Direito Tributário

25
DIREITO TRIBUTÁRIO Origem do Tributo Surgimento do Estado Formas do Estado Absolutismo (Sec. XVII) – confusão de interesses entre público e privado " L'État c'est moi ”, o Estado sou eu. Liberalismo (Séc. XVIII) – o Estado passa a ocupar-se da defesa externa, defesa interna e prestação da jurisdição. Marxismo – com a 1ª Guerra Mundial, pregando o mais alto grau de igualdade. Neoliberalismo – novo, Estado mínimo. Necessidade de recursos – deu origem aos parlamentos que se ocuparam de justificar as decisões do rei, na medida em que ratificavam e davam ares de legalidade aos impostos. São Mateus – cidadãos livres Tributos In natura – entrega de parte importante da própria produção. In labore – entrega do próprio trabalho como forma de pagamento de imposto. O Caráter Voluntário dos Impostos Fases Parasitária – guerras, relação de poder, direito internacional, fortuna de Cesar, obrigatoriedade. forma de obter o tributo, Roma fazia guerras de conquistas para extorquir o povo vencido. O direito internacional da época previa essa condição. Obrigatoriedade da entrega de riquezas era da relação de poder entre os povos. A fortuna de César é célebre, marcou na história como algo imenso e fruto das guerras

Transcript of Direito Tributário

DIREITO TRIBUTÁRIOOrigem do Tributo

Surgimento do Estado

Formas do Estado

Absolutismo (Sec. XVII) – confusão de interesses entrepúblico e privado "L'État c'est moi”, o Estado sou eu.Liberalismo (Séc. XVIII) – o Estado passa a ocupar-se dadefesa externa, defesa interna e prestação da jurisdição.

Marxismo – com a 1ª Guerra Mundial, pregando o mais altograu de igualdade.

Neoliberalismo – novo, Estado mínimo.

Necessidade de recursos – deu origem aos parlamentos que seocuparam de justificar as decisões do rei, na medida em queratificavam e davam ares de legalidade aos impostos.

São Mateus – cidadãos livres

Tributos

In natura – entrega de parte importante da própriaprodução.In labore – entrega do próprio trabalho como forma depagamento de imposto.

O Caráter Voluntário dos Impostos

Fases

Parasitária – guerras, relação de poder, direitointernacional, fortuna de Cesar, obrigatoriedade. formade obter o tributo, Roma fazia guerras de conquistas paraextorquir o povo vencido. O direito internacional da épocaprevia essa condição. Obrigatoriedade da entrega deriquezas era da relação de poder entre os povos. A fortunade César é célebre, marcou na história como algo imenso efruto das guerras

Regaliana – significado, produção dos súditos. Os reiscobravam tributos sobre a produção dos súditos, não mais aforça.Tributária – Carta Inglesa de 1.215, Princípio daLegalidade, tributos cobrados a partir da lei. Em Roma,imposto sobre consumo (macellun), imposto de importação(porturiun), em Portugal, o quinto, sobre as pedrasbrasileira. O imposto passou a ser uma relação jurídica; NoBrasil Ato Adicional 1.834, impôs limites e fundamentosdo Direito Tributário Brasileiro reforma tributária (EC1965, até hoje), CTN (Lei ordinária 5.172/66), CF 1988.Social - com o passar do tempo, os tributos não mudaram nasua essência, mas apenas na sua apresentação. O tributo éhoje o principal instrumento do Governo (ou do Estado) pradiminuir as desigualdades sociais.A necessidade de adotar regras de conduta, para a boaconvivência, uma forma superior se fez necessária. Surgiu oEstado para regras as relações.Centralizado Estado uno.Descentralizado vários entes (Estados membros).Absolutismo interesse do Rei e do Estado se confundiam,“o Estado sou eu.”.Liberalismo responsabilidade mínima do Estado, apenaspara a defesa interna e externa e justiça.I Guerra Mundial desmantelamento das instituições dandovez ao marxismo, possibilitando (a visão de...) igualdademáxima entre os povos.Neoliberalismo com retiradas de responsabilidades doEstado, ficando apenas a educação, segurança e saúde.Baleeiro sempre que surja um novo estado é necessária acriação de tributos.Sentença de Jesus Cristo negou-se a pagar tributos aRoma.Parlamentos de forma incipiente, foram criados paracorroborar a cobrança de tributos.Cidadãos livres não pagavam tributos, tinham obrigaçõescívicas.Povos escravos pagavam impostos.Denominações doações, contribuições para casamentos efestas, presentes, despojos de guerra.“In natura” em bens, cereais, gado, eram coativamenteexigidos.

“In labore” através do trabalho, como construção deestradas, etc.Caráter voluntário em vidas tribais, os comuns doavam aolíder como gratidão.

Aspectos Gerais do Direito Tributário

Os objetivos fundamentais do DT são, através daregulamentação e cobrança dos impostos, suprir asnecessidades financeiras do Estado, de forma que estecumpra com o que prevê o Art. 3º da CF, ou seja: I - construiruma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional;III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociaise regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça,sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

Princípio da Solidariedade – o DT regula os tributos eesses são a fonte que abastece os cofres do governo paraatender ao art. 3º da CF.

Conceito de Direito Tributário – regula a relação entre ofisco e os contribuintes no tocante à instituição,fiscalização e arrecadação de tributos.

Partes – credor: sujeito ativo (poder público); devedor:sujeito passivo (contribuinte). Passivo – o contribuinte,que tem relação direta com o fato gerador (IPTU, oproprietário); o responsável, tem o dever de recolher, masnão tem ligação com o fato gerador, decorre de lei (I.R.,retém do empregado e repassa à RF).

Receitas Públicas

Extraordinárias – caráter temporário, surgem num momento deanormalidade, por ex. empréstimo compulsório, impostos deguerra.Ordinárias – periodicidade, regularidade.Originárias – decorrem da exploração, por parte do poderpúblico, de seus bens e empresas.Derivadas – são as receitas tributárias. Derivam do poderde tributar do Estado.

Relações com outros ramos do direito

O Direito é dividido em ramos para melhor entendimento emais fácil aperfeiçoamento.

Autonomia – o direito é autônomo, havendo divergências,porquanto o direito é uno.

Direito Público –

Direito obrigacional – dá o liame de haver obrigatoriedadeentre o Estado que possa constituir tributos e ocontribuinte que deve pagar.

Direito Administrativo – regra a administração do Estado.

Direito Financeiro – emancipou-se do administrativo. Rege aatividade financeira do Estado.

Direito Tributário – emancipou-se do financeiro. Regula ostributos do Estado.

Constitucional – é o tronco do qual brotam todos os ramosdo direito. A CF atribui competência para os entespolíticos criarem tributos.

Penal – é aplicado quando o responsável/contribuinte senega a honrar com o pagamento do tributo, gerando o própriotributo, mais multa e CM.

Processual – vai orientar a discussão do enquadramento dascominações. Inicia pela esfera administrativa e segue pelajudicial.

Internacional/público – orienta as questões que envolvem asrelações do cidadão brasileiro no exterior. Convenções etratados, dispõe sobre a tributação.

Civil – IPTU, é direito tributário, mas a propriedade, opatrimônio, são institutos do direito privado.

Relações com outros ramos da ciência

Merceologia – classificação, especificação e atribuição denomenclaturas dos produtos fabricados.

Ciência das finanças – orienta, por seus estudos econclusões, o ente público quanto à implantação detributos. Ex.: quanto maior a alíquota maior a sonegação,sendo o inverso verdadeiro.

Economia – estudos relacionados á produção.

Limitações ao Poder de Tributar

A fim de evitar a exacerbação da carga tributária (Art. 152CF, “É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aosMunicípios estabelecer diferença tributária entre bens eserviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedênciaou destino.). É multissecular, da antiguidade. Quanto àmaterialização da imunidade, é absoluta.

Princípio da Carta Inglesa de 1.215 – Legalidade – tributocriado com a concordância do povo, somente através de lei.

Independência americana –

Fundamento da tributação – é o princípio do qual emana odireito de tributar.

Plano Genérico –

Segurança Jurídica (Art. 5º, II, CF, “ninguém será obrigadoa fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude delei;) – para que não haja arbitrariedade tributária, énecessária lei para instituir o tributo.

Plano tributário (Art. 145, I, CF, “A União, os Estados, oDistrito Federal e os Municípios poderão instituir osseguintes tributos: I – impostos”) – explicita aimpossibilidade de criação de tributos sem a respectivalei, e neste caso, não uma lei no sentido lato, como umasimples regra, mas Lei no sentido restrito, emanada do

Poder Legislativo, cumpridos os ritos previstos para aelaboração e aprovação da Lei.

Ato de Instituir – as especificações, tais comocontribuinte, base de cálculo, periodicidade, alíquota.

Aumento da base de cálculo – é a correção do valor da base,equiparando-se a aumento da tributação, portanto necessitade lei.

Atualização monetária – não é aumento de tributo, exceto sea correção for maior do que a inflação. Pode ser realizadacorreção por decreto.

Exceções – o poder público pode elevar a alíquota sem lei,por decreto, dos tributos a seguir, pois se constituem emreguladores de mercado, da economia, considerados impostosde natureza extrafiscal: Imposto de Importação, Imposto deExportação, IPI, IOF, CIDE (combustíveis), ICMS(combustíveis).

Natureza fiscal = função meramente arrecadatória.Natureza extrafiscal = o tributo não se destina apenas asuprir os cofres do Estado, mas também interferir nomercado a fim atuar pontualmente num setor que estejasuperaquecido ou necessitando de estímulo.

Motivo – para a criação da lei – se ordinária, maioriasimples; se complementar, maioria qualificada, ou seja, 50%mais 1 do quadro da casa legislativa.

Medida provisória – tem força de lei.

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

Princípio da isonomia

Conceito – vale para todos igualmente.

Plano Genérico – art. 5º da CF.

Plano Tributário – art. 150, II, CF “Sem prejuízo de outrasgarantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: II -instituir tratamento desigual entre contribuintes que seencontrem em situação equivalente, proibida qualquerdistinção em razão de ocupação profissional ou função poreles exercida, independentemente da denominação jurídicados rendimentos, títulos ou direitos;” – cláusula “non olet”,ou, não tem cheiro (o dinheiro), pouco interessa a origemdo dinheiro, mas sim o seu destino.

Princípio da Proibição de Privilégios Odiosos – não podehaver tratamento diferenciado, beneficiando a alguns emdetrimento de outros.

Interpretação do Fato Gerador – se tem origem lícita.Abstrai-se a questão da licitude ou não da origem da renda,ela apurada, será tributada. A verificação da licitude ounão da origem da renda é outra questão.

Igualdade na Lei e Perante a Lei – para reforçar aigualdade de aplicação da lei a todos. Igualdade aolegislador e igualdade ao aplicador da lei.

Princípio da Capacidade Contributiva

Conceito – art. 145, § 1º, CF “Sempre que possível, osimpostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo acapacidade econômica do contribuinte, facultado àadministração tributária, especialmente para conferirefetividade a esses objetivos, identificar, respeitados osdireitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, osrendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.”

Quantum mínimo vital (Alemanha, 1873) – a carga tributáriaincidirá sobre o cidadão de forma a não lhe atingir omínimo necessário à sua manutenção e de seus dependentes.

Fundamento – preservação da dignidade da pessoa humana.

Aplicação – não apenas para impostos, para tributos dequalquer espécie.

Análise subjetiva para incidência do imposto – por ex.,I.R., leva em conta vários aspectos da vida docontribuinte, como nível de renda (alíquotas progressivasem função do total da renda), número de dependentes, se osdependentes ou o próprio contribuinte estudam, despesasmédicas familiares, etc.

Análise objetiva para incidência do imposto – não se levaem conta a situação do contribuinte, apenas e tão somente ofato gerador. O IPTU, p/ex., tem a capacidade contributivaverificada apenas e tão somente a partir do valor doimóvel.

Mapas Mentais

O que são? Métodos de trabalho.

Qual o objetivo? Facilitar aprendizagem.

Preâmbulo da Constituição

Nós, representantes do povo brasileiro,reunidos em Assembléia NacionalConstituinte para instituir um EstadoDemocrático, destinado a assegurar oexercício dos direitos sociais eindividuais, a liberdade, a segurança,o bem-estar, o desenvolvimento, aigualdade e a justiça como valoressupremos de uma sociedade fraterna,pluralista e sem preconceitos, fundadana harmonia social e comprometida, naordem interna e internacional, com asolução pacífica das controvérsias,promulgamos, sob a proteção de Deus, aseguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICAFEDERATIVA DO BRASIL.

Curva de Lafer – procura determinar o ponto de máximaarrecadação, onde alíquota “0” corresponde a “0” dearrecadação, e da mesma forma, alíquota “100%”,

corresponderá a sonegação total, ou seja, arrecadaçãotambém, “0”. A Curva de Lafer apresenta no seu curso, umponto no qual ocorrerá o equilíbrio entre a taxação e aarrecadação.

A limitação do poder de tributar é subliminarmente previstanas cláusulas pétreas da CF, art. 60, § 4º, IV “os direitose garantias individuais.”

Princípio da Proibição de Confisco (princípios constitucionais de defesa do contribuinte),Art. 150, IV, CF “utilizar tributo com efeito de confisco”.Não há uma alíquota que defina um tributo com naturezaconfiscatória, mas apenas o sentimento de que é exagerado.

Doutrina – é vaga no tocando a definição, mas refere-seapenas ao excesso quanto à capacidade contributiva docidadão.

Evolução do princípio - inicialmente o predomínio daconquista dos povos mais fracos, seguindo-se a RevoluçãoFrancesa e hoje, com uma proteção maior ao contribuinte.Aspectos Gerais

Extrafiscalidade – finalidade que ultrapassa a mera funçãoarrecadatória, mas tem também a finalidade de estimular umadeterminada região ou atividade, ou ainda inibir umdeterminado mercado.

Montesquieu – “não há nada mais importante a regular, pelasabedoria e vivência, o que se deve tirar do súdito e quedeva dar ao súdito.”

Primeiro documento (1825) – proibindo o confisco “éproibido retirar de qualquer pessoa, alguma coisa, contrasua vontade e sem indenização.”

Direito comparado (Argentina) – acima de 36% na áreaimobiliária, é considerado confisco, da mesma forma maiordo que 33% sobre os bens de herança.

Mínimo vital (art. 7º, IV, CF) – “salário mínimo, fixado emlei, nacionalmente unificado, capaz de atender a suasnecessidades vitais básicas e às de sua família commoradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,higiene, transporte e previdência social, com reajustesperiódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendovedada sua vinculação para qualquer fim;”

Representação

É confisco incidirsobre

Não é confiscosobre

É confisco quandogerar

Mínimo vital Capacidadecontributiva

Mutilação dapropriedade

Princípio da Não Limitação do tráfego de pessoas e bens

Previsão – Art. 150, V, CF “Sem prejuízo de outrasgarantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União,aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: V -estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, pormeio de tributos interestaduais ou intermunicipais,ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de viasconservadas pelo Poder Público”. Pressupõe a liberdade nasfronteiras entre municípios e Estados.

Genérico – Art. 5º, XI, CF “a casa é asilo inviolável doindivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimentodo morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre,ou para prestar socorro, ou, durante o dia, pordeterminação judicial;”

Exemplo – ICMS, é diferente de tributar ou cercear acirculação, visto que o fato gerador é a saída do bem doestabelecimento comercial, e a circulação em muitas dasvezes se dá dentro dos limites do município; pedágio, éexceção, podendo ser tarifa ou preço público, dependendo dequem explora o serviço.

Princípio da Anterioridade Tributária

Da anterioridade anual – Art. 150, III, “b”, CF “Semprejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, évedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aosMunicípios: III - cobrar tributos: b) no mesmo exercíciofinanceiro em que haja sido publicada a lei que osinstituiu ou aumentou;”

Da anterioridade nonagesimal – Art. 150, III, “c” “...antesde decorridos noventa dias da data em que haja sidopublicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado odisposto na alínea b; ”

Aplicação da anterioridade – é cumulativa, tem que obedeceros dois prazos, tanto do ano da edição quanto dos noventadias de anterioridade da lei.

Exceções simultâneas – aos princípios da anterioridadeanual e da nonagesimal: Imposto de Importação, Imposto deExportação, IOF, Imposto Extra para a Guerra, empréstimocompulsório (para guerra e calamidade pública).

Exceções à Anterioridade Anual – IPI, ICMS-combustíveis,CIDE-combustíveis.

Exceções à Anterioridade Nonagesimal – I.R, fixação da basede cálculo do IPTU e IPVA.

Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade

Não é um princípio constitucional, mas da Administraçãopública (37, CF). Está implícito. Também aplicáveis aoutros ramos do direito.

Razoabilidade (EUA) e proporcionalidade (Alemanha) são omesmo princípio? Dizem que sim...

Exemplificação (Roberto Barroso): proporcionalidade –balancear, sopesar; razoabilidade – correspondência.

Princípio da proibição de Concessão de Isenções Heterônomas

Previsão: 151, III, CF

Enunciado: um ente público não pode interferir na área deoutro, ex.: Estados não podem isentar IPTU, bem como aUnião não pode isentar ICMS.

Instituir, isentar: anistia, remissão, benefício fiscal.

Alcance: não se restringe apenas à isenção, mas tambémqualquer benefício fiscal.

Princípio da Uniformidade Geográfica

Previsão: 151, “c”, CFPrevisão (União): deve ser uniforme em todo o territórionacional, exceto para o caso de incentivos fiscaisdestinados a desenvolver determinadas regiões, que por suascaracterísticas, apresentam maiores dificuldades dedesenvolvimento do que outras (Zona Franca de Manaus,p/ex.).

Relativização de igualdade: concedendo incentivo fiscal(IPI) para instalação no Norte/Nordeste flexibilização.

Princípio da Proibição de Tratamento Diferenciado em Razãoda procedência ou Destino

Previsão: 152, CF

Corolário: desdobramento do anterior

Enunciado: para os estados o estabelecimento de diferençasem relação à origem ou destino dos bens.

Objetivo: coibir barreiras fiscais. Minas Gerais: concedeubenefício fiscal para produtores de leite que entregasseleite para os locais. Viola o princípio, foi revogado.

Princípio da Irretroatividade

Previsão: 150, III, CF

Genérica: 5º, XXXVI, CF – respeito ao ato jurídicoperfeito, coisa julgada e direito adquirido.

Específica: corolário; não pode cobrar tributo sobre fatoocorrido antes da vigência da lei, apenas sobre fatosfuturos.

Objetivo: segurança jurídica.

Plano Constitucional (BR): está consubstancia na CF doBrasil, México, EUA e Noruega.

Exceções da retroatividade: a) Lei interpretativa – lei complexa, cujo cumprimento

pode ser errôneo em decorrência da interpretação. Alei interpretativa explica a lei que apresentadificuldade de entendimento. Não há penalidades paraquem cumpriu erradamente a “lei complicada” e passa afazer o correto a partir do esclarecimento, mesmo quesejam feitos pagamentos sobre valores em atraso.

b) Retroatividade benigna – quando “lex lítio”, beneficia ocontribuinte que recolheu tributo no passado, a maiordo que previsto hoje. Vale o momento da fiscalização.

Texto complementar acerca dos Princípios ConstitucionaisTributários

5. PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS Fabricio Klein (*)

Os princípios constitucionais tributários constamprincipalmente na Seção II do capítulo destinado ao sistematributário nacional, englobando os arts. 150, 151 e 152 dotexto legal, havendo princípios impressos em outros artigosdo mesmo capítulo. Nesse contexto, embora existam sistematizações diferentes,a doutrina nacional reconhece como princípiosconstitucionais tributários os seguintes preceitos:a) Legalidade tributária (art. 150, inciso I daConstituição Federal);

Seminário dia 16/09 A cargaTributáriaBrasileira éexcessiva ou não?

b) Anterioridade (art. 150, inciso III, alínea “b” daConstituição Federal);c) Irretroatividade (art. 150, inciso III, alínea “a” daConstituição Federal);d) Isonomia (art. 150, inciso II da Constituição Federal);e) Capacidade contributiva (art. 145, § 1° da ConstituiçãoFederal);f) Proibição de confisco (art. 150, inciso IV daConstituição Federal);g) Universalidade e generalidade (art. 153, § 2º, inciso Ida Constituição Federal);h) Proporcionalidade (art. 153, § 2º, inciso I daConstituição Federal);i) Não-cumulatividade (arts. 153, § 3°, inciso II e 155, §2º, inciso I da Constituição Federal);j) Seletividade (arts. 153, § 3º, inciso I e 155, § 2°,inciso III da Constituição Federal);k) Ilimitabilidade do tráfego de pessoas ou bens (art. 150,inciso V da Constituição Federal);l) Uniformidade geográfica (art. 151, inciso I daConstituição Federal);m) Não discriminação em razão da procedência ou destino dosbens ou serviços (art. 152 da Constituição Federal);

5.1 – Princípio da legalidade tributáriaO princípio da legalidade tributária é reflexo direto doEstado Democrático de Direito, tendo como função primordiallimitar a possibilidade de que os tributos sejam exigidosou aumentados somente através de dispositivos legais.O caput do art. 150 da Constituição Federal tem a seguinteredação “Sem prejuízo de outras garantias asseguradas aocontribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao DistritoFederal e aos Municípios”Já o inciso I tem o seguinte teor: “exigir ou aumentartributo sem lei que o estabeleça”.Portanto, esse princípio reforça, na área tributária, ocomando contido no art. 5º, inciso II da Constituição,segundo o qual “ninguém será obrigado a fazer ou deixar defazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Assim, oprincípio da legalidade tributária cria uma garantia aoscontribuintes, impondo uma restrição ao Poder Público.

Todavia, na própria Constituição constam exceções aoprincípio da legalidade, sendo facultada a alteração dealíquotas dos impostos sobre exportação, importação,produtos industrializados e sobre operações financeirasatravés de decreto.A justificativa, conforme leciona o Desembargador Difini(2003): [...] é que tais impostos fazem parte da cadeiainterventiva, necessitando o Executivo de instrumento ágilpara aumentá-los ou reduzi-los para regular o comércioexterior (impostos de importação e exportação), a economia(IOF) ou a produção nacional (IPI).No entanto, não há exceção no que diz respeito à exigênciade tributos, tampouco em favor dos Estados e Municípios.Isto é, a criação de tributos sempre depende de lei esomente a União tem a prerrogativa de alterar alíquotas,nos casos previstos na Constituição, mediante decreto.

5.2 – Princípio da anterioridadeO princípio da anterioridade consta do art. 150, incisoIII, alínea “b” da Constituição, nos seguintes termos: “évedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos no mesmo exercíciofinanceiro em que haja sido publicada a lei que osinstituiu ou aumentou. ”A alínea “c” do dispositivo, incluída pela EmendaConstitucional 42/2003, veda a cobrança de tributos “antesde decorridos noventa dias da data em tributo; fatoimponível é a ocorrência concreta, no mundo físico, daquelefato (antes abstratamente descrito na norma).”Assim, em síntese, a hipótese de incidência é a previsãolegal, dotada de precisão e especificidade, de determinadaconduta ou atividade que enseja o nascimento de umaobrigação tributária. Ao seu turno, o fato imponível é aocorrência fática da conduta contida na norma legal, istoé, o acontecimento concreto da hipótese abstrata descritano texto tributário.No caso do exemplo acima, a hipótese de incidência é apropriedade de cachorro da raça poodle. Portanto, o fato imponível (que gerará a obrigação de pagaresse tributo) somente ocorrerá para que haja sido publicada

a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto naalínea b.” Embora o conteúdo do princípio seja singelo, Difini (2003)destaca que há no texto legal uma impropriedadeterminológica relativa ao vernáculo “cobrar” pois umainterpretação literal poderia conduzir à conclusão de queos tributos só poderiam ser cobrados após 1º de janeiro doano seguinte, mas mesmo sobre fatos imponíveis ocorridos noano anterior. Ou seja, se determinado tributo fosse criadoem 2002, a partir de 1º de janeiro de 2003 esse tributopoderia ser cobrado, inclusive, com relação aos fatosocorridos entre a promulgação da lei e o início doexercício financeiro seguinte. Portanto, em síntese, a lei que aumentar ou criar tributossomente produzirá efeitos com relação aos “fatos imponíveisocorridos a partir do dia 1º de janeiro do exercícioseguinte.” Assim como ocorre no princípio da legalidade, esseprincípio comporta exceções, especificamente com relaçãoaos impostos sobre importação, exportação, produtosindustrializados, operações financeiras, extraordinários deguerra e o empréstimo compulsório decorrente de calamidadepública ou guerra externa, os quais podem ser cobrados nomesmo exercício financeiro em que foram instituídos ouaumentados. Também as contribuições sociais destinadas aocusteio da seguridade social não se aplica o princípio daanterioridade.

5.3 – Princípio da irretroatividadeO art. 150, inciso III, alínea “a” da Constituição consagrao princípio da irretroatividade, de seguinte maneira: “évedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aosMunicípios cobrar tributos em relação a fatos geradoresocorridos antes do início da vigência da lei que os houverinstituído ou aumentado. ”Esse princípio, portanto, complementa o raciocínio relativoao princípio da anterioridade, devendo haver uma análiseconjugada dos dispositivos, da qual 15 Nesse caso, aplica-se o art. 195, § 6º da Constituição,sendo as contribuições exigíveis noventa dias após apublicação da lei que as instituir ou aumentar.

5.4 – Princípio da isonomiaO art. 150, inciso II da Constituição veda que sejainstituído “tratamento desigual entre contribuintes que seencontrem em situação equivalente, proibida qualquerdistinção em razão de ocupação profissional ou função poreles exercida, independentemente da denominação jurídicados rendimentos, títulos ou direitos”. Trata, portanto, de reiteração da cláusula pétreaconsagrada no caput do art. 5°, que proclama que “Todos sãoiguais perante a Lei, sem distinção de qualquer natureza”. Na área tributária, todavia, a regra teve caráter pontual,com a finalidade de, segundo Difini (2003) “revogar asisenções de imposto de renda então vigentes sobre parte dosvencimentos de parlamentares, magistrados e militares, comantes fora assegurado a professores, jornalistas, autoresde obras literárias e outros. ”

5.5 – Princípio da capacidade contributiva Segundo o § 1° do art. 145, “Sempre que possível, osimpostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo acapacidade econômica do contribuinte, facultado àadministração tributária, especialmente para conferirefetividade a esses objetivos, identificar, respeitados osdireitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, osrendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.”Nesse particular, importa assinalar que o princípio dacapacidade contributiva se limita aos impostos, não tendoabrangência quanto às demais espécies tributárias. Além disso, também importa destacar que a expressão sempreque possível empregada no dispositivo não deve serinterpretada no sentido de que “o princípio da capacidadecontributiva somente será observado quando possível.” Por fim, importa enfatizar que esse princípio não divergedo princípio da isonomia; pelo contrário, o reforça,porquanto sabidamente o princípio da isonomia consiste emtratar os iguais de maneira igual e os desiguais de mododesigual. Logo, para Difini (2003) aspirar que “cada um deveconcorrer para com as despesas públicas consoante suasposses e disponibilidades econômicas. ” É instrumentoadequado para levar a efeito o princípio da isonomia.

5.6 – Princípio da proibição de confiscoO art. 150, inciso IV da Constituição veda a utilização de“tributo com efeito de confisco”. Logo, tal princípio tem caráter programático, ao passo quenão há no ordenamento legal nacional nenhuma definiçãoacerca do conceito de confisco. De qualquer modo, oprincípio de proibição ao confisco já serviu de fundamentopara que o Supremo Tribunal Federal reconhecesse ainconstitucionalidade de dispositivos da Lei 9.783/1999,que aumentava a contribuição previdenciária dos servidorespúblicos.

5.7 – Princípios da universalidade, da generalidade e daproporcionalidade Os princípios da universalidade, da generalidade e daproporcionalidade vêm descritos no art. 153, § 2º, incisoI, o qual determina que o imposto de renda “será informadopelos critérios da generalidade, da universalidade Noentanto, como ensina o Professor Difini (2003), auniversalidade e generalidade não se aplicam apenas aoimposto de renda, constituindo um princípio implícito comrelação aos demais tributos. Nessa linha, a generalidade [...] significa que o tributodeve abranger todos os contribuintes que pratiquem o ato ouestejam em igual relação com o fato descrito na hipótese deincidência; universalidade significa incidir o tributosobre todos os fatos descritos na hipótese de incidência(no caso do imposto de renda, incidir indistintamente sobrediversas espécies de rendimentos). O princípio da proporcionalidade também encontra-se no art.153, § 2º, inciso I da Constituição, sendo afeto a idéia deprogressividade dos tributos e conseqüência do princípio dacapacidade contributiva, ao passo que os tributos devem serproporcionais a capacidade contributiva, que se configuraem razão da renda, patrimônio e demais operações decirculação de riqueza. 5.9 – Princípios da não-cumulatividade e da seletividadeEsses princípios aplicam-se apenas com relação ao IPI e aoICMS, sendo que a previsão do princípio da não-cumulatividade relativa ao IPI consta no art. 153, § 3º,inciso II18 e com relação ao ICMS no art. 155, § 2º, incisoI19 da Constituição Federal.

Como ensina o Professor Difini (2003), não-cumulatividade é“[...] diminuir (compensar), do imposto devido em cadaoperação, o imposto pago nas operações anteriores.” Já o princípio da seletividade é previsto nos arts. 153, §3º, inciso I20 (no que diz respeito ao IPI) e 155, § 2º,inciso III21 (no que tange ao ICMS) e tem a finalidade deadequar aos impostos indiretos à capacidade contributiva. O princípio da seletividade, resumidamente, equivale aidéia de que os produtos devem ser tributados com alíquotasmais ou menos onerosas, conforme sua destinação. Ou seja,produtos supérfluos são tributados de maneira mais onerosado que os produtos essenciais. Assim, por exemplo, a águamineral destinada ao consumo humano será tributada empercentual inferior os das bebidas alcoólicas. Para Difini (2003), o princípio em comento “Significa taxarcom alíquotas mais altas os produtos de consumo supérfluoou não essencial e de forma reduzida aqueles produtos tidoscomo essenciais ao consumo da população, especialmenteaquela de menor capacidade econômica.”

5.10 – Princípio da ilimitabilidade ao tráfego de pessoasou bens Com base no art. 150, inciso V da Constituição évedado cobrar tributos com a finalidade de “estabelecerlimitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio detributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada acobrança de pedágio pela utilização de vias conservadaspelo Poder Público.”Esse princípio tem fundamento no direito à livrecirculação. 5.11 – Princípio da uniformidade geográficaConforme o art. 151, inciso I da Constituição, é vedado àUnião “instituir tributo que não seja uniforme em todo oterritório nacional ou que implique distinção oupreferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou aMunicípio, em detrimento de outro, admitida a concessão deincentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio dodesenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes Regiões do País. ”Logo, para Difini (2003), o princípio estipula auniformidade dos tributos de competência da União mas, ao

mesmo tempo, cria uma ressalva que “praticamente anula, emtermos práticos, a regra. ”

5.12 – Princípio da não-discriminação em razão daprocedência ou destino dos bens ou serviçosSegundo o art. 152 da Constituição “É vedado aos Estados,ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferençatributária entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.”

Disponível em http://junior.ftec.com.br/revista/autor/pdf/fabricio.pdf

Imunidades

Imunidade, Isenção, Não incidência (distinção)

Imunidade: decorre de proibição constitucional ao poder detributar.Isenção: decorre da dispensa do pagamento de um tributo combase em lei infraconstitucional. Da lei que criou o tributoe dispensa o recolhimento sobre algo.Não incidência: tudo o que está fora do campo de incidênciado tributo.

Classificação:a) Objetiva – é sobre um determinado produto;b) Subjetiva - refere-se à entidade e não a um

determinado bem;c) Condicionadas – estabelece uma determinada condição

para que o interessado se beneficie da imunidade;d) Incondicionadas –

Interpretação: a) Imunidades (ampliativa) – a interpretação é

ampliativa;b) Isenções (restritiva) – a interpretação é restrita ao

que está escrito.

Aplicação: sobre os impostos. As imunidades previstas noartigo 150 da Constituição Federal só existem paraimpostos, mas não podemos esquecer que existem imunidades

espalhadas na Constituição em relação às taxas econtribuições especiais.

Imunidade do patrimônio, da renda e dos serviços dostemplos de qualquer culto:

É vedado às pessoas políticas instituírem impostos sobretemplos de qualquer culto no que se refere ao patrimônio,renda e serviços, vinculados a suas finalidades essenciais(art. 150, VI, “b” e §4º da CF).Imunidade subjetiva: Refere-se à entidade e não a umdeterminado bem. Templos de qualquer culto é uma expressão ampla queabrange não só as Igrejas, como também as Lojas maçônicas,Casa do Pastor, Convento, Centro de Formação de Rabinos,Seminários, Casa Paroquial, Imóveis que facilitam o culto,veículos utilizados para atividades pastorais, como otemplo móvel e etc. Como os Templos presumem-se nãoimorais, cabe à Pessoa Política provar que o são para quepossa fazer incidir os impostos.Patrimônio, renda e serviços relacionados com asfinalidades essenciais do templo: Tendo em vista que aimunidade tem limites, não alcança atividades desvinculadasdo culto (art. 150, § 4º, CF).Ex: Estacionamento da Igreja pode ser tributado por ISS,IPTU, IR, etc. – Entretanto, o que é comercializado dentrodo templo esta a salvo da tributação, pois faz parte doculto.A imunidade só atinge a obrigação principal, permanecendoassim as obrigações acessórias.

Objetivo: atender à liberdade de culto, religião.

Conceito de Templo : a) Clássica – prédio/conjunto de prédios: uma corrente

defende que o local da celebração, o prédio. Outradefende que é o conjunto de prédios que o cultoutiliza.

b) Contemporânea – é a instituição. Tudo o que estárelacionado ao culto. Ressalva: o que pertencer aotemplo e não tiver ligação com a pregação religiosanão é imune.

Culto: há consenso na definição - é manifestaçãoreligiosa.

Imunidade dos jornais, livros, periódicos e o papel destinado a sua impressão:

É vedado às pessoas políticas instituírem impostos sobrelivros, jornais, periódicos e o papel destinado a suaimpressão (art. 150, VI “d” da CF). Objetivo: tal imunidade visa a proteger a liberdade deimprensa e difusão da cultura. Assim, os livros que não sedestinam à propagação do pensamento não estão imunes. Ex:livro de ata, livro de bordo, livro de ouro, livro-diário eetc.Imunidade objetiva: é o objeto que é imune e não a empresa.Ex: Sobre a venda do jornal na banca não há impostos, mas aempresa jornal do Estado é tributada. Abrangência: a imunidade também abrange livrospornográficos, livros raros (Ex: 1a edição dos Lusíadas),papel marca d´água, papel vegetal e pergaminho que sedestine a impressão, CD-ROM e etc, pois a ConstituiçãoFederal não traz qualquer distinção.Os outros componentes dos livros (insumos. Ex.: cola,tinta) não são abrangidos pela imunidade, pois aConstituição Federal só mencionou o papel destinado aimpressão, excluindo os demais.Evolução: CF 46 (papel), CF 47 (livros), CF 88 (manteve).

Imunidade recíproca as pessoas políticas:

As pessoas políticas não podem tributar-se reciprocamentepor meio de impostos. “Sem prejuízo de outras garantias aocontribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao DistritoFederal e aos Municípios instituir imposto sobrepatrimônio renda e serviços uns dos outros” (art. 150, VI,“a” da CF).Tal imunidade decorre do princípio da isonomia no âmbitopolítico, o qual afirma que as pessoas políticas sãoiguais.Imunidade subjetiva: Refere-se à entidade e não a umdeterminado bem.

Patrimônio, renda e serviços: Devemos fazer umainterpretação extensiva abrangendo todos os impostos.Pessoas políticas que praticarem atividade econômicaregida pelo direito privado: não serão abrangidas pelaimunidade (art. 150, VI, §3º da CF).Pessoa políticas que prestarem serviço público em que hajacontraprestação ou pagamento de tarifa pelo usuário: Nãoserão abrangidas pela imunidade (art. 150, VI, §3º da CF).O adquirente do imóvel das pessoas políticas tem que pagarITBI.Objetivo: preservação do pacto federativo.

Capacidade contributiva (no caso, ausência): é o que étributado. Os entes não têm capacidade contributiva. Tudoque arrecadam é para devolver à sociedade como serviços.

Imunidade do patrimônio, renda e serviços das Autarquias eFundações instituídas e mantidas pelo Poder Público:É vedado às pessoas políticas instituírem impostos sobreAutarquias e Fundações instituídas e mantidas pelo PoderPúblico, no que se refere ao patrimônio, renda e serviços,vinculados às suas finalidades essenciais ou às delasdecorrentes (art. 150, §2º da CF).Imunidade subjetiva: Refere-se à entidade e não a umdeterminado bem.Patrimônio, renda e serviços vinculados às finalidadesessenciais ou dela decorrentes: Diferentemente das pessoaspolíticas, basta que o patrimônio, a renda e os serviçosnão estejam vinculados à finalidade para que não hajaimunidade. Nas pessoas políticas a imunidade abrangequalquer patrimônio, renda e serviços.Autarquias e Fundações instituídas e mantidas pelo PoderPúblico que praticarem atividade econômica regida pelodireito privado: Não serão abrangidas pela imunidade (art.150, VI, §3º da CF). Ex: lanchonete dentro de umaautarquia. Autarquias e Fundações instituídas e mantidaspelo Poder Público que prestarem serviço público em quehaja contraprestação ou pagamento de tarifa pelo usuário:Não serão abrangidas pela imunidade (art. 150, VI, §3º daCF).O adquirente do imóvel dessas pessoas tem que pagar ITBI.

Imunidade dos Partidos Políticos, Sindicatos dosempregados, Instituições assistenciais e educacionais semfins lucrativos.É vedado às pessoas políticas instituir imposto sobrepatrimônio, renda e serviços dos Partidos políticos e suasfundações, Sindicatos de empregados e Instituiçõesassistenciais e educacionais sem fins lucrativos,observados os requisitos apontados na lei (art. 150 III,“c” da CF).Determinado bem.Partidos Políticos: precisam ter registro no TribunalSuperior Eleitoral, ainda que provisório.Entidades Sindicais: O dispositivo é restrito aossindicatos dos empregados. As centrais sindicais tambémestão abrangidas pela imunidade. Ex: CUT.Ter fins lucrativos.Requisitos que devem ser obedecidos pelas instituiçõesassistenciais e educacionais sem fins lucrativos: Cabe àlei complementar apontar os requisitos que devem serobservados, pois a ela compete regular as limitaçõesconstitucionais ao poder de tributar (art. 146, II “a” daCF e 14 do CTN).Não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou desuas rendas, a qualquer título (art. 14, I do CTN).Aplicarem integralmente, no País, os seus recursos namanutenção, dos seus objetivos institucionais (art. 14, IIdo CTN).Manterem escrituração de suas receitas e despesas em livrorevestidos de formalidades capazes de assegurar suaexatidão (art. 14, III do CTN).Na falta de cumprimento dos requisitos do artigo 14 doCódigo Tributário Nacional, a autoridade competente podesuspender a aplicação do beneficio.

 http://www.webjur.com.br/doutrina/Direito_Tribut_rio/Imunidades_tribut_rias.htm