Trabalho para o luiz carlos

28
Elton Miranda da silva INSTITUTO BRASILEIRO DE MEDICINA E REABILITAÇÃO CENTRO UNIVERSITÁRIO O modelo soberano vestfaliano e as Organizações Internacionais modernas Rio de janeiro 11/2013

Transcript of Trabalho para o luiz carlos

Elton Miranda da silva

INSTITUTO BRASILEIRO DE MEDICINA E REABILITAÇÃO

CENTRO UNIVERSITÁRIO

O modelo soberano vestfaliano e asOrganizações Internacionais

modernas

Rio de janeiro

11/2013

Elton Miranda da silva

TRABALHO CIENTÍFICO

Uma analise critica sobre modelo soberano Vestfaliano e asOrganizações Internacionais Modernas.

Trabalho apresentado aoProfessor Luiz Carlos T. deCarvalho, da Disciplina deFormação do SistemaInternacional do Curso deRelações Internacionais,I.B.M.R – CentroUniversitário, Turno da Noite.

Rio de Janeiro

2013

SUMÁRIO

1 Introdução----------------------------------------------------------------------------------------pag. 4

2 Objetivos------------------------------------------------------------------------------------------pag. 5

2.1 Objetivo geral----------------------------------------------------------------------------pag. 5

2.2 Objetivos específicos--------------------------------------------------------------------pag. 5

3 Justificativa--------------------------------------------------------------------------------------pag. 6

4 Desenvolvimento--------------------------------------------------------------------------------pag. 7

4.1 Breve história surgimento da paz de vestfalia e seus tratados-------------------pag. 7

4.2 Organizações Internacionais Modernas--------------------------------------------pag.12

4.3A Sociedade Internacional Moderna X SociedadeInternacional Contemporânea

---------------------------------------------------------------------------------------------------pag. 11

4.4 Pontos fracos e pontos fortes do Porto do Rio------------------------------------pag. 15

5 Conclusão---------------------------------------------------------------------------------------pag. 17

6 Metodologia-------------------------------------------------------------------------------------pag. 18

7 Bibliografia-------------------------------------------------------------------------------------pag. 19

1. Introdução

Este trabalho visa promover a discussão, critica e compreensãoem forma de caráter acadêmico, o modelo soberano Vestfaliano eas organizações internacionais modernas. Optei por apenasoferecer um breve panorama das questões que nele vem sendofocalizadas, sobretudo, propiciar o debate em torno delas. Paraselecionar os trabalhos a serem apresentados, usei comocritério principal, o fato de já ter estudado sobre a paz emodelo vestfaliano em sala, pesquisas online e dois livros queestarão disponíveis na bibliografia ao fim do trabalho, houvetambém uma apresentação em sala sobre a teoria da dependênciaque me fez conhecer um pouco mais sobre algumas organizaçõesinternacionais modernas e também as chamadas empresastransnacionais.Este trabalho fala sobre o processo histórico e efeitos domodelo de governo na era contemporânea. Levando em consideraçãoa técnica e modo de pensamento filosófico da época e também osefeitos da globalização, relacionando-os a crise dosreferenciais identificatórios,e sobre as repercussões destacrises nas relações internacionais que se estabelecem em cadanação de maneira limitada.neste trabalho busco mostrar umacorelação entre o modelo de soberania criada e começada apartir de guerras e contextos de decorrência de conflitosbipolar,onde por meio de um tratado de paz (paz de vestfalia-1648),deu-se a criação no congresso de Viena em 1815 de umaserie de tratados para finalizar a guerra dos trinta anos e queno meios das organizações internacionais modernas ainda vemsendo usado alguns destes exemplos e estruturas como base,para

que possa haver um bom entendimento do assunto não pude deixarde colocar um breve contexto histórico sobre os fatos eacontecimento que levaram a criação de tais conceitos,onde omundo em que conhecemos hoje esta em constante mudanças mastudo isso partiu do inicio da Europa central,no período onde amonarquia e o absolutismo imperava e classe trabalhadora teveque se levantar e impor sua posição,através de revoluções quecruzaram continentes e fizeram com que os homens que possuíampoder reconhecessem suas independências. E por fim falar dasorganizações internacionais e suas ações pelo mundo.

Rio de janeiro, novembro de 2013.

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivos gerais

Tenho como objetivo desse trabalho, fornecer através de pesquisas, uma forma de mostrar aos outros pesquisadores e estudantes de relações internacionais interessados a conhecer oconceito de soberania, sua formação, criação e forma de uso, e suas influencias para a criação do sistema de relações

internacionais contemporâneos, assim como o surgimento de novosatores e organizações internacionais.

2.2 Objetivos específicos

Observar o contexto histórico da paz de vestfalia

Analisar o surgimento das organizações internacionais

Por em debate duas ações ocorridas no palco das relações

internacionais no período do final do século XIX e ao

longo do século XX

Relacionar os modelos de soberania do século passado com

as organizações internacionais modernas

3. Justificativa

A autora do livro de teoria das relações internacionais, MonicaHerz¹, que foi uma das autoras que tive o prazer de estudar nosemestre passado, nos mostra que o estudo de relaçõesinternacionais esta crescendo muito nos últimos anos, pois omundo constantemente vem sofrendo profundas transformações etemos como exemplo; o fim do conflito bipolar, a aceleração dosfenômenos da transnacionalização, globalização e fragmentaçãosociocultural. Isso fez com que o mundo se adaptasse e criassesuas novas formas de pensamentos, filosofia, forma de governo,ajudas humanitárias, e modos de governos que pudessem levar omundo a um consenso de interesse comuns de “paz”, mas as coisasnem sempre tem este fim e muitas das vezes crises deestruturas, questionamentos de hegemonia do paradigma realistageram uma crise de identidade entre os especialistas.Não possuo toda a qualificação necessária para uma perfeitaanalise e conhecimento dado neste artigo, mas tento mostrar asvariáveis e influencias que configuraram o atual modeloutilizado em algumas organizações internacionais, o que auxiliano estudo posterior de qualquer aluno de relaçõesinternacionais, dando base teórica, e meios de pesquisa para asinformações necessárias a um bom aprendizado, ao conceitoteórico da expansão e transformações da Europa e posteriormenteo mundo.

¹HERZ, Mônica e HOFFMANN, Andréa. Organizações Internacionais – história e práticas. Rio de Janeiro:

4. Desenvolvimento

4.1 Breve história surgimento da paz de vestfalia e seus tratados

Paz de Vestfalia (1648) – uma serie de tratados criados nostempos modernos da Alemanha para finalizar a guerra dos trintaanos e a guerra dos oitenta anos.¹

Ideais Vestfaliano: ² Diplomacia Autodeterminação Não intervencionista Rege as leis internacionais Soberania

Essência: cada país é livre para determinar seu própriodestino, pois existe um mandato constitucional que tornalegitimo qualquer ação governamental.De forma que... “os direitos de soberania de um estado exercercontrole sobre todo seu território é um principio tradicional,e não fundamental, das leis internacionais. esta soberania seestende as bordas geográficas de uma nação e inclui o subsoloabaixo da terra assim como o espaço aéreo acima da terra. estedireito, entretanto é restrito [...] por um estado geral dedeveres que não afetem os interesses, incluindo o meioambiente, de outro estado.” (Furriela)³

As organizações internacionais modernas surgem no século XIX,em1815, de forma regional e especifica, por consequência definalizar as expansões napoleônicas nasce a comissão central doReno, no congresso de Viena. Em meados do século o mundoassiste ao desenvolver das uniões administrativas que seexpandem em relação ao desenvolvimento técnico e tecnológicoque faz surgir a necessidade de aproximação e estreitamento delaços entre os estados e periferias. A paz de vestfalia,conforme eu mencionei acima, vem com o termino da guerra dostrinta anos, e é o ponto de partida para os estados europeusagirem em conjunto.

___________________________________________________________________________¹Disponivel em http://prezi.com/rjc7l3sshh-l/copy-of-westphalia-today/ slide 2²Disponivel em http://prezi.com/rjc7l3sshh-l/copy-of-westphalia-today/ slide 3 ³Disponivel em http://prezi.com/rjc7l3sshh-l/copy-of-westphalia-today/ slide 4

A revolução francesa trouxe inúmeras influências benéficas, quepropiciaram ao surgimento das primeiras uniões administrativase o congresso de Viena, sobre o Danúbio e o Reno. O sistemavestfaliano, foi uma saída e solução na época por conta dasguerras envolvendo Alemanha, Suécia, frança, Inglaterra,Holanda e Espanha, sofrendo influencias principais da famíliahabsburgo, sendo visto como exemplo para as relaçõesinternacionais europeias ocorridos no período de 1648 a 1789.

O congresso de Viena ainda é visto por alguns pesquisadores eestudiosos como o ponto que marca o inicio das modernas

relações internacionais, temos como exemplo: Paul Kennedy¹,Antonio Carlos Lessa² e amado Luiz cervo³.

Pode se dizer que de acordo com os que defendem o congresso deViena como ponto inicial das relações internacionais modernas,é, portanto, no concerto entre as nações, que foi uma forma derestaurar um regime de governo que já não fazia parte do modeloEuropeu e parar a investida do modelo liberal, que era ooposto, formando uma sociedade voltada a vida industrial eextinguindo de vez o absolutismo e a forma de vida medieval queainda mostrava seus rastros durante o período da idade modernaonde víamos a nobreza gozando de maiores privilégios e direitossobre os pobres.

Os tratados do congresso de Viena vieram para trazer certaharmonia e concórdia entre todas as nações que se fizeramparticipantes de forma a redefinir fronteiras entre a Europa eas principais zonas de influencia, e por consequência, dandoimpulso a revoluções civis liberais e independência em algunspaíses da America latina, impulsionando de vez o liberalismo.

Esta forma de pensamento foi usada pela grã Bretanhapossibilitando a criação das democracias republicanas, ondeencontramos este modelo de democracia espalhada em grande partedo globo, uma forma de filosofia que foi herdada pela revoluçãofrancesa e ainda sim é utilizada na idade contemporânea,formando uma sociedade capitalista e consumista, que faz uso deintercambio fazendo com que vivamos um sistema interestatal,haja vista, o fato de não existirem estados nacionais que seconsolidavam entre si no período anterior a paz de westfalia, Apaz de vestfalia levou a Espanha a deixar de ser uma potenciahegemônica como rival da Inglaterra,

¹ Paul Michael Kennedy CBE, DPhil, FBA, é um historiador britânico especializado em relações internacionais. Ele publicou livros importantes sobre a história da política externa britânica.² professor de história das Relações Internacionais do Brasil na Universidade de Brasília - UnB.³ Professor titular de Relações Internacionais da Universidade de Brasília e Pesquisador do CNPq. Possui 16 livros publicados

Derrubando o poderio habsburgo e o sacro império romanogermânico. Porem fortaleceu os ingleses na Europa forçando aHolanda e a frança a ser rival da hegemonia inglesa, Holandacomo poder naval e a frança com força terrestre, disputandoentre si a supremacia e criando um potencia de poder menor, aSuécia.

Também reduziu a importância dos estados alemães em relação aoequilíbrio de poder na região da Europa, pois a Alemanha saíraderrotada junto com a Espanha e se via em condição dedevastação e ruínas pela guerra dos trinta anos, sendo assimfragmentado em centenas de estados independentes, custando aAlemanha um atraso na criação de um perfeito e puro estadonacional alemão ate inicio do século XIX, pois sua riquezas epropriedades foram saqueados pelas tropas e mercenários duranteo período de batalhas,o que é bastante comum em período deguerras para suprimento e manutenção de tropas,gerando assimuma forma de suprir as unidades,agindo como um predador edestruindo comunidades inteiras se fosse preciso.estudosindicam uma queda de 20% da população Durante a guerra dostrinta anos chegando a perder vilas e comunidades inteiras emalguns lugares. Os tratados de paz possibilitaram a unificaçãode Verdun, Alsacia, Toul e Metz pela frança, a suíça teve suaindependência reconhecida, e fora vista como um estado neutro,a Suécia ficou com Bremen, Stettin, e a Pomerania ocidental

controlando assim os rios Elba, Oder e Weser. Na verdade aEuropa havia apenas transferido seus direitos sobreanos deestado nacionais para instituições supranacionais. Em meio àsredefinições fronteiriças da Europa, a frança, vivendo umprocesso de consolidação tardio por causa de conflitos internosenvolvendo a disputa pelo trono, inicia então uma política deposição de destaque entre as nações da Europa, por meio doCardeal Richelieu, que foi ministro do rei da frança, LuisXIII. Richelieu criou uma forma de cobrança e arrecadação deimpostos, voltando a atenção para a manutenção e criação de umgrande e forte exercito e um absolutismo rodeado de luxo eriqueza e ostentação, levando ao ápice do antigo regime, emostrando o rei como um ser divino e poderoso. A forma depolítica de Richelieu mantida pelo cardeal Mazzarino, fez comque a frança se estendesse por mais tempo como uma françaagrária, agindo de forma contraria a industrialização inglesa eseus processos, a longo prazo isso se tornou um problema paramanter o imenso sistema burocrático,o luxo no palácio deVersalhes o poderoso exercito Frances criando um déficitpublico insustentável a frança e ainda maior depois da morte deLuis XIV. O novo rei, Luis XVI teve que enfrentar uma situaçãoque não favorecia em nada o antigo regime que se espalhava pelaEuropa e ameaçava as monarquias absolutistas a extinção.

A revolução francesa instaurou na Europa um novo modelo deordem social, acabando com os direitos dos feudos, eliminando ereduzindo antigas ordens, privilégios e regras, e proclamando aigualdade civil, mas ainda existia escravidão em algumascolônias, tal revolução influenciou outras em outras partes daEuropa e America, gerando relações de conflitos entre os paísesque ainda faziam uso da monarquia e a frança. A situação ficoupior com Napoleão no poder, sendo nomeado pela alta burguesiaque temia os rumos da revolução e o colocou a frente da nação.O caminho foi longo para Napoleão, levando os ideaisrevolucionários, enfrentando a oposição pelo uso da força dasarmas, e tornou-se pratica um monarca constitucional quando seautoproclamou imperador, ate ser derrotado em sua própriaestratégia. Com o bloqueio do continente imposto por Napoleão aEuropa foi privada de escoar a sua produção de manufaturas parao novo mundo e o acesso a especiarias e matéria-prima docontinente americano, vigiado pela poderosa frota naval daInglaterra que garantia o controle de todo fluxo naval, o quefoi desastroso para o crescimento da Europa, a saída foi oestado Frances aumentar de forma abusiva os impostos eobrigações, pois o país se encontrava em crise devido aobloqueio continental, o governo chegou a saquear bens paramanter o exercito e sua burocracia, o que gerou incontáveisrevoltas contra o governo imperial e o fim da aliança entre osrussos e os franceses, em uma forma da Rússia tentar recuperarsua economia. Quem se beneficiava pelo bloqueio neste períodoera a Inglaterra, e por estar enfraquecida, a frança foivencida em 1792 por uma coalizão da Inglaterra, Prússia eRússia derrotando Napoleão em Leipzig, avançando ate paris,depondo Napoleão e recolocando no trono a dinastia dos borboun,onde Luis XVIII toma posse e é obrigado a aceitar o tratado deparis. Neste período a Inglaterra emerge como grande potenciahegemônica mundial e passa a controlar o comercio colonial,dividindo o equilíbrio de poder com a Rússia, Prússia e Áustria

na Europa e firmando seu lugar no cenário internacional com suaparticipação no congresso de Viena, em 1815. Simbolizando arestauração do sistema absolutista, caracterizados por uma ondarevolucionaria na America latina e conduzindo a criação denovos estados nacionais independentes e ao mesmo tempo, outrasondas revolucionarias começaram a se levantar na Europa,tornando possível a modernização de varias nações e levando aosurgimento do nacionalismo responsável pela unificação daAlemanha e Itália.A Inglaterra esteve de certa forma presenteem grande parte destes movimentos revolucionários, em especialnas colônias, focando seus interesses no liberalismo econômicoe suprindo-os pela revolução industrial.

Com isso os ingleses geraram uma nova fase nas relaçõesinternacionais levando o mundo a disputas por novos territóriosna áfrica e Ásia de forma imperialista, e essa ideologianacionalista e as prerrogativas imperialistas, levaram osafricanos e asiáticos a despertarem para as lutasanticoloniais, alem das tendências das primeiras e segundasguerras mundiais, formando um modelo do moderno sistema derelações internacionais.

Com o fim do império de Napoleão iniciou-se um movimento contraas revoluções, em meio às aspirações a hegemonia, envolvendo aRússia, Inglaterra, Áustria e Prússia que tinha derrotado afrança e seus exercito. Com o intuito de resolver as

consequências entre as relações internacionais que existiam aolongo do século XVIII, que culminou na falência da paz devestfalia e também precedido pelo tratado de paris, tratadoscoloniais entre Holanda e Inglaterra, feitos sobre o pretextode solucionar os problemas emergenciais do pós guerra eescolher um novo modelo de poder para as reações internacionaisdesde então: reuniu-se então os representantes das naçõeseuropeias,sendo eles seus mandatários e principaisministros,pois havia uma importância nos interesses individuaisdas nações envolvidas,fez então um congresso em Viena,começandoem setembro de 1814 ate junho de 1815.A santa aliança permeandoainda em torno do caráter conservador a favor do regime degoverno monárquico, se posicionaram no congresso o pressionandoa reimplantação do absolutismo,e as nações do pacto da santaaliança assumiriam o compromisso de fazer intervenção em casode os ideais revolucionários avançarem, em outras palavrasseria uma tentativa de se garantir a manutenção de colôniasespanholas e portuguesas nas Américas.Em meio as pressões a grãBretanha exerceu sua opinião contraria ao antigo regime poishaveria uma limitação na sua pretensão econômica e política emrelação as áreas produtoras de matéria prima e potenciaisconsumidoras de seus produtos manufaturados,sendo Assim foiproposto o pacto da quádrupla aliança,pela frança,o principioda legitimidade onde dizia que cada potencia mundial devepossuir de volta os mesmos limites territoriais que obtinhamantes de 1789. Hoje vemos um mapa europeu e americanoredesenhado, mostrando um equilíbrio entre as potenciaseuropeias, acertando, um entendimento sobre as nações em favorda paz e sua manutenção, com diretrizes de forma a criar umclima de estabilidade com cooperação, gestão compartilhada, enegociada por diplomatas com o intuito de se evitar outrasguerras. O

congresso de Viena representa para alguns autores, umamadurecimento das relações entre as nações soberanaseuropeias, tendo inicio no surgimento do sistema vestfaliano,criando assim uma unidade viva e orgânica com princípiosespecíficos e cultura comum que administram um sistema derelações movido pela nacionalidade, Conhecido como concertoentre as nações. Por fim o congresso constituiu dois gruposhegemônicos; potencias conservadoras (Áustria, Rússia ePrússia) e as liberais (grã Bretanha e frança), que mesmo comalgumas divergências mantiveram a ordem mundial de formaprecária entre 1815 e 1848, favorecendo e permitindo aindependência dos países da America latina. Entretanto, osinteresses britânicos prevaleceram, pois durante o período doconcerto os movimentos de ordem liberal foram encontrados empaíses conservadores, espalhando como semente o liberalismo evendo seu germinar pelo mercantilismo, aumentando a fome pelocrescimento de uma economia global a partir de 1840 e asubstituição do poder compartilhado pela então chamada PaxBritânica.contudo esta sociedade internacional que conhecemossurge com a assinatura dos tratados de vestifalia,sendo este o“momento que culminou a consolidação do estado moderno” ,ondeteve reconhecimento da ideia de integração de estados iguais esoberanos entre as sociedades internacionais.este estadomoderno se apresenta em toda sua soberania e livre de qualquersinal de dependência como viva as colônias ,antes dominadas porseus colonizadores ou outros poderes.

4.2 Organizações Internacionais Modernas

o capitulo anterior nos mostrou o fator histórico e as raízesda criação da paz de vestfalia,com o passar dos anos houve anecessidade da criação de algumas organizações internacionais,que são associações de sujeitos de direito internacional,quepossui e constitui interesses comuns de todos os seusintegrantes por meio de um cooperação mutua e de reciprocidadeum com os outros sendo isso fundamental na políticainternacional.tais organizações atuam com destaques no cenárioatual,podemos dizer que tem muita influencia das vontades deseus estados soberanos,fazendo com que seus interesses sejamconstantemente manifestado pelos seus integrantes.o objetivomais comum dessas organizações internacionais modernas e arealização e manutenção da paz,cooperação econômica,social eestrutural,forma intervencionista em conflitos armados,essasorganizações possuem direitos e obrigações que

atuam em qualquer âmbito internacional,sendo vista por fazeremuso da doutrina de direito internacional e também como sujeitosde direito internacional, tal aceitação foi concedida naconvenção de Viena em 1986,tratando exclusivamente deregulamentação dos tratados internacionais entre estadosindependentes e organizações internacionais ou entre duasorganizações internacionais,tem seu reconhecimento total depersonalidade jurídica,o que segundo a historia era umacaracterística exclusiva dos estados soberanos.

Podemos ver essas organizações tiveram sua origem com a criaçãode ações que possibilitassem a facilidade de cooperação entreas potencias da Europa em meados do século XIX,após as grandesguerras e a guerra fria,há uma reorganização de variasorganizações criadas partindo de acordos ou tratados dediversos tipos,envolvendo desde segurança,economia a extensaárea social.

No sistema atual os estados prevalecem como atores da políticainternacional, mas não podemos negar a existência e relevânciapolítica de alguns novos atores, sendo assim, apesar de tercerto grau de autonomia que algumas organizações internacionaispossuem. Os estados ainda são os que definem quando e como irãocriar, atuar e agir em uma organização, permitindo a atuação dasociedade civil em áreas onde não podem ou não desejam atuar.omodelo Vestfaliano que baseava na preocupação com questões desegurança internacional,enfraqueceu e muito e em seu lugarsurgiam Vestfaliano muito complexas,fazendo com que o estadodeixasse de ser o único ator internacional e passou então adividir esta tarefa com outros atores das relaçõesinternacionais.

Os tipos mais comuns de atores ou organizações são:intergovernamentais (objetivos podem ser específicos ougeneralizados) e não governamentais.

Intergovernamentais;

-Globais:

*ONU (Organização das nações unidas) – objetivo generalizado

*UNESCO (Organização das Nações Unidas para a educação, ciênciae cutura) – objetivo especifico,busca a cooperação.

*OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte)

*FMI (Fundo Monetário Internacional)

*OMC (Organização Mundial do Comercio)

-Regionais:

*OEA (organizações dos estados americanos) – objetivogeneralizado

Não governamentais;

GREENPEACE (organização destinada a divulgação da política depreservação ambiental e desenvolvimento sustentável)

As organizações internacionais, não governamentais e empresasmultinacionais, que se enquadram nos novos tipos de atores quepassaram a existir no decorrer do século XIX têm seus objetivosquase sempre que comuns, na maioria das vezes humanitárias, ede segurança nacional, como por exemplo; sindicatos, grupo deindivíduos com um ideal comum, entes estatais e ate partidospolítico, mas há também grupos que agem de forma mais complexae contraria a algumas normas universais, como os gruposterroristas.

Estes atores ou organizações são grupos que atuam na sociedadeinternacional, desempenhando um importante papel na sociedadeinternacional, porem nem toda organização é um atorinternacional, pois este tem que ter capacidade significativa eeficaz na manutenção de questões fundamentais e importantes nomeio internacional, sendo essa capacidade reconhecida parapoder ter participação em assuntos significativos do ponto devista das relações internacionais e nem todas possuem talcaracterísticas.

4.3 A Sociedade Internacional Moderna X SociedadeInternacional Contemporânea

Com o reconhecimento destes novos atores e de novas teoriascomo a da interdependência, globalização e sistema mundo, asociedade internacional moderna perdeu forças, dando lugar asociedade internacional contemporânea, que rompe com o modeloVestfaliano mudando a visão das relações estatocentricas porutilizar a comunicação e integração por meio da globalizaçãoentre seus atores internacionais, esta nova sociedade, possuiuma característica muito mais complexa,por causa da quantidadede organizações internacionais que hoje existem,tornando oestado não mais o único ator importante nesta equação, deixandode ser o únicos ator internacional dividindo assim o palco com

os outros atores internacionais. Podemos então dividir em trêsgrupos principais; o estado, as organizações internacionais eas empresas transnacionais junto com as ONGs.

As organizações internacionais passam então a dividir a sistemainternacional com os estados soberanos que tinham a função noséculo XIX de cooperar administrativamente entre seus estadosparticipantes. Após a primeira guerra mundial, surgiram maisduas organizações internacionais, no tratado de Versalhes, umaera a liga das nações e a organização internacional dotrabalho, usando como tema primordial da agenda internacional,a paz.com o inevitável conflito da segundo guerra mundial, aliga das nações mostra-se falha, e por meio da carta de sãoFrancisco de 1945, é criada a Organização das Nações unidas(ONU), com o mesmo intuito da liga das nações, porem compersonalidade jurídica para institucionalizar as relações entreos estados soberanos, hoje a ONU ainda é considerada como aprincipal organização internacional, tendo sua influencia deforma direta na maior parte dos temas da agendainternacional.com sua criação houve um crescimento nos númerosde organizações internacionais alem das não governamentais semostrando mais presente no convívio da sociedade,tendo suaatuação de forma mais efetiva e humanitária tendo seu lugarhoje cogitado pela população por meio de suas atividadesfundamentais interna em seu pais de origem ouinternacionalmente.estas ONGs na maioria das vezes atuam deforma independente mas podem fazer uso de parceiros, comoempresas,o próprio estado ou organizaçõesinternacionais,atuando principalmente em áreas em que o estadose mostra ineficaz ou incapaz de suprir a segurança e bem estarsocial de sua população.

As empresas transnacionais são atores contemporâneos, estãoempenhando suas atividades no meio social agora no século XXI,mas teve seu surgimento no final do século XIX, desenvolvendoassim sua política de economia capitalista. São empresasreconhecidas mela sua multinacionalidade, pois atuam dentro efora de seu país de origem utilizando de um capital social eseu raio de ação ainda maior por poder atuar em territóriosestrangeiros. Estas empresas atuam, e muitas vezes acima doestado, desconhecendo fronteiras, considerando em sua forma deação apenas o mercado mundializado, o que nos faz lembrar nocontexto histórico a prevalência dos interesses britânicos, aoespalhar o liberalismo e a semente do mercantilismo no seuperíodo de gloria. As transnacionais ocupam uma posição centralno funcionamento da economia internacional, possuindo diversasvezes, valores econômicos maiores ou mais estáveis que algunsestados. Por fim, temos os outros grupos sociais que atuamdireta ou indiretamente nas relações internacionais modernas,podemos citar os entes subestatais governamentais,intraestatais não governamentais, que são ligados aos estados enão possuem competência para uma atuação internacional, maspodem fazer uso de maneira bastante efetiva através desindicatos ou partidos políticos, nos interesses de questõesinternacionais, organizando se para a busca de objetivoscomuns. Grupos terroristas, veículos mediáticos, fluxo decomunicação, considerados contemporâneos e importantes, poisnão apenas transmite informações de abrangência global emundial, mas também é uma forte influencia de formação deopinião publica no mundo todo, haja vista que gruposterroristas como; Hamas e AL Qaeda não delimitam suas ações asfronteiras nacionais, lutando não apenas por seus objetivos eideais internos, mas contra o que eles acreditam ser ameaças

externas e os indivíduos, pessoas que se destacam no palco dasrelações internacionais no exercício de suas atividades sejaela atuando nos direito humanos, meio ambiente ou em defesa dapaz, fazendo uso de sua imagem e prestigio em defesa daquiloque seu interesse impera. São atores que ainda não tem umacondição de reconhecimento por toda a doutrina internacional.Existem outros modelos de organizações, mas embora continuemsurgindo novos atores ao longo do século passado e atual, oestado é o principal protagonista.

“os Estados são e continuarão sendo as entidades predominantesnos assuntos mundiais. Eles mantêm exércitos, praticamdiplomacia, negociam tratados, travam guerras, controlam osorganismos internacionais, influenciam e, em grau considerável,moldam a produção e comércio”. ¹

Embora divida o cenário internacional com outros atores,fatoque não acontecia no modelo soberano vestfaliano,o estado semantém na condição de soberano nas relações internacionais.

___________________________________________________________________________¹huntington 1997,p.35)

Conclusão

Desde o inicio dos tempos o homem buscou uma forma de seentender, de saber a origem das coisas, passaram gerações e asindagações se multiplicavam como que por genética, anos a apósanos,o homem foi se evoluindo,criou a escrita, daí oconhecimento, ferramenta tal capaz de impor o seu poder, tal

foi o fato, que na Europa, impérios foram surgindo, em meio aseus feudos e regimes absolutistas, mas ainda assim, homens,que claramente se dividiram em pirâmides hierárquicas a pontode subjulgarem outros homens. O sangue veio, mas de formadiferente, não mais um, dois ou três homens brigando por umpedaço de interesse particular, mas centenas e milhares devidas, lutando e jogando suas almas a fio de espada, pedaços dechumbo revestidos em pólvora e ate mesmo pela mão invisível danatureza para lutar em favor de seus ideais, lutar por aquiloque acreditavam ser o certo, lutavam, pois o nacionalismo já sefazia presente em suas vidas e a representação de ser um nagrande nação, ser ele um patriota lhes dava forças paracontinuar avançando. O mundo evoluiu em conhecimento e atecnologia se mostra cada vez mais eficaz a ponto depercebermos que precisamos parar, pois no somatório de baixasde civis em batalha, percebemos que aqueles corpos eram vidasespalhadas na linha do tempo por um interesse comum, a paz,filósofos, pensadores, e muitos grandes nomes da historia,viamesta paz de diversas formas diferentes, cada um em seupensamento, paradigma ou teoria, mas a ideia era a mesma, avida em harmonia e cooperação, uma decisão foi tomada e em 1648com a assinatura dos tratados de vestfalia, isso nos deuesperanças como indivíduos, pois seria o fim das guerras, ou operíodo de paz entre elas, mas foi um grande começo para ummodelo que vigorou e nos deu bases para a criação de um cenáriointernacional, que hoje esta se expandindo em incertezas, masguiado por um ideal de cooperativismo entre os atores eorganizações internacionais, que regem não mais só uma políticade segurança nacional individualista, mas visamos, por meio datecnologia, globalização, mídias e tudo que podemos utilizarhoje, um meio de vivermos em plena cooperação uns com os outrosde forma a evitar que novas guerras mundiais aconteçam para obem de toda humanidade.

6. Metodologia

Para a realização desse trabalho cientifico e o alcance dosobjetivos prefixados, foi feito um discurso de tipo expositivo,resultado da coleta de dados obtidos de diferentes fontesatravés de pesquisas de tipo básico e documental para procurarexplicar partindo do conceito histórico ate o século presente osurgimento do modelo de soberania a partir do tratado devestfalia ate o surgimento das modernas organizaçõesinternacionais. Enfim, através de uma abordagem de tipodedutivo, analisando o sistema de soberania do ponto de vistamacro, conseguimos investigar melhor sobre a situação docenário das Relações Internacionais.

7. BIBLIOGRAFIA

Fontes impressas

ARRIGUI, Giovanni. O longo século XX. São Paulo: Unesp, 1996.

FERGUSON,Niall.Civilização Ocidente X Oriente.planeta 2012

JACKSON, Robert & SORENSEN, Georg. Introdução às relações internacionais. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.

LESSA, Antônio Carlos. História das Relações Internacionais. Petrópolis: Vozes, 2005.

KENNEDY, Paul. Ascensão e queda das grandes potências. Rio de Janeiro: Elsevier, 1989

RAMOS, Fábio Pestana. No tempo das especiarias: o império da pimenta e do açúcar. São Paulo: Contexto, 2004.

SARAIVA, José Flávio Sombra (org.). História das Relações Internacionais Contemporâneas. São Paulo: Saraiva, 2007.

WALTZ, Kenneth N. Teoria das Relações Internacionais. Lisboa: Gradiva, 2002.

HERZ, Mônica e HOFFMANN, Andréa. Organizações Internacionais – história e práticas. Rio de Janeiro:

Fontes digitais

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0011-52581997000200006&script=sci_arttext

http://www.iusgentium.ufsc.br/revista/artigo01.pdf

http://www.scielo.br/pdf/cint/v27n1/v27n1a06.pdf

http://www.infoescola.com/geografia/organizacao-internacional/

http://www.lawinter.com/122005hridfalawinter.htm