos de ocorrências.

Sem soluçãoO Secretário Renato de Almeida, que fez uma

avaliação das ocorrências com os engenheiros JosinoCoelho, diretor-geral de obras públicas, e Mauro LimaBatista, da Geotécnica, nâo vè solução para o proble-ma das favelas, que abrigam cerca de 1 milhão 300 milpessoas, por se tratar de um problema social.

A questão é tão séria — comentou o Secretário— que os favelados preferem correr o risco a seremretirados do morro.

O ponto-de-vista do Sr Renato de Almeida foireforçado com a informação do engenheiro MauroBatista de que, na grande maioria dos locais onderecentemente barracos foram soterrados, os favela-dos receberam advertências sobre os perigos quecorriam. Segundo, ainda, o engenheiro da Geotécni-ca, além do medo da interdição da área, os faveladoscorrem outro tipo de risco que é o de se indisporemcom os vizinhos.

OtimistaO Secretário Municipal de Obras está otimista

em relação ao comportamento da cidade ante aschuvas de verão, em face das obras de contençãofeitas em quase todos os morros da cidade. Mas,assim mesmo, não esconde sua preocupação todas asvezes que chove porque "náo existe engenharia queresista aos desmatamentos e cortes nas encostas queos favelados fazem para construir seus barracos".

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A barreira desabou sobre o barracão de Fernando, soterrando seus móveis e o cachorro

Motorista salva a cama e a TVO barraco do motorista de ônibus

Fernando Alves da SUva. de 43 anos,começou a se desfazer no inicio da ma-drugada de ontem, quando a TV mostra-va as façanhas de El Cid contra os Inva-sores mouros e a destruição de castelosmedievais. Ele levou o aparelho a cores ea cama para a cozinha e o resto da casadesabou, soterrando o cachorro Foflnho.Eram 2hl5m e o pânico tomou conta doMorro de São José, em Jacarepaguá.

A presença de espirito do motoristaFernando, que faz a linha Praça Mauá—Caxias, foi mais longe: desceu o morroem busca de um telefone público e ligoupara a Comissão de Defesa Civil, moblll-zando perto de 100 pessoas que se encon-tram de plantão. Tinha apenas uma 0-cha quando discou o número 199. Chega-ram ao local uma equipe da Oeotécnlcaque cuida das encostas dos morros, paratranqüilizar três mll pessoas, e tambémuma guamiçáo do Corpo de Bombeiros,de Campinho. às 15h37m, a Comlurbtinha limpado as ruas de acesso e uniajaqueira fora cortada ao meio antes quecaísse sobre outro casebre.

TelefoneNo Morro de Sào José, perto da Praça

Seca, sempre há temor quando chega omès de Janeiro com as chuvas, mas ali,pelo menos, se fez um trabalho de pre-vençáo contra as enxurradas — comodisse, ontem, um funcionário da Secreta-ria Municipal de Obras. Trata-se de um

morro-comunldade, como foi classifica-do, "e as pessoas tremem dentro de casaquando a chuva aumenta, mas todos Jádecoraram o telefone da Defesa Civil".

Além do barraco que desabou — afamilia do motorista voltou para o Nor-deste — o único fato a lamentar atéontem era a queda da Jaqueira serradapor oito bombeiros, sob o comando doCapitão da Silva, para salvar a casa deLuis Gonzaga das Neves, outro motoris-ta de ônibus. Uma mangueira foi poupa-da por náo oferecer perigo. O único dra-ma que persistia ate o ünal da tarde eraa hipótese de que houvesse alguém so-terrado no barraco de Fernando, que foitrabalhar ao amanhecer, depois de tele-tonar para a Defesa Civil.

EmergênciaPara os técnicos da Comissão de De-

fesa Civil, a situação no Rio só se tomarácritica caso os índices pluvlométricos seelevem como aconteceu em 1966 e 1967.

Barraco cai sempre — disse um deles,lembrando o que se passou ontem noMorro de São José.

O alerta à população é para que façacomo o motorista Fernando, que traba-lha para a Empresa de Ônibus Redento-ra: discar para o número 199 e manter acalma. Na Comissão de Defesa Civil —repartição em condições cie mobilizaruma centena de pessoas em questão deminutos — a ordem é averiguar qualquerchamado urgente e mandar de imediatopara o local um engenheiro.

Encontram-se em regime de plantãodurante 24 horas por dia engenheiros,arquitetos, trabalhadores braçais e atéestagiários que atendem os telefonemase encaminham para as repartições commissões específicas. Quem for proprietá-rio de um terreno onde haja riscos devida, por causa de uma ribanceira, porexemplo, pode apelar para a Comissãode Defesa Civil. Comparecerá ao localum engenheiro da Geotécnica, que to-mará as providências.

A Comissão de Defesa Civil funcionana Rua Francisco Eugênio, 311, em SâoCristóvão, sob o comando do CapitãoJosé Carlos, da PM. É uma repartiçãocom poder de acionar outros órgãos mu-nlclpals "em regime de plantão 24 horaspor dia". Tudo depende da gravidade,conforme é exposta por alguém que dis-ca para o n° 199. De Imediato, a Comis-sâo de Defesa Civil pode convocar aComlurb. a aeoteenlea, a Diretoria deParques e Jardins e a Comissão Munici-pai de Energia.

Até uma lâmpada queimada diz res-peito â Defesa Civil, que Informa à Co-missão de Energia Municipal e comunl-ca à Light. A questão dos desabrigadosfica por conta da Fundação Leão XIII edas administrações regionais, que con-tam com assistentes sociais. A Comissãode Defesa Civil se envolve, também, coma falta de gás e o corte de uma arvore,como aconteceu, ontem, no Morro SáoJosé, em Jacarepaguá.

EUtforf Roxo — Geraldo Violo

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Os desabrigados e favelados de Nova Iguaçu estão sendo vacinados contra tifo

Baixada ainda tem gente no telhadoAs fortes chuvas que continuaram a

cair na manhã de ontem na BaixadaFluminense voltaram a provocar novasinundações e desabamentos de casas ebarracos, principalmente nos bairros deBabl, Sáo Bernardo, Piam e Parque SàoVicente, em Nova Iguaçu, onde haviaainda centenas de famílias Isoladas nostelhados de suas casas. É Impossívelchegar aos locais a pé ou de carro e oCorpo de Bombeiros Jã suspendeu seustrabalhos na ãrea.

O Prefeito Rui Queirós — que aguar-da relatório de uma comissáo de enge-nheiros para fazer um balanço da situa-çào — ainda nào decretou estado decalamidade pública, o que poderá acon-tecer hoje, se as chuvas não pararem. Apopulaçáo ribeirinha de Belford Roxoestá abandonando suas casas e, oficial-mente, a Prefeitura de Nova Iguaçu ln-formou que há no município 800 desabri-gados e quatro pessoas mortas, númeroque pode aumentar quando as águasbaixarem.

RecursosMédicos da Secretaria Municipal de

Saúde de Nova Iguaçu e do Estado estàopercorrendo as igrejas e escolas ondeestáo sendo abrigados os flagelados, rea-llzando uma vacinação em massa contratifo. A Legião Brasileira de Assistência ea Fundação Leão XIII forneceram, on-tem, à Prefeitura, agasalhos, roupas ealimentação para os desabrigados. Nofim da tarde, o prefeito fez um apelo àsautoridades e à população, para queenviem mais roupas, alimentos e medi-camentos.

O maior número de desabrigados es-tá na Matriz de Santa Maria, em SàoBernardo, onde estáo alojadas cerca de200 pessoas, a maior parte crianças. Se-gundo a comissão da Defesa Civil deNova Iguaçu, sào os seguintes os locais

onde há flagelados: Igreja Pleblsteriana.em Sâo Bernardo, 65 pessoas; AbrigoSâo Francisco de Assis, 60; Clube Mauá,60; Igreja de Santa Maria, 200 pessoas;Matriz de São Judas Tadeu, 60;EscolaSargento Wolff, 15; Inclusive recém-nascidos. Também há flagelados no Ll-ceu Fluminense, na Associação São Josée no Clube Olaria.

ReuniãoDurante parte da manhã, o Prefeito

Rui Queirós reuniu-se com os Secreta-rios José Borges de Moura, de Obras,José Hadad, de Govemo, e Mauro Mi-guel, de Planejamento, e marcou umencontro, amanhã, com o presidente doBNH, José Lopes Oliveira, para solicitarque abrevie a construção de 33 mil unl-dades do Promorar na Baixada Fluml-nense (a parte maior será em Nova Igua-çu) para que nas casas sejam abrigadasas pessoas que ficaram desabrigadas.

Ontem, através do Deputado federalCantídio Sampaio, o prefeito conseguiucom o Ministério do Interior ajuda fede-ra) a Nova Iguaçu. Para pressionar oprefeito, estiveram em seu gabinetemembros do Movimento de Amigos deBairros de Nova Iguaçu, que congregamais de 100 associações de bairros, quepediram providências sérias ao Sr RuiQueirós, como a dragagem dos rios e osaneamento de Nova Iguaçu e "exigirama intervenção do Ministro Mario An-dreazza para ajudar a salvar o muni-clpio".

Mais águaO prefeito, depois da reunião com o

secretariado, informou, ainda pela ma-nhà, que nào decretaria estado de cala-midade pubUca porque a situação esta-va sob controle e as águas dos riosbaixando. Ao melo dia, porém, voltou a

chover forte em Belford RoxoeJ-rioBotas tornou a subir e, UmaTíõra depois,os bairros de Sào Francisco, Babi, Xa-vantes e localidades próximas ficaramcobertos pela água. A Avenida Atlânti-ca, a principal da regiáo que interligatodos os bairros, não permitia a passa-gem de automóveis e a água chegava àcintura dos moradores.

No fim da tarde, sabedor ae que aschuvas voltaram e que ainda havia gen-te ilhada no Babi (bairro mais atingido)o prefeito declarou que aguardaria umrelatório de uma comissáo de engenhei-ros formada por ele para, entáo, saber sedecretaria ou nào estado de calamidadepública. Segundo o prefeito, oficialmen-te, o número de desabrigados ate as l7hera de 800 pessoas e o número de mortosquatro, que foram identificados comoMaria José Trindade, de 13 anos; JoáoFerreira da Silva, de 23; Itamar Francêsde Melo. de 23; e Delvanir Felipe, de 18anos.

O Prefeito Rui Queirós elogiou aatuaçào dos radioamadores PX que es-táo ajudando a Prefeitura — são 100estações móveis — e disse que, sem aajuda deles, "Nova Iguaçu teria se torna-do num caos". Ontem a tarde, o rádio-amador Roberto, PX 1 Eco 42Ü9. com aajuda dos soldados Marlano e J. Luis, do20° BPM, salvaram oito pessoas de umafamília ilhada no bairro do Babl. Nomesmo bairro,.o motorista de uma em-presa Jornalística, José Moura de Carva-lho, abrigou sua familia e os vizinhos 115pessoas» no telhado de sua casa e cobriutodos com uma lona de caminhão. Assimestào hà 24 horas, esperando a chuvapassar para poderem descer para a casa,que está Inundada.

Leio editorial'Normas Soterradas"

Desabrigados já são2 mil 600 no Estado

Brasília — Do dia Io até omeio-dia de ontem, mais de 2mll 600 pessoas ficaram desa-brigadas, 10 foram feridas eseis morreram em conseqüen-cia das fortes chuvas que atin-giram o Rio de Janeiro. Osdados são da Secretaria Espe-ciai de Defesa Civil do Minlsté-rio do Interior, divulgados às18h de ontem.

O boletim informativo sobreas chuvas nas Regiões Sul eSudeste esclarece, ainda, que16 municípios cariocas foramatingidos e 36 casas destrui-das. Ern Minas Gerais, 1 mll308 pessoas ficaram desabriga-das e nove morreram.

VACINAS

Dos municípios cariocasatingidos, os mais prejudica-dos foram Nova Iguaçu, com500 desabrigados e quatromortos; Duque de Caxias, com389 desabrigados; Itajai, com

450; e Sâo Gonçalo, com 212,além de dois mortos e um fe-rido.

Até as 12h de ontem, 160 mlldoses de vacina haviam sidoenviadas pars a região, assimcomo alimentos para os muni-clplos mais atingidos. Foi pro-vldenclada, também, umaequipe de engenheiros paraavaliar os danos causados pordeslizamentos de barreiras. Asfortes chuvas na regiáo doTriângulo Mineiro e na Gran-de Belo Horizonte provocaramo transbordamento dos riosUberablnha, em Uberlândia, eArrudas, na Capital.

Segundo a Secretaria de De-fesa Civil, foram montadosabrigos de emergência, a po-pulaçáo atingida está sendovacinada e a situação está sobcontrole. Afirmou, também,manter sob controle a situaçãono Paraná, onde a vazão do riode mesmo nome Jã está voltan-do ao normal.

Rios provocam novasinundações em Caxias

Moradores das áreas banha-das pelos rios Meriti, Sarapul,Pilar e Roncador, na BaixadaFluminense, continuavam, on-tem, preocupados com a lnse-gurança em que passaram aviver desde que começou achover na regiáo, provocandodesabamentos de casas, Inter-diçâo de ruas, inundação debairros, destruiçáo de móveis,morte de animais e 282 pes-soas desabrigadas.

Com a continuação das chu-vas, os bombeiros tiveram quesocorrer diversas pessoas emlocais onde a água chegou adois metros: ainaa ontem, osrios permaneciam transbor-dando. Os médicos da Secreta-ria de Obras do Município va-cinaram contra tifo os 282 de-sabrigados e moradores das fa-velas afetadas pela cheia dosrios.

ESTEIRAS

Até a tarde de ontem, osbombeiros de posto de Duquede Caxias registraram 34 sai-das para socorrer pessoascujas casas ficaram llhadas pe-las águas, na maioria criançasabrigadas sobre móveis maisaltos e. em alguns pontos, on-de as Inundações assumiramaspectos mais graves, nos te-lhados.

Os desabrigados do munici-pio foram conduzidos ao quar-tel do Corpo de Bombeiros deonde foram removidos para oColégio Castelo Branco, naRua Maria Luiza, no bairro doCentenário, e Escola Nova, naVila Sâo José. A maior partedos desabrigados é procedentedas favelas Shopping Center eVila Ideal, locais mais atingi-

dos pelas chuvas nos Últimosdias.

PÂNICO

Os bairros mais atingidospelas inundações foram os deVila Ideal, Sâo José, Centena-rio, Vila Sâo Luis e grandeparte de Campos Elíseos, ondeas águas atingiram ate 2 me-tros de altura, chegando a cau-sar pânico entre seus morado-res, embora venham-se tor-nando freqüentes os transbor-damentos de rios na região.

Na Praça do Pacificador,principal de Duque de Caxias,os comerciantes reclamamque, "com qualquer chuva for-te, as lojas sáo Invadidas porágua e lama, porque os bueirospermanecem entupidos, semque a Prefeitura tome provi-dèncias". Alguns comerelan-tes locais, entre eles ManoelTrindade e José Dias Marcon-des, afirmam que a Praça doPacificador está 2 metros acl-ma do nível do mar. Quando osrios Meriti e Sarapul transbor-dam, as águas do Centro dacidade não podem ser escoa-das para os canais que as le-vam para os braços do mar.

Na manha de ontem, o MajorCarlos Alberto Medeiros, co-mandante do Corpo de Bom-belros de Duque de Caxias,recebeu da Cruz VermelhaBrasileira 120 colchonetes, queforam distribuídos aos desa-brigados alojados nas duas es-colas da cidade. Também aFundação Leào XIU de Duquede Caxias e a Legião Brasileirade Assistência distribuíramroupas e alimentos e instala-ram um posto de vacinação naFavela Vlia Ideal.

Nível de barragemem Minas está baixo

Belo Horizonte — Apesardas chuvas intensas desde ou-tubro na maioria dos munici-pios mineiros, a Barragem deTrês Marias, acusada por pro-dutores rurais de responsávelpor boa parte dos prejuízosdas enchentes do Vale do SàoFrancisco, nos últimos doisanos, continua com nível bal-xo de água, liberando 1 milmetros cúbicos p ir segundo.

Segundo infon íou, ontem,um assessor da 1 lretorla dasCentrais Elétrics > de MinasGerais, que opera a barragem,o reservatório de Três Mariasestava com 72Cí, de sua capaci-dade operacional. Com basenas estatísticas dos últimos 40anos. afirmou que seria normalum volume de 85,7 Tc nestaépoca do ano. Ontem, choveumais forte em Lagoa da Prata,nas cabeceiras do rio SáoFrancisco. Doze casas foramInundadas por um córrego, de-sabrigando 96 pessoas.ÍNDICES

De acordo com a Coordena-doria de Defesa Civil de Minas,

o número de desabrigados noEstado passou de 2 mll 165para 3 mil 784. nas últimas 24-horas.

A Coordenadoria Municipalde Defesa Civil informou, on-tem, que 600 pessoas conti-nuam sem teto em Belo Hori-zonte. Os maiores Índices piu-vlomêtrtcos ocorreram em Pa-racatu (56.9 milímetros), Barn-bui t51), Águas Claras (39,8).Uberaba (31.2), Viçosa e Teófl-lo Otónl (28,7) e Florestal(28,2).

No aeroporto de Belo Hori-zonte, a operação foi normaldurante a manha de ontem,fechando durante duas horas atarde. Na rodoviária, foramcancelados ônibus para Suza-na. Bonfim, Ritapolis e BeloVale.

Nas estradas mineiras, fo-ram registrados 40 acidentesdesde o dia 31 até as 9h deontem. A Policia RodoviáriaEstadual Informou que umapessoa morreu e 50 ficaramferidas. O número foi inferiorao registrado no Natal.

Tempestade deixaloteamento submerso

São Gonçalo — Com áreamaior do que a do Municípiode Nllópolls, o bairro JardimCatarina, no 3o distrito de SàoGonçalo, fica sempre submer-so, toda vez que chove maisforte. Ontem, já chegavam a200 os desabrigados pela en-chente e toda a população, decerca de 100 mil pessoas, so-freu prejuízos com a água que,domingo, Invadiu suas casas.

Formado por dois loteamen-to (criados em 1954 e 1961),com 344,06 hectares cada um e21 mll 810 lotes, além de cercade 300 barracos que forma aFavela do Pica-Pau, num man-gue às margens do rio Alcânta-ra, Jardim Catarina está abai-xo do nível do mar e náo contacom sistema de macrodre-nagem.

ILHADO

O bairro Qca situado entre aRJ-104 e a BR-101 (trecho daNiterói—Manilha ainda nãoInaugurado). As duas estradasestão em nivel mais elevado,deixando o Jardim Catarinaem uma depressão natural. OSecretário Municipal deObras, engenheiro Aéclo Néri,denunciou que "a constniçãoda BR-101 comprometeu ain-da mais o escoamento do bair-ro, ao serem feitos aterros ebloqueadas as saldas para aBaía de Guanabara de váriospequenos rios e canais".

O Sr Aéclo Néri culpa, tam-bém, a Cedae, por permitir quea Estação de Tratamento deLaranjal faça sua descarganum valão que corre pelo Jar-dim Catarina, subdlvldlndo-seem vários pequenos canaissem saída.

A principio. Jardim Catarinadeveria ser um distrito indus-

trial, por sua posição à mar-gem da RJ-104, mas, depois,transformou-se em loteamen-to, vendidos os lotes por ins-trumentos sumarissimos. Eum "bairro de papel", segundotécnicos da Secretaria de Pia-nejamento da Prefeitura. Istoê, existe apenas nos registrosde cartório e da municlpallda-de, mas nào dispõe de nenhu-ma infra-estrutura. Tambémtodas as construções foramexecutadas sem obedecer àsnormas legais, a maioria emmutirões familiares.

INTERDIÇÃO

As 200 pessoas desabrigadaspela chuva no Jardim Catari-na foram alojadas na EscolaEstadual Trasílbo Filguelra,precariamente. Só ontem àtarde elas receberam agasa-lhos, mantimentos e colchone-tes. enviados em dois cami-nhões pela Legiào Brasileirade Assistência. Até ontem aComissão de Defesa Civil doEstado nào havia atendido aospedidos de ajuda, feitos pelaComissáo Municipal de DefesaCivil.

Na Favela do Pica-Pau, mui-tas famílias permaneceram emseus casebres, apesar deles es-tarem ameaçados. É que elastemem perder o pouco quelhes resta, deixando os barra-cos sem ninguém. No domin-go, houve saque às casas aban-donadas e vários dos desabri-gados que estavam na EscolaTrasílbo Filguelra preferiramvoltar para seus barracos ala-gados.

No bairro de Engenho Pe-queno, cinco casas foram ln-terdltadas pela Defesa CivilMunicipal, na Rua Sena Bor-ges.

JORNAL DO BRASIL D terpa-feira. 5/1/82 D 1" CadernoRubtni Barbota

A pressão fraca nas mangueiras impediu um trabalho mais eficiente dos bombeiros

Fogo destrói andar da CPRM edá prejuízo de Cr$ 30 milhões

Um curto-circuito num aparelho dear condicionado provocou incêndio quedestruiu parcialmente um andar (o 3o) doprédio principal da Companhia de Pes-qulsas de Recursos Minerais, na PraiaVermelha, ontem de manhã. O presiden-te da empresa, José Raimundo de An-drade Ramos, calculou os prejuízos en-tre Crt 20 e CrS 30 milhões.

Cerca de 300 funcionários estavam noedifício quando o fogo começou, poucosminutos antes do Inicio do expediente(8h) da maioria dos empregados. Com oalarma, foram retirados, enquanto a,equipe de prevenção de incêndios dava oprimeiro combate às chamas, às 8hl0m,começaram a chegar os bombeiros: doisdeles sofreram Intoxicação e um terceiroferiu-se na mão.

PreocupaçãoO prédio de quatro andares fica na

Avenida Pasteur 404, Praia Vermelha.Ao lado, a menos de 50 metros, fica outroprédio da CPRM, onde funciona o labo-ratórlo de análises minerais, e a maiorpreocupação dos 80 bombeiros de trêsguamlçôes — Catete, Humaitá e Copa-cabana — foi a de Impedir que o fogochegasse lá e atingisse produtos quími-cos de fácil combustão.

Foram destruídas cinco salas do 3o

andar, onde funcionam a central telefo-nica e diretoria. Pouco antes das 8h, ummensageiro percebeu a fUmaça que saiado aparelho de ar condicionado da salado assessor da diretoria técnica e avisoua secretária, que chamou o presidente.De exlntor em punho, auxiliado porgeólogos e serventes, José RaimundoRamos tentou controlar o fogo, que Jádominava a sala do assessor, enquantoos funcionários restantes deixavam oprédio rapidamente. Quando percebeuque seriam Inúteis os esforços da equipecontra Incêndios, mandou chamar osbombeiros. Às 8hl0m, chegou a primeiraturma, do Humaitá, com soldados e doiscarros-plpa. Depois vieram mais, numtotal de 80 em sete carros e trouxeramtambém a escada maglrus.

O combate às chamas durou hora emela, sob o comando do Coronel Gulma-rães. A fumaça lntoxlcou os soldadosSidney e Humaitá, socorridos no postomédico da Companhia, no andar térreodo outro prédio, enquanto o bombeiroAlcântara, do Catete, teve um corte pro-fundo na mão esquerda. Também foilevado ao posto.

ProjetosUm problema enfrentado pelos bom-

beiras foi a pressão fraca da água. Ape-sar disso, as mangueiras da empresa

funcionaram. Num certo momento, a pe-dldo dos bombeiros, os funcionários daCPRM passaram a Jogar pedras paraquebrar as Janelas do 3o andar, a flm defacilitar a saída da fumaça.

A sala do assessor da diretoria técnl-ca, Oscar Fuller, foi totalmente destrui-da e Junto com ela todo o acervo técnicoe projetos da Companhia para este ano.A sala da assessoria da presidência tam-bém foi afetada pelo fogo, que alcançou,ainda, parte do 4o andar, onde estão odepartamento financeiro, o departamen-to Jurídico e a Superintendência de Re-cursos Minerais.

Por volta de 10h30m, começou a ope-ração de rescaldo. Os bombeiros, queadmitem a liberação do prédio aindahoje, logo constataram que outros trêsblocos — seções de cartografia e aerofo-togrametrla e o Museu — não sofreramdanos.

Só diretores e chefes de seção traba-lharam ontem na empresa, vinculada aoDepartamento Nacional de ProduçáoMineral e ao Ministério das Minas eEnergia. José Raimundo de AndradeRamos, presidente da CPRM, reconhe-ceu que foi "Insuficiente" a açáo dogrupo de prevenção de fogo e disse queos cuidados com a segurança do prédioaumentarão. O Ministro das Minas eEnergia, César Cais. foi avisado por tele-fone. Está em Fortaleza.

Incêndio de 73 destruiu livrosNão é o primeiro Incêndio no prédioda Avenida Pasteur 404. No dia 26 de

maio de 1973, o fogo destruiu partes doDepartamento Nacional de ProduçãoMineral, do Departamento Nacional deÁguas e Energia e da CPRM, além dearrasar 165 mll volumes da maior blblio-teca latino-americana de Paleontologiae Mineralogla. O prejuízo foi calculadoem Crt 30 milhões.

As estruturas Internas da bibliotecaestavam podres e, com a grande quantl-dade de papel ali existente, os bombel-ros pouco puderam fazer. Queimou tudo.Hoje é uma área inutilizada, mantidaapenas para preservar o conjunto.

A biblioteca Incendiada, hoje, nâotem teto. As paredes Internas estão re-duzldas a tijolos e pelo chão da lajecrescem o limo e samambaias que caemdo segundo andar do prédio por entre asgrades que resistiram ao fogo em 1973.Está em ruínas e cheia de entulhos.

O Incêndio há nove anos consumiu

parte das instalações do prédio daCPRM, na época em fase flnal de cons-trução. O fogo, como desta vez, começouno terceiro andar e sô náo destruiu todoo edlflcio porque foi cortada a energia eos bombeiros conseguiram Isolar aCPRM.

Durou quatro horas e mobilizou to-das as guamlçôes de bombeiros da ZonaSul, que tiveram que puxar água do marpara salvar 50% das Instalações. Comoontem, os bombeiros enfrentaram osmesmos problemas de falta de água noshldrantes do bairro.

O fogo começou no Início da noite,deixando toda a Urca sem luz. Parte doMuseu das Minas e Energia, equipamen-tos e mapas da CPRM sofreram danosou desapareceram. Outra semelhançaentre os dois Incêndios: náo houve feri-dos graves, apenas um bombeiro comum corte na mão e vários lntoxlcados.

O prédio da CPRM atingido ontem éprolongamento — ala construída há cer-

ca de 20 anos — do edifício erguido em1908 para a Exposição Internacional de1909. comemorativa do centenário daAbertura dos Portos no Brasil. Emboranão seja tombado, tem estLlo neoclásslcoe nào destoa do belo conjunto arquiteto-nico formado ainda pelo Instituto Benja-min Constant e Universidade Federal doRio de Janeiro (antiga Universidade doBrasil).

A ala obedece ao mesmo estilo e temescadarias de pedra guardadas por leõese águias esculpidos. O prédio principaltem em seu saguão de entrada murais deAntônio Parreiras.

O Incêndio de ontem começou antesde o expediente começar para a maiorparte dos funcionários, que tomavamcafezinhos e comentavam as festas doNatal e Ano Novo. Seria o primeiro diaútil de 1982, mas velo a ordem superiorde voltarem para casa e sô membros dadiretoria e chefes de seçào tiveram umasegunda-feira normal de trabalho.

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Diversificação de mercadoria é apontada como solução para enfrentar queda na venda

Sindicato acha que ICM sobrecarne levará crise a açougue

Desemprego em massa e o fechamen-to gradativo dos pequenos açougues sáoas conseqüências imediatas da tributa-ção, pelo Estado, de 16% de ICM sobre avenda de came bovina. A Informação êdo presidente do Sindicato dos Varejls-tas, Mário Robalo, que defende o cortedo percentual em 50% como a únicaalternativa para regularizar a sltuaçáo,além de implicar uma redução de Crt 15a Cr$ 20 no preço de consumo.

A diversificação da mercadoria ven-dida nos açougues é apontada por MárioRobalo como a melhor maneira de com-bater a queda de vendas — em tomo de20% no ano passado. Em Copacabaria, oShopping dfis CEunes já está comerclall-zando, além de todos os tipos de carne,laticínios, hortlgranlelros e até bebidasImportadas. Segundo o proprietário, osresultados sâo compensadores.

TaxasDesde o primeiro dia do ano os preços

da came bovina estáo memorados nosaçougues da cidade. O aumento, emtomo de 5%. foi Justificado pelos varejls-tas como necessidade de repassar aoconsumidor a tributação do ICM, impôs-ta pelo Estado apôs quase 10 anos deIsenção. O patinho, chã e lagarto sãovendidos a Crt 400. a aleatra em tomo deCrt 500 e o fllê chegou aos Crt 800.

Para deixar de subsidiar a came devarejo, o Estado alegou que a concessão

Implicava prejuízo de Crt 50 bilhões quedeixariam de ser arrecadados em impôs-tos pelos cofres públicos. Ano passadoeste subsídio representou Crt 1,20 emcada quilo negociado. Para Robalo, aredução do ICM em 50% Já representariauma solução.

Com as novas taxaçòes e o flm dosubsidio, o Estado, que antes recebiaapenas 2/3 de Impostos no atacado, pas-sou a receber agora 100% no varejo e100% no atacado. Uma redução da nossacota para 8% Jà significaria maior tran-qüilldade para os varejistas.

Diante da atual situação, Robalo su-gere a diversificação da mercadoria ven-dida como a melhor alternativa para aredução dos custos operacionais e au-mento da lucratividade.

Com a mesma mão-de-obra e es-paço poderemos trabalhar com latlcl-nios, peixe congelado, ovos e outros pro-dutos embalados para a estocagem emfrigorífico e que não exigem qualquerespecialização — afirmou.

Uma outra forma de diversificação,segundo Mario Robalo, mais apropriadapara a Zona Sul, ê a comercialização decarnes preparadas "da prateleira para afrigideira". São os hamburgueres, o bifea mllanesa, o enroladinho como cenourae pimentão, o bife ptuls, as almôndegas ecame para strogonoff. A construção pa-ralela de pequenas lanchonetes para avenda de churrasqulnhos no espeto esanduíches de came também é uma al-tematlva viável, revelou.

O Shopping das Carnes em Copaca-bana foi o primeiro açougue do Rio aadotar a diversificação. Amplo e rigoro-samente limpo, decorado com cerâmicae paredes de espelho, com registradorase balanças eletrônicas, ele funciona nosistema self-servíce e vende desde ctuneaté frutas, legumes, laticínios, bebidasnacionais e Importadas e frango assadona brasa. Seu proprietário, WaldemarNatálio Mota, o define como um mini-mercado.

— A mudança foi a única saída. Ooma crise econômica, os supermercadosque vendem came mais barato atraírama maioria dos clientes, mesmo oferecen-do uma qualidade inferior. Os pequenosaçougues de rua só nâo morreram ainda,porque são controlados apenas pelos do-nos, um velho português e sua senhora.Eles tiram Crt 30 mll por mês e vãotocando a vida, mais por amor à ativida-de. Comercialmente é melhor mudar deramo — argumentou.

A cobrança de ICM sobre a came, emnada modificara a comercialização noShopping: como mlnlmercado o Impostoé pago sobre todo o movimento de caixaindependente da classificação do produ-to. Apesar de o proprietário aQrmar queos preços devem acompanhar os dossupermercados — "até mesmo nas pro-moções", sob pena da mercadoria enca-lhar — muita coisa é vendida mais cara,outras mais baratas e a loja esta semprecheia.

__!___-__ CIDADE — 5

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Senador Mem de Sá e sra., encerram com fecho de ouroas visitas à Torre Rio Sul no ano de 1981.

Na fotografia, além dos repre-sentantes da Capri. sào vistos oSenador Mem de Sâ e sra., navisita que fizeram no último diade 1981 à Torre Rio Sul. O Brasiltodo conhece uma frase de Mon-teiro Lobato que diz "Um

pais éfeito de homens e livros". Memde Sá é um brasileiro com servi-ços prestados ao Rio Grande doSul e ao Brasil que serão sempreinesquecíveis na história dessepais. Sua biografia poderia sercontada como a de um brasileiroque, iguais na história, talvez o

número nào se contasse nosdedos de uma mâo. Ele pode sero único nascido em nossa terraque já serviu com dostaque aostrês poderes: Legislativo. Execu-tivo e Judiciário. Foi Senador daRepública pelo Rio Grande doSul, destacando-se então no Se-nado Federal, foi Ministro da Jus-tiça, no Governo do General Cas-telo 'Branco, e certamente umdos melhores que o Brasil jateve. Foi Membro e depois Presi-dente do Tribunal de Contas daUnião, destacando-se assim no

Poder Judiciário. Ê impossívelresumir as prestações de serviçode Mem de Sá ao Rio Grande eao Brasil. Quem quiser saber umpouco mais tem condições defazê-lo lendo o seu livro "Tempode lembrar" em que com a sim-plicidade própria de grandes ho-mens conta com extrema mo-déstia boa parte de sua vidaexemplar.

Mem de Sá e sua sra. visitaram aTorre Rio Sul e no Livro de Visi-tantes ilustres tiveram a gentile-

za de colocar, este texto que aseguir transcrevemos para honranossa:"A Torre Rio Sul é obra que nàosô orgulha o Rio de Janeiro; elaengrandece o Brasil. Sua gran-diosidade — eu o confesso — vaimuito além de minha imagina-çào. E mais nào digo. por que aspalavras não exprimem o que eudesejaria." Rio último dia de1981. Mem de Sá.A Torre Rio Sul será entregue aopais no dia 28 de fevereiro pró-ximo.

MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO

INSTITUTO BRASILEIRODO CAFÉ

RESOLUÇÃO N° 01/82O Presidente do Instituto Brasileiro do Café (IBC) no usode suas atribuições legais e na conformidade do que dispõe aLei n° 1779. de 22 de dezembro de 1952. tendo em vista adeliberação do Conselho Monetário Nacional

RESOLVE:Art. 1o — Fixar os seguintes preços de garantia para compra

dos cafés despachados para venda ao IBC a partir de04 0182ARÁBICA — CrS 13.190.00 (treze mil cento e noventacruzeiros) por saca para os cafés do Tipo 6 (seisl paramelhor, isentos de gosto Rio-Zona.CrS 11 870,00 (onze mil oitocentos e setenta cruzeiros) porsaca para os cales do Tipo 7 (sete) para melhor, de qualauer

. bebidaROBUSTA — (Variedade Conillon) — Cr$ 10 550.00 (dezmil quinhentos e cinqüenta cruzeiros) por saca para os ca'êsdo Tipo 7 (sete) para melhor

Art. 2 — Manter inalteradas as demais disposições relativas áscompras pela Autarquia de cales da safra 81,82.Brasília (DF), 04 de |aneiro de 1982.

OCTÁVIO RAINHO DA SILVA NEVESPresidente |P

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MEXICO/ACAPULCODISNEYWORLD/MIAMI17 Dias maravilhosos visitando:

MÉXICO CITY - PIRÂMIDES TEOTI-HUACAN - CATEDRAL GUADALU-PE - ACAPULCO - CRUZEIRO PE-LA BAIA - MIAMI - PARROT JUN-GLE - DISNEYWORLD - CABOKENNEDY - 2 DIAS INTEIROS NOMUNDO ENCATADO DE DISNEY -SEAWORLD - BUSCH GARDENS -CIRCUS WORLD E CYPRESS GAR-DENS SAlDAS EM GRUPO:

JANEIRO-19 FEVEREIRO-09

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Av. Rio Branco, 156 Grs. 629/ 631Fones: 262-4812, 262-1265, 262-1025 Embratur: 00913-0M1-1

Nós, produtores de açúcar e álcool doBrasil, estamos orgulhosos e podemosdizer isso batendo no peito: temos vagas.

E muitas. Exatamente dois milhões deempregos até 85. Empregos essesgerados pelo Proálcool e pela iniciativaprivada que vem valorizando a produção, adistribuição e o consumo de álcool no País.

Esses empregos estão à disposição,na cidade ou no campo, em vários níveisprofissionais para quem quiser trabalhare produzir energia alternativa brasileira.

Uma das grandes vantagens sociaisque o Proálcool já vem trazendo para os

brasileiros é a fixação do homem no campo.Evitando assim a busca vã do sonho

urbano, como meio fácil de arrumaremprego e dinheiro. Fim das migraçõesinternas, o homem na sua própria terra,e o que é mais importante, trabalhando,assistido e com a qualidade de vida melhor.

O Brasil tem a saída econômica e social:o Proálcool.

Um programa de brasileiros, comsentido econômico, sentido estratégico esentido social.Economizando divisas, gerando empregos,estimulando o progresso.

Osprod^^esdec^^areâkooJcbB^^osiL

6 — 1" Caderno D terça-feira, 5/1/82 D JORNAL DO BRA8IL

Informe JBInundações

Mais uma vez a Baixada Fluminen-se está inundada. Milhares de famíliasperderam teto e pertences. Sáo famí-lias de poucos recursos materiais.Pouco tinham, agora nada tèm. Mastêm direitos. E esses direitos precisamser respeitados.

Infelizmente, no Brasil, a defesados direitos dos cidadãos conduz àconstatação de que as autoridadessempre descuram de suas responsabi-lidades para com a população sobre aqual exercem mando e medo.

Moram na Baixada mais de 2 mi-lhões de pessoas. Na escala populacio-nal, Nova Iguaçu é a sexta cidade dopaís. E ela, como Caxias, Sáo João deMeriti, Nilópolis, Magé, Itaguaí sâocidades que náo possuem as mínimascondições sanitárias.

Aquela regiáo foi sendo ocupadaindiscriminadamente, sob as vistasgrossas das autoridades. E seja tinhaproblemas primários com o transbor-damento dos rios Saracuruna, Caio-ba, Sarapuí e outros, passou a terproblemas urbanos que, atualmente,requerem grandes somas de dinheiropara serem resolvidos.

¦ ¦

Só em épocas de carnaval e deeleições as autoridades se preocupamoom a Baixada Fluminense. As autori-dades de hoje e as de outrora. Passa-das essas épocas, náo usam a lei paraimpedir o desmatamento indiscrimi-nado das encostas das serras, os lo-teamentos irracionais, feitos sem a de-vida infra-estrutura e à custa do so-nho da casa própria.

Urge pór em prática uma políticacontínua e objetiva de defesa da popu-lação da Baixada. E esta é a melhorépoca para começar: época de chu-vas, de carnaval e de eleições.

Acima, ao lado

O Deputado Magalhães Pinto, porenquanto, vai ficar mesmo acima dosPartidos, mas procurando ajudar oPresidente Figueiredo a fazer destepais uma democracia.

Ontem, em Brasilia, ele nào respon-deu se ingressaria no PDS ou noutroPartido: "Nào posso, nem devo, me-nosprezar nenhum Partido." E evitoucomentários à incorporação do PP aoPMDB: "Nào estou participando desseprocesso."

¦ ¦

Quando perguntado se admitia, nasucessão mineira, o mesmo quadro de1960, ele enfrentando o Sr TancredoNeves na disputa pelo Govemo deMinas, saiu-se com esta:

— Isso não depende só de um. Seráque o outro deseja isso...?

Fica a pergunta para o SenadorTancredo Neves.

Vai a zeroAté 16 de dezembro do ano passa-

do, a Previdência Social devia Cr$ 100bilhões à rede bancária privada. Atéontem, pagava Cr$ 100 milhões dejuros, por dia, da divida.

Mas o Ministro Jair Soares acreditaque zera todas as contas da Previdên-cia Social na rede bancária privadaaté o fim deste mês.

Esta semana, começa a ser aberto opacote: váo chover supérfluos e ali-quotas nas hortas da Previdência.

Assim que zerar as contas, o Minis-tro pretende viabilizar a conta únicana rede bancária, com o que a Previ-dência deixará de pagar juros.

Outro passo será transferir as con-tas da Previdência para os' bancosoficiais, incluindo os pagamentos debenefícios. Mas é passo que importana transferência de 8 milhões decarnes.

O contribuinte espera que náo sejanecessário outro pacote para financiara transferência dos carnes.

Rio — e tem chovido muito — e aságuas se infiltram pelo teto das esta-ções, formando grossas gotelras.

Este era o quadro, ontem, j^a esta-ção Estáclo.

Um quadro impressionista: numcanto da estação, meio escondida, es-perando que o trem sumisse de vista,uma faxineira munida de vassoura-rodo e pano-de-chào.

Quando o trem sumia, a plataformaesvaziava, ela enxugava as poças deágua das grossas gotelras.

¦;'¦¦;¦

O metrô do Rio é quase perfeito,mas algo está vazando na sua cúpula.

Emprego em alta

A contar com o que estáo dláendoos ministros, o ano não poderia tercomeçado melhor. O Ministro EliseuResende prometeu que no setor deTransportes serão criados 400 mil em-pregos diretos. Ontem, o Ministro Má-rio Andreazza garantiu que poderácriar o dobro, ou seja, 800 mil empre-gos diretos, com a construção de 2 mil500 casas populares por dia em 1982.

Diz Andreazza que não é um plano.É realidade, pois o BNH Já está orien-tado para remover todas as dificulda-des burocráticas no entendimentocom entidades financeiras e imobillá-rias. Pode ser, mas será preciso tam-bém vencer a gigantesca burocraciado próprio BNH, que administra esteano Cr$ 800 bilhóes para casa popular,e ensiná-lo a conviver com os agentesfinanceiros da área privada.

ACM se defineNão haverá conversas sobre a su-

cessão na Bahia.Cale-se a boca pequena, que lnsi-

nuou, no último dia do ano, estaria oGovernador Antônio Carlos Maga-lhães disposto a conversar sobre suasucessão com outras correntes doPDS.

De viva voz, e vivos votos, o SrAntônio Carlos Magalhães declara efecha questão:

— Só tenho um candidato a gover-nador pelo PDS: o futuro GovernadorClériston Andrade.

Quase perfeito

Evasão escolar em Coderte vende a Cr$ 1 milhãei

Pesquisas

O metrô do Rio é quase perfeito.Só nào é perfeito porque chove no

O ex-Governador Leonel Brizolanão gosta de pesquisa de opinião pú-bllca. Sáo todas viciadas, no seu en-tender. Talvez seja por essa posiçãoacusatória que seu nome náo consteda relação de candidatos que o Insti-tuto Gallup submeteu ao eleitoradofluminense, recentemente.

Discriminação responde a discrimi-nação.

Sem ligações brizolistas, no entan-to, eleitor categorizado (eleitor catego-rizado é aquele que Já votou, em elei-çôes diretas, para Presidente da Repú-blica) chama atençào para o númeroalto de eleitores que já teria escolhidocandidato ao Governo dos Estados,quase um ano antes das eleições.

Na última pesquisa Gallup, 73% doeleitorado fluminense Já têm cândida-to escolhido; em Sáo Paulo, 85%; emMinas, 64%; no Rio Grande do Sul,71%; no Paraná, 84%; na Bahia, 73%;em Pernambuco, 63%; em Santa Cata-rina, 78%; no Ceará, 75%; e em Goiás,76%.

Segundo o eleitor categorizado, hámulto poucos indecisos um ano antesdas eleições. E as águas ainda nãocorreram por baixo de todas as pontes.

E há muitas pontes. Mesmo semfalar das safenas.

Implosão regional

O PP implode nacionalmente, ao seincorporar ao PMDB. No Rio de Janei-ro, dá-se o contrário: com a incorpora-çáo, o PMDB fluminense é que im-plode.

Garante o Deputado Edson Khairque, da bancada de 11 deputados fede-rais, sete ou oito, incluindo ele, largamo PMDB se a incorporação for feitasegundo os interesses do grupo Cha-gas Freitas.

Acredita que, com os deputados,irá também o Senador Nelson Car-neiro.

Todos para o PDT.

Lance-livre

v;

Há cinco semestres consecutivos, oBanerj vence o campeonato de eficlên-cia entre os bancos, fazendo publicarseu balanço na imprensa à frente dosdemais. E sempre apresentando lucro..Desta vez, de 130% sobre o lucro doprimeiro semestre. O único outro ban-co a publicar seu balanço Junto com oBanerj foi o BD Rio. Mas, a concorren-cia entre eles é amena: ambos sãopresididos pelo Sr Israel Klabin.

Além do Governador Paulo Maluf,dois outros, pelo menos, estfto apoian-do as emendas apresentadas no Con-gresso permitindo a reeleiçáo de go-vernadores: Joào Castelo, do Mara-nhão e Pedro Pedrossian, de MatoGrosso do SuL

A Assoclaçáo dos Jovens Amigos daArte, criada pelo Secretário ArnaldoNiskler para atrair público jovem paraos espetáculos da Funaij, fechou o anocom 500 associados. Tendo de ter até25 anos de idade, o sócio, com a cartel-ra, pode freqüentar o Teatro Munici-pai com descontos especiais.

O programa de obras contra erosõesem Brasilia vai receber este ano Cr$1,7 bilhão do Ministério dos Transpor-tes. Segundo o Ministro Eliseu Kcscn-de, será o maior orçamento paraobras urbanas em programa dessa na-tureza em todo o pais.

O Ministro da Cultura da França,Jack Lang, virá ao Brasil na primeiraquinzena de março. Será o primeiroestrangeiro a visitar o Conjunto Uni-versltário Cândido Mendes em 82.

O presidente da Fiesp, Luiz EulãlioBueno Vidigal, é o paranlnfo da tur-ma de Economia das Faculdades Reu-nidas Bennet, que cola grau no próxi-mo dia 28.

O Presidente do Senado, JarbasPassarinho, que está em Belém, retor-na quinta-feira a Brasilia para presidira sessào em que será discutido o proje-to de reforma eleitoral. Mas Já é certoque náo haverá votação. O projetoserá aprovado por decurso de prazo.

Do Deputado Joào Herculino(PMDB-MG): O Governador PauloMaluf é o Juscelino modernizado. Pa-ra náo ficar atrás, o Deputado RaulBernardo (PDS-MG) fez a correção: OMaluf é o Juscelino atualizado.

Do presidente do PP baiano, Rober-to Santos, comentando o resultado dapesquisa Gallup, que o levou pela pri-meira vez à ponta da lista (25%) dapreferência do eleitorado: "É a tendên-cia crescente por uma candidatura deoposição em decorrência do caráterimpositlvo das medidas do Govemo,tanto no que diz respeito às regras doJogo eleitora] como no tocante ao de-sempenho polltico-adminlstrativo."

81 no país foi de25% e no Rio 40%

Belo Horizonte — A médiade evasão escolar nas 6 milescolas particulares do pais,do pré-escolar à universidade,foi de 25% em 1981. O Rio deJaneiro foi o Estado que apre-sentou maior percentual (40%)em suas 600 escolas, Informouontem o Presidente da Federa-çao Nacional dos Estabeleci-mentos de Ensino, RobertoDornas.

Ele considerou 1981 como o"pior ano do ensino no Brasil".Para provar, mostrou o nume-ro de escolas de Io e 2° grausfechadas durante o ano em Ml-nas: 80, contra 68 no periodode 1977 a 1980. Disse ainda queos Estados mais atingidos pelacrise, além de Minas, sâo Riode Janeiro e Rio Grande doSul, onde, de 1975 até o anopassado, foram fechadas 100 e280 escolas, respectivamente.

ESPERANÇA

Roberto Dornas demonstrouesperança de que a situaçãomelhore este ano, Já que em1981, para a correção salarial,foram utilizados os Índices doINPC dc dezembro de 1980 ejulho de 1981. Agora serão utl-lixados os Índices de Janeiro ejulho. Na sua opinião, Isto faci-lltarã as negociações com osprofessores, pois os reajustesdas anuidades serão feitosmais próximos das datas dereajustes salariais. Ao mesmotempo, ao diminuir a distânciaentre um reajuste e outro, ospedidos, pelas escolas, de no-vos aumentos por defasagem,serão reduzidos.

Quanto ao índice de 36,8%,fixado pelo Conselho Federal

de Educação para o reajustedas mensalidades das escolasparticulares, Roberto Dornas,que é também presidente doSindicato dos Estabelecimen-tos de Ensino de Minas, disseque está dentro do esperado.Além das dificuldades econô-nucas dos alunos, citou comocausa para o aumento da eva-são escolar o desemprego dosque estudam no turno da noitee a expansão de escolas públi-cas em locais jã saturados.

Revelou que o índice dc eva-são em Minas, em 1981, foi de10,9% nas cerca de 900 escolasparticulares, enquanto emBrasília chegou a 25%. Expli-cou que o Rio teve o maiorIndice de evasão escolar (40%)em conseqüência do aumentodo número de turnos nas esco-las públicas, além da lmpossl--bilidade para o pagamento dasprestações. Lembrou, entre-tanto, como um fator positivono aumento da evasão, umamelhora na qualidade de ensl-no com salas com menor nú-mero de alunos.

Roberto Dornas culpou o en-sino profissionalizante no 2ograu pelo fraco embasamentodos estudantes que entram ho-Je para as universidades brasi-lelras.

— O profissionalizante estolevando o ensino superior ãdecadência. O aluno nâo temnem um curso técnico, a nívelmédio, de boa qualidade, nemestá bem preparado para en-frentar uma universidade. Ne-cessltamos de cursos dlstln-tos: as escolas técnicas ou ocurso de 2o grau normal —afirmou.

Advogado defenderá no Suldireito de estudantesa mais de uma faculdade

Porto Alegre — O advogado Juarez Jover, Pro-curador de cerca de 1 mil 500 estudantes da Universi-dade Federal do Rio Grande do Sul, candidatos a umsegundo curso, no vestibular, anunciou que impetra-rá mandado de segurança contra o Reitor EarlyMacarthy Moreira, que baixou portaria impedindoque os universitários cursem simultaneamente duasfaculdades na universidade.

O advogado argumenta que os alunos não foramnotificados sobre a proibição de cursarem outra facul-dade. "A Reitoria omitiu-se de qualquer informação aeste respeito e o recurso dos estudantes é justo",sustenta.SEGURANÇA

Os 1 mil 500 vestibulandosprejudicados pela decisão —de acordo com estimativa doDiretório Central de Estudantes — estão dispostos a enfrentar na Justiça a portaria baixada pela Reitoria da UFRGSO advogado Juarez Jover,apôs uma reunião com umacomissão de alunos e dlrlgen-tes do Diretório Central de Estudantes (DCE/UFRG8) resolveu ontem que Impetrará omandado de segurança paraassegurar matricula a todos osaprovados ao novo curso a quese candidataram.

A Reitoria, diz ele, alega quea decisão sobre a portaria foitomada apôs as Inscrições pn-ra o vestibular, razão de nàoInformar antecipadamente osestudantes.

— Isso me parece multo es-tranho. Então esta portariasurgiu de repente, sem nenhu-ma análise prévia das suasconseqüências? — indagouJuarez Jover.

No segundo dia das provas,ontem, o vestlbulando RenatoAírton HoSmann, candidato âFaculdade de Administraçãode Empresas da UFRGS, foifrustrado'no seu Ingresso nauniversidade. Acometido deapendlclte, foi hospitalizado,ãs pressas, durante a madru-gada, no Hospital das Clinicasde Porto Alegre.

Apesar da tentativa de seusparentes de obterem licençapara que realizasse a prova deMatemática e Física no hospi-tal, antes da cirurgia, a Funda-ção Carlos Chagas, alegandonão ter fiscais disponíveis, nâoaceitou o pedido.

RADIO JB debatecorpo e saúde

Os exercícios físicos e asrespostas do sistema circu-latório, a ginástica e a saú-de do corpo, especialmen-te do coraçáo, sào temasem debate na RADIOJORNAL DO BRASIL, apartir das 9 horas de hoje,no programa apresentado

por Eliakim Araújo, comapoio do Departamento deRadiojornallsmo. O convi-dado é o médico Paulo Pe-gado, e os ouvintes podemparticipar do debate fazen-do as perguntas pelo tele-fone 234-7566.

#=Instituto Cultural Brasil-lnglaterra

COLÔNIA DE FÉRIASCrianças de vários colégios do Rio estarão participan-do em janeiro próximo da COLÔNIA DE FERIAS noCAMPUS do ST. PATRICK'S Recreio dos Bandeiran-

Para mais detalhes telefonar para:274-0033 ou 327-8839

cada vaga do Menezes CortesUma vaga de carro no Centro, o espaço

mais congestionado da cidade, chega a custarCrS 1 milhão 400 mil no Terminal MenezesCortes, sem o titulo de propriedade. A Coder-te está negociando 331 novas vagas por 10anos, a preços nunca Inferiores a Cr$ 1 milhão.

— É um absurdo este preço que estãopedindo — queixou-se Amoldo Oliveira, donode um Corcel, que paga Cr$ 7 mil mensais poruma vaga no 9o andar. Ele Interessou-se emcomprar xima, mas desistiu, depois de ver ascondições de pagamento: "Eles ainda cobramumas taxas e isto aumenta o custo. Fiz ascontas e não valia a pena" — disse.

EstacionamentoO Edlflclo-Qaragem Menezes Cortes tem

15 andares e 3 mil 31 vagas para carros,segundo Informação da Coderte. Os segundo,terceiro, 12° e 13° andares sâo destinados a 1mil vagas rotativas. Os outros são para vagascativas, um total de 2 mil 31, cedidas por 10anos.

A construção do terminal pela extintaFundação de Terminais Rodoviários e Esta-clonamentos do Estado da Guanabara, em 72,foi autoflnanclada pela negociação de vagascativas. Os permlsslonários compraram o dl-reito de uso por 10 anos com direito derenovação.

De acordo com a Coderte, alguns vende-ram o direito, ou alugam, mediante pagamen-to mensal. Mas o diretor da Coderte, LeviMoura, destaca: "Normalmente quem com-pra quer para usar porque é multo dificil umavaga no Centro". Da Janela do gabinete no 15°andar do Menezes Cortes, ele aponta os pré-dios, "todos sem garagem".

— No Centro não hã mais onde fazer umedifício como este. A Prefeitura, Inclusive,proibiu a construçáo — explicou. No Centro,os edifícios com garagem atendem, normal-mente, apenas aos condomínios.

Negócio

Dos mais de 2 mil permlsslonários de va-gas no Terminal Menezes Cortes, somenteuns 10%, segundo estimativa da empresa daSecretaria de Transportes, negociaram os tl-tulos, "alguns por motivo de viagem, outrospor falta de dinheiro e houve também os quecompraram para negociar e venderam" expli-cou um diretor da Coderte.

Os detentores das vagas cativas podemainda alugar a terceiros o direito. Alguns, ofazem até por Intermédio da própria Coderte,que administra o aluguel. Uma vaga pequena,

atualmente, custa cerca de Cr$ S mil; CrS 10mil uma média; e para carro grande, cerca deCrt 12 mil. Segundo a empresa, em menos datrês horas a vaga é alugada.

RenovaçãoNo ano que vem, começam a vencer os

prazos de utilização das vagas cativas e osusuários terão a opção de renovar. Segundo o .presidente da Coderte, "ninguém vai ser lou-co de não renovar". A renovação Implica opagamento de uma taxa mensal dé 213 dosalário mínimo, conforme acertado em con-trato (cerca de Cr$ 8 mil), e garante mais 10anos de uso.

A Coderte, porém, está dando descontospara os permlsslonários que renovarem oscontratos ainda na primeira metade desteano com redução de 50% no valor da taxa,que passa, assim, a 1/3 do salário minimo(cerca de Crt 4 mil).

A maioria dos usuários nâo sabe como*, rãa renovação. Otávio Caruso, que desde aconstruçáo do terminal ocupa com um visto-so Impala azul metálico uma vaga no nonoandar, disse que tem "o maior Interesse".Lembrou que, pelo contrato, teria que pagar ataxa de 2J3 do salário, e ao saber do descontoperguntou onde poderia renovar. Ele usa avaga diariamente.

Carlos, dono de um Passat, disse que ain-da vai pensar. Talvez venda. Perguntou: "8eeu vender, o cara que comprar ainda var teresta mordomia de pagar só Crt 4 mil pormês?"

Vagas novasEste ano, a Coderte acabou com as vagas

cativas mensais, e vai negociar seu uso porperiodo de 10 anos. Eram cerca de 180. Foram -criadas mais 151 novas vagas, com a reformu-laçào do projeto geométrico dos andares. Aavagas, segundo o diretor da empresa, erammulto grandes porque, quando foi construídoo.edifício, os carros eram maiores. Assim,serão negociadas 331.

Os preços variam de Crt 1 milhão, par*carro pequeno, do nono ao 14° andar, a Crt 1milháo e 400 mil, para carro grande, do quartoao oitavo andares. Estes preços sâo para opagamento â vista; em seis meses ou em umano os valores sâo corrigidos segundo asORTNs. As vagas que não tiverem seus con-tratos renovados com os antigos permlssloná-rios também seráo negociadas nestas condi-ções. ....

Tabela de PreçosPAVIMENTOS TAMANHO DA VAGA

Pequeno Cri Médio Cr$ Grande OSDo 4° ao 8° 1200.000,00 1.300.000,00 1400 000,00Do 9° ao 14» 1.000.000,00 1100.00000 1.200.000,00

FINANCIAMENTOft vista50% + saldo em 06 meses (•)50% + saldo em 12 meses (*)preço corrigido e dividido em seis prestaçõesmensais e sucessivas, vencendo a primeira naassinatura do contrato e as demais em Igualdia dos meses subseqüentes, preço corrigido edividido em 12 prestações mensais e sucessl-

vas, vencendo a primeira na assinatura docontrato, e as demais em igual dia dos mesessubseqüentes.3 pagamentos iguais e sucessivos sem Juros.(•) — Saldo acrescido da correção monetáriamensal, na base das ORTN's.Toda reserva sõ será confirmada, mediante opagamento do sinal de 10%.

Argentina libera carro decarioca apreendido há 2 anos

Porto Alegre — O carioca Wagner Montei-ro é um dos turistas brasileiros que tiveramseus carros liberados ontem pela Argentina,depois de terem sido confiscados. Ele tam-bém esteve detido na gendarmeria nacionalde Paso de Los Libres, no segundo semestrede 1979, por irregularidades na documenta-çâo do seu Volkswagen azul.

Ao dar a Informação, o Cônsul brasileiroem Paso de Los Libres (cidade argentina quefaz fronteira com Uruguaiana), Nei FlorianoFaria Corrêa, disse nâo saber o número exatode carros liberados—cerca de oito ou nove —mas acredita que a maioria deles — mais de100 veículos de turistas brasileiros confisca-dos — também serã liberada e seus proprietá-rios avisados.

Brasileiros detidos —O carioca Wagner Monteiro esteve detido

em Paso de Los Libres na mesma época emque outros turistas brasileiros também forampresos sob alegação de Irregularidades nadocumentação de seus veículos. De Junho asetembro de 1979, entre os que viveram omesmo drama e tiveram seus carros confisca-dos estão o comerciante carioca Daniel Henri-que Nastri e os gaúchos César Garcia Bueno,Fábio Rozlul Gonçalves, Mario Lemer e LulaFernando Zlmmermann.

O pai de Luis Fernando, Theo Zlmmer-mann, afirmou ontem que Wagner Monteirofoi liberado no flnal de setembro de 1979 sema necessidade de pagamento de uma fiançade Crt 16 mil, porque seu advogado, o mesmode Zlmmermann. alegou que o Jovem nâotinha recursos. Ao recordar os motivos dadetenção destes turistas brasileiros, TheoZlmmermann disse:

— Quando os carros entravam na aduana,em Paso de Los Libres, os proprietários eramobrigados a preencher um formulário em es-panhol, para assegurar o trânsito por umdeterminado período. Mas nas barreiras se-gulntes os carros eram novamente parados e,apôs a vistoria da documentação, os policiaisalegavam que o formulário estava falsificadoe confiscavam o veiculo e detlam oa proprie-.tários". Theo Zlmmermann contou ainda que"' liuuvy uusuèi íib carros orasllelros leiloadosou então depenados" depois de confiscados.

O Cônsul Nei Floriano Faria Corrêa disseque os carros de turistas brasileiros estáosendo liberados a partir de ontem porque aDircclôn Nacional dc Aduanas, em BuenosAires, onde estáo os processos, verificou que'"nâo havia crime maior". Os carros confisca-dos estão num depósito da aduana argentina,em Paso de Los Libres. O Cônsul tambémafirmou nâo acreditar que os proprietários -sejam obrigados a pagar multa pelo tempo.em que os veículos estiveram confiscados.

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£0^ p£ aS^'JORNAL DO BRASIL

CONSELHO NACIONALDE AUTO-REGULAMENTAÇÃO

PUBLICITÁRIACOMUNICADO

O Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária— CONAR, entidade privada cujo objetivo primordial é zelarpela credibilidade da mensagem publicitária, torna públicoque o Plenário do seu Conselho de Ética, em sua últimasessão de julgamento, por votação unânime, houve porbem divulgar a sua posição em relação ao anuncianteSILHOUETTE, que também opera sob as denominaçõesINSTITUTO DE ESTÉTICA SILHOUETTE e SAGIC SOUTHAMERICAN GIMNASTIC IND. E COM. LTDA., estabelecidoem S. Paulo, à Avenida Paulista, 854 — conj. 10, tendo emvista náo terem sido comprovadas no curso do processoótico a veracidade e honestidade das alegações e descri-ções que faz em seus anúncios e, tendo em \rist3rainda__L_deplorável circunstância de que em ootrerprocesso e pelosmesmos motivos sua publicidade já fora reprovada anterior-mente pelo CONAR.A divulgação pública da posição do CONAR é a medidamais severa prevista no Código Brasileiro de Auto-regulamentação Publicitária e tem por escopo comunicarãopublico em geral e às autoridades, que os anunciantes, ssagências de propaganda, os veículos de comunicaçãodeploram o comportamento anti-ético desse anunciante.Sâo Paulo, 17 de dezembro de 1981.

(As. i LUIZ FERNANDO FURQUIMPresidente em exercício J

.JORNAL DO BRASIL D terça-feira, 5/1/82 D Io Caderno

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CIDADE/ESTADO — 7

apresentador Mário Lúcio (D) entregou a cada um dos sorteados suas cadernetas

Patrimônio tomba mais17 monumentos naturaise urbanos de Petrópolis

Rrasilia — Mais 17 monumentos — conjuntos urbanosarquitetônicos e paisagísticos, complexos e unidades fabris,elementos Isolados e aspectos morfológicos da cidade dePetrópolis — foram tombados ontem. A extensão dos tomba-mentos da Cidade Imperial foi homologada pelo MinistroRubem Ludwig, a pedido da Secretaria de Patrimônio Hlstóri-co e Artistico Nacional.

Atinge os seguintes sítios e logradouros de Petrópolis:Conjuntos urbanos, arquitetônicos e paisagísticos:1 — formados pelas ruas: Visconde de Souza Franco, do n°93 ao n° 609 e do n° 428 ao n° 590; Barão do Bom Retiro, n° 38;Buarque de Macedo, do n° 39 ao n° 131 e do n° 8 ao n° 128; Dr SáEarp do n° 17 ao n° 99. 2 — Formado pela Av. BenJamin

Constant, do n° 126 ao n° 280 (exclusive o Hotel Gran Solar), ocortfunto da Universidade Católica e especialmente os prédiosdo antigo Colégio Notre Dame de Sion e da casa que foi doBarão de Ubá; 3 — Rua Santos Dumont, do n° 517 ao n° 701 e n°460; 4 — Rua Montecaseros, do n° 191 ao n° 503, do n° 288 ao n°6l4e n"s 131,137e 141; 5—Rua Paulino Afonso, don0 86 ao n°134 e n° 13.

Complexos ou unidades fabris:" 1 — Companhia Petropolitana de Tecidos — Fábrica, VilaOperária e Praça Dr J. Soares M. Filho, com o respectivocoreto e a igreja Matriz da Cascatinha; 2 — Conjunto Arquite-tônico remanescente da antiga Fábrica Cometa, situada nomeio da serra; 3 — Fábrica São Pedro de Alcântara, na RuaWashington Luiz; 4 — Vila Operária da extinta Fábrica Come-ta, situada na Rua Padre Feyô.

Elementos Isolados:1 — Edlficio do Fórum, na Rua do Imperador, n°s 909 a 953;2 — Palácio Itaboraí, na Rua Visconde de Itaboraí; 3 — Asilodo Amparo, na Rua Roberto Silveira n° 150; 4 — Casa na RuaRoberto Silveira n° 75; 5—Casa na Rua Cardoso Fontes n° 211;6 — Casa na Rua Washington Luiz n°s 1066 a 1076; 7—Casa deAna Mayworm, na Rua Jorge Mayworm — quarteirão brasilei-ro; 8 — Casa de Stephan Zweig, situada na Rua GonçalvesDias; 9 — Casa de DJanira — loteamento da Fazenda Samam-baia; 10 — Mural de Djanha — existente no Liceu MunicipalCardolino Ambróslo.Aspectos morfológicos:Calha dos rios Piabanha, Qultandlnha e Palatinato, dentrodos limites estabelecidos pelo Plano Koeller, com seus afluen-tes, pontes, muretas e guarda-corpos mais antigos, inclusive aarborizaçâo.

Terceira pista do TúnelRebouças está concluídaentre Rio Comprido —Lagoa

As obras de construção da terceira pista de rolamento doTúnel Rebouças, no sentido Rio Comprido—Lagoa, estáoconcluídas. A liberação da pista depende agora de aprovaçãoda Comissão de Integração de Transportes, composta detécnicos do Departamento de Estradas de Rodagem/RJ,Detran e Prefeitura, sob a presidência do Subsecretário deTransportes do Estado, Arthur César Soares.

A pista aumentara a capacidade do Túnel Rebouças emcerca de 1 mil 400 veículos por hora. Com a conclusão dasobras, o volume de tráfego chegará a 9 mll veículos nas horasde rush. Um novo acesso para a Rua Jardim Botânico e areabertura de outro, para o Rio Comprido, complementam asobras.

MelhoriaO diretor de planejamento do DER/RJ, Acílio Magalhães,

explicou que a nova pista vai desafogar o trafego na RuaJardim Botânico. Disse ainda que as obras fazem parte doAnel Rodoviário Sul, que Inclui a Estrada Lagoa—Barra. Apista só será aberta ao tráfego apôs a Inauguração da Lagoa—Barra, possivelmente em fevereiro.

As obras de construção da terceira pista foram Iniciadasem Julho de 1981, com custo total de Crt 40 milhões. Atual-mente, o DER está concluindo a nova sinalização no túnel,sentido Norte—Sul, que teve de ser totalmente reformulada. Aobra é um segmento do que foi recentemente feito no sentidoSul—Norte, onde uma terceira pista foi construída.

Quanto aos novos acessos, Já estáo concluídos. Um deles,o da' Rua Jardim Botânico, vai facilitar bastante a vida dosmoradores do local, porque na salda do Rebouças, na Lagoa,só havia acessos para a Av. Epitácio Pessoa e Av. Borges deMedeiros. Com o novo acesso, os usuários não mais precisarãofazer o contorno pela Lagoa.

A reabertura do acesso para o Rio Comprido, através daAv. Paulo de Frontln, era antiga reivindicação dos moradoresdo bairro. Agora, os ônibus poderão voltar a trafegar pelotúnel. A extensão total da nova pista, excluindo os acessos, éde 3 km.

Cidadeentregaprêmios

Na festa de flm de ano daRádio Cidade, Bye Bye 81, rea-ltzada dia 27, no Morro da Ur-ca, foram sorteadas 10 cãder-netas de poupança Nacional,no valor de Cr$ 10 mil cadauma — entregues ontem peloapresentador Mário Lúcio naagência de Credito Nacional(Rua do Russel, 78 — Glória).

Os participantes da festaacompanharam o sorteio pelonúmero Impresso em seus In-gressos. Dos 10 ganhadores,apenas seis compareceram pa-ra receber suas cadernetas,sorteadas com os seguintesnúmeros: Edgar Pedro Treder(1988); Marco Aliplo Alfonso(0338); Marcos Vourakls Dias(2106); Maurício Domlngucz(2070); Roberval de Oliveira(0963); Paulo Uma da SUva(0780). Estiveram presentesainda os supervisores regio-nais do Banco de Crédito Na-cional, Douglas Comz e IvanBoticeUl.

Os outros quatro sorteadosque náo compareceram à en-trega das cadernetas perde-ram automaticamente os Cr$10 mil.

Pedágio sóaumentaem agosto

Brasília — O Ministro dosTransportes, Eliseu Resende,garantiu ontem que as tarifasde pedágio na Ponte Rio—Niterói e nas rodovias federaisserão mantidas ate agosto,quando completarão um anode vigência. Adiantou, ainda,que o reajuste do pedágio serásempre Inferior aos níveis doÍndice Geral de Preços (IGP).

Acrescentou que nâo houve,agora em Janeiro, reajuste natarifa do pedágio. "O que hou-ve foi uma complementaçáodo reajuste de 67% autorizadoem agosto passado, que foiparcelada em duas vezes. Aprimeira parcela de 80% en-trou em vigor em agosto, e asegunda, de 20%, em Janeirodeste ano".

O Ministro Justificou a ma-nutençéo do pedágio na PonteRio—Niterói e estradas fede-rais — Rio—Petrópolis, Rio—Teresôpolls, Via Dutra e PortoAlegre—Osório — em fUnçàodos custos muito elevados daconservação e restauração dasrodovias.

Ministro da Aeronáuticavolta abatido e descansaantes de retomar cargo

Ainda um pouco abatido, mas de bom humor, o Ministroda Aeronáutica, Brigadeiro Délio Jardim de Mattos, chegouontem ao Rio, aòôs três semanas de permanência nos Esta-dos Unidos, onde colocou uma ponte de safena no coração,em dezembro, na Clinica de Cleveland. Cerca de 100 pessoasforam recebê-lo no aeroporto, entre elas o Ministro interino,Paulo de Abreu Coutinho.

Do aeroporto, o Ministro da Aeronáutica seguiu para aresidência oficial da Ilha do Governador. Hoje ou amanhã,contudo, deverá Ir para sua casa em Angra dos Reis paradescansar alguns dias. Ainda náo foi fixado o prazo para suavolta às funções ministeriais.

No dia 11, o Brigadeiro Abreu Coutinho passará o cargode Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, que vem acumu-lando com a Pasta, ao Brigadeiro Rodolfo Becker Relfechnel-der, Comandante Geral do Ar, mas continuará à frente doMinistério até a recuperação de Délio Jardim.

No Galeão, ontem, o Brigadeiro Délio foi recebido portodos os membros do Alto Comando da Aeronáutica, autori-dades civis e militares e pela pioneira da Avlaçáo, AnésiaPinheiro Machado.

Detranfecha ruano Arpoador!

A Rua Francisco Behrlng,:Junto â ponta do Arpoador, foi |fechada ontem pelo Detran e"permanecerá Interditada ao \tráfego até o dia 31 de março.'A medida, esclareceu o Depar-tamento de Trânsito, visa facl-lltar os trabalhos de monta-gem do circo do grupo Asdrú-bal Trouxe o Trombone.

Os ônibus do Detran SobreRodas estarão esta semana naPraça Nossa Senhora da Paz,em Ipanema, e na Praça SaensPena, na TIJuca, atendendo aquem estiver precisando de re- jnovar a carteira de habill-tação.

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20.W —90

minutosMuitas idéias, muita

informação, na sua únicachance de ver o Brasil

ao vivo no horário nobre

21:30 OsAdolescentes

Uma nove/a-reportagem,radiografando os conflitos

da juventude brasileira.

22:00SeqüênciaMáxima

Você vai ver asmelhores séries já

produzidas para a tevêno horário quevai virar moda.

23:00ETC...

Ziraldo e Sérgio Cabralfazem o jornalismo

com humor e reflexão.

Crítica &Autocrítica

Políticos e empresários fazem oexame de consciência num

programa produzido pela equipedo /ornai Gazeta Mercantil.

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— I awmvl \WwMÈm IV-

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Sab.1500Ginga

BrasileiraJoão Roberto Kelly abre alas

e pede passagem.que o samba vem ai.

Todas as emoções da novela queconta um pouco das raízes do

nosso povo.

Joelmir Betting comandao único telejornalbrasileiro que temopinião própria.

OutrasPalavras

Uma voz jovem, um novo esta/ode vida na tevê.

00:00

BastidoresA face oculta

de gente que brilha.

NovaMulher

A relação homem-mulher vistade um modo descontraído,

rompendo barreiras,quebrando tabus.

20:00Dona Santa

Tome um táxi até a alegria,nós pagamos a corrida.

21:00

Superprodução

Fiimes consagradosvão fazer o seu programa

de sábado à noite.

Sábado emHollywood

O cinema feito com categoria,como só os americanos

sabem fazer.

Dom.12:00

FutebolCompacto

Na hora do a/moço,o futebol é um prato feito.

13:00

Bandei-rantes

EsporteUma maratona

que vai preenchercom esporte

a sua tarde de domingo.

17:00Programa

doChacrinha

Alô, a/ô, atenção:quem não assisteo velho guerreiro

se trum bicaiUm programa onde a alegria

só acaba quando termina.

22:0mCanalLivre

Onde você descobre o que vaipela cabeça do seu pais.

Cinema na Madrugadaj^PV~—;- ;-,;;:^t——— _____¦ i *"-" "-ma

WWWW ' BH^HHWBBI^BBttilfflWllfflBKilit^T!i?BTB WÊF jKfcé' EMl.|.....TTr~-¦ -SÊM Ü? Jsfe *" ' '

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00:45A Bandeirantes perde o sono

para lhe dar um cinema melhor.

WSmH^9HHH&HHfl&99BBI^H85Bit w

2yZcyy2m2»

23:15

À NoiteSonhamos

Enquantoa segunda não vem.

você sonha cinema conosco.

iiiiiiiiiihi iimim—mimiiimi nwni' i

Rcc1g/SvBandeirante^ x^

Professorfaz provapara aluno

Londrina, PR — "Por amlza-de", conforme explicou â poli-cia, o professor Lndlslau Nei-son Zempulskl tentou fazer asprovas do vestibular da Uni-versidade Estadual de Londri-na para seu aluno Jaclr Teixei-ra Lúcio. Mas ficou amedron-tado com a fiscalização, aban-donou a sala de provas e foipreso pela segurança da uni-versidade.

O professor substituiu a fo-tografla na cédula de identida-de do aluno por uma sua,cuidando para que colncldls-sem as perfurações do do-cumento. Por precaução con-tra fraudes, porém, a universi-dade fiscaliza os candidatosatravés de ficha com fotocópiada Identidade, na qual o vesti-bulando, além de assinar, temde colocar sua impressão dlgi-tal. Ao notar que dificilmentenâo seria descoberto, Ladislauabandonou a prova e chamoua atenção dos fiscais.

Ladislau é estudante do 7operiodo de Engenharia Quiml-ca, na Universidade Federaldo Paraná, em Curitiba, ondedá aulas num curso preparató-rio para vestibulares. Ali tor-nou-se amigo do aluno, quereclamava ter sido reprovadoem outras tentativas de ln-gressar numa faculdade. Oprofessor lhe teria contado játer substituído candidatos queforam aprovados e, juntos, via-Jaram para Londrina, hospe-dando-se numa pensáo.

Jaclr ficou esperando napensão enquanto o professor osubstituía no primeiro examee também foi preso pouco de-pois de Ladislau. A Universi-dade Estadual de Londrina so-licitou a abertura de inquérito.Depois de ouvidos na 10a Sub-divisão Policial, Ladislau e Ja-cir foram soltos sob fiança.

Bahia enfrentaexame difícil

Salvador — Quinze minutosapós o Inicio da prova de mate-mátlca, que deu prossegui-mento ontem ao concurso ves-tibular da Universidade Fede-ral da Bahia, muitos cândida-tos Já Unham deixado as salasde aula. A maioria consideroua prova multo dlflcll.

Na Impossibilidade de ape-lar para a sorte, chutando asrespostas, vários candidatospreferiram entregar a prova notempo minimo estabelecidopela coordenação. Para os quese prepararam, a resoluçáo das20 questões não poderia serefetuada em tempo Inferior atrês horas.

A diretora do Serviço de Se-leçáo da UFBa, Adelaide Re-sende, afirmou que o clima éde absoluta normalidade nos40 estabelecimentos onde serealizam as provas. Em suaopiniáo, a tranqüilidade que severifica no concurso deste anodeve-se "à organização do Ser-viço de Seleção e a uma novaconsciência dos candidatos,que, se náo conseguem resol-ver a prova pelo que sabem,preferem entregá-la a causarproblemas".

Brasüia tem 18%de desistência

Brasilia — No segundo diado vestibular da Universidadede Brasília, o número de falto-sos foi de 85. O total acumu-lado de desistências registradoate- ontem era de 1 mil 862candidatos, correspondente acerca de 18% do total de inseri-tos — 8 mil 872 —.

Para o coordenador de exa-mes de vestibular da UnB,Ênio Magalhães, assim como onúmero total de inscrições, oindice de desistência registra-do este ano no concurso foi omaior dos últimos tempos. Amédia normal de candidatosfaltosos ou que deixam de pe-gar o cartão de inscrição é de10%.

A maioria dos professoresentrevistados diz que o indice

GABARITO DE FÍSICA PROVA COR:

B

D

10 11 12

GABARITO DE MATEMÁTICA PROVA COR:í 1 i I I I 1 iA

B

C

~

u—i—i—I—I—I—I—l—J LJ10 11 12

TABELA DE MÉDÍAS DO VESTIBULAR ESTATÍSTICA______^ N-1

PROVAS DE HOJE: FIS|CA MATEMÁTICA I ^$|§?NÚMERO DE ACERTOS:

MÍNIMO NECESSÁRIO: ~~

MÉDIA 1 (GRANDE PROCURA)

MÉDIA 2 (BAIXA PROCURA) L__JA MEDIAI REFERE-SE ÀS CARREIRAS MUITO PROCURADAS NO VESTIBULAR 82A MÉDIA 2 REFERE-SE ÀS CARREIRAS DE BAIXA PROCURA NO VESTIBULAR 82Com essas tabelas, os candidatos poderão acompanhar, pela TVBandeirantes, os resultados das provas de física e matemática

Física e matemática testamo preparo dos candidatos

de desistência maior ocorre noúltimo dia de provas, quandosão realizados os exames deBiologia, OSPB, História e,principalmente, redação emLíngua Portuguesa (a mais te-mida por todos).

Sobre as provas de ontem.Física e Comunicação e Ex-pressão, as opiniões dos candi-datos divergiam bastante.Mesmo aqueles que considera-ram os testes bons ou razoa-veis mostraram-se temerososcom relação á prova de reda-çáo, a ser feita no dia seguinte.

Em salas especiais, 23 candi-datos concorrem às 810 vagasoferecidas pela UnB: dois ce-gos (fato novo na história daUnB); dois com hepatite; doiscom caxumba; dois paraplégl-cos; um com a perna quebra-da; duas recém-operadas; trêsgrávidas; uma com braço que-brado; uma com debilidade or-gânica; e sete presidiários.

Faltas aumentamem São Paulo

Sào Paulo — Dos 27 mil 260inscritos, em todo o Estado, novestibular da Fuvest, 24 mil423 compareceram ontem, pa-ra fazer as provas de Geografiae Matemática. No Interior fo-ram registradas 724 faltas e naGrande Sao Paulo, 2 mil 15, oque representa 10% de ausên-cias. A freqüência foi menor doque a de domingo (primeirodia da segunda fase do vesti-bular), quando compareceram81,1% dos Inscritos.

Esses mais de 27 mil candi-datos foram aprovados na pri-meira fase do vestibular da Fu-vest, realizada em dezembro, eque selecionou três candidatospara cada vaga, por carreira.Nesta segunda fase os examessáo escritos — ao contrário daprimeira fase e contêm 20questões por matéria, comprazo de quatro horas para aocmclusão.

Em geral, o vestlbulando daCapital considerou a prova deGeografia razoavelmente fácil,mas a de Matemática, multodificil. Hoje. seiáo realizadasprovas de lingua estrangeira eBiologia.

As médias das provas de Física e Matemática, que compõem a segunda provado vestibular unificado deste ano, cominicio marcado para as 8 horas de hoje.sáo as mais baixas do exame porque, nasescolas de segundo grau, os alunos nãosão solicitados a raciocinar sobre os co-nhecimentos que adquirem e seu estudoenvolve apenas a memorização.

A afirmação é do diretor acadêmico doCesgranrio, Herman Jankowitz, que disseontem que o nivel de exigência das pro-vas do Cesgranrio é superior ao da médiadas escolas de segundo grau. Ano passa-do, só 4% dos candidatos conseguiram,em Física, nota igual ou superior a 5. EmMatemática, este índice subiu para 6%.

RelatórioAno passa'do, o total de candidatos

que conseguiu, tanto em Física quantoem Matemática, nota igual ou superior a4 foi de 13% dos inscritos. No entanto, amédia dos classificados foi de 3,9 emFísica e de 4,2 em Matemática, resultadosemelhante aos dos anos anteriores.

Herman Jankowitz lembrou que háseis anos o Cesgranrio vem mandandoum relatório para cada uma das escolasde segundo grau que apresenta cândida-tos ao vestibular sobre o desempenho deseus alunos. O relatório indica, por disci-plina e por assunto, os pontos em que osestudantes apresentam melhor desempe-nho e maior deficiência.

— Muitas escolas — comentou — tra-balham com este relatório e há mesmo asque nos procuram para discutir um ououtro ponto. Quando isto acontece, nósacompanhamos, no ano seguinte, o de-sempenho dos estudantes destes colégiose temos verificado que eles têm melho-rado.

Citou o exemplo de uma escola cujosalunos apresentavam, em Português, umdesempenho multo bom na parte de gra-mática, mas bem mais fraco em literaturabrasileira. A partir do relatório — quechama de auditoria educacional — o cole-gio aumentou o número de horas-aulas deliteratura e nos anos seguintes, seus alu-nos apresentaram um desempenho maisequilibrado entre as partes da prova dePortuguês.

Exigência

do relatório da fundação, mas ressalvouter ele uma certa Importância na orienta-ção das escolas.

Na verdade — afirmou — o vestibu-lar testa o ensino de segundo grau, mas obom desempenho do candidato dependetambém e muito do que ele traz do pri-meiro grau.

Lembrou que as provas do vestibularde Física e Matemática exigem um nivelmuito grande de raciocínio e habilidadeintelectual dos candidatos, pois as 70questôes sâo feitas mais com o objetivode testar os conceitos que sáo fundamen-tais a estas disciplinas; por isso, nãoadianta o aluno decorar.

O Cesgranrio fez uma pesquisa sobreprática pedagógica nas escolas de ensinomédio e verificou que os professores, nosexercícios e provas que aplicam a seusalunos, testam apenas o conhecimento, amemorização, e nào o nível de raciocíniodos estudantes, querem questões de múl-tipla escolha, quer em questões dlscur-sivas.

O fato é que o aluno náo tem sidosubmetido ao tipo de situação que vaiencontrar no vestibular, náo é solicitadoa raciocinar em cima dos conhecimentos.Não há um esforço neste sentido porparte das escolas e dos professores, quecontinuam a trabalhar com os métodosque valorizam a memorização.

CorreçãoOs cartões com as respostas da provafinmnntcnçnn o Fvpwsgqfí fa vestihn-

lar unificado, realizada domingo, acaba-ram de ser corrigidos pelos computadoresna noite de ontem e hoje o Cesgranriodivulgará a nota padrão, para que oscandidatos, a partir do número detoes acertadas eni.yyrt»^estrangeira, possam verificar sua situa-çâo nos exames.

O Cesgranrio pede aos candidatos quepreencham os cartões de resposta deacordo com as instruções do roteirodo candidato, uma vez que a correçãopelos computadores foi atrasada on-tem porque muitos marcaram seuscartões muito levemente ou com ca-neta. Isto obriga o pessoal do Ces-granrio a reforçar a marcação doscartões, o que atrasa o trabalho docomputador.

Cursos dãoplantão paratirar dúvida

Quase todos os cursos pré-vestlbu-lares mantiveram ontem esquemas deplantão, com professores de física e ma-temática encarregados de assistir aoscandidatos que tivessem dúvidas sobreas matérias de hoje, na segunda provado vestibular-82. O Miguel Couto Bahl-ense do Méler incumbiu professores dedar aula sobre oa pontos mais difíceis doprograma e atender a cerca de 500 alu-nos com dúvidas. Os demais cursos, po-rêm, preferiram o sistema de consultasao professor.

O curso Impacto manteve professo-res de flslca e matemática em suas sedes,das 8h às 22h30m, para atender tambémao aluno que trabalha durante o dia. Arede MV-1 destacou Igualmente profes-sores para dirimir dúvidas dos cândida-tos mas preferiu náo funcionar à noiteem suas filiais da Tijuca e Méler. "Fun-clonamos mais como um serviço deaconselhamento ao aluno, porque acha-mos que ele deve descansar a cabeça navéspera da prova", disse o professor JoséCarlos Portugal.

Dia de descansoAs aulas dos cursos pré-vestlbularesencerraram-se normalmente dia 30 dedezembro, mas, nas vésperas de provas,o aluno que deseja esclarecer certos pon-tos vai ate o curslnho e encontra lá

professores para as matérias do dia se-guinte. Tira suas dúvidas e ouve pala-vras de estímulos e conselhos para semanter calmo.

A rede MV-1, explica seu diretor aca-dèmlco, José Ricardo da Sllva Rosa, nftocostuma sobrecarregar o aluno com au-las e muitas explicações em vésperas deprovas do vestibular. O professor JoséCarlos Portugual, também da rede, es-clareceu:

Funcionamos de manhã para tiraras dúvidas dos candidatos, mas preferi-mos aconselhá-los a ter calma em vez detomar-lhes o tempo com aulas, porquepartimos do principio de que o aluno quetem dúvidas hoje dificilmente vai escla-recer todas a tempo de fazer a prova.A MV-1 náo teve au)8s de física ematemática ontem, mas manteve plan-táo nas filiais da Rua Pareto, na Tijuca, eno Méier.Outro curso que também preferiu nâosobrecarregar seus alunos com aulas deúltima hora foi o Impacto. Em suasAliais, manteve um esquema de plantãocom professores de Física e Matemática

no horário de 8h às 22h30m, mas evitouaulas, segundo o professor BernardlnoValcuesta, coordenador do curso e pro-fessor de Fislca.

Já o Miguel Couto Bahlense teve au-las em sua filial do Méler e, segundo odiretor de ensino do curso, Alcides Lou-renço Gomes, cerca de 500 alunos assis-tiram à aula extra. Na filial de Copaca-bana e de Madureira houve apenas oplantáo de 8h às llh e depois à tarde,encerrando-se às 17h.

Às vezes atendemos até a alunosque náo sào do Curso — disse o professorAlcides Lourenço Gomes.

O curso Vetor colocou quatro profes-sores de plantáo em sua sede, em Copa-cabana — dois de Física, dois de Mate-mátlca. Os alunos podiam tirar suasdúvidas no horário de 8h às 20h, mas oprofessor Luis Felipe Cardoso, coordena-dor do curso, disse que à noite é maisdlflcll a Ida de alunos ao curso.

De manhã atendemos a uns 30candidatos com dúvidas e, até as 14h,mais uns 15 — informou o professor LuisFelipe.

Mas o que a maioria dos professores ediretores de cursos pré-vestlbulares re-comenda aos alunos Inscritos no vesti-bular unificado de 1982 ê que se mante-nham calmos, descansando sem se preo-cupar com estudos à noite, na vésperada prova. Os estudos de última horapodem atrapalhar em vez de ajudarsustentam.

Nós náo gostamos de carregar oaluno com aulas e explicações no diaanterior à prova — observou o professorBemardino Valcuesta, coordenador docurso Impacto — mas nosso plantáofunciona até 22h30m porque hã muitoaluno que trabalha de dia e nào pode vircedo consultar o professor.

Chuva causadesistênciasem Minas

1° Caderno D terça-feira, 5/1/82 D JORNAL DO BRASIL

PDS quer provascontra "pacote"da Previdência

Brasilia — O Deputado Álvaro Valle(PDS-RJ), ontem representante da Maioriana C&mara dos Deputados, desafiou as oposl-çôes a recorrerem ao Poder Judiciário paraprovar que o decreto-lei que aumentou a taxade contribuição previdenciária e taxou osaposentados e pensionistas é Inconstltuclo-nal, como alegaram em plenário.O Deputado Tarcísio Delgado (PMDB-MG) aceitou o desafio e vai propor ao Partidoque estude a possibilidade, uma vez que,pessoalmente, entende que houve lnconstltu-cionalldade. Seu principal argumento é o fatode que, embora o Congresso esteja em perlo-do de recesso, está se reunindo por convoca-çâo do próprio Presidente da República.

Pré-escolaré prioridadedo Mobral

Um trabalho voltado prefe-renclalmente para o Programade Eduíação Pré-Escolar, massem deixar de lado a educaçãode adultos, é o objetivo princi-pai do Mobral para 1982. Esteano, o Movimento Brasileirode Alfabetlzaçáo pretende ain-da atuar em conjunto com ascomunidades e municípios efazer com que todos seus pro-gramas funcionem de formaIntegrada.

O presidente do Mobral,Cláudio Moreira, afirmou que"a longo prazo, o que a nossaInstituição pretende é propl-ciar a algumas das populaçõescarentes do pais formas de seorganizar a flm de resolverseus próprios problemas".Acrescentou que "a educaçãoé a melhor maneira de ajudar aelevação da qualidade de vidado brasileiro".CONVÊNIO

O orçamento global do Mo-bral para 1982 é de CrS 9 ml-lhões 676 mil, cerca de Cr$ 1milháo 700 mil destinados aoprograma de educação pré-escolar, que atenderá a 495 ml]crianças de quatro a seis anos,através de 16 mil 500 núcleos.O pré-escolar é uma prioridadedo Mobral, que este ano atingi-rá 70% a mais de crianças doque em 1981, através da cria-çáo de 10 mil novos núcleos.

Cláudio Monteiro explicouque esse trabalho de educaçãopré-escolar vem sendo desen-volvido pelo Mobral desde oflnal de 1979, "atendendo aosanseios da população". Segun-do o presidente do órgão, ha-verá um aumento no númerode monitores para este progra-ma, que serão treinados emconjunto pelo Mobral e as pre-feituras.

O objetivo do Mobral ao In-centlvar a educação pré-escolar é diminuir os índicesde evasão escolar. CláudioMonteiro Informou tambémque o Mobral já acertou a assi-natura de um convênio com oInstituto Nacional de Allmen-taçáo Escolar, que fornecerámerenda para as 495 mil crian-ças atendidas pelo programa.ALFABETIZAÇÀO DEADULTOS

Cláudio Monteiro expli-cou ainda que o Programade Alfabetização e Educa-çáo de Adultos vem sendopouco procurado pelas co-munidades de todo pais. Opresidente do Mobralculpa em parte a crise eco-nõmica que o Brasil atra-vessa por essa pouca pro-cura, pois, "nessa época depouco dinheiro, a educa-çáo deixa de ser prioridadepara o pobre".

Acredita que seja neces-sária uma revisão profun-da na alfabetização deadultos e adolescentes. Es-te ano, garantiu, será estu-dada uma reformulaçãodesse programa. O presi-dente do Mobral tem dúvi-das se a alfabetização vemtrazendo melhorias, doponto-de-vista social e fa-miliar, ao aluno, e, alémdisso, se tem sido realmen-te eficaz.COMUNIDADES

O Mobral tem dois tiposde açóes — a complemen-tar, realizada através deconvênios com as secreta-rias municipais e esta-duais, pelo repasse de re-cursos técnicos e financei-ros, e a ação suplementar,desenvolvida diretamentecom a comunidade, queexpõe suas dificuldades.

Cláudio Monteiro expli-cou que as prioridades doMobral serão as mesmasda comunidade, pois "só otrabalho conjunto levaráao nlrnripp—dos—nOSSQS—

Belo Horizonte — O maior Índice dedesistência para o vestibular nos últi-mos anos —10% — foi regii^radiuintem-

objetivos". Segundo o pre-sidente do Mobral, duran-

TendênciaA única arma concreta que a oposição

dispõe, entretanto, é conseguir que o Con-gresso náo ratifique, no prazo de 60 dias, "odecreto-lei presidencial, o que seria um fatoInédito.

Para Isso, o Deputado Hélio Duque(PMDB-PR) anunciou que, no próximo dia 6,na Comissão de Ciência e Tecnologia da Cá-mara será aberta uma campanha, a nívelnacional, com vistas a motivar os aposenta- "

dos e pensionistas a comparecerem a Brasíliaquando da apreciação pelo Congresso do de-creto-lel.

Em resposta às críticas oposicionistas, oDeputado Álvaro Valle disse que náo houve ¦nenhum desrespeito ao Congresso "na medi-da em que, quando da votação do projeto delei do Executivo, em outubro, os parlamenta-res apenas rejeitaram a redução dos benefi'cios dos aposentados". E perguntou:— Se a oposição está táo segura de que oato do Presidente da República é lnconstltu-cional, por que nào recorrer ao Poder Judl-ciário?

Andreazza abreRondon-82 para4 mil estudantes

Brasília — O Ministro do Interior, MárioAndreazza, presidirá, às lOh, no auditório doMinistério, a solenidade de abertura da 28*Operação Nacional do Projeto Rondon quemobilizará, este ano, cerca de 4 mil estudan-tes em todo o pais.Os 4 mil 106 estudantes que participam do.projeto em 82 atuarão em 336 municípios, amaior parte na região Nordeste, para onde sedirigirão mais de 1 mil 500 universitários. Irãoestudantes das áreas de Saúde, EducaçãoSôclc^Economla, Tecnologia, Agronomia éVeterinária. Do número total de estudantes, *5%. têm nivel médio profissionalizante, princi- -palmente técnicos agrícolas, técnicos em edl-flcaçòes e auxiliares de enfermagem. As equi-pes da operação nacional, com 12 particlpan-tes cada uma, serão formadas de acordo comas necessidades dos projetos a serem desen-volvidos.

Astrofísico sabeprever terremotodois meses antes

Curitiba — Depois de 15 anos de pesqui-sas, o professor de Energia Nuclear da Univer-sidade Federal do Paraná, astrofísico LeonelMoro. concluiu trabalho que prevê a posslbill-dade de se detectar terremotos com antece-dência de ate dois meses, através do estudo- •de manchas solares. Ele acredita que os aba-los sísmicos têm origem na ressonância nu- ...clear, hipótese ainda não examinada pela.ciência.

Ele afirma que é possível prever os terre-motos colocando junto com os sismógrafos "um detector de nêutrons, quando as manchassolares atingem a superfície terrestre. À medi-da em que o detector fosse acusando o au-mento da Incidência de nêutrons, os técnicospoderiam prever a ocorrência de terremotos.O professor explica que seu estudo "ainda éuma hipótese e somente os cientistas de pai-ses onde os fenômenos são constantes pode-ráo fazer uma avaliação correta sobre ele".

Agricultura dizcomo feijão deveser empacotado

Brasília — Nos termos da portaria doMinistro da Agricultura, Amaury Stábile, emvigor desde o dia Io, o feijão somente poderáser comercializado em embalagens de algo-dão, aniagem, Abras sintéticas, material piás-¦ tico ou outros, desde que previamente apro-vadas pelo Ministério. Essas embalagens te-rão que ser marcadas, rotui&uas ou etiqueta-das com o número do lote, grug_nome ou nitoen-t-de-prt-dSEorTsafra e peso

"ii".°e^?_^c'i^á'as"^T;5^aselltT1lnR''6' enrBrãsflíã e nâo coinci-*»« MiLvt»u»|,i.wúaa piúvas gjjmmHW".-S^^^asTtiruFMU. O tato Íoi atribuído às

te multo temDo as meta* irme °"J]ume]_a-a&-proautor, safra e pesoSS^SIS^^S^^Í Para evitar fraudes eS£3&f?t"^r^^ ^SAP» determina que o teor de

O diretor acadêmico do Cesgranrioobservou ser uma pretensão tentar resol-ver os problemas educacionais ao nível

Leia editorial'Dois Vestibulares"

fortes chuvas que caem em Minas desdesábado, Impedindo estudantes de viaja-rem de suas cidades à Capital, porquemuitos horários de ônibus foram sus-pensos.

Domingo, dia das primeiras elimina-tórias, as chuvas chegaram a atrasar emuma hora e 40 minutos o Inicio das

v provas, por causa do transbordamentojlo Ribeirão Arrudas, que Impedia o

acesso dos aiunos ao setor do vestibularda Escola de Engenharia. Ontem, comum tempo bem melhor, o atraso de 12minutos foi considerado normal. Os 31mü 438 candidatos conhecerão amanhaa lista dos aprovados para a fase classifi-catória do vestibular.

os problemasdas comuni-

Aprovaçãom"^BHHi!«£»£ITO

1.° GRAU - 2." GRAU -VESTIBULAR ; ' T |j

Comarca da vàútía_NO VESTIBULAR, O SEGREDO DO SUCESSO EA

l^BOArPR EPA R A ÇA O^AO- tO N OO-D E-TQ D O 2-?G R A U, &¦¦ MEIER, MADUREIRA E CAMPO GRANDE - VOCÊ

'1 TEM O MELHOR ENSINO, A MELHOR EQUIPE E OI .MELHOR PREPARO PARA O-VESTIBULAR

F^ MV1: você aprende para sempre. ,-,:'

O Índice de desistência no vestibularnos últimos anos ficou entre 7 e 8%,inferior aos 10% deste ano. Neste vesti-bular registrou-se também uma quedano número de candidatos Inscritos—439menos que o do ano passado, mas estanâo foi a primeira vez que isto ocorreu.

Desde que o vestibular foi unificado,em 1970, houve très quedas no númerode candidatos — em 1974,1977 e 1978. Amaior aconteceu em 1974, com quase10% de desinteresse em relação ao anoanterior. Este ano os candidatos dispu-tam 3 mil 286 vagas, quantidade estáveldesde 1979.

Ontem foram realizadas as provas deFísica, Química, Biologia, Geografia eHistória, que. com as de domingo, Mate-mátlca, linguu estrangeira e Português,formam o núcleo comuirç de matériasobrigatórias a todos os cursos. O critériode aprovação de candidatos e classificarpara a segunda etapa très estudantesnos cursos que tiverem mais de seisInscritos para cada vaga Nesta situaçãoestáo 27 dos 42 cursos oferecidos.

Nos cursos de menos de seis cândida-tos por vaga, sào aprovados dois deles Asegunda etapa do vestibular da UFMGcomeça dia 10 e vai ate o dia 14. Nela. oestudante terá que fazer as provas espe-clficas para o curso que escolheu. Os 42cursos oferecidos foram divididos em 10grupos e a maior quantidade de provasespecificas é três, para cursos como En-genharia, e a menor é uma, para Música.

diam comprioritáriosdades.

O objetivo do Mobralagora é descentralizar ca-da vez mais suas decisões,para que em cada Estado,em cada município, oscoordenadores do Mobralimplementem a educaçãomais necessária à comuni-dade. De acordo com Cláu-dio Monteiro, a meta prio-ritária do Mobral é mobili-zar a população para o tra-balho, a flm de que os pro-blemas da comunidade se-Jam resolvidos.

Em 1982, o Mobral pre-tende incentivar o traba-lho dos conselhos comuni-tários, dos grupos de açãolocal e. principalmente,das conússões municipais.'Essas comissões formadaspor membros da comuni-dade atuam em conjuntocom a Prefeitura e este tra-balho, diz Cláudio Montei-ro, será fundamental parao Mobral.

— O Govemo federal es-tá inteiramente convenci-do de que a solução paraos problemas do Brasil es-tá nos municípios — afir-mou o presidente do Mo-bral.

O principal problema doMobral ano passado — de-ve ser também este ano —foi a falta de recursos hu-manos nas cidades meno-res e mais carentes, alémdas poucas verbas. Cláu-dio Monteiro explicou queé difícil recrutar pessoascapazes de servirem demonitores nas comunlda-des multo pobres e "impor-tar educadores de outrasregiões normalmente nãodá bons resultados".

umidade náo pode ultrapassar 15%, admltin-do um máximo de 2% para o índice de mate-rias estranhas e impurezas encontradas noproduto.

Procurador vaiao STF contraemenda gaúcha

Brasília — O Procurador-Geral da Repú-blica, Inocèncio Mártires Coelho, argülu noSupremo Tribunal Federal a inconstituciona-lidade da Emenda Constitucional 17/80, pro-mulgada pela Assembléia Legislativa do RioGrande do Sul, a quai determinou que "aprimeira investidura em cargo público depen-dera de aprovação prévia em concurso públi-co de provas, ou de provas e títulos, salvo oscasos indicados em iei". A argulçâo foi ofere-cida a pedido do Governador gaúcho, Amaralde Sousa, para quem "tal emenda padece deInsanável incompatibilidade com os preceitosda Constituição da República, tanto do pon-to-de-vista formal como material", motivopelo qual sua representação deverá ser levadaao crivo do Supremo Tribunal Federal.

SERVIÇOSEXTA-FEIRA CADERNO B

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JORNAL DO BRASIL

JORNAL DO BRASIL D terça-feira, 5/1/82 D Io Caderno NACIONAL — 9

Desastresmatam 13 emSão Paulo

Sio Paulo — A Policia Rodo-viária Federal revelou, ontem,que 13 pessoas morreram emdesastres automobilísticos nasrodovias federais, no períodode 30 cie dezembro no dia 3.Houv* 47 acidentes com 76 vl-Umas e 35 com danos mate-riais. Nos desastres com vltl-mas. 13 pessoas morreram noslocais, 24 foram hospitalizadasem estado grave e 30 recebe-ram escoriações. A Via Dutrafoi a estrada mais perigosa,com 29 acidentes. A PoUciaRodoviária Estadual uutuou 6mil 172 veículos por infraçõesdiversas, dos quais 2 mil 849por excesso de velocidade. Nasestradas estaduais, houve 306acidentes com 4 mil 809 veleu-los, com 382 vitimas: 273 feri-dos levemente, 94 gravementee 15 mortos (seis por atropela-mento e nove nos veículos).

Ladrõesassaltamchurrascaria

Quatro assaltantes armadosInvadiram a ChurrascariaGaúcha, na Rua das Laranjel-ras, 114, dominaram cerca de10 fregueses e os empregados,espancaram o gerente JoséCorredora para que abrisse ocofre e roubaram a féria. Osclientes flearam sem dinheiroe sem Jõlas. Alguns foram pre-sos nos banheiros, enquantoera feito o saque. A policia foichamada e chegou cerca de 15minutos apôs a salda do gru-po. Do cofre, foram roubadosCrí 120 mil; e da caixa, eleslevaram Crt 526 mil, além dasJóias. O gerente e o garçomFrancisco Moacir de Sousa,também espancado, foram me-cucados no Hospital SousaAguiar. Os dois foram os úni-cos que estiveram na 9" DPpara registrar queixa.

Presosfogem emSão Gonçalo

São Gonçalo — Cinco presosfugiram, ontem de madruga-da, do xadrez n° 7 da 72» DP,no Centro. Eles serraram duasgrades e pularam o muro nosfundos da delegacia. No soba-do, o detetive Enl Vieira soubeque os presos estavam comuma serra. Foi feita uma visto-ria, mas os policiais nada en-contraram. Os fugitivos sâo as-saltantes e estavam à disposi-çáo da Justiça: Arlindo Bertode Brito Filho, Adálton da SU-va, Pedro Américo Esteves, Jo-sé Carlos dos Santos e CarlosAlberto Azevedo Ribeiro. Atéontem à noite, nenhum deleshavia sido recapturado.

Marido éacusado dematar mulher

Porto Alegre — O delegadode Nova Petrópolis, GeraldoWerle, protocolou, no Foro deCaxias do Sul, o inquérito so-bre a morte de Ivone Leldens,Indiciando o marido dela, orepresentante comercial Arlln-do Leidens, por homicídio qua-llficado. Segundo a poUcia, eleforjou um assalto para matar amulher e Incendiar o carro, Jo-gando-o num barranco, ondefoi encontrado uma semanadepois. O mais comentado cri-me no Rio Orande do Sul noano passado ocorreu no dia 24de outubro, em Nova Petrôpo-Us, quando o casal Iria passar asegunda lua-de-mel em Gra-mado. ArUndo alegou ter sofri-do um assalto de quatro desço-nhecidos, que levaram a mu-lher e o carro. Ivone foi mortacom pancadas no crôrüo e nascostas, e_>l.lkii^ulada c quei—mada. Ela tinha seguros novalor de Crt 54 milhões.

Ex-vereadorconfirmacorrupção

Sào Paulo — O ex-VereadorRoberto Ferreira confirmou,ontem, no DOPS de Santos, asacusações de corrupçáo aoPrefeito de Cubatão. CarlosFrederico Soares de Campos, aalguns funcionários munici-pais e a sete vereadores doPDS, diante de vários dosacusados.

Na presença do presidentedo inquérito, José Husemann,Roberto Ferreira repetiu quehavia um caixa 2 na Prefeltu-ra. com verbas de comissãopagas por três empreiteiras,cujo dinheiro era dividido peloprefeito entre os funcionários evereadores.CONFESSOU

Propôs, ainda, uma conversadirpta entre ele e os acusados,mas estes se negaram, alegan-do que sâo Inocentes e Jâ sepronunciaram nos depolmen-tos. O Inquérito deverá ficarpronto até o dia 10, quandoserü arquivado por falta deprovas ou encaminhado aoJuiz da 1' Vara de Cubatão,com denúncia de corrupção atodos os envolvidos. Nesse ca-so, o Juiz poderá determinar oafastamento do prefeito e dosvereadores pelo prazo de 90dias.

Para o Prefeito Carlos Fre-derico Soares de Campos, "oque estáo fazendo é uma tra-ma política contra o PDS, masvou provar que sou inocente,permanecendo no cargo até ofinal, a menos que seja afasta-do por decisáo Judicial".

Roberto Ferreira, que seconfessou participante da cor-rupção, esclareceu que decidiudenunciar tudo "depois que,como lider do Partido na Cá-mara, o prefeito me encarre-gou de distribuir o dinheiroentre os outros vereadores e

, me indispus contra ele".

;w Campa*, RJrtsdrai Pwtlra

Parentes, amigos e colegas de escola exigem que a morte de Simone seja esclarecida

Juizes de 15 cidadespara combater tóxicosimpõem horário a menor

Sáo Paulo — Medo do aumento indiscriminado douso dos tóxicos. Essa é a principal alegação de juizesde menores de 15 cidades do Vale do Paraíba queestabeleceram desde o dia 12 um verdadeiro toque derecolher às 23h para menores de 18 anos, que nâo sóestáo impedidos de sair às ruas, como, também, defreqüentar clubes, boates e lanchonetes desacompa-nhados.

O Prefeito de São José dos Campos, maior cidadeda região, Sr Joaquim Bevllacqua, acredita que osJuizes estão bem Intencionados, mas que a medidaserá ineficaz, "pois não existem recursos para cumpri-ia e, principalmente, porque o que se deve combatersâo as causas e náo os efeitos da disseminação do usode tóxicos pelos Jovens".

PolêmicaA medida promulgada pelos Juizes das 15 cidades

criou polêmica nas três maiores — São José, Taubatée Jacareí — onde os Jovens protestam contra ela. Oestudante José Augusto Sousa, do Colégio OlavoBUac, de 16 anos, afirmou que "estão querendo tirar aliberdade dos jovens por um crime que eles nàocometeram. Acho que eles deveriam prender os trafi-cantes e náo aprisionar os Jovens dentro de casa,como se os tóxicos fossem distribuídos livrementepelas ruas".

O documento que proibe os menores de 18 anos desaírem às ruas tem duas laudas com cinco Itens, nasquais os juúzes explicam que "a permanência dejovens nesses locais — clubes, lanchonetes, boates ecasas de jogos eletrônicos — faz com eles se tornemvitimas de exploradores, traficantes e desocupadosda noite".

Os juizes ressaltam no documento "o elevadonúmero de casos de menores surpreendidos fumandomaconha, cheirando cola de sapateiro ou promoven-do desordens, na maior parte da cidade, quando asruas estão desertas e com menor policiamento". Apusdivulgar a portaria pelos jornais das cidades atingidaspela medida, os Juizes tém se negado sistematicamen-te a dar entrevistas, alegando que suas Justificativasestão publicadas e não necessitam de maiores explí-cações.

Dona-de-casa, residente na Vlsta Verde, em SàoJosé dos Campos e màe de três filhos menores de 18anos, Lúcia Cardoso afirmou que "a decisão é umabsurdo, pois tentar resolver o problema dos tóxicospunindo os jovens, prendendo-os dentro de casa, vaiapenas levá-los a aprender que, no Brasil, as leis sàofeitas para serem desobedecidas, pois fogem da reali-dade". Ela acha que cada pai deve dar educação eInformação aos filhos, para que eles saibam evitar osriscos que correm, "pois não adianta encastelá-los e,depois, soltá-los às feras, pois nào terào também amenor chance de se defender, mesmo com 18 anos".

A opinião unânime dos jovens de São José dosCampos, Taubaté e Jacarei é que a portaria é repressi-

~ "vaTpTimitiva-e qué vai gerar um grande descontenta-

mpnto. Outro estudante. José Ribeiro, de 17 anos, quetrabalha no comércio de São José dos Campos, expli-cou que todas as noites, depois de sair da escola, fazum lanche antes de pegar o ônibus para o bairro emque mora.

Será que, agora, estou proibido também de mealimentar? — indagou.

DesesperoO Prefeito Joaquim Bevllacqua acredita que a

medida foi tomada "pelo desespero dos Juizes demenores em face do aumento do uso de tóxicos e dafalta de condições para coibir o tráfico", mas acen-tuou que dificilmente ela poderá ser cumprida em SãoJosé dos Campos, por falta de condições materiais.

O Comissariado de Menores possui apenas umaviatura, já em estado precário, e funciona com gasoli-na doada pela Prefeitura, não tendo, pois, condiçõesde fiscalizar o cumprimento da lei — esclareceu.

MINISTÉRIO DA SAÚDE

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZCOMISSÃO GERAL DE LICITAÇÕES

TOMADA DE PREÇOS N" 001/82 — CLEEDITAL N° 001/82

AVISO

A Comissão Geral de Licitações da FUNDAÇÃO OSWAL-DO CRUZ, torna publico, para conhecimento dos interessados,que no dia 21 de janeiro de 1982, às 14,00 horas, receberápropostas para seleção de empresa que executará os serviçosde condicionamento de ar no Setor de Produçáo de VacinasContra Sarampo e Unidade Piloto de Poliomielite, no PavilhãoRocha Lima, 2o pavimento, Campus da FIOCRUZ.

Poderão participar da licitação, empresas com Capitalmínimo integralizado de CrS 6 000.000,00 (SEIS MILHÕES DECRUZEIROS).

O Edital poderá ser adquirido pelos interessados ao preçode CrS 10.000,00 (DEZ MIL CRUZEIROS), na sala da Comissão,no horário de 8.30 às 11,00 e das 13.00 às 16,00 horas, situadano 2o andar do Pavilhão Figueiredo Vasconcelos, à Av. Brasil. n°4365 — Manguinhos — RJ.

Rio de Janeiro. 04 de janeiro de 1982RONALDO CÉSAR M. DE LIMA

Secretário da C G (P

ESPECIALJORNAL DO BRASIL

_-,'' DOMINGO .¦)"

Simone é enterrada pelospais em Campos e polícianão acha suspeitos no Rio

Com meia hora de antecipação, para evitarcuriosos, foi enterrada ontem no Cemitério do Caju,em Campos, a menina Simone Paes Aguiar, de 15anos, que teria sido jogada de um apartamento emCopacabana na madrugada do dia 31. No Rio, apolícia não localizou os suspeitos da morte, MarcosAndré de Almeida Cunha e Andecir Martins.

Ricos fazendeiros em Campos, os pais FranciscoJosé Crespo Aguiar e Mariana Paes Aguiar nào flze-ram declarações. Toda a família, amigos e colegas deSimone no Centro Educacional Nossa Senhora Auxi-liadora mostravam-se bastante revoltados com ascircunstâncias da morte. Simone caiu, ou foi atirada,do 10° andar da Rua Bolívar 162, em Copacabana,apartamento de Fernando José de Carvalho.RELAXAMENTO

Fernando foi preso em tia-grante e seu advogado, JoáoCarlos Austregêsilo de Athal-de, entrou ontem com petiçãono Tribunal do Júri pedindo orelaxamento porque, de açor-do com a petição, "a rigor,antes de Indiciar qualquer pes-soa, a autoridade policial temobrigação de saber se houvecrime ou nào".

Segundo o advogado, atéagora a polícia não sabe sehouve homicídio ou suicídio,"o que será possível quandochegar a perícia ou ou examede necrópsla". Ele se baseia naLei 6 416 dc 1977 do Código deProcesso Penal, que prevê re-laxamento da prisão em tia-grante.

O advogado da família. IvãSerra Peçanha. Irã instaurarprocesso para apurar a corrup-çào de menores em Campos.Simone desapareceu no dia 27,de sua casa, possivelmente ali-ciada para "desfilar para butl-ques cariocas", por MarcosAndré e Andecir.

Delegado abre inquéritosobre a morte da meninaenvenenada por comer patê' O delegado Amil Rechaid, da 59a DP, em Duquede Caxias, determinou, ontem, a abertura de inquéri-io para apurar a responsabilidade pela morte da

• jovem Edilãnea Leal Pinto, de 16 anos, e o envenena-mento do irmão dela, Ronaldo Leal Pinto, de 13 anos,intoxicados por comerem patè de galinha da Sadiaem embalagem plástica.Q eorpe Hn gnuftnpn pr.tP.rqdo no Cemitério deIrajá, poderá ser exumado ainda esta semana, segun-do admitiu o delegado substituto da 38a DP, Celsodos Reis Ançã. Informou que a providência dependedo pedido feito nesse sentido pelo titular da delegaciapolicial de Duque de Caxias.

tar ao diretor da Casa de Saú-de Nossa Senhora de Lourdes,Sr Herdy Cunha, que compare-

Tios da mentna, Rômulo Sl-queira Vllarinho e Tadeu deAzevedo Paes, que fizeram oreconhecimento do corpo, dis-seram que ela era uma boamoça, estimada na cidade edesconheciam um possível en-volvimento com tóxicos. Elesacreditam que ela tenha sidoroubada, estruprada e assassi-nada. Ao fugir de casa, Simonelevou dinheiro e Jõlas e diasdepois passou um telegramadizendo que estava "tudobem".

Marcos André não foi encon-trado em nenhum de seus doisendereços: Rua Belfort Roxo361402, em Copacabana, eRua Conselheiro José Fernan-des 72. em Cíimpos. No traba-lho. na corretora Tamoio, naPraça 15, deixou aviso de queiria viajar. Andecir tambémnào foi localizada na sua casa,na Rua Mariana Barreto 68.em Campos. O delegado Wal-ter Cavaldã. da 12" DP, disseque espera prende-los breve-mente.

EXUMAÇÀOAo encaminhar oflclo, on-

tem. à 38» DP, clrcunscrlçàopolicial onde se encontra o ce-miterio onde Edilãnea foi se-pultada. o delegado Amil NeyRechaid solicitou que sejacientificado da data e hora daexumaçâo, tendo em vista quepretende assisti-la. Até a tardede ontem, o oficio solicitando aexuniaçáo não havia chegadoâ 38" DP.

Ao determinar a abertura deInquérito, o titular da 59" DPdeterminou a expedição de vã-rios oflclos, um dos quais àSadia, empresa fabricante dopatè, pedindo a apresentação,na delegacia, das notas de ven-da do produto nos meses denovembro e dezembro, lnclusl-ve as referentes à venda à Otl-cas Brasil, bem como a ldentl-ficação do caminhão que fez aentrega dos mesmos à empre-sa. Em outro ofício, endereça-do âs Óticas Brasil, em Duquede Caxias, a autoridade pediua apresentação dos funciona-rios que prepararam as cestasde Natal distribuídas aos fun-cionários, a Qm de prestaremidepoimentos.

Outra providência do dele-gado Amil Rechaid foi sollcl-

Seqüestrador mata filho decomerciante em São Paulo

Sâo Paulo — Pedro Shlromoto, de 23anos, fllho de um dos principais comer-dantes de Campos de Jordão, proprie-tário do Supermercado Campineira, foiencontrado morto ontem de manhã, de-pois de ter sido seqüestrado por umamigo, Pedro Gimenez Santos, no do-mingo, às 23h. Gimenez pediu a Shlro-moto e ao seu primo, Suyoschl Takaha-chi, que fossem socorrer um amigo co-mum que estaria sem gasolina na rodo-via SP-123, que liga Campos de Jordão àVia Dutra.

Os três Jovens tomaram o caminhopara Santo Antônio do Pinhal, alcan-çando a rodovia SP-50. Próximo ao en-troncamento, Gimenez pediu a Shlro-moto que acendesse a luz Interior docarro. Puxou o revólver e disse ser umassalto. Em seguida, trancou Takahashino porta-malas do Voyage, cor preta,chapa XJ-4270, pertencente ao pai dePedro.

DepoimentoSegundo o depoimento de Takahas-

chi, prestado na tarde de ontem naDelegacia de Campos de Jordão, o carrovoltou a parar alguns quilômetrosadiante. No Interior do porta-malas eleouviu três tiros e, em seguida, com oveículo em movimento, pediu que sal-tasse e fosse para a beira da estrada,ficando em frente a um precipício.

Takahaschl disse que viu, nesse mo-mento, a oportunidade de fugir e roloupela ribanceira, machucando o ombro eo rosto. Contou que ainda ouviu um tiroe o barulho do carro arrancando comvelocidade. Foi socorrido e levado àcidade por moradores do local. Prova-velmente, de acordo com o DelegadoLuis Gil Ambrogia, de Campos de Jor-dão, Pedro Gimenez foi ajudado poroutra pessoa.

O pai do rapaz assassinado, LuisShlromoto, recebeu na madrugada deontem, à uma hora, um telefonema a

Álbum à» Família

çam à delegacia os médicosque atenderam a menina Edi-lánea e o que assinou o atesta-do de óbito autorizando o se-pultamento. Solicitou, tam-bém, ao Instituto OsvaldoCruz, o laudo do patè ali exa-minado.

Ronaldo Leal Pinto perma-nece Internado na Casa deSaúde Santa Rita de Cássia,no quarto 204, em cuja portapermanecem dois soldados do15° Batalhão da Polícia Mili-tar. Ele foi removido, hã dias,do Centro de Tratamento In-tensivo, onde ficou mais deuma semana, vítima de botu-lismo, por ter comido o patèenvenenado.

O médico Álvaro Aguiar Jú-nior, diretor da casa de saúde.Informou que o pai do menor,Sr Otamlr Pessanha Pinto, ovisitou ontem, ocasião em quedeclarou que Irã transferir ofllho para outro estabeleci-mento, para evitar o assédioda imprensa. O médico decla-rou que Ronaldo passa bem,mas continua com problemade visão, necessitando acom-panhamento neurológico.

PUC/821° Lugar: Administração —Antônio Henrique Pinto Tor-res Duarte

COLÉGIO PRINCESAISABEL

INSTITUTO GUANABARA

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CASA£^***<V QUINTA-FEIRA

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cobrar. O Interlocutor, que se apresen-tou como um policial rodoviário, disseter encontrado o carro de seu fllho comum quilo de maconha, na cidade deParalsôpolls, no Estado de Minas Ge-rais. Mela hora depois, a mesma pessoadeu um novo telefonema afirmando náoter como resolver o caso de Pedro Shlro-moto. Pediu que ele aguardasse maisum Instante, pois Iria falar com o seuchefe para ver se existia alguma posslbl-lidade de solucionar o flagrante. Voltouao telefone e pediu Cr$ 680 mil. Marcouo encontro num trevo da estrada paraParisópolls.

ResgateLuis Shlromoto avisou que náo tinha

toda a Importância em dinheiro e quelevaria parte dela em cheque. No lugarcombinado, Shlromoto deu diversasvoltas até ser abordado por um homemde cor branca, cabelos grisalhos, aproxi-madamente lm60, e portando um revól-ver calibre 38. Perguntou se havia maisalguém no carro e pediu ao pai do rapazque acendesse as luzes internas. Nessemomento o homem se assustou com osfaróis de um carro que cruzou a estradaem sentido contrário (direção Itajubâ—Sáo Bento), e correu para o mato sempegar o dinheiro.

Shiromoto, pensando tratar-se deum assalto, foi até a Delegacia de Parai-sópolis para apresentar queixa. Os poli-ciais deram uma batida na área, masnada encontraram. O corpo-de PedroShiromoto foi encontrado próximo aotrevo de acesso a Sâo Bento de Sapucaí,com três tiros (todos à queima-roupa):no crânio, no braço e no tórax. O prova-vel assassino, Pedro Gimenez, que faziatrabalhos de escultura e é bastante co-nhecido na cidade, ainda não foi encon-trado. Nem tão pouco o Voyage de LuizScharomoto. A polícia acredita que eletenha fugido para a região de Jundiai,em São Paulo, onde mora sua màe.

Sôo Paulo/AriovaUo ríos Santos

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Gimenez dos Santos, o seques-trador, está foragido

Takahachi, primo de Shiromoto,conseguiu escapar

Igreja doa dois hectaresaos invasores em Ilhéus

Salvador — O Bispo de Ilhéus, DomValfredo Teppe, cedeu uma area daIgreja de 2 hectares, no bairro do Altoda Tapera, para acomodar cerca de 150famílias que invadiram o terreno hácerca de um mès. Dom Valfredo, depoisde uma reunião com o Prefeito AntônioOlímpio, pediu a urbanização da áreapara evitar atritos e a comercializaçãoilegal da terra.

Segundo o Secretário de Administra-çáo Paulo Machado, "a Prefeitura jâcomeçou o cadastramento das 150 fami-lias invasoras para orientar e distribuirli.tn" Fnl rl"n"ri"lgHr.ppinSporetârloocomércio ilegal de terras na periferia deIlhéus. Segundo ele, hã um grupo delíderes dos invasores que invade a terra,demarca e vende até por Cr$ 20 mil.

O Prefeito Antônio Olímpio (PMDB)atribui "o surto de invasões ao êxodo

rural desenfreado, fazendo o homem docampo buscar ilusórios benefícios nacidade". Disse ainda que o Poder Públi-co de todos os níveis enfrenta este pro-blema e que isso é "defeito da estruturasocial e econômica do Govemo". "O

problema nào se restringe a Ilhéus",prosseguiu,

"porque é de ordem nacio-nal a crise de habitação."

Outra área invadida em Ilhéus foi nobairro de Barreiras, vizinho ao aeropor-to, onde cerca de 1 mil famílias toma-ram 23 hectares há seis meses e jáconstruíram casas. O terreno, segundoInformações do Secretário Paulo Ma-chado, ê de propriedade particular, e aPrefeitura nada pode fazer para expul-sar os invasores. Machado acrescentouque foi Invadida a área destinada àconstrução do Centro Administrativode Ilhéus e da Fundação Kaufmann.

Bispo acusa polícia em MinasBelo Horizonte — Por considerar que está

havendo "omissão das autoridades mineiras.Já que os envolvidos são da polícia", o Bispo-Auxiliar de Itabira. Dom Lélis Lara. coorde-nador da Pastoral da Terra em Minas, enca-minhou ontem à assessoria Jurídica da enti-dade documentação sobre o assassinio dedois sitiantes em Braúnas, a 403km destaCapital. As vitimas estiveram envolvidas emdisputa de terras com o fazendeiro GU VieiraTerra, no flnal de 1980.

Segundo Dom Lélis. cs assassinos conti-nuam impunes. "Gostaria que tudo fosse apu-rado e divulgado o resultado do inquérito.Estamos perplexos, sem uma resposta. Precl-samos de uma definição, pois afinal onde fleaa Justiça nisto?", perguntou o Bispo, quecomparou o caso ao da bomba do Riocentro.

Capangas e bombasDisse que, em agosto de 1979, Gil Vieira

Terra, acompanhado de policiais e capangasarmados, Invadiu a propriedade do sitianteAvelino Pereira Guimarães e de seu fllhoAdelino, "espancando Indistintamente ho-mens, mulheres e crianças". O fazendeiropleiteava a propriedade de uma gleba deterra, enquanto o sitiante a reclamava comoherança de seus avós. Através do advogadoAntônio Moacir Jeunon, Avelino Guimarãesentrara com ação de reintegração de posse naJustiça.

Dom Lélis aflrma que no dia 6 de outubrode 1980 surgiram na casa de Adelino cincopoliciais à paisana, um oficial de Justiça e umempregado do fazendeiro GU Terra. "Adelinoestava no campo, fazendo aceiro. Quando viuos homens no meio da bolada, conseguiuchegar ã casa antes deles, que começaram

logo a atirar. Adelino reagiu aos tiros e acer-tou dois policiais, um deles morreu maistarde."

De acordo com o Bispo-AuxUiar de Itabi-ra, no dia seguinte, cerca de 60 poUciais,vindos de Guanhàes. Ipatinga e outras cida-des, armados de metralhadoras, fuzis, revól-veres, bombas explosivas e gâs lacrimogêneo,"começaram um verdadeiro bombardeio àresidência, onde se encontravam a esposa deAvelino. D Otãvia, a de Adelino, D Maria dasGraças, e seis netos do sitiante, todos meno-res de 10 anos".

Os homens assassinaram Avelino com ti-ros de fuzü e praticaram "atos desumanos,barbaridades e crueldade contra sua famlUa",segundo o Bispo. Aflrma que os policiaissaquearam a casa, levando ferramentas delavoura, dinheiro e armas, e ainda incendia-ram colchões e roupas.

Quanto ao fllho de Avelino Guimarães —Adelino — D Lélis disse que a mesma guaml-çáo capturou-o uma semana mais tarde, nacasa de um vizinho. José Pedro de SouzaLage, cuja casa também foi depredada e sa-queada. Afirmou que os policiais algemaramAdeUno e o conduziram para Itabira, "ondeteria se suicidado, mas sabemos que. na ver-dade, ele foi esquartejado pela polícia".

O Bispo continua pedindo providênciaspara apurar a morte do sitiante e do seu fllho,além dos prejuízos causados às duas famílias,apesar de o Secretário de Segurança Pública,Amando Amaral, ter lhe Informado que oInquérito sobre a morte de Adelino Guima-ráes foi encaminhado à Comarca de Itabira. eque outro foi instaurado, presidido inicial-mente pelo Capitão Expedito Antônio Almei-da. para apurar as violências contra o fllho deAvelino.

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TURISMOQUARTA-FEIRA

CADERNO B JORNAL DO BRASIL 1—¥ \jjfh' ~ " ' * ¦—

JORNAL DO BRASIL ZiraldoDirelon Bernard da Coita CampoiUlreton J. A. do Nascimento Brito

Direlora-Preildentei Condena Pereira CarneiroVlce-1'reiidente Executivo! M. F. do Nascimento Brito

Direlon Walter FontouraEditori Paulo Henrique Amorim

Normas SoterradasA falta de objetividade chega a mudar o

sentido dos fatos: quando sc diz que as chuvasderrubaram casas, a rigor falta-se à verdade. Asconstruções desmoronam por absoluta ausênciade segurança. Em primeiro lugar é preciso distin-guir: não são casas que caem, mas barracõesconstruídos com técnica e material precários.

0 novo ano registrou, logo no primeiro dia,uma persistente e prolongada chuva destituída deimpacto. Os bombeiros saíram nada menos de 92

.vezes na primeira chuva de 82, mas não haviaqualquer surpresa: o Serviço de Meteorologiapreviu c anunciou com antecedência que iriachover. A previsão também não foi a manifesta-ção de qualquer dom. Nesta época do ano aschuvas Hão uma ocorrência normal.

E preciso, portanto, evitar as formas equi-vocadas, que procuram retirar a carga dc respon-sabilidade da administração pública e transferi-lapara as chuvas, quando um barracão desaba eseus moradores morrem. A culpa localiza-se naadministração pública, que dispõe de critérios einstrumentos para exigir uma segurança mínima,capaz de resistir a chuvas de rotina. A fase atualprecede à tomada de responsabilidade, que apopulação terá de assumir para cobrar da admi-nistração municipal.

Toda vez que um barracão desaba porinsuficiência estrutural, há uma responsabilidadeque fica soterrada. No entanto, pelo menosatravés da licença para a construção, é possívelchegar ao primeiro responsável. Não procede aalegação de que barracos desobedecem às normaselementares de segurança porque são construçõesclandestinas. Tanto pior para os administradoresque, em nome de uma vaga noção do que sejasocial, fecham os olhos da fiscalização ao perma-nente surto de moradias clandestinas. Há errosantes e depois. Antes por omissão fiscalizadora.Depois, por paternalismo que dilui a omissãooficial mas agride a sociedade.

A conseqüência é inacreditável: toda vezque vem abaixo um barracão que burlou os

normas técnicas c a fiscalização, a administraçãopública ne propõe a ressarcir a vítima mediante atransferência da condição de vítima para o con-tribuinte, que acaba arcando com o custo adi-cional.

Não há mais convivência possível entre aCidade do Rio de Janeiro e as favelas: asadministrações fingem que não estão vendo amultiplicação de construções ilegais. Mas assimque chove toda a área vizinha das favelas éinvadida pelos detritos. Se a chuva persiste, osdesmoronamentos libertam um paternalismo so-ciai pernicioso. A sociedade é chamada a pagar asdespesas de reconstrução: onde havia um barracoclandestino passa a haver uma casa.

As favelas podem acubar um dia, se desdejá for detida a iniciativa de construí-las. Acapacidade de impedir o aparecimento de novosbarracões clandestinos é privativa do PoderPúblico. Trata-se de uma capacidade ociosa,porque não é exercida. A fiscalização não existe.O controle nem sequer é remoto. Para que asfavelas deixem de crescer primeiro, c em seguidaretrocedam na área que já incorporaram, seriaindispensável que a sociedade pressionasse aPrefeitura. Se a fiscalização municipal fossecapaz de exercer o controle sobre os morros doRio, mais de metade do problema já estaria sobcontrole.

Mas, não: é o oposto. As favelas aparecem eprosperam de cima para baixo. O dado maisalarmante não é fornecido pela chuva nem pelaestatística de desabamentos. O contribuinte mu-nicipal não conseguirá conciliar o sono se atentarpara o que poderá ser em breve esta Cidade doRio de Janeiro, com a marcha de favelização. Umdia se inverterá a proporção e a parcela urbani-zada, que paga impostos e tira licença paraconstruir, terá a incumbência legal de fornecerrecursos suficientes apenas para reconstruir aparcela que desmorona e se reconstrói à margemda lei e da fiscalização.

Dois VestibularesA mística do vestibular continua viva, ape-

sar de alguns arranhões. É difícil ficar insensívelà aventura de dezenas de milhares de jovens quevão para essas provas como quem joga o própriodestino — e tanto mais difícil quanto por trásdesses jovens estão praticamente todas as famíliasbrasileiras dc classe média ou alta.

Essa pressão do vestibular será uni resquí-cio dos velhos ritos de iniciação, que transforma-vam o adolescente em adulto nas sociedadesprimitivas. 0 jovem sente a força desse primeiroteste. 0 pai também sente e contribui para apressão emocional.

Por esse caminho, como se sabe, conseguiu-Be apenas virar a educação brasileira de pernaspara baixo. O vestibular transformou-se no pontode referência absoluto do sistema educacionalbrasileiro. Não fazer vestibular, cu não passar novestibular, eqüivalia a receber diploma de burro;e assim o mecanismo ia sendo realimentado.

Quando a antiga UNE falava em "democrá-tização do ensino", ficava implícito que isto sereferia a novas vagas na Universidade. Ninguémparava para pensar na base da pirâmide — umabase que, às vezes, parecia menor do que o topo.

Se a pré-escola sc torna, de repente, umaprioridade para o MEC, pedra de toque daprogramação de 82, isto não se deve à UNE, nemàs esquerdas brasileiras: o próprio sistema, exa-minando as suas mazelas, verificou que havia

-algo-de errado numa evasão escolar que chegavaa 50% na primeira série do primeiro grau.

Se metade dos alunos abandona a escolalogo no primeiro ano de estudos, perdidas estãoas esperanças de que este deixe de ser um país deanalfabetos. E se esse abandono não é questão deopção (como poderia ser?), mas conseqüêncianatural de deficiências biológicas, intelectuais,sociais, como falar em democratização do ensinosem tornar um pouco mais acessível a pré-escola,até agora terreno quase exclusivo da iniciativaprivada?

Um ou dois anos de pré-escola podemdecidir o destino escolar de uma criança; até pelosimples fato de que, freqüentando a pré-escolaoficial, essa criança come pelo menos uma vez pordia. Mas até agora não tinha havido dramatiza-ção (em termos de ensino) dessa faixa pedagógica— embora se saiba que nela reside, afinal, overdadeiro vestibular.

O MEC e os sistemas estaduais de ensinoacordaram para essa realidade. Ela vai marcar oano que se inicia — mesmo dentro do quadrotradicional da escassez de verbas.

O ano ficará marcado, também, pelo fim doensino profissionalizante obrigatório em todas asescolas de segundo grau — o que era outro traçode irrealismo na educação brasileira. E umaterceira notícia positiva, nessa virada de ano, é ainformação de que o MEC conseguiu terminaruma longamente esperada reforma administrati-va; que ainda não se sabe se foi até onde devia terido. Mas que com certeza é melhor do que coisaalguma, tratando-se do MEC.

Quanto ao vestibular, pode-se apenas dese-jar que ele comece a voltar a proporções razoa-veis. Não deixará, nunca, de ser um grandeacontecimento. Ainda há muito status ligado a umtítulo universitário para que isto seja possível. Estatus à parte, a Universidade continua a ser umdado inegável de qualificação pessoal e profissio-nal. Mas o mito do vestibular gerou uni corolário:o de que todos devem tentar (e um dia conseguir)entrar para a Universidade. Nesse quadro, au-mentar o número de vagas passou a ser algo muitomais importante do que melhorar (ou ao menosconservar) a qualidade do ensino.

No vestibular que começou domingo, o temade redação escolhido pelo Cesgranrio foi A In-fluência da Televisão no Comportamento dasPessoas. A maior parte dos candidatos, como severificou, simplesmente não entendeu do que setratava, discorrendo, por exemplo, sobre os seusprogramas favoritos. Este é um equívoco menorse comparado com o grande equívoco para o qualo país parece, pelo menos, estar despertando.

TópicosUm Aniversário

O aniversário do Sr Luis CarlosPrestes reuniu 500 pessoas em torno develhas Idéias políticas. Acabou sendomenos uma festa pessoal para tentarser um ato político. Nào pelas pessoasque compareceram, evidentementeIdentificadas com as Idéias do anlver-sarlante, mas pelo que se disse nareunião.

Os 84 anos do Sr Prestes servirampara mostrar que, pelo menos em rela-çâo ao golpe militar na Polônia, nâo háqualquer discrepância entre ele e ocomitê central do PCB. O antigo e oatual secretârio-geral do PCB fizeramdeclarações públicas de que concor-dam com a solução militar das dlflcul-dades polonesas: Isto é, com a elimina-ção da liberdade sindical e política dedivergir.

Para o Sr Luís Carlos Prestes, o quehouve na Polônia não foi propriamenteum golpe militar, mas sim a iniciativade defender o socialismo. O regimepolonês acabou sendo defendido, atanques e metialhadoras, contra osoperários que sao, pelo menos em tese,a razão de sei ao sistema econômico epolítico. Quando o perigo advéíít riossupostos beneficiários e ooique o _«gl-me se subverteu por completo.

A fórmula do aniversariante se re-sume no seguinte raciocínio: o povo e oGoverno da Polônia, com a ajuda daUnião Soviética, vão resolvei seus pio-

blemas. Ora, os problemas polonesesforam criados pelo Governo e pelo regi»me econômico — e por falta de soluçãopolítica adequada. O Governo comu-nista polonês cevou-se na corrupção. Aajuda da União Soviética foi a ameaçade Intervenção. Diante do descalabrodo Governo polonês, a ameaça de ln-tervlr gerou o golpe militar para salvaro regime sem salvar as aparências.Quem nào tem nada a ver com o pro-blema ê a população polonesa. Mas,quando ia assumindo seu próprio des-tino, velo o golpe.

O PCB excluiu o Sr Luís CarlosPrestes da secretaria-geral, mas nâotem como impedir que ele se manifester.os termos do pensamento oficial ado-tado pelo comitê central. Portanto,continuam de acordo no essencial —ou seja, na necessidade de restringir aliberdade sindical e política: na Polo-nla ou em qualquer parte do mundoonde a incompatibilidade política domarxismo com a liberdade esteja sen-do demonstrada na prática.

Uma AscensãoQuando substituiu Gamai Abdel

Nasser como Presidente do Egito, An-war Sadat era uma figura apagada,simples 'número dols" do flamanteRuis. Sabe-se até onde chegou o "nú-mero dols". Pelo menos as primeirasetapas de um processo parecido estão-se esboçando no Egito pós-Sadat: o"numero dols". que é o atual Presiden-

te Hosni Mubarak, não sô conseguiuatravessar com sangue-frio o climaquase pânico que se seguiu ao assassl-nato de Sadat, como, em menos tempodo que se poderia esperar, começa amarcar a sua Identidade com relaçãoao regime anterior. Nesse quadro secoloca a campanha anticorrupçáo quearrolou para Investigações a própriaviúva de Sadat, de quem se pede agorauma minuciosa declaração de bens.Mubarak recusou-se a utilizar um sódos 27 palácios governamentais erigi-dos por Sadat em todo o Egito. Emandou demolir a residência que Sa-dat mandara construir perto das Plrâ-mldes, sob o pretexto de que ela pode-ria prejudicar a visão dos extraordlná-rios monumentos.

O Presidente egípcio nâo tem revê-lado, entretanto, apenas Instintos de-molldores. Jâ conseguiu aproximaçõessurpreendentes até mesmo com a Ir-mandade Muçulmana, entidade radi-cal que pretendia derrubar Sadat paratransformar o Egito num novo Irá. Eobteve esses avanços políticos semcomprometer a sua reputação de mo-dciado. No quadro do Oriente Médiode hoje, esses fatos sáo como um pre-sente de flm de ano a Israel e aoOcidente: Mubarak comprometeu-se amanter a paz com Israel. E se o Egitoquer a paz, uma nova "guerra santa"desencadeada pelos árabes é uma hi-pôtese extremamente remota — e ln-viável, a menos que o Governo Begincontinue a evoluir no sentido de umdesembaraço cada vez maior.

W/MM,

CartasAluguéis

Nâo posso me calar por mais tempoante o absurdo, a verdadeira loucura emtomo da questão dos aluguéis. Comoexigir de um povo pobre como o nossoque proporcione maior renda per capitaaos poucos privilegiados que têm um oumais Imóveis para alugar?

A moradia é essencial e quem não atem própria tem que pagar por ela, masIsto nfio significa que o trabalhador te-nha que se matar, que se privar até de .comer, para proporcionar maior lucroàqueles poucos privilegiados. Pode-sedeixar de comprar roupas, remédios, co-mlda, mas o aluguel tem que ser pagotodo mês, de qualquer maneira, e Isto oano inteiro, sem trégua, e com a perspec-Uva desesperadora de ter que pagar mui-to mais no próximo ano (os Índices flxa-dos pelo Govemo surpreendem até ospróprios senhorios, de tão absurdos).

Os reajustes de aluguel deveriam serfeitos com base em uma fração do rea-Juste salarial. Se o trabalhador tem umreajuste salarial de, digamos, 80%, é por-que ele trabalha oito ou mais horas pordia e produz bens necessários ao pais.Como pretender remunerar da mesmaforma o senhorio, cujo único trabalho épreencher um recibo ao flm de cadamês? O certo é fixar um reajuste dealuguel equivalente a, no máximo, 50%do aumento do salário mínimo, pois deoutra forma estaremos regredindo aostempos feudais em que a massa traba-lhadora sc matava nos campos para queos donos dos feudos pudessem divertir-se um pouco mais. Hllza Nogueira For-tes — Rio de Janeiro.

Prisão injustaFiquei profundamente chocado com

a atitude do Juiz de Direito de SantaLeopoldina (ES), Geraldo Plínio Rocha,por mandar prender, conforme cita oJORNAL DO BRASIL, em sua edição de13/12/81, a dols brasileiros de origempomerana, pertencentes a uma minoriaracial que teria vindo ao nosso pais emmeados do século passado. No caso oscidadãos náo sabiam se expressar corre-tamente em português.

No Alemanha nazista o Juiz teriafeito uma carreira fulminante por acharmelo de punir minorias raciais, tendotalvez a glória de ser Julgado em Nurem-berg como diligente èmulo do culto doEstado, onde unos todos deveriam falar,talvez a única lingua que o Juiz com-preendesse.

Em Londres encontramos enormesnúcleos de minorias raciais, súditos in-gleses. que só falam o hlndl, árabe oudialetos africanos. Na própria Espanha édifícil a um espanhol compreender ocatalão e os próprios bascos constituem-se numa enclave com língua totalmentediferente. A índia e a Chlca constituem-se de povos que falam centenas de Un-guas diferentes. No Sul dos Estados Uni-dos há milhões de americanos que sófalam espanhol. Em Quebec dols terçosdos habitantes falam o francês, enquan-to no resto do Canadá se fala o inglês.Enfim, a cultura universal nos demons-tra que onde hã liberdade há tolerância.Assim era na antiga Roma berço donosso Direito, deturpado por visão pro-vlnciana por um Juiz brasileiro, que nâocompreendeu que em nome daquele dl-reito o Brasil é hoje um grande pais,amálgama de várias raças. Só a vlsâotuplnlquim do Juiz é tolhida pelo perigo-so véu de Inconstitucional discrimina-çào. O mérito do Juiz é viver num paíslivre que não sabe que sâo os horrores daguerra praticados em nome de sua mere-tísslma sentença. Roman Skowronskl —Rio de Janeiro.

Salário-desempregoLi no JB de 20/11/81 a notícia sobre a

preocupação do Cardeal do Rio de Ja-neiro, D Eugênio Sales, a respeito dodesemprego e da campanha que ele vaiIniciar na sua Arquidiocese pelo saláriodesemprego. O direito ao trabalho é umdireito fundamental do homem, multoexpresso na última encíclica papal La-borem Exercens (n° 18). No entanto opróprio JORNAL DO BRASIL pareceentender que a responsabilidade dessasituação de "verdadeira calamidade so-

ciai", como diz João Paulo n na referidapassagem da encíclica, caberia aos pró-prios operários Já que, ao final da noticiasobre as preocupações de D EugênioSales, remete o leitor ao editorial Caml-nho italiano, na pág. 10 do JB. Ora, selermos com atenção esse editorial queconclusão tiraremos? Que os operáriosbrasileiros deverão seguir o "caminhoitaliano", isto é, estabelecer um novopacto social que teria como teto para ossalários a Inflação, e não mais os reajus-tes salariais semestrais. Mas adiante,insinua ainda que o Cardeal D Eugênioestaria fazendo o Jogo das esquerdasbrasileiras que "ainda acreditam que osocialismo é a conseqüência Inevitávelde uma crise do capitalismo", diz o edi-torlal. Ora, ninguém de boa fé podesequer Insinuar que o Cardeal do Rio deJaneiro possa fazer o Jogo das esquerdas,aqui tomadas, é claro, num sentido pejo-ratlvo. Todos conhecem a posição mode-rada e discreta de D Eugênio. É precisoacabar de uma vez por todas com essamania de que todo aquele que luta pelosdireitos dos mais desprotegidos é es-querdista. socialista, comunista. D Eu-gênio está somente agindo em coerênciacom sua fé e com o Evangelho que eleprega. Para ele, como Pastor, cabe oencargo de denunciar as Injustiças quesofrem os que lhe sào confiados paracuidar. Tudo mais sáo fanatismo que opróprio JORNAL DO BRASIL náo deve-ria propagar. Maria Leticia Redlg deCampos — Brasília (DF).

N. da R— A suposição da leitora noque se refere à posiçáo do JORNALDO BRASIL frente ao trabalho de-senvolvido por D Eugênio Salles náose justifica. Basta ler os sucessivoseditoriais em que D Eugênio temsido citado como pastor exemplar.

ProdutividadePrimeiro, Nacional, de Produtividade

na Construção. Belo Horizonte, Ju-lho/1981. A produtividade na constru-çâo se resume no seguinte: é a relaçãoentre a quantidade produzida por ho-mem e os fatores que concorreram paraa produção, na unidade de tempo, ouainda o número de homem-hora-HH pa-ra produzir uma unidade do trabalhoque se deseja.

Na construção existem dols tipos detrabalhadores: o trabalhador que traba-lha na Indústria de materiais de constru-çôes: é o operário, igual aos demais ope-rários de todas as indústrias; surgiu em1825, quando Robert descobriu a primei-ra máquina, o primeiro tear, que, por slsô, produz o objeto.

Um dos mais extraordinários econo-mistas do mundo, o sueco Knut Wlnck-seel, sobre a produtividade do operário:"Nada tem com a escala de valores dascategorias profissionais em jogo; depen-de dos que propiciam máquinas e insta-lações mais produtivas."

A segunda categoria de trabalhadorna construção é o oficial, o artesão, aque-le que sozinho executa a obra; foi estu-dado e definido por Sócrates, 300 AC, deforma, até hoje, indiscutível; "A capaci-dade do pedreiro é um dote fixo que lhe édado de uma vez para sempre."

Gasset 1963: "O oficial de obras pos-sul um tesouro definido e sem amplia-ções substantivas possíveis: técnicasque foram elaboradas e vem de umaInsondável tradição."

CPM — 1958 EUA — Processo moder-no de controle da produtividade e doscustos na construção: é determinista,todos os engenheiros do mundo sabem, apriori, qual a produtividade do oficial deobras.

M. Mattozzi — o mais moderno pro-cesso de controle da produtividade ecustos na construção de conjuntos ln-dustrials. É determinista, isto é, todossabem, a priori, qual a produtividade dooficial de obras.

O que ouvimos, no Io Congresso sobreProdutividade na Construção, de algunsconferencistas:

Do Dr. Falcão Bauer: 1) "Houve umaevolução da produtividade na constru-ção de obras públicas." — As obras pú-bllcas e particulares têm a mesma, Inva-riável e universal produtividade. 2) "Ooperário da construção no Braslll éexausto e como tal sem produtividade,consome mll calorias, por dia, um nume-ro inferior ao mínimo: 3 mll 500." —Quem fixa o mínimo de 3 mll 500 calorias .é o Bristlsh Medicai, para o trabalhopesado de um operário.

O trabalhador da construção não é ooperário do trabalho pesado do BristlshMedicai, mas o tranqüilo artesão deobras e o seu Índice de produtividade,adotado por todos os engenheiros domundo, ao elaborarem os seus orçamen-tos, é Invariável. •

Do Dr Almir Feranandes, na aberturado Congresso: "É problemática e muitodifícil de mensuraçáo a produtividadedo operário de obras."

Mostrei, a todos os congressistas,uma edição brasileira de produtividadena construção de há, exatamente, 100anos; as atividades, até hoje executadas,como o reboco: 1.2, cal em pasta e areia,alvenaria de pedra seca e muitas outras,apresentam, rigorosamente, as mesmasprodutivldades.

A produtividade na construção vemsendo, em toda parte, cadastrada, à me-dida que surge nova atividade.

Do Dr Fausto Wellington Lopes, con-ferenclsta nos primeiro e quinto dias:"Há baixa produtividade de cons-trução..."

Náo há baixa nem alta produtlvi-dade na construção. Há produtividadena construção, a mesma e invariável emtoda a parte do mundo. Lidenor de Mel-lo Motta, representante do Clube deEngenharia — Rio de Janeiro.

Ação comunitáriaDia 28 de dezembro, completa 25

anos um grupo de cidadãos que, gostan-do muito do seu próprio tempo, temtrazido vários beneficios à comunidade,embora esta náo tome conhecimentodeles diretamente. Trata-se do grupodos colaboradores do trânsito, que, entrevárias atribuições, encarrega-se de ofere-cer sugestões e alternativas à Engenha-ria do Detran; alertar Imediatamentesobre sinais de trânsito queimados oudeslocados à Sinalização, evitando lnü-meros acidentes pelo pronto restabeleci-mento dos mesmos; Informar à Secreta-ria de Obras sobre buracos com riscos apedestres, motociclistas e mesmo a veí-culos, cobrando Insistentemente destesórgãos uma resposta rápida quando asltuaçáo é mais grave.

O grupo também propõe ao Contranalterações na legislação, para tomá-lamais condizente com o hábito. Final-mente, e talvez o mais Importante, pro-cura educar por todos os meios a umaconscientização sobre Trânsito, direitose deveres dos cidadãos. Parabéns aogrupo e que continuem nesta atividadeprofícua na melhoria das condições doTrânsito do Rio de Janeiro. Carlos Ale-xandre" Rodrigues — Kio de Janeiro.

ExibicionismoDesfilando suas caríssimas aquisl-

çôes automobilísticas pelas ruas do Cen-tro da cidade em passeatas extrema-mente supérfluas e risíveis, as PoliciasCivil e Militar dâo um exemplo acabadode despotismo e desrespeito público.Avançando sinais em filas Interminá-veis, atropelam as leis de trânsito; amea-çando a segurança dos transeuntes, ul-trajam as mais elementares regras daconvivência. E tudo isso em prol nâo deuma atividade que lhe é própria e natu-ral — combater a criminalidade — mas aserviço de seu próprio exibicionismo. Ovalor das policias se mede pelo quoclen-te de segurança da população, e não peloreluzlr de carros novos nem pela estri-dências de suas sirenas. Carlos Albertode Mattos — Niterói (RJ).

As cortas ssrão selecionadas para publi-cação no todo ou om parte entre as quetiverem assinatura, nome completo e legl-vel e endereço que permita confirmação

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OPINIÃO — 11

Diário deFim de Ano

1.12.81Tenso, preocupado, chego à Academia

a tarde, por volta das cinco horas, para mconferência sobre Stefan Zweig, comemo-rativa do centenário de nascimento doescritor.

Foi Antônio Houalss, hé pouco menosde um mês, quem me consultou se eupoderia faze la. Disse-lhe que sim, mascom esta condição: a de náo trazer o textoescrito, visto que estou as voltas com umnovo romance e nao quero desvlar-me des-se trabalho.

Era meu propósito dedicar parte domeu dia na manhã de hoje, à concatena-ção das notas para a conferência, cônsul-tando os livros de Zweig, sobretudo o desuas memórias. E já estava a coordená-lasquando me entra pelo gabinete, por Inter-médio de um telefonema, a má notícia deque R. Magalhães Júnior, atropelado porum automóvel defronte do edifício daManchete, está em coma, no Hospital Sou-sa Aguiar.

Fiquei sem açáo, atordoado, lembran-do-me de que, ontem, á noite, tive comMagalhães uma boa conversa, a propósitodo quarto volume de seu livro sobre Ma-chado de Assis, ficando combinado que eleme entregaria esse novo volume, hoje, naAcademia, à hora da conferência.

Ao chegar à Academia, era meu propó-sito sugerir a Austregésllo de Athayde queadiássemos a solenidade. Mas, ao ver aspessoas que ali estavam, pareceu-me que oadiamento corresponderia a uma desaten-çào ou descortesia. Por isso mesmo decidiproferir a palestra, dando-lhe a dimensãode um pequeno ato comemorativo.

Entretanto, ao acercar-me da tribuna,senti a garganta apertar, tomado de emo-çáo. Segurei-me às bordas do pequenopúlpito de madeira, com as sobrancelhastravadas, sem saber ao certo o que iriadizer. Caso a emoção me retardasse apalavra, confessaria o motivo da dificulda-de em falar, e voltaria para a minha poltro-na, depois de pedir desculpas aos que aliestavam, atraídos pela glória de Zweig.

Felizmente, passado o momento emque aguardei o silêncio à minha volta,lembrei-me de que o velho escritor, ao falarsobre a glória de Freud, deu ao seu dlscur-so emocionado o tom do agradecimentopúblico. E é com esse agradecimento queconsigo iniciar a conferência, enquanto merefluem à tona da consciência os lancesfundamentais da vida e da obra que devolouvar em nome da Academia.

4.12.81Viagem a Campos, debaixo de forte

aguaceiro, com o cano a procurar o cami-nho possível entre as barreiras caídas e oasfalto destroçado. Lembro-me do velhodiplomata que me observava, a propósitode certos compromissos afetivos, que háocasiões em que só temos uma desculpapara deixar de cumpri-los — é o atestadode óbito. E como, felizmente, náo é o caso,lá vou eu, em companhia de minha mu-lher, que é campista, à velha terra aristo-crática que aprendi a amar nos livros deAlberto Lamego e nas reminiscências deJosé Cândido de Carvalho.

Logo de Início, para corresponder aoesforço" dá viagem Tonga è àpréerislváT á~Imponência do rio cheio, a descer porbaixo das pontes, barrento, veloz, e queavisto da janela do meu quarto de hotel.Depois, a acolhida afetuosa de professorese alunos, que vêm ao meu encontro, numadas salas da Escola Técnica, para que eulhes autografe o meu Largo do Desterro.Por flm, digo-lhe algumas palavras, recor-dando lances salteados de minha vida deescritor, e sinto que não desaponto estesmeus novos amigos com a simplicidade e o

. bom humor de minha exposição.

5.12.81De volta ao Rio, trago comigo as saúda-

des de Campos. E como a saudade é sem-pre um convite ao regresso, flco a dizer-meque retornarei às ruas e praças da velhacidade fluminense, para viver novas emo-ções afetuosas, com as quais nosso olhar seimobiliza, voltado para dentro de simesmo.

E a certa altura do caminho, Já haPonte Rio—Niterói, minha mulher me per-gunta, com o mesmo sentimento:

— Eu não te dizia que Campos temmuita coisa que lembra Sào Luís?

10.12.81Angústia das cartas acumuladas e a

que devo dar uma. resposta qualquer, so-bretudo às que trazem consigo um proble-ma pessoal a resolver. Se para estas nãotenho a solução desejada, hei de ter pelomenos a palavra explicativa, e o meu silên-cio me atormenta, doendo talvez mais doque o desapontamento de alguns signatá-rios. Paciência. O tempo é escasso, e euvou tratando de aproveitá-lo como posso.

Esta manhã, em meio às cartas queconsegui responder, a surpresa de dai- coma letra do amigo morto. Pede-me ele umapalavra sobre seus versos. E eu me ponho apensar que o querido poeta há de ter saldodeste mundo com a mágoa de meu silên-cio. A quem hei de dizer agora que nào mecabe a culpa de ter deixado de pôr nopapel, ainda em tempo, o louvor mere-cido?

12.12.S1Não quero falar do amigo morto, que ali

está, entre tocheiros, no Salão dos PoetasRomânticos, no seu fardâo acadêmico, soba vigilância dos bustos de Gonçalves Dias,Casemiro de Abreu, Fagundes Varela, Al-vares de Azevedo e Castro Alves. Querolembrar-me do querido R. Magalhães Jú-nlor, no aeroporto de Florianópolis, a daralegria a uma criança, fazendo-a rir e cor-rer enquanto esperávamos o avláo que nosrestituirla ao Rio de Janeiro. Nunca eu otinha visto táo feliz, numa repentina ex-plosão jovial i!e avô improvisado. E é essaexplosão Çsle eu quero guardar aqui, tor-nanao a ouvir o riso e ». voz contente doinesquecível companheiro.

14.1.81No excelente estudo de René Dumesnll

sobre l, Kducation Sentimentale de Gus-tave Flaubert (Librairle Nlzet, Paris, 1962),leio a carta serena que o romancista diri-giu a George Sand, a 3 de dezembro de1869, a propósito das criticas idiotas ao seugrande livro: "Este seu velho trovadorestásendo fortemente denegrido pelas folhas."E resumindo as agressões: "Tratam-me decretino e de canalha."

Logo a boa amiga acudiu coro. seu lou-vor ao romance. E explicando as criticashostis, que tentavam destroçar a obra-prima do grande escritor: "Quando uma râcomeça a coaxar, as outras a acompa-nltam."

Josué Montelloimagem do mestre de A Citlade e as Ser-ras: "É talvez curioso — disse ela, numaconferência sobre o romancista, no cente-nário de seu nascimento — que a primeirarecordação que tenha de meu Pai seja vê-lo sentado junto à minha cama de doente atrazer-me um brinquedo."

O espírito irônico e mordaz, que sabiarir e zombar do mundo à sua volta, diluiu-se na figura enternecida, para quem umbrinquedo era o traço de uniáo entre o paie a filha.

Tempos depois, em A Ilustre casa deRamirez, o próprio Eça escreveria: "Ascrianças sào os únicos seres divinos que anossa pobre humanidade conhece."

16.1.81Manoel Caetano Bandeira de Melo de-

dica seu último livro de poesia, A Estradadas Estrelas, à memória de doze compa-nhelros de geração maranhense. Entre es-ses companheiros, figuram: Joào Augustode Araújo Castro, que foi nosso Embalxa-dor em Washington; Amorim Parga, quemorreu em Sáo Luis, no Largo do Carmo,depois de cantar A Marselhesa, e Bebas-,tião Correia, poeta e boêmio, que Incluientre os personagens de A Coroa de Areia,com a saudade e a admiração que sempreme inspirou.

Eu costumo dizer ao querido Bandeiraque ele, ao encontrar-se com outro compa-nheiro de geração literária, nào lhe dá bomdia nem lhe aperta a mão — os dois, cadaum de seu lado, alongam os braços, espre-guiçando-se. Na verdade, náo é bem assim.Bandeira sempre se inclinou a viver deva-gar, cautelosamente. E é cautelosamente,e devagar, por isso mesmo, que publicaseus livros de alta e genuína poesia, entreos quais se Inclui A Estrada das Estrelas,que eu desejo aplaudir neste registro.

Poeta do amor e da morte, como Leo-pardi, Bandeira nào esconde a sua deter-minação de agarrar-se à vida com unhas edentes, e diz isso em verso, neste poema:

Entretanto quero viver até à velhicemais extrema

velhíssimoaté me confundir com as árvoresmais próximas da terra.Assim seja.

15.1.81A filha de Eça de Queiroz, D. Maria

d'Eça de Queiroz de Castro, guardou esta

16.1.81Telefonemas e telegramas de cândida-

tos à sucessão de R. Magalhães Júnior naAcademia. E como todos eles, pelo grandenome e pela obra realizada, estáo à alturade recolher o legado de operosidade ecompetência do grande companheiro, an-tevejo uma destas soluções, sem precisarolhar, como os adivinhos, para a bola decristal: ou o prélio será renhido, sem que sepossa antecipar conjecturalmente o seuresultado no Jogo dos escrutínios, ou have-rá um acordo de candidatos, para que umnáo impeça o outro, na porta estreita dauma da Academia.

17.1.81Viriato Corrêa, com a sua experiência

de velho acadêmico, disse-me, assim quefui eleito para a Academia, que há trêsespécies de candidatos vitoriosos: os queentram a crédito, para realizar depois aobra literária; os que primeiro pagam, rea-"TIzan'dO"atrbra7-para.çleppls ser eleitos, e osque pagam à vista, entrando Toga a-seguir.—

E exemplificava:—O Graça Aranha entrou a crédito,

porque só depois de ser acadêmico publi-cou Canaà, seu livro de estréia; eu pagueiprimeiro, para receber depois a poltrona,como se faz com as cestas de Natal; oAlcântara Machado pagou à vista, porquepublicou Vida e morte do Bandeirante, efoi eleito logo depois.

Eu lhe observei, obrigando-o a seguraro pavilhão da orelha para ouvir melhor:

— Coloque-me entre os que entraram acrédito.

E a verdade é que, até hoje, me sinto emdébito para com a glória da Instituição:cada livro que publico só tem por objetivoamortizar a velha divida. Mas fui eu pró-prio que estabeleci que iria saldá-la comJuros e correção monetária. E a perder devista.

21.1.81Gerváslo Baptista, fotógrafo de Man-

chete, e meu velho amigo, vem ao meuapartamento, com a sua máquina famosa,bater algumas fotos minhas, para o textocom que o querido Justlno Martins metratará bem no próximo número da revls-ta. Escolhe os ângulos da sala c do gabine-te de trabalho, estuda a Incidência da luz,e vai repetindo as chapas, atencioso, ágil,vivíssimo. De repente, acode-lhe uma novaidéia:

— E se batêssemos uma foto sua comseus livros?

Tiro os livros da estante, ajudado porminha mulher. E vamos acumulando volu-me sobre volume, até que a pilha meultrapassa, e se derrama. Rimos alto, ostrês. Mas minha mulher e eu ficamos a rircom os olhos molhados, enquanto Junta-mos os livros e os vamos dispondo emcima da mesa.

24.1.81Novamente reúno a familia, nesta noite

de Natal, para a alegria de todos os anos.Só falta o neto mais velho, alto, esgulo, jásenhor de sl, e que eu quis enraizar noMaranhão, onde já está trabalhando. E éde lá que nos vem a sua voz comovidaquando se aproxima o momento em que,nas pequenas cidades, Já se ouve o bimba-lhar dos sinos.

Pergunto-lhe:Contente?Contente — responde ele, firme.

26.1.81Artigo de Eduardo Portela, hoje, no

JORNAL DO BRASIL, sobre o meu Largodo Desterro. Sensibilizado, e reconhecido,procuro o seu telefone, e ligo. E quando acriada pergunta quem que é que quer falarcom o Professor Portela, limito-me a estaresposta:

Diga que é o mais agradecido dosseus admiradores.

31.1.81Escancaro a janela sobre o mar, no

salão do apartamento, e vejo a areia dapraia pontllhada de velas, com os vultosbrancos das sacerdotisas de Iemanjá dan-çando em volta das chamas. E enquantoas luzes se multiplicam, por entre o esteirodos foguetes e dos fogos de artificio, vâochegando as filhas, os genros, os netos;outros parentes, e alguns casais fraternos,com os quais repartimos, todos os anos, aalegria desta noite. E quando o Ano Velhose vai despedindo, numa apoteose de corespor cima das águas, entre os penachos deluz que sobem do Hotel Méridien e doCopacabana Palace, seguro a máo de mi-nha mulher, sentindo à nossa volta a fami-lia unida e feliz, e agradeço mais uma vea aDeus a vida recebida.

Coisas da políticaGoverno reexamina

a eficácia davinculação

Luiz Orlando Carneiro

UM

dos lugares-comuns mali gastos pelos políticos situacionis-tas, no Executivo ou no Legislativo, êode que a poUtica é, pelasua própria natureza, essencialmente dinâmica.

A repetida constatação de tal evidência é sinal da atualida-de do brocardo romano rebus sic stantlbus, de uso freqüente nasrenovações de contratos jurídicos e, por extensão, nos contratos poli-ticos.Tratos e dlitratos de repercussões e conseqüências sérias abalaramtanto as já cronicamente frágeis instituições políticas do país neste flmde ano, que entramos no Ano Novo com um Congresso enfraquecido,

extraordinariamente convocado por um Oovemo forte para aprovaruma reforma eleitoral tão definitiva quanto aquela concepção de amordo poeta Vinícius de Moraes: que seja eterno enquanto dure.

Se a sublegenda para as eleições de governadores tivesse sidoaceita, provavelmente náo estaria sendo sacramentada a vinculação douofo em todas as eleições majoritárias e proporcionais, reação doGoverno — apesar de tudo, ainda maioria no Congresso — destiruida aproibir indiretamente as coligações das quais se beneficiariam em muitoo PMDB e o PP nas eleições majoritárias.

Como as forças oposicionistas mais significativas deram a volta porcima estabelecendo uma frente ampla, na jogada em que o PMDBatravés da incorporação acredita ter sugado o PP, numa manobrakamlkase da maioria (65%) de sua convenção nacional, a vinculaçãoconcebida pelo Governo perdeu em muito a sua eficácia. Concretizando-se deforma inapelável — o que náo é líquido e certo — a incorporaçáo doPP ao PMDB, os candidatos a governadores e senadores do PMDB (PP)nos grandes centros fariam, pelo canal do voto vinculado, grandesbancadas na Câmara Federal.

Para se ter uma idéia do problema enfrentado pelo Governo, bastacomparar números das eleições de 1978 em três grandes Estados para severificar a expressividade da vitória oposicionista no pleito majoritárioem confronto com o proporcional.Em Minas, onde a Arena era, e o PDS é, bem forte, o partido doGoverno teve 38,1% dos votos para a Câmara Federal, contra 26,7% doMDB. Para o Senado, o MDB leve 32,2% dos votos, contra 30,9% daArena. No Rio Grande do Sul, Estado tradicionalmente oposicionista, adiferença pró-MDB em termos de votos para o Senado foi de 660 mil 630,enquanto para a Câmara foi de 289 mil 044 Ibem menos do que a metade).

Em Sáo Paulo, o MDB obteve 63,65% dos votos para o Senado contra13,47% da Arena, e 51,63% dos votos para a Câmara federal contra25,55% da Arena.Assim é que a vinculação paralela dos votos nas próximas eleições —

a primeira proporcional (deputados federais e estaduais e vereadores),a segunda majoritária (governadores, senadores, prefeitos) — é lancenáo descartável pelo Govemo. Mllhóes de eleitores, sobretudo nosgrandes centros urbanos, poderiam votar na oposição para Governadore Senador, e no PDS para deputados e vereadores, o que garantiria oColégio Eleitoral, cuja maioria é formada por deputados federais eestaduais, ainda mais que o ex-MDB, hoje PMDB (PP), põe em jogo naspróximas eleições três vezes mais cadeiras que possui no momento noSenado do que o PDS.

O xeque-mate pode vir por ai, se a incorporação doPPao PMDB náofor a pique, até com a criação de condições destinadas a permitir aexistência de um outro PP formado pelos pepistas dissidentes, lideradospor Magalhães Pinto, Thales Ramalho, Renato Azeredo e outros políticosde grande significação nacional e estadual.

De todo jeito, como dizia um Ministro de Estado, o Governo "náo vaipermitir que o quadro fique como está: o PMDB muito fortalecido, bombade sucção de impulso vigoroso, deixando em grande perigo o pluriparti-darismo e os pequenos partidos". Náo aceitando o '•quadro de bipolari-zação". e partindo do pressuposto de que os radicais saem sempreganhando e dominam as frentes políticas, quanto mais amplas melhor, oGoverno prevê um "curso dramático" para a incorporaçáo oposicio-nista.

Conclui-se que, se o PP morrer mesmo de írtrmíçáo, uma nova medidapolítica será adotada pelo regime depois dc aprovada a reformaeleitoral em trânsito no Congresso. A vinculação paralela dos votos —proporcionais e majoritários — éo caminho mais óbvio, mesmo porque aJustiça Eleitoral ainda náo dispôs quanto ao processo de i>oíação.

luli Criando Corrwlro • o chefe da lucurtal d. Broillía do JORNAL DO BRASIL

Opção por umBrasil melhor

Carlos Alberto Rabaça

O

Brasil esto mergulhado numanova realidade em sua histó-ria econômica: o desempregoIndustrial e urbano está pro-vocando o retomo ao Interior de grandecontingente de desempregados.

Hoje existem 1 mllháo de desempre-gados nas grandes capitais. No país, 5%da população economicamente ativaestá desempregada, o que correspondea cerca de 2,5 milhões de pessoas. Issosem contar com os subempregados.

O Govemo busca uma politlca deestabilização, objetivando a reduçãodas pressões lnflaclonárlas, bem comotenta sobreviver à asfixia cambial oca-slonada pelo desequilíbrio na balançade pagamentos. O surto de desemprego,associado por alguns especialistas à po-litica salarial, é, na realidade, um fenô-meno de demanda, Já que, somente aindústria de transformação, estima-seuma queda de produção entre 9% e10%. Mesmo que 1982 signifique a reto-mada do crescimento econômico e oPaís possa chegar a uma taxa de 5%para o PIB, o nível de emprego certa-mente nào atingirá os patamares de1980. Essa taxa significará uma expan-sâo do nível de emprego de pouco maisde 2%, nâo sendo suficiente para cobriro crescimento da população economl-camente ativa.

As repercussões ocasionadas pelodesemprego nas grandes cidades sâo degrande monta, sobretudo porque ln-fluem decididamente no comportamen-to de vendas a nivel de comércio. OsÍndices devem indicar que, sô no ano de1981, a classe média perdeu seu poderaquisitivo em cerca de 15%, pelo menos.Há de se convir que a lnflaçáo, a dlml-nulçáo do consumo, tudo isso vem pro-vocando um achatamento no salário daclasse média. Com a crise do petróleo ecom o acúmulo da divida externa, sobrea qual recai o ônus de Juros Internado-nais elevadíssimos, se constata que o

i brasileiro empobreceu, tendo todos nós' de nos adaptarmos e redistribuirmos aresponsabilidade desse empobreclmen-to relativo.

Na realidade, nos últimos 40 anos, oBrasil vinha intensificando o processode industrialização e os setores de co-mércio e serviços, favorecendo a classemédia e aumentando a demanda deprofissionais de nivel superior, sobretu-do nas áreas urbanas, tanto que tive-mos no pais, no periodo de 1940/70, umageração de cerca de 53% dos novosempregos no setor terclário; cerca de35% no secundário e 10% no primário.Uma conseqüência disso foi a expansãodas escolas superiores e o surto dodoutorismo como forma de elevação destatus da classe média. Esta classe,além de realizar ascensão social, setransformou em grande grupo consumi-dor do que se produzia na industrializa-çáo de bens duráveis.

Hoje os dias sâo bem mais difíceis.As condições de emprego e salário daclasse média, nas regiões metropoilta-nas, sào diferentes. No entanto se asoportunidades se contraem nas grandes

cidades, o potencial de geração de em-pregos, no Interior do Brasil, poderá sermulto mais expressivo. E paia tantofalta pessoal qualificado em ocupaçõesmanuais e nâo manuais.

Infelizmente verificamos que as fa-culdades continuam formando grandenúmero de profissionais de nivel supe-rior para mercados metropolitanos semcapacidade de absorvê-los. Dal o de-semprego, subemprego, desvios profis-sionais e o expressivo contingente derecém-formados que náo está conse-guindo Ingressar no mercado de tra-balho.

Temos, portanto, um grande númerode pessoas em precárias condições e,principalmente agora, quando muitosestão temporariamente sem trabalho.Neste momento difícil ê que devemosdiscutir e buscar a solução para táoimportante questão, debatendo o pro-blema e envolvendo os mais amplossegmentos da sociedade.

O distanciamento entre empregadore empregado nâo poderá mais ocorrer,devendo sim entrar em plena participa-çâo, buscando soluções, mutuamenteaceitáveis. A articulação govemo /esco-la/empresa/trabalhador se faz necessâ-ria para se encontrar soluções criativas,ajustadas à regiáo geoeconômlca ondese localiza a organização. O Oovemoprecisará estimular a criação de peque-nas e médias empresas burocratlzandomenos o processo e buscando assimgerar novos empregos.

Tem que haver uma opçáo da socie-dade por uma política de empregos. OsInvestimentos públicos e privados pre-cisam privilegiar inicialmente a gera-çáo de empregos e nâo somente oslucros, como se pensava até entáo. Oemprego nâo pode ser mais tratadocomo subroduto de Investimento.

Uma última reflexão sobre tâo graveproblema deve ser considerada: o pro-cesso de rápida urbanização e de cresci-mento industrial nos últimos anos ense-jou a marginallzação da agricultura e acarência de populações urbanas inter-nas. Tradicionalmente, sobretudo naclasse média, a geração de empregosacontecia sobretudo nas grandes me-trópoles. De repente, a crise nos mostrao caminho do interior. Isto exige umareadaptação de mentalidade. Talvez se-Ja uma idéia para as novas gerações. OGoverno orienta seus grandes projetospara o Interior, além de outros do setorprivado. 3e tais projetos se consolida-rem, se houver confiança neles, estaráaberta a maior oportunidade de ocupa-çáo de mâo-de-obra, mesmo nos setoresde comércio e serviços. Temos de con-tar com um aprimoramento lnstltuclo-nal sério para se operar uma reorienta-çào da economia e do mercado de tra-balho a ponto de se sensibilizar princi-palmente os Jovens nos seus novos ca-minhos e assim se trabalhar cada vezmais pelo Brasil melhor e mais Justo.Carlot Alberto Raboça é prafeiior ¦ pr»iidtnt» doCIEE (Cantro da Intogroçôo Empmto E*cola/RJ)

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As estradas foram pia-nejadas e sinalizadas paraproporcionar a você umaviagem tranqüila e segura.E para que elas se tornemainda mais tranqüilase seguras, basta seguiralgumas regras.

Faça uma boa revisão

nos freios, direção, suspen-são e faróis.

Consulte a Patrulha Ro-doviária Federal sobreas condições das estradase do tempo.

Dirija com atenção, res-peite a sinalização, não pas-se dos oitenta, mantenha

distância sobre o veículo àfrente e ultrapasse apenasem locais permitidos.Procure dirigir duranteo dia. À noite, reduza avelocidade e use luz altaapenas quando necessário.

Em caso de chuvasfortes, procure um abrigo

Campanha de segurança

seguro e espere o tempomelhorar.

Nas férias, estes cui-dados têm que ser redo-

?| 4:1 brados, pois asÀ 1 rodovias ficam

jgk i muito mais^SB^ movimentadas.

nas estradas. Uni serviço publico do DNER.

Existem várias razões para você dirigircom cuidado nas estradas.

Mas a melhor delas ainda está dentde sua casa.

—n--..i.f»-;ir.y

12 — INTERNACIONAL 1° Caderno ? terça-feira, 5/1/82 D JORNAL DO BRASIL

Mercado Comum se abstém de impor sanções à PolôniaWashington esperaobter apoio dosChanceleres da OTAN

Armando OuriqueWashington — Os Estados Unidos esperam que na

reunião de Chanceleres dos países da OTAN, marcadapara o próximo dia 11, os seus aliados europeus opólem àssanções contra a Unláo Soviética na semana passada eresolvam nfto tomar qualquer medida que possa debilitaressas sanções, declarou uma fonte do Departamento deEstado.

O encontro do Presidente Reagan com o Chanceleralemào, Helmut Schmldt, hoje, na Casa Branca, apesarde ter sido marcado há mais tempo, fará parte do proces-so de busca de uma posição comum do Ocidente frente àsituação polonesa. Esse processo deverá culminar com areunião da OTAN, acrescentou a fonte.

Unidade do OcidenteO Presidente Reagan e os seus assessores nas reu-

nlóes com as autoridades alemãs tomarão "cuidado paranâo permitir que a crise polonesa causada pelo envolvi-mento soviético... se transforme numa crise da comunlda-de ocidental"; a fonte do Departamento de Estado acres-centou que essa crise politica do Ocidente, precipitadapelo comportamento soviético, seria "o pior que poderiaacontecer" e que o Govemo Reagan procurará evitá-la.

Os Estados Unidos esperam que a visita do ChancelerSchmldt contribuirá para consolidar a unidade do Oci-dente na reunião da OTAN, daqui a uma semana emBruxelas. O Ministro das Relações Exteriores da Alemã-nha, Hans-Dietrlch Genscher, deverá fazer um relato parao Govemo Reagan da reunião dos chanceleres do Merca-do Comum Europeu, que decidiram nâo adotar medidasque passam debilitar as sanções dos EUA contra a URSS.

A fonte do Departamento de Estado disse que se ospaíses europeus nfio apoiassem as Iniciativas americanascontra os soviéticos "Isso significaria eventemente umaquestão grave no que se refere à Aliança Ocidental".Nesse caso, que a fonte considerou Improvável, "haveriaum Impacto sobre as atitudes dos Estados Unidos e sobrea opiniáo pública norte-americana e européia.

A fonte admitiu que existem "diferenças de perspectl-va" entre os Estados Unidos e alguns países da EuropaOcidental a respeito do envolvimento soviético na crisepolonesa. Acrescentou que essa questão estava sendoexagerada pela imprensa. Reconheceu, no entanto, queos Estados Unidos consideram que os militares polonesesagiram basicamente como agentes soviéticos, enquantoos aliados europeus acham que eles decretaram o estadode sitio por Iniciativa própria.

Essa fonte afirmou que os militares poloneses foramagora bem sucedidos em estabelecer o que definem comolei e ordem, mas que era multo cedo para concluir quehaverá estabilidade na Polônia a longo prazo.

DocumentoApesar dessas declarações, o Departamento de Esta-

do afirmou ontem oficialmente que "o estado de sitio nãopoderá nunca levar a normalidade". A Chancelaria dosEUA também divulgou um documento de 17 páginas comInformações públicas sobre a posição da URSS em rela-çâo à Polônia nos últimos anos. Um porta-voz disse queesse documento comprova que "a culpa" pelo estado desitio cabia à Unláo Soviética. Afirmou, entretanto, queera uma coincidência que o "documento tinha sido divul-gado à véspera da visita do Chanceler alemào.

A fonte do Departamento de Estado, que pediu paranâo ser mencionada, revelou que a OTAN nos últimos 18meses havia chegado a um acordo sobre as medidas que oOcidente deveria adotar em conjunto no caso de umaIntervenção militar soviética na Polônia.

acrescentou que â hipótese de um estado de sitiochegou a ser discutida mas que os países da OTAN foramincapazes de concordar com as sanções que deveriam seradotadas nessa eventualidade.

Disse, ainda, que algumas das sanções que o OovemoReagan adotou na semana passada contra a União Sovié-tlca estavam previstas nos planos da OTAN para aeventualidade de uma Intervenção militar da URSS.Washington decidiu retaliar dessa forma contra Moscou,apesar da ausência de uma Intervenção militar, porqueconcluiu que os soviéticos tinham tido uma responsabili-dadê^efifétare pesada" peia-decreteçã&de-eãtado desltto.na Polônia.

Análise da CEE estápróxima da de Paris

Arlette ChabrolParis — O comunicado que apresenta a análise dos

Ministros de Relações Exteriores da Comunidade Econô-mica Européia (CEE) sobre a crise polonesa, apesar dediscreto, está bem próximo das posições adotadas pelaFrança desde a decretação da lei marcial naquele pais. Aocontrário do que anunciou domingo à noite um diplomatapolonês em Paris, o Governo francês nâo pensa no mo-mento suprimir a cooperação econômica com Varsóviaem setores que possam atingir a população.

Nâo se pensou de modo algum, por exemplo, emsuspender as exportações de alimentos. Os serviços daPresidência da República desmentiram ontem esses ru-mores. Em Bruxelas, os "10" da CEE se mostraram táomoderados quanto os franceses no nivel das decisõesconcretas, pois concordaram em prosseguir com suaajuda humanitária.

Os Chanceleres da CEE decidiram que esperarãopara ver a evolução da situação na Polônia, a flm dereconsiderar o que farão em relação à consolidação dadívida polonesa. Mas, verbalmente, os europeus nâohesitaram em fazer ouvir sua voz.

Como fazem os franceses, por motivos que o Chance-ler Helmut Schmldt, segundo se diz, considera de políticainterna sem o dizer abertamente, os socialistas criticarammuito, e em termos bastante severos, o golpe na Polônia.

Choque com a URSSeliminaria diálogo

Noênio Spinola'Londres — Os representantes dos 10 países que

Integram a Comunidade Econômica Européia (CEE) reu-nidos em Bruxelas ficaram a meio caminho das sançõespropostas pelos Estados Unidos e de uma absolvição daUnião Soviética para crise polonesa. Uma colisão frontalcom a URSS significaria o Virtual colapso do diálogoentre Leste e Oeste.

O que ocorrerá daqui para a frente tanto depende dereaçáo dos poloneses (seguidos de perto pelo Kremlin)como de Washington. Os americanos voltarão a debateros problemas cruciais da segurança européia com seusaliados no próximo dia 11, durante uma reunião doConselho de Ministro do Exterior da OTAN em Bruxelas.

DiálogoConquanto as decisões meramente econômicas em

relação à Uniáo Soviética permitam a flexibilidade de-monstrada em Bruxelas, pois os europeus têm seuspróprios trunfos nas mãos, na arena militar o cenário émulto mais rígido. Bem o guarda-chuva nuclear dosmísseis americanos, a capacidade de diálogo dos Dei como bloco do Pacto de Varsóvia—e a URSS em particular—seria nula.

Essa dlcotomla — Interesses econômicos de um lado emilitares do outro — explica a atitude européia. Osalemães sáo os maiores interessados nas transações eco-nòmii.Hs com o Leste, porque sao os maiores fornecedorese credores.

Os franceses, Italianos e até mesmo as IndústriasInglesas têm todas uma fatia do mercado do Leste quenâo desejam perder. Além disso, os banqueiros conslde-ram os 70 bilhões a 80 bilhões de dólares da divida doLeste com extrema cautela: um colapso na Polôniasignificaria perdas financeiras Insuportáveis para váriosdeles.

Assim, a Comunidade continuará a pressionar noplano político e econômico, mas sem levantar um muronos contatos com os soviéticos, o que ficou explicito nalinguagem com a qual se apresentaram as decisões dareunião de ontem.

As "pressões" da URSS sobre a Polônia foram "desa-provadas", e dito foi também que "sem a Influência daURSS" nào seriam possíveis os acontecimentos na Po-lônla,

A linha "intermediária" da CEE coloca os polonesesem cheque, pois se estes se recusarem a receber umamissão de verificação da Comunidade Européia estarãobatendo com a porta no rosto dos Dei. Isso adicionaráainda mais fogo à fornalha das criticas ao desrespeito aosdireitos humanos no Bloco do Leste Europeu e deixaráMoscou na incômoda posisáo de patrocinadora de maisum Governo repressivo dentro do seu próprio bloco.

Bruxelas —- Os 10 paises da Comunlda-de Econômica Européia se abstiveram deapoiar uma política de sanções contra aUnlfto Soviética por causa da crise naPolônia, mas prometeram nào boicotar asrepresálias Impostas pelos Estados Uni-dos. Os Chanceleres da CEE, reunidos emBruxelas, advertiram os países dn blocosocialista a nâo Intervirem na Polônia.

Disseram também que vâo considerara restrição do comércio com Varsõvla se alei marcial nfto for revogada. O Chancelerfrancês, Claude Cheysson, vetou uma pro-posta da Alemanha Ocidental para enviarum emissário do ORE á Polônia e UnlâoSoviética par» pleitear o flm do estado desitio e a libertação dos presos políticos.

Sem unidadeDiplomatas ocidentais concordaram

que o encontro de sete horas dos Chance-ler.1!; da CEE talhou em atender à solicita-çào do Govemo Ronald Reagan de seformar uma unidade ocidental em relaçãoà Polônia. Mas o Chanceler britânico,Lord Carrington, disse que é desejo daComunidade que nnda fosse feito parasolapar as ações impostas por Wa-shington.

Os Governos da CEE disseram queanalisarão as represálias americanas erealizarão futuras consultas a Washingtone outros países ocidentais para definir asmedidas que poderão servir melhor aosobjetivos comuns. Os Ministros condena-ram a campanha deslanchada pela UniãoSoviética e outros pBlses do bloco orientalcontra os esforços de renovação na Po-lônla.

O Chanceler da Bélgica, Led Tinde-mans, atual presidente do Conselho deMinistros, disse que as autoridades polo-nesas manifestaram Intenção de restauraras liberdades civis em breve e retomar oprocesso de reforma. Mas ressaltou queIsso ainda nâo aconteceu.

Em seu comunicado, os Ministros exor-taram o lider polonês, Wojclech Jaruzels-kl, a acabar com a lei marcial, libertar ospresos e restaurar o diálogo com a IgrejaCatólica e o Sindicato Solidariedade. Pro-meteram realizar consultas "estreitas epositivas" sobre a Polônia com o Govemoamericano e outros aliados ocidentais.

DivergênciasO Ministro do Exterior da Alemanha

Ocidental, Hans-DIetrich Genscher, disseque ainda existem diferenças entre ospaises da CEE em relação à Polônia, ape-sar do desejo comum de mostrar solldarie-dade tanto com a CEE como com outrospaíses ocidentais. Genscher partiu paraWashington onde se encontrará com oChanceler Helmut Schmidt, que conversa-rá hoje com o Presidente Reagan sobre acrise polonesa.

O comunicado da CEE pede uma brevereunião dos paises signatários do Acordode Helsinqul para avaliar os acontecimen-tos na Polônia, que classifica de "graveviolação dos princípios do acordo". OsMinistros advertiram que poderão adotarmedidas adicionais se a situação nâo senormalizar com a suspensão da lei mar-ciai, libertação dos presos e reinicio dasconversações.

Em Varsóvia, o Primeiro-Ministro WoJ-clech Jaruzelski recebeu os Embaixadoresdos 10 paises da CEE para discutir asituação do pais. Lord Carnngton disseque a conversa nâo resultou em nada,sendo "banal e rotineira". Tlndemans con-siderou-a "trágica em certo sentido". Nâoforam revelados detalhes do encontro, rea-lizado poucas horas antes da Reunião deBruxelas. •

Em resposta a uma carta do Chanceleralemão, Helmut Schmldt, Jaruzelski de-clarou que pretende continuar a políticade reforma e que nâo pretende manter alei marcial por mais tempo do que o estri-

—teni_en_te_neçessário._

Volta às fábricasnormaliza o país

Viena — Os meios de comunicaçãooficiais da Polônia anunciaram que osoperários retornaram ontem ao trabalhonos estaleiros de Gdansk e outras fâbrt-cas, mas fontes ocidentais disseram quepelo menos uma grande Indústria estavatrabalhando com metade de sua capacida-de. A rádio de Varsóvia Informou que opais estava livre de greves pela primeiravez em muitos meses.

8egundo a emissora, o trabalho reco-meçou na maioria das seções do EstaleiroLênln, berço do Sindicato Solidariedade.Alguns departamentos reabrirão amanha.Noticias chegadas ao Ocidente, no entan-to, asseguram que apenas metade da forçaretomou ao trabalho em Gdansk. Acres-remaram que houve reforço das forçasmilitares nas ruas de Varsóvia domingo,em antecipação à volta ao trabalho.

JulgamentoA rádio de Varsóvia anunciou que as

Unhas de ônibus e bondes, cujos trabalha-dores desenvolviam intensa atividade sin-dlcal antes da lei marcial, estáo fúnclo-nando normalmente. As aulas do primeiroe segundo graus foram reiniciadas emtodo o pais, depois de três semanas deescolas fechadas, mas as universidadesainda nâo reabriram.

Ontem de manha, uma coluna armadapassou pela principal avenida da Capital,numa demonstração de força semelhanteaos primeiros dias de lei marcial. Na pri-são de Blaloleka, 300 detentos Iniciaramgreve de fome em protesto contra as mâscondições. Os tribunais de Varsóvia reini-ciaram o Julgamento dos grevistas. ForamJulgados em sessões públicas quatro tra-balhadores da fábrica de automóveis deZeran e três do estaleiro Huta, incluindo olider do Solidariedade, Karol Szadurskl.

O Jornal do Partido Operário UnificadoPolonês Trybuna Ludu e o Jornal dasForças Armadas Zolniera Wolnosci aflr-nutram que náo há lugar num sistemasocialista para o Solidariedade na formaem que estava organizado antes da leimarcial. Observaram que será aceita aatividade sindical de acordo com estatu-tos dos trabalhadores, mas seguindo a leidos sindicatos aprovada pelo Parla-mento.

AbastecimentoO Ministério do Interior anunciou a

religaçào das linhas de telefone e telex,cortadas em 10 províncias com a implan-taçáo da lei marcial. A rádio de Varsóviaanunciou que o fornecimento de camepela União Soviética permitirá â Polôniaatender as rações .dos trabalhadores. OMinistro da Agricultura, Jerwy Wojteckl,pediu aos agricultores que cumpram osacordos de venda de cereais ao Govemo.

Comitês de defesa locais começaram aatuar em 49 províncias polonesas, atingi-das por expurgos, informou o CoronelZdlslaw Mallna, vice-diretor do Conselhode Defesa Nacional, criado pelo Governomilitar. Em entrevista ao Trybuna Ludu,disse que parte dos 90 funcionários expur-gados — entre eles cinco Governadores deprovíncias — nâo agiu de acordo com asnovas tarefas resultantes da natureza es-pecífica da lei marcial.

Mais quatro marinheiros poloneses pe-dtram asilo na Austrália, elevando para 24o número de refugiados desde a implanta-çâo do estado de sitio. Os quatro tripulan-tes do navio Joseph Conrad disseram queoutros três companheiros deveriam pedirasilo ate sexta-feira, quando o navio zar-par para Fremantle, na região ocidentalda Austrália, e mais ia quando retornar delá.

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Genscher(E) Tindemans e Carrington concordaram sobre os pontos principais

Indústria só produz de 50% a 60%Varsóvia — A Indústria polonesa está operando entre

50% a 60% de sua capacidade, apesar das declarações dosmilitares de que a economia está voltando ao normal,Informaram fontes Independentes ao repórter Brlan Moo-ney, da Reuter. A Rádio Varsóvia afirmou que a produçãoIndustrial se normalizou e que todas as fábricas e reparti-çôes oficiais de Varsóvia estão funcionando.

Em Frankfurt e Zurique representantes dos bancosque emprestaram dinheiro á Polônia afirmaram que nâopodem confirmar informações divulgadas em Viena ecreditadas a fontes ocidentais em Varsóvia de que aPolônia conseguiu os 350 milhões de dólares que precisa-va para pagar Juros que venceram em 31 de dezembrodentro do bloco soviético, provavelmente de Moscou.

Sem garantiasAs Informações diziam ainda que o Vlce-Primelro-

Ministro Mieczyslaw Rakowski havia garantido que aPolônia tinha a quantia necessária para pagar os Juros navisita que fez à Alemanha Ocidental semana passada.Fontes do Governo em Bonn afirmaram, no entanto, queRakowski nào deu qualquer garantia aos bancos.

Guido Condrau, representante do Swlss Bank nacomissão de oito bancos que negocia com a Polônia, disseque nâo houve contato com os poloneses desde 21 dedezembro. Nessa data, Varsóvia pediu 350 milhões dedólares ao Ocidente para saldar os 500 milhões de dólaresreferentes a Juros de parte da divida de 2 bilhões 400

milhões de dólares que vencia ano passado e que seriarescalonada após este pagamento.

Até o dia 24 de dezembro a Polônia havia pago apenas20 milhões de dólares e não pagou mais nada até 31 dedezembro, último dia de prazo. Apesar disso os 460bancos credores nào decretaram a falência do pais eaguardam comunicação de Varsóvia.

Um adido comercial de Embaixada Ocidental naPolônia afirmou que o pais perdeu entre 50 e 100 milhõesde dólares diários em produção desde o golpe militar hátrês semanas. Algumas das causas foram fatores exter-nos, principalmente a falta de matérias-primas, peças dereposição e assistência técnica ocidental.

Vai desabarO adido afirmou que sem os créditos do Ocidente a

economia polonesa "vai desabar", o que tomará os pro-blemas econômicos praticamente lnsolúvels e Impedirá aPolônia de amortizar seus empréstimos. Alguns.dlploma-tas em Varsóvia acreditam numa falência polonesa noprimeiro semestre de 82.

As autoridades aproveitaram o estado de emergênciapara tomar uma série de medidas econômicas, como adesvalorização do zlotys em 100%, e pretendem aumentaros preços dos alimentos em 400%. Pelo novo câmbio, ospoloneses ganham uma média de 62 dólares 50 centsmensais â taxa de 80 zlotys por dólar.

Reação causou desespero ao GeneralFlora Lewis

Th. Nm York Tim..

Paris — Um relatório privado procedente de Varsô-via, baseado em fontes com acesso a informações de altonivel, diz que o chefe militar da Polônia, General WoJ-clech Jaruzelski, esteve à beira do 3ulcldlo, há cerca de 10dias, ao saber que mineiros tinham sido mortos e ostrabalhadores estavam Irados com o que ele chamava deregime de salvação nacional.

Ê Impossível provar, mas é provável. O prestigio deJaruzelski, que o elevou à liderança, baseou-se em suarecusa a ordenar a soldados poloneses que empregassem"^oip_--ee»tía-s__a__5__M_u_aB^^ diz que elese apavorou com o medo como a aplicação aaTênrarciã!estava se descontrolando e fechando as perspectivas daPolônia.

VingançaHoje confirmação Indireta da Informação, no Jornal

do Exército, um dos poucos que se pôde publicar apôs ogolpe, que afirmou que "a vingança nâo está dentro doespirito de socialismo" e denunciou atos nâo especifica-dos de represália, a pretexto de restabelecimento daordem. Existe conslderavalmente mais confirmação Indl-reta de que, embora o golpe tenha sido Inteira e cuidado-samente planejado, deu-se pouca atenção, se é que se deualguma, a como o regime agiria depois para enfrentar osproblemas do pais.

Obviamente — disse-me um polonês, comunistadesde que se entende por gente, pouco depois de 13 dedezembro — o General Jaruzelski tem um plano político,que se apoia em Lech Walesa.

Mas se Walesa houvesse capitulado desde o Início,que diferença Isso faria para as chances do pais?Isso é verdade — disse o comunista. — Aí, Walesatambém estaria liquidado.

Esta é a questáo. Está agora bastante óbvio que náohouve plano para promover o renascimento da Polônia;apenas para suprimir uma demanda popular de reforma.8e a supressão foi ordenada por Moscou ou empreendidapor poloneses que tentavam evitar outra ocupação, ésecundário. A única opção era quem devia assumir aresponsabilidade por ela, e nâo se a União Soviéticapermitiria que fosse evitada.

IndulgênciaOutras noticias procedentes da Polônia dizem que o

Partido Comunista continua acirradamente dividido. OVlce-Premier Mieczyslaw Rakowski, que correu a Bonnem busca de Indulgência para o golpe na semana passa-da, é o mais conhecido reformista na atual liderançapolonesa. Durante anos, ele argumentou discretamentesobre a necessidade de abrir o sistema, até mesmo dequestionar o dogma do "papel de liderança do Partido",para admitir um revlgoramento da competência e da boavontade.

Isso foi multo antes de sequer existir' a idéia doSolidariedade. Rakowski sempre esteve no que se poderiachamar de circulo interno, combatendo os adversárioslinhas-duras que se recusavam a ceder um centímetro, eresistindo aos que exigiam mais do oue parecia atingível.

Nos primeiros dias de total falta de Informações,pareceu mesmo haver uma possibilidade de que os milita-res, com sua tradição nacionalista, iam usar sua forçapara esmagar os trogloditas do Partido, aqueles querepetidas vezes subverteram o acordo que os moderados,tanto no regime como no Solidariedade, pareciam buscar.Agora, gente demais foi presa, decretos demais foramemitidos, e as forças de segurança, um sinistro termoeuropeu oriental multo distinto das Forças Armadasbaseadas na convocação de civis, recuperaram o poder deaterrorizar.

Assim, que resta aos Rakowskis e mesmo Jaruzelskis,senão tentar bajular o Ocidente para que mantenha osubsidio a um regime falido? Eles não sabiam como ospoloneses reagiriam? Como podiam deixar de saber.com

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A Cruz Vermelha envia alimentosbase em suas próprias vidas e na história de seu pais, quea Oposição poderia ser sufocada, mas náo se poderiaordenar a cooperação?

EstupidezUm panfleto clandestino de Solidariedade, que che-

gou a Paris, dá 15 conselhos sobre resistência passiva. Otema é: "Siga as Instruções mais idiotas so pé da letra.Nâo tente solucionar problemas. A estupidez dss regras êo seu maior aliado. Trabalhe devagar; critique a desor-dem e ineficiência dos chefes; deixe todas as decisões aoscomandantes militares e colaboradores; jnundeos deperguntas: manifeste-lhes suas duvidas; não pense poreles; banque o burro."

Se Isto é contra-revolucionário, tem sido assim pormulto tempo. É a reação Instintiva dos poloneses quesentiram durante muito tempo que não podiam trabainarpara sl mesmos e seu pais, que tinham de servti aoregime, cujos objetivos nâo pedem compartilhar. A idéiaessencial de "renovação" na Polônia foi Inverter esseestado de coisas pacificamente, e proporcionar uma sainaencorajadora para as energias.

Mas repetidas vezes a liderança nâo sabia. Dlficilmen-te poderia saber, porque, por definição, o regime sebaseava em assustar as pessoas para fazê-las calai', e,quando possível, em elogios da boca para fora. Existemenormes implicações, que afetam e que pode ser apenasuma miragem de estabilidade de bloco de poder nestemundo perigoso.

Existem também pequenas Implicações, mas nin-guém escapa a elas. Do governante para baixo, a recusa aouvir leva a nào saber. É por Isso que se precisa daliberdade de expressão, por mais desagradável que seja,para fazer uma sociedade frutlficar. Ordem é uma coisa, eos Exércitos sào treinados para produzir exatamente isto.E então? Os que nâo sabem nào podem produzir mais.

Seqüestradoé casado comImée Marcos

Washington e Manila — Ó .esportista fillplno Tommy Ma-notoc, 32 anos, que desapare-ceu em circunstâncias rnlste-riosas na semana passada emManila, casou-se de fato secre- -tamente com a filha mais ve-lilha do Presidente fillplno Fer-diriam! Marcos, Imée Marcos,no mês passado, cm Arllngton,Estado de Virginia, EUA, se-gundo provam os registros dotribunal local.

O tribunal liberou ontem oregistro, provando que o casa-mento se realizou ali no dia 4 .'-'de dezembro, tendo Tommyapresentado prova de seu dl-vórcio da primeira mulher. EmManila, a mulher do Presiden-te Marcos rompeu o silencia...que vinha mantendo sobreo,,,,caso, dizendo que todos devem t"concentrar suas preces e es-'"forços para salvar uma vidahumana (a de Tommy). qual-quer que seja sua filiação poli-tica".

MOTIVO

Imelda disse — em nota dis-tribuida á imprensa — queseus "sentimentos pessoais só-bre alguns aspectos chocantesdo Incidente sâo Irrelevantes". "A família Marcos vinha negan-do o casamento da filha maisvelha com Tommy Manotoc,anunciado pela família do es-portista como provável motivopara o seu seqüestro.

Um bilhete dos supostos se:, ,„qüestradores exigiu resgateem dinheiro e a libertação dequatro lideres esquerdistas"'presos pelo Govemo Marcos, ;;em troca da vida de Tommy.

Itália criticaGoverno por fuga

Roma e Rovigo, Itália — OGoverno do Primeiro-MinistroGiovannl Spadolini foi dura-mente censurado na reuniãode ontem do Parlamento pelaespetacular fuga de quatro ter-roristas da prisào de máximasegurança dc Rovigo. próximoa Veneza, numa região supôs-tamente sob rigorosa vigllân-cia depois do seqüestro do Ge-neral americano James Dozler.

A policia Italiana tentavaInutilmente recapturar as qua-tro mulheres que escaparam,todas militantes da PrimeiraLinha, organização ligada ásBrigadas Vermelhas que se—qüestraram Dozier, Sub-comandante das Forças Ter-restres da OTAN na EuropaMeridional.

PROTESTO EM ROVIGOAs quatro mulheres escapa-

ram domingo quando um gra-po de cúmplices abriu com ex-plosivos um buraco na parededa prisào de máxima seguran-ça de Rovigo enquanto atraiacom um tiroteio a atenção dosguardas para outro ponto dopresidio, numa operação espe-tacular e sem precedente. Ad-ntite=se-nt-tfineias p©!tei_______LaüÊ_.ela tenha sido realizada pelasBrigadas Vermelhas para con-fundir e dispersar a atençãodas forças policiais que invés-tigam o seqüestro de Dozier.

Entre as quatro fugitivas, to-das acusadas de pertencer àsBrigadas Vermelhas ou à Pri-meira Linha, figura SusannaRonconi, que responde a julga-mento por participar de umataque á prisão de Florençaem 1978.

O comércio de Rovigo fe-chou ontem durante duas ho-ras em sinal de protesto pelo ¦ataque ao presidio e solldarie; ,dade às vitimas; um morto eseis feridos. _.__,,

FAMÍLIA CONFIANTE

A família do General James 'Dozier está reunida em seuapartamento de Verona. Scott,filho do General oue estuda naAcademia Militar de WestPoint, Virginia. EUA, e Cheryl.a filha, que serve nas forçasamericanas baseadas na Ale^.manha Ocidental, permanece- .ram com a máe, Judith, e, se-gundo jornalistas, todos pare;ciam sorridentes, como se es-perasse com mais confiança ospróximos dias.

Uma chamada telefônicaanônima para o escritório daao agência de noticias AP emAmsterdã, Holanda, disse queDozier estava cativo num sô-táo de sua residência em Vero-na. Policiais italianos disse-ram ser impossível verificar aautenticidade da chamada.

Boletim clandestino denuncia 14 mortesViena — A Polônia se transformou num "pesado

campo de trabalho", segundo denunciou o último boletimdo Solidariedade chegado ontem clandestinamente aParis. O documento, o sexto a ser divulgado desde adecretação da lei marcial no país, a 13 de dezembro,afirma também que 14 mineiros foram mortos quando asforças de segurança "pacificaram" a mina de carvaào deLipcowy, na Silésia.

Assinalou o boletim que setores do Exército resisti-ram à ordem de subjugar o Solidariedade, que unidadesmilitares e da policia chegaram a entrar em choque e quecentenas de oficiais do Exército devolveram suas cartel-ras de filiação do POUP. O documento estava cuidadosa-mente datilografado e mimeogiatado, ao contrario dosanteriores, muitos dos quais eram manuscritos.

ChoquesAo se referir ao movimento rebelde dentro do Exerci-

to. o documento sustentou que todos os oficiais de uma

unidade em Niepoldwice, perto de Cracôvla. foram presose que em Bydgoszcz houve choques entre Integrantes doExército e da policia.

Numa guamiçâo do Norte do país (o nome da locali-dade foi suprimido a pedidos dos Informantes), um solda-do matou seu comandante em represália aos assassíniode mineiros da mina de Wujek, acrescentou o boletim.Wujek foi a mina da regiáo da Silésia onde, conforme aspróprias autoridades militares admitiram, sete mineirosforam fuzilados quando atacaram forças de segurançaque reprimiram um movimento de protesto.

Analisando a atuação do Solidariedade, o documentoafirma que as autoridades sistematicamente tentarambloquenr todas as reformas autênticas: "Durante 16 me-ses o Partido Comunista fez o que pôde para liquidarnosso movimento sindical.'

Segundo o documento, foi o jovem de 23 anos AntoniGrowarczyk o único dos mortos nos choques com asforças de segurança'que pôde ser identificado ate agora.

Bonn elegecandidatofictício

Bonn — Um ministro fictíciofoi considerado um dos políti-'"cos mais populares da Alemã-nha Ocidental numa pesquisade oplnlào divulgada ontem.

O respeitado Instituto Em-nid colocou o Ministro Meyersnuma lista de autoridades doGovemo submetidas aos elei-tores para um teste de popula-ridade de rotina.

Como resultado, o ministroinexistente foi votado o sextomais popular, à frente de poli-ticos como os Ministros da De-fesa Hans Apel e do Interior,Gerhart Baum.

— Contrariamente às pre-sunçòes de políticos e à opi-niâo dos pesquisadores, gran-des segmentos da populaçãotêm um .alto grau de lgnorân-cia sobre política — disse umporta-voz da Emnid.

O Instituto, com sede emBlelefeld, é uma das mais co-nhecidas organizações de pes-quisa de meicaoo e rte opiniãopublica da Aiemanha Oci-dentai.

Segundo o Instituto, um emcada tres alemães ocidentais,quando solicitados a nomearum ministro, foi incapaz detaé-lo ou então deu um nomeerrado.

13 — INTERNACIONAL D 2" Clichê 1" Caderno D terça-feira, (5/1/82 D JORNAL DO BRASIL '"""

CEE se abstém de impor sanções a Moscou e VarsóviaíWashington esperaobter apoio dosChanceleres da OTAN

Armando OuriqueWashington — Ob Estados Unidos esperam que na

reunião de Chanceleres dos paises da OTAN, marcadapara o próximo dia 11, os seus aliados europeus opólem àssanções contra a União Soviética na semana passada eresolvam não tomar qualquer medida que possa debilitaressas sanções, declarou uma fonte do Departamento deEstado.

O encontro do Presidente Reagan com o Chanceleralemão, Helmut Schmidt, hoje, na Casa Branca, apesarde ter sido marcado hâ mais tempo, fará parte do proces-so de busca de uma posição comum do Ocidente frente âsituação polonesa. Esse processo devera culminar com areunião da OTAN, acrescentou a fonte.

Unidade do OcidenteO Presidente Reagan e ob seus assessores nas reu-

nlóes com as autoridades alemãs tomarão "cuidado paranão permitir que a crise polonesa causada pelo envolvi-mento soviético... se transforme numa crise da comunlda-de ocidental"; a fonte do Departamento de Estado acres-centou que essa crise política do Ocidente, precipitadapelo comportamento soviético, seria "o pior que poderiaacontecer" e que o Oovemo Reagan procurará evltô-la.

Os Estados Unidos esperam que a visita do ChancelerSchmidt contribuirá para consolidar a unidade do Oci-dente na reunião da OTAN, daqui a uma semana emBruxelas. O Ministro das Relações Exteriores da Alemã-nha, Hans-Dletrlch Oenscher, devera fazer um relato parao Oovemo Reagan da reunião dos chanceleres do Merca-do Comum Europeu, que decidiram não adotar medidasque passam debilitar as sanções dos EUA contra a URSS.

A fonte do Departamento de Estado disse que se ospaises europeus não apoiassem as Iniciativas americanascontra os soviéticos "Isso significaria eventemente umaquestão grave no que se refere ã Aliança Ocidental".Nesse caso, que a fonte considerou Improvável, "haveriaum impacto sobre as atitudes dos Estados Unidos e sobrea opinião pública norte-americana e européia.

A fonte admitiu que existem "diferenças de perspectl-va" entre os Estados Unidos e alguns paises da EuropaOcidental a respeito do envolvimento soviético na crisepolonesa. Acrescentou que essa questão estava sendoexagerada pela Imprensa. Reconheceu, no entanto, queos Estados Unidos consideram que os militares polonesesagiram basicamente como agentes soviéticos, enquanto03 aliados europeus acham que eles decretaram o estadode sitio por Iniciativa própria.

Essa fonte afirmou que os militares poloneses foramagora bem sucedidos em estabelecer o que definem comolei e ordem, mas que era multo cedo para concluir quehaverá estabilidade na Polônia a longo prazo.

DocumentoApesar dessas declarações, o Departamento de Esta-

do afirmou ontem oficialmente que "o estado de sitio nàopoderá nunca levar a normalidade". A Chancelaria dosEUA também divulgou um documento de 17 páginas comInformações públicas sobre a posição da URS8 em rela-çào à Polônia nos últimos anos. Um porta-voz disse queesse documento comprova que "a culpa" pelo estado desitio cabia à União Soviética. Afirmou, entretanto, queera uma coincidência que o "documento tinha sido dlvul-gado à véspera da visita do Chanceler alemão.

A fonte do Departamento de Estado, que pediu paranào ser mencionada, revelou que a OTAN nos últimos 18meses havia chegado a um acordo sobre as medidas que oOcidente deveria adotar em conjunto no caso de umaintervenção militar soviética na Polônia.

acrescentou que a hipótese de um estado de sitiochegou a ser discutida mas que os países da OTAN foramIncapazes de concordar com as sanções que deveriamsçradotadas nessa eventualidade.

Disse, ainda, que algumas das sanções que o OovemoReagan adotou na semana passada contra a União Sovié-tica estavam previstas nos planos da OTAN para aeventualidade de uma Intervenção militar da URSS.Washington decidiu retaliar dessa forma contra Moscou,apesar da ausência de uma Intervenção militar, porqueconcluiu que os soviéticos tinham tido uma responsabill-dade "direta e pesada" pela decretação do estado de sitiona Polônia.

Análise da CEE estápróxima ãa de Paru

Arlette ChabrolParis — O comunicado que apresenta a análise dos

Ministros de Relações Exteriores da Comunidade Econô-mica Européia (CEE) sobre a crise polonesa, apesar dediscreto, está bem próximo das posições adotadas pelaFrança desde a decretação da lei marcial naquele pais. Aocontrário do que anunciou domingo à noite um diplomatapolonês em Paris, o Oovemo francês não pensa no mo-mento suprimir a cooperação econômica com Varsóviaem setores que possam atingir a população.

Nào se pensou de modo algum, por exemplo, emsuspender as exportações de alimentos. Os serviços daPresidência da República desmentiram ontem esses ru-mores. Em Bruxelas, os "10" da CEE se mostraram tàomoderados quanto os franceses no nível das decisõesconcretas, pois concordaram em prosseguir com suaajuda humanitária.

. Os Chanceleres da CEE decidiram que esperarãopara ver a evolução da situação na Polônia, a flm dereconsiderar o que farào em relação à consolidação dadívida polonesa. Mas, verbalmente, os europeus nãohesitaram em fazer ouvir sua voz.

Como fazem os franceses, por motivos que o Chance-ler Helmut Schmidt, segundo se diz, considera de políticainterna sem o dizer abertamente, os socialistas criticarammulto, e em termos bastante severos, o golpe na Polônia.

Choque com a URSSeliminaria diálogo

Noênio Spínola'Londres — Os representantes dos 10 paises queintegram a Comunidade Econômica Européia (CEE) reu-

nídos em Bruxelas ficaram a melo caminho das sançõespropostas pelos Estados Unidos e de uma absolvição daUnião Soviética para crise polonesa. Uma colisão frontalcom a URSS significaria o Virtual colapso do diálogoentre Leste e Oeste.

O que ocorrerádaqul para aitente tanto depende dereaçáo dos poloneses (seguidos de perto pelo Kremlin)como de Washington. Os americanos voltarão a debateros problemas cruciais da segurança européia com seusaliados no próximo dia 11, durante uma reunláo doConselho de Ministro do Exterior da OTAN em Bruxelas.

DiálogoConquanto as decisões meramente econômicas emrelaçáo à Uniáo Soviética permitam a flexibilidade de-monstrada em Bruxelas, pois os europeus têm seus

próprios trunfos nas mãos, na arena militar o cenário émulto mais rígido. Sem o guarda-chuva nuclear dosmísseis americanos, a capacidade de diálogo dos Des como bloco do Pacto de Varsóvia — e a URSS em particular—seria nula.Essa dlcotomla — Interesses econômicos de um lado e

militares do outro — explica a atitude européia. Osalemães sào os maiores Interessados nas transações eco-nômlcas com o Leste, porque são os maiores fornecedorese credores.

Os franceses, Italianos e até mesmo as IndústriasInglesas tém todas uma fatia do mercado do Leste quenào desejam perder. Além disso, os banqueiros conside-ram os 70 bilhões a 80 bilhões de dólares da divida doLeste com extrema cautela: um colapso na Polôniasignificaria perdas financeiras insuportáveis para váriosdeles.

Assim, a Comunidade continuará a pressionar noplano poUtico e econômico, mas sem levantar um muronos contatos com os soviéticos, o que flcou explícito naUwcuagem com a qual se apresentaram as decisões dareunláo de ontem.

As "pressões" da URSS sobre a Polônia foram "desa-provadas", e dito foi também que "sem a influência daURSS" nâo seriam possíveis os acontecimentos na Po-lônia.

A Unha "intermediária" da CEE coloca os polonesesem cheque, pois se estes se recusarem a receber umamissão de verificação da Comunidade Européia estarãobatendo com a porta no rosto dos Dei. Isso adicionaráainda mais fogo à fornalha das criticas ao desrespeito aosdireitos humanos no Bloco do Leste Europeu e deixaráMoscou na incômoda poslsào de patrocinadora de maisjim CWwprno repressivo ripntro do seu próprio bloco.

depoi

Bruxelas — Os 10 paises da Comunlda-de Econômica Européia se abstiveram deapoiar uma política de sanções contraVarsóvia e Moscou por causa da crise naPolônia, mas prometeram náo boicotar asrepresálias Impostas pelos Estados Uni-dos, Os Chanceleres da CEE, reunidos emBruxelas, advertiram os países do blocosocialista a não Intervirem na Polônia.

Disseram também que vâo considerara restrição do comércio com Varsóvia se alei marcial não for revogada. O Chancelerfrancês, Claude Chéysson, vetou uma pro-posta da Alemanha Ocidental para enviarum emissário da CEE à Polônia e UniãoSoviética para pleitear o fim do estado desítio e a libertação dos presos poUticos.

Sem unidadeDiplomatas ocidentais concordaram

que o encontro de sete horas dos Chance-leres da CEE falhou em atender à solícita-çào do Oovemo Ronald Reagan de seformar uma unidade ocidental em relaçãoã Polônia. Mas o Chanceler britânico,Lord Carrington, disse que é desejo daComunidade que nada fosse feito parasolapar as ações Impostas por Wa-shington.

Oa Oovemos da CEE disseram queanalisarão as represálias americanas erealizarão futuras consultas a Washingtone outros palies ocidentais para definir asmedidas que poderão servir melhor aosobjetivos comuns. Os Ministros condena-ram a campanha deslanchada pela UniãoSoviética e outros países do bloco orientalcontra os esforços de renovação na Po-lônia.

O Chanceler da Bélgica, Led Tlnde-mans, atual presidente do Conselho deMinistros, disse que as autoridades polo-nesas manifestaram Intenção de restauraras liberdades civis em breve e retomar oprocesso de reforma. Mas ressaltou queIsso ainda não aconteceu.

Em seu comunicado, os Ministros exor-taram o Uder polonês, Wojclech Jaruzels-kl, a acabar com a lei marcial, libertar ospresos e restaurar o diálogo com a IgrejaCatólica e o Sindicato Solidariedade. Pro-meteram realizar consultas "estreitas epositivos" sobre a Polônia com o Oovemoamericano e outros aliados ocidentais.

O Ministro do Exterior da AlemanhaOcidental, Hans-Dletrlch Genscher, disseque ainda existem diferenças entre ospaíses da CEE em relaçáo à Polônia, ape-sar do desejo comum de mostrar solidarie-dade tanto com a CEE como com outrospaíses ocidentais. Oenscher partiu paraWashington onde se encontrará com oChanceler Helmut Schmidt, que conversa-rá hoje com o Presidente Reagan sobre acrise polonesa.

O comunicado da CEE pede uma brevereunião dos países signatários do Acordode Helsinqui para avaliar os acontecimen-tos na Polônia, que classifica de "graveviolação dos princípios do acordo". OsMinistros advertiram que poderão adotarmedidas adicionais se a situação não senormalizar com a suspensão da lei mar-ciai, libertação dos presos e reinicio dasconversações.

Jaruzelski admitetrtar líderes

Bruxelas — O Primeiro-Ministro Woj-clech Jaruzelski; chefe do Oovemo militarpolonês, disse aos embaixadores da CEEque estava considerando a possibilidadede deportar para o Ocidente, os principaisUderes do Sindicato Solidariedade, atual-mente presos.

O Qeneral Jaruzelski disse tambémque poderia Ubertar outros prisioneirossomente sob a condição de que prometamse abster de quaisquer atividades públi-cas. Em sua mensagem, o general Infor-mou ainda que nâo pretende se submeterao tipo de pressão que os Estados Unidostentam organizar contra Varsóvia e que sóaceitaria conselhos políticos de países dobloco socialista.

Volta às fábricasnormaliza o país

Viena — Os meios de comunicaçãooficiais da Polônia anunciaram que osoperários retornaram ontem ao trabalhonos estaleiros de Gdansk e outras fábri-cas, mas fontes ocidentais disseram quepelo menos uma grande Indústria estavatrabalhando com metade de sua capaclda-de. A râdlo de Varsóvia Informou que opais estava livre de greves pela primeiravez em muitos meses.

Segundo a emissora, o trabalho reco-meçou na maioria das seções do EstaleiroLênln, berço do Sindicato SoUdariedade.Alguns departamentos reabrirão amanhã.Notícias chegadas ao Ocidente, no entan-to, asseguram que apenas metade da forçaretomou ao trabalho em Gdansk. Acres-centaram que houve reforço das forçasmiUtares nas ruas de Varsóvia domingo,em antecipação ã volta ao trabalho.

JulgamentoA radio de Varsóvia anunciou que as

Unhas de ônibus e bondes, cujos trabalha-dores desenvolviam Intensa atividade sin-dical antes da lei marcial, estão funcio-nando normalmente. As aulas do primeiroe segundo graus foram reiniciadas emtodo o país, depois de três semanas deescolas fechadas, mas as universidadesainda não reabriram.

Ontem de manhã, uma coluna armadapassou pela principal avenida da Capital,numa demonstração de força semelhanteaos primeiros dias de lei marcial. Na pri-sào de Blaloleka, 300 detentos Iniciaramgreve de fome em protesto contra as máscondições. Os tribunais de Varsóvia relnl-ciaram o julgamento dos grevistas. ForamJulgados em sessões púbUcas quatro tra-balhadores da fábrica de automóveis deZeran e três do estaleiro Huta, Incluindo oUder do SoUdariedade, Karol Szadurski.

O jornal do Partido Operário UnificadoPolonês Trybuna Ludu e o Jornal dasForças Armadas Zolnlerz Wolnosei afir-maram que nào hà lugar num sistemasocialista para o SoUdariedade na formaem que estava organizado antes da leimarcial. Observaram que será aceita aatividade sindical de acordo com estatu-tos dos trabalhadores, mas seguindo a leidos sindicatos aprovada pelo Parlamento.

AbastecimentoO Ministério do Interior anunciou a

religaçáo das Unhas de telefone e telex,cortadas em 10 províncias com a lmplan-taçáo da lei marcial. A rádio de Varsóviaanunciou que o fornecimento de camepela União Soviética permitirá à Polôniaatender as rações dos trabalhadores. OMinistro da Agricultura, Jerwy Wojteckl,pediu aos agricultores que cumpram osacordos de venda de cereais ao Oovemo.

Comitês de defesa locais começaram aatuar em 49 províncias polonesas, atingi-das por expurgos, Informou o CoronelZdlslaw MaUna, vice-diretor do Conselhode Defesa Nacional, criado pelo OovemomlUtar. Em entrevista ao Trybuna Ludu,disse que parte dos 90 funcionários expur-gados — entre eles cinco Governadores deprovíncias — não agiu de acordo com asnovas tarefas resultantes da natureza es-pecífica da lei marcial.

Mais quatro marinheiros poloneses pe-dlram asilo na AustráUa, elevando para 24o número de refugiados desde a implanta-çào do estado de sítio. Os quatro tripulan-tes do navio Joseph Conrad disseram queoutros três companheiros deveriam pedirasilo até sexta-feira.

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Genscher(E) Tindemans e Carrington concordaram sobre os pontos principais

Indústria só produz de 50% a 60%Varsóvia — A indústria polonesa está operando entre

50% a 60% de sua capacidade, apesar das declarações dosmiUtares de que a economia está voltando ao normal,Informaram fontes Independentes ao repórter Brian Moo-ney, da Reuter. A Rádio Varsóvia afirmou que a produçãoindustrial se normalizou e que todas as fábricas e reparti-ções oficiais de Varsóvia estáo funcionando.

Em Frankfurt e Zurique representantes dos bancosque emprestaram dinheiro à Polônia afirmaram que nâopodem confirmar Informações divulgadas em Viena ecreditadas a fontes ocidentais em Varsóvia de que aPolônia conseguiu os 350 milhões de dólares que precisa-va para pagar Juros que venceram em 31 de dezembrodentro do bloco soviético, provavelmente de Moscou.

Sem garantiasAs Informações diziam ainda que o Vice-Primelro-

Ministro Mleczyslaw Rakowski havia garantido que aPolônia tinha a quantia necessária para pagar os Juros navisita que fez à Alemanha Ocidental semana passada.Fontes do Governo em Bonn afirmaram, no entanto, queRakowski não deu qualquer garantia aos bancos.

Guido Condrau, representante do Swlss Bank nacomissão de oito bancos que negocia com a Polônia, disseque nào houve contato com os poloneses desde 21 dedezembro. Nessa data, Varsóvia pediu 350 milhões dedólares ao Ocidente para saldar os 500 milhões de dólaresreferentes a Juros de parte da dívida de 2 bUhôes 400

milhões de dólares que vencia ano passado e que seriarescalonada após este pagamento.

Até o dia 24 de dezembro a Polônia havia pago apenas20 milhões de dólares e não pagou mais nada até 31 dedezembro, último dia de prazo. Apesar disso os 460bancos credores náo decretaram a falência do pais eaguardam comunicação de Varsóvia.

Um adido comercial de Embaixada Ocidental naPolônia aflrmou que o país perdeu entre 50 e 100 milhõesde dólares diários em produção desde o golpe militar hàtrês semanas. Algumas das causas foram fatores exter-nos, principalmente a falta de matérias-primas, peças dereposição e assistência técnica ocidental.

Vai desabarO adido aflrmou que sem os créditos do Ocidente a

economia polonesa "vai desabar", o que tomará os pro-blemas econômicos praticamente tnsolúvels e impedirá aPolônia de amortizar seus empréstimos. Alguns diploma-tas em Varsóvia acreditam numa falência polonesa noprimeiro semestre de 82.

As autoridades aproveitaram o estado de emergênciapara tomar uma série de medidas econômicas, como adesvalorização do zlotys em 100%, e pretendem aumentaros preços dos alimentos em 400%. Pelo novo câmbio, ospoloneses ganham uma média de 62 dólares 50 centsmensais à taxa de 80 zlotys por dólar.

Reação causou desespero ao GeneralFlora Lewis

TUNkVoiIi Tim..

Paris — Um relatório privado procedente de Varsõ-via, baseado em fontes com acesso a Informações de altonível, diz que o chefe militar da Polônia, General Woj-clech Jaruzelski, esteve à beira do suicídio, hâ cerca de 10dias, ao saber que mineiros tinham sido mortos e ostrabalhadores estavam Irados com o que ele chamava deregime de salvação nacional.

Ê Impossível provar, mas é provável. O prestigio deJaruzelski, que o elevou à Udérança, baseou-se em suarecusa a ordenar a soldados poloneses que empregassema força contra seus compatriotas. O relatório diz que elese apavorou com o medo como a aplicação da lei marcialestava se descontrolando e fechando as perspectivas daPolônia.

VingançaHoje confirmação Indireta da Informação, no Jornal

do Exército, um dos poucos que se pôde pubUcar apôs ogolpe, que afirmou que "a vingança nào está dentro doespírito de socialismo" e denunciou atos nâo específica-dos de represália, a pretexto de restabelecimento daordem. Existe conslderavalmente mais confirmação lndl-reta de que, embora o golpe tenha sido Inteira e cuidado-samente planejado, deu-se pouca atenção, se é que se deualguma, a como o regime agiria depois para enfrentar osproblemas do pais.

Obviamente — disse-me um polonês, comunistadesde que se entende por gente, pouco depois de 13 dedezembro — o General Jaruzelski tem um plano poUtico,que sc apoia em Lech Walesa.

Mas se Walesa houvesse capitulado desde o Inicio,que diferença Isso faria para as chances do pais?Isso é verdade — disse o comunista. — Al, Walesatambém estaria liquidado.

Esta ê a questáo. Está agora bastante óbvio que nàohouve plano para promover o renascimento da Polônia;apenas para suprimir uma demanda popular de reforma.Se a supressão foi ordenada por Moscou ou empreendidapor. poloneses que tentavam evitar outra ocupação, êsecundário. A única opção era quem devia assumir aresponsabilidade por ela, e nào se a Uniáo Soviéticapermitiria que fosse evitada.

HdalnquIMP' t ci *

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IndulgênciaOutras notícias procedentes da Polônia dizem que o

Partido Comunista continua aclrradamente dividido. OVlce-Premler Mleczyslaw Rakowski, que correu a Bonnem busca de indulgência para o golpe na semana passa-da, é o mais conhecido reformista na atuai Udérançapolonesa. Durante anos, ele argumentou discretamentesobre a necessidade de abrir o sistema, até mesmo dequestionar o dogma do "papel de liderança do Partido",para admitir um revlgoramento da competência e da boavontade.

Isso foi multo antes de sequer existir a idéia doSoUdariedade. Rakowski sempre esteve no que se poderiachamar de círculo Interno, combatendo os adversáriosUnhas-duras que se recusavam a ceder um centímetro, eresistindo aos que exigiam mais do oue parecia atingível.

Nos primeiros dias de total falta de Informações,pareceu mesmo haver uma possibilidade de que os multa-res, com sua tradição nacionalista, Iam usar sua forçapara esmagar os trogloditas do Partido, aqueles querepetidas vezes subverteram o acordo que os moderados,tanto no regime como no SoUdariedade, pareciam buscar.Agora, gente demais foi presa, decretos demais foramemitidos, e as forças de segurança, um sinistro termoeuropeu oriental multo distinto das Forças Armadasbaseadas na convocação de civis, recuperaram o poder deaterrorizar.

Assim, que resta aos Rakowskls e mesmo Jaruzelskls,senào tentar bajular o Ocidente para que mantenha osubsidio a um regime falido? Eles nào sabiam como ospoloneses reagiriam? Como podiam deixar de saber.com

A Cruz Vermelha envia alimentosbase em suas próprias vidas e na história de seu país. quea Oposição poderia ser sufocada, mas náo se poderiaordenar a cooperação?

EstupidezUm panfleto clandestino de Solidariedade, que che-

gou a Paris, dá 15 conselhos sobre resistência passiva. Otema é: "Siga as Instruções mais idiotas ao pé da letra.Nâo tente solucionar problemas. A estupidez das regras éo seu maior aliado. Trabalhe devagar; critique a desor-dem e ineficiência dos chefes; deixe todas as decisões aoscomandantes miUtares e colaboradores; inunde-os deperguntas; manifeste-lhes suas dúvidas; não pense poreles; banque o burro."

Se Isto ê contra-revoluclonário, tem sido assim pormulto tempo. É a reação Instintiva dos poloneses quesentiram durante multo tempo que nào podiam trabalharpara sl mesmos e seu país, que tinham de servir aoregime, cujos objetivos nâo pedem compartilhar. A Idéiaessencial de "renovação" na Polônia foi Inverter esseestado de coisas pacificamente, e proporcionar uma saídaencorajadora para as energias.

Mas repetidas vezes a Udérança nâo sabia. Diflcllmen-te poderia saber, porque, por definição, o regime sebaseava em assustar as pessoas para fazê-las calar, e,quando possível, em elogios da boca para fora. Existemenormes implicações, que afetam e que pode ser apenasuma miragem de estabUidade de bloco de poder nestemundo perigoso.

Existem também pequenas ImpUcações, mas nln-guém escapa a elas. Do governante para baixo, a recusa aouvir leva a não saber. É por Isso que se precisa daUberdade de expressão, por mais desagradável que seja.para fazer uma sociedade frutlflcar. Ordem é uma coisa, eos Exércitos sáo treinados para produzir exatamente Isto.E entào? Os que nào sabem não podem produzir mais.

Boletim clandestino denuncia 14 mortesViena — A Polônia se transformou num "pesado

campo de trabalho", segundo denunciou o último boletimdo Solidariedade chegado ontem clandestinamente aParis. O documento, o sexto a ser divulgado desde adecretação da lei marcial no pais, a 13 de dezembro,afirma também que 14 mineiros foram mortos quando asforças de segurança "pacificaram" a mina de carvaâo deLlpcowy, na 8ilésia.

Assinalou o boletim que setores do Exército resisti-ram à ordem de subjugar o SoUdariedade, que unidadesmilitares e da policia chegaram a entrar em choque e quecentenas de oflciais do Exército devolveram suas cartel-ras de filiação do POUP. O documento estava cuidadosa-mente datilografado e mlmeografado, ao contrário dosanteriores, muitos dos quais eram manuscritos.

ChoquesAo se referir ao movimento rebelde dentro do Exerci-

to, o documento sustentou que todos os oficial* de uma

unidade em Niepoldwlce, perto de Cracóvia, foram presose que em Bydgoszcz houve choques entre Integrantes doExército e uu polícia.

Numa guamiçáo do Norte do pais (o nome da locaU-dade foi suprimido a pedidos dos Informantes), um solda-do matou seu comandante em represália aos assassiniode mineiros da mina de Wujek, acrescentou o boletimWujek foi a mina da região da Sllésla onde, conforme aspróprias autoridades militares admitiram, sete mineirosforam fuzilados quando atacaram forças de segurançaque reprimiram um movimento de protesto.

Analisando a atuação do Solidariedade, o documentoafirma que as autoridades sistematicamente tentarambloquear todas as reformas autênticas: "Durante 16 me-ses o Partido Comunista fez o que pôde para Uquidarnosso movimento sindical."

Segundo o documento, foi o Jovem de 23 anos AntoniGrowarczyk o único dos mortos nos choques com asforças de segurança aue pôde ser Identificado at* agora.

Seqüestrado ;_é casado conC':lImée Marcos

Washington e Manila — Oesportista flllptno Tommy Ma-notoc, 32 anos, que desapare- -•¦•ceu em circunstâncias rnlste-riosas na semana passada em.,, ..,Manila, casou-se de fato secre-;.-,-;tamente com a fllha mais ve-lha do Presidente flllplno Fer-dinand Marcos, Imée Marcos,no mês passado, em ArUngton,Estado de Virgínia, EUA, se-gundo provam os registros dotribunal local.

O tribunal liberou ontem oregistro, provando que o casa-mento se realizou ali no dia 4de dezembro, tendo Tommyapresentado prova de seu di-vôrclo da primeira mulher. EmManila, a mulher do Presiden-te Marcos rompeu o sUêncloque vinha mantendo sobre o.caso, dizendo que todos devem"concentrar suas preces e es-forços para salvar uma vidahumana (a de Tommy), qual-quer que seja sua filiação poU-tica".

MOTIVO } i:iImelda disse — em nota dia- „,,„tribulda á imprensa — que

seus "sentimentos pessoais so- 'bre alguns aspectos chocantes ""do Incidente são Irrelevantes".A família Marcos vinha negan-do o casamento da fllha maisvelha com Tommy Manotoç_'.~.;:anunciado pela famIUa do es-.,,..,„portlsta como provável motivopara o seu seqüestro.

Um bUhete dos supostos se-_...qüestradores exigiu resgate ','.„,em dinheiro e a Ubertaçâo de. ,„,.quatro Uderes esquerdistas ¦presos pelo Oovemo Mareos,'em troca da vida de Tommy.

Itália criticaGoverno por fuga. -—

Roma e Rovigo, Itália — o-1""Govemo do Primeiro-MinistroGiovanni Spadolini foi dura- -•¦"mente censurado na reunláode ontem do Parlamento pela ' '.espetacular fuga de quatro ter-rortstas da prisão de máximasegurança de Rovigo, próximo —a Veneza, numa região supôs-tamente sob rigorosa vlgüân-cia depois do seqüestro do Ge- '•neral americano James Dozier.

A policia Italiana tentavaInutilmente recapturar as qua-tro mulheres que escaparam,"""'todas nülltantes da Primeira1"Linha, organização Ugada às >Brigadas Vermelhas que se-. ...qüestraram Dozier. Sub-comandante das Forças T«-restres da OTAN na EuropaMeridional.

PROTE8TO EM ROVIGO -—As quatro mulheres escapa-

ram domingo quando um gru-po de cúmpUces abriu com ex" "'.'ploslvos um buraco na parede .",;da prisáo de máxima seguran-ça de Rovigo enquanto atraíacom um tiroteio a atenção doá' '"guardas para outro ponto dopresidio, numa operação espe-tacular e sem precedente. Ad-mlte-se nos meios poUciais queela tenha sido realizada pelas.Brigadas Vermelhas para con-, lM„fundir e dispersar a atençãodas forças policiais que lnves-'tigam o seqüestro de Dozier.

Entre as quatro fugitivas, to-das acusadas de pertencer àsBrigadas Vermelhas ou à Pri-meira Linha, figura SusannaRonconi, que responde a julga-mento por participar de umataque à prisão de Florençaem 1978.

O comércio de Rovigo fe-' «..chou ontem durante duas ho-ras em sinal de protesto pelo ,ataque ao presídio e soUdarie-dade às vitimas: um morto eseis feridos.

FAMÍLIA CONFIANTE

A famIUa do General James 'Dozier está reunida em seuapartamento de Verona. Scott,filho do General oue estuda naAcademia MlUtar de WestPolnt, Virgínia. EU A, e Cheryl.a fllha, que serve nas forçasamericanas baseadas na Ale-manha Ocidental, permanece- ^ram com a máe, Judlth, e, se^ ""gundo Jornalistas, todos pare-ciam sorridentes, como se es-perasse com mais confiança ospróximos dias.

Uma chamada telefônicaanônima para o escritório da „,,ao agência de notícias AP emAmsterdã, Holanda, disse que"Dozier estava cativo num só^táo de sua residência em Vero-....na. PoUciais italianos disse-ram ser impossível verificar aautenticidade da chamada.

Bonn elegecandidatofictício

Bonn — Um ministro fictíciofoi considerado um dos políti- 'cos mais populares da Alemã---nha Ocidental numa pesquisade opinião divulgada ontem.»

O respeitado Instituto Em-nid colocou o Ministro Meyersnuma Usta de autoridades doGovemo submetidas aos elel-'tores para um teste de popula- "ridade de rotina.

Como resultado, o ministroinexistente foi votado o sextomais popular, à frente de poli-ticos como os Ministros da De-fesa Hans Apel e do Interior,Gerhart Baum.

— Contrariamente às pre1"'.'sunções de poUticos e à opi-;nlâo dos pesquisadores, gran-,;,,des segmentos da população"tém um alto grau de ignorán-"'cia sobre poUtica — disse um"porta-voz da Emnld.

O Instituto, com sede emBlelefeid, é tuna das mais co-„nhecidas organizações de pes-quisa de mercado e de opiniãopública da Alemanha Oci-aentw.

Segundo o Instituto, um erçi.,cada três alemães ocidentais,quando solicitados a nomearum ministro, foi incapaz dè'"fazê-lo ou então deu um nome'-errado.

Viola__JORNAL DO BRASIL D terça-feira, 5/1/82 D 1" Caderno

Gabinete assumepreocupado comeconomia egípcia

Cairo — O Presidente Hosni Mubarak em-possou o Primeiro-Ministro Fuad Mohieddin e33 integrantes do novo Oablnete, cuja principalRincão será se concentrar nn recuperação eco-nômlcn do pnls e no fortalecimento da seguran-ça interna.

Mohieddin, de 55 anos, médico que se tor-nou político, formou o Onblnete no domingo,um dia depois de ser designado Primeiro-Ministro por Mubarak. Mohieddin era Vice-Primeiro Ministro e substituiu Mubarak no car-go cie Premier, acumulado desde a posse doPresidente, a 14 de outubro, após o assassiniode Anwar Sadat.

INTERNACIONAL — 13

nega que renunciou Pinto Balsemáodebate CEE

e diz que foi "removido" com Calvo,Sot^.Juarez Bahia

Riyad desmenteação pró-Israel

.Bahrain e Jerusalém — O Governo da Ará-bia Saudita desmentiu a declaração atribuídaao seu Ministro do Exterior, Príncipe Saud Al-Falsai, de que estaria preparado para reconhe-cer o Estado de Israel sob certas condições.

O jornal The New York Times Informoudomingo que o Príncipe Saud afirmou numaentrevista que a Arábia Saudita estaria prepa-rada para reconhecer Israel caso este pais de-volvesse os territórios árabes ocupados e reco-nhecesse os direitos dos palestinos."Nâo há absolutamente verdade no que foiatribuído à Sua Alteza sobre o reconhecimentode Israel pela Arábia Saudita", assinalou umcomunicado do Ministério do Exterior saudita.

A nota acrescentou que "o Príncipe, em suaentrevista, reiterou a necessidade primordialde Israel reconhecer os legítimos direitos dospalestinos e o direito palestino de criar umEstado em suas terras usurpadas".

Em agosto, o Príncipe Herdeiro Fahd anun-ciou um plano de paz de oito pontos para oOriente Médio (o sétimo ponto, ao preconizar odireito de todos os países da região viverem empaz, oferece o reconhecimento implícito do Es-tado de Israel). Os dirigentes sauditas vêmevitando cuidadosamente qualquer referênciaexplicita ao sétimo ponto. Os países árabesradicais de opõem ao plano de paz saudita.

O Governo de Israel advertiu que será consl-derada uma violação aos acordos de CampDavid a eventual entrega pelo Egito à ArábiaSaudita das estratégicas Ilhas de Tiram e Slwa-flr, no Golfo de Acaba, após a retirada dosmilitares Israelenses da Península do Sinal, emabril.

O Príncipe Fahd disse semana passada queera da responsabilidade direta do Egito assegu-rar a entrega das Ilhas a seu pais, uma vez queficam em águas sauditas. Tiram e Siwaflr, loca-lizadas na entrada do Golfo de Acaba, estavamsob autoridade do Egito quando foram captura-das por Israel em 1967.

Guerrilheirosmatam a bomba 3guardas no Irã

Beirute — Trés guardas revolucionários ira-nlanos morreram num atentado a bomba e dolsguerrilheiros foram mortos num tiroteio nocentro de Teerà, informou a Rádio do Irã. Aemissora atribuiu o atentado contra os guardasao movimento guerrilheiro esquerdista Mu-jahedin Khalq. No sábado, guardas revoluclo-nários mataram dols guerrilheiros dessa orga-nizaçào no centro de Teerã.

O Estado-Maior do Irá revelou que 1 mllsoldados Iraquianos foram mortos ou ficaramferidos durante uma incursão, sábado, na frenteOeste de Nowsud. No domingo, a imprensa deTeerà anunciou que os iranianos liberaram ameseta de Nowsud e entraram na área frontelri-ça Iraquiana, atacando duas localidades doIraque. Ontem, o Governo do Iraque informouque sua defesa antiaérea derrubou dois aviõesdo Irã.

Grupo do Iraqueassume atentado

Beirute — O grupo clandestino MovimentoMujahedin Iraquiano, favorável ao regime doIrá liderado pelo ale.tolá Khomeiny, assumiu aresponsabilidade pelo atentado que destruiudomingo um trecho do oleoduto que leva petró-leo do-Iraque para o-Líbano,.informoilq. Jornal...An Nahar, de Beirute.

A explosão provocou um Incêndio de gran-des proporções e interrompeu o fluxo de petró-leo Iraquiano para o terminal no Norte doLíbano e para a refinaria de Trípoli. O bombea-mento havia começado há apenas 11 dias, de-pois de uma interrupção de cinco anos provoca-da pela guerra civil no Líbano.

Japonês viveráem média até os80 no ano 2000

Anilde WerneckTóquio — O Japáo alcançou, no ano passa-do, o primeiro lugar em esperança de vida, com

a média de 73 anos de sobrevivência parahomens e 78 para mulheres. A previsão é queambos terão uma sobrevlda de 80 anos no ano2000. Há 100 anos, a média de vida dos japone-ses era de apenas 30 anos, e só alcançou 50 em1947.

Segundo pesquisa do Ministério da Saúde,divulgada ontem, há 2 milhões e melo de resl-dênclas no pais com pessoas com 60 anos oumais. Até o flm do ano passado, havia mais de 1mil centenários, entre eles Shigechiyo Izuml, daIlha de Tokunoshlma, em Kyushu, que, com 117anos, está registrado no Guinness como a pes-soa mais velha do mundo.

O professor Solchl Nasu, presidente da So-ciedade Gerontológica do Japão, diz que osegredo da longevidade é manter o corpo e amente permanentemente ativos e expressaropiniões livres e claramente. Para o professor, épreciso preparar-se para uma vida mais longana velhice, a partir dos 45. E recomenda que sefaça poupança para complementar a pensão,mude-se para uma cidade pequena e acostume-se a algum tipo de trabalho leve ou hobby.

Com mais de 10 milhões de pessoas comidade superior a 65 anos, das quais cerca de 1milhão vivem sozinhas e cerca de 600 mil estãoacamadas, o Japão enfrenta sérios problemaspara amparar os Idosos, em razáo de seu defl-ciente sistema de previdência social.

Quase 70% temememprego de robôs

Tóquio — Quase 70% dos Japoneses tememque o uso progressivo de robôs nas indústriascause o aumento do desemprego no Japão,revelou ontem o jornal Mainichi Shimbun, queentrevistou 3 mll pessoas numa pesquisa sobreo assunto.

No mês passado, o Govemo japonês orde-nou uma Investigação sobre os padrões desegurança dos robôs utilizados nas fábricas,depois que um deles matou um técnico, noprimeiro acidente desse tipo.

A maior parte dos entrevistados pelo JornalMainichi. 67%, considera que a utilização dosrobôs e a automatização do trabalho nas indús-trias vai gerar crescente desemprego no Japão.No entanto, 50% acham que a Introdução dosrobôs na produção é necessária e 23% nâoesperam nenhuma mudança na sltuaçáo atual.

O jomal entrevistou também donas-de-casapara saber sua opinião sobre o trabalho feitopor controle remoto pelos seus maridos, quenâo precisariam sair para trabalhar fora. Amaioria das esposas, 66%, não gostou da Idéia,e apenas 30% se mostraram favoráveis á talInovação. A distribuição das respostas foi amesma quando se perguntou se uma sociedadecomputadorizada proporcionaria ou nâo umavida mais fácil.

Buenos Aires — O ex-PrcsIdcnte RobertoEduardo Viola comentou ontem, publicamen-te, peia primeira vez, a sua destituição doGoverno, mas se limitou a declarar que "comoestá perfeitamente claro" náo renunciou pormotivos dc saúde.

Eu uni removido — disse o GeneralViola, que ainda se considera um homem doatual regime militar e por isso náo faz aprecia-ções políticas sobre seu afastamento.

Mas, enquanto o General Viola prefereevitar criticas ao novo Governo, "para nâoentorpecer o processo de reorganização nacio-nal" os principais Partidos políticos começa-ram a protestar energicamente contra as medi-das econômicas adotadas nos últimos diaspara retirar o país da atual crise. As primeirasapreciações partidárias e sindicais denunciamos altos custos sociais do modelo econômico ea insistência em fórmulas liberais que fracas-saram recentemente aqui.

Bem de saúdeO General Roberto Eduardo Viola se man-

tinha no mais absoluto silêncio desde que, nodia 11 de dezembro, a Junta Militar anunciarasua destituição, nomeando para a Presidênciada República um dos seus membros, o Coman-dante do Exército, General Leopoldo Galtieri.Ontem, ao meio-dia, Viola foi abordado porjornalistas no Aeroporto Metropolitano, quan-do embarcava para a cidade de Concórdia,onde ia visitar seus sogros.

Primeiro, o ex-Presidente se desculpou pornão fazer declarações:Sou um homem deste processo (regime)

e portanto o que mais desejo é que tenha oêxito que todos nós esperamos. Por isso, eudecidi permanecer em silêncio, afim de nâoentorpecer o processo de reorganização na-cional.

Depois, quando um jornalista insinuouque seu afastamento fora por motivos de saú-de, Viola respondeu enfaticamente:

Eu náo renunciei por motivo de saúde.Está perfeitamente claro que fui removido.Em seguida, o ex-Presidente assegurou que seuestado de saúde é "muito bom" e que o proble-ma coronário que tem é normal para pessoasde sua idade.

Seguindo sua disposição de evitar atritosinternos no regime, Viola não quis fazer co-mentários sobre o atual Governo, garantindo,entretanto, que suas relações com o Presidente

Assessor de Reagan |acusado de subornorenuncia ao cargo

Washington — O Assessor para Assuntos de Segu-rança Nacional do Presidente americano Ronald Rea-gan, Richard Allon. renunciou ontem ao seu cargo,informaram fontes oficiais da Casa Branca, anunclan-do um comunicado oficial para multo breve. Allenhavia-se reunido pouco antes com Reagan.

Pouco antes, a Casa Branca anunciara que con-clulra o Inquérito sobre as transações de Allen, quepedira uma audiência com Reagan esta semana, paradiscutir seü futuro e planos destinados a fortalecer aequipe de política externa americana.Controvertido

O subsecretário de imprensa da Casa Branca,Larry Speakes, disse antes do anúncio da renúncia deAllen que o inquérito executivo sobre ele fora entre-gue domingo à noite ao Chefe da Casa Civil, JamesBaker, que pretendia discuti-lo com Reagan. Outrasautoridades disseram que Allen seria substituído.

Allen se afastou temporariamente do cargo após adenúncia de que recebera 1 mll dólares de JornalistasJaponeses que entrevistaram a Sra Reagan, em janeirodo ano passado. Ele disse que pusera o dinheiro numcofre e o esquecera ao mudar de escritório. O Departa-mento de Justiça isentou-o da acusação de condutainadequada, envolvendo o pagamento, e também nocaso de trés relógios que recebeu de amigos Japoneses.Autoridades do Governo disseram na semanapassada que Allen seria substituído pelo Subsecretá-rio de"ESiatfü"WillíHiTi Claric,e quL-oposte de-Assessor—de Segurança, que teve sua Importância reduzidaquando Reagan assumiu o cargo há um ano, seriafortalecido.

Allen, que estava empenhado numa disputa porpoder com o Secretário de Estado Alexander Haig eera considerado um administrador medíocre por fun-cionários da Casa Branca, dera a entender que ia lutarpara manter seu emprego.

Cuellar pede forçae inspiração aotomar posse na ONU

Nações Unidas — O diplomata peruano JavlerPerez de Cuellar Iniciou ontem seu primeiro dia detrabalho como Secretário-Geral das Nações Unidas,nomeando um compatriota e um tuneslno para seusprincipais colaboradores.

Sucedendo a Kurt Waldhelm, austríaco, Perez deCuellar, de 61 anos, nomeou M'Hamed Essaafl, ex-embaixador da Tunísia na ONU, chefe do Gabinete.Essaafl era representante especial de Waldhelm paraassuntos humanitários no Sudeste da Asla. Emílio deOllvares, advogado de 44 anos e ex-diplomata perua-no, foi designado assistente executivo de Perez deCuellar.

Força e inspiraçãoO novo Secretário-Geral da ONU chegou ao edlfi-

cio pouco depois das 9h30m e permaneceu algunsminutos na capela ecumênica, para todos os cultos,localizada no andar térreo, dizendo ao sair:Creio que necessitaremos de força e inspi-ração.

Em sua agenda de ontem constava, entre outrasentrevistas, um encontro com o Embaixador da Síria,Dia Allah El-Fatah, e outro com o representantesoviético, Oleg Troyanovsky. Essas reuniões estariamrelacionadas com o informe que Perez de Cuellarapresentará hoje ao Conselho de Segurança, relaclo-nado com a anexação israelense das colinas de Golan.

NoÇ6._ Unldai/AP

O chefe do protocolo Ali Teymourfoi receber Pérez de Cuevar (D)

Rosental Calmon AlvesLeopoldo Galtieri "são muito boas" e disse nãoser o momento oportuno para uma critica doseu curto Governo.

Primeira críticaFora do âmbito do próprio regime militar,

o novo Govemo argentino começa esta semanaa enfrentar as primeiras criticas sobretudo aotratamento de choque anti-infiacionário ado-tado pelo Ministro Roberto Alemânn.

Os Partidos divulgam documentos apon-tando os altos custos sociais do modelo econo-mico liberal adotado com insistência na Ar-gentina e exigiram medidas concretas no sen-tido da normalização democrática.

Uma comissão de assuntos econômicos domovimento peronista declarou que a primeiramedida econômica adotada pelo Governo Gal-tieri, a reunificação do mercado cambial, "re-forçará ainda mais a queda do salário real" ecomentou que "por trás das medidas anuncia-das pelo Ministro Alemânn náo se observauma firme vontade de reativar a economianacional".

O Partido Radical divulgou um comunica-do em Córdoba (importante pólo industrial)pedindo que se ponha flm "a esta politicaeconômica antipopular e conduzida por umautêntico representante de interesses contra-rios aos da maioria do povo".

Já o dirigente do Partido Desenvolvimen-tista, Rogeiio Frigerió viu "sinceridade e serie-dade" nas declarações do novo Ministro daEconomia, mas não concordou em nada comRoberto Alemânn:

Infelizmente, suas conclusões parecemdemais com a filosofia dos seus antecessoresimediatos para que consigam dar ao país espe-rança verossímil de uma mudança capaz desuperar a grave e prolongada crise que preci-pita a nação ao desastre.

Alguns sindicatos de trabalhadores tam-bém uniram suas criticas a volta do liberalis-mo econômico ortodoxo, enquanto uma enti-dade patronal, o Foro da Empresa Nacional,fazia uma dura apreciação dos planos de Ale-mann.

Os primeiros anúncios indicam umadeclinação de nossa soberania ao dolarizar aeconomia, a curiosa idéia de combater a reces-são com mais recessão e a inflação com adesvalorização superior a que tecnicamentecorresponderia e que terá efeitos inflacioná-rios.

Guerrilha crescena Guatemala e 25morrem em combates

Guatemala — Vinte e cinco pessoas morreram emcombates entre guerrilheiros e forças governamentaisna primeira escalada do ano na guerra civil náodeclarada que causou 12 mil vitimas civis em 1981 naGuatemala. As autoridades informaram 12 ações ar-madas em todos os pontos do país numa das maioresdemonstrações de força dos rebeldes em muitosmeses.

O Exército realizou uma busca na aldeia Sancu-chum, apreendendo armas, munição e remédios de-pois de enfrentar um grupo guerrilheiro matando oitorebeldes. No domingo o Exército Guerrilheiro dosPobres matou quatro policiais do destacamento dePolicia de El Palln e depois depredou vários prédiosda municipalidade enquanto resistia a ataque porefetivos da Guarda Nacional. Os choques se estende-ram à aldeia vizinha de Amatitlan onde uma pessoamorreu e várias ficaram feridas.

Em Rablnal. departamento de Baja Verapaz, umcomando rebelde atacou uma patrulha matando doissoldados e ferindo outros dols. Em Malacatan, oExército atacou um acampamento guerrilheiro ma-tando dez rebeldes.

ColômbiaAs Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia

(FARO seqüestraram o Inspetor de polícia PabloQuiroga na província de Saníander a 700 km deBogotá. As FARC haviam decretado uma trégua para" nàcTpertüfrjaf asêiêiçõesIêgi-üatívas que se reaBzarâoem duas etapas em março (legislativas) e maio (presi-denciais).

BolíviaA Embaixada americana enviou mensagem ao

Govemo militar reclamando com veemência da prisãode 34 pessoas que participavam de uma festa deréveillon promovida pelo cidadão americano Lee Ro-mera de Rea, que trabalha para o Alto Comissariadodas Nações Unidas para Refugiados. Quatro filhas dedirigentes militares e a mulher do Vlce-Mlnlstro dasRelações Exteriores foram detidas no Incidente queocorreu poucas semanas após a normalização dasrelações entre Washington e La Paz, congeladas de-pois do golpe militar de Julho de 1980. Dez dos presos,a maioria adolescentes, continuavam detidos ontem.

O Ministério do Interior Informou que as autorida-des receberam informações sobre a presença de Inte-grantes do Movimento Esquerdista Revolucionário nacasa de Romero de Rea, que negou qualquer ligaçãode seus convidados com esse grupo. Dols Jovens dos 24que foram libertados quetxaram-se de maus tratospelos agentes de segurança. Todos tiveram que assi-nar um compromisso de se apresentar diariamente àsautoridades.

EUA dizem que 200nicaragüenses noexílio foram mortos

Washington — Os Estados Unidos estão preocu-pados com informações de que tropas nicaragüensesmataram 200 exilados na fronteira de Nicarágua eHonduras, Informou o porta-voz do Departamento deEstado, Dan Fisher.

Ainda nào temos informações completas so-bre o Incidente mas estamos obviamente preocupados— disse.

O Washington Post publicou entrevista com oChanceler da Nicarágua Miguel d'Escoto que classlfl-cou a informação de "absurda e ridícula". O Ministérioda Defesa de Honduras afirmou que tropas regularesde Manágua entraram em seu território matando 200exilados nos povoados de Tipla, Auca e Mocoron.

Em Teguclgalpa, informações conseguidas na Pre-sidência da República dão conta de que o Incidentenâo foi confirmado e que uma missão oficial está naregião investigando o assunto.

Em sua declaração ao Post, d'Escoto afirmouainda:

É absolutamente óbvio que certos oficiais doExército hondurenho cooperam de maneira irrespon-sável com nicaragüenses que proclamam publicamen-te estar planejando a derrubada do regime sandlnlsta.

Americanos vãoaumentar forçanaval no Caribe

Norfolk, Virgínia — Os Estados Unidos vào au-mentar sua presença naval no Caribe com o desloca-mento de dols porta-aviões para exercícios na regiào,em abril, informou o Vlce-Almirante James Lyons,Comandante da Segunda Frota do Atlântico — com-posta por 65 navios de guerra — sediada em Norfolk.Os porta-aviões Eisenliower e Kennedy realizarammanobras na área recentemente.

Lyons nào excluiu que o Pentágono crie uma forçanaval permanente no Caribe semelhante à que osEstados Unidos mantinham ali no inicio da década de70. O Governo Reagan vem insistindo no combate àpresença comunista na América Central e, no mêspassado, o Pentágono reforçou a base de Key West,Flórida, destinada a vigiar Cuba.

Lisboa — Portugal e Espanha decidi-ram ontem uma ampla revisão das rela-çôes bilaterais e combinaram acelerar asmedidas essenciais para o ingresso deambos na Comunidade Econômica Euro-péia (CEE). Acertaram também que a ade-são espanhola à Organização do Tratadodo Atlântico Norte (OTAN) nâo Implicaráa criação de um comando único militarIbérico, que chegou a ser aventado porMadri, mas que Lisboa vetou.

Este é o balanço das conversações en-tre o Primeiro-Ministro Pinto Balsemáo eo Presidente do Govemo da Espanha,Calvo Sotclo, em Madri. Balsemáo estive-ra dias antes com o Rei Juan Carlos, naestância de inverno de Baquelra Beret,nos Pireneus, onde passaram as festas deflm de ano, e também conferenclara emSaragoça com o líder social democrataFernández Ordonez, sobre o novo Partido

,da centro-esquerda espanhola.Balsemáo e Sotelo reuniram-se duran-

te três horas num encontro que denomina-ram de trabalho, seguido de almoço. Partedas conversações foi acompanhada peloMinistro do Exterior, Perez Lorca. Hlstorl-camente unidos, mas perturbados por dl-vergências políticas, Portugal e Espanhafixaram em Madri pontos comuns priori-tários nas suas relações, favorecidos pelofato de o Poder nos dols países estarIdentificado pela mesma Ideologia cen-trista.

Além de questões bilaterais Importan-tes — como trocas comerciais e pescacomum — os dois Chefes de Governoesclareceram duvidas sobre a OTAN e aCEE.

Militares de Ganamandam prender opresidente deposto g

Abidjan — O ex-Presidente Hilla Llmann etrês guarda-costas foram presos pelo novo Gover-no militar de Gana liderado pelo Tenente Jerry 'Rawlíngs, que o depôs cinco dias antes, segundo aRádio de Accra, captada na Costa do Marflm.Llmann foi Interceptado ontem de manhã ao che-gar de automóvel a uma barreira policial emKoforldua, quando aparentemente tentava esca-par de Gana.

Segundo a emissora, foram congeladas as con-tas bancárias de 129 funcionários do GovernodepoBto, Incluindo as de Llmann, do ex-Vlce- .Presidente Joseph de Graft Johnson, de todos osmembros do Parlamento, ex-ministros e do Parti-do Nacional Popular (PNP). A medida atinge ascontas das mulheres, filhos e de empresas e organl-zaçóes subordinadas.

O novo Govemo determinou aos estrangeiros ..que abram mâo de seus Interesses em setores da i ::economia reservados por lei aos nativos do país. -como o comécio varejista e a compra e exportaçãode cacau, amendoim e outros produtos. Essas leisforam criadas em 1969 sob o Govemo civil de KoflBusia, com o objetivo de aumentar as oportunida-des de emprego dos ganenses e proteger a econo-mia nacional.

¦

Manifestantes acorreram ontem à parte cen-trai de Accra para apoiar o novo Govemo militar,quatro dias depois que o Tenente da AeronáuticaJerry Rawlings depôs Hilla Llmann, anunciandoque "nâo se trata de golpe militar, mas umarevolução", e que seu objetivo é eliminar a corrup-çâo que afeta o pais há mais de 10 anos.

A emissora estatal de Accra disse que 60 ex-ministros e funcionários do Govemo deposto aca-taram as ordens do Conselho Provisório de DefesaNacional e se apresentaram à polícia para suaprópria segurança. Entre estes, figuram o ex-Chanceler Isaac Chlnnebueh e o ex-Ministro dasFinanças. George Benneth.

JUÍZO DE DIREITO DA QUINTA VARA CÍVEL

Ação de Execução n." 64.757/80

Autor: Delfin Rio S/A. Crédito Imobiliário

Réu: G .Idcano Simões Empreendimentos Imobiliários S/A.

COMUNICADO

A FEDERAÇÃO NACIONAL DE ASSOCIAÇÕES ATLÉTICASBANCO IX) BRASIL S/A.. fez publicar neste jornal. na edição de 31 de de-zembro passado, uni edital judicial extraído de unia còntra-noti ficação feita àDELFIN-RIO, a qual. está a merecer os seguintes esclarecimentos:

1. A DELFIN-RIOconcedeu à firmaGALDEANO SIMÕES EMPREENDI-MENTOS IMOBILIÁRIOS S/A.. um financiamento para a construção de131 casas, localizadas na Estrada Velha do Arraial do Cabo, em Cabo Frio,objetivando com isso.dar atendimento à demanda existente naquele local,onde está situado o complexo industrial da COMPANHIA NACIONALDE ÁLCALIS.

2. Como a mutuária GALDEANO SIMÕES não deu regular cumprimento aocontrato de financiamento, a DELFIN-RIO ajuizou ação própria, visando acobrança de seu crédito, tendo sido penhorados os imóveis objeto da garan-tia hipotecária.

"3.Sucede que. irregularmente, o.s referidos imóveis penhorados, foram alu-gados à FEDERAÇÃO NACIONAL DE ASSOCIAÇÕES ATLÉTICASBANCO DO BRASIL S/A., em primária afronta não só a Lei, como aopróprio contrato de financiamento, uma vez. que, o.s imóveis financiados sedestinam à residência da adquirente, sua família e seus dependentes (Art.9." da Lei n." 4.380/63), e não podem servir como casas de veraneio.

Tomando conhecimento dessa locação irregular, enquanto tramita a açãodeexecuçãocontraGALDEANOSIMÕES,aDELFIN-RIO notificou peloJuízo da Sexta Vara Cível de Brasília, onde tem sua sede a FEDERAÇÃONACIONAL DAS ASSOCIAÇÕES ATLÉTICAS BANCO DO BRASILS/A., no sentido de que os valores dos aluguéis, fossem depositados emconta especial, à disposição do Juízo da Quinta Vara Cível.

5. Em resposta a essa notificação, a FEDERAÇÃO NACIONAL DAS AS-SOCIAÇÕES ATLÉTICAS BANCO DO BRASIL S/A., através da con-tra-notificaçáo acima referida, diz que não poderá depositar os aluguéis,por duas ordens de razão, a saber:I.") Porque materialmente impossível, eis que já teria adiantado, a GAL-

DEANO SIMÕES, há um ano atrás, os alugueres vincendos até fe-vereiro do ano em curso;

2.") porque existindo penhora de outros credores, sobre os mesmos alu-guéis, náo lhe caberia julgar a quem conceder este ou aquele pri-. vilégio.

6. A DELFIN-RIO não entra no mérito daquelas alegações, nem considera anotícia de que a FEDERAÇÃO NACIONAL DE ASSOCIAÇÕES ATLÉ-TICAS BANCO DO BRASIL S/A., vai dar a locação por rescindida, por-que como credora hipotecária, tem em seu amparo, o parágrafo único doart. 4."da Lei n."5.741/71 que confere, no caso, ao Juízoda Quinta Vira Civil, odever de ordenar a expedição de mandado de desocupação das 131 casas. o queocorrerá inapelavelmente, a despeito de tudo o que mais possa vir.

7. Por isso que, entendendo a DELFIN-RIO que o assunto encerra aspectodoméstico a ser resolvido internamente entre a FEDERAÇÃO NACIO-NAL DE ASSOCIAÇÕES ATLÉTICAS BANCO DO BRASIL S/A., queocupa irregularmente as referidas casas, e GALDEANO SIMÕES, deve-dor relapso, só lhe resta, de um lado, aguardaro desfecho da execuçãojudi-ciai, com o leilão dos bens objeto da garantia hipotecária, para a satisfaçãodos débitos, e, de outro, extrair do episódio a lamentável conclusão de queos imóveis financiados, tiveram destinação outra que não aquela objeti-vada, ou seja, o atendimento à casa própria.

WD_£LI"illCADERNETA DE POUPANÇA

14 — ECONOMIA 1" Caderno D terqa-feira, 5/1/82 D JORNAL DO BRASIL

Informe Econômico

Solução à vistaDentro de um máximo de 15 dias, o

controle acionário da Entrerios Comer-cio e Administração Ltda., holding domilionário Daniel K. Ludwig que admi-nistra o Projeto fari, deverá passar àliderança do grupo de 20 empresários,banqueiros e seguradores.

Quem garante esse prazo é um dospersonagens mais diretamente envolvi-dos na montagem do esquema acionáriopara a nacionalização do Projeto fari.

Os entendimentos mantidos pelo em-presário Augusto Trajano de AzevedoAntunes com o Governo e a intermedia-ção do advogado fosé Luiz BulhõesPedreira já produziram frutos concretos.

Em sua última viagem ao exterior, oMinistro do Planejamento, Delfim Neto,passou por Nova Iorque e acertou comLudwig detalhes operacionais para aconcretização da operação. A visita deBoas-Festas realizada por Azevedo An-times ao Presidente Figueiredo, nas vés-peras do Natal, serviu para obter o sinalverde ao negócio.

¦ ¦ ¦A questão da titulação das terras do

fari, segundo esse personagem, "não é amais importante". Agora, trata-se deencontrar uma fórmula jurídica paraassegurar a transferência do controleacionário, a divisão da liderança daempresa pelo pool de empresários nacio-nais e os esquemas para a ordenação dosfluxos financeiros (da amortização e dosinvestimentos requeridos pelo projeto).

O dia D para a transferência do farié 30 de janeiro, quando vence umaparcela de 17 milhões de dólares doempréstimo tomado pela Entrerios comum consórcio de bancos japoneses. Em30 de julho do ano passado, Ludwigrecusou-se a pagar uma parcela de 10milhões de dólares que foi honrada peloBNDE, avalista do empréstimo japonêsà compra da fábrica de papel. Esses 10milhões de dólares foram transformadosem dívida do empresário Azevedo Antu-nes que, em troca, recomprou uma parti-cipação de 5% que Ludwig tinha naCaemi.

A montagem desta complicada ope-ração, no entanto, deu a partida para asolução do impasse que envolvia um dosmais intrincados investimentos estrangei-ros no país.Sem formalidade

"A ordem de conseguirmos este anoum superávit de 3 bilhões de dólares" nabalança comercial, não significa que oSecretário-Geral do Ministério da Fazen-da, Carlos Viacava, venha a exercer avirtual função de "Ministro" do Comer-cio Exterior.

O desmentido às especulações surgi-das no final do ano nos meios económi-cos do Rio e São Paulo foi feito ontempelo próprio Viacava, através de suaassessoria de comunicação social.

QJ!Mf!}MMf?"..À^yS^^MA que seria"informal", não oficial, por determina-ção do Ministro Delfim Neto, enfeixaria,aos poucos, todas as atividades de co-mércio exterior, hoje desenvolvidas pelosMinistérios das Relações Exteriores, In-dústria e Comércio e pela Carteira deComércio Exterior do Banco do Brasil.

O superávit de 1981, a ser fechadonos próximos dias, deverá ficar ao redorde 1 bilhão 200 milhões de dólares.Vendo longe

Alguns economistas e empresáriosdo comércio exterior já estão preocupa-dos com o que acontecerá com a taxacambial a partir de 31 de dezembro desteano, quando o crédito prêmio do IPIserá reduzido para 9%.

Antes da decisão do Ministério daFazenda de reescalonar, em novembro,a redução dos percentuais do crédito-prêmio, os 9% vigorariam a partir deontem e o subsidio seria eliminado em 30de junho de 1983, de acordo com com-promisso firmado junto ao Gatt.

Agora, não se sabe qual o acordofeito entre os governos brasileiro e norte-americano para definir as novas alíquo-tas do crédito-prêmio para 1983, comocompensação à permanência de subsí-dios mais elevados às exportações em 82.No prazo final

Só no início de fevereiro a Interna-cional de Engenharia entregará o projetode viabilidade da fábrica de alumínioprimário que será implantada pela estatalalemã VAW, no futuro distrito industrialde Suape. O projeto deveria ter sidoentregue em dezembro, mas as autorida-des de Pernambuco garantem que aentrada em funcionamento da unidadeestá mantida para 1986, quando a VAWestará-produzindo 110 mil toneladas.

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(CONOMICOInforma:

Inaugurada mais uma Agênciado Econômico em Minas Gerais,

Uberlândia. Au. Afonso Pena, 766.Conte com a gente.

CNE decide mistura de dois álcoois à gasolinaAGENCIA DE VIAGENS

E TURISMOVENDE-SE

Com grande clientela e modernas instalações, sem passivo, nomelhor ponto do Rio de Janeiro, 4 telefones, telex próprio, grandeconceito no Brasil e Exterior, registrado na Embratur, Abav e outras.

Melhor oferta acima de Cr$ 12.500.000,00. Cartas para aportaria deste Jornal sob o n° 995639.

COMUNICADO

Banco de Desenvolvimentodo Estado da Bahia S. A.

DesenbancoO Banco dc Desenvolvimento do Estado da Bahia S.A.- Desenbanco, comunica que já está funcionando, no

Rio de Janeiro, em suas novas instalações,à Travessa do Ouvidor, n° 5, Conjunto 601, Centro,

sede própria. Fones: (021) 222-6294 e 224-6393.

Oâ®,m-^-l

fOMBÍNHlA ABERTA _C.U.C.MK. 82.6:»». 139/0001 14

PAGAMENTOS DE DIVIDENDOS

Comunicamos aos senhores acionistas que a partir Je 08 tle janeiro tle 1982iniciaremos o pagamento tios dividendos relativos ao Io. semestre de 1981, arazão de Cr S 0,15 (quinze centavos) por ação integrante do capital deCrS 1.787.675.804,64, a saber:

lj AÇÕES NOMINATIVAS - remeteremos cheque, pelo correio, aosacionistas com endereço atualizado.

2) AÇÕES AO PORTADOR Os detentores de ações ao portador deverãoentregar o cupão n°. 44 (quarenta e quatro), já colado nos impressos próprios.

3) IMPOSTO DE RENDA - Os dividendos a serem pagos a todos os acionistas,sofrerão retenção do imposto de reniLt rui fonte à alíquota de 15%. As pessOíisJurídicas dispensadas da retenção .ui fonte, deverão apresentar declaração tleisenta ou imune, confirme Instrução Normativa da S. R. /•'. 06 7 de 30.09.81.

4) A partir de 08.05.82 os dividendos não reclamados sobre ações "ao portador"

serão tributados na fonte.5) Lembramos aos acionistas que ainda não efetuaram a substituição dos

titulos antigos, que os mesmos deverão ser entrr-ues juntamente com todosos cupões, por ocasião tio recebimento dos divi. -idos.

6) LOCAIS DE ATENDIMENTO -

De segunda à sexta feira das 9:00 às t '.: 30 e das 14:00 às 1 7:00 horas.

SÃO PAULO Av. Senador Queiroz - 274 - 19". andarRIO DE JANEIRO - Rua da Glória - 344 - salas 701/2PORTO ALEGRE - Rua Dr. Timóteo -5 91CURITIBA - Av. Silva Jardim - 942FLORIANÓPOLIS - Av. Osmar Cunha - 15 - loja 1 7BLUMENAU- Rua Hermann Hering, 1 790

Blumenau, 14 de dezembro tle 1981A DIRETORIA

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Brasília — O Grupo Rastroda ComissAo Nacional deEnergia, sob a presidência doVlce-Presldente da República,Aureliano Chaves, reilne-sehoje para decidir se aprova amistura dc álcool hidratadoao anidro e destes à gasolina.

O Governo está preocupadocom os grandes estoques deálcool hidratado — mais de 1bilháo de litros — principal-mente na regláo Centro-Sul e,acatando sugestáo dos produ-tores, discutirá a mistura co-mo solução. Se aprovada, amistura dos dois tipos de ál-cool e do híbrido resultante ágasolina, poderá também so-lucionar o problema, do dcfl-cit de álcool anidro que ocor-rerá no Centro-Sul até o Inicioda safra canavieira em maio/Junho.

SEM PRECEDENTES

A mistura dos dois tipos deálcool, que resulta em um ál-cool levemente hidratado —com 2% de água — e a adlçáode tal álcool á gasolina, nuncafoi testada e a STI — Secreta-ria de Tecnologia Industrial,órgáo do Ministério da Indús-tria e do Comércio, ainda estárealizando pesquisas para sa-ber qual seria o comporta-mento dessa mistura num mo-tor originalmente fabricadopara queimar gasolina pura.

A idéia, que foi sugerida àCNE pelo seu assessor paraassuntos de álcool, LamartineNavarro Júnior, em nome dosprodutores, é de se misturartrês partes de álcool anidro a99,5% de pureza para uma par-te de hidratado, com purezade 93,8%. Segundo os autoresda idéia, a mistura resultariacm um álcool com pureza de98% misclvel á gasolina. Os2% de água, entcttqnto, po-dem provocar corrosão nosmotores.

Além dos aspectos técnicosque serão apresentado? nareunláo de hoje pelo secreta-rio José Israel Vargas, o presi-dente do CNP — Conselho Na-cional do Petróleo, GeneralOziel Almeida Costa, deverámostrar também ao GrupoBásico da CNE os problemasfísicos que tal mistura acarre-taria, pois ambos os alcoôisestáo armazenados em tan-ques e locais diferentes, nasbases da Petrobrás e distri-buldoras e nas usinas e desti-Uri as.

Os estoques brasileiros deálcool, a 15 de dezembro últi-mo, eram os seguintes: álcoolhidratado, regláo Centro-Sul— 430 milhões de litros nostanques do sistema Petrobráse 315 milhões de litros nasusinas e destilarias; na regláoNordeste — 69 milhões de 11-tros na Petrobrás e 88 milhõesde litros com os produtores.Álcool anidro, Centro-Sul, 130milhões de litros com a Petro-brás e 37 milhões de litroscom os produtores; regláoNordeste — 62 milhões de 11-tros com as usinas e seis mi-lhões de litros com a Petro-brás.

A mistura de 15% de álcoolanidro á gasolina, Iniciada on-tem por força de portaria doCNP, no Centro-Sul, vai pro-vocar um déficit acumuladode álcool anidro na regiáo de281 milhões de litros até Ju-nho.

Quanto aos estoques de ál-cool hidratado, o CNP achaque eles náo sáo assim táograves, a ponto de ser aprova-da a idéia da mistura dos doisalcoóis, porque a regiáo Cen-tro-Sul está consumindo, emmédia. 110 milhões de litros-/mês e, considerando-se que aregiáo só começará a produzirmais álcool em Junho, seriaum consumo acumulado de660 milhões de litros no perlo-do, para um estoque de 745milhões de litros.

copasa

COMPANHIA PARANAENSEDE SILOS E ARMAZÉNS

AVISO DE LICITAÇÃOESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURAPRO-RURAL

EDITAIS DE CONCORRÊNCIAS INTERNACIONAISN°S 01 E 02/81 — COPASA

A COMPANHIA PARANAENSE DE SILOS E ARMAZÉNS —COPASA, vinculada à Secretaria de Estado da Agriculturado Paraná, com sede à Rua Monsenhor Celso n° 154 — 6o,7°, 8o e 9o andares, em Curitiba, Estado do Paraná. BRASIL,torna público, para conhecimentos dos interessados, quefará realizar no Auditório da Secretaria da Agricultura,localizado à Rua dos Funcionários n° 1.559 — Juvevè, nestaCapital, CONCORRÊNCIAS INTERNACIONAIS, na forma dalegislação brasileira, para fornecimento dos equipamentosrelacionados a seguir.EDITAL N° 01/81 - COPASA — EQUIPAMENTOS ELE-TROMECANICOS POSTOS EM PLENO FUNCIONAMEN-TO PARA AS UNIDADES ARMAZENADORAS DE CE-REAIS ABAIXO RELACIONADAS:DIA 26 DE FEVEREIRO DE 1.982 — ÀS 08:00 HORAS

LOTES1 a 12

DESCRIÇÃOUniáo da Vitória. Bituruna, General Carneiro, CruzMachado, Paulo Frontin, Sâo Mateus do Sul, SâoJoão do Triunfo, Antônio Olinto, Mallet, Quitandi-nha, Campo do Tenente, Mandirituba.

EDITAL N° 02/81 — COPASA —EM PLENO FUNCIONAMENTO.DIA 25 DE FEVEREIRO DE 1.982

BALANÇAS POSTAS

— ÀS 14:00 HORAS

LOTES1 a 12

DESCRIÇÃO( 1) BALANÇA FERROVIÁRIA(12) BALANÇAS RODOVIÁRIAS

Poderão participar das Licitações firmas ou empresasNACIONAIS E ESTRANGEIRAS, estas quando sediadas empaís membro do Banco Interamericano de Desenvolvi-mento.Esclarece, outrossim, que os Editais e seus anexos serãofornecidos aos interessados na Divisão Administrativa daCOMPANHIA PARANAENSE DE SILOS E ARMAZÉNSCOPASA, à Rua Monsenhor Celso n° 154 — 7° andar, nestaCapital, mediante a apresentação de Guia de Recolhimentoà respectiva Tesouraria da importância de Crí 50.000,00'(cinqüenta mil cruzeiros), por Edital.

Curitiba. 15 de dezembro de 1.981IVO ALMEIDA

DIRETOR PRESIDENTE (P

GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SULSecretaria da Fazenda

onrisuL»'»BANCO DO ESTADODO «O GRANDE DO SUL, S. A.

C.G.C. 92.702.067/0001-96Companhia Ab*rtn

AVISO AOS ACIONISTASComunicamos aos nossos acionistas que. em conformida-

de com as deliberações tomadas pelas Assembléias GeraisOrdinária e Extraordinária de 30 de abril de 1981 e AssembléiaGeral Extraordinária de 07 de outubro de 1981 e o AtoDeclaratório CVM n° 140, de 17 de novembro de 1981 e. ainda,do despacho homologatório do Banco Central do Brasil dado aoprocesso n° 6831191/81. as ações ordinárias e as açõespreferenciais Classe "A" desta sociedade, todas nominativas. 3partir de 31 de dezembro de 1981. serão convertidas em açõesescriturais.

Em razão disso, em conformidade com o disposto no § 1 ,do artigo 34, da Lei n° 6.404. de 15 de dezembro de 1976, amedida em que os senhores acionistas forem recebendo osextratos representativos de suas contas de depósitos de açõesescriturais, ficarão automaticamente cancelados os respectivoscertificados ou titulos múltiplos, os quais deverão ser devolvi-dos à sociedade.

A entrega daqueles extratos será feita nos endereços emque os acionistas estiverem cadastrados na sociedade e, porisso, no caso de alteração desses, caberá aos interessadosprovidenciarem na imediata atualização do cadastro.

Todavia, decorridos sessenta dias da data da conversãodas ações ordinárias nominativas e das ações preferenciaisClasse "A" em ações escriturais, ficarão automaticamentecancelados os títulos múltiplos e certificados em circulaçãoindependentemente da devolução ou nào à sociedade.

Os senhores acionistas que desejarem qualquer esclareci-mento adicional poderão dirigirem-se à Secretaria de Relaçõescom Acionistas da sociedade, instalada à rua Otávio Rocha n°62, 2o andar, telefone 24,11.77 — R. 792 telex n" 513480 emPorto Alegre ou a qualquer agência da companhia, especial-mente as adiante indicadas que mantém canal direto decomunicação com aquela Secretaria:Belo Horizonte — MG — Rua Sào Paulo, 834 — Fone 201.1888- telex 311360Curitiba — PR — Rua Mal. Deodoro. 70 — Fone 232 9311 —tolex n° 415383Rio-de Janeiro — RJ — Av. Piesidente Vargas, 463 — Fone224.2282 — telex n° 2122092Sâo Paulo — SP — Rua Alvares Penteado, 177 — Fone258 8133 telex n° 1121171

Porto Alegre. 23 de dezembro de 1.981.BANCO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. S.A.

(A.) José Antônio Chaves FrancoDiretor de Relações com o Mercado.

^Adnwétracâo Amarei de Souza

(P

Recessão na Grã-Bretanhacastiga a indústria masos bancos crescem 17,2%

Noênio SpínolaLondres — Ao contrário das Indústrias, cujos

ganhos cairam comparando-se os balanços recém-encerrados com os do ano anterior, o lucro dos bancose instituições financeiras inglesas aumentou 17,2%.

Os resultados foram apurados através de umaanálise de 494 companhias listadas pelo FinancialTimes, e confirmam uma tese corrente: quando ainflação se acelera e os Governos usam as taxas deJuros na esperança de que as pessoas e as empresaspensem duas vezes antes de tomarem um emprèsti-mo especulativo, ús bancos saem lucrando.ALTOS E BAIXOS

Segundo os dados divulga-dos aqui, as Indústrias de ummodo geral sofreram com arecessão, embora nem todos osgrupos tenham passado pelosmesmos apertos. O setor dematerial de construção, porexemplo, viu seus lucros cal-rem 5%, o que se explica pelaretração dos compradores denovas moradias. As empresasdo grupo de material elétrico,ao contrário, aumentaram oslucros em 14,3%.

Considerando-se os balan-ços encerrados em novembro(o suficiente para se ter umquadro quase completo de to-do o ano passado), os gruposIndustriais que conseguiramaumentar seus lucros foram osde bens de capital, bebida, ali-mentos, artigos domésticos,diversões, produtos químicos eIndústria naval. Ao contrário,os resultados foram mais ma-gros para a mecânica, metalúr-gia, motores (menos 42%, oque talvez se explique pelasgreves na British Leyland), ln-dústria de embalagem, lojas,têxteis e material de escri-tório.

Ainda nâo é possível ter umaIdéia exata da Influência dastransações com o exterior paraos bancos Ingleses, mas é ôb-vio que as taxas de Juros ln-fluenclaram decisivamenteseus resultados. Houve em1981 recordes de alta. com ataxa do eurodôlar no prazo detrês meses flutuando em tornode 20% em maio. As taxas doeurodôlar começaram a subira partir do mès de março mes-sa época estacam em tomo de14%, descendo de 18-19% em

Janeiro). Os Juros altos preva-leceram de maio a agosto,quando começaram a declinarnovamente. O ano se encerrouem tomo de 14% e ontem alibra para seis meses estavaem tomo de 14.5%. Aqui emLondres, os bancos estãoatualmente operando comseus clientes no crédito- pes-soai com taxas no base de20.7% (Barclays) a 23% (Natlo-nal Westftilnster) por ano. Es-sas taxas variam, entretanto, adepender do sistema emprega-do pelo banco para calcular osJuros. Alguns consideram umataxa flat de 11%, mas Isso. nofinal das contas, termina do-brando em termos anuais, de-vido ao sistema de contabiliza-çào e, taxas cobradas na em-préstlmo. O crédito direto aoconsumidor é ainda mais caro.Os Juros de um empréstimonuma compra corrente, emuma loja para pagamento aprestação está na média em 30a 32%. Comprando-se cõm oBrasil, pode náo parecer mui-to, mas o fato ê que uma-taxade Juros de 30% aqui represen-ta mais do dobro da inflaçãoanual, que é de cerca de J4%.

Apesar de o setor financeiroter aumentado substancial-mente os seus lucros brutos, oretomo liquido do capital in-vestido foi menor (7,2%) queno caso da indústria (15.9%).Essa é contudo, uma compara-çáo imprecisa, porque os ba-lanços divulgados omitiram osdados relativos a vários gru-pos financeiros, alguns dosquais (discount houses-merchant banks, por exemplo)obtiveram os melhores resul-tados em termos de lucrosbrutos.

Bancos portuguesesemprestam ao Banespa

Lisboa — O Banespa — Ban-co do Estado de Sáo Paulolevantou um empréstimo de 20milhões de dólares Junto a umgrupo de bancos portugueses,com prazo de oito anos. Mas ospread (taxa de risco) — 2,25%— continua alto e náo reflete amelhoria do conceito do paisJunto âs Instituições flnancel-ras Internacionais, por conta

do superávit comercial e que-da da Inflação em 1981.

A assinatura do contrato decrédito foi divulgada, em Lis-boa. pelo Banco Português doAtlântico, que liderou a opera-çáo. Dela também tomaramparte os bancos Borges Si Ir-máo. Fonseca e Bumay, e aCaixa Geral de Depósitos.

Ações da General Steel,Dial Corp. e Brock Hotel sedestacaram no ano passado

Nova Iorque — Atrás das duas açòes que mais sevalorizaram na Bolsa de Nova Iorque no ano passado— General Steel (149,3%) e Dial Corp (146,2%) —estiveram propostas de associações e fusões comoutras empresas. Em terceiro lugar ficou a BrockHotel Corp, que descobriu um novo ülão no ramo derestaurantes — as pizzarias combinadas com jogoseletrônicos.

No outro extremo da lista, as ações que apresen-taram os piores desempenhos foram as da AM Inter-national, com queda de 73,4%, Fidelity Financial(72,5%) e International Harvester (72,2%). Foram víti-^mas-da-reeessão-eeonômiGa - e-de-gerê«e4as-taade—quadas.DIVERSIFICAÇÃO

A ação da Oeneral Steel foiimpulsionada pelas lnslsten-tes tentativas da Walco Natlo-nal Corp para assumir o con-trole da empresa. A direção daGeneral Steel resistiu e quemacabou comprando todas assuas ações foi a Lukens Steel,uma companhia em busca dadiversificação, embora semsair da área de metais.

O caminho seguido pela DialCorp foi menos turbulento. No

dia em que a Northwest Ban-Corporation anunciou que ha-via comprado a empresa pa-gando 56 dólares poração,-ca-da titulo subiu quase 20 pon-tos na Bolsa de Nova Iorque.Embora o desempenho do se-tor hoteleiro nào tenha sidobrilhante em 1981, a Brock Ho-tel — operadora dos hotélsüo-liday Inn — destacou-se porter sucesso na combinação, depratos de pizza com brinque-dos eletrônicos, numa cadelade restaurantes operada poruma subsidiária.

Inflação chilena foisó de 9,5% em 1981

Santiago — O Chile anunciou ontem o maior sucesso-na área econômica da equipe dirigente que assumiu o..Poder há oito anos: a inflação em 1981 foi de 9.5% — omenor índice dos últimos 38 anos tcom exceção dos 5,5%de 1960) e Inacreditavelmente baixo se for levado emconta que a Inflação anual chegou a 500% em 1973. nosúltimos meses do Governo Allende. Embora com elevadodesemprego, na área do controle da Inflação ê lncontestâ-vel o sucesso da equipe econômica, que foi orientadadiretamente, no Inicio, pelo principal teórico do Monetá-rismo, o economista Prêmio Nobel norte-americano Mil-ton Friedman, que tem voltado constantemente ao pais.Ele defende o mercado como principal fator de ajusta-mento econômico e prega a necessidade de redução dopapel do Estado na economia.

FUNDAÇÃO GETÜLIO VARGAS%^ IRH CATESPE \

TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA;MARCAS E PATENTES

Às últimas modificações no regime de Marcas,Patentes e Transferência de Tecnologia bemcomo as técnicas e práticas para utilização detodos os benefícios previstos em lei serão objeto'de um Programa Especial de TRANSFERÊNCIADE TECNOLOGIA; MARCAS E PATENTES, quea FGV realizará nos dias 14 e 15 de janeiro, nasede do IRH/FGV.A equipe responsável pelo Programa será corn^posta pelos Professores Carlos Henrique FroeâJosé 'Werneck e Luis Leonardos.As reservas poderão ser feitas pelos telefones240.7024,240.15656262,3148. (P

14 — ECONOMIA D 2° Clichê 1" Caderno D terga-felra, 5/1/88 D JORNAL DO BRASIL

Informe Econômico

Solução à vistaDentro de um máximo de 15 dias, o

controle acionário da Entrerios Comer-cio e Administração Ltda., holding domilionário Daniel K. Ludwig que admi-nistra o Projeto Jari, deverá passar àliderança do grupo de 20 empresários,banqueiros e seguradores.

Quem garante esse prazo é um dospersonagens mais diretamente envolvi-dos na montagem do esquema acionáriopara a nacionalização do Projeto Jari.

Os entendimentos mantidos peloempresário Augusto Trajano de Azeve-do Antunes com o Governo e a interme-diação do advogado José Luiz BulhõesPedreira jâ produziram frutos concretos.

Em sua última viagem ao exterior, oMinistro do Planejamento, Delfim Neto,passou por Nova Iorque e acertou comLudwig detalhes operacionais para aconcretização da operação. A visita deBoas-Festas realizada por Azevedo An-tunes ao Presidente Figueiredo, nas vés-peras do Natal, serviu para obter o sinalverde ao negócio.

¦ ¦ ¦A questão da titulação das terras do

Jari, segundo esse personagem, "não é amais importante". Agora, trata-se deencontrar uma fórmula jurídica paraassegurar a transferência do controleacionário, a divisão da liderança daempresa pelo pool de empresários nacio-nais e os esquemas para a ordenação dosfluxos financeiros (da amortização e dosinvestimentos requeridos pelo projeto).

O dia D para a transferência do Jarié 30 de janeiro, quando vence umaparcela de 17 milhões de dólares doempréstimo tomado pela Entrerios comum consórcio de bancos japoneses. Em30 de julho do ano passado,- Ludwigrecusou-se a pagar uma parcela de 10milhões de dólares que foi honrada peloBNDE, avalista do empréstimo japonêsà compra da fábrica de papel. Esses 10milhões de dólares foram transformadosem dívida do empresário Azevedo Antu-nes que, em troca, recomprou uma parti-cipação dc 5% que Ludwig tinha naCaemi.

A montagem desta complicada ope-ração, no entanto, deu a partida para asolução do impasse que envolvia um dosmais intrincados investimentos estrãngei-ros no país.Sem Formalidade

"A ordem de conseguirmos este anoum superávit de 3 bilhões de dólares" nabalança comercial, não significa que oSecretário-Geral do Ministério da Fazen-da, Carlos Viacava, venha a exercer avirtual função de "Ministro" do Comer-cio Exterior.

O desmentido às especulações surgi-das no final do ano nos meios econômi-cos do Rio e São Paulo foi feito ontempelo próprio Viacava, através de suaassessoria de comunicação social.

O "Ministério" de Viacava, que se-ria "informal", não oficial, por determi-nação do Ministro Delfim Neto, enfeixa-ria, aos poucos, todas as atividades decomércio exterior, hoje desenvolvidaspelos Ministérios das Relações Exterio-res, Indústria e Comércio e pela Carteirade Comércio Exterior do Banco doBrasil.

O superávit de 1981, a ser fechadonos próximos dias, deverá ficar ao redorde 1 bilhão 200 milhões de dólares. -Vendo longe

Alguns economistas e empresáriosdo comércio exterior já estão preocupa-dos com o que acontecerá com a taxacambial a partir de 31 de dezembro desteano, quando o crédito prêmio do IPIserá reduzido para 9%.

Antes da decisão do Ministério daFazenda de reescalonar, em novembro,a redução dos percentuais do crédito-prêmio, os 9% vigorariam a partir deontem e o subsídio seria eliminado em 30de junho de 1983, de acordo com com-promisso firmado junto ao Gatt.

Agora, não se sabe qual o acordofeito entre os governos brasileiro e norte-americano para definir as novas alíquo-tas do crédito-prêmio para 1983, comocompensação à permanência de subsi-dios mais elevados às exportações em 82.No prazo final

Só no início de fevereiro a Interna-cional de Engenharia entregará o projetode viabilidade da fábrica de alumínioprimário que será implantada pela estatalalemã VAW, no futuro distrito industrialde Suape. O projeto deveria ter sidoentregue em dezembro, mas as autorida-des de Pernambuco garantem que aentrada em funcionamento da unidadeestá mantida para 1986, quando a VAWestará produzindo 110 mil toneladas.

m(COMOMICO

Informa:Inaugurada mais uma Agência

do Econômico em Minas Gerais,Uberlândia. Av. Afonso Pena, 766.

Conte com a gente. ¦*

CNE decide mistura de dois álcoois à gasolinaAGENCIA DE VIAGENS

E TURISMOVENDE-SE

Com grande clientela e modernas instalações, sem passivo, nomelhor ponto do Rio de Janeiro, 4 telefones, telex próprio, grandeconceito no Brasil e Exterior, registrado na Embratur, Abav e outrasMelhor oferta acima de Cr$ 12.500.000,00. Cartas para a

portaria deste Jornal sob o n° 995639.

CX)MUNICADOmBanco de Desenvolvimento

do Estado da Bahia S. A.Desenbanco

O Banco de Desenvolvimento do Estado da Bahia S.A.- Desenbanco, comunica que já está funcionando, noRio de Janeiro, em suas novas instalações,

à Travessa do Ouvidor, n° 5, Conjunto 601, Centro,sede própria. Fones: (021) 222-6294 e 224-6393.

/IlSk sr~*áCOMIftNHIA ABKKTA

('.(i.C.M K. «2.6 :iü. 1 ;»9/(HIU 144

PAGAMENTOS DE DIVIDENDOS

Comunicamos aos senhores acionistas que a partir de 08 dc janeiro dc 1 982iniciaremos o pagamento dos dividendos relativos ao i°. semestre de 1981, àrazão de CrS 0,15 (quinze centavos) por ação integrante </o capital deCrS 1.787.675.804,64. a saber:

lj AÇÕES NOMINATIVAS - remeteremos cheque, pelo correio, aosacionistas com endereço atualizado.

2) AÇÕES AO PORTADOR - Os detentores de ações ao portador deverãoentregar o cupdo n°. 44 (quarenta e quatro), já colado nos impressos próprios.

3) IMPOSTO DE RENDA - Os dividendos a serem pagos a todos os acionistas,sofrerão retenção do imposto de renda na fonte à alíquota de 15%. As pessoasJurídicas dispensadas da retenção ui fonte, deverão apresentar declaração deisenta ou imune, conforme Instrução Normativa da S. R. /¦". 067 de 30.09.81.

4) A partir de 08.05.82 os dividendos rão reclamados sohre ações "ao portador"

serão tributados,na fonte.5) Lembramos aos acionistas que ainda não efetuaram a substituição dos

títulos antigos, que os mesmos deverão ser entrr -ues juntamente com todosos cupo.es>, por ocasião tio recebimento dos divi. idos.

6) LOCAIS DE ATENDIMENTO -

Dc segunda à sexta-feira das 9:00 às 11: 30 e das 14:00 às 1 7:00 horas.SÃO PAULO - Av. Senador Queiroz -274-1 9°. andarRIO DE JANEIRO - Rua da Glória - 344 - salas 70112IK)RTO ALEGRE Rua Dr. Timóteo -591CURITIBA - Av. Silva Jardim - 942ELORIANÓPOLIS - Av. Osmar Cunha - 15 - loja 1 7BL VMENA l' - Rua Hermann Hering, 1 790

Blumenau, 14 de dezembro de 1981.A DIRETORIA

Brasília — 0 Grupo Básicoda Comlss&o Nacional deEnergia, sob a presidência doVice-Presidente da República,Aureliano Chaves, reúne-sehoje para decidir se aprova amistura de álcool hidratadoao anidro e destes à gasolina.

O Governo está preocupadocom os grandes estoques deálcool hidratado — mais de 1bllháo de litros — principal-mente na região Centro-Sul e,acatando sugestão dos produ-tores, discutirá a mistura co-mo soluçfto. Se aprovada, amistura dos dols tipos de ál-cool e do híbrido resultante àgasolina, poderá também so-lucionar o problema, do défl-clt de álcool anidro que ocor-rerá no Centro-Sul até o Inicioda safra canavieira em maio/junho.

A mistura dos dols tipos deálcool, que resulta em um ál-cool levemente hidratado com 2% de água — e a adiçáode tal álcool á gasolina, nuncafoi testada e a STI — Secreta-ria de Tecnologia Industrial,órgáo do Ministério da Indús-tria e do Comércio, ainda estárealizando pesquisas para sa-ber qual seria o comporta-mento dessa mistura num mo-tor originalmente fabricadopara queimar gasolina pura.A idéia, que foi sugerida àCNE pelo seu assessor paraassuntos de álcool, LamartlneNavarro Júnior, em nome dosprodutores, é de se misturartrés partes de álcool anidro a99. % de pureza para uma par-te de hidratado, com purezade 93,8%. Segundo os autoresda idéia, a mistura resultariaem um álcool com pureza de98% misclvel á gasolina. Os2% de água, entretanto, po-dem provocar corrosão nosmotores.

Além dos aspectos técnicosque seráo apresentados nareuniáo de hoje pelo secreta-rio José Israel Vargas, o presi-dente do CNP — Conselho Na-cional do Petróleo, GeneralOziel Almeida Costa, deverámostrar também ao GrupoBásico da CNE os problemasfísicos que tal mistura acarre-taria, pois ambos os alcoóisestáo armazenados em tan-quês e locais diferentes, nasbases da Petróbrás e distri-buidoras e nas usinas e desti-larlas.

Os estoques brasileiros deálcool, a 15 dc dezembro últi-mo, eram os seguintes: álcoolhidratado, regiáo Centro-Sul— 430 milhões de litros nostanques do sistema Petróbráse 315 milhões de litros nasusinas e destiladas; na regiáoNordeste — 69 milhões de li-tros na Petróbrás e 88 milhõesdc litros com os produtores.Álcool anidro, Centro-Sul, 130milhões de litros com a Petro-brás e 37 milhões de litroscom os produtores; regiáoNordeste — 62 milhões de 11-tros com as usinas e seis mi-ihões de litros com a Petro-brás.

México reduzpreço do óleo

Cidade do México — A em-presa petrolífera estatal me-xicana, Pemex, decidiu redu-zlr em dois dólares o preço deexportaçáo do petróleo cru ti-po maya. informou-se ontem ánoite. O novo preço passa pa-ra 26,50 dólares contra os 28,50vigentes. Segundo o porta-vozda Pemex, Miguel Tomasslni,a reduçáo terá efeito retroati-vo a primeiro de janeiro e serámantida durante trés meses.

O porta-voz da Pemex expll-cou que a reduçáo em doisdólares deveu-se ás condiçõesdo mercado para o petróleotipo maya. Quanto ao óleo dotipo lstmo, mais leve, e para oqual ainda existe demandamundial, seu preço permane-cera em 35 dólares o barril.

íiãcopasa

COMPANHIA PARANAENSEDE SILOS E ARMAZÉNS

AVISO DE LICITAÇÃOESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA AGRICULTURAPRO-RURAL

EDITAIS DE CONCORRÊNCIAS INTERNACIONAISN°S 01 E 02/81 — COPASA

A COMPANHIA PARANAENSE DE SILOS E ARMAZÉNS —COPASA, vinculada à Secretaria de Estado da Agriculturado Paraná, com sede à Rua Monsenhor Celso n° 154 — 6o,7o. 8o e 9o andares, em Curitiba, Estado do Paraná, BRASIL,torna público, para conhecimentos dos interessados, quefará realizar no Auditório da Secretaria da Agricultura,localizado à Rua dos Funcionários n° 1.559 — Juvevê, nestaCapital, CONCORRÊNCIAS INTERNACIONAIS, na forma dalegislação brasileira, para fornecimento dos equipamentosrelacionados a seguir.EDITAL N° 01/81 — COPASA — EQUIPAMENTOS ELE-TROMECANICOS POSTOS EM PLENO FUNCIONAMEN-TO PARA AS UNIDADES ARMAZENADORAS DE CE-REAIS ABAIXO RELACIONADAS:DIA 26 DE FEVEREIRO DE 1.982 — ÀS 08:00 HORAS

LOTESTT~ DESCRIÇÃOUniáo da Vitória, Bituruna, General Carneiro, CruzMachado, Paulo Frontin, Sâo Mateus do Sul, SâoJoão do Triunfo. Antônio Olinto, Maüet, Quitandi-nha, Campo do Tenente, Mandirituba.

EDITAL N° 02/81 — COPASA — BALANÇAS POSTASEM PLENO FUNCIONAMENTO.DIA 25 DE FEVEREIRO DE 1.982 — ÀS 14:00 HORAS

LOTES1 a 12

DESCRIÇÃO( 1) BALANÇA FERROVIÁRIA(12) BALANÇAS RODOVIÁRIAS

Poderão participar das Licitações firmas ou empresasNACIONAIS E ESTRANGEIRAS, estas quando sediadas empaís membro do Banco Interamericano de Desenvolvi-mento.Esclarece, outrossim, que os Editais e seus anexos seráofornecidos aos interessados na Divisão Administrativa, daCOMPANHIA PARANAENSE DE SILOS E ARMAZÉNSCOPASA, à Rua Monsenhor Celso n° 154 — 7o andar, nestaCapital, mediante a apresentação de Guia de Recolhimentoà respectiva Tesouraria da importância de CrS 50.000.00(cinqüenta mil cruzeiros), por Edital.

Curitiba. 15 de dezembro de 1.981 g^,, IVO ALMEIDA , J .'\ DIRETOR PRESIDENTE' (P

GOVERNO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SULSecrotaria da Fazondu

cinrisut/BANCO DO ESTADODO RIO GGÃiYOE DO SUL.S. A.

C.G.C. 92.702.067/0001-96Companhia Abaria

AVISO AOS ACIONISTASComunicamos aos nossos acionistas que. em conformida-

de com as deliberações tomadas pelas Assembléias GeraisOrdinária e Extraordinária de 30 de abril de 1981 e AssembléiaGeral Extraordinária de 07 de outubro de 1981 e o AtoDeclaratório CVM n° 140.de 17 de novembro de 1981 e. ainda,do despacho homologatôrio do Banco Central do Brasil dado aoprocesso n° 6831191/81. as ações ordinárias a as açõespreferenciais Classe "A" desta sociedade, todas nominativas, apartir de 31 de dezembro de 1981. serào convertidas em açõesescriturais.

Em razáo disso, em conformidade com o disposto no § 1odo artigo 34, da Lei n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976, amedida em que os senhores acionistas forem recebendo osextratos representativos de suas contas de depósitos de açõesescriturais, ficarão automaticamente cancelados os respectivoscertificados ou títulos múltiplos, os quais deverão ser devolvi-dos à sociedade.

A entrega daqueles extratos será feita nos endereços emque os acionistas estiverem cadastrados na sociedade e. porisso, no caso de alteração desses, caberá aos interessadosprovidenciarem na imediata atualização do cadastro.

Todavia, decorridos sessenta dias da data da conversãodas ações ordinárias nominativas e das ações preferenciaisClasse "A" em ações escriturais, ficarão automaticamentecancelados os títulos múltiplos e certificados em circulaçãoindependentemente da devolução ou nâo à sociedade

Os senhores acionistas que desejarem qualquer esclareci-mento adicional poderão dirigirem-se à Secretaria de Relaçõescom Acionistas da sociedade, instalada à rua Otávio Rocha n°62, 2o andar, telefone 24.11.77 — R. 792 telex n° 513480 emPorto Alegre ou a qualquer agência da companhia, especial-mente as adiante indicadas que mantém canal direto decomunicação com aquela Secretaria.Belo Horizonte — MG — Rua Sâo Paulo, 834 r- Fone 201.1888- telex 311360Curitiba — PR — Rua Mal. Deodoro. 70 — Fone 232.9311 —telex n° 415383Rio de Janeiro — RJ — Av. Presidente Vargas, 463 — Fone224 2282 — telex n° 2122092Sào Paulo —SP — Rua Alvares Penteado. 177 — Fone258 8133 telex n° 1121171

Porto Alegre. 23 de dezembro de 1.981.BANCO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, S.A.

(A.) José Antônio Chaves FrancoDiretor de Relações com o Mercado.

JPL>*Administração Amaral de Souza £

Recessão na Grã-Bretanhacastiga a indústria masos bancos crescem 17,2%

Noênio SpinolaLondres — Ao contrário das Indústrias, cujosganhos caíram comparando-se os balanços recém-encerrados com os do ano anterior, o lucro dos bancose instituições financeiras inglesas aumentou 17,2%.Os resultados foram apurados através de umaanálise de 494 companhias listadas pelo FinancialTimes, e confirmam uma tese corrente: quando ainflação se acelera e os Governos usam as taxas deJuros na esperança de que as pessoas e as empresas

pensem duas vezes antes de tomarem um emprésti-mo especulativo, os bancos saem lucrando.ALTOS E BAIXOS

Segundo os dados divulga-dos aqui, as Indústrias de ummodo geral sofreram com arecessão, embora nem todos osgrupos tenham passado pelosmesmos apertos. O setor dematerial de construção, porexemplo, viu seus lucros cal-rem 5%, o que se explica pelaretração dos compradores denovas moradias. As empresasdo grupo de material elétrico,ao contrário, aumentaram oslucros em 14,3%.

Considerando-se os balan-ços encerrados em novembro(o suficiente para se ter umquadro quase completo de to-do o ano passado), os gruposIndustriais que conseguiramaumentar seus lucros foram osde bens de capital, bebida, ali-mentos, artigos domésticos,diversões, produtos químicos eIndústria naval. Ao contrário,os resultados foram mais ma-gros para a mecânica, metalur-gia, motores (menos 42%, oqúe talvez se explique pelasgreves na British Leyland), ln-dústria de embalagem, lojas,têxteis e material de escri-tório.

Ainda nâo é possível ter umaIdéia exata da Influência dastransações com o exterior paraos bancos Ingleses, mas é ôb-vio que as taxas de Juros ln-fluenclaram decisivamenteseus resultados. Houve em1981 recordes de alta, com ataxa do eurodõlar no prazo detrés meses flutuando em tomode 20% em maio. As taxas doeurodõlar começaram a subira partir do mês de março mes-sa época estavam em tomo de14%, descendo de 18-19% em

janeiro). Os Juros altos preva-leceram de maio a agosto,quando começaram a declinarnovamente. O ano se encerrouem tomo de 14% e ontem alibra pára seis meses estavaem tomo de 14,5%. Aqui emLondres, os bancos estãoatualmente operando comseus clientes no crédito pes-soai com taxas no base de20,7% (Barclays) a 23% (Natlo-nal Westmlnster) por ano. Es-sas taxas variam, entretanto, adepender do sistema emprega-do pelo banco para calcular osJuros. Alguns consideram umataxa flat de 11%, mas Isso, nofinal das contas, termina do-brando em termos anuais, de-vido ao sistema de contabiliza-çâo e. taxas cobradas no em-préstimo. O crédito direto aoconsumidor é ainda mais caro.Os juros de um empréstimonuma compra corrente emuma loja para pagamento aprestação está na média em 30a 32%. Comprando-se com oBrasil, pode nâo parecer mui-to, mas o fato é que uma taxade juros de 30% aqui represen-ta mais do dobro da inflaçãoanual, que é de cerca de-14%.

Apesar de o setor financeiroter aumentado substancial-mente os seus lucros brutos, oretomo liquido do capital ln-vestido foi menor (7,2%) queno caso da Indústria (15,9%).Essa é contudo, uma compara-ção imprecisa, porque os ba-lanços divulgados omitiram osdados relativos a vários gru-pos financeiros, alguns dosquais idiscount houses-merchant banks. por exemplo)obtiveram os melhores resul-tados em termos de lucrosbrutos.

Bancos portuguesesemprestam ao Banespa

Lisboa — O Banespa — Banco do Estado de Sào Paulolevantou um empréstimo de 20milhões de dólares junto a umgrupo de bancos portugueses,com prazo de oito anos. Mas ospread (taxa de risco) — 2.25%— continua alto e náo reflete amelhoria do conceito do paisjunto às instituições flnancel-ras internacionais, por conta

do superávit comercial e que-da da inflação em 1981. -

A assinatura do contrato decrédito foi divulgada, em Lis-boa. pelo Banco Português doAtlântico, que liderou a opera-çâo. Dela também tomaramparte os bancos Borges & Ir-máo, Fonseca e Bumay,"e aCaixa Geral de Depósitos.

Ações da General Steel,Dial Corp. e Brock Hotel sedestacaram no ano passado

Nova Iorque — Atrás das duas ações que mais sevalorizaram na Bolsa de Nova Iorque no ano passado— General Steel (149,37c) e Dial Corp (146,2%) —estiveram propostas de associações e fusões comoutras empresas. Em terceiro lugar ficou a BrockHotel Corp, que descobriu um novo filão no ramo derestaurantes — as pizzarias combinadas com jogoseletrônicos.

No outro extremo da lista, as ações que apresen-taram os piores desempenhos foram as da AM Inter-national, com queda de 73,4%, Fidelity Financial(72,5%) e International Harvester(72.2 %). Foram víti-mas da recessão econômica e de gerências inade-quadas.DIVERSIFICAÇÃO

A ação da General Steel foiimpulsionada pelas lnsisten-tes tentativas da Walco Natio-nal Corp para assumir o con-trole da empresa. A direção daGeneral Steel resistiu e quemacabou comprando todas assuas açóes foi a Lukens Steel,uma companhia em busca dadiversificação, embora semsair da área de metais.

O caminho seguido pela DialCorp foi menos turbulento. No

dia em que a Northwest Ban-Corporation anunciou que ha-via comprado a empresa pa-gando 56 dólares por ação, ca-da titulo subiu quase 20 pon-tos na Bolsa de Nova Iorque.Embora o desempenho do se-tor hoteleiro nâo tenha sidobrilhante em 1981, a Brock Ho-tel — operadora dos hotéis Ho-liday Inn — destacou-se porter sucesso na combinação depratos de pizza com brinque-dos eletrônicos, numa cadelade restaurantes operada poruma subsidiária.

Inflação chilena foisó de 9,5% em 1981

Santiago — O Chile anunciou ontem o maior sucessona área econômica da equipe dirigente que assumiu oPoder há oito anos: a inflaçáo em 1981 foi de 9.5% — omenor índice dos últimos 38 anos (com exceção dos 5 5%de 1960) e inacreditavelmente baixo se for levado emconta que a inflação anual chegou a 500% em 1973 nosúltimos meses do Govemo Allende. Embora com elevadodesemprego, na área do controle da Inflação é lncontestá-vel o sucesso da equipe econômica, que foi orientadadiretamente, no Inicio, pelo principal teórico do Moneta-rismo, o economista Prêmio Nobel norte-americano Mll-ton Friedman, que tem voltado constantemente ao paisEle defende o mercado como principal fator de ajusta-mento econômico e prega a necessidade de redução dopapel do Estado na economia.

JFUNDAÇAO GETÚLIO VARGAS~^~:—tR+4-^ATES£E

TRANSFERÊNCIA DE TECNOLOGIA;MARCAS E PATENTES

As ül. (rias modificações rio regime de Marca,.Patentes e Transferencie de Tecnologia bemcomo as técnicas e práticas para utilização detodos os benefícios previstos em lei serão objetode um Programa Especial de TRANSFERÊNCIADE TECNOLOGIA; MARCAS E PATENTES, quea FGV realizará nos dias 14 e 15 de janeiro, nasede do IRH/FGV,A equipe responsável pelo Programa será com-posta pelos Professores Carlos Henrique Fróes;José Wemeck e Luis Leonardos.As reservas poderão ser feitas pelos telefones,240.7024,240.1565 e 262.3148. (P

JORNAL DO BRASIL D terça-feira, 5/1/82 D 1" Caderno ECONOMIA — 15

51 wS ¦*¦'/• 5 BRADESCO8 __A3^ ASSOCIADO AOS GRUPOS SEGURADORES SUL AMERICA E ATLÁNT1CA-BOAVISTA.

2.544.027 ACIONISTASINFORMAÇÕES EXTRAÍDAS DO BALANÇO

— 1.366 AGÊNCIASSEMESTRAL ENCERRADO EM 31.12.81

BANCO BRASILEIRO DE DESCONTOS S.A.

EMC;3Í.IILDEPÓSITOS 280.805.415

A VISTA 274.584.566A PRAZO 6.220.849

OPERAÇÕES DE CRÉDITO 233.797.110LUCRO LÍQUIDO NO SEMESTRE - CrS 1,2822 POR AÇÃO 24.696.620PATRIMÔNIO LÍQUIDO 102.194.062DIVIDENDOS POR AÇÃO NO SEMESTRE

COMPLEMENTARES A SEREM CREDITADOS ATÉ 11.01.82 CrS 0,2902MENSAIS CREDITADOS ATÉ 04.01.82 CrS 0.0780T0TAL CrS 0,3682

FINANCIADORA BRADESCO S.A. crédito, financiamentoE INVESTIMENTOS

EM CrS MILTÍTULOS CAMBIAIS 27.800.572FINANCIAMENTOS, REFINANCIAMENTOS E REPASSES 34.923.358LUCRO LÍQUIDO NO SEMESTRE - Cr$ 0,9730 POR AÇÃO '. 1.610.189PATRIMÔNIO LÍQUIDO 8.184.033DIVIDENDOS POR AÇÃO NO SEMESTRE

COMPLEMENTARES A SEREM CREDITADOS ATÉ 11.01.82 CrS 0,1352MENSAIS CREDITADOS ATÉ 04.01.82 CrS 0,0780T0TAL CrS 0,2132

POUPANÇA BRADESCO

EM CrS MILDEPÓSITOS DE POUPANÇA 268.849.090APLICAÇÕES IMOBILIÁRIAS 236.063.218LUCRO LÍQUIDO NO SEMESTRE 8.429.299PATRIMÔNIO LÍQUIDO 23.176.863

CAPTAÇÃO DE RECURSOS DO PÚBLICOEM CrS MIL

DEPÓSITOS A VISTA 274.584.566DEPÓSITOS A PRAZO 77.287.906TÍTULOS CAMBIAIS 27.800.572DEPÓSITOS DE POUPANÇA 268.849.090TOTAL DE RECURSOS DO PÚBLICO 648.522.134

BANCO BRADESCO DE INVESTIMENTO S.A.

EM CrS MILDEPÓSITOS 71.067.057FINANCIAMENTOS E REPASSES 84.737.055LUCRO LÍQUIDO NO SEMESTRE - CrS 1,0380 POR AÇÃO 3.902.041PATRIMÔNIO LIQUIDO 26.863.752DIVIDENDOS POR AÇÃO NO SEMESTRE

COMPLEMENTARES A SEREM CREDITADOS ATÉ 11.01.82 CrS 0 2441MENSAIS CREDITADOS ATÉ 04.01.82 .' CrS 0,0780T0TAL CrS 0,3221

BRADESCO TURISMO S.A. administração e serviços

EM CrS MILLUCRO LÍQUIDO NO SEMESTRE - CrS 0,8616 POR AÇÃO 436.439PATRIMÔNIO LÍQUIDO N 3.263.655DIVIDENDOS POR AÇÃO NO SEMESTRE

COMPLEMENTARES A SEREM CREDITADOS ATÉ 11.01.82 CrS 0,1676MENSAIS CREDITADOS ATÉ 04.01.82 CrS 0,0780T0TAL CrS 0,2456

LEASING BRADESCO S.A. Arrendamento Mercantil

ARRENDAMENTOS LUCRO LÍQUIDO NO SEMESTRE - Cr$ 1,8872 POR AÇÃOPATRIMÔNIO LIQUIDO

EM CrS MIL

11.741.0341.283.305

3.025.042

AVISO AOS ACIONISTAS

Comunicamos que os dividendos complementares, apurados no balanço de 31.12.81,estarão creditados em 11.01.82, aos acionistas que estiverem inscritos nos registros dasempresas Banco Brasileiro de Descontos, Bradesco de Investimento; Financiadora e Bra-desço Turismo, em 04.01.82.

Informamos, ainda, que os dividendos mensais declarados, referentes ao mês dejaneiro/82, majorados a partir deste mês, de CrS 0,013 para CrS 0,015 por ação, serão cre-ditados no dia 1.° de fevereiro de 1982 e beneficiarão os acionistas que se acharem inseri-tos nos registros das mesmas empresas em 04.01.82.

A DIRETORIA

FIESP não crê em reativação Estatais farão este ano Agriculturaeconômica e pede juro menor 50% das inversões do país„._._... ¦*¦ *J Brasília — As emnrpsas rstatais sorôn orçamento de dispèndlos Dará 1982 Dará t>es-Sào Paulo — O presidente

da FIESP — Federação dasIndústrias do Estado de SãoPaulo, Luís Eulállo Bueno VI-dlgal Filho, declarou ontemque a entidade "não acreditana reativação da economiaprevista pelo Governo e conti-nuará buscando uma propostapara reduzir as taxas de juros,única salda viável para o rea-- quecimento do setor indus-

^-Jtlal".Essa busca de uma redução

dos Juros começará na próxl-ma reunião do Conselho Supe-" "'rior de Economia da FIESP, a""aer realizada dia 19, e que con-a,,tará com a participação de-"seus novos integrantes: Abílio'"Dinlz, Renato Ticoulat e Fer-"riâo Bracher.

Para o vice-presidente daFIESP, Mário Amato, a econo-mia nacional está em condi-ções Ideais para empreenderseu reaquecimento em 1982 —o preço do petróleo vai man-ter-se estável, os estoques es-tão em níveis mínimos e ocusto do dinheiro está caindo— mas a seu ver a retomadasomente será possível se o Go-verno criar mecanismos para-lelos para baixar os Juros ln-temos.

Ele espera "medidas urgen-tes" das autoridades econômi-cas federais, de forma a pres-sionar as taxas de Juros parabaixo, sob o risco de a econo-mia cair numa estagnação es-te ano. Do seu ponto-de-vista,

será preciso criar condições fa-vorávels, principalmente paraas pequenas e médias empre-sas, oferecendo Juros menores,sem subsídios.

O Sr Amato previu um anomulto dlficil, principalmentepara as indústrias leiteiras ede transformação de gênerosalimentícios, que no momentoJá não estáo suportando maisos prejuízos.

Para o presidente do Conse-lho Nacional da Indústria Têx-til, Luís Américo Medeiros, se-rá impossível que as empresastrabalhem este ano com finan-clamentos a juros de 10%. Nocaso das Indústrias de seu se-tor, se o quadro não mudar, asempresas do Sul do pais Irãoficar na mesma situação em

que Jâ se encontram as do Nor-deste, que, náo suportandomais o endividamento, estãorecebendo recursos a juros ze-ro do Governo. Prevê tambémum alto Índice de desnaclona-llzaçâo, em função da falênciageneralizada, até mesmo dasgrandes Indústrias.

O presidente do Grupo Bar-delia, Cláudio Bardella, esperaque o Govemo encontre umafórmula de amenizar o custodos empréstimos externos, demaneira a provocar uma que-da no preço Interno do dinhel-ro. Na sua opinião, mesmo quea taxa externa cala a 13%, senada mudar Internamente, ataxa efetiva dos financiamen-tos ficará ém 25%.

Foto* arquivo

Abílio Diniz Renato Ticoulat Iternáo Bruclu*Nildo Masini

. Sào Paulo — O afastamento, do diretor do Departamento, de Cooperação Sindical, Nildo

Masini, e as nomeações de Abi-lio Diniz (Grupo Pão dev Açúcar) e Femão Bracher(Bradesco) para o Conselho—•Superior de Economia foram-ies principais modificações roa-lizadas na diretoria da Federa-—ção das Indústrias do Estado

7~—¦ FIESP — e anunciadas on-¦ tem pelo presidente da entída-de, Luís Eulállo de Bueno Vidi-

. gal Filho.Sobre a destituição do em-

; pre8ário Nildo Masini do De-partamento Sindical, o presl-' dente da FIESP alegou què

_lj^a se^ieu por estritas razões^MSõaisrasTjuais-não-iiuêro_tomar públicas". Masini se

. destacou em 1981, principal-

. mente por sua luta pela manu-

. tenção da poUtica salarial queà Federação das Indústrias! pretende alterar em vários: pontos, notadamente o índice

de produtividade e os 10% act-ma do INPC para os trabalha-" dores que ganham de 1 a 3' salários minirnos.

ME8MA POSIÇÃOApós tomar conhecimento

Luís Eulálio afasta Nildo Masinide seu afastamento do depar-tamento — será ocupado peloempresário Roberto Delia Ma-na — Nildo Masini explicouque "isto náo fará mudar mi-nha posição sobre a politicasalarial e outros temas. Sem-pre fül um empresário coeren-te em minhas posições. Valedizer que não é a FIESP que écontra a politica salarial, mas,sim, seu presidente. A atualpolítica salarial beneficia ostrabalhadores e náo deve seralterada".

Perguntado sobre se, com asaída de Masini estavam en--cerradas as divergências na-dl-"-retoria da FIESP, Luis EuTálloVidigal considerou que "tudo

-istafeLvatorizadopela impren-sa. Nâo houve briga e a decisãode substitui-lo nada tem a vercom suas posições".

Sobre a afirmação de queapenas o presidente da FIESPé contrário à política salarial,Luis Eulálio respondeu: "Exis-te posição de dúvida e ela é daFIESP e não apenas minha.Todo o mundo sabe que temosdúvidas quanto ao indice deprodutividade e que somos fa-vorâveis á regionalização do

Brasília — As empresas estatais seráoresponsáveis por mais de 50% do total dosinvestimentos a serem feitos no pais em 1982.A estimativa é do titular da Secretaria deControle das Empresas Estatais — Sest, Nêl-son Mortada. Segundo o orçamento aprovado-pelo Presidente dà República, as empresas eos bancos oficiais vào investir durante esteano Cr$ 2 trilhões 744 bilhões 700 milhões.

Segundo Nelson Mortada, as estatais se-râo responsáveis pela captaçáo"de 7,5 bilhõesde dólares no mercado financeiro internacio-nal, Isto é, cerca de 43% do total de recursosque o pais precisará para equilibrar seu ba-lanço de pagamentos este ano, de acordo comestimativas do Banco Central.

OrçamentoO orçamento cambial estima as operações

de empréstimos externos em 10,4 bilhões dedólares, Incluindo-se operações que foramcontratadas em 1981 e que não Ingressaramefetivamente, operações novas de emprésti-mos e outros contratos que só serão contábil!-zados no próximo ano. Essa estimativa tomapor base as necessidades de recursos externosdo Governo federal e dos Governos estaduaise municipais.

Nelson Mortada disse que no orçamentode 1982 estimou um crescimento da poupançaprópria das empresas estatais em 92% emrelação ao ano passado, considerando umaumento na produtividade e uma redução natomada de empréstimos de curto prazo quetêm um custo superior aos empréstimos delongo prazo.

Segundo Mortada, isso também só foi pos-sivel porque as disponibilidades do Tesouroaumentaram çom a decjsàqde emlUr Obriga-ções ReaJustáveis do Tesouro Nacional paracobrir o déficit da Previdência de 1981, daordem de Cr$ 180 bilhões. E mais, com adecisão do Govemo de aumentar a contribui-çáo até 10% sobre os salários de empregados eempregadores, as estatais contarão com maisCr$ 180 bilhões de créditos suplementarespara dispèndlos de pagamento de pessoal,além dos recursos que estáo alocados nò

orçamento de dispèndlos para 1982 para pes-soai que levou em conta o total de dispèndlosem 1981 com salários.

Na exposição de motivos aprovada peloPresidente da República existem recomenda-çóes aos dirigentes das empresas estatais nosentido de conterem as despesas e evitarem acontratação de gastos que nâo estejam pre-vistos em seus orçamentos tal como vinhaocorrendo nos últimos anos, quando o Gover-no, surpreendido com fatos consumados, eraobrigado a honrar compromissos com emprel-telros. Mortada reconhece que esse controlecontinua dlficil porque isto está afeto direta-mente à administração de cada empresa mas,como a determinação é do Presidente daRepública, caberá a ele tomar as sanções.

ImportaçõesO orçamento de Importações das estatais

limitou em 3 bilhões 680 milhões 400 mlldólares as importações diretas e em Cr$ 26bilhões 843 milhões 900 mil as compras oulocações de produtos estrangeiros no merca-do interno. Essa limitação tem como objetivoevitar pressões adicionais sobre o balanço depagamentos do pais. O limite de importaçãodireta é inferior em 4,2 milhões de dólares aoatual teto de 1981, Quanto ao limite paraaquisição ou locação de produtos estrangel-ros no mercado Interno, o acréscimo previstode 89% em relação ao atual teto de 1981 éexplicado pela diferença entre a taxa cambialmédia de 1981 e a estimada para 1982.

O Presidente da República aprovou aindaum aumento nos gastos de combustíveis de0,7% em relação a 1981, Isto é, o total a serconsumido pelo Govemo é da ordem de 2milhões 719 mil 411 metros cúbicos. Os únicosórgãos que tiveram acréscimo em suas quotasem relação ao ano passado foram o Ministérioda Marinha, o Estado-Maior das Forças Ar-madas (incluindo ai a Escola Superior deGuerra), o hospital das Forças Armadas e ogrupo executivo das terras do Araguaia —Tocantins — Getat — vinculado ao Conselhode Segurança Nacional.

INPC Essa posição foi levadaà CNI e está em estudos poruma comissão designada na-quela entidade".MUDANÇA8

Ao explicar as mudanças nadiretoria da FIESP, Luís Eulá-lio argumentou que elas têmpor objetivo "trazer maioresvantagens no funcionamentoda federaçáo. Tenho co2!«ciên-cia de que mudar sempre é umrisco, mas achei que era preci-so fazer as alterações".

Para o lugar de Nildo Masinino Departamento de Coopera-çào Sindical foi indicado o em-presário Roberto Delia Manaque em 1981 ocupou o Depar-tamento de Produtividade. Oempresário Celso Lafer, que ln-tegrava o Conselho Superiorde Economia, ocupaiá a dire-toria-geral do Instituto Rober-to Simonsen e fará parte, ain-da, do Conselho Superior deOrientação Jurídica e Legisla-tiva — Corxjur — e da Comis-sáo para Reestruturação deCursos e Seminários.

Sobre as designações de Abi-lio Dinlz, Femão Bracher e Re-nato Ticoulat.para integrarem

o Conselho Superior de Econo-mia, em substituição a Antô-nio Ermírio de Moraes e LuísCarlos Bresser Pereira, o presi-dente da FIESP esclareceu:"Nós precisamos de um repre-sentante do comércio, um daárea bancária e outro do setoragrícola. Acho que Abílio, Bra-cher e Ticoulat sáo excelentesrepresentantes desses setores.O Femão Bracher, que foi dire-tor da área externa do BancoCentral e hoje é vice-presidente do Bradesco, co-nhece muito a politica finan-celra internacional e isto serámuito importante."

A diretoria da FIESP apro-vou a sugestão de Luís Euláliopára a criação da Comissão dePolítica Industrial, que serádividida em cinco áreas (bensde consumo duráveis, de con-sumo, bens intermediários,bens de capital e construçãocivU) e terá por objetivo elabo-rar uma proposta de políticaindustrial que a federação pre-tende concluir- ainda este ano eenviar ao Govemo. Todos osnovos diretores de departa-mentos da entidade tém man-dato até 31 de dezembro desteano.

Furnas retém parte de suadívida com a Westinghouse

Fumas Informou ontem que retém 5%correspondentes a uma ou mais parcelas res-tantes do pagamento que seria feito à Westln-ghouse pela usina nuclear 1 de Angra dosReis. A empresa negou-se a divulgar o mon-tante da divida congelada, mas sabe-se queseria em tomo de 50 milhões úe dólares, quesó serão liberados depois que a usina forentregue a Furnas pronta para operar comsegurança.

A empresa norte-americana, segundo Fur-nas, deverá apresentar no máximo em doismeses soluções técnicas para evitar possíveisvazamentos de_materiaLradloatlvo no siste-ma de circulação de água da usina, comoocorreu em unidades nucleares da Suécia e daEspanha, idênticas à de Angra 1, construída"pela Westinghouse.

Quem vai pagarFumas garante que os equipamentos so-

bressalentes -— se forem necessários — paragarantir, sem problemas de vazamentos, aoperação da usina, serão de responsabilidadeda Westinghouse, porque a usina tem prazode garantia de um ano.• A empresa norte-

americana só devera pronunciar-se nos próxl-mos 15 dias, quando seus técnicos estarão noBrasil para inspecionar a usina.

Mas, ainda este ano, Furnas investirá maisCr$ 15 bilhões na usina de Angra dos Reis, doseu orçamento de pouco mais de Cr$ 160bilhões. Deste totai, ur$ i25 bilhões serãodestinados ãs obras do sistema de transmis-sáo da hidrelétrica de Itaipu. que Já deveráoperar no primeiro semestre do próximo ano.

A usina nuclear 1 de Angra dos Reis foicomprada à Westinghouse e tem indice denacionalização de apenas 8%. Para construi-la, Fumas desembolsou 1 bilhào 500 milhõesde dólares. Deste total, 90% foram de empres-timos no exterior, envolvendo Furnas e aprópria Eletròbrás.

Desse percentual (1 bilhão 350 milhões dedólares), apenas 280 milhões de dólares náoestavam condicionados a empréstimos vincu-lados à compra de equipamentos nos EstadosUnidos. Ou seja: a empresa brasileira tomouemprestado a bancos europeus. Os restantes1 bilhão 70 milhões de dólares corresponde-ram à compra de equipamentos para a usinanos Estados Unidos.

exigiramenos do BB

BrasUia—o Banco do Brasilserá capaz de obter folgas ex-pressivas nas suas aplicaçõesno setor agrícola, este ano, emvirtude de uma esperadamaior participação da redeprivada nessa linha de crédito,segundo estimou ontem n dire-tordeCréri',r>Ka.t)i n> tioncoCentral, José rueuer Leite deCastro.

Nesse caso, o BB economiza-ria até Cr$ 70 bilhões, que se-riam aplicados em linhas prio-ritárias de financiamento, in-cluslve no próprio setor agrico-la, como o crédito para Investi-mento. Após fazer um balançodas últimas decisões do Conse-lho Monetário Nacional, o Sr.Kleber de Castro lembrou queelas eliminaram todas as res-trições à competitividade darede bancária privada coro oBanco do Brasil na área decomercialização.

Antes os bancos comerciaissó podiam operar com EGFS(Empréstimos do Govemo Fe-deral) no caso de produtores ecooperativas, agora estáo au-torizados a incluir beneficiado-res e indústrias, estáo creden-ciados para negociar mesmoque não tenham financiado ocusteio do cliente, e atuarãoinclusive em municípios servi-dos por agências do Banco doBrasil.

Rio e SP terãoarroz do IRGAPorto Alegre—Os mercados

do Rio e de Sáo Paulo come-çam a receber este mês as pri-meiras partidas — 20 mil tone-ladas — de arroz beneficiado,tipo agulhinha, de um total de60 mll t — correspondentes aestoques do Governo — queseráo colocados nos supermer-cados até março próximo, coma finalidade de normalizar oabastecimento nos dois Esta-dos. A distribuição do arrozserá feita pelo Instituto Rio-Grtmiten.se do Arroz (IRGA),que estocou e procedeu ao be-neficlamento do produto.

Os preços de comercializa-çáo do arroz no Rio e em SáoPaulo, nos supermercados, os-cllará entre Cr» 80 e Cr$ 85 oquilo, preços que estáo sendocontestados peia Federaçãodas Cooperativas de Arroz doRio Grande do Sul, por seremsubsidiados e nào acompanha-rem as oscilações de mercado.O presidente da Fearroz, Ho-mero Pegas Guimarães, infor-mou que o arroz será entregueaos supermercados paulistas ecariocas a preços fixos, comvendas ao consumidor a pre-ços inferiores aos do mercado.

SERVIÇOSEXTA-FEIRACADERNO 8

JORNAL OO B8ASI.

16 — ECONOMIA

Lopes Filho pede revisãoda instrução da CVM quealterou o mercado futuro

A Lopes Filho e Associados, em seu InformeSemanal distribuído a clientes, defende, "tal qual alei dos supérfluos", a revisão da Instrução n° 19 daComissão de Valores Mobiliários (CVM), para evitarmaiores sofrimentos para o mercado. "Dúbia na reda-ção e incompleta nas amarragens, a instrução inver-teu a tendência de alta de oito meses do mercado,revelando grande falta de sensibilidade do timmingcorreto para adoção das medidas e desconhecimentodo real valor do mercado futuro como sistemáticaoperacional".

A Instrução n° 19 da CVM, baixada em dezembro,mudou as regras do mercado futuro de ações, atéentão administrado pela Bolsa de Valores do Rio, deforma a limitar, principalmente, a atuação dos cha-mados financiadores, que nâo corriam nenhum risconesse mercado. A medida alterou totalmente o com-portamento do mercado, que vinha apresentandoaltas consecutivas e volumes substanciais.

1" Caderno D terga-feira, 5/1/88 D JORNAL DO BRASIL

Nó"O nó górdio do mercado deações". "Diz-se que Alexandre,O Orande por nâo saber desa-tá-lo, utilizou-se de uma espa-da para cortá-lo. No sentidofigurativo, a espada ê repre-sentada pela Instrução n° 19 e,os Alexandres, nem tão gran-des, as autoridades responsa-veis pelo nascimento de umaInstrução truncada", afirma aLopes FUho.

Para os analistas seria muitomais fácil, se o objetivo era

acabar com a figura do finan-ciador (comprados â vlsta evendidos a futuro por uma ta-xa predeterminada), simples-mente emitir uma Instruçãodizendo que para todos os efel-tos todas as operações de ven-das ftituras seriam considera-das descobertas, o que obriga-ria o depósito de margem e oseu reforço sempre que o mer-cado subisse. O melhor Instru-mento seria administrar efl-cientemente as margens re-queridas para as operações.

Soeicommuda óleopor carvão

O Banco Nacional do Desen-volvimento Econômlco-BNDEconcedeu flnanctamerto deCr$ 188 milhões 496 mll â Soei-com 8/A — Sociedade de Em-preendímentos Industriais,Comerciais e Mineração, paraa execução de um projeto deracionalização do uso de ener-gia, com redução em 30% doconsumo de óleo combustívelderivado de petróleo, e a me-lhoria das Instalações de suafábrica em Vespaslano, Minas.

O projeto de substituição deenergia visa atender a primei-ra parte do protocolo de subs-tituição de óleo por carvão,assinado pelo Governo com aindústria clmentelra. O de re-forma prevê a substituição deequipamentos, a realização deobras civis e a Instalação deequipamentos complemen-tares.

A reforma permitirá o au-mento da produção de cUn-quer, que devera passar de 3mll toneladas/dia para 3 mtl600 toneladas/dia, equivalentea 1 milháo 190 mll toneladas/a-no. Do total de recursos apro-vados pelo BNDE, Cr$ 148 ml-lhôes 951 mll serão apUcadospela Soeicom no projeto dememória das Instalações fa-bris.

Elevadores Sur não serávendida e suas açõesvoltarão à Bolsa no Sul

Porto Alegre — As ações de Elevadores Sur S/A,começam a ser negociadas hoje na Bolsa de Valores doExtremo Sul, depois de uma suspensão de três dias, atéque fosse esclarecida a posição do grupo majoritário,Metalúrgica Ferrabrás 8/A, sobre a venda ou nào da Surao grupo norte-americano Elevadores Otls do Brasil. OOrupo Ferrabrás Informou, ontem, que a venda não seráconcretizada, permanecendo a empresa gaúcha sob ocontrole nacional.

8egurido o dlretor-presldente da Metalúrgica Ferra-brás, Adroaldo Carlos Aumonde, que detém 70% dasações da Elevadores Sur, uma das condições expressas noedital de oferta pública de compra de ações para fins decancelamento do registro de companhia aberta da empre-sa, era a de que, no mínimo, 75% dos acionistas mlnorltâ-rios concordassem com a venda das ações, o que não foiconseguido, decorrido o prazo legal de 45 dias.

Oferta tentadoraPor esta razão, o negócio nfto será efetivado, pois náo

houve unanimidade dos acionistas sobre a venda, prefe-rindo que a empresa prossiga sob o controle da Ferrabrás,apesar de a oferta feita pelo Grupo Otls ser "tentadora", 5milhões de dólares, Informou o Sr Carlos Aumonde. "Foium voto de confiança na atual diretoria, pois a empresaestá bem gerida e conseguindo resultados multo bons",observou.

A Elevadores 8ur deverá fechar o ano (cujo balançoencerra em março) atingindo a meta de 1 mll elevadoresvendidos, com um faturamento, no último trimestre (en-cerrado em dezembro), de 938 mühões, e liquidez geral de4,68% e 4,8% de lucratividade. O controle acionário daSur está dividido entre a Ferrabrás, que detém 70% dasações, o grupo Japonês Füjltec Co. Ltd., com 10%, e orestante com acionistas minoritários.

COTAÇÕES DA BOLSA DO RIO

Mantendo a tendência de alta quevem se observando há seis pregões, aBolsa de Valores do Rio de Janeirooperou ontem com valorização de0,4% do índice Geral de Lucratividade— IBV — médio, que situou-se em 25mil 583 pontos. No fechamento dosnegócios houve novo incremento(mais 0,8%) com o IBV indo para 25mil 786 pontos, apesar de PetrobrásPP, uma das três blue-chips que maisinfluenciam o índice, ter caído 1,05%.No mercado futuro foram firmadoscontratos envolvendo 137 milhões 200mil ações equivalentes a Cr$ 698 mi-Ihões, ou sejam, 29,19% a mais que oregistrado na quarta-feira passada. Àvista as transações envolveram 45 mi-Ihões 351 mil títulos, no total de Cr$189 milhões 724 mil, 44,82% a menosdo que no último pregão. Petrobráscontinua sendo a ação mais negociadanos dois mercados. Nova América OPteve uma valorização excepcional on-tem (17,34%), tendo sido cotada a Cr$2,70, seguida de Banespa PP com altade 10,73%. A maior queda do dia foi deMannesmann PP (-11,76%).

Coto(ó» (CrSI % SI Ind deOuonl Mid do Lucrai

Titulo» (mil) Abert F.ch M6* Min MM (Xa onl No ano

BMBrositpn I0B000 4.51 4.51 4,51 4.51 4,51 128,86

B.Nocionalon 45000 3,30 2,30 3,30 3.30 3.30 7,48 —

B Nacional pn 194 000 3.30 3 30 3,30 2,30 2,30 7,48 —

B.Nordolteon 39.000 2,50 2.50 3,50 2,50 2,50 7.76 107.76

Bonebpp 175.000 1,60 1,70 1,70 1,60 1,64 102.50

Baneipopn 2 000 1,60 1.60 1,60 1.60 1.60 —

Bonoipopp 6.430000 1.90 3,00 3.00 1.90 1.96 10,73 110,73

BelgoMin.op 1.052000 3,15 3.15 3.1S 3,10 3.15 1.94 101.94

Brohmoop 13000 3,95 4.00 4,00 3,95 3.95 nt 100.00

Brohmapn 1000 1,95 1,95 1.95 1.95 1.95 —

Brahmopp 4 508 000 3.35 3,40 3.40 3,35 2.40 3,00 103,00

Caloo. teopol po 6.000 0.85 0.85 0.85 0.85 0,85 100.00Cemigpp 394.000 0,61 0,60 0.61 0,60 0.61 1,67 101.67

Comigpripp 200 000 0.55 0.55 0.55 0,55 0,55 —

Cer|op 433000 0,70 0,80 0,81 0.70 0.80 14.39 338.57

OocotSonlosop 340000 2.00 2,10 2.10 2,00 2,05 1.91 —

Eletrobraspo 1000 1,10 1,10 1.10 1.10 1,10 110.00FeiroBros pp 5000 2.15 3 15 2 15 2,15 3.15 0.47 100,47Fertisulpp I5O000 1.36 1,37 1,37 1,36 1.37 0,74 100,74

Ftnorci 3 943 0,36 0,36 0.36 0.36 0.36 ESI 100.00

Mercado Futuro

Titulo. V.nc Ult. M4d. Ouonl. (mll)Atento op Jan 1.40 1,40 10380Acento op Fev 1.55 1.55 10000B. Brasil pp Jon 8.60 8.49 23 230B Btoiil pp Fev 9,45 9.41 12.150Banespa pp Jan 1,99 1,96 7 690Belgo Min. op Jon 3.14 3.14 200Brahma pp Jan 2.40 2,40 700Docoi Sontt» op Jon 2.19 3.19 1.100Doa» Somos op Ftv 2.42 2.42 1.100Docai Santos op Abr 2,90 2,90 2.000l. Americonas os___ Jon— ó,90 ~ 6,90"~~ 400Mannesmonn op Jan 2,00 2,00 900Pettobfo. pp Jon 5.85 5,79 38.250Pelrobcol pp Fev 6.40 6.41 7.000Somitn op Jon 1.55 1.55 100Vale R doce pp Jon 7.50 7.50 200Whtle Mart. op Abr 2.55 2.55 21.900

Os números do Pregão

Titulo.

Coto^Ae. (C$1Ouonl

(mil) Abert Fech Mó« Min

% Sl Ind deMed do lucraiD*a ani No ano

Acesltoop 3.000 1.15 1,15 1,15 1.15 1.15 .1,71 —

Atotuop 15000 0,70 0,70 0,70 0,70 0,70 I0O.ÜO

BBrosilon 3 967 000 8,00 8.00 8,00 7,90 7.99 0.63 100 63BBtoitlpp 5481000 8.10 8,40 8.50 8.10 8.30 eu 100.00

8 Econômico pn 42.000 3,85 3,85 3.85 3.85 3.85 96,25

l Americonoios 456000 6.35 6.30 6.40 6.35 6.38 2,90 102,90

Monneimannop 507 000 3,00 2,20 3,20 2.00 2,00 1.01 101.01

Manneimonnpp 3.100000 1.35 1.33 1.35 1,33 1,35-11.77 88,24

Mendes Jrpp 10O000 8,60 B.60 8.60 6 60 6.60 —MomhoFIumop 20000 14,30 14.30 14.30 14.30 14,30 446.86

Mo.nhoFIumop 350 000 5.00 5.00 5.00 5.00 5.00 —

NovoAme„coop2 III 000 2.69 2.70 2.70 2.69 2.70 117.39

Pet Ipiranga op 4 00 2.06 2,06 2,06 2,06 3.06 99.04Pelrobròson 2 281000 4.10 4,00 4.10 4,00 4,00 -0,99 99.01Petrobráspp 6 186000 5.65 5.70 5 80 5.60 5,68 1.05 98.95

Somitn op 705 000 1.50 1.65 1.65 1,50 1.53 6,99 106,99SouzoCrulop 105000 5,50 5,61 5.61 5.50 5,57 1,09 101.09

Supergasbrosop 9 000 2.90 2.90 2.90 2.90 2.90 98.31

Telerioe 100000 0.49 0.49 0,49 0,49 0,49 -2 00 245,00Telefion 390000 0.49 0,49 0,49 0.46 0 49 8.69 272.22

Telenpe 4 000 1.69 1,69 1,69 169 1,69

VoleROocepp 421000 7.30 7.50 7.60 7.30 7.53

Wh.ieMan op 2 904 000 1.75 1,80 1,80 1.75 1.77

Pop*i» mai» neçocfodot á vitta, em dinheiro: Petrobráspp (34,49*4); Banco do Brot.l pp (23.97%); Bancodo Bionl on (16.71%). Boneipa pp (6,64%). Broh.mo pp (5.70%)

Na quantidade de Titulo.: Petratxôi pp (18.05%). Bo.ne.po pp (14.15%); Bondo do Brolil pp (13,08%);Brohma pp (9,94%), Banca do Btoiil on (8.75%)

IIV: 25 583 ( • 0.4%). lochomenlo — 25 786 ( + 0,8%)IPIVt 1 972 (¦> 2.4%)Otciloção Dat 40 ações componentes do IBV 16

tubirom. 5 caíram, 3 permaneceram estáveis t 16nôo foram negociadas

Maiores oltai do IBV; em relaçáo oo pregôo anterior:Nova América op (1 7,34%), Banespa pp (10.73%);Banco Nooonol one (7.48%); Bonco Nocional pne(7,48%), Som.tri op (6.99%)

Moiote. bailas da IIV, em tdoffta oo pieg6o anteriorMannesmonn pp (11.76%). Docas de Santo» ope(1.91%); Aceittoop (1.71%), Petrobrás pp (1.05%);Petrobros pn (0,99%)

Volume negociado

9 MAO* °Ua"' °*À Visto 45 351942 189 724 849,12

i3 EST 100.00 A termo —M Futuro 137 200000 698019 700,00

'7 4.12 104.12 ,OIo| 182 551942 687 744 549.12

COTAÇÕES DA BOLSA DE SÃO PAULO

Sâo Paulo — O primeiropregão do ano da Bolsa deValores de São Paulo regis-trou uma alta de 0,4% devidoà elevação dos preços mé-dios das ações de primeira esegunda linhas em 0,1% e0,7%, respectivamente. In-dústrias Villares PP, a Cr$0,70, baixou de 7,8% e PirelliPP, a Cr$ 1,60, subiu deU,l%.

O volume apurado somouCr$ 421 milhões 593 mil, comItaú SA PN liderando a listadas mais negociadas comCr$ 29,8 milhões. AndersonClayton OP negociou Cr$30,5 milhões, e o mercado deopções movimentou Cr$ 119ftiiíhões 182 mil.

Titulo. Abett. Med. Fech. Ouonl.1000

Abert. Med Fech. Ovant.1000

Titulo. Abert. M*d. Fech. Ouonl.1000

t op

/ pn

Titulo. Abert. Méd. Fech. Ouonl.1 000

W lAmazônia onAmerica Sol pnAnd Clayton opArtex ppBonòeirantei onBandeirantes pp

0,65 0.66 0.67 3 3851,10 1.10 1,10 401,15 1.15 1.15 100

13.00 13.00 13.00 2 3502.75 2.75 3,75 1.S471.15 1.15 1,15 391,00 1,00 1,00 8

Banespa onBanespo pnBanespa ppBelgo MineirBrodesco onBrodesco pnBrodesco IBrohma ppBrasil onBrasil ppBrasmoior onBrasmotor ppCesp ppCevol pnCica ppCim liou onCobrasma ppCommd B Inv onComind B Inv pnConcretex ppConfab ppCopas ppDohler ppDono Isabel opDona Isabel ppEcisa ppEconômico pnEletrobras ppfcngesa ppEngeta ppEstrela ppEternitfertisul opFrancês Brai on

1.391.701.90

3.153.502,502.502.387.908,208.505.500.761.804,409,001.70

28.945.603.762.401.06

2.002,501.400.493.851.753.102.302.555.001,509,50

1.391.752.003.152.503,503,503,387.908.338.505.500.751,804.409.001.70

38.945,803.763.401.063.003.501.400.493,851,753,103.302.535,001.509.50

1,39 321.77 242,00 5 2943.153.502.502,502,367,90

70103204

2393

1508,30 1.5768,50 3.0005,50 4480.75 2 8481.80 804,40 1.0009.00 11.70

28.945.803.76

1045

100100

2,40 1.3351.06 1002.00 2002,50 1311.40 100.49 1503,65 931.75 5003.10 5002,30 502.50 2565.00 1001.50 619,50 57

Ind Villares ppitau banco onUaubanco pnItousa pn

Kepler Weber ppto|OS Amenc onMog nes ita ppoManasa ppMerc S Paolo onMerc S Poulo pnMeibto ppMetal leve ppMomho Sont op

Nocional onNord Brasil onNord Brasil ppNoroeste Est ppNovo Amenca op

Paranaponema opPoronaponema ppPeirobró* onPetrobrás pnPetrobrás ppPirell. ppPrometa I pp

Reol onReal pnReol ppReol Cia Inv ppReal Cons pnReal Cons pnReal Cons pn

0.74 0.70

2.15 2.15

2.05 2.16

7.60 7.60

1.15 1.15

6.20 6.20

3.70 2.70

1,50 1.50

2.60 2.60

2.00 2.00

2.35 2,35

3.10 3,10

6.00 6.00

2.30 2,30

3.20 2,41

3.06 3.06

3.15 3.15

2.70 2.70

0.70 1 865

2.15 B

2.15 3973

7.6010 463

1.15 1 000

6,20

2.70

1.50

2,60

2.00

2.35

3.10

6,00

2,30

2.50

3,06

3,15

3

40

725

10

167

35

500

10

30

139

I

40

3.70 1,000

10.00 10.00 10.00 153

10.00 9.97 10.00 454

4,00 4,00 6774,005.005.B01,600.35

2,252.252,503.602,802.903.15

6.005,721.600.35

2,222,242,433.602.802.903,28

5.00 I5.75 3 8611.60 180.15 100

2.20 1952.25 4892.40 1.2333,60 1.0002,80 502,90 573.50 366

Reol Cons onReal dt Inv onReal de Inv pnReal de Inv ppReal Port pnReal Part pnReol Port onSadia Concor ppSafrita ppSecurit ppSid Açanorte opSid Açonorte ppSid Coferrai opSolorrico opSolotrico ppSouza Cruz opSudomens onTecanor pnTechnos Rei onTelesp oeTelesp onTelesp peTelesp pnTibros peTrantparaná opUnibanco pnUnibonco pnUnibanco onVale R Doa ppVarig ppVigorelli opVotec ppWagner OpZanini pp

3.268.509,009.802,302,502,753.300.600.400.601.100.420450,505.603.101.10

0,800,460,462.102.10

10,001,001.111.101,107.601,900.450.501.101.90

3.268.589.029.842.312.502.753.300.600.400.641.100,420.450.505.603.101.100,810,460,462,142,10

10.001.001.111.101.107,541,900.450.501,101.90

3.268.659,10

10002.362.502.753,300.B00.400.651.10

0.420.450.505,603.101.100,820,460,462.102.10

10.001.001.111.10l.ll7.501.900,450,501.101.90

5012393

61631314010

3 364246

574

10096

1.260275

49758911

25 t

267

213125

12067

17916750

400438304

COTAÇÕES DA BOLSA DE NOVA IORQUE

, Nova Iorque — A Bolsa deValores de Nova Iorque come-çou o ano com o índice DowJones subindo. Esta alta, con-siderada técnicas por correto-res nova-iorquinos, ocorreu noflm da sessão apesar das incer-tezas quanto às perspectivastia recessão e do aumento dastaxas de Juros.

. O índice Dow Jones atingiu882,22 pontos com alta de 7,23pontos, quando foram nego-ciadas 37 milhões de açõesAproximadamente. No fecha-mento, 937 ações registraramalta, 594 baixas e 345 permane-«eram Inalteradas.

Novo Iorque: Foi o seguinte a Média Dow Jones na Bolta de Valore* de N. I. ontem:

Aç6e> Abertura Mòilma Mínima Fechamento

30 Indultnail 876.71 887.37 871,86 882,5220 Transportes 360,16 333,33 .176.38 379,6815 Serviços Públ. 109,22 110.2 108,78 109.8365 A0ei 346,22 351.88 345,88 349,60

Foram ot seguintes oi preços Finati dai oaju da Bolla d* Novo Iorque, ontem, em dotarei:

Aircolnc 407/8 BoeingAlconAIum 23 1/8 BoíseCascodeAlhedChem 45 1/4 BordWornerAlIiiCholmers 157/8 BrontHAlcoa 26 BrunswickAmAirlines 107/8 BourroughsCorpAmCynamid 28 5'fl CampbelISoupAmlel&Tel 5BW2 CanodianAAAFInc 27 1/2 ColerpillotlracAsarco 26 3/8 CBSAlLR.cMtedd 46 CelaneseAvcoCorp 21 Chase MonnatBkBendmCorp 58 I'2 ChryilerCorpBen Cp 19 7/8 Ctt.corpBetMehem Sleel 23 1/2 Coco-Cola

231/434 3/4263/421/2

181/434 1/828 3/8

3554 3/647 1/655 l/B53 7/8

3 3/4251/3

34 5/80

Colgate PalmColumbia PictCo tn. SatéliteCons EdisonContrai DotoCorningGlastCpcmltl

16 3/444 1/8

623/40325/636 1/4

5235

Crown Zellerboch 267/6

Oow Chemical 261/4Dressetlnd 33 1/8Dupont 381/4

tostem Ai 6 1/8Eoitmon Kodok 73EtPaUoConrçonyn 24 3M

Eaimork 503/4 ITVCorp 163/60 Rockwelllnll 321/2E««on 307/80 Monafocl Honover 35 5/8 Royol Outch Pel 351/40Fireitone 125/8 McDonelIDoug 65 SafewoySlrs 263/4FordMolor 171/4 Merck 851/2 ScottPoper 165/80GcnOynamia 24 1/2 Mobil Oil 24 1/2 SearsRoebuck 16 7/8GenElwIric 5B3/8 MonwnloCo 697/80 SheliOil 431/4GsnFocdi 313/4 Nabisco 305/8 SingerCo 131/2GenMoiors 393/4 Nat Diltillien 24 SmithkelineCcrp 67Gte 32 NCRCorp 44 1/4 SperryRand 35GenTire 213/40 NUndult 39 1/8 StdOilColil 415/8GettyOil 643/8 Nor*easlAirlines27 3/80 StdOiMndiano 51Gillett» 34 Occidental Pel 24 Slown 36Goodrick 223/4 OlinCorp 231/2 T«l«dyne 411/4Goodyear 18 7/6 Owonilllinoli 29 Tenneco 331/2Grocew 457/80 PocilicGoi&EI 21 lenoco 33 l/BGTotl&Poc PanAmWorldAir 27/8 ToKOilnitrumenli 811/8GulfOil 345/8 PennCenlrol 283/8 le.tron 27 UBGulfí. Western 161/4 Ptspsicolnc 361/2 TronsWorldAIr 15.1/4IBM 56 1/40 plmrChoi 521/2 UnionCarbide 51IntHorveiler 7 1/4 PhillipMoml 507/6 Uniroyal 7118Int Paper 39 1/4 PhillipiPet 39 7/8 United Brandi 11Int Tel & lei 29 7/8 Polaroid 203/4 Ullndultnei 9 3/8Johnion&Johnwn 36 5/6 Procter Gamble 803/6 Us Steel 30KennecottCop 22 RCA 183/8 WeitUnionCorp 357/8tirtonlndolt 57 Reynoldllnd 473/4 WelthElecl 261/2LoddwedArrc 4* ütymoideMet 24 1/80 Woolwor* 181/4

EMPRESAS

Conar puneEstéticaSilhouette

Depois de um processo emque comprovou a má-fé dasalegações e descrições conti-das nos anúncios do Instituto,de Estética Silhouette, o Co-'nar — Conselho Nacional deAuto-Regulamentaçfto Publi-citaria decidiu adotar a puni-çâo mais severa prevista nocódigo sobre a matéria: dlvul-gar publicamente o comporta-mento anttétlco do anun-clan te.

A decisão foi tomada unanl-memente pelo Conselho deÊtlca do Conar e significa queos anunciantes, as agências depropaganda e os veículos decomunicação deploram a ati-tude dessa empresa, que usa amarca Silhouette e tambémopera sob a denominação deSagic South American Olm-nastic Indústria e ComércioLtda., estabelecida na Avenl-da Paulista, São Paulo, E afirma é reincidente: Já fora pu-nlda pelo mesmo motivo peloConar, entidade que busca ze-lar pela credibilidade da men-sagem publicitária.

BanerjO Banco do Estado do Rio deJaneiro apresentou no seu ba-lanço semestral de dezembroum lucro liquido de Cr$ 3 bl-lhôes 245 milhões, com umcrescimento de 133% nos últi-mos seis meses, e de 346% emrelaçáo aos 12 meses do exerci-cio anterior (1980).UsiminasA Usiminas — Usinas Slderúr-glcas de Minas Oerals, anun-ciou que no dia 23 de fevereirolançará 10 bilhões de ienes embônus no mercado Japonês. Ocontrato será através do Bankof Tokyo, que vai liderar umpool de estabelecimentos decréditos, corretoras, compa-nhlas de seguros e outras entl-dades financeiras. O Tesouroserá o avalista da operação, aprimeira realizada por umaempresa da 81derbrás no mer-cado japonês.FinorSete leilões especiais do Flnor— Fundo de Investimentos doNordeste, seráo realizados esteano, dos quais apenas um noNordeste, contrariando assimuma reivindicação feita pelosGovernadores da região, nosentido de se promover estesleilões exclusivamente em ca-pitais nordestinas.IlafaTrês congressos e uma exposi-ção serão realizadas, em maio

próximo, no Riocentro, Rio deJaneiro,' pelo Instituto Latino-Americano de Ferro e Aço, emcolaboração com o IBS — Ins-tltuto Brasileiro de Siderurgia,ABDIB — Associação Brasilel-ra para o Desenvolvimento daIndústria de Base, e (bram —Instituto Brasileiro de Mine-ração.

Tyko's

SERVIÇO FINANCEIRO

"Open" inicia ano comjuros a 10% ao mês

O Bonco Cenlrol interviu nova-mente ontem no »ij(ema financeiroinjetando recurtos e comprando te-Irai do Tmouro Nacional com venci-menfo em moioe junho diretamentenas mejos dos instituições finoncet-ro» para conter as toxai do» finan-ciomentos de posição por um dio,

_que_atingkam_t 0% ao més, disse odiretor da Divida Públlcc do BoncoCentral. Cláudio Haddad.

— Por iiso resolvemos manter aslaxas de desconto dos LTNs no leilão— explico Haddod. Pora ele o ime-resse do mercado pelos ITNs aindapermanece, no entanto, numa épocade liquidez estreita e dinheiro coro énormal que a colocação de títulosseja mais redu/tda. Esto semanaserão retirados do sistema um totó)aproximado de CrJ 145 bilhões,olravés do IAPAS e imposto federais.

Dos Cr$ 60 bilhões oferecido!,foram absorvidos petos instituiçõesfinanceiros CrJ 17 bilhões 750 mi-Ihões de títulos de 91 dias e Cr$ 5bilhões 150 milhões de 182 dios. Orestante CrJ 12 bilhões 250 milhões

e CrJ 24 bilhões 850 milhões, res-pectivomente de 91 e 182 dias,ficaram na carteira do Bonco Cen-trai. O resgate será, amanhã, umtotol de CrJ 32 bilhões.

Segundo o Dedlp foi o seguinte oresultado do leilão: Papéis de 91dias — Móx. 60,69%, Méd. 60,70%,Min. 60,27%. Papéis com 182 dios— Móx. 53,68%, Méd. 53,68% eMin. 53,67%.

ORTNS

Os negócios com Obrigoçôes Rea-justáveis do Tesouro Nacional manti-verom-se com volume reduzido denegócios, emboro os papéis comvencimento em maio de 85 fossemcotados a 100,60%, os com venci-mento em novembro cotados a99,40%. Os financiamentos de posi-çóo por um dia, pressionados, oscila-rom entre 120,60 e 130,20% aoano, com a médio dos negócios o127,80%. O totol de operações so-mou CrJ 724 bilhões 650 milhões,segundo o ANDIMA.

Mercado de LTN

O mercodo ob«rto d» Uiroí do TwouroNocionol aprewntou-Mí proticamente pa-rodo ontem, um qua oi imtiluiçôei finan-cairat realuotiem operoçòos efetivai decompro e vendo, jó que concentravam musinteresses openot nos financiamentos deposição o curtíssimo praco. Mesmo assim,o volume total de negócfot com ene»titulo, atingiu Cri I trilhAo 3 bilhó.. 447milhôei, ligeiramente inferior oo recordealcançado no final do ano passado — Cr$tn!hôo 118 bilhàes 389 milhftei —. Mgun-do informoções da Andima — AssocioçàoNocional dos Instituições do MercadoAberto. As ta»os dos financiamentos overnlght estiveram pressionados durante todoo periodo, apesar da otuaçóo do BancoCentral. Os negócios miciorom-se em120,00%. atingiram 133.00%. ti.andos»em 127,20% no fechamento. A mAdia dosnegócios fd de 1 27,35% oo ano. Para estasemana, at operadores nâo esperam que ocusto do dinheiro venho o declinar, diantedos compromissos do sistema bancáno —recolhimento do IAPAS, FGTS e poça mentodos industrias do Rto e Sâo Paulo. Alémdisso, as instituições financeiras permane-cem bastante cautelosas quanto o tendèn-cio dos <a*as de rentabilidade dos títulos edo comportamento dos tonas de juras. Aseguir, as roxos médios anuais de descontoae todos os vencimentos:

Dólar e ouro

Londres — O dólar caiu, ontem,nos principais mercados monetárioseuropeus, apesar de ter-se recupero-do de algumas perdas iniciais. EmLondres, foi cotado a 1,9265 dólaresa libro, e em Frankfurt a 2.23175morcos. O ouro também fechou embaixa devido a continuado falto desuporte. Em Londres foi cotado a395,50 dólares o onça, e em Zurique

o 394,50 dólares.

•eftçf mento Compra

06/0113/0120/0127/0103/02IO'0217/0224/0203/0310/0317/0324/0331/0307/0414/0421/0428/0405'0512/051W0S2&0502/0609/0616/0623/0621/07I8'0822/0920/1017/1122/12

85.0080.0075.0070.0068.5067,7566.0066.2564.5063.7563.0062.4561.9061.3560.8060.1059.6059.1058,5558,0057,4556.7556.1055.3054.5053.7552.5051.2549,5048.2547.00

V.ndo

83.6076. 1073.1069.5068.0066.7565,5064.7564.0063.25625061.9561.4560.9060.3559.6559.1558,6558,1057.55570556.5055.7054.9054.1053.0051.7550,50

48. 7547.5046.25

Interbancário

O mercado interbancário de côm-bio pora contratos prontos foi pro-curado, mas apresentou um volumerazoável de negócios negociadoscom taxas entre Crt 127,50 e Cr$12^,27, para telegramas e cheques.

O bancário futuro tombem foi pro-Cuiüdo, mos com um volume reduzi-do com taxas fixadas em Cr$ 127,80mais 4,10% e 4,90% pora contratosde 30 e 180 dias. A retração sedeveu a expectativa da desvaloriza-çao do cruzeiro.

Taxa do Euromercadotoxa interbancário de câmbio de Londres, no mercado do eurodólar, fechou ontem, para operiodo de sen meses tm 14 I5'16%. Noi demais moeaos foi o seguinte o seucomportamento, segundo dados do Banco Central.

Prazo D61or

I més 13 3.83 meses 13 15/166 meses 14 15/16

12 meses 14 7/8

libra

15 3/815 13/1615 13/1615 1/2

Marco Fr. Suíço fr. FroncM HoHm

10 5/810 11/1610 3/410 7/16

15/165/167/163/4

1617 3/818 5/818 7)8

TT810II11 3/16II 3/16

Taxas de câmbio

Moedo»

DólarDólar AustralianolibroCoroa DinamarquesaCoroa NorueguesaCoroo SuecaDólor ConodenseEscudoFlorimFranco BelgoFranco FrancêsFranco SuiçoIene JaponAslira ItalianaMarcoAnetaXeiim

Compra

127,16142.94245,1417,35021.91822.944106.801,969451.5073.31B122.27570.794

0,579400,1059056,5031.31528,0619

Venda

127,80144,86248,4717.58922,21923.266108.222.004952.2233,365222.57871.802

0,587370.10738

57.2841.33368.1782

127.35143.15245.5117,37621,95122.979106.961.972451,5843323122.30870.900

0.560260.10605

56.5871.31728,0739

As laxos ocimo foram ff«ejdbt ontem, pelo Bonco Central, òs )óh30m do tho, nofechamento do mercodo de cómbo brasileiro. At demais, tomom por base as cotoçòes dofechamento no mercodo de Nova Iorque.

Argentina (peso)Austrália {Jolor)Áustria (Chelin)Bélgica (Franco)Bolivia (Poso)Canadá (Dóla»)Chile (peso)Colômbia (peso)fquOÒO/ (sucre)

USS0,001031,13100,1390,2630,4048.4 70,2560,1800-52

CrS0.01316

144.5418I 776423.36114.5.16312

107,69706"3.27168

2.30044,49856

Espanha (peseta)Finlândia (marco)França (franco)Itália (lira)Jopào (yen)México (peso)Peru (sol)Portugal (escudo)Uruguny (paso)Veneiueki(boíivor)

0 1042.3161.7620008370.045780.3670.019780.1540.08712.329

Repasse Cobertura

127,67144,71246,2217,57122.19623.243108.112.002952.1703.361822.55571,729

0.586770,10727

57,225I.332S8,1698

1.3291229 5984622.518360.1069690.585068

4.94ÍB61 966121.96812

11.131382976J62

A Tyko's, fabricante de artigosem malha de puro algodão,responsável pela produção edistribuição de camisetas dagiltft QuUherme Guimarães,acaba de inaugurar mais umshow-room em São Paulo. „

ihlJBD—RioO Banco de Desenvolvimento-ldo Estado do Rio encerrou oexercício de 1981 com um lu-"-cro liquido de Crt 679 milhões;-898,5% mais que o obtido no 1D~semestre do periodo — Crt 88"milhões 800 mll — fato Inédito' *na história do banco. O cresci- 'mento consolida a- posição do -BD—Rio entre os três primei-""ros bancos de desenvólvlmerf-'"to do pais.Fenaban »—•A Federação Nacional dosBancos realiza uma reunião—almoço no próximo dia 8, às12h30m, no Hotel Glória, como Ministro da Fazenda, ErnaneGalvêas.

MERCADOEXTERNO

Chicogo e Novo Iorque Cotações Murasnos bolsas de Mercodonos de Chicago, NI.e Londres, ontem: »-t--

MÊS FECHAMENTO DIA« *>f>

ANTKjf*.,.ALGODÃO (Nl)

Cents e USS pw libra peso " "**

Mor 65,42 í,15'Moi 66.72 1.07"Jul 68.20 0.85 -Oul 70.10 1,10D»z 71.10 0.90Mar 72.35 0,80Mai 73.10 0.70

COBRE (Nl)Cerrti tie USS por libra peto

Jon 74.25 +0,35F*v 75.00 +0.20Mo'r 75.90 +0.20Mai 77,60 +0.30Jul 79.25 +0.40Set B0.90 +0.50Dez 83.40 +0.55

ÓLEO DE SOJA (Chicago)Cents de USS por libra peto

Jan 16.63 +0,04Mor 19.20 +0.03Mai 18.81 +0.p4Jul 20.40 +0.02"Ago 20.47 +0.05'Set 20.67 +0,02.Out 20.85 +0.15

MILHO (Chicago)Ctntt <te USS por buihel

Mor 272 1/4 +1 3/4Mai 283 + 2Jul 289 + 2 1/4Set 292 + 1 3/4Dez 297 + 1 3/4

FARELO DE SOJA (CHKAGO)USS por tonelodo curta

Jon 186.40 +2.20Mor 187,40 +1.50'Moi 189,40 +1.10Jul 191,70 +0,40Ago 192.80 +0.80Set 192.90 (00,10Out 192.70 -0.20

Soja (Chicogo)Cents de USS por bus hei

Jon 617 1/4 +6 1/4Mor 630 +3 3/4Atei 643 1/4 +2Jul 655 1/4 - 1Ago 659 - 1Set 659 - 5Nov 662 1/2 - 1 1/4

TRIGO (CHICAGO)C.nti de USS por bushel

Mar 390 3/4 -3/4Moi 400 1/4 -1/2Jul 406 1/4 -1 3/4Set 419 1/2 -I 1/4Dez 437 -2 1/4Mar 451 -2

INova Iorque

Fech. Ojoqnt-Açúcar

Cents de USSMl lifalB MM

Fech. Dio ànt.Açúcar

mor 12.74 - 0.44 169 168.85moi 12,90 -0 53 17090 17026iul 13.15 - 0.50 »-sei 13,39 - 0.45 j-oul 13.60 - 0.45 178,80 178.50jon 13,85 - 0,25 179,90 179,10

Cocou CocouUSS por tonelada Libra/t. m*hlco

IK8311,89¦MS12.19

mar 2.142 12 —mal 2.148 12 11. B4iul 2,153 12 11.91sei 2.162 12 12.08dez 2.187 12 12.17mar 2.217 12 12.27

CaféCents de USSpor libro peto

Cot»

Libra/t métrica

mor 142.40 2.69 11,52 11.50mai 136.76 3,13 11.44 11,43iul 133.00 2,41 11.22 11,21Set 130.20 1.20 11,16 11.ISdez 127.25 1.19 — —mor 126.00 1.50 11.10 10,98

Metaisw

Alumínio6 visto 586 587uèi meses 611 612Chumbo6 vista 351 352três meses 365,50 366Cobre (Cothadee)o visto 852 854«és meses 880 882Eiianho (Stondart)à visto 8.310 8.320três meses 7.870 7.880Estanho (Hrghjrodel6 visla 8,310 8320n*s meses 7.870 7.880Níquelavisto 2 820 2 8)6»4* meses 2.870 2.880

ò visto 418 419tr*s meses 434.50 434.90Zinco *à visto 447 448íris metes 400 460.»Ouroà visto 395 50 (lonòresl 393,50 (Zurique).Sdo Poulo (Degusso tmgote de 1 000 gro-ma»y o Qegutsa 5 A nòo forneceu acoração do ouro on'»m.Noto Alumínio, Chumbo Cobre. !Vn«m,**»qu«l e linco - em libras por tonelada»-Prtrto — em pence por trov (31,103 gri.)Ouro — em dotar»» por onço t/H. ií $>%}

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JORNAL DO BRASIL D terça-feira, 5/1/82 D Io Caderno ECONOMIA- 17

Depósito supera saque em caderneta no Io dia útilA contar pelo movimento do

depósitos ontem, nas prinei-pala agências de caderneta depoupança, o mès de janeiropoderá surpreender as expec-(ativas Iniciais dos empresa-rios de crédito Imobiliário,que acreditavam em ummaior número de saques noprimeiro mès do ano. Os depo-sltantes aproveitaram o últi-mo dia para movimentar suascontas e ampliarem seus de-pôsitos, esperando que em1982 o rendimento real sejatáo satisfatório quanto em1961, quando as contas rende-raití 108,68%, contra 95,2 daInflação.

A gerência da agência cen-trai da Caixa Econômica Fe-deral, na Avenida AlmiranteBarroso, informou que o mo-vimento foi normal, com osdepósitos superando ligeira-mente os saques. Na principalagencia da caderneta Itaú, naPraça Pio X, o gerente disseter visto um movimento re-corde desde 1971, abrindo 80contas novas. No Bradesco, omovimento foi grande até as16.__.30_t., também com os depó-sitos superando amplamenteos saques. As agências fica-ram abertas até as 20h paraatender ao público.COMO DEPOSITAR

Quem náo depositou ontem,no -último dia permitido paraelevar saldo desde o dia 1° dejaneiro, poderá deixar parafaze-lo até 1° de fevereiro, poisesse depósito só servirá paraelevar o saldo do mès quevem, ampliando a média dotrimestre para o crédito darentabilidade.

O rendimento das caderne-tas é creditado sobre a médiaaritmética dos três menoressaldos do trimestre, quandonào houver saques. Em casode retiradas, ele Incide apenassobre o menor saldo do perio-do. Por exemplo, se um depo-sitante sacou recursos no dia30 de novembro, a rentabili-dáde do trimestre passado (ju-ros e correção monetária) écreditada sobre o volume dedepósitos verificado em Io deoutubro, ou o menor em todo otrimestre.

Já neste primeiro trimestredo ano, o saque do ano passa-do náo altera a rentabilidade,que voltará a incidir sobre amédia aritmética dos três me-nores saldos. Os depósitos efe-tuados até ontem servem paralevar o saldo a partir de Io dejaneiro. No decorrer do mês,os novos depósitos só servirãopara elevar o saldo de feverei-ro e março, contribuindo paraampliar a mutila aritméticadó trimestre, mesmo sem sercontabilizado em janeiro. Jáos depósitos, no decorrer defevereiro, influenciarão o sal-do de março e conlribuiráopara a média aritmética so-mente em um mês do tri-mestre.

A rentabilidade só voltará aincidir sobre o menor saldo doperiodo se houver saques emqualquer dia do trimestre,mesmo que seja no dia 31 demarço. As mudanças efetua-das pelo Governo a partir dosegundo semestre do ano pas-sado limitaram a apenas umtrimestre a mudança do cálcu-lo da rentabilidade em caso desaques. Até aquela data, asretiradas provocavam rendi-mentos menores (sobre o me-nor saldo do período) por doistrimestres consecutivos — oque resgistrou o saque c o se-guinte.RENDIMENTO

Em decorrência da tendèn-cia declinante da inflação e dacorreção monetária, o rendi-mento das cadernetas destetrimestre está sendo estimadoem percentuais inferiores aosregistrados nos quatro t rimes-fres do ano passado, comomostra o gráfico.J Tomando como base os indi-ces de correção em janeiro efevereiro — de 5,2% e 5%, res-pectivamente — as projeçõesmais pessimistas indicam per-centuais de correção de 4,8% e4,6% em março e abril, o que,-.ornado aos juros do trimes-tre, daria um rendimento de16,79% para as cadernetas. Jáas projeções mais otimistasestimam em 5% a correção demarço a abrii e um Índice de17,46% para a rentabilidadedeste trimestre, que ainda se-Pá Inferior aos percentuais ob-tidos nos quatro trimestres de81— o menor superou ligeira-mente os 19%, no último tri-mestre do ano,'"Mesmo com um indice me-nor, entretanto, a rentabilida-de real das cadernetas tende aser mais atraente este ano queno primeiro trimestre de 81.No ano passado, contra umainflação de 24,17o, as caderne-ias renderam 20,62%. Mas pa-ra o primeiro trimestre desteSUio, as previsões indicamuma taxa média mensal de 5%die inflação, o que correspon-dera a 15,76% no periodo, indi-ce ainda inferior à projeçáomais pessimista para as ca-dernetas.

214%

204

194

184

174

164

154

2062

1v TRIMESTRE

20,85

20TRIMESTRE 39 TRIMESTRE

Rendimentos das CadernetasCorreção e juros por trimestre

20,28

-1981'

19,03

49 TRI MESTRE

' projwfto otimistaprojecào peulmistn

**iIZlfi '

16.79 j-VTMWLSTnEJ

1QQ •>____1982-Rendimento de 82 ainda é favorável com a menor inflação prevista

Imóvel tem novos limites *O valor da UPC — Unidade Padrão de

Crédito — determinado para o primeirotrimestre de 82 em Cr$ 1 mil 453,96, permitefinanciamentos de até CrS 7 milhões 269 mil800 para compra da casa própria pelo Siste-ma Financeiro da Habitação — 8FH —equivalentes ao teto de 5 mil UPCs.

De acordo com o presidente do BNH,José Lopes de Oliveira, a correção trimes-trai dos valores da UPC será o único estlmu-lo à compra de imóvel pela classe média.Apesar das pressões da indústria lmoblllá-ria, ele pondera nâo haver recursos paraelevação do teto dos financiamentos dosprazos.

O Sistema Financeiro da Habitação pre-vê três formas de financiamento nos contra-tos até 2 mil 250 UPCs — Tabela Price,Sistema de Amortização Mista, e Sistemade Amortização Constante. Acima destafaixa, a Tabela Price — prestação Inicialmais baixa — deixa de ser utilizada, ficandoas duas outras modalidades. Em todos oscasos, o financiamento cobre 80% do valordo Imóvel.

Os prazos variam de acordo com o valordo financiamento: para 2 mil UPCs ê de 240meses (20 anos) e acima de 2, mil 500 UPCscal para 160 meses (15 anos), havendo aindaprazos mais dilatados para as faixas maisbaixas — 300 meses, ou 25 anos.

UPC Valor Financiado Valor Mínimo do Imóvel Prtit. Inicial Ronda(CrS) (CrS) (CrS) (Cr$)

2.000 2 907.920.00 3.231.022,22 TP 34.454,79 89.808,45SAM- 39219.78 100.405,56SAC- 43 984,78 111002,67

2500 3.634.900.00 4 038 777,77 SAM- 54.145.28 134.630.79SAC- 60.714,02 150.950,65

3.000 4.361.880.00 4.846.533.33 SAM- 64.916,18 161390,80SAC- 72.798,67 180.974,63

3.500 5.088.860,00 5 654.288,88 SAM- 75.687,08 .88.150.60SAC- 84.833,32 210.998.60

4.000 5.815.840,00 6.462.044,44 SAM- 86 457,98 214.910.80SAC- 96 967,97 241.022,57

4.500 6.542.820,00 7.269.800,00 SAM- 97.228,88 241.670,80SAC- 109.052.62 271,046.55

5.000 7.269.800.00 8.077.555,55 SAM- 107.999,78 268.430.81SAC- 121 137,27 301.070.52

Oburvoçõe»; TP - Tabela PriceSAM • Siitoma d* Amortizarão MijloSAC - Sistema de Amortlioçôo Constam»

Nacional compra Finadisae entra na poupança em SP

Sâo Paulo—O primeiro grande negócio doano — a compra da Finadisa de CréditoImobiliário pelo Banco Nacional, por CrS 1bilhão 433 milhões — foi fechado no últimosábado, mas só revelado ontem. A Finadisa,um complexo de 18 lojas em Sâo Paulo, quedetinha 0,35% do mercado paulista passará achamar-se Nacional Sáo Paulo de CréditoImobiliário. Em julho do ano passado, o Gru-po Nacional entrou no crédito imobiliário, aoassumir o controle da Qrande-Rlo.

O diretor do Nacional, Sr Germano deBrltto Lyra, disse que encontrou "tudo emótimo estado" na Finadisa. As bolsas foraminformadas do negócio, assim como a Comis-sáo de Valores Mobiliários (CVM). Com acompra do controle da Finadisa, o Nacionalchega a cerca de 200 agências que podemtrabalhar com crédito imobiliário entre SãoPaulo e Mato Grosso.

Sem sigiloO diretor do Nacional desde ontem cedo, e

praticamente durante toda esta semana, con-

tlnuará em São Paulo gerenclando a Finadi-sa, na sobreloja da sede da empresa, na ruaTabatlnguera, no Centro de São Paulo.

— O negócio foi fechado no dia 2, e hoje(ontem) ê o primeiro dia que estamos geren-ciando nosso novo negócio. O Banco Nacionalprecisava de uma caderneta de poupança emSão Paulo. Jã tem uma no Rio de Janeiro.Isso vai auxiliar a popularizar a marca dobanco, o que é multo bom — disse.

Segundo ele, com a compra da Finadisa, oBanco Nacional vai gerar uma grande poten-clalldade de captação de recursos no eixo SâoPaulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul eRoraima.

Revelou que o total da compra foi de CrS 1bliháo 433 milhões 953 mil 340 cruzelros,98. "Êbom revelar o total da compra, para evitarespeculações futuras. Vâo dizer que o preçofoi superior a este, mas olhe o documento eveja o total exato do fechamento do negócio".afirmou.

A compra da Finadisa pelo Banco Nacio-nal começou há mais de um mês, através denegociações diretas entre os Srs Brltto Lyra eRocha Diniz. pelo Nacional, e o Sr Sérgio deLa Penha, pela Finadisa.

Grandes bancos ampliam captaçãoA compra de mais uma empresa de crédito

Imobiliário pelo Grupo Nacional vai ampliarainda mais a concentração das cadernetas depoupança nos grandes bancos, hoje, os maio-res captadores de depósitos em todo o pais,depois da Caixa Econômica Federal e dascaixas estaduais.

No Rio e em Sâo Paulo, eles Já detêm agrande maioria dos depósitos, restando ãspoucas empresas independentes uma peque-na fatia do mercado. Pelo ranking do maiorvolume de depósitos no final do mês de outu-bro, o mercado carioca, com um total de CrS228 bilhões 781 milhões em depósitos (sem aCaixa Econômica Federal), era liderado nastrês primeiras posições pelo Banetj, Bradescoe Unibanço.

Os três bancos detinham 50,3% do total dedepósitos, com 21,25%, 16,16% e 12,9%, res-

CASA %%PQUINTA-FEIRA V jg)(©CADERNO 2)JORNAL DO BRASIL

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feBANCO CENTRAL DO BRASL

EDITAL

Para os fins previstos no art. 60 da Lein? 4.069, de 11.06.1962, torna-se públicoque devem ser apresentadas, para imediatoresgate, as Obrigações do Tesouro Nacio-nal - Tipo Reajustável e Letras do TesouroNacional vencidas no mês de DEZEMBROde 1981.

Rio de Janeiro, 04 de janeiro de 1982.

DEPARTAMENTO DE OPERAÇÕESCOM TÍTULOS E VALORES MOBÍLIA-RIOS

pectivamente para cada um. Os bancos comatuação mais recente no Rio — Bamerindus,Itaú e Nacional (depois da compra da GrandeRio) — ainda detinham percentuais inferioresâs independentes Delfim e Letra. Esses ban-cos detinham, respectivamente, 6,6%, 6,12% e3,5% do mercado, contra 8,3% da Delfln e7,7% da Letra.

Em São Paulo, o quadro é o mesmo. Paraum total de depósitos de CrS 697 bilhões 221milhões, sem a CEF, a caixa estadual paulistaera a maior concentradora de depósitos —com 37,1% — seguida pelo Bradesco, com19,1%; Itaú, 10,2%; Real, 5%; Comind, 4,5%;Bamerindus, 3,8%; e Unibanço, com 3,7%. Aprimeira empresa a aparecer no ranking — aDelfln — ocupava a 8* posição, detendo 2,5%do mercado, seguida pela Haspa, com 2,2%.

.CAIXAHtCONOMIC» I

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AVISOTOMADA DE PREÇOS N° 17/81

A CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, FilialRio de Janeiro, realizará licitação no dia22 de Janeiro de 1982, às 15:00 (quinze)horas, para contratação de obras e servi-ços de adaptação dá loja da Rua AfonsoCavalcanti n° 33 (POSTO PIS — CIDADENOVA).Os interessados poderão obter o EDITALe outros esclarecimentos na CPL/RJ, nohorário das 10:00 às 16:00 horas, no 24°andar do Edifício-Sede, na Avenida RioBranco, 174 — Centro — Rio de Janeiro.Capital mínimo exigido: CrS4.000.000,00 (P

Ouem poupa na Caixa esta com mais.

Compras de jornais,livros e revistasabatem no IR em 83

Brasüia — Todo e qualquer brasileiro que exerçafunção técnica, que por necessidade profissional gastar,este ano, com a compra e assinatura de revistas, Jornais elivro? técnicos, a partir de agora pode deduzir tudo nadeclaração simplificada — cédula C — do Imposto deRenda, independente do montante das despesas, desdeque elas sejam comprovadas com recibo,

A decisão de tornar sem limite a dedução das despe-sas dessas pessoas físicas — como médicos, engenheiros,jornalistas e professores—entrou em vigor desde o dia Ioúltimo, mas e válida apenas para o ano-base de 1982. Issoquer dizer que só poderá ser praticada na declaração doIR de 1983, que será entregue â Secretaria da ReceitaFederal no próximo ano.

A Portaria 317, assinada pelo Ministro da Fazenda,estabelece também limite para os contribuintes que nâotenham comprovantes dessas despesas de aprimoramen-to técnico. Nos casos dos que não tenham recibos, adedução no formulário simplificado nào poderá ultrapas-sar 5% do rendimento bruto do contribuinte, ou entáoum montante de gasto de Cr$ 500 mil.

Mas a Secretaria da Receita Federal esclarece que,casos de despesas excessivas, mesmo que comprovadascom recibos anexos à declaração, exigirão do Oovemouma apuração mais detalhada. Isso porque, como ressal-ta a própria portaria, "todas as deduções do rendimentobruto estão sujeitas à comprovação ou justificação, acritério da autoridade lançadora".

Até o ano-base de 1981, cuja declaração do IR seráentregue ainda no primeiro semestre de 1982, os assala-riados, ao preencherem a cédula C de declaração derenda, nào podiam deduzir Ilimitadamente com compro-vação, tendo de optar, para Isso, pela cédula de preenchi-mento mais detalhado, mais complexo. Aos assalariadosque preenchiam a cédula C só era possível a deduçãolimitada, mas sem comprovação.

Sul Brasileiro assume ocontrole da Bantrade quepertencia ao Banrisul

Porto Alegre — Com a subscrição de 53% das ações peloBanco Sul Brasileiro, a Bantrade Companhia de ComércioInternacional passou à Iniciativa privada, dividindo o restan-te do capital com o Banco do Estado do Rio Grande do Sul—Banrisul que ficou com apenas 47% das ações da tradlnggaúcha. O capital da Bantrade, até a semana passada, eracontrolado pelo Banrisul (50%) e Banco Sul Brasileiro (50%).

Segundo o dlretor-supertntendente da Bantrade, Rober-to Borba, ao entregar o controle acionário da tradlng para aIniciativa privada, o Governador Amaral de Souza cumpreuma determinação que tem sido uma constante em seuGoverno: apoiar o empresariado privado gaúcho.

Informou, ainda, que a nova estrutura de capital daBantrade prevê a possibilidade de participação de outrosgrupos privados Interessados, através de novas chamadas decapital. Desde já, ele acredita que o setor courelro-calçadlstaserá um dos primeiros a se interessar na participação docapital da Bantrade. considerando sua posição na pauta deexportações do Rio Grande do Sul. Com um capital autoriza-do de CrS 600 milhões, a Bantrade teve lntegrallzados nasemana passada CrS 410 milhões.

Entre as principais conquistas da tradlng gaúcha, em1981, está a abertura do mercado do Chile para o setor decouros e calçados, que resultou na participação de 12% dasexportações brasileiras para aquele pais.

Para 1982, há expectativas otimistas para as exportaçõesde grãos, não sõ em função da liberação da política deexportações da soja, como também pelo fato de que aassociada da Bantrade na França, a indústria BordeauxOleagineux, estará com sua capacidade plena, com previsãode esmagamento de 300 mil tano.

TCU apreciará explicaçãoda Siderúrgica de Tubarãosobre inversões no "open"

Brasüia — O Tribunal de Contas da Unlâo Járecebeu o resultado da diligência exigida em outubrodo ano passado para que a Companhia Siderúrgica deTubarão explicasse que tipo de recursos, no valor deCr$ 218 milhões 836 mil 166, aplicou em 1979 no openmarket, em contradição com o permitido a umasociedade de economia mista.

Em dois ofícios, a empresa respondeu às questõesda diligência, porém ainda não é sabido se o tribunalaceitará suas Justificativas. Só em plenário, nos pró-ximos meses, quando o Ministro Ewaldo Pinheirosubmeterá essas tomadas de contas a Julgamento, éque o tribunal deliberará.CONTROLE ACIONÁRIO

Constituída pelos grupos 81-derbrás, do Brasil, Kawasaki,do Japáo, e Ftnslder, da Itália,a Companhia Siderúrgica deTubarão explicou que seu con-trole acionário "para assuntosrelevantes" está condicionadoaos termos de acordo firmadoentre os acionistas. O tribunalentende, no entanto, que, co-mo a Siderbrás é detentora de51% das ações, a siderúrgicaestá subordinada â sua Jurisdl-ção, devendo, portanto, limi-tar-se ao permitido a uma so-ciedade de economia mista.

Em fase de Instalação, acompanhia tem o inicio desuas atividades produtivasprevisto para este ano. Seu ob-jetlvo é a produção de placasde aço, com previsão de 8 ml-lhões de toneladas anuais, aser alcançada no segundo se-mestre.

Entre as irregularidadesconstantes das contas de 1078e 1979, o TCU encontrou o ex-cesso de remuneração dos diri-gentes da companhia e a con-cessão de residências lünclo-nais aos diretores, sem a cor-respondente autorização ml-nisterial.VALIO80S CONTATOS

Quanto a dois títulos de clu-bes recreativos, adquiridos pe-Ia empresa e hoje constantes

de seu ativo permanente, a ex-plicaçâo para não alineã-los éa de que se Justificam "porpossibilitarem valiosos conta-tos com estabelecimentos ban-cárlos e demais empresas esta-tais de siderurgia",

A remuneração dos dirigen-tes da Siderúrgica de Tubarãocontinua sendo fixada em as-sembléla-geral, em limites su-periores aos estabelecidos peloConselho de DesenvolvimentoEconômico para empresas dogrupo um, quando a empresa-máter, a Siderbrás, para essefim, se enquadra apenas nogrupo dois.

A empresa autoclassifica-secomo de constituição peculiar,formada por capitais trinaclo-nais, em que os minoritáriosmantém certo poder de man-do, descaracterizando a Sider-brás como controladora e fu-gindo ao controle, quer direto,quer indireto, do Estado. Se-gundo o Ministro Ewaldo Pl-nhelro, "nesse poslclonamen-to, a companhia deslizava cal-mamente sem subjugar-se aqualquer forma de controle, anâo ser o da assembléia deacionistas.

Ele concluiu que a Sider-brás, "apesar do poder conce-dido aos acionistas mlnoritâ-rios, permanece como aclonls-ta controlador e, em se tra tan-do de uma empresa Jurídica-mente brasileira, à lei brasilei-ra deve sujeitar-se".

Governo descarta proposta %de compra de ações do IRBpor grupo de seguradoras %

O presidente do IRB (Instituto de Resseguros doBrasil), Ernesto Albrecht, disse ontem que o Governodescartou totalmente a proposta feita por um grupode seguradoras, para a compra das ações do Institutoque pertencem ao IAPAS (Instituto de Administra-ção Financeira da Previdência e Assistência Social). v

Segundo ele, o Govemo não pretende privatizar oresseguro no pais, o que seria a conseqüência naturalda venda das ações do IRB a um grupo de segurado- .ras. É através do IAPAS queo Governo controla 50%do capital do IRB — uma entidade de economiamista, cuja outra metade do capital é distribuídaentre todas as seguradoras privadas — e exerce suahegemonia na administração do Instituto.

TURISMO cr? oQUARTA-FEIRA CADERNO B

JORNAL DO BRASIL

TRANSFERÊNCIA

A única proposta que estáem exame é a transferênciadas ações do IRB em posse doIAPAS para o Banco do Brasil,que passaria a representar oGovemo na administração doInstituto de Resseguros. Os es-tudos analisam as dificuldades

que poderiam surgir com a me-'dida, dado algumas normas es-tatutárias do BB. Quando oIRB foi criado, em 1939, ficou-determinado. que 50% dasações do IRB seriam controla-das pelos diversos Institutosde previdência privada. Com aunificação das entidades, asações passaram ao INPS e, de-pois, ao IAPAS.

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18 1° Caderno D terça-feira, 5/1/82 D JORNAL DO BRASIL

Falecimentos

Rio de Janeiro• Hugo Mirtlna dn FnnsMB eSilva, 53, dc infarto, na resl-(Jência em Laranieiras. Cario-ca, Tenente-Coronel Aviadorda reserva da Aeronáutica, eraqhefe da Divisáo Admlnlstratl-va da Superintendência do Ae-itporto Internacional do Riode Janeiro. Trabalhava naAHS A —Aeroportos do Rio deJaneiro 8. A. — desde setem-bro de 1973, onde participouda organização da administra-çâo do novo aeroporto do Rio,então em fase de construção.Anteriormente, ocupou cargosde chefia na Capemi — Caixade Pecúlio dos Militares—e noIfiPI — Instituto Nacional dePropriedade Industrial Aiémdb curso superior de oficialaviador, fez mestrado em Ad-mlnlstraçfto, na Fundação Ge-ttülo Vargas, Análise Econó-mica, no Conselho Nacional deEconomia, e programador emcomputador na Unlvac do Bra-sll. Casado com Hebbe Vieirada Fonseca e Silva.

Valdir Pereira de Castro Fi-lho, 59, de Insuficiência renal,na Casa de Saúde Santa Ma-ria. Carioca, industrial, casadocom Olga Barcelos de Castro,morava em Laranjeiras.

Agenor Sampaio de Almei-da, 77, de parada cardíaca, emcasa, no Leblon. Carioca, pro-fessor aposentado, viúvo deGilda Ferreira de Almeida, tl-nha três filhos: Geraldo, Gui-lherme e Qulomar, sete netos.

. Sllvérlo Corrêa dos Santos,43, de Insuficiência cardíaca,no Hospital de Ipanema. Ca-rioca, industriário, casado comSophia Martins dos Santos, ti-nha um filho: Luiz Carlos, mo-rava no Jardim Botânico.

Adalberto Rodrigues deSouza, 64, de parada resplrató-ria, no Hospital da Penitência.Carioca, advogado, viúvo deHalbina Lima de Souza, tinhaum filho: César Lima de Souza,

H^rSsEsí ¦'¦' ,- ^&m_ü__2&'2_i_Í_wÈÈÊtp

Hugo Martinsdois netos, morava na Usina.

Mytthes Mattos de Faria, 57,de edema pulmonar, no Hospl-tal Souza Aguiar. Carioca, viú-va de Hermlnlo Azevedo deFaria, morava no Centro.

Carlinda Vieira Soares, 79,de acidente vascular cerebral,em casa, na nha do Governa-dor. Carioca, casada com JoãoMaria Macedo Soares, tinhaseis filhos: Luiz, Nely, Nídla,Paulo, Elisa e Cláudio, 12 ne-tos e três bisnetos.

Willan Marcondes dos San-tos, 48, de Infarto, no Pronto-cor. Carioca, comerclário, des-quitado, tinha um filho: Fran-cisco, morava no Rio Com-prido.

Ivonete Bastos da Silveira,72, de embolia pulmonar, emcasa, no Engenho Novo. Cario-ca, era viúva de Gérson Perel-ra da Silveira.

Durvalina Marques Macha-do, 62. de parada cardíaca, emcasa, em Bonsucesso. Carioca,viúva de Manoel Pinto Macha-do, tinha uma filha: Suely, trêsnetos.

Sapateiro baiano não sabeexplicar por que atirouquatro filhos em um rio

IU«oife — Pedro dos Santos, de 36 anos, o sapatel-ro que, aos cinco minutos de 1982, jogou quatro deseus seis filhos menores de uma ponte sobre o RioCaplbaribe e tentou se suicidar, cravando uma facano peito, quando foi detido pela PM, náo conseguiuexplicar ao delegado José Edson Barbosa, que ointerrogou, ontem, na Delegacia de Homicídios, osmotivos que o levaram ao ato desesperado: "Foi nahora, foi na hora" — repetiu todas as vezes em que foiperguntado.

Baiano de Juazeiro, casado com Maria das Doresda Luz dos Santos, de quem estava separado há novemeses, depois que morou com ela vários anos, emMaceió, Alagoas. Ele ficou com a guarda dos filhos evelo para o Recife no último dia do ano, com os seisgarotos, e foi ato Joáo Pessoa, na Paraíba, a fim depassar o Ano Novo com uma irmã. Nào a encontrouem casa e, ao voltar ao Recife, chegou na estaçãorodoviária minutos antes da meia-noite. A caminhode um ponto de ônibus, no meio de uma ponte, elepraticou os crimes.

EstadosGuido Albertini, 60, de infar-

to, na residência, em PortoAlegre. Natural da Capitalgaúcha, era dlretor-presldenteda Neugebauer Chocolates,fundada em 1889 por seu avô,Ernesto Neugebauer. Casadocom Lulzlnha Motta Albertini,tinha um filho, Alberto.

, Nair Pereira Mendes, 76 deparada cardíaca, no HospitalErnesto Dornelles, em PortoAlegre. Natural oe Caçapavado Sul, era assistente socialaposentado. Casado com Leo-poldina Menezes, tinha cincofilhos e 10 netos.

Gilberto Franco Coliman,23, de traumatismo craniano,no Hospital do Pronto-Socorro, em Belo Horizonte,paulista de Oriándla, era mili-tar. Filho de Luiz Coliman Fl-lho e Aracy Franco Coliman,era solteiro.

José Xavier, 77, de mlocar-diopatia congestlva, na resl-dência, em Belo Horizonte. Ml-nelro de Rio Acima, estavaaposentado, casado com Luziade Oliveira Xavier, tinha trêsfilhos: Maria José, Eremlta eMaria.

Luiz Roberto Sanches, 35,em 8ão Paulo. Filho de JoãoSanches Lemos e de Quaracia-ba Toledo, tinha irmãs,cunhado e sobrinho.

Miguel logolia, 68, em SáoPaulo. Casado com YolandlnaIogolia, tinha filhos, noras enetos.

Anna Susano, 61, em SàoPaulo.

José Roberto do Amaral, 31,em São Paulo. FUho de JoséUlisses do Amaral e de Benedi-ta da Silva, tinha irmãos,cunhados e sobrinhos.

LAGRIMASPedro contou no depolmen-

to que, ao passar pela ponte,sentiu-se angustiado, ocorren-rio lhe a idéie de acabar "comtudo", ele próprio, os filhos e"tudo o que tinha". Após Jogarduas pequenas malas no rioonde estavam todos os seusdocumentos, subjugou os qua-tro filhos menores — Washlng-ton, de 10 anos: Wagner, deoito; Wilson, de seis; e Ailton,de quatro—atlrando-os no rio.Todos morreram afogados.

Apavorados, os dois garotosmaiores—Charles, de 11 anos,e Sandra da Luz, de 13—corre-ram pela ponte pedindo socor-ro, enquanto Pedro cravavauma pequena faca no peito edebruçou-se em lágrimas, noparapelto da ponte, até queuma dupla de PMs conseguiuimpedir que ele também se Jo-gasse no rio.

O delegado José Edson Bar-bosa, que o ouviu por três ho-ras na manhã de ontem e repe-tiu várias vezes a pergunta so-bre a razão do ato, vai manda-lo a exame traumatológico.

— Ele somente poderá serIndiciado se os exames no Ma-nlcómlo Judiciário concluíremque, no momento dos crimes,Pedro dos Santos poderia au-todetermlnar-se. Isso dará àpolicia condições de responsa-blilzá-lo pelos quatro crimes emais as tentativas de assassi-nio dos outros dois. Caso con-trário, será enviado para trata-mento — disse.

Ontem, a Sra Maria das Do-

res dos Santos Luz recebeu doJuiz de Menores Nelson LopesRibeiro os filhos sobreviventesda chacina—Charles e Sandra— que estavam desde sexta-feira .sob a guarda da Justiça, econfessou que nâo tem Idéiado que levou o ex-marido aJogar os Olhos no rio.

Pedro dos Santos estava mo-rando com as seis crianças noMunicípio de Sáo Lourenço daMata, na Região Metropolita-na do Recife, numa casa admi-nistrada pela filha Sandra.Nào há informações se estava,no momento, com outra mu-lher, e obteve a guarda dosfilhos porque sua ex-mulherganha apenas Cr$ 1 mll 200 pormês.

A profissão de sapateiro lhedava uma féria de cerca de Crí20 mll por mès, o que, segundoele, dava para alimentar e ves-tlr as crianças. Pedro Insisteque náo sabe os motivos que olevaram ao ato. Admitiu queainda gosta de sua ex-mulher,mesmo estando separados, edisse que procurou educarbem os filhos e comprou paratodos roupas no Natal, mas sesentiu triste por náo lhes darpresentes, "mas os meninosnâo pediriam mais".

O InsUtuto de Policia Técni-ca Informou, ontem, que aindanào conseguiu localizar o ca-dáver do menor Ailton Luisdos Santos, único dos quatrogarotos ainda não sepultado.Washington, Wagner e Wlltonforam sepultados domingo, noRecife.

Teatro é assaltado em BotafogoO Teatro Tapume, na Rua

Voluntários da Pátria, 24, emBotafogo, foi arrombado e as-saltado, na madrugada de on-tem, por três homens, que le-varam toda a aparelhagem desom, roupas, violões e materialde maquiagem, avaliados em~"if r-IP-"»- Q-dÍ!£tor do tea-tro, Limachcm CheremriíifiTF-rnou que somente às llh damanhã o assalto foi descober-

to. A policia desconfia de trêsrapazes que foram vistos.pelovigia Paulo César Santanarondando o local durante anoite. Dois deles, segundo des-criçáo de Paulo César, seriamBeto e Reginaldo, conhecidospelos policiais da 10" DP. O

_roubo impedirá a apresenta-—ção dãir'peçéni--irsíé_ntí£_.OJ>a-lhaço da Cidade e Brincadeira"""de Palhaço.

Rapaz identifica PMs que acusouO Jovem José Eraldes de Oli-

veira, que, na madrugada dodia 2, denunciou assalto eagressão por dois PMs do 6oBPM no Andarai, irá, amanhãàs 13h, à 19' DP, na Tyuca,para, com o delegado OsmarPeçanha, tentar reconhecer osagressores no batalhão. Porvolta das 3h, José de Oliveiraestava saindo de uma festa,quando na esquina da RuaUruguai com a Barão de Mes-quita, foi interceptado por umpatrulha da PM, que o deteve,

roubando o.s seus documentose o carro ZR-6602. O delegadoda 19a DP abriu Inquérito,além de ter enviado cópias àDelegacia de Roubos e Furtos,ao Detran e ao 6o BPM. Segun-do José Eraldes de Oliveira,um dos PMs era louro, medial,59m de altura e usava óculosde lentes marrons. Além disso,o policial estava vestido comuma camisa bege por debaixoda farda, o que lhe causou es-tranheza, Já que a camisa dacorporação é azul.

Sindicato diz que delegadoabusou da autoridade aoautuar médico por omissão

O Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro consi-derou como abuso de autoridade do delegado Améri-co Rentróia autuar o médico João Manoel Castro emflagrante de omissão de socorro. "Os médicos queatuam no serviço hospitalar de urgência correm dia-riamente vários riscos e esse deve ter sido um casoexcepcional de perigo. É necessário que se tenhasegurança nos atendimentos", disse Roberto Chabo,presidente do sindicato.

— Tem gente pensando que bandido respeita,como os exércitos regulares, a Cruz Vermelha. Osocorro médico deve ser feito em entendimento com aPM para que seja dada cobertura; nào há nada que-ira^?a~%^ajcvQoriPra£ào.z^tóiTOqu^ntem o Coman-dante Geral da PM, Coronel* Nilton CêrqueífãTEletem uma irmã médica que trabalha em plantões deurgência hospitalar e vai aconselhá-la neste sentido.

IML dá laudo sobre presos mortosSáo Paulo — O Instituto Mé-

dlco-Legal encaminhou, on-tem, ao DOPS os laudos comos exames necroscópicos dostrês fugitivos da Penitenciáriado Estado, mortos no dia 29 dedezembro, após seqüestraremdois diretores do presidio. Uns-trados com fotografias dos feri-mentos, o laudo atesta que Jo-sé Gomes da 811va ou JossiLuciano Gomes, o lider dosdetentos, morreu de hemorra-gia Interna traumática poração de agente perfuro-con-

tundente. O laudo, assinadopelos legistas José Luis Gam-barinl e José Carlos R. do Vale,acentua, ainda, que RenatoCésar Osti, de 20 anos, faleceutambém com hemorragia ln-tema traumática por açáo deagente perfuro omltüiüeiite e"Francisco Carlos Peres, de 22anos, além disso, morreu emconseqüência de ferimentos abala que o atingiram de tráspara a frente, da direita para aesquerda e de baixo para cima.

CRÍTICASDepois de afirmar que os mé-

dicos náo podem "participarde diligência policial", Rober-to Chabo criticou a "prisáotruculenta de João ManoelCastro que parou o hospital noréveillon com uma operaçãomilitar ameaçando toda aequipe de plantão". Ele traba-lhou 10 anos no Hospital Getú-lio Vargas e deseja provar queo trabalho arriscado dos medi-cos nos setores de emergênciaacontecem diariamente.

O médico Jorge Luís doAmaral, membro da diretoriado sindicato, que fazia plantãono Hospital Pedro II na noitedo dia 31, quando ocorreu oIncidente, explicou como osmédicos são coagidos e os ris-cos que correm nos atend

emergência.Os chamados — multas

vezes em lugares que nem a

Loterjsai parari0 1 359

A 318" extração da Loteriado Estado do Rio de Janeiroapresentou os seguintes resul-tados:Pi*m)oi Volof»» Ollh.t,.

Io Cr$ 6 mllhôe» I 359Cr$ 500 mll A 155

3o Cr$ 300 mll 31 1804» Cr$ 150 mll 25 4455o Cr$ 100 mil 18 7026o CrS 80 mil 10 8267° CrS 70 mll 0 2548° CrS 60 mll 17 7789° CrS 40 mil 20 712

10° CtS 20 mil 36 614Exfro»

Prêmio» Vi0_«imoi Bilh.t..

policia vai, como a Rua I emBangu — quase sempre dlzen-do que alguém está passandomal. Ao chegar no local a si-tuação é outra: ou ê um cada-ver, fruto de tiroteio entre qua-drllhas — somos coaglados pe-los seus companheiros a leva-lo para o hospital como se esti-vesse vivo — ou somos obriga-dos a assinar receitas para acompra de tóxicos".

O Coronel Cerqueira expli-cou que o policial recebe ins-truções para primeiros socor-,ros. "Mas, tendo em vista quenossas viaturas não são ade-quadas para o transporte deferidos graves, o policial deveter cautela, pois, caso o feridovenha a falecer na viatura, amorte poderá lhe ser atribui^¦-Q médico quandcrcTiãma-do tem o direito de avaliar osriscos que está correndo" —afirmou.

Chevette 13° vigésimo 11 431Flot 6o vigésimo 26 418Honda 5o vigésimo 24 440

PM destituioficial quenão agradou

O comandante do Regimen-to de Policia Montada, Tenen-te-Coronel Francisco DuranBorlas (cuia nomeação para ocargo quando era msOor geroudescontentamento entre os co-ronêis da PM, sendo necessá-ria a Interferência do Secreta-rio de Segurança), será destl-tuldo do cargo nos próximosdias.

No quartel-general da Poli-cia Militar comentava-se, on-tem, que o Coronel Nilton Cer-queira nomeará o Tenente-Coronel Duran para coman-dante do 5o BPM, na Praça daHarmonia, e o comandantedesta unidade, Coronel Amil-car da SUva Fernandes, assu-mlrá o Regimento de PolíciaMontada, em Campo Grande.Se nào for para o 5o BPM, oTenente-Coronel Duran pode-rã ser indicado para o 12°BPM, em Niterói.

8UBCHEFIA DO EM

Uma grande movimentaçãode comandantes de batalhõesestá sendo anunciada para ospróximos dias. Desse expe-dlente, transpirou apenas quea Subchefla do Estado Maiorda corporação será ocupadapelo Coronel Anllclo TeixeiraPinto Teles, que substituirá oTenente-Coionel Nel Meneses,que ocupa o cargo Interina-mente, e que o Tenente-Coronel Enane de AndradeSantos substituirá o CoronelLeonam Barros Moreira no co-mando do 9o BPM, em RochaMiranda.

O comando da PM determi-nou a todos os comandantes ediretores de unidades policiaismilitares que acionem o Bata-lhão de Polícia de Choquequando tiverem de remover al-gum membro da corporaçãoque for preso. A medida é con-seqüência da desativação doBatalhão de PoUcia de Ativi-dades Especiais (onde ficavamrecolhidos os policiais milita-res presos), que foi transforma-do no 22° BPM e Chefia dePolicia MUitar.

Em fins de novembro do anopassado, o então Major Fran-cisco Duran Boijas foi nomea-do pelo Comandante da PM,"CwífflêrNnto-ffUerqUeiía,- parao comando do Regimento dePolicia Montada, fato que ge-rou o descontentamento entrecoronéis da corporação. Mes-mo assim, o entáo Major Du-ran foi mantido no posto.

O descontentamento dos co-ronéls chegou ao conheclmen-to do Governador do Estado,que mandou o 8ecretário deSegurança examinar o assun-to. Dias depois, o General Vai-dir Muniz expediu o oficio n°028/81, no qual exigia a saidado Major Duran do comandodaquela unidade, o que até on-tem nào Unha ocorrido.

Em dezembro, o Major Du-ran foi promovido a Tenente-Coronel, mas, mesmo assim,não poderá continuar coman-dando o Regimento, uma vezque o Secretário de Segurançadeterminou que para aquela

_unidade_-fosse designado umtenente-coronel como subco-mandante, até que fosse no-meado um coronel para co-mandá-la.

AVISOS RELIGIOSOS

São Paulo indicia seqüestradoresS&o Paulo — O delegado

Olavo Relnó Francisco, doDOPS, completou, ontem, oauto de flagrante contra os se-qúestradores do Jovem MarcosErmírio de Morais, encami-nhando-o à 6a Vara Criminal.O Inquérito sobre delitos deextorsão mediante seqüestro eroubo Indicia Jair Carvalho Si-colin, João Farias de Oliveira eRahman Mlzraht. O delegadosalientou que os três foram in-diclados em flagrante de deli-to, participando também do

seqüestro o menor R.R.H. que,detido com os outros, é "inin-putável", tendo sido encami-nhado ao Juiz de Menores.Acrescentou que os reús nàotiveram dificuldade para do-minar os guardas particularesda mansão de Ermírio Pereirade Morais, pai de Marcos e umdos diretores do Grupo Voto-rantim. Os Cr$ 50 milhões queseriam pagos pelo resgate deMarcos estavam no porta-malas do Passat e foramapreendidos pela policia.

PM mata cabo da AeronáuticaSalvador — O cabo da Base

Aérea de Salvador Reginaldode Jesus do Espírito Santo foiassassinado com um tiro norosto pelo soldado da PM Ma-nuel, que trabalha como segu-rança da Boate Casa Verde, naBoca do Rio. O crime, na ma-drugada de ontem, ocorreuquando Reginaldo, com qua-tro amigos, tentava entrar naboate mas foi impedido porManuel, que alegou ser perml-

Barco afunda e 12Manaus — Doze crianças

morreram afogadas duranteum passeio, domingo à tarde,de três famílias ao bairro deEducandos. A canoa com mo-tor de 40 H.P. virou, do outrolado do rio Negro, na praia dosCachorros, a 30 minutos deManaus. Dos 12 cadáveres,apenas quatro foram resgata-dos. Ontem, homens-râs do

tido apenas o Ingresso de ca-sais. O cabo discutiu com oPM e os dois começaram abrigar. O policial atirou no mi-litar e fugiu, enquanto Regi-naldo era transportado para oHospital Getúlio Vargas. O de-legado Joaquim Aquino Pires,da 9» DP, oficiou à Polícia Mili-tar, solicitando a identidadecompleta do soldado assas-sino.

crianças morremCorpo de Bombeiros derambuscas tio local, mas, até asI8n, nâo haviam localizados osrestantes. Testemunhas disse-ram que a travessia deveria tersido feita em duas ou três via-gens, pois o pequeno barconáo tinha capacidade para le-var tanta gente. Dos 23 passa-geiros, só os adultos consegui-ram escapar.

JAMES DEMENDONÇA CLARK

(MISSA DE 7o DIA)Aloysio Mello Leitão e sra., Aloysio Novis e sra., Arnaldo Bandeira deMello e sra., Antônio Castelo Novo e sra., Antônio Carlos Mafra deLaet e sra., Carlos Arthur Ortenblad, Cláudio Dutra de Aboim e sra.,Clóvis Corrêa da Costa e sra., Eurico Villela e sra., Evandro Leal S.

Lima, Guilherme Pessoa de Queiroz e sra., Hélio Cabal e sra., Helmo daRocha Carvalho e sra., Hugo Meira Lima e sra., José Guilherme Pêcego esra., Luiz Alfredo Corrêa da Costa e sra.. Manoel Vitorino Novis e sra.,Nelson Graça Couto e sra., Oscar Rudge e sra., Paulo Castro Barbosa e sra.,Pedro Nabuco e sra., Salvador Pinto e sra., Sérgio Pereira Novis e sra.,Theodoro Arthou e sra., convidam para a Missa por sua boníssima alma, aser realizada hoje, dia 5, às 11:30h. na Igreja da Candelária

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TempoINPE/CNPq — l_HI7m (4111*1) — AEET-7 "MST * t-* ^^i_MiíW''m'"" ^3TM'

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No RioTempo encoberto a nublado ainda sujeito a chuva*. Tempe-tatura «tível. Vento» Sudeste a Notdeste fracos a modera-dos. Temperatura mínima 'J.9 no Aterro do Flamengo.Temperatura mínima i8_.*> no Alto da Boa Vista.Aa Chuvu — Precipitação em milímetros nas últimas 24horas: 52.2: acumulada este més: 126.2; normal mensal:136.5; acumuladí este ano: 126.2; normal anual: 1075.8.O Sol — Nascerf ls 5h02m e o ocaso será às 18h51m.O Mar — No Rio dt Janeiro: Preamar: 02h24m/1.3m el4hl3nV1.2m. Baixamar:09h22mA).3me21h34mA).0m. EmAngu rtw Reis: Preamar: 01h34m/l.2m e I3h34m/1.2m.Baixamar: 09hO3nvO.3m e 21hO3m/0.2m. Em Cabo Frio:Preamar: 02hllm'l.2m e 13h58m/l.lm. Baixamar:08h25m/0.4m c 20h36iW0.lm.

O Salvamar informa que o banho está proibido devido acorTentejas. Águas a 22° dentro e fora da barra, correndode Leste para Sul.

A Lua

Cheia Minguante Nova Crescentemm 16/1)1 25/01 l'D2

Nos EstadosAmiumu: Nub. c/chvs, ao Noric. Pie. nub. a nub. c/chvs.espanat ao Sul. Temp.: estável. Máx. 31.4; min. 22.4;Roraima: Nub. c/chvs. Temp.: estável. Máx. 30.9; mfn.23 8; Acre: Pte. nub. a nub. c/chvs. esparsas, Temp.:estável. Máx. 2V; min. 21; Parti: Nub. c/chvs. ao None. Pte.nub. a nub. c/chvs. esparsas a Oeste. Temp.: estável. Máx.30.6; min. 23.2; Rondtaia: Pte. nub. a nub. c/chvs. «parou.Temp.: estável. Máx. 30; mfn. 24; Paraíba: Pte. nub. a nub.no interior. Pte. nub. no litoral. Temp.: estável. Máx. 30;mín. 2].4;lrVnuinbuco:Pte. nublado. Temp.: estável. Máx.29.8; min. 21.5; Alagoas: Pte. nublado. Temp.: estável.Máx. 30.2: min. 21.6; Sergipe: Pte. nublado. Temp.:estável. Máx. 29 4; mfn. 24.9; Bahia: Nub. c/chvs. a Oeste.Pte. nub. a nub. o'chvs. ocs. a Leste. Temp.: estável. Mix.31. min. 23.7; PUut: Nub. c'chvs. espanas ao Sul. He. nub.a nuh c/chvs. ocs. uo litoral. Temp.: estável. Máx. 30.5;min 24.8; Ctará: Pie. nub. a nub. sujeito a chvs. ocs. aSudoeste Pte. nub no restante do Estado. Temp.: estável.Más. 31.3; min. 26.11 Rio G. do Norte: Pte. nublado.Temp.: estável. Máx. 33.2; min 19.3; Amapá: Pte. nub. anub c/chvs. esparsas. Temp.: estável. Máx. 30.6; min. 24.5;Maranháo: Nub. c/chvs. ao Sul, Pte. nub. a nub. c/chvs.esparsas no litoral, Temp.; estável. Máx. 30.7; mfn. 28.8;Mato Uruoo Nub. c/chvs. ao Norte Pte. nub. a nub.c/chvs. esparsas ao Sul. Temp.: estável. Máx. 32.4; mín.22.2; Mato G. do Sul: Pte. nub. a nub. suj. a chvs. ocs. aoNorte, demais reg. pte. nub. a nub. Temp.: estável. Máx.30.7: min. 19.4; Goiás: Nub. c/chvs. no Centro/Sul. Pte.nub. a nub. c/chvs. tsoladad ao Norte. Temp.: estável. Máx.28.8; mfn. 18.7; BruMa: Nub. c/chvs. esparsas. Temp :estável. Máx 26; min. 16 6; Minai Gerais: Ene. a nub.ainda sujeito a chvs. Temp.: estável. Máx. 22.7; min. 17.8;Esp. Santo: Bnc. c/chuvas. Temp.: estável. Máx. 25.3; mfn.21.9; Sio Paulo: Nub. sujeito a chuvas ao Norte e Eslc doEstado. Demais reg. pte. nub. a nub. Temp.: estável. Máx.19.7; mfn. 15.1, Paraná: Nub. ainda suj. a chuviscos noinfeio a Leste do Estado. Pte. nub. a nub. demais reg.Temp.: estável. Máx. 19.2; min. 13.6; Sta. Catarina: Nub.no litoral Norte claro a pte. nub. nas demais reg. Temp.:estável. Máx. 23.4; mfn. 17.8; Rio G. do Sul: Claro a pte.nublado, Temp : estável, na madrugada elevação de dia.Máx. 27.4; min. 16.9.

No Mundo

A lona de convergência intertropkal está sobre o oceanoAtlântico na iitura do litoral das regida Norte e Nordestedo Brasil. Orande parte das regimes Centro-Oeste. Norte e.Nordeste do Brasil aparecem com as áreas brancas indicar)-do nebulosidade e chuvas.Uma frente ln» está localizada sobre o oceano Atlântico na.altura do litoral dos Esiados do Espirito Santo e Rio de.Janeiro, estendendo-se pelo interior de Minas e Goiás.,Aárea branca que cobre estas regiòes indica nebulosidade echuvas associadas a frente fria.Grande pane do Estado de Sáo Paulo, Mato Grosso do Sul,Paraná. Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraguai eUruguai aparecem com a área escura indicando ausência denebulosidade e temperaturas elevadas.Nova frenie fria está localizada sobre o oceano Atlântico naaltura de Buenm Aires, ondulando como -quente pelointerior do continente.

A> Imagem do satállle meteorológico GOES sto rvtrbldasdiariamente pelo Instituto de Pesquisas Espadais (IN-PE/CNPq), em Sto Jost dos Campoa (SP), trensmMMi» emInfravermelho. As áreas brancas Indicam temperaturasbalxxs e as áreas pretas, temperaturas elevadas. Conhecen-do-ae a temperatura das áreas brancas e das áreas pretaspode-se, eom uma escala cromátka, determinar as tempera-turas da superfície da Terr*, das fiusms de ar e do topo dunuvens.

(¦•iViió —> I -Í.-/T T^ififlBfcí-"') í.

Vi

Anuterdá — 8, nublado; Atenas — 18. ensolarado; Barba-dos — ensolarado: Relnile — 20. ensolarado: Belgrado —-t5,.e.-vsdM.»i^i__fe__J.O. nublado: Bogotá— 18. nubla-

ANALISE DA CARTA SINOT1CA DO INSTITUTO NA-CIONAL DE METFOROLOGIA Frente fria pelo interiorde Minas Gerats atingindo o oceano entre Rio de Janeiro cEspírito Santo, ondulando seu setor quente ao sul de Goiáse Oeste dc Minas Gerais. Massas de a; polar e tropical noOceano Atlântico AVISO ESPECIAL — Diminuição daintensidade das chuvas no Rio de Janeiro e sua persistência,por vezes, continua, .10 sul e sudeste de Minas Gerais e suldo Espirito Santo, no periodo 12:01) horas de 04fOI is 24:00horas de 05-01/1982.

do; BruneUs 1. nublado, Buenos Alres —30. ensolara-do; Caracas — 28. ensolarado, Chicago — 2. neve; Cope-nh«u_e — 3. neve; Dublin —II, ensolarado: Cairo — 22,chuvoso; Estocolmo — 0, neve; Francfurt — !0. chuvoso;Genebra — 8. ensolarado; Havana — 29. ensolarado;Jerusalém — 15. chuvoso; Johanncsburgo — 23. chuvoso;Uma — 23, ensolarado; Lisboa — 17, chuvoso; Londres —12, nublado; Loi Angeles — 15. chuvoso; Madri — 11,ensolarado; Manila — 31. ensolarado; México D.F. — 23.ensolarado; Miami — 25. nublado; Montevidéu — 32.

¦ensolarado; Montreal — 2 chuvoso; Moscou — -17,nublado; Nassau — 28, ensolarado; Nova Iorque — 9,chusoso; Oslo 17. ensolarado; Paris — 12, nublado:Roma — 15. cnsohrado; San Francisco — 9, chuvoso; SanJuan — 29. nublado; Santiago — 32. ensolarado; Tel Aviv— 17. chuvoso; Tóquio — 9, nublado.

Homempagapor carroroubadoPorto Alegre — Inconforma-

do com Ineficácia da poUcia,.que não consegue localizar seuVolkswagen 1 300, roubado emdezembro, o contador MauroMor, de 35 anos, publicouanúncio se prontificando a pa-gar até CrS 200 mil e a guardarsigilo absoluto, para receber ocarro de volta. Ele alega que járecorreu aos meios legais e nãoadiantou.

Para o Investigador AméricoRede, da Delegacia de Furtosde Veículos, o fato é inédito eabre um precedente, pois,"com essa atitude, Mauro estáabrindo uma nova indústria, ada extorsão. Já existem cincotipos de íürtos de carros e eleestá criando o sexto."

O anúncio, publicado na pá-gina de Recados do jornal Ze-ro Hora diz: "Carro roubado —compro. Pago até Cr$ 200 milpelo meu Volks 1300L, cor ver-de, ano 1982, placa AI.7730,que foi roubado dia 23/12/81,na Vila Ipiranga: Mantendo si-gilo absoluto, Tratar comMauro, pelo telefone 31-7555."

PROF. HANNS LUDWIGLIPPMANN

MISSA 7o DIA

tA

Família agradece as manifestações depesar pelo seu falecimento e convida paraa Missa que será celebrada no Mosteirode São Bento às 10 hs do dia 6 (seis) de

janeiro, quarta-feira.

GEORGEANA BRANDÃO DUCLOS(FALECIMENTO)

t

Maria Oneida e Carlos Alberto Torres de Melo efilhos, Cordelia, Augusto e Rodolfo, cumprem odoloroso dever de comunicar o falecimento de suainesquecível GEORGEANA e convidam para o seusepultamento hoje, dia 05, às 11 horas no Cemitério

São João Batista, saindo o féretro da Capela Real Grandezan°"7". (P

CASAQUINTA-FEIRA j

¦„ ^\ O^

CADERNO B JORNAL DO BRASIL

HERMAN SCHINDLER(FALECIMENTO)

A ASSOCIAÇÃO DE PILOTOS DA CRUZEIRO (A.P.C.). cumpre odoloroso dever de participar o falecimento do COMANDANTE SCHIN-DLER e convida os amigos e colegas para o sepultamento que se .realizará hoje, dia 05, às 14 horas saindo o féretro da Capela G do

Cemitério Jardim da Saudade de Edson Passos. (P-

tLIVROSÁBADO CADERNO BJORNAL DO BRASIL

WILSONDA CONCEIÇÃO

MISSA 7o DIALight — Serviços de Eletricidade S.A.comunica o falecimento de seu funciona-rio WILSON DA CONCEIÇÃO e convidaparentes e amigos para a Missa de 7o Dia

que fará celebrar, amanhã, dia 6 de janeiro, às10 horas, na Igreja de São João, no Jardim SãoJoão — Centro de Niterói. (P

t

ÍCARO MARCELONETO

t Sua família dolorosamente co-munica aos amigos seu regres-so à pátria espiritual e convida

para a Missa que será celebrada dia6, às 19 hs, na Capela do Col. SãoVicente de Paula a Rua Miguel deFrias. Niterói.

HENRIQUECOUTINHO AAARTIN

(APOSENTADO DO BANCO DO BRASIL)MISSA DE 7a DIA

t Alcina Dias Martin, Hélio Braga Lambert,esposa, filhos, noras e neta; Estelio TellesPires Dantas, esposa, filhos, noras e ne-tos; Milton de Castro Senna Dias, esposa,

filha, genro e netos; Ernestina Dias Costa, filha,genro e netos e demais parentes agradecem asmanifestações de pesar pelo falecimento domuito querido marido, sogro, pai, avô, bisavô,cunhado e tio HENRIQUE e convidam para aMissa de 7o Dia, que será celebrada amanhã,quarta-feira, dia 6, às 11,30 horas na Igreja daSanta Cruz dos Militares, na Rua 1o de Março.

JORNAL DO BRASIL D terça-feira, 5/1/82 D Io Caderno

Bootsvence o

TURFE — 19Jos* Camilo da Silva

,f':. mIo pareô

Numa noite bastantechuvosa, com a pista deareia encharcada, a me-lhor carreira de ontem naGávea, foi ganha porBoots, com Balelne for-mando uma dupla 44, com-pletamente abandonadanas apostas pelos turflstas.O conduzido de E. B. Quei-roz, que gosta de correr nafrente, não teve seguidoresna primeira parte do per-curso e, no flm, suportoucom facilidade a fracaatropelada de Balelne. Otempo do ganhador paraos 1 mll 200 metros, foi de)ml6s2/5.! A quarta carreira !bl ven-tida por Escroque, animalque aos 7 anos ganhoucom autoridade de ani-mais mais novos. O segun-Üo colocado foi Canny, queatropelou forte nos derra-deiros 200 metros para 11-vrar uma pequena vanta-gem sobre Adrolt, que vol-tou a atuar muito bem,mesmo em distância con-tra a sua característica decompetição. O tempo paraesta prova foi de lm09s4/5.Os demais ganhadores dacorrida noturna foram osseguintes:

j° páreo}° Boots, E. B. Queiroz?° Balelne; J. R7 OliveiraVencedor (4) 11,60. Dupla(44) 56,40. Placès (4) 9,30 (5)J7.30. Tempo, lml6s2/5.Treinador, G. Ulloa

2° páreo

Io Miss Patrícia, A. Fer-relra2o Koraba, J. Pedro F°Vencedor (8) 2,40. Dupla(44) 2,80. Placès (8) 1,20 (9)1,30. Tempo lm04s2/5.Treinador, S. França. Du-pia exata combinação (08-09) Cr$ 5,50.

3° páreoIo Daxipoca, A.P.Souza2o Calispera, F.Pereira F°Vencedor (3) 5,50. Dupla(13) 3,70. Placès (3) 2,80 (1)1,60. Tempo, lm46s2/5.Treinador, J.B.Silva. Nãofoi apresentada nesta car-reira a competidora nume-ro (6) Inchineza.4o páreoIo Escroque, E.Marinho2o Canny, F.LemosVencedor (1) 2,20. Dupla(11) 9,50. Placès (1) 1,80 (2)4,50. Tempo, lm09s4/5,Treinador, J.Borioni. Nes-ta carreira náo foi apresen-tado o competidor, Alares.

5o páreoIo Dutch, G.F.Almeida2o Coebles, A.RamosVencedor (3) 1,50. Dupla(12) 1,60. Placès (3) 1,20 (1)1,80. Tempo, lm24sl/5.Treinador, C.A.Morgado.Dupla exata combinação(03—01) Cr$ 2,90.

6° páreoIo Effervescenza, E. R. Fer-reira2o Dinha Só, I. AgostinhoVencedor (4) 2,00. Dupla(33) 5,20. Placès (4) 1,40 (5)1;60. Tempo, lm03s3/5.Treinador, E. P. Coutinho.Não correu Gremista (6).7? páreo1? Violet Le Duc, C. Xavier2o Jopro, E. MarinhoVencedor (3) 10,10. Dupla(22) 40,50. Placès (3) 4,20 (4)4#0. Tempo, lml9s3/5.Treinador, Paulo Duranti.Não correu, Pavão Negro(5).

8* páreo

li Imbó, L. Januário2i Fino Trato, J. MaltaVencedor (7) 11,20. Dupla(34) 6,70. Placès (7) 5,00 (5)2,20. Tempo, lm45s3/5.Treinador, G. p. Costa.9° páreo

1*> Cros Jeu, J. Queiroz2o Candy's Pet, A. RamosVencedor (1) 3,90. Dupla(12) 3,70. Placès (1) 2,50 (5)4;40. Tempo, Hml8s2/5.Treinador, J. C. Marchant.Dupla exata combinação(Ql-05) Cr$ 37,80. Movimen-to geral de apostas, somouCr$ 34 milhões 595 mil.

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^(JORNAL DO BRASilL

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Agraciado reaparece no fim de semana na Gávea, clepois da sua recente operação

Duplex corre GP Ramirez emMontevidéu com grande chance

Montevidéu — O turfeuruguaio está vivendo asua semana máximacom a realização doGrande Prêmio JoséPedro Ramirez, na dis-tância de 2 mil 400 me-tros, com uma dotaçãode aproximadamenteCr$ 5 milhões ao ven-cedor.

Do Brasil, confirma-ram suas inscrições nes-ta importante competi-ção internacional, osanimais; Duplex, ani-mal com campanha emCidade Jardim, e o po-tro gaúcho Zirbo, ga-nhador do Grande Pré-"iíiío Bento Gonçalves,

principal carreira no Hi-pódromo do Cristal.

A SEMANA

Mas, o Grande Prê-mio José Pedro Rami-rez não é tudo que oturfe uruguaio vai apre-sentar esta semana pa-ra os aficcionados.Também seráo realiza-das outras carreiras lm-portantes.

Com uma representa-ção bastante numerosa,a Argentina pode serconsiderada como a for-ça da competição, ape-sar da presença do ca-

valo brasileiro Duplexque é conhecido inter-nacionalmente por suasvitórias na Argentina eno Peru. O turfe argen-tino estará representa-do por 10 concorrentes,dos quais, o mais co-nhecldo é Babor, ani-mal com oito vitóriasem 17 apresentações. Oseu jóquei será MarinaLezcano que é umaatração a mais na com-petição. Estará presen-te também a esta provao ganhador da têmpora-da passada, o argentinoSunup, que tentará obis, apesar de as suasúltimas apresentações•mostrarem já um declí-

nio acentuado no seupoder locomotor.

Já a representação lo-cal, com possibilidadesremotas de vitória, temnas presenças de Wem-bley e Boton os seusdois mais fortes concor-rentes, principalmenteo primeiro que através-sa o seu mais fulgurantemomento nas pistas.

Outra boa novidadedeste ano para os turfls-tas uruguaios é que astrês carreiras da sema-na do Ramirez vão con-tar com animais de ou-tros países, assumindo,realmente, um caracterde competição interna-cional.

1° PÁREO — Ài 20 hotoi105.000,00

1.100 malioi CrS

Kg(DESTINADO EXCLUSIVAMENTE A APRENDIZES)

1—t Chico Machado, £. Santoi 2 572—2 Quiabeíro.A P.Souío 4 58

3 Mildoeste, I. lanei I 543—4 RealponJ.B Fonieca 3 58

5 Vaquiano. I. Brasiliense 7 574—6 Altair.A.MochodoF0 6 58

7 RedVamp, N Momeiro 5 54

2° PÁREO — Ài 20h30m — 1.100 m«lto» Ct$148.000,00—<!"DUP_A-EXATA) Kg1 —I Ailer.J.M Silva 57

OkRoyal.J.Goício 572—3 Koleidoscope.F. Pereiro P> 57

4unMontereale,R. Freire.. 573—5 tapetus,J.Malto. 57

" Hubertus.ER.Ferreiro 574—6 El Rumbeodor. M C. Porto 57

Holeso. E. Sonloi 57Eiluordo.l. Agostinho 57

3° PÁREO — Àl 20h55m — 1.600 nwtrw — OS105.000,00

Kg.(INICIO DO CONCURSO DE 7 PONTOS)

1—l Viejo Tango, A.P. Souio 7 582—2 QuielRun.J.M.Silva I 58

Rueck.R. Morquei 3 553—4 ..inKhan.G.F.AImeido 5 56

5 PelilPorisien.E. Marinho 6 56A—6 Monjolo. J. Pedro F° 4 56

7 Tuini.C.Xov.ei 2 58

Montarias de quinta4° PÁREO — Àl 2Hi20m — 1.200 m.lroi CrS176.000,00 Kg.I —I Gamôo,F.Per«iroP> 56

Flumo, EB. Queira. 522—3 Margolfo.C. Xovi«r 56

4 Tamoo.WW. Gonçalves 563—5 Toldodor.J.M.Silva 56

6 Herondi, I Agostinho 504—7 CalePino.F. lomoi 56

Reitooo.G.F.AImeido 56

5o PÁREO — ài 21h50m — 1.200 m»lro_ CtS148.000,00 —(2°DUPLA-<XATA) Kg.1 — 1 Heleninho.G. F.Almeida ... 57

Hu*.F. Pereira F° 572—3 Colorara,J.C.Coltillo 57

4 Curai.A.P.Souto 573—5 B.besco.J.M.Silvo 57

Sodeiko.E.R. Ferreiro ..... 57MiisSunsh.no, I. Agostinho 57

4—8 Blomless.R. Freire 57Benina.P. Cardoso 57

10 Mi.iSambolo.E.Santo» 10 57

6° PÁREO — Ài 22hl5m — 1.600 nutro» OJ148.000,00

Kg.t—I E. Von Demarli.P. Cardoso 57

2 Virtuoio.F. Pereira F° 572—3 Hurdler.R. Silva 57

A Crackshot, J.M Silva 573—5 Cobiçoso.M. Voz 57

6 BeouArdan.E.Morinho. 574—7 Demofoon.E.R. Ferreiro 57" Bonano,W.Gonçalves 57

-feiraT PÁREO — Ài 22h45m — 1.600 nwtroí Crj122.000.00 Kg.1-1 Ubine.J.M Silvo 56

2 Yomondü, W, Gonçalves.... 552—3 Ho'«ot. M. Andrade 58

4 Al Salto, l. Januário.. 573—5 Alarife. J C. Coilillo 57

6 Fino Trato, J. Malta 584—7 Pcienle.J.PedroF0 57

8 Undalo J F, Froga 58

8° PAREÔ - Ai 23hl5m — 1.600 metroí CrS148.000,00

Kg.1—1 llcociano, A. Ramos 57

2 Oprincipe.G A. Feijô 572—3 AnoNovo.G. Alvei 57

4 GoyFlier. L. Jonuório 573—5 Ceylon.J.R Oliveira '. 57

Leviano. D. F. Graça 574—7 Supervisor, O. Ricardo 57

8 Lucas.F. Lemos 57

9° PÁREO — Ài 23h45m — 1.200 metroí CrS105.000.00—(3o DUPLA-EXATA) Kg.1—1 Arvik.A. P.Souza 57

2 JukoBox.T.B.Pereiro 562—3 Lamerigo, I. Brosiliense 56

Érei.J. Freire 58Domosquim.E. Barbosa 57

3—6 Ticum.M. C. Porto 56EscudoReol, I. lanes 58Fandover, A. Ferreiro 57

4—9 Alrium, J. Reil....- 11 5410 Goius, A. Ramos 10 5611 Yrhallo.l. Caldeira 55

CANTER

• Dark Duke em prepara-tivos para reaparecer nopróximo dia 17 do corren-te, em Cidade Jardim, noGrande Prêmio Piratinln-ga, em 2 mil metros, pas-sou os 2 mll 040 metros em2ml4s 1/5, muito bem con-trolado pelo jóquei J. M.Silva. Os derradeiros 1 mil600 metros foram cobertosem lm48s2/5, sempre mui-to fácil. Já o treinador Alei-des Morales, responsávelpor Valka, que tem o seuretorno às pistas progra-mado para o Grande Prê-mio 25 de Janeiro, igual-mente em Cidade Jardim,fez a sua pensionista fazerum floreio de 2 mil 040 me-tros em 2ml4s, sempremuito fácil pelo centro dapista. Valka passou pelodisco mostrando uma ex-celente condição de treino.

A sua última milha foi co-berta em lm47s, a raia es-tava muito pesada no diadeste exercício. Ainda Al-cides Morales, na últimaquinta-feira, fez Agracia-do, com A. Oliveira, fazermais um exercício forte nadistância de 1 mil 600 me-tros, que foram cobertosem lmãls, numa raia mui-to pesada. Agraciado pelademonstração, vai reapa-recer em excelente formafísica. Entre os potros dedois anos que brevementevão estrear nas pistas,agradou muito o trabalhodo pensionista de AlbertoNahid, Great Figheter, quena direçáo de J. M. Silvaassinalou lm07s, no quilo-metro, com sobras visíveisate passar pelo disco.Good Mister, que não andaconfirmando em carreira o

que trabalha pela manhã,agora, sob a orientação di-reta de Manolo Morales,agradou muito ao marcarlm03s2/5 para os 1 mil me-tros, com G. Alves muitotranqüilo no seu dorso. Vi-nha pelo centro da pista epassou pelo disco correndomuito. Dina Flora, com T.B. Pereira, velo de maislonge e apertou na seta dos1 mll 600 metros para ter-minar na boa marca delm50s, com muitas sobras.Ducalita, potranca de trêsanos, também cuidada porM. Morales, marcou 54s pa-ra os 800 metros pelo cami-nho mais longo. Beothô-nlo, com G. Alves, agradoumuito com lm52s para os 1mil 600 metros, sempre degalope largo.

• De Cidade Jardim

vem a noticia que Raspu-tin II, do Haras Santa Anado Rio Grande, quando doseu retorno às pistas, pos-sivelmente no GrandePrêmio 14 de março, terá adireçáo do jóquei Al ben-zio Barroso, por sugestõesdo' treinador Carlos doCarmo Cabral ao titulardo stud, José Carlos Fra-goso Pires.

Monjolo que está ins-crito no terceiro páreo dacorrida de quinta-feira, co-mo cabeça de chave nume-ro quatro, foi excluído porcausa da sua vitória nacorrida do último sábado.

O bolo de sete pontosda corrida de domingo noHipódromo da Gávea tevetrês acertadores. Para ca-da um a quantia de CrS156 mil 521.

Comissãonão formapáreos

Mais uma vez a Comissão deCorridas do Jóquei Clube Bra-sileiro nâo conseguiu formar,no seu dia habitual, segunda-feira, o programa pura o flm desemana nó Hlpódromo da OA-vea. Com todos os páreos rea-bertos, hoje, no mesmo local,poderá, finalmente, ser forma-,da a programação para sába-do, domingo e segunda-feira.Os animais que já foram alista-dos são os seguintes:

7 —1.200 — metros—Crt 176mll — Esbelteza, Noura, MariaRosa, Tugana, Camblasca, Ia-bia, DJelfa Dandy Miss, Gol-den Dream, Clara Luna, JustBella, Tennus Glrl, Daftlna,Oo Beauty e Cabala, todoscom 56 quilos.34 —1.300 — metros—Cr$ 105mll — Ada, 56, Mildoeste 54,Iron Love 58, Jarbas 57, Turno58, Metebronca 55, Vaquiano57, Ceraviglio 54, Blackman 57e Quiabeiro 56.19 — 1.200 — metros—Cr$ 148mll — Cyrille, TuJubâ, UncleTom, Oolden Klss 57, Enfoque,8egall, n Ruflno, Hustler, Cor-sair, Chinon, Sappero, JohnBee e Talgo todos com 57quilos.

6 — 1.400 metros — Cr$ 178mll — Catauro, Sonxó, Isoto-pos, Great End, Galar, Fadem,Jurzalu, Jonhazo Dandy Lion,Figurone, Ianlsco, Losar, No-thunbeland, Uzen e Dorval to-dos com 56 quilos.17 —1.000 — metros — Cr$ 148mll — Tuyulesque, CrossingRoad, Helium dos Pampas, Es-thouro, Saint James, Pas D'A-.mour, Le Fougueux, Naupan,Jabari, Fastuoso e Great Datetodos com 57 quilos.30 —1.100 — metros—Cr. 122mll — Ma Fleur 56, Danaraby58, Bien Helada 58, Nueva 57,Angolana 58, On May Way 56,Effervescenza 58, RecordaSempre 58 e Pôza 56.15 —1.400 — metros — Cr$ 148mll — Henry Dear 57, Dancer57, Tmmó 57, Occltan 57, Ju-waldo 57, .Great Joke 56, Bre-gal 57, Mister Magoo 57, GranSelenld 57 e Tutaky 57.25 — 1.100 — metros—Cr$ 122mil — Bold Tu Run 56, BrightDay 56, Jopro 56, Fanagran 56,Utmost 57, Big Stick 57, CupHappy 58, Paváo Negro 56 eRed Vamp 58.16 —1.300 — metros — Crt 148mil — Mucha Plata, CanchaReta 57, Thlsania, Daorla,Operina, Lomedy, Jesse Glrl.46 — 1.100 — metros — Cr$ 105mll — La Noticia 54, Hamari53, Aba Time 56, CoroadaSklddy 51. Clars Fete 54, Al-menda 54, Vai à Luta 58, Boro-godô 52 e Intentona 56.29 — 1.000 — metros — Crt 122mll — Alfll 56, Basll 57, Kymko55, Renon 55, Andestine 55,Maianlto 58, Boccherini 57,Royal City e Upwell 56.

— 1.000 — metros — Crt 210mll — Nougaret, Sllver Cup,Abolir, Ecano, Dacriclo (Rea-berto).20 —1.500 — metros — Cr$ 148mll — Dolgiata, Lady Pat, Di-na Flora, Halk, Escala Sklddy(Reaberto).22 —1.300 — metros—Crt 148mll — Etilane, Chlnatown, Sal-teada, Fleet Glrl, K.Mald(Reaberto).28 — 1.400 — metros — Crt 122mll — L. Abaete, Acumulada,Utilidade, Calispera (Rea-berto).32 — 1.000 — metros — Crt 122mll — Nuba, Agomia, Layuca,Astréa e Pôxa (Reaberto).

9 —1.600 — metros — Cr$ H6mll — Malva Branca, Djedda,Kriana (Reaberto).10 — 1.000 — metros — Crt 176mll — Don Martin, Baxeco,Casket Love (Reaberto).43 — 1.300 — metros — Crt 122mll — Água Prata. ladeia, Gl-lena, Miss Patrícia (Reaberto).27 — 1.000 — metros — Crt 122mll — Tico-Tico Rei, Dovaro,Day Secret, Falule, TelhadoGrafton, Swcet Vlklng (Rea-berto).42 — 1.100 — metros — Cr$ 148mll — Soltelrona, Inata, Love-ly Girl, Mlralena, Dalanda,Claibone, Eke, Ery Park (Rea-berto).35 —1.600 —metros —Crt 105mll — Barcito, Barroc, Boc,Sangor, Duquevllle, AnfitriãoMuscadet (Reaberto).

. 37 —1.200 —metros —CrS 105mll — Doodle, Escroque, BasFond, Ticket, Galston, Alares(Reaberto).41 —1.100 —metros —Cr$ 176mll — Patuá, Solo D'Oro, E.Mlssouro, Frade, Fito, Benca-tel (Reaberto).45 — 1.200 — metros — Cr$ 122mll — Great Class, Maicon,Zuluz, Layuca, Nhanduvá, Fa-rat Houn e Bernachi (Rea-berto).21 — 1.600 — metros — Cr$ 148mil — Flamar, Rico Solo, Slec-ted, Pelegrino, Agraciado Ar-cabuz (Reaberto).

3 —1.000 — metros - Crt 220mil — Sabujá, Ex Girl, Blumé-lia, Andate, Zuana, Portena,Prova Especial de Leilão (Rea-berto).

—1.000 — metros — Cr$ 210mil — Neckle, Gratella, Gam-bardina, AD Good, Degreta BeCharming (Reaberto).44 — 1.200 — metros — Crt 122mil — Acumulada, Daxá, Bles-sed Araby, Saragata, Bagana,Tubarana, Tuyuneta (Rea-berto).

8 — 1.500 — metros — Cr$ 176mll — Frade, Dodger, Donnus,Primo Mtnslter, Great Eve-ning, Zeyger (Reaberto).

SERVIÇOSEXTA-FEIRA

CADERNO B

JORNAL DO BRASIL

Volta fechadaEscoriai

ENTRE

as éguas, realmente, como jáescrevemos rapidamente antes, odestaque absoluto foi Vada (Wald-

meister em Exarque, por Exbury), criaçãode Fazenda Mondesir e propriedade de Ro-berto Gabizo de Faria e Francisco Pinto, anosso ver, y compris, o animal de melhoresperformances dentro da fronteira brasileira.Ainda a ser citada, apenas mais uma égua:\Virga (Waldmeister em Merry Sunshine, porSanta Claus), criação e propriedade de Fa-zenda Mondesir, ganhadora de nosso Oaks,grandíssimo clássico Diana (Grupo I). Hare-tha (Falkland em Haariella, por Le Haar),criação e propriedade do Haras Santa Rita,ficou na categoria de stayers.

Para não cometermos injustiças, embo-ra em um ano de bons cavalos e boasperformances, com pouquíssimas exibições,porém, além do bom, têm que ser lembra-dos, certamente, além dos de Campal eRasputin II, os nomes de Denee (Nermausem Auriga, por Lennox), criação do HarasSâo Luiz e propriedade do Stud Montecatini,Derby winner carioca em bom estilo, e ga-nhador, posteriormente desclassificado comtoda a justiça, do grandíssimo clássico Brasil(Grupo I), de New Attack (Earldom II emIkaria, por Ogan), criação do Haras Faxinae propriedade do Haras Inshalla, com umsólido final de ano, Serradilho (Eclectic emSierra Cordobesa, por GulfStream), criaçãoe propriedade do Haras São José da Serra,por sua vitória no importante clássico Dezes-seis de Julho (Grupo II), Brasil trial e,surtout, por seu bom segundo no Derby,Leão do Norte (Waldmeister em Girice, porÁlberigo), criação do Haras Santa Rita daSerra e propriedade do Stud Fazenda PedrasNegras, por suas facílimas vitórias nos im-portantes clássicos Presidente Vargas (Gru-po II) e João Borges e por seu bom segundolugar, para Rasputin II, no grandíssimoclássico São Paulo, e Latino (Sabinus emTrevisa, por Kurrupako), criação e proprie-dade do Haras Santa Maria de Araras, porsua vitória, apesar de na milha, nas TwoThousànd Guineas cariocas.

Nesta relação, evidentemente, não en-tram além dos stayers, os nomes de Duplex(Breeder's Dream em Dulcine, por Coara-ze), criação do Haras Guanabara e proprie-dade do Haras Jupiá, e Dark Brown (Tum-ble Lark em Nogueira II, por Gay Garland),criação e propriedade do Haras Rosa do Sul,cujas performances internacionais de altonível, mereceram destaque no início de nos-sos comentários há três colunas.

¦ ¦

Para exercermos nosso espírito lúdico(e, certamente, para satisfazermos a curiosi-dade e o espírito lúdico de nossos leitores),vamos, agora, estabelecer aqueles que teriamsido os 10 melhores animais nacionais (nestecaso, obviamente, não entra o chileno Ras-putin II) do ano de 1981 entre os corredoresde mais idade (a geração 78, exatamente aestreada este ano, dela não fará parte). Estarelação não levará em consideração distinçãode sexo ou de distância, formando um bric-à-brac impressionista, tendo em vista as per-formances (ou o conjunto das mesmas) que

, mais encantaram e impressionaram e o valorseletivo das mesmas. Os 10 melhores animaisnacionais de 1981 para nós, foram, porordem preferencial:

1. Duplex (Breeder's Dream em Dulci-ne, por Coaraze), criação do Haras Guana-bara e propriedade do Haras Jupiá; 2. DarkBrown (Tumble Lark em Nogueira II, porGay Garland), criação e propriedade doHaras Rosa do Sul; 3. Vada (Waldmeisterem Exarque, por Exbury), criação de Fazen-da Mondesir e propriedade de Roberto Gabi-zo de Faria e Francisco Pinto; 4. Campal(Figurou em Varanda, por Gabari), criaçãoe propriedade do Haras Rio das Pedras; 5.Marceline (Sail Through em Klepshydra,por Pan), criação do Haras Pirajussara epropriedade do Haras Ponta Porã; 6. Denee(Nermaus em Auriga, por Lennox), criaçãodo Haras São Luiz e propriedade do StudMontecatini; 7. Leão do Norte (Waldmeisterem Girice, por Álberigo), criação do HarasSanta Rita da Serra e propriedade do StudFazenda Pedras Negras.; 8. Serradilho(Eclectic em Sierra Cordobesa, por GulfStream), criação epropriedade do Haras SãoJosé da Serra; 9. Latino (Sabinus em Trevi-sa, por Kurrupako), criação e propriedadedo Haras Santa Maria de Araras; 10. Nóvis(Eylau em Fiordalisa, por Earldom II),criação do Haras Faxina e propriedade doStud Gladiateur.

¦ ¦

EM

outra coluna, continuaremos (efinalizaremos) nosso balanço relati-vo ao ano de 1981, fazendo uma

rápida apreciação sobre os nomes mais inte-ressantes da geração 78, as direções maisinstigantes e intepgrnjtes, os treinadores demelhor ínãice, os haras de maior nível classi-co e os garanhões que mais sobressaíram.

80 — ESPORTE 1" Caderno D terça-feira, 5/1/82 D JORNAL DO BRASILMédicos anunciam que João nunca mais saltaráSão Paulo — Os médicos que cuidam de João Carlos JL

de Oliveira, no Hospital Irmãos Penteado, em Campinas,resolveram alterar a posição otimista que mantinham,informando ontem que dificilmente o recordista mundialde salto triplo voltara a competir. Sua perna direita,segundo o ortopedlsta-chefe, Luiz Calll Sader, sofrerá,Inevitavelmente, atrofia nos músculos, perdendo a elastl-cldade.e potência, "causada pelos problemas clrculatõ-rios".

O cirurgião cardlovascular Antônio Benedito do Pra-do Fortuna confirmou o quadro pessimista, acentuandoque João do Pulo necessitara de um enxerto na artériatibial posterior para aumentar a potência da Irrigaçãosangüínea. As outras duas artérias da perna direita, atibial anterior e a peronelra, continuam obstruídas.

Ameaça de amputaçãoAntes do enxerto, porém, há necessidade de se debe-

lar a lnfecção no hematoma, causada pela fratura expôs-ta. O local da ferida está tomado por bactérias pseudõmo-nas, resistentes a antibióticos.

Operar com infecçáo seria suicídio, disse o Dr Fortu-na, que espera que a artéria tibial posterior consigamanter a irrigação para toda a perna ate ser debelada alnfecção. Mas, prossegue, se a artéria voltar a entupirhaverá necrose no pé direito. Com a lnfecção, não pode-riamos tentar o enxerto. Dai, só nos restará a amputação.

Cresce também entre os médicos a preocupação coma lnfecção surgida no pulmão direito, onde apareceramsinais de pseudómonas, as mesmas bactérias que atacamsua perna direita. A única dúvida reside ainda em saberse as pseudómonas do pulmão Já conseguiram resistênciaaos antibióticos. Estão sendo feitas culturas bacteriológl-cas periódicas e os primeiros resultados seráo conhecidoshoje de manhã. Se o quadro se agravar, os médicos Jáestão preparando antibióticos recebidos da Alemanha eEstados Unidos testados "ln vitro" e capazes de debelaras pseudómonas resistentes.

Os testes, explicou ainda o cirurgião, dão certo invitro. Não sabemos como será a reação do corpo de JoãoCarlos.

De acordo ainda com o médico, a lnfecção pulmonarsurge agora como preocupação séria, uma vez que opulmão direito está tomado por secreçôes e João Carlosrespira com dificuldade.

A lnfecção pulmonar minaria as forças de JoáoCarlos, abrindo possibilidades de ataques de outros ger-mes — disse o Dr Fortuna, um dos mais respeitadoscirurgiões cardlovasculares brasileiros, e que está pratl-camente dedicando seus dias aos cuidados de Joáo Carlosde Oliveira, desde que foi chamado para acompanhar ocaso, quando se detectou a lnfecção na fratura da pernadireita, quinta-feira passada.

O ortopedista Durval de Brito Guerra Neto tambémnào dissimulou suas preocupações.Não acredito que João Carlos volte a saltar.

Para ele, as partes muscular e vascular sofreramsérios traumatismos. Ele prognosticou a atrofia museu-'lar, com possibilidades de atingir os tendôes, havendo atéo risco de Sbrose dos músculos, que perderiam a eiastici-dade anterior.

Coágulo na pernaO médico Benedito do Prado Fortuna preferiu expll-

car didaticamente o coágulo surgido nas artérias dapema direita, causado, segundo ele, por um traumatismoimperceptível no dia do acidente automobilístico. Essetraumatismo atingiu uma região critica, exatamentetronco tibial — peronelro (de onde se subdivide a artériafemunal para Irrigar a perna).

A artéria atingida se inicia na aorta abdominal,continua como artéria iliaca, passa depois para artériafemural ate atingir o Joelho. Ali, recebe o nome depaplitea para se subdividir em três, bem abaixo do Joelho,onde se encontra o tronco tlbio-peronelro. Dali seguemtrês artérias principais: a tibial posterior, a tibial anteriore a peronelra, responsáveis pela irrigação sangüínea dopé.

O traumatismo no tronco tlbio-peronelro originouuma trombose. A lesão ocorreu na camada Interna daveia, alterando a carga elétrica da parede do vaso, surgin-do dai a depositação de plaquetas, onde se agarraram asflbrtnas, obstruindo a corrente sangüínea e causando atrombose.

Na quinta-feira passada, somente a artéria posterior éque mantinha o fllete de sangue, segundo revelou o DrFortuna. A Isquemla (falta de oxigênio nos tecidos) eragrave, com os dedos do pé apresentando cor extremamen-te pálida. Os médicos teriam feito um enxerto da artéria,não fosse a lnfecção por pseudõmonas nas feridas.

A opção era a amputação, completa ele. Fizemosuma reavaliação e traçamos um plano de conduta. Deve-riamos deixar que a perna se recuperasse naturalmenteou deveríamos amputar? Levamos em consideração que,para aquele paciente, era multo mais Importante a pemado que a própria vida. Afinal, ele era o Joào do Pulo. Nodia seguinte, houve recuperação das velas secundárias daperna direita com circulação lateral. Esse quadro está semantendo inalterado. A circulação sangüínea permanecesendo feita por pequenas ramificações laterais e com umpouco de sangue correndo pela artéria posterior. As duasoutras artérias permanecem entupidas. Assim, segundo omédico, será necessário enxerto na veia posterior, comoforma de aumentar a capacidade de Irrigação para salvaro pé direito de João.

Isso só será possível se antes conseguirmosdebelar a lnfecção. Por enquanto, três dedos do pé direitopermanecem com o quadro de clanose (sem cor) —afirmou.

Irmão recuperadoFrancisco Carlos de Oliveira, de 24 anos, também

especialista em salto triplo, irmão do João do Pulo,deixará hoje, pela manha, o Hospital Irmãos Penteado. Oatleta, que sofreu fratura na mandlbula no acidente quevitimou Joào Carlos, vem sendo mantido afastado dosrepórteres, assistido por seus familiares. Francisco Car-los, segundo os médicos, poderá voltar imediatamente àspistas.

Também hoje deixará o Hospital o jovem Luis Césarda Costa, amigo de Joào do Pulo que, no desastre, sofreufratura da mão direita e escoriações generalizadas.

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Vencer em Los Angeles era a meta de João

Brasil não tem umsubstituto para João

O fulminante diagnóstico dos médicosque acompanham João Carlos de Oliveira,declarando enfaticamente que ele não vol-tara mais a saltar, nào encerra apenas umadas mais brilhantes carreiras no atletismomundial. Com o diagnóstico, está pratica-mente encerrada também urna das maisadmiradas escolas de triplistas de todos ostempos, pois Ademar Ferreira da Silva, Nél-son Prudênclo e Joáo Carlos, todos recordls-tas mundiais, nào têm sucessores nem amédio prazo no Brasil.

Dos atuais saltadores brasileiros, o queteria mais possibilidade de aparecer, se nàofosse seu próprio bio tipo—ê pesado—seriaFrancisco Carlos de Oliveira, o irmão deJoão, acidentado também na madrugada dodia 14, mas que Já está passando bemPorém, Francisco, como todos os demaisque o seguem no ranking nacional, Jamaisconseguiu atingir os 17 metros, marca apartir da qual se poderia falar com esperan-ça deles.

Na verdade, náo é surpresa que JoãoCarlos deixe um vazio na prova que maisdestaques deu ao Brasil — duas medalhasde ouro com Ademar Ferreira da Silva, umade prata com Nelson Prudênclo e duas debronze com Joáo Carlos. Pelo menos para

Ademar Ferreira, que se bateu durante mui-to tempo pela criação de uma escola detriplistas, sem encontrar apoio. Só o encon-trou fora do pais, sendo chamado, apósbater o recorde mundial, para apresenta-ções e cursos em vários países, que preten-dlam absorver sua técnica. E o longo perto-do que ele passou na União Soviética cons-tata a correção de seu ponto-de-vista: al-gum tempo depois os soviéticos começarama explodir no salto trtplo„a ponto de VlctorSanelev ter ganho três medalhas de ouro euma de bronze em Olimpíadas.

Apesar de ser uma prova dificílima, pelasobrecarga violenta à perna, prtnclpalmen-te ao tendão de aquiles e ao calcanhar, quesuporta um peso de mais de 140 quilos nahora do salto, o Brasil, de qualquer forma,ganhou um capitulo na história do triplo.Primeiro com Ademar, de estilo voluntário-so, criativo, embora lento e sem muita técni-ca. Depois velo o elegante Nelson Prudèn-cio, menos criativo que Ademar, mas maistécnico e veloz. Finalmente, Joào Carlos,que conseguiu juntar tudo de bom que osdois antecessores tinham e possuidor de umestilo admirável, que nâo deixa seguidores,até por falta de previsão dos dirigentes.

Io do mundoagora o

WÜlie Banks, dos EUA,passa a melhor do mundo

Com a retirada de João Carlos daspistas, a principal estrela do salto tri-pio mundial passa a ser o norte-americano Willie Banks, que detém asegunda melhor marca de todos ostempos na prova — 17,56m — só Infe-rior ao recorde mundial, 17,89m, quedeverá continuar, porém, de posse dobrasileiro ainda por muito tempo, se-gundo os técnicos.

Depois de Banks, é o soviético JackUudmae, campeão olímpico em Mos-

cou, que aparece melhor na lista dosdestaques ainda em atividade, com amarca de 17,35m, inferior porém a dotricampeão olímpico Victor Sanelev,já afastado das pistas e que detém oterceiro melhor resultado de todos ostempos, com 17,44m. Há também umchinês na lista dos possíveis sucesso-res de Joáo Carlos: é Zou Zhenxian,que com a volta da China às competi-ções passa a ter mais oportunidadesde aparecer.

Os três melhoresdo Brasil

I, Francisco Carlos de Oliveira (SP)16,35m

2.WilsonConceiçãoFilho(SP) 15.84m3. Luís Ca rios de Souzo (RJ) I5,65m

Os três possíveissucessores no

mundol.WillieBanks(EUA) 17,56m2. Jack Uudmoe(URSS) 17.35m3. Zou Zhenxian (China) 17,33m

As marcas de João1972 14,06m1973 15,74m1974 15,76m1975 17,89m(*)1976 17,38m1977 16,81m

1978 17,44m1979 17,27m1980 17,22m1981 17,37m

(*) Recorde do mundo

Fittipaldileva plano aFigueiredo

Brasília — O pilotoEmerson Fittipaldi temaudiência marcada, ho-je, com o PresidenteJoào Figueiredo, aquem apresentará umprojeto sobre o futuroda participação brasi-leira no Campeonato deFórmula-1, dentro deuma ótica de divulga-ção do país no exterior.Ele já conversou ontemcom o Ministro do Piá-nejamento, Delfim Ne-to, a quem solicitouapoio para a suaequipe.

Depois de ser recebi-do pelo Ministro DelfimNeto, Fittipaldi disseque a participação doBrasil no CampeonatoMundial de Pilotos éuma oportunidade parao pais aumentar a ex-portação e conseguirprestígio para os seusprodutos, destacando aimportância do televi-sionamento, que atinge2 bilhões de pessoas,. J,

Nós vamos apre-sentar o plano ao Presi-dente —.afirmou Emer*son Fittipaldi — Umplano nosso, um planode equipe para o futuro,e vamos ver qual serásua reação.

Emerson recusou:se,entretanto a comentaro plano, acrescentandoque, a seu ver, o proble-ma financeiro é o de me-nor importância:

Para nós, o maisimportante é ter o apoiodo Governo — ob-servou.

Não seria o retornode Fittipaldi ao auto-mobilismo?

Não. não — con:cluiu.

Moreno conseguenovo patrocínioO brasileiro Roberto More-

no, lider da Taça Tasmânia edo Torneio Aurora, ambos deFórmula-Atlantic, deve correrdomingo próximo, no circuitode Pukehohe, Nova Zelândia,patrocinado por uma empresaneozelandesa. A possibilidadesurgiu apôs a vitória de More-no. anteontem, no circuito deBay Park, quando bateu tam-bém o recorde da pista.

Moreno segue hoje para Pu-kehohe, mas independente daconfirmação do acordo com aempresa da Nova Zelândia vaiparticipar da prova de domin-go, intitulada Grande Prêmioda Nova Zelândia e válida pelasegunda etapa da Taça Tas-mania e quinta do Tomelo Au-rora. Isso porque, embora ti-vesse patrocínio apenas para aprova de domingo passado, daSEED/MEC, Bersil e Pneulân-dia, Moreno conseguiu econo-mizar dinheiro. E com mais oprêmio da vitória decidiu cor-rer a próxima etapa represen-tando os três patrocinadores.

Ele espera, da mesma ma-neira. vencer domingo próxi-mo e que nada aconteça com ocarro, para com o dinheiro àbprêmio correr também no dia'17, ainda na Nova Zelândia' Crtreino classlficatório para aprova de domingo será riasexta-feira.

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EM

apenas cinco minutos de bom fute-boi — quando procurou a vitória comobstinação e um espirito de luta sôcomparável ao do jogo contra a Argen-

tina — O Brasil fez dois gols e liquidou aPolônia. O que parecia o inicio de um triunfoconsagrador e por um placar mais amplo aca-bou se transformando num flnal até certo pontodramático: Inexplicavelmente o time repetiu aapatia que o marcou na fase de classificação eesteve na iminência de levar dois ou três gols.

Como ocorreu contra o Peru, a SeleçãoBrasileira pareceu pouco orientada com rela-ção ao detalhe de diferença de gols, de influén-cia importante para a classificação e que termi-

^íou por levara Argentina_áflnal^Apôs o esforçoe a disposição com que se lançou â luta noscinco minutos em que marcou os seus gols maisbonitos na Copa, o time retraiu-se. A exceçãode algumas tentativas de contra-ataque, as

melhores situações estiveram mais para a Polo-nia, e nem a entrada de Rlvelino restabeleceu aorganização da equipe.

A volta de Zico tinha o objetivo de dar maisagressividade ao ataque e de permitir maisespaço para a movimentação de Roberto. Aos4m, porém, Zico sofreu uma dlstensào, foi medi-cado, voltou a campo, mas saiu deflnitivamen-te, três minutos depois. A entrada de JorgeMendonça alterou os planos de Coutinho, por-que o ataque voltou à formação anterior, comRoberto multo Isolado.

Aos 12m o Brasil abriu a contagem, numafalta bem cobrada porNelinho. O time animou-se e passou ã atacar mais, porém aos poucos asfalhas do meio-campo e nas laterais se acentua-ram. Os poloneses procuravam explorar sobre-tudo o lado direito, onde, com dois ou trêshomens envolviam Toninho com facilidade.

Aos 44m. os poloneses aproveitando uma sériede indecisões na área dos adversários, empa-taram.

A Polônia voltou disposta a equilibrar asações. O Brasil repetia os erros do primeirotempo, agora agravados pela má colocação deCerezo em campo. Batista e Dirceu tambémcaíram de produção. O ataque, lento, só açor-dou aos Ilm, quando, depois de um chute deJorge Mendonça na trave, Roberto desem-patou.

Os brasileiros forçaram e os poloneses, total-mente envolvidos, nào tiveram como conteresse ímpeto. Num lance praticamente perdido,Dirceu enfiou a bola por entre as pernas de umzagueiro e a recuou para o melo da área. Aicomeçou o momento mais sensacional da parti-da: até que Roberto definisse o marcador, abola bateu três vezes na trave em chutes vlolen-tisslmos.

BRASIL 3 x 1 POLÔNIA

Estádio: MendozaJuiz.- Juan Silvagno (Chile)Auxiliares: Alfonso Archundia (México) e Anatoli Ivanov(União Soviética).Brasil: Leão, Nelinho, Oscar, Amaral e Toninho,- Batista,Cerezo (Rivelino) e Dirceu; Gil, Zico (Jorge Mendonça) eRoberto.Polônia: Kukla, Szymanowski, Gorgon, Zmuda e Ma-culewicz; Nawalka, Kasperczak e Deyna; Lato, Boniek eSzarmach (Lubanski)Gols: no primeiro tempo, Nelinho (12m) e Lato (44); nosegundo tempo, Roberto (aos 12 e aos 17).Cartões amarelos: Jorge Mendonça e Cerezo.

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CM) dei;e manda]que FPF realizenovas eleições

O presidente do CND,General César Montagna,recebeu ontem o ofício doJuiz Vladimlr Passos deFreitas, que suspendeu aseleições na FederaçãoPaulista de Futebol (FPF),e fleou de estudá-lo à noitet>âra fazer hoje um pronun-ciumento. Mas Carlos Osó-rib de Atlmeida, do Depar-tamento Jurídico da enti-dâde, já declarou que difl-cilmente haverá lnterven-çáo na Federação Pau-lista.

.Carlos Osório explicouque o mandato do presi-dente da FPF, Nabi AbiChedid, vai até o dia 31deste mês e que a lnterven-

çáo sô seria Justificávelapós essa data, se a enttda-de ficasse acéfala. O maisprovável é que o CND aca-te a anulação das eleiçõesde sábado, feita pelo JuizVladimir Passos de Frei-tas, e determine a realiza-çáo de novas eleições até oflm do mês.

O Oeneral César Mon-tagna tez hoje um pronun-clamento sobre o proble-ma, depois enviará o des-pacho do Juiz ao Departa-mento Jurídico do CND e,em seguida, a questáo serádiscutida numa reuniáo doplenário, cuja data aindanáo foi marcada.

Juiz sugere que CNDfaça a intervenção

,. SAo Paulo — O Juiz de plan-táo da Justiça Federal, Vladl-mir Passos de Freitas, enviouontem oficio ao presidente doCND, César Montagna, suge-rindo a intervenção na Federa-çáo Paulista de Futebol (FPF)ou a nomeaçáo de um terceiro,"estranho ao futebol paulista",Rara presidir a eleiçáo que viera se realizar no futuro. Em seudespacho tomou nulas as elei-çôes do último sábado para aescolha do presidente da FPF,Interrompida por ele, que en-tfóu na entidade escoltado porpoliciais armados de metra-lhadoras.

Num documento de quatropáginas, elaborado domingomas só divulgado ontem, oJuiz Vladimlr Passos de Frei-tàs Justificou ter sido descum-prlda, conforme constatoupessoalmente, sua determina-cáõ de uso da cédula única. Naeleiçáo de sábado, foram utill-zadas cédulas coloridas, umacor para cada um dos cândida-tos â presidência da Fede-raçáo.

A DECISÃO

Em seu despacho, o Juiz Via-dlmlr Passos de Freitas argu-menta: "Tendo sido descum-prlda, conforme constatei pes-soalmente, minha determina-çâo de folhas 135, anulo, agora,as eleições que suspendi, on-tem (sábado), pessoalmente.Aliás, esta anulação é apenas aconsumação, explícita, do queontem (sábado) ficou Implícitopela suspensão dos trabalhos.Com a suspensão, agora anula-ção, dos trabalhos, as medidascautelares ficaram, pratica-mente, prejudicadas. Isto por-que, se o desejo maior era oexercido da presidência dostrabalhos e se estes foram anu-lados, evidente está que o Inte-resse de agir desaparece."

Acrescenta o juiz: "Contudo,não me cabe assim decidir nes-ta oportunidade, de plantão esem Intimaçáo dos procura-dores das partes. Em reolida-de, Isto é tarefa do MM. Juizfederal a quem os autos foremdistribuídos apôs o recesso, ouseja, no próximo dia 7 (quinta-feira). Mesmo porque S Exapoderá ter opiniáo diversa dsminha e tomar outra decisão.Assim posta a questáo, restadecidir-se sobre as medidasdecorrentes de meu ato, a flmde evitar-se tumulto e criarsituação de instabilidade, es-ta, realmente, nociva à Justi-ça. Tudo bem examinado, de-termino que sejam tomadas asseguintes providências:

1) Junte-se, antes deste des-pacho, o auto de arrecadaçãoelaborado ontem (sábado), ati-nente ao material apreendido;2) Junte-se os exemplares deJornais que noticiaram a ocor-rência, que agora ofereço, a fimde que fique bem clara a gravi-dade do sucedido e não se ve-nha alegar, no futuro, que aatitude extrema era dispensa-vel; 3) Por Imprescindível, jáque a situação atual é caóticaé poderá gerar novos conflitos,tíomunlque-se, hoje (domingo),por telegrama e envle-se ama-nhá (ontem) oficio, ao Sr Gene-ral presidente do Conselho Na-cional de Desportos, o sucedi-do, com sugestáo de interven-çâo na Federação Paulista deFutebol ou nomeação de ter-ceiro, estranho ao futebol pau-lista, para presidir a eleiçãoque vier a realizar-se no futuro;4) Fiquem cientes as partesque até eventual Intervenção,se for o caso, permanecerá o 8rNabi Abi Chedid na presiden-cia da Federação Paulista deFutebol, até o término de seu

mandato (31 de Janeiro de1982); 5) Junte-se, após estedespacho, xerox das atas daassembléia ontem (sábado)realizada, devolvendo-se,após, os livros para a Federa-çâo Paulista de Futebol; 6)Junte-se nos autos as cédulasapreendidas e os requerimen-tos de impugnação formuladospor Flâvlo Chaves (deputadofederal do PDS); 7) As umasapreendidas, tendo-se por nu-las as eleições, deverão serdESlacradas e Inutilizados osvotos. Contudo, seria prema-turo determinar-se isto hoje(domingo), pois os procura-dores das partes não têm clên-cia deste despacho. Por tal ra-zão, ad cautelam, determinoque sejam enviadas, no dia 7,ao MM. Juiz federal a quem osautos forem distribuídos; 8)Tomadas as providências epassado o recesso, envlem-seos autos, no dia 7, ao setor dedistribuição, a flm de que se-Jam remetidos a uma das Va-ras federais desta seção Judl-ciaria".

INSPEÇÃO JUDICIAL

O Juiz Vladimlr Passos deFreitas relata que o presidenteda FPF, Nabi Abi Chedid, en-trou com medida cautelar con-tra o CND, enquanto o vice-presidente da entidade, Már-cio Papa, requereu medidacautelar contra Nabi Abi Che-did. Sua decisão foi autorizarque o Márcio Papa presidisseas eleições do último sábado.Neste dia, pela manhã, o Juizfederal da 1* Vara, Calo PlinloBarreto, concedeu liminar, tor-nando sem efeito a liminar doJuiz Vladimlr Passos de Frei-tas. Este determinou que sôsus liminar- era válida, poisexercia o plantão da JustiçaFederal no recesso.

O tempo corria e a situa-çào era de confusão. Os advo-gados das partes permane-ciam neste plantão, com va-rios requerimentos, os telefo-nemas eram constantes, dan-do notícias de brigas, amea-ças, rebeldia, tudo enfim. Asrádios noticiavam a presençade milhares de pessoas na ma,escolas de samba, trânsito ln-terrornpido, emflm, tumultototal. Entre outras coisas, vi-nham Informações de prisões eagressões, envolvendo NablAbi Chedid. Este gritava con-tra a assembléia, teve que sairexpulso pela policia do local.Em suma, o caos — explicou ojuiz.

Acrescentou que o uso decédulas coloridas, que tiravama característica de pleito se-creto, levou-o a interromper aeleição. Confirmou, também,ter recebido requerimento deum advogado de Nabl, paraInspeção Judicial na FPF.

Sem nenhum exagero —diz ele — poderia dizer quehavia risco de vida a todos ospresentes, mesmo porqueameças de morte era feitascom constância. No local, pro-tegido por forte policiamento,constatei, pessoalmente, quemeu despacho estava sendodesobedecido. Sem hesitarsuspendi os trabalhos e recolhio material presente. Meu esta-do emocional e a indescritívelconfusão reinante nâo me per-mitlram, despachar no sába-do. Faço-o hoje (domingo) commaior serenidade.

Marin vai recorrerda decisão do Juiz

Sáo Paulo — O advogadoEurico de Castro Parente, emnome do Vice-Governador ecandidato da oposição à presi-dência da Federação Paulistade Futebol (FPF), José MariaMarin, entrara com açáo hojeno Tribunal Federal de Recur-sos solicitando ao Conselho deMagistratura que suspenda adecisão do Juiz Vladimir Pas-sos de FYeltas, que no últimosábado, acompanhado de poli-ciais armados, interrompeu aeleiçáo para escolha do novopresidente da FPF.

A decisão foi anunciada porCastro Parente no Inicio danoite de ontem, quando deixa-va o Cambridge Hotel, no Cen-tro de Sâo Paulo, onde perma-neceu toda a tarde reunidocom José Maria Marin. O Vice-Governador náo quis respon-der às acusações de corrupçãoSue lhe foram feitas pelo can-«acato da situação, o presiden-te da FPF, Deputado NablAbi-Chedid. Adiantou que nãofalará enquanto durar o pro-cesso e llmltou-se a assegurarque continua candidato e, emcampanha, até o desfecho doprocesso eleitoral.

Na FPF, os funcionários edirigentes nào acreditam queo CND (Conselho Nacional deDesportos) aceite a sugestáoda Justiça Federal, no sentidode que ocorra uma lnterven-çáo na entidade. A opiniãoquase unânime é que será mar-cada uma nova eleição, a pedi-do do próprio CND. O Maré-chal da Vitória, que chefiou aSeleção Brasileira nas con-quistas das Copas do Mundode 1058 e 1962, Paulo Machadode Carvalho, afirmou "nào versentido em uma Intervenção.Isso não cabe. O mais coerentepara o futebol é ter uma novaeleiçáo".

O anticandidato, o radialistaSilvio Luís, foi á FPF paracontinuar com sua campanha"debochante". Queria saberquando seria a nova eleiçáo e"se era preciso ele assumir ocargo". Informou que manteráa Inscrição de sua chapa nopróximo pleito — "se houver"— e brincou: "Estou preocupa-do com a vestimenta a ser usa-da no próximo espetáculo. Nosábado, já gastamos Crt 9 milcom o aluguel da charrete e dofraque."

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ESPORTE — 21

òuniê pode passar, na Holanda, a Grande Mestre

Suniê começa a treinarpara Torneio da Holanda

Jaime Sunlè Neto, mestre internacionalbrasileiro, começa hoje a se preparar parasua maior meta deste ano no xadrez: chegara Grande Mestre Internacional. Para Isso.ele precisa conseguir um bom resultado noTorneio da Holanda, que será disputadoentre os dias 14 e 31. Sunlè viajou ontempara Curitiba, onde vai tentar uma passa-gem com seu patrocinador, a Prosdóclmo. Oenxadrista estava no Rio supervisionando aequipe brasileira no torneio Peão de Ouro.Como o torneio deve ser forte, e apassagem para Grande Mestre Internado-nal é por uma porcentagem de vitórias notorneio, acredito que terei que vencer setedas 13 partidas que vâo ser disputadas, oque realmente vai ser uma tarefa muitocomplicada, mas náo impossível.

Título mundialDepois de Curitiba, ele náo sabe se aindavolta ao Rio para ver o Peão de Ouro ou se

vai diretamente para a Europa, que seria àmeia-noite do dia 14, para chegar lá á noite,a tempo de participar da competição.

Mas chegar a Grande Mestre Internado-nal não é a única meta de Sunlè nessatemporada. Ele quer também chegar entreos três primeiros no zonal sul-americano,que será disputado na Argentina, em março,que o classificaria para o lnterzonal. aindasem data fixada. Estes torneios sâo seletl-vos para se decidir quem será o desafiantede Anatoll Karpov ao titulo mundial.

Suniê está à frente da equipe brasileiraate 17 anos, com a qual fez 1 mès de estudose educação fislea antes do Peão de Ouro.Acha a iniciativa multo boa e que essageração de enxadristas brasileiros jâ ê mui-to forte, pois, pela primeira vez, está surgin-do uma geração inteira, e não valores iso-lados. Quando o Mequlnho começou a sedestacar como um grande enxadrista, em1970 e 1971, multa gente começou a Jogarxadrez, mas não havia ainda um programade ensino, tanto que o primeiro campeãoJuvenil brasileiro fui eu, em 1976.

Mesmo assim, naquela época, só eu fuifavorecido e convidado para Jogar outrostorneios, como o Mundial. Agora não Já há

mais divisões de Idade e, no Peáo de Ouro,por exemplo, temos cinco brasileiros dispu-tando, o que é muito bom

O que mostra bem essa mudança, paraSunlè, ê que os Juvenis brasileiros ocupam,atualmente, a quinta colocação no rankingmundial, enquanto a equipe brasileira estáem 27". sintoma de que está havendo umdesenvolvimento.

Por exemplo, vários desses garotosentre 14 e 17 anos já se estáo destacandomesmo entre os adultos em seus Estados,principalmente no Rio Grande do Sul, Para-nâ e Santa Catarina. Mesmo assim, nostorneios Juvenis, eles não têm grande supre-macia, pois em cada Estado há mais de umJogador de bom nivel.

Mudança de imagemPara Sunlè, se um torneio como esse,

com entrada aberta ao público e grandedivulgação, conseguir chegar aos pais deadolescentes e transmitir uma Imagem deque o xadrez não ê "um Jogo de malucos",mas sim uma opção de esporte como outraqualquer, a situação do xadrez no Brasil vaimelhorar muito.

Atualmente, nós temos vários cursosde xadrez, tanto na escola como fora dela,mas o que acontece é que, quando o garotodiz que vai estudar xadrez, o pai tentademovê-lo da idéia, temendo sempre queseu filho fique anormal, o que. definitiva-mente, nâo acontece, como pode ser obser-vado aqui, onde 16 Jovens absolutamentenormais disputam um torneio de altíssimonível.

Esses garotos todos estão em fase dedefinição se vão realmente estudar xadrezcomo competição ou vâo transformar o es-porte apenas em diversão. Mas acredito quetodos aqui Jâ fizeram a sua opção.

Suniê parece animado com a nova gera-ção de enxadristas e acredita que esse tipode treinamento que fez com os jovens foimulto bom e os deixou motivados, princi-palmente porque "o BrasU começa a sair dafase do jogador esporádico, para formaruma geração de enxadristas, num trabalhomulto bonito".

Brasil jogará aTaça Davis comequipe desfalcada

Depois de várias tentativas de minimizar osprejuízos da participação do Brasil na TaçaDavis deste ano, a Confederação de tênis viuesgotados todos os seus recursos ontem, quan-do o presidente da Federação Equatoriana,Roberto Jones, em contato telefônico, recusous tranferêncla do jogo para o seu pais.

Com Isso, segundo Cláudio Werneck Viana,o prejuizo antecipado é de Cr$ 3 milhões e aequipe vai Jogar desfalcada por causa da colncl-dência de datas com o Hollywood Classlc Inter-nacional. Carlos Kirmayr e Marcos Hocevar, osdois brasileiros melhores colocados no rankingmundial já anunciaram que nâo vâo participar.

Góes e KochA última oportunidade de a Confederação

formar uma equipe pelo menos competitivaesta ns oferta feita a Júlio Góes, que receberiaCrt 200 mil para participar e ficou de dar aresposta hoje. Se ele aceitar, terá que desistirde jogar o Hollywood.

No caso de Qoes náo aceitar, será feita umaeqiüpe na base de jogadores juvenis e para estecaso foi convidado para capitão Tomas Koch,que também está Inscrito no Hollywood, masficou de dar uma resposta hoje.

Mesmo assim, os trabalhos na Confederaçãopara recuperar o tempo perdido — faltam 18dias para começar a Copa — começaram on-tem, na tentativa de encontrar uma sede quedeve ser, segundo Werneck, " uma cidade doInterior motivada para o tênis, como NovoHamburgo, no Rio Grande do Sul, ou Bauru,em Sáo Paulo".

Werneck disse que o trabalho vai ser multopara organizar a Davis, Já que a CBT vai ter queorganizar tudo sozinha e ate agora nâo foramprovidenciada nem as entradas.

Mas Cláudio Werneck Viana Isenta de culpaos tenistas que nâo quiseram participar daDavis, dizendo que entende que eles já tinhamcompromisso anterior e que como a CBT náopode pagar multo é justo que eles nâo parti-clpem.

Pepsi dá a VascoCr$ 1 milhão pormês para basquete

Logo depois do Estadual de Basquete,que termina dia 29, e certo de que con-quistará o pentacampeonato, o Vascopartirá para a contratação de pelo menostrès Jogadores de nível de seleção: Mar-quinhos, Gilson e o dominicano HugoCabrera. Os dirigentes estáo certos daformação de uma grande equipe, porqueamanhã o clube assina contrato com aPepsl-Cola, que patrocinará o basquetevascaíno, oferecendo Cr$ 1 milhão pormès.

Para marcar o acontecimento, degrande importância para todo o esporteamador do clube e do Rio, o Vasco vaipromover a assinatura do contrato ama-nhã, durante uma jantar, com presençade seus jogadores de basquete, às 20h, noHotel Nacional, quando será mostrada anova camisa, com publicidade da empre-sa patrocinadora.

O diretor de basquete do Vasco, JoséLuís Velho, entusiasmado com as enor-mes facilidades que o patrocínio da Pep-si-Cola abrirá ao basquete do clube, aflr-ma que o Vasco caminha para a formaçáode uma grande equipe, para disputar ostítulos nacionais em condições de igual-dade com os paulistas.

O contrato a ser assinado amanhã,segundo José Luís, terá duração de doisanos, mas está previsto reajuste semes-trai. A importância a ser recebida peloVasco representará bem mais que o Flu-minense, pioneiro no Rio em publicidadeno basquete, recebe da Coroa. O contratodo Fluminense com a Coroa termina emfevereiro, mas há possibilidade de serrenovado, se o clube não decidir dar prio-ridade a uma empresa que patrocine to-dos os seus esportes amadores. E já háuma em negociação com o clube.

Schmidt éatração naClasse Finn

Torben Orael Schmidt, com-peáo nacional de quatro cias-ses e estadual de .1-24, é a prin-cipal atração de 21° Campeo-nato Brasileiro da Classe Finn,que começa hoje, com a regatade abertura, sem contagem depontos, A largada está prevls-ta para as 13h30m, em frente aEscola Naval.

A organização é da Confede-ração Brasileira de Vela e Mo-tor, com apoio do Iate Clubedo Rio de Janeiro e a primeiraregata valida pelo Campeona-to está marcada para amanhã.Quinta e sexta-feira estão pre-vistas duas etapas diárias, fi-cando para sábado e domingoas regatas finais. De acordocom o regulamento valem osseis melhores resultados de ca-da iatlsta.

NOVA FASE

A Classe Finn, que apesar deter dado ao Brasil três títulosmundiais através de JoergBruder e por duas vezes aquarta coleção em Jogos Ollm-picos, com Cláudio Blekarck,em Montreal e Moscou, alémde vários títulos sul-americanos, estava estagnadae, ao que tudo Indica, deveentrar em nova fase com adisputa do Campeonato Brasi-leiro.

Uma das motivações dosconcorrentes é a realização daSemana Pré-Olímplca Atlânti-ca-Boavlsta, marcada para operiodo de 27 de fevereiro a 8de março, no Rio, e que servirácomo eliminatória para a Pré-Olímpica de Los Angeles, emagosto.

Por Isso, muitos barcos queestava abandonados nos han-gares dos iate clubes de SàoPaulo foram retirados, adapta-dos, reformados, receberamvelas, equipamentos e acesso-rios novos, e estào prontos pa-ra a disputa que deverá sermulto equilibrada.

Diversos especialistas daClasse Laser passaram a sededicar ao Finn. Integrante docalendário oflcial das Olímpia-das de 1984, e até mesmo umex-campeâo Internacional,Claus Cordes, está Inscrito.

O Finn é um barco monotl-po, de apenas um tripulante, eexige multa técnica, conheci-mentos táticos, experiência esobretudo excelente preparofisleo. Com apenas uma vela ecasco de fibra de vidro ou ma-delra. o barco é extremamentedesconfortável e o timoneironecessita escorar bastantepara mantê-lo na posiçãonormal.

No contravento o iatlsta ficao tempo todo com o corpo dolado de fora, preso apenas pe-las pernas e recebendo no ros-to grande quantidade de água.No vento em popa, o equilíbrioé fundamental e qualquer fa-lha pode provocar a capo-tagem.

Ontem, na sede do Iate Clu-be do Rio de Janeiro, os barcosforam pesados, medidos e con-firmadas as seguintes inseri-ções: Jorge Zarif Neto, Jonasde Barros Penteado, FernandoHackerott e Peter Baumgartl,todos de Sâo Paulo. A equipecarioca está assim constitui-da: Alan Adler, Cristoph Berg-mann, Fernando Bello, ClausCordes, Pedro Paulo Petersen,Luis Oliveira Neto, TorbenGrael e Raul Batista.

Salnikovpode nadarno Rio

O presidente da FederaçãoAquática do Rio de Janeiro,Rogério Carneiro, viajou on-tem para os Estados Unidos,acompanhando uma delega-çâo de 22 nadadores e très téc-nlcos e seu principal objetivoserá conseguir com os soviéti-cos a inclusão de Vladimir Sal-nikov, recordista mundial dos1.500m, livre, na equipe quevirá ao Rio, participar de 18 a20 de fevereiro, do Torneio In-temacional de Natação Atlân-tlca-Boavista, que contarátambém com uma equipe dosEstados Unidos.

Na relação enviada pelos so-vléticos — e que Rogério levouconsigo para os Estados Uni-dos — não está o nome deVladimir Salnikov, campeãoolímpico e principal estrela danatação soviética. Mas comoSalnikov disputará o Campeo-nato Americano de Inverno,no próximo flm de semana, emGalnsville, Flórida, o dirigentecarioca conversará com o téc-nico Sergel Vaitsehovski vi-sando a sua inclusão naequipe.

ESTAGIO NOS EUA

Os nadadores brasileirosque seguiram ontem com Ro-gério Carneiro e très técnicostambém vão fazer um estágioem Fort Lauderdale.

Segundo Rogério, os soviéti-cos ficarão mais alguns diasdepois do Campeonato de In-vemo, em estágio nos EUA,seguindo para Lima, onde seexibirão. A chegada ao BrasUserá dia 12, em Sâo Paulo, on-de os soviéticos farão exibi-çóes durante a disputa do Tro-féu Brasil. Em seguida elesvêm para o Rio, participando,a partir do dia 14, no CEFAN,de uma clínica, junto com na-dadores brasileiros.

Rogério está tentando tam-bém que a Argentina participedo Torneio Internacional. En-tre os nadadores americanosjá está Mary Meagher, recor-dista mundial dos 100 e 200mborboleta e eleita atleta doano nos Estados Unidos.

JUVENISO Fluminense, que organiza-

rá o Campeonato BrasileiroJuvenil de Natação e o TroféuBrasil de Saltos Ornamentais,de 4 a 7 de fevereiro, está ten-tando Junto à Coca-Cola o pa-troclnlo dos dois torneios, quereunirão cerca de 800 atletasde 80 clubes de todos os Es-tados.

Campo Neutro .

José Inácio Werneck

O

Fluminense foi campeão cm 1980e, por causa disto, fracassou em1981. Esta pelo menos é a lógicaque parece acompanhar a explica-

ção de seus dirigentes, quando se dispõem avender jogadores como Cláudio Adão paraequilibrar as finanças do clube.

Como campeão, o Fluminense sonhouem pagar tão bem quanto o Flamengo, masos resultados em campo não corresponde-ram ao vertiginoso aumento de salários. Umjogador como Edevaldo teve seus venci-mentos simplesmente multiplicados por se-te, enquanto sua produção no gramado eradividida por dois ou três. A nova estratégiado Fluminense é a seguinte: manter ossalários (o que na verdade significa diminuí-los, por causa da inflação) dos que recebembem e aumentar em proporções modestas osque vinham recebendo mal.

Resta saber como isto será traduzidoem produção técnica em campo, especial-mente no momento em que o clube procuradesesperadamente vender seu artilheiro —um artilheiro que, diga-se de passagem,ainda não acabou de pagar ao Flamengo.

É fácil concluir que no início de 1982alguns de nossos times continuam sendoadministrados com tão pouco senso empre-sarial como eram em 1981, em 1980 e antes.Mais curiosa do que a insistência do Flumi-nense em vender Cláudio Adão é a disposi-ção do Vasco em comprá-lo, pois já possuiRoberto Dinamite e sua fraqueza não resideexatamente no comando do ataque.

¦ ¦ ¦

O

observador do CND às eleições naFederação Paulista de Futebol afir-ma em seu relatório que não pediráa intervenção na entidade, "pois isto seria

desairoso para São Paulo".O observador do CND não parece ser

muito observador. Depois das cenas queculminaram com um juiz de direito obrigadoa recorrer a uma escoltada de metralhadorasengatilhadas, não se pode dizer que umaintervenção na Federação de São Paulo serádesairosa para São Paulo.

A Federação de São Paulo é que édesairosa para São Paulo.

m ¦ ¦

O

que é o triatlon? É uma prova quereúne em uma só as três modalida-des de esporte mais benéficas ao

organismo humano: pela ordem, a corrida,a natação e o ciclismo.

A afirmativa não é minha mas de umacomissão médica encarregada de estudar oassunto pelo Governo norte-americano eque levou em consideração diversos crité-rios, como condicionamento cardiovascular,consumo de calorias, definição muscularetc. Em último lugar, como era de seesperar, chegaram esportes como o golfe e asinuca — sendo que o xadrez, evidentemen-te, sequer entrou em cogitações.

Os representantes da natação e dociclismo não se conformaram com o segun-do e terceiro lugares e terão uma oportuni-dade de provar seus pontos-de-vista noTriatlon que o JORNAL DO BRASIL vaiorganizar domingo, dia 31, com patrocíniodo Le Coq Sportif e da Arena. Por sinal queesta primeira prova terá mais o caráter deuma "corrida alegre" — isto é, uma compe-tição sem competição. Só a partir do próxi-mo ano teremos um caráter realmente com-petitivo e já sei até de gente, como onadador Rómulo Arantes Filho, que foicontratada por uma fábrica (no caso, debicicleta) para representá-la oficialmente.

A prova (alegre, não esqueçam) do dia31 começará às sete da manhã com umpercurso de 950 metros de natação, entre apraia de São João e a da Urca, seguido deuma corrida a pé até o Museu de ArteModerna (cerca de sete quilômetros) e final-mente do ciclismo, que compreenderá trêsvoltas no Aterro do Flamengo, entre oMuseu e Monumento a Estácio de Sá, comaproximadamente 18 quilômetros.

DE PRIMEIRA: Tudo bem com osplanos da CBF. O Brasil fica mesmo emSevilha, como cabeça-de-chave, enquanto àArgentina caberá Alicante, e à Espanha,Valência. O Brasil consegue assim fugir domaior perigo de chuva nas sedes ao Norte,que são Vigo, Gijón e Bilbao. Elas serãodistribuídas entre Itália, Inglaterra e Alemã-nha Ocidental, já sendo também definitivoque Gijón caberá à Itália lll A CBF desistiude contratar um assessor de Imprensa para otreinador Telê Santana. Suponho que osplanos de igual assessor para Medrado Diastenham também sido arquivados, já queMedrado tem mais facilidade de expressão lllDepois do inexplicável forfait de ElianaRainert, os responsáveis pelo Projeto Olím-pico Atlãntica-Boavista desistiram de incluiruma maratonista (mulher) no programa, jáque a outra candidata, Eleonora Mendonça,dificilmente chegará as Olimpíadas de 1984em condições de correr a prova em menos detrès horas lll Domingo, às oito da manhã,começam nas Paineiras os treinamentos delonga distância para a Maratona Atlântica-Boavista do dia 7 de agosto. Atletas estran-geiros com presença já confirmada na prova:Bill Rodgers, Erick Stahl, Tommy Persson,Lorraine Moller, Delfim Moreira. Esperam-se para os próximos dias as confirmações deDick Beardsley e Ingrid Christensen.

Campeonato será em 2 turnos e torcedor terá seguroJoão Saldanha

Agora, calma,Botafogo!

O

Botafogo pretende melhorarseu time. Este é um objetivoque penso ser de todos osbo-tafoguenses. Com o Botafogo,

entretanto, durante muito tempo, pe-lo menos, não foi assim. O grandeclube se contentava com um quartolugar no campeonato e, se fosse felizna disputa, um terceiro. Exatamentepor isto a diretoria que pensava as-sim foi derrotada. E o pior é queapregoava que continuaria no seufirme propósito de enterrar o clube.

Bem, felizmente já passou. Trata-se de formar um time mais capaz, eisto nào é fácil. Mas também não édifícil. Quem tem bons jogadores nãoestá disposto a se desfazer dos co-br as. Mas, quando uma queimaçãotola ou estúpida toma conta de umclube, acontece a venda de um era-que. A história do futebol brasileiroestá cheia desses fatos. Dirigentescom espírito amadorista cometem er-ros primários até. No caso do Botafo-go, antes de mais nada, seria necessá-ria calma. Qualquer açodamento emcomprar por comprar ou em comprarjogadores de que o clube não necessi-ta levaria a resultados fúnebres e adespesas para as quais o clube nãoestá aparelhado. O Botafogo tem de irna certa.

No seu caso, com o time que tem, apresença de um jogador de qualidadepode modificar tudo. Lógico que nãoseria trocando o excelente Rocha porRenato Sá e Catinha. Li esta notícianum jornal velho e quase tive umtroço. Chego mesmo a pensar que setratou de brincadeira. Também li quea torcida se queimou e evitou a trocainfeliz. Viva! O Botafogo tem de espe-rar que o bom negócio apareça. Cal-mamente e na maior moita. Quandose espalha e anuncia a compra de umcraque, somente duas coisas podemacontecer: ou o cobra fica mais caroou então o negócio se desfaz. Trata-sede trabalhar na certa e qualquerpreocupação de busca de notorieda-de sem que algo sério aconteça so-mente conduziria o clube a um fracas-so e até ao ridículo.

O bom comprador não faz espa-lhafato. O simples fato de o Botafogodemonstrar publicamente seu interes-se em melhorar o time já é amplamen-te satisfatório. Já significa uma mu-dança de pensamento bem radical emrelação ao passado triste da outradireção. Mas nem por isto, nem oBotafogo nem clube algum deve sairpor aí querendo fazer negócio somen-te para mostrar serviço.

Calma, Botafogo. O time não éruim. Estava sem perspectiva e semmaiores estímulos. Moita, muita moi-ta e segredo. Vm ou dois jogadoresajeitam o time. Nada de espalhafatonem de pressa.

8»)@&ísi Ari Gomai

iBSíí; > ^P itfflLvrtY^^^LHr IF!^^Ê/yHír''' t^9JHWáJ"NÉHr m^m\ -^uá£* ^f ' : mw lí'- ¦ r^i. j^ty Já^.1' J*MF &m\ mT v. ^mt% mi*. ^í 'Se ^%'íír ' '

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A sede de General Severiano reviveu seus dias de glória com a posse de Jucá

BangucompraVágner

Belo Horizonte — "Infeliz-mente, náo podemos nos darao luxo de recusar uma pro-posta de Cr$ 20 milhões à vis-ta. Confirmo a noticia: Vágnerjá é do Bangu", declarou on-tem o vice-presidente de Fute-boi do Amêrica-MQ, PauloAfonso Alves, que anunciou achegada do patrono do clubecarioca, Castor de Andrade,hoje, a esta Capital.

Passando as férias em Inha-pim, sua terra, na Zona daMata mineira, o centroavante,artilheiro do último Campeo-nato Estadual, com 16 gols, seconfessou surpreso, por telefo-ne, ao JORNAL DO BRASIL.Afirmou que pedirá bem maisdo que os Cr$ 2 milhòes deluvas e Crt 200 mll de saláriosmensais, por dois anos, quepretendia receber do América,para a reforma do contrato."Se nâo me derem o que voupedir, prefiro nào sair deMinas".

NO RIO

Num clima multo deseon-traído, os Jogadores do Banguse apresentaram ontem ao téc-nlco Joáo Francisco para lnl-ciar os trabalhos de condicio-namento, pois estão fora deforma física, a flm de estrea-rem bem na Taça de Ouro, dia17, contra o Cruzeiro, no Minei-ráo. Mas a grande novidade foia lista de dispensas, de 7 Joga-dores, entre eles Ademir VI-cente, Carlos Roberto e To-bias.

Apesar de ter contratadoapenas um Jogador para refor-çar o time, o zagueiro Tecào, ovice-presidente de futebol con-firmou a sua pretensão de re-formular o elenco. Além de To-blas. Ademir Vicente e CarlosRoberto, foram colocados àdisposição dos outros clubes ozagueiro Fernando, o ponta-direita Silvinho, Dé e Oaldlno.Isto sem contar com a devolu-çâo do atacante Henri ao Atlé-tico Mineiro.

. 1? LUGAR ¦ PUC 82 • JOSÉ ÂNGELO V-'

-82-1? LUGARNA PUC, COMO SEMPRE, SÓ DÁ IMPACTO!

1977 ¦ 1° LUGAR ¦ IMPACTO ¦ R. KELLER1978 ¦ I? LUGAR ¦ IMPACTO ¦ C. MAURÍCIO1979 ¦ Classificação não divulgada1980 ¦ 1° LUGAR '. COLÉGIO X1981 ¦ 1° LUGAR ¦ IMPACTO ¦ JOSÉ CARLOS1982 ¦ 1? LUGAR - IMPACTO ¦ JOSÉ ÂNGELO

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Vasco ofereceCr$ 40 milhõespor C. Adão

O vice-presidente de futebol Antônio Soares Cal-cada apresentou ontem aos dirigentes do Fluminenseuma proposta de Cr$ 40 milhões pelo passe do ata-cante Cláudio Adáo, que chega hoje ao Rio. O Vascoaguarda apenas a chegada do jogador para concreti-zar a negociação.

Além dos Cr$ 40 milhões, os dirigentes do Vascoestáo dispostos a ceder um jogador, que pode ser omeio-campo Serginho ou o atacante Amauri, para terCláudio Adão. Em Porto Alegre, dirigentes do Inter-nacional dâo como fato consumado a contratação deCláudio Adôo, mas no Rio tem-se como certo que ojogador só dará uma resposta definitiva ao clubegaúcho depois de conversar com Calçada, o quedeverá ocorrer hoje.

Lopes satisfeitoCalçada disse que procurou os dirigentes do

Fluminense para negociar Cláudio Adáo com o Vascoa pedido do técnico Antônio Lopes, que deseja ter ojogador no time para a Taça de Ouro. No entanto, odirigente admitiu que se Cláudio Adão mantiver aproposta que apresentou ao Internacional, dificil-mente chegará a um acordo com o Jogador.

Conversei com Rafael de Almeida Magalhãesno sábado e pedi que desse prioridade ao Vasco paranegociar Cláudio Adáo. No entanto, o Fluminense jáUnha acertado com o Internacional, mas quandosoube que Cláudio Adáo estaria disposto a Jogar noVasco, entrei na negociação.

Como o jogador está em Quarapari e chegaamanhã (Hoje) ao Rio, ainda nào tive um contatocom ele, o que acontecerá hoje. É bem possível queele prefira Jogar no Rio. Vamos ver — finalizou odirigente, bastante descontraído e certo de que con-seguirá comprar o passe de Cláudio Adão.

r anuncia aIntecompra de jogador

Porto Alegre — Depois dc acertar com o Fluminense acompra do passe de Cláudio Adáo por Crt 70 milhões — CrS40 milhões em dinheiro c mais os passes de Vágner eGasperin — o vice-presidente do Internacional, FredericoArnaldo Ballvê, deve combinar hoje, por telefone, com osogro e procurador do Jogador, Luis Carlos Barreto, o salárioque Cláudio Adáo vai ganhar no clube, em tomo de Crt 400mil. Ele concordou em reduzir o seu pedido inicial, que era de1 mllháo por mês. Apesar das afirmativas do Inter, osdirigentes do Fluminense no Rio náo confirmam a venda.

Ainda no Rio. o Flamengo pensa em Cláudio Adão. Nestaquinta-feira o Tribunal de Justiça Desportiva da Federaçàovai Julgar o recurso Impetrado pelo clube, pelo qual oFluminense paga a divida da última parcela corrigida ou anegociação será rescindida. De acordo com o advogadoMichel Assef, a 5' Câmara Cível Julgou recurso do Flamengo,desobrlgando-o de receber o que o Fluminense lhe deve. Parao representante do Flamengo na Federaçào, Isto Já é suflclen-te para o clube lutar pela posse do atacante, que, segundoele, nào pode ser negociado com nenhum outro clube en-quanto o caso náo for resolvido.

Rubem PazEmbora ontem à tarde estivesse anunciada uma contra-

tação surpresa, por ocasião da apresentação dos jogadores ànova diretoria e ao técnico Cláudio Duarte, ela nâo aconte-ceu e frustrou cerca de 130 torcedores presentes ao EstádioBeira-Rlo. No entanto, sabe-se, extra-oficialmente, que oInter enviou um emissário ao Uruguai para contratar o mela-esquerda Rubem Paz, do Penarol e da Seleção Uruguaia. OInter aguarda também para hoje um telefonema da diretoriado Murcia da Espanha sobre a transferência do ex-vascaínoQuina para o Inter.

O passe de Guina foi estipulado em USS 300 mil (Cr$ 39milhões) pelo Murcia, mas o Internacional, segundo ArnaldoBalvê, está disposto a pagar até USS 200 mll <Cr$ 26 milhões).No telefonema que o Inter deve receber da diretoria doMurcia, poderá concretizar-se a contratação de Guina, pois oJogador quer voltar ao Brasil.

A transferência de Cláudio Adáo para o Beira-Rio jà épraticamente certa. O jogador pediu inicialmente um saláriode Crt 1 milhão ao Inter, mas, onteontem, o procurador dojogador, Luis Carlos Barreto, telefonou ao Internacional.dizendo que Cláudio Adáo havia reconsiderado sua propostae concordou em reduzir o pedido inicial. Como parte dopagamento, o Inter ofereceu e o Fluminense aceitou ozagueiro Vágner, que estava emprestado ao Cruzeiro deMinas, e o goleiro Gasperln.

O Internacional está em negociações, também, com aPonte Preta, tentando a contratação do lateral Odirlel. Paraconcretizar a transferência do Jogador para Porto Alegre,chegou ontem a esta Capital o presidente da Ponte Preta,Lauro Morais Filho, que assistiu, á noite, à posse da novadiretoria do Inter. O clube, segundo Ballvê, tem aproximada-mente 30 nomes para serem trocados ou vendidos; por Isso,ele vai oferecer jogadores na troca de Odirlei.

Juca tomaposse comsede cheia

Com a antiga sede deGeneral Severiano revi-vendo seus dias de glória,toda ela cheia, Iluminada eembandeirada, presentesvárias autoridades espòrti-vas, tomou posse ontemcomo novo presidente doBotafogo, pelo triènio82/83/84, Juca Mello Ma-chado.

A festa teve início às18h30m. com a posse dos11 novos vice-presidentes,e prosseguiu com a entre-ga do escudo de ouro como símbolo do clube pelopresidente em exercício,Edgar de Azeredo, a JucaMello Machado. Em segui-da foi oferecido um coque-tel pelo empresário Ma-nuel Águeda Filho e convi-dados e sócios assistiram aum show de cantores quetorcem pelo clube.

EMOÇÃO

A presença de autorida-des, entre elas o presidenteda CBF, Giulite Coutinho,o presidente do CND, Cé-sar Montagna, ex-MinistroReis Veloso, o presidenteda Companhia Vale do RioDoce, Ellezer Batista, o ex-presidente do Fluminense,Francisco Horta, e váriosrepresentantes de clubesdo Rio, contribuiu paraque o clube revivesse seusdias de tradição.

Entre os sócios haviamuita emoção, com algunschegando até a chorar, en-quanto outros nâo escon-diam sua esperança de queuma negociação com a Va-le permita ao clube reto-mar seu antigo patrimô-nio, o maior desejo de to-dos os botafoguenses.

Em seu discurso de pos-se, o presidente Juca MelloMachado expressou a im-portáncia daquele momen-to na história do clube erenovou o pedido de uniãoentre todos os sócios paraque o Botafogo se recu-pere.

O único momento tristeda cerimônia foi lembradopor um sócio, que comen-tou ser esta a primeira vezem 47 anos na história doclube que um presidenteeleito — Charles Borer —não passou o cargo para ooutro, preferindo renun-ciar.

O Botafogo está tentan-do o empréstimo de Sócra-tes por dois meses. Seusdirigentes ofereceram Cr$5 milhões para o Corín-tians liberar o Jogador, queganharia Cr$ 2 milhões pormès. O Interesse é em ra-zão de saberem que o ata-cante náo está disposto adisputar a Taça de Prata.Além disso, ofereceram oponta-esquerda Jérson nu-ma troca por Mário, doFluminense. Acreditamque tudo será resolvidoainda hoje.

Mendonça esteve na pos-se da nova diretoria e entu-siasmado com o otimismodos novos dirigentes disseque náo sairá mais do Bo-tafogo. Por outro lado, serádesfeita a troca do zaguei-ro Zé Eduardo pelo lateralWashington, do Santos. Ojogador do Botafogo nàopassou nos exames mé-dicos.

O Campeonato do Esta-do do Rio de Janeiro serádisputado em dois turnos ecomeçará no dia 18 de Ju-lho. Os ingressos custarãoCr$ 400 e de cada um delesserá deduzida a lmportân-cia de Cr$ 3,20 em favor doBanerj, que garantirá aotorcedor um seguro de Cr$500 mil para os casos demorte ou invalldez perma-nente.

Tudo isso ficou decidido'num encontro informaldos representantes dosclubes, cujo resultado serámantido na ocasião emque o Conselho Arbitrai daFederação se reunir. Deacordo com o que ficou es-tabelecldo, haverá uma ro-dada intermediária no pri-meiro turno e outra no se-gundo. Os demais jogos se-ráo realizados apenas nosflns de semana.

ROLETA ELETRÔNICA

O representante do Fia-mengo, Michel Assef, disseque as roletas eletrônicas aserem Implantadas no Ma-racaná serão custeadas pe-lo Banerj, que para issovenderá o seguro ao torce-dor e terá direito a colocaruma pequena propagandaem cada uma delas. Estemecanismo impedirá aevasão de renda, acabandode vez com o problema doscaronas no estádio.

Sobre o seguro a que otorcedor terá direito, Assefexplicou que a idéia partiudo Flamengo.

—-. Será um custo reduzi-do e os torcedores estarãosegurados em caso de aci-dente. A iniciativa partiu

do Flamengo e creio que sóbeneficiará o torcedor. Opreço de custo é baixa *será um dinheiro bem em-pregado.

De acordo com o que fl-cou estabelecido nestareunião, os Jogos serãodisputados dentro do cri-tério de ida e volta. Ouseja: quem tiver mando decampo escolhe o estádio. OFlamengo, que náo possuium estádio em condiçõesde receber sua torcida (asarquibancadas metálicasestão sendo desarmadas),indicará Caio Martins cô-mo sua opção para as par-tidas contra os clubes demenor investimento — ospequenos.

O clubes sõ poderão via-Jar na primeira quinzenade agosto. Durante a épo-ca do Mundlalito de Clu-bes (torneio que reunirá ostimes campeões do mun-do), só haverá jogos entreos pequenos. Em princípio,o prazo para esta disputaserá de 7 a 20 de agosto.OS INGRESSOS

Os Ingressos seráo majo-rados em quase 50% sobreo valor estabelecido para oúltimo Jogo entre Flamen-go e Vasco. De Cr$ 300 pas-sarào a Cr$ 400. Houvequem propusesse Cr$ 500,mas a maioria dos dlrigen-tes entendeu que o reajus-te não poderia ser maior,uma vez que o torcedornão terá condições depagar.

Falta discutir, no entan-to, o preço dos Jogos decisl-vos de cada turno, bem co-mo o que apontará o cam-peão do Estado.

Flamengo vai gravarsua história e seusgols em computador

O Flamengo está im-plantando computadoresna Gávea, através dosquais qualquer dado refe-rente à sua história (Inclu-slve biografia de todos osjogadores e seus respecti-vos gols) poderá ser levan-tado em poucos segundos.Uma equipe especializadajá começou a fazer todo olevantamento para que osdados sejam programados.

A Idéia partiu do vice-presidente de futebol,Eduardo Mota, que semostra entusiasmado comesta Inovação tratando-sede um clube de futebol. Odirigente acredita que nomáximo em dois meses to-do o trabalho estará con-cluldo.

Mota disse que seráocomputados náo apenas osdados referentes à históriado clube.

— Qualquer informa-çáo serã fornecida Imedia-tamente. Pode ser ela daprópria história, dos títu-los, como também da bio-grafia de todos os jogado-res que passaram pelo clu-be. Quando estiver tudopronto, se alguém chegaraqui e perguntar sobre oElbz de Pádua Lima, oTim, saberá tudo sobre ele,Inclusive os gols que mar-cou. E assim como ele, to-dos os jogadores — disse odirigente.

Os dirigentes do Fia-mengo aguardam a chega-da de Carpegiani paraacertarem definitivamentea renovação do seu contra-to. O treinador comunicouontem de Porto Alegre queencontra dificuldade paraconseguir passagens aé-reas para toda a família,mas que nestes próximosdois dias estará no Rio.

Nunes vai a Brasíliafalar com Figueiredo

Nunes, que viaja esta se-mana para Brasília, a fimde pedir ao PresidenteJoào Figueiredo um giná-slo de esportes para Joa-zeiro da Bahia, sua cidadenatal, e ao mesmo tempoconvidá-lo para uma festaque será realizada lá, nofim do anoJ_djsse_jjufi-os-cairos da~rnãrcãToyota,ganhos por ele e por Zicona decisáo do mundial declubes, podem chegar ain-da esta semana ao Rio.

O jogador disse que afábrica já acertou os deta-lhes e pagará Inclusive astaxas de Importação. Re-presentantes da Toyota noBrasil garantiram-lhe in-cluslve assistência técnicapara os carros no prazo de10 anos.

— Os carros podem che-gar a qualquer momento.Embora os automóveis ja-poneses que estavam noestádio, em Tóquio, pos-sulssem a direção no lado

esquerdo, já que a mão lá étrocada, como na Inglater-ra, os nossos virão com ovolante no lado esquerdo.O CONVITE

Esta semana, Nunes vaia Brasília para pedir aoPresidente Joáo Figuelre-- du uni ginásio üe-esport£S_para Joazeiro, da Bahia.Além disso, irá convidá-lopara uma festa naquela cl-dade, programada para ofim do ano, à qual estarãopresentes vários jogadores(Zico e Júnior, entre eles) emuitos artistas.

— Além disso, direi a eleque minha camisa da par-tida contra o Sào Paulo, ojogo em que estrearemosno Campeonato Nacional,será dele.

Nunes vem treinandodiariamente na Gávea.Além de correr em volta docampo, faz exercícios noginásio de musculação doFlamengo.

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JORNAL DO BRASILRio de Janeiro — Terça-feira, 5 de Janeiro de 1982

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FICIO BARÃO"FALTOU SEGURANÇA", AFIRMAM OS BOMBEIROS "NÃO

DEVE SER RECONSTRUÍDO", DIZEM OS ARQUITETOS

caderno

DEMAUA.¦ . ,. ,íy^,í...ím.^..!,..,^,.,..,..i-,.. .. Arquivo 11/112/81

Os condôminos do Barão de Mauá querem aproveitar as fundações daconstrução incendiada para erguer no local um prédio de dimensõesidênticas

Norma Couri

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Pepita Rodrigues revelao final da novela mais feliz

de sua vida."Tudo começou na maior telici-

dade: o nascimento do meu bebe. Econtinuou com um convite paia la-zei uma personagem linda no mésseguinte. E eu tinha engordado 15quilos com a gravidez Foi ai que oEslhelic Center entrou na minha vi-da, Há dois anos eu já ouvia talar naT.A.T. - Técnica Térmica Acelerada.É um processo suíço que usa a Indu-ção de ondas frias para eliminar oscentímetros excessivos. O que eunâo sabia è que já existia o T AT. 2.uma evolução do processo, com du-

pia ação, muito mais rápido e tocall-zado. Conclusão: lui lá e em apenas30 dias eslava na minha melhor lor-ma O resultado está ai no ar, no tea-tro, nas revistas. O resultado estáem mim que sempre tui e pretendocontinuar a ser uma mulher realiza-da e feliz. Faça como eu: telefoneagora mesmo e marque uma enire-vista sem compromisso Você vai sereencontrar com a sua beleza".

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QUADRINHOS

JORNAL DO BRASIL

Onharneveu

S bombeiros garantem: a dificuldade queencontraram na luta contra o fogo que prati-camente destruiu o Edifício Barão de Mauá,__ na esquina de Santa Luzia com Graça Ara-Beveu-se acima de tudo à construção. Os arquitetosresponsáveis rebatem: tudo foi feito de acordo com asexigências de segurança da legislação da época (1960), demodo que "ê no mínimo leviana" qualquer acusação quelhes seja feita.

Os equipamentos contra incêndio eram exata-mente os mesmos utilizados nas modernas construçõesde entáo — afirma Sablno Barroso, co-autor do projeto,com Oscar Niemeyer. E enquanto os bombeiros falamdos problemas enfrentados (por exemplo, os vidros nãoresistentes ao calor, cujos estilhaços destruíram váriasde suas mangueiras), o arquiteto pergunta: "Onde estásendo empregado o dinheiro da taxa de incêndio?"

Tanto Sabino Barroso como Oscar Niemeyer sãocontra a que o Baráo de Mauá seja reconstruído. Naverdade, acham, mesmo, que nada deveria ter sidoerguido ali, há 21 anos, e que o incêndio — já que náohouve vítimas — acabou devolvendo o espaço roubado àárea do MEC

E os culpados?Já foi levantada a hipótese de que, se o incêndiotivesse ocorrido em horário de expediente, náo teriahavido sobrevivente. Os bombeiros afirmam que o pro-blema maior foi, de fato. a construção, mas SabinoBarroso esclarece:

O Baráo de Mauá foi tão bem construído quantoos prédios da Caixa Econômica, do Banerj, do Consuladodos Estados Unidos, e todos pegaram fogo. E se insisti-rem em dizer que a culpa é dos vidros, caríssimos,importados da Bélgica, entáo deveriam interditar oedifício do BNDE, na Avenida ChUe.

Sabino mostra-se Indignado ao ser responsabilizadopor algo que, segundo Adolfo Bumett, Superintendentede Imóveis da Fundação Oetúlio Vargas (proprietáriainicial do terreno em que foi construído o Baráo deMauâ), diz ser impossível de prever:

Náo há no mundo dispositivo ou artifício capaz deImpedir um incêndio — diz Burnett. — Nem os maissofisticados. Se o fogo é combatido em cinco minutostalvez seja debelado. Se passar disso, será sempre tardedemais.O que parece ser confirmado pelo Major ViníciusDespinci, administrador do edifício há 10 anos quechegou ao local às 4h da manhã e nada pode fazer contrao fogo iniciado uns 15 minutos antes.A culpa pode náo ser da construção, mas há conside-

rações feitas por um expert no assunto, o engenheiroMário Bendavl, diretor da Technion (instaladora deequipamentos contra Incêndio), que por acaso conheciabem o Baráo de Mauá, onde sua mulher trabalhava:

Ê verdade que, se náo se apagar o fogo em cincominutos, esta mesa, por exemplo, ficará queimada, masse se apagar em 10 minutos talvez se evite que umasegunda mesa se queime. Assim, é possível limitar o fogõ~a um determinado espaço. O estrago que se deu no Baráode Mauá, Independente de analisarmos as causas, foi emparte devido a detalhes da construção, comuns a todasde 20 anos atrás.

"Sprinklers"

Bendavi explica que o edifício realmente continhauma rede de sprinklers (tubulações com chuveiros sobampolas que se rompem a determinada temperatura).Acontece que tais tubulações só existiam nos halls, nasáreas comuns, e o fogo ocorreu justamente nos escrito-rios.

Hoje em dia, os sprinklers sào instalados de 60 em80 centímetros, mais ou menos, em prédios de 30 metrosde altura ou mais.

Lajes de concreto, a esquadria, o alumínio da facha-da, tudo isso, segundo Bendavi, sào fatores que facilita-ram a propagação do fogo de um andar para outro. Aalvenaria poderia impedi-lo, assim como os vidros deagora — temperados, com capacidade Dará suportaraltas temperaturas — teriam evitado certos danos, comoos cortes que provocaram nas mangueiras dos bombel-ros, ao se partirem em grandes pedaços.

As instalações modernas podem-se sofisticar adinflnitum — diz ele. — Hâ as sinalizações de alarme, osdetentores de Incêndio, os detentores de fumaça, ostermoveloclmetros, os alto-falantes orientando as pes-soas enquanto os bombeiros nâo chegam.

Mas ele lembra que tais coisas — feitas por conta decada condomínio — náo podenam ser exigidas há 20anos, entre outras coisas porque o Decreto 879, impran-tando o novo Código de Segurança Contra Incêndio ePânico, só surgiria 16 anos mais tarde, em 21 de dezem-bro de 1976. Um dos formuladores desse Código, oTenente-Coronel do Corpo de Bombeiros Roberto Fal-câo, atualmente servindo como diretor da Secretaria deJustiça (Desipe), explica:

Antes nâo havia nada em termos de regulamenta-ção de sistema de segurança. A única legislação, genêri-ca, era o Decreto 247, de 1975. O problema maior era oCorpo de Bombeiros nào poder fazer exigências depoisda construção já pronta. Assim, o Código abrangeuaspectos arquitetônicos, construturals e estruturais daedificação.

Agora, antes de receberem licença, os prédios devempassar pela aprovação dos serviços técnicos do Corpo deBombeiros:

Como se poderia exigir um sistema de sprinklersem toda a área de um prédio como o Barão de Mauá,estando ele Já construído?

No projetoO Tenente-Coronel Falcão ressalta, portanto, quetodos esses cuidados técnicos devem ser tomados ainda

no papel, na hora de se elaborar o projeto de construção.Isso em relaçáo a praticamente tudo.

A construção de pavlmentos em edifícios comer-ciais, sem paredes em alvenaria (tijolos), com o objetivode melhor locar os layouts ou de baratear a construção,faz com que o fogo se propague facilmente para outrospavlmentos. Ê preciso insistir, também, na necessidadede caixas de escada enclausuradas, à prova de fumaça.As fire escapes americanas só servem para filme policial.Essas caixas de escada comuns têm degraus com larguramínima de l,20m, não podendo jamais ser em leque, comcorrimào e paredes incombustívels. E essas caixas sáovedadas por corta-fogo, antecedidas de uma antecámaraprotegida por outra porta corta-fògo, no interior da qual

Durante o incêndio, o calor de1 mil 500 graus fundiu o alumínio,quebrou vidros e dificultou a ..-*.aproximação dos bombeiros. Oprédio foi construído há 21 anos,entre o Palácio da Cultura (E) e oedifício do Clube de Aeronáutica

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há um duto de exaustão de fumaça. As edificaçõesanteriores ao Decreto 879 — e ainda sào muitas em todo oEstado — não contam com esse tipo de escape, o únicoseguro, a meu ver, e testado nos 10 anos em que chefiei oServiço de Salvamento do Corpo de Bombeiros.

Outro aspecto que só foi exigido das construções 16anos depois do Barão de Mauá é a eliminação dos "carga-incêndio", material que contribui para o aumento dorisco de fogo (tapetes, cortinas, madeiras, divisóriascombustíveis, forros de material inflamável, assim comoa imposição de proteção dos Davirnentos pelo sistema dechuveiros automáticos e ignifugaçáo de tapetes).

O calor do Baráo de Mauá chegou a 1 mll 200, 1mil 500 graus centígrados, fundiu o alumínio, quebrouvidros, causando dificuldade à aproximação dos bombei-ros. Outro motivo de os incêndios tomarem as propor-çóes que tomam sào os bujòes de gás liqüefeito, utiliza-dos nas cozinhas. Se contêm 20 litros de gãs, ao seremaquecidos, cada litro vai gerar 300 litros de petróleo emestado gasoso.

Em sua reconstrução, o Barão de Mauá certamentecontará com novas exigências ("e a Brigada ContraIncêndio que eles tinham", pergunta o Tenente-CoronelFalcão), mas nào se sabe se serão cumpridas: no meiotodos sabem que os prédios do Estado sào os que menos"cumprem as exigências do Código.

Reconstrução?Uma coisa é certa: se dependesse de Oscar Niemeyer,

o Barão de Mauá nào teria sido sequer construído.Nada devia ter sido feito naquele local — diz ele.— A construção surgiu como inevitável. Se nào a fizesse-

mos, outros a fariam. Lamentamos o incêndio, mas,considerando que não houve vítimas, foi muito melhorpara o MEC.

Niemeyer diz que sua preocupação na época foi nãoesconder a arrojada arquitetura do prédio do MEC.

^¦^^ REOCUPAMO-NOS tanto em nào compeliu-F&rgffW Que o Barão de Mauá acabou perdendo ah.C Identidade, flcou feio. Agora, por motivos ain-

JL da nao determinados, o fogo o destruiu, pósnm a chamada "noiva do Ministério". Nada deve sererguido em seu lugar.Sabino Barroso concorda, diz aue não aceitarão aconstrução de outro prédio' no local, achando como

Niemeyer que a idéia inicial do Baráo de Mauá "foi muitoinfeliz". Mas levanta, como temor, a hipótese de a Funda-çào Getúlio Vargas, proprietária do terreno vizinho, hojeservindo de estacionamento, querer construir ali algunsprédios.

Ainda bem que no meio há uma área non edifl-candi.

Mas, segundo Adolfo Burnett, ainda existem uns milmetros quadrados para serem construídos, e o vice-presidente da Fundação, Jorge Oscar de Mello Flores,explica a história dos terrenos e dos projetos que já tem37 anos e de cujas conversações iniciais ele participou.

Naquela época o terreno havia sido desapropria-do em favor de um jardim, mas o recuperamos. Aindaassim houve uma discussão em torno do assunto, acres-cida do fato de as irmãs Quintanilha, proprietárias departe do terreno, assessoradas pelo Dr Sobral Pinto,discutirem o preço conosco. Discutiram tanto que, pordecurso de prazo, a Fundação ganhou o direito à áreainteira, cabendo às irmãs apenas um terço dela.

A Fundação acabou comprando a parte das irmãs evendendo, bem mais tarde, o terreno que faz fronteiracom a Avenida Graça Aranha ao Gomes de AlmeidaFernandes. Na incorporação da construtora, a Fundaçãoflcou com duas lojas mas guardou um proteto para a áreavizinha, hoje um estacionamento. Projeto que inclui aconstrução de pavimentes e uma torre.

Só nào o levamos avante porque queremos au-mentar as dimensões desse plano, da autoria do próprioNiemeyer. E, também, por falta de recursos.Mello Flores fala da pressáo do Serviço do Patrimô-nio, que nâo quer esconder o prédio do MEC:

Acontece que na época o gabarito da área eradeterminado no Aeroporto Santos Dumont (um planoInclinado de 60° a partir do Aeroporto), mas agora opróprio prédio do Ministério da Aeronáutica ultrapassaas medidas. Faço até uma pergunta: me dêem umterreno com áreas de construção equivalente, de valoridêntico, e não construiremos. Só nâo admitimos perdero patrimônio. Oscar Niemeyer pode até ser contra aconstrução — sua opinião nào é decisiva. Mas nào deveráesquecer que, na época, foi meu cúmplice, o projeto édele.

Enquanto nâo se decide o aumento das ton-es — queesconderão ainda mais o MEC —Já há uma decisão doscondôminos do Baráo de Mauá de aproveitar as flinda-çôes da construção incendiada para erguer o prtdio dedimensões idênticas ao primeiro, a solução "mate (tolda. Imais barata". u—ropiuo, i

*

CADERNO Bf*T*.r*'-

terça-feira, 5/1/82 D JORNAL DO BRASIL

Cartas:» Importância imensa3 Coincidências interessantes^narctup certos fatos na vida degrandes sábios. As vezes, parecemdeterminar certos caprichos em es-jtondér, meandros da varlabilidadedas idéias de cada ura. Três fatosdemonstram esse excêntrico racio-Bínio....:• Anjúimedes, o maior matemátl-to da Antigüidade, construiu obragrandiosa, monumental, ainda hojefcdmirâda.^omo por exemplo o teo-jfema tjue tem seu nome, um dosprincípios fundamentais da Hldros-tática. Conta a lenda que o tiranopleráo,, desconfiado de que seu ou-ílves ,Kavia misturado cobre ao ou-iro quelhe entregara para fazer umacoroa.,real, Incumbiu Arquimedesüe estudar o problema. O sábiodedlcpu-se ao assunto ao ponto dehada rnals ocupar sua mente. Certoèla, em um banheiro público, aoentrar na água, notou que seusinembros tendiam a flutuar. Desço-brlra o principio fundamental daHidrostú tica. Conta a lenda que ele,jnu como estava, saiu pelas ruas defJlracusa a gritar: "Eureka!" ("En-jiontrel!"). Foi assassinado na to-ínada de Stracusa pelos romanos. Ocapitão Marco Cláudio Marcelo ha-Via, perfldamente, recomendadoaos soldados que náo matassem um?elhlnho de 65 anos que devia estarno palácio do rei. Mas um soldado,ao deparar com um ancião debru-jjado sobre uns esquisitos desenhosque riscava no chão, lhe falou mui-tes vezes e, como ele náo atendesse,Cortou-lhe o pescoço com um golpede espada. Assim, foi melhor do queiser levado arrastado pelas ruas deJloma como um precioso troféu deguerra ém comemoração da vitória.O grande sábio, que o Império Ro-ipiano," com toda sua glória e comIoda sua pompa, Jamais tiveraigual!í Galileu, astrônomo, físico, mate-tnátltfo"e escritor italiano, achava*èempre um motivo de estudo nashiais simples aparências. Certo diapbservqu as oscilações dos lustrespa catedral de Pisa, que balança-$am docemente, sem que a maisleve brisa os agitasse. Dessa obser-yaçáo -partiu para exaustivos estu-fios e estabeleceu a Lei do Pêndulo.Todos esses trabalhos foram anun-Ciados ao mundo no livro SiderusNuntius (Mensageiro das Estrelas),'èm 1610. No ano seguinte foi cha-jnadò a Roma para se defender daacusação de heresia por afirmarque a í"erra se movia, conforme asfeoriaa de Copérnlco. Em 1633, foiproibido de publicar livros. A únicaprova a seu favor eram as observa-Çôes das fases de Vênus, que eleobservara com o auxílio do telescó-pio que construíra. No entanto, pl-sara sem o saber a beira do abismo,fe ele, o sábio das funções pêndula-res, não percebera.; Dois séculos depois, Foucault,físico e matemático francês, criouum fato hlstórico-científlco de altaImportância, a que, no entanto,nunca vi ninguém fazer a menormenção. Ê o seguinte. Em 1633,Galileu foi proibido de ensinar suateoria da rotação da Terra, porqueháo conseguira demonstrar suabvnt.irtfio. como ele mesmo estabe-jecera, ae que era neceSSaiiu-pís-ra?-o enunciado cientificamente. Em1851, Foucault provou, por meio deuma simples experiência que se tor-nou célebre nos meios científicos,efetuada no Panthéon, em Paris:pendurando um pêndulo muito altona cúpula do edifício, observou arotação do plano de oscilaçôo dessepêndulo, que mudava de posiçãoconforme se ia deslocando o globoterrestre. Galileu, o sábio das leispendúlares, talvez devido à pertur-baçãó causada pelo Impacto emo-cional, náo chegou a um feliz acasobu a um raciocínio lógico, comoaconteceu a Arquimedes e a Fou-caultj- i\ Qualquer pessoa pode fazer umaexperiência muito fácil. Um discode madeira com movimento girató-Ho, um arco de arame e um pêndulopreso nele para oscilar livremente.Ao rodar-se o disco, o pêndulo con-üntia em seu passeio lmperturbá-vel. Essa demonstração práticaconfirma a teoria do pêndulo deFrr.rpVlt e rnnflrmn também a sá-bia doutrina de Galileu, que se baseava apenas nas fases por ele ob-servadas em Vênus. Ora, se o Solgirasse em tomo tía Terra, as fasesdos dois planetas seriam isócronas.Galileu verificou que cada um ti-nha i£u movimento próprio. AsaflrmsCçôes de Copérnlco eram sim-plesmçnte empíricas. As de Galileueram absolutamente técnicas, em-bora as; de ambos fossem verdadei-ras más incompreensíveis para otribunal que o julgava.

Que alegria deveria ter o grandesábio italiano se lhe tivesse ocorri-do a idéia de Foucault! Uma expe-riência tão simples. Certamentesairia pelas ruas de Pisa a gritar:"Achei!". A demonstração salvado-ra, tão simples. Mas, de qualquerforma^iambos náo tiveram muitasorte^qm os resultados de suas tãolúcidaír inteligências. A luz intelec-tual (empre ofusca as mentes des-prepfijádas para induzir e deduzir oque hos ensina a própria natureza.Muitaoezes, uma observação táosimpMíü, um pensamento tão mo-desto^nos lança um Jato de precio-sa luz em nossa mente, como o casode um membro a flutuar.

Arquimedes teve um flm trágicoe Galileu passou os últimos anos desua utfla retirado em sua vila, pertode Flgíença, a escrever Discorsi eDimóstrazione Matematiche Intor-po a dtíe Nuove Scienze (Teorias eProvas Matemáticas sobre Duaslíovas Ciências). A importância deGalileu é Imensa. Foi ele o criadordo mundo moderno da ciência e datécnica. Modesto, polêmico e sem-pre Irônico, incisivo às vezes, foi umdos maiores prosadores da Itália.Raul Rabello de Mello — Rio deJaneiro.

:Bases abaladas'<

. Sou dos que sempre viram em J.R. JJirjifioráo náo só o critico e pes-quWHÔr musical dos mais respei-

távels, mas uma presença necessá-ria ao panorama do que quer queseja a cultura brasileira. Mesmo aferocidade com que por vezes eleparte ao ataque, o radicalismo comque defende ou ainda q veneno desuas flechadas sempre me parece-ram compreensíveis, diante do ter-ritório a preservar, ameaçado emtodos os tempos, com ou sem dis-farces, por terra, mar e ar.

Creio porém que todas essas ra-zóes tremeram nas bases diante dacritica O que Martinho da Vila Pre-cisa Explicar É a Confusão de"Sentimentos" (Caderno B,22.10.81). Embora declare ali, ex-pressamente, a sua nenhuma lnten-çáo de "desrespeito ao artista dopovo" Martinho José Ferreira, naverdade outra coisa não faz o criti-co senão pôr em dúvida ao mesmotempo a Integridade, a consciênciaprofissional e até — supremo dosgolpes baixos — a saúde do artista.

Tudo isso a propósito de umdisco que revela a total recupera-çáo de Martinho da Vila como cria-dor e Intérprete. Pela primeira vezem muitos anos, Martinho assina 10das 12 faixas do LP, todas inéditase algumas com a qualidade de Ex-Amor e Depois Náo Sei, por exem-pio. E se entre os novos parceiros deMartinho comparecem Rildo Horae Joào Donato — o que o criticoconsidera Imperdoável — maiscurioso.é o fato de nem mencionardois outros compositores presen-tes: Zé Catimba (Me Faz um Dcngo)e Luiz Carlos da Vila (Graça Di-vina).

Mas não é por falta de espaço.Em sua matéria, Tinhoráo dedica22 linhas à implosão da "figura es-qulva" do músico e arraniador Pau-lo Moura — autor, segundo o criti-co, de uma declaração Infeliz emfavor do Jazz e contra a músicabrasileira. Diante disso, a releiturada critica de Sentimentos adquirenovo significado: o LP de Martinhovirou pretexto para Tinhoráo acer-tar contas com alguns de seus desa-fetos musicais, entre os quais o sa-xofonlsta parece ocupar um nichoespecial.

Seria multo forte meter Balzacnesse samba. Por isso, prefiro recor-rer a um similar nacional: tambémdurante toda a sua vida, o maisrevolucionário dos dramaturgosbrasileiros só fez declarações domaior reacionarismo. Isso é só pararelembrar que o que conta de fato éa obra, o resultado da criaçáo, e nâoas opiniões de qualquer artista,quer se chame Nelson Rodrigues ouPaulo Moura.

Lamento multo se o público sedeixar confundir pela crítica de Ti-nhoráo a Sentimentos. Mas bastaalguém ouvir o disco para tirarqualquer dúvida. Aliás, o trabalhode Martinho da Vila dispensa men-tores, censores e guias — e até ad-vogados de defesa. José Antônio R.Soares — Rio de Janeiro.

PoetasFiquei surpreso com a Antolo-

gia dos Poetas da Faculdade deComunicação e Turismo HélioAlonso, publicada pela José Olym-pio Editora. Flquf* surpreso porqueeu e meu amigo Gilberto Pessoa,talvez uma das maiores personall-

—dadasjianossa poesia, movimenta-mos muitas vezes aRõWS-intefesàs--dos com poesias, na programaçãoda faculdade, com Vavá, DelsonJúnior, Paulo Pugglalt, D'Ângelo emuitos outros.

Na hora de fazer uma antologia,esqueceram-se de nós. Estamosmuito sentidos. Nós, que Inclusivecriamos uma sociedade chamadaCooparü, Cooperativa dos ArtistasIndependentes, que faliu no mesmoano em que nasceu: 1980. Fellzmen-te os jornais do Rio provam a nossaincansável luta. É o que impsjrta.No mais, perguntou eu: panelinha?Nelson Tangerini — Rio de Ja-neiro.

ConsórciosO JORNAL DO BRASIL publi-

cou cartas que denunciam o verda-deiro estelionato de que vêm sendovítimas os participantes dos con-sórcios para aquisição de carros.Como participante que sou do de-nominado Consórcio Suavezinho,da Uniáo dos Revendedores, possocomprovar que os autuies das car —tas têm razão. De fato, conformedemonstram os anexos avisos do"suavezinho", em setembro de 1979a minha prestação era de Cr$ 6 mll119, e agora a que Irei pagar é deCr$ 35 mil 225. Portanto, o "suavezl-nho", nesse período de 29 meses,majorou ditas prestações em maisde 475%, o que eqüivale a um acres-cimo mensal superior a 16,3%.

Esse aumento argentário nou-tros tempos seria Imediatamenteclassificado de usura, sendo os seusresponsáveis passíveis das penall-dades cominadas nas leis civis ecriminais. Atualmente, contudo,com o advento da correção monetá-ria (que náo deixa de ser justa, secorretamente aplicada), os "suave-zinhos" encontraram respaldo paraImpor as suas ambições desmedl-das. A correção monetária parece-me Justa, se acompanhar os índicesda inflação. O que for cobrado alémdisso, se não constitui llielto penal,pelo menos constitui prática lrregu-lar na aplicação de tais Índices,com o conseqüente delito de enri-quecimento ilegítimo.

Embora a inflação tenha-nosatormentado muitíssimo nos últi-mos anos, segundo os órgáos ofi-ciais (Seplan e Fundação GetúlioVargas) nào chegou aos 16,3% pormès que o mencionado consórciopersiste em cobrar. Usando o voca-bulário que ultimamente o Sr Ml-nistro da Seplan utiliza, aí estámais um "espaço" para meditaçãoe doutrinação de Sua Excelência.Aqueles que pretendem adquirircarro, tenham cuidado com os"suavezinhos".S. S. Figueiredo —Rio de Janeiro.

At cortai terão selecionada» para publi-cação no todo ou om parto entre at quotivorom attinatura, nome completo e logl-vel e endereço que permita confirmaçãoprévio.

MUSICA

O ANO DO "TRISTAO"jWjjjjj 14881

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Tristão e Isolda no Municipal do Rio: adissolução do universo tonai de Wagner

JAZZ

A ALEGRIA EO ENTUSIASMODE STÉPHANEGRAPPELLI

José Domingos Rajjaelli

OUVE época em que os críticos faziam seve-ras restrições a determinados Instrumentos,pressupondo-os inaceitáveis dentro de umcontexto Jazzlstlco, sendo mencionados fre-qüentemente a flauta, o vlbraíone, violino,

clarone e órgão. Felizmente os tempos mudaram, e comeles a aütude da crônica em relação à Incorporação denovos Instrumentos no jazz.

Um dos primeiros violinistas no Jazz foi StéphaneGrappelli, que se notabilizou ao lado do Imortal guitar-rtsta DJango Relnhardt no Quinteto do Hot Clube daFrança. Com uma carreira próxima dos 60 anos deatividades prolíficas, além de ter atuado nos contextosmais diversificados, seu nome hoje é uma legenda viva doJazz.

Stéphane Grappclli/David Grisman Live (EBAVEA),gravado ao vivo em setembro de 1979, é uma versãoatualizada do célebre quinteto francês, tendo em suaInstrumentação, além do violino de Grappelli, Grisman eMike Marshall nos bandolins, Mark 0'Connor na guitar-'ra^BrauiííBssTrrntoira^ liMüu5âQJÍP.dols_bandolins dâ um colorido sonoro especial ao conjunto. A "associação de Grappelli com Grisman remonta a 1978,quando participaram da trilha sonora do filme The Kingof the Gypsies. Grappelli sente-se estimulado pela aflni-dade estilística com o grupo de Grisman, e os resultadossáo dos mais eloglávels. Os músicos de Grisman estáofamiliarizados com a música e o estilo do QHCF, execu-tando-a Inteiramente à vontade, Inspirados pela presen-ça marcante do violinista. Convém ressaltar que a músi-ca do disco náo é uma cópia do passado, porém umarevitalização do antigo quinteto francês. DificilmenteGrappelli encontraria na Europa músicos táo compatl-veis com o seu estilo e com essa concepção de grupo.Grisman, particularmente, além de Inventivo no bando-lli.i (e que diriam aqueles críticos de antanho se ouvls-sem um bandolim tocando Jazz?), possui uma sonoridadepróxima à da guitarra de DJango Reinhardt, emborasuas frases nada tenham do imortal guitarrista cigano.Alguns números do repertório do QHCF sáo revividoscom espirito e vigor, como Shine, Tiger Rag, SweetGeórgia Brown e Swing'42.

O disco é admirável em vários aspectos; algumasexecuções sáo realmente Inspiradas, há um balançogeneroso e contagiante devido ao entusiasmo dos parti-cipantes, e o clima geral das interpretações é favorávelao desenvolvimento criativo dos solos. Grappelli certavez declarou que prefere tocar e gravar durante osconcertos, pois sente-se excitado pelo calor do público.

Apesar dos seus 71 anos na época da gravação, elecontinua mantendo seu alto padrão musical, embora suaexecução nâo apresente surpresas ou diferenças essen-ciais. Seu extraordinário dom para o fraseado permite-lhe criar melodias enquanto Improvisa — uma arteaparentemente simples que poucos conhecem o segredo,— o que confere à sua música um grau artístico único,sintetizando o perfeito equilíbrio entre o fogo do entu-slasmo e a beleza da crlaçáo melódica. Uma das suascaracterísticas é a lógica como manipula as frases, emqualquer andamento, construindo-se com o toque mági-co que lhe é peculiar. Essa habilidade rara dirige e refinaas suas improvisações. Sua vasta experiência permiteadaptar-se Instintivamente às circunstâncias, ao tipo demúsica do momento e aos músicos que o cercam.

È considerável o entusiasmo dos músicos, principal-mente em Shine, Sweet Geórgia Brown, Tiger Rag,Swuing'42 e Pent-Up House; nesta última, com os parti-cipantes realmente empolgados, há uma troca de Idéiasdevastadora entre Grappelli e Grisman, com um balançomonumental. Em Tiger Rag, Grappelli e 0'Connor, am-bos no violino, fazem um dueto que resulta em momen-tos de transbordante swing, em que um completa asfrases do outro, em demonstração de raro entendimento;o ambiente literalmente pega fogo quando os outrosmúsicos Juntam-se aos violinistas.

Em Satin Doll, tendo Tlny Moore no bandolim elétricocomo convidado, Grappelli dâ o seu toque pessoal àlinha melódica, terminando a faixa com um diálogoeloqüente entre ambos. O andamento de Swlng '42, umacomposição de Relnhardt, é alucinante, e as palavrasnáo podem descrever o que acontece em relação aoswing de execução. Misty, a linda balada de ErrollGarner, parece ter sido escrita especialmente para oviolino de Grappelli, que a expõe com suprema dellcade-za, após uma Introdução rapsódlca; suas variações dãonovos contornos à melodia, numa lição de como transfor-mar uma canção popular em veículo JazzísUco semalterar sua linha melódica, utilizando pequenas infle-xòes. O solo de Grisman lembra as mandolinatas italia-nas pela sua execução peculiar. A última faixa, ummedley com trés músicas ciganas de Grisman, reflete

-~tSBa-d.asj5uasJêçetas; os músicos respondem brilhante-mente às exigências"3b contêXKJTcitttEsi^iSis^^-s-pú---blico.

Stéphane Grappelll/David Grisman Live proporcionamúsica espontânea que, sem Inovar ou pretender mudarcoisa alguma, reflete a alegria, excltação e raro entusias-mo dos músicos. Afinal, nào sâo esses atributos essen-ciais ao bom jazz? Ao lado de Ali ve & Jumping, de LlonelHampton, ganha o Utulo do mais ebuliente disco editadoem 1981.

Caso se confirmem os rumores de que o Parque CarlosLacerda (ex-Catacumba) será proibido para concertosmusicais com entrada franca, como vem ocorrendo sobos auspícios da Fundação Rio, é profundamente lamen-tável que um dos únicos espaços para a música instru-mental feche suas portas para essa magnífica iniciativa.

Após o grande sucesso alcançado por Earl Hlnes e seuconjunto, os responsáveis do Hotel Maksoud Plaza, deSão Paulo, cogitam contratar o saxofonlsta-alto BennyCarter para uma temporada. E no Rio de Janeiro, quan-do teremos iniciativas desse porte?

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à RADIO JORNAL DO BRASIL/FMIMD0NTA COM 10 PATROCÍNIO;mÊmWÊmW^mWÊmVmW^

A Previsão do tempo na Rádio Jornal do Brasil, FMtem o patrocínio dos tapetes São Carlos. Com isso,teremos bons tempos pela frente.

HORÁRIO das previsões.

7:30 — 8:30 — 9:30 — 10:30 — 11:30 — 12:30 — 13:30 — 14:30 — 15:30 — 16:30 — 17:30 — 17:45 — 18:30 — 01:00

nsmmmMjaolarlof

Luiz Paulo Horta

A

temporada musl-cal de 1981 ficarámarcada como avolta de Wagneraos teatros do

Rio, depois de uma ausênciade 20 vinte anos.

Wagner nâo é compositorque se despreze. Pode-se náogostar do homem, e aboml-nar as Idéias que ele expres-sou em panfletos escritosquando Já era um artista vi-torioso. Mas o músico é dosmaiores de um século queteve Beethoven, Brahms,etc.

Táo importante, de fato,que Zubln Mehta dedicouesse mesmo ano de 1981 àtentativa de executar Wag-ner com a Filarmônica deIsrael. Tarefa espinhosa: olado mais detestável da su-bllteratura que Wagner fezpublicar em seu nome ouanonimamente é o precon-celto racial voltado contraos Judeus, que o fez passarpor precursor de Hitler — o

âue nâo é inteiramente ver-

adelro, nem que seja por-que nâo se conhece uma boaópera escrita por Adolf Hi-tler.

Zubln Mehta defendeu atese — perfeitamente defen-sável — de que o artista náodeve pagar por todos os pe-cados do homem. A arte éum território misterioso; e seo homem Wagner podia ser,em diversas circunstâncias,o protótipo do "mau-caráter", a obra do composi-tor inclui numerosos mo-mentos de perfeita nobreza eelevação.

Mais do que Isso, cancelarWagner da história da músi-ca é eliminar um elo essen-ciai. Pois Wagner não só le-vou o romantismo às suasúltimas conseqüências, co-mo se tomou o primeirogrande moderno. Com Trls-tão e Isolda começa a disso-lução do universo tonai con-solidado por Bach e Ra-meau. Ao mesmo tempo, aorquestra de Wagner ê a or-questra que usariam Mahler,Richard Strauss, o próprioSchoenberg em seus Inícios— um Instrumento absoluta-mente plástico que transfor-mou a orquestra de Beetho-ven muito mais do que Bee-thoven enriqueceu a orques-tra de Haydn.

Ê o que Zubln Mehta temprocurado explicar, em Is-rael, a uma comunidade queainda traz as cicatrizes doHolocausto.

Aqui, náo tendo havidoholocausto, não havia motl-vo para a desapariçào deWagner, a nâo ser um certocomodismo estimulado peladificuldade de montar os.seus grandes dramas musl-cais. Prolongando-se o ostra-cismo, tomava-se cada vezmais difícil o retomo deWagner, porque Já náo sesabia como o público reagi-ria a um compositor esque-cido.

A Funarj assumiu o risco—- e o resultado foi brilhante.As casas cheias do Tristãoindicavam o reconhecimen-to devido a um espetáculode excepcional qualidade(sem dúvida, o maior aconte-cimento musical do ano);mas também o fato de queexiste um público disposto afugir da eterna rotina.

Essa disponibilidade tem

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lá os seus limites. O ano quepassou foi também o AnoBartók; e num dos concertosda OSB, viu-se boa parte do

Súblico do Municipal sair no

ítervalo, depois de executa-do um concerto de Brahms,para não ter de ouvir, nasegunda parte, a Suite deDanças, que é das peçasmais acessíveis de Bartók.

Isso indica apeniís um vi-cio, a desafiar a Imaginaçãodos programadores de con-certos e dos mecenas lndivi-duais ou públicos.

Nenhum bem se faz ao pú-blico — e à música — servln-do-lhe as doses inalteráveisde música romântica — comum pequeno tempero barro-co. Ao mesmo tempo, nào sepode desafiar esse públicode frente sem ficar Inteira-mente dependente da sub-venção do Estado.

Exige-se assim Imagina-çào, do lado oficial como do""partJcnlar. Salas pequenas,como o IBAM, puderam, co-mo sempre, ousar mais (commuito ménòs dinheiro em Jo-go): ouviu-se Bartók, noIBAM, e uma bela versão doPierrot Lunalre, de Schoen-berg — outra peça que salado ostracismo.

A OSB, numa temporadade bom nível, começou o anoco Bartók, mas só voltou aele perto do flm da têmpora-da, em quatro excelentesconcertos que tiveram o pa-trocinlo do JORNAL DOBRASIL. Vejamos o que sefaz neste ano de 1982, emque se comemora nada me-nos que o centenário deStravinsky.

Parece Impossível, comofoi dito, enfrentar despreo-cupadamente um públicoque é um pouco o mesmo emtodo o mundo. Hábitos audi-tivos sao dos que dispõemde maior poder de Inércia; eo barulho de uma cidade co-mo o Rio de Janeiro conti-nua a favorecer fortemente amúsica sedativa em detri-mento da música provocan-te. Mas também ê lnconcebl-vel que Instituições musicaise salas de concerto adorme-çam numa rotina que equi-vale, em última analt.se. aum lento suicídio — e, dequalquer forma, à antíteseda verdadeira atividadecultural.

O público, em toda parte,tem mostrado lentidão emaceitar novidades em músi-ca. Mas em paises cultural-mente ativos, as escolas demúsica tratam pelo menosde fazer alguns orifícios nomuro da Incompreensão.Aqui, elas fazem, muitas ve-zes, trabalho de calafate; eem vez de produzirem músi-cos, continuam a produzir —quando podem — vtrtuoses.

JORNAL DO BRASIL D terça-feira, 5/1/82 CADERNO B - 3,

Troca-trocaCom a agregação em fevereiro do Embaixador Rober-

to Campos, é certo que o Ministro José Botafogo Oonçal-ves — preterido nas últimas promoções do Itamarati —passará a Ministro de 1".

Ê táo certo que a promoção já está sendo comemora-da em Brasília. * * »

A agregação do Embaixador Roberto Campos vaidetonar um grande remanejamento, a começar peloEmbaixador Mario Gibson Barbosa, que deverá assumiro posto vago em Londres.

Também o ex-Chanceler Azeredo da Silveira deverádeixar Washington para instalar-se em Roma.

Com a abertura da vaga em Washington, dois nomesdisputam a posição — os Embaixadores Sérgio Corrêa daCosta e George Alvares Maciel, o primeiro representandoo Brasil na ONU; o segundo, em Genève.

¦ ¦ ¦

Z/ •\j£jJLlll\J

A próximaA próxima etapa se-

guinte à composição dogrupo financeiro que fi-cará com o Projeto Jariserá a disputa pela suapresidência que nin-guém tem dúvida deque será indicada peloSr Azevedo Antunes.

Disputam as funções

até agora pelo menosdois candidatos: o Em-balxador EdmundoBarbosa da Silva,apoiado pela facçãomais tradicionalista dogrupo, e o Sr João Ba-tista Ataíde, o preferidodos empresários maisjovens.

¦ ¦ ¦ACIDENTE

2 Uma notícia que certamente entristecerá a sociedadecarioca é a de que se encontra Internado em Roma,vítima de um acidente de automóvel, o Sr John Mowinc-kei, que aqui fez muitos amigos quando serviu anos atrásna Embaixada americana.

Mowinckel bateu num caminhão estacionado à noitena estrada com as luzes apagadas.

Ou seja: bateu como ia, o que lhe custou o esmagamen-to dos dois pés e lhe exigirá uma imobllizaçào no mínimode quatro meses, além de outros três meses para reapren-der a andar.

* * *Mowinckel está Internado na clínica Vale Gluglia, naVia de Notaris, Roma.

MariaAmélia eBrumNegreirosem recentenoite delongos eblack tie

RODA-VIVA

¦ ¦Butsé 10 mais

A leitura da certidão decasamento do Cacique Ma-rio Juruna revela algumasnovidades.

Como, por exemplo, ade que seu nome é, na ver-dade, Mario DzurunaButsé.

Sua mulher, Doralicede Carvalho Silveira,acrescentou ao nome ape-nas o Butsé, desprezando oDzuruna.

Por último, o bravo Ca-clque é catalogado na cer-tidão como comerciante.* * *

E dos bons.

A venda para o Bancodo Brasü no flnal do anodo edifício da Veplan naSenador Dantas Inclui-secertamente entre as 10maiores transações imobi-liárias consumadas nopaís ano passado.

Embora não se saiba aocerto a cifra total, um se-gredo até agora bem guar-dado, os milhões de dóla-res envolvidos permitemconfortavelmente a inclu-sào da transação naqueleranking.

Faleceu ontem em Salnt-Tropez aSra Lilianne Schneider, grande amigado Brasil, onde tinha não só negócioscomo até uma residência, uma casa,na Urca.

Noêmia dl Mottola de malas pron-tas: embarca no sábado com os filhospara uma temporada de um mès emCortina cTAmpezxo.

Dedé e Caetano Veloso movimenta-ram sua casa de Salvador recebendoum grupo de amigos na noite de ré-veillon.

Passando uma temporada de duassemanas no Rio Paulo Francis.

A Sra Helena Gondim começando aagitar uma nova ediçáo de seu livroSociedade Brasileira, a bíblia do colu-nismo.

Silvia Amélia e Gerard de Waldnerpassaram o flm de semana em Ararashospedados com Maria da Glória eRodolfo Antici.

O flgurinlsta Fernando Pinto, daMangueira, assegurando que do cha-péu que criou para a bateria da escola

foi retirada apenas uma lua. As estre-las continuaram.

Roberto Carlos, que suspendeu tem-porariamente seu show no Canecáocom problemas de estafa, deverá es-tar de volta ao palco amanha.

A Sra Josefina Jordan reúne hojeum grupo pequeno de amigas paraalmoço no Ouro Verde em torno daSra Lourdes Catão, que parte amanhãde volta a Nova Iorque.

Lúcia e Harry Stone passeando nanoite do Rio o casal Mike Murphy, eleo representante da United Artists pa-ra a Ásia.

O Sr Manuel Otávio Pereira Lopescomprando a parte do Sr FernandoBueno na Bueno Vieira Pereira Lopes,a maior corretora de movimento deBolsa em Sáo Paulo.

Beatriztnha e Albert Benhayon, eleanlversariando, festejaram a data noflm de semana no Bargaço, em Salva-dor, com direito a esticada no Ré-gine's.« Fechada para férias, a Chá das Cln-co volta a reabrir em março.

Tudo ou nadaA Vale do Rio Doce, preocu-

pada com o noticiário de que oBotafono estaria empenhadoem retomar a sede de GeneralSeveriano, apressa-se em es-clarecer alguns pontos Impor-tantes.

Primeiro, o de que o Botafo-go vendeu o terreno legnlmen-te e, portanto, nâo tem comoretomá-lo.

8egundo, o de que, emboranáo esteja à venda, o terrenopoderá — caso Interesse aoclube — ser recomprado.

Terceiro, o de que o preçosofreu uma pequena alteração.Devido às correções, de Cr$ 99milhões passou agora para Cr$1 bl 300 mllhóes.

Sem esse lastro, o Botafogopode dar adeus às suas ambl-çôes.

¦ ¦ ¦

Sinal verdeFoi liberado pela Censura

de Brasílta ejá esta cm vias deser. lançado comercialmenteem todo o país o primeiro dese-nho animado pornográfico delonga-metragem.

Trata-se de A Vergonha daSelva, uma sátira bem-humorada da história de Tar-zan, assinada pelo cartunistabelga Jean-Michel Picha.

Quem já assistiu ao filmeem exibições privees náo en-tendeu por que o desenho ani-mado levou sete anos para re-ceber o sinal verde para exi-biçáo.

Mau gosto caroQuem tem o hábito

de passar de carro, de/manhã, pela Rua Jar-dim Botânico, que seacautele.

A prudência reco-menda que se .faça opercurso daquela ruacom os vidros fechados— não para evitar assai-tos, mas apenas paraescapar da saraivada deovos crus que ultima-mente vêm atingindo osmotoristas mais dis-traídos.

Com o preço da dúziade ovos, a brincadeira,apesar de seu extremomau gosto, chega a serrequintadíssima.

A guerrado "scotch"

Para o Secretário da Receita Federal, Frafl-'.cisco Domelles, infligir pesadas perdas ao mèr-';;'cado negro do scotch, reduzindo de 205% pàrjl Z.80% a sobretaxa para as Importações legais dC. , .uísque, só fftlta convencer dos benefícios da .;",medida a Cacex, que é contra. " A" ASegundo o raciocínio da Cacex, a dlmlnuj--;"'~çáo da alíquota do uísque Importado legalmen-te para 80% contabilizará menos 200 milhões tiC';.'.dólares na balança comercial, que acaba dé' '..'exibir em 81, pela primeira vez em sua história!' "um superávit de 1 bilhão de dólares.

A reduçáo teria significado, portanto, úih":~abatimento de um quinto desse total.

Acontece apenas que essa aparente vantà-gem é apenas escriturai, Já que para o palso""'lucro que representará a reduçáo do contraban-' 'do é multo superior à perda dos 200 milhões de""' 'dólares. ü?i.^ t.

Apenas, os números contabilizados pelo'""contrabando náo aparecem na balança comer-"""ciai. "¦•;_ «

¦ ¦ .AZ'BRASIL

Pelo que se lê nos jornais e se sente hobolso, no Brasil tudo sobe vertiginosa'mente.

Só o que tem caído nos últimos tempos'é a taxa da inflação.

• Surrealismo é isso.

InspiraçaoQuem pensa que a vela musical de Pele esgdtou-íe,

com o tempo, está enganado. . ,',Agora que o jogador tem ficado mais em casa, aInspiração voltou a atacar o doublé de atleta e compo-.sltor.

A sua última obra chama-se Margarida e foi apre--sentada em primeira audição na noite de Natal, home-"'nageando a própria — que vem a ser a Sra Alfredo iSaad. •:

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quôs1 Lata Sardinhas em Ajeito Portuguesas\ Late Mexilhões em Escabeche Uruguaio1 Lata Palé da Foio Plumrose1 Lata Filet da Anchova em Azeite1 Vidro Champignons Cocktail1 Vidro Alcaparraa Linguanotto1 Vidro Mango Chutney D'Gallos1 Vidro Caviar Preto Tainoff1 Vidro Cerejas ao Maraachino1 Pacote Cha Ingléa Twinings

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Há dias o Secretario Arnaldo Niskier e o cantor^-. ~Roberto Carlos encontraram-se sentados lado a lado a , 1bordo de um aviào da ponte-aérea — o primeiro. ",instalado nu poltrona 12 e o cantor na número 13.'-. "

Antes que o avlao decolasse, Roberto Carlos díri-*'' -glu-se ao vizinho de poltrona: - ¦. - :¦

Secretario, será que o senhor se Incomodaria de-^ ~~trocar de lugar comigo? É que eu sou extremamente. •. -supersticioso e estou na poltrona 13. ..'..-.,

Niskier nào titubeou. Trocou de lugar — mas anteáque o aviào deixasse a pista, observou com vòz/.tranqüila: '\ -"-

Olha, Roberto, eu agora estou sentado na pbV'"trona 13. Se o avião cair. tenho tudo para morrer -"primeiro. Mas eu só queria lembrar que a 12 está dr>': ¦lado e que você vai junto também. .¦',¦'..

• Roberto Carlos sô voltou a abrir a boca depois queo aviào pousou no Rio. Sem, aliás, qualquer problema.

DescontraçãoEm seguida à missa celebrada em Salvador ¦

pelas Bodas de Ouro do Senador e Sra Luiz, .Viana Filho, formou-se no saláo paroquial daigreja do Colégio das Dorotéias uma longa filade cumprimentos.

Um dos convidados, ao chegar a sua vez,brincou com o Senador: ¦. __,Parabéns pelo casamento.

E o Senador, no mesmo tom descontraído:Obrigado. Sõ nâo posso dizer é onde vaiser a lua-de-mel. -.,-

H""tW

PRIMEIRO PASSOO contrato que será assinado amanha garantln-do aos esportes amadores do Vasco CrS 150 ml-lhòes anuais doados pela Pepsi em 82 será apenaso primeiro passo de uma uniáo de forças entre oclube e a empresa de refrigerantes.A Pepsi já tem acertado com o Vasco um outroacordo — este de maiores proporções: assim que aCBF liberar o patrocínio comercial dos times, a.camisa alvinegra passará a ostentar o símbolo dáfábrica.E last but not least, a jogada mais ambiciosa —'

embora ainda náo concretizada: a exemplo do quea Coca-Cola fez com Zico, bancando a renovaçáo .no Flamengo de seu contrato milionário, a Pepsi!vai desembolsar o que for necessário para manterno Vasco, na época de sua renovaçáo de contrato,.o craque Roberto Dinamite.

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terça-feira, 5/1/82 D JORNAL DO BRASIL

ESTRÉIASO SUPERVIG ARISTA (Charleston), de Mar-ceio Fondato. Com Bud Spencer, HerbertLom, Michele Starck, Peter Glaze e RolandMacleõd. Brunl-Copacabana (Rua BarataRibeird, 502 — 255-2908): 15h. 17h10m,19h20m, 21h30m. Bnini-TIfuca (Rua Cftndede Bonfim, 379 — 268-2325): 15h. 17h. 19h,21 h. (Uvre).

Mais um personagem Inspirado notipo criado por Bud Spencer na sério deTrinity, o grandalhão barbudo forte e bri-gâo.' Aqui elo se chama Charleston erouba alguns milhões de dólares de umamericano meio empresário melo garins-ter, lutando e dançando ao ritmo da músl-ca da'década de 20, o charleston.

CONTINUAÇÕES••••

EXCAUBUR (Excallbur). de John Boorman.Com Nigel Terry, Helen Mirren. NicholasClay. Cherie Lunghi e Paul Geoffrey. Odeon(Praça Mahatma Gandhi, 2 — 220-3835),Veneza (Av. Pasteur, 184 — 295-8349)]Comodoro (Rua Haddock Lobo, 145 — 264-2025): 13h20m, 16h, 18h40m, 21h20m. (18anos),

. A história de Excalibur, do Rei Artur edos Cavaleiros da Távole Redonda, deMorlin, de Lancelot, de Porceval e deGuenevere, diz o realizador, John Boor-man, "é um relato que pode ser contado erecontado mil vezes seguidas, porque acada nova leitura encontramos um slmbo-lo que não descobríramos entes". E nestefilme, inspirado principalmente no livrode Thomas Mallory A Morta da Artur, orealizador afirma estar interessado emfazer assim como Jung e partir em buscade signos que se encontram gravados noinconsciente dos europeus.-__

POSSESSÃO (Possasslon). de Andrzej Zu-lawski, Com Isabelle Adjani, Sam Neil eHeinz Bennent. Clnema-1 (Rua Prado Júnior,281 —'2754546): 14h, 16h30m, 19h.21h30nri. (18 anos).

Numa atmosfera todo o tempo tensa,e num meio termo entre o real e o fantás-tico, esta co-produção entre a França e aAlemanha filmada em Berlim conta ahistória de um homem que, ao voltar deuma de suas habituais viagens de nego-cio, descobre que a mulher tem um aman-te há longo tempo, e que está decidida aabandoná-lo e ao filho de quatro anos. Elasai de casa, e, enquanto o marido procuralocalizar seu novo endereço, a mulherreaparece para discutir sua condição depessoa que perdeu a fé e vive só dascircunstâncias.

•••OS SALTIMBANCOS TRAPALHÕES (Brasi-leiro). de J. B. Tanko. Com Renato Aragào,Dedé Santana. Zacarias, Mussum, LucinhaLins a Mário Cardoso. Palácio 1 (Rua doPassara, 38 — 240-6541), Tl|uca (Rua Condede Bonfim. 422 — 268-0790), Madurelra 2(Rua Dagmar da Fonseca, 54 — 390-2338):13h3.0m, 15h30m, 17h30m, 19h30m,21h30m. Copacabana (Av. Copacabana, 801— 255-0953), Leblon 2 (Av. Ataulfo de Paiva,391 — 239-4998), Barra 3 (Av. das Améri-cas, 4.666 — 327-7590). Ópera 1 (Praia daBotafogo, 340 — 246-7705): 14h, 16h, 18h,20h, 22h. Santa Alice (Rua Barão de BomRetiro. 1.995 — 201-1299), Palácio ((CampoGrande): 15h, 17h. 19h, 21. Olaria (RuaUrano. 1.474 — 230-2666): de 2* a sábado,às 15h, 17h, 19h, 21h. Domingo, a partir das13h. (Livre).

Inspirada na peça de Bardotti, Bacalose Chico Buarque, esta nova aventura deDidi, Dedo, Zacarias e Mussum mostra osquatros como humildes e explorados tra-balhadores de um circo cujo dono, OBarão, é um nobre arruinado que com aajuda do mágico Assis Satã planeja juntardinheiro para voltar ao antigo conforto epromover um casamento milionário paras filha.

••dars of the Lost Ark), de Steven Spielberg.Com Harrison Ford. Karen Allen, Wolf Kahler.Paul Freeman a Ronald Lecey. Metro Boa-vista (Rua do Passeio, 62 — 240-1291),Condor Copacabana (Rua Figueiredo Maga-Ihães, 286 — 255-2610), Largo do Machado1 (Largo do Machado. 29 — 245-7374): 14h30m, 16h50m, 19h10m, 21h30m. Nos trêscinemas em som Dolby Stéreo. Baronesa(Rua Cândido Benlcio. 1.747 — 390-5745),Carioca (Rua Conde de Bonfim, 338 — 228-8178), Imperator (Rua Dias da Cruz, 170 —249-7982), Maduroiro-1 (Rua Dagmar daFonseca, 54 — 390-2338), Ramos: 14h,16h20m, 18h40m. 21h. Leblon-1 (Av. Ataul-fo de Paiva, 391 — 239-5048), Barra-2 (Av.das Américas, 4.666 — 327-7590); 14h30m,16h50m, 19h10m, 21h3tyn. (14 anos).

Um pouco do clima das histórias emquadrinhos americanas da década de 30,um pouco do clima dos filmes de ficçôocientifica de George Lucaa (Guerra nasEstrelas) a do ritmo ágil das perseguiçõesfilmadas por Spielberg (Encurralado e Tu-barão) se encontram nesta história escritae produzida pelo primeiro e realizada pelosegundo, A açáo se passa às vésperas daSegunda Guerra Mundial, com o herói,um professor de antropologia, saltandode uma aventura com os índios na selvaamazônica, para o Nepal e dal para oEgito em busce da Arca Perdida, fonte depoder cobiçado também pelos nazistas eguardada pelos selvagens ou subdesen-volvidos que não sabem como usar aforça e os tesouros que possuem.

*•O BURACO DA AGULHA (Eye of the Ne-•dia), de Richard Marquand. Com DonaldSutherland, Kate Nellingan, lan Bannen,Christopher Cazenove e outros. Scala (Praiade Botafogo, 320): 14h30m, 16h50m,19h10m, 21h30m. (18 anos).

Um espião nazista em Londres ó en-carregado por Hitler de descobrir o verda-deiro local da invasão aliada no Dia D emata quem interfere em seu caminhocom um estilete em forma de agulha. Emseu encalço, um especialista em espiõesnazistas: Peroy Godliman. Produção brita-nica.

••FUGA PARA A VITÓRIA (Escape to Vicio-ry), de John Huston. Com Sylvester Stallone,Michael Caino, Max Von Sydow e Pele.América (Rua Conde de Bonfim, 334 — 248-4519), Astor (Rua Ministro Edgar Romero,236 — 390-2036): 14h, 16h20m, 18h40m,21h. Rian (Av. Atlântica, 2.964 — 236-6114):14h30m, 16h50m, 19h10m; 21h30m. Nocinema Rian em Dolbv Stéreo. (14 anos).

As filmagens das cenas de futebol,orientadas por Pelo, sâo a principal atra-ção desta história que se passa durante aSegunda Guerra Mundial. Num campo deconcentração nazista um oflcial alemão,ex-jogador de futebol, descobre algunsprisioneiros divertindo-se num bate bola,e reconhece entre eles um craque daseleção inglesa. Decide entõo promoverum jogo entro um selecionado alemôo eum time de prisioneiros, oferecendo con-dlções espaciais de alimentação e treina-mento para os jogadores como o apoio doalto comando alemào, que programa ojogo para o estádio de Paris.

••POPEYE (Popeye), de Robert Altman. ComRobin Williams, Shelley Duvall. Paul Dooley ePaul L. Smith. Pnlácio-2 (Rua do Passeio. 38— 240-6541), Tljuca-Paloce (Rua Conde deBonfim, 214 — 228-4610): 13h30m,15h30m, 17h30m, 19h30m, 21h30m. Caro*sp (Av. Copacabana, 1.362 — 227-3544),Ópera-2 (Praia de Botafogo, 340 — 240-7705), Art-Méier (Rua Silva Rabelo, 20 —2494544), Largo do Machado 2 (Largo doMachado 29 — 245-7374): 14h, 16h, 18h,20h, 22h. (Livre).

Adaptação para o cinema do conheci-do personagem de histórias em quadri-nhos cujos personagens são o marinheiroPopeye (que fica forte ao comer espina-fre), Olivia Palito e Brutus.

QUEM ENCONTRA UM AMIGO, ENCON-TRA UM TESOURO (Who Finds a Friend,Finds a Treasura). de Sérgio Corbucci. ComTerence Hill, Bud Spencer. John Fujoka,Luise Bennett e Sal Bongese. Rlo-Sul (RuaMarquês de Sào Vicente, 52 — 274-4532):14h30m. 16h50m, 19h10m, 21h30m. Art-Copacabana (Av. Copacabana, 759 — 235-4895), Brunl-lpanema (Rua Visconde dePirajá. 371 —287-9994): 14h, 16h, 18h, 20h.22h Studio-Paissandu (Rua Senador Ver-gueiro, 35 — 265-4653): 15h, 17h10m,19h20m. 2lh30m. Art-Medureira (ShoppingCenter de Maduroira), Art-Tijuca (Rua Con-de de Bonfim. 406 - 288-6898): 13h30m,15h30m, 17h30m, 19h30m. 21h30m. Pathé

_ .Praça FI.Aria.off A^ — /??n.TI35l- rio T a C>às 12h. 14h, 16h, 18h, 20h, 22h. Sábado edomingo, a partir das 14h. Paratodos (RuaArquias Cordeiro, 350 — 281-3628): 15h,17h, 19h, 21h. ilha Autoclna (Praia de Sáo-Bento — Ilha do Governador — 393-3211):de 2" a 6", às 20h30m, 22h30m. Sábado edomingo, às 18h30m, 20h30m, 22h30m.(Livre)

No final da década de 60 — o westomspaghettl, o grende produto comercial docinema italiano até então já náo contavacom grande público — dois novos atoresconseguiram amplo sucesso em todo omundo com uma série de comédias feitaspara ironizar e ao mesmo tempo se servirda fórmula dos filmes de bangue-banguefilmados na Itália: Mário Girotti e CarioPedersoli que, bem de acordo com os

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Bud Spencer em O Supervigdrista,de Marcello Fondato:brigas e correrias sempre ao ritmodo charleston, música muito conhecidana década de 20

westerns Italianos, se apresentaram nosfilmes com pseudônimos em Inglês, Te-renco Hill e Bud Spencer. Nesta novaaventura, onde eles são dirigidos por umantigo realizador de westerns spaghettls,Sérgio Corbucci, Hill e Spencer repetemas cômicas cenas de briga que intérpre-tam desde a primeira aventura de Trinity.

QUEM NAO CORRE... VOA (Tho Cannon-bali Run), de Hal Needham. Com Burt Rey-nolds. Roger Moore. Farroh Fawcett, DomDeLouise e Dean Martin. Roxl (Av. Copaca-bana. 945 — 236-6245). Barra 1 (Av. dasAméricas. 4.666 — 327-7590) 14h. 16h.18h. 20h, 22h. Vitória (Rua Senador Dantas.45 — 220-1783): 13h30m. 15h30m,17h30m. 19h30m, 21h30m (14 anos).

ca o protagonista desta aventura, umgrupo de amantes de automóveis de todoo mundo organizam uma corrida pelasestradas americanas, e para burlar a vigi-lância da policia rodoviária Inventam mildisfarces: dois corredores se vestem co-mo padres, dois outros de enfermeiros,enquanto duas corredores guardam a car-teira de motorista dentro de um amplodecote, dois japoneses instalam um siste-ma de radar no carro e um outro corredor,

^[Bl^ilSLfl^JÚSiflõJB^fLiMí^XP-l^izji^--seu carro uma réplica dos usados porJames Bond nos filmes.

REAPRESENTACOES*••*•

FESTIVAL — UM FILME POR DIA — Hoje:Kagemusha, a Sombra do Samural (Kage-musha, the Shadow Warrion). de AkiraKurosawa. Com Tatsuya Nakadai. TsutamuYamazaki, Kenichi Hagiwara, Jinpachi Nezu eShuji Otaki. Jóia (Av. Copacabana. 680 —237-4714): 15h, 18h. 21 h. (Livre).

Quando Shingen Takeda, um podoro-so guerreiro do século XVI, está paramorrer em conseqüência de ferimentosrecebidos em combate, ele ordena a sua

gente que guardo o segredo de sua mortedurante três anos. Temia que a noticiaanimasse os inimigos. Para substitui-lo sóresta um ladrão condenado à morte, quelentamente assume a personalidade e apostura marcial de Shingen. Palma deOuro do Festival de Cannes de 1980.Produçáo japonesa.

•••**O HOMEM DE MÁRMORE (CzlowleluMarmuru), de Andrzej Wajda. Com KrystynaJanda. Jerzy Radzwilowicz. Tadeusz Lomnic-ki. Jacek Lomnícki, Krystma Azchwatowicz eMichal Tarkowski. Ricamar (Av. Copacaba-na. 360 - 237-9932): 17h30m, 20h40m (14anos).

O melhor filme de 1981.Agnieszka está para terminar seus es-

tudos na Escola de Cinema e deve realizarum filme documentário para a TV queserá sou trabalho do formatura. Seu as-sunto: a recriação do perfil de um desseshomens que, no pós-guerra, davam novaforma à Polônia, um herói do trabalhocotidiano. Nos porões de um museu, elaencontra uma escultura abandonada: á aestátua de mármore de Mateusz Birkut,pedreiro. A jovem reconstrói o passadode Birkut através de trechos de filmes e6ntr_Svjst?.?-:. EBMÜiçSo. -polonesa de 1977."

•**•DA VIDA DAS MARIONETES (Ur Mario-natternas Uv). cjp Ingmar Bergman. ComRobert Atzorn, Chnstine Bucheggere MartinBenrath. Studio-Copacabana (Rua RaulPompéia. 102 — 247-8900): 20h, 22h (18anos)

A história, diz o próprio Bergman, seinspira em dois personagens já vistos emCenas de um Casamento: Peter e Katari-na, o casal que se agride violentamentedurante uma visita a Johan e Marianne,os protagonistas das Cenas. O diretorretoma estes personr.gens, numa histórianarrada em pret e brsnco mas com umprólogo e um epílogo em cores, no mo-mento em que Peter consulta um médico,

aterrorizado com um pesadelo que o do-mina: ele sonha seguidas vazei que mataa mulher e se senta Incapaz de dominar oImpulso de transformar d seu sonho emrealidade. _________ .

A NOVIÇA REBELDE (Tha Sound of Mu-ele), de Robert Wise. Com Julie Andrews eChristopher Plummer. Clnami»-3 (Rua Con-de de Bonfim, 229): 15h, 18h, 21h (Livre).

Adaptação musical da história A Faml-lia Trapp. Maria, noviça, em um convento,vai servir de preceptora dos sete filhos doBarão von Trapp, viúvo, de tradicionalfamília austríaca, Com o tempo, conquistanão só a adoração dos sete como o amordo Barão, e se torna sua esposa. A ascen-são dos nazistas faz com que a famíliaplaneja partir da Áustria, Produção ameri-cana,

irirkA VIDA DE BRIAN (Ufa of Brian), de TerryJones. Com Terry Jones, Graham Chapman,Michael Palin, John Clees, Ken Colley. Coral(Praia de Botafogo, 316): (14 anos). 14h, 16h,18h, 20h, 22h.

A história cômica de um rapaz quenasce na mesma época de Cristo e ganhaa vida como vendedor ambulante. Atraídopor uma feminista, ele decide entrar nu-ma organização clandestina que luta con-tra os dominadores romanos. Produçãoinglesa, segunda comédia do grupo Mon-ty Phiton.

••A RECRUTA BENJAMIN (Privata Benja-min), de Howard Zieff. Com Gokfie Hawn,Eileen Brennan; Armand Assante, RobertWebber e Sam Wanamaker. Lagoa Driver-In (Av. Borges de Medeiros, 1.426 — 274-7999): 20h, 22h30m. (14 anos).

Judy Benjamin, jovem da alta classemédia, protegida e mimada por seus pais,é Iludida por um recrutador do exércitoque lhe mostra a foto de um acampamen-to militar semelhante a um condomíniode luxo rodeado por uma marina repletade iates. Acreditando nesta imagem, elaalista-se para o serviço militar e tem desobreviver ao duro treinamento em com-panhia dos demais recrutas. Produçãoamericana.

*•O SUBSTITUTO (Th* Stunt Man), de Ri-chard Rush. Com Peter 0'Toole, Steve Rais-back, Barbara Hershwy, Allen Goorwitz. AlexRocco e Shoran Farrell. Jacarepaguá Auto-Clna-1 (Rua Cândido Benlcio, 2.973 — 392-6186): 20h. 22h (14 anos). Ultimo dia.

Camerom é um fugitivo da policia. El»chega a uma praia da Califórnia onde estásendo filmada uma batalha ambientadadurante a 1a Guerra Mundial. O diretor dofilmo, um homem autocrata, se oferecepara esconder Cameron de seus persegui-dores, disfarçando sua identidade e fazen-do-o atuar como um doublé do protago-nista principal. Produção americana.

••HORIZONTE PERDIDO (Lost Horizon), deCharles Jarrot. Com Peter Finch. Liv Ull-mann, Charles Boyer e Michael York Stu-dio-Copacabana (Rua Raul Pompéia, 102 —247-8900): 14h30m. 17h. (10 anos).

Nova versão do romance de JamesHilton, agora com números musicais. Pro-duçào americana.

**EM ALGUM LUGAR DO PASSADO (So-mewhere in Time) de Jeannot Szwarc.Com Christopher Reeve, Jane Seymour,Christopher Plummer, Teresa Wright e BillF.rwin. Lido-2 (Praia do Flamengo. 72): 15h,17h10m. 19h20m. 21h30m. (Livre).

Produção americana baseada no ro-mance Bid Time Retum, de Richard Ma-theson. História romântica sobre um ho-mem que, apaixonado pela fotografia deuma mulher, encontra um meio de viajarao passado para encontrá-la.

•*FESTIVAL — UM FILME POR DIA — Hoje:Tess (Tess), de Roman Polanski. Com Nas-tassia Kinski. Peter Firth, Leigh Lawson.John Collin. Rose-Mary Martin, Carolyn Pie-kles e Suzanna Hamilton. Udo-1 (Praia doFlamengo. 72): 14h20m, 17h35m, 20h50m114 anos).

Numa pequena cidade da Inglaterra,no século passado, Tess, a filha maisvelha de uma família de camponeses,procura emprego na casa de seu primorico, d'Urbeville. Assediada e seduzidapor ele, a moça volta para casa, onde dá àluz uma criança que morre logo depois,Desesperada, Tess sai novamente de casae vai trabalhar numa longínqua fazenda.Conhece Angel Clare, o filho do pastor,que estuda Agronomia, e este apaixona-

9e e pede-o em casamento Logo após ocasamento, Angel abandona a Inglaterrapara tentar a viria de agricultor no Brasil eTess passa a ser assediada por seu antigoamante, Alec. Baseado no romance Ta«sof tha dUrbavIlle, de Thomas Hardy. Os-car de Melhor Fotografia (Geoffrey Uns-worth e Ghislaln Cloquet), Melhor DireçãoArtística (Pierro Gufcfroy a Jack Stevens)e Melhor Figurino (Anthony Owell). Pro-duçào anglo-francesa.

CONFUTO FINAL — A ULTIMA PROFECIA(Tha Flnal Confllct), de Graham Baker. ComSam Neil. Rossana Brazzi, Don Gordon, LisaHarrow e Barnaby Holm. Jacarepaguá Au-to-Cine 2 (Rua Cândido Benlcio. 2 973 —392-6186): 20h, 22h. (18 anos). Último dia.

Damien, um homem de 33 anos, presi-dente da poderosa empresa Thorn e Em-baixador para a Corte de St. James, fazrápida carreira politica e pode assumir aPresidência dos Estados Unidos. Ele é oherdeiro de Lúcifer e sete monges italia-nos procuram matá-lo com punhais sa-grados. Terceiro filme da série. Os ente-riores foram Profecia 1 e Damien — Profa-cia 2. Produção americana.

HOMEM ARANHA VOLTA A ATACAR(SpWer Man Strlka* Back), de Ron Satlof.Com Nicholas Hammond. Robert F. Simon,Michael Pataki, Chip Fiolds. Ricamar (Av!Copacabana, 360 — 237-9932): 13h45m,15h35m (Livre).

Produçáo americana baseada no heróidas histórias em quadrinhos. Peter Parker(Nicholes Hammond) estudante de Fisicae fotógrafo de um jornal é acidentalmentepicado por uma aranha radioativa a ad-quire podéres sobrenaturais que o trans-formam no Homem-Aranha, sempre emluta contra o crime.

O SEQÜESTRO (Brasileiro), de Victor deMelo. Com Jorge Dória, Milton Morais, Hele-na Ramos. Carlos Mossy, Adriano Reis, Gra-cinda Couto, Otávio Augusto a Míriam Pór-sia. Bmni-Máier (Av. Amaro Cavalcanti, 105— 591-2756): 15h, I7h. 19h. 21h (18 anos).

Baseado no livro de Valério Meinel. Asinvestigações de três policiais para desço-brir a identidade e prender os seqüestra-dores de um menino de 10 anos, que éretirado de sua casa à noite por umhomem com o rosto coberto por umlenço.

A FÚRIA DO DRAGÃO (R«t of Fury). de LoWei. Com Bruce Lee, Miao Ker Hsiu a TienFoong. Programa complementar: Punhosde Ferro do Kung Fu. Rex (Rua ÁlvaroAlvim. 33 — 240-8285). da 2' a 6* às 12h15h40m. 19h20m. Sábado e domingo às13h55m, às 13h55m, 17h35m. 19h30m

EXTRALEILA, PARA SEMPRE DINIZ (Brasileiro),curta-metragem de Mariza Leão e SérgioResende Hoie. a partir das 21 h, no BarManjericão, Rua Dona Mariana. 225.

GRANDE RIONITERÓI ^^ALAMEDA (718-6866) — Os SaltimbancosTrapalhões, com Renato Aragào. Ás 15h,17h. 19h. 21h. (Livre). Até domingo.

CENTER (711-6909) — Popeye. com RobinWilliams. Às 14h. 16h. 18h. 20h. 22h. (Livre).Até domingo.

CENTRAL (718-3807) — Fuga Para • Vttò-ria. com Michael Caine. Às 14h, 16h20m,18h40m, 21h. (14 anos). Último dia.

ICARAl (717-0120) - Os SaltimbancosTrapalhões, com Renato Aragào. Ás 14h,16h. 18h. 20h, 22h. (Livre). Até domingo.

NITERÓI (719-9322) - Os Caçadores daArca Perdida, com Harrison Ford. Às 14h16h20m. 18h40m. 21h. (14 anos). Até do-mingo.

CINEMA-1 (711-1450) — Quem Encontraum Amigo, Encontra um Tesouro, comTerence Hill. As 14h. 16h, 18h, 20h. 22h.(Livre). Até domingo.

PETRÓPOLISDOM PEDRO (42-2659) — Os Caçadores daArca Perdida, com Harrison Ford. Às 14h16h20m. 18h40m. 21h. (14 anos). Até do-mingo.

PETRÓPOLIS (42-2296) — Os Saltimban-cos Trapalhões, com Renato Aragão Às15h, 17h, 19h, 21 h. (Uvre). Até domingo.

SHOWvsm^mm^mmsmmsssmt

AETES PLÁSTICASPROJETO SEIS E MEIA — Show com DonaIvone Lara e o conjunto Originais do Somba.Teatro Joào Caetano, Pça. Tiradentes, s/n°(221-0305). De 2"a6», às 18h30m. Ingressosa CrS 150.

FOLIA— Show do conjunto vocal e instru-mental'Boca Livre, formado por David Tygel,Zé Renato, Lourenço Baeta e MaurícioMaestro acompanhados de Marcelo Costa(bateria) e Damilton Viana (percussão). Tea-tro Ipanema. Rua Prudente de Morais, 824(247-9794). De 3a a sáb, às 18h30m. Ingres-sos a Gr$ 500. Até dia 30.

EMOÇÕES — Show do cantor e compositorRoberto Carlos, acompanhado do conjuntoRC 9 e do Coral RC a grande orquestra doCanecâo. Texto, roteiro a direção de Miele eBoscoJI. Regência do maestro Eduardo La-ges. Cenografia de Mário e Mauro Monteiro.Canecâo, Av. Venceslau Braz, 215 (295-3044_e 295-1047). 4" e 5a. às 21h30m; 6» esáb., às 22h30m e dom., às 20h30m. Ingres-sos 4» e. 5", a CrS 1 200; 6* e sáb., a CrS

500 e dom., a Cr$ 1 200. Temporadasuspeòsa. Volta amanha. Os ingressos ad-quiridiji para o dia 23 de dezembro, valempara (Mjja 13 de janeiro; os do dia 26, valemdia 16de.janeiro; os do dia 27, valem dia 17de jarifíto a os do dia 30 de dezembro, valemdia 20 de janeiro.

FORRÓ FORRADO — Apresentação deJoâo*çtó Vale, Xangô da Mangueira, Julinhodo Acòndeon, Jaimo Santos, Almir Saint Claira banda Forró Forrado e o conjunto Reais doSambe.* Direção de Luiz Luz. Convidados:apresentação do 2° ato do musical Da Lapi-nha ao "Pastoril. Todas as 3"s e 5"s, às

ih__0m. Associação Recreativa Gigantesdo Catete, Rua do Catete, 235. Ingressos aCrS 250. homem, e a Crí 100, mulher.

VlV^lj-hlSO — Show homorístico-musicalcom-Çc{ávio César. Texto de Aldir Blanc eOctáVKf-Cósar, Direção de Ivan Merlino.Teatro do Sesc da Sáo Joào do Meriti, RuaTenarrtS^Manoel Alvarenga Ribeiro, 66 (756-4615). De 5" a domingo, às 20h30m. Ingres-sos a CrS 300 e CrS 200 (estudantes), e Cn$150 (sócios do Sesc). Até dia 81 de janeiro.

AGILDO. RIBEIRO — Show do humorista., Partiàipaçào da cantora Doris Monteiro. Mú-

sica para dançar com a orquestra do maestroZanoni.- Direção de Wolff Maia. Golden

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Room do Copacabana Palace, Av. Copaca-bana, 327 (2563590 e 257-1818). 5" e dom.,às 22h; 6* e sáb.. às 23h. Couvert artístico5", a CrS 1 mil, 6" a OS 1 200; sáb., a CrS 1300 e dom., a CrS 800. Sem consumaçãomínima. O salão abre às 21h, para serviço ejantar.O NOVO HUMOR DE SÉRGIO RABELLO —Show de humor. Teatro IBAM. Rua ViseSilva. 157 (266-6622). 6" e sáb., às 21h30m.Domingo, às 20h30m. Ingressos a CrS 600.NOITE DO JAZZ — Atrações especiais a oQuarteto Rio de Janeiro com Ricardo Júnior(piano), Guilherme Rodrigues (Saz a flauta),Ricardo Caribe (bateria) e Zerró (contrabaixo).Convidados Ricardo Portas (sax), HelviusVillela (piano), Paschoal Meireles (bateria) aPaulo Russo (baixo). Todas as terças-feiras apartir das 22 horas Cervejaria Chucrute.Largo de São Conrado (399-4974). Ingressosa CrS 250. Sem consumação.

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DonaÉÉÉ Ivone Lara¦¦¦ I • •ma participa9 do Projeto9 Seis e9 Meia, aoH| lado dolll conjuntolll Originais

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MPB/SHOW 82 -- Show da cantora MarisaGata Mansa acompanhada de conjunto. Tea-

tro Leopoldo Fróes. Rua Manoel de Abreu,16. Niterói. De 2" a 4", às 19h. Ingressos aCrS 150.

REVISTASGAY FANTASY — Dir. Bibi Ferreira. ComRogéria, Marlene Casanova, Sérgio Mox.Samantha e Kiriaki. Cenários de Marco Antô-nio Palmeira, com concepção de JoãozinhoTrinta. Teatro Alaska, Áv. Copacabana.1 241 (247-9842). De 3a a 5a, às 21 h45m; 6».22h; sáb., 20h e 22h a dom., às 19h30m e21 h30m. Ingressos de 3* a 5" e 1 * sessão dedom., a CrS 700 a CrS 400. estudantes; 6' e2a sessào de dom. a CrS 700 e sáb. a Cr$800.

A GAIOLA DAS MIMOSAS — Show detravestis com Camila, Alex Mattos, Evelim,Fabiana, Sabrina. Texto a direção da BrigitteBlair. Teatro Brigitta Blair. Rua Miguel Le-mos, 51 (521-2955). De 3" a domingo, às21h30m. Ingressos de 3a a 6a. CrS 400; sãbe dom, a CrS 500.

CAMINHADAS — Esculturas de Anette Ber-gé. Café dos Arts do Hotel Méridien, AvAtlântica. 1020. Diariamente, das lOh às20h. Inauguração, hoje, às 21 h. Até dia 14.

FOTOGRAFIAS — Exposição coletiva comfotos do Américo Vermelho, Beto Bullara,Cristina Zappa, Maria Elisa Ramos, PedroAgilson, Renato Aguiar, Ricardo Beliel e VeraSayâo SolSo Moderno do Museu do Tele-fone. Rua Dois de Dezembro. 63. De 2a a 6".das 9h às 17h. Sábados e domingos, das13h30m às 18h30m. Até dia 15.

COLETIVA — Exposição do acervo comobras de Mabe, Bsnevento. Portinari, Antô-nio Bandeira e outros. Galeria Paulo Klabin,Rua Marquês de São Vicente, 52 — 204 De2a a 6a, das 14h às 21 h. Até dia 29 de janeiro.

VICCO — Cerâmica pedra, esculturas eobjetos. Spa2Ío, Rua Barata Ribeiro, 707 —loja E. Diariamente das 10h às 19h. Atéamanhã.

OSWALDO GOELDI — Xilomatrizes e dese-nhos. Galeria do Arte Banerj, Av. Atlântica,

x^wsw^ssamamíBsm^sciaJa ¦ ¦ ¦ ¦ m£%MJÂ.%J

RADIO JORNALDO BRASIL

AM — 940KHz7h30m — O Jornal do Brasil Informa,

primeira edição — Noticiário.8h30m — Hoje no JB — Resumo das

notícias mais importantes publicadas peloJORNAL DO BRASIL.

9h — Debate — Os exercícios físicos eas respostas do sistema circulatório, a ginás-tica e a saúde do corpo, especialmente docoração, são temas de hoie no programaapresentado por Eliakim Araújo, com apoiodo Departamento de Radiojornalismo. O con-vidado ó o médico Paulo Pegado o os ouvin-tes podem participar do debate, fazendo asperguntas pelo telefone 234-7566.

12h30m — O Jornal do Brasil Informa,segunda edição — Noticiário, com tudo o

4 066, De 2« a 6«. das lOh às 22h. Sábados,das 16h às 22h. Até dia 16 de janeiro.

EMERIC MARCIER — Paisagens GaleriaJean Boghici, Rua Joana Angélica. 180. De2a a 6», das 14h ès 22h, sábados até as 18h.Até sábado.

EVERARDO MIRANDA— Esculturas Gala-ria Sérgio Milliet, Rua Araújo Porto Alegre,80. De 2« a 6a, das 10h30m às 18h30m. Atédia 29 de janeiro.

VÂNIA CASTELLO BRANCO - Fotogra-fias. Galeria da Arte DeKin. Av. Copacaba-na. 647. De 2* a 6'. das lOh às 18h. Ató dia13. ¦

XICO ALENCAR — Exposição de esteiras.Caribe, Estrada da Gávea, 700. Até amanha.

MINITÊXTEIS — Coletiva com peças deGilda Azevedo, Françoise Galle. Vivian Silva eoutros tapeceiros. Galaria Ato Original. Av.Armando Lombardi. 800 — loja 65-A. De 2a a

6a. das 10h30m às 18h. Sábado, das 10h30màs I7h. Até dia 15.

que aconteceu pela manha no Rio, no Brasile no mundo.

18h30m — O Jornal do Brasil Informa.terceira edição — Resumo das primeirasnotícias do dia.

23h — Noturno — Programa de músi-cas, entrevistas e atendimento aos ouvintes.Apresentação de Luis Carlos Saroldi.

0h30m — O Jornal do Brasil Informa,edição final — Tudo o que aconteceu e asentrevistas mais importantes do dia quepassou.

FM ESTÉREO99.7MHz

HOJE20-horas — The King Shall Rejoice, deHaendel (Willcocks — 1055), 3 NouvellesÊtudes. de Chopin (Rubinstein — 5:42), O

FOTOGRAFIAS — Exposição com fotos deLuis Cláudio Poland. Restaurante ChezNous. Rua Visconde de Carandal, 9. Diana-mente, das 12h às 0h30m. Ató dia 15.

CARMEM NEVES — Quadros em colagemcom selos. Medalhão 1900. Rua Sorocaba,305. Até dia 16.

BARCOS — Pinturas de Pedro Loureiro.Galeria de Arte Fesp, Av Carlos Peixoto.54. De 2" a 6». das 12h às 20h. Ató dia 30 dejaneiro.

COLETIVA DE NATAL — Gravuras de JoelBorges e talhas de Romildo. Galeria Con-tomporànea. Rua General Urquiza, 67 —loja 5. De 2a a 6a. das lOh às 21 h. Sábado,das 10h às 18h. Até sexta.

tKÊKÊHÊKÊSSSH

Lago dos Cisnes (Ballet completo, smquatro atos), op. 20, de Tchaikowsky (Smfô-nica de Londres, sob a regência de AndréPrevin — Participação da violinista Ida Haen-dei — 2h35m).

AMANHÃ20h — Concerto em Ré Maior, Op. 8/11

de Vivaldl (Zukerman — 12:20); QuatroTocatas, de Carlos Seixas (Janos Sebes-tyen — 12:38); Rondo em Si Bemol Maior,para Violino a Orquestra, K 269, da Moiart(Zukerman e Barenboim, — 7:28); 14 Vai-sas, de Chopin (Arrau —60:00); Sinfonia n°10. em Mi Menor, Op 93 da Shostakovitch(Karajan — 51:00); Sonata em Mi BemolMaior, para Oboé e Continuo, de Telemann(Holllger — 11:41); Les Offrandes Ou-bliées, de Olivier Messiaen (Constant —12:00).

JORNAL DO BRASIL D terça-feira, 5/1/82

TELEVISÃO CADERNO B

CANAL 79.45 Desenhos.

10.45 O Vale dos Dinossauros.11.16 Os Jetsons. Desenho.11.45 Dlscomania. Musical. Apre-

sentaçáo de Messiô Lima.12.15 Agente 86. Seriado.12.45 O Repórter. Noticiário, edi-

çâo nacional.13.15 À Moda da Casa. Culinária.

Apresentação de Etty Frazer.13.30 Cinema Especial. Filme: A

Mestiça do Mississipi.15.00 A Turma do Lambe-Lambe.

Infantil. Apresentação de Da-niel Azulay e desenhos deHanna & Barbera.

17.30 Terra de Gigantes. Seriadocom Gary Conway.

18.25 Atenção. Noticiário, ediçáolocal. Apresentação de Már-cia Prado.

18.30 Os Imigrantes. Novela deBenedito Ruy Barbosa. ComRubens de Falco, Othon Bas-tos, Yoná Magalhães e ou-

TEATRO mm'

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*í -. "âi' ^^w*^ 'z£-

Os últimos lançamentosmusicais sãoapresentados por MessiêLima no programaDiscomania(CANAL 7 — 11H45M)

CANAL 116.55 Ginástica. Educativo.7.25 O Poder da Fé.7.45 Cozinhando com Arte. Apre-

sentação de Zuleika Cer-queira.

8.00 Gaguinho e Seus AmigosDesenho.

8.30 Clube do Mickey. Desenho.9.00 Bozo. Humorístico.9.30 Speed Racer. Desenho.

10.00 Spectreman. Desenho.10.30 Superman. Desenho11.00 A Turma do Pica-Pau. De-

senho.11.30 Popeye. Desenho12.00 Bozo. Humorístico com Pe-

dro de Lara e Valentino.12.30 Ultraman. Desenho.

tros. Direção geral de Henri-que Martins.

19.30 Jornal Bandeirantes. Noti-ciário. edição nacional. Apre-sentado por Joelmir Betting,Ferreira Martins, Ronaldo Ro-sas. Newton Carlos e MárcioGuedes.

20.00 90 Minutos. Jornalístico.Apresentação de Paulo CésarPereio e Ana Maria Nasci-mento e Silva.

21.25 Espanha 82. Os Gols daCopa.

21.30 Os Adolescentes. Novela deIvani Ribeiro. Com AntônioPetrim, Beatriz Segai. KitoJunqueira, Norma Benguell.Paulo Villaca, Márcia de Wind-sor e outros. Dir. Atílio Riccó,

21.55 Atenção. Noticiário, ediçãolocal.

22.00 Seqüôncia Máxima. Filme:A Um Passo da EternidadeII. Segundo episódio.

22.55 Atenção. Noticiário, ediçãolocal. Apresentação de Mou-nir Safatli com os destaquesda Edição do JORNAL DOBRASIL.

23.00 Critica e Autocrítica. Jorna-lístico. Os Empresários e asMetas do Governo. Entrevis-tado: Ernani Galvèas. Entre-vistadores: Abílio dos SantosDiniz. Ângelo Calmon de Sá eCláudio Bardela. •

00.25 Atenção. Noticiário. EdiçãoLocal.

00.30 Cinema na Madrugada. Fil-me: O Caso Bedford.* O programa Vestibular 82irá ao ar a partir das 13h30m,de meia em meia hora até às17h, dando informações so-bre as provas do Vestibular.

13.00 Gasparzinho. Desenho.13.30 Marco. Desenho.14.00 O Povo na TV. Variedades

Apresentação de WiltonFranco.

18.30 Pica-Pau. Desenho.19.00 Tom e Jerry. Desenho.19.30 Gasparzinho. Desenho20.00 Sessão Bang-Bang. A Fami-

lia Ingals. Seriado com Mi-chael Landon.

21.00 Vamos Nessa22.00 Sessão das Dez Premiada.

Filme: Shaolin, O ÁguiaNegra.

00.00 Programa Ferreira Netto.Jornalístico.

01.00 Cannon. Seriado.

CANAL 28.00 Era Uma Vez. Macaco Si-

mão. rifa um leão.9.00 Patati-Patatá. O Circo.

12.00 Telecurso 1o Grau. Geogra-fia n° 28.

12.15 Telecurso 2o Grau. Inglêsn° 1.

13.00 Era Uma Vez. Macaco Si-mão. rifa um leão.

14.00 Patati-Patatá. O Circo.15.00 Primeira Página. Mesa-

redonda sobre os principaisassuntos dos jornais. ComTeresa Fernandes, mediadorados debates.

17.00 Sitio do Pica-Pau-Amarelo.Abu-Sir e Abu-Kir. Com ZilkaSalaberry. Jacira Sampaio,Marcelo Pratelli e outros.

17.30 Catavento. Plim-Plim e aJanela da Fantasia. Faz umboneco dançarino, usandocartolina. Filpie de Anima-ção. Plim-Plim e as MãosMágicas. Faz uma foca, usan-do dobraduras de papel. Cir-co. Espetáculos Internacio-nais. Plim-Plim e as MãosMágicas. Ensina a fazer umafoca, usando dobraduras depapel. Tio Maneco. O Casoda garrafa enfeitiçada. Rimede Animação. Gordo e Ma-gro. Reis do Riso.

19.10 Música No Ar. Participaçãodo conjunto MPB-4, Gonza-guinha, Simone, Gilberto Gil,Zé Rodrix, Fátima Guedes.Olivia Hime e Elis Regina.

20.15 Telerromance. • Floradas naSerra. Capítulo 2. Romancede Dinah Silveira de Queiroz,adaptado por Geraldo Vietri.

KJ^ZmH K_____tWlã& JjS£ii3»ÍBwHffViS&ò-Ã-:à OSSEoaC^y

Fátima Guedes participade Música no Ar(CANAL 2 — 19H10M)

Com Beth Mendes, WalterBreda, Carmem Monegal,Ivete Bonfá, Silvana Teixeira eoutros.

21.00 Esporte Hoje. Com EliakimAraújo.

21.10 1982. Ediçáo nacional.22.00 Isto é Hollywood. Trechos

dos principais filmes da 20thCentury Fox. Hoje: Adoles-contes.

23.00 Teieconto. Angélica. Capitu-lo 2. Original de Maria JoséDupré, adaptado por CarlosLombardi. Com Walderez deBarros, Rildo Gonçalves, Ra-quei Araújo, Malu Rocha eoutros.

23.40 1982. 2* Edição.

CANAL 47.00 Telecurso 2° Grau.7.15 Telecurso Io Grau.7.30 Super-Homem.8.00 Zé Colmóia.8.30 Batman9:00 TV Mulher.

12.00 Globo Cor Especial.13.00 Globo Esporte.13.15 Ho]e.13.45 Vale a Pena Ver de Novo.

Cabocla.15.00 Festival ds Férias. Filme: As

Trapaças do Falcão.

17.00 Sessão Aventura. Esquo-drão Resgate.

18.00 Terras do Sem Fim18.50 Jornal das Sete.19.00 Jogo da Vida.19.50 Jornal Nacional.20.15 Brilhante.21.10 Terça Nobre. Vegas22.10 Pecado Capital. Reprise.23.10 Jornal Nacional. 2a Ediçáo.23.25 Classe A. Filme: Aeroporto

75.1.25 Coruja Colorida. Filme: VI-

soes da Morte.

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Cena de O Caso Bedford(CANAL 7 — 0H30M)

OS FILMES DE HOJEHugo Gomez

DIRETOR de inúmeros

episódios de séries deTV, Jack Smight passouà direção de longas-metragens

em 64 e no seu terceiro filme,Harper, o Caçador de Aventu-ras, com Paul Newman, entu-siasmou parte da crítica brasi-leira, que viu nele um inovadordo gênero policial, promessaque acabaria não concreti-zando.

Em 70, Smight voltou a sur-preender com O Fim de UmCarrasco, produção modesta,mas com tema bastante curiosoque teve o mérito de lançarStacy Keach, futuro astro deCidade das Ilusões, de Huston.

Daí em diante, o realizadorse dedicou a superproduções,em sua maioria medíocres, en-tre as quais se inscreve Aero-porto 75. Seqüência inevitável,depois do êxito comercial deAeroporto, o filme é mais umaaventura desenrolada nosares, que começa com um aci-dente inesperado, perfeitamen-te aceitável. Mas, a credibilida-de náo demora a ser agredida,atingindo o risível nos momen-tos finais. Do grande elenco, sóKaren Black não compromete.Gloria Swanson exagera, asexcelentes Myrna Loy e MarthaScott perdem seu tempo, e Lin-da Blair, depois de exorcizada,se torna cada vez mais intra-gável.

Aventura marítima cuja mo-desta tensão se centra na possi-büidade de retaliação da UniãoSoviética, O Caso Bedford tra-tava, na época em que foi roda-do, de um tema então relativa-mente inexplorado, mas hojerepisado e sem maior interesse.Do bom elenco ninguém cliegapropriamente a se destacar.Michael Caine e Donald Su-therland ainda aparecem empapéis secundários.

A MESTIÇA DO MISSlSSlWTV Bandeirantes — 13h30m

IDuel on th» Mi_.iim.icpi) — Produçáo norte-americana de 1955. dingioa por William Castla.Elenco: Lex Barker, Patrícia Medina, WarrenStevens, John Dehner. Craig Stevens. Lou Mer-rill, Chris Alcaide. Célia Lovsky. Colorido* Louisiane, 1820. Fazendeiro arruinado(Baxter) vai trabalhar em cassino flutuantepertencente à filha (Medina) de famoso pira-

ta, o que desperta ciúmes no ex-noivo (Ste-vens) da jovem, agora chefe de uma quadri-lha de bandidos fluviais.

AS TRAPAÇAS DO FALCÃOTV Globo — 15h

(Fllflht of the Dovosl — Produção norte-americana de 1971, dirigida por Ralph Nelson.Elenco: Ron Moody, Jack Wild, Dorothy McGui-ra. Atandley Holloway, Helon Raye. WilliamRushton. Colorido.+ Fugindo de um padrasto cruel, duas crian-ças (Wild, Raye) chegam n casa de sua avó(McGuirel na Irlanda e lé encontram um tio(Moody), ator decadente, que ao descobrirque séo herdeiros de uma grande fortunaprocura eliminá-los.

A UM PASSO DA ETERNIDADETV Bandeirantes — 22h

(From Here To Etornity) — Produção norte-americana de 1979. dirigida por Ron Satloff.Elonco: William Devane. Don Johnson. BarbaraHershey, Roy Thinnes, Salome Jens, Kim Jasin-gei, Lacey Neuháus, Juhn Caivm. Colorido

II Capitulo — O Havaí o invadido, famíliasjaponesas vào par8 um campo de concentra-çèo. O transatlântico em que viajam Karen(Hershley), Lorene (Basinger) e Chip (Pearae)6 atingido por um torpedo e o barco quetransporta Jeff (Johnson) recolha seus so-breviventes. Karen acorda num hospital e lásabe que o filho está desaparecido. Ao reen-contrar Milt (Devane) é surpreendida pelomarido. Feito para a TV. Inédito na TV.

AEROPORTO 75TV Globo — 23h25m

(Airport 75) — Produção norte-americana da1974. dirigida por Jack Smight. Elenco: CharltonHeston, Karen Black. George Kennedy. EframZimbalist Jr. Dana Andrews, Susan Clark, GloriaSwanson, Myrna Lov. Linda Blair Colorido

Piloto (Andrews) de avião particular so-fre um ataque cardíaco em pleno vôo e seuaparelho, desgovernado, colida com umBoeing 747 que segue para Los Angeles.Com o choque, o comandante da nave (Him-balist) fica cego e a aeromoça (Black), comajuda de terra, conduz o avião ao seu destinoem segurança.

O CASO BEDFORDTV Bandeirantes — 0h30m

(The Bodlord Incidem) — Produçáo norte-americana de 1965. dirigida por James B. Harris.Elenco: Richard Widmark. Sidney Poitier. Ja-mes MacArthur. Martin Balsam. Wally Cox. EnePortman. Michael Came. Donald Sutherland.Colorido+# Contrariando ordens superiores, o con-trstorpedeiro Bedford passa a perseguir umsubmarino soviético. Na perseguição, aci-dentslmenta ó disparada uma arma atômica,o que cria o perigo de uma guerra entre asduas superpotências. Estréia do diretor.

VISÕES DA MORTETV Globo — 1h25m

(Vlslons of Deoth) — Produção norte-americana de 1972. dirigida por Lee H. KatzmElenco: Monte Markham. Telly Savalas, BarbaraAnderson. Lonny Chapman. Tim 0'Connor, Ri-chard Erdman Colorido

Professor universitário (Markham) passaa ter visões noturnas nas quais vá um ho-mem colocar bombas em vários prédios.Quando conta á polícia suas alucinsçòes, éencarado como um louco perigoso. Feitopara a TV.

NOVELASResumo das novelas apresentadas pelas emissoras do Rio.

tar-se no que fazer. Depois de con-versarem com Clotllde, os jovensformam uma comissáo e váo atéPinheiro. Zé Luiz pede para adiar omáximo possível a reunláo de paispara que, assim, eles possam prepa-rar sua defesa e tentar ajudar Túlio.Apesar de já ter marcado a reunláo,Pinheiro concorda com Zé Luiz eadia a reunláo por alguns dias.Quando Paula chega em casa, Odl-lon Cala sobre o que Raquel lhecontara e diz que no mau caratlsmode Túlio está a explicação paraDoca ter-se tomado um viciado ede Bia ter-se deixado engravidar.Terras do Sem Flm — TV Globo,18h — Virgílio diz a Ester que aama. Ester diz para náo falar maisisso, pois náo deixará Horácio so-frer. Margô diz a Agripina que ocoronel lhe disse que para casar-secom ele, ela terá que deixar o caba-ré pois o casamento depende daaprovaçáo da sobrinha maiq querl-da de sua primeira mulher. Joa-quim pede demlssáo da fazenda.Pepe vai até a fazenda de SinhôInterrompendo a reunláo entre ele,coronel Teodoro e Capltáo JoáoMagalhães.Jogo da Vida — TV Globo, 19h —Carla diz a Osvaldo para náo ficarcontra ela na administração dosbens de Silas pois caso contráriocontará a Rosana tudo o que sabedele com Mariucha. Osvaldo, fürlo-so com a sua chantagem, contatudo a Silas. Este náo acredita eCarla fica irritada com Osvaldo.Gero sal com Flávia e faz ciúmesem Iiívla, que fica furiosa. Jorüanavai até a casa de Amélia.Brilhante — TV Globo, 20hl5m —Luisa e Virgínia vão até a delegaciafalar com Sidney, mas este só querver esta última. Luisa fica decepcio-nada. Paulo prepara suas malaspara se mudar para o apartamentoalugado, dizendo a Isabel para,quando ela quiser, Ir com Marília eSílvio para lá, pois prometeu que semudariam depois do réveillon eagora está com a desculpa da doen-ça do Vitor. Paulo se despede deVítor e Chica aparece lhe pergun-tando se não se despedirá delatambém.

Imigrantes — TV Bandei-rantes, 18h30m — Na Euro-pa, depois de se aliar à Itá-

lia, a Alemanha declara gtrefrâlTvários países do mundo. Em seucortiço. Andrezinho e Vadinho bri-gam com moços de outros bairrosque estáo flertando com as garotasdo cortiço. Irmã e Angelina váoreclamar com Plerina e Nina. Rena-ta e Marilnha entram de férias e váopara a fazenda. Antonesta comentacom Rosália que Mariinha e Rena-ta estáo pensando em organizaruma festa na mansáo da capitalpara seus amigos. Francisco, que secasara com Rita, agora tem umfilho de dois anos. Renata náo es-queceu Paquito. Numa feira livre,Teca, uma mulata muito bonita,rouba várias frutas para distribuiraos garotos pobres de sua favela.De Sálvio continua sem saber quetem um neto. Quinzinho e Tônicose encontram com Paquito e estefica sabendo que os dois irmáos náopretendem entregá-la à polícia.Quinzinho, entretanto, intervém,salvando-a.Os Adolescentes — TV Bandeiran-tes, 21h30m — Quando todos seacomodam, Zé Luiz diz a Clotildeque eles estào preocupados com oque poderá acontecer a Túlio. Devi-do a esta preocupação queria ouvirsua oplniáo sobre o assunto paraque eles pudessem, Inclusive, orien-

<V/mWÊʦ ' '*àWWÊm&mÊ*mm

\ '* '¦tr'Z_6_$_Wm&?^mWàãm.W- MÉi flBBFffií^*"''"''"'" :;"'v ^fBir:

: Jík- kRubens de Falco está nanovela Os Imigrantes(CANAL 7 — 18H30M)

VIVA SEM MEDO AS SUAS FANTASIASSEXUAIS — Comédia de Jonh Tobias.Adapt. da João Bethencourt. Dir, de JosóRenato. Com Pepita Rodrigues, Cláudio Cor-rêa e Castro, Felipe Carona, Carlos EduardoDolabella. Teatro Ginástico. Av. Graça Ara-nha, 187 (220-8394). De 3" a 6», às 21h15m;sáb,, as 20h e 22h30m: dom., às 18h e21h15m. Ingressos a Cr$ 350,00.

Casais cansados da rotina assumemIdentidades diferentes para liberar a fan-tasia e o desejo.

SWING, A TROCA DE CASAIS — Comédiade Luis Carlos Cardoso. Direção de OswaldoLoureiro. Com Jorge Dória, Osmar Prado,Aríete Sales e íris Bruzzi. Taatro Princasababai, Av. Princesa Isabel, 186 (275-3346).De 3* a 6", às 21h30m; sáb.. às 20h30m e22h30m; dom, às 18h e 21h30m. Ingressosa CrS 700 e CrS 400. de 3a a 5a, e domingo.Sexta e sáb., CrS 700.

Um acidente de automóvel dá mar-gem a um confronto entre crises através-sadas por dois casais de condições sociaisdiferentes.

A SENHORITA DE TACNA — Texto deMário Vargas Llosa traduzido por Millôr Fer-nandes. Direção de Sérgio Britto. Figurinosde Mimina Roveda e cenários de PauloMamede. Com Tereza Raquel, Waimor Cha-gas, Luis de Lima, Ana Lúcia Torres, DemaMarques, Marcos e Tamara Taxman. Teatrode Arena. Rua Siqueira Campos, 143 (235-2119). De 4» a 6", às 21h30m; sáb. às 20h e22h30m. dom. às 18h. eàs 21h30m. Vespe-ral 5' às 17h. Ingressos a CrS 800 e CrS 500.estudantes.

. A CORRENTE — Comédia dramática emtrês elos. de Consuelo de Castro, LauroCésar Muniz e Jorge Andrade. Dir. de Luis deLima. Com Rosamaria Murtinho e MauroMendonça. Teatro Senac. Rua PompeuLoureiro, 45 (256-2641). De 4" a 6" às 21h;sáb.. às 20h e 22h15m e dom., às 18h e20h30m Matinê às 5". às 17h. Ingressos. 4*5» e dom a CrS 800 e CrS 500 e 6» e sáb CrS800.

Infidelidade conjugai como recurso deascensão social, e como ela se manifestaem três diferentes camadas da sociedade.

O BEUO DA MULHER ARANHA — Textode Manuel Puig, adaptado da sua novela. Dir.de Ivan de Albuquerque. Com Rubens Cor-rêa de José de Abreu. Teatro Ipanema. RuaPrudente de Morais, 824 (247-9794). De 3* a6a às 21h30m; sáb. às 20h e 22h30m; dom.às 19h e 21 h30m. Ingressos a CrS 800 e CrS400 (estudantes).

Reunidos na cela de uma prisão, umhomossexual e um guerrilheiro resistemao desespero, fazendo surgir entre si umacomplexa relação humana.

BARREADO — Texto de Ana Elisa Gregori.Dir. de Luís Mendonça. Com Mirian Pires.Elisabeth Savalla. Fernando Eiras. GilsonMoura. Camilo Bevilacqua. Luis Carlos Nifto.Marilia Barbosa e outros. Teatro dos Qua-tro. Rua Marquês de SSo Vicente, 52-2°(274-9895). De 3" a 6-, às 21h30m; sáb.. às20h e 22h30m; dom., às 19h e 21h30mIngressos de 3* a 5" a CrS 450; 6* e dom. aCrS 800 e CrS 500. estudantes; sáb, a CrS800 (14 anos)

O amor de um jovem casal de apaixo-nados desenrola-se na permanente eameaçadora presença da personagemMorte.

CABARÉ S.A. — Espetáculo de variedadescom textos de Oswald de Andrade, GrandeOthelo, Antônio Pedro, Mauro Rasi e HeloísaArruoa. Dir. de Antônio Pedro. Dir. mus. deCaique Botkay. Com Grande Othelo, AngelaLeal. Tony Ferreira. Antônio Pedro. AngelaValério. Jalusa Barcellos. Joséphine Hélène.Sílvia Sangirardi e Luis Carlos Buruca. Tea-tro Rival. Rua Álvaro Alvim. 17 (240-1135).De 3* a 6". às 21h15m; sáb.. às 20h e22h30m; dom. às 18h30m e 21h15m. In-gressos a CrS 700 e CrS 400,00 (3* a 5* edom.) e CrS 700 (6" e sáb.) estudantes.

Dissolvendo imagens dos cabarés pa-risienses da bolle epoque e dos cabarésliterários da Europa Central num molhobem brasileiro da Praça Mauá e da Lapa, aequipe mostra os bastidores de um esta-belecimento do gênero e exemplifica al-gumas de suas criações típicas.

LA VÊNUS DESBUNDE — Comédia deHilton Mdques e Max Nunes. Dir. de Maurí-cio Sherman Com Elizàngela, Olney Cazarré.Germano Filho, Carla Neil, Rogério Fróes.Martim Francisco. Luiz Pimentel. Elza Go-mes. Teatro da Praia. Rua Francisco Sá. 88(287-7794). de 4* a Q>, às 21h30m; sáb., às20h e 22h30m; dom., às 19h e 21h30m.Ingressos de 4a a 6" e dom. a CrS 800 e CrS500. estudantes e sáb.. a CrS 800.

O roubo de um pedaço da escultura deVênus de Milo desencadeia violentas rea-ções em Paris a no mundo.

O BEIJO DA LOUCA — Texto de DoeComparato. Direção de Cecil Thiró. Cenáriose figurinos de Maria Carmem. Músicas deCaique Botlay e Beto Coimbra. Com CláudioCavatcanttr-touise Cardoso. Ricardo Petra-glia. Hélio Ary, Thelma Reston, Stela Freitase outros. Teatro Villa-Lobos. Av. PrincesaIsabel, 440 (275-6695). De 4* a 6", às21h30m; sáb. às 20h e 22h30m; dom. às18h e 21 h30m. Ingressos de 4" a 5* e dom. aCrS 700 e CrS 400, estudantes e 6a e sábado,a CrS 700.

História de uma assassina psicopataque tem seu crime contestado por ummédico psiquiatra.

A TEMPESTADE — Texto de Augusto Boal.livremente adaptado da obra homônima deShakespeare. Mús. de Manduka. Dir. deJosé Luiz Ribeiro. Com Andréa Daher, Ange-la Avillez, José Eduardo Arcuri, Malu deCastro, Hilário Stanislaw, Moisés Aichenblate outros. Teatro do BNH, Av. Chile, 230(262-4477). De 3» a 6", às 21 h; sáb., às 20h e22h; dom., às 18h e 21h. Ingressos a CrS500 e CrS 300. estudante; sáb.. preço únicoCrS 500. Até 31 de janeiro.

O escravo Caliban comanda a rebelião

do povo da Ilha deserta dominada porPróspero, nobre Italiano expulso da sey j»~»pais. tfVíSi»

MACUNAÍMA — Texto de Jacques Th^nof "','

e do grupo, adaptado da novela de Mário,deAndrade. Dir. de Antunes Filho. Amb. visualde Naum Ah/es de Souza. Mús, de Murilq, ,Alvarenga. Com Marcos Oliveira e elenco dò ,Grupo Macunaima. Teatro Jofto Caetano, -Praça Tiradentes (221-0305). De 3* a séb„ às21 h; dom., às 20h. Ingresse» a CrS 500 e Ct$ .300, estudante. A poética saga do heróisem nenhum caráter, protótipo do brasi- 2 ¦leiro arrancado daa suas raízes culturais o , jemassacrado pela hostil civilização urbana,, ¦ ,."numa faiscanto versão cênica que desdo

', .,

1978 vem firmando-se como o maior sy-,'. ,.cesso artistico (inclusive no plano interna-, ,.cional) do toatro brasileiro dos últimostempos. Até dia 17 de janeiro.-— '—'¦ '¦ -- ""'*% *"*v "*¦

DOCE DELEITE — Ato variado em 12 qua- "

dros de Alcione Araújo, Mauro Rasi e VicentePereira. Dir. de Alcione Araújo. Mús. e' «lfr% 'i-musical de John Neschling. Com Marília '"Pêra e Marco Nanini. Teatro Vanucci. Flua '¦Marquês de S. Vicente. 52 (274-7246). £ •>'*""6", às 21h30m; sáb., às 20h e 22h30fn;""*'dom., às 18h30m e 21h30m. Ingressos 5*'e " •2* sessão de dom , a CrS 800 e CrS 500,' 'estudantes e 6* e sàb. e 1" sessão de dom., à

"""

CrS 800. •¦••'.•Através dos 12 quadros, interligadoé •"¦'•'

por músicas e danças, aparecem diversae '»formas de humor e diversos'assuntos do J •cotidiano carioca. . •' i*ir

MOÇO EM ESTADO DE SÍTIO — Texto de"" -;Oduvaldo Vianna Filho. Dir. de Aderbal Ji> ¦'nior.Com Alfredo Ebasco. Carmen Gadelha..' !Evandro Comyn. Expedito Barreira, rrap'.'Gouveia, Gô Menezes. Júlia Guedes, KiriHâ. "~Costha, Luiz Carlos de Moraes, Miguel Óifi- *

^ga, Neca Terra. Octacílio Coutinho, Solange 'Jouvin. Teatro Sesc Tijuca. Rua Baráò deMesquita. 539 (208-53321. De 4a a domingo,às 21h. Ingressos 4a, CrS 300; 5", 9". dom.»--..-CrS 600 e CrS 300. sábado, CrS 600.

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Num texto inédito de Vianinha, osimpasses existenciais e políticos da gera:

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çâo que enfrentou o sacriflcio da serjovem na década de 60. Z ,._____________________^ I u"--'i

CALÚNIA —Texto de Lilian Hellman. Dir.'de • »iíBibi Ferreira. Com Lídia Brondi, Ancíê Perez/--.-••'.Monah Delacy, Mana Pompeu. Estelita BeH;ò*íHCláudia Costa, Sylvia Bandeira o outros, amaToatro Maison de France, Av. Pres. Antônio. ..--.Carlos, 58 (2204779). 4'. 5" 6", às 21h30m;i,i ...sáb., às20he22h30medom.,às ÍShèaUhnadi.Ingressos: 4", 5". CrS 800 e CrS 500; «•«'.»!«sáb. a CrS 800 e dom. a CrS 800 e CrS 500."o-^

Nos Estados Unidos, na década de 30,a suspeita de homossexualismo levanta1--'-da por uma aluna contra duas professoras -transtorna a vida de uma escola.

O ESP1RRO MILIONÁRIO (Quem gostaDemais de Xexo MorTs Fazendo Amort—¦"¦> 'Comédia de Pierre Chesnot. Adapt. e dir. dé-' "-;Joáo Bethencourt. Com Francisco Milâni'. -Carvalhmho. José Santa Cruz. César Monte- '_negro, Arthur Costa Filho. Marta Anderson 3^ '••¦Margot Mello. Teatro Copacabana. Av. Có- '"•"•pacabana.327 (257-1818 R. Teatro). De 4»'a' •"•¦6", às 21h30m; sáb, às 20h e 22h30tn)C '"-dom., às 18h e 21h30m, vesperal na 5,/à9*'17h. Ingressos 4". 5" e dom.. CrS 600 e CrS 'Z400; 5" vesp. CrS 300, 6". CrS 600 (preçoúnico), sáb., CrS 700 (preço único). •.".'¦''*¦'"'

Disputa em torno da herança de úm "Z_escritor de literatura erótica.

JÁ QUE ESTÁ. DEIXA FICAR Comédia deMichael Rozen. Direção de Miguel Rosen- .berg. Com Roberto Roney, Leda Lúcia. EliasPenno e Magda Telles. Teatro Rival, RüaÁlvaro Alvim. 33 (240-1135). De 3a a 6», às 'I9h; sáb. às 18h. Ingressos a CrS 400 e CrS300, estudantes.

UM POUCO DE MIM, UM MUITO DE NÓSOU DE FESTA, DA TERRA E DE PÁO —:."";;*Coletânea de textos de Pablo Neruda. Chico ,'Buarque, Patativa do Assaré e outros. Com o

'

Grupo Cigano. Direção de Adalberto Nunes.Fundação da Casa do Estudante do Brasil.Praça Ana Amélia, 9. De 5* a domingo, às18h30m. Ingressos a CrS 500 e CrS 300.estudantes.

LABIRINTO — A QUE CAUSA DEDICAR A., l „VIDA? — Criação coletiva da Tnbo Trupe.Cooperativa de Palhaços. Dir. de Mario Tel-les Filho. Com Antônio Gonzalez. CarmenLuz, Fabiene Garcia, Gilson Antônio. IzauraGomes, Leila Cardia e outros. Casa do -Estudante Universitário. Av Rui Barbosa,...762 (551-3347). Sessões contínuas corrvbh^,..^Ihetena funcionando de 3a a 6a, às 21h; .séb^, -«das 17h às 19h e das 21h às 24h; dom. das -18h às 21 h. Ingressos a CrS 300 e CrS 200.X..1(estudantes). -.,'-.,-

Num espaço cênico anticonvencional,um teatro jogado e brincado por atores aespectadores. - ; ~:

A DAMA DE COPAS E O REI DE CUBA —Texto de Timochenco Wehbi. Direção deAdemar Nunes. Com Marisa Alvarenga, âuP*"-**mar Vasconcelos e Evas Brito. Saia ManoelBandeira. Rua Tavares de Macedo, 100.v»tNiterói. De 5a a dom, às 21 h. Ingressos-a-**-**'CrS 500 e CrS 300. Até fevereiro.

História de duas mulheres — unsoperária e uma prostituta — que dividem- '-um quarto de pensão.

AS MOÇAS — De Isabel Câmara. Direçêó ¦:-de Jesus Chediak. Com Ana do Porto e LòuMenezes. Teatro da Casa do Estudante doBrasil, Praça Ana Amélia, 9. De 5a a domirt- -">-•go, às 21h30m. Ingressos a CrS 500 e Cr$300. Até o dia 31 de janeiro.

Os problemas do dia-a-dia, os desdjus-tes emocionais e as cucas fundidas de: -tduas moças representativas da juventude . •carioca dos anos 60. èíti ">:;

O GATO FEUX EM BUSCA DO TESOURO— Teatro do Ctubo Olímpico. Rua PompeuLoureiro, 116. Hoje, às 17h. Ingressos a u$ Jr,200. r-,L-

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Martha Anderson, Francisco Miiani e José SantaCruz estão no elenco do espetáculo do Teatro Copacabá-na que, a partir de hoje, deixa de chamar-se Quem GostaDemais de Sexo Morre Fazendo Amor e passa a adotar otítulo de O Espirro Milionário'

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A chegada dos terráqueos noespaço sideral, tema de Calma Relativa, de Lucinda Child

DIAS DOS ESPÉCIMENS E CALMA RELATIVA

0 BALE NORTE-AMERICANO DÁUM SALTO NA ERA ESPACIAL

Beatriz Schiller

NOVA

IORQUE - Duascoreógrafas pós-moder-nas de Nova Iorque seinspiram na chegada do

homem à idade espacial para criarsuas novas danças.

Meredith Monk e Lucinda Child,ambas consagradas como expoentesda dança pós-Martha Graham eMercê Cunningham, de estilos com-pletamente diferentes, registram afutura etapa dos habitantes da Ter-ra, a era em que trafegaremos noespaço.

Meredith Monk, música-coreógraía-cantora-dançarina, mes-tra na comunicação de emoções hu-manas e simbologias do inconsclen-te, criou a peça Specimen Days(Dias dos Espécimes) em cartas ago-ra no Public Theater, no GreeçwichVillage, teatro renomado pelo van-guardismo e bom gosto.

O tema da dança abrange desde achegada de imigrantes europeus eafricanos deslocados do campo e tra-dições milenares, num esforço poradaptar-se a Rikers Island, NovaIorque, e daí sair para os EstadosUnidos e assimilar os novos costu-mes, até a chegada do homem à Luae aos espaços cósmicos.

Durante toda a peça, imagens epersonagens dos diferentes temposse Intercalam, uns na frente da cena,outros no fundo, ou nas beiras dopalco, representando as memóriasque se acumulam, nào vão embora etornam o homem cada vez maisabarrotado de experiências, cadavez mais adaptado. Para enfatizar ochoque da viagem espacial, a coreó-grafa utilizou vários recursos — en-quanto vários americanos recém-chegados cantam num hino em unís-sono suas adaptações doloridas ànova realidade, uma tela enormedesce sobre eles, e uma tartarugaaparece, imensa, em seu filme an-dando em cima do mapa dos Esta-dos Unidos e do mundo; depois, atartaruga com sua carcaça pré-his-tórica aparece no filme andando naLua, e viajando pelo espaço.. , .Esta açáo é acompanhada da mú-sica minimalista-emocional (temosqüe fazer esta diferenciação, porqueMeredith Monk trabalha com sono-ridades parecidas com soluços, risa-das,' sons guturais altamente emoti-vos, sendo uma exceção entre osvminimallstas que usam sons "frios"e racionais) tocada no piano, no ór-gáo e cantada por todos os dança-rihos.*' O Specimen Days, como todos ostrabalhos de Meredith Monk, não élinear, é um mosaico de momentoshistóricos, e momentos da vida daspersonagens. A sinhazinha dá chá aomarido que está doente na cama.Soldados de uniformes camufladosatiram-se bazucas, destroem acam-pamentos miniaturas com bolas gi-ràptescas. A dona-de-casa varre ocnáo com zelo. Uma menina chora. Ede repente volta a imagem das era te-fas de um planeta desconhecido, nofilme em preto e branco, e tudo maisns. .teatro é breu enquanto a músicaíaz.sons de exclamação, ou susto,s -.Na cena flnal um casal de hoje —vslhos já — de suéter e roupa esporte^ se rende ao fato de que estamosindo para outra era — enquanto qua-tro personagens espaciais, saídos detrãsdo filme sobre o cosmos, fazemum Círculo em torno deles e cantamalgo que parece um gargalhar eufóri-cp/com lanternas ilumlnando-lhesOSV.rostos. Suavemente solfejandobihá valsinha, e rodopiando roman-temente, duas sinhazinhas desaías brancas rodadas aparecem napenumbra, como o sonho insiste nanoite do passado que não aceitamorrer.? 'Specimen Days é sobre o esforçosobre-humano que fazemos todosnó», para nos adaptar a mudançasoada vez mais rápidas. No nossoséculo, surgiu o telefone, a luz elétri-cá, o automóvel, o avião, a PrimeiraGuerra Mundial, o divórcio, a ida aoespaço — e estas experiênciasacumuladas podem fascinar-nos a

todos, como realmente fascinam, po-rém pedem uma velocidade de mu-danças que cobra de nós um preçoem ansiedade, em fragmentação. E opassado permanece ali. Esta é acomposição em mosaicos de Mere-dith Monk.

Outras peças suas — de imensosucesso tanto nos Estados Unidoscomo na Europa, mas nunca vistasno Brasil — Incluem Educaçáo deuma Menina Criança — sobre atransformação de uma menina emmulher; Small Scrolls, sobre deusese mortais, e várias outras. Semprehá um pouco de épico, um pouco depoético nas peças de Monk. "Nuncafaço peças lineares", diz ela. "Náome interessa tentar achatar a reali-dade, que eu considero muito ricapara tal desrespeito".

Nos últimos dois anos, MeredithMonk tem estreado suas peças naAlemanha, esta também foi apresen-tada lá, e abriu agora em Nova íor-que. "Acho que nos Estados Unidoso comercialismo está atrapalhandomuito os artistas sérios. E terrívelver tanta quantidade e táo poucainventividade. O público vai porquehá uma máquina vendendo arte co-mo produto de consumo, mas saimal alimentado, só que náo temcoragem de discordar como a grandecrítica. E fica mais atrapalhado ain-da porque tenta convencer-se de queviu coisas ótimas."

"Um dos males da Broadway énào lidar com as temáticas que es-táo preocupando agora. É alienada."O espaço é um fato. As espaçonavesColumbia tomaram ainda mais evi-dente que dentro em breve, queira-mos ou náo, vai ter gente cosmona-vegando. "É heróica a capacidadehumana de adaptação. Devemos nosapiedar de nós mesmos, porque nemsabemos se estamos mudando noritmo que faz bem às nossasmentes."

Meredith tem a visão humana doque significa hoje a era espacial. Émais um acúmulo — monumental —mais uma adaptação — e nós somos"os espécimens" de SpecimensDays, numa grande experiênciacientífica.

Lucinda Childs, dançarina estétl-ca antes de tudo, criou Calma Rela-tiva agora em apresentação naBrooklin Academy of Muslc, comum conceito diferente. Seu cenário éestrelas e cháo azuis. Bolando noespaço estão seres humanos debranco, mexendo regularmente co-mo partículas energéticas, integra-dos na "calma relativa" do espaço.Seus movimentos consolidaram-se,

nos últimos dois anos. LucindaChilds é uma minimalista que háquatro anos só fazia círculos. Napeça Einstein, de Robert Wilson, elacomeçou a trabalhar na linha reta,indo e voltando sem parar. Em Cal-ma Relativa, ela misturou círculos,retas, e usou diagoijals. Os movi-mentos abstratos se tomaráo mono-tomos para quem náo está Interessa-do em repetição.

A peça de Childs é dividida emquatro minlatos, todos com músicade John Tudor, e cenários de BobWilson, que dão um tom espetacularao estado-de-graça do moto conti-nuo das danças de Lucinda Childs.Ela quase náo dança na sua própriapeça, fazendo apenas um solo vesti-da de negro, com a melodia mínima-lista-jazifleada.

Sua companhia faz os três outrosatos. O mais bonito e excitante é oúltimo, quando os terráqueos nàomais se destacam do azul do céucom suas roupas vlrginals, mas es-táo todos de colants azuis acetlna-dos e se misturam visualmente nomeio-ambiente. Esta última parte éritmada com compasso de sambatocado no prato (até parece que obaterista Edson Machado andoudando lições a John Tudor), agitan-do o órgáo sonoramente monótono.

Bob Wilson criou belíssimas ima-gens de astros celestes e forças ener-gétlcas que iluminam os céus e espa-ços siderais. Passam curvas, brilhos,cometas. Mas a peça tem algo deStar Wars, e nada mais do que ben-çâo parece ocorrer quando estiver-mos no cosmos dançando sem parar,tabula rasa.

A visão de Meredith Monk emque o passado é carregado de memó-rias indeléveis, mexe multo maiscom a gente. A vlsáo de Childs épurista, e estética, aprazível. Náomuito mais do que isto. Uma é ummergulho na memória coletiva. Ou-tra, uma oportunidade para relaxar.

Depois de explorar o quotidiano(Trisha Brown, outra coreógrafa pós-moderna usou colchões e cadeirasnas suas danças; Twila Tharp usou ogingado do malandro em peças quenasceram nas imagens de Fred As-taire e na dança de salão), depois dedesnudar os corpos (Pilobolus, e vá-rias companhias pequenas queusam torsos nus) e fazer da muscula-tura um alicerce da Imagem e damensagem, a dança parte inevitável-mente, levando gente como a gentepara viagens espaciais. Este salto,que quase todos nós queremos pre-tender que nào nos afetará, o temamais interessante das danças nospalcos de Nova Iorque.

OS COREÓGRAFOS DADANÇA "PÓS-MODERNA

MEREDITH Monk e Lucinda

Childs sáo dois expoentes nu-ma constelação de coreógrafos pós-modernos que cada vez mais criama dança nos Estados Unidos e nomundo. Ambas tem menos de 45anos (Lucinda tem 43, Meredith 35).

Nesta mesma faixa de idade, oscoreógrafos Douglas Dunn, TrishaBrown, Laura Dean, Twila Tharp,Ivonne Rainer, Rudi Perez, DavidWoodberry, Simone Forti, entre ou-tros, partiram para uma nova dan-ça desde os anos 50 e 60, abando-nando a tradição de dança modernamitológica de Martha Graham,questionando o que é dançar (Mar-t?ia Graham, por sua vez, já revolu-cionara a dança, criando geome-trios, distensões, usando peso e gra-vidade, pés nos chão).

Douglas Dunn, Ivonne Rainer eDavid Woodberry mantiveram o tomcasual do l-Ching, de MercêCunningham, mas incorporaram aesteapalavra, a falta de som, a faltade palco ou props (enfeites e fanta-siasi.

Evoluíram diferentemente, sãohoje uma gama "respeitada" quetêm coreografado náo somente parapequenos palcos, como tambémcriado peças para Geafrey (Laura

Dean) Ballet, Alvin Aüey (Rudy Pe-rez), American Ballet Theater (TwilaTharp), bales de Paris (DouglasDunn), dinamizando imensamente oconceito do que é dança, os movi-mentos, sons, vestimentos e cena-rios.

Estes expoentes jovens das últi-mas duas décadas estão-se tornan-do expoentes consagrados num ce-nário que torna Nova Iorque a capi-tal do mundo. Todos eles reclamam.Estas reclamações contra a Broad-way, contra o excesso, contra o co-mercialismo, tem que ser vista nocentexto — querem que melhore ocenário artístico, como sempre que-rem todos artistas que almejammanter ótimo o nível.

Sáo um punhado de estrelas quefazem deste o século da dança, náosomente da dança moderna, mas detodas as etapas, desde O Lago dosCisnes até as danças espaciais deChild e Monk, que convivem numacidade onde há platéias internado-nais e de exigências preparadas.Uma coisa não elimina a outra. Ca-da visão tem interação com as ou-trás, e cada companha grande ficade olho nos coreógrafos pós-modernos, utilizando suas peças nosrepertórios tradicionais.

terça-feira, 5/1/82 D JORNAL DO BRASIL

OS GESTOS HERÓICOSCONTRA

A GUERRA DO TRÂNSITO

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LCOOLISMO, excesso de velocidade, ultrapassagens malcalculadas, falta de perícia na direção estáo entre as

principais causas de acidentes de trânsito (as falhas dosmotoristas respondem por 75% dos desastres, os outros 25% sedevem a defeitos dos veiculos, segundo o DNER). S6 em 1980,

i#% 3<>4 mil 322 pessoas, entre mortos e feridos, foram vitimadoss a| pela "guerra do trânsito" responsável por um prejuízo econô-

q mico global de Cr$ 140 bilhões.O traumatismo de cabeça é a causa de morte mais freqüente

(70,26% dos casos), seguido do traumatismo torácico (5,58%).Aqui, algumas medidas que devem ser tomadas com urgênciano atendimento heróico de um acidentado no asfalto. Náoesquecer que os doentes com traumatismo da coluna cervicaldevem ser manipulados com o náximo de cuidado, ao seremremovidos de um automóvel acidentado.

Flávio Rotman

ESTA

em plena ocorrência uma guerra queceifa vidas, que incapacita, que destróifamílias, e que no ano de 1980 lnílingiu ànação um prejuízo econômico global deCr? 140 bilhões, entre acidentes verificadosnas rodovias sob a jurisdição do DNER e aquelesverificados nas vias municipais e estaduais. Na guerrasem tréguas do trânsito no Brasil, só no ano de 1980segundo o DNER, morreram nas estradas federais 4mll 098 pessoas e ücaram feridas 30 mll 224. Na áreaurbana, as estimativas atingiram a Incrível marca de270 mll pessoas entre mortos e feridos.Portanto, entre acidentados e falecidos no transi-to de 1980, chegamos ao somatório de 304 mll 322

pessoas, atingidas pela "guerrilha" do homem contrao próprio homem, cifra clara e demonstrativa de umaverdadeira "guerra civil" montada e Instalada noasfalto das estradas brasileiras. Considerando-se so-mente os acidentes de trânsito nas estradas de roda-gens federais, Minas Gerais liderou em 1980 as estatís-ílcas com 7 mll 835 ocorrências, vindo com 2o lugarSáo Paulo com 7 mll 387 acidentes, o Rio de Janeirocom 6 mll 221, o Rio Grande do Sul com 5 mll 837 e aBahia com 3 mil 085.

De acordo com estimativas do DNER, 25% dosacidentes em 1980 foram provocados por defeitos dosveículos, das estradas e suas sinalizações, e os outros75% foram considerados como falhas do motoristatais como: alcoolismo, excesso de velocidade, ultra-passagens mal calculadas, feita de perícia na direção.NA CABEÇA

Os melhores trabalhos publicados na literaturamédica mundial sobre as causas de morte por aclden-te de trânsito demonstram que o traumatismo decabeça responde por 70,26% do total de casos, otraumatismo da coluna vertebral por 1.86%, o trau-matismo torácico por 5,58%, o traumatismo abdoml-nai por 3,35%, o traumatismo pélvlco por 0 757c ochoque traumático por 2,98%, a embolia pulmonarpor 4,46%, múltiplas causas 4,84%, gangrena gasosapor 0,37%, tétano por 0,37%, pneumonia e septlcemiapor 1,49%.

Os cabelos, o couro cabeludo, o crânio e os ossosda face servem para proteger as estruturas do sistemanervoso central (encéfalo) contra o traumatismo, cap-tando assim parte da energia dos golpes sofridossobre a cabeça. Se o golpe for violento, pode partir oupenetrar o crânio, causando uma fratura com afunda-mento. Se o golpe atingir a cabeça com uma veloclda-de moderada, o crânio se desloca para dentro, e aalguns centímetros de distância do ponto de impactosurgem fraturas lineares.

No momento do traumatismo crânio-encefállco,exatamente abaixo do ponto de Impacto, a pressãoIntracraniana pode crescer durante algumas fraçõesde segundo, chegando à incrível marca pressora de5.000mm Hg (pressáo de mercúrio), registrando-sesimultaneamente uma pressáo baixa ou mesmo nega-tiva na parte cerebral do lado oposto do Impacto.Está formado assim o perigoso sistema r<e gradientesde pressão no interior da loja craniana.

Os gradientes de pressão dentro do crânio nomomento do traumatismo deformam o cérebro, quetenta deslocar-se para o buraco occlpltal, produzindotensões de estrangulamento sobre o tronco do cérebroe a porção superior da medula cervical. O crânio e océrebro respondem diferentemente às forças de acele-raçáo e desaceleração produzidas pelo traumatismo.Assim, as superfícies agudas e irregulares como acrista do osso esfenólde, a foice do cérebro, o tentório,a superfície orbltária do osso frontal laceram comouma navalha afiada as estruturas do cérebro emmovimento geradas pelo trauma.

As forças giratórias criadas no Interior do crâniono ato do traumatismo produzem duplo efeito, frag-mentando o tecido nervoso ao redor das arteriolas,produzindo hemorragias no Interior da massa cere-

OS PRIMEIROS CUIDADOSCOM O ACIDENTADO

Imobilizaçãodos pés emcolchão —conchainflável

/í^Z^^^V^TT

Imobilizaçãoda cabeça

Imobilização domembro inferiorcom tala inflável

Jfc—«st VT7 ^ 1

\1jê Imobilização domembrosuperior comtala inflável

bral, e rompendo velas cerebrais lotando o espaçosubdural com sangue, formando assim o hematomasubdural.As fraturas que cortam as artérias das capasprotetoras do cérebro (menlnges), produzem hemorra-gia no espaço epldural, surgindo por este mecanismoo hematoma epldural, que como o hematoma subdu-ral comprimem a massa cerebral e aumentam a

pressáo Intracraniana. Este aumento de pressáo in-tracranlana Induzido pelo traumatismo crânio-encefállco facilita a salda de fluidos do compartimen-to vascular para o espaço situado fora das células(espaço extra-celular), criando-se assim o temíveledema cerebral.O cérebro edemaclado desloca o lobo temporalatravés da chanfradura tentorial, comprinünào o ner-vo motor ocular comum, mesencéfalo, e a artériacerebral posterior e a vela basilar, gerando o círculovicioso de mais lsquemla e mais edema cerebral

podendo surgir entáo a morte por falha dos centrosneurológicos da respiração e circulação.

NA COLUNANo momento do acidente de trânsito, pode surgira nexao forçada da coluna cervical, resultando emcompressão de corpos vertebrais, no deslocamento deuma vértebra sobre a outra, ou entáo no deslocamen-to do disco lntervertebral, processos estes que angus-tlarn e pressionam a medula espinhal contida nointerior destas vértebras.Os traumatismos por flexáo tendem a obstruir acirculação dos ramos da artéria raquidiana anteriorcomo resultado da pressão direta das artérias verte-brais no buraco Intravertebral, produzindo assimuma lesão lsquèmica na porçáo central da medulaespinhal cervical.Os doentes com traumatismo da coluna cervicaldevem ser manipulados com cuidado para Impedirum desvio desfavorável da fratura-luxaçáo e o agrava-mento da lesão medular. Usam-se comumente tábuasde apoio para a coluna nas quais se pode prender acabeça e o tronco, com o flm de proteger a medula aoremover o paciente de um automóvel acidentado.Quando Isto é Impossível, o emprego de umenvoltório volumoso, em torno do pescoço, que fixe o

queixo e a região oclpltal, ajudará a reduzir a movi-mentaçáo que pode ser perigosa. Uma tábua dura ouuma porta constituem um suporte mais seguro do queuma maça de pano flexível que acentua a flexáo dopescoço.

NO PEITOEntre os traumatizados torácicos por acidente detrânsito, é elevado o número daqueles que sofreramfraturas de costelas. Sáo exatamente as extremidadesdestas costelas fraturadas que determinam a lacera-

çáo das superfícies da pleura e do pulmáo, podendosurgir entáo o escapamento de ar para o espaço entreas pleuras, produzlndo-se o pneumotórax, ou entãopara o mediastlno, produzlndo-se o pneumomediastl-no, situações que tendem a comprimir e colapsar ospulmões.

É comum nos traumatizados torácicos a associa-çáo de edema do Interstício e dos alvéol03 pulmona-res com o acúmulo de secreçáo nos brônqulos, geran-do assim a situação clinica chamada de "pulmãomolhado", que endurece o órgáo, diminuindo suacomplacência e sua distensibllldade.

Também comum em certos traumatizados toráci-cos a presença do enfisema subeutâneo (ar debaixo dapele), que se exterioriza pela raiz do pescoço. Em taiscondições, o ar provém do mediastlno e se exteriorizaapós vencer os diversos planos de tecidos do pescoço.

ASSISTÊNCIA HERÓICAO polltraumatlzado de acidente de trânsito apre-

senta um conjunto de lesões viscerais, ósseas, museu-lares, cuja combinação coloca sempre em risco acurto prazo o prognóstico de sobrevida, e cujo trata-mento hospitalar só será exeaüível se os primeirossocorros prestados no local do acidente permitirem elimitarem o perigo das seqüelas do traumatismo.A) O desembaraçamento e o levantamento do aciden-tado polltraumatlzado, "se possível", será feito porquatro pessoas, com traçáo axlal moderada.

_AT|j>essoa com as mãos segura por trás a cabeça e opescoço; A 2* pessoa segura por trás o tronco.A 3* pessoa segura por trás com uma mão as coxas eoutra mào, também por trás, as pernas.A 4* pessoa segura firmemente ambos os pés, pelostornozelos.B) O levantamento e transporte do acidentado é feitoem decúbito dorsal (abdome voltado para cima) sobplano duro (maça rígida, ou porta, ou tábua larga, oucolcháo tipo concha Inflável), protegendo-o sempre"se possível", do excesso de calor, chuva, ruídos.C) Oxlgenaçào simples sistemática com máscara, oucom sonda nasal no caso das vitimas estarem cons-cientes após o acidente.D) Existindo "distúrbios da consciência", sem falhaventilatôria, deve-se manter permeablllzada as viasaéreas superiores, com uma canula bucal, por onde sefará a oxlgenaçào artificial obrigatória.E) Havendo "distúrbios da consciência com dlstúr-bios da ventilação" (lábios azulados cianosados, mo-vlmentaçáo toráclca superficial), a ventilação seráfeita com máscara após a introdução de um tuboatravés da traquéia (Intubaçào traqueal).P) Melar hidrataçào através de vela do braço (quan-do possível), assegurando a expansão do sistemavascular com fluidos oomo plasma, soro fisiológicosoro glicosado.G) Colocar uma sonda digestiva, assegurando-se oesvaziamento gástrico, evitando-se assim a aspiraçãode material alimentar para dentro dos brônqulos e dopulmão.H) Cuidar das feridas com curativo protetor.I) Fazer a hemostasla (estancamento do sangramen-to) com curativo compresslvo, se existir lesão degrandes vasos arteriais.J) Se existirem fraturas simples dos membros supe-riores (máo, cotovelo, antebraço), o membro lesadodeve ser sustentado por outra pessoa, e entáo omesmo será imobilizado por tala metálica, tala infla-vel ou gotelra metálica acolchoada. Em seguida, omembro superior lesado deve ser mantido contra otórax e sustentado por tipóia.K) Se existirem fraturas complexas ou complicadasdo membro superior associadas a outras lesões, oacidentado deve ser mantido estendido em decúbitodorsal (abdome voltado para cima), e o membroimobilizado disposto ao longo do corpo.L) Se existir fratura simples do merohro lnferiotipé^perna), sem lesáo associada, o membro é imobilizadosob traçào moderada em gotelra metálica ou talainflável.M) 8e existirem fraturas complexas ou complicadasdo membro inferior com esmagamento ou fraturaaberta ou fechada do fêmur, devem ser feitas ahemostasla e a proteção das feridas, e Imobilização domembro sob tração num colchão — concha (Inflável)ou tala especial.

FUvIo Rotman t protoior d* Modicin» d* UFRJ

JOHNAL DO bHASíL U terça-feira, 5/1/82

r CADERNO B -S 7

Drummond

E AUSÊNCIAS E DE PRESENAUSÊNCIAPor mUito tempo achei que a ausência é faltaE lastimava, ignorante, a falta.Hoje não a lastimo.Não há falta na ausência.Ausência é um estar em mim.E sinto-a tão pegada, aconchegada nos meus braçosQue rio e danço e invento exclamações alegresPorque a ausência, esta ausência assimilada,Ninguém a rouba mais de mim.

INSTANTESO instante de corola, o instante de vida,O instante de sentimento, o instante de conclusãoO instante de memóriaE muitos outros instantes, sem razão e sem verso.

FLOR EXPERIENTEUma flor matizadaEntreabre-se em meusdedos.Já sou terra estrumada— E um de meus segredos.Carece vida lenta,E mais que lenta, peca,

Para a cor que ornamentaEsta epiderme seca.Assino-me no cáliceDe estrias fraternais.O pensamento cale-se.É jardim, nada mais.

PASSATEMPOO verso não, ou sim o verso?Eis-me perdido no universoDo dizer, que, tímido, verso,Sabendo embora que o que lavraSó encontra meia palavra.

ÇAS¦v.

O MINUTO DEPOISNudez, último véu da almaQue ainda assim prossegue absconsa.A linguagem fértil do corpoNâo a detecta nem decifra.Mais além da pele, dos músculos,Dos nervos, do sangue, dos ossos,Recusa o íntimo contato,O casamento floral, o abraçoDivinizante da matériaInebriada para semprePela sublime conjunção.Ai de nós, mendigos famintos:Pressentimos só as migalhasDesse banquete além das nuvensContingentes de nossa carne.E por isso a volúpia é tristeum minuto depois do êxtase.

r *f t ¦

Carlos Drummond Andrade

0 panda subsiste graças a um tipo debambu que floresce e morre naturalmente

a cada 60 anos

POPULAÇÃODOS PANDASESTABILIZANA CHINA

Christopher S. Wren

Th. Naw rock Tiimt

EQUIM — O panda gigante, cuja sobrevivèn-cia já esteve ameaçada polo desaparecimentode um bambu, sua alimentação favorita, paroude diminuir em números de indivíduos deacordo com um especialista chinês em espécies emextinção. Numa entrevista à agência chinesa de notícias

, o professor Hu Jinchu, do Colégio de Professores de'Nanchong, na província Sichuan, afirmou que a popula-ção estabilizou-se graças a uma combinação de medidasde proteção por parte do Governo, à descoberta deaumentos substitutos e ao estudo das doenças queafligem o panda.Hu não declarou quantos pandas existem hoje De-pois de uma pesquisa dos habitats conhecidos em 1974 e1975, o Ministério das Florestas estimou que a Chinatinha pouco mais de 1 mil. O panda gigante habitasobretudo as montanhas densamente cobertas de flores-tas da província de Sichuan, no Sul da China ondesubsiste graças a um tipo de bambu que floresce e morrenaturalmente a cada 60 anos mais ou menos.Em 1975 e 1976, depois que o bambu se extinguiu,

pelo menos 138 pandas mortos foram encontrados naprovmcia de Sichuan. A opinião pública internacionalpressionou o Fundo Mundial de Vida Selvagem a coope-rar com o Governo chinês na tentativa de salvar osanimais remanescentes. A organização tinha prevlamen-te adotado o panda como símbolo da vida selvagem emextinção...

O Governo chinês reservou 5 mil quilômetros qua-drados para 10 zonas de proteção dos pandas, principal-mente em Sichuan, mas também nas províncias deShaanki e Gansu, ao Norte. A maior é o Centro Wolongde Conservação do Panda Gigante, que cobre mais de 2milhões de metros quadrados, em 3ichuan.Depois de trés anos de esforços, os cientistas quetrabalham em Wolong, onde também trabalha Hu, con-seguiram replantar uma nova espécie de bambu da áreade Liangshan, ao Sul de Sichuan. Os cientistas, diz Hu,recomendam agora que a nova espécie de bambu sejaexperimentada em outras reservas panda. Explicou tam-bém que uma forma de trigo parecia ser outro substituto

adequado, pois os pandas na reserva de Gansu foramobservados comendo-o, quando o bambu favorito náoestava disponível. .

Transmissores de rádio minlaturizados em coleirasespeciais foram colocados em três pandas, de modo queos cientistas podem observar sua conduta, rastreando osmovimentos. Hu disse que há planos de instalação emoutros três. Caçar e matar pandas é crime, segundo oGoverno chinês. A imprensa relatou o caso de umcaçador na provmcia de Shaanxi, que foi mandado paraa prisão por um ano e meio porque matou um gigantescopanda numa reserva natural.

Segundo a agência de notícias, Hu estava entusias-mado pela bem-sucedlda criação dos pandas em cativei-ro. Quase .30 pandas foram criados em zoológicos decinco cidades chinesas, seis deles através de insemlna-çâo artificial, embora relativamente poucos filhotes te-nham sobrevivido.

O mais novo desses filhotes, uma fêmea chamadaDan Dan, no Zoológico de Pequim, está agora com poucomais de três meses, pesando quase seis quilos e aindaalimentada pela máe. Dan Dan tinha um gêmeo, quemorreu, e é agora o segundo panda sobrevivente criadoatravés de inseminação artificial no Zoológica-

Hu disse ainda que os cientistas conseguiram boaexperiência no tratamento de doenças endêmicas entreos pandas, até mesmo epüepsla, parasitas e oostruçõesintestinais. A autópsia de urna fêmea panda sugeriu queesses animais são também suscetíveis ao câncer meta-tástico, inclusive adenoma ovariano.

Além de gastar centenas de milhares de dólares porano para proteger o panda, a Clüna adotou-o comomascote náo oficial, presenteando alguns deles aos Go-

ovemos estrangeiros e pondo figuras do animal em caml-[setas, mantas, pinturas e outros souvenirs turísticos.

MARLENE DTETBTCNA FESTA DOS80 ANOS (OU 77) A CERTEZA DEUMA VIDA GLORIOSA

Paris — Marlene Dietrich — vi-vendo sozinha num apartamentode sala e dois quartos na AvenidaMontaigne — se diz muito satisfeitacom todas as manifestações recebi-das desde o último domingo, porocasião de seu 80° aniversário, masgarante que as comemoraçõesaconteceram com uma antecedên-cia de três anos, pois tem, na verda-de, 77 anos.

A atriz insiste que tanto o Who'sWho in Europe como o Quid pari-siense estão errados ao afirmaremque ela nasceu no dia 27 de dezem-bro de 1901. E, para provar que étrês anos mais nova, mostra seupassaporte, que realmente a dá co-mo nascida em 1904.

A questão da verdadeira idade

de Marlene é discutida há muitotempo. Por um lado, há o passapor-te. Por outro, o registro de seu nas-,cimento, em Berlim, documentoque se supunha desaparecido desde1939, quando ela se mudou deflniti-vãmente para os Estados Unidos.Esse registro informa, claramente,que ela é mesmo de 1901.

Os amigos de Marlene dizemque ela náo convidou nenhum delespara comemorarem o aniversárioem sua companhia. Contudo, foicom multa emoção que ela soubede todas as homenagens que lhetèm sido prestadas, na França, nosEstados Unidos e sobretudo na Ale-manha.

— Gostei de tudo, especialmen-te das flores.

OS

alemães estáo em festa. Ecom eles o mundo inteiro.Marlene Dietrich, atriz, can-tora, mulher, mas acima de

tudo um dos maiores mitos que o showbusiness produziu neste século, está co-memorando seus 80 tou 77) anos. Maisdo que bem vividos, anos, segundo ela,"gloriosos".

Conheço muito poucas pessoasque podem se gabar de só terem feito navida o que deseJavam._E tudo. o quedesejavam. Eu sou uma delas.

Essa afinnação, naturalmente, foifeita há alguns anos, quando Marleneainda náo era uma octogenária vivendodiscretamente em Paris, sozinha, quasereclusa, Irreconhecível no corpo recur-vado, ou por trás dos grandes óculosescuros com que procura esconder asrugas.

Marlene Dietrich já foi dona de umdos rostos mais expressivos do cinema,só comparável ao de Greta Garbo. E rtasduas pernas mais célebres e de belezamais duradoura. Em 1961, quando apa-receu num espetáculo ern Paris com umde seus trajes mais característicos tea-saca, cartola, short preto, as pernas defora), o ator Jean Gabin exclamou:

Nâo é possível! Esta mulherenga-na a idade... para mais.

Gabin foi um de seus muitos amores— talvez o maior—e nâo apenas um doshomens famosos cujo relacionamentocom Marlene o grande público cercava

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que ela já vinha fazendo desde 1922, naAlemanha, e também pelos colunistasde mexericos que sempre tiveram nelaum prato excelente, foi dizendo de fatoo que queria. Romances Imaginários,com reis e presidentes, ou mesmo reais,como o que manteve com Hemingway,ganhavam fartos espaços nos Jornais.Da mesma fonna, mais na Hollywoodque ela veio a conhecer já na década de30 do que propriamente em sua Alemã-nha natal, intrigava ou mesmo assusta-va aquela até então desconhecida figurameio andrógina que ela projetava, devez em quando, em seus espetáculos efora deles. Mas quem a conhecia maisde perto, os homens principalmente,encantava-se:

' ¦"¦¦¦"¦-¦ ... — Você tem, melhor, tudo que asde fantasias románticas;-Na-verdade1—outras_mulheres têm — disse-lhe certanPAnA RUO nnnrinán nac t.,i,u- otv» f\ a«;,», ..-~ - _ji-^i..TZTTZrrzri—m^-.-»._. -*___ —desde sua aparição nas telas em O AnjoAzul, em 1930, toda sorte de especula-çòes foi feita em tomo da atriz, que decerta fotma contribuiu muito — talvezintencionalmente — para que sua ima-gem estivesse sempre envolta em mis-tério.

— Digam de mim o que quiserem. Épossível que seja verdade.

E o público, alimentado pelos filmes

vez o diretõFjõsèTvõirStêrnbeTgp^-- Ealém disso, uma coisa que nem todastêm: inteligência.

Marlene nasceu em Berlim, a 27 dedezembro cte 1901 (ou 1904). a mãe vi-nha de uma famllta de joalheiros, o paiera tenente da policia real prussiana.Seu nome verdadeiro era Marie Magda-lelne Dietrich. Quando tinha 10 anos. opai morreu e a máe tomou a casar-se

logo depois. A menina estudou um pou-co de tudo, línguas, arte dramática,violino, filosofia. Mas sua primeira gran-de paixão foi mesmo o cinema.

— Fui fascinada por aqueles heróismudos — confessaria.

Depois, ela própria tomou-se umaheroina silenciosa, apaixonou milhõesde espectadores em seu país, tornou-seconhecida em todo o mundo, conquis-tou Hollywood, Londres, Paris, conver-teu-se numa espécie de deusa sem pá-tiia. Em 1941, sabendo disso, Goebbels,Ministro da Propaganda Nazista, man-dou chamá-la de volta â Alemanha.Usou até o nome do Fuhrer para con-vencê-la a pôr a serviço de sua pátria otalento que ela parecia destinada a ofe-recer aos Aliados (Marlene participavade shows para levantar fundos de defe-sa). Mas ela recusou-se a voltar.

O episódio foi explorado de formadistorcida, em 1977, no filme alemãoMarlene und Adolf, que ela conseguiuimpedir, através dos tribunais, de che-gar aos cinemas. O filme dizia queGoebbels tentara convencer Marlene avoltar â Alemanha para ser amante deHitler, sugerindo que ela acabara porconcordar. Sua reação foi violenta, commobilização de uma equipe de advoga-dos para evitar 'que a calúnia se con-verta em verdade", numa prova de quenem tudo podia ser dito dela.

Com tudo isso, seu gesto de perma-necer na América, ajudando os Aliados,não foi devidamente reconhecido. Tan-

Jo queRoosevelt, além de um forrnalís-límo~^úitõ~oDrigaao**rTiauaTr!ai5"lhedeu em troca. Sequer autorização paraque ela, alemã nao naturalizada ameri-cana, puoesse se apresentai em teatrose clubes noturnos dos Estadus Unidos.

Mas Marlene continuou mulUpuoan-do fãs ardorosos pela vida aíora. He-mlngway, Orson Welles. Erich MariaRemarque, von Sternberg, o Duque deWindsor, Gabin, Maurice Chevalier,

Emil Jennings. Nem todos tiveram oprivilégio de viver com ela um romance,sobretudo porque, estranhamente, èn-quanto os fãs iam envelhecendo, Marie-ne permanecia jovem. Já tinha 60 quan-do fez o jovem pianista que a acompa-nhaya — inclusive em sua visita- aoBrasil — apaixonar-se por ela. Seu no-me: Burt Bacharach.—Sua carreira teve uma ascensão yer-tiginosa desde O Anjo Azul, apresenta-ções nos maiores teatros e clubes notur-nos do mundo, audições para reis emilionários, filmes e mais filmes, discosgravados com sua voz rouca e envolven-te. Em 1954, em Monte Cario, florirampara ela um terraço com milhares delírios vindos da Holanda. Noites apoteó-ticas em Las Vegas, West End londrino,Lerüngrado, Rio, Tóquio. Pompidoucondecorou-a com a Legião de Honra,em 1972.

Ao longo desse tempo todo só criouadmirações e afetos. Mesmo quandonào poupava, com sua fala corajosa efranca, alguns monstros sagrados' deHollywood. Um deles, o cowboy JohnWayne:

— Ele é a maior prova de que nâo épreciso ser inteligente para ser ator...

Esta semana, na Alemanha, as emis-soras de televisão estáo apresentandoretrospectivas da carreira de Marlene ededicando a ela inúmeras homenagená.O Govemo enviou-lhe telegrama de fell-citações. De toda parte do mundo,-amesma coisa, enquantoela, no seu tsq-lamento voluntário, parece alheia a .tu-do isso. Mais velha, mais cansada esempre com medo de morrer, emboramuito provavelmente nào se esqueçadas palavras que um dia Hemingwaylhe disse, no meio de uma conversasobre a morte:

— Mas isso nâo se refere a voe*.Você é imortal. ":"

8 — CADERNO B

POCKET STEREO,O RÁDIO COMPACTO

VERÍSSIMOterça-feira, 5/1/88 D JORNAL DO BRASIL

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Ano NOVO?7* (mal?)FWACUVCfírVDo M? ^PCALCPtNHPiR, kPBRTANOo]OE&vnyo do SRAço eia/ao õosrei DA CoQJJ

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âp *{m%PEANUTSISTO E. RIDÍCULO!PERDI TODO O MEUPRECIOSO TEMPOAQUI, DE PÉVNE3-TA PLANTAÇÃO DEABÓBORAS !

EU LHE DISSE QUENAO EXISTE ABO-BORONA NENHUMA

QUE É QUE EUVOU FAZER COMO RESTO DA

NOITE 9.

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— A atriz holandesa Syl-via Kristel, heroína das aventuras eróticas deEmmanuelle, chegou ontem a Johannesburgo,Afrfca do Sul, para apresentar seu último filme, OAmante de Lady Chaterley, e na próxima sexta-feira seguirá em viagem para o Rio de Janeiro. Asperipécias da personagem Emmanuelle estáoproibidas nos cinemas do pais. Para ver LadyChaterley através do corpo de Sylvia Kristel, ossul-africanos deverão ter mais de 21 anos.

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CADERNO B

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pT m 6 chuva miúda (5) " ' '"¦™™ &Smmmifc& f.-T T 8?ar?6V6) GARFIELDB- laula (6) I 1 JIM DAVIS

G9

l°vial ,41 í LIÇÃO DE COISAS ! 1 ím GATOS \ f&B W r „ -^ V~1!?¦l09ro ,8) CA lei DA ™^- ) (usam SR!) ^g, B m\ %2nc<lRPCi2è?OM-11 macaco antropoide (6) V^ REZA! / ? RAS PARA ^

K&M WÉ mW~lfEIROS "• • PARA J

1. ave dos Tirânidas (6)2. bem-avénturança (6)3.boi indiano (5)4. boi selvagem da índia (4)

19. travesso (6120. varredor de ruas (4)

Palavra-chave: 12 letras

| Consiste o LOGOGRIFO em encontrar-se determinado vocábulo,

cuias consoantes ja estão inscritas no quadro acima. Ao lado. à direita,é dada uma relação de 20 conceitos, devendo ser encontrado umsinônimo para cada um. com o número de letras entre parênteses,todos começados pela letra inicial da palavra-chave As letras de todosos sinônimos estáo contidas no termo encoberto, e respeitando-se asletras repetidas.

Soluções do problema n° 883: Palavra-chave BALDAQUIANOParciais badanal; bandola; boina; bolma; boda, balaia; balona;baiano; bailo; baluda; banido, bula: banda; bundo, baquio, baúna!badana; balada; bando; banal.

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HORIZONTAIS — 1 — que tem medo; queinfunde temor; 9 —tornar-se adepto, abra-çar partido, 10 — arbusto da familia dassolanáceas, de folhas' oblonqas. moles epilosas, llores especiosas enormes, rôseaseinfundibuliformes. usada pelos indígenas,em infusão, para praticas divinatórias o quese justifica por nelas haver escopolamma,afcalôide que provoca sonoiènoa; 11 —que canta ou exalta as belezas do campo,da vida campestre, da natureza, 13 —cachaça; 14 — refeição que os primitivoscristãos tomavam em comum (pl); banque-tés, almoços ou outras refeições de confra-temizaçào por motivos políticos, sociais,etc; 15 — tipo de lava esconâcea. rugoso-ss, que se encontra no Havai, 16 — gordu-ra animal, 17 — variedade do rábano de raizcurta e carnosa (pl.); 22 — saudação, entreos turcos, cortesia, mesura ou cumprimen-to em que há exagero, afetação, rapapé,zumbaia. 23 — na índia, instrumento decordas, do tipo da citara, montado sobreum bastão, geralmente oco. sob o qual sefixam duas cabaças, e sobre o qual seesticam as cordas, geralmente sete. pormeio de cravelhas de madeira; 26 — técni-cí para localizar objetos moveis ou estácio-nénos. medir-lhes a velocidade, determinar-

""-ARIOS DA SILVAlhes a forma e a natureza, e que utiliza aemissào de microondas moduladas e adetecçào e análise do pulso refletido pelosobietos, 27 — iguaria feita com ovos detartaruga ou de tracajâ. farinha e açúcar,pirào de ovos de tartaruga ou tracajá. bati-dos com açúcar e farinha; 29 — título detratamento honorífico que antecede o no-me próprio das mulheres pertencentes àsfamílias reais de Portugal e do Brasil; 30 —pessoa ingênua, simples ou sem importàn-cia; 31 — tudo o mais.VERTICAIS — 1 — cada um dos lados dopescoço do cavalo e doutros animais, qua-dro de números metodicamente ordenadosque permite obter, com pouca demora, ovalor numérico de um resultado que sedeseia, 2 — aclimar; 3 — mulher decostumes fáceis. 4 —- herdade, repartidaem marcos; 5 — tecido gorduroso naregião dos rins do boi. porco ou carneiro(pl.); 6 —causar; determinar, 7 —içado atéo topo do mastro ou até beijar o braço daverga, topetado, 8 — nas religiões politeis-tas, divindade de personificação masculina,superior aos homens e à qual se atribuiinfluência especial, benéfica ou maléfica,nos destinos do Universo; 12 — peça decouro que cobre a boca dos coldres. 16 —

o irmáo mais velho (assim tratado pelosirmãos mais moços); 18 — ajuntar em umtodo (várias cousasl; 19 — desprende-se,20 — diz-se de qualquer comunidade vege-tal em evolução; 21 — garantia plena,pessoal e solidária, que se dá de qualquerobrigado ou coobngado em titulo cambial,24 — variedade de abelha que nidifica nochão; 25 — peça de madeira, às vezes comperfil caprichoso, utilizada no arremate dalunçào entre o teto de madeira e a parede;28 — interieiçâo de dor Léxicos utiliza-dos: Morais; Melhoramantos; Aurélio aCasanovas

SOLUÇÕES DO NÚMERO ANTERIORHORIZONTAIS - batata; asa; acetar;tem; da; apelido; abominável; laparoto;arar; si; ag; lacônica; acidosico; sonos;cala. rosete; at.

VERTICAIS — badaladas, acabar; le; ata-.marados. tspir. arenosos, ativo; sede,amolega; latimce. opalmo; acolá, cose; ica:cor; ar. '

Correspondência para: Rua das Pai-melras, 57 ap 44 — Botafogo — CEP22 270.

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HORÓSCOPOMAX KLIM

ÁRIES — 21/3 a 20/4

Estarão hoje. altamente acentuadas, uma tendência àbenemerência e um senso de ajuda ao próximo quemuito o satisfarão intimamente. Boas perspectivasfinanceiras principalmente se tratando de investimen-tos. aplicações e sorte em jogos loténcos. Contatosimportantes com pessoas ligadas à política e à justiça.Evite discussões prolongadas no convívio mais íntimo.Saúde em fase regular.

TOURO — 21/4 a 20/5

O taurino hoje terá boas indicações para a realizaçãode quaisquer negócios ligados à aparência pessoal,criação de modas, decoração e arte cênica. Suaspossibilidades profissionais dependerão apenas de suaaudácia. Procure expor suas idéias com habilidade eclareza. Bom relacionamento cqrn parentes próximos.Convívio agradável com a pessoa amada. Saúde neu-tra mas, há risco de intoxicação.

GÊMEOS — 21/5 a 20/6Clima de excelente posicionamento profissional para ogeminiano. Projetos novos e criados em base sólidacom grande chance de sucesso se reativados hoje.Suas solicitações e rapidez de decisáo serão favorável-mente notadas. Busque colocar em prática sua fértilimaginação e o dom nato de criatividade Um encontroinesperado poderá mudar toda a sua perspectivasentimental. Saúde regular.

CÂNCER — 21/6 a 21/7 ~~

O clima astrológico de hoje favorece ao escorpianopara o trato com assuntos jurídicos, papéis importan-tes, títulos, herança e legados. Motive-se positivamen-te para melhor desempenho de suas tarefas rotineiras.Um projeto estritamente pessoal poderá se realizar àtarde. Use de maior sinceridade com as pessoas deseu relacionamento mais intimo. Harmonia no amor.Começa uma fase boa para sua saúde.

LEÃO — 22/7 a 22/8O leonino terá, nesta terça-feira, um dia de grandefavorabilidade para as suas iniciativas que estejamligadas à ecologia, natureza e agricultura. Cuidado comassinatura que envolva assunto de certa importânciafinanceira. Boas oportunidades no setor de trabalho.Visitas de parentes, ora distantes, seráo motivo degrande alegria. Busque maior aproximação das pes-soas que o cercam.

VIRGEM — 23/8 a 22/9Os planos do vírginiano para esta terça-feira estáoaltamente favorecidos em todos os setores de suesatividades. Seu desempenho e atitudes profissionaisvèm sendo agradavelmente apreciados por chefes esuperiores. Uma excelente proposta está dependendode seu equilíbrio funcional. Procure dar o máximo desi. Nào receie demonstrar com entusiasmo seu afetocom as pessoas próximas. Saúde boa.

UBRA — 23/9 o 22/10

Persiste para o libriano a influência de Vènus, seuplaneta regente, favorecendo as atividades criativasem arte, literatura e jornalismo. Sua capacidade dejulgamento será posta à prova em decisão de grandeimportância em assuntos relacionados a colegas detrabalho. Cautela e habilidade em tais atitudes. Harmo-nia em família. Busque solidificar seu relacionamentoafetivo Saúde em fase muito boa.

ESCORPIÃO — 23/10 a 21/11

Nesta terça-feira o escorpiano conta com grandefavorabilidade nos aspectos pessoais. Procure se apro-veitar desse clima com maior aproximação de pessoasque possam ajudá-lo. Seus pequenos projetos tendema se transformar em atividades lucrativas. Boas indica-ções para tarefas desempenhadas individualmente.Aspectos muito benéficos para o convívio doméstico eamoroso. Boas indicações para sua saúde.

SAGITÁRIO — 22/11 a 21/12

Favoravelmente influenciadas a retomada de projetosque aguardavam oportunidade adequada a sua implan-taçáo. Uma exigência profissional o obrigará a exporcom clareza suas novas idéias. Redobrada cautela emassuntos de natureza pessoal. Possibilidade de viagemde negócio realizada com sucesso. Apoio e compreen-sào de parentes próximos e da pessoa intima. Diapositivo para sua saúde.

CAPRICÓRNIO — 22/1 2 a 20/1

Resultados positivos para o capricorniano nos novosempreendimentos iniciados nesta terça-feira. Planopessoal e profissional recomendando cautela comatitudes ríspidas e palavras ditas impensadamente.Evite hoje emprestar dinheiro ou aplicar capital empapel de risco. Plano familiar em ocasião de harmônicaconvivência. Seja mais condescendente com a pessoaamada. Saúde neutra.

AQUÁRIO — 21/1 a 19/2

Vivendo um dia neutro em seu mapa astrológico oaquanano poderá moldá-lo a seu contento usando odinamismo em suas atividades rotineiras Estáo desa-conselhados os negócios com imóveis e terras. Bus-que valorizar-se evitando a excessiva dependência.Evite assumir posição contrária a seus superiores,principalmente à tarde. Novas e inconseqüentes aven-turas amorosas. Saúde debilitada.

PEIXES — 20/2 a 20/3

Este dia poderá ser marcado por aguda percepção donativo de Peixes. Seu relacionamento pessoal e profis-sional estará hoje com receptiva boa vontade por partede colegas e colaboradores. Excelente oportunidadepoderá surgir Aproveite essas boas indicações. Apoiooportuno de pessoa do sexo oposto Dia de grandesemoções em termos afetivos. Saúde positiva comgrande vitalidade física

JORNAL DO BRASIL D terça-feira, 5/1/82CADERNO B — 9

O SOM NOSSO DE CADA DIAJANEIRO FERVENTE

Tárik de Souza

MÊS de parcos discos — só

estão anunciados os deJorge Ben e Joào do Vale— o primeiro do ano pretende lotar

palcos e cadeiras. Sem contar oRoberto Emoções Carlos que conti-nua transbordando no Canecão, asestréias começam com Moraes Mo-reira, em inteligente título, O Janci-ro do Rio no Casa Grande, semprede quarta a domingo com sua ban-da. No mesmo diapasáo, bom pago-de de samba e choro no Clara Nu-nes: Cristina Buarque, Elton Me-deiros e Conjunto Galo Preto.

Na TV, a primeira Sexta-Superda Globo é o Milton NascimentoEspecial, que percorre o mapa sen-timental e geográfico de um dosmaiores criadores da MPB contem-porânea, apesar do nível sonoro in-ferior do último disco. Na noite se-guinte, sábado 9, atraçáo para osque desdenham a mesmice do showbizz: a grande flnal, com escolhados quatro classificados que sairãoem compacto, do Festival do Sam-ba de Quadra da Escola de SambaUniáo da Ilha (Rua Coplúva, 120,Caçula, Ilha do Governador). Fun-dada em 53, caracterizada por enre-dos bons, bonitos e baratos, aUniáo Já se prepara para mudar-sede endereço: comprou um terrenona mesma Ilha por Cr$ 22 milhões,"pagos pontualmente", onde er-guerá uma quadra "com capacida-de para 12 mil pessoas". E dia 19,promove outra festa, esta da alados compositores, com convites do

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Gal Costa: de novo emascensãocalibre de Fafá de Belém, EmilinhaBorba e Emílio Santiago.

No simpático e suburbano Pro-Jeto Fim de Tarde, na abertura de82 (dias 9 e 10 de Janeiro, no TeatroArtur Azevedo, em Campo Gran-de), o microfone é da cantora Tere-zinha de Jesus, fruto potiguar acri-doce. Do outro lado do túnel, noTeatro da Lagoai no dia 15, a táoadiada quanto esperada estréia dacantora Lucinha Lins, revelaçãodesde os 17 anos num festival doMunicipal carioca. (Era um tempoem que náo se barrava, à porta, amúsica popular da municipalida-de.) Corista, atriz de TV e cinema,modelo publicitário, Lucinha tam-bém baila em companhia de Clau-dio Tovar (ex-Dzi Croquetes), autorde coreografia, cenário e figurino deSempre, Sempre Mais. Um show dequem promete muito, depois de 600horas de ensaio e um repertório de40 números, divididos entre ChicoBuarque, Ivan Lins & Vitor Mar-

Cristina: em bom pagode desamba e chorotins, Duardô Dusek, Tom Jobim,Nei Lopes, Milton Nascimento emesmo Charlie Chaplln.

Dia 22, a primeira estréia deinternacional, literalmente, de pe-so: o rotundo e sussurrante BarryWhite, rei do pülow-soul, inventa-do por Isaac Hayes. Trazido pelaagência Artplan, a mesma que "ini-ciou" Sinatra no Brasil, White de-sembarca à frente da Love Unlimi-ted Orchestra, de 38 figuras (meta-de completada com brasileiros, porexigência do próprio artista ameri-cano) mais o Love Unlimited Trio,formado por coristas negras.

O mès nâo se encerra sem que oMaracanázinho seja ocupado emsuas duas noites finais, 30 e 31,sábado e domingo, por multidõesávidas de boa música. Quem asarrebanha, de novo em ascensãoartística, é Gal Costa em pleno pi-que de vendas de seu recente eapetitoso disco Fantasia.

O GenghisKhan

brasileiro

GENGHIS DE CÁE DE LÁALGO

semelhante sô ocorreu 15anos atras, quando o estrondo-so êxito do original motivou o

aparecimento de um Brazilian Beatles.Por multo menos talento e sucesso, oscinco alemães Intitulados GenghisKhan têm uma sucursal brasileira des-de 79. Na verdade, o Brazilian GenghisKhan, apenas um quarteto, nem é táobrasileiro assim. Constituem-no, sob no-mes artísticos logicamente, Thor (coreó-grafo, bailarino, cantor e pintor italiano,de Verona), Genghis (ator, bailarino ecantor de Granada, Espanha), Tully(bailarina, coreógrafa, cantora e flautis-ta húngara, de Budapeste) e a paulistaAlexandra, também bailarina, cantora ecompositora. Trata-se de uma curiosaoperaçáo comercial: o Genghis Khanalemão Já está no terceiro LP (Wir Sit-zen Alie Im Selber Boot), editado noBrasil esta semana, enquanto sua ver-sáo local apenas dubla & dança o reper-torio importado do homônino. Além dis-

_goi o quarteto tadk.ade-&^vii tèm^áasadeterminada porcentagem" na divulga-çáo do grupo alemão. Embora perten-cam à mesma etiqueta, Young/RGE, osBrazilian Gheghis Khan têm um con-trato "a seco", ou seja, náo discográfico:apenas em 82 começam a gravar discos,com o prestigio rio nome consolidadoem aparições em shows e musicais deTV,

Uma parceria multinacional, sem dú-vida táo exótica quanto a Imagem des-ses peculiares popstars dlscotequeiros,adaptadores do folclore (Michael, popu-larizado por Trini Lopez) ou difusoresdo romantismo pausterizado (We LoveYou), num esperanto sonoro que lembraaté Roberto Carlos.

DE BOCA EM BOCATUDO

começou, modestamente,com um quarteto de vozes, oBoca Livre. O sucesso do disco

de estréia do grupo, ainda por cimaindependente, puxou o cordão da res-surreição dos grupos vocais. Chegou avez do Céu da Boca, 10 vozes, tambéminicialmente Independentes, numa es-cala harmônica de três sopranos, trêscontraltos, três tenores e dois baixos.Agora, chegou a vez do coral própria-mente dito. Nada menos de 30 bocas,sete sopranos, nove contraltos, sete te-nores e sete baixos, além do regente'Marcos Leite, oompoem o Cobra Coral,

ex-Coral da Cultura Inglesa, que es-tréla, da mesma forma um disco inde-pendente de boa lavra. O titulo conve-nlentemente maroto do LP (quem assis-tiu ao MPB-B1 lembra da rocambolescaapresentação de Cobras e Lagartos, pe-lo Coral, com a participação histriônicade Régine Case) é "Ao (s) Vivo (s)," comparêntesis e tudo. Indica que, além degravado na Sala Funarte (10/8/81), trata-se de um recado aos espertos. Assim, orepertório varia vertiginosamente: deLennon Si McCartney (She's LeavingHome, delioosa) aos três cantos nativosdos Índios Kraô, coligidos por Marlul

Miranda. Do excessivo Carnavalito Hu-mahuaqueno, folclore argentino já gra-vado até por Roberto Carlos, ao futuris-ta Beba Coca-Cola, de Gilberto Mendese Déclo Plgnatari, peça concretônlcaclássica dos eruditos paulistas. Sem es-quecer especialíssima percussão vocalda Patuscada de Gandhl, do grupo deafoxé baiano Filhos de Gandhi.• O Boca Livre, por sua vez, divulga seuterceiro disco no espetáculo de mesmotítulo, Folia, até o flm do mês no TeatroIpanema, sempre às 18h30m, ao preçode uma quina por cabeça. Ou boca

ESCALADAHISPÂNICADESAFIANDO

todas as leis dagravidade, o espanhol JulloIgleslas entra o ano da Copa

equilibrando-se nos plncaros de venda-gem em plena terra da Rainha. Ou seja,sua gravação de Beguin the Bcguine(Volver a Empezor) lidera o hit-paradebritânico frente a campeões de audlên-cia de língua Inglesa como Rod Stewart,Queen, Olivia Newton-John, Earth,Wind & Fire, Diana Ross etc. InglesiasJá anuncia uma temporada brasileiraem 82.

Mas ingleses e clrcunvlzlnhos náoperdem por esperar. Nosso temível Nei-son Ned, "El Pequeno Gigante de laCancion", em bom portunhol, prepara-se para invadir essas e outras terras abordo da poderosa multinacional CBS,que acaba de contratá-lo. Ned, Já emJaneiro, ataca com um infalível Perdida-mente Apaixonado, que certamente re-forçará o sucesso angariado em 26 pai-ses, onde Já empilhou oito discos deouro. Para variar, o transnaclonal ídologravou o novo disco nos EUA, utllizan-do os 54 canais do estúdio Criteria, deMiami, com arranjos de desconhecidosmaestros americanos como Mike Lewis,Gary Lindsay e Stan Webb. Um Rober-to Carlos às avessas? Ou a outra face damesma moeda boleristlca?

•••Já está escalado para o próximo dis-

co de Gilberto Gil nos Estados Unidos,produzido pelo percussionista RalphMcDonald, o hit nacional de ViníciusCantuária, popularizado por CaetanoVeloso, Lua e Estrela.

•••Fagner, em entrevista ao informatl-

vo de sua gravadora, mostra que Cora-zon Alado e Traducir-se, discos grava-dos em espanhol, podem ser apenas aponta do iceberg de sua carreira Inter-nacional: "A língua latina era um passopara poder gravar depois em algumoutro Idioma, um trabalho maior. Erauma Idéia bem mais próxima de mim,do que sair já para gravar um disco nosEUA O disco Traducir-se foi lançadosomente na Espanha, mas já velo para aAmérica Latina. A França vai querer,normalmente. E Portugal também vaiquerer o disco e aí a coisa vai se espa-lhar."

*••Ausente dos palcos há cinco anos,

apesar dos 32 discos de ouro e doisGrammys que acumulou ao lado deprêmios de "melhor guitarrista" (revis-tas Playboy e Guitar Player), o portorri-quenho José Feliciano ressurge das cln-zas, em selo Motown/RCA Llgeiramen-te "dlscotecado" pela produçáo do bam-ba do soul enlatado, Berry Gordy, Fell-clano reembala, em sua voz chorosa, avelha Evcrybody Loves me, com direitoa falsete e violinos. Mas, novidade mes-mo no disco sáo as fotos de capa econtracapa com efeitos de luz e sombrano rosto, pela primeira vez sem os tradl-cionais óculos escuros, de um dos trêsmais célebres cegos do show-bizz, aolado de Ray Charles e Stevle Wonder.

vendagem *"ncar°s de

Nelson Ned (C): a bordo depoderosa multinacional

CONTRAPONTOOÁSIS

no deserto da crise queassolou o mercado em 81, oselo Eldorado, de Sào Paulo,

vem a público com os 52 discos Jáproduzidos desde 77, para acusar umbalanço razoável: restringiu seu volu-me de comercialização numa faixa su-portável de apenas 20%, enquanto amédia geral beirou os 50%. Com conta-tos iniciados para colocar seus produ-tos em mercados alternativos dosEUA, África e Europa, o Eldorado,"dentro da política de buscar a origi-nalldade e náo disputar faixas satura-das do mercado", sob a coordenaçãoartística de Aluizio Falcáo deu prefe-réncia aos discos instrumentais: dos12 títulos que lançou no ano passadonada menos de oito eram de nomescomo Théo de Barros, K-Ximbinho eMeninlnha Lobot além da magníficarevisão da Obra Pianistica de Villa-Lobos, gravada na França por AnnaStelia Chie. Isso sem contar os reper-tórios redivivos de Geraldo Pereira,Anacleto de Medeiros e a música por-tuguesa (Tudo Isso É Fado) e angolana(Folclore e Canções Tradicionais) ge-ralmente omitida no Brasil a despeitoda proximidade da língua. Lições quepodem ser aproveitadas pelas grava-

doras que desejam emplacar um 82menos infeliz e magro.

•••O extraordinário vanguardlsta do jazzOrnette Coleman assinou com a Is-land Records, a gravadora que lançouinternacionalmente o reggae Jamaica-no. O primeiro lançamento sob a assi-natura de Coleman, na verdade, é ma-terial antigo que náo encontrou guari-da em outros seios: o disco FasionFace, na gaveta desde 79.

•••No meio dos rotineiros Grammys queo guitarrista George Benson costumaarrebanhar desde 72 (no ano passadofoi melhor vocalista de rhythm &blues, melhor Instrumental do mesmosetor e melhor vocalista de Jazz) umtroféu coube, ainda que por tabela àMPB: Dinorah, Dinorah, da dupla VI-tor Martins/Ivan Lins gravada por elerecebeu o "melhor arranho instrumen-tal", trabalho assinado por Quincy Jo-nes em parceria com Jerry Hey.

••*Como sempre acontece, na passa-

gem de gravadoras, a Motown agorana RCA abarrota o mercado de relan-çamentos de Stevle Wonder. Já chega-ram às lojas desde o último HotterThan July ao natalino Someday atChristimas, passando por uma velhaseleçáo de greatest hits, que incluidelícias antigas como Signed, Sealed,Dellvered Vm Your*s, We Can Work ItOut, Yester me Yester You, Yesterdaye For Once In My Live.

•••A partir do começo deste ano entra

em vigor uma lei de censura que visa a"reconhecer a evolução do público edos meios de comunicação, assim co-mo eliminar os últimos vestígios dacensura política". A lei reduzirá subs-tanclalmente a faixa etária atingidapelo veto dos espetáculos em geral. Anotícia vem da França de FrançoisMitterrand. Aqui, 82 acena com movi-mento inverso, coonestando a velhafrase atribuída a outro francês ilustre,o General De Gaulle.

*••Boa polêmica para abrir o ano. Em

mesa-redonda sobre a chamada musi-ca contemporânea brasileira, promo-

vida pelo Estado de S. Paulo, o compo-sltor Gilberto Mendes fez questáo deressaltar uma nítida — ainda — dife-rença entre os campos popular e erudl-to. Aspas: "Na música popujar os as-tros sào feitos sob medida para aten-derem às exigências do público. Já amúsica erudita é uma faixa aberta, emque a gente compõe construindo, as-sim, estruturas, livremente, sem apreocupação de chegar a um resultadoacessível ou compreensível ao grandepúblico."

Recomendo ao talentoso Gilbertouma urgente audição ao vivo ou emdisco, de Egberto Gismonti, HermetoPaschoal, para náo falar em NelsonCavaquinho ou mesmo Keith Jarrett

Almeida Prado, outro erudito con-temperâneo, adensa o caldo: "O popu-lar abusa de clichês e nào só paravender discos. É porque é sua maneirade expressar, assim por clichês, coisasjá gastas. A linguagem é tonai e nomáximo modal. Já a música contem-porânea é 80% atonal."

Na certa, Almeida Prado ainda nâoouviu Arrigo Barnabé e Itamar As-sumpçâo, para nâo dizer Frank Zappa.Tabiques abaixo, senhores!

MODA/compras e atualidades

Cintura franzida, cores neutras —caqui, cinza, verde-oliva ou jeans— muitos bolsos, nas parkas,casacos inspirados nas roupasmilitares

A partir do dia 12, napróxima terça-feira, esta-ráo sendo lançadas as co-leções de Inverno dos esti-listas cariocas. As confec-ções Maria Bonita, Mar-que Deposée, GeorgesHenri (que fará desfile,mostrando a nova linha deroupas masculinas), Wal-klria, Folly Dolly demons-trarão a força da criatlvl-dade de moda do Rio. Afl-nal, por mais forte que sejaa Influência francesa ouItaliana no estilo, é admi-rável a capacidade dosnossos profissionais deadaptar as Idéias euro-pelas e americanas à nossamaneira de vestir. Emprincipio, sabemos que osxales e blusas sáo as peçasfortes e para acompanharas mudanças nas vesti-mentas, os sapatos e boi-sas de Tereza Gureghlantambém entram em novosmodelos nesta mesmatemporada. A Feira Janel-ro Fashlon Inaugura seusstaiuls a partir do dia 16,sábado da próxima sema-na, ocupando os salões dosHotéis Nacional e Inter-continental.

O uso do aparelho dear condicionado nos locaisde trabalho tornou obriga-tõríò~a inclusão dos agasa-lhos leves na roupa do dia-a-dia. Primeiro, foram osblazers, depois as jaque-tas, e agora sâo as parkas,que cobrem camisetas eblusas de algodão leves,feitas para enfrentar o ca-lor da rua. A parka é umcasaco, em geral de man-gas compridas (pode tercurtas, como na boutiqueiAebelson), quase semprede brim caqui — melhorainda se for impermeabili-zado — e na cintura é em-butida uma faixa, quefranze o modelo, ao seramarrada. Ê um roupaunissex, elegante e práti-ca, e tem como origem osblusôes militares, usadospelos jovens que procuramatualizar as velhas modasao guarda-roupa que ne-cessita, antes de mais na-da, de ser versátil, baratoe prático. Portanto, comtal argumentação, e com ofato de combinar comsaias justas, Ifica um belo

conjunto, principalmentese a parka é de couro fino),Jeans ou sóbrias calças cá-qui. No Rio. uma boa eti-queta a ser procurada é aJimp's, que faz parks debrim caqui, verde-oliva oude jeans.

Pares desencontradosde brincos para orelhas fu-radas, a Cr$ 480 o par, sâoboas compras na Babllak(R. Visconde de Pirajá,437). Um conjunto Interes-sante: numa das orelhas,vai um coraçãozinho es-maltado, sem pingente; naoutra, um brinquinho flli-granado, em estilo índia-no, com pingente esmal-tado.

Surge um novo centrode moda brasileira: o Cea-rá. Depois de muito tempofornecendo blusas borda-das para etiquetas do Sulou marcando posição co-mo confeccionistaé degrande porte para roupade massa, os industriaisda moda cearense abrirãodebates e palestras comtécnicos do bureau de esti-lo Prornostyl e jornalistasdas revistas Gap e Dépè-che, equipes vindas de Pa-ris para oficializar a modado Norte brasileiro. Seráuma maneira de reunir os.50 conjéccionistas locais,no periodo de 25 a 29 dejaneiro próximo, tempoem que poderão aprendero lado técnico da moda,neste evento que se intitu-la Fórum de Estudos daModa Internacional doCeará. O primeiro tema aser discutido e ensinadopelos franceses (com tra-dução simultânea) será aroupa do verão. Provável-mente o pessoal do Cearátambém tem muito o quedizer aos europeus, em ter-mos de algodão, bordadose moda veranü.

Enquanto o Rio avançaem termos de estampas ln-donéslas e listras de Bali, atendência que mais se no-ta na roupa francesa ê acossaca. Multo simples,com casacos de gola alta eombros retos, mais saiasou calças de pregas, sáoconjuntos requintados pa-ra enfrentar o Inverno slbe-riano que assola a Europa.

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' 5L> '": ^ÍmmICasaco de lã, estampada comotafetá moiré, com saia de pregacentral, na interpretação da linhacossaca, de Givenchv

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Zbigniew Zapasiewicz (no papel-título de Lounine ou a Morte de Jacques,o Fatalista, de Edouard Radzinski):"E preciso saber por que se quer ser ator"

TEATRODISCUTIDO

MA POLÔNIA,-JANTES DALEI MARCIAL

Yan Michalski

URANTE os meses que durou, na Polo-nia, o sonho de uma nova e democráti-ca organização das instituições nacio-nais, o teatro foi um dos campos de' atividade que mais se interrogaram sobre o papel.que lhe caberia na sociedade que parecia estar

. sendo construída. Ao mesmo tempo em que no• plano artístico tornava-se claro que o teatro eraincapaz de absorver, a curto prazo, as rápidasmodificações que se processavam no país, e trans-formá-las em matéria-prima de uma criação ino-¦ vadora e atual, no plano institucional, teórico eideológico as discussões não paravam de ferver.Algumas das trocas de idéias mais importantes' tiveram por cenário a Assembléia Geral Extraor-dinária dos Delegados da Associação dos ArtistasPoloneses de Teatro e de Cinema, realizada emabril de 1981 em Varsóvia. No desfecho dessareunião, a antiga Associação loriginalmente cria-da em 1949, em plena era do estalinismo) foisubstituída por urna União dos Artistas dos PalcosPoloneses, "...reunindo homens e mulheres de tea-tro que trabalham no campo da criação, e in-cumbida de todos os direitos de defesa das compe-tendas profissionais e do nível artístico do tea-tro." Paralelamente, jâ existia, desde setembro de1980, o Sindicato Independente e Autônomo dosEmpregados de Teatro Solidariedade, com sedeem Gdansk, "reunindo todos os homens e mulhe-res de teatro, inclusive os trabalhadores manuais,e incumbido de todos os direitos sindicais". Afiliação a cada uma dessas entidades náo excluíaa inscrição do mesmo profissional na outra, jâ queo âmbito da União seria de ordem predominante-mente cultural, enquanto o Solidariedade encar-regava-se de assuntos mais especificamente sindi-cais.

Os números de junho-julho e de agosto darevista Le Théâtre en Pologne trazem inúmerosartigos que refletem as preocupações e o estado deespírito dos artistas teatrais poloneses antes de 13de dezembro de 1981. Transcrevemos, a seguir,alguns trechos particularmente interessantes erepresentativos; e, em certos casos, capazes até deenriquecer uma eventual discussão sobre os pro-blemas atuais do teatro brasileiro.

"O QUE E HOJEO TEATRO NACIONAL?"(Trecho de uma intervenção do escritor BohdanKorzoniewski na Assembléia Teatral de Varsórvia,em abril de 1981.)

6 i t\ mais alta tarefa da arte consiste sem dúvidaX3l er" suscitar e expressar os sonhos dos ho-

. jnens. Será que o teatro, e sobretudo o Teatro Naclo-¦_-nal (um dos principais teatros estatais da Polônia —¦;Y.M) terá a coragem de assumir esta tarefa? Conse-

gulrâ superar a zona de isolamento que separa hoje o, seu edifício e as suas poitronas estofadas das pessoas

da rua e do campo? De que maneira ele concluirá as.; suas alianças com a sociedade? Digo isto nâo para.^,fazer perguntas que eu mesmo nâo saberia responder,

mas para lançar um apelo na esperança de suscitar; ecos de longe. Não muito de longe, aliás, pois o teatro' nào deve desperdiçar uma oportunidade histórica táo

grande que dificilmente há de ser apresentar de novonum próximo futuro. Se as propostas dentro dos——edifícios do teatro burguês não surtirem efeito, talvez

fl. .tenhamos de recorrer a propostas radicalmente dife-. .'•¦•rentes? Talvez o futuro Teatro Nacional tenha de ser

criado desde o inicio na base de um acordo espontá-j neo entre grupos de atores e grupos de espectadores?

O espetáculo surgiria então como uma manifestação- de clube, encomendada e financiada por organizações." de trabalhadores e camponeses para os seus mem-• .bros. Isto permitiria ao teatro recuperar um caráter

que ele teve por muitos anos, e que perdeu quase' '.totalmente no século passado, durante o qual ele foi__. transformado numa espécie de empresa produzindo¦fá diariamente para as necessidades do mercado, coisa

..-'.que o socialismo cheio de admiração diante da sua•«.•economia levou a um nível de quase caricatura. Oí- l. teatro sú tomaria a palavra quando tivesse realmente

algo a dizer, como todo artista autêntico. Se, dlrigin-j/-do-se a pessoas que desejam arte, ele lhes trouxer umqq Jpoeta, e Junto com ele apresentar no palco uma novasixóbra nascida, como as antigas, dos entusiasmos, das-'•*. esperanças e das decepções de seu tempo, entáo ele se¦tornará aquilo que o teatro deve ser."

sâo demasiadamente numerosos na Polônia. Sáoatrapalhados pelos planos, pelos regulamentos, esobretudo nâo dispõem nos seus respectivos meios deum número suficiente de espectadores desejosos defreqüentá-los. E, qualquer que seja no futuro o nivelintelectual da sociedade, será sempre assim, pois náoexiste nenhum motivo racionai para que todo mundodeva gostar de teatro. É só nos barzlnhos teatrais quese costuma dizer: "O poderoso Fulano é um Imbecil,ele nunca vai ao teatro." Queiram os céus que esteseja o único elemento de tolice dos poderosos! (...)El5-por-que_é..tào dlficiLcolocarmo-nos de acordoquanto ao que esperamos do teatro, e o teatro esperade nós. Os Interesses dos que estáo no pelotão dafrente e dos que correm mais atrás são tão contradito-rios que se pode mesmo duvidar que um tal acordoseja possível. As discussões nas nossas reuniões econgressos sempre se reduzem, há anos, a problemasda existência material. Os que estáo no topo dahierarquia sentem-se perturbados por este fato, comose a culpa fosse deles. O diálogo sobre os fundamentosideológicos do teatro é sempre dominado por aquelesque estáo convencidos de que o mero fato de serematores (ou seja, possuírem o respectivo atestado ofl-ciai) lhes confere o direito de exigir do meio, daAssociação e, finalmente, do mecenas, privilégiosespeciais. (...)

Sou membro, e mesmo militante, do Solldarieda-de; aderi portanto àquilo que é cada vez mais rotlnei-ramente chamado "o movimento de renovação". Masapós alguns meses desse trabalho percebo com espan-to que uma vez passado o periodo da primeira euforiae das magníficas manifestações profissionais e ideoló-gicas de nossos colegas (sobretudo os de Gdansk),para as pessoas que começam a tomar a palavra tudoque está ligado à noçáo de renovação no teatro nãotem quase nada a ver com a própria natureza de suaatividade. Em nome de uma democracia malcom-preendlda, começam a ser feitas exigências que visamao nivelamento de todos quanto aos seus direitos náosó materiais mas, coisa mais grave, também artis-ticos."

"RELAÇÕES ENTREPASSADO E PRESENTE"(Trecho do artigo daAugust Grodzicki, no n° 274-275de Le Théâtre em Pologne.)

OS teatros da Polônia vlram-se diante de uma

tarefa difícil, para a qual estavam precária-mente preparados. O que representar para satisfa-zer as necessidades de um público que busca noteatro um testemunho de seu tempo, dos proble-mas morais, nacionais e sociais vivos? Aqui eacolá recorre-se aos clássicos, mas os resultadostêm sido pouco conclusivos. Uma nova dramatur-gia nâo nasceu ainda. As raras peças que, de umaou de outra maneira, tocavam, ainda que pormetáforas, nas questões vitais para a sociedade ouas pressentiam vagamente, empalideceram dianteda natureza dramática dos acontecimentos, e doreflexo que estes encontram nos meios de informa-çào. O teatro pede tempo para reencontrar-se ereafirmar-se, tanto que para isto precisa de mu-danças estruturais e ideológicas. Enquanto espe-ra, procede por meias-medidas ou por paliativos.Daí o crescimento dos cabarés literários, que rea-gem de imediato aos fatos de hoje e de ontem,sendo esta a natureza da sua arte. (...) Também osteatros retomam contato com a fórmula do cabarésatírico. (...) Um outro gênero são as montagenspoéticas, (...) manifestações que teatralizam a poe-sia. Outros fazem o mesmo com o jornalismo."

"O TEATRO ESCRITÓRIO"(Trecho do artigo de Jan Klossowicz intitulado OTeatro Está Queimando, publicado no n° 12/1981da revista Literatura.)

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CONSIDERAÇÕES SOBRE ASITUAÇÃO DO ATOR POLONÊS'(Trechos da intervenção do ator ZbigniewZapasiewicz, na mesma Assembléia.)

-.((npUDO que disse até agora (...) visa a nosJL conscientizar de que quem quiser na Polônia

de hoje adotar a profissão de ator deve antes saber. por que fazê-lo; pois só o desejo de apresentar-se em

público náo basta. Fundamos na Polônia desde avguerra um considerável número de teatros, partindo

do princípio de que o teatro é e deve ser uma arte demassa. Criamos três escolas de arte dramática; mui-

I ,tos atores amadores tornaram-se profissionais; cursos-foram organizados Junto a companhias teatrais. Mui-

tos grupos amadores obtiveram o status profissional.Hoje parece evidente que esses teatros permanentes

'Equer dizer que eles não devam ser todo

subvencionados. Mas a subvenção dada a mausteatros é um absurdo. Porém, o cerne doproblema nâo diz respeito à economia. Não setrata de uma rentabilidade maior ou menor;trata-se de saber se o teatro preencheefetivamente suas funções geradoras de cultura,se atende realmente a uma necessidade social ese está ligado à sociedade. A instituição naqual se transformou nosso teatro não atende,no seu conjunto, a essas condiçõesfundamentais, ou só o faz cada vez pior".

"TEATROS DEMAIS"(Texto do diretor Zygmunt Hubner, em resposta auma enquête do semanário Solidariedade, n° 3, de17.4.81.)

<*jf\ que eu espero do Solidariedade? Sem\J dúvida o que todos esperam. Mas pouca

coisa para o próprio teatro. Não creio que umamultidão de operários venlia de repente ao teatro.Talvez renasça a tradição dos teatros operários,assassinados pelo movimento amador planiflcadode cima para baixo, sobretudo nos anos 50, mastambém mais tarde... Em compensação, não acre-dito que o meio teatral disponha de forças capazesde modificar o que quer que seja na estrutura doteatro, burocratizada. e pletórica a um ponto ab-surdo. Temos na Polônia um excesso de teatros, ea meu ver precisamos de mudanças no teatro. Masseria preciso começar por analisar o modelo devida cultural nas capitais das províncias: de queteatros essas cidades precisam, se é que precisammesmo de teatros, pois é possível que os habitan-tes necessitem mesmo de outra coisa. É precisosimplesmente estudar em primeiro lugar o merca-do, como o faz um industrial antes de lançar umproduto, para náo reproduzir os erros que tem porresultado teatros e casas de cultura vazios. Pensoque existe ali matéria para reflexão e um campode açáo para os sociólogos, os Jornalistas dacultura e também para os militantes do Solldarie-dade, que devem saber melhor o que as pessoasquerem e de que necessitam. Mas é evidente queos artistas, inclusive os filiados ao Solidariedade,váo se defender contra a redução de teatros."

MUSEU AFRO-BRASILEIROUMACEORIGINAL

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Entre as 800 peças do MuseuAfro-Brasileiro, estão expostos desdeobjetos usados ritualisticaménte até osde uso doméstico, adornos, estatuetasde santos africanos, apetrechos de cadaorixá do candomblé

Symona Gropper

SALVADOR

— Oito anos de-pois de Idealizado pelo ex-diretor do Centro de EstudosAfro-Orientals (CEAO) da

Universidade Federal da Bahia, Gui-lherme de Souza Castro, inaugura-seno próximo dia 7 o Museu Afro-Brasileiro no Terreiro de Jesus, pri-meiro no gênero no país e com umacervo precioso, onde a maioria daspeças é de origem africana.

No projeto e montagem do novomuseu baiano foram investidos Cr$ 4milhões e muita paciência, pois osseus defensores precisaram contornaranos de boicote e combate desenca-deados por várias entidades médicasque consideravam "uma verdadeiraprofanação ao santuário da Medicinabrasileira" a instalação do MuseuAfro-Brasileiro dentro do prédio seis-centista que serviu de sede à primeiraescola de Medicina não só do país, masde toda a América do Sul.

Antigo e mal conservado, o prédiosó foi restaurado graças â verba fede-ral liberada para a criação do museu e,finalmente, passa a abrigar, lado alado, tanto a etnografia afro-brasileiracomo os livros médicos e os conselhei-ros do Instituto Baiano da História daMedicina, que terminaram por capi-tular.

Afinal, trata-se de um museu quecomeça prestigiado: sua inauguraçãocontará com a presença, entre outros,do Ministro das Relações Exteriores,Saraiva Guerreiro, e quatro embaixa-dores africanos, além de autoridadesbaianas.

O Museu Afro-Brasileiro tem cercade 800 peças, reunidas a partir domagro acervo original, que já existiano CEAO, acrescido das importantesdoações recebidas de países africanoscomo Angola, Senegal, Nigéria, Costado Marfim, Cabo Verde e até mesmodo Museu Real de Tervuren, na Bél-gica.

Ao longo de três salões, très salasmenores e 34 vitrinas de vidro, estãoexpostos desde objetos usados ritua-listicamente até os de uso doméstico,adornos e jóias, estatuetas de santosafricanos, máscaras para dança, osapetrechos específicos de cada orixádo candomblé.

Há representações em madeira deIbèjis (santos gêmeos protetores dascrianças). Quando um dos gêmeos deuma família morre, ele passa a existirem casa sob forma de estatueta, parti-cipando da vida familiar como se ain-da fosse um ser humano — alimentolhe é oferecido, banho lhe é dado. Só

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O pequeno acervo do Centrode Estudos Afro-Orientais daUniversidade Federal daBahia foi ampliado comdoações de Angola, Senegal,Nigéria, Costa do Marfim,Cabo Verde e Bélgica

quando a mãe ou o gêmeo sobreviven-te morre, é que a estátua do primeirogêmeo falecido deixa o lar, sendo en-terrado com a máe ou com o irmão.

Elementos muito Importantes naescultura africana sáo a cabeça (sem-pre correspondente a um oitavo docorpo) e o umbigo proeminente, talvezpelo fato de a raça negra ser muitosuscetível à hérnia umbilical, confor-me especula a diretora do CEAO, ledade Souza Castro que. junto com o ex-diretor Guilherme de Souza Castro,seu marido, encabeçou a montagemdo museu.

Ali podem ser apreciadas as bande-jas de adivinhações dos feiticeiros, ge-ralmente com a cabeça de Exu escul-pida numa das bordas, mas às vezesornamentadas com entalhes represen-tando animais bravlos. A bandeja écoberta de areia muito fina ou farinhamuito alva e o feiticeiro joga sobre elaas 16 pedras (ou búzios) necessáriaspara a adivinhação. De acordo com aslinhas traçadas pelos búzios na fari-nha, ao rolarem sobre a bandeja, osfeiticeiros adivinham o destino da pes-soa que os consulta.

As bandejas de adivinhação estãocolocadas na parte do museu destina-da ao "Crer" — uma das divisões damontagem das peças, que ficou a car-go da professora de museologia JacyraOswaldo — que busca mostrar os as-pectos espirituais, através dos objetosde uso ritual e utilitário com referênciaideológica, tanto nas culturas africa-nas como nos setores da cultura brasi-leira influenciada por elas.

Lá estáo. assim, as divindades afri-canas, o culto aos mortos, as diversasdivindades africanas cultuadas noBrasil, orixás cultuados também pelosiorubás da Nigéria, os vodus cultuadospelos gèges do Togo e de Benlm, osinquices cultuados pelos povos bantosdo Zaire, Conn:) e Angola.

No culto aos mortos, pode-se apre-ciar belas máscaras de madeira pinta-da, que náo são imagens, mas se pene-tram do espírito, ou seja, sáo a própriapersonificação do morto que se estácultuando. Sem contar os apetrechosritualisticos de todos os orixás, comocoroa, contas (colares), ferramentaspróprias de cada deus do candomblé,braceletes.

Há peças de cerâmica, desde utili-dades domésticas até objetos slmbóli-cos, como os que representam o abortode gêmeos ou o nascimento de gêmeosdo mesmo sexo ou de sexos diferentes.Ou pequenos bonecos de madeira queas mulheres africanas trazem às costasdurante a gravidez, para que o futurofilho tenha boa sorte ou nasça do sexodesejado pelos pais.