Trabalho Filtros Ativos
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FACULDADE PITÁGORAS
ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO
PESQUISA DE ELETRÔNICA ANALÓGICA II
FILTROS ATIVOS E AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
PAULO DELGADO DE OLIVEIRA - R.A.: 529586
Votorantim
2013
FACULDADE PITÁGORAS
ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO
PESQUISA DE ELETRÔNICA ANALÓGICA II
FILTROS ATIVOS E AMPLIFICADORES OPERACIONAIS
Pesquisa realizada como
complemento da disciplina
Eletrônica Analógica II, sob
orientação do professor
Heverton Bacca Sanches.
Sumário
1. Introdução................................................4
2. Amplificador Operacional (AOP)............................5
2.1. Definição..............................................5
2.2. Funcionamento..........................................6
2.3. Características Ideais do AOP..........................7
2.3.1..........................Impedâncias de Entrada e Saída
7
2.3.2...........................................Ganho de Tensão
8
2.3.3..............................Resposta de Frequência (BW)
9
2.3.4.....................Sensibilidade à Temperatura (DRIFT)
9
2.4. Modos de Operação.....................................10
2.4.1........................................Sem Realimentação
10
2.4.2...................................Realimentação Positiva
10
2.4.3...................................Realimentação Negativa
11
2.5. Alimentação do AOP....................................11
3. Filtros Ativos...........................................12
3.1. Definição.............................................12
3.2. Classificação.........................................14
3.2.1.................................Filtro Passa-Baixas (PB)
14
3.2.2..................................Filtro Passa-Altas (PA)
14
3.2.3..................................Filtro Passa-Faixa (PF)
15
3.2.4................................Filtro Rejeita-Faixa (RF)
15
4. Conclusão................................................16
5. Referências Bibliográficas...............................17
4
Índice de Figuras
Figura 1: Simbologia do AOP..................................5
Figura 2: Amplificador com entradas alimentadas..............6
Figura 3: Circuito alimentado................................7
Figura 4: Circuito sem realimentação........................10
Figura 5: Circuito com realimentação positiva...............10
Figura 6: Circuito com realimentação negativa...............11
Figura 7: Terminais de alimentação do AOP...................11
Figura 8 – Filtragem de sinal...............................12
Figura 9 – Sinal com ruído ou perturbação...................13
Figura 10 – Sinal filtrado ou sem ruído.....................13
Figura 11 – Simbologia filtro PB e sua curva característica. 14
Figura 12 – Simbologia filtro PA e sua curva característica. 14
Figura 13 – Simbologia filtro PF e sua curva característica. 15
Figura 14 – Simbologia filtro RF e sua curva característica. 15
5
1. Introdução
Esta pesquisa tem como objetivo aprofundar o conhecimento na
disciplina de Eletrônica Analógica II, tendo como principal
base de pesquisa os filtros ativos e amplificadores
operacionais para compreender suas definições, funcionamento e
aplicações comparando suas características ideais com as
reais.
6
2. Amplificador Operacional (AOP)
2.1. Definição
O AOP é um amplificador CC multiestágio com entrada
diferencial cujas características se aproximam das de um
amplificador ideal.
As características ideais de um AOP são:
Impedância de entrada infinita;
Impedância de saída nula;
Ganho infinito de tensão;
Resposta de frequência infinita;
Insensibilidade à temperatura.
Figura 1: Simbologia do AOP
V- => entrada inversora
V+ => entrada não-inversora
V0 => saída
7
O AOP possui duas entradas e uma saída, que possui um valor
múltiplo da diferença entre as duas entradas. O fator A é o
ganho de tensão do amplificador operacional, ou seja, a
relação entre a tensão de entrada diferencial e a saída do
dispositivo:
V0 = A.[ (V+) - (V-) ]
2.2. Funcionamento
Considerando o circuito abaixo:
Figura 2: Amplificador com entradas alimentadas
Supondo que o ganho A seja de 100.000, obetmos a tensão de
saída V0:
V0 = A.[ (V+) - (V-) ]
V0 = 100000 .[ (4,75 . 10 -3) - (4,8 . 10 -3) ]
8
V0 = -5V
Por definição, sempre que o fator A será positivo e sempre que
V1 – V2 for menor que zero a tensão de saída será negativa ou
vice versa.
9
2.3. Características Ideais do AOP
As características ideias são aquelas as quais o amplificador
deveria ter, no entanto os AOP reais tentam se aproximar
dessas características ideais.
2.3.1. Impedâncias de Entrada e Saída
Consideramos o circuito abaixo que representa o modelo de uma
fonte alimentando um amplificador, e este, alimentando uma
carga:
Figura 3: Circuito alimentado
Sendo:
Vi – gerador;
Ri – resistência interna do gerador;
Zi – impedância de entrada do amplificador;
10
V0 – gerador do sinal amplificado (A . VZi);
Z0 – impedância de saída do amplificador;
RL – carga.
Então como observado no modelo anterior, podemos determinar
que a tensão de entrada no amplificador (VZi) é dada por:
VZi = ( Zi
Ri+Zi ) . Vi
Ou seja, quanto maior for o valor da impedância de entrada
(Zi) do amplificador, maior será o percentual de tensão do
gerador na entrada no amplificador, portanto podemos concluir
que:
Zi → ∞ VZi → Vi
Já em relação à impedância de saída (Z0), a partir da equação
da malha de saída do amplificador, podemos concluir que:
VRL = V0 - IL . Z0
Portanto, para se obter todo o sinal de saída sobre a carga, é
necessário que a impedância de saída do amplificador seja
muito baixa, ou seja:
11
Z0 → 0 VRL → V0
Geralmente nos manuais de fabricante são fornecidos os valores
das resistências (impedâncias) de entrada e saída do AOP, as
quais representamos, respectivamente por Ri e R0.
2.3.2. Ganho de Tensão
Para que a amplificação seja viável, inclusive para sinais de
baixa amplitude, como sensores, é necessário que o
amplificador possua um alto ganho de tensão. Idealmente esse
ganho seria infinito.
Nos manuais dos fabricantes encontra-se o valor do ganho de
tensão dos AOP, o qual representamos por AV. Para o AOP 741 o
valor típico de AV é de 200.000, porém existem AOP com AV da
ordem de 107 ou mais.
2.3.3. Resposta de Frequência (BW)
É necessário que um amplificador tenha uma largura de faixa
muito ampla, de modo que um sinal de qualquer frequência possa
ser amplificado sem sofrer corte ou atenuação. Idealmente BW
deveria se estender desde zero a infinitos hertz.
12
Nos manuais dos fabricantes encontra-se o valor de largura de
faixa máxima do AOP, geralmente de maneira gráfica, a qual
representamos genericamente por BW (bandwidth).
2.3.4. Sensibilidade à Temperatura (DRIFT)
As variações térmicas podem provocar alterações acentuadas nas
características elétricas de um amplificador. Esse fenômeno é
chamado de DRIFT. Seria ideal que um AOP não apresentasse
sensibilidade às variações de temperatura.
Nos manuais de fabricantes encontram-se os valores das
variações de corrente e tensão no AOP, provocadas pelo aumento
de temperatura. A variação da corrente é representada por
∆I/∆T e seu valor é fornecido em nA/°C. A variação da tensão é
representada por ∆V/∆T e seu valor é fornecido em μV/°C.
13
2.4. Modos de Operação
2.4.1. Sem Realimentação
Este modo é também denominado operação em malha aberta e o
ganho do AOP é estipulado pelo próprio fabricante, ou seja,
não se tem controle sobre o mesmo. Esse tipo de operação é
muito útil quando se utiliza circuitos comparadores. Na figura
abaixo temos um AOP em malha aberta.
Figura 4: Circuito sem realimentação
2.4.2. Realimentação Positiva
Esse tipo de operação é denominada operação em malha fechada.
Apresenta como inconveniente o fato de conduzir o circuito à
instabilidade. Uma aplicação prática da realimentação positiva
está nos circuitos oscilados.
14
Figura 5: Circuito com realimentação positiva
2.4.3. Realimentação Negativa
Esse modo de operação é o mais importante em circuitos comAOP, também é um modo de operação em malha fechada, porém comresposta linear e ganho controlado.
Figura 6: Circuito com realimentação negativa
2.5. Alimentação do AOP
Os AOP são comumente representados pela simbologia abaixo,
onde são representados seus terminais de alimentação,
denominados +V e –V:
15
Figura 7: Terminais de alimentação do AOP
Esses valores representam o máximo de tensão (positiva ou
negativa) que o dispositivo poderá fornecer.
Num primeiro momento, idealmente, fixemos que esses são os
potenciais extremos do dispositivo e, posteriormente,
analisaremos situações específicas.
3. Filtros Ativos
3.1. Definição
Um filtro elétrico é um quadripolo capaz de atenuar
determinadas frequências do espectro do sinal de entrada e
permitir a passagem das demais.
É chamado de espectro de um sinal a sua decomposição numa
escala de amplitude x frequência. Isso é feito através das
séries de Fourier ou utilizando um analisador de espectro.
Notemos que enquanto um osciloscópio é um instrumento para
análise de um sinal no domínio do tempo, o analisador de
16
espectro é um instrumento para análise de um sinal no domínio
da frequência.
A primeira geração de filtros ativos foi construída tendo as
válvulas como elementos ativos. Eram filtros de alto consumo
de potência, alta margem de ruídos, baixo ganho, etc.
A segunda geração de filtros ativos utilizava os transistores
e, sem dúvida, as vantagens sobre a primeira geração foram
marcantes, mas tais filtros ainda deixavam muito a desejar.
A terceira geração utiliza os amplificadores operacionais como
elementos ativos. A alta resistência de entrada e a baixa
resistência de saída dos AOPs, associados a suas outras
características, permitem a implementação de filtros de ótimas
qualidades.
A principal função dos filtros é filtrar o sinal eliminando o
ruído, ou seja, a perturbação que pode influenciar na leitura
e análise do sinal requerido na saída do amplificador.
Figura 8 – Filtragem de sinal
Filtragem do sinal:
O sinal é mantido;
17
Figura 10 – Sinal filtrado ou sem ruído
3.2. Classificação
Os filtros podem ser classificados sob três aspectos:
quanto à função executada;
quanto à tecnologia aplicada;
quanto à função-resposta ou aproximação utilizada.
O primeiro nos permite considerar quatro tipos básicos de
filtros:
3.2.1. Filtro Passa-Baixas (PB)
Só permite a passagem de frequências abaixo de uma frequência
determinada fc (frequência de corte). As frequências superiores
são atenuadas.
Figura 11 – Simbologia filtro PB e sua curva característica
3.2.2. Filtro Passa-Altas (PA)
Só permite a passagem de frequências acima de uma frequência
determinada fc (frequência de corte). As frequências inferiores
são atenuadas.
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Figura 12 – Simbologia filtro PA e sua curva característica
3.2.3. Filtro Passa-Faixa (PF)
Só permite a passagem das frequências situadas numa faixa
delimitada por uma frequência de corte inferior (fc1) e outra
superior (fc2). As frequências situadas abaixo da frequência de
corte inferior ou acima da frequência de corte superior são
atenuadas.
Figura 13 – Simbologia filtro PF e sua curva característica
3.2.4. Filtro Rejeita-Faixa (RF)
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Só permite a passagem das frequências situadas abaixo de uma
frequência de corte inferior (fc1) ou acima de uma frequência
de corte superior (fc2). A faixa de frequências delimitada por
fc1 e fc2 é atenuada.
Figura 14 – Simbologia filtro RF e sua curva característica
21
4. Conclusão
Concluímos com esta pesquisa que nosso estudo sobre os
amplificadores operacionais traz a realidade de como esses
componentes são importantes na eletrônica analógica e que com
eles podemos amplificar o sinal, bem como manipular seus
ganhos que influenciam diretamente nas características básicas
de cada tipo de amplificador. Concluímos também que os filtros
ativos são grandes aliados na eliminação do ruído ou
perturbação que pode afetar diretamente a qualidade do sinal,
e que através dessa filtragem o ruído é eliminado e o sinal é
mantido para que possa ser analisado sem o incomodo do ruído.
22