Post on 21-Jan-2023
ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
ESTRUTURA DO ATIVO
O ativo representa os bens e direitos que a empresa possui.
Na legislação brasileira, o Ativo é dividido em 3 grupos.
Cada um dos 3 grupos do Ativo definem prazos diferentes
para a realização de cada Ativo. Realizar um ativo
significa transforma-lo em dinheiro.
O ativo representa as aplicações ou usos dos recursos.
Normalmente, temos ativos quando se aplica recursos na sua
compra ou aquisição.
O Balanço mostra qual é o volume de recursos que a empresa
utilizou para manter ou aumentar seus ativos. O Balanço
também mostra como os recursos serão distribuídos dentro do
CIRCULANTEAté 1 ano
REALIZÁVEL LONGO PRAZOMais de 1
anos
PERMANENTEInvestimentosImobilizadoDiferido
CIRCULANTEAtivos que a empresa irá receber ou realizar no prazo máximo de 1 anos a partir da data do Balanço.Principais contas: Caixa e Bancos, Aplicações Financeiras, Duplicatas a Receber e Estoques.
REALIZÁVEL LONGO PRAZOAtivos que serão recebidos ou realizados após 1 anos.Principais contas: Créditos de Coligadas/Controladas.
PERMANENTEAtivos de uso e utilização nas atividades da empresa e cuja realização é lenta e demorada. A principio, estes ativos não estão disponíveis para venda.Principais contas: Investimentos em Coligadas e Controladas, Imobilizado (Máquinas, Equipamentos, Veículos, Móveis, Terrenos, Edifícios, etc.).
BENS OU DIREITOSAPLICAÇÕES DE
RECURSOS
Ativo e, de forma muito genérica, em quanto tempo tais
recursos irão ser recuperados ou novamente transformados em
dinheiro.
Essencialmente, a análise do ativo deve ser feita
observando-se quando há de recursos de curto prazo
(Circulante) e quanto há de longo prazo (Realizável e
Permanente).
O ativo mais importante é o de curto prazo, que normalmente
tem maior liquidez e que é utilizado para garantir o
pagamento de despesas e dividas. Dentro deste grupo,
certamente as contas mais relevantes são Duplicatas a
Receber e os Estoques.
O ativo imobilizado mostra somente o volume de recursos que
permanece mais tempo na empresa. Uma análise mais profunda
exige informações adicionais que devem ser buscadas
diretamente com a empresa, pois o Balanço é pobre para
mostrar como está composta a capacidade produtiva da
empresa, como são suas instalações e máquinas e se não há
riscos envolvidos na área de produção.
ESTRUTURA DO PASSIVO
O Passivo representa as dividas e obrigações que a empresa
possui.
O Passivo é também divido em 3 grupos.
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Cada um dos 3 grupos do Passivo definem prazos diferentes
para o pagamento das dividas. Para efeito de análise, o
Passivo se divide essencialmente em: Recursos de Terceiros
(que são dividas efetivas) e Recursos Próprios (que são
recursos que pertencem aos sócios, mas que são utilizados
pela empresa).
O passivo representa as fontes o u origens dos recursos.
Todos os recursos que a empresa têm em seus ativos são
financiados por recursos do Passivo. Por esta razão o Ativo
é sempre igual ao Passivo.
No Balanço, identificamos como a empresa está financiando
seus ativos e qual é o volume total deste recursos.
As fontes que financiam a empresa são:
Recursos de Terceiros Passivo Circulante (curto prazo) e
Exigível Longo Prazo (longo prazo)
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CIRCULANTEAté 1 ano
EXIGÍVEL LONGO PRAZO
Mais de 1 anos
PATRIMÔNIO LÍQUIDOCapital
Reservas de Capital
Reservas de LucroLucros
Acumulados
CIRCULANTEDividas que a empresa deve pagar no prazo máximo de 1 anos a partir da data do Balanço.Principais contas: Fornecedores, Salários e Encargos, Impostos a Pagar, Empréstimos Bancários, Contas a Pagar, Adiantamentos de clientes e Imposto de Renda.
EXIGÍVEL A LONGO PRAZODívidas que a empresa deve pagar a partir de 1 ano.Principais contas: Financiamentos, Impostos Parcelados, Dívidas de Concordata.
PATRIMÔNIO LÍQUIDORecursos que são de propriedade dos sócios e que permanecem com a empresa para seu uso próprio.Principais contas: Capital Social, Reservas de Capital, Reservas de Lucros e Lucros Acumulados.
DÍVIDAS E OBRIGAÇÕES FONTES DE RECURSOS
Recursos Próprios Capital integralizado pelos sócios e Lucros
A relação entre Recursos de Terceiros e Recursos Próprios é
que vai definir quanto a empresa depende de terceiros.
Recursos de terceiros são fontes que provêm de empresas ou
pessoas que não têm vínculo societário com a empresa.
Quanto maior o volume de recursos de terceiros
(fornecedores, impostos, salários, empréstimos, etc.)
representa maior risco financeiro, pois a empresa passa a
trabalhar muito mais com recursos de outros que com seus
próprios recursos.
ESTRUTURA DA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
A Demonstração de Resultado mostra:
Receita são FONTES de recursos
Despesas e Custos são APLICAÇÕES de recursos
Diferentemente do Ativo e Passivo, que mostram os saldos de
cada conta, a Demonstração de Resultados mostra a soma dos
valores do período (no caso de Balanços, o período é
anual).
A Demonstração de Resultados é feita com o objetivo de
mostra os resultados, isto é, lucro ou prejuízo. Para isto,
somam-se as receitas e diminuem-se as despesas ou custos,
obtendo assim os resultados.
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A informação importante da Demonstração é, sem dúvida, o
resultado final.
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RECEITA DE VENDAS(-) Custos Produtos Vendidos
LUCRO BRUTO
DESPESAS OPERACIONAISDespesas com VendasDespesas AdministrativasDespesas Financeiras(+) Receitas Financeiras# Equivalência PatrimonialLUCRO OPERACIONAL
# Resultados não Operacionais# C.M. do BalançoProvisão do Imp. RendaLUCRO LÍQUIDO1. Lucro se negativo é PREJUÍZO.2. Equivalência Patrimonial, Resultados não Operacionais e C.M. do Balanço podem ser RECEITAS ou DESPESAS.
FONTES DE RECURSOSSão todas as RECEITAS, tais como Receitas de Vendas, Receitas Financeiras e, quando for o caso, Equivalência Patrimonial, Resultados não Operacionais, C.M. Balanço.
APLICAÇÕES DE RECURSOSSão todas as DESPESAS ou CUSTOS, tais como: Custos Produtos Vendidos, Despesas Operacionais (com Vendas, Administrativas e Financeiras), Provisão Imp. Renda e, quando for o caso, Equivalência Patrimonial, Resultados não Operacionais e C.M. do Balanço.
FONTES LUCROAPLICAÇÕES PREJUÍZOS
RESULTADOS
Quanto maior os lucros que uma empresa puder obter, maior é
sua capacidade de investir em seus ativos, utilizando seus
recursos próprios.
Muitas empresas não conseguem sobreviver ou expandir suas
atividades exatamente porque geram lucros muito baixos ou
até prejuízos.
Empresas que têm prejuízos constantes exigem maior atenção.
O prejuízo exige uso de recursos para pagá-los e as
alternativas que uma empresa têm para isso é desfazer-se de
ativo ou buscar recursos de terceiros, aumentando assim
suas dívidas.
Podemos dividir as demonstrações financeiras da seguinte
forma :
a) Demonstrações Financeiras Primárias : Balanço
Patrimonial e Demonstração de Resultado;
b) Demonstrações Financeiras Secundárias : principalmente
a Demonstração de Origens e Aplicação dos Recursos;
c) Métodos de Análise : Horizontal e Vertical; e
d) Índices : grandezas relativas construídas a partir dos
números (Demonstração Primária)
O objetivo da análise pode ser variado e dependerá do ponto
de vista e necessidade do gestor financeiro, podendo
referir-se ao passado, presente ou futuro em termos de
situação e desempenho da empresa em referência.
Importante salientar que, ainda que os dados contábeis se
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refiram a eventos passados, pode-se valer dos mesmos para
uma projeção futura.
CONCEITOS BÁSICOS DE ANÁLISE
CAPITAL DE GIRO
É o Ativo Circulante.
O capital de giro é um
fluxo constante de recursos
utilizado para aquisição de
estoques, financiamento de
vendas aos clientes
(duplicatas a receber) e,
em caso de sobras,
utilizado em aplicações
financeiras temporárias.
É com estes recursos que a
empresa irá manter sua
situação de liquidez, pois
eles serão utilizados no
pagamento de dívidas e, uma
vez pagos os credores, eles
voltam a conceder créditos
e, assim manter o fluxo de
capitais de terceiros na
empresa.O fluxo de capital de giro não é
constante. Ele varia ao longo
dos meses do ano. Empresas com
características sazonais são um
exemplo. Esta variação pode ser
dar em função dos volumes, que
aumentam ou diminuem, como
também em função dos prazos, que
podem se alongar ou estreitar ao
longo do ano.
CAPITAL DE TERCEIROS
Recursos de terceiros são
as dívidas de curto e longo
prazos mostradas no Passivo
(Circulante Exigível).
Os recursos de terceiros
têm origem sob duas formas:
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Recursos Naturais ou Operacionais
São aqueles provenientes da
atividade normal e
operacional da empresa.
Exemplos: fornecedores
(todos concedem um prazo
para pagamento),
salários,encargos sociais e
impostos a pagar (a lei e o
Governo concedem um prazo
para recolhimento ou
pagamento), conta a pagar
(luz, água, etc. que sempre
são enviadas com prazo para
pagamento).
A empresa se utiliza estes
créditos de forma normal
(não por atrasos de
pagamento) pode obter
excelente forma de se
financiar sem depender
excessivamente de outros
recursos.
Fonte operacional (mas que
não é capital de terceiros)
é o lucro.
È uma fonte diária de
recursos e a mais
importante de todas.
Recursos Não Operacionais
São recursos adicionais que
a empresa busca para suprir
suas necessidades de
financiar ativos ou pagar
despesas, uma vez que suas
fontes naturais não foram
suficientes para fazê-lo.
Os exemplos mais comuns
são: empréstimos ou
financiamentos bancários,
empréstimos de coligadas ou
sócios, atrasos ou
parcelamento de impostos ou
de outras dívidas.
Os recursos não
operacionais são chamados
também de recursos
onerosos. O termo oneroso
nem sempre é correto
tecnicamente, pois leva a
crer que estes recursos têm
um custo, enquanto os
créditos naturais não
contém custos.
Sabemos que os
fornecedores, quando vendem
a prazo, embutem em seus
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preços os custos financeiros.
LIQUIDEZ
É a rapidez ou o tempo com
que os ativos se
transformam em dinheiro.
Quanto mais rápido, maior é
a liquidez daquele ativo.
Diz-se que um ativo têm
elevado grau de liquidez
quando ele se transforma em
dinheiro rapidamente.
O grau de liquidez é
determinado pela natureza
ou utilidade de um ativo.
Ativos procurados por
muitas pessoas têm maior
liquidez, porque ele tem
utilidade para muitas
pessoas. Uma aplicação
financeira tem liquidez
pela sua natureza. É Um
direito de recebimento
imediato.
No Balanço, as contas do
Ativo Circulante estão
ordenadas pela ordem de
liquidez.
Caixa e Bancos, mais
Aplicações Financeiras,
formam o conjunto de maior
liquidez, pois são recursos
já sob domínio da
administração da empresa
que pode utiliza-los
imediatamente. Duplicatas a
Receber compõem o segundo
bloco de melhor liquidez.
Por fim, estoques vendidos
a prazo são os menos
líquidos, pois originam
duplicatas. Eventualmente,
deve ser considerar de boa
liquidez os estoques
vendidos à vista, sobretudo
em alguns setores de
comércio, onde a quase
totalidade das vendas é
feita à vista. Neste caso,
é importante conhecer o
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prazo médio com que a
empresa gira seus estoques.
CAPITAL PRÓPRIO
É representado pelo
Patrimônio Líquido. São
recursos que pertencem aos
sócios e que estão sendo
utilizados na empresa. O
Patrimônio Líquido
representa apenas o registro
dos recursos. Este recursos, em
verdade, estão sendo utilizados
no ATIVO. Os recursos são
fornecidos pelos sócios
(capital social) mas nem
todo o valor do capital é
necessariamente recursos
que os sócios integralizam.
O capital pode ser
aumentado com a Correção
Monetária e com os lucros.
Da mesma forma, os lucros
acumulados representam o
montante de lucros gerados
em vários anos e que ainda
não foram utilizados para
aumentar o capital, para
aumentar as Reservas de
Lucros ou para distribuir
aos sócios, como
dividendos.
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Na análise financeira,
deve-se concentrar a
atenção no total do
Patrimônio Líquido e não em
cada uma de suas contas
individuais. Quanto maior
for o volume de recursos
próprios, menor será a
dependência de capital de
terceiros e maior a
possibilidade da empresa
ter recursos para financiar
todo seu Ativo Permanente e
ainda sobrar recursos para
financiar seu Capital de
Giro, aumentado assim sua
liquidez e capacidade de
pagar dívidas.
ESTRUTURA DE CAPITAL
Entende-se por estrutura de
capital a relação entre os
volumes de fontes e
aplicações de recursos.
Além disso, relaciona-se as
fontes e as aplicações de
LONGO PRAZO como forma de
ver como são financiados os
3 grupos principais do
Ativo. De uma forma geral,
ativos de longo prazo
(Permanente e Realizável)
devem ser financiados por
fontes de longo prazo
(Patrimônio Líquido e
Exigível).
TIPOS DE BALANÇO
LEGISLAÇÃO SOCIETÁRIA
É o tipo utilizado por todas as empresas LTDA. e S.A. de
Capital Fechado.
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É o tipo mais comum e o mais encontrado.
Estas empresas apresentam seus Balanços com VALORES
NOMINAIS DE CADA PERÍODO DO BALANÇO. Assim, se o Balanço da
empresa é de Dezembro de 1994, os saldos apresentados
estarão em valores de R$ em Dezembro de 1994. Se o Balanço
apresentado for de Dezembro de 1995, os saldos estarão
apresentados com valores em R$ de Dezembro de 1995.
Sabendo disto, é fácil concluir que os valores de 1995
carregam valores aproximadamente 20% maiores que os de 1994
em função de inflação ocorrida durante o ano de 1995. Isto
quer dizer que diferenças em torno de 20% foram causadas
mais em função da inflação que por aumentos ou reduções
reais.
CORREÇÃO INTEGRAL ou MOEDA CONSTANTE
É a forma obrigatória para S.A. de Capital Aberto (empresas
com ações negociadas em Bolsa de Valores ou com debêntures
emitidas). Este tipo de Balanço é regulamentado pela CVM
(Comissão de Valores Mobiliários).
Estas empresas publicam seus Balanços atualizando todos os
valores para a moeda da data do último Balanço.
Assim um Balanço de Dezembro de 1994, terá todos os
valores, incluindo os da Demonstração de Resultados,
atualizados para Dezembro de 1995 em R$.
Como ela deve publicar, lado a lado, o Balanço de 1994 e de
1995, tais valores podem representar diferenças reais entre
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eles, uma vez que foi eliminada a inflação. Qualquer
variação entre os valores já será uma variação real.
NENHUM TIPO
As micros empresas não são obrigadas a manter escrituração
contábil normal. Estão, portanto, desobrigadas de
apresentar Balanços na forma da legislação. São
consideradas micro empresas as que tenham auferido, no ano-
calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 120.000,00
(cento e vinte mil reais).
Empresa de Pequeno porte é a pessoa jurídica que tenha
auferido, no ano calendário, receita bruta superior a R$
120.000,00 (cento e vinte reais) e igual e inferior a R$
720.000,00 (setecentos e vinte mil reais).
As empresas com lucro presumido podem ou não apresentar
Balanço. Caso não tenham Balanço são obrigadas a fazer
fluxo de caixa mensal, onde é registrado também, o
movimento bancário. As empresas com lucro presumido pagam
Imposto de Renda com taxas que variam de 2% a 8% sobre o
valor total do faturamento, independente dos lucros ou
prejuízos obtidos. Para ser tributada com base em lucro
presumido a empresa deve ter feito esta opção e ter, no
máximo, faturamento anual de 12.000.000 UFIR’s por ano.
As firmas individuais enquadram-se no conceito de micro
empresas ou lucro presumido de acordo com o valor de seu
faturamento anual. Firma individual é uma empresa com um
único sócio e cujo nome é sempre igual ao nome do dono.
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3.2 - Tipos de índices financeiros (significados e
fórmulas)
Índices financeiros fornecem ao analista uma ferramenta
muito útil para recolher informações das demonstrações
financeiras de uma empresa. O índice ou índices
selecionados (s) para uso pelo analista dependem da razão
pela qual se faz a análise. Por exemplo, um funcionário da
área de empréstimos comerciais analisando uma solicitação
de empréstimo estaria interessado em determinar a
habilidade do requerente em pagar o empréstimo quando
devido. Neste caso, o analista estaria preocupado com o
nível de fluxo de caixa da empresa em relação ao seus
níveis propostos e existentes de pagamentos do principal e
dos juros. Há um número quase ilimitado de índices
financeiros concebíveis que podem ser projetados. Para dar
uma ordem a nossa discussão deste índices, geralmente são
classificados em categorias, conforme façam referência e
liquidez, eficiência, alavancagem, lucratividade, etc.
Neste ponto deveríamos comentar como os índices financeiros
deveriam ser utilizados numa análise financeira. Como
mencionamos anteriormente, índices são simplesmente
ferramentas para se juntar informação. Eles podem oferecer
informação num senso absoluto, como no caso do Índice de
Liquidez Seca onde o índice igual a 1 indica solvência.
Adicionalmente, índices podem ser analisados num senso
relativo através da comparação com os índices da mesma
empresa em outros exercícios, ou ainda através da
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comparação dos índices da empresa em análise com padrões do
ramo, ou índices “alvo”. Esses “índices –alvo” podem ser
determinados a partir de um exame de índices similares de
outras empresas ou pelo exame do mesmo índice para a
empresa em análise, mas em um período anterior. Um dado
importante para análise dos índices são os índices ou
coeficientes-padrões médios das outras empresas do mesmo
ramo de atividade.
ANÁLISE VERTICAL E HORIZONTAL
Uma ferramenta útil para detectar tendências são as
análises vertical e horizontal. Apresentamos estes recursos
a seguir.
ANÁLISE VERTICAL
Tem por objetivo determinar a relevância de cada conta em
relação a um valor total. No Balanço Patrimonial calcula-se
a participação relativa das contas, tomando-se como base o
seu capital total. Já na Demonstração de Resultados, o
referêncial passa a ser o valor da Receita Operacional
Líquida.Ela é alcançada determinando-se o que cada item da demonstração
financeira representa como porcentagem de uma dada base. A base é
geralmente o total dos ativos no caso do balanço patrimonial, e vendas
líquidas, no caso de demonstração do resultado do exercício. Ela
envolve olhar para cima e para baixo nas colunas do balanço
patrimonial e fazer comparações. Para demonstrações de resultado do
exercício, isto representa estabelecer vendas líquidas de 100% e então
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calcular a porcentagem de vendas líquidas para cada custo, despesa ou
outra categoria.
TÉCNICA DE ANÁLISE
A análise vertical é a técnica mais simples e também a mais
completa para análise de Balanço. Ela mede PROPORÇÕES entre
valores, ajudando-nos a determinar quais as contas de maior
importância e relevância para a análise.
Na análise do Ativo, ela mede com a empresa distribui ou
usou seus recursos dentro do Ativo. É importante começar
esta análise pelos principais grupos (Circulante,
Permanente e Realizável L. Prazo) e só depois ver cada
conta isoladamente (Duplicatas a Receber, Estoques,
Imobilizado, etc).
Na análise do Passivo, ela mede como a empresa obteve os
recursos que estão ajudando a financiar seus ativos. É
importante começar a análise pelo Patrimônio Líquido (a
principal fonte de recursos) e depois os dois grupos de
dívidas (Circulante e Exigível L.Prazo) e só então cada
conta isoladamente. Não se deve, porém, analisar as contas
dentro do Patrimônio Líquido (analise apenas o total dele).
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ANÁLISE VERTICAL CONCEITOS
Na análise da Demonstração de Resultados, ela mede quanto
cada custo ou despesa consumiu das receitas e, no fim, se
houve sobras (lucros) ou faltas (prejuízos).
FORMULA DE CÁLCULOCálculo
Análise
Vertical
Arredonde os resultados dos
cálculos.
Não use casas decimais.
O Total do Ativo é a base de cálculo para todas as contas
do Ativo.
O Total do Passivo é a base de cálculo para todas as contas
do Passivo (que sempre tem o mesmo total que o Ativo).
A Receita Líquida de Vendas ou Vendas Líquidas é a base de
cálculo para todas as contas de Demonstração de Resultados.
Para cálculo na HP – 12C
O que é feito Dados Teclas
Eliminar casas
decimais
f 0
Arquivar a BASE Valor R$ da BASE ENTERCálculo Valor R$ da conta % TRecuperação da
BASE
R
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ETAPA 1
ETAPA 2
Para fazer todos os cálculos, utilize apenas a Etapa 2.
Quando for necessário trocar a BASE, volte para a Etapa 1.
ATIVO Ano 1 % Ano 2 %Disponível 230 1 420 1Duplicatas a Receber 10.508 27 13.285 29Estoques 7.848 20 11.015 24Outros Créditos 428 1 587 1CIRCULANTE 19.014 48 25.307 55Depósitos Judiciais 311 1 385 1REALIZÁVEL L. PRAZO 311 1 385 1Investimentos 1.015 3 1.015 2Imobilizado 19.119 48 19.152 42PERMANENTE 20.134 51 20.167 44TOTAL DO ATIVO 39.459 100 45.859 100PASSIVO Ano 1 % Ano 2 %Financiamentos 2.522 6 5.392 12Fornecedores 14.611 37 10.685 23Contas a Pagar 1.182 3 541 1Salários, Tributos,Contr.
1.025 3 980 2
CIRCULANTE 19.340 49 17.598 38Financiamentos 1.535 4 3.223 7EXIGÍVEL LONGO PRAZO 1.535 4 3.223 7Capital 12.000 12.000Lucros Acumulados 6.584 13.038PATRIMÔNIO LÍQUIDO 18.584 47 25.038 55TOTAL DO PASSIVO 39.459 100 45.859 100
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ANÁLISE VERTICAL EXEMPLO DE CÁLCULO
Para calcular a Análise Vertical (“AV”) de cada conta do
Balanço acima utilizado a calculadora HP 12 C e a fórmula
da pagina anterior, faça o seguinte:
CÁLCULO DA “AV” DO “DISPONÍVEL” (ATIVO CIRCULANTE) – ANO 2
1) Tecle f e 0 para eliminar casas decimais.
2) Introduza o valor R$ 45.859 e tecle ENTER para arquivar
a BASE = Total de Ativo.
3) Introduza o valor de R$ 420 (Disponível), tecle %T.
Aparecerá no visor 1.
Este resultado : esta conta representa 1% do Total do
Ativo.
Continue os cálculos das outras contas. Não é necessário
iniciar o processo todo, mas, seguindo a fórmula, executar
somente a etapa 2:
CÁLCULO DA “AV” DE“DUPLICATAS A RECEBER” (ATIVO CIRCULANTE) – ANO 2
1) Tecle R para recuperar a BASE que é R$ 45.859 (Total
do Ativo).
2) Introduza o valor de R$ 13.285 (Duplicatas a Receber) e
tecle %T. Aparecerá no viso 29.
Este é o resultado: esta conta representa 29%¨do Total do
Ativo.
E assim deve ser feito com todas as contas e todos os
Grupos do Ativo. Para calcular a “AV” das contas do
Passivo, Ano 2, é só continuar os cálculos que vinham sendo
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feitos. A BASE continua sendo R$ 45.859 (O Total do Passivo
é igual ao Total do Ativo) e, portanto, executa-se só a
etapa 2.
CÁLCULO DA “AV” DO “FINANCIAMENTO” (PASSIVO CIRCULANTE) – ANO 2
1) Tecle Rpara recuperar a BASE que é R$ 45.859 (Total do
Passivo).
2) Introduza o valor de R$ 5.392 (Financiamento) e tecle
%T. Aparecerá no visor 12.
Este é o resultado:esta conta representa 12% do total do
Passivo.
Não se esqueça que para calcular a “AV” do Ano 1, a BASE é
outra, pois o total do Ativo e Passivo R$ 39.459.
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ANÁLISE VERTICAL EXEMPLO DE CÁLCULO
(D.R.E.)
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Ano 1 % Ano 2 %RECEITA BRUTA 65.450 73.460(-) Impostos s/Vendas 12.765 14.692(-) Devoluções 1.687 1.685RECEITA LÍQUIDA 50.998 100 57.083 100Custo de Produtos Vendidos 38.519 76 37.105 65LUCRO BRUTO 12.479 24 19.978 35Despesas Administrativas 4.267 8 7.940 14Despesas com Vendas 3.780 7 5.400 9Despesas Financeiras 221 0 450 1Receitas Financeiras 1.243 2 3.600 6LUCRO OPERACIONAL 5.454 11 9.788 17Rec. (Desp.) Não Operac. 290 1 -420 -1Provisão Imposto de Renda 2.060 4 2.914 5LUCRO LÍQUIDO 3.684 7 6.454 11
Para calcular a Análise Vertical (“AV”) da Demonstração de
Resultados (DRE) com a fórmula da HP 12 C da página 10.
procede-se da mesma forma que no cálculo do Ativo e
Passivo, mudando apenas a BASE que passa a ser a RECEITA
LÍQUIDA. A análise inicia pela Receita Líquida (vale 100%).
CÁLCULO DA “AV” DE CUSTOS PRODUTOS VENDIDOS – ANO 2
1) Tecle f e 0 para eliminar casas decimais.
2) Introduza o valor R$ 57.083 e tecle ENTER para arquivar
a BASE (Receita Líquida).
3) Introduza o valor de R$ 37.105 (Custo do Produtos
Vendidos), tecle %T. Aparecerá no visor 65. Este
resultado : esta conta representa 65% da Receita Líquida.
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Para continuar os cálculos das outras contas não é
necessário iniciar o processo todo, mas, seguindo a
fórmula, executar somente a etapa 2:
CÁLCULO DA “AV” DE LUCRO BRUTO - ANO 2
1) Tecle R para recuperar a BASE que é R$ 57.083 (Receita
Líquida).
2) Introduza o valor de R$ 19.978 (Lucro Bruto) e tecle %T.
Aparecerá no viso 35.
Este é o resultado: esta conta representa 35% da Receita
Líquida.
CÁLCULO DA “AV” DE DESPESAS ADMINISTRATIVAS – ANO 2
1) Tecle Rpara recuperar a BASE que é R$ 57.083 (Receita
Liquida).
2) Introduza o valor de R$ 7.940 (Despesas Administrativas)
e tecle %T. Aparecerá no visor 14.
Este é o resultado:esta conta representa 14% da Receita
Liquida.
E assim deve ser feito com todas as contas da DRE. Para
calcular a “AV” do Ano 1, a BASE é outra, pois a Receita
Líquida era R$ 50.998.
As contas que podem ser às vezes Receitas, em outras
Despesas, quando se quer indicar que são Despesas,
aparecerão na D.R.E. com o sinal negativo. Neste caso, no
resultado da “AV” mantenha o sinal negativo. Aquelas que só
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podem ser Despesas aparecerão sem o sinal negativo, mas
estarão sendo deduzidas das receitas.
ATIVO Ano 1 % Ano 2 %Disponível 230 1 420 1Duplicatas a Receber 10.508 27 13.285 29Estoques 7.848 20 11.015 24Outros Créditos 428 1 587 1CIRCULANTE 19.014 48 25.307 55Depósitos Judiciais 311 1 385 1REALIZÁVEL L. PRAZO 311 1 385 1Investimentos 1.015 3 1.015 2Imobilizado 19.119 48 19.152 42PERMANENTE 20.134 51 20.167 44TOTAL DO ATIVO 39.459 100 45.859 100PASSIVO Ano 1 % Ano 2 %Financiamentos 2.522 6 5.392 12Fornecedores 14.611 37 10.685 23Contas a Pagar 1.182 3 541 1Salários, Tributos,Contr.
1.025 3 980 2
CIRCULANTE 19.340 49 17.598 38Financiamentos 1.535 4 3.223 7EXIGÍVEL LONGO PRAZO 1.535 4 3.223 7Capital 12.000 12.000Lucros Acumulados 6.584 13.038PATRIMÔNIO LÍQUIDO 18.584 47 25.038 55TOTAL DO PASSIVO 39.459 100 45.859 100
PASSIVO Fontes de
Recursos
DE ONDE VEM OS RECURSOS
23
ANÁLISE VERTICAL EXEMPLO DE CÁLCULO
ANO 1
Passivo Circulante = 49%
Exigível Longo Prazo = 4%
TOTAL DAS DÍVIDAS = 53% (PC + ELP)
Patrimônio Líquido = 47%
AS MAIORES DÍVIDAS
Fornecedores = 37%
Financiamentos (curto + Longo Prazo) = 10%
ATIVO Aplicações de
Recursos
ONDE HÁ MAIS RECURSOS APLICADOS
Ativo Permanente = 51%
Ativo Circulante = 48%
PRINCIPAIS CONTAS
Imobilizado = 48%
Duplicatas a Receber = 27%
Estoques = 20%
PASSIVO Fontes de
Recursos
24
ANO 1
ANO 2
ANÁLISE VERTICAL VERIFICAÇÃO DOS RESULTADOS
DE ONDE VEM OS RECURSOS
Patrimônio Líquido = 55%
Passivo Circulante = 38%
AS MAIORES DÍVIDAS
Fornecedores = 23%
Financiamentos (curto + Longo Prazo) = 19%
PRINCIPAIS MUDANÇAS
Nos Grupos de Contas (Fontes)
Patrimônio Líquido de 47% para 55%
Passivo Circulante de 49% para 38%
Nas Contas
Fornecedores de 37% para 23%
Financiamentos (Curto Prazo) de 6% para 12%
Financiamentos (Longo Prazo) de 4% para 7%
Total de Financiamentos (Curto + Longo Prazo) de
10% para 19%
ATIVO Aplicações de
Recursos
ONDE HÁ MAIS RECURSOS APLICADOS
Ativo Circulante = 55%
Ativo Permanente = 44%
25
ANO 2
PRINCIPAIS CONTAS
Imobilizado = 42%
Duplicatas a Receber = 29%
Estoques = 24%
PRINCIPAIS MUDANÇAS
Nos Grupos de Contas (Fontes)
Ativo Circulante de 48% para 55%
Ativo Permanente de 51% para 44%
Nas Contas
Imobilizado de 48% para 42%
Estoques de 20% para 24%
Duplicatas a Receber de 27% para 29%
(D.R.E.)
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Ano 1 % Ano 2 %RECEITA BRUTA 65.450 73.460(-) Impostos s/Vendas 12.765 14.692(-) Devoluções 1.687 1.685RECEITA LÍQUIDA 50.998 100 57.083 100Custo de Produtos Vendidos 38.519 76 37.105 65LUCRO BRUTO 12.479 24 19.978 35Despesas Administrativas 4.267 8 7.940 14Despesas com Vendas 3.780 7 5.400 9Despesas Financeiras 221 0 450 1
26
ANÁLISE VERTICAL VERIFICAÇÃO DOS RESULTADOS
Receitas Financeiras 1.243 2 3.600 6LUCRO OPERACIONAL 5.454 11 9.788 17Rec. (Desp.) Não Operac. 290 1 -420 -1Provisão Imposto de Renda 2.060 4 2.914 5LUCRO LÍQUIDO 3.684 7 6.454 11
D.R.E. Receitas e
Despesas
RESULTADO DO EXERCÍCIO
Lucro Líquido = 7%
DESPESAS QUE CONSUMIRAM MAIS RECURSOS
Custos de Produtos Vendidos = 65%
Despesas Administrativas = 8%
Despesas com Vendas = 7%
D.R.E. Receitas e
Despesas
RESULTADO DO EXERCÍCIO
Lucro Líquido = 11%
DESPESAS QUE CONSUMIRAM MAIS RECURSOS
Custo de Produtos Vendidos = 65%
Despesas Administrativas = 14%
Despesas com Vendas = 9%
27
ANO 1
ANO 2
AS PRINCIPAIS MUDANÇAS DO ANO
No Resultado
Lucro Líquido de 7% para 11%
Lucro Operacional de 11% para 17%
Lucro Bruto de 24% para 35%
Receitas ou Despesas que Contribuíram Para Melhor o
Lucro
Custo de Produtos Vendidos de 76% para 65%
Receitas Financeiras Líquidas de 2% para 5%
Despesas que Contribuíram Para Piorar o Lucro
Despesas Administrativas de 8% para 14%
Qualquer empresa analisada terá sua estrutura de capital
definida dentro dos seguintes três modelos:
28
ESTRUTURA DE CAPITAL TIPOS DE ESTRUTURA
BOA RAZOÁVEL RUIM
Recursos próprios financiam todos os ativos de longo prazo e ainda há sobre para financiar o Ativo Circulante.
Recursos de terceiros de longo prazo completam o financiamento de ativos de longo prazo e sobre para financiar o Ativo Circulante
Recursos próprios e de terceiros de longo prazo são insuficientes para financiar os ativos de longo prazo.
Uma das utilidades da análise vertical é a de permitir a
montagem da Estrutura de Capital de qualquer empresa.
Para isto, toma-se os resultados da análise vertical de
cada um dos grupos do Ativo e Passivo colocando-os em dois
quadros que indicam Fontes (Passivo) e Aplicações (Ativo)
dos recursos, como os exemplos abaixo baseados no Balanço
da página 14.
29
Recursos próprios financiam todos os ativos de longo prazo e ainda há sobre para financiar o Ativo Circulante.
Recursos de terceiros de longo prazo completam o financiamento de ativos de longo prazo e sobre para financiar o Ativo Circulante
Recursos próprios e de terceiros de longo prazo são insuficientes para financiar os ativos de longo prazo.
ESTRUTURA DE CAPITAL Como Montar a Estrutura de Capital
AC = 48
RLP = 1
AP = 51
PC = 49
ELP = 4
PL = 47
AC = 55
RLP = 1
AP = 44
PC = 38
ELP = 7
PL = 55
1
10
Ano 1ATIVO PASSIVO PASSIVO
Ano 2ATIVO PASSIVO PASSIVO
APLICAÇÕES FONTES
APLICAÇÕES FONTES
NO ANO 1:
A 1ª Fonte PL = 47% não financia o AP = 51% Faltam 4%
A 2ª Fonte ELP = 4% financia os 4% que estavam faltando.
Não sobra nada.
Não financia o RLP – 1% falta 1%
A 3ª Fonte PC = 49% financia 1% que estava faltando.
É uma Estrutura RUIM, porque os recursos próprios mais os
de terceiros de longo prazo são insuficientes para
financiar os ativos de longo prazo.
NO ANO 2:
A 1ª Fonte PL = 55% financia todo o AP = 44% e sobram
11%
Sobram 11% do PL que financiam o RLP = 1% e
sobram 10%
Sobram 10% que ajudam a financiar o AC.
É uma estrutura BOA porque recursos próprios financiam
todos os ativos de longo prazo e ainda há sobra para
financiar o Ativo Circulante.
30
ESTRUTURA DE CAPITAL BOA e Piorando
67
33
39
5
56
64
36
55
5
4023
4
Ano 1 Ano 2
APLICAÇÕES FONTES
APLICAÇÕES FONTES
Ano 1: A 1ª Fonte PL = 56%, financia todo o AP = 33%
sobram 23%
Sobram 23% do PL que ajudam financiar ao AC.
Ano 2: A 1ª Fonte PL = 40%, financia todo o AP = 36%
sobram 4%
Sobram 4% do PL que ajudam financiar o AC.
Nos dois anos a Estrutura é BOA porque os recursos próprios
financiam todo o ativo de longo prazo, entretanto a
Estrutura está piorando porque a sobra para financiar o AC
que era de 23% no ano anterior agora é de apenas 4%.
31
ESTRUTURA DE CAPITAL RAZOÁVEL e Piorando RUIM
54
1
45
48
10
42
44
1
55
46
12
42
Ano 1 Ano 2
APLICAÇÕES FONTES
APLICAÇÕES FONTES
61
3
1
1
Ano 1: A 1ª Fonte PL = 42%, não financia todo o AP = 45%
faltam 3%
A 2ª Fonte ELP = 10%, financiam 3% que faltavam
sobram 7%
Sobram 7%, que financiam o RLP = 1%
sobram 6%
Sobram 6%, que ajudam financiar o AC.
Estrutura é razoável porque recursos de terceiros de longo
prazo completam o financiamento de ativos de longo prazo e
sobra para financiar o Ativo Circulante.
Ano 2: A 1ª Fonte PL = 42%, não financia todo o Ap = 55%
faltam 13%
A 2ª Fonte ELP = 12%, não financia 13% que faltavam
falta 1%
A 3ª Fonte PC = 46%, financia 1% que faltava
sobram 45%
Sobram 45% que financiam todo o RLP = 1%.
É uma Estrutura RUIM porque recursos próprios, mais os de
terceiros de longo prazo são insuficientes para financiar
os ativos de longo prazo.
32
Ano 1: A 1ª Fonte PL = 52%, não financia todo o AP = 53%
faltam 1%
A 2ª Fonte ELP = 6%, financiam 1% que faltava
sobram 5%
Sobram 5%, que financiam o RLP = 3%
sobram 2%
Sobram 2%, que ajudam financiar o AC.
Estrutura é razoável porque recursos de terceiros de longo
prazo completam o financiamento de ativos de longo prazo e
sobra para financiar o Ativo Circulante.
33
ESTRUTURA DE CAPITAL RAZOÁVEL e Melhorando para BOA
44
3
53
42
6
52
45
1
54
35
7
58
Ano 1 Ano 2
APLICAÇÕES FONTES
APLICAÇÕES FONTES
23
1
3
Ano 2: A 1ª Fonte PL = 58%, não financia todo o Ap = 54%
faltam 4%
Sobram 4% que financiam todo o RLP = 1%
sobram 3.
Sobram 3% que ajudam financiar o AC.
A estrutura é BOA porque recursos próprios financiam todo o
ativo de longo prazo, e sobra recursos para financiar o
Ativo Circulante.
Ano 1: A 1ª Fonte PL = 30%, não financia todo o AP = 48%
faltam 18%
34
ESTRUTURA DE CAPITAL RUIM e Melhorando para RAZOÁVEL
49
3
48
64
6
30
50
2
48
48
7
45
Ano 1 Ano 2
APLICAÇÕES FONTES
APLICAÇÕES FONTES
3
12
2
2
3
A 2ª Fonte ELP = 6%, financiam 18% que faltava
sobram 12%
A 3ª Fonte PC = 64%, financia 12% que faltavam
sobram 52%.
Sobram 52%, que financiam o RLP = 3%
É uma Estrutura RUIM porque recursos próprios, mais os de
terceiros de longo prazo são insuficientes para financiar
os ativos de longo prazo.
Ano 2: A 1ª Fonte PL = 45%, não financia todo o Ap = 48%
faltam 3%
A 2ª Fonte ELP = 7%, financia 3% que faltavam
sobram 4%.
Sobram 4% que financiam todo o RLP = 2%
sobram 2%.
Sobram 2% que ajudam financiar o AC.
É uma Estrutura RAZOÁVEL porque recursos de terceiros de
longo prazo completam o financiamento de ativos de longo
prazo e sobra para financiar o Ativo Circulante.
ANÁLISE HORIZONTAL
Tem por objeto demonstrar o crescimento ou queda ocorrida
em itens que constituem as demonstrações contábeis em
períodos consecutivos. A análise horizontal compara
percentuais ao longo de períodos, ao passo que a análise
vertical compara-os dentro de um período. Esta comparação é
feita olhando-se horizontalmente através dos anos nas
demonstrações financeiras e nos indicadores. É importante
35
salientar, neste caso, a necessidade de que os valores
comparados estejam expressos em moeda de poder aquisitivo
constante.
Abaixo apresentamos os balanços patrimoniais e demonstrações doresultado da Empresa Braga, com suas variações ano a ano. Monte aestrutura de capital (gráfica) dos três anos e faça a análise dosíndices econômico-financeiros e de rentabilidade (um a um) e comente aevolução da empresa e sua situação atual.
BALANÇO PATRIMONIAL DA EMPRESA BRAGA S/A
Saldos em:AnáliseVertical
AnáliseHorizontal
A T I V O 19t5 19t6 19t7 19t5 19t6 19t7 19t6 19t7CIRCULANTE 1.143.886 1.318.72
91.069.83
475% 74% 67% 15,29% -
18,87%Caixa e bancos 44.843 77.118 41.120 3% 4% 3% 71,97% -
46,68%Aplicações financeiras
399.672 418.975224.43
826% 24% 14% 4,83% -
46,43%Contas a Receber de Clientes
326.945 464.036424.65
421% 26% 27% 41,93% -8,49%
Prov. P/ Cred. Liq. duvidosa
-9.805 -13.918
-12.739
-1% -1% -1% 41,95% -8,47%
Estoques de Mercadorias
338.247 320.116364.55
622% 18% 23% -5,36% 13,88%
Créditos diversos 43.984 52.402 27.805 3% 3% 2% 19,14% -46,94%
REALIZÁVEL LONGO PRAZO
7 1.602 17.096 0,00%0,09
%1,07
%22786% 967,17
%Depósitos judiciais 7 1.344 14.918 0,00
%0,08
%0,93
%19100% 1009,9
7%Empréstimos compulsórios
0 258 2.178 0,00%0,01
%0,14
%258,00% 744,19
%PERMANENTE 386.727 460.018 511.663 25% 26% 32% 18,95% 11,23%Investimentos 19.944 19.644 19.278 1% 1% 1% -1,50% -1,86%Imobilizado 341.854 394.57
8436.11
322% 22% 27% 15,42% 10,53%
Diferido 24.929 45.796 56.272 2% 3% 4% 83,71% 22,88%TOTAL DO ATIVO 1.530.6 1.780. 1.598. 100% 100% 100% 16,32% -
36
20 349 593 10,21%PASSIVO
CIRCULANTE 841.840 943.143 749.256 55% 53% 47% 12,03% -20,56%
Fornecedores 480.087 471.631496.67
831% 26% 31% -1,76% 5,31%
Empréstimos a pagar 1.763 10.868 2.049 0% 1% 0% 516,45% -81,15%
Contas a pagar 30.394 66.206 43.764 2% 4% 3% 117,83% -33,90%
Impostos e contribuições
220.017 242.473130.76
814% 14% 8% 10,21% -
46,07%Provisões diversas 37.689 45.446 39.759 2% 3% 2% 20,58% -
12,51%Dividendos e participações
71.890 106.51936.238 5% 6% 2% 48,17% -
65,98%PATRIMÔNIO LÍQUIDO 688.780 837.206 849.337 45% 47% 53% 21,55% 1,45%Capital social realizado
314.259 378.265669.68
821% 21% 42% 20,37% 77,04%
Reservas de capital 26.372 25.027 15.162 2% 1% 1% -5,10% -39,42%
Reservas de lucros 40.111 17.482 18.830 3% 1% 1% -56,42% 7,71%Lucros acumulados 308.038 416.43
2145.65
720% 23% 9% 35,19% -
65,02%TOTAL DO PASSIVO + PL
1.530.620
1.780.349
1.598.593
100% 100% 100% 18% -10,21%
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DA EMPRESA BRAGA S/A
Análise Horizontal 19t6 19t7 19t6/t7RECEITA OPERACIONAL BRUTA
3.181.675 2.554.101 -19,72%
Abatimento sobre vendas -622.226 -494.665 -20,50%ICMS -537.653 -434.197 -19,24%Pis e Finsocial -39.955 -37.077 -7,20%Devoluções -44.618 -23.391 -47,57% RECEITA OPERACIONAL LIQUIDA
2.559.446 2.059.436 -19,54%
Custo das mercadorias -1.320.659 -1.279.709 -3,10%
37
vendidas LUCRO BRUTO 1.238.787 779.727 -37,06%Despesas operacionais -961.281 -677.747 -29,50%Despesas vendas -181.050 -190.493 5,22%Despesas gerais e adm. -703.012 -678.054 -3,55%Honorários da administração
-38.351 -39.576 3,19%
Ganhos (perdas) com inflação
-38.868 230.376 -692,71%
LUCRO OPERACIONAL (EFETIVO)
277.506 101.980 -63,25%
Despesas financeiras -17.372 -7.174 -58,70%Receitas financeiras 150.376 -39.137 -126,03%Receitas (despesas) nãooperacionais
-1.274 7.258 -669,70%
LUCRO ANTES IR 409.236 72.234 -82,35%Provisão p/ IR -187.554 -39.137 -79,13%Participações estatutárias
-28.013 -5.500 -80,37%
LUCRO LÍQUIDO 193.669 27.597 -85,75%
ALGUNS ASPECTOS DETECTADOS PELAS ANÁLISES HORIZONTAL E
VERTICAL
O analista externo, especialmente um que representa uma
instituição emprestadora, gostará de saber muito claramente
por que estes índices estão manifestando certo desempenho
certo desempenho. Algumas perguntas deverão ser respondidas
pelo analista. Por exemplo:
38
- se há um problema em um único ano, ou um problema de
todo o ramo de atividade
- as vendas subiram e a empresa é lucrativa, então por
que as margens brutas caíram?
- A empresa está forçada a competir com outras maiores que
podem fazer com que economias de escala possibilitem
vendas com margens menores?
A análise horizontal e vertical ajuda a desenvolver estas
questões, mas, desafortunadamente, raramente fornece as
respostas.
ÍNDICES ECONÔMICO-FINANCEIROS
A análise financeira utiliza a informação contida nos
demonstrativos financeiros ou contábeis da entidade (o
balanço patrimonial e a demonstração do resultado do
exercício, suplementados pelas demonstrações de fluxo de
caixa e outras demonstrações), as ferramentas primárias
para análise financeira são os índices financeiros.
Apresentaremos um conjunto de índices financeiros comumente
utilizados, uma discussão de um modelo integrado para
analisar o desempenho financeiro, uma análise do uso de
índices financeiros para predizer falhas corporativas, e
uma visão da evidência empírica no que diz respeito à
estabilidade dos padrões dos índices financeiros através do
tempo.
Quando se analisam demonstrações financeiras, a primeira
tarefa é determinar que informação se procura. Há muitas
39
técnicas analíticas que podem revelar informações sobre uma
empresa. Uma vez que o analista financeiro saiba isto,
pode-se usar a técnica correta. Índices financeiros são a
ferramenta analítica de um analista. Índices são fáceis de
computar, verificáveis e permitem comparações período a
período e da empresa com outras de seu ramos de atividade.
Os índices são relações que se estabelecem entre duas
grandezas, facilitam sensivelmente o trabalho do analista,
uma vez que a apreciação de certas relações ou porcentuais
é mais significativa (relevante) que a observação de
montantes por si só.
A análise das demonstrações financeiras dedica-se ao
cálculo de índices, de modo a avaliar o desempenho
passado, presente e projetado da empresa, seja
comparativamente com “padrões do ramo”em que atua, seja
numa análise de série temporal (comparação entre o
desempenho atual e o desempenho passado da empresa, visando
determinar suas tendências presentes e futuras).
Permitem a interrelação entre várias contas das
demonstrações financeiras da empresa, facilitando que esta
seja analisada sob vários ângulos. Destaca-se, no entanto,
que para uma melhor avaliação da empresa, é conveniente
que seus indicadores sejam comparados com os de outras
empresas do mesmo setor de atuação (ramo de atividade),
além de relacionados entre si.
ANÁLISE ATRAVÉS DE ÍNDICES
40
Discutiremos análises que podem ser utilizados para se
obter informações das demonstrações financeiras de uma
empresa. Estaremos baseados em índices financeiros, então
discutiremos primeiramente esta forma genérica de análise
da demonstração financeira. Outras análises relacionam-se
ao formato ou modelo utilizado para direcionar a
computação e análise de um determinado conjunto de índices
financeiros. Estas análises consistem em análises de
demonstrações financeiras padronizadas e do desempenho da
empresa.
A mais simples análise de crédito por bancos e empresas,
consiste em avaliar a empresa através de índices ou
coeficientes.
Dentre eles, para citar como exemplo, os mais conhecidos
são os de liquidez. O estudo deste índices é feito
analisando-se o índice de maneira absoluta, ou seja, a
análise do significado intrínseco do índice ( ou do índice
por si só), ou comparando-se sua evolução nos vários
períodos enfocados, ou ainda com outras empresas do mesmo
setor.
ANÁLISE DOS COEFICIENTES OPERACIONAIS CHAVES
Para dar significado aos dados nas demonstrações
financeiras, o analista deve executar as análises de
coeficientes. Através da medição dos relacionamentos entre
dois números nas demonstrações financeiras, este método
financeiro identifica, entre outras coisas, a líquidez da
empresa e adequação do capital de giro. Os principais
41
coeficientes operacionais avaliam a eficácia operacional
das diversas áreas da empresa, tais como giro do estoque,
rentabilidade do patrimônio líquido e outras.
Adicionalmente, analisando as contas a receber convertidas
em caixa, os coeficientes operacionais podem determinar
quão bem os fundos fluem para a empresa.
OBJETIVO
Análise de coeficientes realizam os seguintes objetivos:
- mensurar a saúde financeira total do negócio
- endereçar as principais áreas de negócios que afetam a
lucratividade da empresa e sua força de ganhos
- avaliar a posição de liquidez da empresa, bem como a
situação do fluxo de caixa
- identificar uma condição de alavancagem da empresa (mix
de endividamento de sua estrutura financeira)
- contribuir para avaliação total do risco creditício – os
coeficientes indicam até certo ponto se a condição
financeira de uma empresa a torna um “bom” ou “mau”
risco de crédito.
QUANTIDADE DE ÍNDICES
É uma boa estratégia de análise calcular vários
coeficientes, mas é importante manter em mente que somente
coeficientes operacionais selecionados testarão
adequadamente a posição financeira de uma empresa.
Empiricamente, entre 10 e 15 coeficientes geralmente são
42
suficientes para revelar a solvência de uma empresa e medir
sua habilidade de honrar seus compromissos financeiros.
TÉCNICAS DE ANÁLISE
A análise por índices financeiros é uma das ferramentas
mais utilizadas no mercado financeiro. Mas uma análise
feita somente com índices financeiros é uma análise fraca e
pobre, e certamente poderá conter inúmeras falhas.
Índices financeiros não são suficientes para um julgamento
adequado e uma decisão correta. Índices financeiros aliados
à análise vertical já mostram de forma melhor a situação
financeira da empresa.
Os índices financeiros dividem-se em 4 grupos:
ÍNDICES DE LUCRATIVIDADE
ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO
ÍNDICES DE ESTRUTURA DE CAPITAL
ÍNDICES DE LIQUIDEZ E DE PRAZOS MÉDIO
43
ÍNDICES FINANCEIROS CONCEITOS
ÍNDICES FINANCEIROS Exemplos de Variação nos Índice
Os Índices Financeiros poderá ficar iguais ou ter
variações, de acordo com a mudança no valor de qualquer um
dos componentes de sua fórmula.
Se consideramos como exemplo a fórmula acima, poderemos ter
as seguintes variações no índice:
O índice ficará IGUAL
a) Se o Numerador aumentar e a Base aumentar em igual
proporção (por exemplo: 10% para ambos).
b) Se o Numerador diminuir e a Base diminuir em igual
proporção (por exemplo: 20% para ambos).
0,83 200.1000.1
BaseNumerador
44
O índice irá AUMENTAR
a) Se o numerador aumentar (30%) e a Base ficar igual
b) Se o Numerador aumentar (15%) e a Base aumentar (5%)
c) Se o Numerador aumentar (20%) e a Base diminuir (-10%)
d) Se o Numerador ficar igual e a Base diminuir (-50%)
e) Se o Numerador diminuir (-10%) e a Base diminuir (-20%)
O índice irá DIMINUIR
a) Se o Numerador diminuir (-5%) e a Base aumentar (10%)
0,83 200.1000.1
BaseNumerador
45
ÍNDICES FINANCEIROS Exemplos de Variação nos Índice
b) Se o Numerador diminuir (-30%) e a Base ficar igual
c) Se o Numerador diminuir (20%) e a Base diminuir (-5%)
d) Se o Numerador ficar igual e a Base aumentar (10%)
e) Se o Numerador aumentar (20%) e a Base aumentar (50%)
ÍNDICES DE LUCRATIVIDADE ou RENTABILIDADE
A Análise de Lucratividade tem por finalidade avaliar a
empresa em relação às suas vendas, patrimônio líquido,
ativos e ao valor da ação. Como um todo, essas medidas
possibilitam ao gestor financeiro e/ou ao analista,
avaliar os lucros da empresa em relação a um determinado
nível de vendas, ao investimento dos proprietários, a um
certo nível de ativos ou o valor da ação.
O lucro torna-se, portanto, o principal atrativo aos
proprietários, investidores e tranqüilidade aos credores em
geral.
Rentabilidade do Patrimônio Líquido
Retorno sobre Patrimônio Líquido – R.P.L.
46
Mede o retorno obtido dos investimentos realizados pelos
proprietários da empresa ( a parcela de Ações Preferenciais
é muito pequena, portanto mede os retornos de Ações
Ordinárias), ou seja, quanto a empresa obtém de lucro para
cada R$1,00 de capital próprio investido.
Mostra a lucratividade de uma empresa através da taxa de
retorno obtida de recursos constituídos pelos acionistas.
Quanto mais alta a taxa, melhor para os proprietários.
R.P.L. = Lucro Líquidoapós IR PatrimônioLíquido
Quando há lucro, este índice mede quanto o lucro contribui
para o aumento dos recursos próprios.
Quando há prejuízo, ele mede quanto a empresa perde de seus
recursos próprios por causa do prejuízo.
O fato da empresa aumentar ou diminuir o seu Patrimônio
Líquido não significa que estes recursos estão entrando ou
saindo do “caixa”. Significa que os recursos próprios que
financiam os ativos (onde o “caixa” é apenas um deles)
47
Arredonde os resultados.
Não use casas decimais
estão maiores, no caso de lucro, ou estão menores, no caso
de prejuízo.
Como o Patrimônio Líquido é uma das principais fontes de
recursos, é claro que quanto maior for o índice de retorno
do PL, maior é a contribuição do lucro para aumentar esta
fonte e aumentar o nível de capitalização da empresa.
Prejuízos constantes ou muito elevados corroem os recursos
próprios e enfraquecem a estrutura de capital da empresa.
Por outro lado, os prejuízos devem ser pagos e, assim, a
empresa tem de desfazer-se de ativos ou então aumentar suas
fontes junto a terceiros, ampliando suas dívidas.
Rentabilidade do Ativo
Quando há lucro, este índice mede quanto o lucro contribui
para financiar o Ativo. Quanto maior esta contribuição,
menor será a necessidade de buscar outras fontes, tais como
recursos de terceiros ou de sócios.
Quando há prejuízo, ele mede quanto a empresa perde de seus
ativos para poder cobrir os prejuízos. Quanto maior for o
48
Arredonde os resultados.Não use casas decimais.
prejuízo, maior o volume de ativos que a empresa necessita
para cobri-los. Caso a empresa não queira ou não possa se
desfazer de ativos, certamente ela terá de buscar recursos
de terceiros ou de sócios para poder cobrir seus prejuízos.
Margem Bruta - MgB
Mede a eficiência de uma empresa na administração demateriais e mão de obra na produção (o que resta da vendados produtos após ter pago os custos), ou seja, mede aporcentagem de cada unidade monetária de venda querestou , após a empresa ter pago seus produtos. Quantomaior, melhor.
MgB = Lucro Bruto (R.L.V. –C.P.V.) Receita Líquida deVendas
Margem Operacional - MgO
Mostra a taxa de retorno sobre as vendas líquidas de uma
empresa, considerando apenas os lucros auferidos pela
empresa em suas operações, ou seja, mede o lucro puro
obtido em cada unidade monetária de venda. O lucro
operacional é puro no sentido de que ignora quaisquer
despesas financeiras ou obrigações governamentais (juros ou
IR).
Quanto maior, melhor.
MgO = Lucro Operacional Receita Líquida deVendas
Margem Líquida - MgL
49
Mede a porcentagem de cada unidade monetária de venda que
restou após a dedução de todas as despesas, inclusive IR,
sendo muito utilizada para indicação do sucesso de uma
empresa em termos de lucratividade sobre vendas, ou seja, é
o percentual relativo de cada unidade monetária de venda
após todas as despesas, inclusive o imposto de renda,
valora o quanto a empresa obtém de lucro para cada R$1,00
vendido.
Importante salientar que uma média de resultado obtido em
um determinado seguimento de atividade pode não representar
bom resultado em outro. Quanto maior, melhor.
MgL = Lucro Líquido apósI.R. Receita Líquidade Vendas Retorno sobre o Investimento - R.S.I.( ou Retorno sobre o Ativo Total - R.O.A.)
Mede a rentabilidade das operações básicas da empresa -
geração de lucros -, dada a utilização dos ativos
disponíveis totais, ou seja, quanto a empresa obtém de
lucro para cada R$1,00 de investimento total.
Mostra a taxa de retorno sobre todos os recursos
utilizados, com a finalidade de medir os lucros sobre todos
os investimentos feitos por terceiros e pelos
proprietários, avaliando a eficiência global da
administração na geração de lucros com seus ativos totais
disponíveis. Quanto maior, melhor.
50
R.S.I. = Lucro Líquidoapós IR Ativo TotalMédio
Retorno sobre o Ativo Operacional – R.A.O.
Mede a rentabilidade das operações básicas da empresa emface dos recursos aplicados nestas operações. Em caso deempresa industrial ou comercial, é recomendado a exclusãode ativos não operacionais ( aplicações financeiras, osimobilizados técnicos não utilizados nas operações normais– terreno não utilizado, e os imobilizados financeiros nãoessenciais às atividades fins da empresa – investimentos emáreas de incentivo fiscal) e, a inclusão de valoresessenciais à normalidade das operações ( investimentorealizado em empresa coligada ou subsidiária)
R.A.O. = LucroOperacional AtivoOperacional Líquido Médio
Lucro por Ação – L.P.A.
Representa o valor auferido sobre cada ação ordináriaemitida
L.P.A. = LucroLíquido Após o I.R. NúmeroTotal de Ações Ordinárias
ÍNDICES DE ENDIVIDAMENTO
51
A situação de endividamento de uma empresa indica o
montante de recursos de terceiros que está sendo
utilizado , na tentativa de gerar lucros.
O grau de endividamento medo o montante de dívida em
relação a outras grandezas significativas do balanço
patrimonial.
Índice de Endividamento Geral – IEG ou Endividamento Total
Mede a proporção entre recursos de terceiros (dívidas) e
recursos próprios.
Este índice trabalha com todo o Passivo. Quanto maior o
volume de recursos de terceiros, maior é a dependência.
Esta dependência vai definir o nível de riscos. Se os
recursos de terceiros são naturais ou operacionais, o risco
é mais leve. Se os recursos de terceiros são onerosos ou
não operacionais, os riscos são mais elevados. Quando o
índice for alto, os recursos próprios são insuficientes
52
Arredonde os resultados.Não use casas decimais.
para atender as necessidades da empresa e ela passa a
depender excessivamente de recursos de terceiros.
Cuidado Quando este índice for igual a 100% significa
que 50% dos recursos são de terceiros e 50% são recursos
próprios. Este é o ponto de equilíbrio do índice. Acima de
100%, a empresa depende mais de recursos de terceiros e
abaixo de 100% a empresa tem mais recursos próprios do que
de terceiros.
Exemplo:
Mede a proporção do ativo total da empresa que é financiadopor capital total de terceiros, quanto menor, melhor. Éassim calculado.
IEG = Exigível Total (capital deterceiros) x 100 Ativo Total
Endividamento a Curto Prazo
Mede quanto a empresa tem de recursos de terceiros de curto
prazo em relação aos recursos próprios.
53
$ 125
$ 25
$ 150
PC
ELP
PL
O índice é 100%. A empresa usa $ 150 de recursos de terceiros $ 150 de recursos próprios, isto é, 50% de cada uma das FONTES. O total das fontes é de $ 300.
Fontes
Arredonde os resultados.
Não use casas decimais.
Atualmente as dividas das empresas concentram-se mais no
curto prazo, uma vez que as fontes de recursos de longo
prazo são poucas e escassas. Conseqüentemente, este índice
tenderá a ser bastante igual ao de endividamento total. Se
não o for, a empresa tem volumes importantes de dívidas de
longo prazo.
Endividamento Financeiro Total
Mede quanto a empresa utiliza de recursos bancários (curto
e longo prazo) em relação ao que ela tem de recursos
próprios.
É um dos índices mais importantes para os Bancos, pois mostra quanto a
empresa depende de empréstimos e outras formas de financiamentos
bancários. Deve-se olhar também o volume de despesas financeiras para
avaliar o custo destes recursos.
Normalmente, as empresas buscam recursos para suprir suas
necessidades de caixa (seja para pagar despesas ou cobrir
54
Arredonde os resultados.Não use casas decimais.
prejuízos, seja para suprir sua necessidade de capital de
giro ou imobilização). As instituições financeiras são o
caminho para isto, uma vez que as demais fontes de recursos
de terceiros não as suprem de dinheiro (fornecedores cedem
matérias-primas e mercadorias, contas a pagar representam
insumos, salários e encargos são recursos humanos).
Portanto, dinheiro mesmo vem de Bancos. Daí, a importância
de avaliar cuidadosamente este índice.
Endividamento Financeiro a Curto Prazo
Este índice é complemento do Endividamento Financeiro.
Ele mede quanto a empresa usa de empréstimos bancários de
curto prazo em relação ao que ela tem de recursos próprios.
As fontes de financiamento bancários tendem a se concentrar
mais no curto prazo. São poucas as alternativas de recursos
bancários de longo prazo, sobretudo pela incerteza e
instabilidade das políticas de Governo. Desta forma, este
índice tende a ser igual ao índice de endividamento
financeiro que mede curto e longo prazo. Quando houver
muito diferença entre os dois índices é sinal de que a
55
Arredonde os resultados.Não use casas decimais.
empresa tem financiamentos de longo prazo em volumes
relevantes.
Índice de Participação de capital Total de Terceiros – IPCT
Mede quanto o capital total de terceiros representa docapital próprio, quanto menor, melhor. É assim calculado.
IPCT = Passivo Circulante +Exigível de L.P. x 100 Patrimônio Líquido
Índice de Composição do Endividamento de Curto Prazo – ICECPMede o quanto de capital de terceiros de C.P. é utilizadopela empresa, em relação às obrigações totais, quantomenor, melhor. É assim calculado.
ICECP = PassivoCirculante x 100 PassivoCirculante + Exigível de L.P.
ÍNDICE DE ESTRUTURA DE CAPITAL
Imobilização do PL ou Imobilização dos Recursos Próprios
Mede quanto a empresa utiliza de recursos próprios (PL)
para financiar todo o seu Ativo Permanente.
Quando o índice for menor que 100% significa que a empresa
consegue financiar todo o seu Ativo Permanente e ainda há
sobras de recursos próprios para financiar o Realizável de
Longo Prazo e/ou o Capital de Giro.
56
Quando o índice for maior que 100% significa que a empresa
não consegue financiar todo o Ativo Permanente com seus
recursos próprios. Depende, portanto, de recursos de
terceiros para financiar parte de seu Permanente. Neste
caso, é importante avaliar quanto ela usa de recursos de
terceiros para esta finalidade.
Sempre que este índice for maior que 100% já é um indicador
de que a estrutura de capital da empresa não é boa. O
mínimo esperado dos sócios é que eles supram pelo menos a
necessidade de imobilização da empresa. Se não o fazem, há
já um sinal de risco. Neste caso é importante avaliar se há
outras fontes de longo prazo atendendo a esta necessidade.
Se houver, os riscos são menores, pois muitos projetos e
planos de expansão costumam ser financiados por recursos de
longo prazo. Se não houver, o risco é alto, pois a
estrutura de capital da empresa é ruim ou péssima.
Capital de Giro Próprio
57
Arredonde os resultados.
Não use casas decimais.
Quando positivo, este índice mede quanto do Capital de Giro
é financiado por recursos próprios. Neste caso, quanto mais
alto for o índice, melhor.
Quando negativo, ele mostra que a empresa não tem sobra de
recursos próprios para financiar nenhuma parte do Capital
de Giro. Neste caso, todo o Ativo Circulante é financiado
por capitais de terceiros.
O ideal é que os recursos próprios financiem todos os
ativos de longo prazo (permanente e realizável) e ainda
houvesse sobras para financiar parte da necessidade de
Capital de Giro. No caso do índice de imobilização do PL
maior que 100%, a empresa depende totalmente de terceiros
para suprir seu capital de giro, pois seus recursos
próprios sequer atendem à imobilização.
Índice de Imobilização do Patrimônio Líquido – IIPL
Mede a quantidade relativa de capital próprio que foidestinado ao ativo permanente, quanto menor, melhor. Éassim calculado.
IIPL = Ativo Permanente x 100
58
Arredonde os resultados.Não use casas decimais.
PatrimônioLíquido
Índice de Imobilização dos Recursos Permanentes – IIRP
Mede a quantidade relativa de recursos não correntes ou permanentes que foi utilizado no ativo permanente, quanto menor, melhor. É assim calculado.
IIRP = AtivoPermanente x 100 Exigível deL.P. + Patrimônio Líquido
Índices Relativos a Liquidez
Servem para medir a capacidade de uma empresa em honrar
seus compromissos. Como o principal interesse dos
credores, a curto prazo, é ser pagos prontamente os
compromissos, a análise que se faz das demonstrações
financeiras localiza, em primeiro lugar , as relações
existentes entre o ativo circulante e o passivo circulante,
além da rapidez com que os valores a receber e o estoque
se convertem em caixa, no desenvolvimento normal da
atividades. Os principais índices de liquidez se dividem
em dois grupos, e quanto maiores, melhores :
Índices que expressam a relação existente entre o ativo
circulante e o passivo circulante;
Índices que medem a rapidez com que um item do ativo se
transforma em caixa.
Índice de Liquidez Corrente – ILC ou LC 59
É o primeiro e mais comum, e de grande utilização para
medir a relação existente entre o ativo circulante o
passivo circulante, e mede a capacidade da empresa em
saldar os compromissos financeiros e dívidas de curto
prazo, sendo calculado mediante a seguinte fórmula :
ILC = Ativo
Circulante
Passivo
Circulante
Esta é a forma mais elementar de se medir a capacidade de
uma empresa em saldar seus débitos. Entende-se que uma
empresa para apresentar liquidez deve ter mais ativo do que
passivo circulante. Um ILC inferior a “1,00” indica que a
empresa pode sofrer dificuldades no pagamento de seus
compromissos e, por outro lado, um índice muito superior a
“1,00” indica a utilização não econômica de seus fundos.
A pergunta, então, é : qual o índice ideal ?
Esta é a primeira pergunta que o gestor financeiro deve
fazer quando da definição de sua política de capital de
giro. Como ? Um bom início é se analisar os números dos
concorrentes e verificar item por item qual a real
necessidade daquele valor.
Índice de Liquidez Seco – ILS ou LS
60
Muitas empresas se utilizam deste índice por considerar as
vezes o estoque como item não líquido. Ao considerarmos
uma empresa com um ativo circulante superior a seu passivo
circulante como líquida, estamos assumindo que o estoque é
vendável. Muitas vezes ao analisarmos em detalhes o
estoque percebemos que o mesmo inclui itens de reduzido
giro, ou seja, o estoque não é liquido em determinado
momento.
Assim, o ILS exclui o estoque da análise, e mede a margem
de segurança disponível (capacidade de pagamento) para que
a empresa satisfaça as dívidas de curto prazo na hipótese
extrema de não vender nada de seu estoque, e é calculado
dividindo-se o ativo circulante menos estoque pelo passivo
circulante, conforme segue :
ILS = Ativo Circulante- Estoques
Passivo Circulante
Índice de Liquidez Imediata – ILI ou LI
O ILI considera o contas a receber também não líquido,
pois muitas vezes estas contas são incobráveis, assim, este
índice mede a capacidade da empresa em honrar com os
compromissos financeiros com o dinheiro que a empresa
possui ou pode prontamente transformar em dinheiro, e é
calculado mediante a seguinte fórmula :
61
ILI = AtivoDisponível PassivoCirculante
Índice de Liquidez Geral (Mediato) – ILG ou LG
Muitas vezes a empresa pode apresentar um equilíbrio
econômico a curto prazo, porém a longo prazo sua situação
pode estar bastante precária. O ILG compara o ativo
circulante, mais o realizável, com o exigível total da
empresa, e mede a capacidade da empresa em saldar os
compromissos financeiros e dívida de curto e longo prazo, e
pode ser assim calculado:
ILG = AtivoCirculante + Realizável L.Prazo PassivoCirculante + Exigível L.Prazo
ANÁLISE QUALITATIVA DE LIQUIDEZ
A análise de liquidez é um dos pontos mais sensíveis da
análise financeira.
Por pior que esteja a situação financeira de uma empresa,
ela ainda se manterá enquanto tiver capacidade de pagar
suas dívidas.
Por esta razão, a análise de liquidez com base apenas nos
índices é uma análise pobre e que contém falhas e precisa
ser complementada.
Uma das formas para avaliar um pouco melhor a qualidade dos
ativos e a capacidade de pagamento das dívidas é fazer uma
62
análise qualitativa de liquidez.
Comece ordenando, em ordem decrescente de liquidez, os
principais ativos (usados para pagamento), e depois,
ordenando as principais dívidas (que serão pagas) pela
ordem de prazos ou prioridades de pagamento.
Liquidez dos Ativos
1º) Caixa/Bancos + Aplicações Financeiras
Ativo de alta liquidez recursos à disposição e para
uso imediato.
2º) Duplicatas a Receber
Ativos de boa liquidez dependem do pagamento dos
clientes, recursos que podem ser antecipados para uso
imediato através de desconto das duplicatas ou caução
(empréstimo para capital de giro).
3º) Estoques
Ativos que dependem da produção (matéria-prima) ou
venda a clientes
Vendas à vista boa liquidez
Venda a prazo transformam-se em duplicatas
Prazos de pagamentos das dívidas
1º) Salários + Impostos + Contribuições Sociais prazos
curtos (até 10 dias)
63
2º) Empréstimos Bancários supor que são garantidos por
caução
3º) Fornecedores + Contas a Pagar e outras prazos até 60
dias.
Forma da análise qualitativaDisponível (+)Salários + Impostos + Encargos Sociais
Sub- TotalDuplicatas a Receber
(-)
A
(+)Empréstimos Bancários
Sub-TotalDemais dívidas (fornecedores, etc.)
(-)
B
(-)Sub - Total C
Se “C” for positivo (+), a liquidez da empresa é muito boa
e não depende da venda de estoques para pagar as dívidas
existentes.
Se “C” for negativo (-),
1º) Transforme o valor em (+)
2º) Divida “+C” pelo valor do estoque e multiplique pelo
prazo médio de estocagem.
O resultado obtido é “tempo de venda dos estoques”
necessário para que a empresa pague as dívidas existentes.
Verifique se este tempo está adequado com o prazo das
dívidas que devem ser pagas pelo estoque (fornecedores,
contas a pagar ou outras).
64
Se “B” for negativo, cuidado. A empresa dá sinais de que
não tem duplicatas para pagar suas dívidas bancárias (ou
duplicatas suficientes para dar uma caução). Esta situação
representa risco de liquidez ou uma situação de liquidez
apertada. Só não será risco se a empresa faz vendas a vista
em valor suficiente para cobrir o valor de “B NEGATIVO”.
ÍNDICES DE PRAZOS MÉDIOSConceitos
Enquanto os índices de liquidez mostram volumes de recursos,
os índices de prazos médios mostram os prazo com que a
empresa realiza seus ativos e os prazos que ela tem para
pagar suas dívidas.
Prazo Médio de Estocagem
No caso de indústrias, mede o tempo que a empresa mantém
consigo os estoques, desde o momento da compra da matéria-
prima até o momento da venda do produto acabado, passando
por todo o processo de fabricação.
No caso de comércio, é o tempo entre a compra da mercadoria
e a data da venda.
O resultado é número de dias, isto é, quantos dias a
empresa demora para produzir e vender todo o volume de
estoques.
65
x 365 dias
Arredonde os resultados.Não use casas decimais.
(#) Média dos Estoques = somas dos 2 anos dividia por 2
É calculada a média dos estoques do inicio e do fim do ano para
evitar distorções no valor dos estoques (causados pela
inflação ou por flutuações no montante dos estoques entre o
inicio e o fim do ano).
Como estoques, após serem vendidos, são registrados como
Custos dos Produtos Vendidos, compara-se na fórmula a
relação entre estoques existentes (Estoques médios) com os
estoques já vendidos (Custos dos Produtos Vendidos).
Prazo Médio de Estocagem = 42 dias
8 dias 23 dias 11
dias
Compr. De Mat. Prima Período de fabricação
Produto Acabado Venda
66
Custos dosprodutosVendidos
Com o processo de produção é um ciclo, o prazo médio de 42
dias (como no exemplo acima) não significa que a empresa
irá vender seus estoques somente após 42 dias. Na verdade,
seus estoques são vendidos todos os dias. O índice mede
apenas o tempo médio que os estoques permanecem dentro das
instalações da empresa.
Vários fatores podem contribuir para que uma empresa tenha
prazos médios de estocagem elevador:
a) excesso de compra de matérias-primas; b) ineficiência no
processo de produção; c) dificuldades de venda ou mercado
em crise; d) produção maior que o volume de vendas; e)
produto que exige longo tempo de produção (navios, máquinas
de grande porte, por exemplo).
Prazo Médio de Cobrança
67
Arredonde os resultados.Não use casas decimais.
A empresa não recebe todas as duplicatas no mesmo dia. Ela
recebe duplicatas todos os dias ou todas as semanas. O
índice vai mostrar o tempo médio que ela demora para
receber todas as duplicatas existentes, incluindo eventuais
atrasos.
Prazo Médio de Cobrança = 35 dias
Ciclo Operacional
É o resultado de
Ciclo Operacional é aquele compreendido entre saída do
dinheiro para pagamento ao fornecedor e o recebimento das
vendas, com retorno do dinheiro ao caixa.
Observa-se portanto, que tal ciclo operacional compreende o
prazo médio de estocagem (produção/compra/armazenagem) e o
prazo médio da cobrança (comercialização).
69
35 dias
Venda
Recebimento
Caixa
+ Prazo Médio de Estocagem+ Prazo Médio de Cobrança
Uma empresa industrial, por exemplo, investe dinheiro na
aquisição de matéria-prima, converte esta matéria prima em
produtos acabados e os vende, recebendo dinheiro. O ciclo
operacional descreve as transações básicas, corriqueiras ou
diárias da empresa.
Cada empresa tem um certo ciclo operacional peculiar,
consoante a própria natureza do seu negócio e a prática
daquele mercado específicos. Um prazo médio de estocagem de
um supermercado não pode ser comparado com ode uma empresa
de construção aval.
Etapas do Ciclo Operacional
Ainda tomando como exemplo uma empresa industrial, existem
basicamente 5 etapas no ciclo operacional:
70
Prazo Médio de Estocagem42 dias
Prazo Médio de Cobrança35 dias
Compra de Mat. Prima
Período de produção
ProdutoAcabado
Venda
77 dias CICLO OPERACIONAL – 77 dias
CAIXA
I
II
III
IV
V
“Matérias Primas” são adquiridas e contraídas dividas com “Fornecedores”.
“Produtos em Elaboração”; valor é acrescido às matérias primas; são geradas “Despesas Operacionais”“Produtos Acabados”
completam-se os produtos; são geradas mais “Despesas Provisionadas”
“Produtos Acabados” são vendidos; são geradas “Despesas Administrativas, de Vendas Tributárias”, são geradas “Duplicatas a Receber”
“Duplicatas a Receber” são cobradas
Nota-se neste ciclo a ausência de financiamentos bancários
e despesas financeiras. Com efeito, esta fonte alternativa
de recursos para empresa e o seu correspondente custo, não
fazem parte do processo, em seu mais estrito. Poderíamos
dizer que a empresa se justifica para produzir os bens a
que se predispôs e não a de tomar empréstimos e pagar
juros!
Velocidade do Ciclo Operacional
Ciclo Operacional Rápido
Neste tipo de ciclo há um alto valor de estoques de
produtos acabados no ativo circulante da empresa de forma
contínua (assegurando a possibilidade de contínuo
atendimento da demanda de mercado) e o valor adicionado aos
produtos é bem reduzido. Tal perfil implica abaixo preço
71
unitário dos produtos (em termos relativos). É o caso dos
supermercados e empresas exportadoras, entre outros.
Uma companhia com ciclo operacional rápido irá requerer
mais empréstimos, de curto prazo, via de regra associados á
aquisição de estoques.
Ciclo Operacional Lento
Neste tipo a empresa necessita de um substancial valor de
ativos fixos. O valor adicionado ás matérias primas é
bastante ponderável e deve existir abundância de estoque de
matérias primas e de produtos em elaboração de forma
contínua (assegurando a continuidade ininterrupta do ciclo
de produção). Os preços unitários neste tipo de ciclo devem
ser caracteristicamente elevados (em termos relativos).
Como exemplos, temos a indústria de alta tecnologia:
aviões, computadores, bens de capital, etc...
A companhia com ciclo operacional lento irá requerer mais
capital próprio além de uma ponderável parcela de
empréstimos, de preferência de longo prazo.
O ciclo operacional lento apresenta maior risco aos
emprestadores, uma vez que existirá mais tempo envolvido no
processo produtivo, e conseqüentemente, momentos potenciais
em que tal processo poderá ser interrompido. Este risco
está intimamente relacionado aos riscos de negócios.
Prazo Médio de Pagamentos
Este é um índice muito genérico. Ele mede o prazo de
pagamento das principais dívidas operacionais. Como estas
72
dividas têm prazos diferenciados, a mistura deles conduz a
um resultado de pouca utilidade (a análise qualitativa é
melhor).
Salários e Encargos Sociais e Impostos têm prazos muito
curto para pagamento. Em média, entre 5 a 10 dias após o
encerramento do mês. Fornecedores têm prazos variáveis que
podem chegar a 60 dias. E Contas a Pagar têm prazos de até
30 dias.
Média de Fornecedores + Salários e Enc. Sociais a pagar +
Impostos a Pagar + Contas a Pagar = Soma de 2anos dividida
por 2.
Mede em quantos dias, em média, as principais dividas
operacionais são pagas.
73
Arredonde os resultados.Não use casas decimais.
Compras a Prazo
Pagto. A Fornecedores e Contas a
Pagar
Despesas com Pessoal
Despesas com vendas e impostos
Pagto. Salários e Contrib. Sociais
Pagto. de Impostos e Despesas
30 dias
5 dias
10 a 20 dias
Ciclo Financeiro
É o resultado de
O ciclo financeiro mostra quanto tempo a empresa demora
entre a compra da matéria-prima (ou mercadoria, no caso de
comércio), a venda do produto e o recebimento da duplicata.
Esta primeira parte mostra, então, quanto tempo a empresa
demora para receberem R$ os seus ativos (estoques +
duplicatas).
Deste total, diminui-se o tempo que ela tem para pagar suas
principais dividas operacionais, ou seja, quando ela faz o
desembolso de R$, a diferença é o ciclo financeiro.
O principal defeito do ciclo financeiro e que ele mede
apenas os prazos e não mede os volumes em R$ que são
recebidos ou pagos.
Se positivo mostra que empresa precisa de recursos para
financiar por algum tempo seus ativos operacionais.
74
+ Prazo Médio de Estocagem+ Prazo Médio de Cobrança- Prazo Médio de Pagamento
Prazo Médio de Estocagem
42 dias
Prazo Médio de Cobrança
Compra de Mat. Prima
Período de produção
Produto Acabado
Venda
77 dias
54 diasNecessidade de recursos
Financiada por recursos própriosOu recursos bancários
23 diasPrazo Médio de pagamentos
CICLO FINANCEIRO
Se negativo mostra que a empresa consegue financiar seus
ativos operacionais com recursos (fontes) operacionais de
terceiros, resultantes dos prazos normais de sua atividade.
75
Prazo Médio de Estocagem12 dias
Prazo Médio de Cobrança15 dias
Compra de
Mercadoria
Venda
27 dias
45 diasPrazo Médio de Pagamentos
DIASRecursos são
recebidos antes do pagamento das
dívidas operacionais
CICLO FINANCEIRO
Índices Relativos a Atividade
Giro de Estoque
O objetivo deste índice é medir o tempo em que o estoque se
transforma em caixa. Este índice é obtido pela divisão do
custo das mercadorias vendidas pelo estoque. Procura-se
mostrar o número de vezes que o estoque foi vendido e
reposto durante o período e, quanto menos dias, melhor, é
assim calculado:
GE = C.P.V Estoque
Muitas vezes é difícil se obter dados do C.P.V. Nestas
situações o analista deve utilizar a experiência de cada
empresa, e considerar o C.P.V. como sendo um percentual das
vendas (geralmente oscila 70% e 80%). O mesmo pode ser
feito, com relação a vendas para a determinação do giro do
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contas a receber. É melhor se estimar aproximadamente do
que não analisar o item.
Os ciclos da empresas são assim visualizados:
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CicloOperacional
Ciclo Econômico
Ciclo Financeiro
Ciclo deProdução f
Custo dos ProduçãoConcluída Vendas materiais (Custo deProdução) CPV consumidos EpeEpa Emp
.Folha de pagamento da produção.Custo dos produtos vendidos (Custo de Mão Obra Direta – M.O.D.). Impostos sobre vendas .Outras contas a pagar. Despesas administrativas,
CAIXADuplicatas a receber
Produtosacabados
Produtos em
Estoque de M.P.
Compra de M.P.
(Custo indireto de fabricação – CIF)comerciais e outras.
EVENTOS:CICLOS:a) Compra dos materiais de produçãoOperacional = (a-f), desde a compra de M.P./insumos atéb) Pagamento aos fornecedoreso recebimento das vendas. c) Início da produçãoEconômico = (a-e), desde a compra de M.P./insumos até d)Término da produçãoas vendas.e)Venda dos produtosFinanceiro = (b-f), desde o pagamento ao fornecedor até f) Cobrança das duplicataso recebimento das vendas Produção = (c-d), desde o início do processo produtivo término da produção
Giro do Ativo Total - GA
Indica a eficiência com a qual a empresa usa todos os seus ativospara gerar vendas. Geralmente, quanto maior o giro do ativo total daempresa, mais eficientemente seus ativos foram utilizados. Oresultado indica quantas vezes por ano a empresa gira seus ativos, e éindicado através da seguinte fórmula :
GAT = Receita OperacionalLíquida Ativos Médios Totais
Percentual de Resultado
A demonstração da composição percentual do resultado é expressa comouma porcentagem das vendas, permitindo uma fácil avaliação de receitase despesas específicas , através de sua comparação com as vendas,sendo também muito útil na comparação do desempenho de uma empresa deum ano para outro.
Exemplo :
Dados para períodos encerrados em 31 de dezembro.
DISCRIMINAÇÃO 1997 1998 AVALIAÇÃOReceita Líquida de Vendas 100,0 % 100,0% Igual(-) C.P.V. 66,7% 67,9% PiorMargem Bruta 33,3% 32,1% Pior(-) Despesas Operacionais 21,5% 18,5% Melhor Vendas 4,2% 3,3% Melhor Administrativas 7,3% 6,3% Melhor Leasing 1,3% 1,1% Melhor Depreciação 8,7% 7,8% MelhorMargem Operacional 11,8% 13,6% Pior(-) Despesas Financeiras 3,5% 3,0% MelhorLucro Líquido Antes do I.R. 8,3% 10,6% MelhorProvisão para o I.R. 2,5% 3,1% PiorMargem Líquida 5,8% 7,5% Melhor
3.3 INTERPRETAÇÃO DOS ÍNDICES FINANCEIROS
Índices financeiros fornecem ao analista uma ferramenta muito útil
para recolher informações das demonstrações financeiras de uma
empresa. O índice ou índices selecionados (s) para uso pelo analista
dependem da razão pela qual se faz a análise. Por exemplo, um
funcionário da área de empréstimos comerciais analisando uma
solicitação de empréstimo estaria interessado em determinar a
habilidade do requerente em pagar o empréstimo quando devido. Neste
caso, o analista estaria preocupado com o nível de fluxo de caixa
da empresa em relação ao seus níveis propostos e existentes de
pagamentos do principal e dos juros. Há um número quase ilimitado de
índices financeiros concebíveis que podem ser projetados. Para dar
uma ordem a nossa discussão deste índices, geralmente são
classificados em categorias, conforme façam referência e liquidez,
eficiência, alavancagem, lucratividade, etc.
Neste ponto deveríamos comentar como os índices financeiros deveriam
ser utilizados numa análise financeira. Como mencionamos
anteriormente, índices são simplesmente ferramentas para se juntar
informação. Eles podem oferecer informação num senso absoluto, como no
caso do Índice de Liquidez Seca onde o índice igual a 1 indica
solvência. Adicionalmente, índices podem ser analisados num senso
relativo através da comparação com os índices da mesma empresa em
outros exercícios, ou ainda através da comparação dos índices da
empresa em análise com padrões do ramo, ou índices “alvo”. Esses
“índices –alvo” podem ser determinados a partir de um exame de índices
similares de outras empresas ou pelo exame do mesmo índice para a
empresa em análise, mas em um período anterior. Um dado importante